Tag: Energia

Empresa

Copersucar abre as portas da Alvean para um novo parceiro

3/04/2024
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A Copersucar está a mil por hora. No front interno, acaba de anunciar a compra de 50% da comercializadora de energia Comec; no externo, segundo o RR apurou, busca um parceiro internacional para a Alvean, maior trading de açúcar do mundo. A Copersucar controla 100% da empresa desde 2021, quando comprou a metade que pertencia à Cargill. Procurada, a companhia não se manifestou.

#Comec #Copersucar #Energia

Empresa

Enerside Energy busca comprador para usina eólica

20/02/2024
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O RR apurou que a Enerside Energy está negociando a venda de uma de suas usinas eólicas  no Brasil. A empresa é uma das principais plataformas fotovoltaicas do país, com um portfólio de no mínimo 4,1 GW, em projetos espalhados por cinco estados. Entre os seus grandes clientes está a Raízen. A venda em curso faria parte de uma estratégia global da gigante de energia. A EE quer manter cerca de 30% de ativos na América Latina (Brasil e Chile) e os outros 70% na Itália e na Espanha – seus quatro mercados atuais.

#Energia #Enerside Energy #usinas eólicas

Política externa

Alckmin corre países vizinhos para negociar acordos na área de energia

23/01/2024
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Geraldo Alckmin é mesmo um vice-presidente para toda obra. Lula pretende enviar Alckmin para uma viagem à Bolívia e Equador em fevereiro. Em pauta, a negociação de acordos no setor de energia com os dois países. O assunto envolve diretamente a Petrobras e a possibilidade de parcerias para investimentos em exploração e produção de óleo e gás nos dois países. A visita de Alckmin aos países vizinhos corrobora a ideia de que o vice-presidente deverá ter, a partir deste ano, um papel mais relevante na área de relações internacionais. Até pela necessidade de Lula se concentrar mais na política interna.

#Bolívia #Energia #Equador #Geraldo Alckmin #Lula #Petrobras

Petróleo

Guiana abre as portas para a Petrobras

11/01/2024
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Em meio às tensões com a Venezuela, o governo da Guiana bateu à porta do Ministério de Minas e Energia. O país vizinho busca uma parceria envolvendo a Petrobras para a exploração de petróleo e gás e, de quebra, projetos conjuntos em energia renovável. Recentemente, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, descartou investimentos na Guiana. Mas, a essa altura, quem corre mais risco de ser descartado é o próprio Prates.

#Energia #Guiana #Petrobras

Energia

Brasil e Bolívia estudam “costurar” suas linhas de transmissão

2/01/2024
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Os governos do Brasil e da Bolívia têm mantido conversações em torno de uma cooperação na área de energia elétrica, inclusive com a possibilidade de interligação entre sistemas de transmissão.  Isto possibilitaria a venda de eletricidade, tal como ocorre com o gás, de parte a parte. Se o presidente Lula tiver um momento de saudosismo, pode até ressuscitar um projeto que chegou a ser discutido com os bolivianos em seu segundo mandato, pelos idos de 2007 e 2008: a construção de uma hidrelétrica binacional no Rio Madeira.  

#Bolívia #Energia #Lula #Rio Madeira

Energia

Eólicas entram no radar da Fortescue no Brasil

22/12/2023
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A australiana Fortescue tem estudos avançados para investir em energia eólica no Brasil. Ceará e Bahia são fortes candidatos a receber os primeiros empreendimentos, segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia. Em novembro, o CEO global da companhia, Andrew Forrest, esteve reunido com o presidente Lula, quando confirmou o plano de investir US$ 5 bilhões no hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará.

#Energia #Fortescue #Ministério de Minas e Energia

Infraestrutura

Governo discute a compra de mais energia da Venezuela

17/11/2023
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Entre outras medidas preventivas que vêm sendo debatidas no governo, o Ministério de Minas e Energia discute a possibilidade de aumentar a importação de energia da Venezuela. A decisão será tomada até dezembro, em função do ritmo de demanda, do nível dos reservatórios hidrelétricos e da necessidade de geração térmica adicional. Com a onda de calor, o próprio ONS já prevê a necessidade de aumento da produção das termelétricas até o fim do ano. Nesta semana, a demanda por energia no país bateu dois recordes históricos seguidamente. Nesse cenário, recorrer à energia venezuelana seria uma solução mais à mão, motivada, em grande parte, pela relação de proximidade entre os governos Lula e Maduro. Em agosto, o presidente Lula autorizou a retomada da compra do insumo produzido na Hidrelétrica de Guri para abastecer Roraima, que está fora do Sistema Interligado Nacional. A importação estava suspensa desde março de 2019, no início do governo Bolsonaro.

