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Destaque

Governadores cobram de Marina Silva o sinal verde para a Petrobras na Margem Equatorial

15/05/2023
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A dificuldade da Petrobras em obter as licenças ambientais para a Margem Equatorial deflagrou uma “rebelião” federativa. O RR apurou que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), está liderando uma articulação política em bloco com o objetivo de pressionar o Ibama a liberar a autorização. A coalizão inclui ainda os governadores do Maranhão, Amapá e Rio Grande do Norte – respectivamente Carlos Brandão Junior (PSB), Clecio Luis (Solidariedade) e Fátima Bezerra (PT). De acordo com a fonte do RR, Barbalho vem tratando diretamente do assunto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva – inclusive, durante a recente passagem de ambos na China.  

Trata-se de uma negociação delicada. O imbróglio com o Ibama antecede a gestão de Marina – é algo que se arrasta há mais de três anos. No entanto, a ministra não se mostra muito simpática às atividades de exploração e produção na Margem Equatorial, notadamente na Bacia Amazônica. Marina já disse textualmente que olha para extração de petróleo na Foz do Amazonas “do mesmo jeito que olhei para Belo Monte”. Não se trata de um bom prenúncio para a Petrobras e os governadores interessados na questão, a julgar pela resistência de Marina à construção da hidrelétrica durante sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente.

Os quatro governadores discutem ainda a possibilidade de um manifesto público como forma de sensibilizar as autoridades ambientais. A ideia é bater na tecla dos investimentos e dos postos de trabalho que estão deixando de ser gerados com a demora na liberação da licença pelo Ibama. Apenas em royalties, os quatro estados estimam que as perdas anuais passam dos R$ 2 bilhões. Assim como Barbalho, Fátima Bezerra dá uma dimensão e um peso maiores ao pleito. Entre os chefes de governo estaduais, trata-se de um dos nomes mais influentes junto ao presidente Lula. Basta lembrar que Fátima coordenou a campanha presidencial de 2022 no Nordeste. Além disso, a governadora potiguar é umbilicalmente próxima do próprio Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Prates era o suplente de Fátima no senado e herdou sua cadeira quando ela assumiu o governo do Rio Grande do Norte. 

#Belo Monte #Helder Barbalho #Ibama #Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Petrobras

Empresa

Light busca uma porta de saída de Belo Monte  

21/03/2023
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A Light busca um comprador para a sua participação na Usina de Belo Monte. Ao lado da Cemig, a distribuidora detém 9,7% da Norte Energia – a holding controladora da hidrelétrica, da qual a Eletrobras é a maior acionista. A Light tem pressa. A fatia acionária em Belo Monte é um dos ativos que a empresa pretende vender. A distribuidora fluminense vai catar tudo que é caquinho para fazer caixa frente a sua delicada situação financeira.  

No último balanço divulgado, em setembro de 2022, a dívida líquida estava em R$ 8,7 bilhões, o equivalente a três vezes o Ebitda. No terceiro trimestre do ano anterior, esse múltiplo era de 2,4. Além da excessiva alavancagem, a Light enfrenta notórios problemas de fluxo de caixa devido à erosão do seu faturamento. Entre janeiro e setembro de 2022, a companhia reportou receita líquida de R$ 9,4 bilhões, uma queda de 6,6% no comparativo com igual período em 2021. As ligações clandestinas de energia são um grave problema, com forte efeito corrosivo sobre o faturamento. Estima-se que o nível de perda de energia no que é fornecido a comunidades chegue a 80%, trocando em miúdos algo como R$ 600 milhões em prejuízo – conforme o RR já informou

#Belo Monte #Eletrobras #Light

Cemig embala Belo Monte e Santo Antônio em um só pacote

24/02/2022
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O RR apurou que a Cemig estuda vender de forma casada suas participações nas usinas de Belo Monte e Santo Antônio, duas das maiores hidrelétricas brasileiras. Para não variar, do outro lado da mesa só dá chinês. De acordo com a mesma fonte, a estatal mineira vem mantendo conversações com a State Power Investment Corporation (SPIC) e a Three Gorges.

Trata-se de uma reviravolta no plano de desmobilização de ativos da Cemig, que pode ter um razoável impacto sobre o tabuleiro do setor elétrico no país. A dupla aquisição dará ao comprador uma posição privilegiada no segmento de geração: juntas, Belo Monte e Santo Antônio respondem por aproximadamente 10% de toda a matriz hidrelétrica brasileira. A negociação tem tudo para ampliar também o peso chinês no setor: SPIC e Three Gorges já controlam cerca de 12% da capacidade de geração do sistema elétrico brasileiro.

Com Belo Monte e Santo Antônio nas mãos de uma das duas, essa participação se aproximaria dos 15%. A Cemig detém, respectivamente, 9,7% da Norte Energia, dona de Belo Monte, e 8,5% da Santo Antônio Energia. Estima-se que a venda conjunta possa atingir algo em torno de R$ 4 bilhões. Procurada pelo RR, a estatal mineira não quis se pronunciar.

#Belo Monte #Cemig #Norte Energia #Santo Antônio Energia

Energia extra do BNDES

27/06/2017
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O BNDES, que agora é só paz e amor com o empresariado, deverá aumentar o volume de recursos disponíveis para a área de transmissão. O objetivo é reduzir os atrasos na implantação de concessões já leiloadas pela Aneel. Neste ano, o banco já liberou mais de R$ 2,5 bilhões para a construção do linhão da usina de Belo Monte.

