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Indústria

Estaleiros se cansam de esperar por um dia que nunca chega

13/11/2024
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A julgar pelas movimentações em curso, os próprios players da indústria naval não levam a menor fé que o governo Lula conseguirá tirar do papel as promessas de estímulo à retomada de grandes encomendas – navios, plataformas, entre outros – no Brasil. No mercado, a informação é que a Queiroz Galvão estuda vender a área onde está instalado o estaleiro QGI, em Rio Grande (RS). Trata-se praticamente de uma instalação fantasma. As atividades estão paralisadas, e o terreno, abandonado – em parte dele, é possível ver cavalos pastando.
A Queiroz Galvão se juntaria, assim, à Novonor (antiga Odebrecht), que anunciou, no mês passado, a intenção de vender todos os ativos do Enseada, estaleiro do grupo localizado na Bahia.
Encomendas a indústria naval brasileira tem. A questão é o calibre dos pedidos.
Todos os estaleiros montados nos dois primeiros mandatos de Lula, com estímulos do próprio governo, foram pensados para receber encomendas de grande porte. Esses pedidos não existem – e talvez nunca voltem a existir, ao menos não na proporção idealizada. O que há, sim, é espaço para o crescimento da indústria naval para projetos de menor envergadura, a reboque, sobretudo, de encomendas da Petrobras. Outra possibilidade que se apresenta no horizonte é a construção de estruturas para abrigar eólicas offshore.

#Petrobras #Queiroz Galvão

Política

PSD desponta como fiel da balança na sucessão da ANP

4/11/2024
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Davi Alcolumbre, candidatíssimo à presidência do Senado, chamou para si a missão de articular a candidatura de Daniel Maia Vieira, diretor da ANP, para o comando da agência. O principal desafio é o “racha” no PSD. Ainda que de forma um tanto quanto contida, o atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está do seu lado, a favor da indicação de Maia Vieira. Só que outro cacique do PSD, o próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem um nome diferente para o cargo, Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás e Biocombustíveis da Pasta e atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras.

#ANP #David Alcolumbre #PSD

Regulação

Fundos de pensão querem aumentar investimentos no exterior

24/10/2024
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Os três grandes fundos de pensão do país, Previ, Petros e Funcef, têm feito intensas gestões junto à Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar) para o aumento do limite para investimentos no exterior. A informação é que a pressão maior vem do fundo de pensão da Petrobras. Segundo o RR apurou, a Petros trabalha com a meta de triplicar a proporção de suas aplicações internacionais até o fim de 2025. Atualmente, os recursos aportados fora do Brasil, integralmente em hedge funds, somam não mais de 0,6% do patrimônio total da fundação, algo em torno de R$ 650 milhões. Esses fundos vêm entregando uma das maiores taxas de rentabilidade entre os investimentos da Petros em renda fixa.

#Funcef #Petros #Previ

Destaque

O que falta para o governo Lula cumprir a promessa de retomada da indústria naval?

14/10/2024
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“Vamos recuperar a indústria naval nesse país” (11/10/2022);

“A Petrobras vai ampliar a frota de navios e gerar emprego em nossos estaleiros” (10/04/2023);

“Alugar um navio lá fora não gera emprego aqui”, (02/04/2024).

“No meu primeiro governo, saímos de três mil para 86 mil trabalhadores da indústria naval. Vamos trazer esse setor de volta” (03/04/2024).

 

São inúmeras as vezes em que Lula afirmou e reafirmou que a indústria naval é uma prioridade do seu governo. Será que é mesmo? Praticamente dois anos de mandato já se passaram e quase nada aconteceu. É muita falação para pouco ou nenhum navio. Diferentes esferas de Poder – Casa Civil, Ministério da Fazenda, Ministério da Indústria, BNDES e a própria Petrobras – vêm batendo cabeça entre si na tarefa de elaborar uma política efetiva para a recuperação do setor.

O problema começa pela comunicação. Em um exercício de mea culpa, alguns colaboradores diretos do presidente Lula defendem interna corporis que o governo está perdendo esse jogo logo na saída, ao não conseguir desmontar o estigma que paira sobre o setor naval desde a Lava Lato. Como desarmar esse anátema se a gestão Lula é incapaz de explicar à opinião pública os benefícios econômicos e sociais que podem vir a ser obtidos com a construção de navios, sondas e plataformas no país?

Como sair da inércia se o governo não sabe mostrar à sociedade o valor adicionado da indústria naval, em termos de geração de emprego, reconstrução de toda uma cadeira produtiva, retenção de divisas, aumento da arrecadação fiscal, com reversão de recursos via gastos públicos ou programas sociais etc etc?

Esta é uma estranha fábula, a história de um negócio que, aparentemente, todo mundo quer, é bom para todas as partes diretamente envolvidas – trabalhadores, estaleiros, Petrobras, governo -, mas não avança um nó sequer. Em linhas gerais, o soerguimento do setor naval passa por três perguntas: onde montar os navios? quem vai investir? quem vai comprar? A primeira questão, a mais simples de ser resolvida, tem 48 respostas possíveis.

Este é o número de estaleiros existentes no Brasil, com capacidade para beneficiar mais de 550 mil toneladas de aço, segundo levantamento do Instituto Brasil do Petróleo (IBP). Nove deles estão ativos, mas sem demanda por novos projetos. É o caso do Atlântico Sul, em Pernambuco, e do Enseada, na Bahia. Juntos, podem processar cerca de 200 mil toneladas de aço por ano, o equivalente a 40% da capacidade instalada na indústria naval brasileira. Algo similar ocorre na cidade de Rio Grande (RS), que tinha tudo para ser um dos grandes polos do setor no Brasil. Lá estão os estaleiros QGI e Rio Grande. Ao lado, na vizinha São José do Norte, há ainda o EBR.

Este último é o mais “próspero”: recentemente, entregou cinco módulos para o FPSO P-79, contratada pela Saipem para a Petrobras. O Rio Grande tem feito serviços de manutenção. O QGI, embora ativo, não tem qualquer pedido. Ou seja: definitivamente, o problema do Brasil não é falta de estaleiro.

As duas outras variáveis – “Quem vai investir?” e “Quem vai comprar?” – estão indissociavelmente entrelaçadas e, em última instância, dependem do mesmo fator: vontade política.

Até o momento, a promessa do governo Lula de que a Petrobras seria o grande propulsor da retomada da indústria naval brasileira não passa de pirotecnia verbal. Qualquer projeto para a revitalização do setor passa obrigatoriamente por um grande programa de compra de embarcações, sondas e plataformas por parte da estatal, o que, por sua vez, passa por uma decisão do acionista controlador.

O Plano Estratégico 2024-2028 da companhia prevê a aquisição de quatro navios da classe Handy. Em abril, a Petrobras anunciou a intenção de contratar 200 embarcações de apoio no período, incluindo a construção de 38 novos equipamentos. A estatal sinaliza também a encomenda de 14 navios-plataformas, mas não dá detalhes do cronograma para os eventuais pedidos. Ressalte-se que nos últimos anos, possivelmente por pruridos criados pela Lava Jato, a empresa tem dado preferência ao afretamento e locação de plataformas, sondas e embarcações, em vez do aumento da sua frota própria.

Não se trata da melhor decisão corporativa. Estudo do Dieese aponta que o custo da Petrobras com a produção de petróleo em plataformas alugadas é mais alto do que nas plataformas de sua propriedade. Os gastos de produção nos equipamentos contratados são maiores em dois de três níveis de profundidade das áreas de exploração. No pré-sal, por exemplo, o custo de cada barril nas plataformas afretadas é de US$ 5,66, 52,15% superior ao das plataformas próprias (US$ 3,72). Já que o sócio majoritário não se mexe, os demais acionistas poderiam fazê-lo. Mas não se vê no mercado questionamentos mais agudos à estratégia da Petrobras de alugar equipamentos em vez de ampliar a sua frota.

Uma firme política de aquisição de plataformas, sondas e embarcações por parte da Petrobras abriria caminho para o retorno de antigos players ou a chegada de novos investidores na indústria naval. Se o próprio governo fizer um aceno e a estatal entrar com as encomendas, muito provavelmente grandes grupos da China, Coreia, Japão e Cingapura – responsáveis por quase 90% do setor em todo o mundo – embarcariam no negócio.

A presença da Petrobras na ponta compradora já seria, por si só, uma garantia financeira. No setor é voz corrente que se a companhia voltar ao game – e provavelmente isso ocorreria com a escolta do BNDES no financiamento de encomendas -, os players retornam junto. Hoje, o que se vê é justamente o contrário. Não há cliente e, portanto, não há vendedor, nem investimentos. Some-se a isso o fato de que este não é um segmento da economia qualquer.

Ao menos da forma como foi concebido na década passada, a indústria de construção naval e os principais sites estão majoritariamente nas mãos de grandes construtoras que foram varridas pela Lava Jato. O estaleiro Enseada pertence à Novonor, antiga Odebrecht; o Atlântico Sul, à Mover Participações, ex-Camargo Corrêa, e à Queiroz Galvão; esta última é dona também do QGI; já o Rio Grande é controlado pela Ecovix, leia-se a Nova Engevix.

Há, é verdade, algumas pontas soltas que ainda precisariam ser atadas para o rissorgimento da construção naval no Brasil. A debacle dos estaleiros levou de arrasto uma cadeia produtiva praticamente inteira. O Brasil tinha três fabricantes de motores para embarcações. Não tem mais nenhum. Em uma década, houve também uma obsolescência da mão de obra. São obstáculos a serem superados. No caso dos insumos, uma saída seria a flexibilização das atuais regras de conteúdo local. O que é melhor para alguns segmentos da indústria naval: ter 20% de um pacotão de encomendas ou ter 50% ou 60% de zero?

#Indústria naval #Lula

Destaque

Troca de comando da ANP opõe Minas e Energia e Petrobras

1/10/2024
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A sucessão no comando da ANP está colocando em lados opostos o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Silveira, como se sabe, quer emplacar no cargo Pietro Mendes, secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e presidente do Conselho da Petrobras. Ocorre que, os últimos dias, outro nome passou a aparecer muito bem cotado na bolsa de apostas em Brasília: Allan Kardec, atual presidente da Gasmar, distribuidora de gás do Maranhão.

Discretamente, como é do seu estilo, Magda tem atuado nos bastidores em favor da indicação de Kardec. Ambos tocam de ouvido. Se Pietro Mendes é o homem de confiança de Silveira no board da Petrobras, Magda e Kardec sempre demonstraram sintonia na própria ANP – ambos foram colegas na diretoria do órgão regulador entre 2008 e 2012.

Além disso, o maranhense Kardec conta também com o apoio do “sumo pontífice” e de um dos cardeais da política no estado, respectivamente José Sarney e Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia. São personagens de peso que Lula costuma ouvir e incensar. Em junho, por exemplo, em entrevista a uma rádio maranhense, o petista referiu-se a Lobão como uma “figura excepcional” do seu primeiro governo, “um quadro político refinado para discutir qualquer assunto, em qualquer área”.

No caso de José Sarney, então, nem se fala. No ano passado, por conta da inauguração da Ferrovia Norte-Sul, Lula fez questão de gravar um vídeo ao lado de Sarney rasgando elogios ao ex-presidente da República pela “ideia” de construir a linha férrea. No entorno do petista, ressalte-se, há quem veja a escolha de Allan Kardec também como um hedge político. Seria uma forma de evitar um excesso de poder nas mãos de Alexandre Silveira, do PSD, um partido que “está” na base aliada, algo muito diferente de “ser” da base aliada. Mesmo porque a mesma legenda, por meio do senador baiano Otto Alencar, tenta também emplacar um nome em uma das diretorias da ANP.

O sucessor de Rodolfo Saboia, que deixa a diretoria-geral da ANP em dezembro, terá um dos maiores desafios da história recente da agência: o imbróglio da Margem Equatorial passará obrigatoriamente por suas mãos. Isso inclui não apenas o impasse em relação ao início ou não das atividades da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, mas os futuros leilões.

A ANP já incluiu novas bacias na região entre as prioridades do calendário de estudos geológicos e econômicos de 2025. No setor há quem diga até que o movimento foi um aceno de Saboia ao governo, na tentativa de ser reconduzido à diretoria-geral da ANP, por ora a menos provável das hipóteses. Nesse quesito em especial, Pietro Mendes e Allan Kardec estão tecnicamente empatados: ambos são enfaticamente favoráveis à exploração da Margem Equatorial.

Em contato com o RR, a Petrobras negou que a presidente da companhia esteja “agindo para indicar o novo diretor-geral da agência reguladora”. Ainda de acordo com a estatal, “Magda Chambriard tem total respeito pela governança interna da ANP e por qualquer que seja a escolha feita pelo governo federal, a quem cabe a decisão.”

#ANP #Ministério de Minas e Energia #Petrobras

Energia

Ecopetrol recorre à Petrobras contra déficit de combustível de aviação na Colômbia

11/09/2024
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A Ecopetrol bateu à porta da Petrobras. A estatal colombiana manifestou interesse em comprar combustível de aviação da empresa brasileira. E tem pressa: há informações de que a companhia precisa de expressivos volumes do produto para entrega ainda neste mês. A Colômbia enfrenta escassez de combustível, em função de problemas em uma refinaria em Medellin. Apesar do governo de Gustavo Preto alegar ter a situação sob controle, nas últimas semanas, tanto a Latam quanto a Avianca cancelaram voos para o país, em função da redução na oferta de combustível de aviação.

#Avianca #Ecopetrol #Petrobras

Destaque

Crime ambiental de Maceió cria mais um obstáculo para a venda da Braskem

10/09/2024
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A cada dia que passa, mais se consolida a ideia de que a Braskem é uma empresa praticamente inalienável. Na semana passada, surgiu mais um óbice para a venda da companhia. Segundo o RR apurou, na última sexta-feira, dia 6, a 2ª Turma do TST (Tribunal Superior do Trabalho) firmou entendimento de que a Braskem pode ser responsabilizada pelas obrigações trabalhistas de empresas que tiveram de interromper suas atividades ou mesmo faliram em decorrência do desastre socioambiental em sua mina de sal-gema em Maceió.  

A decisão abre caminho para que os trabalhadores que perderam seus empregos e não receberam suas verbas indenizatórias acionem a empresa na Justiça. Por ora, o tamanho dessa bola de neve ainda é desconhecido, mas o risco de uma avalanche cair sobre a Braskem na Justiça do Trabalho é alto. Estima-se que mais de seis mil empresas, a maior parte lojas comerciais, tiveram de dispensar funcionários como consequência do afundamento da mina da companhia, notadamente nos bairros de Pinheiro, Mutange, Bebedouro e Bom Parto.

Consultada pelo RR, a Braskem disse apenas que “se manifestará nos autos do processo.”

A decisão do TST chegou quando os acionistas da Braskem – Novonor (antiga Odebrecht) e Petrobras – ainda tentavam assimilar outra derrota judicial relacionada à tragédia de Maceió.

No fim de julho, o Tribunal de Primeira Instância de Roterdã, na Holanda, decidiu que a companhia, cuja operação europeia está baseada naquela cidade, é responsável pelos danos causados pelo afundamento na mina de sal-gema – entre os quais, rachaduras em ruas, casas e prédios residenciais e comerciais e abertura de crateras.

No colo de quem essa sucessão de passivos vai cair? Da Novonor, acionista controladora? Pouco provável. A empresa está no meio de uma complexa recuperação judicial, com dívidas declaradas em torno de R$ 100 bilhões. De um novo acionista, tão ou mais improvável ainda. Até agora, todas as tentativas de venda da Braskem deram com os burros n’água.

Os últimos a baterem em retirada foram o fundo norte-americano Apollo e a Adnoc, estatal de Abu Dhabi. Tudo leva a crer que, mais dia, menos dia, essa bomba vai estourar na mão da Petrobras e, ainda que indiretamente, do Tesouro brasileiro. Uma bomba, diga-se de passagem, carregadíssima de pólvora.

A Braskem hoje é um grande mico. Seu atual valor de mercado é de R$ 14,5 bilhões. É menos da metade do que a empresa valia em 2021, quando a Novonor retomou o processo de venda. Essa cifra, ressalte-se, não paga sequer o montante das dívidas bancárias da holding dos Odebrecht que têm como garantia exatamente as ações da Braskem, algo em torno de R$ 15 bilhões.

A negligência ambiental já pode ser considerada um dos principais fatores de depreciação da Braskem. A fatura não para de crescer. Como se não bastasse a indenização aos moradores atingidos pelo afundamento da mina – a Defensoria Pública do Estado de Alagoas (DPE-AL) cobra o pagamento de R$ 5 bilhões -, a decisão do TST da última sexta-feira tem o potencial de impor um elevado passivo adicional à empresa.

O Tribunal não admitiu um Recurso de Revista (RR-603-48.2022.5.19.0002) movido pela própria companhia sob a alegação de que a matéria em questão não poderia ser tratada no âmbito da Justiça do Trabalho. A Corte não apenas determinou que o caso é, sim, da competência da Justiça trabalhista como praticamente colou na Braskem a culpabilidade pelas demissões realizadas sem que as empresas locais tenham conseguido arcar com as indenizações trabalhistas.

Em seu acórdão, ao qual o RR teve acesso, o TST cita, por analogia, a Teoria do Fato do Príncipe, conceitualmente utilizada quando um ato da administração pública gera consequências para particulares. No Direito do Trabalho, mais especificamente, a figura se aplica a situações em que uma empresa é forçada a encerrar suas atividades ou reduzir significativamente seu quadro de funcionários devido a uma medida do Estado imprevisível e inevitável.

“Ainda que a Reclamada Braskem S.A. não se caracterize como ente público, sua atuação e as consequências de sua atividade econômica, no caso dos autos, encontram semelhanças a partir da identidade com os elementos exigidos pela Teoria do Fato do Príncipe, atraindo, assim, a competência desta Justiça Especializada”.

O TST também enquadra o caso da Braskem no princípio do poluidor-pagador, que se baseia no Artigo 225, parágrafo 3º, da Constituição: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.”.

Segundo o acórdão do TST, “Os dispositivos determinam que o causador de dano ambiental será responsabilizado em várias esferas sociais, tanto quanto suas ações ou omissões alcançarem. Assim, a degradação ambiental causada pela Braskem S.A. merece reparo nas diversas esferas em que foram violadas, sendo uma delas a garantia dos direitos trabalhistas da reclamante.”.

A Suprema Corte do Trabalho evoca também a Teoria da Asserção em relação ao pedido de pagamento de verbas trabalhistas. De acordo com a decisão, “a competência para o julgamento da demanda só pode ser desta Justiça Especializada, ainda que os pedidos possam ser julgados improcedentes.” Mais uma vez, a relação entre o crime ambiental cometido pela Braskem e suas consequências negativas sobre os trabalhadores da área é explicitamente asseverada pelo TST: “A causa de pedir é o inadimplemento das verbas trabalhistas da reclamante, decorrente em última instância do dano material causado pela exploração ambiental realizada pela Reclamada Braskem S.A.

O fato jurídico que deu causa à presente reclamação trabalhista foi ausência de pagamento das verbas trabalhistas após o encerramento da relação de trabalho entre a reclamante e a primeira reclamada, que aconteceu em razão dos impactos do dano causado pela segunda reclamada.” Trocando o “juridiquês” em miúdos: é mais um dos tantos passivos que fazem a venda da Braskem ser um negócio quase inviável.

#Braskem

Destaque

É possível transição energética no Brasil sem a Petrobras?

12/08/2024
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Qual será o rosto da Petrobras do amanhã: uma face virada para o passado, com o olhar fixo exclusivamente na exploração e produção de combustíveis fósseis, ou uma face voltada para o porvir, mirando a construção da grande empresa de energia lato sensu do Brasil? É o “Dilema de Janus” da estatal, uma complexa discussão que vem sendo travada no governo e no alto-comando da companhia e ainda longe de um consenso. No próprio Palácio do Planalto, há visões dissonantes em relação ao tema.

Mesmo porque qualquer movimento mais agudo da Petrobras gera forte impacto regulatório, competitivo, regional e, last but not least, político. O fato é que não há nenhuma outra empresa mais capacitada para liderar o processo de transição energética da matriz brasileira. A estatal tem fôlego financeiro, um corpo técnico altamente qualificado, presença em grande parte do território nacional e peso institucional, além de estar localizada em um país pródigo em sol, vento e água.

Falta, essencialmente, vontade política para a guinada. Com o reposicionamento estratégico da Petrobras, o Brasil passaria a ter uma grande indutora de investimentos em geração solar, eólica – inclusive offshore, vocação natural para uma empresa com mais de cem plataformas marítimas – e hidrogênio verde. Mais do que isso: a estatal funcionaria como uma espécie de “semi-reguladora” desse mercado. Na posição de maior player, a Petrobras teria condições de arbitrar o setor de energia renovável, guardadas as devidas proporções a exemplo do que historicamente sempre fez no óleo e gás.

No governo, uma das principais vozes a favor desse redirecionamento da Petrobras é o próprio Alexandre Silveira. O ministro de Minas e Energia defende que a estatal deve, a um só tempo, diversificar suas áreas de atuação e investir pesadamente em geração renovável – basta lembrar da sua queda de braço com o então presidente da empresa, Jean Paul Prates, que não fez nem uma coisa, nem outra. Uma das ideias já aventadas na Pasta de Minas e Energia seria a criação de uma companhia à parte, controlada pela Petrobras, que concentraria todas as suas operações em energia limpa.

Essa “Renovabras” poderia buscar recursos no mercado individualmente e emitir ações, sem impacto sobre a estrutura de capital da holding. Isso não quer dizer que a Petrobras tiraria o pé de exploração e produção. Pelo contrário. É o que a estatal sempre fez, faz e fará de melhor ainda por muito tempo. Até porque, goste-se ou não, é o próprio petróleo que financiará a transição energética da companhia. Hoje, a taxa de retorno médio real dos investimentos da empresa em exploração e produção é de 23%; nas fontes de baixo carbono, não passa de 8%.

O entendimento na Pasta de Minas e Energia é que a Petrobras do presente precisa começar a construir, desde já, a Petrobras do futuro. É inexorável que a estatal reduza o grande gap entre o seu portfólio de fontes fósseis e de energia limpa, um abismo que fica patente no próprio programa de investimentos da companhia. Em seu Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras prevê desembolsar US$ 11,5 bilhões em descarbonização das operações, biorrefino e energias eólica e solar. Ou seja: o equivalente a 11% do seu Capex. Para o mesmo período, os recursos destinados à exploração e produção somam US$ 73 bilhões, algo em torno de 71% do Capex.

Ressalte-se que, pouco a pouco, as grandes petroleiras internacionais têm ampliado o volume de recursos em projetos de baixo carbono. A média global ainda é relativamente pequena. No ano passado, segundo a Agência Internacional de Energia, as empresas de petróleo e gás destinaram cerca de US$ 30 bilhões à geração renovável, algo como 4% do seus investimentos totais. É pouco?

É. Mas cabe lembrar que, em 2019, esse índice sequer chegava a 1%. O CEO da Saudi Aramco, Amin Nasser, já disse publicamente que “a transição energética está fracassando” e “os formuladores de políticas deveriam abandonar a fantasia de eliminar petróleo e gás”. Ainda assim, a empresa destina 10% do seu plano de investimentos para fontes de baixo carbono – uma proporção ainda pequena, mas bem superior à média global, por exemplo. O governo da Arábia Saudita determinou, inclusive, que a companhia reduzisse sua produção de petróleo de 12 milhões para nove milhões de barris por dia para se adequar a acordos feitos pelos membros da Opep+. Outro exemplo é a BP, que está bem mais à frente: entre 2019 e o ano passado, a fatia de seus investimentos reservada para projetos de energia renovável saiu de 3% para 30%.

Essa é uma discussão que não fica restrita às muralhas do governo e à cúpula da Petrobras. Ela passa também por quem tem poder corporativo, ou seja, os funcionários da empresa e consequentemente suas entidades representativas. A Federação Única dos Petroleiros (FUP), por exemplo, toca de ouvido com o ministro Alexandre Silveira. Em conversa com o RR, a FUP deixou claro que considera a Petrobras a companhia mais apta para ser o grande player em transição energética no Brasil.

Para a Federação, a empresa “tem ampla expertise e know how no setor de óleo e gás e, agora, deve caminhar cada vez mais no sentido de se tornar uma empresa integrada de energia e servir como importante instrumento para viabilizar investimentos, pesquisa e inovação visando novas rotas tecnológicas que possam colocar o Brasil em uma melhor posição na nova divisão internacional do trabalho que se forma a partir das transições tecnológica e energética.” A FUP reforça que “a tendência das majors de petróleo e gás é tornarem-se grandes empresas de energia. Na realidade brasileira, com o nosso potencial para energias limpas e novas rotas tecnológicas, nos parece que, quanto maior e mais integrada for a Petrobras, e mais envolvida com o segmento de renováveis, maior será sua capacidade de captação no mercado financeiro.”

A Federação dos Petroleiros concorda com a premissa de que os investimentos em energia limpa e em combustíveis fósseis não são excludentes. A FUP lembra que “tem se manifestado em diversas oportunidades, como em audiências públicas, que parte da renda petroleira deve ser destinada a investimentos em transição energética. Ou seja, é preciso contar com os recursos oriundos da produção de óleo e gás no presente para não mais depender dessa renda no futuro.” A entidade, inclusive, faz coro ao ministro Alexandre Silveira, que propôs a criação de um fundo para a transição energética a partir dos recursos do petróleo.

Dentro da imensidão corporativa da Petrobras, com seus mais de 45 mil funcionários, inúmeros níveis hierárquicos e diferenças ideológicas, tudo temperado por uma compreensível defesa do próprio quadrado, há visões distintas sobre o futuro e o papel da companhia.  O RR conversou também com colaboradores da estatal na tentativa de aferir o estado de animus da “tropa” em relação ao tema.

Não é difícil verificar o quanto a “limpeza” da matriz energética da empresa provoca divisões intramuros. Os trabalhadores em exploração, produção, refino e logística defendem que a companhia continue sendo “apenas” o que sempre foi: uma petroleira. Algo na linha do “não me venham com novidades…”. O argumento é que o diferencial da empresa está na sua tecnologia, expertise e capital humano voltadas para exploração, produção e refino. Basicamente o que ela já provou ser capaz de fazer. Com maestria, diga-se de passagem. O “chão de fábrica” não quer saber nem de vento ou de sol; o futuro da Petrobras está na Margem Equatorial, a única fronteira petrolífera do país capaz de compensar o declínio da produção no pré-sal.

Na mão contrária, um grupo de funcionários de níveis hierárquicos mais altos entende que a Petrobras deve se tornar, sim, uma grande empresa de energia integrada, com um pé em geração limpa e outro em E&P.  Estão nesse recorte colaboradores que atuam em pesquisa, projetos e a área corporativa, possuem um olhar mais panorâmico sobre a estatal e são menos focados na operação em si.

Ainda que reconheçam que, a curto e médio prazos, o maior retorno financeiro da estatal virá dos ‘velhos negócios” em E&P e refino. Em algumas áreas da Petrobras, há uma crença na diversificação de riscos como solução para o futuro incerto dos combustíveis fósseis, com a entrada em negócios como biocombustíveis, eólicas e usinas solar. Há quem defenda, inclusive, que os colaboradores poderiam ser distribuídos em células variadas de projetos. Seria uma forma de transformar a Petrobras em uma “incubadora de energia”, com o desenvolvimento de empresas e startups. As “energytechs” promissoras poderiam tornar-se subsidiárias ou coligadas da holding. Esse modelo permitiria a entrada de investidores privados e futuramente até a abertura de capital das sociedades em mercado.

Existe ainda um terceiro agrupamento, que já foi o mais forte na Petrobras e agora vem recuperando seu poder de influência com a presença de Lula no governo. São colaboradores que acreditam no modelo de empresa “do poço ao posto”, com uma maior diversificação dos negócios. De forma sintetizada, defendem a visão dos sindicatos, muito focada na soberania nacional.

A compreensão é que a companhia deve ser um braço do governo para acelerar investimentos, controlar preços, gerar emprego e produzir e distribuir renda. Ou seja, a empresa deveria verticalizar suas operações, inclusive com a reestatização da BR Distribuidora, atual Vibra, e dos gasodutos e refinarias vendidos na gestão Bolsonaro. Esses funcionários defendem que a companhia tem de entrar em setores afins a suas atividades e necessários para o desenvolvimento do país, como energia renovável e fertilizantes. Em linhas gerais, é uma fração da companhia que deseja uma “estatização” ainda maior da Petrobras.

#BR Distribuidora #Ministério de Minas e Energia #Petrobras

Governo

BNDES aperta o torniquete do seu compliace

2/08/2024
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A Petrobras foi só o início. A exemplo da parceria firmada com a petroleira nesta semana, a Controladoria-Geral da União (CGU) costura um acordo de cooperação com o BNDES para apertar ainda mais os mecanismos de integridade e compliance do banco de fomento. No governo, há que diga que a Caixa Econômica será a próxima. Além do combate à corrupção pela raiz, trata-se de uma estratégia profilática e com alguma dose de pragmatismo por parte da CGU. O órgão de controle quer reduzir a carga de processos que caem no seu colo mesmo que por pequenos descuidos das grandes estatais.

#BNDES #Petrobras

Mercado

Juca Abdalla avança no capital e no conselho da Petrobras

26/07/2024
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Há um alarido no mercado de que Juca Abdalla, dono do Banco Clássico, voltou a comprar ações da Petrobras em volumes mais significativos. O banqueiro já é um dos principais minoritários da estatal, não apenas pela sua participação de mais de 2% no capital ordinário, mas também pela aliança com outros acionistas, o que lhe garante um assento no Conselho desde 2021.

Na última eleição para o board, no entanto, em abril deste ano, Abdalla encontrou mais dificuldades do que o esperado. O banqueiro foi reconduzido ao Conselho, mas com ressalvas do Comitê de Pessoas (Cope) da Petrobras. O órgão considerou que ele não estava integralmente em conformidade com o estatuto da companhia por ser executivo e administrador de outras empresas que têm contratos com a Petrobras. Procurado pelo RR, por meio do Banco Clássico, Juca Abdalla não se manifestou.

#Juca Abdalla #Petrobras

Destaque

BTG é o mágico das Arábias que vai transformar o “podre” em ouro

24/07/2024
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Há uma equação não linear cujos vetores são o BTG Pactual e seu caminhão de títulos podres, os sauditas, projetos de energia renovável e as concessões de infraestrutura. Grande parte dos títulos em questão foi comprada na xepa do Proer (Programa de Reestruturação e Fortalecimento do Sistema Financeiro), que evitou, nos anos 90, uma crise sistêmica do setor.

O BTG é o dono dessa montanha de precatórios e arquiteto das variáveis da equação. Dependendo das combinações aritméticas, as respostas de X valem para Y. Mas há uma incógnita que pode fazer toda a diferença: a aprovação do pagamento de parte das dívidas dos entes subnacionais com patrimônio público.

Trata-se de um pequeno item no projeto de refinanciamento dos passivos estaduais, em discussão nas áreas do Congresso e do Executivo. Um pequeno grande item nessa complexa construção matemática. Há coeficientes algébricos adicionais na fórmula: o BTG planejaria ser o grande banco atacadista dos investimentos públicos. É ele quem está ciceroneando os sauditas nas visitas a grandes sites em condições de suportar empreendimentos de maior porte, nas áreas de infraestrutura e energia verde, buscando quem dá mais incentivos fiscais.  

Essa parte do enredo o Brazil Journal já divulgou com riqueza de detalhes.

O que não foi dito é o que pode entrar nessa fórmula: a construção de estaleiros. Há estimativas de que até 2030 serão encomendados 80 navios. Adivinhe quem é a contratante. Sim,  é ela mesmo, a boa e velha Petrobras. No passado, muito antes dos bancos atacadistas assumirem a enorme sofisticação atual, o banqueiro Júlio Bozano comprou um oceano de precatórios da Siderbras e da Sunamam, que foram parar na privatização da Usiminas e na aquisição da Embraer. Mais recentemente, Paulo Guedes tentou transformar os precatórios em lides de privatização. Tentou, tentou, mas foi mais fácil fazer uma moratória. O governo Lula pede a benção de Alá e de Esteves. Os sauditas, por sua vez, não poderiam estar mais bem acompanhados.

O BTG sabe de tudo nessa área. E não é preciso dizer sobre o enorme trânsito que Esteves tem no stablishment. Agora também junto a sheiks e príncipes árabes.

#BTG Pactual

Mercado

ATG tem o desafio (quase impossível) de furar o monopólio da B3

19/07/2024
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A B3 está se considerando a Petrobras do setor bursátil brasileiro. A empresa tem o monopólio do mercado de valores mobiliários. A princípio, a ATG marca fantasia da futura bolsa do Rio e nome do operador da iniciativa, o Americas Trading Group é uma iniciativa fadada ao nanismo. A pergunta repetida entre os agentes financeiros é se a nova plataforma terá escala de negócios para enfrentar a B3, a dona do mercado. Hoje, os operadores da Bolsa únicadizem que a ATG está longe das condições para esse enfrentamento. Mas há controvérsias.

Um dos principais sócios da nova empresa, o fundo soberano Mubadala, é um artilheiro que não pode ser desprezado. Em hipótese alguma. Trata-se de um dos maiores investidores do mundo, com potencial não só de alocar recursos do seu manancial sem fim, mas também de atrair outros fundos gigantescos. Em segundo lugar, está o fator Eduardo Paes. O atual prefeito e virtual prefeito reeleito do Rio já anunciou que tem como sua prioridade a ATG. Paes é um obstinado e promete dar incentivos a torto e a direito às empresas que optarem pelos negócios na sua bolsa. Mesmo que a nova BVRJ, como era chamada a Bolsa do Rio, faça só cosquinha na B3, é sempre saudável ver alguma competição com o dono da bola.

Para o Rio de Janeiro, a iniciativa é positiva seja qual for o placar desse jogo. O Brasil, para quem não se lembra, já teve 27 bolsas de valores. Aos poucos, por adensamento, o setor foi se consolidando. Mas, até a década de 80, ainda restavam quatro delas com alguma expressão (Extremo Sul Rio Grande do Sul e Santa Catarina; Minas, Espírito Santo e Brasília; Pernambuco e Paraíba; e Ceará, que englobava os demais estados), todas representadas pela Comissão Nacional das Bolsas de Valores (CNBV). No final, ficaram as bolsas do Rio e de São Paulo, ficando a primeira disparadamente a mais significativa. Depois, com a criação dos mercados futuros de ouro e a termo, em São Paulo, e a colaboração de um episódio com impacto similar ao da fraude contábil das Americanas na Bolsa do Rio (o caso Naji Nahas), a Pauliceia ganhou de goleada. E a Bolsa do Rio simplesmente fechou. Essa derrota acachapante é uma das responsáveis pelo abandono do Centro do Rio.

 

#ATG

Energia

Petrobras recebe sinais de que suas licenças ambientais na Bolívia vão sair

16/07/2024
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A Petrobras não terá a menor dificuldade de obter as licenças ambientais para a exploração de gás na área de San Telmo Norte, no estado de Tajira. A afirmação teria sido feita pelo próprio ministro de Hidrocarburos y Energías da Bolívia, Franklin Molina Ortiz, na reunião com o ministro Alexandre Silveira no último dia 8, em Santa Cruz de La Sierra. A firmeza – ou talvez otimismo em excesso de Molina Ortiz – contrasta com o ambiente hostil que a companhia vem enfrentando. Aliás, não só a Petrobras, mas a própria estatal boliviana YPFB, sua sócia no projeto. Ambas aguardam as licenças há quase dois anos. Existe forte pressão de ambientalistas e das comunidades locais contra a exploração da reserva. No mês passado, a Petrobras foi obrigada a retirar do local equipes que coletavam informações ambientais e hidrológicas por questões de segurança, em meio a protestos e bloqueio de rodovias. É tanta dificuldade que dentro da estatal brasileira já se avalia a conveniência ou não de seguir com o projeto em San Telmo Norte, com investimentos da ordem de US$ 1 bilhão. A não ser que a “profecia” de Molina Ortiz se consume. A concessão das licenças ambientais é condição sine qua non para a perfuração do primeiro poço, que permitirá uma investigação mais acurada do potencial das reservas de gás.

#licenças ambientais #Petrobras #San Telmo Norte

Destaque

Magda Chambriard finca uma bandeira branca na Margem Equatorial

12/07/2024
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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, está montando uma “missão de paz” na tentativa de azeitar a interlocução com os órgãos ambientais em relação à Margem Equatorial. Magda parte da premissa de que a prioridade no 1 é desarmar o clima de confronto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alimentado durante a gestão Jean Paul Prates. Ao longo de mais de um ano, foram diversas farpas lançadas de parte a parte.

Um dos momentos de maior tensão, por exemplo, foi a reunião realizada entre ambos no dia 30 de março do ano passado, quando Marina não apenas descascou o estudo apresentado pela diretoria da Petrobras, “sem qualquer viabilidade socioambiental”, como teria dito textualmente a Prates que não toleraria, de forma alguma, pressões para liberar o projeto. A partir de agora, pode se dizer que a Margem Equatorial será tratada ao melhor estilo do velho slogan das Lojas Marisa, “de mulher para mulher”.

Segundo fontes da Petrobras ouvidas pelo RR, além da própria Magda, três executivas foram destacadas para integrar a linha da frente das conversas com a ministra Marina Silva e o Ibama: Sylvia dos Anjos, diretora de exploração e produção; Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação; e Clarice Coppetti, diretoria de Assuntos Corporativos, que engloba a disciplina SMS.

Esta última, por sinal, é tida dentro da empresa como a mais próxima de Magda Chambriard e com maior articulação dentro do governo.

A “pax da Margem Equatorial” pressupõe o compromisso da Petrobras de que as exigências levantadas pelo Ibama serão atendidas. Parece óbvio; é óbvio, mas em nenhum momento Jean Paul Prates adotou esse discurso, de tom mais conciliatório. É difícil, muito difícil, mas a nova direção da Petrobras pretende abrir, reabrir ou desobstruir as mais diversas frentes simultâneas de diálogo, não apenas com Marina Silva e o Ibama, mas com o Ministério Público e a miríade de entidades do terceiro setor que se postam contra a exploração da Margem Equatorial – em dezembro, por exemplo, mais de 130 ONGs, organizações indígenas, movimentos sociais e institutos de pesquisa assinaram uma carta aberta levada à COP28, em Dubai, contra a extração de petróleo na região.

Segundo o RR apurou, já se fala também na Petrobras de uma grande campanha de comunicação, destrinchando o impacto positivo do projeto em termos de geração e distribuição de riqueza, criação de postos de trabalho, desenvolvimento econômico e social de uma das áreas mais pobres do Brasil etc. No limite, seria uma tentativa de angariar o apoio da opinião pública ao investimento.

O grande desafio da gestão de Magda Chambriard é conseguir autorização para furar o primeiro poço offshore na fronteira petrolífera amazônica.

Além do forte valor simbólico, essa operação é crucial para a empresa coletar dados geológicos mais precisos que permitam quantificar o potencial econômico da reserva. Fala-se muito da Margem Equatorial, de que se está diante do novo pré-sal, mas, até o momento, é um voo meio às escuras. Não há uma estimativa concreta do tamanho das jazidas. Até agora, quase tudo que se diz tem como referência as descobertas já realizadas em formação geológica idêntica na Guiana e no Suriname. Daí a importância de se fincar a primeira perfuratriz na Margem Equatorial brasileira.

Há muitas questões de ordem técnica, mas, no fim do dia, tudo passa pela política. Nos corredores da Petrobras, há quem sussurre que existe até uma articulação dentro do governo em torno de uma significativa ampliação do orçamento do Ibama, notadamente para fiscalização, que funcionaria como uma moeda de troca com a área de Meio Ambiente. A ver.

#Magda Chambriard #Margem Equatorial #Petrobras

Destaque

O indomável Eduardo Moreira é o próximo nome de Lula para a diretoria do BC

10/07/2024
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Gabriel Galípolo deve estrear na presidência do Banco Central quase que junto com um “companheiro de viagem”. O economista Eduardo Moreira é pule de dez para compor a diretoria do Banco Central no início de 2025. Ele assumiria a vaga da atual diretora de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Carolina Assis, que antes ocupava a diretoria de Administração da autoridade monetária. Carolina deixa o BC em 31 de dezembro deste ano. Uma vez confirmada sua nomeação, Moreira tem tudo para ser o mais “sincrético” diretor da história do BC.

Além de uma carreira bem-sucedida no mercado financeiro, escreveu 10 livros, entre eles dois best sellers. Ambos alcançaram o primeiro lugar nas listas de mais vendidos do Brasil: “Encantadores de Serpentes”, no qual descreve os métodos de Monty Roberts, um dos mais famosos domadores de cavalos do mundo, e “O que os Donos do Poder não querem que Você Saiba”. Moreira também é formado como roteirista pela New York Film Academy. Em 2017, o ex-banqueiro estreou como dramaturgo ao escrever a peça infantil “Branca de Neve e Zangado”, e foi um dos mais cotados para vencer o prêmio Femsa de teatro, na categoria Revelação.

Da mesma forma que o atual presidente, Roberto Campos Neto, que foi diretor da área de Tesouraria no Santander, Eduardo Moreira ocupou função similar no Pactual, atual BTG. O combate à violência contra cavalos rendeu dividendos ao economista até junto à realeza. Em 2012, ele foi o primeiro brasileiro a ser condecorado pela rainha Elizabeth II, em cerimônia no Castelo de Windsor, no Guards Polo Club, durante a final de um campeonato de polo. Moreira é um desses personagens que parece não existir.

Em 2015, lá estava ele de novo no Castelo de Windsor, mais uma vez a convite da rainha Elizabeth II, para apresentar, junto a Sua Majestade e ao próprio Monty Roberts, um certificado de mérito ao ex-comandante da Academia de Polícia do Barro Branco (SP), José Maurício Peres.

O economista foi indicado pelo ex-presidente da Petrobras Jean Paulo Prates para uma das cadeiras do Conselho de Administração da Petrobras. Mas acabou ficando de fora. Afinadíssimo com o pensamento do presidente Lula, soltou uma frase afiada que define bem sua posição política: “O que a Petrobras está fazendo? Ela está servindo ao seu país gerando emprego, gerando oportunidade, gerando desenvolvimento”? Não, ela virou uma saqueadora para servir uma meia dúzia”.

Lula não diria uma vírgula de diferente. Moreira foi o balão de oxigênio do mercado, ao participar junto com o seu probabilíssimo futuro chefe, Gabriel Galípolo, de uma reunião reservada entre o presidente da República, seu ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e os economistas do PT, Guido Mantega, Luiz Gonzaga Belluzzo e Luciano Coutinho. O encontro foi revelado pela colunista do Valor, Maria Cristina Fernandes. Na comparação com o histórico dos presentes, Moreira não parece nem com Roberto Campos Neto, mas com Roberto Campos avô.

#Banco Central #Lula #Petrobras

Empresa

Volta ao trabalho presencial provoca uma “rebelião” na Petrobras

4/07/2024
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Antes de qualquer mudança mais aguda no planejamento estratégico da Petrobras, Magda Chambriard, ao que parece, elegeu como prioridade arrumar a casa. Além da ampla substituição dos gerentes executivos – informação antecipada pelo RR -, Magda está provocando um turbilhão interno com modificações na rotina de trabalho. Na última semana, a estatal comunicou a todos os ocupantes de cargos gerenciais e de coordenação que eles deverão retornar ao presencial três vezes por semana, a partir de agosto – o modelo em vigor prevê dois dias de atividades in loco na semana. A decisão foi liderada pela diretora de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti, considerada internamente como uma das mais “governistas” figuras no primeiro escalão da companhia. A decisão provocou um ambiente de “motim” dentro da Petrobras. De acordo com fonte da própria empresa, os grupos de WhatsApp dos colaboradores da estatal estão fervilhando. Alguns funcionários chegam a dizer que não cumprirão a determinação. Há colaboradores, inclusive, que foram morar em outros estados durante a pandemia e viajam semanalmente para o Rio de Janeiro para cumprirem a jornada presencial atual de dois dias.
A questão já escalou do front interno da Petrobras para a esfera sindical. O Sindipetro-RJ fez circular um comunicado a funcionários da estatal com o título “Teletrabalho – nem um passo atrás”. A entidade afirma que não houve qualquer informação prévia aos sindicatos “ou muito menos negociação sobre o tema”. O Sindipetro diz ainda estranhar tal “novidade, considerando que estivemos durante a semana reunidos com a presidente da empresa, a diretora de assuntos corporativos e a gerente executiva de RH e em nenhum momento foi mencionada tal intenção”.
No informe distribuído aos colaboradores da Petrobras, o Sindipetro diz “exigir da presidente Magda Chambriard, da diretora Clarice Copetti, e da gerente executiva Lílian Soncin e demais gestores um pronunciamento”. A entidade sindical afirma ainda que “iremos com todas as nossas forças mobilizar a categoria a partir deste momento para impedir qualquer medida neste sentido, caso se confirmem tais intenções”.
Na Petrobras, há informações de que a decisão de aumento do trabalho presencial se deu não apenas por uma deliberação da nova diretoria, mas também a “pedidos externos”. O prefeito do Rio, Eduardo Paes, por exemplo, é um dos principais interessados no retorno dos funcionários da Petrobras à sede da empresa. Paes busca com todas as forças revitalizar o centro do Rio. O Programa Reviver Centro, capitaneado pela Prefeitura do Rio desde o primeiro mandato de Paes, envolve uma série de projetos que dependem da circulação de pessoas pela região.

#Magda Chambriard #Petrobras

Tributo

O Brasil deveria aproveitar o legado de Eliezer Batista

1/07/2024
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A julgar por algumas de suas mais notáveis realizações – Porto de Tubarão, Complexo de Carajás, fundação da Aracruz, pioneirismo na abertura do mercado japonês -, o engenheiro Eliezer Batista poderia pintar até a Capela Sistina. A Vale, praticamente fundada por ele, não se esqueceu do “construtor de catedrais” e publicou nos jornais quatro páginas inteiras sobre o centenário do engenheiro. No entanto, são poucos os que conhecem a fundo o arsenal de ideias de Eliezer Batista. Para além de um colaborador, Eliezer foi um conselheiro informal e dileto amigo do RR por mais de duas décadas. A publicação compartilhou, em primeira mão, muitos de seus estudos e projetos de interesse público. Um privilégio inigualável do qual o RR e seus leitores desfrutaram.
Após deixar a presidência da Vale, no fim dos anos 1980, Eliezer Batista assumiu a Secretária de Assuntos Estratégicos (SAE), no governo Collor, e, poucos anos depois, já na gestão FHC, encabeçou o Conselho para o Desenvolvimento do Rio de Janeiro, unindo-se a Raphael de Almeida Magalhães, igualmente um memorável amigo do RR. No entanto, Eliezer Batista nunca precisou de cargos para se dedicar ao Brasil. Nos anos 2000, montou, na sede da Firjan, no Rio de Janeiro, uma “usina” de projetos para o país. Foram alguns dos seus anos mais profícuos. Da mente de Eliezer crepitavam ideias.
É o caso da Gestão Integrada do Território (GIT), conceito criado por Eliezer Batista como um passo à frente, melhor seria dizer muitos passos à frente em relação à ideia original de desenvolvimento sustentável, formulada adivinhem por quem? Por Eliezer Batista e pelo empresário suíço Stephan Schmidheiny no início dos anos 90.  Pois bem, a GIT foi concebida por Eliezer como um modelo capaz de enfeixar todas as variáveis em torno de um determinado projeto, sejam elas de ordem econômica, social, ambiental ou cultural. Grandes obras de infraestrutura, por exemplo, deveriam levar em consideração todo o entorno das construções, da preservação do meio ambiente à melhoria da qualidade de vida das populações locais, além do treinamento e capacitação dos funcionários. “Olhar um projeto apenas pelo seu aspecto econômico é ruim ´pra´ burro! ´Pra´ burro e ´pra´ gente também”, costumava dizer Eliezer, com seu estilo inconfundível, para logo depois soltar sua notória e inimitável gargalhada. Para ser viável e bem-sucedido, um projeto deveria harmonizar todos os seus vetores e combinar ganho econômico com preservação dos recursos naturais, melhor qualificação dos profissionais envolvidos, distribuição de renda, desenvolvimento social em toda a sua área de impacto e ampliação do empreendedorismo local. Todos os envolvidos precisam se beneficiar. “É como um tango. Alguém consegue dançar tango sozinho?”, dizia Eliezer. Tempos em que o acrônimo ESG não passava pela cabeça de ninguém. Quer dizer, de quase ninguém… Batista cunhou a máxima de que “no seu término, nenhuma obra deveria deixar a região pior do que quando começou”.
Eliezer Batista lançou também a ideia das “universidades corporativas”. Eliezer sempre defendeu que as grandes corporações nacionais se transformassem em lócus de saber para a formação de mão de obra qualificada, preferencialmente com elevado nível de conhecimento tecnológico. “No futuro, não haverá negócio e emprego fora da tecnologia”, falava, em tom incisivo. Eliezer pregava que empresas do porte da Petrobras, da AmBev e da própria Vale deveriam criar suas universidades, próprias ou vinculadas a terceiros, notadamente grupos da área de educação, com o objetivo de preparar capital humano para suprir a demanda do próprio Brasil. Uma das premissas era conter o êxodo de cérebros para outros países. Ao fim, todos os formandos poderiam disputar, por meio de concurso, postos de trabalho na fomentadora educacional. O projeto concebido por Eliezer era restrito à iniciativa privada, a quem caberia financiar as universidades e uma parcela significativa dos alunos, por meio de bolsas. No caso de grupos internacionais instalados no Brasil, o modelo previa convênios com o apoio dos respectivos governos estrangeiros. À época, entre 2012 e 2013, Eliezer chegou a manter contatos com o então vice-primeiro-ministro japonês, Taro Aso, em busca de um aliado para a implantação da ideia.
Em sua incessante produção de projetos estruturantes, Eliezer Batista debruçou-se como ninguém sobre a geoeconomia nacional. Era um obcecado defensor do redesenho das fronteiras internas. O ex-presidente da Vale considerava a divisão federativa do Brasil um “pé de galinha”, disforme e torta. Eliezer dedicou-se a profundos estudos sobre o tema para chegar a uma proposta de reconstrução das fronteiras domésticas com base não em interesses de ordem política ou administrativa, mas, sim, a partir das especificidades de cada região, de forma a combinar e potencializar variáveis como recursos naturais, logística, vocação econômica, densidade demográfica, mão de obra etc. Os preciosos mapas de Eliezer Batista se perderam na Vale, no Palácio do Planalto, na Firjan. Assim como tantas de suas ideias que evaporaram neste Brasil que insiste em não ser grande. O ideal é que o país tivesse outros Eliezer Batista. Na impossibilidade, já será ótimo se o Brasil reverenciar a memória e aproveitar os ensinamentos deixados por Eliezer, primeiro e único.

#Eliezer Batista #legado #Vale

Destaque

Exploração de fosfato na Amazônia é a “Margem Equatorial” da vez

1/07/2024
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Há um espécie de “Margem Equatorial” na área de fertilizantes, que está provocando um bate-cabeça entre diferentes instancias de Poder. O Ministério Público Federal se mobiliza para conter, judicialmente, a extração de potássio em uma grande faixa territorial na Amazônia em torno de Autazes (AM). Há informações de que o MPF avalia, inclusive, levar o caso à Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A alegação é que as comunidades indígenas e quilombolas da região não foram consultadas previamente sobre os projetos minerais, conforme determina a Convenção 169 da OIT. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se opõe à extração de potássio em Autazes, como de costume criando fricção com outros integrantes do governo. A começar pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defensor dos projetos na região.

Aqui o paralelo com a Margem Equatorial ganha ainda mais sentido pela onipresença da Petrobras: Silveira vislumbra a fronteira de potássio de Autazes como um lócus potencial para a retomada dos investimentos da companhia da área de fertilizantes.

O Brasil tem uma dependência praticamente absoluta das importações de potássio, que respondem por mais de 95% do consumo interno. Autazes é a maior possibilidade já colocada do país reduzir esse dramático déficit.

Nesse caso específico, os embates entre diferentes esferas do Estado têm um agravante. Diferentemente da Margem Equatorial, a ofensiva do MPF e da ministra Marina Silva mira em projetos já aprovados por autoridades da área do meio ambiente, ainda que em nível estadual. É o caso do megaempreendimento da Potássio do Brasil, empresa controlada por uma miríade de fundos de investimentos dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, entre os quais CD Capital, Sentient Equity Partners e Forbes & Manhattan Barbados. Orçado em mais de US$ 2,5 bilhões, o chamado “Projeto Autazes” prevê a producao anual de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano. Em maio, o MPF solicitou à Justiça a paralisação de todas as atividades, não obstante a operação já ter recebido a Licença de Instalação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

O Ministério Público recomendou até mesmo à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que cancelasse o termo de cooperação firmado com a Potássio do Brasil. A investida dos procuradores contra um projeto já aprovado por determinadas instâncias da área ambiental gera automaticamente insegurança jurídica – um “produto” tipicamente brasileiro – e se torna um fator inibitório para novos investimentos na região.

#Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Ministério Público Federal

Mercado

É bom seguir o rastro da Previ na Vibra Energia

1/07/2024
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Na última sexta-feira, circulou no mercado a informação de que a Previ voltou a comprar um volume mais expressivo de ações da Vibra em Bolsa. Em março, o fundo de pensão já havia feito um movimento semelhante. A Previ já ultrapassou os 5%, o que lhe dá direito de voto nas assembleias de acionistas. Foi o suficiente para eleger, com o apoio de outros minoritários, o seu diretor de investimentos, Claudio Gonçalves, para uma cadeira no conselho da companhia. Se atingir 10%, crescem as chances de emplacar um segundo nome no board. Como em qualquer movimento mais sensível feito pela Previ, nunca se sabe ao certo onde termina sua estratégia de investimento e começam os interesses do governo. Tratando-se do antigo braço de distribuição de combustíveis da Petrobras e do permanente flerte da gestão Lula com a sua reestatização, nesse caso a resposta não parece ser tão difícil… Procurada pelo RR, a Previ não se manifestou.

#Previ #Vibra Energia

Política

Quando Lula fala demais, o Brasil ganha de menos

1/07/2024
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A nova bravata de Lula contra Javier Milei, ao exigir um “pedido de desculpas ao Brasil”, calou fundo no Ministério de Minas e Energia. A cutucada se dá justamente no momento em que o ministro Alexandre Silveira e sua equipe estão submersos em mais uma rodada de negociações com o governo argentino para a importação de gás do campo de Vaca Muerta. No Ministério, há, inclusive, a expectativa de que uma delegação liderada pelo próprio Silveira vá a Buenos Aires durante o mês de julho para tratar do assunto. No mês passado, uma comitiva da Petrobras já esteve na Argentina para discutir com autoridades locais possibilidades de rotas para o transporte do gás para o lado de cá da fronteira.

#Lula

Destaque

Agora só falta a própria Graça Foster voltar para a Petrobras

20/06/2024
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Com a posse de Magda Chambriard e dos novos diretores, as atenções dentro da Petrobras se voltam agora para as mudanças em cargos-chave nas gerências executivas (GEs). O RR conversou com duas fontes de áreas distintas da estatal. Segundo informações que já circulam nos corredores da empresa, Magda está montando uma estrutura à imagem e semelhança da visão do governo em relação à Petrobras, em um nível de alinhamento que talvez só encontre paralelo na gestão de Maria das Graças Foster. E a citação à ex-presidente da empresa não é uma mera figura de linguagem, ao menos a julgar pelos nomes. A começar por Mario Jorge Silva, que estaria assumindo a fulcral área de Estratégia e Planejamento. Mario Jorge era uma espécie de xodó de Graça Foster. Em sua gestão, conduziu variados projetos demandados diretamente pela presidente da companhia. Liderou também o Programa de Otimização de Custos Operacionais (Procop), uma tentativa de conter os prejuízos da estatal com a queda brusca dos preços do petróleo em 2015. Em outro front, Renata Szczerbacki deverá assumir a gerência executiva de Desempenho Empresarial. Renata tem uma longa trajetória na área de Estratégia da Petrobras, quando a gerência era comandada por Antônio Eduardo de Castro. Este último também é historicamente ligado a Graça Foster desde a época em que ela ocupava a diretoria de Gás e Energia da empresa. Na ocasião, por sinal, Magda Chambriard era diretora-geral da ANP. Em tempo: Antônio de Castro foi alvo do que dentro da própria Petrobras é lembrado até hoje como uma “rasteira” de Aldemir Bendini, que assumiu a presidência da estatal em 2015 em uma tentativa do governo de estancar a crise da Lava Jato. Após liderar todo o processo de reestruturação da Petrobras, com o suporte da renomada consultoria BCG, Castro foi jogado para escanteio por Bendine, sendo “exilado” em um posto na Liquigás. Desde então, nunca mais assumiu um cargo executivo na Petrobras Holding.
As gerências executivas (GEs) têm um peso enorme na estatal. Se o Conselho e a diretoria comandam a direção da locomotiva, são as GEs que, de carta forma, controlam a velocidade do trem – ou até mesmo se algum vagão vai descarrilar. O segundo escalão tem um papel importante na execução dos projetos e, em muitos casos, possuem competência administrativa e financeira para aprovação de decisões relevantes. Nesse momento de chegadas e partidas, há também alguns nomes que devem permanecer nesse comboio. É o caso de Danilo Ferreira da Silva, chefe de gabinete da presidência. Silva é uma indicação direta do Palácio do Planalto. De origem sindical, foi dirigente da FUP (Federação Única dos Petroleiros) e ocupou uma cadeira no Conselho da estatal como representante dos funcionários. É mais um executivo próximo a Graça Foster: foi assessor da presidência na sua gestão. Outra área da Petrobras em que tudo deve ficar como está é a Secretaria Geral (Segepe), uma espécie de gabinete guardião das decisões da diretoria executiva. Todas as pautas estratégicas do alto comando da empresa passam pela Segepe: a Secretaria organiza as reuniões de diretoria executiva e registra suas deliberações. À frente do cargo, está um dos personagens mais resilientes entre as gerências executivas da Petrobras. João Gonçalves Gabriel responde pela Segepe desde a gestão de Sergio Gabrielli. Ou seja: antes de Magda, já passou – e sobreviveu – por outros dez presidentes.
Ainda de acordo com as informações que correm na Petrobras, Tiago Homem, que ocupava a gerência executiva de Desempenho Empresarial, deve terminar a dança das cadeiras sem ter onde se sentar. A tendência é que retorne à área operacional. O executivo ganhou notoriedade recente por um motivo insólito: em junho do ano passado, foi autor de um artigo defendendo a reinjeção de gás natural associado a petróleo em poços da companhia. O texto foi compartilhado pelo então presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em seu perfil no Twitter. A postagem foi considerada uma provocação ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, seu desafeto, que já criticou por diversas vezes essa prática na estatal

#Maria das Graças Foster #Petrobras

Governo

Diretor da Agência de Mineração é a nova presa de Alexandre Silveira

14/06/2024
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Nem de longe a Agência Nacional de Mineração é um “troféu” do tamanho da Petrobras. Mas, depois da ofensiva que levou à demissão de Jean Paul Prates, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, trabalha agora para detonar o diretor-geral da agência reguladora, Mauro Henrique de Souza. A relação entre ambos é cheia de arestas. E as circunstâncias jogam a favor da ofensiva do ministro. Souza está todo enrolado em meio às investigações conduzidas pela Polícia Federal em torno da exportação de 27 mil toneladas de manganês sem origem legal comprovada. A operação teria sido autorizada pelo próprio diretor-geral da ANM. Souza tem mandato até 2026, mas isso é apenas um detalhe. No setor, o entendimento é que basta um sopro um pouco mais forte para derrubá-lo do cargo. Como se não bastasse a disposição do ministro, o número 1 da ANM também não conta com a simpatia de outros diretores da agência reguladora.

#Agência Nacional de Mineração #Alexandre Silveira

Destaque

Governo ainda tem cartas para colocar sobre a mesa do ajuste fiscal

13/06/2024
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A histeria com que o mercado financeiro vem tratando as dificuldades para o fechamento das contas públicas – com previsões de déficits primários de 0,7%, em 2024, e 0,6%, em 2025, frente às projeções de 0% do Ministério da Fazenda para os dois anos – parece despropositada. É claro que o fiscal influencia todas as principais variáveis macroeconômicas e os números das nossas contas não são nenhuma maravilha. Mas a vociferação em uníssono dos analistas está alguns tons acima do diapasão.

Segundo industriais ouvidos pelo RR, pelo menos quatro em cinco fontes – a publicação não consultou instituições financeiras porque todas já dizem o que pensam no Boletim Focus -, consideram que ainda há margem de manobra para zerar o déficit nas contas do governo. Se sair da meta, será por poucas casinhas decimais: 0,3% ou 0,4%, respectivamente em 2024 e 2025, seriam hipóteses razoáveis. Vale ressalvar que, quando se trata dos grandes números, um pequeno percentual faz diferença. Mas essa premissa, que está levando o fiscal como matriz de todos os problemas da República, é, no mínimo, exagerada.

Primeiro o PIB pode – e deve – crescer mais do que a projeção quase inercial do Boletim Focus do início da semana (2,5%, em 2024; 2%, em 2025; e os mesmos 2% em 2026), pois o deflator do Produto, mesmo que menor do que no ano passado, aumentará um pouquinho o índice. E ainda há espaço para crescimento, como mostrou a alta de 0,8% do PIB no primeiro trimestre, acima do que previa o mercado. E o aumento da renda e do consumo, que estão puxando o Produto Interno Bruto, não cai de uma hora para outra. Um PIB maior não obrigatoriamente leva a um resultado primário mais favorável. Mas é uma excelente sinalização. Há também um desdém em relação à margem de manobra dos ministros Fernando Haddad e Simone Tebet. Esta última trabalha calada, mas em pautas delicadas que poderiam levar a soluções estruturais para o desafio de reduzir os desequilíbrios fiscais recorrentes.

Haddad toca de ouvido com a ministra do Planejamento. São as seguintes as propostas de Tebet: mudança na regra do salário-mínimo; desindexar as contas públicas do salário-mínimo, notadamente as da Previdência (60% do orçamento comprometidos); e flexibilização do piso constitucional das transferências do orçamento para as áreas de saúde e educação. Mexer no cálculo de correção do mínimo em ano eleitoral parece suicídio político. Sobram as outras duas medidas, que certamente estarão na pauta do segundo semestre. Mas exigirão que se mexa em uma PEC e se aprove outra. Vai sair caro o aval do Congresso.

Outra iniciativa provável é que o governo use o contingenciamento para excluir despesas do orçamento federal. Novamente a medida colide com o ano eleitoral. Menos dinheiro para o governo investir em um calendário eleitoral crucial e reduzir a sua posição de refém político. Contudo, está dado que o corte de despesas é uma profecia autorrealizável. Existem ainda R$ 520 bilhões intactos em benefícios fiscais. Desse total, R$ 200 bilhões estão “voando”, ou seja, o fisco não sabe quais empresas foram beneficiadas. Na declaração do Imposto de Renda da pessoa jurídica deste ano, todas as empresas serão obrigadas a informar suas vantagens tributárias. O governo também teria R$ 89 bilhões em ativos imobiliários – Paulo Guedes dizia que superavam R$ 1 trilhão; vai ver colocou a Petrobras na conta. Não se sabe se as praias, que alguns parlamentares consideram privatizáveis, também estão no montante. Mas existem ainda recursos potenciais a serem levantados.

A Câmara dos Deputados aprovou há sete dias o projeto de lei complementar que regulamenta a securitização da dívida da União, estados, Distrito Federal e municípios. A securitização envolve a venda com deságio dos direitos de receber dívidas, sejam elas tributárias ou não. Entretanto, é capaz do governo, a exemplo dos benefícios fiscais, não saber bem quem são os devedores. De qualquer forma, desse montante, R$ 46 bilhões já estão previstos para reforçar o caixa da União. Os números chegam a ser extravagantes. Existem previsões que alcançam os R$ 5,7 trilhões para serem repartidos entre os entes da Federação. Um percentual de 50% do valor aferido, seja ele qual for, será destinado à Previdência, o que para a União não é parte do problema, mas da solução.

Achar que a Fazenda não tem mais cartas para trazer o déficit primário para próximo da meta, quiçá dentro dela, é subestimar em demasia a musculatura do governo quando se trata de arrecadar mais. Ou mesmo se o instinto de sobrevivência do governo o levará a fazer contingenciamento de crédito, o que era considerado um estigma no início da gestão Lula. No escurinho, no escurinho dos escritórios da Faria Lima, nem os financistas acreditam que o buraco orçamentário não pode ser tapado em 2024/25.

#Ministério da Fazenda #PIB

Destaque

Investimento em projeto de gás na Bolívia perde tração na Petrobras

11/06/2024
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Dentro da própria Petrobras, existem mais dúvidas do que certezas em relação à continuidade de um de principais projetos da companhia na área internacional: a exploração e produção de gás em San Telmo Norte, na Bolívia, região com reservas avaliadas em mais de US$ 6 bilhões. Há informações de que a empresa estaria reavaliando sua participação no negócio – um investimento superior a US$ 1 bilhão em parceria com a estatal local YPFB. Existe uma conjunção de fatores com potencial para arrefecer o interesse da estatal pela operação.

Para começar, guardadas as devidas proporções, San Telmo Norte é uma espécie de “Margem Equatorial” boliviana. Existe uma forte de pressão de ambientalistas, ONGs e comunidades locais contra o projeto. A área está localizada dentro da Reserva Nacional de Flora e Fauna de Tariquía. Uma amostra das dificuldades enfrentadas pela Petrobras:  há cerca de duas semanas, por questões de segurança, a companhia foi forçada a retirar do local equipes que trabalhavam na coleta de informações ambientais e hidrológicas do poço DMO-X3.

A decisão se deu por conta da organização de um protesto contra o empreendimento, com a paralisação de estradas da região. Em conversa com o RR, a Petrobras confirmou que “Considerando os bloqueios realizados por um grupo de membros da comunidade, a Petrobras Bolívia decidiu interromper a atividade de coleta de informações.” Segundo ela, “a atividade será retomada assim que as condições de acesso forem estabelecidas.”

A empresa ressalta ainda que, desde agosto de 2023, mantém “um diálogo permanente com lideranças e moradores das cidades localizadas na área de influência para socializar o projeto e seu escopo, destacando que, em estrito respeito à legislação ambiental boliviana, nenhuma atividade de construção e/ou perfuração será realizada antes da obtenção da Licença Ambiental.”

Perguntada especificamente se os conflitos locais podem pesar na decisão de continuidade ou não do investimento, a Petrobras não se manifestou. Outro fator que pode concorrer para uma eventual saída da Petrobras do projeto é o redirecionamento estratégico da companhia vinculado à chegada de Magda Chambriard à presidência.

A executiva já disse publicamente que a empresa precisa dar prioridade a investimentos no Brasil. Some-se a isso uma variável importante: a reserva de Vaca Muerta, na Argentina, com potencial de reordenar a geoeconomia do gás na América do Sul. A estatal argentina Enarsa já iniciou o processo de licitação para as obras de reversão do fluxo do Gasoduto Norte. A virada de chave permitirá que o gás de Vaca Muerta chegue ao Brasil, o que poderá reduzir significativamente a dependência do país em relação ao combustível boliviano. Com isso, o investimento da Petrobras em San Telmo Norte, uma estratégia pensada em outro momento e outra circunstância, perderia muito do seu sentido. A ver.

 

#Bolívia #Petrobras

Destaque

Ainda vai ser necessário furar muito poço de petróleo no Brasil

7/06/2024
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A expectativa em relação ao ritmo de substituição de combustíveis fósseis por fontes de energia limpa não está afinada com a realidade dos fatos e das cifras, a começar pelo próprio Brasil. É o que mostram as estimativas de investimento na exploração e produção de petróleo e em transição energética. As duas curvas – ambas em viés de alta – ainda estão bem longe de se encontrar. Ao menos nos próximos quatro anos.

Segundo dados do próprio governo, o próximo ciclo de inversões em transição energética no país deverá somar cerca de R$ 200 bilhões até 2028. Em contraponto, de acordo com a ANP, a projeção de investimentos na área de E&P para o mesmo período é de R$ 514 bilhões – mais de 75% sob responsabilidade da Petrobras. Significa dizer que a mudança na matriz energética brasileira ainda seguirá, por um bom tempo, em uma rotação mais lenta do que no restante do mundo. No ano passado, os aportes globais em geração limpa bateram em US$ 1,7 trilhão, superando os valores em combustíveis fósseis (cerca de US$ 1 trilhão) pelo segundo ano consecutivo.

Diante desses números, é bastante improvável que o apelo de prestigiados cientistas – como Carlos Nobre, o mais respeitado climatologista brasileiro – para que o país não abra novos poços de petróleo seja atendido. Não no médio prazo. E esta não é uma limitação apenas do Brasil. Não obstante a disparada dos investimentos em energia verde, pensar em um mundo livre de fontes fósseis ainda é utopia. Há, inclusive, quem afiance que esse dia talvez nunca chegue. Em março, por exemplo, o CEO da gigante Saudi Aramco, Amin Nasser, disse com todas as letras que “a transição energética está fracassando” e “os formuladores de políticas deveriam abandonar a fantasia de eliminar petróleo e gás”, uma vez que “a demanda por combustíveis fósseis deve continuar a crescer nos próximos anos.” De fato, a ladeira é íngreme. A geração eólica e solar, por exemplo, ainda responde por apenas 13% da produção global de energia.

#Petrobras #Petróleo #Saudi Aramco

Fundo de pensão

Magda Chambriard começa a moldar a Petros a sua imagem e semelhança

7/06/2024
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Nos corredores da Petros, o comentário geral é que a saída do diretor de investimentos, Paulo Werneck, anunciada no início da semana, foi apenas o primeiro acorde para uma ampla dança das cadeiras na direção do fundo. O que se diz é que a próxima troca será na diretoria financeira, a cargo de João Marcelo Torres. Já antevendo aonde a música pode chegar, Henrique Jäger, presidente da Petros, tem buscado apoio do Sistema Petrobras para permanecer no cargo. Vai ser difícil. Magda Chambriard teria recebido carta branca para reformular a direção da entidade de previdência.

#Magda Chambriard #Petros

Energia

Risco de crédito pode dificultar venda de óleo diesel para a Argentina

4/06/2024
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Mais um ruído nas relações entre os governos Lula e Javier Milei. Segundo informações que correm no Ministério de Minas e Energia, a estatal argentina Cammesa procurou a Petrobras com o objetivo de importar óleo diesel – há escassez do combustível para alimentar as térmicas locais. No entanto, a própria equipe do ministro Alexandre Silveira estaria reticente em relação ao negócio, pela falta de garantias financeiras. Recentemente, houve um episódio um tanto quanto rumoroso.
Na semana passada, o jornal argentino Clarín informou que a importação de 44 milhões de metros cúbicos de Gás Natural Liquefeito (GNL) por outro estatal argentina, a Enarsa, quase foi suspensa. De acordo com o veículo, a Petrobras teria rejeitado as garantias apresentadas pela empresa. Em contato com o RR, a companhia informou que a operação de venda de GNL para a Enarsa “ocorreu conforme acordado em contrato. Ambas as empresas atuaram para viabilizar o início de fornecimento, que já está acontecendo, no menor prazo possível.”. Perguntada especificamente sobre a possibilidade de comercialização de óleo diesel para a Cammesa, a Petrobras não se pronunciou sobre o assunto.

#Javier Milei #Lula #Ministério de Minas e Energia

Petróleo

Bolívia quer a Petrobras. A Petrobras que a Bolívia?

3/06/2024
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Lula deverá receber o presidente da Bolívia, Luis Arce, em julho. A julgar pelas informações que circulam no Itamaraty, a agenda deve ser extensiva à nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard. O governo boliviano já sinalizou aos canais diplomáticos brasileiros que pretende incluir na pauta uma possível parceria entre a empresa e a estatal local YPFB para a exploração e produção de óleo e gás no território vizinho. A empresa boliviana tem enfrentado dificuldades de caixa para tocar seus investimentos mais expressivos, notadamente em novos poços no norte do país. Interessa à Bolívia, mas será que interessa à Petrobras? Em sua primeira entrevista no cargo, Magda deixou claro que os investimentos no Brasil são prioritários para a companhia.

#Bolívia #Magda Chambriard #Petrobras

Destaque

Tarcísio Freitas enxerga mais do que gás em polêmico terminal da Cosan

29/05/2024
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O contencioso entre a Cosan e a ANP em torno do Terminal de Regaseificação de São Paulo (TRSP), em Santos, extrapolou as esferas administrativa e judicial e se tornou também, ou principalmente, uma questão política. Nesse caldeirão de interesses cruzados estão o empresário Rubens Ometto, o governador Tarcísio Freitas e o ministro Alexandre Silveira, além da diretoria da ANP. Em Brasília, correm informações de que Tarcísio chamou o assunto para si e tem feito pressão sobre Silveira e o presidente da ANP, Rodolfo Saboia, para a liberação completa do TRSP da Compass, braço de distribuição de gás da Cosan.
Para todos os efeitos, o governador saiu em defesa de um investimento de R$ 1 bilhão no seu estado. Estranho seria se fizesse o contrário. No entanto, o setor de gás já enxerga a imagem e o fundo nas motivações de Tarcísio Freitas. O governador teria vislumbrado no projeto da Compass/Cosan a possibilidade de transformar São Paulo em um hub de regaseificação e distribuição de gás.
Em última instância, um movimento que teria o potencial de reduzir o poder da Petrobras na venda do insumo para as concessionárias paulistas – Comgás, Gas Brasiliano e Gás Natural -, eventualmente com impacto na formação do combustível no estado. Nada mau para quem espera ter o PIB paulista ao seu lado em 2026, a começar pelo próprio Rubens Ometto, justamente um dos nomes do empresariado mais próximo do presidente Lula.
O assunto subiu de temperatura nos últimos dias. Na sexta-feira passada, a ANP aprovou a chamada pré-operação do terminal. Mas aprovou meio assim, não aprovando. A agência não deu aval para a passagem do GNL pelo gasoduto Subida da Serra, pertencente à Comgás, controlada pela Compass.
O uso do pipeline é o pulo do gato, a peça que garante a economicidade de todo o negócio para o grupo de Ometto. É também o ponto nevrálgico do imbróglio, pelo seu potencial de mudar o jogo de forças no mercado de gás. Conforme o Valor Econômico informou no último dia 9, há uma disputa, mezzo semântica, mezzo técnica, sobre a classificação do gasoduto Subida da Serra. A Arsesp, agência reguladora de São Paulo, considera o pipeline meio de distribuição e parte integrante da base de ativos da Comgás. A ANP pensa diferente e classifica o gasoduto como uma estrutura de transporte.
Nesta segunda categoria, há a cobrança de uma tarifa específica sobre o gás que passa pelo duto. É justamente o que a Compass/Cosan tenta derrubar, o que despertou a reação contrária de outros players do segmento de transporte de gás. Ainda de acordo com o Valor Econômico, a ATGás (Associação de Empresas de Transporte de Gás Natural por Gasoduto) entrou com uma ação judicial para impedir a operação do TRSP.
A Justiça negou uma liminar, mas ainda não analisou o mérito. A alegação de concorrentes como a NTS (Nova Transportadora do Sudeste), leia-se Brookfield e Itaúsa, e TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil), controlada pela Petrobras, é que a Cosan quer montar um monopólio do gás em São Paulo, a partir do terminal de regaseificação e da sua privilegiada posição de controladora das duas maiores distribuidoras do estado, a Comgás e a Gras Brasiliano.

#Cosan #Rubens Ometto #Tarcísio Freitas

Destaque

Cemig e ISA se enroscam nas linhas de transmissão da Taesa

27/05/2024
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Há alguns nós na fiação societária da Taesa, uma das maiores empresas de transmissão de energia do Brasil. No setor, correm feito eletricidade relatos de divergências entre a Cemig e a colombiana ISA – as duas principais acionistas, respectivamente com 36% e 26% do capital votante. O trade off entre mais dividendos ou mais investimentos é apontado como o principal motivo de fricção. Ou seja: guardadas as devidas proporções, uma espécie de “dilema Petrobras”, em referência ao imbróglio decisivo para a queda de Jean Paulo Prates.
Há informações de que a ISA defende um freio na distribuição de lucros ainda maior do que o anunciado na semana passada, com o objetivo de fazer caixa para financiar um projeto de expansão mais arrojado. A proposta, no entanto, não encontra ressonância na Cemig, que parece ter outras prioridades. Nesse caso, a empresa estaria enxergando a questão não exatamente pelos próprios olhos, mas, sim, pelos do seu acionista controlador. Mais dividendos da Taesa significam mais dividendos da própria Cemig, que, por sua vez, significam uma transferência maior de recursos para o Tesouro de Minas Gerais.
Procuradas, Cemig e ISA não se manifestaram.
Na semana passada, o Conselho de Administração da Taesa aprovou a troca da base de cálculo dos dividendos – o lucro líquido regulatório substituiu o IRFS (padrão internacional de contabilidade). Com isso, a estimativa é o que o dividend yeld caia de 11% para 8% neste ano. Ainda assim, no entendimento de analistas – e provavelmente da própria ISA – o ganho de caixa gerado com a mudança não será suficiente para suportar uma ampliação dos investimentos no nível necessário.

De um lado, a Taesa tem sobre si o peso de uma alavancagem razoavelmente alta – a relação dívida líquida/Ebitda é de quase quatro vezes, índice que tende a crescer neste ano por conta dos projetos em desenvolvimento; de outro, a empresa vive uma espécie de “vai ou racha” em relação ao seu planejamento de mais longo prazo. Muito em razão das limitações de caixa, a Taesa não participou dos últimos dois leilões de transmissão da Aneel, o que cria um vácuo no “rejuvenescimento” da sua carteira de ativos. O tempo médio restante das suas concessões é o menor entre as grandes empresas de transmissão do país – 14 anos. Das 43 licenças de transmissão, 13 vencem em oito anos, sendo quatro delas em apenas seis anos. Ou seja: se não houver uma ampliação do portfólio, a Taesa corre o risco de ter uma “barriga” em sua receita já a partir de 2030. Mas, até lá, é possível que isso não seja mais um problema da Cemig.
A atual posição da distribuidora mineira na Taesa é uma incógnita.
A Cemig tem um pé dentro e outro fora da empresa. A estatal já anunciou a intenção de se desfazer da participação dentro do seu plano de desinvestimento. A informação é que teria, inclusive, sondado possíveis candidatos, o que talvez não passe de um jogo de pôquer para dourar a pílula. A ISA é vista no setor como a mais forte candidata à compra da participação. Há até quem diga que o assunto é objeto de conversas entre a estatal mineira e o grupo colombiano já faz pelo menos um ano. Assim como os dividendos, seria mais uma pauta de dissenso entre ambos.

#Cemig #ISA #Taesa

Sondagem

O que esperar da Petrobras de Magda Chambriard?

24/05/2024
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A gestão de Magda Chambriard, eleita na manhã de hoje para a presidência da Petrobras, começa sob muitas dúvidas e poucas certezas. A forma como o acionista controlador da vez enxerga a estatal é sabida. Os planos do governo Lula para a empresa são cantados e decantados desde a campanha eleitoral. No entanto, em um ano e meio de mandato, muito pouco ou quase nada andou, por questões variadas e complexas que vão além deste ou daquele presidente. Nesse contexto, o que esperar da Petrobras de Magda Chambriard? O RR realizou uma sondagem junto a oito especialistas da área de petróleo, sendo dois deles da própria companhia, com o objetivo de aferir os caminhos mais ou menos exequíveis para a estatal até o fim do governo Lula em temas-chave. A partir da análise, foi possível classificar cada tópico pela sua probabilidade (Muito provável, provável, pouco provável e improvável).
  • Retorno ao setor de fertilizantes (Pouco provável) 
É público e notório que o governo Lula quer a volta da Petrobras à produção de fertilizantes. A ideia, dita desde a campanha eleitoral, sempre foi usar a empresa para enfrentar um enorme paradoxo: o Brasil é uma potência agrícola que não produz adubo e depende das importações para atender a quase 90% da demanda. Até o momento, no entanto, a Petrobras sequer conseguiu decidir o que fazer com antigos projetos paralisados – como a fábrica de nitrogenados de Três Lagoas (MS), a UFN3 -, quanto mais avançar sobre novos investimentos. Da vontade manifesta do governo à realidade, vai uma grande distância. Entre os especialistas ouvidos pelo RR, há uma descrença de que a Petrobras conseguirá empreender nessa área. A primeira pergunta feita é “Quem será o agente financiador?”. A empresa não conta mais com um orçamento “infinito” como no passado. Construir uma fábrica de fertilizantes é muito caro. A título de exemplo: a UFN3 já consumiu mais de R$ 3 bilhões para a execução de 80% das obras. “Fertilizantes ou refino?”, pergunta um dos consultados, como que já sabendo a resposta. Não cabe tudo no caixa da empresa. Na hora H, a gestão de Magda Chambriard terá de eleger prioridades, e renunciar a projetos, ainda que a contragosto. Os fertilizantes deverão estar nessa segunda categoria.
  • Margem Equatorial – (Improvável)
Alguns dos especialistas até dizem ser possível a Petrobras avançar com a Margem Equatorial. Mais do que possível, necessário. Para além das campanhas de exploração em curso, não há outro ativo com tamanho potencial. A “Petrobras fóssil” terá de correr para lá. Mas trata-se de um projeto para médio prazo. O ambientalismo é o protagonista do momento e a companhia terá de cumprir muitas exigências do Ibama e do Ministério do Meio Ambiente para avançar no projeto. Nomes como Carlos Nobre, o mais respeitado climatologista brasileiro, clamam para que o país não fure novos poços de petróleo. Ou seja, atropelar o Ibama significaria um enorme dano reputacional para o governo Lula. Seria quase que a segunda “Belo Monte”, em referência à desgastante discussão que levou Marina Silva a deixar o governo no segundo mandato do petista. Para completar, há uma COP30 logo ali na frente, em novembro do ano que vem. Nesse contexto, esperar é preciso. Entre os consultados pelo RR, há quem veja que o governo vai tentar ganhar tempo, sem jamais descartar o investimento. Pelo contrário. A Margem Equatorial é um ativo. A ser realizado somente em um tempo futuro qualquer.
  • Aumento dos dividendos – (Improvável)
 Jean Paul Prates não caiu em vão. O mercado vai espernear, os investidores vão se distanciar da estatal, a companhia muito possivelmente será castigada na bolsa. Paciência! Os analistas ouvidos pelo RR, inclusive os dois nomes da própria Petrobras, praticamente afiançam que a retenção de dividendos veio para ficar. A ordem é gerar caixa para aumentar investimentos. Segundo um estudo do próprio BNDES, entre 2000 e 2021, a Petrobras teve uma participação média de 7% na formação bruta de capita fixo (FBCF). O número, no entanto, esconde uma ladeira, por onde o próprio Brasil rolou. Esse índice chegou ao pico em 2009 (11,1%) até despencar para 2,8% em 2021. A intenção do governo é que a Petrobras volte a ser uma indutora de investimentos. Até porque há um PAC de R$ 1,7 trilhão pela frente.
  • Mudança na política de preços (Improvável)
 “Qual política de preços?”, pergunta um dos entrevistados, entre o chiste e a provocação. No ano passado, Jean Paul Prates chegou a afirmar que a métrica de precificação dos combustíveis adotada pela empresa tinha 40 mil variáveis. O mercado já se contentaria se Prates tivesse conseguido explicar com clareza umazinha delas, pelo menos. A percepção que se tem é que hoje a política de preços da Petrobras é não ter política. E que esse “modelo” vai permanecer com Magda Chambiard. O mais esperado é que o governo pouco fale sobre o assunto. E a nova CEO, também. E o que tiver de ser feito, será feito. Ou melhor, continuará sendo feito. Os preços permanecerão ligeiramente descalibrados para baixo. Quando e se o petróleo tiver uma queda mais significativa, a estatal reduzirá mais um pouquinho. Quando e se o petróleo tiver uma alta mais expressiva, aí a Petrobras vai matar no peito e assumir as perdas, sem repasse ao consumidor. O governo sabe que tem um canhão nas mãos para conter a inflação. E vai usá-lo.
  • Retorno à distribuição de combustíveis (Provável)
 “Vamos ter surpresas”, foi a frase dita por Jean Paul Prates em outubro do ano passado, ao ser perguntado sobre o retorno da Petrobras à distribuição de combustíveis. A tal surpresa ainda não veio, mas os especialistas são quase unânimes em afirmar que Magda Chambiard terá como uma de suas principais missões pavimentar o caminho de volta da estatal ao segmento. Basicamente, há duas opções. Uma delas é a aquisição de um player do setor. Nesse caso, todos os caminhos levam ao passado, ao reimplante de uma costela que saiu da Petrobras. A ideia de recompra da Vibra, a antiga BR, vai e volta, volta e vai desde o início do terceiro mandato de Lula. Há alguns meses, surgiram notícias sobre estudos na Petrobras para a aquisição de uma fatia entre 20% e 40% da empresa. Não seria uma “brincadeira” lá muito barata. O estatuto da Vibra prevê uma poison pill, obrigando qualquer investidor que atingir 25% de participação a lançar uma oferta para comprar o restante das ações e fechar o capital da companhia. Para isso, teria de pagar a cotação máxima do papel nos 18 meses anteriores, atualizada pela taxa DI mais um prêmio de 15%. Apenas a título de ilustração: se uma oferta fosse realizada hoje, o preço-referência seria R$ 26,60, o pico do papel no último um ano e meio. Pela regra, a aquisição da totalidade das ações da Vibra exigiria algo como R$ 41 bilhões. Uma alternativa levantada por alguns dos analistas que conversaram com o RR seria a compra da Ipiranga, junto ao Grupo Ultra, hipótese que também foi objeto de especulação algumas vezes. A outra possibilidade para o retorno da Petrobras ao setor seria começar uma operação do zero, montando uma rede de postos. Ressalte-se que a estatal tem um ativo, quase que certamente o melhor ativo para regressar ao segmento de distribuição: a marca BR. A estatal já divulgou que não tem interesse de renovar o contrato de cessão do brand para a Vibra, que vence em 2029. Talvez não tenha dito tudo. Há quem acredite na disposição da nova gestão em buscar mecanismos jurídicos para antecipar o fim do acordo e a retomada do direito de uso da bandeira BR.
  • Investimentos em transição energética (Muito provável)
 Se a estratégia da Petrobras fosse uma moeda, a Margem Equatorial estaria de um lado, e a geração renovável de outro. Ambas não são necessariamente excludentes. Mas a eventual inviabilidade ou mesmo a demora nos planos da Petrobras de explorar a nova fronteira petrolífera reforçam um modelo de negócio em que a energia renovável ganhe relevância. Mesmo porque os motivos que brecam um caminho são os mesmos que empurram na direção do outro: a questão ambiental e a crescente anatematização dos combustíveis fósseis – para não falar da sua finitude. Praticamente tudo que a Petrobras tinha em nova energias – notadamente biocombustíveis – foi desmontado nos governos Temer e Bolsonaro. Os especialistas apontam que o futuro da Petrobras, como de qualquer grande petroleira, é se transformar em um conglomerado energético lato sensu. Um dos consultados da própria Petrobras fez referência ao slogan da gestão de Graça Foster, antes da queda dos preços com a produção de shale gas nos Estados Unidos e a deflagração da Lava Jato: “O desafio é a nossa energia”, um mote que remetia aos planos de diversificação da empresa. O entendimento é que esta será uma das missões entregues pelo governo a Magda Chambriard. O atual plano estratégico da empresa prevê, para o período entre 2024 e 2028, US$ 11,5 bilhões para a descarbonização das operações. É pouco? É muito. “Qualquer coisa já será mais do que a Petrobras fez até agora no atual governo”, diz um dos “árbitros” consultados pelo RR.
  • Aumento das operações de refino (muito provável)
Um dos raros pontos unânimes entre os analistas com os quais o RR conversou. A Petrobras vai aumentar consideravelmente os investimentos em refino. Nada mais sintomático do que a renegociação dos Termos de Compromisso de Cessação (TCC) com o Cade, aprovada pelo órgão antitruste exatamente nessa semana. Com isso, a estatal não tem mais qualquer obrigação de vender ativos na área de refino, um compromisso costurado na gestão de Pedro Parente, no governo Temer, e firmado posteriormente, no governo Bolsonaro. A decisão já alimenta especulações sobre o interesse da companhia em recomprar refinarias privatizadas nos últimos anos, como RLAM, Reman e SIX. Pode ser. Mas, por ora, a prioridade da nova gestão será concluir as obras da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. Na lista de possibilidades de novos investimentos foi citada também a retomada mais grandiosa do Comperj e a revisitação dos empreendimentos de refino Premium, no Nordeste.
  • Fomento à indústria naval (Provável)
Este foi um dos temas que mais provocou divisão entre os entrevistados no survey. Ninguém duvida do desejo do governo em usar a Petrobras como um instrumento de retomada da construção naval no país. Mas os investimentos no setor têm de estar obrigatoriamente indexados à projetos de exploração e produção de petróleo. E, quase que por osmose, vinculados à estatal. A estimativa é que até 2028 serão investidos cerca de R$ 514 bilhões em E&P no Brasil. Mais de 70% desse valor sairão da Petrobras. Encomendas de embarcações são feitas, na média, com uma antecedência de cinco anos. Ou seja: é possível que pedidos atrelados à expansão das atividades em E&P até 2028 já tenham sido realizados ou estejam na iminência de serem fechados. Em março, a estatal informou que contratará cerca de 200 embarcações de apoio no período, tanto para a substituição de contratos vigentes quanto para o incremento da frota. A empresa estima que “haverá oportunidades de construção de até 38 novas embarcações”. A previsão é de uma demanda por 14 novos navios-plataformas, “com oportunidades para a indústria offshore brasileira.” Seria um ponto de partida para a recuperação do setor de construção naval no Brasil. Outra hipótese levantada na sondagem foi a possibilidade de deslocamento de pedidos que já estivessem sendo negociados com estaleiros internacionais.
  • Maior influência política (Muito provável)
O “muito provável” é até pouco para expressar as considerações colhidas na sondagem. Entre os entrevistados houve um consenso, pode se dizer enfático, de que haverá uma maior interferência do acionista controlador na gestão da Petrobras. O alinhamento de ideias e propostas com a gestão Lula foi o critério que mais pesou para a nomeação de Magda Chambriard. Há, inclusive, quem diga que ela está mais para uma “ministra da Petrobras” do que para CEO, diante da expectativa de uma maior observância a políticas de governo. Mas existe também quem faça uma ressalva: o fato de a Petrobras ser controlada pela União não é garantia de uma captura ampla, geral e irrestrita pelo governo. Por premissa, todos os presidentes da República e grupos políticos no poder têm influência sobre a estatal. A questão é o quanto o presidente tem de força para realmente interferir em questões estratégicas e o alcance dessa ingerência. Houve grande evolução na governança da empresa após os escândalos de corrupção e os processos judiciais dentro e fora do Brasil. Por mais incrível que possa soar, Jair Bolsonaro trocou CEO da Petrobras como quem troca de roupa – foram quatro durante o seu mandato – e não conseguir intervir, ao menos não na medida desejada, nas diretrizes da estatal.

#Magda Chambriard #Petrobras #presidência

Destaque

Governo vai “convocar” grandes empreiteiras para a reconstrução do Rio Grande do Sul

24/05/2024
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A tragédia do Rio Grande do Sul deverá trazer novamente para uma posição de relativo protagonismo as maiores empresas de construção pesada do país, que foram praticamente alijadas das obras públicas pela Lava Jato. O governo Lula já dá como certa a contratação das grandes empreiteiras para o enorme esforço de recuperação do Rio Grande do Sul, notadamente as big five do setor – OEC (ex-Odebrecht), Álya (ex-Queiroz Galvão), Metha (ex-OAS), Camargo Corrêa (Mover Participações) e Andrade Gutierrez. O entendimento é que, nos casos mais graves, não haverá tempo sequer para a realização de concorrência.
O governo terá de recorrer a prerrogativas previstas na Lei nº 8.666/1993, que permite a dispensa de licitação em casos de emergência ou de calamidade pública. Há um estado a ser refundado, com um volume de obras colossal, ainda sequer quantificado. No Palácio do Planalto, não existe qualquer óbice à convocação das grandes empreiteiras para a reconstrução das cidades gaúchas, o que poderá marcar o retorno dessas empresas, em larga escala, a obras públicas. Até porque no entorno do presidente é notória a rejeição aos métodos da Lava Jato.
O próprio Judiciário, mais precisamente o STF, tem legitimado a volta ao game das maiores construtoras nacionais. Em fevereiro, o ministro André Mendonça autorizou todas as empresas que fecharam acordo de leniência no âmbito da Lava Jato a renegociar os termos. No mesmo mês, o ministro Dias Toffoli suspendeu o pagamento das multas da Odebrecht. Esse processo de revisionismo da Lava Jato contempla também pessoas físicas, vide a decisão do próprio Dias Toffoli de anular todos os atos da 13ª Vara Federal de Curitiba contra Marcelo Odebrecht, anunciada na última terça-feira.
Nos últimos dez meses, OEC e Andrade Gutierrez foram reabilitadas a prestar serviços para a Petrobras, após uma foram década no índex da estatal. Em 2021, a Álya, ainda com o nome de Queiroz Galvão, venceu a licitação do governo federal para realizar obras de transposição do São Francisco, um contrato de R$ 938 milhões. Foi o primeiro contrato público da empresa em sete anos. É uma retomada ainda lenta, vis-à-vis os efeitos negativos da Lava Jato sobre a indústria da construção pesada. A Operação custou aproximadamente 4,5 milhões de empregos. Os contratos escassearam; o crédito público secou; a exportação de serviços foi praticamente exterminada.
O impacto negativo sobre o PIB é estimado em 3,5%. Em 2013, ano que antecedeu o início da Lava Jato, a receita total do segmento foi de R$ 138 bilhões. Uma década depois, esse número era de R$ 56 bilhões. Ainda em 2013, o quinteto Odebrecht/Andrade Gutierrez/Camargo Corrêa/Queiroz Galvão e OAS faturou R$ 29,8 bilhões. No ano passado, a receita somada não chegou a R$ 10 bilhões.

#Álya #Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Metha #OEC #Rio Grande do Sul

Fundo de pensão

Presidente da Petros busca uma coalizão para se manter na cadeira

24/05/2024
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O presidente da Petros, Henrique Jäger, vem tentando se blindar da iminente dança das cadeiras na diretoria da fundação – informação antecipada pelo colunista Lauro Jardim, de O Globo. Jäger tem buscado o apoio do “chão de fábrica” da Petrobras, notadamente da FUP (Federação Única dos Petroleiros), para se manter no cargo. Paralelamente, vem se dedicando também a articulações com entidades representativas dos aposentados da Petros, que têm também algum peso, principalmente pelas pontes junto ao PT. No entanto, o maior escudo de Jäger estaria no exterior, mais precisamente na China. Em grande parte, sua indicação à presidência da Petros, em 2023, é atribuída à Dilma Rousseff, hoje no Banco dos Brics. Jäger, não custa lembrar, também comandou o fundo de pensão no governo Dilma. Procurada, a Petros não quis se manifestar.

#Henrique Jäger #Petrobras #Petros

Governo

Graça Foster assumindo nova função no governo é a “volta dos que não foram”

15/05/2024
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A nomeação de Magda Chambriard para a presidência da Petrobras abre caminho para a ressurreição de Graça Foster. Em meio ao tiroteio de informações disparadas desde a noite de ontem, circula à boca pequena que a volta de Graça à estatal teria sido tratada na conversa que Lula manteve com Dilma Rousseff antes do anúncio da demissão de Jean Paul Prates. Uma das possibilidades cogitadas seria a indicação da executiva para o comando da ANP.

Essa medida exigiria uma intervenção à la PT, uma vez que o mandato do atual diretor-geral da agência, Rodolfo Saboia, se encerra apenas em dezembro deste ano. A interferência para abreviar a gestão de Saboia poderia ser feita de forma jeitosa, a partir de uma costura política, ou a fórceps, com uma pressão nos bastidores para a renúncia do atual nº 1 da ANP.

Outra hipótese aventada seria a indicação de Graça Foster para uma diretoria da Petrobras. A princípio, esse movimento poderia causar certa estranheza, pelo fato de uma ex-presidente da estatal voltar à empresa em um cargo hierarquicamente inferior. Mas está longe de ser algo incomum. Lula e Dilma são os próprios exemplos.

Após oito anos como presidente da República, o primeiro esteve perto de assumir a Casa Civil – só não o fez por culpa de Sergio Moro; já Dilma ocupa hoje o comando do Banco dos BRICs, o que pode ser considerado um downgrade para quem também foi eleita e reeleita para a Presidência. Olhando-se para prateleiras abaixo, há o caso de Miriam Belchior. Ministra do Planejamento no primeiro mandato de Dilma, Miriam ocupa atualmente a secretaria-executiva da Casa Civil.

Seja na ANP, seja na diretoria da Petrobras, a volta de Graça Foster seria uma espécie de compensação, ainda que tardia, pelos serviços prestados. Graça sempre foi muito próxima de Dilma Rousseff. Sob a ótica petista, a executiva foi sacrificada ao deixar a presidência da Petrobras, em 2015. Guardadas as devidas proporções, é vista como uma vítima da Lava Jato, assim como a própria Dilma. Que seja. O fato é que quem vai pagar o pato, como quase sempre, é a Petrobras. O eventual retorno de Graça Foster seria mais uma demonstração de captura da companhia pelo governo, uma interferência em um grau exagerado mesmo se tratando de uma estatal.

#Graça Foster #Petrobras

RR Destaques

O governo aposta pesado no STF

26/04/2024
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Se confirmada, a vitória do governo no STF, envolvendo a suspensão de parte da Lei que prorrogou a desoneração da folha até 2017 terá algumas consequências imediatas:

1) Aprofundará – e muito – a estratégia do Planalto de operar o STF como uma casa revisora do Congresso. Nesse sentido, ficará muito mais aguda a “faca no pescoço” reversa sobre deputados e senadores, qual seja: se não houver negociação, a Suprema Corte pode entrar no jogo – e ter a palavra final;

2) A concretização desse movimento em um tema tão polêmico alimentará, sim, a imagem de que o governo está disposto a usar essa arma. Consequentemente seu poder de barganha, potencialmente. Além de gerar uma válvula de escape para o “domínio” dos parlamentares sobre pautas econômicas;

3) O outro lado é que não se trata de um Congresso muito afeito a aceitar derrotas. E, em ano duplamente eleitoral – no comando de Câmara e Senado e nos municípios – é difícil imaginar que não haja reação.

Nesse sentido, a grande questão seria de onde pode vir esse “troco”. A regulamentação da reforma tributária é a oportunidade mais óbvia e, também, a menos provável. Ao menos para um “ataque” frontal. Isso porque trata-se de uma pauta que já ganhou ares institucionais e que tem muita atenção da mídia – e nas redes sociais.

Ou seja, o custo de inserir “bombas” no projeto pode ser muito arriscado e não vingar. Como ocorrerá, tudo indica, com iniciativa do próprio presidente do Senado para aumentar os. Vencimentos de parte dos membros do Judiciário. Tema aliás que, se enterrado for, ainda poderá se voltar contra ele e ser usado por seus adversários políticos.

Um ponto muito mais fácil seria acelerar a derrubada de vetos de Lula – que atinge emendas parlamentares – ou condições mais favoráveis para a negociação das dívidas dos estados. Isso sem falar, é claro, em uma agenda de “enquadramento” do STF, em geral capaz de agregar maioria no Parlamento.

Outra possibilidade – e que soaria como música aos ouvidos do mercado, daí ser uma carta na manga também de Arthur Lira – é por na mesa uma reforma administrativa na qual estejam embutidos cortes de custos. É o que Pacheco aventa hoje.

A ver, entretanto, se o governo tentará fazer uma dobradinha: ganhar no STF e “acalmar” Pacheco em outra área – seja com verbas seja com apoio político em seu estado, Minas Gerais.

A Fazenda continua forte

O afago de Lula em Haddad, hoje, deixa claro que as principais bandeiras da atual gestão vêm da Fazenda – daí a ênfase no Desenrola. As alfinetadas ao longo da semana não perdem seu sentido – cobrar liberação de verbas para o Congresso e, mais importante, para projetos que Lula valoriza.

Ou seja, o presidente topa não ceder às alas menos responsáveis fiscalmente do governo. Topa, também, “ser convencido” por Haddad, como foi no que tange a meta fiscal de 2023 e os dividendos da Petrobras. Não aceitará, contudo, fazer uma política centrada em ajustes de gastos.

Ao mesmo tempo, os recados, está claro, não passam disso – indicações aos setores políticos, muito mais mais do que os sociais, com os quais busca se articular. Não apontam para qualquer enfraquecimento da Fazenda.

 

Queda da Selic não está decidida 

Entre o impacto do IPCA-15 de abril abaixo das expectativas, no Brasil, do PCE de março dentro do esperado, nos EUA, e das declarações de Roberto Campos Neto, as expectativas majoritárias de um corte de 0,25pp na próxima reunião do Copom se manterão. Mas volta-se a abrir uma janela, sim, para um recuo de 0,5pp.

Indicadores

Saem na próxima segunda o IGP-M e as Sondagens do Comércio e de Serviços de abril (FGV).

#Lula #STF

RR Destaques

Novo round na Petrobras

25/04/2024
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mantém muita força política e tem “o ouvido” de Lula, tanto por questões de articulação quanto pelo desejo do presidente de alavancar investimentos.
Ao mesmo tempo. a decisão da Petrobras de pagar 50% dos dividendos aos acionistas revela uma “retomada” de Jean Paul Prates. Talvez mais importante, evidência que Haddad trabalha, sim, em prol do presidente da Petrobras.
Pode fazê-lo de maneira “low profile” e evitando a imagem de uma batalha dentro do governo (envolvendo ainda o ministro da Casa Civil, Rui Costa), mas apoia.


Lira trabalha pela reforma, mas com jogo duro

 

 

Haddad começa a regulamentação da Reforma Tributária na ofensiva, seguindo as diretrizes de Lula, com afagos a atenção ao Congresso, além de forte posicionamento na mídia e nas redes sociais.
O movimento, bem executado, se soma às dificuldades nos movimentos de uma oposição que “sentiu” o baque do eterno pragmatismos de Arthur Lira e da adesão abaixo do esperado no ato do fim de semana, capitaneado pelo ex-presidente Bolsonaro.
O presidente da Câmara vai atuar pela aprovação dos projetos, mas não pretende fazer da tramitação um “passeio” do Planalto. O objetivo é garantir – e mostrar – sua relevância em cada etapa, mesmo que evitando bater de frente com Haddad.
É esse o sentido da “resistência”  em indicar para a relatoria dos projetos na Câmara o deputado Aguinaldo Ribeiro, que teve o cargo durante a aprovação da reforma, ano passado, e mostrou intensa articulação com a Fazenda.

O mercado amanhã

 

 

 

Os números do IPCA-15 de março, no Brasil, e do PCE mensal dos EUA em março, amanhã, podem contribuir para melhorar as expectativas do mercado, após uma quinta feira de pessimismo quanto à queda de juros dos EUA.
A reação, entretanto, pode ter subvalorizado o impacto das mais fortes demonstrações, em um bom tempo, de desaceleração  estrutural da economia norte americana, com os números do PIB no primeiro trimestre bem abaixo do previsto. A conferir.

#Petrobras

Governo

Petrobras caminha para a Guiana pelos pés de Alexandre Silveira

17/04/2024
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O RR apurou que o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, tem negociado diretamente com o governo da Guiana uma parceria para extração de gás na faixa da Margem Equatorial que pertence ao país vizinho. O acordo envolveria a venda de combustível para o Brasil. E envolveria, claro, a Petrobras. Parece até uma provocação de Silveira a Jean Paul Prates. No fim do ano, o presidente da estatal disse com todas as letras que “Não é hora de apostar na Guiana”. Pragmático e fazendo mil e uma costuras para permanecer no cargo, é provável que Prates já tenha mudado de opinião.

 

#Alexandre Silveira #Guiana #Petrobras

Empresa

Jean Paul Prates busca apoio dos petroleiros para ficar onde está

11/04/2024
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A operação de lobby montada por Jean Paul Prates para seguir no comando da Petrobras mira nas mais diversas direções. Enquanto o próprio Prates tem feito um corpo a corpo com lideranças políticas, entre as quais o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, seu chefe de gabinete, Danilo Ferreira da Silva, foi escalado para cuidar do “chão de fábrica”. Com notória influência na área sindical – foi diretor da FUP (Federação Única dos Petroleiros) -, Silva tem buscado o apoio das entidades de classe dos trabalhadores da estatal à permanência de Prates no cargo. Não é tarefa simples. A gestão Prates tem sido alvo de críticas dos representantes de funcionários da Petrobras. Em recente conversa com o RR, o presidente Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Felipe Coutinho, disparou contra a administração de Jean Paul Prates, a começar pelo programa de investimentos da empresa – “muito baixos se comparados ao histórico da companhia e em relação às maiores petrolíferas estatais e privadas estrangeiras”. Na ocasião, Coutinho disse ainda que, até o momento, a gestão Prates mantém “as principais políticas que são contrárias ao interesse nacional, ao crescimento e ao desenvolvimento do Brasil” – (https://relatorioreservado.com.br/noticias/sindicalistas-e-liberais-acirram-divisao-na-petrobras/).

#gestão #Jean Paul Prates #Petrobras

Destaque

“Mr. Oil Junior” sai na frente para comandar o conselho da 3R/Enauta

11/04/2024
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Da porta para fora, a fusão entre a Enauta e a 3R Petroleum está definida. Intramuros, o entanto, há uma corrida pelos cargos de comando na nova companhia. Nesse quesito, ninguém estaria mais acelerado do que Paulo Thiago Mendonça. Segundo uma fonte envolvida nas negociações, nos últimos dias Mendonça tem se dedicado a articulações internas para assumir a presidência do Conselho da futura empresa. Ou seja: quer ampliar sua posição de poder na nova companhia. Mendonça é o chairman da Maha, uma das acionistas da 3R, e mantém ascendência sobre a petroleira por meio do fundo de participações Turmalina, gerido pelo seu asset management Starboard. O empresário tem moedas de troca. Pela intrincada costura societária de criação da nova empresa, a Maha se compromete a vender à companhia a sua participação de 15% na 3R Offshore, dona dos campos de Peroá e Papa-terra. Em troca, receberá 2,17% da futura petroleira. Com isso, passará a ter 4,5% da empresa resultante da fusão entre 3R e Enauta, tornando-se um dos cinco maiores acionistas.

No entanto, mais até do que o seu peso societário, o que conta a favor da Paulo Thiago Mendonça são as alianças. Um dos principais apoiadores da sua nomeação como presidente do board da nova petroleira seria o banqueiro André Esteves, de acordo com uma fonte que participa das negociações. O BTG detém uma participação de 5% na Maha e teria feito um acordo com Mendonça para brecar a intenção de outros sócios de referência da petroleira de indicar o chairman. A proximidade entre o banco e Mendonça não vem de hoje. Segundo informações apuradas pelo RR, Esteves teria indicado, em outubro de 2022, Bernardo Monteiro Lobato para administrar as finanças da Starboard, meses antes de a Maha vender seus campos no país para a PetroRecôncavo por cerca de R$ 1 bilhão. Outro importante aliado de Mendonça é Fabio Vassel, partner da Starboard e conselheiro tanto da Maha quanto da 3R Petroleum. Ou seja: joga em duas pontas da operação.

O protagonismo de Paulo Thiago Mendonça traz para a fusão entre a 3R e a Enauta e a criação da terceira maior produtora de petróleo do Brasil um gene da velha OGX. O investidor é filho de Paulo Mendonça, o “Mr. Oil”, como Eike Batista se referia ao estrategista da sua petroleira. Como se sabe, a empresa foi um fracasso. Por sinal, Paulo Thiago Mendonça é alvo de críticas de alguns sócios da 3R por ter levado para a companhia sete ex-funcionários da Petrobras com altos salários – entre eles, o diretor de E&P Maurício Diniz -, reproduzindo o modelo adotado por seu pai na OGX. Os acionistas da nova empresa resultante da fusão entre a Enauta e a 3R esperam que as similaridades com a petroleira de Eike Batista parem por aí.

Energia

Gás da Argentina provoca um impasse tripartite

9/04/2024
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Brasil, Argentina e Bolívia não saíram do lugar na primeira rodada de negociações em relação ao gás de Vaca Muerta. A equação tripartite é complexa. Os governos do Brasil – por meio de assessores do ministro Alexandre Silveira e do Itamaraty – da Argentina acenaram à Bolívia com o pagamento de uma taxa. Ela funcionaria como uma espécie de pedágio pela passagem do combustível extraído da reserva argentina pelo território boliviano até chegar ao Brasil. Seria uma solução provisória e necessária, até que a construção do gasoduto entre Santa Fé e Uruguaiana saísse do papel. No entanto, segundo informações filtradas do Ministério de Minas e Energia, a estatal boliviana YPFB não topou e contrapropôs comprar o produto e revendê-lo aqui, naturalmente colocando uma bela margem de lucro. As partes voltarão a conversar nas próximas semanas, segundo a fonte do RR. No Ministério de Minas e Energia comenta-se que a postura da YPFB também pode embutir algum ranço bilateral, já que a Argentina deixará de utilizar o gás boliviano em outubro próximo. É possível um acordo, na ótica de negociadores brasileiros. A Bolívia precisa de recursos para manutenção e exploração de suas reservas. Os volumes de exportação caíram, inclusive obrigando um ajuste no contrato com a Petrobras, exatamente pela falta de recursos no país vizinho.

#Vaca Muerta #YPFB

Política

Guilherme Mello surge como candidato à presidência do BNDES

5/04/2024
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Agora no fim da tarde, surgiu um bochicho em Brasília na esteira da eventual ida de Aloizio Mercadante para a presidência da Petrobras. O nome que desponta para substitui-lo no comando do BNDES é o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello. Ele seria para o banco no governo Lula o que Gustavo Montezano representou na gestão Bolsonaro, com sinais trocados. Ambos são jovens e com excelente formação. Mello é também primo de um influente consultor histórico do PT e de Lula, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo. Há, no entanto, um pequeno senão, que poderia dificultar sua transferência para o BNDES, uma razão prosaica: Mello carrega o piano para Fernando Haddad na Fazenda. Com a saída de Gabriel Galípolo da Secretaria Executiva da Pasta para o Banco Central, acabou ganhando ainda mais importância na estrutura do Ministério. Abrir mão desse auxiliar deixaria Haddad ainda mais assoberbado.

Governo

Mercadante na Petrobras é apenas a ponta do iceberg

4/04/2024
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A Petrobras corre o risco de virar, de vez, um departamento de Estado. As mudanças planejadas pelo governo não ficariam circunscritas à ida de Aloizio Mercadante para a presidência da empresa, no lugar de Jean Paul Prates. Mercadante assumiria com carta branca para fazer substituições na diretoria da Petrobras e colocar nomes, digamos assim, mais alinhados aos planos do Palácio do Planalto para a empresa. Segundo especulações que circulam dentro da própria Petrobras em meio ao turbilhão de informações desta manhã, o primeiro a ser trocado seria o CFO, Sergio Caetano Leite. O executivo é homem de confiança de Jean Paul Prates e foi uma escolha direta do próprio presidente da estatal para o cargo. Mercadante quer ter na mão o controle de todo o mapa das finanças da companhia. Ressalte-se que a diretoria financeira da Petrobras é responsável, entre outras atribuições, pelo valuation de ativos em caso tanto de desinvestimentos quanto de investimentos. Nesse contexto, caberia ao futuro CFO a importante missão de conduzir eventuais reestatizações. Não é segredo para ninguém, por exemplo, que o governo Lula quer o retorno da Petrobras ao setor de distribuição de combustíveis.

Em tempo: na esteira da possível transferência de Mercadante para a Petrobras, Guido Mantega está cotado para assumir a presidência do Conselho de Administração do BNDES. Seria um pouso até que pareça alguma sinecura melhor. A ida para o banco de fomento seria também uma forma de tirar Mantega do rolo da Braskem – nos últimos dias surgiram informações sobre a intenção do presidente Lula de colocá-lo no board da encalacrada petroquímica.

#Aloizio Mercadante #Petrobras

Negócios

Mitsui quer exercer opção de compra de distribuidoras da Commit

2/04/2024
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O RR apurou que a Mitsui pretende exercer o direito de preferência sobre a participação da Commit (ex-Gaspetro) sobre cinco distribuidoras de gás do Nordeste – Algás (AL), Cegás (CE), Copergás (PE), Potigás (RN) e Sergas (SE). O grupo japonês tem buscado pareceres jurídicos para dar respaldo à operação. Paralelamente, discute com a Compass, leia-se Cosan, a precificação dos ativos. Trata-se de uma negociação delicada, que tem de ser conduzida com razoável dose de cuidado. O caso é polêmico, com elevado risco de judicialização. A Commit pertence à Compass (51%) e à própria Mitsui (49%). Em 2021, ao fechar a compra da participação da Petrobras na Gaspetro, a Compass/Cosan se comprometeu com o Cade a se desfazer de um pacote de ativos para que a operação fosse aprovada. Sete participações foram vendidas em 2022. Faltam as cinco distribuidoras nordestinas. A Mitsui já está no capital de todas elas e tem a opção de compra das demais ações. Ou “teria”. Outras concessionárias de gás questionam a transferência das empresas para os japoneses por entender que o acordo com o Cade não permite ao grupo exercer o direito de preferência. Na prática, as cinco distribuidoras estariam saindo de uma mão para a outra da Mitsui, pelo fato de o grupo ser acionista da Commit. A maior contestação vem da Infra Gás e Energia. No ano passado, a empresa fechou a compra da participação da Commit na Algás, Cegás, Copergás, Potigás e Sergas. Fechou, mas não levou. Na condição de sócia da Commit, a Mitsui precisa dar seu aval para o negócio, o que até hoje não aconteceu. A Infra já formalizou uma queixa ao Cade. Nos bastidores, insinua que a dobradinha Compass e Mitsui teria montado um teatro e estaria agindo deliberadamente para forçar a transferência das cinco distribuidoras aos japoneses. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Mitsui, mas não obteve retorno.

#Commit #gás #Mitsui

Destaque

Prorrogação do contrato da Necta é antessala para fusão com a Comgás

2/04/2024
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A Cosan embala com cuidado um projeto que pode criar uma megadistribuidora de gás. Segundo o RR apurou, a Necta (ex-Gas Brasiliano) mantém conversações com o governo de São Paulo para a renovação antecipada da sua concessão, que vence em 2029. As tratativas envolvem a extensão do contrato até 2049. A data não é aleatória. Trata-se exatamente do prazo de concessão da Comgás, a maior distribuidora de São Paulo, que, ao lado da Necta, compõe a intrincada malha societária da Cosan no setor. No tabuleiro do grupo, a unificação da vigência dos dois contratos pode ser a peça que falta para um importante movimento: a fusão entre a Comgás e a Necta. O projeto é discutido dentro do grupo há dois anos, mas esbarra principalmente na diferença do “tempo de vida” de cada companhia. Entre outros problemas, esse descasamento de datas impede, por exemplo, a negociação, com a Petrobras, de um único contrato de fornecimento de gás por longo prazo. Da fusão emergiria a maior distribuidora de gás do Brasil, com receita superior a R$ 11 bilhões, uma geração de caixa próxima dos R$ 5 bilhões e abrangência sobre 85% dos municípios de São Paulo, uma área correspondente a quase 25% do PIB nacional.

A operação permitiria também uma rearrumação da própria teia de participações da Cosan no setor. A Comgás, por exemplo, é controlada diretamente pela Compass, uma espécie de subholding do grupo para a área de gás. Já a Necta está “pendurada” na Commit (antiga Gaspetro), por sua vez pertencente à Compass, leia-se Cosan, com 51%, e à Mitsui, com 49%. A Commit reúne ainda outras dez distribuidoras estaduais, das quais cinco estão à venda. Procurada pelo RR, a Compass não quis se manifestar.

Esta é uma operação que vem sendo cuidadosamente construída pela Cosan. Dois dos principais tijolos foram colocados em 2021. No mês de julho daquele ano, a Compass fechou a compra dos 51% da Petrobras na Gaspetro (rebatizada de Commit), assumindo um colar de distribuidoras, entre as quais a cobiçada Gas Brasiliano. Apenas quatro meses depois, em outubro, a Cosan conseguiu junto ao governo de João Doria a prorrogação do contrato da Comgás, que também venceria em 2029.


LEIA AINDA HOJE: Mitsui quer exercer opção de compra de distribuidoras da Commit

#Comgás #Cosan

Destaque

Governo já trata como alto o risco de “estatização” da Braskem

28/03/2024
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A bomba da Braskem ainda vai acabar explodindo no colo do Estado. O impasse em relação ao futuro da petroquímica deixou de ser um assunto da Petrobras, acionista da companhia, e “subiu” para o governo. As discussões travadas no próprio Palácio do Planalto e no Ministério de Minas e Energia já contemplam o risco de uma “estatização” à fórceps da Braskem. À medida que o tempo passa menor a probabilidade de uma solução privada para a empresa. A negociação do controle do Braskem se arrasta há mais de dois anos. Ao longo desse tempo, candidatos à aquisição, como Unipar, J&F e o fundo norte-americano Apollo, entraram e saíram de cena sem que nada acontecesse. O nome da vez é a Adnoc (Abu Dhabi National Oil Company). A companhia dos Emirados Árabes iniciou uma due diligence na Braskem que nunca termina. E talvez não termine mesmo. A própria participação da Novonor (ex-Odebrecht) em uma nova configuração societária, em que ela teria uma posição minoritária no capital, não está resolvida.

A Braskem é hoje um monstrengo, que carrega um nível de alavancagem ameaçador, difícil de digerir. A dívida beira os R$ 15 bilhões, e os compromissos de curto prazo correspondem a oito vezes o Ebitda. Para efeito de comparação, quando entrou com o pedido de recuperação judicial, em 2019, a ainda Odebrecht tinha uma relação dívida líquida/Ebitda de “apenas” 6,1. Isso para não falar das ossadas ambientais já reveladas e eventualmente ainda por descobrir na Braskem: o governo de Alagoas estima que o passivo da empresa com a tragédia de Maceió chegue a R$ 30 bilhões.

Tratar a venda da Braskem como uma negociação convencional, circunscrita ao âmbito corporativo, é um truque de prestidigitação para ludibriar a plateia. Queira-se ou não, a dramática situação da companhia se tornou um assunto de Estado. Não apenas pela presença relevante da Petrobras no seu capital, mas por uma série de outros fatores, a começar pelo potencial risco sistêmico que vem a reboque da crise da empresa. O tombo da Braskem deixaria um rastro de destroços na cadeia petroquímica nacional. Em meio ao quebra-cabeças começam a espocar no governo propostas de solução para o que parece não ter solução. Uma das ideias que circulam, atribuída ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, seria jogar a Braskem dentro do PAC, o que, no limite, permitiria usar recursos do programa para tocar projetos da companhia.

Qualquer que seja a fórmula, não são poucos os complicadores de ordem política para o governo encampar a Braskem. A recente decisão do acionista controlador de reter R$ 43,8 bilhões em dividendos extraordinários da Petrobras já provocou um maremoto na bolsa, levando a empresa a perder R$ 55 bilhões em valor de mercado em apenas um dia.  O que aconteceria, então, se o governo decidisse mexer nesse caixa da estatal para comprar as ações da Braskem em poder da Novonor? Uma operação dessa natureza criaria um risco moral em relação à Petrobras e a todas as suas subsidiárias. Além dos problemas financeiros e operacionais, a Braskem ainda carrega consigo, ao menos simbolicamente, o peso da criminalização dos Odebrecht. A essa altura do campeonato, hipoteticamente – e ressalte-se o hipoteticamente – talvez fosse melhor a Petrobras fazer o write off da Braskem.

#Braskem #Ministério de Minas e Energia #Novonor

Empresa

Petrobras e congêneres não precisam de “mesada” dos cofres públicos

27/03/2024
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O decreto que regulamenta as novas debêntures de infraestrutura, publicado na edição de hoje no Diário Oficial, segundo o jornal Valor Econômico, vai na direção correta quando exclui os setores de petróleo e gás. Todos os players dessa área são altamente capitalizados e não precisam de incentivos. Para que a medida se torne ainda mais harmônica falta uma medida do BNDES excluindo financiamentos ou participações nas empresas desses setores. Para ser mais explícito, a primeira é a Petrobras, que tem recebido montanhas de dinheiro do BNDES. A empresa tem em caixa os R$ 43,8 bilhões em dividendos extraordinários não distribuídos. Qualquer recurso incentivado ou provindo direta ou indiretamente dos cofres da União é um escárnio. A Petrobras já recebeu mais de R$ 60 bilhões do BNDES. A alavancagem financeira da estatal é de 0,8% (dívida bruta/Ebitda). E o lucro líquido, em 2023, foi de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior da história da empresa. A Petrobras está grandinha para se virar sozinha.

#cofres públicos #decreto #Petrobras

Empresa

Álya e NG GDK também buscam o waiver da Petrobras

27/03/2024
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Mais duas empresas linchadas pela Lava Jato estão na “fila do perdão” da Petrobras. Álya (como foi rebatizada a antiga Queiroz Galvão Construtora) e NG GDK (Nova Geração GDK) buscam retomar a prestação de serviços para a estatal, juntando-se a outros grandes grupos da construção pesada que voltaram a firmar contratos com a companhia – como Novonor (ex-Odebrecht) e Andrade Gutierrez, conforme informou o Estado de S. Paulo. No caso da Álya, o Grupo Queiroz Galvão, seu controlador, já percorreu algumas casas desse longo tabuleiro. Em 2016, a subsidiária Queiroz Galvão Óleo e Gás, que atua no fornecimento de sondas e embarcações, foi retirada da lista da empresas impedidas de fazer negócio com a Petrobras. Em 2021, o grupo deu um passo ainda mais efetivo: à época, ainda chamada de Queiroz Galvão, a construtora voltou a vencer uma licitação do governo federal após um hiato de sete anos, assumindo as obras de 115 quilômetros de transposição do São Francisco, um contrato de R$ 938 milhões. A NG GDK, por sua vez, ainda se encontra em um processo de rearrumação da própria casa. O RR apurou que a empresa pretende sair da recuperação judicial até outubro. Ressalte-se que, mesmo após o tufão da Lava Jato, a empreiteira manteve todo o seu maquinário, sem vender nenhum equipamento – alguns estão alugados a terceiros.

Quase uma década depois, o setor de construção pesada ainda tenta deixar para trás os escombros da Lava Jato. A Operação dizimou a mais preparada indústria nacional, seja pelo seu capital humano de excelência, seja pelo maquinário de ponta e pela notória competitividade no exterior. Até hoje não há explicação para o fato de a Lava Jato ter punido não apenas os acionistas controladores por práticas de corrupção, mas também os profissionais e o setor como um todo. O caminho de volta é longo e íngreme. Além do retorno ao círculo de fornecedores da Petrobras, a ressurreição da indústria da construção pesada passa também pela retomada do crédito público à exportação dos serviços de engenharia, outro anátema deixado pela “República de Curitiba”. Da Lava Jato para cá, as empreiteiras mudaram suas práticas e, sobretudo, suas marcas. Praticamente todas as grandes construtoras passaram por um rebranding como forma de purgar os pecados do passado. Uma rara exceção foi a Andrade Gutierrez, cujo dono, Sergio Andrade, acompanha a ressurreição da empresa da sua quinta em Portugal.

#Álya #NG GDK #Petrobras

Governo

Mudanças à vista (para melhor e para pior) na comunicação do governo

27/03/2024
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Taxa de emprego em alta, desemprego cadente, projeções sucessivas de PIB em ascensão, queda radical da insegurança alimentar, redução da carga de impostos, inflação declinando sucessivamente, superávit comercial recorde, saldo da balança comercial positivo estruturalmente, reforma tributária aprovada, grande probabilidade de déficit fiscal de 0%, redução dos juros, dinheiro novo (de fontes internas e externas) para investimentos na economia verde, desmatamento em alta…
Cadê a comunicação do governo? Enquanto isso, o presidente Lula luta para impor Guido Mantega no Conselho da Vale e dá palpite a toda hora na gestão da Petrobras.
A boa nova é que sopraram ao RR que Paulo Pimenta será rifado. O titular da Secom deverá ser deslocado para outro cargo.
A má nova é que Janja será ainda mais emponderada e opiniática na comunicação.
Quanto às declarações de Lula, não serão boas nem novas.

Política

Lula versão 3.0 não consegue conter a própria língua

25/03/2024
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O casal Bolsonaro está acionando Lula, por danos morais, seguindo o script clássico dos pedidos de retratação e apostando piamente na sua condenação. O presidente, segundo a normalidade dos acordos na Justiça, teria de se desculpar na mesma mídia, usando o mesmo tempo que utilizou nas ofensas a Jair e Michelle Bolsonaro – ao dizer que mais de duas centenas de móveis sumiram do Palácio do Alvorada. Pau que bate em Chico bate em Francisco. Lula não tem como ganhar a contenda, a não ser com o uso de alguma chicana, o que seria uma saída desavergonhada. Talvez consiga publicar a retratação em outra mídia que não a Globonews, veículo de imprensa exigido pelo casal Bolsonaro. Mas não escapará da confirmação de que foi irresponsável, ou no mínimo precipitado, já que mentiu desaforadamente, ao afirmar que 261 móveis desapareceram do Palácio da Alvorada, atribuindo a suposta cleptomania ao casal de moradores anteriores. O casal Bolsonaro também pede R$ 20 mil de indenização que serão doados para a caridade. Os móveis já foram encontrados. Ficará tudo como uma patetice. Só que os residentes anteriores foram tratados como ladrões. É coisa séria.

Em outro tempo e circunstâncias completamente diferentes, o jornalista Paulo Francis, irresponsavelmente, afirmou no ar, em pleno programa de televisão, que os diretores da Petrobras detinham cada um US$ 30 milhões em contas no exterior. Francis não tinha e nem teria jamais como provar essa declaração. O então presidente da Petrobras, Joel Rennó, e toda a diretoria da estatal processaram o jornalista, em Nova York. Ganharam a causa e deixaram Francis desesperado porque não tinha fundos para pagar a fortuna devida. Rennó conta em detalhes o episódio em livro sobre sua trajetória, que acaba de ser lançado. Pois bem, o então presidente Fernando Henrique e José Serra, entre outros personagens influentes, se mobilizaram para que Rennó voltasse atrás, mas todos os diretores que tiveram a imagem conspurcada foram inflexíveis. Francis morreu antes que a novela tivesse um capítulo final. Talvez Rennó e seus subordinados até retirassem a ação. Mas o falecimento do jornalista foi atribuído ao processo por uma quase maioria de formadores de opinião.

No caso de Lula, não se trata de achar US$ 30 milhões, à época irrastreáveis, mas de móveis que, inclusive, foram encontrados quase ato contínuo. Ou seja, não há contravenção alguma da parte de Bolsonaro e de sua esposa. O que há é mais uma declaração desbocada do presidente. Lula não vai morrer por isso. Ao contrário, repetirá várias vezes os desvarios verbais. É da sua natureza. Bolsonaro fica na torcida para que o desafeto continue errando passes no seu campo. Em cada vacilada, fará um estrago nas redes, sua área de maior expertise. Parece até que, na política, trocaram apenas de cadeira. Bolsonaro em sua gestão era seu principal opositor. Lula, ao que tudo indica, gostou do modelo e adotou a “auto fritura”. Fica tudo meio por isso mesmo, com forte tempero de ridículo.

#Lula

Empresa

Plataformas da Petrobras “encalham” sobre o balcão

25/03/2024
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Por uma via oblíqua, a entrada de aço chinês no Brasil está ricocheteando na Petrobras. A estatal tem encontrado dificuldades para se desfazer de 40 plataformas já em desuso, equipamento normalmente comprado por siderúrgicas para virar sucata e alimentar altos-fornos. Até o momento, a Petrobras conseguiu vender uma unidade para a Gerdau. A ArcelorMittal demonstrou interesse, mas as conversas não andaram. O mesmo vale para a Usiminas. O recuo está ligado aos cortes de produção do setor devido ao ingresso do aço chinês no mercado brasileiro a preços mais baixos. Recentemente, tanto Arcelor quanto Usiminas reduziram atividades e desligaram altos-fornos.

#ArcelorMittal #Gerdau #Petrobras

Governo

Alckmin transforma ABDI no xerife do “Nova Indústria Brasil”

21/03/2024
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Um dos maiores desafios de Geraldo Alckmin para colocar o “Nova Indústria Brasil” (NIB) de pé está dentro de casa, ou seja, no próprio governo. O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio terá poder para dobrar a Petrobras, o BNDES e mesmo a Casa Civil, responsável pelo PAC? Parte expressiva da formação bruta de capital fixo do país vinculada à indústria está nas mãos desses três agentes, notadamente dos dois primeiros. Alckmin já identificou que terá de atravessar o campo de força ao redor da trinca de instituições. Historicamente, Casa Civil, com o manejo de grandes programas e orçamentos, e Petrobras e BNDES, na ponta final da alocação dos recursos, sempre tiveram excessiva autonomia. Deu no que deu. Os três se tornaram antros da má aplicação do dinheiro público e de operações paralelas nada recomendáveis. Alckmin não quer tomar bola nas costas. Para isso, quer dar atribuições ainda mais amplas à ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial), vinculada a sua Pasta. Em parte, a Agência deverá funcionar como uma espécie de TCU pré-TCU, com direito a apurar e fiscalizar a destinação dos recursos do NIB. Alckmin quer controlar cada centavo gasto no âmbito do programa. Está mais do que certo.

A nova configuração da ABDI permite entender a escolha de Ricardo Capelli para o comando da instituição. O RR já havia matado a charada. Suas funções irão bem além das descritas no Diário Oficial. Capelli recebeu carta branca para fuxicar tudo. Não terá função executiva sobre os empreendimentos, mas vai fiscalizar tudo o que estiver esquisito. O novo “xerife” da ABDI vai ter um duplo chapéu: será o espião – no melhor sentido da palavra -, exercendo a tarefa de levar ao chefe relatórios de compliance especiais; e um fiscalizador da alocação de recursos públicos na sua área de atuação. Os cronogramas serão rigidamente acompanhados (o Brasil tem mais de um milhar de obras paradas), da mesma forma que a lisura desses investimentos e dos encarregados pela sua realização e até que ponto eles estão inseridos na nova matriz ecológica do governo.

#ABDI #Alckmin #Nova Indústria Brasil

Destaque

Será que a Unigel passa pela malha fina do TCU?

20/03/2024
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O relatório do TCU que aponta irregularidades no contrato firmado entre a Unigel e a Petrobras pode ser interpretado de duas maneiras. A primeira é que o Tribunal de Contas apenas cumpriu o seu papel: identificou um negócio danoso à estatal e, consequentemente, à União, o que o levou a praticamente vetar o acordo. Motivos não lhe faltam. Para começar, a operação é questionável do ponto de vista da rentabilidade.

O próprio TCU indicou um prejuízo potencial de R$ 487 milhões para a Petrobras caso a empresa leve adiante o contrato de industrialização sob encomenda das fábricas de fertilizantes de Camaçari (BA) e Laranjeiras (SE). Some-se a isso o fato de que as duas unidades, arrendadas pela estatal à Unigel desde o fim de 2019, teriam problemas ambientais, agravados durante a gestão do grupo. É tudo o que a Petrobras não quer. Há ainda outra contraindicação que teria sido identificada pelo Tribunal de Contas: a governança da Unigel é motivo de polêmica.

Nesse quesito, o principal ponto de atenção é o fundador da companhia, Henry Slezynger. Pró-forma, o empresário ocupa a cadeira de chairman da Unigel, cabendo ao executivo Roberto Noronha Santos o posto de CEO. Dentro da companhia, no entanto, o que se diz é que essa estrutura organizacional é uma peça de ficção, em grande parte um edulcorante de governança criado para adoçar a boca do mercado cm vistas ao IPO da empresa, que nunca veio.

Na prática, Henry Slezynger, 87 anos, sempre mandou e desmandou na companhia, quase como um feitor. Ninguém é poupado, nem mesmo o filho e herdeiro Marc Slezynger, vice-presidente do Conselho, que seria tratado pelo pai como um menino.  Procurada pelo RR, a Unigel não quis se manifestar.

A segunda interpretação do relatório do TCU lança alguns questionamentos ao próprio modus operandi da Corte, ao menos em uma certa dose de exageros. Seja por um excesso de zelo, seja por um afã intervencionista, o Tribunal é contrário ou vê adversidades em quase todos os projetos, de qualquer área ou setor. Todos os presidentes da República têm ao menos duas dezenas de processos no TCU.

Se forem inclusos presidentes e diretores de estatais, o número de irregularidades apontadas pela Corte é assustador. O TCU, imagina-se, está lá cumprindo o seu papel. Mas parece que há pelo menos uma lufada de lavajatismo na atuação do órgão. No caso específico do acordo da Petrobras e da Unigel, sublinhe-se que ninguém está falando de corrupção de qualquer lado. Mas se os números não mentem, a lupa do TCU parece obsessiva e sua atuação é responsável de alguma maneira por atrasos e paralisações de uma miríade projetos.

Em tempo: o TCU pede explicações e em grande parte são respondidas. Mas com morosidade e deixando um monte de fichas sujas por uma eternidade mesmo para quem já prestou todos os esclarecimentos. Os números, sob certo aspecto, depõem a favor do Tribunal e atenuam a tese de excessos punitivos, ao menos no histórico mais recente. No ano passado, o TCU analisou 5.551 casos, mais do que nos dois anos anteriores – 4.644 em 2022 e 4.990 em 2021.

Em contrapartida, 3.424 deles levaram a algum tipo de autuação, ou 61,6%. Nos anos anteriores, essa proporção foi maior: 85% em 2022 e 88% em 2021. O mesmo se aplica a condenados por irregularidades: em 2021, esse número foi de 2.715. No ano seguinte, caiu para 2.432. Em 2023, houve uma queda ainda mais acentuada: 1.865 condenados.

Há quem afirme que o declínio se deveu à pandemia. E que em 2023 o relatório de ocorrências ainda não está inteiramente fechado. Parece que cabe ao Tribunal com perfeição a paráfrase de Tom Jobim: o TCU é bom, mas é ruim.

#Petrobras #TCU

Empresa

China Energy busca parceiros em geração renovável no Brasil

19/03/2024
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O RR apurou que a chinesa China Energy International tem conversado com outros grandes grupos do setor para tocar investimentos conjuntos em transição energética no Brasil. De acordo com a mesma fonte, um dos players sentados à mesa é a Auren, braço de energia da Votorantim e da canadense CPP Investimentos. No ano passado, executivos da China Energy levaram ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a disposição de investir até US$ 10 bilhões no Brasil. O grupo chinês criou também um grupo de trabalho com a Petrobras para analisar possíveis parcerias em energia renovável no Brasil. Por ora, tudo segue onde sempre esteve: no campo das intenções. Ressalte-se que os chineses não estão encontrando mais as facilidades que tinham para avançar em energia renovável no Brasil. Os ativos estão de 50% a 70% mais caros em comparação ao ano passado. Em grande parte, a apreciação se deve à investida dos árabes, que estão entrando em setores no Brasil que sempre foram o xodó dos chineses.

#China Energy #Petrobras

Empresa

É hora de colocar uma lupa sobre os futuros conselheiros da Petrobras

15/03/2024
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Espera-se que a Abin, o Gabinete Civil, a área de recursos humanos da Petrobras, seja lá qual for a instância responsável, esteja analisando minuciosamente os currículos e a trajetória pretérita dos conselheiros da estatal – no mercado há expectativa de que o rodízio não pare nos nomes já definidos. O alerta é para ser levado a sério, porque não faltam precedentes desabonadores. Nenhuma outra estatal teve tantos senões com os integrantes do seu Conselho. Quer seja por falta de habilitação para o cargo, conforme as determinações estatutárias; quer seja por problemas ainda mais graves de lisura ou conflito de interesses. Seria trágico nesse momento.

#Abin #conselheiros #Petrobras

Destaque

“Sindicalistas” e “liberais” acirram divisão na Petrobras

14/03/2024
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Parece que a polarização nacional chegou à Petrobras. O presidente da estatal, Jean Paul Prates, tem sob sua gestão uma companhia com ranhuras como nunca antes ocorreu em sua história. Não que a estatal viva em um clima de “Fla-Flu corporativo”. O funcionalismo da empresa, na sua maioria, permanece sindicalista e estatizante. Mas uma parcela crescente, segundo a fonte do RR, se bandeou para o “lavajatismo” e o liberalismo. Essa rachadura ideológica já extrapolou o campo retórico. O ambiente de polêmicas começa a ter impacto sobre a condução e execução de projetos. E o clima de tititi nas diversas gerências e áreas de negócio somente atrapalha a produtividade da estatal.

De um lado, estão os “sindicalistas”, ala hegemônica que defende redução dos dividendos, aumento dos investimentos, diversificação dos negócios e até a interferência do governo sobre o Conselho, para garantir que a companhia seja uma fomentadora de variados segmentos da economia. Enfim, entre “gerar lucro aos acionistas” ou “servir ao Brasil” – os dois bordões que são brandidos pelos funcionários públicos mais tradicionais -, a prioridade é a segunda hipótese. Por outro lado, os “insurretos” rechaçam intervenções políticas, pregam uma governança pró-shareholders, com autonomia, e defendem que apenas projetos com economicidade comprovada devem ser levados adiante. Há, inclusive, os que concordam que uma das funções da estatal é ser uma “vaca leiteira” do resultado primário das contas públicas, assim como foi o BNDES durante todo o governo de Jair Bolsonaro. Para acentuar ainda mais as diferenças, há até mesmo um grupo simpático à privatização da Petrobras – quem diria? Os “liberais” e os “lavajatistas” convivem em uma fronteira tênue. Os primeiros parecem mesmo ter se convertido as ideias da gestão de Roberto Castello Branco na presidência da estatal. Já os “lavajatistas” misturam gestão profissional e redução da intervenção do governo. Estaria na conta do Estado o desvio de dinheiro feito em gestões do PT. Além das suas convicções mais inclinadas ao mercado, trata-se de uma fração de funcionários que enxerga na retomada de antigas políticas o risco de repetição das práticas criminosas que emporcalharam a reputação da Petrobras.

Segundo fontes ouvidas pelo RR, os dividendos têm acirrado as divergências internas. Estão no mesmo balaio da guerra de opiniões a política de preços, investimentos em refino e o retorno a setores como distribuição de combustíveis, fertilizantes e geração renovável. Já é possível verificar os efeitos do debate ideológico no dia a dia da estatal. As discordâncias teriam tornado os processos mais lentos. Projetos vêm ricocheteando por diferentes gerências, por conta de seguidos questionamentos, em uma espécie de “slow track”. O impacto sobre investimentos mais sensíveis ou polêmicos começa a ficar visível. Um exemplo: a retomada da construção da unidade de nitrogenados de Três Lagoas (MS) – a UFN3 – tem sido sucessivamente postergada, na contramão das promessas do próprio presidente Lula do retorno da Petrobras ao setor de fertilizantes. E cada vez mais e mais pareceres são anexados ao andamento de iniciativas já decididas. Para o bem ou para o mal, parece que Paulo Guedes deixou uma semente plantada do seu liberalismo radical na irredutível convicção pró-Estado da Petrobras.

Mesmo com a retenção dos dividendos extraordinários, os “sindicalistas” não poupam críticas à política de distribuição de lucros da Petrobras. O presidente da Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Felipe Coutinho, classifica os dividendos da empresa em 2023 como “insustentavelmente altos”. Em contato com o RR, quando perguntado se a gestão de Jean Paul Prates tem conduzido a contento o plano de investimentos da Petrobras, Coutinho afirma que os valores “são muito baixos se comparados ao histórico da companhia e em relação às maiores petrolíferas estatais e privadas estrangeiras.” O presidente da Aepet é contundente na vocalização da ala “sindicalista”. Diz que até o momento a administração de Prates mantém “as principais políticas que são contrárias ao interesse nacional, ao crescimento e ao desenvolvimento do Brasil.”

#Jean Paul Prates #Petrobras

Política

Haddad dá sinais de incômodo com as seguidas trapalhadas do governo

13/03/2024
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A “reestatização” da governança da Vale e a interferência aberta na Petrobras têm incomodado Fernando Haddad. O ministro da Fazenda vem sendo o fiador das invencionices do grupo palaciano, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, à frente, seguido do inoperante ministro da Secom, Paulo Pimentel, e do ministro de Assuntos Institucionais, Alexandre Padilha, que, fora sua interlocução anódina com o Congresso, não consegue dar uma declaração capaz de distender as falas trapalhonas do chefe. Some-se a isso a resistência dos dirigentes das estatais em aderir a uma comunicação integrada e facilitadora da gestão do presidente Lula. No fim do dia, Haddad é o avalista quase solitário de toda essa disfuncionalidade.

Segundo uma fonte da cúpula do PT, é Rui Costa o principal responsável pelo anúncio das medidas intervencionistas do presidente Lula, que se embanana todo quando tem de explicar mudanças na política econômica. Haddad e Costa se bicam elegantemente, como se estivessem em uma mesa de chá de lordes ingleses. O fato é que toda a comunicação do governo relacionada à economia resulta em problema. Não que o eleitor dê pelota ao que acontece no andar de cima, mesmo porque as medidas populistas de Lula visam quase sempre a transferência direta ou indireta de renda para o bolso da população ou facilidades na qualidade de vida. Mas o ambiente, de uma maneira geral, fica permanentemente contaminado com a ideia de que o presidente está errando na mão – problema este agravado pela incapacidade da Secom de mudar a percepção da opinião pública – ver RR.

A orientação de que as ações do governo sejam todas direcionadas para adequação à energia renovável simplesmente é ignorada. Esse deveria ser o maior mote da comunicação do governo, justificando até a ida do mandatário aos canais de televisão no horário nobre. O “Brasil Verde” é um ativo de enorme valor que está sendo depreciado. A incompetência impera. E “amassa” Haddad, que pode vir a se tornar um ministro mais poderoso do que Paulo Guedes, não por atitude própria, mas por circunstâncias que fogem ao seu controle, notadamente a ausência de outros quadros de prestígio na gestão Lula. O ministro da Fazenda carrega sobre os ombros a missão de representar o governo em todos os caldeirões fumegantes. Haddad já dá sinais de cansaço. Seu incômodo é alimentado por vários fatores: por um lado, o ego da tecnoburocracia do PT; por outro, o trabalho de desconstrução permanente dos ministros palacianos; e, finalmente, a incompetência da comunicação do governo.

Um teste será a decisão e capacidade do BNDES de fazer do “Nova Indústria Brasil” um “Plano Real” do setor. Caberá ao banco explicar, analisar, destrinchar em minudências a estratégia para a indústria, tal qual fizeram os pais do Real por quase um mês – ver RR. Por enquanto, a nova política industrial é só uma carta de intenções. E tome lambada por parte dos ortodoxos, da Faria Lima e da classe média, que reproduz o que lê e ouve nas mídias. Mas, Senhor, esta última não sabe o que faz. Pelo menos, se serve de consolo, Janja está calada.

#Fernando Haddad #Petrobras #Reestatização #Vale

Política

Ex-tesoureiro do PT exorciza Lava Jato e volta ao game

11/03/2024
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O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto está saindo das sombras, ainda que não muito. Tem participado de articulações políticas para o lançamento de candidaturas do partido a prefeituras. O petista tem razoável influência em municípios da Grande São Paulo, como Guarulhos e Osasco. Vaccari, aos poucos, vai entrando na lista de petistas que conseguiram exorcizar a Lava Jato. No início do ano, o ministro Edson Fachin, do STF, anulou a condenação de Vaccari por suposta corrupção em contratos de navios-sondas com a Petrobras. Na semana passada, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do TRF1 trancou uma ação contra o petista que corria na 12ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

#Lava Jato #PT

Destaque

Investidores da Braskem acionam Justiça americana por desastre ambiental de Maceió

5/03/2024
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O crime ambiental da Braskem em Maceió está se transformando em um contencioso de dimensão internacional. O RR apurou que investidores norte-americanos, detentores de títulos da companhia, se mobilizam para entrar com uma nova ação na Justiça dos Estados Unidos. O objetivo seria pleitear uma indenização por perdas decorrentes do impacto do desastre sobre os resultados da empresa – a Braskem afirma já ter provisionado em balanço mais de R$ 14,4 bilhões.

De acordo com a mesma fonte, um dos escritórios de advocacia envolvidos no caso é o Pomerantz, de Nova York. A firma chegou, inclusive, a disponibilizar e-mail e telefone exclusivo para investidores da companhia brasileira nos Estados Unidos. Trata-se de um dos escritórios que, em 2020, ajuizaram outra ação coletiva contra a Braskem no Tribunal Distrital de Nova Jersey já àquela altura também por prejuízos relacionados à mina de sal-gema de Maceió.

Em contato com o RR, a Braskem disse que “firmou cinco acordos com autoridades federais, estaduais e municipal que estão sendo cumpridos integralmente” e que “todos os acordos são fruto de ampla discussão, baseados em dados técnicos, têm respaldo legal e foram homologados na Justiça.” Em relação aos processos que ganham corpo em Cortes internacionais, a companhia praticamente antecipa sua defesa: alega que “a competência para tratar os temas relacionados a Maceió é da Justiça brasileira, onde estão localizados os imóveis, os moradores, a sede da empresa e onde foram firmados os acordos com as autoridades.” A Braskem “reitera a necessidade de se preservar a segurança jurídica, a autonomia e competência dos órgãos signatários, pilares fundamentais para a sustentação do sistema jurídico brasileiro.”

Além dos Estados Unidos, o caso já chegou também à Justiça da Holanda, onde a Braskem tem três subsidiárias – Braskem Netherlands B.V; Braskem Netherlands Finance B.V; Braskem Netherlands Inc. B.V. A fundação Stitching Environment and Fundamental Rights (SEFR), que representa interesses de vítimas de crimes ambientais, e o escritório de advocacia Pogust Goodhead têm cadastrado o nome de moradores de Maceió, que vão se juntar em uma ação coletiva contra a empresa da família Odebrecht e da Petrobras na Holanda.

#Braskem #Petrobras

Negócios

Petros tenta debelar mal-estar após plano de equacionamento

4/03/2024
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O presidente da Petros, Henrique Jäger, tem feito uma peregrinação junto a lideranças dos petroleiros. Tenta aparar as arestas por conta do plano de equacionamento do fundo de pensão, anunciado em dezembro. Para cobrir o déficit, será necessária uma contribuição extra de R$ 1,5 bilhão. Metade desse valor terá de sair do bolso dos funcionários e aposentados da Petrobras.

#Petros

RR Destaques

Vale e Petrobras: os planos do governo

28/02/2024
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No que concerne a relação entre Vale e governo, fundamental ter uma questão em mente: é difícil que o Planalto adote iniciativas realmente heterodoxas, que sejam lidas como uma espécie de intervenção, mas em nenhum momento deixou ou deixará de querer emplacar um nome de sua confiança no comando da empresa.

É ilusório avaliar, em qualquer cenário, que houve ou haverá recuo nesse interesse. Trata-se de uma convicção pessoal de Lula, que converge com a visão do PT e não terá nenhuma intervenção da Fazenda, salvo em uma hipótese “radical”, que é muito improvável. O que pode acontecer, aí sim, são pausas e avanços, de acordo com o momento, os balões de ensaio e as “oportunidades” que o Planalto detectar, em termos de custo benefício.

Em outra questão polêmica, algo similar se aplica a Petrobras. A declaração do presidente da estatal, Jean Paul Prates, indicando “cautela” no pagamento de dividendos, obviamente causa um impacto imediato, pela natureza do mercado.

Mas não se trata de um movimento pendular, ou de uma tese que encontra adversários dentro do governo, pelo contrário. É uma questão, apenas, de tempo ou timing. O planejamento do atual governo é esse e não mudará: ampliar os valores reinvestidos e direcionar fortemente a estatal para a energia renovável, entre outros campos. Difícil que haja surpresas aí, a não ser para quem queira ser surpreendido.

Haddad ganha capital
O superávit de R$ 79 bilhões em janeiro (o terceiro maior da série histórica para o mês, iniciada em 1997) embute receitas que não se repetirão e está longe de ser uma garantia de que a meta de déficit zero em 2024 será alcançada.

Ainda mais porque há forte indefinição quanto ao que a Fazenda conseguirá pôr na mesa (que dirá aprovar), via Projeto de Lei, para substituir as desonerações de 17 setores da economia. Assim como se terá força de negociação para manter o “corte” do Perse, programa criado na pandemia e voltado ao setor de eventos. O processo está anda mais embaralhado porque há inúmeras disputas em curso no Congresso, com destaque pelos postos em comissões, e o ministro se ausentou momentaneamente do cenário.

A despeito desses fatores, entretanto, o número gera, efetivamente, impacto positivo para a credibilidade de Haddad e dá a ele, ao menos conjunturalmente, mais capital tanto junto ao mercado e aos agentes econômicos como em uma batalha que já está sendo travada internamente, acerca da necessidade de contingenciamentos orçamentários.

Externamente – e no mundo politico – diminui e muito a argumentação de que os planos do ministro para o equilíbrio das contas, via a correção do que avalia como brechas fiscais, seria utópico.

Já os adversários do ministro dentro do PT, embora menos vocais recentemente, mantém a “espada no pescoço” de Haddad, antecipando um possível desgaste com a falta (ou até incerteza) de verbas para programas importantes do governo, se acabar sendo necessário represar recursos pelo não cumprimento da meta, visando respeitar o arcabouço fiscal.

A hora dos aplicativos

A grande variável que o governo levará em conta na proposta final a ser apresentada sobre a nova regulamentação para os motoristas de aplicativos, a princípio semana que vem, não será o Uber, nem mesmo o Congresso (embora ele seja uma preocupação). O “público alvo” é a classe de motoristas, que o governo avalia como sendo um nicho do “novo trabalhismo”, mas, no fundo, dominada politicamente pela linha do ex-presidente Bolsonaro.

Há, também, outro fator: é essencial que o acordo a que se chegar represente um sentimento de maioria. É isso que tenderia a garantir que o STF evitaria uma decisão que se sobrepusesse ao projeto, em julgamento que está em suas mãos, ainda sem data para ir a plenário.

#PT #Vale do Rio Doce

Destaque

Governo e empresas de energia se juntam para reduzir dependência do gás boliviano

23/02/2024
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O governo discute diferentes cenários capazes de viabilizar a integração energética entre Brasil e Argentina. Segundo o RR apurou, uma das propostas sobre a mesa é a costura de uma espécie de PPP – um movimento, ressalte-se, com potencial para alterar razoavelmente o tabuleiro geoeconômico do gás na América do Sul. Por PPP entenda-se a possibilidade de o BNDES, Petrobras e empresas privadas brasileiras se juntarem no financiamento para a construção do gasoduto entre a Província de Santa Fé, na Argentina, e Uruguaiana (RS), obra orçada em mais de US$ 1 bilhão.

Segundo uma fonte da própria Pasta, uma comitiva de representantes do Ministério e da iniciativa privada vai viajar para Buenos Aires no mês de março, para conversas com a Secretaria de Energia do país vizinho. Paralelamente, empresas brasileiras têm feito gestões, inclusive com o apoio da própria embaixada brasileira na Argentina, interessadas em firmar contratos de importação de gás. O RR apurou que uma das companhias à frente das negociações é a Transportadora Sul Brasileira (TSB) – diga-se de passagem, a TSB, por si própria, já é uma “Parceria Público-Privada”, uma vez que seus acionistas são Petrobras, TotalEnergies, Ipiranga/Ultra e Repsol.

A negociação é intrincada e depende de que várias pontas sejam amarradas. Uma delas é um encontro de contas, para que parte do custo de financiamento do futuro gasoduto seja abatido no preço do gás comercializado para o Brasil. Além disso, há uma peça fundamental para a montagem desse quebra-cabeças bilateral: a construção de um gasoduto de 615 km entre Porto Alegre (RS) e Uruguaiana (RS). O projeto, a cargo da TSB, vai e volta, volta e vai, há mais de 25 anos.

Tanto entre as autoridades brasileiras quanto entre as empresas privadas, há um certo senso de premência nas conversas com o governo argentino. A Bolívia, maior supridora de gás para o Brasil, sofre com a escassez de recursos para investir na exploração de novas jazidas. Os campos atuais enfrentam queda de desempenho. Um estudo da consultoria internacional Wood Mackenzie mostra que haverá um declínio na produção do gás boliviano mais acelerado do que o previsto, e o país deixará de ser superavitário para se tornar importador do insumo até 2030.

Há dúvidas, inclusive, até quando a Bolívia conseguirá honrar o contrato firmado com a Petrobras, que prevê o envio de até 20 milhões de metros cúbicos por dia. Esse cenário exige que o Brasil busque alternativas. E a que mais se desenha é o acordo com a Argentina. A produção no campo de Vaca Muerta aumenta a passos largos – a reserva é estimada em 600 trilhões de metros cúbicos.

#BNDES #Petrobras #PPP

Destaque

Petrobras e Adnoc esbarram nos “pontos cegos” da Braskem

22/02/2024
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Petrobras e Adnoc (Abu Dhabi National Oil Company) estão se deparando com entraves maiores do que o previsto na due diligence da Braskem. Segundo informações obtidas pelo RR, ambas já adiaram por duas vezes a conclusão dos trabalhos e, dentro da estatal, já se admite a possibilidade de o processo não terminar sequer no mês de março. Petrobras e Adnoc têm requisitado seguidamente informações adicionais à Braskem, na tentativa de elucidar “pontos cegos” da companhia – segundo o RR apurou, expressão que vem sendo utilizada pelos próprios executivos da estatal.

A empresa brasileira e o grupo de Abu Dhabi teriam identificado algumas toxinas de ordem contábil na Braskem. São dados um tanto quanto difusos que têm exigido uma atenção especial. Aliás, mais do que especial. Compliance é, foi e por muito tempo será um gerador de insegurança para quem quer que faça negócio com os Odebrecht.

A Braskem não carrega a quantidade de pecados da empreiteira, mas também foi tragada pela Lava Jato. A petroquímica chegou a ter um ex-presidente, José Carlos Grubisich, condenado pela Justiça dos Estados Unidos. Réu confesso, Grubisich admitiu a existência do que pode ser chamado de um “mini departamento de operações estruturadas”, leia-se uma área da Braskem que reservou cerca de R$ 1,4 bilhão para o pagamento de propinas a funcionários públicos e políticos. Procuradas pelo RR, Novonor, Petrobras e Braskem não se pronunciaram.

Além das questões contábeis, há outro fator de preocupação para Petrobras e Adnoc: os esqueletos ambientais que possam estar guardados nos armários da Braskem. Vide o desastre na mina de Maceió. A companhia controlada pela Novonor recebeu alertas da autoridades sobre os riscos de desmoronamento e foi cobrada pela Agência Nacional de Mineração para fazer testes de sonar na região.

Ignorou solenemente as exigências durante anos. Preferiu jogar areia sobre o caso. Literalmente. O crime na capital alagoana seria um fato isolado ou a revelação de um modus operandi de negligência e descaso com os preceitos mais básicos do ESG?

É uma dúvida que a Petrobras e a empresa de Abu Dhabi precisam equacionar o quanto antes em seu trabalho de auditoria, dado o impacto que a eventual existência de outros passivos ambientais pode ter, tanto do ponto de vista criminal, quanto reputacional ou econômico.

A Adnoc está chegando agora no pedaço. Já a Petrobras sabe bem o terreno em que está pisando. Sua relação histórica com a Braskem combina diferentes papéis: o de acionista, o de partícipe da complexa colagem societária que deu origem à empresa e como vítima dos malfeitos perpetrados pela família Odebrecht.

#Adnoc #Agência Nacional de Mineração #Braskem #Odebrecht #Petrobras

Destaque

Lula usa seus créditos com a Bolívia para negociar parceria no lítio

16/02/2024
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Assim como os constantes afagos a Nicolás Maduro miram o apoio da Venezuela à entrada do Brasil na Opep, o empenho de Lula para o ingresso da Bolívia no Mercosul também está eivado de segundas intenções. Principal articulador da adesão do país andino ao bloco econômico, o presidente quer usar o crédito acumulado para destravar um assunto estratégico: um acordo com os bolivianos na produção de lítio. Segundo o RR apurou, Lula deverá se encontrar com o presidente boliviano, Luis Arce, no mês que vem, em La Paz – o Itamaraty já trabalha nos preparativos da reunião.

Além do fator Mercosul, o presidente brasileiro tem outras moedas de troca para colocar sobre a mesa. Desde dezembro, a Petrobras tem ampliado gradativamente o volume de gás da Bolívia, flexibilizando o limite de 20 milhões de metros cúbicos diários previstos no contrato com a YPFB. Na conversa com Arce, Lula deverá também reafirmar o compromisso do Brasil em financiar projetos bilaterais na área de infraestrutura, a começar pela Ponte Internacional Guajará-Mirim.

Até o momento, o lítio é sinônimo de insucesso na política externa do governo Lula. Nem mesmo o “soft power pessoal” do presidente junto aos países da América do Sul tem sido suficiente para dar ao Brasil uma posição privilegiada nesse jogo. Muito pelo contrário. Outras nações têm ocupado esse espaço geoeconômico na região, notadamente em território boliviano, onde estão quase 30% das reservas globais de lítio.

Em dezembro, a estatal russa Uranium One Group fechou um acordo com o governo da Bolívia para a exploração do mineral. Poucos meses antes, a Citic Guoan, da China, já havia firmado parceria semelhante com a gestão de Luis Arce. Ao todo, russos e chineses vão investir cerca de US$ 1,4 bilhão na construção de duas fábricas para a produção e exportação de 50 mil toneladas anuais de lítio a partir de 2025.

#Bolívia #Lula #Mercosul #Petrobras

Destaque

Novonor tenta sair das sombras da Lava Jato também no Peru

8/02/2024
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A, Novonor ex-Odebrecht, oscila entre o inferno e o purgatório. Na primeira categoria, estão a recuperação judicial, dívidas de quase R$ 100 bilhões, o crime ambiental da Braskem em Alagoas e a dificuldade para a venda da própria petroquímica. O outro lado, o da purga dos antigos pecados, encontram-se importantes vitórias nos tribunais – notadamente a decisão do ministro Dias Toffoli de suspender o pagamento de R$ 14 bilhões em multas junto ao MPF – e avanços em países onde até outro dia a empresa parecia estar irremediavelmente criminalizada. É o caso do Peru.

O RR apurou que a Novonor entrou na disputa pelas obras de ampliação da Barragem de Limón, no Rio Huancabamba. Os valores giram em torno dos US$ 250 milhões. A expansão da barragem integra um dos maiores empreendimentos de infraestrutura em execução no Peru: a transposição e irrigação do Vale do Olmos, que já consumiu quase US$ 3 bilhões em investimentos.

O grupo, ressalte-se, participou de uma das fases do megaprojeto, estando à frente das obras para o desvio do Rio Huancabamba. No entanto, em 2016, quando a Lava Jato já chegava ao pescoço da família Odebrecht, o negócio foi repassado à Brookfield. Em contato com o RR, a Novonor confirmou que a “a NPI – Novonor Participações e Investimentos, braço operacional do Novonor no Peru, avalia apresentar ao Governo Regional de Lambayeque uma Iniciativa Privada Autossustentável (IPA) para a ampliação da capacidade de armazenamento da barragem de Limón”.

A negociação com as autoridades do Peru tem um razoável valor simbólico. Há oito anos, a velha Odebrecht não participa de licitações públicas naquele país. Os motivos são sabidos: a empresa também foi duramente atingida pela versão peruana da Lava Jato.

Do ponto de vista político, pode até se dizer que o impacto da corrupção estruturada foi ainda maior do que no Brasil: quatro ex-presidentes da República foram denunciados e presos por receberem propina da Odebrecht. Ainda assim, graças a um carry over pré-criminalização, o Peru concentra 11% da carteira de contratos da OEC, braço de construção pesada da Novonor. No plano internacional, está atrás apenas de Angola, que representa aproximadamente 34% do backlog da empresa.

De acordo com a fonte do RR, o grupo articula com autoridades peruanas sua participação em outros negócios. O que não falta no país é obra para tocar. O PróInversion – uma espécie de “PAC peruano” – prevê a licitação de até 40 projetos de infraestrutura, tanto por meio de concessões quanto PPPs, com investimentos estimados em US$ 8 bilhões.

Consultada sobre outros projetos no radar, a companhia disse que a NPI “está sempre atenta a oportunidades”.

Nesse longo processo de expurgação, a Novonor ainda aguarda pelo maior dos perdões: o da Petrobras. Somente no ano passado, foi autorizada a voltar a participar de licitações da petroleira. Até o momento, não consta que tenha firmado qualquer novo contrato com a companhia. A retomada da prestação de serviços para a estatal consumaria a maior das “absolvições” – a Petrobras se tornou um emblema de todos os pecados da velha Odebrecht.

A Odebrecht ficou marcada pela corrupção sistêmica capitaneada por seus acionistas e executivos. Mas o passado de malfeitos não apaga o que o grupo sempre teve de melhor: um quadro de engenheiros de excelência, o reconhecimento como uma referência em construção pesada e o status de ser a mais competitiva das empresas brasileiras em exportação de serviços. A recuperação da companhia é uma excelente notícia.

#Braskem #Dias Toffoli #MPF #Novonor #Odebrecht #Petrobras

Política externa

A “outra” Margem Equatorial no caminho da Petrobras

26/01/2024
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Ainda que o assunto certamente monopolize a pauta, o encontro entre Lula e o presidente da Guiana, Irfaan Ali, previsto para a primeira semana de março, não ficará circunscrito às tensões com a Venezuela. Segundo informações filtradas do Itamaraty, o governo guianês já comunicou formalmente à diplomacia brasileira que Ali pretende discutir uma possível parceria para investimentos em exploração e produção de petróleo. A Guiana foi o primeiro país a descobrir petróleo na Margem Equatorial. Suas reservas são estimadas em torno de 11 bilhões de barris. Em tempo: em dezembro, quando perguntado sobre a possibilidade de a Petrobras investir no país vizinho, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que não era hora de “apostar na Guiana”. Mas, se Lula quiser, será.

#Jean Paul Prates #Lula #Petrobras

Energia

Cemig e Eneva na rota do gás boliviano

23/01/2024
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A Bolívia está despejando seu gás no Brasil por tudo que é lado. Após fechar um novo contrato com a Petrobras, que prevê o fornecimento de 20 milhões de metros cúbicos por dia, a YPFB tem batido à porta de grandes grupos brasileiros da área de geração de energia. Segundo o RR apurou há conversas com Cemig e Eneva. Esta última, ressalte-se, produz gás natural no Brasil. No entanto, o consumo do combustível deve aumentar significativamente diante dos seus planos de expansão. Além das negociações para uma fusão com a Vibra, a Eneva – leia-se BTG e a Cambuhy, de Pedro Moreira Salles – é apontada no setor como uma forte candidata à compra de térmicas a gás da Eletrobras.

#Bolívia #Cemig #Eneva #Petrobras #YPFB

Política externa

Alckmin corre países vizinhos para negociar acordos na área de energia

23/01/2024
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Geraldo Alckmin é mesmo um vice-presidente para toda obra. Lula pretende enviar Alckmin para uma viagem à Bolívia e Equador em fevereiro. Em pauta, a negociação de acordos no setor de energia com os dois países. O assunto envolve diretamente a Petrobras e a possibilidade de parcerias para investimentos em exploração e produção de óleo e gás nos dois países. A visita de Alckmin aos países vizinhos corrobora a ideia de que o vice-presidente deverá ter, a partir deste ano, um papel mais relevante na área de relações internacionais. Até pela necessidade de Lula se concentrar mais na política interna.

#Bolívia #Energia #Equador #Geraldo Alckmin #Lula #Petrobras

Energia

Brasil faz “doação” de gás para evitar desabastecimento na Argentina

11/01/2024
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O governo Lula pretende fazer um gesto de boa vizinhança com a Argentina por meio da Petrobras. A estatal deverá liberar uma parcela do gás que recebe da Bolívia para a Enarsa, estatal de energia do país vizinho. A boliviana YPFB também vai entrar no “rachucho”. Fechado o acordo, o insumo desviado para a Argentina seria abatido do valor pago pela Petrobras à Bolívia. Toda essa engenharia tem o objetivo de reduzir o risco de desabastecimento de gás em território argentino.

 

Trata-se de uma solução temporária, até que o governo Milei consiga tirar do papel a reversão do fluxo do Gasoducto Norte, um investimento em torno de US$ 700 milhões. O projeto permitirá a distribuição de gás da bacia de Neuquén para o norte da Argentina, reduzindo a necessidade de importações da Bolívia.

#Argentina #desabastecimento #gás #Petrobras

Petróleo

Guiana abre as portas para a Petrobras

11/01/2024
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Em meio às tensões com a Venezuela, o governo da Guiana bateu à porta do Ministério de Minas e Energia. O país vizinho busca uma parceria envolvendo a Petrobras para a exploração de petróleo e gás e, de quebra, projetos conjuntos em energia renovável. Recentemente, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, descartou investimentos na Guiana. Mas, a essa altura, quem corre mais risco de ser descartado é o próprio Prates.

#Energia #Guiana #Petrobras

Destaque

Casa Civil busca no passado da Petrobras e da Vale um futuro para a produção de fertilizantes

10/01/2024
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Para quem gosta de projetos estatais, um novo empreendimento tem encantado Rui Costa, ministro da Casa Civil. A ideia é reduzir barbaramente o déficit de fertilizante, algo que não faz sentido em um país que se tornou uma potência agrícola. A composição do projeto é bastante complexa: mistura Petrobras, Vale e seus respectivos fundos de pensão – Petros e Valia, fundos de estatais entre outros parceiros. A ideia de Costa é jogar todos esses elementos no mesmo caldeirão e formar uma joint venture para a produção de NPK (nitrogênio, potássio e fosfato, principais insumos dos fertilizantes).

O projeto é grandioso: o maior da América Latina, com sobras. Na verdade, em parte, seria uma volta ao passado. A Petrobras já foi a maior produtora de nitrogênio do Brasil; e a Vale, de fosfato. Gestões beócias em ambas as empresas tiraram os dois gigantes do negócio. No caso da Petrobras, foi ainda pior: a estatal simplesmente fechou sua subsidiária no setor, a Petrofértil. Pois bem, antes desse mastodôntico e inevitavelmente polêmico plano de uma megaempresa de fertilizantes, há uma boa nova: a Petrobras, devagarinho, devagarinho, está voltando ao setor. Fechou contrato com a Unigel – que não vai bem das pernas – para produção dos insumos.

Hoje o Brasil importa quase a totalidade dos fertilizantes que consome. Portanto, o empreendimento é de demanda garantida. Haveria ainda um business derivativo: criar uma empresa coligada de terras raras, um subproduto de fosfato. O Brasil é a terceira maior reserva desse complexo de minérios, que congrega césio, vanádio, tório, ítrio etc. Simplesmente todos os produtos sofisticados, da bateria para carros elétricos até a TV Led de última geração usam terras raras. Se fosse na China, essa empresa já existiria. O país asiático é o maior detentor de reservas de terras raras do mundo. A pergunta que não quer calar: será que o setor privado, chamado para tocar o projeto, com o devido apoio, não daria conta disso?

#Casa Civil #NPK #Petrobras #Rui Costa #Vale

Petróleo

Pemex quer Petrobras ao seu lado no Golfo do México

5/01/2024
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A Pemex procura um parceiro para a exploração de gás no campo offshore de Lakach, na costa do estado de Vera Cruz, no Golfo do México. E bateu – adivinhem onde – na porta da Petrobras. A estatal mexicana já investiu US$ 1,5 bilhão no projeto. Nos cálculos da Pemex, será necessário outro tanto para viabilizar a produção comercial.

As reservas estimadas chegam a 900 bilhões de metros cúbicos. Se a Petrobras embarcar no negócio, será mais uma guinada em relação à estratégia da companhia durante o governo Bolsonaro. Em 2022, a estatal chegou a colocar à venda sua participação de 20% na MP Gulf of Mexico, associação com a texana Murphy voltada exatamente à exploração de campos offshore na região.

#exploração de gás #Pemex #Petrobras

Destaque

Fundos de pensão e Monte Capital discutem mudança de controle na Invepar

15/12/2023
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O trio Previ, Petros e Funcef e a Monte Capital, cada uma dona de 25% da Invepar, estão debruçados sobre diferentes cenários para a reestruturação do grupo. Umas das estradas aponta para a venda pura e simples de ativos. Nesse caso, a própria Monte Capital já se apresenta com um duplo figurino: de acionista e de comprador de concessões da Invepar – em uma negociação “intramuros”, a gestora fechou na semana passada a aquisição da Concessionária Litoral Norte, até então pertencente ao grupo. Há ainda um segundo caminho, que passa por mudanças societárias no grupo. Internamente, a Monte Capital teria manifestado interesse em assumir uma participação majoritária na Invepar. As pistas estão liberadas. Diferentemente do que ocorria em outros tempos, Previ, Petros e Funcef não encaram a redução da sua posição acionária como um anátema. Mesmo porque as concessões da holding, entre as quais Aeroporto de Guarulhos, Linha Amarela e VLT do Rio, ainda carregam as marcas da pandemia e despejam prejuízos no bolso dos aposentados do Banco do Brasil, Caixa e Petrobras – a perda consolidada entre janeiro e setembro deste ano passa dos R$ 435 milhões. Procurados, a Monte Capital e os fundos de pensão não se manifestaram.

No caso de uma reestruturação societária, há duas rotas que podem ser percorridas. Uma possibilidade é um aumento de capital, em que os fundos de pensão teriam a sua participação diluída. Outra hipótese é uma venda direta de parte das ações em poder do trio para a Monte Capital. A gestora entrou no capital da Invepar no início de 2022, com a compra das ações detidas pelo fundo Yosemite, basicamente uma reunião de credores da antiga OAS, antiga sócia dos fundos de pensão na companhia. Já naquele momento, a intenção da Monte Capital era concentrar na Invepar seus investimentos em concessões de infraestrutura.

#Funcef #Invepar #Monte Capital #Petros #Previ

Empresa

Desastre ambiental de Maceió deve ser debitado na conta da Novonor

14/12/2023
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Se for para ser imputada responsabilidade sobre o desastre com a mina de sal gema na região urbana de Maceió, é melhor dar nome aos bois. O risco da tragédia existe há anos e antecede em muito a associação da Braskem. Quem não deu bola, desde o início, para o colapso anunciado foi a Odebrecht – hoje Novonor -, que há muito tempo cozinhava o desabamento da jazida de sal gema em fogo lento. O patriarca da companhia, Norberto Odebrecht, e já se vão mais de três décadas, visitou o local e demonstrou preocupação com o que viu. O RR acompanhou o assunto de perto. Mas Norberto já havia saído da gestão. O assunto estava na esfera do seu filho, Emílio. O braço da petroquímica da Odebrecht se chamava OPP e seu presidente era o executivo Álvaro Cunha. A Petrobras, é claro, tem sua cota de responsabilidade temporã, por aceitar a associação com uma empresa que carrega um passivo ambiental assassino conhecido por seu sócio e pelos governantes alagoanos que atravessaram diversas gestões – há muito mais culpados do que imagina a vã filosofia do noticiário, o que justifica a abertura da CPI da Braskem, no Senado. A estatal também terá de responder pela calamidade.

Durante todos esses anos, é sabido e temido o custo social do funcionamento da mina. Todo mundo tinha conhecimento. O fechamento da operação foi cogitado inúmeras vezes. Mas quem tocava o empreendimento desde lá de trás era a Odebrecht, seja lá Novonor ou qualquer outro brand que escolha para se esconder de si mesma. A Petrobras deve, juntamente com sua malsinada parceira, seguir o exemplo da Vale, com os escândalos ambientais de Mariana e Brumadinho, e consertar o prejuízo. Depois, sair fora desse péssimo projeto da Braskem, que somente foi levantado para satisfazer o lobby da Odebrecht, manda chuva da Petrobras na época. Em tempo: Lula não vai mais rodar o mundo restrito a sua peroração sobre a exploração ilegal na Amazônia. Agora, terá de carregar nas costas os horrores de Brumadinho e o maior desastre urbano do mundo, em Maceió.

#Braskem #Maceio #Mina #Novonor #Odebrecht

Política externa

Brasil e Bolívia avançam em discussões na área de fertilizantes

8/12/2023
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Informação que circulava ontem, em petit comité, no Ministério de Minas e Energia: o governo da Bolívia e a diretoria da estatal YPFB deverão enviar ainda neste ano um esboço de proposta de parceria com a Petrobras na produção de fertilizantes. No mês passado, executivos da companhia brasileira estiveram no país vizinho para tratar do assunto.

#Bolívia #Governo #Petrobras #YPFB

Empresa

3R Petroleum prepara novo corte de preços dos combustíveis

6/12/2023
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Há informações no setor de que a 3R Petroleum vai anunciar até a próxima semana uma nova redução nos preços do diesel e da gasolina comercializados pela refinaria Clara Camarão. Será o terceiro corte desde o fim de outubro. As seguidas quedas servem para aumentar a pressão política sobre o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, notadamente por parte do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. A temperatura voltou a subir na semana passada, com o anúncio da Petrobras de uma redução de R$ 0,26 por litro no preço do combustível de aviação. O Ministério defendia uma diminuição maior, de R$ 0,56 por litro. No caso dos cortes realizados pela 3R Petroleum, há todo um contexto simbólico que aditiva as cobranças sobre Prates. A refinaria Clara Camarão foi comprada da própria Petrobras em junho deste ano e está localizada no Rio Grande Norte, onde se encontra o combustível político do ex-senador e atual presidente da estatal.

#3R Petroleum

Real estate

Petros coloca à venda antiga sede da BR Distribuidora

5/12/2023
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A Petros procura um comprador para o Edifício General Horta Barbosa, localizado no Maracanã, na Zona Norte do Rio. Há um certo simbolismo na negociação. Por décadas, o imóvel foi a sede da antiga e ex-estatal BR Distribuidora. Hoje, abriga áreas da Petrobras, como TI. O ativo está marcado no balanço da Petros ao valor de R$ 95 milhões. Procurada, a Petros não se pronunciou.

#BR Distribuidora #Petros #venda

Empresa

Pleito da Petrobras paira sobre os futuros integrantes do Cade

5/12/2023
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Os quatro indicados pelo Palácio do Planalto para o Cade – Diogo Thomson, Carlos Jacques, José Levi e Camila Alves – já têm recebido ao pé do ouvido mensagens de como seria “importante” para a Petrobras a revisão do acordo firmado com o órgão antitruste em 2019. O Termo de Compromisso de Cessação (TCC) obriga a estatal a se desfazer de oito ativos na área de refino – entre elas a Refinaria Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste (Lubnor). Na semana passada, a Petrobras rescindiu o contrato de venda da Lubnor para a Grepar Participações. O pedido da Petrobras de revisão do TCC está parado no Cade, como de resto todos os demais julgamentos, por falta de quórum mínimo. O que dá tempo à estatal para intensificar seu trabalho de persuasão junto aos futuros conselheiros.

Destaque

Risco Mantega é um pêndulo entre o Planejamento e a Petrobras

29/11/2023
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A ameaça Guido Mantega parece não largar o governo Lula. A proposta inicial era empurrá-lo para a presidência da Vale, “esquecendo” que a empresa não é mais estatal. Agora, surgem duas ideias no governo de arrepiar.

A primeira é incluir Mantega em um troca-troca com Simone Tebet: ela iria para a Pasta da Justiça e Mantega reassumiria o Ministério do Planejamento, cargo que já ocupou no Lula I, entre 2003 e 2004. Na segunda, e perigosíssima alternativa, ele ficaria de regra três para a presidência da Petrobras, como potencial substituto de Jean Paul Prates, que balança mais do que bambu em ventania. Mantega chegaria à estatal com o poder de conduzir o recém-anunciado plano de investimentos da companhia, uma montanha de dinheiro de US$ 102 bilhões a ser desembolsada pelos próximos cinco anos.

A essa altura, a hipótese mais suave é encher a árvore de Natal do ex-ministro de vagas em conselhos de administração, como BNDES, Itaipu, BB etc. O fato é que tanto o PT quanto o próprio Lula parecem se sentir na obrigação de recompensar Mantega pela lealdade nos tempos das águas mais profundas da Lava Jato. O ex-ministro chegou a ser foi preso no hospital quando acompanhava um exame médico da sua esposa e não abriu o bico.

#BNDES #Guido Mantega #Lula #Ministério do Planejamento #Simone Tebet

Política

Mesmo longe, Dilma está perto de Jean Paul Prates

23/11/2023
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Um dos esteios do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, no cargo encontra-se do outro lado do mundo: Dilma Rousseff, que está aboletada na cadeira de presidente do Banco dos Brics, na China. Do pouco que existe de Dilma no governo Lula, há muito dela na escolha do ex-senador para o comando da estatal. Apesar de pequenas rusgas, Dilma, então ministra da Casa Civil, tocava de ouvido com Prates, que, à época, comandava a Secretaria de Energia do Rio Grande do Norte. A sintonia permaneceu através dos anos. Há poucos meses, o CEO da Petrobras prestigiou a ex-presidente da República em reunião para troca de informações. Enquanto Dilma toca o Banco dos Brics em Xangai, por aqui, em Terra Brasilis, a oposição a Prates tem usado o expediente de que o presidente da estatal já foi consultor de uma penca de multinacionais petroleiras. Quando se trata do comando da Petrobras, vale tudo: dedo no olho, puxão de cabelo e chutes abaixo da linha de cintura.

#Dilma Rousseff #Jean Paul Prates #Petrobras

Política

Alckmin é um vice-presidente multiuso

23/11/2023
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Geraldo Alckmin tem mil e uma utilidades no governo. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e da Indústria foi designado para uma nova missão: nas próximas semanas, cumprirá uma agenda de viagens pelo país. Vai visitar importantes obras de infraestrutura e, de quebra, fazer política junto aos governadores. A peregrinação começa amanhã, pelo Mato Grosso do Sul. Alckmin desembarcará no estado para “supervisionar” a construção da ponte internacional sobre o Rio Paraguai, que ligará Porto Murtinho à cidade de Peralta, no Paraguai. Orçado em mais de R$ 470 milhões, o trecho é parte de um projeto maior: a implantação da Rota Bioceânica. O RR apurou que Alckmin deverá aproveitar a presença no Mato Grosso do Sul para visitar o site da fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas, cuja construção será retomada em breve pela estatal. Ou seja, fica o recado: se Alckmin visitar o canteiro, é porque a obra vai andar.

#Geraldo Alckmin #Petrobras

Mercado

Parceria com YPFB para produção de ureia e amônia enfrenta resistências na Petrobras

21/11/2023
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A proposta do governo da Bolívia para a construção conjunta de uma fábrica de amônia e ureia em Puerto Quijaro, na fronteira com o Brasil, é vista com ressalvas na Petrobras. Segundo informações filtradas da empresa, um dos principais motivos seria o modelo societário apresentado pelos bolivianos, que prevê o capital dividido fifty to fifty entre a estatal brasileira a YPFB. O projeto está orçado em aproximadamente US$ 2,5 bilhões. Em contato com o RR, a Petrobras confirmou que uma missão de executivos esteve recentemente na Bolívia para encontros com representantes da YPFB. Segundo a estatal, os “executivos da Petrobras ouviram oportunidades apresentadas pelos representantes da YPFB, sendo que nenhuma destas oportunidades foi analisada, não havendo, portanto, qualquer encaminhamento entre as empresas para instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia.” A companhia diz ainda que “eventuais decisões de investimentos deverão, dentro da governança estabelecida na Petrobras, passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada.”

#Petrobras #YPFB

Destaque

Petrobras traça seus novos investimentos na Colômbia

20/11/2023
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O RR apurou que a Petrobras negocia com a Ecopetrol novos investimentos conjuntos em exploração e produção na Colômbia. As conversas mais avançadas envolvem uma parceria para a extração de gás no poço Glaucus-1, no Caribe colombiano, considerada uma das maiores reservas do país vizinho. O investimento previsto é da ordem de US$ 1 bilhão.

A operação tem ainda um terceiro vértice, a Shell, que já é sócia da Ecopetrol no ativo. As tratativas entre a Petrobras e a estatal colombiana passam também pelo bloco Alqamari-2, na região de Orito. A Ecopetrol confirmou há pouco mais de um mês a existência de petróleo e gás com viabilidade comercial na área.

Segundo informações filtradas da própria Petrobras, executivos da companhia irão à Colômbia ainda neste mês para uma agenda de reuniões com representantes da Ecopetrol. Consultada pelo RR, a companhia informou que “mantemos constantes contatos com a Ecopetrol, no âmbito da parceria, o que inclui visitas de profissionais da Petrobras à Colômbia.”

Petrobras e Ecopetrol discutem o futuro e também o “passado”. As duas empresas vão retomar os investimentos no bloco Tayrona, em águas profundas na Colômbia. No governo Bolsonaro, a direção da estatal chegou a colocar a participação à venda, mas o processo foi suspenso pela gestão de Jean Paul Prates. No contato com o RR, a Petrobras confirmou que “está avaliando a descoberta e realizando atividades exploratórias”.

#Colômbia #Ecopetrol #Jean Paul Prates #Petrobras

Petróleo

Eneva pesa os prós e contras de um litígio com a Petrobras

14/11/2023
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A Eneva avalia medidas judiciais contra a Petrobras, que suspendeu a venda de campos de produção terrestre na Bahia. A empresa, controlada pelo BTG Pactual e pela Cambuhy Investimentos, dos Moreira Salles, havia apresentado uma oferta vinculante à estatal em 2022. Juridicamente, a Eneva acredita que dá para brigar. A questão é outra: se politicamente vale comprar esse barulho. Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou até o fechamento desta matéria.

#Eneva #Moreira Salles #Petrobras

Destaque

Justiça coloca combustível em disputa sobre royalties do petróleo

9/11/2023
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Uma disputa federativa há algum tempo submersa no Judiciário está voltando à tona, a partir de uma ação movida pela Prefeitura de Angra dos Reis contra a União e a ANP. Em sentença proferida no último dia 20 de outubro, o TRF-2, mais precisamente a Vara Federal de Angra dos Reis, determinou que não é necessária a aplicação de correção monetária aos valores repassados pelo governo federal a estados e municípios referentes aos royalties do petróleo. A decisão deverá desencadear uma reação em série de unidades da federação e de cidades produtoras.

A própria Prefeitura de Angra vai impetrar um recurso no TRF-2. É só o começo do que pode vir a ser uma bola de neve judicial. Segundo o RR apurou, os governos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e municípios do Norte Fluminense já se movimentam para entrar com ações, no próprio Tribunal Federal da 2ª Região ou mesmo no STJ.  

O tema é controverso e perambula pelos Tribunais há mais de sete anos. Em 2017, o então ministro do STF Marco Aurelio Mello deu uma liminar ao Rio de Janeiro e ao Espírito Santo garantindo a atualização monetária no repasse dos royalties. No entanto, até hoje não há jurisprudência definida sobre a questão, o que abre caminho para interpretações antagônicas. No Judiciário, espocam decisões isoladas, ora a favor de estados e municípios, ora pró-União, como no caso da ação movida pela Prefeitura de Angra dos Reis.

Ponto para a AGU. O pilar argumentativo da Advocacia-Geral é que a Lei 12.351/2010, que trata da exploração e a produção de petróleo e dos respectivos royalties, não prevê qualquer mecanismo de atualização monetária. O órgão alega também que o intervalo entre o recolhimento dos royalties pelo Tesouro Nacional e a distribuição aos entes federativos não justifica o argumento de “enriquecimento sem causa”, acusação comumente feita por governos estaduais e Prefeituras para cobrar a incidência de correção.  

Além do emaranhado de discussões e interpretações jurídicas, há um fator determinante neste momento para tensionar ainda mais o cabo de guerra federativo em torno da derrama do petróleo. A projeção é de que os royalties arrecadados pela União neste ano não passarão de R$ 44 bilhões, ou seja, 30% abaixo da cifra contabilizada em 2022 (cerca de R$ 62 bilhões). Significa dizer que, em termos absolutos, o bolo será menor para todo mundo – governo federal, estados e municípios.

Não se pode desprezar ainda uma variável concorrente: devido à nova política de dividendos da Petrobras, a União receberá um valor bem menor referente à participação nos lucros – a estimativa é que a sua parcela caia de R$ 58 bilhões para R$ 34 bilhões. Nesse contexto, premido pela necessidade de aumentar a arrecadação, o governo certamente adotará uma postura ainda mais firme em relação à disputa por correção monetária sobre os royalties pagos a estados e municípios. 

#AGU #ANP #Petrobras #Petróleo #Prefeitura de Angra dos Reis

Destaque

Petrobras viabiliza fornecimento de gás para retomada de investimentos em fertilizantes

7/11/2023
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Quem pensa que as conversas entre executivos da Petrobras e autoridades bolivianas, há duas semanas, em La Paz, ficaram circunscritas a investimentos no país vizinho, notadamente em E&P, não conhece da missa a metade. Os emissários da estatal cumpriram uma missão tão ou mais importante: obter do governo da Bolívia garantias de fornecimento de gás para a Unidade de Nitrogenados de Três Lagoas (UFN III), no Mato Grosso do Sul. Ao que tudo indica, foram bem-sucedidos. Nos corredores da própria Petrobras, circula a informação de que a empresa deverá anunciar nos próximos dias a retomada da construção da UFN III, projeto que marcará o retorno da estatal ao setor de fertilizantes. Um forte indício nesta direção é a presença de uma estrelada comitiva nesta semana em Três Lagoas. Está prevista para amanhã uma visita ao local do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet, além do próprio presidente da estatal, Jean Paul Prates. Tebet, por sinal, tem a sua cota de contribuição para a retomada do projeto. Ainda que o retorno da Petrobras ao setor de fertilizantes tenha sido uma promessa de campanha do próprio Lula, Tebet tornou-se uma voz de peso dentro do governo para a retomada da construção da UFN III. Procurada pelo RR, a Petrobras não se pronunciou.

#Bolívia #Fertilizantes #Geraldo Alckmin #Jean Paul Prates #Petrobras #Simone Tebet

Destaque

Sindicatos e indústria se unem para frear banimento de produtos plásticos

1/11/2023
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O senador licenciado e atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, conseguiu unir o capital e o trabalho em torno da mesma causa. Grandes representações sindicais estão se juntando a entidades da indústria em uma ofensiva pela reformulação do projeto de lei nº 2524/2022, de autoria de Prates. O PL estabelece o banimento de diversos produtos plásticos de uso único, como canudos, talheres, pratos, copos etc. CUT, Força Sindical e organizações sindicais do setor – notadamente a Confederação Nacional do Ramo Químico (CNQ) – têm feito gestões junto a parlamentares da base aliada para impedir a aprovação do atual texto do projeto. Os sindicalistas reivindicam um tempo maior, de até dez anos, para a retirada dos produtos de circulação e a adequação da indústria à nova legislação – o projeto original de Jean Paul Prates propõe uma transição de apenas dois anos, considerada insuficiente pelos trabalhadores.

As lideranças sindicais pleiteiam ainda que o Ministério do Trabalho seja designado para conduzir a mediação e o planejamento desse período de adaptação. As entidades tentam evitar que, junto com utensílios plásticos, o projeto de lei represente também o banimento de milhares de empregos. De acordo com um estudo que circula entre os sindicatos, as medidas previstas no atual texto do PL colocam sob risco aproximadamente 200 mil dos mais de 340 mil postos de trabalho na cadeia de transformação do plástico, o equivalente a uma massa salarial da ordem de R$ 6,7 bilhões.

Em contato com o RR, a CNQ confirmou que “nós instamos aos legisladores a considerarem essas preocupações e a trabalharem em conjunto com as partes interessadas para suavizar o impacto do PL 2524/2023.” A entidade ressalta “a importância de garantir uma transição justa para os trabalhadores da indústria química”. A Abiplast, por sua vez, defende “a necessidade da reformulação do PL 2524/2022, destacando os impactos econômicos que a supressão de uma gama de produtos pode acarretar para a economia e para toda a sociedade.”.

#CUT #Jean Paul Prates #Ministério do Trabalho #Petrobras #Plástico

Energia

As aproximações sucessivas entre Brasil e Bolívia

25/10/2023
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O presidente Lula vai enviar o próprio ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, à La Paz para conduzir as negociações sobre a retomada dos investimentos da Petrobras na Bolívia. A visita de Silveira deverá resultar em uma espécie de memorando de entendimentos com a YPFB. O terreno para a viagem do ministro de Minas e Energia está sendo preparado pelos executivos da Petrobras que desembarcaram na capital boliviana no fim da semana passada. Os representantes da estatal manterão uma agenda de reuniões com a direção da YPFB para possíveis investimentos conjuntos na extração de óleo e gás e também na produção de lítio – – conforme o RR antecipou.

#Alexandre Silveira #Bolívia #Lula #Ministério de Minas e Energia #Petrobras #YPFB

Energia

Petrobras quer ficar com uma costela da Emae

23/10/2023
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Diante da iminente privatização da Emae (Empresa Metropolitana de Águas e Energia), o Ministério de Minas e Energia discute possíveis cenários em relação à usina térmica Piratininga, arrendada pela estatal paulista à Petrobras. Uma das ideias é buscar um acordo com o futuro controlador da empresa para manter o contrato de arrendamento, que vence em março do próximo ano. A Pasta cogita também a hipótese, mais complexa, da própria Petrobras apresentar uma proposta de compra da usina.

Com capacidade instalada de 190 MW, a termelétrica não é uma peça isolada no mosaico da petroleira na área de geração. A usina opera de forma integrada à Nova Piratininga, antiga Usina Fernando Gasparian, esta pertencente à Petrobras. O potencial energético combinado das duas plantas é de 576MW.

Além disso, a térmica cumpre um papel dentro do programa de geração emergencial do governo. O problema é que qualquer de solução de continuidade dependerá fundamentalmente da boa vontade de Tarcísio Freitas.  O governador de São Paulo terá de topar um acordo que tire um pedacinho da Emae do balcão de privatização.

#Emae #Ministério de Minas e Energia #Petrobras

Destaque

Dragagem do Rio Paraguai é o novo ponto de tensão entre Marina Silva e o agronegócio

16/10/2023
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A ministra Marina Silva está no centro da mais nova queda de braço entre o agronegócio e o governo Lula. A bancada ruralista tem feito pressão em Brasília pela concessão da licença ambiental para a dragagem do chamado tramo sul do Rio Paraguai, um trecho de 592 quilômetros entre Corumbá e a foz do Rio Apa. Segundo o RR apurou, integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura solicitaram uma audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para tratar do assunto.

Querem também uma reunião com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e o Coordenador-Geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Fluviais e Pontuais Terrestre do Instituto, Regis Fontana Pinto. Os grandes produtores rurais do Centro-Oeste e companhias de navegação tratam a limpeza como fundamental para aumentar o escoamento de grãos pela Hidrovia do Paraguai. No entanto, há uma Marina Silva no meio desse rio.

No Ministério do Meio Ambiente e do Ibama há fortes restrições à obra. Aos olhos do aparelho ambiental do Estado, o projeto conduzido pelo DNIT descumpre uma série de requisitos. Segundo o RR apurou, o Ibama levantou riscos de danos à qualidade da água para o abastecimento público, notadamente às populações ribeirinhas. De acordo com informações filtradas do Ministério, um minucioso estudo assinado por cientistas da Embrapa Pantanal, ICMBio, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e Panthera, organização global de conservação de felinos selvagens, aumentou ainda mais a resistência da ministra Marina Silva e de sua equipe.

Os pesquisadores apontam os potenciais impactos da dragagem para o Pantanal, com declínio nos sedimentos e nutrientes e diminuição dos habitats dos peixes, com severos efeitos sobre a subsistência e a atividade econômica da pesca na região. Um exemplo: a ruptura das termoclinas (camadas de oxigênio dissolvido), com a consequente mistura de faixas distintas da água, é uma ameaça à fauna local. Consultado pelo RR, o Ibama não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Guardadas as devidas proporções, a dragagem do Rio Paraguai virou uma espécie de “Margem Equatorial” do agronegócio para a gestão Lula, em referência à rígida posição da ministra Marina Silva. Se, no caso da Foz do Amazonas, a pressão maior vem do próprio Estado – a Petrobras -, o impasse em relação à hidrovia é mais uma zona de fricção entre o governo e um setor da economia que já é naturalmente hostil ao presidente Lula. O ciclo das secas, que vai até o início de dezembro, aumenta os decibéis das cobranças do agronegócio em Brasília. O período potencializa os prejuízos causados pelo assoreamento de diversos trechos do Rio Paraguai.

As interrupções no fluxo de navios carregados são constantes. Estima-se que seja necessária a retirada de até dois milhões de metros cúbicos de sedimentos do manancial, trabalho previsto para quase três anos. Mesmo com as condições adversas de navegabilidade, a Hidrovia do Paraguai tem sido uma rota crescente não apenas para o agro, mas também para o setor de mineração. No primeiro semestre deste ano, o transporte de grãos cresceu 258% em comparação a igual período do ano passado. No caso do minério de ferro, o aumento beirou os 60%.

#Agronegócio #Ibama #Lula #Marina Silva #Renan Filho #Rio Paraguai

Energia

Equinor negocia sua entrada no hub de hidrogênio verde do Ceará

13/10/2023
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Segundo o RR apurou, a Equinor mantém conversações com o governo do Ceará para investir no futuro hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém. O governador Elmano Freitas articula uma viagem a Oslo ainda neste ano para encontros com a cúpula da estatal norueguesa. Em números absolutos, este é não apenas o maior projeto da sua gestão, mas também um dos principais empreendimentos na área de transição energética em curso no Brasil. Os memorandos de entendimento assinados com grupos internacionais já somam mais de US$ 10 bilhões. A Equinor, ressalte-se, já tem engatilhados projetos para a instalação de duas eólicas offshore na costa do Ceará, dentro do acordo firmado com a Petrobras.

#Ceará #Equinor #Hidrogênio verde

Energia

China Energy International vai investir em eólicas offshore no Brasil

13/10/2023
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Segundo informações filtradas do Ministério e Minas e Energia, a China Power International já levou ao governo brasileiro o projeto de instalar cinco usinas eólicas offshore no Nordeste do país. De acordo com a mesma fonte, o cronograma dos chineses prevê a construção das duas primeiras usinas até 2025. O grupo deverá contar com o financiamento do China Development Bank (CDB). Há conversas para que a Petrobras seja sócia de alguns dos empreendimentos. Ressalte-se que a estatal e a China Energy International criaram, há cerca de seis meses, um grupo de trabalho para estudar investimentos conjuntos em geração eólica e produção de hidrogênio verde no Brasil. O Brasil é uma peça importante no mosaico de investimentos globais do grupo chinês em transição energética. A China Energy promete despejar uma dinheirama em geração renovável: cerca de US$ 100 bilhões até 2025. 

#China Power International #Energia Eólica #Ministério e Minas e Energia

Política externa

Lula e Luiz Arce conversam sobre investimentos da Petrobras na Bolívia

9/10/2023
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Segundo uma fonte do Itamaraty, Lula terá, nesta semana, uma conversa por telefone com o presidente da Bolívia, Luiz Arce. Vai tratar da retomada dos investimentos da Petrobras na exploração de gás natural no país vizinho. E do interesse do Brasil em estender o atual contrato de fornecimento do insumo, que vence em 2025. Os preparativos para a conversa entre os dois presidentes começaram na semana passada, quando o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se reuniu com o seu congênere boliviano, o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Franklin Molina Ortiz. Na segunda quinzena de outubro, representantes da Pasta de Minas e Energia e da própria Petrobras são aguardados na Bolívia, mais precisamente em Santa Cruz de La Sierra, para encontros com autoridades locais. A ideia é que sejam discutidos projetos para as reservas de San Alberto, Sábalo, Itaú e San Telmo Norte, no departamento de Tarija.

#Bolívia #Itamaraty #Lula #Petrobras

Destaque

Governo estuda usar BNDES e Petrobras como “avalistas” dos green bonds brasileiros

9/10/2023
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O governo reserva um papel importante para o BNDES e a Petrobras no lançamento de títulos verdes já anunciado pelo ministro Fernando Haddad. A ideia em discussão na equipe econômica é usar o banco de fomento e a petroleira para garantir a emissão na Bolsa de Nova York, estimada em R$ 10 bilhões pela própria Pasta da Fazenda. BNDES e Petrobras entrariam comprando parte dos títulos, como forma de estimular a demanda e assegurar a colocação dos green bonds.

Seria quase uma operação de tesouraria soberana. As duas estatais funcionariam como uma espécie de avalistas do lançamento, em um gesto eivado de simbolismo. Ao investir nos papéis, as duas estatais, ou seja, o próprio governo afiançaria os títulos soberanos com selo ESG. Seria a União comprando a União. De quebra, BNDES e Petrobras colocariam em sua carteira papéis com um razoável potencial de rentabilidade.

A petroleira, ressalte-se, tem em tesouraria cerca de R$ 4,7 bilhões em títulos públicos. Já o BNDES é um tradicional financiador da União: carrega em carteira aproximadamente R$ 66 bilhões em papéis emitidos pelo Tesouro.

A medida é vista na equipe econômico como um “seguro emissão” ou algo que o valha. A necessidade do BNDES e da Petrobras entrarem ou não na operação e o volume de títulos adquiridos por ambos dependeriam da procura pelos papéis. O cuidado é mais do que justificável. Haddad e seus assessores tratam esse primeiro lançamento de green bonds do Tesouro fundamental, quando não determinante para o êxito de futuras operações similares. Conforme o RR já informou, a equipe econômica já tem planos de lançar outras duas tranches de títulos ESG: uma voltada à Europa e outra especificamente para o que seria um sindicato de fundos soberanos do Oriente Médio. A equipe econômica considera o lançamento dos bônus verdes como uma de suas iniciativas mais relevantes, algo capaz de mudar o patamar do Brasil na captação de recursos internacionais. O objetivo é engendrar um mercado permanente, com potencial de resiliência, que permita emissões com alguma regularidade.

#BNDES #ESG #Fernando Haddad #Petrobras

Destaque

Ipiranga e Liquigás são as “surpresas” de Jean Paul Prates?

6/10/2023
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O termo “surpresas” usado publicamente pelo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, não foi uma mera força de expressão. Segundo o RR apurou, a estatal pretende retornar não apenas à distribuição de combustíveis, mas também ao setor de GLP. A dupla investida é tratada no governo Lula como um movimento carregado de forte simbolismo, uma vez que representaria a reversão de duas decisões da gestão Bolsonaro, marcada por uma política de desinvestimentos na estatal.

A alta direção da Petrobras está discutindo possíveis caminhos para levar os dois projetos adiante. O primeiro movimento não chega a ser surpreendente, já que o próprio Lula repetiu algumas vezes a intenção de recomprar a antiga BR Distribuidora. “Surpresa” mesmo seria a estratégia adotada para o retorno da Petrobras à comercialização de combustíveis. Em vez da reestatização da Vibra Energia, em voga desde a campanha eleitoral, a Petrobras partiria para a compra da Ipiranga, do Grupo Ultra.

 Segundo informações filtradas da própria companhia, o próprio Prates é um entusiasta da ideia de uma proposta para a aquisição da companhia. O entendimento é que as circunstâncias podem favorecer o movimento. Não obstante a histórica gestão de excelência do Ultra, a Ipiranga vem apresentando seguidos engasgos na sua operação. A empresa tem sofrido com o binômio perda de margens e aumento das despesas. No segundo trimestre deste ano, o Ebitda caiu 43% em relação a igual período em 2022.

A queda da rentabilidade levou a empresa a cortar na própria carne, com o fechamento de mais de 400 postos no primeiro semestre.  

Ao comprar a Ipiranga, a Petrobras voltaria ao setor com seis mil postos. Uma vez mantido o atual contrato de cessão do brand à Vibra Energia – um tema também em discussão na estatal -, a bandeira BR passaria a estar presente em mais de 14 mil unidades, o equivalente a um terço de todos os pontos de venda de combustível do país. Ou seja: a Petrobras multiplicaria consideravelmente a exposição da marca com uma dimensão superior até mesmo ao número de postos da antiga BR Distribuidora em seus tempos de estatal. A ofensiva sobre a rede do Grupo Ultra seria também uma forma de contornar as notórias dificuldades para a aquisição da própria Vibra.

O estatuto da empresa tem uma série de barreiras erguidas exatamente para impedir ou ao menos dificultar a reestatização da empresa. A principal delas é a pílula de veneno imposta a qualquer investidor que atingir 25% do capital. A título de exercício: tomando-se como base apenas a cotação em bolsa, ou seja, sem qualquer prêmio, o valuation para 100% da Vibra é R$ 22 bilhões.  

No caso do GLP, segundo uma fonte da própria estatal, entre as cartas colocadas sobre a mesa, a principal delas seria a recompra da Liquigás. A empresa pertence à Copa Energia, mas ainda carrega grande associação com a Petrobras, sobretudo pela manutenção da antiga marca dos tempos de estatal. Além do investimento estratégico per si, a operação seria vital para posicionar a Petrobras na direção da sustentabilidade. O GLP é um combustível mais limpo e alternativa natural de transição para uma matriz de baixo carbono. 

O regresso da Petrobras ao segmento de gás de cozinha permitiria, ainda, a ampliação do relacionamento da estatal com as camadas mais baixas da população, importante e histórica base de apoio a Lula. Não por outro motivo, Jair Bolsonaro instituiu o Auxílio Gás no apagar das luzes de 2021, ano anterior às eleições presidenciais – o que, inclusive, lhe valeu uma investigação no Tribunal de Contas, conforme informou o RR.

#GLP #Jean Paul Prates #Lula #Petrobras #Vibra Energia

Destaque

Brasil entra no mapa da Petronas na transição energética

4/10/2023
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A Petronas, estatal de petróleo e gás da Malásia, prepara sua entrada no setor de geração renovável no Brasil. O RR apurou que os asiáticos estão se movimentando no mercado para comprar ativos em transição energética no país, notadamente usinas eólicas e solares. Segundo a mesma fonte, o alvo prioritário é a Ibitu Energia, controlada pelo fundo norte-americano Castlelake.

À venda há mais de um ano, a empresa está avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão. Seu portfólio soma quase 1,5 MW de capacidade: são três usinas solares, cinco eólicas e duas hidrelétricas em operação, além de três projetos em desenvolvimento no Nordeste. A Ibitu, ressalte-se, não está sozinha na alça de mira da Petrobras.

De acordo com as informações apuradas, o grupo malaio mantém uma segunda frente de conversas, com a Enel, que colocou à venda um pacote de geradoras eólicas e solares. Consultados pelo RR, Petronas e Castlelake não se manifestaram até o fechamento desta matéria. A Enel, por sua vez, disse que “não comenta rumores”.

Grandes petroleiras internacionais começam a disputar uma corrida por ativos em energia limpa no Brasil. Um dos movimentos mais recentes foi protagonizado pela norueguesa Equinor, com a aquisição da Rio Energy por R$ 3,5 bilhões. No caso da Petronas, conglomerado que fatura quase US$ 90 bilhões ao ano, o Brasil está prestes a entrar em um mapa que já tem Ásia e Austrália.

Até o momento estas são as regiões em que o grupo malaio tem concentrado maior volume de investimentos para a descarbonização da sua matriz energética. Os projetos são conduzidos pela Gentari, o braço de geração renovável da petroleira. Entre outros investimentos, a empresa está desembolsando mais de US$ 1 bilhão para gerar 8 GW em energia limpa na Austrália até 2030. Em fevereiro deste ano, gastou outro tanto para a aquisição das usinas de energia solar da alemã Wirsol Energy em território australiano.

#Castlelake #Energia #Gentari #Petronas #Wirsol Energy

Judiciário

Conselho da Justiça Federal breca o “fura-fila” no pagamento de precatórios

29/09/2023
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Enquanto o governo trabalha junto ao STF na tentativa de mudar as regras para o pagamento de precatórios, o assunto provoca celeuma também no próprio Judiciário. O Conselho da Justiça Federal (CJF) está advertindo os tribunais pelo descumprimento de normas para o repasse dos créditos. As cortes vêm quitando precatórios comuns, sem considerar as prioridades previstas em lei, como créditos alimentares para portadores de doenças graves ou deficiência e para pessoas com mais de 60 anos. Segundo o RR apurou, um caso recente, com forte repercussão dentro do CJF, foi o pagamento de R$ 1.801.468.713,95 em favor da Petrobras autorizado pela 27a Vara Federal do Rio de Janeiro e, como manda a regra, corroborado pela presidência do TRF 2. O desembolso teria furado a fila, atropelando uma série de pagamentos prioritários.

#Conselho da Justiça Federal

Empresa

Seacrest avança sobre novos campos maduros da Petrobras

29/09/2023
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A Seacrest, petroleira com sede nas Bermudas, está garimpando novos campos maduros no Brasil, notadamente nas Bacias do Espírito Santo e de Campos. Segundo o RR apurou, haveria conversas com a própria Petrobras. A estatal tem ativos em fase declinante de produção em áreas como Barracuda e Albacora, no Norte Fluminense. Neste ano, a Seacrest já desembolsou US$ 426 milhões na compra de quatro campos terrestres da Petrobras no Polo Norte Capixaba, com produção diária da ordem de 4,6 mil barris. No início deste ano, a petroleira levantou US$ 260 milhões com uma emissão de ações na Bolsa da Noruega. A Seacrest tem planos de triplicar sua produção no país até 2025.

#Petrobras #Seacrest

Empresa

China Petroleum quer aumentar participação em sociedade com a Petrobras

20/09/2023
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A China National Petroleum Corporation (CNPC) abriu conversações com a Petrobras em torno do aumento da sua participação no bloco Aram, uma parceria com a estatal na Bacia de Santos. Os chineses detêm 20% do consórcio; os 80% restantes estão nas mãos da empresa brasileira. Trata-se de um dos maiores e mais promissores ativos do grupo chinês em águas profundas em todo o mundo.

Em maio, a Petrobras anunciou a segunda descoberta de óleo no bloco. O diretor executivo de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, já disse publicamente que a empresa declarar “em breve” sua comercialidade. O apetite da CNPC não se limita ao bloco de Aram.

Os chineses despontam como candidatos a outros investimentos conjuntos com a Petrobras, inclusive na área de refino. Seria um passo a mais na aproximação entre a estatal e petroleiras da China. No fim de agosto, a Petrobras assinou memorandos de entendimento com quatro grupos chinesas para possíveis investimentos em exploração e produção, refino e energia renovável.Procurada pelo RR, a estatal não se manifestou.

#China National Petroleum Corporation #Energia renovável #Petrobras

Destaque

Governo embala medidas para estimular investimentos em eólicas offshore

19/09/2023
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Enquanto o marco regulatório não sai, o governo está quebrando a cabeça em busca de medidas para estimular investimentos em usinas eólicas offshore. Uma das propostas em discussão no Ministério de Minas e Energia é vincular a cessão das áreas a contratos de venda de energia de até 20 ou 30 anos, ancorados no mercado cativo. Ou seja: o investidor teria, já na partida, a garantia de compra do insumo por acordos de longo prazo e com o chamado preço definido, ou seja, fixado pela Aneel, regime no qual os consumidores não têm liberdade para negociação das tarifas.

Segundo estudos da área técnica do Ministério de Minas e Energia, as eólicas offshore em funcionamento no mundo somente atingiram seu breakeven entre 15 e 20 anos. Os contratos de longo prazo seriam uma maneira de assegurar o retorno do investimento. Outra medida que ganha corpo no governo é a participação direta do BNDES no financiamento dos projetos.

Uma das ideias é o uso de debentures incentivadas de infraestrutura. As empresas ou consórcios à frente dos projetos emitiriam os papéis com a garantia firme de que o banco de fomento ficaria com uma parcela mínima. Seria um considerável reforço, além das linhas de crédito já criadas pelo BNDES para financiar projetos em energia renovável, que somam até o momento algo em torno de R$ 15 bilhões.

Um dos maiores óbices à construção de eólicas em alto-mar é justamente o seu elevado custo. Para cada 1 GW de capacidade instalada, estima-se que é necessário um investimento da ordem de US$ 2,5 bilhões, mais de duas vezes maior valor exigido em usinas onshore.

As discussões dentro do governo vêm sendo conduzidas diretamente pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira – à frente também das articulações junto ao Congresso para a aprovação do marco regulatório das eólicas offshore ainda neste ano. Um dos principais colaboradores de Silveira na formulação de propostas para o setor é Mauricio Tolmasquim, gerente de Estratégia e Planejamento da Petrobras. Durante o período de transição, Tolmasquim foi quem elaborou boa parte das diretrizes do governo Lula para a área de transição energética.

Na Petrobras, é o executivo responsável pelos projetos para o segmento. A própria estatal, conforme já anunciado pelo governo, terá um forte papel como indutora de investimentos em energia renovável e, mais especificamente, em geração eólica offshore. Na semana passada, a empresa divulgou já ter protocolado junto ao Ibama estudos para licenciamento ambiental em dez projetos na costa brasileira, com capacidade somada de 23 GW.

#Aneel #Energia Eólica #Ministério de Minas e Energia #Petrobras #Usina eólica

Destaque

Petrobras e Saudi Aramco têm um encontro marcado na energia renovável

18/09/2023
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O governo Lula reserva um papel relevante para a Petrobras nas relações bilaterais entre Brasil e Arábia Saudita. Há articulações para uma parceria entre a estatal e a Saudi Aramco na área de transição energética. A ideia é que as duas companhias façam investimentos conjuntos em geração eólica e na produção de hidrogênio verde no Brasil.

O acordo poderá ser turbinado com aportes do PIF (Public Investment Fund), fundo soberano saudita, que já anunciou um mega plano de desembolsar globalmente US$ 1 trilhão ao longo da próxima década em setores estratégicos, como energia limpa e cadeia de alimentos. O acordo reforçaria a estratégia do governo de impulsionar a atuação da Petrobras em geração renovável por meio da associação com grandes grupos internacionais, vide a Equinor. A estatal já firmou um memorando de intenções com a petroleira norueguesa para a construção de até sete usinas eólicas offshore no litoral brasileiro. Procurada pelo RR, a Petrobras não quis comentar o assunto.

As tratativas envolvendo Petrobras e Saudi Aramco se dão em um contexto diplomático mais amplo e favorável ao Brasil. O presidente Lula foi um dos principais articuladores da entrada da Arábia Saudita, assim como de outros países, no bloco dos BRICs. Seu prestígio junto aos sauditas pode ser medido pelo recente encontro reservado com o príncipe Mohammed bin Salman por ocasião da reunião de cúpula do G20 na Índia.

O Brasil tem a oportunidade surfar na enxurrada de investimentos que a Arábia Saudita está fazendo para renovar sua matriz energética e econômica – baseada em petróleo, petróleo e petróleo. Recentemente, a própria Saudi Aramco anunciou investimentos de US$ 2,5 bilhões na instalação de duas usinas solares no país. Nos planos sauditas cabem projetos colossais, como The Line, a cidade futurista que está sendo construída no deserto e será toda abastecida com energia limpa. A associação com a Petrobras em transição energética tem correlação também com outros investimentos já feitos pelos árabes no Brasil, como a recente aquisição de 13% da Vale Metals pela Manara Minerals, leia-se o próprio PIF. Com o acordo, a Arábia passou a ter em território brasileiro uma privilegiada fonte de suprimento de níquel e cobre, essenciais para a produção de baterias elétricas.

#Arábia Saudita #Brics #Lula #Petrobras #Saudi Aramco

Energia

Petroecuador sai a caça de investidores no Brasil

6/09/2023
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Executivos da Petroecuador têm feito uma espécie de road show no Brasil em busca de parceiros para investimentos em exploração e produção de petróleo em seu país. Segundo o RR apurou, houve conversas com a Petrobras e com uma petroleira privada. A estatal equatoriana precisa de sócios para acelerar projetos em desenvolvimento e compensar o duro golpe que sofreu recentemente.

Em plebiscito realizado em agosto, 90% da população local decidiram proibir a exploração de petróleo no Parque Nacional Yasuní, na Amazônia equatoriana, uma das maiores e mais promissoras jazidas do país. Além de ter de encerrar suas operações na região, a Petroecuador ainda será obrigada a gastar aproximadamente US$ 700 milhões para o desmantelamento de suas instalações.

#Parque Nacional Yasuní #Petrobras #Petroecuador

Política externa

O Brasil ganha ainda mais gás nas relações com Argentina e Bolívia

4/09/2023
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Economía Negócios, tradicional publicação chilena, trouxe agora uma notícia que mexe consideravelmente com o tabuleiro geoeconômica da área de energia na América do Sul. O presidente da estatal YPFB, Armin Dorgathen, afirmou que, ao longo dos anos, a Bolívia deixará de exportar gás natural à Argentina. A declaração parte de uma premissa razoavelmente óbvia: a produção no campo de Vaca Muerta, que reduzirá gradativamente a necessidade de a Argentina importar gás boliviano. No entanto, o que mais chama a atenção é a declaração mais enfática e de viva-voz de Dorgathen sobre um assunto que tem sido tratado com certo cuidado, quando não através de um jogo de dissimulações cruzadas entre Bolívia e Brasil. Parece até que o executivo quis dar um recado a outro país da América do Sul… 

Obs RR: Os desdobramentos de Vaca Muerta sobre o mercado sul-americano não serão imediatos. Mas, olhando-se para o médio prazo, o Brasil começa a ficar em uma posição mais confortável em relação ao gás sul-americano. Ao reduzir as exportações para a Argentina, a Bolívia terá de vender esse volume em outro mercado. E que outro mercado seria se não a maior economia da América Latina? Os movimentos da Petrobras para retomar investimentos em óleo e gás em território boliviano aumentam o poder de negociação do Brasil em relação aos bolivianos. E ainda Vaca Muerta. A possibilidade de o BNDES financiar a construção do gasoduto, vinculada a uma extensão do pipeline ao Rio Grande do Sul, colocam o país em uma posição privilegiada para negociar com a Argentina o fornecimento de gás de Vaca Muerta. E se a Margem Equatorial sair, aí, então, o Brasil fica em uma situação ainda mais positiva à mesa de negociações com seus vizinhos.  

#Argentina #Bolívia #YPFB


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Petroleira chinesa quer ir fundo no pré-sal brasileiro

30/08/2023
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Notícia de agora no jornal China Daily, de Pequim: a CNOOC (China National Offshore Oil Corp´s) pretende aumentar seus investimentos no pré-sal brasileiro. A investida faz parte de uma estratégia do governo chinês para reforçar sua segurança energética, com a diversificação de ativos no exterior. A CNOOC, por exemplo, deverá aumentar sua produção global de petróleo de gás em aproximadamente 6% no ciclo 2022-2024. A ofensiva sobre campos do pré-sal no Brasil se dará no âmbito do acordo de cooperação estratégica firmado entre a companhia chinesa e a Petrobras na última segunda-feira.

Obs RR: Para onde os chineses olham com maior atenção? A Bacia de Santos é uma bet segura nas “casas de apostas”. O acordo com a CNOOC ocorre no momento em que a Petrobras está na iminência de declarar a comercialidade do campo de Curaçao, no bloco Aram, no pré-sal de Santos. Ressalte-se que outra grande petroleira chinesa, a CNDOC, já tem 20% do ativo. Os demais 80% estão na Petrobras. A estatal, portanto, tem gordura societária de sobra para abrir um espaço e abrigar a CNOOC no negócio.  Ressalte-se ainda que a CNOOC pode ter um papel importante também na construção de novas rotas de escoamento do gás em bacias em offshore. Hoje quase metade do combustível já encontrado no pré-sal e obtido a partir da extração de óleo é reinjetado no campo pela falta de gasodutos para o transporte até a costa. Trata-se de um insumo precioso – entre outras utilizações matéria-prima fundamental na produção de fertilizantes. Qual é mesmo a nação potência do agronegócio que é obrigada a importar mais de 85% do adubo que consome?

#CNOOC

Destaque

Petrobras pode ser o ponto de fusão entre Brasil e Bolívia no lítio

30/08/2023
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A retomada dos investimentos da Petrobras em terras bolivianas vai além da exploração de petróleo e gás. A estatal poderá ser uma ponte entre Brasil e Bolívia para uma parceria na produção de lítio. Ainda que incipientes, já existem alguns passos nessa direção.

Segundo o RR apurou, uma comitiva da Petrobras viajará ao país vizinho no mês que vem para visitar reservas do mineral pertencentes à estatal YLB (Yacimientos de Lítio Bolivianos). A delegação deverá percorrer as jazidas de Uyuni, Coipasa e Pastos Grandes, que somam cerca de 23 milhões de toneladas de lítio já comprovadas. De acordo com a mesma fonte, a agenda incluiria também encontros com representantes da chinesa Citic Guoan Corporation e da russa Uranium One Group.

Ao lado da YLB, ambas estão construindo dois complexos industriais opara a extração e processamento do mineral nas reservas de Uyuni e Coipasa, um investimento da ordem de US$ 1,5 bilhão. Em contato com o RR, a Petrobras informou que “está, no momento, desenvolvendo estudos sobre os investimentos para seu Plano Estratégico 2024-2028.” Segundo a companhia, “o direcionador estratégico para a área de gás e energia e renováveis é atuar de forma competitiva e integrada, otimizando o portfólio e atuando na inserção de fontes renováveis, com um indicativo de investir entre 6% e 15% do total previsto em projetos de baixo carbono.

” A Petrobras lembra que “baterias e outras tecnologias de armazenamento de energia fazem parte do contexto da transição energética”. Mas é cautelosa e diz que “atualmente não há nenhuma definição quanto a investimentos ou parcerias neste segmento nem acerca de seu posicionamento no segmento de extração de lítio.”

O próprio ministro de Energia da Bolívia, Franklin Molina, já andou dando spoiler sobre o assunto. Há pouco mais de um mês, em entrevista a uma TV local, deixou escapar a possibilidade de a Petrobras investir em lítio no país. O script idealizado pelo Brasil vai ainda mais longe. O governo brasileiro vislumbra a oportunidade de trazer parceiros internacionais para a produção do mineral do lado de cá da fronteira. Mais do que isso: a parceria com a Bolívia seria o passaporte para um movimento multilateral sabidamente almejado pela gestão Lula: a entrada do Brasil na “Opep do Lítio”, o bloco que está sendo costurado por bolivianos, chilenos e argentinos, detentores de quase 70% das reservas globais do insumo. O governo brasileiro acreditar estar empilhando créditos para que isso aconteça: além da retomada dos projetos da Petrobras na Bolívia, há conversações para o aumento dos volumes de gás adquiridos do país vizinho.

#Bolívia #Lítio #Lula #Petrobras

Empresa

A nova identidade das velhas empreiteiras baianas

29/08/2023
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Devagar e paulatinamente as empreiteiras que foram devastadas pela Lava Jato estão se recuperando, ainda que as obras do governo federal sigam em ritmo bem inferior do que antes do carrasco Sérgio Moro. As construtoras baianas tocaram os atabaques, capricharam no compliance e mudaram suas marcas. A OAS virou Coesa; a Odebrecht tornou-se OEC; e a GDK adicionou duas letras ao seu nome, o NG (de Nova Geração). O mercado que tem crescido mais para as empreiteiras da Bahia é o de obras dos governos estaduais.  

Com a mudança da Petrobras macarthista, a cassação de contratos com a estatal e multa paga pelos “cleptobrasmaníacos” e as exigências cada vez mais radicais de governança e transparência das empreiteiras, os deserdados pulam animadamente atrás do trio elétrico. A GDKNG, por exemplo, previa levantar a recuperação judicial só em novembro, mas já antecipou a suspensão para o início de outubro. A expectativa agora é a retomada do acesso às obras federais, em ritmo acelerado. 

 

#Lava Jato #Odebrecht #Sérgio Moro

Política externa

Lula vai à Angola e Angola vem ao Brasil vender o seu petróleo

21/08/2023
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O petróleo terá um papel central na pauta da visita de Lula a Angola, nos próximos dias 25 e 26.Os angolanos pretendem buscar investidores no Brasil para atuar na exploração e produção de óleo e gás. Segundo tratativas preliminares entre os dois países, a própria Agência Nacional de Petróleo, Gás e Bicombustíveis de Angola pretende realizar um road show no Brasil para promover suas futuras rodadas de licitações. Há uma marcada logo ali na frente, em 30 de setembro, quando a agência vai leiloar as bacias terrestres de Kwanza e do Congo. Em tempo: cabe recordar que, em um passado recente, a Petrobras já teve operações de exploração e produção no continente africano, mais precisamente em Angola, Benin, Gabão, Tanzânia e Namíbia, por meio de uma joint venture com o BTG. Um negócio de incômoda lembrança tanto dentro da estatal quanto para André Esteves. Em 2019, a Lava Jato investigou suspeitas de irregularidades na venda dos ativos ao banco. 

#Angolana #BTG #Lula #Petrobras

Destaque

Saída de Wilson Ferreira dá mais voltagem à campanha pela reestatização da Eletrobras

18/08/2023
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Por uma via transversa, o Conselho da Eletrobras deu munição ao governo, que se movimenta no Supremo para ter mais poder na gestão da empresa, e, por extensão, ao discurso em defesa da sua reestatização. A abrupta saída de Wilson Ferreira Jr. da presidência alimenta a ideia de instabilidade no modelo de gestão e de uma permanente cacofonia entre o board e a diretoria executiva, decorrente do modelo “public company tupiniquim” – pulverização do capital acionário, com “pílula de veneno. Ao mesmo tempo, inverte o argumento de que uma gestão profissional e um “Conselho Independente” impedem a companhia de servir a outra finalidade ou interesses. Um personagem importante nesse enredo é Pedro Batista, sócio da 3G Radar – de Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles, além de outros investidores. A gestora é um dos mais influentes, se não o mais influente dos acionistas da Eletrobras, tanto que Batista foi responsável pela indicação de boa parte dos conselheiros. Era ele também um dos principais interlocutores de Ferreira junto ao board. E vice-versa. Natural, Batista tinha quase um mandato informal para ser o interlocutor oficial de Ferreira.  Era ele quem, predominantemente, levava as decisões do Conselho não aceitas por Ferreira. Para efeito do melhor julgamento da governança da companhia, o ideal a se pensar é que o Conselho tomava suas decisões por critérios estritamente técnicos, pensando sempre no retorno da Eletrobras, não obstante, em algumas vezes, os interesses do país se colidirem com os seus interesses empresariais. 

Sim, seria bom se o mundo fosse virtuoso. Ocorre que Wilson Ferreira Jr. é considerado por ranking especializados, nos últimos 20 anos, no mínimo, o mais capacitado executivo na sua área de atuação. Foi convidado para assumir o comando da companhia para ser exatamente um “gestor profissional”. Algo parecido aconteceu na Petrobras, na gestão Bolsonaro. O ex-presidente Roberto Castello Branco foi defenestrado por não cumprir as ordens do “Conselho”- leia-se o presidente Jair Bolsonaro. Ocorre que Castello não foi alçado a titular da Petrobras por qualquer clausula do estatuto de uma empresa privada que exigia uma gestão profissionalizante. Sem qualquer juízo de valor sua competência era uma premissa. Com Ferreira Jr. era uma exigência. 

O presidente da Eletrobras foi admoestado diversas vezes por não cumprir “ordens” que contrariavam a “gestão profissional” para a qual foi contratado.  Em alguns casos, com decisões incomuns, para não dizer estapafúrdias. Após contratar uma consultoria, o Conselho da Eletrobras criou 18 vice-presidências, um número exagerado que acabou impondo amarras. Talvez nem nos tempos de Eletrobras estatal Ferreira tenha se sentido tão engessado para tomar decisões. Há um ingrediente a mais nessa novela. O board da ex-estatal  foi constituído à imagem e semelhança da 3G. Trata-se de executivos que rezam no altar dos sócios de referência das Americanas. São profissionais que prezam o resultado financeiro acima de quase tudo, e as bonificações acima de tudo. No compromisso de Ferreira Jr. com o board estava a obrigação de que o resultado seria melhor do que o realizado quando o executivo tomou posse. 

Por ora, existem apenas estilhaços dessa história. Da galeria de retratos dos ex-presidentes à demissão do então vice-presidente de comercialização da Eletrobras, João Carlos Guimarães, por denúncias de supostas fraudes, já se falou de tudo um pouco. O fato é que os reais motivos para o agastamento da relação entre Wilson Ferreira Jr. e o Conselho da Eletrobras ainda não são conhecidos. A transparência, que é um dos atributos mais graves de um modelo de “public company” foi rasgado. Seja como for, o acontecimento fortalece o argumento da Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), impetrada por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), contra a limitação do poder de voto de 10%. Querem mais? Pois há mais. Um total de 13 parlamentares do PT, liderados pelo deputado Carlos Zarattini, entrou com denúncia na CVM contra a influência do Grupo 3G Radar no Conselho de Administração da Eletrobras. O grupo é acionista minoritário. No entanto, é acusado pelos deputados de agir para participar de forma direta no controle da governança da Eletrobras. O documento pede que, caso seja identificada a infração ou outras possíveis irregularidades,  sejam adotadas medidas cautelares, no sentido de bloquear a continuidade das ações do Conselho de Administração da Eletrobras. Fica a batata quente também nas mãos da CVM.

#Eletrobras

Destaque

Governo aumenta a dosagem de conteúdo local na indústria de óleo e gás

18/08/2023
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O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e seus assessores estão elaborando uma proposta a ser enviada à ANP, no mais tardar até outubro, para o aumento da exigência de conteúdo local na exploração e produção de óleo e gás. Mas que ninguém espere uma reprise dos primeiros mandatos de Lula e da gestão Dilma, quando o sarrafo foi lá para cima. A ideia do governo seria estabelecer faixas “intermediárias”, na casa dos 50% ou 60%, dependendo da fase do projeto e da área (onshore ou offshore).

Em 2004, no pico da obrigatoriedade, a exigência de equipamentos nacionais chegou a 86% na etapa de exploração e a 89% nas atividades de desenvolvimento. Hoje, o índice para exploração está fixado em 18%. No caso da produção, as alíquotas variam de 25% a 40%. A medida é tratada pelo governo como condição sine qua non para a retomada da indústria naval brasileira – promessa de campanha do presidente Lula. E a ANP nessa história?

