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Venda da Amil caminha para o seu desfecho sob o olhar atento da ANS

18/12/2023
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O epílogo da novela da venda da Amil está muito próximo – conforme o colunista Lauro Jardim informou na edição de ontem de O Globo. O RR apurou que a UnitedHealth pretende anunciar nesta semana o comprador da terceira maior operadora de planos de saúde do Brasil. Em jogo, uma carteira com mais de 5,4 milhões de clientes e uma rede com 19 hospitais e 52 unidades ambulatoriais, ativos avaliados em algo próximo a R$ 15 bilhões.

No início, eram sete candidatos à aquisição da Amil. Após um processo de depuração natural, há três concorrentes no páreo: a Bain Capital, a Dasa e o empresário José Seripieri Filho. Os três já tiveram negócios na área. A Bain Capital foi, por muitos anos, controladora da empresa de medicina de grupo NotreDame Intermédica, que, posteriormente, se fundiu à Hapvida em um dos maiores deals já realizados no setor.

A Dasa pertence aos herdeiros de Edson de Godoy Bueno, fundador da Amil. Seripieri, por sua vez, criou a Qualicorp e a QS Saúde, cuja carteira foi vendida neste ano à healthtech Alice.

A presença de José Seripieri na disputa tem levado a ANS a acompanhar mais de perto as negociações. Na agência reguladora, historicamente um órgão menos politizado e de perfil mais técnico, há objeções à venda da Amil ao empresário. A resistência se deve, em parte, aos fatos controversos que marcam sua trajetória. Em 2020, o fundador da Qualicorp foi preso na operação Paralelo 23, da Polícia Federal, suspeito de participar de um suposto esquema de caixa 2 na campanha de José Serra ao Senado em 2014, que teria movimentado cerca de R$ 5 milhões.

Em novembro do mesmo ano (2020), Seripieri acabou fechando um acordo de delação premiada com a PGR. Outra questão que preocupa a ANS é o futuro da carteira de planos individuais da Amil, com aproximadamente 300 mil vidas. Trata-se de um negócio deficitário e menos atrativo. Para agência reguladora, é fundamental monitorar os planos do futuro dono da Amil para a operação e se antecipar a qualquer risco de interrupção dos serviços aos beneficiários.

Mais uma vez, as atenções se voltam na direção de Seripieri. Informações que circulam na ANS apontam que o empresário teria planos de vender a carteira de contratos individuais. Há especulações sobre o interesse da Golden Cross em ficar com a operação – Seripieri é próximo do comando da empresa. Esse possível vai-e-vem causa apreensão no órgão regulador.

No limite, esta é uma questão que pode cair no colo da própria ANS. Qualquer abalo na gestão ou problema de continuidade obrigaria a agência ou, em última instância, o próprio Estado a assumir esse contingente de 300 mil planos, mesmo que de forma provisória.

Posicionamento: A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) entrou em contato com o RR para esclarecer que “não recebeu nenhuma formalização a respeito de venda da operadora Amil e que, portanto, não se manifestou sobre eventual negociação.
A ANS ressalta ainda que seus critérios analisados para autorizar ou não operações de assunção ou transferência de carteiras são baseados no cumprimento da regulação setorial. Dessa forma, a ANS não é favorável ou desfavorável a nenhum dos players envolvidos em negociações realizadas no setor sem que sejam analisados os critérios técnicos.”

#Amil #ANS #Dasa #Qualicorp

Empresa

México é a próxima parada da healthtech da família Bueno

4/07/2023
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A Genera, healthtech controlada pela Dasa, da família Bueno, prepara seu desembarque no México. Será o próximo passo do plano de internacionalização da empresa, especializada em testes de ancestralidade e estudos genéticos voltados à saúde preventiva. Após comprar o negócio, em 2019, os herdeiros de Edson de Godoy Bueno têm se empenhado em acelerar a expansão da startup para novos mercados. A Genera já está presente na Argentina, Uruguai e, mais recentemente, o Chile. Ainda que preliminares, já existem estudos também para o ingresso na Colômbia, Equador e Peru, possivelmente em 2025. Hoje, cerca de 8% do faturamento da healthtech vem das operações internacionais. Consultada, a Genera não se manifestou.

