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Petrobras Distribuidora não escapa da dança das cadeiras

  • 15/06/2011
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A reunião do Conselho de Administração da Petrobras Distribuidora (BR), prevista para a próxima sexta- feira, vai marcar uma dança das cadeiras na gestão da estatal. As mudanças devem começar pelo cargo máximo da companhia. O atual presidente, José Lima de Andrade Neto, está com os dias contados. O nome mais forte para suceder-lhe é o de Nestor Cerveró, que hoje ocupa a diretoria financeira da companhia. A indicação de Cerveró tem a assinatura do senador Delcídio do Amaral, petista com notória influência no Sistema Petrobras. Delcídio, que ocupou a diretoria de Gás e Energia da holding no governo Fernando Henrique Cardoso, aumentou ainda mais o seu poder na era Lula. No primeiro mandato do ex-presidente, foi responsável pela nomeação do próprio Cerveró para a diretoria da área internacional da Petrobras. Na ocasião, o senador conseguiu também emplacar mais dois apadrinhados políticos na equipe de Cerveró. Com a iminente ida de Nestor Cerveró para a presidência, a cobiçada diretoria financeira da BR será entregue a um nome indicado diretamente pelo PT ou egresso das fileiras da própria Petrobras, o que, atualmente, vem a dar no mesmo. Trata-se de um cargo estratégico. Para o partido, é absolutamente fundamental ter o controle da área financeira da distribuidora. O PT já mira em 2012, mais precisamente nas eleições municipais. A BR, como se sabe, é uma vaca leiteira, cuja ordenha fica ainda mais frenética em anos eleitorais. Ressalte-se que há uma reviravolta a  vista entre as mudanças no comando da BR. Tudo indica que o diretor de Operações e Logística, José Zonis, vai escapar do cadafalso. Nas últimas semanas, sua saída era dada como fato consumado dentro da própria empresa ? ver RR – Negócios & Finanças nº 4.140. Caso se confirme, a permanência de Zonis significará o fortalecimento do senador Fernando Collor de Mello no governo Dilma Rousseff. Responsável direto pela nomeação do executivo, Collor vem trabalhando com empenho redobrado para assegurar sua manutenção no cargo. Quem não deverá ter a mesma sorte é o diretor da Rede de Postos de Serviço, Luiz Claudio Caseira Sanchez. Também indicado pelo PTB, Sanchez está com um corpo e meio fora da BR. A expectativa na estatal é que a sua saída seja oficializada na reunião do Conselho desta sexta-feira.

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