Tag: Andrade Gutierrez

Empresa

Andrade Gutierrez prepara seu regresso à África

11/04/2024
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A Andrade Gutierrez está pavimentando seu retorno à África. O RR apurou que a construtora vem mantendo contatos com o governo de Angola para participar de projetos de infraestrutura no país. Um dos alvos cobiçados seria a construção de uma ferrovia de quase 600 km que ligará o Corredor do Lobito, uma dos eixos logísticos de Angola, à Zâmbia. Ressalte-se que, no ano passado, o CEO da construtora, Carlos Souza, esteve entre os executivos do setor de construção pesada que se reuniram com o ministro Fernando Haddad pedindo financiamento público para contratos em Angola. A empresa de Sergio Andrade teve uma bem-sucedida trajetória no continente africano. Em 2014, por exemplo, por meio da subsidiária Zagope, operava simultaneamente em dez países. A Lava Jato e o consequente extermínio do crédito pública para a exportação de serviços de engenharia varreram a Andrade Gutierrez do mapa da África. Consultada, a empreiteira não quis se pronunciar.

 

#Andrade Gutierrez #Angola #Infraestrutura

Infraestrutura

Cade fecha o cerco a empreiteiras do “PAC Favelas”

22/01/2024
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O RR apurou que o Cade vai retomar em fevereiro o julgamento sobre possíveis condutas anticompetitivas na execução do “PAC Favelas”, projeto de urbanização das três maiores comunidades do Rio de Janeiro – Complexo do Alemão, de Manguinhos e na Rocinha. Por “condutas anticompetitivas” entenda-se a formação de cartel para tocar as obras. A investigação, um derivativo da Lava Jato, mira pesos pesados da construção, como Andrade Gutierrez, Novonor (antiga Odebrecht), Queiroz Galvão e Coesa, leia-se a antiga OAS. Esta última é uma das mais enroladas no caso. A companhia chegou a fazer um acordo de leniência com o Cade, a exemplo da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, mas o benefício foi suspenso pelo próprio órgão antitruste pelo descumprimento integral de Termos de Compromisso de Cessação (TCCs).

#Andrade Gutierrez #Cade #Lava Jato #Novonor

Empresa

O venture capital da Andrade Gutierrez vem aí

7/12/2023
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A Andrade Gutierrez pretende retomar no ano que vem os planos de criação de um braço de venture capital, com recursos próprios. Nos últimos dois anos, o projeto foi e voltou, voltou e foi de novo em pelo menos três ocasiões. A diferença é que agora a empreiteira não vai sair do zero. Em setembro, iniciou um programa de corporate venture builder (CVB), para incubar startups em estágio mais inicial, quase embrionário. Dentro da própria Andrade Gutierrez, o projeto foi idealizado desde o início como uma proxy para o lançamento de um fundo de VC.

#Andrade Gutierrez #startups #Venture capital

Indústria

XCMG amplia produção de máquinas no Brasil

4/12/2023
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A XCMG, gigante chinês da indústria pesada, vai ampliar a sua fábrica de máquinas, guindastes e escavadeiras em Pouso Alegre (MG). O grupo, segundo o RR apurou, pretende ampliar o número de modelos produzidos no complexo, inclusive com a fabricação de equipamentos elétricos. O alvo prioritário é o setor de mineração. Recentemente, a XCMG firmou uma aliança estratégica com a Movag, subsidiária da Andrade Gutierrez que presta serviços para mineradoras.

#Andrade Gutierrez #Mineração #Movag #XCMG

Empresa

Andrade Gutierrez quer avançar na gestão de estádios

6/10/2023
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A Andrade Gutierrez está olhando com atenção para um negócio que parecia jogado para escanteio dentro do grupo: a gestão de arenas esportivas. A companhia vem mantendo conversas com clubes que têm projetos para reformar seus estádios, a exemplo do São Paulo e do Santos – este último, inclusive, com memorando de entendimentos já assinado com a construtora WTorre. Outro alvo seria o Independência, em Belo Horizonte, hoje administrado pelo América-MG. A Andrade Gutierrez, ressalte-se, já tem ao seu lado um potencial parceiro de ataque para novos investimentos no setor: o BTG. O banco de André Esteves é sócio da empreiteira na Brio, a empresa responsável pela gestão do Beira-Rio, em Porto Alegre. Consultada, a Andrade Gutierrez não se manifestou.

#Andrade Gutierrez #BTG #WTorre

Empresa

Dados confidenciais vazados da Andrade Gutierrez se espalham na deepweb

10/08/2023
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É grande a tensão na Andrade Gutierrez, notadamente nas áreas de compliance e jurídica. Empresa de segurança cibernética contratada pela construtora teria identificado a disponibilização na deepweb de dados sigilosos vazados da companhia. Entre as informações disseminadas no submundo criminoso da internet estariam CPFs e pagamentos a executivos e informações confidenciais de contratos. Segundo reportagem publicada em junho pelo site The Brazilian Report, a Andrade Gutierrez foi alvo de um ataque hacker entre setembro e outubro de 2022. Estima-se que os cibercriminosos tiveram acesso a mais de três terabytes em dados da companhia. Todo esse tumulto coincidentemente ocorre no momento em que a Andrade Gutierrez celebra seus 75 anos. Parece um “presente” feito sob encomenda. O RR fez diversas tentativas de contato, mas a empresa não retornou até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para o posicionamento da companhia.

#Andrade Gutierrez

Destaque

O setor de construção pesada vai voltar. E quem diz é José Dirceu

21/06/2023
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Ainda sobre a breve, mas fulgurante, passagem de José Dirceu pelo Rio, na última sexta-feira, dia 16 de junho. Em palestra noturna, seguida de jantar com o grupo Prerrogativas – conforme noticiou o RR  – Dirceu deitou falação no que considera o maior tumor produzido pela Lava Jato: a destruição da construção pesada. O ex-ministro diz que o presidente Lula tem a mesma opinião. Afirmou que tem contatos na América Latina, a mais atingida pelo escangalhamento do setor – “na verdade, quem foi mais atingido fomos nós mesmos”, sublinhou. Dirceu informou que vai trabalhar pelo soerguimento da construção pesada. Só não disse como. Seja lá como vai poder ajudar esse segmento, que já teve suas grandes empresas todas ranqueadas no topo das maiores do Brasil, a verdade é que a premissa de Dirceu está certa, certíssima.  