#Dasa #Genera

Destaque

Ânima e DNA Capital pretendem vender parte da Inspirali

19/06/2023
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Ânima Educação e DNA Capital saíram em busca um novo sócio para a Inspirali. Os dois acionistas estão dispostos a reduzir sua participação para viabilizar um aporte de capital na empresa, que reúne um colar de universidade de medicina com aproximadamente 14 mil alunos. Entre os prováveis interessados estariam o Grupo Votorantim e o Temasek. Os Ermírio de Moraes e o fundo soberano de Singapura são sócios em um fundo de R$ 3,6 bilhões, voltado a investimentos em saúde e educação. A Inspirali é um negócio em franca ascensão. Criada a partir de uma cisão de ativos da Ânima, responde por aproximadamente um terço do faturamento do grupo. No ano passado, sua receita bateu a cifra de R$ 1 bilhão, crescendo 47% em relação a 2021. Seu maior atrativo é a alta rentabilidade dos cursos de medicina. A Inspirali registra uma margem superior a 60% – para efeito de comparação, as demais operações da Ânima têm uma margem média em torno de 35%. 

Os dois acionistas da Inspirali vivem um momento de pressão, o que aumenta a necessidade de venda de parte da Inspirali para fazer caixa. A Ânima Educação busca recursos para reduzir seu nível de alavancagem: a dívida de curto prazo, em torno de R$ 2,9 bilhões, equivale a 3,9 vezes o Ebitda. No mercado, há especulações de que o próprio grupo pode buscar um novo investidor. Por sua vez, os herdeiros de Edson de Godoy Bueno, controladores da DNA Capital, precisam se recapitalizar após o recente aporte na Dasa. A família teve de injetar R$ 1 bilhão na companhia para dar suporte ao follow on, que totalizou R$ 1,6 bilhão. Consultada pelo RR sobre a venda de parte da Inspirali, a Ânima não comentou o assunto. Em relação à possibilidade de entrada de um novo investidor no seu capital, a empresa foi protocolar e afirmou que “está sempre avaliando oportunidades que possam destravar valor para seus acionistas. A DNA não se manifestou.

#Anima Educação #Dasa #DNA Capital #Inspirali

Empresa

Chegou a hora da Dasa cortar na própria carne

25/04/2023
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Revigorada pela captação de R$ 1,67 bilhão no follow on fechado na semana passada, a Dasa vai se dedicar agora a uma reestruturação dos seus negócios. Segundo o RR apurou, além da já anunciada venda de imóveis, o fechamento de hospitais e laboratórios pouco rentáveis ou deficitários entrou no radar da companhia. A direção da empresa considera prioritário aumentar as margens do negócio. A Dasa tem operado com índices de rentabilidade abaixo da média do setor hospitalar. Na paralela, outro desafio é a redução do nível de alavancagem. A informação é que o grupo já iniciou conversas com credores, notadamente bancos, para renegociar dívidas e alongar o perfil do passivo. Entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022, a relação dívida líquida/Ebitda disparou, saindo de 2,02 para 3,87 vezes.

#Dasa

Empresa

Dasa estuda spin off dos seus ativos imobiliários 

31/03/2023
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Além do follow on estimado em R$ 1,5 bilhão e da venda de imóveis, a família Bueno estuda outros caminhos para capitalizar a Dasa. Segundo o RR apurou, uma das ideias passa também por uma operação de real estate: trata-se da criação de um fundo com ativos imobiliários do grupo – hospitais, clínicas, laboratórios etc. O passo seguinte seria a venda de parte das cotas para investidores. O fundo ficaria responsável também pela construção de futuros hospitais no modelo built to suit. De acordo com a mesma fonte, alguns investidores do setor já teriam sido sondados. Um nome forte nesse segmento é o Tellus, que recentemente levantou cerca de R$ 1,4 bilhão no mercado para projetos de real estate na área de saúde. Procurada pelo RR, a Dasa não quis se manifestar. 

