Tag: Colômbia

Empresa

Marcopolo quer levar seus ônibus elétricos para o exterior

14/12/2023
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A Marcopolo aposta na transição energética para aumentar suas vendas internacionais, notadamente na América do Sul. A empresa já iniciou gestões comerciais em países vizinhos, como Argentina e Colômbia, para a futura exportação do Attivi Integral, seu primeiro ônibus com carroceria, chassi próprio e propulsão totalmente elétrica.  A Marcopolo investiu mais de R$ 50 milhões em sua fábrica de São Mateus (ES) para a produção do modelo. Na partida, serão 16 veículos fabricados por dia.

#América do Sul #Argentina #Colômbia #Marcopolo #transição energética

Destaque

Petrobras traça seus novos investimentos na Colômbia

20/11/2023
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O RR apurou que a Petrobras negocia com a Ecopetrol novos investimentos conjuntos em exploração e produção na Colômbia. As conversas mais avançadas envolvem uma parceria para a extração de gás no poço Glaucus-1, no Caribe colombiano, considerada uma das maiores reservas do país vizinho. O investimento previsto é da ordem de US$ 1 bilhão.

A operação tem ainda um terceiro vértice, a Shell, que já é sócia da Ecopetrol no ativo. As tratativas entre a Petrobras e a estatal colombiana passam também pelo bloco Alqamari-2, na região de Orito. A Ecopetrol confirmou há pouco mais de um mês a existência de petróleo e gás com viabilidade comercial na área.

Segundo informações filtradas da própria Petrobras, executivos da companhia irão à Colômbia ainda neste mês para uma agenda de reuniões com representantes da Ecopetrol. Consultada pelo RR, a companhia informou que “mantemos constantes contatos com a Ecopetrol, no âmbito da parceria, o que inclui visitas de profissionais da Petrobras à Colômbia.”

Petrobras e Ecopetrol discutem o futuro e também o “passado”. As duas empresas vão retomar os investimentos no bloco Tayrona, em águas profundas na Colômbia. No governo Bolsonaro, a direção da estatal chegou a colocar a participação à venda, mas o processo foi suspenso pela gestão de Jean Paul Prates. No contato com o RR, a Petrobras confirmou que “está avaliando a descoberta e realizando atividades exploratórias”.

#Colômbia #Ecopetrol #Jean Paul Prates #Petrobras

Negócios

Casa da Moeda entra na disputa por passaporte da Colômbia

25/10/2023
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O processo de internacionalização da Casa da Moeda avança na América do Sul. Após as sucessivas encomendas para a produção de cédulas de peso argentino, a empresa está cotada para assumir a impressão dos passaportes da Colômbia. Segundo o RR apurou, autoridades colombianas já consultaram informalmente o governo brasileiro, notadamente o Ministério da Fazenda, sobre a disponibilidade da estatal atender à demanda. O que está sobre a mesa é a possibilidade de um contrato da ordem de US$ 140 milhões. Consultada pelo RR, a Casa da Moeda informou que “ainda não houve negociação direta com a Colômbia, mas que está nos planos estratégicos da empresa ampliar a contratação de seus produtos internacionalmente”.

O acordo com a Colômbia atenderia a duas premissas da estratégia do governo Lula para a Casa da Moeda. A primeira delas é ampliar o escopo de serviços da estatal, reduzindo sua dependência em relação à produção de cédulas, um negócio cadente em todo o mundo – conforme o RR já informou. Há também uma preocupação em aumentar as receitas da Casa da Moeda em dólar. A empresa tem um expressivo descasamento cambial. Atualmente, as vendas para o exterior representam menos de 15% do seu faturamento total. Em contrapartida, os custos em moeda estrangeira correspondem a mais de 40% dos gastos com fornecedores.

Em tempo: a contratação da Casa da Moeda do Brasil seria uma solução, digamos assim, neutra e, sob certo aspecto, cleaner para o governo da Colômbia. A licitação para a produção dos novos passaportes tornou-se um escândalo no país vizinho, eivada de suspeições. A concorrência estava marcada para o último dia 13 de setembro, mas as autoridades colombianas decidiram suspender a operação pressionadas por denúncias de irregularidades e favorecimento à “eterna” Thomas Greg & Sons. A companhia é responsável pela impressão dos documentos há 17 anos. Originalmente, diversas outras empresas entraram na disputa, como Thales Colombia, Cadena, Consorcio STC e Veridos México. No entanto, um a um, os demais concorrentes foram se retirando da licitação devido às condições impostas no edital. No fim, apenas um candidato atendia a todas as exigências e se manteve na licitação: a Thomas Greg & Sons. Nada muito diferente de suspeições que pairam sobre o grupo também no Brasil. A Thomas Greg & Sons faz parte de uma lista de sete empresas investigadas pelo Cade por suposta formação de cartel no mercado de impressões gráficas em contratos públicos. Outro caso rumoroso ocorreu no Amazonas. Em janeiro deste ano, o TJ-AM suspendeu uma concorrência vencida pela companhia para a produção de carteiras de identidade. A Corte identificou “indícios de fraude” e “possível dano ao erário” na licitação.

