Diamond Mountain é um fundo no estaleiro

  • 29/10/2014
    • Share

O fundo RN Indústria Naval, do investidor Mauro Campos, trocou de nome, mas não de sina. O agora rebatizado Diamond Mountain Capital Group já nasceu dentro de um córner. O Dia D do private equity é 28 de novembro, data prevista para o leilão do antigo estaleiro Caneco, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Seu único ativo – uma unidade de produção de embarcações offshore – funciona em uma área arrendada dentro das instalações do Caneco. O contrato de arrendamento não dá ao Diamond Mountain qualquer garantia de permanência no local. No dia seguinte ao leilão, o novo controlador do estaleiro pode retomar toda a propriedade. Para piorar a situação do fundo, o modelo de leilão da massa falida do Caneco terá uma importante mudança. Para todos os efeitos, o preço de R$ 417 milhões está mantido. Mas a Justiça aceitará ofertas inferiores caso sejam respeitadas certas condições de pagamento, informação confirmada ao RR pelo TJ-Rio. A rigor, Mauro Campos tem duas opções para manter seu estaleiro, dono de uma carteira de 12 encomendas de embarcações para a Petrobras. Uma delas é esperar pelo leilão e partir para uma negociação com o novo controlador, para estender o contrato de arrendamento. Trata-se, no entanto, de uma hipótese arriscada, sem qualquer garantia de sucesso. Tanto que Campos tem se movimentado na tentativa de participar do leilão. No entanto, os problemas do fundo de investimento não finaram junto com o nome RN Naval. O principal deles são as turbulências que atingem seu maior cotista, o Postalis. Sem o apoio do fundo de pensão dos Correios – e, diante das circunstâncias, dificilmente ele virá – é pouco provável que o Diamond Mountain tenha fôlego para entrar no leilão.

Leia Também

Todos os direitos reservados 1966-2024.