#Dasa

Negócios

Advent pode se “internar” no capital da Dasa

23/02/2023
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O RR apurou que os acionistas da Dasa vêm mantendo conversações com o Advent. A gestora norte-americana é forte candidata a aportar recursos na holding de empresas da área de saúde controlada pelos herdeiros de Edson Bueno. A Dasa pretende levantar algo entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões com um aumento de capital. A injeção de capital deverá impulsionar um novo ciclo de aquisições do grupo, notadamente na área hospitalar.

#Advent #Dasa

Negócios

Mater Dei melhora a saúde financeira para novas aquisições

12/01/2023
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O grupo hospitalar Mater Dei estaria preparando uma nova oferta de ações. A injeção de capital ajudaria a financiar o agressivo plano de aquisições da companhia – desde 2021, a empresa já desembolsou mais de R$ 2 bilhões na compra de hospitais. Ressalte-se que a disputa por ativos no setor tende a ficar ainda mais acirrada justamente por conta de uma epidemia de aportes. O Fleury aprovou recentemente um aumento de capital de até R$ 1,2 bilhão. A Dasa, por sua vez, pretende levantar cerca de R$ 2 bilhões com a entrada de um novo investidor em seu capital – as negociações são conduzidas pelo BTG. 

#Dasa #Fleury #Mater Dei

Negócios

A volta do Pátria ao capital do Dasa?

9/12/2022
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O Pátria Investimentos foi sondado pela família Bueno para comprar parte da Dasa. Os herdeiros de Edson de Godoy Bueno querem levantar cerca de R$ 2 bilhões com um aumento de capital da empresa, uma das maiores redes de medicina diagnóstica do país, com receita líquida superior a R$ 10 bilhões. Para o Pátria, seria uma volta no tempo: a gestora foi uma das idealizadoras da criação da Dasa, a partir da consolidação de uma série de aquisições, e se manteve como sócia relevante da empresa até 2009.

#Dasa #Pátria Investimentos

Prontuário

19/08/2022
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A Dasa, da família Godoy Bueno, estaria em negociações para a compra da Opy Health. A empresa de gestão hospitalar é controlada pela IG4 Capital.

#Dasa #Opy Health

Sangue latino

13/12/2021
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A Dasa avança a passos largos em seu processo de internacionalização. Após abrir laboratórios na Argentina e no Uruguai, a empresa prepara sua entrada no Chile e na Colômbia. É projeto para o primeiro semestre de 2022. Consultada, a empresa não se pronunciou.

#Argentina #Dasa #Uruguai

Dinheiro novo na veia

6/10/2021
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A rede de laboratórios Dasa estaria preparando uma nova oferta de ações. Na mais recente, em abril, levantou R$ 3,3 bilhões.

#Dasa

Sangue quente

25/06/2020
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A rede de laboratórios Dasa estaria preparando uma nova oferta de ações. Se há um setor fervendo na pandemia é o de medicina diagnóstica.

#Dasa

Mercosul na veia

22/11/2019
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A Dasa estaria em negociações para a compra de sua segunda rede de laboratórios na Argentina. Em junho, adquiriu o Diagnóstico Maipú. É o começo de um projeto de internacionalização que mira ainda o Chile e o Paraguai.

#Dasa

Sangue latino

13/09/2019
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Nem bem desembarcou na Argentina, com a compra do Diagnóstico Maipu, o Dasa já prepara sua próxima investida internacional. Está em negociações para a aquisição de uma rede de laboratórios clínicos no Chile. O RR apurou ainda que a empresa também avalia ativos na Colômbia e no Peru

#Dasa #Maipu

Hemograma completo

17/08/2017
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Os R$ 400 milhões que a Dasa vai captar com a emissão de debêntures já estão carimbados: serão usados para quitar três das mais recentes aquisições da empresa – o Laboratório Médico Santa Luzia, o Laboratório de Pesquisas Clínicas e Bromatológicas e a Usina de Diagnóstico e Alta Performance. Com isso, o caixa da companhia dos herdeiros de Edson Bueno fica como munição para as próximas compras.

