Tag: Moreira Salles

Destaque

Inteligência de dados vai ditar a reestruturação da Alpargatas

19/12/2023
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Dados, dados e mais dados! O novo CEO da Alpargatas, Liel Miranda,   pretende transformar a fabricante das Havaianas em uma empresa “data driven”. A inteligência de dados terá um papel fundamental para a correção dos gaps e problemas operacionais que levaram os Moreira Salles, controladores da companhia, a mudar o comando executivo. Os planos de Miranda contemplam um expressivo investimento em IA, big data, algoritmos e chatbots.

O espectro é sortido. Os dados terão um peso determinante para calibrar melhor as projeções de venda, frear as perdas de produtividade nas fábricas, eliminar falhas no sistema de logística e direcionar os gastos com marketing. Uma das prioridades é afinar os modelos preditivos de distribuição, para evitar erros e consequentemente prejuízos como os que ocorreram na operação da empresa na Europa.

Houve um superdimensionamento da demanda, que não se comprovou. Resultado: estoques bem acima dos níveis históricos e duras perdas por conta dos custos de manutenção. A inteligência de dados vai guiar também o redesenho do portfólio da Alpargatas e o ritmo de renovação dos produtos. Procurada pelo RR, a Alpargatas não se manifestou.

Liel Miranda é o homem certo na hora certa para conduzir a transição digital da Alpargatas. O executivo traz no currículo a revolução na Mondelez, de onde saiu para assumir a gestão executiva da empresa dos Moreira Salles. Sob sua gestão, a fabricante de alimentos, chocolates e guloseimas mergulhou em uma jornada digital, com forte ênfase na captura e mineração de dados, notadamente operacionais e de consumo.

Parte expressiva dos mais de 500 mil pontos de venda no país foram conectados. Os 2,5 mil produtores de venda da companhia passaram a alimentar a Mondelez com informações quase em tempo real: do volume de vendas à disponibilidade de produtos nas gôndolas. Guardadas as devidas proporções, a Alpargatas precisa de algo similar.

#Alpargatas #Havaianas #Liel Miranda #Moreira Salles

Petróleo

Eneva pesa os prós e contras de um litígio com a Petrobras

14/11/2023
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A Eneva avalia medidas judiciais contra a Petrobras, que suspendeu a venda de campos de produção terrestre na Bahia. A empresa, controlada pelo BTG Pactual e pela Cambuhy Investimentos, dos Moreira Salles, havia apresentado uma oferta vinculante à estatal em 2022. Juridicamente, a Eneva acredita que dá para brigar. A questão é outra: se politicamente vale comprar esse barulho. Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou até o fechamento desta matéria.

#Eneva #Moreira Salles #Petrobras

Destaque

Europa vira uma pedra no caminho da Alpargatas

18/10/2023
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A Alpargatas, controlada pela família Moreira Salles, prepara uma reestruturação em seus negócios na Europa, com mudanças na própria gestão. Segundo informações filtradas da empresa, as medidas devem atingir a vice-presidência para Europa, Oriente Médio e África, comandada por Leandro Medeiros. Com o apoio de uma consultoria externa, a Alpargatas já identificou falhas de planejamento que são debitadas na conta de Medeiros e de sua equipe.

De acordo com a fonte do RR, houve um superdimensionamento da demanda para o primeiro semestre deste ano, com projeções comerciais que acabaram não se concretizando. No segundo trimestre, por exemplo, as vendas na Europa foram 22% inferiores ao volume registrado em igual período de 2022. Como resultado, a fabricante da Havaianas ficou com um nível de estoques significativamente acima da média, com a consequente disparada dos custos operacionais.

Uma dimensão do impacto sobre os resultados da Alpargatas: o aumento das despesas fixas com armazenagem corroeu 4,7 pontos percentuais da margem bruta da operação internacional da companhia. O RR encaminhou uma série de perguntas à Alpargatas, mas a empresa não quis se manifestar. A reorganização da divisão internacional, com foco notadamente na Europa, é desdobramento de mudanças no topo da cadeia de comando da Alpargatas, que agora começam a se espraiar por outras áreas.