#Aneel #Belo Monte #BNDES

Empreiteira chinesa é um atraso só em Belo Monte

26/05/2017
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State Grid e Eletrobrás, sócias da Belo Monte Transmissora de Energia (BMTE), deverão entrar na Justiça para rescindir o contrato com a Sepco, uma das maiores empreiteiras chinesas. A intenção é buscar uma construtora que assuma a toque de caixa as obras de instalação de um terço dos mais de 2,1 mil quilômetros de linhas de transmissão de Belo Monte, a cargo dos asiáticos. O imbróglio chegou a tal ponto que nem mesmo a State Grid, controladora da BMTE com 51%, parece disposta a salvar a pele da conterrânea.

Não há patriotismo capaz de apagar os maus serviços e atrasos da Sepco. Para quem acredita que abrir as portas da construção pesada aos chineses pode ser um remédio contra a hecatombe do setor, Belo Monte oferece um episódio didático. Até março, a Sepco já teria recebido cerca de R$ 9 milhões em multas aplicadas pela BMTE por descumprimento do cronograma.

Mesmo com as penalidades, pouco ou nada mudou. Das 1,5 mil torres de transmissão a cargo da Sepco, apenas 600 teriam sido fincadas. Dos oito lotes de construção, somente três estão atrasados: todos de responsabilidade de construtora chinesa. Os esforços da State Grid e da Eletrobras se concentram agora em reduzir o prejuízo e os atrasos. Ambas já dão como quase certo que dificilmente conseguirão energizar integralmente o linhão de Belo Monte em fevereiro de 2018, como prevê o cronograma original.

Consultada pelo RR, a BMTE não se pronunciou especificamente sobre os atrasos e as multas. Disse que “não confirma as informações”, mas admitiu que “está discutindo amistosamente com a Sepco para que ela atenda suas metas dentro do prazo”. Para bom entendedor… A empreiteira chinesa, por sua vez, não retornou.

#Belo Monte #Eletrobras #Power China Sepco #State Grid

Belo Monte em bloco

20/04/2017
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A chinesa Zhejiang Electric Power Construction (ZEPC) vai fazer um arrastão no capital de Belo Monte. Além de uma parcela das ações da Eletrobras, negocia também a compra das participações da Cemig e Light, que são uma só, e da Petros. A pescaria deverá dar à ZEPC mais de 30% da usina, transformando-a na segunda maior acionista, atrás apenas da própria Eletrobras.

#Belo Monte #Cemig #Eletrobras #ZEPC

Light espalha suas geradoras sobre o balcão

20/05/2016
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 A Light prepara um plano emergencial de desmobilização de ativos, notadamente na área de geração, para fazer frente a sua delicada situação financeira. Segundo o RR apurou, a proposta deverá ser submetida ao Conselho de Administração na reunião prevista para a próxima semana. A companhia pretende se desfazer da sua participação na Renova Energia, maior geradora de fontes renováveis do país, e na usina de Belo Monte . Também seriam colocadas à venda cinco usinas hidrelétricas no Rio e em São Paulo, com capacidade total de 855 MW. Segundo o RR apurou, a empresa espera arrecadar algo em torno de R$ 3 bilhões com a alienação dos ativos e, assim, ganhar fôlego para atravessar sua maior crise desde a privatização, há exatos 20 anos.  A Light está no meio da tempestade perfeita. A queda no consumo de energia, o avanço da inadimplência, o rombo fiscal de R$ 9 bilhões em Minas Gerais – o que inviabiliza qualquer novo aporte de capital da Cemig, seu controlador – e a escalada do passivo têm formado uma combinação explosiva para a distribuidora fluminense. Nos últimos 12 meses, a relação dívida líquida/Ebitda pulou de 3,7 para 4,3 vezes e a situação tende a se agravar. Segundo o RR apurou, as projeções da própria Light indicam que esse índice vai romper o patamar de cinco para um até o fim do ano. Um dos casos mais delicados – não exatamente pelo montante, mas pelo potencial impacto sobre a própria operação da companhia – é o passivo com Itaipu. Há cerca de dois meses, a Light abriu uma nova rodada de negociações na tentativa de repactuar o pagamento da dívida de US$ 80 milhões referente à compra de energia. No entanto, segundo fontes próximas à empresa, as conversações fracassaram e a geradora exige a imediata quitação dos valores atrasados. A dívida com Itaipu é um fio desencapado que se estende até a Aneel. A presidente da Light, Ana Horta Veloso, solicitou à agência reguladora uma revisão tarifária extraordinária, dois anos antes do previsto. A justificativa da companhia é que ela fez uma série de investimentos adicionais, sobretudo por conta dos Jogos Olímpicos no Rio. No entanto, a direção da Aneel já deixou claro que qualquer discussão está condicionada à quitação dos pagamentos atrasados à Itaipu.  Por falar em inadimplência, na outra ponta a Light sofre com o crescente atraso no pagamento das contas de luz. No primeiro trimestre deste ano, a companhia registrou em balanço cerca de R$ 50 milhões em provisões para recebíveis de liquidação duvidosa. Ou seja: em apenas três meses, a empresa provisionou mais de 60% do valor lançado ao longo de todo o ano de 2015 (R$ 80 milhões). Procurada pelo RR, a Light não comentou o assunto.

#Aneel #Belo Monte #Cemig #Itaipu Binacional #Light #Renova Energia

Belo Monte

11/09/2015
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A Alstom estaria disposta a reduzir sua participação no consórcio ELM, responsável pelo fornecimento de turbinas para a usina de Belo Monte. Já teria, inclusive, oferecido parte das ações para suas sócias no negócio, a alemã Voith e a suíça Andritz. Formalmente, a Alstom nega a operação.

#Alstom #Belo Monte

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