#Casa da Moeda #Colômbia #Ministério da Fazenda

Mercado

B3 deixa um pé em nova bolsa sul-americana

2/10/2023
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A B3 decidiu permanecer com uma participação minoritária na nova instituição criada a partir da fusão das bolsas de valores da Colômbia, Chile e Peru. Terá, inclusive, um representante no board: Claudio Jacob, diretor de desenvolvimento mercados e de clientes da B3. Segundo o RR apurou, Jacob tem participado de maneira razoavelmente ativa na composição da nova companhia. Talvez ainda seja cedo para falar em retomada dos planos de internacionalização e do projeto de se tornar uma grande consolidadora do mercado bursátil na América Latina. Mesmo assim, a permanência da B3 no negócio chama a atenção pelo contraponto a movimentos no passado recente. Há cerca de dois anos, a holding brasileira se desfez da sua participação na Bolsa do México, sinalizando que gradativamente sairia também do Chile, Colômbia e Peru.

#B3 #Chile #Colômbia #Peru

Destaque

Passagem da Merqueo pelo Brasil vira um litígio transnacional

26/09/2023
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A efêmera atuação da startup colombiana Merqueo no Brasil está prestes a se transformar em um contencioso internacional. O RR apurou que ex-funcionários da plataforma de delivery se mobilizam para acionar a empresa na Justiça da Colômbia. O objetivo seria cobrar diretamente da matriz o passivo trabalhista da finada operação brasileira.

A Merqueo encerrou suas atividades no país em julho, deixando para trás mais de uma centena de demitidos e uma dívida de R$ 12 milhões. Uma das hipóteses aventadas é incluir esses débitos no processo de recuperação empresarial da startup aberto na Câmara de Comércio de Bogotá. De acordo com um advogado que atua no caso, o primeiro passo deve ser o pedido de declaração da falência da companhia à Justiça brasileira. A abertura do chamado juízo falimentar teria o condão de acelerar o rito do processo junto ao Judiciário da Colômbia.

Os credores têm um trunfo a seu favor. O país vizinho adota em seu ordenamento jurídico a lei da UNCITRAL (Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional) sobre insolvência transnacional), mais precisamente no Título III (“De la Insolvencia Transfronteriza”) dos artigos 85 a 116 da Lei 1.116, de 27 de dezembro de 2006. O Brasil segue as mesmas regras para o tratamento de falências e recuperações empresariais com implicações transnacionais, o que abre caminho para a cooperação entre o Judiciário dos dois países. O RR fez seguidas tentativas de contato com a Merqueo, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

A Merqueo chegou ao Brasil, em julho de 2021, com o status de maior supermercado 100% digital da América Latina. A empresa empreendeu uma expansão internacional na região após captar quase US$ 90 milhões no mercado. Entre os seus investidores, figuram fundos internacionais – como o norte-americano Digital Bridge, e a o dinamarquês IDC Ventures – e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A entressafra global no mercado de venture capital atingiu duramente a companhia, que não conseguiu realizar uma nova capitalização. No Brasil, a empresa sucumbiu à competição com o Rappi e, sobretudo, o iFood, um dizimador de concorrentes – vide a saída do Uber Eatsdo país. Além do revés no mercado brasileiro, a Merqueo encerrou também suas atividades no México. A crise abalroou os planos de startup colombiana de fazer seu IPO na Bolsa de Nova York. A empresa chegou a entrar com o pedido, mas cancelou a operação no mês passado.

