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Petrobras monta seu próprio plano de banda larga

  • 4/02/2011
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A Petrobras tem seu próprio Plano Nacional de Banda Larga. Segundo uma alta fonte do Ministério de Minas e Energia, a companhia estuda a criação de uma subsidiária para explorar sua malha de dutos na América do Sul. O objetivo é aproveitar a extensa teia de pipelines da empresa na região para instalar uma rede própria de fibra óptica. As discussões envolvem não apenas a direção da estatal, mas também a Casa Civil e o Ministério das Telecomunicações. Um estudo de viabilidade encontra-se em andamento. A intenção é cobrir cerca de 1,5 mil quilômetros de extensão em até cinco anos. Os cabos serão instalados em dutos antigos e, sobretudo, nos novos pipelines que a estatal vai construir. A estimativa é de que o custo de implantação possa ser até 50% mais baixo do que um projeto semelhante partindo do zero. O negócio deverá ser aberto a  participação de operadoras de telefonia e empresas de TI. O projeto tem vinculação com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que será implementado pela Telebrás. Em algumas regiões do país, a rede de acesso a  internet que será montada no âmbito do PNBL poderá usar o sistema de fibra óptica da Petrobras. Um dos maiores entusiastas desta interseção é o próprio ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que enxerga todos os projetos de sua pasta como se ainda estivesse no Planejamento. Sua prioridade é reduzir o desembolso necessário para a implementação do PNBL ? vide os recentes cortes no orçamento da Telebrás para este ano. Estima-se um investimento superior a R$ 14 bilhões para que 30 milhões de domicílios tenham acesso a  internet em banda larga até 2014 ? ressalte-se que esta cifra seria ainda maior, mas o governo reduziu a meta de 72% para apenas 50% dos lares brasileiros. O projeto da Petrobras, no entanto, não ficará circunscrito ao PNBL. A própria estatal fará uso da sua rede de fibra óptica para as comunicações internas. Há ainda uma forte motivação comercial por trás da empreitada. A ideia é também alugar a rede para terceiros, a começar pelas próprias operadoras de telefonia.

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