Com a Lava Jato foi construída uma narrativa para “criminalizar” também as empreiteiras e não somente os dirigentes e sua rede de operadores, que cometeram falcatruas. Verdade seja dita: no desmonte da construção pesada, os juízes deram o kick off e se acumpliciaram, com omissões e associações indevida, aos demolidores da construção pesada. Mas não foram os protagonistas da destruição das companhias, papel que coube aos órgãos de controle, liderados pelo TCU. Este cometeu uma espécie de macartismo empresarial. Praticamente quebrou o top ten das empreiteiras. Atrocidades foram cometidas, como o cancelamento de contratos de obras e a suspensão do crédito público. Uma a uma, empresas como Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, que vinham, inclusive, investindo na diversificação das suas atividades, tiveram de vender todos os novos projetos. Um braço importante do seu core business, a comercialização no exterior de serviços de engenharia, simplesmente se desmilinguiu. Ao mesmo tempo, acabaram sendo “expulsas” das centenas de obras que construíam no Brasil.  

Para bom observador, José Dirceu veio dar este recado como ventríloquo de Lula. O ex-ministro, apesar da grande discrição, toca de ouvido com o presidente, que já disse pública e enfaticamente que vai recuperar a construção pesada nacional e retomar a exportação de serviço. Lula tem, inclusive, relações de afeto no setor, a exemplo de Emílio Odebrecht.  

De acordo com Dirceu, o presidente está, sim, decidido a destruir o legado do lavajatismo. E o resgate das grandes empreiteiras é uma das ações que vão nesta direção. O ex-todo poderoso chefe da Casa Civil observou que um dos eixos da geopolítica de Lula é justamente retomar o protagonismo nos continentes, sobretudo na América Latina e na África, contendo também a expansão da China nas mesmas regiões. A exportação de serviços assim como a defesa da inclusão ou fortalecimento da participação dos países de ambos nos foros multilaterais são instrumentos com os quais o assessor de Lula, Celso Amorim, conta para fazer valer a geopolítica brasileira. Segundo José Dirceu, as condições presentes são ainda mais favoráveis para o Brasil retomar seus mercados.  

O movimento imediato no xadrez da defesa é a desmontagem na CCJ da PEC esdrúxula que vem sendo articulada pela oposição para impor a exigência de aval do Congresso Nacional em caso de financiamento de bancos públicos federais a engenharia de obras no exterior. Em tempo: Dirceu não gastou tempo falando em Cuba, um dos pivôs do discurso de satanização da venda de serviços de engenharia, apesar das sabidas fortes relações com a pequena ilha. Se Lula é eminentemente um pragmático, conforme já foi dito, Dirceu disputa com ele o posto de referência nesse quesito. O Grupo Prerrogativas é um coletivo de juristas e magistrados mais ativos no combate à Lava Jato e na defesa da democracia. 

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #José Dirceu #Lava Jato #Odebrecht #TCU

Energia

Eletrobras busca uma solução para a dívida de Santo Antônio

7/11/2022
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A direção da Eletrobras está quebrando a cabeça em busca de uma engenharia financeira para o alongamento da dívida da Santo Antônio Energia. A controladora da hidrelétrica de Santo Antônio carrega um passivo elétrico, da ordem de R$ 20 bilhões. Uma das hipóteses sobre a mesa é uma emissão de bonds no exterior. A Eletrobras é a acionista majoritária da usina, com 72%. A tentativa de renegociação do passivo se dá em um momento ainda mais confuso, no qual a Santo Energia pode sofrer um “êxodo” de investidores. Andrade Gutierrez e Cemig buscam um comprador para as suas participações. Consultada pelo RR, a Eletrobras não se pronunciou, dizendo estar em período de silêncio. 

#Andrade Gutierrez #Cemig #Eletrobras #Santo Antônio Energia

Andrade Gutierrez está com um pé fora de Santo Antônio

21/10/2022
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A Andrade Gutierrez pretende se desfazer da sua fatia acionária na usina de Santo Antônio em até seis meses. A informação, segundo o RR apurou, tem sido compartilhada pelos próprios executivos da empreiteira com bancos credores. Após a saída do capital da CCR, trata-se da última participação societária com alguma relevância que resta à companhia para fazer caixa. Por meio da SAAG, a Andrade Gutierrez detém cerca 5% da hidrelétrica. Recentemente, a empreiteira entrou em recuperação extrajudicial para reestruturar uma dívida de US$ 440 milhões.

#Andrade Gutierrez #CCR

Acervo RR

Segundo tempo

4/08/2022
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No mercado, há quem veja um algo a mais na emissão de R$ 3,5 bilhões em debêntures anunciada pela Itaúsa. Além de financiar a compra da participação da Andrade Gutierrez na CCR, a captação já “precificaria” uma oferta por parte das ações da empresa em poder do Grupo Soares Penido. A Votorantim acompanharia os Setúbal na investida.

#Andrade Gutierrez #CCR #Itaúsa #Votorantim

Terceiro tempo

4/08/2022
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Por falar em Andrade Gutierrez: após sair da CCR, a companhia busca comprador para a sua participação na Brio, sociedade com o BTG responsável pela gestão do estádio Beira-Rio.

#Andrade Gutierrez #CCR

Higienização

11/07/2022
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A “nova” Eletrobras quer ficar com as participações da Novonor (ex-Odebrecht) e Andrade Gutierrez na Santo Antonio Energia. Tenta também um acordo para encerrar o contencioso com as empreiteiras, que cobram quase R$ 1 bilhão em dívidas referentes à construção da usina.

#Andrade Gutierrez #Eletrobras #Novonor

Andrade Gutierrez tem de fazer dinheiro

26/01/2022
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A Andrade Gutierrez busca um comprador para a sua participação de 10,5% na Santo Antônio Energia, que controla a hidrelétrica de mesmo nome. Há conversas com grupos chineses. O ativo é avaliado em torno de R$ 1,5 bilhão. É um passo a mais no “esforço de guerra” da empreiteira para fazer caixa e abater seu passivo, da ordem de R$ 5,5 bilhões. Trata-se da mesma premissa que, neste momento, move a empresa de Sergio Andrade a vender sua fatia na CCR – um negócio, por sinal, bem mais promissor: sua participação vale em torno de R$ 5 bilhões.