#Energia #Onda de calor #Venezuela

Negócios

Equatorial busca sócio para seus ativos em geração

1/11/2023
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A Equatorial quer ser um pote até aqui de sócios. Além da procura por um parceiro para a área de transmissão, a empresa pretende vender também parte da sua operação de geração para um investidor internacional. Segundo fonte próxima à empresa, um grande fundo soberano do Oriente Médio já demonstrou interesse pelo negócio. A necessidade de buscar capital cresceu após o arrojado movimento feito pela Equatorial no ano passado, ao comprar a Echoenergia por R$ 7 bilhões.

#Energia #Equatorial #Oriente Médio

Energia

BYD aumenta aposta em energia solar no Brasil

31/10/2023
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A BYD está em lua de mel com o Brasil. Além da produção de veículos elétricos em Camaçari, os chineses pretendem ampliar sua fábrica de painéis fotovoltaicos em Campinas. A capacidade deverá sair de 400 MW para cerca de 500 MW em equipamentos por ano.  Os chineses miram não apenas no fornecimento a grandes usinas, mas também no varejo, com as vendas a residências e ao comércio. A aposta no setor é alta: recentemente, a BYD anunciou três novos centros de distribuição de equipamentos solares no Brasil

#BYD #Energia #Energia Solar

Energia

Grupo chinês planeja produzir painéis solares no Brasil

30/10/2023
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Segundo informação filtrada do Ministério de Minas e Energia, a chinesa Jinko Solar fez chegar ao governo brasileiro o seu interesse em instalar uma fábrica de painéis solares no Brasil. Trata-se de um dos maiores fabricantes de equipamentos fotovoltaicos do mundo, com vendas anuais da ordem de US$ 15 bilhões. A Jinko Solar mira a oportunidade de replicar no Brasil algumas de suas maiores parcerias no mercado chinês. Entre outros, a empresa é um dos grandes fornecedores de painéis para a PowerChina, que está investindo R$ 1,8 bilhão na construção de um parque solar no Ceará. O Brasil, ressalte-se, já é o segundo maior importador de painéis solares da China, depois da Europa.

#Energia #Jinko Solar #Ministério de Minas e Energia

Energia

Cemig aumenta investimentos em transição energética

9/10/2023
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A Cemig vai aumentar sua aposta na transição energética. A estatal iniciou estudos para a instalação de mais três geradoras solares flutuantes em reservatórios de suas grandes hidrelétricas. Uma delas deverá ficar na usina de Irapé. O investimento estimado é da ordem de R$ 1,2 bilhão. A estratégia da Cemig é potencializar seu parque gerador, aproveitando seus lagos para a produção não apenas de energia hidrelétrica, mas também solar. A empresa já anunciou a construção de quatro usinas fotovoltaicas em outros reservatórios em Minas Gerais, ao custo de R$ 1,8 bilhão. O atual plano da estatal em geração renovável soma cerca de R$ 13 bilhões em investimentos.

#Cemig #Energia

Destaque

Brasil entra no mapa da Petronas na transição energética

4/10/2023
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A Petronas, estatal de petróleo e gás da Malásia, prepara sua entrada no setor de geração renovável no Brasil. O RR apurou que os asiáticos estão se movimentando no mercado para comprar ativos em transição energética no país, notadamente usinas eólicas e solares. Segundo a mesma fonte, o alvo prioritário é a Ibitu Energia, controlada pelo fundo norte-americano Castlelake.

À venda há mais de um ano, a empresa está avaliada em aproximadamente US$ 1 bilhão. Seu portfólio soma quase 1,5 MW de capacidade: são três usinas solares, cinco eólicas e duas hidrelétricas em operação, além de três projetos em desenvolvimento no Nordeste. A Ibitu, ressalte-se, não está sozinha na alça de mira da Petrobras.

De acordo com as informações apuradas, o grupo malaio mantém uma segunda frente de conversas, com a Enel, que colocou à venda um pacote de geradoras eólicas e solares. Consultados pelo RR, Petronas e Castlelake não se manifestaram até o fechamento desta matéria. A Enel, por sua vez, disse que “não comenta rumores”.

Grandes petroleiras internacionais começam a disputar uma corrida por ativos em energia limpa no Brasil. Um dos movimentos mais recentes foi protagonizado pela norueguesa Equinor, com a aquisição da Rio Energy por R$ 3,5 bilhões. No caso da Petronas, conglomerado que fatura quase US$ 90 bilhões ao ano, o Brasil está prestes a entrar em um mapa que já tem Ásia e Austrália.

