Ferreira Junior mostra que o governo ficou para trás

  • 8/07/2021
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Há duas versões para a decisão da BR Distribuidora de entrar na Justiça contra a União por supostas perdas decorrentes da greve dos caminhoneiros, em 2018. A primeira delas é que a medida causou surpresa nos ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Os dois foram os principais apoiadores do atual presidente da BR, Wilson Ferreira Junior, enquanto ele esteve à frente da Eletrobras.

Mas, o jogo mudou: agora, é cada um por si. Guedes e Bento teriam, inclusive, reagido mal ao fato de Ferreira Junior sequer ter sinalizado a disposição da BR em judicializar o caso. A postura do executivo teria sido ainda objeto de comentário ácido do presidente Jair Bolsonaro junto ao seu ministro da Economia. Na segunda versão, Paulo Guedes teria conversado preliminarmente com Ferreira Junior e dito que a decisão do Conselho de Administração da BR era correta e, se estivesse no board, também votaria da mesma forma.

Nas duas versões, Bolsonaro, que já tinha sua implicância com Ferreira Junior desde os tempos da Eletrobras, não gostou do comportamento do executivo. O presidente não entende muito bem essas coisas de governança. Em tempo: partindo-se do princípio de que a BR teve mesmo prejuízos, não deixa de ser curioso que a Petrobras não tenha levado o caso à Justiça. Até outro dia, a estatal era dona de 37,5% do capital da empresa e exercia notória influência nas decisões do Conselho. Procurados pelo RR, a BR e os Ministérios da Economia e de Minas e Energia não quiseram se pronunciar. A AGU, por sua vez, informou que “a União ainda não foi intimada”.

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