Em maio deste ano, Roberto Funari deixou o cargo de CEO. Desde então, a função vem sendo ocupada interinamente por Luiz Fernando Edmond. Caberá a Edmond a missão de arrumar a casa para o seu sucessor. Tudo isso em meio a resultados negativos e à desconfiança dos investidores. No primeiro semestre deste ano, a Alpargatas teve um prejuízo de R$ 252 milhões, contra um lucro de R$ 97 milhões no mesmo período em 2022. No mesmo intervalo, o Ebitda despencou de R$ 344 milhões para R$ 69 milhões. A bolsa não perdoa: desde o início do ano, a Alpargatas já perdeu quase 50% do seu valor de merca

#Alpargatas #Moreira Salles #Roberto Funari

Negócios

Família Moreira Salles adquire participação em grupo francês

9/10/2023
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Os Moreira Salles adquiriram 6% da francesa Elis, um dos grandes grupos de lavanderia indústria da Europa. A operação foi feita pela Brasil Warrant Gestão de Investimentos (BWGI), family office do clã, segundo informou há poucos minutos o site francês de negócios Les Echos (BWGI rachète 6% du capital d’Elis à Crédit Agricole Assurances). Do outro lado do balcão estava o Crédit Agricole Assurances. A Elis tem operações em 29 países, incluindo o Brasil. No ano passado, faturou cerca de US$ 4,1 bilhões. Seu valor de mercado também gira em torno de US$ 4 bilhões – a ação fechou o pregão de hoje com queda de 1,63% na Bolsa de Paris. 

Obs RR: A Elis tem o controle pulverizado. Com isso, os Moreira Salles já chegam com um razoável peso no quadro societário e decisório da companhia. A compra da participação do Crédit Agricole torna a família, já na partida, a segunda maior acionista individual da empresa. À frente, o Canada Pension Plan Investment Board, com 12%. A BWGI administra uma fortuna de R$ 48 bilhões. Além disso, a BWGI colocará dois representantes no board do grupo. Entre outros negócios em carteira, é o veículo de investimento dos Moreira Salles na Havaianas.

#BWGI #Elis #Moreira Salles

Destaque

BTG busca aliados para aumentar seu poder na Eneva

13/09/2023
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Há uma espécie de guerra fria na Eneva, protagonizada pelos Moreira Salles e por André Esteves, as duas forças antagonistas no controle da empresa. Segundo o RR apurou, o BTG Pactual tem buscado o apoio de outros investidores para montar um bloco de acionistas e, dessa forma, ampliar seu poder na companhia. Entre os minoritários capazes de fazer diferença na balança figuram nomes como o norte-americano The Vanguard Group e a gestora brasileira SPX Capital.

O que está em jogo é uma disputa do BTG contra a Cambuhy, veículo de investimento da família Moreira Salles. Em dezembro do ano passado, em um movimento cirúrgico no tabuleiro societário da Eneva, o clã fechou um acordo com três outros investidores: Dynamo, Atmos e Velt Partners. Com isso, a Cambuhy, dona de uma participação de 19,5% na Eneva, passou a liderar um bloco com poder de voto de 35,7%.

Foi um duro golpe para o BTG. A instituição financeira perdeu peso decisório na empresa, mesmo sendo ainda o maior acionista individual, com 27,3% – somadas sua participação direta e as ações em nome do Partners Alpha, ligado ao próprio banco. Agora, o BTG tenta dar o troco na mesma moeda, formando uma coalizão societária que lhe permita sobrepujar os Moreira Salles. Procurados, BTG e Cambuhy não se pronunciaram. 

Há divergências entre BTG e Cambuhy no que diz respeito à gestão da Eneva, empresa que nasceu dos escombros da antiga MPX, de Eike Batista. Segundo informações apuradas pelo RR, o banco de André Esteves seria defensor de uma política mais agressiva de investimentos. Já os Moreira Salles estão na direção oposta.

Não abrem mão de uma estratégia conservadora, dando prioridade à redução do nível de alavancagem e à revisão do portfólio de ativos. Nesse segundo quesito, uma operação em específico teria acirrado ainda mais as divergências entre BTG e Cambuhy. Em junho, a Eneva vendeu 15% do Complexo Parnaíba – um conjunto de seis termelétricas no Maranhão – para o Itaú Unibanco. Ou seja: um negócio em que os Moreira Salles atuaram nas duas pontas, a vendedora e a compradora.  

