Tag: BR Distribuidora

Real estate

Petros coloca à venda antiga sede da BR Distribuidora

5/12/2023
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A Petros procura um comprador para o Edifício General Horta Barbosa, localizado no Maracanã, na Zona Norte do Rio. Há um certo simbolismo na negociação. Por décadas, o imóvel foi a sede da antiga e ex-estatal BR Distribuidora. Hoje, abriga áreas da Petrobras, como TI. O ativo está marcado no balanço da Petros ao valor de R$ 95 milhões. Procurada, a Petros não se pronunciou.

#BR Distribuidora #Petros #venda

Negócios

Vibra não vê a hora de sair da ES Gás

19/01/2023
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Uma das primeiras missões de Ernesto Pousada, que assume a presidência da Vibra Energia em 1º de fevereiro, será acelerar as tratativas com o governo do Espírito Santo e o BNDES para a privatização da ES Gás. O processo, coordenado pelo banco de fomento, se arrasta há mais de um ano, com sucessivos adiamentos. A Vibra quer virar essa página ainda neste semestre, tirando a ES Gás do seu portfólio – a distribuidora capixaba é tratada pelo grupo como um negócio menor e não estratégico. A empresa tem 49% da ES Gás, herdada da antiga BR Distribuidora. Os 51% restantes estão nas mãos do governo do Espírito Santo. Consultada pelo RR, a Vibra afirmou que não se manifestará sobre o tema.

#BNDES #BR Distribuidora #ES Gás #Vibra Energia

PT ronda reestatização de ativos da Petrobras

18/03/2022
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O balão de ensaio soprado por Lula na semana passada, associando os altos preços dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora, ecoou o pensamento do núcleo duro do PT. Segundo o RR apurou, determinadas lideranças do partido próximas ao ex-presidente, a começar por Gleisi Hoffmann, têm defendido internamente a reestatização de alguns dos ativos vendidos pela Petrobras. Há quem pregue, inclusive, que a proposta conste do programa econômico de Lula. A medida seria embalada pelo discurso de que o retorno de operações estratégicas para as mãos da estatal contribuiria para a redução do custo dos combustíveis.

Alguns petistas chegam a mencionar ativos que deveriam ser reestatizados de forma prioritária. Entre eles figuram exatamente a Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), leia-se a malha de dutos que liga Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo ao gasoduto Bolívia-Brasil. Nas hostes petistas, há quem acredite que essas recompras seriam facilitadas por pressões políticas e pelo peso leviatânico da Petrobras e do próprio governo.

Assim é se lhe parece. Na semana passada, além de vincular os sucessivos aumentos dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora, Lula ainda soltou uma frase de efeito relacionada ao tema: “Se preparem, porque vamos ganhar as eleições e vamos recuperar a Petrobras para o povo brasileiro”. Ao que tudo indica, é o velho jogo de Lula: a declaração foi um afago para os seus, ou seja, muito mais um recado para dentro do partido do que exatamente para o eleitorado. Interlocutores que conhecem bem o petista sabem que a ideia de reestatização de operações da Petrobras nem passa pela cabeça do ex-presidente.

Ainda assim, ao que parece, Lula deixou uma pulga atrás da orelha do mercado. Pelo sim, pelo não, o zunzunzum em torno do assunto já provoca mobilizações no meio empresarial. Segundo o RR apurou, o investidor Ronaldo Cezar Coelho, principal acionista da Vibra Energia, acionou o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira, solicitando sua interveniência junto a Lula e a formuladores do programa econômico do PT com o objetivo de dissuadi-los da proposta.

#BR Distribuidora #Gleisi Hoffmann #Lula #Petrobras #PT

Os próximos “divórcios” entre a Vibra Energia e a Petrobras

22/09/2021
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Não bastam a venda integral do controle e a mudança de nome. A Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) pretende, aos poucos, desvincular também seus produtos e serviços da Petrobras. Trata-se de um processo intrincado, que passa pela renegociação ou mesmo a rescisão de contratos de licenciamento com a estatal. Segundo a fonte do RR, a cúpula da antiga BR já estaria discutindo cenários para dois de seus brands mais relevantes, as linhas de combustíveis Podium e Grid.