#Colômbia #Merqueo #UNCITRAL

Agronegócio

Colômbia quer ter um cluster cafeeiro no Brasil

16/03/2023
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A rede de cafeteiras colombiana Juan Valdez planeja se instalar no Brasil. Segundo informações que circulam no setor cafeeiro, as primeiras lojas serão abertas em São Paulo. Esta é uma operação que vai além das raias do varejo. Trata-se de um movimento eivado de simbolismo. Os colombianos vão fincar bandeira no Brasil, um dos seus maiores concorrentes no mercado mundial de café. De certa forma, é para isso que a Juan Valdez existe. A marca de cafeterias é controlada pela Procafecol, por sua vez vinculada à poderosa Federação de Cafeicultores da Colômbia. A entidade responde por mais de um terço das exportações colombianas de café, o equivalente a US$ 1,2 bilhão por ano. Nesse contexto, a Juan Valdez é uma peça de marketing da própria indústria cafeeira colombiana. Durante os Jogos Olímpicos do Rio, por exemplo, a marca foi distribuída na Casa Colômbia, representação oficial do país no evento.

#Colômbia #Procafecol

Destaque

Contratos em aberto ameaçam o setor cafeeiro no Brasil

13/02/2023
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A ameaça de safras com “inconsistências contábeis” em cadeia paira sobre o setor cafeeiro no Brasil. O risco em questão vem da crescente exposição dos players centrais – produtores, tradings e bancos – a contratos mercantis de entrega futura em aberto. Segundo uma fonte do setor, o estoque atual soma cerca de 10 milhões de sacas ou aproximadamente US$ 1 bilhão – o equivalente a pouco mais de 25% das exportações brasileiras do produto no ano passado. Essa cifra tem causado apreensão no mercado, especialmente nas instituições financeiras, a ponta final onde está pendurada toda a estrutura de crédito que faz a roda girar. Como o nome sugere, essa modalidade de contrato prevê a entrega física do café a futuro com base em projeções de produção e preço para os anos subsequentes. Esse tipo de operação, existente apenas no Brasil e na Colômbia, carrega riscos consideráveis e coloca toda a indústria sobre o fio da navalha. Hoje há um razoável grau de alavancagem, que deixa o setor à mercê do imponderável. Uma eventual repetição das condições climáticas adversas registradas no país em safras recentes pode afetar consideravelmente a capacidade de entrega do café e cumprimento do contrato, criando um efeito dominó nos balanços das tradings e, sobretudo, dos bancos.   

O compliance das grandes trading companies não permite que elas trabalhem com um risco excessivo. Essas multinacionais são obrigadas a fazer operações de hedge para o risco de preço e do não recebimento do produto. Ainda assim, não deixa de ser uma potencial bomba relógio: as tradings carregam o hedge para a frente e vão lançando sucessivamente em seus balanços a entrega do café a futuro. Com isso, a ameaça maior recai sobre as instituições financeiras. Não por acaso, diante do excessivo volume de contratos em aberto no país, já circulam rumores no setor de que bancos poderão brecar o crédito a tradings.   

A preocupação dos agentes do mercado cafeeiro no Brasil tem sido alimentada pelo alerta que vem da Colômbia. A modalidade dos contratos mercantis de entrega a futuro criou um rombo no setor no país vizinho. Neste momento, há algo em torno de US$ 200 milhões em acordos não honrados. Essa cifra tende a ser ainda maior. O volume em questão corresponde apenas a exportações firmadas no âmbito da Federação de Cafeicultores da Colômbia, uma espécie de “grêmio cafeeiro” com vinculações paragovernamentais. A Federação responde por aproximadamente um terço das vendas internacionais de café da Colômbia ou algo como US$ 1,2 bilhão. Significa dizer que os contratos mercantis em aberto representam cerca de 18% das vendas feitas pelos membros da instituição. Em tese, a Colômbia tem um hedge natural. Em razão da ligação da Federação com o governo, muito provavelmente o Tesouro colombiano entrará em ação para cobrir as perdas. No Brasil, esse colchão estatal não existe.   

O contrato mercantil para entrega física de café a futuro é um “produto” made in Brazil. A modalidade foi copiada do mercado de petróleo. Só que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Na indústria petrolífera, a imprevisibilidade é muito menor. Cada produtor tem suas reservas quantificadas e auditadas, com a garantia de que terá óleo para entregar. Além disso, um ponto fundamental: não tem seca ou geada a dois ou três mil metros de profundidade.    