Até o momento estas são as regiões em que o grupo malaio tem concentrado maior volume de investimentos para a descarbonização da sua matriz energética. Os projetos são conduzidos pela Gentari, o braço de geração renovável da petroleira. Entre outros investimentos, a empresa está desembolsando mais de US$ 1 bilhão para gerar 8 GW em energia limpa na Austrália até 2030. Em fevereiro deste ano, gastou outro tanto para a aquisição das usinas de energia solar da alemã Wirsol Energy em território australiano.

#Castlelake #Energia #Gentari #Petronas #Wirsol Energy

Energia

Déficit de energia na Argentina é um bom negócio para o Brasil

14/09/2023
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A Edenur, maior distribuidora do setor elétrico na Argentina, está batendo à porta de grandes empresas brasileiras, como CPFL e Engie, para comprar energia. A súbita necessidade decorre de decisão tomada pelo novo governo paraguaio. O presidente Santiago Peña determinou que o Paraguai use 100% da sua cota na usina binacional de Yaciretá, uma associação com a Argentina.

Historicamente, os paraguaios sempre ficaram com apenas 15% da produção, deixando o excedente com o país vizinho. Parte desse volume atende exatamente à Edenur. A empresa busca energia no Brasil para afastar o risco de desabastecimento a seus clientes na Argentina. Em tempo: a necessidade da Argentina serve como combustível ao lobby das grandes geradoras brasileiras para que o governo volte a flexibilizar as regras para exportação de energia.

Em junho, o Ministério de Minas Energia restringiu a venda do insumo ao exterior, por conta da proximidade do período de redução das chuvas no país. Os grandes grupos do setor elétricos classificam a medida como excesso de conservadorismo, dado o elevado nível dos reservatórios das hidrelétricas.

#Argentina #Energia

Destaque

Alemanha quer fazer do Brasil o seu “hub” de energia limpa

6/09/2023
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O acordo bilateral entre Brasil e Alemanha para investimentos em transição energética começa a sair do papel. Segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia, há negociações para que o governo alemão seja um dos financiadores do futuro hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, no Ceará. Trata-se de um dos maiores projetos de geração renovável em curso no país. A previsão de aportes beira os R$ 70 bilhões.

A Alemanha surge como o primeiro investidor soberano a se associar ao empreendimento – unindo-se a mais de 20 grupos privados que já assinaram memorandos de entendimento para participar do projeto, entre os quais se destacam a Eneva e a australiana Macquarie. Os recursos deverão sair do Fundo para o Clima e a Transformação, criado pelo governo alemão. São mais de 210 bilhões de euros reservados para financiar projetos de transição energética em todo o mundo.  

De parte a parte, há outras pontas que se juntam nessa costura bilateral. De acordo com a mesma fonte, as conversações passam também pelo KfW, o banco de fomento alemão. A instituição deverá entrar no projeto de criação do hub de Pecém financiando a compra de equipamentos. O fio dessa meada leva ao próprio BNDES. Na última segunda-feira, o banco brasileiro e o KfW IPEX-Bank, braço de exportações da agência de fomento alemã, assinaram um acordo para expandir sua cooperação comercial, com foco exatamente em projetos de transição energética, clima e preservação ambiental.  

O Porto de Pecém deve ser apenas o ponto de partida. O Brasil tem tudo para ser um dos principais se não o grande hub de fornecimento de energia limpa para que a Alemanha consiga cumprir suas metas de descarbonização. Estima-se que o país europeu terá de importar o equivalente a 70% da sua demanda interna por hidrogênio verde para alcançar a neutralidade climática até 2045.  

#Alemanha #Energia #Energia Limpa #Hidrogênio verde

Energia

Noruega vai financiar energia renovável no Brasil

14/07/2023
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O governo brasileiro negocia com a Noruega um apoio para projetos em transição energética. O acordo envolverá a liberação de recursos para atividades de pesquisa e desenvolvimento e a construção de usinas de geração eólica e solar. O dinheiro deverá sair do Norfund, fundo do governo norueguês para países em desenvolvimento. A entidade já liberou aproximadamente US$ 3 bilhões para mais de 170 projetos de infraestrutura, notadamente em geração.  

 

#Energia #Noruega

Energia

Suzlon deverá produzir turbinas eólicas no Brasil

7/07/2023
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Emissários da indiana Suzlon, gigante global da indústria de energia elétrica, têm mantido conversações com o governo do Ceará para instalar uma fábrica no estado. A unidade seria focada na produção de turbinas para usinas eólicas. A Suzlon já ensaiou se instalar no país em meados da década passada, mas ficou no quase. Desta vez, a operação ganha mais sentido diante do crescente volume de investimentos em energia renovável no Brasil. Ainda que o setor tenha apresentado alguns engasgos, como a crise da Siemens Gamesa e a decisão da GE Renewable Energy de suspender a fabricação de turbinas no país.

