ANP desfila um novo figurino para os leilões de blocos onshore

  • 12/07/2016
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 O Ministério de Minas e Energia (MME) avisa: sai a concessão como palavra de ordem dos poços exploratórios em terra (onshore) e entra o regime de autorização. A mudança mexe completamente na forma como os investidores terão acesso aos blocos. Em vez de a ANP contratar por licitação uma empresa para fazer o levantamento geológico das áreas e dimensionar a capacidade da reserva, os interessados vão, por sua conta e risco, identificar esses locais e pedir apenas autorização da agência. Nesse regime – um pleito antigo dos operadores –, uma série de etapas burocráticas de análise e aprovação da pesquisa exploratória é suprimida. A mensuração da reserva é feita pelo próprio grupo que produzirá o petróleo e o gás. Assim o tempo previsto para identificação do potencial e iní- cio da produção deverá cair, em média, à metade e ser feito em apenas um ano e meio. Essa é a estimativa no mercado internacional.  Conta ainda a favor da mexida a quantidade bem maior de empregos que a exploração em terra gera. Um bloco onshore contrata três vezes mais mão de obra para produzir um barril do que nas áreas offshore. O modelo já é adotado em outros países de grande importância no segmento, como os Estados Unidos. Consultado, o Ministério nega a mudança, mas, segundo fonte do RR, que está ajudando no projeto, um road show foi feito recentemente e identificou 150 empresas europeias e norte-americanas interessadas em atuar no negócio. O potencial de investimento é de US$ 2 bilhões até 2018.  Para sair do papel, a solução terá de passar pelo crivo do MME, da ANP e do Conselho Nacional de Política Energética. Faz parte de um pacote de alterações para aumentar a quantidade de poços exploratórios no país. Nos últimos cinco anos, houve uma redução de 70% no número de poços offshore com perfuração iniciada. A queda terá impacto expressivo sobre a velocidade da expansão da oferta de petróleo no país nos próximos anos. Garante agilidade em um segmento insignificante no país. Apenas 2% da produção diária de barris vem de blocos em terra e há menos de 20 empresas atuando.

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