#Andrade Gutierrez #Santo Antônio Energia

Chineses são candidatos à vaga da Andrade Gutierrez na CCR

30/11/2021
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A Andrade Gutierrez está buscando no mercado chinês um comprador para a sua participação de 14,8% na CCR. Segundo o RR apurou, há conversações com a CCCC (China Communications Construction Company), um dos maiores grupos de construção pesada do país asiático e controlador, no Brasil, da Concremat. A fatia acionária da Andrade Gutierrez está avaliada em aproximadamente R$ 5 bilhões.

Trata-se de um montante fundamental para a empreiteira de Sergio Andrade afrouxar o garrote financeiro que lhe sufoca – um passivo da ordem de R$ 5,5 bilhões. Procurados, Andrade Gutierrez, CCCC e CCR não se pronunciaram. A operação é complexa, cheia de curvas. Um dos principais entraves para a venda da participação da Andrade Gutierrez está dentro da própria CCR: os outros dois sócios relevantes da empresa – Grupo Mover, leia-se Camargo Corrêa, e Soares Penido. Ambos têm resistido à inclusão de um novo investidor no acordo de acionistas.

Esta foi uma das razões para a fracassada tentativa da Andrade Gutierrez de vender sua parte para a IG4. A gestora de recursos tinha planos, inclusive, de transformar a CCR em uma public company, com capital pulverizado – projeto que não contou com a simpatia da Mover e da Soares Penido.

#Andrade Gutierrez #CCR #China Communications Construction Company

“Me esqueçam”

17/11/2021
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Sérgio Andrade, controlador da Andrade Gutierrez, está praticamente jogando o chapéu. Tem ficado mais em Portugal do que no Rio, sua residência oficial, ou em Belo Horizonte, onde reside parte do clã. A Lava Jato deixou marcas profundas no empresário. Ele simplesmente não quer mais ter a vida desgastante de acionista e CEO, ainda que informal. Se fosse simples, passava a empresa para  frente.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato

Brasil é o astro-rei da GreenYellow

29/10/2021
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A francesa GreenYellow, braço do Grupo Casino na área de geração renovável, está aumentando sua aposta no Brasil. Contabilizando-se estudos já sobre a mesa, o grupo teria planos de instalar mais 30 usinas solares no país ao longo do próximo ano. Esse contingente se juntaria às 27 geradoras fotovoltaicas que deverão estar em operação até março de 2022. Segundo a mesma fonte, seriam todos projetos-solo da GreenYellow, portanto à latere da Evolua Energia, associação com a Andrade Gutierrez e a BMPI Infra. Ainda de acordo com a fonte do RR, a empresa francesa estaria, inclusive, revendo investimentos originalmente previstos para a joint venture para concentrar recursos em suas próprias usinas. Consultada sobre essa questão, a GreenYellow disse que “não informa ao mercado os valores dos empreendimentos que constrói ou participa”. A companhia afirmou ainda que “a previsão de investimento total ao longo de 2021 para todos os projetos no país, incluindo energia solar e eficiência energética, é de R$ 600 milhões” e que “vem trabalhando com esses números até o momento”.

#Andrade Gutierrez #Evolua Energia #GreenYellow

Última obra

2/09/2021
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De saída da CCR, a Andrade Gutierrez tenta pavimentar sua última estrada na companhia: garantir que os demais sócios – Camargo Corrêa e Soares Penido – permitam o ingresso da IG4 no acordo de acionistas. E, consequentemente, concordem com a entrada de representantes da gestora no board. A IG4 está comprando os 14,8% da Andrade Gutierrez na CCR por R$ 5 bilhões.

#Andrade Gutierrez #CCR

Energia baixa

25/06/2020
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A Andrade Gutierrez estuda a venda da sua participação na Usina de Santo Antônio. A empreiteira de Sergio Andrade precisa fazer caixa para cobrir a dívida de curto prazo e os desembolsos com o acordo de leniência.

#Andrade Gutierrez

Terra de Sergio Andrade

8/05/2020
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Estão em curso estranhas manobras na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte para murchar a CPI da Andrade Gutierrez, que investiga irregularidades em obras da empreiteira para a Prefeitura local. Em menos de três meses, houve duas abruptas trocas na relatoria da Comissão. A princípio, não há Lava Jato no Legislativo de BH.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato

Lava Jato peruana avança sobre OAS, Andrade e Queiroz Galvão

18/02/2020
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A “Lava Jato” do Peru volta a assombrar as empreiteiras brasileiras. Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS receberam, na semana passada, uma notificação do Instituto Nacional da Defesa da Concorrência peruano. As três são acusadas de participar de um esquema de cartel para fraudar e vencer licitações de obras públicas no país. O espectro das investigações é amplo: envolve 35 corporações peruanas e estrangeiras que teriam manipulado concorrências de infraestrutura no país de 2002 a 2016.

Nesse período, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS ampliaram consideravelmente sua presença local. Atuaram em importantes obras públicas do Peru, a exemplo do Corredor Viário Interoceânico Sul – a megaconexão rodoviária entre o Norte do Brasil e portos no Pacífico, lançada nos governos de Lula e de Alejandro Toledo –, o Parque Rímac, via expressa de 25 quilômetros em Lima, e a hidrelétrica de Inambari, na Amazônia peruana. Somados, esses projetos passaram de US$ 5,5 bilhões. Segundo o RR apurou, as três empreiteiras teriam até o fim de março para apresentar sua defesa ao órgão antitruste do Peru. Procuradas, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e OAS não se pronunciaram.

De acordo com as investigações das autoridades peruanas, o esquema de cartel se enraizou dentro do Ministério do Transporte e Comunicação local. Uma das mais importantes conexões entre as empreiteiras e o órgão era o advogado Rodolfo Prialé, principal representante do que ficou conhecido como “Club de la Construcción”, uma espécie de “Country Club da propina”. Em depoimento à Justiça peruana, três ex-dirigentes da OAS admitiram o pagamento de 25 milhões de sóis peruanos, algo equivalente a US$ 7,3 milhões, a Prialé. Além das investigações no âmbito administrativo, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão, assim como outras empreiteiras brasileiras, são citadas em ações judiciais da Lava Jato peruana.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato #OAS #Queiroz Galvão

Acervo RR

Fio desencapado

29/05/2019
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A Andrade Gutierrez desponta como um entrave à saída da Cemig na Usina de Santo Antônio. A empreiteira estaria impondo uma série de exigências para negociar sua participação em conjunto com a estatal mineira na usina, como quer a chinesa SPIC. Fosse em outros tempos, Sergio Andrade e Aécio Neves resolveriam as pendências num estalo.