#Energia #Renewable Energy #Siemens Gamesa #Suzlon

ESG

Brasil é peça central no plano de descarbonização da RHI Magnesita

30/06/2023
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A RHI Magnesita, um dos maiores fabricantes mundiais de refratários, está desenvolvendo estudos para a produção de hidrogênio verde. O grupo pretende utilizar gradativamente novas fontes de energia limpa nas fábricas de Contagem (MG) e Brumadinho (BA), dentro de um plano global que se estende ainda às demais 26 plantas industriais em dez países. O Brasil é peça fundamental no processo de transição energética da RHI. Aliás, é peça importante em tudo que diz respeito à RHI: o país responde, sozinho, por mais 20% do faturamento da companhia em todo o mundo. O conglomerado de origem austríaco tem como meta reduzir as emissões de carbono de escopo 1, 2 e 3 em 15% até 2025. 

#Energia #ESG #RHI Magnesita

Energia

Investimento bilionário no Amapá começa a sair do papel

27/06/2023
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O RR apurou que o governo do Amapá vai liberar, em até duas semanas, a licença para a construção da termelétrica do Rio Matapi. Trata-se de um dos maiores projetos da área de geração prestes a sair do papel na Região Amazônica: a usina está orçada em R$ 2 bilhões. O empreendimento é capitaneado pela Evolution Power Partners.

#Amapá #Energia #Evolution Power Partners #Rio Matapi

Empresa

Eneva busca um parceiro de alta voltagem para a transição energética

25/05/2023
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Além de grupos da área de energia, a Eneva vem mantendo conversações com grandes gestoras internacionais em torno de uma possível associação em geração renovável. De acordo com uma fonte próxima ao grupo, do outro lado da mesa estão nomes como a BlackRock, o potentado norte-americano da área de private equity, que tem um fundo da ordem de US$ 5 bilhões para o setor de energia, e a inglesa Actis, já com investimentos no Brasil, mais precisamente na Ômega Energia. A Eneva pretende vender uma participação minoritária de sua plataforma de ativos em geração eólica e solar. 

#Actis #BlackRock #Energia #Eneva

Empresa

ArcelorMittal busca mais parceiros no setor de energia

11/05/2023
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O acordo com a Casa dos Ventos, para um projeto de geração eólica de R$ 800 milhões no Ceará, foi apenas a primeira lufada. A ArcelorMittal pretende fechar outras parcerias para a produção de energia verde. A prioridade é por empreendimentos próximos aos sites da companhia siderúrgica no país, notadamente em Minas Gerais. Gradativamente a ArcelorMittal pretende “limpar” a maior parte da energia consumida por suas usinas no Brasil. De uma só tacada, o acordo com a Casa dos Ventos garantirá o equivalente a 38% das necessidades da siderúrgica até 2030.

#ArcelorMittal #Casa dos Ventos #Energia

Destaque

Suzana Kahn vai assumir Estratégia da Petrobras e reforçar transição energética para o baixo carbono 

10/05/2023
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A Petrobras vai dar mais uma firme sinalização de que os investimentos em transição energética são prioridade para a atual gestão. O RR apurou que Suzana Kahn vai assumir a gerência executiva de Estratégia e Planejamento da estatal, área responsável por submeter e conduzir os planos estratégicos de médio e longo prazos da companhia. Professora da Coppe/UFRJ, Suzana é muito respeitada no Brasil e no exterior. Integra o IPCC – sigla em inglês para o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU. Trata-se de uma indicação direta de Mauricio Tolmasquim, escolhido pelo governo para assumir a nova diretoria de Transição Energética e Energias Renováveis da estatal. 

Anteriormente, Suzana Khan havia sido indicada para o Conselho de Administração da Petrobras, mas seu nome acabou não sendo aprovado na Assembleia Geral de Acionistas. Caberá à dupla Tolmasquim/Suzana conduzir os investimentos da companhia em energia limpa, uma área que perdeu punch na petroleira durante o governo de Jair Bolsonaro. Segundo a fonte do RR, Suzana será aprovada sem ressalvas no Background Check de Integridade, processo de verificação dos executivos indicados para cargos da alta administração da Petrobras.