#bancos #Brasil #Café #Colômbia #condições climáticas #exportações brasileiras #Mercado #sacas #setor cafeeiro

Internacional

Colômbia quer apoio militar do Brasil para combater dissidência do ELN

16/12/2022
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Assunto relevante que aguarda pelo futuro ministro da Defesa, José Múcio, e pelo novo comandante do Exército, general Júlio César Arruda: o governo da Colômbia já fez chegar a assessores de Lula a intenção de discutir um plano de ação conjunta entre as Forças Armadas dos dois países para combater uma dissidência do “Exército de Libertação Nacional” (ELN) que está atuando na região de fronteira. Essa espécie de spin-off da organização guerrilheira associou-se a narcotraficantes e garimpeiros ilegais. O governo do presidente Gustavo Petro quer costurar um acordo de paz com o ELN e conta com a participação do governo Lula nas tratativas – conforme o RR informou. Porém, no caso da dissidência que atua na divisa entre os dois países, não há acordo possível.

#Colômbia #ELN #Lula

Internacional

Colômbia quer participação de Lula no acordo de paz com guerrilheiros

1/12/2022
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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez chegar a assessores de Lula o convite para que o futuro governo brasileiro participe das negociações para um acordo de paz com o Exército de Liberação Nacional (ELN). Petro está retomando as tratativas com a organização guerrilheira colombiana, suspensas há quatro anos – curiosamente, em sua juventude, ele próprio participou de um grupo similar, o extinto M19. Venezuela, Cuba e Noruega já participam do processo de diálogo. No entanto, a atuação direta do Brasil, maior liderança geopolítica da América do Sul, daria outro peso à condução das negociações. Some-se o fato de que o acordo de paz é do interesse brasileiro.  

Ainda que as principais bases de operação do ELN, última guerrilha ativa na Colômbia, se concentram na fronteira com a Venezuela, a organização tem ramificações no Brasil há tempos investigadas por órgãos de Inteligência. Há suspeitas de ligações com o Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro. Trata-se de um tema que, não é de hoje, mobiliza a Defesa dos dois países. Em novembro de 2019, por exemplo, o então comandante do Exército da Colômbia, general Nicácio Martínez Espinel, reuniu-se, em Brasília, com o general Edson Pujol, à época no Comando do Exército brasileiro. Consta que, entre outros assuntos, discutiram ações conjuntas de enfrentamento do ELN. 

#Colômbia #Gustavo Petro #Lula

Negócios

André Esteves quer fazer a América (Latina)

29/11/2022
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México e Colômbia são as próximas paradas do BTG. Segundo o RR apurou, o banco de André Esteves planeja lançar uma plataforma de investimentos nos dois países até o fim de 2023. Trata-se de um projeto expansionista que mira os principais mercados da América Latina: recentemente, o BTG iniciou uma operação nos mesmos moldes no Chile. De acordo com a mesma fonte, a investida seria acompanhada da compra de corretoras ou mesmo fintechs. No caso da Colômbia, esse terreno já começou a ser preparado, com a aquisição da Bolsa y Renta. Consultado pelo RR, o BTG não quis se manifestar. 

#André Esteves #BTG #Colômbia #México

Um raro momento de boa vizinhança

16/08/2022
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Nem tudo são espinhos na política externa do presidente Jair Bolsonaro. Segundo o RR apurou, o Itamaraty sinalizou ao governo do novo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, o interesse em apoiar a criação de um conselho empresarial entre os dois países. As primeiras conversas neste sentido se deram no início do mês, por ocasião da viagem do chanceler Carlos Alberto França a Bogotá, para a posse de Petro. Em 2021, as exportações brasileiras para a Colômbia cresceram quase 50% no comparativo com o ano anterior, atingindo US$ 3,3 bilhões.

#Colômbia #Gustavo Petro #Jair Bolsonaro

Garimpos clandestinos viram um negócio sem fronteiras

1/04/2022
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Segundo o RR apurou, os Ministérios da Justiça do Brasil e da Colômbia estão articulando uma operação conjunta contra garimpeiros ilegais na Amazônia. As investigações apontam para a existência de quadrilhas “bilaterais” com crescentes negócios dos dois lados da fronteira. Há indícios também de que facções criminosas estão atuando nesse rentável “mercado”, com o aluguel de equipamentos e aeronaves, usados, respectivamente, para a extração e o transporte de minerais e pedras preciosas.

#Amazônia #Colômbia #Ministério da Justiça

Lavanderia Brasil

16/02/2022
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O Grupo de Ação Financeira da América Latina (Gafilat) está cobrando do governo brasileiro maior rigor no combate à lavagem de dinheiro. Investigações apontam que facções criminosas de países vizinhos, como Colômbia e Bolívia, estão pintando e bordando com investimentos de fachada no agronegócio, notadamente no Centro-Oeste.

#Bolívia #Colômbia #Grupo de Ação Financeira da América Latina

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