#Andrade Gutierrez #Cemig

Fundos contestam “Bônus delação” da CCR

6/05/2019
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Fundos internacionais acionistas da CCR, entre os quais figura o canadense Green River Gold, se mobilizam para entrar na Justiça com o objetivo de suspender o pacote de remuneração da companhia a seus ex-executivos. A empresa controlada por Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa vai pagar R$ 71 milhões a exdirigentes investigados pelo Ministério Público, entre eles Renato Vale, que presidiu o grupo por 20 anos. Trata-se de uma espécie de “Bônus delação”: o pagamento, aprovado em assembleia geral no último dia 22 de abril, está vinculado à “colaboração ativa e efetiva” dos executivos à Justiça. Os fundos estrangeiros querem não apenas suspender a bonificação como exigem que a CCR entre com ações de responsabilidade civil contra os ex-colaboradores.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #CCR

Valor intangível

26/04/2019
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O iminente retorno de Ana Marta Veloso à presidência da Light é um movimento eivado de simbolismo. Nas entrelinhas, pode ser interpretado como uma forma de o governador Romeu Zema mostrar que não há mais ingerência da Andrade Gutierrez sobre a Cemig, controladora da distribuidora fluminense – algo que ocorreu mesmo após a empreiteira vender sua participação na empresa, em dezembro de 2017. Em sua primeira passagem pelo comando da Light, Ana Marta deixou o cargo após desentendimentos com a construtora de Sergio Andrade. Ressalte-se que a Polícia Federal acaba de abrir um novo front de investigação com foco na Cemig e na Andrade Gutierrez, no âmbito da Operação “E o vento levou”.

#Andrade Gutierrez #Light #Romeu Zema

Acervo RR

Lar, doce lar

22/01/2019
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O empreiteiro Sergio Andrade teria sondado o deputado eleito Aécio Neves para desempenhar na Andrade Gutierrez uma função similar à que Ciro Gomes exerceu na CSN. Curioso, né? Aécio, porém, não teria aceitado, pois considera nova passagem pelo Congresso fundamental para higienizar sua imagem. Muito curioso, né?

#Aécio Neves #Andrade Gutierrez

Redenção das empreiteiras nacionais ganha espaço na agenda do governo Bolsonaro

30/11/2018
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O resgate das quatro grandes empreiteiras do país – Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão – está entre as premissas da equipe de Jair Bolsonaro para a reconstrução do setor de infraestrutura. Os principais defensores desta agenda seriam os auxiliares militares do presidente eleito. A descontaminação das grandes empresas de construção pesada é considerada essencial para a conclusão das mais de 2,7 mil obras paradas e o início de outras tantas. Esta retomada é necessária para que o país possa crescer acima dos 3,5% a 4%. Sem o avanço da infraestrutura, o teto do PIB é baixo.

O ajuste das contas públicas e mesmo o equilíbrio geral dos fatores poderão atrair recursos externos para os investimentos. Mas a equação da empreitada das obras permanece um dilema. Os assessores de Bolsonaro duvidam que mesmo a vinda em profusão de construtoras chinesas, por exemplo, não daria conta do conhecimento necessário para levantar os projetos de infraestrutura. Que empreiteira do país asiático conseguiria mobilizar a Amazônia em torno de grandes obras de energia e logística essenciais? As quatro grandes empreiteiras, que representavam mais de 50% do faturamento total do setor, foram praticamente interditadas com a operação Lava Jato. Agora, pagas as multas, punidos os gestores e controladores e fechados os respectivos acordos de leniência, estariam dadas as condições para a descriminalização ampla, geral e irrestrita das companhias.

Aliás, uma das autocríticas compartilhadas pelas equipes de Michel Temer e do futuro presidente é que as operações das empreiteiras deveriam ter sido preservadas. Uma coisa é a culpa dos homens; outra é o capital humano e a capacidade de contribuição das construtoras. Outro dado é que a Lava Jato mudou a intensidade do compliance das contratantes e das contratadas. As condições do passado para práticas de corrupção hoje são exíguas. Durante o processo de expurgo das big four, a construção pesada perdeu cerca de 400 mil postos de trabalho.

Uma parcela desse contingente era altamente especializada. Existe sempre a possibilidade de grupos estrangeiros sublocarem parte das empreiteiras nacionais, assumindo em bloco contratos, mão de obra etc. A receita parece trivial, mas, na prática, nunca deu certo, pelo menos na escala necessária. As diferenças de culturas e de conhecimento das peculiaridades locais não podem ser ignoradas. No Equador, por exemplo, onde houve um aumento expressivo do número de obras tocadas por companhias chinesas, operários dormiam amontoadosdentro de contêineres. O Brasil detém uma das melhores expertises internacionais no setor de construção pesada. O que mudou foi a higienização de expedientes inaceitáveis. A qualidade dos serviços permanece a mesma.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Jair Bolsonaro #Odebrecht #Queiroz Galvão

Fantasmas da Lava Jato ameaçam negócio entre Andrade Gutierrez e Apollo Management

11/10/2018
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Ainda vai levar um tempo para que a Andrade Gutierrez purgue seus malfeitos. Que o diga o Apollo Management, uma das grandes gestoras dos Estados Unidos, com mais de US$ 250 bilhões sob seu guarda-chuva. Segundo informações filtradas da própria empreiteira, os norte-americanos estariam em negociações para a compra de uma participação na Andrade Gutierrez. O aporte de capital poderia passar da casa dos US$ 500 milhões. No entanto, de acordo com a mesma fonte, o Apollo vem encontrando dificuldades para o fechamento do negócio, notadamente no que diz respeito à área de compliance. Uma due diligence na empresa de Sergio Andrade é quase um case de risco jurisdicional, tamanho o grau de criminalização do grupo pela Lava Jato.