No Ministério de Minas e Energia, o entendimento é que a agência reguladora não será um obstáculo para a mudanças nas regras. O diretor-geral da agência, Rodolfo Saboia, é tido como uma figura maleável. Não custa lembrar que foi na sua gestão, por meio da resolução 848/2021, que a ANP mudou o procedimento em relação às petroleiras que descumprem as regras de conteúdo local. A agência passou a permitir Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) para a conversão de multas em novos investimentos obrigatoriamente em bens e serviços nacionais. Somente nos 12 primeiros meses de vigência da nova norma, 25 empresas apresentaram proposta de acordo, totalizando R$ 2 bilhões em multas que acabaram convertidas em encomendas à indústria local.

Falar de conteúdo local é falar de Petrobras. Assim como no passado, a estatal será a grande responsável por fomentar as encomendas à indústria naval brasileira. Toda essa engrenagem se cruza também com o PAC. A companhia tem 47 projetos incluídos no Programa, um pacote de investimentos da ordem de R$ 320 bilhões. Nove desses projetos estão na Margem Equatorial, considerado o novo pré-sal brasileiro.

#ANP #Ministério de Minas e Energia #Petrobras

Energia

Negociações sobre o gasoduto de Vaca Muerta avançam

18/08/2023
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Segundo informações filtradas do Ministério de Minas e Energia, uma comitiva do governo argentino vai desembarcar no Brasil até o fim de agosto. Na agenda, reuniões em Brasília e na Petrobras. É mais uma etapa do processo de negociação para o possível financiamento do Brasil à construção do gasoduto de Vaca Muerta. O apoio está condicionado à garantia de fornecimento de gás. A Secretaria de Energia da Argentina acena com duas possibilidades para o suprimento do insumo. A primeira é a construção de um ramal saindo do Noroeste da Argentina, do trecho do pipeline entre Sallequieló e San Gerônimo para se conectar com o gasoduto Bolívia-Brasil. A outra é a abertura de um ramal do Sul argentino até Uruguaiana, seguindo posteriormente para Porto Alegre

#Ministério de Minas e Energia #Petrobras

Empresa

AmBev está empenhada em se tornar uma marca líder em ESG

16/08/2023
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A Ambev sabe que tem um passivo vinculado à saúde de um dos seus produtos: a bebida alcóolica. Vá lá. Não se trata da única companhia que produz cerveja, para não falar das empresas que fabricam outras bebidas alcóolicas. No Brasil, atuam 16 produtores de cerveja. No mundo, excluindo a cerveja, um estudo da Intangible Business e da Drinks Power Brands alcançou o número de 10 mil marcas de destilados que, pelo seu teor alcoólico, seriam capazes de transformar uma Brahma em um guaraná Antarctica. Mas, verdade seja dita, são pouquíssimas as empresas que têm feito um esforço tão grande para fazer uma guinada em sua imagem. Nos últimos 12 meses, as mídias do país publicaram, em média, oito menções à AmBev vinculada a alguma ação ESG. No Anuário Integridade ESG, que analisou as práticas das 500 maiores empresas do país, a companhia foi a pole position. Disparada.

O RR não é de alisar o ego de corporações. Mas a iniciativa de abrir cursos gratuitos de capacitação profissional com certificado garantido, anunciada no início da semana, é uma pérola. Ela é meio caminho para um projeto do genial Eliezer Batista, criador, em parceria com o banqueiro suíço Stephan Schmidheiny, do conceito do “desenvolvimento sustentável” e o da “gestão integrada de Obras”. A ideia da sustentabilidade foi construída a partir do Projeto Carajás, outra criatura de Eliezer, que já era ESG muito antes do ESG nascer. Pois bem, Eliezer burilou um projeto em que as grandes companhias levantariam faculdades próprias. Assim teríamos uma faculdade Petrobras, uma outra Vale, uma Bradesco, e assim por diante. Esses centros de ensino superior, assim como o projeto da Ambev, teriam currículo em sintonia com as atividades e necessidades da empresa, de forma além de capacitar, poder contratar mão de obra on demand, digamos assim. Infelizmente, Eliezer se foi e em algum momento à frente, sua genialidade será esquecida. Mas a Ambev, talvez até sem ter ciência da homenagem ou não, deu uma contribuição para que um dos mais brilhantes construtores do Estado moderno venha a ser lembrado. Falta avançar. E fazer a Faculdade Ambev.

#Ambev

Destaque

Queda nos dividendos das estatais já está “precificada” no ajuste fiscal

9/08/2023
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Haja aposta eletrônica, cassino, “imposto do pecado” e o que mais estiver ao alcance. O governo vai ter de cortar um dobrado para aumentar a arrecadação e cumprir as metas do novo arcabouço fiscal. Um dos grandes desafios da equipe econômica neste momento é encontrar formas de compensar a queda no pagamento de dividendos das estatais, que, nos últimos anos, se tornou uma importante fonte de receita para a União. A redução da derrama está dada, em razão de uma combinação de fatores, a começar pela própria redução da lucratividade das empresas, vide a Petrobras.

O lucro de R$ 28,7 bilhões no segundo trimestre representou uma queda de 47% em relação a igual período no ano passado. A petroleira não está sozinha. Ainda que não na mesma proporção, a Caixa Econômica também amargou um resultado decepcionante no primeiro trimestre – o ganho de R$ 1,9 bilhão representou um recuo de 5% na comparação com o mesmo intervalo em 2022. 

Outro fator determinante para a queda da receita com os repasses de dividendos vem de uma decisão do próprio governo: é líquido e certo que, na gestão Lula, as grandes estatais – leia-se, sobretudo, Petrobras, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica – voltarão a ter um forte papel na indução de investimentos e na ampliação de programas com impacto social. Em suma: vai sobrar menos dinheiro para remunerar os acionistas. Não faltam movimentos que apontam nessa direção. A Petrobras já sinalizou seu retorno ao setor de fertilizantes e a retomada dos projetos para a renovação da matriz energética – neste último caso, com a possibilidade de criação de uma subsidiária específica. 

O Banco do Brasil, por sua vez, está abrindo o cofre para a agricultura. O Plano Safra 2023/24 será o maior da história, com R$ 240 bilhões, 27% a mais do que na edição anterior. Já na Caixa Econômica, a ordem é impulsionar o crédito habitacional. Só no primeiro semestre, o banco destinou R$ 85 bilhões para o financiamento da casa própria, 15% a mais do que em igual período no ano passado. A conta deve crescer nos próximos meses, diante da disposição do governo de turbinar o recentemente relançado Minha Casa, Minha Vida. 

Somente em 2021 e 2022, a soma dos dividendos pagos à União pelas estatais foi de R$ 131,4 bilhões. Ressalte-se que o repasse correspondeu a 3,6 vezes a cifra prevista no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) totalizando-se os dois anos (R$ 36 bilhões). Na média, a Petrobras, sozinha, foi responsável por quase 70% do que o Tesouro arrecadou com a participação nos lucros das estatais. Em seus cálculos, o governo estima que terá de aumentar a arrecadação em até R$ 150 bilhões para cumprir as metas do arcabouço fiscal.

Para efeito de comparação, trata-se do equivalente a quase três vezes o montante que a Petrobras repassou à União em 2022 a título de participação nos lucros – em torno de R$ 55 bilhões. Valores como esse ficarão no passado. A locomotiva dos dividendos já começou a desacelerar. Na semana passada, a petroleira anunciou a distribuição aos acionistas de R$ 14,9 bilhões, relativos ao segundo trimestre deste ano.

O valor é 83% inferior aos dividendos pagos pela estatal em referência ao segundo trimestre de 2022. Banco do Brasil, Caixa e BNDES vão seguir a mesma toada. No caso da agência de fomento, a nova política nem esperou por 2023, retroagindo ao ano passado. O banco já anunciou que pagará à União o equivalente a 25% do lucro de 2022, e não mais 60% com estava previsto originalmente. Com isso, o repasse caiu de R$ 24 bilhões para R$ 10 bilhões.

#arcabouço fiscal #Banco do Brasil #BNDES #Caixa Econômica #Petrobras

Energia limpa

Rio Grande do Norte busca seu lugar na transição energética

2/08/2023
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A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, está debruçada sobre uma série de projetos com o intuito de transformar o estado em um importante centro de transição energética no país. Assessores da governadora estudam um pacote de benefícios fiscais para atrair fabricantes de equipamentos para usinas eólicas e solares. Segundo informações apuradas pelo RR, a ideia já está sendo levada – e testada – a importantes indústrias do setor, como a dinamarquesa Vestas. A empresa tem um centro de manutenção em Natal. Ressalte-se que o Rio Grande do Norte disputa cabeça a cabeça com a Bahia o posto de maior gerador de energia eólica do Brasil.  

Em outro front, o governo estuda montar um hub de hidrogênio verde no estado. Neste caso, Fátima Bezerra conta com um handicap: a possibilidade de a Petrobras entrar no projeto. Embora nascido no Rio de Janeiro, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, fez sua carreira política no Rio Grande do Norte. Um de seus primeiros atos no cargo foi engavetar o projeto da Petrobras de encerrar suas operações no estado, decisão que havia sido tomada no governo Bolsonaro. Some-se o fato de que Fátima é muito próxima do presidente Lula – foi, inclusive, coordenadora da sua campanha no Nordeste.

#Fátima Bezerra #Rio Grande do Norte #transição energética

Empresa

“Petroverde” pode comer ainda mais dividendos da Petrobras

1/08/2023
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Jean Paul Prates vai ter de contentar a União e seus acionistas majoritários. O presidente da Petrobras vai secar os dividendos da estatal para cumprir a política de investimentos com um pé firme na renovação da matriz energética. Parcerias com outras empresas em projetos de energia verde já estão sendo tratados. Além de empreitadas da companhia no greenfield. A produção de hidrogênio verde é a parada final. O ânimo é tão grande que até se pensa em criar uma empresa subsidiária ou coligada com um nome diferente. A Petrobras manteria sua denominação de batismo. A experiência amarga de tentativa de mudança da marca, na gestão de Henri Philippe Reichstul, que passaria a se chamar Petrobrax, jogou uma pá de cal na tentativa de repetir a iniciativa. Mas uma Petroverde, anexada à holding, faz brilhar os olhos de Prates.  

E a grande Petrobras, a dona do petróleo brasileiro? Pois vai ter menos dividendos e mais recursos, não somente para expandir a exploração do pré-sal, mas para iniciar o épico da extração de óleo da Margem Equatorial, tida com a maior reserva petrolífera do país. Prates trabalha para que Lula possa dizer: “Eu estou fazendo um novo pré-sal, o que ninguém fez no mundo”. Agora, há muita gente gulosa entre Prates e suas intenções. Que o comandante da Petrobras se cuide. 

#Petrobras #Petroverde

Política

Meio Ambiente ganha peso na gestão do “Novo PAC”

25/07/2023
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Há uma costura para que o Ministério do Meio Ambiente participe dos grupos de discussão e implementação do “Novo PAC”, por enquanto na esfera unicamente do Ministério da Casa Civil. É difícil a combinação de Marina Silva e Rui Costa. Mas faz o maior sentido. Se o meio ambiente será o eixo transversal a todas as obras e demais iniciativas, natural que a Pasta de Marina esteja representada. Aliás, outro eixo transversal, a inclusão do trabalho de forma sustentável, deveria contemplar também as centrais sindicais. Por enquanto, estão convidados para participar da cereja do bolo de Lula somente o Ministério da Indústria e Comércio e o BNDES, que deveriam mesmo ter assento no comitê do PAC.  

Na verdade, como o Brasil é um país sem memória, o modelo para nortear o PAC já está pronto e dispensa tanto trololó. Basta revisitar o estatuto da Comissão Permanente de Negociação entre representantes do governo, centrais sindicais e de entidades da construção civil, criada no dia 31 de 2011, idealizada pelo saudoso ex-ministro das Minas e Energia, Rodolfo Tourinho, juntamente com o então ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Na época, o meio ambiente ainda não tinha a proeminência que tem hoje, mas já despontava como uma variável obrigatória nas discussões da construção pesada. Veio a Laja Jato e exterminou com tudo: a Comissão Tripartite, as empreiteiras e as obras que estavam em andamento ou no backlog. Por trás das discussões no Palácio do Planalto, repousava em mãos de Tourinho, um projeto costurado com o engenheiro Eliezer Batista, chamado de “gestão integrada de obras sustentáveis”. A novidade que veio bater à praia da sustentabilidade nacional ficou escondida na areia do Palácio do Planalto. Saiu da contraposição de mapas e estatísticas e foi repousar em alguma gaveta empoeirada. A gestão integrada consistia em que os projetos que envolvessem obras levassem em consideração todo o entorno das construções, incluindo a preservação do meio ambiente, a melhoria da qualidade de vida da população, treinamento e capacitação dos funcionários, garantia de que a comunidade sairia da obra melhor do que entrou – evitando a “síndrome de Macaé”, quando ao término das explorações da Petrobras a cidade desceu ladeira abaixo.  

O governo, por enquanto, se preocupou com duas agendas não constantes no projeto do velho Eliezer: a prioridade à indústria nacional e, uma excelente ideia, buscar integrar o cadastro do Bolsa Família aos contratados para trabalhar nas obras do Novo PAC. Falta saber como dará sustentabilidade aos empregos daqueles que ascenderem de beneficiados pelo assistencialismo a trabalhadores formais. De qualquer forma, tudo parece inicialmente auspicioso. Planejamento, coordenação, políticas públicas de desenvolvimento e uma combinação de financiamentos do governo com recursos do mercado de capitais pareciam palavras e iniciativas condenadas ao desterro. 

#Marina Silva

Economia

As razões para a melhora econômica do Brasil chegam a ser óbvias

25/07/2023
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O RR fez um levantamento para entender, mesmo que de forma elementar, os motivos pelos quais o país está como está.  

Vamos às variáveis: 

  • Sorte 
  • Captura de acertos monetários da gestão passada, que resultaram em deflação e dólar apreciado – noves fora os juros, um ponto fora da curva, uma vez que as taxas deveriam ter começado a cair antes  
  • Cenário da economia global  
  • O achado que é Fernando Haddad  
  • O entendimento político de que esse é um “presidencialismo de cooptação” e, até as reformas passarem, o Planalto terá de entregar os anéis ao Centrão 
  • Ao mesmo tempo, o Centrão colabora até quando está contra o governo, dando sustentação ao BC independente e ao marco do saneamento  
  • Superávit estrutural da balança comercial  
  • Solidez das reservas cambiais  
  • O fato de que, apesar das gafes, Lula dá outra dimensão ao país no exterior, permite antever nonos recursos e oportunidades junto aos países centrais  
  • Reforma tributária e novo arcabouço fiscal
  • O país se livrou da ortodoxia de que “só existe um ajuste fiscal assim como um único modelo de aferição das metas de inflação” (ambos mudaram, manteve-se a premissa de previsibilidade, o mercado aceitou bem e temos folga para os novos investimentos)  
  • Realinhamento ao “Novo Consenso de Washington”, que prevê um Estado protagonizando o fomento para o realinhamento da indústria à nova matriz energética através de crédito subsidiado  
  • Fartura de concessões  
  • Garantia de recursos para novas PPPs  
  • Retirada da Petrobras do grilhão do valuation e retomada do conceito de agência de desenvolvimento nacional (a estatal vai mergulhar fundo no aumento da capacidade do refino e no investimento em energia renovável)  
  • Aumento da receita com as cobranças de pagamento de dívidas vencidas transitadas e julgadas  
  • Aumento da receita com corte de incentivos (alguns obscenos) e mais à frente tributação sobre dividendos e extinção do pagamento dos juros sobre capital próprio  
  • PIB embicado para cima  
  • Fortalecimento de uma cultura de compromisso ambiental (corrigindo a gestão passada)  
  • Afinamento do núcleo duro do governo (ministros palacianos, Fazenda, Planejamento e, principalmente, o vice-presidente)  
  • Amaciamento do bolsonarismo  
  • Pacificação rápida dos militares  
  • Namoro desabrido com o STF.  

    * Alerta: muitas dessas variáveis podem mudar rapidamente. 

#Economia

Política externa

Bolívia pede apoio do Brasil para construir fábrica de fertilizantes

25/07/2023
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A Bolívia tem feito sondagens junto ao governo Lula sobre o eventual interesse do Brasil em participar do projeto de construção de uma fábrica de amônia e ureia na região de Cochabamba. Os dois insumos são fertilizantes nitrogenados – a dependência brasileira do nitrogênio é de 95,7% da demanda interna. O empreendimento, a cargo da estatal boliviana YPFB, está orçado em aproximadamente US$ 1,3 bilhão. O governo do presidente Luiz Arce mira, sobretudo, na Petrobras. Ressalte-se que a companhia já anunciou o plano de retomar investimentos nos países vizinhos. Assim como sinalizou o seu retorno ao setor de fertilizantes. O projeto da YPFB juntaria uma coisa com a outra. A questão é como o governo Lula justificaria um investimento como esse em território boliviano com o Brasil tendo que importar 85% do fertilizante que consome.   

#Bolívia #Fertilizantes #Lula #YPFB

Empresa

O bilionário roteiro da China Energy no Brasil

21/07/2023
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Corre à boca miúda no Ministério de Minas e Energia que um grupo de representantes da Energy China International vai desembarcar no Brasil em agosto. Entre outros compromissos, os chineses deverão se reunir com a diretoria da Petrobras. Ressalte-se que, em maio, as duas empresas criaram um grupo de trabalho para avaliar possibilidades de investimentos conjuntos em geração eólica e solar e produção de hidrogênio verde. Outra escala prevista é o Ceará: os chineses avaliam entrar no projeto de implantação do hub de hidrogênio verde do Porto de Pecém. Se as promessas já feitas forem cumpridas, é dinheiro que não acaba mais: em abril, o presidente da Energy China International, Lyu Ze Xiang, se reuniu, em São Paulo, com Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, e Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia. Na ocasião, os executivos da companhia manifestaram a intenção de investir até US$ 10 bilhões em projetos de transição energética no Brasil.

#China Energy #Hidrogênio verde

Destaque

Centrais sindicais sobem ao palco da venda da Braskem

13/07/2023
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Nunca antes na história houve tamanho alinhamento entre a direção da Petrobras e sindicalistas. As grandes centrais de trabalhadores do país – à frente CUT e CTB – estão entrando de cabeça em um movimento de apoio à compra da Braskem pela estatal. A coalizão, ressalte-se, ainda não é um monolito. Há uma fissura localizada: a Força Sindical teria se negado a participar da iniciativa. Nos bastidores, a recusa é atribuída ao próprio Paulinho da Força, não exatamente pelo tema em questão, mas por divergências políticas e disputas de poder, notadamente dentro da IndustriaALL Brasil – entidade criada pela CUT e pela Força Sindical em 2020 e inspirada na IndustriALL-Global Union, que reúne mais de 50 milhões de trabalhadores em 140 países. Dissensos à parte, as grandes centrais discutem algumas iniciativas em defesa da “estatização” da Braskem. CUT, CTB e cia. costuram um manifesto para endossar a carta aberta publicada na semana passada por nove entidades de trabalhadores dos setores petroleiro e químico, à frente o poderoso Sindipetro. O documento diz que a Petrobras deve assumir o controle da Braskem e transformá-la em um “instrumento estatal para o desenvolvimento nacional”. Segundo informação apurada pelo RR junto ao presidente de uma das centrais de trabalhadores, os líderes sindicais engajados no movimento cogitam também a realização de uma grande manifestação no Rio, sede da Petrobras. Ou seja: a venda da Braskem – quem diria? – pode parar nas ruas. 

A mobilização dos sindicalistas vai ao encontro do interesse da Petrobras em assumir o controle da Braskem, já manifestado pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates. Na última segunda-feira, a estatal informou que solicitou acesso virtual ao data room da empresa petroquímica para o eventual exercício do tag along ou do direito de preferência sobre a participação da Novonor. Ontem, a J&F ingressou oficialmente no rol de candidatos à aquisição da Braskem, com uma proposta de R$ 10 bilhões, juntando-se a outros interessados – Unipar e um consórcio formado por Apollo e Adnoc, praticamente descartados. Nesse contexto, a entrada em cena das centrais sindicais com a sua pressão sintonizada com a direção da Petrobras vai colocar ainda mais combustível nessa disputa. Quase que como um “referendo” interno, será a força de trabalho legitimando a decisão da estatal. 

#Braskem #Novonor #Petrobras #Sindipetro

Destaque

Petrobras avança no mapa da América do Sul

10/07/2023
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O projeto da Petrobras de retomar os investimentos na América do Sul começa a sair do papel. Segundo o RR apurou, a estatal pretende disputar as próximas rodadas de licitações de campos de petróleo na Guiana. A primeira delas ocorre nesta semana: as propostas devem ser enviadas até o dia 15 de julho – ao todo, serão ofertados 14 blocos. A investida teria uma motivação principal: a Margem Equatorial, que se estende ao país vizinho e também ao Suriname. Estudos mostram que há uma grande similaridade do ponto de vista geológico entre os campos petrolíferos existentes na Guiana e aqueles localizados no lado brasileiro, na faixa litorânea entre o Amapá e o Rio Grande do Norte. Há notórias sinergias, tanto que pesquisas e descobertas já realizadas na Guiana e no Suriname têm servido de referência para estudos da Petrobras – a estatal já furou mais de 700 poços na Margem Equatorial.  

Além das razões de ordem estratégica, sob certo aspecto a investida da companhia no país vizinho pode ser vista também como uma questão de Estado. A julgar pelos acenos e declarações já feitos pelo próprio presidente Lula, a Petrobras será uma peça importante para o governo fazer política externa na América do Sul, somada a boas oportunidades de investimento.  Não por coincidência, segundo uma qualificada fonte do Itamaraty, Lula e o presidente da Guiana, Mohamed Irfaan Ali, deverão ter uma conversa telefônica ainda nesta semana. Ao que tudo indica, a licitação de blocos de exploração e produção será um dos temas abordados. Em contato com o RR, consultada sobre a possível participação no leilão da Guiana, a Petrobras disse que “Por meio da nossa gestão ativa de portfólio, estamos constantemente avaliando oportunidades, dentro e fora do Brasil. No exterior, estamos atentos tanto às licitações que acontecerão quanto a possíveis parcerias com outras empresas.”. A empresa afirmou ainda que “Inscrições em rodadas de licitação de blocos e acesso aos dados fazem parte do processo de avaliação de novas oportunidades de negócio. A participação no processo não garante a efetiva formalização de proposta no dia do leilão.” 

Em outro front, a Petrobras já teria iniciado também conversas com a YPFB para investimentos conjuntos na Bolívia. Entre outras possibilidades de parceria, a YPFB busca parceiros, por exemplo, para a campanha de exploração e produção de gás na área de Vitiacua, no Departamento de Chuquisaca. Trata-se da mais nova e promissora fronteira exploratória da Bolívia. As reservas estimadas somam mais de 56 bilhões de metros cúbicos de gás. É a maior aposta dos bolivianos para aumentar o suprimento interno e as exportações do insumo. Ao RR, a Petrobras informou que “Conversações com a YPFB, contraparte nos Contratos de Serviços operados na Bolívia, são parte da rotina de gestão dos ativos que a companhia detém no país, por meio de uma subsidiária.” Consultada especificamente sobre a nova área de exploração de gás, a estatal afirmou que “Não há, no momento, nenhuma conversa em andamento com a YPFB em relação ao bloco Vitiacua.” 

#Margem Equatorial #Petrobras #YPFB

Política

Governadores da Amazônia pressionam Marina por Margem Equatorial

5/07/2023
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Os governadores que integram o consórcio da Amazônia Legal pretendem agendar uma reunião com a ministra Marina Silva. As tratativas são capitaneadas por Helder Barbalho, do Pará. Os chefes do executivo estadual querem ter mais voz nas discussões que envolvem o bioma amazônico, notadamente nas questões com impacto econômico. Eles se ressentem de maior representatividade junto ao próprio Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama. O alvo principal é a Margem Equatorial: os governadores fazem pressão para que o órgão ambiental autorize os projetos de exploração e produção da Petrobras na região. Trata-se do lobby político de sempre. Afinal, enquanto a Petrobras não apresentar seu novo estudo aos órgãos ambientais, reforçando seus argumentos técnicos que a exploração é racional e não predatória, conforme foi considerada pelo Ibama, nada vai andar com Marina. A ministra nem está tão inflexível assim. Mas não vai deixar passar o tal “pré-sal amazônico” sem fortíssimas evidências técnicas de que a exploração de petróleo na região não vai macular sua gestão e imagem. 

#Marina Silva

Justiça

Estados miram uma grana extra no crepúsculo da Lava Jato

3/07/2023
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A decisão do ministro Edson Fachin autorizando que parte da indenização paga por um delator à Petrobras seja compartilhada com o Mato Grosso traz um novo matiz, ainda que tardio, à Lava Jato. São Paulo e Pernambuco também deverão receber uma parcela da sanção. O erário dos dois estados teve perdas com desvios de recursos revelados, em seu acordo de colaboração com a Justiça, por Leonardo Meirelles, ex-sócio do doleiro Alberto Youssef. Segundo o RR apurou, procuradores do Mato Grosso, São Paulo e Pernambuco já estão debruçados sobre os processos da Lava Jato com o objetivo de identificar novas possibilidades de pedidos de indenização. 

#Edson Fachin #Lava Jato #Petrobras

Política

Um afago de Lula a José Sarney

28/06/2023
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O Palácio do Planalto cogita nomear o atual embaixador do Brasil em Lisboa, Raimundo Carreiro, para o comando da PPSA. À frente da estatal do pré-sal, que vai ganhar novo fôlego na gestão Lula após ser praticamente escanteada por Jair Bolsonaro, Carreiro teria, por exemplo, a missão de conduzir o programa de aumento da oferta de gás natural, já anunciado pelo governo. Não é de hoje que o Planalto busca um cargo para repatriar Carreiro e fazer um afago a José Sarney, seu tutor político. Outra hipótese já aventada foi aninhar o embaixador e ex-ministro do TCU na diretoria de relações institucionais da Petrobras.

#Jair Bolsonaro #José Sarney #Lula #Palácio do Planalto #Petrobras

Empresa

Petrobras e Ecopetrol ensaiam um dueto dos dois lados da fronteira

19/06/2023
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A colombiana Ecopetrol já fez chegar à Petrobras o interesse em montar um “bem bolado” com a companhia. De um lado, a retomada dos investimentos da estatal brasileira em exploração e produção de óleo e gás na Colômbia; do outro, uma parceria para o desenvolvimento de projetos de transição energética do lado de cá da fronteira. De certa forma, a primeira parte da dobradinha já começou, com a recente decisão da Petrobras de suspender a venda da sua participação de 44% no bloco de Tayrona, na Colômbia.

#Ecopetrol #Petrobras

Empresa

Casa dos Ventos procura parceiro para investir em energia solar

14/06/2023
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A Casa dos Ventos está em busca de um parceiro para investimentos em geração solar. Segundo informações que circulam no setor, um dos grupos com quem mantém conversações é a Echoenergia, leia-se Equatorial Energia. A Casa dos Ventos pretende tornar seus parques geradores híbridos, concentrando no mesmo complexo produção eólica e fotovoltaica. Procurada, a Equatorial disse ao RR que “não comenta sobre possibilidades específicas de negócios ou aquisições”. A Casa dos Ventos, por sua vez, não se pronunciou.

Comprada no ano passado pela Equatorial, por R$ 7 bilhões, a Echoenergia está investindo agora em seus primeiros empreendimentos em energia solar: são dois parques em construção, um na Bahia e outro no Piauí. Em tempo: o RR recomenda que a Casa dos Ventos comece a bater devagarinho na porta da Petrobras. Dica das entranhas.

#Casa dos Ventos

Economia

Campos Neto aumenta a sequência de erros dos últimos presidentes do BC

13/06/2023
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O ex-operador do Santander Roberto Campos Neto é o terceiro presidente seguido do BC que erra no manejo da política monetária. Alexandre Tombini deixou a taxa de juros lá embaixo por tempo demais; Ilan Goldfajn falhou na calibragem das metas; e agora Campos Neto engrossa ainda mais o caldo azedo do target da inflação e mantém a Selic nas alturas mais tempo que que devia. O resultado é que teremos um período de deflação, muito em função da contribuição da abundância agrícola e introdução da Petrobras como agente de redução da carestia, acompanhado do derretimento do varejo – os exemplos das Americanas e Magazine Luiza são os mais gritantes – de uma inadimplência assustadora, e de uma inanição do crédito que já chega a dar medo. O emprego resiste e até reage em função dos salários mais baixos, redução dos encargos trabalhistas e aumento do precarizado. Valeu a pena ter feito dessa forma? Campos Neto argumenta disseminando em off um estudo que mostra a média de metas no mundo na faixa dos 3% cravados pelo CMN na gestão Paulo Guedes – ora, como dizia Roberto Campos, seu avô, média é quando se coloca o pé no gelo e a cabeça dentro do forno. Não é bem por aí.

Peculiaridades devem ser levadas em consideração. Cada país é um universo próprio. Segundo consta nas internas da Fazenda, o então ministro Paulo Guedes encarregou Adolfo Sachsida, seu secretário de Política Econômica, de pedir a Campos Neto que encomendasse a “um tal japonês do BC” – a fonte do RR não conseguiu precisar o nome do personagem, um técnico menos conhecido – um estudo afirmando que não há relação de causalidade entre a meta de inflação mais alta e a queda dos juros. E quem disse que há? O que existe é maior folga para acomodar eventuais choques de oferta e menos pressão para chegar a uma meta improvável.  

O tal estudo do tal “japonês” indica que a meta poderia ir até 2%, o que exigiria uma Selic na faixa de 100% por algum tempo. Esse delírio seria o projeto de colocar o Brasil alinhado com a inflação dos países desenvolvidos. Pode ser até que a taxa de juros real aumente mesmo com o Copom reduzindo a Selic. Se a queda for a passos de cágado, a partir de agosto, conforme acredita o mercado, e não houver alguma sincronia com a redução do índice de preços, a Selic real aumenta.  Quando Lula acorda todas as segundas-feiras, recebe o clipping e vê que o Boletim Focus prevê para o fim do seu mandato uma taxa de juros real no barato entre o top five do mundo (Selic nominal da ordem de 10%), deve querer dar um beijo em Campos Neto. Perdemos todos, playboy!

#Campos Neto

Política

Governo quer CPI para investigar exploração eleitoral de estaiais

7/06/2023
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A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, tem sido assediada por vivandeiras do PT em busca de CPIs. No caso, a CPI seria voltada à investigação e instalação de inquérito contra os gastos impostos às estatais em função de motivações essencialmente eleitorais. A contribuição do corpo técnico das companhias públicas, com o apoio de auditorias externas independentes, daria conta do recado. A missão se resume em levantar a qualidade, destino e necessidade do gasto, quem ordenou, quem cumpriu a ordem e quanto custou ao Erário a malversação dos recursos. Atenção: a CPI envolveria todas as estatais. Ressalte-se, por exemplo, que a própria Petrobras já é alvo de um processo no TCU. A Corte investiga o programa de doação de gás de cozinha e de cestas básicas mantido pela estatal no ano passado – informação antecipada pelo RR (https://relatorioreservado.com.br/noticias/tribunal-de-contas-investiga-uso-eleitoral-da-petrobras/) e posteriormente noticiada pelo G1. Há suspeitas de dupla irregularidade: doação em época de campanha eleitoral e atividade alheia ao escopo e às atribuições da Petrobras. 

A presidente da CEF, Rita Serrano, tem sido o primeiro alvo solicitando apoio técnico para subsidiar o pedido de instalação da CPI porque já botou, inclusive, a boca no mundo. Segundo o Valor Econômico, Rita quer postergar a devolução de um empréstimo do Tesouro de R$ 5 bilhões, em parte gastos com finalidades discutíveis, digamos assim. A presidente da CEF disse que, se esse pagamento não for renegociado, a restituição do montante neste ano irá comprometer a liquidez do ano. Um levantamento consolidado do valor dos gastos políticos imorais, extraídos dos entes públicos, nos últimos cinco governos, daria uma boa dimensão da farra distributiva do dinheiro público que os políticos usam em prol dos seus interesses eleitorais.  

Os dois parlamentares mais encantados com a iniciativa são Gleisi Hoffmann e Lindbergh Faria, que têm abraçado causas comuns. O RR duvida, contudo, que um grupelho ou mesmo todo o PT consiga as assinaturas necessárias para a instalação da CPI, que já está sendo chamada na dentro do partido de “Comissão de Caça às Bruxas”.

#Rita Serrano

Internacional

Petrobras acelera conversas com YPFB para investimentos na Bolívia

6/06/2023
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A retomada dos projetos da Petrobras em países vizinhos é para ontem. O RR apurou que executivos da diretoria de Exploração e Produção deverão viajar à Bolívia ainda neste mês. Na agenda, conversas com a diretoria da YPFB para discutir projetos conjuntos de exploração de gás. O próprio no1 da estatal, Jean Paul Prates, conversou sobre o assunto com o presidente da Bolívia, Luiz Arce, na semana passada, em Brasília.  

#Bolívia #Óleo e Gás #Petrobras #YPFB

Política externa

Argentina busca apoio do governo Lula para compras gás

2/06/2023
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O presidente da Argentina, Alberto Fernández, aproveitou sua passagem por Brasília para negociar com o governo Lula um acordo para a compra de gás. A operação envolveria a transferência de aproximadamente 10 milhões de metros cúbicos por dia, em um acordo pelo menos até o fim do ano. Na prática, o Brasil atuaria quase como um trader, um intermediário na venda do gás boliviano. O país andino estaria atrasando a entrega de insumo já contratado pela Argentina, algo não muito diferente do que a estatal boliviana YPFB fez com a Petrobras entre 2019 e 2020.

#Alberto Fernández #Argentina #gás #Lula #Petrobras #YPFB

Destaque

Maduro desponta como o “fiador” da entrada do Brasil na Opep

31/05/2023
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Há pelo menos duas versões para as loas de Lula a Nicolás Maduro, que excederam qualquer expectativa de exagero na recepção – Maduro teve honrarias de um grande chefe de Estado. A primeira das versões, um tanto quanto simplória, interpreta a apoteose de saudação a Maduro em terras brasileiras como mais um ato de pragmatismo. Lula pretendeu dar um sinal amigável as suas bases de apoio mais à esquerda. Por essa ótica, comprada por quase todas as mídias, os festejos para o presidente venezuelano foram planejados para afagar a bolha dos petistas e aliados mais ideológicos. A segunda versão é mais ambiciosa. Ela segue em linha com o projeto de Lula de levar o Brasil a um patamar de protagonismo na discussão e decisões da geopolítica. O presidente da Venezuela é visto no Palácio do Planalto como um aliado fundamental para o projeto acalentado pelo petista e seus principais assessores da área internacional, notadamente Celso Amorim: a entrada do Brasil na Opep. Maduro funcionaria como uma espécie de embaixador do pleito brasileiro junto aos demais integrantes das Organização dos Países Exportadores de Petróleo – da qual os venezuelanos são membros fundadores. Guardadas as devidas proporções, o presidente da Venezuela estaria para a causa como Donald Trump esteve, em certo momento, para as tratativas em torno do ingresso do Brasil na OCDE.  

Os números credenciam o Brasil a entrar na Opep. Na média, o país produz atualmente algo em torno de 3,2 milhões de barris de petróleo por dia. Esse volume seria suficiente para colocar o Brasil em quarto no ranking dos países membros da Organização, atrás apenas da Arábia Saudita, Iraque e Irã. Olhando-se para as reservas comprovadas, o poder de fogo brasileiro seria menor se comparado aos integrantes da entidade. Atualmente, o país tem cerca de 15 bilhões de barris, o que lhe daria apenas o décimo lugar no rol da Opep – por sinal, quem lidera nesse quesito é exatamente a Venezuela, com aproximadamente 300 bilhões de barris. Ressalte-se, no entanto, que o Brasil pode, em breve, dar um salto com a Margem Equatorial – o que, de certa forma, explica a disposição de Lula de levar adiante os projetos da Petrobras nessa nova fronteira petrolífera, não obstante os óbices de ordem ambiental.  Estudos mais recentes, como o do Centro de Infraestrutura (CBIE), indicam uma estimativa em torno de 30 bilhões de barris em reservas estimadas na região.  

O governo Bolsonaro, não custa lembrar, chegou a ensaiar articulações internacionais para o ingresso do Brasil na Opep. Na viagem que fez à Arábia Saudita, em 2021, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tratou do assunto com as autoridades locais. Como quase tudo na política externa da gestão Bolsonaro, a pauta não saiu do lugar.   

#Celso Amorim #Centro de Infraestrutura #Lula #Margem Equatorial #Nicolás Maduro #OPEP #Petrobras #Venezuela

Empresa

Cade quer respostas sobre os desinvestimentos da Compass

31/05/2023
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O Cade vai cobrar da Compass, leia-se Cosan, um prazo para a venda de parte dos seus ativos em distribuição de gás no Nordeste. Entre os conselheiros do órgão antitruste, há um entendimento de que a empresa está postergando deliberadamente o cumprimento do acordo firmado com o órgão para a aquisição da Gaspetro junto à Petrobras, no ano passado. Como condicionante à aprovação do negócio, a Compass se comprometeu a vender 12 das 18 distribuidoras. Já negociou, mas, na semana passada, ao responder consulta do próprio Cade, saiu pela tangente e não definiu um prazo para a alienação das cinco restantes. A história é ainda mais enroscada. A insatisfação dos conselheiros do órgão com a postura da empresa de Rubens Ometto é alimentada também pela tortuosa negociação para a venda das participações nas distribuidoras de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. A Compass firmou um acordo de venda com a Infra Gás e Energia, mas, sem qualquer explicação, tem postergado indefinidamente a conclusão do negócio. A ponto da própria Infra tem entrado com uma representação junto ao Cade. Consultada, a Compass não quis comentar o assunto.

#Cade #Compass #Cosan #Rubens Ometto

Destaque

Margem Equatorial é um falso dilema para o governo

26/05/2023
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O imbróglio da Margem Equatorial é uma “Escolha de Sofia que já está escolhida”. O Palácio do Planalto não vai recuar. Muito pelo contrário. O governo Lula está decidido a fazer o que for necessário para levar adiante os projetos da Petrobras na região. A decisão vai muito além da esfera corporativa. Trata-se de um assunto de Estado, conduzido a partir de um forte cálculo político e de um aguçado senso de oportunidade. É como se dois raios tivessem caído no mesmo lugar, ou melhor, na gestão do mesmo presidente da República. Em termos potenciais, a Margem Equatorial está para o Lula III como o pré-sal para o Lula I e II. A nova fronteira petrolífera do Brasil tem reservas estimadas em 30 bilhões de barris, segundo estudo da CBIE Advisory, do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Ou seja: o triplo das reservas já comprovadas do pré-sal.  

Entre os prós e contras que pesam na balança, o governo Lula vislumbra um saldo político positivo. A preocupação agora é administrar as possíveis perdas. O Palácio do Planalto sabe que precisa endurecer para tirar petróleo da Margem Equatorial, mas sem perder a ternura em pontos chave. A questão é como mitigar a desmoralização do Ibama; como encaixar a “operação fura-poço” na Amazônia sem perder a franquia do discurso de preservação ambiental; como não diluir o prestígio internacional de Lula nessa área. E, de alguma forma, tão ou mais importante: como acomodar Marina Silva, que, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, forma a tríade dos ministros indemissíveis, tamanho o desgaste político que a saída de qualquer um da respectiva Pasta traria. Marina é um fator de risco, vide o track records: no primeiro governo Lula deixou o Ministério do Meio Ambiente por não concordar com a “Margem Equatorial” da ocasião, leia-se a construção da Usina de Belo Monte. Ainda assim, há sinais, neste momento, de uma maior adaptabilidade de Marina às circunstâncias políticas. São sintomáticas, por exemplo, as suas declarações de que o Congresso tem poder demais e é o maior responsável pelo desmonte dos órgãos ambientais. É como se a ministra estivesse calculadamente desviando o foco do Planalto e do próprio presidente Lula para o Legislativo.  

De toda a forma, há uma dissintonia no governo Lula. Em vários aspectos, a teoria e a prática não dialogam, com colisões entre diferentes iniciativas e políticas. É o caso, por exemplo, das medidas anunciadas ontem para a produção de veículos populares. Não há dúvidas de que a indústria como um todo precisa de airbags, sobretudo um setor que, apesar de toda a tecnologia, ainda é intensivo em emprego, como o automobilístico. No entanto, é no mínimo um contrassenso de que um governo que se diz tão comprometido com a transição energética e a causa ambiental estimule a produção de automóveis em vez de fomentar soluções de mobilidade no transporte coletivo.  

De qualquer forma, essa questão é apenas um detalhe, algo infinitamente inferior frente ao problema maior da Margem Equatorial. Trata-se de um assunto de razoável peso institucional, capaz de gerar uma eventual crise interministerial e de desarticular um núcleo duro desse governo representado na figura da ministra Marina Silva.  

#Lula #Margem Equatorial #Ministério do Meio Ambiente #Palácio do Planalto #Petrobras #Usina de Belo Monte

Institucional

Presidente do Ibama leva puxão de orelhas dos cartórios brasileiros

26/05/2023
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Como diria o outro, “Que fase!”. Após a negativa do pedido de licença ambiental da Petrobras para a Foz do Amazonas, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, vem recebendo flechadas de todos os lados. Algumas inusitadas. A Associação dos Notários e Registradores do Brasil pretende encaminhar uma representação formal ao Instituto por conta de uma recente declaração de Agostinho. Ao mencionar a recusa da autorização à Petrobras, o presidente do Ibama disse que o órgão “não é um cartório onde as pessoas levam um papel e a gente carimba”. No documento que será enviado a Agostinho, a Associação vai ressaltar que as atividades que o tabelionato executa são regidas por lei e fiscalizadas pelo Poder Judiciário.

#Ibama #Petrobras

Destaque

Petrobras registra vazamento de óleo na Região dos Lagos

25/05/2023
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O RR recebeu, há cerca de uma hora, a informação de um vazamento de óleo em instalações da Petrobras na cidade de Arraial do Cabo, mais precisamente na Praia do Pontal. O assunto é tratado com gravidade pelas autoridades da Região. Em contato agora há pouco com o RR, a Petrobras confirmou que “foram identificados resíduos de material oleoso em algumas praias do município de Arraial do Cabo (RJ).” A empresadiz que “recolheu as amostras e encaminhou para análise da procedência do material oleoso.” A Petrobras afirma que “está realizando limpeza da área atingida, mesmo que não haja confirmação da origem do material.” Em meio às discussões sobre a Margem Equatorial, era tudo o que não podia acontecer para a companhia.

ATUALIZAÇÃO (18h23): A Petrobras procurou o RR para prestar esclarecimentos adicionais. A empresa informou que “ainda não há confirmação desse vazamento ser da Petrobras.”. A companhia informa também que “não possui instalação em Arraial do Cabo.”

#Petrobras

Empresa

A Vale é bem maior do que seus números da superfície revelam

19/05/2023
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É difícil saber o que a Vale tem feito para ampliar o seu arsenal mineral. Está fazendo pesquisas? Em que áreas? Há descobertas novas?  A companhia divulga de forma meio mequetrefe o seu estoque de reservas medidas e inferidas. Historicamente, a empresa sempre deteve áreas geológicas riquíssimas. Não houve nada que tenha feito isso mudar. A Vale tinha uma subsidiária, a Docegeo, voltada exclusivamente para a pesquisa e prospecção mineral. Foi extinta há exatos 20 anos. Era uma espécie de “mini CPRM” – Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais – só que com um portfólio de maior valor. Ficavam na Docegeo os alvarás de pesquisa, ou seja, a subsidiária funcionava como responsável pelas atividades geológicas e uma espécie de banco das potenciais jazidas da companhia. No intervalo entre os anos 70 e 90, a companhia atualizava duas a três vezes por ano descobertas e investimentos, através de comunicados e entrevistas à imprensa.  

Lá nos idos da privatização da Vale, o histórico ex-presidente da empresa, Eliezer Batista, se levantou contra o modelo de venda em função da precificação indevida desses ativos. Na época dizia-se que somente as jazidas da companhia somavam R$ 100 bilhões, enquanto a mineradora foi privatizada por “somente” R$ 3,3 bilhões. Só para se ter um aperitivo dessa riqueza, apenas em Carajás a Vale tem grandes reservas inferidas de quase todos os minérios mais relevantes. No agregado, certamente elas são maiores e mais valiosas do que as pertencentes a qualquer outra empresa no Brasil, à exceção da Petrobras. Duvida-se que essa fortuna esteja contida no valor de mercado da companhia ou mesmo seja auditada nos seus balanços sociais. Aliás, quanto vale esse estoque? E por que a empresa, que atualiza seus dados minerais na CVM e na SEC, não divulga oficialmente os valores do seu maior ativo, aquele que está guardado debaixo da terra? Métodos para aferição existem. É só fazer conta. O RR encaminhou uma série de perguntas à Vale e fez seguidos contatos com a companhia, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

#CPRM #CVM #Eliezer Batista #Petrobras #Vale do Rio Doce

Negócios

O retorno ao game de um velho conhecido da Lava Jato

19/05/2023
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Após enfrentar os percalços da Lava Jato, o executivo Eduardo Antonello, ex-CEO da Golar Power, está de volta ao mercado. Em conversas com investidores do setor, tem acenado com a promessa de projetos grandiosos na área de GNL (Gás Natural Liquefeito). O track records joga a seu favor. Enquanto esteve à frente da Golar Power – uma joint venture entre a norueguesa Golar LNG e o fundo norte-americano Stonepak -, Antonello liderou uma leva de empreendimentos no segmento. Hoje a empresa tem oito terminais de regaseificação de GNL já em operação ou em construção no país. A volta ao setor será um bom teste do quanto a citação na Lava Jato arranhou a reputação de Antonello. O executivo foi investigado por suspeitas de corrupção em contratos entre a Seadrill – empresa de perfuração em águas profundas que ele dirigia – e a Petrobras. Posteriormente, o STJ anulou as investigações.  

#Golar Power #Petrobras #Stonepak

Destaque

Tribunal de Contas investiga uso eleitoral da Petrobras

17/05/2023
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Além do STF e da Justiça Eleitoral, Jair Bolsonaro é alvo também do TCU. As prebendas eleitorais distribuídas por Bolsonaro em 2022 e a Petrobras estão na mira do Tribunal de Contas da União. A Corte investiga o programa de doação de gás de cozinha e de cestas básicas mantido pela estatal durante o ano passado. Ao todo, a companhia desembolsou mais de R$ 300 milhões. Segundo informações apuradas pelo RR, os ministros do TCU enxergam uma dupla irregularidade no programa: doação em época de eleição e atividade alheia ao escopo e às atribuições da Petrobras, mais precisamente da Gerência de Responsabilidade Social, área que administrava a benemerência eleitoral. Em contato com o RR, o TCU confirmou a existência do processo (nº 043.227/2021-0), de relatoria do ministro Augusto Nardes, com o objetivo de “acompanhamento de programa social criado pela Petrobras para apoio a famílias em situação de vulnerabilidade social, com foco no gás de cozinha (GLP).” Ainda segundo o Tribunal, os documentos da investigação “não estão públicos no momento”. Por sua vez, a Petrobras informou ao RR que “atendeu todos os ofícios requisitando documentos e informações por parte do TCU no que toca ao programa social de doação de gás e aguarda a inclusão em pauta do processo para julgamento, quando poderá conhecer a posição do Tribunal sobre o assunto”. A estatal afirma ainda que “Não há imputação de irregularidades a gestores até o momento”. 

Além de acertar em Jair Bolsonaro, a investigação do TCU respinga no próprio quadro de executivos da Petrobras. É o caso de Rafaela Guedes, que, à época, comandava a Gerência Executiva de Responsabilidade Social da companhia. Nos corredores da Petrobras, Rafaela era considerada o “nome certo” no “lugar certo” na “hora certa”. Vista por seus pares como bolsonarista-raiz, respondia ao então presidente da empresa, Caio Mario Paes de Andrade, que ocupou o cargo entre junho e dezembro – ou seja, durante toda a campanha eleitoral -, e ao diretor de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, Rafael Chaves. Este último também estaria citado no procedimento do TCU.  

De acordo com as investigações do Tribunal de Contas, não competia à Petrobras e, consequentemente, à Gerência de Responsabilidade Social fazer qualquer tipo de doação. De fato, até então, o Sistema Petrobras só havia feito algo similar em 2020 e, mesmo assim, por meio da então controlada Liquigás, posteriormente vendida para o consórcio Copagaz/Itaúsa/Nacional Gás. Segundo uma fonte da Petrobras, o planejamento das doações teria ocorrido ainda em 2021, o que poderia reduzir o grau de responsabilização dos gestores da empresa. No entanto, os recursos foram desembolsados em 2022, ano eleitoral. Além do TCU, o processo poderá ser encaminhado também ao TSE, que utiliza de critérios de avaliação mais dirigidos às campanhas eleitorais e poderá juntar as informações a outras investigações em curso. 

Em tempo: Rafaela Guedes deixou a Responsabilidade Social e está assumindo a Gerência de Sustentabilidade da estatal, subordinada à nova diretoria de Transição Energética e Sustentabilidade, comandada por Mauricio Tolmasquim. De acordo com informações apuradas pelo RR, a transferência de Rafaela para um cargo estratégico tem sido questionada por lideranças sindicais da Petrobras, que vêm pedindo a cabeça de antigos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro mantidos em cargos de gerência executiva – conforme o RR já noticiou.

#Jair Bolsonaro #Justiça Eleitoral #Petrobras #TCU

Destaque

Governadores cobram de Marina Silva o sinal verde para a Petrobras na Margem Equatorial

15/05/2023
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A dificuldade da Petrobras em obter as licenças ambientais para a Margem Equatorial deflagrou uma “rebelião” federativa. O RR apurou que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), está liderando uma articulação política em bloco com o objetivo de pressionar o Ibama a liberar a autorização. A coalizão inclui ainda os governadores do Maranhão, Amapá e Rio Grande do Norte – respectivamente Carlos Brandão Junior (PSB), Clecio Luis (Solidariedade) e Fátima Bezerra (PT). De acordo com a fonte do RR, Barbalho vem tratando diretamente do assunto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva – inclusive, durante a recente passagem de ambos na China.  

Trata-se de uma negociação delicada. O imbróglio com o Ibama antecede a gestão de Marina – é algo que se arrasta há mais de três anos. No entanto, a ministra não se mostra muito simpática às atividades de exploração e produção na Margem Equatorial, notadamente na Bacia Amazônica. Marina já disse textualmente que olha para extração de petróleo na Foz do Amazonas “do mesmo jeito que olhei para Belo Monte”. Não se trata de um bom prenúncio para a Petrobras e os governadores interessados na questão, a julgar pela resistência de Marina à construção da hidrelétrica durante sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente.

Os quatro governadores discutem ainda a possibilidade de um manifesto público como forma de sensibilizar as autoridades ambientais. A ideia é bater na tecla dos investimentos e dos postos de trabalho que estão deixando de ser gerados com a demora na liberação da licença pelo Ibama. Apenas em royalties, os quatro estados estimam que as perdas anuais passam dos R$ 2 bilhões. Assim como Barbalho, Fátima Bezerra dá uma dimensão e um peso maiores ao pleito. Entre os chefes de governo estaduais, trata-se de um dos nomes mais influentes junto ao presidente Lula. Basta lembrar que Fátima coordenou a campanha presidencial de 2022 no Nordeste. Além disso, a governadora potiguar é umbilicalmente próxima do próprio Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Prates era o suplente de Fátima no senado e herdou sua cadeira quando ela assumiu o governo do Rio Grande do Norte. 

#Belo Monte #Helder Barbalho #Ibama #Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Petrobras

Política

Uma voz a mais no governo pela volta da Petrobras ao setor de fertilizantes

15/05/2023
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A ministra do Planejamento, Simone Tebet, tem defendido dentro do governo a retomada dos investimentos da Petrobras em fertilizantes. Vem tratando do assunto diretamente com o seu colega Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia. A questão é de interesse direto do Mato Grosso do Sul, seu estado. O retorno da estatal ao setor significará, entre outros projetos, a retomada da construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados 3 da Petrobras no município de Três Lagoas. Estima-se o custo para a conclusão das obras na casa dos R$ 3 bilhões.

#Ministério de Minas e Energia #Petrobras #Simone Tebet

Política externa

Ex-tucano “convertido” pode assumir embaixada em Lisboa

12/05/2023
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O ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes Ferreira está cotado para assumir a embaixada do Brasil em Lisboa. O principal articulador da indicação é o vice-presidente, Geraldo Alckmin, responsável por atrair o apoio do seu antigo companheiro de PSDB a Lula durante a campanha eleitoral. A vacância na representação diplomática brasileira em Portugal depende da movimentação de outra peça: há uma articulação do MDB junto ao Palácio do Planalto para que o atual embaixador, Raimundo Carreiro, volte ao Brasil e seja indicado para a diretoria de relações institucionais da Petrobras.

#Aloysio Nunes Ferreira

Destaque

Suzana Kahn vai assumir Estratégia da Petrobras e reforçar transição energética para o baixo carbono 

10/05/2023
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A Petrobras vai dar mais uma firme sinalização de que os investimentos em transição energética são prioridade para a atual gestão. O RR apurou que Suzana Kahn vai assumir a gerência executiva de Estratégia e Planejamento da estatal, área responsável por submeter e conduzir os planos estratégicos de médio e longo prazos da companhia. Professora da Coppe/UFRJ, Suzana é muito respeitada no Brasil e no exterior. Integra o IPCC – sigla em inglês para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Trata-se de uma indicação direta de Mauricio Tolmasquim, escolhido pelo governo para assumir a nova diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis da estatal. 

Anteriormente, Suzana Khan havia sido indicada para o Conselho de Administração da Petrobras, mas seu nome acabou não sendo aprovado na Assembleia Geral de Acionistas. Caberá à dupla Tolmasquim/Suzana conduzir os investimentos da companhia em energia limpa, uma área que perdeu punch na petroleira durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo a fonte do RR, Suzana será aprovada sem ressalvas no Background Check de Integridade, processo de verificação dos executivos indicados para cargos da alta administração da Petrobras.

#Energia #Jair Bolsonaro #Petrobras #Suzana Kahn

Destaque

Petrobras estuda manter um pé na petroquímica com ressurreição da antiga Rio Polímeros

9/05/2023
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A Petrobras pode sair integralmente da Braskem, mas não da petroquímica. Entre os diferentes cenários contemplados pela direção da companhia está a ressurreição da Rio Polímeros – ou RioPol. Neste caso, a venda da participação da Petrobras na Braskem seria atrelada a um spin off das instalações do antigo Polo Gás Químico, localizado em Duque de Caixas (RJ). A estatal não apenas assumiria as instalações como voltaria a desenvolver a segunda geração a partir do site da velha RioPol, com capacidade instalada de 540 mil toneladas de polietileno por ano. Esse movimento poderia provocar uma guinada nos planos da Petrobras para a petroquímica, notadamente com o congelamento do Polo Gaslub, nada mais do que o rebrand do Comperj – um nome e um projeto que remetem a tempos escabrosos no compliance da estatal.     

Em março deste ano, a empresa anunciou a assinatura de contrato com a Toyo Setal Empreendimentos para a conclusão das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do complexo, instalado em Itaboraí (RJ). Ainda assim, os movimentos da gestão de Jean Paul Prates em relação ao Gaslub não têm sido assertivos. Trazem mais dúvidas do que certezas. Em fevereiro, durante reunião com lideranças do PT no Rio, entre quais os deputados Lindbergh Farias e Washington Quaquá, Prates acenou com a conclusão integral das obras, incluindo a implantação de unidades de produção de combustíveis e lubrificantes. O “anúncio” chegou a ser celebrado por Quaquá em um vídeo postado em suas redes sociais, no qual aparece ao lado do presidente da Petrobras. Mais recentemente, no entanto, em meados de abril, a Petrobras informou ao mercado que avalia mudar o escopo do Polo Gaslub, concentrando-se apenas na produção de insumos petroquímicos de segunda geração. Estima-se que somente esse projeto demandaria mais de US$ 2 bilhões em investimentos. Na ponta do lápis, faria mais sentido apostar e impulsionar um negócio já pronto e em operação, como o site da antiga Rio Polímeros – ainda que isso venha custar à Petrobras um deságio no valor de venda da sua participação na Braskem. Importante ressaltar que, do ponto de vista geográfico e político, o resultado seria o mesmo: a Petrobras garantiria investimentos e geração de emprego no Rio de Janeiro.    

Há poucos projetos com tamanha capacidade de contar a história recente da indústria petroquímica brasileira quanto a antiga Rio Polímeros. Tal qual uma bola de fliperama, o projeto ricocheteou entre as diversas idas e vindas societárias do setor ao longo das últimas duas décadas. Quando inaugurada, em 2005, a RioPol tinha como sócios Unipar, Suzano, Petrobras/Petroquisa e BNDES. Em 2007, a estatal comprou a Suzano Petroquímica, automaticamente aumentando sua participação no empreendimento. Em 2008, a Rio Polímeros passou ao guarda-chuva da Quattor, criada a partir da associação entre a Unipar e a Petrobras. Essa configuração durou não mais do que dois anos. Em 2010, a Quattor foi comprada pela Braskem. Naquele mesmo ano, a Rio Polímeros acabaria incorporada pela própria Braskem, desaparecendo definitivamente como empresa para ser um site a mais entre os ativos da companhia. 

#BNDES #Braskem #Comperj #Jean Paul Prates #Petrobras #Polo Gaslub #PT #RioPol

Destaque

Petroleiros cobram de Jean Paul Prates a “desbolsonarização” da Petrobras

4/05/2023
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Há uma intentona em curso na Petrobras. Os petroleiros estão cobrando do presidente da companhia, Jean Paul Prates, a “desbolsonarização” da diretoria da estatal, leia-se a saída de executivos identificados como apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o RR apurou, o movimento, liderado pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), exige a cabeça do diretor executivo de Exploração e Produção, Joelson Falcão Mendes. Cobra também a demissão de Carlos José Travassos, que comanda a diretoria de Desenvolvimento da Produção. Ambos estariam abrigando em suas respectivas diretorias executivos que teriam feito campanha internamente a favor da reeleição de Bolsonaro. Mais do que isso: os representantes dos petroleiros acusam alguns desses gestores de terem perseguido funcionários apoiadores do presidente Lula. Nos corredores da Petrobras circula, inclusive, uma lista com dez nomes, notadamente de gerente executivos, classificados como “bolsonaristas”. Em contato com o RR, a Petrobras disse, como não poderia deixar de ser, que “Não há qualquer intenção da companhia ou do presidente Jean Paul Prates de substituir os diretores executivos de Exploração e Produção, Joelson Falcão Mendes, e de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos José Travassos.”. Garante também que não foi entregue “à companhia uma suposta lista de gerentes executivos, com base em seus posicionamentos políticos.” Pode até ser que a relação não tenha chegado formalmente à direção da empresa. O RR, no entanto, teve acesso à lista de dez nomes de gerentes executivos apontados como “bolsonaristas” e compartilhada no último fim de semana em grupos de WhatsApp de gestores da empresa. O RR fez também seguidas tentativas de contato com a FUP, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.  

A pressão maior recai sobre Joelson Mendes, que praticamente já assumiu o cargo com o status de “persona non grata” junto ao “chão de fábrica” da Petrobras. Mendes foi escolhido à revelia das lideranças sindicais. O nome de preferência dos petroleiros para a diretoria de Exploração e Produção sempre foi o do geólogo Guilherme Estrella, que ocupou o cargo nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Os petroleiros não desistem: exigem de Jean Paul Prates a substituição de Mendes por Estrella. A ofensiva contra o atual diretor de Exploração e Produção cresceu, sobretudo, nos últimos dez dias. De acordo com uma das fontes ouvidas pelo RR, representantes da FUP foram cobrar de Mendes a saída de gerentes apoiadores de Bolsonaro. Teriam ouvido, como resposta, que não haverá caça às bruxas. Em alguns setores da empresa já é dada como certa a queda de Mendes “para o lado”. Ou seja: a direção da empresa já estaria avaliando uma “missão” para ele em uma subsidiária da Petrobras. 

Independentemente das consequências, por si só a mobilização dos petroleiros contra os bolsões pró-Bolsonaro na estatal já refletem o aumento da força dos sindicatos com a volta do PT ao governo. Essa onda tem chegado às mais diversas praias. O sindicalista João Fukunaga, funcionário de carreira do Banco do Brasil, assumiu a presidência da Previ; o ex-deputado Decio Lima, também de origem sindical, foi o escolhido para comandar o Sebrae Nacional; o ex-presidente da CUT Vagner Freitas aterrissou na presidência do Conselho de Administração do Sesi. Na Petrobras, a FUP já cravou uma vitória que denota poder. A Federação teve um papel importante para brecar o aumento da remuneração da diretoria da Petrobras. A primeira proposta levada ao Conselho de Administração previa um reajuste de 44%. A repercussão negativa, potencializada pelas gestões políticas feitas por petroleiros, levou o governo a interferir e barrar o aumento. No fim, o índice ficou em apenas 9%.  

#CUT #Jair Bolsonaro #Jean Paul Prates #Lula #Petrobras #PT

Negócios

Acelen vira o grande hub de energia verde do Mubadala no Brasil

2/05/2023
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O Mubadala avança no projeto de transformar a Acelen em ponta de lança para seus investimentos em transição energética no Brasil. Segundo o RR apurou, a empresa tem feito estudos para entrar em geração renovável, com a compra de projetos ainda em desenvolvimento de usinas eólicas e solares. Há informações de que o fundo árabe já tem ativos na mira no Nordeste, inclusive usinas colocadas à venda por um grande grupo de energia europeu. Outro alvo é a produção de hidrogênio verde, um passo que ficaria para um segundo momento. A Acelen nasceu com os dois pés na “energia suja”: foi criada para assumir o controle da refinaria de Mataripe, comprada pelo Mubadala junto à Petrobras. No entanto, tem feito sua própria transição energética a passos largos. Há pouco mais de um mês, anunciou investimentos de R$ 12 bilhões iniciar a produção de diesel “verde” e bioquerosene de aviação. 

#Acelen #Mubadala

Destaque

Petrobras desata mais uma “amarra” herdada do governo Bolsonaro

26/04/2023
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A Petrobras está desmontando, peça por peça, o arcabouço liberal que ditou sua estratégia de negócios nos últimos quatro anos. Além da revisão dos Termos de Compromisso de Cessação (TCC) firmados com o Cade em 2019 – o que, na prática, significará a manutenção do monopólio da estatal no transporte de gás –, a direção da estatal pretende esvaziar o indicador Delta EVA (Economic Value Added). De 2019 para cá, a ferramenta de gestão tem sido usada pela Petrobras como balizador para a aprovação ou não de novos investimentos, e até mesmo para a decisão de abandonar projetos e hibernar plantas industriais. Mais do que uma mera medida administrativa, o EVA serve como instrumento de apoio ao compliance, pois obriga que a diretoria executiva ou o conselho de administração registre em ata a aprovação de um projeto não rentável de acordo com o indicador.

O fim da utilização desse instrumento permitirá à nova diretoria da empresa a retomada de projetos que foram deixados de lado pelo governo Bolsonaro por não se enquadrarem nos índices de geração de valor apontados pelo EVA. A Petrobras poderá, por exemplo, voltar ao setor de fertilizantes e resgatar antigos empreendimentos, como a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) – algo tratado pelo governo Lula como prioridade estratégica.

Ao mesmo tempo, a quebra desse “teto de gastos” da estatal abre brecha também para movimentos com alguma dose de motivação política. Entram neste rol a exploração de campos terrestres na Bahia, o Comperj, no Rio de Janeiro, e as refinarias Abreu Lima e Clara Camarão, respectivamente em Pernambuco e Rio Grande do Norte – por sinal, terra do presidente da empresa, Jean Paul Prates.

O EVA começou a ser utilizado na gestão de Roberto Castello Branco para calcular o valor adicionado das operações da Petrobras, buscando mensurar a lucratividade real dos negócios para seus acionistas. Deste então, o indicador passou a fazer parte das métricas de topo da companhia, foi inserido como meta no Balanced Scorecard (BSC) das gerências e passou a ser critério para o pagamento de bônus a executivos e empregados.  

Guardadas as devidas proporções, para as últimas gestões da Petrobras, o EVA teve serventia similar ao próprio acordo com o Cade. O TCC com o órgão antitruste acabou se transformando em uma conveniente justificativa para a petroleira acelerar a venda de ativos de refino e da participação na TBG, a transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil. Da mesma forma, o EVA tornou-se uma cômoda muleta para embasar internamente a desmobilização de ativos e a reprovação de projetos com a motivação da baixa rentabilidade para os acionistas.  

Jean Paul Prates sabe que terá desgaste junto ao mercado para implementar essa mudança e já avalia maneiras de substituir um indicador por outro de natureza semelhante. Internamente, também haverá desconforto com o quadro gerencial da estatal, que já está matriculado no EVA. Dentro da Petrobras já se sabe que os responsáveis por administrar o incômodo gerencial serão os executivos de Estratégia e Planejamento, Maurício Tolmasquim, e de Desempenho Empresarial, Eduardo de Nardi Ros.  Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou.

#Cade #Comperj #Jean Paul Prates #Petrobras #UFN III

Destaque

Estranhas turbulências marcam licitação do Aeroporto de Cabo Frio

19/04/2023
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A nova licitação do Aeroporto Internacional de Cabo Frio deverá aterrissar nos tribunais. Segundo o RR apurou, grupos candidatos ao leilão pretendem judicializar o certame, a cargo da Prefeitura local – por delegação da União. O processo está cercado de nuvens cinzentas. A Portaria da Secretaria Nacional de Aviação Civil com a autorização para a concorrência foi publicada no Diário Oficial da União no dia 8 de março. No entanto, a administração municipal não lançou o edital de licitação no prazo obrigatório – até 30 dias antes do término do contrato em vigor, que expirou ontem. A procrastinação abriu uma brecha para que tudo fique como está no Aeroporto de Cabo Frio. Segundo a mesma fonte, a Prefeitura já teria estendido a atual concessão por mais seis meses. Entre os investidores, a medida alimentou suspeições de favorecimento ao atual operador do Aeroporto, a Costa do Sol, pertencente ao Grupo Aeropart. O RR fez várias tentativas de contato com a Prefeitura de Cabo Frio e a Costa do Sol Operadora Portuária, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para o posicionamento de ambas. 

Segundo informações apuradas pelo RR, além da própria Costa do Sol/Aeropart, entre os interessados no ativo estão a suíça Zurich Airport, que administra os aeroportos de Macaé, no Norte Fluminense, e de Vitória (ES), a Socicam e o Consórcio Mar Azul, leia-se o Grupo Infra. Este último, inclusive, foi o escolhido para elaborar os estudos para a licitação no regime de PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse). Hoje, todos compartilham da sensação de que entraram em um voo às cegas. Não é de hoje que movimentos feitos pela Prefeitura de Cabo Frio têm suscitado ilações entre os investidores. Em 30 de janeiro deste ano, a administração do prefeito José Ferreira Novellino (PDT) excluiu das regras do leilão a exigência de que os concorrentes tivessem experiência na operação de heliportos. Nos bastidores, correm rumores de que esta teria sido uma decisão on demand para beneficiar um empreiteiro do Rio, cujas empresas mantêm uma série de contratos com o governo do estado e prefeituras. 

Inaugurado em 1998 e sob gestão privada desde 2001, o Aeroporto Internacional de Cabo Frio é um negócio que jamais atingiu a altitude esperada. Entre janeiro e fevereiro deste ano, portanto na alta temporada do verão, apenas 5.142 passageiros embarcaram no terminal, segundo dados do site especializado Aviação Brasil. Trata-se de uma média mensal de pouco de 2,5 mil pessoas, muitos pés abaixo da capacidade do aeroporto. O empreendimento foi projetado para receber 570 mil passageiros por ano, ou uma média de 47,5 mil/mês. O terminal está mais para um heliporto do que para um aeroporto: a principal atividade no local é a movimentação de helicópteros que prestam serviço para a Petrobras e outras petroleiras que atuam na região.

#Aeroporto Internacional de Cabo Frio #Grupo Aeropart

Economia

A “macro-oncologia” de Lula e Haddad

14/04/2023
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O mercado é mesmo sarcástico. Mas, volta e meia, acerta, com visão clínica. Em conversa com operadores, ontem, falava-se que, com Lula, a macroeconomia deveria ser transformada em “macro-oncologia”. A maldade é que, a cada pretensa solução apresentada, a dupla Lula e Haddad inventa um novo problema. A “macro-oncologia” seria a ciência de evitar que o conjunto de equívocos leve à metástase do país. Seja lá como ou em que momento for. Exemplos citados: o recuo na criação do Banco Central independente, a tentativa de reestatização da Eletrobras, a suspensão da venda de ativos da Petrobras, a intervenção da Presidência na formação da taxa básica de juros, a volta do gigantismo do BNDES com o correspondente impacto negativo da potência da política monetária, o relançamento subsidiado da indústria de construção naval etc. Faz sentido. Mas ainda há tempo para Lula e Haddad criarem seus próprios anticorpos.

#Haddad #Lula

Energia

Déficit de petróleo na Bolívia pode dar gás para a Petrobras

13/04/2023
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A YPFB tem consultado a Petrobras e companhias privadas para a compra de petróleo no Brasil. A estatal boliviana estaria disposta a importar cerca de 200 mil toneladas em uma primeira encomenda e outras 300 mil toneladas nos próximos seis meses. No caso da Petrobras, a operação abre brecha para uma negociação ainda mais ampla. Na estatal, já se discute a possibilidade de um “bem-bolado”, leia-se uma composição envolvendo a importação de gás boliviano. O país andino vive um déficit de petróleo. Suas refinarias estão operando bem abaixo da capacidade.

#Petrobras #YPFB

Destaque

Brasil busca parceiros internacionais para aumentar produção de fertilizantes

12/04/2023
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O governo pretende fazer movimentos mais contundentes no mapa geopolítico para reduzir o déficit de fertilizantes no Brasil. A estrada principal leva à Rússia. Lula tem feito aproximações sucessivas com Vladimir Putin no intuito de aumentar os investimentos de empresas russas na produção de adubo no país. Nenhuma outra nação tem uma posição tão expressiva na indústria brasileira de fertilizantes quanto a Rússia. O principal player é a Eurochem, que já comprou a Tocantins e Heringer e, segundo o RR apurou, está em busca de novas aquisições no país. Isso para não falar dos projetos greenfield da companhia, como o aumento da produção de concentrado fosfático no Complexo Mineroindustrial de Serra do Salitre (MG) – a meta é saltar de 400 mil toneladas para um milhão de toneladas por ano. No governo, há, inclusive, quem enxergue a Eurochem como um potencial parceiro da própria Petrobras, que, conforme o próprio Lula já declarou reiteradamente, voltará a ter um papel estratégico no aumento da produção interna de fertilizantes. A estatal, ressalte-se, tem importantes empreendimentos no pipeline. O maior deles é a conclusão da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III), de Três Lagoas (MS). A companhia também planeja desengavetar a instalação da UFN V, em Uberaba. No caso da UFN III, não custa lembrar que outra empresa russa, a Acron, esteve perto de comprar a unidade em 2021. 

A Rússia é o principal, mas não o único caminho. Na cartografia dos fertilizantes, o governo Lula pretende pegar também uma estrada vicinal. A China surge como uma alternativa de parceria para aumentar a produção de adubo no Brasil. De acordo com informações filtradas do Itamaraty, autoridades diplomáticas dos dois países vêm discutindo a possibilidade de investimentos conjuntos no setor. O tema, inclusive, poderá ser incluído na pauta do encontro entre Lula e o presidente Xi Jinping, nesta semana. Ainda que não seja um grande player global da área de fertilizantes, a China teria interesses específicos para investir nesse segmento em solo brasileiro. Uma das motivações seria garantir o suprimento da Cofco International, um gigante do agronegócio. A estatal chinesa já investiu mais de US$ 1 bilhão na produção de grãos no Brasil. A empresa é hoje a sexta maior exportadora de soja do país. Não custa lembrar também que a China fez recentemente um movimento importante no tabuleiro sul-americano: a mineradora Shaanxi Coal Group anunciou investimentos de US$ 1,2 bilhão na instalação de uma fábrica de amônia e ureia na Argentina.  

A aproximação com a China seria uma forma de o governo brasileiro equilibrar a balança dos acordos internacionais de forma a não ficar excessivamente indexada à Rússia. Ou melhor: mais indexado à Rússia. O Brasil importa 85% dos fertilizantes que consome. Dessa montanha de adubo, mais de um terço vem do país de Vladimir Putin. 

#Acron #China #Cofco International #Fertilizantes #Lula #Rússia #Shaanxi Coal Group #Vladimir Putin

Empresa

Petrobras e estatal boliviana ensaiam parceria na transição energética

10/04/2023
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Os governos do Brasil e da Bolívia têm mantido tratativas em torno de investimentos conjuntos na área de transição energética. As conversas envolvem a Petrobras. Segundo informações filtradas do Ministério de Minas e Energia, uma das ideias sobre a mesa é uma parceria entre a companhia e a estatal boliviana Empresa Nacional de Electricidad (Ende) para projetos conjuntos em energia limpa nos dois países. Ressalte-se que a Ende está construindo a linha de transmissão Puerto Quijarro-San Juan del Mutún-Puerto Busch, esta última na fronteira com o Brasil. A estrutura pode ser envolvida na operação – por exemplo, na distribuição de energia na Região Centro-Oeste.  

A gestão Lula enxerga duas serventias no possível acordo entre a Petrobras e a Ende. Em primeiro lugar, seria um passo a mais no projeto recolocar a estatal nos trilhos da geração renovável. Nesse caso específico, a Petrobras não apenas cumpriria o desígnio traçado pelo atual governo – ser a principal propulsora de investimentos em transição energética no país – como também ampliaria sua influência no segmento dentro da América do Sul. Além disso, o acordo poderia funcionar com uma moeda de troca para a entrada do Brasil na “Opep do Lítio”, como vem sendo chamado o bloco organizado pela Bolívia, Argentina e Chile – ver RR. 

#Bolívia #Lula #Ministério de Minas e Energia #Petrobras

Destaque

Petrobras avança na venda do Polo Potiguar

6/04/2023
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De acordo com informações filtradas da Petrobras, a estatal deverá concluir até maio a transferência dos 22 campos onshore e offshore do Polo Potiguar à 3R Petroleum, um negócio de US$ 1,3 bilhão. Segundo o RR apurou, a direção da 3R teria sido comunicada sobre o prazo para o fechamento do contrato. Trata-se de uma operação sensível, com potencial de provocar mais faíscas na já chamuscada relação de Jean Paul Prates, presidente da companhia, com o Ministério de Minas e Energia e o próprio Palácio do Planalto. Faíscas que eventualmente podem vir a se tornar labaredas caso a Petrobras adote o mesmo procedimento com os demais ativos negociados na reta final do governo Bolsonaro – as vendas da refinaria Lubnor para a Grepar Participações; dos campos terrestres do Norte Capixaba para a Seacrest; e dos campos marítimos dos polos Golfinho e Camarupim para a BW. São os campos minados da gestão Prates.

A Petrobras se encontra sob forte pressão política. O Ministério de Minas e Energia solicitou formalmente a suspensão da venda dos ativos por meio de dois ofícios, que chegaram ao Gabinete da Presidência e foram direcionados internamente à diretora executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade, Clarice Coppetti – um nome, por sinal, que suscita fagulhas políticas dentro da própria empresa. Ordem similar veio ainda mais de cima: o próprio presidente Lula declarou textualmente em entrevista ter determinado ao “companheiro Jean Paul” que interrompesse todas as operações em curso. Consultada pelo RR, a Petrobras não se manifestou especificamente sobre o timing para a conclusão da venda do Polo Potiguar e de outros ativos. A companhia limitou-se a replicar comunicados divulgados nos últimos dias. Na segunda-feira, dia 3, por meio de nota, a estatal reafirmou que a revisão dos processos de alienação de ativos “não deverá incluir desinvestimentos já em fase de assinatura e fechamento de contratos, de forma a cumprir plenamente os direitos e as obrigações já assumidas pela companhia e não causar qualquer dano às partes envolvidas nas negociações, em especial à Petrobras”. 

#3R Petroleum #Grepar Participações #Jean Paul Prates #Lula #Ministério de Minas e Energia #Petrobras #Polo Potiguar

Negócios

Landim é o “dono” da nova liga de futebol

5/04/2023
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O nome oficial é Liga do Futebol Brasileiro (Libra), mas pode chamar de “Liga Landim”. O presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, tem conduzido com poderes quase absolutistas as tratativas para a criação da Libra e, sobretudo, a definição do modelo de negócio. Praticamente todas as principais peças do jogo vêm sendo movimentadas por Landim, impondo aos dirigentes dos demais 17 clubes participantes a posição de meros coadjuvantes. O quase chairman da Petrobras no governo Bolsonaro teria sido o principal responsável pela contratação do BTG como adviser financeiro da operação. Landim é também o elo com o Mubadala, que acena com um aporte de R$ 4,75 bilhões para ficar com 20% do capital da futura Liga. Ambos se conhecem de outros gramados. O fundo árabe foi um dos grandes credores e posteriormente assumiu boa parte do espólio de Eike Batista, de quem o atual presidente do Flamengo era sócio.   

Há outras conexões de Rodolfo Landim que vêm gerando ruídos entre os demais fundadores da Libra. Segundo informações apuradas pelo RR, dirigentes de outros clubes têm questionado a ligação entre Landim e Flávio Zveiter, filho do desembargador do TJ-RJ Luiz Zveiter e sobrinho de Sergio Zveiter, ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva da CBF. Flavio é hoje vice-presidente de Desenvolvimento e Projetos da Confederação Brasileira de Futebol e sócio da Codajás Sports Kapital, uma das consultoras da formação da Libra. A proximidade entre Landim e Flavio Zveiter tem colocado algumas caraminholas na cabeça dos representantes de outros clubes. Há até mesmo quem lembre da decisão proferida, em 2021, pelo juiz Mario Cunha Olinto Filho, da 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca do TJ-RJ, Corte na qual Luiz Zveiter, pai de Flavio, tem notória influência. Na ocasião, quando do afastamento de Rogerio Caboclo da presidência da CBF, Olinto nomeou Landim como um dos interventores na entidade, sob a alegação de que “a expressiva torcida” do Flamengo referendava a indicação do presidente do clube para a função.   

O poder de Rodolfo Landim à mesa de negociações se reflete, principalmente, no modelo de distribuição das receitas da Liga, sobretudo com a venda de direitos de transmissão. Há um claro favorecimento ao Flamengo, algo que tem sido extremamente contestado pelos demais clubes – alguns, inclusive, com a ameaça de pular fora do negócio. Na proposta apresentada, o clube carioca, presidido por Landim, aparece recebendo R$ 398 milhões em 2025. O Cuiabá seria o último na tabela de arrecadação: R$ 119 milhões. Significa dizer que a diferença do maior para o menor ficaria em torno de 3,3 vezes. Para efeito de comparação: a Liga Forte do Futebol (LFF), outro projeto que corre paralelamente, com a adesão de 26 clubes, prevê uma diferença de receita do primeiro para o último de apenas 1,4 vez. Ou seja: nos padrões, por exemplo, da Premier League (múltiplo de 1,5 vez). 

Por todas essas razões, há quem trabalhe por uma fusão entre os projetos da Libra e da Liga Forte e a criação de uma única associação. Do seu lado, a LFF também tem seus parceiros: a XP é a adviser da operação e o fundo norte-americano Serengeti é o potencial investidor. Além de ser o ideal para o business em si – não faz o menor sentido dois blocos de clubes vendendo o mesmo Campeonato Brasileiro -, seria também uma forma de barrar a posição exageradamente hegemônica do Flamengo e também a autocracia de Rodolfo Landim. Em tempo: entende-se a pressa de Landim de amarrar tudo e selar o negócio o quanto antes. Em 2024, haverá eleições no Flamengo e o dirigente, no segundo mandato, não poderá disputar uma nova recondução ao cargo. Ou seja: em 2025, data prevista para que o Campeonato Brasileiro passe a ser organizado pela nova liga, ao menos formalmente Landim estará fora do game. 

Destaque

BNDES é a ponta de lança do governo para a reestatização da Eletrobras

24/03/2023
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A gestão Lula pretende usar o BNDES como instrumento para a polêmica reestatização da Eletrobras. A ideia em discussão no governo passa pelo aumento da posição do banco no capital da empresa, seja com a aquisição de papéis em mercado, seja com a compra em bloco de ações pertencentes a outros sócios relevantes. Hoje, somando sua participação direta e os títulos na carteira do BNDES e da BNDESPar, a União detém 40,18% das ordinárias da Eletrobras. Apenas como um exercício meramente ilustrativo: a compra das ações em poder do BlackRock (5,1%) e do GIC, fundo soberano de Cingapura (6,4%), permitiria ao governo ter mais de 51% do capital da companhia – mais precisamente 51,6%. Significa dizer que a União voltaria a ser, matematicamente, a controladora da Eletrobras. Mas essa aritmética não basta. No quebra-cabeças petista da reestatização da Eletrobras, toda essa operação precisa estar encaixada com outra peça: a ofensiva do governo para modificar o estatuto da empresa.  

Conforme noticiou a jornalista Malu Gaspar, de O Globo, a Casa Civil e a AGU planejam entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF. O objetivo principal é retirar o dispositivo que limita o poder de voto dos acionistas da Eletrobras a 10% mesmo que sua participação seja superior a esse patamar. Com essa barreira, tanto faz um investidor ter 10% ou 40%: vai mandar igual. A derrubada desse teto abriria caminho para o Estado retomar as rédeas na companhia, seja como o maior acionista individual, status que já possui, seja novamente em uma posição de controle, isto é, com 50% mais um das ações ordinárias. Esse segundo cenário é um motivo a mais para o governo tentar dinamitar o atual estatuto da Eletrobras. O governo Bolsonaro criou uma “cláusula de barreira” ou uma espécie de “trava anti-PT” – como se vê, com certa dose de razão. Trata-se da pílula de veneno estabelecida no Artigo 10 do estatuto: “O acionista ou grupo de acionistas que, direta ou indiretamente, vier a se tornar titular de ações ordinárias que, em conjunto, ultrapassem 50% do capital votante da Eletrobras e que não retorne a patamar inferior a tal percentual em até 120 (cento e vinte) dias deverá realizar uma oferta pública para a aquisição da totalidade das demais ações ordinárias, por valor, no mínimo, 200% (duzentos por cento) superior à maior cotação das respectivas ações nos últimos 504 (quinhentos e quatro) pregões”. Ou seja: pelas regras do jogo em vigor, se a União ultrapassar a marca de 50% das ONs, terá de pagar três vezes pelo restante das ações. Em sua sanha reestatizante, o governo quer dar um cálice de cicuta para essa poison pill, o que lhe permitiria reassumir o controle da companhia sem ter de desembolsar uma fortuna. 

Toda essa complexa arquitetura, que vai do mercado de capitais à Suprema Corte, junta a fome com a vontade de comer. De um lado, a disposição do governo de que o BNDES volte a ser um agente de participação do Estado em empresas ou setores estratégicos; do outro, a notória intenção do presidente Lula de promover a reestatização da Eletrobras, manifestada recorrentemente durante a campanha eleitoral. O governo teria novamente uma máquina para fazer políticas públicas na área de energia. Ao lado da Petrobras, a empresa seria também uma propulsora de investimentos em transição energética. Pelo menos é a lógica petista que rege todo esse movimento. Uma lógica tão tortuosa quanto contestável, em razão dos riscos que traz a reboque. 

As manobras do governo Lula para reestatizar a Eletrobras geram automaticamente insegurança jurídica. Caso a retomada do controle da empresa se concretize, estará aberta a porteira para outros casos similares. É como se o Brasil inventasse o modelo das privatizações por temporada, que poderão valer para um determinado governo, mas não para outro. Ao mesmo tempo, a investida joga por terra a ideia de public company, que poderia ser adotada para outras estatais. Não poderia haver recado pior para os investidores, já ressabiados. Recentemente, por exemplo, surgiram rumores de que a Petrobras poderia cancelar vendas de ativos fechadas na reta final do mandato de Bolsonaro. Se há um partido que deveria se preocupar em afastar a pecha de “rasga contratos” é o PT. 

Em tempo: sob certo aspecto, o Lula III está bebendo na fonte do Lula I. Guardadas as devidas proporções, a estratégia de usar o BNDES como ponta de lança para o Estado retomar seus antigos poderes na Eletrobras remete a uma operação conduzida pelo próprio banco em 2003. Na ocasião, sob o comando do economista Carlos Lessa, o BNDES comprou uma participação de 8,5% na Valepar, holding controladora da Vale, que pertencia à Investvale – fundo de investimento dos funcionários da mineradora. Com esse movimento estratégico, à época muito contestado pelos privatistas puro-sangue, Lessa fechou a porta para uma eventual desnacionalização da companhia e até mesmo uma transferência da sua sede para o exterior. Àquela altura a Vale tinha um bloco de controle definido. A Mitsui, por exemplo, poderia assumir o mando da empresa caso adquirisse as ações em poder da Investvale. Ainda que as circunstâncias não sejam exatamente as mesmas, a Vale da vez se chama Eletrobras. E o BNDES vai voltar a ser aquele BNDES.

#BNDES #Eletrobras #Lula #Petrobras #PT #STF #Valepar

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Petrobras e Sinopec ensaiam parceria em energia renovável

23/03/2023
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A Petrobras terá lugar de destaque na agenda de Lula em Pequim. Segundo o RR apurou, a companhia poderá se associar à Sinopec para investimentos em transição energética no Brasil. De acordo com informações que circulam no Ministério de Minas e Energia, a estatal chinesa já sinalizou interesse em investir em geração eólica e solar no país. Outro alvo na mira da empresa é a instalação do hub de hidrogênio verde do Ceará – empreendimento que já conta com alguns investidores-âncora, como a australiana Energyx Energy. 

Tanto do lado brasileiro quanto do lado do chinês, pode se dizer que a possível parceria entre as duas companhias segue um projeto de Estado. O governo Lula está recolocando a Petrobras nos trilhos da geração renovável, um caminho do qual a estatal se afastou durante o mandato de Jair Bolsonaro. Mais do que isso: a companhia será uma propulsora da transição energética no Brasil. O presidente da empresa, Jean Paul Prates, já anunciou, inclusive, a criação de uma nova diretoria específica para essa área. Dentro dessa estratégia, a tendência é que a Petrobras monte um arco de parcerias com grandes grupos internacionais. É o caso do acordo recém-firmado com a estatal norueguesa Equinor para a instalação de até sete usinas eólicas offshore no Brasil.

Por sua vez, na condição de maior consumidora de energia do mundo – algo como 25% de toda a produção global -, a China busca uma posição privilegiada na geoeconomia da geração renovável. E a Sinopec tem um papel fundamental nesse processo. A gigante dos combustíveis fósseis vem fazendo uma inflexão para a produção de energia limpa. No momento, está construindo em Xinjiang a maior fábrica de hidrogênio verde a partir de fontes renováveis do mundo. É responsável também pela instalação de uma mega planta na Mongólia. Somente nesses dois empreendimentos, vai investir mais de US$ 1,5 bilhão, uma “ninharia” perto do seu poder de fogo – a estatal chinesa fatura quase meio trilhão de dólares por ano.

#Ministério de Minas e Energia #Petrobras #Sinopec

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Petrobras segura venda de subsidiária e já estuda novos investimentos na Argentina

22/03/2023
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Segundo informações apuradas pelo RR, a Petrobras estuda suspender o processo de venda da Petrobras Operaciones (Posa), sua subsidiária na Argentina. Por trás da medida estariam planos de retomada dos investimentos no país vizinho – uma decisão que viria de cima para baixo. Os presidentes Lula e Alberto Fernández têm conversado sobre a possibilidade de negócios conjuntos na área de energia, a começar pelo financiamento para a construção do gasoduto Nestor Kirchner. Nesse cenário, a Posa seria ponta de lança para futuras parcerias com a estatal YPF. Ressalte-se que a subsidiária da Petrobras e a petroleira argentina são sócias no campo de Rio Neuquén.  

Para além da Argentina, a freada na venda da Posa indica uma disposição da Petrobras de travar, ao menos em parte, o plano de alienação de ativos herdado da gestão anterior. São mais de 20 processos em aberto, alguns já em fase de recebimento de ofertas vinculantes e outros em estágio menos avançado, como é o caso da própria subsidiária argentina. Ao menos a gestão de Jean Paul Prates exorcizou o fantasma de que a estatal rasgaria contratos já assinados. 

#Argentina #Petrobras #YPF

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Compass busca uma rota de escape da Petrobras

21/03/2023
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A Compass, leia-se Cosan, quer reduzir sua dependência do gás boliviano e, consequentemente, da Petrobras. A estratégia da companhia criar alternativas às amarras de preço impostas pela estatal, que concentra a maior parte das importações do insumo da Bolívia. A Compass pretende aumentar gradativamente a compra de gás da Argentina. A Sulgás, uma das controladas do grupo, já tem feito gestões neste sentido. Segundo a mesma fonte, há projetos, inclusive, de investimentos no porto de Rio Grande (RS) para o armazenamento do combustível.  

Trata-se de um movimento de razoável peso no tabuleiro do setor. A Compass, de Rubens Ometto, reúne o maior portfólio de distribuidoras de gás do país. Além da Sulgás, controla a Comgás e a Gas Brasiliano, gigantes do mercado paulista, e tem participações em outras nove empresas por meio da Commit, a antiga Gaspetro, comprada junto à própria Petrobras.  

#Compass #Cosan #Petrobras

Destaque

Governo estuda o que fazer com o excedente de dividendos da Petrobras

15/03/2023
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O que fazer com os crescentes dividendos das estatais, especialmente da Petrobras? O governo está debruçado sobre esse dilema. Um bom dilema, diga-se de passagem. As discussões partem da premissa de que haverá uma confortável folga nos lucros das empresas públicas em relação à previsão orçamentária. Assim tem sido nos últimos anos. Entre 2018 e 2022, a soma dos dividendos pagos à União pelas estatais foi de R$ 166 bilhões, muito acima do valor estimado no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) em todos os anos – como mostra o gráfico abaixo. O montante corresponde a três vezes a cifra total prevista no PLOA ao longo do período – R$ 56,8 bilhões. A sobra se acentuou especialmente nos últimos dois anos. Em 2021, o PLOA previa um pagamento de R$ 9,7 bilhões para a União. O valor efetivamente realizado foi de R$ 43,5 bilhões. No ano passado, em termos relativos, a margem foi ainda maior. A União recebeu R$ 87,9 bilhões em participações nos lucros de suas controladas, R$ 61,6 bilhões a mais do que a previsão orçamentária encaminhada ao Congresso.   

 

Ano a ano, o governo vem calibrando a projeção para cima. O PLOA de 2023 prevê R$ 41,4 bilhões em dividendos, 57% a mais do que no ano passado (R$ 26,3 bilhões). Mesmo com a subida do sarrafo, a expectativa é que o governo terá uma folga razoável em relação ao orçado. A questão é de que maneira usar esse excedente, sobretudo no caso da Petrobras, disparadamente a maior pagadora de dividendos da União – na média, a estatal tem respondido por algo em torno de 70% do bolo total. Há um mosaico de propostas sendo estudas pela equipe econômica. Um dos cenários é o governo usar a sua condição de acionista controlador da Petrobras para reter os dividendos da empresa, distribuindo uma participação nos lucros bem inferior à média dos últimos anos.  

Esses recursos seriam canalizados para investimentos. A Petrobras aumentaria consideravelmente o portfólio de projetos com impacto efetivo sobre o PIB, estratégia que seria amplificada pela diversificação de negócios da empresa, com a entrada ou o retorno a setores como fertilizantes, energia renovável etc. A estatal seria uma máquina de obras. E porque não de lucros também, só que em uma perspectiva de mais longo prazo. Não custa lembrar que o governo pretende instituir, ao menos em uma segunda etapa da reforma tributária, o imposto sobre dividendos. Na condição de acionista de algumas das empresas mais lucrativas do país, a União teria uma mordida razoável nessa rubrica de receita. Ou seja: reduzir os dividendos da Petrobras e de outras estatais, destinando esses recursos para investimentos diretos, seria uma forma de evitar esse pedágio tributário. De qualquer forma, na hipótese mainstream os dividendos voltariam para a Petrobras, tanto o devidamente tributado, quanto a parte isenta do gravame. Mas esse seria o expediente papai com mamãe que não vai vingar no governo Lula.  

Outra opção em estudo no governo é usar as sobras de dividendos da companhia em um fundo de compensação para manobrar variações dos preços dos combustíveis. Sempre haveria também a possibilidade de jogar os dividendos da Petrobras para dentro do orçamento como receita para gerar superávit primário. Se Paulo Guedes ainda fosse o ministro, nem haveria dúvidas sobre a sua escolha…   

#Petrobras #PIB #Projeto de Lei Orçamentária Anual

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Petrobras deve aumentar investimentos na Margem Equatorial

13/03/2023
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O RR apurou que a Petrobras pretende aumentar o volume de investimentos previstos para a Margem Equatorial, nova fronteira do óleo e gás no Brasil e uma das maiores apostas da estatal. As cifras contempladas no Plano de Negócios de 2023 a 2027 subiria de US$ 3 bilhões para US$ 4 bilhões. Além acelerar a campanha exploratória na região, de quebra o aumento das cifras teria também um caráter político. Serviria como um instrumento de pressão sobre o Ibama. A dificuldade de obtenção do licenciamento ambiental é o maior entrave ao avanço das operações na Margem Equatorial, a ponto do próprio Jean Paul Prates, presidente da empresa, estar à frente das tratativas com o Instituto. O impasse vem desde os tempos em que os blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-12, hoje pertencentes à Petrobras, estavam nas mãos da Total. A empresa francesa tentou obter a licença por quatro vezes. Em todas elas, o Ibama negou o pedido.

#Ibama #Margem Equatorial #Petrobras

Empresa

Um nome de risco na diretoria da Petrobras

10/03/2023
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A indicação da economista Clarice Coppetti para a diretoria executiva de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras já provoca desconforto entre os futuros conselheiros da estatal, a quem caberá referendar ou não a escolha. O nome de Clarice, funcionária de carreira da Caixa Econômica, remete a um passado nebuloso e a um dos maiores escândalos dos governos do PT, o “mensalão”. Em 2005, no primeiro mandato de Lula, surgiram denúncias de participação da economista em um suposto esquema de arrecadação de recursos para o partido montado dentro da Caixa. À época, um relatório da Gerência Nacional de Segurança da própria CEF apontou a existência de fraudes na área de tecnologia que teriam como objetivo encobrir desvios de recursos da instituição. No ano seguinte, quando já ocupava a Vice-Presidência de Tecnologia da Caixa, Clarice teve seu nome envolvido em outro episódio rumoroso. A economista foi acusada de participar da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa, testemunha central do caso do “Mensalão”, notadamente das investigações contra o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci. As suspeitas jamais foram comprovadas. Ainda assim, pelo currículo de Clarice e por todas as lembranças que a Petrobras evoca, a indicação da economista tem tudo para ser um prato cheio para a oposição.   

A área de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade é a mais política das diretorias da Petrobras. Lado a lado com o próprio gabinete da presidência da companhia, é responsável direta pela interlocução com autoridades e parlamentares. Clarice Coppetti é um nome de confiança do PT. Além dos cargos que ocupou na Caixa em governos do PT, é casada com Cezar Alvarez, que foi assessor da presidência da República no primeiro mandato de Lula e secretário executivo do Ministério das Comunicações na gestão de Dilma Rousseff. Mais recentemente, Alvarez integrou o Comitê de Transição de Lula exatamente na área de comunicações.  

Sob certo aspecto a indicação de um nome tão enraizado no PT como o de Clarice Coppetti representa uma espécie de choque térmico na diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade da Petrobras. Atualmente, a área é comandada por Rafael Chaves, considerado dentro da própria estatal o mais bolsonarista entre todos os diretores da companhia. Chaves se notabilizou pelo vazamento de um vídeo em janeiro de 2022. Em um evento interno da Petrobras, o diretor fez um discurso inflamado sobre a corrupção na empresa “nos tempos do PT”. 

#Clarice Coppetti #Petrobras

Destaque

José Dirceu está de “volta” ao governo

10/03/2023
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O ex-ministro José Dirceu não pretende retornar à ribalta da política ou mesmo ter qualquer proximidade explícita com o governo, mas voltou a trocar figurinhas diretamente ou através de terceiros com Lula. Dirceu tem aconselhado o presidente em decisões relevantes. É dele, por exemplo, a recomendação de que Lula coloque a Petrobras no centro do seu governo. A estatal, mesmo sendo uma vaca leiteira, foi tratada na gestão Bolsonaro como uma empresa da qual a União deveria se livrar, privatizando-a tão logo houvesse condições políticas necessárias. Na concepção do ex-presidente, influenciado pelo seu ministro da Economia, Paulo Guedes, a Petrobras era vista tão somente em termos do valuation e dos recursos que poderiam ser distribuídos sob a forma de dividendos. De acordo com a fonte do RR, Dirceu disse textualmente a Lula, em contato pessoal, que a estatal deveria ser uma das protagonistas da sua gestão. A empresa teria todas as condições de ser um dos eixos geradores de riqueza que o governo precisaria, quer seja como realizadora e indutora de investimentos no mainstream – leia-se pré-sal; quer seja como a grande puxadora de projetos para renovação da matriz energética, um dos principais discursos de Lula no exterior. Dito e feito.   

Mais recentemente, o ex-ministro sugeriu ao presidente que, após a nomeação de Dilma Rousseff para o banco dos Brics ou Novo Banco do Desenvolvimento, iniciasse um processo de descontaminação do então titular, Marcos Troyjo. Dirceu, segundo a fonte do RR, considera que o diplomata, apesar de tingido por berrante tintura bolsonarista, pode ajudar o governo em articulações no exterior, mesmo que com um cargo informal. Troyjo teve um papel relevante no primeiro mandato de Lula. Foi ele que acompanhou José Dirceu nos contatos com o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney; com o chefão do FMI, Stanley Fischer; com o presidente do FED, Ben Bernanke; e com o poderosíssimo Secretário do Tesouro, Lawrence Summers.  Poucos sabem, mas foi nessa rodada de encontros que saiu a indicação e convite ao banqueiro Henrique Meirelles para assumir a presidência do Banco Central. Troyjo é um pragmático, que adora o poder.

Dirceu não quer colocar a cabeça para fora dos encontros reservadíssimos com os principais quadros do PT e dirigentes de outros partidos que considera fundamental para que o governo tenha uma amplitude política, tal como Renan Calheiros, por exemplo. Ficar malocado faz parte também do seu projeto de defesa. Dirceu é condenado a cumprir pena de 40 anos, ainda que a prisão seja domiciliar, devido ao processo do Mensalão. Foi como essa visão estratégica que não compareceu à posse de Lula, preferindo ficar distante da pompa, sentado na grama e sendo saudado pelos companheiros petistas com o epíteto que mais lhe agrada, “El Comandante”.   

Somente em um momento José Dirceu saiu da toca: em fevereiro, por ocasião do evento comemorativo dos 43 anos do PT, quando foi saudado por Lula como “agente político e militante da maior qualidade”. Entre Lula e Dirceu, ou mesmo entre Dirceu e a presidente do PT, Gleisi Hoffman – que não pensa igual a Dirceu, diga-se de passagem, sobre a estratégia para o partido – há um canal de contato mais visível e estreito: o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu, filho do ex-ministro. Zeca articula no Congresso, papeia aqui e acolá, leva e traz as informações. É uma prova de que Dirceu está sem estar no alto comando das decisões do PT.   

Não custa lembrar que Lula se referiu a José Dirceu como um dos responsáveis por sua eleição, com um conselho singelo e potente ao mesmo. Quando os petistas já estavam eufóricos, considerando que a probabilidade do ex-presidente voltar ao Poder era grande e estava dada, alguns dirigentes encasquetaram que o bom caminho era fazer uma campanha pelo impeachment de Bolsonaro. Dirceu fez chegar ao então candidato do PT que a estratégia acabaria por ressuscitar a tese da terceira via, que já adormecia aparentemente sem volta. Emplacou seu raciocínio. E, ainda que possa se dizer que a contribuição tenha sido modesta, o fato é que ajudou a emplacar Lula na presidência.  

#José Dirceu #Lula #PT

Economia

Lula mobiliza todo o governo para ter um PIB superior ao de Bolsonaro 

3/03/2023
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Lula está obsessivo com a obtenção de um crescimento mínimo do PIB, em 2023, de 2,9%, ou seja, o índice alcançado por Jair Bolsonaro, em 2022, logo após dois anos de pandemia. A marca é difícil, mas factível, como se verá a seguir. O presidente sente o cheiro de Jair Bolsonaro pelos cantos do Palácio do Planalto. O capitão estaria guardando a munição dos seus acertos para retomar a “campanha eleitoral”, que, na verdade, nunca findou. O fato é que, com artificialismos ou não, Bolsonaro conseguiu bons números em quase todos os quesitos macroeconômicos mesmo com a pandemia, queda da atividade chinesa, explosão dos preços do petróleo e a guerra entre Rússia e Ucrânia, o que não é pouca coisa. Para sair do corner imposto pelo antecessor em relação ao crescimento da economia, Lula quer engajar o governo inteiro. Pediu à ministra do Planejamento, Simone Tebet, que faça uma espécie de planilha de todas as Pastas. O objetivo é que cada ministério saiba o impacto das suas atividades no PIB, de forma que os ministros tenham como ponderar seus gastos mirando prioritariamente o crescimento econômico. Entre uma despesa que tenha maior impacto na atividade produtiva ou não, que se realize a primeira.  

A meta de inflação será alterada, provavelmente na reunião do Conselho Monetário de junho. Há dúvida se ela será expandida para 4% ou 4,5%, ou se permanecerá nos 3%, que seriam diferidos para o fim do atual governo. Lula, então, teria quase quatro anos para alcançar o atual target por ora na corda bamba. Não haveria, portanto, meta de inflação anual. Seria o sinal para que o BC baixasse os juros. E Roberto Campos Neto jogasse a toalha – está tudo acertado para que André Lara Resende assuma a presidência do BC.  

Bem antes disso, entre março e abril, o novo arcabouço fiscal seria apresentado,  visando uma meta de redução da dívida/PIB para um patamar inferior aos 73% obtidos por Bolsonaro. Neste ano, o resultado da relação dívida/PIB já foi perdido, devendo caminhar para a faixa de 80%. A reforma tributária também seria posta na mesa, ainda que na sua fase preliminar. Mas Lula tem outras balas na agulha. Uma das mais aguardadas é o programa Desenrola, que está sendo estudado no Ministério da Fazenda de forma a conseguir o maior alcance possível. De preferência, zerando a inadimplência dos consumidores até dois salários-mínimos. A medida teria impacto relevante junto aos bancos, desobstruindo o canal de crédito e, principalmente, o comércio, segmento mais intensivo em mão de obra da economia. As últimas previsões para esse setor são de queda prolongada.  

O presidente acredita também que trará recursos em função da sua intensa ofensiva diplomática. No Planalto, há quem arrisque números ambiciosos de investimentos entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Difícil? Sim. Improvável? Não. Ao contrário de Bolsonaro, Lula vai brandir a bandeira de proteção da Amazônia pelos quatro cantos do mundo. Falta a Petrobras no pacote, que, junto com o BNDES, estará encarregada em sacudir a formação bruta de capital fixo, um setor que andou de lado no governo Bolsonaro.É para isso que a petrolífera guardará uma parcela maior dos dividendos, como já deixou escapar o presidente da estatal Jean Paul Prates. O que Lula deseja não é necessariamente o que acontecerá, principalmente porque o carnaval de resultados obtidos por Bolsonaro no seu último ano de governo foi às custas do comprometimento desse primeiro ano da gestão do petista. Pode não ter conseguido de todo. Mas, que atrapalhou um bocado, atrapalhou.

#Jair Bolsonaro #Lula #PIB

Destaque

Petrobras retoma investimentos na área de fertilizantes

1/03/2023
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A Petrobras voltará a ser um instrumento do Estado para a redução do déficit de fertilizantes no Brasil. Segundo o RR apurou, a nova diretoria da estatal já estaria trabalhando em um cronograma para a reabertura de fábricas e a retomada de projetos paralisados durante o mandato de Jair Bolsonaro. De acordo com a mesma fonte, uma das primeiras medidas será o reinício das obras de construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN III) de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Há pouco de mais um mês, a estatal suspendeu o processo de venda do complexo. O custo previsto para a conclusão da UFN III gira em torno de R$ 3 bilhões. A companhia também pretende tirar da gaveta o projeto de construção da UFN V, em Uberaba (MG). Outra iniciativa seria a reabertura da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), fechada desde 2020. Hoje, as importações de fertilizantes respondem por aproximadamente 85% do consumo total no Brasil. Estima-se que, em plena operação, as três fábricas possam reduzir esse índice em algo próximo a dez pontos percentuais. É apenas o início. Internamente, segundo informações apuradas pelo RR, Prates já sinalizou que, sob sua gestão, a Petrobras vai desenvolver outros projetos no setor.

Mais do que uma resolução corporativa, a volta da Petrobras à área de fertilizantes é uma decisão de governo. Durante a campanha, o próprio Lula criticou duramente a saída da estatal desse setor. Noves fora questões de ordem política, as circunstâncias até fundamentavam a posição da Petrobras durante o mandato de Jair Bolsonaro. Mesmo considerando o custo do frete o imposto de importação, houve um momento em que comprar fertilizante no exterior, notadamente da Rússia, era mais barato do que adquirir o insumo produzido no Brasil. A guerra contra a Ucrânia mudou essa dinâmica do mercado e reduziu o gap de oportunidade. Some-se a isso o surgimento de outras variáveis que podem tornar a retomada dos projetos em fertilizantes um bom negócio para o Brasil e para a própria Petrobras. A produção de petróleo na Margem Equatorial, nova fronteira energética no país, deverá provocar um aumento da produção interna de gás, o item mais relevante na estrutura de custos para a produção de adubo. Além disso, tratativas em curso com a Bolívia e a Argentina – neste caso envolvendo a construção do gasoduto Nestor Kirchner – também podem aumentar a oferta do combustível a preços mais vantajosos. De quebra, há ainda um ganho político para Lula: a retomada dos investimentos da Petrobras no setor dá ao presidente uma valiosa moeda de troca com governadores. 

#Jair Bolsonaro #Petrobras #UFN III

Destaque

Prates trabalha em busca de licença do Ibama para a Margem Equatorial

17/02/2023
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O próprio presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, está conduzindo diretamente as tratativas com a Ibama para destravar o licenciamento ambiental da Margem Equatorial. O ex-senador Prates tem bom trânsito junto ao novo presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, um handicap que carrega dos tempos de Parlamento. O atual presidente da Petrobras integrou a Comissão de Meio Ambiente do Senado no mesmo período em que Agostinho, então deputado federal, não apenas participava da Comissão congênere na Câmara como liderava a Frente Parlamentar Ambientalista do Congresso.  

Resolver o imbróglio da Margem Equatorial é uma das mais intrincadas missões de Prates neste início de gestão. O impasse se arrasta desde antes da Petrobras assumir a operação de campos na região. A francesa Total, antiga acionista majoritária e operadora dos blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-12, tentou por quatro vezes receber a licença do Ibama. Levou bomba atrás de bomba: em todas as ocasiões, o estudo de impacto ambiental apresentado pelos franceses foi rejeitado pelo órgão. A Margem Equatorial é um dos grandes projetos na área de E&P em curso na companhia. O plano de negócios da empresa para 2023-2027 prevê investimentos de US$ 2,94 bilhões na região, considerada a nova fronteira do pré-sal no Brasil. 

#Câmara #Comissão de Meio Ambiente do Senado #Ibama #Jean Paul Prates #licenciamento ambiental #Margem Equatorial #Petrobras #Pré-Sal #Rodrigo Agostinho

Energia

Petrobras impulsiona novos investimentos em energia no Nordeste

16/02/2023
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A Petrobras, sob a gestão de Jean Paul Prates, terá um papel importante no desenvolvimento de projetos na área de energia no Nordeste. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, negocia com a direção da estatal o fornecimento de gás para a instalação de quatro térmicas na Zona de Processamento de Exportação do estado. Não é o único. O governador da Paraíba, João Azevedo, também costura com a empresa a garantia de entrega do combustível para a construção de duas termelétricas. As tratativas com a Petrobras envolvem o uso de instalações flutuantes no litoral dos dois estados com unidades de liquefação e armazenamento de gás natural.   

#Ceará #Elmano de Freitas #Energia #gás #governador #Jean Paul Prates #João Azevedo #Nordeste #Paraíba #Petrobras #térmicas

Negócios

Prates faz “higienização” completa na presidência da Petrobras

6/02/2023
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Jean Paul Prates não deixou pedra sobre pedra na Petrobras. Antes mesmo da escolha dos futuros diretores da estatal, um de seus primeiros atos foi afastar todos os assessores lotados no gabinete da presidência, segundo uma fonte da própria empresa. A medida chamou a atenção dentro da companhia. Mesmo quando há trocas de governos, os assistentes diretos da presidência da Petrobras costumam ser substituídos de forma gradativa, a exemplo do que ocorre em outras cargos, como as gerências executivas. Prates, no entanto, chegou com um processo radical de higienização no seu entorno mais próximo na gestão da estatal. Talvez tenha seus motivos. Entre os destituídos da função especial, o destaque fica por conta do capitão tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem, que trabalhou no gabinete da presidência da Petrobras durante todo o mandato de Jair Bolsonaro. Personagem de pouca expressão na gestão de Roberto Castello Branco, Nagem ganhou espaço quando o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da empresa. O capitão atuava em sintonia com o coronel da reserva Ricardo Silva Marques, gerente executivo da área de Inteligência e Segurança Corporativa. Nos corredores da companhia, ambos foram tachados como os “espiões” de Bolsonaro. Prates já desembarcou na empresa cortando os fios desse passado recente. 

#Petrobras

Economia

O Paulo Guedes de agora tem muito mais bilhões na cachola

2/02/2023
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Para onde vai Paulo Guedes? That´s the question. Segundo fontes ligadas ao ex-ministro, ele esperará o prazo da quarentena e voltará à parceria com o irmão, Gustavo Guedes. A mesma fonte do RR diz que o aconselhamento dado a Guedes é para que ele recauchute a antiga operação, tornando-a mais modesta e menos visível. O ex-ministro e seu irmão foram sócios na BR Investimentos. Ambos foram investigados por supostos crimes contra o sistema financeiro no uso de dinheiro de fundos de pensão estatais: Previ, Funcef, Petros e Postalis. A lambança foi enorme. A Previc, órgão fiscalizador dos fundos de pensão, descascou os investimentos feitos pelos “Guedes” na empresa HSM, que gerou um prejuízo de R$ 16 milhões. À época, Gustavo prestou depoimento ao Ministério Público, envolvendo megaempresas, que seriam partners no FIP BR Educacional. Tudo passou como se nada houvesse havido.    

A nomeação de Paulo Guedes para o Ministério da Economia teve um papel cleaner em relação aos estranhos acontecimentos que envolviam sua ex-empresa e seu irmão. Gustavo continua sendo o porto de referência, mas Paulo pode muito bem dizer: “Sempre terei Serfaty”. O ex-ministro tem uma história de tapas e beijos – mais beijos, para ser verdadeiro – com o ex-sócio no Banco Pactual, Marcelo Serfaty. Foi no Pactual, ícone dos bancos de investimentos na década de 80, que Paulo Guedes converteu a sua murcha exposição na academia (um complexo que o ex-ministro sempre carregou) em um sucesso estelar na área financeira.   

As idas e vindas da trajetória de Guedes como financista daria um filme candidato ao Oscar. O ex-ministro saiu do Pactual, ingressou como sócio na asset JGP – essa, sim, uma história de mais tapas do que beijos. Saiu da empresa e, em um período “de baixa”, foi acolhido pelo “parça” Serfaty. Reza a lenda que foi no escritório do ex-sócio que Paulo, ansioso e sequioso por resultados, perdeu e ganhou uma fortuna. Serfaty foi fundador e CEO da Fidúcia Asset Management. Pouco tempo depois criou o fundo de private equity G5 Partners. Paulo Guedes teria se tornado sócio deste fundo. É nesse ponto que começa um segundo episódio rumoroso. Já em pleno governo Bolsonaro, sem medo de qualquer responsabilização ou dilema ético, o então ministro indicou Serfaty para conselheiro do Banco do Brasil e logo depois para a presidência do Conselho do BNDES. A área de integridade do banco de fomento levantou objeções à nomeação. Mas quem naquele tempo bateria de frente com o todo poderoso ministro da Economia?  

Em paralelo, já corria a investigação sobre as relações do fundo G5 Partners – private equity do qual o ex-ministro teria sido sócio com Serfaty – e o BNDES. Ou seja, o dono de um private equity, sócio ou ex-sócio de um ministro poderoso, conselheiro principal do maior banco de desenvolvimento do país, estaria se locupletando com contratos desse mesmo banco. O atual presidente da Petrobras e então senador, Jean Paul Prates, no dia 1° de agosto de 2020, entrou com requerimento de informações pelo Senado Federal sobre o conflito de interesse envolvendo toda a operação. De acordo com fontes ligadas a Prates, o Comitê de Ética do BNDES teria sentado em cima do processo. Pode-se concluir que interesses mais musculosos do que o tímido pedido do senador se levantaram, matando, juntamente com o auge da pandemia, a demanda por esclarecimentos. Naquele momento, Paulo Guedes mais parecia um foguete decolando em direção ao sol.    

Recuando alguns anos e retornando ao período de parcerias com o mano Gustavo, ocorre mais uma daquelas coincidências que fazem do mercado financeiro um simulacro das famílias aristocráticas do século XVIII e XIX: todo mundo se conhece e os parentes se casam um com os outros. Serfaty tinha sido coordenador das áreas de planejamento estratégico e pesquisa macroeconômica do Banco Bozano Simonsen, um potentado dos anos 80 e 90. Ele teria feito uma ponte entre Paulo Guedes e Júlio Bozano, um verdadeiro mito entre os banqueiros. Bozano, além de ser uma águia, é um charme só. Mas quem conhece o ex-ministro sabe que na primeira hora ele é simplesmente irresistível. Paulo já estava mexendo com projetos de educação além de operações diversificadas de private equity. Apresentou, então, seu pacote a Bozano. Foi a mistura da fome com a vontade de comer.    

Em 2013, faltando pouco mais quatro anos para se tornar o “posto Ipiranga”, Paulo Guedes deixou sua BR Investimentos ser incorporada pelo Grupo Bozano, associando sua grife de enfant terrible à do tradicional banqueiro. A partir daí, já sócio de Bozano, saboreou de tudo um pouco: fundos de ações, multimercados, quantitativos. E mais: operações de private equity nas empresas Estapar, Oba Hortifruti, Hospital Vera Cruz, Ânima Educação, Abril Educação e Amor aos pedaços, só para citar as mais votadas. O resultado desse refogado entre competência e rede de relacionamentos foi que a Bozano, gestora de recursos da qual Paulo era sócio, já administrava recursos da ordem de R$ 2,7 bilhões quando o futuro ministro despontou na aurora da campanha de Bolsonaro. Como há sempre um instrumento desafinado para atrapalhar a orquestra, a Lava Jato entrou no circuito associando o nome da Bozano a compra de dólares no paralelo, através de uma conta no banco Morgan Stanley, em Nova York. Até a Operação ser deflagrada, comprar dólares no black era tão simples como comer um biscoito de polvilho.    

Não chegou a faiscar Paulo Guedes, mas para Bozano, o incomodo foi muito maior devido à prisão de um diretor na Operação “Câmbio, desligo”, que apontou o suposto envolvimento da instituição na compra e entrega das verdinhas. Como sempre, tudo se resolveu com bons advogados. Mas e agora José? – corrija-se para e agora Paulo? Para onde vai o performático ex-czar da economia, tão simbiótico com Jair Bolsonaro, que podia ser considerado praticamente uma costela do ex-presidente. Conforme é sabido, o poder de Guedes era tão grande, mas tão grande, que ele se negou a mostrar sua conta bancária offshore não declarada ao Congresso, e ficou tudo por isso mesmo. Paulo Guedes vale hoje um “pré-sal” em termos de informações guardadas na cachola e acessos acumulados durante o seu reinado no Ministério da Economia. Isso ninguém lhe tira.  

Mesmo que a quarentena virasse uma década, ninguém proibiria o ex-ministro de recorrer ao bordão de Rick Blaine, no eterno Casablanca: “Sempre terei o mano Gustavo”. Um porto seguro onde Paulo Guedes poderá voltar a operar o mercado, agora com uma potência que vai além da sua decantada inteligência. Sim, a força de quem enxergou tudo, aprendeu tudo, conheceu tudo e todos. Em condições normais, vai ser difícil conter o poder de fogo do financista. O mercado que aguente. 

#Paulo Guedes #Previc

Destaque

Governo Lula ensaia um arriscado remake na indústria naval

27/01/2023
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A gestão Lula ensaia um preocupante volta ao passado. O governo pretende usar o BNDES e, mais especificamente, o Fundo da Marinha Mercante (FMM) na proa de um projeto de ressurreição da indústria naval brasileira. A ideia é aumentar o orçamento do FMM e, consequentemente, os empréstimos feitos pelo banco de fomento com recursos do Fundo. O governo enxerga uma oportunidade de estimular a produção de plataformas e equipamentos destinados à instalação de eólicas offshore, segmento que deverá ter uma pesada onda de investimentos no Brasil. Outra proposta em discussão é usar o FMM para fomentar a renovação da frota de apoio à Petrobras – medida que, a julgar pelo track records dos governos do PT, viria acompanhada do aumento dos índices de conteúdo local.  

A missão caiu no colo de Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. No que depender da sua vontade, Alckmin tem outras prioridades à frente da Pasta, como, por exemplo, o complexo industrial de saúde e área de defesa. No entanto, cumprindo os desígnios de Lula, que já manifestou por diversas vezes a disposição de reativar a indústria naval no país, Alckmin tem mantido interlocução com o setor. Segundo o RR apurou, representantes da construção naval já fizeram chegar a Alckmin a proposta de criação de um projeto nos moldes do antigo Prorefam (Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo da Petrobras). 

Ao longo do governo Bolsonaro, o Fundo da Marinha Mercante aguou. Entre 2019 e 2022, os repasses do FMM somaram aproximadamente R$ 3,3 bilhões. A cifra liberada em 2020, por exemplo (R$ 350 milhões), foi a mais baixa dos 13 anos anteriores. Nos quatro anos anteriores (de 2015 a 2018), o Fundo da Marinha Mercante havia financiado cerca de R$ 12,6 bilhões em projetos. Isso em um período em que a Lava Jato já havia destroçado boa parte da indústria naval.  

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas é difícil entender o que o governo pretende. Por mais que mire em novas oportunidades de impulso à indústria local – como no caso das eólicas offshore -, o projeto de apoio da indústria naval com dinheiro do FMM repete uma política adotada nos governos de Lula e Dilma que deu errado. Muito errado. Mais do que isso: a investida remete a episódios escabrosos com a aplicação de recursos públicos em empresas como Sete Brasil e OSX.  

#BNDES #Lula

Negócios

Jean Paul Prates já recebe romaria de pedidos à Petrobras

26/01/2023
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Antes mesmo de assumir formalmente a presidência da Petrobras, Jean Paul Prates já começa a receber pedidos de investimento de antigos colegas de Parlamento. A bancada do Sergipe, à frente o senador petista Rogério Carvalho, está pleiteando que a estatal antecipe investimentos em exploração e produção de gás na costa do estado. E bota antecipar nisso. Pelo cronograma atual da Petrobras, o Projeto Sergipe Águas Profundas prevê um desembolso de mais de US$ 2 bilhões no estado somente a partir de 2027. 

#Petrobras

Energia

Energia eólica entra no radar do Mubadala no Brasil

25/01/2023
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O Mubadala prepara sua nova investida no Brasil. O RR apurou que a Acelen, controlada pelo fundo árabe, estuda implantar dois projetos de energia eólica no Nordeste, um deles na Bahia. Ressalte-se que a empresa já tem raízes no estado. A Acelen é a holding controladora da Refinaria de Mataripe, antiga Landulpho Alves, arrematada pelo Mubadala junto à Petrobras.

#Mubadala

Destaque

Sucessão na Petrobras entra na mira de Arthur Lira

25/01/2023
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A Petrobras entrou na lista de “faturas” de Arthur Lira em troca do apoio ao governo. Segundo o RR apurou, há uma articulação nos bastidores, liderada pelo presidente da Câmara, para a permanência de Rodrigo Costa Lima e Silva na diretoria executiva de Refino e Gás Natural da companhia. Funcionário da estatal há 17 anos, com passagens pelas áreas de Exploração e Produção, Gás e Energia e Estratégia, Lima e Silva está no cargo desde janeiro de 2021. De lá para cá, sobreviveu às mais diversas turbulências e às seguidas trocas de comando na Petrobras na segunda metade do governo Bolsonaro. A diretoria comandada por Lima e Silva é nevrálgica. Pode até não definir o preço dos combustíveis – prerrogativa que cabe à diretoria de Comercialização e Logística. Mas, no fim do dia, tem um papel determinante para a execução da política de precificação da estatal, ao gerenciar a ampliação ou redução da capacidade de refino da empresa. Há ainda uma questão de fundo que aumenta ainda mais o interesse de Lira e do Centrão pela cadeira. A volta do PT ao poder significa um empoderamento automático da diretoria de Refino. Lula não apenas vai engavetar a desmobilização de ativos no setor como já anunciou publicamente a intenção de construir novas refinarias.

#Arthur Lira

Infraestrutura

Planos de Alckmin passam longe de gasoduto argentino

24/01/2023
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O possível apoio do BNDES ao projeto de construção do gasoduto Nestor Kirchner, na Argentina, sinalizado ontem pelo presidente Lula, encontra, a princípio, um foco de resistência dentro do governo. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, alimenta outros planos para o setor. Segundo o RR apurou, em encontro na quarta-feira passada, com dirigentes de centrais sindicais, o também ministro da Indústria e do Comércio disse que está empenhado em acabar com a desindustrialização do Brasil e que, para tanto, além da reforma tributária, é preciso oferecer às empresas juros mais baixos, crédito e infraestrutura. Ato contínuo, mencionou a necessidade de investimentos internos na oferta de gás. De acordo com a fonte do RR, Alckmin citou, com eloquência, o gasoduto Rota 1 e Rota 2 da Petrobras (a Rota 3 atrasou e tem previsão de entrada em operação em 2024), que levará o gás do pré-sal à costa brasileira, com alguns trechos passando pelo mar. Alckmin defendeu a construção da Rota 4 e revelou já ter conversado com o seu colega Márcio França, ministro de Portos e Aeroportos, sobre a importância dos investimentos em gasodutos. Foi além, afirmando que ambos esperam a posse de Jean Paul Prates na estatal, para tratarem deste assunto. Segundo ainda o vice e ministro, não faz sentido a reinjeção de gás nos campos petrolíferos, em função da falta de gasodutos que leve o produto às empresas consumidoras.  

O governo de Alberto Fernández solicitou um financiamento do BNDES da ordem de US$ 700 milhões para a construção de uma linha do gasoduto Nestor Kirchner, com cerca de 500 km, entre Vaca Muerta, na Patagônia, até a Província de Santa Fé, a nona cidade mais populosa daquele país, na região centro-leste. A partir dali, com outro aporte, o empreendimento traria o gás a Uruguaiana (RS), para em seguida abastecer Porto Alegre. Em dezembro, o banco admitiu que havia conversas sobre a operação de crédito, mas não confirmou o aporte. 

#Argentina #BNDES #Geraldo Alckmin

Destaque

Presidente da Petrobras calibra nova fórmula para preços dos combustíveis

19/01/2023
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A Petrobras não será mais a mesma. O novo presidente da estatal, Jean Paul Prates, já deixou entrever que haverá uma nova fórmula para a remarcação dos derivados de petróleo, mantendo o modelo de correção do combustível em função da paridade com preços internacionais da commodity. O segredo para que isso ocorra é a criação do novo marco para o uso dos dividendos da Petrobras. Uma parcela expressiva do resultado da empresa seria carreada para um fundo de compensação com o objetivo de equalizar as subidas excessivas dos preços derivados de petróleo. Uma parte dos dividendos seria destinada ao pagamento da dívida interna e alguma parcela iria para os investimentos em infraestrutura, de preferência alocações que tenham sinergia com a estatal.  

Outra mexida em relação ao projeto do governo anterior é a política de investimentos para refinarias. Elas terão que ser reincorporavas ao plano de investimento da Petrobras, atravessando decisões do atual Conselho de Administração. Um primeiro passo já foi dado com a debandada do presidente da empresa, Caio Mario Paes Andrade, que se lançou nos braços do governador de São Paulo, Tarcísio Freitas. É previsível que haja novas defecções no Conselho, o que facilitará o novo comando da estatal.

#Combustível #Infraestrutura #Petrobras

Destaque

Governo quer agilizar regulação do hidrogênio verde

5/01/2023
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O governo Lula pretende acelerar a regulação do hidrogênio verde no Brasil. Segundo o RR apurou, a intenção é apresentar uma primeira proposta de arcabouço até junho, antecipando em mais de meio ano os prazos com os quais o Ministério de Minas e Energia e a Aneel vinham trabalhando na gestão Bolsonaro. Os estudos, iniciados pela equipe de transição, sob o comando de Mauricio Tolmasquim, ficarão concentrados na recém-criada Secretaria de Transição Energética. A ideia do novo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é criar uma espécie de comitê com empresas do setor de energia para colaborar na formulação das normas. Parte da regulação já está “dentro de casa”: o governo vai tomar como ponto de partida o Projeto de Lei 725/2022, de autoria do novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates – o PL, em tramitação no Senado é chamado informalmente de “Lei do Hidrogênio”. Uma das prioridades é garantir o direito de passagem do hidrogênio verde por gasodutos, assegurando, portanto, a distribuição e a entrega do produto. O PL 725 prevê percentuais mínimos para o transporte do insumo – 5% a partir de 2032 e 10% a partir de 2050. No governo já se cogita aumentar os índices ou antecipar os prazos, como estímulo a investimentos no setor. 

O novo governo trata o assunto como prioridade, dentro do plano maior de fazer do Brasil a grande potência global na produção de energia verde. Já existe uma fila de projetos e promessas de investimento em hidrogênio verde à espera de que o segmento seja regulamentado. Por ora, todos os estudos se dão em um ambiente de penumbra, a começar pelo principal: a falta de regulação impede cálculos mais precisos sobre o retorno potencial dos projetos. Ainda assim, os números que já espocam aqui e acolá são alvissareiros. A australiana Fortescue, por exemplo, assinou um memorando de entendimentos com o governo do Ceará para investir US$ 6 bilhões na construção de um hub para a produção de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará. A trinca BI Energia, Cactus Energia Verde e Uruquê Energias Renováveis está debruçada sobre o projeto de instalação de uma planta de eletrólise para a produção de hidrogênio verde, vinculada a um complexo de geração de energia sola e um parque um eólico offshore também em Pecém. Esse combo receberia investimentos da ordem de R$ 26 bilhões. 

#Aneel #Hidrogênio verde #Ministério de Minas e Energia

Energia

YPFB tem gás de sobra para vender no Brasil

28/12/2022
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Emissários da estatal boliviana YPF têm procurado grandes grupos brasileiros nas últimas semanas, oferecendo contratos de fornecimento de gás natural. A empresa diz ter produto para pronta entrega. Quem te viu quem te vê. No primeiro semestre deste ano, a YPFB reduziu unilateralmente o suprimento de gás para a Petrobras, descumprindo o contrato entre ambas. Á época, aproveitou a oportunidade de vender o produto a preços maiores para a Argentina. Só que nos últimos meses, com o fim do inverno, o governo de Alberto Fernandez reduziu substancialmente as encomendas. E a YPFB voltou a olhar o Brasil com outros olhos, a ponto, inclusive, de assinar um aditivo contratual com a Petrobras após o imbróglio. 

#Petrobras #YPF

Destaque

Petrobras congela um de seus principais projetos de exploração e produção

21/12/2022
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A Petrobras pisou no freio em relação a um de seus investimentos mais importantes – e problemáticos. A estatal postergou o projeto de exploração e produção na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá. Segundo o RR apurou, a estatal adiou para janeiro o simulado de vazamento na área, que estava programado ainda para este mês. A determinação já foi comunicada à área técnica por meio de relatório interno, o Sitop (Situação Operacional das Unidades). Na prática, a decisão provocará um efeito-cascata, empurrando para a frente todo o cronograma original. A questão vai além de um “simples” ajuste de timing. Nos gabinetes da Petrobras, a leitura é que a atual diretoria lavou as mãos e jogou um problema no colo da futura gestão da petroleira. Dentro da companhia, não há mais qualquer previsão em relação aos prazos de execução do projeto da Bacia da Foz do Rio Amazonas. Consultada pelo RR, a estatal adotou um tom protocolar: “A Petrobras está envidando todos os esforços e mobilizando os recursos necessários para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO)”. E o cronograma? “A data para a realização da APO será definida em breve, junto ao Ibama”, diz a companhia, de forma evasiva.

O simulado de vazamento – um grande teste para a contenção de danos ambientais em caso de acidente – é condição sine qua nom para a companhia obter o licenciamento pelo Ibama. Ocorre que esse é justamente o ponto mais nevrálgico e polêmico do projeto da Bacia da Foz do Amazonas, desde muito antes da Petrobras assumir a gestão da área. A Total Energies – antiga acionista majoritária e operadora dos blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127– tentou por quatro vezes receber a licença do Ibama. Em todas as ocasiões, o estudo de impacto ambiental apresentado pelos franceses foi rejeitado pelo órgão. Esta acabou sendo a razão determinante para a Total vender sua participação no negócio para a Petrobras. Desde então, a estatal tem mantido desgastantes tratativas com o Ibama. O próprio diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, está na linha de frente das negociações com o instituto ambiental – conforme o RR informou -, o que dá uma ideia da dimensão do problema para a Petrobras. A Margem Equatorial, ressalte-se, é uma das grandes apostas da companhia em E&P, tratada como a nova fronteira do pré-sal no Brasil. O plano de negócios da empresa 2023-2027 prevê investimentos de US$ 2,94 bilhões na região. 

#Petrobras

Política

Mercadante no BNDES não é um bom sinal. Mas podia ser pior

13/12/2022
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Lula bateu o martelo da nomeação de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES na véspera da sua diplomação. A conversa já vinha rolando há um bom tempo, mas o presidente eleito empurrava a definição para frente. A alternativa ao BNDES seria a indicação de Mercadante para a Petrobras. Mas dentro do grupo mais próximo do presidente a nomeação para a petrolífera foi considerada como uma sinalização mais arriscada. O próprio Mercadante concordou. Afinal, o banco de fomento não tem ações em mercado nem o impacto que a estatal tem nas bolsas de valores. Fora o fato de que, pelos notórios eventos pretéritos, a escolha do presidente da Petrobras tem de ser feita com muito carinho.  

 

Havia dúvida como se daria a relação de Mercadante com o futuro ministro da Indústria e Comércio – especula-se que o mais cotado é o atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva – tendo em vista o tamanho que o economista possui no PT e junto ao próprio Lula. A pergunta é se o titular do banco não ficaria maior do que o ministro, pilotando um verdadeiro enclave dentro da Pasta. No passado, o excessivo empoderamento do então presidente do BNDES, Guido Mantega, gerou atritos com os ministros Antônio Palocci e Luiz Furlan, além do presidente do BC, Henrique Meirelles. Deu no que deu.  

 

Quanto aos dizeres de Lula de que não fará privatizações, a declaração está em linha com o discurso de campanha e é um recado sobre a linha de atuação que o banco terá sob a gestão de Mercadante. Com certeza, havia outros nomes de gabarito, próximos do vice Geraldo Alckmin e com uma aceitação muito maior pelo mercado. Mas está dado. O sinal não é bom. 

#Aloizio Mercadante #BNDES #Lula #Petrobras

Destaque

Há algo de estranho nos negócios da Petrobras na Colômbia

13/12/2022
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Uma guinada nas operações da Petrobras na Colômbia tem causado estranheza nos corredores da própria estatal. Subitamente, a direção da Petrobras passou a tratar como prioridade o projeto de exploração e produção de gás no poço Uchuva-1, no bloco Tayrona. Nos últimos dias, as reuniões entre executivos das duas empresas se intensificaram, envolvendo, inclusive, órgãos de governo e autoridades regulatórias da Colômbia. Na Petrobras, já se fala na criação de uma força tarefa para agilizar a contratação de serviços e equipamentos. O objetivo seria iniciar as atividades em Uchuva-1 no primeiro semestre de 2023, um ano antes do que prevê o cronograma original.

Em contato com o RR, a Petrobras informou que “o consórcio do bloco Tayrona está em fase de planejamento das atividades relativas ao Plano de Avaliação da descoberta do poço Uchuva-1, incluindo possibilidades de otimização do projeto.” Perguntada sobre o cronograma do projeto, a estatal saiu pela tangente: “A primeira etapa da campanha exploratória se deu com a perfuração do poço Uchuva-1 e a próxima etapa respeitará os prazos contratuais do bloco Tayrona, incluindo aqueles relativos ao Plano de Avaliação da Descoberta (PAD) do poço Uchuva, conforme compromissos firmados junto à ANH (Agência Nacional de Hidrocarburos). Consultada se já existem movimentações para a contratação de equipamentos e serviços, mais evasivas: “O consórcio do bloco Tayrona atua de forma diligente para o cumprimento contratual dos prazos junto à ANH (Agência Nacional de Hidrocarburos).” 

O súbito interesse da direção da Petrobras em relação ao projeto tem incomodado a área técnica da estatal, por uma série de razões. De acordo com a mesma fonte, não há, até momento, qualquer cálculo financeiro aprovado ou estudo definitivo do corpo técnico que embase a antecipação dos investimentos em Uchuva-1. Ao RR, a Petrobras informou o projeto “está em processo de avaliação econômica, conforme compromissos firmados junto à ANH (Agência Nacional de Hidrocarburos) no Plano de Avaliação da Descoberta.” Além disso, dentro da Petrobras sempre vigorou o entendimento de que o projeto é relevante para a Colômbia, mas de menor importância para a estratégia de negócios da própria companhia. Os reservatórios de gás no país estão declinando. Estima-se que já a partir de 2025 a Colômbia terá de importar um volume expressivo do insumo, o que explica a pressa do governo do presidente Gustavo Petro em acelerar o início da campanha de exploração em Uchuva-1. Ou seja: o empreendimento é prioritário para a Colômbia, mas não exatamente para a Petrobras.

Desde 2020, a operação no bloco Tayrona já era tratada como carta fora do baralho da Petrobras. Tanto que, há mais dois anos, a empresa vem tentando vender sua participação no consórcio com a Ecopetrol. Dentro da própria estatal, há informações desencontradas sobre o processo de desmobilização do ativo. O RR perguntou à Petrobras se a companhia desistiu de se desfazer da sua participação no bloco Tayrona. A resposta? Nenhuma palavra sobre o assunto.

#ANH #Ecopetrol #Petrobras

Negócios

Petrobras reflete sobre venda de ativos em fertilizantes

7/12/2022
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O Conselho de Administração e a direção da Petrobras avaliam, com prudência, os próximos passos do plano de desmobilização de ativos da estatal no apagar das luzes da gestão Bolsonaro. Um caso mais premente é a venda de 34 títulos minerários de potássio localizados na Bacia do Amazonas. O pacote engloba oito concessões de lavra, quatro requerimentos e 22 autorizações de pesquisa, todos outorgados pela Agência Nacional de Mineração. A rigor, a operação está em fase avançada: a estatal já recebeu ofertas vinculantes. No entanto, a gestão da Petrobras ainda discute se bate o martelo neste ano ou empurra a questão para 2023, ou seja, para a próxima diretoria. Com a iminente chegada de Lula ao Poder, o receio é que a venda venha a ser suspensa pelo futuro governo. Assessores do presidente eleito chegaram a solicitar ao Ministério de Minas e Energia que o processo de desmobilização de ativos da Petrobras fosse interrompido. Mais do que isso: na campanha, o próprio Lula insinuou a possibilidade de reverter desinvestimentos já feitos pela Petrobras. 

#Petrobras

Política

Futuro governo quer desmontar o “GSI da Petrobras”

22/11/2022
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O nome do futuro presidente da Petrobras ainda é uma incógnita, mas uma de suas primeiras missões já está desenhada. Assessores do comitê de transição na área de energia ligados à estatal – como Deyvid Barcelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) – têm alertado sobre a necessidade de o PT desmontar logo na partida o aparelho de Inteligência instalado pelo governo Bolsonaro dentro da empresa. Conforme o próprio RR já revelou, esse bunker é personificado, sobretudo, na figura de dois militares: o coronel da reserva do Exército Ricardo Silva Marques e o capitão tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem. Dentro da estatal, ambos carregam a pecha de comandarem uma espécie de “estrutura de espionagem” a serviço direto de Bolsonaro.  

Silva Marques chefia a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa, área que concentra os dados mais sigilosos dos funcionários da empresa. Nagem, por sua vez, bate ponto como assessor direto da presidência da companhia, com uma resiliência impressionante: já está no quarto CEO. Trata-se de um cargo de confiança. Normalmente assessores da presidência da Petrobras deixam o posto quando há uma troca de comando. Talvez a permanência de Nagem se explique pelo fato de que o seu chefe, de fato, não está na companhia, mas, sim, no Palácio do Planalto.

#Energia #Jair Bolsonaro #Petrobras #PT

Negócios

Uma bola dividida entre Petraglia e Landim

17/11/2022
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Hoje, às 7h, o RR informou que a proposta do Mubadala por 20% da Libra, a nova liga de clubes do Brasil, esbarra na dificuldade nas dificuldades para a fusão desta última com a LFF (Liga Forte Futebol). A publicação apurou novas informações. Do lado da LFF, a principal resistência à unificação das duas ligas tem nome e sobrenome: Mario Celso Petraglia, presidente do Athletico-PR e um dos mais influentes – e polêmicos – dirigentes do país. Maior liderança política da LFF, Petraglia enxerga o negócio, costurado pelo BTG e pela Codajas Sports Kapital (CSK), como feito sob medida para beneficiar os grandes clubes que coabitam a Libra, sobretudo o Flamengo. O dirigente mira não apenas no possível acordo com o Mubadala, mas também na divisão de futuras receitas, da venda de direitos de transmissão de TV a inúmeras outras parcerias comerciais – produção de conteúdos exclusivos, transações com NFTs (Non Fugible Tokens) etc. Além da própria possibilidade de negociação de outro take do capital da liga.    

Para o Mubadala – ou qualquer outro investidor -, o negócio só é economicamente viável com a existência de uma única “holding”, que congregue os 40 maiores clubes do Brasil – o Bahia ainda não aderiu a nenhuma das duas ligas. Não faz sentido dividir o bolo da receita entre duas ligas. Até porque essa polarização levará a conflitos comerciais inevitáveis, a começar pelos contratos de transmissão. Com a chamada Lei do Mandante, sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro em setembro do ano passado, todos os clubes ganharam o direito de vender as partidas das quais são anfitriões, mesmo que eventualmente seu adversário tenha acordo com outra emissora de TV ou plataforma de streaming. A coexistência de duas ligas inviabilizará a negociação dos direitos em um único bloco, reduzindo o retorno dos clubes e consequentemente do acionista investidor. Essa variável ganha ainda mais importância pelo fato de que o atual contrato de transmissão do Brasileiro vence logo ali na frente, em 2024. 

Além de um duelo entre clubes, a fissura entre as ligas pode ser interpretada também como uma disputa particular de poder entre dois dos mais prestigiosos “cartolas” do Brasil: de um lado, o já citado Mario Celso Petraglia, pela LFF, e, do outro, Rodolfo Landim, presidente do Flamengo e homem forte da Libra. Trata-se, ressalte-se, de uma “guerra fria”, uma disputa não declarada, travada nos bastidores. Uma batalha por espaço e prominência que vai além das fronteiras do futebol e do business em si.  Tanto Petraglia, ex-acionista da Inepar, quanto Landim, ex-BR Distribuidora, e ex-EBX, se notabilizaram nos últimos anos como os dois dirigentes mais próximos e influentes junto ao presidente Jair Bolsonaro. Landim chegou a recusar convite para ser presidente do Conselho da Petrobras. Petraglia, por sua vez, declarou publicamente voto em Bolsonaro, quase obrigando os próprios perfis institucionais do Athletico-PR nas redes sociais a fazer o mesmo. Em 2018, às vésperas do segundo turno, mandou que a Arena da Baixada, estádio do clube, fosse iluminado de amarelo, publicando nas redes sociais uma mensagem com o slogan “Brasil acima de todos”. Nesse cenário, o Mubadala não quer nem terceira, nem segunda via. O cheque de R$ 4,7 bilhões está condicionado à aliança entre os dois dirigentes e suas respectivas ligas.  

#Jair Bolsonaro #Liga Forte Futebol #Mubadala #NFTs #Petraglia


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Um almirante a caminho da Petrobras?

20/10/2022
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O nome de Ruy Flaks Schneider, oficial da reserva da Marinha, circula no Palácio do Planalto como candidato a uma diretoria da Petrobras. Seria mais um capítulo da sanha intervencionista de Jair Bolsonaro na estatal. Nos últimos dias, surgiram notícias de que o presidente estaria disposto a trocar diretores da companhia para brecar novos aumentos dos preços dos combustíveis antes das eleições. No início de 2021, Schneider esteve cotado para assumir a presidência da Eletrobras. Curiosamente, em agosto, foi indicado pelo governo para o Conselho de Administração da própria Petrobras. No entanto, seu nome não foi aprovado na assembleia de acionistas.

#Eletrobras #Jair Bolsonaro #Palácio do Planalto #Petrobras


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Bolsonaro e Lula miram na redução do câmbio

17/10/2022
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Um refresco cambial é o que os arautos da área econômica de ambos os candidatos à Presidência pretendem usufruir no início do seu governo. Todos preconizam uma inflexão no valor da moeda. Um dólar cotado na faixa de R$ 4,00 seria a meta. Mas ninguém pensa em mexer no tripé macroeconômico. Nem apreciar o real artificialmente, vendendo um pouquinho das reservas cambiais, usando de operações de swap, ou coisas assim. Não é disso que se trata. O governante que vier vai vender Brasil. Na equipe econômica de Lula há o entendimento de que o anúncio de medidas ambientais fortes – inclusive, com projetos de investimentos “limpos” na Amazônia – e um pacote vultoso de empreendimentos voltados à área de energia renovável, tendo a Petrobras e o BNDES como parceiros, trarão um caminhão de dinheiro.

Ainda mais se o petista for o garoto propaganda das medidas no exterior. Lula vende bem. A lógica virtuosa é a mesma de sempre: dólar entrando, real valorizando e inflação caindo. Bolsonaro já iniciou o mesmo movimento. Paulo Guedes aproveitou a reunião do FMI, em Nova York, para vender o Brasil. Apresentou, em diversos encontros com os bancos, a “espetacular” agenda de resultados macroeconômicos do governo: PIB subindo, desemprego e inflação caindo, superavit primário e dívida bruta sob controle.

Se o câmbio cair, melhoram todas as variáveis. Guedes quer que o governo faça marketing no exterior, que trate com ufanismo nossos triunfos: energia renovável e commodities agrícolas, principalmente – o ministro já pisou e repisou que o Brasil é o garantidor da segurança alimentar do mundo. Mas o tiro de maior calibre que Paulo Guedes pretende dar é a privatização da Petrobras. A equipe econômica considera que a operação amassaria o câmbio. O combo inclui também um número de concessões superior ao do “primeiro” governo Bolsonaro. Guedes sempre repete que tem muito dinheiro voando no mundo e que o Brasil, além de ter feito seu MBA em concessões na gestão do coronel Tarcísio Freitas no Ministério da Infraestrutura, reúne os ativos naturais que todos querem. Boas intenções, ideias animadoras, mas de complexa execução. Um real comportadamente apreciado todo mundo quer. A ver quem saca do coldre a tão difícil previsibilidade.

#BNDES #Lula #Ministério da Infraestrutura #Paulo Guedes #Petrobras #PIB


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Maranhão busca o seu “vale gás”

14/10/2022
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A equipe do governador reeleito do Maranhão, Carlos Brandão, estuda comprar gás diretamente da estatal boliviana YPFB a partir de janeiro de 2024. Exatamente nessa data, a Gasmar começará a fornecer gás natural à usina de pelotização da Vale no estado. Trata-se de um contrato estratégico para a distribuidora maranhense. O volume previsto é expressivo: cerca de 250 mil metros cúbicos por dia. O acordo com a YPFB seria um hedge. No cálculo do governo do Maranhão, a Petrobras não terá capacidade para suprir a demanda adicional da Gasmar já no início de 2024. A petroleira ainda não iniciou a perfuração da chamada Margem Equatorial Brasileira, cinco bacias sedimentares que se estendem da costa do Rio Grande do Norte ao Amapá.

#Petrobras #Rio Grande do Norte #YPFB


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Mais gás para a Petrobras

11/10/2022
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Em conversas reservadas com a direção da Petrobras, o presidente da YPFB, Armin Dorgaten Tapia, acenou que mais da metade da produção dos cinco novos campos de gás natural da empresa, nas regiões centro e sul da Bolívia, será destinada ao Brasil. Sinal de cumprimento do contrato com a estatal brasileira. Neste ano, não custa lembrar, a YPFB cortou unilateralmente cerca de 30% do fornecimento de gás para a Petrobras.

#Petrobras #YPFB


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Ministério da Economia estuda nova antecipação de dividendos da Petrobras

10/10/2022
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A equipe econômica busca soluções para cobrir os dispêndios feitos pelo governo Bolsonaro que estão fora do teto de gastos. Uma das propostas que ganha força é antecipar o pagamento dos dividendos da Petrobras referentes ao quarto trimestre, repetindo expediente já adotado na distribuição dos lucros do segundo trimestre do ano. Nesse caso, a estatal procederia a remuneração dos acionistas até 20 de dezembro, o que permitiria ao Tesouro lançar esses recursos nas contas públicas de 2022.

Em conversa com o RR, a Petrobras informou que, no primeiro semestre de 2022, a União recebeu cerca de R$ 32 bilhões de dividendos da empresa. Com a nova parcela de dividendos aprovada em 28 de julho, o valor da remuneração da União somará R$ 64,1 bilhões neste ano – informação também confirmada à newsletter pela companhia. Perguntada especificamente sobre a possibilidade de antecipação do pagamento do valor referente ao quarto trimestre, a estatal não se pronunciou.

Haveria ainda a hipótese de recursos originalmente reservados para investimentos serem redirecionados para o pagamento de dividendos, o que aumentaria o valor da remuneração aos acionistas previsto para este ano – esse remanejamento poderia ser compensado em 2023. O nó fiscal é grande. A “PEC das Bondades” criou cerca de R$ 41 bilhões em despesas adicionais, não previstas no orçamento. Entram nessa conta o valor adicional do Auxílio Brasil de R$ 600 até dezembro, o vale-gás e os benefícios a caminhoneiros e taxistas. Cerca de R$ 12 bilhões já foram desembolsados.

Nesse cenário, a antecipação dos dividendos da Petrobras contribuiria bastante para o governo fechar as contas públicas de 2022, estropiadas pela combinação entre o carry over da pandemia e os afagos eleitorais do candidato Jair Bolsonaro. Mesmo porque, olhando-se para um lado e para o outro, Paulo Guedes e sua equipe não têm mais de onde tirar. Na atual circunstância, em meio ao processo eleitoral, dificilmente haveria espaço para o governo retirar da cartola uma nova PEC do Teto.

#Economia #Jair Bolsonaro #PEC do Teto #Petrobras


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Poliana

29/09/2022
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O secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Bruno Eustáquio, diz que o Porto de Santos vai ser privatizado na segunda metade de dezembro. Claro, claro… Certamente o governo vai vender também o Banco do Brasil no Natal e a Petrobras no Réveillon…

#Banco do Brasil #Ministério da Infraestrutura #Petrobras #Porto de Santos


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Petrobras e Ibama frente a frente

15/09/2022
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Segundo o RR apurou, executivos da Petrobras vão se reunir hoje com a direção do Ibama. A companhia busca um alinhamento com o órgão ambiental com o objetivo de destravar a licença para a exploração do bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas. Na última terça-feira, o Ibama emitiu um parecer apontando inconsistências na documentação apresentada pela estatal. A posição do Instituto aumentou a preocupação na Petrobras – a ponto de o próprio diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, estar à frente do assunto. A questão é intrincada e já mobiliza altos gabinetes em Brasília. Informações filtradas do Ibama apontam que a direção do órgão estaria sofrendo pressões políticas para liberar o licenciamento, atropelando, portanto, o parecer da área técnica.

#Ibama #Petrobras


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“Jurisprudência” contra Petrobras

8/09/2022
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Corre na Petrobras que outros investidores da Sete Brasil pretendem aproveitar a brecha aberta pela Justiça norte-americana para acionar a estatal. A medida poderia beneficiar, por exemplo, o ex-banqueiro Aldo Floris, que aportou recursos na antiga fabricante de sondas por meio da Luce Drilling. A Justiça dos Estados Unidos acolheu recentemente a tese da EIG Global de que a Petrobras teria praticado fraude ao induzir investidores a entrar no capital da Sete Brasil, acobertando fraudes nos contratos com a empresa. Procurada, a Petrobras informou que “seguirá se defendendo vigorosamente no processo e reafirma a sua condição de vítima das atividades ilícitas investigadas no âmbito da Operação Lava Jato, conforme reconhecido por todas as instâncias do Judiciário brasileiro.”

#Operação Lava Jato #Petrobras #Sete Brasil


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Uma gigante do gás em São Paulo

6/09/2022
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Há um forte burburinho no setor de que a Compass, de Rubens Ometto, pretende promover a fusão da Gás Brasiliano e da Comgás. O grupo está com a faca e o queijo na mão para unir as duas distribuidoras. Dona da Comgás, a empresa assumiu o controle da Gas Brasiliano com a aquisição dos 51% da Gaspetro que pertenciam à Petrobras.

Há outras peças que se encaixam nesse mosaico. A fusão e o consequente aumento dos investimentos na rede de distribuição de São Paulo serviriam como uma valiosa moeda de troca para a Compass negociar com as autoridades do estado a prorrogação do contrato de concessão da Gas Brasiliano, que vai até 2029. Seria um movimento fundamental para sincronizar toda a operação em território paulista.

No fim do ano passado, ressalte-se, a empresa de Ometto conseguiu estender o contrato da própria Comgás até 2049. A associação entre Comgás e Gas Brasiliano daria origem a um player dominante no maior PIB do país. Juntas, as duas empresas atendem a 552 dos 645 municípios de São Paulo, somando 12 milhões de consumidores. A Compass mira em um segmento especial: dos grandes consumidores. O novo grupo teria um peso ainda maior para competir na venda de gás a indústrias, na concorrência direta com a Naturgy, leia-se a espanhola Gas Natural, que hoje divide esse mercado com a Comgás e a Gas Brasiliano.

#Comgás #Compass #Gás natural #Gaspetro #Petrobras #Rubens Ometto


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BNDES será o “Ministério da Indústria” de Lula

5/09/2022
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O governo Lula já tem definido que voltará a fazer política industrial. O comitê de assuntos econômicos do candidato do PT, contudo, tem outros planos para a instância responsável pela indústria. Quem receberá esta competência não fica em Brasília nem é sequer um ministério. O dono da bola, ou para ser preciso, da indústria é um banco de fomento e está situado na Av. Chile, no Rio de Janeiro, quase em frente à Petrobras.

Trata-se do BNDES, que receberá uma verdadeira reparação do estrago cometido na gestão Bolsonaro e voltará a gerir a política do setor secundário da economia. A missão deixa de ser do Ministério da Economia – coisa que nunca foi mesmo -, e o antigo Ministério da Indústria e Comércio permanece extinto. É uma missão hercúlea para o banco: reduzir o hiato entre o crescimento do Produto Industrial de pouco mais de 30% do PIB, há cerca de 40 anos, para 11% do PIB, na atual gestão.

Apesar de Lula insistir em afirmar que o BNDES financiará primordialmente as pequenas e médias empresas – declaração comum a todos os candidatos porque dá voto – nas internas do comitê econômico do PT o programa para ressureição da indústria já ganhou os retoques finais. O banco vai financiar, sim, as PMEs, com a transferências dos Sebraes nacional e regionais e mais foco e aportes nessa operação. Mas não são as PMEs a pedra de toque do BNDES idealizado pelos petistas. A divisão de funções é bem mais ampla.

O BNDES voltará a atuar na substituição de importações – adubo, chips, aparelhos eletrônicos sofisticados, satélites aeroespaciais, complexo industrial de saúde, entre outros (ver RRs de 28 de janeiro e 28 de julho) – com financiamento ou cofinanciamento a empresas que se dispuserem a ingressar nesses setores. O banco se dedicará também às concessões, tocando o mesmo diapasão que permitiu a Paulo Guedes amealhar centenas de bilhões de compromissos de investimentos até 2030. Todos os projetos deverão estar em linha com a agenda ESG e a renovação da matriz energética. A ideia é que a combinação desses vetores potencialize a indústria e inverta a rota de “africanização” do setor. O BNDES é o órgão de governo mais abalizado para cumprir essa tarefa. Se vai conseguir, somente o futuro dirá.

#BNDES #ESG #Lula #Ministério da Indústria e Comércio #PT


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Bolsonaro tem mais combustível pré-eleitoral

2/09/2022
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A maré de boas notícias capazes de aditivar a candidatura de Jair Bolsonaro não ficará restrita à nova queda dos preços dos combustíveis, divulgada ontem pela Petrobras. O comitê de campanha do presidente aposta nas profecias de Paulo Guedes e já trabalha com o surgimento de mais um fato positivo antes das eleições. O ministro segue na contramão dos economistas e analistas e prevê uma taxas de desemprego em agosto na faixa dos 8%. O índice a ser anunciado em setembro cairia como uma luva no discurso eleitoral às vésperas da escolha do futuro presidente. Guedes desdenha das projeções de desaceleração do mercado de trabalho daqui por diante. O que interessa é a fotografia do desemprego agora e não as apostas no porvir, até porque, diz o ministro, o futuro está por ser corrigido e não conta como insumo para o discurso de campanha.

A incansável equipe econômica de Paulo Guedes jogou às favas os pruridos em relação ao compromisso com a ortodoxia. A não inclusão de um benefício médio de R$ 600 do Auxílio Brasil no Orçamento de 2023 já antevê uma PEC ampliada, que livre o governo da discussão repetida, anualmente, sobre a busca de fonte de recursos para custeio do benefício. A futura PEC, a ser anunciada no âmbito da campanha eleitoral, garantirá um Auxílio Brasil de R$ 500 por três anos, menos R$ 100 do que o atual, mas com prazo de duração assegurado por um pedido mais longo.

“E de onde sairá essa dinheirama?”, perguntaria o Conselheiro Acácio, fazendo ouvidos moucos em relação à ferida na Constituição. A PEC do novo Auxílio Brasil permite, assim como foi feito com os precatórios, que os recursos não saiam, plunct, plact, zum, de lugar nenhum. Cairão do firmamento das contas públicas.

Mas Guedes acredita que, mesmo com a PEC garantindo alforria fiscal, é possível buscar financiamento em outras paragens, como uma nova rodada de antecipação de dividendos das estatais, privatizações, venda de ativos imobilizados da União, tributação de dividendos e leilões do pré-sal, só para citar as medidas mais votadas. Para Bolsonaro, o que interessa é o anúncio da sua “bondade” durante a campanha. Melhor três anos de Auxílio Brasil a R$ 500 do que um ano de R$ 600 fadados a sumir na poeira do calendário do próximo ajuste fiscal.

#Auxílio Brasil #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #Petrobras


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O redemoinho da Petrobras

1/09/2022
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É um crime o que estão fazendo com a Petrobras. Intervenção na política de preços dos combustíveis, indicação para a diretoria fora das exigências estatutárias, desmanche do parque de refino, antecipação e ampliação dos dividendos distribuídos para reduzir o furo do teto de gastos, postergação sem limite de prazos dos investimentos em energia renováveis, descaso em relação à agenda. Esta é a empresa que Paulo Guedes quer privatizar.

#ESG #Paulo Guedes #Petrobras


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Ativos maduros

30/08/2022
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A Enauta, petroleira da Queiroz Galvão, é candidata à compra de campos maduros da Petrobras.

#Enauta #Petrobras


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Gás aditivado

24/08/2022
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Segundo o RR apurou, o aditivo no contrato de compra de gás firmado com a boliviana YPFB custará à Petrobras US$ 200 milhões até o fim do ano. A extensão garantirá à estatal o fornecimento de até 20 milhões de metros cúbicos de GLP por dia.

#GLP #Petrobras #YPFB


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Lula e Bolsonaro flertam com o controle de preços

12/08/2022
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A política de preços, estigmatizada desde o regime militar, ressurgiu no radar dos candidatos à Presidência. Tanto Lula quanto Jair Bolsonaro – leia-se Paulo Guedes – já aceitam que a medida pode ser adotada em casos distintos, quer seja em relação a oligopólios, quer seja em relação a empresas públicas ou privadas que pratiquem preços elevados e resilientes, com grande impacto social. Bolsonaro já cantou essa pedra na área da energia, ameaçando tabelar os preços da Petrobras se a estatal permanecesse elevando os valores dos combustíveis.

O presidente assustou criticando margens elevadas de lucros. A própria redução da alíquota do ICMS nos estados foi uma forma de segurar os preços por uma via oblíqua. Guedes chegou a entabular uma participação dos supermercados na contenção do custo da cesta básica até que a inflação chegue na meta. A operação seria feita por meio da compensação dos represamentos dos preços com um bônus tributário diferido no tempo (ver RR de 13 de junho).

No comitê de formulação do programa econômico do PT, por sua vez, estão sendo discutidas três frentes: um plano de transferência de renda de maior alcance; incentivo e financiamento à infraestrutura, incluindo treinamento de mão de obra e investimento no entorno dos empreendimentos; e uma política ambiental rigorosa, mas em consonância com o mercado. A política de preços estaria contida no item das preocupações sociais. Na verdade, as especulações em relação a “cipagem” relativa da economia – uma alusão ao CIP (Conselho Interministerial de Preços), criado em 1968 e extinto em 1990 – se devem, em boa parte, à perspectiva da inflação estar sendo impulsionada por variáveis de difícil controle.

Entram nesse rol guerra na Rússia, crise na China, preços das commodities e dos combustíveis e histerese – todas com maior ou menor impacto na formação de preços. Há um certo consenso que oligopólios e grandes empresas têm conseguido reduzir vendas e aumentar preços, mantendo suas margens. É como se a política monetária não atingisse o repasse para o consumidor dos seus custos e queda de vendas. Há resistências de toda ordem em relação a essa política, que interfere diretamente no mercado, como se separando o joio do trigo e fazendo com que o governo assuma um papel punitivo em relação à formação de preços. Mas os motivos que levam à inflação alta são cada vez mais exógenos e há ainda a promessa de uma herança fiscal que impede a funcionalidade da política monetária. Por enquanto, os grandes potentados conseguem driblar a redução dos seus preços. Resta saber se vão resistir aos remédios anti-inflacionários do BC e da própria conjuntura econômica. Ou acabarão por ressuscitar o animal pré-histórico do controle de preços.

#BC #China #ICMS #Jair Bolsonaro #Lula #Paulo Guedes #PT #Rússia


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Preparando o bote

9/08/2022
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A Glencore estaria em conversações com a Petrobras para a compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. A estatal pede algo em torno de US$ 1,5 bilhão pelo ativo. Para a Glencore, a aquisição da Refap significaria uma verticalização de seus negócios no Brasil. A trading já atua na revenda de combustíveis, por meio da rede de postos Ale.

#Glencore #Petrobras #Refap


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Diplomacia do “bateu, levou”

4/08/2022
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Há um Jair Bolsonaro no caminho entre a Bolívia e o Mercosul. O Palácio do Planalto articula com Rodrigo Pacheco para que o Senado cozinhe em banho-maria a votação da entrada do país vizinho como membro do bloco econômico. Entre os integrantes do Mercosul, falta apenas o imprimatur do Congresso brasileiro. No que depender de Bolsonaro, o sinal verde não sairá tão cedo.

A postura do governo brasileiro não deve ser atribuída apenas a uma má vontade de ordem ideológica do presidente Bolsonaro. A Bolívia também tem feito por onde, especialmente por meio da YPFB. A estatal boliviana está reduzindo o fornecimento de amônia e ureia ao Brasil, para privilegiar outros mercados. A medida tem tudo para afetar a produção interna e, consequentemente, o fornecimento de fertilizantes para o agronegócio nos próximos meses. Some-se a isso o fato de que, recentemente, a YPFB cortou em 30% a venda de gás para a Petrobras, descumprindo seu contrato com a estatal brasileira. É outra medida que também atinge a indústria de fertilizantes, intensiva no uso do insumo.

#Jair Bolsonaro #Mercosul #Petrobras #Rodrigo Pacheco #YPFB


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As artimanhas fiscais do governo dentro da lei

2/08/2022
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O RR decidiu fazer algumas observações sobre fatos fiscais discutíveis e, algumas vezes, oportunistas que contraditam o próprio discurso do governo. São números impressionistas, que não levam em consideração, por exemplo, a correção pela inflação. Mas trazem à tona inquietações submersas em relação ao que move determinadas decisões do governo. Vamos a elas:

  • Causa estranheza, em plena vigência do Estado de Emergência, cujo um dos motivos da sua decretação foi permitir o financiamento do Auxílio Brasil fora do teto, o governo antecipar dividendos das estatais com a mesma finalidade. Por que não fez antes? Não fez por quê?

 

  • Qual a razão da insistência de privatizar as principais estatais, que são verdadeiras vacas leiteiras do governo? Que desperdício seria vender empresas geradoras de prováveis R$ 100 bilhões em dividendos para a União neste ano?

 

  • Pode não ser uma pedalada fiscal sob uma avaliação rigorosa. Mas provoca espécie uma operação de transferência de parcela dos dividendos das grandes estatais para o BNDES, que, por sua vez, transferirá os recursos para o Tesouro com o objetivo de financiamento dos gastos de custeio do governo. Dilma Rousseff nunca teve tamanha criatividade.

 

  • Entre 2019 e 2021, a União arrecadou R$ 70,7 bilhões com dividendos de estatais. Caso a previsão de R$ 100 bilhões para este ano seja atingida, o Tesouro vai amealhar, portanto, R$ 170,7 bilhões durante o mandato de Jair Bolsonaro. No mesmo intervalo, as despesas discricionárias do governo central somaram R$ 455,7 bilhões. Em um exercício hipotético, se os dividendos com estatais entre 2019 e 2022 fossem integralmente alocados a investimentos, representariam 37,4% do total de gastos discricionários do período.

 

  • A título de curiosidade “privatológica”: somando-se a participação direta da União e as ações em poder do BNDES, o governo detém 36,5% do capital total da Petrobras. Tomando-se como base apenas o valor de mercado da estatal no fechamento de ontem, essa fatia equivale a algo como R$ 158 bilhões. Ou seja: somente os dividendos pagos à União no primeiro semestre deste ano, cerca de R$ 50 bilhões, correspondem a um terço dessa cifra. Vale mesmo vender a estatal? Uma vez privatizada, esses recursos somem.

 

  • Ainda a Petrobras: caso fossem investidos na construção de novas refinarias, os dividendos pagos pela estatal à União tornariam o país superavitário na produção de diesel – as importações respondem por 23,2% do consumo.

 

  • Para se ter uma ideia do impacto dos dividendos da estatal na produção de diesel, apenas o valor de R$ 50 bilhões antecipados pela Petrobras à União no primeiro semestre daria para “comprar” cinco vezes a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), vendida ao Mubadala. Nem seriam necessárias as cinco. Apenas três refinarias com a capacidade da RLAM cobririam o déficit de diesel no país. Como se sabe, nenhuma empresa privada se apresentou ainda para construir qualquer refinaria.

 

  • Não custa lembrar que a comparação da antecipação de dividendos com as pedaladas fiscais de Dilma são uma “forçação” de barra. As pedaladas foram feitas ao arrepio da lei. A antecipação de dividendos “tapa teto” está dentro das regras, mas não deixa de ser uma contabilidade criativa muito heterodoxa, especialmente jeitosa para um ano eleitoral.

#Auxílio Brasil #BNDES #Jair Bolsonaro #Mubadala #Petrobras


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Análise de risco

22/07/2022
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Não é que chegue a ameaçar os planos de investimentos da estatal, mas a Petrobras está fazendo suas simulações sobre o impacto da renovação da matriz energética até 2030.


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YPFB vira um problema coletivo

21/07/2022
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A YPFB está criando condições cada vez mais hostis para o suprimento de gás ao mercado brasileiro. Como se não bastasse o descumprimento do contrato com a Petrobras e a redução de 30% nos volumes entregues, a estatal boliviana jogou seu preço nas alturas. Em conversa com o RR, o CEO de um dos maiores grupos de geração de energia do Brasil revelou que a YPFB está cobrando de térmicas brasileiras mais do que o dobro do valor pago pela estatal brasileira. O preço chega a US$ 16 por milhão de BTU. A Petrobras paga entre US$ 6 e US$ 7, pelo mesmo volume.


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Bye bye Petrobras?

15/07/2022
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O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, com ajuda de ex-companheiros do Ministério da Economia, toca celeremente o projeto de privatização da Petrobras. O prazo para apresentação da Emenda Constitucional encomendada pelo ministro Paulo Guedes é até o final de agosto.

#Adolfo Sachsida #Ministério da Economia #Ministério de Minas e Energia #Paulo Guedes #Petrobras


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Vale tira o pé do manganês

12/07/2022
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A Petrobras está fazendo escola ao dar prioridade ao valuation, com a desmobilização de ativos. A Vale estuda a venda de pequenas reservas de manganês. O anúncio da transferência pode ser feito a qualquer momento. É o que sobrou do que foi uma das maiores minas do mineral no mundo, a jazida de Igarapé Azul, em Carajás, inteiramente exaurida. Para se ter uma ideia do que representou a reserva do Azul, quando ela estava em exploração, o Brasil perfilava entre os três maiores produtores do minério no mundo. A Vale chegou a pensar em adotar o modelo “minominas”, restrito ao minério de ferro, no qual ela cede os direitos minerais de pequenas propriedades, com a garantia de compra do minério de ferro explorado dessas jazidas. Mas a decisão foi sair de vez do manganês. Em tempo: a Vale vendeu todas as suas empresas de ferro liga com o metal. Com a crise da guerra da Rússia com a Ucrânia, segundo maior produtor de manganês do mundo, pode ser que as propriedades mineralógicas da Vale subam de preço. Um bom negócio é razão também da sua circunstância.

#Manganês #Petrobras #Vale do Rio Doce


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Reajuste à vista

7/07/2022
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A diretoria da Petrobras discute um novo reajuste no GLP (Gás Liquefeito de Petróleo). Nos cálculos da estatal, a defasagem dos preços já chega a 4% em relação às cotações internacionais. O aumento será um batismo de fogo do novo presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, junto a Jair Bolsonaro.

#GLP #Petrobras


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Mubadala tem fome de Brasil

5/07/2022
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O Mubadala, que já soma mais de US$ 5 bilhões em ativos no Brasil, vai aumentar essa cifra. Segundo o RR apurou, o fundo árabe mantém conversações com a Petrobras para a compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. A unidade está avaliada em algo em torno de US$ 1,3 bilhão. O Mubadala é “reincidente” no plano de desmobilização de ativos da estatal: já comprou a refinaria Landulpho Alves, na Bahia, por US$ 1,6 bilhão. Ressalte-se que a eventual aquisição da Refap pelo fundo árabe não fere o Termo de Compromisso firmado entre a Petrobras e o Cade. Pelo acordo, um único comprador não poderá adquirir refinarias dentro de uma mesma região.

Mais uma prova do apetite do Mubadala pelo Brasil, dessa vez no setor de educação: o fundo pretende embalar suas universidades de medicina no país em uma nova holding. O passo seguinte também está traçado: a abertura do capital em bolsa. Até o momento o fundo árabe comprou as baianas UniFTC e UnesulBahia. De acordo com a mesma fonte, uma nova aquisição deverá ser anunciada em até dois meses.

#Cade #Mubadala #Petrobras


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XP Investimentos dá uma aula

5/07/2022
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A decisão da XP de criar um curso de treinamento gratuito e pós-pago para 400 estudantes, a maior parte para ingresso futuro nos seus quadros, merece loas. A iniciativa é tudo o que se espera de biliardários como Guilherme Benchimol, dono da corretora. O “MBA XP” é também a oportunidade de relembrar o engenheiro e construtor de catedrais Eliezer Batista, que há mais de uma década desenvolveu estudo pioneiro sobre o papel das grandes empresas no ensino nacional.

A exemplo do Japão, Batista defendia que empresas como Petrobras, Vale, Ambev, Bradesco ou Itaú “fizessem suas universidades”, próprias ou vinculadas a terceiros (com apoio a turmas específicas), com o objetivo de preparar capital humano para alimentar em grande parte o consumo próprio. Os alunos seriam altamente qualificados. Todos teriam de disputar, em concurso, com os demais interessados nos empregos da fomentadora educacional.

A “universidade das empresas” daria bolsas para parcela dos estudantes. Batista achava que o governo deveria entrar somente para pressionar. Mas os negócios seriam privados. Eliezer Batista deve estar dando um aceno sorridente para a XP.

#Ambev #Bradesco #Eliezer Batista #Petrobras #XP Investimentos


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Funcionários e direção da Petrobras em pé de guerra

1/07/2022
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Parece que foram desferidas sobre a Petrobras as sete pragas do Egito. Não bastassem as interferências do governo Bolsonaro na gestão da companhia, agora os funcionários entraram em rota de colisão com o comando da estatal. Segundo o RR apurou, a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) pretende ingressar na Justiça pedindo o afastamento do novo presidente da empresa, Caio Paes de Andrade. Além da falta de comprovação de experiência técnica para o cargo, a entidade alega conflito de interesses.

A ex-mulher do executivo, Margot Greenman, é sócia da Captalys, controladora da iDrust. Esta, por sua vez, é gestora do Finanfor, plataforma de operações de crédito para parceiros e fornecedores da companhia. A FNP reúne, entre outros sindicatos da Petrobras, o forte Sindipetro-RJ. O embate entre funcionários e a direção da Petrobras se dá também em outro front. De acordo com informações apuradas junto a líderes sindicais, é grande a possibilidade de uma greve já na primeira quinzena de julho.

O motivo é a indignação dos colaboradores com a contraproposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apresentada pela empresa. Na última quarta-feira, em assembleia realizada na entrada do Edifício Senado (Edisen), no Centro do Rio – atual sede administrativa da companhia -, os funcionários rejeitaram o ACT por unanimidade. Também de forma unânime, aprovaram a proposta de estado de greve e assembleia permanente – ou seja, a paralisação pode ser deflagrada a qualquer momento. Entre os termos que provocaram mais insatisfação estão o reajuste salarial médio de 5% – ou seja, apenas metade do IPCA de 2021 (10,06%) -, o fim da gratificação para trabalhadores de campos terrestres e o aumento da contribuição dos empregados para o plano de saúde.

Todos passariam a pagar o mesmo índice, de 50% – hoje, a menor faixa é de 7%. Em contato com o RR, a Petrobras informou que “foi realizada uma reunião no dia 20 entre a companhia e representantes das entidades sindicais”. Segundo a estatal, “neste momento os sindicatos estão realizando as assembleias com os empregados para apreciação e deliberação da proposta apresentada pela companhia.”.Consultada especificamente sobre o pedido de afastamento de Caio Paes de Andrade, a empresa não quis se manifestar.

#Acordo Coletivo de Trabalho #Federação Nacional dos Petroleiros #Petrobras

Acervo RR

Bolsa de apostas

30/06/2022
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O ex-presidente da Petrobras Ivan Monteiro está muito bem cotado entre os acionistas da Eletrobras para assumir a presidência da empresa. Monteiro, hoje no Credit Suisse, já foi indicado para o Conselho da companhia.

#Credit Suisse #Eletrobras #Ivan Monteiro #Petrobras


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Uma dupla elétrica na Eletrobras

28/06/2022
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A indicação do advogado Marcelo Gasparino para o Conselho da Eletrobras é um indicativo da nova – ou velha – composição de forças na companhia após a privatização. A presença de Gasparino na chapa leva a assinatura conjunta do investidor Lírio Parisotto e do banqueiro Juca Abdalla, do Banco Clássico, dois dos mais antigos acionistas da empresa. Parisotto e Abdalla mantêm, há anos, uma espécie de “coalizão” societária na companhia, votando sempre de forma uníssona no Conselho. Gasparino é homem de confiança de Parisotto. Entre outras missões, é a voz do investidor no Conselho da Eternit, onde ocupa o cargo de chairman. Ressalte-se que Marcelo Gasparino também coabita o board da Petrobras ao lado do próprio Juca Abdalla. Na prática, é como se Parisotto estivesse sentado na cadeira, votando junto com o dono do Banco Clássico.

#Banco Clássico #Eletrobras #Eternit #Marcelo Gasparino


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O curto-circuito no papo dos “Economistas do Brasil”

28/06/2022
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A leitura da lavação de roupa suja do grupo “Economistas do Brasil”, vazada nas mídias no último fim de semana, não revela nada muito explosivo, além de teses fascistoides do ex-presidente do Banco do Brasil Rubem de Freitas Novaes. O RR teve acesso ao conteúdo das conversas. O ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco, que se desentendeu com Novaes no grupo de economistas, não disse nada de tão novo que já não tenha dito antes, por ocasião da sua conturbada saída do cargo. Castello, em vários pontos da conversa, reforça o que já tinha falado: a tentativa permanente de Bolsonaro em intervir na Petrobras e sua disposição de não ceder às demandas despropositadas. No mais, são pedidos do presidente para mudar a regra de correção dos preços dos combustíveis e queixas da comunicação da estatal. Quem posa de Darth Vader no lado negro da força é Novaes, com sugestões horrorosas para o combate à inflação e, diga-se de passagem, a busca obsessiva de fazer de uma afamada jornalista inimiga no 1 não só dos economistas interlocutores no grupo, mas de todo o Brasil.

#Banco do Brasil #Petrobras #Roberto Castello Branco #Rubem de Freitas Novaes


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Compliance da Petrobras cria obstáculos a novos conselheiros

23/06/2022
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Se o Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras seguir à risca o relatório que está sendo produzido pelo setor de compliance, o Palácio do Planalto vai perder mais uma. Segundo o RR apurou junto a fontes da empresa, a área de conformidade vai apontar, no chamado background check de integridade (BCI), óbices à indicação do secretário executivo da Casa Civil, Jonathas Assunção, e do procurador-geral da Fazenda Ricardo Soriano de Alencar para o board. A análise interna vai corroborar que ambos não estão em conformidade com o artigo 17 da Lei das Estatais, que impede a indicação para o Conselho de “titular de cargo de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na administração pública”.

Em conversas intramuros, os profissionais da área de compliance da Petrobras chegam a classificar a simples indicação de Assunção e de Alencar como surreal, dado o conflito com a legislação e as regras da companhia. Consultada pelo RR sobre o teor do relatório que está sendo elaborado pela área de compliance, a Petrobras não quis se manifestar. Não é para menos.

Há um clima de tensão na área de Governança e Conformidade, comandada pelo diretor Salvador Dahan. De acordo com as fontes do RR, os últimos dois dias foram marcados por intensas conversas entre integrantes do Comitê de Elegibilidade e Dahan. Os membros do colegiado estão no olho do furacão. Com base nas informações encaminhadas pelo compliance, caberá a eles recomendar ou não à Assembleia Geral os nomes apresentados para o board.

#Casa Civil #Comitê de Elegibilidade #Jonathas Assunção #Petrobras


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Sachsida na cova do Centrão

23/06/2022
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O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, entrou na linha de tiro do Centrão. O motivo é a discordância de Sachsida em participar do estupro da Petrobras que está sendo praticado por políticos da base aliada. O ministro acha que a estatal é quem define os preços dos combustíveis, o que vai contra Ciro Nogueira e Arthur Lira, além dos palacianos de quatro costados. Em princípio, Paulo Guedes é quem segura Sachsida. A pergunta que não quer calar é se Guedes ainda consegue segurar alguém.

#Adolfo Sachsida #Arthur Lira #Ciro Nogueira #Ministério de Minas e Energia #Petrobras


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Mudança estratégica

22/06/2022
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A diretoria da Eneva avalia comprar gás da Petrobras para abastecer a Termelétrica de Sergipe, recém-comprada da Centrais Elétricas de Sergipe Participações por R$ 6,1 bilhões. Atualmente, a usina opera com GNL importado. O poder de barganha da Eneva em uma eventual negociação com a estatal não é de se jogar fora: a térmica é a maior do país, com capacidade instalada de 1,5 MW.

#Eneva #GNL #Petrobras


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O maior fator de risco da Petrobras

21/06/2022
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Estranho, muito estranho. O governo diz que quer privatizar a Petrobras, mas, ao mesmo tempo, ameaça colocar o valor do ativo a zero. As declarações e ações de Jair Bolsonaro e cia. parecem não ter outro objetivo senão o de dizer a potenciais futuros acionistas que a companhia não vale nada em qualquer época, em qualquer tempo. A Petrobras já perdeu cerca de R$ 100 bilhões de mercado nos últimos 30 dias. Nessa toada, quem comprar a empresa estará levando a pobre coitada por um preço menor do que os dividendos que ela paga. Se Ernesto Geisel, ex-presidente da Petrobras e da República, estivesse vivo, “impichava” Jair Bolsonaro por crime de destruição da riqueza nacional.

#Jair Bolsonaro #Petrobras


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Contencioso à vista

21/06/2022
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A Ipiranga, leia-se Ultra, estuda entrar na Justiça contra a venda da Reman, refinaria da Petrobras em Manaus, para o Grupo Atem. A alegação é de que o negócio criará um monopólio privado na venda de derivados na região. Ressalte-se que, assim como a Raízen, a Ipiranga foi incluída pelo Cade como parte interessada no processo que aprovou a operação.

#Ipiranga #Petrobras #Raízen


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Hora da Petrobras dar o troco?

17/06/2022
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A estatal boliviana YPFB está tentando comprar óleo diesel no Brasil em meio a uma crise no abastecimento local. O caminho natural é a Petrobras. No entanto, como se sabe, as relações entre as duas empresas estão estremecidas devido à redução no fornecimento de gás da Bolívia.

#Petrobras #YPFB


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Petrobras pode servir para mais uma pirotecnia fiscal

10/06/2022
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Pau que bate em Chico bate em Francisco. Política econômica que fura teto e Lei da Responsabilidade Fiscal (LRF) pode muito bem cavar outras heterodoxias em ano eleitoral. O Ministério da Economia estuda uma medida tremendamente polêmica: usar como recebível para gasto público presente uma promessa de privatização da Petrobras no futuro. A missão de cranear esse projeto está a cargo do ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, que já anunciou publicamente o pedido à Pasta da Economia para o início dos estudos da venda da companhia. Na realidade, essa encomenda só faz sentido se houver a intenção de antecipação de receita. É como realizar gasto no presente lastreado em nuvens cinzentas do futuro.

#Adolfo Sachsida #Ministério da Economia #Petrobras


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Petrobras quer acionar YPFB por “calote” na entrega de gás

9/06/2022
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O RR apurou que a Petrobras estuda uma ação de arbitragem contra a YPFB pelo descumprimento do contrato de venda de gás à estatal brasileira. Nos últimos meses, a empresa boliviana reduziu, unilateralmente, o volume fornecido em 30%, para vender o insumo a preços mais altos à Argentina. A estatal deve exigir da YPFB um ressarcimento pelos prejuízos causados, notadamente o custo referente à importação de GNL, para cobrir o buraco deixado pelos bolivianos. Em contato com o RR, a Petrobras informou que “vem exercendo seu papel diligentemente, reivindicado o cumprimento do contrato com a YPFB e adotando as medidas para assegurar o fornecimento de gás aos seus clientes”. Consultada especificamente sobre o processo de arbitragem, a companhia não se manifestou. A relação comercial entre as duas empresas é marcada por turbulências. Em 2007, por exemplo, a Petrobras ameaçou recorrer a uma Câmara de Arbitragem após a expropriação de duas refinarias na Bolívia. Depois de tensas negociações, a YPFB aceitou ressarcir a empresa, pagando US$ 112 milhões. É o desfecho que a direção da Petrobras espera ver de novo.

#GNL #Petrobras #YPFB


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Bola dentro das Minas e Energia

8/06/2022
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A falta de “aprovações governamentais” – termo usado pela Petrobras para justificar a suspensão da venda da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III à russa Acron – diz da missa apenas a metade. O próprio Ministério de Minas e Energia brecou a operação por receio de calote. Por duas vezes seguidas, segundo o RR apurou, a Acron teria adiado a apresentação de garantias financeiras para a conclusão do negócio. Tampouco comprometeu-se a investir os R$ 4 bilhões necessários para a conclusão das obras. Nos dois casos, alegou problemas de ordem operacional. “Problema de ordem operacional” para transações financeiras é exatamente o que mais a Rússia tem neste momento: o país está banido do Swift, o sistema bancário internacional.

#Ministério de Minas e Energia #Petrobras


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Hora de fechar a porteira

6/06/2022
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O Ministério Público Federal está abrindo um flanco de batalha que atinge diretamente a Petrobras e demais petroleiras em operação no Brasil. A Câmara de Coordenação e Revisão do MPF enviou parecer ao PGR Augusto Aras atestando a inconstitucionalidade da decisão do Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) de suspender os limites para a emissão de poluentes em plataformas de petróleo e gás. Aprovada no ano passado, a medida foi uma das últimas “boiadas” da gestão do ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles.

#Augusto Aras #Ministério Público Federal #Petrobras #PGR


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Com todo o gás

31/05/2022
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No embalo dos sete blocos na Amazônia comprados à Petrobras em 2020, a Eneva vai acelerar seus negócios no Norte do Brasil. Até dezembro deve iniciar o fornecimento de GNV para postos da Região.

#GNV #Petrobras


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Ao pé do ouvido

30/05/2022
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O ex-governador do Piauí Wellington Dias vem ganhando espaço na formulação do programa de governo de Lula, notadamente na pauta econômica. É dele, por exemplo, uma das vozes que ecoam dentro do PT favoráveis à recompra de ativos já vendidos pela Petrobras.

#Lula #Petrobras #PT


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Vira casaca nos preços

27/05/2022
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O bochicho de que Paulo Guedes defende um aumento nos preços dos combustíveis de seis em seis meses gerou um novo chiste junto aos companheiros de Pasta. Guedes criaria seu próprio CIP (Conselho Interministerial de Preços), com o nome de CPG (Conselho de Preços do Guedes). Mas há quem defenda um alcance mais restrito, com o “CPG” tornando-se o “CIPP” (Conselho Interministerial de Preços da Petrobras). O CIP foi um dos órgãos mais fortes do regime militar, comandado com mão de ferro pelo poderoso ministro Delfim Netto. Com ou sem “CPG” ou “CIPP”, mais parece que Guedes quer estatizar a Petrobras em vez de privatizá-la.

#Paulo Guedes #Petrobras


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Militares batem em retirada da área de Minas e Energia

25/05/2022
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A área de Minas e Energia está sofrendo um processo de “desmilitarização”. A próxima baixa deverá ser o presidente de Itaipu, almirante Anatalicio Risden Junior. A troca no comando da estatal completaria uma trilogia de demissões de militares,juntando-se às recentes saídas do general Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras e do também almirante Bento Albuquerque do próprio Ministério. Risden, cabe ressaltar, está no cargo como uma indicação direta e pessoal do colega de farda e ex-ministro.

Procurado, o Ministério de Minas e Energia não se manifestou. O governo já analisa nomes para a presidência de Itaipu. O RR apurou que o mais cotado é o da ex-governadora do Paraná Maria Aparecida Borghetti, atualmente no Conselho de Administração da hidrelétrica. As articulações não passam exatamente pelo gabinete do novo ministro de Minas e Energia, Alfredo Sachsida. A costura para a indicação de Maria Aparecida estaria sendo conduzida por Ciro Nogueira. Ou seja: Centrão na veia. A ex-governadora é mulher do deputado Ricardo Barros (PP-PR), líder do governo na Câmara e correligionário de Nogueira.

A possível troca na presidência de Itaipu coincide com um momento de razoável tensão bilateral. O RR teve a informação de que o governo do Paraguai já enviou ao Itamaraty o pedido formal para o início da renegociação do Tratado da hidrelétrica, que vence em 2023. Os paraguaios acenam, desde já, com algumas exigências, como o pagamento de um valor fixo e mensal à província de Canindeyu. Seria uma indenização tardia para cobrir prejuízos econômicos causados pelo desaparecimento de Sete Quedas, ainda nos anos 80.

#Ciro Nogueira #Itaipu Binacional #Ministério de Minas e Energia


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Assim como na Petrobras…

20/05/2022
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Informação que circula nos gabinetes do Ministério da Justiça: apenas três meses depois da posse, o diretor da Polícia Federal, delegado Marcio Nunes, já na balança no cargo. Seu nome teria caído em desgraça no Palácio do Planalto por não abafar a pressão interna por aumento de salários.

#Ministério da Justiça #Polícia Federal


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No território da Petrobras

18/05/2022
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A estatal colombiana Ecopetrol planeja investir em energia renovável no Brasil. E dizer que a Petrobras praticamente virou as costas para esse setor… Trata-se de mais um movimento estratégico da Ecopetrol com o objetivo de reduzir sua dependência do petróleo. No ano passado, o grupo comprou o controle da conterrânea ISA, dona de uma das maiores carteiras de ativos em transmissão da América Latina, incluindo a brasileira CTEEP.

#Ecopetrol #Petrobras


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Fundo de reconstrução de Guedes é só a ponta do iceberg

17/05/2022
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O fundo de reconstrução nacional para investimentos em infraestrutura, prometido ontem pelo ministro Paulo Guedes, é o primeiro movimento no tabuleiro após o encaminhamento dos estudos para a privatização da Petrobras. Guedes anunciou que o fundo será constituído das participações que a União detém em diversas companhias. Não especificou em quais. Apenas adiantou que a carteira do BNDES será vendida para geração do funding inicial.

Imagina-se que o fundo de reconstrução não será um segundo BNDESpar e também não terá o mesmo papel de banco de fomento do BNDES. O segundo movimento será a inclusão de outros ativos politicamente mais sensíveis. E o terceiro será adocicar a operação com a venda de uma fração das ações aos funcionários das estatais caso elas realmente venham a ser incluídas no fundo. A título de exemplo, algo similar ao modelo de privatização da Vale, quando o equivalente a 5,1% do capital total foi reservado para os trabalhadores da mineradora. Trata-se de uma engenharia híbrida.

As participações da BNDES-Par em empresas privadas seriam vendidas e os recursos diretamente aportados no fundo. No caso das estatais icônicas, o caminho seria outro: as ações da União nessas empresas seriam transferidas para o fundo. A privatização – seja da Petrobras, do BB ou da Caixa – poderia vir, portanto, por uma via oblíqua, com os devidos cuidados para não parecer uma desestatização lato sensu. Até porque vender uma dessas empresas na atual conjuntura seria um convite ao ingresso em um Vietnã político em plena campanha eleitoral. Curioso é pensar que, de certa forma, Guedes, neoliberal elevado à enésima  potência, está adotando uma ideia de um ícone da esquerda: Ignácio Rangel.

O economista defendia a venda das estatais maduras para a criação de novas estatais ou frentes geradoras de emprego, ao invés do abatimento direto da dívida pública. Como se sabe, investimentos em infraestrutura geram uma enxurrada de postos de trabalho. Verdade seja dita, Paulo Guedes sempre defendeu a criação de um instrumento similar, mas insistia com a tese de que os imóveis da União seriam os ativos aportados no fundo. A ver se o ministro fará todos os movimentos, guardando uma quarta jogada para o xeque-mate: a adoção de uma golden share e uma pílula de veneno, se  realmente o fundo vier a ser securitizado, carregar as estatais “sagradas” e tiver maiores pretensões de buscar dinheiro em mercado.

#BNDES #Paulo Guedes #Petrobras


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Lula e Alckmin planejam um choque regulatório

10/05/2022
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Lula e Geraldo Alckmin já estão trocando ideias para um futuro programa econômico. O petista e o ex-tucano estudam lançar uma espécie de choque de reafirmação regulatória. Esta pode ser uma das grandes surpresas da campanha. O projeto consistiria no fortalecimento da figura das agências. As atribuições de todos os órgãos reguladores do Estado passariam a ser definidas na própria Constituição. Hoje, apenas a Anatel (Artigo 21) e a ANP (Artigo 177) estão previstas na Carta Magna, ainda assim de forma superficial. As demais – a exemplo da ANAC, Aneel e ANTT, entre outras – nem isso.

Vivem em um limbo legal. Seu papel é definido de forma dispersa, a partir de uma algaravia de leis, portarias e decretos. A constitucionalização teria como objetivo tornar os órgãos reguladores independentes, a exemplo do Banco Central. Lula e Alckmin embalariam a medida com o discurso de que é necessário dar autonomia de fato às agências como forma de garantir o cumprimento de contratos em setores regulados da economia, como óleo e gás, energia elétrica, telefonia, concessões de infraestrutura etc. Ou seja: a dupla pretende passar um recado forte aos agentes de mercado de que, em seu governo, haverá segurança jurídica.

Tudo muito bom, tudo muito bem, mas, muito provavelmente, Lula não fará a autocrítica de que esse intervencionismo começou no governo de Dilma Rousseff, com sua nova matriz econômica. Entre outros artificialismos, Dilma segurou os preços da energia na marra. Deu no que deu. Como sempre, Lula vai mimetizando as circunstâncias. Há um algoritmo político na ideia de revigoramento dos órgãos reguladores. Seria um gesto exatamente na contramão do que o governo Bolsonaro tem feito. O presidente Jair Bolsonaro vem provando que é possível desacreditar as agências. Umas das marcas da sua gestão é que qualquer área regulada está à mercê dos caprichos do Executivo.

Trata-se da mesma e tortuosa lógica que pauta as seguidas intervenções do Palácio do Planalto na Petrobras, uma sociedade de economia mista. Isso quando a ameaça de descumprimento das regras do jogo não vem do Legislativo. Neste momento, por exemplo, o Congresso está acelerando a tramitação de um projeto que adia para 2023 o reajuste das tarifas de energia no Ceará, previsto para este ano. Uma vez aprovada, a proposta abre brecha para que o mesmo ocorra em outros estados.

Não haveria uma Carta ao Povo Brasileiro II. Lula e Alckmin apresentariam de forma picada propostas para a economia, notadamente com o intuito de acalmar os mercados. E, nesse caso, conforme já sinalizado, o ex-tucano terá um papel fundamental nessas inflexões ao centro e à direita. Uma das funções de Alckmin será testar esses projetos, medir a aceitação dos agentes privados e até mesmo abordá-los publicamente, de forma a diluir a vinculação do ex-presidente a temas menos afeitos ao seu eleitorado. É um dos temperos do “Risoto de Lula com Chuchu”.

#Anac #Aneel #ANTT #Dilma Rousseff #Geraldo Alckmin #Lula #Petrobras


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Mais gás

9/05/2022
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A Shell estuda a construção de dois terminais de gás natural liquefeito (GNL) no Nordeste. Com a decisão da Petrobras de reduzir a oferta do insumo às distribuidoras locais, há uma crescente disputa entre grupos privados na região.

#Petrobras #Shell


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Há uma inegável química entre a Unipar e a Braskem

6/05/2022
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O RR crava que a Unipar tem sido procurada por fundos de investimento para apresentar uma oferta conjunta pela participação da Novonor (antiga Odebrecht) na Braskem. A premissa é que a proposta atenda aos bancos credores da holding e à Petrobras, com a aquisição também das ações em poder da estatal. A Unipar tem sinergias com a Braskem e solidez empresarial para se tornar a sócia operacional da empresa, sem precisar de ajuda financeira do Estado. No ano passado, a companhia teve receita recorde de R$ 6,2 bilhões e lucro líquido de R$ 2 bilhões.

Ou seja: seria um projeto bem diferente da Quattor, empresa criada em associação com a Petrobras, que, à época, incorporou os ativos da Suzano Petroquímica. Na ocasião, em 2008, a Unipar foi praticamente forçada a entrar no negócio mais por razões de ordem política do que estratégica. A Unipar leva notórias vantagens sobre o refogado de empresas apontadas como candidatas à compra da Braskem. O Ultra, por exemplo, enfrenta sérios dilemas. Ao contrário da Unipar, está longe de concluir sua sucessão. Há divergências entre Pedro Wongtschowski, presidente do Conselho, e Marcos Lutz, CEO, em relação à estratégia para o grupo.

Wongtschowski, um industrialista raiz, defende que a empresa troque de posições em alguns ativos, a exemplo da Ipiranga, e assuma a Braskem. A rede de postos ampliou o endividamento e tirou foco do grupo. A J&F, por sua vez, até tem fôlego financeiro de sobra para levar a Braskem. E, ao contrário do Ultra, não enfrenta impasses sucessórios. A intenção nem tão velada da companhia seria levar a sede da petroquímica para o exterior, em linha com os seus planos para a JBS – conforme informou o RR em 10 de março. Porém, no setor há dúvidas quanto ao real interesse dos irmãos Batista pela Braskem. Nos últimos meses, espocam notícias sobre o avanço do grupo em negócios fora do seu core business.

Fontes próximas à J&F apontam que essas supostas investidas parecem atender a uma operação de “M&A Washing”. Seriam vazamentos oficialmente consentidos de aquisições que nunca se consumam. Fundos, como o norte-americano Apollo, também despontam como candidatos à compra da Braskem. No entanto, analisam o negócio com alta dose de prudência. Os fundos temem comprar Brasil neste momento, de incertezas institucionais. Além disso, carregam dúvidas do quanto ainda há de politização na Braskem. Ao comprar a empresa, teriam de sentar-se para negociar com a Petrobras, sabe-se lá em que ambiente político.

#Braskem #Novonor #Suzano Petroquímica #Unipar

Acervo RR

Reciclagem

3/05/2022
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A ANP trabalha para relicitar ainda neste ano uma leva de campos maduros. Entre outros ativos, o pacote englobaria blocos de óleo em gás onshore em Sergipe que estão sendo devolvidos pela Petrobras.

#Petrobras


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Segunda época

28/04/2022
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O RR apurou que a Petrobras vai reabrir, nas próximas semanas, o processo de venda da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. No ano passado, o Grupo Ultra esteve perto de comprar o ativo, mas desistiu. Consultada, a Petrobras confirmou que o “relançamento do processo da Refap está em avaliação, após insucesso na tentativa inicial de desinvestimento”.

#Grupo Ultra #Petrobras

Acervo RR

Retranca

26/04/2022
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Rodolfo Landim tem conversado com dois grandes grupos internacionais dispostos a se associar ao futebol do Flamengo. O rubro-negro não é a Petrobras, mas Landim pisa em um campo minado: a hipótese de criação da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) enfrenta forte resistência dentro da própria diretoria do clube.

#Flamengo #Rodolfo Landim

Acervo RR

Errata

25/04/2022
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O RR errou: considerou que a eleição de Eduardo Karrer para o Conselho de Administração da Petrobras eram favas contadas. Indicado pelo acionista controlador, a União, Karrer não foi eleito.

#Eduardo Karrer #Petrobras


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Uma ficha nem tão limpa assim na Petrobras

22/04/2022
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Eduardo Karrer, novo membro do Conselho de Administração da Petrobras, carrega algumas máculas dos tempos da EBX, do então onipresente Eike Batista. Quando era diretor de relações com investidores da MPX (rebatizada de Eneva), Karrer foi acusado, em processo na CVM (No RJ 2013/12595), de não ter divulgado fato relevante ao mercado, informando que o BTG Pactual iria retirar a garantia firme de colocação para um aumento de capital na companhia. Para encerrar a ação, o executivo firmou um termo de compromisso com a CVM e pagou R$ 250 mil – segundo informação disponibilizada pelo órgão regulador. O mesmo Karrer foi acusado em outro processo na CVM (No RJ 2013/10321), desta vez na condição de conselheiro da CCX, empresa colombiana de carvão de Eike. O motivo foi a não divulgação de fato relevante acerca dos estudos para uma oferta pública de aquisição das ações e consequente cancelamento de registro da empresa. O executivo acabou punido com uma advertência – informação também confirmada pela CVM.

#CVM #EBX #Eike Batista #Petrobras


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Quem manda nas estatais?

19/04/2022
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O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, já foi devidamente enquadrado pela corporação. Como diversos outros  executivos que tentaram comandar o banco como se estivessem na iniciativa privada, Montezano está apanhando do sistema de regras da instituição, que praticamente torna independente suas diversas áreas e departamentos. Algumas dezenas das deliberações de Montezano estão presas dentro da burocracia do BNDES.

José Mauro Ferreira Coelho assumiu a presidência da Petrobras com dois discursos: um, intramuros, para dentro da companhia, e outro para fora, através de entrevistas. Em ambos, faz uma profissão de fé na manutenção da política de preços de combustíveis da estatal. Tem até outubro para garantir que a sua palavra continua valendo.

#BNDES #Gustavo Montezano #Petrobras


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Missão de paz

18/04/2022
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O general Braga Netto foi encarregado de amainar a mágoa do general Joaquim Silva e Luna, ex-presidente da Petrobras. No Palácio do Planalto há preocupação com o excesso declarações de Silva e Luna. Entre os quatro estrelas da sua geração, Braga Netto é considerado o mais jeitoso.

#Petrobras


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A culpa não é só da Petrobras

14/04/2022
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Em uma das muitas vezes em que falou sobre a Petrobras, Jair Bolsonaro até pareceu dizer uma rara verdade: a estatal deveria fazer mais marketing, ainda mais nesse momento em que vem sendo crucificada pela alta dos preços dos combustíveis. Contudo, ficou mesmo na meia verdade. A estatal só não faz mais marketing devido ao cabresto imposto pela Secom, braço da Presidência, que controla conteúdo e volume de anúncios da estatal.

#Jair Bolsonaro #Petrobras #Secom


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Secos e molhados

14/04/2022
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Rodolfo Landim, que esteve perto de assumir o cargo de chairman da Petrobras, dedica-se neste momento a uma agenda mais provinciana: fazer o meio de campo entre o novo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e o Palácio do Planalto.

#CBF #Palácio do Planalto #Petrobras #Rodolfo Landim


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“Sherlock Lira” e o mistério da Petrobras

11/04/2022
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Provavelmente, só existe no mundo um personagem mais inteligente do que Sherlock Holmes, líder em todas as listas dos top ten na literatura. O gênio atende por Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, que veste, entre outros chapéus, os de defensor-modo semipresidencialismo e híbrido de lobista da legalização do jogo no Brasil. Agora, o cerebral Lira se investiu de apoiador da privatização da Petrobras.

Em entrevista recente, trouxe seus questionamentos labirínticos e sempre cerebrais para o grande público. “A quem serve a Petrobras? A gente produz petróleo aqui e o preço é dado pelo mercado internacional? Se ela não tem benefício para o Estado, se a população reclama dos preços caros dos combustíveis, que seja privatizada”. Elementar, né? Lira é tão arguto que passou ao largo dos R$ 37 bilhões de dividendos, referentes a 2021, pagos pela estatal à União. Inteligentíssimo, quis confundir benefícios para o Estado com as transferências para a União.

Ou seja: para o Estado não traz benefício, para a União traz. Driblou a verdade inconveniente que nenhum ente da galáxia comprará a Petrobras se a operação for condicionada a preços internos mais baixos do que os externos e o governo não subsidiar esse hiato. E como tem de defender o ajuste fiscal comme il faut – pelo menos até o final deste governo, quando mudará suas ideias em sintonia com o futuro mandante -, não lhe passa pela cabeça uma saída bastante factível: o fim das reclamações contra a “extorsão” dos preços da gasolina ou do diesel poderia ser obtido com a criação de um fundo de compensação, composto por recursos orçamentários ou pelos dividendos da própria Petrobras, o que dá mais ou menos no mesmo.

Falta pouco para o general do Centrão sugerir a mudança do estatuto das estatais para que a petroleira se torne um apêndice do Congresso, comandado por um “semipresidente” com função específica. Afinal, o que pretende Lira com esses entroncamentos encefálicos, acima do raciocínio comum? Serão só despistes engendrados por um gênio da raça? Elementar, meu caro leitor, elementar.

#Arthur Lira #Petrobras


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O futuro CEO já está na Petrobras?

5/04/2022
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Entre outras opções sobre a mesa, o Palácio do Planalto e o Ministério de Minas e Energia cogitam a hipótese de uma solução caseira para a presidência da Petrobras, leia-se a indicação de um executivo da própria estatal. A ideia teria começado a ser discutida já no fim de semana, quando surgiram os primeiros sinais de que Adriano Pires desistiria de assumir o comando da empresa. De acordo com informações que circulam na Pasta de Minas e Energia, dois nomes são vistos com bons olhos no governo: Fernando Assunção Borges, atual diretor executivo de Exploração e Produção, e Rafael Chaves, que responde pela diretoria de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade.

Ambos seriam “concorrentes” do secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, Caio Paes de Andrade, também cotado para o cargo. Fernando Borges tem a seu favor o fato de ser o diretor da Petrobras com mais tempo de casa – 38 anos. Com bom trânsito nas mais diversas áreas da empresa, seria um nome bem recebido dentro da estatal.

Já Rafael Chaves tem como principal handicap o relacionamento mais próximo justamente com a equipe de Paulo Guedes. Funcionário de carreira do BC, foi cedido à Petrobras em janeiro de 2019, no início da gestão de Roberto Castello Branco. Um dos argumentos a favor da solução interna é que essa opção agilizaria a posse do novo CEO, reduzindo a percepção de vácuo de comando na Petrobras. Ao contrário de um “forasteiro”, um diretor da Petrobras já passou por todos os ritos internos de conformidade exigidos para a nomeação e estaria automaticamente apto para assumir o cargo.

#Ministério da Economia #Ministério de Minas e Energia #Palácio do Planalto #Petrobras


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Petrobras avalia corte nos preços dos combustíveis

31/03/2022
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Dentro da sua particular lógica política, deliberadamente ou não, Jair Bolsonaro pode ter acertado no timing da troca de comando na Petrobras. Existe uma razoável probabilidade de a estatal reduzir os preços dos combustíveis,  coincidentemente logo no início da gestão de Adriano Pires. Isso, ressalte-se, sem que o novo presidente da Petrobras mude uma vírgula na política comercial da companhia, baseada no conceito de PPI (Paridade de Preço Internacional). Muito pelo contrário.

Segundo fonte da própria estatal, a hipótese de um corte dos preços em abril já está sobre a mesa em razão dos cenários e cálculos técnicos feitos pela área de Comercialização e Logística. Consultada pelo RR, a Petrobras afirmou que “não antecipa informações sobre reajustes”. Desde a semana do último reajuste anunciado pela Petrobras, no dia 10, o preço do brent no mercado internacional já recuou 21%. Cabe lembrar que, poucos dias antes do aumento, o valor do petróleo havia atingido o seu pico desde o início da guerra entre Rússia e Ucrânia (US$ 140 o barril).

Outro ponto que contribui para uma queda dos preços dos combustíveis é o alívio no câmbio: desde a primeira semana de março, o dólar caiu 6,4% – de R$ 5,11 para os R$ 4,78 de ontem. Ressalte-se que as projeções da área de Comercialização e Logística da Petrobras são atualizadas regularmente em função de um sem-número de variáveis. Mas, à luz dos números de momento, a tendência é que Adriano Pires assuma a presidência da companhia em um ambiente favorável para o anúncio de um corte dos preços. Do ponto de vista político e eleitoral, seria um prato cheio para Bolsonaro capitalizar a troca de presidente na Petrobras.

#Jair Bolsonaro #Petrobras #PPI


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Efeito dominó na Petrobras

29/03/2022
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A demissão do general Joaquim Silva e Luna da presidência da Petrobras deverá desencadear outras mudanças no primeiro escalão da companhia. No início da noite de ontem, circulava nos corredores da estatal a informação de que o próximo alvo do governo seria o diretor de Comercialização e Logística, Claudio Mastella. Sua saída se daria antes mesmo da nomeação de Adriano Pires para o comando da empresa. Mastella é o responsável pela pasta que define os preços praticados pela estatal. Nas discussões internas, sempre se posicionou a favor da atual política comercial da Petrobras. Ou seja: sob a ótica do Palácio do Planalto, é tão “culpado” quanto Silva e Luna pelo alto preço dos combustíveis.

#Palácio do Planalto #Petrobras


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Fiel escudeiro

23/03/2022
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O nome de Reinaldo Belotti circula nos corredores da Petrobras como candidato a assumir uma diretoria na estatal. Belotti é unha e carne de Rodolfo Landim, indicado por Jair Bolsonaro para presidir o Conselho da companhia. Atual CEO do Flamengo, foi diretor de Rede de Postos da BR durante a gestão de Landim. Depois, rumou com o empresário para a OGX.

#Flamengo #Jair Bolsonaro #OGX #Rodolfo Landim


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PT ronda reestatização de ativos da Petrobras

18/03/2022
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O balão de ensaio soprado por Lula na semana passada, associando os altos preços dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora, ecoou o pensamento do núcleo duro do PT. Segundo o RR apurou, determinadas lideranças do partido próximas ao ex-presidente, a começar por Gleisi Hoffmann, têm defendido internamente a reestatização de alguns dos ativos vendidos pela Petrobras. Há quem pregue, inclusive, que a proposta conste do programa econômico de Lula. A medida seria embalada pelo discurso de que o retorno de operações estratégicas para as mãos da estatal contribuiria para a redução do custo dos combustíveis.

Alguns petistas chegam a mencionar ativos que deveriam ser reestatizados de forma prioritária. Entre eles figuram exatamente a Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), leia-se a malha de dutos que liga Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo ao gasoduto Bolívia-Brasil. Nas hostes petistas, há quem acredite que essas recompras seriam facilitadas por pressões políticas e pelo peso leviatânico da Petrobras e do próprio governo.

Assim é se lhe parece. Na semana passada, além de vincular os sucessivos aumentos dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora, Lula ainda soltou uma frase de efeito relacionada ao tema: “Se preparem, porque vamos ganhar as eleições e vamos recuperar a Petrobras para o povo brasileiro”. Ao que tudo indica, é o velho jogo de Lula: a declaração foi um afago para os seus, ou seja, muito mais um recado para dentro do partido do que exatamente para o eleitorado. Interlocutores que conhecem bem o petista sabem que a ideia de reestatização de operações da Petrobras nem passa pela cabeça do ex-presidente.

Ainda assim, ao que parece, Lula deixou uma pulga atrás da orelha do mercado. Pelo sim, pelo não, o zunzunzum em torno do assunto já provoca mobilizações no meio empresarial. Segundo o RR apurou, o investidor Ronaldo Cezar Coelho, principal acionista da Vibra Energia, acionou o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira, solicitando sua interveniência junto a Lula e a formuladores do programa econômico do PT com o objetivo de dissuadi-los da proposta.

#BR Distribuidora #Gleisi Hoffmann #Lula #Petrobras #PT


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Monitorando Mourão

18/03/2022
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Após a declaração de apoio ao presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, o entorno de Jair Bolsonaro já dá como praticamente certo que a próxima provocação pública do general Hamilton Mourão venha no dia 29 de março. Mourão fará uma palestra no seminário “O Brasil em Transformação”, que inaugura a Escola de Formação de Magistrados da Justiça Militar.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #Petrobras


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“LandimBrax”

17/03/2022
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Rodolfo Landim é o vira-casaca da vira-casaca. Enquanto estava na presidência da Gaspetro na gestão de Henri Philippe Reichstul na Petrobras, nos idos dos anos 2000, Landim defendia a mudança do nome da estatal para “Petrobrax”. Nos governos do PT, quando foi alçado à diretoria de óleo e gás da companhia e à presidência da BR, passou a criticar a ideia. Agora, segundo informações de pessoas vinculadas ao futuro chairman da Petrobras, ele vota com a proposta de mudança da marca.

#Gaspetro #PT #Rodolfo Landim


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A banalização do estado de calamidade

16/03/2022
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À luz do dia, o governo e o Congresso Nacional – leia-se os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco – tentam empurrar a decretação do estado de calamidade para baixo do tapete. Mas, na penumbra da noite, em conversas internas, o projeto ainda permanece como uma das soluções mais cogitadas pelas partes envolvidas para mitigar o estrago provocado pelo aumento dos preços dos combustíveis. A motivação para o decreto poderia vir do risco de crise na mobilidade interna. O custo dos combustíveis, além do impacto inflacionário direto e da fragmentação das cadeias de suprimento, poderia atingir o direito de ir e vir.

Ou seja: faltaria transporte para a população. Na verdade, a decretação do estado de calamidade teria como objetivo subliminar equacionar a questão da Lei da Responsabilidade Fiscal. As propostas para diluir o aumento do preço dos combustíveis que estão à mesa – redução do ICMS ou uso dos dividendos da Petrobras – ferem a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), conforme disse o RR. O auxílio emergencial complementar, uma ideia da área política do governo, viria também para se contrapor ao inevitável aumento das passagens de ônibus. O problema de ordem impeditiva seria a dificuldade de encontrar fundos para compensação do gasto ou subsídio, conforme reza a LRF.

Paulo Guedes gosta da ideia do Decreto de Calamidade, e não está nem aí para a sua banalização – o expediente foi usado na pandemia e cogitado outras vezes. É a forma mais simples para não mexer na arquitetura fiscal. A medida teria também benefício eleitoral. A narrativa é que o decreto responde à preocupação com a mobilidade do povo, que precisa ir ao trabalho, aos hospitais e levar seus filhos na escola. E a guerra entre Rússia e Ucrânia pode levar a qualquer momento a um novo aumento de preços.

O discurso inteiro, na realidade, deixa atrás da cortina um fator sobrepujante: a LRF continua em vigor, e seu descumprimento pode levar as autoridades à cadeia. Paulo Guedes entende bem a dimensão do problema. Tanto que em outras vezes, em situação de dilema no cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, disse com todas as letras que “não queria ser preso”. O Decreto de Calamidade resolve de pronto esse temor.

#Arthur Lira #ICMS #Paulo Guedes #Rodrigo Pacheco


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General Silva e Luna pode ser o “Pujol da Petrobras”

16/03/2022
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O general Joaquim Silva e Luna se mantém firme em cumprir rigorosamente a política de preços da Petrobras. Mas cada vez mais se torna solitário. Apesar da manifestação pública de apoio de Hamilton Mourão, chamando a atenção para o fato de Silva e Luna ser um colega de caserna e justificar sua “resiliência” no cargo em função das suas raízes militares, o fato é que o vice-presidente não falou de general para generais. O Alto Oficialato não está preocupado com questões da burocracia do Estado.

Mourão falou para os holofotes. A pressão do governo para a retirada de Silva e Luna do comando da petroleira não deverá arrefecer na medida que o general permanecer fiel as suas convicções. Ontem mesmo, o presidente Jair Bolsonaro disse que “com toda a certeza” a Petrobras vai reduzir os preços dos combustíveis, jogando mais peso sobre os ombros do presidente da companhia.

Guardadas as devidas proporções, trata-se de um replay do ocorrido com o então comandante do Exército, general Edson Pujol. Ou seja: não há patente que segure a sanha intervencionista de Bolsonaro.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #Petrobras


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YPFB entra na disputa por fertilizantes da Petrobras

14/03/2022
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A Petrobras já trabalha com um Plano B para a venda da Unidade de Nitrogenados (UFN III) de Três Lagoas (MS). Segundo o RR apurou, a boliviana YPFB manifestou interesse em assumir o projeto e concluir a construção da fábrica de fertilizantes. É o efeito Putin. A guerra entre Rússia e Ucrânia atingiu o processo de venda da UFN III.

O acordo fechado com a russa Acron há cerca de um mês virou uma incógnita. De acordo com uma fonte ligada à Petrobras, as tratativas estão congeladas desde a eclosão dos conflitos na Europa. Ressalte-se que a Acron, assim como outras grandes corporações russas, foi bloqueada no sistema de pagamentos internacionais, o Swift. Ou seja: está impossibilitada de fechar transações financeiras, no rastro das sanções globais impostas ao regime de Vladimir Putin.

Procurada, a Petrobras não quis se manifestar. A YPFB já tem negócios em fertilizantes na Bolívia, notadamente à base de ureia e amônia, e pretende aumentar sua presença no setor na América do Sul. A estatal vem sendo utilizada pelo governo do presidente Luiz Arce como um agente para reduzir a dependência boliviana de nutrientes importados. Algo que a gestão Bolsonaro e a Petrobras deveriam estar fazendo. A YPFB, ressalte-se, carrega um handicap para assumir a UFN III: ela própria seria a fornecedora de gás para a fábrica, equacionando um dos maiores custos do empreendimento.

#Acron #Petrobras #Vladimir Putin #YPFB


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O “custo Putin” para as térmicas brasileiras

10/03/2022
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A guerra entre Rússia e Ucrânia deve jogar pólvora nos custos da geração térmica no Brasil. Segundo o RR apurou, cálculos preliminares do Ministério de Minas e Energia apontam que os gastos para o abastecimento das termelétricas a gás ou diesel poderão duplicar caso o conflito se estenda por dois meses ou mais. Os estudos levam em consideração as projeções de alta do petróleo e derivados no mercado internacional e seu impacto sobre a política de preços da Petrobras. O Brasil tem 166 usinas movidas a gás natural e outras 2.260 a óleo diesel. Menos mau que São Pedro está ajudando com as chuvas recentes. O ONS estima que os lagos do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, por exemplo, chegarão ao fim deste mês com algo em torno de 60% da capacidade. A se confirmar, será o melhor nível desde meados de 2016.

#Ministério de Minas e Energia #Petrobras #Rússia #Ucrânia


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Intervenção de Jair Bolsonaro pode provocar renúncia de conselheiros da Petrobras

9/03/2022
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Nos corredores da Petrobras circula a informação de que conselheiros da companhia cogitam uma renúncia de seus cargos. A medida seria uma reação às seguidas intervenções do presidente Jair Bolsonaro na gestão da companhia, que caminham para o seu ápice com o possível congelamento dos preços dos combustíveis durante a guerra entre Rússia e Ucrânia. Tudo tem limite. Uma coisa é engolir um capricho aqui ou acolá de Bolsonaro; a outra é ser cúmplice de uma medida que deverá provocar uma tunga nos acionistas da empresa, incluindo grandes fundos internacionais. Procurada, a Petrobras não quis se pronunciar.

A PEC que reduziria o ICMS sobre os combustíveis, até outro dia um fetiche de Bolsonaro, atingiria a receita dos estados. A proposta de uso dos dividendos da Petrobras pagos à União para subsidiar os preços dos derivados de petróleo afetaria notadamente o Tesouro, além de ir contra a Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme algumas interpretações. O congelamento, por sua vez, não fere as contas públicas. No entanto, bate direto nos minoritários da Petrobras, trazendo o risco de possíveis punições aos dirigentes da empresa.

Os membros do board temem ser responsabilizados, tanto no âmbito administrativo, leia-se SEC e CVM, quanto na esfera judicial, pelo inevitável impacto da medida sobre os lucros da estatal e consequentemente os ganhos dos acionistas. O passado recente serve de alerta. Em 2017, o Ministério Público Federal moveu ação por improbidade administrativa contra sete conselheiros da companhia nos anos de 2013 e 2014, entre os quais Guido Mantega, Graça Foster e Luciano Coutinho. À época, o governo Dilma manteve uma política de preços dos combustíveis defasados, abaixo dos valores do mercado internacional.

Calcula-se que, na ocasião, as perdas da Petrobras chegaram a R$ 100 bilhões. De Dilma a Bolsonaro, há um personagem em comum: Rodolfo Landim, recém-indicado para o comando do Conselho da Petrobras. Landim foi presidente da BR Distribuidora entre 2003 e 2006, quando Dilma Rousseff era ministra de Minas e Energia. Respondia diretamente a ela, com quem tinha enorme simbiose. Agora, o empresário retorna à Petrobras efetivamente em uma condição de vassalagem em relação ao presidente da República que não se verifica na gestão do atual chairman, o almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, também indicado por Bolsonaro.

Landim será um feitor do Palácio do Planalto na Petrobras. Além do risco de responsabilização civil, os conselheiros estariam reagindo também à própria indicação de Landim para a presidência do board. Hoje, o entendimento entre eles é que, na prática, a Petrobras não pertence à União, mas, sim, ao Palácio do Planalto. Bolsonaro mandou o compliance às favas e “takeoverizou” a gestão da estatal, transformando-a em um istmo do seu gabinete e de suas políticas de governo. Não custa lembrar que esta não seria a primeira “rebelião” de conselheiros da estatal causada por interferências de Bolsonaro. Em março de 2021, quatro integrantes do board pediram para não ser reconduzidos ao cargo logo após a demissão de Roberto Castello Branco da presidência da companhia.

#CVM #Guido Mantega #Jair Bolsonaro #Ministério Público Federal #Petrobras


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Fertilizante vira tema estratégico da área de Defesa

7/03/2022
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O conflito entre Rússia e Ucrânia levou o Plano Nacional de Fertilizantes para o âmbito da segurança nacional. Segundo o RR apurou, o presidente Jair Bolsonaro tem sido aconselhado a tirar a elaboração do futuro programa da Casa Civil e levá-la para a Secretaria de Assuntos Estratégicos, a cargo do almirante Flavio Rocha, ou para o próprio Ministério da Defesa. A recomendação vem da ala militar do governo. A dependência brasileira dos fertilizantes importados, assunto que, durante décadas, foi conduzido com pouca atenção por seguidas gestões, passou a ser discutido nos Altos-Comandos das Forças Armadas, inteiramente debruçados sobre os impactos da guerra na Europa.

Cabe lembrar que o próprio ministro da Defesa, general Braga Netto, acompanhou Bolsonaro na recente visita à Rússia, principal fornecedor de adubo ao Brasil. Para muitos, o encontro com Putin não passou de marketing diplomático, um evento sem agenda específica. No entanto, naquele momento, a questão dos fertilizantes estava há algum tempo no radar das Forças Armadas.

A reunião com o presidente russo já tinha como objetivo a garantia de manutenção do suprimento dos nutrientes. Foram os militares e não os ministros Tereza Cristina, Paulo Guedes ou Carlos Alberto de França que fizeram o Palácio do Planalto mudar de rota e eleger o assunto como prioridade. A cada dia que passa, as preocupações dos Altos-Comandos mais se justificam. Na última sexta-feira, o governo russo determinou que os produtores de fertilizantes suspendam temporariamente as exportações devido aos problemas logísticos provocados pela guerra. No caso dos fertilizantes, o Brasil depende tanto ou mais dos russos quanto os chineses das proteínas brasileiras.

Não custa lembrar que o Plano Quinquienal da China prevê intensivo plantio de grãos em países como Indonésia, Tailândia e Vietnã, como forma de reduzir a necessidade de importação de grãos brasileiros. O Brasil precisa fazer o mesmo: diversificar suas fontes e aumentar expressivamente a produção interna de adubo, o que deve se dar através de estímulo ao capital estrangeiro, leia-se, por exemplo, a Mosaic ou mesmo a russa Eurochem. Além da atração de investimentos externos, a redução da dependência estrangeira passa também pela entrada ou retorno de grandes companhias ao setor de fertilizantes, casos de Petrobras, Bunge e Vale (ver RR de 21 de fevereiro).

Para os militares, o que está em jogo é uma questão de soberania. Quarto maior consumidor de fertilizantes do mundo, o Brasil importa o equivalente a 85% da demanda interna. Praticamente um quarto desse insumo vem da Rússia. Entre 2020 e 2021, as compras de nutrientes russos saltaram de US$ 1,8 bilhão para US$ 3,5 bilhões. Esse valor corresponde a mais de 60% das importações provenientes da Rússia. Ou seja: a depender da extensão dos combates com a Ucrânia e das consequências comerciais do conflito, o Brasil pode vir a ser duramente afetado na sua principal área de produção econômica, o agronegócio.

#Bunge #EuroChem #Jair Bolsonaro #Palácio do Planalto #Petrobras #Rússia #Ucrânia #Vale do Rio Doce


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De volta ao balcão

3/03/2022
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O RR apurou que a Petrobras reabriu o processo de venda da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). O problema é o preço: no ano passado, em cima do laço, o Ultra recusou-se a pagar o preço exigido pela estatal – cerca de R$ 7 bilhões, de acordo com a mesma fonte.

#Petrobras #Refap


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Com todo o gás

24/02/2022
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A TAG – leia-se Engie e o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec – negocia um acordo de arrendamento da sua malha de gasodutos com uma grande petroleira chinesa, que atua em exploração e produção no Brasil. A empresa, ex-Petrobras, já fechou contratos semelhantes com Shell, Galp, Equinor, entre outros.

#Engie #TAG


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Vale cogita sua volta ao mercado de fertilizantes

21/02/2022
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A Vale estuda o retorno à mineração de fertilizantes. Dessa vez, o flashback se daria através da exploração de potássio. As jazidas no radar estão localizadas nos estados do Amazonas e de Goiás. O Brasil é dependente de 76% dos nutrientes fosfato e potássio, que juntamente como o nitrogênio formam o composto do fertilizante NPK.

Praticamente toda a produção agrícola brasileira depende do NPK. A fabricação do fertilizante foi considerada prioritária pelo governo militar nos anos 70, quando a então Vale do Rio Doce e a Petrobras tinham empresas voltadas para a mineração dos nutrientes, a Valefértil e a Petrofértil, respectivamente. Ou seja: o Brasil parece um cachorro correndo atrás do próprio rabo quando o assunto é a mineração de potássio e fosfato. O curioso é que a Vale, há cerca de quatro anos, vendeu suas operações de fertilizantes para a norte-americana Mosaic Company, inclusive suas áreas mineralizáveis de potássio.

Procurada, a mineradora não se pronunciou. Se a volta da empresa à exploração do minério se confirmar, coincidência ou não, ela antecede o Plano Nacional de Fertilizantes, que o governo pretende empinar através de Decreto, nos próximos dias. O Brasil é o único grande produtor de commodities agrícolas com uma elevada dependência do exterior para atendimento da sua demanda por fertilizantes, uma contradição tendo em vista a importância estratégica do setor e o seu potencial de ampliação no mercado internacional.

#Petrobras #Plano Nacional de Fertilizantes #Vale do Rio Doce


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O greenwashing da Petrobras

21/02/2022
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A doação de R$ 1 milhão para as vítimas da tragédia de Petrópolis (RJ) anunciada pela Petrobras está mais para uma operação de greenwashing do que para uma ação social à altura da estatal. Para efeito de comparação, a cifra equivale a 6,25% do que a empresa desembolsa anualmente com seus oito diretores, ou seja R$ 2 milhões per capita entre remunerações, impostos, previdência privada, plano de saúde e outros benefícios – isso sem contar os bônus, que podem passar de dez salários. Se confrontada com os dividendos pagos pela companhia em 2021 (R$ 63,4 bilhões), a ajuda aos moradores de Petrópolis vira uma migalha: 0,0015% do lucro distribuído aos acionistas. Em meio à catástrofe, qualquer doação é muito bem-vinda, mas, para a maior empresa sediada no Rio de Janeiro, a cifra demonstra muito mais a disposição de fazer um brilhareco do que verdadeira compaixão.

#Petrobras


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Mergulho no Golfo

18/02/2022
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Segundo informações filtradas da Petrobras, a colombiana Ecopetrol já sinalizou interesse na participação de 20% da estatal na MP Gulf of Mexico, joint venture com a Murphy Exploration & Production que opera 14 campos no Golfo do México.

#Ecopetrol #Petrobras


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Os próximos passos da Acron no Brasil

16/02/2022
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Há um movimento cruzado de afagos diplomáticos entre Brasil e Rússia. Em meio à visita de Jair Bolsonaro a Moscou, uma delegação da russa Acron desembarcará no Mato Grosso no Sul nos próximos dias. A empresa fechou recentemente a compra da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III da Petrobras em Três Lagoas – a negociação foi antecipada pelo RR em 10 de dezembro de 2021. Segundo a newsletter apurou, executivos da Acron pretendem se reunir com o governador Reinaldo Azambuja. Em pauta, a manutenção dos incentivos fiscais concedidos à Petrobras para a construção da fábrica – as obras estão paradas desde 2014. Outro desafio dos russos é garantir o fornecimento de gás para a UFN III. De acordo com a mesma fonte, o mais provável é que a companhia feche um contrato com a estatal boliviana YPFB.

#Acron #Jair Bolsonaro #Petrobras


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Paulo Guedes tenta manter o último dos seus moicanos

11/02/2022
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, está gastando toda sua lábia para manter seu chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos, Adolfo Sachsida, no cargo. A importância da sua presença no governo vai além da sua competência. Sachsida é o colaborador mais ligado a Guedes.

Depois do próprio ministro, é o quadro que mais se pronuncia, publicamente, sobre a política econômica, inclusive em bolas divididas com o Congresso. A permanência de Sachsida tem um caráter simbólico. Sua deserção sinalizará que Guedes está ficando inteiramente solitário. O êxodo do Ministério da Economia chama realmente a atenção.

Desde o início do governo, 12 assessores de Guedes já deixaram seus cargos, entre os quais colaboradores de primeira hora e “Chicago ´s Olds” puro-sangue, como Rubem Novaes, ex-presidente do BB, e Roberto Castello Branco, ex-presidente da Petrobras. No entanto, a saída que mais doeu para o ministro foi a do ex-secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal.

#Adolfo Sachsida #Ministério da Economia #Paulo Guedes


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Kremlin

10/02/2022
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Um tema estratégico a mais para o encontro entre Jair Bolsonaro e Vladimir Putin, na próxima semana: a russa Rosneft está interessada na compra do Polo Urucu, um conjunto de sete concessões de petróleo e gás da Petrobras na Bacia do Solimões.