#André Esteves #BTG Pactual #Eneva #Moreira Salles

Mercado

Uma pedra no sapato dos Moreira Salles

26/05/2023
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Ontem havia um forte burburinho no mercado de que a oferta de recompra de ações preferenciais da Alpargatas feita pela família Moreira Salles e pelo Alpa Fundo enfrenta a resistência do investidor Silvio Tini. Dono de 8,9% do capital total da companhia, Tini estaria buscando o apoio de outros minoritários para frear a proposta nos termos apresentados. O objetivo seria subir o sarrafo do preço ofertado por ação: R$ 10,50, o equivalente a um prêmio de 27,7% sobre a cotação média dos 30 pregões anteriores à formalização da proposta. Procurados pelo RR, Tini e a Cambuhy não quiseram se manifestar. 

Silvio Tini é reconhecido, ao lado de Luiz Barsi, como o maior investidor ativista do mercado brasileiro de capitais. O que está em jogo, neste caso, é a consolidação do poder dos Moreira Salles na Alpargatas. Com a recompra das ações, a Cambuhy Alpa Holding, holding da família, e o Alpa Fundo, que compõem o bloco de controle da Alpargatas, passariam de 26% para 33% do capital.  

#Alpargatas #Moreira Salles

Negócios

Itaú cinde as perdas com a Americanas para alardear um passivo menor

14/02/2023
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O Itaú tem usado de prestidigitação para enevoar o óbvio: o banco é o maior credor da Americanas no sistema financeiro do país. A instituição dos Setúbal e dos Moreira Salles soma aproximadamente R$ 6,1 bilhões em créditos contra a rede varejista, uma exposição de altíssimo risco duplamente tonificada. De um lado, são R$ 2,7 bilhões em empréstimos; do outro, cerca de R$ 3,4 bilhões pendurados em 30 fundos do Itaú Asset, a maior parte dessa cifra referente a debêntures da Americanas. Como não poderia de ser, todas as 30 carteiras estão negativas no mês. Entre os fundos mais carregados de papéis da empresa despontam: Itaú Diferenciado FIC Renda Fixa Crédito Privado, Itaú Corp Plus Renda Fixa Referenciado DI – FICFI, Itaú Active FIX 5 RF CP FICFI, Itaú Empresa MIX FIC Renda Fixa Crédito Privado, Itaú Top Renda Fixa Referenciado DI FIC, Itaú Excellence Renda Fixa Referenciado DI FIC. É o top 6 da exposição dos Setúbal e Moreira Salles à maior fraude contábil da história do Brasil.   

O objetivo desse truque de ilusionismo foi criar a percepção no mercado de que o Itaú foi menos impactado pela fraude da Americanas do que seus congêneres. De fato, olhando-se apenas para as operações de empréstimo, assim parece ser: nesse quesito, os R$ 2,7 bilhões que o banco tem a receber estão abaixo das cifras contabilizadas por BTG (R$ 3,4 bilhões), Santander (R$ 3,5 bilhões) e Bradesco (R$ 4,5 bilhões). Ocorre que, para o Itaú, este número tem cumprido o papel da assistente de palco do mágico, que está ali apenas para desviar a atenção da plateia. De alguma forma, a cortina de fumaça até permitiu uma visão mais otimista, que, no entanto, não encontra eco nos números consolidados.  

#Americanas #Banco #Itaú #Moreira Salles #Setúbal #sistema financeiro

Muito além do Brasil

20/01/2022
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A Havaianas, leia-se os Setubal e os Moreira Salles, trabalha a pleno vapor no projeto de abertura de lojas físicas na China. A meta é inaugurar ao menos dez pontos de venda ao longo deste ano.

Depois de se instalar na França e em Portugal, a tradicional rede Granado planeja agora abrir lojas nos Estados Unidos.

#Havaianas #Moreira Salles

Benchmarking

8/11/2021
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Se for instituída uma láurea entre os empresários que são um exemplo de filantropia no Brasil, os irmãos Moreira Salles ganham com uma distância a perder de vista. São a melhor tradução de como deveriam ser comportar os donos do dinheiro no país.

#Moreira Salles

Uma jazida de startups na CBMM

31/03/2021
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A compra de 26% da 2DM, de Cingapura, é só a ponta do iceberg. A Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), dos Moreira Salles, pretende montar um colar de startups. Segundo a fonte do RR, a meta seria fechar o ano com participações em até dez empresas desenvolvedoras de tecnologia. Consultada, a CBMM confirma que, no momento, “está em negociação para investimento estratégico em três startups, uma norte-americana e duas britânicas, com o objetivo de impulsionar ainda mais seu Programa de Tecnologia orientado para baterias.”