#Energia #Jair Bolsonaro #Petrobras #Suzana Kahn

Energia

Aumento da alavancagem provoca faíscas na Eletrobras

15/03/2023
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O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, elegeu como prioridade a repactuação da dívida da companhia. A empresa estuda instrumentos financeiros para alongar o perfil do seu passivo, entre os quais a emissão de títulos. A venda de ativos considerados menos estratégicos também é cogitada, segundo informações apuradas pelo RR. Hoje, o endividamento de curto prazo da Eletrobras está na casa dos R$ 7 bilhões – de um passivo total em torno de R$ 55 bilhões. Um fator de preocupação é o acelerado crescimento do nível de alavancagem da empresa. No balanço de março de 2022, o último publicado ainda sob controle estatal, a relação dívida líquida/Ebitda era de 0,9. Em setembro de 2022, esse múltiplo rigorosamente dobrou. Segundo a fonte do RR, Ferreira Junior tem repetido reiteradas vezes que, pelo seu porte, a Eletrobras tem de ter o menor custo de capital do setor elétrico no Brasil. Consultada, a empresa não se manifestou.

#Eletrobras #Energia

Energia

Consórcio Nordeste sai à caça de investidores em energia renovável

14/03/2023
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Baqueado por denúncias de corrupção na compra de respiradores durante a pandemia, o Consórcio Nordeste está de “volta”. O pool de governadores – liderado por Jerônimo Rodrigues, da Bahia, e Elmano de Freitas, do Ceará – discute projetos conjuntos com o objetivo de atrair investimentos em geração renovável. Segundo a fonte do RR, os estados trabalham em um plano para a integração de linhas de transmissão no Nordeste, com o apoio do governo federal. Além de usinas eólicas e solares – vocação natural da região – os governadores começam a trabalhar, cada qual do seu lado, em projetos para a produção de hidrogênio verde. Jerônimo Rodrigues pretende aproveitar a viagem à China no fim do mês, na comitiva oficial do presidente Lula, para se reunir com empresas com empresas do setor. O Ceará, por sua vez, saiu na frente e já anunciou a instalação de um hub de hidrogênio verde no Porto de Pecém, empreendimento orçado em mais de US$ 6 bilhões.  

#Consórcio Nordeste #Energia

Energia

Petrobras impulsiona novos investimentos em energia no Nordeste

16/02/2023
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A Petrobras, sob a gestão de Jean Paul Prates, terá um papel importante no desenvolvimento de projetos na área de energia no Nordeste. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, negocia com a direção da estatal o fornecimento de gás para a instalação de quatro térmicas na Zona de Processamento de Exportação do estado. Não é o único. O governador da Paraíba, João Azevedo, também costura com a empresa a garantia de entrega do combustível para a construção de duas termelétricas. As tratativas com a Petrobras envolvem o uso de instalações flutuantes no litoral dos dois estados com unidades de liquefação e armazenamento de gás natural.   

#Ceará #Elmano de Freitas #Energia #gás #governador #Jean Paul Prates #João Azevedo #Nordeste #Paraíba #Petrobras #térmicas

Política

Futuro governo quer desmontar o “GSI da Petrobras”

22/11/2022
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O nome do futuro presidente da Petrobras ainda é uma incógnita, mas uma de suas primeiras missões já está desenhada. Assessores do comitê de transição na área de energia ligados à estatal – como Deyvid Barcelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) – têm alertado sobre a necessidade de o PT desmontar logo na partida o aparelho de Inteligência instalado pelo governo Bolsonaro dentro da empresa. Conforme o próprio RR já revelou, esse bunker é personificado, sobretudo, na figura de dois militares: o coronel da reserva do Exército Ricardo Silva Marques e o capitão tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem. Dentro da estatal, ambos carregam a pecha de comandarem uma espécie de “estrutura de espionagem” a serviço direto de Bolsonaro.  

Silva Marques chefia a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa, área que concentra os dados mais sigilosos dos funcionários da empresa. Nagem, por sua vez, bate ponto como assessor direto da presidência da companhia, com uma resiliência impressionante: já está no quarto CEO. Trata-se de um cargo de confiança. Normalmente assessores da presidência da Petrobras deixam o posto quando há uma troca de comando. Talvez a permanência de Nagem se explique pelo fato de que o seu chefe, de fato, não está na companhia, mas, sim, no Palácio do Planalto.