As duas marcas pertencem à Petrobras e estão cedidas à Vibra por um contrato com vigência até 2031. Do ponto de vista do marketing, ambas estão demasiadamente associadas ao antigo controlador – suas logos, inclusive, trazem os nomes “Petrobras Podium” e “Petrobras Grid”. É o que a “nova BR” menos quer. A direção da empresa, a começar pelo presidente, Wilson Ferreira Junior, não estaria disposta a esperar o fim do acordo, ou seja, mais dez anos, para apagar o nome da Petrobras desses produtos.

Uma solução de médio prazo seria a Vibra adicionar seu nome às duas marcas, em um modelo de cobranding. A título de exemplo, algo similar ao que o ABN Amro fez ao comprar o Banco Real: por alguns anos, os holandeses mantiveram o nome ABN Real e gradativamente a menção ao antigo banco foi sumindo das peças de marketing, até desaparecer em definitivo. No entanto, segundo a mesma fonte, o acordo de licenciamento com a Petrobras teria amarras que dificultariam a supressão do nome da estatal.

Uma hipótese mais imediata seria a Vibra negociar a compra em definitivo das marcas Podium e Grid, o que lhe daria autonomia, inclusive, para sumir com os dois brands. Essa saída dependeria de uma negociação com a Petrobras, antes do fim do contrato. A marca dos postos é um caso à parte. Por mais que a Vibra queira desvincular sua imagem da Petrobras, a bandeira BR ainda é o seu principal ativo. Nesse caso, a pressão do tempo é até maior do que em relação às linhas de combustíveis.

O contrato com a Petrobras para uso da marca BR se encerra em 2029. São oito anos para a Vibra tentar negociar a compra do nome ou construir um brand do zero. O RR enviou uma série de perguntas à Vibra, mas a empresa foi sucinta, limitando-se a tratar das linhas Podium e Grid. Informou que “tem um contrato de licenciamento de dez anos com a Petrobras, com perspectiva de renovação por mais dez e não há expectativa ou planos de mudança para isso”. Especificamente sobre a marca BR, nenhuma palavra. Também procurada, a Petrobras não se pronunciou.

#Banco Real #BR Distribuidora #Petrobras #Vibra Energia

Investidor verde

13/07/2021
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O empresário Ronaldo Cezar Coelho, acionista relevante da Light e da BR Distribuidora, pretende ser a referência quando se trata de padrão ESG nas duas empresas. Cezar Coelho quer ser o “Mr. Sustentabilidade”.

#BR Distribuidora #Light

Ferreira Junior mostra que o governo ficou para trás

8/07/2021
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Há duas versões para a decisão da BR Distribuidora de entrar na Justiça contra a União por supostas perdas decorrentes da greve dos caminhoneiros, em 2018. A primeira delas é que a medida causou surpresa nos ministros da Economia, Paulo Guedes, e de Minas e Energia, Bento Albuquerque. Os dois foram os principais apoiadores do atual presidente da BR, Wilson Ferreira Junior, enquanto ele esteve à frente da Eletrobras.

Mas, o jogo mudou: agora, é cada um por si. Guedes e Bento teriam, inclusive, reagido mal ao fato de Ferreira Junior sequer ter sinalizado a disposição da BR em judicializar o caso. A postura do executivo teria sido ainda objeto de comentário ácido do presidente Jair Bolsonaro junto ao seu ministro da Economia. Na segunda versão, Paulo Guedes teria conversado preliminarmente com Ferreira Junior e dito que a decisão do Conselho de Administração da BR era correta e, se estivesse no board, também votaria da mesma forma.