#CBMM #Moreira Salles

O doce sabor da vitória na Cidade de Deus

5/02/2021
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Candido Botelho Bracher se despediu da presidência do Itaú Unibanco, na terça-feira, dia 2, deixando como último legado uma dura derrota. Pela primeira vez desde 2008, quando da fusão do Itaú com o Unibanco, o Bradesco alcançou um lucro maior do que o do seu concorrente: R$ 19,458 bilhões contra R$ 18,536 bilhões em 2020. Mais do que um revés pontual, os números sugerem o esgotamento da estratégia adotada pelos Setúbal.

Há 13 anos, o clã empenhou mundos e fundos junto aos Moreira Salles para incorporar o Unibanco e ascender ao topo do setor bancário nacional. Ou seja: os Setúbal entregaram alguns anéis e dedos para o Itaú ser maior do que o Bradesco. Talvez tenham pagado um preço alto demais. Em 2008, o total de ativos combinados de Itaú e Unibanco era 40% maior do que o do Bradesco.

Mais de uma década depois, a diferença encurtou para 28%. Vale registrar que o crescimento de ativos do Bradesco foi orgânico. O banco da Cidade de Deus não comprou ninguém. Em relação à lucratividade, o Bradesco tirou a distância de forma ainda mais rápida. Em 2008, o lucro do Itaú foi 38% superior ao do concorrente (R$ 10,571 bilhões contra R$ 7,625 bilhões).

Ao longo dos anos seguintes, o banco dos Setúbal e dos Moreira Salles ainda manteria uma lucratividade, na média, em torno de 29% superior à do Bradesco. No entanto, os ventos começaram a mudar de direção nos últimos três anos. Balanço a balanço, o Itaú veio perdendo terreno. Em 2018, seus ganhos foram 19% superiores ao do Bradesco; no ano seguinte, essa diferença caiu para apenas 9%. Em 2020, veio a virada. O feito foi celebrado pelo alto escalão da casa bancária de Osasco. O presidente da instituição, Octavio de Lazari, reuniu cerca de 100 integrantes da diretoria e deu a palavra de ordem para enfrentar os desafios de 2021: humildade. É a cara do Bradesco.

#Bradesco #Itaú Unibanco #Moreira Salles

Cinemas da fé

20/11/2020
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As Igrejas Evangélicas do Rio querem raspar o que sobrou de cinemas para transformá-los em templos religiosos. Já identificaram três casas. Há quem diga que uma parte do funding vem das campanhas eleitorais. A única certeza é que os cinemas da família Moreira Salles estão fora das aquisições.

#Moreira Salles

O preço da pandemia

1/06/2020
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Só mesmo a crise do coronavírus e a asfixia fiscal para fazer com que Romeu Zema tente vender parte da Codemig ao governo federal neste momento. O timing está longe de ser o ideal, devido à queda dos preços do nióbio, que se encontram no menor patamar em quase dois anos. O principal ativo da estatal mineira é a sua participação da CBMM, dos Moreira Salles.

#CBMM #Codemig #Moreira Salles #Romeu Zema

Bola ou búrica

8/11/2019
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Os Moreira Salles já bateram o martelo: se o projeto de clube empresa do deputado Pedro Paulo não passar, os irmãos e os investidores ao seu lado tiram o time de campo e desistem da ajuda ao Botafogo. A alternativa, a proposta de Sociedade Anônima do senador Rodrigo Pacheco, não lhes apetece.

#Moreira Salles

Nióbio provoca uma guerra fria entre Minas e os Moreira Salles

18/03/2019
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Há uma queda de braço subterrânea sendo travada entre a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e a Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), controlada pela família Moreira Salles. O enredo é sucinto: a Codemge entende que a CBMM não tem honrado o contrato para a exploração da reserva de nióbio de Araxá e vem repassando aos cofres públicos um valor inferior ao que deveria. A Companhia de Desenvolvimento é acionista majoritária da também estatal Codemig e responde pela participação desta última na joint venture com a CBMM.

Três pareceres emitidos por renomados escritórios de advocacia de fora de Minas Gerais apontaram a empresa dos Moreira Salles deve transferir ao estado 50% dos ganhos da mineradora. O estado e a CBMM dividem igualmente os direitos de lavra. Na prática, porém, a CBMM tem repassado 25% dos lucros com a operação. O que está em jogo é uma diferença de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão. Os números tomam como base os ganhos registrados pela companhia nos últimos três balanços.