Toda vez que se aproximam da companhia, os norte -americanos sentem o cheiro do ralo, seja por tudo que já foi destampado pela força-tarefa de Curitiba, seja pela ameaça de que dejetos do passado ainda se encontrem depositados nos negócios do grupo. O receio maior do Apollo Management atende pelo nome de CCR. Gradativamente, a Lava Jato se aproxima da holding de concessões controlada pela Andrade Gutierrez e pela Camargo Corrêa, no âmbito das investigações contra o Dersa, em São Paulo. No fim de setembro, o ex-presidente da CCR, Renato Vale, foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal.

Segundo o doleiro e delator premiado Adir Assad, Vale seria o responsável por operar um suposto esquema de corrupção, com distribuição de propina para agentes públicos. Nos corredores da Lava Jato, o que se diz é que as investigações contra o Dersa ganharão fôlego após as eleições. Procurados pelo RR, Andrade Gutierrez e Apollo não quiseram se pronunciar. Nos últimos meses, a Andrade Gutierrez teria mantido conversações com outros fundos norte-americanos e canadenses. Nenhuma dessas tratativas avançou no mesmo nível das gestões com o Apollo. Para a empreiteira, o aporte da gestora de Nova York funcionaria como uma alternativa à venda de ativos, entre os quais a própria participação na CCR.

O grupo conseguiu afrouxar um pouco o seu garrote financeiro ao renegociar cerca de US$ 330 milhões em dívidas que venceriam ainda neste ano. Para todos os efeitos, a situação ficou mais palatável para a construtora, com uma dívida de aproximadamente R$ 1,5 bilhão para um caixa em torno de R$ 600 milhões. No entanto, ainda há contas a pagar pelas diabruras do passado. Ao menos uma delas já está no radar da Andrade Gutierrez. As negociações para um acordo de leniência com a AGU deverão trazer a reboque uma multa superior a R$ 1 bilhão.

#Andrade Gutierrez #Apollo Management

Acervo RR

Corrente elétrica

11/09/2018
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Os demais acionistas da usina de Santo Antônio estão impressionados com a sintonia entre Andrade Gutierrez e Cemig no contencioso societário da hidrelétrica. Os mineiros não dão um passo sem a empreiteira. Quem vê acha até que Sergio Andrade ainda é acionista da Cemig.

#Andrade Gutierrez #Cemig

O retorno de Otavio costas-largas

27/07/2018
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O ex-presidente da Andrade Gutierrez, Otavio Azevedo, tal como Diógenes, o cínico, caminha com uma lanterna na mão em busca de um negócio que cicatrize sua alma. Já estudou companhia de call center e uma empresa de saúde, e segue em sua procura irrefreável. O executivo é tido como um sujeito genial. Azevedo foi preso na Operação Lava Jato e fez acordo de delação. No meio das empreiteiras, o consenso é que pagou o pato por suas malfeitorias e de gente que estava um andar acima dele.

#Andrade Gutierrez

O triângulo das bermudas dos acordos de leniência

13/07/2018
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Empreiteiras que já foram reabilitadas pela Petrobras, caso especialmente da Andrade Gutierrez, estão apreensivas com o risco de que o seu “habeas corpus” venha a ser desautorizado por outros órgãos, impedindo a prestação de serviços à estatal. A empresa de Sergio Andrade encontra-se em situação particularmente frágil por ter fechado um acordo de leniência com o Ministério Público Federal. O TCU, por exemplo, quer declarar a inidoneidade da empreiteira. Por razões mais do que óbvias, talvez a Petrobras esteja sendo mais precavida do que todas as demais esferas de controle da República. Ainda há 14 grupos na sua lista suja.

Essa perversão institucionalizada do “Sistema U” (apud Elio Gaspari) – constituído pela Advocacia Geral da União (AGU), Controladoria Geral da União (CGU) e Tribunal de Contas da União (TCU) – ao dispor sobre os acordos de leniência das empresas em uma espécie de duradouro bafo-bafo entre os três órgãos, tem provocado inanição das companhias e perda de milhares de empregos. Não fossem a anomia e o déficit de autoridade que grassam no país, já teria sido regulamentado um prazo mínimo para o fechamento dos acordos de leniência empresarial. Até porque uma das maiores burrices do país é continuar insistindo que a punição de dirigentes malfeitores deve se estender as suas companhias.

Desde final de 2016, a Advocacia Geral da União, a Controladoria Geral da União e o Tribunal de Contas da União estudam a criação de um sistema único integrado para agilizar os acordos de leniência. O Ministério Público Federal, que também intervém no processo, tem estado pouco presente nas discussões. O fato é que todos batem cabeça, e um desautoriza o que o outro aprovou. Uma fonte do RR apurou que não há data ou prazo limite para a definição da ação colaborativa dos órgãos da União. É praticamente certo que neste governo a burocratização da leniência permaneça dando a tônica do inferno empresarial. Hoje, dependendo da fonte, o número de empresas consideradas inidôneas devido à Lava Jato varia. Vai de uma dezena a quase o dobro, dependendo do órgão consultado. Sabe-se que seis companhias tiveram suas tratativas encerradas pelo governo. Este, por sua vez, não informa o nome dos grupos que tiveram o pleito negado. Mais justo seria se o trio de juízes-xerifes da União também fizesse um acordo de leniência com as empresas condenadas ao limbo devido à morosidade e ao atraso no cumprimento das suas funções. As multas de um lado e de outro poderiam ser compensadas. A Nação, esta já foi condenada a pagar o pato dos erros cruzados.

#Andrade Gutierrez #Petrobras

O estrategista

23/03/2018
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Sérgio Andrade tem pavoneado sua performance na Operação Lava Jato. O empresário diz que a Andrade Gutierrez saiu praticamente ilesa dos tiroteios e revela as práticas e truques desse milagre. Um dos segredos está na coordenação direta da comunicação. Não
há uma vírgula das ações de informação e contrainformação na mídia que não tenha passado pelo crivo do empreiteiro.