Nas duas versões, Bolsonaro, que já tinha sua implicância com Ferreira Junior desde os tempos da Eletrobras, não gostou do comportamento do executivo. O presidente não entende muito bem essas coisas de governança. Em tempo: partindo-se do princípio de que a BR teve mesmo prejuízos, não deixa de ser curioso que a Petrobras não tenha levado o caso à Justiça. Até outro dia, a estatal era dona de 37,5% do capital da empresa e exercia notória influência nas decisões do Conselho. Procurados pelo RR, a BR e os Ministérios da Economia e de Minas e Energia não quiseram se pronunciar. A AGU, por sua vez, informou que “a União ainda não foi intimada”.

#BR Distribuidora #Eletrobras #Paulo Guedes

Governo Bolsonaro lança dúvidas sobre o futuro da BR

23/03/2021
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A BR Distribuidora virou uma bola de pingue-pongue, rebatida de um lado para o outro da rede entre estratégias e interesses conflitantes entre si. Do Palácio do Planalto, surgem vazamentos sobre a ideia de reestatização da companhia. Nesse caso, a Petrobras, que mantém uma participação de 37,5% na distribuidora de combustíveis, seria usada pelo governo para a recompra de ações da BR em mercado. Essa hipótese quica sobre a mesa como um rebote da raquetada do presidente Jair Bolsonaro na governança da
petroleira.

Se é possível interferir na Petrobras, por que não na BR, ainda que a participação do governo na companhia se dê de forma indireta? Pelo silogismo bolsonarista, se a Petrobras é sócia da empresa, está resolvido: “La BR c ´est moi” No sentido contrário, está o projeto de privatização completa da BR, com a venda do restante das ações ainda em poder da Petrobras. Os fundos que coabitam o capital da empresa pressionam por esta solução. Esta, inclusive, seria a principal missão de Wilson Ferreira Junior, que as-
sumiu a presidência da distribuidora de combustíveis na semana passada. Ferreira tem o perfil de embalador de empresas para a privatização, ainda que não tenha alcançado sucesso na Eletrobras.

Na estatal, ele perdeu a viagem. Já na BR, o executivo vem calejado pela arritmia decisória do governo Bolsonaro. No meio dessa troca de bolas de um lado para o outro, o RR recebeu também a informação do interesse da Americanas em ter uma participação expressiva na BR. A rede varejista, ressalte-se, já enxerga o negócio por dentro: firmou recentemente um acordo operacional com a distribuidora no segmento de lojas de conveniência. A compra das ações da Petrobras faria da Americanas o principal acionista individual da BR. A operação significaria o ingresso do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira em um setor extremamente disputado.

Além do varejo per si, com a gestão das lojas de conveniência, Lemann e cia. passariam a competir com Raízen, Ultra/Ipiranga, entre outros menos votados. No mercado especula-se também que a ida de Marcos Lutz para o conselho do Grupo Ultra teria como objetivo a aquisição da BR. Lutz, enquanto esteva na Cosan, era o executivo dedicado a uma operação de compra da estatal. Mas tudo ainda está no campo das conjecturas. Os 37,5% do capital nas mãos da Petrobras indexam o destino da BR aos humores de Jair Bolsonaro.

#BR Distribuidora #Eletrobras #Jorge Paulo Lemann #Petrobras

“Pane seca” na aviação civil

1/04/2020
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Azul e Gol procuraram a BR e a Shell para negociar um corte profundo nos contratos de fornecimento de combustível. Ressalte-se que o número de voos semanais autorizados pela Anac para o período de 28 de março a 30 de abril equivale a 10% do movimento normal da aviação civil no país. Procurada, a Gol informou que “vem estudando soluções com o objetivo de equilibrar e equalizar compromissos”. Azul, BR e Shell não se pronunciaram.

#Azul #BR Distribuidora #Gol #Shell

Previ vende ativos

21/02/2020
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O novo diretor de Investimentos da Previ, Marcelo Wagner, vai acelerar a venda de participações societárias. Deve começar pela BRF e pela BR Distribuidora, nas quais o fundo de pensão detém, respectivamente, 9,4% e 3,5% do capital total.