#Jair Bolsonaro #Vladimir Putin

Política

Espírito de corpo

9/02/2022
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O RR recebeu a informação de que a direção do Sindipetro avalia divulgar um manifesto contra declarações feitas por Sergio Moro na semana passada, chamando a Petrobras de “empresa atrasada”.

#Petrobras #Sérgio Moro #Sindipetro


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Shell está com todo o gás

7/02/2022
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Segundo uma fonte da própria Shell, a empresa negocia um acordo para a venda de gás à Cegás, distribuidora do Ceará. O RR apurou ainda que há conversas com outras concessionárias do Nordeste. A Shell tem avançado a passos largos no mercado brasileiro de gás: fechou recentemente contratos com a Unigel e a Bahiagás e já é a segunda maior produtora do insumo no país, atrás apenas da Petrobras. Procurada, a companhia não se pronunciou, alegando estar em período de silêncio.

#Cegás #Petrobras #Shell


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Uma voz a mais contra a Compass

4/02/2022
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A Equatorial Energia estaria trabalhando nos bastidores do Cade contra a aprovação da venda da Gaspetro à Compass, leia-se Cosan. A companhia tem interesse em entrar no mercado de distribuição de gás. A suspensão do negócio colocaria novamente sobre o balcão  as participações da Petrobras em 17 concessionárias estaduais do setor.

#Cade #Cosan #Equatorial Energia #Gaspetro


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Dobradinha

2/02/2022
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Segundo uma fonte do Palácio do Planalto, a exemplo da Petrobras, Jair Bolsonaro quer também um militar na presidência da PPSA (Pré-Sal Petróleo), hoje comandada pelo engenheiro José Eduardo Kerk.

#Jair Bolsonaro #Petrobras #PPSA


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Latifúndio russo nos fertilizantes

31/01/2022
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Após comprar a Tocantins Fertilizantes e a Heringer – informação antecipada pelo RR na edição de 13 de agosto -, a Eurochem estaria mantendo conversações com a Petrobras para a possível aquisição do projeto da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN III) em Três Lagoas (MS). Segundo a fonte do RR, a companhia russa estaria disposta a aportar cerca de R$ 1,5 bilhão no empreendimento para a conclusão das obras, paradas desde 2014. Há cerca de dois anos, não custa lembrar, a Petrobras esteve perto de negociar a Unidade de Nitrogenados para outro grupo russo, a Acron. Consultada pelo RR, a estatal confirma que “o processo de venda da UFN III está em curso e as próximas etapas serão divulgadas oportunamente.”. A Eurochem não se pronunciou.

#EuroChem #Heringer #Petrobras


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A federação contra a Petrobras

18/01/2022
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Os governos de Pernambuco e Amazonas também deverão entrar na Justiça para barrar o aumento de 50% no preço do gás fixado pela Petrobras. Quatro estados – Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e Sergipe – já conseguiram liminares para derrubar o reajuste. Estima-se que essa correção tenha um impacto de até 30% nas tarifas cobradas ao consumidor.

#Amazonas #Pernambuco #Petrobras


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UBS aposta suas fichas na privatização do Banco do Brasil

4/01/2022
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A missão é difícil, mas não impossível. É o que pensa o UBS sobre a privatização do Banco do Brasil. O lobby do banco suíço em Brasília é feito à luz do sol, quer seja no Congresso, quer seja no Ministério da Economia. Neste último, conta com um aliado declarado: o ministro Paulo Guedes, que, na aurora do governo Bolsonaro, anunciou sua intenção de que o BB fosse desestatizado e que seu futuro dono fosse o UBS.

O banco helvético já está com um pé dentro da estatal. É sócio majoritário (50,01%) do banco de investimento e de uma corretora de valores, que operará em cinco países latino-americanos – Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai -, conforme comunicado feito à CVM. Com a associação, o UBS passa a dividir com o BB a administração de grandes fortunas, além das operações no mercado de capitais.

Procurados, o UBS e o Ministério da Economia não quiseram se pronunciar. O UBS tem usado essa “cabeça de ponte” para convencer o próprio funcionalismo do BB. Os suíços têm ainda no deputado Eduardo Bolsonaro seu maior aliado no Palácio do Planalto. Eduardo meio que comanda o lobby dos helvéticos no Congresso. Mas mesmo que seu pai, Jair Bolsonaro, se torne carta fora do baralho em 2023, o UBS acredita que poderá sensibilizar Lula, caso o candidato petista seja eleito, com uma “privatização meia bomba”, ou seja, com golden share, diferença mínima no controle acionário e restrição à venda para outra empresa.

Um dos argumentos usados pelos defensores da venda da instituição é matusalênico. Com a Caixa Econômica cada vez mais ingressando em áreas que eram circunscritas ao BB, como o crédito agrícola, não faria sentido a União controlar duas instituições financeiras. A privatização do BB, portanto, seria diferente da Petrobras. A questão é tirar do imaginário brasileiro o simbolismo de um Banco do Brasil estatal. Provavelmente, nem Lula consegue.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Lula #Petrobras


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Que venham 2022 e o “furos” nossos de cada dia

30/12/2021
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Ao longo de 2021, o RR foi a dose de reforço contra a desinformação. Ao todo foram 273 edições, com 3.986 notas e matérias. A newsletter levou seus assinantes para os bastidores do Poder, antecipando as notícias mais relevantes dos meios político e empresarial. A seguir, elencamos alguns dos principais acertos em 2021 – não caberiam todos aqui. No que talvez seja o grande fato macroeconômico do ano, o RR antecipou o desmoronamento do teto fiscal.

A publicação tratou do tema de forma mais aguda nas edições de 2 de setembro e de 20 de outubro. Nesta última, na matéria “Auxílio Brasil abre caminho para nova régua fiscal”, antecipamos uma guinada na política econômica, com a relativização do teto. Em 16 de novembro, o RR revelou também os estudos da equipe econômica para liberar um espaço de até R$ 150 bilhões nos gastos orçamentários – R$ 90 bilhões exatamente com a mudança na regra do teto, com a PEC dos Precatórios e a acomodação do Auxílio Brasil. Apenas três dias depois, o relatório final do Orçamento de 2022 era apresentado, com uma folga fiscal da ordem de R$ 113 bilhões.

O Auxílio Brasil, por sinal, é peça fundamental de toda essa reengenharia fiscal. Em 3 de março, o RR divulgou, com exclusividade, as discussões no Palácio do Planalto e no Ministério da Economia para que o benefício fosse estendido até o fim de 2021 ou transformado em benefício permanente, com valor entre R$ 250 e R$ 300. Dito e feito! O programa de transferência de renda perdurou até o final do ano e serviu de proxy para o Auxílio Brasil, com o pagamento fixo de R$ 400.

O assinante do RR soube também com exclusividade dos estudos de Paulo Guedes e cia. para a criação de uma espécie de fundo patrimonial, composto por imóveis da União, ações e dividendos de estatais, entre outros ativos. O RR tratou do assunto nas edições de 19 de agosto e 25 de outubro. No início de dezembro, Guedes falaria publicamente da medida, anunciando, inclusive, a intenção do governo de criar um Ministério do Patrimônio. Em 27 de julho, mais uma informação de primeira: a newsletter divulgou que o Ministério da Economia havia retomado os estudos para a fusão do IBGE e do IPEA. O “IBGEPea” tardou, mas não falhou: em dezembro, Paulo Guedes anunciava os planos de criação de uma Supersecretaria, juntando os dois institutos.

O fim do “golpe”

O RR acompanhou de perto – para não dizer de dentro – as tensões e distensões no relacionamento entre o presidente Jair Bolsonaro e as Forças Armadas. Em 6 de abril, poucos dias após a inédita saída conjunta dos três Comandantes das Forças Armadas, maquiada sob a forma de demissão, a newsletter já relatava articulações nos bastidores para o desmantelamento do “blefe do golpe” – leia-se a fantasia de uma ruptura institucional, com o apoio do Exército, alimentada por Bolsonaro. Ao longo do tempo, o esfriamento das relações entre os militares e o presidente se confirmaria.

À mercê dos hackers

O RR foi pioneiro em descortinar a fragilidade da defesa cibernética do Estado brasileiro, agravada pela concentração de dados pessoais nas mãos do governo. Em 12 de fevereiro, a publicação revelou a preocupação do GSI e da Secretária de Assuntos Estratégicos com possíveis ataques a sistemas de órgãos públicos. Em 8 de outubro, o RR divulgou, com exclusividade, que o TCU faria uma auditoria na estrutura de TI do Ministério da Saúde após detectar 24 “riscos significativos” de invasão da plataforma da Pasta. Estava escrito: no dia 10 de dezembro, cibercriminosos invadiram os sistemas da Saúde, tirando o Conect SUS do ar.

Pária nos direitos humanos

Além da catástrofe da Covid-19, com seus mais de 600 mil mortos, o presidente Bolsonaro também colocou o país na contramão das grandes nações e entidades multilaterais na agenda dos direitos humanos. Em 21 de setembro, a newsletter revelou que o Conselho de Direitos Humanos da ONU estava preparando um relatório com duras críticas às políticas do governo brasileiro para as populações indígenas. Assim foi: o documento viria à tona uma semana depois. Outras flechadas se seguiram. Em 27 de outubro, a publicação informou que a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira estava preparando um manifesto contra o presidente Bolsonaro a ser apresentado na COP 26. Somente dois dias depois, a notícia seria divulgada por outros veículos.

Roleta de cargos

A capacidade do RR de antever os movimentos do Poder permitiu também aos assinantes saber, com exclusividade, de mudanças em cargos importantes do governo. Em 27 de janeiro, a newsletter já tratava das articulações feitas pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para defenestrar o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim. Custou até que Costa Neto conseguisse seu intento, mas Rolim acabaria afastado do cargo em setembro. Em 5 de fevereiro, o RR noticiou que Jair Bolsonaro estava prestes a dar um “cartão vermelho” ao presidente do Banco Brasil, André Brandão. O executivo deixaria o posto em meados de março. Na edição de 15 de setembro, o assinante da newsletter soube, em primeira mão, que o destino de Leonardo Rolim, então presidente do INSS, estava selado: ele seria demitido pelo ministro Onyx Lorenzoni. Bingo! A exoneração foi oficializada em 5 de novembro. Em 19 de outubro, o RR informou que mais dois auxiliares de Paulo Guedes estavam prestes a deixar seus cargos, apesar do apelo do ministro para que permanecessem. O fato se consumaria de forma ainda pior: dois dias depois, não apenas dois, mas quatro assessores diretos de Guedes deixaram o governo.

Por dentro das empresas

Como de hábito, o RR destacou-se também por antecipar algumas das principais informações do universo corporativo de 2021. Em 19 de janeiro, a newsletter cravou que o IPO da Caixa Seguridade seria realizado em abril, o que se confirmou três meses depois. Em 10 de fevereiro, a newsletter revelou o interesse da cearense Pague Menos em comprar a rede de drogarias Extrafarma, até então pertencente ao Grupo Ultra.

O negócio se consumaria em 18 de maio. Em 25 de março, o assinante do RR soube que a Equatorial Energia entraria na disputa pela Companhia Energética do Amapá. Não só entrou como arrematou a empresa. Em 14 de maio, a publicação revelou não apenas o interesse da CSN em comprar as operações da LafargeHolcim no Brasil, mas também as tratativas entre Votorantim e InterCement, leia-se o Grupo Mover (antiga Camargo Corrêa) para adquirir os ativos de forma fatiada. Em 30 de junho, outros veículos confirmariam as gestões entre Votorantim e Mover.

No fim das contas, a CSN sairia vencedora na disputa pelos negócios da LafargeHolcim. Em 13 de agosto, o RR publicou, de forma exclusiva, as negociações para a venda da fabricante de fertilizantes Heringer à russa Eurochem. Não deu outra: a operação seria fechada pouco antes do Natal. Em 8 de setembro, a newsletter antecipou que dificilmente o IPO da Unigel seria realizado em razão das condições financeiras da empresa.

Dois meses depois, a abertura de capital foi suspensa. Ao apagar das luzes de 2021, mais um furo. Em 22 de dezembro, o RR informou que a Petrobras estava prestes a fechar a venda de mais um ativo ainda neste ano. No dia seguinte, a estatal anunciou a alienação de um pacote de participações no Polo Carmópolis, em Sergipe, por US$ 1,1 bilhão. Por razões óbvias, 2022 promete ser um ano de fortes emoções. Mas, com o RR, não há polarizações. O único lado da newsletter é o compromisso de levar a seus assinantes informações e análises exclusivas. A todos, um Feliz Ano Novo!

#Auxílio Brasil #Equatorial Energia #Extrafarma #Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #Onyx Lorenzoni #Paulo Guedes #TCU #Votorantim


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Petrobras tem pressa na Amazônia

28/12/2021
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A Petrobras tem feito gestões junto ao Ibama na tentativa de acelerar a análise e concessão de licenças ambientais para exploração de óleo e gás na Foz do Amazonas e em blocos entre o Pará e o Maranhão. A pressa está relacionada à forte expectativa em relação a blocos operados pela estatal nas bacias sedimentares da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão/Barreirinhas e Potiguar. De acordo com estudos geológicos, as áreas em questão mostram expressivas semelhanças com campos na Guine Equatorial, na África, onde foram feitas importantes descobertas de reservas nos últimos meses. Consultada sobre a articulação junto ao Ibama, a estatal saiu pela tangente: “O licenciamento ambiental é uma importante ferramenta da Política Nacional de Meio Ambiente e a Petrobras segue rigorosamente todos os seus requisitos.” Ainda bem…

#Ibama #Petrobras


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Ouro líquido

27/12/2021
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A Petrobras reforçou a escolta dos caminhões-tanque que saem de suas refinarias. Além disso, as viagens de madrugada, comuns
para reduzir a evaporação de combustível, passaram a ser evitadas. Sinal dos tempos: o roubo de combustível aumentou com alta dos preços. O “valuation” de um caminhão-tanque cheio chega a R$ 200 mil.

Por falar em combustíveis: ao longo do ano, a Uber já perdeu cerca de 15% de seus motoristas no Brasil. É gente que não aguentou os custos para manter um carro na rua. Ou seja: o governo Bolsonaro está conseguindo desempregar até os desempregados.

#Petrobras #Uber


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Extraordinário

22/12/2021
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Informação de cocheira: a Petrobras corre para fechar a venda de mais um ativo até o dia 28. Até lá o Conselho deve se reunir de forma
extraordinária para aprovar o negócio.

#Petrobras

Acervo RR

Remake

10/12/2021
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A russa Acron voltou a bater na porta da Petrobras, disposta a comprar a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN- III), em Três Lagoas (MS). O projeto está parado desde 2014. Estima-se que sejam necessários R$ 4 bilhões para a conclusão das obras. Procurada, a Petrobras confirma que o “processo de venda da UFN-III está em curso e as próximas etapas serão divulgadas oportunamente.”

#Acron #Petrobras


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Remake

1/12/2021
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Petrobras e Petrogal estariam costurando um consórcio para o leilão dos volumes excedentes dos campos de Sépia e Atapu, na Bacia de Santos, marcado para 17 de dezembro. As duas companhias já são sócias em um bloco na área de Atapu.

#Petrobras #Petrogal


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Em queda

29/11/2021
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O petróleo brent caiu 11,5% no mercado futuro na última sexta-feira. O WTI teve queda de 13%. A ver quanto tempo a Petrobras vai levar para ajustar os preços dos derivados.

#Petrobras


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Estados abrem fogo contra a Petrobras

22/11/2021
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Os governadores reunidos no Consórcio Nordeste pretendem entrar com uma representação no Conar contra a Petrobras. O objetivo é tirar do ar a campanha publicitária lançada pela estatal, sugerindo que os preços dos combustíveis são elevados por conta dos tributos estaduais. Na paralela, 13 estados já ajuizaram uma ação civil pública contra a empresa pelo mesmo motivo. Por ora, a Petrobras ganhou o primeiro round: a 6a Vara da Fazenda Pública do Distrito Federal manteve as propagandas e publicações da estatal – conforme a companhia informou ao RR.

#Conar #Petrobras


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O Grupo Ultra desistiu mesmo da Refap?

19/11/2021
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Dentro da Petrobras, a decisão do Grupo Ultra de encerrar as negociações para a compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) é vista como um blefe. Seria uma manobra para forçar a redução do preço do ativo em uma nova rodada de negociações. O Ultra teria oferecido cerca de US$ 1,5 bilhão. A Petrobras estaria pedindo aproximadamente US$ 1,8 bilhão. Procurada, a estatal informou que está “em trâmites internos para realização de novo processo competitivo para a Refap”. Perguntada especificamente sobre o Ultra, a empresa não se pronunciou. O grupo também não se manifestou.

#Grupo Ultra #Petrobras


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A falta que o general Geisel faz à Petrobras

12/11/2021
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Se o tempo desse uma meia cambalhota para trás e voltasse, metade da laranja, para os idos de 1969, quando o general Ernesto Geisel era presidente da Petrobras, permanecendo a outra metade da laranja nos dias de hoje, com a barbárie de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes, teríamos, como diz o cantor Lobão, “sangue e porrada, na madrugada”. O “Alemão” considerava a Petrobras mais do que uma petrolífera; para ele, era um símbolo do Brasil. O escárnio que está sendo feito com a companhia não ia sair barato. Geisel achava que Bolsonaro “era um mau militar, que vivia pedindo golpe. Um caso completamente fora do normal”.

As declarações estão contidas em um longo depoimento dado ao CPDOC, da Fundação Getúlio Vargas, em 1993. Quanto a Paulo Guedes, não consta que o velho general tenha lhe dado qualquer atenção. Talvez um pouquinho, quando Guedes faltou, sem avisar aos organizadores, a um evento no Centro de Estudos Antônio Carlos Magalhaes, em Salvador – criado para suprir o interregno entre as participações de ACM no Congresso e no governo da Bahia. O atual ministro da Economia seria um dos palestrantes. Mário Henrique Simonsen estava presente como um dos conferencistas, e Geisel, então presidente da Norquisa, como convidado especial.

Se, no passado, Guedes não era nem uma pulga para o “Alemão”, se encontrasse o ministro nesse tempo híbrido de duas eras, daria uns cascudos no “Chicago Boy”. Imagine só tratar a Petrobras como se fosse a “casa da mãe Joana”. Geisel se foi. A Petrobras ficou. Mas está sendo enxovalhada e se tornando um exemplo de uma época sem lei. Pelo menos no que diz respeito à decência em relação ao Estado brasileiro e suas empresas. Bolsonaro antecipou a correção dos preços dos combustíveis quando essa iniciativa deveria ter sido primeiro aprovada pelo Conselho de Administração da estatal. Não recebeu uma advertência da CVM por antecipar informação relevante ao mercado. Nem um comunicado da B3 estranhando o fato do presidente tratar a empresa como uma casa de maus costumes. Em tempo: se Geisel estivesse convivendo com o general Joaquim Silva e Luna, nesse tempo de encontros impossíveis, enquadraria o oficial devido a sua gestão leniente e submissa ao “mau militar”.

Bolsonaro disse diversas vezes que a estatal não seria privatizada. Agora, com a birutice que lhe é peculiar, disparou que encomendou um estudo a Guedes sobre a venda da empresa. O ministro confirmou, piorando a situação, uma vez que a estatal é uma sociedade de economia mista. A CVM, mesmo que timidamente, chamou o ministro às falas. Não adianta. Guedes disse que a empresa não valerá nada daqui há 30 anos. Afirmou que a estatal é lerda em tirar petróleo do fundo da terra ou do mar, quando, sabidamente, a Petrobras é considerada uma petroleira de indiscutível eficácia – com o avanço da exploração para as áreas offshore, então, virou referência no setor.

Paulo Guedes fala ainda que os preços elevados da gasolina não seriam os mesmos se o controle da estatal fosse privado. Falsidade. Guedes sabe como ninguém que o preço do combustível está fora do lugar devido ao câmbio, cuja disparada diz muito mais respeito aos seus insucessos fiscais, à crise hídrica e às diatribes do seu chefe destrambelhado. Se o governo quiser que subsidie os preços dos combustíveis com recursos fiscais. O pior é que Guedes sempre apoiou uma política de correção dos derivados do petróleo com base na paridade dos preços internacionais.

Para o ministro, vender a Petrobras traria investimentos, distribuição de riqueza para os pobres e um fundo de estabilização do preço dos combustíveis, reduziria a dívida bruta e conteria a inflação. Ficaria faltando somente arrumar um pouco de juízo na cabeça dos mandantes da República. Às vezes dá até uma tentação de torcer para que uma autoridade, dessas que impõem respeito, estilo Geisel, surgisse para colocar a pior representação que tivemos nessa República no seu devido lugar. Mas esse tempo bizarro de situações impossíveis não existe. Hoje temos Bolsonaro, Guedes e o general Silva e Luna dirigindo a Petrobras. Resta torcer pelo efeito higiênico da democracia. É o que temos.

#CVM #Ernesto Geisel #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #Petrobras


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Economia inicia estudos para o “open pension funds”

1/11/2021
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Segundo o RR apurou, o governo iniciou estudos para a criação de uma espécie de “open banking” da previdência complementar. As discussões envolvem o Ministério da Economia, mais precisamente a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), e o Ministério do Trabalho. A principal mudança seria a permissão para o beneficiário escolher seu fundo de pensão independentemente da empresa em que trabalha. Ou seja: um funcionário da Petrobras, da Caixa ou mesmo de uma companhia privada poderia, por exemplo, ser contribuinte da Previ.

Há questões sensíveis que precisam ser equacionadas. Uma das principais preocupações do governo é evitar que a abertura da porteira venha a abalar o equilíbrio atuarial dos fundos de pensão. O próprio superintendente da Previc, Lucio Capelletto, chegou a dar uma pista do assunto em recente evento: “Se temos um open banking e um open insurance, por que não um open pension funds?”. Talvez tenha falado mais do que devia a julgar pela forma cautelosa com que o assunto é tratado no governo.

A ponto de diferentes instâncias de poder baterem cabeça entre si quando consultadas sobre o tema. Procurada, a Previc empurrou a questão para a Pasta do Trabalho: “Uma eventual discussão sobre mudanças nas regras da previdência complementar fechada deverá ser realizada no âmbito da Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência.”. O que se seguiu foi um processo kafkaniano.

O Ministério da Economia também respondeu que o assunto deveria ser direcionado à Pasta do Trabalho. Esta, no entanto, devolveu a bola: por meio de sua assessoria, disse ao RR que “o tema deve ser tratado pela Economia mesmo.” Novamente consultado, o Ministério da Economia informou que “redirecionamos o seu pedido internamente após consulta ao Ministério da Previdência e Trabalho.”. No entanto, a Pasta não se pronunciou.

#Ministério do Trabalho e Previdência #Petrobras #Previc


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Sempre no contrapé

28/10/2021
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O ministro Tarcísio Freitas levou um pleito ao andar de cima. Na condição de principal interlocutor do governo junto aos caminhoneiros, acha que deveria ser informado previamente dos aumentos de combustíveis realizados pela Petrobras. Não é o que vem acontecendo.

#Petrobras #Tarcísio Freitas


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Palácio do Planalto semeia nova “intervenção” na Petrobras

21/10/2021
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Enquanto Jair Bolsonaro e Paulo Guedes insistem em dizer que gostariam de privatizar a Petrobras, dentro do Palácio do Planalto  estaria sendo urdida uma nova intervenção na estatal. A ingerência da vez seria usar a empresa na tentativa de reduzir o déficit de fertilizantes no país. Ou seja: a Petrobras seria forçada a voltar ao passado e retornar ao setor, na contramão de todo o seu planejamento estratégico.

A manobra do governo Bolsonaro se daria no âmbito do novo Plano Nacional de Fertilizantes, que está sendo elaborado sob coordenação da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência e deve ser apresentado até o fim do ano. Em termos práticos, nesse contexto muito provavelmente a Petrobras seria obrigada a retomar a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados (UFN3), em Três Lagoas (MS), paralisada desde 2014, e a reabrir a fábrica de nitrogenados de Araucária (PR), em hibernação desde o início de 2020. Ambos os ativos estão à venda há mais de um ano. Procurados, a Presidência da República e a própria Petrobras não quiseram se pronunciar. A recriação dessa espécie de Petrofértil não interessa ao núcleo técnico da Petrobras.

Mesmo o presidente da estatal, o general Joaquim Silva e Luna, sabidamente alinhado com Bolsonaro, já teria se manifestado internamente contrário à ideia. A proposta seria uma extravagância além do compreensível até mesmo para os padrões do governo Bolsonaro. Uma coisa é a empresa ser utilizada pelo Palácio do Planalto para disponibilizar R$ 300 milhões em subsídio para a população de baixa renda comprar gás. Ainda que esta tenha sido uma decisão imposta de fora para dentro, ao arrepio da governança da empresa, trata-se de uma ação que pode ser justificada pelo seu mérito social.

Não seria o caso do anacrônico regresso da estatal à área de fertilizantes. Pelo contrário. Um movimento como este só causaria dispersão em relação a outros assuntos de real interesse estratégico para a Petrobras, a começar por energia renovável, segmento no qual a empresa está perdendo a corrida para suas congêneres. A única razão para a medida seria uma visão militar paranoica, quase de guerra, sobre o tema. É como se certos setores do governo estivessem temerosos quanto ao risco de um eventual boicote internacional ao Brasil, por questões de ordem ambiental, com a consequente suspensão do suprimento de adubo. O próprio Bolsonaro já falou publicamente “que vamos ter problemas de abastecimento de fertilizantes no ano que vem”, sem explicar muito bem ao que estava se referindo.

#Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #Petrobras


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Auxílio Brasil abre caminho para nova régua fiscal

20/10/2021
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O atraso no anúncio do valor do Auxílio Brasil – uma combinação do Bolsa Família com o auxílio emergencial, em R$ 400, até o final de 2022 – posterga a decisão de empurrar parte dos recursos para fora do teto de gastos. A medida assistencialista e “fura teto” não significa somente uma decisão eleitoreira, conforme parte do mercado interpretou. Mas, sim, uma provável guinada na política econômica, com a relativização do teto, foco no crescimento da relação dívida pública/PIB e um diferimento da meta do primário com acompanhamento bianual.

A equipe econômica quebrou a cabeça na frente do próprio presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada, para chegar à conclusão de que é preciso corrigir a arquitetura da política econômica, dando brecha para a redução do protagonismo fiscalista. No novo modelo, algumas das metas fiscais teriam um período de apuração mais longo. O tempo para aferição seria o biênio ou o triênio. Paulo Guedes tem piscado o olho para a estratégia de recuar um pouco para depois avançar novamente.

Uma fresta no teto de gastos, mesmo contrariando a lógica do ajuste fiscal, seria um exemplo de como dois passos atrás às vezes se revelam dois passos para frente. Em meio a esse recuo tático, Guedes prossegue sua cruzada pela privatização da Petrobras, uma medida que, a seu ver, teria um impacto positivo em todas as ramificações e capilares do ajuste econômico. A relativização do teto já estaria no radar das instituições financeiras há algum tempo. Elas já tinham pescado a moratória seletiva dos precatórios. Enxergaram agora o Auxílio Brasil no valor de R$ 400. A conta fiscal não fecha.

Pelo menos segundo os critérios vigentes. O Itaú, que tem um departamento de research prestigiado, preconiza que os riscos em torno da manutenção da disciplina fiscal estão elevados, “principalmente no que tange a possibilidade das despesas excederem a regra do teto de gastos”. Ontem, o mercado enlouqueceu com saltos no câmbio, queda das bolsas, tudo em função de um vácuo na narrativa do governo. Ou seja: a proposta que a equipe econômica anunciaria para suportar o auxílio de R$ 400 não foi apresentada. O cenário macroeconômico do Itaú foi preparado antes do anúncio do novo valor do Auxílio Brasil, bem mais elevado do que a expectativa.

O banco dá um bom subsídio para refletir sobre a vantagem de transformar a relação dívida bruta/PIB em novo target da política econômica. Mesmo com uma projeção de câmbio de R$ 5,25 até 2021 e 2022, uma taxa Selic no alto, na faixa de 9%, e crescimento medíocre de 0,5%, a dívida bruta alcançaria 81,8% do PIB, em 2021, e 83,2%, em 2022. Com um pouco mais de crescimento do PIB e aumento dos recursos extraordinários que possam abater a dívida interna (privatizações, venda de imóveis, tributação de dividendos e seja mais o que for), essa nova referência para a política fiscal torna-se inteiramente exequível.

Não se pode esquecer que a meta do primário, para 2022, deve atingir irrisório 0,7% na comparação com uma previsão que já chegou a 2%. Imagine se esse resultado é progressivo. O primário diferido em dois anos permitiria com muito mais facilidade o planejamento de um superávit fiscal. Isso mesmo com um suave relax no que diz respeito ao torniquete nos gastos públicos.

#Auxílio Brasil #Bolsa Família #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes


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Um pé fora do Golfo

18/10/2021
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A Petrobras teria aberto conversações com a estatal colombiana Ecopetrol para a venda da sua participação de 20% na MP Gulf of Mexico. Trata-se da joint venture com a texana Murphy Exploration, que atua em 15 campos de petróleo e gás no Golfo do México. A estatal quer celeridade no processo: espera receber as propostas pelo ativo até o dia 30.

#Ecopetrol #Petrobras


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A errática agenda do ministro Paulo Guedes

7/10/2021
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Nos últimos dias, Paulo Guedes tem chamado mais atenção por suas ausências do que por suas aparições. Anteontem, por exemplo, não participou da coletiva de imprensa em que foi anunciado o projeto de unificação do PIS com a Cofins e do ICMS com o ISS, tema do maior interesse do Ministério da Economia. Na sexta-feira passada, outro forfait: após confirmar presença, Guedes não compareceu a um encontro com empresários catarinenses, em Florianópolis, organizado pelo senador  Jorginho Mello. Durante a reunião, o ministro surgiu, de repente, por meio de videoconferência.

Corre no Palácio do Planalto que ele só entrou de forma remota no encontro após um puxão de orelhas de Jair Bolsonaro, que teria sido informado da “desfeita” de Guedes ainda durante o evento. Ressalte-se que Jorginho Mello é forte aliado do presidente. Em relação a esse episódio, o Ministério da Economia disse ao RR que Guedes não viajou a Santa Catarina em virtude de compromissos com Artur Lira.

Sobre a interferência de Bolsonaro, nenhuma palavra. O momento, digamos assim, mais recôndito de Paulo Guedes atingiu também sua agenda internacional. Nesta semana, Guedes cancelou sua viagem a Paris, onde participaria da reunião de ministros do conselho da OCDE. As ausências de Paulo Guedes podem ser interpretadas de duas formas. Talvez seja um incômodo do ministro com o andar da carruagem: o descarrilamento da economia, a morosidade das reformas, a intervenção do governo na Petrobras e mesmo o noticiário sobre seus investimentos offshore. Mas, pode ser também apenas uma recaída do bom e velho Paulo Guedes, com o seu hábito de não cumprir compromissos ou simplesmente arbitrar sua presença ou não conforme o seu humor.

#Cofins #ICMS #ISS #Paulo Guedes #Petrobras


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E olhe que Guedes queria privatizar a Petrobras…

4/10/2021
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Apesar do subsídio para a venda do gás de cozinha reduzir em um dedinho a pressão sobre os gastos fiscais com a política compensatória do governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficou incomodado com a medida. O anúncio de que a Petrobras vai destinar R$ 300 milhões para favorecer a compra do botijão escancarou de vez o uso da companhia como uma “agência de utilidades”. Os recursos parecem pequenos. Mas representam mais de 10% do que o governo pretende arrecadar com o IOF até o final do ano. É a chamada “operação cata caquinho”. No caso da Petrobras, é como se a empresa tivesse deixado de ser uma sociedade de economia mista e se tornado um departamento do Palácio do Planalto. Assim como se refere ao “meu Exército”, Bolsonaro bem que poderia dizer “minha Petrobras”.

Se alguém ainda tinha alguma dúvida, o governo vai usar a empresa como um aríete político-eleitoral. O subsídio para o gás de cozinha – medida que, diga-se de passagem, tem seu mérito social – vai além do papel de intervenção estatal que o governo Dilma Rousseff atribuía à Petrobras. O “desvio de função” da Petrobras já estava dado quando da saída de Roberto Castello Branco da presidência da estatal. Na ocasião, ficou claro que a empresa iria interferir na formação de preços como se fosse uma espécie de “CIP dos combustíveis” – uma alusão ao velho Conselho Interministerial de Preços. Essa postura intervencionista deverá ter efeitos sobre o programa de desmobilização de ativos da companhia. A venda das quase 50 subsidiárias que Castello Branco deixou prontas para a privatização subiu no telhado. Uma das joias da coroa seria a Transpetro, que, no ano passado, teve um de seus maiores resultados operacionais. Tudo mudou. Se a gestão Castello tinha como foco a geração de valor para o acionista, na atual administração o que importa é a vontade do sócio majoritário, o governo.

Ou seja: a Petrobras dificilmente vai desestatizar subsidiárias, deixará de privilegiar o acionista, servirá de “poder moderador” na formação dos preços dos combustíveis e será linha de apoio do governo para mitigar a pobreza. A presença do general Joaquim Silva e Luna no comando da empresa é um facilitador das pretensões do presidente Bolsonaro. Trata-se de um oficial sério e respeitado, mas com muito menos independência do que tinha seu antecessor. Curiosamente, a decisão do governo de subsidiar a venda de gás por intermédio da Petrobras foi tomada um dia após Henrique Meirelles dizer que a solução para os preços dos combustíveis era “muito simples”: bastaria a estatal reduzir sua margem de lucro “extraordinária”. Se o conselho do secretário de Fazenda de São Paulo tinha como intenção cutucar o governo Bolsonaro em prol do candidato João Doria, o tiro saiu pelculatra. A proposta de reduzir a rentabilidade da Petrobras não só calou fundo no Palácio do Planalto como foi bem acolhida. O próprio Silva e Luna correu para dar uma entrevista, afirmando que o subsídio ao gás de cozinha já estava sendo pensado na empresa antes (não é verdade) e que os dividendos da estatal poderiam ser destinados às famílias carentes e/ou caminhoneiros, mas que essa decisão não cabe à Petrobras (é verdade). De realmente crível é que as duas medidas foram e estão sendo urdidas no Palácio do Planalto. Para 2022 – quem sabe? – Bolsonaro não cria também o “Vale diesel”, o “Vale lubrificante” etc.

#Henrique Meirelles #João Doria #Ministério da Economia #Paulo Guedes #Petrobras


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Refinaria 1

23/09/2021
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Segundo informações filtradas da Petrobras, a estatal estuda oferecer a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e a Repar, no Paraná, em um único pacote. A possibilidade de maior escala no negócio poderia funcionar como um atrativo aos candidatos. Até agora, as tentativas da Petrobras de vender em separado as duas refinarias deram em nada.

#Petrobras


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Refinaria 2

23/09/2021
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O Mubadala deverá investir aproximadamente US$ 100 milhões na modernização da refinaria Landulpho Alves (RLAM), comprada da Petrobras por US$ 1,65 bilhões. Há tempos que a RLAM não recebe um “banho de loja”.

#Mubadala


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Os próximos “divórcios” entre a Vibra Energia e a Petrobras

22/09/2021
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Não bastam a venda integral do controle e a mudança de nome. A Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) pretende, aos poucos, desvincular também seus produtos e serviços da Petrobras. Trata-se de um processo intrincado, que passa pela renegociação ou mesmo a rescisão de contratos de licenciamento com a estatal. Segundo a fonte do RR, a cúpula da antiga BR já estaria discutindo cenários para dois de seus brands mais relevantes, as linhas de combustíveis Podium e Grid.

As duas marcas pertencem à Petrobras e estão cedidas à Vibra por um contrato com vigência até 2031. Do ponto de vista do marketing, ambas estão demasiadamente associadas ao antigo controlador – suas logos, inclusive, trazem os nomes “Petrobras Podium” e “Petrobras Grid”. É o que a “nova BR” menos quer. A direção da empresa, a começar pelo presidente, Wilson Ferreira Junior, não estaria disposta a esperar o fim do acordo, ou seja, mais dez anos, para apagar o nome da Petrobras desses produtos.

Uma solução de médio prazo seria a Vibra adicionar seu nome às duas marcas, em um modelo de cobranding. A título de exemplo, algo similar ao que o ABN Amro fez ao comprar o Banco Real: por alguns anos, os holandeses mantiveram o nome ABN Real e gradativamente a menção ao antigo banco foi sumindo das peças de marketing, até desaparecer em definitivo. No entanto, segundo a mesma fonte, o acordo de licenciamento com a Petrobras teria amarras que dificultariam a supressão do nome da estatal.

Uma hipótese mais imediata seria a Vibra negociar a compra em definitivo das marcas Podium e Grid, o que lhe daria autonomia, inclusive, para sumir com os dois brands. Essa saída dependeria de uma negociação com a Petrobras, antes do fim do contrato. A marca dos postos é um caso à parte. Por mais que a Vibra queira desvincular sua imagem da Petrobras, a bandeira BR ainda é o seu principal ativo. Nesse caso, a pressão do tempo é até maior do que em relação às linhas de combustíveis.

O contrato com a Petrobras para uso da marca BR se encerra em 2029. São oito anos para a Vibra tentar negociar a compra do nome ou construir um brand do zero. O RR enviou uma série de perguntas à Vibra, mas a empresa foi sucinta, limitando-se a tratar das linhas Podium e Grid. Informou que “tem um contrato de licenciamento de dez anos com a Petrobras, com perspectiva de renovação por mais dez e não há expectativa ou planos de mudança para isso”. Especificamente sobre a marca BR, nenhuma palavra. Também procurada, a Petrobras não se pronunciou.

#Banco Real #BR Distribuidora #Petrobras #Vibra Energia


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Classificados

20/09/2021
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O RR apurou que a Petrobras busca um comprador para o petroleiro Pedreiras, pertencente à frota da Transpetro. Com capacidade para 80 mil toneladas de óleo cru, a embarcação é usada pela estatal desde 1993. Consultada, a Petrobras não se manifestou.

#Petrobras


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Total recarrega os investimentos em energia limpa no Brasil

2/09/2021
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A francesa Total prepara um pacote de investimentos em energia renovável no Brasil. Um dos projetos mais ambiciosos em estudo seria a entrada no segmento de geração eólica em alto-mar. O grupo teria planos de construir um cinturão de energia em torno de suas plataformas offshore. Os franceses detêm participação em 18 blocos de petróleo e gás em sete bacias da costa brasileira, em 10 dessas áreas como operadores.

Procurada, a Total não quis se pronunciar. O Brasil é peça importante no tabuleiro do padrão ESG da Total. O grupo se compromete a zerar suas emissões de carbono até 2050. A meta dos franceses é chegar a essa data com 40% do seu faturamento provenientes da geração de energia elétrica, notadamente de fontes renováveis. Hoje, a empresa já tem uma capacidade instalada de 12 GW, sendo 7 GW oriundos de usinas eólicas e solares.

A Total deverá buscar parceiros para os seus investimentos no Brasil. Quem sabe não poderia ser a senha para os franceses reabrirem conversações com a Petrobras? Em 2019, as duas companhias romperam uma joint venture para investimentos conjuntos em geração eólica e solar. De lá para cá, cada um tomou um rumo diferente. A Total avançou em energia verde no Brasil: hoje, soma cerca de 300 MW, contabilizando-se projetos já em operação e em construção. A estatal, por sua vez, vive um curioso stop and go and stop no segmento de renováveis. Nos últimos meses, a fase é de “stop”. A Petrobras vendeu participações em usinas eólicas e praticamente restringiu seus investimentos em novas fontes de geração à área de pesquisa e desenvolvimento – ver RR edição de 19 de maio.

#ESG #Petrobras #Total


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Uma operação gasosa

1/09/2021
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A venda da participação da Petrobras na Gaspetro para a Compass, leia-se Cosan, corre o risco de parar nos tribunais. Governadores, notadamente do Nordeste, têm discutido a possibilidade de entrar na Justiça para brecar a operação até que os estados exerçam o direito de preferência para a compra da participação da holding em suas respectivas concessionárias. A Gaspetro está no capital de 18 distribuidoras estaduais de gás. Ressalte-se que os governos da Bahia e da Paraíba já confirmaram que pretendem recomprar as ações da BahiaGás e da PBGás.

#Compass #Cosan #Gaspetro #Petrobras


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Todos os homens do general da Petrobras

26/08/2021
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O processo de “militarização” da Petrobras avança a passos largos. Segundo a rádio-corredor da estatal, o coronel da reserva do Exército Ricardo Pereira Bezerra foi promovido a general de quatro estrelas na hierarquia peculiar da companhia. Bezerra é assessor direto e, não é de hoje, homem de confiança do general Joaquim Silva e Luna, presidente da Petrobras. O coronel manda e desmanda. Em Itaipu, por exemplo, ocupava a chefia de gabinete de Silva e Luna na presidência da estatal. A ala militar da Petrobras tem ainda nomes como o coronel da reserva Ricardo Silva Marques, gerente executivo da área de Inteligência e Segurança Corporativa, e o capitão-tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem, também assessor da presidência – ver RR de 14 de junho. Nos corredores da companhia, são chamados de “todos os homens do general”.

#Exército #Petrobras #Ricardo Pereira Bezerra


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Fechando o cerco

26/08/2021
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A Compass, leia-se Cosan, pretende comprar a participação de 49% da Mitsui na Gaspetro. Com isso, a empresa de Rubens Ometto assumiria o controle integral da operação. A Compass adquiriu recentemente os outros 51% da Gaspetro junto à Petrobras. Procurada, a Mitsui disse não “ter ciência do assunto”. Já a Compass não se pronunciou.

#Compass #Cosan

Acervo RR

Tudo azul

20/08/2021
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A produção de gás no campo de Azulão, no Amazonas, está apresentando resultados acima dos estimados pela Eneva. A ponto de os franceses já cogitarem uma redução dos investimentos previstos para novas perfurações na área, comprada da Petrobras em 2017.

#Eneva


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Compass rumo ao sul

12/08/2021
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Rubens Ometto está com todo gás. O RR apurou que a Compass, leia-se Cosan, vai disputar a privatização d gaúcha Sulgás, prevista ainda para este ano. Pode ser o ativo de número 20 no portfólio da empresa. Com a compra do controle da Gaspetro junto à Petrobras, por R$ 2 bilhões, a Compass herdou participações em 19 distribuidoras do setor.

#Compass #Cosan #Rubens Ometto


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Desinvestimento em marcha lenta

11/08/2021
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A Petrobras está retomando o processo de venda da Araucária Nitrogenados, fábrica de fertilizantes no Paraná. Entre idas e vindas, lá se vão quase dois anos tentando passar o ativo adiante.

#Petrobras


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YPFB quer lugar da Petrobras no Gasbol

6/08/2021
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O RR apurou que a YPFB entrou na disputa pela participação de 51% da Petrobras na TBG (Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil- Gasbol). O ativo está avaliado em aproximadamente US$ 1 bilhão. Segundo uma fonte envolvida nas negociações, a estatal boliviana estaria, inclusive, conversando com a belga Fluxys sobre a possibilidade de uma oferta conjunta pelas ações. Ambas já estão no capital da TBG: a Fluxys detém 29% da companhia; os bolivianos, por sua vez, aumentaram recentemente sua participação de 12% para 19%. A investida da YPFB pode não apenas representar uma reviravolta no processo de venda da TBG como dar aos bolivianos um peso ainda maior no mercado brasileiro de gás. A empresa passaria a ter uma posição relevante nas duas pontas da operação: como grande fornecedora do insumo para o Brasil e como controladora da principal malha de transporte de gás do país. Ressalte-se que a YPFB tem feito movimentos também para fechar a venda direta do combustível para estados, vide o recente acordo firmado com o governo do Mato Grosso.

#Petrobras #TBG


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Fim de ciclo?

26/07/2021
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A Petrobras estaria esperando apenas o fim dos Jogos de Tóquio para rever sua política de patrocínios aos esportes olímpicos. As discussões passarão muito pela performance do Brasil na Olimpíada. Atualmente, a estatal financia 25 atletas – cinco deles paralímpicos -, a um custo médio de R$ 3 milhões/ano. Em tempo: caso venha a cortar os recursos, a gestão do general Joaquim Silva e Luna vai repetir o que a Petrobras fez em 2016, sob a direção de Pedro Parente.

#Petrobras


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Ponto final

26/07/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, ZTE, Hapvida, Notre Dame Intermédica, Caixa Econômica e Goldwind.


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Caminhoneiros no radar do GSI

15/07/2021
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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) intensificou o monitoramento dos sindicatos de caminhoneiros. Fonte da área de Inteligência informou a RR que o GSI acompanha, desde o último fim de semana, líderes da categoria. Eles têm discutido a possibilidade de uma greve de advertência. A probabilidade de uma paralisação vem crescendo entre os sindicalistas. Seria uma reação ao aumento médio de R$ 0,10 nos preços do diesel anunciado na semana passada. As atenções do GSI estariam voltadas, sobretudo, para São Paulo e Rio Grande do Sul, onde os caminhoneiros, nos últimos tempos, têm se mostrado mais hostis ao governo. Foram os dois estados que articularam a fracassada tentativa de paralisação da categoria no fim de janeiro. Procurado pelo RR, o GSI informou que “não irá se pronunciar, positiva ou negativamente, por se tratar de assunto de Inteligência de Estado”.

Por falar em caminhoneiros – e em “monitoramento”, a decisão de Jair Bolsonaro de demitir Roberto Castello Branco da Petrobras teve menos relação com a política de preços da estatal e mais a ver com a antipatia do presidente pelo executivo. Desde que o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da estatal, em abril, os valores dos combustíveis subiram, na média, 2%. Bolsonaro sempre implicou com o estilo sofisticado e independente do ex-presidente da Petrobras. Castello acreditou na promessa de Paulo Guedes de que teria autonomia na gestão da empresa. Bulhufas! Para subir ou descer os preços dos combustíveis, quem quer que seja, tem de pedir benção a Bolsonaro. Na verdade, ao tirar Castello Branco do comando da Petrobras, Bolsonaro buscou infiltrar na empresa um quadro fiel aos seus interesses. Talvez já de olho na maior verba de comunicação do país para as eleições de 2022…

#Gabinete de Segurança Institucional #Jair Bolsonaro #Petrobras


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Ferreira Junior mostra que o governo ficou para trás

8/07/2021
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Há duas versões para a decisão da BR Distribuidora de entrar na Justiça contra a União por supostas perdas decorrentes da greve dos caminhoneiros, em 2018. A primeira delas é que a medida causou surpresa nos ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Os dois foram os principais apoiadores do atual presidente da BR, Wilson Ferreira Junior, enquanto ele esteve à frente da Eletrobras.

Mas, o jogo mudou: agora, é cada um por si. Guedes e Bento teriam, inclusive, reagido mal ao fato de Ferreira Junior sequer ter sinalizado a disposição da BR em judicializar o caso. A postura do executivo teria sido ainda objeto de comentário ácido do presidente Jair Bolsonaro junto ao seu ministro da Economia. Na segunda versão, Paulo Guedes teria conversado preliminarmente com Ferreira Junior e dito que a decisão do Conselho de Administração da BR era correta e, se estivesse no board, também votaria da mesma forma.

Nas duas versões, Bolsonaro, que já tinha sua implicância com Ferreira Junior desde os tempos da Eletrobras, não gostou do comportamento do executivo. O presidente não entende muito bem essas coisas de governança. Em tempo: partindo-se do princípio de que a BR teve mesmo prejuízos, não deixa de ser curioso que a Petrobras não tenha levado o caso à Justiça. Até outro dia, a estatal era dona de 37,5% do capital da empresa e exercia notória influência nas decisões do Conselho. Procurados pelo RR, a BR e os Ministérios da Economia e de Minas e Energia não quiseram se pronunciar. A AGU, por sua vez, informou que “a União ainda não foi intimada”.

#BR Distribuidora #Eletrobras #Paulo Guedes


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Greve inflamável

6/07/2021
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A paralisação dos funcionários da Petrobras Biocombustível (PBio) está gerando um impasse de difícil resolução. A Petrobras, do general Joaquim Silva e Luna, não vai ceder terreno aos pleitos dos grevistas, a começar pelo principal deles: a transferência para outras empresas do grupo de trabalhadores da PBio que não aderiram ao Plano de Demissão Voluntária da companhia. Consultada, a estatal informou que a “PBio é uma subsidiária da Petrobras, com autonomia estatutária e personalidade jurídica distinta, patrimônio e gestão próprios. A incorporação dos empregados da PBIO aos quadros da Petrobras, pleiteada pelas entidades sindicais, encontra óbice no princípio constitucional da concursividade”.

#Petrobras


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Um bunker bolsonarista na Inteligência da Petrobras

14/06/2021
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O capitão-tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem é um enclave de Jair Bolsonaro na presidência da Petrobras. Para ser mais preciso, ele seria uma espécie de espião de Bolsonaro junto à diretoria da estatal. Figura de menor expressão na gestão de Roberto Castello Branco, Nagem ganhou espaço na companhia desde a chegada do general Joaquim Silva e Luna à presidência. Tem trabalhado lado a lado com o coronel da reserva Ricardo Silva Marques, gerente executivo da nevrálgica área de Inteligência e Segurança Corporativa. Trata-se do departamento que mais detém dados sigilosos da Petrobras. Entre os próprios funcionários da estatal, o entendimento é que a Gerência virou um aparelho de informações a serviço direto do Palácio do Planalto.

Esta rede chama ainda mais atenção pelos laços que unem Carlos Victor Nagem e Ricardo Silva Marques a Jair Bolsonaro. Originalmente, Nagem estava designado para assumir exatamente a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa. À época, sua nomeação foi anunciada pelo próprio Bolsonaro através de um tweet no dia 10 de janeiro de 2019. Ocorre que o militar não cumpriu os requisitos necessários para assumir uma gerência executiva da Petrobras. Restou-lhe ser nomeado como assessor direto da presidência, sempre tendo um papel discreto e de poucas atribuições, ao menos até recentemente. Marques, por sua vez, foi colega de turma de Jair Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras. Além disso, é pai de Alexandre Marques, auditor do TCU. Alexandre é investigado pela elaboração do suposto documento citado por Bolsonaro colocando em dúvida o número de mortos por Covid. Segundo ele, o próprio pai teria vazado o pretenso relatório ao presidente.

#Jair Bolsonaro


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Ponto final

14/06/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, SBT, Light e Afya.

#Afya #Light #Petrobras #SBT


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Petrobras parece até outra empresa com Silva e Luna

7/06/2021
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Quem viu Roberto Castello Branco e vê agora Joaquim Silva e Luna na presidência da Petrobras tem a mesma sensação de quem assiste a um economista à frente do BC e um general no comando de um quartel. Os maneirismos, usos, práticas, em síntese, os estilos de gestão de um e de outro são completamente distintos. Enquanto Castello tinha preferência por reuniões remotas, o general tem exigido agendas presenciais para praticamente todos os compromissos. Não custa lembrar que Jair Bolsonaro, grosseiro como de hábito, chamou Castello Branco de “vagabundo” por fazer reuniões virtuais. Ou seja: Silva e Luna já havia recebido o recado anteriormente.

As diferenças entre ambos se espraiam por outros pontos. O ex presidente privilegiava as palavras “alavancagem” e “desinvestimento”; o atual praticamente sumiu com esta última dos documentos oficiais. Até mesmo as apresentações da estatal têm chamado a atenção dos funcionários. Na era Castello, todos os PowerPoint ou materiais do gênero respeitavam o padrão visual da Petrobras. No entanto, desde que Silva e Luna assumiu, os PowerPoint da presidência da companhia passaram a ser feitos em um formato próprio, até antiquado. Por ora, não é questão de melhor ou pior, até porque não deu nem tempo para se fazer qualquer avaliação da gestão do general na Petrobras. Mas as diferenças entre um e outro estão na ordem do dia 09nos corredores da estatal.

#Petrobras


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Nova ordem

7/06/2021
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O monopólio da Petrobras no gás começa a ser quebrado na prática. Dois meses após a entrada em vigor da nova regulação, o governo do Mato Grosso está prestes a fechar um contrato com a estatal boliviana YPFB para a compra do insumo. O acordo passará a vigor em janeiro de 2022.

#YPFB


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Energia renovada

2/06/2021
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O RR apurou que a Vinci Partners planeja abrir uma nova captação de recursos para o fundo Vinci Energia FIP-IE. Os R$ 400 milhões amealhados na mais recente emissão de cotas, em janeiro, já foram integralmente utilizados. Entre outros investimentos, o fundo comprou um complexo de usinas eólicas da Petrobras no Rio Grande do Norte. A nova injeção de capital ajudaria a financiar a aquisição de ativos de transmissão da indiana Sterlite – a Vinci já firmou um acordo vinculante com os asiáticos.

#Vinci Partners


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Hidrelétricas do Tapajós ganham nova energia

26/05/2021
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O principal projeto sobre a mesa do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, é o resgate de um empreendimento idealizado no governo Dilma: a construção do complexo de hidrelétricas da Bacia do Tapajós. O ministro pretende destravar ainda neste ano o processo de instalação das três primeiras usinas, de um total de cinco geradoras, seguindo o planejamento inicial anunciado em 2011. A joia da coroa é a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, com capacidade de 6,1 gigawatts – o equivalente a meia Belo Monte.

O projeto, ressalte-se, enfrenta fortes resistências de ambientalistas e indigenistas. Todas as geradoras serão erguidas em regiões indígenas. O caso mais intrincado, seja pela sua localização, seja pelo seu tamanho, é exatamente o da usina de São Luiz do Tapajós. Ela ficará no território dos Mundurukus. Para a construção da sua barragem, está previsto o alagamento de uma área de 722 km2, mais do que o trecho impactado para a implantação de Belo Monte (510 km2). A instalação das usinas, portanto, exigirá tratativas complexas com os indígenas e a negociação de contrapartidas. Um bom começo seria se o governo expulsasse os mais de dois mil garimpeiros que atuam ilegalmente na reserva dos Mundurukus.

Existe um enorme potencial hidrelétrico a ser explorado na Amazônia. Somando-se todos os estudos do Ministério de Minas e Energia, o estoque de projetos chega a 16 gigawatts – equivalente a uma Itaipu. Há um quê de “Brasil grande” nesse enredo, bem ao gosto dos militares. O curioso é que todo este projeto, de certa forma, vai na contramão da privatização da Eletrobras. Se consumada, a venda da estatal prejudicará consideravelmente a construção das usinas do Tapajós. Este é tipicamente um empreendimento de Estado, que pressupõe ocupação de terras, investimento público, empenho político, além de ser algo que, eventualmente, pode gerar dividendos eleitorais.

Depois da TermoLuma, quem sabe a TermoEike…

Eike Batista é indomável. O empresário está se articulando com investidores estrangeiros para a construção de termelétricas no Brasil. A quem quiser ouvir diz que o momento é propício para a empreitada devido ao preocupante nível dos reservatórios das hidrelétricas no país – ainda que o governo garanta não haver risco de racionamento de
energia. Por onde quer que vá, Eike carrega uma extensa folha corrida: recuperações judiciais, prisão, confisco de bens, delação premiada, bilhões em prejuízos, processos na CVM etc. Mas não se pode negar que o empresário tem track records no setor de energia.

A antiga MPX, atual Eneva, teve seu brilho. Chegou a ser a maior geradora de energia térmica de capital privado do país. Um de seus investimentos mais bem-sucedidos – e polêmicos – foi a TermoCeará, mais conhecida como TermoLula. Eike ganhou rios de dinheiro em cima da Petrobras, seja com generosos contratos de venda de energia, seja na transferência do controle da geradora para a estatal. Em 2005, o empresário embolsou US$ 137 milhões na operação. À época, o então diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que a compra da TermoCeará ia “transformar um negócio escandaloso em um péssimo negócio”.

#Hidrelétricas do Tapajós


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Um pé fora da BR Distribuidora

25/05/2021
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Após reduzir sua participação em Vale, Ambev e Petrobras, entre outras, a Previ estaria se preparando para zerar sua participação na BR Distribuidora, de pouco mais de 3%.

#Previ


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“Petrobolso”, o petrolão às avessas

24/05/2021
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A declaração de Jair Bolsonaro de que “gente de dentro da Petrobras ganhou dinheiro” em Bolsa com a mudança no comando da empresa faz parecer que o presidente tem um arsenal de denúncias para a criação de diversas CPIs. A afirmação mereceria, no mínimo, uma investigação da CVM, uma vez que a fala de Bolsonaro coloca sob suspeição do Conselho de Administração aos vários escalões executivos da companhia. Para os observadores mais íntimos do estilo de Bolsonaro, o próximo da fila é o Banco do Brasil. Não há motivo para desacreditar que, a qualquer momento, o presidente saque do bolso alguma acusação similar referente ao banco. Na última quinta-feira, em sua live, quando falou da Petrobras, Bolsonaro voltou a mencionar o fechamento de agências do BB. No fundo, no fundo, é tudo estratégia diversionista.

#CVM


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Innova deixa Advent à espreita

21/05/2021
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O Advent vai entrar firme na disputa por ativos na indústria petroquímica brasileira. Segundo o RR apurou, além das tratativas com o Grupo Ultra para a compra da Oxiteno, a gestora norte-americana tem interesse na aquisição da Innova. A empresa está no meio de um imbróglio no Cade. No fim de abril, o órgão antitruste determinou o cancelamento da venda da Innova à Videolar, do empresário Lírio Parisotto, negócio realizado no já longínquo ano de 2014. Se a decisão for mantida, a petroquímica e a sua fábrica em Triunfo (RS) voltarão para as mãos da Petrobras, que, muito provavelmente, reabriria o processo de venda da companhia. É a aposta do Advent.

#Advent


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Petrobras vai na contramão da energia renovável

19/05/2021
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Se depender do general Joaquim Silva e Luna, a preocupação da Petrobras com energia renovável será ainda mais tímida, segundo informações provenientes de setores da empresa. Silva e Luna deverá acentuar o distanciamento entre a companhia e a agenda ambiental. A administração anterior, de Roberto Castello Branco, já vinha cortando
os investimentos da Petrobras em novas fontes de geração. Quase ao fim da gestão, Castello deu uma guinada, anunciando aportes na área de pesquisa e desenvolvimento em energia verde. O então presidente da estatal já estava meio que convencido da necessidade de retomada de investimentos em fontes renováveis. Não deu tempo. Agora, especulase na companhia que o volume de recursos destinado às atividades de P&D poderá ser revisto.

Dentro da Petrobras, não há qualquer disposição de que o tema venha a ser tratado com algum destaque. O Plano Estratégico da companhia para o período 2021-2025 prevê um desembolso da ordem de US$ 1 bilhão em compromissos ambientais. A estatal, ressalte-se, divide esses investimentos em três rubricas – Inovação nas Operações, BioRefino e Competências para o Futuro -, mas não abre o valor discriminado por área. Nos corredores da empresa, a expectativa é de que a projeção total de gastos não será cumprida. O processo de alienação da Petrobras Biocombustível, em curso desde o ano passado, e as vendas de participações no segmento de energia eólica justificariam os novos cortes de recursos. Consultada sobre a possibilidade de revisão dos investimentos previstos no Plano Estratégico 2021 2025 para P&D em energia renovável, low carbon, bioprodutos e projetos compensatórios, a Petrobras não quis comentar. A estatal informou que sua estratégia é “maximizar valor por meio do gerenciamento ativo de portfólio, mantendo os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de energia renovável”. Diz ainda que, “para investir nessas áreas no futuro”, planeja aportar “US$ 70 milhões/ ano em P&D para descarbonização e energias renováveis”. Trata-se exatamente do valor anunciado pela gestão Castello Branco em abril de 2020. Ou seja: a estatal continua onde estava há pouco mais de um ano como se o mundo não tivesse mudado – ou como se Joe Biden ainda não tivesse nascido.

Para muitos dentro da companhia, o general Joaquim Silva e Luna estaria refletindo a visão do presidente Jair Bolsonaro. Nessa toada, o governo está desperdiçando a oportunidade de criar uma Petrobras Energia, leia-se uma empresa com largura estratégica, presença nos mais diversos segmentos e, sobretudo, guiada por uma forte visão de futuro. Quando todos os grandes players do petróleo no mundo – entre os quais Total, Shell, BP – buscam diversificar seus negócios e olham para a energia verde, a estatal caminha na contramão. Não basta só descarbonizar. É preciso gerar novas fontes de riqueza. Ressalte que a Petrobras tem conseguido antecipar as suas metas de redução do passivo – somente entre março de 2020 e março de 2021, a dívida bruta caiu US$ 18,2 bilhões. A desalavancagem acima do previsto permitiria que algum quinhão fosse reinvestido em energia renovável.

#Petrobras


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Gás liquefeito

17/05/2021
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O RR apurou que a chinesa State Power Investment Corp (SPIC) tem interesse na compra do terminal de regaseificação de gás liquefeito da Petrobras na Bahia. O objetivo dos asiáticos seria garantir o fornecimento do combustível para duas térmicas localizadas no Porto do Açu, das quais são sócios.

#State Power Investment Corp


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Ponto final

17/05/2021
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, SPIC, TecToy e China Longyuan.


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Ajuste de rota

11/05/2021
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Ontem, às 14h34, a Petrobras soltou um comunicado interno informando que as futuras promoções de funcionários passarão a ser distribuídas de forma igualitária entre todas as diretorias, e não mais proporcionalmente ao cumprimento das metas de cada área. Para bom entendedor, basta ler a edição de ontem do RR, que revelou a insatisfação dos colaboradores da estatal com a política de remuneração.

#Petrobras


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Política de remuneração cria um “apartheid” dentro da Petrobras

10/05/2021
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Se, de fora para dentro, o principal desafio da Petrobras será equilibrar o intervencionismo do presidente Jair Bolsonaro na governança da estatal; interna corporis o general Joaquim Silva e Luna terá uma missão igualmente complexa: levantar o moral da “tropa”. Entre grande parte dos funcionários, há uma crescente insatisfação com o atual modelo de avaliação de desempenho de cada área e, consequentemente, com a política de remuneração variável da companhia. O descontentamento se concentra, notadamente, entre os petroleiros do “chão de fábrica” – leia-se exploração e produção, refino e logística. Trata-se da grande massa de trabalhadores da Petrobras, reconhecida pela sua capacidade de mobilização, tanto interna quanto externa. Este é um fator sensível que muito provavelmente já está no radar do general Silva e Luna, recém-empossado na presidência da Petrobras.

O entendimento entre os petroleiros é que as regras em vigor criaram um sistema segregacionista, que, na hora da divisão do bolo, privilegia as funções corporativas em detrimento das atividades operacionais, aquelas que realmente fazem a empresa existir. O modelo de avaliação de desempenho da Petrobras e de seus funcionários é baseado no balance scorecard. Ao fim do ano, a empresa atribui notas às respectivas áreas com base, principalmente, no cumprimento das metas. Até aí, nada muito distante das melhores práticas corporativas. No entanto, há questionamentos aos critérios de medição. A voz corrente na Petrobras é que os setores administrativos recebem metas mais fáceis de serem cumpridas – e até questionáveis – do que as áreas operacionais. Isso explicaria a goleada nos resultados de 2020, que serviu de base para o último bônus distribuído. Em uma escala de 0 a 5, das 44 gerências executivas, 15 receberam nota máxima, todas elas corporativas. Entre as unidades operacionais, o quadro é distinto. Muitas delas não passaram sequer da nota 4: Refino (3,2), Logística (2,9), Comercialização interna e externa (3,2), Exploração (3,5), Poços (3,9), Libra (3,8), Búzios (3,7), Águas Ultra-Profundas (3,8) e Águas Profundas (3,8).

O scorecard é determinante para definir o “teto” da remuneração variável dos funcionários vinculados a cada uma das gerências executivas. Entre os petroleiros, esse sistema – denominado PPP (Prêmio por Performance) – é visto como draconiano e injusto. Uma fonte do RR informou que o maior problema é que as metas não refletem o verdadeiro retorno das áreas para a empresa. Aqui e ali, já despontam vozes reivindicado o retorno ao tradicional modelo de PL, com divisão mais igualitária dos lucros.

#Petrobras


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Ponto final

10/05/2021
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Funcef, Amazon e LongPing.


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Educação é o novo alvo

27/04/2021
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O Centrão voltou a fazer carga pela saída de Milton Ribeiro do Ministério da Educação. O nome indicado seria o do ex-deputado Mendonça Filho, do DEM, que comandou a Pasta no governo Temer. Atualmente, Mendonça é consultor da Fundação Lemann, pertencente a Jorge Paulo Lemann. Aliás, Lemann é candidato à compra da participação da Petrobras na BR Distribuidora.

#Jorge Paulo Lemann #Milton Ribeiro


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Conversa refinada

26/04/2021
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A holandesa Vitol reabriu conversações com a Petrobras para a compra de ativos em refino da estatal. As duas empresas têm uma relação de idas e vindas. Fisgada pela Lava Jato, a Vitol ficou proibida de fazer negócio com a Petrobras. Recebeu salvoconduto após um acordo de leniência de R$ 232 milhões.

#Petrobras #Vitol


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Ponto final

26/04/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Vitol, Cimento Tupi e LG.


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Especulações a mil no Grupo Ultra

12/04/2021
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A entrada do ex-presidente da CSN e da Cosan, Marcos Lutz, no Conselho de Administração do Ultra tem alimentado especulações dentro do próprio grupo. Sua chegada é vista como uma antessala para mudanças importantes na cadeia de comando da companhia. Lutz seria, desde já, o preferido do próprio Pedro Wongtschowski para assumir o comando do board a partir de 2023, data prevista para a saída do empresário do cargo. No entanto, há também rumores de que ele teria o apoio de acionistas relevantes, a exemplo, do Pátria Investimentos, para assumir a presidência executiva no lugar de Frederico Curado. Nesse contexto, caberia a Lutz acelerar o processo de desmobilização de ativos, como as vendas da Oxiteno e da Extrafarma, e de avançar na área de refino. O Ultra é forte candidato à compra de refinarias da Petrobras.

#Marcos Lutz


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Custo Covid

5/04/2021
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Segundo o RR apurou, a Raízen estaria disposta a pagar algo em torno de US$ 2 bilhões pela Refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), no Paraná. É bem menos do que os US$ 3 bilhões estimados inicialmente pela Petrobras. Mas isso foi pré-pandemia

#Petrobras #Raízen


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Ponto Final

5/04/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Ministério da Saúde, Polícia Federal, Raizen e Petrobras


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Uma degola comemorada na Petrobras

1/04/2021
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A demissão do gerente de RH da Petrobras, Claudio Costa, na última segunda-feira, foi festejadíssima pelos funcionários da estatal, segundo relatos de colaboradores da empresa ao RR. Sem entrar no mérito do motivo do seu afastamento – a suposta venda de ações da companhia dias antes da divulgação de resultados –, Costa tinha um elevadíssimo índice de rejeição entre os empregados. Dois episódios ajudam a ilustrar o porquê do rating tão baixo. Em meados de 2019, Costa encomendou uma pesquisa para mostrar que a Petrobras pagava salários mais altos do que o setor privado em funções correspondentes. Para piorar, divulgou internamente o resultado do estudo como forma de constranger os colaboradores.

Quando a Petrobras fechou seu escritório em São Paulo, Costa reuniu os funcionários da regional para dizer que cortes e demissões eram normais, faziam parte do ciclo de qualquer empresa etc – um discurso talvez aceitável na iniciativa privada, mas absolutamente desconexo da cultura Petrobras. A fala de Costa foi gravada, viralizou entre os funcionários e fez disparar a objeção a ele dentro da companhia.

#Petrobras


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Semente russa

30/03/2021
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A russa Acron estaria em conversações para a compra de uma participação em um dos últimos fabricantes de fertilizantes do Brasil ainda sob controle nacional. Há cerca de dois anos, o grupo do bilionário russo Viatcheslav Moshe Kantor esteve perto de adquirir a unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), mas o negócio ficou pelo caminho.

#Acron


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Governo Bolsonaro lança dúvidas sobre o futuro da BR

23/03/2021
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A BR Distribuidora virou uma bola de pingue-pongue, rebatida de um lado para o outro da rede entre estratégias e interesses conflitantes entre si. Do Palácio do Planalto, surgem vazamentos sobre a ideia de reestatização da companhia. Nesse caso, a Petrobras, que mantém uma participação de 37,5% na distribuidora de combustíveis, seria usada pelo governo para a recompra de ações da BR em mercado. Essa hipótese quica sobre a mesa como um rebote da raquetada do presidente Jair Bolsonaro na governança da
petroleira.

Se é possível interferir na Petrobras, por que não na BR, ainda que a participação do governo na companhia se dê de forma indireta? Pelo silogismo bolsonarista, se a Petrobras é sócia da empresa, está resolvido: “La BR c ´est moi” No sentido contrário, está o projeto de privatização completa da BR, com a venda do restante das ações ainda em poder da Petrobras. Os fundos que coabitam o capital da empresa pressionam por esta solução. Esta, inclusive, seria a principal missão de Wilson Ferreira Junior, que as-
sumiu a presidência da distribuidora de combustíveis na semana passada. Ferreira tem o perfil de embalador de empresas para a privatização, ainda que não tenha alcançado sucesso na Eletrobras.

Na estatal, ele perdeu a viagem. Já na BR, o executivo vem calejado pela arritmia decisória do governo Bolsonaro. No meio dessa troca de bolas de um lado para o outro, o RR recebeu também a informação do interesse da Americanas em ter uma participação expressiva na BR. A rede varejista, ressalte-se, já enxerga o negócio por dentro: firmou recentemente um acordo operacional com a distribuidora no segmento de lojas de conveniência. A compra das ações da Petrobras faria da Americanas o principal acionista individual da BR. A operação significaria o ingresso do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira em um setor extremamente disputado.

Além do varejo per si, com a gestão das lojas de conveniência, Lemann e cia. passariam a competir com Raízen, Ultra/Ipiranga, entre outros menos votados. No mercado especula-se também que a ida de Marcos Lutz para o conselho do Grupo Ultra teria como objetivo a aquisição da BR. Lutz, enquanto esteva na Cosan, era o executivo dedicado a uma operação de compra da estatal. Mas tudo ainda está no campo das conjecturas. Os 37,5% do capital nas mãos da Petrobras indexam o destino da BR aos humores de Jair Bolsonaro.

#BR Distribuidora #Eletrobras #Jorge Paulo Lemann #Petrobras


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Operação-abafa

12/03/2021
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Paulo Guedes tem procurado asserenar os ânimos entre os conselheiros do Banco do Brasil para evitar uma “Petrobras 2”, leia-se a renúncia de integrantes do board após as ingerências de Jair Bolsonaro na instituição.

André Brandão está disposto a deixar a presidência do BB antes do governo definir seu substituto. Virou uma questão de honra.

#Banco do Brasil #Paulo Guedes


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O gás que vem da Bolívia

11/03/2021
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Em meio ao turbulento processo de sucessão, a Petrobras negocia um novo contrato para a importação de gás da Bolívia. O acordo terá validade de três anos. Segundo o RR apurou, o volume negociado será da ordem de 20 milhões de metros cúbicos/dia. Em tempo: de acordo com a mesma fonte, a estatal boliviana YPFB receberá ainda em março cerca de US$ 20 milhões referentes ao contrato temporário firmado com a Petrobras, em vigor neste momento.

#Petrobras


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Ponto final

11/03/2021
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Sama.


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Legado

9/03/2021
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Às vésperas de se mudar para a Petrobras, o presidente de Itaipu, general Joaquim Luna e Silva deu uma última contribuição para aplainar as arestas com o governo do Paraguai. Autorizou o repasse de US$ 76 milhões ao país vizinho, referente à cota dos paraguaios no faturamento da companhia. O valor inclui ainda US$ 37 milhões relativos à compra da energia que o Paraguai não usa.

#Petrobras


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O próximo da fila

1/03/2021
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Em conversas com assessores palacianos, Jair Bolsonaro tem rasgado elogios ao general Paulo Cesar Humberto de Oliveira, presidente do Postalis. Cita, sobretudo, os R$ 400 milhões recuperados para os cofres do fundo de pensão dos Correios. Já, já, Bolsonaro encontra uma “Petrobras” para o militar.

#Correios #Postalis


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Efeito Bolsonaro

26/02/2021
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A intervenção de Jair Bolsonaro na Petrobras segue na ordem do dia. O RR apurou ontem que senadores do PDT e da Rede se mobilizam com objetivo de convocar, para depoimento, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente do Conselho de Administração da estatal, o almirante Eduardo Bacellar Ferreira.

#Jair Bolsonaro #PDT #Petrobras


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Continua de pé?

25/02/2021
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A conturbada sucessão na Petrobras tira o sono dos executivos do Mubadala. A compra da refinaria Landulpho Alves, por US$ 1,65 bilhão, está fechada. Mas, não assinada. Consultada, a Petrobras limitou-se a confirmar a oferta do Mubadala.

#Mubadala #Petrobras


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Petrobras de farda

24/02/2021
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O general Eduardo Garrido Alves está cotado para assumir um cargo na Petrobras. Garrido é colaborador figadal do general Joaquim Silva e Luna, novo presidente da petroleira. Atualmente, dirige o Parque Tecnológico de Itaipu, indicado por Luna. Antes, foi assessor especial do general na Pasta da Defesa. Consultada, Itaipu informou que “não tem condições de confirmar nomeações ou indicações que são prerrogativa do governo federal”.

#Petrobras


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“Frentão do gás”

24/02/2021
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Governadores como Romeu Zema, de Minas Gerais, e Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, articulam com as respectivas bancadas estaduais no Congresso uma espécie de frentão para a aprovação do marco regulatório do gás natural. A Lei do Gás recebeu uma série de emendas no Senado, exigindo nova votação na Câmara. Arthur Lira já disse que o tema é prioridade, mas sem se comprometer com uma data para a votação do projeto. Submersos em uma grave crise fiscal, os governadores querem a Lei do Gás para ontem. A quebra do monopólio da Petrobras na compra e distribuição de insumo é tida como condição sine qua non para a privatização das distribuidoras estaduais.

#Arthur Lira #Romeu Zema


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Estilhaços da intervenção de Bolsonaro na Petrobras

23/02/2021
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  • Até o fechamento desta edição (ontem, às 20h) Paulo Guedes completou 72 horas sem se pronunciar sobre a demissão de Roberto Castello Branco. Muy amigo…
  • Depois do que fez na Petrobras, Jair Bolsonaro não deve estar mais querendo a aprovação da autonomia do Banco Central. Seria a única instância da República em que ele não poderia demitir o subordinado.
  • Ontem, circulou a informação de que Jair Bolsonaro está consultando seu conselho militar em busca do nome de um oficial para a Eletrobras. Não é difícil de entender que a privatização foi para a o espaço.
  • Também ontem, correu no mercado a informação de uma substituição da substituição na BR. Wilson Ferreira Junior, que deixou a Eletrobras e ganhou como prêmio de consolação a presidência da distribuidora, não assumiria mais o cargo. O novo indicado seria o ministro Bento Albuquerque. Sua missão seria tocar uma “nova BR”, com a reestatização da empresa. Segundo informação que circulou em uma grande corretora, a Petrobras compraria, até junho, 15% das ações da distribuidora que pertencem a fundos e bancos internacionais, reassumindo o controle.
  • A possível indicação do almirante Bento Albuquerque para a BR enseja ainda duas interpretações. A primeira é que Bolsonaro quer colocar alguém seu na empresa para fazer política de preços e tarifas dos combustíveis. A segunda é que o presidente pretende abrir espaço no Ministério de Minas e Energia para o Centrão.
  • A explosão de Jair Bolsonaro deverá atingir, ainda que de leve, a cota de Paulo Guedes. O secretário especial da Fazenda, Waldery Rodrigues Junior, está na linha de tiro do presidente.
  • O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, já está espanando a cadeira. Sabe que sua demissão pode não ser agora. Mas será mais à frente, conforme já sinalizou Bolsonaro.
  • Ontem era tido como certo no mercado que o programa de privatização do governo vai ficar restrito à xepa das estatais. A insegurança jurídica alimentada por Bolsonaro é um repelente para os investidores.
  • O que se considerava, ontem, em Brasília é até que ponto a aprovação da PEC Emergencial será suficiente para mitigar o estrago feito com as mexidas conduzidas por Bolsonaro. Tá tudo dominado, mas não por Paulo Guedes…

#Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #Petrobras


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Bolsonaro atira em Castello Branco e bala ricocheteia no ministro Paulo Guedes

22/02/2021
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A forma impolida e desrespeitosa com que o presidente Jair Bolsonaro defenestrou do cargo o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, l coloca o ministro da Economia com um pé fora do governo. Mesmo que seja procedente uma suposta covardia de Paulo Guedes, ligando na madrugada para suplicar que Castello renunciasse da sua posição, os dois estão indexados. Para início de conversa, a intervenção de Bolsonaro na companhia, impondo um subsídio aos combustíveis, vai na mão inversa de tudo o que Guedes vem defendendo.

Na realidade, ela foi “assinada” pelo ministro durante todo o tempo. A medida já seria um bom motivo para que o ministro começasse a arrumar seus apetrechos. Mas digamos que Guedes seja subserviente ao chefe ao ponto de negar o que disse durante toda a sua gestão. Pois bem, vai carregar uma cruz: terá ressuscitado Dilma Rousseff com sua política de intervenção nos preços dos derivados de petróleo – só falta interferir nas tarifas de energia elétrica.

Dilma estará arrastando correntes, à meia-noite, pelos corredores da Petrobras sussurrando que a captura da estatal não foi um episódio exclusivo do seu tempo. Não bastasse isso, a diatribe do presidente cria uma situação de risco jurídico e regulatório que praticamente joga uma pá de cal no plano de desinvestimentos da Petrobras. Quem vai querer comprar um ativo da estatal se a qualquer momento Bolsonaro pode ter um faniquito e cismar de reduzir os preços? Muito provavelmente toda a diretoria deixará a empresa por ocasião da saída de Castello.

O Conselho de Administração ficará em uma situação constrangedora, pois sequer poderá discutir se renovaria ou não o mandato do atual gestor, conforme decisão que seria tomada em sua reunião de amanhã. Melhor acabar logo com o Conselho ou substituí-lo por um colegiado de generais. Se Paulo Guedes não aceitar a humilhação, ao contrário do que vem ocorrendo em sua gestão, teria chegado o momento do ministro da Economia afivelar as malas e voltar à paz do seu apartamento do Leblon.

Castello não é só o executivo mais renomado que Guedes trouxe para o governo como também é a mais perfeita tradução do seu pensamento. Não bastasse, há uma longa história de amizade e colaboração profissional entre ambos. Castello era presidente do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec) nos idos dos anos 80, quando trouxe Paulo Guedes, então na Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex), para o cargo de diretor técnico. Logo a seguir, Castello foi para a diretoria bancária do Banco Central e fez de Guedes seu sucessor.

Ambos estudaram na Universidade de Chicago, uma fraternidade que envolve, além das ideias, a fidelidade entre seus discípulos. Castello tem feito uma gestão elogiada por todo o mercado. Conseguiu domar a fúria da corporação contrária a sua política liberal. Seu projeto sempre foi tornar a companhia enxuta, hiper focada e resistente às intempéries. Não previu que os raios e trovoadas viriam do Palácio do Planalto. Castello foi estorricado. E sua fritura flamba o ministro da Economia. É um desatino escangalhar a Petrobras e afastar o mais próximo colaborador de Paulo Guedes. A não ser que Bolsonaro queira flechar pelas costas o principal ministro do seu governo.

#Petrobras


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Salada internacional

18/02/2021
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Além da norte-americana Diatoms, o Mubadala mantém conversações com investidores chineses interessados em se associar à refinaria Landulpho Alves (RLAM). Os árabes fecharam a compra da RLAM junto à Petrobras na semana passada – conforme o RR antecipou em 29 de janeiro.

#Mubadala #Petrobras


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Último ato

30/01/2021
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A Petrobras vai sacramentar em fevereiro a venda da refinaria Landulpho Alves, na Bahia, para o fundo Mubadala. Os valores giram em torno de US$ 2 bilhões.

#Mubadala #Petrobras


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Ponto final

29/01/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Mubadala e General Atlantic.


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Inimigo meu

22/01/2021
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O empresário Rubens Ometto está engasgado com o vira-casaca de Marcos Lutz. Prestes a assumir uma cadeira no Conselho de Administração do Ultra, Lutz presidiu a Cosan, controlada por Ometto, até abril do ano passado. Tempo suficiente para levar de bandeja para a nova casa informações estratégicas de estudos feitos pelo grupo sucroalcooleiro sobre os ativos em refino da Petrobras. Por coincidência, Ultra e Cosan – por meio da Raízen, joint venture com a Shell – estão duelando pela compra das refinarias Refap, no Rio Grande do Sul, e Repar, no Paraná.

#Rubens Ometto


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Um partido família

13/01/2021
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O governo do Mato Grosso do Sul vai enviar uma comitiva à Bolívia. Missão: negociar a compra direta de gás boliviano, sem depender da Petrobras/TBG. A medida é vista como prioritária para reduzir o custo do insumo e atrair indústrias para o estado.

#Petrobras


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Um pedaço a mais

8/01/2021
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A belga Fluxys já manifestou à Petrobras o interesse em comprar a participação de 51% da estatal na TBG, operadora brasileira do gasoduto Bolívia-Brasil. Os europeus fecharam na última semana a aquisição de outros 27,5% da empresa, que pertenciam à norte- americana EIG Energy.

#TBG


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Ponto final

8/01/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Fluxys e Uniasselvi.


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RR é a melhor vacina contra a desinformação

23/12/2020
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Em meio ao “novo normal” imposto pelo terrível ano de 2020, ao menos um ponto não mudou: o assinante do RR teve acesso irrestrito aos corredores do Poder. Em 20 de abril, um mês após Jair Bolsonaro decretar estado de calamidade pública, o RR foi o primeiro veículo a noticiar os estudos dentro do governo para a criação de uma espécie de “Plano Marshall” brasileiro, um amplo programa emergencial de geração de investimento e de empregos. Poucos dias depois, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, surgiria no noticiário confirmando os estudos e fazendo referência exatamente ao termo “Plano Marshall”. O RR antecipou o flerte entre Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Em 3 de julho, a newsletter informou que Marinho estava montando uma intensa agenda de viagens de Bolsonaro para inaugurar obras no Nordeste, o que de fato ocorreu nos meses seguintes.

O poder em marcha

Em 5 de maio, o RR descortinou o incômodo dentro das Forças Armadas diante da insistência do presidente Jair Bolsonaro em associar a corporação a um discurso de intimidação e de risco de ruptura institucional, tema que ganharia o noticiário nos dias seguintes. O RR também antecipou a importante missão que o general Hamilton Mourão passou a ter no governo: em 22 de julho, noticiou, em primeira mão, que o vice-presidente se tornaria uma espécie de “embaixador do meio ambiente” da gestão Bolsonaro. Em 20 de agosto, o RR publicou, também com exclusividade, que o governo estenderia a “Operação Verde Brasil 2”, prorrogando a presença de militares no combate aos incêndios na Amazônia até o fim do primeiro trimestre de 2021 – o que se confirmaria em novembro.

Militares x “olavistas”

Os assinantes da newsletter tiveram também informações exclusivas sobre a disputa de poder entre os generais palacianos e a ala olavista do governo. Em 12 de maio, o RR cravou que os militares se movimentavam para ter um número maior de assentos no Conselho Nacional de Educação (CNE), tradicional área de influência de Olavo de Carvalho desde o início da gestão Bolsonaro. Em 25 de setembro, o RR revelou articulações para a possível saída do “olavista” Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores. Desde então, o noticiário tem tratado da hipótese de substituição do chanceler. Na última semana, a mídia passou a abordar também a possibilidade de demissão do embaixador brasileiro em Washington, o igualmente “olavista” Nestor Forster, informação antecipada pelo RR em 7 de dezembro.

Laços de família

Em 7 de agosto, o RR revelou que, ao criar o Centro de Inteligência Nacional na Abin, o presidente Jair Bolsonaro estava instituindo um “Family office” dentro da agência, com o objetivo de usar o aparato de Inteligência do Estado em benefício de si próprio e dos seus. Em dezembro, estouraria a denúncia de que a Abin produziu relatórios para Flavio Bolsonaro. Em 8 de junho, o RR informou, com exclusividade, que o deputado federal Eduardo Bolsonaro estava trabalhando para viabilizar o desembarque no Brasil da Sig Sauer, fabricante de armamentos de origem suíça. Mais: a newsletter antecipou as articulações conduzidas com o auxílio do “03” para uma parceria entre a empresa e a Imbel. Três dias depois, o assunto estaria em toda a mídia.

Despedida antecipada

O leitor da newsletter acompanhou de muito perto o processo de sucessão do Itaú Unibanco. Em 9 de setembro, o RR informou que Marcio Schettini deixaria o banco caso não fosse o escolhido para suceder Candido Bracher na presidência. Dito e feito! No início de novembro, preterido em detrimento de Milton Maluhy Filho, Schettini, diretor geral de varejo, anunciou sua saída do Itaú. No dia 9 do mesmo mês, o RR voltou ao tema para detalhar os bastidores da escolha, conduzida pelo próprio Bracher, e o mal estar que ela causou junto aos acionistas do Itaú.

Em janeiro, o RR informou com exclusividade que a Petrobras lançaria um plano de redução de despesas da ordem de R$ 1 bilhão, o que se confirmaria pouco depois. Também em janeiro, a newsletter revelou que Embraer e Boeing haviam desmobilizado um grupo de trabalho que discutia o desenvolvimento conjunto de aeronaves comerciais, apontando a medida como um indício de iminentre rompimento da fusão. Três meses depois, a associação entre as duas companhias foi para o espaço. Ainda sobre a Embraer, em julho o RR antecipou que a empresa estava negociando um empréstimo do BNDES, operação oficialmente confirmada em dezembro.

Em março, o RR foi o primeiro a noticiar os estudos no BNDES para a compra de participações em companhias aéreas, como forma de reduzir os efeitos da pandemia sobre o setor. Menos de 15 dias depois, o projeto se tornaria público, ainda que, na prática, não tenha decolado. Outro furo que veio dos céus foi a notícia de que o empresário David Neeleman, fundador da Azul, venderia sua participação na portuguesa TAP, antecipada pelo RR em 12 de fevereiro. O RR antecipou também o que poderia ter sido uma das maiores operações de M&A do ano no país. Na edição de 26 de agosto, informamos que a Ser Educacional estava levantando recursos para fazer uma oferta de compra do controle dos ativos da Laureate no Brasil.

Menos de um mês depois, a proposta de R$ 4 bilhões estava sobre a mesa dos acionistas do grupo norte-americano. A Ser acabou perdendo a disputa empresarial para a Ânima Educação. Em 5 de novembro, mais um furo no noticiário corporativo: o RR antecipou que os principais acionistas da Qualicorp se movimentavam para comprar o restante da participação de José Seripieri Filho, fundador da operadora de planos de saúde, devido às denúncias de corrupção contra ele. Menos de um mês depois, os sócios da companhia e o empresário fecharam um acordo para a transferência das ações, quase no mesmo período em que o STF homologava a delação premiada de Seripieri.

Cortes no Ministério Público

No dia 8 de dezembro, a newsletter revelou os planos do procurador geral da República, Augusto Aras, para fechar escritórios de representação do MPF e reduzir custos operacionais devido à escassez orçamentária da instituição – informação que acabou confirmada pelo próprio Ministério Público.

Gol atrás de gol

Em 16 de março, o RR informou, com exclusividade, que o início do Campeonato Brasileiro seria adiado por conta da pandemia. Uma semana depois, a newsletter antecipou que os clubes haviam pedido ao governo a suspensão dos pagamentos do Profut, o programa de refinanciamento de dívidas das agremiações esportivas junto à União – medida que seria implantada pouco depois. Que 2021 seja um ano muito diferente em quase tudo, menos na capacidade do RR de entregar a seu assinante um conteúdo qualificado e exclusivo.

#Anima Educação #BNDES #Eduardo Bolsonaro #Forças Armadas #Jair Bolsonaro #Olavo de Carvalho #Qualicorp #Sig Sauer


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Naturgy na disputa pela Gaspetro

14/12/2020
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A espanhola Naturgy reabriu conversações com a Petrobras para a compra da sua fatia de 51% na Gaspetro, holding com participações em 18 distribuidoras de gás. A estatal esteve perto de fechar negócio com a Compass, leia-se Cosan, mas a operação micou após restrições impostas pelo Cade. Em tempo: são grandes as chances de que a Mitsui, dona dos 49% restantes da Gaspetro, também se desfaça das suas ações.

#Cade #Cosan #Gaspetro #Petrobras


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Ponto final

14/12/2020
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Naturgy, Petrobras e Caixa.


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Oferta na mesa

7/12/2020
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Informação que circula na Petrobras: a chinesa Sinopec já sinalizou que vai apresentar uma oferta de compra da refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), no Paraná. O prazo final estipulado pela estatal para a entrega das propostas é o próximo dia 10.

O que se diz na Petrobras é que a Glencore estaria preparando uma oferta de última hora pela refinaria Landulpho Alves, na Bahia. Até o momento, o fundo Mubadala é o candidato mais forte ao negócio, mas a estatal já anunciou que vai receber novas propostas.

#Petrobras #Sinopec


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Ponto final

7/12/2020
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Spic, Centauro e Petrobras.


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As aproximações sucessivas de Bolsonaro e Putin

4/12/2020
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Ainda é cedo para dizer que Vladimir Putin vai ocupar o lugar de Donald Trump como “o melhor amigo do Brasil”. Mas o governo Bolsonaro identifica circunstâncias propícias para uma aproximação com a Rússia. De acordo com uma alta fonte do Itamaraty, já existe, inclusive, uma troca de sinais entre os dois países para uma possível visita do presidente Jair Bolsonaro a Moscou no primeiro semestre de 2021 – se a pandemia permitir. O Ministério das Relações Exteriores vislumbra oportunidades para o Brasil aumentar sua pauta de exportações para a Rússia, notadamente no agronegócio.

Hoje, a balança pende para o lado de lá. Em 2019, o Brasil teve um déficit comercial com a Rússia de US$ 2 bilhões, impactado, sobretudo, pelo embargo à carne brasileira e pela queda das exportações de açúcar. Nesse caso, talvez as cifras sejam apenas um detalhe. Como já ficou provado, a política externa do presidente Jair Bolsonaro vive mais de fantasias e fetiches do que de movimentos efetivos e ganhos econômicos para o país. Na tortuosa lógica diplomática do governo, Putin pode ser um substituto para Trump – como o novo líder global a ser adulado – tanto quanto a aproximação com a Rússia pode funcionar como uma provocação calculada à China.

Recentemente, não custa lembrar, ao fim de uma reunião da própria Cúpula dos BRICS, Vladimir Putin teceu comentários elogios à “coragem” de Jair Bolsonaro. As aproximações sucessivas entre os dois chefes de governo parecem, inclusive, já ter reflexos na estratégia geoeconômica de importantes grupos russos. O RR apurou, por exemplo, que o Acron Group estaria interessado na compra de uma participação na Heringer, fabricante de fertilizantes com 19 unidades de produção, capacidade instalada da ordem de sete milhões de toneladas e faturamento anual superior a R$ 1 bilhão.

Curiosamente, a Heringer já tem um sócio russo, a Uralkali, com quem os acionistas controladores da empresa vivem às turras. No ano passado, por sinal, a Acron negociou a aquisição da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), mas não chegou a um acordo com a estatal. Em outro front, investidores russos, com o respaldo do governo Putin, já assinaram um acordo para a construção de um terminal portuário de uso privado em Arroio do Sal (RS), empreendimento orçado em R$ 3,5 bilhões.

#Jair Bolsonaro #Ministério das Relações Exteriores #Vladimir Putin

Paulo-Guedes


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Quando a pandemia e as privatizações dão as mãos

3/12/2020
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O presidente Jair Bolsonaro nega. O ministro Paulo Guedes, também. Mas a possibilidade de prorrogação do estado de calamidade – que, a princípio, se encerra no dia 31 de dezembro – cresce à medida que os casos de Covid-19 voltam a disparar. Diante dessa hipótese, uma das soluções que se encontram nos tubos de ensaio da equipe econômica seria aproveitar a “oportunidade” e associar o regime de urgência à venda das estatais já carimbadas como privatizáveis, casos dos Correios, Casa da Moeda, Eletrobras, PPSA e Porto de Santos – além de outras empresas que, nessas circunstâncias, poderiam ser trazidas para esse rol.

Os recursos arrecadados não entrariam na receita primária. Eles seriam utilizados para abater a dívida fiscal, indiretamente gerando folga para o aumento do gasto público, notadamente na área de saúde, e para o financiamento de uma possível prorrogação do auxílio emergencial. A essa altura, com a curva da Covid-19 embicando para cima, não se trata de uma discussão ideológica ou dogmática, mas, sim, de uma questão salvacionista do ajuste fiscal. A possibilidade de trazer as privatizações para próximo do estado de calamidade permitiria uma geração de receita capaz de evitar que uma segunda onda da pandemia tenha um efeito absolutamente implosivo sobre a economia brasileira.

Ao mesmo tempo, poderia ser uma redenção para o programa de desestatizações, até o momento um dos maiores fracassos do governo Bolsonaro e da gestão Paulo Guedes. No ano passado, o STF decidiu que privatizações devem ser aprovadas caso a caso pelo Congresso – a exceção à regra é a venda de subsidiárias, caso, por exemplo, das refinarias da Petrobras. No entanto, situações excepcionais exigem soluções excepcionais. Uma saída poderia ser uma lei ordinária nos moldes do que fez, por exemplo, o governo Collor. Na ocasião, a lei no 8.031, de 12 de abril de 1990, criou o Plano Nacional de Desestatizações, autorizando de uma só vez um pacote de privatizações.

Seria uma forma de evitar a necessidade de aprovação do Legislativo estatal por estatal. Caberia ao governo uma articulação com o próprio STF para dar respaldo jurídico à engenharia e evitar questionamentos posteriores. A própria lógica do estado de calamidade cria as situações de exceção para que essas medidas geradoras de recursos para a União possam ser adotadas. Em tempo: PT e PSOL parecem já ter rastreado as intenções do governo. Os dois partidos tentam acelerar a tramitação na Câmara do Projeto de Lei no 2085/2020, de autoria dos deputados Enio Verri (PT-PR) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS). O PL em questão propõe suspender qualquer privatização no país por 12 meses após o fim do estado de calamidade.

#Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #STF


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“Bolsa petróleo”

27/11/2020
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Graças, em grande medida, à Petrobras, o governo do Rio conseguirá quitar em dia o 13o salário do funcionalismo público neste ano. O estado vai destinar integralmente aos servidores a quantia de R$ 1,8 bilhão paga recentemente pela estatal ao Fisco fluminense. O valor envolve um acordo sobre débitos e multas do ICMS sobre as operações de consumo de óleo diesel em plataformas marítimas.

#Petrobras


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O target da Petrobras

6/11/2020
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Internamente, segundo o RR apurou, a Petrobras trabalha com a expectativa de arrecadar até US$ 8 bilhões com a venda de ativos ao longo de 2021 – neste ano, com a pandemia, esse valor somou aproximadamente US$ 1 bilhão. Oficialmente, a empresa informa que não estabelece metas e o valor dependerá das condições de mercado.

#Petrobras


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Bloco na rua

28/10/2020
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A Repsol está interessada na compra da participação da Petrobras (45%) no Bloco Tayrona, no litoral nordeste da Colômbia. Ressalte-se que a estatal colombiana Ecopetrol, dona do restante do ativo, tem direito de preferência.

#Petrobras #Repsol


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Ponto final

28/10/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Ser, Uniasselvi, Grupo Big, Petrobras e Repsol.


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Petroleiros venezuelanos entram no radar da Marinha

20/10/2020
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O Ministério da Defesa e, mais especificamente, a Marinha monitoram uma estranha movimentação de petroleiros provenientes da Venezuela no Oceano Atlântico, próximo ao litoral da Guiana Francesa e da Região Norte do Brasil. Segundo informações obtidas pelo RR, a área de Defesa identificou que algumas destas embarcações estariam navegando com o transponder – equipamento de comunicação e localização – desligado. Trata-se de uma prática que, a priori, sempre levanta suspeições, característica de navios em condições irregulares que querem “sumir” dos sistemas de vigilância. Diante das informações colhidas, o governo brasileiro poderá entrar com uma representação junto à OEA (Organização dos Estados Brasileiros) pedindo explicações formais à Venezuela. Em uma medida mais aguda, embarcações irregulares eventualmente avistadas em águas brasileiras poderiam vir a ser apreendidas pela Marinha. Consultado pelo RR, o Ministério da Defesa não se pronunciou.

A maior preocupação das autoridades é o com o risco de um novo acidente ambiental de grandes proporções que caia novamente na conta do governo brasileiro. As manchas que se espalharam pelo litoral do Nordeste no ano passado ainda respingam na reputação da gestão Bolsonaro. Investigações sigilosas conduzidas pela própria Marinha, com o auxílio da Petrobras, identificaram características do óleo venezuelano na enorme mancha negra que se espalhou por 138 pontos ao longo do litoral dos nove estados nordestinos. À época, duramente criticado pela comunidade internacional pela demora do governo brasileiro em conter o derramamento, o presidente Jair Bolsonaro levantou a suspeita de ação criminosa da Venezuela. Na ocasião, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, acusou “embarcações fantasmas, que navegam em águas brasileiras sem autorização legal”. Em setembro deste ano, o assuntou voltou à tona: durante seu pronunciamento na Assembleia Geral da ONU, Bolsonaro voltou a acusar os venezuelanos pelo vazamento de óleo.

Ressalte-se que os casos de acidente ambiental envolvendo a indústria petroleira da Venezuela têm se acumulado nos últimos meses. O petroleiro venezuelano Nabarima naufragou no Caribe, próximo a Trinidad e Tobago, com uma carga equivalente a 1,3 milhão de barris. Em setembro, uma tubulação da PDVSA rompeu-se, provocando derramamento de óleo também no mar caribenho.

#Marinha #Ministério da Defesa

Acervo RR

Lâmina afiada

19/10/2020
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A Vale está se inspirando no estilo da Petrobras de ceifadora do que vê dentro de casa. Está estudando uma série de corte de ativos e alguma redução na própria carne, para não dizer que não sofreu nada. O RR lamenta as perdas, caso ocorram.

#Petrobras #Vale


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Lâmina afiada

19/10/2020
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A Vale está se inspirando no estilo da Petrobras de ceifadora do que vê dentro de casa. Está estudando uma série de corte de ativos e alguma redução na própria carne, para não dizer que não sofreu nada. O RR lamenta as perdas, caso ocorram.

#Petrobras #Vale


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Reta final

14/10/2020
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A Petrobras vai receber ainda nesta semana as novas propostas pela refinaria Presidente Getulio Vargas (Repar), no Paraná. Grupo Ultra e Raízen disputam o mata-mata final. O martelo deve ser batido ainda em outubro.

#Petrobras #Raízen #Ultra


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Ponto final

14/10/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Minerva Foods, Petrobras, Ultra, Raízen e GM.


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Brookfield avança

4/09/2020
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A Nova Transportadora do Sudeste (NTS), leia-se a Brookfield, tem interesse no projeto de construção de um novo ramal ligando o
gasoduto Gascav, no Espírito Santo, ao Porto do Açú, no Rio. O empreendimento está orçado em aproximadamente R$ 350 milhões, uma gotícula para a Brookfield, que pagou mais de US$ 4 bilhões para ficar com a participação da Petrobras na NTS.

#Brookfield


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Terra fértil

4/09/2020
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A russa Uralkali está em busca de ativos na área de fertilizantes no Brasil. Teria interesse na unidade de nitrogenados da Petrobras em Araucária (PR), que está em hibernação desde o início do ano.

#Uralkali


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Ponto final

4/09/2020
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: CSN, NTS, Uralkali e Petrobras


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Modus operandi

12/08/2020
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O banqueiro Juca Abdalla, dono do Banco Clássico, vem comprando mais e mais ações da Cemig. A julgar pelo que fez na Petrobras, não demora muito e vai tentar ampliar seu poder no Conselho da estatal mineira, onde ele próprio já ocupa um assento. No mês passado, Abdalla foi eleito para o board da Petrobras e ainda emplacou outros dois representantes.

#Cemig #Juca Abdalla #Petrobras


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De grão em grão…

10/08/2020
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A Petrobras está conseguindo um ganho mensal médio da ordem de US$ 5 milhões com o novo formato do contrato de fornecimento de gás da Bolívia para o Brasil, firmado em março. A economia vem, sobretudo, do ato de a estatal boliviana YPFB ter assumido o custo de transporte do insumo dentro daquele país, numa linha de aproximadamente 550 km, de Rio Grande a Porto Suarez, na fronteira com o Brasil. O volume contratado diário varia de 14 milhões de metros cúbicos a 20 milhões de metros cúbicos.

#Petrobras #YPFB


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Solução caseira

7/08/2020
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A Ecopetrol já teria sinalizado à Petrobras que pretende exercer o direito de preferência para a compra da sua participação de 44% no bloco Tayrona, no litoral da Colômbia. O restante do capital pertence à própria estatal colombiana.

#Ecopetrol #Petrobras


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Ponto final

7/08/2020
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Não retornaram ou não comentaram comentou o assunto: Corinthians, CPP, Ecopetrol e Petrobras.


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Fundo perdido

10/07/2020
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A Avianca Brasil, que pediu falência nesta semana, deve mais de R$ 150 milhões à Petrobras, referentes à compra de combustível. É dinheiro que a estatal provavelmente não vai ver mais.

#Avianca #Petrobras


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Ponto final

10/07/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Lojas Riachuelo.


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Fertilizante russo

22/06/2020
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A russa Uralkali tem interesse na aquisição da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). As obras de construção da fábrica estão paradas há seis anos. Quem assumir o negócio terá de gastar, por baixo, uns R$ 7 bilhões para concluir o empreendimento.

#Uralkali


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Ponto final

22/06/2020
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Procurados, os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Uralkali.


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Um pé fora do Uruguai

15/06/2020
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A Petrobras estaria em conversações com a espanhola Disa para a venda de seus ativos no Uruguai. O pacote inclui 88 postos, 16 lojas de conveniência, uma planta de querosene de aviação e um terminal de lubrificantes. A Disa já opera no Uruguai, com a bandeira Shell.

#Petrobras #Shell


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Ponto final

15/06/2020
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Procurados, os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Macau Legend e Advent.


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Habeas corpus para Raupp

5/06/2020
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Os advogados do ex-senador Valdir Raupp (MDB-RO) estudam entrar no STF com um pedido preventivo de habeas corpus. Sinal de apreensão com o julgamento de Raupp na 2a Turma do próprio Supremo, marcado para a próxima terça-feira. Ele e dois assessores parlamentares são acusados, no âmbito da Lava Jato, de ter recebido propina da Queiroz Galvão. Segundo as investigações, o pagamento de R$ 500 mil teria sido contrapartida para contratos firmados entre a empreiteira e a Petrobras.

#MDB #Petrobras #Queiroz Galvão #STF


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Venda casada

2/06/2020
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O governo gaúcho entabula conversas com a Petrobras para a venda conjunta das participações do estado e da Gaspetro na Sul-gás. Seria uma forma de aumentar o valuation do ativo. Mas, como quase tudo, é projeto só para 2021.

#Gaspetro #Petrobras


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Ponto final

2/06/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Governo do RS, Petrobras e Flamengo.


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Muito gás e pouco contrato

11/05/2020
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A boliviana YPFB vem procurando grandes grupos industriais e empresas privadas de geração no Brasil para vender gás a preço de ocasião. Até agora, as boas relações da presidente interina, Jeanine Áñez, com o governo brasileiro não tem adiantado muito. Ressalte-se que a YPFB amarga perdas expressivas com a decisão da Petrobras de reduzir a importação de gás boliviano, no rastro da retração da atividade econômica.

#Petrobras #YPFB


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Santos Dumont

30/04/2020
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Além do combate à Covid-19, o supercomputador Santos Dumont, a serviço da Petrobras, está auxiliando em estudos contra zika, chikungunya e dengue. A estatal cedeu ao Ministério da Ciência e Tecnologia o uso de 60% da supermáquina, instalada no Laboratório Nacional de Computação Científica, em Petrópolis (RJ).

#Covid-19 #Santos Dumont


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Mudanças

24/04/2020
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Parece que Jair Bolsonaro mudou a bandeira da distribuidora (de ideias) do seu “Posto”. Aderiu à Petrobras. Mas a escolha é por aquela estatal de antes do governo Lula.

#Jair Bolsonaro #Lula #Petrobras


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Questão de timing

17/04/2020
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A Petrobras cogita suspender o processo de venda da sua participação de 51% na Gaspetro. A entrega das propostas já foi adiada uma vez – do fim de março para o dia 30 de abril.

#Petrobras


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Ponto final

17/04/2020
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O seguinte citado não comentou o assunto: Petrobras.


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A peça que faltava no mosaico da Petrobras

1/04/2020
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A decisão da Petrobras de criar uma diretoria de logística representa, a um só tempo, o equacionamento de um gap histórico da companhia e uma medida vital para o enfrentamento dos efeitos do novo coronavírus sobre a cadeia do petróleo. A nova área, a cargo do executivo André Chiarini, terá a responsabilidade de integrar todo o processo logístico das operações de upstream e downstream, que sempre funcionaram de maneira isolada, sem necessariamente conversar entre si.
A crise atual exige visão holística. A baixa demanda por combustíveis, no Brasil e no mundo, está elevando os estoques de óleo e seus derivados. A Petrobras já sinalizou a hibernação de unidades de águas rasas e a redução na produção mensal de petróleo em plataformas. Com o agravamento da pandemia e o isolamento da população por tempo ainda indeterminado, o mais provável é que outras atividades sejam paralisadas nas próximas semanas. A redução da carga processada de refino é praticamente inexorável, dadas as curvas de crescimento dos estoques.

#Petrobras


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Terreno infértil

1/04/2020
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Em meio à recuperação judicial, os controladores da fabricante de fertilizantes Heringer têm feito aproximações sucessivas com candidatos à compra da empresa. A russa Acron, que chegou a negociar a aquisição da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), é um nome forte. O problema são as divergências internas. A família Heringer sofre oposição da marroquina OCP, um minoritário (10%) que atrapalha um bocado.

#Acron #Heringer


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Petros alivia seu “ajuste fiscal”

27/03/2020
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Em meio à borrasca que se anuncia na economia, os beneficiários da Petros terão um oportuno alívio no bolso até a última semana de abril. É o prazo estimado pela própria diretoria da fundação para a entrada em vigor do novo plano de equacionamento atuarial. A cobrança da contribuição extra para funcionários e aposentados da Petrobras, realizada desde 2018, prossegue – o “ajuste fiscal” é mais do que necessário cobrir um rombo de R$ 37 bilhões. No entanto, a mordida será menos dolorida: em vez de uma taxa fixa para todos, haverá uma alíquota progressiva, proporcional aos rendimentos dos contribuintes. Faixas menores pagarão menos.

#Petrobras #Petros


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Endereço certo

19/03/2020
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A Petros tem municiado o Ministério Público com novas provas de irregularidades em aportes na Sete Brasil. As flechadas estariam concentradas em Luis Carlos Afonso, ex-presidente da fundação, e Wilson Santarosa, todo-poderoso na comunicação Petrobras no governo Lula – ambos já denunciados pelo MPF. Para o governo Bolsonaro, a “Operação Dedo Duro” contra o passado petista da Petros soa como música.

#Petrobras #Petros


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Queda do petróleo põe estados em uma encruzilhada

10/03/2020
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O jogo da tributação do petróleo, objeto de recente divergência entre Jair Bolsonaro e governadores, mudou. O governo federal deverá
aproveitar a forte queda da cotação do barril – 25% apenas ontem – para propor aos estados que o ICMS cobrado sobre os combustíveis deixe de ser aplicado em cima do valor pago pelo consumidor. A taxação se daria sobre o volume de venda na porta da refinaria. Esse novo modelo funcionaria como um sistema de contrapeso para a inevitável perda que as unidades da federação terão caso a queda do petróleo perdure ao longo dos próximos meses.

Além de funcionar como um hedge para os estados, com essa mudança a equipe econômica deixaria a Petrobras livre para executar sua política de preços. Essa nova forma de tributação eliminaria o problema do carregamento dos preços com impostos quando a cotação do petróleo voltar a subir. O mundo dá voltas. Não faz muito tempo, as discussões sobre o petróleo giravam em torno da alta do preço do Brent.

O consequente aumento dos combustíveis atrapalhava o governo federal, que propôs aos estados a redução do ICMS para evitar que o preço final na bomba ficasse elevado demais. Bolsonaro chegou a bravatear que, se os governadores cortassem o imposto sobre circulação de mercadorias, ele reduziria todos os tributos federais sobre os combustíveis. O assunto acirrou ainda mais a já tensa relação entre o presidente e os chefes do executivo estadual.

Os governadores se recusaram a abrir mão de receita. Agora o panorama está invertido. Com a drástica queda no preço do Brent, que ontem chegou a US$ 33 o barril, a arrecadação de ICMS tende a cair expressivamente. O vento mudou de lado e, agora, talvez os governadores tenham de fazer um mea culpa e estender a mão à Brasília para não assistirem a uma deterioração ainda mais acelerada de suas respectivas contas públicas.

#ICMS #Jair Bolsonaro #Petrobras


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Corrida contra o relógio

10/03/2020
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O governador gaúcho Eduardo Leite considera não ter mais outra opção se não acelerar a privatização da Sulgás. A Petrobras já anunciou a venda da sua participação de 51% na Gaspetro, por sua vez dona de 49% da distribuidora gaúcha de gás. Ou seja: por via indireta, um novo investidor privado passará a ser sócio da empresa. O temor do governo gaúcho é que a operação comandada pela Petrobras esvazie a venda do controle da Sulgás.

#Gaspetro #Petrobras #Sulgás


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Fertilizante russo

3/03/2020
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A Uralkali, do magnata russo Mikhail Prokhorov, desponta como candidata à aquisição da unidade de fertilizantes nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). Além do dote pelo ativo, o comprador terá de desembolsar R$ 600 milhões para concluir a construção da fábrica, paralisada desde 2015.

#Uralkali


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Ponto final

3/03/2020
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: BB, Petrobras e Uralkali.


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Quanto pesa cada integrante do time de Paulo Guedes?

19/02/2020
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Os Chicago´s Oldies e afins que gravitam em torno do ministro Paulo Guedes têm pesos diferentes no ranking de prestígio e aprovação no governo. Guedes universalizou ideologicamente sua equipe. São todos ortodoxos, egressos da universidade de Milton Friedman, mercado financeiro, Ibmec e Instituto Millenium. Destes dois últimos participam, respectivamente, o secretário geral de Produtividade e Competitividade, Carlos Costa, que privou com o ministro na unidade do Ibmec-SP quando ele era o dono da universidade, e Paulo Uebel, secretário geral de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, oriundo do Millenium. Também do Instituto é egresso o secretário de Comércio Exterior e Relações Internacionais, Marcos Troyjo. Com perfil de diplomata, trabalhou com Mario Garnero e Nelson Tanure, empresários que caracterizaram sua trajetória por operações ousadas.

Costa, Uebel e Troyjo mostram serviço e são prestigiados. No ranking da aprovação poderiam estar em um 3° lugar todos os três. O secretario do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, que já estava no governo antes da gestão Bolsonaro e chegou a aspirar a pole position nas categorias de prestígio e aprovação, teve uma queda drástica nos últimos cinco meses. Por pouco escapou a uma
fritura. Deixaria o Tesouro, por qualidade claudicante dos serviços, e cairia para cima, assumindo a diretoria executiva do Conselho Fiscal da República. Guedes, contudo, estancou a saída, brindando-o com a acumulação dos dois cargos. Mansueto poderia muito bem se situar no 5° lugar, com viés de baixa. Na gangorra do ranking estão o secretário de Desestatização e Desmobilização, Salim Mattar, e o Secretário Adjunto da Secretaria Especial de Fazenda, Esteves Colnago.

Mattar desceu para um 6° lugar, sem louvor. Era uma das novidades de Guedes: colocar um empresário para tocar a desestatização. Colnago, ao contrário, tinha pouca visibilidade, imerso na burocracia, mas mostrou grande proficiência e tomou conta do gabinete. Sai de um 7° para um 5°, com viés de alta. Empatados no 2° posto estão o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, e o secretário geral de Fazenda, Waldery Rodrigues Júnior. Os dois são os mastins de Guedes. Autorizadíssimos a falar com a imprensa, são os reis das planilhas com os dados macroeconômicos e de finanças públicas. Defendem o governo com unhas e dentes. Em franco descenso está o presidente do BNDES, Gustavo Montezano. Não acerta uma. Por pouco não foi demitido pelo próprio Bolsonaro, que o conhece desde criança.

Montezano também tem o coração de Guedes. Mas entregar o serviço, que é o que interessa, até agora não se viu. O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, é um quadro anódino. Parceiro de Guedes desde os tempos do Pactual e Chicago Old puro sangue, foi investigado pelo MP no caso Marka – e absolvido, diga-se de passagem – e se especializou em dar declarações defendendo a venda do BB e maltratando seu corpo de funcionários. Mas parece ter aprendido que o silêncio vale ouro, principalmente para quem não sabe lidar com as palavras. Leva um 6° lugar e olhe lá. O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, é exatamente o contrário de Novaes.  Tirou a CEF da condição de instituição abúlica e injetou eletricidade na gestão. Baixou os juros mais do que todos os bancos, demonstrando que é possível adotar a medida com sustentabilidade. Usa das palavras com grande eficiência. Um craque. Vai para o “2,5°” lugar. Empatados na mais alta posição estão os presidentes do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da Petrobras, Roberto Castello Branco. Ambos são sacerdotes do silêncio. Falam pouco, erram pouco. BC e Petrobras não têm mesmo que ficar na ribalta. Castello toca a empresa que nem um violino e conseguiu um feito raro: lidar com a corporação se opondo ao que ela pensa. Campos Neto desabou com os juros e tem se comunicado com o mercado de forma cristalina e na medida certa. Os dois vão para o “1,5º” lugar. A 1ª posição ninguém leva.

#Ibmec #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes


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Santander é uma estrela na Justiça do Trabalho

10/02/2020
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Das 20 empresas com o maior número de reclamações no TST nos últimos 12 meses, nove são do poder público. Quase sempre foi assim, dado o gigantismo de corporações como Petrobras, Caixa e BB. A novidade do período é o Banco Santander, sexto no ranking geral e primeríssimo entre as empresas privadas.

#Banco Santander #Caixa Econômica #Petrobras


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Refinaria

23/01/2020
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A chinesa Sinopec estaria em negociações com a Petrobras para a compra das refinarias Abreu Lima, em Pernambuco, e Landulpho Alves, na Bahia. Nesta última, tem como principal oponente o fundo árabe Mubadala.

#Mubadala #Sinopec

Acervo RR

Refinaria

23/01/2020
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A chinesa Sinopec estaria em negociações com a Petrobras para a compra das refinarias Abreu Lima, em Pernambuco, e Landulpho Alves, na Bahia. Nesta última, tem como principal oponente o fundo árabe Mubadala.

#Mubadala #Sinopec


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Área externa começa a tirar o sono de Paulo Guedes e cia.

23/01/2020
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Os números sobre o crescimento dos investimentos diretos, no Brasil, apresentados em Davos, somente encobrem a preocupação da equipe econômica com a área externa da economia. O aumento de 25% no Investimento Direto no País (IDP), que teria produzido o “feito” de lançar o Brasil para o quarto lugar no ranking mundial dos maiores receptores desses recursos no mundo, ignora que a base de comparação é baixa – em 2018, o IDP teve o menor ingresso desde 2013. Não fosse o petróleo, o país teria tido uma performance sofrível.

O que chama a atenção de Paulo Guedes e cia. são o déficit em transações correntes e a balança comercial, que não refletem os números do IDP, e correm em uma raia própria de mau desempenho. Na balança comercial, o saldo de 2019 foi positivo em US$ 43,32 bilhões, mas 20% abaixo ao registrado no ano anterior, segundo o Ministério da Economia. Na área da conta corrente, o Brasil registrou um déficit em suas transações da ordem de US$ 50 bilhões – no início de 2019 a projeção era de US$ 36 bilhões. Para 2020, o BC prevê um aumento do buraco para US$ 57 bilhões.

A balança comercial e o déficit de transações correntes são imbricados, com a piora da primeira tendo impacto direto no segundo. Quem paga a fatura da conta do balanço de pagamentos é o IDP. Estão na essência dessa preocupação com a área externa as recentes medidas com as quais o governo busca afagar o capital internacional, como acabar com o direito de preferência da Petrobras nos leilões do pré-sal e abrir o mercado de compras públicas a estrangeiros.

O governo brasileiro tem de correr também com a aprovação do fast track, nomeação nas agências regulatórias e legislação para a desestatização. A avaliação mais recente que se tem do país não é empolgante para um governo que pretende fazer do capital externo a alavanca do crescimento nacional. Segundo o ranking da consultoria A.T. Kearney, o Brasil saiu pela primeira vez da classificação dos países confiáveis para o investimento estrangeiro. Estava incluído em todas as edições anteriores do estudo.

#Economia #Paulo Guedes


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Ponto final

23/01/2020
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Procurados, os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Sinopec e Aena.


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Semente de esperança

17/01/2020
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A russa Acron vai apresentar até o fim do mês uma nova oferta para a compra da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). A proposta inclui o pagamento de antigas dívidas. Só o passivo trabalhista deixado pelo antigo consórcio responsável pela construção gira em torno de R$ 150 milhões. As obras estão paradas desde 2014.

#Acron #Petrobras


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Ponto final

17/01/2020
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Acron, Petrobras e Governo do Rio de Janeiro.


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Petrobras corta mais de R$ 1 bilhão em custos

13/01/2020
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O “Chicago Old” mais celebrado pelo mercado, à exceção é claro do hors concours Paulo Guedes, é indiscutivelmente o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco. O executivo acerta em todas as direções e está realizando a proeza de pouco a pouco debelar a resistência da corporação a uma gestão de corte liberal. Do período do seu ingresso na estatal aos dias de hoje, a antipatia do funcionalismo com Castello arrefeceu bastante. Soma para isso seu discurso de valorização da estatal.

Castello é um “mercadolatra”, mas joga para cima a imagem da Petrobras. Pois agora, conforme apurou o RR, o executivo está liderando o que se anuncia como o maior programa de corte custos da história recente da empresa. Já para este ano, está prevista uma redução de despesas gerais e administrativas da ordem de 20%, em termos absolutos algo superior a R$ 1 bilhão. Trata-se de uma economia bem superior à obtida pela gestão de Pedro Parente, mesmo com o apoio da consultoria Falconi e aplicando o incensado método do Orçamento Base Zero. Antes que alguém pense em uma carnificina de empregos – o mais tradicional e, na maioria dos casos, o mais preguiçoso instrumento de corte de gastos –, não haverá demissões em massa na estatal.

Uma parte significativa da economia virá, sim, de programas de desligamentos voluntários ainda vigentes e outros PDVs que estão por vir. Mas haverá, sobretudo, um ataque ao desperdício. A direção da Petrobras estipulou uma meta global de cortes e cada setor ficará responsável por identificar onde poderá reduzir mais suas despesas. As áreas de serviços deverão renegociar ou mesmo encerrar contratos com fornecedores, reduzir custos imobiliários, devolver prédios. A orientação, comum a todos os departamentos, é atacar também os gastos miúdos, tradicionais roedores de grandes somas no acumulado: despesas com viagens, transporte, serviços de telefonia, papel para impressão, material de escritório, assinaturas de jornais (nada a ver com a vendeta de Jair Bolsonaro contra a mídia) etc etc.

#PDVs #Petrobras #Roberto Castello Branco


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AGU contra os petroleiros

16/12/2019
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Vem chumbo grosso para cima dos petroleiros. Além da Petrobras, a AGU vai recorrer da decisão do TST que livrou a Federação Única dos Petroleiros e sindicatos filiados de pagarem multas de R$ 32 milhões. As sanções se referem a paralisações dos trabalhadores da estatal entre 25 e 29 de novembro, consideradas indevidas pela companhia. O dueto Petrobras-AGU chama atenção. Embora a petroleira seja controlada pela União, não é a prática mais comum.

#AGU #Petrobras


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Ponto final

16/12/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Huawei, ADM e Boticário.


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Segunda etapa

13/12/2019
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A franco-belga Engie e o canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec, que compraram 90% da TAG por US$ 8,5 bilhões, já abriram conversações com a Petrobras para ficar com os 10% restantes. A dupla tem direito de preferência sobre o último pedacinho da transportadora de gás.

#Engie


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Ponto final

13/12/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Engie, Caisse de Dépot, Petrobras e Caixa.

Acervo RR

Roleta russa

10/12/2019
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Após a fracassada negociação para a compra da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), a russa Acron tem um novo alvo no Brasil: a Heringer. Em recuperação judicial, a fabricante de fertilizantes estaria avaliada em torno dos US$ 120 milhões. A Acron duela com duas conterrâneas: as também russas Uralkali e Uralchem.

#Heringer #Petrobras


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Refino verde e amarelo

4/12/2019
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Finalistas na disputa pelas refinarias da Petrobras, o Grupo Ultra e a Raízen estariam costurando um consórcio para a compra casada dos ativos. A dupla brasileira tem interesse na Alberto Pasqualini e na Repar.

#Grupo Ultra #Petrobras #Raízen


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A culpa é da Bolívia

28/11/2019
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Não foi apenas o risco de desabastecimento de gás que levou a Acron a desistir da compra da fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). A crise na Bolívia também jogou por terra o acordo que vinha sendo alinhavado entre os russos e a YPFB. Segundo o RR apurou, a estatal boliviana seria sócia na aquisição, com 12%. Agora, a Petrobras volta à estaca zero, em busca de um comprador.

#Acron #Petrobras


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Ponto final

28/11/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Acron.


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Uma apólice contra a crise boliviana

14/11/2019
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No momento que a crise boliviana se torna um fator de risco ao fornecimento de gás para o Brasil, a Petrobras lança mão de um hedge. Está prevista ainda para esta semana a chegada ao porto de Salvador do navio Excalibur, que transporta 138 mil metros cúbicos de gás liquefeito contratado pela estatal junto à argentina YPF. O insumo foi extraído do xisto produzido na Patagônia.

#Petrobras


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Comensalismo

11/10/2019
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A Enauta quer ser satélite da Petrobras na 6ª Rodada de Partilha da ANP, no 7 de novembro, um dia após o leilão de cessão onerosa. Os alvos seriam as áreas de Aram e Bumerangue, na Bacia de Santos. A antiga Queiroz Galvão Exploração e Produção se contenta um cantinho no consórcio, algo como 10%.

#ANP #Enauta


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Sucesso de bilheteria

10/10/2019
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O RR apurou que 14 empresas nacionais e estrangeiras, entre elas a boliviana YPFB e a espanhola Repsol, demonstraram interesse no contrato de transporte de gás pelo Gasoduto Bolívia-Brasil, no vácuo que será deixado pela Petrobras. O acordo entre a estatal e o Gasbol para a passagem de 18 milhões de metros cúbicos/dia se encerra em 31 de dezembro.

#Repsol #YPFB


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Blockbuster da Bolsa

4/10/2019
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A Engie e o fundo Caisse de Dépôt et Placement du Québec, que arremataram a TAG junto à Petrobras, já discutem a abertura de capital da transportadora de gás. Pode vir a ser a maior oferta da bolsa brasileira em 2020; Por baixo, por baixo, o valuation da companhia é estimado em quase R$ 40 bilhões.

#Engie #TAG

Acervo RR

Gás boliviano

3/10/2019
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O governo do Mato Grosso proclamou independência antecipada do monopólio da Petrobras no gás. Está prestes a fechar com a Bolívia um contrato de longo prazo para a compra de energia térmica. O insumo virá de uma termelétrica a gás estatal em Santa Cruz de la Sierra.

#Petrobras


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Gás 1

6/09/2019
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A russa Acron já “quebrou” o monopólio da Petrobras no gás. O grupo, que comprou a unidade de nitrogenados da própria estatal em Três Lagoas (MS), vai entrar pesado na aquisição do insumo diretamente da Bolívia, sem intermediários. O gás é o maior custo estimado do empreendimento, cujas obras ainda serão concluídas pela Acron.

#Acron #Petrobras


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Calendário Maia

29/08/2019
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O marco regulatório do gás, que quebra o monopólio da Petrobras, será votado na Câmara até 15 de setembro. Palavra de Rodrigo Maia para o Palácio do Planalto.

#Petrobras #Rodrigo Maia


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A sina de Três Lagoas

29/08/2019
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A venda da unidade de nitrogenados de Três Lagoas (MS) pela Petrobras para a russa Acron está longe de ser um ponto final nos imbróglios que cercam o empreendimento. Um grupo de aproximadamente 50 fornecedores ainda cobra judicialmente dívidas do antigo consórcio responsável pela construção da fábrica, encabeçado pela Galvão Engenharia e pela chinesa Sinopec. As empreiteiras já teriam reconhecido um passivo da ordem de R$ 140 milhões, mas os fornecedores garantem que o buraco passa de R$ 1 bilhão.

#Acron #Petrobras


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Monteiro em dose dupla

28/08/2019
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O ex-presidente da Petrobras Ivan Monteiro recebeu um convite casado para assumir um assento não apenas no Conselho de Administração da Light, mas também da Cemig, sua controladora. Não custa lembrar que, como diretor financeiro da estatal, Monteiro esteve à frente do processo que culminou com a privatização da BR Distribuidora.

#Cemig #Ivan Monteiro #Petrobras


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Por muito menos já se abriu CPI

22/08/2019
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O próprio presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do governo ficaram indignados com a informação de que a Petrobras seria vendida ainda na atual gestão. Primeiramente porque um assunto de tamanha magnitude política não poderia ser comunicado dessa maneira. Pior ainda seriam as intenções subterrâneas de interferir na Bolsa, chacoalhando as ações da estatal no pregão à vista e no cassino do mercado de opções. Segundo fonte do RR, Bolsonaro pediu providências e rigor na apuração do responsável.

#Jair Bolsonaro #Petrobras


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Mattar embala um plano de privatizações superlativo

19/08/2019
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O secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, José Salim Mattar, está insone, obsessivo com uma única missão: apresentar um pacote de desmobilização de ativos e privatizações “como o país nunca viu” – palavras do próprio. O plano é anunciar as medidas nos próximos dias. A pressão de Bolsonaro para privatização de ao menos uma “estatal pequenininha” é um sinal combinado. Mattar vai entregar bem mais do que isso. Mas que não se espere a venda de nenhuma big company.

É consenso no governo que não há ainda amadurecimento político para a privatização da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica. Mas as subsidiárias e coligadas do BB e da CEF devem seguir o mesmo caminho das empresas satélites da Petrobras, a exemplo da BR Distribuidora. A privatização da Eletrobras são favas contadas. A data da venda da estatal, em 2020, será anunciada ainda neste mês. Por sua vez, o Correios é considerado um estorvo – vai para o pregão das empresas indesejáveis. As novidades virão através dos mercados de valores mobiliários e capitais.

Mattar estuda com carinho formas de securitização de terras e imóveis. A ideia é constituir fundos lastreados pelo menos em parte nos ativos imobiliários, e ofertar cotas a fundos de pensão do Brasil e exterior. Os grandes imóveis e terrenos – existem, inclusive, alguns das Forças Armadas – seriam vendidos em leilões. Está em estudos um surpreendente fundo da Amazônia. Paulo Guedes pediu ao seu secretário inovações. Não quer ficar preso ao modelo clássico de editais e leilões. A ideia é dar agilidade e trazer para o balcão ativos cuja venda nunca foi cogitada. Não custa lembrar, a título de chiste, que o ministro da Economia propôs recentemente a securitização do oxigênio da Amazônia. Virão novidades na área da desestatização, podem apostar.

#Jair Bolsonaro #José Salim Mattar


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Comperj é um caso de polícia

15/08/2019
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A Petrobras fez um segundo pedido ao governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, para que tome as medidas de combate ao tráfico na região do Comperj, no município de Itaboraí. A exemplo das regiões próximas do Jardim Catarina e Salgueiro, o Comando Vermelho (CV) domina a área, impedindo a construção de projetos estruturantes. A estrada UHOS, que liga o píer, na Praia da Beira, ao Complexo Petroquímico, tornou-se uma via expressa do crime.

Por onde deveriam ser transportadas milhares de toneladas de peças, são encontrados grupos paramilitares que lembram as FARCs. Em Itaoca, São Gonçalo, a 18 quilômetros do píer, vasos pressurizadores, torres e reatores, entre outros, aguardam a liberação para atravessar o percurso em direção ao Comperj. Quem manda na região não é o estado, mas o CV. Para Wilson Witzel esse tem sido o pior dos mundos. O governador tem assistido aos investimentos de US$ 13 bilhões já realizados no Complexo Petroquímico se depreciarem, ao mesmo tempo em que os aportes de US$ 57 bilhões ainda a serem realizados ficam cada vez mais distantes.

Segundo uma fonte do RR, Witzel é favorável ao enfrentamento para resolver a situação. Só que o aparelho de segurança do estado não tem poder de fogo e tampouco capacidade de ocupação para evitar que os traficantes, uma vez expulsos, retornem posteriormente. Uma das hipóteses seria chamar os militares novamente para uma “intervenção tópica”, restrita e mais duradoura. Mas é necessário verificar sua viabilidade à luz da Constituição. Enquanto o CV manda e desmanda, os chineses, que já confirmaram sua participação no investimento, vão exercendo a arte da paciência milenar. E dezenas de milhares de empregos ficam voando. Só não vão faltar maconha, cocaína e crack.

#Comperj #Petrobras #Wilson Witzel


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Putin & Morales na terra de Bolsonaro

15/08/2019
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Uma dobradinha “comunista” poderá se formar sob o teto da Unidade de Fertilizantes de Nitrogenados de Três Lagoas (MS). Prestes a comprar o empreendimento da Petrobras por aproximadamente R$ 8 bilhões, a russa Acron estaria em conversações com a boliviana YFB para a sua entrada no negócio. Em troca do fornecimento de gás para a unidade – cerca de 2,3 milhões de m3 por dia – a estatal do país andino assumiria até 30% do capital da empresa. Sempre há o risco de os anticorpos ideológicos de Jair Bolsonaro reagirem à negociação. Mas o presidente da Bolívia, Evo Morales, e Bolsonaro têm trocado alguns afagos recentes.

#Acron #Petrobras


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Mordida nos dividendos

15/08/2019
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Os acionistas da Engie Brasil vão dar sua cota de sacrifício pela compra da TAG junto à Petrobras, operação que chegou a US$ 8,5 bilhões. A empresa vai puxar o freio de mão no pagamento de dividendos. Pela primeira vez desde 2016, não distribuirá 100% dos lucros. A prioridade é conter o crescimento da dívida.

#Engie Brasil #Petrobras #TAG


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Sola gasta

9/08/2019
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A australiana Karoon, que acaba de comprar o campo de Baúna da Petrobras, por US$ 665 milhões, já prepara seu novo tiro no Brasil. Na mira, blocos na Bacia de Santos que serão leiloados pela ANP na 16a Rodada de Licitações, em outubro.

#Karoon #Petrobras


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Campo fértil

31/07/2019
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Além dos R$ 8 bilhões que deverá desembolsar pela unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), a russa Acron planeja investir cerca de R$ 1,5 bilhão para concluir as obras do empreendimento.

#Acron #Petrobras


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Conexão Moscou

16/07/2019
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A russa Gazprom desponta como candidata à compra da participação da Petrobras no Gasoduto Bolívia-Brasil. Em acordo firmado com o Cade, a estatal comprometeu-se a vender sua fatia de 51% no negócio.

#Gazprom #Petrobras


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Ponto final

16/07/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Gazprom, Heringer e CCCC.


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Próximo capítulo

27/06/2019
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Além da oferta de ações da Petrobras, da ordem de R$ 7,3 bilhões, a área de investimentos da Caixa Econômica já trabalha na venda da participação do banco na Alupar, holding de energia e infraestrutura. Serão de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão a mais que deverão ir diretamente para o Tesouro.

#Alupar #Caixa Econômica #Petrobras


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Linha do Equador

27/06/2019
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A Equatorial Energia, leia-se um pool de investidores que vai do BlackRock ao Canada Pension Plan, é candidata à compra da participação da Petrobras na Breitener Energia. A empresa é dona de duas termelétricas em Manaus, com capacidade total de 315 MW. Consultadas, Petrobras e Equatorial Energia Linha do Equador não se pronunciaram.

#Equatorial Energia


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Depois da pedra preciosa, os cascalhos

17/06/2019
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Após concluir a negociação de suas ações na Petrobras, a Caixa Econômica vai abrir o processo de venda da sua participação na Paranapanema. Nesse caso, vai sobrar um troquinho e olhe lá para ser repassado ao Tesouro: a valor de mercado, a fatia do banco gira em torno dos R$ 170 milhões.

#Caixa Econômica #Paranapanema


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Audiência de peso

5/06/2019
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Todos os diretores da Petrobras, sem exceção, estarão hoje em Brasília acompanhando o presidente da petroleira, Roberto Castello Branco, na sessão plenária do STF que decidirá sobre o futuro dos desinvestimentos da estatal. Os votos dos juízes da Suprema Corte podem valer cerca de US$ 45 bilhões em vendas de empresas e ativos.

#Petrobras


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O que Bolsonaro não disse sobre o projeto de atualização do valor dos imóveis no IR

28/05/2019
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O projeto de atualização dos valores de imóveis no Imposto de Renda pode ir muito além do que foi superficialmente soprado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada. O governo tem à disposição um estoque de possibilidades para ampliar o escopo da medida e aumentar o potencial de antecipação de receita tributária, a partir da reavaliação do patrimônio imobiliário declarado no IR. Uma das hipóteses seria estender a proposta a fundos fechados com ativos imobiliários em seu portfólio. Outro manancial considerável são os bancos de terreno de incorporadoras. Neste caso, as empresas do setor teriam duas motivações para aderir à proposta.

Além de pagar um tributo menor no caso de eventual venda de terrenos, as incorporadoras teriam a possibilidade de lançar o reajuste de ativos em balanço como conta capital, o que, na prática, funcionaria como um aporte na companhia. O governo também poderia aumentar consideravelmente a antecipação de receita fiscal com a aplicação da medida sobre imóveis rurais. Além do desconto na tributação sobre o eventual ganho de capital em caso de alienação do ativo, os donos de fazendas, terras e outras propriedades no campo teriam a possibilidade de obter empréstimos bancários em condições mais vantajosas ao oferecer como garantia imóveis com avaliação maior. Há um senão, que precisaria ser avaliado pelo governo.

O valor da propriedade no campo serve como base para o ITR – Imposto Territorial Rural. Ou seja: ao atualizar o preço de seu imóvel no Imposto de Renda, o agricultor ou investidor seria obrigado a recolher automaticamente um tributo maior. Esta “punição” poderia ser evitada com algum tipo de dispositivo ou isenção aos proprietários rurais que aceitassem antecipar o pagamento sobre ganho de capital. Ainda que de forma indireta, a própria União, estados e municípios poderiam se favorecer com a medida. O reajuste de ativos imobiliários beneficiaria, por exemplo, sociedades de economia mista de controle estatal, caso de Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, além de um sem-fim de concessionárias estaduais.

A valorização do ativo seria, por exemplo, uma isca a mais para os investidores em caso de privatização. Por ora, todas estas são opções sobre as quais a equipe econômica pode avançar ou não. Intramuros, o governo sabe que precisa dinamizar a economia de qualquer maneira. A queda nas projeções de crescimento do PIB do próximo ano são dadas como certas, a despeito da aprovação da reforma da Previdência. Os recursos fiscais e extrafiscais para 2020 precisam ser encomendados agora. Todo o empenho no sentido de antecipar arrecadação tributária é pouco diante da conjuntura. É importante ressaltar que, por se tratar de mudança tributária, todas estas medidas não apenas exigiriam legislação específica como entrariam em vigor somente no ano seguinte a sua aprovação.

#Imposto de Renda #Jair Bolsonaro


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Ingerência institucionalizada

27/05/2019
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Após dizimar os patrocínios da Caixa no futebol e determinar que a Petrobras rompa a parceria com a McLaren na Fórmula 1, o Palácio do Planalto mira no Banco do Brasil. O alvo é o contrato com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), de aproximadamente R$ 55 milhões por ano. O acordo vai até o fim de 2020. Mas, no que depender do Planalto, a CBV deverá levar uma cortada antes disso. Não custa lembrar que o presidente Jair Bolsonaro já meteu a colher no marketing do BB ao vetar uma recente campanha publicitária.

#Banco do Brasil


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Conto do falastrão

13/05/2019
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Era uma vez um paladino cantante das mazelas da Petrobras. Representante das maiores distribuidoras de combustíveis do país, o diretor de planejamento da Plural, Helvio Rebeschini, tomou como sua missão a crítica permanente à estatal. Bate no refino, endividamento, excesso de pessoal, intervencionismo, insegurança jurídica, bate até na alma do ex-presidente Ernesto Geisel. Virou folclore esse “Roniquito Chevalier” do setor de distribuição de soprando marimbondos contra a Petrobras. Mas tudo tem seu limite. O diretor da Plural desatinou de defender um corte de 30% dos funcionários da estatal, excedente de pessoal que não faria a menor diferença, segundo suas contas. A história passou a ser contada nos corredores da empresa, passando de algo desimportante a um fato gerador de revolta. Rebeschini ganhou seus minutos de fama. Se ousar uma incursão pela Av. Chile encontrará um monte de petroleiros dispostos a sangrar o combustível da sua garganta matraqueira.

#Petrobras


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Lava Jato em Madri

7/05/2019
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Segundo fonte do Ministério Público Federal, a força-tarefa da Lava Jato prepara um novo pedido de extradição de Rogério Tacla Durán. De acordo com as investigações, empresas de Durán no exterior teriam movimentado cerca de R$ 95 milhões em recursos desviados da Petrobras para o pagamento de propinas. Há cerca de dois anos, o MPF pediu a sua extradição, negada pelas autoridades espanholas. Desde então, ele é considerado foragido pela Justiça brasileira.

#Lava Jato


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Fronteiras fechadas

2/05/2019
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A defesa de Marcia Mileguir, investigada pela Lava Jato, vai recorrer ao STJ. Em março, o juiz Luiz Antonio Bonat, substituto de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal, negou o pedido para que ela viajasse aos Estados Unidos para acompanhar um suposto tratamento médico de seu filho. O “novo Moro” não se convenceu com os laudos e atestados apresentados pela defesa. Desconhece-se a carta que os advogados de Marcia têm na manga para dobrar o STJ. Presa na 56ª fase da Lava Jato, Marcia é acusada de ter participado, ao lado do companheiro David Arazi, de um esquema de corrupção que teria desviado cerca de R$ 67 milhões na construção da nova sede da Petrobras em Salvador.

#Lava Jato #Sérgio Moro #STJ


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“Reforma da Previdência”

10/04/2019
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A Previdência do ex-senador Valdir Raupp está na mira do Ministério Público Federal, que analisa a legitimidade ou não do benefício concedido a ele. Raupp voltou à lista de aposentados vitalícios de Rondônia, na condição de ex-governador do estado. Receberá algo em torno de R$ 25 mil – a pensão havia sido extinta em 2011 pelo então governador Confúcio Moura. Raupp é investigado pela Java Jato. Em dezembro, o próprio MPF solicitou à Justiça o bloqueio de aproximadamente R$ 100 milhões em bens do exsenador para ressarcimento da Petrobras por supostos desvios em contratos.

#Lava Jato #MPF #Valdir Raupp


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Bolsonaro dá um carinhosa freada no discurso de Paulo Guedes

2/04/2019
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É um caso típico do roto falando do esfarrapado. O presidente Jair Bolsonaro e o seu chefe da Casa Civil, Ônix Lorenzoni, se juntaram para aconselhar o ministro da Economia, Paulo Guedes, sobre suas declarações e a melhor condução política para aprovação da reforma da Previdência. Ficou decidido que Guedes vai negociar a mudança nas aposentadorias no Congresso, mas trará a decisão sobre a aprovação dos pleitos para o Palácio do Planalto. O ministro da Economia não será uma chave mestra, que abre as portas do Orçamento quando deveria fechar.

Ele vai ouvir os parlamentares, ponderar e levar as propostas para o grupo palaciano. Segundo a fonte do RR, Bolsonaro disse que Guedes deve se concentrar na Previdência e parar de prometer medidas que afetam antipaticamente diversos grupos de interesse. É a abertura da economia, com a queda das barreiras tarifárias, em uma hora; é mudança na lei do salário mínimo, em outra hora. São ameaças sobre a condução do Sistema “S”, em mais outra.

No momento, o que interessa mesmo são as grandes mudanças institucionais. “Não vai fazer diferença para a economia se o sujeito vai comer um iogurte francês mais barato do que aquele produzido com o leite das vacas de Minas Gerais”, teria dito Lorenzoni. O presidente Bolsonaro e o minitro da Casa Civil recomendaram também como desnecessárias as declarações recorrentes dos desejos liberais mais profundos, tais como a privatização da Petrobras e do Banco do Brasil e a terceirização do funcionalismo público.

Esses sonhos não se tornarão realidade. Pelo menos no horizonte da aprovação das reformas estruturais prioritárias. Paulo Guedes, de acordo com a fonte, assente a todas as recomendações de Bolsonaro e de seu colega de Ministério. Ao contrário do que aparenta em suas perfomances, de perto o ministro da Economia é manso, agradável e ponderado. Mas o próprio Guedes conhece a sua natureza. É difícil conter naquele frasco uma ebulição ideológica, que, tecnicamente correta ou não, vem buscando uma fresta de escapamento há muitas décadas. Bolsonaro, Lorenzoni, Guedes e outros ministros que não fazem parte desse enredo são uma combinação que desafia a lógica dos princípios ativos. Espera-se que os alquimistas estejam chegando.

#Jair Bolsonaro #Onyx Lorenzoni #Paulo Guedes


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A “Lava Jato portenha”

15/03/2019
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Segundo fonte da própria Polícia Federal, novas investigações no âmbito da Operação Descartes, desdobramento da Lava Jato, confirmam que recursos desviados da Petrobras alimentaram um esquema de suborno a autoridades da Argentina. O RR apurou que o doleiro Leonardo Meirelles, ex-sócio de Alberto Yousseff, delatou ao Ministério Público Federal o nome de cinco altos integrantes  do governo argentino que teriam sido beneficiados, a partir de propina que era paga pelo laboratório Labogen. Em março do ano passado, a própria Polícia Federal citou o suposto envolvimento no caso do diretor do Serviço de Inteligência da Argentina, Gustavo Arribas. Procurada, a PF informou que “não comenta a situação de pessoas físicas ou jurídicas que porventura sejam investigadas/mencionadas”. Quanto ao inquérito da Operação Descarte, a instituição disse que “ele se encontra em andamento, em segredo de Justiça”. Também consultado, oMPF informou que a “Operação está em andamento regular e estão sendo realizadas diligências de investigação.” Em tempo: é sintomático que o delegado Elzio Vicente da Silva, que comandou a diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal até o início deste ano, seja o nome mais cotado para assumir o posto de adido da corporação em Buenos Aires – ver RR edição de 20 de fevereiro.

#Lava Jato #Petrobras


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Pedro Parente abrevia sua via crucis na BRF

26/02/2019
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A nomeação do ex-presidente da Petrobras Ivan Monteiro como CFO da BRF é vista na própria empresa como um rito de passagem. O RR apurou que Pedro Parente antecipará sua saída da presidência da companhia, inicialmente prevista para junho. Caberia a Monteiro a missão de substitui-lo, em um déjà vu do que ocorreu na Petrobras. De acordo com a mesma fonte, Parente vai se unir a um grupo de investidores na montagem de um fundo de private equity. A princípio, permanecerá apenas como hairman da BRF. Não chega a ser uma posição confortável se o exemplo mais recente, o de Abilio Diniz, for o modelo de comparação. A mudança na gestão executiva coincide com o turning point da companhia. A BRF terá pela frente um labirinto de negociações com a Justiça e órgãos de controle da República até fechar a Caixa de Pandora da Operação Carne Fraca, que investiga pagamentos de propina a fiscais do Ministério da Agricultura. Segundo a fonte do RR, os próprios advogados da empresa estimam que a negociação do acordo de leniência não estará concluída em menos de oito meses, considerando-se apenas as tratativas com o Ministério Público Federal (MPF). O MPF ainda terá de designar um comitê de investigação para submergir nas entranhas da BRF e conduzir todo o trabalho de apuração dos malfeitos. Após a conclusão dos trabalhos do comitê de investigação do MPF, a BRF ainda será obrigada a implantar um
novo sistema de compliance e higienizar os seus processos internos. Somente, então, poderá ter o sinal verde dos procuradores e sacramentar o acordo de leniência. O enigma é: que BRF existirá ao fim deste calvário? Estima-se que a empresa terá de vender algo próximo a R$ 4 bilhões em ativos para levar seu passivo para um nível razoavelmente palatável – no último balanço divulgado, no terceiro trimestre de 2018, a relação dívida líquida/ebitda era superior a seis para um.

#Pedro Parente #Petrobras


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Comunicação da Vale esconde Fabio Schvartsman

14/02/2019
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A orientação da área de comunicação da Vale ao presidente Fábio Schvartsman é “vamos submergir”. A ideia da companhia é ser mais reativa do que proativa nas notícias sobre Brumadinho, esconder-se dentro de si mesmo como um caracol. A Vale tentou a mesma estratégia quando da calamidade de Mariana. Não conseguiu porque a mídia e a sociedade não deixaram. Na ocasião, as ações de responsabilidade social foram acompanhadas com intensidade. Mas elas deixam como ensino que não basta atenção aos reparos do acidente. A temeridade está no não ocorrido, no desastre encoberto no porvir, em um outro Brumadinho.

O esboroamento da barragem da Vale superou a supertempestade Sandy, no oitavo lugar no ranking dos maiores acidentes por perdas de vida. Sandy, que devastou a Costa Leste americana, em 2012, deixou mais de 100 mortes. Brumadinho praticamente dobrou esses números. É preciso que se cobre a divulgação de cada detalhe do que a companhia está refazendo e ainda mais do que está prevenindo. Um site com o status diário das demais barragens não seria mal. A mineradora chegou a criar um portal exclusivo com a justificativa de atualizar as informações sobre Brumadinho e seus outros reservatórios. No entanto, o que se vê é pura advocacia de tese, notícias e vídeos postados pela companhia com o objetivo prioritário de promover sua autodefesa.

Não há menção às condições das demais barragens, muito menos a medidas que estejam sendo tomadas para evitar novos problemas, mas apenas uma compilação de dados genéricos extraídos de alguma apresentação institucional. O que se esperaria da Vale seria a realização de uma auditoria independente dirigida ao caso e aos riscos de sua repetição em outras barragens. Um benchmarking é a Petrobras. Por ocasião do rompimento do oleoduto n Baía de Guanabara, a estatal contratou a PwC para um projeto de quatro mil ações profiláticas, ao custo de US$ 4 bilhões, com o objetivo não só de pagar  uma dívida, mas de tornar-se uma referência para o mundo.

Um comparativo com a Petrobras: a Vale fez questão de divulgar como uma grande ação a montagem de um call center, com 60 profissionais de comunicação, a maior parte terceirizados, a título de gestão de crise. Serviu a quem faturou pelo trabalho de atender telefonemas e enviar mensagens prontas por computador. A Vale, por enquanto, não passa de um modelo de corporação especializada em desastres em barragens. Nas suas costas pesam mais de 180 mortes, computadas as duas tragédias. Cabe a ela dar garantias sobre o futuro. A Vale tem de falar muito, mas muito ainda. E é bom que melhore a gestão de barragens e a sua comunicação. O RR procurou a empresa em busca de um posicionamento. A assessoria da Vale informou que estava atendendo a várias demandas e que, portanto, não teria tempo de retornar. Apesar dos seus 60 atendentes de plantão.

#Fabio Schvartsman #Vale


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Crônica do adeus ao “lobisomem” brasileiro

11/02/2019
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Morreu aos 96 anos, um velho amigo do RR, Jorge Serpa, provavelmente o mais culto e longevo lobista e advogado de negócios do Brasil. Serpa não operava congressistas ou parlamentares, mas, sim, os donos da mídia e os presidentes da República. Verdade seja dita, tinha também uma queda pelos fundos de pensão e pela Petrobras. Foi a sombra de JK, Jango, todos os generais de 64 e Fernando Henrique Cardoso. “Parei no Lula”, dizia. Recebia os clientes e amigos em um escritório com grossas paredes à prova de som e sem móveis, que ficava em cima do restaurante Mosteiro, nas cercanias da Praça Mauá, Centro do Rio.

Era a toca do “lobisomem”, apelido do nosso parceiro licantropo. O único cômodo mobiliado dos três quartos era o do seu escritório, soturno como um velório na madrugada. Em qualquer conversa Serpa dizia: “Você quer saber isso? Já entendi, meu bem. Deixe comigo, vou falar com ele. Deixa que eu te volto”. E falava mesmo, e voltava mesmo. Tinha talento nato para se fazer despercebido, um personagem muitas léguas aquém do seu folclore. Quase fez Antônio Ermírio de Moraes presidente da República em conspiração com Roberto Marinho, na sucessão de José Sarney.

No início do governo militar, na gestão do general Costa Silva, o ex-vice governador da Guanabara Raphael de Almeida Magalhães foi avisado que Jorge Serpa estava tiritando de frio em uma banheira cheia de gelo, sendo torturado nas instalações da Aeronáutica. Raphael já ia sair correndo quando chegou Walther Moreira Salles ao escritório e estranhou, dizendo que tinha passado no local havia pouco e Serpa estava rindo muito e conversando com três oficiais. Quase ato contínuo entrou um empresário do setor de engenharia de projetos gritando esbaforido: “O Serpa está no pau de arara, está no pau de arara!” Moral da historia: três é o mínimo de versões sobre qualquer episódio envolvendo o lobisomem.

Jorge Serpa terminou ghost writer de todos os presidentes, o que todos suspeitavam, mas ninguém tinha certeza. O que se tinha absoluta certeza era que escrevia os editoriais de Roberto Marinho. Serpa fez muito bem a quem serviu. Pouco mal a quem atravessou o seu caminho. Daria umas das mais apetitosas biografias da República de todos os tempos. Em seu apartamento na Zona Sul mantinha um garrafão cheio de notas e moedas de dólar. Colocava ali para enfeitar.

Mas alguns amigos de passagem, partindo para o exterior, se acostumaram a pegar algum dinheiro para despesas rápidas na chegada da viagem. Outros viam a cena e achavam que era uma brincadeira do dono da casa. Pegavam também uma nota, criando um hábito. Virou um patuá. No que o lobisomem falava: “Veja só… Agora eu ainda tenho que ficar repondo dólares para os outros pegarem.” Jorge Serpa morreu pobre. Foi amigo do RR até o fim.

#Jorge Serpa


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Cide da discórdia

8/02/2019
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Grandes grupos econômicos do país estão atentos à pauta do STJ. A Corte deverá julgar nos próximos dias ação movida pela Ford contra a Fazenda questionando a cobrança da Cide sobre remessas ao exterior para pagamento de serviços na área de tecnologia. Uma decisão favorável à montadora certamente estimulará uma nova enxurrada de ações similares. Em setembro de 2016, o STF declarou a constitucionalidade da cobrança, a partir de recurso impetrado pela Scania. Desde então, espocam questionamentos nas esferas administrativa e judicial aos objetos de incidência da Cide nos casos de remessa de recursos para o estrangeiro. No ano passado, o Carf autuou a Petrobras R$ 17 bilhões, parte deste valorreferente ao não recolhimento do tributo para o pagamento de prestadores de serviços no exterior.

#Ford


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Insper também busca seu lugar ao sol

30/01/2019
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O pessoal do Insper gostaria de colaborar mais com Paulo Guedes, mas ficou difícil azeitar as relações.  Levantaram a bola de André Lara Resende com alguns convites para palestrar. Até Fernando Haddad, professor da instituição, eles promoveram. E tome Ricardo Paes de Barros, Eduardo Gianetti, Samuel Pessoa – este, da FGV, é tido como um insperiano enrustido – e o próprio regente Marcos Lisboa, sem qualquer comentário favorável sobre o superministro. Guedes também esteve por lá. Mas foi engolido a seco como biscoito de polvilho. Não havia nenhuma identificaçãoentre os grupos. O resultado foi o reconhecimento e a nomeação dos economistas da FGV para quase todos os cargos relevantes da área econômica, além da Petrobras, feudos de Paulo Guedes. É a maior concentração de doutores por metro quadrado da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio de todos os governos. Quem poderia descongelar essa relação com o Insper é o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, parceiro de artigos juntamente com Lisboa e Pessoa. Mansueto, entretanto, oportunamente mudou de lado. Quando se pergunta a ele se ele tem disposição para colocar compressas na contundida relação com o Insper, a resposta vem taciturna, meio abafada. “Estou fazendo meu trabalho aqui. Esse assunto não me interessa. É tudo fofoca”, reza o mantra de Mansueto.

#Insper #Paulo Guedes


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De volta para o futuro

22/01/2019
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A diretoria da Petrobras estuda o retorno para a o Edise. Trata-se do imponente edifício sede da estatal, na Av. Chile, que até a administração de Aldemir Bendine era locus do comando da companhia. A gestão de Roberto Castello Branco vai resgatar a melhor tradição, trazendo novamente a diretoria para a sua sede. Sempre foi difícil enxergar o Edise como um prédio oco e destituído do poder de mando dos altos executivos da Petrobras.

#Petrobras


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Um nome de consenso no Conselho da Petrobras

16/01/2019
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A interpretação de que o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Leite de Albuquerque, está expandindo sua influência sobre a gestão da Petrobras devido a indicação do almirante Eduardo Leal Ferreira para a presidência do Conselho de Administração da empresa é ben trovato. Mas não bate com a realidade dos fatos. A indicação do presidente do Conselho foi do Palácio do Planalto. O ministro da Economia, Paulo Guedes, poderia ter sido o presidente do CA, a exemplo do que ocorreu com Guido Mantega. Mas seria um caso de acúmulo de poder de mais e independência de menos. Além do que, a péssima lembrança do ex-ministro da Fazenda à frente do board da estatal ainda está muito fresca. O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, foi ouvido para a escolha do presidente do Conselho de Administração. Suas relações com a Marinha são as melhores desde os tempos de Colégio Naval. Sua posse foi um dos eventos prestigiados com o maior número de oficiais da Força. No seu discurso de posse, Castello Branco fez questão de dizer que o ingresso na Petrobras significava também o seu reencontro com a Marinha. Parecia uma espécie de charada. Mas, com
o tempo, as promoções de ex-oficiais da Armada foram elucidando o pseudoenigma. Cabe ressaltar que o presidente da Petrobras não faz o gênero de pau mandado. Quando aceitou a missão, a pedido de Paulo Guedes, disse que faria o seu melhor, mas se começassem a interferir na sua gestão, pulava fora, imediatamente.

#Minas e Energia


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General Augusto Heleno assume a Pasta da “interação ministerial”

7/01/2019
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O general Augusto Heleno vai assumir mais uma função além das que já exerce no Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Heleno atuará como coordenador da interação ministerial. O objetivo é promover o entrosamento da equipe de colaboradores de Jair Bolsonaro. Trata-se de um reconhecimento de que os ministros e o presidente estão batendo cabeça. O desencontro desgasta a imagem do governo em um momento que deveria ser de bonança política.

O general Heleno tem reconhecida ascendência sobre Bolsonaro. Além do mais, faz parte das suas atribuições acompanhar o presidente em todos os seus compromissos, garantindo sua segurança. Como se não bastasse, Heleno é o comandante da área de Inteligência do governo. Esses atributos concedem ao ministro-chefe do GSI um status privilegiado no núcleo duro do governo. O general também é o decano entre os ministros. Heleno não abre mão de demonstrar sua senioridade. Está presente no debate sobre os assuntos mais díspares na esfera de governo. Agora mesmo promoveu uma reunião para discutir se a correção do preço diesel deve prever a prática de subsídios ou se a melhor opção seria o uso da CIDE para equalizar os preços dos combustíveis.

É uma questão que a princípio não lhe é afeita. A área de abrangência e escopo do novo trabalho do general Heleno, a princípio, encontra alguma similitude com o modo de acompanhamento que o general Golbery do Couto e Silva fazia da equipe de ministros no governo Geisel. Golbery atuava “desentortando” posicionamentos intra e inter ministérios. Heleno vai adentrar em domínios que a princípio pertencem ao ministro da Casa Civil, Ônix Lorenzoni, que chegou a ser cogitado para a missão. Sua performance recente, contudo, confirmou que ele faz parte do problema e não da solução.

Lorenzoni é um destacado headbanger no “Conselho de Governo”. Bate coco contra coco com Bolsonaro e Paulo Guedes. Ficará mais voltado à coordenação política, sua praia de origem. O desafio a ser enfrentado pelo general Heleno é superlativo: amortecer a incontinência verbal do presidente e o enrosco de ditos e contraditos dos ministros. Na última sexta-feira, Onyx Lorenzoni veio a público dizer que o presidente “se equivocou” ao citar a possibilidade de aumento do IOF.

Bolsonaro, o “equivocado”, tinha desautorizado Guedes ao anunciar idades mínimas diferentes para a reforma da Previdência. Guedes se recolheu em prudente expectativa. Tudo errado. Na campanha, Bolsonaro e seu “Posto Ipiranga” deram declarações conflitantes sobre privatizações, notadamente em relação à Petrobras e à Eletrobras. Em outro caso com grande repercussão, o então candidato a presidente negou a criação de uma “nova CPMF”, hipótese cogitada por Guedes em encontro com investidores.

À época, Bolsonaro disse que seu futuro ministro cometera um “ato falho”. Guedes, por sua vez, disse que Lorenzoni deveria tratar da área dele e não ficar falando sobre economia. Enfim, essa é a dodecafonia do governo. Caberá ao ministro do GSI carregar e afinar o piano ao mesmo tempo. Na bolsa de apostas, as dúvidas sobre o sucesso da empreitada são esmagadoramente majoritárias. Porém, é indiscutível que Heleno é quem está mais preparado para a missão. A título de brincadeira vale aqui contar uma gozação que está sendo feita entre os amigos do general Augusto Heleno. Trocaram a hashtag “Ele não” por “Helenão”.

#Augusto Heleno #Jair Bolsonaro


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Privatização da Eletrobras é a sintonia perfeita

4/01/2019
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, bem pode estar recitando curtos solilóquios que demonstram o seu estado de espírito. Um deles seria: “Vinde a mim sucesso pertencido”. Uma dessas muitas vitórias foi determinada pelo destino: a indicação do almirante Bento Albuquerque para ministro de Minas e Energia. Albuquerque era a peça que faltava para amalgamar a privatização da Eletrobras e amolecer as resistências que ainda existem no governo contra a venda das maiores estatais. O recado é soberba pura: Bolsonaro disse que não venderia a Eletrobras. Pois bem, agora ele aceita privatizar a companhia.

Bolsonaro disse que não se desfaria da Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica. Será? Guedes tomou conhecimento com antecedência da posição do almirante. As conversas se deram em meio à troca de informações sobre a complexa gestão e áreas de influência da Petrobras. O ministro da Economia queria eliminar qualquer ruído pelo fato de ter nomeado o presidente da estatal, Roberto Castello Branco. O almirante Albuquerque é o dono do setor. Ponto final. A identificação do presidente da Petrobras com o ministro remete à Marinha.

Ontem, em seu discurso de posse, Castello Branco fez questão de ressaltar sua passagem pelo Colégio Naval. A coincidência de pensamento em relação ao futuro da Eletrobras, estimulado pela evidência de que a empresa está financeiramente com a língua de fora, alinhou os ministros da Economia e de Minas e Energia, fortalecendo a argumentação para que o presidente Bolsonaro recuasse em sua posição contrária. A calda do pêssego foi a confirmação da permanência de Wilson Ferreira Jr. na presidência da Eletrobras.

A primeira função de Ferreira Jr. será vender a empresa; a segunda, vender a empresa; e a terceira, vender a empresa. A operação tanto pode ser uma privatização hard, com a transferência para um novo controlador, ou uma privatização soft, com a capitalização da empresa através do modelo corporation. O certo é que ela ocorrerá. Os entendimentos iniciais levam a crer que a área nuclear será separada da Eletrobras e inteiramente reestruturada. Os pruridos foram mitigados.

É possível, inclusive, a formação de uma joint venture com capital estrangeiro e gestão a cargo da Marinha. Bolsonaro tem planos especiais para o setor. Vale reiterar que o almirante Albuquerque exerceu os postos de diretor geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha e diretor do Programa de Submarinos da Força. Nesse ínterim, há sinalizações de que o 3G Radar permanece candidatíssimo à compra da Eletrobras. O fundo fez chegar a Paulo Guedes que, inclusive, estaria disposto a participar em modelos menos convencionais de privatização. Jorge Paulo Lemann, que hoje é um minoritário do 3G Radar, também colaborou acenando com o seu apoio. Pelo lado do capital estrangeiro, a italiana Enel já teria assoprado o seu interesse. Parece que os astros conspiram para transformar em realidade os sonhos mais lindos do ministro da Economia. A começar, quem diria, pelo presidente Bolsonaro, todos tocam de ouvido a mesma sinfonia privatizante.

#Eletrobras #Ministério de Minas e Energia #Paulo Guedes


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As relações perigosas do governador João Doria

26/12/2018
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Se João Doria pretende seguir à risca a máxima da mulher de Cesar, não apenas sendo, mas também parecendo honesto, é provável que ele tenha de fazer algumas escolhas já no início do seu mandato. Antes mesmo de sua posse, o futuro governador tem sido alertado por assessores sobre o risco potencial embutido em antigos vínculos pessoais e empresariais. São relações que caminham no fio da navalha entre o público e o privado. Uma das ameaças à reputação da gestão Doria atende pelo nome e sobrenome de Sergio De Nadai. O empresário é amigo pessoal do governador eleito e, até o último dia 12, era presidente do Lide Solidariedade, o braço social do Grupo Lide, fundado por Doria.

De Nadai é dono da Convida Refeições, que já teria fechado mais de R$ 100 milhões em contratos com o governo paulista e hoje presta serviços para três das Secretarias do estado: Educação, Saúde e Planejamento e Gestões. Foi citado nas investigações sobre o suposto desvio de recursos públicos no fornecimento de refeições para a rede pública de ensino de São Paulo no governo Alckmin, que ficou conhecido como “Escândalo da Merenda”. Acordos de prestação de serviços da Convida Refeições com o governo paulista vencerão durante a gestão Doria.

É o caso do contrato 02/2018, com a Secretaria de Educação, que envolve “Manipulação de alimento e preparo de refeições para a distribuição aos alunos da rede pública estadual”. No valor de R$ 5,5 milhões, expirará em julho de 2020. Por meio da assessoria de imprensa da Convida Refeições, Sergio de Nadai confirma a relação de amizade com João Doria. A empresa diz que é “membro associado do Grupo Lide, mas não faz nenhum apoio aos eventos deste Grupo.” Consultada sobre os serviços prestados em São Paulo, a companhia diz que “as informações sobre seus contratos são sigilosas e não é procedimento da empresa divulgar valores”.

A Convida confirma que é “fornecedora do Governo do Estado de São Paulo, entre outros clientes do setor público.” Recentemente, a companhia de Sergio De Nadai teve seu nome envolvido em outro episódio rumoroso. Graças a uma liminar, a Convida ganhou uma licitação da Petrobras no valor de R$ 324 milhões para fornecer serviços de alimentação em plataformas da estatal. No entanto, a própria petroleira tenta anular a concorrência na Justiça. A Petrobras alega que a empresa não cumpriu os requisitos e não se enquadrou ao seu programa anticorrupção.

Em relação à estatal, a empresa de Nadai diz que “não tem como procedimento comentar sobre questões judiciais referentes a processos de licitações, e enfatiza que seu Grau de Risco de Integridade (GRI) perante a Petrobras está adequado e dentro da normalidade”. Outro caso que provoca apreensão entre os assessores de João Doria é o da Gocil Segurança e Serviços. A empresa mantém um contrato com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano de São Paulo, no valor de R$ 48 milhões. O aditivo em vigor expirará em 13 de julho de 2019, quando o governo paulista poderá estender o contrato mais uma vez ou realizar uma nova licitação. A Gocil é parceria do Grupo Lide.

Na primeira semana de novembro, a empresa de vigilância foi uma das patrocinadoras do 23o Meeting Internacional realizado pelo grupo em Cusco, no Peru. O dono da Gocil, Washington Cinel, também é amigo pessoal de Doria. Procurada, a Gocil diz que “a princípio, não vê nenhum conflito de interesses, uma vez que o Sr. João Doria informou a todos os filiados do Lide o seu desligamento por completo” para seguir carreira política. O Lide, por sua vez, ressalta que “a Gocil é cliente do Grupo Doria desde setembro de 2005, muito antes do ex-presidente deste grupo iniciar sua vida pública”. O mesmo se aplica à Convida Refeições, “cliente do Grupo desde agosto de 2003”. O Lide reforça que “Doria se desligou totalmente da empresa, profissionalizou a gestão e passou o controle acionário aos filhos.” Os adversários do governador, tanto fora quanto dentro do próprio PSDB, não deverão se contentar com esse argumento.

#João Doria


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Fertilizante entra no radar do governo Bolsonaro

13/12/2018
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O governo Bolsonaro quer estimular a criação de consórcios entre mineradoras e grandes grupos agrícolas para explorar reservas de potássio, cálcio e magnésio. A medida atenderia a dois objetivos: de um lado, reduzir o déficit comercial e a dependência brasileira de matéria -prima importada para a produção de fertilizantes: do outro, diminuir a concentração de preços do setor. Assessores dos ministros de Minas e Energia, Almirante Bento Leite, e da Agricultura, Tereza Cristina, iniciaram estudos para avaliar o potencial de exploração de reservas de potássio, cálcio e magnésio no Mato Grosso e na Bahia.

Praticamente todas as jazidas ficam próximas a áreas de plantio. Um amplo trabalho de zoneamento agrogeológico realizado pela Embrapa e pelo Serviço Geológico do Brasil/ CPRM foi apresentado à futura equipe da Pasta de Minas e Energia no último dia 4, em seminário fechado na sede do Ministério, em Brasília. O setor de fertilizantes é uma prioridade nacional que vai e volta há mais de quatro décadas. Já foi predominantemente de controle estatal, com a Vale e a Petrobras.

Esta última deixou o segmento, regressou e agora mesmo flerta com a porta de saída novamente. Nesse vai e vem, tudo continua como dantes. Desde a década de 90, com as privatizações no setor, o grau de concentração da indústria tem se acentuado cada vez mais. Apenas quatro empresas – Mosaic, Yara, Fertipar e Heringer – dominam 70% da produção de fertilizantes e consequentemente controlam os preços do mercado. Ao mesmo tempo, o déficit comercial do país no setor segue nas alturas. O Brasil importa 95% do potássio, 83% do nitrogênio e 60% do fosfato utilizados no mercado doméstico.

#Jair Bolsonaro #Ministério de Minas e Energia


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Caixa Econômica na mira do privatista Paulo Guedes

13/12/2018
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O futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, está disposto a relançar pela enésima vez a tese de que o país não precisa ter duas mega instituições financeiras estatais; e que pode muito bem privatizar uma delas. Estamos falando da Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, primeiro e segundo lugar no ranking de maiores instituições pelo critério de ativos financeiros. Desde o governo Collor, vai e volta, a ideia surge em algum lugar. Passou por FHC, por Lula e, mais recentemente, foi defendida por Henrique Meirelles.

Agora mesmo, na era Jair Bolsonaro, já surgiu algumas vezes com colorações diferentes. Primeiro, foi no afã privatista de Guedes, que queria se desfazer da Petrobras, CEF, Eletrobras e tudo mais o que estivesse pela frente. Bolsonaro fechou a porta para os excessos do ministro. As principais estatais não seriam privatizadas. Depois, Guedes cometeu uma inconfidência: comentou com um amigo e dirigente do sistema financeiro que queria ver o Bank of América Merrill Lynch associado ao Banco do Brasil. Ou seja: o Estado brasileiro venderia a sua parte. Ninguém mais sério quis comentar o desvario.

Agora, Guedes voltaria a mirar o seu alvo. A bola da vez seria a CEF. Qual o motivo? A União tem 100% do capital da instituição. Portanto seria mais dinheiro para redução da dívida pública bruta. Uma lufada de ares privatistas colaboraria para higienizar a CEF, uma instituição cercada de interesses políticos por todos os lados. Guedes também quer se livrar da coleção de riscos bancários. Prefere ficar, na área comercial, com o BB – se pudesse não ficava com nenhum. A CEF volta e meia precisa de injeções de capitalização do governo. Seu maior ativo é a vasta rede bancária. A proposta de vitaminar o BB em paralelo com a venda da CEF pode ser um estímulo para sensibilizar Bolsonaro que, no caso das instituições financeiras, reduzir é aumentar, mesmo que por via transversa. Se Guedes emplacar essa, vai para a galeria dos ministros que quebraram paradigmas.

#Caixa Econômica Federal #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes


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Ponto final

7/12/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Murphy Oil e Invepar.


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Combustível aditivado

3/12/2018
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Nem a ANP consegue entender a razão pela qual o preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras caiu quase 20% em novembro, ao passo que nos postos a redução foi de apenas 3,3%. BR, Raízen e Ipiranga, que controlam 70% do mercado, já foram cobradas pela agência a dar uma explicação. No entanto, andam a passos de cágado, como se não tivessem como justificar a discrepância entre os índices. Procurada, a BR “confirma que recebeu o pedido de informações da ANP e responderá no prazo”. Raízen e Ipiranga não quiseram se pronunciar.

#ANP #BR Distribuidora #Ipiranga #Raízen


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Acron aduba seu Plano B no Brasil

27/11/2018
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A russa Acron tem interesse em assumir as três fábricas de mistura de fertilizantes que estavam arrendadas à Heringer e serão desativadas em 2019. A operação soaria como uma espécie de prêmio de consolação diante da dificuldade do grupo em comprar a unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS), um negócio estimado em mais de R$ 3 bilhões. As negociações esbarraram na liminar do ministro Ricardo Lewandowski, condicionando a venda de ativos estatais à autorização pelo Congresso Nacional.

#Acron


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Está chegando a hora da onça beber água

26/11/2018
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O grande desafio do governo Jair Bolsonaro no ano da graça de 2019 não será a reforma da Previdência, que representará, sem dúvida, um tento, mas já está dada como pré-condição para o ajuste fiscal. O teste de força será a apresentação, nos primeiros seis meses do ano, da “agenda do incômodo”. São as medidas que baterão de frente com os grupos de interesse e lobbies mais poderosos do país. O RR considera que são três os maiores espinheiros: a desregulamentação, que envolve cortes de subsídios, renúncias fiscais, barreiras tarifárias e desonerações tributárias; o choque anticorporativista, que prevê alterações no fim da estabilidade dos cargos do funcionalismo público, demissões, um pacto pela produtividade, mudanças no Sistema S, entre outras medidas dolorosas; e o ajuste fiscal dos estados e municípios. É no interior desse mosaico que será capturado o complemento para zerar estruturalmente o déficit primário. As privatizações maciças são mais um discurso de campanha, já que a equipe econômica sabe que não é simples a venda de estatais a granel. Mas empresas vinculadas às estatais poderão ser vendidas sem a burocracia das licitações clássicas, tais como os ativos de distribuição e refino da Petrobras e subsidiárias do Banco do Brasil. Os grupos de interesse já estão se movendo para defender os seus territórios. Algumas federações de indústria já buscaram dar o seu apoio de praxe, para depois negociar alguns pontos. Isso teria provocado, inclusive, algumas rachaduras entre essas entidades. Espera-se que os cortes e fim das tarifas alfandegárias estejam vinculados, em alguns casos, a contrapartidas do aumento da produtividade. Haveria métricas próprias e prazos para que fossem cobrados os compromissos, algo que nunca foi feito nesses de distribuição farta de benefícios.

#Jair Bolsonaro #Petrobras


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Bom augúrio

26/11/2018
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Hoje, às 8h, o futuro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, adentra o gramado da companhia. Bom augúrio para a estatal.

#Petrobras


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Empreiteira à venda

22/11/2018
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Os acionistas da Galvão Engenharia abriram conversações para a venda de parte ou mesmo do controle do grupo. Um dos candidatos é a China Communications Construction Company, que comprou 80% da Concremat. A Galvão carrega as chagas da Lava Jato. Segue no índex da Petrobras e ainda tenta fechar um acordo de leniência com o TCU.

#Galvão Engenharia


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Um combustível para o conteúdo local?

13/11/2018
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Diante da intenção de Jair Bolsonaro de reduzir a exigência de conteúdo local na área de óleo e gás, um dado curioso: fabricada integralmente no Brasil, a plataforma P-66 tornou-se neste mês a maior produtora do pré-sal, batendo as marcas de 148,3 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. Por sua vez, a P-67, concluída no estaleiro Modec, da China, só deverá entrar em operação no fim de dezembro, um ano e meio depois do que previa o cronograma original da Petrobras. O equipamento chegou ao Brasil com problemas no flare (mecanismo de queima de gases e líquidos eliminados durante o processo de exploração) e no sistema de ancoragem. Estima-se que o atraso no início das atividades da P-67 tenha representado um prejuízo de aproximadamente R$ 5 bilhões para a Petrobras. Procurada, a estatal confirmou que a plataforma está sendo deslocada para o Campo de Lula e iniciará suas atividades ainda neste ano. Sobre o valor das perdas, com a P-67, a companhia diz “não ter essa informação”.

#Jair Bolsonaro #Modec #Petrobras


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O semiárido da Petrobras

7/11/2018
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Segundo o RR apurou, a russa Acron ameaça retirar a oferta de US$ 800 milhões pela fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS) caso a estatal não destrave a operação até dezembro. O problema atende pelo nome Ricardo Lewandowski: o ministro do STF suspendeu a venda de ativos da Petrobras, condicionando-a à autorização do Congresso.

#Acron #Petrobras


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Ponto final

7/11/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Acron, Petrobras e Volkswagen.


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Cessão onerosa ganha seu “fast track”

6/11/2018
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O ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, futuro responsável pela Casa Civil, passou o dia de ontem em tratativas com o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, para garantir que a Casa vote ainda nesta semana o Projeto de Lei 78/20180. Trata-se da proposta que permite à Petrobras negociar até 70% dos cinco bilhões de barris de petróleo a que tem direito de explorar no pré-sal, por meio da chamada cessão onerosa. Paulo Guedes conta com os recursos que jorrarão da operação para abater o déficit fiscal. Por ora, a previsão de arrecadação ainda é dispersa: vai de R$ 30 bilhões até R$ 100 bilhões. O novo governo tem importantes aliados na causa. Grupos estrangeiros de óleo e gás também fincaram suas plataformas de lobby no Senado para acelerar a votação do PL. Os líderes dos partidos da base aliada já aprovaram um requerimento de urgência para a matéria entrar em pauta.

Por falar em cessão onerosa, Onyx Lorenzoni tem usado de todo o seu prestígio junto a Jair Bolsonaro para que o deputado José Carlos Aleluia, autor do PL 78/2018, assuma o Ministério de Minas e Energia. Correligionário de Lorenzoni no DEM, Aleluia não conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados. Pesa contra ele a manifesta disposição de Bolsonaro de montar um Ministério higienizado, sem condenações ou mesmo suspeitas de atos ilícitos. Aleluia foi citado na Lava Jato pelo suposto recebimento de R$ 300 mil, via Caixa 2, para a sua campanha eleitoral em 2010.

#Casa Civil #Onyx Lorenzoni


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Custo Comperj

29/10/2018
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Petrobras e China National Petroleum Corporation (CNPC) vão ter de gastar mais do que o previsto para terminar as obras do Comperj. Segundo o RR apurou, a própria estatal já trabalha com uma estimativa da ordem de US$ 3,5 bilhões para a conclusão das obras. As projeções iniciais orbitavam em torno de US$ 2,5 bilhões.

#CNPC #Comperj #Petrobras


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Ponto final

29/10/2018
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Polícia Federal, Cemig, State Power e Andrade Gutierrez.


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Dinheiro para Lula

19/10/2018
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A portuguesa Petrogal deverá investir algo em torno de 200 milhões de euros no megacampo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos, onde é sócia da Petrobras. O Brasil vale quanto pesa nos barris do grupo: já responde por quase 90% de toda a produção de óleo dos portugueses no mundo.

#Petrobras


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Fio de esperança

16/10/2018
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A Uralkali, uma das maiores fabricantes de fertilizantes da Rússia, manifestou à Petrobras interesse na compra das fábricas de nitrogenados da Bahia, Sergipe e Paraná. Os ativos mofam sobre o balcão há mais de um ano.

#Petrobras


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Ponto final

16/10/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Laureate, Ilumno, BRF, Petrobras e Bimbo.


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Petrobras acelera venda de refinarias no Nordeste

15/10/2018
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A Petrobras trabalha para fechar ainda neste ano a venda de ativos na área de refino. Segundo o RR apurou, as negociações mais avançadas envolvem a transferência do pacote Nordeste, leia-se a participação de 60% nas refinarias Landulpho Alves (Bahia) e Abreu Lima (Pernambuco). De acordo com informações filtradas da estatal, do outro lado da mesa estariam a National Iranian Oil Refining and Distribuition Company (Niordc) e a chinesa Guangdong Zhenrong Energy – esta última envolvida também no projeto de construção de uma refinaria no Ceará. A operação é estimada em aproximadamente US$ 2 bilhões. Assim como no caso da venda da Transportadora Associada de Gás (TAG), a estatal pretende utilizar um dispositivo da Lei do Petróleo (9.478) que permitiria a negociação, apesar da liminar do STF que condiciona a alienação de ativos da Petrobras a um aval do Congresso. O timing da negociação dos ativos de refino ganha ainda mais importância diante dos sinais trocados que têm saído do QG de campanha de Jair Bolsonaro, líder nas pesquisas eleitorais. No mesmo dia em que o candidato, surpreendentemente, falou em limitar as privatizações na área de energia, coube ao aliado Levy Fidelix, presidente do PRTB, correr para “tranquilizar” os investidores, afirmando que a venda de participações da Petrobras em refino seria mantida. Não foi o suficiente para evitar que a companhia perdesse R$ 12 bilhões em valor de mercado em um só pregão.

#Petrobras


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Ponto final

15/10/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Niordc e Guangdong  Zhenrong.


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Ressurreição do Comperj

5/10/2018
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O RR apurou que o plano de investimentos da China National Petroleum para o Comperj chega a R$ 6 bilhões. A Petrobras agradece.

#Comperj


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Gritos do silêncio

1/10/2018
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Após a repentina saída de Walter Mendes do comando da Petros, ficam todos combinados: até o fim do governo, não se fala mais na cobrança dos valores que a Petrobras deve ao fundo de pensão, calculados em mais de R$ 12 bilhões. E, assim, tanto o nº 1 da estatal, Ivan Monteiro, quanto o presidente interino da Petros, Daniel Lima, garantem um suave fim de mandato.

#Petros


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BTG busca outra porta de saída da África

26/09/2018
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O encerramento das tratativas entre o BTG e a Vitol para a venda de 50% da PetroÁfrica não significa necessariamente a permanência do banco da empresa. Segundo o RR apurou, a instituição financeira já abriu outras frentes de negociação. O banco de André Esteves tenta arrancar uma proposta superior à apresentada pela Vitol, da ordem de US$ 1,3 bilhão. Trata-se do mesmo valor ofertado pela trading holandesa para ficar com os outros 50% da PetroÁfrica pertencentes à Petrobras. No fundo, não convém nem à estatal nem ao banco de André Esteves permanecer em um negócio maculado pela Lava Jato.

#BTG


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Prazo expirando

25/09/2018
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No alto escalão da Petrobras ninguém duvida que o prazo de validade do presidente Ivan Monteiro acaba em dezembro, caso seja eleito Jair Bolsonaro ou Fernando Haddad. A chance de permanência seria com Alckmin. Seria…

#Petrobras


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Coalizão no pré-sal

21/09/2018
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O RR apurou que a Petrobras e a China National Petroleum Corporation (CNPC) costuram uma parceria para a 5a Rodada do Pré-Sal, marcada para o dia 28 de setembro.

#CNPC #Petrobras


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Ponto final

21/09/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Gafisa, Even, Petrobras, Queiroz Galvão e China Merchants.


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À caça

18/09/2018
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O Fatima Group, do Paquistão, está à caça de ativos na área de fertilizantes no Brasil. Basta bater na porta da Petrobras. Se é que já não bateu…

#Fatima Group #Petrobras


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Equinor cerca o Brasil por todos os lados

14/09/2018
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A Equinor (ex-Statoil), que já anunciou investimentos de US$ 15 bilhões em E&P no Brasil, também vai entrar pesado no segmento de energia renovável. De um lado, conversa com a Petrobras sobre projetos de geração solar; do outro, planeja construir um parque eólico no Nordeste. Trata-se de um empreendimento de US$ 1 bilhão. Consultada, a Equinor confirmou que “está avaliando projetos eólicos”, sem entrar em detalhes.

#Equinor #Statoil

Acervo RR

Três em um

11/09/2018
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As negociações entre a Petrobras e a China National PetroleumCorporation (CNPC) vão além do Comperj. Segundo informações filtradas da própria estatal, a CNPC tem interesse em outros ativos da companhia na área de refino. Entram neste rol a unidade Landulpho Alves, na Bahia, e a notória Abreu Lima, em Pernambuco.

#CNPC #Comperj


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Ponto final

11/09/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, CNPC e Eldorado.


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Petrobras embala Baúna para venda

4/09/2018
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O programa de desmobilização de ativos da Petrobras deverá avançar algumas jardas ainda no minguante governo Temer. O RR apurou que a Karoon teria aberto negociações para a compra do campo de Baúna, na Bacia de Santos – processo retomado pela estatal na semana passada. Estima-se que a operação possa chegar à casa de US$ 1 bilhão. O mundo dá voltas. No início do ano passado, a Karoon esteve na disputa pela aquisição não apenas de Baúna como também do campo de Tartaruga Verde. A operação, no entanto, foi suspensa devido a uma ação judicial movida pelo sindicato dos petroleiros de Sergipe. Curiosamente, à época, além do imbróglio jurídico, a diretoria da estatal decidiu não levar o negócio adiante por considerar a proposta dos australianos “inconsistente” e repleta de incertezas. De lá para cá, mudou a Petrobras ou mudou a Karoon? Os australianos, por sinal, vivem um momento de forte ofensiva no Brasil. Em outro front, a Karoon negocia a compra da participação da chinesa Sinochem no campo de Peregrino, na Bacia de Campos. O ativo estaria avaliado em mais de US$ 3,5 bilhões. Trata-se de uma das principais áreas operadas por investidores privados no país. A produção de Peregrino está na casa dos 100 mil barris/dia.

#Petrobras


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Ponto final

4/09/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Karoon, Sinochem, Advent, GP e BR.


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A segunda vez da Liquigás

30/08/2018
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A Petrobras vai retomar a venda da Liquigás. De acordo com entendimentos prévios com o Cade, os grandes distribuidores de GLP deverão ser alijados do processo – a primeira tentativa de negociação, com o Ultra, foi barrada pelo Conselho. A intenção da Petrobras, desta vez, é oferecer a Liquigás a fundos de investimento.

#Liquigás #Petrobras


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Ponto final

30/08/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Alibaba e Petrobras.


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Adiós, México?

23/08/2018
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A diretoria da Petrobras discute encerrar as operações no México, com a venda das participações em dois blocos de gás na Bacia de Burgos. Além do esforço da estatal para vender ativos e reduzir sua dívida, neste caso pesa também o risco jurisdicional. O novo presidente mexicano, o nacionalista Manuel López Obrador, promete avançar sobre as empresas estrangeiras que atuam em exploração e produção no país.

#Petrobras


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Ponto final

23/08/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Volkswagen, Facebook e Ibama.


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Petrobras espreme seu monopólio no gás até a última molécula

22/08/2018
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O absolutismo da Petrobras no setor pode até estar com os dias contados, mas, ao que tudo indica, os grandes compradores de gás do país ainda terão de pagar um custo severo até que a alforria comercial se consume. A companhia tem adotado uma política de preços draconiana no fornecimento do insumo, na visão de térmicas e indústrias com o deliberado objetivo de espremer a laranja do monopólio até o bagaço. Para tanto, a Petrobras está empurrando em praticamente todos os contratos custos referentes à suposta importação, transporte e regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL), o que automaticamente aumenta a formação do preço final do produto.

Os grandes consumidores de gás acusam a estatal de não dar disclosure sobre a sua composição de custos e tampouco comprovar a fração de GNL contida nos volumes fornecidos. Ou seja: quem compra não sabe se está efetivamente levando o gás natural liquefeito, mais caro, ou o combustível proveniente de outras fontes, seja da Bolívia, seja a produção local. A diferença é considerável. A estatal paga cerca de US$ 6 por milhão de BTU pelo gás boliviano. Com o argumento do uso de GNL, o preço cobrado pela empresa ao mercado chega a mais do dobro do valor pago aos bolivianos.

A formação dos preços da Petrobras é uma caixa-preta quase sagrada. Na semana passada, a ANP se manifestou sobre o tema com a habitual cautela e quase reverência à empresa.  Propôs – e sublinhe-se o “propôs” – que a estatal e demais companhias do setor apresentem as variáveis utilizadas na composição das tarifas de combustíveis. Uma consultoria pública sobre o tema já foi aberta, mas, por ora, tudo tem um ar de jogo de cena. Enquanto isso, a Petrobras aproveita os anos que ainda tem para encurralar o mercado e impor sua estratégia de preços sem que os consumidores tenham para onde correr.

Na prática, a quebra do monopólio da estatal, já contemplada na Lei do Gás, só se consumará no início da próxima década, quando os grandes grupos internacionais que arremataram blocos no Brasil iniciarem a produção em maior escala e não mais venderem o gás para a Petrobras em alto-mar. Algumas destas companhias, inclusive, já se associaram a projetos de termelétricas para dar vazão ao próprio gás, casos da Shell e da BP. Antes disso, em dezembro de 2019, chegará ao fim o atual contrato da Petrobras com o governo boliviano – ressalte-se que a relação comercial ainda durará, segundo os próprios bolivianos, até 2024, período no qual a estatal poderá importar uma cota referente ao volume de gás já pago e ainda não recebido.

#Petrobras


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Ponto final

22/08/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Turner e CBF.


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Risco eleitoral paira sobre leilão da ANP

21/08/2018
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O leilão certo na hora errada. Este é o consenso entre a diretoria da ANP diante do crescente risco de baixo quórum e de ágios modestos na 5ª Rodada de Partilha de Produção. A concorrência está marcada para 28 de setembro, a apenas dez dias das eleições. Até o momento, das grandes petroleiras, apenas Petrobras, Shell e Equinor (ex-Statoil) acenaram com sua entrada no leilão. Como se não bastasse a cautela das majors, a ANP identificou a resistência de empresas de menor porte em participar da concorrência. Pode ser uma boa oportunidade jogada no lixo. Não obstante a qualidade dos ativos ofertados, a incerteza política tem falado mais alto

#ANP


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Conteúdo local vira fóssil

20/08/2018
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Uma das bandeiras do governo petista, a política de conteúdo local no setor de óleo e gás está sendo gradativamente desmontada. Desde abril, quando publicou as novas regras e flexibilizou as exigências para a aquisição de equipamentos e serviços, a ANP já recebeu mais 289 pedidos de aditamento de contrato. O maior número de solicitações veio da própria Petrobras (61). Além da estatal, outras 13 petroleiras também já solicitaram à agência reguladora a redução dos percentuais obrigatórios de conteúdo local em seus blocos de exploração e produção. No modelo anterior, a exigência de nacionalização variava de 50% a 70%. De abril para cá, houve casos em que o sarrafo caiu para 18%, como, por exemplo, a venda de equipamentos para exploração em blocos offshore.

#ANP #PT

Política

Imagem e semelhança

15/08/2018
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Tão ou mais insondável do que o pensamento econômico de Jair Bolsonaro é o posicionamento de seu partido, o PSL, sobre questões fulcrais. Os deputados da sigla não fecharam questão sobre os projetos de lei da cessão onerosa da Petrobras e da privatização das distribuidoras de energia administradas pela Eletrobras, ambos em tramitação no Congresso.

#Jair Bolsonaro


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Oferta da BR

14/08/2018
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Além da possível venda de uma fatia da rede de conveniência BR Mania, a Petrobras estuda a oferta de um novo lote de ações da BR Distribuidora. Na primeira tranche, realizada no fim do ano passado, a nave-mãe se desfez de 28% da subsidiária. De lá para cá, o valor de mercado da BR subiu aproximadamente 25%.

#BR Mania #Petrobras


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Ponto final

14/08/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Netshoes, Petrobras, GWI, Gafisa e Contém 1g.


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Petrobras e Acron ainda sob impasse

3/08/2018
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Há arestas a serem aparadas para a venda da unidade de fertilizantes nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS) ao russo Acron Group. A mais pontiaguda delas diz respeito ao principal: o valor do negócio. O Acron quer deduzir do preço a cifra de aproximadamente R$ 1,5 bilhão que terá de desembolsar para concluir as obras da planta – ainda faltam aproximadamente 20% do projeto. Outro ponto ainda nebuloso é a obsolescência dos equipamentos já instalados. A construção da unidade está paralisada desde 2014, quando do estouro da Lava Jato.

#Acron Group #Petrobras


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Ponto final

3/08/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Santander, Petrobras, Zurich Airport e Aeroportos Brasil.


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Roberto Viana é a Sherazade das “mil e uma Petras”

2/08/2018
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Roberto Viana, dono da Petra Energia, tem feito um intrigante ziguezague no jogo do petróleo. Dotado de uma razoável capacidade de mimetismo, parece ter trocado a pigmentação de empresário do segmento de exploração e produção de óleo e gás pela de adviser ou algo que o valha na área de refino. Viana tenta intermediar a entrada da PetroChina no projeto de construção de uma refinaria no Maranhão.

O empreendimento ficaria no terreno reservado para a Premium I, um dos tantos investimentos da Petrobras dizimados pela Lava Jato. No fim do ano passado, o empresário chegou a ciceronear representantes da empresa chinesa em conversas com a ANP e a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE). Ao menos um dos encontros contou com a participação do então ministro de Minas Energia, Fernando Coelho Filho. De lá para cá, as tratativas pouco ou nada avançaram, mas Viana não perde a pose de quem vai colocar o projeto de aproximadamente US$ 10 bilhões no colo dos chineses.

O que ele ou a própria Petra lucraria nesses acordos é desconhecido. Em sua sinuosa movimentação pelos labirintos do setor, Roberto Viana surge como uma espécie de Mario Garnero do petróleo. Assim como Garnero, com a sua Brasilinvest, os projetos de Viana não necessariamente se materializam sob a forma de business. Eles parecem existir apenas para efeito de public relations. O fato é que a movimentação do empresário confunde até mesmo a ANP e a Petrobras e talvez seja esse mesmo o seu objetivo: passar uma imagem de sucesso na área de refino para camuflar o es- farelamento dos seus negócios em exploração e produção.

A Petra atravessa um momento delicado. Dos 30 contratos de concessão, 20 estão suspensos pela própria ANP, em função de atrasos no licenciamento ambiental e ações civis ajuizadas pelo Ministério Público. Procurada, a agência reguladora confirma a suspensão, a fim de evitar que “a fase de exploração seja encerrada sem que o concessionário tenha possibilidade de executar os compromissos contratuais assumidos. Tais contratos têm sua continuidade garantida, assim que os motivos que deram origem à suspensão forem superados.” Cabe lembrar que, nos últimos anos, a petroleira devolveu outras 22 áreas. Entre suas congêneres, há até quem duvide que a Petra ainda exista. No mundo digital, não deixa de ser uma verdade: o site da empresa está fora do ar. Consultada pelo RR, a Petra não quis se pronunciar.

#Petra Energia


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Fósforo aceso

1/08/2018
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A Operação Margem Controlada, deflagrada ontem com a prisão de funcionários da Petrobras, Ipiranga e Raízen, reacendeu a chama da criação de uma CPI para investigar possíveis fraudes na formação dos preços de combustíveis no país. O pedido da senadora Vanessa Grazziotin já conta com as 27 assinaturas necessárias.

#Ipiranga #Petrobras #Raízen


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Projeto Topázio se esconde em águas profundas

30/07/2018
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Os poucos investidores que ainda persistem na produção onshore de petróleo no Brasil têm questionado a falta de transparência da Petrobras no chamado Projeto Topázio. Trata-se do programa de desmobilização de ativos em bacias terrestres da estatal. O leilão está programado para novembro, mas, até agora, não há definição do modelo de venda e dos blocos que serão ofertados. O silêncio da estatal tem alimentando o disse me disse no mercado em relação até mesmo à validade da concorrência. Nos bastidores, corre a informação de que, se o resultado da oferta não for satisfatório, a Petrobras poderá fazer um rebid, ou seja, uma relicitação, com uma nova rodada de propostas. O leilão de ativos da Petrobras é visto como uma injeção de ânimo no segmento de exploração e produção onshore. Salvo uma ou outra exceção, a situação das empresas que produzem em campos terrestres é complicada. A produção caiu 30% nos últimos cinco anos. Nesse intervalo, muitas petroleiras repassaram seus ativos ou encerraram as atividades. Há diversas bases de operação em hibernação.

#Petrobras


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IBP substitui petróleo por fel

27/07/2018
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Nos bastidores do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) sobram conspiração e disputa pelo poder. No centro de tanta cizânia, está a deposição – há quem chame de golpe – de José Firmo, atual presidente da instituição. Empossado em abril deste ano, Firmo é vice presidente da Seadrill – uma das principais empresas fornecedora de serviços de perfuração – e foi diretor-presidente da Abespetro. A indicação para o cargo no IBP teria sido uma consequência dos bons resultados de Firmo à frente da associação, que reúne 80% das empresas fornecedoras de produtos e serviços de exploração e produção no Brasil.

O executivo é o primeiro dirigente do IBP não egresso de uma oil company. Essa falta de linhagem pode parecer pouco para quem não respira o corporativismo da entidade. Mas o fato é que a ausência do óleo circulando nas veias do executivo causou um conflito dentro do IBP, que tradicionalmente colocou como prioridade os interesses das petroleiras e não de prestadores de serviço.

Firmo foi precedido por Jorge Camargo, ex-presidente da Statoil no Brasil, que ficou três anos à frente da instituição. Camargo, por sua vez, foi precedido por João Carlos De Luca, ex-presidente da Repsol YPF Brasil e atual sócio da Barra Energia, que liderou o IBP por 14 anos. Todos da turma do óleo. A entrada de Firmo – que não faz parte da patota das petroleiras – na presidência do IBP frustrou ainda a indicação de Pedro Parente, que tentou emplacar Rogério Manso, ex-diretor da Petrobras. A oposição a Firmo faz carga também no fato do executivo estar se dividindo entre Houston, por conta de seus compromissos com a Seadrill, e Rio de Janeiro.

#IBP


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Vale a pena ver de novo?

26/07/2018
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Quem esteve no Rio na semana passada foi o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, participando de evento no Sinaval, com representantes de estaleiros. Gabrielli, que é coordenador geral da campanha de Lula à presidência, teria dito que a Petrobras, em um novo governo petista, seria a âncora para a retomada das encomendas junto aos estaleiros.

#Lula #Petrobras


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Petrobras faz a sua própria “reforma” das leis trabalhistas

23/07/2018
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A Petrobras está jogando pesado em seu novo plano de cargos e salários, chamado de PCR. Oferece como ganho a mobilidade no cargo, verba adicional e uma distinção informal ao funcionário que aderir. Com a iniciativa, a estatal pretende se proteger contra ações trabalhistas e aumentar a produtividade do trabalho. A Federação Única dos Petroleiros tem feito forte oposição à mudança. A medida permite à Petrobras ter uma maior flexibilidade em relação às leis do trabalho. Nas primeiras três semanas para adesão ao plano, cerca de 20 mil dos mais de 60 mil empregados da estatal aceitaram a proposta. O prazo final para adesão é o mês de setembro. A expectativa na companhia é de que pelo menos 90% da sua força de trabalho concordem com o plano.

#Petrobras


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Quanto custa o Comperj?

20/07/2018
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As tratativas entre a Petrobras e a PetroChina para a entrada dos asiáticos no Comperj têm esbarrado nas cifras do projeto. Ou melhor, na indefinição dos valores. Em poucos meses, as estimativas de custo da estatal para a conclusão do projeto petroquímico já passaram de US$ 2,5 bilhões para quase US$ 3,5 bilhões. A cada hora surge um puxadinho não orçado.

#Comperj #PetroChina


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Ponto final

20/07/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Cemig e Walmart Brasil.


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Panelas batidas contra a Petrobras

19/07/2018
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A Petrobras será a “estrela”, ainda que involuntária, da Petronor– Conferência do Setor de Petróleo do Norte e Nordeste. O RR apurou que até amanhã, data de encerramento do evento em Salvador, operadores de blocos exploratórios em terra, fornecedoras de bens e serviços e entidades do segmento vão soltar um manifesto contra a estatal. O documento será encaminhado paralelamente à ANP, ao Ministério de Minas e Energia, ao Conselho Nacional de Política Energética e até mesmo ao TCU. O objetivo é expor publicamente os impactos negativos da queda dos investimentos da Petrobras para o segmento onshore e as regiões onde a atividade está concentrada, a exemplo de estados como Bahia e Rio Grande do Norte. O resultado do jogo, no entanto, já é sabido: muito barulho por nada. Seja o que for não deverá ter nenhum efeito prático sobre a estatal e o governo.

#Petrobras


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A Geni da Camargo Corrêa e da Queiroz Galvão

18/07/2018
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O Estaleiro Atlântico Sul (EAS), leia-se Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, vem tentando junto à Petrobras retomar a encomenda ao menos de dois dos sete petroleiros que havia sido feita pela estatal e posteriormente cancelada. A premissa é de que o contrato com a Petrobras é determinante para a venda do estaleiro ao fundo Apollo – negociação iniciada há cerca de dois meses. Ou seja: se a transferência do controle não sair e o estaleiro afundar de vez, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão já terão a quem culpar.

#Camargo Corrêa #Queiroz Galvão


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Ponto final

18/07/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Atlântico Sul, Petrobras e Pague Menos.


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Petrobras é a mantenedora e o “problema” da Petros

17/07/2018
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O presidente da Petros, Walter Mendes, tem sido pressionado por entidades que representam os funcionários e aposentados da Petrobras a cobrar judicialmente a dívida da estatal com o fundo de pensão. Estima-se que as contribuições atrasadas seriam da ordem de R$ 11 bilhões. Beneficiários da fundação já estariam se mobilizando, inclusive, para acionar Mendes e os demais diretores na Justiça, na tentativa de obrigá-los a cobrar os valores devidos pela Petrobras. Não consta que o presidente da Petros tenha batido à porta de Pedro Parente para fazer tal cobrança. Talvez agora, com Ivan Monteiro no comando da estatal, a história flua de outra maneira. A Petros tornou-se um caldeirão previdenciário, em efervescência devido ao rombo atuarial de aproximadamente R$ 27 bilhões. Consta que mais de 11 mil participantes, ou um quinto do total de beneficiários do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), já obtiveram liminares na Justiça para não pagar a contribuição adicional ao fundo de pensão. A derrama extra foi imposta aos funcionários e aposentados da estatal no âmbito do plano de equacionamento atuarial aprovado pela direção da Petros no ano passado.

#Petrobras #Petros


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Ponto final

17/07/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Petros, Marfrig e GLP.


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Cade “quebra” um monopólio já estilhaçado

16/07/2018
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A decisão do Cade de montar um grupo de trabalho para dar fim ao monopólio da Petrobras na área de refino não poderia ter um timing mais cômodo. O órgão antitruste chega para jogar uma partida cujo resultado já é mais ou menos conhecido. Até que os conselheiros do Cade decidam que ativos a Petrobras terá de vender, provavelmente a empresa já terá se desfeito de algumas de suas refinarias, dentro do seu plano de desmobilização. Ou seja: o monopólio da companhia será quebrado por ela própria.

#Cade #Petrobras


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O triângulo das bermudas dos acordos de leniência

13/07/2018
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Empreiteiras que já foram reabilitadas pela Petrobras, caso especialmente da Andrade Gutierrez, estão apreensivas com o risco de que o seu “habeas corpus” venha a ser desautorizado por outros órgãos, impedindo a prestação de serviços à estatal. A empresa de Sergio Andrade encontra-se em situação particularmente frágil por ter fechado um acordo de leniência com o Ministério Público Federal. O TCU, por exemplo, quer declarar a inidoneidade da empreiteira. Por razões mais do que óbvias, talvez a Petrobras esteja sendo mais precavida do que todas as demais esferas de controle da República. Ainda há 14 grupos na sua lista suja.

Essa perversão institucionalizada do “Sistema U” (apud Elio Gaspari) – constituído pela Advocacia Geral da União (AGU), Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU) – ao dispor sobre os acordos de leniência das empresas em uma espécie de duradouro bafo-bafo entre os três órgãos, tem provocado inanição das companhias e perda de milhares de empregos. Não fossem a anomia e o déficit de autoridade que grassam no país, já teria sido regulamentado um prazo mínimo para o fechamento dos acordos de leniência empresarial. Até porque uma das maiores burrices do país é continuar insistindo que a punição de dirigentes malfeitores deve se estender as suas companhias.

Desde final de 2016, a Advocacia Geral da União, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União estudam a criação de um sistema único integrado para agilizar os acordos de leniência. O Ministério Público Federal, que também intervém no processo, tem estado pouco presente nas discussões. O fato é que todos batem cabeça, e um desautoriza o que o outro aprovou. Uma fonte do RR apurou que não há data ou prazo limite para a definição da ação colaborativa dos órgãos da União. É praticamente certo que neste governo a burocratização da leniência permaneça dando a tônica do inferno empresarial. Hoje, dependendo da fonte, o número de empresas consideradas inidôneas devido à Lava Jato varia. Vai de uma dezena a quase o dobro, dependendo do órgão consultado. Sabe-se que seis companhias tiveram suas tratativas encerradas pelo governo. Este, por sua vez, não informa o nome dos grupos que tiveram o pleito negado. Mais justo seria se o trio de juízes-xerifes da União também fizesse um acordo de leniência com as empresas condenadas ao limbo devido à morosidade e ao atraso no cumprimento das suas funções. As multas de um lado e de outro poderiam ser compensadas. A Nação, esta já foi condenada a pagar o pato dos erros cruzados.

#Andrade Gutierrez #Petrobras


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O “plantão” do Legislativo

10/07/2018
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Os presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara, Rodrigo Maia, conversaram no último fim de semana sobre a definição da agenda de votações para o que já é chamado de “recesso branco” do Congresso. Trata-se do período pré-eleitoral de agosto a outubro, quando o Legislativo deverá funcionar a meia bomba. Um dos projetos vistos como prioritário é o que permite à Petrobras vender até 70% de sua participação nas áreas sob o regime da cessão onerosa.

#Rodrigo Maia


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Liquigás tem novo rumo

6/07/2018
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A Petrobras reabriu o processo de venda da Liquigás. Segundo o RR apurou, há conversas com o Advent. A venda para um fundo de investimento permitiria à estatal driblar as restrições impostas pelo Cade à negociação da empresa para outra grande distribuidora de GLP.

#Advent #Liquigás #Petrobras


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Ponto final

6/07/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sterlite Power, Cemig, Petrobras e Advent.


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México vira uma área de risco para a Petrobras

4/07/2018
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A eleição mexicana acendeu o sinal de alerta no alto-comando da Petrobras. A direção da estatal está debruçada sobre possíveis riscos decorrentes da chegada de Andrés Manuel López Obrador ao poder. A preocupação é que o novo presidente mexicano promova uma caça às bruxas contra a empresa, sem necessariamente qualquer fato que justifique tal atitude. A Petrobras é operadora de dois blocos de gás natural, localizados na Bacia de Burgos. No último domingo à noite, no discurso da vitória, Obrador disse com todas as letras que vai revisar “contratos milionários” no setor de energia e recorrer a tribunais internacionais caso encontre “anomalias e suspeitas de corrupção” nos acordos. Na direção da estatal, noves fora o discurso contra a corrupção que caracterizou sua campanha, a interpretação é que o novo presidente mexicano – o primeiro líder da esquerda a ocupar o cargo no país – estaria criando uma narrativa para sancionar a eventual suspensão de contratos públicos e concessões em favor da petroleira local Pemex. E se há uma petroleira na América Latina com telhado de celofane, em que qualquer insinuação de malfeito, por mais despropositada que seja, acaba grudando, lamentavelmente é a Petrobras.

#Petrobras


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Lewandowski joga água no pré-sal

29/06/2018
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A decisão do ministro Ricardo Lewandowski de condicionar as privatizações ao aval do Congresso provocou um rebuliço no setor de petróleo e gás. A cúpula do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás) passou o dia de ontem reunida para avaliar os possíveis impactos sobre o setor. O maior temor é que a medida inviabilize o leilão de cessão onerosa de áreas do pré-sal. Havia a expectativa de que a ANP marcasse a licitação para novembro. Agora, no entanto, com a decisão do STF, o leilão passa a depender da aprovação do projeto de lei que permite à Petrobras vender até 70% dos seus direitos de exploração no regime de cessão onerosa, em tramitação na Câmara. Por ora, ainda não há qualquer sinal de Rodrigo Maia em relação ao timing para a votação do PL.

#Ricardo Lewandowski


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Um pouco mais de adubo no caixa da Petrobras

25/06/2018
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Estão avançadas as negociações entre a Petrobras e a russa Acron para a venda da unidade de nitrogenados de Três Lagoas (MS). A operação gira em torno dos US$ 600 milhões, além do investimento que os russos terão de fazer para concluir a construção do empreendimento. Segundo o RR apurou, a própria Petrobras mantém gestões com o governo da Bolívia para garantir o fornecimento de gás e, assim, viabilizar a venda da unidade e a retomada das obras.

#Petrobras


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Ponto final

25/06/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Red Sea Housing e Petrobras.


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Advent e Lojas Americanas disputam aquisição da BR Mania

20/06/2018
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Advent e Jorge Paulo Lemann, que concorreram à compra do Walmart Brasil, têm um novo duelo marcado no varejo brasileiro. Segundo o RR apurou, a gestora de private equity entrou na disputa pela aquisição da BR Mania, a rede de lojas de conveniência da BR Distribuidora. Seu principal oponente é a Lojas Americanas, do trio Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira, que, segundo a mesma fonte, mantém conversações com a estatal há aproximadamente dois meses. A BR Mania é avalia- da em cerca de R$ 800 milhões. As negociações envolvem o spinoff da operação e a transferência de uma participação majoritária.

A BR Distribuidora permaneceria com parte do capital, além de assegurar, em contrato, a exclusividade na “hospedagem” da rede de conveniência: ou seja, o futuro controlador só poderá abrir novas lojas com a bandeira BR Mania em postos da estatal. O Advent ganhou o primeiro round, ao fechar a aquisição de 80% do Walmart Brasil, uma disputa que, a rigor, se encerrou antes do capitulo final. O 3G Capital – de Lemann e cia. – desistiu do negócio antes mesmo de apresentar uma proposta ao grupo varejista. Desta vez, no entanto, tudo indica que o duelo irá até o fim.

Advent e Americanas acenam com projetos distintos para a BR. A rede varejista mira a expansão da operação física, apostando na similitude de conceito com suas lojas compactas – a BR Mania seria uma espécie de Americanas Express dos postos de gasolina. Já o Advent teria como ponto cardeal do seu projeto a entrada da BR Mania no e-commerce. Os cortes de investimento da Petrobras e a demora da estatal em decidir o que faria com a BR – venda do controle ou IPO, como de fato ocorreu – afetaram o negócio de conveniência do grupo. A BR Mania perdeu musculatura. O desafio do novo controlador é reduzir a desproporcional diferença que a separa da am/pm, a marca de conveniência da Ipiranga. Mesmo com os dois mil postos de combustíveis a mais, a estatal tem cerca de 1,3 mil lojas em todo o país. São quase mil pontos de venda a menos do que a rede da Ipiranga – a am/pm ultrapassa a marca de 2,2 mil lojas.

#Advent #Walmart


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A prova de fogo da Sete Brasil

18/06/2018
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Está entrando água no acordo firmado entre a Sete Brasil e a Petrobras para a construção de quatro sondas. Até o momento, a empresa de equipamentos ainda não conseguiu encontrar um parceiro internacional, especialista em águas profundas, para assumir a operação. Trata-se de uma exigência da estatal para levar o contrato adiante. A encomenda, da ordem de US$ 700 milhões, é fundamental para a sobrevivência da Sete Brasil. Em recuperação judicial, a companhia carrega um passivo de aproximadamente R$ 18 bilhões. Em tempo: a Sete Brasil ainda tem de conviver com o fantasma do possível acordo de delação de Antonio Palocci. Consta que, em seus depoimentos, o ex-ministro relatou um esquema de propinas montado na criação da empresa, em 2010.


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Aliança

15/06/2018
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Exxon e Petrobras costuram uma aliança para o leilão do pré-sal de setembro. Os alvos da “coalizão” são os blocos S-M-534 e S-M-645, cujo valor de outorga deve passar dos R$ 4 bilhões.

#Exxon #Petrobras


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Ponto final

15/06/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Duratex, RGE, Previ, Queiroz Galvão, Petrobras e Exxon


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Camargo Corrêa à espera do salvo-conduto

14/06/2018
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A Camargo Corrêa estaria muito perto de deixar a lista de empresas proibidas de prestar serviços à Petrobras. A empreiteira já fechou um acordo de leniência com o Ministério Público Federal e está prestes a selar outro com a CGU – os valores da multa podem chegar a R$ 2 bilhões.

#Camargo Corrêa #Petrobras


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Ponto final

14/06/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Camargo Corrêa e GW


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Rumo ao Comperj

11/06/2018
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A PetroChina estaria em conversações com a Petrobras para a compra de uma participação de 30% no Comperj. As cifras giram ao redor de US$ 3 bilhões. A conterrânea China National Petroleum Corporation (CNPC) também tem interesse no negócio.

#Comperj #PetroChina


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Ponto final

11/06/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Vinci Partners e Vectis.


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De volta à rotina

6/06/2018
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Em meio à inflamável polêmica do preço dos combustíveis e à conturbada troca de comando, a Petrobras está colocando à venda a sua rede de postos na Colômbia. São 115 estabelecimentos, além de 10 lojas de conveniência. O RR apurou que a Raízen já demonstrou interesse na operação. A dobradinha entre Rubens Ometto e Shell comprou recentemente postos na Argentina e quer expandir seus negócios em distribuição na América do Sul.

#Petrobras #Raízen


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Ponto final

6/06/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Raízen e Advent.


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O destino de Parente está traçado

4/06/2018
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A “Rádio BRF” informa: o ex-presidente da Petrobras, Pedro Parente, não só vai assumir o cargo de CEO da empresa como já teria, inclusive, acertado sua remuneração: um salário anual em torno de R$ 6,8 milhões – o triplo do que recebia na estatal. Esta é a informação que circulava nos corredores da companhia na última sexta-feira, poucas horas após Parente anunciar seu desligamento da Petrobras. O que se dizia, inclusive, na fabricante de alimentos é que, inicialmente, Abilio Diniz teria convidado Parente para assumir a presidência executiva da BRF e não o Conselho de Administração, posto que ocupa hoje. Em tempo: que ninguém acuse o executivo de ter uma atitude pouco ética ao eventualmente aceitar a missão de comandar a BRF. Se há um Brutus nesta história é o próprio governo, que esfaqueou Parente pelas costas. Primeiro, forçou o executivo a engolir uma redução dos preços de diesel; depois, fritou Parente ao jogar sobre suas costas a responsabilidade pela política de preços dos combustíveis da Petrobras, que, em uma última instância, também era sua. O destino de Parente está traçado.

Por falar em Pedro Parente, o RR apurou que Fernando Henrique Cardoso tentou demover seu antigo ministro da Casa Civil da ideia de deixar a presidência da Petrobras. A conversa teria ocorrido no feriado da última quinta-feira. Em vão.

#Pedro Parente #Petrobras


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O dia em que “Pôncio Parente” lavou as mãos

1/06/2018
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Em um mundo quase perfeito, o estrago político e econômico provocado pela regra de reajuste dos combustíveis com base nos preços internacionais poderia ter sido evitado há exatamente três meses e quatro dias. Vale retroagir à data de 28 de fevereiro, por ocasião de International of Oil, realizada na fundação Getúlio Vargas. Um breve resumo do diálogo entre os presidentes da Petrobras, Pedro Parente, e da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal, que pode ser encontrado no Youtube, mostra como uma singela proposta teria impedido um terremoto:

Carlos Ivan: A Petrobras está vendendo seus produtos a preços internacionais. Essa regra impede interferências políticas e o populismo. Mas a inflação está caindo no Brasil. É uma coisa que não e boa para os consumidores é a volatilidade nos preços de energia. Então, como você decide o que é bom para a Petrobras o que é bom para o mercado? A solução para isso não depende da estatal porque a Petrobras tem que cobrar os preços internacionais. A saída seria substituir o ad valorem tax (imposto cobrado com base em um percentual sobre o preço), pelo adrem tax (valor fixo sobre as vendas dos combustíveis). Então, conseguiríamos separar o que é interesse do governo e o que é interesse da Petrobras, ampliando a competitividade da empresa e dos mercados internos contra as importações.

Pedro Parente: Não é verdade… Gostei do que você falou antes, mas…

Carlos Ivan: Reduziria volatilidade…

Parente: Não tenho certeza…

Carlos Ivan: Se a taxa é , se cobraria de todos, certo? Então, não faz diferença se for importado ou produzido internamente. E se temos um bom planejamento do ponto de vista das finanças públicas, deve dar o mesmo resultado. O que você acha disso?

Parente: Eu gosto dessa ideia, mas quem deveria tomar essa iniciativa? Não é a Petrobras. Então, o máximo que posso dizer é que é uma ideia muito inteligente. Mas o que eu tenho de fazer é continuar praticando os preços da política internacional. Eu tenho de manter um olho no market share e outro nas margens da empresa. Se não cuidarmos disso, o que vai acontecer é que perderemos participação no mercado ou reduziremos as margens. Então, a Petrobras está enfrentando um momento diferente. Foi muito mais fácil no passado, porque não havia concorrência. Não estou dizendo que competição é ruim. É muito bom para o país. Mas é uma nova realidade para a empresa e temos de lidar com isso. Então, eu gosto da ideia, muito inteligente, mas não nos cabe lidar com isso.

Obs: Se fosse aplicado o imposto sobre os combustíveis, o efeito sobre a majoração dos preços teria sido de 18% e não os 60% praticados.

#FGV #Pedro Parente #Petrobras


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Déficit da Petros põe mais fervura no caldeirão da Petrobras

30/05/2018
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Em meio ao momento mais conturbado da gestão de Pedro Parente, uma bomba-relógio de R$ 27 bilhões que parecia desativada volta a ser motivo de apreensão na Petrobras. Segundo o RR apurou, a direção da Petros já trabalha com o cenário de suspensão do plano de equacionamento lançado no ano passado para cobrir seu rombo atuarial. O regime emergencial de contribuições tem sido esfarelado no Judiciário pelas seguidas contestações feitas por funcionários e aposentados do Sistema Petrobras.

De acordo com informações obtidas pelo RR, cerca de 40 associados da Petros já entraram na Justiça para se livrar da cobrança adicional. É bem provável que levem. O cancelamento do plano automaticamente empurraria o problema na direção da Petrobras e de suas controladas. Em seu Artigo 48, o regulamento do PPSP, plano que acumulou déficits bilionários entre 2013 e 2015, determina que as patrocinadoras do fundo assumam a responsabilidade por encargos adicionais caso os recursos em carteira sejam insuficientes.

Apenas para efeito de comparação, tomando-se como base os R$ 350 milhões de perdas iniciais que a estatal teria ao reduzir o preço do diesel por 15 dias, o buraco de R$27 bilhões na Petros equivale a algo como 77 greves dos caminhoneiros. Procurada, a Petrobras não quis se manifestar. A Petros, por sua vez, nega a suspensão do plano de equacionamento. Consultada especificamente sobre o número de processos que já grassam na Justiça, a fundação não se pronunciou. A 20a Câmara Civil do TJ-RJ já concedeu liminar a alguns dos beneficiários da Petros desobrigando-os de pagar a taxa extra.

A bola de neve tende a crescer: entre os petroleiros, articula-se uma ação coletiva que daria ainda mais fôlego na batalha contra o fundo de pensão. A própria área jurídica da Petros considera provável que os tribunais superiores corroborem a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, impondo à fundação uma escalada de derrotas. Nessa toada, a suspensão do plano seria um recuo pragmático e quase inevitável, ainda que trouxesse a reboque o desgaste de uma cobrança à própria Petrobras.

#Pedro Parente #Petrobras


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Dinheiro no Comperj

30/05/2018
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Em meio ao maremoto causado pelos preços dos combustíveis, ao menos uma boa notícia para a Petrobras: a Shandong Kerui Petroleum vai aportar a primeira tranche de US$ 200 milhões nas obras do Comperj.

#Petrobras


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Ponto final

30/05/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Jaguar Partners e Glory Top.


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Traição assumida

28/05/2018
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Mesmo com a candidatura de Henrique Meirelles, ou talvez por causa dela, o flerte entre MDB e PSDB ganha fôlego. O RR apurou que está previsto para esta semana um encontro entre Michel Temer e Geraldo Alckmin. O tête-à-tête é costurado por Romero Jucá e Aloysio Nunes Ferreira – com a devida bênção de FHC. A última conversa entre Temer e Alckmin, por telefone, se deu em 5 de maio.

O senador tucano Cássio Cunha Lima levou uma carraspana de Geraldo Alckmin e Tasso Jereissati após pedir publicamente a demissão de Pedro Parente da Petrobras. Mais um sinal do armistício entre o PSDB e o Planalto.

#Henrique Meirelles #MDB #PSDB


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Forte candidata

28/05/2018
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A norte-americana PBF Energy é forte candidata à aquisição da funesta refinaria da Petrobras em Pasadena, na Califórnia.

#PBF Energy #Petrobras


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Ponto final

28/05/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, AES, Queiroz Galvão e Mubadala.


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O RR na crise dos preços da Petrobras

25/05/2018
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45. O Relatório Reservado sabe que foi o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, quem ligou para Pedro Parente dizendo que o governo teria de mexer na política de preços da Petrobras.

. O RR não ouviu, mas tem certeza do tom de voz arrogante e do caráter afirmativo de Moreira ao comunicar a decisão em nome do presidente Temer.

. A newsletter não estava próxima, mas é quase como se tivesse visto Parente suspirar fundo e afirmar a Moreira que retornaria com a melhor fórmula de colaboração da empresa.

. O RR tem a informação do charivari ocorrido na cúpula da Petrobras depois da chamada telefônica de Moreira Franco, com consultas a conselheiros e deliberações em conjunto com a diretoria executiva.

. A newsletter sabe também que o insight de reduzir o preço do diesel por um curto prazo, a “solução temporária”, foi do próprio Parente, em meio a múltiplas ideias.

.  O RR tem convicção de que o presidente da Petrobras não cogitou deixar o cargo, pelo menos no calor dos fatos, segundo disse a colaboradores. Parente é um homem de aparelho de Estado, forjado nas maiores crises. Não deixaria a luta por fricote de orgulho ferido.

. Segundo o RR, a sinalização dada ao mercado incomodou bastante Parente. Em um ano político, com um presidente da República caindo aos pedaços, não há por que os agentes financeiros pensarem que este episódio de intervenção na política de preços foi o único.

.  O RR extraiu daquele ambiente conturbado que uma das grandes preocupações do presidente da estatal e seu staff diz respeito ao impacto da medida sobre os planos de desinvestimento da empresa. Que investidor aceitará se associar à área de refino da Petrobras com esse grau de intervencionismo do governo?

. Parente tem consciência da ranhura que a medida representa na sua gestão, que pode ser considerada o melhor acontecimento do governo Temer.

.  O RR tem certeza de que um dos detalhes que mais irritou Parente foi a forma como o “Gato Angorá” falou com ele.

#Moreira Franco #Pedro Parente #Petrobras


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E agora, José?

24/05/2018
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que somente permaneceria na estatal se não houvesse intervenção na política de preços dos combustíveis. E agora, Pedro?

#Pedro Parente #Petrobras


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Cade decide se vai ser Cade ou serve uma pizza em forno a gás

23/05/2018
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Hoje, o Cade vai dizer se é dia de pizza ou se honrará as suas melhores tradições. A dicotomia diz respeito ao processo movido pela Âmbar Energia, leia-se J&F Investimentos, contra a Petrobras pela suspensão do fornecimento de gás para a Termelétrica de Cuiabá, controlada pela empresa. Há uma divisão entre conselheiros e a própria presidência do órgão antitruste em relação ao caso.

Segundo o RR apurou, a conselheira Cristiane Junqueira Schmidt demonstrou a disposição de avocar o processo na reunião ordinária marcada para hoje – prazo final para o pedido. Na prática, a medida significaria a volta da ação ao Conselho para o julgamento do mérito – o inquérito administrativo foi arquivado pela Superintendência-Geral da autarquia em 29 de março. Há quem diga, no entanto, que o forno já está quente e a intenção de Cristiane Junqueira de reabrir o caso será cortada em pedaços e servida à francesa na reunião de hoje.

Existem relatos de que o próprio presidente do Cade, Alexandre Barreto, teria feito gestões junto à conselheira para dissuadi-la da ideia. Aliás, Barreto tem sido alvo de ataques por todos os lados. No Cade, circulam informações de que suas decisões seriam pautadas de fora para dentro e de que sua indicação ao cargo teria partido de Renan Calheiros. Ao presidente do Cade é atribuída também uma solução sui generis para o caso: o agrupamento de todas as acusações de prática anticoncorrencial que pesam contra a Petrobras em uma única ação, o que seria uma forma de “pensar grande” para nada fazer.

O RR prefere achar que todas essas insinuações não passam de intriga, tendo em vista a trajetória técnica de Barreto. A newsletter, ressalte-se, enviou uma série de perguntas ao Cade, que não respondeu a todas as questões e tratou alguns pontos de forma genérica. Segundo o Conselho, a nota técnica da Superintendência “aponta que não há nos autos indícios suficientes de que a Petrobras tenha se negado a negociar o fornecimento de gás natural para a Âmbar.” Ressaltou ainda que todos os seus “atos processuais são técnicos, tendo por base o mérito do caso e os ditames legais.” Consultada, a Âmbar não se pronunciou.

#Cade


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Rádio Lava Jato

22/05/2018
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A Rádio Lava Jato informa: os novos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Renato Duque atingem duramente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari.

#Lava Jato #PT


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Petrobras ainda busca o “ponto ótimo” do compliance

21/05/2018
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A troca de guarda na nevrálgica área de compliance da Petrobras é cercada de expectativas na companhia. Segundo o RR apurou, Rafael Mendes Gomes assume hoje a diretoria de Governança e Conformidade em substituição a João Elek com uma missão prioritária conferida pelo alto comando da estatal: reestruturar o departamento de apuração de denúncias. O preço da Lava Jato será sempre a eterna vigilância e um grau de rigidez por vezes um tom acima.

No entanto, a área tem sido alvo de críticas dentro da Petrobras: os funcionários enxergam muitos excessos e baixa efetividade. O departamento é questionado por acolher acusações pouco fundamentadas, pela falta de qualidade técnica das investigações, pela baixa transparência e por penalizações consideradas indevidas. Há hoje um caso notório dentro da sede, na Av. Chile: um gerente que atuava no projeto da Petroquímica Suape foi demitido por justa causa devido a acusações graves de irregularidades.

No entanto, o funcionário contesta a denúncia. Em carta enviada à Ouvidoria, elenca uma série de questões que põem em xeque a profundidade das investigações internas. O cenário hoje em nada lembra a terra-arrasada de 2015, quando João Elek assumiu a área de Governança e Conformidade – única diretoria da Petrobras em que o titular deve ser obrigatoriamente contratado no mercado. Elek chegou em meio ao turbilhão da Lava Jato e da maior crise da história da Petrobras.

Em três anos, estruturou o modelo de compliance da companhia e encerrou as ações coletivas das quais a estatal era alvo nos Estados Unidos, fechando o acordo de US$ 3 bilhões no ano passado. Elek, é bem verdade, teve um sobressalto na sua passagem pela empresa: em agosto do ano passado foi afastado temporariamente do cargo devido à contratação direta, sem licitação, da Deloitte, no momento em que sua filha se candidatava a uma vaga de emprego na empresa de auditoria – acabaria contratada pouco depois. O caso chegou ao Comitê de Ética da Previdência da República. Elek foi inocentado.

Teve melhor sorte do que as dezenas de funcionários da estatal que passaram pelo crivo da sua diretoria e acabaram demitidos por conta de denúncias até mais brandas. Desse episódio, surgiu, inclusive, um cargo sui generis na Petrobras. A área de compliance é a única a ter um diretor adjunto. Segundo informações filtradas da companhia, o posto foi criado profilaticamente para suprir uma eventual suspensão definitiva de Elek. Curiosamente, a função foi mantida mesmo após a volta do executivo.

#Petrobras


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Ponto final

21/05/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Netshoes e Citic.


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Pedro Parente quer deixar a “PetroGreen” como um de seus legados

18/05/2018
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Ainda circunscrita ao âmbito das discussões de cenários e megatrends, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, e seu comitê estratégico voltaram a se debruçar sobre uma ideia que ronda a estatal já faz tempo. Trata-se da conversão da companhia, hoje integralmente focada na exploração, refino e distribuição dos derivados de petróleo, em uma empresa voltada também à produção e comercialização de energia limpa. A “PetroGreen” já foi, inclusive, pauta de reunião do Conselho de Administração nas gestões de Henri Philippe Reichstul e de José Sérgio Gabrielli. Com a eclosão da Lava Jato, a crise financeira da companhia e o imbróglio fiscal do país, além da hegemonia do pensamento desestatizante no Brasil, essas ideias submergiram em um profundo estado de criogenia.