#Dasa

O esforço da Petros

8/05/2017
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Após sair do Iguatemi e da Dasa, a Petros avalia a venda da sua participação na Itaúsa. É o esforço para cobrir seu déficit atuarial.

#Dasa #Petros

Veia entupida

17/03/2017
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A direção do Fleury promete suar sangue – e abrir o cofre – para adquirir redes de laboratórios no Rio de Janeiro, onde jamais conseguiu superar a rival Dasa. Procurada, a empresa confirmou a abertura de 25 unidades no estado, mas não se pronunciou sobre aquisições.

#Dasa #Fleury

Novo quadro clínico

26/09/2016
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 A Alliar, empresa de medicina diagnóstica controlada pela Pátria Investimentos e por 75 médicos, vai fazer uma oferta pública de ações para vender 30% do capital. A companhia fatura R$ 1 bilhão por ano, tem 100 unidades de atendimento, comprou 23 laboratórios desde 2011 e é a terceira maior do país, atrás apenas da Dasa e Fleury. Procurada, a Alliar disse que “ainda não se manifestou publicamente sobre o assunto”.

#Alliar #Dasa #Fleury #Pátria Investimentos

Maia serve um aperitivo do parlamentarismo branco

12/08/2016
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 Os principais empresários do país experimentaram as delícias de um semi-parlamentarismo, na última quarta-feira, em Brasília. O Instituto Talento, híbrido de centro de pesquisas e núcleo de articulação política dos dirigentes do setor privado, conduziu sua caravana para uma reunião histórica entre a nata do empresariado e o novo estamento pós-PT. As reuniões com Henrique Meirelles, na parte da manhã, e Michel Temer, à tarde, foram fartamente noticiadas. Pouco se falou, contudo, da reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, esta, sim, a grande surpresa do dia. Antes de colocar tintas mais vivas no episódio, é bom situar quem estava presente na comitiva do Instituto Talento, em ordem decrescente por vulcanização dos neurônios – avaliação por conta e risco do RR: Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Beto Sicupira (Ambev), Pedro Moreira Salles (Itaú -Unibanco), Pedro Passos (Natura), Carlos Jereissati (Jereissati Participações), Vicente Falconi (Consultoria Falconi) Josué Gomes da Silva (Coteminas), Edson Bueno (Dasa) e Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau). O empresário José Roberto Ermírio de Moraes deveria estar presente, mas, por motivos de agenda, deixou ficar para outra oportunidade. Sim, porque deverão ocorrer outros encontros, inclusive para evitar que este inicial se caracterize como um espasmo tão somente.  A primeira das novidades foi a transferência da reunião formal que estava prevista com Rodrigo Maia, na sala da presidência da Câmara dos Deputados, para um almoço descontraído em sua residência oficial. O que estava por vir seria ainda mais surpreendente. Maia recebeu os presentes ao lado do deputado Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro dos Esportes de Dilma Rousseff. Exatos dois minutos após as mesuras de praxe, adentrou ao gramado o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), uma das vozes mais aguerridas contra a presidente que vai ser julgada pelo Senado Federal, mas também envolvido em caso de propina. O desfile dos líderes seguiu embalado e com intervalos curtos de chegada: André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara; Heráclito Fortes (PSB-PI); Weverton Rocha (PDT-MA); Rubem Bueno (PPS-PR); e, pasmem, Vicente Cândido (PT-SP). O líder do PT na Câmara é assim e assado com Luiz Inácio Lula da Silva. Os empresários interpretaram sua presença no evento como uma representação do próprio Lula. Mas Maia foi quem deitou e rolou.  Jorge Gerdau, o mais escolado nas práticas de Brasília, disse em bom tom que nunca viu um presidente da Câmara dos Deputados que tivesse convidado todas as lideranças partidárias para uma reunião com empresários – algumas só faltaram porque o convite foi feito de véspera. “No máximo, chamavam uma ou duas”. Não houve conversa de pé de ouvido. Todos sem exceção fizeram uma breve exposição. Os empresários foram convocados a se fazer mais presentes em debate de mérito. Estes, por sua vez, anunciaram que entendem não ser possível reduzir a carga tributária nesse cenário e defendem a preservação das políticas sociais como premissa no ajuste fiscal. O ponto mais alto: os líderes se comprometeram a apoiar todos os projetos voltados a suspender a recessão que assola o país. Depois do almoço, a sensação dos presentes era que o clima seco de Brasília tornou-se arejado, civilizadíssimo. Pelo menos por um dia. Não entrou em pauta a tão almejada revogação de direitos constitucionais em prol da eficiência e da produtividade empresarial. O resultado já estava de bom tamanho.