#Andrade Gutierrez #Operação Lava Jato

Nos labirintos societários da Cemig

4/01/2018
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Dez entre dez mesas de operação do mercado apostam que o Banco Clássico, de Juca Abdalla, teria sido um dos principais compradores das ações da Cemig leiloadas pela Andrade Gutierrez ao apagar das luzes de 2017. No total, a empreiteira vendeu 12,6% da distribuidora mineira, o último quinhão de uma participação que chegou a ser de 33% – época em que Sergio Andrade e Aécio Neves fizeram a Cemig de gato e sapato. Em outubro, surgiram rumores de que o Clássico também havia adquirido papéis da estatal em poder da Andrade Gutierrez. A última informação oficial dá conta que o banco detém 8,27% da empresa. Ressalte-se que o banqueiro Juca Abdalla é também um dos maiores acionistas individuais da Eletrobras.

#Andrade Gutierrez #Cemig

O “arco da velha” da gestão Cabral

4/12/2017
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A expectativa entre os procuradores da Operação Calicute é que a prisão de Henrique Alberto Ribeiro, ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio (DER-RJ), seja decisiva para desenterrar cobras, lagartos e outros répteis entocados na estatal. O alvo prioritário é o Arco Metropolitano do Rio, uma das maiores obras do DER-RJ no governo de Sérgio Cabral. Ribeiro era responsável pela negociação de contratos com as empreiteiras.

Segundo o RR apurou, há indícios de que recursos teriam sido desviados para financiar campanhas de aliados de Cabral. Procurado, o Ministério Público Federal não se pronunciou até o fechamento da edição. O projeto do Arco Metropolitano começou em R$ 1 bilhão. Ao ser inaugurado, em 2014, havia consumido mais de R$ 2 bilhões em meio a uma teia de aditivos contratuais.

Entre a construção do Arco e manutenção e reparos de rodovias vicinais, o empreendimento envolveu mais de três dezenas de empreiteiras, entre elas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Delta e Carioca – todas devidamente devassadas pelas Lava Jato. Não custa lembrar que projeto também está na mira do Cade. Com base em acordo de leniência com a OAS, o Conselho investiga a formação de cartel nas obras de construção do Arco Metropolitano que envolveriam 23 empreiteiras.

#Andrade Gutierrez #Odebrecht #Operação Calicute #Sérgio Cabral

MP mapeia os caminhos entre Andrade Gutierrez e Regis Fichtner

8/11/2017
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A delação do marqueteiro Renato Pereira ainda vai render. Virão à tona as relações perigosas da Andrade Gutierrez com Regis Fichtner, secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro durante o governo de Sérgio Cabral. A colaboração entre ambos ia além das prebendas para lá, caixa dois para cá.

De acordo com a delação de Pereira, sua prestação de serviços a Sergio Andrade era interestadual, com uma ponte para Minas Gerais. Do lado das Alterosas estavam Aécio Neves e Andrea Neves, fregueses contumazes da Andrade Gutierrez. Nessa trama, entram, por exemplo, as investigações sobre o suposto pagamento de propina à empreiteira na construção da Cidade Administrativa, uma das obras mais caras do governo de Aécio – aproximadamente R$ 2 bilhões.

Na procuradoria Sergio Andrade e Regis Fichtner são apontados como pertencentes à “turma do teflon”. Até agora pouca coisa grudou nos dois. Não é por falta de gordura na frigideira. A Andrade Gutierrez já fechou acordo de leniência. Fichtner, por sua vez, foi citado em depoimento de Luiz Carlos Bezerra, apontado como um dos operadores do esquema de Cabral.

Ele afirmou à Justiça ter levado pessoalmente ao ex-secretário dinheiro vivo fruto de propina. A imprensa já noticiou, inclusive, que o próprio Fichtner estaria negociando sua delação, o que, por ora, não se confirmou. Fichtner estava na Casa Civil quando a Andrade Gutierrez participou das obras do Maracanã.

No mesmo período, em 2010, a Cemig, da qual a empreiteira é sócia, aumentou sua participação na Light. Inicialmente, Sérgio Cabral era contrário à hipótese da estatal mineira amplificar seu poder na distribuidora fluminense. Fichtner foi convocado para aparar as arestas. A conta do acerto teria ido para a Andrade Gutierrez. A companhia agiu ainda em consórcio com duas empreiteiras carimbadas no governo Cabral: Carioca e Delta. Segundo o RR apurou, Renato Pereira disse que a articulação e montagem jurídica dos consórcios ficava, na surdina, a cargo de Fichtner. Procurados pelo RR, a Andrade Gutierrez, Regis Fichtner e o Ministério Público Federal não se pronunciaram.

#Andrade Gutierrez #Regis Fichtner

Alcateia

7/11/2017
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Mencionado nas delações da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Edison Lobão segue inabalável. Já iniciou sua campanha de reeleição ao Senado pelo PMDB, sempre com as bênçãos de José Sarney.
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Não é só: no Banco do Brasil, já se dá como certo que Marcio Lobão, filho do ex-ministro, terá seu mandato renovado à frente da Brasilcap. “Lobinho” também está citado na Lava Jato. Mas isso não passa de um detalhe.

#Andrade Gutierrez #José Sarney #Odebrecht #PMDB

Cuba e Andrade Gutierrez seriam um Frankenstein improvável

25/10/2017
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Quando se achava que tudo estava terminando é que se encontra mais. O Ministério Público está fuçando obras da Andrade Gutierrez em Cuba, que, até então, não constavam da lista das “top suspeitas”. De obras em Cuba somente se falava no Porto de Mariel, a cargo da Odebrecht, que representa um dos maiores financiamentos do BNDES no setor de exportação de serviços de engenharia. Segundo a fonte do RR, a suspeição é que a Andrade Gutierrez teria feito uma inusitada triangulação financeira entre países, realocando para projetos em Cuba empréstimos originalmente concedidos pelo BNDES para empreendimentos em Angola. Seria um Frankenstein sem tamanho, uma exótica combinação que envolveria superfaturamento de obra, incompetência, para se dizer o mínimo, do banco de fomento para avaliar empréstimos – uma hipótese na qual o RR não acredita –, e uma estranha troca de chumbo entre dois países de governos ditatoriais. Estranho, mas não impossível. Consultado, o BNDES informou que não financiou projetos da Andrade Gutierrez em Cuba, mas confirmou ter concedido crédito para contratos da companhia em Angola.