O RR tem informações seguras de que esse questionamento está ocorrendo no âmbito do Conselho da Codemge. Mas, à medida que as empresas envolvidas foram sendo consultadas, verificou a existência do que poderia se chamar de uma operação-abafa. As partes se dispõem a tratar do assunto na superfície, mas evitam descer ao território dos detalhes, onde se revela a veracidade dos fatos. Em uma primeira consulta, no dia 12 de março, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais informou que “não há qualquer divergência com a CBMM e as transferências estão de acordo com a previsão contratual”.

No dia 14, perguntada pelo RR sobre a posição dos três escritórios de advocacia, a Secretaria respondeu que “o conselho da Codemge não é responsável pelo relacionamento com a CBMM”. Sobre os referidos pareceres, nenhuma linha. A mineradora dos Moreira Salles, por sua vez, também nega qualquer desacordo e diz que “os valores pagos à Codemig correspondem integralmente aos percentuais previstos na escritura pública”. Segundo a CBMM, a “participação da Codemig é trimestralmente submetida à revisão por auditores independentes, que atestam a regularidade dos pagamentos sem qualquer ressalva.” Há uma circunstância que corrobora o repasse dos royalties ao estado. Depois da tragédia de Brumadinho, as receitas da Vale em Minas Gerais vão desabar com a paralisação, sabe-se lá por quanto tempo, das atividades da companhia no estado, o que terá um grave impacto sobre a arrecadação fiscal. Nada mais natural que Romeu Zema busque formas de compensar essa perda.

#CBMM #Codemge #Moreira Salles

Ao pé do ouvido

31/01/2019
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Os irmãos Moreira Salles até chegaram a trocar ideias quanto às suas possibilidades na Editora Abril. O clã tem intimidade com o setor. Fernando foi sócio da IstoÉ e João é dono da Piauí.

#Editora Abril #Moreira Salles

“Irmãos Frick”

25/07/2018
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Os irmãos Moreira Salles, Pedro, Walter, João e Fernando, decidiram aportar mais recursos na área da cultura. Os quatro já investiram cerca de R$ 400 milhões no Instituto Moreira Salles, no Rio, e no centro cultural, da Av. Paulista. O modelo dos irmãos é o magnata do aço, Henry Clay Frick, que deixou como herança para Manhattan um badalado museu de arte, a Coleção Frick.

#Moreira Salles

Alpargatas reserva um espaço para as roupas da Restoque

2/01/2018
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A compra da Alpargatas foi apenas a primeira peça na coleção. Os Setubal e os Moreira Salles entram em 2018 dispostos a transformar a companhia na grande consolidadora de marcas de vestuário e calçados do país. Desde já, enxergam um cavalo passando encilhado à sua frente: a Restoque, que esteve muito perto de uma fusão com a Inbrands no início de 2017. A empresa reúne grifes que cairiam muito bem no closet da Alpargatas, a exemplo de Dudalina, Le Lis Blanc e Rosa Chá, entre outras.

A aquisição daria origem a um conglomerado com 14 marcas, R$ 4,5 bilhões em vendas e um Ebitda combinado da ordem de R$ 1,5 bilhão. Procuradas, Itaúsa e Cambuhy – holdings, respectivamente, dos Setubal e dos Moreira Salles – não se pronunciaram, assim como a Restoque. Há portas entreabertas no capital da Restoque. As gestoras norte-americanas Advent e Warburg Pincus não aderiram à recente oferta de ações da companhia e já teriam sinalizado a intenção de reduzir ainda mais sua participação acionária ou, no limite, deixar o negócio. Mesmo com o forfait no aumento de capital, a dupla ainda tem um quinhão relevante na Restoque, com 42%.

Seria o suficiente para a Alpargatas desembarcar na companhia já com o status de maior acionista individual. A compra da Restoque permitiria à Alpargatas fortalecer a presença no segmento de grifes de maior padrão, no seu caso uma prateleira ainda com espaços vazios. À exceção da Osklen, a empresa está predominantemente concentrada em marcas populares, caso, sobretudo, da Havaianas, e em fabricantes de calçados e artigos esportivos, como Topper e Mizuno. Ressalte-se ainda que o conglomerado de vestuário dos Setubal e dos Moreira Salles receberia uma roupa limpinha. Os atuais acionistas da Restoque já fizeram o “trabalho sujo”: em um ano, a empresa fechou 26 lojas, desativou duas fábricas da Dudalina e cortou mais de um terço da equipe de trabalho em áreas como administração e comercial.