#Ambev #Bradesco #Consultoria Falconi #Coteminas #Dasa #Gerdau #Itaú #Jereissati Participações #Natura

Petros é o “fundo de imprevidência” da Petrobras

9/05/2016
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 Os funcionários e aposentados da Petrobras estão em pé de guerra com a direção da Petros. Segundo o RR apurou, as entidades que reúnem os participantes do fundo de pensão – a começar pela maior de todas, a Ambep (Associação de Mantenedores-Beneficiários da Petros) – vão entrar na Justiça para suspender o plano de equacionamento do déficit atuarial elaborado pela entidade, na linha do “eu devo e vocês pagam”. Os beneficiários pretendem também exigir o afastamento do presidente da Petros, Henrique Jäger, e do diretor de investimentos, Licio da Costa Raimundo.  A diretoria da Petros já sinalizou que os aposentados e pensionistas terão de pagar a conta pelo rombo nas finanças da fundação. O caso mais dramático é do PPSP, o maior dos planos administrados pelo fundo de pensão, com 60 mil participantes. O rombo na carteira passa dos R$ 15 bilhões. O plano alinhavado pela Petros prevê o aumento gradual da taxa de contribuição paga mensalmente pelos beneficiários – o índice varia de 3% a 14,5% dos vencimentos mensais de acordo com a renda. O novo intervalo ainda não foi formalmente fixado, mas, segundo informações filtradas junto à fundação, ele subiria para algo entre 6% e 20%. Ou seja: a contribuição dos aposentados e pensionistas que recebem menos duplicaria.  Procurada pelo RR, a Petros informou que “não recebeu notificação sobre qualquer decisão judicial dessa natureza”. Informou ainda que não “pode se manifestar sobre valores finais de 2015 enquanto as demonstrações contábeis não estiverem aprovadas”. No entanto, a Petros confirma que o “déficit demandará a construção de um plano de equacionamento, que será amplamente discutido com a patrocinadora, representantes dos participantes e assistidos do PPSP e Previc”. Por sua vez, a Ambep não se pronunciou.  Os funcionários e aposentados da Petrobras estão sob a tempestade perfeita. A Lava Jato é parte importante do temporal: as dívidas da própria mantenedora com a Petros já beiram os R$ 13 bilhões, o equivalente a 60% do déficit total da fundação – estimado em mais de R$ 20 bilhões. As desastrosas – para se dizer o mínimo – decisões de investimento tomadas pela direção do fundo nos últimos anos também ajudaram a dizimar as finanças da entidade. Neste rol, entram negócios que caminham na fronteira da catástrofe e da suspeição, como a Lupatech e, sobretudo, a Sete Brasil.  Há ainda operações no mercado de capitais que, se não controversas, sugerem ao menos uma imprevidência ou má gestão dos recursos da Petros. Em fevereiro, após uma longa queda de braço com a Dasa, a fundação aceitou a oferta pública de R$ 10,50 por ação e vendeu a sua participação de 10% na rede de laboratórios. Dois anos antes a Dasa havia proposto R$ 14 pelo papel. Os aposentados da Petrobras se perguntam por que cargas d´água a direção do fundo não esperou por uma recuperação das cotações em vez de engolir um preço 25% mais baixo. A Petros confirma a venda das ações, mas alega que foi obrigada a fechar negócio, contra a sua vontade, por conta da saída da Dasa do Novo Mercado.