Agora que as águas por onde navega a Petrobras estão mais tépidas, é possível a Parente pensar em um prazo mais longo sem que a gestão do dia a dia ameace incinerá-lo. O executivo sabe que os dados já estão jogados: as petroleiras em todo o mundo vêm se transformando em companhias de energia latu sensu, com a ampliação do core business crescentemente em favor da geração de energia limpa. O pré-sal seria uma dádiva, um ponto de apoio na direção do futuro. Só que essa âncora estaria se tornando cada vez mais fluida devido à velocidade dos fatos.

A repetição do truísmo de Keynes tornou-o até enfadonho, mas ele continua imbatível; “A realidade muda, eu mudo”. A Petrobras não mudou e está cada vez mais distante do seu amanhã estratégico, não obstante todos os surveys projetarem uma queda da demanda dos derivados de petróleo vis-à-vis as novas energias. Nas duas últimas gestões da companhia, a diversificação foi praticada até com algum entusiasmo.

A estatal encantou-se com o biodiesel a partir de insumos renováveis da natureza e criou a Petrobras Biocombustível. Montou também um colar de PCHs, o que, no rastro da saga de malfeitorias da empresa, logo depois tornou-se um projeto controverso devido ao processo de escolha dos sócios, modelo de negócio e motivações outras inconfessáveis. O alvo nas PCHs caiu por terra e os ativos desmobilizados. A unidade de biodiesel, por incompetência em criar mercado, também se escafedeu.

O espaço natural para que a companhia crescesse fora do petróleo seriam as áreas de energia solar e eólica, conforme já dito. Faz todo sentido, com a redução da sua alavancagem, a Petrobras provisionar no seu orçamento recursos a serem aplicados no investimento em diversificação energética. Em tempos de Lava Jato e paranoia quanto à interpretação de novos gastos, é provável que o desenvolvimento de projetos de energia limpa fique como recomendação para o futuro governo. Mas folga saber que a “PetroGreen” está sendo pensada a sério.

#Pedro Parente #Petrobras


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Entre a Lava Jato e as fraudes fiscais

18/05/2018
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O clã dos Peixoto de Castro tem novo encontro marcado com a Lava Jato. O TRF4, de Porto Alegre, negou o pedido de adiamento do julgamento do empresário Paulo Cesar Peixoto de Castro Palhares, previsto para o próximo dia 30. “Poleca”, como é chamado pelos amigos, foi absolvido em primeira instância pelo juiz Sergio Moro. No entanto, seu pesadelo ainda está longe do fim. O Ministério Público Federal entrou com recurso. O julgamento do dia 30 se refere ao processo 5030883-80.2016.4.04.7000. Segundo investigações do MPF, o empresário teria pago mais de R$ 7 milhões em propinas para que a Apolo Tubulars, empresa do Grupo Peixoto de Castro (GPC), conseguisse contratos junto à Petrobras. Os últimos dias, por sinal, têm sido particularmente terríveis para os Peixoto de Castro, outrora donos de uma das maiores fortunas do Rio de Janeiro. Paulo Cesar e seu irmão, Antonio Joaquim Peixoto de Castro Palhares, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio por supostas fraudes tributárias na antiga Refinaria de Manguinhos, controlada pela família até 2008. “Poleca”, aliás, parece querer distância do seu passado. Nas últimas duas semanas, vendeu o que ainda tinha de ações da holding GPC Participações

#Lava Jato


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Ponto final

18/05/2018
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, General Atlantic, Força Sindical e UGT.


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Em caso de derrota

14/05/2018
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Com a adesão do Banco do Brasil, da Caixa e de outras instituições financeiras, o processo de arbitragem coletiva contra a Petrobras poderá passar dos R$ 25 bilhões. Esta é a estimativa com a qual a própria estatal trabalha em caso de derrota.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Petrobras


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Ponto final

14/05/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: MMX, Tarpon, Endemol e Petrobras.


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Operação Total

8/05/2018
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A Total mantém conversações com a Petrobras para se associar à estatal na área de refino. O negócio é estratégico dentro do arco de operações dos franceses no Brasil. A Total quer ter uma estrutura de refino para dar suporte às suas atividades de E&P no Brasil, na qual está investindo cerca de US$ 5 bilhões.

#Petrobras #Total


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Ponto final

8/05/2018
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Procurados pelo RR, os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Polícia Federal, Petrobras, Total, Engie e Cemig.


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Postos à venda

4/05/2018
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A Petrobras está colocando à venda a sua rede de 88 postos de Uruguai. Um forte candidato ao negócio é a Raízen, que acaba de comprar a operação de distribuição de combustíveis da Shell na Argentina.

#Petrobras


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Ponto final

4/05/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Raízen, C6, Banco Votorantim, Shell e Volkswagen.


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Credores da Eletrobras cobram solução para dívida de R$ 15 bilhões

2/05/2018
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Grandes fundos internacionais detentores de direitos sobre empréstimos compulsórios do Sistema Eletrobras têm batido ponto no gabinete do ministro Moreira Franco. Os investidores cobram do governo regras claras em relação aos créditos em caso de privatização da companhia. Os fundos questionam como será o fluxo de pagamentos e, sobretudo, a quem caberá honrar essas dívidas após a eventual venda da estatal. São perguntas, por ora, sem resposta. O passivo de R$ 15 bilhões – fruto de cobranças a empresas do setor elétrico por quase três décadas – é alvo de uma longa disputa judicial entre a Eletrobras e a própria União no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Estima-se que cerca de R$ 5 bilhões desses créditos estejam nas mãos de fundos estrangeiros. A própria Petrobras também é credora e tem algo em torno de R$ 1,8 bilhão a receber. Em paralelo ao andamento do processo no STJ, o governo tem quebrado a cabeça em busca de possíveis soluções para o imbróglio. Segundo o RR apurou, pouco antes de deixar o Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles chegou a se reunir com alguns dos detentores de títulos e discutir uma proposta inusitada. Ela passaria por uma cisão no balanço da Eletrobras, com um spin off das usinas nucleares de Angra e de Itaipu Binacional, que não entrariam no pacote da privatização. Todo o passivo, então, seria jogado em Itaipu. Meirelles só não teve tempo de explicar como se daria essa estranha engenharia contábil, uma vez que o Tratado Bilateral assinado com o governo do Paraguai veda esse tipo de operação.

#Eletrobras


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Queiroz Galvão busca a alforria da CGU

2/05/2018
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A Queiroz Galvão estaria em negociações com o Ministério da Transparência (CGU) para firmar um acordo de leniência no âmbito da Lava Jato. As tratativas giram em torno das acusações de pagamento de propina para a obtenção de contratos com a Petrobras – no período de 2005 a 2014, entre serviços diretos e indiretos, a empreiteira firmou mais de R$ 9,7 bilhões em acordos com a estatal. Segundo a fonte do RR, a Queiroz Galvão já estaria fazendo caixa para honrar as eventuais multas fixadas pela CGU. A venda da participação de 10% da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) no campo de Carcará teria sido motivada exatamente por esta necessidade. O negócio com a Statoil renderá à QGEP cerca de US$ 380 milhões. Não custa lembrar que, em março, o Conselho de Administração da petroleira propôs a distribuição excepcional de R$ 400 milhões em dividendos – por equivalência patrimonial, 63% desse montante irão para a holding. Procurada pelo RR, a CGU informou que, devido ao “sigilo imposto pela Lei Anticorrupção, não se manifesta sobre nomes de empresas, possíveis termos, existência ou não de acordos, bem como detalhes de eventuais negociações em curso.” A Queiroz Galvão também não quis se pronunciar.

#Queiroz Galvão


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Venda de ativos da Petrobras vira adubo político

30/04/2018
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O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, intercedeu junto ao presidente da Petrobras, Pedro Parente, na tentativa de acelerar as negociações para a venda da unidade de nitrogenados de Três Lagoas à russa Acron. Candidato à reeleição, tudo o que Azambuja mais quer é subir no palanque e anunciar a retomada de um projeto de R$ 2 bilhões, capaz de gerar três mil empregos. O governador já garantiu à Acron benefícios fiscais para o reinício das obras, paralisadas pela Lava Jato. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas o problema é que a oferta apresentada pelos russos à Petrobras não chega sequer à metade do valor do ativo, cerca de US$ 700 milhões.

#Pedro Parente #Petrobras


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Ponto final

30/04/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: China Investment Corporation, Advent e Petrobras.


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Chinatown

23/04/2018
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A chinesa Qingdao Xinyutian Chemical mantém conversações com a Petrobras para se associar às refinarias Landulpho Alves (BA) e Abreu Lima (PE). Talvez seja o caso de a estatal mudar a diretoria de refino para Pequim. A empresa negocia também a entrada da China National Petroleum Corporation no Comperj.

#Petrobras


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Ponto final

23/04/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Exxon, Petrobras, Qingdao Xinyutian e Advent.


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Parente e Bendine, tão perto, tão longe

20/04/2018
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Parece haver um irresistível magnetismo entre a Petrobras e a BRF. Caso se confirme sua nomeação como chairman da empresa  de alimentos, curiosamente Pedro Parente seguirá os passos de seu antecessor, Aldemir Bendine, tornando-se o segundo presidente da estatal no board da companhia. A coincidência não poderia unir personagens tão distintos e de biografias tão díspares. Bendine dispensa comentários. Já Parente é, há muito, um dos mais bem cotados executivos do país. A julgar pelo seu histórico, ele levará a concórdia à BRF. Parente tem como tradição tocar a gestão de forma harmoniosa mesmo quando o cenário exige decisões mais contundentes, vide a própria Petrobras.

#BRF #Pedro Parente #Petrobras


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Plebiscito para privatizações é a nova bandeira de Ciro

6/04/2018
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O professor de Harvard e assessor da campanha de Ciro Gomes, Roberto Mangabeira Unger, levou ao candidato a ideia de fazer um plebiscito sobre a privatização das grandes estatais. Na concepção de Mangabeira, as empresas públicas pertencem ao povo brasileiro, não cabendo a decisão de se desfazer delas sem a consulta direta. Se o eleitor aprovar, então estará legitimada a venda. Caso contrário, elas estarão protegidas da dúvida permanente em relação ao seu estatuto jurídico e à continuidade dos seus planos. O professor de Harvard separa as questões da legitimidade das privatizações e da exigência de que as companhias estatais sejam submetidas a uma eficiente gestão, com rigorosos padrões de compliance e accountability. Depois do ocorrido com a Petrobras ninguém pode sequer pensar que controles e prestações de contas não são prioritários. A sugestão de Mangabeira vai ao encontro da crítica de Ciro à venda
de ativos que garantem a autonomia energética do país. Assim, o pedetista vai para a campanha sem dizer se privatiza ou não, mas que vai ouvir o povo sobre a sua decisão.

#Ciro Gomes


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Cobrança de papelão

21/03/2018
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A recente declaração do presidente da Petros, Walter Mendes, de que está cobrando da Petrobras dívidas atrasadas com o fundo de pensão soaram como uma bala de festim aos conselheiros da entidade. Até o momento, a fundação não teria sequer uma ação ajuizada contra a estatal. O passivo gira em torno de R$ 11 bilhões.

#Petrobras #Petros #Walter Mendes


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Operação panzer

12/03/2018
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A francesa Engie e a australiana Macquarie estariam se unindo para apresentar uma oferta pela TAG, rede de gasodutos da Petrobras no Norte e Nordeste. A coalizão tem como objetivo superar o fundo árabe Mubadala, visto como o mais forte candidato à compra do ativo. Estima-se que a operação possa chegar a US$ 8 bilhões.

#Mubadala Development Company #Petrobras


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Ponto final

12/03/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Engie, Macquarie, Petrobras e Minerva.


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Ecovix ganha fôlego

8/03/2018
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Contra todos os prognósticos, a Ecovix começa a submergir da grave crise que quase a levou ao naufrágio. Segundo o RR apurou, os principais credores do estaleiro já deram seu aval para a aprovação do plano de recuperação judicial da companhia na assembleia programada para o próximo dia 15. Trata-se de um passo decisivo para o equacionamento da dívida de R$ 8 bilhões. Além dos credores financeiros, a começar pelo Banco do Brasil, o plano conta com o apoio da própria Petrobras. A estatal foi parte diretamente envolvida na crise da Ecovix ao suspender, em 2016, a encomenda para a construção de três cascos para navios-plataforma. A recuperação do estaleiro significa a manutenção de aproximadamente três mil postos de trabalho. Não é pouca coisa.

#Ecovix


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Liquigás rumo à bolsa

6/03/2018
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A direção da Petrobras planeja realizar uma oferta de ações da Liquigás em duas etapas, chegando a 49% do capital. O objetivo é evitar que o lançamento em uma única tranche jogue para baixo o valor da ação. Consultada, a estatal informa “que está analisando alternativas para o desinvestimento da Liquigás, não havendo qualquer definição”.

Em tempo: segundo o RR apurou, os estudos para o IPO da Liquigás começaram em dezembro. A Petrobras já dava como certo o veto do Cade à venda da empresa para a Ultragaz.

#Liquigás #Petrobras


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Consulado chinês

23/02/2018
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Estão bem avançadas as negociações para que a China National Petroleum Corporation (CNPC) compre um pedaço do Comperj, projeto da Petrobras. A operação seria da ordem de US$ 2 bilhões. O acordo, segundo o RR apurou, poderá ser anunciado em março, conjuntamente à assinatura do contrato com a Shandong Kerui Petroleum. A empresa vai retomar a construção da Unidade Produtora de Gás Natural do Comperj.

#CNPC #Comperj #Petrobras


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Ponto final

23/02/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: CSN, ArcelorMittal, Petrobras, CNPC, Blackstone e Previ.


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Imagine…

7/02/2018
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Imagine a Braskem pulverizando seu capital no modelo public company, a Petrobras saindo inteiramente da empresa e a Odebrecht mantendo o controle com uma participação bem menor. Imaginou? Então tá…

#Braskem #Odebrecht #Petrobras


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BR Properties de carteira cheia

5/02/2018
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O anúncio de que a Petrobras vai devolver 30 mil m2 de área locada no Centro do Rio, que fez a ação da BR Properties cair 3% na última sexta-feira, foi tratado como um soluço pelos dirigentes da companhia. A empresa de real estate da GP Investimentos tem mais de R$ 1,2 bilhão em caixa para aquisições.

#BR Properties #Petrobras


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Plano para cobrir déficit atuarial causa racha na Petros

2/02/2018
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O plano de equacionamento do déficit atuarial de R$ 27 bilhões da Petros, aprovado no último mês de setembro, enfrenta forte resistência interna. Segundo o RR apurou, há uma articulação entre integrantes dos próprios Conselhos Deliberativo e Fiscal do fundo de pensão e entidades representativas dos beneficiários com o objetivo de barrar judicialmente sua execução. A alegação é de que, antes da implementação do plano, a Petros precisa cobrar de seus mantenedores, especialmente da Petrobras, antigas dívidas e pendências financeiras. De acordo com a fonte do RR, o passivo seria da ordem de R$ 11 bilhões.

Somente depois deste acerto de contas é que o déficit restante poderia ser repartido entre as empresas mantenedoras e os funcionários e aposentados. Procuradas, Petros e Petrobras não quiseram se manifestar. A questão é controversa e provoca posicionamentos convenientemente distintos. De acordo com informações filtradas da própria fundação, o presidente da Petros, Walter Mendes Filho, alega que só pode exigir da Petrobras e das demais empresas do sistema pagamentos referentes a ações já julgadas pela Justiça. Do lado oposto, membros da atual gestão e beneficiários entendem que a Petros pode, sim, cobrar as dívidas na esfera administrativa, sem depender de decisões judiciais.

Ao mesmo tempo, acusam a diretoria administrativa de se esquivar da responsabilidade para não criar qualquer fricção com a Petrobras. A direção da Petros bate na tecla de que o plano será executado conforme o desenho original, com a cobrança aos beneficiários de taxas extras entre 6,7% e 19% pelo período de 18 anos. No entanto, as divergências já causaram o adiamento de sua implementação, prevista para 20 de dezembro do ano passado. Além dos questionamentos em relação à dívida das mantenedoras, há informações de que a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), vinculada ao Ministério do Planejamento, fez uma série de exigências para a aprovação do plano, entre as quais um parecer jurídico sobre o Termo de Compromisso Financeiro relacionado exatamente às pendências entre a Petrobras e o fundo de pensão.

#Petrobras #Petros


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“Caixa 2 digital” assombra as eleições de 2018

31/01/2018
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A regra não escrita no Tribunal Superior Eleitoral, Banco Central e Comissão de Valores Mobiliários é que quanto menos se falar de cripto-moedas nas eleições de 2018, melhor. As instituições que de alguma forma lidam com a tentativa de regulamentação dos bitcoins e congêneres estão impotentes frente ao inevitável “caixa 2 digital”. Falar no assunto só lembra que o instrumento existe e ninguém pode impedir seu uso. O TSE arriscou a bravata e proibiu o uso das “moedas virtuais” tanto na arrecadação quanto nos gastos de campanha. Mas não consegue dizer como identificará os corruptos digitais.

Na prática, nada impede que o marqueteiro de campanha, por exemplo, tenha seus serviços pagos por meio de criptomoedas, transações feitas sem intermediários e através de processo criptografado.  O TSE não reconhece formalmente o perigo de bitcoins se tornarem instrumento para lavagem de dinheiro e desvio de recursos ilícitos. A Justiça Eleitoral esclarece que a interdição das criptomoedas é simplesmente baseada em pareceres do Banco Central e da CVM, que, da mesma forma, estão se “pronunciando apenas para se pronunciar”, sem efeito algum.

A eficácia das criptomoedas para os “pagamentos por fora” é diversas vezes superior às práticas antecessoras – financiamento direto de campanha pelas empresas ou pagamento em paraísos fiscais offshore. Com o bitcoin não existe a teoria que permitiu um enorme avanço no combate à corrupção, ou seja, “siga o dinheiro”. Isto porque ele não pode ser localizado. É da sua origem a preservação do anonimato do seu dono. Não é um instrumento legal; é supralegal. A Lava Jato não teria sido o que foi se as operações de ocultamento de recursos se dessem hoje. A corrupção praticada pelos diretores da Petrobras não teria sido comprovada, pois a propina não seria localizada, em função de acordos com as instituições financeiras internacionais.

Malas cheias de dinheiro, como as encontradas em Salvador, no apartamento de Geddel Vieira Lima – ex-ministro da Secretaria de Governo, que se encontra preso no Complexo Penitenciário da Papuda – ficaram no passado. Agora, basta o envio de chave-privada de uma carteira virtual, repleta de bitcoins, por exemplo, para efetuar pagamentos de serviços não contabilizados oficialmente. Há espaço para doações ilegais por meio de diversas “quase moedas”, a exemplo do ethereum, IOTA ou litecoin, para citar as mais badaladas.

O aspecto contravencional pode aumentar se for acrescida a possibilidade de “mineração de bitcoins” em computadores sem autorização. Já foi identificada uma corrida para o Paraguai dos garimpeiros do blockchain de forma a montar aparatos computacionais com placas poderosas para minerar as moedas virtuais a partir daquele país. Isso poderia ser feito na Etiópia, na Bélgica, em qualquer lugar. A IBM anuncia para daqui a dois anos a criação de um computador quântico, com placas dotadas de brutal capacidade de processamento, capazes de gerar criptomoedas em abundância, o que permitiria forçar o desabamento dos preços. Aguarde-se. Por enquanto, não há muito o que fazer. O dinheiro virtual é a jabuticaba da elisão fiscal no financiamento de campanha em 2018.

#Bitcoins


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Petrobras e Repsol Sinopec trocam alianças

31/01/2018
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Segundo o RR apurou, Petrobras e Repsol Sinopec negociam uma associação. A aliança envolveria troca de participações na área de Exploração e Produção e a formação de um consórcio já com o objetivo de disputar a quarta  Rodada de leilões do pré-sal, prevista para junho. A prioridade da dupla seria a licitação da área conhecida como Dois Irmãos, na Bacia de Santos. Ressalte-se que a estatal e o grupo sino-espanhol já são sócios no campo de Lapa, na Bacia de Santos.

#Petrobras


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Ponto final

31/01/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Repsol Sinopec, Cemig e TPG.


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Pedro Parente promove uma revolução digital na estrutura de trabalho da Petrobras

30/01/2018
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, vai dar um tiro de morte na “Petrossauro”. A empresa, sob sua gestão, está promovendo silenciosamente a maior revolução digital do trabalho que já se viu na esfera do Estado e dificilmente comparável mesmo entre corporações do setor privado. A Petrobras vai implementar o regime de teletrabalho, que permitirá a seus funcionários atuarem de forma remota em alguns dias da semana. O projeto-piloto será implementado de forma gradativa, em cinco “ondas”, com a meta de atingir 1,2 mil empregados até outubro.

A primeira “onda”, prevista para fevereiro, envolverá 200 funcionários do RH e do departamento jurídico. A segunda, 100 trabalhadores das equipes de responsabilidade social e saúde, meio ambiente e segurança (SMS). A terceira etapa atingirá 150 pessoas da área de projetos de sistemas de superfície. A quarta e a quintas fases englobarão, respectivamente, 300 e 450 colaboradores, das áreas de Gestão Integrada de Exploração & Produção, Refino & Gás, Comunicação, Estratégia, Finanças, Conformidade e Tecnologia da Informação.

Após estudos internos, todas estas gerências foram consideradas compatíveis com o teletrabalho, com uma quantidade de empregados em regime administrativo flexível no Rio de Janeiro adequada à capacidade tecnológica de cada onda e vistas como da diversidade de atividades e perfis da Petrobras. Ou seja: trata-se de uma amostragem cujos resultados servirão de termômetro para a expansão do projeto a outras áreas. A implementação da proposta traz a reboque alguns desafios para a Petrobras, a começar pela forma de controle das horas efetivamente trabalhadas e do nível de produtividade dos funcionários que aderirem ao novo sistema. Ao mesmo tempo, o projeto é uma adaga de dois gumes. Por um lado, é a prova de que uma estatal pode ser eficiente independentemente da sua origem; por outro, também pode ser interpretado como a evidência de que tudo está sendo feito para que ela deixe de ser uma estatal. Vai depender do gosto do freguês.

O regime de teletrabalho chegou a ser discutido em 2015, ainda na gestão de Aldemir Bendine. No entanto, a ideia acabou engavetada em meio à reestruturação da companhia e, sobretudo, ao tratamento das chagas descobertas pela Lava Jato. O projeto voltou à ordem do dia no ano passado, seguindo algumas premissas. O novo modelo estará disponível para todos os empregados em regime administrativo flexível (com ou sem função gratificada), terá adesão voluntária, com o limite de até três dias por semana. Ressalte-se que não haverá qualquer custo adicional para a estatal.

Inicialmente, o projeto-piloto foi idealizado para um público-alvo de até 2,5 mil funcionários. No entanto, a Petrobras teve de readequar o programa por recomendação da área de tecnologia. O sistema de TI da companhia só dispõe de 1,5 mil licenças de acesso remoto simultâneo. Desse total, cerca de 1,1 mil de autorizações vêm sendo utilizadas sistematicamente em horários de pico, o que deixa uma margem de apenas 400 novas licenças. Por isso, a opção de implantação do projeto em “ondas”,uma forma calculada de mitigar riscos e dar tempo para que a estatal possa estimar o custo de criação das licenças adicionais e a viabilidade econômica não só do projeto-piloto, mas da sua extensão para o maior número possível de funcionários.

O legado digital-trabalhista de Pedro Parente poderá atingir, já em 2019, cerca de 20 mil funcionários. Este é o público-elegível para o teletrabalho projetado pela estatal para o próximo ano. A companhia já está calculando o investimento necessário, notadamente em infraestrutura tecnológica, para alcançar este universo. Trata-se de uma contribuição da Petrobras que eventualmente poderá ser estendida a outras empresas do setor público. O projeto-piloto da petroleira dará respostas determinantes que vão da otimização das despesas operacionais ao interesse dos empregados pelo regime de teletrabalho, os dias da semana mais requisitados, a adaptação do funcionário e os ganhos de produtividade.

#Pedro Parente #Petrobras


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O sétimo selo de Renato de Duque

29/01/2018
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O RR apurou que o juiz Sérgio Moro está prestes a finalizar mais uma sentença envolvendo o ex-Petrobras Renato Duque, com base na delação do ex-lobista da Toyo Setal, Julio Camargo. O executivo confessou ter pago R$ 12 milhões em propina a Duque. O ex-dirigente da Petrobras é figurinha carimbada da Lava Jato: já foi condenado por Moro em outros seis processos, cujas penas somam mais de 70 anos de prisão.

#Petrobras #Renato Duque #Sérgio Moro


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Sondagem RR: Paulo Cunha é o executivo mais qualificado do país; Schvartsman, o destaque de 2017

29/01/2018
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Se fosse possível clonar os principais atributos dos maiores executivos do país, o empresário mais gabaritado seria uma combinação de Paulo Cunha, Fabio Schvartsman e Jorge Gerdau, com uma pitada de Paulo Skaf. É o que mostra enquete realizada pelo Relatório Reservado junto a uma pequena amostragem da sua base de assinantes. No total, foram consultadas 51 pessoas, pre-dominantemente empresários, executivos, banqueiros e juristas. Cada um dos nomes acima pontificou em uma categoria diferente da sondagem.

Cunha, presidente do Conselho do Grupo Ultra, foi apontado por 17% dos entrevistados como o dirigente empresarial mais qualificado do país. Schvartsman, presidente da Vale, foi considerado o “executivo de destaque” em 2017; Jorge Gerdau, a maior liderança empresarial; e Paulo Skaf, o dirigente empresarial com maior influência política. Pedro Parente, presidente da Petrobras, ficou em segundo lugar no ranking dos executivos mais qualificados do país, logo atrás de  Cunha, com 15%. Foi seguido por Carlos Britto, da InBev, e Wilson Ferreira Jr., da Eletrobras, respectivamente com 12% e 11%.

O próprio Fabio Schvartsman e José Galló, n. 1 da Lojas Renner, também foram citados, respectivamente com 8% e 6%. Schvartsman foi eleito o destaque entre os executivos brasileiros em 2017 com 36% dos votos. Em pouco mais de oito meses no cargo, ele conduziu o processo de reestruturação societária da Vale, a migração para o Novo Mercado e acentuou o processo de redução do nível de alavancagem da companhia. A seguir, apareceram Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, e novamente José Galló, empatados com 14%. Wilson Ferreira Jr. teve 11%.

No quarto lugar, Pedro Parente foi novamente citado, por 9% dos consultados. Na sequência, Amos Genish, que assumiu o comando da Telecom Italia, mereceu 8% dos votos. Outros sete executivos foram mencionados como destaque de 2017, com percentuais dispersos. Para os assinantes do RR, Jorge Gerdau é a maior liderança empresarial do Brasil, com 21%. Em segundo lugar, Abilio Diniz, com 17%. Logo atrás, os dois mais prestigiados nomes da banca nacional: novamente Luiz Carlos Trabuco, com 17%, e Roberto Setubal, do Itaú (12%). Gerdau também foi mencionado como o dirigente com maior representatividade em seu setor, empatado com Rubens Ometto, dono da Cosan, ambos com 19%. Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza, apareceu com 11%.

Ligeiramente atrás, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff (10%). O RR também perguntou aos seus assinantes quem é o dirigente empresarial com maior influência política no Brasil. Paulo Skaf, híbrido de presidente da Fiesp e pré-candidato ao governo de São Paulo, recebeu 41% dos votos. Superou seu companheiro de chapa na entidade – e de menção na Lava Jato -, Benjamin Steinbruch (29%). Em terceiro, Robson Andrade, presidente da CNI, foi escolhido por 9%.

A enquete do RR não falou apenas de flores. O espinho veio sob a forma da pergunta “Qual o dirigente empresarial de trajetória mais declinante do Brasil?” – lembrando que nomes de condenados na Lava Jato não foram contabilizados. Deu André Esteves, sócio do BTG, na avaliação de 11% dos entrevistados. Atrás dele, apareceu Ricardo Nunes (6%), da combalida Máquina de Vendas. Paradoxalmente, Skaf surgiu mais uma vez. Para 5%, o presidente da Fiesp entrou em um ciclo declinante – ainda que as pesquisas o coloquem entre os três primeiros colocados na disputa pelo governo de São Paulo. Logo a seguir, com 4%, Carlos Alberto de Oliveira Andrade, do Grupo Caoa, citado nas operações Zelotes e Acrônimo. Na opinião de 3%, Maria Silvia Bastos Marques é a executiva em maior declínio, resultado que reflete sua recente passagem pela presidência do BNDES. Terá a oportunidade de reverter esta percepção na presidência da Goldman Sachs no Brasil.

#Fabio Schvartsman #Jorge Gerdau #Paulo Cunha #Paulo Skaf


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O “vai ou racha” do Estaleiro Atlântico Sul

23/01/2018
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O RR recebeu a informação de que Camargo Corrêa e Queiroz Galvão teriam retomado conversações para a venda do Estaleiro Atlântico Sul (EAS). As chinesas COOEC e Cosco estariam entre as interessadas no ativo – ambas prestam serviço à Petrobras. Procurada, a Queiroz Galvão nega a venda da sua participação. Já a Camargo Corrêa não quis se manifestar sobre o assunto. As circunstâncias nunca foram tão propícias à venda do estaleiro – dentro do que é possível chamar de “circunstâncias propícias” quando se trata de um empreendimento que carrega R$ 1 bilhão em dívidas e tem como sócios dois grupos criminalizados pela Lava Jato. O EAS experimenta uma rara maré enchente de contratos. Neste momento, está construindo cinco navios Aframax para a Transpetro. Além disso, deverá receber cerca de R$ 400 milhões do Fundo da Marinha Mercante.

#Camargo Corrêa #COOEC #Cosco #Queiroz Galvão


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Pedro Parente, o “Meirelles” da vez

19/01/2018
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Se Henrique Meirelles realmente se desincompatibilizar do cargo para disputar a Presidência, o governo já tem um nome para o posto de ministro da Fazenda: o curinga Pedro Parente. O problema vai ser conseguir dobrá-lo. Parente já foi sondado informalmente e respondeu que de jeito nenhum volta para Brasília. Nos últimos tempos, talvez tenha sido o presidente da Petrobras menos questionado e, certamente, com menos problemas com o corporativismo da empresa. Mas há quem diga que, se Parente é bom na Petrobras, seria ainda melhor na Fazenda. Melhor até do que Meirelles.

#Henrique Meirelles #Pedro Parente #Petrobras


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Plataforma esquecida

19/01/2018
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Quase três anos após a Petrobras enviar a plataforma P-67 para a China Offshore Oil Engineering Corporation (COOEC), o equipamento ainda não voltou para o Brasil e sua montagem sequer foi concluída. O cronograma da estatal previa que o FPSO (Floating Production Storage and Off loading) entrasse em operação em 2017. A Petrobras retirou a plataforma do Estaleiro Rio Grande, da Ecovix, em agosto de 2015, quando mais de 90% da montagem já estavam finalizados.

#COOEC #Petrobras


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Ponto final

19/01/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Eleva, Grupo Ultra e Petrobras.


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Privatização será a agenda do próximo quadriênio

18/01/2018
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Não é possível dizer com absoluta certeza que as estatais têm um encontro marcado com a privatização no quadriênio 2019/2022, mas essa probabilidade é enorme. À exceção óbvia de Lula, que tem como bandeira a preservação do status quo das grandes empresas do Estado, os demais candidatos à Presidência ou defendem a desestatização abertamente ou se mostram ao menos sensíveis à medida. A julgar pelas suas próprias declarações ou de seus assessores, Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e Embrapa, só para citar as mais votadas, se tornarão public company ou serão simplesmente transferidas para o setor privado.

O ambiente político, segundo o discurso desses candidatos, estaria maduro para a privatização dos ícones do Estado. O exemplo da Eletrobras é convincente. Não houve nenhuma reação à medida além dos entraves de praxe na burocracia e na área jurídica. O candidato Jair Bolsonaro já afirmou que privatizaria a Petrobras, para início de conversa. Seu virtual ministro da Fazenda, Paulo Guedes, teria vendido todos os ativos da União há meio século. O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, o “Chuchu”, é mais cauteloso; murista conforme a tradição tucana. Mas seus assessores econômicos Marcos Lisboa, Roberto Gianetti e José Roberto Mendonça de Barros não deixam dúvida sobre suas convicções privatistas. Mesmo que alguma parte do estoque seja preservada.

Se Luciano Huck vier candidato, a desestatização já é dada como certa. Seu inconteste futuro ministro da Fazenda, Armínio Fraga, está rouco de defender a medida. Igualmente enfático é o principal assessor de João Amoedo, candidato do Partido Novo, o ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, que namora uma candidatura pelo PSB, não tem dúvidas: “Tem que privatizar”. Ele enxerga na medida uma forma de coibir as práticas ilícitas que grassam no Estado. Marina não fala sobre o assunto, aliás, pouco fala sobre qualquer coisa. Mas seu vistoso assessor da área econômica, Eduardo Gianetti, está no time da privatização. Henrique Meirelles – o pré-candidato “dois em um”, que traz a tiracolo ele próprio como seu Ministro da Fazenda – já disse que a privatização é uma “agenda nacional” e “ainda tem muita a coisa a vir nesta área”. Sobra quem? Ciro Gomes, que oscila entre meter o pau nas estatais e afirmar que elas são fundamentais para alavancar o  projeto de desenvolvimento nacional.

Digamos que Ciro pouparia a Petrobras. Para o mal ou para o bem, o mercado já está valorando as estatais. A consultoria estrangeira Roland Berger estima que está entre R$ 400 bilhões e R$ 500 bilhões o preço de 168 estatais e 109 subsidiárias da União. Há razões ideológicas e até fetichistas na pulsão de venda ou destruição das estatais. Mas a verdade é que ela explicita o desespero em relação ao trade off entre as demandas legítimas da democracia – e suas despesas respectivas – e a incapacidade de cortar os gastos até o osso, atendendo ao mesmo tempo à exigência de crescimento com justiça social. É um enrosco e tanto a banalização do ajuste fiscal, quer seja pelos argumentos de direita ou de esquerda.

#Banco do Brasil #Eletrobras #Lula #Petrobras


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BR Distribuidora desperta de sua hibernação

16/01/2018
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Após virar a página do IPO da BR Distribuidora, Pedro Parente tem duas preocupações mais agudas em relação à estatal: recuperar o terreno perdido na distribuição de combustíveis e reforçar a blindagem na estrutura de compliance da subsidiária, tantas vezes vazada no passado recente. Contra a primeira moléstia, o receituário prescreve cerca de R$ 2,5 bilhões. É o volume de investimentos previstos para a BR ao longo dos próximos quatros anos. A meta é chegar a dez mil postos até 2021 – o número hoje gira em torno dos oito mil. As medidas incluem ainda um banho de loja na BR Mania, com mudanças no layout e no portfólio de serviços.

Consultada, a BR informou que não pode passar informações “que não constam do formulário de referência registrado na CVM“. Seja devido à Lava Jato e ao seu impacto sobre a capacidade de investimento da Petrobras, seja por conta das idas e vindas que cercaram o IPO da BR, a empresa entrou em hibernação nos últimos anos. O prejuízo a ser tirado não é pequeno. De 2012 para cá, a participação da estatal nas vendas de derivados de petróleo caiu de 40% para cerca de 35%.

Cada ponto percentual significa algo como R$ 2,5 bilhões em receita. A concorrência, notadamente Ipiranga e Raízen, agradece. Ao mesmo tempo, Parente carrega a ideia fixa de que a BR precisa apertar ainda mais as porcas e parafusos do compliance, sobretudo agora que responde às liturgias de uma empresa de capital aberto. Assim como a nave-mãe, a subsidiária serviu de esconderijo para ratos e insetos das mais diversas espécies. O episódio mais controverso envolve o suposto esquema para a compra irregular de etanol comandado pelo diretor da BR nos anos 90 João Augusto Henriques, apontado pela Justiça como operador do PMDB. Segundo as investigações, o próprio presidente Michel Temer, à época congressista, teria sido o responsável pela ida de Henriques para a BR, beneficiando-se posteriormente dos dividendos gerados por tal nomeação.

#BR Distribuidora #CVM #Petrobras


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Leniência da SBM sob interrogação

15/01/2018
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O acordo de leniência da holandesa SBM, uma das empresas fisgadas pela Lava Jato, com o Ministério da Transparência (CGU) sofreu contra-tempos. A assinatura deveria ter ocorrido em dezembro, mas o prazo foi postergado para o fim deste mês. Ao contrário do que diz publicamente, a CGU recuou alguns metros após a nova ação de improbidade administrativa contra a SBM, movida pelo Ministério Público Federal. O processo foi aberto com base na delação do próprio ex-presidente da companhia no Brasil, Julio Faerman, que relatou pagamento de propinas para executivos da Petrobras.

#CGU #Lava Jato #SBM


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Inimigo íntimo

8/01/2018
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O acordo da Petrobras com os acionistas norte-americanos enfrenta resistência no “chão de fábrica”. A Aepet confirmou ao RR que pretende entrar na Justiça para barrar o pagamento de US$ 2,95 bilhões aos investidores.

#Petrobras


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Cabe mais

3/01/2018
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A direção da Petrobras já discute uma oferta adicional de ações da BR Distribuidora para o primeiro semestre de 2018. Os ventos sopram a favor. A demanda no IPO da estatal, em dezembro, chegou a duas vezes e meia o total de papéis negociados. Além disso, ainda há um bom lastro para a Petrobras vender ações da subsidiária sem mexer no controle: mesmo após o IPO, a holding manteve 71% do capital.

#Petrobras


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Ponto final

3/01/2018
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Magnesita e Marcopolo.


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“Furo certo” é o candidato do RR para 2018

29/12/2017
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No 12 de maio, quando ainda vigorava a projeção de R$ 139 bilhões, o Relatório Reservado informou que o déficit primário em 2017 ficaria acima dos R$ 154 bilhões do ano passado. Bingo! Deu R$ 159 bilhões na cabeça. Esta foi uma das mais reveladoras bolas de cristal do RR no ano. Ao longo de 2017, a newsletter deu, em primeira mão, 2.582 informações; citou 298 corporações dos mais diversos setores, mencionou 1.122 personagens centrais na cena brasileira, entre dirigentes empresariais, políticos e autoridades. Os oráculos do RR estão sempre em alerta!

Ao longo do ano, o RR antecipou várias das fórmulas que compuseram o receituário de Michel Temer e Henrique Meirelles, seja entre medidas efetivamente adotadas, seja entre propostas que não saíram do papel: da segunda perna da repatriação à securitização de imóveis e outros ativos da União, passando pelo uso de precatórios – leia-se depósitos judiciais não sacados pelos credores há mais de dois anos – para o equilíbrio fiscal. O RR foi também a primeira publicação a revelar, em 21 de fevereiro, a disposição do presidente Temer em extinguir a Reserva Nacional do Cobre (Renca). Temer assinou embaixo o furo do RR, só que a lápis: anunciou o fim da Renca, mas não suportou as manifestações contrárias e voltou atrás em sua decisão.

Por falar em sístoles e diástoles presidenciais, em 16 de janeiro o RR informou que Michel Temer empurraria para seu sucessor a reforma da Previdência dos militares. Aliás, em algumas ocasiões ao longo de 2017, as Forças Armadas, notadamente o Exército, foram empurradas, por “aproximações sucessivas”, para o centro das crepitações político-institucionais. A Corporação, no entanto, não arredou um só milímetro do seu ponto de equilíbrio muito em função da capacidade de liderança do Comandante Eduardo Villas Bôas, não obstante suas notórias limitações decorrentes de uma doença degenerativa – informação, aliás, divulgada com exclusividade pelo RR em 13 de março.

A Lava Jato parece ter entrado em processo de fade out. Ainda assim, em 2017, o RR perscrutou os passos de seus principais protagonistas. O reino de crimes de Sérgio Cabral foi virado e revirado pelo Ministério Público, pelo Judiciário e pelas fontes da publicação. Em 1 de fevereiro, a newsletter antecipou a investida da Lava Jato e de sua consorte Calicute sobre Regis Fichtner, secretário da Casa Civil durante do governo Cabral. No dia 20 do mesmo mês, o Relatório noticiou que o MPF exumava os benefícios fiscais concedidos em sua gestão. Em 23 de outubro informou que o ex-secretário de Saúde do Rio Sergio Cortes havia revelado aos procuradores um esquema para a compra de vacinas, medicamentos e próteses, o que viria a ser amplamente divulgado pela mídia na primeira semana de novembro.

No noticiário corporativo, a publicação antecipou, em 20 de fevereiro, uma das maiores operações de M&A do país em 2017 – e, convenhamos, não foram muitas: a venda da Votorantim Siderurgia para a ArcelorMittal. A negociação seria oficialmente anunciada três dias depois. Ainda em fevereiro, o RR informou que a área de refino também entraria no plano de desmobilização de ativos da Petrobras, decisão confirmada pelo presidente da estatal, Pedro Parente, em abril. A newsletter revelou também o cheiro do ralo da AmBev: na edição de 18 de janeiro, trouxe à tona o relatório, àquela altura inédito, do analista do HSBC Carlos Laboy, listando 15 graves problemas da cervejeira: do uso de caixas sujas com odor de cerveja podre no assoalho à falta de uma estratégia para as bebidas alcoólicas.

A fama de “pé sujo” custou muito em marketing e propaganda para a empresa de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Da economia real para a “virtualíssima”, o RR acertou em cheio, mais uma vez, na edição de 15 de setembro, quando informou que o BC e a CVM haviam criado grupos de  trabalho para acompanhar o crescimento do mercado de bitcoins no país. Ao apagar das luzes de 2017, só para não variar, mais um furo se consuma: a venda da Unidas à Locamerica, noticiada em junho. Por fim, um furo de reportagem, que vale mais pela admiração da newsletter em relação ao personagem: em 27 de janeiro, o RR informou sobre o lançamento da biografia do então presidente do Conselho do Bradesco, Lázaro Brandão.

#Henrique Meirelles #Jorge Paulo Lemann #Michel Temer #Pedro Parente


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Statoil pega, mata e come

28/12/2017
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No que depender da Statoil, a dança das cadeiras no consórcio responsável pelo campo de Carcará (BM-S-8) terá mais um acorde. Os noruegueses pretendem fisgar a participação de 10% pertencente à Barra Energia, do ex-Repsol João Carlos de Luca. Tomando-se como base o valor que a própria Statoil pagou por 66% da Petrobras no ativo, a operação giraria em torno dos US$ 400 milhões. A Barra Energia sempre resistiu à ideia de se desfazer de seu principal ativo. No entanto, a Statoil enxerga a empresa como o elo mais frágil da corrente societária e o caminho para voltar a crescer no consórcio. Recentemente, na esteira da área adjacente de Carcará Norte, os noruegueses cederam 30% da sua participação em Carcará para a sócia Exxon – cada uma passou a ter 36,5% da concessão. Não deve ser por muito tempo. A Statoil tem se revelado o grande predador do pré-sal brasileiro. Entrou em Carcará, comprou sua área contígua e ainda adquiriu 25% do campo de Roncador junto à Petrobras. E lá se foram mais de US$ 6 bilhões.

#Statoil


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Denúncias transbordam das balanças do Inmetro

27/12/2017
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O Inmetro é uma torrente de denúncias. A toda hora, a todo o minuto, chegam ao Relatório Reservado acusações contra a gestão da estatal, notadamente o diretor de Administração e Finanças, Alexander Assis de Oliveira. Os relatos de irregularidades na autarquia não caberiam em uma única edição do RR. Um dos casos mais rumorosos envolve o contrato de locação da atual sede do Instituto em Brasília – alvo de investigações do MPF (Processo no 2017.0044993/2017) e da CGU (Processo no 00106.016746/2017- 11).

Em novembro de 2016, o Inmetro foi informado de que deveria deixar o imóvel que ocupava, pertencente ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Pouco antes, já ciente de que o contrato de locação não seria renovado, a estatal designou uma equipe – à frente o então chefe da divisão de Engenharia, Ivan Reis Gama – para vistoriar três imóveis na capital federal. Após a inspeção, todos foram considerados inaptos. Ainda assim, um dos imóveis, situado no Setor de Indústrias Gráficas, Quadra I, no 985, salas 101, 102, 104, 105, foi alugado.

A determinação teria partido de Alexander Assis de Oliveira. Pouco tempo depois, Ivan Reis, que havia sido contrário à locação do imóvel, foi exonerado da chefia da divisão de Engenharia. Ao que parece, o Inmetro tinha pressa. A estatal efetuou a mudança para a nova sede entre os dias 20 de fevereiro e 10 de março deste ano. Ocorre que o contrato de locação com a Harpia Negócios Imobiliários e Serviços Ltda. só viria a ser assinado mais de um mês depois, em 18 de abril, o que configura ato ilegal na administração pública. Por sinal, segundo o site Infoplex, a Harpia pertence a Nelson Ribeiro Neves, sócio do presidente do Senado, Eunício de Oliveira, em outra empresa, a Manchester Serviços – que já foi acusada de ter firmado contratos de R$ 57 milhões com a Petrobras sem licitação. A nova sede do Inmetro em Brasília parece “encantada”.

As suspeitas de irregularidade envolvem também a empresa responsável pela mudança. O contrato firmado com a Forma Office Comércio de Móveis e Interiores (no 003/2017) especifica apenas os serviços de montagem e desmontagem de paredes divisórias, e não o transporte e deslocamento de mobiliários, que teria sido efetivamente executado pela citada empresa. O episódio foi denunciado aos órgãos de controle do próprio Inmetro, gerando um processo interno (no 52600.00012143/2017), aberto em 16 de junho. No entanto, o caso parece ter sido esquecido em alguma gaveta.

O último trâmite se deu em 26 de julho. O diretor Alexander Assis de Oliveira está ainda no centro das acusações de favorecimento à Becape Automação Industrial, também objeto de processo na CGU (no 00106.013093/2017-19) e no MPF (no 2017.0028858/2017). Entre 31 de outubro e 3 de novembro de 2016, a Becape teria realizado serviços na tentativa de recuperação de dois equipamentos de climatização industrial sem processo licitatório e sem contrato com a autarquia. Oliveira teria autorizado o pagamento de R$ 140 mil à empresa. É difícil distinguir onde terminam as necessidades do Inmetro e começam as relações pessoais de Alexander de Oliveira.

Em conversa com seus pares na própria autarquia, por mais de uma vez Oliveira teria se referido a Bernardo dos Santos Almeida, diretor da Becape, como seu amigo da Igreja Presbiteriana – o diretor da estatal é pastor auxiliar da congregação. Os laços entre ambos iriam além da fé. De acordo com o site Consultasocio, os dois apareciam como sócios na empresa Cambrac (Câmara de Comércio, Indústria e Turismo Brasil-Cuba). Hoje, o nome de Oliveira já não mais consta como acionista da Cambrac.

Em julho deste ano, surgiram na imprensa as primeiras suspeitas de irregularidades envolvendo a Becape. À época, o Inmetro informou que a empresa não prestou serviço e não recebeu “qualquer centavo” da autarquia. Consultada pelo RR, a Becape também nega ter trabalhado para a estatal e afirma não ter recebido qualquer pagamento. Bernardo Almeida garante não pertencer à mesma congregação religiosa de Oliveira, mas confirma ser “amigo pessoal” do dirigente do Inmetro e também que foi seu sócio na Cambrac, que, segundo ele, ” nunca operou ou emitiu nenhuma nota fiscal desde sua fundação”. Também procurado, o Inmetro não se pronunciou.

#Inmetro


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Janguinho

22/12/2017
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As prévias do Partido Pátria Livre (PPL), que incluem o ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer, serão mera formalidade. A sigla lançará João Vicente Goulart, filho de Jango, como candidato à Presidência. Ele entrará na campanha com a missão de bater nas reformas trabalhista e previdenciária.

#Petrobras #PPL


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Chamada final da Petrobras em Uberaba

21/12/2017
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Surgiu uma fagulha de esperança para um dos tantos projetos da Petrobras interrompidos pela Lava Jato. A estatal montou um grupo de trabalho com o objetivo de buscar uma saída para a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Uberaba (MG), cujas obras encontram-se paradas desde 2015. A previsão é que os estudos estejam concluídos em 90 dias. A princípio, nada de dinheiro novo da Petrobras – a companhia não tem interesse em tocar o empreendimento, orçado em quase R$ 2 bilhões. O caminho mais provável é a venda integral do complexo, a exemplo do que está sendo feito com a planta de nitrogenados de Três Lagoas (MS). Trata-se de uma costura complexa, que envolve também a Gasmig. A viabilidade do projeto depende da construção de um gasoduto para o fornecimento de gás natural à fábrica de amônia. A unidade de Uberaba, ressalte-se, esteve na beira da cova: em cima do laço, a Petrobras suspendeu o leilão dos equipamentos já instalados, que ocorreria no último dia 14 de novembro.

#Lava Jato #Petrobras


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Ponto final

21/12/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Catterton.


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Pacote de refinarias

18/12/2017
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Além do Comperj, a China National Petroleum já teria feito uma proposta à Petrobras para comprar também uma participação nas refinarias Landulpho Alves e Alberto Pasqualini. A operação envolveria mais de US$ 500 milhões.

#Comperj


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Ponto final

18/12/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Hermes Pardini, Adecoagro e Governo da Bahia.


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O Brasil ainda está barato

13/12/2017
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A Blackstone parece viver um idílio com o Brasil. A gestora norte-americana, que ofereceu R$ 6 bilhões pelos gasodutos da Petrobras no Nordeste, já teria iniciado a captação de um novo fundo para investimentos no país.

#Blackstone #Petrobras


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Ho ho ho

6/12/2017
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O espírito natalino invadiu a Lava Jato. Além de Marcelo Odebrecht, que deixará o regime fechado no dia 19, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró poderá sair de casa nos dias úteis a partir de 26 de dezembro.

#Lava Jato #Marcelo Odebrecht #Nestor Cerveró #Petrobras


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Depende da Petrobras

6/12/2017
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Paulo Hartung está decidido a privatizar a distribuição de gás no Espírito Santo no primeiro semestre de 2018. O senão é a pendenga com a Petrobras. O governo capixaba tenta romper o contrato de concessão com a estatal.

#Paulo Hartung #Petrobras


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Demissões na UTC

5/12/2017
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Desde julho, a UTC Engenharia teria demitido mais de três mil trabalhadores somente em Macaé, no Norte do Rio. A companhia, inclusive, teria planos de vender a sua base de operações na cidade fluminense. A unidade se tornou praticamente um elefante-branco depois que a Petrobras negou-se a firmar aditivos contratuais com a UTC, reteve pagamentos e incluiu a empresa no seu índex. Devastada pela Lava jato, a empreiteira do delator Ricardo Pessoa entrou em recuperação judicial, com uma dívida de R$ 3,5 bilhões.

#Lava Jato #Petrobras #UTC Engenharia


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Isonomia entre os petroleiros

4/12/2017
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Outros sindicatos de petroleiros do país se mobilizam para seguir os passos do Sindipetro-SP e contestar na Justiça o plano de equacionamento atuarial da Petros. O objetivo é estender para os demais estados a recente decisão da Justiça, determinado que o ajuste financeiro da fundação seja feito pelo valor mínimo de R$ 7 bilhões e não sobre o rombo total de quase R$ 28 bilhões. Com isso, os funcionários e aposentados da Petrobras poderão pagar uma contribuição extra menor para cobrir o déficit da fundação.

#Petros #Sindipetro


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Liberdade

4/12/2017
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O tempo voa: Pedro Barusco, o notório ex-gerente da Petrobras que devolveu US$ 97 milhões em propina, deverá se livrar da tornozeleira eletrônica em março.

#Petrobras


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Petrobras e BTG querem distância total

1/12/2017
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Petrobras e BTG teriam aberto conversações com a Total para a venda do controle da Petrobras Oil&Gas, a malfadada joint venture entre ambos na África, com participação em três campos em águas profundas na Nigéria. O grupo francês é operador de dois deles – Akpo, já em produção, e Egina, ainda em fase de desenvolvimento. Segundo o RR apurou, a Petrobras Oil&Gas também teria sido oferecida à Chevron, responsável pela operação do campo de Agbami. Os norte-americanos, no entanto, parecem estar na mão contrária em relação à África. Recentemente venderam um pacote de ativos em exploração e produção na África do Sul para a Glencore. A joint venture entre a Petrobras e o BTG, não custa lembrar, remete a um passado que tanto a estatal quanto o banco querem enterrar. O negócio chegou a ser investigado pela Lava Jato devido a suspeitas de pagamento de propina a autoridades locais.

#BTG Pactual #Lava Jato #Petrobras


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Ponto final

1/12/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, BTG, Tivit, Mitsui e Cargill.


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Petros já enxerga a Paranapanema pelo retrovisor

27/11/2017
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A monolítica posição dos fundos de pensão na Paranapanema está se quebrando. A Petros prepara sua saída da companhia, na mão contrária de Previ e Petros. A diretoria da fundação avalia duas possibilidades para atravessar a porta de saída: um leilão da sua participação em bolsa ou a venda direta para um investidor.

Neste caso, um candidato mais do que natural seria a própria Glencore, que recentemente comprou 5% da Paranapanema. A decisão da Petros de deixar a deficitária holding mínero-metalúrgica, que perdeu mais de R$ 330 milhões em 2016, se deve, em grande parte, à pressão dos próprios participantes. Os funcionários e aposentados da Petrobras cansaram de pagar a conta dos prejuízos alheios – isso quando não há outras variáveis, vide a Sete Brasil.

A Petros está no meio de um processo de equacionamento do rombo atuarial de R$ 22 bilhões, que exigirá o aumento das contribuições dos beneficiários. A Petros já fez um primeiro movimento do seu “Bye, Bye Paranapanema”. Não participou do recente aumento de capital da companhia, ao contrário do que fizeram Previ e Funcef – donas ainda de 40% das ordinárias. Sua fatia caiu de 12% para 5%.

#Paranapanema #Petros #Previ


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Fosfato valioso

27/11/2017
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Deve ter uma mina de ouro debaixo da Unidade de Fertilizantes da Petrobras em Três Lagoas (MS). Segundo o RR
apurou, dez grupos estrangeiros já procuraram a estatal dispostos a assumir o negócio.

#Petrobras


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Uma pedra no caminho da Braskem

27/11/2017
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O investidor Lírio Parisotto não está disposto a dar sossego à Petrobras e aos Odebrecht. Minoritária da Braskem, a Geração Futuro L. Par, de Parisotto, deverá contestar na Justiça a recompra da Cetrel pela Braskem. É provável que outros acionistas se unam à ação. No entendimento dos investidores, a aquisição configuraria gestão temerária. Na
Assembleia Geral Extraordinária de outubro, a Geração Futuro L. Par já havia votado contra a operação. Com o sinal verde da Petrobras, uma vez que a própria Odebrecht se absteve de votar, a Braskem readquiriu a empresa de soluções ambientais por R$ 610 milhões. A Cetrel estava pendurada na Odebrecht Ambiental, vendida para a Brookfield, que, por sua vez, não quis ficar com a controlada. Ou seja: no fim das contas, a Braskem resolveu um problema para o seu acionista controlador. Procurada, a empresa disse que “a Cetrel tem papel relevante na gestão dos processos ambientais das atividades do Polo Petroquímico de Camaçari”.

#Cetrel #Odebrecht #Petrobras


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Ponto final

27/11/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Geração L. Par, Petros e Petrobras.


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Parente prepara o descarrego da Braskem

22/11/2017
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, bate todo o dia na madeira e repete a ladainha: pé de pato, mangalô, três vezes. Parente pensa na umbanda, na Bahia e na petroquímica. Pensa, sobretudo, em como se livrar da Braskem. O executivo tem dez milhões de motivos para querer bem longe a companhia monopolista da petroquímica brasileira: as enroscadas negociações do preço da nafta, nas quais a estatal, sócia da Braskem, acaba quase sempre se dando mal; o risco Odebrecht, intrínseco ao negócio; a expectativa de resultados financeiros cadentes da empresa; e, principalmente, a necessária desmobilização de ativos da Petrobras. Os 47% que a estatal detém na Braskem podem valer mais do que a abertura de capital da BR Distribuidora.

Há ainda outra vantagem em relação ao underwriting da subsidiária: a companhia pularia fora por inteiro da petroquímica, que tem um histórico repleto de nebulosas transações. O Ministério Público denunciou perdas de R$ 6 bilhões da Petrobras em tenebrosos contratos de venda da nafta para a Braskem, no período de 2009 a 2014. O presidente da petroquímica, Carlos Fadigas, disse que se tratava de uma alucinação. Não fosse por uma delação premiada, estaria mofando na prisão. Eparrei, minha mãe Yansã. O medo, contudo, generalizou-se.

A Itaúsa, holding da família Setubal, e a Dow Chemical, grupos que demonstraram interesse, pularam fora antes mesmo das controladoras, Petrobras e Odebrecht, definirem a  modelagem da venda. A Shell também foi cogitada e fingiu-se de morta. Os sócios da petroquímica depositam sua esperança em uma operação complexa de abertura do capital na NYSE e transferência da sede para os EUA.

A engenhosa tacada, a cargo do Santander, permitiria a redução dos riscos Brasil e Odebrecht, com consequente destravamento do preço da companhia, dando porta de saída para os controladores – pelo menos a Petrobras – com a pulverização das ações. Mas até mesmo o banco espanhol, bastante empenhado em faturar sua comissão, sabe que é uma pedreira exportar o centro de decisão de um monopólio, cuja existência se deve em grande parte a largos favorecimentos estatais. Some-se a isso o fato de a Braskem sofrer as agruras de um acordo de leniência que pode ser suspenso a qualquer momento pela miríade de órgãos fiscalizadores e reguladores envolvidos, Ministério Público, TCU, AGU, PGR. Por enquanto, Parente, com seus rasos e ouriçados fios de cabelos, faz até mais do que pode. Resta observar o horizonte, de onde provem o tam-tam dos atabaques no terreiro da Odebrecht. Valei-me, meu santo Atotô Obaluaê.

#Braskem #Pedro Parente #Petrobras


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Ponto final

22/11/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Azul (David Neeleman), Petrobras, CNPC, EDF e Cemig.


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Efeito manada

21/11/2017
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Na Petrobras, a expectativa é que mais de mil investidores vão aderir ao processo de arbitragem coletiva, cobrando uma indenização por perdas decorrentes de atos de corrupção. Segundo o RR apurou, nos cálculos da empresa, o valor da ação deverá passar dos R$ 30 bilhões após a adesão de Previ, Petros e Funcef. A estatal diz que “a legislação não respalda a iniciativa e se defenderá para garantir seus interesses e de seus acionistas.”

#Funcef #Petrobras #Petros #Previ


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Good idea

16/11/2017
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A Odebrecht pretende fazer apresentações ao mercado do seu sistema de compliance e políticas de integridade. Eis aí uma boa ideia a ser imitada pela ex-parceira Petrobras.

#Odebrecht


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A ingratidão de João Lyra

13/11/2017
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O RR apurou que o usineiro João Lyra pretende se unir ao bloco de empresas sucroalcooleiras que processa a Petrobras na Justiça. São mais de 30 companhias – entre elas pesos-pesados como Raízen e São Martinho – que cobram da estatal uma indenização por supostos prejuízos decorrentes da sua política de preços de combustíveis. A empresa de Lyra, a Usina Laginha, entrou em recuperação judicial em 2008 e teve sua falência decretada em 2012, com aproximadamente R$ 2 bilhões em dívidas. O usineiro, ao que parece, busca um bode expiatório para a quebra
da companhia. Logo a Petrobras, que tanto o ajudou… A Lava Jato investiga supostos repasses ilegais de recursos da BR à Usina Laginha, no valor de R$ 7,2 milhões, que teriam sido feitos com a intermediação de Fernando Collor.

#Petrobras #Raízen


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Terreno fértil

1/11/2017
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Além da CNPC, a também chinesa Sinopec apresentou uma oferta firme à Petrobras para assumir a unidade de nitrogenados da estatal em Três Lagoas (MS), projeto de R$ 2 bilhões. Não custa lembrar que a empresa integrava, ao lado da Galvão Engenharia, o consórcio responsável pelas obras do complexo, que foi alvo de investigações do Ministério Público. Menos mal que a denúncia foi arquivada.

#CNPC #Petrobras #Sinopec


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Santo de casa

1/11/2017
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A Petros vai decidir até o fim de novembro se adere ou não ao processo de arbitragem contra a Petrobras aberto por minoritários da estatal na B3. Por ora, segundo informações filtradas junto à fundação, a balança pende para o “não”. Seria um alívio para a Petrobras. Estima-se que as perdas da fundação tenham chegado aos R$ 7 bilhões.

#Petrobras #Petros


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Ponto final

1/11/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Rumo, Petrobras, Sinopec e Mendes Junior.


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A longa busca do perdão

26/10/2017
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A sueca Skanska tenta fechar ainda neste ano o acordo de leniência com o Ministério Público Federal. Mesmo assim, os escandinavos ainda estarão longe da purificação no Brasil. As tratativas com o Ministério da Transparência seguem arrastadas. A empreiteira permanece também no índex da Petrobras. A Skanska, não custa lembrar, interrompeu suas atividades no Brasil após ser tragada pela Lava Jato. A leniência seria seu bilhete de retorno.

#Skanska


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Dupla de ouro

25/10/2017
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Na ANP, é grande a expectativa de que Petrobras e Exxon repitam nos leilões da próxima sexta-feira, a dobradinha da 14ª  Rodada de Licitações, realizada em setembro. O principal alvo da dupla seriam ativos localizados na Bacia de Campos. Petrobras e Exxon foram as grandes responsáveis por inflar o ágio médio do certame de setembro. A dupla representou 95% do bônus total arrecadado pela ANP, de R$ 3,84 bilhões.

#ANP #ExxonMobil #Petrobras


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Ponto final

25/10/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: GM, Petrobras e Exxon.


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Rubens Ometto empurra a Comgás na direção da Gas Brasiliano

20/10/2017
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Rubens Ometto enxerga a compra da participação da Shell na Comgás, sacramentada na última semana, como um rito de passagem para um projeto maior. Após assumir, sozinho, o controle da distribuidora, até então compartilhado entre a Cosan e os anglo-holandeses, Ometto está empenhado em costurar a fusão da empresa com a Gas Brasiliano. A operação passa pela Petrobras e pela Mitsui, donas, respectivamente, de 51% e 49% da Gaspetro.

Esta, por sua vez, é a controladora da Gas Brasiliano. A condução do negócio requer dois requisitos que Ometto tem de sobra: musculatura financeira e boa circulação entre as veias e artérias do Poder, neste caso não apenas no governo federal, por conta da Petrobras, mas, sobretudo, na esfera estadual. A associação entre as duas distribuidoras de gás teria de passar pelo crivo da Agência Reguladora de Serviços Públicos de São Paulo (Artesp). Trata-se de um projeto acalentado por Rubens Ometto desde 2012, quando a Cosan, sua empresa, entrou no capital da Comgás. No entanto, a Shell sempre foi um entrave a qualquer investida neste sentido. Como já havia sido em relação a sua sócia anterior na Comgás, a BG, que também chegou a estudar a associação com a Gas Brasiliano.

Para os três protagonistas da operação, a associação entre as duas concessionárias faz todo o sentido estratégico. Cosan, Petrobras e Mitsui passariam a dividir o controle do maior cinturão de distribuição de gás do país, uma empresa que teria sob o seu guarda-chuva mais de 40 milhões de consumidores, ou quase 90% da população de São Paulo. A dobradinha Comgás e Gas Brasiliano seria responsável pela distribuição de quase 50% do gás natural comercializado no país. Juntas, formariam ainda uma companhia com mais de R$ 6 bilhões em receita e um Ebitda da ordem de R$ 2 bilhões, a números de 2016. No seu caso específico, a Petrobras liberaria ainda mais recursos de seu apertado orçamento para investir em atividades do seu core business.

#Comgás #Cosan #Rubens Ometto #Shell


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Ponto final

20/10/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Comgás, Petrobras, Mitsui e Banrisul.


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Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa

19/10/2017
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Se é por estratégia comercial, excesso de rigor ou , pouco importa, o fato é que a decisão da Petrobras de não vender gás para a Âmbar, térmica da J&F Investimentos, está custando caro ao consumidor. Na semana passada, a Aneel, autorizou a entrada em operação da térmica de Araucária ao custo de R$ 636 o megawatt/hora (MWh) – a petroleira, por sinal, é sócia da usina, com 20%. Está longe de ser o pior dos casos.

O Custo Marginal de Operação (CMO) do sistema chegou a R$ 860,84 o MWh. Ou seja: todas as termelétricas que trabalhem até este preço podem ser ligadas. Enquanto isso, a térmica da Âmbar em Cuiabá, que tem um custo de produção bem inferior, de R$ 511, está parada por falta de gás desde que a Petrobras rompeu unilateralmente o contrato de fornecimento do insumo, em junho. Procurada, a estatal reafirmou a versão de que suspendeu o acordo por “violação de cláusula contratual que trata da legislação anticorrupção”.

Estima-se que a interrupção da usina custe cerca de R$ 60 milhões por semana ao Sistema Interligado Nacional. Ou 1% a menos nos reservatórios de água das hidrelétricas do Sudeste – o que não é pouca coisa. A conta já começa a parar onde sempre para. Na última terça-feira, quatro distribuidoras de energia anunciaram em bloco o reajuste de suas tarifas. Os maiores aumentos médios vieram da EDP São Paulo e CPFL Piratininga, respectivamente, de 24,3% e 17,2%.

#Aneel #J&F Investimentos #Petrobras


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Acerto de contas

18/10/2017
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O relatório do UBS avaliando a BR Distribuidora em R$ 29 bilhões foi uma ducha de água fria para a Petrobras. Por ora, as simulações feitas pela companhia projetam um valuation superior a R$ 35 milhões. Não chega a ser uma diferença abissal, mas talvez, a contragosto, a estatal tenha de calibrar suas pretensões.

#BR Distribuidora #Petrobras #UBS


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Um acordo que vale mil postos de trabalho

18/10/2017
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Há uma negociação aberta entre a Ecovix e a Petrobras para o equacionamento de um impasse que se arrasta desde o ano passado e inviabiliza as atividades no estaleiro gaúcho. No dia 10 de outubro, o diretor-presidente da empresa, Christiano Bastos Morales, enviou carta ao diretor executivo de Desenvolvimento de Produção e Tecnologia da estatal, Roberto Moro – à qual o RR teve acesso –, com propostas para o aproveitamento econômico das estruturas já construídas da P-71. No fim de 2016, a Petrobras suspendeu o contrato de montagem da plataforma.

O cancelamento da encomenda deixou a companhia com um problema financeiro e outro físico, que, somados, praticamente impedem a utilização do estaleiro: são mais de 38 mil toneladas de blocos já executados da P-71 espalhados pelo dique seco e áreas adjacentes da empresa. Por força de contrato, cabe à Petrobras arcar com as despesas referentes ao descarte da plataforma. Estima-se que o custo total seja da ordem de R$ 124 milhões incluindo o pagamento de tributos e o sucateamento da estrutura.

A Ecovix, braço de construção naval da Nova Engevix, se propõe a utilizar R$ 112 milhões desse valor para concluir a solda dos blocos já construídos e regularizar a P-71 junto à Receita Federal. Os R$ 12 milhões de diferença seriam devolvidos à própria estatal, que, assim, reduziria parte das perdas decorrentes de suas obrigações contratuais. Em contrapartida, a Ecovix passaria a ser a proprietária da plataforma, podendo vender a estrutura a terceiros.

Além de liberar o espaço físico no estaleiro, a empresa, hoje em recuperação judicial, ganharia fôlego para disputar contratos na esteira dos novos leilões do pré-sal, programados para o fim do mês. Isso para não falar que o acordo com a Petrobras levaria à contratação imediata de aproximadamente mil trabalhadores pelo prazo de 13 meses, tempo estimado para a conclusão da P-71. Não é pouca gente.

#Ecovix #Engevix #Petrobras


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Crônica do pré-cárcere

17/10/2017
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Quando estava na presidência da Petrobras, Aldemir Bendine, teve uma ideia megalomaníaca em relação aos patrocínios da estatal. Tentou de todas as formas convencer o Conselho de Administração de que a empresa deveria ser a única anunciante das transmissões da Fórmula-1 na Rede Globo. Levou a proposta três vezes ao board. Em uma delas, sugeriu praticamente extinguir todos os demais patrocínios para concentrar as verbas na F-1. Levou bomba sucessivamente no Conselho, que achou o projeto excêntrico, seja pelo astronômico valor na situação de crise vivida pela companhia, seja pelo privilégio a uma única empresa. Melhor para todos que tenha sido assim. Até mesmo para a Rede Globo. Carregar um patrocínio dessa monta com a inspiração isolada de Bendine despertaria fantasias que não favoreceriam ou que não favorecem a ninguém.

#Aldemir Bendine #Petrobras #Rede Globo


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Ponto final

17/10/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Grupo EBX e Petrobras.


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Sobrou para a Petrobras

16/10/2017
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O governador de Pernambuco, Paulo Câmara, tem feito marcação cerrada sobre a Petrobras para a retomada das obras da refinaria Abreu Lima. O anúncio da construção da segunda refinaria, um projeto de R$ 3,2 bilhões, seria um prato feito para Câmara, candidato à reeleição. Não custa lembrar que o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, é conterrâneo e do mesmo partido, o PSB. Mas, por ora, nem assim.

#Abreu Lima #Petrobras #PSB


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Adubo no caixa

11/10/2017
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Se a Justiça não brecar o negócio novamente, a Petrobras pretende anunciar a venda da Unidade de Nitrogenados de Três Lagoas (MS) no mês de novembro. A China National Petroleum Corporation (CNPC) é o candidato mais forte – já teria, inclusive, fechado um pré-acordo com fornecedores para pagar antigas dívidas e retomar as obras. A norueguesa Yara corre por fora.

#CNPC #Petrobras


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Ponto final

11/10/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e China National Petroleum.


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Itaboraí, vulgo Pequim

10/10/2017
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A China National Offshore Oil se uniu à conterrânea CNPC nas conversas com a Petrobras para a construção de uma refinaria no Comperj. Em outra raia, a Shandong Kerui é forte candidata a instalar uma unidade de processamento de gás natural (UPGN) no local. Sobre a refinaria, a Petrobras não se pronuncia. Em relação à UPGN, diz já ter recebido quatro propostas e que o contrato será assinado no primeiro trimestre de 2018.

#China National Offshore Oil #CNPC #Comperj


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Bendine II

4/10/2017
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Aldemir Bendine é um colecionador de proventos. Se, no Banco do Brasil, instituiu e se beneficiou da aposentadoria “cheia” – que hoje é alvo de questionamentos dentro da instituição (ver RR de ontem) –, também deixou sua marca na Petrobras. Como presidente da estatal, Bendine foi o maior defensor da proposta de quarentena remunerada, de seis meses, para os dirigentes que deixassem a empresa. O figurino lhe vestiu muito bem. Ele próprio foi o primeiro executivo favorecido pela regra. E, até agora, o único.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil


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Linhagem

2/10/2017
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Recém-condenado por Sérgio Moro a 15 anos de prisão, o ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves negocia um acordo de delação com a força tarefa da Lava Jato. Gonçalves vem a ser o substituto do notório Pedro Barusco na estatal. Em todos os sentidos.

#Lava Jato #Petrobras #Sérgio Moro


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O jogador Bendine

25/09/2017
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O entorno de Dilma Rousseff interpretou a inclusão da ex-presidente entre as testemunhas de defesa do ex-Banco do Brasil e Petrobras Aldemir Bendine como um gesto na fronteira entre a pressão e a coação. Algo similar ao que fez Eduardo Cunha ao arrolar o nome de Michel Temer.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #Dilma Rousseff #Petrobras


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Pesos e medidas

22/09/2017
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Curioso: a JBS foi impedida pelo BNDES de transferir sua sede para o exterior. Por sua vez, a Braskem estuda, junto com a Petrobras, exportar o seu centro de decisões. Tudo bem… A JBS é uma coisa, e Braskem, Petrobras e BNDES são outra. Mas há algo de similar entre um caso e outro. Ou não.

#BNDES #Braskem #JBS


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Petrobras abre a porta de suas refinarias

19/09/2017
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A Petrobras e a Repsol Sinopec mantêm conversações para uma possível associação na área de refino. Segundo o RR apurou, as tratativas com os chineses envolveriam a conclusão das obras de construção da má afamada unidade de Abreu Lima – um dos grandes projetos da estatal corrompidos pelo “petrolão” e interrompidos pela Lava Jato. Parte da unidade está em operação desde 2014, mas, de acordo com cálculos da Petrobras, ainda faltam ao menos R$ 2 bilhões em investimentos para a refinaria atingir a capacidade originalmente estimada. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, já confirmou que o processo de desmobilização de ativos da estatal incluirá operações de refino – conforme antecipou o RR na edição de 24 de fevereiro. Por ora, no entanto, os fatos parecem indicar que a prioridade da companhia é a busca de parceiros para concluir projetos inacabados. Consta que a China National Petroleum Corporation (CNPC) tem interesse em se associar ao Comperj. Em tempo: no caso de Abreu Lima e, mais especificamente, da Repsol Sinopec, as tratativas têm um certo ar de déjà vu. A então espanhola Repsol foi sócia da Petrobras na refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul.

#Lava Jato #Petrobras #Repsol Sinopec


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Ponto final

19/09/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Repsol Sinopec.


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Efeito colateral

18/09/2017
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A direção da Petrobras discute o rompimento do contrato com o escritório Trench, Rossi e Watanabe (TRW), envolvido no caso JBS. O TRW presta serviços à estatal na área de compliance. Segundo o RR apurou, o atual contrato, no valor de R$ 96 milhões, vence no primeiro semestre de 2018. Consta que, há alguns meses, a Petrobras teria pressionado o escritório a interromper sua relação contratual com a JBS, por conta de potencial conflito de interesses no âmbito da Lava Jato.

#JBS #Lava Jato #Petrobras #TRW


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Ponto final

18/09/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Votorantim, Petrobras e Trench, Rossi e Watanabe.


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Apagão nas licitações une João Doria e Fernando Haddad

14/09/2017
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Se a concorrência para a manutenção dos sinais de trânsito em São Paulo está parada há mais de 50 dias, há uma penumbra ainda maior sobre a licitação da Prefeitura para a modernização do sistema de iluminação pública e instalação de câmeras e sensores – um cobiçado contrato com prazo de 20 anos e valor de R$ 7,3 bilhões. Um ano e meio após a entrega das propostas, os envelopes sequer foram abertos. Os dois consórcios finalistas – Walks e FM Rodrigues/CDL –, se engalfinham na Justiça em uma contenda marcada por denúncias de irregularidades e de favorecimento. O lance mais recente se deu em agosto: o desembargador Eduardo Gouveia, da 7a Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, concedeu liminar determinando a continuidade da concorrência e a leitura das propostas.

No entanto, a Prefeitura mantém essa luz apagada. Mais de um mês já se passou e o que está dentro dos envelopes segue sendo uma espécie de “terceiro segredo” de Fátima. O timeline do imbróglio é longo e atravessa as gestões de Fernando Haddad e João Doria. Começa em 24 de abril do ano passado, quando o consórcio FM Rodrigues entrou com uma representação do Tribunal de Contas do Município (TCM-SP) pedindo a exclusão do Walks, sob a alegação de que a garantia apresentada pelo concorrente não poderia ser aceita. O TCM-SP acatou a solicitação, posteriormente revertida por um mandado de segurança.

Após diversos ziguezagues na Justiça, no dia 10 de maio deste ano, a FM Rodrigues deu uma nova cartada: pediu à Comissão de Licitações da Prefeitura a exclusão de seu oponente, uma vez que a Alumini –controlada por uma das empresas do Consórcio Walks, a Quaatro – havia sido declarada inidônea na esfera federal por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. A Comissão aceitou o argumento e, no dia 6 de julho, tirou o consórcio do páreo. O Walks recorreu, com a alegação de que a punição se aplica a uma subsidiária da Quaatro e está restrita ao âmbito federal.

A liminar da 7a Câmara de Direito Público do TJ-SP recolocou o consórcio na concorrência. Nos bastidores, empresas do Consórcio Walks (WPR Participações, leia-se WTorre, Quaatro Participações e KS Brasil Led Holdings) insinuam que autoridades da administração pública estariam agindo com o propósito de beneficiar o concorrente, um pool formado pela FM Rodrigues, Consladel e Laços Detetores. Consultada pelo RR, a Prefeitura de São Paulo afirmou “desconhecer qualquer acusação de favorecimento a interessados na licitação em curso”. Declarou ainda que “o entendimento da Comissão de Licitações é que as empresas Quaatro e Alumini estão intrinsicamente ligadas, como a própria Quaatro reconhece em petição, nos autos de Ação de Execução em trâmite pela 44a Vara Cível do Foro Central.” A Prefeitura informa também que a “manutenção da iluminação pública ocorre por meio dos contratos em vigor.”

#Fernando Haddad #Governo de São Paulo #João Doria


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Cerco ao Comperj

13/09/2017
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Por enquanto não há manifestação de interesse por parte dos chineses na aquisição do Comperj, projeto da Petrobras abalroado pela Lava Jato. Mas Itaboraí (RJ) tem recebido uma invasão dos asiáticos. No centro da cidade, logo depois do bairro de Manilha, um prédio novinho será ocupado só por chineses.

#Comperj #Petrobras


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Luciano Coutinho veste a armadura do acadêmico

13/09/2017
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O ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho traçou uma rota para atravessar o período de turbulência. Vai concentrar sua atividade e exposição em questões de ordem acadêmica, preferencialmente não relacionadas ao banco. Apesar da indissociabilidade com a LCA Consultoria, pretende se divorciar temporariamente de funções executivas, mesmo continuando ligado à empresa.

Luciano acha que o melhor desinfetante para as agruras sofridas com a Lava Jato é voltar a ser o que sempre foi: um economista industrialista, e escrever, escrever, como se não houvesse amanhã. Essa é sua chinese wall. Ele atravessa com a placidez de um monge os tormentos das circunstâncias, tais como o bloqueio dos seus bens por um juiz federal do Mato Grosso. Nada a ver com a Lava Jato. Aliás, o maior espalha-brasas entre todos os delatores, o empresário Joesley Batista, fez questão de ressaltar que Coutinho não tinha qualquer relação com suas operações pouco republicanas.

Em meio a tanta notícia desagradável, eis um fato positivo: Luciano Coutinho é um dos economistas com maior network entre os empresários de São Paulo e relacionamento no circuito internacional de agências de fomento. Ele continua a ser visitado, emitindo opiniões e prestando conselhos. Com seu jeito zen, não se arrepende sequer da longa temporada no BNDES, uma antiga obsessão profissional.

Coutinho largou umas das consultorias mais bem-sucedidas de São Paulo para dar expedientes de 15 horas com uma remuneração bem inferior à que tinha na sua empresa. Agora, inexoravelmente vai ter seu momento de Geni, tomando pedradas aqui e acolá. Por isso não é o momento de falar da teoria que fundamentava os “cavalos campeões” ou da exportação de serviços de engenharia. Em situações de linchamento não há defesa que se sustente. Mas, Coutinho faria quase tudo outra vez.

Seus amigos dizem que ele repensaria o timing de saída do banco, que poderia ter ocorrido quando se iniciaram os escândalos envolvendo a Petrobras. No entanto, ele quis se defender dentro da instituição. Depois do engenheiro Marcos Vianna foi o mais longevo presidente do banco e o mais identificado com a corporação. Quanto a sua gestão, os dados estão contidos no “livro verde”, com o qual o atual presidente, Paulo Rabello de Castro, vem defendendo a lisura e acerto técnico dos profissionais do banco.

#BNDES #Lava Jato #Luciano Coutinho


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Fernando Coelho desata o nó entre Eletrobras e Petrobras

8/09/2017
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O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, acredita ter encontrado a solução para a dívida de quase R$ 16 bilhões da Eletrobras com a Petrobras, referente ao fornecimento de gás para termelétricas. O modelo sobre a mesa passa pela transferência de ativos da Amazonas Energia, controlada pela holding do setor elétrico. Fariam parte do pacote as usinas Mauá e Aparecida.

São as duas grandes térmicas da Amazonas Energia, responsáveis pela maior parte da encomenda de gás à Petrobras e, consequentemente, dos débitos junto à petroleira. A ideia da Pasta de Minas e Energia é que uma proposta seja alinhavada e apresentada aos Conselhos de ambas as empresas em outubro. Consultado pelo RR, o Ministério não quis se pronunciar.

O modelo muy amigo do ministro Coelho – e de um governo que tem conseguido impor suas vontades – não está sendo pensado exatamente para resolver o passivo da Petrobras, mas para evitar que o imbróglio possa atrapalhar a “descotização” da Eletrobras. E, ao mesmo tempo, impedir uma tungada fiscal e uma nova frustração de receita do governo. A petroleira já soltou um balão de ensaio solicitando a inclusão de um artigo na MP do setor elétrico que lhe dê primazia no recebimento de recursos amealhados com a “descotização” da Eletrobras.

Com as devidas ressalvas, a proposta guarda alguma semelhança com a operação feita entre o governo federal, o BNDES e a Cedae. A estatal de saneamento será jogada no colo do banco como lastro do empréstimo emergencial ao Rio de Janeiro, sem que possa ser privatizada agora. No seu caso, mesmo ganhando, a Petrobras vai perder. Se o projeto seguir adiante, a empresa acabará assumindo ativos que não serão vendidos no curto prazo e tampouco fazem parte do seu core business. Paciência! Quem sabe não surge uma proposta melhor para a Petrobras se um dia ela for privatizada…

#Eletrobras #Ministério de Minas e Energia #Petrobras


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Caixa Econômica é a estatal mais “privatizável”, dizem assinantes do RR

6/09/2017
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A Caixa Econômica Federal é a primeira da fila entre as grandes estatais que deveriam ser imediatamente privatizadas, segundo enquete realizada pelo RR junto a uma parcela dos seus assinantes. A amostragem atingiu 269 nomes, distribuídos entre empresários, executivos, advogados, parlamentares, militares e dirigentes de variadas entidades de classe. Foram escolhidas as quatro estatais que não constam de qualquer programa de privatização e são consideradas as mais cobiçadas pelo mercado.

Os assinantes receberam um breve questionário com as seguintes perguntas: “Que estatal deveria ser imediatamente privatizada?”; “De acordo com sua resposta, qual o principal motivo para a privatização?”; “Que empresa teria mercado comprador mais fácil?” A sondagem foi feita no modelo de respostas fechadas – cabe enfatizar que a Eletrobras não foi incluída na relação, uma vez que sua venda já foi anunciada pelo governo. A CEF despontou com 41% das preferências, seguida da Embrapa, 26%; Petrobras, 24%; e Banco do Brasil, 9%. O principal motivo apontado pelos assinantes do RR para a privatização da CEF foi o fisiologismo, com 38% – ou seja, aos olhos dos entrevistados, o banco tem sido um “cabide de emprego”.

A geração de caixa para o governo surgiu a seguir, com 20%. Logo depois, vieram ganhos de eficiência, 12%; e aumento de competitividade (8%). A corrupção foi votada por 5%. Na opção “outros”, quando o entrevistado pode citar um fator não apresentado nas respostas, chamou a atenção o expressivo número dos que indicaram a superposição de funções como razão para a venda da Caixa (12%). Ressalte-se ainda o índice residual de 3% que mencionaram a irrelevância estratégica da instituição.

No caso do BB, o quesito “ganhos de eficiência” foi o mais votado, com 52%. O item “geração de caixa para o governo” foi apontado como a razão maior por 18%. O aumento de competitividade somou 11%. Ressalte-se que o fisiologismo recebeu só 9% dos votos, um número muito inferior ao atribuído à Caixa. A corrupção teve 4%. Curiosamente, 2% dos entrevistados descartaram a privatização do banco, sugerindo, no item “outros”, a fusão do BB com a CEF.

Na Embrapa, considerada uma das joias do setor público, o motivo disparado para sua privatização foram os ganhos de eficiência, com 85% das respostas. A concentração nesse quesito é tamanha que os entrevistados parecem ignorar o fato da empresa ser um case de eficiência mundial – ou consideram que, mesmo sendo referência, a Embrapa poderia ser muito melhor caso estivesse sob controle privado. Um dado chama a atenção: juntos, fisiologismo e corrupção não somaram 1%.

No caso da Petrobras, para 41% dos entrevistados, a razão para uma venda imediata também seriam os ganhos de eficiência, livrando a estatal da burocracia e demais amarras do Estado. Em segundo lugar, ficou a corrupção, com 23% – certamente um reflexo dos fatos recentes. O critério do aumento de competitividade foi indicado por 12%. Ao contrário do esperado, o item venda imediata da Petrobras visando geração de caixa para o Estado somente foi assinalado por 7% dos consultados. Provavelmente, os assinantes consideram que o momento não é o melhor para a privatização, estando a empresa em processo de reestruturação e seu valor de mercado bem abaixo dos preços históricos.

O fisiologismo teve 6% das indicações. Quando consultados sobre que empresa teria mercado comprador mais fácil, a Embrapa surgiu como o bombom da enquete, com 34% de interesse na aquisição, seguida da Petrobras (29%). Depois aparecem Caixa (21%) e BB (15%). A fusão BB e CEF surge novamente nessa questão, com 1% dos consultados sugerindo que um banco resultante das duas estatais teria o maior mercado comprador entre todos os demais. Faltaria combinar a junção com o Cade, o que parece uma hipótese fora de consideração.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Embrapa #Petrobras


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Contagem regressiva

5/09/2017
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A Petrobras trabalha para lançar o prospecto do IPO da BR Distribuidora na primeira semana de outubro.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Os “herdeiros” de Bendine

5/09/2017
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A eventual delação de Aldemir Bendine é um risco que paira sobre alguns dos atuais dirigentes do Banco do Brasil ligados ao executivo. A começar pelo próprio presidente da instituição, Paulo Rogerio Caffarelli, que quase chegou ao comando da Previ com a ajuda de Bendine. Sintomaticamente, Caffarelli tem se esforçado para se distanciar da figura do ex-presidente do BB. Entre seus pares, não se cansa de repetir que rompeu com Bendine antes mesmo de ele trocar o banco pela Petrobras. Outro executivo que tinha uma relação estreita com o agora detento é o atual vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Antônio Maurício Maurano. Consta que, mesmo já estando na Petrobras, Bendine também tentou emplacar o nome de Maurano no comando da Previ. Mas, pelo jeito, fazer presidentes do fundo de pensão não era o seu forte.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #Previ


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Pasadena, quem diria, vira trunfo de Dilma

5/09/2017
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Pessoas próximas a Dilma Rousseff têm defendido que a ex-presidente grave um vídeo para as redes sociais capitalizando a recente decisão do TCU sobre Pasadena. O órgão isentou o Conselho da Petrobras, à época presidido por Dilma, de ter cometido qualquer irregularidade na compra da malfadada refinaria no Texas, em 2006. Aliados da ex-presidente acham que ela não pode perder essa oportunidade, de olho principalmente em 2018, quando Dilma deverá disputar uma vaga no Senado.

#Dilma Rousseff #Petrobras #TCU


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Ponto final

5/09/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Grupo Bertin e Gafisa.


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Sempre há o MP no caminho da Petrobras

4/09/2017
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A ação de improbidade do Ministério Público Federal do Mato Grosso do Sul contra o ex-presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli mirou no executivo, mas acabou ricocheteando no plano de desmobilização de ativos da estatal. Segundo o RR apurou, as investigações esfriaram as conversas entre a companhia e a China National Petroleum Corporation (CNPC) para a venda do controle da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Três Lagoas (MS). O temor dos chineses é assumir um empreendimento repleto de esqueletos e ossadas. Até então, o projeto vinha atravessando a Lava Jato com poucas escoriações. Recentemente, no entanto, o TCU apontou o pagamento indevido de R$ 155 milhões ao consórcio responsável pela construção da unidade, encabeçado pela Galvão Engenharia.

#Petrobras


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Ponto final

4/09/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: GP, Golden Cross e Petrobras.


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Os pesos e medidas da leniência

1/09/2017
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A holandesa SBM, uma das empresas flagradas em delito pela Lava Jato, colocou os órgãos de controle da República e a Petrobras em rota de colisão. O Ministério Público Federal (MPF) está brecando a assinatura do acordo de leniência da empresa. Mais de um ano após o início das tratativas, o MPF ainda não se convenceu quanto à confissão da empresa. A avaliação é que a documentação disponibilizada pelos holandeses até o momento só revela segredos de polichinelo; as informações ajudaram muito pouco nas investigações. Do outro lado, no entanto, o Ministério da Transparência e a própria estatal já aceitaram os termos da proposta e pressionam pela assinatura do acordo de leniência com a SBM. Aliás, entre antigos fornecedores, a insistência da Petrobras em dar o salvo-conduto aos holandeses tem alimentado a interpretação de que a companhia estaria sendo mais rigorosa com empresas nacionais do que estrangeiras.

#Lava Jato #MPF #Petrobras #SBM


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Ponto final

1/09/2017
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Triunfo, GM, 3G Radar, Ministério de Minas e Energia, Petrobras e MPF.


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Ponta do lápis

29/08/2017
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O equacionamento do déficit atuarial da Petros, de R$ 26 bilhões, custará à Petrobras cerca de R$ 500 milhões por ano em contribuições adicionais. E outro tanto para os trabalhadores e aposentados da estatal.

#Petrobras #Petros


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Ponto final

29/08/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Raízen Shell e Petrobras.


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O “árbitro” Padilha

28/08/2017
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Por razões ainda insondáveis, o ministro Eliseu Padilha trouxe a Sete Brasil para a sua jurisdição. Está empenhado em aparar as pontiagudas arestas entre Previ, Funcef e Petrobras. Acionistas da fabricante de sondas, os dois fundos de pensão entraram com um processo de arbitragem contra a estatal responsabilizando-a pelas perdas na companhia.

#Eliseu Padilha #Funcef #Previ #Sete Brasil


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Seis por meia dúzia

28/08/2017
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A angolana Sonangol demonstrou interesse em ficar com a parte do BTG na Petro África, a joint venture com a Petrobras que tanto deu o que falar. E talvez continue dando: a Sonangol é uma das empresas “controladas” por Isabel dos Santos, filha do ditador angolano José Eduardo dos Santos, prestes a deixar a presidência após 38 anos.

#BTG #Petrobras #Sonangol


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A nau dos afogados na volta à Petrobras

28/08/2017
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O empresário Rubens Botteri, sócio da Great Oil Perfurações Brasil, está em jornada para retornar sua posição de fornecedor relevante da Petrobras. A estratégia envolve um trabalho de aproximação intensa com a diretoria
da estatal, além de lobby em todas as frentes. De 2009, quando ainda atendia pelo nome de Tuscany, a 2017, a companhia embolsou mais de R$ 200 milhões em contratos de aluguel e operação de sondas terrestres para a estatal.

O declínio da parceria comercial com a Petrobras acentuou a trajetória cadente da empresa. O enredo é rocambolesco. A antiga Tuscany entrou em processo de falência nos Estados Unidos. Seus ativos foram esquartejados e vendidos. Antes de ser arrematada por Botteri e dar origem à Great Oil, a operação brasileira da Tuscany foi comprada pela Oil M&S, do empresário argentino Cristóbal López, outro personagem que teve seu momento na Petrobras.

Dono de cassinos e com múltiplos interesses no setor de óleo e gás, López cultivou a amizade dos Kirchner, o que, segundo fontes ouvidas pelo RR, foi fundamental para a aquisição da refinaria da estatal brasileira em San Lorenzo, na Argentina. A operação gerou um inquérito da Polícia Federal no início da Lava Jato. López sumiu do mapa da Petrobras. Já Botteri tenta voltar. Seu foco são os campos onshore da estatal no Nordeste.

#Petrobras


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Dedo de prosa sobre o bazar das estatais

25/08/2017
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Se o governo está fazendo piruetas para misturar concessão com privatização e obter uma receita extra orçamentária de R$ 30 bilhões com a Eletrobras, só resta uma conclusão: o déficit primário projetado para o próximo ano não é de R$ 159 bilhões, mas, sim, de R$ 189 bilhões. Privatizações feitas a toque de caixa são a tradução perfeita para um buraco orçamentário maior do que o previsto. E o estouro dos fogos de artifício no céu do mercado leva a crer que o governo deu somente a sua primeira estocada mortal no triângulo das grandes estatais.

As 49 empresas elencadas no PPI têm um efeito mais confeiteiro. Várias delas já tiveram sua venda anunciada anteriormente inúmeras vezes. Mas a inclusão da Eletrobras muda o enredo completamente. O mencionado expediente da golden share tem mil utilidades, inclusive a de eventualmente não ter utilidade alguma ou ser uma trucagem eficaz. Sua insuficiência imunológica já forçou o BNDES a ingressar no capital de ex-estatal para evitar que fosse descumprido o escrito e o combinado.

Fica acertado, portanto, que a golden share funciona como uma apólice de segurança junto à sociedade para a venda de ativos com maior sensibilidade política. Alguém aí falou Petrobras? O Banco do Brasil e a Caixa Econômica já podem ir para a prateleira. A engenharia de privatização da Eletrobrás tem serventia para todo o triângulo das grandes estatais.

A Petrobras, sem dúvida, seria a missão mais difícil, pois necessitaria de negociação complexa no Congresso para a mudança constitucional que veda sua alienação. BB e CEF estão à disposição. A transferência de empresas públicas para a iniciativa privada é sempre desejável em termos de ganho de eficiência. Mas vender monopólios ou quase monopólios é uma contradição do capitalismo.

Em qualquer hipótese, a desmobilização deve ser feita com o maior retorno para a sociedade. Vender na baixa é condenável segundo cláusula pétrea das leis do mercado. O ex-ministro Mário Henrique Simonsen dizia: se por acaso privatizar, a receita tem de ir para abater dívida pública e não para saldar o gasto corrente. Ou seja: não é boa medida vender as estatais e esterilizar os recursos cobrindo o déficit primário.

O decano das privatizações, o economista Ignacio Rangel, pregava que o retorno das vendas de ativos maduros deveria ser aplicado em setores nos quais o país estivesse demasiadamente atrasado. Que tal tecnologia hospitalar, inovações, para não dizer da velha senhora, a infraestrutura? Há quem diga ainda que a privatização contribuiria para reduzir a cultura de corrupção no país. Mais ou menos.

A criação de empresas monumentais aumentaria a capacidade de corrompimento e captura do Estado por esses agentes. Ah, mas a urgência do ajuste fiscal justificaria atos de coragem. Pode ser. Mas, quando se trata de patrimônio público, é um despropósito fazer da correria uma estratégia para a alienação dos ativos. Para quem já chegou até aqui, melhor seria menos açodamento

#BNDES #Eletrobras #Petrobras


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A teoria e a prática de João Elek

25/08/2017
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O destino foi extremamente sarcástico com João Elek, afastado da diretoria de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras por contratar a Deloitte no período em que sua filha estava sendo admitida na empresa. Na manhã da última segunda-feira, praticamente no instante em que a Comissão de Ética da Presidência da República (CEP) despachava o processo contra o executivo, Elek participava do seminário Compliance: Ética Empresarial e Transparência, no Rio, ao lado, entre outros, do ex-ministro do STF Ayres Britto. Por meio de nota, a Petrobras confirmou ao RR que o executivo permanecerá “temporariamente afastado do cargo” até que a CEP analise seu recurso.

#Deloitte Touche Tohmatsu #Petrobras


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Última guarânia

22/08/2017
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A Petropar, controlada pelo governo do Paraguai, teria feito uma oferta pelos ativos da Petrobras no país. A estatal brasileira procura um comprador para suas operações locais desde maio – conforme antecipou o RR na edição do dia 26 daquele mês. O pacote engloba quase 200 postos de combustíveis, 74 lojas de conveniência e um terminal de distribuição, entre outros ativos.

#Petrobras #Petropar


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Ponto final

22/08/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Rumo, Sumitomo, Petrobras e Anatel.


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Ponto final

21/08/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Abragás, Petrobras e TIM.


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Capitalização da Invepar gera reações contrárias na Petros

18/08/2017
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As tratativas para um novo aporte de capital da trinca Previ, Funcef e Petros na Invepar enfrentam forte resistência no fundo de pensão da Petrobras. Integrantes do Conselho Fiscal – notadamente os dois indicados pelos beneficiários, Ronaldo Vilardo e Fernando Siqueira – e entidades representantes dos trabalhadores e aposentados da estatal, especialmente a Associação de Mantenedores e Beneficiários da Petros (Ambep), estariam se mobilizando para barrar a iminente injeção de recursos. Segundo informações filtradas da própria fundação, já existem articulações junto a membros do Conselho Deliberativo para que a operação não seja aprovada.

Consta que a capitalização da Invepar poderá superar R$ 1 bilhão, boa parte saindo do caixa das três fundações, donas de 75% da holding de concessões de transporte. Na avaliação de conselheiros da Petros, não é o momento para o fundo tampar os buracos financeiros da companhia. Até o fim do ano, funcionários e aposentados do Sistema Petrobras terão de pagar uma taxa extra sobre suas contribuições para cobrir as perdas do PPSP, o principal plano da Petros. O déficit acumulado chega a R$ 28 bilhões.

Esse prejuízo já foi para a conta. No momento, a preocupação de conselheiros e beneficiários da fundação é evitar um novo plano de equacionamento para os próximos anos. Até porque, sob a ótica dos participantes do plano, não há razão que justifique uma nova transfusão de recursos para uma companhia que perdeu R$ 2 bilhões, caso da Invepar. Do lado da Petros, as gestões para o possível novo aporte estariam sendo conduzidas diretamente pelo presidente, Walter Mendes. Além de Previ e Funcef, as conversas envolvem ainda os bancos e bondholders credores da Invepar, a OAS, e o Mubadala, que já fez uma oferta para ficar com a participação da empreiteira no capital da holding de infraestrutura.

#Funcef #Invepar #Petros #Previ


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Real estate

3/08/2017
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A Petrobras tem aproveitado a crise imobiliária para devolver escritórios – caso da Torre Almirante – e achatar seus
custos de locação. No Rio de Janeiro, em pouco mais de um ano, a estatal reduziu em quase 50% o custo de seus contratos de aluguel, hoje na casa dos R$ 180,00 o metro quadrado.


Por falar em crise imobiliária, não por outro motivo o norte-americano Evergreen Real Estate Partners está à caça de imóveis comerciais no Brasil.

#Petrobras


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Ponto final

3/08/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Cyrela, Guerra, Petrobras e CSN.


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Supersafra chinesa

2/08/2017
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O Citic Agri Fund, que desembolsou US$ 1,1 bilhão pela operação de sementes de milho da Dow no Brasil, pretende investir também na produção de fertilizantes no país. Na mira, os ativos da Petrobras, notadamente as plantas de nitrogenados da Bahia, Sergipe e Paraná. Adubo financeiro não será problema para o braço agrícola do Citic, fundo soberano chinês que administra quase US$ 1 trilhão.

#Citic Agri Fund #Petrobras


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Agenda interditada na BRF

2/08/2017
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Aldemir Bendine é agenda interditada na BRF. Abilio Diniz torce para que o mundo se esqueça de que Bendine
passou pelo Conselho da companhia, quando ainda comandava a Petrobras.

#Abilio Diniz #Aldemir Bendine #BRF

Acervo RR

Torre Almirante

1/08/2017
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Em meio à grave crise imobiliária no Rio de Janeiro, o BC Fund do BTG, teve um alívio. O fundo fechou o arrendamento de quase um quinto da Torre Almirante, no Centro do Rio. O edifício estava inteiramente ocioso desde o início do ano, quando a Petrobras rescindiu o contrato de locação de todo o empreendimento – ver RR edição de 11 de julho.

#BTG Pactual #Petrobras


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Torre Almirante

1/08/2017
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Em meio à grave crise imobiliária no Rio de Janeiro, o BC Fund do BTG, teve um alívio. O fundo fechou o arrendamento de quase um quinto da Torre Almirante, no Centro do Rio. O edifício estava inteiramente ocioso desde o início do ano, quando a Petrobras rescindiu o contrato de locação de todo o empreendimento – ver RR edição de 11 de julho.

#BTG Pactual #Petrobras


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Um novo CFO para a BR

31/07/2017
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A Petrobras vai anunciar nos próximos dias a contratação de um novo CFO para a BR Distribuidora, que chegará com a missão de conduzir a oferta de ações da empresa.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Ponto final

31/07/2017
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As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Ministério da Fazenda, Anatel, Petrobras, Kroton e Eleva.


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Risco Bendine paira sobre a WTorre

28/07/2017
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A prisão de Aldemir Bendine ameaça empurrar um pouco mais a Lava Jato na direção da WTorre. Entre as operações de Bendine no radar da República de Curitiba, os procuradores investigam em que circunstâncias se deu o empréstimo de aproximadamente R$ 150 milhões do Banco do Brasil para a empresa, feito em 2010. Os recursos se destinaram à construção do Allianz Parque, o estádio do Palmeiras.

À época, Bendine – por sinal, palmeirense – estava na presidência do BB. O RR apurou que o financiamento à WTorre já teria sido objeto de auditoria interna no Banco do Brasil. O BB teria identificado indícios de irregularidades no empréstimo. Consultado, o banco disse que “as operações de clientes estão protegidas por sigilo bancário”. Afirmou ainda que “irá colaborar com qualquer investigação que envolva sua atuação”.

Consultado sobre a auditoria, o BB não quis se pronunciar. A WTorre, por sua vez, informou ao RR que “não há qualquer processo relacionado a empréstimos tomados junto a bancos e que não está envolvida na Operação Lava Jato, não tendo sido incluída em qualquer denúncia.” A empresa, no entanto, já foi citada no “petrolão“. Segundo o empreiteiro Ricardo Pernambuco Junior, da Carioca Engenharia, a empresa teria recebido propina de R$ 18 milhões para deixar de participar de uma licitação do Cenpes, o Centro de Pesquisas da Petrobras. Há cerca de um ano o empresário Walter Torre chegou a ser alvo de um mandado de condução coercitiva expedido por Sérgio Moro.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #Petrolão #WTorre


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Governo do Rio afasta o risco de “pane seca” na segurança pública

27/07/2017
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Uma notícia positiva em meio ao caos da segurança pública no Rio: não vai faltar gasolina para patrulhinhas e camburões. O governo do estado firmou um acordo com a BR Distribuidora para quitar uma dívida de R$ 27 milhões referente ao fornecimento de combustível para viaturas e aeronaves das Polícias Militar e Civil. De acordo com uma fonte da Secretaria de Fazenda do Rio, o pagamento se dará por meio de compensação fiscal, leia-se o abatimento de ICMS, no âmbito da Lei no 7.267/17. O passivo será saldado em 18 parcelas mensais até dezembro de 2018. Consultado pelo RR, o governo do Rio confirmou o acordo.

A BR, por sua vez, não quis comentar o assunto. O acordo afasta a ameaça de uma pane seca nos órgãos de segurança pública do Rio. No ano passado, o estado chegou a ficar mais de três meses sem pagar pelo combustível fornecido pela BR – como informou o RR na edição de 21 de outubro de 2016. Conforme prevê a Lei no 8.666, a companhia tem a prerrogativa de suspender a distribuição após 90 dias de inadimplência.

Ressalte-se que o acerto entre a subsidiária da Petrobras e o governo do Rio vai zerar as dívidas em aberto até 31 de maio. A partir de 1 de junho, as Polícias Militar e Civil passaram a comprar combustível da BR comprometendo-se a pagar no prazo de 30 dias. Com a catástrofe fiscal do estado, a questão agora é como evitar uma nova bola de neve.


Por falar em segurança pública e Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, parece mais empenhado em conseguir um suplemento orçamentário para a Força Nacional de Segurança (FNS) do que o próprio colega da Justiça, Torquato Jardim, a quem a FNS está subordinada. Na última semana, tratou do assunto com o presidente Michel Temer, além do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. A Força Nacional solicitou ao governo a liberação de R$ 120 milhões. Caso contrário, corre o risco de ter de dispensar mais de 1.500 homens por falta de recursos para viagens e diárias. Justo no momento que o próprio Temer comprometeu-se a deslocar mais 420 integrantes da FNS para o Rio de Janeiro.

#Governo do Rio de janeiro #Polícia Civil #Polícia Militar


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Ociosidade no refino

25/07/2017
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Número que será divulgado no próximo balanço da Petrobras: as refinarias da estatal fecharam o primeiro semestre com uma taxa de utilização em torno de 77%. Trata-se do menor índice dos últimos 15 anos – em 2014, chegaram a operar a 100%. A maior ociosidade é resultado da combinação entre a crise econômica e o aumento das importações de derivados.

#Petrobras


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Ponto final

25/07/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Shree Renuka, Fiesp, HNA Group e Changi Airport.


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Estaleiro à deriva

21/07/2017
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O governador José Ivo Sartori entrou no circuito na tentativa de convencer a Petrobras a retomar a encomenda de três cascos para plataformas junto à Ecovix, braço de construção naval da Engevix – o pedido foi suspenso no fim do ano passado, segundo a própria estatal confirmou ao RR. Sartori usa como argumento a salvação dos dois mil funcionários que ainda sobrevivem no estaleiro gaúcho. As chances de êxito, no entanto, são diminutas.

#Ecovix #Engevix #José Ivo Sartori


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Fora do Espírito Santo

19/07/2017
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A Petrobras bateu o martelo: vai vender a concessão de gás natural no Espírito Santo. A estatal é dona de 100% da distribuidora. Quer dizer, é e não é. O governo capixaba reclama a divisão do controle com a Petrobras. No ano passado, a Justiça considerou irregular o contrato firmado em 1993, que deu à estatal a concessão por 50 anos.

#Petrobras


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Ponto final

19/07/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Heineken, Petrobras, Abengoa, Santander e Indusval.


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Delação, com moderação

18/07/2017
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, está devidamente sensibilizado com o mal estar causado pelas placas de estímulo à delação que foram penduradas pela empresa. O corpo de funcionários da tem um enorme orgulho da sua tradição técnica e de amor pela estatal. Conviver com o “delate” em cima da sua cabeça é dose. Parente devia pedir para que delatassem quem foi o inventor da ideia.

#Pedro Parente #Petrobras


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Galp quer ser o peixe-piloto da Statoil no Brasil

12/07/2017
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A Galp elegeu como prioridade absoluta no Brasil a licitação da área Norte do campo de Carcará (BM-S-8), na Bacia de Santos, marcada para 27 de outubro. Para tanto, tenta convencer a Statoil a entrar no negócio, repetindo, assim, parte do consórcio que detém a concessão do próprio BM-S-8. A Galp, em bom português, é o “miúdo” da operação: detém apenas 10%. Já a Statoil tornou-se o maior acionista de Carcará com a aquisição dos 66% da Petrobras.


Por falar em Petrobras, os planos da Galp no Brasil passam ao largo de José Sergio Gabrielli, integrante do board do grupo. Segundo uma fonte da empresa, há muito que os lusos não ouvem os conselhos do ex-no 1 da Petrobras.

#Galp #Statoil


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Acordo com chineses dá a largada na venda de refinarias da Petrobras

11/07/2017
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Segundo o RR apurou, a Petrobras vai apresentar em até 30 dias o modelo de venda de ativos na área de refino. Em alguns casos, a companhia deverá manter apenas uma fatia minoritária. Qualquer semelhança entre o timing do anúncio e a parceria firmada recentemente com a China National Petroleum Company (CNPC) não é mera coincidência. De acordo com informações filtradas da própria estatal, além da retomada das obras do Comperj, a CNPC já abriu tratativas para a compra de participações em refinarias da Petrobras. As conversas envolvem a entrada dos chineses na unidade de Landulpho Alves, na Bahia, e no controverso projeto da Abreu Lima, em Pernambuco.

#CNPC #Petrobras


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A casa caiu no BTG e no Banco do Brasil

11/07/2017
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O desmoronamento do mercado imobiliário não poupa ninguém, do mais modesto senhorio a algumas das maiores instituições financeiras do país. Que o digam o BTG Pactual e o Banco do Brasil, também inquilinos da crise, como mostram as informações abaixo:


Maior fundo imobiliário listado em bolsa do país, o BC Fund, do BTG, acaba de sofrer duas baixas em sua carteira. Uma delas, doméstica, inclusive. O Banco Pan, associação do BTG com a Caixa Econômica, encerrou antecipadamente o contrato de locação de um andar inteiro do Edifício BFC, torre de escritórios triple A encravada na Avenida Paulista. Não foi o pior. A BV Financeira devolveu quatro dos cinco andares que ocupava no prédio. No início do ano, o BC Fund já havia sofrido um baque com a decisão da Petrobras de entregar toda a Torre do Almirante, no Centro do Rio. Por essas e outras, a vacância financeira do portfólio do fundo quase duplicou nos últimos 12 meses, saltando de 15% para 28,8% do portfólio.


O BB FII Progressivo, fundo imobiliário lastreado em contratos assinados com o Banco do Brasil, caminha para o seu epílogo. O banco decidiu não renovar a locação dos dois imóveis que compõem a carteira: o prédio do Centro Administrativo do BB no bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro, e o Edifício Sede I, em Brasília. Nesse segundo caso, o BB FII negocia a venda de parte do imóvel para a norte-americana Tishman Speyer. Procurado pelo RR, o BB passou a bola para a Caixa Econômica, gestora do fundo, que também não se pronunciou.

#Banco do Brasil #BTG Pactual


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Ponto final

11/07/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: BTG, Mirae, Petrobras, Funcef, Google e Magazine Luiza.


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Brasil é a rota de escape da Ecopetrol na América Latina

6/07/2017
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No que depender da Ecopetrol, o próximo leilão da ANP será um sucesso de bilheteria. O grupo colombiano está prestes a deslanchar seu maior plano de investimentos no Brasil. Segundo o RR apurou, os valores devem chegar a US$ 1 bilhão. Tudo gira em torno da 14a Rodada de Licitações da ANP, prevista para setembro. De acordo com informações filtradas da própria Ecopetrol, os colombianos estão montando um amplo arco de parcerias para os leilões, que vai da Petrobras à Chevron, passando pela japonesa JX Nippon.

O Brasil tornou-se peça-chave para a Ecopetrol. O aumento dos investimentos está diretamente relacionado a problemas que a empresa enfrenta em seu próprio território. Há uma redução no ritmo de descobertas de novos campos na Colômbia. A companhia busca ainda reservas de óleo leve para equilibrar seu portfólio de ativos, excessivamente concentrado na produção de petróleo pesado. Como se não bastassem questões de ordem operacional e estratégica, a Ecopetrol tem sido alvo de uma onda de protestos da população colombiana contra petroleiras e mineradoras.

Nas últimas semanas, suspendeu as atividades em 81 poços no campo de Rubiales, o maior do país e responsável por um quarto da produção total da companhia. As perdas somam aproximadamente 9,5 mil barris/dia. Some-se o fato de que, em consultas públicas, a população da Colômbia tem rechaçado a implantação de novos projetos de exploração de petróleo e gás em diversas regiões. Os colombianos já operam três blocos exploratórios no Brasil, localizados na Bacia Potiguar, na Foz do Amazonas e na Bacia do Ceará. O foco da Ecopetrol na 14a Rodada da ANP se concentra, sobretudo, em ativos em águas rasas na Bacia do Espírito Santo, onde há reservas comprovadas de óleo leve.

#ANP #Ecopetrol


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O sistema de bandas da gasolina

6/07/2017
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Um suelto para pensar sobre a nova política de preços da Petrobras, que lembra as bandas diagonais exógenas e endógenas adotadas pelo professor Francisco Lopes quando presidente do Banco Central. Como gasolina e derivados estão na matriz de preços de “decilhões” de setores da economia, o que farão eles? Vão ficar também subindo e descendo seus preços conforme o ioiô da Petrobras? Corrigirão diariamente os preços tal e qual estatal? Ou tascarão logo 10% de aumento para se proteger das mudanças de humor da petroleira? Quem acertar a resposta ganha um estágio na Ipiranga.

#Banco Central #Petrobras


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Compliance derruba as paredes da Petrobras

4/07/2017
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A diretoria executiva da Petrobras, um colegiado capitaneado por Pedro Parente, autorizou que sejam tomadas providências para jogar abaixo os muros que separam as salas da empresa. A encomenda foi feita a um grupo interno, principalmente pelos diretores que vieram do mercado financeiro, a exemplo de Nelson Silva (Estratégia), João Elek (Compliance) e Ivan Monteiro (Finanças). Os motivos que mais contam pontos são os ganhos de produtividade previstos com os diretores bufando no cangote dos gerentes; e o fortalecimento das políticas de compliance e de integridade, uma verdadeira obsessão em uma companhia que se tornou benchmark mundial em corrupção. Nelson Silva, o mais avançado da turma, encomendou a esse grupo de trabalho que analise as práticas de open space (layout sem paredes) em outras grandes empresas. A iniciativa parece correta. Com a medida, além de ampliar o contato entre os empregados e os gestores que ficarão sem sala particular, a estatal poderá reduzir a quantidade de andares que aluga no Centro do Rio, cujo metro quadrado está entre os mais caros do Brasil. Recomenda-se, contudo, cuidado com os modelos de disclosure, notadamente no encaixe do capital humano. No Bradesco, pioneiro do grande salão sem parede, não se consegue pensar mais o banco de outra maneira. Já no BNDES, Maria Silvia Bastos Marques teve uma experiência tétrica quando jogou por terra os muros que a separavam da corporação que nunca a tolerou.

#Pedro Parente #Petrobras


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Avanço total

3/07/2017
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A francesa Total está despejando um caminhão de dinheiro no pré-sal. Após desembolsar US$ 2,2 bilhões na aquisição  de ativos da Petrobras, quer comprar também a participação de 10% da portuguesa Galp no campo de Iara, na Bacia de Santos. Ressalte-se que a Total já detém 22,5% da operação, comprados da própria Petrobras.

#Galp #Petrobras #Total


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Margens da Ipiranga

3/07/2017
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A disposição da Petrobras de reajustar os preços dos combustíveis diariamente para conter as importações tem endereço certo. Em abril e maio, a Ipiranga mais do que duplicou a compra de derivados no mercado externo. Foram 216 milhões de litros, uma média de 108 milhões por mês. No primeiro trimestre, essa média foi de 57 milhões.

#Ipiranga #Petrobras


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Governo busca uma saída para os passivos judiciais do setor elétrico

30/06/2017
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O governo trata como uma das condições sine qua nom para a retomada dos investimentos na área de energia a “desjudicialização” do setor elétrico, leia-se a redução do emaranhado de contenciosos que opõem o Estado e a iniciativa privada. O estoque de ações contra a União soma quase R$ 100 bilhões. O mais agudo movimento do governo para reverter esse cenário se dará nos próximos dias, quando o Ministério de Minas e Energia deverá apresentar uma nova proposta para o pagamento da dívida de R$ 62,2 bilhões referente à RBSE – Rede Básica de Sistemas Existentes, indenização paga a concessionárias de transmissão.

A solução prevê o parcelamento do valor devido – a área técnica do ministério e a Aneel ainda vão definir o prazo e os critérios para o cálculo das prestações. Metade do passivo da RBSE está “dentro de casa”: o governo federal deve à Eletrobras, sua controlada, R$ 36,5 bilhões. O equacionamento passa ainda pelas distribuidoras. O governo vai propor descontos graduais no repasse dessa dívida para as tarifas de energia.

Será uma tentativa de solucionar um imbróglio jurídico paralelo, criado no início deste ano, quando um percentual da RBSE passou a ser cobrado nas taxas de consumo. Conforme o RR antecipou na edição de 3 de abril, a Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace) entrou na Justiça contra a transferência do passivo para os preços da energia. O governo quebra a cabeça para resolver outros passivos judiciais do setor elétrico.

É o caso da dívida de R$ 10 bilhões das distribuidoras da Eletrobras com a Petrobras, referente à compra de gás. Nada, no entanto, se compara à extensão e às cifras da RBSE. Em valores, esta é a maior fatura decorrente do desarranjo regulatório que o governo Dilma provocou no setor elétrico. O instrumento funciona como uma indenização às companhias de transmissão por investimentos não amortizados realizados antes de maio de 2000. Estas concessionárias aceitaram renovar antecipadamente suas licenças em 2012, com base na MP 579. A partir daí, governo e empresas entraram em um quarto escuro, sem regras definidas para a valoração dos ativos e a quitação da RBSE.

#Aneel #Eletrobras #Ministério de Minas e Energia


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Sinal de alerta na Petrobras

28/06/2017
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Quando não são os planos para a redução da dívida, cortes de despesas e entraves regulatórios do pré-sal, a Petrobras tem que lidar com problemas singelos, a exemplo do vazamento de dutos submarinos flexíveis, conhecidos como risers. Esses simplórios risers são capazes de afetar o ritmo de produção, afastando ainda mais a companhia da meta prevista para este ano. O target é de 2,8 milhões de barris/dia. No primeiro trimestre, a empresa parou nos 2,1 milhões de barris/dia. A estatal confirmou as falhas nos dutos nos campos de Lula e Sapinhoá, mas assegura que já controlou o vazamento sem parada da produção.

#Petrobras


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Dobradinha

22/06/2017
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Petrobras e Statoil estão perto de selar uma parceria para a 14a Rodada de Licitações da ANP, que ocorre em setembro.

________________

Por falar em Petrobras, a BR pretende vender a concessão da distribuição de gás natural no Espírito Santo. Promessa de mais combustível no contencioso com o governo capixaba, que já decretou a caducidade da concessão.

#ANP #Petrobras #Statoil


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Os pesos e medidas da Petrobras

22/06/2017
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A Petrobras autorizou, na semana passada, a criação de uma nova função na alta administração, o diretor-adjunto de Governança e Conformidade. A justificativa pode ser boa, pois o diretor de Governança e Conformidade, João Elek, tem tido crescentes demandas externas sobre compliance, a exemplo dos processos contra a estatal nos Estados Unidos. Entretanto, os 70 mil empregados da empresa, que sonham com a “extinta” PLR – a Petrobras não paga participação nos lucros há dois anos – não estão nada satisfeitos. Enquanto a presidência pede que a força de trabalho se empenhe e “faça mais com menos”, a Petrobras aprovou a criação de uma segunda diretoria após sua recente estruturação. Ou seja: o comportamento de austeridade exigido do  “chão de fábrica” não vale para o andar de cima. Os diretores, ao contrário da malta, “só conseguem fazer mais com mais”. E tome de habilitar novas instâncias hierarquicamente superiores. No fim do ano passado foi criada a Diretoria de Estratégia, ocupada por Nelson Silva, ex-no 1 da BG no Brasil.

#Petrobras


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Ponto final

22/06/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Qualicorp, Luiza, Metal Leve, Petrobras, Statoil e Minerva.


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Fertilizante da Petrobras aduba os negócios da Yara no Brasil

16/06/2017
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Enquanto a joia da coroa, a BR, segue guardada na redoma, Pedro Parente está retomando a venda de ativos da Petrobras pelas peças de menor quilate. Parente reuniu-se, no fim de maio, com executivos da Yara para tratar da negociação da operação de fertilizantes nitrogenados da estatal. Segundo o RR apurou, as conversas envolvem a transferência, em um só pacote, dos três complexos industriais localizados na Bahia, em Sergipe e no Paraná.

Os valores sobre a mesa somam algo perto de US$ 1,5 bilhão. Do lado dos noruegueses, o sinal verde para as negociações foi dado em março, quando o chairman mundial da Yara, Leif Teksum, esteve no Brasil. Diga-se de passagem, nas reuniões com o presidente da subsidiária brasileira, Lair Hanzen, ele não tratou apenas de Petrobras. A companhia não esconde o interesse na unidade de nitrogenados da Vale em Cubatão (SP).

A Yara já detém uma respeitável operação no Brasil, com três fábricas de matérias-primas e 32 unidades misturadoras – boa parte herdada com a aquisição dos ativos da Bunge, em 2013. O faturamento, em torno de R$ 10 bilhões, representa quase 30% das vendas globais do grupo. Na Petrobras, o assunto é conduzido de forma muito cuidadosa.

O receio é que a Justiça atravesse novamente o caminho, como tem ocorrido na negociação de outros ativos. É bem verdade que a companhia teve uma vitória neste sentido na semana passada. A 1a Vara Federal de Três Lagoas (MS) suspendeu a ação civil pública que impedia a negociação da fábrica de fertilizantes na cidade.

#Bunge #Pedro Parente #Petrobras #Yara


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Quem aprova a recuperação da Sete Brasil?

16/06/2017
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Se alguém ainda acredita na aprovação do plano de recuperação judicial da Sete Brasil, basta acompanhar a sequência de no shows da assembleia de credores. Segundo o RR apurou junto a um dos sócios da companhia, é grande o risco de que a reunião prevista para 26 de junho seja novamente postergada. A se confirmar, será o sexto adiamento desde janeiro. De acordo com a fonte, a ameaça se deve à falta de consenso entre acionistas e credores. Os bancos exigem um aporte de capital para dar o imprimatur ao plano de recuperação. No entanto, entre os sócios – uma colmeia que inclui Petrobras, Petros, Funcef, Previ, Santander, BTG etc – ninguém está disposto a colocar mais dinheiro em um projeto carcomido pela inviabilidade econômica e pela Lava Jato. Além disso, falta o salvo-conduto da própria Petrobras. O plano prevê a construção de quatro sondas para a estatal, o que ajudaria a abater 25% da dívida total, de R$ 20 bilhões. Procurada, a Sete Brasil reafirmou que a assembleia está marcada para 26 de junho. Disse ainda que “o processo de recuperação prevê a necessidade de novos recursos para a conclusão das sondas”. O RR torce para que, desta vez, a assembleia se realize.

#Funcef #Petrobras #Previ #Sete Brasil


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Ponto final

16/06/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Yara e Tereos.


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Forte candidata

14/06/2017
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A chinesa CNPC surge como forte candidata à compra de ativos de refino da Petrobras.

#Petrobras


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Ponto final

14/06/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Cosan, Petrobras, Cemig, OGX e QGEP.


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Petrobras paga mais uma fatura do “petrolão”

13/06/2017
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A Petrobras iniciou tratativas em busca de um acordo com o Abu Dhabi Investment Group. Em março, o fundo soberano dos Emirados Árabes acionou a estatal na Justiça norte-americana, exigindo uma indenização por perdas decorrentes dos casos de corrupção na companhia. Nos últimos dois anos, o que a Petrobras mais tem feito é correr atrás do “perdão” dos minoritários. Nesse período, já fechou duas dezenas de acordos com investidores internacionais. A conta pelos malfeitos do passado gira em torno de US$ 370 milhões. A Petrobras confirma o valor, provisionado no balanço. Mas não pronuncia sobre as negociações com o Abu Dhabi Investment.

#Abu Dhabi Investment #Petrobras


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Petrobras e o reverso do compliance

12/06/2017
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É no mínimo contraditório que, ao suspender o fornecimento de gás para a Âmbar, alegando violação de contrato, a Petrobras tenha divulgado publicamente os valores do acordo. Compliance por compliance, a própria estatal acabou quebrando cláusulas de confidencialidade, abrindo caminho para que a empresa de energia da J&F entre com um pedido de indenização na Justiça. A Petrobras comprou ainda outro risco: ao informar tanto o valor pago pelo gás importado da Bolívia (US$ 4,29/MMBtu) quanto a cifra cobrada da J&F (US$ 6,07/MMBtu), descortinou suas margens no setor, dando margem para que outros clientes contestem seus respectivos contratos.

#Petrobras


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A sina da Petrobras

7/06/2017
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Quando não é o TCU, é o Ibama que cruza o caminho da Petrobras. Pendências de ordem ambiental podem melar a venda da fábrica de fertilizantes nitrogenados de Três Lagoas (MS) para a Sinopec. O mais doloroso é que os chineses já toparam retomar as obras, paradas há três anos, e pagar as dívidas com fornecedores, de R$ 40 milhões.

#Ibama #Petrobras #Sinopec


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Prisão com delay

7/06/2017
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Ontem, em conversas reservadas, líderes do PMDB demonstravam surpresa não com a prisão de Henrique Alves, mas com o tempo que ela demorou. As primeiras menções ao ex-ministro na Lava Jato datam de 2014, feitas pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.

#Henrique Alves #PMDB


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Ponto final

7/06/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: TIM Brasil, Cemig, Rio Negócios e Petrobras.


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A inquilina Petrobras

1/06/2017
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A Petrobras renovou o contrato de aluguel da Ventura Towers, no Centro do Rio. Ao todo, pagará R$ 6 milhões por mês pela locação de 55 mil metros quadrados. A extensão do acordo com a BR Properties, proprietária do imóvel, era cercada de dúvidas. Primeiro pelos drásticos cortes que têm sido feitos pela estatal – recentemente a companhia devolveu toda a Torre do Almirante,também no Rio, para a norte-americana Hines. Além disso, o aluguel da Venture Towers sempre foi associado a uma nebulosa relação entre a Petrobras e o BTG Pactual, que chegou a ser investigado pela compra de ativos da estatal na África. O aluguel foi firmado com a BR Properties à época em que o banco tinha uma participação relevante na companhia.

#BR Properties #Petrobras


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Carne muito bem passada

31/05/2017
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No lado B da delação de Joesley Batista consta um negócio babilônico que estaria sendo urdido junto com Abílio Diniz e uniria a parte de alimentos industriais da JBS, notadamente de frango, e a BRF. O operador na montagem do “titã da proteína” seria o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, que até março ocupava um assento no Conselho da BRF. Caberia a ele costurar tudo com a Previ e a Petros. Com o BNDES, como se sabe, não haveria problema.

#BNDES #BRF #JBS #Joesley Batista


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Delação sub judice

26/05/2017
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O recente depoimento do ex-diretor da Petrobras Renato Duque à Lava Jato vai mudar o acordo de delação de Delcídio do Amaral, conforme apurou o RR. Duque teria relatado o pagamento de propina a Delcídio na compra da refinaria de Pasadena, fato que o ex-senador havia negado aos procuradores. Procuradas, a PGR e a defesa de Delcídio não comentaram o assunto.

#Delcídio do Amaral #Lava Jato #Petrobras


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A procura

26/05/2017
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Enquanto a venda da BR continua encravada, a Petrobras procura um comprador para a sua rede de 180 postos de combustíveis no Paraguai.

#Petrobras


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Aécio Neves “vendeu” a Vale que não tinha

26/05/2017
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Em sua primeira reunião com o Conselho de Administração da Vale, na quarta feira (24), por volta de 9h30, na sede da companhia, Fabio Schvartsman, despiu-se dos constrangimentos que o acometeram no decorrer dos últimos oito dias, e disse, firme, a que veio. As diretrizes da sua gestão são: desempenho, estratégia, governança e sustentabilidade. Também não houve meias palavras em relação às prioridades.

Elas são duas: integridade das barragens e transformação da empresa em uma public company. Schvartsman foi atingido por um estilhaço da delinquência de Aécio Neves. Para alguém que, nos últimos cinco anos, esteve nos rankings dos 20 melhores executivos do país, frequentou todas as listas dos mais bem sucedidos dirigentes empresariais, conforme a avaliação da nata dos head hunters, e somente deu sete entrevistas no período (quase uma por ano), é possível imaginar a violência do impacto da notícia. A serena explanação de Schvartsman no Conselho é um ponto de partida para que o RR relate mais um capítulo da criminosa tentativa do ex-governador de Minas de usar a Vale como uma de suas falsas moedas de troca.

As primeiras conversas sobre a substituição de Murilo Ferreira da presidência da Vale começaram entre os acionistas-chave da companhia, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli. O assunto nunca foi tratado com Michel Temer, mas com o seu “entorno” no Palácio do Planalto. As “pressões” sempre se resumiram a assuntar como o processo estava sendo conduzido. As menções a influências de políticos mineiros, Aécio à frente, vinham de meados de 2016, antes da decisão de Ferreira de abdicar do cargo, antecipando-se, inclusive, ao próprio Conselho.

Em ordem decrescente de grandeza, o deputado Fabio Ramalho (o popular “Fabinho Liderança”), o deputado Newton Cardoso Jr., e Aécio fizeram chegar aos acionistas o interesse da “mineirada” que a solução para a presidência da Vale passasse pelo estado. Até então, Aécio falava com o “entorno do Planalto” e por meio da imprensa. Com a ampliação da Lava Jato e o aumento de operações da Polícia Federal, todos os sócios da Vale (os supracitados, mais BNDESPAR e Mitsui) entenderam que a nomeação do novo presidente deveria ser inteiramente blindada. A decisão foi levada ao “entorno do Planalto” há pouco mais de 60 dias.

O gabinete do Palácio, então, “autorizou” que fosse formado um comitê, presidido por Caffarelli, para definir a sucessão. Foi escolhida a Spencer Stuart, por consenso entre os sócios. A empresa de head hunter foi encarregada de apresentar diversas opções com um perfil desejado. A Spencer levantou 20 nomes. A lista, posteriormente, foi afunilada para cinco candidatos, entre os quais o presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, e o presidente da Nissan, Carlos Ghosn. O nome de preferência de Joesley Batista, o ex-presidente da Petrobras e do BB, Aldemir Bendine, sequer constou da relação inicial de 20 executivos.

A escolha de Schvartsman foi feita  por unanimidade entre os acionistas. O processo estava sacramentado, por assim dizer, em 22 de março. No dia 23 de março, Aécio procurou os acionistas da Vale, pedindo uma reunião urgente, tendo em vista a “importância da decisão para Minas”. O encontro foi marcado para o dia seguinte. Na sexta-feira, 24 de março, às 10 horas, o senador foi ao encontro de Trabuco e Caffarelli, nasede do Banco do Brasil, no quarto andar do prédio localizado na Av. Paulista, n° 1.200.

A reunião durou pouco mais de uma hora. Aécio somente queria assuntar como estava o processo da sucessão na Vale. Não arriscou qualquer sugestão de nome. Sabia que os dados já tinham sido jogados. De lá seguiu para o Hotel Unique, onde foi gravado por Joesley Batista, bravateando que “tinha feito o presidente da Vale”. Levou os R$ 2 milhões que queria sem entregar a moeda que não tinha. No dia 27 de março foi anunciada a escolha de Fabio Schvartsman para a presidência e, ao que tudo indica, o bem da Vale.

#Aécio Neves #Joesley Batista #Vale


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Ponto final

26/05/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e HNA.


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Petrobras sobe o sarrafo no preço dos combustíveis

25/05/2017
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De acordo com informações filtradas da Petrobras, o próximo aumento da gasolina e do diesel deverá ser, no mínimo, de 5% e 7%, respectivamente. Este é o piso necessário para preservar a política de preços criada pela estatal para se proteger das oscilações do câmbio. Seria o reajuste mais expressivo desde dezembro do ano passado, quando a gasolina subiu 8,1% e o diesel, 9,5%, também por conta da alta do dólar. Mais do que isso: o aumento anularia, com alguma sobra, as duas recentes reduções no valor da gasolina, de 1,4% em abril e 0,2% em maio.

#Petrobras


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Ponto final

25/05/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Chevron, Petrobras, Triunfo e Galvão.


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Ponta do lápis

24/05/2017
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A Petrobras calcula já ter economizado algo em torno de US$ 38 milhões por ano com o enxugamento do seu efetivo de 2015 para cá. Nesse período, foram dispensados cerca de 13 mil funcionários. Procurada, a estatal confirmou o total de cortes, mas não se pronunciou sobre valores.

#Petrobras


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Petrobras espreme seus campos de petróleo

22/05/2017
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A ordem para a área técnica da Petrobras é intensificar os estudos com o objetivo de ampliar a vida útil de grandes campos de óleo e gás. A medida é vista na estatal como uma maneira de compensar o corte em torno de 25% dos investimentos em exploração e produção do Plano de Negócios e Gestão 2017-2021 – em termos absolutos, a redução chegou a US$ 28 bilhões. A direção da companhia toma como exemplo o Campo de Marlim. O aumento do fator de recuperação da área em 50% foi tratada na Petrobras praticamente como se fosse uma nova descoberta. Procurada, a empresa informa que “realiza continuamente estudos com o propósito de identificar oportunidades que agreguem valor econômico aos seus ativos de produção”.

#Petrobras


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Ponto final

18/05/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Ultragaz, BR Malls, Rio 2016 e Proterra.


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“Força-tarefa” da Petrobras não poupa a prata da casa

17/05/2017
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A expectativa da força-tarefa da Lava Jato é que a auditoria interna da Petrobras identifique novos envolvidos no “petrolão” dentro da própria empresa. Os procuradores têm bons motivos para esperar que futuros indiciados surjam das apurações feitas pela estatal. Informações colhidas pelos “investigadores” da Petrobras foram decisivas para a 40ª fase da Lava Jato, deflagrada há dez dias – três ex-gerentes da companhia são acusados receber cerca de R$ 100 milhões em propina (dois deles chegaram a ser presos na operação).Consultada, a estatal confirmou que tem enviado “rotineiramente às autoridades resultados de suas apurações internas, além de ser assistente de acusação em todas as ações impetradas pelo Ministério Público Federal”. A “força-tarefa” montada pela Petrobras incluiu a criação de um Comitê Especial de Investigação, comandado pela ex-ministra do STF Ellen Gracie, e de um canal de denúncias independentes.

#Lava Jato #Petrobras


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Bastante citado

17/05/2017
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O ex-presidente do BB e da Petrobras Aldemir Bendine está bastante citado na delação de Leo Pinheiro, da OAS.

#Banco do Brasil #OAS #Petrobras


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Um perdão para Libra

16/05/2017
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Na Petrobras, é grande a expectativa de que a ANP anuncie ainda neste semestre o waiver parcial pelo não cumprimento das regras de nacionalização no megacampo de Libra, na Bacia de Santos. O perdão envolveria, principalmente, a construção do FPSO (unidade flutuante), ao custo estimado de US$ 1,5 bilhão). Estima-se que mais da metade do projeto tenha sido contratada no exterior. Procurada, a ANP confirmou que “analisa o pedido de waiver, mas não há prazo para a decisão”.

#ANP #Petrobras


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A missão de Temer na “Operação Troca Dono”

16/05/2017
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A operação Lava Jato e o governo de transição de Michel Temer têm objetivos complementares declarados e não declarados. O combate à corrupção e a caracterização de Lula e do PT como núcleo central da roubalheira são bandeiras explícitas do Ministério Público. No caso do governo Temer, há concordância plena com a punição dos entes privados envolvidos na Lava Jato.

O alvo não declarado, contudo, é a mudança da titularidade e da geografia no controle societário dos grandes grupos empresariais. Digamos que Lula e o PT tenham aparelhado o Estado brasileiro, com a nomeação dos cargos de primeiro, segundo, terceiro, quarto e outros escalões de estatais e do setor público. Temer, por sua vez, quer aparelhar a grande burguesia nacional. Está dito no não dito.

A inação sobre o imbróglio da leniência é eloquente. Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, AGU, TCU e MP divergem em relação ao acordo, atrasam o processo de salvação das empresas e ninguém se apresenta para arbitrar o impasse. Com isso, BNDES, Petrobras, Banco do Brasil e governos importadores de serviço matam os principais conglomerados. Michel Temer et caterva não podem vocalizar oficialmente o projeto de “mudança societária na marra”. Mas, há francos porta-vozes à disposição. Exemplo: para o tucano Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, a Odebrecht deveria ser vendida.

No caso das empresas envolvidas na Lava Jato, ele sugere um modelo similar ao Proer, em que os controladores dos bancos foram afastados. A bola da vez dessa escalada para criação de um empresariado novo, cosmopolita – e, preferencialmente, sob o mando do capital estrangeiro – é a indústria da proteína (há sites que insistem irresponsavelmente que os bancos virão a seguir). Quando se fala nesse setor, fala-se da JBS. Há uma sequência de acontecimentos que induzem a pensar que os objetivos declarados da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal e os não declarados do governo Temer se reencontram agora na cadeia da proteína e, mais especificamente, na empresa dos irmãos Batista.

Nessa linha do tempo, não obstante seu impacto nocivo sobre o setor e as contas externas brasileiras, a Carne Fraca teria sido apenas um aquecimento para a operação deflagrada na última sexta-feira, com as diligências na sede da JBS e no BNDES e os mandados de condução coercitiva contra o empresário Joesley Batista e o ex-presidente do banco, Luciano Coutinho. Grandes empresas do país podem ter cometido práticas condenáveis e devem ser punidas por elas. Isso não quer dizer que há de se concordar com um projeto de poder cujo objetivo seria deslocar o controle de algumas das maiores corporações do país que deram certo.

No caso da JBS, em 2009 a empresa empregava aproximadamente 19 mil pessoas. Cinco anos depois, esse número já beirava os 120 mil, contando apenas os postos de trabalho diretos no Brasil – hoje são 160 mil. Em 2007, as exportações da JBS somavam US$ 3,8 bilhões. No ano passado, bateram nos US$ 14 bilhões. Do ponto de vista do investimento em si, poucas vezes na história o BNDES fez um negócio tão rentável.

Se tivesse vendido sua participação na JBS quando a ação bateu nos R$ 17, em setembro do ano passado, o banco realizaria um lucro da ordem de R$ 6 bilhões – no momento do primeiro aporte da agência de fomento na empresa, em 2007, a cotação era de apenas R$ 7. O Brasil ganhou em todos os sentidos com a hegemonia no mercado mundial de proteína, o que tacanhamente é reduzido à aposta em um “cavalo vencedor”. Pode ser que haja um projeto em curso para desnacionalizar a JBS, entre outras corporações. Assim é, se lhe parece.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT


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O sangramento de Lula no Dia das Mães

15/05/2017
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Os advogados de Lula pretendem transformar em peça de defesa a denúncia de que o ex-presidente teria afrontado o TCU e se acumpliciado nas irregularidades da Petrobras. Eles iniciaram o levantamento de evidências no sábado (13/05) véspera da publicação na primeira página de O Globo de manchete afirmando que “Lula foi alertado de suspeitas na Petrobras”. Segundo apurou o RR, não existem provas nas delações, nos relatórios do TCU, na documentação da Petrobras (atas do Conselho e documentos da diretoria) de que o ex-presidente teria “vetado a inclusão das obras da estatal na lista (de irregularidades) e liberado os recursos”.

Ou seja: a denúncia não está amparada em qualquer comprovação. Segundo as normas, cabe ao órgão do governo arrolado em “suspeições” esclarecer as dúvidas levantadas pelo TCU, instância fiscalizadora integrante do Poder Legislativo, conforme o art. 71 da Constituição Federal. Há controvérsias em relação a essa subordinação, mas de qualquer forma trata-se de um órgão opinativo, que auxilia o Congresso Nacional no exercício do controle externo. Para os advogados, a maior desqualificação da “denúncia” é o próprio histórico do TCU, que mais levanta questões do que suspeitas, e o faz a granel. Desde Getúlio Vargas não existe, à exceção dos governos militares, nenhum presidente da República que não tenha recebido ressalvas nas suas contas orçamentárias.

Fernando Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma Rousseff, todos foram alvos de processos, dezenas, em alguns casos mais de centena. As contas de Itamar Franco, o probo, foram aprovadas 16 anos depois do encerramento do seu governo. São raras as licitações que não merecem reparo da área técnica do TCU. Todos os executivos de estatais são igual e historicamente citados em relatórios de “suspeição” – a Petrobras é campeã desde sempre, devido a sua hegemonia no numero de obras realizadas no país.

Não existe dirigente do setor público que não conste das investigações do TCU, com seu nome devidamente registrado no processo. Os advogados já juntaram casos e mais casos emblemáticos. Um exemplo: o ministro Benjamin Zymler, do TCU, mandou abrir investigação sobre compras autorizadas pelo então diretor da Petrobras Delcidio do Amaral, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, de turbinas a gás para usinas termelétricas feitas junto a francesa Alstom.

Não conta que FHC tenha se metido na história, na qual não faltaram denúncias de propinas. Mas, a julgar pelos atuais critérios, FHC bem poderia ser citado como conivente. Ainda no governo FHC, o TCU abriu auditoria no Banco Central e na Secretaria da Defesa Nacional para investigar se o próprio presidente, na condição de ministro da Fazenda da gestão Itamar Franco, havia beneficiado bancos nacionais no acordo da dívida externa.

O pedido de auditoria foi aprovado pelo deputado Sarney Filho. FHC tinha sido o principal defensor do acordo “contestável”. A “suspeição” do TCU foi mais uma que entrou no rol das bobagens pátrias. A maior pegadinha preparada pela defesa do ex-presidente refere-se ao próprio Grupo Globo. No relatório TC 005.877/2002-9, nos idos do governo FHC, o TCU conclui que o BNDES teria favorecido o grupo com o repasse 2,5 vezes maior do que o realizado para outras empresas do ramo.

À época, o RR apurou que tanto a Globo quanto o BNDES explicaram em detalhes o episódio envolvendo empréstimos à NET, sobre o qual não pairam dúvidas sobre a correção e a licitude. O fato é que Lula acordou ontem vivendo o seu mais tenebroso Dia das Mães. Além da manchete em O Globo, as mídias veiculavam uma publicidade galhofeira de uma rede varejista sobre sua recém-falecida esposa: “Se sua mãe ficar sem presente, a culpa não é da Marisa” – e uma capa de revista denunciando o ex-presidente de assassinar a memória da ex-mulher: “A segunda morte de D. Marisa”. O TCU só tem pequena parcela de responsabilidade em todo o enredo.

#Delcídio do Amaral #Lula #Petrobras #TCU


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Mata borrão

12/05/2017
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Além da venda de Pasadena, a Petrobras abriu negociações para a entrada de um sócio na também controversa refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. Segundo o RR apurou, há conversas com a chinesa Sinopec. Consultada, a Petrobras confirmou “a busca de parceiros para Abreu Lima”, mas não se pronunciou sobre a Sinopec.

#Petrobras #Sinopec


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Cerveró II, a missão

10/05/2017
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O ex-diretor da área internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, deverá fazer uma nova rodada de depoimentos à força tarefa da Lava Jato. O recall estaria relacionado a denúncias feitas recentemente pelo seu ex-colega de estatal, Renato Duque. Não custa lembrar que Cerveró fez delação premiada.

#Nestor Cerveró #Petrobras


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Valor simbólico

9/05/2017
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A Petrobras vai reduzir suas representações no exterior. A holding tem, por exemplo, cinco escritórios na Holanda.

#Petrobras


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Ponto final

9/05/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, BTG e Copel.


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Sérgio Andrade sai das sombras onde Otávio Azevedo sempre o escondeu

4/05/2017
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Na ponta do lápis e sobre o papel almaço, que é onde ficcionistas de finos hábitos cometem seus escritos, o empreiteiro Sérgio Andrade bem que poderia ser um personagem literário. Andrade evoca o Fausto de Goethe. Ele negocia sua alma com Mefistófeles em troca da onipresença de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, em todo o processo da Lava Jato. Azevedo, por sua vez, teria vendido seu sacrifício a Andrade, por farta pecúnia. O pagamento de gratificação entre sócios é o que permite ao empreiteiro ocultar-se no latíbulo perfeito, onde todos veem e sabem sem que ninguém o enxergue e denuncie.

Consta que Andrade pagou uma gratificação de R$ 140 milhões a Azevedo pelos seus sacrifícios. O executivo assumiria solitariamente a magnífica culpa pelos malfeitos. Como todos sabem, Andrade e Azevedo são o par perfeito da construção pesada. Aliás, eles ultrapassaram o setor, atravessando de mãos dadas os territórios da energia elétrica e da telefonia. Em todas essas empreitadas deixaram um rastro de práticas inconfessáveis. Foi identificada através das delações uma hidra de subornos: pagamentos por fora a Aécio Neves no processo de entrada no capital da Cemig, propina ao ex-deputado Eduardo Cunha e irregularidades nas obras do metrô de São Paulo, Rodoanel, Linha Amarela, hidrelétrica de Jirau, Angra 3, Belo Monte, Petrobras, reforma do Maracanã, além da GameCorp de Lulinha etc. etc. etc.

Diria Mefistófeles diante da extensa lista: nada que as outras empreiteiras não tenham feito. Os donos das demais construtoras, porém, não tinham um Otávio Azevedo. Ele entregou nomes, posou para a história algemado, cometeu perjúrio ao mudar seu próprio depoimento, mas, em momento algum, girou sua metralhadora na direção de Sergio Andrade. Manteve também prudente silêncio sobre as perigosas armações que levaram à criação da Oi e sua fusão com a Portugal Telecom, permitindo que a Andrade Gutierrez e a La Fonte – pertencente ao empresário Carlos Jereissati – abrissem uma janela milionária de saída depois de tosquiar a empresa e deixá-la às portas da recuperação judicial.

Também aqui interviria, recorrente, Mefistófeles: ora, o ex-presidente da Camargo Correa Dalton Avancini teve a mesma atitude protetora com as sócias da empreiteira, as irmãs Regina Camargo Pires de Oliveira Dias, Renata de Camarg Nascimento e Rosana Camargo de Arruda Botelho. O executivo não envolveu as meninas em instante nenhum. Assim não é, e nem lhe parece. As filhas do fundador da empreiteira, Sebastião Camargo, são herdeiras no estilo passadista: moram na Europa, não participam da gestão, nem sabem o que acontece na firma.

Para todos os efeitos, terceirizaram seu papel de donas para os respectivos maridos. Sergio Andrade, ao contrário, era sócio, gestor, planejador e executor das artimanhas da construtora. E todos sabem disso. Passados 22 meses desde que Otávio Azevedo foi preso, solto, preso mais uma vez e novamente solto, aguardando o desfecho de sua pena em prisão domiciliar, tudo indica que Sergio Andrade, enfim, sairá das trevas, no recall convocado pela força-tarefa de Curitiba.

Há versões de que Andrade se antecipará aos fatos em uma colaboração espontânea, prática já ocorrida com diversos outros depoentes da Lava Jato. Seria mais uma astuciosa manobra do empresário para se manter firme como Minas Gerais, de onde é oriundo: estar na escuridão, onde sempre esteve. Mas, mesmo com essa espontaneidade toda na sua delação, não haverá mais jeito. Otávio Azevedo fez tudo o que podia ser feito. Agora Sergio Andrade virá à tona.

#Lava Jato #Sergio Andrade


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Reta final

3/05/2017
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As negociações para a transferência da unidade de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS) para a Sinopec avançaram nas últimas duas semanas. Os chineses já apresentaram uma oferta à estatal e têm se reunido com credores e fornecedores do empreendimento, cujas obras estão paradas há três anos. A Sinopec se compromete a pagar as dívidas de R$ 40 milhões.

#Petrobras #Sinopec


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Ponto final

3/05/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Odebrecht, Petrobras, Sinopec, CSN e Magnesita.


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O quarto de despejo de Michel Temer na economia

2/05/2017
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Michel Temer não quer saber do povo – e a recíproca é verdadeira. Ponto final. Vai governar de forma impopular junto aos ministros que sobrarem e os novos colaboradores que estão por vir, enfurnado com políticos da base aliada e enfeitando fóruns, seminários e eventos festivos do empresariado. É o que tem. As reformas serão à meia bomba. É o que pode.

Agora que alguns cortes de subsídios foram realizados, removeu-se o marco do conteúdo local – notadamente no setor de óleo e gás – e flexibilizaram-se algumas tarifas de importação, além da vitoriosa mudança das leis trabalhistas, é hora dos ajustes microeconômicos. Temer fará a rearrumação da malha de benefícios creditícios e incentivos fiscais, impondo contrapartidas em pesquisa e tecnologia. O mesmo será exigido para a manutenção da desoneração das folhas de salários de alguns setores acarinhados.

No automotivo, o rearranjo dos benefícios contemplaria a produção de carros elétricos, mas é amplo o ceticismo sobre o êxito da medida. A Lei de Falência terá uma nova atualização – a bilionésima primeira. Um dos empresários paparicados por Temer sugeriu que ele criasse uma zona de esforço compartilhado entre as estatais – Petrobras, BNDES, BB, Eletrobras etc. – para puxar o investimento em algumas áreas onde a geração de emprego fosse emergencial.

Uma espécie de “Sudene das estatais”. Temer aquiesceu, naquele seu estilo de quem concorda discordando profundamente. Mexer com estatais nesse momento, nem morto! O presidente vai entregar a simplificação do sistema tributário e a agilização das licenças obrigatórias para novos investimentos, mas ninguém acredita muito que os pequenos consertos despertem o espírito animal do empresariado. De qualquer forma, pretende chamar tudo de reforma. Já encomendou a entrega de um pacotão de pequenas correções e aperfeiçoamentos na engrenagem da economia. É preciso dar na vista.

A novidade é que serão terceirizados profissionais da academia e tecnocratas do setor privado para participar desse mutirão econômico. Uma leva desses luminares de fora do governo irá para a conta da Fazenda. Seus nomes já foram, inclusive, publicados no Diário Oficial. Diversas medidas vão na direção certa, mas significam o mesmo que lustrar os móveis de uma casa soturna, empoeirada e assombrada por uma legião de larápios de dentro e de fora do governo; um desemprego que teima em aumentar; um crescimento que, não fosse a revisão das contas pelo IBGE, beiraria o negativo neste ano, e uma nada redentora taxa de expansão do PIB entre 0,5% e 1%, em 2018. Tudo miúdo. A gestão Temer na economia cabe em uma quitinete. Melhor, cabe em um quarto de despejo.

#BNDES #Michel Temer #Petrobras #Reforma da Previdência


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O entardecer de Paulo Cunha

27/04/2017
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Uma lenda no meio empresarial, Paulo Cunha, presidente do Conselho do Grupo Ultra, está deixando o cargo, segundo o informante do RR. Considerado o maior industrialista do país, Cunha tem 80 anos. Ele tem dado demonstração de cansaço e exigido mais tempo para si. O empresário foi fiel durante toda a vida a duas companhias: a Petrobras e a Grupo Ultra, para onde se transferiu em 1967. Promoveu duas viradas sensacionais na empresa, consolidando sua liderança no mercado de gás e o seu ingresso na distribuição de combustíveis. Cunha foi convidado para ser ministro por Fernando Henrique Cardoso e Lula. Não aceitou em ambas. Em uma das suas últimas entrevistas, disse “nunca ter visto o Brasil tão sem esperança quanto hoje”. Vai caminhar com altivez e lentamente para o crepúsculo. Mas sempre haverá tempo para o aconselhamento do grupo empresarial. Afinal, Cunha e Ultra continuam indissociáveis.

#Grupo Ultra #Petrobras


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Mar de sargaço

27/04/2017
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A Petrobras teria desistido da construção da plataforma P-71, a cargo da Ecovix. Será um duro golpe para o estaleiro gaúcho, em recuperação judicial, e seus mais de dois mil funcionários.

#Ecovix #Petrobras


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Ponto final

27/04/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Ecovix e Carioca.


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O custo de uma liminar para a Petrobras

25/04/2017
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Pouco se falou do impacto que a suspensão da venda do campo de Carcará poderá ter sobre o plano de desmobilização de ativos da Petrobras. Caso a Justiça confirme a decisão, o valor de participações já negociadas pela estatal cairá de US$ 13,6 bilhões para US$ 11,5 bilhões. A título de exercício matemático: em relação à meta fixada pela Petrobras de vender US$ 34,6 bilhões em ativos até 2019, o percentual cumprido desceria de 39% para 33%. Quem acha que o recuo é pequeno que vá dizer isso a Pedro Parente, que faz das tripas coração para escalar a montanha e atingir a meta.

#Pedro Parente #Petrobras


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Rodada Zero

24/04/2017
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Além da redução dos royalties para o patamar mínimo de 5%, as petroleiras que arremataram concessões na chamada Rodada Zero, em 1998, levaram outro pleito à ANP. Reivindicam a extensão das licenças, que expiram em 2025. Nesse grupo, há campos importantes, como Marlim e Roncador, ambos sob operação da Petrobras.

#ANP #Petrobras


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O que é que Sergipe tem?

20/04/2017
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A título de registro: a Justiça Federal de Sergipe virou o porto seguro da Federação Nacional dos Petroleiros. Em dezembro, suspendeu a venda da BR e de outros ativos da Petrobras. Agora, cancelou a negociação de Carcará.

#Petrobras


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Refinarias à venda

10/04/2017
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Em encontro fechado com investidores na última semana, em São Paulo, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que a empresa está concluindo a modelagem da venda de ativos na área de refino – como antecipou o RR em 24 de fevereiro. Segundo Parente, a meta é dar a partida na operação em julho. Procurada, a Petrobras informou que “o modelo de parcerias no refino está em análise e não há previsão para conclusão desse processo.”

#Pedro Parente #Petrobras


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Forças Armadas são a instituição mais confiável do país; Congresso, a mais corruptível

6/04/2017
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Parece até que o Brasil voltou no tempo: as Forças Armadas são a instituição mais confiável do país, enquanto o Congresso Nacional é visto como a mais propensa de todas a corrupção. É o que revela sondagem realizada pelo Relatório Reservado junto a uma parcela da sua base de assinantes. A enquete, no modelo de respostas espontâneas, foi feita entre 27 e 31 de março.

Entre os 142 assinantes que participaram do levantamento, 67% apontaram a tríade Exército, Marinha e Aeronáutica como o estamento de maior credibilidade. A boa imagem das Forças Armadas não chega a ser uma novidade. O que chama a atenção é a diferença para os demais. A segunda instituição mais lembrada foi o MP, com distantes 10%. STF e Polícia Federal ficaram em terceiro e quarto, respectivamente com 7% e 5%. A seguir, a Igreja (4%), a imprensa (3%) e o TCU, com 2%. Por fim, apareceram o governo federal e o Congresso, cada um com apenas 1%. A reputação do Parlamento está mesma em baixa.

O Congresso foi citado por 36% dos entrevistados como a instituição mais propensa a atos de corrupção. O governo do Rio ficou em um nada honroso segundo lugar, com 13%. A Petrobras veio logo a seguir, com 10%, um indício de que a estatal ainda terá de trabalhar muito para recuperar sua imagem. Receita Federal e Polícia Militar empataram, cada uma com 6% dos votos. Ressalte-se a presença da própria Presidência da República na relação das instituições mais suscetíveis a corrupção, com 5%, mesmo percentual de citações ao Judiciário.

Na sequência, apareceram o Detran, a Polícia Civil e o governo de Minas Gerais, cada um com 4%. Com 3% surgiu o BNDES, possivelmente por conta das ilações que cercaram algumas operações do banco no governo do PT. Foram votados ainda a Fazenda, 2%, e o BB e a Polícia Federal, cada um com 1%. O RR também perguntou: “Qual é a autoridade que mais honra seu cargo?” Pule de dez: deu Sérgio Moro na cabeça, com 34%. Cármen Lucia ficou em segundo, com 17%. João Doria recebeu 15%; Jair Bolsonaro, 9%. Logo a seguir, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato (7%).

O top five é uma evidência de que o Brasil está cada vez menos “político” e mais “judicializado”. Se não vinculados ao Judiciário, Doria e Bolsonaro personificam em seus discursos o “político que não é político”. Os assinantes do RR mencionaram ainda o presidente da Petrobras, Pedro Parente, com 5%, e ACM Neto (4%). Apenas 2% citaram Henrique Meirelles como um personagem que honra seu cargo público, certamente um reflexo da crise econômica.

Os entrevistados mencionaram ainda Rodrigo Janot e Geraldo Alckmin, com 2% cada um, além da presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos, e de Gilmar Mendes, cada um com 1%. E Michel Temer? Ele aparece no rodapé da enquete, também com 1%. Michel Temer “brilhou” também na quarta e última pergunta: “Se possível, quem você tiraria de um cargo público?”. Entre os entrevistados, 38% cravaram o nome de Temer, mais do que o dobro do segundo colocado, Eliseu Padilha (15%).

Aliás, o Planalto pontificou nos três lugares mais altos do indesejável pódio: Moreira Franco chegou em terceiro, com 11%. Logo atrás, Luiz Fernando Pezão, com 10%. A relação dos “impeacháveis” seguiu com Romero Jucá e Aécio Neves, cada um com 5%. Henrique Meirelles recebeu 4% das respostas. Certamente por outros motivos, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, também foi citado por 4%. Entre os assinantes, 3% disseram que gostariam de ver Maria Silvia fora da presidência do BNDES. Rodrigo Maia foi outro lembrado por 3% dos consultados. Por fim, um fato curioso. Para 2% dos entrevistados, Sérgio Moro é que deveria ser afastado de suas funções. Devem ter lá seus motivos.

#Cármen Lucia #João Doria #Michel Temer #Sérgio Moro


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The winner isn ´t PwC

4/04/2017
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Enfim, uma boa notícia para a PwC. O Oscar de auditora mais multada pela CVM vai para a Deloitte, na categoria valor, e a KPMG, na categoria número de processos. Mesmo com a lambança na cerimônia de premiação pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas norte-americana, quando trocou o nome do principal laureado, e da associação do seu nome aos dois maiores escândalos de corrupção do país – a firma foi auditora da Odebrecht e da Petrobras –, a PwC escapou desse Oscar às avessas.

O RR fez uma pesquisa no site da CVM no último dia 28 – como se sabe, a lista dos processos é permanentemente atualizada – e varreu as multas das empresas de auditoria desde 1999. As big four lideram o pelotão de infrações. A E&Y é quem sai menos machucada, com apenas uma multa, no valor de R$ 65 mil.

A PwC vem logo após, como a auditora menos punida, com seis multas, no total de R$ 27,8 milhões. A KPMG perde o prêmio máximo do Oscar reverso, referente ao valor das multas (R$ 8,6 milhões), mas ganha um honroso primeiro lugar no número de processos, com 16 citações. The winner is Deloitte, com 12 processos e R$ 85,2 milhões em multas. As inscrições para o Oscar reverso de 2018 estão abertas desde já. No próximo ano, o RR confere.

#CVM #Deloitte Touche Tohmatsu #KPMG #PwC


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O último ato da Petrobras no etanol

30/03/2017
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A Petrobras está em negociações para a venda da sua participação de 40% na Bambuí Energia. Do outro lado da mesa estão um grupo indiano ainda sem negócios no Brasil e a Turdus Participações, do usineiro José Geraldo Ribeiro, dono dos 60% restantes da companhia. Este é o último ativo da estatal no setor. A Petrobras não vê a hora de virar essa página e deixar para trás um prejuízo de R$ 1 bilhão, apenas em 2016.

#Bambuí Bioenergia #Petrobras


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Ponto final

30/03/2017
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Kroton, Estácio, Gafisa e Petrobras.


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A dona de Carcará

29/03/2017
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A Statoil está faminta para aumentar sua participação no campo de Carcará, hoje de 66%. Resta saber quem vai ser diluído entre Petrobras, Queiroz Galvão, Barra Energia e a portuguesa Galp.

#Barra Energia #Petrobras #Queiroz Galvão #Statoil


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Good news

9/03/2017
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A Petrobras está sentada em uma promissora área de petróleo. Já, já, anuncia a boa nova. Consultada, a estatal afirmou que só comunica descobertas por Fato Relevante.

#Petrobras


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Crise do Rio deixa BR Properties com dois elefantes brancos

6/03/2017
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A BR Properties, braço de empreendimentos comerciais da GP Investimentos, foi atingida em cheio pela crise econômica do Rio de Janeiro. Nem mesmo a estratégia comercial de guerra adotada pela empresa tem sido suficiente para povoar as 137 salas comerciais e 37 lojas do Passeio Corporate, seu maior empreendimento na cidade – o custo total beirou os R$ 400 milhões. A BR Properties já baixou o valor do metro quadrado dos escritórios de R$ 120 para algo em torno de R$ 80. Ainda assim, não conseguiu encontrar uma corporação disposta a alugar integralmente as salas comerciais, como seu foi a sua pretensão. No limite, a empresa vai ser obrigada a fazer o que não queria: locar separadamente os espaços. Ressalte-se que o Passeio Corporate não é um espécime isolado na carteira da BR Properties. A empresa tem outro elefante branco na cidade: a Torre do Almirante. A companhia pena tentando achar substitutos para o vazio deixado pela Petrobras, que devolveu o edifício no ano passado. Não poderia haver momento mais perverso para isso. Em meio à maior crise econômica do estado do Rio, a BR Properties tem 36 andares ou 41 mil metros quadrados encalhados.

#BR Properties #GP Investimentos #Petrobras


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Indústria nacional dá mais um passo em direção à africanização

3/03/2017
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Brasília, 9 de fevereiro, 17:30, horário de encerramento do encontro extraordinário entre representantes da indústria e do governo. O diretor titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, José Ricardo Roriz Coelho, lamenta, em silêncio, o golpe aplicado no empresariado nacional. O motivo de tantos acabrunhamentos somente viria a ser anunciado na quarta-feira pré-carnavalesca, dia 22, pelos Ministérios da Fazenda e da Indústria, Comércio Exterior e Serviços: o enterro das regras de primazia do conteúdo local na exploração de petróleo e gás.

A reunião do Programa de Estímulo à Competitividade da Cadeia Produtiva, ao Desenvolvimento e ao Aprimoramento de Fornecedores do Setor de Petróleo e Gás Natural (Pedefor) foi um destes eventos que se realizam somente para cumprir o protocolo. As notas técnicas e metodológicas dos Ministérios de Minas e Energia e da Indústria, igualmente rasas, só divergiam na intensidade do corte. Já estava antecipadamente condenada a participação decisória da empresa nacional na 14ª Rodada de Blocos. Vitória das companhias petroleiras. Se pudessem, comprariam tudo no exterior.

O conteúdo nacional não será mais um critério de pontuação nos leilões. A contrapartida do governo à indústria foi um gelatinoso final do “waiver” – anistia que vinha sendo concedida às empresas incapazes de atingir as exigências de conteúdo local. No mais, o percentual da obrigatoriedade cai em todas as áreas da exploração em terra e offshore. Está tudo dominado. Os argumentos da Fiesp pró-conteúdo local não se restringem às perdas nas áreas de geração de emprego, produção, arrecadação tributária e adensamento de cadeias. Eles mostram uma realidade distinta da encampada pelo governo.

O RR acha que eles merecem ser conhecidos: A retirada das atuais regras de conteúdo local reduz os impactos do investimento em exploração e desenvolvimento de petróleo e gás na economia: queda de 17 vezes na produção de bens e serviços e na arrecadação de tributos; redução de 13 vezes na geração de PIB e de 11 vezes na geração de emprego; A política de conteúdo local não influenciou negativamente nos resultados das rodadas de licitação. Pelo contrário: observa-se que a partir da 7ª Rodada (2005 a 2015), quando as regras eram ainda mais específicas, com adoção da cartilha e certificação de cerca de 90 itens, arrecadou-se mais valores em bônus, e mais áreas foram arrematadas percentualmente e em tamanho; O que influencia o resultado dos leilões é o preço internacional do petróleo e não o conteúdo local; Não há provas concretas de que os prazos e preços sejam comprometidos pelo conteúdo local. Ao contrário, esses problemas existem em grande medida nos produtos importados.

Segundo a consultoria EY, 78% das plataformas encomendadas em todo o mundo acabam atrasando e 53% têm algum estouro no orçamento original; O Brasil entregou nove plataformas dentro do prazo, enquanto 12 sondas importadas tiveram atraso médio de dois anos e ficaram 500% acima do orçamento; Na 13ª Rodada, além do preço do petróleo, seu resultado foi influenciado pela qualidade das áreas ofertadas, pela operação Lava Jato, e pelas dificuldades financeiras e de gestão da Petrobras, que não podia cumprir a legislação de participar com 30% em todas as áreas.

#Fiesp #Ministério da Fazenda #Ministério da Indústria


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Venda de refinarias entra no radar da Petrobras

24/02/2017
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Ganha corpo na diretoria da Petrobras a proposta de incluir a área de refino no plano de desmobilização de ativos da companhia. Entre os simpatizantes da medida despontam o próprio presidente da estatal, Pedro Parente, e o diretor financeiro, Ivan Monteiro, este último certamente estimulado pelo impacto que a operação teria na redução da dívida da empresa e no enxugamento da estrutura de custos. Apenas como um mero exercício, simulações preliminares feitas pela Petrobras indicam que a venda de 51% do negócio de refino – um modelo à la BR Distribuidora – poderia representar uma receita da ordem de US$ 42 bilhões, ou algo em torno de um terço da dívida total da empresa, de aproximadamente US$ 120 bilhões. Mas, como se disse, são apenas simulações.

A negociação das refinarias é considerada um tema incandescente dentro da corporação, envolvendo questões de ordem estratégica e política. A direção da Petrobras ainda está longe de uma posição fechada quanto à venda dos ativos ou mesmo sobre o melhor modelo para a operação. Há alguns rascunhos sobre a mesa. Um deles envolveria a transferência de todas as refinarias para uma nova empresa, que teria parte do seu capital ofertado em mercado.

Outra hipótese, mais moderada, seria a criação de “combos”, com a venda conjunta de uma refinaria específica e sua logística, notadamente terminal portuário. Neste caso, a Petrobras também poderia abrir mão do controle de uma determinada unidade, permanecendo como acionista minoritária. O desafio, neste formato da venda separada, é como seccionar custos logísticos que hoje estão amortizados entre diversas refinarias sem ceifar os ganhos de escala do negócio. Não há dúvidas de que uma operação deste calibre daria à Petrobras um fôlego financeiro bem maior, praticamente equacionando o problema do seu endividamento.

Mas há decisões dramáticas a serem enfrentadas, todas com prós e contras. Se, por um lado, a companhia deixaria de ser refém do governo na formação de preços, por outro perderia o status de monopolista e teria que rebolar para concorrer com as “refinarias de mercado”, com uma estrutura de custos sabidamente menor e sua habitual agilidade para automatizar processos, demitir pessoas e racionalizar as despesas em rubricas como segurança operacional. Ao mesmo tempo em que reduziria seus gastos, a Petrobras teria de fazer escolhas difíceis do ponto de vista político e social.

Não raro, a economia de municípios inteiros gira em torno de refinarias da estatal. A venda das unidades traria a reboque uma inexorável onda de demissões, que seria debitada na conta de um governo já altamente impopular. Imaginem protestos em várias cidades brasileiras, caminhões de distribuidores obstruindo estradas, romaria de prefeitos a Brasília… Basta dizer que, até agora, a Petrobras não conseguiu vender uma só unidade de fertilizantes, que gera muito menos empregos do que uma refinaria.

#Pedro Parente #Petrobras #Refinaria


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Ponto final

24/02/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Bombril, Heineken e BWA.


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Ecovix lança sua âncora ao mar

23/02/2017
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A Ecovix vai apresentar seu plano de recuperação judicial até a primeira semana de março. A principal proposta será a venda de parte do capital do estaleiro, controlado pela Engevix. Tudo dependerá da Petrobras e da retomada ou não da encomenda de dois cascos para navios-plataformas, um contrato da ordem de US$ 800 milhões. No ano passado, a estatal suspendeu o pedido devido às graves condições financeiras da Ecovix – ver RR edição de 27 de dezembro. Com R$ 8 bilhões em dívidas, o estaleiro da Engevix já demitiu mais de três mil metalúrgicos.

#Ecovix #Engevix #Petrobras


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A âncora de Lemann para a BR

20/02/2017
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A Lojas Americanas não enterrou seu interesse pela BR Distribuidora. Pelo contrário. A ideia com a aquisição não é pendurar uma loja da varejista em cada um dos postos. Quem pensou em algo tão simples subestimou as artes de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles – exibidas, mais uma vez, com a megaoferta pela Unilever. O projeto passa por implementar minishoppings em diversos postos, tendo a Americanas como loja âncora. Adquirida a rede de postos, o trio calafrio abriria negociações para atrair players complementares como parceiros ou mesmo sócios. Paralelamente seria necessário um choque de gestão no core business de distribuição de combustível, cujas margens são as mais baixas do setor. Mas tudo isso ao mesmo tempo e agora somente se a Petrobras topar ser minoritária e abrir mão da gestão. Por enquanto está difícil.

#BR Distribuidora #Lojas Americanas #Petrobras #Unilever


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Petrobras e Total são só amor

16/02/2017
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Petrobras e Total já discutem novos investimentos no âmbito do acordo anunciado no fim do ano passado, da ordem de US$ 2,2 bilhões. Os aportes adicionais se dariam, sobretudo, no campo de Libra. Sócias de 15 projetos de exploração – seis no exterior –, Petrobras e Total estão entusiasmadas com a operação. As estimativas de custos em Libra já caíram 35% em relação às projeções iniciais.

#Petrobras #Total


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Ponto final

16/02/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Mubadala, Invepar, Supervia, Petrobras e Total.


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“Brilho” e Collor

7/02/2017
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Fernando Collor “brilha” nos novos depoimentos do ex-Petrobras Nestor Cerveró.

#Fernando Collor #Nestor Cerveró #Petrobras


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Os bons ventos de Soros

2/02/2017
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A biruta de George Soros no Brasil mudou de direção. De um lado, voltou a apostar pesado em ações da Petrobras; do outro, a Adecoagro, da qual é acionista, garimpa usinas de etanol no interior de São Paulo.

#Adecoagro #George Soros #Petrobas


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Eike é o fator mais imponderável da Lava Jato

31/01/2017
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O risco Eike Batista não tem limite. Devido a componentes megalômanos notórios e a uma ética peculiar – “tudo é mercado, as pessoas têm direito a cobrar por tudo” – a delação do empresário pode se tornar uma bomba mais explosiva do que o testemunho de Marcelo Odebrecht. Eike vai de A a Z. A crônica de regalias obtidas junto ao empresário registra o nome dos peixões José Dirceu, José Sarney, Aécio Neves, Delcidio do Amaral e o notório Sérgio Cabral.

Ele teve relações próximas com Lula, que foi requisitado pelo empresário durante e após o seu mandato para contornar problemas em países da América do Sul. Mas Eike tornou-se ainda mais próximo de Dilma Rousseff, de quem foi publicamente um entusiasta. Dilma ajudou o empresário em diversas vezes, pedindo celeridade à burocracia e facilitando seus pedidos na esfera da administração pública. Eike teve o que quis da Petrobras (vendeu uma termelétrica, a “Termoluma”, por um preço três vezes maior do que o valor de mercado), do BNDES (o banco tornou-se sócio de seus projetos “no papel”), da Fazenda (a “delação não premiada” sobre Guido Mantega é uma amostra de como os pedidos eram feitos e atendidos) e do Gabinete Civil, de Gleisi Hoffmann.

Os Conselhos das empresas de Eike também eram constituídos de luminares com trânsito diferenciado, a exemplo da ex-ministra do STF Ellen Gracie e de Pedro Malan. Todos os conselheiros nas diversas empresas de Mr. Batista foram agraciados com a honraria de processos na CVM. Eike sempre considerou que o “vil metal” resolve tudo. E não por distorção de caráter ou amoralidade, mas por patologia mesmo.

Ele acredita que comprar o que for é um caminho natural para resolver qualquer coisa. Aliciou mais de 40 geólogos e engenheiros da Petrobras (todos detentores de informações estratégicas e confidenciais) simplesmente triplicando ou quadruplicando seus salários. Com a Vale, usou o mesmo expediente do “vem para MMX, você também”. Arrumou um inimigo, o então presidente da mineradora Vale Roger Agnelli, para o resto da vida. Agnelli bem que tentou, mas não conseguiu equiparar os salários alucinantes oferecidos pelo empresário, que se apoderou de dezenas de funcionários seus, igualmente detentores de segredos vitais da Vale.

Quem conhece Eike Batista – tais como Bradesco, Itaú, Ricardo K, BTG, Rodolfo Landim, José Luis Alqueres, entre tantos e tantos – pode avalizar que ele age como se sofresse da Doença de Huntington, enfermidade em que as pessoas se comportam de forma inadequada e dizem coisas sem pensar. Sua megalomania o levou a contenciosos com governos da Rússia, Venezuela, Bolívia e Grécia, neste último é persona non grata. Quando tinha seus R$ 25 bilhões, Eike distribuiu muito dinheiro pelos critérios mais e menos imagináveis. Se for levado à delação, imbuído das virtudes que sempre encontra em tudo que faz, vai falar cobras e lagartos. Será o momento mais imponderável da Lava Jato.

#BNDES #Eike Batista #Vale


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Os olhos de Pedro Parente em Brasília

25/01/2017
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O presidente da Petrobras, Pedro Parente, contratou a consultoria Arko, do cientista político Murilo Aragão. Parente é um salto de profissionalismo em tudo que faz. Quando o presidente da estatal era Ademir Bendine, sua assessoria de comunicação, a FSB, acumulava esse serviço. Definitivamente, naquela circunstância, não era a empresa mais adequada para a tarefa, devido a sua proximidade nos casos Lava Jato, Delta, Sérgio Cabral.

Questionado, Bendine dizia que a assessoria era sua, de caráter privado, e não da companhia. Consultada, a FSB confirma “que foi contratada pela Petrobras para prestar serviços de comunicação, monitoramento e análise de conjuntura no âmbito da chamada CPI da Petrobras. O serviço era prestado à empresa e não em caráter pessoal a qualquer executivo.” Parente é diferente.

Não se dissocia da estatal. E tem enorme cuidado com a folha corrida dos que lhe cercam. O executivo aproveitou ainda o convite à Arko para ajustar a operação da companhia em Brasília. Pelo menos uma parte das tarefas do escritório da Petrobras ficará na conta de Murilo Aragão.

#Arko #Pedro Parente #Petrobras


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Custo-Comperj

23/01/2017
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Desde setembro de 2015, quando as obras foram paralisadas, a Petrobras gasta por mês R$ 8 milhões com a manutenção do Comperj. Só o valor de um ano (R$ 96 milhões) daria para pagar mais de três vezes a remuneração dos executivos e conselheiros da empresa em 2016 – R$ 28 milhões. O custo do Comperj cobre uma equipe de 600 pessoas, entre engenheiros, técnicos, funcionários de limpeza e segurança.

#Comperj #Petrobras


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Ponto final

23/01/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Britvic.


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Aqueles 10%

20/01/2017
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A Statoil quer beliscar 10% do Campo de Libra. O caminho é a Petrobras, dona de 40%.

#Petrobras #Statoil


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Moreira e Padilha se despedem do Planalto. Será?

18/01/2017
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Em Brasília só se respira a reforma ministerial. O lance mais ousado seria a assepsia do Palácio do Planalto com a troca de Eliseu Padilha pelo general Sérgio Etchegoyen, na Casa Civil, e de Moreira Franco por Maria Silvia Bastos Marques, na Secretaria do PPI. Em relação à Casa Civil, a síntese da mudança é que Padilha está excessivamente voltado para a articulação política; já Etchegoyen não quer papo e, sim, botar a mão na massa. Michel Temer estaria optando pela infantaria, mesmo tendo vigorosos laços de amizade com Padilha – amigos, amigos, Lava Jato à parte.

Para o Gabinete de Segurança Institucional, iria outro garboso militar. Ressalte-se que o nome escolhido originalmente para o lugar de Padilha era o do presidente da Petrobras, Pedro Parente, que mandou avisar sobre sua total satisfação com o atual posto, no qual sua gestão é reconhecida e começa a render dividendos. Para Brasília, Parente não volta de jeito nenhum. Com dois militares de alta patente, sendo que o eventual futuro chefe do Gabinete Civil é o interlocutor mais próximo do comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, sabe-se lá se por coincidência ou obra do inconsciente Michel Temer militarizou o núcleo duro do governo.

Para equilibrar esse ambiente de coturnos e óculos Ray-Ban somente a graça de Maria Silvia Bastos Marques. A presidente do BNDES seria convidada para o cargo de Moreira Franco. Sua missão seria dinamizar a Secretaria do PPI, que não sai do lugar. Caso seja chamada, é bem possível que Maria Silvia aceite. A moça é voluntariosa, vaidosa e topa grandes desafios. Ela meio que acumularia o novo cargo com o comando do BNDES, do qual seria uma espécie de eminência parda.

Com a chegada ao Planalto, a dupla Maria Silvia e Marcela Temer emprestaria charme, beleza e fragrância de lavandas silvestres a um ambiente plúmbeo, com cheiro de detergente e limpa-vidro. E a dobradinha Padilha e Moreira? Restaria a eles fazer o percurso de Romero Jucá e tentar “ministeriar” informalmente, torcendo para que os voos para Curitiba estejam lotados por séculos, seculorum, amém.

#BNDES #Eliseu Padilha #Moreira Franco #Petrobras


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Porta aberta

17/01/2017
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A Petrobras pretende anunciar um novo PDV até abril. O último, encerrado em novembro, teve a adesão de 11,7 mil funcionários. Procurada, a estatal garantiu não ter “a intenção de fazer um plano geral” de demissões no Sistema Petrobras. Mas deixou escapar que pode realizar um PDV em subsidiárias “em processo de desinvestimento”. Como se a ordem dos fatores alterasse o produto final.

#Petrobras


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Petrobras prepara saída da Usina Bambuí

9/01/2017
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Após deixar o capital da São Martinho e da Açúcar Guarani, chegou a vez do bagaço: a Petrobras vai iniciar o processo de venda da participação de 40% na Usina Bambuí, que carrega uma dívida de R$ 450 milhões e convive com o fantasma da recuperação judicial. Há mais de um ano o acionista controlador, o usineiro José Geraldo Ribeiro, tenta, sem sucesso, se desfazer da sua parte no negócio.

#Açúcar Guarani #Grupo São Martinho #Petrobras #Usina Bambuí


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Ponto final

9/01/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não quiseram comentar o assunto: Petrópolis, Cerpa, Petrobras e Bambuí.


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A volta de Soros

6/01/2017
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George Soros, que, em meados de 2015, chegou a zerar sua posição em Petrobras, voltou com tudo ao papel. Desde novembro, já teria comprado cerca de 3% da estatal.

#Petrobras


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Classificados

3/01/2017
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Está reaberta a temporada de caça a cargos públicos. No governo estima-se que mais de uma centena de distintos dirigentes do Banco do Brasil, Caixa, Petrobras, Correios, Infraero etc. não atendam às novas regras da recém-promulgada Lei de Responsabilidade das Estatais.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Correios #Petrobras


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RR escreve certo em um ano de linhas tortas

30/12/2016
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No dia 4 de julho, o Relatório Reservado foi a primeira publicação a cravar que haveria uma segunda rodada de repatriação de recursos. Na ocasião, quando as estimativas mais otimistas giravam em torno dos R$ 30 bilhões, o RR informou também que Henrique Meirelles trabalhava com uma projeção acima de R$ 50 bilhões para o total arrecadado com a tributação dos recursos trazidos de volta ao país. Dito e feito! Estas foram apenas algumas das inúmeras informações que o assinante do RR soube na frente ao longo de 2016.

Durante o ano, em 247 edições, a newsletter publicou 2.584 notas e matérias. Desse total, 81% das notícias veiculadas se consumaram ou, ao menos, foram alvo de especulação na mídia. As informações que não se confirmaram posteriormente podem ser atribuídas, em grande parte, ao espírito agressivo da publicação e à busca da informação exclusiva na sua gênese, por vezes no limiar entre o fato e a boa especulação. O Relatório Reservado é adepto da máxima de Samuel Beckett: “Tente de novo, erre de novo, erre melhor”. Este foi o ano em que a política obscureceu a economia, o que se refletiu no noticiário do Relatório Reservado. Em 2016, a newsletter acompanhou amiúde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a chegada ao Poder de Michel Temer e de seu governo sub judice, as delações da Lava Jato que fizeram Brasília tremer.

Ainda nas raias da macroeconomia, o RR antecipou uma série de medidas que viriam a ser anunciadas ou, ao menos, estudadas pelo governo, como desonerações fiscais, securitização da dívida ativa, suspensão temporária do pagamento das dívidas das unidades federativas com os bancos públicos federais no âmbito de uma “Lei de Recuperação Judicial” para os estados – esta última tema de reportagem na edição de 5 de dezembro. Na edição de 2 de março, ainda no governo Dilma Rousseff, o RR informou que o Congresso aprovaria o projeto de lei do senador José Serra desobrigando a Petrobras de participar de todas as concessões no pré-sal. A estatal, aliás, foi a companhia mais mencionada na publicação em 2016, com 145 citações.

O RR publicou, com exclusividade, algumas das primeiras medidas adotadas por Pedro Parente na empresa, inclusive com a criação de novos instrumentos de compliance. No dia 16 de junho, a newsletter antecipou que GP Investimentos, Advent e a suíça Vitol haviam apresentado propostas para comprar uma participação minoritária na BR Distribuidora. Menos de uma semana depois, o próprio Parente confirmaria o recebimento das ofertas. Ficou o dito pelo não dito. O modelo de venda da BR foi revisto, o processo, reaberto e, até agora, nem sinal de que a operação vá sair do papel. Em 2016, apesar da abulia generalizada do empresariado, o RR seguiu de perto Jorge Paulo Lemann, Abilio Diniz, Benjamin Steinbruch, Roberto Setubal, entre outros nomes que comandam, do lado privado, a economia nacional. Cobriu no detalhe do detalhe a área de infraestrutura, as concessões e “desconcessões” do setor, o desmonte da indústria da construção pesada e a desmobilização de ativos da Camargo Corrêa.

Em um ano pautado por estratégias defensivas, suspensão de investimentos e seguidos passos para trás, é sintomático que algumas operações de M&A antecipadas pelo Relatório Reservado e posteriormente tratadas pela mídia tenham, ao menos por ora, ficado no quase, casos da venda da participação da OAS na Invepar para a Brookfield e da negociação dos ativos da japonesa Kirin no Brasil. A etapa que se encerra, no entanto, não foi feita apenas de recuos. Pelo menos não no caso do próprio Relatório Reservado. 2016 foi o ano em que o RR intensificou sua presença nas redes sociais, reformulou seu site e lançou um novo layout em sua versão newsletter, agora com duas páginas e mais informações diárias. Que venha 2017!

#Brookfield #Camargo Corrêa #OAS #Petrobras


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Ecovix aguarda por uma boia de salvação da Petrobras

27/12/2016
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O futuro de quase 10% dos empregos no setor de construção naval dependerá, em grande parte, da boa vontade da Petrobras. Caberá à estatal o papel de árbitro da sobrevivência ou não da Ecovix, que teve seu pedido de recuperação judicial aprovado pela 2a Vara Federal de Rio Grande na semana passada. O estaleiro tenta convencer a Petrobras a retomar o pedido de três cascos para navios-plataforma, suspenso recentemente. Neste caldeirão entra também a pressão do ambiente psicossocial. Segundo o RR apurou, os metalúrgicos de Rio Grande, sede do estaleiro, preparam uma série de manifestações na tentativa de sensibilizar a Petrobras.

Se a investida der certo, a Ecovix ganha um sopro de vida e um contrato da ordem de US$ 800 milhões, uma garantia de fluxo de caixa pelo menos para os próximos dois anos – prazo estimado para a entrega das estruturas. No entanto, se a Petrobras fizer jogo duro, provavelmente o estaleiro gaúcho afundará de vez, levando consigo mais de 3,5 mil trabalhadores. Haja metalúrgico nas ruas para convencer a Petrobras a retroceder de sua decisão. Os três benditos cascos fazem parte de uma encomenda originalmente de oito unidades, feita em 2010.

Destas, apenas três foram efetivamente entregues. Por decisão da Petrobras, a construção das duas restantes foi transferida para estaleiros da China quando a crise financeira da empresa gaúcha se acentuou. Procurada, a estatal alega que, no passado recente, manteve várias negociações com a Ecovix com o objetivo de concluir o contrato. “Contudo, devido à grave situação financeira enfrentada pela empresa e a situação deficitária dos contratos”, as tratativas resultaram em um “distrato amigável”. Para não dizer que o peso sobre o destino da Ecovix recai apenas sobre a Petrobras, há ainda o Banco do Brasil e a Caixa Econômica, coadjuvantes de luxo deste folhetim naval.

Os dois bancos são considerados o fiel da balança para a renegociação das dívidas bancárias do estaleiro. Ambos concentram cerca de R$ 700 milhões, metade do passivo financeiro da companhia. Se BB e Caixa concordarem com uma expressiva renegociação deste valor, no âmbito da recuperação judicial, o entendimento é que as demais instituições financeiras seguirão o mesmo caminho. Mas até lá a Ecovix precisa continuar com as escotilhas acima do nível do mar.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Ecovix #Petrobras


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Greve meia-sola

23/12/2016
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Pelo jeito, nem o Sindipetro acredita muito no Sindipetro. Ontem, no fim da tarde, a direção do Sindicato estava pessimista quanto ao alcance da greve dos petroleiros convocada para hoje. Os líderes da paralisação davam como certa a baixa adesão dos funcionários da área administrativa do Sistema Petrobras, que representam mais de 60% do efetivo do grupo.

#Sindipetro


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Gasoduto de Alckmin evapora

21/12/2016
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As seguidas sinalizações da Petrobras de que pretende suspender a garantia firme de compra do gás a ser transportado pelo gasoduto Bacia de Santos-Cubatão está tirando do sério o tradicionalmente sereno Geraldo Alckmin. Há poucos meses era líquido e certo que a Gas Brasiliano, distribuidora controlada integralmente pela estatal, ficaria com uma parcela do insumo. Sem a participação da Petrobras, o empreendimento de R$ 2 bilhões será cancelado.

#Gás Brasiliano #Geraldo Alckmin #Petrobras


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Ponto final

21/12/2016
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sindicom, Petrobras e Usiminas.


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Bye, bye, etanol

19/12/2016
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Após negociar a participação de 49% da Nova Fronteira Bioenergia para a São Martinho, a Petrobras corre para fechar até meados de janeiro a venda de 49,5% da Açúcar Guarani. O comprador é o parceiro na joint venture, a francesa Tereos. A Petrobras espera arrecadar cerca de R$ 1 bilhão nas duas operações.

#Nova Fronteira Bioenergia #Petrobras


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Ponto final

19/12/2016
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Tereos, PDG e Secretaria de Fazenda do Rio.


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Muralhas da China

16/12/2016
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  • A State Grid vai disputar a compra de quatro distribuidoras de energia que serão leiloadas pela Eletrobras na Amazônia. A vontade de aquisição é grande. O plano dos chineses é reunir as concessionárias do Acre, Rondônia, Amazonas e Boa Vista (RR) em uma subholding. A fonte do RR informou que a State Grid prevê gastar em torno de R$ 5 bilhões para raspar o tacho amazônico.

 

  •  A CNOOC já definiu os parceiros para dar sustentação em suas novas incursões na compra de blocos de exploração e produção de petróleo: o Bank of America e o conterrâneo Industrial and Commercial Bank of China (ICBC). O foco será o pré-sal. A boa nova é que a CNOOC decidiu participar das próximas licitações com ou sem a Petrobras, com quem tinha um acordo de investimento.

 

  • A Camargo Corrêa está vendo escorrer entre os dedos o maior interessado na compra da construtora, a China Communications Construction Company (CCCC). O grupo chinês, que adquiriu recentemente a Concremat, teria deixado a mesa de negociações sem dar muitas explicações. Procurada pelo RR, a Camargo Corrêa evitou, de todas as formas, se pronunciar sobre o assunto.

#Camargo Corrêa #CNOOC #Eletrobras #State Grid


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Tempos modernos na Petrobras

13/12/2016
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Os petroleiros não são mais os mesmos. Inicialmente rejeitada pelo Sindipetro-RJ, pela Federação Nacional dos Petroleiros e pela Federação Única dos Petroleiros, a proposta da Petrobras de diminuir a jornada de trabalho de oito para seis horas, com a consequente redução de 25% dos salários de empregados sem função gratificada, voltou à mesa de negociação. A reviravolta se deu, sobretudo, pela intervenção dos funcionários da área administrativa da estatal e suas subsidiárias, que aceitaram a inclusão dos termos no aditivo ao Acordo Coletivo de Trabalho. Na última reunião de conciliação, em setembro, um grupo de trabalhadores da Petrobras chegou a invadir a audiência para apresentar um documento com mais de três mil assinaturas favoráveis ao corte na jornada e nos salários.

#Petrobras


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Cabral, Lula e Dilma são os culpados pela tragédia financeira do Rio de Janeiro

12/12/2016
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Sérgio Cabral é o maior culpado pela tragédia financeira do estado. Vox populi, vox Dei. Quem o condena não é o RR, mas uma sondagem feita por esta newsletter na santíssima trindade dos bairros do Rio – Copacabana, Centro e Méier. Para 62% dos 298 entrevistados, o título de exterminador do estado é de Cabral. O ex-governador recebeu o dobro da votação somada do segundo e do terceiro colocados. Mas novidade mesmo, com todo respeito a Cabral, é o reconhecimento que a população do Rio empresta a Lula e Dilma Rousseff. Os dois são os principais responsáveis pela desgraça financeira do estado na opinião, respectivamente, de 17% e 14% dos consultados.

É a constatação de que verba federal nem sempre traz popularidade. Foram citados ainda Luiz Fernando Pezão (5%) e o prefeito em fim de mandato Eduardo Paes (2%). Sergio Cabral está em todas. Para 56%, o ex-governador é também o maior vilão do Rio. Em segundo lugar, vem Anthony Garotinho, com 16%. Eduardo Cunha recebeu 11% das respostas, seguido do presidente da Alerj, Jorge Picciani (7%). A partir daí, a percepção de vilania começa a ficar mais fragmentada.

Mais uma vez, os entrevistados separaram o criador da criatura: Pezão foi lembrado apenas por 4% dos votantes. Mesmo sem qualquer ingerência direta na administração do estado, Jair Bolsonaro recebeu 3% das menções – talvez numa interpretação mais ampla do termo “vilão”. Eduardo Paes somou apenas 2%. Por fim, a curiosa lembrança de 1% dos entrevistados ao nome de Roberto Jefferson, que hoje  está mais para político aposentado.

Tomando como referência os três maiores vilões do Rio apontados na questão anterior (Sergio Cabral, Anthony Garotinho e Eduardo Cunha),o RR perguntou: “No intervalo de um a cem, quantos anos de prisão cada um destes políticos merece?” Não obstante a inevitável ausência de embasamento jurídico nas respostas, o resultado exprime a revolta e a raiva da população do Rio. É uma métrica da indignação. Na média dos votos, Cabral foi “condenado” a 82 anos de prisão. Já Eduardo Cunha merece 81 anos de cárcere, na opinião dos entrevistados. Garotinho pegou a “pena” mais branda: 78 anos.

Em relação aos agentes privados que, de uma maneira ou de outra, se beneficiaram com as malversações do governo, deu o óbvio. Para 44% dos consultados, quem mais ganhou com a roubalheira do Rio foram as empreiteiras. Em segundo lugar, quase que por osmose, a antiga diretoria da Petrobras, com 15%. Escritórios de advocacia receberam 12%. Para 11% dos entrevistados, quem mais se aproveitou das falcatruas foram as joalherias, como se sabe hoje um segmento que contava com o especial apreço da família Cabral.

Até então tudo razoavelmente dentro do script. O que surge como um ponto fora da curva é a citação à imprensa (12%). A princípio, a resposta pode causar estranheza. Mas as barbaridades estampadas nas páginas dos jornais e noticiadas na TV talvez expliquem, ainda que por um ângulo mórbido, o aumento da audiência. Outras duas áreas de negócio afins com a imprensa também foram citadas: agências de publicidade e agências de comunicação, cada grupo com 3%. Curioso.

Por fim, uma pergunta diretamente relacionada à crise financeira do estado e ao bolso do cidadão: “O estado do Rio deve suspender pagamento da dívida aos bancos até receber recursos do governo federal para resolver a crise?” Dos 298 entrevistados, 72% disseram que sim. Mais impactante, no entanto, é o universo de 28% que preferem ver o governo do Rio pagando aos bancos em vez de segurar os recursos para outras despesas, inclusive pessoal. Talvez seja um indicativo de que as consequências de uma moratória ainda estão vivas na memória de muita gente.

#Dilma Rousseff #Lula #Sérgio Cabral


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Curriculum vitae

12/12/2016
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Ivan de Sá, presidente da BR Distribuidora, tem um fio de esperança de permanecer na companhia, mesmo após a sua eventual privatização. Na companhia, o que se diz é que a tarefa de convencer o futuro sócio privado está a cargo de seu principal padrinho, o diretor de Refi no e Gás da Petrobras, Jorge Celestino. O que ninguém sabe é que moeda de troca Celestino tem na mão.

#BR Distribuidora


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Bernardo Pactual

9/12/2016
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Bernardo Cerveró está voltando para o Brasil. Já procura, inclusive, projetos teatrais para 2017. Ator, o filho do ex-
diretor da Petrobras Nestor Cerveró ficou famoso por sua interpretação nas reuniões com Delcídio do Amaral. A gravação das conversas levou o então senador e o banqueiro André Esteves para a prisão. Depois da peça, Bernardo partiu para uma prudente temporada no exterior.

#Delcídio do Amaral #Nestor Cerveró #Petrobras


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Unitização

7/12/2016
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Petrobras e Statoil serão uma só na próxima rodada de licitações da ANP, prevista para o primeiro semestre de 2017. A dupla promete entrar pesado no leilão de dois ativos: o bloco adjacente a Carcará, já operado pelos noruegueses, e a área contígua a Sapinhoá, campo pertencente à estatal

#Petrobras #Statoil


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Ponto final

7/12/2016
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Statoil.

Acervo RR

Bala de festim

1/12/2016
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Por sua vez, o fenômeno George Soros ainda não produziu efeito na Petrobras. A informação de que o especulador voltou a comprar ações da estatal sequer fez cócegas no papel. A cotação segue patinando em torno dos R$ 15. Normalmente, o simples vazamento de que Soros está na jogada já basta para a ação disparar.

#Petrobras


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Bala de festim

1/12/2016
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Por sua vez, o fenômeno George Soros ainda não produziu efeito na Petrobras. A informação de que o especulador voltou a comprar ações da estatal sequer fez cócegas no papel. A cotação segue patinando em torno dos R$ 15. Normalmente, o simples vazamento de que Soros está na jogada já basta para a ação disparar.

#Petrobras


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O ouvidor

29/11/2016
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Paulo Otto Von Sperling, ex-assessor de José Dirceu e ex-ouvidor da Petrobras, está processando a companhia. Sperling foi afastado da estatal em maio de 2015, em meio à Lava Jato. O que se diz na Petrobras é que, em seis anos à frente da ouvidoria, ele teria dado andamento apenas a duas investigações internas. A defesa de Von Sperling afirma que a ação se deve a “diferenças de verbas trabalhistas”. A Petrobras não quis se manifestar, alegando que o processo corre em segredo de Justiça.

#Lava Jato #Petrobras

Acervo RR

Sinopec

25/11/2016
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 A Sinopec entrou em cena como a mais nova candidata à compra da BR Distribuidora. O grupo, que atua no Brasil na área de exploração e produção, tem mais de 30 mil postos de combustíveis na China.

• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sinopec e Petrobras.

#BR Distribuidora #Sinopec


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Sinopec

25/11/2016
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 A Sinopec entrou em cena como a mais nova candidata à compra da BR Distribuidora. O grupo, que atua no Brasil na área de exploração e produção, tem mais de 30 mil postos de combustíveis na China.

• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sinopec e Petrobras.

#BR Distribuidora #Sinopec


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Petrobras deixa funcionários da BR Distribuidora no escuro

16/11/2016
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 Até parece que a BR Distribuidora já não pertence mais à Petrobras. Quatro meses após divulgar o novo modelo de privatização, a direção da holding ainda não se pronunciou sobre o futuro dos empregados da subsidiária após a venda de 51% do capital. O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da BR, Bruno César de Paiva e Silva, tem feito reiteradas consultas ao alto comando da estatal, mas, por ora, predomina o silêncio. O mesmo se aplica aos questionamentos encaminhados pelos empregados à diretoria da Petrobras por meio dos canais internos de comunicação. No próprio site “Fatos e Dados”, mantido pela estatal para divulgar informações do seu interesse tanto para o público interno quanto externo, não há menção ao tema – tampouco a outros detalhes sobre o modelo de venda da BR. Na área dedicada aos comentários, é possível ler seguidas perguntas de funcionários da distribuidora sobre o aproveitamento ou não do atual efetivo após a privatização da companhia. Diante dessa cortina de fumaça, o clima na distribuidora de combustíveis é pesado. Os funcionários já organizam novos protestos e paralisações. Em agosto, não custa lembrar, os trabalhadores da BR promoveram uma greve de cinco dias, que atingiu as operações da empresa em dez estados. Procuradas, tanto a Petrobras quanto a BR não quiseram se pronunciar.

 Assim que chegou à Petrobras, Pedro Parente conquistou os funcionários pela transparência e capacidade de interlocução com todos os escalões. Tanto em apresentações aos empregados quanto nos canais de comunicação interna, como o “Fale com o presidente”, não costuma deixar perguntas sem respostas. Pois é exatamente o que os trabalhadores da BR mais têm neste momento: dúvidas à espera de esclarecimentos: os funcionários da BR serão integralmente transferidos para a “Nova BR”, de controle privado? A holding tem algum plano de absorver parte do atual efetivo da subsidiária – o que exigiria complexas mudanças nas regras atuais, uma vez que cada empresa do Sistema tem seu próprio concurso público? O futuro acordo de acionistas com o sócio privado terá alguma cláusula de preservação dos empregos da distribuidora por algum período após a sua privatização? Como ficarão os aprovados no último concurso da BR que ainda não foram convocados, lembrando que a seletiva expira em maio de 2017? Entre os empregados, o maior temor é que, dependendo do resultado do PDV em curso na companhia neste momento, haja demissões em massa antes da venda do controle – nessa hipótese, a Petrobras limparia a casa e os “excessos” no quadro de funcionários, tirando esse ônus do futuro acionista.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Não seria o momento de uma Constituinte Fiscal?

14/11/2016
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Não se sabe se em tom de desabafo ou propositivo, mas o ex-ministro e vice-governador Francisco Dornelles tem dito que o Brasil precisa de uma Assembleia Constituinte para repensar os critérios de transferências entre suas unidades federativas. Os estados e municípios deixaram de ser regidos pela lei, o gasto se descolou do orçamento e a gestão e o bom senso tornaram-se inimigos figadais. A Lei da Responsabilidade Fiscal é hoje um instituto jurídico completamente desmoralizado. O delito é anistiado naturalmente e não há mais culpados. Se a lei não vale, a gestão do orçamento é tão fictícia quanto as restrições ao seu descontrole. E sem um mínimo de bom senso voltamos ao velho ditado: em casa que não tem pão, todos brigam e ninguém tem razão.

 O país está quebrado, e não foi só o PT e sua nova matriz econômica que estilhaçaram as finanças públicas. Piscam os motivos para a esbórnia fiscal: uma seca de cinco anos, epidemias infecciosas, queda brutal do comércio exterior, deterioração do preço das commodities, a Lava Jato e suas consequências sobre a Petrobras, o cancelamento da esmagadora maioria das obras no Brasil. Ah, e ainda um impeachment na conta. O Brasil ameaça repetir a Argentina de Raul Alfonsín, que quebrou pelas províncias, estragou pelas bordas.

 As transferências de recursos da União vão deixando de obedecer ao nexo causal. Os critérios dos Fundos de Participação dos Estados são ultrapassados pela primazia da enfermidade fiscal. No bolo final dos recursos transferidos, os requisitos constitucionais acabam sendo, na prática, um mero detalhe. O RR tem ressaltado, não é de hoje, que União, estados e municípios precisam de um regime fiscal que preveja, além do controle de gastos e da reforma da Previdência. auditorias externas, dispositivos de compliance com regras para acender a “luz vermelha” a menor ameaça de insolvência, um Conselho Fiscal de Segurança, que assumiria a gestão a partir de determinadas métricas de risco etc. Tem falado também que é necessário fazer um encontro de contas, um ajuste patrimonial, uma troca de ativos entre estados e União, com securitização de dívidas e vendas compartilhadas de empresas de unidades federativas distintas. Em linhas gerais, mais ou menos o que o governador Luiz Fernando Pezão propôs. Pezão pensou no bolso do Rio. Dornelles pensou em uma disciplina para o Brasil. Talvez a ideia da Constituinte Fiscal seja o que há de mais rápido e barato para resolver um imbróglio deste tamanho. Com certeza duraria menos do que o ajuste fiscal com 10 anos de carência proposto por Michel Temer e Henrique Meireles.

#Francisco Dornelles #Lava Jato #Pezão #PT

Acervo RR

Fertilizantes

14/11/2016
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 A chinesa China Molybdenum, que comprou a operação de fertilizantes da Anglo American no Brasil, tem interesse em assumir a fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). A estatal já investiu quase R$ 3 bilhões no projeto, mas as obras estão paradas desde o ano passado.

• Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Anglo American #Petrobras


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Fertilizantes

14/11/2016
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 A chinesa China Molybdenum, que comprou a operação de fertilizantes da Anglo American no Brasil, tem interesse em assumir a fábrica de nitrogenados da Petrobras em Três Lagoas (MS). A estatal já investiu quase R$ 3 bilhões no projeto, mas as obras estão paradas desde o ano passado.

• Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Anglo American #Petrobras


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Estatais mandam a conta do ajuste para os atletas olímpicos

7/11/2016
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 O governo Temer está prestes a servir um tira-gosto da sua nova política para o esporte. O prato raso será colocado à mesa no fim deste mês, quando se encerra o atual contrato de patrocínio dos Correios com a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). A estatal vai anunciar uma drástica redução nos valores repassados à entidade. No último ciclo olímpico, os Correios desembolsaram cerca de R$ 95 milhões. Estima-se que a cifra cairá a menos da metade. Trata-se de uma medida com forte impacto simbólico: a empresa patrocina a natação brasileira desde 1991, naquela que é a mais longeva parceria entre uma estatal e uma confederação esportiva no país. É apenas o começo: o ministro dos Esportes, Leonardo Picciani, já sinalizou a dirigentes de outras entidades que, nos próximos três meses, todas as estatais vão rever ou mesmo rescindir seus respectivos contratos de patrocínio esportivo. Será a suada “contribuição” dos atletas brasileiros para o ajuste nas contas públicas.  Na prática, as estatais se tornaram agentes de políticas públicas para o esporte, com forte peso na formação de atletas. Nos últimos quatro anos, elas injetaram quase R$ 2,5 bilhões em mais de duas dezenas de confederações. Ou seja: foram praticamente R$ 600 milhões por ano, mais de três vezes o valor total do Bolsa Atleta – R$ 160 milhões em 2016. É praticamente impossível encontrar uma modalidade olímpica que não seja visceralmente dependente de uma empresa pública. O BNDES apoia a canoagem e o hipismo. A Caixa é o banco pagador do atletismo, da ginástica, do ciclismo, entre outros. A Petrobras garante o judô e o boxe. A Eletrobras tem uma longa parceria com o basquete. O Banco do Brasil patrocina a vela, o pentatlo e, sobretudo, o vôlei. Todos levarão uma cortada do ajuste econômico. • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Correios.

#CBDA #Correios


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Liquigás

4/11/2016
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 Na Petrobras, a expectativa é de que o anúncio da venda da Liquigás para o Ultra saia na próxima semana. O valor deverá ficar abaixo dos R$ 2,5 bilhões. • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Liquigás #Petrobras #Ultra


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Campo fértil

1/11/2016
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 A norte-americana Mosaic quer recriar a antiga Petrofértil, reunificando os ativos da Petrobras e da Vale na área de fertilizantes. A ideia é consolidar tudo.

#Mosaic #Petrobras #Vale


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Marcelo e Bernardo, os irmãos corsos às avessas

31/10/2016
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  As famílias Odebrecht e Gradin sempre foram indissociáveis. Seus principais acionistas, Norberto Odebrecht e Victor Gradin, somariam 180 anos cravados se o fundador do grupo estivesse vivo – Norberto faleceu em 2014. Ambos esbanjaram sabedoria, ambição e lealdade mútua. Até os 91 anos, Norberto dirigia, ao lado de Victor, a Mercedes Benz, modelo C1, que lhe foi presenteada pelo sócio no seu aniversário de 81 anos. Em 1974, quando Victor foi convidado por Norberto a fazer parte daquela construtora em ascensão, não havia sequer nada parecido com a Lava Jato. A “partidarização das comissões” era residual: a molhadela, espórtula ou gratificação ficava nas mãos da burocracia ou do próprio tubarão.  Norberto e Victor foram amigos elevados à enésima potência. Victor levou a Odebrecht para o front petroquímico, a industrialização e a modernização de processos. Era um estrategista. Norberto enxergava longe, criou uma cultura corporativa, prezava o capital humano. Era um sacerdote. Se estivesse vivo e não tivesse ocorrido o grande cisma das famílias, os dois duelariam juntos, lado a lado, no front da Lava Jato. A terceira geração dos Odebrecht e a segunda do Gradin sepultaram essa história de fraternidade. Marcelo e Bernardo, os dois eleitos para gerir o império, criaram o seu “Lava Odebrecht”. Jovens, preparadíssimos, ambos conviveram como amigos desde a infância. Ninguém diria que se tornariam uma versão reversa dos irmãos corsos, de Alexandre Dumas, em um processo de desunião crescente com o passar do tempo. Marcelo mandava na construtora e na área de novos negócios. Bernardo, na petroquímica e projetos industriais. Sim, ainda há Miguel Gradin, com quem Marcelo compartilhou o curso de preparação de oficiais da Reserva em Salvador, em 1987. Posteriormente trabalharam juntos na inglesa SLP Engineering, de óleo e gás. Mas Miguel nunca foi um “irmão corso”.  No ano da discórdia de 2010, Marcelo convenceu seu pai, Emílio, e o avô, já afastado das decisões empresariais, sobre uma revisão do acordo de acionista com os Gradin, detentores de 20% do grupo. Estão até hoje em um contencioso pestilento em torno de valores de compra e venda das participações. A partir daí, Marcelo tirou Bernardo das funções executivas da Odebrecht – Miguel também foi afastado. E veio o pior tormento, soprado com fúria pelos procuradores e juiz de Curitiba. Como se sabe, os Odebrecht estão pagando o preço. Já os Gradin “não dominaram o fato”.  Consta que Paulo Roberto Costa denunciou, em julho, Bernardo Gradin por ter negociado com ele, em condições vantajosas, a compra de nafta da Petrobras para a Braskem. Há menções a Bernardo também em episódio de “convencimento” da Petrobras a entrar como sócia da petroquímica da Odebrecht em uma fusão com a Quattor. Digamos que a cota de delações sobre Bernardo seja o correspondente ao percentual de ações que os Gradin têm no grupo e querem vender caro. Mesmo assim o clã passou ao largo da Lava Jato. É curioso! Houvesse a fidalguia de outrora, talvez Bernardo estivesse batalhando pelo amigo de infância como faziam os cavalheiros instituídos de honra e tradição. A têmpera com que foram forjados Norberto e Victor ficou restrita a uma geração.

#Bernardo Gradin #Braskem #Lava Jato #Marcelo Odebrecht #Odebrecht #Paulo Roberto Costa #Petrobras


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Carcará

31/10/2016
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 A Statoil sinalizou à ANP que vai participar da licitação de parte do campo de Carcará prevista para o ano que vem. Expectativa de bom ágio. Ninguém tem mais a ganhar com a concessão do que os noruegueses, que recentemente compraram da Petrobras a área restante de Carcará. Procurada, a Statoil diz que “está sempre avaliando oportunidades”. Para bom entendedor…

#ANP #Petrobras #Statoil


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Estilo Parente

27/10/2016
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 A Petrobras só anunciou a decisão de vender a participação de 45,9% na Açúcar Guarani após ter a garantia de que a própria Tereos, sua sócia, faria uma oferta pelas ações. Evitou, assim, colocar um ativo na prateleira sem interessados. Seguiu o ensinamento de Tancredo Neves, que dizia somente enviar uma carta quando tinha certeza de qual seria a resposta.

#Petrobras #Tereos


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Petros apresenta a conta do déficit aos seus associados

24/10/2016
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 O novo presidente da Petros, Walter Mendes, pretende apresentar no início de novembro o estudo atuarial e a proposta de equacionamento do Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP). Trata-se do grande vespeiro previdenciário da companhia, responsável por um rombo de R$ 22,6 bilhões no ano passado. A conta vai doer no bolso dos próprios associados, que serão chamados a dividir com a mantenedora os custos para a repactuação do PPSP. A derrama deverá se dar por meio de um aumento de até três pontos percentuais na contribuição paga pelos funcionários da ativa e pelos aposentados do Sistema Petrobras – o índice vai variar de acordo com a faixa de remuneração do participante.  A medida certamente despertará reações contrárias entre os associados. A área jurídica da Petros já dá como certo um aumento do volume de contenciosos – hoje o fundo de pensão carrega uma massa de 27 mil processos de participantes que questionam cobranças no valor total de R$ 3 bilhões. Mas, diante da grave situação financeira do fundo, a expectativa é que o Conselho Deliberativo aprove o plano de equacionamento a tempo de que os novos valores sejam cobrados já no primeiro trimestre de 2017. Trata-se de um medicamento amargo e que levará longo tempo para fazer pleno efeito: pelos cálculos da fundação, o déficit só será coberto em 18 anos. Se serve de alento, o prazo poderia ser ainda maior não fossem as regras da Petros. A rigor, o plano de equacionamento terá de cobrir “apenas” R$ 16,1 bilhões dos R$ 22,6 bilhões em perdas. Isso porque cerca de R$ 6,5 bilhões representam o Limite de Déficit Técnico Acumulado (LDTA), uma espécie de teto de tolerância para prejuízos atuariais.  Walter Mendes recebeu carta branca do governo para adotar medidas duras e impopulares em nome do equacionamento do déficit da Petros. Seu cartão de visitas foi apresentado no último dia 4 de outubro, quando o Conselho Deliberativo aprovou a polêmica cisão do PPSP. A medida criou duas castas de participantes: para cerca de 75% dos associados do plano, a correção dos benefícios passará a ser vinculada à variação do IPCA; o restante seguirá com a sua aposentadoria atrelada ao reajuste dos salários dos funcionários da ativa do Sistema Petrobras. Na prática, o objetivo é eliminar subsídios cruzados que aumentam o desequilíbrio contábil do plano. Tão ou mais importante do que o impacto atuarial da mudança é o seu valor simbólico: menos de um mês após a posse da nova diretoria, os conselheiros aprovaram uma proposta que se arrastava há mais de um ano. • A seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petros.

#Petros


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Segurança pública do Rio corre o risco de uma pane seca

21/10/2016
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  A direção da BR Distribuidora – e, em última instância, da própria Petrobras – tem uma delicada situação para resolver que vai muito além da esfera comercial. Há quatro meses, a estatal não recebe pelo combustível de aviação fornecido aos helicópteros da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Como a inadimplência já passa dos 90 dias, a companhia tem a prerrogativa de suspender o abastecimento – conforme prevê a Lei nº 8.666. O fornecimento de gasolina, álcool e diesel para as viaturas da PM e da Polícia Civil vai pelo mesmo caminho: os atrasos já somam dois meses e meio. Ou seja: se os débitos não forem quitados até o fim deste mês, a BR também poderá interromper a entrega. Procurada, a Polícia Civil confirmou “os atrasos nos pagamentos à fornecedora de combustível”, mas informou “que sua frota de veículos continua sendo abastecida”. Disse ainda que “tem envidado esforços junto ao Governo e à Secretaria de Estado de Segurança para liberação dos recursos necessários”. Também consultadas, a BR Distribuidora e a Polícia Militar não quiseram se pronunciar.  Se estivesse diante da inadimplência de um cliente convencional, muito provavelmente a estatal não hesitaria em tomar uma atitude drástica. Mas esta é uma situação sui generis. A suspensão do fornecimento de combustível para as forças policiais do Rio provocará um caos na segurança pública, que já se encontra em situação dramática.  O orçamento da Secretaria de Segurança do Rio foi ceifado em mais de 30% neste ano. Significa dizer que mais de R$ 2 bilhões dos R$ 7 bilhões previstos inicialmente viraram pólvora queimada. O efeito dominó sobre a cadeia de fornecedores das polícias foi inevitável. O impasse com a BR se arrasta desde o início do ano, quando o governo do estado passou a atrasar sistematicamente os pagamentos à companhia. Desde março, as Polícias Militar e Civil do estado instituíram uma espécie de sistema de cotas para as suas respectivas frotas. De lá para cá, delegacias e batalhões não podem mais abastecer o tanque de seus veículos no limite máximo. A cota diária seria de aproximadamente 20 litros para os carros da Polícia Civil e de 30 litros para a Polícia Militar.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Rigor

20/10/2016
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 O acordo que a Pasa, do México, está costurando com a Estre Ambiental é mais rigoroso do que o habitual em contratos dessa natureza, notadamente no que diz respeito aos antecedentes da empresa brasileira. Os mexicanos exigem o direito de cancelar a fusão, sem qualquer ônus, caso a companhia seja chamada a responder por algum eventual ilícito do passado. O motivo da cautela da Pasa atende pelo nome de Lava Jato. Citada nas investigações, a companhia controlada pelo BTG e pelo empresário Wilson Quintella prestou serviços de coleta e tratamento de lixo à Petrobras entre 2010 e 2014, período no qual teria amealhado mais de R$ 700 milhões. Em dezembro do ano passado, não custa lembrar, a PF chegou a fazer uma operação de busca e apreensão no escritório da Estre em São Paulo. Procurada, a empresa não quis se pronunciar sobre o assunto.

#BTG Pactual #Estre Ambiental #Lava Jato


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Shell e chineses

14/10/2016
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A Shell e as chinesas CNOOC e CNPC costuram um consórcio para a próxima rodada de leilões no pré-sal, prevista para o primeiro semestre de 2017. Os três grupos já são sócios no mega-campo de Libra, onde têm ainda a companhia da Total e da própria Petrobras . • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Shell, CNOOC e CNPC.

#CNOOC #CNPC #Petrobras #Pré-Sal #Shell #Total


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Fertilizantes

14/10/2016
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 A suíça Eurochem, um dos maiores grupos do setor na Europa, entrou no páreo para ficar com as três fábricas de fertilizantes da Petrobras. Recentemente, o grupo comprou a Fertilizantes Tocantins .

#EuroChem #Petrobras


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Maria Silvia derruba as diversas paredes do BNDES

6/10/2016
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 Há muitas claves em comum nas partituras dos novos regentes da Petrobras e do BNDES. A exemplo de Pedro Parente na petroleira, o início da gestão de Maria Silvia Bastos tem se caracterizado não apenas pela reformulação na estratégia de negócios do banco, mas também por medidas de austeridade de forte valor simbólico. Em quatro meses, Maria Silvia já teria cortado cerca de 200 cargos comissionados. Ao mesmo tempo, vem se empenhando em reduzir os custos administrativos do BNDES, notadamente no que diz respeito à estrutura imobiliária. Devolveu oito andares alugados no vizinho Ventura Corporate Towers, localizado na própria Avenida Chile, o que resultará em uma economia anual da ordem de R$ 4 milhões. Decidiu também suspender a construção de um novo prédio ao lado da sede do banco. O projeto, que já estava sido licitado, custaria meio bilhão de reais.  O paralelo com a gestão de Pedro Parente passa também pela transparência na comunicação interna e pelo fascínio que o estilo de Maria Silvia tem despertado junto ao corpo de funcionários. O encanto se deve, em grande parte, ao seu envolvimento com as tarefas do dia-dia e ao empenho em traduzir em pequenos gestos a dimensão das mudanças em curso no BNDES. A executiva não apenas determinou o fim das salas individuais para os diretores, abrigando todo o primeiro escalão em um espaço comum, como acompanhou pessoalmente as obras de adaptação no edifício-sede. Não raramente foi vista ao lado de arquitetos e operários dando instruções sobre a reforma.  Além das divisórias concretas, Silvia também se dedica a derrubar paredes na comunicação interna. Ela tem estimulado os diretores a compartilhar informações estratégicas de suas respectivas áreas. A preocupação com o disclosure vale para todas as esferas da instituição. Por duas vezes nos últimos três meses, reuniu os funcionários no auditório do BNDES para uma espécie de “pergunte à presidente” – procedimento, aliás, similar ao adotado por Pedro Parente na Petrobras. Nas duas ocasiões, abriu o microfone aos empregados da instituição e não fugiu de qualquer tema, chamando a atenção pelo grau de detalhamento em suas respostas. Chegou a dizer textualmente que “não gosta de eufemismos”.

#BNDES #Maria Sílvia Bastos #Pedro Parente #Petrobras


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Óleo na pista

6/10/2016
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 Parlamentares brasileiros – entre eles José Carlos Aleluia, relator do projeto que desobriga a Petrobras a participar dos campos do pré-sal – têm sido cortejados para participar de eventos promovidos pela Albright Stonebridge Group nos Estados Unidos. Trata-se da empresa de lobby da ex-secretaria de Estado norte-americano Madeline Albright, que representa grandes petroleiras dos Estados Unidos na América Latina.

#Petrobras


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Parente agradece

3/10/2016
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  O deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA), relator do projeto de lei que tira da Petrobras a obrigação de ser a operadora de todos os blocos do pré-sal, conseguiu o apoio das lideranças dos partidos da base do governo e até de oposição, como o PDT, para levar a matéria ao plenário da Câmara neste mês. Se não houver alteração, o PL seguirá direto para sanção presidencial.

#Petrobras #Pré-Sal


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Bullets

30/09/2016
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 “Pedro”, conforme Parente é formalmente chamado na Petrobras, tem pedido que todos os funcionários leiam os recortes do noticiário. O clipping tem sido ótimo para “Pedro”. •••  O “maior lobista do Brasil”, Jorge Serpa, está fora de combate. Como dizia o poeta austríaco Karl Kraus, a idade é a maior doença da vida. ••• Se vender parte da Congonhas Minérios para a CB Steel, Benjamin Steinbruch vai abater um bocado da dívida da CSN e comprar um outro tanto de ações da Usiminas. Ele só pensa naquilo.

#Benjamin Steinbruch #CB Steel #Congonhas Minérios #CSN #Pedro Parente #Petrobras #Usiminas


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Termoceará encalha no estoque da Petrobras

29/09/2016
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 A diretoria da Petrobras deverá retirar a Termoceará da lista de ativos que serão negociados pela estatal. Serão aproximadamente R$ 300 milhões a menos na receita gerada pelo plano de alienação de ativos da companhia. A Petrobras não vê outro jeito. A decisão se deve aos recorrentes problemas técnicos dos equipamentos da geradora. As principais falhas se concentram nas turbinas, o que tem causado perdas de até 30% na produção de energia – a capacidade instalada é da ordem de 220 MW.  Além dos problemas operacionais, existem outros óbices para a venda da Termoceará. Há, por exemplo, o risco de desapropriação do terminal de GNL no Porto de Pecém que fornece o gás para a geradora. O governo cearense pretende transferir para o terreno uma unidade de estocagem de combustíveis que, por exigência do Ministério Público Federal, deve ser retirada do Porto de Mucuripe, próximo de Pecém. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Petrobras #Termoceará


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BR Malls entra na lista de compras da Brookfield

20/09/2016
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  A Brookfield, que acaba de fechar a aquisição da Nova Transportadora do Sudeste junto à Petrobras , avança agora sobre o mercado de shopping centers. Os canadenses querem comprar o controle da BR Malls, maior empresa do setor no país. Com 45 shoppings, a companhia faturou no ano passado R$ 1,3 bilhão. Tem ainda a melhor margem NOI (Net Operating Income) do segmento, em torno de 90% – ou seja, cada R$ 100 de receita líquida geram R$ 90 de caixa. Apesar destes números luzidios, a BR Malls não escapou ilesa ao impacto da crise econômica sobre o setor de shopping centers. Vide a depreciação do seu valor de mercado. Hoje, sua ação é negociada a R$ 12, praticamente a metade da máxima histórica de R$ 23, alcançada em 2012. Não por acaso, a Brookfield está convencida de que este é o momento propício para dar o bote sobre a BR Malls, antes que uma recuperação do consumo se reflita na valoração do ativo. Aliás, assim também pensavam a norte-americana Blackstone e a israelense GazitGlobe, que recentemente fizeram frustradas investidas sobre a empresa brasileira – esta última por meio de uma mal-sucedida tentativa de take over em bolsa (ver RR edição de 18 de julho).  A Brookfield almoça, janta, devora Brasil. Já são mais de R$ 45 bilhões em participações sob o seu guarda-chuva. Somente no último ano, além da malha de gasodutos da Petrobras, os canadenses compraram ativos no setor elétrico, concessões rodoviárias e imóveis. No caso da BR Malls, a operação passaria quase que obrigatoriamente por uma Oferta Pública para Aquisição (OPA) em bolsa, uma vez que a empresa tem o controle difuso e nenhum acionista soma mais do que 6% das ordinárias.  Procurada, a Brookfield nega a investida sobre a BR Malls. No entanto, segundo informações filtradas junto à própria administradora de shoppings, os canadenses já teriam mantido conversações com o presidente da companhia, Carlos Medeiros. Qualquer negociação de compra da BR Malls passa obrigatoriamente pela sua sala. Egresso da GP Investimentos, que fundou a BR Malls em parceria com o norte-americano Sam Zell, Medeiros está no cargo há mais de uma década e é conhecido no setor como “o executivo que manda no acionista”. Com enorme ascendência sobre a babel de investidores institucionais que coabitam o capital da empresa, é voz decisiva em qualquer decisão estratégica da BR Malls. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: BR Malls.

#Blackstone #BR Malls #Brookfield #Gazit Globe #GP Investimentos #Nova Transportadora do Sudeste #Petrobras #Sam Zell


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Innova vira a página da Petrobras

20/09/2016
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 Após uma intensa exposição no noticiário policial – por conta das acusações de agressão à ex-namorada Luíza Brunet –, Lírio Parisotto quer retornar às páginas de economia. O bilhete de volta será o anúncio em sequência de novos projetos de expansão da Innova, comprada junto à Petrobras em 2014. A petroquímica iniciou entendimentos com o governo gaúcho para a ampliação da fábrica de monômero de estireno localizada no polo de Triunfo. Vai também tirar do papel o projeto de conversão da unidade de poliestireno cristal em uma planta de ABS, matéria-prima destina às indústrias de plásticos e de eletroeletrônicos, entre outras.  Os investimentos somarão cerca de R$ 500 milhões. Nos dois casos, a Innova espera contar com financiamento público por meio do Fundo Operação Empresa do Estado (Fundopem), que prevê regras especiais para o diferimento do ICMS. Aliás, o que não falta entre Parisotto e o governador gaúcho José Ivo Sartori é uma boa química. Ambos são amigos de infância.  Mais conhecido pelas brigas societárias que costuma comprar vestindo o figurino de investidor ativista – entre outros exemplos, assim foi na Usiminas e na Eternit – Parisotto tem sido forçado a abrir o caixa para tirar o atraso de investimentos da Innova. Nos últimos anos sob a gestão da Petrobras, os aportes secaram. No total, o plano estratégico de Parisotto para a empresa soma R$ 1,2 bilhão. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Innova.

#ABS #Eternit #Fundopem #Innova #José Ivo Sartori #Lírio Parisotto #Petrobras #Usiminas


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Bullets

19/09/2016
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 José Serra pretende não só participar do road show dos outros ministros no exterior, mas também organizar os seus individuais. Desafia quem vai captar mais.  Se a República de Curitiba quiser depurar suas investigações na Lava Jato, recomenda-se ouvir o presidente da PwC, Fernando Alves, um expert em Odebrecht e Petrobras.  Geraldo Alckmin trabalha junto ao Planalto para que recursos do FI-FGTS também sejam usados na venda de concessões estaduais. Puxa a brasa para a sua Cesp .  

#Cesp #Geraldo Alckmin #Lava Jato #Odebrecht #Petrobras #PwC


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Tratando a paralisia da Toyo Setal

16/09/2016
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?  O empresário Augusto Mendonça, encalacrado até a medula com a Lava Jato, está sacando do bolso mais uma cartada para tentar resolver a situação de quase paralisia da Toyo Setal, dona do estaleiro EBR e da Toyo Setal Empreendimentos, braço de engenharia industrial. Propôs à sócia Toyo dividir a companhia em duas. Os japoneses ficariam com o estaleiro e Mendonça, com a outra empresa. Dessa forma, haveria menos encrencas para cada um administrar. Dos três grandes projetos da Toyo, dois estão paralisados: o Comperj e a fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba (MG). • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Toyo Setal

#EBR #Toyo Setal


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Vendas em série

13/09/2016
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 Após a negociação da Nova Transportadora do Sudeste para a Brookfield, a Petrobras deverá anunciar até o fim do mês a venda da sua participação na Companhia Petroquímica de Pernambuco para a mexicana Alpek . • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Alpek #Brookfield #Companhia Petroquímica de Pernambuco #Petrobras


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Lula exibe seu capital político aos verdugos

9/09/2016
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 Quem acompanhou a gigantesca manifestação na Av. Paulista, no último dia 4, assistiu ao ex-presidente Lula mostrar sem rodeios qual o seu cacife para negociar uma eventual prisão. O protesto de domingo passado foi o sétimo seguido, e o maior de todos – cerca de 100 mil pessoas. Apesar dos gritos de “Volta Dilma”, “Fora Temer” e “Diretas Já”, ninguém estava lá especificamente para entoar os slogans, e, sim, para ouvir Lula. O resto era “quem mais chegar”, conforme as palavras de Paulo Okamoto. E o ex-presidente falou do golpe, da injustiça e da traição à “companheira Dilma”. Disse que está disposto a negociar com o atual governo em bases mais cordiais; que pode ser, sim, candidato à presidência; que conta com o povo para avançar nas conquistas sociais. Mas as palavras que soaram fundo nas massas foram menos conciliadoras. Lula trovejou que “há o aceitável e o não aceitável, e um limite para tudo, mesmo na política”. Para bom entendedor do lulês, o recado foi claro: se a sua prisão for levada a cabo, não vai ter ventania, vai ter tempestade. Ou seja: quem coloca essa multidão nas ruas tem o caos como capital político.  A mensagem é oportuna, pois o cerco se fecha. O ex-presidente da OAS , Leo Pinheiro, está à disposição da sanha inquisidora dos juízes de Curitiba. O ex-diretor da Petrobras Renato Duque, por sua vez, delatou que recursos de propina teriam sido transferidos para as campanhas de Lula e Dilma. Frase atribuída a Paulo Okamoto: “Se eles prenderem o Lula, a manifestação passa de 100 mil para um milhão. E já não terá mais slogans, mas somente uma palavra de ordem: Soltem o Lula”. Como diz o ex-presidente FHC: “Não basta que os juízes tenham provas, é preciso que eles saibam explicá- las muito bem, pois, se prenderem o homem, os riscos e consequências serão para todos nós”. Definitivamente, não parece uma medida prudente.

#Dilma Rousseff #FHC #Leo Pinheiro #Lula #OAS


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Por que não uma “Operação M&A”?