#Energia #Jair Bolsonaro #Petrobras #PT

Destaque

Ometto desponta como uma grande “potência energética” no próximo governo

14/11/2022
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O controlador da Cosan, Rubens Ometto, é candidato a ser no governo Lula, na área de energia renovável, o que a JBS se tornou na cadeia de proteína, a partir de primeira era do PT. Há fortíssimas ressalvas na comparação. Ometto vai colocar o grosso do dinheiro do seu bolso, e não da torneira financeira do BNDES. Quanto à diferença de métodos para obtenção de recursos entre o dono da Cosan e os irmãos Batista, controladores da JBS, a Lava Jato já contou o que havia para contar sobre esses últimos. O prestígio de Ometto com Lula é tanto que possivelmente ele seria guindado a um Ministério caso somente acenasse com a ideia ao amigo. Segundo o RR apurou, o presidente eleito pretende se reunir com Ometto ao voltar da COP 27, no Egito. Será um dos primeiros encontros de Lula com um empresário após a eleição, o que dá a medida do estreito relacionamento do dono da Cosan – ressalte-se que ambos já tiveram duas conversas reservadas durante a campanha. Ometto é visto como um personagem fundamental para os planos do novo governo de estimular fortemente a produção de energia limpa e de combustíveis verdes no Brasil. Ele é um cala boca para os críticos de que o governo Lula quer trocar a seiva do investimento privado pelo subsidiado investimento público. 

 

Vai ter muita grana do empresariado para as renováveis. Os números falam por si: na semana passada, a Raízen – joint venture entre a Cosan e a Shell – anunciou um investimento de R$ 6 bilhões na construção de cinco plantas de etanol de segunda geração. As atenções se voltam também para o hidrogênio verde. A Raízen desponta, desde já, como um dos potenciais candidatos a liderar alguns dos maiores projetos do setor no Brasil. O grupo fechou recentemente uma parceria com a USP com objetivo de desenvolver uma tecnologia capaz de transformar etanol em hidrogênio verde. E se alguém tem álcool de sobra no país é a dobradinha entre a Cosan e a Shell: são 35 usinas, com capacidade de produção de 3,5 bilhões de litros por ano.  

 

Fosse em outros tempos, o próprio Ometto e a Raízen seriam fortes candidatos a “cavalos vencedores”. A repetição desse velho modelo está fora de cogitação para o próximo governo Lula, conforme o RR já adiantou. O que não quer dizer que a Raízen não possa se favorecer de uma nova estratégia de incentivos para o aumento da inserção internacional do Brasil, focada em produtos – caso da energia verde – e não em empresas.   

#Cosan #Energia #Lula #PT #Raízen #Rubens Ometto

Negócios

A montadora do futuro vai produzir até automóvel

1/11/2022
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Uma das grandes montadoras do país pediu AGE para aprovar novo estatuto. As diretrizes são uma proxy da guinada que as empresas do setor muito provavelmente darão, em bloco. O aumento das novas atribuições no objeto da companhia conduz a mesma para um arco de atividades bem mais amplo do que a tradicional fabricação e montagem de veículos automotores e equipamentos, peças e acessórios.

A montadora vai incursionar na área de serviços de engenharia civil, como fiscalização de obras e elaboração de projetos. Em áreas mais próximas, trará para o seu core business a locação de veículos automotores. Há movimentos ainda mais inovadores, tais como o ingresso em atividades relacionadas à geração, distribuição de energia elétrica, e produção e comercialização de artefatos de material plástico, inclusive em 3D.

Provavelmente, a iniciativa busca a verticalização do negócio com carros elétricos. Um objetivo similar é a decisão o aumento da participação em outras sociedades industriais, comerciais ou civis como sócia, acionista ou quotista. A empresa em questão quer ser “dona” da sua cadeia de produção. Não deve ser tratado como um caso isolado. Esse parece ser o norte das “montadoras”. Ficar como está, não vai. O carro vai virar um bem locado, elétrico e com peças impressas em 3D.

#AGE #Carros elétricos #Energia

“Embrapa do hidrogênio” entra no radar de Lula

30/09/2022
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Empresas do setor de energia encaminharam ao comitê responsável pelo programa econômico de Lula uma proposta que visa acelerar a transformação do Brasil em uma potência da geração renovável. A ideia que circula entre os assessores do ex-presidente é a criação de uma espécie de “Embrapa do hidrogênio”. Ou seja: uma empresa pública da área de pesquisa dedicada ao desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de hidrogênio verde, em parceria como a iniciativa privada. Se a Embrapa surgiu em 1973, em pleno governo militar, para garantir um modelo de agricultura e pecuária “genuinamente tropical”, caberia a essa estatal criar soluções para o aproveitamento das notórias potencialidades do Brasil para o setor.   