#Dasa #Lupatech #Petrobras #Petros #Sete Brasil

BlackRock avança várias casas no capital da Qualicorp

14/03/2016
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 Às vezes, uma operação na bolsa não passa de uma operação na bolsa, tanto quanto um charuto pode ser apenas um charuto, como diria Freud. No entanto, haveria um “algo a mais” na sorrateira escalada do BlackRock no capital da Qualicorp. Por meio de seguidas aquisições feitas nas últimas semanas, a gestora norte-americana já amealhou cerca de 6% da empresa de planos de saúde, o suficiente para se tornar o segundo maior acionista individual, atrás apenas do sócio fundador da empresa, José Seripieri Jr. – dono de 20,2% por meio da L2 Participações. O BlackRock está longe de pisar no freio. O RR apurou que a administradora de recursos avança sobre a participação de outros minoritários: as negociações já engatilhadas lhe deixariam com algo próximo de 10% do capital. Desta forma, os norte-americanos passariam a ter uma posição extremamente privilegiada na Qualicorp, com condições de indicar um conselheiro e participar diretamente da gestão da companhia.  O BlackRock, que chegou a ser sócio minoritário da Dasa no início da década, tem planos de investir na área de saúde no Brasil, atraído pela desvalorização da moeda local e pelo baixo custo dos ativos na economia real. A Qualicorp é o típico exemplo de uma empresa arrumada, com uma boa posição em seu mercado e, sobretudo, depreciada. A ação da companhia está em seu menor patamar dos últimos cinco anos. Em 12 meses, caiu 45%. Em tempo: olhando-se para a empresa através de uma grande-angular, há quem enxergue que o momento seria propício até mesmo para uma investida da BlackRock sobre a participação do próprio José Seripieri, personagem que volta e meia surge sob os holofotes por conta da sua relação com o ex-presidente Lula. Mas isso é outra história. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Qualicorp e BlackRock

#BlackRock #Dasa #L2 Participações #Qualicorp

Petros busca aliados contra oferta da Dasa

25/01/2016
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  Nos últimos dias, a direção da Petros vem mantendo intensas conversações com os principais acionistas minoritários da Dasa, especialmente a norte-americana Oppenheimer e o Leblon Equities. O fundo de pensão tenta costurar um grande acordo para barrar a oferta pública de recompra de ações da empresa de medicina diagnóstica, que pretende deixar o Novo Mercado da Bovespa. O leilão está marcado para o próximo dia 1º de fevereiro. Dona de 10% da Dasa, a Petros discorda do valor oferecido pela companhia: R$ 10,50 por ação. Entre a proposta de uma e a pretensão de outra, há um abismo: a fundação exige algo em torno de R$ 18. Segundo o RR apurou, até o momento Oppenheimer e Leblon Equities têm mantido uma posição dúbia em relação ao assunto. Em meados do ano passado, quando a Dasa divulgou o laudo de avaliação e o preço de R$ 10,50, a gestora norte-americana criticou publicamente a oferta. Depois disso, fechou-se em copas. Procurado pelo RR, o Oppenheimer não quis se pronunciar, assim como a Petros. Já o Leblon Equities informou que “analisa a conveniência de participar ou não da oferta.”  O grande receio da Petros é ficar isolada e perder definitivamente a queda de braço que trava com a Dasa – notadamente seu acionista controlador, Edson Bueno – há dois anos. No início de 2014, a rede de laboratórios comprou uma parte expressiva das ações em circulação ao preço de R$ 15. A fundação recusou a oferta. Na ocasião, a cotação girava em torno dos R$ 14. De lá para cá, no entanto, a realidade mudou brutalmente. Em dezembro, a ação, que chegou a ser negociada ao longo de 2015 na casa dos R$ 12, estava em R$ 7,60. E só subiu para o patamar de R$ 10 nas últimas duas semanas justamente após a confirmação da oferta de recompra.

#Dasa #Leblon Equities #Oppenheimer #Petros

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