8/09/2016
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 A Operação Greenfield, deflagrada pela Polícia Federal na última segunda-feira, começa com o nome trocado. Deveria se chamar “Operação Investimentos Maduros”. A obsessão pelas estatais Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica e Correios, e seus respectivos fundos de pensão, assim como o desejo de achar algum petista envolvido em qualquer tramoia, acaba por dirigir a investigação para desequilíbrios atuariais ou irregularidades no trade. Melhor seria se a PF colocasse a lente na pilha de associações de rentabilidade inaceitável, revolvendo os investimentos de M&A, onde se encontram as piores e inexplicáveis participações das fundações. É lá que está o mapa das propinas. É pesquisa para mais de 30 anos.  No governo FHC despachar o mico para os fundos de pensão virou lugar comum. É bem verdade, nem tudo foram urtigas: houve aquisições positivas, como a Vale. Mas uma grande parcela das compras foi de companhias em situação lastimável, que vêm sugando as reservas dos fundos até hoje. Em algumas delas, as fundações, mais especificamente a Previ, não poderiam participar por determinação estatutária. E mesmo assim entravam ilegal e desarvoradamente no capital de empresas deficitárias. O RR não vai nominar nem uma das centenas de companhias passíveis de um “Lava Fundos”. Mas o mercado todo sabe. Tanto quanto sabia das propinas das empreiteiras em obras públicas.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Correios #FHC #Operação Greenfield #Petrobras #Previ #Vale

Acervo RR

Onipresença

8/09/2016
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 A Ultrapar está rastreando aquisições na Argentina e no Chile. O negócio deverá ser feito em parceria com a Warburg Pincus. A companhia de private equity, com sede em Nova York, participou da disputa pela AleSat, vendida para a Ultrapar. Se tivesse se antecipado um pouquinho, a dupla teria levado na bacia das almas os postos da antiga Peres Companc, na Argentina, vendidos pela Petrobras Energia. • Procuradas, as seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Grupo Ultra.

#AleSat #Grupo Ultra #Warburg Pincus


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Onipresença

8/09/2016
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 A Ultrapar está rastreando aquisições na Argentina e no Chile. O negócio deverá ser feito em parceria com a Warburg Pincus. A companhia de private equity, com sede em Nova York, participou da disputa pela AleSat, vendida para a Ultrapar. Se tivesse se antecipado um pouquinho, a dupla teria levado na bacia das almas os postos da antiga Peres Companc, na Argentina, vendidos pela Petrobras Energia. • Procuradas, as seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Grupo Ultra.

#AleSat #Grupo Ultra #Warburg Pincus


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Ao lado

5/09/2016
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 O presidente da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), Lincoln Guardado, jogou uma isca na direção da Statoil ao afirmar que a empresa disputará a concessão das áreas adjacentes ao Campo de Carcará, na Bacia de Santos. A QGEP pretende fisgar os noruegueses e chegar de braços com eles no leilão, previsto para o início de 2017. E quem não quer estar ao lado da Statoil? O grupo acaba de investir mais de US$ 2,5 bilhões na compra da participação da Petrobras em Carcará, do qual a própria QGEP é sócia, com 10%.

#Petrobras #Queiroz Galvão #Statoil


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Temer vai à China colher o arroz semeado por Dilma

2/09/2016
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 O presidente Michel Temer desembarca hoje em Xangai, na sua primeira missão como titular do cargo, sabendo que os jornais Xinmin Evening News, Beijing Daily, Canako Xiaoxi e Nanfang City News – somente para dizer alguns dos mais votados periódicos chineses – não economizaram palavras simpáticas a sua antecessora. Não poderia ser diferente. Os acordos que serão assinados nos próximos dias avançam muito pouco em relação à agenda bilateral negociada ao longo do governo Dilma Rousseff. A rigor, Temer leva na bagagem, sem maior alarde, apenas duas novidades: o iminente fim das restrições à compra de terras no Brasil por investidores estrangeiros e a flexibilização das regras para a importação de mão de obra. São temas fulcrais para os chineses. O primeiro diz respeito a algumas das maiores tradings agrícolas do mundo, a exemplo do China National Agricultural Development Corporation e do PetroPetron, que têm planos de adquirir áreas para a produção de grãos, notadamente no Centro-Oeste.  A segunda questão interessa diretamente a empreiteiras e grupos de infraestrutura chineses, fortes candidatos a ocupar os vazios deixados pela indústria da construção pesada no Brasil após a Lava Jato. Neste caso, os acordos de financiamento para projetos no setor teriam como contrapartida a garantia de contratação de trabalhadores do país asiático. Já há precedentes no aproveitamento, em menor escala, de mão de obra estrangeira em grandes empreendimentos no país. Um exemplo é o da construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico , que contou com a importação de 600 operários chineses. É bem verdade que trocar investimentos por postos de trabalho não é uma escolha simples. Mas talvez doa menos para um governo que, na sua interinidade, já mostrou não dar prioridade à agenda social.  Praticamente todos os grandes acordos – do financiamento para a Petrobras à compra de aeronaves da Embraer – estão engatilhados desde a visita do primeiro-ministro Li Keqiang ao Brasil, em maio do ano passado. Michel Temer vai apenas pespegar sua assinatura sobre a de Dilma Rousseff. A verdade verdadeiríssima é que a origem desse namoro com os chineses antecede todos os personagens citados. Ela pertence por mérito ao ex-presidente da Vale Eliezer Batista. Já no governo Lula, Eliezer defendia a atração de investidores chineses como forma de viabilizar a execução de grandes projetos de infraestrutura. Construiu as pontes e saiu de campo. Agora, quem sabe Temer colha do arrozal germinado. Arroz é que não falta.

#China National Agricultural Development #Dilma Rousseff #Embraer #Impeachment #Michel Temer #Petrobras


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Excesso de peso

30/08/2016
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 A diretoria da Petrobras já trata como inevitável um corte adicional no quadro de funcionários antes da venda da BR Distribuidora e das controladas na área de transporte. Conforme estimativas da própria estatal, o PDV em curso na companhia deverá atingir algo em torno de sete mil inscritos, abaixo da expectativa de 12 mil trabalhadores.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Linha cruzada

25/08/2016
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 A Brookfield está a um passo de arrematar da Petrobras a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), mas não terá a mesma facilidade para ficar com a TAG, dona dos gasodutos da estatal no Norte e Nordeste. A norueguesa Statoil estaria em tratativas com a estatal. Procurada, a empresa norueguesa negou o interesse. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Brookfield #NTS #Petrobras #TAG


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Reestruturação pós Petrobrás

22/08/2016
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 A venda da maior parte dos gasodutos da Petrobras, o que, na prática, quebra o monopólio no transporte de gás natural, já tem um derivativo na estrutura de funcionamento desse mercado. O Ministério de Minas e Energia (MME), com a ajuda da ANP, prepara a criação de um órgão semelhante ao Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o que o MME confirmou ao RR. Será responsável pelo despacho dos gasodutos do país centralizadamente. Dessa forma, a Petrobras perderá o poder de arbitragem sobre o segmento, e novos players poderão atuar sem a estatal.

#MME #ONS #Petrobras


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Sinal Chinês

11/08/2016
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 A chinesa Sinopec já sinalizou à Petrobras seu interesse na compra dos gasodutos da estatal no Norte e no Nordeste, hoje reunidos na controlada TAG .

#Petrobras #Sinopec #TAG


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Lava Jato

10/08/2016
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 A Construbase teria aberto negociações com a CGU para fechar um acordo de leniência. A empreiteira é investigada pela Lava Jato por suspeitas de irregularidade em contratos com a Petrobras, entre eles a construção do centro de processamento de dados do Cenpes. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Construbase.

#Construbase #Petrobras


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Pega, mata e come

9/08/2016
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 Além dos US$ 2,5 bilhões que pagou pela participação da Petrobras no campo de Carcará, a Statoil vai desembolsar logo na partida cerca de US$ 1 bilhão para compensar os atrasos no cronograma da operação.

#Petrobras #Statoil


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A hora é essa

8/08/2016
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 Pedro Parente quer aproveitar a alta do consumo de etanol no Brasil para acelerar a venda das participações da Petrobras no setor sucroalcooleiro. A estatal já teria oferecido sua participação de 49% na Nova Fronteira Bioenergia para o Grupo São Martinho, dono dos demais 51%. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Grupo São Martinho #Nova Fronteira Bioenergia #Petrobras


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Petrobras faz pré-venda na área de fertilizantes.

1/08/2016
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 Entre os pedregulhos deixados pelas gestões de Graça Foster e Aldemir Bendine, Pedro Parente foi garimpar um projeto abandonado que poderá render algumas centenas de milhões para o caixa da Petrobras . Segundo o RR apurou, três grandes grupos internacionais já demonstraram interesse em comprar uma participação ou mesmo o controle da futura unidade de fertilizantes nitrogenados da estatal em Três Lagoas (MS): a russa EuroChem, a chinesa CMOC e a norte-americana Mosaic. Estimativas preliminares da Petrobras indicam que a venda poderá gerar até R$ 1,5 bilhão. É mais do que o dobro do investimento necessário para a conclusão do projeto, em torno de R$ 700 milhões. As obras estão paradas desde 2014. Consultada, a Petrobras confirmou que “procura soluções para viabilizar a retomada das obras que passarão necessariamente pelo programa de parcerias e desinvestimento já em curso”.  O reinício das obras se deve única e exclusivamente à alta probabilidade de venda do ativo e ao avanço das conversações. Na própria Petrobras, a EuroChem e a CMOC são vistas como as mais fortes candidatas, por estarem montando um colar de fábricas no Brasil. Há um mês, os russos fecharam a compra da Fertilizantes Tocantins. Os chineses, por sua vez, ficaram com os negócios de fosfato e nióbio da Anglo American no país.

#Aldemir Bendine #CMOC #EuroChem #Maria das Graças Foster #Mosaic #Pedro Parente #Petrobras


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A vez de Zelada

1/08/2016
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 Mais um baú de trepidantes memórias poderá se abrir na Lava Jato. Condenado a 12 anos de prisão, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada abriu negociações para um acordo de delação premiada.

#Lava Jato #Petrobras

Acervo RR

Novo alvo

1/08/2016
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 O fundo Advent, que chegou a fazer uma oferta pela BR Distribuidora, tem interesse também nos ativos de transporte de gás da Petrobras.

#Advent


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Novo alvo

1/08/2016
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 O fundo Advent, que chegou a fazer uma oferta pela BR Distribuidora, tem interesse também nos ativos de transporte de gás da Petrobras.

#Advent


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Abacaxizeiro

27/07/2016
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 Apareceu mais um abacaxi para Pedro Parente descascar na Petrobras. A Mitsui, que comprou 49% da Gaspetro , não está disposta a manter o acordo caso o processo judicial que paralisou a transação se arraste por muito tempo. A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou, em abril, que o grupo nipônico não pode dispor da participação comprada. A ação foi impetrada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), que questiona o valor de R$ 1,9 bilhão pago pela Mitsui. • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto:  Petrobras e Mitsui.

#Gaspetro #Mitsui #Petrobras


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Aditivado

22/07/2016
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 A Petrobras abriu conversações com a estatal paraguaia Petropar para a venda de seus 170 postos no país. O ativo está na prateleira há mais de um ano. A diferença é que nesse período Pedro Parente não estava na Petrobras. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Petrobras.

#Petrobras #Petropar


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Parente e Petrobras são opostos que se atraem

21/07/2016
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 A Petrobras, sempre tão arredia a “estrangeiros”, está encantada com Pedro Parente. O RR apurou que, aos olhos dos empregados da estatal, ele alia o melhor de Graça Foster com o pouco que Aldemir Bendine tinha de bom. O idílio começou com a franqueza no discurso de posse. Em uma fala dura, Parente fez questão de detalhar as dificuldades da companhia e os “dolorosos desafios” que viriam pela frente. Em contraponto à aspereza da chegada, iniciou uma série de visitas às unidades operacionais. Foi a todos os edifícios da estatal no Centro do Rio e dedicou as suas quintas-feiras a conhecer instalações da Petrobras em todo o país. Suas apresentações seguem um rito quase religioso: ao fim, Parente abre o microfone para perguntas dos funcionários, feitas praticamente face a face. O executivo não se esquiva de qualquer questão. Responde até mesmo temas mais espinhosos, como benefícios trabalhistas, desinvestimentos e venda de ativos.  A comunicação interna está tão afiada que é comum encontrar comentá- rios de Pedro Parente nas notícias veiculadas no portal na intranet da companhia. O presidente da Petrobras também tem chamado a atenção pela forma como lida com rumores, burburinhos e mesmo intrigas contra ele. Assim que um assunto ganha corpo, imediatamente ele dispara um e-mail interno com uma mensagem de esclarecimento, sempre de forma clara e direta. Em um dos casos recentes, chegou a fazer menção a uma fala de Paulo Roberto Costa em sua delação premiada. Assina todos os emails como Pedro. O executivo não gosta de ser chamado de “presidente”, o que causa um enorme estranhamento entre os funcionários da estatal, historicamente condicionados a usar tal tratamento.  Desde que assumiu, o novo nº 1 da Petrobras não deu folga a diretores e gerentes executivos. A mão que bate é a que afaga. Exigiu que fosse revisado todo o plano estratégico da Petrobras, mas postergou o prazo de entrega, deixando claro que os funcioná- rios teriam tempo para “fazer um trabalho bem feito”. Para dar suporte ao redesenho do planejamento, contratou diversas empresas de consultoria. Além disso, orientou sua diretoria a organizar workshops de dois dias, sempre às sextas e aos sábados, com o objetivo de unir o alto escalão da Petrobras. No quesito “horas trabalhadas”, a comparação entre Parente e o antecessor é até covardia. Maldosamente, Aldemir Bendine foi apelidado pelos próprios funcionários de “presidente TQQ”, devido à sua agenda “parlamentar”: normalmente, só ficava na sede da estatal às terças, quartas e quintas. Do bom corporativismo de Graça Foster, Parente manteve o contato permanente com o “chão de fábrica”. Em sua gestão, Graça criou o programa “Fale com a presidente”, em que respondia mensalmente a perguntas dos funcionários. Instituiu também um café da manhã com os empregados: a cada vez, 20 trabalhadores eram sorteados para se juntar a ela no edifício sede e conversar por cerca de duas horas. No entanto, com o tempo, as estratégias de Graça para afagar os seus não resistiram ao lado ríspido, quando não grosseiro, da executiva, que não perdoava ninguém, do mais simples funcionário ao diretor. Esse risco, ao que tudo indica, não existe com Pedro Parente.

#Aldemir Bendine #Maria das Graças Foster #Pedro Parente #Petrobras


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Adeus, monopólio

20/07/2016
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 O fim anunciado do monopólio da Petrobras no mercado de gás, com a venda de ativos de transporte e distribuição, vai provocar um redesenho radical no segmento. A mais importante medida será entregar a operação de transporte do insumo a um órgão semelhante ao ONS, controlado por entes privados. Dessa forma, a estatal perderá de vez o poder sobre o despacho do gás às distribuidoras.

#Petrobras


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Jogo de cena

19/07/2016
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 Na Petrobras, ninguém leva a sério a manifesta intenção da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) de aumentar sua participação no campo de Carcará, associação com a estatal. A percepção é de que os executivos da QGEP blefam para valorizar o próprio quinhão no negócio e passá-lo adiante.

#Petrobras #QGEP


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O crepúsculo dos deuses da estatização

14/07/2016
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 O secretário Moreira Franco parece ter lido a Filosofia do Martelo, de Friedrich Nietzsche. Moreira, assim como o filósofo alemão, quer bater na estátua de barro das concessões e privatizações para que ela tilinte como moeda, mesmo com o risco de quebrá-la. O tempo das marteladas no Estado brasileiro vai ter início com a votação do impeachment de Dilma Rousseff. A partir daí, às favas com os pruridos. O governo terá de emitir uma sinalização aguda. Entregar dedos e anéis. Pode ser redução do valor cobrado pela outorga, alívio na Taxa Interna de Retorno (TIR), diminuição das restrições à liberdade tarifária, apoio financeiro ao seguro garantia, desobstrução dos entraves ambientais, muita grana barata (não há mais dúvida que o BNDES voltará a ser o banco das privatizações) e desembaraço regulatório. A percepção é que Dilma deificou as dificuldades, afastando os investidores e construindo uma rota de fuga para aqueles que da boca para fora queria atrair.  O governo Temer só tem essa bala de prata: contratar o maior número de concessões e privatizações jamais visto na história deste país. Ou seja, fazer o Dilma III, só que com êxito. Dilma tentou o PAC e leilões e licitações, mas deixando o investidor na sala dos fundos. Temer, levado nas asas do querubim Moreira, vai alojar o investidor na sua cama. Há nessa decisão afinidade ideológica, racionalidade política e acerto com o empresariado pelo apoio ao impeachment. Uma parcela do ajuste fiscal teria de ser paga com a privatização e transferência do Estado. A lógica da desestatização é oportuna, no caso também oportunista, mas não tem nada a ver com fantasias lisérgicas de que o FBI estaria por trás de tudo – apud PT. Temer pretende entregar mais do que o bureau norte-americano jamais teria imaginado. Isso vale tanto para o número de projetos quanto para a intensidade dos leilões de oferta de ativos, cobranças mais baixas pelo Estado e liberdade de ações para os vencedores dos certames.  Mesmo nas áreas onde há resistência corporativa forte, a exemplo de Petrobras e Eletrobras, a ideia é forçar a venda de 100% de empresas controladas, tais como BR e Furnas, que, por serem emblemáticas, entrariam também na conta do efeito demonstração. Para os que pensam na contramão, más notícias: os preços de liquidação dos ativos no Brasil vão trazer, sim, interessados; uma grande parte desses investidores será composta por aqueles grupos esquisitos russos, chineses, árabes e africanos; o tal choque de eficiência previsto será grande parte em cima do emprego; e a dinheirama com a venda será impressionante em termos absolutos e decepcionante em termos relativos. Essas preocupações primitivas com entreguismo, qualidade dos parceiros e preço de banana estão banidas do governo Temer. Se depender do secretário Moreira Franco, que parece ter lido Nietzsche, mais precisamente o Crepúsculo dos Deuses – a outra face da Filosofia do Martelo – mitos existem para serem quebrados. E ele o fará a golpes de malho.

#BNDES #BR Distribuidora #Eletrobras #Furnas #Petrobras


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Um espelho de Pedro Parente na Eletrobras

12/07/2016
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 O novo presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, vai assumir o cargo, no próximo dia 22, em condições similares às de Pedro Parente, na Petrobras. Terá carta branca para tocar a gestão. Como primeira medida, Ferreira pretende acabar com as ilhas autônomas em que se transformaram Furnas , Chesf e Eletronorte. Vai apresentar ao ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, uma proposta de extinção das presidências das controladas e substituí-las por diretorias-gerais. É uma demonstração de força. Historicamente, as presidências das estatais são ocupadas por políticos ou seus protegidos. Ferreira quer um técnico em cada diretoria-geral. Motivos para a profissionalização não faltam: as elétricas estão envolvidas em suspeitas de corrupção, têm sido tratadas como feudos por gatos gordos da área política e precisam ser preparadas para uma eventual privatização, ocorra ela ou não. A premissa é que a gestão tem que ser privatizante.

#Eletrobras #Eletronorte #Petrobras


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Mapa da mina

11/07/2016
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 A Galvão Engenharia é um case entre as empresas do setor que logo no início do Lava Jato optaram por saldar suas dívidas. O ovo de Colombo foi a securitização dos atrasados da Petrobras e a negociação desses passivos com os bancos credores. Quando fez as operações, o deságio sobre os débitos da estatal ainda estava baixo. Quem esperou a Lava Jato turbinar já não conseguiu reestruturar suas dívidas com o mesmo modelo.

#Galvão Engenharia #Lava Jato #Petrobras #Petróleo

Acervo RR

Petrobras

8/07/2016
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 Pelo ritmo, muito em breve a norte-americana Janus Capital terá uma participação superior a 5% na Petrobras . Em apenas dois meses, a gestora, que administra mais de US$ 200 bilhões, amealhou quase 4% da petroleira.

#Janus Capital #Petrobras #Petróleo


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Petrobras

8/07/2016
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 Pelo ritmo, muito em breve a norte-americana Janus Capital terá uma participação superior a 5% na Petrobras . Em apenas dois meses, a gestora, que administra mais de US$ 200 bilhões, amealhou quase 4% da petroleira.

#Janus Capital #Petrobras #Petróleo


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Temer precisa pagar pelo passado antes das novas concessões

7/07/2016
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 O anúncio da secretaria geral do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) de que a temporada de novos leilões de concessões está prestes a ser iniciada é considerada uma piada de salão na indústria de bens de capital. O secretário-ministro Moreira Franco até pode se esforçar para dar celeridade ao processo. Só que o buraco dos investimentos é bem mais embaixo. O governo é inadimplente em contratos de concessões desde 2012. O valor dos recursos travados já chega a R$ 40 bilhões. Em tese, a retenção de verbas não estaria projetada no déficit primário de R$ 170 bilhões estimado para este ano. Se fosse para valer, o rombo saltaria para R$ 210 bilhões, ou, na hipótese mais edulcorada, para R$ 185 bilhões, com o governo honrando os aditivos em contratos do século passado, a partir de 1994, no valor de R$ 15 bilhões. Segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), esses aditivos poderiam ser destravados no curto prazo, com os pagamentos realizados em até seis meses.  O pré-calote com as concessões não é um fato isolado no sertão da formação bruta de capital fixo. A falta de uma solução para o acordo de leniência com as empreiteiras e os pagamentos suspensos pela Petrobras – quer seja pelo simples atraso dos investimentos, quer seja pela inidoneidade dos seus fornecedores – se juntam às dívidas oficiais com as concessionárias. Aliás, bom negócio se os atrasados forem considerados dívidas e não simplesmente pagamentos cancelados por alguma motivação não prevista. Entre os múltiplos motivos da queda dos investimentos consta a Lava Jato. A operação passa a limpo o país do futuro, mas, no curto prazo, cria um psiquismo enorme entre os empreendedores do setor de infraestrutura. É o chamado risco de “quem será a próxima vítima?”.  Se quiser reverter esse cenário de 10 trimestres consecutivos de retração na formação bruta de capital fixo, o governo de Michel Temer terá de ir além das trucagens com as expectativas, valendo-se de juras e promessas refletidas nos índices de confiança. Um bom início é coçar o bolso e saldar algum dos atrasos com esses mesmos empresários que pretende chamar para a próxima rodada de concessões.

#Lava Jato #Michel Temer #Moreira Franco #Petrobras #PPI


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À deriva

7/07/2016
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 Uma das maiores operações internacionais da Schlumberger está virando água. O grupo franco-americano está limando, entre empregos diretos e indiretos, seis mil vagas no Brasil em função da queda na demanda da Petrobras. A tesoura atingiu ainda a principal base de atuação da controlada MI Swaco, em Macaé, que foi desativada. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto:  Schlumberger.

#MI Swaco #Schlumberger


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Reprise

6/07/2016
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 Petrobras e as argentinas Pampa Energia e YPF, que fecharam um acordo para a exploração de gás do lado de lá da fronteira, deverão bisar a parceria no Brasil.

#Pampa Energia #Petrobras #YPF


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Venda da BR Distribuidora fica no meio tanque

1/07/2016
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 A opção pela coluna do meio – dividir o controle da BR Distribuidora irmãmente com um investidor – é a saída pela tangente hoje majoritária entre os membros do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acomoda a disposição privatista do presidente da estatal, Pedro Parente, que sairia perdedor caso tentasse, a exemplo do antecessor Aldemir Bendine, vender a maior parte ou mesmo a totalidade do capital da companhia. E também vai ao encontro das ponderações do ex-presidente do Conselho da estatal e nº 1 da Vale , Murilo Ferreira, contrário à venda da empresa já, ou seja, antes de um choque de gestão capaz de valorizar o preço do ativo. No novo modelo de associação mano a mano, a gestão seria profissionalizada, o que permitiria em um valuation futuro vender parte do capital em mãos da Petrobras com um elevado prêmio pelo controle, lançando mão da golden share para algumas funções estratégicas da distribuidora.  Abrir mão de 50% das ações da BR é um caminho intermediário: a “mãe” será capitalizada sem perder a ingerência sobre uma companhia que tem, digamos assim, outros deveres relevantes além de gerar lucro na boca da mangueira de gasolina. A BR cumpre uma série de atribuições estratégicas, que vão além das suas fronteiras corporativas e muito provavelmente não seriam seguidas à risca por um investidor privado. A empresa garante o escoamento dos derivados produzidos pela Petrobras, evitando a asfixia das refinarias estatais. Abastece regiões ermas do país, das quais as concorrentes nem chegam perto devido à baixa escala. Garante o fornecimento aos governos federal, estaduais e municipais de asfalto e emulsões para rodovias de todo o país. A importância da BR chega ainda à área de defesa: a companhia integra o Sistema de Segurança Nacional, sendo responsável pelo abastecimento de combustível de todas as Forças Armadas. Antes de mexer nesse vespeiro, o presidente da Petrobras tem muita coisa para arrumar na frente. Quer trazer profissionais gabaritados do mercado para tocar a BR, mas o primeiro passo é iniciar já a mudança de todos os processos da companhia. Vai contratar o onipresente consultor Vicente Falconi, que dará o ar da sua graça em conferência na Petrobras neste fim de semana. O cartão de visita de Falconi não é uma navalha, mas uma nota fiscal.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Forças Armadas #Murilo Ferreira #Petrobras #Petróleo


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Nota

30/06/2016
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 O RR errou: o projeto de lei que desobriga a Petrobras em investir 30% nos campos do pré-sal já foi aprovado no Senado. Falta agora a Câmara.


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Fast track para tirar a agenda presidencial do limbo no Congresso

29/06/2016
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 Michel Temer quer aprovar com a maior celeridade possível um projeto de lei criando um mecanismo de fast track, leia-se um sistema para a votação sumária no Legislativo de propostas consideradas de grande interesse nacional. Trata-se de um movimento fundamental para um presidente que terá, no máximo, mais dois anos e meio de mandato. Domar o timing parlamentar é visto pelo Planalto como condição sine qua non para a aprovação, no período que vai até 2018, de projetos de alta complexidade política, como a reforma da Previdência e a viabilização de novos empreendimentos na área de infraestrutura. Um modelo que poderia ser adotado é o novo regime de fast track implantado no Congresso norte-americano para a votação de acordos comerciais. Desde o ano passado, a Câmara e o Senado não podem mais apresentar emendas a projetos nesta área encaminhados pelo Executivo. No Congresso brasileiro, já virou praxe uma proposta ir a plenário deformada por um penduricalho de adendos. O recorde pertence ao Projeto de Lei nº 8.035/2010, que criou o Plano Nacional de Educação. Ao ser votado, somava 2.915 emendas.  Independentemente do modelo que vier a ser adotado para o fast track, é consenso no governo que, como está, não dá mais. Um exemplo específico é a proposta de José Serra para extinguir a participação obrigatória da Petrobras nos campos do pré-sal. Às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff, Temer tratou do assunto como prioridade absoluta em suas elucubrações pré- presidenciais. Pedro Parente assumiu o comando da Petrobras com a promessa de Temer de mudança na lei, considerada fundamental para o deslanche do pré- sal. E, ainda assim, o projeto praticamente não andou no Senado. Hoje, nas mais otimistas projeções do governo, ele só entrará na pauta de votação em aproximadamente 120 dias.  No caso da área de infraestrutura, o governo parte da premissa de que não adianta estipular um prazo máximo para a aprovação de um determinado procedimento por um órgão técnico, como o Ibama, se o próprio Congresso tem a prerrogativa de barrar ou acelerar um projeto como bem quiser. A Câmara dos Deputados, por exemplo, tem uma hierarquia para a tramitação de projetos, dividida em três níveis: ordinário (votação em até 40 sessões em cada uma das comissões), prioridade (10 sessões para cada comissão) e urgência (máximo de cinco sessões, com andamento simultâneo nas comissões). O fast track, que é definido como uma transferência de competência ou outorga de poder, desbastaria camadas de resistência parlamentar. Mas há quem diga que boas ideias de caráter administrativo, muitas vezes consideradas estratégicas para a obtenção de resultados, não raras vezes são péssimas iniciativas sob o ângulo da perspectiva democrática. Espera-se que não seja o caso.

#Ibama #Michel Temer #Petrobras


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Orelha da Shell ferve na Petrobras

29/06/2016
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 A Shell não gostou nem um pouco da escolha de Nelson Silva como assessor de Pedro Parente na Petrobras. O executivo comandou até o início do ano a BG, que se fundiu com o grupo angloholandês no ano passado. A fonte do RR, muito próxima da Shell, informou que a saída de Silva da companhia não foi nada amistosa. A separação foi marcada por promessas não cumpridas de que o executivo ficaria no cargo para fazer uma longa transição na gestão da BG. Agora, ao pé do ouvido de Pedro Parente, Nelson Silva poderá ser um privilegiado opositor dos interesses de seus ex-patrões. Detalhe curioso: durante a gestão de Aldemir Bendine, Silva penou séculos para ser recebido pelo presidente da Petrobras. Por ironia do destino, agora vai falar todos os dias com o timoneiro da estatal.   • As seguintes empresas não se pronunciaram: Shell e Petrobras .

#BG #Pedro Parente #Petrobras #Petróleo #Shell


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“Bolsa-Bolsa”

27/06/2016
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 Pedro Parente decidiu que acumulará o comando da Petrobras com a presidência do Conselho da BM&F Bovespa. Parente disse que faz questão de acompanhar o processo de aquisição da Cetip. Ele considera que a consolidação será sua grande contribuição ao mercado de capitais.  Há quem enxergue outro motivo para a disposição de Parente de fincar um pé em cada empresa: os rendimentos. Se ficasse só na Petrobras, Parente estaria pagando para trabalhar. Para se ter uma ideia, seu salário na Bunge com bonificações era mais do que o dobro pago pela estatal. Mesmo juntando o que ganha na BM&F, ainda sai no prejuízo. Em tempo: Parente recebe R$ 106 mil mensais da Petrobras.         

#BM&F Bovespa #Bunge #Petrobras


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Hora da verdade

23/06/2016
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A diretoria do Banco do Brasil está disposta a fazer a baixa contábil de boa parte dos créditos contra a Sete Brasil, que totalizam R$ 3,5 bilhões. Seguiria, assim, os passos do BTG e da Petrobras, que já lançaram em balanço, respectivamente, R$ 1 bilhão e R$ 900 milhões em dívidas da companhia. Procurado, o BB não quis se pronunciar, alegando sigilo comercial e financeiro.

#Banco do Brasil #BTG Pactual #Petrobras #Sete Brasil


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Crise da Petrobras provoca estiagem na Bambuí Bioenergia

21/06/2016
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 A Bambuí Bioenergia é uma daquelas empresas que a Petrobras deverá vender apenas para não ter mais prejuízo – e não para fazer caixa. Trata-se de um ativo em combustão. Dos três grupos sucroalcooleiros dos quais a estatal é acionista, ninguém tem sofrido mais com a decisão da Petrobras de virar as costas para o setor. A Bambuí – uma associação entre a Petrobras (44%) e a Turdus Participações (56%), do usineiro José Geraldo Ribeiro – está no limite da sua capacidade de sobrevivência. Segundo o RR apurou, desde o início do ano a companhia estaria atrasando o pagamento de salários e de fornecedores. Ao mesmo tempo, vem encontrando dificuldades para assegurar o suprimento de matéria-prima a sua usina na cidade de Bambuí (MG): os agricultores da região estariam condicionando a venda de cana-de-açúcar ao recebimento à vista.  A usina tem operado apenas à metade da sua capacidade, com impacto direto sobre a receita e a geração de caixa da companhia. Entre os próprios executivos, cresce a percepção de que a recuperação judicial seria a única saída. Sua dívida já está na casa dos R$ 450 milhões, sendo aproximadamente R$ 160 milhões com vencimento ao longo dos próximos 12 meses. O maior credor financeiro é o Banco do Brasil. Procurada pelo RR, a Petrobras limitou-se a informar que cumpriu todas as obrigações contratuais do acordo com a Bambuí Bioenergia. A estatal não se pronunciou sobre as dívidas e a hipótese de recuperação judicial da sucroalcooleira.  A Petrobras é o paradoxo da Bambuí, razão da existência e do esfarelamento da companhia mineira. Sem o aporte de R$ 150 milhões da estatal, provavelmente a usina não teria saído do chão. Em contrapartida, a crise da Bambuí é, em essência, a crise da Petrobras, que, no último ano, estancou seus investimentos no setor de bioenergia. Os outros dois grupos sucroalcooleiros com participação da Petrobras Biocombustíveis – Guarani e Nova Fronteira /São Martinho – têm uma razoável musculatura, o que lhes permite suportar a estiagem financeira da acionista e o impasse que cerca o próprio futuro das operações da estatal na área sucroalcooleira. Não é o caso da Bambuí. José Geraldo Ribeiro se vira como pode. No início do ano, viu-se forçado a fazer um aporte emergencial de R$ 50 milhões, recursos insuficientes para cobrir as obrigações de curto prazo da empresa. Por duas vezes, o usineiro tentou vender sua participação, mas ninguém se arriscou a se sentar ao lado da Petrobras, hoje muito mais um ponto de interrogação do que um sócio. A seguinte empresa não se pronunciou: Bambuí Bioenergia

#Bambuí Bioenergia #Banco do Brasil #Guarani #Nova Fronteira #Petrobras #Turdus Participações


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Mais cartas

21/06/2016
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 Da mesma forma que a Petrobras faz força para pular fora da participação compulsória no pré-sal, os Correios já não querem mais ter o mesmo tratamento na entrega de correspondências. Consultada, a estatal nega ter interesse na quebra do monopólio. No entanto, segundo o RR apurou, o assunto já é discutido pela nova diretoria da empresa. A obrigatoriedade tem exigido investimentos volumosos da companhia, mas a rentabilidade é inferior a 5%. A operação responde por metade da receita; há cinco anos, esse índice era superior a 70%. Está faltando um Pedro Parente nos Correios.

#Correios #Petrobras


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Venda da BR esbarra no espírito de corpo

20/06/2016
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 Obter o sinal verde do governo, atrair o interesse dos investidores e conquistar o apoio dos stakeholders externos da Petrobras promete ser a parte mais simples do processo de venda do controle da BR Distribuidora. A maior dificuldade de Pedro Parente será dobrar a própria corporação. A resistência começa no Conselho de Administração. A matéria publicada pelo RR na última quinta-feira, revelando que GP e Advent apresentaram propostas pelo controle da companhia, causou um alvoroço na estatal. No mesmo dia, o representante dos trabalhadores no Conselho, Bruno Paiva, enviou uma mensagem aos funcionários questionando a hipótese de venda do controle. O tom foi de conclamação do espírito de corpo: “Lembrem, meus caros, que a BR é uma empresa comercial e estatal. São muitos os interessados em dominar nosso negócio, de políticos a empresários. E uma força de trabalho desmotivada, sem concentração, sem foco em nossos objetivos empresariais, será alvo fácil para nossos algozes.” Paiva falou também ao bolso dos trabalhadores: “É óbvio que uma eventual privatização vai impactar a vida de todos, assim como já impactou o não pagamento de PLR”.  Segundo o RR apurou, Bruno Paiva foi cobrado pelos funcionários por conta da notícia sobre as ofertas pelo controle da BR. Não por acaso, em sua mensagem o conselheiro esforçou-se para desconstruir a informação: “Qualquer um de nós pode apresentar uma proposta pela BR. Se a Petrobras vai aceitar ou não, é o que realmente importa. Não há novidade no material publicado.” No dia seguinte, era desmentido pelo próprio Pedro Parente. Em entrevista, o presidente da Petrobras confirmou ter recebido no início da semana as propostas de compra da BR. A batalha está só começando.

#Advent #BR Distribuidora #GP Investimentos


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Novo capítulo

20/06/2016
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A Petrobras, que já cobra judicialmente quase R$ 2 bilhões em dívidas da Eletrobras relacionadas ao fornecimento de combustíveis para distribuidoras do grupo, deverá acrescentar mais alguns valores no contencioso. A companhia estuda levar para os tribunais uma dívida de R$ 5 bilhões que a Eletrobras tem com a Cigás. Procurada, a Eletrobras diz que negociou a dívida. Faltou combinar com a Petrobras: segundo ela, o assunto ainda está pendente.

#Cigás #Eletrobras #Petrobras


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E se houvesse uma lei para os preços do petróleo?

17/06/2016
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 Um ex-conselheiro da Petrobras sugeriu a Pedro Parente que se empenhe para a criação de uma lei de “responsabilidade dos preços do petróleo”. O novo instrumento garantiria que eventuais manipulações do valor de venda dos combustíveis seriam descontadas no orçamento da União. Se o governo tomasse a decisão de não acompanhar a paridade dos preços internacionais, problema dele e não da estatal. A Petrobras teria seu dinheiro de volta.  Nos últimos anos, o uso do artificialismo no controle da inflação corroeu mais a sua saúde financeira do que as bobagens cometidas pelos gestores e o “petrolão”. Pedro Parente iniciou corretamente sua administração, defendendo que a empresa tenha total independência para a formação dos preços dos seus produtos. Disse ter a garantia do presidente Michel Temer de que o governo não mais interviria na questão. Não chega a ser grande coisa, se for observada a agenda de recuos de Temer. Se Parente conseguir transformar a boa intenção em lei, vai para a galeria dos maiores personagens da história da Petrobras.

#Petrobras


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BR Distribuidora dá a ignição no programa de privatizações

16/06/2016
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 A volta do governo Michel Temer ao passado já tem endereço certo: a BR Distribuidora. A venda da companhia marcará a retomada do processo de privatização encerrado junto com a gestão FHC. Das três propostas recebidas pela Petrobras no início desta semana, a preferência da diretoria da estatal recai sobre as ofertas apresentadas pela GP Investimentos e pela Advent. Nos dois casos, segundo o RR apurou, a negociação envolve a transferência do controle da BR. A exceção é a Vitol, uma das maiores tradings de petróleo e derivados do mundo, com sede na Suíça, O grupo teria formalizado seu interesse em ficar com uma participação inferior a 49% da distribuidora. Ressalte-se que dentro da Petrobras ainda não há um consenso em relação ao desfecho da operação. Representantes dos trabalhadores no Conselho ainda consideram a distribuição de combustíveis um negócio estratégico para a companhia e discordam da venda do controle da BR. No entanto, a vontade de Pedro Parente e, portanto, do governo deverá prevalecer. Até prova em contrário, o executivo chegou à estatal com carta branca para tudo.  Dói à alta direção da Petrobras que, no atual cenário, a companhia seja forçada a engolir a venda da BR a um preço subavaliado. Em outro momento, a operação representaria um reforço de caixa substancial para a empresa. Mas, em outro momento, talvez nem fosse necessário se desfazer da distribuidora. Engessada pelas limitações financeiras da sua nave-mãe, a BR tem visto a concorrência encostar nos seus calcanhares, algo que parecia inimaginável há alguns anos. A pressão ficou ainda maior com o anúncio da venda da Ale para o Grupo Ultra. Com a operação, a bandeira Ipiranga ultrapassará a estatal em número de postos: 9,2 mil contra 8,1 mil. Na venda de gasolina, a disputa irá para o photochart: o Ultra atingirá uma participação de mercado de 25,3%, milímetros atrás da BR (25,8%). No segmento de etanol, a ultrapassagem já está consumada. Com a Ale, a rede Ipiranga passará a ter quase 21% das vendas de álcool no país, contra 20% da BR. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#Advent #Ale #BR Distribuidora #GP Investimentos #Grupo Ultra #Ipiranga #Petrobras #Vitol


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Brookfield mergulha nos dutos da TAG e da NTS

10/06/2016
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 Sai o monopólio estatal e entra o privado. Sai a Petrobras e entra a Brookfield. O grupo canadense, que tem acordo de exclusividade com a estatal na negociação de compra da Nova Transportadora do Sudeste (NTS), parte para cima da Transportadora Associada de Gás (TAG). Juntas, as duas empresas da Petrobras formam um colosso de dutos nas regiões Nordeste e Sudeste, com 6,5 mil quilômetros de extensão, equivalente a 70% de toda a rede de gasodutos do país. Para a estatal, a venda casada é uma dádiva. A empresa fez um spin off na TAG e criou a NTS justamente para facilitar a venda separada da malha de dutos. Mas, pelo jeito, comprar as duas juntas, a custo avaliado no mercado em US$ 5 bilhões, não é problema para a Brookfield. A companhia tem se revelado um polvo com tentáculos para todo tipo de negócio – de rodovia a energia, passando pelo setor imobiliário. O gigante canadense tem cerca de US$ 225 bilhões em ativos sob sua gestão no mundo e escolheu o Brasil como uma das prioridades de investimentos. Procurada, a Petrobras confirmou a negociação para a venda da NTS. Sobre a TAG, nada informou. Já a Brookfield preferiu não comentar.  Com a venda conjunta da TAG e da NTS, a estatal apenas dará de bandeja o monopólio para os canadenses. Vale a ressalva de que a Petrobras não está agindo à margem da lei ou mesmo da regulamentação do setor. Mas isso não significa que a transação não enfrentará enormes obstáculos para sua aprovação na Agência Nacional de Petróleo (ANP) e no Cade. A fonte do RR, especialista no assunto e com bom trânsito na ANP, informou que a diretoria deverá analisar o caso à luz da nova lei do gás. O marco legal promove a concorrência no setor e estabelece o uso compartilhado dos novos dutos pelos chamados carregadores. Esses usuários podem, por meio de licitações, fazer ofertas de compra de parte da capacidade ociosa do duto. Uma única empresa privada ser dona de 70% da malha dutoviária não é exatamente um estímulo à concorrência, preconizada pela nova lei do segmento.  De outro lado, o Cade também deverá ser um complicador para a venda da NTS e da TAG para a Brookfield. O órgão antitruste tem sido rigoroso na avaliação de transações que promovem grande concentração de mercado, como é o caso da transferência de controle das duas transportadoras. A Petrobras já era monopolista antes da adoção da nova lei do gás. A incerteza da estatal e do grupo canadense é se o órgão antitruste terá boa vontade ao analisar a compra de dois terços do mercado de transporte de gás do país em transação feita após a mudança da legislação.

#Brookfield #NTS #Petrobras #TAG


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Voo baixo

10/06/2016
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A relação entre o empresário José Afonso Assumpção e a Bristow Group na Líder Aviação vai de vento em proa. Os ingleses têm se posicionado contra os planos da companhia de manter a sua frota de helicópteros intacta. O clima piorou depois que a Petrobras, o maior cliente, cortou dez das 45 aeronaves fretadas. Procurada pelo RR, a Líder Aviação não comentou o assunto.

#Bristow #Líder Aviação


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Furnas é candidata a abre-alas do programa de privatizações

9/06/2016
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  Assim como encontrou no “Ordem e Progresso” um slogan para o seu governo, o presidente interino Michel Temer acredita ter achado o emblema do seu programa de privatizações. Furnas deverá ser a escolhida para puxar a fila de estatais ofertadas à iniciativa privada. No entendimento do governo, a subsidiária da Eletrobras tem o “physique du rôle” adequado para inaugurar o processo de desmobilização de ativos da União. Se não tem o porte de uma Caixa Econômica Federal ou, quiçá, de uma Petrobras, nem de longe resvala nas arestas que praticamente inviabilizam qualquer tentativa de venda de dois colossos como estes – no caso da petroleira, então, seria um suicídio político.  Ainda que não esteja no top five das estatais, Furnas tem um notório peso no setor elétrico. Responde por um quarto do parque gerador do Sistema Eletrobras, com 10 mil MW de capacidade instalada entre 12 hidrelétricas e duas térmicas. Concentra praticamente um terço da rede de transmissão do grupo, com 23 mil quilômetros de linhas. É bem verdade que o futuro controlador terá a missão de fazer um ajuste na companhia, que vem de recorrentes prejuízos – quase R$ 500 milhões nos últimos dois anos. Em contrapartida, quem comprar a estatal carregará mais de 20% da receita total da Eletrobras, ou algo em torno de R$ 6,5 bilhões ao ano. Por essas razões, o governo interino de Michel Temer está convicto de que Furnas tem o punch necessário não apenas para simbolizar o programa de desestatização, mas, sobretudo, para afiançar ao mercado que ele não é apenas uma “promessa de campanha”.  Caberá ao secretário de investimento, Moreira Franco, a missão de clonar o programa de privatizações puro-sangue da era FHC. Aliás, vem de lá a disposição de se desfazer da joia da coroa do Sistema Eletrobras. A ideia surgiu no segundo mandato de Fernando Henrique. Muito antes de Sergio Moro ou de Rodrigo Janot, o então governador Aécio Neves também se manifestava favorável à privatização da empresa. Com modelos diferentes, a alienação de parte do capital de Furnas foi cogitada também nos governos Lula e Dilma.  Bem recentemente, o presidente de Furnas, Flávio Decat, executivo de confiança da presidente afastada Dilma Rousseff, reuniuse com representantes sindicais para apresentar uma proposta de abertura de capital da empresa. A ideia era vender até 49% da companhia. A venda do pedaço com a manutenção do controle, no entanto, não interessa a Temer e cia. O secretário de investimentos já disse em boa voz: “Vamos privatizar de verdade e não para fazer cena”.

#Caixa Econômica #Eletrobras #Furnas #Michel Temer #Petrobras


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BTG vira a página na BR Properties

9/06/2016
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 O BTG atravessou mais uma estação da via crucis que tem percorrido para vender ativos e recompor sua estrutura de capital. O banco desfez-se de quase toda a sua participação na BR Properties, na esteira da oferta pública realizada pelo GP – novo controlador da empresa de investimentos imobiliários. O BTG teria amealhado cerca de R$ 500 milhões com a negociação de 14% da BR Properties – em dezembro, já havia embolsado R$ 460 milhões com a venda de outro lote de ações. O banco ainda manteve uma fatia residual de 4%, mas, a partir de agora, sem qualquer participação na gestão. Será um mero espectador numa empresa que já foi sua.  Para as circunstâncias, aceitar a oferta do GP – com um ágio de mais de 37% sobre o atual valor de mercado – era o que de melhor o BTG poderia fazer com um papel que acumula queda de 20% nos últimos 12 meses e de 70% em três anos. Agora, o banco se volta para uma etapa bem mais complexa da sua peregrinação em busca de capital: a venda da sua participação na PetroAfrica, a associação com a Petrobras costurada por André Esteves que tanta controvérsia gerou. Mas essa já é outra história. A seguinte empresa não comentou o assunto: BTG.

#BR Properties #BTG Pactual #GP Investimentos #PetroAfrica #Petrobras


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Efeito Machado

7/06/2016
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 O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, está decidido a realizar uma nova auditoria na Transpetro. Será a segunda devassa na subsidiária em pouco mais de um ano – a primeira, no início da gestão Aldemir Bendine, foi conduzida pelos escritórios Gibson, Dunn & Crutcher e Trench, Rossi e Watanabe. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#Aldemir Bendine #Pedro Parente #Petrobras #Transpetro


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Blindagem

6/06/2016
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 Pedro Parente assumiu o comando da Petrobras com carta branca para mexer no comando das controladas da estatal. O executivo acertou com o presidente Michel Temer que serão escolhidos para os cargos somente técnicos de carreira da companhia. Resta saber por quanto tempo Temer cumprirá o acordado.

#Petrobras


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Petrobras já conta com o dinheiro das elétricas no caixa

3/06/2016
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 O novo comandante da Petrobras, Pedro Parente, conta como líquido e certo que Michel Temer vai sancionar nos próximos dias a Medida Provisória 706, aprovada pelo Senado na última terça-feira, véspera da posse do executivo. Parente já ganhou do governo federal a promessa de que os reajustes dos preços dos combustíveis não mais estarão subordinados à política econômica. Conta agora com o apoio do governo federal para obter um reforço no caixa da companhia. Se a MP for sancionada, a Petrobras conseguirá receber ainda nesse ano a totalidade ou a maior parte do pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 10 bilhões da Eletrobras com a companhia. O débito está relacionado à compra de combustível para o abastecimento de termelétricas que fornecem energia a distribuidoras da holding de eletricidade na Região Norte. É o maior crédito da petroleira no mercado brasileiro, cujo valor chega bem perto do que a companhia pretende arrecadar com o plano de vendas de ativos em 2016 – aproximadamente R$ 14 bilhões.  O caso mais grave está localizado no Amazonas. A Eletrobras tem se valido de seguidas liminares na Justiça para impedir que a Petrobras venda combustível à distribuidora amazonense apenas mediante pagamento à vista. A MP 706 não apenas autoriza que as dívidas das distribuidoras de Rondônia, Roraima, Amapá e Amazonas sejam pagas parcialmente com o aumento das tarifas de energia elétrica em todo o país como também autoriza que o restante seja quitado com repasses do Tesouro para o grupo Eletrobras.  Joga a favor do pleito de Parente o fato de que, se não houver repasse das dívidas para as tarifas, o Tesouro terá de arcar com tudo ou, no limite, deixar o endividamento contaminar cada vez mais o caixa dessas distribuidoras até o limite da insolvência. A situação impediria a privatização das companhias e ainda abriria espaço para uma – há bem pouco tempo impensável – intervenção da Aneel nas quatro distribuidoras. —  Na cerimônia de posse da presidência da Petrobras, Pedro Parente deu a entender que não conta com um aporte do Tesouro na Petrobras. Bulhufas! Parente estava na frente de Henrique Meirelles, que projetou um déficit primário de R$ 170 bilhões; um déficit que pode ser ainda maior. Se dissesse o contrário, abriria uma crise no governo logo após a conclusão da sua posse. Mas todos sabem que cortar gastos e vender ativos não é suficiente frente ao tamanho do passivo da empresa. Uma forma mimética de capitalizar a estatal seria fazer um encontro de contas entre a Petrobras, BNDES e Tesouro Nacional. Em vez de repassar R$ 40 bilhões à União, conforme está previsto, os recursos seriam destinados à Petrobras. A capitalização, de uma forma ou de outra, não tarda. A não ser que haja intenções inconfessáveis em relação à estatal.

#Aneel #BNDES #Eletrobras #Petrobras


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Não custa lembrar

2/06/2016
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Os senadores Renan Calheiros e Eunício de Oliveira, ambos do PMDB, teriam sido citados nos primeiros depoimentos de Gim Argello, já no âmbito do acordo de delação premiada. Não custa lembrar que Eunício foi responsável pela indicação do ex-senador Vital do Rego para o TCU. Este, por sua vez, já está na mira da Lava Jato há algum tempo. Segundo depoimento do empreiteiro José Antunes Sobrinho, da Engevix, o ex-senador Argello dizia recolher dinheiro das empreiteiras em nome de Vital do Rego, à época em que ele presidia a CPI da Petrobras no Senado.

#Engevix #PMDB


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Fundos de pensão pegam um desvio para longe da Invepar

1/06/2016
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 Gueitiro Genso, Henrique Jäger e Sérgio Mendonça, presidentes da Previ, Petros e Funcef, estão encaminhando aos seus respectivos mantenedores uma proposta que beneficia a todos: a venda conjunta de suas participações na Invepar , uma das maiores holdings de concessões do país – dona, entre outros ativos, da Linha Amarela e do Metrô do Rio. O projeto deve receber as bênçãos do Palácio do Planalto. E nem poderia ser diferente, na medida em que a saída do capital da problemática holding de concessões de infraestrutura tira um fardo das costas do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal (CEF). Na última linha, quem agradece são os próprios trabalhadores e aposentados dos dois bancos e da petroleira. Com um déficit atuarial somado da ordem de R$ 40 bilhões, os fundos se veem forçados a desembarcar o quanto antes de uma companhia que, somente nos próximos 12 meses, exigirá aportes de mais R$ 3 bilhões para arcar com investimentos e passivos de curto prazo. Não custa lembrar que, no fim de 2015, Previ, Petros e Funcef foram obrigadas a injetar cerca de R$ 1 bilhão na Invepar para que a empresa pudesse honrar o pagamento de dívidas a descoberto.  Além do mais, até comprador já apareceu. Segundo informações filtradas junto à companhia, a trinca já teria oferecido sua fatia de 75% para a Brookfield. No ano passado, o grupo canadense esteve perto de ficar com os 25% que pertenciam à OAS, mas desistiu do negócio, curiosamente por divergências com as próprias fundações, que, àquela altura, não consentiram em revisar o acordo de acionistas da Invepar. Posteriormente, as ações da OAS acabaram transferidas para credores da empreiteira baiana – operação que deverá ser referendada em assembleia marcada para o próximo dia 7. Tomando-se como base a proposta feita pela Brookfield à construtora em 2015, estima-se que a compra dos 75% de Previ, Petros e Funcef giraria em torno de R$ 4 bilhões.  Em tempo: além de se livrar de um fardo financeiro, a venda do controle da Invepar permitiria à Previ, Petros e Funcef dar um passo para longe da Lava Jato. O presidente da companhia, Gustavo Nunes da Silva Rocha, é investigado por suspeita de interceder junto ao exsenador Gim Argello para que a CPI da Petrobras não convocasse executivos da OAS, “mediante pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais”. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Invepar e Brookfield.

#Banco do Brasil #Brookfield #Funcef #Invepar #OAS #Petros #Previ


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Venda integral

31/05/2016
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 O novo presidente da Petrobras, Pedro Parente, pretende avançar muitas jardas no plano de desmobilização de ativos da estatal. Uma das propostas é elevar o número de subsidiárias integralmente alienadas. A medida atingiria até a Gaspetro, que já teve 49% do capital negociados para a Mitsui . Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#Gaspetro #Mitsui #Petrobras


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Espelho meu

24/05/2016
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 Garantido no cargo mesmo com a chegada de Pedro Parente à presidência da Petrobras, o influente diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, trabalha pela permanência de seu congênere na BR, Carlos Alberto Tessarollo.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Liquigás

20/05/2016
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 Além do Ultra e da holandesa SHV/Supergasbras, há dois novos interessados na Liquigás. A mexicana Pemex e o fundo Canada Pension Plan costuram uma oferta conjunta pela distribuidora de GLP da Petrobras. A empresa estaria avaliada em aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#Canada Pension Plan #Grupo Ultra #Liquigás #Petrobras #SHV #Supergasbras


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Discreto

16/05/2016
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 O ex-ministro da Casa Civil no governo FHC, Pedro Parente, discretamente alcançou a pole position na disputa pela presidência da Petrobras.

#Pedro Parente #Petrobras


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Aporte nas estatais está no topo da agenda Temer

12/05/2016
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 As capitalizações da Petrobras e da Eletrobras, com recursos do governo, já está contratada junto ao futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. É consenso entre os próceres de Michel Temer que o nível de endividamento das duas empresas superou a instância corporativa e beira a irresponsabilidade cívica. Ambas as estatais têm uma participação no crescimento econômico insubstituível. E encontram-se aos frangalhos devido a um passivo que não tem solução fora da injeção de recursos públicos. A estimativa é que a Petrobras não sai do ponto em que se encontra se não for capitalizada em R$ 100 bilhões. Essa ordem de grandeza não dispensa corte de despesas e de investimentos e venda de ativos. É uma medida indispensável, conforme Armínio Fraga, que vem sendo cogitado para a presidência da Petrobras. Quando o economista se manifesta publicamente a favor de um aporte de capital na estatal, existem pelo menos três hipóteses: ou ele está com a carteira da sua gestora de recursos abarrotada de papéis da dita cuja; ou faz o seu próprio lobby para o cargo; ou exerce o hábito de ser palpiteiro. O RR considera a terceira hipótese como a mais provável.  O modelo que está sendo cogitado é um derivativo da proposta do BTG de conversão da dívida da Petrobras junto aos bancos públicos. Em um novo ambiente econômico, com um dólar na faixa de R$ 3,20, previsão da própria estatal, a regulamentação das leis que retiram a obrigatoriedade de participação em 30% nos campos do pré-sal e o fim da exigência do similar nacional, é razoável esperar que a capitalização da empresa seja acompanhada pelo acionista minoritário. No final do ano passado, ainda com Joaquim Levy na Fazenda, e no início deste ano, com Nelson Barbosa na Pasta, Aldemir Bendine bateu na porta de ambos com o mesmo pedido. Não foi atendido. A perspectiva agora é a de que a dívida pública bruta é um problema consumado, para se resolver apenas mais à frente. O débito das estatais não pode mais ser ignorado.  A capitalização da Eletrobras será menos espetaculosa, mas não menos relevante do que a da Petrobras. Há engenhosidades sendo preparadas no laboratório de Minas e Energia de Michel Temer. Elas passam fundamentalmente pela área de transmissão. As participações da Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul no setor seriam transferidas para a própria holding, mais precisamente para um novo braço da estatal: a Eletrobras Transmissão. Esta empresa já nasceria como dona do maior colar de ativos no transporte de energia elétrica do país, com participação em quase metade das linhas transmissoras em operação e em fase de implantação. Ou seja: em uma das mãos, ativos maduros, já amortizados; na outra, a garantia de receitas futuras com a entrada em cena das novas concessões. Um mix que seria ofertado ao mercado numa bandeja de prata com a abertura de capital da Eletrobras Transmissão. Por vias oblíquas, o governo captaria recursos para a empresa-mãe tocar projetos prioritários, notadamente na área de geração – a começar pela construção das usinas do Tapajós. Nesse caso, aliás, Temer já vai receber de herança o modelo e o edital para a concessão das hidrelétricas.

#Aldemir Bendine #BTG Pactual #Chesf #Eletrobras #Eletronorte #Eletrosul #Furnas #Henrique Meirelles #Petrobras


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Será o Armínio?

10/05/2016
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 Dois nomes estão bem cotados para a presidência da Petrobras no governo Temer: o ex-BRF Nildemar Secches e o banqueiro de investimentos Armínio Fraga. Se Armínio quiser, ele leva.

#Armínio Fraga #BRF #Petrobras


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Petros é o “fundo de imprevidência” da Petrobras

9/05/2016
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 Os funcionários e aposentados da Petrobras estão em pé de guerra com a direção da Petros. Segundo o RR apurou, as entidades que reúnem os participantes do fundo de pensão – a começar pela maior de todas, a Ambep (Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros) – vão entrar na Justiça para suspender o plano de equacionamento do déficit atuarial elaborado pela entidade, na linha do “eu devo e vocês pagam”. Os beneficiários pretendem também exigir o afastamento do presidente da Petros, Henrique Jäger, e do diretor de investimentos, Licio da Costa Raimundo.  A diretoria da Petros já sinalizou que os aposentados e pensionistas terão de pagar a conta pelo rombo nas finanças da fundação. O caso mais dramático é do PPSP, o maior dos planos administrados pelo fundo de pensão, com 60 mil participantes. O rombo na carteira passa dos R$ 15 bilhões. O plano alinhavado pela Petros prevê o aumento gradual da taxa de contribuição paga mensalmente pelos beneficiários – o índice varia de 3% a 14,5% dos vencimentos mensais de acordo com a renda. O novo intervalo ainda não foi formalmente fixado, mas, segundo informações filtradas junto à fundação, ele subiria para algo entre 6% e 20%. Ou seja: a contribuição dos aposentados e pensionistas que recebem menos duplicaria.  Procurada pelo RR, a Petros informou que “não recebeu notificação sobre qualquer decisão judicial dessa natureza”. Informou ainda que não “pode se manifestar sobre valores finais de 2015 enquanto as demonstrações contábeis não estiverem aprovadas”. No entanto, a Petros confirma que o “déficit demandará a construção de um plano de equacionamento, que será amplamente discutido com a patrocinadora, representantes dos participantes e assistidos do PPSP e Previc”. Por sua vez, a Ambep não se pronunciou.  Os funcionários e aposentados da Petrobras estão sob a tempestade perfeita. A Lava Jato é parte importante do temporal: as dívidas da própria mantenedora com a Petros já beiram os R$ 13 bilhões, o equivalente a 60% do déficit total da fundação – estimado em mais de R$ 20 bilhões. As desastrosas – para se dizer o mínimo – decisões de investimento tomadas pela direção do fundo nos últimos anos também ajudaram a dizimar as finanças da entidade. Neste rol, entram negócios que caminham na fronteira da catástrofe e da suspeição, como a Lupatech e, sobretudo, a Sete Brasil.  Há ainda operações no mercado de capitais que, se não controversas, sugerem ao menos uma imprevidência ou má gestão dos recursos da Petros. Em fevereiro, após uma longa queda de braço com a Dasa, a fundação aceitou a oferta pública de R$ 10,50 por ação e vendeu a sua participação de 10% na rede de laboratórios. Dois anos antes a Dasa havia proposto R$ 14 pelo papel. Os aposentados da Petrobras se perguntam por que cargas d´água a direção do fundo não esperou por uma recuperação das cotações em vez de engolir um preço 25% mais baixo. A Petros confirma a venda das ações, mas alega que foi obrigada a fechar negócio, contra a sua vontade, por conta da saída da Dasa do Novo Mercado.

#Dasa #Lupatech #Petrobras #Petros #Sete Brasil


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Shell aumenta sua aposta no pré-sal

5/05/2016
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 A Shell está envolvida simultaneamente em duas operações capazes de alavancar significativamente sua posição no mercado brasileiro de E&P. De um lado, estaria negociando a compra de parte das ações da Petrobras no megacampo de Libra, o mais celebrado dos ativos do pré-sal; do outro, já teria apresentado uma oferta pelos 25% da Repsol Sinopec em Sapinhoá, na Bacia de Santos. Nos dois casos, a Shell está dobrando sua aposta em operações das quais já participa. Em Libra, a empresa ampliaria sua fração de 20% para 30%, tornando-se a maior acionista, ao lado da própria Petrobras – juntas têm 60%. O restante das ações permaneceria nas mãos da Total e das chinesas CNOOC e CNPC. Em relação à Sapinhoá, a Shell se tornaria sócia majoritária com 55% – a companhia já detém 30% do consórcio herdados com a aquisição do controle mundial da BG. Os outros 45% estão nas mãos da onipresente Petrobras. Juntos, os campos de Libra e Sapinhoá somam de 10 a 14 bilhões de barris em reservas estimadas.  Entre sístoles e diástoles, a Shell tem feito uma rearrumação em seu portfólio de ativos no Brasil. A nova temporada de aquisições sucede um ciclo de desmobilização de participações que se estendeu ao longo dos últimos dois anos. Nesse período, entre outras operações, os anglo-holandeses venderam 23% do Parque das Conchas (BC- 10), na Bacia de Campos, para a Qatar Petroleum . Desfizeram-se também de 20% do BM-ES-23, no Espírito Santo, negociado para a tailandesa PTTEP . Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Shell, Repsol Sinopec e Petrobras .

#CNOOC #CNPC #Petrobras #Pré-Sal #PTTEP #Qatar Petroleum #Repsol Sinopec #Shell #Total

Acervo RR

Fora de hora

5/05/2016
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 Primeira bobagem do autodeclarado presidente Michel Temer: anunciar que trocará os presidentes do BC, do BB e da Petrobras, “um daqui a um mês, outro um pouquinho mais”. Com a declaração, ele desautoriza os atuais executivos e deixa a gestão meio acéfala. E fica sempre a dúvida se um mês pode virar dois meses, e um pouquinho mais um tempinho.

#Banco Central #Banco do Brasil #Petrobras


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Gas Brasiliano

29/04/2016
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Após comprar 49% da Gaspetro, a Mitsui tem um novo alvo entre os ativos da Petrobras: a aquisição do controle da Gas Brasiliano, uma das distribuidoras de gás em São Paulo. Os japoneses entrariam na operação de mãos dadas com a chinesa Beijing Gas – curiosamente derrotada pela própria Mitsui na disputa pela Gaspetro. Procurada, a Mistui não comentou o assunto.

#Beijing Gás #Gás Brasiliano #Gaspetro #Mitsui #Petrobras #Petróleo

Acervo RR

Gas Brasiliano

29/04/2016
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Após comprar 49% da Gaspetro, a Mitsui tem um novo alvo entre os ativos da Petrobras: a aquisição do controle da Gas Brasiliano, uma das distribuidoras de gás em São Paulo. Os japoneses entrariam na operação de mãos dadas com a chinesa Beijing Gas – curiosamente derrotada pela própria Mitsui na disputa pela Gaspetro. Procurada, a Mistui não comentou o assunto.

#Beijing Gás #Gás Brasiliano #Gaspetro #Mitsui #Petrobras #Petróleo


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Presidente TQQ

27/04/2016
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 No que depender de Wellington Moreira Franco, Aldemir Bendine permanece na presidência da Petrobras. Na visão de Moreira, não será bom fazer um turnover tão rápido na estatal. Qualquer mudança ficaria para um segundo momento. Enquanto isso, Bendine seguiria dando expediente às terças, quartas e quintas, fazendo jus ao apelido de “presidente TQQ” que recebeu dos próprios funcionários da companhia.

#Aldemir Bendine #Moreira Franco #Petrobras #Petróleo


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Total acelera no mercado de combustíveis

25/04/2016
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 A Total vai fincar bandeira no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis. Segundo o RR apurou, o grupo francês contratou a consultoria Estáter para vasculhar o setor em busca de ativos. Na mira, redes com forte atuação regional e, no mínimo, 100 postos. Vestem esse figurino, por exemplo, a Petrobahia e a paranaense CiaPetro, que, juntas, somam aproximadamente 330 pontos de atendimento. De acordo com informações filtradas junto à própria Total, a meta da empresa é chegar ao patamar de 600 postos até o próximo ano, o que a transformaria na quinta maior distribuidora do país, atrás de BR, Ipiranga, Raízen e Ale.  Em outro front, a Total surge também como um potencial candidato a fisgar postos da própria BR Distribuidora. Diversos revendedores da estatal têm virado a casaca insatisfeitos com a política de royalties da companhia. Quem mais tem cooptado distribuidores da BR é a Ipiranga/Grupo Ultra – ver RR de 10 de julho de 2015.  Há cerca de três anos, não custa lembrar, a Total ensaiou sua entrada no setor. Eram outros tempos: com o barril acima dos US$ 100, toda a aposta dos franceses estava concentrada na exploração e produção de petróleo e gás – o grupo é sócio da Petrobras no megacampo de Libra e de outros 15 blocos de exploração e produção no país. Na ocasião, a Total chegou a assinar um contrato de exclusividade para negociar a compra do controle da rede de postos Ale, mas não houve acordo em relação ao preço. Se, por um lado, o fracasso nas tratativas com a Ale impediu que a Total comprasse a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, por outro os franceses voltam ao jogo em condições bastante favoráveis, por conta do câmbio e da depreciação dos ativos. Procurada pelo RR, a Total não comentou o assunto.

#Ale #BR Distribuidora #CiaPetro #Estáter #Ipiranga #Petrobahia #Petrobras #Petróleo #Raízen #Total


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Dupla dinâmica

18/04/2016
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 A prisão do ex-senador Gim Argello calou fundo em Renan Calheiros. Nos últimos dois anos do mandato de Argello, encerrado em 2014, ambos despachavam juntos praticamente todos os dias. Era o auge da CPMI da Petrobras, na qual Argello mandou e desmandou.

#Petrobras


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Entreouvido

15/04/2016
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 Palavras de Ciro Gomes sobre a situação da Petrobras: “Falta um cabra macho para domar aquela companhia”. Vai ver que falta mesmo

#Petrobras


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Um programa de governo entre a adoção e a orfandade

14/04/2016
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 Atos políticos contundentes e soberanos, enfrentamento aberto dos adversários irrecuperáveis, uso intensivo da comunicação de massa, proposta de plebiscito para questões emergenciais que exigem apoio popular e um novo rito para convocação do Congresso visando a apreciação de projetos de elevado interesse nacional. Segundo fonte do RR na Casa Civil, essas são as linhas gerais da estratégia do governo para assumir com pulso forte o que está sendo chamado de quarto mandato do PT, caso a presidente Dilma Rousseff consiga vencer a dura batalha contra o impeachment neste domingo. Dilma e Lula se dividirão na maior ou menor exposição dessas operações, que também levam em consideração o tempo do ex-presidente no governo, caso ele consiga assumir a Casa Civil, e seu ingresso na campanha eleitoral.  Ambos têm clareza que uma nova gestão precisará ser tonificada com ações de impacto e capital humano de qualidade. Lula é quem vai buscar o “fator gente” para colaborar com as ideias e as formulações necessárias à rearrumação da casa. Tem jeito para a missão. Apesar de todo ódio que é destilado, conversa ao pé de ouvido com o empresariado. E vai ter nova carta ao povo brasileiro. Muita coisa já está pronta, nas gavetas de Nelson Barbosa e Valdir Simão. São reformas da previdência, fiscal e uma versão 2.0 da desburocratização do finado Hélio Beltrão, avançando em medidas para reduzir o Custo Brasil. Terão prioridade as comunicações, a Petrobras e a corrupção. Não será uma surpresa excepcional se o governo abrir um canal de conversação com os procuradores de Curitiba, que são quem detêm hoje os projetos constitucionais mais estruturados para o combate à corrupção. Uma novidade será a busca de grandes parcerias internacionais, que permitam a captação de recursos para investimentos, e de novos acordos externos na área de comércio. A China é uma das mecas, mas cabem na lista países do Oriente Médio, além de todas as agências multilaterais. Lula é um especialista nesse assunto e sempre criticou a presidente por ter uma política externa tíbia, desperdiçando oportunidades raras como o acordo multissetorial assinado com a China, uma peça cheia de fios desamarrados.  E o superávit primário? Bem esse mantra já foi incorporado pelo governo. Aliás, por qualquer um que venha a dirigir o país. Talvez seja tarde demais para Dilma – Lula ainda tem 2018. Mas quem sabe não seria o caso de repetir o lapso cognitivo de Michel Temer e digitar essas linhas gerais para um grupo pensando em outro. Seria uma pena um projeto desses não vir à tona.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Lula


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Out of Africa

13/04/2016
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 O plano de desmobilização de ativos da Petrobras , aquele que não ata nem desata, chegou à África. A estatal abriu negociações para a venda de suas participações nos blocos de Ntsina Marin e Mbeli Marin, no Gabão. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#Petrobras


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Economia segue no breu com ou sem impeachment

11/04/2016
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 A julgar por um relatório de conjuntura do Ministério da Fazenda, a maior previsibilidade decorrente da votação do impeachment não terá um impacto significativo no crescimento do PIB até o fim do governo. Segundo documento interno, ao qual o RR teve acesso, o cenário provável, e não dito, é ainda um pouco pior do que o avalizado pelas previsões do Boletim Focus. A economia desceria a ladeira em torno de 4,5% a 5%, em 2016. Em 2017, a queda do PIB ficaria entre 0,2% e 0,5%. Só em 2018, a taxa negativa seria revertida para um crescimento entre 1% e 1,8%. O Focus mais recente, divulgado em 1º de abril, prevê queda de 3,73% neste ano e crescimento de 0,3% em 2017. O fator considerado determinante para a mudança em direção a um viés mais positivo seria o da implementação de reformas, a exemplo da Previdência, a partir de 2017, o que poderia impulsionar o PIB de 2018. De qualquer forma, sob o ângulo do crescimento econômico, o segundo governo Dilma – mesmo dividido com o primeiro Temer – será imbatível como o período mais negativo da história do Brasil pós-ditadura. No cenário otimista, os números da Fazenda encostam nos do Focus: uma queda do PIB de 3,1% neste ano e alta de 1% em 2017.  Os técnicos acreditam que os pontos mais positivos – ampliação do ajuste externo, expressivo da repatriação de recursos, alguma melhoria nos termos de troca, queda da inflação e redução das taxas de juros – não são estímulos suficientes ao aumento necessário dos investimentos. O governo continuará lidando com o fator Lava Jato e a insegurança que a operação produz junto aos investidores. A Petrobras permanecerá se arrastando neste biênio e contribuindo bem abaixo do seu potencial para o aumento da formação bruta de capital fixo. E a indústria prosseguirá dependente da brisa soprada pelo câmbio, arrefecida em função de uma aguardada fase de valorização do real já a partir do segundo semestre deste ano. Com Dilma Rousseff ou com Michel Temer, a expectativa é que a rearrumação da economia tenha um impacto contracionista do PIB até 2018.

#Dilma Rousseff #Ministério da Fazenda #Petrobras #PIB


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Trapalhada de Bendine vai para a conta de Dilma

7/04/2016
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 Da CVM às tradings de petróleo, passando pelas instituições do mercado de capitais, por ex-conselheiros das estatais, analistas, petroleiros e desaguando no próprio Palácio do Planalto: todos, sem exceção, fizeram ácidas críticas à ausência de uma operação de comunicação decente de Aldemir Bendine enquanto a Petrobras ia sendo jantada nas bolsas e nas mídias. O vazamento sobre a improvável decisão de redução dos preços dos combustíveis, no último domingo, foi praticamente ignorado pela estatal durante quase todo o dia seguinte, abrindo espaço para uma insurreição do Conselho de Administração e um desabamento das cotações em bolsa. A ideia de reduzir os preços dos combustíveis sem dar pelota para o caixa futuro da companhia é politicamente tão desparafusada que não poderia passar sem um desmentido radical na primeira hora, sob pena da conta do disparate ser debitada a Dilma Rousseff. Ou seja: nessa versão mefistofélica, Dilma exigiria que a Petrobras, em um momento de corte de empregos e investimentos, abrisse mão da sua fonte maior de recursos só para a presidente dar uma boa notícia da redução dos preços da gasolina e nafta. Foi isso que a lerdeza da comunicação de Bendine deixou muita gente pensando. Na terça-feira, consumado o estrago, Aldemir Bendine soltou uma nota cheia de platitudes, dizendo que a Petrobras monitora permanentemente a composição dos preços e achou uma boa hora para discutir a elasticidade preço/venda. Para confirmar que a empresa opera em Marte e não no Brasil, Bendine concluiu a opereta não afirmando coisa alguma, ou seja, que não existia qualquer decisão sobre a medida. Tanta estultice acabou levando Dilma a falar. Para não dinamitar o presidente da Petrobras de imediato, ela reconheceu que existe discrepância entre os preços internos e externos e que a companhia tanto pode mudar quanto pode não mudar. Só para não variar, disse o óbvio.  A redução dos preços dos combustíveis não só afetaria o caixa como teria um impacto simbólico na mão contrária de todo o esforço de reconstrução da imagem da Petrobras, transformando-a em simulacro de uma companhia populista ao melhor estilo venezuelano.  Aldemir Bendine, por sua vez, demonstrou não ter condições técnicas e políticas de presidir a estatal. Dilma deveria retirá-lo imediatamente. Melhor deixá-lo ganhando uns bons trocados em conselhos de administração – como no caso da BRF – do que estragando a Petrobras, que não precisa de ninguém mais para piorar a sua vida.

#Aldemir Bendine #BRF #Petrobras


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Wärtsilä põe um pé na porta de saída

5/04/2016
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  A Wärtsilä, gigante mundial da produção de sistemas de geração para plataformas de petróleo e termelétricas, está com um pé fora do Brasil. A empresa já esgotou todo o seu paiol de medidas na tentativa de manter a operação no país, com demissões, redução dos custos e suspensão de contratos com fornecedores. A única planta da companhia no Brasil, localizada no Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro, está paralisada e não há qualquer previsão de retomada das atividades.  A Wärtsilä foi arrastada pela Lava Jato e, em particular, pela débâcle da Sete Brasil. A encomenda de motores para dez sondas para a prestadora de serviços à Petrobras foi cancelada. Para piorar, até o momento os finlandeses não conseguiram fechar qualquer novo contrato que justificasse a reabertura da fábrica do Açu e, no limite, a própria continuidade das suas operações no Brasil. Procurada, a companhia confirma que decidiu “hibernar” a operação do Açu devido aos “adiamentos no prazo de entregas de equipamentos”. A Wärtsilä garante que o “Brasil permanece como um dos principais mercados para a empresa no mundo”.  Apesar de termos publicado o posicionamento da Wärtsila, a companhia procurou o RR, após a publicação da matéria, para esclarecer alguns pontos. Segue o consideramos relevante. O restante já está esclarecido na matéria.  “A companhia classifica como leviana a informação de que fora “arrastada” pelo andamento das operações da Lava Jato, uma vez que suas operações no país não se resumem ao contrato com a Sete Brasil. Com uma base instalada de 2600 MW em 30 usinas e 1166 MW em 271 embarcações e instalações offshore, a empresa atua em três grandes divisões: Energy Solutions; Marine Solutions; e Services, não restringindo, portanto, sua operação ao Delivery Centre Açu (DCA) – unidade que encontra-se em hibernação no aguardo dos novos prazos por parte de seus clientes. No Brasil, a empresa opera seu escritório matriz no Rio de Janeiro e centros de serviços em Niterói (RJ), Manaus (AM) e Recife (PE), além de estar presente em outros seis estados.”

#Lava Jato #Petrobras #Wärtsilä


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Por um fio

5/04/2016
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 Suba, desça ou mantenha-se o preço do petróleo, Aldemir Bendine está por um fio na Petrobras.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Lupatech inicia sua operação desmonte

4/04/2016
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 A Lupatech – uma das tantas empresas do setor de óleo e gás pisoteadas pela Lava Jato e órfãs dos investimentos da Petrobras – está se desmanchando. Em recuperação judicial, a companhia decidiu fechar uma fábrica na Bahia, lançando mais 350 nomes nas estatísticas de desemprego do “petrolão”. A medida é um reflexo direto da drástica redução de encomendas da Petrobras, que nos áureos tempos, chegou a responder por quase 90% do faturamento da Lupatech. A unidade de Rio das Ostras, no Norte fluminense, deverá ter o mesmo destino e ser desativada. A empresa também vai se desfazer de ativos. O plano de desmobilização deverá ser encabeçado pela Lupatech Oil Field Services, seu braço de prestação de serviços para petroleiras criado a partir da associação com outra empresa do segmento, a Penta OFS.  Por mais paradoxal que possa parecer, a operação de desmonte é a única boa notícia que a Lupatech tem a oferecer neste momento. O imediato enxugamento do grupo é visto pelos acionistas – entre eles Itaú, Banco Votorantim, JP Morgan e BNDES – e pelos credores como a única possibilidade de saída da recuperação judicial e até mesmo de sobrevivência do negócio. A capitalização de R$ 1 bilhão feita pelos sócios no início do ano passado não deu nem para a partida. A empresa tem um passivo de R$ 600 milhões para um patrimônio líquido de R$ 100 milhões. Nos últimos dois anos, perdeu mais de R$ 700 milhões. Procurada pelo RR, a Lupatech não comentou o assunto.

#Banco Votorantim #BNDES #Itaú #JP Morgan #Lupatech #Penta OFS #Petrobras


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Tartaruga verde

31/03/2016
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 A China National Petroleum Corporation (CNPC) abriu conversações com a Petrobras para a compra de uma participação no campo Tartaruga Verde, com reservas estimadas de 230 milhões de barris. A estatal detém 100% da área, localizada no póssal da Bacia de Campos. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#CNPC #Petrobras


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Eletrobras é o fio de esperança na transmissão

30/03/2016
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 A Eletrobras é a Petrobras às avessas. Se, de um lado, o governo abriu mão da presença compulsória da petroleira no pré-sal; do outro, a holding do setor elétrico terá de engolir a fórceps quilômetros e mais quilômetros de linhas de transmissão. Diferentemente do que previa o modelo original, a Eletrobras vai entrar nos leilões do segmento previstos para abril e julho. A companhia terá participações minoritárias nos consórcios vencedores por meio das controladas Furnas, Eletronorte e Eletrosul. Apenas a Chesf ficará de fora – a companhia foi proibida pela Aneel de participar de novos empreendimentos de transmissão por conta de atrasos em antigos projetos. A entrada em cena da Eletrobras é vista no governo como a única maneira de viabilizar as novas licitações e evitar a repetição do fracasso registrado em novembro do ano passado: das 12 licenças ofertadas, apenas quatro receberam propostas. Na ocasião, a Aneel conseguiu arrecadar apenas R$ 3,5 bilhões, menos de 45% da receita estimada. Consultada, a Eletrobras não quis comentar o assunto.  A escassez de investidores e a ameaça de um novo insucesso falaram mais alto do que a intenção do governo de preservar o caixa da Eletrobras. Mesmo depois de a Aneel incorporar uma série de determinações feitas pelo TCU – a começar pelo fatiamento das licenças em dois leilões e o aumento da taxa de remuneração dos projetos de 8,5% para 9,5% –, faltam candidatos para a licitação. Segundo alta fonte do Ministério de Minas e Energia, até o momento apenas a Taesa – leia-se Cemig e o FIP Coliseu – garantiu sua presença na concorrência de abril. Ainda assim, condiciona sua participação à associação com a Eletrobras.  O desembarque nas duas próximas licitações da Aneel exigirá um contorcionismo financeiro da Eletrobras. A companhia terá de fazer ajustes no seu orçamento, remanejando recursos que estavam originalmente destinados a outros projetos na área de transmissão – o plano de investimentos da estatal prevê cerca de R$ 5 bilhões para este segmento.

#Aneel #Cemig #Chesf #Eletrobras #Eletronorte #Eletrosul #FIP Coliseu #Furnas #Petrobras #Taesa


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Estranho no ninho

28/03/2016
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 Aldemir Bendine não gosta da sede da Petrobras, parece ter alguma coisa contra o Rio e não quer saber de petroleiro. O executivo despacha a maior parte do tempo de São Paulo. Foi também o maior entusiasta da mudança da diretoria para o novo prédio da empresa. E nunca apertou a mão de um funcionário em uma das operações da estatal.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Esteves na África

24/03/2016
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 Delcídio do Amaral destrinchou de cabo a rabo as operações entre André Esteves e a Petrobras na África. É coisa para os próximos capítulos.

#André Esteves #Delcídio do Amaral #Petrobras


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Campo minado

22/03/2016
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 A Petrobras está sentada em um megacampo de petróleo na área do pré-sal, segundo fonte da companhia. A estatal conta, reconta e não divulga a descoberta. Em outras épocas, um fato como esse jogaria água fria na fervura política, mas pode ser que a boa nova sequer venha à tona na gestão de Dilma Rousseff. Por ora, de anúncio mesmo só o prejuízo de R$ 35 bilhões em 2015.

#Dilma Rousseff #Petrobras #Pré-Sal


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“Delação premiada” da EY

17/03/2016
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 Contratada pela Petrobras no âmbito da nova política de governança da estatal, a EY tem sabatinado funcionários da companhia com o objetivo de antecipar eventuais casos de gestão temerária e desvios de conduta. Segundo o RR apurou, uma das missões da consultoria é produzir relatórios que são regularmente encaminhados ao Ministério Público. Quem já viu um desses documentos garante que se trata de uma “delação premiada” tão inócua e improdutiva quanto pretensiosa. Procurada, a EY não se pronunciou, alegando confidencialidade de contrato. A Petrobras também não quis se manifestar.

#Delação premiada #EY #Petrobras


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Collor na BR

16/03/2016
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 O delator premiado Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras, teria escancarado detalhes sobre a relação entre o senador Fernando Collor de Mello e o antigo presidente da BR Distribuidora, José Lima Neto. A conferir.

#BR Distribuidora #Eduardo Musa #Petrobras


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Bendine deixa Sete Brasil a ver navios

15/03/2016
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  Carlos Lacerda dizia que Roberto Campos ia matar os pobres de fome e os ricos de raiva. Aldemir Bendine, por sua vez, vai matar os bancos tanto de fome quanto de raiva. O presidente da Petrobras não aceitou as propostas feitas até agora pelas instituições financeiras credoras da Sete Brasil. Ele descartou a recuperação judicial defendida pelo BTG. Não foi o único pleito da instituição financeira que esbarrou em Bendine. O executivo brecou também a proposta do BTG para que a Sete Brasil fosse incorporada pela própria estatal. Neste caso, a Petrobras emitiria um lote de ações especiais, que ficariam em poder dos credores. A engenharia foi recebida na petroleira com escárnio.  Aldemir Bendine já fez chegar aos acionistas e bancos que a Petrobras provavelmente precisará de apenas cinco das 28 sondas inicialmente contratadas junto à Sete Brasil. É mais uma ducha de água fria nos sócios e credores da companhia. Antes, havia a expectativa de que a Petrobras confirmaria a compra de, ao menos, dez equipamentos. Na visão dos acionistas da Sete Brasil, está claro que Bendine quer jogar o abacaxi no colo dos bancos, eximindo a estatal de qualquer responsabilidade sobre a recuperação da empresa. Procurada pelo Relatório Reservado, a seguinte empresa não retornou ou não comentou o assunto: Petrobras

#Aldemir Bendine #BTG Pactual #Petrobras #Sete Brasil


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Lula e Dilma só teriam a Força em outra galáxia

11/03/2016
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  Há um tempo não mensurável, em uma galáxia nas cercanias, personagens replicantes se confrontam em manifestações pelas ruas da cidade. Os seres análogos a Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, acuados pelas denúncias da oposição, veem exauridas as possibilidades de reagir ao adversário. Ambos perderam seu contato com a Força, leia-se a maioria da população sofrida e carente daquelas paragens do universo. Em um governo de coalizão com a traiçoeira timocracia e fragilizados pelos malfeitos de sua própria espécie, estão encurralados entre a masmorra e o abismo. Em meio à recessão, ao desemprego e à desesperança que se abatem sobre a República, a escolha só poderia ser governar para o povo e com o povo. A política de ajuste focada somente na redução do emprego, na desaceleração da economia e na queda do salário real seria revertida, tornando-se um fabuloso programa social e de retomada do investimento. Com essa decisão, “Dilma do B” unificaria sua base partidária, que se sentia traída pela adoção do receituário das hostes inimigas. O Lula intergaláctico, por sua vez, se tornaria ministro plenipotenciário para assuntos de Estado, com a missão de viabilizar o projeto o mais rapidamente possível, sem que isso significasse um ato de exceção diante de uma eventual condenação da Justiça.  Os replicantes Dilma e Lula ganhariam tempo para conseguir a tonicidade necessária à implementação das grandes reformas estruturais, que teriam sua realização garantida a partir do primeiro biênio de vigência das medidas. Como prova da solidez das iniciativas e da integridade das suas intenções, a dupla proporia a instituição do recall em um ano, contado a partir da data de anúncio das ações. A desaprovação popular, portanto, poderia  ceifar o mandato dessa “Dilma espacial” em pouco mais da metade da sua gestão. Ambos prestariam contas semanalmente em rede nacional de TV sobre os avanços e resultados do novo programa.  Os recursos seriam obtidos em fontes que não exigissem aprovação no Congresso, notadamente mudanças na Constituição, e tampouco implicassem a disparada da dívida pública bruta. A Petrobras seria capitalizada por meio da conversão do seu endividamento junto a bancos públicos em participação acionária e recompra de passivos por um fundo soberano constituído por fração das reservas cambiais. Os recursos da repatriação de capital, da securitização da dívida ativa da União, da venda emergencial de estatais e todo o patrimônio disponível seriam canalizados para esse “New Deal interestelar”. O orçamento da União seria preservado de uma contribuição maior. O governo iria buscar recursos no Banco Mundial, no BID, no Banco dos Brics e, eventualmente, através de dívida soberana para financiar o programa de recuperação do consumo. Os dois simulacros fariam da nova agenda a sua bala de prata para confrontar o exército inimigo. Mesmo que derrotados nessa guerra das estrelas, o ideário da República sobreviveria a um tempo de equívocos e arrependimentos. Cabe a pergunta: a Força estará com eles?

#Banco Mundial #BID #Brics #Dilma Rousseff #Lula #Petrobras


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Sombra de Putin ronda a Petrobras

11/03/2016
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 Há um novo e inusitado candidato à compra dos campos de produção da Petrobras. Trata-se do magnata ucraniano Mikhail Fridman, prócer de um seletíssimo grupo de empresários que fez fortuna à sombra de Vladimir Putin. A LetterOne, sua companhia de investimentos, abriu conversações com a estatal e, segundo o RR apurou, já teria acessado o banco de dados disponibilizado pela petroleira.  Dono de um patrimônio tão gigantesco quanto misterioso, Fridman não é um personagem qualquer. A possibilidade de a LetterOne adquirir ativos da Petrobras causa calafrios na própria ANP e no mercado em geral. Fridman carrega um extenso histórico de operações controversas, litígios societários e nebulosas relações com o poder – é suspeito de ligações com a KGB e boa parte da sua fortuna veio da venda da petroleira TNK-BP para a estatal russa Rosneft por US$ 14 bilhões. No ano passado, foi expulso do Reino Unido. O governo do primeiro-ministro David Cameron o obrigou a vender ativos no Mar do Norte por temor de sanções da União Europeia após a invasão russa na Ucrânia. Não por acaso, segundo fontes do RR, o Ministério Público já acompanha os passos de Fridman no Brasil. Em vez de solução, sua presença pode acabar se tornando um problema a mais para a Petrobras e seu plano de desmobilização de ativos.

#LetterOne #Petrobras #Rosneft #TNK-BP


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Onipresença

9/03/2016
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 O acordo que a Petrobras firmou recentemente para a compra de GNL junto à Cheniere, de Houston, contou com a participação de um personagem tão importante quanto discreto. Quem conduziu toda a negociação pelo lado da empresa norte-americana foi o executivo brasileiro Rodrigo Vilanova. Coincidentemente, até setembro do ano passado Vilanova era o gerente executivo de Gás e Energia da própria estatal.

#Cheniere #Petrobras


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Os tucanos de hoje, de ontem, de sempre

3/03/2016
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  Ainda sobre a conveniente colaboração do PSDB com o governo Dilma Rousseff – claro que nos assuntos que lhe são convenientes – empurrada pela oposição do próprio PT (ver RR de ontem): mesmo que, por linhas tortas, a postura dos tucanos repete outros momentos históricos. Na era Vargas, por ocasião da criação da Petrobras, a UDN (agora sob o codinome do PSDB) virou às costas ao seu ideário liberal e defendeu o monopólio estatal sobre o petróleo. Depois, apoiou medidas progressistas do Executivo apenas para contrariar o PTB, que estava contra. Durante o governo de Jânio Quadros, a esquerda toda deu cobertura à reformulação da política externa enquanto o PSDB (na época, com o codinome de UDN) cortava os pulsos. Como sabemos, nos dois casos, o futuro não deu coisa boa. Não por acaso, conhecido professor, mestre da ciência política no Brasil, informa: “O que anda por aí não vai acabar bem. Surto de violência legal e cívica se aproxima, não havendo indícios de providências para evitá-lo”.

#Petrobras #PSDB #PT


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PT entrega Dilma de bandeja aos tucanos

2/03/2016
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 O PT está conseguindo um feito até então considerado impossível: empurrar o PSDB para o lado do governo Dilma Rousseff. Trata-se de um jogo de cartas marcadas, no qual o apoio dos tucanos deve ser entendido como um projeto de captura. Ou seja: se o governo apoiar as “boas ideias” do PSDB, contará com a sua adesão no Congresso e a sua banda de música. Ideias não faltam aos tucanos. O senador Tasso Jereissati esteve no Rio na semana passada caçando mais propostas para o take over de Dilma. A equação é simples assim: se houver impeachment ou cassação da chapa no TSE, o PSDB está pronto para se apresentar; se não houver nem uma coisa nem outra, o governo já estaria todo dominado. Ressalte-se que Aécio Neves não faz parte desta articulação. Ele seria mantido como liderança da tropa de choque do partido.   Tasso foi explícito em relação à estratégia dos tucanos: “Se Dilma optar pelas medidas corretas, nós apoiamos”. Os projetos de lei do senador José Serra caminham na mesma direção, notoriamente o fim da participação obrigatória da Petrobras nos blocos do pré-sal. É como se o PSDB fosse o partido do governo. Por essa lógica, quanto maior for a rachadura entre o PT e o Palácio do Planalto, maior a dependência da gestão de Dilma em relação ao tucanato. A mudança de posicionamento do PSDB segue um cálculo elementar: o tamanho da crise e as pernas bambas do governo abrem espaço para um jogo cooperativo que até então era radicalmente rejeitado pela oposição. O PT entra no cenário para contribuir com o imprevisto: isolar Dilma Rousseff e viabilizar que as políticas por ele condenadas venham a ser adotadas.

#Dilma Rousseff #Petrobras #PSDB #PT


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CCEE provoca curto circuito financeiro no mercado de energia

26/02/2016
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 O governo vai acabar causando um blecaute financeiro no mercado de energia. A situação crítica é motivada pela retenção dos pagamentos de termelétricas que entraram em operação ou aumentaram sua produção ao longo do ano passado para compensar a crise hídrica. A dívida já chega à casa dos R$ 4 bilhões. Em janeiro, a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) – “paraestatal” que funciona como clearing de todos os acordos de compra e venda do insumo e é responsável pela compensação financeira dos contratos – não liberou um centavo sequer para as térmicas. Em fevereiro, quitou apenas 12% do valor devido. A próxima compensação de contratos está marcada para o dia 8 de março. Mas, entre as empresas do setor, a percepção é que a CCEE não vai realizar qualquer pagamento. Com isso, a bola de neve da inadimplência deverá subir para R$ 6 bilhões. Esta situação afeta 14 grupos da área geração, privados e estatais. Em termos absolutos, a maior prejudicada é a Petrobras, que tem a receber aproximadamente R$ 2,5 bilhões da CCEE. A estatal, aliás, é duplamente atingida, pois o passivo se transforma em um complicador aos planos de desmobilização de ativos da companhia, que busca sócios ou compradores para suas térmicas.  O impasse entre os agentes e a CCEE é resultado do imbróglio jurídico que se arrasta desde o ano passado. Na outra extremidade deste fio desencapado estão as usinas hidrelétricas. Elas vêm obtendo seguidas liminares para não pagar integralmente a energia comprada a pre- ços mais altos no mercado livre. A motivação da exigência foi a necessidade de honrar os acordos de fornecimento com as distribuidoras. As hidrelétricas alegam que não podem ser penalizadas por terem cumprido uma determinação do ONS para reduzir sua geração própria e, assim, preservar o nível dos reservatórios. Estão cobertas de razão, tanto quanto as térmicas, que compraram combustível, arcaram com os custos de ativação das usinas e agora não recebem pela energia despachada. O fato é que a reação das hidrelétricas provocou um efeito dominó. Sem receber destas empresas, a CCEE decidiu brecar o pagamento das térmicas com a justificativa de que não há recursos suficientes para compensar os contratos. O curto-circuito no mercado de energia é o que poderia se chamar de um episódio kafkniano: o ONS que ordenou às hidrelétricas a redução da sua produção pró- pria e a compra de energia no mercado livre é o mesmo que autorizou o despacho das térmicas. Por sua vez, a CCEE que cobra o calote parcial das hidrelétricas é a mesma que não paga às térmicas. No centro, o governo, que adotou um modelo tarifário prejudicial a todos os geradores, tenta convencer térmicas e hidrelétricas a engolir as perdas com a promessa de uma eventual compensação mais à frente. Já se sabe onde essa conta corre o risco de parar: debaixo da porta do consumidor.

#CCEE #ONS #Petrobras


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Estado de vigília com a “Operação Próxima Vítima”

25/02/2016
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  A “higienização” promovida pelo Judiciário está criando um clima de pânico no meio empresarial. O RR conversou com um dos participantes de uma reunião realizada em São Paulo entre potentados do setor privado – o encontro contou também com a presença de um ex-ministro do STJ. O sentimento dominante, segundo a fonte, é que o empresariado, de antemão, já foi criminalizado. O informante abre o jogo: “Tendo em vista as relações tradicionalmente incestuosas com o setor público, as empresas privadas, com raríssimas exceções à regra, podem ser enquadradas em alguma malfeitoria.”  A indignação maior é com a fragilização dos mecanismos de defesa: “É como se o Judiciário tivesse ampliado seu direito dentro do estado de direito.” O recurso recorrente da delação, a extrapolação do instrumento da prisão preventiva e o vazamento de informações de processos que correm em segredo de Justiça seriam exemplos do novo regime em vigor. A priori, seguindo a linha de raciocínio da Lava Jato, todos os empresários já estão condenados pela simples suspeição. Por este fato, vivem em permanente expectativa sobre quem será a próxima vítima. A convicção é que a volúpia criminalizante transbordará da construção pesada para outros setores da economia. De acordo com a fonte, a sensação é de que não existe chão debaixo dos pés: “No passado recente, era ainda uma boa paranoia se pensar que o processo estava condicionado a uma disputa ideológico-partidária no epicentro do poder. Hoje, não restam mais dúvidas de que o Judiciário não está nem à esquerda nem à direita, e, muito menos, em conformidade com o histórico de suas ações no país.”  Há concordância de que os ilícitos relacionados à Petrobras fugiram a qualquer parâmetro anterior. Ocorre que o caso, muito embora a sua excepcionalidade, estendeu a todo o setor empresarial a dúvida quanto à probidade de seus atos. In dubio, corruptum est. A resultante são ameaças veladas de desinvestimento, fuga de capitais, desemprego, colapso de segmentos inteiros da indústria etc. Essa reação ao risco jurídico se dá em um péssimo ambiente econômico, o que acaba potencializando seu efeito destrutivo sobre o “espírito animal” do empresário (Apud John Maynard Keynes).  É compreensível o mal-estar dos empresários com essa nova combinação de fatos. Contudo, não há como justificar à luz do dia práticas como caixa 2, tortuosos financiamentos de campanha, contas invisíveis no exterior etc. Quem tomou o risco desses procedimentos para maximizar seus lucros que assuma as consequências – não custa lembrar que “lucro” vem da mesma raiz que a palavra “logro”. Mas alguma coisa se quebrou. Esse medo compartilhado pelo empresariado não tem precedente. As reuniões vão continuar, garante a fonte do RR.

#Lava Jato


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Lobisomem

24/02/2016
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 O codinome do grande gestor da solução financeira da joint venture entre Fernando Henrique Cardoso e Miriam Dutra atende por “Lobisomem”. O RR não revela a identidade do dito cujo por respeito à lenda viva. Mas dá uma pista: em seu diário de bordo no governo, FHC informa que o personagem aparecia no Palácio do Alvorada, à noite, na hora que queria, sem avisar ou combinar o assunto. A contrapartida aos serviços prestados pelo “Lobisomem” teria sido o acesso especial ao alto-comando da Petrobras e uma influência sem par junto aos fundos de pensão das estatais.

#FHC #Petrobras


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Avanço da Mitsui

22/02/2016
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A Mitsui está se aproveitando da liquidação de ativos da Petrobras e do câmbio a favor para ampliar seu poder na área de gás. Após comprar 49% da Gaspetro, fez uma oferta para ficar com parte das ações da estatal na MSGás . As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto:  Petrobras e Mitsui.

#Gaspetro #Mitsui #MSGás #Petrobras


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Sete Brasil é um território partido ao meio

18/02/2016
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 A Sete Brasil vive sua Guerra da Secessão. O RR apurou que um grupo de acionistas, encabeçado por Previ, Funcef e BTG, estaria se articulando para entrar na Justiça contra a Petros, também sócia da empresa. O objetivo seria impedir o fundo de pensão de votar nas próximas reuniões de Conselho. A alegação é de que existe um conflito de interesses por conta do duplo chapéu da Petrobras – sócia e maior cliente da Sete Brasil. Puro jogo de cena. A manobra teria como finalidade abrir caminho para a aprovação do pedido de recuperação judicial da companhia. Hoje, entre os maiores acionistas, a Petros seria o único contrário à medida. Procurada, a Sete Brasil disse desconhecer o assunto. Ressalte-se que a empresa contratou os préstimos da consultoria Alvarez & Marsal, sinônimo de recuperação judicial.

#Alvarez & Marsal #BTG Pactual #Funcef #Petrobras #Petros #Previ #Sete Brasil


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Furnas é um condado nas Minas e Energia

12/02/2016
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   O recente vazamento do eventual projeto de abertura do capital de Furnas, prontamente desmentido pelo governo, mostrou o quanto é sinuosa e cheia de atalhos a estrutura hierárquica na área de Minas e Energia. O presidente da estatal, Flavio Decat, levou o assunto para a reunião com sindicalistas realizada no último dia 13 de janeiro – e de lá para a mídia – sem consultar formalmente o ministro Eduardo Braga e o seu superior imediato, o nº 1 da Eletrobras, José da Costa Neto. Segundo o RR apurou, a proposta de IPO de Furnas chegou a ser discutida no ano passado, dentro de um plano maior que previa também a oferta de ações da Eletronorte, Chesf e Eletrosul. No entanto, ela foi engavetada pelo próprio Eduardo Braga, que considerou o timing inadequado – nas reuniões, o ministro chegou a usar como exemplo as dificuldades da Petrobras para vender parte da BR. Decat não tomou ciência de Braga e desarquivou essa agenda por conta própria. Não foi o primeiro curto-circuito entre ambos. Consultada, a Eletrobras informou que “não há, neste momento, qualquer autorização governamental para a operação”.  Em condições normais de temperatura e pressão, o prazo de validade de Flavio Decat na presidência de Furnas já teria se esgotado – talvez antes mesmo deste último episódio –, devido ao seu, digamos assim, excesso de proatividade. Mas o organograma da cúpula do setor elétrico tem suas sutilezas. Decat pertence à cota pessoal de Dilma Rousseff, a quem é muito ligado desde os tempos em que ela estava no Ministério de Minas e Energia. Costuma ser recebido no Planalto com frequência superior à de muitos ministros. O próprio Eduardo Braga tem dificuldade em medir se o vazamento dos planos para um IPO de Furnas ocorreu por mero voluntarismo de Decat ou se esse balão subiu aos céus soprado pelo Planalto. Braga talvez prefira nem saber.

#BR Distribuidora #Chesf #Dilma Rousseff #Eletrobras #Eletronorte #Eletrosul #Furnas


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Passe livre

12/02/2016
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 O governo está por um triz de alterar o projeto de Lei 131, desobrigando a Petrobras de participar de 30% dos consórcios dos blocos do pré- sal. Mesmo assim, o senador José Serra não descansa. Fez a cabeça do líder do PMDB, Eunício Oliveira, que passou a defender o projeto.

#Petrobras

Acervo RR

Passe livre

12/02/2016
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 O governo está por um triz de alterar o projeto de Lei 131, desobrigando a Petrobras de participar de 30% dos consórcios dos blocos do pré- sal. Mesmo assim, o senador José Serra não descansa. Fez a cabeça do líder do PMDB, Eunício Oliveira, que passou a defender o projeto.

#Petrobras


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GásLocal é um palco de discórdia

11/02/2016
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  A GásLocal, comercializadora e distribuidora de Gás Natural Liquefeito (GNL), corre risco de paralisar as suas atividades. A Petrobras, que é sócia da White Martins no negócio, ameaça suspender o fornecimento de gás natural à empresa se a White Martins se mantiver irredutível em reajustar imediatamente os valores do combustível comprado da estatal. A Petrobras se baseia em uma decisão do Cade, que determinou a revisão do contrato entre a Petrobras, a White Martins e a GásLocal para acabar com qualquer tipo de subsídio nos preços do gás, que estariam prejudicando a concorrência. A White Martins, por sua vez, tentou barrar a decisão na Justiça, mas recentemente o STJ revogou liminar que suspendia a decisão do Cade.  Já houve diversas reuniões entre os sócios da GásLocal, mas não se chegou ainda a um acordo de preço. A White Martins alega que a proposta de reajuste da Petrobras inviabiliza a GásLocal. A estatal contra-argumenta que já teve quase R$ 350 milhões de prejuízo com os subsídios. Não aceita mais nem garantir o preço até 2024, como previa o contrato original, mas apenas até 2019 em função das volatilidades no mercado de gás natural. Se o impasse persistir, a White Martins, que tem 60% da GásLocal, pretende vender a planta de liquefação de Paulínia (SP), única unidade da GásLocal. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e White Martins.

#GásLocal #Petrobras #STJ #White Martins


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“Demissômetro”

3/02/2016
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 No demissômetro da Petrobras, o Comperj dispara no ranking. Bateu a marca de 37 mil desligamentos, 97% do total.

#Comperj #Petrobras


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Vallourec sofre os efeitos colaterais da Lava Jato

1/02/2016
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 A Vallourec não está na ponta da língua de delatores premiados, não foi alvo de diligências da Polícia Federal, sequer é suspeita de algum malfeito. Ainda assim, é mais uma das tantas empresas da cadeia de óleo e gás arrastadas pela Lava Jato. O “petrolão” lançou a fabricante de tubos em sua mais grave crise em 63 anos de Brasil, contabilizando-se as quase cinco décadas em que atendia pelo nome de Mannesmann. Seu prejuízo acumulado já estaria na casa dos R$ 2 bilhões, boa parte proveniente da joint venture com a japonesa Sumitomo – leia-se a Vallourec & Sumitomo Tubos do Brasil (VSB). Com uma queda de mais de 50% na carteira de pedidos e recorrentes prejuízos, a direção do grupo francês trabalha com dois cenários para 2016: um ruim e o outro ainda pior. No primeiro caso, a hipótese sobre a mesa é a suspensão de um turno inteiro de trabalho e a desativação de um alto-forno na fábrica do Barreiro, em Belo Horizonte, o que acarretaria na demissão de quase metade do atual efetivo de quatro mil funcionários. Mas a escala Richter da Vallourec poderá registrar um abalo sísmico ainda maior: o fechamento em definitivo da usina. Com uma taxa de ociosidade acima dos 60% e instalações obsoletas, a planta de Barreiro iria para o sacrifício, uma forma de os franceses preservarem a moderna unidade de Jaceaba, também em Minas Gerais, esta em associação com a Sumitomo.  Não obstante o interesse dos franceses em resguardar a fábrica de Jaceaba, a própria VSB faz parte do problema e não da solução. No ano passado, a joint venture foi obrigada a fazer uma baixa contábil da ordem de R$ 1,4 bilhão referente ao valor da planta industrial. Franceses e japoneses estimam que nem em uma década conseguirão recuperar os R$ 5 bilhões investidos na unidade, inaugurada em 2011. Mesmo após ter fechado com a Petrobras um contrato para a venda de tubos sem costura no valor de R$ 8 bilhões, a VSB passou cinco meses do ano operando com a bandeira a meio mastro. Cerca de mil funcionários, metade do quadro de pessoal da fábrica de Jaceaba, tiveram seu contrato de trabalho suspenso entre julho e novembro. A VSB pegou a tempestade perfeita. Além do “petrolão” e da consequente retração dos investimentos em E&P no Brasil, a empresa foi duramente afetada pela queda dos preços do petróleo – em grande parte, a fábrica de Jaceaba foi projetada para atender encomendas internacionais. A empresa Vallourec não comentou o assunto.

#Petrobras #Sumitomo #Vallourec #VSB


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Custo marginal

1/02/2016
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 Além do custo direto, cobrado na “fonte”, os desvios de conduta dos ex-diretores da Petrobras já sugaram cerca de R$ 420 milhões do caixa da estatal. Este é o valor que foi gasto pela companhia em um ano e meio para investigar denúncias de fraudes e remodelar a estrutura de compliance. O maior dos contratos, com o escritório Trench, Rossi e Watanabe, no valor de R$ 106 milhões, vence em março.  Por falar em compliance, já passa de 30 o número de funcionários da BR Distribuidora que são alvo de investigações internas por suspeitas de corrupção. O trabalho é conduzido diretamente pelo presidente interino da estatal, Carlos Alberto Tessarolo. Procurada, a BR não informou o número de investigados, mas confirmou que estão em “curso comissões internas de apuração”.

#Petrobras #Rossi #Trench #Watanabe


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Futuro da Transpetro

27/01/2016
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 A Petrobras concluiu o plano quinquenal de negócios da Transpetro em linha com o cenário de austeridade que vai pautar a empresa por muitos e muitos anos. Além da notória venda de 49% do capital da Transpetro, pretende condicionar futuros investimentos nos novos dutos que serão licitados pela ANP a participações minoritárias da subsidiária. Até o presente, a Transpetro reinou absoluta no capital das empresas. O diacho vai ser ela arrumar recursos para participar dos novos projetos.

#ANP #Petrobras #Transpetro


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Prateleira

26/01/2016
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 A Shell tem interesse nos terminais de GNL da Petrobras no Rio e no Ceará.

#Petrobras #Shell


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Brookfield multiplica seus investimentos no Brasil

25/01/2016
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  Poucos investidores internacionais têm levado tão a sério a tese de que é uma boa hora para se comprar ativos no Brasil quanto a Brookfield. Além da iminente entrada no capital da Invepar e do suposto interesse na participação da Petrobras na Braskem, especulado no noticiário nos últimos dias, o RR apurou que a companhia canadense está envolvida em outras duas operações no Brasil, nas áreas de logística ferroviária e saneamento. De um lado, mantém tratativas com o empresário Rubens Ometto para se associar à Rumo ALL; do outro, já teria aberto conversações para a compra de uma participação da Águas do Brasil , holding pertencente às construtoras Queiroz Galvão, Cowan e Carioca Engenharia e Acquapar. Procurada, a empresa de saneamento nega a operação.  A Brookfield está se aproveitando da combinação “perfeita” de momento – câmbio favorável, crise econômica e depreciação dos ativos – para acelerar seu projeto de ocupação e consolidação de setores como energia elétrica, petróleo, concessões de infraestrutura e real estate. O Brasil é a bola da vez no mapa de negócios da companhia. Nos últimos dois anos, para cada quatro dólares desembolsados pelos canadenses na América Latina, três dólares foram direcionados à compra de empresas brasileiras. Nesse período, a Brookfield aportou R$ 5 bilhões no país. Fontes próximas à empresa afirmam que os canadenses reservaram o equivalente a R$ 4 bilhões para novas aquisições ao longo deste ano.  A Brookfield enxerga um aspecto em comum na Águas do Brasil e na Rumo ALL: ambas podem servir como ponto de partida para a montagem de um colar de participações nas áreas de saneamento e de logística ferroviária. As duas empresas guardam também outra semelhança, esta não meritória: fragilizadas pelas circunstâncias, têm encontrado dificuldades para avançar com as próprias pernas. A Águas do Brasil estaria em busca de um sócio há mais de um ano. Já a Rumo ALL prepara um programa de desmobilização de ativos para conseguir honrar os investimentos obrigatórios em suas concessões – ver RR edição de 9 de outubro de 2015. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Brookfield e Rumo ALL.

#Acquapar #Águas do Brasil #Braskem #Brookfield #Carioca Engenharia #Cowan #Invepar #Petrobras #Queiroz Galvão #Rumo ALL


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Mais um processo na conta de Cerveró

22/01/2016
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 Demorou, mas Nestor Cerveró também entrou na linha de tiro do Dodge & Cox, um dos minoritários da Petrobras que tem adotado uma postura mais agressiva contra a empresa na Justiça dos Estados Unidos. O fundo norte-americano, que já processa a estatal, os ex-presidentes José Sergio Gabrielli e Maria das Graças Foster e cinco antigos diretores da companhia, prepara-se para entrar com uma ação contra Cerveró, responsabilizando-o especificamente pelos prejuízos decorrentes da compra de Pasadena. Ele era o diretor internacional da Petrobras quando a empresa fechou a malfadada operação. A Petrobras não comentou o assunto.

#Dodge & Cox #Maria das Graças Foster #Nestor Cerveró #Pasadena #Petrobras


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Abreu e Lima

21/01/2016
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 O novo corte no programa de investimentos da Petrobras deverá empurrar a conclusão das obras da refinaria de Abreu e Lima para 2020, dois anos depois do prazo previsto. A estatal calcula que ainda terá de desembolsar US$ 1,6 bilhão no projeto. A Petrobras não comentarou o assunto.

#Petrobras


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Somente o dedo do dono pode salvar a Petrobras

20/01/2016
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  O ex-ministro Delfim Netto deveria ser convocado para explicar o impacto das externalidades no planejamento da economia brasileira. Tanto ele quanto Mario Henrique Simonsen pagaram o preço de não terem antevisto o choque dos preços do petróleo e a brutal elevação dos juros norte-americanos conduzida pelo então presidente do Fed, Paul Volcker. Os dois eventos escangalharam com a economia do país por um tempo bem maior do que promete a efeméride de Dilma Rousseff. O paralelo que se faz hoje em relação às externalidades é com a agônica Petrobras .   A empresa é acusada de incompetência por não ter adivinhado a queda do petróleo para o valor irrisório de US$ 30 – as novas projeções rebaixam o preço a inacreditáveis US$ 20 (durante o período de 2002 a 2014, a cotação média foi superior a US$ 60 e, em 2014, chegou a US$ 104). É bombardeada pelo episódio da Lava Jato, uma máfia de três ou quatro diretores, com extensa capilaridade junto a fornecedores e políticos, cuja responsabilidade não pode ser atribuída à corporação, e por planos de negócios avantajados, todos aprovados por um conselho composto por alguns dos mais renomados empresários e técnicos do setor privado. Estes, assim, como os demais integrantes da estatal, não conseguiram profetizar a mudança de parâmetros fundamentais ao planejamento dos investimentos, a exemplo do câmbio (a média da cotação do dólar entre 2002 e 2004 foi pouco superior a R$ 2,00, distante dos mais de R$ 3,00 que vigoram de 2014 para cá) e do PIB (em 2002, o crescimento do PIB estava em 3,1% e, no ano de 2013, em 3%, com um avanço médio de 3,7% no período, contra prováveis 3% negativos em 2015).  O governo errou muito, sem dúvida. Mas boa parte foram erros velhos, nem por isso perdoáveis, a exemplo do uso do controle de pre- ços dos combustíveis para segurar a inflação – todos os governos anteriores usaram da mesma prática. Erro de novíssima geração foi a participação compulsória da estatal em 30% de todos os projetos no pré-sal. A obrigatoriedade de conteúdo nacional, apontada como obtusa, contraditoriamente foi festejada por industriais e financistas no momento da sua aprovação. O fato é que a Petrobras está aos cacos, e parlamentares, economistas e empresários, no limite da irresponsabilidade, insistem que o problema é dela; e ela que se dane. Ou seja: a companhia não seria uma responsabilidade também do governo, do Estado e do povo brasileiro.  O RR tem dito diversas vezes que a maior empresa do país e também maior agência contratante de mão de obra e compradora de equipamentos, além de braço para interiorização econômica, necessita de um plano com quatro vertentes: corte de gastos, redução de investimentos, desmobilização de ativos e capitalização. É este ultimo componente, talvez o mais importante, que tem sido dizimado pelos críticos. Ao contrário do que dizem, a Petrobras pode, sim, ser capitalizada sem qualquer impacto na dívida bruta da União.  A operação consistiria na criação de uma Sociedade de Propósito Específico pelo Tesouro no exterior. O governo capitalizaria esta SPE com alguma parcela de reservas cambiais. Com esses recursos, seriam compradas dívidas de curto prazo da estatal, que passariam a integrar o ativo da SPE. Ela poderia negociar os financiamentos por linhas de longo prazo. A Petrobras, por sua vez, teria uma brutal redução do seu custo financeiro. O segredo de polichinelo seria a cura do fetiche de que as reservas são intocáveis. Ora, se são intocáveis, para que, então, ter reservas?

#Petrobras


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Cabo de guerra

20/01/2016
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 Além da pressão pela montagem de um novo Conselho, os bancos e fundos acionistas da Sete Brasil – notadamente Santander, Previ e Funcef – querem destituir o presidente, Luiz Eduardo Carneiro, e tirar da Petrobras a prerrogativa de indicar o nº 1 da companhia. Consultada, a empresa disse “desconhecer” tal exigência.

#Funcef #Petrobras #Previ #Santander #Sete Brasil


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“Google Maps” do Lava-Jato

20/01/2016
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 No QG da Lava Jato, a delação premiada do empresário João Antônio Bernardi Filho já é chamada de “Google Maps”. Seus depoimentos têm sido decisivos para mapear os passos do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, aqui e lá fora.

#Delação premiada #Lava Jato


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Lista Youssef

19/01/2016
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 Além de mapear o caminho do dinheiro no PP, que levou a Justiça a levantar o desvio de R$ 358 milhões da Petrobras, Alberto Youssef citou em seus últimos depoimentos integrantes do partido que ainda não constam da Lista Janot.

#Alberto Youssef #Lava Jato #Petrobras #PP


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Galp coloca seus blocos na gôndola ao lado da Petrobras

18/01/2016
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 No momento em que os bancos de investimento povoam o mercado com soturnos relatórios e já projetam o brent abaixo dos US$ 20, a Galp Energia decidiu seguir os passos da Petrobras. Seguir os passos, neste caso, não é mera força de expressão. Os portugueses pretendem pegar carona no plano de desmobilização de ativos da estatal para vender participações em blocos de óleo e gás de braços dados com a companhia. O comensalismo também é visto com bons olhos na Petrobras: a expectativa é que a operação casada permita à dupla fechar acordos em condições um pouco mais favoráveis. Para a Galp, o foco principal é o campo de Carcará (BM-S-8), na Bacia de Santos. Dona de 14% do consórcio, a companhia já teria oferecido uma parcela de suas ações à Sinopec e à PetroChina, que vêm mantendo conversações para a compra de uma fatia da participação da Petrobras – a estatal é sócia majoritária, com 66%. A intenção dos portugueses é ficar com menos de 10% e reduzir seu risco em um dos projetos do pré-sal mais promissores e, ao mesmo tempo, mais afetados pela crise do setor e pela arritmia financeira de seu maior acionista e operador. A Petrobras suspendeu todos os investimentos no campo de Carcará, sendo seguida pela Galp e os demais sócios – Queiroz Galvão e Barra Energia.  Em outro front, a Galp quer reduzir sua presença no bloco BM-S-24, atualmente de 20%. É mais um ativo no pré-sal para o qual a Petrobras, detentora dos 80% restantes, busca comprador. Segundo informações filtradas junto à companhia, a indiana Videocon Industries manifestou interesse em assumir parte das ações. Sócio da própria estatal em blocos no Sergipe, o grupo controlado pelo empresário Venugopal Dhoot já anunciou a disposição de investir US$ 2,5 bilhões no Brasil, aproveitando-se da depreciação dos ativos de exploração e produção. No vácuo da Petrobras, a Galp também espera tomar o caminho das Índias.  Não obstante as circunstâncias serem extremamente adversas para a venda de ativos de E&P, a Galp vem sofrendo pressão de seus acionistas para reduzir a exposure no Brasil. O grupo não vive um momento dos mais auspiciosos do ponto de vista da sua liquidez. Enfrenta ainda um período de turbulência institucional, agravado por conflitos trabalhistas em Portugal. Na semana passada, inclusive, funcionários da empresa chegaram a convocar uma paralisação, acusando a Galp de descumprir acordos firmados com sindicatos locais. A empresa Galp não retornou o assunto.

#Barra Energia #Galp #Petrobras #PetroChina #Queiroz Galvão #Sinopec #Videocon Industries


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A caveira de burro da Casa Civil

14/01/2016
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  A Polícia Federal acredita que o “Bacalhau” é o ingrediente que falta para transformar em um sarapatel as contas de campanha do ministro Jaques Wagner. Antes de mais nada, “Bacalhau” é o apelido de Armando Tripodi, figurão do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, e “muy amigo” de Wagner. Ele é que sustentou com maior ênfase junto a Nestor Cerveró que a grana de campanha do ministro era oriunda de propina da Petrobras. Cerveró, é claro, está entregando até a própria mãe. A PF pretende fritar o “Bacalhau” até ele virar bolinho. Por enquanto, é tudo suspeição e dedurismo. Mas, caso algo venha a ser confirmado, seria como se dois raios caíssem no mesmo lugar.  Hoje, depois do onipotente Lula, Jaques Wagner é o quadro mais importante do PT, e, certamente, depois de Dilma Rousseff, a figura mais relevante do atual governo. É como se fosse um José Dirceu mais jeitoso politicamente e temperado com dendê. Tem feito a diferença entre os seus pares no governo. Talvez haja uma maldição no gabinete da Casa Civil. Recomendase folha de arruda e banho de sal grosso, além de conduta ilibada, é claro.

#Nestor Cerveró #Petrobras #PT


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1, 2, 3, isola…

11/01/2016
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 Em meio à tensão com a queda do preço do barril de petróleo para US$ 38, um gaiato distribuiu pelos corredores da Petrobras cópias da previsão da Goldman Sachs, no ano passado, de que o barril do petróleo chegará a US$ 20 em 2016. Por pouco não foi linchado.

#Goldman Sachs #Petrobras


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Ultra fisga um cardume de postos bandeiras branca

6/01/2016
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  O sonho de consumo do Grupo Ultra em 2016 não é segredo para ninguém: em 10 de agosto de 2015, o empresário Paulo Cunha afirmou que, se a BR Distribuidora fosse vendida em pedaços, ele garantiria a compra de uma leva de postos da companhia. Mas dificilmente a modelagem de venda da estatal passará pelo fatiamento da rede. Resta ao Ultra encher o tanque com a incorporação de estabelecimentos de bandeira branca. Neste momento, o conglomerado mantém em seu radar cerca de 200 unidades, a maioria nas Regiões Norte e Nordeste. Grande parte das negociações já foi iniciada e deverá ser concluída no primeiro trimestre deste ano. O garimpo custará algo entre R$ 220 milhões e R$ 250 milhões. Segundo o RR apurou, alguns destes estabelecimentos estão também na mira da Raízen. Mas o Ultra tem adotado uma política agressiva para fisgar os postos sem bandeira e, desta forma, comprar mercado. As iscas incluem o pagamento mais generoso de luvas – até 20% acima da concorrência – e a cobrança de royalties mais baixos.  O orçamento do Ultra para este ano prevê R$ 880 milhões para a abertura de unidades com a marca Ipiranga ou a incorporação de postos bandeira branca. Trata-se de uma cifra 25% superior ao montante gasto ao longo de 2015 – cerca de R$ 700 milhões. A escalada dos investimentos é proporcional ao peso do negócio para o conglomerado como um todo. Hoje, a distribuição de combustíveis responde por 85% do faturamento do Ultra, que fechou 2015 com mais de R$ 70 bilhões em vendas.  Por qualquer ângulo que se olhe, a BR é a referência a ser perseguida pelo Grupo Ultra, notadamente na disputa pelo ranking do setor. Nos últimos anos, a combinação entre os expressivos investimentos do Ultra e a estagnação da subsidiária da Petrobras reduziu consideravelmente a distância entre ambos. A BR tem cerca de oito mil postos, contra 7,2 mil da Ipiranga. Há três anos, essa diferença era superior a dois mil pontos de venda.

#BR Distribuidora #Grupo Ultra #Petrobras

Acervo RR

Purificação

5/01/2016
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 A Hines, gigante da incorporação imobiliária, teria decidido não fazer mais negócio com governos ou estatais no Brasil. Procurada, a empresa nega. Ressalte-se, contudo, que a Hines já abriu uma sindicância para apurar o pagamento de propina no aluguel da Torre do Almirante, no Centro do Rio, para a Petrobras.

#Petrobras


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Purificação

5/01/2016
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 A Hines, gigante da incorporação imobiliária, teria decidido não fazer mais negócio com governos ou estatais no Brasil. Procurada, a empresa nega. Ressalte-se, contudo, que a Hines já abriu uma sindicância para apurar o pagamento de propina no aluguel da Torre do Almirante, no Centro do Rio, para a Petrobras.

#Petrobras


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Investimentos afundam na camada do pré-sal

4/01/2016
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 Petrobras, Shell/BG, Total, CNOOC e CNPC puxaram o freio de mão. O quinteto que concentra o maior número de blocos na camada do pré-sal está fazendo apenas os investimentos mínimos obrigatórios fixados nos contratos de exploração. Na média, a redução dos aportes originalmente previstos para 2016 (US$ 35 bilhões) gira em torno dos 35%. Como não poderia deixar de ser, os cortes mais agudos vêm da Petrobras. Responsável por 80% dos investimentos programados para o pré-sal, a companhia já ceifou 45% do seu orçamento. Na paralela, tenta deslanchar seu plano de desmobilização de ativos. A estatal colocou à venda participações em dez áreas na Bacia de Santos, a começar pelo megacampo de Libra, a maior reserva conhecida do pré-sal brasileiro. Dona de 40% do consórcio, a Petrobras já teria oferecido o equivalente a 10% do capital para a Shell, sua sócia. No entanto, o grupo declinou, sendo seguido pelos demais acionistas, Total, CNOOC e CNPC. Em meio a essa maré contrária, as estimativas de produção afundam cada vez mais. Em 2020 deverão ser extraídos da camada do pré-sal cerca de 2,5 milhões de barris por dia, um pouco mais da metade da projeção inicial.  Além dos fatores de desestímulo comuns a todos, notadamente a queda do preço do brent e a conturbada conjuntura política e econômica no Brasil, há ainda óbices individuais que têm impactado nas decisões de investimento das grandes petroleiras. A própria Shell enfrenta enormes dificuldades para obter autorização da ANP para explorar a área no bloco BC-10, chamado de Parque das Conchas. A cerca de três meses do prazo previsto para o início das atividades, a Shell está impedida de operar o Campo de Massa, o único da área de concessão dentro do pré-sal, uma vez que a agência ainda não liberou o Acordo de Individualiza- ção da Produção (AIP).  Outro caso emblemático é o da Total. A empresa garante que o campo de Libra é a sua prioridade no Brasil. No entanto, dos US$ 800 milhões em investimentos no Brasil programados para o biênio 2015/ 2016, apenas 20% deverão ser destinados à operação. Com o brent na casa dos US$ 30, os franceses decidiram concentrar a maior parte dos recursos em outras áreas, onde a exigência financeira e o risco são bem menores. A Exxon, que já contabilizou perdas em seu balanço com a perfuração de dois poços secos na Bacia de Santos, é ainda mais radical. Seu presidente mundial, Rex Tillerson, deixou bem claro que a companhia somente investirá no pré-sal se houver mudanças na legislação que reduzam os custos de exploração. O campo de Libra, por exemplo, está entre os mais onerosos do mundo. Segundo estimativas oficiais do Ministério de Minas e Energia e da Petrobras, o investimento só se paga com o preço do barril na faixa entre US$ 55 e US$ 45, bem acima da cotação atual.  São tantas as nuvens cinzas sobre o pré-sal brasileiro que o Ministério de Minas e Energia estuda postergar os novos leilões. As licitações ficariam apenas para 2017. Ao longo do ano que vem, a ANP leiloaria somente blocos convencionais. A medida evitaria o estrangulamento financeiro da própria Petrobras, obrigada, por lei, a ter 30% de todos os consórcios no pré-sal. A companhia agradece, mas as contas públicas, não, uma vez que o potencial de arrecadação das concessões nas demais áreas é consideravelmente menor. É aquela velha história: o que é bom para a Petrobras quase nunca é bom a União. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras e Shell.

#BG #CNOOC #CNPC #Petrobras #Shell #Total


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Em 2016, vem aí a Operação “Furo Certo”

30/12/2015
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 Millôr Fernandes costumava dizer “Viva o Brasil, onde o ano inteiro é primeiro de abril”. Pois o ano de 2015 foi ainda mais desafiador para aqueles que se dedicam a separar a verdade da burla e o fato da ficção. O Relatório Reservado está convicto de que realizou esta decantação com êxito em suas 246 edições de 2015. Aliás, foi exatamente em abril, não no dia 1º, mas no dia 30, que o RR abordou pela primeira vez a regularização dos recursos de brasileiros no exterior. Àquela altura, o assunto sequer estava na ordem do dia. Ninguém apostava também na substituição de Joaquim Levy no seu período de apogeu. O RR cantou a bola que o novo ministro da Fazenda seria Nelson Barbosa. Dito e feito. O RR acompanhou de perto o esforço de Joaquim Levy para tocar o ajuste fiscal. Ao mesmo tempo, trouxe à tona uma série de ideias discutidas pela equipe econômica que sequer chegaram a ser colocadas em prática, como o ajuste patrimonial (privatizações, leilões de concessão em marcha forçada e securitização de ativos dispersos), o limite para o gasto público e a implantação de um regime de bandas fiscais, tema de matéria na edição de 5 de março e que viria a ser alvo de intenso debate nos meses seguintes. Há outras propostas que o RR antecipou e, por ora, deixa de bandeja para que se concretizem em 2016.Uma delas é a securitização da dívida ativa da União. Outras medidas são a ampliação da capacidade de solvência, com a liberação de cheques em branco do FMI, Bird, Banco dos Brics e CAF, e a utilização das reservas na suspensão da rolagem de swaps cambiais e abatimento da dívida pública bruta. O uso do lastro em moeda forte poderia também ser usado para o reequilíbrio da Petrobras por meio da criação de uma SPE no exterior capitalizada com recursos da União, o que permitiria a compra dos passivos de curto prazo da estatal, reduzindo seu custo financeiro.  Por falar em Petrobras, entre as 2.180 matérias e notas veiculadas pelo Relatório Reservado em 2015, nenhuma outra empresa foi mais citada do que a estatal – 185 menções. Em muitas das vezes, o RR trouxe notícias que não gostaria de dar. Foi o caso da edição de 16 de junho, quando antecipou o draconiano programa de cortes da estatal, com a previsão de redução de 70 mil a 100 mil postos de trabalho. Em contrapartida, os leitores do RR puderam acompanhar de perto o processo de higienização da companhia. Em 23 de setembro, informamos com exclusividade as novas medidas implantadas pela estatal para melhorar sua estrutura de compliance. Além disso, o RR antecipou, na edição de 20 de julho, a saída de José Andrade de Lima Neto da presidência da BR Distribuidora. Ainda que a política econômica tenha espremido o noticiário corporativo, o Relatório manteve seu compromisso de perscrutar os passos dos maiores grupos empresariais brasileiros. Apenas para refrescar a memória, alguns exemplos de notícias que chegaram primeiro no RR. Em 9 de março, a newsletter antecipou mudanças na gestão da Telefônica Brasil, com o afastamento do então diretor geral, Paulo Cesar Teixeira. Em 2 de junho, informamos que Abilio Diniz compraria mais 2% do Carrefour Brasil, o que se confirmou logo à frente. Em 16 de outubro, o RR cravou que o governo derrubaria a participação obrigatória da Infraero nas licitações aeroportuárias. Na edição de 24 de novembro, dissemos que a situação do então presidente da Light, Paulo Roberto Pinto era insustentável. Seis dias depois, o executivo deixou o comando da distribuidora. Em 11 de dezembro, o Relatório revelou a necessidade da Rumo ALL vender ativos para honrar compromissos financeiros, fato que ganharia os jornais uma semana depois. Nas edições de 26 de maio e 28 de outubro, a publicação tratou das perdas do Walmart no Brasil e do risco de fechamento de mais lojas. Ao longo do ano, o RR contou em detalhes a saga da saída do HSBC do Brasil, com sua venda para o Bradesco. No dia 15 de setembro, o RR antecipou a assembleia de credores da OAS que abriria caminho para a iminente venda de sua participação na Invepar à Brookfield. O Relatório também saiu na frente contando detalhes do derretimento da indústria siderúrgica nacional, notadamente da CSN e da Usiminas. Da mesma forma, a publicação desvendou os planos da Camargo Corrêa de liquidação de seus ativos. Falta fôlego aos autores do RR para elencar o total de acertos em 2015. Seria preciso muitas edições como esta. A Lava Jato, como não poderia deixar de ser, mereceu um RR dentro do RR. Nos últimos 12 meses, foram 159 notícias, esquadrinhando a operação pelo ângulo das empresas e dos personagens envolvidos. Em 2015, o RR citou mais de 450 nomes entre corporações, empresários, executivos e autoridades. Não faltou, no entanto, quem quisesse silenciar o Relatório Reservado, a começar pelo ex-maior banqueiro de investimentos do Brasil. André Esteves tentou constranger o RR das mais diversas maneiras. Chegou a entrar na Justiça com o claro propósito de evitar a divulgação de informações contrárias aos seus interesses, como a mal explicada compra de blocos da Petrobras na África e a não menos polêmica aquisição de postos da BR Distribuidora. O tempo mostrou de que lado estava a verdade. Que assim seja em 2016. O RR renova o compromisso de levar até o seu assinante informações exclusivas com base em seus três princípios basilares: independência, destemor e isenção. O RR voltará a circular na próxima segunda-feira, dia 4 de janeiro. A todos os assinantes, um Feliz 2016!


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Delcídio entre a Omertá e a remissão

23/12/2015
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 De 25 de novembro, quando André Esteves e Delcídio do Amaral foram presos, até o último dia 16, a única versão sobre o episódio envolvendo os dois personagens foi extraída de uma conversa grampeada na qual o senador implicava o banqueiro no pagamento da fuga de um criminoso – o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró – para o exterior.  No dia 16, por espontânea vontade, Delcídio autorizou sua defesa a desmentir suas próprias declarações, inocentando Esteves, que teria servido como blefe nas negociações com Bernardo, filho de Cerveró e autor das gravações. O boi de piranha poderia ser ele ou um outro banqueiro qualquer (pode ser que sim, pode ser que não).  Delcídio demorou 21 dias para se arrepender, expondo sua canalhice em praça pública, em um ato calhorda que levou Esteves à humilhação e desgraça (pode ser que sim, pode ser que não). O que teria ganho Delcídio contando a verdade sobre Esteves além da purga católica da própria culpa? Terá sido melhor para sua defesa ter coberto de lama e imoralidade sua imagem? (pode ser que sim, pode ser que não).  Ou teria Delcidio simplesmente sentido medo? Um medo desesperador de que uma terrível ameaça se concretizasse e algo obsceno e ignominioso atingisse a ele e a seus entes mais queridos (pode ser que sim, pode ser que não).  Quando será que Delcídio do Amaral mentiu? Antes ou agora? Vai ver, recebeu um peixe morto enrolado em jornal.

#André Esteves #Delcídio do Amaral #Nestor Cerveró #Petrobras


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Duque pretende delatar

23/12/2015
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 O ex-diretor da Petrobras Renato Duque retomou as negociações para um acordo de delação premiada. A primeira tentativa, em outubro, foi barrada pelo procurador-geral da república, Rodrigo Janot, que considerou os depoimentos de Duque irrelevantes.

#Petrobras #Rodrigo Janot


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Gasodutos

21/12/2015
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 A Transpetro vai sair fortalecida do processo de rearrumação dos ativos da Petrobras. A companhia deverá ficar com a antiga participação da Gaspetro em quatro gasodutos no país. Ressalte-se que os pipelines não fizeram parte da operação de venda de 49% da estatal para a japonesa Mitsui.  Procurada pelo RR, a Petrobras  não retornou e não comentou o assunto.

#Gaspetro #Mitsui #Petrobras #Transpetro


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O desabafo de Joaquim Levy ao RR

18/12/2015
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Goste-se ou não de Joaquim Levy, o fato é que ele nunca conseguiu implementar seu ajuste fiscal. O que fez foi tentar sinalizar ao mercado alguma meta de superávit primário para não parecer que o governo se comportava como um lunático em relação ao ritmo de crescimento da dívida bruta/PIB. Levy acabou por entregar uma arrumação das contas fiscais bem inferior ao que sempre considerou necessário, sabendo que as circunstâncias políticas impediam o recomendável. A realidade foi madrasta e o superávit primário deverá ser ainda mais irrisório. Fez o que pôde. Talvez esteja esperando demais para sair, o que pode ser uma prova de elevado espírito cívico. Com seu jeito cauteloso de tratar das questões de fundo político, ele conversou com o RR explicando que o ajuste ficou na sua trajetória como uma incômoda cicatriz. A resistência a medidas óbvias lhe empurraram para uma cruzada monotemática. Levy queria bem mais do que impostos e corte de despesas. Mas justiça seja feita: enquanto o público assistia à novela das nove sobre o ajuste, Levy foi tocando uma programação de baixo apelo e grande efetividade. Deixará um legado.   AGENDA DO CRESCIMENTO “Ao contrário do que é disseminado, a agenda do Ministério da Fazenda nunca foi o ajuste fiscal. A proposta apresentada desde a posse é consertar equívocos e avançar nas reformas para preparar o Brasil pós-commodities. A Fazenda tem sido um baluarte contra a deriva fiscal, cujo custo ficou evidente depois do orçamento de 2016, deficitário, e o downgrade que ele gerou. A agenda de crescimento começa com o combate ao patrimonialismo, mostrado na reforma do Carf. O fortalecimento da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, focando em processos com mais chance de sucesso, também progrediu, apesar da distração provocada por algumas pautas da AGU. Cobrar de quem deve, diminuindo a necessidade de novos impostos, ajuda na eficiência da economia.”  ARRECADAÇÃO “Junto com o Planejamento, a Fazenda reformou os empréstimos do PSI, que haviam aberto um rombo de R$ 30 bilhões nas contas públicas. Com a Agricultura, reequilibrou os juros no plano safra, que haviam gerado pedaladas bilionárias no Banco do Brasil. O ministério mudou a atitude com o TCU, diminuindo tensões e aumentando a transparência das contas da União. Em parceria com o Ministério de Minas e Energia, vieram o realismo tarifário e as reformas para o setor eletrointensivo do Nordeste, com tarifas compatíveis com a expansão da oferta e reajustes usando a inflação implícita nas NTN-Bs, o primeiro passo em 20 anos para a desindexação da economia. As reformas permitiram levantar R$ 17 bilhões em um leilão de hidrelétricas, que, pela primeira vez, não teve a presença do BNDES.” RETOMADA DO CRÉDITO “A Fazenda vem redesenhando os editais de licitação de concessões e desenvolvendo novas debêntures para a infraestrutura, abrindo espaço para o BNDES atender mais às pequenas e médias empresas, uma vez que as grandes podem ir ao mercado. Na mesma linha, o Conselho Monetário Nacional mudou os limites de investimento das seguradoras e fundos de pensão fechados para estimular o crédito de longo prazo. Como prometido em janeiro, a Fazenda continua negociando o realinhamento da tributação dos instrumentos financeiros, desorganizada nos últimos anos.” TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA “Na área tributária, o objetivo sempre foi simplificar e diminuir distorções, avançando na convergência das alíquotas do ICMS e introduzindo o crédito financeiro no PIS-Cofins. O financiamento da transição do ICMS com os recursos da repatriação foi descarrilhado na Câmara, mas deve voltar aos trilhos com a PEC proposta pelo Senado. A Fazenda também tem aumentado a progressividade do Imposto de Renda, como na alíquota crescente para o ganho de capital e as mudanças nos juros sobre capital próprio, além da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido dos bancos. Essas mudanças discretas fazem mais pela justiça tributária do que muita proposta ideológica na praça. Propusemos também, com o BC, uma nova lei de punição do sistema financeiro, criando um conselho de recursos especiais para o setor de mercado de capitais, separado da área bancária. Editamos ainda o decreto reformando o conselho recursal da Susep.” COMÉRCIO EXTERIOR “A liberação do câmbio, apesar do impacto nos preços domésticos, permitiu ao setor externo voltar a funcionar, reduzindo o déficit na conta corrente à metade. A Fazenda tem apoiado o Ministério do Desenvolvimento nos acordos de livre comércio e de investimento, notadamente no México. Também tem trabalhado duro para diminuir as distorções nas tarifas, que prejudicam o setor intermediário da indústria, como os segmentos de autopeças e mesmo de máquinas e equipamento. Apesar do aperto fiscal, a Fazenda garantiu o dinheiro do Proex, pagando também contas penduradas.” PRINCIPAIS ÓBICES “Nem tudo é sucesso: as incertezas no Congresso deram um tombo na economia e principalmente na arrecadação, inviabilizando as metas do superávit primário em 2015. O setor de óleo e gás continua bloqueado, dificultando a recuperação da Petrobras. A reforma da Previdência, essencial para desobstruir outras pautas no Congresso, não avança, apesar do interesse manifesto da presidente Dilma Rousseff. O quadro é tão conturbado que há, inclusive, quem considere que a presidente Dilma está no núcleo da resistência aos ajustes, o que jamais correspondeu à realidade dos fatos. O ambiente de exacerbada intriga, contrainformação, propagação de inverdades, diversionismo e desprezo pela adoção de medidas prioritárias ao desenvolvimento empurra para o atraso. O quadro de entropia política continua cobrando um altíssimo pedágio à população. Mas, estou convicto de que cenário mais agudo passará, pelo simples fato de que ninguém quer o impeachment à vera. Meu estilo é técnico. Sou um funcionário do Estado. O folhetim não me interessa, mas, sim, as policies.”

#Ajuste fiscal #Joaquim Levy #Ministério da Fazenda


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Diesel de sobra

17/12/2015
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 A recessão atingiu a Petrobras até na Zona Franca de Manaus. A companhia pretende suspender por até 30 dias as atividades da Refinaria Isaac Sabbá (Renam), no Amazonas. Os estoques estão bem acima do aceitável, notadamente os de óleo diesel, em função da queda da atividade das indústrias locais.

#Petrobras #Recessão


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Gás Total

9/12/2015
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 A Total deverá ser a primeira companhia estrangeira a montar uma operação própria exclusiva de transporte de gás natural no Brasil. Os franceses já estão em negocia- ções com a Petrobras para utilizar parte da estrutura da estatal. Neste caso, a Total atuará como carregador, nome dado à empresa que usa o gasoduto do transportador. O pulo do gato é a possibilidade que o próprio grupo terá de oferecer o serviço a terceiros. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Total e Petrobras.

#Petrobras #Total


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JBS desmoraliza o “impeachment” do BNDES

7/12/2015
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 O processo de “impeachment” da JBS está fadado a morrer por inanição de argumentos. O conglomerado de empresas construído com o apoio do BNDES vai fechar o ano com um faturamento superior a R$ 180 bilhões e entra em 2016 como candidato a liderar o mais furioso processo de consolidação multissetorial do país. A recente aquisição da Alpargatas não deve ser vista como fato isolado. A J&F vai avançar em sua estratégia de diversificação. Entre os alvos estão construção pesada, agronegócio, energia e  celulose, segmento em que o grupo já atua por meio da Eldorado. Neste caso, todos os caminhos apontam para a fusão da empresa com a Fibria, da Votorantim – a operação de M&A mais decantada e aguardada no setor.  Os grupos de interesse que fazem oposição ao BNDES sempre apostaram no “impeachment” da JBS como uma ponte para  o“impedimento” do próprio banco. Mas não há Eduardo Cunha capaz de se contrapor a fatos e números tão superlativos. Principal negócio da J&F, o frigorífico vai romper neste ano a barreira dos R$ 165 bilhões em faturamento, 37% a mais do que em 2014, consolidando-se como a maior empresa privada do país. A dimensão destas cifras se estende à balança comercial. Ao fim deste ano, a JBS responderá por mais de 40% das exportações brasileiras de carne bovina, que deverão somar US$ 6bilhões. Em um exercício meramente hipotético, mantidas as respectivas taxas médias de crescimento nos últimos quatro anos, até 2020 a JBS superaria a própria Petrobras, tornandose o maior faturamento do Brasil entre as companhias não financeiras. Ressalte-se que esta é uma projeção extremamente conservadora, uma vezque, na ponta do lápis, a estatal promete um encolhimento para os próximos anos. Ou seja: a ultrapassagem pode vir antes.  Na área técnica do BNDES, há quem diga que o Brasil estaria em outro patamar se a cada dez operações de financiamento do banco houvesse uma JBS. Poucos negócios na história da instituição se revelaram tão lucrativos. Em 2007, quando o BNDES fez seu primeiro aportenna companhia, a ação estava em torno de R$ 7. Em setembro deste ano, a cotação atingiu seu maior patamar histórico – R$ 17,20. Se, nesse momento, a agência de fomento eventualmente tivesse vendido em mercado toda a sua posição na JBS, realizaria um ganho superior a R$ 6 bilhões. A J&F talvez seja hoje o que existe no Brasil de mais próximo dos chaebols, os grandes conglomerados industriais sulcoreanos, com negócios nos mais variados setores, formados a partir de uma empresamãe. O BNDES está indissociavelmente ligado à gênese deste cavalo vencedor. Em 2007, a JBS era um frigorífico com umareceita de R$ 4 bilhões por ano. Hoje, todos os negócios da J&F faturam essa soma a cada oitodias. O financiamento do banco à JBS teve um efeito multiplicador ao permitir que o grupo aumentasse seu nível de alavancagem para investir em outras áreas. À época, além da produção de carne bovina, a família Batista tinha apenas um negócio mais relevante, a Flora, fabricante de produtos de higiene e limpeza. De lá para cá, entrou nos setores de laticínios, celulose, financeiro, calçadista e até mesmo em mídia, com a aquisição do Canal Rural. Essa miríade de empresas soma 270 mil postos de trabalho – 150 mil no Brasil. A incorporação da Fibria aumentaria esse efetivo em 15 mil funcionários. O “impeachment” da JBS ou do BNDES seria também o“impeachment” dessa gente.

#Alpargatas #BNDES #Eldorado #Fibria #Flora #J&F #JBS #Votorantim


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Petrobras e Espírito Santo a um passo do rompimento

4/12/2015
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 A conturbada relação entre o governo do Espírito Santo e a Petrobras chegou ao seu limite. O governador Paulo Hartung prepara-se para entrar na Justiça com o objetivo de romper definitivamente o contrato com a estatal e reassumir a concessão da distribuição de gás no estado, a cargo da BR. Com a operação novamente sob o controle do governo estadual, Hartung pretende buscar um sócio privado. Segundo o RR apurou, ele já teria mantido contatos com representantes da Mitsui, que está fechando a compra de 49% da Gaspetro e tem interesse em associar a outras distribuidoras estaduais.  O embate entre o governo capixaba e a Petrobras não vem de hoje e só se acentuou com a grave crise financeira da estatal. No ano passado, o estado chegou a entrar com outra ação contra a companhia cobrando a execução dos investimentos previstos em contrato – informação confirmada ao RR pelo governo do Espírito Santo. De lá para cá, no entanto, praticamente nada mudou. A Petrobras teria se comprometido a investir ao longo deste ano cerca de R$ 300 milhões na concessão de gás do estado. Mas, até o momento, honrou apenas a metade. Para 2016, a situação promete ficar ainda mais caótica. A estatal ainda não definiu se e quanto investirá na concessionária no próximo ano. Procurada, a BR não se pronunciou sobre o assunto.  A acefalia da BR tem contribuído para aumentar a fricção com o governo do Espírito Santo. As recentes conversas entre Paulo Hartung e o presidente interino da BR, Carlos Alberto Tessarollo se mostraram infrutíferas. De passagem pelo cargo, Tessarollo empurra o problema para cima da Petrobras; esta, por sua vez, devolve para a controlada. Enquanto isso, todas as metas traçadas para a operação se evaporam. Até o fim deste ano 25 cidades capixabas deveriam ter gás encanado. No entanto, até o momento, a rede de gás só atinge 13 localidades, o equivalente a 16% de todos os municípios do estado.

#BR Distribuidora #Mitsui #Petrobras


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Separação

2/12/2015
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  A sociedade entre a Petrobras e a White Martins na comercialização de GNL está com os dias contados. As duas empresas já abriram tratativas para o fechamento da GásLocal. O negócio, que já não era um exemplo de rentabilidade, ficou praticamente inviável depois que o Cade determinou a assinatura de um novo contrato de fornecimento de gás, sem os subsídios do acordo anterior. As seguintes empresas não retorna ou não comentaram o assunto: Petrobras e White Martins

#GásLocal #Petrobras #White Martins


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Interseção

2/12/2015
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 Em seu depoimento mais recente, Fernando Baiano colocou foco sobre as relações cruzadas entre Renan Calheiros e os ex-diretores da Petrobras Nestor Cerveró e Jorge Zelada.

#Fernando Baiano #Jorge Zelada #Nestor Cerveró #Petrobras #Renan Calheiros


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Por que Mr. Batista chora e ri com a Lava Jato

27/11/2015
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  Os fatos da última quarta-feira devem ter despertado em Eike Batista as lembranças e os sentimentos mais antagônicos. Tanto André Esteves quanto Delcídio do Amaral estão indissociavelmente ligados a sua trajetória, ainda que em polos opostos. O banqueiro remete a alguns dos maiores insucessos de Eike. Em sua biografia, Esteves aparece como o adviser de dupla face, por vezes mais empenhado em ludibriá-lo e tirar proveito dos problemas do empresário do que ajudar a solucioná-los. Já Delcídio é o parceiro fiel que o conduziu pela mão entre os corredores mais estreitos do poder e ajudou Eike a se livrar do complexo de não ser um “empresário do PT”, como ele mesmo dizia.  Para Eike, André Esteves foi quase sempre sinônimo de operações sinuosas e malsucedidas. Foi Esteves quem expôs o empresário a uma situação constrangedora ao convencê-lo a visitar o Bradesco e externar sua disposição de comprar a participação do banco na Vale. Poucos dias depois, o banqueiro vazava aos jornais o interesse de Eike e a fictícia negociação. Aliás, não foram poucas as vezes em que as reais intenções de Esteves só se revelariam posteriormente. Assim foi por ocasião do IPO da OSX, em 2010. Só bem mais tarde Eike identificou que o BTG usava um duplo chapéu. Adviser da operação, o banco trabalhou na ponta contrária e forçou a oferta a um piso mais baixo, com o propósito de ele próprio encarteirar os títulos. Algo similar ocorreu em 2013, quando os negócios de Eike já derretiam. Convocado para assessorar a EBX na venda de ativos, o banco avaliou a LLX a um preço três vezes menor do que, posteriormente, o grupo viria a conseguir no mercado. Mais uma vez, o BTG estava nas duas pontas. Esteves teria subapreciado o negócio com o objetivo de fazer uma oferta pela LLX por meio de um fundo. Antes da ruptura em definitivo, o banqueiro ofertou a Eike um crédito de R$ 1 bilhão e pediu participação nos resultados das empresas, um modelo que se revelaria um trampolim para uma tentativa de take over do grupo.  Já Delcídio sempre se notabilizou-se por ser um grande facilitador para os negócios da EBX. A relação começou por conta do projeto de Eike de construir um complexo minero-siderúrgico em Corumbá (MS). Ainda no governo FHC, antes de deixar a diretoria de gás e energia da Petrobras, Delcidio modelou, juntamente com Nestor Cerveró, o controverso contrato que beneficiaria a EBX e, em especial, a Termoluma com um retorno inusitado para o setor. Gradativamente, o petista se tornou um dos mais importantes canais de interlocução entre Eike e o governo Lula. Com o tempo, passou a recrutar executivos para o grupo, sobretudo na Petrobras. Paulo Monteiro, que formalmente cuidava da área de sustentabilidade, transformou-se em uma extensão do parlamentar na EBX tanto quanto uma extensão do empresário no gabinete de Delcídio. Foi o senador também quem aproximou Eike de José Dirceu, na frustrada tentativa de equacionar um imbroglio com o governo boliviano. Por todos estes fatos, os novos capítulos da Lava Jato deixaram Eike dividido. Os sentimentos difusos não somam um resultado conclusivo. Nessa pororoca de emoções, talvez o melhor mesmo é que nem Esteves nem Delcídio tivessem passado por sua vida.

#André Esteves #BTG Pactual #Delcídio do Amaral #EBX #Eike Batista #Lava Jato #OSX


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Perde e ganha

27/11/2015
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 Ainda que por uma lógica meio sádica, a inglesa Bristow, dona de 40% da Líder Táxi Aéreo, considera o momento propício para negociar o aumento da sua participação. O petrolão lançou a empresa numa forte turbulência financeira. Os afretamentos para a Petrobras, maior cliente da Líder, caíram mais de 30% neste ano.

#Bristow #Líder Táxi Aéreo


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Como Esteves tentou forçar o silêncio do RR

26/11/2015
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  André Esteves sempre foi um vencedor, mas não necessariamente um bom desportista. Quando contrariado, o banqueiro tentou invariavelmente pressionar o RR. Em abril deste ano, entrou com uma ação na Justiça com o claro propósito de coagir, da pior maneira, a publicação e evitar a divulgação de novas informações eventualmente avessas aos seus interesses. No processo, além de um pedido de indenização na casa dos seis dígitos, Esteves evocou a figura do crime contra o Sistema Financeiro Nacional, com menção à possível reclusão de dois a seis anos, o que tornou ainda mais flagrante o objetivo de constranger a newsletter. O RR jamais fez menção ou levantou qualquer dúvida em relação à saúde financeira do BTG. Muito pelo contrário. Uma busca no site da publicação revela uma série de notas e matérias vinculando o banco a importantes negociações de M&A ou a investimentos na área de private equity. Em todos os casos, ressalte-se, o RR abriu espaço para o posicionamento da instituição, que, na maioria das vezes, optou por não se pronunciar. Agora, sabe-se por quê.  No processo, André Esteves faz menção fundamentalmente à matéria veiculada na edição de 27 de março, com o título “Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras”. O banqueiro questionou a veracidade de informações que, hoje, à luz dos fatos, no mínimo são objeto de averiguação da força-tarefa da Lava Jato, como a compra de 50% de uma série de blocos de óleo e gás da Petrobras na África. Em sua defesa, Esteves afirmou que pagou o “nada módico” preço de US$ 1,525 bilhão. Depende do ponto de vista. Há fartas evidências de que os ativos foram subapreciados – inicialmente, os blocos estavam avaliados em US$ 7 bilhões. Curiosamente, deve-se dizer, tais operações estavam sob a esfera da diretoria internacional da Petrobras, no passado recente ocupada por Nestor Cerveró, personagem central dos fatos que levaram a Justiça a decretar a prisão de André Esteves. A operação lembra, por vias tortas, o caso da refinaria de Pasadena, pois o contrato permitia a Esteves abandonar o negócio sem aportar os investimentos acordados.  André Esteves contestou também informações relacionadas à compra de postos da BR Distribuidora pela Derivados do Brasil (DVBR). Como não poderia negar a existência da operação, o banqueiro procurou o expediente do diversionismo ao dizer que a DVBR “não integra o Grupo BTG” e é controlada pela “BTG Alpha, companhia de um grupo de acionistas do BTG Pactual”. Neste ponto, o banqueiro tentou fazer crer que a publicação creditava ao BTG Pactual a participação no episódio, como se tal associação colocasse em risco a credibilidade da instituição financeira. Só que em nenhum momento o RR atribuiu o negócio ao banco, mas, sim, ao próprio Esteves. O banqueiro negou também qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef, desmentindo todos os veículos de comunicação do país. Nota  O RR não se jacta do desenrolar dos fatos e, como todos, espera que as denúncias relacionadas à Lava Jato sejam investigadas a fundo. Diante das circunstâncias, apenas se sente no dever de esclarecer algumas questões, em respeito aos seus leitores e a sua própria história, prestes a completar meio século. André Esteves não precisa constranger um veículo jornalístico cuja função é produzir subsídios para analistas argutos, a exemplo do que dizia o saudoso ex-ministro Mario Henrique Simonsen. O banqueiro sempre foi um vencedor. Ao menos até ontem.

#Alberto Youssef #André Esteves #BR Distribuidora #BTG Pactual #Lava Jato #Nestor Cerveró


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Ponto de ebulição

24/11/2015
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 O presidente do Conselho da Petrobras, Luiz Nelson de Carvalho, conhecido pelo temperamento ameno, tem dado sinais de que sua permanência no cargo será curta. Lidar com Aldemir Bendine é um desafio para todo o Conselho.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Purga coletiva

20/11/2015
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 A Schahin vai soltar o verbo em coro. Depois do empresário Salim Schahin, seu sobrinho Fernando Schahin, citado nos depoimentos do ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa, será o próximo a fechar sua delação premiada. Além disso, a própria Schahin deverá sacramentar um acordo de leniência com a CGU até o fim do mês.

#Lava Jato #Schahin


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Revival

19/11/2015
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 Petrobras e Repsol Sinopec ensaiam uma associação na área de refino. As conversações envolveriam a venda de uma participação nas refinarias de Presidente Bernardes e de Paulínia, em São Paulo. Não custa lembrar que, nos tempos de controle ibérico, o grupo foi sócio da refinaria Alberto Pasqualini. Procurada, a Repsol nega a operação.

#Petrobras #Petróleo #Repsol Sinopec


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Coalizão

13/11/2015
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 Vender a alma ao Congresso dá nisso. Até o líder do PTB, deputado Jovair Arantes, se sente o próprio Eduardo Cunha dos bons tempos. Não satisfeito em garantir a transferência de Rubens Rodrigues para a cobiçada vice-presidência corporativa da Caixa, Arantes já avisou ao governo que não vota nada se não emplacar também o substituto do executivo na Conab. Imaginem se fosse a presidência da Petrobras…

#Caixa Econômica #Conab #Petrobras


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Okinawa é um sushi de Pasadena no estômago da Petrobras

5/11/2015
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 O Conselho de Administração da Petrobras vive um dilema: divulgar a extensão da lambança feita com a compra da refinaria de Okinawa ou esperar que TCU, Ministério Público, Polícia Federal etc. prossigam seu trabalho de higienização da companhia com seu estilo espetaculoso? Todos sabem, na estatal, que a refinaria asiática é um carryover da gestão de José Sergio Gabrielli, do pantagruelismo corrupto de Nestor Cerveró e da omissão de Maria das Graças Foster, para resumir a história. O Conselho tem o caso todo mapeado e conhece de cor e salteado os prejuízos, malversações e resumos propositalmente incipientes do projeto. Uma opção é divulgar sua versão antes que a cavalaria de Sérgio Moro entre em campo, com o apoio dos órgãos de fiscalização e prisão. Imagine, entretanto, como tal notí- cia, vinda do esquadrão da justiça, vai contaminar a imagem da companhia, quando se esperava que ela tivesse construído uma compliance wall separando as bandalheiras de ontem da assepsia de hoje. E como explicar que o passado não tem um pé no presente?  A ilha de Okinawa está localizada a 1.500 km de Tóquio. A participação de 87,5% do estorvo que ela abriga foi comprada da Nansei, em 2007, por US$ 52 milhões. Três anos depois, a Petrobras pagou mais US$ 29 milhões à Sumitomo para ficar com os 12,5% restantes. Em março deste ano, a estatal anunciou a intenção de desativar a unidade, uma forma também de sepultar a arqueologia de equívocos do empreendimento. No entanto, o custo de retirada está orçado em aproximadamente US$ 130 milhões, montante que só multiplicará a contabilidade negativa. A companhia investiu ainda US$ 111 milhões – e só não gastou mais porque os meliantes foram descobertos. Apesar da dinheirama, a unidade trabalha com 40% da sua capacidade de 100 mil barris. O retorno do investimento exige aporte de bilhão. A associação com Pasadena é inevitável. Para o Conselho, ficam as batatas de decidir como as entranhas dessa Pearl Harbor petroquímica serão divulgadas. De qualquer forma, para prejuízo da companhia.

#Petrobras


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Petrobras

4/11/2015
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 O grupo Combuscol, que opera a bandeira Texaco na Colômbia, está em negociações para a compra dos 104 postos de combustíveis da Petrobras naquele país.

#Combuscol #Texaco


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Um solução indiana para Abreu Lima

30/10/2015
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 O nome do bilionário indiano Venugopal Dhoot tem sido pronunciado de forma cada vez mais recorrente na Petrobras. Nem tanto pela já anunciada disposição do magnata em investir US$ 2,5 bilhões em seus dez blocos de petróleo e gás no país – um deles, o SEAL-M-426, em Sergipe, uma parceria com a própria estatal. O interesse da Petrobras reside na intenção da Videocon Industries, controlada por Dhoot, de verticalizar sua operação no Brasil, a começar pela área de refino. A direção da companhia enxerga no empresário um sócio em potencial para a refinaria de Abreu Lima, uma das cabeças de burro que a Lava Jato enterrou na estatal.  Nos cálculos mais conservadores, ainda falta pelo menos US$ 1,5 bilhão para que a Abreu Lima possa entrar em operação com a capacidade originalmente prevista de 230 mil barris/ dia. Esse investimento só se viabilizará com a presença de um parceiro. A Petrobras não quer e, sobretudo, não pode dispender sozinha dessa cifra, que representa 10% do seu orçamento para a área de abastecimento no perí- odo 2015-2019.

#Abreu Lima #Petrobras #Venugopal Dhoot #Videocon Industries


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Maratona

30/10/2015
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 No primeiro escalão da Petrobras, o campeão de banco de horas é o diretor financeiro, Ivan Monteiro. Só falta varar a noite.

#Petrobras


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Reajuste dos combustíveis se evapora no ar

29/10/2015
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 Melou o lobby petrobrasiano pela concessão de um aumento de preços dos combustíveis (ver RR edição de 21 de outubro). Aldemir Bendine e seus legionários queriam começar a negociação a partir de 14%, usando essa margem como hedge contra uma eventual aprovação da Cide – as duas medidas colidem: a que sair primeira inviabiliza a outra devido ao impacto inflacionário. Mas, neste ano, ponto final: não haverá aumento dos preços do diesel e da gasolina. O recado veio do Planalto – Bendine tem interlocução direta com a presidente Dilma Rousseff. O que deverá sair é um reajuste para o gás de cozinha, que continua com uma grande defasagem. E olhe lá!  O aventado caixa negativo da Petrobras em 2016 não foi considerado um argumento suficiente para a correção dos preços dos combustíveis. Afinal, trata-se somente de uma simulação, que dependeria de um zilhão de variáveis, entre as quais preço do petróleo, venda dos ativos, redução de custos, cotação do dólar etc. Em defesa de Bendine e da diretoria da Petrobras, fica o registro de que a tal história do caixa negativo foi vazada por um muy amigo diretor de uma associação de funcionários da estatal.

#Petrobras


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AES Tietê se emancipa e volta a investir

28/10/2015
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  A AES Tietê, finalmente, está “reprivatizada”. Foi com este sentimento que, na tarde da última segunda-feira, os norte-americanos deixaram a Torre II do Condomínio Castelo Branco Office Park, em Barueri (SP), onde pouco antes havia sido realizada a assembleia de acionistas da Companhia Brasiliana de Energia. Após uma longa e intrincada reestruturação societária, a AES “retomou” o controle do seu braço de geração, que, de maneira indireta, era compartilhado com o BNDES. Era a senha que faltava para o grupo deslanchar um novo ciclo de investimentos no país. Além das negociações para a compra de uma participação nas térmicas da Petrobras – antecipada pelo RR na edição de 16 de setembro –, os norte-americanos pretendem participar do leilão de relicitação das 29 hidrelétricas que tiveram suas licenças vencidas. Ontem, aliás, o governo anunciou o adiamento do leilão, com a promessa de que ele será realizado no fim de novembro. A AES tem especial interesse nas usinas de Jupiá e Ilha Solteira, que pertenciam à Cesp.   A reorganização societária desatou o nó da AES Tietê, que estava amarrada à Brasiliana e, consequentemente, ao BNDES. A holding, controlada pela AES e pelo banco de fomento, detinha 71% das ações ordinárias da Tietê. Com a reestruturação, a AES Brasil se tornará a maior acionista, com 61% do capital votante. Desvinculada da Brasiliana, e, por extensão, do BNDES, a AES Tietê deixa para trás o ranço de uma empresa mezzo privada, mezzo estatal, o que facilitará a tomada de crédito, notadamente no exterior. Não por acaso, os norte-americanos já decidiram que a companhia concentrará todos os investimentos em geração do grupo no Brasil.

#AES #BNDES


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Governo “descobre” a pólvora do petrolão

27/10/2015
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 A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgou estudo intitulado “O Impacto da Redução de Investimentos no Setor de Óleo e Gás”. Consta do paper que 70% da recessão podem ser colocados na conta do “petrolão”, especialmente o efeito paralisia de outras obras fora do setor devido à inadimplência da Petrobras Governo “descobre” a pólvora do petrolão junto às empreiteiras. É o gugu dadá. Ou engenharia de obras feitas, como se chama uma conclusão tautológica. O que é pior: o governo teve tempo hábil de sobra para evitar a desgraceira social.  O RR também tem a sua SPE e cantou insistentemente a pedra, nas edições de 17/09/2014, 5/11/ 2014, 22/1/2015, 29/1/ 2015, 1/4/2015, 3/7/2015, 8/7/2015, 3/9/2015…, entre tantas outras. Propôs, inclusive, um pacto nacional pela Petrobras e as obras nacionais. Ninguém ouviu. O assunto foi parar na alçada de Joaquim Levy. Agora, Jaques Wagner soma forças para descascar de vez o abacaxi. Se precisarem de ajuda, a SPE do RR está sempre à disposição

#Petrobras


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Déficit da Petros

27/10/2015
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  Pobres aposentados da Petrobras. A Petros deverá fechar o ano com um déficit superior a R$ 3 bilhões, a maior parte proveniente de aplicações em renda variável. No ano passado, o fundo reportou um déficit de R$ 3,8 bilhões.

#Petrobras #Petros


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Petrobras vira um sócio indesejado

23/10/2015
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 A Petrobras está em um córner: ou reduz sua participação no bloco BMS-11 e permite a chegada de um investidor capitalizado ou, perde os sócios Shell /BG e Galp. Os dois grupos não conseguem enxergar uma terceira saída. É crescente a pressão dos sócios para que a estatal se desfaça de parte de suas ações (65%). A própria dupla arregaçou as mangas e chamou para si a tarefa de buscar um investidor no mercado. Segundo o RR apurou, a China National Petroleum Corporation (CNPC) tem interesse no negócio.  A prioridade da Shell, que herdou a participação da BG, e da Galp é mitigar o Risco Petrobras. O projeto de desenvolvimento dos campos de Iara e Iracema está praticamente parado em razão do torpor financeiro da estatal. Das oito plataformas encomendadas, apenas duas foram entregues. Todas as demais estão atrasadas em pelo menos um ano.

#BG #CNPC #Galp #Petrobras #Shell


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Petrobras faz lobby para gasolina ir à Lua

21/10/2015
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  O presidente da Petrobras , Aldemir Bendine, e o Conselho de Administração da estatal em peso estão pressionando a alta cúpula do governo para que aceite um reajuste dos combustíveis entre 15% e 19% este ano. A linha de raciocínio é que a pancada nos preços bem acima das expectativas – o mercado e o BC trabalham com um percentual entre 7% e 9% – tem mil e uma utilidades para a companhia e para o próprio governo. A mais óbvia é permitir uma injeção direta de recursos no caixa da empresa, corrigindo a defasagem de 17% na gasolina e de 21% no diesel. O reajuste evita ainda que seja necessária alguma capitalização mágica com o dinheiro do Tesouro, algo que vem sendo dado como favas contadas por muitos analistas, não obstante as recomendações contrárias à medida na atual circunstância política, quando tudo pode virar uma pedalada fiscal.   O argumento dos dirigentes da Petrobras é que o trade off entre o reajuste dos preços dos combustíveis e o aumento da inflação será mitigado se a correção for feita ainda este ano, deixando 2016 “limpo” de pressões inflacionárias da gasolina e do diesel e resgatando as condições da empresa recorrer ao mercado de capitais. A banca tem exigido taxas acima do que oferece a Petrobras devido à empresa ter uma dívida em dólar que custa 10% ao ano e endividamento total equivalente a cinco vezes a sua geração de caixa. Apenas com reajustes de combustíveis, a estatal conseguirá reverter a projeção de um fluxo de caixa negativo no ano que vem. As demais alternativas – venda antecipada de barris do pré-sal, transferência de recursos do Tesouro etc. – são vistas como trucagens, que podem piorar a percepção sobre a companhia. O que tem incentivado a Petrobras a seguir nessa rota é a multiplicação dos ganhos que a alteração nos preços proporcionará, com um significado mais amplo do que o benefício para o caixa da estatal. Em um contexto de arrocho fiscal e déficits orçamentários, com perdas de rating soberano, o alívio do caixa e redução dos custos de captação da Petrobras afeta não apenas a percepção de risco da estatal, mas também das grandes companhias instaladas no país.   A corrida de Bendine e Cia. se justifica também como uma forma de dar um xeque-mate na Cide. Apesar de a equipe econômica descartar sempre o uso da contribuição, sabe-se que ela é regra três para a hipótese, nada improvável, de o Congresso vetar a CPMF. Se por acaso for necessária a Cide, o aumento cobiçado dos preços dos combustíveis iria para a cucuia, pois a combina- ção de ambos é explosiva para a carestia. A Cide vai direto para o cofre do Tesouro, o aumento dos combustíveis, para o cofre da estatal. Se a Petrobras vender seu peixe antes, a Cide fica fora do cardápio. É disso que se trata.   Os dirigentes da Petrobras batem na tecla que a elevação dos preços do diesel e da gasolina, neste ano e em percentuais elevados, é boa para todo mundo. Produzirá ganhos sinérgicos de arrecadação tributária, beneficiando diretamente os estados, através do maior recolhimento do ICMS. Contribuirá também para tornar o etanol competitivo, reduzindo a situação de penúria das usinas sucroalcooleiras. A mudança no patamar de preço dos combustíveis é vista na Petrobras como fundamental para equilibrar o tripé sobre o qual está montado o plano de recuperação, juntamente com a venda de ativos e o corte de custos. A BR , por exemplo, teria uma mudança imediata nas projeções do seu fluxo de caixa, aumentando de valor e tornando-se mais apetitosa para o mercado.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Rating AAA

20/10/2015
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Dan Conrado, ex-presidente da Previ e homem de confiança de Aldemir Bendine, é pule de dez para assumir a presidência da Gaspetro, que reúne os ativos de distribuição de gás da Petrobras. A empresa encontra-se com 49% do seu capital à venda. Conrado só entra quando a operação for fechada.

#Aldemir Bendine #Gaspetro #Petrobras #Previ


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Casco furado

20/10/2015
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 A acusação contra a Samsung Heavy Industries de pagamento de propina na venda de navios para a Petrobras jogou um balde de água fria nas pretensões do grupo. O alto comando decidiu investigar o caso e suspender a compra de um estaleiro no país.

#Petrobras #Samsung

Acervo RR

Casco furado

20/10/2015
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 A acusação contra a Samsung Heavy Industries de pagamento de propina na venda de navios para a Petrobras jogou um balde de água fria nas pretensões do grupo. O alto comando decidiu investigar o caso e suspender a compra de um estaleiro no país.

#Petrobras #Samsung


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Bilhete de ida

16/10/2015
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  O governo cogita uma importante mudança nas regras dos leilões aeroportuários: eliminar a presença obrigatória da Infraero nos consórcios que disputam as licitações. Hoje, a estatal tem assento cativo, com, no mínimo, 15% do capital. Se valesse a jurisprudência, a Petrobras estaria livre de participar compulsoriamente dos leilões do pré-sal.

#Infraero #Petrobras


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China Construction junta seus tijolos no Brasil

13/10/2015
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Nem Camargo Corrêa, nem OAS, tampouco Engevix e muito menos UTC. A primeira empreiteira asiática disposta a aportar nessas latitudes quer somar pequenas unidades para se tornar grande no setor. A China State Construction Engineering Corporation (CSCEC) analisa a consolidação de empresas menores para disputar um mercado em que os principais players estão impedidos ou debilitados. A CSCEC não é uma aspirante qualquer. Trata-se da primeira colocada no ranking da revista World Construction e sob qualquer critério é uma das cinco maiores empreiteiras do mundo, com filiais em 29 países, 230 mil empregados e faturamento anual da ordem de US$ 130 bilhões. No ano passado, deu as caras pela América do Sul, fechando o acordo para execução das obras dos aquedutos Paraná-Estacas e Mandisovi Chico, na província de Entre Ríos, localizada ao norte de Buenos Aires. No Brasil, ainda está invisível. A CSCEC já delegou mandato para que sejam realizados os estudos sobre as companhias com perfil adequado. Elas devem ser de médio e pequeno portes, ter especializações complementares, notória habilitação técnica e possibilidade de aquisição a preços baixos. Dependendo da combinação dessas variáveis, as compras podem ser duas, três ou mais. Os primeiros alvos seriam as baianas GDK e Setel Construtora, empresas que poderiam ser adquiridas na bacia das almas, ao valor de aproximadamente US$ 150 milhões. Com a compra das duas empreiteiras, a CSCEC teria uma qualificação equivalente à que a Odebrecht tem hoje no Brasil. A iniciativa iria ao encontro dos planos da Petrobras, que vem estimulando o ingresso de empresas estrangeiras para disputar o fechado mercado brasileiro. Procuradas pelo RR, GDK e Setel preferiram não se pronunciar sobre o assunto. A GDK, que se enrolou com o episódio do Land Rover e foi citada na operação Lava Jato, encontra-se em processo de levantamento da recuperação judicial e está negociando sua parte boa (acervo técnico, equipamentos e estrutura operacional). Os passivos ficariam na antiga companhia. Essa nova empresa é que seria negociada com os chineses. No pacote iria também um estaleiro, localizado na Bahia, com 80% das instalações terrestres já construídas e voltado para a fabricação de módulos e plataformas offshore. Os chineses estão atentos às possibilidades de ganhos em estaleiros. Para se ter uma ideia, uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência, que será licitada pela Petrobras ao preço de US$ 1,6 bilhão, teria todo o investimento pago em três anos considerando-se 8% de lucro líquido. A Setel, por sua vez, tem prestação técnica em praticamente todos os segmentos da infraestrutura: obras aeroportuárias, rodovias e saneamento. A empresa tem atividade inteiramente complementar à da GDK. Caso os contatos sigam bom rumo, o escritório central da CSCEC será instalado no Rio de janeiro. O mercado de obras identificadas para as quais os chineses estariam aptos soma mais de US$ 20 bilhões. A título de qualificação, os megaempreiteiros construíram o “Ninho de Pássaro”, estádio olímpico de Pequim, e as principais instalações para os últimos Jogos em Londres.

#CSCEC #GDK #Setel


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Dr. No do Twitter

13/10/2015
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O Twitter de Eduardo Cunha virou a “Tribuna do Desmentido”. Em apenas uma semana, o presidente da Câmara negou ter se encontrado com Aécio Neves, negou ter participado de um movimento para a dissolução do bloco do PMDB na base governista, negou ter trabalhado para ser diretor da Petrobras no governo de FHC e negou que tenha dito a famosa frase “Não caio antes dela”. Sobre a Suíça, nenhuma linha.

#Eduardo Cunha


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Comperj

13/10/2015
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A Petrobras está tentando atrair a Repsol Sinopec para o projeto do Comperj. Por baixo, por baixo, ainda faltam US$ 4,2 bilhões para a conclusão das obras no complexo petroquímico. Mais da metade desse valor caberia ao novo sócio.

#Petrobras #Repsol Sinopec


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Rotas opostas

9/10/2015
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A joint venture entre o BTG e a Deep Sea Suply está prestes a emborcar. A empresa sediada no Chipre procura um comprador para sua participação de 50% no negócio. A companhia de apoio a embarcações offshore estava quase toda ancorada na Petrobras. Já viram, né?

#BTG Pactual #Deep Sea Suply

Acervo RR

Rotas opostas

9/10/2015
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A joint venture entre o BTG e a Deep Sea Suply está prestes a emborcar. A empresa sediada no Chipre procura um comprador para sua participação de 50% no negócio. A companhia de apoio a embarcações offshore estava quase toda ancorada na Petrobras. Já viram, né?

#BTG Pactual #Deep Sea Suply


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Walter Faria enfrenta novas acusações de sonegação fiscal

8/10/2015
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 Na mira da Lava Jato, acusado de receber recursos desviados da Petrobras e, posteriormente, repassá-los ao PT, o cervejeiro Walter Faria está no epicentro de mais um escândalo. As suspeitas sobre a participação do Grupo Petrópolis em um esquema de sonegação fiscal no Mato Grosso espalham-se por outras regiões. Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Paraná se uniram ao seu congênere mato-grossense nas investigações contra a fabricante de bebidas. Há fortes indícios de que a empresa teria replicado o mesmo expediente nos dois estados. O esquema se basearia na devolução simulada de matéria-prima para a produção de cerveja, notadamente soja. A Petrópolis se beneficiaria de créditos fiscais referentes ao retorno do insumo ao fornecedor. No entanto, segundo as investigações, há evidências de que boa parte da matéria-prima declarada não retornava efetivamente ao seu fabricante, embora fossem emitidas notas fiscais relativas à devolução. Os procuradores dos três estados estão debruçados sobre calhamaços de guias de recolhimento supostamente frias.  O Ministério Público do Mato Grosso confirma o caso. Segundo o MP, há “um procedimento investigatório em tramitação na 14ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, que antecede o inquérito, para apurar o suposto esquema envolvendo o Grupo Petrópolis”. O total sonegado pode chegar a R$ 140 milhões. Ainda de acordo com o MP, esse é o valor do processo administrativo que aguarda julgamento pela Secretaria de Fazenda do Mato Grosso. O RR também entrou em contato com o Ministério Público de São Paulo e do Paraná. Ambos não se pronunciaram, com a alegação de que apenas o MPMT, origem do processo, fala sobre o caso.  Segundo o RR apurou, no caso do Paraná e, sobretudo, de São Paulo, as cifras sob investigação seriam bem maiores, em razão dos volumes de mercadorias movimentados nos dois estados. As denúncias envolvem também a cooperativa paranaense Imcopa, uma espécie de irmã xifópaga da Petrópolis. Em 2009, ambas anunciaram uma associação para a produção e distribuição de soja. Os credores da Imcopa, entre os quais Credit Suisse e ING, tentam provar que Walter Faria é o verdadeiro dono da empresa e, portanto, responsável pelas dívidas de mais de R$ 1 bilhão da cooperativa agrícola.

#Cervejaria Petrópolis #Credit Suisse #Imcopa #Lava Jato #Petrobras


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Postos da BR Distribuidora são “saqueados” pela concorrência

7/10/2015
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Que BR Distribuidora será ofertada ao mercado? A líder absoluta na venda de combustíveis no país, notabilizada por sua portentosa estrutura logística e uma rede com mais de 7,5 mil postos, ou uma empresa em célere processo de erosão, saqueada por seus competidores? Quanto mais o IPO demorar em razão das circunstâncias adversas do mercado, maiores as chances de os investidores se depararem com a segunda opção. A BR encontra-se sob forte ataque da concorrência: alguns dos principais grupos do setor estão se aproveitando do momento de fragilidade da estatal – e, em última instância, de todo o Sistema Petrobras – para arrancar um pedacinho da companhia, avançando sobre seus revendedores. As tentativas de pilhagem do market share da empresa vêm dos mais diversos lados. Rubens Ometto e Shell estão entre os mais agressivos: apenas nos meses de julho e agosto, a Raízen abriu conversações com cerca de 150 proprietários de postos de combustíveis que usam a bandeira da BR. Já a Ale , da Marcelo Alecrim, avança sobre revendedores da estatal em São Paulo, Minas Gerais e Ceará. A expectativa da empresa é fisgar algo perto de 70 estabelecimentos até dezembro. O avanço dos predadores reflete a vulnerabilidade da presa. A BR é hoje um gigante alquebrado, que, assim como todas as subsidiárias da Petrobras, purga os efeitos da Lava Jato e sofre com a asfixia financeira da companhia. É também uma empresa acéfala, sem presidente há mais de um mês. Ou um pouco mais, numa conta rigorosa: antes mesmo de deixar o cargo, o ex-presidente José Lima Neto, citado no “petrolão”, já era um dirigente enfraquecido, pálido, sem voz de comando. Ao mesmo tempo, a BR vive um situação de esgarçamento na relação com seus revendedores. No afã de aumentar sua arrecadação, a estatal vem espremendo os distribuidores com uma política de cobrança de royalties cada vez mais sufocante. A inevitável insatisfação da tropa serve de combustível para o avanço dos concorrentes, que têm oferecido condições vantajosas para comprar o passe destes revendedores e embandeirar os postos com sua logomarca. Para se ter uma ideia do apetite com que a concorrência avança sobre a BR, a possibilidade de abduzir distribuidores da estatal teria sido uma das razões para a Ale suspender o processo de venda do seu controle. Neste momento de notória depreciação dos ativos, o empresário Marcelo Alecrim trocou de lado no balcão, vislumbrando a possibilidade de engordar sua companhia com os postos da BR e, posteriormente, retornar para a vitrine com um melhor valuation. Procurada pelo RR, a Ale disse que está investindo R$ 133 milhões em 2015 para ampliar sua rede, sem fazer menção específica aos postos da BR.

#BR Distribuidora


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Best-seller

7/10/2015
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Maria das Graças Foster escreveu um “diário de bordo” sobre sua passagem pela presidência da Petrobras. Ela não diz quando ou como pretende divulgar as anotações. Mas que vai divulgar, isso vai.

#Petrobras


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Plantão médico

6/10/2015
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Além de receber tratamento psiquiátrico na prisão, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró vem tendo crises de hipertensão.

#Petrobras


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Na ponta do lápis

1/10/2015
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Conta rápida: entre a quinta-feira passada e ontem, período em que o dólar saiu de R$ 4,24 para R$ 3,95, a dívida em real da Petrobras caiu R$ 21 bilhões. A grosso modo, metade do Ebitda da companhia em todo o primeiro semestre.

#Petrobras


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Renúncia coletiva

30/09/2015
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A Petrobras vai ter mesmo de buscar em mercado um comprador para a sua participação no campo de Carcará. Além da Queiroz Galvão, a dupla Barra Energia e Galp, dona de 24% do consórcio, não tem intenção de exercer sua opção de compra. Não com o Brent abaixo dos US$ 50.

#Barra Energia #Galp #Petrobras #Queiroz Galvão


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Rodoanel passa cada vez mais longe da Mendes Junior

29/09/2015
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A Mendes Junior vive um momento delicado. De um lado, a Lava Jato avança ainda mais sobre a empreiteira, no rastro da delação do ex-gerente da área internacional da Petrobras, Eduardo Musa; do outro, a companhia corre o risco de perder um de seus negócios mais importantes. O governo de São Paulo já cogita a possibilidade de suspender o contrato de construção do trecho Norte do Rodoanel, um projeto de aproximadamente R$ 700 milhões. O motivo seriam os atrasos nas obras, que estariam relacionados a dificuldades de caixa da Mendes Junior. O esgarçamento das relações entre a empresa e o Palácio Bandeirantes não vem de hoje. Nos primeiros quatro meses do ano, a estatal Dersa – Desenvolvimento Rodoviário S/A – teria enviado quase uma dezena de notificações à empreiteira pelo descumprimento de etapas do projeto. Em abril, o governo e a companhia ensaiaram uma trégua, com a renegociação dos prazos. No entanto, de lá para cá, a situação teria se agravado. A Mendes Junior estaria atrasando o pagamento de operários e de prestadores de serviços subcontratados, que, por sua vez, responderiam com operações-tartaruga. De acordo com informações filtradas junto ao próprio governo de São Paulo, no atual ritmo a expectativa é que o trecho Norte da principal obra de infraestrutura rodoviária do estado só fique pronto no segundo semestre de 2018. Ressalte-se que a data de inauguração já havia sido postergada de junho de 2016 para junho de 2017. Oficialmente, a Dersa garante que este prazo está mantido. No entanto, segundo o RR apurou, o governo paulista já estaria estudando os procedimentos a serem adotados em caso de ruptura do contrato. As hipóteses sobre a mesa iriam da convocação da segunda colocada na concorrência, a Odebrecht, à realização de uma nova licitação.

#Dersa #Mendes Junior


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Ar comprimido

29/09/2015
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A diretoria da Petrobras não vê muito sentido na manutenção da joint venture com a White Martins. A GásLocal tem sido duramente afetada pela redução da demanda por gases industriais. Além disso, a Petrobras, que já tem problemas para dar e vender, quer distância das acusações de manipulação de preços do GNL que pairam sobre a White Martins.

#Petrobras #White Martins


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Demissões e chantagem

25/09/2015
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A decisão da Sete Brasil de demitir 25 de seus 100 funcionários da área administrativa foi recebida pelo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine como uma escancarada tentativa de chantagem. Agora mesmo é que a estatal não terá qualquer boa vontade em aprovar o plano de reestruturação da “fabricante” de sondas.

#Aldemir Bendine #Petrobras #Sete Brasil


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Blindagem

22/09/2015
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Lideranças do PMDB trabalham para brecar a convocação de Roseana Sarney pela CPI da Petrobras. Há poucas semanas, em depoimento à própria CPI, Paulo Roberto Costa disse que a ex-governadora do Maranhão recebeu recursos desviados da Petrobras.

#Petrobras #Roseana Sarney


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Petrobras engata uma marcha lenta na F-1

21/09/2015
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A sangria no orçamento da Petrobras poderá atingir um dos mais emblemáticos investimentos de marketing da companhia. A direção da empresa discute o rompimento da parceria com a equipe de F-1 Williams ao fim desta temporada, portanto um ano antes do término do contrato. O valor do contrato é guardado a sete chaves pela estatal, mas, segundo especialistas da área de marketing esportivo, gira em torno dos US$ 15 milhões por ano. Oficialmente, a Petrobras nega a suspensão do patrocínio. Ressalte-se que a decisão racha a diretoria. Há os que enxergam a medida como uma demonstração de austeridade e até uma resposta social vis-à-vis os cortes e as demissões em curso na companhia. Os favoráveis ao rompimento do acordo argumentam também que os ganhos de imagem da empresa com a F-1 são declinantes, devido à notória queda do interesse do brasileiro pela categoria. O mesmo raciocínio justificaria também o fim do patrocínio ao próprio Grande Prêmio Brasil, em Interlagos. Do lado contrário, uma parte da diretoria entende que o cancelamento do contrato com a Williams e mesmo a saída da F-1 representarão uma economia tola. A companhia perderá uma importante vitrine internacional justamente no momento em que ela se apequena cada vez mais. O patrocínio à escuderia inglesa permite à Petrobras dividir a curva com grandes petroleiras mundiais, como Shell, ExxonMobil e Total, que exibem suas marcas, respectivamente, nos carros da Ferrari, McLaren e Red Bull. Deixar esse clube teria um impacto simbólico negativo para a estatal.

#Petrobras #Williams


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Questão de tempo

18/09/2015
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Para as cabeças mais laureadas da Petrobras, se o câmbio bater nos R$ 4 chateia no curto, mas não afeta os cenários do quinquênio. Em todos eles, o perfil da dívida melhora. Mas, com as seguintes ressalvas: o Plano de Negócios precisa ser cumprido, os cortes de gastos e desmobilizações realizados e o preço do petróleo não descer dos US$ 40. Fácil, não? Se a estatal conseguir, em cinco anos, o câmbio ladra e a Petrobras passa.

#Petrobras


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Desbocado judiciário

18/09/2015
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Tornou-se regra os juízes emitirem opinião. Mas é possível que nunca na história do STF um ministro tenha cometido tantas indelicadezas, feito tantas insinuações, desfilado bravatas e primado pela deselegância quanto Gilmar Mendes. Na sessão da última quarta-feira, do alto dos seus poderes, Mendes desancou o PT com todos os adjetivos aviltantes fronteiriços ao linguajar chulo. Disse que o PT tem dinheiro lá fora, quer a manutenção das doações empresariais devido à grana da Petrobras, prática conspiratas, frauda campanhas, tergiversa, criminaliza e mente. E esse sujeito foi presidente e é ministro do Supremo.

#Gilmar Mendes


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Desvincular, eu?

17/09/2015
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 Quem disse que Murilo Ferreira saiu da Petrobras para desvincular seu nome do de Dilma Rousseff? Bobagem! Ele não é homem disso. Mais fácil assumir a Casa Civil.

#Dilma Rousseff #Murilo Ferreira #Petrobras


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AES avança sobre as termelétricas da Petrobras

16/09/2015
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A venda dos ativos termelétricos da Petrobras avançou algumas casas nos últimos dias. A AES teria apresentado uma oferta para adquirir uma participação minoritária de até 30% em sete das 21 térmicas a gás e a diesel controladas pela estatal. Os valores sobre a mesa giram em torno dos US$ 300 milhões. Segundo o RR apurou, fariam parte do pacote as duas maiores geradoras da Petrobras: Governador Leonel Brizola e Mario Lago, ambas no Rio de Janeiro, com capacidade somada de quase 2 mil MW. A proposta da AES incluiria ainda uma opção de compra futura do controle das geradoras. Esta cláusula teria deixado o grupo norteamericano em posição de vantagem em relação a outros candidatos ao negócio, como a Cemig e a Gas Natural Fenosa. A dupla não exibe a mesma disposição para colocar a mão no bolso: mineiros e espanhóis até admitem a compra de participações minoritárias nas usinas, mas seu modelo predileto é uma aliança estratégica com a Petrobras, o que reduziria a necessidade de aportes na operação. De todas as participações societárias que repousam sobre o balcão da Petrobras, em termos relativos as geradoras a gás e a diesel talvez sejam aquelas com maior valor potencial de venda. O momento é extremamente favorável para a negociação de parte ou mesmo do controle das térmicas. A escassez de recursos hídricos elevou os preços da energia e, consequentemente, a precificação dos ativos de geração. Segundo números da própria estatal, em pouco mais de um ano o valuation de todas as suas térmicas subiu de US$ 6,5 bilhões para quase US$ 8 bilhões. Além da negociação com a AES, a Petrobras ainda busca um sócio ou um comprador para outras de suas termelétricas. A desmobilização destes ativos é uma peça importante no quebra- cabeças que a empresa terá de montar para cumprir sua meta de desinvestimento. Ao todo, a área de energia e gás responde por quase 40% dos cortes de US$ 13,7 bilhões no plano estratégico da estatal entre 2015 e 2016. Do lado da AES, a operação alçaria o grupo a um novo patamar no mercado brasileiro de geração. Nos cálculos dos norte-americanos, sua capacidade instalada no Brasil cresceria de 2,6 mil MW para mais de 3,5 mil MW apenas com a compra das participações minoritárias. A AES se distanciaria, assim, da EDP, que produz cerca de 2,7 mil MW no país. Entre as empresas privadas, ficaria atrás apenas da Tractebel, com nove mil MW.

#AES #Cemig #Gás Natural Fenosa #Petrobras


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Serpros é um processador de prejuízos

9/09/2015
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O buraco nas contas do Serpros é muito mais embaixo. A dois meses do fim da intervenção de 180 dias decretada em maio deste ano, a direção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) já discute a possibilidade de prorrogação do regime especial. A situação no fundo de pensão dos funcionários do Serviço Federal de Processamento de Dados seria mais delicada do que supunha o próprio órgão regulador. Segundo o RR apurou, o interventor Walter de Carvalho Parente teria encontrado mais ossadas na contabilidade da fundação, incluindo novos prejuízos decorrentes de aplicações no Banco BVA, liquidado pelo BC. Apenas neste caso, as perdas, inicialmente estimadas em R$ 130 milhões, chegariam à casa dos R$ 200 milhões, ou 5% do patrimônio total do Serpros, em torno de R$ 4 bilhões. Onde tem denúncia, suspeita de irregularidade e escândalo, o Serpros está por perto. A entidade é citada na Lava Jato como um dos fundos de pensão que teria sido usado por Alberto Youssef para movimentar recursos desviados da Petrobras. O Serpros também é investigado no âmbito da CPI dos Fundos de Pensão. Os parlamentares já requisitaram à fundação todas as suas apresentações contábeis e demonstrativos de investimento referentes ao período entre 2003 e 2015. A CPI pretende ouvir também uma boa parte dos 17 ex-dirigentes e conselheiros do fundo que tiveram seus bens pessoais bloqueados por determinação da própria Previc. * Procurada, a Previc não nos retornou.

#Alberto Youssef #Banco BVA #Banco Central #Lava Jato #Previc #Serpros


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Petrobras

4/09/2015
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Uma equipe da Exxon está instalada na Petrobras, analisando os dados dos quatro blocos no pré-sal nos quais a estatal deverá se desfazer de suas participações – Carcará e Júpiter, na Bacia de Santos, e Pão de Açúcar e Tartaruga, na Bacia de Campos. * Procuradas pelo RR, Exxon e Petrobras preferiram não comentar.

#ExxonMobil #Petrobras


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Crise do Orçamento trava até soluções para as empreiteiras

3/09/2015
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As idas e vindas do Orçamento da União não emperram apenas o equacionamento das contas públicas. Seus efeitos se alastram por outras questões prioritárias para a retomada da atividade econômica, a começar pelo destravamento da construção pesada. O bate-cabeças do governo em torno da proposta orçamentária paralisou os trabalhos do grupo montado no Ministério da Fazenda – por meio da portaria nº 640 publicada no dia 11 de agosto – com o objetivo de discutir medidas capazes de melhorar o ambiente de negócios no Brasil. Entre outras atribuições, uma das missões precípuas deste comitê é apresentar soluções que permitam às grandes empreiteiras sair do estado de congelamento em que foram lançadas pela Lava Jato, retornar ao mercado e participar de concessões e PPPs. O grupo tem aproximadamente 45 dias para concluir os trabalhos e apresentar suas propostas, prazo que, segundo a portaria, poderá ser estendido por igual período. Mas há quem acredite que nem mesmo o tempo extra será suficiente tamanho o grau de letargia em que as discussões se encontram. O atraso não se deve apenas à notória falta de energia do governo para tratar de questões centrais. Não há unicidade dentro da Abdib, que representa o setor privado junto ao grupo de trabalho na Fazenda. A falta de consenso entre as próprias empreiteiras tem resultado no surgimento de ideias despropositadas. Um exemplo diz respeito ao custo da idoneidade para o setor, leia-se as multas que as maiores empreiteiras do país terão de quitar para purgar o passado e receber autorização para participar de licitações públicas – há estimativas de que este valor poderá chegar a R$ 17 bilhões. Em vez do pagamento direto dos recursos, as empresas repassariam ativos à Petrobras e à União como ressarcimento de prejuízos eventualmente causados pelo desvio de recursos públicos. Estas últimas colocariam os respectivos ativos em leilão. Parece uma daquelas soluções de quem quer complicar e não resolver. O atraso nas discussões breca também a possibilidade de ingresso do capital estrangeiro no setor, visto que os grandes players internacionais somente participarão de consórcios ou de parcela do capital das empreiteiras sob risco de declaração de inidoneidade se elas forem higienizadas. Investidores chineses, alemães e sul-africanos, entre outros, demonstram interesse em entrar no Brasil – consta que a Camargo Corrêa já está entabulando conversações neste sentido. Mas, no atual ambiente de insegurança jurídica, é pouco provável que alguma negociação avance. Que grupo estrangeiro correrá o risco de se unir a uma empreiteira que, a qualquer momento, poderá ser considerada inidônea?  Enquanto isso, a construção pesada elimina quase 30 mil postos de trabalho por mês.

#Abdib #Camargo Corrêa #Lava Jato


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Mata-borrão

2/09/2015
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O mundo é pequeno: uma das doações que, segundo o TSE, não foram devidamente lançadas na prestação de contas de Aécio Neves veio da Construbase. A empresa foi citada na Lava Jato por supostas irregularidades em uma obra no Cenpes, o centro de pesquisas da Petrobras. * A Construbase não retornou ao contato do RR.

#Aécio Neves #Construbase #Lava Jato #TSE

Acervo RR

Mata-borrão

2/09/2015
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O mundo é pequeno: uma das doações que, segundo o TSE, não foram devidamente lançadas na prestação de contas de Aécio Neves veio da Construbase. A empresa foi citada na Lava Jato por supostas irregularidades em uma obra no Cenpes, o centro de pesquisas da Petrobras. * A Construbase não retornou ao contato do RR.

#Aécio Neves #Construbase #Lava Jato #TSE


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Serra é “saudado” com vaias e xingamentos pelo Sindipetro

31/08/2015
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José Serra, autor do projeto que desobriga a Petrobras a participar de todas as concessões no pré-sal, foi “saudado” com todo tipo de impropérios durante manifestação do Sindicado dos Petroleiros na última sexta-feira, na Praça XV, no Rio. As vaias e xingamentos se repetiram ao longo de todo o protesto. Até um boneco com suas feições foi queimado.

#José Serra #Petrobras #Sindipetro


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Planalto corta os cabos entre José Dirceu e Angola

24/08/2015
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Para onde quer que olhe, o governo continua identificando artefatos explosivos que o ex-ministro da Casa Civil, o hoje encarcerado José Dirceu, deixou enterrados no subsolo da República. Uma dessas minas foi identificada recentemente e começa a ser desarmada: o projeto de instalação de uma rede de 17 mil quilômetros de cabos submarinos interligando o Brasil, a África e os Estados Unidos. Com séculos de atraso, o cada vez mais tíbio Aloizio Mercadante sentiu o cheiro de pólvora ao seu redor. Na semana passada, determinou a suspensão das tratativas referentes ao projeto, que vinham sendo feitas no âmbito da Telebras. Os questionamentos à viabilidade da operação foram encaminhados pelo Ministério das Comunicações, curiosamente a quem a Telebras está subordinada. No entanto, o que realmente levou a Casa Civil a se desenroscar desses cabos foi o altíssimo risco político. O projeto é resultado das serpenteantes relações entre José Dirceu, a empresária Isabel dos Santos – a mulher mais rica da África e dona de um extenso currículo de denúncias e negócios nebulosos – e seu pai, José Eduardo dos Santos, presidente de Angola há 36 anos. Dirceu valeu-se do aparelho de apoio que montou no núcleo do Itamaraty para levar a proposta adiante – nada muito diferente do que foi feito com assuntos de interesse das nações bolivarianas amigas. O abacaxi angolano foi empurrado das Relações Exteriores para a Casa Civil e o Ministério das Comunicações. Agora, ao que tudo indica, vai virar suco. Tudo o que o governo menos precisa é de mais um escândalo no seu colo, algo praticamente inevitável em se tratando dos personagens em questão. Uma rápida pescaria na Internet, notadamente no site de notícias angolano Maka, é o suficiente para se fisgar um cardume de denúncias contra Isabel dos Santos: tráfico de influência, monopólios montados de pai para filha, favorecimentos em negócios com estatais angolanas, caso da rumorosa parceria com a Sodiam para o comércio de diamantes no exterior, que envolve também seu marido, Sindika Dokolo… Os protagonistas empresariais do projeto são a Angola Cables, da qual Isabel é uma das principais acionistas, e a Telebras, diga-se de passagem, uma estatal esquisita, que vive nas franjas do Ministério das Comunicações – se estivesse pendurada na Petrobras, talvez desse até CPI. Há cerca de 15 dias, o presidente da Telebras, Jorge Bittar, manteve contato com António Nunes, nº 1 da Angola Cables. Nunes teria sacado do bolso uma proposta para que a estatal brasileira se tornasse acionista tanto do projeto Monet, leia-se o trecho entre Brasil e Estados Unidos, quanto da South Atlantic Cable System, responsável por instalar os cabos entre Brasil e Angola. Tal hipótese nunca esteve no script, o que, do lado brasileiro, só fez aumentar a certeza de que tudo não passa de um grande embuste. No governo, há dúvidas até mesmo em relação à participação do Google e da uruguaia Antel, para todos os efeitos parceiros de primeira hora do projeto. Procurada, a Angola Cables nega a proposta à Telebras e garante que o projeto segue de pé. Não é o que diz a própria estatal. Alegando ter recursos limitados, a Telebras afirma que deu prioridade ao Cabo Submarino Brasil-Europa, uma parceria com a espanhola Islalink.

#Angola Cables #Islalink #José Dirceu #Telebras


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Fora do lugar

21/08/2015
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O governo discute a transferência da sede da ANP do Rio de Janeiro para Brasília. O principal defensor da mudança é o próprio ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Sentido não faz nenhum. Além da Petrobras, praticamente todas as petroleiras que operam no país estão sediadas no Rio. Procurada, a ANP disse não ter “previsão sobre o assunto.”

#ANP #Eduardo Braga #Petrobras


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BNDES inicia sua longa jornada noite adentro

20/08/2015
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O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, desembarca hoje no Congresso Nacional com a missão inglória de impedir o estupro da instituição. A CPI do BNDES é uma cortina de fumaça para aleijar o banco. Não bastará à instituição purgar em praça pública a averiguação de eventuais desmandos financeiros, a exemplo da Petrobras. O banco, não sendo extinto, precisa ser descaracterizado em sua essência, ou seja, uma agência de fomento que tem por função prioritária a concessão de financiamentos ao setor industrial. O RR apurou que a presidente Dilma Rousseff abandonou a causa da integridade do BNDES. O que Dilma não quer é que o banco se constitua em mais um escândalo, uma espécie de segunda Petrobras. Seu empenho é empurrar para longe as acusações de corrupção e malversação de recursos. Essas denúncias recaem na direção do expresidente Lula, sinônimo de CPI do BNDES. Lula precisa ser preservado, o governo precisa ser preservado, mas o banco, na ótica palaciana, poderia entregar dedos e anéis. A pressão é para que o BNDES encolha, reduza seu enraizamento com a política industrial, se torne uma espécie de Sebrae tonificado, perdendo o seu protagonismo estratégico. Nesse contexto, a palavra subsídio é tida como um anátema. Coutinho adentra a CPI empunhando três bandeiras: a defesa da probidade e lisura das operações do banco, a preservação do que for possível na sua estrutura de funcionamento e salvar sua própria pele. O curioso da CPI é que existem apenas suspeições, algumas delas bisonhas. O caso das privatizações no governo FHC, notadamente da Telebras, BNDES inicia sua longa jornada noite adentro em que a corrupção foi pública, sequer é mencionado. Ao contrário do escândalo da “telegangue”, neste momento não há um nome acusado de desvio de recursos ou de aceitação de propina na inquisição do BNDES. Afinal, quem é o Paulo Roberto Costa do banco? Algumas denúncias sugerem uma CPI do aparelho de Estado brasileiro, devido à amplitude de participação do governo. Por exemplo: o financiamento à prestação de serviços em outros países é chancelado pelo Ministério das Relações Exteriores, conta com a participação do Ministério do Desenvolvimento e a permissão do BC, para citar somente três órgãos governamentais. E o repasse dos recursos do Tesouro? Ora, o banco somente aceitou a decisão da Fazenda, que o escolheu como instrumento da sua política contracíclica para enfrentar a crise internacional. E os “cavalos vencedores”? Pode ser uma decisão questionável, mas já foi provado que as operações não incorreram em prejuízo. A CPI pretende propor medidas no melhor estilo do senador Joseph McCarthy, tais como a criação de um “grupo de inteligência” do Senado, que vai investigar as informações mais intestinas do banco. Os critérios para seleção dos investimentos também seriam escolhidos pelos parlamentares. Ninguém sabe o que ficará fazendo a melhor equipe técnica do país. A impressão é que o real objetivo da CPI do BNDES está encoberto pelo mar de lama no qual pretende se afogar o banco. O nome da CPI deveria ser a do “fim do BNDES”. Ou melhor, a CPI de Ignácio Rangel, Roberto Campos e Celso Furtado, os mentores da existência do BNDES e de seus melhores propósitos.

#BNDES #Dilma Rousseff #FHC #Lava Jato #Luciano Coutinho #Lula #Ministério da Fazenda


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Petrobras

20/08/2015
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A chilena Copec teria apresentado uma oferta pelos 230 postos de combustíveis da Petrobras no país andino. A proposta envolve também a aquisição das operações da companhia em 11 aeroportos chilenos. *** Há um fósforo aceso em meio à venda dos ativos da Petrobras na área de gás. Um grupo de investidores, que reúne sócios da estatal em uma dezena de distribuidoras, ameaça entrar na Justiça caso a companhia ofereça em mercado parte de suas ações nestas concessionárias. Estes investidores alegam ter direito de preferência.

#Copec #Petrobras


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Bendine dedetiza cada cantinho da BR Distribuidora

19/08/2015
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Antes que algumas baratas e escorpiões do passado comecem a subir pelos ralos e infestem o IPO da BR Distribuidora, Aldemir Bendine vai dedetizar todas as tubulações e canos da companhia. Ainda nesta semana, o presidente da Petrobras anunciará um rigoroso projeto de higienização das práticas de governança na controlada. O ponto alto será a criação de uma gerência executiva de compliance, tendo como coadjuvante o fortalecimento da ouvidoria-geral da empresa. O timing para a implantação das novas medidas não está relacionado apenas aos preparativos para a abertura de capital. A pressa de Bendine em colocar o projeto na rua e divorciar a BR da gestão anterior na Petrobras é profilática. A julgar pelos fatos recentes, as chances de a Lava Jato se espalhar pela subsidiária são cada vez maiores. Há cerca de um mês, na mesma semana em que foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, a companhia afastou dois diretores supostamente envolvidos em irregularidades – um indicado pelo PT e outro ligado ao senador Fernando Collor. O próprio presidente da BR, José Lima de Andrade Neto, está na berlinda. O executivo foi acusado por um gerente da estatal de ter favorecido a UTC Engenharia, do delator Ricardo Pessoa, em três contratos no valor total de R$ 650 milhões. Por razões mais do que óbvias, a BR Distribuidora puxará a fila, mas as medidas aplicadas na companhia serão gradativamente estendidas às demais controladas do Sistema Petrobras. Atualmente, algumas das subsidiárias já dispõem de uma área própria de compliance, que também ganharão o status de gerência executiva – no organograma da companhia, um andar que só fica abaixo das diretorias. Em todos os casos, o novo gerente responderá diretamente ao presidente e ao Conselho de Administração da respectiva subsidiária. Significa dizer que cada empresa replicará o modelo adotado na própria Petrobras, onde o diretor de Governança, Risco e Conformidade da holding, João Adalberto Elek Junior, se reporta a Bendine e ao Conselho. Se, por ventura, há outros malfeitos escondidos nos escaninhos da companhia, quanto antes aparecerem e forem devidamente debelados melhor para todos. *A Petrobras não retornou ao nosso contato.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Lava Jato #Petrobras


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O calvário daqueles que não pagaram propina

18/08/2015
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A Lava Jato tem um lado B, uma raspa do tacho das delações premiadas que provavelmente não merecerá as manchetes dos jornais. Os depoimentos à Justiça começam a trazer à tona o drama de empresas que pagaram o preço de não terem pagado o preço da corrupção na Petrobras. São muitos nomes – Produman, Multitek, Jaraguá, Brasil Ecodiesel… – e um mesmo destino: prestadores de serviço e parceiros comerciais da estatal que sofreram todo o tipo de sabotagem e foram, muitos deles, escorraçados do mapa por se recusarem a participar do “propinoduto” montado por Paulo Roberto Costa, Renato Duque et caterva. Os protagonistas desta face praticamente oculta do petrolão não estão em Curitiba, mas também enfrentam ou enfrentaram seu próprio cárcere, leia-se asfixia financeira, dificuldades de honrar compromissos, demissões, recuperação judicial e, em alguns casos, a extinção. Na Lava Jato, até o light side é dark! Os depoimentos dos delatores têm revelado como os fornecedores da Petrobras que não integravam a confraria do “petrolão” eram tratados com requintes de crueldade. Os maus-tratos vinham essencialmente da parte de Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Havia ordens expressas para que os pagamentos destes prestadores de serviço fossem represados. No aparato de tortura, outro expediente comum era a recusa a firmar aditivos contratuais, mesmo quando ficavam absolutamente comprovados o aumento dos custos de determinado projeto. Entende-se porque, entre 2008 e 2013, sucessivos fornecedores da Petrobras começaram a entrar em coma financeiro. O prontuário médico é extenso e foi devidamente registrado no noticiário da época. A Multitek, que prestava 90 tipos de serviços de engenharia à Petrobras, teve R$ 250 milhões em pagamentos bloqueados. De uma hora para outra, viu-se forçada a romper 11 contratos com a estatal e demitir 1,7 mil operários. A Produman, que fazia serviços de manutenção na Reduc, foi obrigada a demitir 1,5 mil funcionários. A Conduto, responsável pelo fornecimento de tubos para a refinaria Abreu Lima, acumulou R$ 80 milhões em dívidas e entrou em recuperação judicial. O mesmo destino da Cemon e da Jaraguá, outros fornecedores esmigalhados pela Petrobras. Muitas destas empresas ainda sobrevivem ligadas a aparelhos; outras não resistiram. O RR não conseguiu contatar os dirigentes da Conduto e da Produman. Multitek, Cemon e Jaraguá não quiseram se pronunciar, assim como a Petrobras. A retaliação não se limitava a empresas de engenharia. Que o diga a Brasil Ecodiesel. A empresa tinha um contrato que lhe garantia o fornecimento regular de biodiesel para a Petrobras. Em determinado momento, no entanto, a estatal interrompeu a retirada do combustível e, consequentemente, os pagamentos, impondo um duro golpe à produtora de biodiesel. O RR conversou com um dirigente da antiga Brasil Ecodiesel que, em off, confirmou que a companhia chegou a ter 600 mil litros em estoques. A partir daí, a empresa foi minguando, minguando, minguando. Junto com ela, caiu por terra um projeto pioneiro de reforma agrária privada vinculada ao cultivo da mamona, que garantia moradia para 300 famílias de colonos em Canto do Buriti (PI). Quem poderia dar um belo depoimento sobre a saga da Brasil Ecodiesel é a própria presidente Dilma Rousseff. Quando era ministra de Minas e Energia, Dilma visitou a região e se debulhou em lágrimas ao conhecer o projeto.

#Brasil Ecodiesel #Cemon #Conduto #Jaraguá #Lava Jato #Multitek #Paulo Roberto Costa #Petrobras #Produman #Renato Duque


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Pato manco

18/08/2015
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O presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, é carta fora do baralho. Já não vem sequer participando das discussões relacionadas ao IPO da estatal. O diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, trata do assunto diretamente com seu congênere na BR, Carlos Alberto Tessarollo.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Clipping

18/08/2015
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Entre os deputados que já leram o relatório enviado pela Kroll à CPI da Petrobras, a sensação é de que a Câmara torrou cerca de R$ 1 milhão à toa. Para alguns parlamentares, a papelada encaminhada pela empresa de investigação mais parece uma colagem de fatos já virados e revirados pela imprensa.

#Kroll #Petrobras


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Temer e Serra já provocam calafrios em Brasília

14/08/2015
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O projeto Temer/Serra pode ser resumido em três linhas mestras: revisão constitucional para flexibilizar as vinculações do orçamento; reforma do Estado, com o objetivo de modernização da máquina pública; e privatização acelerada. No pensamento de José Serra não há ajuste fiscal que funcione sem a adoção conjunta dessas medidas. Por sua vez, esse programa somente cabe em um novo governo, com o controle do Congresso, na medida em que está alicerçado em PECs de toda a ordem. Ou seja: é necessária praticamente uma miniconstituinte da economia. Por tudo que foi dito, parece uma articulação improvável, para se dizer o mínimo. Por que o PMDB abriria esse espaço para José Serra? E por que Serra, uma figurinha carimbada do PSDB, deixaria o partido pelas costas? A fonte do RR é de primeira grandeza. Ela garante que a chegada de Serra ao PMDB seria uma ação isolada e individual. Ele entraria no partido apenas como um quadro técnico. Pode até ser, mas é difícil. Basta lembrar de sua notória pretensão de se candidatar à Presidência da República. Serra tem muito claro que a direita do PSDB se alinhará com Aécio Neves. O espaço de protagonismo com Geraldo Alckmin também é limitado. Michel Temer é o futuro que lhe acena com as mãos mais firmes e seguras. O vice-presidente, por sua vez, necessita de um programa de governo para chamar de seu, a despeito do que venha a ocorrer no Palácio do Planalto. Portanto, com ou sem Dilma Rousseff. O suposto Plano Serra desata os nós estruturais da economia, preservando o gasto social. Aliás, com apenas 8% do orçamento sem algemas, fica impossível a manutenção das políticas de inclusão sem as mudanças profundas propostas pelo economista. Serra dedicaria um capítulo especial ao fortalecimento e revalorização da Petrobras, não somente pela importância da companhia para a retomada dos investimentos em infraestrutura, mas também pelo que ela significa como símbolo de orgulho nacional. Não custa lembrar que é de sua autoria o projeto de lei que desobriga a Petrobras a ter 30% em todos os campos do pré-sal. O RR perguntou a sua fonte até que ponto estavam avançadas essas conversações. A resposta foi que a matéria-prima da política é o desejo. O que se pode dizer, de certo, é que as tratativas existem. José Serra tem uma equipe de oito assessores trabalhando direta ou indiretamente com ele na elaboração de projetos de lei um número maior do que o de auxiliares de Joaquim Levy na Fazenda. Parece até que o mundo conspira para o inusitado encontro entre o mordomo de velório e o vampiro da Pauliceia. Brasília ficaria ainda mais assustadora. Às vezes, o insólito acontece.

#José Serra #Michel Temer


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Gaspetro investiga escândalo financeiro em diretoria da Sulgás

13/08/2015
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A Sulgás está no centro de um escândalo que envolve gravíssimas suspeitas de desvio de recursos públicos. Nesta semana, a Gaspetro, subsidiária da Petrobras e dona de 49% da distribuidora, determinou a abertura de uma sindicância para apurar denúncias de superfaturamento em contratos da estatal gaúcha. O alvo específico é a diretoria técnica e comercial, comandada por Flávio Ricardo Soares de Soares. Na Gaspetro, os termos usados para se referir ao episódio são os mais duros possíveis: “malversação”, “roubo” e “pagamento por fora”. Segundo um dos integrantes da comissão instituída pela estatal gaúcha, as primeiras informações apuradas apontam para o favorecimento a pelo menos um fornecedor contratado pela diretoria técnica e operacional. Consultada, a Sulgás confirma a abertura da sindicância e diz, com todas as letras, que “já identificou irregularidades, a ponto de ter expedido notificação extrajudicial ao prestador de serviços, com notícia de cobrança de diferenças.” A companhia não divulgou o nome ou o ramo de atuação do fornecedor, mas o RR apurou que se trata de uma conhecida empresa de engenharia de Porto Alegre. Também procurada, a Gaspetro/ Petrobras não se pronunciou. Ressalte-se que a iniciativa da Gaspetro conta com o apoio do governo gaúcho, acionista controlador da Sulgás. Curiosamente, foi a própria subsidiária da Petrobras quem indicou Flávio Soares para a diretoria da Sulgás. Sua situação, no entanto, tornou-se insustentável. Na distribuidora gaúcha, já se dá como certo seu afastamento do cargo nos próximos dias. Oficialmente, a empresa empurra a questão para a Gaspetro. Diz que a permanência ou não do executivo é uma decisão que cabe à subsidiária da Petrobras, responsável pela sua nomeação. Soares, aliás, é um fenômeno de resistência. Equilibra-se na diretoria técnica e comercial há quase 13 anos. Já sobreviveu a três presidentes da Petrobras e a cinco governadores do Rio Grande do Sul. Ele é tido por seus colegas na Sulgás como um executivo todo-poderoso. Em algumas gestões chegou a mandar mais do que o próprio presidente da estatal, a ponto de grandes fornecedores e clientes da companhia despacharem diretamente em seu gabinete.

#Gaspetro #Petrobras #Sulgás


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De pai para filho

13/08/2015
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O guapo Edison Lobão Filho, filhote do ex-ministro Edison Lobão, descobriu a mágica de comprar querosene de aviação a um valor irrisório. Para “Lobinho” a Petrobras vende tudo a preço de banana. Mas a operação tem seus macetes. O combustível é triangulado através de um táxi aéreo. Só depois enche os tanques do bem amado. E, então, tudo é céu de brigadeiro.

#Edison Lobão #Petrobras


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Petrodólares

12/08/2015
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A Kuwait Petroleum Corporation (KPC) está vasculhando ativos de exploração da Petrobras nas bacias de Santos e Campos, notadamente reservas de gás.

#Kuwait Petroleum Corporation #Petrobras


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Mais um

11/08/2015
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Deve sair nos próximos dias, em uma grande revista nacional: o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada vai aderir à delação premiada.

#Delação premiada #Lava Jato #Petrobras


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No atacado

10/08/2015
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A Petrobras pretende embalar três refinarias em um só pacote, entre elas Alberto Pasqualini, e vender 30% do capital. A companhia está convicta de que este modelo atrairá um número maior de candidatos. Procurada, a Petrobras disse que não informa sobre “hipotéticas negociações ou acordos envolvendo ativos”.

#Petrobras


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Dívida externa a R$ 4 custará uma Petrobras

7/08/2015
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Se o dólar realmente vier a ser comercializado a R$ 4,00 no fim do ano, conforme indicam as previsões do mercado, as empresas que atuam no país vão gastar adicionalmente na amortização de seus débitos externos quase uma Petrobras inteira em 2015. O volume a mais de gastos para quitar o passivo em dólar será o recorde de todos os tempos, ou seja, R$ 130 bilhões. As sequelas mais prováveis são uma redução bruta do estoque de investimentos, rebaixamento do rating de diversas companhias – notadamente as que não são exportadoras -, o encarecimento do custo financeiro e a desnacionalização da economia. Para se ter uma ideia da exposição das empresas ao mítico dólar de R$ 4,00, segundo informações do Banco Central, 16% do total de empresas não contam com qualquer forma de hedge e outros 16% têm um hedge considerado imperfeito. O número é gigantesco sob qualquer aspecto de comparação. Ele representa quatro vezes o orçamento do Bolsa Família para este ano e 14 vezes a meta de superávit primário ajustada para 2015. A oneração dos custos de pagamento das dívidas externas das empresas no Brasil ainda terá o efeito colateral de dificultar a redução da oferta de swap cambial, que hoje tem um estoque total de US$ 102 bilhões, resultado em maior pressão sobre os custos fiscais do governo federal.

#Petrobras


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Gás garantido

5/08/2015
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A Petrobras deu uma cartada que deverá ser determinante para a venda de até 49% da Gaspetro. A estatal incluiu nas negociações um termo garantindo o fornecimento de gás para todas as distribuidoras das quais é acionista por um período de 20 anos. Era tudo o que a Mitsui e a Beijing Gás, principais candidatas à compra de um pedaço da Gaspetro, queriam ouvir.

#Beijing Gás #Gaspetro #Mitsui #Petrobras


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Repaginação da Petrobras vai muito além do compliance

5/08/2015
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A juíza Ellen Grace, integrante do comitê especial criado para acompanhar as investigações internas sobre corrupção na Petrobras, tem a discrição como sua regra de ouro. Mas fez uma pequeníssima confidência que reflete com perfeição o espírito na empresa. Para ela, sob o aspecto econômico-financeiro, os problemas são assustadores; mas do ponto de vista da comunicação interna e externa, do compliance e das práticas de governança, a companhia está ficando um lustro. Na última sexta- feira, as palavras de Ellen fizeram coro com a apresentação de Aldemir Bendine, que divulgou as novas regras para o relacionamento entre a estatal e seus mais de 13 mil fornecedores. No entanto, a cereja no sundae da governança, ainda tratada com discrição, diz respeito à liberação de pagamentos de grandes contratos a terceiros. Na época de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e cia., bastava uma única assinatura para que bilhões fossem movimentados. Agora, a quitação de compromissos de maior monta exige a aprovação de dois diretores, além do imprimatur do próprio Conselho de Administração. Em outro front, o comando da Petrobras tem dado uma atenção maior à ouvidoria-geral. O posto vem sendo ocupado interinamente pelo engenheiro Ricardo Antônio Abreu Ianda, há 38 anos na estatal. A companhia está à procura de um novo profissional para o cargo. O antigo responsável pela área, Paulo Otto Von Sperling, foi afastado em maio deste ano. Com o advento da Lava Jato, descobriu-se que Sperling, ex-assessor de José Dirceu, era um ouvidor que ouvia mal. Em seis anos no cargo, entre as centenas de denúncias que recebeu, ele teria dado andamento a investigações em apenas duas delas. A transmutação da estatal se reflete também na comunicação institucional. Os excessos da gestão de Maria das Graças Foster deram lugar a uma postura bem mais sóbria. Em meio à fervura da Lava Jato, não há um deslize ou resposta fora do tom tanto junto à imprensa quanto nos meios de comunicação da própria companhia, sobretudo nas mídias digitais. As declarações da diretoria e do próprio presidente se tornaram raras, e, quando feitas, extremamente contidas. Aldemir Bendine toca de ouvido com o presidente do Conselho, Murilo Ferreira, responsável pela interlocução junto ao governo, notadamente Dilma Rousseff. A miríade de interlocutores e coadjuvantes que caracterizava a comunicação institucional nas gestões anteriores desapareceu. A performance do novo comando começa a agradar o espírito corporativo da estatal. Quem conhece a empresa sabe que ganhar a admiração dos funcionários é ganhar sua alma. Tudo a seu tempo. No curto prazo, o dever de casa das restrições é inevitável. Não é à toa que, no último dia 24, houve uma greve nas unidades operacionais da companhia e já se discute uma nova paralisação.

#Aldemir Bendine #Ellen Grace #Lava Jato #Petrobras


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Falta adubo

4/08/2015
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Fernando Pimentel tenta salvar o projeto de uma fábrica de amônia da Petrobras em Uberaba, orçado em R$ 2 bilhões. Mas está difícil.

#Aldo Rebelo #Fernando Pimentel #Petrobras


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Lava Jato vai aonde o povo está

30/07/2015
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 A imagem do procurador da República Deltan Dallagnol no altar de uma igreja Batista é absolutamente emblemática: a um só tempo, reforça o tom messiânico da Lava Jato e revela uma estratégia de publicização das investigações ainda mais agressiva. A apresentação de Dallagnol a uma plateia de religiosos na última segunda- feira, no Rio de Janeiro, foi apenas o ponto de partida. Os integrantes da força-tarefa responsável pela Lava Jato estão dispostos a fazer uma cruzada. O objetivo é dar mais visibilidade aos detalhes da Operação e, de quebra, galvanizar o apoio da população à  devassa na Petrobras e nas maiores empreiteiras do país. A intenção é fazer apresentações em universidades, igrejas, sindicatos de trabalhadores e outros lócus representativos de espectros da sociedade.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato


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Com pompa e circunstância

30/07/2015
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Com pompa e circunstância, a Justiça deverá anunciar nos próximos dias a devolução de R$ 150 milhões à  Petrobras, recursos que haviam sido desviados no “petrolão”.

#Lava Jato #Petrobras


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Les petites filles modèles da Camargo Corrêa

27/07/2015
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As reuniões de fim de semana com familiares e amigos na Fazenda Guariroba continuam a ser sagradas, assim como os passeios, ao cair da tarde, pelas vitrines da Rue du Faubourg Saint Honoré, programa obrigatório nas revigorantes temporadas em Paris, entremeadas por um ou outro jantar beneficente. Mas, na maior parte do tempo, as distintas Renata de Camargo Nascimento, Regina Camargo Pires Oliveira Dias e Rosana Camargo de Arruda Botelho habitam território inacessível, tal como uma tela de Renoir ou um romance da Condessa de Ségur. Não há Lava Jato, Ministério Público ou Polícia Federal capaz de trincar a redoma mágica erguida em torno das controladoras da Camargo Corrêa. Até o momento, diferentemente do que vem ocorrendo com alguns de seus pares no setor, as herdeiras de Sebastião Camargo têm sido poupadas do maior escândalo de corrupção da história do país. É como se delatores, procuradores, forças policiais e a imprensa tivessem se irmanado num pacto amnésico. Mesmo você, caro leitor, responda rápido se leu ou ouviu falar sobre alguma delas. A Camargo Corrêa está no núcleo do “petrolão” – como esteve também, como protagonista absoluta, no epicentro da Operação Castelo de Areia. Mesmo assim, Renata, Regina e Rosana seguem intocadas, como as vestais do templo das empreiteiras. Os ex-executivos da companhia Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Ricardo Auler foram os primeiros dirigentes do setor condenados na Lava Jato. E, mais uma vez, nada respingou nas túnicas brancas das três empresárias. Os leais Avancini e Leite dispararam suas delações premiadas para o lado, para baixo, na diagonal, mas não apontaram sequer um dedo indicador para o andar de cima. E por que se omitem os inquisidores da Justiça? Como podem os executivos manejar R$ 50 milhões para o pagamento de propinas – valor que será ressarcido à  Petrobras – sem que os donos da empresa, uma referência no compliance corporativo, sequer suspeitem do passeio deste numerário? Será que a Camargo Corrêa é um organismo sem sistema nervoso central, no qual cada braço dita seu movimento, ou o domínio do fato, como o inferno de Sartre, são os outros? Apesar de sua extensão e ousadia, a Lava Jato segue com os olhos vendados para as sucessoras de Sebastião Camargo, tanto quanto as sucessoras de Sebastião Camargo querem agora ficar longe de algumas heranças que lhes couberam. Se, ainda jovens, Renata, Regina e Rosana foram preservadas da crueza da vida real pelo próprio pai, quando mulheres escudaram-se atrás dos maridos – matrimônios estes que parecem ter sido milimetricamente conduzidos por um head hunter. Os respectivos príncipes consortes – Luiz Roberto Ortiz Nascimento, Carlos Pires Oliveira Dias e Fernando de Arruda Botelho, já falecido – se ocuparam de cargos de mando na Camargo Corrêa, permitindo que as meninas de Sebastião Camargo se mantivessem distantes do campo de batalha. A Lava Jato estourou, e à  medida que as investigações avançaram, providencialmente chegaram ao noticiário relatos da preocupação de Renata, Regina e Rosana com os princípios e valores que deixarão para seus filhos, sugerindo a disposição de até mesmo deixar de vez a construção pesada. Surgiram em cena exatamente para serem esquecidas pela plateia. Por ora, tem dado certo.

#Camargo Corrêa #Lava Jato


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Bala perdida

23/07/2015
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Eduardo Cunha gasta tudo que tem de munição. Logo após o recesso parlamentar, aliados do deputado vão voltar à  carga com força redobrada para que o ex-presidente Lula e os ministros Aloizio Mercadante e José Eduardo Cardozo sejam ouvidos na CPI da Petrobras.

#Eduardo Cunha


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Medo e júbilo frente à  convicção absolutista da Lei

23/07/2015
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Marcelo Odebrecht encontra- se em uma situação difícil. Sua detenção foi transformada em símbolo da virilidade da Lei. Sua condenação é o emblema de uma nova orquestração entre poderes. Os que o defendem são acusados de acólitos do ancien régime, do peculato e da corrupção. Muito antes da Lava Jato se transformar no atual espetáculo, Marcelo Odebrecht vinha sendo caçado como exemplo dos “novos tempos”. Pode-se afirmar que a 14ª fase da Lava Jato já estava identificada na primeira investigação. O sistema, digamos assim, deixou bem claro que a operação soaria como uma derrota se o empresário não perfilasse entre os indiciados. Marcelo teria de ser o troféu, a cabeça do leão empalhada e pendurada na carceragem da PF, em Curitiba. A situação é kafkiana, pois se tornou uma afronta levantar um testemunho favorável ao empresário. Não bastasse a circunstância de antagonismo criada pelo Ministério Público, onde Lei e Justiça ocupam, cada uma, seu próprio galho, está encravado no imaginário nacional que as empreiteiras são o ícone da corrupção nacional. E a Odebrecht é a maior delas. Imagine uma corporação que representa um dos braços do departamento de Estado, onipresente na construção da infraestrutura, participante da defesa nacional e gigante da indústria em parceria com a maior empresa estatal. à‰ difícil conceber que os diálogos fossem monásticos no convento das reuniões de trabalho e negociações contratuais. Eram reais, crus, nus, com seus vícios de origem, e não permanentes acordos de corrupção mefistofélica. Qualquer conversa perscrutada em sua intimidade é passível de suspeição, até mesmo pela excessiva liberdade que a privacidade suporta. E, no novo regime, in dubio pró-acusador. Duvida-se que, confiscado o computador do juiz Sérgio Moro, não fosse encontrada qualquer frase passível de ser interpretada como desabonadora da sua conduta. O que se vê é a Polícia Federal fazendo uma impressionante exegese no conteúdo de bilhetes e recados da correspondência pessoal de Marcelo Odebrecht. Fora o exercício público de criptografia, temos as principais acusações, e elas são no mínimo controversas. O suposto pagamento de propina da Braskem a funcionário da Petrobras, com objetivo de reduzir o valor da nafta em contrato de longo prazo, não encontra sustentação na realidade – se alguém pagou, não levou, conforme demonstram as séries temporais dos preços do combustível. E a criminalização das pretensamente promíscuas viagens do ex-presidente Lula para defender a exportação de serviços fere o raciocínio lógico. Defender a exportação de serviços do Brasil em qualquer cantão do estrangeiro sem defender o interesse da Odebrecht é uma equação impossível. Mas, mexe e remexe, algum deslize Marcelo terá cometido. Já não interessa mais o tamanho do delito, tampouco a prioridade da Nação. O ofídio do monergismo deixa seu rastro de prepotência na consciência do país. Estamos todos vingados?

