Caminhoneiros no radar do GSI

  • 15/07/2021
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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) intensificou o monitoramento dos sindicatos de caminhoneiros. Fonte da área de Inteligência informou a RR que o GSI acompanha, desde o último fim de semana, líderes da categoria. Eles têm discutido a possibilidade de uma greve de advertência. A probabilidade de uma paralisação vem crescendo entre os sindicalistas. Seria uma reação ao aumento médio de R$ 0,10 nos preços do diesel anunciado na semana passada. As atenções do GSI estariam voltadas, sobretudo, para São Paulo e Rio Grande do Sul, onde os caminhoneiros, nos últimos tempos, têm se mostrado mais hostis ao governo. Foram os dois estados que articularam a fracassada tentativa de paralisação da categoria no fim de janeiro. Procurado pelo RR, o GSI informou que “não irá se pronunciar, positiva ou negativamente, por se tratar de assunto de Inteligência de Estado”.

Por falar em caminhoneiros – e em “monitoramento”, a decisão de Jair Bolsonaro de demitir Roberto Castello Branco da Petrobras teve menos relação com a política de preços da estatal e mais a ver com a antipatia do presidente pelo executivo. Desde que o general Joaquim Silva e Luna assumiu o comando da estatal, em abril, os valores dos combustíveis subiram, na média, 2%. Bolsonaro sempre implicou com o estilo sofisticado e independente do ex-presidente da Petrobras. Castello acreditou na promessa de Paulo Guedes de que teria autonomia na gestão da empresa. Bulhufas! Para subir ou descer os preços dos combustíveis, quem quer que seja, tem de pedir benção a Bolsonaro. Na verdade, ao tirar Castello Branco do comando da Petrobras, Bolsonaro buscou infiltrar na empresa um quadro fiel aos seus interesses. Talvez já de olho na maior verba de comunicação do país para as eleições de 2022…

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