Um exemplo: hoje existem pesquisas no país para a produção de hidrogênio verde a partir da vinhaça, um resíduo proveniente do etanol. Essa “escória” sucroalcooleira é puro ouro para o setor energético: sua composição tem 95% de água. Basicamente, o hidrogênio verde é obtido a partir da quebra das moléculas da água por meio de um processo chamado eletrólise. A eletricidade necessária para essa transformação vem de fontes renováveis, como solar e eólica. O Brasil tem sol, tem vento e tem muita cana de açúcar. A cada litro de etanol – o país produz 28 bilhões de litros do biocombustível por ano – são obtidos dez litros de vinhaça. Os estudos em torno dessa técnica vêm sendo conduzidos pela USP e pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em parceria com o Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI), financiado pela Fapesp e pela Shell. A existência de uma “Embrapa do hidrogênio” teria o potencial de acelerar o desenvolvimento dessa e eventualmente de outras tecnologias.  

Até o momento, Lula tem sido razoavelmente econômico nas menções aos seus planos para a área de energia. Algumas das poucas citações ao tema têm sido feitas por Mauricio Tolmasquim, que ocupou cargos no Ministério de Minas e Energia no governo do petista e é um de seus principais assessores para o setor. Sem entrar em detalhes, Tolmasquim já afirmou que os planos de Lula passam pela construção de hidrelétricas de menor porte e usinas solares e eólicas. A proposta de criação da Embrapa do “hidrogênio verde” daria uma voltagem bem maior ao plano de governo do petista. Até porque os investimentos nessa matriz energética do futuro, fundamental para a transição para uma economia de baixo carbono, ainda são incipientes perto do potencial que se enxerga para o Brasil.  

Ainda assim, alguns projetos de porte já estão no pipeline. A Unigel vai investir cerca de US$ 120 milhões em uma planta na cidade de Camaçari (BA). A AES assinou um pré-contrato com o Porto de Pecém (CE) para instalar no local um hub de produção de hidrogênio verde com capacidade de até 2 GW. A australiana Fortescue também assinou um memorando de entendimentos com o governo do Ceará para investir US$ 6 bilhões em uma usina no mesmo complexo portuário. Há ainda a expectativa pela vinda de grandes fundos internacionais ESG. É o caso do VH Global Sustainable Energy Oportunities. O RR apurou que os ingleses querem se associar a projetos de hidrogênio verde no país. O VH Global, por sinal, já deu um primeiro passo em energia renovável no país: em parceria com a Paraty Energia, comprou a hidrelétrica Mascarenhas, até então pertencente à EDP.  

#Energia #Lula #Ministério de Minas e Energia #Unigel

Acervo RR

Energia renovável

26/09/2022
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A francesa Neoen planeja investir em energia renovável no Brasil, notadamente solar e eólica. A América Latina tornou-se uma peça importante na expansão internacional do grupo. Os franceses já têm negócios na Argentina, México e El Salvador.

#Energia #Neoen

Chineses em alta voltagem

23/08/2022
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A SPIC (State Power Investment Corporation of China) está em conversações com o fundo Castlelake para a aquisição da Ibitu Energia. Segundo informação que circula no mercado, os norte-americanos pedem cerca de US$ 1,2 bilhão pela empresa. O pacote de ativos inclui cinco complexos eólicos no Rio Grande do Norte, Piauí e Ceará, duas usinas de energia solar na Bahia e três hidrelétricas, localizadas em Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina. Consultadas pelo RR, SPIC e Ibitu não quiseram se manifestar. A aquisição representaria o maior investimento da SPIC no Brasil. O grupo chinês, que já tem negócios no país em geração térmica, hídrica e eólica, comprou recentemente dois projetos de energia solar da Canadian Solar. Ao todo, investirá cerca de R$ 2 bilhões na construção das usinas.

Segundo informações filtradas do Ministério de Minas e Energia, a CCCC (China Communications Construction Company) planeja investir em geração renovável no país. O ponto de partida será a instalação de usinas eólicas offshore no Nordeste, no rastro de um mercado promissor aberto pelo novo marco regulatório para o segmento. De acordo com a mesma fonte, os chineses já teriam iniciado gestões junto à Aneel e ao Ibama com o objetivo de viabilizar um primeiro projeto, no Rio Grande do Norte.

É só a fagulha inicial. Os planos da CCCC para o Brasil passam também pela energia solar, seja com investimentos no greenfield, seja com a compra de participações em projetos já maduros. Procurada pelo RR, a CCCC não se pronunciou. A CCCC é um dos maiores conglomerados de infraestrutura da China, com faturamento da ordem de US$ 80 bilhões por ano.

A empresa já tem negócios no Brasil: controla a Concremat, maior fabricante de concreto do país. A investida em energia no mercado brasileiro está vinculada a um projeto geoeconômico mais largo, que contempla outros países da América Latina. É o caso da Nicarágua, onde os asiáticos estão alocando cerca de US$ 100 milhões no projeto de energia solar El Hato.

