Elegância e decadência na recepção Á  equipe econômica

  • 27/11/2014
    • Share

* O novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, será tosquiado no cargo. Barbosa vai tomar conta de toda a política microeconômica do governo. Entre os espinhosos abacaxis estão a retomada do programa de concessões, as reformas tributária e previdenciária e o redesenho do BNDES, incluindo uma elevação da TJLP que vai deixar os empresários sem achar graça nenhuma. Para completar, ele deverá ser o futuro presidente do Conselho da Petrobras. * Joaquim Levy entrará no Ministério da Fazenda com o pé direito caso se confirme o convite a Eduarda La Rocque para assumir a Secretaria do Tesouro. “Duda” é um enclave da PUC-RJ na nova equipe econômica, o que era impensável com Guido Mantega. Mas pode até ser que exista alguma dose de maquiavelismo neste movimento. Seria uma forma de calar as previsíveis críticas de Armínio Fraga, Gustavo Franco e cia. * Saem a PUC-Rio de FHC e a UFRJ de Lula e Dilma I e adentra o gramado a Fundação Getulio Vargas. Joaquim Levy terá toda e mais alguma colaboração da FGV, que está eufórica com a sua indicação. Levy poderá contar particularmente com a luxuosa colaboração do professor Aloisio Araújo, o mais bem equipado economista matemático do Brasil. Araújo, no seu estilo discreto, quase invisível, contribuiu intensamente com o próprio Levy durante o governo Lula I. * Os recorrentes manifestos de protesto escritos por intelectuais de esquerda estão não só perdendo o significado, como parecendo formas vazias de afirmação de personagens que deixaram de ter protagonismo na vida pública. São abaixo-assinados contra medidas que ainda não foram adotadas e cenários econômico-sociais que não ocorreram. Atitudes típicas dos chamados “quinta coluna” ou de quem quer aparecer a qualquer preço.

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.