#Marcelo Odebrecht


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Efeito moral

22/07/2015
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 Aldemir Bendine considera fundamental que a Petrobras anuncie a venda de ao menos um bloco no pré-sal até o fim de outubro. A premissa é que a operação teria um enorme valor simbólico, interferindo positivamente nas expectativas do mercado e das agências de rating.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Clonagem

20/07/2015
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 No que depender de Aldemir Bendine, um executivo de fora da Petrobras – portanto, à  sua imagem e semelhança – assume a presidência da BR Distribuidora e a missão de conduzir o processo de IPO. Indicado pelo ex-ministro Edison Lobão, o atual nº 1 da BR, José Andrade de Lima Neto, está por um fio. *** Bendine, aliás, lamenta com seus botões que Paulo Rogério Caffarelli não esteja mais no mercado. Recentemente contratado pela CSN, Caffarelli foi um dos principais colaboradores da gestão Bendine no BB.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #CSN #Petrobras


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YPF fecha o cerco à  Petrobras Argentina

17/07/2015
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À medida que a venda dos ativos da Petrobras na Argentina começa a ganhar corpo, cresce na companhia a percepção de que a YPF – o mesmo que dizer o próprio governo Cristina Kirchner – será o fiel da balança na operação. Se, de um lado, a estatal portenha deverá se juntar à  Pluspetrol numa oferta por blocos de exploração e produção (ver RR nº 5.162), por outro está se unindo à  Companhia Geral de Combustíveis (CGC) para disputar a compra dos 100 postos da Petrobras na Argentina. Segundo o RR apurou, a dupla deverá apresentar uma proposta até o fim de agosto. A onipresente YPF surge como um personagem determinante da operação. Certamente, a Companhia Geral de Combustíveis terá todo o tipo de apoio não só da estatal, mas diretamente do próprio governo argentino para ficar com os postos da Petrobras. A parceria entre as duas corporações vai bem além da esfera empresarial. Controlador da CGC, Eduardo Eurnekian, de 82 anos, é um antigo aliado dos Kirchner. Na Argentina, é conhecido como um dos ?empresários K?, um seleto grupo de investidores historicamente alinhados a Néstor e Cristina. Não por acaso, a CGC tem todo o interesse em fechar a operação até dezembro, quando se encerra o mandato presidencial da senhora K.

#Petrobras #YPF


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“Japan Team”

16/07/2015
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Após encontros com Dilma Rousseff e o ministro Eduardo Braga, o chamado “Japan Team” vai se reunir nos próximos dias com Aldemir Bendine. Kawasaki e Mitsubishi, entre outras empresas japonesas sócias de estaleiros no Brasil, tentam salvar o máximo possível das encomendas penduradas na Petrobras.

#Aldemir Bendine #Dilma Rousseff #Kawasaki #Mitsubishi #Petrobras


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Monte Carlo

16/07/2015
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A Justiça brasileira tenta recuperar os 11 milhões de euros que o ex-diretor da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, mantinha em uma conta em Mônaco.

#Lava Jato #Petrobras


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Petrobras

14/07/2015
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Segundo informações filtradas junto à  própria Petrobras, YPF e Pluspetrol deverão fazer uma oferta conjunta por ativos da subsidiária Petrobras Argentina.

#Petrobras #Pluspetrol #YPF


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Substituição

10/07/2015
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Candidata a  compra de ativos da Petrobras, notadamente na área de exploração e produção, a Total está em busca de um novo adviser. O anterior, o Credit Suisse, rompeu o acordo por divergências em relação ao modelo de remuneração.

#Credit Suisse #Petrobras #Total


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Petrobras chama os chineses e avisa: Carcará pega, mata e come

9/07/2015
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O programa de desmobilização de ativos da Petrobras começa a sair do papel. Após a venda da fatia de 20% no Campo de Polvo e o anúncio da abertura de capital da BR Distribuidora, a estatal negocia sua participação no bloco BM-S-8, localizado na Bacia de Santos. Do outro lado da mesa estão as chinesas Sinopec e Sinochem, que já têm investimentos no pré-sal brasileiro. As conversas passam pela transferência de parte ou até mesmo da totalidade das ações em poder da estatal. Além de operadora do BM-S-8, a Petrobras é também a maior acionista do consórcio, com 66% – os demais sócios são Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), a portuguesa Galp e Barra Energia, do ex-Repsol João Carlos de Luca. A negociação é fundamental para os planos da petroleira de levantar US$ 58 bilhões nos próximos quatro anos com a venda de ativos. Ao lado do BM-S-24, também em Santos, e do BM-C-33, na Bacia de Campos, o BM-S-8 forma a trinca de blocos no présal que já teriam sido colocados a  venda pela Petrobras. Todas estas concessões têm um ponto em comum: foram incorporadas a  carteira da companhia antes da promulgação da lei que a obriga a ter participações societárias e ser a operadora única de todos os campos no pré-sal. A venda da participação da Petrobras no BM-S-8 resolverá um problema para a própria companhia e seus sócios no campo. Certamente nenhum dirigente da QGEP, da Galp ou da Barra Energia admitirá publicamente tal desejo, mas todos querem a estatal longe do negócio. O estado de paralisia da Petrobras nos últimos meses afetou duramente a operação. Os aportes da estatal rarearam e, com isso, o cronograma das atividades de exploração e produção já estaria comprometido em quase dois anos. Os atrasos envolvem desde os estudos e testes geológicos até a contratação de equipamentos e prestadores de serviço. Tudo está fora dos trilhos no BM-S-8. A situação chegou a tal ponto que, segundo fontes próximas a  própria Galp, o grupo português chegou a cogitar sua saída do negócio. Coube aos demais sócios colocar panos quentes. A maior preocupação da Galp, QGEP e Barra Energia – donas, respectivamente, de 14%, 10% e 10% do consórcio – é o projeto Carcará. Trata-se da joia da coroa da carteira de participações das três petroleiras e uma das grandes promessas do pré-sal brasileiro. Os estudos feitos até o momento indicam um potencial de produção no local em torno de 3,2 milhões de barris diários em 2018 – para efeito de comparação, a projeção para o megacampo de Libra é de 4,2 milhões de barris/dia em 2020.

#Barra Energia #BR Distribuidora #Galp #Petrobras #Queiroz Galvão #Sinochem #Sinopec


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Fertilizantes

8/07/2015
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A norueguesa Yara é forte candidata a  compra de ativos da Petrobras no setor de fertilizantes, notadamente a fábrica de nitrogenados do Paraná.

#Petrobras #Yara


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Planos da Petra Energia se esfarelam em bloco

6/07/2015
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Se é para gastar o latim, a Petra Energia bem que poderia se chamar “Harena Energia”. Há mais areia do que rocha na petroleira do empresário pernambucano Roberto Viana. A companhia, que, no início de junho, devolveu 11 blocos exploratórios na Bacia de São Francisco, estuda entregar outros cinco a  ANP. Das 44 concessões que chegou a ter, a empresa ficaria, portanto, com 28. Esse número, ressalte-se, ainda pode encolher um pouco mais. Dois outros blocos da petroleira (SF-T-92 e SFT- 119), também localizados na Bacia do São Francisco, tiveram a licença suspensa pela ANP por problemas relacionados ao licenciamento ambiental. A Petra teria voltado também a postergar o pagamento de fornecedores. Segundo informações obtidas a uma das principais prestadoras de serviços da companhia, em alguns casos os atrasos já passariam dos 60 dias. Procurada pelo RR, a Petra negou novas devoluções de blocos para a ANP. A empresa informou ainda que, em razão da “atual conjuntura econômica”, tem “pactuado ajustes com os fornecedores que levam a  necessidade de negociação de novas bases contratuais”. A Petra garante que “está honrando e vai honrar, sem exceção, todas as suas obrigações.” No mercado, há dúvidas cada vez maiores em relação a  continuidade da operação da Petra, ao menos na atual configuração. O consenso é que a empresa terá de se desfazer de algumas concessões para financiar outras, ainda que isso gere um inevitável efeito colateral: a perda de escala e o consequente aumento dos custos de investimento. O problema (mais um) é que a maioria dos ativos da companhia não é de fácil negociação, especialmente os 12 blocos localizados na complexa Bacia do São Francisco. A geologia da região exige o uso da técnica de fraturamento hidráulico, modalidade de exploração ainda não regulamentada pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente. Não custa lembrar que companhias graúdas, como Petrobras e Shell, já abandonaram campanhas exploratórias no São Francisco.

#ANP #Petra Energia


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Gás liquefeito

6/07/2015
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A Gas Natural Fenosa vai construir uma planta de regaseificação de gás liquefeito no Rio de Janeiro. Dono da CEG e da CEG Rio, o grupo quer reduzir, um pouquinho que seja, a dependência do insumo fornecido pela Petrobras.

#CEG #Gás Natural Fenosa


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Adviser

3/07/2015
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Dan Conrado e Aldemir Bendine, que sempre foram bem próximos na época do BB, reeditaram o dueto. Além de sua nomeação como conselheiro suplente da Petrobras, o ex-presidente da Previ tem sido uma espécie de assessor informal de Bendine para a venda de ativos da estatal.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Promissória

1/07/2015
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Em recuperação judicial, a Galvão Engenharia vasculha alternativas para atenuar sua delicada situação financeira. Além da venda de ativos, a começar pela CAB Ambiental, o grupo cogita criar um fundo de direitos creditórios. Só da Petrobras, a Galvão tem a receber mais de R$ 2,2 bilhões.

#Galvão Engenharia


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Ninguém escapará ao cárcere do Google

26/06/2015
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Agora não há mais dúvida: foi o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, quem carimbou Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo como participantes do cartel das empreiteiras. Recaem suspeitas sobre as condições em que Pessoa fez a delação dos dois potentados, de todas a mais tardia. O presidente da moribunda UTC sempre foi um sujeito extremamente alegre, tabagista extremado, contador de piadas, amante do excesso. Sujeito a s penitências do encarceramento na Guantánamo versão Lava Jato, imposto pelo juiz Sergio Moro, Pessoa foi quebrado na sua mais aguerrida resistência – que, diga-se de passagem, já não era muita. Provavelmente daria declarações em outras circunstâncias impensáveis para se livrar da prisão. Mas há quem diga que havia uma certa animosidade, tanto do lado de Ricardo Pessoa quanto de Marcelo Odebrecht, rusga decorrente de disputa pela contratação de serviços da Petrobras. O curioso é que grande parte das brigas entre empreiteiras nas licitações da estatal se devia aos bids que levavam a preços vis, muitas vezes incapazes de sustentar a obra sem o prejuízo nas contas do vencedor. A Mendes Jr. era uma das campeãs em colocar os preços abaixo do nível morto. A UTC, volta e meia, ia pelo mesmo caminho (isso é cartel?). Se a bronca com Marcelo Odebrecht pode ter guiado o dedo duro premiado de Ricardo Pessoa, desconhece-se motivação extra-autos para a prisão de Otávio Azevedo, uma espécie de embaixador da boa vizinhança no setor. Não é nem muito claro o conteúdo da denúncia contra ele. Azevedo era mais gestor da operação de telefonia da Andrade Gutierrez do que pertencente a  infantaria puro-sangue dos empreiteiros. Mesmo porque foi no setor de telecomunicações que ele construiu a maior parte de sua trajetória, notadamente como executivo da Telemig e da Telebrás. Bem, que a Justiça dê o seu veredicto, investigue e mostre resultados convincentes, sabendo-se, de antemão, que, pelas sequelas da sua genética processual, os indiciados já sofreram uma irreparável condenação. Não se livram nunca mais de milhões e milhões de páginas no Google, que serão lidas pelo mundo afora e por muitas das suas gerações.

#Lava Jato #Odebrecht #Ricardo Pessoa #UTC


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Como devorar o passivo da Petrobras sem indigestão?

25/06/2015
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a€s vésperas da reunião do Conselho de Administração da Petrobras e da aprovação do novo Plano de Negócios e Gestão 2015- 2019, uma interrogação continua a perseguir a empresa: de onde virá o dinheiro para cumprir o programa de investimentos? As estimativas de mercado apontam para uma cifra entre US$ 120 bilhões e US$ 170 bilhões, um corte expressivo, em qualquer hipótese, se comparado aos U$$ 220 bilhões do plano de negócios 2014/2018. Ainda assim, trata- se de uma cifra incompatível com a astronômica dívida líquida de US$ 100 bilhões (maior débito corporativo do mundo), correspondente a cinco vezes o Ebitda. A situação de caixa é preocupante, e a Petrobras precisa respirar melhor. Pergunta-se, contudo: onde está a estratégia para o longo prazo da companhia? Em um universo virtual, que flertasse com o ideal, os recursos viriam de ajuste patrimonial do governo e medidas para “extração de outras riquezas”, conforme palavras do ministro Joaquim Levy, tais como regularização de dívidas e poupanças dispersas não declaradas a  Receita. Em síntese, viriam de fontes extrafiscais, geradoras de um dinheiro que não está no orçamento, nem gera endividamento. Nesse mundo que namora com a perfeição, o governo agregaria os ajustes fiscal e patrimonial. Ambos são complementares, sendo que o segundo ameniza as dores provocadas pelo primeiro. É de uma costela desse novo arranjo que poderiam ser obtidos U$$ 30 bilhões – mais de um terço do passivo da Petrobras – para relançá-la em um futuro que lhe pertence de direito. Não é uma estimativa superavaliada. Basta imaginar que o cofre forte extrafiscal do governo tem guardados cerca de US$ 1 trilhão (algo em torno de 60% do PIB nacional, da ordem de US$ 1,8 trilhão – números de 2014), correspondentes aos recursos de brasileiros não residentes no exterior, passivos fiscais pendurados no Carf e desmobilização de ativos nos quais a União é controladora majoritária ou mesmo minoritária (carteira do BNDESPar, avaliada em aproximadamente R$ 80 bilhões). Após a captação dessas riquezas dispersas e reservada a cota necessária ao cumprimento do superávit fiscal (neste ano e em 2016), o passo seguinte bem poderia ser a capitalização direta da Petrobras com uma parcela desses recursos. Mas, a solução traria embutido um problema: um aporte de capital dessa magnitude levaria a uma diluição dos minoritários em favor do Tesouro. A companhia teria de fechar o capital. O problema engendra a sua própria solução. Por que não a criação de uma SPE no exterior, capitalizada com os recursos citados acima, com a finalidade precípua de compra das dívidas da estatal? Tal medida permitiria reduzir brutalmente o custo financeiro da empresa. Imagine o impacto de uma “redução” da dívida da Petrobras beirando a totalidade dos seus investimentos até 2019. A capitalização da estatal é, em parte, a redenção do governo, pois foi ele o principal dilapidador da empresa. Na mesma linha, fortalecer a Petrobras é mais um tijolo na construção de um ajuste fiscal permanente. Por que não fazer?

#Petrobras


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O sinistro Magro despenca refinaria abaixo

19/06/2015
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São evidentes os sinais da derrocada de Ricardo Andrade Magro, o híbrido de advogado e empresário que se notabilizou por cruzar e descruzar com desenvoltura a porta giratória entre a política e o mundo dos negócios. O aspecto soturno, agravado pelo monotemático terno preto, talvez seja uma das poucas características que ainda lembram o personagem de natureza maquiavélica, no mais pragmático dos sentidos – entre os mais próximos há até quem compare o Magro dos bons tempos a Doug Stamper, o discreto e eficiente desatador de nós do congressista Frank Underwood, de “House of Cards”. Hoje, tudo ao seu redor é decadência. Andrade Magro já não serpenteia com o mesmo desembaraço pelos corredores do poder. Perdeu prestígio junto ao PMDB de Eduardo Cunha da mesma forma que se distanciou do PT, de Marcelo Sereno, com quem, inclusive, chegou a trabalhar. O declínio político irradia pelos seus negócios. É sintomático que Andrade Magro tenha fechado seu escritório de advocacia no 16º andar do tradicional edifício Martinelli, no Centro do Rio. É uma pena! Aquelas paredes têm muita história para contar. As evidências do ocaso de Ricardo Andrade Magro estão também na Refinaria de Manguinhos, que, por uma série de circunstâncias, caiu no seu colo. Em recuperação judicial desde o início de 2013, a empresa vive a crônica de uma agonia mais do que anunciada. Opera de forma errática e sua atividade comercial se restringiria a  venda de reduzidos volumes de combustíveis a preços baixos para postos bandeira branca. Entre janeiro e setembro do ano passado, Manguinhos teve prejuízo de R$ 83 milhões. E mais não se sabe, pois até hoje a empresa não encaminhou a  BM&F Bovespa as demonstrações contábeis de 2014. O RR fez várias tentativas de contato com a Refinaria de Manguinhos, mas não obteve retorno em nenhum dos telefones e e-mails disponíveis da companhia. Que falta faz a Manguinhos o Andrade Magro do passado. Fosse em outros tempos, muito provavelmente a Assembléia Legislativa do Rio já teria aprovado o Projeto de Lei 425/2015, que propõe a criação de uma versão fluminense do Refis para empresas com dívidas fiscais acima de R$ 1 bilhão. É possível também que o contencioso com a Petrobras já tivesse chegado ao fim. Em dezembro, a 25a Vara Cível do Rio condenou a estatal a pagar R$ 935 milhões a  Refinaria de Manguinhos pela compra de combustíveis a preços inferiores ao custo de produção. Esta, no entanto, foi apenas a decisão de primeira instância. A novela ainda deve perdurar por muitos anos, um futuro que talvez Manguinhos não possa esperar.


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O gás da Statoil

19/06/2015
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A Statoil pretende se aproveitar da brecha aberta pela nova Lei do Gás para investir no transporte do combustível no Brasil. O projeto envolve a criação de uma nova empresa no país. Os noruegueses já abriram conversas com a Petrobras, a mais afetada pela mudança nas regras. Pela nova lei, o transportador será obrigado a ceder o uso da capacidade ociosa de seus gasodutos.

#Petrobras #Statoil


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Petrobras luta contra a Petrobras na venda da Gaspetro

18/06/2015
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A Petrobras garante que fará tudo para negociar a Gaspetro, dentro do seu programa de desmobilização de ativos. Mas, seja por inércia, seja pela falta de cacoete vendedor, a estatal avança na direção contrária dos seus planos. Ainda que por vias indiretas, a Petrobras tem sido a principal adversária da Petrobras na negociação de até 49% da Gaspetro, dona de participações em 19 distribuidoras de gás. O motivo são as recentes medidas adotadas pela própria companhia, que afetam a rentabilidade das concessionárias e, consequentemente, desestimulam os investimentos no setor. Em maio, a estatal anunciou o segundo aumento dos preços do gás em um intervalo de apenas dois meses, achatando ainda mais as margens de lucro das distribuidoras. Quase que simultaneamente, anunciou o corte de outro importante benefício para as empresas do segmento. Até o fim do ano, estará extinta a chamada Nova Política de Preços (NPP), que concedia, desde 2011, 36% de desconto sobre o preço do produto fornecido a s distribuidoras. Mais uma pancada na contabilidade dessas empresas. A Abegás, que reúne as distribuidoras, já entrou com uma representação contra a Petrobras no Cade, alegando que a extinção da NPP configura abuso de poder econômico. No setor, também já se dá como certa uma briga na Justiça pela manutenção dos descontos. A Petrobras, aliás, já enfrenta uma enxurrada de ações movidas por concessionárias de estados onde a própria companhia tem termelétricas, refinarias e fábricas de fertilizantes nitrogenados. A estatal vem fornecendo gás diretamente a essa plêiade de clientes sem passar pelas distribuidoras. As companhias alegam ter exclusividade no suprimento do insumo em suas áreas de concessão. Outro ponto de atrito é que não existe contrato firme de fornecimento de gás pela Petrobras no longo prazo, com preços e reajustes definidos. A incerteza quanto a  entrega do combustível pela empresa, única supridora do gás natural no país, provoca dúvidas quanto ao retorno do investimento para os distribuidores. Na própria Petrobras, a ficha começa a cair. A percepção é que ou a companhia revê certas decisões e cria um cenário mais favorável aos investimentos na distribuição de gás – ainda que isso lhe custe uma perda de receita no curto prazo – ou, então, continuará brigando consigo mesma na venda da Gaspetro. Hoje, aos olhos dos investidores, o setor não é atrativo. Que o diga o Itaú BBA, adviser do “Projeto Belém” – codinome pelo qual a negociação da Gaspetro é tratada dentro da própria estatal. Os primeiros resultados do road show promovido pelo banco ao longo de 30 dias não foram nem um pouco empolgantes. Entre as mais de 20 empresas da área de energia e fundos de private equity contatados, ninguém chegou a abrir um canal de negociação direto com a própria Petrobras.

#Petrobras


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Leilão onshore

17/06/2015
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A ANP vê com bons olhos a proposta de realizar leilões específicos de áreas onshore. O senão é a Petrobras, que já sinalizou não ter interesse por blocos em terra. Aliás, neste momento, comprar qualquer ativo não é com ela.

#ANP


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Petrobras inaugura a era do “menos é mais”

16/06/2015
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 É grande a possibilidade de Murilo Ferreira vir a ser mais lembrado como presidente do Conselho de Administração da Petrobras do que como presidente executivo da Vale. Nenhuma ressalva a  sua gestão a  frente da mineradora. Muito pelo contrário: entre as grandes companhias do setor, a Vale é quem tem feito o dever de casa com mais afinco. Mas o que está para ocorrer na Petrobras, sob a égide de Ferreira, vai ficar nos livros. A empresa anunciará em breve, breve, o maior plano de desinvestimento jamais realizado no setor, um pacote capaz de tornar risíveis os U$ 13 bilhões com os quais o presidente da estatal, Aldemir Bendine, brindou o mercado na sua chegada ao comando da estatal. Mas por que é Ferreira e não Bendine quem vai empunhar o cetro dessa empreitada? Simplesmente porque o protocolo está sendo seguido. Bendine, cujo bom trabalho é reconhecido, fortaleceu o Conselho de Administração no seu papel de balizador das diretrizes da companhia e tem reduzido o poder da diretoria executiva. Ferreira facilitou a liturgia, emprestando a força da sua autoridade ao cargo de presidente do Conselho. O Plano de Negócios e Gestão (PNG) 2015/19 – que deverá ser um marco da competência administrativa para alguns, e um brutal banho de sangue para outros – foi embrulhado por Bendine, mas teve seus laços extremamente apertados por Ferreira, que pediu uma redução drástica dos gastos projetados. Tudo soa demasiado no projeto. As demissões em massa têm um número previsto entre 70 mil e 100 mil pessoas. Os cortes serão principalmente de funcionários terceirizados. Causa arrepio na companhia a lembrança do último empréstimo feito quase que inteiramente para pagar gastos de custeio – por pouco não foi possível quitar a folha salarial. Mas sobrará também para a prata da casa. E a reestruturação deverá eliminar muitos cargos comissionados. As desmobilizações também surpreenderão o mercado: de unidades do parque de refino a  BR Distribuidora, passando pelos ativos de gás a  participação em campos petrolíferos. As novas refinarias também vão todas para o beleléu. Os números podem chegar a US$ 100 bilhões. Procurada pelo RR, a Petrobras afirmou que ainda não há uma data definida para a divulgação do novo PNG. Consultada sobre o número de demissões e a meta para o programa de desmobilização de ativos, a estatal não quis comentar. Murilo Ferreira considera fundamental esse choque de expectativa, pois o mercado não está acreditando que o governo fará uma política de reajuste dos preços dos combustíveis alinhada com a realidade. E faz bem mesmo em não acreditar. A independência de Ferreira como presidente do Conselho da estatal tem limites bem nítidos e a ortodoxia da política econômica vai até onde doem os calos do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ou seja, até o ponto em que não existe uma pressão maior sobre a inflação. Na diretoria da companhia há quem diga, a título de chiste, que o PNG deveria ser apresentado no ainda inabitável Centro Empresarial Senado, conjunto de prédios vizinho a  sede na Av. Chile e futura casa do alto comando da Petrobras. Seria mais do que provocativo, seria simbólico o anúncio de tamanho talho na empresa ser feito fora da sua moradia histórica. Em tempo: as fontes do RR são das áreas financeira e de estratégia corporativa da própria estatal.

#Aldemir Bendine #Murilo Ferreira #Petrobras


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Adivinhão

15/06/2015
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Logo após a confirmação de que seu nome não estava entre os 140 convocados pela CPI da Petrobras, Eduardo Cunha atendeu a vários telefonemas de correligionários sempre com a mesma frase: “Eu não te disse, eu não te disse?”

#Petrobras

Acervo RR

Adivinhão

15/06/2015
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Logo após a confirmação de que seu nome não estava entre os 140 convocados pela CPI da Petrobras, Eduardo Cunha atendeu a vários telefonemas de correligionários sempre com a mesma frase: “Eu não te disse, eu não te disse?”

#Petrobras


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BR Distribuidora está longe da sua melhor forma

10/06/2015
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Justo no momento em que a Petrobras prepara a abertura de capital da BR Distribuidora, a subsidiária passa por um período de baixa octanagem. A companhia convive com perda de receita, atritos com revendedores e o risco de defecções em série em sua rede de postos. As vendas da BR teriam recuado 15% nos quatro primeiros meses do ano em relação a igual período em 2014 – em alguns estabelecimentos, a queda seria de 20%. A comparação com a concorrência é desfavorável a  estatal: no mesmo período, Shell e Ipiranga, por exemplo, cresceram 5%. Os maus resultados funcionam como um fósforo aceso próximo a uma poça de gasolina. O combustível em questão são as divergências entre a BR e seus revendedores. Desde o ano passado, a estatal tem apertado os postos na renegociação dos contratos, carregando a mão no aumento dos royalties pelo uso de sua marca. Com a queda das vendas e das margens operacionais, o clima de tensão teria se acentuado. Alguns revendedores de maior porte ameaçam romper o contrato com a BR e trocar de bandeira. Segundo o RR apurou, um único grupo de São Paulo, dono de mais de duas dezenas de postos, já estaria em negociações com a Shell. Normalmente, movimentos como este têm duas consequências: ou a distribuidora de combustíveis rapidamente acusa o golpe, recolhe os punhos e renegocia as condições contratuais ou acaba sendo vítima de um efeito manada: cada rede de postos que vira-casaca acaba estimulando outros representantes a fazer o mesmo. Ressalte-se que nada muda nos planos da Petrobras: o IPO da BR vai sair. Mas, logicamente, ao preço das circunstâncias, leia-se com um inevitável desconto no valuation da empresa. É do jogo. Resta a  estatal reduzir o tamanho do prejuízo. As diretorias da Petrobras e da BR têm trabalhado em conjunto na busca por explicações e soluções para o mau desempenho da distribuidora nos últimos meses. A caça a s bruxas já teria encontrado alguns culpados: a queda dos investimentos no treinamento de funcionários; perda de qualidade no atendimento e consequente aumento do número de reclamações por parte dos clientes, o que gera uma propaganda boca a boca a s avessas; performance opaca das lojas BR Mania, que não estariam cumprindo a contento o papel de atrair consumidores para os postos de combustíveis. Acredite quem quiser: sobrou até para a Lava Jato. Segundo informações filtradas junto a  Petrobras, a partir de pesquisas de opinião, a estatal identificou que uma parcela da queda das vendas da BR se deve a  reação dos próprios consumidores, que associam a distribuidora aos escândalos de corrupção na petroleira e, por essa razão, passaram a abastecer em outros postos. Na empresa, pasmem, haveria até mesmo registros de frentistas que afirmam terem sido chamados de “ladrão” por clientes mais exaltados.

#BR Distribuidora #Petrobras


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Gás encanado

10/06/2015
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A Gasmig está na fila do gargarejo. É forte candidata a  compra de ativos em distribuição de gás que serão colocados a  venda pela Petrobras.

#Gasmig #Petrobras


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Ometto já vê Comgás e Gas Brasiliano no mesmo pote

9/06/2015
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Rubens Ometto anda eufórico nas últimas semanas. Motivos não lhe faltam. Além do recorde nas vendas de etanol no Brasil, registrado nos quatro primeiros meses do ano, o empresário acredita ter juntado as peças necessárias para viabilizar um antigo projeto: a compra da Gas Brasiliano e sua posterior fusão com a Comgás. O quebra-cabeça começa a ganhar forma: de um lado, está o interesse da Petrobras em vender o controle da Gas Brasiliano; do outro, surgem grupos dispostos a se unir a Ometto numa oferta pela concessionária paulista. Além da própria Shell, que já é sócia da Cosan na Comgás, a Total e a Petrogal também devem participar do bid. Estima- se que a operação possa atingir os US$ 400 milhões. Em 2010, quando comprou o controle integral da Gas Brasiliano junto ao grupo italiano Eni, a Petrobras pagou cerca de US$ 250 milhões. O caminho natural é que a operação passe pela Distribuição de Gás Participações, criada pela Cosan no início deste ano a partir do spin off de seus negócios no setor. Além da Comgás, a própria Gas Brasiliano ficaria pendurada na nova empresa – as duas distribuidoras teriam uma receita combinada da ordem de R$ 10 bilhões. Neste caso, ao que tudo indica, a Total, a Petrogal e a própria Shell entrariam diretamente no capital da subholding, passando a dividir com Rubens Ometto o controle das duas maiores distribuidoras de gás de São Paulo. Total e Petrogal estão entrando no negócio guiadas pelo mesmo interesse estratégico: ter uma garantia de consumo do gás que produzirão em seus respectivos blocos na Bacia de Santos. Rubens Ometto, por sua vez, fará por merecer o epíteto de “Mr. Gás”. Caso feche a aquisição da Gas Brasiliano, passará a controlar quase 40% da distribuição do insumo no país.

#Comgás #Cosan #Petrobras


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Canal Viva

9/06/2015
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Das duas uma: ou os esclarecimentos prestados pelo presidente da Sete Brasil, Luiz Eduardo Carneiro, não convenceram os parlamentares ou, então, está faltando gente para ser ouvida. O fato é que Carneiro poderá ser novamente convidado a participar da mirradinha CPI da Petrobras.

#Petrobras


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Toyo arruma suas gavetas no Brasil

8/06/2015
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A Toyo cansou de aparecer no noticiário policial. Tragado pela Lava Jato, o grupo japonês teria tomado a decisão de romper a joint venture com o Grupo Setal e encerrar suas operações no Brasil. A Toyo Setal é uma das construtoras que estão no epicentro do petrolão. O empresário Augusto Mendonça Neto, acionista controlador, e o executivo Julio Camargo, presidente da companhia, assinaram acordos de delação premiada. O RR fez várias tentativas de contato com a Toyo, por meio de seu escritório no Rio de Janeiro ou diretamente com a sede, em Tóquio. No entanto, o grupo não retornou até o fechamento desta edição. A Toyo Setal tem dois importantes contratos com a Petrobras, a começar por um dos maiores investimentos da estatal. A empresa é responsável pela construção de duas unidades de produção de hidrogênio no Comperj. Em outro front, participa também do projeto de instalação de uma fábrica de amônia em Uberaba (MG) -empreendimento, aliás, que está na corda bamba, devido aos seus altos custos.

#Lava Jato #Toyo Setal


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Sherlock

2/06/2015
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Desde que Aldemir Bendine chegou a  Petrobras, o diretor de governança, risco e conformidade, João Elek, vem conquistando cada vez mais poder. Não custa lembrar que há cerca de 150 funcionários da empresa sendo escaneados de cima a baixo nas investigações conduzidas pelos escritórios Gibson, Dunn & Cruchter e Trench, Rossi Watanabe.

#Petrobras


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Isonomia

2/06/2015
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O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, tem pensado com seus botões: ora, se o governo aceitou reduzir a participação obrigatória da Infraero nas concessões de aeroportos, por que não fazer o mesmo com a Petrobras no pré-sal?

#Infraero #Petrobras


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Cemig é uma usina de planos perdidos

1/06/2015
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Uma a uma, as “promessas de campanha” de Fernando Pimentel para a Cemig estão se esfarelando junto com as contas públicas de Minas Gerais. O plano de investimentos de R$ 5 bilhões previsto para este ano e o compromisso de manter a distribuição de 50% dos lucros já são páginas viradas no folhetim da estatal – ver RR nº 5.125. Agora, o que está se transformando em fumaça é um dos principais projetos não apenas da companhia como do próprio estado. A Cemig deverá suspender a construção de um gasoduto de 475 quilômetros, a maior parte localizada no Triângulo Mineiro – empreendimento orçado em aproximadamente R$ 2 bilhões. Segundo o RR apurou, o governo mineiro interrompeu as conversas que vinham sendo mantidas desde o ano passado com um grupo de investidores chineses que participaria do projeto – entre eles a fabricante de equipamentos XCMG, recém-instalada na cidade de Pouso Alegre. Procurada pelo RR, a Cemig disse “desconhecer as informações”. Caso o projeto do gasoduto seja efetivamente engavetado, o governador Fernando Pimentel e a direção da Cemig ao menos poderão jogar parte da culpa sobre os ombros da Petrobras. Até agora, não há qualquer garantia de que a estatal levará adiante a construção de uma fábrica de amônia em Uberaba. Um dos principais motivadores para a instalação do pipeline sempre foi o fornecimento de gás para a planta industrial da Petrobras. Sem ela, a viabilidade econômica do gasoduto fica bastante comprometida.

#Cemig


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A Petrobras deverá, enfim, reconsiderar

29/05/2015
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A Petrobras deverá, enfim, reconsiderar os valores do contrato e manter a construção de pelo menos uma das duas plataformas encomendadas ao estaleiro QGI Brasil – sociedade entre a Queiroz Galvão e a Iesa a“leo e Gás. Trata-se de mais um vaivém na novela que se arrasta desde o estouro da Lava Jato. Em abril, conforme informou o RR nº 5.092, a QGI devolveu o contrato para a Petrobras, entre outros motivos pelo fato de que a estatal se recusou a negociar aditivos que cobrissem o aumento dos custos do projeto. A dificuldade da petroleira em realocar a encomenda em outro estaleiro falou mais alto.

#Petrobras #QGI Brasil


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Troca de guarda

28/05/2015
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 Agora que já assentou no cargo, limpou a contabilidade da Petrobras e anunciou o balanço, Aldemir Bendine está convicto de que chegou a hora de mexer na gestão das subsidiárias do grupo.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Petrobras

27/05/2015
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A Petrobras está prestes a fechar a venda do controle da MontevideoGas para a uruguaia Ancap, que já detém 45% da empresa.

#Petrobras


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“Xô, Petrobras”

26/05/2015
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A Cepsa já teria feito uma oferta pelos 28% da Petrobras na Deten, fabricante de insumos químicos para a produção de detergentes. Acionista majoritário, o grupo espanhol estaria bastante contrariado com a falta de apetite da estatal pelo negócio.

#Petrobras


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Lava Jato

25/05/2015
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Os delatores premiados da Camargo Corrêa não param de atirar. Já bate nas duas dezenas o número de obras supostamente superfaturadas na Petrobras que constam dos depoimentos dos executivos Dalton Avancini e Eduardo Leite.

#Camargo Corrêa #Petrobras


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Dose dupla

25/05/2015
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O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, contratou uma assessoria de imprensa para cuidar da sua imagem pessoal. O serviço é pago do próprio bolso. Os 1.146 funcionários da área de comunicação da Petrobras parecem ser insuficientes para Bendine.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Lava Jato

19/05/2015
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Citada na Lava Jato, a japonesa JB Minovix tenta pular fora da Ecovix, dona do estaleiro Rio Grande. Com as atividades praticamente paralisadas, a companhia já teria feito mais de três mil demissões desde setembro do ano passado. *** A defesa de Nestor Cerveró voltou a considerar a possibilidade de chamar o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, como testemunha de defesa. Os advogados do executivo já haviam desistido da ideia. Mas, se Renato Duque pode, por que não Cerveró?

#Lava Jato


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Rei do pedaço

12/05/2015
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 Mais um sinal da força de Aldemir Bendine na Petrobras: além de ter emplacado Henrique Jager na presidência da Petros, Bendine abafou o pleito das associações de funcionários da estatal de indicar um nome para a diretoria do fundo de pensão.

#Aldemir Bendine #Petrobras #Petros


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Sol poente

11/05/2015
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A Petrobras deverá aproveitar o fechamento da refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa, para desativar seu escritório no Japão. Por lá, a companhia toca apenas uma parceria com a Mitsui em bioenergia, área que, como se sabe, perdeu espaço na estatal. Procurada, a estatal confirmou o encerramento das atividades em Sekiyu, mas não se pronunciou sobre o acordo com a Mitsui.

#Mitsui #Petrobras


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Tailandeses na fila

7/05/2015
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A tailandesa PTTEP bateu a  porta da Petrobras. O grupo manifestou seu interesse na compra de ativos de exploração e produção da estatal.

#Petrobras


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Aldemir Bendine é o artilheiro dos sonhos da Camargo Corrêa

6/05/2015
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 Aldemir Bendine pode muito bem ficar na Petrobras – na avaliação do Planalto, sua performance na divulgação do balanço foi impecável. Pode também ir para o BNDES, intenção inicial da presidente Dilma Rousseff, conforme informou o RR. Mas, talvez, o porvir de Bendine não esteja nem de um lado nem de outro da Avenida Chile e muito menos no próprio governo. O executivo do momento teria uma proposta da iniciativa privada para um ponto futuro: Bendine iria para a Camargo Corrêa com a tarefa de comandar a reconstrução de um dos maiores grupos empresariais do país. Guardadas as devidas proporções, após conduzir o processo de higienização da Petrobras, ele replicaria a missão na outra face da Lava Jato, dedicando- se a  reestruturação de uma das empreiteiras protagonistas do escândalo.  Aldemir Bendine é um craque sob os mais diversos aspectos. Em quase cinco anos na presidência do Banco do Brasil, enfrentou dois episódios espinhosos que poderiam ter lhe custado o cargo. Em 2010, Bendine foi questionado pela aquisição de um imóvel no interior de São Paulo, no valor de R$ 150 mil, pagos em dinheiro vivo. No ano passado, num caso ainda mais rumoroso, veio a  tona o empréstimo de R$ 2,7 milhões do BB a  socialite e empresária Val Marchiori, amiga pessoal do executivo. Em ambos os casos, Bendine mostrou ter o corpo fechado. O placar de momento na Petrobras marca dois a zero a favor de Bendine. Em apenas um bimestre a  frente da estatal, o executivo conseguiu fechar o valor da baixa contábil decorrente dos episódios de corrupção e apresentar o balanço de 2014. O artilheiro Bendine já prepara o próximo chute, leia-se o anúncio de um programa de investimentos mais enxuto, adequado a s circunstâncias e ao próprio processo de desmobilização de ativos da estatal. Sai de cena a versão anterior, marcada por cifras demasiadamente anabolizadas e inexequíveis, e surge, em seu lugar, um plano de negócios factível, em linha com a realidade e com o choque de gestão em curso na estatal. Trata-se de mais um movimento que tem tudo para cair no gosto do mercado. E, no placar da Petrobras, lá estará: três a zero para Bendine. Não é a  toa que a Camargo Corrêa teria uma camisa a  sua espera.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #BNDES #Camargo Corrêa #Dilma Rousseff #Petrobras


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Desmonte

6/05/2015
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A associação entre a Petrobras e a White Martins na GásLocal está por um fio. Em tempos de desmobilização de ativos, a estatal já sinalizou a  Praxair que não tem interesse em permanecer no capital da distribuidora de GNL.


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Anglo American vai acabar apagando Minas Rio do balanço

4/05/2015
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O tumor que Eike Batista inoculou na Anglo American será extirpado neste ano de alguma das três formas: a mais amena prevê uma associação no Sistema Minas Rio; a intermediária recomenda a venda do complexo; e a radical, o write off em balanço. Em todas as hipóteses as perdas são enormes, ou seja, quase 50% dos US$ 30 bilhões que o verdugo Eike amealhou para atingir o sétimo lugar no ranking das maiores fortunas mundiais. O empreendimento é uma jazida em que o minério tem um teor mais alto de prejuízo do que de ferro. No início do ano, o grupo inglês fez uma segunda baixa contábil de US$ 3,5 bilhões – a primeira, em 2013, foi de US$ 4 bilhões. O custo do projeto saltou para US$ 18 bilhões. São números imensos, praticamente o triplo do prejuízo de R$ 21,5 bilhões que a Petrobras realizou em 2014. A expectativa dos estrategistas é que a Anglo se liquefaz para valer no segundo semestre, quando os irrisórios ganhos sobre capital próprio empregado no projeto demonstrarão a ficção da promessa de retorno de 15% auferidos pela companhia em seus negócios pelo mundo. A recorrente queda do preço do minério, que está na faixa de US$ 50 por tonelada – metade do valor quando o Minas Rio foi desenhado – e o elevado custo de produção, em torno de US$ 35 por tonelada, contra US$ 28 da Vale, estão tirando o brilho das promessas de rentabilidade. Enquanto não bate o martelo, a Anglo faz o dever de casa, adotando uma estratégia “by the book” para ganhar tempo. A receita mistura cortes lineares de custo com a desmobilização de ativos. Mas a estratégia está se revelando uma reprodução do mito de Sísifo. A companhia corta US$ 400 milhões dos custos do projeto esse ano, com um total de quase treze mil demissões, mas as medidas são esterilizadas pela persistência dos preços baixos do minério. O que mais assusta os ingleses é a duração do ciclo de baixa. O Minas Rio não foi projetado para suportar tanta adversidade. Procurada, a Anglo American disse “que já estava prevista uma desmobilização parcial de mão de obra no Sistema Minas-Rio” por conta da entrada em operação do empreendimento. Como medida preventiva, já se fala na empresa até na venda imediata da participação do grupo no Porto do Açu, em sociedade com a Prumo Logística. O plano é sair do terminal, mas garantir o acesso privilegiado ao porto por 30 anos. Falta saber quem irá se aventurar em um negócio que depende basicamente do sucesso do próprio Minas Rio.


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Walmart

30/04/2015
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O Walmart é um moedor de executivos. Guilherme Loureiro – terceiro presidente da companhia no Brasil em apenas cinco anos – está balançando no cargo. Na rede varejista fala-se no nome do ex- BRF Nildemar Secches, que esteve cotado para assumir o comando da Petrobras.

#Petrobras #Walmart


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A análise monossilábica do passageiro Schwartsman

30/04/2015
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A luminosidade inesperada de um fogo-fátuo surgiu no voo da TAM, do meio-dia de ontem, na trajetória da Ponte Aérea São Paulo-Rio. Na poltrona da esquerda, na quinta fileira de quem adentra o avião, uma luzidia careca, com fulgor de metal polido, chamava a atenção da fila de passageiros que se dirigia ao fundo da aeronave. A calvície esplêndida tinha nome. Embecadíssimo, com um terno risca de giz no melhor estilo Saville Row, o ex-diretor do Banco Central Alexandre Schwartsman era um facho de luz em si mesmo, disputando o brilho do pequeno espaço com o irradiado naturalmente da tela do seu iPad. Ele martelava o pequeno instrumento como se um toque fosse uma marretada. A leitura seguia no mesmo diapasão. De uma página da mídia impressa para outra, um átimo temporal; de um jornal para outro, poucos minutos. Começou pelo Valor, passou pelo Estado de S. Paulo, e seguiu cavalgando as letras com voracidade. Certamente, procurava subsídio para espicaçar o governo em seu papel de economista- colunista. Assim foi e assim seria o breviário aeronáutico do douto e calvo senhor se o RR não surgisse de repente para sacudir a paz do contente. Pergunta feita de chofre a Schwartsman: o senador José Serra tornou-se pop em 24 horas ao lançar a proposta de desmobilização de ativos da União (Serra tratou especificamente da Petrobras) como uma política complementar de suporte ao ajuste fiscal. Qual sua opinião? Resposta do ex-BC: “Muito boa a ideia, mas faltam determinação política e capacidade de gestão”. Volta o RR: “Mario Henrique Simonsen considerava essa uma excelente proposta (No caso, falava-se “privatização”) desde que os recursos fossem para reduzir a dívida pública mobiliária”. Visivelmente incomodado, respondeu com uma evasiva: “Foram outros tempos”. O RR traz, então, um tema fora do noticiário: “Não seria pertinente relançar o debate sobre a nacionalização de depósitos no exterior, através de anistia fiscal, em um esforço para captar poupanças dispersas? O projeto está na Câmara dos Deputados”. A resposta foi radical: “Acho imoral”. Insistimos: “Mas mesmo que esses recursos estejam perdidos em alguma nuvem e nunca mais sejam recuperados, eles não poderiam também abater recursos da dívida interna?”. Segundos de silêncio, e tome de volta: “É imoral”. E fim de papo. Schwartsman é muito mais falante nas páginas do jornal. Ao vivo e a cores, impressiona mais pela lanterna que carrega sobre os ombros, repleta de encéfalos crepitantes.


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Termelétrica

30/04/2015
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A Cemig já teria manifestado a  Petrobras o interesse em comprar a termelétrica da estatal em Juiz de Fora (MG).

#Cemig #Petrobras

Acervo RR

Walmart

30/04/2015
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O Walmart é um moedor de executivos. Guilherme Loureiro – terceiro presidente da companhia no Brasil em apenas cinco anos – está balançando no cargo. Na rede varejista fala-se no nome do ex- BRF Nildemar Secches, que esteve cotado para assumir o comando da Petrobras.

#Petrobras #Walmart


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Camargo Corrêa se especializa em demolições

29/04/2015
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Os pares da Camargo Corrêa não estão reconhecendo a postura excessivamente colaborativa da empresa com as investigações da Lava Jato. Para todos os efeitos, a delação está personificada nas figuras de Dalton Avancini e Eduardo Leite, presidente e vice-presidente da empreiteira. Mas a informação que circula é de que os dois dirigentes têm trocado figurinhas com a companhia. Tudo bem que a Camargo Corrêa e a dupla de executivos estão encalacrados e precisam se safar. Mas o afã de delatar gregos e troianos, incluindo episódios que não estão necessariamente vinculados ao caso – alguns deles envolvendo procedimentos legítimos, porém relatados como se fossem crime – tem surpreendido até os próprios inquisidores. A empreiteira fundada por Sebastião Camargo, vulgo “China”, era a companhia líder do corporativismo que reinava no setor até pouco mais da metade desta década. Com o escândalo da Petrobras, tornou-se a maior colaboradora do Ministério Público e da Polícia Federal nos quesitos “novos e velhos nomes”, “fatos comprobatórios” e “casos que nunca vieram a  tona”. Em tempo: a Camargo Corrêa está dividindo sua governança entre a que olha para o futuro e a que toureia o passado cada vez mais presente. O recado das entranhas da empreiteira é de que “perdeu, perdeu”. Acabou a condescendência. Quem dedura na frente e com intensidade leva a vantagem da primeira versão, principalmente se a denúncia for fresquinha.

#Camargo Corrêa


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Sinal dos tempos na Petrobras

29/04/2015
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Sinal dos tempos na Petrobras: há cerca de duas semanas, quatro funcionários da estatal estavam preparados para embarcar em um helicóptero que sairia de Macaé rumo a uma plataforma na Bacia de Campos. A poucos minutos da decolagem, a viagem foi adiada por ordens superiores. No mesmo dia, a estatal disparou uma ordem interna de que as visitas a plataformas só ocorrerão quando houver garantia de lotação máxima dos helicópteros. A farra das decolagens com três gatos pingados acabou.

#Petrobras


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Evaporação

29/04/2015
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As mudanças no capital da Cegás não param. Depois da saída do Grupo Vicunha, que negociou sua participação de 33% para a Mitsui, agora é a Petrobras que está prestes a deixar o capital da distribuidora cearense. A própria trading japonesa é a mais forte candidata ao negócio.

#Cegás


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Sinopec ganha um bilhete premiado para o pré-sal

27/04/2015
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 O empréstimo no valor de US$ 3,5 bilhões obtido pela Petrobras junto ao Banco de Desenvolvimento da China (CDB) passa ao largo da cessão de petróleo ao país asiático, como disse o próprio presidente da estatal, Aldemir Bendine. Os chineses querem, sim, o óleo brasileiro, mas in loco. A principal contrapartida ao financiamento é a possibilidade de um avanço ainda maior dos asiáticos no pré-sal. Mesmo que informalmente, a Sinopec passará a ter o status de parceira preferencial da Petrobras tanto em novas investidas quanto nas operações já em curso. Significa dizer que a companhia chinesa sai na frente na disputa pelos ativos que poderão ser negociados pela estatal, a começar justamente pelas participações nos blocos em que os dois grupos já estão juntos.  É o caso do BMC-33. Por meio da Repsol Sinopec, os chineses detêm 35% do consórcio, mesma fatia da norueguesa Statoil – o restante está nas mãos da Petrobras. Até o momento, já foram perfurados três poços no local, com reservas estimadas em aproximadamente 1,4 bilhão de barris. Os asiáticos querem também beliscar uma participação maior no BM-S-9, na Bacia de Santos. No momento, a Sinopec detém a menor fatia do bloco: 25%. O maior pedaço pertence justamente a  Petrobras (45%). Os outros 30%, originalmente do BG Group, estão sendo herdados pela Shell. Este é um dos ativos mais importantes da estatal e, não por acaso, um dos mais cobiçados pelos chineses. O interesse maior recai sobre o campo de Sapinhoá, que hoje responde por quase 20% da produção total de petróleo no pré-sal brasileiro. O aumento da participação da Sinopec neste bloco já pagaria, com juros e correção monetária, uma parcela expressiva do empréstimo do CDB a  Petrobras.

#Aldemir Bendine #Petrobras #Pré-Sal #Repsol Sinopec #Statoil


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Lava Jato

23/04/2015
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O ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco teria colocado a  venda sua mansão na Joatinga, na Zona Sul do Rio. O imóvel é avaliado em R$ 6 milhões, uma ninharia perto dos quase US$ 100 milhões que o executivo declaradamente embolsou em propinas. O RR entrou em contato com os advogados de Barusco, mas não obteve retorno.

#Petrobras


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Petrobras dá um passo para longe do setor sucroalcooleiro

20/04/2015
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No que depender da Petrobras, a participação do álcool na matriz energética brasileira vai cair ainda mais. A companhia vai decretar uma espécie de moratória sucroalcooleira, fechando as torneiras para os investimentos no setor. A primeira a receber o impacto da decisão será a Tereos, sócia da estatal na Açúcar Guarani. Os franceses podem esperar sentados pelo Godot da Avenida Chile. A Petrobras não pretende sequer efetuar o último dos cinco aportes anuais de R$ 300 milhões na Guarani, referentes a  compra de 46% da empresa – negócio selado em 2010. O prazo limite para o desembolso é outubro. Mas, desde já, a estatal busca mecanismos para se livrar da quitação da derradeira parcela e se desfazer da sua participação na sucroalcooleira antes mesmo dessa data. Ressalte- se que a associação com a Tereos foi a maior operação feita pela Petrobras Biocombustíveis. Ao todo, a petroleira já injetou mais de R$ 1,2 bilhão na Guarani. O desembarque da Petrobras no capital da Açúcar Guarani remete ao segundo mandato de Lula, quando a estatal e o próprio BNDES entraram em campo para fomentar a indústria sucroalcooleira nacional: a petroleira, com a compra de participações em usinas; o banco, com uma farta temporada de empréstimos ao setor. A joint venture com o Grupo São Martinho, que deu origem a  Nova Fronteira Bioenergia, também data dessa época – a operação foi fechada em junho de 2010. Aliás, o ramo da família Ometto que controla a São Martinho já pode ir se acostumando com a ideia de olhar para o lado e não enxergar a Petrobras. O meia-volta, volver da Petrobras se dá justo no momento em que o governo faz um novo movimento para aumentar as vendas de etanol e aliviar o garrote que aperta as usinas sucroalcooleiras. Em março, o índice de álcool misturado a gasolina passou de 25% para 27%. A medida tem a melhor das intenções: proteger uma indústria que fechou mais de 60 mil postos de trabalho nos últimos dois anos. A Petrobras, no entanto, está fora desse mutirão pró-etanol. Neste momento, não há nada mais anacrônico e deslocado na carteira de ativos da estatal do que os penduricalhos societários no setor. Até porque essa é uma área que só deu prejuízo a  companhia. A própria Guarani, por exemplo, acumula perdas de R$ 140 milhões nos últimos anos. A esse desencaixe estratégico soma-se também a necessidade da companhia de vender participações para fechar as feridas financeiras abertas pelo “petrolão”.

#Petrobras


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Eletrobras

20/04/2015
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As motivações são distintas. Mas, a exemplo da Petrobras, a Eletrobras estaria embalando um pacote de ativos que será colocado sobre o balcão. O embrulho, segundo o RR apurou, teria de tudo um pouco: linhas de transmissão, projetos de geração e participações em distribuidoras. Oficialmente, a estatal nega estudos para a venda de ativos.

#Eletrobras #Petrobras


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Gás fechado

16/04/2015
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Mais uma na conta do “petrolão”. Com o cinto apertado, a Petrobras desistiu de ficar com 51% da futura distribuidora de gás natural do Tocantins.

#Petrobras #Petrolão #Petróleo e Gás


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Ontem, no fim da tarde

15/04/2015
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Ontem, no fim da tarde, circulava na própria Petrobras a informação de que, além do balanço auditado, a direção da companhia poderá divulgar também no dia 22 de abril os primeiros ativos que serão negociados. A conferir.

#Petrobras


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“Com quem vocês pensam que estão falando?”

13/04/2015
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 Antes de tentar mudar o que os outros dizem da Petrobras, a Petrobras está decidida a mudar o que ela diz de si própria. A recém-anunciada saída de Wilson Santarosa, que, por 11 anos, regeu com mãos de titânio a Gerência de Comunicação Institucional da companhia, vai muito além de uma simples troca de maestro. A partir de agora, o repertório e o andamento da orquestra serão bem diferentes, independentemente do novo regente, Luis Fernando Nery, ex-gerente de responsabilidade social da companhia. O fato é que a saída de Santarosa vai ensejar uma reviravolta na comunicação corporativa da Petrobras. Trata-se de uma determinação que vem de cima. O próprio Aldemir Bendine chamou o assunto para si, por entender que ele está umbilicalmente ligado ao processo de reestruturação da empresa conduzido pela nova diretoria. Na avaliação de Bendine, o árduo trabalho de reconstrução da reputação institucional da estatal depende de uma postura mais proativa e veemente da própria companhia. A Petrobras não pode e não deve mais ser vista ora como um covil de ladrões, ora como uma coitadinha que soçobrou aos malfeitos de ex-dirigentes. Durante o longo período de regência de Wilson Santarosa, a comunicação institucional da Petrobras transitou entre o Pravda e os relatos de Jean Manzon na revista Cruzeiro durante a ditadura militar. A estatal ado- tou um tom predominantemente ufanista, quase marcial. Com o surgimento do “petrolão”, talvez por inércia ou pela força das próprias circunstâncias, Santarosa optou por não reagir com maior veemência, seja por meio do relacionamento com a imprensa, seja por meio da propaganda institucional. Em determinado momento, a própria direção da Petrobras deveria ter sido a primeira a atentar para o desgaste da campanha “Superando desafios”. O desafio da Petrobras agora é outro: resgatar sua autoestima. Para isso, uma das premissas da comunicação institucional da companhia seria bombardear dados e indicadores que são motivo de orgulho para a Petrobras. Seria uma espécie de inventário do poder e da força da estatal, algo, inclusive, que ela já deveria ter feito, em vez de adotar uma postura quase de autoflagelo. Afinal, qual é a companhia que, apesar dos pesares, vai investir R$ 50 bilhões neste ano, é a maior produtora em águas profundas do mundo, figura entre as 12 maiores petroleiras do planeta em reservas e capacidade de produção e ostenta índice de sucesso de descoberta em mais de 40% dos poços abertos, enquanto a taxa média internacional é de 20%? Qual é a empresa que vai aumentar sua produção de 2,5 milhões de barris para quatro milhões diários nos próximos dez anos e tem cerca de 17 bilhões de barris em reservas absolutamente comprovadas? Quem? Quem? Quem?

#Aldemir Bendine #Petrobras


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CNPC

13/04/2015
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Mais uma petroleira chinesa está prestes a entrar no Brasil. A CNPC chega de olho nos ativos em E&P que deverão ser negociados pela Petrobras.

#CNPC


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Fator Bendine

9/04/2015
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Desde que Aldemir Bendine assumiu a presidência da Petrobras, no início de fevereiro, as ações da companhia subiram 15%.

#Aldemir Bendine #Petrobras


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Consenso

2/04/2015
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O ex-presidente da Vale, o legendário Eliezer Batista, fez questão de telefonar ontem para Murilo Ferreira e cumprimentá- lo por sua indicação ao comando do Conselho da Petrobras. Para Eliezer, o presidente da Vale é o homem certo, na hora certa, no lugar certo.


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Petrobras é sinônimo de ficha suja para estaleiros

1/04/2015
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Foi-se o tempo em que a Petrobras era uma boa companhia que fique bem entendido o jogo de palavras da afirmação. Se, ao longo da história, ter uma relação comercial com a petroleira sempre foi uma demonstração de prestígio e um atestado de proficiência, hoje há um claro receio dos prestadores de serviço em aparecer na mesma foto em que a estatal. Aos poucos, estes fornecedores ensaiam um processo de descolamento da companhia. É o caso da QGI Brasil, a antiga Quip, controlada pela Queiroz Galvão (80%) e pela Iesa a“leo e Gás (20%) e dona do estaleiro Honório Bicalho, na cidade de Rio Grande (RS). No melhor estilo “Toma que o filho é teu”, a empresa está devolvendo a  Petrobras o contrato para a construção de duas plataformas, a P-75 e a P- 77. Os equipamentos deveriam ser entregues ainda neste ano, mas, até o momento, apenas 30% do processo de montagem estão concluídos. A QGI ganhou a licitação para o fornecimento das duas plataformas em 2013, ao preço de US$ 800 milhões cada uma. A dobradinha OSX/Mendes Junior vai pelo mesmo caminho da QGI e também se mexe para se desgrudar da Petrobras. Neste caso, a dupla parece ter encontrado uma “solução de mercado”. Com a concordância da própria estatal, está repassando a um grupo chinês o contrato para a integração dos módulos e montagem de dois FPSO (embarcações para o armazenamento e transferência de óleo), cuja licitação ocorreu em 2012. Ao todo, o projeto está orçado em aproximadamente US$ 900 milhões. Ao contrário do que as circunstâncias possam sugerir, o descolamento da Petrobras não é motivado (apenas) pela inadimplência da companhia. O que move os prestadores de serviço é, notadamente, o risco de crédito. Ter contrato com a estatal virou um estigma. Hoje, o fato de uma empresa carregar em sua carteira contratos futuros e performados da Petrobras tornou- se, por si só, um óbice para a obtenção de recursos. Nem é necessário ser um ficha suja. Vide o caso da própria QGI. A empresa cometeu o “pecado” de ter tido entre seus sócios a UTC Engenharia e a Camargo Corrêa, encalacradas até o pescoço com a Lava Jato. Ambas já deixaram o negócio: a primeira em julho de 2013; a segunda, sete meses depois. No entanto, o estaleiro paga o preço pelo malfeito alheio. Ou seja: a maldição do “petrolão” inverteu a ordem natural das coisas: hoje, um fornecedor da Petrobras precisa provar, de antemão, que não tem culpa no cartório. Há ainda outro fator que estimula a devolução dos contratos. Os prestadores de serviço sabem que, na atual conjuntura, pleitos absolutamente dentro das regras do jogo como ampliação dos prazos de entrega e aditivos para cobrir aumento de custos do projeto não serão aceitos pela Petrobras. Sendo assim, melhor passar o bastão para outro corredor. A questão é que a bola de neve não para de crescer: empreiteiras, estaleiros, bancos… Aos poucos, os mais diversos setores têm sido carregados pela avalanche da Lava Jato, o que só aumenta a necessidade de uma emergencial freada de arrumação neste processo. Se não houver uma pronta intervenção por parte do governo, crescem consideravelmente as chances de uma debandada em massa dos fornecedores de capital nacional, deixando a porta escancarada para a chegada de forasteiros. É tudo o que a gringolândia mais deseja.

#Camargo Corrêa #Petrobras #Queiroz Galvão


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Pré-Sal Petróleo não saiu sequer da superfície

31/03/2015
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Caro leitor, responda rápido: você se lembra da Pré- Sal Petróleo S/A (PPSA)? Pois é… Pouco mais de um ano e meio após ser criada em meio a grandes expectativas e intensas disputas políticas, a estatal responsável pela gestão dos contratos de partilha no pré-sal vive, ou melhor, sobrevive nas sombras. Instalada no edifício no 1 da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio – em Brasília, sede oficial, ainda não há sequer um escritório definitivo -, a empresa é hoje uma repartição pública esquálida, com reduzido poder de influência sobre o setor e sérias limitações de orçamento. Ao longo de todo o ano passado, a PPSA recebeu da União um aporte de aproximadamente R$ 15 milhões. Não deu nem para o gasto. Concebida para ter cerca de 180 profissionais, a empresa não conseguiu chegar nem perto deste número. Hoje, o efetivo é composto por pouco mais de 30 funcionários, contabilizando- se o presidente, Oswaldo Pedrosa, e outros três diretores. Apesar de todo o empenho, o mirradinho corpo técnico não consegue dar vazão a s demandas que chegam a  estatal. Embora, até o momento, suas atribuições sejam meramente burocráticas, o volume de trabalho cresceu razoavelmente desde o surgimento da empresa. O total de reservas sob o guarda-chuva da PPSA mais do que duplicou em um ano e meio. Hoje, este manancial oscila entre 18 bilhões e 30 bilhões de barris, considerando- se a soma dos campos de Libra, Búzios, Atapu, Sépia e Itaipu, todos com participação da Petrobras. Além da gestão dos contratos de partilha, a estatal atua na intermediação de acordos de individualização de produção em blocos contíguos, ou seja, uma espécie de juiz de paz entre vizinhos do pré-sal. A PPSA foi atingida pela tempestade perfeita. A Lava Jato e o consequente estado de inanição da Petrobras – associados ao hiato de leilões no pré-sal (a próxima rodada está prevista apenas para 2016) e os drásticos cortes no orçamento da União – jogaram por terra as projeções financeiras da empresa. A rigor, a estatal tem duas fontes de receita: uma a futuro, leia-se a participação nos lucros dos blocos do pré-sal; outra, referente aos bônus de assinatura dos contratos de concessão. Pelo menos assim dizia o script. No entanto, até hoje a PPSA ainda não teria recebido os R$ 50 milhões relativos a  outorga do campo de Libra.

#Lava Jato #Petróleo #Pré-Sal


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Bahiagás

31/03/2015
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A Mitsui foi rápida no gatilho. Antes mesmo de a Petrobras formalizar a lista de ativos que pretende vender, o grupo japonês manifestou a  estatal e ao governo da Bahia o interesse em comprar a parte da Gaspetro na distribuidora de gás do estado. A Mitsui já é acionista da Bahiagás. Com a aquisição, duplicaria sua fatia para 49%.

#Gaspetro #Mitsui #Petrobras


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Para inglês ver

27/03/2015
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Tirar Thomas Traumann da Secom e colocá-lo na comunicação da Petrobras é mais ou menos como se o governo apeasse Guido Mantega do Ministério da Fazenda e o remanejasse para o BNDES. Se tudo se resume a uma dança das cadeiras, Dilma bem poderia ter mandado Traumann para o lugar de Aloizio Mercadante.

#BNDES #Guido Mantega


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Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras

27/03/2015
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 André Esteves nunca escondeu que não tem pruridos em escavar ativos podres. Eis aí a carcaça do Bamerindus como prova inconteste. Mas, neste momento, é melhor não mexer com as mãos limpas em projetos que atravessam a calçada da Lava Jato. O banqueiro vai usar luvas cirúrgicas e terceirizar sua participação para entrar de banda no setor da construção pesada. A Petrobras, como sempre, é a meca. Esteves quer aproveitar a crise de liquidez das empreiteiras de estirpe para reservar seu assento em futuras cartas- convite da estatal. O expediente encontrado é a compra de um pedaço da Triunfo por meio de um fundo offshore. Receita manjada, essa operação ficará no quintal. Na sala, a Triunfo contratará o BTG para vender participação em algumas subsidiárias. O objetivo de ambas as iniciativas é gerar recursos para a compra de uma empresa do setor que agregue a  Triunfo capital humano e maior tecnologia em obras do ramo. Em idos nem tão distantes, Esteves namorou uma empresa da construção pesada, a Delta, mas a aquisição não andou. É provável que André Esteves não tenha a menor ideia, mas existiu no Brasil, nos idos dos anos 30, um híbrido de banqueiro e empreiteiro que prestou os melhores serviços ao país, notadamente a  indústria nacional. Trata-se de Roberto Cochrane Simonsen, flor rara da elite empresarial. O presidente do BTG se identifica com outras espécies, a dos predadores financeiros e os caçadores de tesouros públicos desprotegidos. O Esteves predador não é nenhuma novidade. Mas, o caçador de arcas mal cuidadas é um ente em desenvolvimento. Fincou seu primeiro pé na Petrobras, em 2012, em um ativo desguarnecido. Comprou 50% dos blocos da estatal na africa; raspou o que tinha na Nigéria, Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia. Na primeira estimativa, o valor total dos campos foi calculado em US$ 7 bilhões. Depois, foi recalculado em US$ 4,5 bilhões, posteriormente reduzido para US$ 3,05 bilhões. Moral da história: a operação de compra acabou sendo fechada em US$ 1,5 bilhão. O BTG pagou o menor dos menores preços – o TCU investiga se foi ele quem arbitrou o valor -, auferiu dividendos de US$ 150 milhões no oitavo mês, prevê ganhar US$ 1,8 bilhão em três anos e pode realizar a cláusula do contrato de abandonar o negócio, sem fazer qualquer investimento, a qualquer tempo (uma espécie de “Pasadena das savanas”). Esteves também bicou a Petrobras via BR Distribuidora, no fatídico ano de 2012. Nesse ponto da história, o assunto se torna mais periclitante devido ao ingresso na trama do doleiro Alberto Youssef. Ele associa Esteves ao propinódromo da estatal. Junto com seu sócio Carlos Santiago, o “Carlinhos”, na Derivados do Brasil (DVBR), o banqueiro teria embolsado R$ 300 milhões em investimentos nos postos, ao custo módico de R$ 6 milhões em propina. Com a Triunfo, Esteves passaria também a ser dono do aeroporto de Viracopos e de rodovias. O verdadeiro oceano a ser singrado, contudo, são as águas viscosas da Petrobras.

#Alberto Youssef #André Esteves #BR Distribuidora #BTG Pactual #Grupo Triunfo #Lava Jato #Petrobras


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Petrobras volta a campo com empreiteiras da segunda divisão

26/03/2015
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 Meio que na moita, a Petrobras retomou a contratação de empreiteiras para tocar obras que só faltam gritar por socorro. Por enquanto, a estatal vai mesmo na versão “fusquinha”: construtoras do segundo ou terceiro time chamadas para disputar as licitações. São três as pequerruchas que irão inaugurar a era pós- Lava Jato: Azevedo Travassos, Encalço Engenharia e Bueno Engenharia. Nem todas estas moçoilas são virgens no que se refere a  Lava Jato. A Bueno Engenharia foi citada pelo “empresário” Mario Goes, um dos operadores de pagamento de propina a  estatal, na nona fase da investigação, chamada de ?My Way?. Pipocou em algumas páginas de jornal, mas livrou-se do alistamento no grupo das 23 empreiteiras sub judice. As três empresas foram convocadas pela Petrobras para disputar a construção do duto de 28 polegadas e 47 quilômetros que vai de Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, ao Comperj, complexo petroquímico da estatal que se encontra em estado de hibernação. Tudo indica que Aldemir Bendine quer fazer desta volta a s obras um ato político. Só isso explica a convocação a s pressas de empreiteiras acostumadas a assistir ao jogo sentadas no banco de reservas. A Petrobras marcou a abertura do envelope para o dia 24 de abril. Só que a obra está prevista para 2016. Com um pouquinho de boa vontade, a estatal poderia esperar que alguns dos titulares se redimissem nos próximos meses, de forma a contar com a participação de algumas das maiores indústrias da construção pesada. Nada contra trazer os peso-penas. Mas o certame de obras da Petrobras não é bem o espaço apropriado para a prática de justiça social ou democratização da concorrência. E qual das convidadas vai dar um preço firme? A carta convite, aliás, continua sendo a gazua para o ingresso na Petrobras, onde não se pratica a boa e velha licitação. Desde a gestão Fernando Henrique Cardoso, a estatal está livre das amarras da Lei n° 8.666. FHC brindou-a com o expediente da escolha seleta, ou seja, ela chama quem quer para participar da concorrência pelas suas obras. Foi justamente esse sistema que acordou o Cade – o órgão antitruste identificou no expediente um convite a  formação de cartel. Realmente, não há motivo no universo que impeça a combinação de preços entre os disputantes. Mas até essa questão, no momento, é menor. O importante é que a Petrobras e o país possam contar com os préstimos da elite empresarial do setor. Já demorou demais.

#Aldemir Bendine #FHC #Lava Jato #Petrobras


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Mais uma sobre a Petrobras

26/03/2015
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 Mais uma sobre a Petrobras: o argumento de que Murilo Ferreira não pode assumir o Conselho de Administração da companhia porque ela e a Vale têm investimentos em comum – leia-se um projeto de potássio e um terminal portuário em Sergipe – parece lobby de gente contrária a  higienização da estatal. Em todas as grandes corporações mundiais, quando surge um conflito de interesses dessa natureza, o conselheiro se declara impedido e não vota na matéria em específico. Se derem ouvido a essa xaropada, só quem sai perdendo é a própria Petrobras.

#Murilo Ferreira #Petrobras


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A propina mais masoquista do mundo

25/03/2015
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Os indiciados na Lava Jato, que penaram as privações da Guantánamo curitibana, já disseram com todas as letras aos seus defensores constituídos: “A primeira pergunta era sempre a mesma: “O que temos de informações contra a Odebrecht?”. Os intocáveis de Sergio Moro foram bater no grupo baiano por uma via oblíqua, a Braskem, por meio de uma denúncia enviesada, que envolve a empresa e sua sócia Petrobras. Seria o único caso do “petrolão” em que não há prestação de serviços. A delação parece sem pé nem cabeça. A Braskem, conforme o relato fiel da lavação a jato, estaria pagando propina para a estatal prejudicá-la com contratos draconianos de fornecimento da nafta. Basta olhar o histórico dos preços. A Braskem sempre sofreu nas negociações para a garantia do combustível. Até agora, é o maior non sense da Lava Jato.

#Braskem #Lava Jato #Odebrecht


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Primeira ducha de água fria da gestão Aldemir Bendine

25/03/2015
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 Primeira ducha de água fria da gestão Aldemir Bendine. Diferentemente do que estava previsto, a Petrobras não vai divulgar suas demonstrações financeiras amanhã, durante a reunião do Conselho de Administração. Os escritórios Trench, Rossi & Watanabe e Gibson, Dunn & Crutcher não concluíram a tempo o processo de auditoria nas contas da estatal.

#Aldemir Bendine #Rossi & Watanabe #Trench


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Nova missão

23/03/2015
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A Saudi Aramco procura um executivo para comandar suas operações no Brasil. Os árabes querem um nome local, com bom trânsito junto a  Petrobras e a  ANP. Só falta ter entrada no Planalto.

#ANP #Petrobras


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A morte e a morte do capitalismo de Estado

23/03/2015
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O quartel-general do Insper, instituição de ensino da ciência econômica, administração e direito, nessa ordem de importância, fica localizado na Rua Quatá, Vila Olímpia, endereço nobre de São Paulo. Nas proximidades, no Ibirapuera, respirase o pouco ar puro que sobrou na cidade. O bucolismo do parque, contudo, não encontra qualquer associação com a usina efervescente de ideias que funciona nos porões do Insper. Naquela casa, o vice-presidente da instituição, Marcos Lisboa, é o maestro de uma sinfonia wagneriana sobre economia aplicada, cuja inspiração é o assassinato do capitalismo de Estado.”Marquinhos”, conforme é chamado na academia e no mercado, já jogou em vários times -pertenceu, por exemplo, aos quadros da FGV e foi secretário de política econômica na gestão de Antônio Palocci na Fazenda. Mas parece ter se encontrado no Insper, sobre os auspícios do ex-banqueiro Claudio Haddad, o menos parlapatão dos economistas conservadores do país. O discreto Haddad foi o quarto mosqueteiro do trio de ouro do Garantia -Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Não aparecia na foto e ganhava muito menos, o que, ainda assim, significava muito. Decidiu tirar o Ibmec do economista Paulo Guedes e depois extraiu o Insper das entranhas do Ibmec, deixando uma marca de ódio entre ambos os acionistas. É ele o grande patrono da nova agenda macro e microeconômica que vem sendo forjada por um batalhão de economistas. “Marquinhos”, seu regente eleito, constituiu uma joint venture informal com a faculdade de economia da PUC-RJ, celeiro do Plano Real, onde hoje se encontram os economistas reflexos do Insper. A agenda, assumidamente liberal, pretende desmontar a estrutura que deu ao PIB brasileiro 60 anos seguidos de crescimento médio em 7%. Será entregue ao futuro mandatário, em 2018 -ou antes, se for o caso. Os economistas do Insper sabem que trabalham sobre um cenário de terra arrasada. Não se trata de caracterizar o ajuste fiscal como uma política liberaloide. Até o professor Celso Furtado, que está sentado a  esquerda do deus exdesenvolvimentista, praticou um bruto arrocho com seu Plano Trienal, em idos hiperinflacionários. Mas o estrago que a presidente Dilma Rousseff provocou, com seu esquizofrênico ativismo estatal, não tem paralelo. O sistema de propulsão da economia brasileira sempre foi constituído de uma gigantesca companhia, a Petrobras -com funções de agência de interiorização e desenvolvimento -, um banco de fomento, o BNDES, dois grandes bancos varejistas, com impacto social e poder de mediação no mercado de crédito, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e o Complexo Eletrobras. Construí- lo demorou mais de seis décadas. Destruí-lo, custou só um quinquênio. A dizimação foi tamanha que eliminou os anticorpos contra a conquista pelos grupos de interesse. E os decantados investimentos sociais também serão reduzidos a título de melhoria da qualidade das políticas. O Insper vai fazer a sua agenda; outros farão também, homólogas. É o início apoteótico do ciclo conservador no Brasil, meio que na contramão do mundo. Tá tudo dominado!


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Enfim, um substituto para Cerveró na BR

20/03/2015
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 Na reunião prevista para a próxima quinta-feira, dia 26 de março, o Conselho de Administração da BR Distribuidora deverá anunciar o nome de Carlos Alberto Barra Tessarollo como novo diretor financeiro da estatal. Já não era sem tempo. O cargo está vago há exatamente um ano, desde que Nestor Cerveró foi afastado por conta das investigações na Lava Jato. De lá para cá, a área financeira foi acumulada pelo próprio presidente da BR, José Lima de Andrade Neto. A escolha de Carlos Alberto Tessarollo é uma evidência de que o poder de Aldemir Bendine já começa a se espraiar pelas subsidiárias da Petrobras. Atual gerente de seguros da estatal, Tessarollo é ligado a Ivan Monteiro, executivo que Bendine trouxe consigo do BB para assumir a diretoria financeira da Petrobras. Em tempo: o novo responsável pelas finanças da BR integra também o corpo técnico da Associação Brasileira de Gerência de Riscos. Faz sentido!

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Lava Jato #Nestor Cerveró #Petrobras


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Concremat derruba sua paredes Á  espera da Promon

19/03/2015
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Espécie rara de construtora ainda imune aos efeitos da Lava Jato – não obstante a extensa folha de serviços prestados a  Petrobras, incluindo a malfadada refinaria Premium I, no Maranhão – a Concremat entrou em obras. Por de trás dos tapumes inicia-se uma reforma da qual a companhia controlada por Mauro Ribeiro Viegas deverá sair associada a outro grupo do setor. Quem estará do outro lado da mesa? Segundo um privilegiado interlocutor do próprio Viegas, uma boa aposta é a Promon Engenharia. No passado recente, de acordo com a mesma fonte, as duas empresas chegaram a manter conversações, mas a construção não passou sequer da primeira camada de tijolos. Eram outros tempos: a Petrobras honrava seus contratos, os investimentos em infraestrutura subiam a ladeira e não havia uma recessão a  espera na próxima esquina. Procuradas pelo RR, Concremat e Promon negaram a associação. Estranho seria se confirmassem qualquer negociação neste sentido. As circunstâncias, no entanto, parecem empurrar uma na direção da outra. Especialmente no caso da Concremat. a€ medida que o tempo passa, cresce a pressão sobre a companhia. Nas atuais condições de temperatura e pressão, é inevitável que os resultados da construtora sofram um significativo processo de desidratação nos próximos meses. Do seu faturamento total – cerca de R$ 1,5 bilhão, no ano passado -, quase metade está pendurada em obras públicas. Por sinal, tamanha proximidade com o Poder sempre atraiu olhares curiosos na direção da Concremat e de sua carteira de contratos. Se, até o momento, a companhia passou incólume ao “petrolão”, seu passado recente registra alguns sobressaltos. Línguas ferinas costumam, por exemplo, destilar insídias acerca do relacionamento entre a Concremat e a Prefeitura do Rio. A presença de Antonio Pedro Viegas Figueira de Mello, neto de Mauro Viegas, no comando da Riotur só alimenta o disse-me-disse. Intrigas a  parte, o fato é que projeções da própria Concremat apontariam para uma queda de até 40% das receitas com o governo devido a  retração dos investimentos públicos em infraestrutura – número formalmente negado pela empresa. De toda a forma, a companhia está cada vez mais distante da prosperidade da última década, quando a empresa cresceu, em média, 15% ao ano. Para Mauro Viegas, portanto, a associação com a Promon traria a reboque o Pátria Investimentos, sócio da construtora por meio do fundo P2 Brasil, e, com ele, a expectativa de um porvir um pouco menos árido.


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Editora Abril tem candidato para a Petrobras

18/03/2015
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 Dependendo de onde parte a versão, o ex-presidente da Abril Mídia, Fabio Barbosa, foi simplesmente demitido ou saiu com o objetivo de se preparar para o eventual troca troca que se prenuncia na Petrobras e no BNDES. As análises combinatórias são múltiplas. Barbosa, que já foi do Conselho da estatal, poderia ir para o lugar de Aldemir Bendine. Este, por sua vez, assumiria o posto de Luciano Coutinho no banco. Numa outra configuração, o exn º 1 da Abril iria diretamente para o BNDES, em substituição a Coutinho. Só uma hipótese está descartada: Fabio Barbosa voltar para a Abril.  Ressalte-se que o próprio Lula gosta muito de Fabio Barbosa, que já esteve cotado para assumir a Fazenda e o BC em diferentes momentos da gestão petista. Por outro lado, não custa lembrar que Barbosa estava ao lado de Giancarlo Civita quando Veja publicou, no fim de semana do segundo turno das eleições, a polêmica capa “Eles sabiam de tudo”. Entre tantas interrogações, há ao menos duas certezas: as mudanças só começarão quando Bendine entregar o fatídico balanço da Petrobras; assim como é garantido que, ainda neste ano, pelo menos uma das duas presidências, a da Petrobras ou do BNDES, terá outro nome. Garantido mesmo? Bem, a esta altura, não há sequer garantia de que a presidente Dilma Rousseff irá concluir seu mandato.

#Abril #Aldemir Bendine #BNDES #Petrobras


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Oráculo

18/03/2015
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Paulo Leme, economista altamente nacionalista que Joaquim Levy queria indicar para a presidência da Petrobras, tem dito que a combinação de recessão com câmbio turbinado vai transformar o Brasil em um bazar de vendas. Paulo Leme é filho do também economista Og Leme, a quem Roberto Campos prestava tributo: “Ele consegue ser um liberal mais radical do que eu”.

#Eletrobras #Paulo Guedes


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Investimento a jato

12/03/2015
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É cada vez maior a apreensão entre os mais de dois mil funcionários do EBR, estaleiro da Toyo Setal localizado no Rio Grande do Sul. O processo de montagem da plataforma P-74 para a Petrobras, que deveria ter sido deflagrado em dezembro, ainda não começou. No estaleiro, não há qualquer previsão sobre o início dos trabalhos.


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O dia em que o dólar bateu nos R$ 4

12/03/2015
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Em um dia qualquer de maio, junho ou julho, o extraordinário Orson Welles, que, em 1938, apavorou a Costa Leste dos Estados Unidos ao narrar pelo rádio uma suposta invasão de marcianos, incorporou em um brasileirinho. O guri, vendedor de jornais, bravejava pelas ruas da cidade com a voz tonitruante de Welles: “Extra! Extra! O dólar chegou aos R$ 4.” O overshooting já se delineava desde o princípio de março com a moeda alcançando os R$ 3,15. Desde então, os extraterrestres invadiram o mercado de câmbio. Tudo ao mesmo tempo agora. Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch rebaixaram o rating do Brasil. O Federal Reserve retirou os estímulos monetários de uma forma mais agressiva do que a prevista. Bancos internacionais recusaram as baixas contábeis no balanço da Petrobras, que teve de antecipar pagamentos dos seus débitos para não entrar em default. O Banco Central se viu forçado a vender US$ 50 bilhões das suas reservas cambiais, que baixaram para algo em torno de US$ 320 bilhões. A queima de moeda física foi necessária devido ao insucesso do lançamento de US$ 35 bilhões em swaps cambiais, cujo estoque saltou de US$ 113 bilhões, em março, para US$ 148 bilhões, o equivalente a 46% das reservas. Esse movimento de redução do lastro cambial, em vez de acalmar o mercado, deixou-o frenético. As remessas de lucros atingiram US$ 16 bilhões – o correspondente a 61% do valor total de 2014 -, com as empresas preocupadas que o dólar não tenha teto. O temor de um ataque especulativo atingiu o governo na fronte. Antes disso, o BC já tinha puxado a Selic para 18%, com viés de alta, em reunião extraordinária do Copom. O INPC anualizado ultrapassava os 10%, segundo previsão das instituições do mercado. De repente, o Brasil empobreceu de forma brutal. O valor de mercado das companhias abertas caiu de R$ 2,1 trilhões para R$ 1,5 trilhão. A título de comparação, trata-se do equivalente a 6,8 vezes as baixas contábeis de R$ 88 bilhões do balanço bastardo da Petrobras assinado por Maria das Graças Foster. A dívida privada em moeda estrangeira subiu de R$ 651 bilhões para R$ 826 bilhões. A Petrobras, que, de alguma forma, estava na origem do cataclismo, viu seu valor de mercado desabar de R$ 111 bilhões, em meados de março, para R$ 81 bilhões. Ou seja: mais do que o orçamento do Bolsa Família inteiro em 2014 (R$ 25 bilhões). Começaram a surgir boatos por toda a parte de que operações de hedge malsucedidas, a exemplo do que ocorreu no passado com as finadas Aracruz e Sadia, pululavam no mercado como lambaris no rio. Num intervalo de 15 dias, Joaquim Levy já havia contabilizado 27 entrevistas a diversos veículos garantido a firmeza do ajuste econômico. O alto-comando do governo reuniu-se com a presidenta Dilma Rousseff para decidir se ela faria um pronunciamento de rádio e TV em caráter emergencial. Xô, Orson Welles! Como se já não bastasse a realidade…


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Gasoduto paulista pega desvio para longe do “petrolão”

11/03/2015
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O vácuo deixado pela Petrobras em alguns negócios de médio porte começa a ser preenchido. Ao menos é o caso do projeto de construção de um gasoduto entre a Bacia de Santos e Cubatão, orçado em aproximadamente R$ 2 bilhões. Shell, Total e Galp são fortes candidatas a ocupar o lugar da estatal. A tríade está em negociações com o governo de São Paulo para desembarcar no empreendimento, assumindo a instalação e a operação do pipeline. O projeto, conduzido pela Secretaria de Energia do estado, foi originalmente concebido para ser pendurado na Petrobras, a principal fornecedora de gás para as três distribuidoras que operam em terras paulistas – Comgás, Gás Natural Sul e Gas Brasiliano, da qual, inclusive, a estatal é uma das sócias. No entanto, havia um “petrolão” no traçado do gasoduto – como, aliás, de tantos outros investimentos da companhia sob risco de serem carregados pela Lava Jato. Na reta final da gestão Graça Foster, a Petrobras formalizou sua saída do negócio, alegando não se tratar de um empreendimento estratégico. O que está em jogo é a instalação de uma estrutura com capacidade para o transporte de 16 milhões de metros cúbicos diários de gás, praticamente metade do Bolívia-Brasil. Caso Total, Shell e Galp assumam o investimento, este será um dos poucos entre os tantos projetos de gasodutos tracejados nos últimos anos que efetivamente sairão da prancheta. De igual porte, até o momento, só deve vingar o pipeline de 450 quilômetros no Triângulo Mineiro, que será usado para abastecer a fábrica de amônia da própria Petrobras em Uberaba. Os três grupos europeus entrarão no negócio com uma dupla identidade: atuarão tanto com o chapéu de operadores do duto quanto o de fornecedores de matéria-prima – todos têm participação em blocos de gás na Bacia de Santos. O projeto passa obrigatoriamente pelo Palácio Bandeirantes. Além de responsável pela cessão da chamada faixa de servidão por onde passará o gasoduto, o governo paulista poderá ter uma participação no equity do negócio. Muito provavelmente seu ingresso na operação se dará por meio da Empresa Metropolitana de aguas e Energia (EMAE), que, inclusive, já dispõe de uma área de servidão próxima ao traçado idealizado para o gasoduto, por onde passam tubulações de água.


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Até onde é possível envernizar a imagem do HSBC no Brasil?

25/02/2015
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O HSBC já sente o fantasma da consolidação bancária bufando na nuca a  sua revelia. Mas, dessa vez, pelo menos dessa vez, não pretende deixar como está para ver como é que fica. O pequeno polegar da banca estrangeira no Brasil – o Citi é o dedo mindinho – vai reagir na base da pancada publicitária. Uma fonte do RR informou que o mandarinato do HSBC está debruçado sobre os numerários disponíveis para colocar no ar algo com a intensidade da campanha da “superação” feita pela Petrobras. A ideia força da publicidade, obviamente, seria outra. A preocupação maior do HSBC não é com a sova que vem levando no varejo bancário, razão tangível dos seus prejuízos em um momento em que a banca de um modo geral realiza gordos lucros. O HSBC teme a eventual mancha que a profusão de suas contas bancárias inconfessáveis possa produzir sobre sua imagem. O “SwissLeaks”, que traz a reboque a possível devassa de mais de cem mil contas movimentadas ilegalmente no HSBC da Suíça entre 1998 e 2007, ameaça jogar por terra a garantia de sigilo da instituição. Que ativo maior um banco pode ter se não a confiança de seus clientes? Se a Receita Federal e o Coaf conseguirem esticar a mão e alcançar os supostos 8.867 correntistas brasileiras, entre pessoas físicas e jurídicas, envolvidos no esquema, a imagem da instituição no país pode descer o ralo de vez. Caso seja fixada a mensagem de que o HSBC é o banco da contravenção, operações como a do consignado, cuja timidez contribuiu para borrar o seu balanço, serão o menor dos problemas do banco. O HSBC tem a tradição de ser sólido como uma rocha. No Brasil, contudo, o calcário dessa pedra vem erodindo. Os gastos com publicidade são baixos, o investimento em capital humano, diminuto, e as verbas com expansão, muito aquém da concorrência. O HSBC Brasil acaba de anunciar que, no ano passado, teve perdas, antes de impostos, de US$ 247 milhões, o pior desempenho do grupo em toda a América Latina. O prejuízo estava mais do que cantado pela sequência de números cadentes ano após ano. Em 2012, a instituição teve um lucro de R$ 1,3 bilhão. No ano seguinte, a última linha caiu para R$ 411 milhões. O pior estava reservado para 2014. Aliás, terá sido mesmo o pior? Se não meter a mão no bolso e acertar na mensagem da publicidade institucional, o HSBC pode procurar seu lugarzinho na prateleira de venda. “O banco dos meliantes” é um epíteto forte demais até para esse potentado sino-britânico.

#Citi #Coaf #HSBC


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Destino do Comperj estava escrito nas estrelas

25/02/2015
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Os saudosos ex-ministro e ex-presidente da Unipar, Raphael de Almeida Magalhães, e ex-diretor da Petroquímica União, Paulo Roberto Lemos, sobrinho de Roberto Campos, se bateram como cruzados contra o projeto do Comperj. Escreveram artigos nos jornais, foram ao governo, a  Petrobras. Isso quando o Comperj era um projeto pequeno, idealizado por Paulo Cunha para que o Grupo Ultra ficasse com uma fatia de 50% do bolo. Raphael e Lemos defendiam a expansão da Rio Polímeros, polo petroquímico localizado em Duque de Caxias, cujo site permite até a triplicação da sua capacidade. A Braskem, é bom lembrar, tem assento no Comperj e na Rio Polímeros. Os dois paladinos do bom senso petroquímico nem precisaram enxergar tão longe para cravar que o “projetão” era um gigante com pés de barro. O orçamento do Comperj decuplicou desde a planilha original, já meio megalomaníaca, feito por Paulo Cunha. Curioso é que o BNDES é que entrava com uma soma maior de recursos. No futuro, o papagaio seria quase todo cobrado a  Petrobras, que o transformou em um projeto político. Hoje, o Comperj encontrase parado, mesmo com 83% das obras concluídas, sem expectativa de retorno e previsão orçamentária indefinida. E o mais triste: com mais de quatro mil funcionários – cota da Petrobras – na rua da amargura. A Braskem sensatamente volta-se para a expansão da Rio Polímeros, muito, mas muito mais simples, faltando apenas um acerto de garantia de matéria- prima com a Petrobras. Se Raphael estivesse entre nós, soltaria aquela irresistível gargalhada zombeteira. Ele e Lemos brindariam ao rearranjo, ainda que tardio. Que falta fazem verdadeiros homens públicos!

#Braskem #Comperj


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Classificados

24/02/2015
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Segundo pessoas próximas a Nestor Cerveró, os filhos do executivo teriam colocado a  venda um apartamento em Ipanema, avaliado no mercado em cerca de R$ 3 milhões. Este seria um dos imóveis que Cerveró teria transferido para os rebentos tão logo a Lava Jato estourou. Consultado pelo RR, o advogado do ex-diretor da Petrobras, Edson Ribeiro, afirmou que nenhum dos filhos de Cerveró está se desfazendo de patrimônio. Está feito o registro.


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Luciano Coutinho fica, mas não fica no BNDES

24/02/2015
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 A confirmação de Luciano Coutinho na presidência do BNDES é mais uma medida protocolar para manter a autoridade do titular do banco do que uma garantia efetiva da sua permanência. Coutinho quer sair e já comunicou sua decisão a  presidenta pelo menos duas vezes. Trata-se, contudo, da mais boa cepa do serviço publico. Atendeu a Dilma e esperará mais um tempo pela liberação. Que ninguém aposte, no entanto, em um prazo superior a um ano ou próximo disso para sua desincompatibilização. O minueto dançado entre Luciano Coutinho e Aldemir Bendine prevê passos mais rápidos. Se nenhum dos dois escorregar e cair no chão antes, Coutinho voltará para casa por volta dos festejos setembrinos. Bendine, por sua vez, iria dar as cartas no BNDES. Afinal, nem Dilma Rousseff acredita que ele tenha perfil para poucos mais de 1.400 dias de gestão da Petrobras, mais ou menos o tempo do seu mandato na Presidência da República. Dilma está convicta de que Bendine tem fragilidades para o exercício do atual cargo, mas é com ele que pode contar neste deserto de pretendentes. Pode não ser o homem certo no lugar certo, mas é o homem possível. Um craque para a  presidência da estatal ainda não foi achado; os que foram recusaram. No futuro, o anúncio de um super-executivo pode ajudar na recuperação da imagem da empresa. Ou, quem sabe, Bendine surpreende todas as expectativas. Coutinho, com certeza, é o homem certo no lugar certo, mas já deu sua cota de contribuição a  exaustão.

#Aldemir Bendine #BNDES #Dilma Rousseff


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Concessões rodoviárias trafegam sobre o meio fio

23/02/2015
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A Operação Lava Jato não está sozinha. Uma conjugação de fatores ameaça jogar para o acostamento as licitações de rodovias realizadas pela ANTT em 2013 e 2014, tão festejadas por Dilma Rousseff. Há um risco real de defecções por parte dos investidores e, no limite, até mesmo de revisão ou cancelamento dos leilões. Os buracos na pista começam pelo funding dos projetos. O BNDES assegurou o financiamento de até 70% dos investimentos obrigatórios previstos no edital. Até agora, no entanto, não há qualquer compromisso contratual firmado entre os concessionários e o banco. Por ora, os consórcios vencedores da licitação receberam do BNDES apenas um term sheet, com as condições previstas para o desembolso dos empréstimos. Ou seja: tudo ainda está somente no campo das boas intenções. E boas intenções não pagam máquinas e equipamentos, fornecedores, cimento, operários etc. Outro fator de risco para a continuidade dos projetos são as draconianas condições impostas nos editais de licitação. Quando as concessões foram levadas a leilão, ainda não havia ?petrolão?, empreiteiras engessadas, dólar a  beira dos R$ 3,00, retenção de financiamentos públicos e ameaça de recessão. Tampouco havia a perspectiva de uma disparada no custo do asfalto, produto de preços administrados. No fim do ano passado, mais precisamente entre os dias 24 de novembro e 22 de dezembro, a Petrobras promoveu dois aumentos do insumo, que representaram uma alta acumulada de quase 40%. A realidade, portanto, mudou brutalmente desde o momento em que o governo definiu as regras para os leilões realizados nos últimos dois anos. Naquele momento, em meados de 2013, a exigência de duplicação das rodovias em cinco anos parecia palatável. Na atual conjuntura, tornou-se inexequível. Guardadas as devidas proporções, tal regra está para as concessionárias de rodovias assim como a obrigatoriedade de ter 30% de todos os blocos do pré-sal está para a Petrobras. Trata-se de uma exigência absolutamente despropositada para as circunstâncias, um bode que o governo colocou no meio da estrada e agora será obrigado a retirar sob o risco de assistir a  desistência de alguns investidores e, consequentemente, ao cancelamento de concessões já realizadas. O temor maior é com relação aos espécimes de menor porte. Um exemplo é o Consórcio Planalto, que arrematou a licença para operar a rodovia BR-050, entre Goiás e Minas Gerais. Nenhuma das nove empreiteiras que compõem o condomínio de investidores figura entre o primeiro time da construção pesada no Brasil. As concessionárias reivindicam também a adequação das exigências e metas de investimento a s particularidades de cada projeto. Os editais não levam em consideração especificidades e diferenças técnicas entre uma rodovia e outra. O modelo atual é uma peça monocromática, igual para todas as concessões, o que só agrava as distorções de custo. Já está mais do que na hora de o governo ouvir um velho pleito do ex-ministro Delfim Netto, para quem o Brasil deve parar de improvisar nas concessões públicas e recorrer a  moderna teoria dos leilões, com seus mecanismos de proteção para impedir que processos como esse naufraguem. Voluntarismo dá nisso: é muito buraco na estrada.

#ANTT #BNDES


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Beethoven

23/02/2015
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A limpeza na direção da Petrobras deverá varrer para longe o executivo Paulo Otto von Sperling, responsável pela ouvidoria-geral da empresa. Ex-assessor de José Dirceu, o ouvidor causou perplexidade na estatal ao dizer que seu setor nunca havia recebido denúncias internas de corrupção. Consultada, a Petrobras informou que Sperling “está de licença médica e retornará a s atividades ainda em fevereiro.”

#Petrobras


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BTG Pactual se esquiva dos respingos da Lava Jato

20/02/2015
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Das duas uma: ou André Esteves acredita que a situação da Petrobras vai piorar ainda mais ou, então, avalia que o risco político não compensa qualquer proximidade da companhia neste momento. Só isso explica a decisão do BTG Pactual de se despir do figurino de fornecedor da estatal e vender suas empresas na área de óleo e gás mesmo com a forte depreciação dos ativos do setor. O banco procura um comprador para a DSB Investimentos, holding que controla a Deep Sea Supply BTG (Dess BTG) e a Bravante. As duas empresas são donas de uma das maiores frotas de apoio a atividades offshore do país, que atende, notadamente, a  Petrobras. São 60 embarcações, entre equipamentos próprios e de terceiros. O principal candidato a  aquisição está sentado bem ao lado do BTG. Trata-se do FIP Brasil a“leo & Gás, fundo administrado pela Valora Gestão de Investimentos, que, desde maio deste ano, detém uma participação minoritária na DSB. Quem corre por fora é a Goldman Sachs. O banco norte-americano está montando um fundo de participações na América Latina com foco na área de energia, notadamente petróleo e gás e atividades afins. Com a venda da DSB, André Esteves enterra de vez a pretensão de montar uma grande operação integrada de supply chain. Na outra ponta, o BTG Pactual já jogou a toalha em relação a  recuperação da Sete Brasil, da qual é acionista. A empresa, que fornece sondas para a Petrobras, vive uma situação dramática. Precisa levantar cerca de R$ 2 bilhões para honrar dívidas que vencem no curto prazo. Não é de hoje que o BTG sinaliza a disposição de pular fora do setor. A evidência mais aguda veio em 2013, quando o banco desistiu da compra da Companhia Brasileira de Offshore (CBO), então pertencente ao Grupo Fischer e posteriormente arrematada pelas gestoras Vinci e P2. Desde então, Esteves e cia. têm reduzido consideravelmente os aportes na Dess BTG e na Bravante. Originalmente, o plano de investimento das duas empresas para o biênio 2014/2015 girava em torno dos US$ 600 milhões – a maior parte destes recursos destinada a  compra de dez navios. Metade seria construída nos Estados Unidos e o restante, no estaleiro da própria Bravante, em São Gonçalo, no Rio de Janeiro. Até agora, no entanto, apenas um terço da cifra foi efetivamente desembolsada e a direção da DSB trabalha com a expectativa de encomenda de apenas cinco novas embarcações. Em tempo: e os campos de petróleo na africa que o BTG adquiriu junto a  Petrobras em condições de mãe para filho? Nesses, o banco não mexe. Trata-se de um operação rentável, cujo risco político já está devidamente amortizado.

#BTG Pactual #DSB #Petrobras


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Dilma nunca prestou contas ao Brasil

13/02/2015
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A abertura da caixa de Pandora da Petrobras e a descoberta dos malfeitos ali depositados são, ao mesmo tempo, sintoma e sequela de uma patologia nacional que alcançou proporções epidêmicas no governo Dilma: a falta de transparência, notadamente na gestão pública. O Estado brasileiro é uma companhia aberta, com 200 milhões de acionistas, que não publica balanço. O governo é o primeiro a dar o exemplo. No ano passado, um período pródigo em exposição para os seus padrões, Dilma Rousseff proferiu 147 discursos, concedeu 33 entrevistas e assinou 47 notas oficiais – os números do Portal da Presidência, ressalte- se, incluem apenas as comunicações no exercício do cargo, expurgando, até onde isso é possível, os atos de campanha. Em 77% dos pronunciamentos conferidos pelo RR, Dilma entediou a plateia com a mesma música, entoando repetidos dados monotemáticos sobre os resultados das políticas sociais no agregado dos governos petistas, anunciando obras – em grande parte, não realizadas – ou falando sobre a perseguição das elites. Apenas em 23% de seus pronunciamentos, a presidenta tratou com ênfase de temas prementes para a agenda nacional, como juros, política fiscal, benefícios trabalhistas, crise hídrica, racionamento de energia, resultados das contas públicas etc. O que disse foi vergonhosamente desmentido pela realidade. Se Dilma Rousseff assinasse um balanço financeiro, levaria uma multa da CVM e as demonstrações contábeis do seu governo seriam suspensas por imprecisão ou improbidade. Pois bem, depois de se pronunciar de forma claudicante ou mesmo fraudulenta, a presidenta não aproveitou nenhuma das oportunidades imediatamente posteriores para explicar as afirmações inverossímeis. Em apenas 6% das suas comunicações, ela voltou aos assuntos críticos tratados anteriormente. E o fez não para prestar contas sobre a mudança das circunstâncias, mas para sustentar que os problemas inexistiam ou havia exagero e manipulação na extensão da sua gravidade. É importante ressaltar que o RR deu um desconto e não se deteve aos pronunciamentos sobre assuntos como o “mensalão” ou a Operação Lava-Jato. Os números falam por si: os 147 discursos de Dilma correspondem a cerca de 1,5 milhão de caracteres com espaços, ou seja, noves fora os agradecimentos praticamente o mesmo número de caracteres do livro “O Capital”, de Thomas Piketty, obra do século sobre a redistribuição de renda. A mais criteriosa demonstração de dados foi o “Balanço da Copa do Mundo”, aquela que perdemos de 7 x 1, com 10 mil caracteres. O maior discurso foi feito no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar, com 20 mil caracteres. Do total, algo em torno de 345 mil letras e espaços, correspondentes exatamente a 23%, foram gastos com dizeres que mereceriam ser lançados como prejuízo se a linguagem fosse a das demonstrações financeiras. O número de explicações sobre os desmentidos que a realidade acusaria é residual. Nem sequer merece ser citado em volume de caracteres. Assim que assumiu o Gabinete Civil no governo Lula, Dilma Rousseff acenou com um nível maior de transparência, com a criação de um sistema de acompanhamento dos projetos do PAC quase em tempo real. O “Pacômetro”, no entanto, empacou – como, aliás, muitos dos projetos contidos no PAC. Na Presidência, Dilma exacerbou o desprezo pela prestação de contas e veracidade das informações. Teme-se que tenha viciado o país na escuridão de si próprio. E na omissão de seus governantes.


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O desatino de Graça Foster

13/02/2015
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A pessoa mais abalizada para se pronunciar sobre o desatino de Graça Foster e sua diretoria com o balanço da Petrobras é o ex-ministro Guido Mantega. Foi ele quem bombardeou a divulgação do protótipo contábil em sua provavelmente última reunião como presidente do Conselho da estatal. Foi ele também quem falou cobras e lagartos para Dilma Rousseff sobre a barafunda que estava sendo urdida. Por favor, senhores da gloriosa mídia convencional, entrevistem-no.

#Graça Foster #Petrobras


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Bom sinal

13/02/2015
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Consta que o santo de Jorge Celestino Ramos, novo titular da malfadada diretoria de abastecimento da Petrobras, nunca bateu com o de Paulo Roberto Costa. Ambos tiveram quedas de braço no passado, invariavelmente vencidas por Costa.

#Petrobras


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Petrobras

12/02/2015
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Sinal dos tempos na Petrobras: há mais de seis meses, a estatal não arrenda uma nova sonda. No Porto do Rio, o movimento se dá na mão contrária: é cada vez maior o número de equipamentos que deixam o país, devolvidos pela companhia. *** Por falar em Petrobras, apesar dos pesares, o projeto de construção de um gasoduto entre Ribeirão Preto e Uberaba avançou algumas jardas. Até junho, a área técnica da estatal deve concluir o estudo de viabilidade. A segunda parte é convencer a Cemig a entrar no negócio mesmo com a iminente ruptura da associação com a Gas Natural – ver RR nº 5.052. A Petrobras confia em Fernando Pimentel.

#Cemig #Petrobras


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Petros e aposentados acendem o cachimbo da paz

11/02/2015
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Ainda que por vias transversas, os aposentados da Petrobras vão dar sua cota de contribuição a  companhia em meio a  maior crise institucional e financeira da sua história. A própria direção da Petros acredita estar perto de colocar um ponto final num longo imbróglio jurídico e fechar uma negociação doméstica que trará alívio para o seu caixa e, consequentemente, o da própria estatal. Na área jurídica da fundação, já se dá como certo um acordo em massa com os beneficiários do plano de Benefício Definido (BD) que há anos travam uma disputa com a entidade nos tribunais – algumas ações já levam mais de uma década. Estes participantes exigem um aumento de seus benefícios da ordem de 20% sob a alegação de que o fundo de pensão não teria repassado os reajustes concedidos pela Petrobras aos funcionários da ativa, como determinam as regras do plano BD. No início do ano, a Petros apresentou uma proposta de elevação dos proventos entre 11,5% e 12,5%. Ao que tudo indica, os associados da Petros cansaram de brigar, até porque os índices colocados sobre a mesa estão razoavelmente acima do que a fundação havia cogitado inicialmente – em torno de 8%. Um grupo de beneficiários já sinalizou o encerramento das ações, o que, no entendimento, da Petros, abrirá o caminho para um acordo coletivo. Caso o armistício seja efetivamente selado, as contas do fundo de pensão e da própria Petrobras agradecem. O reajuste entre 11,5% e 12,5% já terá um impacto atuarial considerável para a Petros, algo entre R$ 2,5 bilhões e R$ 3 bilhões. Não é pouco, mas, ainda assim, trata-se de um valor bem mais digerível do que os até R$ 8 bilhões que podem cair sobre os ombros da fundação no caso de um reajuste de 20% nos planos BD. 1, 2, 3, isola… Os executivos da fundação e da Petrobras batem na madeira só de pensar nesta hipótese – por sorte, cada vez mais distante. Já basta o abacaxi financeiro que a Petros e sua mantenedora terão de descascar. O déficit atuarial acumulado pelo fundo de previdência privada desde janeiro de 2013 já teria ultrapassado a marca dos R$ 6 bilhões. Pela lei, o buraco terá de ser tampado conjuntamente pela fundação e pela estatal. Ao menos, ao que tudo indica, os aposentados da Petrobras vão fazer a sua parte.


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Metralhadora

10/02/2015
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O que se diz nos labirintos da Lava Jato é que o depoimento de Julio Camargo, consultor da Toyo Setal, espalha brasa sobre quase duas dezenas de empresários e executivos com negócios na Petrobras.

#Lava Jato #Petrobras


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Bendine é um rito de transição na Petrobras

9/02/2015
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 Para início de conversa, Aldemir Bendine não veio para ficar. O ex-presidente do BB assume o comando da Petrobras em caráter provisório. Dilma Rousseff estava dividida entre ele e Luciano Coutinho para ocupar temporariamente a direção da estatal. No fim, escolheu o primeiro, dado o entendimento de que Coutinho deverá ficar mais um tempo a  frente do BNDES – por sinal, em um segundo movimento, o mais provável é que o próprio Bendine seja deslocado para a presidência do banco. O substituto de Maria das Graças Foster entra em campo ciente de que não é o titular e que Dilma continuará procurando o nome certo. A princípio, o tempo de Bendine será apenas o tempo necessário para varrer as gambiarras contábeis e limpar o balanço da empresa. Sua missão é desacreditar o que já está desacreditado e reverter a lambança feita por Graça Foster ao divulgar, a  revelia do próprio governo, um arremedo de demonstrações financeiras. Caberá a Bendine apresentar um novo balanço, com critérios contábeis mais claros e dados que expressem a real situação financeira da Petrobras. Segundo informações filtradas pelo RR junto ao epicentro das decisões, o mais grave dos erros contidos no arrazoado de números apresentado por Graça Foster foi o índice adotado para a revisão do valor contábil dos ativos da estatal. Os escritórios a serviço da Petrobras identificaram 52 ativos que podem ter sido contaminados pelos malfeitos na companhia. Segundo os números divulgados, 21 desses projetos estavam subavaliados e, uma vez redimensionados, devem gerar um lucro de R$ 27 bilhões. Em contrapartida, outros 31 ativos teriam sido superapreciados, gerando um prejuízo de R$ 88 bilhões. Deste encontro de contas, a companhia chegou a  baixa potencial de R$ 61 bilhões. O mercado, no entanto, não consegue entender por que a estatal adotou o conceito de Capital Asset Pricing Model, que não leva em consideração eventuais sinergias entre os diferentes projetos e é mais comumente aplicado em processos de venda de ativos – o que, até prova em contrário, não é o caso. O RR ouviu três consultores integrantes do conselho fiscal de grandes estatais. O trio foi unânime em afirmar que a Petrobras deveria ter adotado o conceito do Custo Médio Ponderado de Capital (WAAC, na sigla em inglês). Neste caso, a taxa de desconto sobre o fluxo de caixa seria de 6,5% e não de 12%, como ocorreu. A pedido do RR, os três refizeram as contas e chegaram a  mesma conclusão: se a Petrobras tivesse usado o WAAC, o alardeado prejuízo de R$ 61 bilhões se transformaria em um lucro de R$ 46 bilhões. O índice de 12% aplicado pela Petrobras chama mais atenção se comparado aos padrões contábeis da própria estatal. A companhia costuma usar uma taxa média de 6,5% para calcular o nível de depreciação de suas instalações. O número é bem superior também ao custo médio da dívida da empresa em moeda estrangeira, 4,9% ao ano. Não é por acaso, portanto, que os indicadores divulgados por Graça tenham causado tanto assombro no governo. O próprio ministro Joaquim Levy não conseguiu esconder a perplexidade ao ser comunicado dos números. Segundo uma fonte da Fazenda, Levy teria dito a um de seus assessores: “Só se a Graça aplicou uma taxa de desconto com um ‘custo-propina’ que está apenas na cabeça dela”. Bendine terá a missão de decantar a contabilidade da estatal e mostrar ao mercado a Petrobras como ela é. Se cumprir tal missão, quem sabe o “interino” não se transforma em “permanente”?

#Aldemir Bendine #BNDES #Dilma Rousseff #Graça Foster #Joaquim Levy #Maria das Graças Foster #Petrobras


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Bacia chinesa

9/02/2015
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Os chineses avançam no pré-sal. A Repsol Sinopec – muito mais Sinopec do que Repsol – tem interesse em aumentar sua participação no bloco BM-C-33. A operação se daria por meio da compra de parte das ações em poder da Statoil. Hoje, cada um tem 35% do capital. Os 30% restantes pertencem a  Petrobras.


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Paulo Leme?

6/02/2015
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Petrobras? Se esse é o perfil, chamem logo Armínio Fraga. Melhor o original do que a cópia.


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Os agentes do mercado financeiro reclamavam

5/02/2015
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Os agentes do mercado financeiro reclamavam, ontem, da acefalia entre a demissão de Maria das Graças Foster e a nomeação do futuro titular da Petrobras. Na atual circunstância, cada centésimo de segundo faz diferença em relação ao resultado nas bolsas. Eles torcem para que Roger Agnelli seja escolhido. Pela performance na Vale, Agnelli é promessa de resultado. Sua indicação, por si só, arrasta o mercado. Os místicos operadores de opções – os não místicos também – oram para que o ex-presidente da Vale emplaque no certame dos candidatos ao cargo.


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Água e azeite

5/02/2015
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Pessoas próximas a Antonio Maciel Neto apostam que sua trajetória no Grupo Caoa está com os dias contados, independentemente de um eventual convite para a Petrobras. Aliás, velhos companheiros de Maciel nunca entenderam como ele foi se unir a um empresário tão “controversisíssimo” como Carlos Alberto de Oliveira Andrade.


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Torre do terror

3/02/2015
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Quase todas as noites, os executivos da Hines no Brasil são atormentados pelo mesmo pesadelo, que se manifesta em duas versões. Na mais “branda”, chega o ano de 2018 e a Petrobras decide não renovar o aluguel da Torre do Almirante, no Centro do Rio. Na versão mais angustiante, a estatal devolve o imóvel antes do prazo.


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Cemig e Gas Natural estão a um passo do rompimento

30/01/2015
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A associação entre a Cemig e a Gas Natural Fenosa surgiu como uma grande labareda, mas, ao que tudo indica, não passará de um efêmero fogacho. Seis meses após o anúncio do acordo e da criação do maior grupo de distribuição de gás do Brasil, as duas companhias estão a s portas da ruptura. Segundo fonte do governo mineiro, o cancelamento da operação deverá ser formalizado nas próximas semanas. A Gasmig está no epicentro do distrato. De acordo com a mesma fonte, o governador Fernando Pimentel já comunicou aos espanhóis que não pretende privatizar a distribuidora estadual. O Projeto de Emenda Constitucional 68, que tratava da desestatização da concessionária, foi arquivado na Assembleia Legislativa de Minas Gerais no fim do ano passado e, no que depender de Pimentel, é por lá que ficará, no fundo das gavetas do parlamento mineiro. Para a Gas Natural Fenosa, sem a privatização da Gasmig não há mais negócio. A transferência da distribuidora de gás para a nova holding, que reuniria ainda a CEG e a CEG Rio, era um dos pilares do acordo firmado com a Cemig no ano passado. O acordo com a Gas Natural Fenosa foi costurado ainda durante o governo de Antonio Anastasia – embora tenha sido formalmente anunciado em junho, quando ele já havia renunciado ao cargo para concorrer ao Senado. A privatização da Gasmig cabia perfeitamente no figurino tucano, mas está fora de cogitação no governo de Fernando Pimentel. Caso se confirme, o rompimento da associação entre a Cemig e os espanhóis não apenas jogará por terra a criação de um grupo com o dobro do tamanho da paulista Comgás como significará também a suspensão de outros projetos vinculados a  operação. O principal deles é a construção de um gasoduto de 470 quilômetros entre Belo Horizonte e Uberaba, que abasteceria a futura fábrica de fertilizantes da Petrobras no Triângulo Mineiro.

#Cemig #Gasmig


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O “pré-água” e a sujidão barrenta da Petrobras

30/01/2015
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Dilma Rousseff tinha tomado o seu segundo copo d’água naquela madrugada. A combinação da secura do Planalto Central com o ar condicionado do Palácio do Alvorada deixava sua garganta arranhada. O escândalo do “petrolão” era o motivo daquela insônia. Eis que Dilma, ao olhar para o copo quase vazio, teve, então, um insight: “Será que a Petrobras, hoje tão vexada, não poderia desencavar a água brasileira?” Afinal, quem mais no país tem tamanha experiência e tecnologia para arrancar do ventre da terra o licor da vida? Dilma sentiu-se um “Getúlio de saias”, bradando “a água é nossa, a água é nossa!” Quase ao mesmo tempo, lembrou-se do poeta amazonense Thiago Mello, que dizia” agua de muita fundura, mais cem braças de fundo, lá no fundo do abismo se movem lentas as gigantescas piraíbas cegas”. Qual a insônia não passava, Dilma Rousseff submergiu em seus devaneios. No seu imaginário surgiram regiões do país onde a Petrobras poderia desembarcar com suas sondas, brocas e perfuratrizes. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais? Que tal Amazonas, Pará e Amapá, estados sob os quais repousa o Aquífero Alter do Chão, considerada a maior reserva hídrica do mundo? Em sua solitária epifania, Dilma visualizou centenas, milhares de operários com macacões verde- amarelo que abriam picadas, desbravavam nascentes e alcançavam veios e lençóis freáticos. Dessa vez, refletiu a senhora Rousseff, a história seria muito diferente da breve e anedótica trajetória da Paulipetro. Criada no fim da década de 70 pelo então governador Paulo Maluf, a polêmica estatal deixou para trás mais de 60 furos na Bacia do Paraná sem encontrar gás ou petróleo em escala comercial. De uma dessas escavações, surgiu um imensurável jorro de água quente, que deu origem a s aprazíveis termas de Piratininga. “Eureka, eureka!”, Dilma exclamou para si própria: no caso da Petrobras, a descoberta do precioso líquido não seria um acidente de percurso, mas resultado de um trabalho meticulosamente planejado. A presidenta da República imediatamente batizou o projeto: “pré-água”. Teve o impulso de passar a mão no telefone, ligar para Maria das Graças Foster e recitar a poesia de Manoel de Barros: “Desde o começo dos tempos, água e chão se amam…” O horário era proibitivo, até mesmo para ela. Melhor buscar o reconforto no embalo de ideias e propostas capazes de enxaguar a imagem da Petrobras.

#Dilma Rousseff #Petrobras


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Por que não um “Proer das empreiteiras”?

29/01/2015
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A presidente Dilma Rousseff continua sem entender o tumor que se alastra pelo país. Tratou a ameaça de um carcinoma socioeconômico com uma frase curta, destituída de consequência. A declaração da presidente da República de que as empresas envolvidas no escândalo do “petrolão” devem ser preservadas – e somente as pessoas, punidas – soou como um gesto insignificante diante da dimensão do problema. Não bastasse a Petrobras suspender todos os pagamentos com base na presunção da inidoneidade, o BNDES está fazendo exigências draconianas para a concessão de novos empréstimos. O rastilho de pólvora já margeia o setor bancário. Há projeções de que os dez maiores conglomerados empresariais do país com atuação na construção pesada somam cerca de R$ 130 bilhões em dívidas junto a bancos e ao mercado de capitais. Para se ter uma ideia da dimensão do problema, registre- se que o patrimônio líquido do Itaú, o maior banco privado nacional, é de R$ 98 bilhões. As quatro principais instituições financeiras do país registraram um lucro em torno de R$ 33 bilhões em 2013. Nos próximos dias, por exigências regulatórias, os bancos terão de começar a fazer o write off e o write down daqueles débitos. Ressalte- se que, se uma determinada companhia entra em default, os passivos de todas as demais controladas do mesmo grupo econômico vencem antecipadamente. Outro dado preocupante: o estoque da dívida desses grupos econômicos no mercado de capitais doméstico gira em torno dos R$ 16 bilhões; no mercado internacional, o valor é de quase R$ 6 bilhões. Soluções? Tem circulado avidamente no setor um paper assinado pelo advogado Mauricio Portugal Ribeiro, especializado na estruturação de contratos de concessões e PPPs. Ribeiro afirma que não basta resolver a irrigação do sistema, com a liberação dos pagamentos represados na Petrobras; é preciso recapitalizar a cadeia de fornecedores da estatal. Nas palavras do RR: é necessário se criar um “Proer das empreiteiras”. Maurício Ribeiro propõe que os bancos públicos estruturem um programa de crédito, eventualmente a taxas de mercado, com uma política de garantias diferenciadas, que permita a s empresas de construção pesada rolarem suas dívidas. Defende também que as cláusulas de vencimento antecipado e de inadimplemento cruzado sejam interpretadas com “extrema parcimônia” pelos bancos, “particularmente o BNDES”. O advogado prega ainda que o governo deve manter os processos e financiamentos referentes aos contratos de concessões e PPPs já assinados. Outro ponto fulcral: diante da dificuldade circunstancial de as empreiteiras apresentarem garantias corporativas, os empréstimos deveriam ser feitos sob o modelo do project finance limited ou non recourse, que dispensa exigências mais pesadas. Todas estas medidas, ressalte-se, teriam de ser enfeixadas em um programa criado no âmbito do BNDES e de outros bancos públicos. Mesmo porque essas iniciativas são inviáveis de serem realizadas por instituições financeiras privadas. No mínimo, as propostas elencadas no paper valem como um receituário do bom senso para o governo. Da mesma forma que está fazendo um ajuste macroeconômico no melhor estilo tucano, Dilma poderia também buscar inspiração em outra bem-sucedida iniciativa do PSDB para criar o “Proer das empreiteiras”.

#BNDES #Dilma Rousseff #Petrobras


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Arquivo morto

29/01/2015
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O processo de arrumação da Petrobras pós Lava-Jato passa pelo enxugamento no número de empresas do grupo. A Gaspetro, que reúne participações em distribuidoras de gás, deverá ser a primeira degolada. Seus ativos seriam pendurados na própria holding. Oficialmente, a Petrobras nega a extinção da Gaspetro.

#Gaspetro #Lava Jato #Petrobras


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A “morte e vida joaquina” da microeconomia

27/01/2015
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A agenda microeconômica de que o Brasil precisa já deveria ter começado há um século. Em um mundo idealizado, Joaquim Levy faria imediatamente uma convocação cívica ao economista Marcos Lisboa – o tucano José Roberto Mendonça de Barros também é talhado para o cargo, mas seu custo político o inviabiliza. “Marquinhos” tocou uma espécie de gabinete de desatar nós microeconômicos durante a gestão Antônio Palocci, herdando o portfólio de ideias da chamada “agenda perdida”. Foi levado por Palocci, tal qual Levy por Dilma Rousseff, sem lenço nem ideologia, por puro pragmatismo. É bom de ouvir que a agenda micro não dói; já a macro machuca. Por isso tudo, ajuste austero deve ser amaciado com um programa microeconômico. Enquanto o “Darth Vader Levy” está mandando bala, cortando aqui e estripando acolá, esse outro rincão do Ministério da Fazenda, ou quiçá do Planejamento, estaria dedicado a trabalhar para o lado bom da força, lubrificando a engrenagem econômica, sem subsídios financeiros ou incentivos fiscais. A agenda micro desburocratizaria a economia, resgataria o programa draw back verde amarelo, ao mesmo tempo em que reduziria os entraves a s importações consideradas fundamentais para o aumento da produtividade. Livraria a Petrobras da obrigatoriedade de participação da exploração em todos os campos de petróleo. Com base na moderna teoria de leilões, simplificaria as licitações para as concessões, instituiria o project finance pleno, reestruturaria o sistema de financia- mentos do BNDES, compartilhando suas operações com a banca privada, de forma a estimular sua participação em empréstimos de longo prazo. A agenda micro iria além. Criaria um sistema de prestação de contas dos bancos públicos – BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica etc – obrigando a divulgação de argumentos socioeconômicos pelas quais estas instituições decidiram emprestar eou participar do capital de empresas. Agilizaria os licenciamentos ambientais. Levaria para o Palácio do Planalto alguns gabinetes que deveriam ser plenipotenciários, tais como o de regulação das obras e concessões prioritárias. O ex-presidente da Vale Eliezer Batista, em entrevista ao RR publicada na edição nº 4.999, disse que o gabinete da Agência Nacional de aguas (ANA) deveria ser transferido para a própria Presidência da República. Um sapecão de boas notícias permitiria a Joaquim Levy praticar as necessárias perversões sem parecer que a economia está circunscrita somente a cortes e despesas torturantes. O ministro da Fazenda, caso decida caminhar nessa direção, tem um naipe de ouro em suas mãos. Basta ir buscar o bom e velho professor Aloisio Araújo, que veste a camisa 10 nesse assunto, e os professores Ruben Penha Cysne, Roberto Castello Branco e Sergio Werlang, uma turma da FGV, que, em nome da amizade e respeito a Levy, provavelmente aceitaria colocar as mãos na massa. O Brasil só perde mais essa oportunidade para dar uma melhoria na sua produtividade se quiser. Ou se Dilma não deixar.

#BNDES


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Crônica

23/01/2015
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Por volta das 11h30 de ontem,a ex-ministra do STF Ellen Gracie, atualmente uma espécie de corregedora da Petrobras, atravessava a calçada da Av. Rui Barbosa, em passos lépidos e saltitantes. Ao invés de pastas de papel, Gracie carregava tão somente uma bolsa de grife. Entrou em um pequeno táxi que a aguardava, deixando no ar uma brisa perfumada. Mais parecia um passarinho do que uma águia cuja missão é destrinchar a contabilidade da estatal.


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Operação Lava-Jato une capital e trabalho

22/01/2015
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Quem diria que a corrupção poderia ser o fermento para a aliança entre capital e trabalho? A farinha do bolo é a inação do governo, que deixa a paralisia das obras como está para ver como é que fica. E a Petrobras é o jiló, no lugar da cereja. Avança em medidas de moralização que ferem o seu próprio ventre. Estamos falando da proibição das 23 empreiteiras envolvidas na Operação Lava-Jato de participarem de novos editais de licitação e da reserva de mercado para empresas estrangeiras se candidatarem a  construção dos equipamentos da indústria naval, ambas da lavra da Petrobras. Leia-se, com o patrocínio do governo, que ruge para a plateia, mas somente morde o próprio pé. Resultado da opereta: trabalhadores e empresários, uni-vos, que como está não pode ficar. As empreiteiras e a cadeia de fornecedores da Petrobras já aguardam o reforço dos empregados, que prometem entrar em cena. A CUT, Força Sindical, Confederação Nacional dos Metalúrgicos e a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção organizam uma reunião para os próximos dias que poderá desembocar em um movimento de paralisação para protestar contra a charlatanice, que promete assepsia, mas trará o desemprego e a ruina de indústrias nacionais. Trabalhadores da indústria automobilística e eletricitários aumentam o cordão dos desesperados. Tanto barulho não é para pouco. O deputado Bebeto Galvão, secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Construção denuncia que estão prestes a serem demitidos 100 mil trabalhadores. Para se ter uma ideia do que significa esse número, somam 300 mil trabalhadores, inclusive terceirizados, o contingente que atua a serviço da estatal. O Comperj, com 81% já concluído, está mandando para casa cinco mil empregados. É demissão para tudo quanto é gosto e feitio. A Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, mandou embora sete mil trabalhadores; a Iesa, no Rio Grande do Sul, 1.000; a Galvão, 1.000; a Engevix, 500; o Estaleiro Enseada do Paraguaçu, 1.000; a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados, 3,5 mil; e por aí vão muitos outros. A ausência de um acordão que permita desatar os nós da Operação Lava-Jato pode levar o setor de infraestrutura a potencializar a cada vez mais provável recessão conduzida por Joaquim “Mãos de Tesoura”. A diferença é que os cortes esterilizantes no custeio cicatrizam, já os cortes nos investimentos gangrenam. Corre-se o risco de retrocesso de uma das grandes conquistas das últimas décadas, que é o programa de concessões. A opção pela penitência moral em detrimento do custo social leva a crer que o governo optou mesmo por jogar o bebê fora junto com a água suja da bacia.


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GDF Suez avança com todo o gás sobre a Tradener

19/01/2015
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A GDF Suez estaria em negociações para a compra da Tradener, maior comercializadora de energia do país. A empresa é controladora por um grupo de investidores do Paraná, a maioria ex-executivos da Copel – a própria estatal teve uma participação no negócio até 2003. A Tradener fatura cerca de US$ 600 milhões, valor inflado, no ano passado, com a compra da Trade Energy. A companhia domina aproximadamente 8% do mercado. Dito assim, soa como um pedacinho de chão. No entanto, o setor é altamente fragmentado – há mais de 160 comercializadoras de energia habilitadas pela Aneel. Procuradas, GDF Suez e Tradener disseram, em coro, “desconhecer a operação”. A aquisição da Tradener é uma peça importante nos planos de expansão da GDF Suez no Brasil. O grupo quer montar uma forte operação para comercializar a energia gerada em suas futuras térmicas no Brasil. A GDF Suez está disposta a investir US$ 1 bilhão na construção de geradoras a gás. Matéria-prima não é problema. O insumo virá dos oito blocos de exploração e produção em que a companhia tem participação – seis na Bacia do Recôncavo e dois na Bacia do Parnaíba, todos operados pela Petrobras. Ressalte-se que a GDF Suez pretende ampliar sua carteira de ativos na área de E&P. A companhia busca parceiros para participar do próximo leilão da ANP. Segundo fontes ligadas ao grupo, há conversas avançadas com a alemã RWE. Os germânicos chegaram a se habilitar para a última rodada de licitações, mas desistiram em cima da hora. A GDF Suez desembarcou no segmento de explora- ção de gás natural no ano passado, levada pela necessidade de garantir o fornecimento do combustível por longo prazo. A construção das futuras térmicas é fundamental para o grupo atingir a meta de 10% da capacidade de gera- ção de energia elétrica no Brasil – hoje, sua participação beira nos 7%.


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Estonteante

16/01/2015
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A nova diretora de administração do Fundo Monetário Internacional (FMI), Carla Grasso, chegou a ser cogitada para assumir a presidência da Petrobras caso Aécio Neves vencesse a eleição. Carla era caixa de campanha do candidato tucano.


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Petrobras blefa com fornecedor estrangeiro

15/01/2015
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A Petrobras espera que parta do governo algum tipo de pacto capaz de liberá-la do grilhão que a impede de se relacionar normalmente com as empreiteiras. É necessário que um acordo mais amplo, envolvendo todas as partes – Judiciário, governo, empresas -, permita que a estatal seja ressarcida, que em alguns contratos haja mudança do prestador de serviço e que o setor seja redimido, pois alguns grãos não podem destruir todo o milharal. O estigma que hoje paira sobre a construção pesada é nocivo para o país sobre todos os aspectos, mas especialmente em função do monumental – e não há outro termo – programa de investimentos em infraestrutura previsto para os próximos anos. O governo está jogando dominó em um tabuleiro pedregoso. A decisão da suspensão das 23 empreiteiras citadas na investigação da operação Lava-Jato foi engendrada no Palácio do Planalto e aceita de bom grado pelo Conselho de Administração da Petrobras, pois configura uma ação enérgica para melhoria da imagem da empresa, além de colaborar bastante no projeto de sustentação no cargo da presidente da companhia, Maria das Graças Foster, pelo menos até a publicação do balanço do terceiro trimestre e divulgação das primeiras conclusões do relatório dos escritórios de advocacia contratados para análise do caso. Na hermenêutica do Planalto, a retirada de Graça a fórceps atinge diretamente Dilma e amplia o escândalo da Petrobras, pois caracterizaria o pleno conhecimento das falcatruas por toda a diretoria, e quiçá pelo Conselho. Por algum tempo, o menor possível espera-se. Graça fica e a indústria permanece em estado de sítio. Enquanto isso, urde-se um pacto, com a abrangência e mensagens necessárias para tirar o país dessa camisa de força. Portanto, há uma dosagem graúda de exibição midiática na interpretação de que a Petrobras vai abrir suas portas aos fornecedores estrangeiros. Alguns módulos urgentes poderão ser objeto de licitação exclusiva aos gringos. Faz parte da ópera. Mas até uma criança sabe que a continuidade dessa política tem um custo social tremendo para as empresas nacionais e incorrerá no tempo em impacto nocivo sobre o balanço de pagamentos. Os recursos da Petrobras são a seiva que permite as empreiteiras participarem do programa de concessões e parcerias público-privadas. É um blefe dizer que vai se ferir um setor representante de 5,9% do PIB, com 878 mil empregos diretos e indiretos, 9.200 empresas ativas e que participará de investimentos de R$ 886 bilhões até 2018 – um volume de recursos maior do que o PIB de qualquer país da América do Sul. O governo precisa dar um prazo a si mesmo e trazer os agentes a  mesa para dizer que a estatal está com seus controles fortalecidos, que as punições serão personalizadas e contratuais e não arbitradas como castigo das empresas, quando o principal castigado é o país. Já, já, estados e municípios sentirão na pele os efeitos da suspensão de pagamentos das empreiteiras. A Petrobras e o Brasil aguardam ansiosos o bendito pacto.

#Petrobras


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Levy tampa com o dedo o dique das reservas

9/01/2015
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Tudo que é sólido se desmancha no ar, inclusive as decantadas reservas internacionais brasileiras. O ano de 2015 começa com uma pulga – uma pulguinha, é bem verdade – atrás da orelha das autoridades monetárias. O Brasil conta com um lastro cambial invejável de US$ 375 bilhões, que representa quase 400 vezes o saldo comercial de junho de 2014, o maior superávit mensal dos últimos três anos. Mas serão reservas líquidas? E a percepção do mercado é de que elas são firmes? Por dever e profissão de fé, o BC aposta na sua solidez inquebrantável. E prefere não discutir o contraditório. Mas o advento do “petrolão” e o uso maciço de swaps cambiais, para não citar a retirada dos incentivos a  liquidez pelo FED, o fraco desempenho da economia chinesa e o apocalipse russo, parecem ter cindido a convicção anterior. A começar pela Petrobras, que, embora ainda não tenha divulgado o balanço do terceiro trimestre, deverá anunciar uma dívida líquida próxima dos US$ 100 bilhões. Até que acerte suas contas, a Petrobras terá de viver do seu próprio caixa. A última linha de resistência do seu mega-débito é o governo brasileiro. Portanto, sem o balanço auditado e com o default nos calcanhares, os “covenants” (limites de segurança) exigirão pagamento imediato. Pode-se afirmar que dificilmente a situação da estatal chegará a um ponto em que as exigências de antecipação de pagamentos atingirão o total da dívida líquida, pero que lo riesgo hay, hay. Com relação a  exposição em operações de swap, o valor já alcançou os US$ 100 bilhões, sem que o dólar tenha se amansado. Pelo contrário: a moeda embica para o patamar de R$ 3,00. Há um bate-cabeça entre o giro dos swaps e a elevação da taxa de juros Selic, que virá, queiramos ou não. Os juros altos, a priori, levariam a operações de carry trade. Estas, por sua vez, trariam dólares que esterilizariam a pressão sobre o câmbio. Com a moeda norte-americana sinalizando para baixo e os juros para cima, em princípio tudo indica que o investidor ficaria para aproveitar a rentabilidade oferecida pelo Tesouro. Mas digamos que a turbulência interna aumente, que os juros norte-americanos surpreendam em sua elevação, que as agências de rating façam seu trabalho deletério e que grandes empresas relacionadas com a Petrobras tenham dificuldade de renovar seus empréstimos. Nesse ambiente indesejável, basta que o investidor, ao encerrar o contrato da operação, troque os reais – as transações são fechadas em moeda nativa – por dólares e saia flanando para outros destinos. Na conta feita, dólar por dólar, somados só o efeito visível da Petrobras e dos swaps, as reservas cambiais cairiam de US$ 375 bilhões para US$ 180 bilhões. Isto, apagando da memória que a dívida da estatal tem um viés de alta e a cotação do dólar pode exigir mais ginásticas no swap. O fato é que, mesmo com improvável risco de grande deterioração, surgiu uma rachadura na telha das reservas cambiais. Talvez o maior ativo conquistado pelo país para a proteção do seu lastro não tenha liquidez, mas nome e porte físico. É a chamada reserva de valor Joaquim Levy, que promete parcimônia no uso de derivativos para hedge cambial, aperto fiscal e disposição de fazer o que tiver de ser feito para a realização do ajuste econômico. Agora, imaginem só se essa reserva se chamasse Aloizio Mercadante, Luiz Gonzaga Belluzzo ou outras moedas similares de valor discutível. O reservatório já teria começado a vazar em 2014.


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Petropáreo

7/01/2015
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 Dilma Rousseff não tem relacionamento com Nildemar Secches. Aprecia Murilo Ferreira e Rodolfo Landim, com uma quedinha de milímetros pelo segundo. E gosta imensamente de Maria das Graças Foster; se bem que afetividade não é o “X” da questão. Até o momento são os dados que rolam para a Petrobras.

#Dilma Rousseff #Maria das Graças Foster #Murilo Ferreira


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Petrobras

6/01/2015
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Pergunta que ecoa pela Petrobras: por que mesmo a estatal decidiu romper o contrato com a Galvão Engenharia e a chinesa Sinopec, responsáveis pela construção de uma unidade de nitrogenados em Três Lagoas (MS)? Logo a Galvão Engenharia…

#Petrobras


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Em 2015, RR promete notícias de arrepiar

30/12/2014
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O assinante do Relatório Reservado não precisou esperar pelo café da manhã de Dilma Rousseff com os jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto. A notícia sobre a abertura de capital da Caixa Econômica chegou primeiro no RR, mais precisamente no dia 24 de outubro, dois meses antes de Dilma anunciar o projeto. E quantos ministros da Fazenda cabem no noticiário? Bem mais do que os dedos das mãos podem contar. Em meados de novembro, já eram 18 os cotados pela mídia para assumir o posto de Guido Mantega. Pois no dia 17 de novembro, o RR trouxe em primeira mão o nome de Joaquim Levy como o mais forte candidato ao Ministério da Fazenda. Quando todos especulavam sobre a possível indicação de Luiz Carlos Trabuco, esta publicação dizia que o personagem “egresso do mercado, com o aval de Lula e capaz de mexer com as expectativas do empresariado” estava, sim, no Bradesco, mas “alguns andares abaixo da presidência do banco”. Levy era o “Trabuco possível” para o Ministério, cravou o RR. Dez dias depois, o ex-secretário do Tesouro era formalmente anunciado como o substituto de Mantega. Ao longo de 2014, o RR fez o que faz há mais de 40 anos: antecipou informações, revelou hoje o M&A de amanhã, descortinou a intimidade decisória das maiores corporações do país, escreveu a crônica do desamor societário, anteviu os movimentos de grandes líderes empresariais, auscultou os principais gabinetes da República. _____________________________________________________________________________________ O RR noticiou o IPO da Caixa Econômica dois meses antes de Dilma anunciar o projeto _____________________________________________________________________________________ Acompanhou o processo eleitoral sem jamais se esconder atrás dos fatos. Opinou sem ser partidário, interveio sem perder a independência. Tudo com o olhar atento e privilegiado dos que caminham nas coxias. O Relatório Reservado orgulha-se dos seus números. Em 2014, publicamos 2.110 notícias. Entre corporações, empresários, executivos e autoridades, a galeria de citados somou mais de 500 nomes. Destrinchar tais estatísticas é como gerar um eletrocardiograma do noticiário corporativo no ano. E, neste caso, nenhuma outra empresa teve tantos episódios de taquicardia quanto a Petrobras, por razões mais do que óbvias – e lamentáveis – a companhia mais mencionada no RR em 2014, com 82 registros. _____________________________________________________________________________________ Em 2014, publicamos 2.110 notícias, com mais de 500 nomes citados _____________________________________________________________________________________ O RR, ressalte-se, não caiu na armadilha do linchamento corporativo que, em muitos momentos, tem pautado a cobertura sobre o “petrolão”. Ao longo do ano, procurou separar a Petrobras, um símbolo do Brasil, da quadrilha que lá se instalou, por mais que os meliantes tenham se empenhado para evitar esta decantação e emporcalhar o nome da companhia. Entre as empresas mais citadas em 2014 figuram ainda nomes como Itaú, Eletrobras, Cemig, Previ, Votorantim e… BTG Pactual, o segundo no ranking de assiduidade no RR. E como uma publicação especializada em negócios e finanças poderia escrever sobre fusões, aquisições ou grandes costuras societárias sem mencionar o banco de André Esteves, quase que onipresente nas maiores operações de M&A no país? Entre os nomes mais poderosos do país, ninguém foi mais citado do que justamente o nome mais poderoso do país. Dilma Rousseff contabilizou 125 menções. O segundo? Ora, o segundo: Aécio Neves surgiu no RR em 54 edições. A diferença, claro, reflete o período do “mandato” de cada um. As referências a  presidente da República se espalham ao longo do ano. No caso de Aécio, as notícias ficaram concentradas durante o período eleitoral. Se bem que o tucano, por vezes, parece realmente acreditar que as eleições ainda não acabaram. Se Petrobras e BTG Pactual pontificaram no noticiário, nada mais natural que Maria das Graças Foster e André Esteves estejam entre os mais citados no RR em 2014. Este rol inclui ainda figuras como Benjamin Steinbruch, Jorge Paulo Lemann, Rubens Ometto, Jorge Gerdau, Roberto Setúbal e Abílio Diniz. Por falar em Abílio, ao apagar das luzes de 2014, no dia de 16 de dezembro, o RR informou que o empresário preparava “sua ceia de Natal no Carrefour”. Dois dias depois, era anunciada a venda de 10% do Carrefour Brasil para o ex-controlador do Pão de Açúcar. Há também o caso daqueles que estão se despedindo do ranking dos mais citados. Muito provavelmente Guido Mantega não estará entre os “mais mais” do RR em 2015. Já Joaquim Levy… Em 2015, o Relatório Reservado espera ser ainda mais Relatório Reservado: informativo, analítico, ácido, pero sin perder la ternura jamás, e, acima de tudo, “furão”, como diz o jargão jornalístico. Como qualquer publicação que carrega o compromisso com a antecipação do fato, o RR convive permanentemente com o risco do erro, até porque seu perfil editorial abre espaço para notícias com algum componente especulativo. _____________________________________________________________________________________ Em 16 de dezembro, o RR informou que Abílio Diniz preparava sua “ceia de Natal no Carrefour”. Bingo! _____________________________________________________________________________________ No entanto, o índice de acertos é muito superior a  coluna dos passivos. Arthur Hays Sulzberger, que comandou o The New York Times de 1935 a 1961, costumava dizer que “a notícia é um relatório de conflitos, e, a s vezes, os jornalistas, em seu ofício, tornam o fundo mais escuro e as sombras mais profundas do que realmente são”. O que fazer, se a melhor notícia, na maioria das vezes, está nas sombras… O que não está nas sombras é o agradecimento do Relatório Reservado a seus assinantes. O RR volta a circular na sexta feira, 2 de janeiro. A todos, um Feliz 2015!


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O horripilante Ano Novo de Joaquim Levy

18/12/2014
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O futuro ministro Joaquim Levy terá de enfrentar cada dia como se fosse um desafio sempre maior. Sua estreia se dará em um clima bem menos festivo do que o do anúncio da sua escolha. Na partida, Levy vai se defrontar com a deterioração do cenário econômico interno e mundial, o que ameaça o gradualismo prometido pelo ministro nas políticas monetária e fiscal. O buraco nas contas da Petrobras, a pressão para o rebaixamento do rating do Brasil, o apocalipse russo, a percepção de que as reservas cambiais não são tão altas assim frente aos novos dilemas, entre outros, empurram Joaquim Levy para uma gestão mais dura do que a anunciada quando dos seus primeiros pronunciamentos. Por exemplo: as demandas fiscais da combalida Petrobras exigirão alguma correção para a meta de superávit primário, da ordem de 1,8%, ou, então, um corte de gastos mais duro, combinado com o carreamento de novas receitas. As taxas de juros de 17% aplicadas pela autoridade monetária russa podem acabar balizando, por meio de um efeito gravidade, a nossa Selic, que, em vez de chegar aos 13% projetados até meados do ano, seria levada aos píncaros de até 15% no mesmo período. O câmbio oscilaria como uma biruta, batendo R$ 3,50 em março, e já no primeiro trimestre a previsão para o PIB do ano – fala-se até em queda de 1,5% – seria negativa com viés de baixa. Para evitar essa situação, Levy teria de endurecer, mas sem ternura ne- nhuma. As adversidades são monumentais. A primeira: formar uma equipe não tem sido fácil. O futuro ministro já recebeu três recusas para o cargo de secretário do Tesouro. Dois economistas de São Paulo igualmente não aceitaram o convite para outras funções. Especula-se que Levy buscará na Fundação Getulio Vargas o suporte para a equipe, usando não só seus quadros, mas também o engajamento da própria instituição, que funcionaria como adviser da Fazenda. Outro trabalho de Hércules será conviver com os dois governos que se digladiam no poder. Joaquim Levy tem um pé no governo Lula, mas responde ao governo Dilma, ela mesma pouco afeita ao seu receituário. Imagine se Aloizio Mercadante, prócer do time de Dilma, vai facilitar o trabalho de Levy? A festa dos mercados com o nome de Joaquim Levy durará pouco quando o torniquete for apertado. Balela também que a banda da PUC-Rio vai apoiar o futuro ministro. Os mais amigos – Armínio Fraga, Edmar Bacha et caterva – têm um projeto de poder. Irão metralhá-lo na primeira hora de fragilidade. Também não haverá moleza com Nelson Barbosa no Planejamento, promessa de uma versão menos ilustre do tango dançado entre Mario Henrique Simonsen e Delfim Netto. Joaquim terá de estar acima de todas as expectativas, tornar- se um homem bafejado pela fortuna, com a fúria de um cavalo bucéfalo. Feliz Ano Novo, futuro ministro da Fazenda: os que vão morrer te saúdam!


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Siga a mestra

18/12/2014
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O diretor de abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, colocou seu cargo a  disposição de Graça Foster em pelo menos duas ocasiões nas últimas semanas. Como Graça também entregou o cargo a  Dilma Rousseff por duas vezes, ambos estão empatados.


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Petrobras

17/12/2014
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Aqui e ali se ouvem nomes desejáveis para presidir a Petrobras. Dois pesos pesados, “cascudíssimos”, capazes de encarar a fera ferida são os do ex-embaixador e ex-presidente da Vale, Jório Dauster, e do vice-presidente da FGV e integrante do Conselho da estatal, Sérgio Quintella. O mercado prefere este último.


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Até quando Graça vai sangrar o óleo da Petrobras?

16/12/2014
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Dilma Rousseff está deixando sua fraterna amiga Maria das Graças Foster sangrar na presidência da Petrobras. Nesse martírio inglório e prolongado, a única coisa certa é que a demissão de Graça é inevitável. O propósito inicial de dar tempo a  executiva para que ela limpasse a casa e saísse por cima das malfeitorias (ver RR edição nº 5.000) perdeu o sentido com as recentes denúncias. Agora, a cada dia no cargo, mais humilhante será sua queda. A verdade é que a Petrobras tornou-se um pelourinho no qual está exposta toda a diretoria. São cem chibatadas toda vez que a Lava Jato é mencionada. A questão maior, porém, não é assistir ao calvário de Graça pelos jornais, mas definir o perfil do seu sucessor. As circunstâncias exigem que o futuro presidente da Petrobras seja uma espécie de São Jorge, para que seus inimigos, tendo pés, não o alcancem; tendo mãos, não o peguem; tendo olhos, não o enxerguem; e nenhum tipo de denúncia de corrupção possa lhe fazer mal. Para início de conversa, o sucessor de Graça Foster não deve ser oriundo dos quadros da Petrobras. Será constrangedor a qualquer um dos profissionais da empresa colocar sob desconfiança seus pares, quiçá amigos. Subtraia-se deste baralho também qualquer carta de naipe político. O PT e a base aliada estão sub judice quando se trata de Petrobras. Portanto, soluções de araque como Jaques Wagner e Aloizio Mercadante surgem como balões a serem rapidamente incinerados. Imagina- se que não estejam talhados para o cargo economistas e burocratas com jeito de membros permanente de algum staff. O lugar é para gente cascuda, peso pesado, com carapaça de rinoceronte. O bom nome deveria ser de um renomado e experiente gestor, bem-sucedido nos seus negócios, com fama de austero e disciplinador. Esses são predicados sob medida para o mercado, que enxerga hoje a Petrobras como uma toca de roedores. Cortado o paletó, resta costurá-lo. Sugestões para o cargo: Paulo Cunha, Jorge Gerdau e, vá lá, Benjamin Steinbruch. O primeiro, presidente do Conselho do Grupo Ultra, foi um dos pioneiros do Polo Petroquímico de Camaçari e já teve seu nome cotado nas hostes palacianas (ver RR nº 4.994). Gerdau e Steinbruch foram membros do Conselho de Administração da Petrobras. Para qualquer um deles, o convite deveria ser feito como uma missão santa. E o mais rapidamente possível, antes que Maria das Graças seja canonizada pelo seu martírio.


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Ceia do Abílio

16/12/2014
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Aproveitando que todas as atenções estão voltadas para a Petrobras, Abílio Diniz prepara sua ceia de Natal no Carrefour. Perdão, com o Carrefour.


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Acorda Dilma, que ainda é tempo!

15/12/2014
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A cerimônia de divulgação do relatório final da Comissão Nacional da Verdade foi só um vento tépido que bafejou o rosto dos militares. O que está deixando aceso o paiol das suas convicções mais arraigadas é o esgarçamento do tecido institucional, que pode desembocar em crise de desobediência civil no primeiro ano de mandato da presidente Dilma Rousseff. As Forças Armadas não estão eriçadas por motivações de ordem ideológica. A atual excitação é decorrente de um incômodo atávico com a instalação da desordem junto com o medo de que esse cenário leve a uma irresistível demanda pela materialização do fantasma confinado aos quartéis. Um general reputado da ativa conversou com o RR a respeito do risco de entropia política e institucional. Segundo ele, há uma combinação de fatores que torna todas as derivadas críticas, quer sejam a desgovernança do Executivo, a prepotência do Judiciário, a desmoralização do Legislativo, a crise econômica e a deterioração do ambiente psicossocial. Mas, o que particularmente incomoda os militares, ao contrário do que é propalado, não é a “espetacularização da Judicialização”, mas a “Justiceirização” que grassa solta pelo país. Os justiceiros do “Quarto Poder” – Ministério Público, Controladoria Geral da União, Tribunais de Contas, Polícia Federal – julgam, pré-julgam, delatam, prendem, retêm os autos dos processos e povoam a imprensa com suas sentenças, na maior parte das vezes mascarados pelo off the record. A proteção da fonte é uma condição legítima do bom jornalismo e pilar das grandes democracias. Mas seu abuso caracteriza outra forma de tirania, ou como diria Yves Mamou, legendário editor do Le Monde: “O vazamento como regra está para a democracia assim como a tortura está para a ditadura”. Não vamos aceitar que respingue lama nas Forças Armadas, disse a fonte. Os sistemas de informações dos militares, modestos, mas ainda operantes, identificam um apavorante cruzamento de eventos, nos quais o efeito da suspensão de pagamentos pela Petrobras afeta a sua cadeia de fornecedores. Estes, por sua vez, teriam dificuldades de financiamento e planejariam uma suspensão coletiva do recolhimento de tributos, com base no argumento de desequilíbrio econômico-financeiro provocado pelo próprio governo. Uma resultante direta dessa insurreição seriam o desemprego, as manifestações, a partidarização desse clima de revolta e a tentativa de ocupação das ruas, tudo temperado com os reclames de impeachment. O general informou que o Alto Comando considera bastante factível a divulgação de mensagens oficiais, “até para alertar os descontrolados”. Não há, conforme a mesma fonte, uma maior possibilidade de que essas mensagens se transformem em ação. Mas, vale o truísmo, uma coisa impossível deixa de ser no dia em que se torna possível


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Sinopec avança

15/12/2014
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A chinesa Sinopec quer abocanhar mais um pedaço da Petrogal Brasil, subsidiária da portuguesa Galp Energia – os asiáticos detêm 30% do negócio. A empresa tem participação em 20 blocos de exploração e produção, a maioria nas Bacias de Campos e de Santos em associação com a Petrobras.


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Sobe ou desce?

15/12/2014
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José Alcides Santoro, diretor de gás e energia da Petrobras e homem de confiança de Graça Foster, está cotado para assumir a própria Secretaria de Gás no Ministério de Minas e Energia. Para todos os efeitos, seria uma ascensão hierárquica. Mas, convenhamos, deixar a Petrobras para assumir qualquer cargo que não seja o de ministro é um downgrade.


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Os franceses da Veolia

12/12/2014
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Os franceses da Veolia, empresa de tratamento de água, estão em polvorosa com o “petrolão”. Quase metade da receita do grupo vem de contratos com a Petrobras.


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Grupo Ultra abastece o tanque nos Estados Unidos

10/12/2014
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Após se consolidar como o grande grupo privado do mercado brasileiro de combustíveis, o Grupo Ultra quer agora fazer a América. O conglomerado petroquímico estaria articulando a compra de uma leva de aproximadamente 500 postos da Citgo, rede com mais de seis mil unidades de serviço nos Estados Unidos. Por mais curioso que possa parecer, trata-se de um enclave bolivariano em pleno território “imperialista”. Desde 1990, a PDVSA controla 100% da Citgo. Uma vez consumada, esta seria uma das maiores investidas internacionais do Ultra, e a primeira no mercado de combustíveis – segmento que hoje responde por mais de 80% do seu faturamento. Por meio da Oxiteno, o grupo já está presente nos Estados Unidos, México, Venezuela e Uruguai. Não custa lembrar que já há algum tempo o Ultra ensaia uma grande aquisição no exterior. Negociou a compra da operação de GLP da Shell na Europa e de ativos da área química nos Estados Unidos, neste último caso por meio da própria Oxiteno. A operação confronta duas companhias em momentos distintos. Se, de um lado, há uma corporação extremamente líquida, como o Ultra, do outro o que se vê é um grupo com crescentes problemas de caixa. A queda dos preços do petróleo tem enorme impacto sobre a PDVSA e, por extensão, sobre as próprias contas públicas da Venezuela. Diante deste cenário, cresce a pressão para que a companhia se desfaça de ativos no exterior que lhe permitam fazer caixa e compensar a perda de receita com a depreciação da commodity. Há alguns meses, a própria imprensa venezuelana especula a hipótese de a PDVSA promover um spinoff da Citgo, com o objetivo de vender parte do capital de cada uma das áreas de negócio ou mesmo negociar alguns ativos separadamente, como no caso dos postos de combustíveis. Ainda segundo a mídia da Venezuela, recentemente, a estatal teria recebido uma oferta para negociar até 30% de suas três refinarias nos Estados Unidos. Em tempo: curiosamente os caminhos do Ultra e da PDVSA já se cruzaram, mas em circunstâncias bem diferentes. Em 2007, quando a Ipiranga colocou seus postos a  venda, a estatal venezuelana se candidatou ao negócio. Diante da impossibilidade de comprar todos os estabelecimentos, operação que não seria aprovada pelo Cade, a Petrobras estimulou o Ultra a ficar com as unidades da Ipiranga no Sul e no Sudeste. Desta forma, evitou a entrada de um novo player estrangeiro no setor. Mas isso são águas passadas. Neste momento, Ultra e PDVSA parecem ter sido feitos um para o outro.


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Efeito manada

4/12/2014
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A decisão da Odebrecht de entrar na Justiça contra a Petrobras por atraso de pagamentos estimulou um grupo de empreiteiras de menor porte a adotar o mesmo procedimento. O temor dos medianos era reclamar seus direitos individualmente e sofrer represálias. Mas, agora, em bloco, sentem-se mais protegidos. A Petrobras está matando essas empresas de inanição.


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Um PAC feito sob medida para as circunstâncias

1/12/2014
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O governo vai lançar um “Programa de Aceleração do Crescimento meia dose” para estimular os investimentos em 2015. Os PACs I e II prosseguirão sendo tocados, só que com redefinição das prioridades, assim como da velocidade de conclusão entre as obras. São previstas dificuldades burocráticas e de ordem jurídica devido a  Operação Lava Jato, além dos cortes orçamentários feitos por Joaquim “Mãos de Tesoura” Levy. Não há da parte do governo a intenção de importar serviços de construção pesada. Essas empresas são competitivas em custo, mas não têm vocação tradable. Parecem uma nuvem de gafanhotos no trigal do câmbio: destroçam o balanço de transações correntes, que já anda dando sinais de enfermidade. As empreiteiras gringas vão chegando, fecham contratos vultosos e remetem montanhas de divisas para seus países de origem. A saída ofertada pelo “PAC meia dose” são obras menores e concessões mais modestas. Os empreendimentos terão menor taxa de ambição, menos complexidade regulatória, projetos de engenharia básica mais simples e inclusão de empreiteiras e firmas de engenharia médias. Estas empresas, em diversos casos, foram excluídas da primeira fase dos PACs devido a  escala das obras. Atenção: a Petrobras, com pré-sal e tudo mais, também está inclusa nessa receita de projetos bem menos grandiloquentes. O “PAC meia dose” está sustentado na promessa de que o BNDES, não obstante a previsão de menos recursos para investimentos, será redesenhado para tornar- se basicamente um banco de infraestrutura. Nesse novo modelo, finalmente teria chegado a hora da turma do meio. Projetos menores, menos recursos necessários. As empreiteiras da segunda divisão correm um grande risco porque os estados e municípios estão atrasando os pagamentos. O desafio será buscar a sintonia fina capaz de equilibrar a implementação do “PAC meia dose” com o andamento do que ainda resta a construir dos PACs de Lula II e Dilma I. É bom lembrar que este último foi splitado em um programa de concessões apelidado de “kit felicidade”, que promoveu apenas uma alegria miúda. Talvez seja o caso de se dar um desconto uma vez que o governo era neófito no assunto e foi obrigado a colocar na praça um bloco de dezenas de concessões. O “PAC meia dose” nasce com chance de chegar ao fim no tempo programado, uma conquista ímpar em se tratando de obras públicas. Serão aeroportos regionais, terminais portuários medianos, estradas na medida justa e pequenas centrais hidrelétricas, entre outros projetos do tamanho do senador Romário. Não é o Brasil estonteante que nos venderam. Mas é formação de capital fixo de primeira, na veia, com princípio, meio e fim, e não o gigantismo malhado que teimam em impingir por estas plagas. Um caso em que menos pode muito bem ser mais.


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Rio Nave é mais uma granada no colo da Petrobras

27/11/2014
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A Petrobras não tem sossego. Em meio ao escândalo do “petrolão”, a estatal precisa desarmar uma bomba relógio que involuntariamente caiu em seu colo e pode atingir até mesmo suas metas de produção. A empresa está ameaçada de não receber 12 embarcações contratadas para a campanha de exploração do pré-sal. Há cerca de dois meses, o estaleiro Rio Nave, controlado pelo empresário Mauro Campos, suspendeu as atividades sem entregar sequer um dos equipamentos em construção. Segundo relatos dos próprios funcionários ao RR, a maior parte dos empregados foi afastada sem receber um centavo de remuneração. Ao que tudo indica, o Rio Nave sucumbiu diante dos problemas enfrentados pelo seu acionista majoritário, o fundo RN Indústria Naval, pertencente a Mauro Campos – posteriormente rebatizado de Diamond Mountain Capital Group (ver RR edição nº 4.989). Procurada, a Rio Nave confirmou a interrupção da produção e o atraso nos salários. A empresa atribui a situação a um de seus clientes, um armador que, segundo o estaleiro, não está honrando o pagamento das embarcações contratadas. O Rio Nave garantiu ainda que todos os empregos serão mantidos. Segundo o RR apurou junto a fontes ligadas a  Petrobras, a estatal ainda não recebeu qualquer comunicado formal sobre a suspensão das atividades no Rio Nave e o destino do contrato para a construção de 12 embarcações. Ainda assim, a área jurídica da companhia já trabalha no caso. A própria origem dos contratos é alvo de controvérsia. A encomenda não foi feita diretamente pela própria Petrobras. O Rio Nave teria sido subcontratado por armadores que afretam para a petroleira, entre elas Pancoast e Elcano. Consultada, a estatal preferiu não se pronunciar. Já a Rio Nave afirma ter encomendas apenas dos armadores Graninter e Muliceiro. Mas não é isso que consta nas notas explicativas das demonstrações contábeis do primeiro trimestre. No relatório, há uma lista de sete clientes que adiantaram pagamentos ao estaleiro, na qual aparecem a Pancoast e a Elcano. Os problemas do Rio Nave vão além. Mauro Campos não teria conseguido amealhar o funding necessário para participar do leilão do antigo estaleiro Caneco, no Rio de Janeiro, previsto para amanhã. O Rio Nave opera em uma área arrendada dentro das instalações do Caneco. Oficialmente, a empresa garante que entrará no leilão. No entanto, segundo fontes próximas ao estaleiro, o acordo com a italiana Fincantieri, que seria sua parceira, não foi consumado.


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Elegância e decadência na recepção Á  equipe econômica

27/11/2014
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* O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, será tosquiado no cargo. Barbosa vai tomar conta de toda a política microeconômica do governo. Entre os espinhosos abacaxis estão a retomada do programa de concessões, as reformas tributária e previdenciária e o redesenho do BNDES, incluindo uma elevação da TJLP que vai deixar os empresários sem achar graça nenhuma. Para completar, ele deverá ser o futuro presidente do Conselho da Petrobras. * Joaquim Levy entrará no Ministério da Fazenda com o pé direito caso se confirme o convite a Eduarda La Rocque para assumir a Secretaria do Tesouro. “Duda” é um enclave da PUC-RJ na nova equipe econômica, o que era impensável com Guido Mantega. Mas pode até ser que exista alguma dose de maquiavelismo neste movimento. Seria uma forma de calar as previsíveis críticas de Armínio Fraga, Gustavo Franco e cia. * Saem a PUC-Rio de FHC e a UFRJ de Lula e Dilma I e adentra o gramado a Fundação Getulio Vargas. Joaquim Levy terá toda e mais alguma colaboração da FGV, que está eufórica com a sua indicação. Levy poderá contar particularmente com a luxuosa colaboração do professor Aloisio Araújo, o mais bem equipado economista matemático do Brasil. Araújo, no seu estilo discreto, quase invisível, contribuiu intensamente com o próprio Levy durante o governo Lula I. * Os recorrentes manifestos de protesto escritos por intelectuais de esquerda estão não só perdendo o significado, como parecendo formas vazias de afirmação de personagens que deixaram de ter protagonismo na vida pública. São abaixo-assinados contra medidas que ainda não foram adotadas e cenários econômico-sociais que não ocorreram. Atitudes típicas dos chamados “quinta coluna” ou de quem quer aparecer a qualquer preço.


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Pode ser só coincidência

26/11/2014
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Pode ser só coincidência. Mas justo no momento em que a Sete Brasil é abduzida pelo noticiário sobre o “petrolão”, o BTG estaria se preparando para deixar o capital da empresa. Até o ano passado, a diretoria de operações da companhia era comandada pelo ex-Petrobras Pedro Barusco, o homem de US$ 100 milhões.


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Josué Gomes é um nome talhado para o BNDES

25/11/2014
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Se a saída de Luciano Coutinho, talvez o maior quadro técnico do governo Dilma Rousseff, for mesmo confirmada, um dos nomes cotados para assumir a presidência do BNDES é o de Josué Gomes da Silva. O dono da Coteminas cairia como uma luva no comando do banco de fomento. Josué conhece o setor industrial como poucos. Sua indicação seria mais um movimento de Dilma para fazer a alegria do empresariado, notadamente dos industrialistas, e reconstruir uma ponte que permaneceu interditada durante boa parte do primeiro mandato. Ressalte-se que Luciano Coutinho já havia manifestado sua disposição de deixar o BNDES. Mas, atendendo a um pedido de Dilma Rousseff, prosseguiu no cumprimento da missão, em suas habituais jornadas diárias de até 15 horas de trabalho. A escolha de Josué Gomes da Silva para o cargo atende, em parte, aos reclames da esquerda, que se sentiu órfã com a definição dos novos ministros da área econômica. Apesar de empresário, o filho de José Alencar segue a linha nacional desenvolvimentista, o que já o torna bem-visto na corporação, historicamente filiada a essa corrente de pensamento. Josué esteve, inclusive, cotado para assumir o próprio Ministério do Desenvolvimento, mas foi preterido com a súbita escolha política de Armando Monteiro. Seu nome também chegou a ser mencionado para substituir Graça Foster no comando da Petrobras, um cargo, verdade seja dita, que o deixaria fora da sua zona de conforto. A presidência do BNDES é um figurino que lhe veste sob medida. A não confirmação para o posto representará uma injustiça sob os mais variados aspectos. Josué Gomes da Silva carrega o legado de José Alencar, cuja presença no governo Lula foi fundamental para viabilizar a interlocução com o empresariado. Josué esteve o tempo todo ao lado do ex-presidente, a começar pelas discussões no Instituto da Cidadania. Não apenas esteve cotado para assumir o Ministério da Fazenda ainda no atual mandato de Dilma Rousseff como sinalizou que, se fosse designado, sacrificaria sua candidatura ao Senado. Caso Dilma venha a abrir mão da presença do empresário em seu governo, será também um desperdício político. O herdeiro de José de Alencar contabiliza um valioso ativo: os mais de 3,6 milhões de votos que recebeu para o Senado. Ainda assim, se a presidente da República realmente descartá-lo, haveria outros caminhos para Josué Gomes da Silva – além, é claro, de seguir no comando de seu potentado empresarial. Um deles seria assumir uma super secretaria do Desenvolvimento e Indústria em Minas Gerais – consta que o governador eleito Fernando Pimentel já lhe acenou com o posto. Entre seus congêneres da indústria não falta também quem o estimule a se candidatar a  presidência da Fiesp, posto que faria de Josué, de fato e de direito, o principal interlocutor do setor junto ao governo.


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Crise da Petrobras respinga nas relações entre Brasil e Japão

21/11/2014
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As denúncias contra a Petrobras começam a criar um efeito-dominó sobre os próprios investimentos da estatal. Um dos mais importantes projetos da companhia corre o risco de ir para a geladeira por força das circunstâncias. O que está em jogo é a criação de um grande hub logístico para suporte a todas as operações da empresa no présal. A Petrobras vinha mantendo conversações com alguns dos maiores grupos empresariais do Japão, como Mitsui, Kawasaki e Mitsubishi, que ficariam encarregados da implementação do projeto. O assunto, inclusive, chegou a ser abordado no encontro entre Dilma Rousseff e o primeiroministro japonês, Shinzo Abe, em Brasília, no último mês de agosto. No entanto, do lado da Petrobras as tratativas foram abruptamente interrompidas, gerando um mal-estar diplomático entre os dois países. Shinzo Abe fez chegar ao governo brasileiro seu descontentamento com a suspensão das negociações sem qualquer sinalização prévia. Pelo jeito, os japoneses vão ter de esperar um pouco mais. Não obstante sua importância para a Petrobras, os fatos empurraram o investimento lá para trás na fila de prioridades da estatal. O projeto consiste na implantação de uma complexa e sofisticada rede de atendimento a plataformas offshore, por meio do uso integrado de helicópteros, embarcações de Floating Production Storage and Offloading (FPSO), navios-sonda e barcos de alta velocidade, todos interligados dentro do chamado Logistics Hub Concept. A operação envolve não apenas a atividade convencional de supply, mas toda a estrutura de segurança nas instalações da estatal na costa brasileira, notadamente na Bacia de Campos. O novo sistema permitiria a  Petrobras uma economia anual de algumas centenas de milhões de dólares. Mitsui, Kawasaki, Mitsubishi têm notória expertise no assunto. O trio engloba um grupo de dez grandes conglomerados japoneses – reunidos sob a égide da J-DeEP Technology & Engineering Research Associaton – que prestam serviços a grandes petroleiras internacionais dentro do conceito de Logistics Hub. Por ora, ao que parece, a Petrobras não vai figurar nessa lista.


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“Petrolão” empurra Skanska para fora do Brasil

19/11/2014
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A Skanska, maior construtora dos países nórdicos, vazou ontem em Nova York junto a bancas de advocacia contratadas para o acompanhamento do escândalo do “petrolão” que vai encerrar suas operações no Brasil. A decisão está associada a s denúncias contra a Petrobras. A informação causou grande aflição nas áreas financeira e de consultoria nos Estados Unidos. O temor é que a empresa sueca esteja puxando a fila de uma debandada em bloco. O RR procurou insistentemente a Skanska, que não se pronunciou. A Petrobras também não se manifestou sobre o assunto. A decisão da Skanska significaria a abrupta suspensão das obras de construção de uma Unidade de Destilação Atmosférica e a  Vácuo dentro do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), prevista para ser concluída em 2016. A Skanska detém 40% do consórcio responsável pelo projeto – o restante pertence a um pool de empresas nacionais. O empreendimento – que prevê o processamento diário de 150 mil barris de petróleo – está orçado em R$ 1,1 bilhão. Com faturamento anual de US$ 20 bilhões, a Skanska é a responsável ainda por um projeto emblemático: a reconstrução das torres gêmeas de Nova York. A empresa desembarcou no Brasil com foco no setor de petróleo e gás e, mais especificamente, na Petrobras. Participou da construção da Termelétrica da Baixada, usina localizada em Seropédica (RJ) e controlada pela estatal. A curta biografia dos nórdicos no país inclui ainda a tentativa de participar da implantação da usina nuclear de Angra 3. No entanto, a Skanska acabou inabilitada na concorrência.


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Sai, mas fica

14/11/2014
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A entrega simbólica dos cargos de ministro, no caso de Aloizio Mercadante, não foi entendida como meramente simbólica em relação a sua permanência no cargo. Mercadante sai sim do Gabinete Civil, mas de jeito nenhum do governo. Fazenda? Petrobras? Secretaria Especial da Presidência? Apostem suas fichas.


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Graça pode ser presidenta e “delegada” da Petrobras

13/11/2014
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Alguém acha que Dilma Rousseff está demorando para indicar o ministro da Fazenda? Esperem, então, pela Petrobras. A piada que circula em Brasília relembra uma gague famosa de Mario Henrique Simonsen ao deixar a pasta do Planejamento. Simonsen referia-se a um episódio ocorrido na a“pera Scala de Milão. No palco, o tenor abria suas vísceras para dar o melhor de si. E a plateia vaiava. O tenor puxava um vendaval dos pulmões. E a plateia vaiava. Decidiu, então, retirar- se do palco. Não sem antes antecipar, com ar de vingança: “Aspetta il baritono”. Na vida real, o barítono viria a ser Delfim Netto, seu sucessor no ministério. De volta aos dias de hoje, Dilma divide-se entre retirar o mais brevemente possível seu alterego Graça Foster da presidência da Petrobras ou deixá-la no cargo por mais um tempo, não apenas como executiva, mas também e principalmente como delegada. Dilma acha que a melhor resposta do governo é investigar, vigiar e punir, conforme repetiu em toda a campanha eleitoral. Caberia a  executiva repetir o mantra em seu gabinete. Depois da provação e da faxina geral na Petrobras, Graça seria conduzida a um cargo prometido, bem longe da estatal. Por essa ótica, a Petrobras estaria em um limbo, esterilizada, fora de qualquer negociação política. E Graça teria todas as cartas na mão para higienizar a companhia. A versão reve- la uma tamanha disposição presidencial ao risco que aparenta ser piada. Só que Dilma não é o tenor que sai, nem Graça o barítono que entra. Ao consenso até então reinante sobre uma troca rápida da presidente da Petrobras e seus diretores, contrapõe-se essa visão alternativa, que estaria sendo suportada por um conselho do onipresente ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante. A recomendação é de que Dilma Rousseff deveria ter sua estrutura própria de acompanhamento do desenrolar dos fatos na Petrobras, algo como um shadow cabinet – expressão da moda em Brasília. Em síntese, seriam os olhos de Dilma na estatal. Não que a presidenta tenha perdido a confiança na amiga Graça Foster – é mais fácil ela convidar José Serra para a Fazenda. Mas o novo sistema ampararia “Graciosa”, que vai sofrer uma pressão brutal. Graça será simultaneamente a mais poderosa, fiscalizada e atacada presidente da Petrobras de todos os tempos. O maior conforto, lógica política, preocupação com os mercados e cuidados com a sensível situação da estatal recomendam uma limpeza ampla, geral e irrestrita no alto comando da companhia. No entanto, as duas mulheres em questão são conhecidas por escolherem caminhos pedregosos, repletos de risco e sofreguidão. Tomara que a história, do fio a meada, seja um chiste. Mas parece que não é.


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Dilma faz varredura nos processos das estatais

10/11/2014
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Dilma Rousseff pretende aproveitar o bonde do saneamento das despesas públicas para implementar uma ampla auditoria de processos nas principais empresas estatais do país. O objetivo não revelado da varredura é evitar a repetição dos desastres ocorridos na Petrobras. A motivação a ser dita, por sua vez, é que Dilma planeja levar a ferro e fogo o discurso de campanha, ou seja, de que vai investigar e punir. Desta forma, espera não ser mais surpreendida com o vazamento de procedimentos criminosos somente apurados muito depois da consumação do dolo. Isso não significa dizer que Banco do Brasil, Caixa Econômica, as estatais do setor elétrico, entre outras, tenham incubado um serpentário similar ao da Petrobras. Mas Dilma não quer e nem pode correr o risco de que as oposições tomem a dianteira e, num ambiente politicamente conturbado, chamem para si o pedido dessas auditorias como resultado da sua suspeição. A própria Petrobras é a nascente deste rio que desaguará nas demais estatais. O Conselho de Administração da companhia já anunciou medidas similares, na esteira das supostas revelações feitas por Paulo Roberto Costa. O governo pretende avançar em relação a  auditoria convencional, que avalia tãosomente a correção das demonstrações financeiras a  luz dos padrões contábeis. A ideia é mergulhar no sistema circulatório das estatais e vasculhar todas as práticas e procedimentos realizados nestas companhias. A medida é tão elementar que o mais curioso, neste caso, não é a decisão do governo, mas, sim, o fato de que as empresas do setor público ainda não tenham adotado este tipo de conduta. A auditora de processos é uma ação absolutamente de praxe na iniciativa privada, notadamente em casos de mudanças de gestão e de controle. Ressalte-se que, no caso das estatais, há ainda outro efeito colateral positivo neste expediente. Por tabela, estes procedimentos possibilitarão um melhor azeitamento dos controles fiscais, ao permitir uma apuração mais eficiente de desperdícios e incongruências organizacionais. Essa tomografia das estatais ganha ainda mais sentido por conta do sistema político brasileiro. Com o presidencialismo de coalizão, há uma inexorável distribuição de cargos em razão de acordos partidários. Uma forma de tentar proteger essas empresas é se antecipar a  nova gestão com o mapeamento de todos os processos. Com a iniciativa, ganham as estatais, a democracia e o Brasil. Mas ganham também – e muito – as grandes empresas de auditoria internacionais, como Ernst & Young, KPMG, PwC e Deloitte, naturalmente os agentes a serem contratados para essa inspetoria.


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Depois da Transpetro

6/11/2014
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Depois da Transpetro, um assunto evitado na Petrobras é a Braspetro. Se alguém tenta pronunciar o nome da subsidiária é um “psiu, psiu” danado. A Petrobras Internacional é uma unidade que opera nas brumas. A ultima vez que se ouviu falar dela foi em 14 de junho, quase uma sexta-feira 13, quando firmou uma joint venture com o BTG Pactual para a exploração de petróleo na africa. A associação acabou gerando uma saga que merecia ser contada em detalhes. Em tempo: a torcida do RR é para que o silêncio sobre a Braspetro seja resultado da rouquidão daqueles que tanto defendem a Petrobras e sua história. Quanto ao BTG, ninguém imagina que possa exercer práticas heterodoxas. O banco é um anjo, quase um celofane de tão transparente.


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Qual é o nome capaz de blindar a Petrobras?

5/11/2014
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A higienização da Petrobras é uma das prioridades de Dilma Rousseff para o segundo mandato. O governo está pesando na balança duas propostas distintas para a gestão da estatal. Num dos pratos, repousa a opção por uma indicação política, leia-se um nome próximo a  presidenta da República; na outra bandeja, surge a hipótese de escolha de um personagem de fora de governo, de conduta absolutamente ilibada. No primeiro caso, dois fortes candidatos a  presidência da Petrobras são Jacques Wagner e Aloizio Mercadante. Petroleiro de origem, Wagner levaria para a estatal a malemolência baiana, não obstante ser carioca, requisito para azeitar o diálogo com o Congresso neste momento de fragilidade da companhia. Mercadante, por sua vez, é visto como um nome de perfil mais técnico, indicado para conduzir a interlocução com o Conselho, comissões internas, comitês de auditoria e o próprio mercado. Eventualmente, a indicação do economista ainda permitiria ao governo fazer um roque no tabuleiro do xadrez político. A ida de Mercadante para a Petrobras abriria espaço para Graça Foster seguir o caminho contrário e desembarcar na Casa Civil. No entanto, cabe ressaltar que o excesso de identificação com o PT pode também ser considerado prejudicial tanto para Wagner quanto para Mercadante. Bem próximo a Dilma Rousseff há quem defenda uma solução “estrangeira”, leia-se a escolha de uma figura fora do eixo de Poder capaz de blindar a estatal de ataques e denúncias. Dois nomes se sobressaem em meio a um oceano de palpites: Paulo Cunha e Rodolfo Landim. Presidente do Conselho de Administração do Grupo Ultra e um dos maiores industrialistas do país, Cunha, para quem não se lembra, é Petrobras de carteirinha; ingressou na estatal na década de 60 por meio de concurso público. Rodolfo Landim, por sua vez, já foi tudo na estatal, menos presidente. Difícil que ele aceite o convite. Hoje, Landim está voltado a negócios privados de fôlego – recentemente comprou os ativos de E&P da El Paso no Brasil. Em tempo: fosse há cerca de dois anos, a proposta de trazer um nome de fora teria endereço certo: Jorge Gerdau estaria na pole position, tanto em razão do seu relacionamento com o Planalto quanto por ter assumido a franquia de especialista em gestão pública. Mas, depois de Gerdau ter flertado com Marina Silva, o que o Planalto quer mesmo é ver o siderurgista vestido num pijama. Qualquer que seja a decisão, um dos cuidados é poupar Maria das Graças Foster, não só pelas relações pessoais com Dilma Rousseff, mas também pela convicção do governo que sobre ela não pairam quaisquer desconfianças. Tanto que, ao sair da Petrobras, Graça teria um voo ainda mais alto: além da Casa Civil, está cotada também para o Ministério de Minas e Energia. No entanto, o governo entende que as circunstâncias exigem não apenas a saída de Graça Foster como a troca imediata de toda a gestão – ainda que a atual diretoria esteja pagando por algo que não fez. O cerco sobre a estatal se fecha cada vez mais. Nos Estados Unidos, escritórios de advocacia estão estimulando, por meio da internet, a delação de possíveis episódios de corrupção relacionados a  Petrobras. Em caso de comprovação da denúncia apresentada e de recuperação de recursos desviados, o delator costuma levar como prêmio 10% da cifra resgatada. Com tanto caçador de recompensa na praça, manter a atual diretoria da Petrobras é um risco que o governo não quer e nem deve correr.


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Diamond Mountain é um fundo no estaleiro

29/10/2014
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O fundo RN Indústria Naval, do investidor Mauro Campos, trocou de nome, mas não de sina. O agora rebatizado Diamond Mountain Capital Group já nasceu dentro de um córner. O Dia D do private equity é 28 de novembro, data prevista para o leilão do antigo estaleiro Caneco, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Seu único ativo – uma unidade de produção de embarcações offshore – funciona em uma área arrendada dentro das instalações do Caneco. O contrato de arrendamento não dá ao Diamond Mountain qualquer garantia de permanência no local. No dia seguinte ao leilão, o novo controlador do estaleiro pode retomar toda a propriedade. Para piorar a situação do fundo, o modelo de leilão da massa falida do Caneco terá uma importante mudança. Para todos os efeitos, o preço de R$ 417 milhões está mantido. Mas a Justiça aceitará ofertas inferiores caso sejam respeitadas certas condições de pagamento, informação confirmada ao RR pelo TJ-Rio. A rigor, Mauro Campos tem duas opções para manter seu estaleiro, dono de uma carteira de 12 encomendas de embarcações para a Petrobras. Uma delas é esperar pelo leilão e partir para uma negociação com o novo controlador, para estender o contrato de arrendamento. Trata-se, no entanto, de uma hipótese arriscada, sem qualquer garantia de sucesso. Tanto que Campos tem se movimentado na tentativa de participar do leilão. No entanto, os problemas do fundo de investimento não finaram junto com o nome RN Naval. O principal deles são as turbulências que atingem seu maior cotista, o Postalis. Sem o apoio do fundo de pensão dos Correios – e, diante das circunstâncias, dificilmente ele virá – é pouco provável que o Diamond Mountain tenha fôlego para entrar no leilão.


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O nome de Roger Agnelli está cotado

21/10/2014
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O nome de Roger Agnelli está cotado para assumir a presidência da Petrobras em um eventual governo Aécio Neves.


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Saudi Aramco

15/10/2014
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A Saudi Aramco pretende investir em biodiesel no Brasil. Os árabes já mantiveram contatos com a Petrobras Biocombustíveis.

Acervo RR

Saudi Aramco

15/10/2014
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A Saudi Aramco pretende investir em biodiesel no Brasil. Os árabes já mantiveram contatos com a Petrobras Biocombustíveis.


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Mão no bolso

13/10/2014
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Está chegando a hora da verdade para a Tereos. Em 2015, a Petrobras Biocombustível concluirá o aporte de R$ 1,5 bilhão referente a  compra de uma participação na Açúcar Guarani, dos franceses. Após um longo período sem colocar a mão no fundo do bolso, a Tereos terá de mostrar o tamanho do seu apetite no Brasil. No setor, o que se diz é que não é dos maiores.,


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Van Leeuwen gasta os tubos de olho no pré-sal

7/10/2014
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 Que energia verde, que nada! A holandesa Van Leeuwen, recém-chegada ao Brasil, quer saber mesmo é de pré-sal. O grupo, que comprou o controle da Tubexpress, vai virar a chave da empresa – historicamente focada na distribuição de tubos e equipamentos para usinas de etanol. “a“leo, óleo e mais óleo”, esta é a estratégia da Van Leeuwen. Os holandeses vão direcionar parte expressiva da produção da Tubexpress para a área de E&P, com o propósito de atender grandes petroleiras que já são suas clientes na Europa. Os investimentos incluem a expansão dos centros de distribuição de Osasco e São Carlos, projeto que deve consumir cerca de R$ 30 milhões. As medidas da Van Leeuwen não chegam a surpreender. Estranho seria se os holandeses tivessem comprado a Tubexpress para deixar tudo como está. Enquanto os pedidos para a indústria sucroalcooleira derretem por razões mais do que notórias, só a Petrobras deverá desembolsar, até 2018, cerca de US$ 100 bilhões em encomendas para o pré-sal. Aliás, a Avenida Chile é um endereço obrigatório para a Van Leeuwen, que, até o momento, ainda não tem um contrato sequer com a estatal.

#Pré-Sal


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Petrobras

2/10/2014
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Logo após as eleições, a Petrobras pretende retomar as negociações para a venda de sua participação no campo de Cuenca Astral, na província argentina de Santa Cruz. A produção local é de aproximadamente 22 mil barris de petróleo por dia. A operação pode chegar a US$ 350 milhões. Um dos candidatos é o empresário portenho Cristóbal López.


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O erro de Eike foi achar feio o que não era espelho

29/09/2014
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 Não perguntem o porquê, mas o Relatório Reservado é insider do pensamento e da psicologia de Eike Batista. O RR pode afirmar que nunca houve dolo no comportamento do empresário. Eike é um baita financista e um gênio do convencimento, mas é megalomaníaco e infantilizado. Seu próprio pai, Eliezer Batista, sempre mostrou compreensível preocupação com esse lado “criança” de Eike, não obstante a enorme admiração que nutre por ele. O filho, por sua vez, nunca escondeu uma freudiana competição com Eliezer, um reconhecido gigante da vida pública. Um registro desse fetiche encontra-se no depoimento dado ao filme “O Engenheiro do Brasil”, documentário sobre o ex-presidente da Vale. Os cinco crimes como gestor e acionista dos quais Eike Batista é acusado podem ser explicados por essa patologia. Sua irresistível vontade de aparecer se tornou ainda mais hiperbolizada depois que Mr. X se convenceu de que a superexposição o blindaria até de atentados a  sua pessoa física. Eike é o centro do seu próprio mundo; o dinheiro, sua devoção. Se alguém tem dúvida, basta constatar que, a partir da vitória contra a Petrobras na conturbada venda da “TermoLuma”, o empresário passou a falar quase todo dia na imprensa. No início, todos os assessores de Eike achavam graça, mas com o tempo passaram a demonstrar preocupação. Dos colaboradores mais íntimos, Flávio Godinho era quem mais externava seu temor. O próprio Rodolfo Landim, que depois foi pivô de um confronto sem volta com Eike, chegou a falar com ele várias vezes para que tomasse cuidado. O ex-ministro Raphael de Almeida Magalhães saía das reuniões do Conselho da EBX e descia até o restaurante Alcaparra, logo embaixo da sede da companhia, para tomar um drink e amenizar a ansiedade. Raphael lia o clipping sobre as torrenciais declarações do empresário e dizia que nunca viu um ego tão autocentrado no mundo dos negócios. A incontinência verbal de Eike serviu bem aos acionistas minoritários, seus principais carrascos na Justiça, enquanto o mercado sancionava os projetos. Ninguém reclamou do que ele dizia. Hoje, queixam- se de que ele não foi tão rigoroso nas análises, notadamente em relação ao petróleo comercial, antes de colocar a boca no mundo. Mas o RR afirma que ele não inflou artificialmente seus ativos, e, novamente, não nos perguntem por que sabemos. O preço desse falatório desatinado agora são os supostos crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha e indução do mercado ao erro. Seria bom que os juízes analisassem o procedimento pregresso do empresário e verificassem como na última década ele falou, falou, falou, incansavelmente. E teve toda a mídia do mundo. Narcisismo e inconsequência paroxísticos? Com certeza. No entanto, sem motivação criminal. O RR garante, mas não perguntem o porquê.

#EBX #Eike Batista


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Cordão cortado

29/09/2014
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Os laços entre a Petrobras e a Copel estão se esgarçando. Além de não ter renovado o contrato de locação da Termelétrica de Araucária, a estatal pretende se desfazer da sua participação de 20% na usina – o restante pertence a  Copel.


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EDF volta no tempo e bate na porta da Light

25/09/2014
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A EDF está com um pé numa casa que já foi sua. Ex-controlador da Light, o grupo francês enxerga na companhia o parceiro ideal para acelerar seus investimentos na área de geração. As conversas entre as duas empresas se desenrolam há cerca de dois meses. O ponto de partida seria uma associação na Termelétrica Norte Fluminense, que, pela sua localização, tem notórias sinergias com a operação da Light. Não custa lembrar que, a partir de abril deste ano, a EDF passou a deter 100% da usina após a compra dos 10% até então pertencentes a  Petrobras. Os franceses já sinalizaram a  Light a intenção de construir uma nova térmica a gás no Rio de Janeiro. As negociações entre EDF e Light não são simples. Muitas faíscas e fagulhas vão surgir até que os fios das duas empresas eventualmente se juntem. Na distribuidora fluminense, o nome do grupo francês ainda evoca más lembranças. Ao vender o controle da Light, em 2006, a EDF deixou para trás uma companhia endividada e altamente deficitária – páginas que a atual gestão da concessionária penou para virar. Portanto, para dobrar essa compreensível resistência, a companhia francesa vai ter de colocar sobre a mesa uma proposta altamente tentadora, leia-se a garantia de associação em outros negócios no Brasil. Aos poucos, eles estão surgindo. No início do mês, a EDF fechou a compra de 51% da Alupar no projeto de construção da hidrelétrica de Sinop, no Mato Grosso. O grupo já manifestou também o interesse de participar do leilão das usinas do Rio Tapajós, no ano que vem.


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Gazprom avança em bloco sobre a camada do pré-sal NA

24/09/2014
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 O modesto escritório da Gazprom na Avenida Nilo Peçanha, no Centro do Rio, não faz jus ao tamanho das ambições da companhia em relação ao Brasil. O principal executivo do grupo no país, Shakarbek Osmonov, recebeu sinal verde de Moscou para deslanchar um plano de aquisições na área de E&P, com foco nas reservas do pré-sal localizadas nas bacias de Campos e de Santos. No momento, o radar aponta na direção da Anadarko e da Maersk, vistas pelos russos e – por que não? – por boa parte do mercado como duas portas entreabertas para a chegada de forasteiros. A Gazprom tem interesse em três concessões da Anadarko em Campos – BM-C- 30, BM-C-29 e BM-C-32. Não custa lembrar que, há cerca de três anos, a empresa norte- americana chegou a procurar comprador para suas operações no Brasil. A estatal russa olha também para ativos da Maersk, notadamente as participações nos campos de Wahoo e de Itaipu, no litoral norte do Rio. Ressalte-se que, ao longo do ano, a companhia dinamarquesa se desfez de diversas operações no Brasil. Desde então, gasta mais tempo para desmentir os rumores de que vai deixar o país do que para furar poços. Procurada, a Maersk informou que “continua a amadurecer suas perspectivas brasileiras com parceiros”. Maior empresa de gás do mundo, com 13% da extração global, a Gazprom já ensaiou alguns negócios no Brasil, mas, até o momento, o placar está em branco. Ao que parece, o período de mera contemplação do mercado está chegando ao fim. Além da investida para a compra de participações em blocos petrolíferos, a Gazprom pretende investir no transporte de gás. Um dos caminhos cogitados pelos russos é se associar a  Petrobras para a construção de gasodutos.

#Gazprom #Maersk #Pré-Sal


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Afinal, qual foi o crime que a Petrobras cometeu?

17/09/2014
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Há uma proposta em discussão de um livro com testemunhais de ex-presidentes da Petrobras, em desagravo a  empresa e repúdio ao seu estupro. Se a iniciativa vingar, os ex-dirigentes José Sérgio Gabrielli, Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa deveriam protagonizar um capítulo especial. Suas malfeitorias, não obstante a gravidade de atentarem contra a lei e o patrimônio público, seriam tratadas como um estrago menor se comparadas ao enorme desserviço de desatar as amarras do ódio a  estatal. Os malefícios praticados pelos ex-dirigentes da Petrobras têm servido para um acerto de contas histórico com a companhia. É difícil definir com uma palavra quem são os “inimigos” da estatal. Eles têm muitos nomes: são os liberais, as elites, os privatistas, os entreguistas, os inimigos da soberania do país. As denúncias contra Gabrielli, Costa e Cerveró foram estendidas, como que por magia negra, a toda a companhia, do ascensorista a Maria das Graças Foster, na mais perfeita ideologização de um crime da história republicana. São tempos vilanescos esses de aversão e asco a um braço exitoso do Estado. Há um prazer quase indômito com a depreciação da companhia, inclusive daqueles que perdem com a erosão do seu valor de mercado. O próprio advento do pré-sal é um bom exemplo da má vontade desses grupos. Apesar de toda a propaganda, do governo e da estatal, é possível afirmar que o orgulho pela descoberta se restringiu aos profissionais da companhia. No meio político e na própria mídia, mal as primeiras estimativas sobre as novas reservas vieram a  tona, teve inicio o apedrejamento da Geni. A definição do modelo de exploração do pré-sal destilou uma forma de peste contra a estatal e o governo. A camada geológica é vítima de desconfiança, a exploração é criticada pela sua gastança e o projeto é considerado até um problema para o país, devido ao risco de contaminação pela doença holandesa. “O petróleo será um combustível superado quando conseguirem alcançar as metas de exploração”, dizem. A brutal instrumentalização dos crimes que lesaram a Petrobras tem cegado a Nação em relação aos enormes avanços da companhia. Em agosto, a produção de petróleo subiu pelo sétimo mês consecutivo, atingindo novo recorde: 2,1 milhões de barris por dia. Esse número deverá romper a barreira dos quatro milhões de barris em 2030. Tais indicadores vêm sendo capturados pelas bolsas. Em agosto, a empresa atingiu seu maior valor de mercado em quase dois anos: R$ 290 bilhões. E este número só tende a subir, com o já anunciado reajuste dos combustíveis no início de 2015 e o retorno da Cide. Enquanto isso, os detratores da Petrobras, em vez de personificar, insistem em institucionalizar os delitos que foram cometidos na empresa. Como se houvesse uma pessoa jurídica biltre, safardana, canalha. Tomara que essa história seja realmente contada em livro, para que fique registrada para sempre como uma das mais enojantes campanhas de difamação e destruição reputacional feitas neste pais.


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Custo premium

15/09/2014
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Cálculo recente da Petrobras: o custo projetado para a construção da refinaria Premium I, no Maranhão, já teria passado dos R$ 40 bilhões. É o dobro do valor original.


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Feliz Á s pampas

9/09/2014
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Era impossível não perceber a expressão de alívio no rosto do governador Tarso Genro durante o fim de semana. Contando-se apenas encomendas de plataformas e sondas, a Petrobras tem mais de US$ 7 bilhões em contratos no Rio Grande do Sul.


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“Petromig”

8/09/2014
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Se Aécio Neves abrisse mão da sua candidatura, conforme se diz a  boca pequena, ele poderia muito bem reivindicar a presidência da Petrobras num futuro governo Marina. O destino de Aécio seria realizar uma fusão informal entre a estatal e a Cemig. Não nos perguntem o que é isso.


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Motores da Cummins engasgam a cada quilômetro

25/08/2014
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Luís Pasquotto, presidente da fabricante de motores Cummins na América do Sul, bem que gostaria de dar, pelo menos, uma boa notícia a  matriz norte-americana, mas tudo parece conspirar contra. A empresa deverá fechar 2014 no vermelho, com queda de até 20% nas vendas, redução similar da produção e, o que é pior, sem ver a luz no fim do túnel. Pasquotto vive o que chamam na companhia de sua “fase rivotril”. Está irritadiço e já chegou a perder as estribeiras com um funcionário. É duro quando um dia é ruim e o outro, também. Em meio a s más notícias que não param, Pasquotto foi obrigado a ordenar o cancelamento da produção de 13 mil dos 70 mil motores programados para esse ano, na fábrica de Guarulhos, em São Paulo. A empresa, que já concedeu férias coletivas nesse ano, programa mais uma temporada de paralisação para ajustar o estoque. Pasquotto dorme todas as noites pensando se não é o caso de antecipar a adoção do programa de cortes de custos operacionais e administrativos na faixa de 15% a 20%. A data limite para que seja tomada a decisão é o fim de agosto, quando a fabricante terá uma noção melhor da demanda de motores pelas montadoras de caminhões no último trimestre do ano. Enquanto o dead line não chega, é como se a rotina sofresse de distonia neurovegetativa. Procurada pelo RR, a Cummins disse que não “divulga resultados parciais de exercícios fiscais em andamento.” Mas informou que, “embora as perspectivas do setor brasileiro de caminhões não sejam promissoras, vem obtendo resultados positivos em outros segmentos industriais.” A autoestima de Pasquotto já fez um buraco no chão. A Cummins que ele comanda virou o patinho feio do grupo no continente sulamericano. Há outra Cummins, dedicada a  fabricação de motores e geradores de emergência para embarcações de apoio a  exploração de petróleo, que nada de braçada na direção do lucro. Essa unidade tem contratos até o fundo do mar com fornecedores e com a própria Petrobras. O pior de tudo é a comparação. O presidente de Negócios Marítimos da Cummins na América do Sul, Rodrigo Teixeira, tem recebido afagos da matriz porque sua safra de boas notícias não para de crescer. A unidade que ele comanda tem crescido em uma faixa de 25% ao ano e esse percentual deverá aumentar para 30% nos próximos cinco anos, embalada na demanda por motores para embarcações que trabalharão na exploração de petróleo na camada de pré-sal. Ou seja, enquanto Teixeira brilha, Pasquotto chora.


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Petrobras e BSBios avançam sob a sombra do TCU

20/08/2014
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A Petrobras e o empresário Erasmo Battistella não estão preocupados com o rumo das investigações em curso no Tribunal de Contas da União (TCU). Ao que tudo indica, acham desprezível o risco que paira sobre sua parceria. Desde março, o TCU analisa as denúncias de irregularidades na associação entre a Petrobras Biocombustíveis e a BSBios, produtora de biodiesel controlada por Battistella. Mas o que interessa para a dupla são os negócios. Battistella e a estatal querem deixar o TCU em outra gaveta. De costas para as investigações, namoram um ousado projeto, que prevê a expansão das duas usinas da companhia, localizadas em Marialva (PR) e Passo Fundo (RS), e a construção de duas novas plantas industriais. O que mais chama atenção são os números sobre a mesa. Segundo fontes próximas a s duas empresas, a cifra ultrapassa R$ 1 bilhão, mais do que a Petrobras Biocombustíveis investiu em todas as suas operações no ano passado. Consultada, a BSBios negou os planos de expansão. Mas a fonte do RR é boa. E desdizer a veracidade de projetos estratégicos é uma matusalêmica prática defensiva das empresas. De qualquer forma está feito o registro. O que é difícil negar é a capacidade da dobradinha BSBios e Petrobras para produzir números impactantes. Foi justamente esta característica que colocou as duas empresas na alça de mira do TCU. Tudo começa em 2009, quando a Petrobras pagou R$ 55 milhões para ficar com metade da usina de Marialva. Seis meses antes, a BSBios havia desembolsado apenas R$ 37 milhões para assumir integralmente o empreendimento. Em 2011, as duas companhias firmaram um novo acordo. Dessa vez, a estatal pagou R$ 200 milhões para ficar com 50% da usina de Passo Fundo. BSBios e Petrobras asseguram que todas as operações seguiram valores de mercado. Por ora, ainda não conseguiram convencer o TCU, que está enfurnado nos contratos firmados pela dupla. Mas quem está aí para o TCU, ora bolas! Apesar da ambiência contrária, Battistella pensa grande. Se os planos forem adiante, a BSBios praticamente duplicará sua produção, chegando a uma capacidade instalada da ordem de 650 milhões de litros por ano. Para convencer a Petrobras a abrir o caixa, Battistella usa como argumento a decisão do governo de aumentar o percentual de biodiesel misturado ao diesel. No mês passado, a dose subiu de 5% para 6%. Em novembro, passará a 7%. O Ministério de Minas e Energia já sinalizou novas elevações ao longo de 2015, no caso de um segundo mandato de Dilma Rousseff. Battistella também acena a  estatal com a expectativa de aumento das exportações da BSBios. Por ora, no entanto, o que existem são apenas gotículas. A companhia fechou recentemente um contrato de venda de oito mil litros de biodiesel para o mercado europeu, o equivalente a menos de 3% da sua produção anual.


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Shell enche o barril com ações de blocos

19/08/2014
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Antes mesmo de encerrar as festividades por conta do aumento de quase 100% na produção da Shell no Brasil, o presidente André Araújo prepara-se para desembarcar na Holanda. Seu destino é Carel van Bylandtlaan 16, 2596 HR The Hague, endereço do quartel-general do grupo. O executivo leva na mala a proposta de ficar com o controle integral do campo Bijupirá & Salema, na Bacia de Campos. Para conseguir o feito, Araújo terá de negociar a compra dos 20% pertencentes a  Petrobras. A estatal não tem sido a mesma sócia de outrora e segurado investimentos. A Shell está disposta a aportar em torno de R$ 1 bilhão para dobrar a capacidade do estratégico campo Bijupirá & Salema, que representa 35% da produção da empresa no país. Deve investir também no campo Parque das Conchas. Ambos ficam na Bacia de Campos. Neste caso, o interesse da Shell é aumentar de 50% para 60% a participação no campo, que tem como sócias a indiana ONGC e a Qatar Petroleum. Esta última, dona de 23%, tem demonstrado interesse em reduzir gradativamente sua posição em função da estratégia de diversificar investimentos no Brasil.


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O Ashmore Energy negocia

19/08/2014
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O Ashmore Energy negocia a venda de 50% da térmica de Cuiabá para a Petrobras. Seu maior objetivo é assegurar o contínuo abastecimento do gás. A termelétrica já foi o patinho feio entre os ativos do grupo norte-americano no Brasil pela falta de gás boliviano. Depois que a Petrobras passou a fornecer o insumo, o negócio virou pepita porque a demanda pela energia é garantida.


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Mitsui cresce Á  imagem e semelhança da Petrobras

18/08/2014
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A Mitsui já se enxerga como a empresa-espelho da Petrobras no Sul do Brasil. Está em curso uma negociação que poderá transformar o grupo japonês em sócio das três distribuidoras de gás da região, controlador de um dos maiores gasodutos do país e acionista de uma nova planta de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL). Em todos os casos, quem olhar para a Mitsui verá refletida a imagem da estatal, e vice-versa. O ponto de partida é o Rio Grande do Sul. A Mitsui articula a compra de parte das ações da Petrobras na Sulgás – a estatal é dona de 49% da companhia. A operação envolve a transferência de até 20% da distribuidora gaúcha, controlada pelo governo do estado. O negócio permitiria a  Mitsui fincar bandeira nas três concessionárias de gás da Região Sul, uma condição que hoje pertence exclusivamente a  Petrobras, sua sócia na paranaense Compagás e na catarinense SCGás. A entrada da Mitsui no capital da Sulgás está vinculada a outras duas importantes negociações. A Petrobras vislumbra no interesse dos japoneses a oportunidade de fisgar um sócio para dois projetos que há anos repousam sobre sua prancheta: a instalação de uma planta de regaseificação de GNL no Paraná e, sobretudo, a construção de um gasoduto para atender aos três estados da região. Ao se associar também a  Sulgás, a Mitsui passará a ser mais do que candidata natural ao negócio; sua participação nos dois empreendimentos se tornará quase que obrigatória. A trading japonesa terá motivos de sobra para se unir a  Petrobras com o intuito de equacionar os problemas que cercam o abastecimento de gás no Sul do país. A capacidade de entrega do insumo por meio do gasoduto Bolívia-Brasil, principal fonte de suprimento na região, está no limite do limite. A situação é ainda mais delicada no Rio Grande do Sul. O Gasbol só tem condições de entregar 2,8 milhões de metros cúbicos por dia, e este volume já está totalmente contratado pela Sulgás. E, ainda assim, há uma demanda reprimida pelo insumo equivalente a 40% deste volume. Ou seja: na mais conservadora das hipóteses, considerando-se apenas o atual déficit no abastecimento, o Rio Grande do Sul precisa de praticamente de “meio Gasbol”. A construção do pipeline e a instalação de uma unidade de regaseificação em torno de quatro milhões de metros cúbicos dia dariam uma folga mais do que confortável para atender a todos os estados da região. Ou seja: ao que tudo indica, Mitsui e Petrobras têm um tríplice encontro marcado.


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Caneco na mão

13/08/2014
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O empresário Mauro Campos tem usado todo o seu poder de articulação para adiar o leilão da massa falida do Caneco, no Rio de Janeiro. Se a venda for adiante, Campos corre o risco de ficar sem estaleiro. Sua empresa, a Rio Nave, usa o Caneco para produzir embarcações encomendadas pela Petrobras. Para não ficar a ver navios, ou melhor, a não ver navios, Campos negocia um acordo com a italiana Fincantieri para comprarem juntos o Caneco.


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Refinaria

8/08/2014
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A Statoil costura com a Petrobras uma parceria na área de refino. O ponto de partida seria uma associação na Refinaria Alberto Pasqualini, que já teve um inquilino estrangeiro, a Repsol.


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Vale e Petrobras têm um encontro marcado no Atlântico

29/07/2014
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Parafraseando Nelson Rodrigues, estava escrito há quase dois milhões de anos, desde que se formou o subsolo da costa brasileira, que um dia Vale e Petrobras se encontrariam nas profundezas do Atlântico Sul. Até prova em contrário, não há solução mais apropriada para deslanchar o projeto de exploração do chamado “présal da mineração”. Quem melhor do que a líder do mercado global de minério de ferro e a maior produtora de petróleo em águas profundas do mundo para extrair níquel, platina, cobalto até quatro quilômetros abaixo da superfície? Ainda há muito por imergir em um projeto com tamanha complexidade, mas os primeiros metros dessa expedição foram vencidos na semana passada, com a decisão da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba). A entidade autorizou o Brasil a pesquisar e explorar jazidas minerais no fundo do mar, leia-se os nódulos polimetálicos – nome que se dá a  deposição de óxidos de ferro manganês e outros elementos no solo dos oceanos. O sinal verde do Isba era o estopim que faltava para dar a partida no projeto, conduzido no âmbito do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O passo mais importante é a definição dos responsáveis pelos primeiros trabalhos de pesquisa numa área de três mil quilômetros quadrados, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa brasileira. Neste caso, as cartas náuticas apontam para uma joint venture entre a Petrobras e a Vale. Vários fatores fazem das duas companhias candidatas mais do que naturais a conduzir esta empreitada. Ambas reúnem o mais gabaritado time de geólogos do país, além de dois centros de pesquisa de padrão mundial, o Cenpes e o Instituto Tecnológico Vale. A tecnologia usada pela estatal para a produção de petróleo em grandes profundidades, inclusive na própria camada do pré-sal, pode ser adaptada para a exploração de minérios, o que reduziria consideravelmente os custos da operação. Além da expertise em extração mineral, a Vale agregaria ao projeto toda a sua estrutura logística no Brasil e no exterior, vital para garantir o escoamento e a comercialização dos minerais produzidos. Há ainda um aspecto que não pode ser desprezado. No que diz respeito a  segurança nacional, nada melhor do que entregar o projeto a duas das maiores corporações brasileiras. Vide o exemplo dos Estados Unidos, onde grandes grupos locais da área de defesa, como a Lockheed Martin, participam da operação. Ainda não existem estudos conclusivos sobre o potencial mineral do subsolo marítimo brasileiro. Sabe-se, no entanto, que as reservas marítimas já conhecidas e mapeadas ocupam uma área equivalente a quase 40% do território nacional. Pesquisas preliminares já comprovaram a existência de quase duas dezenas de elementos, entre ferro, estanho, fósforo, cobre, entre outros. Para desbravar a “Amazônia Azul” – como esta província mineral é chamada pela própria Marinha – não poderia haver combinação melhor do que uma dobradinha entre Vale e Petrobras. O Brasil agradece.


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Cosan põe um pé no capital da Gas Brasiliano

23/07/2014
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O mercado de distribuição de gás está em ponto de combustão. Além da associação entre a Cemig e a espanhola Gas Natural Fenosa e o iminente aumento da participação da própria estatal mineira na Gasmig, mais uma grande operação está se desenhando no setor. A Cosan, acionista majoritária da Comgás, articula sua entrada no capital da Gas Brasiliano. Controladora integral da empresa, a Petrobras pretende se desfazer de 40% da distribuidora. A negociação corrobora a disposição da estatal de reduzir sua presença neste mercado para fazer caixa – conforme informou o RR na edição nº 4.735. Antes da Gas Brasiliano, a Petrobras espera concluir a venda de parte da Gasmig para a Cemig – anunciada na semana passada, a operação também envolve a transferência de 40% das ações. Todas estas negociações vão alterar significativamente o jogo de forças na área de distribuição de gás. Se a Petrobras, presente no capital de quase todas as concessionárias estaduais, está recuando algumas casas, na mão contrária, a Cosan avança com tudo no tabuleiro do setor. Não é difícil imaginar aonde Rubens Ometto pretende chegar com seu ingresso na Gas Brasiliano. Uma vez dentro da companhia, Ometto terá campo aberto para articular sua fusão com a Comgás. A operação daria origem a um gigante responsável por mais de um terço das vendas de gás natural no país e dono de quase metade da malha de distribuição instalada em todo o território brasileiro. Juntas, Comgás e Gás Brasiliano dominariam uma área no mapa de São Paulo com quase 40 milhões de habitantes. Trata-se de uma operação que conta com a simpatia da Petrobras. Entre ser protagonista de um curta-metragem ou coadjuvante de uma série de sucesso, a estatal prefere a segunda opção. Ela trocaria uma participação majoritária numa empresa pequena, caso da Gas Brasiliano, por uma fatia menor na maior distribuidora de gás do país. E o mais importante: tendo ao lado um parceiro como a Cosan, poderia reduzir seus aportes no setor. A associação entre as duas distribuidoras permitiria a  Cosan manter a liderança no setor pelo critério de clientes atendidos, posto que a Comgás deverá perder quando a fusão entre os ativos da Cemig e da Gas Natural estiver concluída. Aliás, o predomínio mineiro no setor poderia ser ainda maior se, no início deste ano, a própria Cemig não tivesse desistido de comprar 40% da Gas Brasiliano.


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Curta temporada

17/07/2014
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A solidão societária da EDF na termelétrica Norte Fluminense, no Rio de Janeiro, deve durar pouco. Menos de três meses após a saída da Petrobras, os franceses já procuram um novo sócio. A ideia é vender até um terço das ações – a estatal detinha só 10%.


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Campo da China

14/07/2014
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As chinesas CNPC e CNOOC, donas, cada uma, de 10% do Campo de Libra, querem se expandir no negócio. Já teriam iniciado tratativas com a Shell e a Total, que controlam 40% do consórcio. Consultada, a Petrobras, líder do consórcio, disse desconhecer a negociação entre os sócios.


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Xisto escocês

8/07/2014
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A escocesa Weir Group sondou a Petrobras para uma parceria na exploração de gás de xisto, negócio ainda incipiente no Brasil. Por sua conta e risco, os britânicos já estão fazendo estudos preliminares em blocos da estatal no litoral brasileiro.


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Atilano Oms olha no espelho e enxerga a imagem de Luís XVI

3/07/2014
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Atilano Oms Sobrinho está frente a frente com os jacobinos. Os próximos dias serão determinantes para se saber se o empresário conseguirá evitar a queda de sua Bastilha ou terá um doloroso encontro com “Monsieur Guillotine”. No calendário da Inepar, o “14 de julho” pode cair no fim da semana que vem, na próxima segunda-feira, até mesmo amanhã – ou, no limite, sequer ocorrer. Entenda- se o “14 de julho” como a data de todas as datas para o grupo paranaense: um dia para comemorar ou para lamentar profundamente, dependendo do desfecho. E mais o RR não dirá. O fato é que a própria trajetória empresarial de Atilano Oms Sobrinho está em jogo neste momento. Nos últimos anos, a Inepar tornou-se um retrato em sépia do que já foi um dos maiores grupos de infraestrutura do país. Em relação aos tempos áureos, os negócios são praticamente os mesmos – energia, óleo e gás, telecomunicações, construção etc. No entanto, o grupo perdeu peso e representatividade em todas essas áreas, na mesma proporção do declínio do prestígio e poder de influência de seu próprio acionista controlador. Atilano Oms Sobrinho já protagonizou alguns dos mais importantes negócios da República, vide Telemar; hoje, dedica seus dias a  inglória missão de sanear as finanças de suas empresas. O balanço de 2013 da holding Inepar Indústria e Construções registra uma dívida de longo prazo de aproximadamente R$ 1,2 bilhão, para um patrimônio líquido de R$ 100 milhões. Somente nos últimos dois exercícios, o prejuízo acumulado do grupo passou dos R$ 320 milhões. Além das perdas financeiras, Atilano Oms Sobrinho enfrenta também o desgate no relacionamento com credores, sócios e clientes. Parceira da Inepar numa joint venture para a produção de turbinas, a austríaca Andritz Hydro já teria demonstrado interesse em desfazer o acordo e ficar com a parte do grupo paranaense – ver RR edição nº 4.839. Por sua vez, a Iesa a“leo e Gás, uma das subsidiárias do conglomerado, convive com o risco de perder os contratos fechados com a Petrobras devido a problemas financeiros e dificuldades para cumprir os serviços. Somadas, as encomendas da estatal correspondem a US$ 700 milhões, algo equivalente a um ano e meio de receita da Iesa. É por essas e outras que a Inepar está a s vésperas de sua revolução. Serão dias de muito sofrimento, que poderão culminar em sangue.


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Efeito colateral

27/06/2014
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A compra da Usina Santa Cruz pela São Martinho não caiu bem ao paladar da Petrobras. Sócia da São Martinho na Nova Fronteira, a estatal teme que a operação afete a capacidade de investimentos da parceira. Com a aquisição, o grupo herdou quase R$ 380 milhões em dívidas.


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Usina de perdas

27/06/2014
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Nova parada na termelétrica de Uruguaiana, em maio, vai custar a  AES um prejuízo da ordem de R$ 200 milhões. Para que esta conta não cresça mais, o grupo já procurou a Petrobras Argentina na tentativa de garantir um novo acordo de fornecimento de gás. Desta vez, a AES quer fechar um contrato no modelo não-interruptível, no qual se compromete a pagar pelo combustível mesmo sem usá-lo. Procurada, a AES negou as perdas.


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BTG Pactual puxa a fila na porta de saída da Sete Brasil

26/06/2014
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O pedido de registro de companhia aberta encaminhado recentemente pela Sete Brasil a  CVM é apenas o espelho d’água. As mudanças em curso na fabricante de plataformas vão atingir o pré-sal da estrutura societária da empresa. A oferta de ações em Bolsa servirá como porta de saída para um grupo de investidores que compõem o núcleo duro do capital da companhia. O BTG Pactual e os fundos EIG Global Energy Partners, a Luce Drilling e a Lakeshore Partners pretendem usar o IPO para reduzir consideravelmente ou até mesmo vender toda a sua participação. O quarteto detém mais de 40% da FIP Sondas, por sua vez, dona de 95% da Sete Brasil. Caso a saída do BTG e dos private equities se confirme, o controle da Sete Brasil passará a ser dividido por Previ, Petros, Funcef, Valia, além, é claro, da Petrobras – maior cliente da fabricante de sondas, a estatal mantém uma participação estratégica no negócio, da ordem de 5%. Ressalte-se que as mudanças societárias refletem o azeitamento nas relações entre os private equities/fundos de pensão e a própria Petrobras. A coabitação entre os acionistas da Sete Brasil teve momentos de turbulência devido a percalços financeiros da companhia e os seguidos adiamentos na entrega das primeiras sondas a  estatal. No entanto, tudo leva a crer que os investidores decidiram fumar o cachimbo da paz. A Petrobras aceitou firmar um novo prazo para o fornecimento dos equipamentos – junho de 2015. Topou também flexibilizar o acordo de acionistas, abrindo mão de parte de suas prerrogativas na empresa. A própria estatal entendeu que seu excessivo poder na Sete Brasil passou a ter um efeito inibidor sobre os investidores, o que poderia atrapalhar consideravelmente a oferta de ações. A recente mudança no comando da fabricante de sondas já é um sinal dos tempos: a indicação do ex-OGX Luiz Eduardo Carneiro para a presidência da Sete Brasil partiu originalmente das fundações e dos fundos de investimento; a estatal assinou embaixo. Aos poucos, a Sete Brasil parece estar deixando para trás os contratempos financeiros que, em determinado momento, lançaram dúvidas sobre a própria capacidade da empresa de honrar seus compromissos comerciais. O lançamento de ações é peça-chave para o fechamento do project finance da companhia – a construção das 29 sondas já contratadas exigirá um desembolso de quase US$ 25 bilhões. A Sete Brasil já fechou um empréstimo de US$ 6,3 bilhões com o Fundo da Marinha Mercante (FMM) e um financiamento de US$ 9 bilhões do BNDES.


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Chineses tiram gasoduto da Cemig do papel

24/06/2014
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Nos últimos dias, Belo Horizonte tornou-se a capital do gás natural no Brasil. Além de liderar as negociações que culminaram na associação entre a Cemig e a Gás Natural Fenosa e a consequente criação do maior grupo do setor no país, o governo mineiro está a  frente de outra operação com razoável poder de combustão. Há gestões com um heterogêneo grupo de investidores chineses – que vai de fundos de investimento a bancos estatais de fomento – para a construção de um gasoduto de quase 500 km de extensão entre as cidades de Betim e de Uberaba. O projeto está orçado em quase R$ 2 bilhões. O empreendimento é de grande interesse para a Petrobras, dona de uma fábrica de fertilizantes no Oeste mineiro. Neste momento, ressalte-se, é de bom tom que o governo de Minas Gerais faça este agrado a  estatal. Sócia tanto da Cemig quanto da CEG, controlada pela Gas Natural, a Petrobras é uma peça fundamental na recém-anunciada associação entre as duas companhias. Autoridades mineiras deverão ir a Pequim nas próximas semanas para avançar nas negociações com os chineses. Uma das responsáveis por ligar as duas pontas é a XCMG, uma das maiores fabricantes de equipamentos para gasodutos da asia. O empreendimento é vital para a Cemig, e, a partir de agora, por extensão a  própria Gas Natural. O gasoduto cortará uma região com expressiva atividade industrial e, consequentemente, grande potencial de consumo de gás.


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Fica, Petrobras

6/06/2014
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O governador do Mato Grosso do Sul, André Pucinelli, armou uma barricada em torno da MSGás, Neste caso, a proteção é de dentro para fora. Pucinelli tem feito de tudo para demover a Petrobras da ideia de reduzir sua participação no capital da distribuidora de gás.


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BNDES e Odebrecht sofrem com a politização vulgar

28/05/2014
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Existe um megafone em cada esquina berrando que a exportação de serviços entrou no raio de destruição da campanha eleitoral e do “antidilmismo”. O BNDES é o alvo principal. O banco é responsável pelo financiamento da totalidade dessas operações e está sendo acusado de aumentar a dívida pública com “finalidade torpe”. Mas a agência de fomento não está só. A politização grosseira e vulgar que grassa no país elegeu três grandes inimigos do Brasil: a Petrobras, que não passaria de uma “organização criminosa”; o BNDES, que suga a seiva financeira do Estado para distribuir o dinheiro a plutocratas; e as empreiteiras, que são “corruptoras do governo”. Na visão da oposição, o banco e as empreiteiras, melhor dizer indústria da construção pesada, estariam trocando investimentos no Brasil pelo exterior, deixando de gerar empregos aqui em benefício de mais postos de trabalho nos países importadores. Essas acusações são do tempo do onça. Quando já pareciam ter virado bobice, eis que voltam a  baila, no bico dos seus defensores de outrora. As exportações de serviços envolvem a comercialização de mais de 500 mil itens da indústria nacional, que criam dezenas de milhares de empregos. Além de gerar divisas curativas das feridas do balanço de pagamentos. São poucos os setores da indústria que têm uma cadeia de produção tão ampla, envolvendo um número de unidades tão grande. Na africa, cer- ca de 600 empresas brasileiras foram beneficiadas; nas obras do Porto Mariel, em Cuba, serão mais de 400. O peso das operações no orçamento do BNDES, uma das outras críticas, é baixo – não chega a 3% -, e é grão de areia se comparado ao montante investido pelas agências de crédito e pelo Eximbank dos outros países. É certo que a campanha contra as exportações de serviços está pegando uma carona na circunstância peculiar que atravessa a Odebrecht, líder absoluta nesse segmento. A empreiteira baiana, primeira também no ranking da construção de obras estruturantes do país, foi arrastada para o centro de episódios controversos, como a Petrobras e o Itaquerão. A oposição vem chupando os dois casos de canudinho. Tanto a Petrobras quanto a Odebrecht pagam o ônus das corporações com megaescala, onde sempre existe o joio, por maior que seja o trigal. No momento, o que a interessa a  plateia é o joio. Paciência! O fato é que o BNDES, por meio do financiamento da exportação de serviços, tem feito uma política industrial singular, por via transversa, cujo único demérito é a ausência de divulgação dos seus benefícios para o país. Quanto a  Odebrecht, depois do Itamarati a empreiteira é a maior representante do Brasil no estrangeiro, o que não é pouca coisa. Porém, nada disso interessa se o objetivo maior são as urnas. Até outubro, a ordem é “malhar o Judas”.


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Queiroz Galvão

15/05/2014
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A Queiroz Galvão a“leo e Gás vai retomar a oferta de ações da QGOQ Constelattion na Bolsa de Nova York. O Bank of America já trabalha na operação, originalmente prevista para o ano passado. O grupo espera captar algo em torno de US$ 600 milhões com o IPO do seu braço internacional. A maior parte destes recursos deve desaguar no campo de Manati, sociedade entre a Queiroz Galvão e a Petrobras.


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Petrobras reacende venda de ativos na Argentina

13/05/2014
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O momento de terrorismo político certamente não é o mais propício para sacudir este galão de combustível, mas a Petrobras tem de tratar dos seus interesses. Em meio ao fogo cruzado que a atinge por todos os lados, a estatal retomou uma importante operação emperrada há mais de um ano: a venda de parte de seus ativos no mercado argentino. Quem está do outro lado do balcão é a petroleira portenha Pluspetrol. A negociação envolve a compra de um terço da Petrobras Participaciones (PPS), por sua vez a maior acionista da Petrobras Argentina (Pesa). A companhia detém um variado cardápio de ativos: uma refinaria em Baía Blanca e outra na região de Salta (Refinor), uma série de gasodutos, geradoras de energia, além de uma rede de postos de combustíveis. Estima-se que a operação passe dos US$ 500 milhões. No início do ano passado, a Petrobras conversou com diversos candidatos, mas os valores colocados sobre a mesa não agradaram. Na ocasião, quase fechou negócio com a Indalo, controlada pelo empresário Carlos Fabián. O acordo não saiu. No entanto, passado mais de um ano, Fabián volta a ser um personagem importante neste enredo. A Pluspetrol deverá entrar no negócio de mãos dadas com a Indalo. A associação se deve mais a motivações de ordem política do que econômicas. Fabián é um dos empresários mais próximos de Cristina Kirchner. Sua presença, portanto, é praticamente uma garantia de que o governo argentino não fará qualquer objeção ao acordo. O imprimatur oficial é quase obrigatório em se tratando de um negócio que envolve ativos e operações extremamente estratégicos para o país. Consta que as relações entre os controladores da Pluspetrol, as famílias Rey e Poli, e Cristina Kirchner não são das mais azeitadas. Em 2012, por exemplo, a presidente argentina expropriou a YPF Gás, então controlada pelo grupo e pela Repsol. Não custa lembrar que a própria convivência entre a Petrobras e o governo Kirchner é constantemente marcada por atritos, devido a s recorrentes cobranças para que a estatal aumente seus investimentos na Argentina. Carlos Fabián surgiria justamente como o algodão entre os cristais, a peça capaz de fazer toda a engrenagem rodar. Não obstante o conturbado cenário político ” deflagrado justamente por conta de um ativo da Petrobras no exterior, no caso a refinaria de Pasadena “, o mundo não pode parar. A estatal trata a venda de parte da Petrobras Argentina como um movimento fundamental para gerar caixa e cumprir seu plano estratégico. Além do valor arrecadado com a negociação de um naco do capital da Pesa, também entra nesta conta a cifra que a companhia economizará ao reduzir seus investimentos na Argentina.


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Será que Dilma vai deixar o Ministério da Fazenda?

12/05/2014
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A presidente Dilma Rousseff, na contramão da recomendação de conselheiros próximos, não quer dar um pio sobre o eventual substituto de Guido Mantega antes do resultado eleitoral. Pelo contrário. Vai congestionar o tabuleiro do xadrez com mais peças ainda. A indicação do presidente do BC, Alexandre Tombini, que poderia ser anunciado como futuro ministro da Fazenda antes das eleições ou mesmo suceder Mantega sem a realização do teste das urnas, foi colocada no congelador. Tombini ainda é o preferido nas casas de apostas. Seu perfil combina a  perfeição com o estilo “Le ministre c’est moi”, de Dilma. Mas, até por isso, careceria de mais drive para reverter as expectativas pessimistas. Se dependesse de Lula, eterno padrinho de Dilma – eterno enquanto dure, diga-se de passagem -, o candidato a  Fazenda seria o ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy, atualmente dirigindo a Bram – Bradesco Asset Management. Levy traria para o governo uma pegada mais ortodoxa. Seria o Palocci da vez. Mas há uma questão: o que o mercado quer ouvir não é necessariamente o que Dilma pretende dizer. A presidente sente alergia ao receituário de Levy e, aparentemente, não tem intenção de escrever nenhuma carta aos brasileiros. Surge, então, outro nome: existe concordância entre Lula e Dilma de que Aloizio Mercadante cumpriria requisitos importantes para o cargo: carrega bom conhecimento de economia, foi formado na mesma universidade em que a presidente se diplomou – Unicamp -, tem boa circulação política, conversa com o empresariado e, o que é fundamental, goza da confiança de Dilma. Mas falta-lhe punch. Mercadante é um Mantega melhorado. E Luciano Coutinho? O quadro do governo mais festejado e trabalhado para a missão – e possivelmente o mais preparado – talvez nem saia da raia. Ficou politicamente muito desgastado com a campanha contra o BNDES e a política dos “cavalos vencedores”. Ah, para alguns, Luiz Gonzaga Belluzzo correria por fora. Provavelmente esses “alguns” não conhecem Belluzzo, que sofre de uma síndrome parecida com a do empresário Antônio Ermírio de Moraes frente a situações de pressão violenta. Ermírio chorava aos cântaros e reportava sua negativa a motivações de saúde. Belluzzo não chora, mas fica cheio de placas vermelhas e é acometido de uma rinite violenta. De mais a mais, Belluzzo não tem falado praticamente com Dilma. E quando lhe perguntam sobre ela, elogia a presidente, mas diz que é amigo do Lula. Outros queimados pertencem a  turma dos Conselhos da Petrobras: Fabio Barbosa, Jorge Gerdau e Roger Agnelli. Todos foram cogitados em algum momento, mas, por motivos distintos, é melhor que nem passem na porta do Palácio do Planalto. Entre os empresários, dois nomes têm sido recorrentemente mencionados: Abílio Diniz e Josué Gomes da Silva. No entanto, pesa contra ambos a recusa ao convite da presidente para que assumissem o Ministério do Desenvolvimento, entre o final do ano passado e este ano. Foram pouco colaborativos em um momento em que deveriam mostrar disposição cívica. O mais provável mesmo é que, no final, emplaque um ovo poché num consommé, ou seja, o nome de Alexandre Tombini. Seria eufemismo para a manutenção de Dilma Rousseff como ministra de fato da Fazenda.


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Olhos de Lynch

7/05/2014
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A Merrill Lynch não dá o menor ouvido aos corvos que gralham na porta da Petrobras e certamente enxerga a companhia como ela é. Nas últimas semanas, o banco norte-americano tem feito sucessivas compras de ações da estatal.


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Aécio descobre seu pré-sal eleitoral

6/05/2014
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A exploração política da Petrobras promete ir muito além do pré-sal eleitoral. O candidato Aécio Neves pretende colocar no seu balaio de campanha a promessa de gestão autônoma da estatal. A proposta da “Petrobras independente” será embalada e vendida como a cura para todos os males que assolam a companhia. A medida, portanto, seria um elixir contra o “aparelhamento partidário”, as “interferências políticas”, “os desmandos administrativos”, a “corrupção generalizada” e todas as demais manchas que a oposição, da noite para o dia, passou a enxergar na pele da estatal. Ao lado da bandeira da autonomia administrativa da Petrobras, Aécio Neves vai lançar outra promessa de campanha: a fixação de regras para a correção periódica dos preços dos combustíveis. Exequível ou não – e quem se importa com isso? -, a proposta permitirá a Aécio levantar a bola para si próprio. O candidato do PSDB pretende bater forte na defasagem dos preços dos derivados de petróleo e seu impacto sobre a estatal, apontando para fatos que atestariam os danos causados pelo governo do PT. Um deles seria a desvalorização das ações, que custou a  petroleira a queda do 12º posto para o 120º lugar no ranking das maiores empresas dos países emergentes. A natureza não foi tão perfeita assim com tucanos e congêneres. O mal das aves é que as penas ficam expostas. Ciente dos próximos passos de Aécio Neves, o governo já prepara uma contraofensiva. A intenção do PT é mostrar que por trás das propostas de Aécio esconde-se uma privatização disfarçada da Petrobras, que traria a reboque todos os procedimentos e práticas que durante a gestão de FHC receberam a alcunha de “privataria”. Em tempo: são os peixes e não os pássaros que morrem pela boca, mas ontem, em São Paulo, o candidato tucano talvez tenha falado mais do que deveria. Ao soltar o comentário “Meu Deus, quem disse que nós vamos privatizar a Petrobras? Nós vamos é reestatizá-la”, mais pareceu um menino preocupado em mostrar que não estava com a mão amarela.