#Alpargatas #Moreira Salles #Roberto Setubal

Setubal e Moreira Salles juntam suas pepitas na “Itaúpar”

19/10/2017
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Os clãs dos Setubal e dos Moreira Salles planejam trilhar o mesmo percurso feito pelo Bradesco há cerca de 20 anos. Pretendem montar uma empresa de participações com ativos parrudos, projeto que teria como ato seguinte a abertura do capital em bolsa. Quem viu o filme da Bradespar já conhece o enredo. O Bradesco comprou ações da Vale, CPFL e Net.

Aos poucos se desfez das duas últimas e manteve somente a mineradora em carteira. Os Setubal, por meio da Itaúsa, e os Moreira Salles, por intermédio da Cambuhy, já controlam a Alpargatas. Os dois clãs teriam interesse em ingressar no capital da Braskem. Se os Moreira Salles entrarem no monopólio dos Odebrecht, estariam fazendo um caminho em direção ao passado.

O patriarca, Walther Moreira Salles, foi um dos sócios da Petroquímica União. As duas famílias são detentoras também, separadamente, da Duratex e da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), esta última uma joia da coroa dos Moreira Salles. Procurada, a Cambuhy não quis se pronunciar. A Itaúsa negou o projeto. Está feito o registro. Não custa lembrar que o presidente da Itausa, Alfredo Setubal, já disse que a empresa atravessa um momento comprador. A dúvida é quais desses ativos seriam empacotados dentro da “Itaúpar”. Mas tudo indica que o interesse é firme.

#Bradesco #Itaúsa #Moreira Salles

Um só cabide

31/07/2017
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Já pensou nas grifes da Alpargatas e da InBrands (holding que reúne Ellus, Richards, Alexandre Hercovitch) penduradas em um só cabide? Os Setúbal e os Moreira Salles já pensaram.

#Alpargatas #InBrands #Moreira Salles #Roberto Setubal

Reserva Nacional do Cobre reluz feito ouro para os Moreira Salles

28/07/2017
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A família Moreira Salles está acompanhando de perto a decisão do governo de privatizar a Reserva Nacional do Cobre – uma gigantesca área metalogenética encrustada no estado do Pará, com enorme potencial de minerais não ferrosos e radioativos. A Reserva do Cobre ainda é um resquício do enrosco entre o empresário Daniel Ludwig,
idealizador do Jari, e os governos militares. A região pertencia a Ludwig, mas acabou sendo tomada na mão grande pelo então comandante do Grupo Executivo do Baixo Amazonas (Gebam), Almirante Roberto Gama e Silva. Foi fechada, lacrada e transformada em uma espécie de ativo estratégico da União.

Agora, Temer quer vender tudo. Na Reserva do Cobre, além do minério que lhe empresta o nome, encontram-se em abundância quase todas as matérias-primas: cassiterita, ferro, níquel, manganês, zinco, tungstênio, ouro – muito ouro, aliás – anatásio e nióbio. Os Moreira Salles querem comprar as reservas deste último minério e somá-las ao portfólio da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), detentora do monopólio mundial de nióbio e localizada na região de Araxá (MG).

A monumental jazida foi repassada de bandeja pelo então ministro de Minas e Energia, Antonio Dias Leite, a Walther Moreira Salles, que sempre dizia que seu melhor negócio não era o banco, mas a CBMM. Recentemente, os Moreira Salles venderam 15% do seu latifúndio de nióbio para um grupo de empresas chinesas, que deverá acompanhar a tradicional família banqueira na incursão para abocanhar o nióbio amazônico. A Reserva Nacional do Cobre é cheia de lendas e histórias.

O general João Baptista Figueiredo dizia que, se alguém quisesse explorá-la, ele prendia e arrebentava. Mais recentemente, o empresário Eike Batista moveu montanhas junto a Dilma Rousseff no afã de comprar a região inteira de uma tacada só. As negociações estavam até se encaminhando bem quando Eike foi seduzido pelo canto da sereia do petróleo. O resto todo mundo sabe.

#Michel Temer #Ministério de Minas e Energia #Moreira Salles

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