#CCCC #Energia #Ibitu Energia #Ministério de Minas e Energia #Spic

Conexão Pequim

15/06/2022
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A chinesa Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo, negocia um grande contrato de venda de equipamentos no Brasil. Do outro lado da mesa, está outro gigante chinês do setor elétrico, com investimentos em energia renovável no mercado brasileiro.

#Energia #Goldwind

Corte de gastos

27/05/2022
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Bola dentro do governo Bolsonaro: segundo uma fonte da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia, diversos órgãos da gestão federal têm feito consultas para a compra de energia no mercado livre. A economia para os cofres públicos pode chegar a 15%.

#Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia #Energia

Boa notícia

17/05/2022
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O Texas Pacific Group (TPG) pretende investir em energia renovável no Brasil. Uma grande empresa de geração eólica já foi procurada. Trata-se de um retorno do TPG ao setor de energia no Brasil. A gestora, que administra US$ 120 bilhões, já foi dona da Evoltz, empresa de transmissão.

#Energia #Texas Pacific Group #TPG

Portas abertas na Cemig

13/04/2022
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A Cemig está buscando parceiros para tocar projetos em geração renovável. Há conversas não só com empresas do setor elétrico, mas também fundos de private equity. A meta da estatal é aumentar a sua produção de energia limpa em um gigawatt até 2026, um investimento estimado em R$ 5 bilhões.

#Cemig #Energia

Para onde vai a energia de Itaipu?

1/02/2022
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O governo do Paraguai quer que Itaipu passe a vender energia no mercado livre brasileiro, como forma de aumentar sua receita. Segundo o RR apurou, autoridades paraguaias já sinalizaram ao Ministério de Minas e Energia que levarão a proposta à próxima reunião do Conselho de Administração da hidrelétrica. Promessa de mais faíscas entre os dois países. A medida não conta com muita simpatia do governo brasileiro. A bola dividida com o Paraguai é tão delicada que as autoridades parecem estar cheia de dedos para abordar o assunto. Ao RR, o Ministério de Minas e Energia disse que o tema deveria ser tratado diretamente com Itaipu. A estatal, por sua vez, saiu pela tangente e informou que “a comercialização do excedente da margem paraguaia no Mercado Livre de Energia não é um tema de gestão direta da Itaipu, mas que cabe às altas partes contratantes (os governos dos países sócios do empreendimento).”

#Energia #Ministério de Minas e Energia

Energia de sobra

25/01/2022
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A chinesa CGN Energy International vem mantendo conversações com o governo do Ceará para instalar um complexo de usinas eólicas no estado. O que não falta ao grupo é energia para investir no Brasil. Os asiáticos estão desembolsando R$ 1 bilhão na Bahia em projetos de geração renovável. E pagaram mais de R$ 3 bilhões por ativos energéticos da italiana Enel.

#CGN Energy International #Enel #Energia

Energia verde

29/11/2021
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A chinesa Sinopec, que já atua em exploração e produção de petróleo no Brasil, tem planos de investir em energia renovável no país.

#Energia #Sinopec

Racionamento com pandemia? É só o que falta

9/12/2020
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O RR teve acesso a um documento assustador, produzido pela RC Consultores (empresa do ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro), que trata do risco de um racionamento de energia no país. Os principais pontos são os seguintes:

  •  Enquanto o consumo de energia sobe, o nível dos reservatórios desce nas diversas regiões do país. No Sudeste, cuja estrutura de armazenamento representa 75% do sistema nacional, o nível está em apenas 16,87% da capacidade total, valor muito abaixo da média histórica para o período.
  • Os reservatórios do Sudeste perdem 0,3 ponto percentual de recursos a cada dia. Neste ritmo terminaremos 2020 com pouco mais de 11% da capacidade total. Nunca enfrentamos situação parecida no passado recente.
  •  A bandeira 2 vermelha pouco efeito terá. O maior número de pessoas trabalhando em casa reduz a eficiência do consumo de energia.
  • Caso não chova o suficiente nas regiões críticas e o consumo continue em alta, restará como saída a importação de energia ou até mesmo restringir o consumo espontâneo via preços ou racionamento.
  • É preciso ações rápidas e tempestivas por parte do governo, sob o risco de um novo racionamento energético vir a anular todo o esforço de recuperação econômica. Em tempo: o almirante Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia, rechaçou qualquer possibilidade de racionamento, assim como negou interferência do governo na decisão da Aneel de reativar o sistema de bandeiras tarifárias, aplicando o nível vermelho patamar

#BNDES #Energia #Paulo Rabello de Castro #RC Consultores

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