#Aécio Neves #FHC #Petrobras #Pré-Sal #PT


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Conta dividida

2/05/2014
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A Petrobras procura um novo parceiro para a construção de um terminal de regaseificação de GNL no Rio Grande do Sul. Há conversações com a Hyundai, que deverá ficar com 25% do projeto, mesma participação da Mitsui.


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A Petrobras e o inevitável estupro

30/04/2014
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Quem disse que somente as pessoas físicas são torturadas e o anfiteatro da ignomínia está restrito aos porões da ditadura. A Petrobras está sendo seviciada em pleno exercício da democracia. Nos últimos 10 dias, o noticiário que achincalha a estatal dividiu-se da seguinte maneira: 32% de inserções ou citações sobre os diretores da estatal envolvidos diretamente com o “mau” negócio de Passadena ou com seu doleiro predileto; e 68% enxovalhando a Petrobras. O movimento dessa gangorra na mídia, onde as eventuais malfeitorias na compra da refinaria se tornariam aos poucos um ataque generalizado a  empresa, foi previsto pelo RR edição 4847.O objetivo óbvio é a associação das gestões da Petrobras nos governos Lula e Dilma com a dilapidação da companhia e queima da riqueza nacional. Entre o objetivo eleitoral e a destruição da imagem corporativa existe um hímen delicado, cujo rompimento pode contaminar a própria imagem do país no exterior. Com a iminência de uma CPI da Petrobras, a estatal está a  beira do precipício. Todos os documentos apreciados em reuniões do Conselho estarão a  disposição, legalmente ou por vazamento, dos parlamentares com interesses adicionais ao da legítima apuração dos fatos. Aliás, de posse dos documentos, os fatos passarão a existir, pois basta que os papéis sejam esmiuçados para ganarem vida própria. Não existe empresa desse porte no país, e estamos falando na Vale, Odebrecht, Usiminas, Votorantim e todos as demais, que não tenham realizado “maus” negócios, que no momento da sua decisão eram considerados “bons” negócios. A interpretação viciada é o combustível que destrói reputações. A bola da vez, segundo informações que chegaram ao RR, é o Comperj. Em breve surgirão dúvidas sobre a formação de preço do projeto e os gastos na sua implementação. É dramático, mas a Petrobras está aprisionada em um Gulag psicossocial. Todos os brasileiros irão pagar por isso.


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Cortes na Lupatech acendem alerta vermelho no BNDES

29/04/2014
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É crescente a apreensão do BNDES com o futuro da Lupatech. O que está em jogo não é somente uma questão financeira – até porque o banco já dá como perdidos os mais de R$ 300 milhões injetados na empresa. O furo é bem mais embaixo: o projeto de criação de uma grande companhia nacional prestadora de serviços para o setor de óleo e gás tornou-se também um tormento do ponto de vista social. Com dívidas superiores a R$ 1 bilhão e notórias dificuldades de caixa, a Lupatech vem atrasando recorrentemente o pagamento de salários e de outros benefícios trabalhistas. O pior, no entanto, ainda está por vir. De acordo com informações que chegam ao próprio BNDES, dono de 31% da empresa, a Lupatech está com a mão no gatilho, prestes a anunciar o fechamento de unidades de negócio e demissões em série em algumas de suas mais importantes subsidiárias. Em relação ao downsizing, os números captados pelas antenas do BNDES são desencontrados: vão de 600 a até mil cortes. Não obstante a razoável taxa de dispersão, a contagem acende um sinal vermelho no banco de fomento: o intervalo em questão significa de 20% a 35% de toda a força de trabalho da Lupatech. Consultada, a empresa negou as demissões e o fechamento de unidades de negócio. Um caso é especialmente emblemático e ilustra o porquê da aflição do BNDES. Os olhos do banco acompanham com particular interesse a situação em Catu, na Bahia, onde funcionam as instalações da antiga Sotep – um dos maiores e mais importantes ativos incorporados pela Lupatech em seus bons tempos. Ao longo do segundo semestre do ano passado, a empresa dispensou mais de 150 empregados. Desde então, os trabalhadores têm feito sucessivas manifestações. Emfevereiro, promoveramuma greve, motivada, sobretudo, por atrasos no pagamento, além de descontos indevidos referentes ao plano de saúde. Na região, circulam informações de que a Lupatech pretende desativar toda a unidade, que presta serviços de manutenção para sondas e plataformas da Petrobras. Só aí já seriam quase 400 funcionários, com grave impacto sobre a economia local. A Lupatech é a segunda maior empregadora do município de Catu; fica atrás apenas da própria Prefeitura. Com maior ou menor proporção, a empresa tem um peso significativo em outras cidades em que atua. Neste caso, Catu também pode atender pelo nome de Rio das Ostras (RJ), onde funciona a Lupatech Tubular Services, ou de Iperó (SP), sede da Lupatech Tecval. A crise no chamado chão de fábrica coincide com mais uma tentativa de reestruturação societária e de repactuação do passivo da Lupatech. Em janeiro, a maioria dos detentores de bônus perpétuos aprovou a conversão de 80% de uma dívida de US$ 285 milhões em novas ações ? a operação deve se consumar até junho.


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“Fator Graça” faz toda a diferença

28/03/2014
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A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, passou a representar para o governo Dilma Rousseff algo parecido com o papel desempenhado pelo então ministro das Comunicações, Sergio Motta, para a gestão FHC. Isso com todas as ressalvas, notadamente no que diz respeito a  irretocável postura da executiva na vida pública. Em comum com “Serjão”, apenas o fato de que Graça, sozinha, já vale por uma tropa de choque. A presidente da Petrobras chamou para si toda a celeuma em torno da estatal. Estrategicamente, anunciou, de forma veemente, a criação de uma comissão interna para apurar todas as denúncias, antecipando-se ao seu comparecimento ao Senado, previsto para o próximo dia 8. Graça age, não é de hoje, como um para-raios da Presidência da República, numa conduta que não encontra paralelo em qualquer outro integrante do governo. O Palácio do Planalto reconhece na executiva seu grande trunfo para enfrentar os ataques a  Petrobras, que se tornou o principal alvo da oposição na campanha eleitoral. É bom recordar que Graça tem carregado em suas costas largas toda a pressão decorrente da defasagem na correção dos preços dos combustíveis. Ressalte-se ainda que a gestão de Graça Foster não é de quem está de passagem, até porque ela própria não está de passagem: são 38 anos na estatal. A executiva está aplicando a política de contenção de gastos mais austera da história da empresa. São cortes que vão do cafezinho a  renegociação com fornecedores de broca. Pode se dizer que ela está pagando, com juros, a confiança que recebeu de Dilma Rousseff ao ser nomeada para o comando da Petrobras.


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Petrobras e o biodiesel da discórdia

26/03/2014
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Talvez nem fosse o momento da Petrobras mexer nesse assunto. Mas, em meio aos fantasmas de Pasadena, a estatal prepara- se para reduzir sua participação na BSBios – uma das maiores produtoras de biocombustíveis do país. A companhia estaria disposta a ficar com uma fatia minoritária da produtora de biodiesel, algo em torno de 20%. O problema é como deixar o vespeiro sem despertar os marimbondos – sobretudo nas atuais circunstâncias. Em 2009, a estatal comprou 50% da usina da BSBios em Marialva (PR). Dois anos depois, repetiu a dose, desta vez com a unidade de Passo Fundo (RS). Ao todo, desembolsou R$ 250 milhões. Desde então, parlamentares gaúchos, a  frente o deputado federal Luiz Carlos Heinze (PP), questionam o negócio, com a alegação de que os ativos não valeriam sequer a metade. Integrantes da Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados anunciaram recentemente a disposição de convocar dirigentes da Petrobras e da BSBios, além do próprio ministro Edison Lobão, para explicar detalhes da operação. Oficialmente, a BSBios nega qualquer mudança societária. Está feito o registro. O que não dá para negar é a blitz promovida pela bancada gaúcha. Parte do interesse se justifica pela dívida de R$ 50 milhões da empresa com o Banrisul. No entanto, por trás do episódio há uma boa dose de rixa política regional. Para muitos, mais do que a própria Petrobras, o principal alvo dos ataques seria Miguel Rossetto, atual ministro do Desenvolvimento Agrário. Rossetto comandava a Petrobras Biocombustíveis na época da associação com a BSBios.


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Gas Brasiliano entra na linha de tiro da Petrobras

21/03/2014
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Das duas uma: ou a Petrobras voltou atrás na decisão de não negociar ativos estratégicos ou os critérios da companhia para definir o que são ou não operações essenciais estão cada vez mais flexíveis. Quatro anos após comprar a Gas Brasiliano e, finalmente, fincar sua bandeira na distribuição de gás em São Paulo, prepara o meia-volta, volver. A direção da estatal discute a venda do controle da concessionária. A companhia manteria apenas uma participação minoritária, o suficiente para preservar sua cadeira cativa no maior mercado consumidor de gás do país. A inclusão da Gas Brasiliano na lista de ativos negociáveis da Petrobras está diretamente ligada ao revés na operação com a Cemig. Em fevereiro, depois de mais de um ano de tratativas, os mineiros romperam o acordo para a compra de 40% da distribuidora. A desistência deixou a Petrobras com um abacaxi nas mãos, leia-se o plano de investimentos da concessionária paulista, que beira os R$ 2 bilhões. Diante das circunstâncias, longe da estatal querer bancar este aporte. A venda do controle da Gas Brasiliano é emblemática. A Petrobras demorou até conseguir entrar no mercado paulista, por muito tempo uma lacuna no colar de participações da quase onipresente Gaspetro. A estatal tentou ingressar na Comgás, ensaiou uma associação com a Gas Natural Sul, mas o desembarque só se consumou em 2010, com a compra da Gas Brasiliano junto a  italiana Eni por US$ 250 milhões. No entanto, as dificuldades da Petrobras em honrar seu plano de investimentos, notadamente na área de E&P, falaram mais alto. Em tempo: a decisão da estatal de abrir mão do controle de uma das maiores concessionárias de gás do país é um forte indício de que a estatal deverá reduzir consideravelmente sua presença no setor, com a venda de ativos menos votados. Candidatos a  compra da Gas Brasiliano? Na própria Petrobras, o nome mais repetido é o da GDF Suez, antiga Gas de France. Há algum tempo, o grupo procura ativos de peso em distribuição de gás no Brasil. Antes do finado acordo com a Cemig, a própria GDF chegou a manifestar seu interesse na Gas Brasiliano. Na ocasião, contudo, a Petrobras não aceitou se desfazer do controle da distribuidora, como queriam os franceses. Eram outros tempos.


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Brasil vale R$ 1 bilhão no cardápio da Pérez Companc

12/03/2014
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E ainda há quem critique o governo de Cristina Kirchner… Um dos maiores conglomerados industriais da Argentina, a Pérez Companc resolveu buscar do lado de cá da fronteira a rentabilidade perdida em sua terra natal. Isso significa um substancial pacote de investimentos no Brasil. Segundo fontes ligadas a  companhia, as cifras devem chegar a R$ 1 bilhão nos próximos dois anos. O maior projeto sobre a mesa dos argentinos é a transferência para o Brasil de uma fatia expressiva das operações da Molinos Rio de La Plata. Ao longo da última década, a fabricante de alimentos tornou-se justamente o maior negócio da Pérez Companc, sobretudo depois que o grupo vendeu todos os seus ativos petroquímicos para a Petrobras. Com vendas anuais próximas dos US$ 4 bilhões, a Molinos responde por quase 80% do faturamento global do conglomerado portenho. Os argentinos já estariam se movimentando para a compra de plantações de soja no Centro-Oeste. Seria um preparativo para a construção de uma processadora de grãos e de uma fábrica de derivados, inclusive produtos ao consumidor, como azeites. Hoje, o Brasil já é o maior mercado da Molinos Rio de La Plata depois da Argentina. A rentabilidade das vendas no país cresce, em média, na casa dos dois dígitos a cada ano. Na Argentina, o gráfico é um traço na mão contrária. A lucratividade da empresa no país vem caindo ano a ano, na esteira da redução do consumo e do aumento dos custos de produção. Nada mais natural que a subsidiária da Pérez Companc atravesse a fronteira e passe a ter uma operação direta no Brasil. Os argentinos projetam que, em até três anos, um terço do faturamento da Molinos de La Plata seja contabilizado em terras brasileiras. A decisão de montar uma base industrial do zero reflete uma mudança no plano de voo dos argentinos. Na primeira tentativa de desembarque no Brasil, há cerca de quatro anos, a Molinos Rio de La Plata saiu em busca de aquisições. Chegou a negociar a compra de uma processadora de soja da ADM, mas as conversas não avançaram e a empresa portenha adiou o projeto de entrada no país.


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BG perfura ainda mais fundo no Brasil

10/03/2014
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A BG está embalando um novo pacote de investimentos sem precedentes em sua história no Brasil. A cifra reservada apenas para este ano gira em torno dos US$ 3 bilhões. Até o fim da década, o plano de negócios da companhia prevê o dispêndio de mais US$ 20 bilhões no país. Entre os grupos privados que atuam no Brasil, este deverá ser o maior desembolso na atividade de exploração e produção de petróleo, a  exceção dos aportes no megacampo de Libra – ainda assim, cabe ressaltar que, neste caso, os investimentos serão divididos por cinco players: Petrobras, Shell, Total e as chinesas CNPC e CNOOC. Por falar em Libra, não custa lembrar que a BG causou surpresa no mercado ao ser um dos primeiros grandes players globais do setor a anunciar sua desistência do setor. Consultada pelo RR, a BG confirmou os investimentos no Brasil. O reforçado plano estratégico embute os primeiros aportes nos dez blocos arrematados na 11ª rodada de licitações da ANP, em maio do ano passado – estes campos só deverão entrar em operação depois de 2023. O desembolso dará maior folga para a empresa cumprir a audaciosa meta de ser a segunda maior produtora de petróleo no país até 2015, atrás apenas da própria Petrobras. Hoje, a  custa dos mais de US$ 7 bilhões de investimentos já feitos no país, sua capacidade gira em torno dos 38 mil barris de petróleo/ dia. O objetivo dos britânicos é chegar perto dos 100 mil barris diários até dezembro de 2015. O grande salto, no entanto, está previsto para a segunda metade da década: 600 mil barris. Este é o número cabalístico com que os ingleses trabalham para 2020. Para onde quer que se olhe, a BG ostenta cifras alentadas. Somente em pesquisa e desenvolvimento, deverá desembolsar quase US$ 2 bilhões nos próximos dez anos. O país será um dos centros mundiais de tecnologia da empresa ? entre outros projetos, recentemente a BG anunciou uma parceria com o Laboratório de Estudos do Petróleo (Lepetro) da Universidade Federal da Bahia. Os aportes são proporcionais a s expectativas do grupo. Hoje, a subsidiária responde por menos de 10% da produção global da BG. No entanto, os ingleses acreditam que, até 2030, a cada dois barris diários de petróleo, um virá do Brasil. Ressalte-se que o aumento dos investimentos no Brasil contrasta com o período de fortes prejuízos globais da BG. Somente no quarto trimestre do ano passado, o grupo amargou perdas superiores a US$ 1 bilhão, contra um lucro de quase US$ 1,8 bilhão em igual período em 2012. A inversão do resultado se deveu, sobretudo, a baixas contábeis acima de US$ 3 bilhões. Diga-se de passagem, são números que só aumentam a responsabilidade da subsidiária brasileira.


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Rolls Royce acelera suas turbinas

7/03/2014
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Para muitos, apenas o breu; para outros, prenúncio de prosperidade. A escassez de recursos hídricos e o temor de uma crise no abastecimento de energia soam como música aos ouvidos dos executivos da Rolls Royce. Os ingleses devem acelerar o projeto de produção de turbinas a gás para termelétricas na fábrica de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. O grupo aposta em uma nova onda de investimentos na expansão do parque termelétrico nacional, seja com a ampliação de usinas, seja com a construção de novas geradoras. De acordo com informações filtradas junto a  própria Rolls Royce, o desembolso deve chegar a R$ 50 milhões. Oficialmente, a companhia negou o projeto. A produção de equipamentos para termelétricas em Santa Cruz está em pauta desde o ano passado, quando a Rolls Royce inaugurou o complexo industrial – hoje focado na produção de turbinas para plataformas de petróleo. Com a expansão, o investimento total dos ingleses no local chegará aos R$ 300 milhões. Aliás, na companhia já se cogita a possibilidade de uma ampliação da própria capacidade de produção dos geradores para a indústria de exploração e produção. A razão atende pelo nome de Petrobras. Recentemente, a Rolls Royce fechou um contrato de US$ 140 milhões para manutenção e reparo de 15 turbinas da estatal. Ressalte-se ainda que o grupo britânico também está construindo um lote de aerogeradores para plataformas da Petrobras na Bacia de Campos no valor de aproximadamente US$ 700 milhões.


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Petróleo

6/03/2014
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A Repsol Sinopec, dona de 25% do campo de Carioca, na Bacia de Campos, estaria disposta a aumentar seu quinhão no negócio. Mira a compra de uma parcela das ações da Petrobras, dona de 45%. Consultada, a Repsol Sinopec negou qualquer negociação.

Acervo RR

Petróleo

6/03/2014
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A Repsol Sinopec, dona de 25% do campo de Carioca, na Bacia de Campos, estaria disposta a aumentar seu quinhão no negócio. Mira a compra de uma parcela das ações da Petrobras, dona de 45%. Consultada, a Repsol Sinopec negou qualquer negociação.


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Plataforma bamba

6/03/2014
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O clã Gradin bateu a  porta do banco Mizuho pleiteando financiamento para a construção de três embarcações offshore. O problema é que apenas uma delas está contratada pela Petrobras. Procurada, a GranEnergia, dos Gradin, confirmou ter um acordo com o Mizuho e com o Itaú para a construção de uma das plataformas. Mas disse que ainda não tem detalhes sobre o financiamento das outras duas.


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“Gasolinocídio” está criando o “Programa antiálcool”

27/02/2014
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Pode se afirmar que o “gasolinocídio” – política antiinflacionária com o congelamento dos preços do combustível – vem incinerando não só a Petrobras, mas também a indústria do álcool no Brasil. O “gasolinocídio” é só uma fração do malefício. É curioso que o governo do PT, com sua declarada vocação para o social, sofra uma brutal crise de labirintite ou talvez até uma bebedeira regulatória quando o assunto é uma política específica para toda a cadeia produtiva do álcool. Como se sabe, o setor é intensivo em mão de obra; isto para não falar dos dividendos ambientais e, last but not least, da maior produtividade do etanol na comparação com os demais biocombustíveis. O álcool não sofre somente por estar indexado aos baixos preços artificiais da gasolina. Ele padece de um mínimo de consideração do governo, que o vem tratando como um insumo bastardo da matriz energética. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, com seu olhar esgazeado, que remete a uma ressaca sem fim, não dá uma palavra sobre o etanol. Por sua vez, a presidente Dilma Rousseff provavelmente só se lembra da indústria de álcool e açúcar quando é o caso de contar os votos dos milhares de colhedores de cana. Nos últimos anos, as montadoras bateram recorde de produção graças a  carreata de subsídios ofertados pelo governo, notadamente por meio da redução do IPI e das pancadas tributárias nos veículos importados. No entanto, esses benefícios jamais foram vinculados a uma política de estímulo a  ampliação da frota movida a álcool. Entre 2010 e 2013, os modelos flex fuel responderam por mais de 85% dos carros vendidos no Brasil. Bem, metade desses automóveis poderia ser movida somente a etanol. Nesse mesmo período, as vendas de gasolina cresceram 40% e as de álcool caíram 20%. Não custa lembrar que, no período do Proálcool, no início da década de 80, a comercialização de automóveis a álcool chegou a ser bem superior a  de veículos a gasolina. Nessa história toda, onde foi parar o discurso de redução da dependência da importação de petróleo, justamente o maior gerador do déficit de transações correntes? Isso para não falar da preocupação com o meio ambiente, ao que parece, uma questão desmatada na lista de prioridades do governo. Seria de se esperar que o governo perseguisse uma permanente redução da relação entre os preços do álcool e da gasolina, o que, aliás, sempre foi um dos maiores apelos do biocombustível junto ao consumidor. No entanto, em fevereiro deste ano a proporção entre o custo do litro do álcool e da gasolina rompeu a barreira dos 70%. Por essas e por outras, o governo precisa decidir e explicitar de uma vez por todas se pretende ter um combustível made in Brazil. Uma indecisão prolongada será como acender um fósforo sobre toda a indústria alcooleira.


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Queiroz Galvão

27/02/2014
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Dona de 45% do capital, a Queiroz Galvão teria planos de aumentar sua participação no campo de Manati, na Bahia. O restante das ações pertence a  Petrobras e ao grupo GeoPark, que reúne investidores argentinos, chilenos e colombianos.


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Financiamento

26/02/2014
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A Estaleiros do Brasil (EBR) aportou no cais da Export Development Canada. Espera zarpar com um financiamento de US$ 200 milhões. Controlada pela Setal e pela Toyo Engineering, a EBR vai usar os recursos na construção de uma plataforma para a Petrobras.


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Gás boliviano vira a carta-trunfo de Dilma Rousseff

18/02/2014
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Em meio ao tiroteio de informações e de prognósticos alarmistas que tomou conta do setor elétrico nos últimos dias, um ponto em especial tem passado praticamente despercebido: o fator Bolívia. O Brasil nunca esteve em uma posição tão privilegiada para renegociar as condições que regem o fornecimento do gás boliviano, responsável por suprir quase a metade da demanda nacional pelo insumo. Segundo alta fonte do Ministério de Minas e Energia, Evo Morales vem tentando de todas as formas antecipar a renovação do acordo de venda e transporte do combustível pelo Gasoduto Bolívia-Brasil, que só vence em 2019. De acordo com o informante do RR, a questão foi discutida no recente encontro entre Morales e Dilma Rousseff em Cuba, por ocasião da realização da II Cúpula da Celac. O presidente boliviano, que também enfrentará as urnas em outubro, quer criar um fato político relevante capaz de estancar a perda de popularidade entre os seus. Este fato seria a extensão do atual acordo com o Brasil por mais 20 anos, garantindo, desde já, uma receita imprescindível para as contas públicas da Bolívia. A disposição do governo Dilma Rousseff é estressar as negociações, de forma a arrancar o máximo possível de vantagens, notadamente no que diz respeito a s tarifas e ao prazo do acordo. Em vez dos 20 anos previstos no acordo original, o Brasil quer esticar a corda por mais 30 anos, o que daria uma folga ainda maior para o planejamento de longo prazo da matriz energética. Em relação aos preços, de acordo com a fonte do RR, haveria espaço para uma redução de até 20% para as distribuidoras, o metro cúbico do gás boliviano custa algo em torno de R$ 0,86. As tratativas, ressalte-se, deverão ser conduzidas pela Petrobras, oficialmente a parte compradora do combustível produzido no país andino. Não custa lembrar que, na condição de Secretária de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia e de diretora de petróleo e gás da estatal, Maria das Graças Foster participou de alguns dos momentos mais críticos nas negociações entre os dois países desde a construção do gasoduto Bolívia-Brasil. Diferentemente do que ocorreu na década de 1990, quando a Bolívia deu as cartas e praticamente ditou as regras para a assinatura do contrato de venda do gás, o Brasil se encontra hoje em uma situação de flagrante superioridade. Além da esquálida situação da economia boliviana, o governo brasileiro tem a  mão outros instrumentos de pressão. Poderá alegar que a YFPB não tem conseguido aumentar a produção de gás na velocidade prevista, a ponto de colocar em risco o pleno cumprimento do acordo. Outro trunfo são as recentes descobertas de reservas de gás natural, sobretudo o Campo de Libra, que, a médio e longo prazos, deverão reduzir a dependência do Brasil em relação ao combustível boliviano.


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Blefe portenho

11/02/2014
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O empresário argentino Cristóbal Lopéz está jogando pôquer com a Petrobras. Dono da Oil Combustibles, ora diz ser candidato a  compra de parte da Petrobras Argentina (Pesa); ora, desaparece de cena. No que dependesse de Graça Foster, o carteado já teria sido encerrado. Mas bater de frente com López é comprar briga diretamente com Cristina Kirchner.


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First Reserve reencena a venda da Barra Energia

31/01/2014
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Pouco mais de seis meses após a frustrada tentativa de venda para a China National Petroleum Corporation (CNPC), a Barra Energia está de volta ao balcão. O mesmo filme, mas com um script diferente. Em vez de se desfazer do controle da petroleira, o fundo norte- americano First Reserve pretende negociar apenas uma participação minoritária. O coprotagonista da história também mudou. Agora quem está sentado do outro lado da mesa é a ConocoPhillips. O grupo já teria apresentado uma oferta para ficar com 25% da Barra Energia. A operação envolve a compra de ações tanto da própria First Reserve quanto de outro private equity norte-americano, o Riverstone, sócio minoritário da empresa. Ressalte-se que a Barra Energia segue nos trilhos, sem qualquer sobressalto em seu plano de negócios. Os US$ 800 milhões em caixa são mais do que suficientes para a empresa honrar os aportes previstos nos dois blocos de que participa, o BS-4 e o BM-S-8 – ambos ainda estão na fase de perfuração. No entanto, o fantasma da ex-OGX arrasta correntes pelo mercado. Os investidores do First Reserve fazem pressão para que o fundo venda sua participação na Barra Energia, temerosos com o risco de colocar ainda mais recursos em uma companhia pré- operacional. Principalmente porque ainda não há cálculos definitivos e precisos sobre o potencial de exploração comercial dos dois blocos localizados na Bacia de Santos – a grande aposta, e também a grande incógnita, é o poço de Carcará, no BM-S-8, operado pela Petrobras. O private equity só não deixou a Barra Energia no ano passado porque não apareceu qualquer candidato disposto a pagar os US$ 2 bilhões exigidos pelos norte-americanos. A oferta da CNPC não teria chegado sequer a US$ 1,5 bilhão. O First Reserve vislumbra no acordo com a ConocoPhillips uma porta entre- aberta para a posterior saída em definitivo do negócio. A expectativa é de que a companhia norte-americana transforme a Barra Energia em ponta de lança dos seus investimentos no Brasil e, com isso, em um segundo momento, faça uma oferta pelo restante das ações, assumindo o controle da petroleira.


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Tudo pelo caixa

30/01/2014
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Quem te viu, que tem vê, Graciosa! As mais empedernidas convicções de Maria das Graças Foster estão desmoronando diante da necessidade da Petrobras de fazer caixa. Outrora crítica ferrenha do uso compartilhado de gasodutos, Graça encomendou um levantamento detalhado da taxa de ociosidade da rede de dutos da estatal. O objetivo é vender em mercado serviços de transporte de gás para terceiros.


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Campo de Libra

17/01/2014
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Apenas três meses após o leilão do mega campo de Libra, o consórcio vencedor está prestes a passar por uma importante mudança. A CNPC teria feito uma proposta a  Petrobras para comprar mais 10% das ações. Os chineses dobrariam sua participação, chegando a 20% do capital. Já a Petrobras ficaria apenas com os 30% impostos pelas regras do pré-sal, reduzindo consideravelmente seus aportes no negócio. Procurada, a estatal negou a operação.

#Chevron


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Petrobras

9/01/2014
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A Petrobras estaria negociando com o China Development Bank um novo e substancial empréstimo ? nada, no entanto, que se compare a  operação fechada em 2009. As cifras, desta vez, ficariam em torno dos US$ 3 bilhões, menos de um terço dos US$ 10 bilhões liberados há quatro anos. Parte expressiva dos recursos deverá ser usada no financiamento das operações no mega campo de Libra


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Eletrobras faz feirão de bens em busca de um próspero Ano Novo

3/01/2014
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A Eletrobras não tem um pré-sal pela frente, mas seguirá os passos da Petrobras. A estatal vai lançar um programa de desmobilização de ativos com o objetivo de fazer caixa e honrar seus investimentos. Segundo uma alta fonte do Ministério de Minas e Energia, a proposta deverá ser analisada pelo Conselho de Administração da companhia até março. Cálculos preliminares indicam a possibilidade de captação de até R$ 10 bilhões em dois anos. A soma equivale a aproximadamente um quinto do plano de investimentos da Eletrobras para o período 2013-2017, que prevê aportes de R$ 53 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia. Oficialmente, a Eletrobras nega a desmobilização de ativos. No entanto, segundo a mesma fonte, a companhia estaria trabalhando para fechar até o fim de março a uma lista inicial dos negócios que serão colocados sobre o balcão. Em uma primeira leva, o destaque deverá ficar por conta da venda de parte das ações no consórcio Nova Energia, responsável pela construção e operação da hidrelétrica de Belo Monte. A estatal detém quase 50% do capital. A ideia é reduzir esta fatia a  metade. Trata-se de um medicamento de duplo efeito. Além dos recursos arrecadados diretamente com a venda das ações, a operação permitiria a  Eletrobras reduzir consideravelmente seu aporte no empreendimento e, desta maneira, gerar caixa para a execução de outros projetos. Do custo total da construção de Belo Monte, hoje cabe a  companhia uma fatura da ordem de R$ 15 bilhões. Ou seja: um único investimento responde por mais de um quarto do plano estratégico da empresa para o quadriênio. Na visão dos dirigentes da Eletrobras, o perfil do provável candidato a  compra das ações de Belo Monte são grandes grupos que já tenham negócios em geração na Amazônia. É o caso da Suez, controladora da usina de Jirau, e, mais recentemente, da chinesa Three Gorges, que há poucos meses entrou no capital de uma hidrelétrica no Pará e outra no Amapá. O processo de desmobilização de ativos da Eletrobras inclui ainda a venda de linhas de transmissão e de participações em usinas de médio porte. Nem mesmo projetos no segmento de energia renovável, menina dos olhos do governo, serão poupados. No entendimento dos diretores da Eletrobras, o esforço para fazer caixa poderia ser um pouco menos dramático se a empresa conseguisse tirar dos ombros o peso das seis distribuidoras estaduais federalizadas ? em 2012, o sexteto apresentou um prejuízo superior a R$ 1,3 bilhão. No entanto, este é um fardo que não para de crescer. Conforme informou o RR na edição nº 4.770, a Eletrobras estaria prestes a assumir o controle de mais duas combalidas concessionárias: a CEA, do Amapá, e a CERR, de Roraima.

Acervo RR

Feliz ano velho

3/01/2014
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É bom a francesa Tereos abrir bem os olhos. A Petrobras Biocombustíveis está decidida a não participar de nenhum aumento de capital da Açúcar Guarani em 2014. No ano passado, a estatal despejou R$ 225 milhões no caixa da companhia.


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Cerco

30/12/2013
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A espanhola Gas Natural negocia a compra da participação da Petrobras na mineira Gasmig. Os ibéricos, donos da CEG e da Gas Natural Sul, querem fechar uma espécie de Grand Slam do gás, com presença nos três maio­res estados do país.


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Petrobras

27/12/2013
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Há um ponto preto ? e não é de petróleo ? no mapa de refinarias da Petrobras. A histórica Reduc caminha para o terceiro ano seguido de prejuízos.

Acervo RR

Atlântico Sul

19/12/2013
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O Atlântico Sul, que tanto tempo demorou para entregar o primeiro dos navios encomendados pela Petrobras, quer se dedicar a terminar embarcações de terceiros. Estaria negociando um acordo com a Rio Nave, do Rio de Janeiro, para concluir a construção de um petroleiro que será entregue exatamente a  estatal. Procurados, Atlântico Sul e Rio Nave negam a operação.


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Menos gás

17/12/2013
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O Gasoduto Bolívia-Brasil entrou na lista de cortes da Petrobras. A estatal planeja reduzir a participação na TBG, responsável pelo pipeline do lado brasileiro. Permaneceria no bloco de controle, seguiria sendo a principal acionista, só que com uma fatia bem inferior aos atuais 51%. Afinal, se o gasoduto é estratégico, o présal é muito mais.


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Graça Foster celebra seu Natal em janeiro

12/12/2013
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A serenidade demonstrada por Maria das Graças Foster nos últimos dias provavelmente tem menos relação com o clima de cordialidade natalina do que supõe a vã filosofia. Graça está leve e solta porque tem guardado em seu íntimo o compromisso da própria Presidência da República de que 2014 será menos dramático para a Petrobras. Informações preciosas obtidas pelo RR indicam que o Ministério da Fazenda já tem em sua programação um aumento dos preços dos combustíveis para o mês de janeiro. O carinho, digamos assim, na realidade é praticamente um carry over do aumento pedido pela diretoria da estatal e negado pelo ministro Guido Mantega em um episódio que provocou desgastes até no âmbito da Presidência da República, mas machucou especialmente a timoneira da Petrobras. A título de recordação: na última reunião do Conselho de Administração, realizada em 29 de novembro, foi aprovada uma majoração da gasolina e do diesel de, respectivamente, 4% e 8%, quando, na véspera, os percentuais solicitados de 6% e 12% vazaram para toda a imprensa como decisões líquidas e certas. Os 2% e 4% faltantes virão no primeiro mês do ano, no bojo de uma “nova política” de correção dos preços dos combustíveis. A tal política é um modelo indevassável até para a lupa eletrônica de Eric Snowden. Há quem diga que sequer exista, respondendo mais a s necessidades de controle da inflação do que a qualquer modelo de cálculo. Mas por que janeiro, do signo de aquário, do início do calendário, teria sido o mês escolhido para o anúncio grandiloquente? Nada é a  toa. A sinalização no início do ano otimiza as expectativas e acena com um tempo de bonança para a empresa. A Petrobras está se derretendo no mercado e prosseguirá sofrendo buylling das agências de rating, notadamente devido aos nefandos valores dos combustíveis. Essa mesma entropia dos preços vem sendo apontada como o principal fator de influência nas péssimas avaliações das demais empresas de exploração de petróleo. E Guido Mantega sabe muito bem que as linhas da Petrobras se cruzam com o Risco Brasil. As agências de rating não são tolas e estão carecas de saber que, em algum momento, a política de controle artificial da inflação com base na contenção dos preços dos combustíveis ? somada a um mega orçamento de exploração de petróleo a ser cumprido ? vai bater no caixa da União, e no resultado primário das contas fiscais e na dívida líquida. Janeiro, portanto, é o “mês da vida”. O esquartejamento da correção dos preços teve motivações de toda ordem. Ajudou a empurrar o impacto do reajuste da inflação de 2013 para o ano vindouro. Acalmou os brios feridos do ministro Guido Mantega com o voluntarismo da diretoria da Petrobras em anunciar uma nova fórmula de cálculo dos preços dos combustíveis, assim como com a tentativa de imposição do percentual de reajuste de “dentro para fora”. Como tudo tem um preço, sobrou para Graça Foster o custo de um arranhão na imagem. Mas a presidente da Petrobras joga cartas com Deus. Quando diz que “é obediente”, sabe que não somente ela, mas toda a nação “petrobraliana” será recompensada, ainda que com os farelos do panetone deste Natal.


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Refinaria

9/12/2013
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A direção da Petrobras voltou a discutir a venda de participações em refinarias. A mexicana Pemex teria interesse no negócio, motivada pelos planos de entrar em distribuição de combustíveis no Brasil.


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Fora da realidade

6/12/2013
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Em que mundo vivem os ingleses da BP O grupo bateu a  porta da Petrobras oferecendo participação em suas três usinas de álcool e açúcar no Brasil. Adivinhem a resposta da estatal…


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Lágrimas de petróleo na Avenida Chile

28/11/2013
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Se o script que estava sendo ensaiado ontem no Ministério da Fazenda for seguido a  risca, Guido Mantega anunciará, hoje, o aumento do preço dos combustíveis. Mas com um detalhe: a correção somente ocorrerá em janeiro, e o percentual de majoração será um tiquinho. Mantega daria uma entrevista a  imprensa após a reunião do Conselho de Administração da Petrobras, o qual preside. Conforme o mesmo roteiro, a presidente da estatal, Maria das Graças Foster, não participaria, evitando que perguntas constrangedoras pudessem ser dirigidas simultaneamente para um e para outro. O ministro deverá descartar qualquer regra de correção dos preços que signifique uma indexação aos valores praticados no exterior e permita ao mercado antecipar futuras variações. O argumento é que a construção dessa política de preços ficará vinculada ao aumento da produção da Petrobras, o que permitirá reduzir a pressão cambial. Por enquanto, a regra são preços administrados. Mantega diz a  boca pequena que a estatal é suficientemente recompensada para aguentar mais um pouquinho o tranco – só não se saque que recompensas são essas. Se falar isso dentro da empresa, será linchado. A maior preocupação do ministro, contudo, é a pergunta sobre o grau de influência negativa que o confisco ex ante no orçamento da Petrobras e a despudorada relação entre controle da inflação e preços de combustíveis artificialmente contidos podem ter na avaliação das agências de rating. Se desse, Mantega adiava de novo a reunião.


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Mantega aperta o nó da Petrobras

6/11/2013
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Apesar do que se tem dito, o ministro Guido Mantega não pretende aprovar o reajuste dos combustíveis ainda neste ano. Segundo uma fonte da Fazenda, no que depender da sua vontade, Mantega empurrará para janeiro qualquer mexida, que, mesmo assim, deverá ser um grãozinho de areia. Mais uma vez, a Petrobras será condenada a  condição de pobre menina rica; tem muito e pouco pode. Ao contrário do seu histórico de uma república quase independente, a companhia tem perdido praticamente todos os embates – investimentos, preços, orçamento, subsídios, participação compulsória no pré-sal etc. – desde o governo Lula. O curioso é que esse cenário se acentue na gestão de Dilma Rousseff, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras e amiga e alma gêmea da já lendária Maria das Graças Foster. A executiva tornouse uma estátua de sal devido a  manipulação da empresa como um dos instrumentos de combate a  inflação. A perda mais recente da estatal foi a recusa do próprio Mantega, (anti)presidente do Conselho da companhia, em indexar os preços dos combustíveis aos praticados no exterior. O ministro não aceita qualquer regra que permita ao mercado antecipar a correção dos valores, transferindo para a Fazenda os desígnios sobre a área mais sensível da Petrobras. O nó nos preços combinado com a hipertrofia do orçamento embaralham a área de exploração, os planos de refino, enfim, os investimentos em geral da Petrobras. Tira o sono dos 85 mil empregados da companhia, a começar pela própria Graça Foster. Mantega também resiste a  ideia de uma “lei de responsabilidade fiscal do Tesouro” em relação a  estatal, o que exigiria lançar no orçamento da União os recursos rapinados da Petrobras com o congelamento de preços – uma espécie de conta-petróleo sem subsídio. O Ministério da Fazenda também não quer ouvir falar em aumento de capital da companhia, mesmo que por meio de um expediente heterodoxo, algo que levasse em consideração contabilidade criativa e/ou uso de reservas cambiais. Sobra para a estatal o eterno suspense em relação a  carestia. Seus planos dependem do resultado da inflação, que depende, no modelo perverso da Fazenda, da esterilização da companhia. Tristes dias esses da Petrobras.


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Petroquímica

4/11/2013
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Nem tudo é o que parece ser no desfecho da venda da Innova, petroquímica negociada pela Petrobras em agosto para a Videolar. Oficialmente, a Elekeiroz nega. Mas fontes próximas a  empresa garantem que a subsidiária do Itaú articula sua entrada no negócio.


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Sete Brasil perfura ainda mais o caixa dos acionistas

31/10/2013
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As sondas da Sete Brasil já estão funcionando. Pelo menos para atingir as mais profundas camadas do caixa de seus acionistas, sobretudo os ligados ao governo. De um jeito ou de outro, praticamente todo o funding necessário para a execução do plano de investimentos da companhia – leia-se a construção de 29 sondas, ao superlativo custo de US$ 25 bilhões – virá de agentes públicos. Além dos US$ 6,3 bilhões obtidos no âmbito do Fundo da Marinha Mercante (FMM) e do empréstimo de US$ 9 bilhões do BNDES, há uma negociação para que Previ, Funcef e FI-FGTS façam um novo aporte de capital na empresa. Ao lado da Petrobras, as duas fundações e o fundo administrado pela Caixa figuram entre os principais acionistas da companhia, com mais de 40%. Segundo uma fonte ligada a  Funcef, a capitalização pode chegar aos US$ 3 bilhões. Uma vez confirmada, a operação significará a diluição da participação dos acionistas privados, entre eles BTG Pactual, Santander e Global Energy Partners. O mesmo se aplica a  Petrobras, que já admitiu publicamente a intenção de reduzir sua fatia no negócio. A Sete Brasil nasceu sob a égide de ser o grande fornecedor nacional de sondas para a indústria de exploração e produção de petróleo. Este propósito, é bom que se diga, segue de pé. No entanto, mais do que uma escolha, o governo hoje se vê forçado pelas circunstâncias a usar de farta munição financeira para garantir o cumprimento do plano de negócios da companhia. Vencedor ou não, é o cavalo que conduz o jóquei. O motivo é a Petrobras. Quase toda a carteira de pedidos da Sete Brasil esta pendurada na estatal. O receio do governo é que qualquer contratempo na entrega dos equipamentos comprometa a operação da Petrobras. Tanto que existe ainda a possibilidade de o próprio BNDES entrar também no equity do negócio – ver RR edição nº 4.668. Do valor total previsto no plano de negócios da companhia, cerca de um quarto, ou aproximadamente US$ 5 bilhões, virão do caixa da Sete Brasil. Após fechar os empréstimos do BNDES e do Fundo da Marinha Mercante – e somando-se também os recursos próprios – , os acionistas da empresa avaliaram a possibilidade de buscar no mercado os outros US$ 5 bilhões que faltavam para fechar a conta de US$ 25 bilhões. No entanto, teriam recuado diante da conjuntura pouco favorável. Com o eventual aporte liderado por Previ, Funcef e FIFGTS, o valor ainda a descoberto cairia para a “ninharia” de US$ 2 bilhões, montante que deverá ser obtido junto a bancos internacionais.


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Petrobras sopra para longe seus negócios na área de gás

22/10/2013
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Em mais um capítulo de seu tour de force para fazer caixa e honrar os investimentos previstos, a Petrobras vai dar a partida em um drástico processo de desmobilização de ativos na área de distribuição de gás. Maria das Graças Foster determinou a criação de um grupo de trabalho que terá a responsabilidade de avaliar o desempenho financeiro e operacional de todas as empresas que integram a carteira de participações da estatal no setor. A direção da Petrobras pretende se basear neste levantamento para decidir quais ativos serão colocados a  venda. Graça Foster está empenhada em evitar que os interesses políticos, notadamente nos estados governados por partidos da base aliada, se sobreponham aos critérios estratégicos – por meio da Gaspetro, a companhia está no capital de mais de duas dezenas de concessionárias. A ideia é que o relatório seja submetido ao Conselho de Administração no início de 2014. Cálculos preliminares da Petrobras indicam que a venda de participações poderá gerar uma economia da ordem de R$ 3 bilhões – a cifra, ressalte-se, abrange apenas o montante que a estatal deixará de desembolsar em investimentos no setor. Há pelo menos dois anos, a direção da Petrobras discute mais amiúde a redução da presença no setor de distribuição, mas a questão sempre acabou atropelada por outras prioridades estratégicas. É bem verdade que o momento não parece ser o mais propício para a decisão. Diante das condições hostis do mercado, os ativos estão subapreciados. No entanto, a situação financeira da Petrobras, cada vez mais apertada, falou mais alto. Segundo informações obtidas junto a  própria estatal, o comando da empresa trabalha com a perspectiva de deixar o capital de oito a dez concessionárias. De antemão, pode se dizer que há algumas participações “imexíveis”. Seriam os casos da Gas Brasiliano, de São Paulo, e da CEG, no Rio de Janeiro, encravadas nos dois maiores mercados consumidores do país e, consequentemente, negócios rentáveis para a companhia. É pouco provável também que a Petrobras se desfaça de suas participações nas distribuidoras da Região Norte, só que desta vez por outro critério. A estatal tem um papel fundamental no abastecimento de gás nestas regiões, e o governo teme que sua saída do negócio cause desequilíbrios na oferta do insumo.

Acervo RR

Pré-sal

22/10/2013
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Estava escrito, não nas estrelas, mas na edição de 14 de junho do Relatório Reservado que o governo iria alterar o modelo de exploração do pré-sal após o leilão do Campo de Libra. Na ocasião, o RR mencionou a pressão dos próprios investidores por mudanças: “As regras da partilha, a obrigatoriedade da Petrobras entrar em 30% de qualquer projeto exploratório e a criação da Pré-Sal Petróleo S/A provocam urticárias no capital estrangeiro”.


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Petrobras

14/10/2013
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Maria das Graças Foster quer porque quer licitar a construção das refinarias Premium I e II até abril de 2014. No entanto, os próprios executivos da Petrobras consideram o prazo inexequível. Na melhor das hipóteses, a segunda licitação só sairia em julho.


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Spy vs. Spy

2/10/2013
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Deu no New York Times: a operação de espionagem da Petrobras foi montada pelo marqueteiro da presidente Dilma Rousseff, João Santana, com os arapongas da NSA. O presidente Barack Obama receberá no segundo mandato uma comenda por serviços prestados ao governo do PT. Talvez Lula diga: “Ele é o cara!” Como dizia Luigi Pirandello, assim é se lhe parece.


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Diversificar é a palavra de ordem na Gas Natural

25/09/2013
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A Gas Natural Fenosa vai ficar mais parecida consigo mesma. O grupo espanhol decidiu verticalizar suas operações no Brasil, seguindo o figurino estratégico que veste na Europa. O processo de diversificação vai começar pela área de geração de energia. Os ibéricos pretendem construir duas termelétricas a gás, uma no Amazonas e outra na Região Nordeste. Para não depender do fornecimento do combustível da Petrobras, a Gas Fenosa planeja integrar as duas usinas a plantas de regaseificação de GNL. Desta forma, os espanhóis terão maior flexibilidade para abastecer as térmicas, se necessário apelando até para a importação de GNL. Cada uma das usinas deverá ter capacidade instalada da ordem de 250 MW. A expectativa dos espanhóis é que elas entrem em operação dentro de dois anos. O custo de construção das térmicas e de suas respectivas plantas de regaseificação de GNL está orçado em R$ 2 bilhões. Hoje, a atuação do grupo espanhol no Brasil está restrita a  distribuição de gás, por meio das participações na CEG, CEG Rio e Gas Natural Sul, de São Paulo. Além da geração de energia, a empresa quer investir também no transporte de gás, participando de projetos de gasodutos.


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Desa

23/09/2013
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A Desa vai desembolsar cerca de R$ 100 milhões para montar um colar de participações em Pequenas Centrais Hidrelétricas. A meta é audaciosa: em até três anos, ser o maior investidor privado em PCHs do país, ficando atrás somente da Petrobras. Em tempo: a Desa, não custa lembrar, foi a única a conseguir vender energia de uma PCH do Sudeste no último leilão da Aneel.


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Sísifo

19/09/2013
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A Petrobras negocia com a National Oil Corporation a venda de parte de suas ações em blocos de exploração na Líbia. Desmobilização é a palavra de ordem na estatal. Mas, de grão em grão, é que não se recupera a defasagem nos preços dos combustíveis.


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Petrobras encontra um “pai” para os prejuízos da OCP

17/09/2013
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O ex-presidente da Transpetro, Mauro Campos, deverá pagar com juros e correção monetária o prejuízo que muitos na Petrobras insistem em debitar na sua conta. As perdas em questão se referem a  participação de 12% na Oleoducto de Crudos Pesados (OCP), adquirida no fim dos anos 90 – quando o executivo, pela força do cargo, tinha grande influência em decisões relacionadas ao transporte por dutos tanto no país quanto no exterior. Mais de uma década depois, existe uma crescente oposição ao ex-comandante da Transpetro e agora empresário do setor naval. O estaleiro Rio Nave, controlado por Campos, depende visceralmente da Petrobras: tem em carteira 12 encomendas da estatal. Portanto, o que Campos menos desejaria neste momento é qualquer ruído no relacionamento com a Petrobras. Vai ser difícil. Quem está a  frente do caso OCP é o diretor corporativo e de serviços da estatal, José Eduardo Dutra. Mauro Campos sabe melhor do que ninguém o tamanho do problema que isso representa. No curto período de sete meses em que conviveram na estatal – Dutra chegando a  presidência da holding e Campos de saída da Transpetro -, ambos tiveram sérias divergências. Na ocasião, o hoje diretor da companhia fez pesadas críticas ao investimento na OCP e tentou, inclusive, se desfazer do negócio. O recrudescimento do caso surge exatamente no momento em que Mauro Campos, por meio de um fundo de investimentos, amealhou cerca de R$ 500 milhões para financiar a construção de navios encomendados pela estatal. Coincidência ou não, a Petrobras teria postergado a decisão de retomar a montagem de cinco embarcações contratadas junto a  Rio Nave – o pedido foi suspenso em maio deste ano (ver RR edição nº 4.614). A diretoria da estatal discute a possibilidade de lançar ainda no balanço deste ano as perdas contábeis referentes ao investimento na OCP. Segundo informações filtradas junto a  companhia, uma auditoria interna concluída recentemente aponta um prejuízo da ordem de US$ 300 milhões. Procurado pelo RR, Mauro Campos afirmou que jamais participou da elaboração do modelo de negócios e da criação da OCP “na qualidade de presidente da Transpetro ou como empresário” após sua saída da companhia. O empresário disse ainda que, durante sua gestão, a estatal tinha como missão operar o sistema dutoviário apenas no território nacional.


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Bicombustíveis

12/09/2013
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Segundo informações filtradas da própria Petrobras, sua operação de biocombustíveis deverá fechar o ano com perdas em torno de R$ 300 milhões. Se confirmado, o número representará um acréscimo de 40% em relação ao prejuízo registrado em 2012.


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Refinaria

10/09/2013
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Três meses após a assinatura da carta de intenções entre a Petrobras e a Sinopec para a construção da refinaria Premium I, no Maranhão, os chineses não definem o principal: quanto estão efetivamente dispostos a investir no empreendimento. O grau de dispersão dos asiáticos varia de 30% a 50% do valor do projeto. Em tempo: o custo já estaria na casa dos US$ 25 bilhões. Procurada, a Petrobras não quis se manifestar.


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Ometto conta com Alckmin para capturar o gás de São Paulo

6/09/2013
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O governador Geraldo Alckmin teria iniciado tratativas com a Assembleia Legislativa com o objetivo de desatar as amarras legais que impedem o redesenho do mapa da distribuição de gás no estado, leia-se operações de fusão e aquisição entre as três concessionárias locais – Comgás, Gas Brasiliano e Gas NaturalSul. Na Alesp, a possível mudança já recebeu o jocoso epíteto de “Emenda Binho”, em referência a  forma como o empresário Rubens Ometto é chamado pelos mais próximos. De fato, o terno parece ser feito sob medida para o dono da Cosan. Olhando-se para as peças do tabuleiro, Ometto seria, potencialmente, o maior beneficiado pela “alforria societária”. Nenhum outro investidor do setor tem demonstrado tanto apetite quanto ele. O empresário comprou recentemente o controle da Comgás e já sinalizou o interesse em avançar sobre a Gas Natural Sul, controlada pelo grupo espanhol Gas Natural Fenosa. Procurado, o governo paulista negou a mudança nas regras. No entanto, segundo fontes do próprio Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin considera anacrônicas as regras que limitam participações cruzadas no setor – elas datam da privatização da Comgás, em 1999. Na avaliação de Alckmin, o aumento dos investimentos em distribuição no estado passaria obrigatoriamente pela quebra das algemas societárias, o que permitiria a captura de sinergias e ganhos de escala. Há uma pressão dos próprios acionistas das três distribuidoras pela mudança no arcabouço legal. Quanto mais o tempo passa, maior a aflição do governo paulista. a€ exceção da Comgás, vitaminada pela chegada da Cosan, a situação das outras duas concessionárias é preocupante. Premida pela crise em seu país de origem, a Gas Natural tem adotado uma postura cautelosa. Neste ano, deverá investir cerca de R$ 150 milhões na concessionária paulista, número considerado insuficiente pelo governo do estado para fazer frente a  expansão da oferta de gás nos 15 municípios atendidos pela companhia. No caso da Gas Brasiliano, o cenário é ainda mais preocupante. A venda de uma importante fatia da participação da Petrobras para a Cemig, equivalente a 40% do capital total, empacou – a operação está vinculada a  construção de um gasoduto entre Ribeirão Preto e Uberaba. Sem a chegada da estatal mineira, é pouco provável que a Gas Brasiliano mantenha seu plano de investimentos, em razão das restrições orçamentárias da Petrobras.


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Mantega é o beque de roça da economia brasileira

30/08/2013
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Guido Mantega já não esconde de ninguém que vai desafinar ainda mais o coro dos descontentes. Voltam em escala hiperbolizada as chamadas medidas macroprudenciais, dessa vez focadas no calendário eleitoral que se aproxima a galope de cavalo árabe. Para conter as importações, segurando o déficit de transações correntes e amainando a fúria do câmbio, Mantega já prometeu apor sua mão pesada sobre as tarifas e, com a outra manopla, dar um tapa em operações mais rústicas, tais como a estratégia de liberação a conta-gotas das guias de importação. A contenção das vendas externas seria feita por seleção, ou seja, aqueles setores que precisam desesperadamente das importações como fator de produtividade e competição teriam prioridade. Ressalte-se que a economia ficará toda dividida, disforme como um “pé de galinha redistributivo”. Por esse modelo “prudencial”, alguns terão vantagens sobre outros, com os favorecimentos, é claro, decididos pela burocracia da Fazenda. No segmento de hedge financeiro, o governo gastou um cartucho de bala calibre 12, surpreendendo com farta munição, leia-se as operações de swap diárias com valores expressivos até para a ganância do mercado. Com a medida, poupa o uso das reservas cambiais no chamado dólar pronto ou a  vista. Um detalhe quanto a s reservas: em um ambiente de frenesi, qualquer redução, ainda que não expressiva, do estoque de divisas cambiais, pode ser interpretado como fragilidade ou mesmo ataque especulativo. Com o luxuoso apoio dos analistas que praticam o terrorismo de mercado, um punhado de dólares pode ser o que falta para transbordar o humor das agências de rating. Mantega morre de medo de que as reservas caiam. O desafio do governo é babilônico. Ele tem de elevar as taxa básica de juros, pois a inflação é o maior inimigo do calendário eleitoral de 2014, sem contaminar a atividade econômica. Ao mesmo tempo, precisa acertar a sintonia para que a alta dos juros permita estimular os mecanismos de arbitragem entre as taxas externas e internas, capazes de aumentar o fluxo de hot money e segurar o câmbio. Tudo isso sem contar com a contribuição do fiscal – aliás, já se dá como perdida a possibilidade de qualquer recuo dos gastos governamentais neste ano e, principalmente, em 2014. O Tesouro Nacional é a pedra de toque da salvação da economia de curto prazo e combustível para eleição de Dilma Rousseff. Segundo Mantega, a dívida bruta ainda aguenta subir um degrau, isto porque o governo dá como certa a permissão do FMI para a mudança no critério de contabilidade do débito. Do Tesouro, via aumento de capital da Petrobras, poderia vir o gás para compensar o atraso no aumento dos combustíveis. Também do Tesouro viria mais um repasse de verbas injetadas no BNDES – Luciano Coutinho já disse que aguarda a complementação orçamentária. Guido vai usar todo o seu arsenal de heterodoxias, e seus adversários que morram de raiva. Com essas medidas, ele catapulta um eventual retorno ao tripé da sustentabilidade – câmbio livre, cumprimento do superávit primário e meta da inflação – para depois das eleições. Mas o momento é de retranca, canelada e bola para o mato, que o jogo é de campeonato.


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Glycon e Mario Pinto choram pela Petrobras

28/08/2013
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Sexta outonal, a s 11h, na Escola de Minas de Ouro Preto, os ectoplasmas de preletores notórios aguardam a cerimônia de aniversário do célebre educandário, criado em 1876. Proseiam próximos a uma janela de madeira secular o ex-diretor do Departamento Nacional da Produção Mineral Glycon de Paiva e o fundador da lendária Consultec, Mario da Silva Pinto, ambos críticos da Petrobras. Os dois geólogos foram alunos da Escola de Ouro Preto e se notabilizaram como conspiradores de boa cepa. Agora, a massa vaporosa de suas almas se mostra preocupada com a estatal. – Caríssimo, o comissariado da República da Petrobras discute, a sete chaves, a necessidade de mais um aumento de capital, ainda neste ano, com o valor ainda dependendo do aumento do preço do combustível, diz Mario da Silva Pinto. – Ué, a Petrobras não foi capitalizada em US$ 120 bilhões e ainda outro dia não recebeu R$ 12 bilhões do BNDES? Incrível! – exclama Glycon. – O curioso é que a companhia diz ter um caixa da ordem de US$ 30 bilhões e garante que sustenta os recursos para seus dispêndios deste ano. Só que nessa megacapitalização que você bem lembrou a empresa também dizia ter um caixa firme. O atual foi construído com o atraso dos projetos e uma política genocida em relação aos fornecedores. Eu desafio a que me digam um projeto da Petrobras que não esteja atrasado. Há mais de 800 contratos de fornecedores com as suas faturas na geladeira, diz Mario Pinto. Ele acrescenta: – Os preços dos combustíveis têm de refletir os preços de mercado. Sem o amortecedor da conta petróleo, que também era um monstrengo, a empresa quebra. Aliás, não quebra, porque é uma República dentro de uma República. Glycon fulaniza o cerne da questão: – E Maria das Graças? Ela não tinha a força? No último trimestre do ano passado, disse que o preço da gasolina seria corrigido até dezembro. Não foi. Agora insiste que será também até dezembro. Só que em setembro de 2012 o dólar estava em R$ 2,03. Nesse intervalo de tempo, saltou para a casa dos R$ 2,40. – Graça é um grão de competência e determinação no présal de problemas da Petrobras. A Dilma gosta dela, mas fica nisso. Superestimaram a moça, afirma Mario Pinto. – Há também o programa de desmobilização de ativos. A estatal quer alcançar US$ 11 bilhões. Eu pago para ver. E o prejuízo projetado com a importação de petróleo é superior a R$ 10 bilhões. Isso com um reajuste de 6% da gasolina. A queda da produção pode ficar entre 7% e 9% neste ano. A Petrobras Biocombustível está se desmilinguindo. E ainda tem a legislação embriagada do présal, com os 30% de participação compulsória nos consórcios de exploração, rebate Glycon. O espírito presente de Glycon de Paiva sintetiza: – Trata-se de uma derivada com as variáveis algébricas do poema “Hino Nacional”, de Drummond de Andrade, ou seja, o Brasil não existe, não existem os brasileiros. Existirá a Petrobras? Obs. Qualquer semelhança com a realidade é coincidência proposital ou apuração jornalística.


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Sete Brasil

15/08/2013
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A vida anda difícil para a Sete Brasil, que atua na construção e afretamento de sondas para exploração de petróleo. Não bastasse o risco de redução dos aportes da Petrobras, sua maior acionista – ver RR edição nº 4.668 -, a Funcef estaria preparando seu desembarque do negócio. Já teria, inclusive, oferecido sua participação a  Previ.


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Petrobras

14/08/2013
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O enxugamento da área internacional da Petrobras parece não ter fim. Maria das Graças Foster estaria preparando novos cortes, com a extinção de gerências tanto na matriz quanto em escritórios no exterior, A medida começaria por Argentina, Chile e Colômbia.


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Casco enferrujado

13/08/2013
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A Estaleiros do Brasil, sociedade entre a Setal a“leo e Gás e a japonesa Toyo, está refazendo as contas da instalação da unidade de São José do Norte (RS). A projeção inicial, de R$ 500 milhões, já foi ultrapassada de longe. No mundo perfeito, a empresa sentaria com a Petrobras e tentaria algum ajuste no contrato de construção de módulos para a plataforma P-47. Consultado, o estaleiro não retornou.


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Ressurreição

7/08/2013
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O ex-presidente da Petrobras Henri Philippe Reichstul, que anda bastante sumido desde sua passagem pouco memorável pelo setor sucroalcooleiro, foi sondado para assumir o comando da norueguesa Statoil no Brasil.


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Aneel cola nos calcanhares da Petrobras

7/08/2013
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Há uma crescente polêmica em torno do próximo leilão de energia térmica da Aneel, previsto para ocorrer até dezembro. A questão gira em torno da participação da Petrobras. O cerco contra a estatal está se fechando. A Aneel estuda a possibilidade de impor restrições a  atuação da companhia na licitação. Atenderia, assim, a  reivindicação de grandes grupos do setor elétrico, que querem tirar um dos dois chapéus com os quais a companhia costuma desfilar nos leilões. A Petrobras participa tanto na condição de compradora e vendedora de gás, como os demais players, e de única fornecedora do insumo. Consultada, a Aneel não se pronunciou. A Petrobras tem a prerrogativa de arbitrar os valores do gás nas duas pontas dentro da faixa que mais lhe convém. A rigor, sempre foi assim. No entanto, a realidade mudou. As empresas de energia alegam que, com as novas regras tarifárias e os prejuízos que se espalharam pelo setor, não dá mais para suportar os conflitos e distorções de preço decorrentes do duplo papel da Petrobras


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Emissão de bônus

5/08/2013
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Depois do Banco do Brasil, agora é a Petrobras que estaria preparando uma emissão de títulos no exterior.


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Praxair e Petrobras caminham para o divórcio

2/08/2013
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A parceria entre Praxair e Petrobras tem futuro? Os próprios norte-americanos receiam já saber a resposta. A associação entre as duas companhias na Gás- Local, maior distribuidora de Gás Natural Liquefeito (GNL) do Brasil, parece caminhar lentamente para a morte, como os elefantes. Dentro da White Martins, o braço brasileiro da Praxair, já se discute a possibilidade de uma ruptura e da compra da metade da joint venture pertencente a  estatal. Os norte-americanos estão cada vez mais irritados com a postura da Petrobras, que teria reduzido seus aportes na GásLocal em razão de suas notórias restrições orçamentárias. Ressalte-se que as cifras sobre a mesa não chegam a ser nenhuma fortuna, mas o próprio plano de investimentos da distribuidora é hoje uma peça pela metade. Do valor total de R$ 150 milhões, só estaria garantido o desembolso da parte da Praxair. Consultada pelo RR, a GásLocal declarou “não ter informação a esse respeito.” Para os norte-americanos, parece cada vez mais claro que, até por força das circunstâncias, a GásLocal deixou de ser um negócio estratégico para a estatal. Na Praxair, há quem diga que a Petrobras está agindo com o deliberado objetivo de criar uma situação extrema e forçar a venda de sua participação na GásLocal. A conjuntura do mercado de GNL tem contribuído para colocar mais lenha na fogueira e acirrar as animosidades entre os dois sócios, empurrando- os na direção do rompimento definitivo. A Raízen, sociedade entre a Cosan e a Shell, já anunciou que pretende entrar no setor em 2014. Multinacionais também flertam com o segmento. A chegada de outros grupos vai tirar a GásLocal da sua atual zona de conforto, exigindo, desde já, um esforço da empresa para se ajustar a esse novo cenário. Por isso mesmo, a Praxair tem pressa em acelerar o projeto de ampliação da base de Paulínia, além de outros investimentos secundários, como aumento da frota.


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Bloco na rua

1/08/2013
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A indiana ONGC teria oferecido aos demais sócios do bloco BC-10, na Bacia de Campos, sua participação de 15% no negócio. A Petrobras, que detém 35%, já tirou o corpo fora. Sobra, então, a Shell, dona de 50% do consórcio e operadora do bloco. Procurada, a ONGC não retornou.


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Bandeira branca

25/07/2013
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A italiana Mossi & Ghisolfi (M&G), dona de uma fábrica de resinas PET em Pernambuco, deve ter alguma pesquisa do ibope que mais ninguém viu. De uma hora para outra, o grupo parou de peitar o governador Eduardo Campos. A M&G vinha ameaçando fechar a planta industrial por não ter conseguido renovar um pacote de benefícios fiscais que expirou recentemente. Os italianos até acertaram com a Petrobras um novo novo contrato para a compra de PTA, matéria-prima da produção das resinas.


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Sete Brasil procura novas plataformas financeiras

19/07/2013
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Menos de um ano após um aporte de R$ 5,5 bilhões, os acionistas da Sete Brasil estão de volta a  mesa de negociações pelo mesmo motivo. Os investidores – leiase Petrobras e uma miríade de fundos de pensão e de bancos – têm discutido alternativas para mais uma rodada de capitalização da fabricante de sondas. A empresa precisaria de uma nova injeção da ordem de R$ 1 bilhão. Este seria o valor necessário para a Sete Brasil cumprir a primeira leva de contratos de construção e afretamento de sondas. Desta vez, no entanto, a situação é um pouco mais complexa. Maior acionista individual da empresa, com 10%, a Petrobras convive com crescentes restrições orçamentárias e tem segurado ao máximo qualquer desembolso não contemplado em seu plano de negócios. A própria estatal já teria sinalizado aos demais acionistas da Sete Brasil certa resistência a  ideia de uma nova chamada de capital. Segundo uma fonte que acompanha as negociações, os acionistas da Sete Brasil trabalham com um plano B, de BNDES. A venda de parte das ações para o banco de fomento seria a alternativa para o caso de o novo aporte de capital não seguir adiante. Ainda assim, Previ, Petros, Funcef, BTG Pactual eSantander, entre outros acionistas da Sete Brasil, consideram pouco provável que a Petrobras vire as costas para a operação. A percepção é que, na hora H, a estatal vai acompanhar a capitalização, mesmo que a contragosto. Difícil imaginar que a petroleira se deixe diluir na sociedade. A Petrobras está no negócio como uma sentinela dos seus próprios interesses. Ela tem de estar dentro da fabricante de sondas para controlar as entregas de suas encomendas. Até porque a Sete Brasil foi criada praticamente como um braço de supply chain da estatal. Só de sondas, são 28 encomendas. Consultada, a Sete Brasil informou que tem equity próprio para cumprir os contratos. Sobre a capitalização, declarou que não comentaria. Com apenas dois anos de existência, a Sete Brasil já é a maior fabricante de sondas em águas ultraprofundas do mundo, graças aos pedidos da Petrobras. Mesmo assim, o cenário nem de longe é róseo. Além de sofrer com os efeitos colaterais resultantes das cãibras financeiras da estatal, a empresa teve de engavetar os planos de IPO, por conta da estiagem nos mercados internacionais.


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Petrobras

16/07/2013
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Em tempos de avançadíssima contabilidade criativa, a Petrobras bem que poderia capitalizar os gastos com publicidade em marcas, lançando-os no balanço como investimento, e diferindo o acerto de contas em um prazo delta X. Será que isso pode? Aliás, não seria mal criar-se uma disciplina obrigatória nas escolas de primeiro e segundo grau: educação contábil e cívica (sem criatividade).


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Petrobras protege acionista com a “contabilidade do chuchu”

15/07/2013
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Há quem diga que baixou o espectro de Arno Augustin na Petrobras. Há quem afirme que é sua influência direta. O fato é que a medida contábil adotada pela estatal para proteger o lucro dos acionistas do impacto da desvalorização cambial é alma gêmea das trucagens que o Tesouro Nacional vem fazendo para o cumprimento da meta de superávit primário. Ela tem pinta de esquisitice, mas é prevista nas normas contábeis da empresa e tecnicamente avalizada por contadores de estirpe. Em termos de estranheza, um paralelo próximo seria a teoria do domínio do fato, usada durante o julgamento do mensalão. O argumento era válido, mas, até então, estava guardado no fundo do armário. Ressaltese ainda que o expediente deixa tranquilos os acionistas da Petrobras, notadamente a União, quem mais ganha com a engenhoca contábil. A contabilidade criativa que a Petrobras incorporou ao seu balanço praticamente sanciona as expectativas de uma apreciação mais agressiva do dólar. Ou seja: a companhia é uma insider information a céu aberto. A medida também abre uma precedência para que demais empresas com perfil tradable, e a Vale é o melhor exemplo, venham a adotar o mesmo expediente. É curioso o arbítrio do prazo para a contabilização futura do lastro em exportações que deverá garantir a eventual perda cambial presente. A Petrobras fechou questão em sete anos, possivelmente inspirada no poema de Camões, que assim dizia: Sete anos de pastor Jacob servia / Labão, pai de Raquel, serrana bela / Mas não servia ao pai, servia a ela / E a ela só por prémio pretendia. Poderiam ser 14 anos se outro poeta fosse. A adoção da categoria dos recebíveis como compensação para o diferimento de impactos ?acidentais? sobre o lucro surge como uma espécie de samba lelê da contabilidade empresarial. Empurrar o efeito da desvalorização para a frente é um artifício que camufla a realidade. Bem, vá lá que o câmbio não esteja enquadrado no conceito clássico de “acidentalidade”. Em épocas passadas, menos criativas, é bem verdade, a estatal seguiria a bula, ou seja, faria operações de hedge, mais caras, porém cristalinas a olhos nus. A prática adotada pela Petrobras lembra um pouco os expurgos adotados no cálculo da inflação devido a s acidentalidades arbitradas conforme as circunstâncias. Por exemplo: um choque climático. Poderia muito bem ser alcunhada de “a contabilidade do chuchu” em memória a  subtração da alta do preço do hortigranjeiro do cálculo do índice inflacionário nos idos dos anos 70. Mas imaginem se a medida fosse ao contrário. E para efeito da realização de investimentos, a Petrobras retivesse toda a transferência de lucro ao acionista, dando como garantia de pagamento as vendas externas do porvir. A hipótese não cola porque a caraminhola tem mão única. Vale ficar atento ao fenômeno da multiplicação da contabilidade criativa, que, inspirada nas práticas do Tesouro, parece ter se tornado uma coqueluche nacional.


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Viva voz

11/07/2013
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Alguém tem lido, assistido ou ouvido declarações dos diretores da Petrobras ou das subsidiárias do grupo? Pois é… Graça, deixa a turma falar um pouquinho.


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Chá de sumiço

9/07/2013
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Ao contrário da PDVSA de Hugo Chávez, a PDVSA de Nicolás Maduro sequer mantém as aparências. Além de mandar a s favas a refinaria Abreu Lima, suspendeu as conversas com a própria Petrobras para investimentos no pré-sal.


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Ninguém paga ninguém no mercado livre de energia

3/07/2013
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O Brasil corre o risco de sofrer um apagão no setor de energia, mas agora por falta de dinheiro. As empresas vêm dando calotes umas nas outras, provocando um efeito de corrente que, na maioria esmagadora dos casos, tem terminado na Justiça. As distribuidoras não pagam a s geradoras, que, por sua vez, não pagam a  Petrobras, resultando em um prejuízo no mercado livre da ordem de R$ 1 bilhão por mês. O embrião da serpente elétrica foi a decisão do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) de despachar energia de térmicas, inclusive as que estavam totalmente inoperantes, como a de Uruguaiana, devido ao verão sem chuvas. Para pagar a conta da energia mais cara, o governo federal soltou uma resolução que obriga as distribuidoras a arcarem com 50% desse custo. A outra metade fica sob responsabilidade das geradoras, que estão tentando repassar a despesa extra para os consumidores livres, não beneficiados pela redução do custo da energia. Como era de se esperar, o assunto está sendo levado para a Justiça, inclusive por recomendação da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCE). Mais de 80% das geradoras e das distribuidoras, inclusive estatais, estão questionando juridicamente a obrigação de arcar com o custo não previsto da geração térmica, já que houve alteração no modelo de repasse, o que caracterizaria uma mudança unilateral de contratos e regras em vigor. A decisão do governo federal de reduzir o valor da tarifa de energia em 20%, na média, completou o quadro assustador. A medida se baseou em um cálculo de redução de custo que não contemplou os custos operacionais e os serviços da dívida das geradoras e transmissoras de energia elétrica. A contabilidade torta apenas retirou do cálculo da tarifa das concessões renovadas a depreciação dos ativos. Este modelo gerou um impacto direto e fulminante sobre o fluxo de caixa dessas empresas, numa estimativa conservadora reduzindo, em média, em 60% a receita de cada uma delas. O mais paradoxal é que o prejuízo será pago tanto no ambiente regulado quanto no livre por estatais. No caso das despesas referentes ao uso de energia térmica, o resultado é que a CCE não está contabilizando desde janeiro desse ano os contratos de compra e venda de energia no mercado livre. Está tudo parado. As distribuidoras não pagam as geradoras e essas, por sua vez, não honram o fornecimento de diesel pela Petrobras. É como se Bernard Madoff e seu mortífero sistema de pirâmide tivessem acampado na área de energia, deixando semiquebradas as empresas do setor. A conta já está batendo na casa de R$ 8 bilhões no período e ninguém sabe quem vai pagar a fatura. O governo federal tenta a todo custo impedir que esse custo seja repassado ao consumidor final. Seu maior receio é que a Justiça obrigue a Aneel a autorizar esse repasse, o que anularia completamente a redução média de 20% na tarifa de energia elétrica, com chance até de haver aumento dos preços dessa tarifa. Nunca se viu uma tamanha baderna no setor de energia, neste caso sem manifestantes ou vândalos, mas somente com burocratas do Estado. Dilma Rousseff corre o risco de virar a madrasta do movimento dos “sem-energia”.


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Copel muda seu figurino Á  espera do inverno financeiro

1/07/2013
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O BNDES deverá provocar uma descarga elétrica na Copel. O banco teria sinalizado o interesse de se desfazer de sua participação na distribuidora de energia, o que, uma vez confirmado, causará uma reviravolta nos planos do governo do Paraná para a empresa. Neste caso, sairia de cena a pretensão de criar uma “Cemig do B”, com múltiplos negócios em diversos segmentos e ramificações em outros estados, e entraria em seu lugar uma Copel mais singela, focada em seu core business original. Sem o BNDES ao seu lado, a companhia dificilmente escapará de uma revisão em seus planos de expansão e de um corte dos investimentos previstos para as áreas de geração e transmissão. A tendência é que todo o fôlego financeiro fique concentrado no segmento de distribuição. A guinada não pararia por aí. Segundo uma alta fonte do governo do Paraná, a companhia deverá alienar ativos alheios ao setor de energia, que, ao longo do tempo, foram sendo empilhados sobre seus ombros por diferentes governos. Entrariam neste pacote suas participações na Sanepar, Compagas e Sercomtel. Procurada, a Copel disse desconhecer o interesse do BNDES em vender sua parte no capital. A empresa negou mudanças em seu plano de negócios. O banco de fomento, por sua vez, não quis se pronunciar. A fonte do RR crava que a Copel poderá arrecadar mais de R$ 2 bilhões com a venda de suas participações nas três estatais. Essa é a parte boa da história. A ruim é que os próprios dirigentes da Copel receiam que dificilmente a empresa conseguirá se desfazer destas ações no timing necessário. Sanepar e Compagas não estão em seus melhores dias. A concessionária de saneamento faz contorcionismos para cumprir a ampliação da rede de distribuição no estado. Ao mesmo tempo, tem sido obrigada por prefeituras a engolir contratos em condições menos vantajosas para não perder a concessão em diversos municípios. No caso da Compagas, a situação é ainda mais preocupante. A empresa está com o pires na mão. Dia sim, outro também tenta convencer a Petrobras a ampliar a oferta de gás no estado a preços de ocasião, uma forma de reduzir seus altos custos com o insumo. Já a Sercomtel, nem se fala. Não é fácil encontrar um investidor disposto a colocar os pés em uma empresa de telefonia restrita a Londrina e adjacências. O que resta ao governo do Paraná? Ao menos no caso da Compagas e da Sanepar, talvez colocar a conta no colo do próprio estado. Caberia ao acionista controlador das duas estatais comprar as ações nas mãos da Copel, o que funcionaria como uma capitalização enviesada da empresa de energia. Bizarro!


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Conta petróleo

1/07/2013
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Se ainda havia alguma dúvida em relação a  participação ou não da PDVSA na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, o orçamento da Petrobras parece encerrar o assunto. A estatal teria lançado em suas contas 100% dos custos de implantação do projeto. São quase US$ 18 bilhões. Procurada, a estatal informou que as obras da Abreu Lima “estão sendo realizadas de acordo com seu plano de negócios”.


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Sete Brasil

25/06/2013
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Após garantir cerca de R$ 2,5 bilhões da Caixa Econômica Federal, via Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, a Sete Brasil estaria acampada no BNDES. Espera sair de lá com uma espessa camada de recursos, capaz de garantir a execução de seus principais projetos. A empresa está montando mais de 30 sondas para exploração e produção de petróleo, quase todas encomendadas pela Petrobras.


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Petrobras

21/06/2013
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Maria das Graças Foster vai comemorar a queda da obrigatoriedade da Petrobras de participar com, no mínimo, 30% de todos os projetos de exploração do pré-sal com um sonoro palavrão, daqueles bem cabeludos que só ela sabe berrar de forma graciosa. A diretoria da BR é toda testemunha e o RR teve oportunidade de ouvir de perto. Vai, Graça, solta um daqueles que essa luta também foi tua!


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Regras do pré-sal só duram enquanto Dilma for “ministra”

14/06/2013
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A ANP recebeu os dados de uma sondagem mostrando o interesse menor de empresas norte-americanas em participar do leilão do campo de Libra, nova estrela do pré-sal, com reservas que podem chegar a 42 bilhões de barris de petróleo. A maior demonstração de apetite pelo negócio veio de investidores chineses. O cacife é alto. Só para participar do leilão, o candidato terá de comprovar a disponibilidade de, no mínimo, R$ 10 bilhões. Se ganhar a licitação, o chequezão será descontado, como pagamento do bônus de assinatura. As novas leis rigorosas dos Estados Unidos, que enxergam práticas inidôneas em qualquer respiro dado pelos investidores, estão colaborando para afastar as empresas norte-americanas. O outro complicador é o ambiente regulatório nebuloso. Fonte da ANP acha que a atual modelagem não atrapalhará o leilão de outubro, mas teme pelos próximos, quando serão diversos campos licitados. As regras da partilha, a obrigatoriedade da Petrobras entrar em 30% de qualquer projeto exploratório e a criação da Pré-Sal Petróleo S/A provocam urticárias no capital estrangeiro. A Fazenda está ciente disso, o Ministério de Minas e Energia, também. Idem para o ex-ministro Delfim Netto, hoje o principal conselheiro do governo. E mais ainda: o mesmo se aplica ao ex-presidente Lula. Os leilões do pré-sal se tornaram uma questão macroeconômica, fundamental para arrumar o câmbio, os juros e os preços. E por que, então, as regras não mudam? Porque a presidenta Dilma Rousseff ainda não se demitiu do cargo de sua própria ministra da Fazenda. Mas falta pouco. A própria Dilma já acha que, para permanecer na presidência, tem de deixar de ser ministra

Acervo RR

Halliburton

11/06/2013
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A Halliburton está se valendo de suas costas quentes. O aparato de Estado norte-americano tem feito forte lobby junto ao governo brasileiro e, por extensão, a  Petrobras com o objetivo de garantir para a empresa contratos de venda de equipamentos e serviços. A Halliburton tenta compensar no Brasil as perdas de receita que vem amargando no México, com a decisão da Pemex de adiar uma série de investimentos em exploração e produção. Como se a Petrobras vivesse dias muito melhores…


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A grana acabou

4/06/2013
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Ao menos por ora, as operações da Petrobras na Argentina permanecerão onde estão. Por isso mesmo, Maria das Graças Foster acha que está mais do que na hora de a estatal vender uma leva de ativos na Colômbia, a começar pela rede de 90 postos de combustíveis. Consultada, a Petrobras não se pronunciou.


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A refinaria de papel da Petrobras

3/06/2013
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Como se não bastassem as dificuldades de funding, a Petrobras ainda vai ter de exumar outros sapos para destravar a construção da refinaria Premium II, no Maranhão. Há problemas na documentação do terreno cedido pelo governo do estado a  União, o que tem atrasado o processo de transferência definitiva para a Petrobras. Ao mesmo tempo, existe uma Funai no caminho da estatal. Até o momento nem sinal de uma solução final para a transferência dos índios que vivem na região. Curiosamente, a Funai já emitiu sua anuência a  construção da refinaria. Resultado: na própria Petrobras, o senso comum é que dificilmente a Premium II entrará em operação em 2017, como prevê o cronograma original. O cumprimento deste prazo depende do início das obras ainda neste ano, hipótese cada vez menos provável. Procurada, a Petrobras comunicou que a licença de instalação e terraplenagem já foi emitida, mas confirmou que a obra ainda “está condicionada a  anuência da Funai e a  criação de uma reserva para a tribo dos Anacés”. A estatal admitiu ainda que está ?realizando a reavaliação do projeto e sua adequação aos parâmetros internacionais da indústria de petróleo e gás, o que será concluída em julho de 2013?. Pensando bem, para que pressa se o projeto de engenharia ainda não foi sequer definido?


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Eduardo Campos aponta um lança-chamas para a Petrobras

23/05/2013
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Em meio ao fogo cruzado entre Dilma Rousseff e o candidato a candidato Eduardo Campos, a Petrobras e a Copergás estão envolvidas em um contencioso cada vez mais inflamável, que pode ter impacto direto sobre um negócio selado há mais de duas décadas. O governo de Pernambuco promete lançar mão de um vasto arsenal jurídico para cancelar na Justiça a venda de 24,5% da distribuidora de gás a  petroleira, operação realizada no longínquo ano de 1992. O estado alega que a Petrobras não estaria honrando sua parte no programa de investimentos da Copergás, o que teria provocado atrasos na execução do plano estratégico da empresa. No entendimento do sócio controlador, o contrato prevê uma série de penalidades neste tipo de situação, incluindo a mais drástica: a devolução das ações em poder da Petrobras. Além dos atritos relacionados aos aportes na distribuidora, o governo pernambucano também cobra da petroleira prioridade e condições especiais no fornecimento de gás, algo que também estaria previsto no acordo societário. Procuradas, Petrobras e Copergás não se pronunciaram. A tentativa de Eduardo Campos de retomar na Justiça as ações transferidas para a Petrobras é o mais novo e incandescente capítulo de um imbróglio iniciado em 1997. No lance mais agudo até o momento, a Copergás chegou a anular seu acordo de acionistas com anuência da Justiça. A manobra evitaria que a holding federal e a Mitsui, sócia minoritária da distribuidora de gás e coadjuvante neste enredo, exercessem seu poder de veto sobre decisões estratégicas. Em 2010, a Petrobras conseguiu reaver seus plenos poderes na gestão da companhia estadual. Desde então, é chumbo de um lado e de outro. Como se não bastasse o pano de fundo político, de cores cada vez mais vivas por conta das pinceladas tanto de Dilma Rousseff quanto de Eduardo Campos, o impasse jurídico tem impacto direto sobre os planos de capitalização da Petrobras. Decidida a fazer caixa com a venda de suas participações no setor, a estatal sabe que, por ora, a Copergás é um ativo a menos na vitrine. Quem vai se aventurar a levar para casa este risco jurídico, que, acaba de atingir a maioridade?


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Ministra do pré-sal

13/05/2013
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No que depender da vontade de Maria das Graças Foster – e a vontade de Graça costuma valer muito -, a Petrobras não participará de todos os leilões de blocos do pré-sal previstos ainda para este ano. Como, por lei, a estatal terá de ficar com 30% de todas as áreas, na prática significa dizer que Graça quer ditar qual bloco será ou não licitado. Ou mudar a lei, o que é muito mais grave.


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Plano de voo da Líder Aviação é um mapa de interrogações

10/05/2013
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José Afonso Assumpção está diante de uma escolha de Sofia: seguir como comandante da companhia aérea que ele fundou há mais de 50 anos, ainda que isso possa até custar a expansão do negócio, ou se sentar na cadeira de sócio minoritário? O próprio empresário, que sempre rechaçou a ideia de transferir o controle e o centro de decisões da Líder Táxi Aéreo, começa a reavaliar sua posição. Assumpção considera cada vez mais difícil bancar os investimentos da Líder com recursos do próprio caixa. O empresário, é bom lembrar, já dobrou parte de sua resistência em 2008, quando vendeu 42,5% da Líder para a Bristow Group. Se Assumpção voa entre dúvidas, o grupo inglês é só certeza. A Bristow tem convicção de que seus dias como minoritária estão contados e quer assumir o manche da companhia. Uma vez garantida a compra do controle, os ingleses estariam dispostos a investir cerca de US$ 250 milhões, notadamente no segmento de helicópteros – hoje responsável por 60% do faturamento da empresa. Nos cálculos da Bristow, o aumento da frota de 67 para 80 aeronaves permitiria a  companhia duplicar sua receita até 2015 – no ano passado, o faturamento foi da ordem de R$ 800 milhões. Ser sócio, ainda que minoritário, de uma empresa com muito mais altitude seria a contrapartida para Assumpção abrir mão do controle da Líder. Por outro lado, o empresário sabe melhor do que ninguém que este movimento traz alguns riscos a reboque. Ao se desfazer do controle, Assumpção passaria a viver sob permanente ameaça de ter sua participação diluída pelos ingleses. Ao mesmo tempo, a Líder perderia sua condição de empresa nacional, uma mais-valia, ainda que, a s vezes, simbólica, diante de potenciais financiadores, a começar pelo BNDES, e, sobretudo, de seu maior cliente: a Petrobras. Aliás, chamar a estatal de cliente é até reducionista. A empresa é quase sócia da Líder: responde por praticamente 80% dos fretamentos de helicóptero da companhia. Esta relação e a possibilidade de forte crescimento da Líder na esteira do pré-sal talvez sejam a grande aposta da Bristow. No entanto, a Petrobras é um cliente arisco. Hoje, está; amanhã, quem sabe? A estatal sempre flertou com a ideia de montar uma frota própria de helicópteros, como forma de reduzir seu custo fixo. Se, um dia, este projeto sair do papel, a Líder despenca como um pombo sem asa. É mais uma entre as tantas variáveis que fazem a cabeça do comandante Assumpção ricochetear de um lado para o outro.


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Sinopec

10/05/2013
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A chinesa Sinopec é forte candidata a  compra das participações dos fundos Riverstone e First Reserve na Barra Energia, consórcio que controla o bloco BM-S-8, na Bacia de Campos. O apetite dos chineses, aliás, vai além dos 10% pertencentes a  dupla norte-americana. A Sinopec quer fisgar também os 14% da portuguesa Petrogal. O restante do consórcio está nas mãos da Petrobras e da Queiroz Galvão.


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Mitsui oferece Á  Petrobras uma porta de saída do Japão

8/05/2013
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A novela em torno da venda da refinaria Nansei Sekiyu, em Okinawa, no Japão – em exibição na Petrobras há mais de um ano – ganhou novos protagonistas, personagens que podem ser decisivos para o desfecho da arrastada trama. Em parceria com as petroleiras conterrâneas Ryusek Corporation e TonenGeneral, a Mitsui teria apresentado uma proposta de aproximadamente US$ 200 milhões pelo ativo. Além do pagamento em dinheiro, o trio também aceitaria ceder a  estatal todo o estoque de produtos da refinaria, cujo valor estimado passa dos US$ 550 milhões. O consórcio liderado pela Mitsui conta com o apoio do governo local, que quer manter o centro de decisões da refinaria em mãos japonesas. A oferta financeira está abaixo do dote pedido pela Petrobras, cerca de US$ 350 milhões. No entanto, é mais do que o dobro da maior proposta recebida pela estatal até agora – os US$ 80 milhões oferecidos pela Concord Energy, de Cingapura. Anteriormente, a irlandesa Ocean Energy e a japonesa Kotobuki Oil também demonstraram interesse pelo negócio, mas colocaram sobre a mesa valores ainda mais baixos do que o apresentado pela Concord Energy. Maria das Graças Foster jamais tolerou a ideia de vender a refinaria japonesa abaixo do valor fixado. Que o diga um graduado executivo da estatal que, durante uma reunião de diretoria no ano passado, teria sido duramente interpelado por Graça e constrangido diante de seus pares ao levantar a hipótese de redução do preço do ativo. Na ocasião, segundo a mesma fonte, a presidente da Petrobras chegou a bradar que aguardaria o tempo que fosse necessário até alguém pagar o valor estipulado pela companhia. Talvez seja mais fácil esperar por Godot. Entre os próprios diretores da estatal, há um consenso de que é cada vez mais improvável surgir um candidato disposto a desembolsar US$ 350 milhões pela refinaria. Boa parte das instalações de Nansei Sekiyu apresenta um estágio avançado de obsolescência. Os US$ 50 milhões que a Petrobras investiu no local não deram nem para o gasto. Calculase que a refinaria precise de algo próximo a US$ 200 milhões para operar dentro de padrões razoáveis de eficiência e competitividade.


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PMDB mineiro

8/05/2013
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Se não for na Petrobras que seja, então, na BR Distribuidora. O PMDB mineiro só não admite ouvir um “não” ao pedido de uma diretoria para José Carlos Amigo, ex-gerente da estatal para a América do Sul.


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Dura realidade

6/05/2013
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A Petrobras, que previa captar US$ 20 bilhões em 2013, baixou a bola. Já vai se dar por satisfeitíssima com US$ 15 bilhões.


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Novo estaleiro emerge dos restos do antigo Caneco

3/05/2013
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Mauro Campos, que comandou a Transpetro no governo FHC, está de volta ao setor. Desta vez, não com o chapéu de comprador, mas, sim, de fabricante de navios com a placa Rio Nave. Campos vem se movimentando para montar um estaleiro no Rio de Janeiro. Já arrendou um terreno e antigas instalações no bairro do Caju, na Zona Portuária. O espaço é cheio de simbolismo. No passado, o mesmo terreno e parte da estrutura foram usados pelo Caneco, de Arthur João Donato, um dos barões dos tempos áureos da indústria naval brasileira. Campos agora busca parceiros para a empreitada. Já manteve contatos com German Efromovich, dono do estaleiro Eisa. Paralelamente, montou um fundo de investimentos para financiar o projeto, o RN Indústria Naval. A meta é captar aproximadamente R$ 500 milhões. O empresário espera contar ainda com recursos do Fundo da Marinha Mercante, administrado pelo BNDES, com o qual também já abriu conversações. Consultada, a Rio Nave não retornou. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas Mauro Campos precisa desatar um nó de marinheiro. Diferentemente do que ele próprio imaginava, todo o projeto está zarpando sem novas encomendas em carteira. A Rio Nave havia fechado um contrato com a própria Transpetro para a construção de cinco embarcações. No entanto, por razões estratégicas, a subsidiária da Petrobras cancelou o pedido de quase R$ 500 milhões. Uma tormenta de primeira viagem, é o que Campos deve estar pensando com seus botões. O empresário certamente joga todas as suas fichas no pré-sal e nas estimativas de que, até 2020, a indústria brasileira de exploração e produção demandará mais de 500 embarcações e plataformas.


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Idas e vindas

24/04/2013
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Troca-troca a  vista entre Petrobras e Shell. O grupo anglo-holandês negocia a compra de ativos da companhia no Golfo do México. Ciente da importância desta operação para a geração de caixa da Petrobras, a Shell quer, ao menos a primazia para ser parceira da estatal nos futuros leilões de exploração e produção da ANP, notadamente no pré-sal.


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Cosan e Sumitomo ensaiam dueto na distribuição de gás

10/04/2013
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Rubens Ometto sabe comprar. E, tanto quanto ou talvez até mais, sabe também vender. A Cosan está envolvida em uma operação que, a um só tempo, poderá dar origem a uma grande parceria no mercado de gás natural e, de quebra, gerar um expressivo lucro ao grupo sucroalcooleiro. A empresa negocia com a Sumitomo a transferência de uma parcela minoritária da sua fatia na Comgás. Este movimento, ressalte-se, é parte de uma operação maior, que envolve ainda a Shell, também sócia de Ometto na Raízen. A trading japonesa pretende comprar em um só pacote 20% do capital da distribuidora paulista. Segundo executivos que acompanham a negociação, a Shell deverá vender seus 8% e deixar definitivamente a empresa paulista. O restante viria da Cosan. É justamente neste ponto que reside a grande tacada de Ometto. Além da oportunidade de se associar a  Sumitomo, o empresário poderá realizar um lucro para ninguém botar defeito. Em maio do ano passado, ao comprar a Comgás, Rubens Ometto pagou o equivalente a R$ 47,25 por ação. Agora, de acordo com as mesmas fontes, o preço de venda poderá chegar a até R$ 60 – cifra que embute um ágio de quase 20% sobre a cotação de mercado, uma vez que os japoneses entrarão no bloco de controle da concessionária paulista. Significa dizer que, em menos de um ano, a Cosan vai ganhar quase 30% sobre o valor desembolsado. Mais do que isso: com a chegada da Sumitomo, passará a ter ao lado um parceiro com muito mais apetite do que a Shell para investir no setor de distribuição de gás no Brasil. A iminente parceria com a Cosan representa uma brusca mudança na estratégia da Sumitomo no mercado brasileiro de gás. Durante muito tempo, aos olhos dos japoneses, a expansão de seus negócios no Brasil se resumiu a um só nome: Petrobras. Com as dificuldades de caixa da estatal e sua necessidade de peneirar os projetos realmente estratégicos, a trading nipônica se viu sozinha no mundo. Até olhar para a empresa de Rubens Ometto. A Sumitomo enxerga a entrada no capital da companhia paulista e a parceria com a Comgás uma antessala para a posterior compra de ações da própria Petrobras em outras distribuidoras de gás.


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Caterpillar altera sua rota no Brasil

10/04/2013
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A Caterpillar está virando a chave da sua produção no Brasil. Diante do momento de desaceleração do mercado mundial de mineração, os norte-americanos pretendem reduzir a fabricação de equipamentos para o setor. Em contrapartida, vão ampliar a montagem de geradores de diesel- elétricos de grande porte, destinados a plataformas de petróleo. A guinada estratégica não é exatamente um jardim de rosas para a Caterpillar. Nela, há os espinhos da culpa. De certa forma, trata-se de uma purga a uma aposta que, ao menos por ora, tem se mostrado equivocada. Nos últimos dois anos, as fábricas de Piracicaba (SP) e Campo Largo (PR) receberam mais de R$ 350 milhões em investimentos, a maior parte voltada justamente a  maior produção de máquinas e equipamentos para a indústria da mineração. Todo o erro tem seu preço, neste caso aproximadamente R$ 100 milhões. Segundo informações filtradas junto a  Caterpillar, esta é a cifra que os norte-americanos terão de desembolsar para ajustar as linhas de produção e aumentar a fabricação de equipamentos para a indústria petroleira. De acordo com estimativas da Caterpillar, cerca de 80% dos geradores fabricados no Brasil nos próximos três anos atenderão ao próprio mercado interno. Há contratos fechados com a Petrobras e negociações para novos acordos com grupos internacionais da área de exploração e produção. O negócio de equipamentos para geração está sendo visto pela empresa como fundamental para compensar o aperto nas margens sobre as vendas dos equipamentos para construção pesada, responsável por mais de 60% da receita da Caterpillar.

Acervo RR

Vade retro

8/04/2013
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O governo equatoriano está tentando arrastar a Petrobras para a construção de uma refinaria no país, em associação com a Petroecuador. Valor da brincadeira: US$ 12 bilhões. Desta vez, nem mesmo a política de boa vizinhança do governo Dilma Rousseff será suficiente para levar o projeto adiante. De Pasadena, a malfadada refinaria comprada pela Petrobras nos Estados Unidos, já basta uma.

Acervo RR

Dilma ressuscita “Conta Petróleo”

4/04/2013
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Dilma Roussef, ex-presidente do Conselho de Administração da Petrobras, encontrou na declinação do latim medicamentum a fórmula para reduzir as agruras da estatal. O vocábulo tem duplo sentido. Significa médico, medicina, medicar etc., e se liga ao verbo medeor, o mesmo que cuidar de, proteger, tratar. Por outro lado, medicamentum também tem o sentido de beberagem mágica, bruxaria, feitiço. Toda essa peroração serve como rufar de tambores para o clímax: o atual presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Guido Mantega, foi autorizado pela presidente da República a recriar a “Conta Petróleo” o mais breve possível, em uma versão customizada para a conjuntura de 2013, é claro. O assunto já foi tratado, ainda que de forma “impressionista”, na última reunião do Conselho. A medida é daquelas para serem saudadas pelos funcionários da Petrobras com uma romaria da Av. Chile a  Igreja da Candelária, de vela na mão. Em princípio, todo o povo brasileiro deveria acompanhar a saudação. Afinal, o desequilíbrio causado pelo descasamento com os preços praticados no mercado internacional é um carcinoma. Só em 2012, o prejuízo alcançou R$ 23 bilhões nas atividades de abastecimento. Para se ter uma ideia do que representa o tumor, o furo no orçamento equivale a cerca de 72% do celebrado programa de corte de R$ 32 bilhões que a empresa pretende realizar no período de 2013 a 2017. A “Conta Petróleo” vem para salvar a estatal. Sem ela, são ingênuos os planos de autossuficiência energética, a participação da empresa nos projetos do PAC, o cumprimento de cronograma na expansão do refino e o despertar do pré-sal. Por outro lado, a “Conta Petróleo” é um feitiço. Sai direto do Tesouro Nacional. Portanto, seus recursos não têm origem. Cada brasileiro paga um pouquinho. E o que sai como subsídio do preço da gasolina volta como algum percentual de aumento na inflação. Mantega usa um chapéu de dois bicos. Está na Fazenda e na Petrobras. E sabe que não dá para trocar a saúde da estatal pelo aumento da carestia e vice-versa. No momento, o futuro da companhia está em jogo. A título de memorabilia, a Conta Petróleo foi encerrada em 31 de dezembro de 2001. Agora, levanta-te e anda.

Acervo RR

STX quer ficar sozinha em seus navios

3/04/2013
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A sul-coreana STX parece disposta a ser um solitário lobo do mar em águas brasileiras. O grupo asiático, dono de 51% do estaleiro STX Promar, negocia a compra do restante das ações em poder do grupo brasileiro PJMR. Na visão da STX, o controle absoluto do negócio será um facilitador para os seus futuros planos no país. Sua ideia é transformar a STX Promar em ponta de lança para a aquisição de outros estaleiros, o que, na prática, significará a compra de carteiras de pedidos. Consultada pelo RR, a STX Brasil disse “não estar a par da informação”. Além da investida sobre outros fabricantes navais, o plano de expansão da STX no Brasil passa também pelos projetos greenfield. A unidade já em construção na ilha de Tatuoca, no Complexo Industrial Portuário de Suape, em Pernambuco, é apenas a partida. Os sul-coreanos pretendem erguer outro estaleiro, desta vez em Niterói. Somente nestes dois empreendimentos, o desembolso dos asiáticos deverá chegar próximo dos R$ 500 milhões. Em grande parte, a aposta da STX no Brasil está ancorada na Petrobras. A empresa está construindo para a estatal oito navios gaseiros, no valor total de quase US$ 600 milhões.

Acervo RR

O dia em que Eliezer Batista reinventou a universidade

1/04/2013
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O que Eliezer Batista ainda não pensou sobre o Brasil? O ex-presidente da Vale foi pioneiro na concepção da logística door to door, no projeto visionário de informatização do ensino, no conceito de desenvolvimento sustentável e no seu aperfeiçoamento para gestão integrada do território. Para quem pensa que esta já é uma obra completa, um aviso: Eliezer está redigindo mais um clássico do pensamento estruturante do país. O alvo, agora, é um modelo de formação universitária prêt-a -porter para as empresas, que permita o suprimento da demanda por mão de obra com ensino superior qualificada, conforme os padrões do primeiro mundo. Hoje, sob a ditadura de concursos genéricos e concurseiros cartelizantes, as estatais absorvem os funcionários capazes de fazer quase tudo, menos atender a s necessidades específicas das empresas em suas áreas técnicas. Há muito coringa e pouco ás. O mesmo problema adaptado a s circunstâncias próprias atinge o setor privado. Uma síntese do que causa insônia em Eliezer Batista é que o Brasil tem um déficit de três mil engenheiros. Para ele, não há nada de mais na atração de mão-de-obra qualificada do exterior. O que torna essa iniciativa dramática não é a importação de capital humano per si, mas o fato de ela se dar em um ambiente de deficiência numérica tão alarmante. Grande parte das universidades americanas foi criada com objetivos específicos. Eliezer cita Stanford como um case obrigatório. E no Brasil de USP, PUC, Unicamp, como seria? O exministro vislumbra faculdades das grandes corporações, com exigências e cadeiras sob medida para a sua conveniência. Imagine só a falta que faz uma Universidade Petrobras, uma Embraer, uma Totvs… Vale o mesmo raciocínio para empresas privadas nacionais e estrangeiras. No caso dos grupos internacionais, seria possível, inclusive, fazer convênios com o apoio dos respectivos governos. Eliezer mira imediatamente o Japão e a Coreia do Sul. Ele tem se correspondido com o viceprimeiro- ministro japonês, Taro Aso, em quem enxerga um admirável aliado para levar a ideia adiante em um futuro que se desenha. Antes que alguém pense no modelo como um processo de higienização das universidades do país, é bom ficar claro que o ex-ministro defende a abundância quando se trata de instituições de ensino. Mesmo fazendo reparos ao amontoado de algumas faculdades cujo objetivo é muito mais criar massa crítica para vender seu peixe no mercado de capitais do que formar profissionais com a expertise exata para as suas funções. A diferença é que Eliezer pretende amalgamar a cultura de resultados e de eficiência da gestão empresarial com a excelência direcionada da academia. Alguns centros de pesquisa que primam pela inovação e desenvolvimento tecnológico, entre os quais a Embrapa, poderiam também ter a sua própria universidade, multipatrocinada por empresas interessadas na captação dessa mão de obra hiperqualificada. O governo, com certeza, participaria desse esforço por meio de linhas de financiamento dirigidas. Em um cenário de formação profissional superior talhada por joalheiros, a importação de mão de obra, hoje tema controverso, teria um efeito simbólico muito menos impactante. E, aí sim,que vengan los gringos, com toda su fuerza!

Acervo RR

Caixa Econômica Federal

1/04/2013
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Está em gestação um novo aporte de capital na Caixa Econômica Federal, mediante a transferência de recursos do Tesouro. A operação ocorreria no segundo semestre e teria como principal objetivo turbinar ainda mais as operações de crédito do banco. O mais recente aumento de capital da CEF, aprovado no fim do ano passado, foi feito mediante a transferência de ações ordinárias da Petrobras em poder do Tesouro, no total de R$ 5,4 bilhões. A Moody’s vai ter um chilique. Mas, a essa altura, ninguém mais liga para o que a agência disser.

#ACM Neto #Caixa Econômica #Geddel

Acervo RR

Sinopec vê uma porta escancarada na Petrobras

21/03/2013
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A chinesa Sinopec quer ser a PDVSA que deu certo no Brasil. Pretende aproveitar a má fase da Petrobras para extrair vantagens nos negócios de refino, notadamente, além de outras operações diretamente ligadas a  indústria de petróleo e gás. Chama a atenção, contudo, o apetite pelo refino, cuja parceria com os venezuelanos – uma espécie de Transnordestina do beneficiamento de petróleo – é de triste lembrança. É sabido no mundo inteiro que o refino de óleo tornou-se o mico preto e viscoso para os investidores. Trata-se de um abacaxi de capital intensivo, com exigência de logística apurada e taxa de rentabilidade cada vez mais baixa. Fosse o contrário, o enigma seria o motivo pelo qual a Petrobras não constrói mais uma dúzia. Aliás, em todos os projetos em que a estatal se meteu, com ênfase ao traumático Comperj, o resultado foi o atraso de anos e anos e a octuplicação dos custos de construção. Portanto, que se saiba que as refinarias são tão estratégicas para o país quanto o furo que produzem no bolso dos seus investidores. As negociações entre a Sinopec e a Petrobras caminham no ritmo lento, cadenciado, porém seguro que costuma pautar os movimentos dos chineses pelo mundo dos negócios. As tratativas se desenrolam há mais de um ano. Analistas mais maquiavélicos consideram até que a morosidade tem uma segunda intenção: tornar a Petrobras ainda mais receptiva a  ofensiva dos mandarins do petróleo. Os chineses entendem que o refino pode ser um pré-saleirinho, dado o potencial da operação. Sobretudo porque a Sinopec vislumbra a oportunidade de sangrar a Petrobras em tudo de melhor que a parceria pode vir a oferecer: vantagens fiscais, melhores taxas de retorno, opção de participações societárias maiores ao longo do tempo e, sobretudo, acesso privilegiado ao BNDES, espécie de quintal financeiro da estatal. Procuradas, Petrobras e Sinopec não quiseram se pronunciar. O resultado de uma possível associação entre Petrobras e Sinopec ainda é um animal a ser decifrado, até porque o acordo abriria a possibilidade de um sem-número de outras parcerias. Do ponto de vista geoeconômico, a operação juntaria um dos maiores potenciais de suprimento de óleo com um dos maiores mercados consumidores do mundo, formando uma espécie de “Petric”. E onde, afinal, a empresa chinesa estaria disposta a aportar seus recursos? A Sinopec já teria demonstrado interesse em se associar a s futuras refinarias da estatal – Abreu Lima, em Pernambuco, Premium I, no Ceará, e Premium II, no Maranhão. Segundo os dizeres da própria Maria das Graças Foster, o mês de julho é a chave para essas definições. A Sinopec enxerga este movimento como peça-chave para a verticalização de seus negócios no Brasil. Os chineses – que já investiram mais de US$ 9 bilhões em exploração e produção no país, sendo US$ 7 bilhões na compra dos ativos da Repsol – querem ter uma operação própria de refino para beneficiar o petróleo extraído de seus blocos. Eles sabem muito bem que a Petrobras é uma porta sem tranca e vive um período de fragilidade financeira. A estatal pretende abrir suas refinarias para sócios privados – conforme informou o RR na edição nº 4.556. Esta operação seria fundamental para a companhia reduzir seus aportes em refino e, desta forma, realocar os recursos em outros projetos previstos em seu plano estratégico. A construção de Abreu Lima e das unidades Premium I e II está orçada em quase US$ 50 bilhões.

Acervo RR

Petrobras e Cemig trocam de identidade na Gas Brasiliano

15/03/2013
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Até pouco tempo, tal decisão era absolutamente inimaginável; até que se tornou plausível; até que virou inadiável. Premida pela necessidade de fazer caixa para cumprir seu plano de investimentos, a Petrobras vai se desfazer de uma parcela da sua participação na Gas Brasiliano. A operação envolveria a transferência de até 20% das ações – hoje, a estatal é a maior sócia da concessionária, com 60% das ordinárias. Os caminhos apontam na direção da Cemig. Nesta dança das cadeiras, as duas empresas trocariam de lugar no capital da Gas Brasiliano. A estatal mineira, que já detém 40% da distribuidora de gás, assumiria o controle exatamente com o mesmo percentual hoje nas mãos da Petrobras. Do ponto de vista político – que pesa, e muito, em qualquer decisão estratégica envolvendo a Petrobras -, a operação pode até causar certa perplexidade. Traduzindo da linguagem corporativa para a partidária, significa dizer que o PT entregaria o controle de uma das maiores distribuidoras de gás do país aos tucanos Antonio Anastasia e, por aproximação, Aécio Neves. Mas o que não tem remédio remediado está. Não obstante eventuais arestas políticas – e, diga-se de passagem, o aumento da dívida da Cemig – , na própria Petrobras o acordo com a companhia mineira é visto como o caminho natural. Diante do modelo idealizado para a operação, a estatal não consegue visualizar outro desfecho. Dificilmente um investidor do setor aceitará ter apenas 20% da Gas Brasiliano e ficar imprensado entre dois gigantes, que, sabese lá em que condições de humor, passariam a compartilhar o controle da empresa. A venda de parte da distribuidora paulista confirma a reviravolta na estratégia da Petrobras para o mercado de distribuição de gás. Nos últimos anos, a estatal tornouse um personagem quase onipresente no setor, por meio de uma voraz política de participações em concessionárias estaduais. A compra da Gas Brasiliano, em 2011, foi saudada como a joia da coroa, pois representou a entrada da Petrobras no mercado paulista. No entanto, a realidade mudou e a tendência é que a empresa reduza consideravelmente sua presença no setor. Trata- se de um tiro que acerta dois alvos simultaneamente. Além dos recursos arrecadados diretamente com a venda das participações, a Petrobras vai diminuir a necessidade de investimentos. No caso específico da Gas Brasiliano, este é um ponto ainda mais nevrálgico por conta de uma bola dividida com a agência reguladora do estado. A Arsesp tem pressionado a distribuidora por mais investimentos. Um exemplo são os aportes na expansão da rede de dutos em São Paulo. A empresa prevê um desembolso de R$ 170 milhões neste ano. A agência cobra o dobro.


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Inimigo meu

14/03/2013
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José Lima de Andrade Neto, presidente da BR Distribuidora, tem certeza de que o recente noticiário sobre sua possível indicação para uma diretoria da Petrobras é obra de quem quer vêlo longe tanto de um cargo quanto do outro.


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Petrobras

13/03/2013
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Maria das Graças Foster tem um pré-sal de más notícias para os parceiros internacionais da Petrobras. O primeiro “agraciado” deverá ser a angolana Sonangol. A estatal vai suspender os planos de investimentos conjuntos em exploração e produção na africa.

Acervo RR

Shree Renuka semeia a discórdia entre os usineiros nacionais

8/03/2013
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O BNDES e a Petrobras são protagonistas de um enredo que tem tudo para despertar a ira da indústria sucroalcooleira nacional. A indiana Shree Renuka, uma das cinco maiores fabricantes de açúcar do mundo, estaria mantendo conversações com o banco de fomento e com a estatal em busca de um apoio de altíssimo teor alcoólico. As gestões passariam pela entrada da dupla no capital da Shree Renuka do Brasil. Segundo informações obtidas junto ao BNDES, a negociação envolve uma participação acionária superior a 30%. A subsidiária, que nasceu como a primeira grande investida internacional dos indianos, tornou-se uma ilha de dívidas e prejuízos dentro do grupo. A empresa carrega sobre os ombros um passivo de aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A maior parte destas dívidas é decorrente das duas aquisições feitas pela Shree Renuka no Brasil – a divisão sucroalcooleira da Equipav e duas usinas da paranaense Vale do Ivaí. Os indianos acumulam ainda sucessivas perdas operacionais no país. Na safra 2011/2012, os prejuízos chegaram a R$ 200 milhões. Procurados pelo RR, BNDES, Petrobras e Shree Renuka não quiseram comentar o assunto. A aproximação da Petrobras e do BNDES com a Shree Renuka ocorre no momento em que a política do governo para a indústria sucroalcooleira é alvo de críticas cada vez mais intensas. Quem priva das conversas mantidas na cúpula da ašnica sabe bem o tamanho da irritação. Entre os usineiros, a reclamação mais comum é justamente a freada do BNDES e da Petrobras Biocombustíveis nas operações de equity. No caso da estatal, a bronca é ainda maior. Quando a subsidiária da Petrobras foi criada, o governo hasteou a bandeira de que ela seria um importante agente de capitalização e atração de investimentos para as empresas do setor, notadamente as usinas de controle nacional. Até agora, no entanto, a companhia protagonizou apenas duas negociações vistas pelo mercado como de grande porte: as associações com a Açúcar Guarani e a São Martinho. O setor pode até chiar. No entanto, muitas vezes os interesses da Petrobras e do BNDES não se coadunam com os dos usineiros. Além disso, nem a estatal é boba, nem o banco é burro, a ponto de tomar um risco político por nada. A qualidade dos ativos da Shree Renuka no Brasil é um ponto forte. Ao mesmo tempo, o eventual aporte do BNDES e da Petrobras pode ser entendido também como um esforço para manter o interesse dos indianos pelo país.

Acervo RR

Eike Batista

8/03/2013
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E agora? Depois do acordo de André Esteves com Eike Batista, que boa nova a Petrobras pode ter para dizer ao mercado?

#André Esteves #Eike Batista #Petrobras

Acervo RR

Óleo de Kirchner

6/03/2013
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A argentina Oil Combustibles negocia a compra de um pacote de ativos da Petrobras no país vizinho. Proposta que é bom, até agora nada. Mas a Oil Combustibles tem uma valiosa carta de fiança: o apoio de Cristina Kirchner.


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Bunge

4/03/2013
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Pedro Parente, presidente da Bunge, tem feito críticas cada vez mais ácidas a  política do governo para a indústria sucroalcooleira. Bem ao seu estilo, uma mistura de João Gilberto e Gilberto Carvalho, vem sussurrando cobrinhas e lagartinhos notadamente em relação ao volume de recursos destinados a s usinas nacionais – seja por meio de empréstimos, leia-se BNDES, seja por meio de equity, ouça-se Petrobras Biocombustíveis. Tem banquinho e violão para todo mundo: Dilma Rousseff, Guido Mantega, Luciano Coutinho, Fernando Pimentel, Graça Foster…

Acervo RR

Lua de fel

1/03/2013
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A Petrobras Biocombustíveis e a Tereos não estão falando a mesma língua na Açúcar Guarani. Os franceses defendem a construção de usinas na africa e na América Central. A estatal é contra. Na sua visão, a Tereos quer dar uma de “joão-sembraço”. Por vias oblíquas, estaria usando recursos públicos, leia-se o capital aportado pela Petrobras, para financiar seu próprio crescimento em outros mercados. Procurada, a Tereos afirmou que “não comenta especulações”. A Petrobras não se pronunciou.


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Petrobras

25/02/2013
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Eu, hein! A Petrobras continua pintando o seu futuro cada vez mais negro. Sei lá, a s vezes, um pouquinho de teoria conspiratória ajuda a desvendar o mistério.

Acervo RR

Cristina Kirchner compra barulho da Impsa contra a Eletrobras

25/02/2013
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A contenda entre a Eletrobras e a Impsa extrapolou as fronteiras corporativas. O imbróglio tornou-se um assunto de Estado, com sério risco de desdobramentos nas relações diplomáticas e comerciais entre Brasil e Argentina. O agravamento do episódio se deve a  entrada em cena de Cristina Kirchner, que, só para não perder o hábito, vislumbrou a oportunidade de instrumentalizar politicamente o episódio, mais uma vez evocando a “defesa dos interesses da indústria argentina”. A Sra. K, acostumada a usar navalha no salto, comprou o barulho de seus patrícios, que cobram da estatal brasileira uma dívida de R$ 250 milhões referente a  venda de energia eólica. Nas duas últimas semanas, a Casa Rosada fez chegar ao governo brasileiro uma série de ameaças, todas na esfera do comércio bilateral, com o objetivo de pressionar a estatal a quitar o suposto passivo. Os argentinos prometem rever a extinção das chamadas licenças automáticas de importação. A decisão, anunciada no início deste ano, favoreceu a entrada de produtos estrangeiros no país. O governo de Cristina Kirchner sinaliza também com a hipótese de aumento das alíquotas para a importação de veículos e autopeças e produtos têxteis. Diante da reação portenha, uma pergunta não quer calar: afinal, onde terminam os interesses corporativos da Impsa e começam as decisões de Estado do governo argentino? Em se tratando de Cristina Kirchner, esta linha divisória é turva, quase inexistente, permitindo que alhos e bugalhos se misturem. O bugalho, neste caso, atende pelo nome de Enrique Pescarmona, controlador da Impsa. Pescarmona faz parte da seleta confraria de empresários que sempre privou da amizade do casal K. Entre outros benefícios, o estreito relacionamento lhe permitiu estabelecer uma série de negócios na Venezuela, na esteira da proximidade entre Cristina Kirchner e Hugo Chávez. Ressalte-se que o imbróglio não se restringe ao pagamento da dívida de R$ 250 milhões. As autoridades argentinas fazem pressão também pelo cumprimento de um segundo contrato que supostamente teria sido acordado entre a Petrobras e a Impsa, também envolvendo a compra de energia eólica nas usinas de Bom Jardim e agua Doce, em Santa Catarina. Confirmada a encomenda adicional, o valor pendente ultrapassaria os R$ 600 milhões. A Eletrobras já negou publicamente qualquer dívida. Alega que há inconsistências na documentação das duas usinas eólicas pertencentes a  Impsa, o que, inclusive, impossibilitaria seu enquadramento no Proinfa. Procurada, a Impsa confirmou não ter recebido até o momento o valor cobrado da Eletrobras. A estatal, por sua vez, declarou que “não se posiciona a respeito de questões diplomáticas”.


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Série B

22/02/2013
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Após uma série de tentativas de firmar uma parceria com a Petrobras, a argentina Pluspetrol baixou a bola. Já vai se dar por satisfeita se conseguir fechar um acordo com a argelina Sonatrach para investir em exploração e produção de petróleo e gás no Brasil.

Acervo RR

Caixa Econômica cria um clone da “BNDESPar”

20/02/2013
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 O que veio ao mundo apenas e tão somente como uma inusitada solução para um problema de ordem fiscal e contábil da Caixa Econômica Federal (CEF) está se revelando o ponto de partida para o surgimento de um espelho, ainda que embaçado, da BNDESPar. A direção da CEF discute a criação de um braço de participações nos moldes do musculoso tentáculo do BNDES. A proxy desta nova instituição é a carteira com ações de oito empresas que a Caixa herdou do próprio banco de fomento no fim do ano passado – a transferência foi resultado de uma engenhoca financeira elaborada pelo governo para concluir um aporte de capital de R$ 5,44 bilhões na CEF. Esta coqueteleira societária reúne papéis de titãs empresariais, como Vale, JBS e Petrobras, e de companhias que, embora estejam alguns degraus abaixo, são players importantes em seus respectivos setores – Cesp, Paranapanema, Romi, Metalfrio e Mangels. O governo usaria está espécie de “Caixa Participações” como mais um instrumento de capitalização da empresa nacional. Ou seja: o país passaria a ter não apenas um, mas, sim, dois grandes agentes dedicados ao fortalecimento da indústria local através do mercado de capitais. Seria o luxo do luxo em se tratando de uma nação que já tem uma instituição de fomento com orçamento superior ao do Banco Mundial, como é o caso do BNDES.  Ressalte-se que este novo braço de participações da CEF não teria qualquer ligação com a CaixaPar. A instituição foi criada em 2008, durante o governo Lula, com o objetivo de estimular novos investimentos no mercado imobiliário mediante a compra de participações em empresas do setor. No entanto, este apêndice da Caixa Econômica supurou. De um lado, não cumpriu sua missão original, pouco, ou nada, ajudando no robustecimento da construção civil; do outro, tornou-se um Frankenstein societário, ao reunir sob seu teto participações em empresas de setores díspares, como o Pan- Americano, e a CPM Braxis, da área de TI.  A criação desta unidade de participações da Caixa vai ao encontro dos planos do governo não apenas de promover o fortalecimento de grupos nacionais, mas também de tornar o mercado de capitais mais musculoso. O novo braço da CEF poderá estimular o financiamento de empresas mediante o lançamento de títulos em Bolsa, notadamente debêntures conversíveis em ações. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas, diante desta iminente duplicidade de agentes de fomento, há uma pergunta que não quer calar: como e onde ficará a fronteira entre o BNDES e a Caixa? Isso se ela existir. Vai ser, no mínimo, curioso se a CEF também decidir escolher seus próprios cavalos campeões no meio empresarial. Haja raia para tanto alazão!

#BNDES #Caixa Econômica

Acervo RR

Sinal de alerta 1

7/02/2013
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Bad news: começa a faltar matéria-prima para rodar as termelétricas a gás. Há duas semanas, a Petrobras importou a s pressas 34 milhões de metros cúbicos de gás natural de Trinidad e Tobago. O combustível foi repassado a  térmica Uruguaiana, da AES. Nos próximos dias, a estatal deverá fechar mais dois contratos com o país caribenho.

Acervo RR

Sinal de alerta 2

7/02/2013
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Em outo front, a Petrobras negocia com o governo boliviano a compra de um lote extra de gás de 80 milhões de metros cúbicos. A estatal faz pressão para que o combustível chegue até março. Normalmente, os bolivianos não garantem a entrega. Mas, depois que venceu a licitação para explorar um campo de gás de 1,1 milhão de hectares na Bolívia, o poder de barganha da Petrobras está lá nas alturas, acima de La Paz.

Acervo RR

Petrobras empacota suas refinarias em busca de um sócio

5/02/2013
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Perfeito, perfeito mesmo, seria se a Petrobras pudesse empurrar lá para frente parte expressiva dos investimentos previstos para a ampliação e modernização do seu parque de refino, deslocando os recursos para a prioritária atividade de exploração e produção. Mas, diante do grande fosso que costuma separar o ideal do real, Maria das Graças Foster acredita ter encontrado uma solução meia-sola, capaz, ao menos, de atenuar a mordida no caixa da companhia. A operação passa pelo spinoff da área de refino, com o agrupamento das 11 unidades da estatal em uma nova empresa. A medida permitiria a busca de um parceiro exclusivamente para esta unidade de negócio. Graça não está reinventando a roda. Apenas pretende replicar, em escala bem maior, uma estratégia já usada pela Petrobras no passado. Durante dez anos, a Repsol foi sócia da Refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul, com uma participação de 30%. A experiência é de boa memória para a estatal. Na ocasião, a parceria com os espanhóis permitiu acelerar a expansão da refinaria gaúcha. Procurada, a Petrobras não quis se pronunciar. A Petrobras já vem mantendo conversas preliminares com grupos interessados no negócio. Dois fortes candidatos são a mexicana Pemex e a norueguesa Statoil. A intenção da estatal seria vender de 20% a 30% da nova companhia. Para estas empresas, a operação representaria um bilhete de entrada no maior conjunto de refinarias da América Latina e, por extensão, a garantia de processamento do petróleo que eventualmente será produzido em seus campos no Brasil. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas o projeto tem arestas difíceis de serem polidas. Uma delas é convencer um grande grupo privado a ser minoritário de uma empresa sobre a qual não terá qualquer poder de ingerência. Isso para não falar que a Petrobras tem hábitos peculiares, tais como trançar sua lucratividade com os interesses políticos do governo. Ao mesmo tempo, há fortes dúvidas na estatal quanto a  inclusão ou não nesta holding das quatro refinarias em construção. Por um lado, há o temor de que estes empreendimentos afugentem os investidores; por outro, o entendimento de que todo este malabarismo só terá impacto para valer sobre o caixa da empresa se englobar também as futuras unidades. O plano de investimentos da Petrobras prevê o desembolso de quase US$ 72 bilhões na área de refino até 2016. Deste total, cerca de US$ 56 bilhões, ou algo em torno de 77%, se referem a  instalação das unidades Abreu Lima, Comperj e Premium I e II. Difícil acreditar que mais esse cavalo vencedor não tenha como garantia de viabilização um desses megafinanciamentos do BNDES. Vade retro, cruz credo!

Acervo RR

Cemig lidera uma inconfidência energética

30/01/2013
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A decisão da Cemig de recusar o modelo de renovação das licenças do setor elétrico proposto pelo governo federal foi apenas o primeiro ato de conjuração. A “Inconfidência Mineira” irá além da não-adesão ao plano de concessões e de redução de tarifas. Ainda que por vias transversas, a Cemig passará a adotar uma postura mais estatizante do que nunca, aumentando em centenas de volts sua já agressiva política de aquisições. O que está sobre a mesa é uma guinada estratégica na companhia. Antonio Anastasia pretende consolidar a Cemig como uma grande holding integrada da área de energia. Além dos negócios em geração, distribuição e transmissão, o projeto prevê o avanço da estatal na distribuição de gás e até mesmo a entrada em exploração e produção de petróleo. A mudança estratégica já vinha sendo alinhavada por Anastasia desde o ano passado. No entanto, o novo modelo de renovação das concessões e seu impacto sobre a empresa acabaram servindo como um dínamo. Até porque, ao não aceitar o plano de prorrogação das licenças, o governo mineiro passou a ter um estímulo natural para diversificar as áreas de atuação da companhia e criar essa espécie de “Cemigão”. Com a contenção dos investimentos em geração, automaticamente a empresa terá um reforço de caixa que não estava no script. Há ainda uma motivação de caráter eleitoral, não tão explícita, mas facilmente identificada por aqueles que enxergam através das lentes do interesse político. A diversificação dos negócios, notadamente na área de gás, evitará um corte maior do volume de contratos com construtoras, compensando a redução dos investimentos em geração. Para quem tem pretensões eleitorais – casos de Antonio Anastasia no âmbito regional e de Aécio Neves numa escala bem maior – a suspensão dos empenhos e contratos com fornecedores do primeiro time é contra-indicada em qualquer bula. Até as pedras sabem que as empresas de construção civil estão entre as maiores doadoras de campanha. O plano de diversificação da Cemig prioriza sua presença no segmento de gás natural. Após a compra de 40% da Gas Brasiliano, as baterias estão voltadas na direção da Comgás e da concessionária do Espírito Santo. Em ambos os casos, são tratativas complexas. Em relação a  Comgás, a Cemig precisa alinhavar um acordo com Rubens Ometto, que assumiu recentemente o controle da companhia. A estatal, no entanto, acredita ter moeda de troca: oferecer a Ometto participação em negócios do setor elétrico. No Espírito Santo, por sua vez, a associação com a concessionária local depende de um duplo acordo. Além da anuência do poder concedente – leiase o governo capixaba, nas mãos de Renato Casagrande, do PSB -, o tucano Anastasia terá de acertar os ponteiros com o PT na esfera federal, uma vez que o controle integral da empresa pertence a  BR Distribuidora. Não obstante essa encruzilhada política, dois pontos podem jogar a favor da Cemig. Um deles é o clima de dissenso entre o governo capixaba e a BR, que teria diminuído os investimentos na distribuidora – ver RR edição nº 4.423. Ao mesmo tempo, obrigada a fazer caixa, a Petrobras está reavaliando seus negócios em outras áreas e deverá reduzir sua participação em distribuidoras de gás. Procuradas, Cemig, Comgás e o governo do Espírito Santo não se pronunciaram. Já a BR informou que está investindo na distribuição de gás no estado e desconhece a operação.

Acervo RR

Companheiros

22/01/2013
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Rubem Barbosa e outros itamaratecas tucanos já podem começar a envenenar suas flechas. Os governos de Mahmoud Ahmadinejad e Dilma Rousseff negociam um acordo para investimentos do Irã em refino de petróleo no Brasil. A contrapartida é o aumento da venda de combustíveis para a Petrobras.

Acervo RR

Sortuda

15/01/2013
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A Andrade Gutierrez esclarece que a Petrobras não tem qualquer pendência financeira com ela.

Acervo RR

Nitroglicerina

14/01/2013
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A Petrobras vai acender um bolo com dez velinhas em formato de cifrão. A estatal completou um valor redondo de R$ 10 bilhões em atrasos de pagamentos a empreiteiras do primeiro time, leia-se Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, OAS, Camargo Corrêa, entre outras. Graciosa está brincando com fogo.

Acervo RR

Beto Richa e Graça Foster caminham sobre solo rachado

10/01/2013
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As relações entre o governador do Paraná, o tucano Beto Richa, e Maria das Graças Foster têm sido marcadas por abalos sísmicos. O epicentro dos tremores é a Compagas. Richa traça um futuro complicado para a distribuidora estadual de gás e joga a conta no colo da Petrobras, dona de 24,5% da empresa. Aponta a estatal como principal responsável por um quadro de engessamento da Compagas. Segundo fontes do governo do Paraná, a Petrobras estaria fazendo corpo mole para acertar a aprovação de novos investimentos na companhia, o que estaria dificultando a execução do plano de expansão da rede de distribuição. Richa joga mais lenha na fogueira. Tem propalado que a postura da Petrobras praticamente inviabiliza o projeto de venda de uma parte da distribuidora estadual para investidores privados. Entre os candidatos, estariam a Cosan, sócia da paulista Comgás, e as japonesas Mitsui e Sumitomo. O raciocínio é que ninguém se arriscará a investir na empresa enquanto a Petrobras permanecer de braços cruzados. Diante desse cenário, o governador paranaense tem cobrado da estatal o aumento dos investimentos na Compagas. Por enquanto, aos ouvidos de Graça Foster, os brados de Richa vêm soando como fracos sussurros. Neste momento, todas as atenções de Graça estão voltadas ao cumprimento do plano estratégico da companhia. Adicione-se a isso a crescente perda relativa de importância da distribuição de gás no mapa de negócios da Petrobras – ver RR edição nº 4.536. Procurados, o governo do Paraná e a Petrobras não quiseram comentar sobre o assunto. Para acirrar ainda mais os atritos, Richa tem sacado do bolso um estudo recente feito pela Secretaria de Energia do Paraná. De acordo com fontes do governo, o documento indica que, em até cinco anos, o consumo industrial de gás no estado vai superar a oferta disponível, criando um déficit energético. Mais uma vez, as flechas são atiradas contra a Petrobras, responsável pelo fornecimento do insumo a  concessionária estadual. Richa alega que o iminente gap na distribuição de gás no mercado corporativo é outro empecilho a  negociação de parte do capital da Compagas.

Acervo RR

Petrobras murcha na distribuição de gás

8/01/2013
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A onipresente Petrobras está revendo a sua participação no mercado de gás natural e prepara a venda de ações em algumas distribuidoras. A mais forte candidata a ser o ponto de partida dessa nova fase é a Bahiagás. A distribuidora deverá ser privatizada este ano e tem um sócio, a Mitsui, com disposição expansionista. O grupo japonês fez uma oferta de compra da participação da estatal, de 24,5% do total, e ouviu da direção da Petrobras um inédito sim para iniciar as conversações. A proposta mais plausível na Avenida Chile é a redução do tamanho da companhia na Bahiagás. Por este modelo, a Mitsui passaria a ter 40% e a Petrobras, 9%. A permanência da estatal está vinculada ao fornecimento de gás natural para a distribuidora baiana. Para o governo do estado, é importante manter a companhia por perto para garantir o suprimento do combustível. Procuradas, a Petrobras e a Mitsui não se pronunciaram.

Acervo RR

EPL muda o figurino da Valec para não sair dos trilhos

4/01/2013
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Apesar do anúncio feito recentemente pela presidente Dilma Rousseff de medidas para expansão da malha ferroviária brasileira, o papel da Valec ainda está sendo examinado e deverá passar por mudanças até meados deste ano. O principal artífice da nova modelagem da estatal é o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo. Entre as novidades, está a possibilidade de a Valec terceirizar a comercialização da capacidade de transporte de carga das novas ferrovias. Pelo formato atual, a Valec compra toda a capacidade de carga e depois negocia no mercado o direito de passagem na ferrovia com os interessados no modal. Figueiredo defende a flexibilização para que a Valec possa reduzir o risco de prejuízos nas operações. Desta forma, as empresas parceiras poderão atuar como trading comprando e vendendo capacidade das novas ferrovias. Surgiria assim um mercado de balcão que aumentaria a concorrência no uso dos trechos e reduziria o custo de transporte da carga. Outro ponto estudado pela EPL é o aumento da autonomia financeira da Valec. Semelhantemente ao que ocorre na Petrobras e na Eletrobras, a estatal teria liberdade de contratação de pessoal e de serviços, de aplicação dos recursos e de participação em empreendimentos privados como sócia. A ideia é amenizar ou eliminar os prováveis prejuízos com a contratação da capacidade de carga das novas ferrovias, especialmente nos trechos de grande concorrência com rodovias e hidrovias privatizadas. Procurada pelo RR, a EPL não se pronunciou. Para que a Valec versão 2.0 funcione, Bernardo Figueiredo defende a criação de um sistema de blindagem para a companhia, que sempre foi intensamente alvejada por uma saraivada de interesses políticos. A redoma incluiria a adoção de um modelo de gestão privado, com direção formada por executivos do mercado e a formação de um corpo técnico contratado por concurso. As medidas deverão dar a  Valec estrutura para suportar um crescimento da sua importância no setor de transporte e, mais do que isso, do caixa. A estimativa da EPL é de que a companhia passe a ter receita anual em torno de R$ 10 bilhões nos próximos cinco anos e vai figurar entre as três maiores compradoras de capacidade das ferrovias do país no período de quatro a seis anos.

Acervo RR

Jogo rápido

2/01/2013
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A Petrobras não deverá ter muita dificuldade para se desfazer do controle da refinaria japonesa Nansei Sekiyu. Mal a estatal anunciou a decisão de venda, a Nippon Sekiyu bateu afoita a sua porta. Não custa lembrar que a empresa, maior petrolífera do Japão, infernizou a vida da Petrobras quando a companhia adquiriu a refinaria. O receio era a concorrência da estatal brasileira.

Acervo RR

Ano da Graça

28/12/2012
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Um presentão de Ano Novo está sendo embrulhado na Petrobras. Fonte do RR informou que Maria das Graças Foster vai anunciar, com pompa e circunstância, no “Calendário da Graça de 2013” um ganho de produtividade que permitirá um expressivo corte dos investimentos no pré-sal. Atenção, não confundir a boa nova com o pacote de redução de R$ 32 bilhões nos custos da empresa.

Acervo RR

Petrobras e White Martins tiram GásLocal da caverna

20/12/2012
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Resultado do cruzamento de dois mastodontes – Petrobras e White Martins, leia-se a norte-americana Praxair – a GásLocal mais tem parecido uma corporação entupida de Stilnox, sonífero de boa cepa. Embora seja a maior comercializadora e distribuidora de gás natural liquefeito (GNL) do país, nos últimos anos a empresa entrou em um inexplicável estado de hibernação, marcado por discordâncias entre os sócios, reduzidos investimentos, tibieza estratégica e até mesmo um eclipse na mídia. Ao que tudo indica, antes tarde do que nunca, Petrobras e White Martins estão dispostas a mudar este cenário. As duas empresas estão discutindo uma série de projetos para dar uma chacoalhada na GásLocal. As medidas incluem a expansão da planta de liquefação de Paulínia (SP) e a construção de uma segunda unidade similar, agora no Nordeste, que atenderá também a s Regiões Norte e Centro-Oeste. A meta é duplicar a capacidade de processamento da empresa, chegando a  marca de 800 mil metros cúbicos por dia. A frota de carretas criogênicas, próprias para o transporte de GNL, também será ampliada. O investimento total deve ficar próximo dos R$ 300 milhões. Procuradas pelo RR, a Petrobras não se pronunciou e a White Martins não retornou o contato. De acordo com fontes da Petrobras, tanto na estatal quanto na White Martins o consenso é de que a GásLocal vive uma espécie de “ou vai ou racha”. A elasticidade das vendas de GNL é inversamente proporcional aos investimentos na distribuição de gás encanado. A própria Petrobras trabalha com a expectativa de que, em até 15 anos, a malha de dutos das concessionárias estaduais atenderá a quase todo o território nacional. Antes disso, a GásLocal terá de se reinventar para não fenecer. Os controladores da empresa entendem que a saída passa inevitavelmente por acordos com as próprias distribuidoras de gás natural. A GásLocal atuaria de forma complementar a s companhias de gás, suprindo grandes clientes, como termelétricas e indústrias. O fator Petrobras pode fazer toda a diferença. Sócia de quase todas as distribuidoras de gás natural do país, a estatal seria o elo para o fechamento das parcerias.

Acervo RR

ADM quer até a última gota de óleo da Agropalma

11/12/2012
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A ADM já firmou o pé de apoio para dar um salto de longa distância no mercado brasileiro de biodiesel. Os norte-americanos preparam sua entrada na produção de óleo de palma. E pretendem fazê-lo pela porta da frente, com a aquisição de um grande ativo do setor. Neste caso, todos os caminhos na lavoura apontam na direção da Agropalma, controlada pelo banqueiro Aloysio Faria. De acordo com uma fonte ligada a  ADM, a empresa estaria avaliada em aproximadamente R$ 800 milhões. Procurada, a Agropalma disse “não ter conhecimento dessa informação”. Já a ADM comunicou que “não comenta especulações de mercado”. Trata-se de um sonho antigo da ADM. Há cerca de quatro anos, a trading chegou a sondar a Agropalma, mas a crise global e as incertezas quanto ao mercado de biodiesel no Brasil falaram mais alto. Os norte-americanos acabaram colocando sete palmos de terra em cima do projeto. Desta vez, no entanto, a ADM tem razões de sobra para partir com apetite redobrado para cima da Agropalma. O ingresso na produção de óleo de palma é visto pelos norte-americanos como fundamental para consolidar sua operação de biocombustíveis no Brasil – o grupo é dono da maior fábrica de biodiesel de soja do país, em Rondonópolis (MT). Para a ADM, a aquisição da Agropalma teria uma maisvalia do ponto de vista geoeconômico e da distribuição das peças no tabuleiro do setor. O grupo tiraria de circulação um ativo cobiçado pelos principais players do mercado, leia-se, notadamente, a Petrobras Biocombustíveis. Nos últimos anos, a Agropalma teria enfrentado alguns percalços financeiros e operacionais, mas sacudiu a poeira e deu a volta por cima. Recentemente, anunciou um plano de investimentos superior a R$ 300 milhões. Originalmente, o projeto da ADM para a produção de biodiesel a base de palma passava exclusivamente pela montagem de uma operação própria, a começar pela construção de planta industrial no Pará, orçada em aproximadamente US$ 150 milhões. Esta hipótese ainda não está descartada. Mas os norte-americanos estão convictos de que, sem uma grande aquisição, não conseguirão ter um negócio com a escala necessária e, sobretudo, no ritmo desejado. A trading acabou se deparando com uma série de dificuldades para iniciar a produção de óleo de palma. O projeto da fábrica no Pará está atrasado. Os norte-americanos suaram até encontrar áreas liberadas pelas autoridades ambientais para o plantio de soja. Questões burocráticas ainda entravam o cultivo em algumas das terras adquiridas. Há também falta de mão de obra para trabalhar nas lavouras.

Acervo RR

Graça lança campanha “O gás é deles”

4/12/2012
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Em nome do pragmatismo tão decantado pela madrinha Dilma Rousseff, Maria das Graças Foster está renegando seus mais pétreos princípios ideológicos e convicções. A presidente da Petrobras agora quer a redução da participação dos estados ou, no limite, a própria privatização de algumas distribuidoras de gás. O motivo é a demasiada dependência dos recursos da estatal. Na condição de acionista de mais de 20 concessionárias estaduais, a Petrobras tornou-se uma espécie de trem pagador do setor. Em tempos de estiagem de crédito no mercado internacional e cortes em seu Plano Estratégico da Petrobras, não dá para manter o mesmo nível de transfusão de recursos dos tempos áureos. Graça vem mantendo conversas com alguns governadores sobre a venda de parte do capital de suas respectivas concessionárias de gás para investidores privados. A executiva já teria tratado do assunto com Jacques Wagner, Eduardo Campos e Raimundo Colombo, governadores, respectivamente, da Bahia, Pernambuco e Santa Catarina. Nos contatos, sinalizou a possibilidade de a própria Petrobras reduzir a sua fatia acionária nas distribuidoras, das quais participa por meio da Gaspetro. Que ninguém se iluda. Graça promete suor, ativismo e calafrios para o setor em 2013.


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Graça lança campanha "O gás é deles"

4/12/2012
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Em nome do pragmatismo tão decantado pela madrinha Dilma Rousseff, Maria das Graças Foster está renegando seus mais pétreos princípios ideológicos e convicções. A presidente da Petrobras agora quer a redução da participação dos estados ou, no limite, a própria privatização de algumas distribuidoras de gás. O motivo é a demasiada dependência dos recursos da estatal. Na condição de acionista de mais de 20 concessionárias estaduais, a Petrobras tornou-se uma espécie de trem pagador do setor. Em tempos de estiagem de crédito no mercado internacional e cortes em seu Plano Estratégico da Petrobras, não dá para manter o mesmo nível de transfusão de recursos dos tempos áureos. Graça vem mantendo conversas com alguns governadores sobre a venda de parte do capital de suas respectivas concessionárias de gás para investidores privados. A executiva já teria tratado do assunto com Jacques Wagner, Eduardo Campos e Raimundo Colombo, governadores, respectivamente, da Bahia, Pernambuco e Santa Catarina. Nos contatos, sinalizou a possibilidade de a própria Petrobras reduzir a sua fatia acionária nas distribuidoras, das quais participa por meio da Gaspetro. Que ninguém se iluda. Graça promete suor, ativismo e calafrios para o setor em 2013.

Acervo RR

Gazprom faz um ziguezague de promessas no Brasil

29/11/2012
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Quantas faces tem a Gazprom? Esta é a pergunta que tem sido repetida entre executivos da Petrobras, da Shell e de outras empresas do setor de petróleo e gás no Brasil. Entre elas, uma percepção em comum: o que os russos falam não se assina embaixo. A marcha da Gazprom em busca de parcerias no mercado brasileiro tem seguido um itinerário errático, feito de promessas não cumpridas, negociações que começam e não avançam e bruscas guinadas estratégicas. De acordo com uma alta fonte da Petrobras, nos últimos meses, a multinacional manteve conversações com a estatal para uma associação na área de gás. O projeto envolveria a sua entrada em concessionárias estaduais nas quais a Gaspetro tem participação. Sem trocadilho, faltou combinar com os russos. De uma hora para outra, o projeto se evaporou. No caso da Shell, estava tudo alinhavado para a construção conjunta de duas unidades de regaseificação de gás no Nordeste. Estava, é bom que se ressalte. Há pouco mais de um mês, a Gazprom mandou a operação para o espaço. Alegou que o negócio não faz mais parte de suas prioridades estratégicas para o Brasil. Procurada pelo RR, a Gazprom não quis se pronunciar . A Petrobras não se manifestou. Já a Shell disse “desconhecer” a informação. Afinal, qual é a prioridade estratégica da empresa para o Brasil? A julgar pelos seus passos mais recentes, a bola da vez é a exploração de petróleo. Segundo a mesma fonte, a Gazprom planeja montar uma frente russa no Brasil. Seu projeto agora é atrair empresas conterrâneas para a compra de participações em blocos de petróleo e gás e a disputa de áreas no présal. Os principais candidatos são a Lukoil e a Rosneft. O trio já tem negócios conjuntos na Venezuela, a maioria em parceria com a PDVSA. A antipatia e desconfiança que os russos têm alimentado no Brasil é apenas uma parte desta história. As consequências do “vai, não vai” são bem mais profundas, proporcionais ao peso, a  importância e a  expectativa do setor em relação aos movimentos da Gazprom no país. A companhia é um transatlântico. Qualquer investimento vindo daquelas bandas pode deslocar posições e fazer e desfazer negócios no mercado brasileiro. A empresa já acenou com aportes de mais de US$ 10 bilhões no Brasil. Bravata, blefe, mais uma volátil promessa? Talvez sim, talvez não. Mas não custa lembrar que na Venezuela os russos já despejaram cerca de US$ 15 bilhões.

Acervo RR

Gas Brasiliano inflama relações entre Petrobras e Cemig

27/11/2012
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De um lado, a aspereza, a fala trovejante e o baixo jogo de cintura; do outro, a maciez, o tom de voz quase inaudível dos mineiros e a aptidão congênita para o contorcionismo político. No 23º andar da Petrobras, onde fica a presidência da estatal, há uma enorme curiosidade em relação ao duelo de estilos que está prestes a ser travado entre Maria das Graças Foster e Aécio Neves, espécie de governador vitalício de Minas Gerais e presidente de honra da Cemig. O cenário do embate é a Gas Brasiliano. Sócias da distribuidora paulista, as duas estatais andam a s turras por causa do plano de investimentos da empresa. A Cemig defende o aumento dos aportes no biênio 2013-2014 de R$ 170 milhões para algo perto de R$ 300 milhões. Alega que os recursos previstos não são suficientes para tocar os projetos em andamento, o que poderá afetar a rentabilidade da concessionária. Segundo uma fonte da Cemig, o próprio Aécio teria se comprometido com o governador Antonio Anastasia a usar a tribuna do Senado para alardear o posicionamento da empresa mineira. Procurada, a Petrobras não quis comentar o assunto. Já a Cemig não se manifestou. Ressalte-se que, de certa forma, há um embate entre o simbólico e o real. Para todos os efeitos, Aécio é apenas um brasão da Cemig. Não tem cargo ou mandato para falar oficialmente pela empresa, ao contrário de Graça, praticamente “Ministra da Petrobras”. Graça não está disposta a alterar o programa de investimentos da Gas Brasiliano. Alega que as cifras foram avaliadas e aprovadas pelo Conselho da concessionária. Além disso, ao tomar tal decisão, Graça não olha somente para a Gas Brasiliano, mas, sim, para toda a complexa engrenagem financeira da Petrobras. A companhia tem feito acrobacias para cumprir a  risca seu planejamento estratégico. Qualquer ajuste, por menor que seja, nos recursos alocados para a concessionária paulista terá impacto direto sobre seu próprio plano de investimentos. Um terceiro personagem tem colocado ainda mais lenha na fogueira da Gas Brasiliano. A Agência Reguladora de Saneamento e Energia (Arsesp) vem fazendo críticas sistemáticas a  falta de maiores investimentos na Gas Brasiliano. Por ora, a questão fica restrita ao voluntarismo das autoridades regulatórias. Como o plano de investimentos da concessionária foi aprovado junto a  própria Arsesp, até 2014, a empresa não corre o risco de receber qualquer multa. No entanto, a Cemig tem instrumentalizado o episódio, com o objetivo de pressionar a Petrobras a rever, desde já, a estratégia de investimentos da Gas Brasiliano. Esta pendenga deve ganhar lances ainda mais inflamáveis em breve. Segundo a mesma fonte, a estatal mineira estuda a possibilidade de colocar sobre a mesa uma proposta para comprar 10% da concessionária em poder da Petrobras, dona de 60% do capital. Ou seja: as duas estatais passariam a dividir o controle da distribuidora paulista. Difícil imaginar que a Petrobras abra essa brecha para a Cemig. Mas vale toda a atenção. Aécio se mexe sem fazer barulho.

Acervo RR

Mitsui reserva Á  Gaspart o oposto do que disse antes

16/11/2012
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Será que a Mitsui é uma metamorfose ambulante ou é a errática postura dos governos estaduais que impede os japoneses de ter aquela velha opinião formada sobre seus investimentos em gás no Brasil? Perguntem ao presidente do grupo no país, Shinsuke Fujii. O executivo já perdeu as contas de quantas vezes discutiu e rediscutiu com o board o futuro da Mitsui no mercado brasileiro de distribuição de gás, devido, principalmente, a s indefinições que cercam o destino de algumas das principais empresas do setor. Neste labiríntico vai-e-vem, os japoneses decidiram, mais uma vez, dar meia-volta, volver em relação ao destino da Gaspart, que reúne participações em sete concessionárias estaduais – Algás (AL), Bahiagás, Compagás (PR), Copergás (PE), PBgás, SCgás (Santa Catarina) e Sergás (Sergipe). De acordo com informações filtradas junto a  própria Mitsui, o grupo desistiu de vender a empresa, operação que já era dada como favas contadas entre seus próprios executivos. A reviravolta será acompanhada de uma farta temporada de investimentos no negócio. A ideia dos japoneses é usar a Gaspart como ponta de lança para a entrada em novas distribuidoras e a consequente formação de um colar ainda mais amplo de ativos no segmento. Segundo uma fonte ligada a  Mitsui, nos últimos meses houve conversações com a Petrobras e a russa Gazprom, ambas interessadas na aquisição da Gaspart. Mas os ventos mudaram de direção e a biruta dos japoneses virou pelo avesso. A decisão do grupo se baseia na expectativa de que, no próximo ano, finalmente diversos governos estaduais vão deslanchar a privatização ou a venda de parte das ações de suas distribuidoras de gás – em alguns casos, existem operações travadas há quase uma década. Os leilões vão dar nova vida ao setor. Há estimativas de que os investimentos privados poderão alcançar R$ 20 bilhões ao longo da próxima década, contando-se apenas as distribuidoras estatais que deverão ser colocadas na vitrine. Três destas empresas são consideradas prioridade pela Mitsui: Bahiagás, Compagás e SCGás. Pelo fato de a Gaspart já estar no capital, os orientais entendem que poderão entrar na disputa com uma cabeça de vantagem em relação aos seus concorrentes, sobretudo se o leilão for definido com base no critério do maior volume de investimentos e não da oferta mais alta pelas ações. Outra companhia que está na mira da Mitsui é a Gasmig, terceira maior distribuidora do Brasil. Neste caso, a operação não deve passar pela venda do controle, mas, sim, de uma parte do capital. Procurada pelo RR, a Mitsui não se pronunciou.

Acervo RR

Sócio refinado

14/11/2012
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Surgiu um candidato para o lugar da PDVSA na Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. A estatal China National Petroleum Corporation (CNPC) está interessada no negócio. Como a presença da empresa venezuelana no empreendimento sempre esteve mais para uma miragem, basta a  CNPC chegar, botar o dinheiro sobre a mesa e seguir viagem ao lado da Petrobras. Consultada, a estatal não quis se manifestar

Acervo RR

Petrobras redesenha os dutos societários no mercado de gás

6/11/2012
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A Petrobras está rearrumando a teia das suas empresas de logística do gás para dobrar o tamanho da sua controlada Transportadora Associada de Gás (TAG). A operação permitirá um salto do faturamento da TAG dos R$ 4,5bilhões registrados no ano passado para algo próximo de R$ 8 bilhões. Mais do que um mero remanejamento acionário, a engenharia é tratada na empresa como um movimento estratégico. A estatal espera abrir caminho para ampliar sua participação na Transportadora Brasileira do Gasoduto Bolívia Brasil(TBG) e, por extensão,aumentar seu poder sobre a logística do gás boliviano em solo brasileiro. É neste ponto da história que entra a TAG. A Petrobras vai concentrar na subsidiária todas as suas participações no setor. O ponto chave é justamente a incorporação das ações da estatal na TBG – operadora do lado brasileiro do gasoduto- e na Gas Transboliviano(GTB) – responsável pelo lado de lá da fronteira. A reboque, a TAG vai assumir também as participações da Petrobras nas menos votadas Transportadora Norte brasileira de Gás (TNG), na Transportadora do Meio Norte(TMN) e na Transportadora Sul Brasileira (TSB). A operação terá de passar pelo crivo dos demais acionistas da TBG e da GTB,uma lista formada por diversas etnias empresariais e credos estratégicos. Estão neste rol Shell, Transredes,Prisma Energy – que herdou os ativos da Enron -,BG, EL Paso, Total e a sempre complicada estatal boliviana YPFB. Em meio a este processo, a Petrobras pretende costurar também a ampliação da sua fatia societária na TBG. Hoje, a participação é de 51%. Sua intenção é avançar para algo próximo dos 70%, comprando parte das ações hoje pertencentes a  BG e a  YPFB.Procurada, a Petrobras não quis se pronunciar. Em tempo: o modelo de toda esta operação repousava há cerca de cinco anos em alguma gaveta da Petrobras.Ele foi originalmente concebido em 2007, durante a gestão de Ildo Sauer na diretoria de energia e gás da estatal. Não por coincidência,o projeto ressuscita pelas mãos de Maria das Graças Foster, que sucedeu o executivo na diretoria de gás e energia e conhece de cor cada vírgula e cada ponto da proposta.


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Petrobras

30/10/2012
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A Petrobras estuda a venda de sua participação de 70% em um bloco de petróleo na Líbia, parceria com a australiana OSL. O motivo nem é a instabilidade política no país africano, mas a necessidade da estatal de se desfazer do excesso de peso para fazer frente ao seu plano de investimentos no Brasil. Procurada, a Petrobras informou que “está constantemente analisando oportunidades de negócios alinhadas ao seu planejamento.”


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Gás boliviano

25/10/2012
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A direção da Petrobras deu início a uma intrincada negociação com o governo da Bolívia. Em jogo, o novo plano de investimentos da estatal no país andino, notadamente na exploração de gás. A preocupação do governo brasileiro é garantir, desde já, o fornecimento do produto a partir de 2020, quando vencem os atuais contratos de venda de gás.

Acervo RR

Goldman Sachs e Barclays sobrevoam os canaviais brasileiros

23/10/2012
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As medidas adotadas pelo governo para conter o processo de desnacionalização da indústria sucroalcooleira – leia-se empréstimos do BNDES e, sobretudo, a associação da Petrobras Biocombustíveis com empresas brasileiras – têm se revelado um bagaço de cana. Como se não bastasse o sucessivo desembarque de grupos estrangeiros no setor, está em curso um segundo ciclo de invasão, desta vez capitaneado por fundos de investimento. A fila é puxada pela Goldman Sachs e pelo Barclays. Private equities administrados pelos dois bancos norteamericanos estão em busca de usinas de açúcar e álcool no Brasil. A dupla tem a companhia de um pool de fundos de alto risco, mais conhecidos no mercado de capitais como “abutres”. Como não poderia deixar de ser, as investidas dos norte-americanos estão concentradas em empresas com notórias dificuldades financeiras, presas fáceis para as aves de rapina prestes a pousar nos canaviais brasileiros. O script prevê a aquisição de parte do capital ou do controle, o saneamento destas empresas e sua posterior negociação. Um dos alvos dos fundos é o Grupo João Lyra, há anos em crise. Dono de três usinas em Alagoas e duas em Minas Gerais, o conglomerado carrega sobre os ombros uma dívida superior a R$ 1,2 bilhão. Por algum tempo, o empresário e deputado federal João Lyra contou com o luxuoso auxílio de antigos aliados políticos, a começar por Fernando Collor de Mello – o ex-presidente teria sido decisivo para garantir, por um bom tempo, um contrato de fornecimento de etanol entre o grupo alagoano e a BR Distribuidora. Mas a fonte secou e já há algum tempo Lyra busca um comprador para o negócio. Trata-se de uma operação intrincada. A venda do controle ou até mesmo de parte do Grupo João Lyra depende da anuência dos credores e, sobretudo, da Justiça. No fim de setembro, a 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Alagoas decretou a falência da empresa. Outra empresa na mira de Goldman Sachs, Barclays e cia. é a Shree Renuka do Brasil, controlada pelo grupo indiano de mesmo nome. A companhia também passa por uma entressafra financeira. Seus investimentos, notadamente a compra de duas usinas no Paraná, causaram um efeito colateral: uma dívida superior a R$ 1 bilhão. A empresa não estaria recebendo novos recursos da matriz, o que a torna um alvo em potencial para os fundos norte-americanos. Procurado, o Grupo João Lyra não retornou. Já a Shree Renuka não quis se pronunciar


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Princesa Isabel

18/10/2012
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Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, deverá vir ao Brasil até novembro. Segundo informações filtradas junto a  Petrobras, sua agenda inclui reunião com executivos da empresa. Em pauta, parceria com a estatal angolana Sonangol para exploração de petróleo no Rio e em São Paulo. Isabel, sozinha, é uma holding. Detém participações em empresas angolanas e ainda é uma espécie de embaixadora do país para negócios internacionais.


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Evaporação

15/10/2012
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A Tereos está revendo os planos de produzir etanol em Moçambique, em parceria com a Petrobras Biocombustíveis. Procurada, a Tereos informou que “não comenta especulações de mercado”.


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Poço seco

11/10/2012
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A mexicana Pemex já percebeu que, muito provavelmente, terá de procurar um novo parceiro para a próxima licitação da ANP. Até o momento, as conversas com a Petrobras não renderam uma única gota.

Acervo RR

Graça Foster quer alforria da Petrobras nos leilões de biodiesel

3/10/2012
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Maria das Graças Foster não cabe entre as paredes da Petrobras. Com um raio de ação cada vez mais amplo, que há muito já ultrapassou o perímetro da estatal, Graça articula no governo uma drástica mudança nos leilões de compra de biodiesel. O ponto nevrálgico envolve a própria Petrobras. Graça quer que a companhia deixe de ser a única responsável pela compra da produção e a revenda do combustível para as distribuidoras, papel que ocupou nas quase 30 licitações já realizadas pela ANP. A estatal passaria a ser mais uma na multidão, disputando os leilões com outros players. Graça não renega que a Petrobras tenha sido indispensável para alavancar os leilões de biodiesel no país. Mas sua justificativa é que o formato acabou se transformando em um fardo para a companhia. Com o aumento da capacidade de produção, a Petrobras passou a ser obrigada a comprar volumes cada vez maiores do combustível, formando estoques e assumindo sozinha os riscos inerentes a s oscilações das cotações. Este é mais um dos campos minados que Graça resolve atravessar. Além de pisar em um território pertencente ao Ministério de Minas e Energia e a  ANP, responsáveis pela formatação do modelo dos leilões, a presidente da Petrobras esbarra nos interesses dos produtores de biodiesel. Se, por um lado, a medida deverá gerar uma maior competição no segmento, com a entrada de novos investidores, por outro a Petrobras terá uma margem de manobra maior. A empresa não precisará seguir as regras estabelecidas pela ANP. Poderá adquirir diretamente o biodiesel junto ao produtor, usando todo o seu poder de barganha. Não por acaso, entre os usineiros, há quem classifique o movimento ensaiado por Maria das Graças Foster como um número de ilusionismo. A Petrobras daria um passo atrás para, depois, dar dois a  frente. Noves fora a grita dos produtores, o que Maria das Graças Foster propõe é uma mudança complexa. A alforria da Petrobras exigirá a reconstrução da espinha dorsal do modelo de leilões de biodiesel elaborado pelo Ministério de Minas e Energia e pela ANP. É complicado, mas, quando Graça quer uma coisa, sai debaixo. Para ela, está mais do que na hora de a Petrobras se livrar destas algemas e ter margem para atuar neste segmento de acordo com seus planos estratégicos. A empresa pretende, por exemplo, ampliar a produção própria, com construção de novas usinas e a compra de ativos no setor.


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GE

2/10/2012
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A GE está penando nas mãos da Petrobras. Maria das Graças Foster tem feito pressão para antecipar a entrega de algumas encomendas da área de E&P, devido a necessidades de produção da estatal. Procuradas, as duas empresas não quiseram se pronunciar.

Acervo RR

Sócio espaçoso

27/09/2012
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Quem resiste a  pressão da Petrobras? Que o diga a São Martinho. O grupo deverá vender parte de suas ações na Nova Fronteira Bioenergia para a estatal. Com a operação, a Petrobras passará a dividir o controle da empresa. Trata-se de um antigo, digamos assim, pleito da estatal, que atingiu o ponto de ebulição na gestão de Maria das Graças Foster. Consultadas, a São Martinho e a Petrobras “não comentaram sobre a informação”.

Acervo RR

Chevron mergulha nos ativos da Petrobras

25/09/2012
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A Chevron é forte candidata a fechar uma parceria bilionária com a Petrobras. A petroleira norte- americana negocia a compra de 50% blocos de exploração e produção da estatal no Golfo do México. As conversações têm sido conduzidas pelo Morgan Stanley, adviser da Petrobras na operação. Segundo informações filtradas junto a  estatal, a negociação pode girar entre US$ 3,5 bilhões e US$ 4 bilhões. Procurada pelo RR, a Chevron não quis comentar o assunto. Já a Petrobras não retornou. Como parte do pagamento, a Chevron estaria disposta a oferecer a  Petrobras participação societária em seus blocos no Brasil. Na companhia, há quem diga que a moeda de troca dos norte-americanos tem segundas intenções. A Chevron enxerga na eventual associação com a Petrobras uma forma de limpar sua imagem no país. Sua reputação ficou extremamente agastada depois do grande vazamento de óleo na bacia de Campos, que levou a ANP a suspender as operações em E&P da Chevron no país

Acervo RR

. McLaren

24/09/2012
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O estaleiro MacLaren, comandado pela musa da indústria naval, Gisele MacLaren, tenta abalroar o Atlântico Sul. Discretamente, articula-se com a direção da Petrobras para fisgar algumas das encomendas feitas ao estaleiro pernambucano. A empresária aposta suas fichas que o Atlântico Sul não conseguirá atender aos pedidos da estatal. O MacLaren não retornou aos contatos feitos pelo RR.

Acervo RR

Refino

21/09/2012
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A Ecopetrol propôs a  Petrobras um acordo para a construção de uma grande refinaria na Colômbia. Não vai ser fácil tirar o projeto do papel. A estatal brasileira tem caminhado justamente no sentido oposto, com a venda de ativos em refino no exterior. Procurada, a Petrobras não se manifestou.

Acervo RR

Gerdau é um maestro regido pela orquestra

21/09/2012
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Um dos mais influentes conselheiros de Dilma Rousseff e espécie de regente das relações entre o governo e o empresariado, Jorge Gerdau tornou-se protagonista de uma ópera encenada em três atos, com andamentos bem distintos. Nesta montagem, Gerdau vem sendo forçosamente conduzido pela baqueta dos fatos. A orquestra é que rege o maestro. O ritmo da música varia em função do êxito ou do insucesso do empresário em suas variadas missões. A seguir, o libreto de um espetáculo repleto de idas e vindas: – PRIMEIRO ATO (ALLEGRO): A primavera do convencimento. Logo após o anúncio do novo plano de concessões públicas, Jorge Gerdau apresentou a  Dilma Rousseff uma proposta para despertar de vez o ânimo do empresariado. O projeto em questão previa a profissionalização da gestão e a abertura de capital de um pacotão de organismos públicos, que estão na fronteira entre autarquias e empresas estatais. A lista de candidatos incluía, entre outros nomes, Embrapa, Dataprev, Infrapar, nova subsidiária da Infraero, e até o Cenpes, braço de pesquisa da Petrobras, além das diversas autoridades portuárias do país (Cias. Docas). A principal justificativa para o IPO seria não apenas o aumento, per si, do fôlego financeiro destas instituições, mas também a possibilidade de usá-las como indutoras de investimentos em seus setores. O governo teria participação minoritária no capital – nada a que ele já não esteja habituado, em negócios no sistema bancário, no mercado de seguros ou em energia elétrica. Dilma Rousseff encantou-se pela medida e chegou a iniciar estudos para a sua implantação. O empresariado já estava conquistado. Mas, no meio da apresentação, a orquestra mudou seu andamento. – SEGUNDO ATO (MODERATO): Após uma sucessão de acordes maviosos, quando Jorge Gerdau parecia perto de emplacar um grande programa hiperliberal, o ritmo da orquestra ficou mais lento. Aos ouvidos do empresário, o andamento adquiriu um tom melancólico. Após o encanto inicial, a própria Dilma deu meia-volta, volver na proposta. O governo passou a ver mais óbices do que vantagens nos planos de Gerdau. A abertura de capital em série de empresas com tantas peculiaridades e estruturas distintas foi considerada uma ação extremamente complexa e praticamente inviável, devido aos entraves legais e burocráticos. Sem o IPO, o governo deverá levar adiante apenas o processo de profissionalização administrativa. A medida vai instituir a figura da meritocracia em diversas companhias públicas. Diante das circunstâncias, não deixa de ser uma vitória, mas pela metade. – TERCEIRO ATO (GRAVISSIMO): A música fica extremamente lenta, fechada, em um tom quase sombrio. É o anticlímax. Neste ato, Gerdau entrega-se a uma missão bem mais espinhosa. Ele tem se desdobrado para aparar arestas entre o governo e o empresariado. O motivo são as medidas anunciadas pela equipe econômica, vistas como quebra de contrato. Entram neste cesto a redução das tarifas de energia e o feérico turnover de benefícios fiscais que, na prática, vai gerar transferência de renda de um setor para o outro. Estas decisões provocaram uma onda de desconfiança em relação a  ambiência regulatória e a  capacidade do governo de cumprir contratos. Por ora, nada de grand finale, nem sequer de finale. É hora de esperar pela próxima partitura. O violoncelo chora sozinho no palco.

Acervo RR

Nos cascos

18/09/2012
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A Petrobras vai apertar o cerco a  indústria naval. Não permitirá mais que os estaleiros com os quais fechou encomendas façam mudanças de tecnologia durante a construção das embarcações. Aconteceu uma vez só, no Atlântico Sul, e deu no que deu. Procurada, a Petrobras não quis comentar o assunto.


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Graça ergue a bandeira da "nacionalização possível"

13/09/2012
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Querer não é exatamente poder – embora ela possa, e muito. Mas Maria das Graças Foster decidiu encampar uma causa polêmica, extremamente impopular entre o empresariado nacional e, acima de tudo, conflitante com o momento de desindustrialização que atravessa o país. Graça tem feito desabrida campanha pela redução do índice de nacionalização de máquinas e equipamentos para a área de petróleo e gás. É bom ressaltar que a medida não tem qualquer familiaridade com o seu ideário. Graça, nacionalista de carteirinha, defende a proposta como se estivesse se impingindo um autoflagelo, quase uma mutilação. Mas, entre o apego a s suas mais arraigadas convicções e o cumprimento do cronograma de investimentos da Petrobras, o pragmatismo falou mais alto. Graça está convencida de que será impossível entregar no prazo os projetos da estatal na área de E&P com o atual coeficiente de nacionalização – que prevê uma cota média de 65% de produtos e serviços made in Brazil. E, dessa vez, nem dá para culpar José Sergio Gabrielli. Até pelo cargo que ocupa, é natural que Graça Foster esteja na linha de frente da mobilização junto ao governo. Esta, no entanto, é uma bandeira hasteada tanto pela Petrobras quanto por outras grandes petroleiras. Há um consenso de que a política de nacionalização pode até ter se alinhado ao pleito de muitos setores da indústria, mas caminhou de costas para os interesses da área de E&P. As empresas de petróleo comungam também a aversão ao trabalho da ANP. A agência reguladora teria se baseado em dados equivocados, que acabaram servindo como referência para o cálculo do coeficiente de nacionalização. Além disso, existe a sensação de que a ANP olhou muito mais para o próprio umbigo do que para o interesse nacional. A entidade teria enxergado na nova política um caminho para aumentar sua influência sobre o setor. A equação é simples: regulação é igual a poder. Quanto mais amarras, mais a ANP mandará. As petroleiras alegam ainda que a medida gerou benefícios a uma miríade de interessados que contribuirão pouco ou nada para a nacionalização do setor. São estaleiros que nunca foram estaleiros, produtores de bens de capital que nunca foram produtores de bens de capital e outras empresas que querem apenas o bem-bom da reserva de mercado, mas não se comprometem com prazos. Há ainda uma leva de fundos de private equity que atuam em toda a cadeia de suprimento para a produção do petróleo, na maioria dos casos apoiando-se em recursos do governo. Para Graça Foster e outros dirigentes do setor, a conta não fecha e ponto final. Segundo cálculos da Petrobras, hoje a indústria nacional não teria condições de atender sequer a 40% da demanda por máquinas e equipamentos. A situação tende a se agravar em 2013, com os leilões do pré-sal. No caso da indústria naval, o cenário é mais dramático. O maior exemplo são as encomendas da Transpetro no âmbito do Promef. No médio prazo, é quase impossível que os estaleiros nacionais garantam o coeficiente de 70%. O gargalo, aliás, começa na base da pirâmide de produção. A Usiminas, que detém praticamente o monopólio no fornecimento de chapas de aço para o setor naval, está longe de suprir a demanda. Isso para não citar a falta de competitividade do produto nacional, até 40% mais caro do que no exterior. Resultado: o que Graça e seus pares querem é a nacionalização possível no horizonte. O coeficiente ótimo, seja lá qual for, fica depois.

Acervo RR

Graça ergue a bandeira da “nacionalização possível”

13/09/2012
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Querer não é exatamente poder – embora ela possa, e muito. Mas Maria das Graças Foster decidiu encampar uma causa polêmica, extremamente impopular entre o empresariado nacional e, acima de tudo, conflitante com o momento de desindustrialização que atravessa o país. Graça tem feito desabrida campanha pela redução do índice de nacionalização de máquinas e equipamentos para a área de petróleo e gás. É bom ressaltar que a medida não tem qualquer familiaridade com o seu ideário. Graça, nacionalista de carteirinha, defende a proposta como se estivesse se impingindo um autoflagelo, quase uma mutilação. Mas, entre o apego a s suas mais arraigadas convicções e o cumprimento do cronograma de investimentos da Petrobras, o pragmatismo falou mais alto. Graça está convencida de que será impossível entregar no prazo os projetos da estatal na área de E&P com o atual coeficiente de nacionalização – que prevê uma cota média de 65% de produtos e serviços made in Brazil. E, dessa vez, nem dá para culpar José Sergio Gabrielli. Até pelo cargo que ocupa, é natural que Graça Foster esteja na linha de frente da mobilização junto ao governo. Esta, no entanto, é uma bandeira hasteada tanto pela Petrobras quanto por outras grandes petroleiras. Há um consenso de que a política de nacionalização pode até ter se alinhado ao pleito de muitos setores da indústria, mas caminhou de costas para os interesses da área de E&P. As empresas de petróleo comungam também a aversão ao trabalho da ANP. A agência reguladora teria se baseado em dados equivocados, que acabaram servindo como referência para o cálculo do coeficiente de nacionalização. Além disso, existe a sensação de que a ANP olhou muito mais para o próprio umbigo do que para o interesse nacional. A entidade teria enxergado na nova política um caminho para aumentar sua influência sobre o setor. A equação é simples: regulação é igual a poder. Quanto mais amarras, mais a ANP mandará. As petroleiras alegam ainda que a medida gerou benefícios a uma miríade de interessados que contribuirão pouco ou nada para a nacionalização do setor. São estaleiros que nunca foram estaleiros, produtores de bens de capital que nunca foram produtores de bens de capital e outras empresas que querem apenas o bem-bom da reserva de mercado, mas não se comprometem com prazos. Há ainda uma leva de fundos de private equity que atuam em toda a cadeia de suprimento para a produção do petróleo, na maioria dos casos apoiando-se em recursos do governo. Para Graça Foster e outros dirigentes do setor, a conta não fecha e ponto final. Segundo cálculos da Petrobras, hoje a indústria nacional não teria condições de atender sequer a 40% da demanda por máquinas e equipamentos. A situação tende a se agravar em 2013, com os leilões do pré-sal. No caso da indústria naval, o cenário é mais dramático. O maior exemplo são as encomendas da Transpetro no âmbito do Promef. No médio prazo, é quase impossível que os estaleiros nacionais garantam o coeficiente de 70%. O gargalo, aliás, começa na base da pirâmide de produção. A Usiminas, que detém praticamente o monopólio no fornecimento de chapas de aço para o setor naval, está longe de suprir a demanda. Isso para não citar a falta de competitividade do produto nacional, até 40% mais caro do que no exterior. Resultado: o que Graça e seus pares querem é a nacionalização possível no horizonte. O coeficiente ótimo, seja lá qual for, fica depois.


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Gas Brasiliano

12/09/2012
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A convivência entre a Gas Brasiliano e a Arsesp está indo mal. Pela segunda vez em seis meses, a agência reguladora paulista está cobrando da Petrobras e da Cemig, sócias da empresa, o aumento dos investimentos na expansão da rede de distribuição. Procurada, a Arsesp confirmou que “vem cobrando da distribuidora maior agilidade no cronograma de investimentos”. Informou ainda que uma eventual sanção “só ocorrerá no término do atual ciclo quinquenal, em dezembro de 2014”.


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Mil e uma noites

11/09/2012
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As conversas entre Petrobras e Saudi Aramco para operações conjuntas no présal estão virando fumaça. O grupo árabe decidiu condicionar a parceria a investimentos também no Oriente Médio. Agora, logo agora que a Petrobras está suando em bicas para cumprir seu orçamento e tocar os projetos no Brasil?

Acervo RR

Restrição ao álcool

3/09/2012
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O cobertor da Petrobras Biocombustíveis está curto demais. De um lado, a empresa precisa cumprir praticamente uma missão de Estado: comprar participações em usinas sucroalcooleiras e frear a desnacionalização do setor: do outro, terá de enfrentar um corte de orçamento da ordem de 30% em 2013, que deverá ser oficializado nas próximas semanas. É o preço dos ajustes no plano estratégico da Petrobras. Procurada, a estatal não quis comentar o assunto.

Acervo RR

Gás da Cosan

27/08/2012
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A Comgás foi apenas a porta de entrada da Cosan na distribuição de gás. Rubens Ometto sinalizou a  Petrobras o interesse em comprar metade da Gas Brasiliano, controlada pela estatal. Procurada pelo RR, a Cosan informou que “não comenta rumores de mercado”. A Petrobras não quis comentar o assunto.

Acervo RR

Graça fala em nome de “Deus” na Insiderbras

14/08/2012
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A Petrobras instaurou um regime de exceção nas suas relações com o mercado de capitais. Seus dirigentes falam o que querem e quando querem sem se preocupar com o impacto das suas declarações na flutuação do preço das ações. Para a estatal, portanto, não existe manipulação de mercado. Ela é diferente. O que já era um desrespeito a um princípio basilar da governança foi levado ao paroxismo com o ingresso de Maria das Graças Foster na presidência da companhia. Talvez ela nem tenha pecado tanto por incontinência verbal, mas, quando se reporta ao mercado, suas declarações são imediatamente interpretadas como um fato consumado. O senso comum é que Graça vocaliza Dilma Rousseff, até que a presidente da República diga o contrário. Por exemplo: ninguém mais tem dúvida de que o governo aumentará os preços dos combustíveis até o fim do ano. Não seria por causa da necessidade de cobertura das contas fiscais por meio dos dividendos pagos pela Petrobras? Também. Essa medida não seria ainda condição sine qua nom para o reequilíbrio do nível de endividamento e a recuperação dos resultados da empresa? Certamente. Mas ninguém mais questiona que os preços serão elevados ainda neste ano – muito provavelmente nos próximos 30 dias – por uma questão simples e objetiva: Graça garantiu, de forma tonitruante, que o reajuste vai sair, desmentindo, na ocasião, o próprio ministro Edison Lobão, seu superior hierárquico. Como tem de produzir receita para ajudar o governo a chegar próximo da meta de superávit primário, a presidente da Petrobras já se imbuiu da missão de cavucar o lucro nos últimos cinco meses do ano. E tome de deitar falação de como a empresa vai fazer aqui e ali para jorrar recursos sem que o aumento da produção de petróleo dê o ar da sua graça. Vale todo o tipo de casuísmo. Graça já anunciou, por exemplo, que “levará” ao Conselho proposta para que a distribuição de dividendos seja a que melhor aprouver ao governo. Ou seja: estender a s ONs a mesma regra aplicada a s PNs. Maria das Graças Foster não está reinventando a roda. O que ela traz de inovação é apenas a sua madrinha. Manipular o mercado, seja por meio de declarações públicas de seus executivos, seja escondendo no armário informações estratégicas, é prática recorrente na Petrobras. Um dos exemplos mais emblemáticos é o próprio pré-sal. Durante meses, a companhia manteve guardadas a sete chaves as descobertas na nova camada. O ex-diretor da estatal Ildo Sauer chegou a declarar que a empresa tinha conhecimento sobre o présal desde meados de 2006. Entre a suposta data da descoberta e o anúncio oficial, que ocorreu apenas em 2007, as ações preferenciais subiram de US$ 8 para US$ 27, o que é visto por muitos como indício de que houve vazamento de informações sobre as novas reservas no pré-sal. Nos Estados Unidos, diversos investidores que negociavam ADRs da Petrobras foram presos acusados de insider information. Outro episódio que maculou a biografia da empresa foi a subscrição de ações liderada pelo governo com o intuito de reduzir a participação de investidores estrangeiros. Quando a operação foi anunciada, a ação preferencial era cotada a US$ 20. Após a subscrição, lastreadas em barris de petróleos a serem produzidos no futuro – e, como dizia Althusser, o futuro demora muito ainda -, o papel caiu para US$ 8. Se a tela ainda estivesse em branco e o quadro, por ser pintado, faria melhor vista transformar a Petrobras em uma autarquia vinculada a  Presidência da República


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Graça fala em nome de "Deus" na Insiderbras

14/08/2012
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A Petrobras instaurou um regime de exceção nas suas relações com o mercado de capitais. Seus dirigentes falam o que querem e quando querem sem se preocupar com o impacto das suas declarações na flutuação do preço das ações. Para a estatal, portanto, não existe manipulação de mercado. Ela é diferente. O que já era um desrespeito a um princípio basilar da governança foi levado ao paroxismo com o ingresso de Maria das Graças Foster na presidência da companhia. Talvez ela nem tenha pecado tanto por incontinência verbal, mas, quando se reporta ao mercado, suas declarações são imediatamente interpretadas como um fato consumado. O senso comum é que Graça vocaliza Dilma Rousseff, até que a presidente da República diga o contrário. Por exemplo: ninguém mais tem dúvida de que o governo aumentará os preços dos combustíveis até o fim do ano. Não seria por causa da necessidade de cobertura das contas fiscais por meio dos dividendos pagos pela Petrobras? Também. Essa medida não seria ainda condição sine qua nom para o reequilíbrio do nível de endividamento e a recuperação dos resultados da empresa? Certamente. Mas ninguém mais questiona que os preços serão elevados ainda neste ano – muito provavelmente nos próximos 30 dias – por uma questão simples e objetiva: Graça garantiu, de forma tonitruante, que o reajuste vai sair, desmentindo, na ocasião, o próprio ministro Edison Lobão, seu superior hierárquico. Como tem de produzir receita para ajudar o governo a chegar próximo da meta de superávit primário, a presidente da Petrobras já se imbuiu da missão de cavucar o lucro nos últimos cinco meses do ano. E tome de deitar falação de como a empresa vai fazer aqui e ali para jorrar recursos sem que o aumento da produção de petróleo dê o ar da sua graça. Vale todo o tipo de casuísmo. Graça já anunciou, por exemplo, que “levará” ao Conselho proposta para que a distribuição de dividendos seja a que melhor aprouver ao governo. Ou seja: estender a s ONs a mesma regra aplicada a s PNs. Maria das Graças Foster não está reinventando a roda. O que ela traz de inovação é apenas a sua madrinha. Manipular o mercado, seja por meio de declarações públicas de seus executivos, seja escondendo no armário informações estratégicas, é prática recorrente na Petrobras. Um dos exemplos mais emblemáticos é o próprio pré-sal. Durante meses, a companhia manteve guardadas a sete chaves as descobertas na nova camada. O ex-diretor da estatal Ildo Sauer chegou a declarar que a empresa tinha conhecimento sobre o présal desde meados de 2006. Entre a suposta data da descoberta e o anúncio oficial, que ocorreu apenas em 2007, as ações preferenciais subiram de US$ 8 para US$ 27, o que é visto por muitos como indício de que houve vazamento de informações sobre as novas reservas no pré-sal. Nos Estados Unidos, diversos investidores que negociavam ADRs da Petrobras foram presos acusados de insider information. Outro episódio que maculou a biografia da empresa foi a subscrição de ações liderada pelo governo com o intuito de reduzir a participação de investidores estrangeiros. Quando a operação foi anunciada, a ação preferencial era cotada a US$ 20. Após a subscrição, lastreadas em barris de petróleos a serem produzidos no futuro – e, como dizia Althusser, o futuro demora muito ainda -, o papel caiu para US$ 8. Se a tela ainda estivesse em branco e o quadro, por ser pintado, faria melhor vista transformar a Petrobras em uma autarquia vinculada a  Presidência da República

Acervo RR

Graça vs. Mantega

10/08/2012
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Maria das Graças Foster quer trazer de volta para o Rio as reuniões do Conselho de Administração da Petrobras. Desde que Guido Mantega assumiu a presidência do Conselho, a maior parte delas tem ocorrido em São Paulo, e, quase sempre, a s sextas-feiras, para se encaixar melhor a  agenda do ministro. Na Petrobras, diz-se que Graça só topou a queda de braço porque combinou antes com a madrinha Dilma Rousseff.

Acervo RR

Petrobras empurra refinaria texana para cima da Chevron

7/08/2012
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A Petrobras abriu negociações com a Chevron para a venda de sua refinaria em Pasadena, no Texas. Há cerca de duas semanas, executivos das duas empresas se reuniram no Rio de Janeiro para tratar do assunto. Segundo uma fonte ligada a  Petrobras, a expectativa é que os norte-americanos iniciem o processo de due diligence até meados de agosto. O dote pedido pela Petrobras gira em torno de US$ 1,4 bilhão, além da assunção da dívida da refinaria. Está longe de ser um grande negócio. O valor é pouco superior ao total que a empresa desembolsou pelo ativo. Em 2006, a estatal pagou US$ 360 milhões por metade do capital da refinaria. Logo depois, mergulhou em um contencioso com a belga Astra, dona dos 50% restantes – a disputa estava relacionada ao exercício da opção de venda das ações pertencente ao grupo europeu. O processo judicial só se encerrou em junho, após a empresa pagar US$ 820 milhões pelas ações da Astra. Procuradas, Petrobras e Chevron não quiseram comentar o assunto. A operação é resultado da decisão da diretoria da Petrobras de se desfazer de seus ativos internacionais na área de refino. Além da unidade nos Estados Unidos, procura também um comprador para a sua refinaria no Japão. Os recursos amealhados com a negociação destes ativos já têm endereço certo. Vão reforçar os investimentos da empresa em exploração e produção, notadamente em seus blocos no pré-sal. Maria das Graças Foster não vê a hora de fechar o acordo com a Chevron. Ela pretende creditá-lo em sua conta como o conserto de uma decisão equivocada da gestão de José Sergio Gabrielli. Se Graça, mais uma vez, caprichar no automarketing, vai ser difícil o expresidente da Petrobras encontrar argumentos que o defendam dessa desmoralização da sua gestão. Ao vender a refinaria de Pasadena, a estatal vai virar a página de um negócio malsucedido. Ao entrar na refinaria, a Petrobras planejava duplicar sua capacidade e aumentar a rentabilidade. Com a venda antecipada, fica a dúvida se, em algum dia, ela valeria a pena, conforme apostava o hoje desgastado Gabrielli.

Acervo RR

Gás extra

7/08/2012
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O governo do Mato Grosso do Sul procura mais um sócio para a MSGás. A busca se deve a  crescente inapetência da Petrobras, acionista da distribuidora. Os investimentos da estatal na MSGás têm sido feitos na base do conta-gotas.

Acervo RR

Gazprom

2/08/2012
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A Gazprom procura parceiro para construir duas unidades de regaseificação de gás liquefeito no Nordeste. Já levou o projeto a  Petrobras e a  Shell. Até o momento, nada de resposta. Os russos, no entanto, apostam suas fichas na estatal. Procurada pelo RR, a Gazprom limitou-se a comunicar que “as informações oficiais estão em seu site”.

Acervo RR

Gasmig prepara expansão Á  espera do veredito da Petrobras

1/08/2012
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O governador Antonio Anastasia prepara uma profunda mudança na estrutura de negócio da Gasmig. Guardadas as devidas proporções, a empresa vai dar um passo além em relação a  estratégia de expansão adotado pela Cemig nos últimos anos. Além da consolidação de ativos, com a compra de participações ou do controle de distribuidoras estaduais, o projeto prevê a ampliação do espectro de atuação da estatal. A Gasmig vai entrar no transporte de gás natural de longa distância. Investirá também na instalação de terminais de regaseificação de gás natural liquefeito (GNL). Procurada pelo RR, a empresa confirmou que avalia projetos de GNL, mas não se pronunciou sobre a entrada na área de transporte. Segundo estimativas do governo mineiro, o projeto deverá demandar investimentos da ordem de R$ 600 milhões. Os recursos sairão do próprio caixa da Gasmig e, sobretudo, do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Tudo o que for feito em nome dos bons negócios do governo mineiro, Aécio Neves agradece. O virtual candidato a  presidência da República deve colher por muito tempo ainda os dividendos “políticos” da gestão de Anastasia. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas há um senão no caminho da “Nova Gasmig”. Antonio Anastasia tem o querer, mas não o poder absoluto. A reestruturação da empresa passa necessariamente por Guido Mantega, presidente do Conselho de Administração da Petrobras, e por Maria das Graças Foster. Dona de 40% da Gasmig, a companhia tem peso decisivo na aprovação do novo plano estratégico da distribuidora mineira. Isso para não falar especificamente da compra de participações em concessionárias de gás. Neste caso, a Petrobras está nas duas pontas, uma vez que a Gaspetro participa do capital de 25 distribuidoras estaduais, em muitas delas com poder de influência sobre a decisão de privatização. Diante deste contexto, o impasse é simples e direto: ou a Petrobras age conforme seus interesses comerciais e estratégicos ou atua de acordo com as definições políticas do governo. Aprovar o plano de expansão da Gasmig e, ao mesmo tempo, pavimentar seu ingresso em outras empresas do setor seria como colocar uma azeitona na empada de Antonio Anastasia e um camarão na de Aécio Neves. Com a palavra, a Petrobras.

Acervo RR

Antigreve

31/07/2012
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A Petrobras está desenhando um novo plano de carreira. A tarefa está nas mãos de José Eduardo Dutra, que, entre outras atribuições, tem sob seu guarda- chuva a área de RH da estatal. Procurada, a Petrobras informou que, “no momento, não há previsão para a elaboração de um novo plano de cargo”.

Acervo RR

Alô, doçura

26/07/2012
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Maria das Graças Foster, a fofinha da Petrobras, está se tornando um consenso na empresa. O RR fez uma minissondagem com oito das suas fontes na estatal, de cargos e áreas variadas, e todos afirmaram que a doçura pode fazer história a  frente da companhia. Realmente, Graça respira Petrobras. O problema é que osdirigentesdaestatal, quando extremamente corporativos, muitas vezes caminham em direção inversa aos interesses da nação. A própria história da Petrobras é o melhor exemplo.

Acervo RR

Governo do Espírito Santo se cansa de dizer amém Á  BR

23/07/2012
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Nas últimas semanas, o presidente da BR Distribuidora, José Lima Netto, intensificou o hábito de almoçar sozinho nos restaurantes próximos a  sede da empresa, no Maracanã, Zona Norte do Rio. Entre uma e outra lasca de bacalhau, um de seus pratos preferidos, tem usado os momentos de solidão para refletir sobre os crescentes problemas ao seu redor. Como se não bastasse a presença cada vez mais constante de Maria das Graças Foster a atazanar sua vida, o executivo enfrenta agora um inflamável embate com o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande. O motivo da discórdia é a concessionária estadual de gás, integralmente controlada pela estatal. Segundo uma fonte do próprio governo capixaba, Casagrande estuda entrar na Justiça contra a BR. A alegação é que a empresa não tem feito os investimentos previstos. Para todos os efeitos, a BR teria revisto os valores em decorrência dos cortes no planejamento estratégico da nave-mãe, a Petrobras. No governo do Espírito Santo, a justificativa não cola. A interpretação é de que a estatal tem aproveitado a dieta financeira da holding como pretexto para postergar os aportes na concessionária capixaba e, desta forma, destinar os recursos a projetos considerados como de maior prioridade. Contudo, se Casagrande bater na porta da Petrobras vai ouvir que a decisão não é dela, mas da BR. Procurada, a BR informou que os investimentos na distribuidora vêm sendo cumpridos e que mantém relação de “absoluta normalidade” com o governo capixaba. Por sua vez, o governo do Espírito Santo informou manter “excelente relacionamento com o Sistema Petrobras”. Os fatos, contudo, são caprichosos e parecem caminhar em outra direção que não a apontada pelas duas partes. De acordo com a mesma fonte, Renato Casagrande tem pressionado José Lima Neto a aceitar um redesenho da composição societária da distribuidora. O objetivo seria abrir as portas da empresa para fundos de investimento. Casagrande também tem se articulado para que o estado passe a ter uma fatia minoritária do negócio. A alegação é que a BR ergueu um muro em torno da empresa, com o intuito de afastar o estado da gestão. A concessionária capixaba é uma empresa sui generis em vários sentidos. Foi uma das últimas distribuidoras de gás a ser constituída no país. No que diz respeito a  Petrobras, o negócio é uma jabuticaba. Trata-se da única empresa do setor em que a estatal detém 100% das ações. É também um caso raro em que sua participação não se dá por meio da Gaspetro, mas, sim, da BR. Na ocasião, a empresa desembarcou no projeto pelo fato de ser a responsável pelo fornecimento do gás. Parafraseando o dito popular, a concessionária é um exemplo de que empreendimento que nasce torto cresce torto.


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Petrobras

19/07/2012
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Almir Barbassa parece ter voltado ao cadafalso. Fonte próxima a Maria das Graças Foster garante que a saída do diretor financeiro da Petrobras não passa de agosto. É bom lembrar, no entanto, que Barbassa já provou ter sete vidas.

Acervo RR

El Paso

11/07/2012
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Após deixar o Brasil pela porta dos fundos, a El Paso prepara seu retorno. A norte-americana Kinder Morgan, nova controladora da empresa, vem mantendo conversações com a Petrobras para a construção de um gasoduto na Região Nordeste. É projeto para mais de US$ 1 bilhão. Procurada, a Petrobras não se pronunciou até o fechamento da edição.


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Sumitomo

10/07/2012
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A Sumitomo está disposta a investir em construção naval no Brasil, associando- se a um estaleiro local. Na Petrobras, a reação a  notícia é de “contra outra piada aí”.

Acervo RR

Repsol

9/07/2012
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Enxotada da Argentina, a Repsol voltou a concentrar suas baterias no mercado brasileiro. A empresa planeja investir na área de gás e no segmento de combustível para aviação. Os espanhóis andaram visitando a Petrobras. Consultada pelo RR. a Repsol nega os projetos.

Acervo RR

Petrobras arranca engenheiro até do pré-sal

6/07/2012
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A Petrobras tem tudo para fazer uma revolução no ensino superior. Culpa do pré-sal. O déficit de milhares de engenheiros necessários a  exploração dos poços petrolíferos fez com que o comando da estatal começasse a sonhar com o autossuprimento de mão de obra qualificada. A ideia é criar uma unidade formadora de profissionais sob medida, uma “Academia Petrobras de Engenharia”. O projeto se contraporia a s caraminholas que vinham abrindo casamatas no Palácio do Planalto, defendendo a importação de técnicos qualificados, em falta no país. Para a petroleira coça como urticária a simples proposta de ter de assinar um contrato-mercenário, com data de vencimento, com uma legião estrangeira. O projeto da “Academia Petrobras de Engenharia” não está nas ruas, mas já pulou os muros da empresa. O ministro da Educação, Aloízio Mercadante, que tomou conhecimento do assunto, é totalmente favorável. Mas sua opinião não interessa a Dilma e sim a da presidenta da Petrobras, a encantadora Maria das Graças Foster, entusiasta principal da ideia. É preciso entender como processa a mente de “Graciosa”. Ela é oriunda do Centro de Pesquisa Leopoldo Américo Miguez de Mello, unidade de pesquisa e desenvolvimento (P&D) da Petrobras, no Rio de Janeiro. Tratase de uma referência quando se fala em tecnologia no Brasil. Graça se orgulha imensamente por ter trabalhado durante grande parte da sua carreira no Cenpes. Ela vibra com a engenharia como uma recém-formada. Não é difícil entender sua animação com o projeto. A Academia de Maria das Graças, entretanto, não é simples de marré deci. Inicialmente, chegou-se a pensar em convênios com universidades de estirpe. Mas, a escolha acabou sendo por uma parceria com a UFRJ, onde já está fincado o Cenpes. Ela permite maior integração com currículo customizado e práticas de campo. Em princípio, a formação será focada em engenharia nas suas diversas especializações (petróleo, química, hidráulica, produção, construção etc.), ciências da computação e oceanografia. Um fato novíssimo: a graduação duraria somente dois anos. É necessária uma negociação com o Ministério da Educação para mudança no prazo de conclusão do curso. O tempo seria encurtado em função de uma carga bastante intensa de estudos, com disciplinas divididas entre as do currículo normal das faculdades de engenharia e as consideradas pela Petrobras como merecedoras de ênfase devido ao maior aproveitamento em suas operações. Ao contrário do IME e do ITA, os estudantes da Academia da Petrobras não fariam prova de vestibular juntamente com as demais universidades. Mais uma novidade: segundo a mesma fonte, todos os alunos receberiam bolsa de estudo e uma pequena ajuda financeira para compensar a dedicação absoluta, necessária para a formatura em dois anos. Quem pensa que, ao terminar a graduação, o aluno seria imediatamente incorporado ao plantel da Petrobras enganou-se de novo. Haverá um ritual de passagem. O jovem formando também fará o tradicional concurso, que tanto orgulha a corporação, mas terá um determinado percentual da prova abonado. Partiria, em uma escala de 1 a 10, digamos, de 4. A ideia é produzir capital humano em massa, a  altura da necessidade do pré-sal, o que não vem sendo feito pelas universidades ou pelos programas governamentais.

Acervo RR

Graça Foster encosta Tereos e São Martinho contra a parede

3/07/2012
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No alto-comando da Petrobras é esperado que, qualquer dias desses, Maria das Graças Foster apareça na imprensa bombardeando os sócios privados da companhia na área de etanol. Graça tem feito críticas sistemáticas ao modelo de negócio da Petrobras Biocombustíveis e a  postura de seus dois principais parceiros no setor sucroalcooleiro: a francesa Tereos e a São Martinho. Nos últimos meses, a convivência entre a estatal e os dois grupos atingiu altas temperaturas. De acordo com informações filtradas junto a  própria Petrobras, “Graciosa” resolveu avançar contra as duas empresas. A executiva quer porque quer ampliar o poder da estatal na gestão da Açúcar Guarani, sociedade com os franceses, e na Nova Fronteira Bioenergia, joint venture com a São Martinho. Sua percepção é que a capacidade de influência nas decisões estratégicas e até mesmo no dia a dia das duas empresas é desproporcional e incompatível com a sua expressiva participação no capital. A Petrobras Biocombustível detém 31,4% da Guarani. No caso da Nova Fronteira, sua fatia é ainda maior: 49%. Procuradas, Petrobras, São Martinho e Tereos não quiseram comentar o assunto. Um dos principais pontos de atrito são os distintos interesses comerciais que movem a Petrobras e seus sócios. Tanto Tereos quanto São Martinho estariam privilegiando as exportações. A estatal, no entanto, tem como prioridade o abastecimento do mercado interno, até como forma de influenciar na arbitragem dos preços do etanol. Graça Foster entende que a companhia não tem conseguido cumprir esta missão no nível desejado. Mais uma vez, os tiros disparados por Graça atingem a gestão de seu antecessor. A estratégia de atuação da Petrobras Biocombustíveis, baseada em sociedades com investidores privados, foi sancionada por José Sergio Gabrielli. a€ época, foi a forma encontrada pela estatal para montar rapidamente uma expressiva estrutura de produção. No entanto, a atual diretoria da Petrobras entende que a empresa acabou se tornando uma espécie de arrimo de família de seus sócios, sem ter a devida contrapartida na gestão das duas joint ventures. Os investimentos da estatal na Guarani, no período 2010-2015, devem passar de R$ 1,5 bilhão. No caso da Nova Fronteira, a Petrobras Bicombustíveis está desembolsando mais de R$ 500 milhões na expansão da usina Boa Vista, em Goiás.

Acervo RR

OGX é vítima das “piranhas” do mercado

29/06/2012
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A Comissão de Valores Mobiliários está de olho no frenético movimento de compra e venda das ações da OGX nos últimos dois dias. Na quartafeira, o papel caiu 25,33%. No pregão de ontem, em determinado momento, alguns bem instrumentados predadores entraram no mercado, elevando a cotação do papel. O suspiro dos preços foi direto para o bolso das rapinas. Logo depois, as cotações despencaram. Essa jogatina teria sido protagonizada por alguns dos bancos sobreviventes do fatídico 15 de setembro de 2008 – o mercado aposta suas fichas que um deles é o Morgan Stanley – e por uma grande instituição financeira brasileira, todos produtores de relatórios bastante negativos para a empresa. A operação “denigre, compra e vende”, alternando movimentos e anabolizada por um tiroteio de boatos, é comum nas bolsas. Mas, em se tratando da petrolífera de Eike Batista, tudo se torna superlativo. Há mais do que indícios de que a OGX é alvo de um ataque especulativo, ou seja, uma ação em bloco de players que usaram as mesmas ferramentas on time. A mudança nas estimativas de produção, sem dúvida, colaborou para a ação predadora. Mas, isoladamente, não seria o rastilho para um estouro tão agressivo. A OGX foi vítima de uma circunstância de múltiplos fatores. A aversão ao risco, decorrente da crise financeira internacional, teria colaborado com algumas gotas de veneno no caldeirão bruxuleante das bolsas. Não obstante a fuga de recursos para títulos do governo norte-americano, os negócios da holding EBX têm dado provas de sobra de solidez mesmo em ambiente de incerteza econômica, sendo um porto seguro para fundos soberanos, notadamente asiáticos. A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, acrescentou alguns galões de confusão inflamável ao episódio. Graça simplesmente desqualificou todo o planejamento da estatal e jogou abaixo do nível do mar as projeções de produção de óleo. A manobra é inteligente, porém manjada. Como colocou a base dos resultados bem baixa, muito provavelmente irá superar permanentemente suas estimativas, debitando na conta de José Sérgio Gabrielli os supostos “erros” do passado, e, na sua, os louros do presente. A operação de Maria das Graças contaminou em algum quantum a OGX. De qualquer forma, sem a virótica intervenção dos “piranhas” – como são denominados, pela professora Maria da Conceição Tavares, os bancos com maiores mandíbulas – dificilmente as ações da OGX passeariam de montanha-russa. Os predadores se esquecem dos fundamentos dos projetos em nome da lucratividade imediata. Não existe empreendimento sólido para os “piranhas”. A OGX tem sido vítima dessa anomalia, tratada como normalidade em um ambiente de negócios intrinsicamente enfermo. A memória geral é curta. O projeto de exploração da empresa já foi testado de todas as formas possíveis. Foi construído desde a concessão da licença das áreas de petróleo ao início das operações em um prazo de quatro anos, recorde no mundo. A qualidade dos poços foi auditada pelas mais respeitadas consultorias do setor. E o empresário que avaliza o empreendimento dispensa comentários. Eike aniquilou o estigma de que riqueza era um atestado de má conduta e mudou a cara do capitalismo brasileiro, resgatando os grandes investimentos privados em economia física. O pregão de hoje promete novas emoções. Com a palavra, a CVM.


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OGX é vítima das "piranhas" do mercado

29/06/2012
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A Comissão de Valores Mobiliários está de olho no frenético movimento de compra e venda das ações da OGX nos últimos dois dias. Na quartafeira, o papel caiu 25,33%. No pregão de ontem, em determinado momento, alguns bem instrumentados predadores entraram no mercado, elevando a cotação do papel. O suspiro dos preços foi direto para o bolso das rapinas. Logo depois, as cotações despencaram. Essa jogatina teria sido protagonizada por alguns dos bancos sobreviventes do fatídico 15 de setembro de 2008 – o mercado aposta suas fichas que um deles é o Morgan Stanley – e por uma grande instituição financeira brasileira, todos produtores de relatórios bastante negativos para a empresa. A operação “denigre, compra e vende”, alternando movimentos e anabolizada por um tiroteio de boatos, é comum nas bolsas. Mas, em se tratando da petrolífera de Eike Batista, tudo se torna superlativo. Há mais do que indícios de que a OGX é alvo de um ataque especulativo, ou seja, uma ação em bloco de players que usaram as mesmas ferramentas on time. A mudança nas estimativas de produção, sem dúvida, colaborou para a ação predadora. Mas, isoladamente, não seria o rastilho para um estouro tão agressivo. A OGX foi vítima de uma circunstância de múltiplos fatores. A aversão ao risco, decorrente da crise financeira internacional, teria colaborado com algumas gotas de veneno no caldeirão bruxuleante das bolsas. Não obstante a fuga de recursos para títulos do governo norte-americano, os negócios da holding EBX têm dado provas de sobra de solidez mesmo em ambiente de incerteza econômica, sendo um porto seguro para fundos soberanos, notadamente asiáticos. A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, acrescentou alguns galões de confusão inflamável ao episódio. Graça simplesmente desqualificou todo o planejamento da estatal e jogou abaixo do nível do mar as projeções de produção de óleo. A manobra é inteligente, porém manjada. Como colocou a base dos resultados bem baixa, muito provavelmente irá superar permanentemente suas estimativas, debitando na conta de José Sérgio Gabrielli os supostos “erros” do passado, e, na sua, os louros do presente. A operação de Maria das Graças contaminou em algum quantum a OGX. De qualquer forma, sem a virótica intervenção dos “piranhas” – como são denominados, pela professora Maria da Conceição Tavares, os bancos com maiores mandíbulas – dificilmente as ações da OGX passeariam de montanha-russa. Os predadores se esquecem dos fundamentos dos projetos em nome da lucratividade imediata. Não existe empreendimento sólido para os “piranhas”. A OGX tem sido vítima dessa anomalia, tratada como normalidade em um ambiente de negócios intrinsicamente enfermo. A memória geral é curta. O projeto de exploração da empresa já foi testado de todas as formas possíveis. Foi construído desde a concessão da licença das áreas de petróleo ao início das operações em um prazo de quatro anos, recorde no mundo. A qualidade dos poços foi auditada pelas mais respeitadas consultorias do setor. E o empresário que avaliza o empreendimento dispensa comentários. Eike aniquilou o estigma de que riqueza era um atestado de má conduta e mudou a cara do capitalismo brasileiro, resgatando os grandes investimentos privados em economia física. O pregão de hoje promete novas emoções. Com a palavra, a CVM.

Acervo RR

Na jugular

27/06/2012
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“Graciosa” parece uma ventríloqua de Dilma Rousseff em seus maus tratos ao antecessor na presidência da Petrobras, José Sergio Gabrielli. A diferença é que Dilma não fazia insinuações tão graves.


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Sócio refinado

22/06/2012
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Surgiu um candidato para o lugar da PDVSA na Refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. A estatal China National Petroleum Corporation (CNPC) está interessada no negócio. Como a presença da empresa venezuelana no empreendimento sempre esteve mais para uma miragem, basta a  CNPC chegar, botar o dinheiro sobre a mesa e seguir viagem ao lado da Petrobras. Consultada, a estatal não quis se manifestar

Acervo RR

Chevron quer lugar da PDVSA na Abreu Lima

15/06/2012
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O seu Repórter Esso, ou melhor, Petrobras informa: sai PDVSA e entra Chevron. Esta é a substituição dos sonhos no altocomando da estatal. A companhia norte-americana manifestou o interesse em ficar com a participação dos venezuelanos na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. Para a Petrobras, a operação seria como descobrir dois poços de petróleo com uma só perfuração. Além da saída da errática PDVSA, vista na Avenida Chile como um parceiro a s avessas, a companhia passaria a ter a seu lado no projeto uma das maiores petroleiras do mundo. A chegada da Chevron traria a reboque a expectativa de se acelerar a construção da refinaria pernambucana, cujas obras estão atrasadas, entre outros motivos, pelos escapismos da estatal venezuelana na hora de aportar recursos no empreendimento. Procurada, a Petrobras não quis comentar o assunto. Já a Chevron não se pronunciou até o fechamento da edição. Com a operação, a Chevron passaria a ter a garantia de refino do petróleo explorado em seus blocos no Brasil em condições mais vantajosas. No entanto, muito além de questões operacionais, dentro da própria Petrobras há quem enxergue enorme conveniência e uma boa dose de diversionismo no interesse dos norte-americanos. A Chevron usaria a parceria com a estatal como uma espécie de mata-borrão na tentativa de limpar sua imagem no Brasil, afetada pelo grande vazamento de óleo na Bacia de Campos.


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"Descollorido"

13/06/2012
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No que depender de Fernando Collor de Mello, o usineiro João Lyra vai virar uma espécie de calango torrado. Na Petrobras, que já comprou hectolitros de etanol produzido nas plantas do empresário por pressão de Collor, o nome de Lyra evaporou.

Acervo RR

“Descollorido”

13/06/2012
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No que depender de Fernando Collor de Mello, o usineiro João Lyra vai virar uma espécie de calango torrado. Na Petrobras, que já comprou hectolitros de etanol produzido nas plantas do empresário por pressão de Collor, o nome de Lyra evaporou.

Acervo RR

Petrobras turbina a criação de uma frota de helicópteros

12/06/2012
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A Petrobras vai criar asas. Maria das Graças Foster autorizou estudos para a criação de uma frota própria de helicópteros. As aeronaves serão usadas no suprimento offshore. A principal motivação da estatal é não ficar nas mãos de empresas terceirizadas, seja por questões estratégicas, de custos e, sobretudo, de segurança. As despesas da empresa com o apoio a plataformas vão crescer substancialmente com os investimentos no pré-sal. Procurada pelo RR, a Petrobras negou o projeto. Feita sob medida para as necessidades da Petrobras, a medida representará uma rajada de tiros nas hélices da Líder Aviação. Responsável por quase 90% da demanda por helicópteros no setor de exploração e produção no país, a estatal é mais do que um cliente da empresa mineira. Trata-se praticamente de uma divisão inteira da companhia aérea. A Petrobras é, disparada, o principal combustível de sua carteira de clientes no segmento offshore. Este mercado corresponde a aproximadamente 40% do faturamento da Líder, que rompeu a barreira dos R$ 700 milhões no ano passado. Ou seja: a  medida que a estatal avançar na compra de helicópteros próprios e for reduzindo a dependência em relação aos serviços terceirizados, maior o tamanho da sangria na receita da Líder. Nos últimos anos, a maior parte dos investimentos da Líder se concentrou justamente no fornecimento de aeronaves e nos serviços de manutenção para a indústria petrolífera. Os aportes feitos desde 2009 já teriam passado dos US$ 150 milhões. Entre outros projetos, a empresa está construindo um novo hangar no aeroporto de Campos para atender a s plataformas no litoral norte do Rio de Janeiro. Não custa lembrar que o crescimento da Líder neste setor foi uma das principais razões para que, em 2009, a norte-americana Bristow pagasse cerca de US$ 220 milhões por 42,5% da companhia mineira. Bem, daqui a pouco, a Petrobras cria um plano de saúde, uma empresa de catering, uma fábrica de macacões etc etc.

Acervo RR

Polo Capital se deita com um sócio e acorda com um problema

11/06/2012
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Acostumada a atazanar a vida de acionistas majoritários de grandes empresas, como Petrobras e Gafisa, a Polo Capital está agora provando do seu próprio veneno. Atual detentor de 49,9% da Casa & Vídeo e ex-dono da rede varejista, o advogado Fabio Carvalho tornou-se a mosca na sopa da gestora de recursos, que comprou o controle da empresa em setembro do ano passado. Carvalho tem infernizado os investidores Claudio Andrade e Marcos Duarte, sócios da Polo, por conta do plano de reestruturação da Casa & Vídeo. As propostas sobre a mesa vão da expansão da rede a  esfera societária, leia-se a venda de uma participação minoritária do capital no curto prazo e o projeto de IPO da companhia em até dois anos. Só que harmonia é artigo raro nas prateleiras da Casa & Vídeo. Segundo fontes próximas ao advogado, ele já se mostrou contrário a quase tudo, notadamente ao ritmo de ampliação do número de lojas desejado pelo sócio majoritário. Procurados, Polo Capital e Fabio Carvalho não se pronunciaram. Carvalho alega que, neste momento, a expansão mais acelerada da rede varejista e a entrada em novos estados são movimentos arriscados, devido a s incertezas que cercam a manutenção dos atuais níveis de consumo. Para ele, melhor seria focar na redução da dívida da Casa & Vídeo, que estaria em torno dos R$ 250 milhões. No mês que vem, vence a primeira parcela semestral do acordo de renegociação do passivo feito com os principais credores. A Polo Capital deve, não nega e vai destinar uma parcela expressiva do aporte que fez na rede varejista para a quitação dos débitos. No entanto, sua natureza tem falado mais alto. É justamente aí que residem as desavenças com Carvalho. Na condição de uma gestora de fundos de private equity, a Polo já pensa lá na frente, com a preocupação de deixar a porta aberta para a redução da sua participação. Neste caso, a expansão da rede funcionaria como uma cenoura para a venda de uma parte das ações e, posteriormente, o IPO da companhia.


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Statoil

8/06/2012
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Além da BP – ver RR – Negócios & Finanças edição nº 4.378 -, a norueguesa Statoil também está interessada em se associar a  Petrobras na área de refino. Já sinalizou a pretensão de comprar um pedaço da Alberto Pasqualini. Procurada, a Statoil negou a operação. Não é o que dizem fontes da própria Petrobras.

Acervo RR

Keppel Fels espera por novo sócio no convés

29/05/2012
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Basta de solidão em altomar. A Keppel Fels procura um sócio para o estaleiro Brasfels, em Angra dos Reis. O grupo de Cingapura pretende vender até 50% do capital da empresa, comprada a  Setal em 2005. Os asiáticos não abrem mão da gestão do negócio e da tecnologia empregada. A ideia não é fisgar empresas do setor, mas, sim, private equities ou fundos de pensão. Procurada, a Keppel Fels negou a operação. No entanto, segunda uma fonte ligada a  empresa, os asiáticos vêm mantendo conversas preliminares com alguns candidatos ao negócio. Um deles seria a gestora norteamericana Blackstone. Teriam ocorrido contatos também com a Petros, interessada em ampliar seus investimentos na cadeia do petróleo – o Brasfels produz embarcações e plataformas para exploração e produção. A Keppel Fels quer dividir os investimentos que terão de ser feitos ainda neste ano no estaleiro. O aporte previsto é da ordem de R$ 400 milhões. Uma das principais encomendas na carteira da empresa é a construção de seis plataformas semissubmersíveis de perfuração para a Sete Brasil Participações, controlada pela Petrobras. O contrato gira em torno de US$ 5,7 bilhões


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Petrobras

28/05/2012
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Fatos ou versões? Em Minas Gerais, são fortes os rumores de que a Petrobras Biocombustíveis iria se desfazer da maior parte das suas plantações de cana no estado. Já no Centro-Oeste, circula entre os fornecedores de cana da estatal a informação de que a empresa seria vendida para a Bunge. No segundo caso, fala-se dentro da Petrobras que a fonte seria a própria Bunge.


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Petrobras

24/05/2012
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A Petrobras deveria ser alvo do Tortura, Nunca Mais. A maior parte das empresas de engenharia que trabalham para a estatal está sendo vítima dos maiores abusos no atraso de pagamentos. Ninguém pode reclamar porque senão vai para o pau de arara de prazos ainda mais longos.


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Refino

18/05/2012
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Petrobras e BP abriram conversações para uma associação na área de refino. O projeto passa pela entrada dos ingleses no capital de uma das refinarias da estatal. Procuradas, Petrobras e BP não quiseram se pronunciar.


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Petrobras

17/05/2012
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Segundo uma alta fonte da Petrobras, Maria das Graças Foster alçou ao patamar de prioridade estratégica a redução da dependência da estatal em relação ao gás boliviano. Consultada, a Petrobras negou o corte. No entanto, segundo a mesma fonte, a empresa calcula que conseguirá reduzir o volume importado em 30% até 2015, graças aos blocos já em fase inicial de produção no Brasil.

Acervo RR

Graça Foster redesenha a política externa da Petrobras

15/05/2012
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O inconfundível estilo centralizador e abrasivo de Maria das Graças Foster começa a se espraiar pelas diversas áreas da Petrobras. Além das mudanças no primeiro e segundo escalões da estatal, Graça resolveu cutucar um vespeiro de abelhas africanas e mexer em uma questão extremamente delicada, que extrapola as fronteiras da empresa e resvala na esfera diplomática e na política externa do governo de Dilma Rousseff. A nova comandante – em-chefe da Petrobras quer usar de todo o seu poder para dar novos contornos a s relações internacionais da companhia. Este foi um dos principais assuntos discutidos entre “Graciosa” e Dilma no longo encontro que ambas tiveram recentemente no Planalto, que, de tão extenso, obrigou a executiva a passar a noite no Palácio. Os primeiros sinais da nova postura vieram logo após o anúncio da expropriação da YPF, quando Graça prontamente reafirmou o interesse da Petrobras em seguir investindo na Argentina. O alvo agora é a PDVSA. Há uma reviravolta em curso no projeto de construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. Não obstante as boas relações entre os governos dos dois países, Graça tem trabalhado para ejetar a estatal venezuelana do empreendimento e abrir espaço para o ingresso de um sócio menos errático. Não é de hoje que Maria das Graças nutre antipatia pela PDVSA. Durante a gestão de José Sergio Gabrielli, quando ainda ocupava a diretoria de Gás e Energia, internamente a executiva fez sucessivas críticas a  postura dos venezuelanos e a  demora no fechamento do acordo. Nas últimas semanas, sua aversão a  PDVSA ganhou um novo combustível. A estatal venezuelana tem se movimentado para tirar da gaveta um velho projeto: a abertura de postos de gasolina no Brasil. A Petrobras vem acompanhando com lupa os passos bolivarianos. Segundo o RR apurou junto a uma fonte com trânsito livre na Avenida Chile, a PDVSA está sondando postos de bandeira branca nas regiões Norte e Nordeste. A movimentação foi recebida por Graça Foster e por outros diretores da Petrobras como uma bola nas costas. Na origem das negociações para a construção da Abreu Lima, os venezuelanos se comprometeram a só entrar no comércio retalhista brasileiro após a inauguração da refinaria – o acordo original, se é que ele ainda vale algo, prevê que a PDVSA fique com 40% do volume de combustível produzido na unidade.

Acervo RR

Graça nenhuma

10/05/2012
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O governador Renato Casagrande está sentindo na pele o sufoco que é negociar com Maria das Graças Foster. Tem suado para convencer a presidente da Petrobras a repassar ao governo capixaba uma participação minoritária na distribuidora de gás do estado – o controle está nas mãos da BR. A conversa é tão dura que Casagrande até já desistiu do pleito de indicar dois diretores para a concessionária.

Acervo RR

Petroaçúcar

9/05/2012
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De acordo com informações filtradas junto a  Açúcar Guarani, leia-se Petrobras Biocombustíveis e Tereos, a empresa está de olho na Paraíso Bioenergia. Procurada pelo RR, a Paraíso negou a venda do controle. Já a Guarani informou que “não comenta especulações”.

Acervo RR

Racha na Logum

30/04/2012
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Há rusgas nas relações entre a Petrobras e seus sócios na Logum, notadamente a Copersucar. O problema é a voracidade com que a estatal vem forçando a barra para ampliar sua participação, de 20%. A Logum foi criada para construir um alcoolduto entre o Centro- Oeste e São Paulo. Procurada pelo RR, a empresa negou os atritos. No entanto, segundo informações filtradas junto a  Logum, os demais acionistas estão se mobilizando para impedir o avanço da Petrobras.

Acervo RR

Petrobras na Líbia

27/04/2012
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A Petrobras negocia com o governo líbio sua entrada em projetos de exploração e produção de petróleo. Para os padrões da estatal e do setor, o volume de investimentos não é nenhuma Brastemp: cerca de US$ 200 milhões. Procurada, a Petrobras informou que não divulga valor de investimento por país.

Acervo RR

Itochu e cia. se jogam de cabeça no pré-sal

25/04/2012
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Um grupo de tradings nipônicas vai mergulhar nas profundezas do pré-sal. A Itochu está costurando a criação de um consórcio puro-sangue japonês para atuar em exploração e produção de petróleo e gás no Brasil. Seus sócios na empreitada deverão ser a Sumitomo e a Marubeni. Segundo um executivo ligado a uma das empresas, a operação envolve investimentos de US$ 2 bilhões, que serão destinados a s próximas licitações da ANP e a  compra de participações em blocos já em operação. De acordo com a mesma fonte, paralelamente a s negociações com os futuros sócios, a Itochu já saiu em busca de um nome para comandar a gestão da empresa. Os japoneses têm conversado com ex-executivos da Petrobras. Procurada, a Itochu não se pronunciou até o fechamento desta edição. A maior parte dos recursos virá de empréstimos junto a um pool de bancos do país asiático, a começar pelo Japan Bank for International Cooperation (JBIC). O financiamento será destinado principalmente a  compra de equipamentos. De acordo com a fonte ouvida pelo RR, Itochu, Marubeni e Sumitomo deverão ter participações iguais no consórcio. Os japoneses vão estudar caso a caso a possibilidade de associação com outras empresas do setor para a disputa de blocos específicos.


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Queiroz Galvão

20/04/2012
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A Queiroz Galvão – que já é acionista do Bloco BMS- 8, na Bacia de Santos – pretende comprar os 10% pertencentes a  Barra Energia. Procuradas pelo RR, as duas empresas negaram a operação. Não é o que diz a fonte ouvida pelo RR, um executivo enfronhado na Petrobras, dona de 66% do consórcio.

Acervo RR

Petrobras e Sinopec desfilam no bloco do contencioso

18/04/2012
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Parceiras na exploração e produção de petróleo e gás no Brasil, Petrobras e Sinopec estão a s portas de um inflamável contencioso. O motivo é o interesse da estatal chinesa em aumentar sua participação societária na subsidiária brasileira da Repsol. Os asiáticos, que, há pouco mais de um ano, desembolsaram US$ 7 bilhões para ficar com 40% da empresa, querem levar mais 10%. O negócio gira em torno dos US$ 2 bilhões. Caso a operação se consume, Sinopec e Repsol passarão a ter, cada uma, 50% da Repsol Brasil. Em que parte a Petrobras entra neste script? A resposta é o Bloco BM-C-33, na Bacia de Campos, de onde está prestes a minar o litígio. O consórcio responsável pela concessão é dividido por uma joint venture entre Sinopec e Repsol, dona de 35%, a Statoil, detentora de 30%, e a Petrobras, proprietária de outros 30%. De acordo com um executivo ligado a  empresa, a estatal está avocando uma cláusula do acordo de acionistas para assumir a posição majoritária no pool: no caso de mudança no controle de um dos integrantes do consórcio, os demais sócios têm direito de preferência sobre suas ações no BM-C-33. No seu entendimento da Petrobras, o eventual aumento da participação da Sinopec na Repsol Brasil configura alteração do controle da empresa. Com isso, as ações da Sinopec e da Repsol no BMC- 33 teriam de ser oferecidas aos demais sócios. Mais um atrito jurídico: para a Petrobras, por participarem do consórcio por meio de uma associação, Sinopec e Repsol formam um único acionista. Portanto, os chineses não teriam direito sobre a parte da Repsol. Pela equivalência patrimonial, os espanhóis, donos de 50% da joint venture com a Sinopec, têm 17,5% do BM-C-33. Como a Statoil já teria sinalizado que não pretende exercer seu direito de preferência, esta é a parte da Repsol que cairá no colo da Petrobras caso sua compreensão jurídica sobre o caso prevaleça. No entanto, chineses e espanhóis pensam diferente. Para eles, a transferência de mais 10% da Repsol Brasil não se constitui em alteração do controle, uma vez que os ibéricos permaneceriam como principais acionistas da empresa, dividindo esta posição com a Sinopec. Procuradas pelo RR, Repsol e Sinopec negaram a operação envolvendo o BM-C-33. Já a Petrobras informou que não comenta especulações de mercado. Não obstante as negativas dos sócios, segundo a fonte do RR a Petrobras já está se armando juridicamente para o eventual embate. Até porque há um incômodo na estatal com o avanço da Sinopec em exploração e produção no país. Ao comprar 40% da Repsol Brasil e 30% da Petrogal Brasil, leia-se Galp, o grupo chinês fincou o pé em importantes blocos. Ao mesmo tempo, existe uma disputa particular por poder na operação no BM-C- 33. Este embate foi acentuado pelas recentes descobertas feitas no campo, notadamente no poço conhecido como Pão de Açúcar.

Acervo RR

Refinaria a granel

17/04/2012
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Maria das Graças Foster pretende levar ao Conselho de Administração da Petrobras a proposta de construção de mais uma refinaria, desta vez na Região Centro-Oeste. A unidade será focada na produção de gasolina e na mistura do combustível com etanol. A questão é saber como Graça conseguirá encaixar o projeto no enxuto orçamento da Petrobras, que foi alvo de sucessivos cortes no ano passado. Além disso, o planejamento estratégico da Petrobras já prevê a construção de quatro refinarias – em Pernambuco, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte – ao custo de US$ 45 bilhões.


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Muy amigo

11/04/2012
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Nos corredores da BR Distribuidora, voltou a se falar na ida do presidente da estatal, José Lima Neto, para a Petrobras. Para o executivo, isso é obra de amigo da onça. O boato já circulou mil vezes e, além do mais, “Graciosa” não o quer por lá.

Acervo RR

Manguinhos é vista como uma refinaria de boatos

10/04/2012
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As recentes informações veiculadas na imprensa sobre o suposto interesse da Petrobras em comprar a Refinaria de Manguinhos e transformá-la em uma companhia de tancagem podem até ter um fundo de verdade. Mas, ao que tudo indica, o fundo é um fundinho, bem pequenininho. Mais verossímil é constatar que a notícia já foi e voltou, foi e voltou, inúmeras vezes, tão ao gosto dos operadores do mercado de ações. No bê-á-bá da CVM, a combinação de informações vazadas na mídia e movimentos mais bruscos das cotações só teria uma tradução: a possível tentativa de manipulação de mercado. Supostamente, está se falando de uma fórmula criminosa matusalêmica, que obedeceria a  seguinte mecânica: compramse as ações no mercado; soltase o balão de ensaio na mídia; a notícia pedala o papel; como as ações da empresa têm uma liquidez irrisória, os picos e vales das cotações são enormes; é hora de vender na alta as ações compradas na baixa; com a realização de lucro, os preços caem; é hora de recomprar as ações na baixa. Que a operação é suspeita, ninguém duvida. Segundo uma fonte da CVM, não há convicção, contudo, se o processo em questão se trata da instrumentalização indevida de um desejo de venda da companhia, partindo de personagens da própria Refinaria de Manguinhos, ou se é apenas a jogatina de algum espertalhão. O RR fez vários contatos telefônicos e via e-mail com a Refinaria de Manguinhos, mas a empresa não se pronunciou até o fechamento desta edição. Também procurada, a CVM informou que “acompanha e analisa as notícias e operações envolvendo companhias abertas e adota as medidas cabíveis, quando necessário”. A questão é a recorrência do procedimento. A própria história do interesse da Petrobras já saiu em outras vezes – só em uma oportunidade foi devidamente comunicada a  CVM. O que se investiga, portanto, é se a empresa do polêmico Ricardo Magro teria ou não alguma responsabilidade nessa “mão leve” no mercado. Pode ser que sim, pode ser que não. Mas o fato é que o estranho expediente já ocorreu tendo como protagonistas empresas como Grupo Ultra, EBX, Grupo Libra e Braskem. Todas foram citadas como interessadas na aquisição de Manguinhos, que, por sua vez, não desmente e não faz qualquer comunicado legal a  autoridade reguladora ou a s bolsas. As ações, então, dão aquele looping. Informações filtradas junto a fontes da própria refinaria indicam que o presidente da companhia, Paulo Henrique Menezes, seria a fonte oficial e “informal” das mídias. Vai muito além dizer que ele seria o operador dos vazamentos. Mas Paulo Henrique carrega consigo o estigma de, supostamente, ter sido o responsável por tentativas, devidamente identificadas, de denegrir a imagem da família Marinho, em resposta a uma série de matérias publicadas no jornal O Globo sobre a situação fiscal de Manguinhos. O controlador da empresa, Ricardo Magro, expoente de uma banca de advocacia e dono de postos de gasolina, é tido como um gênio. Sujeito discreto, de fala baixa, surpreende pelo seu cartel de relacionamentos, que tem como esteios Eduardo Cunha e José Dirceu. Quem o conhece não acredita que ele seja o mentor de uma maracutaia dessas. O fato é que os interesses – reais ou não – da compra de Manguinhos foram destilados em águas barrentas do mercado de ações, onde alguém ganhou muito dinheiro. Cabe a  CVM averiguar se a “coincidência” não veste chapéu de burro.

Acervo RR

Tesourada

10/04/2012
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Puxa daqui, aperta dali, Graça Foster pretende reduzir de US$ 3,3 bilhões para cerca de US$ 2 bilhões a necessidade de financiamento de terceiros para bancar o plano de investimentos da Petrobras em 2012.

Acervo RR

Petrobras mantém um pé no Japão

5/04/2012
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A mudança dos ventos está forçando Maria das Graças Foster a rever decisões logo no início de seu mandato. Segundo informações filtradas junto a  própria Petrobras, a executiva suspendeu a operação de venda integral da refinaria de Okinawa, no Japão. Se alguém disser que Graça foi forçada pela realidade a alterar o script anteriormente imaginado não estará de todo errado. Nenhum dos candidatos aceitou pagar pelo ativo o valor pedido pela companhia. Ao contrário do que possa parecer, não se trata exatamente de uma súbita guinada. Embora tenha anunciado oficialmente a disposição de negociar a refinaria no início de fevereiro, a Petrobras já vinha mantendo conversações com possíveis compradores há pelo menos seis meses. A intenção da Petrobras agora é se desfazer do controle da refinaria, mas permanecer com uma fatia de até 49%. Curiosamente, quem está interessada no negócio é a Sumitomo. Até 2010, a trading japonesa tinha 12,5% do capital, mas pulou fora por conta do projeto da Petrobras de transformar a refinaria em uma base de processamento de petróleo própria, o que contrariava os interesses dos asiáticos. No entanto, o novo formato agrada a  Sumitomo. Na condição de controladora, a trading terá a prerrogativa de arbitrar o destino de maior parte da produção. Por uma operação triangular, os japoneses ainda enxergam no reatamento da sociedade com a estatal uma cabeça de ponte para outro negócio: aumentar as vendas no mercado asiático do etanol produzido pela Petrobras Biocombustíveis. Procuradas pelo RR, Petrobras e Sumitomo não se manifestaram até o fechamento desta edição.

Acervo RR

Álcool na Ándia

27/03/2012
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A Petrobras Biocombustíveis está semeando seu primeiro investimento internacional. Pretende construir uma usina de açúcar e álcool na andia. A Tereos, sua sócia na Açúcar Guarani, deverá participar da operação. Procurada pelo RR, a Petrobras não quis se pronunciar. Já a Tereos informou que “não comenta especulações de mercado”..

Acervo RR

Quatrilho

19/03/2012
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Statoil, Maersk e Total tentam atrair a Petrobras para o consórcio que negocia a compra dos ativos da Anadarko no Brasil, operação estimada em US$ 3 bilhões.