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Nota da Redação: a Andrade Gutierrez preferiu não responder às perguntas enviadas sobre o assunto. Ao contrário: seu diretor de comunicação, André Moragas, optou por fazer maledicências e associações desonrosas ao Relatório Reservado, esquecendo-se que procurou o RR em diversos momentos para repassar informações sobre empreiteiras concorrentes. Apesar das grosserias, o RR permanece aberto aos esclarecimentos de Moragas, toda vez que ele assim considerar necessário.

#Andrade Gutierrez #BNDES #Odebrecht

Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa se unem contra Odebrecht

17/10/2017
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O oligopólio das empreiteiras vai ruir de vez. Agora, com um confronto aberto no setor de exportação de serviços de engenharia. De um lado do ringue, acusando golpes violentos, encontra-se a Odebrecht, até 2016 disparado o maior player brasileiro deste mercado; do outro, competindo em dupla estão Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. As duas empreiteiras – por sinal, sócias na CCR – pretendem concorrer nesse segmento, agora sem o apoio do BNDES, por meio de consórcio, uma forma de otimizar as condições de financiamento.

Um dos alvos de Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez é Angola, historicamente um importante mercado da Odebrecht. Na semana passada, inclusive, surgiu na imprensa a informação de que a companhia baiana está fechando um pacote de obras no país africano da ordem de US$ 1,8 bilhão, sem detalhes sobre os projetos e, muito menos, a fonte de financiamento. Procuradas pelo RR, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez negaram a parceria para a exportação de serviços de engenharia. Está feito o registro.

A direção da Camargo Corrêa tem feito um lobby descarado, no Brasil e no exterior, para piorar ainda mais a imagem da Odebrecht. O slogan vai na linha “A reputação é fundamental nos quatro cantos do mundo”. Não é preciso explicar a quem se dirige. Já a Andrade Gutierrez divulgou que em até três anos os contratos no exterior deverão responder por metade do volume de negócios de sua construtora.

A novidade é a combinação entre ambas para isolar a Odebrecht, que teve seu nome mais danificado do que as rivais no mercado internacional. No fim do ano passado, por exemplo, autoridades do Panamá suspenderam um contrato de US$ 1 bilhão com a empreiteira baiana. O governo do Peru, por sua vez, proibiu a construtora de participar de licitações para obras públicas no país. Na teia dos acordos de leniência com os órgãos de controle, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez se encontram em estágio mais avançado – não obstante o recente recall de suas delações.

A Odebrecht tem a desvantagem de ser a única com o dono preso. Em contraposição, quando o assunto é o ranking das exportações de serviços de engenharia, os baianos sempre estiveram a léguas de distância de vantagem. Segundo estudo do Ipea, entre 2012 e 2016, antes, portanto, do banco praticamente zerar os empréstimos neste segmento, o BNDES financiou um volume de contratos de empreiteiras brasileiras no exterior da ordem de US$ 14 bilhões. A Odebrecht somou US$ 9 bilhões. A Andrade Gutierrez veio bem atrás, com US$ 2,8 bilhões. A Camargo Corrêa, então, comeu poeira, com US$ 441 milhões.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #CCR #Odebrecht

Se correr o bicho pega

9/10/2017
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Não fosse o medo de que a iniciativa pareça uma desfeita aos órgãos reguladores de fiscalização, Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez teriam se reunido para pedir uma arbitragem internacional sobre o seu acordo de leniência no Brasil. Do jeito que está, vivem em um looping com decisões divergentes e alternadas do Ministério Público Federal, Ministério da Transparência, Advocacia-Geral e Tribunal de Contas da União. Nem os mais corruptos merecem essa tortura.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Odebrecht

CCR pega um metrô em São Paulo

19/06/2017
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Enquanto o trem do PPI não parte – se é que partirá –, os “maquinistas” da CCR estão debruçados sobre os editais de privatização da linha 5 do Metrô de São Paulo e da chamada Linha 17, o monotrilho de 7,7 quilômetros que ligará Congonhas ao Morumbi. Os leilões serão realizados no dia 4 de julho. A propósito: a CCR é hoje uma espécie de selo indireto de idoneidade de seus dois maiores acionistas, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, por ora alijados das licitações públicas.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #CCR

China Gezhouba deságua no setor de saneamento

13/06/2017
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O setor de saneamento será a porta de entrada no Brasil de uma das maiores empreiteiras chinesas: a China Gezhouba Group Company (CGGC). Uma hidra com negócios em construção civil, energia e transporte e mais de US$ 30 bilhões em ativos, a CGGC está em conversações com a Prefeitura de Cuiabá para assumir a concessão de saneamento na capital mato-grossense. A operação, pertencente à CAB Ambiental, leia-se Galvão Engenharia, está sob intervenção do município desde o ano passado por descumprimento de contrato.

Nos últimos meses, cresceram as chances de a Prefeitura decretar a caducidade do contrato e realizar nova licitação. A CGGC está na primeira fila. Já teria se comprometido a assumir o plano de investimentos de R$ 1,5 bilhão. Procurada pelo RR, a Prefeitura informou que já exigiu da CAB a comprovação de capacidade técnica e operacional para gerir a concessão. Sobre a CGGC, não se pronunciou. Por ora, a profecia da invasão de empreiteiras chinesas no Brasil no rastro da Lava Jato não se consumou.

O desembarque tem se dado na base do conta-gotas, com interesses ainda razoavelmente restritos. É o caso da CGGC, que está abrindo um escritório em São Paulo e chega de olho em dois segmentos: energia e saneamento. Além de Cuiabá, está em negociações com o governo de São Paulo para assumir a PPP de São Lourenço. Constituída originalmente pela Camargo Corrêa e pela Andrade Gutierrez, a PPP é responsável pela construção do novo sistema para o abastecimento hídrico da capital paulista. Trata-se de um projeto de R$ 900 milhões.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #CGGC

Escondidinho

23/05/2017
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Manguinhos, Alemão, Rocinha, Maracanã… No recall da Andrade Gutierrez, o Ministério Público quer encurralar o dono da empreiteira, Sérgio Andrade, no Rio de Janeiro. Andrade, muito liso, até agora se esgueirou da operação. Mas a farra que fez nas obras da cidade merece uma comenda de “grande corruptor do Rio”. Sérgio Andrade dá um documentário.