Acervo RR

Previ, Petros e cia. poluem os planos da Haztec

16/03/2012
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Há poluição de mais e ar puro de menos em torno do grupo Synthesis, controlado por Paulo Tupinambá. A trajetória recente da subsidiária Haztec, uma das maiores companhias de gestão ambiental do Brasil, tornou-se uma coleção de insucessos. Após a frustrada tentativa de fusão com a Estre, leia-se BTG Pactual e Wilson Quintella, o novo revés está relacionado a s negociações com a Novo Gramacho Energia Ambiental, uma sociedade entre a própria Synthesis, a família Malucelli, do Paraná, e a paulista Biogás. O consórcio detém o controle da usina de biogás do aterro metropolitano de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. Ela é responsável pelo fornecimento de gás extraído do aterro sanitário para a vizinha Refinaria Duque de Caxias (Reduc), da Petrobras. Na tentativa de engordar a Haztec, Tupinambá vinha negociando desde o início do ano a transferência do controle da Novo Gramacho para a companhia. O empresário já dava a operação como favas contadas, mas esbarrou em uma muralha formada por Previ, Petros, Funcef e BNDES. O InfraBrasil, que reúne os fundos de pensão e a agência de fomento e é acionista da Haztec, vetou o negócio. Procurada pelo RR, a Haztec informou “desconhecer a notícia”. Os fundos de pensão e o BNDES, que, já há algum tempo, não teriam a melhor das relações com Paulo Tupinambá, querem distância da Novo Gramacho. Eles consideram a usina de Jardim Gramacho um negócio temerário para os acionistas da Haztec. Para eles, já basta a participação indireta no consórcio por conta da própria empresa de gestão ambiental. Há problemas recorrentes no fornecimento de gás para a Petrobras. A quantidade do insumo obtida no aterro sanitário é cerca de 30% inferior ao volume projetado inicialmente, algo em torno de 150 milhões de metros cúbicos por ano. A produção não atende a  demanda da Petrobras. Não por acaso, o Novo Gramacho estaria operando no vermelho desde a sua fundação, em 2009. Por conta do suprimento abaixo do esperado, as relações entre o consórcio e a Petrobras estão estremecidas. Maria das Graças Foster, que dirigiu a área de energia e gás da estatal, conhece o problema amiúde e exige uma solução dos acionistas do Novo Gramacho. Aliás, só de ouvir falar no nome da presidente da Petrobras, Tupinambá começa a sua frio. Os dois se conhecem de outros carnavais e o baile acabou muito mal para o empresário. Na época em que comandava a BR Distribuidora, Graça Foster cancelou um contrato com a Confidere, construtora controlada por Tupinambá. A companhia tinha acertado um contrato para erguer a nova sede da BR na Cidade Nova, no Centro do Rio. No entanto, não teria cumprido os prazos acordados e acabou jogada para escanteio por Graça.

Acervo RR

Há uma bacia a separar Petrobras e Petroecuador

15/03/2012
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O alto-comando da Petrobras, a começar pela presidente Maria das Graças Foster, não suporta mais as hesitações da Petroecuador. A companhia tem postergado ao máximo a conclusão das negociações para investimentos conjuntos nas bacias de Santos e de Campos. Inicialmente, a Petroecuador teria uma participação de 30% em um consórcio encabeçado pela Petrobras. Sem recursos para acompanhar os aportes, a estatal equatoriana suspendeu as conversações por semanas, até reaparecer com uma proposta considerada inaceitável pela empresa brasileira. A Petroecuador quer manter a participação original no consórcio, mas com um desembolso financeiro menor. O restante dos recursos seria compensado pela cessão de parte de sua cota na produção futura dos campos pendurados no acordo. A Petrobras sabe muito bem em que escola a Petroecuador estudou. Trata-se da mesma proposta que chegou a ser feita pela PDVSA para o projeto de construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, artimanha que não foi aceita pela empresa brasileira. Noves fora a insatisfação, alguns metros a Petrobras será obrigada a ceder. O Planalto tem interesse na parceria. A mão contrária da associação é um acordo com o governo equatoriano para estimular a entrada de empreiteiras brasileiras naquele país.

Acervo RR

ABB amplia seu cardápio no Brasil

14/03/2012
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A suíça ABB vai abrir duas novas frentes de negócio no Brasil. Mais conhecida no país pela montagem de equipamentos para grandes usinas de energia elétrica, a empresa decidiu instalar uma fábrica de produtos de baixa tensão e automação e motores em Sorocaba (SP). Quase simultaneamente, construirá uma planta industrial no Rio de Janeiro voltada ao segmento de exploração e produção de petróleo offshore. No total, o investimento deve girar em torno dos R$ 600 milhões. Procurada a ABB, não se pronunciou. Um dos objetivos da ABB é reduzir sua dependência em relação ao setor elétrico no Brasil, mais precisamente a  construção de geradoras e linhas de transmissão de grande porte. Até porque as margens neste segmento são cada vez menores, sobretudo por causa da concorrência com os fabricantes chineses. A aposta no setor de petróleo, por exemplo, vai além da nova fábrica no Rio de Janeiro. O grupo pretende ampliar a linha de produção da unidade de Guarulhos (SP). Hoje, a presença da ABB neste mercado é praticamente um samba de um cliente só: a Petrobras. A empresa tem contratos com a estatal que somam cerca de US$ 100 milhões, mais de dois terços da sua carteira de pedidos no setor. Com o aumento da produção, a ABB quer ampliar a fatia da Petrobras no seu market share e se credenciar a disputar o fornecimento para outras petroleiras.


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Petrobras

14/03/2012
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A Petrobras está insatisfeita com a postura da Copersucar. A empresa não consegue mais esconder o desinteresse pelo projeto de construção de um alcoolduto entre a Região Centro- Oeste e Paulínia (SP), orçado em US$ 2 bilhões.


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Atlântico Sul

13/03/2012
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Enquanto o governo faz força para a Samsung assumir o controle do Atlântico Sul, uma âncora foi amarrada a  perna do presidente do estaleiro, Agostinho Seraphim. A Camargo Corrêa aumentou a pressão pela demissão do executivo, indicado pela Queiroz Galvão. A empreiteira joga sobre seus ombros a responsabilidade pelo atraso na entrega de encomendas. Além disso, considera que Seraphim tem sido inábil em administrar o estresse com os clientes, a começar pela Petrobras. Procurado pelo RR, o Atlântico Sul não retornou até o fechamento desta edição.

Acervo RR

Gas Natural e Petrobras avançam sobre a Gaspart

6/03/2012
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É no prédio de número 1 da Plaza del Gás, em Barcelona, que está sendo engendrado um dos principais projetos de expansão no mercado brasileiro de distribuição de gás. As tratativas cruzam o Atlântico e se irradiam também pelo Rio de Janeiro e por Buenos Aires. A Gas Natural e a Petrobras, mais precisamente a Gaspetro, negociam uma parceria para a compra de concessionárias estaduais. As conversas envolvem ainda a argentina Pluspetrol, sócia dos ibéricos na CEG, CEG Rio e Gas Natural Sul. Os espanhóis e a estatal brasileira vão dividir o controle do consórcio. O grupo portenho, por sua vez, ficará com uma participação minoritária, provavelmente não superior a 20%. Gas Natural e Petrobras já têm duas operações na mira. A dupla vem mantendo conversações com a Mitsui para a compra da Gaspart, presente no capital de sete concessionárias estatais – na maioria delas em sociedade com a própria Gaspetro. Não obstante a Petrobras ampliar o seu latifúndio de participações no setor, o negócio interessa mais aos espanhóis do que a  própria estatal. Ao entrar nas sete distribuidoras, mesmo que como minoritária, a Gas Natural entende que ficará em uma posição privilegiada na eventual privatização de uma destas empresas. É o caso justamente da SCGás, o outro alvo do consórcio. A distribuidora catarinense deverá ser privatizada ainda neste ano. O acordo é uma simbiose perfeita dos interesses estratégicos da Gas Natural, Petrobras e Pluspetrol. Premida pela crise econômica espanhola, o grupo ibérico considera a expansão no Brasil absolutamente fundamental para compensar as baixas taxas de crescimento em sua terra natal. Já presente nos dois maiores estados do país, a Gas Natural pretende se consolidar como uma distribuidora de porte nacional. Do lado da Petrobras, a parceria também vem a calhar. Com os recentes cortes em seu plano de investimentos, a estatal viu-se obrigada a reduzir os aportes no setor. Já a Pluspetrol, peixinho miúdo, terá a chance de navegar ao lado de espécies mais graúdas por mares que ela jamais singraria sozinha.

Acervo RR

Ação de Graças

2/03/2012
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De acordo com uma fonte próxima a Tarso Genro, o governador está negociando com Graça Foster o apoio da Petrobras a  abertura de capital da Sulgás. Com o IPO, a estimativa é que a participação da Petrobras na distribuidora gaúcha caia de 49% para aproximadamente 24%. Procurada, a Sulgás negou o IPO. A Petrobras, por sua vez, não quis se pronunciar.

Acervo RR

Biocombustíveis

28/02/2012
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A Petrobras Biocombustível está negociando a compra das duas fábricas de biodiesel do Grupo Caramuru. As tratativas, iniciadas no fim da gestão de José Sérgio Gabrielli, já tiveram o imprimatur de Graça Foster.


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Camargo Corrêa

27/02/2012
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Aos 45 minutos do segundo tempo, a Camargo Corrêa desistiu de participar sozinha da licitação da Petrobras para a construção de oito unidades de produção, transferência e armazenamento de petróleo. Entrou na disputa em parceria com a Queiroz Galvão e o estaleiro Iesa. O páreo vai ser duro. Há 23 consórcios na briga.

Acervo RR

Graciosa

16/02/2012
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A CVM deveria adotar a declaração de Graça Foster de que o lucro da Petrobras será melhor neste ano como padrão de um “novíssimo mercado”. Ficaria combinado que os empresários, em situação de queda do preço das ações da companhia e revoada dos acionistas, anunciariam um lucro maior no exercício. Só não poderiam adjetivar, dizendo que o resultado seria “um pouco melhor”, “bem melhor” etc.

Acervo RR

Gás da discórdia

15/02/2012
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A Compagás, distribuidora de gás do Paraná, está batendo de frente com a Petrobras. Alega que a estatal não atendeu ao seu pleito de ampliação do fornecimento de gás natural boliviano. As reclamações da diretoria da Compagás são ouvidas pela diretoria da Petrobras como o zumbido de um mosquito.


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Lusco-fusco

13/02/2012
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Dentro da Aneel, já se admite abertamente o adiamento do leilão A-3 de energia para ser fornecida a partir de 2015. O motivo é a falta de gás para o suprimento das termelétricas. Quem está mais uma vez no epicentro do impasse é a Petrobras, que alega não ter combustível suficiente.


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Petrobras

9/02/2012
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Alô, alô, caçadores de cérebros da Petrobras. Com a posse da dulcíssima Maria das Graças Foster, tem funcionário rezando para ser convidado a sair da estatal.

Acervo RR

Tudo como antes

8/02/2012
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Cotado para assumir a diretoria de gás e energia da Petrobras, José Lima Neto passou a tarde de ontem disparando telefonemas para Brasília com o objetivo de garantir sua permanência na presidência da BR.

Acervo RR

O Rio unido pela bolsa de commodities

8/02/2012
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A bolsa de derivativos de commodities é um passarinho que está batendo na janela do governador Sergio Cabral e pedindo para entrar. Por enquanto, apenas uma fresta está aberta. Mas só se Cabral tiver planos de divórcio da carreira política e da gestão pública não transformará a oportunidade em bandeira do seu governo. Quem avisa amigo é. O governador Geraldo Alckmin já articula conversações com a BM&F Bovespa. Mas trazer a bolsa para o Rio tem um inestimável valor simbólico, maior até do que o propriamente econômico. Explica-se: a Bolsa de Valores do Rio acabou raptada para São Paulo, deixando o estado órfão do seu templo das finanças cariocas. Foi uma das perdas mais sentidas do Rio. Quem quer agora criar a bolsa de derivativos de commodities é a presidente Dilma Rousseff, com quem Cabral tem boa interlocução. O pleito deveria copiar o modelo americano, no qual a Bolsa de Nova York funciona no estado de mesmo nome e a de contrato futuro de commodities, em Chicago. No Rio, já estão a Vale, a EBX, a Petrobras, e viriam empresas de grão, celulose, algodão e alimentos. São Paulo que fique com a BM&F Bovespa! Cabral, por circunstância da fortuna, tem o pré-sal submerso em águas do estado, o fenômeno Eike Batista, que, no momento, viabiliza a implantação do maior projeto portuário do Brasil, o condomínio de logística multimodal que está sendo construído em Cabo Frio, o Porto Maravilha, o boom da indústria hoteleira, a Copa do Mundo e a Olimpíada. Só falta mesmo resgatar a Bolsa. Esperase virilidade do rapaz, no bom sentido, é claro.

Acervo RR

Venda da Usinas Itamarati vira o maior bagaço

7/02/2012
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Ana Claudia de Moraes passou boa parte da vida se preparando para ser herdeira de um império agroindustrial e financeiro. Agora, luta com as poucas armas que tem para não ficar marcada como a responsável pelo fenecimento do que ainda resta de uma das maiores sagas empresariais do país. Filha de Olacyr de Moraes, Ana Claudia tem encontrado cada vez mais dificuldades para manter em pé a Usinas Itamarati, um dos últimos ativos do grupo em operação. O processo de venda de parte ou do controle da companhia, visto pela própria empresária como a derradeira possibilidade de salvação do negócio, esfriou consideravelmente nas últimas semanas. Desde o fim do ano passado, Tereos e Raízen vêm mantendo conversações com o JP Morgan, adviser contratado por Ana Claudia. No entanto, em ambos os acasos, as negociações empacaram em questões nevrálgicas e de difícil equacionamento. Procuradas pelo RR, Tereos e Raízen informaram que “não comentam rumores de mercado”. A Usinas Itamarati não retornou até o fechamento desta edição. O interesse de Rubens Ometto, da Raízen, esfriou após a avaliação dos passivos fiscais e trabalhistas da Usinas Itamarati – a dívida total da empresa é de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Segundo o RR apurou, Ometto se mostrou particularmente preocupado com uma parcela de R$ 250 milhões que a Itamarati terá de pagar a cerca de 20 credores entre 2012 e 2013. Há dúvidas quanto a  capacidade de geração de caixa da companhia para honrar estes compromissos, mesmo com o faturamento de R$ 700 milhões previsto para a safra 2011/2012. No caso da Tereos, que entraria no negócio em parceria com a Petrobras, o principal entrave seria a intenção de Ana Claudia de Moraes de permanecer na Itamarati. Os franceses até aceitam a coabitação societária, mas não nas condições propostas pela empresária. Ela estaria disposta a manter 40% da usina. A Tereos acha uma fatia gananciosa demais para quem não tem qualquer poder de fogo na negociação. Admite que Ana Claudia fique no capital, mas com um naco não superior a 20%. Diante desta bola dividida, as conversações azedaram. De acordo com informações filtradas junto a  própria Tereos, desde meados de janeiro os franceses não mantiveram mais qualquer contato com o JP Morgan. Diante da dificuldade de venda, Ana Claudia chegou a ser aconselhada por outros executivos da Itamarati a recorrer ao expediente da recuperação judicial. A empresária resiste a esta ideia. Ela sabe bem onde estão suas maiores vulnerabilidades. A relação entre a usina e seus credores está extremamente desgastada. Por conta disso, a empresária entende que teria muita dificuldade em aprovar um plano de recuperação judicial.

Acervo RR

José Sérgio Gabrielli

31/01/2012
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José Sérgio Gabrielli foi sondado por um ex-Petrobras com uma proposta obscena de tão régia. O convite não tem prazo de validade.

Acervo RR

ANP demarca a construção de alcooldutos

24/01/2012
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A ANP vai tentar colocar melodia e rima no samba do crioulo doido em que se transformou a construção de alcooldutos no país. A agência pretende lançar ainda neste semestre uma série de regras para normatizar a implantação de novos projetos no setor. A principal mudança diz respeito ao modelo legal para a execução de futuros empreendimentos. Hoje, os critérios são absolutamente difusos. Os projetos de construção são, caso a caso, avaliados e aprovados ou não pela ANP. A entidade pretende instituir leilões de concessão para a implantação de novos dutos. Além disso, a ANP quer replicar o direito de passagem adotado no transporte de gás. Ou seja: os investidores serão obrigados a abrir o duto para terceiros em caso de subutilização do pipeline. A percepção da ANP é que o atual modelo de autorização caducou e não atende mais a s necessidades logísticas do país para o transporte de etanol. Com o sistema de concessão, a agência pretende estipular critérios geoeconômicos para a construção dos pipelines. O objetivo é evitar sobreposições de traçados, o que aumenta o risco de subaproveitamento dos dutos. Em tempo: ciente das intenções da ANP, a Petrobras não perdeu tempo. Tem feito lobby para que o seu projeto de construção de um alcoolduto entre Goiás e o Porto de Santos, um investimento de US$ 2 bilhões tocado em parceria com Cosan, Copersucar, Camargo Corrêa, OTP e Uniduto, seja totalmente aprovado pela agência antes da entrada em vigor das novas regras .

Acervo RR

Dupla do gás

20/01/2012
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A Petrobras e a boliviana YPFB negociam um acordo para a compra da Termelétrica Governador Mário Covas, em Mato Grosso. A usina é controlada pela Pantanal Energia, subsidiária da norte-americana Ashmore Energy. A geradora está arrendada a  Petrobras até o fim do ano. Ao atrair a empresa boliviana para o negócio, a estatal busca a garantia de fornecimento de matéria- prima, a cargo da YPFB.

Acervo RR

Injeção no pré-sal

19/01/2012
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A injeção do Tesouro Nacional de R$ 30 bilhões no BNDES, em estudo no governo, não vai aquecer a economia na veia. O projeto é destinar a maior parte desses recursos para financiar as companhias que estão explorando o pré-sal. A parte do leão, é claro, vai para a Petrobras. O dinheiro irrigaria indiretamente a atividade produtiva.

Acervo RR

PetroChina

16/01/2012
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A PetroChina, maior companhia de petróleo e gás da asia, sinalizou a Edison Lobão que vai participar das próximas licitações de blocos de petróleo da ANP em Santos e em Campos. Após bater no gabinete de Lobão, os chineses devem agora tocar a campainha da Petrobras em busca de um parceiro.


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Tereos

4/01/2012
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A parceria entre a Petrobras e a francesa Tereos vai cruzar novas fronteiras. Além de Moçambique, a dupla estuda produzir etanol em Angola e em Cuba. Procuradas pelo RR, as duas empresas preferiram não se pronunciar.

Acervo RR

Dilma junta os fios do leilão de energia elétrica

2/01/2012
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Dilma Rousseff terá de entrar em campo, assumir o papel de árbitro e equacionar um impasse em torno dos futuros leilões de energia térmica. Só mesmo a própria presidente da República para desatar o nó ao qual estão amarrados a Aneel, a Petrobras e grandes empresas do setor elétrico no país. O epicentro da questão é o fornecimento de gás para os novos projetos termelétricos. Alguns dos principais investidores privados da área de geração, entre eles EDP, AES e EDF, estão pressionando a Aneel a mudar as regras das próximas licitações, com o objetivo de reduzir a dependência do gás fornecido pela Petrobras. O diretor- geral da agência reguladora, Nelson Ha¼bner, já se mostrou favorável a algumas das proposições feitas pelas empresas, que contrariam os interesses da Petrobras. A principal medida sobre a mesa envolve a possibilidade de conversão das térmicas. As empresas poderiam mudar, a qualquer momento, a fonte de energia da usina. Significa dizer que, durante a construção, os investidores teriam direito de converter uma térmica originalmente a gás para operar com óleo diesel. Esta flexibilidade funcionaria como um hedge contra eventuais variações no preço do combustível ou até mesmo contra a falta do insumo. O uso do diesel abriria um caminho, caso necessário, para as geradoras driblarem a Petrobras e importarem o combustível. Segundo o RR apurou junto a uma fonte da própria Aneel, a permissão para a mudança da fonte geradora seria condicionada a uma série de exigências. A alteração teria de ser submetida aos órgãos ambientais. Já o investidor precisará arcar integralmente com os custos para a conversão da usina. Neste caso, a geradora teria de manter o valor final da tarifa fixado no leilão. A Petrobras trabalha contra qualquer mudança de rota nos leilões da Aneel. A permissão para a conversão das usinas reduziria significativamente o seu poder de fogo no fornecimento a s futuras térmicas. Esta é justamente a intenção das empresas de geração e da Aneel. Nos últimos leilões de termelétricas, a Petrobras foi acusada de adotar práticas de concorrência desleal. Teria cobrado pelo gás comercializado a terceiros um valor mais alto do que o estabelecido para as suas próprias usinas. Ou seja: de forma oblíqua e aproveitando- se do status de fornecedora quase monopolista do combustível, criou um fator de desequilíbrio concorrencial. As térmicas com participação societária da estatal largaram na frente na formação dos preços da energia ofertada nos leilões. O governo terá de usar de toda a perícia para solucionar este imbróglio, que, inclusive, pode até chegar a  Justiça. Não custa lembrar que, em agosto, os investidores da área de geração tentaram suspender o leilão para o fornecimento de energia elétrica a partir de 2014 por discordarem dos preços do gás fixados pela Petrobras. É preciso juntar três fios desencapados: a estatal, a agência reguladora e as empresas. O Planalto e o Ministério de Minas e Energia terão de atuar nos bastidores para buscar uma solução que não seja vista como uma desautorização pública a  Aneel e muito menos como uma afronta a  Petrobras. Neste caso, a participação direta de Dilma é quase inevitável. Como costuma dizer José Sergio Gabrielli, poucas pessoas na República conhecem tão bem a estatal quanto ela, que, durante anos, foi presidente do Conselho da empresa.

Acervo RR

Lupatech empurra a conta do hospital para Petros e BNDES

26/12/2011
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Sempre cabe mais um enfermo no amplo ambulatório da Viúva. Os controladores da Lupatech – a começar pelo fundador e atual presidente do Conselho de Administração, Nestor Perini- estão fazendo de tudo para jogar no colo de seus sócios estatais a conta da agonia financeira da empresa. Além do pedido de waver pelo descumprimento das cláusulas de dívida da segunda emissão de debêntures, que será formalizado ao BNDES nos próximos dias, a companhia bateu na porta da Petros. Segundo uma fonte da própria fundação, está tentando convencer a entidade, dona de 14,98% das ordinárias, a liderar um aumento de capital. O próprio BNDES, detentor de 11,4% das ONs, também seria um personagem fundamental da operação. De acordo com a mesma fonte, a holding Lupapar, que reúne as ações da família Perini, não atenderia a  chamada de capital, reduzindo sua participação, hoje de 25%. No BNDES e na Petros, a percepção é que os sócios da Lupatech estão tentando sair do negócio com o menor número possível de arranhões. A sensação é que a família vai queimar o único trunfo que tem na mão: os diversos contratos com a Petrobras. O risco de atraso na entrega de equipamentos para a estatal é visto como um fator que pode acabar forçando o BNDES e a Petros a aportar recursos na Lupatech mesmo que a  revelia. O banco e o fundo fazem projeções em cima de um cenário extremo. Na eventualidade de uma paralisação das atividades da empresa, dificilmente a Petrobras conseguiria remanejar as encomendas a tempo de manter o cronograma de alguns de seus projetos na área de exploração e produção. O BNDES ainda tem uma adaga extra cravada em suas costas: os quase R$ 400 milhões em crédito contra a Lupatech. A fragilização da empresa só aumenta as chances de o banco nunca mais ver a cor deste dinheiro. No momento, a Lupatech soma mais de R$ 1 bilhão em passivos de curto prazo para um patrimônio líquido em torno de R$ 70 milhões. Ao mesmo tempo em que tenta enfiar o batráquio do aumento de capital goela abaixo do BNDES e da Petros, a Lupatech prossegue em sua via crucis para fazer caixa. A empresa vai intensificar a política de se desfazer de ativos considerados não estratégicos. Há conversas com a General Electric para a venda de todas as suas operações no segmento de fabricação de válvulas, o que inclui as subsidiárias Jefferson, Vipel, Valmicro e Valbol, esta última na Argentina. Recentemente, a Lupatech vendeu a Steelinject. No momento, analisa uma oferta da HidroJet por outra de suas subsidiárias, a Microinox.


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Queiroz Galvão

16/12/2011
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A Queiroz Galvão, operadora e dona de 30% do Bloco BS-4, em Santos, quer aumentar sua participação. Já teria feito uma oferta para a compra de 10% do consórcio pertencentes a  Petrobras.


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Eletrobras

9/12/2011
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A – Petrobras do setor elétrico – idealizada por Lula começa, ainda que devagarinho, a quebrar o ovo. Além da investida sobre a EDP, a Eletrobras pretende comprar geradoras no Chile e na Argentina.

Acervo RR

Usina Itamarati

29/11/2011
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Ana Claudia Moraes, filha de Olacyr de Moraes, está tentando jogar a Usina Itamarati e sua dívida de R$ 1,5 bilhão no colo da Viúva, mais precisamente na Petrobras

Acervo RR

Maria das Graças usa TAG como currículo

16/11/2011
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A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, segue firme na sua campanha para se tornar a sucessora de José Sérgio Gabrielli na presidência da estatal. A executiva escolheu como vitrine a Transportadora Associada de Gás (TAG). A empresa foi criada por seu antecessor, Ildo Sauer, para aglutinar os gasodutos operados pela Petrobras. Maria das Graças gostou da centralização e decidiu ir além, transformando a TAG em uma das cinco maiores controladas do grupo Petrobras. A executiva negocia com os sócios privados na Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) a transferência das ações da Gaspetro – que detém 51% do capital da empresa – para a TAG. Maria das Graças pretende aproveitar o ensejo para aumentar a participação da estatal na TBG. O novo desenho daria mais força para negociar uma flexibilização da compra de gás boliviano. A tarefa não será nada fácil. Os investidores privados, a  frente a inglesa BG e a norte-americana AEI, além da estatal boliviana Transredes, estão fazendo jogo duro para aceitar a mudança. Enxergam a entrada da TAG como uma oportunidade de ouro para arrancar da Petrobras um novo acordo de acionistas que aumente a ingerência dos sócios minoritários na estratégia e na gestão da TBG. O ponto principal é a discordância no que diz respeito a  negociação de valores das tarifas e ao volume de gás a ser transportado. A Petrobras tem usado e abusado da sua condição de controladora para impor seus interesses comerciais.

Acervo RR

Compagas é o ponto de partida da Sumitomo na distribuição de gás

10/11/2011
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A mais do que decantada privatização da Compagas está ganhando ingredientes novos para finalmente sair do papel. A Sumitomo procurou o governo do Paraná para informar que topa disputar o controle acionário da distribuidora de gás do estado. O plano da companhia japonesa é arrematar os 51% das ações pertencentes a  Copel, a distribuidora de energia elétrica do estado. A Petrobras e a Mitsui ficariam com o restante. A companhia nipônica sabe que é inevitável haver o leilão de privatiza ção, quando ninguém sabe. Aposta, contudo, que a demonstração explícita de interesse no negócio incentivará o governo do estado a acelerar o processo, estimado muito preliminarmente para meados do ano que vem. Paralelamente, a Sumitomo negocia com a Gaspetro – a empresa da Petrobras detentora de um quarto do capital da Compagas – a formação de um consórcio para disputar o leilão. A estatal já topou o acordo, mas ainda falta acertar a composição do consórcio, já que a Gaspetro ainda reluta em ser minoritária dos japoneses. O receio da Petrobras é abrir espaço para que a Sumitomo cresça no mercado de distribuição de gás natural a s suas custas. Além disso, a Gaspetro pretende comprar a Gaspart, que é o veículo da Mitsui para o mercado de distribuição de gás natural e que detém um quarto do capital da Compagas. Alcançaria assim, de imediato, 49% do capital da Compagas. Para a estatal, a privatização da distribuidora de gás é uma questão de tempo. A Copel tem sentido cada vez mais o peso de ter que investir na Compagas e ao mesmo tempo necessitar de capital para o seu negócio de geração e distribuição de energia elétrica. A empresa tem deixado claro para o governo do estado o interesse em pular fora da Compagas até o ano que vem. Não pretende sequer esperar pela conclusão da venda da Gaspart para a Petrobras. A Copel aposta que o início do processo de privatização vai facilitar as tratativas entre a Mitsui e a estatal brasileira. Falar é fácil, mas fazer não é tão simples assim. De qualquer forma, a Mitsui deverá ser carta fora do baralho. Os nipônicos não têm como resistir ao assédio da Petrobras.


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Tapas e beijos

10/11/2011
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A Comgás está cortando um dobrado para renegociar com a Petrobras o contrato de fornecimento de gás que vence em 2012. A distribuidora paulista pretende mudar a modalidade de -firme flexível-, no qual a estatal pode interromper o fornecimento, para -firme-, mas até agora só recebeu promessas. Há quem veja no corpo mole da Petrobras uma vontade louca de ser sócia da Comgás.

Acervo RR

Segunda opinião

9/11/2011
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A ANP está decidida a depender cada vez menos dos estudos da Petrobras sobre a exploração de petróleo e gás na camada de pré-sal. A Agência vai fazer estudos geológicos paralelos de grande porte, até para refutar argumentos da estatal sobre as prioridades de investimentos na camada.

Acervo RR

Alcooldutos

8/11/2011
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Grandes usineiros estão fazendo um lobby inflamável junto a  ANP. Querem incinerar a proposta da agência de tornar obrigatória a licitação para a construção de alcooldutos no país. Contam com o discreto, mas sempre decisivo, apoio da Petrobras.

Acervo RR

Petrobras vê Rubens Ometto como rival em pele de parceiro

7/11/2011
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Rubens Ometto começa a ser visto com reservas dentro da Petrobras. O motivo é o transtorno bipolar do empresário na área de logística. Ao mesmo tempo em que é sócio da estatal na Logum, Ometto está prestes a se tornar um dos principais concorrentes da companhia no armazenamento e transporte de etanol. A Raízen, leia-se Cosan e Shell, tem um projeto para alavancar os negócios de sua subsidiária Rumo Logística. Não por coincidência, a operação repete o modelo societário da Logum, montado pela Petrobras em parceria com empresas do setor sucroalcooleiro. A ideia de Ometto é atrair outras usinas para o capital da Rumo. Um candidato em potencial é a já parceira São Martinho – as duas companhias fecharam um contrato de dez anos para armazenagem, transbordo e transporte de açúcar e álcool. A associação acirraria ainda mais o conflito de interesses em um jogo de participações cruzadas, uma vez que a Petrobras Biocombustíveis é acionista minoritária da São Martinho. Outra empresa com quem a Rumo vem mantendo conversações é o Noble Group, de Hong Kong, dono de quatro usinas de álcool e açúcar em São Paulo – duas delas compradas do Grupo Cerradinho, no fim do ano passado, por quase US$ 1 bilhão. No cinturão de sócios de Rubens Ometto há espaço também para uma operadora ferroviária. Um nome forte é o da ALL, com a qual a Rumo Logística também mantém uma parceria operacional. Esta seria a maior diferenciação da empresa para a Logum e o grande argumento de Ometto para usar o seu duplo chapéu. Enquanto a controlada da estatal vai focar na construção de alcooldutos, o forte da Rumo Logística passaria a ser o transporte ferroviário. A estratégia de Ometto é que cada um dos novos sócios tenha, no máximo, 10% de participação. O empresário topa abrir mão da posição de majoritário, desde que um acordo de acionistas o mantenha a  frente do negócio. Ressalte-se que a companhia já tem dois private equities em seu capital: o Gávea Investimentos e o Texas Pacific Group, donos de 25% das ações. No modelo de negócios idealizado por Rubens Ometto, a Rumo Logística poderá ainda formar SPEs para administrar determinados empreendimentos. A empresa já tem um negócio neste formato. Criou uma associação com a Coopercitrus, uma das mais tradicionais cooperativas de São Paulo, para administrar um terminal de etanol em Barretos.

Acervo RR

Petrobras encosta Mitsui contra a parede na compra da Gaspart

1/11/2011
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A Petrobras pega, mata e come, feito carcará. Que o diga a Mitsui. A estatal abriu negociações para a compra da Gaspart, holding controlada pela trading com participação em sete concessionárias estaduais de gás – Algás (Alagoas), Bahiagás, Compagás (Paraná), Copergás (Pernambuco), PBgás (Paraíba), SCgás (Santa Catarina) e Sergás (Sergipe). Negociação talvez não o seja o termo mais apropriado. A Petrobras está usando de todo o seu poder para triturar os japoneses, levá-los a  exaustão e fechar a operação ao seu gosto. Inicialmente, a Mitsui pretendia vender, no máximo, 60% da Gaspart e permanecer com um pied a  terre no mercado brasileiro. No entanto, no que depender da Petrobras, vai ficar só na vontade. A estatal não tem qualquer interesse em adquirir apenas uma porção da participação dos japoneses. É tudo ou nada. Deve vencer a parada como e quando quiser. A Petrobras tem a faca e o queijo na mão para enconstar a Mitsui contra a parede. A operação é feita sob medida para a estatal. Difícil imaginar que um grupo do setor esteja interessado em comprar participações minoritárias em sete distribuidoras de gás e, em todas elas, ficar imprensado entre a Petrobras e os respectivos governos estaduais. Ou seja: tirando a própria estatal, que aumentaria significativamente sua presença em todas as distribuidoras, nenhum outro grupo terá poder suficiente para se sentar a  mesa e falar de igual para igual com os governos, controladores das sete distribuidoras. Resumo deste teatro de kabuki: ou a Mitsui aceita as condições impostas pela estatal ou vai suar para vender a Gaspart. De acordo com uma fonte ligada a  Mitsui, as participações do grupo nas sete concessionárias estão avaliadas em torno dos US$ 300 milhões. A decisão de venda está vinculada a uma reviravolta estratégica no Brasil. Desde a compra da Gaspart, os japoneses passaram a alimentar o projeto de entrar no capital de outras distribuidoras, notadamente em grandes centros do país, e criar um cinturão de participações com maior peso no setor. No entanto, os japoneses não ampliaram sua influência nem -dentro de casa-. Jamais conseguiram atingir o grau de poder desejado nas distribuidoras penduradas no cabide da Gaspart.

Acervo RR

-Alcollor-

31/10/2011
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João Lyra não sabe a quem deve mais: se aos bancos ou se a Fernando Collor de Mello. Após arrancar da Petrobras um contrato de compra de álcool das usinas de Lyra, o ex-presidente está diretamente envolvido nas negociações com os credores do grupo.


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Vazamento

28/10/2011
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Entrou água nas negociações entre Petrobras e Total para uma parceria na exploração e produção de petróleo e gás em Angola e Moçambique. O problema está na divisão do consórcio. A estatal quer ser sócia minoritária. Os franceses, também.

Acervo RR

Aneel x Petrobras

25/10/2011
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O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, não engoliu a postura da Petrobras, que alega não ter gás para o suprimento das termelétricas interessadas no próximo leilão de energia. Hubner vai cobrar dados mais detalhados sobre a produção do insumo. Para ele, a Petrobras estaria fazendo uma espécie de -confisco do boi- para negociar o combustível a preços mais vantajosos.

Acervo RR

Agropalma

21/10/2011
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Sócia da Petrobras na Açúcar Guarani, a francesa Tereos está tentando arrastar a estatal para um novo negócio, agora na área de biodiesel. Em pauta, uma oferta conjunta pela Agropalma, de Aloysio Faria. Os franceses vão precisar gastar todo o seu poder de persuasão. No ano passado, a estatal mergulhou nos números da Agropalma e não ficou muito satisfeita com o que viu no fundo do mar.


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Refinaria

13/10/2011
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A biruta da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) mudou de direção mais uma vez. Após ter recomprado os 30% da Repsol, a Petrobras saiu a campo em busca de um novo sócio para a Refap. O candidato mais forte é a mexicana Pemex.

Acervo RR

Petrobras põe sal no refresco tributário da Mossi & Ghisolfi

5/10/2011
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O tempo dirá se a Mossi & Ghisolfi (M&G) vai mesmo tirar o time de campo ou está apenas protagonizando uma ópera bufa de quinta categoria. O grupo petroquímico italiano sinalizou ao governo que vai desativar sua fábrica em Suape (PE) caso perca o benefício de importar ácido tereftálico purificado (PTA) a tarifa zero – o PTA é usado como matéria- prima para a produção de resinas PET. Bravata ou não, os italianos fazem pressão apoiados por uma escolta de luxo. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vem tentando usar seu prestígio junto ao Planalto para garantir a manutenção da isenção fiscal. Alega que o eventual fechamento da fábrica de PET da M&G terá razoável impacto sobre o complexo industrial portuário de Suape e sobre a própria economia pernambucana, além do efeito social por conta das demissões. Procurada pelo RR, a M&G não se pronunciou até o fechamento desta edição. Mesmo com a ameaça de fechamento da fábrica e com o lobby das autoridades pernambucanas, a tarefa da M&G é dificílima. O governo tem fortes razões para acabar com o refresco tributário de que os italianos dispõem desde 2002, quando herdaram as operações da Rhodia- ster no Brasil com a compra da companhia francesa. O motivo maior atende pelo nome de Petrobras . No primeiro trimestre de 2012, a estatal vai iniciar a produção de PTA, também em Suape. Nos meses seguintes, avançará uma casa na cadeia petroquímica e partirá para a fabricação de resinas PET. Por que cargas d’água o governo manterá uma isenção fiscal que garante uma notória vantagem competitiva para a M&G justo no momento em que a Petrobras acaba de gastar US$ 2,5 bilhões na montagem do complexo petroquímico de Suape? Ressalte-se ainda que o benefício tributário perderá muito da sua razão de ser uma vez que a própria estatal passará a atender boa parte da demanda interna por PTA. E, no fim das contas, pressão por pressão, a Petrobras é a Petrobras. O governo não apenas acha que a história de fechamento da fábrica de Suape é conversa para boi dormir como também não tem a menor boa vontade com a M&G. O conceito da empresa em Brasília é o pior possível. A percepção é de que o grupo italiano deu uma rasteira no governo. Ao receber a isenção fiscal para a importação de PTA, a M&G garantiu que montaria uma fábrica do produto no Brasil. Ou seja: o bom-bocado tributário seria provisório. No entanto, o tempo passou, os italianos se deitaram na rede e o projeto nunca saiu do papel .


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Petrobras põe sal no refresco tributário da Mossi & Ghisolfi

5/10/2011
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O tempo dirá se a Mossi & Ghisolfi (M&G) vai mesmo tirar o time de campo ou está apenas protagonizando uma ópera bufa de quinta categoria. O grupo petroquímico italiano sinalizou ao governo que vai desativar sua fábrica em Suape (PE) caso perca o benefício de importar ácido tereftálico purificado (PTA) a tarifa zero – o PTA é usado como matéria- prima para a produção de resinas PET. Bravata ou não, os italianos fazem pressão apoiados por uma escolta de luxo. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vem tentando usar seu prestígio junto ao Planalto para garantir a manutenção da isenção fiscal. Alega que o eventual fechamento da fábrica de PET da M&G terá razoável impacto sobre o complexo industrial portuário de Suape e sobre a própria economia pernambucana, além do efeito social por conta das demissões. Procurada pelo RR, a M&G não se pronunciou até o fechamento desta edição. Mesmo com a ameaça de fechamento da fábrica e com o lobby das autoridades pernambucanas, a tarefa da M&G é dificílima. O governo tem fortes razões para acabar com o refresco tributário de que os italianos dispõem desde 2002, quando herdaram as operações da Rhodia- ster no Brasil com a compra da companhia francesa. O motivo maior atende pelo nome de Petrobras . No primeiro trimestre de 2012, a estatal vai iniciar a produção de PTA, também em Suape. Nos meses seguintes, avançará uma casa na cadeia petroquímica e partirá para a fabricação de resinas PET. Por que cargas d’água o governo manterá uma isenção fiscal que garante uma notória vantagem competitiva para a M&G justo no momento em que a Petrobras acaba de gastar US$ 2,5 bilhões na montagem do complexo petroquímico de Suape? Ressalte-se ainda que o benefício tributário perderá muito da sua razão de ser uma vez que a própria estatal passará a atender boa parte da demanda interna por PTA. E, no fim das contas, pressão por pressão, a Petrobras é a Petrobras. O governo não apenas acha que a história de fechamento da fábrica de Suape é conversa para boi dormir como também não tem a menor boa vontade com a M&G. O conceito da empresa em Brasília é o pior possível. A percepção é de que o grupo italiano deu uma rasteira no governo. Ao receber a isenção fiscal para a importação de PTA, a M&G garantiu que montaria uma fábrica do produto no Brasil. Ou seja: o bom-bocado tributário seria provisório. No entanto, o tempo passou, os italianos se deitaram na rede e o projeto nunca saiu do papel .

Acervo RR

Descaso

28/09/2011
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O presidente da Tereos, Alex Duval, é só elogios ao nº 1 da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto. Mas considera que as conversas com Rossetto não chegam ao cume da Petrobras, onde os negócios são efetivamente decididos. Sócio da estatal na Açúcar Guarani, Duval simplesmente não consegue uma interlocução com José Sergio Gabrielli


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Petrobras

21/09/2011
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O acordo entre Petrobras e Reliance para a construção de uma refinaria na andia ganhou um terceiro e importante personagem. Ambas estão prestes a acertar com o Banco de Desenvolvimento da China um financiamento para o projeto, orçado em US$ 1,5 bilhão. O empréstimo será condicionado a  contratação de equipamentos e serviços de indústrias chinesas

Acervo RR

Petrobras finca suas plataformas no Uruguai

16/09/2011
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O nome da Ancap, espécie de primo pobre do petróleo na América do Sul, tem sido repetido insistentemente na Petrobras. Os governos do Brasil e do Uruguai estão costurando uma parceria entre as duas estatais. As negociações contemplam desde um acordo operacional entre as companhias até a entrada da Petrobras no capital da empresa uruguaia. O governo de José Mujica enxerga na presença da companhia brasileira um caminho para que a indústria de E&P no Uruguai dê um salto em termos de tecnologia. A Petrobras, por sua vez, entende que poderá compensar o alto risco do investimento com o aumento do seu colar de ativos na América Latina e a possibilidade de pegar carona no potencial de crescimento do quase saárico mercado uruguaio de petróleo. O governo brasileiro e a direção da Petrobras têm acompanhado de perto recentes estudos geológicos no Uruguai, que podem representar uma metamorfose na indústria petroleira local e na própria Ancap. Recentemente, a estatal uruguaia anunciou descobertas de reservas de petróleo em terra. Não por acaso, o governo passou a procurar parceiros ou sócios capazes de alavancar o fôlego financeiro e o know how tecnológico da empresa. A Petrobras, no entanto, vai mergulhar no projeto com segurança redobrada. O acordo que está sendo discutido entre os governos brasileiro e uruguaio prevê a indenização de parte dos investimentos desembolsados pela companhia caso não sejam encontradas reservas de petróleo e gás em escala comercial.


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Queiroz Galvão

5/09/2011
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A Queiroz Galvão negocia um acordo com a Petrobras para a exploração e produção de petróleo em Angola.


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Petrobras

2/09/2011
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Nos corredores da Petrobras circula a informação de que a troca de José Sergio Gabrielli por Maria das Graças Foster será feita até outubro. O substituto de Graça na diretoria de gás e energia da estatal já estaria definido: o presidente da BR, José Lima Neto.

Acervo RR

Blairo Maggi troca o DNIT por um envolvimento com a Petrobras

26/08/2011
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Em alguns casos, o Planalto tira com uma das mãos e devolve com a outra ainda mais cheia. Que o diga o senador Blairo Maggi. O exgovernador de Mato Grosso, que perdeu seu poder de influência sobre o DNIT com o afastamento do afilhado político Luiz Antonio Pagot, está prestes a receber um afago do governo por vias oblíquas. O carinho em questão diz respeito a  intenção do Grupo Maggi de entrar no setor sucroalcooleiro. O conglomerado agroindustrial controlado pela família Maggi, um dos maiores produtores de grãos do país, estuda construir usinas de álcool e açúcar na Região Centro- Oeste. A investida passa pela Avenida Chile. Sob as bênçãos palacianas, a Petrobras Biocombustível é forte candidata a se associar ao Grupo Maggi. De acordo com uma fonte da própria estatal, inicialmente seriam construídas duas usinas ao custo aproximado de R$ 600 milhões. Procurado pelo RR – Negócios & Finanças, o Grupo Maggi não se pronunciou até o fechamento desta edição. No Planalto, a parceria entre as duas empresas é considerada uma espécie de -Projeto Bombril-. Tem mil e uma utilidades. A estatal cumprirá sua missão de fomentar o crescimento do parque sucroalcooleiro no Brasil. Com um orçamento para o setor em torno de US$ 2 bilhões, a empresa pretende aumentar sua produção de etanol de 1,5 bilhão de litros para mais de 5,5 bilhões de litros por safra nos próximos quatro anos. Ao mesmo tempo, ao se unir ao Maggi, vai estimular o aparecimento de um novo grupo brasileiro no setor, algo bem visto dentro do governo. Por fim, não bastassem as motivações de ordem geoeconômica, é impossível dissociar a eventual parceria entre Petrobras Biocombustível e Grupo Maggi da crise política que cerca a presidente Dilma Rousseff. Blairo Maggi foi um dos principais atingidos pela faxina do DNIT. Ato contínuo, tornou-se um dos maiores defensores da ruptura entre o PR e o governo, inclusive bradando para que os integrantes do partido entregassem seus cargos no setor público. Ainda que por trilhas sinuosas, a associação entre a Petrobras e o grupo agropecuário funcionaria como uma espécie de desagravo ao ex-governador de Mato Grosso, abrindo uma porta para uma eventual reaproximação com o PR. E a governança corporativa da Petrobras? No meio de um jogo complexo como esse, trata-se de um detalhe.


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Ação de Graças

24/08/2011
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A diretora de petróleo e gás da Petrobras, Maria das Graças Foster, tem buzinado na própria empresa que o governo retirará do projeto de lei do pré-sal a cláusula que obriga a estatal a ter 30% de todos os consórcios. Graça deixa implícito seu relacionamento diferenciado com Dilma Rousseff e explícita a sua intervenção para a mudança. É no mínimo deselegante o papel da moça.

Acervo RR

Petrobras e BP se reconciliam de olho no pré-sal

23/08/2011
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A recém-firmada parceria entre a BP e a Petrobras para a exploração de blocos de petróleo na Namíbia é apenas o espelho d’água. Em suas camadas mais profundas, o acordo representa uma espécie de reconciliação entre as duas empresas, cuja relação estava abalada desde o ano passado. Em meados de 2010, a estatal brasileira suspendeu abruptamente conversações com o grupo inglês em torno de novas associações no Brasil. Para todos os efeitos, a estatal alegou que não era o período apropriado para rearrumar suas participações na área de E&P. Puro jogo de cena. Naquele momento, a Petrobras não quis vincular sua imagem a  BP, que estava envolvida no grave episódio de vazamento de óleo no Golfo do México. A poeira baixou, o óleo se dissipou e as duas empresas voltaram a se sentar a  mesma mesa. Além de novas possibilidades de parceria na africa, notadamente em Angola, há conversas para que a Petrobras se associe a novos blocos administrados pela BP no Brasil. Das 10 áreas que o grupo inglês comprou da Devon Energy no ano passado, a estatal brasileira já está presente em cinco delas. As negociações envolvem a entrada da Petrobras em mais dois blocos ? o BM-CAL-13, na Bacia Camamu-Almada, e o Polvo, na Bacia de Campos ? mediante a compra de ações em poder da BP. No primeiro caso, a companhia detém 100% do capital; no segundo, 60%.


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Belo Monte

19/08/2011
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Sempre cabe mais um em Belo Monte. Após a Light, estão avançadas as negociações para que a Petrobras entre no capital do consórcio responsável pela construção da usina. A estatal pretende garantir fornecimento de energia para suas refinarias localizadas no Norte e no Nordeste.

Acervo RR

Relatório Reservado – Informe

19/08/2011
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Em relação a  matéria publicada na edição nº 4.182, a Usina Santa Terezinha procurou o RR – Negócios & Finanças para informar que não mantém qualquer negociação com a Petrobras Biocombustível.


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Gas Natural

18/08/2011
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A espanhola Gas Natural retomou o projeto de fusão da CEG e da CEG Rio. Já iniciou as tratativas com a Petrobras e o BNDES, sócios das distribuidoras.

Acervo RR

Petrobras é um gárgula bicéfalo

16/08/2011
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Cruzes! Darth Vader, mais conhecido pelas iniciais RS, está de volta. Habituado a ler os mercados financeiros no ventre de animais fétidos, o Lorde Negro não enxerga pureza nos atos da Petrobras. Para ele, ambas as simbioses da estatal ? com o governo e o mercado ? são malévolas. Jogando lá e cá, a empresa praticamente expulsou os investidores estrangeiros na última grande capitalização. Foi como se esquecesse que, para desenvolver o présal, terá de levantar entre US$ 7 bilhões e US$ 12 bilhões ao ano no mercado de títulos de renda fixa no exterior. Agora, vai ter de bater, toda sonsa, na porta dos gringos. O arauto do mal acha que os recentes cortes no orçamento da Petrobras mostram a face do animal bifronte e ambíguo. Eles foram feitos de forma cirúrgica com o objetivo de despolitizar a imagem da empresa e atrair o investidor internacional anteriormente desprezado. A ordem foi ceifar os investimentos com forte viés político entre os 688 projetos em andamento na empresa e concentrar esforços na exploração, notadamente no pré-sal. Darth Vader vê malícia pura nos números da estatal. Dos US$ 224 bilhões de orçamento, uma fatia de 57% será aplicada na lucrativa operação de prospecção. Para as pouco ou nada rentáveis refinarias -petistas e peemedebistas=, sobraram US$ 70 bilhões, menos de um terço da cifra total. Ou seja: arrependida do divórcio, a Petrobras voltou a se enfeitar para os investidores estrangeiros, que, ninguém se iluda, são igualmente pérfidos. Não há lado bom da Força nessa história. A medida começa a surtir efeito. Os analistas estrangeiros, que ainda andavam ressabiados com os maus-tratos recentes, reagiram positivamente. A meta de preço para as ações PETR3 saltou para R$ 41, quase o dobro do valor negociado atualmente em mercado. Um exemplo desta mudança de percepção foi a postura adotada por Rex Moore, do site The Motley Fool, que se autointitula -The Official Website of the Long- Term Investor-. Moore colocou o ADR da Petrobras na -Watch List- das 64 ações negociadas na Nyse que se enquadram como ?Corporate Eldorado Stocks?. Trata-se da definição cunhada pelo professor Jeremy Siegel, da Universidade de Wharton, para as empresas que mais bem protegem o investidor de longo prazo. Mas, não existe final. O Lorde Negro garante que virá muito mal ainda por aí. Aos olhos de Darth Vader, pragmatismo e maldade são a mesma coisa.

Acervo RR

O sabá dos fundos de pensão nas Bolsas

12/08/2011
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Darth Vader, que atende pelas iniciais RS, voltou. Se ele é capaz de identificar a maldade em uma criança recém-nascida, imaginem só em relação aos fundos de pensão. Os investidores institucionais têm feito da crise financeira uma festa pagã para seus ganhos nas Bolsas. A manobra é conhecida. Eles saem em bloco vendendo e puxando o preço para baixo e recompram os papéis mais a  frente a cotações ainda mais depreciadas. A prática ficou escancarada nos negócios feitos pelas fundações nos últimos dois dias. Não há Cade para essas operações. E a CVM? Ah, a coitadinha da CVM! Portanto, falácia dizer que tudo se resume a  desvalorização da Petrobras e da Vale. O andice de Governança Corporativa Diferenciada (IGC), que não inclui a Petrobras e no qual a Vale pesa apenas 12%, recuou 15% no período. Vader é peremptório: os investidores estrangeiros não podem ser culpados. Na primeira semana de agosto, eles foram aplicadores líquidos. De quem, então, é a responsabilidade pela hecatombe? Darth Vader solta uma gargalhada aterrorizante e dispara: -Meu caro, os grandes vendedores foram justamente os investidores institucionais brasileiros.- Vader metralha números do mercado brasileiro. a€ exceção dos aplicadores institucionais, todos os investidores estão mais comprados do que vendidos. Dos R$ 59 bilhões negociados até 9 de agosto, 61% foram provenientes de novos recursos. Já o restante foi retirado do próprio mercado. Na ponta do lápis, investidores injetaram R$ 13 bilhões líquidos. Isso não impediu que o Ibovespa caísse. -Quer saber a moral da história?-, pergunta, em tom sarcástico, para logo depois emendar a resposta: -A Bolsa não caiu porque houve mais vendedores e sim porque os vendedores, assustados, decidiram aceitar preços mais baixos por seus papéis-. Até o final de abril, os estrangeiros eram vendedores líquidos de R$ 3,7 bilhões no ano. A partir de primeiro de maio, começaram a reverter suas posições, recomprando o que haviam vendido e muito mais. Até a semana passada, já haviam readquirido mais de R$ 4,4 bilhões, dos quais US$ 570 milhões a partir do estouro da crise. Apenas na quinta-feira retrasada, 4 de agosto, quando o Ibovespa caiu 5,7%, os estrangeiros injetaram na bolsa brasileira R$ 291 milhões. Darth Vader dá mais uma de suas demoníacas risadas e afirma: -Todo o mal que se esconde no coração humano é uma gota no oceano de manipulações do mercado de valores-


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Antídoto

9/08/2011
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A Petrobras está contratando uma tropa de hackers. Os piratas cibernéticos vão testar a  exaustão o sofisticado sistema montado pela estatal para monitoramento dos blocos do pré-sal. Um dos hackers tem relação de parentesco com a concorrência.


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Gas Natural

8/08/2011
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A Petrobras fez escola. A Gas Natural pretende montar uma rede de fibra óptica aproveitando-se dos dutos das suas distribuidoras no Rio e em São Paulo. O passo seguinte será a associação com empresas de telefonia.

Acervo RR

Petrobras vira o carro-tanque do mercado de etanol

5/08/2011
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A importação de um bilhão de litros de álcool anidro é apenas a ponta do iceberg no feérico processo de intervenção do governo no mercado de etanol. A presidente Dilma Rousseff determinou que a Petrobras Biocombustível acelere as negociações para a compra de usinas. A empresa corre contra o relógio para cravar três aquisições de relativo peso até outubro, quando está previsto o fim da colheita da safra de cana-de-açúcar 2010/2011 e os grupos do setor começam a decidir o percentual da matéria-prima que será destinado a  produção de açúcar ou de álcool. Se antes o avanço da estatal tinha como objetivo prioritário brecar a expansão de investidores estrangeiros no setor, desta vez o alvo é toda e qualquer empresa, seja ela controlada por capital nacional ou externo. O Planalto pretende usar os canhões da Petrobras para evitar uma crise no abastecimento de etanol no mercado interno e, consequentemente, um aumento do preço final ao consumidor. Hoje, contabilizando-se todas as suas participações no setor, a Petrobras Combustível soma uma capacidade de refino de aproximadamente 26 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. O governo entende que a estatal precisa chegar rapidamente a  marca de 50 milhões de toneladas por safra para ter poder de influência sobre a oferta e a formação de preços do etanol. Com direito a abocanhar uma fatia de US$ 4 bilhões no plano estratégico da holding para o período 2011- 2014, a Petrobras Biocombustível está em negociações com três grupos sucroalcooleiros. Um deles é a paulista Clealco, dona de duas usinas com capacidade total de moagem em torno de 10 milhões de toneladas por safra. O adviser da operação é o Banco Itaú BBA. Inicialmente, a principal candidata a  compra da Clealco era francesa Tereos, dona da Açúcar Guarani e sócia da Petrobras em uma joint venture. No entanto, a própria estatal tomou a dianteira e assumiu as tratativas com os controladores da usina paulista. Em outro front, a estatal vem mantendo entendimentos com a paranaense Santa Terezinha desde o início do ano – ver RR – Negócios & Finanças edição nº 4.118. Maior produtor de açúcar e álcool da Região Sul, o grupo tem capacidade instalada para refinar cerca de 18 milhões de toneladas de cana por safra. O terceiro alvo da Petrobras Biocombustível seria o Virgolino de Oliveira, um dos maiores produtores de álcool e açúcar de São Paulo. Associada a  Copersucar, a empresa fatura cerca de R$ 1,2 bilhão por ano e processa por safra pouco mais de 12 milhões de toneladas de cana.

Acervo RR

Collor inflamável

4/08/2011
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O ex-senador João Lyra tem uma dívida impagável com Fernando Collor de Mello. Após arrancar da Petrobras um contrato para a aquisição de etanol das usinas de Lyra, o ex-presidente da República tem se empenhado em buscar um comprador para os ativos. Que o digam a Bunge e a francesa Louis Dreyfuss, procuradas recentemente por emissários de Collor. O agrado não vai sair barato. Comprar o Grupo João Lyra significa assumir uma dívida superior a US$ 100 milhões.

Acervo RR

Correios deslocam entregas para atender o chamado do pré-sal

28/07/2011
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Os Correios elegeram o setor de petróleo e gás como uma de suas prioridades dentro do seu processo de diversificação operacional. A estatal pretende oferecer serviços de transporte de equipamentos para companhias de exploração e produção, segmento que movimenta por ano cerca de R$ 400 milhões apenas nas duas principais bacias do país – Santos e Campos. A operação faz parte de um projeto ainda maior que está sobre a mesa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. O governo vai montar uma subsidiária dos Correios voltada exclusivamente para o transporte de cargas. Grandes expectativas estão reservadas para a área de petróleo. A empresa deverá fechar acordos não apenas com a Petrobras, mas também com os grupos privados que atuam em E&P no Brasil, alguns deles com presença em regiões remotas de difícil logística. Paulo Bernardo não está reinventando a roda. Grandes empresas mundiais da área de encomendas expressas, como a DHL, enveredaram pelo setor de logística. Além das empresas de petróleo e gás, a ideia do governo é que a nova subsidiária dos Correios atenda a diversos setores da economia intensivos no deslocamento e na distribuição de mercadorias, como as indústrias de alimentos e bebidas, farmacêutica e automobilística, entre outras. O projeto prevê investimentos de quase R$ 1 bilhão na construção de centros de armazenagem e distribuição e no aumento da frota. Hoje, a estatal tem aproximadamente 13 mil veículos, entre furgões, carretas e caminhões. A intenção é chegar a uma frota de 16 mil unidades até o fim de 2012.

Acervo RR

Oleoduto

27/07/2011
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Após muitas idas e vindas, a Petrobras e a russa Stroitransgaz estão acertando os ponteiros para a construção de um oleoduto no Brasil.

Acervo RR

Agência 2

26/07/2011
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A ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, na falta do que fazer, tem defendido a transferência da ANP do Rio para Brasília. Para ela, o fato de a sede da Petrobras ficar no Rio é apenas um detalhezinho de nada.

Acervo RR

E agora, Josés ?

25/07/2011
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José Sergio Gabrielli tem plena convicção de que outro José está por trás dos boatos sobre a sua saída da presidência da Petrobras.

Acervo RR

Gás perde fôlego no novo orçamento da Petrobras

20/07/2011
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Em meio a  expectativa por mudanças em seu alto-comando, a Petrobras está promovendo seu ajuste orçamentário. Com o objetivo de captar recursos e compensar parte da navalhada em seu programa de investimentos para 2011-2015, a estatal vai reduzir sua exposure em algumas operações. Não por acaso, o epicentro deste processo é a diretoria de energia e gás, nãos mãos de Maria das Graças Foster, ?Dilmete? de carteirinha e nome cotado para assumir a presidência da estatal em substituição a José Sergio Gabrielli. A companhia vai diminuir suas participações acionárias em distribuidoras estaduais, quase todas mantidas por intermédio da subsidiária Gaspetro. A empresa está no capital de 18 das 24 concessionárias do país. A política de extensão dos tentáculos no setor adotada nos últimos 10 anos continua sendo vista como estratégica pela estatal, sobretudo para assegurar mercado para o gás produzido pela própria companhia. No entanto, a direção da Petrobras entende que é possível abrir mão de alguns anéis e, ainda assim, manter uma posição hegemônica no segmento, sem prejudicar a venda do produto. Além da soma amealhada diretamente com a negociação de uma parcela das suas ações nas distribuidoras estaduais, a companhia calcula que ainda poderá alcançar uma economia superior a R$ 1 bilhão em decorrência da redução de aportes nestas empresas. Nos últimos dois meses, a diretoria de energia e gás mapeou os ativos nos quais a estatal deverá reduzir sua fatia societária. A primeira da lista é a Gas Brasiliano, recém-comprada pela Petrobras. A companhia adquiriu 100% das ações da distribuidora paulista, mas não tem interesse em permanecer solitária no capital. A SCGás, de Santa Catarina, a Sergás, de Sergipe, e a Copergás, do Paraná, também vão entrar nesta roleta. Em todas elas, a Petrobras tem uma participação de aproximadamente 41%. A estatal já teria oferecido parte de suas ações para a Mitsui, sócia das três distribuidoras por meio da Gaspart. No entanto, o mais provável é que ocorra uma operação triangular. A trading japonesa está tentando atrair a conterrânea Sumitomo para o capital destas empresas, com a aquisição de um naco das ações em poder da Petrobras. Outro caso em que a estatal tem uma exposição considerada excessiva é o da Potigás (RN), da qual controla 83%. Na contramão, algumas das participações são tratadas na Petrobras como algo quase canônico e, portanto, imutável. Os dois maiores exemplos são as fatias na Ceg (25,3%) e na Ceg Rio (33,75%), que estão entre as cinco maiores distribuidoras de gás do país. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas, para levar o projeto adiante, o presidente da Petrobras ? seja José Sergio Gabrielli, seja Maria das Graças Foster ? terá de contornar algumas balizas políticas em seu caminho. É o caso da Bahia. Na mão contrária dos planos da estatal, o governador petista Jacques Wagner tem feito forte pressão para que a companhia aumente seus investimentos na BahiaGás, da qual detém 24,5%. Cobrança semelhante vem do Sul. Outro petista histórico, Tarso Genro também tem se movimentado em Brasília não apenas para evitar qualquer tentativa da Petrobras de reduzir sua participação na Sulgás, mas também para arrancar do governo federal a garantia de novos aportes na concessionária.

Acervo RR

Petrobras e EDP

15/07/2011
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As negociações entre os governos do Brasil e de Portugal em torno da EDP avançaram significativamente nos últimos dias. Segundo relato do próprio Edison Lobão a uma fonte do RR – Negócios & Finanças, o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, deu sinal verde para que a Eletrobras compre uma participação na estatal.

Acervo RR

Total inflama seus negócios em biocombustíveis

15/07/2011
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A exploração do pré-sal é apenas a ponta do iceberg dos investimentos da Total no Brasil. Os planos do grupo francês atingem muitas outras camadas de negócio. A companhia tem pronto um projeto para a produção de etanol e derivados, como bioquerosene, biodiesel e biolubrificante. Na língua do ?bio?, a Total está disposta a soletrar um investimento de até US$ 2 bilhões. Os recursos serão destinados a  construção de quatro a seis usinas de álcool no país a partir de 2012. São grandes as chances de que a empresa busque uma alma gêmea para a empreitada. Um forte candidato é a também francesa Tereos, dona da Açúcar Guarani. A associação com os conterrâneos traria a reboque um parceiro de luxo, a Petrobras, acionista da Guarani. A própria relação direta entre a Total e a estatal brasileira joga a favor deste triângulo amoroso. As duas empresas têm operações conjuntas em exploração de petróleo em blocos não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos, Angola, Nigéria, entre outros países. Os franceses pretendem criar uma subsidiária, uma espécie de Total Biocombustíveis, para conduzir o projeto. O Brasil será o epicentro de todos os negócios do grupo na área de combustíveis renováveis. Além da construção das usinas, os planos envolvem ainda a instalação de uma processadora para produção de bioquerosene, biodiesel e biolubrificante. A Total pretende destinar parte expressiva dos combustíveis para Europa e asia. Mais uma vez, a Petrobras seria uma peça importante na engrenagem. A ideia dos franceses é utilizar a estrutura logística da estatal para a distribuição interna e a exportação do etanol e derivados.

Acervo RR

Brasil e Venezuela se misturam no etanol

13/07/2011
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Em meio a s incertezas que cercam o estado de saúde de Hugo Chávez, os governos do Brasil e da Venezuela vêm mantendo tratativas para uma parceria na produção de álcool e açúcar. As conversas têm sido conduzidas pelo Ministério de Minas e Energia, pela Casa Civil e pelo Itamaraty. A ideia é que o projeto seja capitaneado pela Petrobras e pela PDVSA. As negociações envolvem a construção conjunta de usinas nos dois países, além da instalação de um terminal portuário na Região Nordeste, voltado a  exportação de etanol para a Europa, e outro na Venezuela, de onde o combustível será distribuído para a América Central e o Caribe. O investimento deve girar em torno dos US$ 400 milhões. Além de ser impulsionado pelas relações umbilicais com a Venezuela, o governo brasileiro tem motivações de ordem geoeconômica para entrar no projeto. A associação dará a  Petrobras Biocombustível uma inserção no mercado latino-americano, mais especificamente na América Central. Tudo, muito bom, tudo muito bem, mas o projeto tem seus senões. Entre a própria diretoria da Petrobras, não falta quem olhe para a empreitada com indisfarçável descrédito. A razão é a participação da PDVSA, sempre uma caixinha de surpresas. A empresa está em baixa na estatal brasileira por conta dos sucessivos adiamentos dos aportes para a construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco.

Acervo RR

Shree Renuka rivaliza com Petrobras no transporte de etanol

12/07/2011
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A Shree Renuka Sugars quer ser uma espécie de antagonista da Petrobras na logística de etanol no Brasil. Os indianos trabalham na montagem de um consórcio estrangeiro com o objetivo de criar uma estrutura própria de alcooldutos voltada a  exportação do combustível. O grupo está disposto a comprar uma briga encarniçada com a estatal. Além do transporte do etanol produzido em suas próprias usinas no país, a Shree Renuka pretende oferecer uma alternativa logística a empresas de médio e pequeno portes do setor. Desta maneira, vai competir diretamente com a Logum Logística, empresa criada recentemente pela Petrobras, que ainda leva na garupa sócios do porte da Copersucar, Cosan e Camargo Corrêa. Para bater de frente com a estatal, o grupo indiano está recrutando uma plêiade de parceiros pesos-pesados. A norte-americana Cargill e a japonesa Sumitomo são nomes quase certos na empreitada. Há conversações também com a Tereos, dona da Açúcar Guarani. A companhia, no entanto, está em uma zona de conflito. Vontade de participar do consórcio liderado pelos indianos é o que não falta. No entanto, os franceses temem se indispor com a própria Petrobras, sua sócia na Guarani. Não obstante o considerável risco da operação, notadamente no que diz respeito a  concorrência com a Petrobras, a Shree Renuka está disposta a gastar munição de grosso calibre no projeto. O investimento está orçado em quase US$ 4 bilhões. Não custa lembrar que o grupo está com o caixa recheado. No primeiro trimestre deste ano, fez uma captação de US$ 1,2 bilhão na Bolsa da andia. Além do aporte dos sócios, a empresa está fechando também contratos de financiamento com bancos indianos e com um pool de tradings asiáticas. A maior parte do etanol produzido pelo grupo no Brasil será destinada ao Oriente. O projeto prevê a implantação de um sistema integrado de logística. Além da construção de alcooldutos, os indianos vão se utilizar de navegação de cabotagem e de transporte rodoviário ? não por coincidência, um modelo similar ao da própria Logum. A Shree Renuka já investiu mais de US$ 400 milhões no Brasil. Comprou as usinas do Grupo Equipav e hoje soma uma capacidade instalada no país que permite a moagem de 13,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.


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Sinopec

7/07/2011
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A estatal chinesa Sinochem é fortíssima candidata a se associar a  Petrobras na construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco, caso se confirme a mais do que prevista defecção da PDVSA.


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AleSat

6/07/2011
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A disputa pela AleSat inflamou de vez. Além do Grupo Ultra e da Raízen, leia-se Cosan e Shell, a Petrobras Distribuidora entrou no páreo para comprar a rede de postos.


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Petrobras

29/06/2011
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Vai ser breve o adeus da Petrobras a Cuba. A estatal, que, em março, suspendeu a exploração de um bloco pé rapado no país, negocia com o governo cubano seu retorno em duas novas áreas. Dessa vez, parece que tem petróleo na jogada.

Acervo RR

Petrobras Distribuidora não escapa da dança das cadeiras

15/06/2011
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A reunião do Conselho de Administração da Petrobras Distribuidora (BR), prevista para a próxima sexta- feira, vai marcar uma dança das cadeiras na gestão da estatal. As mudanças devem começar pelo cargo máximo da companhia. O atual presidente, José Lima de Andrade Neto, está com os dias contados. O nome mais forte para suceder-lhe é o de Nestor Cerveró, que hoje ocupa a diretoria financeira da companhia. A indicação de Cerveró tem a assinatura do senador Delcídio do Amaral, petista com notória influência no Sistema Petrobras. Delcídio, que ocupou a diretoria de Gás e Energia da holding no governo Fernando Henrique Cardoso, aumentou ainda mais o seu poder na era Lula. No primeiro mandato do ex-presidente, foi responsável pela nomeação do próprio Cerveró para a diretoria da área internacional da Petrobras. Na ocasião, o senador conseguiu também emplacar mais dois apadrinhados políticos na equipe de Cerveró. Com a iminente ida de Nestor Cerveró para a presidência, a cobiçada diretoria financeira da BR será entregue a um nome indicado diretamente pelo PT ou egresso das fileiras da própria Petrobras, o que, atualmente, vem a dar no mesmo. Trata-se de um cargo estratégico. Para o partido, é absolutamente fundamental ter o controle da área financeira da distribuidora. O PT já mira em 2012, mais precisamente nas eleições municipais. A BR, como se sabe, é uma vaca leiteira, cuja ordenha fica ainda mais frenética em anos eleitorais. Ressalte-se que há uma reviravolta a  vista entre as mudanças no comando da BR. Tudo indica que o diretor de Operações e Logística, José Zonis, vai escapar do cadafalso. Nas últimas semanas, sua saída era dada como fato consumado dentro da própria empresa ? ver RR – Negócios & Finanças nº 4.140. Caso se confirme, a permanência de Zonis significará o fortalecimento do senador Fernando Collor de Mello no governo Dilma Rousseff. Responsável direto pela nomeação do executivo, Collor vem trabalhando com empenho redobrado para assegurar sua manutenção no cargo. Quem não deverá ter a mesma sorte é o diretor da Rede de Postos de Serviço, Luiz Claudio Caseira Sanchez. Também indicado pelo PTB, Sanchez está com um corpo e meio fora da BR. A expectativa na estatal é que a sua saída seja oficializada na reunião do Conselho desta sexta-feira.

Acervo RR

Petrobras baixa a bandeira da Ipiranga

9/06/2011
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A bandeira da Ipiranga já se encontra hasteada a meio mastro. Uma das mais tradicionais marcas do mercado brasileiro de combustíveis está prestes a desaparecer. Ao menos nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, onde os antigos postos da família Gouvêa Vieira pertencem a  Petrobras ? no restante do país, a rede é controlada pelo Grupo Ultra. No segundo semestre, a estatal vai acelerar o processo de substituição da bandeira Ipiranga pela da BR Distribuidora. Como reza o contrato de compra da rede, assinado em 2007, a Petrobras só poderá utilizar a marca até março de 2012. A partir deste prazo, apenas o Grupo Ultra terá o direito de usar a bandeira Ipiranga, em suas respectivas regiões de atuação. A cirurgia plástica será um processo custoso para a BR Distribuidora. São mais de 1,1 mil pontos de venda com a bandeira Ipiranga nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Além da mudança de layout em todos os postos, caminhões e centros de distribuição, a estatal ainda terá de promover uma metamorfose nas lojas de conveniência am.pm, da Ipiranga, adequando- as ao modelo de negócio da BR Mania.


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João Lyra

7/06/2011
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E por falar em Collor, o ex-senador João Lyra estaria tentando empurrar suas usinas de álcool e açúcar para cima da Petrobras Biocombustíveis. Não custa lembrar que, graças a  intervenção de Collor, a empresa conseguiu fechar um acordo para venda de etanol a  estatal. Com dívidas acima de US$ 100 milhões, o Grupo João Lyra está em recuperação judicial desde 2008.

Acervo RR

Brasil sopra para longe parte do gás boliviano

3/06/2011
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Os tucanos vivem reclamando de Evo Morales, Hugo Chávez e cia. Mas foi o governo do PT que herdou dos tempos de FHC uma herança maldita: o contrato para o fornecimento de gás boliviano por meio do Gasbol. Contrato este, aliás, que está prestes a ser implodido. A batata incandescente caiu no colo de Edison Lobão e do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota. Ambos vêm mantendo conversações com o governo da Bolívia para uma revisão do acordo, que vence apenas em 2019. A decisão do governo é resultado de uma pressão ensurdecedora da Petrobras. José Sergio Gabrielli, uma espécie de ministro da Avenida Chile, tem usado de todo o seu poder junto ao Planalto para forçar uma série de mudanças no contrato com os bolivianos, considerado lesivo a  estatal. O acordo prevê a importação de 24 milhões de metros cúbicos por dia, volume acertado no fim da década de 90, quando o país sofria com a escassez na oferta de gás. Hoje, a demanda brasileira é de apenas 15 milhões de metros cúbicos/dia. Este número, no entanto, se reduzirá ano a ano, graças a  entrada em operação de novos campos de petróleo e gás no país, notadamente na camada do pré-sal, e a  instalação de unidades de regaseificação. Para 2019, a previsão é de que haverá necessidade de se importar menos de dez milhões de metros cúbicos diários. Nos três anos seguintes, esta demanda deverá cair a  metade, não obstante o potencial do pré-sal ainda ser uma caixa-preta. O governo brasileiro quer detonar pontos polêmicos do acordo. É contrário a  manutenção do modelo take or pay. Por este sistema, a Petrobras é obrigada a pagar pelo gás mesmo sem consumir integralmente o volume importado. O Brasil foi forçado a engolir esta cláusula em um período de extrema vulnerabilidade quanto a  oferta de gás. Gabrielli exige também a redução da quantidade mínima que a Petrobras é obrigada a comprar dos atuais 24 milhões de metros cúbicos para 16 milhões de metros cúbicos/dia, o que permitiria uma folga em relação a  atual demanda. Lobão e Patriota sabem que estão pisando em um braseiro. Evo Morales já sinalizou que vai lutar com unhas e dentes pela manutenção do sistema de take or pay. Além disso, quer condicionar a renegociação do contrato a  ampliação do seu prazo de validade em 30 anos, contando a partir de 2019. O governo brasileiro, no entanto, pretende arrancar um prazo de 20 anos a partir da data de eventual assinatura de um novo acordo.

Acervo RR

Petrobras redesenha suas fronteiras internacionais

2/06/2011
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A diretoria da Petrobras trabalha na criação de uma subsidiária que enfeixará todas as operações do grupo no exterior, hoje dispersas em empresas ou unidades de negócios distintos. A nova controlada concentrará todas as atividades globais da companhia nas áreas de exploração de petróleo e gás, refino, distribuição e comercialização de combustíveis e logística. Sob o seu guarda-chuva ficarão todos os negócios em E&P nos Estados Unidos, México, Peru, Angola, Líbia e Nigéria, entre outros países. A subsidiária concentrará também os ativos da Petrobras em distribuição de derivados de petróleo na Colômbia, revenda de combustíveis no Chile e na Argentina, produção de bioenergia no Japão, entre outras operações internacionais. A nova empresa administrará pouco mais de 5% do Plano de Investimentos da Petrobras até 2014, algo próximo de R$ 12 bilhões. Os principais projetos estão relacionados ao aumento da produção de óleo e gás no Golfo do México, em Angola e na Nigéria. Neste último, o alvo prioritário é a aceleração dos aportes para extração de óleo em águas profundas nos campos de Akpo, Agbami e Egina. Atualmente, todas as operações internacionais da Petrobras são administradas de forma dispersa. Há subsidiárias específicas em alguns países, caso da Petrobras Argentina. Outras operações pulverizadas ficam sob gestão das controladas do grupo, notadamente Gaspetro e Transpetro. Com a nova roupagem, a ?Petrobras Internacional? passará a ter uma diretoria centralizada que se reportará diretamente ao alto-comando da estatal. Ou seja: a mudança terá um efeito colateral que certamente alimentará descontentamentos na cadeira de comando da empresa. A diretoria das controladas da Petrobras e os executivos do grupo no exterior vão perder autonomia e poder de ingerência sobre as decisões estratégicas de cada unidade de negócio. A principal motivação para a cirurgia plástica na estrutura de negócios internacional é de ordem financeira. Cálculos preliminares indicam que a redução de custos com a gestão centralizada deverá oscilar entre 20% e 30%. Além disso, ao criar uma grande corporação com atuação em 27 países e operação integrada em exploração e produção, refino, distribuição e comercialização, a Petrobras pretende ganhar ainda mais estofo para fechar parcerias com grupos internacionais.

Acervo RR

Cemig corta suas adiposidades e se concentra na área de energia

9/05/2011
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Aécio Neves é uma hidra de Belo Horizonte. A um só tempo, tem olhos para o jogo de poder na política interna do PSDB, para as ações de seu sucessor Antonio Anastasia e, em particular, para o futuro da Cemig, da qual é eminência parda. Agora mesmo, quando Anastasia discute reservadamente a reestruturação operacional da estatal, a voz do governador faz eco com o pensamento de Aécio. A empresa vai se desfazer das suas participações em outros negócios para se concentrar exclusivamente em geração, transmissão e distribuição de energia. Uma das primeiras medidas será a saída da Cemig da área de gás. A empresa vai vender sua participação de 55% na Gasmig, distribuidora de gás natural do estado. A princípio, a medida não significará a privatização da empresa. As ações em poder da Cemig deverão ser transferidas para o Tesouro de Minas Gerais, o que assegurará o controle estatal sobre a Gasmig. A ideia, em um segundo momento, é abrir o capital da empresa em Bolsa. A operação depende de um acordo com a Gaspetro, dona de 40% da distribuidora de gás mineira. A subsidiária da Petrobras teria de abrir mão de um percentual de ações que permitisse ao governo fazer o IPO da Gasmig e, ainda assim, manter uma posição majoritária no capital. Os planos desse híbrido público-privado avançam também sobre a área de telecomunicações. O governo mineiro estuda ainda uma cisão entre a Cemig e a Cemig Telecom, a antiga Infovias, que opera uma rede de fibra óptica no estado. A atual subsidiária também passaria a ser controlada diretamente pelo Tesouro, abrindo caminho, posteriormente, para a entrada de sócios investidores no negócio. Tanto o governo mineiro quanto a Andrade Gutierrez, acionista da empresa, estão convictos de que a operação será um trunfo para fortalecer a posição da Cemig na área de energia. A transferência destas participações para o estado será uma forma aportar recursos na Cemig sem a necessidade de um aumento de capital formal. Desta maneira, a estatal ganhará ainda mais fôlego para tocar seu programa de investimentos ? não obstante ter em caixa cerca de R$ 3 bilhões. O plano estratégico deste ano prevê um desembolso da ordem de R$ 2,4 bilhões. Para 2012, os investimentos devem passar dos R$ 3 bilhões. Estes recursos, ressalte-se, envolvem apenas o crescimento pelo greenfield. Não incluem possíveis aquisições. Além de cobiçar ativos no Brasil, como a Cesp, o governo mineiro e a Andrade Gutierrez estudam a compra de empresas em geração e transmissão na América do Sul. Tudo com a bênção de Aécio Neves.


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Banco de reservas

9/05/2011
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A Petrobras já tem uma carta-trunfo caso a PDVSA desista da sociedade na refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. A russa Gazprom está pronta para entrar no gramado e ser acionista do empreendimento. A empresa oferece não apenas aporte de capital como a garantia da distribuição no exterior de parte do combustível produzido na refinaria.

Acervo RR

Petrobras pilota um bonde sem freio no mercado de etanol

6/05/2011
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Os críticos da excessiva participação do Estado em setores-chave da economia vão ter mais um prato cheio para destilar seu fel. Após arrochar a fiscalização sobre o mercado de etanol por meio da ANP, o governo pretende estimular o apetite da Petrobras no segmento, por meio da compra de participações em grupos usineiros. A intenção é usar a influência societária da estatal para balizar os preços do álcool e impedir oscilações bruscas das cotações. A Petrobras Biocombustíveis, que já é sócia da São Martinho e da francesa Tereos na Açúcar Guarani, está mapeando novas possibilidades de aquisição no setor. Esse clone de private equity movido a álcool seguiria o mesmo modelo de participações minoritárias, de, no máximo, 30%. Um dos nomes cotados na estatal é o da paranaense Santa Terezinha, maior produtora da Região Sul, com capacidade de moagem de aproximadamente 18 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra. Seria apenas um aquecimento. Dentro da estatal, o movimento visto como fundamental para o aumento da influência do governo no mercado de etanol seria a compra de uma fatia em uma empresa do porte da Copersucar, uma das três maiores produtoras de álcool do país. A associação com a Copersucar é vista na Petrobras Biocombustíveis como uma operação complexa. A empresa é uma cabeça com 48 sentenças diferentes, número de usinas que formam a cooperativa. A venda de parte do capital dependeria de um novo formato societário e da anuência da maioria dos associados. Para o governo, vale o esforço em nome do poder de ingerência sobre a política de preços no setor. Ao montar um cinturão de participações envolvendo a São Martinho, a Açúcar Guarani e, eventualmente, a Santa Terezinha e a Copersucar, a Petrobras terá ingerência sobre a moagem de mais de 160 milhões de toneladas de cana, o equivalente a quase 30% da capacidade total da indústria brasileira. No que diz respeito ao refino de etanol, juntos os quatro grupos respondem por 28% da produção brasileira, o equivalente a 7,3 bilhões de litros por safra. Ao mesmo tempo em que o Estado pretende ampliar sua interferência sobre a política de preços do setor, a investida da Petrobras Biocombustíveis teria ainda um efeito colateral: impedir o avanço do capital estrangeiro no setor, alvo de preocupação tanto do governo quanto dos próprios usineiros. Estudo recente da ašnica aponta que, pelo andar da carruagem, até 2015, grupos internacionais deverão controlar até 40% da produção de álcool no país.

Acervo RR

Bolsa brasileira entra na mira da SEC, Nyse e FBI

5/05/2011
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A realização de treinamentos antifraude e contra crimes financeiros é apenas a ponta do iceberg da presença de representantes do FBI, da Securities and Exchange Comission (SEC) e do Departamento de Justiça dos Estados Unidos no Brasil. A tropa de elite de aproximadamente 150 pessoas que está enfurnada na BMF & Bovespa tem outras motivações menos transparentes para a visita ao país. Vem cuidar de um tema da maior gravidade que tem sido tratado como assunto de Estado pelo governo norteamericano: investigar as relações promíscuas entre o governo brasileiro e algumas das principais empresas com ações negociadas tanto na Bovespa quanto na Bolsa de Nova York. A questão é alvo de três processos na SEC (sob os números 676.5600.200, 207.648.894.3 e 323.950.536), de um na Nyse (nº 676.560.196) e de inquéritos abertos pelo próprio FBI. Estas ações nasceram do consenso entre as autoridades norte-americanas de que o mercado de capitais brasileiro, notadamente a Bolsa de Valores, apresenta hoje baixa taxa de confiabilidade e disclosure e descumpre regras globais para a negociação de ações. O principal motivo para as investigações conduzidas pela SEC, Nyse e FBI são as imbricadas relações entre o governo brasileiro e as maiores companhias abertas, seja por meio de participação direta do próprio Estado, seja por meio da presença dos fundos de pensão ligados a estatais. As autoridades norte-americanas partem do princípio de que o Estado joga os dados e arbitra o comportamento de mercado de algumas das maiores corporações do Brasil. Levantamento feito pela SEC mostra que, nos últimos anos, praticamente 90% das grandes operações de fusão e aquisição no país tiveram a participção dos 30 maiores fundos de previdência, especialmente Previ, Petros e Funcef, de fundos de investimento em ações do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal e do BNDES, por meio da BNDESPar. Juntas, estas instituições administram mais de US$ 600 bilhões em ativos. O assunto ganha maior importância para os Estados Unidos devido ao crescente peso dos ADRs das grandes companhias abertas brasileiras na Nyse. Em sua maioria, são empresas nas quais o governo exerce algum tipo de ingerência, parcial ou total, terminando por combinar estratégias corporativas e as próprias cotações no mercado. O caso mais recente e emblemático foi a postura do Estado na substituição do presidente da Vale, Roger Agnelli. Há outros exemplos menos sutis. O que o governo arbitrar como regras para o pré-sal terá impacto direto sobre o desempenho da Petrobras. Ressalte-se ainda a participação direta do Estado nos desígnios de empresas como JBS Friboi, Embraer, Embratel, Brasil Foods, todas com presença expressiva do BNDES ou de fundos de pensão em seu capital. Para as autoridades norteamericanas, um grupo restrito de pessoas do governo tem o poder de intervir no destino de algumas das maiores empresas nacionais com ADRs em Nova York. Tanto podem nomear seus dirigentes como influenciar diretamente em suas decisões estratégicas, criando uma relação incestuosa entre Estado e iniciativa privada sem paralelo entre as companhias estrangeiras com ações negociadas na Nyse. Neste contexto, um número seleto de acionistas, leia-se os fundos de pensão, o BNDES e, na última linha, o próprio governo, gera movimentos que indicam manipulação de ações tanto na Bovespa quanto na Nyse.

Acervo RR

Exxon aciona o gás longe da Petrobras

4/05/2011
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A Exxon tem se distanciado da Petrobras quando o assunto é gás natural. Mais especificamente se a conversa descambar para a distribuição do produto no mercado internacional. A companhia norte-americana chegou a fechar um acordo com a estatal, que envolveria outras companhias de fora do país. Seriam construídas cinco unidades de liquefação de gás natural na Bacia de Santos e na de Campos. Entretanto, a prosa mudou de rumo quando a Exxon percebeu que ficaria em segundo plano na companhia que seria formada para gerir as unidades. O DNA monopolista da estatal falou mais alto e a oferta societária deixaria o grupo americano com, no máximo, 10% do negócio. A Exxon tem procurado outros sócios, mas a tarefa tem se mostrado inglória. A britânica BG e a espanhola Repsol têm respondido em uníssono que somente topam fechar se a Petrobras estiver no acordo. Sabem muito bem que a dona do gás natural brasileiro é presença obrigatória na transação, mesmo sob o risco de apitarem pouco na nova empresa. A Exxon, no limite, tocará sozinha a construção de duas plantas, de olho na exportação do produto que será extraído de suas áreas na camada do pré-sal. O investimento será de aproximadamente US$ 300 milhões e as unidades estarão prontas em dois anos.

Acervo RR

Petrobras ganha reserva de mercado no pré-sal

3/05/2011
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O governo articula uma mudança no projeto de lei do pré-sal capaz de virar de ponta cabeça o modelo de concessão no setor. A proposta passa pela divisão dos blocos em três níveis de acordo com o seu valor estratégico. Por este modelo, a ANP licitaria para a iniciativa privada apenas as áreas consideradas de alto e médio riscos de prospecção. O filé-mignon, ou seja, os blocos com maior potencial exploratório seriam automaticamente entregues a  Petrobras, sem leilão. Nada impediria que, mais a  frente, a estatal buscasse sócios privados para estas regiões. Mas, a princípio, a empresa teria a primazia sobre a sua exploração e produção. A reserva de mercado seria uma forma de compensar a Petrobras pela obrigatoriedade de ficar com 30% das ações de todos os blocos que serão leiloados pela ANP, medida que não agrada a  direção da estatal. O próprio presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, vem negociando há algum tempo com o próprio Planalto o fim da participação compulsória da estatal em todas as operações, como prevê o projeto original ? ver RR – Negócios & Finanças edição nº 4.091. A garantia de ficar com os blocos de menor risco de exploração funcionaria como contrapartida a  participação compulsória da Petrobras nos demais blocos. Já existe uma articulação do governo junto a  base aliada para emplacar a alteração no projeto de lei do pré-sal que tramita no Congresso. A área técnica do Ministério de Minas e Energia já está mapeando os blocos do présal de acordo com o seu risco exploratório. A expectativa é que, se a nova regra for implementada, cerca de 40% das áreas já descobertas na camada ficarão de fora dos leilões. O único senão é o descontentamento que a medida poderá gerar entre as multinacionais, que ficarão circunscritas aos blocos da segunda divisão. O governo entende que a garantia de sociedade com a Petrobras, que, desta forma, entraria no risco de todas as áreas, servirá para aplacar eventuais insatisfações. Ninguém está reinventando a roda. Alguns países do Oriente Médio separaram o joio do trigo ao licitar campos de petróleo e gás. Um exemplo é o Irã, que fez uma triagem dos blocos entregues a  iniciativa privada.

Acervo RR

Fichas no pré-sal

29/04/2011
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A Petrobras está apostando suas fichas no pré-sal em detrimento de projetos internacionais. A direção da estatal negocia com a Saudi Aramco, da Arábia Saudita, o cancelamento da parceria para investimentos conjuntos no Oriente Médio. A suspensão do acordo terá um efeito colateral para a companhia. A estatal terá de encontrar um novo parceiro para a comercialização e distribuição de petróleo na região, papel que caberia a  Saudi Aramco.

Acervo RR

EDP e EDF declaram guerra Á  Petrobras na energia térmica

25/04/2011
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O leilão de termelétricas da Aneel marcado para julho está a s portas de um contencioso. Grandes grupos como EDP e EDF estudam entrar na Justiça com o objetivo de evitar a realização da licitação nos moldes atuais. O motivo do imbróglio é a participação da Petrobras, que, pelas normas em vigor, poderá entrar no leilão com um duplo chapéu. De um lado, será uma competidora como outra qualquer para a construção de termelétricas; do outro, estará na confortável posição de única fornecedora de gás para todas as usinas que vierem a ser licitadas. Aos olhos dos grandes grupos internacionais, esta bivalência da companhia configura uma concorrência desleal. Em última linha, a Petrobras poderá arbitrar tarifas diferenciadas para o preço do gás em suas térmicas e nas demais usinas, criando um flagrante ponto de desequilíbrio para a formação final do custo da energia de cada empreendimento. Significa dizer que a estatal poderá vencer o leilão de energia, reduzindo os preços da matéria- prima que cobrará de si própria. EDP, EDF e grupos menos votados querem obrigar a Petrobras a abrir os preços do gás que será comercializado para as suas próprias térmicas. A princípio, a estatal já tem um projeto inscrito no leilão de energia térmica: a usina de Seropédica (RJ), com potência instalada de 575MW. Seus principais concorrentes, EDF e EDP, entrarão na disputa com projetos para a instalação de uma térmica, respectivamente, em Paracambi e em Resende, ambas no Rio de Janeiro. Caso a Petrobras seja obrigada a revelar a formação de seus preços, isso significará uma drástica mudança nas regras dos leilões para a venda de energia termelétrica. O que EDF e EDP querem, em última instância, é uma isonomia de preços no fornecimento de gás, o que, na prática, significará uma referência de valor do insumo para todos os participantes do leilão. No meio da contenda está a Aneel, que, até agora, tem adotado uma postura discreta. A agência defende que a Petrobras abra os preços do gás, não somente pelo mérito da questão, mas também pelo temor de que o leilão de julho emperre nos tribunais. Existe uma notória necessidade de ampliação da oferta de energia elétrica a partir de 2014, justamente a data prevista para as usinas licitadas no leilão entrarem em operação. O início da atividade destas térmicas está previsto no Plano Decenal de oferta de energia da Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

Acervo RR

Ultra finca bandeira da Ipiranga na Argentina

19/04/2011
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O Grupo Ultra prepara- se para fincar sua bandeira na distribuição de combustíveis na Argentina. Está negociando a compra de 40 postos da Repsol YPF na região metropolitana de Buenos Aires. A investida significará a internacionalização da marca Ipiranga. Os planos de Paulo Cunha são ambiciosos. Preveem também a criação de um cinturão de ativos na América do Sul, com a entrada no Chile, no Uruguai e na Colômbia, além da compra de mais postos na própria Argentina. Neste caso, poderá bater na porta da própria Petrobras, com quem, aliás, dividiu a compra da antiga rede Ipiranga A estatal tem procurado reduzir o peso das suas operações em terras argentinas, notadamente nas áreas de refino e distribuição ? nos últimos cinco anos, a produção e revenda de derivados de petróleo no país caíram mais de 30%. Há quase um ano, a companhia vendeu 360 postos de combustíveis e uma refinaria em San Lorenzo, na Província de Santa Fé, ao grupo argentino Oil Combustibles. A investida internacional do Ultra não pode ser dissociada da reestruturação societária em curso no grupo. A companhia anunciou recentemente sua migração para o Novo Mercado. Com uma única classe de ações, a companhia abriu um boqueirão para financiar novas aquisições por meio da emissão de ações em Bolsa. Dentro do Ultra, já se fala no lançamento de papéis ainda neste ano para bancar a expansão internacional.

Acervo RR

Petrobras vira a dona do gás no mercado paulista

13/04/2011
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Para José Sergio Gabrielli, a Agência Estadual Reguladora de Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) não passa de uma poeira no caminho da Petrobras. O órgão sequer aprovou a aquisição da Gas Brasiliano e a estatal já ensaia uma nova investida no setor. Iniciou negociações com a BG para a compra de uma participação no bloco de controle da Comgás, a maior distribuidora de gás de São Paulo. Desta forma, a Petrobras se tornaria sócia de duas das três concessionárias do setor no estado ? a terceira é a Gas Natural. A companhia pretende adquirir metade da participação da BG na Comgás ? 87% das ações ordinárias ?, passando a dividir com os ingleses o controle da concessionária mediante um novo acordo de acionistas. A dupla investida vai causar polêmica. Uma vez nas duas distribuidoras, a Petrobras teria sob seu jugo a distribuição de gás para 552 municípios, 85% das cidades no estado. Atenderia ainda a uma população de 32,5 milhões, ou 80% do número de habitantes de São Paulo. Petrobras se mexe por cima, transformando a Arsesp em um mero detalhe. Desde fevereiro, a diretoria da estatal vem mantendo conversações com o governo de Geraldo Alckmin em relação a  investida sobre a Gas Brasiliano. Até o momento, tem sido encorajada a seguir em frente, mesmo com a inevitável concentração do mercado nas mãos da estatal. Enquanto a agência reguladora se agarra aos editais de privatização das três concessionárias, que impõe limites para a participação dos investidores, o governo do estado olha fixamente para o caixa da Petrobras. A entrada da estatal na Comgás e na Gas Brasiliano é promessa de investimentos a perder de vista. Só nos primeiros três anos, a companhia acena com aproximadamente R$ 2 bilhões para a ampliação da rede de dutos no estado. A Petrobras assume ainda o compromisso de manter as duas concessionárias independentes, com gestão e bloco de controle autônomos, o que, a rigor, não exigiria alteração nos contratos de concessão ? não obstante a concentração de mercado que se configuraria nas mãos da estatal. Esta não é a primeira vez que a Petrobras tenta desembarcar na Comgás. Já houve duas rodadas de negociação nos últimos três anos, mas a BG sempre demonstrou resistência. Desta vez, os ingleses devem se dobrar diante dos investimentos prometidos pela estatal ? pelo menos R$ 1 bilhão serão destinados a  Comgás.


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São Martinho

12/04/2011
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Além do empréstimo de R$ 239 milhões acertado com o BNDES, a São Martinho estaria negociando um novo aporte da Petrobras mediante aumento da sua participação no capital.

Acervo RR

Sulgás

7/04/2011
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O governador Tarso Genro tem tocado um samba de uma nota só para José Sergio Gabrielli. Reivindica da Petrobras um investimento de R$ 70 milhões para a expansão da rede de dutos da Sulgás. Até o momento, Gabrielli não disse nem que sim nem que não. Apenas cozinha o galo.


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Petrobras

6/04/2011
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No melhor estilo Petrobras, o deputado federal Eduardo Cunha encomendou a criação de um blog para responder a s acusações que lhe são feitas rotineiramente. Vai ser no modelo “bateu, levou”. Terá milhares de acessos.


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Campanha

5/04/2011
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José Sérgio Gabrielli, presidente da Petrobras, tem se reunido recorrentemente com líderes sindicais baianos para discutir a sua candidatura a  Prefeitura de Salvador no próximo ano. Gabrielli evita usar o chapéu da Petrobras nas reuniões. Mas não tem jeito. Ele não desgruda da sua cabeça.


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Toma lá, dá cá

31/03/2011
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A Petrobras está fazendo um amplo mapeamento das reservas de petróleo no pré-sal angolano. Em contrapartida, será parceira preferencial da estatal Sonagol para a exploração dos principais blocos.


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Benjamin 1

30/03/2011
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Depois da Petrobras e da Vale, o grupo de empresas de Benjamin Steinbruch é considerado detentor do terceiro maior potencial de alavancagem financeira no setor real da economia no país. A estimativa é que ele levanta a qualquer hora cerca de US$ 50 bilhões.


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Alforria

28/03/2011
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José Sergio Gabrielli tem conversado, dia sim e o outro também, com o ministro Edison Lobão sobre mudanças no projeto de lei que regulamenta a exploração no pré-sal. A intenção é alterar o artigo que obriga a Petrobras a ter uma cota de 30% em todos os consórcios que serão formados para participar das licitações. Pela proposta, a Petrobras passaria a ter o direito de abrir mão do percentual caso não tivesse interesse no investimento.

Acervo RR

Reichstu, again

16/03/2011
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O ex-Petrobras Henri Philippe Reichstul prepara sua reentré no setor de gás e petróleo. Reichstul foi convidado para ser o número 1 no Brasil da Kuwait Petroleum Corporation (KPC). A empresa está abrindo uma subsidiária no país, disposta a arrematar concessões na camada do pré-sal. Já existem negociações para a compra de participações em blocos controlados pela espanhola Repsol e pela norte-americana Anadarko.


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Petrobras

3/03/2011
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A Petrobras colocou na gaveta o projeto de arrumar sócios para as refinarias. Por ora, vai tocar sozinha os empreendimentos.


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Louis Dreyfus

3/03/2011
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A Louis Dreyfus também é candidata a entrar na Logum Logística, empresa para o transporte de etanol criada por Petrobras, Cosan e cia.

Acervo RR

Statoil promove leilão sob as águas da Bacia de Campos

1/03/2011
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O campo de Peregrino, na Bacia de Campos, deveria ser ofertado na Sotheby’s. A norueguesa Statoil, dona de 60% das ações, está promovendo um acirrado leilão para se desfazer de parte ou até mesmo do controle da operação. A Petrobras teria feito uma proposta por metade da participação da Statoil. Por enquanto, ficou sem resposta. A chinesa Sinochem foi ainda mais arrojada. A estatal, que já tem 40% do consórcio, ofereceu mais US$ 5 bilhões para assumir integralmente a parte da Statoil e se tornar a única acionista em Peregrino. Mais uma investida rechaçada. Não foi o primeiro não levado pelos chineses. Ao vender os 40%, os noruegueses se negaram a aceitar uma cláusula que daria a  Sinochem direito de preferência sobre o restante das ações. O leilão continua. A Statoil, com o martelo a  mão, estaria ainda aguardando pelo dote de uma grande companhia norte- americana já com negócios em exploração e produção de petróleo no Brasil. Dentro da empresa, no entanto, há quem defenda que o grupo espere mais um pouco para fazer negócio. As primeiras projeções oficiais sobre o potencial do bloco permitiriam a  empresa aumentar ainda mais o valor pedido por Peregrino, seu maior e mais promissor negócio fora da Noruega. Mas por que tanta cobiça por um campo do qual ainda não brotou uma gotícula sequer de petróleo em escala comercial? Peregrino vale quanto seus acionistas e pretendentes acham que ele pesa. Tratase de um dos poucos blocos do pré-sal já licitados, o que, por si só, já aumenta o interesse. Há uma enorme expectativa em relação as suas reservas. Estudos preliminares indicam uma capacidade total de 2,5 bilhões de barris de óleo, o que o torna um dos principais blocos do país. Ressalte-se ainda que a Statoil já desembolsou mais de US$ 5 bilhões em pesquisas na região e não vai perder a oportunidade de reaver o investimento com sobras. Além disso, o próprio interesse, até certo ponto desmedido, da Sinochem serviu para abrir os olhos da Statoil e inflacionar o preço do ativo. Os chineses tratam Peregrino como um Eldorado em sua estratégia de operação no país. Não por acaso pagaram mais de US$ 3 bilhões para ficar com 40% do consórcio. Seus planos para o país são ainda mais caudalosos. A estatal chinesa estima investir cerca de US$ 12 bilhões nos próximos quatro anos.


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Petrobras

23/02/2011
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A Petrobras vai aumentar sua aposta em Pequenas Centrais Hidrelétricas. Por meio da Brasil PCH, sociedade com a Eletroriver, já tem 10 projetos em carteira, parte deles em construção.

Acervo RR

Divórcio

21/02/2011
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Não bastasse a extinção da antiga marca Esso, a ExxonMobbil vive um momento de divórcio com o Brasil. Os norte-americanos encerraram as negociações com a Petrobras com vistas a  formação de um consórcio para a compra de participações em blocos de exploração de petróleo. Ao mesmo tempo, estudam a venda de sua fábrica de produtos químicos em Paulínia (SP).


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Cabo eleitoral

21/02/2011
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Jacques Wagner tem aconselhado José Sergio Gabrielli a promover ao menos um evento por mês da Petrobras na Bahia, especialmente em Salvador. Pesquisas internas do PT apontam Gabrielli como um nome de baixo recall para as eleições municipais do ano que vem.


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Petrobras

21/02/2011
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A Petrobras é um desencanto só com a Argentina. Estuda a venda de mais um lote de postos de combustíveis no país. Na última leva, foram mais de 360 unidades negociadas.


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Citibank

17/02/2011
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O Citibank está aumentando sua exposure em ADRs de empresas brasileiras. O carrinho de compras do banco está abarrotado de ações da Petrobras e da Eletrobras.

Acervo RR

Eletrobras tira voltagem de suas subsidiárias

16/02/2011
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Em sua primeira conversa com Dilma Rousseff e o ministro Edison Lobão, o futuro presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, recebeu uma missão prioritária: intensificar o processo de centralização administrativa na estatal. O Planalto considera esta medida fundamental para blindar a holding e suas controladas dos diversos interesses políticos que as rodeiam e deslanchar o novo plano de negócios do governo para a reestruturação do setor elétrico. A questão é tratada em Brasília como condição sine qua non para o tão alardeado objetivo de transformar a Eletrobras na “Petrobras do setor elétrico”. Nenhum grande projeto na área de energia será feito antes da consolidação do novo modelo de gestão. Com as mudanças, todas as decisões do Sistema Eletrobras serão centralizadas na holding. Para desconsolo de Eduardo Cunha e outros pantagruélicos integrantes da base aliada, Furnas, Chesf, Eletronorte e Eletrosul perderão autonomia e passarão a ser meras executoras das estratégias definidas pelo comando da Eletrobras. Trata-se do modelo de gestão verticals adotado por diversas multinacionais, como a IBM. Para blindar a companhia contra a criação dos latifúndios do setor elétrico, o governo estuda até mesmo criar uma diretoria da Eletrobras que ficaria responsável por fazer o meio de campo entre a holding e suas controladas. Todo o cuidado é pouco. Carvalho Neto nem começou sua missão e já sentiu que tocou em um fio desencapado. O executivo identificou reações contrárias entre os atuais diretores da Chesf, historicamente a mais desgarrada das subsidiárias. A empresa nordestina sempre teve uma visão extremamente local, que não encontra paralelo em nenhuma de suas irmãs siamesas. Ao longo dos anos, a Chesf adotou uma política de desenvolvimento regional, muitas vezes colocada acima das diretrizes da própria holding. O governo enxerga diversas vantagens técnicas na integração administrativa de todas as empresas do Sistema Eletrobras, notadamente no que diz respeito a cortes de custos, padronização de procedimentos internos e maior celeridade na aprovação de investimentos. Mas são as razões de ordem política que movem o Planalto a fortalecer o comando da Eletrobras em detrimento de suas controladas. Este novo modelo será um Niágara de água fria sobre o ímpeto dos partidos da base aliada, sempre ávidos por ocupar cadeiras na Chesf, Eletronorte, Eletrosul e, principalmente, na cobiçadíssima Furnas. A partir de agora, os diretores destas empresas ficarão engessados e subordinados aos seus correspondentes na holding. Até o Conselho de Administração da companhia será automaticamente replicado em todas as controladas, reduzindo ainda mais a autonomia de cada uma destas empresas. As mudanças implementadas pelo governo terão impacto imediato na rotina das empresas do Sistema Eletrobras. José da Costa Carvalho Neto vai despachar com regularidade nas sedes das controladas, medida que terá forte valor simbólico sobre a diretoria das subsidiárias. A mão pesada da holding também será sentida nos próximos leilões da área de energia. A Eletrobras vai fazer um mapeamento dos principais projetos e definirá qual empresa poderá participar de cada empreendimento, inclusive limitando as fatias societárias.

Acervo RR

Pied-Á -terre 1

16/02/2011
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Nacionalização sim, pero no mucho. A Petrobras vai abrir um escritório na asia, muito provavelmente em Seul, para centralizar a compra e o aluguel de equipamentos para a exploração de petróleo e gás.

Acervo RR

Petrobras monta seu próprio plano de banda larga

4/02/2011
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A Petrobras tem seu próprio Plano Nacional de Banda Larga. Segundo uma alta fonte do Ministério de Minas e Energia, a companhia estuda a criação de uma subsidiária para explorar sua malha de dutos na América do Sul. O objetivo é aproveitar a extensa teia de pipelines da empresa na região para instalar uma rede própria de fibra óptica. As discussões envolvem não apenas a direção da estatal, mas também a Casa Civil e o Ministério das Telecomunicações. Um estudo de viabilidade encontra-se em andamento. A intenção é cobrir cerca de 1,5 mil quilômetros de extensão em até cinco anos. Os cabos serão instalados em dutos antigos e, sobretudo, nos novos pipelines que a estatal vai construir. A estimativa é de que o custo de implantação possa ser até 50% mais baixo do que um projeto semelhante partindo do zero. O negócio deverá ser aberto a  participação de operadoras de telefonia e empresas de TI. O projeto tem vinculação com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que será implementado pela Telebrás. Em algumas regiões do país, a rede de acesso a  internet que será montada no âmbito do PNBL poderá usar o sistema de fibra óptica da Petrobras. Um dos maiores entusiastas desta interseção é o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que enxerga todos os projetos de sua pasta como se ainda estivesse no Planejamento. Sua prioridade é reduzir o desembolso necessário para a implementação do PNBL ? vide os recentes cortes no orçamento da Telebrás para este ano. Estima-se um investimento superior a R$ 14 bilhões para que 30 milhões de domicílios tenham acesso a  internet em banda larga até 2014 ? ressalte-se que esta cifra seria ainda maior, mas o governo reduziu a meta de 72% para apenas 50% dos lares brasileiros. O projeto da Petrobras, no entanto, não ficará circunscrito ao PNBL. A própria estatal fará uso da sua rede de fibra óptica para as comunicações internas. Há ainda uma forte motivação comercial por trás da empreitada. A ideia é também alugar a rede para terceiros, a começar pelas próprias operadoras de telefonia.

Acervo RR

Açúcar e mel

2/02/2011
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Nos corredores da Petrobras, voltou a se falar na associação entre a Tereos e a São Martinho. A estatal é acionista de ambas, por meio da Petrobras Biocombustível. A operação daria origem a um grupo sucroalcooleiro com faturamento de R$ 7 bilhões, 10 usinas e capacidade de moagem acima de 28 milhões de toneladas por safra.

Acervo RR

Petrobras pré-deprime a indústria

31/01/2011
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O discurso do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, em Davos foi só para suíço ouvir. A verdade é que a estatal jogou a toalha. As reuniões anunciadas por Gabrielli em diversos estados com os produtores de equipamentos são apenas, digamos assim, medidas macroprudenciais. A direção da estatal tem dito a Dilma Rousseff, desde o ano passado, que não tem como cumprir as metas de nacionalização dos equipamentos para a exploração de petróleo. Até aí já se sabia. O fato novo é que os bens a serem adquiridos no exterior têm custo unitário muito maior do que os produzidos aqui. Como a situação é irreversível, mesmo com todos os private equities que estão se formando em torno da cadeia de suprimento de equipamentos e dos recursos disponibilizados aos fabricantes pelo BNDES e pela própria Petrobras, a indústria deverá levar uma dupla porretada: por um lado. vai ver chover importado e por outro, assistir ao dólar derreter.


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Couvert artístico

28/01/2011
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A performance da diretora de energia e gás da Petrobras, Maria das Graças Foster, em conversa com a presidente Dilma Rousseff foi presenciada por funcionários da estatal. Pode-se dizer que foi uma experiência fortíssima.

Acervo RR

Brasil é a grande plataforma da Schulz

28/01/2011
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A direção da alemã Schulz só tem olhos para o Brasil. O país é a grande aposta internacional da fabricante de tubos e equipamentos para a área de petróleo e gás. O grupo estuda a construção de uma nova fábrica nestas plagas para atender a  crescente demanda do setor petrolífero. Rio de Janeiro e São Paulo são os principais candidatos a receber a nova planta industrial. Os alemães já têm um complexo fabril em Campos, no Norte Fluminense. A Schulz estuda também a instalação de seu quarto centro de distribuição no Brasil ? os três primeiros estão localizados em São Paulo, Camaçari (BA) e São Gonçalo (RJ). No total, os investimentos devem ficar em torno de R$ 80 milhões. A expansão da Schulz no Brasil tem um forte caráter geoeconômico, além de uma boa dose de profilaxia. Os alemães querem se antecipar a  quase que inevitável enxurrada de fornecedores chineses que devem se instalar no país de olho no pré-sal. Não por acaso, o presidente da Schulz América Latina, Marcelo Bueno, grudou feito tatuagem na Petrobras. A possibilidade de atender a  estatal é a grande motivação para a construção da nova fábrica. Um contrato já está na casa. A empresa fornecerá tubos para o Comperj, um acordo que pode chegar aos R$ 100 milhões. Além do pré-sal, a Schulz está de olho também nos investimentos da Petrobras na área de refino, a começar pelo complexo que será construído em Pernambuco em parceria com a PDVSA.

Acervo RR

Quanto gás

27/01/2011
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A BG, dona da Comgás, quer se associar a  Petrobras na Gas Brasiliano, comprada pela estatal no ano passado. No que depender dos ingleses, é negócio para ontem. A operação, no entanto, esbarra na resistência do governo de São Paulo e da agência reguladora do estado, que temem a concentração de mercado. A Comgás passaria a ser acionista de duas das três distribuidoras de gás do estado.


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Pré-sal

27/01/2011
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A Petrobras prepara a venda de parte de suas ações em blocos de exploração e produção nas quais é acionista majoritária. A estatal espera arrecadar até R$ 1,5 bilhão com a redução das participações. Os recursos serão destinados aos investimentos no pré-sal.


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Revival

25/01/2011
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Henri Philippe Reichstul, ex-presidente da Petrobras, prepara seu retorno a s plataformas. Negocia com investidores norte-americanos a criação de uma empresa de exploração e produção de petróleo.


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Petrobras

17/01/2011
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Com o caixa reforçado pelos recursos da Petrobras,a francesa Tereos estuda a construção de mais duas usinas de álcool e açúcar em São Paulo.

Acervo RR

Segundo mandato

14/01/2011
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Miguel Rossetto tem 99,9% de certeza de que permanecerá a  frente da Petrobras Biocombustível. Tanto que nem esperou pela confirmação de seu nome para dar a partida nas negociações voltadas ao aumento da participação da estatal no capital da Guarani. Hoje, a Petrobras detém 45%. Quer chegar a 50% e dividir o controle da companhia com a francesa Tereos.


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Banco de reservas

14/01/2011
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Apesar das garantias do governo venezuelano de que a PDVSA continua no negócio, a direção da Petrobras está em busca de um novo sócio para a futura refinaria de Pernambuco. Há conversas com a norte-americana Anadarko.

Acervo RR

Petro ou Petro

13/01/2011
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Graça Foster, que chegoua ser cogitada para a Casa Civil,está entre seguir a  frente daárea de energia e gás da Petrobrasou a diretoria da Petrosal.


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Deep throat

13/01/2011
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Há quem veja o dedo, aliás,a mão inteira de José Dirceu nanotícia, já desmentida, de que Luciano Coutinho seria o novopresidente da Petrobras

Acervo RR

Cosan e Shell buscam seu passaporte para o mercado de gás

10/01/2011
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Após sacramentar sua associação, Cosan e Shell preparam sua primeira grande investida em conjunto. Com o pé fincado na produção de etanol e na venda de combustíveis, a dupla pretende avançar agora para a criação de um grande grupo de energia, com múltiplios negócios em geração e distribuição. O primeiro passo previsto é a entrada no mercado de gás, com a compra de concessionárias estaduais. O alvo prioritário, de certa forma, já está dentro de casa. Trata-se da Comgás. Há conversações com a matriz para que o grupo anglo-holandês transfira para a joint venture entre Cosan e Shell a sua participação de 9% na distribuidora paulista. O próprio Rubens Ometto e o executivo Vasco Dias, presidente da nova empresa, estão a  frente das tratativas. Esta pequena fatia societária é um dos ativos mais cobiçados do setor no país. Recentemente, a Petrobras e a espanhola Gas Natural fizeram gestões para comprar as ações. Rubens Ometto ensaia o primeiro ato já pensando nas próximas cenas. Uma vez dentro da Comgás, o empresário entende que a Cosan/Shell terá caminho aberto para negociar com a BG, acionista controladora, um aumento da sua fatia societária e a formatação de um novo acordo de acionistas. Está longe de ser uma amarra simples. Ometto, contudo, parte da premissa que tem moeda de troca para levar adiante as negociações com o grupo britânico. Um dos caminhos seria um cruzamento de participações que permitisse aos ingleses entrar no capital da Cosan/Shell. Em uma engenharia mais modesta, os dois grupos seriam sócios de projetos na área de gás, notadamente em geração. No cenário ideal, o objetivo de Cosan e Shell seria usar a Comgás como ponta de lança para comprar outras distribuidoras de gás e concentrar futuros investimentos na área de geração, leia-se a construção ou aquisição de termelétricas. Outro projeto no horizonte é a instalação de térmicas movidas a etanol. Testes recentes feitos pela Petrobras e pela GE mostram que o combustível garante a mesma potência das turbinas gerada por outras matérias-primas, como o próprio diesel.


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Pré-sal

7/01/2011
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José Sergio Gabrielli vai abrir seu novo mandato no comando da Petrobras anunciando um grande ciclo de contratações. Na esteira do pré-sal, a estatal deverá criar quase 12 mil vagas até 2014.


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Segunda chance

6/01/2011
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A Alusa Engenharia está se unindo a  Keppels Fels para disputar as próximas licitações da Petrobras voltadas a  construção de sondas de perfuração de poços de petróleo. O novo casório significará seu divórcio da Galvão Engenharia, com quem a Alusa disputou, e perdeu, os leilões mais recentes da Petrobras.

Acervo RR

Tarso Genro descola Petrobras do controle da Sulgás

5/01/2011
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O novo governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, mandou para a gaveta o projeto de privatização da Sulgás, mas não os planos de reestruturação societária da empresa. A operação passa prioritariamente pela Petrobras, dona de 49% da estatal. Genro está disposto a usar de todo o seu prestígio junto ao governo federal para negociar a redução da presença da petroleira no capital da Sulgás. O objetivo é costurar a venda de parte das ações pertencentes a  Petrobras a um novo sócio a fatia da estatal cairia para 25%. Já existem dois pretendentes ao negócio: a japonesa Mitsui, dona de participações em nove concessionárias estaduais por meio da Gaspart, e a OAS. Yeda Crusius, predecessora de Tarso Genro no Palácio Piratini, tentou um movimento similar em relação a  Sulgás, mas faltou-lhe força política para seguir adiante. Até porque, ao que tudo indica, seu maior objetivo era aumentar a participação do estado no controle da distribuidora com vistas a  futura privatização da empresa. Genro ressuscitou o projeto levado por outros motivos. A participação da Petrobras que já foi fundamental para viabilizar sucessivos investimentos na concessionária é vista hoje como uma amarra para a Sulgás. A estratégia da Sulgás acabou excessivamente vinculada aos interesses comerciais da estatal federal em aumentar ou reduzir a oferta de gás no estado de acordo com a demanda. Com isso, criou-se uma zona de fricção com o próprio governo estadual, que, apesar de majoritário, passou a ter sua posição de mando na Sulgás ameaçada pela presença de um sócio com o tamanho e o poder de fogo da Petrobras. Genro entende que é o homem certo no lugar certo, capaz de conduzir esta intrincada negociação com o governo federal. Tarso Genro vai ter mesmo de usar de toda a sua habilidade política para deslocar a Petrobras no capital da Sulgás justamente no momento em que a empresa se depara com um porvir promissor. Há projetos em andamento para a construção de cinco termelétricas a gás no Rio Grande do Sul, o que automaticamente dará um impulso a  demanda pelo combustível. Além disso, o Brasil está prestes a deixar de ser importador para ser exportador de gás ao mercado argentino, o que alavancará a Sulgás.


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Pré-sal

5/01/2011
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A Petrobras e a mexicana Pemex voltaram a conversar sobre investimentos conjuntos no pré-sal.


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Refinaria

30/12/2010
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A chinesa Sinopec, que recentemente comprou 40% da operação brasileira da Repsol YPF, é forte candidata a  aquisição da refinaria argentina San Lorenzo, pertencente a  Petrobras.


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Amargor

27/12/2010
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Apesar da associação com a Petrobras Biocombustíveis, a Tereos, dona da Açúcar Guarani, vem operando com um prejuízo médio de R$ 5 milhões por mês. Por este motivo, os planos de investimento e os custos operacionais estão passando por um rigoroso pente fino.

Acervo RR

Petrobras enche o tanque da Refap com fundos de pensão

22/12/2010
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Promete ser efêmero o absolutismo societário da Petrobras na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Após fechar a compra da participação da Repsol YPF, a estatal já prepara o segundo movimento. A ideia é revender parte do capital para investidores institucionais. Um dos candidatos é o fundo InfraBrasil, que reúne fundos de investimento, fundações de previdência privada e o próprio BNDES. Há também uma negociação paralela que poderá resultar na entrada isolada de um grupo de fundos de pensão capitaneado pela Petros. Este pool compraria até 49% do capital da Refap. Fundos europeus e asiáticos também estariam no páreo, mas a prioridade da Petrobras é fechar negócio com os fundos de pensão. A negociação com a Petros faz parte de uma operação maior. Seria o ponto de partida para a fundação criar uma nova carteira de investimentos voltada a  compra de participações em outras refinarias da Petrobras. A estatal colocou na mesa para futuras conversas a venda de metade do capital da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro. A Reduc conseguiu recentemente acertar o fornecimento de gás oriundo do aterro sanitário de Gramacho, localizado ao lado da refinaria, o que reduzirá em mais de 30% o custo de energia para funcionamento da planta industrial. A Petrobras comprou a participação da Repsol YPF a contragosto. A estatal resistiu até o último momento a  saída do grupo espanhol. Chegou até a propor a ampliação da participação da Repsol de 30% para 49%. Houve negociação durante aproximadamente seis meses para que os espanhóis aumentassem sua fatia 30% para 49%. Nada feito! Após vender sua rede de postos no país, não faz mais sentido para a Repsol manter um pé em refino. a“ discurso do diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, de que a estatal fez um bom negócio e ganhou “sinergias diferentes” vale apenas da porta para fora. Entre a diretoria da empresa, a necessidade de compra forçada das ações da Repsol é tratada como um estorvo. O plano de investimentos da Refap já contemplava a partilha dos aportes com os espanhóis. Caso permaneça com os 100% da refinaria, a Petrobras terá de refazer seu próprio Plano Estratégico para o período 2010-2015, notadamente no que diz respeito aos investimentos em refino.

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Santa Terezinha mói seus pretendentes

22/12/2010
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Se houvesse um “Troféu Resistência” no setor sucroalcooleiro, a família Meneghetti seria forte candidata a  premiação. Os donos da Usina Santa Terezinha, o maior grupo sucroalcooleiro do Paraná, têm rechaçado o assédio de grandes grupos. A investida mais recente foi feita pela indiana Shree Renuka. O próprio presidente mundial do grupo, Narendra Murkumbi, chegou a visitar a sede da Usaçucar, holding controladora da Santa Terezinha, mas as conversas não avançaram. A Petrobras Biocombustíveis também teria feito uma oferta para a compra da empresa. Sabe-se lá até onde vai a resistência dos Meneghetti talvez aquela grande proposta, capaz de balançar as estruturas, ainda não tenha aparecido. O fato é que a família não apenas tem recusado a ideia de venda da Santa Terezinha como prepara um expressivo plano de investimentos para a expansão da capacidade de produção. Para o próximo ano, estão previstos aportes de R$ 380 milhões. Os valores programados para o triênio 2011-2013 devem passar dos R$ 600 milhões. A meta é aumentar a capacidade de moagem de 16 milhões para 20 milhões de toneladas. Neste ano, o faturamento da Santa Terezinha vai ultrapassar a marca de R$ 1,5 bilhão. Trata-se de um momento bem distinto se comparado aos problemas que atingiram o grupo há cerca de dois anos. Sem acesso a crédito, a Usaçúcar chegou a cancelar todos os investimentos em 2008.


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Fertilizantes

21/12/2010
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A diretora de energia e gás da Petrobras, Maria das Graças Foster, vem toureando uma romaria de governadores ávidos por tirar uma casquinha do plano de investimentos da estatal na área de fertilizantes. Os casos mais recentes são protagonizados pelo baiano Jacques Wagner e pelo pernambucano Eduardo Campos. Ambos fazem pressão para levar uma das fábricas de nitrogenados que serão construídas pela estatal. Por ora, a companhia confirmou apenas a instalação de uma planta no Mato Grosso do Sul e outra em Minas Gerais.

Acervo RR

Ampliação do Gasbol se desmancha no ar

13/12/2010
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A escolha de Edison Lobão para o Ministério de Minas e Energia dá uma pista do que o destino reserva para um dos principais projetos do Brasil no setor: a duplicação do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol). A indicação praticamente joga uma pá de cal sobre o investimento. Na semana passada, em conversa com assessores de Dilma Rousseff, Lobão reafirmou ser contra a expansão do pipeline posição que ele já defendia, com certa discrição, em sua primeira passagem pelo Ministério. Não está sozinho. A própria presidente eleita não morre de amores pelo empreendimento. Orçado em mais de US$ 1 bilhão, o projeto é considerado caro, vis-a -vis a  perda de importância relativa no âmbito da política energética do governo. A duplicação foi acordada entre os dois países em um momento em que o Brasil era excessivamente dependente do gás boliviano. Edison Lobão é partidário da ideia de que a Petrobras deve privilegiar a produção de gás natural em seu próprio território, que ganhará uma dimensão ainda maior com as descobertas no pré-sal. De quebra, o projeto esbarra ainda em desavenças societárias. A TBG e a GTB responsáveis, respectivamente, pela gestão do gasoduto no lado brasileiro e no lado boliviano é controlada por vários grupos estatais e privados, cujos interesses se esbarram recorrentemente. É praticamente inevitável que o cancelamento do projeto crie algumas rusgas diplomáticas entre os dois países. Se, do lado brasileiro, a ampliação do Gasbol é vista com certo desdém, na Bolívia, trata-se de um empreendimento visceral. Sua suspensão joga uma bomba no colo de Evo Morales. A Bolívia não tem hoje a quem vender a produção excedente de gás natural.

Acervo RR

Duto furado

10/12/2010
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Está difícil para a Petrobras combinar os interesses dos diversos grupos privados _ Cosan, Copersucar, Bunge, entre outros _ com quem negocia a construção de um alcoolduto entre o Centro-Oeste e o Porto de Santos. As principais divergências dizem respeito ao financiamento e a  composição societária.

Acervo RR

Tsakos

7/12/2010
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O Brasil vai entrar na rota da grega Tsakos Energy Navigation, que opera o transporte com navios-tanque. A companhia já mantém conversas com a Petrobras.

Acervo RR

MT Gás

2/12/2010
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A Petrobras recuou na negociação com o governo de Mato Grosso para comprar a MT Gás. A distribuidora depende integralmente do gás boliviano e tem ainda resultados muito modestos.

Acervo RR

Escorregadio

25/11/2010
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A decisão da Petrobras de suspender os contratos de exploração de petróleo no Equador não é uma unanimidade no governo federal. O Itamaraty tratou disso com o presidente Lula argumentando que a medida vai atrapalhar o comércio bilateral.

Acervo RR

Petrobras tira do armário a sua Petrosal

24/11/2010
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A Petrobras vai criar a sua Petrosal para investir na exploração e produção na camada de pré-sal. No projeto que foi apresentado pelo governo federal e que tramita no Congresso, a estatal terá obrigatoriamente 30% de cada um dos consórcios que serão criados para explorar os blocos a ser ofertados na região. Como o desembolso previsto pela estatal para dar conta da tarefa deverá ser de, no mínimo, US$ 100 bilhões, e não terá a prerrogativa de abrir mão da participação, o caminho traçado é montar dentro da unidade de exploração e produção da companhia uma estrutura separada. A nova empresa terá como sócios BNDESPar, Petros, Previ e Funcef. Ffundos de private equity nacionais já foram sondados para participar do negócio. O formato societário traçado pela Petrobras destina 49% do capital aos investidores institucionais. A Petrobras Pré-Sal, como provisoriamente a companhia está sendo chamada dentro da estatal, deverá ser criada tão logo o projeto de lei que estabelece o modelo de partilha seja totalmente aprovado no Congresso Nacional. Para quebrar as resistências ao plano, que começam a surgir dentro e fora da Petrobras ficou acertado que o negócio não será aberto a investidores estrangeiros. As companhias de petróleo também não serão convidadas a entrar na Petrobras Pré-sal. O receio é dar munição aos opositores do modelo de partilha, que usariam politicamente a eventual entrada de concorrentes da estatal na reserva de mercado criada para a Petrobras. Além do mais, a companhia será a operadora de todos os blocos que serão ofertados pela Pré-sal Petróleo S/A (PPSA), criada pelo governo federal para gerir os negócios na região.


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Petrobras

23/11/2010
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Haja aumento de capital! Além das fábricas de ureia em Três Lagoas (MS) e de metanol em Linhares (ES), a Petrobras vai construir um complexo de matérias-primas para a indústria de fertilizantes na Bahia. Cada empreendimento como esse custará, por baixo, US$ 1,5 bilhão.

Acervo RR

Refinaria de papel

22/11/2010
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A construção da refinaria do Maranhão deixou de ser prioridade para a Petrobras. O início das obras foi adiado mais uma vez, agora para o primeiro trimestre de 2012.

Acervo RR

Tereos encontra um lar nada doce na Mandu

18/11/2010
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Os R$ 345 milhões pagos pelo controle da Usina Mandu foram apenas a primeira parte da fatura. A francesa Tereos já trata como favas contadas a necessidade de fazer um aporte de capital para equilibrar as finanças do grupo sucroalcooleiro, com sede em Guaíra (SP). O valor da capitalização será definido até o fim deste ano. Vai sobrar para a Petrobras, ao menos no que depender da vontade da Tereos. Os franceses já iniciaram tratativas para que a estatal, sócia do grupo no Brasil, entre com uma parcela dos recursos. Para a Tereos, dona da Açúcar Guarani, a prioridade é a repactuação do passivo da Mandu. A dívida total gira em torno de R$ 385 milhões, quase 80% contraídos em instituições financeiras. O endividamento da usina cresceu a passos largos nos últimos três anos por conta dos investimentos na ampliação da capacidade de moagem de 2,5 milhões de toneladas para mais de 4,7 milhões de toneladas por safra. O custo da dívida aflige os executivos da Tereos. Há um temor de que ele tenha um efeito dominó sobre o balanço de sua holding no país, a Açúcar Guarani. A preocupação aumenta por conta do fraco desempenho da Mandu nos últimos dois anos. Nas duas safras mais recentes, a usina acumulou prejuízos acima de R$ 75 milhões.


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Petrobras

12/11/2010
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No que pode ser o canto do cisne de José Sergio Gabrielli, a Petrobras negocia a compra da participação da BP na refinaria alemã Ruhr Oel. Os 50% pertencentes aos ingleses estão avaliados em US$ 1,5 bilhão. A outra metade é controlada pela russa Rosneft. A aquisição seria o ponto de partida para a expansão das atividades da estatal na Europa, restrita a negócios de exploração e produção de petróleo em Portugal.


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Eletrobras

11/11/2010
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A “Petrobras do setor elétrico”, enfim, vai sair do papel. A Eletrobras ganhou sinal verde do Planalto para investir no setor de geração na América Latina e na africa. A autorização veio com duas novidades. A estatal poderá ser majoritária no capital. Terá carta branca também para comprar participações em empresas de geração e não somente em usinas, como previa o projeto original.

Acervo RR

Alcoolduto da Petrobras já nasce em chamas

9/11/2010
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Incensada como um dos grandes projetos de logística do Brasil, a construção do alcoolduto entre o Centro-Oeste e o porto de Santos ainda tem arestas a serem aparadas. A recém-anunciada associação entre Petrobras, Cosan e Copersucar já nasceu sob o signo da discórdia. Há desavenças quanto ao aporte que caberá a cada acionista o projeto está avaliado em US$ 2 bilhões. Cosan e Copersucar estariam tentando jogar para cima da Petrobras uma fatia maior da fatura, não obstante o modelo inicial prever participações societárias isonômicas. Cada uma delas deverá ter algo entre 20% ou 25% do capital. O argumento é que a estatal poderá se valer do alcoolduto para transportar etanol produzido por usinas associadas a  Petrobras Biocombustíveis a empresa é acionista da Açúcar Guarani e da São Martinho. A saída da Mitsui do projeto também ajudou a embaralhar o quebra-cabeças, notadamente no que diz respeito ao funding. A trading trazia a reboque a promessa de financiamento de um pool de bancos japoneses. Como não poderia deixar de ser, o nome do BNDES já foi entoado na mesa de negociações. Ele entraria no projeto, não apenas como financiador, mas também como acionista, de forma a garantir o project finance. Entende-se também que a presença do banco, aliada a  da própria Petrobras, servirá de chamariz para a entrada de outros grupos privados. Até porque há um risco intrínseco ao projeto que nem explica a própria retração da Copersucar e da Cosan. O empreendimento, que estava engavetado há mais de dois anos, surge justamente no momento em que as exportações brasileiras de etanol evaporam. Em 2008, o país comercializou quase seis bilhões de litros do combustível no mercado internacional. Neste ano, o volume não deverá passar de 1,6 bilhão. A projeção para 2011 é semelhante.

Acervo RR

Eletrobras entra na era Dilma com plenos poderes

9/11/2010
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Se a presidente Dilma Rousseff fizer valer o plano de reestruturação administrativa e operacional da Eletrobras que repousava sobre sua mesa na Casa Civil, a “Petrobras” da energia elétrica ganhará corpo já no primeiro ano de governo. O redesenho da estatal vai ceifar boa parte da autonomia gerencial de Furnas, Chesf e Eletronorte, alinhando-as totalmente com a holding. Pelo novo modelo, a Eletrobras vai centralizar as decisões sobre o programa de investimentos de todas as controladas. Questões intrínsecas ao plano estratégico, como licitações e compras de equipamentos, também passarão a  alçada da holding. A principal mudança, que afetará diretamente o xadrez da divisão de cargos no próximo governo, diz respeito a  cadeia de comando das controladas. Se o novo formato vingar, o principal executivo de Furnas, Chesf e Eletronorte se tornará algo mais próximo de um diretor-geral, perdendo na prática o atual status de CEO. Ou seja: três cadeiras extremamente cobiçadas pelos partidos da base aliada vão virar um prêmio de consolação. As mudanças vão contemplar também a definição dos recursos do Sistema Eletrobras para 2011. O orçamento da holding passará a ter caráter determinativo e não apenas referencial para as controladas, como ocorre atualmente em alguns casos. Trata-se de mais um ponto-chave do processo de centralização do poder, que transformará Chesf, Furnas e Eletronorte em subordinadas de fato e de direito. Deverão seguir um orçamento unificado e respeitar a alocação de recursos determinada pela Eletrobras. Perderão ainda a autonomia para negociação de parcerias estratégicas.

Acervo RR

Brasil se torna o hub elétrico da Tereos

8/11/2010
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A francesa Tereos elegeu o Brasil como epicentro de um grande projeto global na área de energia. O grupo pretende dar um passo além da produção de biocombustíveis e entrar no setor elétrico. O projeto prevê não apenas a instalação de usinas de biomassa, uma extensão natural ao seu core business, mas também de hidrelétricas de médio porte e PCHs. Os franceses vão criar um novo braço para o setor, temporariamente chamado de “Guarani Energia”, uma alusão a  principal empresa sucroalcooleira do grupo no Brasil. A intenção é atrair sócios para os diferentes empreendimentos, vendendo até 49% das ações. A Petrobras, sócia da Açúcar Guarani, é o candidato mais forte. Há também conversas com a Suez. A Tereos já tem um pé na geração de energia, no entanto, de forma ainda muito incipiente. A Açúcar Guarani desenvolve projetos de cogeração a partir do bagaço de cana em três de suas usinas. O grupo tem ainda uma térmica na Ilha de Reunião, uma possessão francesa no Oceano andico. Nada que se compare a  estratégia que está prestes a sair da prancheta. A partir do Brasil, os franceses pretendem montar um colar de ativos de energia no exterior, notadamente na Europa.

Acervo RR

Gas Natural monta um quebra-cabeça de espinhos

4/11/2010
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O espanhol Sergio Aranda Moreno, nº1 da Gas Natural Fenosa na América Latina, acredita estar purgando todas as suas culpas. Aranda vem sofrendo para montar um quebra-cabeça com peças que teimam em não se encaixar. O puzzle em questão é a reestruturação societária do grupo no Brasil, leia-se a criação de uma holding que enfeixará todas as suas subsidiárias locais CEG, CEG Rio e Gas Natural São Paulo. Por ora, o que existe é o croqui de um paletó apertado demais para vestir os interesses dos espanhóis e de seus principais sócios, a Petrobras e o BNDES. Os primeiros capítulos das negociações, conduzidas por Aranda, teriam sido marcados por discordâncias. Petrobras e BNDES não estariam de acordo com o modelo proposto pelos espanhóis. Por trás da resistência há um duelo de forças em torno das futuras participações na nova empresa-mãe. A Gas Natural não tem dúvidas de que a reestruturação vai sair. Ponto. O problema é quando e como. A complexidade reside na costura das pequenas teias societárias que hoje enredam as subsidiárias do grupo no Brasil. Cada distribuidora tem seus sócios e seus percentuais próprios, o que dificulta o cálculo de uma conta de chegada. Na CEG, os espanhóis controlam 53% e o BNDES detém 35%. Na CEG Rio, a participação dos sócios controladores é de quase 60%. Neste caso, o segundo principal acionista é a Gaspetro, com 37%. Pelos primeiros esboços do projeto, tanto o banco de fomento quanto a subsidiária da Petrobras teriam uma participação inferior a 30% na nova empresa. Por fim, ainda há sobre a mesa os interesses da Pluspetrol, minoritária da CEG e da CEG Rio. O grupo argentino só tem olhos para a porta de saída. Quer saber como e onde poderá usar a reestruturação para vender suas participações nas duas distribuidoras. A rigor, em toda esta história, o único caso simples é o da Gas Natural São Paulo, integralmente controlada pelos espanhóis. Ressalte-se ainda a disposição da Gas Natural de jogar mais um gato dentro deste balaio societário. Os espanhóis querem aproveitar a criação da holding para atrair um novo sócio, seja um grupo da área de energia, seja um fundo de investimento, que ficaria com até 20% do capital. A chegada deste quarto elemento forçaria uma diluição ainda maior da participação do BNDES e da Gaspetro. Ambas tentam barrar esta possibilidade, cada qual por motivos diferentes. A Gaspetro pretende manter seu grau de ingerência sobre a distribuição de gás no Rio de Janeiro. O BNDES, por sua vez, tem interesse em preservar o máximo que puder da sua fatia já mirando na posterior venda das ações.


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Petrobras

4/11/2010
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Mesmo com BNDES, aporte de capital recorde e outros que tais, a Petrobras cortou em 20% os investimentos em exploração e produção na Argentina previstos até 2014. Foi a segunda navalhada em menos de um ano.

Acervo RR

Compagas inicia sua caminhada até a privatização

1/11/2010
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Antes mesmo de sua posse, o governador eleito do Paraná, Beto Richa, já bateu o martelo quanto ao futuro da Compagas. A empresa vai ser privatizada. A informação foi confirmada ao RR Negócios & Finanças por um dos principais colaboradores de Richa e nome quase certo na futura equipe de governo. O projeto passa por uma série de etapas, que servirão como ponte para o objetivo-fim: a venda do controle da distribuidora para um acionista privado. A operação prevê o IPO da Compagas, que deverá ser realizado ainda no primeiro semestre de 2011. Um esboço já elaborado pelos assessores de Beto Richa estabelece a oferta de até 25% do capital. Este é um ponto nevrálgico para a reestruturação, devido a s complexas costuras políticas que terão de ser feitas. Estas articulações envolvem o próprio governo federal, por conta da presença da Petrobras no capital da Compagas. Ao lado da Mitsui Gás, a Petrobras é um personagem importante em todo este enredo. O governo do Paraná depende de um acordo com as duas empresas para levar adiante a oferta de ações da Compagas. Detentoras de 49% do capital total, Petrobras e Mitsui terão de concordar com a diluição de suas respectivas participações. O Estado, representado pela Copel, está no limite do limite do controle da Compagas, com 51% das ações. Não tem, portanto, qualquer margem de manobra para o IPO. Por esta razão, o futuro governador do Paraná terá de convencer a Petrobras e a Mitsui de que vale a pena abrir mão de um naco considerável de suas ações em troca de uma participação em uma empresa capitalizada e com maior capacidade de investimentos. Em contrapartida, Richa deverá levar na outra mão um novo acordo de acionistas, que garanta a  estatal federal e a  trading japonesa o direito de nomear diretores e ter voto nas decisões estratégicas. Ou seja: na prática, a privatização da Compagas vai começar antes mesmo da venda dos 51% em poder da Copel. Beto Richa está convencido de que a empresa é um fardo pesado demais para os cofres do Estado e, mais precisamente, para a Copel. Por conta deste entroncamento societário entre as duas estatais, a empresa de energia elétrica precisa alocar na distribuidora de gás recursos do seu próprio orçamento. Há ainda um agravante: a Petrobras e a Mitsui não estariam acompanhando proporcionalmente o aporte feito pela Copel.


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Sonho meu

27/10/2010
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Wagner Pinheiro tem garantia firme de Luis Gushiken que vai emplacar seu terceiro mandato na presidência da Petros no eventual governo Dilma Rousseff. Pinheiro, no entanto, gostaria de experimentar novos ares. Quem sabe uma diretoria da Petrobras ou, voando alto, a presidência do Banco do Brasil? Ressalte-se que o executivo construiu boa parte de sua trajetória no setor bancário.

Acervo RR

Shell perde fôlego na exploração e produção de petróleo

18/10/2010
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O redesenho operacional da Shell no Brasil criou um apartheid de forças na companhia, acentuado pelas diferenças de investimento em cada área. Enquanto a afortunada joint venture com a Cosan, presidida por Vasco Dias, herdou toda a rede de postos e, sobretudo, parcela majoritária dos aportes no país, a antiga Shell Brasil só encolhe. A empresa, entregue ao executivo André Araújo, tornou-se refém do crescente esvaziamento das operações de exploração e produção de petróleo do grupo no país. Não obstante ser a maior companhia privada do setor no Brasil, com extração de mais de 70 mil barris por dia, a Shell vai acelerar o processo de venda de ativos na área de E&P. O grupo decidiu negociar suas participações nos blocos BM-ES-28, na Bacia do Espírito Santo, e BM-S-45, BS-4 e S-M-518 em Santos. Este último é integralmente controlado pelos anglo-holandeses. Nos demais, há parcerias com a Petrobras e a Chevron, principais candidatas a  compra das ações da Shell nos consórcios. O grupo vai se desfazer ainda de um reservatório na camada do pré-sal. Não por outro motivo, em apenas dois meses de mandato, André Araújo já é chamado nos corredores da Shell de “Doutor desmonte”. O jocoso epíteto é injusto. Há 26 anos na companhia, com passagens por Londres e Washington, Araújo vem tentando frear a desmobilização de ativos em exploração e produção. Recentemente, teria enviado a  matriz um alentado relatório com dados geológicos mostrando o potencial dos blocos em que a companhia tem participação.Ao que tudo indica, não foi o suficiente para sensibilizar o board. O comando da Shell já sinalizou a venda de mais duas áreas. Segundo informações filtradas junto a  própria empresa, caso todas estas negociações se confirmem, a capacidade de produção no Brasil cairá praticamente a  metade. O discurso oficial, disseminado pelo comando da Shell entre os próprios funcionários no Brasil, é que tudo não passa de um reposicionamento de ativos. A empresa estaria apenas fazendo caixa para novos investimentos em exploração e produção. Há dúvidas. A percepção dentro da companhia é que, mesmo com o pré-sal, a matriz vai gradativamente reduzir sua exposure em E&P para aumentar os aportes na joint venture com a Cosan, incluindo novas aquisições de redes de postos.


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Petrobras

14/10/2010
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A Petrobras deverá vender sua participação de 28% na Refinor, refinaria argentina controlada pela Repsol YPF. A medida faz parte da reestruturação na subsidiária Petrobras Argentina, que já incluiu a negociação de uma refinaria em San Lorenzo e de 360 postos de combustíveis.


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NA

13/10/2010
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A Petrobras calcula que, ao longo dos próximos dois anos, ainda terá de captar em mercado cerca de R$ 30 bilhões para fazer frente aos investimentos do pré-sal. O número só será revelado quando o atual aumento de capital tiver perdido seu impacto.

Acervo RR

Agropalma entrega seu futuro na mão da Itochu

7/10/2010
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A saga do banqueiro Aloysio Faria no mercado de biodiesel vive momentos decisivos. Em até dois meses, a Agropalma vai definir se retoma ou suspende definitivamente a produção de biocombustível a partir do óleo de palma em sua fábrica de Belém, desativada desde agosto. A decisão depende fundamentalmente das negociações para a entrada de um novo sócio na empresa. Além da Petrobras Biocombustível ver RR – Negócios & Finanças nº 3.968, o Grupo Alfa está em conversações com a Itochu. Os japoneses estão dispostos a comprar 25% das ações. Desde a partida, a prioridade da Agropalma sempre foi o acordo com a estatal, de olho na possibilidade de associação com outras companhias do setor. No entanto, a morosidade nas negociações com a Petrobras Biocombustível, a s voltas com a incorporação de ativos na área de etanol, e a entrada em cena da Itochu mudaram o cenário. A trading traz a reboque a garantia de empréstimos de bancos de fomento japoneses para financiar o aumento da capacidade de produção da Agropalma. Procurada pelo RR, a Agropalma não se pronunciou até o fechamento desta edição. A empresa de Aloysio Faria não passa por um de seus melhores momentos no que diz respeito ao biodiesel. A drástica decisão de suspender a produção de Belém foi motivada pela estiagem de novos contratos. No último leilão da ANP, em maio deste ano, a empresa saiu de mãos abanando. Não fechou sequer um acordo comercial. Parte da diretoria quer que a companhia saia em definitivo deste mercado e passe a se concentrar exclusivamente na venda de óleo de palma, muito mais rentável. No entanto, dados do último trimestre mostram que houve uma melhora na demanda por biodiesel no mercado interno, o que justificaria o retorno da produção, desde que devidamente acompanhado de um novo sócio disposto a compartilhar o risco e, principalmente, garantir mercado consumidor. A Itochu parece ser o personagem talhado para esta missão. Os japoneses já reservaram cerca de R$ 300 milhões para a compra de terras no Centro-Oeste e no Norte do país, que serão dedicadas ao plantio de matérias-primas para a produção de biocombustível. A entrada no capital da Agropalma permitia a  trading agregar tecnologia para outros investimentos no setor e, sobretudo, assegurar o fornecimento de biodiesel para o Japão e outros países asiáticos. Entre plantas próprias e possíveis empresas coligadas, a Itochu pretende chegar a 2015 exportando por ano mais de 50 milhões de litros de biocombustível.

Acervo RR

O abraço de urso da Bolsa de Valores

29/09/2010
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“Pegaram o urso”. O início da mensagem não deixa dúvidas. O – Darth Vader das Bolsas? – RS para os pouco íntimos – reabre seu canal de comunicação interestelar com o RR – Negócios & Finanças, fazendo alusão a  matéria publicada na edição de 21 de setembro. A bear trap – cilada que costuma pegar vendedores demasiadamente pessimistas ou calouros do mercado de capitais – funcionou. Os ursos mais medrosos caíram na arapuca. Depois de um movimento de queda, o Dow Global Index voltou a empinar. Pelo menos é o que mostram os grafistas. Darth Vader, no entanto, faz uma ressalva. No final do terceiro trimestre, os administradores de fundos costumam dar históricas puxadas. A máquina funciona assim há mais de um século. Desta maneira, a Bolsa terá um repique em outubro. Ou seja: barbas de molho até o fim do próximo mês. Quanto ao Brasil, o Lorde Negro também mantém um pé atrás. A hora é pouco propícia para análises técnicas. A mega subscrição da Petrobras alterou as condições normais de temperatura e pressão do mercado, interferindo no padrão de comportamento dos próprios investidores. Melhor ouvir a voz da experiência”, diz Darth Vader. “Na penumbra das Bolsas, todos os ursos são pardos?.


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Biodiesel

24/09/2010
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A Petrobras Biocombustível estuda a compra de uma participação na Agropalma, de Aloysio Faria. A empresa suspendeu a produção na fábrica de Belém por falta de novos contratos.

Acervo RR

Petrobras encolhe na Gasmig de olho no pré-sal

22/09/2010
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A necessidade premente de capital para fazer frente aos volumosos investimentos exigidos para a exploração de blocos de petróleo na camada de pré-sal está fazendo a Petrobras rever a sua participação no capital da mineira Gasmig. A estatal já deixou claro para o governo estadual que pretende reduzir pela metade o seu quinhão na sociedade e ficar com apenas 20% das ações. A escolha do momento para colocar esse assunto na agenda não poderia ser melhor. A Gasmig está iniciando um enorme programa de investimentos na ampliação da malha de dutos no estado, na distribuição, pela primeira vez, para o segmento residencial e na compra de companhias de gás de outros estados, em sociedade com investidores privados. A proposta da Petrobras é vender as ações para um outro investidor para não amarrar ainda mais a Gasmig a s restrições de investimento e de captação de recursos vinculadas a sua condição de estatal. A Andrade Gutierrez aparece como a principal candidata a ficar com as ações. Porém, não está sozinha no negócio. A nipônica Mitsui está de olho na participação, dentro do plano de se tornar a maior investidora privada na distribuição de gás natural no Brasil. Há ainda o interesse da AG Angra, sociedade entre a própria Andrade Gutierrez e o fundo Angra Partners. O montante que será aportado nos novos projetos será de R$ 1,5 bilhão em dois anos. Pelo menos, 40% do total serão bancados com recursos dos sócios e o restante virá de empréstimos de bancos de fomento. Tudo para poupar o caixa da Gasmig, que servirá como colchão para futuras emissões de debêntures e outras operações no mercado financeiro.

Acervo RR

O etanol de Collor

10/09/2010
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Não contente em receber uma ajuda da Petrobras, agora o ex-presidente Fernando Collor de Mello quer o braço inteiro. Após arrancar da estatal um contrato de compra de etanol do Grupo João Lyra, no valor de R$ 200 milhões, Collor estaria fazendo campanha pela entrada da Petrobras Biocombustíveis no capital das usinas. Em recuperação judicial, o grupo tem mais de R$ 800 milhões em dívidas.

Acervo RR

Engevix navega nos mares da Petrobras

9/09/2010
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O apetite da Engevix pelo setor naval não pode ser medido apenas pela compra do estaleiro Rio Grande, que pertencia a  WTorre. A companhia adquiriu uma área próxima a  unidade, da mesma WTorre, e assim conseguirá atender não apenas ao contrato com a Petrobras para a construção de oito cascos de plataformas como também ampliar a carteira e verticalizar a produção. O projeto da Engevix é dominar todo o ciclo para conseguir participar de licitações da Petrobras relativas a  construção de sondas de perfuração de poços de petróleo, que deverão chegar a US$ 50 bilhões nos próximos quatro anos. Em outra ponta do processo, o grupo deverá ter como sócia a Funcef, que já faz parte do fundo de investimentos em participações (FIP) usado para comprar a parte imobiliária do estaleiro. O fundo de pensão estuda ter 25% de um novo FIP a ser constituído com o fim de assumir os contratos assinados com a Petrobras, no valor de US$ 3,5 bilhões. A Engevix pretende ainda construir um outro estaleiro na Região Sudeste.

Acervo RR

Gás no caixa 1

3/09/2010
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Há uma negociação para que Previ e Petros desembarquem na Gas Brasiliano, comprada pela Petrobras em maio. Os fundos de pensão deverão ficar com 10% das ações ordinárias. A associação será uma reedição ? espera-se que bem-sucedida ? do consórcio formado para comprar a Comgás, em 1999, operação barrada pelo então governador paulista Mário Covas.

Acervo RR

Tiaa-Cref

27/08/2010
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O Tiaa-Cref, fundo de pensão dos professores de Nova York que administra US$ 400 bilhões, está montando uma carteira voltada exclusivamente a  compra de ações de empresas da América Latina. O Brasil deverá ficar 40% do total. Entrarão no negócio, entre outras, ações da Gerdau, Natura, Petrobras e Cosan.

Acervo RR

Retratos sem retoques dos apóstolos de Dilma

25/08/2010
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Que sai Lula e entra Dilma – Serra? Que Serra? – não há novidade. A bolsa de apostas agora está concentrada nos primeiros dias do futuro governo. Os dados estão rolando primeiramente sobre o seu ministério. Os principais nomes já estão previstos. Mas as combinações dos cargos a serem ocupados são múltiplas. Antônio Palocci, por exemplo, pode vir a ser ministro-chefe do Gabinete Civil, com responsabilidade pela articulação política, ou ministro da Saúde, em uma reedição do modelo FHC/Serra. No entanto, as hipóteses para as funções de Palocci não se encerram em Brasília. Os franco atiradores do PT, que têm no futuro ministro sem pasta José Dirceu seu expoente principal, gostariam de vê-lo na Petrobras, até por motivos estratégicos. A estatal, símbolo máximo de poder nesses tempos de pré-sal, estará no centro de uma encarniçada disputa política, sendo difícil para a presidente definir o novo titular mesmo trazendo o cargo para sua cota pessoal. Palocci mataria dois coelhos com uma só cajadada, colocando a Petrobras na antessala do Planalto. E quem faria a coordenação política do governo Dilma? O ministro Paulo Bernardo divide as preferências com a ministra Erenice Guerra para a Casa Civil, ressaltando-se sempre que o pole position é de Antônio Palocci. Mais provável é que, se a disputa for entre os dois, Erenice seja a Dilma da Dilma. Paulo Bernardo seria mantido no Planejamento, que deixaria de ser ministério e voltaria a ser uma secretaria ligada ao Planalto. Há quem diga também que Bernardo tem vaga garantida no Banco do Brasil, mas aí pode ser mais desejo do que evidência. Comenta-se que é no BB que Sérgio Rosa gostaria de saltar de bancário a banqueiro. Mais um do time do “gostaria”. Erenice poderia ainda assumir a Secretaria da Presidência, tornando-se uma espécie de Gilberto Carvalho de Dilma. As maiores apostas, entretanto, cravam que esse cargo será ocupado por Miriam Belchior, atual coordenadora das obras do PAC. Ou seja: as dilmetes, Erenice e Miriam, permaneceriam no Planalto mais ou menos onde estão. O Ministério da Fazenda, que sempre esteve entre os maiores cacifes da bolsa de apostas ministerial, desceu para um segundo degrau. Isto porque a previsão de um superministro Luciano Coutinho está sendo desinflada pelo próprio. Luciano preferiria continuar onde está. No BNDES, tem o apoio absoluto da corporação e projetos para implementar por pelo menos duas décadas. Já Guido Mantega trabalha 25 horas por dia para sequer se levantar da cadeira. Será, contudo, um ministro mais fosco ainda do que é na atual gestão. Em cima da sua cabeça estarão Dilma, Palocci, Paulo Bernardo e Erenice, todos com disposição de apitar na economia. E do lado, existe o plano de criação de um ministério tonificado para o comércio exterior e indústria, no qual se imagina assentar o atual presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que passou a ser, digamos assim, da cota do próprio Lula. Mantega deverá continuar privando da companhia querida de Henrique Meirelles no BC. É muito provável, entretanto, que Meirelles somente faça a transição, saindo em agosto, quando ocorre a eleição para a presidência do BIS, o Banco Central dos Bancos Centrais. Este, por enquanto, é seu plano de voo. O núcleo duro ministerial de Dilma Rousseff seria finalizado com a presença de Aloizio Mercadante, que saltaria direto da derrota pela disputa do governo de SP para o Ministério da Educação. Bem, pode ser que o desenho final seja diferente. Mas não será muito. Façam suas apostas.

Acervo RR

Refinarias

19/08/2010
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A Petrobras pretende retomar a venda de participações em suas refinarias ? projeto que foi iniciado há alguns anos, mas acabou restrito a  associação com a Repsol YPF na Refap (RS). O objetivo da estatal é captar recursos para financiar investimentos na própria área de refino e, desta forma, abrir uma folga no plano de investimentos previsto até 2014.


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Óleo de Chávez

16/08/2010
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A Petrobras vai reduzir em 30% os investimentos na exploração e produção de petróleo na Venezuela. A decisão já foi anunciada ao governo venezuelano. O corte está relacionado a  falta de contrapartidas da PDVSA nos projetos conjuntos entre as duas empresas.


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Ombro Amigo

10/08/2010
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A Tereos aprendeu rápido. Está jogando seus planos de investimento no Brasil sobre os ombros da Petrobras Biocombustíveis ? a estatal é sócia da São Martinho, controlada pelos franceses. A Tereos tem engatilhada a compra de duas usinas no interior de São Paulo, mas só deve fechar negócio se a estatal entrar no funding.

Acervo RR

Mais petróleo

10/08/2010
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O empresário Carlos Santana, ex-presidente da Petrobras, está se afastando de seus negócios na área ambiental, reunidos na holding Synthesis. Vai se dedicar integralmente a  montagem da sua nova empresa de exploração e produção de petróleo.


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NA

4/08/2010
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O empresário argentino Cristóbal López, dono da Oil Combustibles, vem tentando grudar na Petrobras. O objetivo é fechar um acordo para investimentos em exploração e produção de gás e petróleo no Brasil. A possível parceria é vista com ressalvas na estatal. Proprietário de cassinos e muito próximo do casal Kirchner, López é considerado um dos empresários mais controversos da Argentina. Há cerca de dois meses, a Oil Combustibles comprou 360 postos da Petrobras Energia na Argentina.

Acervo RR

Açúcar de Dilma

3/08/2010
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Os assessores de Dilma Rousseff estão fechando um encontro entre a candidata e empresários do setor sucroalcooleiro. No evento, Dilma vai cantar as canções que os usineiros querem ouvir. Vai bater na tecla de uma alíquota única de ICMS para o etanol em todo o país e garantirá o apoio redobrado do BNDES e da Petrobras Biocombustível para frear o capital estrangeiro no setor.

Acervo RR

Petrobras na cola dos Biagi

29/07/2010
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O sobrenome Biagi, em baixa no setor sucroalcooleiro desde a venda da Santelisa e da Moema, está voltando a  ribalta. Após entrar no capital da São Martinho e da Açúcar Guarani, a Petrobras Biocombustíveis quer se associar a um pool de usinas encabeçado pelos irmãos Bernardo e Lourenço Biagi. São sete plantas com capacidade de moagem de 16 milhões de toneladas por safra, produção similar a  da própria Guarani. A operação é complexa. As usinas têm acionistas diferentes. Algumas delas, por exemplo, são associadas a  Copersucar e terão de negociar sua saída para se juntar a  Petrobras biocombustíveis.

Acervo RR

AES e Duke Energy enrolam os fios com o governo paulista

28/07/2010
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Um dos mais arrastados imbróglios jurídicos do setor elétrico deve completar mais uma temporada. São cada vez menores as possibilidades de que AES, Duke Energy e o governo de São Paulo equacionem ainda neste ano o impasse em torno dos investimentos previstos no edital de privatização das geradoras Tietê e Cesp Paranapanema. A mais recente rodada de negociações entre os presidentes da AES Brasil e da Duke, respectivamente Britaldo Soares e Armando Henriques, e a secretária de Saneamento e Energia de São Paulo, Dilma Pena, serviu apenas para deixar o acordo ainda mais distante. Os dois grupos ? que há mais de uma década postergam o aumento obrigatório de 15% na capacidade de seus parques geradores ? propuseram a construção de térmicas a gás para cumprir o edital. Apresentaram também um plano de investimentos, que está sob análise da Secretaria Estadual de Energia e da Justiça de São Paulo. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas no próprio governo paulista cresce a leitura de que a AES e a Duke Energy convidaram a todos para assistir a uma peça de teatro. A opção pelas termelétricas não passaria de uma conveniente encenação. Teria sido a forma encontrada pelos norte-americanos para ganhar tempo e driblar o edital mais uma vez. Isto porque a instalação das térmicas é a solução mais complexa e de difícil execução. Existem diversos entraves que jogam contra os planos da AES e da Duke Energy ? ou seria a favor? Os óbices ao projeto vão do suprimento de matéria- prima a  venda da produção. Não existe garantia de que a Petrobras vá fornecer o gás necessário para as usinas. Há dúvidas também quanto a  capacidade de transporte do insumo nos gasodutos da Gas Brasiliano. A decisão do governo federal de não realizar novos leilões de energia térmica neste ano também atrapalha. Por estas razões, no governo de São Paulo a percepção é que o impasse vai cair no colo do próximo morador do Palácio Bandeirantes. Melhor para AES e Duke Energy, que adiariam por mais algum tempo um investimento da ordem de R$ 3 bilhões. Oficialmente, todas as partes se esquivam de qualquer polêmica. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Secretaria de Saneamento e Energia de São Paulo garantiu que as negociações “seguem seu curso normal”. A Duke Energy informou que só se pronuncia sobre dados relevantes por meio de seus “canais oficiais, de acordo com as regras da CVM”. Já a AES Tietê não se manifestou até o fechamento desta edição.

Acervo RR

Petros 1

27/07/2010
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A Petros vai entrar na construção naval. O fundo pretende comprar participações em estaleiros já em operação e se associar a novos projetos, sempre com participação minoritária. Em alguns casos, terá a parceria da própria Petrobras, que está empenhada em garantir a produção de plataformas e embarcações para atender a  sua própria demanda.

Acervo RR

Brasil e Japão se unem no etanol

27/07/2010
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Os governos do Brasil e do Japão abriram conversações para investimentos conjuntos na produção de etanol. Do lado brasileiro, as negociações envolvem representantes do Ministério de Minas e Energia, da Casa Civil e do Itamaraty. O projeto prevê a construção de usinas de controle bilateral no Brasil. O Japão deverá entrar na empreitada, por meio de seu fundo soberano, que administra cerca de US$ 1 trilhão em ativos. Grandes tradings nipônicas, como Sumitomo, Mitsui e Itochu, serão estimuladas a participar do projeto, contando, inclusive, com apoio do Japan Bank for International Cooperation (JBIC). A Itochu já tem negócios em etanol no país ? é sócia da Bunge em duas usinas. A Sumitomo, por sua vez, ensaia sua entrada no setor há pelo menos dois anos. Pelo Brasil, todos os caminhos levam na direção da Petrobras Biocombustível, que seria a operadora das usinas e sócia majoritária, e do BNDES. O banco também deverá entrar no funding da operação. As tradings nipônicas terão um papel fundamental na operação. Todas as usinas terão uma cota da sua produção destinada ao país asiático. O investimento no Brasil faz parte do esforço do governo do Japão em aumentar a importação de etanol. A necessidade de abastecimento do mercado local tende a crescer ainda mais a partir do próximo ano. O governo japonês deverá aumentar de 5% para 10% a proporção de etanol na gasolina vendida no país. .


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Queiroz Galvão

26/07/2010
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A Queiroz Galvão vai fincar definitivamente sua bandeira no bloco BM-S-11, controlado pela Petrobras. Além de fornecedora da plataforma, está prestes a fechar a compra de uma participação de 10% na operação.

Acervo RR

Petro-seguro 1

23/07/2010
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É o Risco BP. Cálculos feitos pela área financeira da Petrobras indicam que o custo para a contratação de seguros de plataformas deverá crescer até 30% por conta do derramamento de óleo no Golfo do México. Isso significará uma despesa adicional de até US$ 1 bilhão nas contas da estatal em 2011.

Acervo RR

Petrobras e Mitsui murcham na Bahiagás

22/07/2010
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A Bahiagás vive um impasse societário. De um lado, o governo baiano, dono de 51% do capital; do outro, a Petrobras e a Mitsui, que detêm, cada uma, 24,5% das ações. Apesar da pressão do acionista majoritário, a estatal e o grupo japonês não têm demonstrado apetite em aportar novos recursos na companhia. A Mitsui está revendo seus investimentos no setor ? além da Bahiagás, tem participação em outras seis distribuidoras estaduais no país. Do lado da Petrobras, as atenções neste momento estão concentradas para a incorporação da Gas Brasiliano, em São Paulo. A resistência da dupla coloca em risco o cumprimento do plano estratégico da Bahiagás, que prevê investimentos de R$ 400 milhões. O impasse aponta para a redução da participação da Petrobras e da Mitsui no capital da concessionária. Há duas hipóteses sobre a mesa: a venda direta de parte das ações em poder das duas empresas a um terceiro investidor ou a abertura de capital da Bahiagás na Bovespa. O governo baiano defende este segundo modelo. A própria Petrobras e os japoneses já sinalizaram que não se opõem a  realização de uma oferta de ações que dilua suas participações. Cálculos preliminares do governo baiano indicam que a venda de até 20% do capital em Bolsa poderia levantar cerca de R$ 200 milhões.


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Tereos

21/07/2010
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Escoltada pela Petrobras Biocombustíveis, sua sócia na Açúcar Guarani, a francesa Tereos já teria feito uma oferta para ficar com a totalidade das ações da usina sucroalcooleira Vertente, em Guaraci (SP). Os franceses compraram metade do capital no início do ano ? os outros 50% pertencem ao Grupo Humus.

Acervo RR

Óleo sujo

15/07/2010
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A argentina Enarsa entrou para o índex da Petrobras. Após meses de negociação para investimentos em exploração e produção na Argentina, o grupo portenho colocou as manguinhas de fora. Propôs que a Petrobras assumisse todo o risco da operação e buscasse financiamento, limitando- se a pagar sua parte com a futura produção de petróleo, uma espécie de ?cessão onerosa milongueira?. Ficou falando sozinha.

Acervo RR

Longo caminho

12/07/2010
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O governador de São Paulo, Alberto Goldman, tem criado dificuldades extras para que a Petrobras feche a compra da Gas Brasiliano. Goldman vem trabalhando junto a  Arsesp, agência reguladora de serviços públicos do estado e responsável pela aprovação ou não da venda da empresa. O objetivo é condicionar a operação a compromisso de novos investimentos na distribuidora.

Acervo RR

PDVSA abastece seu tanque no Brasil

9/07/2010
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A PDVSA retomou os planos de montar uma rede de postos de combustíveis no Brasil. O projeto foi debatido em recente conversa entre o ministro de Minas e Energia, Marcio Zimmerman, e seu congênere venezuelano, Rafael Ramírez Carrea±o, que acumula a pasta com a presidência da PDVSA. O foco da estatal venezuelana são as Regiões Norte, onde a empresa mantém três postos em caráter experimental, e Nordeste. A PDVSA já iniciou um processo de contratação de executivos brasileiros que ajudarão na escolha das cidades e dos pontos comerciais e na negociação dos contratos com as distribuidoras de combustíveis. A estatal está desengavetando o projeto com planos mais modestos se comparadas a s metas traçadas há pouco mais de dois anos, quando pretendia montar uma das cinco maiores redes do Brasil. O objetivo da empresa é chegar a 150 unidades em dois anos, inicialmente com a incorporação de postos bandeira branca, um preparativo para a posterior compra de redes de pequeno e médio porte. O desembarque da PDVSA no Brasil poderá provocar alguns esbarrões com as grandes redes nacionais, a começar pela própria Petrobras. Dentro da estatal, há quem enxergue nos planos da empresa o interesse em vender gasolina importada da Venezuela a preços mais baixos do que praticados no país, pelo menos no início da operação, como forma de ganhar mercado.

Acervo RR

OAS & Petrobras

8/07/2010
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O empreiteiro Cesar Mata Pires, dono da OAS, está no maior xodó com o presidente da Petrobras, o conterrâneo José Sergio Gabrielli. O namoro deve dar casamento em uma das refinarias que serão construídas pela estatal.


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OAS & Petrobras

8/07/2010
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O empreiteiro Cesar Mata Pires, dono da OAS, está no maior xodó com o presidente da Petrobras, o conterrâneo José Sergio Gabrielli. O namoro deve dar casamento em uma das refinarias que serão construídas pela estatal.

Acervo RR

Petrobras e Reliance lançam uma plataforma para o pré-sal

7/07/2010
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No que talvez seja a reta final da gestão de José Sergio Gabrielli ? ou não, como diria Caetano ?, a Petrobras costura o que pode vir a ser uma de suas principais parcerias no pré-sal. Do outro lado da mesa estão os indianos da Reliance. As conversas envolvem a formação de um consórcio para a exploração de blocos na nova camada, notadamente nas Bacias de Santos e de Campos. Um terceiro elemento deverá ingressar na operação: a também indiana Oil & Natural Gas, de controle estatal. Um grupo de executivos da Petrobras deverá ir a Mumbai, sede da Reliance, para negociações que passam também por investimentos conjuntos na africa. Para a Petrobras, a parceria surge como bem-vinda dada a necessidade cada vez maior da estatal de buscar financiamento para fazer frente aos investimentos já programados ? o plano estratégico 2010- 2014 prevê o desembolso de US$ 224 bilhões. Do lado da Reliance, o Brasil é peça fundamental no seu plano de expansão internacional. O grupo pretende investir, ao longo dos próximos cinco anos, cerca de US$ 10 bilhões fora da asia. A maior parte destes recursos será destinada a  africa e a  América Latina ? além do Brasil, Venezuela e Colômbia também entrarão no bolo, ainda que em uma escala menor. Parte expressiva destes investimentos será feita em parceria com a própria Oil & Natural Gas. Além de entrar na exploração e na produção, a Reliance é candidata a se associar a projetos da Petrobras na área de refino. Pretende também montar uma estrutura logística no Brasil voltada a  exportação. A prioridade do grupo é o suprimento tanto de óleo bruto quanto de derivados para o mercado indiano. Hoje, as distribuidoras locais importam dois terços dos derivados comercializados na andia. As projeções indicam que o consumo de combustíveis deverá aumentar mais de 40% nos próximos cinco anos na esteira do crescimento econômico do país.

Acervo RR

Synthesis

5/07/2010
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O Grupo Synthesis, que tem como sócio o ex-presidente da Petrobras Carlos Santana, vai reduzir de 33% para menos de 10% sua participação na Haztec, líder no mercado ambiental. O grupo sairá também do bloco de controle.

Acervo RR

Etanol uruguaio

29/06/2010
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A Petrobras Biocombustíveis e a sucroalcooleira uruguaia Alur, também estatal, costuram uma associação para a produção de etanol nos dois lados da fronteira. A Alstom vai expandir a produção de equipamentos para o setor elétrico no Brasil. A empresa está no gargalo do gargalo por conta das usinas do Rio Madeira.

Acervo RR

BR Distribuidora sai Á  caça de aquisições

28/06/2010
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A Petrobras cansou de contemplar o avanço de seus principais con correntes no mercado de combustíveis. No alto-comando da estatal, há um consenso de que a BR Distribuidora precisa reagir aos últimos movimentos do setor ? leia-se a associação entre Cosan/Esso e Shell e a compra da Texaco pelo Grupo Ultra. A companhia viu sua distância para a concorrência se reduzir nos últimos três anos. Hoje, a BR detém 37% de participação. Cosan/Shell e Ultra/Texaco estão tecnicamente empatadas na vice-liderança, com cerca de 20%. Esta diferença, ressalte-se, pode ficar ainda menor caso o Ultra feche a compra da Alesat, o que o deixaria com quase 24% de participação no mercado nacional. A expansão da rede de postos foi tema dominante nas duas últimas reuniões do Conselho de Administração da BR. A estratégia da companhia prevê duas frentes. Além de intensificar a absorção de postos bandeira branca, a estatal vai partir para a aquisição de redes de médio porte, com forte presença regional. Os recursos virão do próprio caixa da subsidiária da Petrobras, o que deverá, inclusive, provocar mudanças no planejamento estratégico da companhia ? os investimentos previstos até 2013 somam cerca de R$ 3,5 bilhões. No que dependesse única e exclusivamente do seu apetite, a BR jogaria suas fichas na compra da própria Alesat, dona de 1,7 mil postos de combustíveis. No entanto, a diretoria da estatal considera a operação inexequível do ponto de vista dos órgãos antitruste. Dificilmente, a negociação passará pelo Cade, nem tanto pelo critério do market share nacional: a BR sairia de 37% para pouco mais de 40% de participação. O problema é que a negociação aumentaria a presença da BR em algumas áreas específicas, como o Sudeste. Não custa lembrar que, ao comprar a Ipiranga em parceria com o Ultra, a estatal teve de abrir mão dos postos na região, ficando apenas com as unidades no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Por conta desta limitação, o canhão da BR Distribuidora aponta na direção de redes de 100 a 200 postos. Há duas empresas com este perfil na mira da estatal. Uma delas é a Petrobahia, que tem 160 unidades em quatro estados ? Bahia, Minas Gerais, Sergipe e Piauí. A outra é a Charrua, uma das mais tradicionais redes de combustíveis da Região Sul, com 250 postos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.


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São Martinho

25/06/2010
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Mesmo com a chegada da Petrobras Biocombustíveis, os acionistas da São Martinho estão convictos de que, apertando um pouquinho, ainda há espaço para o aumento da participação do BNDES no capital da empresa.

Acervo RR

Dilma rearruma as peças no tabuleiro do poder

21/06/2010
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Nem tudo é o que parece ser no mosaico de nomes apontado, desde já, como pule de dez para um eventual governo de Dilma Rousseff. Personagens aparentemente fora do jogo e que, até agora, permanecem na penumbra da campanha são fortes candidatos a deslocar o centro de poder e tomar o espaço supostamente destinado a estrelas de primeira grandeza. É o caso da tríade Erenice Guerra, atual titular da Casa Civil, Miriam Belchior, coordenadora do PAC, e Maria das Graças Foster, diretora de Gás e Energia da Petrobras ? jocosamente tratadas no núcleo de campanha do PT como as “Dilmetes”. Além da fama de competentes que as cerca, o trio tem um ativo valioso, capaz de fazer diferença na hora H da montagem dos quadros de governo: são histórica e afetivamente ligadas a Dilma. Ou, como diz uma fonte do primeiríssimo escalão da campanha petista, todas elas podem ouvir uma carraspana em alto bom som de Dilma sem qualquer resquício de mágoa ou ressentimento. Ao contrário das “Dilmetes”, alguns blockbusters, tratados por analistas políticos e pela mídia como favas contadas para a equipe de governo de Dilma Rousseff, não têm, nem de longe, um grau de afinidade tão estreito e orgânico com a candidata. Os principais exemplos são Antônio Palocci, Luciano Coutinho e Henrique Meirelles. Dilma os enxerga como curingas, e não necessariamente como ases com lugar cativo no governo. No caso de Palocci, a aproximação com a candidata é resultado de um oportunismo eleitoral, no bom sentido. Ele se tornou um nome imprescindível para a campanha, mas, talvez, não para o governo. Dilma considera que é bom tê-lo por perto, mas não obrigatoriamente em um posto-chave. O mesmo se aplica a Luciano Coutinho, visto como favorito para a Fazenda. Com a ressalva de que Coutinho vem construindo, nos últimos anos, uma relação bem mais próxima de Dilma Rousseff. Outra diferença entre ambos. Ao longo de sua gestão na Fazenda, Dilma fez várias críticas públicas a Palocci. Nunca se ouviu o mesmo em relação a Coutinho. Henrique Meirelles, cotado para um tricampeonato no comando do Banco Central, é outro que carece de maior familiaridade com Dilma Rousseff. Informações filtradas junto ao comando de campanha do PT apontam José Alexandre Scheinkman e Marcos Lisboa como nomes, no momento, mais bem posicionados na corrida pelo cargo. Ambos, aliás, notadamente Lisboa, surgem como possíveis contribuições do próprio Palocci. Seria uma forma de o ex-ministro participar do governo, senão de corpo presente, ao menos em pensamento. No que depender da vontade de Dilma Rousseff, seu governo tem tudo para ser um matriarcado. A distribuição dos cargos ainda é um jogo a ser jogado, mas Erenice Guerra, Mirian Belchior e Maria das Graças Foster são peças das quais Dilma não abre mão. Erenice é vista como a Dilma da Dilma, ou seja, nome talhado para a própria Casa Civil. Outra possibilidade seria sua ida para a Chefia de Gabinete da Presidência, lugar hoje ocupado por Gilberto Carvalho. Miriam Belchior é candidata a uma vice-presidência do BNDES. Graça Foster, por sua vez, seria um nome forte para a Petrobras, ainda que sua indicação enfrente forte resistência entre os funcionários da estatal. Graça não é conhecida exatamente pelo jogo de cintura que o cargo exige.

Acervo RR

Jogo cruzado

17/06/2010
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A Petrobras, que comprou a Gás Brasiliano, ofereceu a  Mitsui uma participação na distribuidora. Trata-se de um torneio com jogo de volta: a Petrobras quer entrar na Gaspart, holding controlada pelos japoneses com participação em sete concessionárias.


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Refinaria

10/06/2010
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Dona de 87,5% do capital da refinaria Nansei, no Japão, a Petrobras está perto de fechar a compra dos 12,5% restantes. A fatia pertence ao Grupo Sumitomo.

Acervo RR

Engevix se enrosca toda nos fios da Funcef

10/06/2010
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Está para nascer uma empresa que tenha uma imbricação tão estreita com a Funcef quanto a Engevix. Ao menos nas áreas de energia e construção naval. Pode até ser que a fundação esteja diante de uma pepita de ouro, mas os múltiplos negócios em andamento com a empreiteira têm sido vistos com ressalvas pela própria entidade mantenedora, a Caixa Econômica. A Funcef e a Engevix caminham de mãos dadas e passos cada vez mais largos. O maior exemplo desta construtiva afinidade é a meteórica ascensão da Cevix, joint venture entre a fundação e a construtora. Criada há poucos meses, a empresa está prestes a garantir um luxuoso assento em dois dos principais projetos de geração do país. A Funcef está pavimentando o caminho para a entrada da Cevix no capital da hidrelétrica de Jirau. A empresa deverá assumir os 5% do consórcio que pertenciam a  Camargo Corrêa e foram recentemente adquiridos pela fundação. Será o suficiente para que ela tenha, já na partida, um assento no Conselho de Administração. O próprio Guilherme Lacerda, presidente da Funcef, tem se empenhado para acelerar a operação. Ele já teria conseguido o imprimatur da Suez, acionista majoritária da usina, para a mudança na composição societária. O afeto da Funcef pela Engevix envolve ainda a usina de Belo Monte. A fundação também costura a entrada da Cevix no projeto. Ainda na área de energia, Funcef e Engevix vão aumentar seu cacife na construção de PCHs. Os projetos também estão pendurados na Cevix. Duas usinas estão em fase de construção e outras três vão sair da prancheta até 2011. Dona de 26% da empresa, a Funcef vai financiar também a construção de duas linhas de transmissão. A parceria vai de vento em popa também na construção naval. A compra conjunta do estaleiro Rio Grande, que deverá ser anunciada nos próximos dias, é apenas a ponta do iceberg. Além da possível participação de 25% na empresa, a Funcef está tentando atrair para o empreendimento a Petros e o Centrus, fundo de pensão dos funcionários do Banco Central. A ideia é fazer um aporte de R$ 250 milhões no Rio Grande, recursos que serão usados no financiamento da principal encomenda da companhia: a construção de oito cascos de navios-plataforma para a Petrobras. A Funcef elegeu as áreas de energia e de construção naval como as duas principais pontas dos seus investimentos em infraestrutura. Ao lado do mercado imobiliário, são as maiores apostas da fundação para alavancar a carteira de renda variável. Sorte, digamos assim, da Engevix, que, atua em pelo menos dois destes setores. Quem sabe, com mais um empurrão da Funcef, a empresa não cria também um braço de construção imobiliária. Não custa lembrar que o setor está no DNA da Engevix, que foi controlada pela Rossi Residencial.

Acervo RR

Alcoolduto

7/06/2010
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Petrobras biocombustíveis Copersucar e BNDESPar costuram um acordo para a construção de um alcoolduto entre o Centro-Oeste e o litoral paulista. Outros sócios são bem-vindos ao projeto, avaliado em mais de R$ 1 bilhão.

Acervo RR

São Martinho é o novo alvo da Petrobras Biocombustíveis

19/05/2010
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A associação com a Açúcar Guarani foi apenas a primeira colheita. A Petrobras Biocombustíveis tem como meta concentrar 30% de toda a produção sucroalcooleira do país em até três anos, com a montagem de um colar de participações no setor. Após o acordo com a francesa Tereos, dona da Guarani, um dos alvos na mira é a São Martinho. O caminho mais curto até a empresa passa pelo outro lado da Avenida Chile. A operação envolveria um acordo cruzado com o BNDES, acionista da São Martinho. O banco tem uma fatia pequena no capital, inferior a 5%, mas é um dos maiores credores da usina. Tem cerca de R$ 500 milhões em créditos contra a São Martinho, praticamente metade do endividamento líquido do grupo. A conversão da dívida em participação societária e sua posterior negociação dariam a  Petrobras uma fatia razoável no capital da usina. A expansão da Petrobras Biocombustíveis atende a  intenção do governo de colocar rédeas curtas no processo de internacionalização do mercado. Este movimento conta com o apoio das próprias usinas. Recentemente, empresários como Rubens Ometto, da Cosan, e Luiz Guilherme Zancaner, da Unialco, manifestaram ao presidente Lula sua preocupação com o avanço do capital estrangeiro no setor – ver RR – Negócios & Finanças edição nº 3.855. Paralelamente a  compra de participações em usinas, a Petrobras Biocombustível está envolvida em outra importante empreitada no setor: a montagem de uma empresa de logística voltada ao transporte e exportação do combustível. A subsidiária deverá assumir dois projetos para a construção de pipelines nas mãos da Petrobras. Os dutos vão ligar o Centro-Oeste e o interior de São Paulo a terminais portuários no estado – o traçado ainda é objeto de estudos. Cada um dos alcooldutos está orçado em US$ 1 bilhão. Grupos serão chamados a participar desta empresa de logística, incluindo usinas controladas por investidores estrangeiros. Empresas como Copersucar e Louis Dreyfus já sinalizaram a disposição de participar do projeto.

Acervo RR

Petrobras redesenha seu figurino na distribuição de gás

18/05/2010
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A estratégia da Petrobras para o mercado de gás varia conforme a semana. Todos os modelos são inteligentes, racionais e coisa e tal, mas o custo político da decisão e do descontentamento dos grupos de interesse empata a escolha. No momento, há na companhia um crescente questionamento ao atual modelo de participações societárias, ao menos na atual proporção ? por meio da Gaspetro, a estatal está no capital de 18 concessionárias estaduais. A diretoria da Petrobras, por enquanto, é favorável a  redução da exposure no setor. Uma das prováveis medidas é a venda das participações em concessionárias de menor porte ou pouco rentáveis. Enquadram-se nesta categoria a Copergás (PE), a Algás (AL) e a Sergás (SE). Nas três empresas, a Petrobras detém a mesma fatia do capital: 41,5%. O único senão é encontrar um investidor disposto a ser sócio minoritário dos governos estaduais. No radar da companhia, a Mitsui é vista como um dos poucos grupos que caberia neste figurino. A trading japonesa controla a Gaspart, holding com participação em sete distribuidoras estaduais de gás ? em algumas, é sócia da própria Petrobras. Uma das razões para a insatisfação da Petrobras é o alto custo para a manutenção deste colar de ativos no setor. A exigência de aportes nas distribuidoras tem crescido, em média, 30% nos últimos anos. Do ponto de vista estratégico, a operação também se revelou um tiro no pé. Mesmo com todo o seu poder, a Petrobras não conseguiu transformar sua onipresença societária em uma maior influência no tabuleiro da distribuição de gás no país, ainda controlado pelos governos estaduais. A companhia está presente em 90% das concessionárias do país ? na origem, a intenção era garantir mercado para o insumo importado pelo gasoduto Bolívia-Brasil. No entanto, no que diz respeito ao número de consumidores atendidos, a empresa atinge apenas metade da população. A principal lacuna é o mercado paulista, no qual a empresa não está presente. Em outros casos, a Petrobras pretende permanecer no capital, mas reduzindo sua participação. O maior exemplo é a distribuidora do Espírito Santo, 100% controlada pela estatal. Uma das possibilidades é uma costura com o próprio governo estadual para que ele assuma parte das ações. Cálculos feitos pela Petrobras indicam que a redução da sua presença no setor poderá gerar um caixa extra da ordem de R$ 3 bilhões nos próximos cinco anos, apenas com a diminuição dos aportes em algumas concessionárias. Agora, resta esperar se a proposta vinga ou vai se juntar a s demais na gaveta das boas intenções.


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Petroleira

17/05/2010
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Está em gestação uma nova empresa de petróleo formada por ex-dirigentes da Petrobras. Um dos participantes do projeto é Carlos Sant?Anna, que comandou a estatal entre 1989 e 1990 e dirigiu também a BR Distribuidora e a Interbras, antigo braço comercial da companhia no exterior.

Acervo RR

Risco Equador

12/05/2010
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A diretoria da Petrobras acompanha com apreensão o projeto de lei em tramitação no Congresso equatoriano que prevê a expropriação de blocos petrolíferos de controle estrangeiro. Na estatal, não há dúvidas de que algumas de suas concessões serão alvo da medida já na partida. A exemplo do que fez Evo Morales, Rafael Corrêa usaria a Petrobras como exemplo para as demais empresas.

Acervo RR

Uma nova isca para os estaleiros internacionais

11/05/2010
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Incentivo fiscal, financiamento competitivo e, sobretudo, garantia de ingresso nas licitações, notadamente da Petrobras. É com este tríptico de vantagens que o governo espera atrair grandes grupos internacionais para investir em construção naval no país. O pulo do gato é a promessa de “nacionalização” automática dos estaleiros. Os grupos estrangeiros que se instalarem no país terão tratamento isonômico ao dispensado aos estaleiros de controle nacional. Ou seja: mesmo que não tenham um sócio local, serão considerados fabricantes nacionais. O passaporte brasileiro será fundamental para participar das licitações do pré-sal. A exigência de máquinas e equipamentos produzidos no país poderá chegar a 70%. Com a medida, o governo espera dar um novo gás a  montagem de plataformas e navios off-shore. A produção interna, mesmo com os investimentos previstos para o setor, ainda é inferior a  demanda projetada. Já existem conversas com alguns grupos internacionais. Um deles é a Evergreen Marine, de Taiwan, que está disposta a instalar um estaleiro, possivelmente no Rio de Janeiro. Além do pré-sal, a empresa olha para o próprio umbigo. A Evergreen, que atua na construção naval e opera uma frota própria de embarcações, tem prementes necessidades de autofornecimento.

Acervo RR

Supletivo

11/05/2010
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Por falar no atraso na aprovação do aumento de capital da Petrobras, recomenda-se que o Congresso Nacional faça, o mais rapidamente possível, um cursinho sobre investment grade. O principal capítulo seria sobre os efeitos que uma eventual perda dessa graduação pode ter sobre uma empresa. 

Acervo RR

Petrobras aposta suas fichas na exportação de gás natural

6/05/2010
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Enquanto o projeto de lei tramita no Congresso, a diretoria da Petrobras está debruçada sobre um dos principais investimentos vinculados ao pré-sal. A estatal negocia com Repsol, BG, Galp e Exxon uma associação voltada a  exportação de gás natural. O foco maior será exatamente o combustível extraído dos futuros blocos do pré-sal. O investimento, orçado em aproximadamente US$ 1 bilhão, será incluído no planejamento estratégico da Petrobras para o período 2009-2014. O projeto prevê a construção de até cinco unidades de liquefação de gás natural embarcada, conhecido pela sigla GNLE. As estruturas serão montadas em alto-mar próximas aos maiores blocos de exploração. A previsão é que três delas fiquem na Bacia de Campos e outras duas na Bacia de Santos. As cinco unidades terão capacidade total para o processamento de 70 milhões de metros cúbicos de gás por dia, volume superior ao combustível transportado pelo Gasoduto Bolívia-Brasil. A maior parte do gás processado será exportada no chamado mercado spot. A Petrobras deverá ficar com 51% da operação. O restante do capital será dividido entre Repsol, BG, Galp e Exxon, todas sócias da estatal em blocos na camada do pré-sal. A expectativa é que a primeira planta de liquefação comece a ser construída ainda neste ano na Bacia de Santos, próxima aos blocos BM-S-9 e BM-S-11. A segunda unidade será instalada em 2011, também na Bacia de Santos. A negociação entre Petrobras, Repsol, BG, Galp e Exxon é uma decorrência da decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Recentemente, o CNPE autorizou as companhias de exploração presentes no Brasil a exportar o excedente da produção não comercializado no mercado interno. A princípio, a resolução se referia apenas ao combustível importado pela Petrobras para ser usado nas termelétricas, nem sempre acionadas pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Posteriormente, se estendeu também para o gás produzido no país.


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Torre Almirante

30/04/2010
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O fundo Brazilian Capital Real Estate negocia a compra dos 40% restantes no prédio Torre Almirante, no Rio de Janeiro, pertencentes a  Hines. É mais um capítulo do acelerado processo de desmobilização de ativos dos norte-americanos no país. A Torre do Almirante é integralmente alugada a  Petrobras.

Acervo RR

ONGC reduz seu apetite por petróleo

28/04/2010
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As primeiras investidas da indiana Oil and Natural Gas Corporation (ONGC) em exploração e produção no Brasil têm sido uma frustração só. Após todos os estudos geológicos, o bloco BM-BAR -1, na Bacia de Barreirinhas (MA), não apresentou resultado comercial. Diante da decepção, a empresa já defende uma solução drástica: a devolução da área a  ANP. Os indianos detêm 25% do consórcio. A Petrobras, operadora do bloco, controla 50%. O restante está nas mãos da Devon Energy. A ducha de água fria coloca um ponto de interrogação nos planos da ONGC no Brasil, a começar pelo timing dos investimentos. O projeto original prevê um desembolso de US$ 200 milhões ainda neste ano. No entanto, os indianos estão propensos a diferir este valor em até três anos. A projeção mais cautelosa daria tempo para a ONGC vasculhar melhor o mercado em busca de blocos já em operação comercial, além de ter um cenário mais claro sobre as regras do pré-sal.

Acervo RR

GP é alvo de rebelião dos credores da San Antonio

27/04/2010
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A San Antonio International está prestes a se tornar uma mancha na biografia de fortuna e prosperidade da GP Investimentos. Os bancos credores se movimentam para tomar, por via judicial, o controle da empresa, algo que não combina com a história da gestora de private equity. O objetivo é assumir a participação da GP, dona de 55,3% do capital, reestruturar a companhia e buscar um novo controlador. É provável também que os bancos avancem sobre a fatia dos minoritários ? a Amber Investment e o Temasek, fundo soberano de Cingapura. O principal artífice da intentona seria o Citibank, maior credor individual da prestadora de serviços para a indústria petroleira. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a GP não quis se pronunciar. Do passivo da San Antonio, superior a US$ 700 milhões, quase US$ 600 milhões se referem a um empréstimo-ponte liderado pelo Citi. Em uma operação de compra alavancada, ainda pouco usual no Brasil, os recursos foram usados para financiar a própria venda da companhia para a GP. Além do Citi, a lista de credores da San Antonio é formada por Credit Agricole, Standard Bank, Itaú BBA e Deutsche Bank. Estes dois últimos emprestaram cerca de US$ 100 milhões a  San Antonio como adiantamento ao IPO da empresa, que ocorreria em 2008. Veio a crise mundial e a emissão de ações foi para o espaço. Desde então, os dois bancos, que coordenariam a abertura de capital, tentam, sem sucesso, reaver o dinheiro. Para os bancos credores, assumir o controle da San Antonio significa arrancar do pescoço da GP todo o colar de participações que a gestora de private equity montou no setor a partir de 2007. A lista de aquisições inclui Prest, HK, Unap e, a maior de todas, a Sotep, que custou aproximadamente US$ 110 milhões. Desde o início, a GP apostou alto no pré-sal, não por acaso enfeixando na San Antonio empresas com uma significativa carteira de encomendas junto a  Petrobras. Na teoria, tudo indicava mais um investimento blockbuster da gestora de private equity. No entanto, o timing não ajudou. O pré-sal ainda é um ponto futuro. Além disso, a San Antonio foi afetada pela crise mundial e a consequente redução dos investimentos no setor petroleiro. Desde 2008, estaria operando com uma capacidade ociosa perto de 40%.


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Briga de foice

26/04/2010
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Maria das Graças Foster está esperando o governador do Mato Grosso do Sul, André Pucinelli, com uma navalha entre os dentes. Pucinelli vem buscando o enfrentamento com a diretora da Petrobras. Não se dá por vencido com a decisão da estatal de favorecer Minas Gerais na instalação de uma fábrica de fertilizantes em detrimento de seu estado. Graça está pronta para encará-lo com sua tropa de choque, ou seja, Erenice, Margarida e Dilma.


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Bloco na rua

20/04/2010
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A Petrobras vai devolver uma fornada de blocos de exploração e produção de petróleo na africa, principalmente na Nigéria. A estatal já despejou alguns milhões de dólares nas áreas e, até agora, só encontrou rocha.


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Dedini

19/04/2010
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A Dedini, fabricante de equipamentos para a indústria sucroalcooleira e o setor petrolífero, grudou feito mexilhão na Petrobras. Não é para menos. A empresa entrou na disputa pelo fornecimento a s futuras refinarias do Ceará e de Pernambuco, contratos que poderão garantir a féria pelos próximos dois anos.

Acervo RR

Favo de mel

15/04/2010
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Lideranças empresariais da área sucroalcooleira ? a  frente Rubens Ometto, da Cosan, e Luiz Guilherme Zancaner, da Unialco ? levaram ao presidente Lula proposições para fortalecer os grupos nacionais do setor. A principal delas é um pedido travestido de proposta: a entrada da Petrobras Biocombustível no capital de usinas, como forma de conter o avanço de grupos estrangeiros.

Acervo RR

A nova âncora da Petrobras

8/04/2010
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A investida da Petrobras na indústria naval não vai ficar circunscrita ao modelo de arrendamento, como o provável acordo com a antiga Ishibrás. A estatal pretende avançar algumas jardas no setor. Uma das estratégias que está sendo amadurecida é a compra de participações em estaleiros já consolidados. O principal defensor do projeto é o próprio presidente da estatal, José Sergio Gabrielli. O executivo já tratou do assunto com os agora ex-ministros Edison Lobão e Dilma Rousseff. Um esboço da proposta deverá ser apresentado na próxima reunião do Conselho. Um dos pontos fundamentais que ainda terão de ser discutidos é onde as participações serão penduradas, se na própria Petrobras ou na Transpetro. Por trás deste movimento está o desejo da Petrobras de manejar parte da produção interna de plataformas e embarcações de acordo com sua própria demanda. Essa medida significará uma redução dos custos com as futuras encomendas e um controle maior sobre os prazos de entrega. Por falar em Petrobras, circula na internet um filme com imagens editadas da palestra de José Sergio Gabrielli criticando a injustiça do benefício demasiado da distribuição de royalties do petróleo para os estados produtores. Recado: o filminho ainda não está passando no blog de imprensa da Petrobras.

Acervo RR

Brasil Á s avessas

8/04/2010
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O Calpers, fundo de pensão da Califórnia, tem reduzido significativamente sua exposure no Brasil, a começar por ações da Petrobras.


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Biodiesel

7/04/2010
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A Granol tornou-se a namoradinha do Brasil na área de biodiesel. Vem sendo simultaneamente cortejada pela Petrobras Biocombustível e pela norte-americana ADM, ambas dispostas a comprar uma participação em seu capital. No caso da estatal, trata-se da segunda investida em pouco mais de dois anos. Controlada pela família Ferreira, a Granol liderou os leilões de biodiesel da ANP em 2008 e 2009. No ano passado, a empresa faturou cerca de R$ 1,8 bilhão.


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Lupatech

7/04/2010
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A Lupatech grudou feito tatuagem na Petrobras. A empresa negocia com a estatal um novo contrato de R$ 150 milhões, em moldes semelhantes ao acordo anunciado no mês passado ? informação antecipada pelo RR ? Negócios & Finanças em 6 de janeiro deste ano. Trata-se apenas de um aquecimento para um negócio ainda maior. A Lupatech costura outros dois contratos com a Petrobras, cada um no valor de R$ 750 milhões. Cada contrato equivale a  atual carteira de encomendas da empresa.

Acervo RR

Etanol da Dow

6/04/2010
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Um dos maiores projetos da Dow Chemical no Brasil tornou-se um ponto de interrogação dentro da própria empresa. Em jogo a construção de uma fábrica de polietileno a partir de etanol em Santa Vitória (MG), orçada em mais de US$ 1 bilhão. Parceria original do empreendimento, a Santelisa Vale, leia-se Louis Dreyfus, pulou fora. A Dow vem tentando encontrar um substituto. O parceiro dos seus sonhos é a Petrobras Biocombustível, que, além do fornecimento de matéria-prima, poderia abrir as portas para um possível financiamento do BNDES. Sem um novo sócio, os norte-americanos devem engavetar o projeto.

Acervo RR

Olho em 2011

31/03/2010
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Wagner Pinheiro, presidente da Petros, acha que uma diretoria da Petrobras lhe cairia muito bem no eventual governo Dilma Rousseff.

Acervo RR

Petrobras distribui seu investimentos na vizinhança

25/03/2010
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A Petrobras prepara uma nova fornada de investimentos na América Latina. Os recpxursos aplicados ao longo dos próximos quatro anos deverão chegar a US$ 5 bilhões. Como de praxe, o mapeamento dos futuros projetos envolve decisões de ordem técnica e intrincadas costuras políticas. Bolívia e Venezuela, por exemplo, receberão um volume de investimentos proporcionalmente inferior aos recentes e expressivos aportes feitos pela Petrobras. A decisão se deve a  instabilidade política e a s perdas que a estatal sofreu nos dois países, ao ser obrigada a reduzir margens e a se desfazer de alguns ativos. Na Argentina, por sua vez, os investimentos deverão ficar na casa dos US$ 400 milhões. A prioridade é alavancar as operações da subsidiária Petrobras Energia na distribuição de combustíveis. Nos últimos dois anos, a empresa perdeu preciosos pontos de market share, principalmente para a Repsol YPF. Na gangorra dos investimentos internacionais da Petrobras, um dos países que mais sobem é a Colômbia. Ela receberá em torno de 15% do valor total, a maior fatia individual. Não por coincidência, o governo colombiano é aquele que tem oferecido as maiores contrapartidas a  estatal. A principal delas é uma linha de financiamento oficial em torno de US$ 500 milhões, que será acompanhada de apoio na infraestrutura de transporte de combustíveis. Há também conversas adiantadas para uma parceria entre a Petrobras e a estatal colombiana Ecopetrol. Os investimentos no país vão no embalo da recente descoberta de petróleo no bloco Balay, na Bacia de Llanos. Os testes iniciais indicam grande probabilidade de a reserva ser comercialmente explorável. Além da Petrobras, dona de 45%, o consórcio tem ainda as empresas Cepcolsa, Sorgenia E&P Colômbia e Petroamericana. Os blocos já operados pela estatal na Colômbia somam produção diária de 400 mil barris. Os planos da Petrobras na Colômbia passam também pelo aumento da sua rede de postos. Com 74 pontos de venda, a companhia pretende abrir ou comprar cerca de 100 postos até o fim de 2011, o que a deixaria como uma das três principais distribuidoras locais.

Acervo RR

Jurong sacode nos mares capixabas

24/03/2010
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O projeto da Jurong de construir um estaleiro no Espírito Santo, orçado em R$ 600 milhões, navega por mares revoltos. A empresa terá de superar entraves ambientais e uma crise de relacionamento com a comunidade de Barra do Sahy, em Aracruz. O Conselho Regional de Meio Ambiente do Espírito Santo concedeu a licença prévia para a instalação do empreendimento, mas impôs algumas exigências. A Jurong terá de fazer ajustes no projeto e aumentar as garantias para eventuais danos ambientais. Estima-se que, no limite, as mudanças possam atrasar a construção em até seis meses. A inauguração está prevista para o fim de 2011. O temor da Jurong é perder terreno para outros estaleiros na disputa pelas encomendas da Petrobras que virão na esteira do pré-sal. Os próprios executivos da Jurong têm feito um mea culpa. A percepção é de que a empresa entrou em Barra do Sahy colocando o pé na porta. Anunciou o projeto com estardalhaço e desembarcou com uma trupe de engenheiros para os primeiros estudos de viabilidade antes de fazer um trabalho de aproximação com a população. Gerou, logo na partida, uma onda de antipatia. Pescadores e moradores, insuflados por ambientalistas, têm se mobilizado contra o empreendimento. Uma das reclamações é que a audiência pública para discutir o projeto, realizada em 3 de fevereiro, não foi divulgada com 15 dias de antecedência, como determina a lei.

Acervo RR

Gazprom põe meio-corpo nos blocos da El Paso

23/03/2010
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A venda dos ativos da El Paso no Brasil entrou na reta de chegada. A Gazprom abriu duas cabeças de vantagem em relação a outros concorrentes, como Shell, BHP e ConocoPhilips. Assinou um acordo de exclusividade nas negociações por um período de 60 dias. Os russos esperam iniciar o processo de due diligence em abril. Uma equipe de executivos de Moscou já está no país para a missão. A operação envolve a transferência das participações da El Paso em três blocos de petróleo e gás no Espírito Santo. A Gazprom está disposta a desembolsar cerca de US$ 200 milhões pelos ativos ? pouco mais de 25% acima do valor que os norte-americanos investiram em pesquisa e desenvolvimento. Além do acordo financeiro, a El Paso e o grupo russo deverão acertar uma parceria para investimentos em E&P no Leste Europeu. Caso se confirme, a compra dos ativos da El Paso vai precipitar a entrada da Gazprom no Brasil. Originalmente, o calendário do grupo russo previa o desembarque no país para o último trimestre do ano, quando deverá ser formalizada a parceria costurada com a Petrobras desde 2007 ? naquele ano, as duas empresas assinaram um memorando de entendimentos. A aquisição dos negócios da El Paso não alterará uma vírgula nos planos da Gazprom e da Petrobras. As duas empresas pretendem investir em petróleo e gás tanto no Brasil quanto em outros países da América do Sul. A parceria envolve também investimentos na área de etanol, notadamente na logística do combustível, e a construção de terminais de GNL. Uns chegam, outros partem. A venda dos blocos de petróleo e gás marcará a despedida da El Paso, um adeus que já deveria ter acontecido há pelo menos dois anos. Na ocasião, os norte-americanos chegaram a ensaiar a venda em um só pacote de todos os seus ativos no país, incluindo a área de energia elétrica. No entanto, o grupo acabou optando por uma saída parcelada, vendendo separadamente suas térmicas para a Petrobras.

Acervo RR

Glencore avança sobre o controle da Agrenco

19/03/2010
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Exatamente um ano após a aprovação do plano de recuperação judicial, formalizado em 19 de março de 2009, a Agrenco vive dias agitados. Na semana passada, trocou de diretor-geral: o ex-Votorantim Valdenir Soares de Oliveira assumiu no lugar de Marco Antonio de Modesti. Agora, prepara-se para mudar de dono. As negociações para a venda do controle a  Glencore avançaram algumas jardas nas últimas semanas. A expectativa na empresa é que a trading de origem suíça apresente uma oferta até o dia 30 de abril. A operação terá de passar pelo crivo dos credores da Agrenco. A Glencore vai propor um deságio sobre a dívida total da empresa, em torno de R$ 1 bilhão ? o percentual ainda está guardado a sete chaves e mais alguns cadeados. Ao mesmo tempo em que avançam as conversas com a Glencore, os atuais administradores da Agrenco têm de tourear um contencioso societário. O empresário Antonio Iafelice, um dos principais acionistas, vem tentando retornar a  companhia na posição de presidente do Conselho de Administração. Iafelice foi afastado da gestão da Agrenco em meados de 2008. Na ocasião, ele chegou a ser preso durante a Operação Influenza, da Polícia Federal, que investiga o suposto envolvimento da companhia em crimes contra o sistema financeiro. Não é a primeira vez que Iafelice tenta voltar a  empresa. Seu movimento mais recente ocorreu em novembro do ano passado, quando ele entrou com uma petição na Vara de Falências e Recuperação de São Paulo. Entre outros argumentos, o empresário alegou que os gestores da Agrenco estariam realizando negociações prejudiciais a  empresa. Usou como exemplo a venda de uma usina de biodiesel em Marialva (PR) para a BS Bios, no valor de R$ 37 milhões. Pouco tempo depois a Petrobras se associou a  BS Bios e teria desembolsado aproximadamente R$ 55 milhões para ficar com metade da fábrica. No entanto, o retorno de Iafelice a  Agrenco é complicado. Depende do imprimatur do conselho de credores. Noves fora o contencioso, a Agrenco vai voltando a  superfície na parte operacional. A usina de biodiesel de Alto Araguaia (MT) já está quase concluída e começa a operar até o início de abril. A unidade de Caarapó (MS), por sua vez, deverá entrar em funcionamento no mês seguinte.

Acervo RR

Macquarie com um pé na Inepar Óleo & Gás

17/03/2010
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A Inepar está prestes a receber uma lufada de recursos. O Macquarie Capital negocia a compra de uma participação na Iesa a“leo & Gás, subsidiária do grupo paranaense que atua na fabricação de equipamentos para a indústria petrolífera. Braço de private equity do australiano Macquarie Bank, a instituição deverá aportar entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões no negócio – conforme prevê o memorando de investimentos assinado pela duas empresas. A expectativa é de que a operação seja concluída até maio. O objetivo do Macquarie Capital é fincar o pé na indústria de equipamentos para o setor de petróleo e gás e surfar nas encomendas do pré-sal. O alvo principal, como não poderia deixar de ser, é a Petrobras. Dos US$ 175 bilhões previstos no planejamento estratégico da estatal para o período 2009-2013, a Iesa está apta a participar de licitações que somam mais de US$ 75 bilhões, segundo mapeamento feito pelo próprio banco australiano. A Petrobras já é responsável pelos principais contratos na carteira da Iesa, como o acordo de R$ 1,9 bilhão para a instalação da Refinaria do Nordeste. Assim como suas congêneres, a Iesa tem se aproveitado do boom dos investimentos no setor de petróleo e gás. Há cerca de três anos, sua carteira de pedidos somava cerca de R$ 500 milhões. A empresa fechou 2009 com quase R$ 2,8 bilhões em contratos. Sua receita líquida foi de aproximadamente R$ 630 milhões, 20% superior a  de 2008.


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Macquarie com um pé na Inepar Óleo & Gás

17/03/2010
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A Inepar está prestes a receber uma lufada de recursos. O Macquarie Capital negocia a compra de uma participação na Iesa a“leo & Gás, subsidiária do grupo paranaense que atua na fabricação de equipamentos para a indústria petrolífera. Braço de private equity do australiano Macquarie Bank, a instituição deverá aportar entre US$ 150 milhões e US$ 250 milhões no negócio – conforme prevê o memorando de investimentos assinado pela duas empresas. A expectativa é de que a operação seja concluída até maio. O objetivo do Macquarie Capital é fincar o pé na indústria de equipamentos para o setor de petróleo e gás e surfar nas encomendas do pré-sal. O alvo principal, como não poderia deixar de ser, é a Petrobras. Dos US$ 175 bilhões previstos no planejamento estratégico da estatal para o período 2009-2013, a Iesa está apta a participar de licitações que somam mais de US$ 75 bilhões, segundo mapeamento feito pelo próprio banco australiano. A Petrobras já é responsável pelos principais contratos na carteira da Iesa, como o acordo de R$ 1,9 bilhão para a instalação da Refinaria do Nordeste. Assim como suas congêneres, a Iesa tem se aproveitado do boom dos investimentos no setor de petróleo e gás. Há cerca de três anos, sua carteira de pedidos somava cerca de R$ 500 milhões. A empresa fechou 2009 com quase R$ 2,8 bilhões em contratos. Sua receita líquida foi de aproximadamente R$ 630 milhões, 20% superior a  de 2008.

Acervo RR

Petróleo africano

12/03/2010
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Sócias em Angola, a Petrobras e a estatal local Sonangol estão prospectando negócios conjuntos em outros países africanos.

Acervo RR

Comgás acende a fusão com a Gas Brasiliano

11/03/2010
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Shell, British Gas (BG), Petrobras e Cosan querem ser as quatro irmãs do gás em São Paulo. O quarteto articula uma operação capaz de criar uma super-concessionária, com faturamento anual de R$ 7 bilhões e atuação em mais de 550 municípios paulistas. A engenharia tem como objetivo promover a fusão da Comgás ? da qual Shell e BG são acionistas ? e da Gas Brasiliano, colocada a  venda pela italiana Eni. A associação entre as duas concessionárias se consumaria a partir de uma operação cruzada, dividida em três atos. No primeiro deles, Petrobras e Cosan entrariam de mãos dadas na disputa pela Gas Brasiliano. Uma vez vencedora, a dupla desembarcaria no capital da própria Comgás, funcionando como elo para a posterior fusão entre as duas distribuidoras ? o terceiro e último ato da operação. Os dados ainda estão rolando no duelo pela Gas Brasiliano ? Cemig, Mitsui, Prisma Energy e um fundo do banco Santander também são candidatos a  aquisição. No entanto, entre as “quatro irmãos do gás” já existe um esboço para a execução do projeto caso Petrobras e Cosan fechem a compra da distribuidora controlada pela Eni. Tanto Shell quanto BG, maior acionista da Comgás, estão dispostas a transferir parte de suas ações para o novo controlador da Gas Brasiliano. Petrobras e Cosan passariam a ter até 30% do capital. A Shell reduziria sua participação de 8% para 3%. Já a BG recuaria de 87% para algo em torno de 62%. A fusão entre Comgás e Gas Brasiliano seria consumada por meio de uma troca de ações entre os quatro grupos. Este modelo cruzado pode ser um facilitador para a fusão entre as duas distribuidoras do ponto de vista regulatório. A negociação tem de passar pelo crivo da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp). Com a presença prévia de Petrobras e Cosan no capital tanto da Comgás quanto da Gas Brasiliano não se configuraria uma troca de controle em qualquer uma das duas empresas. Faltaria apenas combinar com o Cade. Juntas, as duas concessionárias dominariam aproximadamente 80% da distribuição de gás em São Paulo. A operação enfeixa interesses estratégicos de seus quatro protagonistas. Há tempos a Petrobras procura uma porta para entrar na distribuição de gás em São Paulo. Por mais de uma vez, tentou comprar uma participação na própria Comgás. Pelos lados da Cosan, a decisão de investir no setor está vinculada a  associação com a Shell. Dificilmente, a empresa entraria na disputa pela Gas Brasiliano se não tivesse a escolta dos anglo-holandeses. Por sua vez, a BG e a própria Shell, que já têm uma posição privilegiada no setor, se tornariam sócias de uma operação ainda maior.

Acervo RR

Blairo Maggi barra os planos da Petrobras na MTGás

10/03/2010
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O governador Blairo Maggi está dando uma canseira na Petrobras. O motivo é a negociação para a compra do controle da MTGás, a distribuidora de gás do estado. A operação revelou-se mais complexa do que supunha a diretoria da Petrobras. Maggi desistiu da venda integral das ações. Quer que o estado mantenha uma participação de 49% no capital. Ao mesmo tempo, está condicionando a venda a um acordo de acionistas que garanta ao governo mato-grossense a nomeação de três diretores, incluindo a área operacional, e poder de veto em decisões estratégicas. Na atual circunstância, Blairo Maggi não tem opções a  associação com a Petrobras. De um lado, precisa de um sócio capaz de capitalizar a MTGás; do outro, tem de encontrar a toque de caixa uma solução para os constantes problemas no abastecimento de gás no estado, altamente dependente do insumo que vem pelo gasoduto Bolívia-Brasil. Volta e meia, o governo boliviano interrompe o fornecimento sem maiores explicações. Ainda assim, Blairo Maggi quer ficar com alguns anéis. Vender integralmente o controle da MTGás significa abrir mão de poder político. Um dos maiores receios de Maggi é que, sob o mando da Petrobras, haja um descolamento excessivo entre a estratégia de negócios da distribuidora e as próprias políticas públicas do estado. A intenção da holding federal seria privilegiar o fornecimento de gás para grandes clientes, leia-se fábricas e termelétricas, em detrimento da oferta de Gás Natural Veicular (GNV), considerada prioridade pelo governo mato-grossense. Outra bola dividida é o programa de expansão do uso do gás natural em residências, menina dos olhos de Blairo Maggi. A Petrobras não está muito disposta a manter o projeto em suas bases atuais. O investimento está orçado em R$ 1 bilhão.

Acervo RR

PDVSA quer boa vida na refinaria Abreu Lima

9/03/2010
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Há faíscas na construção da refinaria Abreu Lima, em Pernambuco. Com a bola já rolando, a PDVSA quer mudar as regras do jogo no que diz respeito aos aportes previstos no projeto, orçado em US$ 8 bilhões. Os venezuelanos estão tentando mudar as cláusulas do contrato original. Já acenaram, inclusive, com uma proposta ? se é que se pode usar este termo ? inusitada. A PDVSA quer que a estatal brasileira arque com todos os investimentos durante os dois primeiros anos de construção. Só, então, iniciaria o desembolso referente a  sua participação no capital, de 40%. Na “oferta” dos venezuelanos, não há qualquer clareza se os seus aportes seriam retroativos, ou seja, cobririam o período de carência de dois anos. Não obstante a boa relação entre os governos de Lula e Hugo Chávez, o assunto caminha para um impasse. No início de março, teria ocorrido uma reunião entre dirigentes da Petrobras e da PDVSA para tratar da questão. Os venezuelanos alegaram dificuldades de cumprir o acordo, o que foi visto pela estatal brasileira como puro jogo de cena e mais uma tentativa de fazer pressão por mudanças no contrato.


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Refinaria

25/02/2010
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Rei quase morto, rei quase posto. A Ancap é forte candidata a ocupar a vaga da Repsol YPF na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). A Petrobras, que negocia a compra da participação dos espanhóis, deverá repassá-la a  estatal uruguaia. O interesse da Ancap é refinar parte do petróleo que será explorado nas bacias de Pelotas e Punta del Este, em parceria com a Petrobras.

Acervo RR

Petrobras aduba interesses políticos do governo

22/02/2010
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Sempre cabe mais um projeto no Plano Estratégico da Petrobras, principalmente se o objetivo for aparar arestas políticas. Cresce no governo a disposição de construir não apenas uma, como prevê o Plano de Negócios da estatal, mas, sim, duas fábricas de fertilizantes nitrogenados (amônia e ureia). Uma delas deverá ficar em Minas Gerais; a outra, no Mato Grosso do Sul. Desta forma, nem Aécio Neves e, principalmente, o peemedebista André Puccineli terão do que reclamar. Desde o início, estava previsto que a fábrica ficaria na cidade de Três Lagoas (MS), por conta, sobretudo, da forte expansão do agronegócio no Centro- Oeste. Porém, Aécio atravessou o caminho como se fosse uma divisão panzer. Negociou diretamente com Lula e José Sergio Gabrielli a transferência do projeto para Minas Gerais. Em dezembro, o governo mineiro comunicou que iria construir um ramal do gasoduto Bolívia-Brasil, ligando as cidades de São Carlos (SP) e Uberaba (MG). O pipeline é fundamental para garantir o abastecimento de gás para a fábrica. Os respectivos estudos de viabilidade ainda não foram realizados, mas, no governo, a expectativa é que os projetos tenham pesos e medidas diferentes. A fábrica de fertilizantes do Mato Grosso do Sul deverá ter capacidade de produção inferior. Ainda assim, o duplo agrado do governo poderá custar a  Petrobras um desembolso de quase R$ 4 bilhões.

Acervo RR

Faíscas no GNL

19/02/2010
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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, e o ministro Edison Lobão andam em calçadas opostas no que diz respeito ao GNL. Gabrielli tem defendido abertamente que o governo libere a exportação do excedente do combustível que é importado e sobra nos gasodutos. Lobão, por sua vez, trabalha por uma regulamentação restritiva para a venda do GNL. Quer matar pela raiz qualquer tentação da Petrobras de dar prioridade a  exportação do gás em detrimento do abastecimento interno. Gabrielli vai atropelar o ministro.


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NA

18/02/2010
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Caiu a ficha no governo. O nó górdio da indústria de construção naval é a produção de chapas grossas de aço. Simplesmente não há capacidade instalada para atender a  demanda mesmo sem o pré-sal. As usinas siderúrgicas que já estão previstas continuam suspensas pelo IBAMA. Só a Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, conseguiu ultrapassar a barreira cripto-ambiental. A Petrobras pode querer encomendar suas plataformas no país, mas não há estaleiro capaz de entregá-las. Está na hora do presidente Lula soltar os cachorros.

Acervo RR

Hugo Chávez

9/02/2010
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Celso Amorim et caterva são bastante sensíveis aos argumentos de Hugo Chávez. Se o Itamaraty tivesse um pinguinho de força, a Petrobras voltava atrás na decisão de suspender seus investimentos na exploração de petróleo e gás na Bacia do Orinoco, na Venezuela.


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Mão dupla

8/02/2010
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O Comperj fica fora do acordo com a Braskem, mas não há impeditivo para que a Petrobras use o complexo petroquímico de Itaboraí em futuras investidas em outros estados. É tudo de caso pensado. A estatal quer jogar com dois players próprios no setor.

Acervo RR

Petrobras avança mais uma casa na distribuição de gás

4/02/2010
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A Petrobras abriu a temporada de caça a distribuidoras estaduais de gás. Depois de adquirir o controle da MTGás, negocia a compra da participação da Mitsui na Compagás. Os japoneses detêm 24,5%, herdados após a incorporação dos ativos da antiga Enron no Brasil. Com a operação, a Petrobras passará a ter 49% da distribuidora paranaense. As ações da Mitsui estão orçadas em aproximadamente R$ 500 milhões. A negociação envolve uma complexa costura política e empresarial. A operação é fruto da insatisfação do governo do Paraná com a Mitsui. Os japoneses têm demonstrado certa resistência em acompanhar os aportes na Compagás ? diga-se de passagem, uma atitude até certo ponto inesperada diante das investidas do grupo no país. Dona de participações em sete distribuidoras estaduais de gás, a Mitsui tem manifestado explicitamente o interesse em aumentar sua presença no mercado brasileiro. Ao que tudo indica, pelo menos no caso da Compagás, a difícil convivência entre o grupo asiático e o governo do Paraná falou mais alto. Ressalte-se que o relacionamento entre a Petrobras e o governo paranaense também está longe de ser um mar de rosas. O iminente acordo societário na Compagás é um cessar-fogo. A Petrobras reduziu os aportes na distribuidora paranaense, insatisfeita com sua baixa representatividade na gestão da companhia. A eventual compra da participação da Mitsui traz embutida a promessa de que a estatal passará a ter uma participação maior nas decisões estratégicas.

Acervo RR

Repsol YPF muda seu figurino de olho no mercado de capitais

2/02/2010
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A Repsol YPF prepara uma guinada no Brasil, que deverá ter como ponto final o mercado de capitais. Ainda neste semestre, a empresa pretende executar o último ato do processo de desmobilização de ativos iniciado há cerca de três anos. Após se desfazer da rede de postos, das empresas de distribuição de combustíveis e da sua participação em Manguinhos, negocia com a Petrobras a venda da sua fatia de 30% na Refinaria Alberto Pasqualini (Refap). Do lado espanhol, as conversações são conduzidas pelo Banco Santander. A operação poderá chegar a US$ 100 milhões. Em 2002, quando Petrobras e Repsol YPF acertaram uma grande troca de ativos no total de US$ 1 bilhão, a participação de 30% na Refap foi avaliada em aproximadamente US$ 60 milhões. A valorização é consequência dos seguidos resultados positivos da refinaria. O lucro estimado para 2009 gira em torno de R$ 1 bilhão. Uma vez concluída a negociação com a Petrobras, a Repsol YPF assumirá um novo figurino no Brasil. O grupo vai se concentrar na área de exploração e produção de petróleo. Com o novo modelito, o grupo espera dissipar de uma vez por todas as recorrentes informações que circulam no setor dando conta da sua saída em definitivo do país. Os rumores ficaram ainda mais intensos após a venda da rede de postos para AleSat, em dezembro de 2008. O revigorado interesse da Repsol no Brasil passa pela hipótese de um IPO na Bovespa. Mais uma vez, os caminhos levam ao Santander. Os espanhóis contrataram o banco com o objetivo de avaliar possibilidades de capitalização no mercado brasileiro. Dentro do grupo, a proposta de emissão de ações em Bolsa ganha cada vez mais força. Estudos preliminares apontam grandes chances para um potencial de captação de, no mínimo, R$ 1 bilhão. A Repsol seguiria as pegadas de outras empresas espanholas que fizeram seu IPO no Brasil, como a OHL e o próprio Santander. O grupo chegaria a  Bolsa de Valores com uma operação vitaminada na área de E&P. Os espanhóis têm participação em 22 blocos no país, metade dos quais na posição de operadores. O destaque é o BM-S-9, na Bacia de Campos, uma das mais promissoras reservas na camada do pré-sal. Quatro poços já foram perfurados na região, todos com comprovada existência de petróleo e gás. A Repsol detém 25% do consórcio, em parceria com a Petrobras e o BG Group.


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NA

29/01/2010
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A China National Oil Offshore Corporation bateu a  porta da Petrobras, interessada em investir no Brasil. O foco vai da exploração de petróleo a  distribuição de gás.


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Petrobras

27/01/2010
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As simulações feitas pela própria Petrobras indicam que inexiste a hipótese dos minoritários não serem diluídos em, no mínimo, 20% na capitalização da companhia.


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BlackRock

26/01/2010
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A gestora de recursos BlackRock vai montar uma forte operação de private equity no país. Há pelo menos três meses os norte-americanos vêm prospectando empresas no Brasil, trabalho que está a cargo de Daniel Gamba, comandante dos negócios do grupo na América Latina. Os alvos principais no país são as áreas de varejo e de TI. A BlackRock já tem uma significativa exposure no Brasil por conta da aquisição dos fundos administrados pela Barclays Global Investors. Herdou uma carteira de R$ 20 bilhões em aplicações de renda variável, que inclui participações na Petrobras, Hypermarcas e Cyrela.

Acervo RR

Baía Blanca é uma luva nas mãos da “Nova Braskem”

25/01/2010
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A aquisição do complexo petroquímico de Baía Blanca pela “Nova Braskem” é mais do que uma mera conjectura. Trata-se de um movimento absolutamente natural para uma empresa que já nasce com a pretensão de ser a grande potência petroquímica da América Latina. Aos olhos da Petrobras e da Odebrecht, a compra dos ativos da Dow Chemical em Baía Blanca seria fundamental para transformar a “Nova Braskem” em uma operação geopolítica de relevância no continente. Ressalte-se que uma eventual investida sobre a central de matérias-primas argentina ainda está no plano das intenções. É um fruto que, para nascer, ainda depende de que a árvore seja plantada. O caule, neste caso, é a concretização da própria “Nova Braskem”. Diante da sua importância no tabuleiro petroquímico e, sobretudo, político da América Latina, esta é uma investida que vai além de uma simples negociação de empresa para empresa. É um assunto de Estado, jogo para ser jogado de governo para governo. Não obstante a complexidade política da operação, a aquisição dos ativos da Dow em Baía Blanca é um sonho que já foi compartilhado, em outras épocas, por diversos players da indústria petroquímica brasileira ? a começar pela própria Petrobras. Agora que a estatal voltou a ter uma posição de destaque no setor petroquímico, o negócio faz ainda mais nexo. Até porque, do outro lado da fronteira, há sinais cada vez mais fortes de que a Dow pretende deixar a operação. A participação na central de matérias-primas argentina sempre foi uma espécie de pé sem perna na anatomia corporativa do grupo norte-americano. Nunca houve muita sinergia entre o complexo de Baía Blanca e os demais ativos petroquímicos da Dow na América Latina, leia-se, principalmente, Camaçari. Ao englobar os polos de Triunfo, Camaçari e São Paulo, além das antigas operações da Suzano e da Ipiranga, a “Nova Braskem” se consolidará como um dos gigantes da petroquímica mundial. Logo na partida, assumirá a 11ª posição no ranking dos produtores globais de eteno, com capacidade em torno de 3,7 milhões de toneladas ao ano, segundo estudo divulgado recentemente pela consultoria Maxiquim. Levando-se em consideração projetos em andamento na Braskem, como a construção de um complexo petroquímico no México, a instalação de duas plantas na Venezuela e a compra de ativos nos Estados Unidos, a empresa poderá atingir a casa de cinco milhões de toneladas/ano. Fisgando a participação da Dow na central petroquímica de Baía Blanca, a “Nova Braskem” alcançaria a marca de seis milhões de toneladas de eteno por ano. Passaria a ser a quinta maior produtora do mundo, bem perto da quarta colocada, a Shell, com capacidade em torno de 6,5 milhões de toneladas. Como diria o presidente Lula, nunca na história desse país… A “Nova Braskem”/Baía Blanca deve, inclusive, anteceder a incorporação do Comperj. Com um projeto cada vez mais ajustado para o pré-sal, o polo de Itaboraí parece não ter limites. Sem sair da prancheta, já teve expansão atrás de expansão. O próprio diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mencionou na semana passada a possibilidade de novo aumento na capacidade projetada do empreendimento.


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Baía Blanca é uma luva nas mãos da "Nova Braskem"

25/01/2010
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A aquisição do complexo petroquímico de Baía Blanca pela “Nova Braskem” é mais do que uma mera conjectura. Trata-se de um movimento absolutamente natural para uma empresa que já nasce com a pretensão de ser a grande potência petroquímica da América Latina. Aos olhos da Petrobras e da Odebrecht, a compra dos ativos da Dow Chemical em Baía Blanca seria fundamental para transformar a “Nova Braskem” em uma operação geopolítica de relevância no continente. Ressalte-se que uma eventual investida sobre a central de matérias-primas argentina ainda está no plano das intenções. É um fruto que, para nascer, ainda depende de que a árvore seja plantada. O caule, neste caso, é a concretização da própria “Nova Braskem”. Diante da sua importância no tabuleiro petroquímico e, sobretudo, político da América Latina, esta é uma investida que vai além de uma simples negociação de empresa para empresa. É um assunto de Estado, jogo para ser jogado de governo para governo. Não obstante a complexidade política da operação, a aquisição dos ativos da Dow em Baía Blanca é um sonho que já foi compartilhado, em outras épocas, por diversos players da indústria petroquímica brasileira ? a começar pela própria Petrobras. Agora que a estatal voltou a ter uma posição de destaque no setor petroquímico, o negócio faz ainda mais nexo. Até porque, do outro lado da fronteira, há sinais cada vez mais fortes de que a Dow pretende deixar a operação. A participação na central de matérias-primas argentina sempre foi uma espécie de pé sem perna na anatomia corporativa do grupo norte-americano. Nunca houve muita sinergia entre o complexo de Baía Blanca e os demais ativos petroquímicos da Dow na América Latina, leia-se, principalmente, Camaçari. Ao englobar os polos de Triunfo, Camaçari e São Paulo, além das antigas operações da Suzano e da Ipiranga, a “Nova Braskem” se consolidará como um dos gigantes da petroquímica mundial. Logo na partida, assumirá a 11ª posição no ranking dos produtores globais de eteno, com capacidade em torno de 3,7 milhões de toneladas ao ano, segundo estudo divulgado recentemente pela consultoria Maxiquim. Levando-se em consideração projetos em andamento na Braskem, como a construção de um complexo petroquímico no México, a instalação de duas plantas na Venezuela e a compra de ativos nos Estados Unidos, a empresa poderá atingir a casa de cinco milhões de toneladas/ano. Fisgando a participação da Dow na central petroquímica de Baía Blanca, a “Nova Braskem” alcançaria a marca de seis milhões de toneladas de eteno por ano. Passaria a ser a quinta maior produtora do mundo, bem perto da quarta colocada, a Shell, com capacidade em torno de 6,5 milhões de toneladas. Como diria o presidente Lula, nunca na história desse país… A “Nova Braskem”/Baía Blanca deve, inclusive, anteceder a incorporação do Comperj. Com um projeto cada vez mais ajustado para o pré-sal, o polo de Itaboraí parece não ter limites. Sem sair da prancheta, já teve expansão atrás de expansão. O próprio diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, mencionou na semana passada a possibilidade de novo aumento na capacidade projetada do empreendimento.


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Alta temperatura

20/01/2010
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A Usina Termelétrica de Cuiabá está no epicentro de um impasse societário. A Petrobras, candidata a  compra da participação da norte-americana AEI, condiciona o negócio a  aquisição das ações em poder da Shell. Só que a multinacional, que já havia concordado em deixar a térmica, voltou atrás.

Acervo RR

Lukoil

13/01/2010
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Faltam poucos detalhes para a russa Lukoil fechar um acordo com a Petrobras na área de exploração e produção. A parceria se consumará por meio da compra de 20% de um dos mais promissores blocos da Bacia de Santos.

Acervo RR

Tango ao vento

8/01/2010
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A Petrobras, que já tem negócios em petroquímica, refino e distribuição de combustíveis, vai aumentar seu cardápio na Argentina. Investirá em geração de energia eólica. Deve ter a companhia do grupo portenho Impsa.


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Lupatech

6/01/2010
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A diretoria da Lupatech passou a virada do ano costurando os últimos detalhes de um baita contrato com a Petrobras. O acordo, com duração de aproximadamente cinco anos, deverá ser anunciado nos próximos dias.

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