#Andrade Gutierrez

Andrade e Gutierrez

17/05/2017
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A distinta senhora Angela Gutierrez, acionista da Andrade Gutierrez e integrante do Conselho de Administração da empreiteira, tem vivido dias de muita ansiedade com o recall da Lava Jato. Apesar de não ter nada a ver com as lambanças em sua companhia, não consegue confiar no seu sócio Sérgio Andrade.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato

Andrade Gutierrez é entrave à venda da Usina de Santo Antônio

11/05/2017
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Os demais acionistas da Usina de Santo Antônio estão convictos de que as duas vozes contrárias à venda da hidrelétrica, na verdade, são uma só: a da Andrade Gutierrez. Na condição de sócia da Cemig e detentora de uma espécie de golden share invisível desde os tempos de Aécio Neves/Antonio Anastasia, a empreiteira estaria pressionando a estatal mineira a também recusar a oferta da chinesa State Power Investment Company (SPIC) pelo controle da geradora. Os asiáticos avaliaram a usinaem cerca de R$ 8 bilhões. Segundo fonte que participa da negociação, a Andrade Gutierrez não fecha negócio por menos de R$ 10 bilhões. A Cemig, que, a princípio, era favorável à proposta, subitamente também teria recuado. Consta, inclusive, que os representantes da distribuidora não teriam participado das últimas reuniões com a SPIC. Sem a unanimidade, a venda não sai, para irritação do comando de Furnas, principal acionista da hidrelétrica e maior interessada na operação.

#Andrade Gutierrez #Cemig #Furnas #Usina Santo Antônio

Mendes Junior deixa o metrô passar

19/02/2016
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  Por vias oblíquas, a Lava Jato desembocou no metrô paulista. O Palácio dos Bandeirantes já dá como certa a necessidade de uma nova licitação para a conclusão das obras do monotrilho da linha 17 ao longo da Avenida Jornalista Roberto Marinho, um dos projetos viários mais encruados da cidade. O mais provável é que a concorrência seja realizada no segundo semestre, o que empurraria a retomada dos trabalhos para 2017.  Mesmo que indiretamente, é mais um projeto de infraestrutura abalroado pelo petrolão. Convocada pelo governo paulista para tocar o empreendimento, de R$ 260 milhões, a Mendes Junior – segunda colocada na licitação em parceria com a construtora Heleno & Fonseca – já teria sinalizado que não vai pegar este trem andando. Falta-lhe fôlego para assumir a operação. Atropelada pela Lava Jato – o herdeiro Sergio Mendes Cunha já foi condenado a 19 anos de prisão –, a empreiteira se contorce para concluir os projetos em andamento. Consultado, o Metrô paulista informou que poderá abrir novo processo licitatório caso “os segundos colocados não tenham interesse” em assumir a obra.  A própria postura do governo paulista não ajuda a desatar o nó do projeto. Que o digam a Andrade Gutierrez e a CR Almeida. Vencedoras da concorrência e responsáveis pelas obras, as duas construtoras entraram com uma ação na Justiça para rescindir o contrato. O Metrô de São Paulo não estaria cumprindo uma série de cláusulas do contrato, algo que a concessionária nega. Procurado pelo RR, a Mendes Junior não comentou o assunto.

#Andrade Gutierrez #CR Almeida #Heleno & Fonseca #Mendes Junior

Empreiteiras precisam de garantia para as concessões

3/07/2015
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As maiores empresas de construção pesada do país estariam se articulando para levar ao governo uma reivindicação que pode ser decisiva para o êxito ou não do novo programa de concessões. Segundo fonte de uma das empreiteiras, é necessário um instrumento legal e definitivo capaz de separar as companhias da interdição de seus controladores e gestores, medida que revogaria os óbices para a participação nos próximos leilões de infraestrutura. A alegação é que a falta de uma garantia firme praticamente inviabilizará sua presença nas licitações. Nas atuais circunstâncias, as empresas de construção pesada terão notórias dificuldades para obter financiamento e atrair investidores para os consórcios. Afinal, quem vai apostar em um cavalo sub judice ou com o risco de ser alvejado por alguma delação? Ainda não há uma definição da figura jurídica que poderá fundamentar tal decisão. O certo é que se trata de uma negociação complexa, tanto do ponto de vista político quanto legal, que terá de passar por diversas esferas, como Poder Executivo, notadamente o Ministério da Justiça e a Casa Civil, Ministério Público e Judiciário. Imagina-se que o próprio governo tenha o maior interesse na matéria. Difícil que o novo programa de concessões saia do chão sem a participação de Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e de boa parte das 300 grandes e médias empresas de construção pesada no Brasil. Onde o governo vai encontrar investidores dispostos a desembolsar quase R$ 200 bilhões em 15 concessões rodoviárias, 11 aeroportos, cinco ferrovias e 45 terminais portuários? As empreiteiras estão num voo a s cegas. Até o momento, sua participação no programa de concessões tem sido objeto de declarações assimétricas ou mesmo dúbias. Recentemente, o juiz Sergio Moro disse que as empreiteiras citadas no escândalo não estão proibidas de firmar contratos com a administração pública, mas – sublinhe-se o “mas” – falou também que o futuro plano de concessões pode ser uma nova fonte de corrupção para as construtoras reincidirem em crimes. Uma frase como esta não passa despercebida a bancos, agências de fomento, empresas de classificação de risco ou investidores internacionais. Quando confrontado com as declarações de Moro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, limitou-se a dizer, com certa timidez, que era “descabido” lançar suspeitas sobre o plano de concessões. Pouco, muito pouco. Mesmo porque, segundo notícias na mídia, o próprio Moro chegou a considerar que, no caso da Odebrecht, o ideal seria a suspensão de todos os contratos e atividades da construtora. O risco é que a declaração indique o embrião de uma jurisprudência. Qualquer restrição a  presença das grandes e médias empreiteiras nos próximos leilões é interferir diretamente no futuro destas companhias. Investir em infraestrutura é um processo em cadeia: novos projetos aumentam a curva de retorno dos empreendimentos já em curso graças a  captura de sinergias. Portanto, caso as construtoras venham a ser impedidas de entrar nos novos leilões, tal restrição terá impacto na performance de concessões das quais elas já participam. Ou seja: cassar o porvir das empresas de construção pesada também significa alijar o seu presente e o seu passado.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Lava Jato #Odebrecht #Queiroz Galvão

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