#BR Distribuidora #BRF #Previ

A “nova BR”

10/01/2020
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A BR Distribuidora teria planos de abrir um novo Plano de Demissões Voluntárias ainda neste semestre. As pouco mais de mil adesões ao PDV encerrado no fim de 2019 ficaram aquém do desejado pela empresa. Nos cálculos dos novos gestores, a companhia precisa chegar a 1,5 mil cortes – ou metade da força de trabalho pré-pulverização do capital – para começar a ficar redonda.

#BR Distribuidora #PDV

Benchmarking

1/08/2019
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O modelo de venda da BR Distribuidora, com a pulverização do controle, deverá ser replicado na capitalização da Eletrobras. A proposta será levada a Jair Bolsonaro na primeira quinzena de agosto.

#BR Distribuidora

Risco Avianca

12/04/2019
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A BR Distribuidora vem exigindo pagamento à vista na venda de combustível para a Avianca. A empresa de German Efromovich deve R$ 35 milhões à estatal.

#Avianca #BR Distribuidora

Acervo RR

Tanque cheio

10/04/2019
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O fundo Advent entrou no páreo para se associar à BR Mania, a rede de lojas de conveniência da BR Distribuidora.

#Advent #BR Distribuidora #BR Mania

Tanque cheio

10/04/2019
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O fundo Advent entrou no páreo para se associar à BR Mania, a rede de lojas de conveniência da BR Distribuidora.

#Advent #BR Distribuidora #BR Mania

Combustível aditivado

3/12/2018
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Nem a ANP consegue entender a razão pela qual o preço médio da gasolina nas refinarias da Petrobras caiu quase 20% em novembro, ao passo que nos postos a redução foi de apenas 3,3%. BR, Raízen e Ipiranga, que controlam 70% do mercado, já foram cobradas pela agência a dar uma explicação. No entanto, andam a passos de cágado, como se não tivessem como justificar a discrepância entre os índices. Procurada, a BR “confirma que recebeu o pedido de informações da ANP e responderá no prazo”. Raízen e Ipiranga não quiseram se pronunciar.

#ANP #BR Distribuidora #Ipiranga #Raízen

BR Distribuidora desperta de sua hibernação

16/01/2018
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Após virar a página do IPO da BR Distribuidora, Pedro Parente tem duas preocupações mais agudas em relação à estatal: recuperar o terreno perdido na distribuição de combustíveis e reforçar a blindagem na estrutura de compliance da subsidiária, tantas vezes vazada no passado recente. Contra a primeira moléstia, o receituário prescreve cerca de R$ 2,5 bilhões. É o volume de investimentos previstos para a BR ao longo dos próximos quatros anos. A meta é chegar a dez mil postos até 2021 – o número hoje gira em torno dos oito mil. As medidas incluem ainda um banho de loja na BR Mania, com mudanças no layout e no portfólio de serviços.

Consultada, a BR informou que não pode passar informações “que não constam do formulário de referência registrado na CVM“. Seja devido à Lava Jato e ao seu impacto sobre a capacidade de investimento da Petrobras, seja por conta das idas e vindas que cercaram o IPO da BR, a empresa entrou em hibernação nos últimos anos. O prejuízo a ser tirado não é pequeno. De 2012 para cá, a participação da estatal nas vendas de derivados de petróleo caiu de 40% para cerca de 35%.

Cada ponto percentual significa algo como R$ 2,5 bilhões em receita. A concorrência, notadamente Ipiranga e Raízen, agradece. Ao mesmo tempo, Parente carrega a ideia fixa de que a BR precisa apertar ainda mais as porcas e parafusos do compliance, sobretudo agora que responde às liturgias de uma empresa de capital aberto. Assim como a nave-mãe, a subsidiária serviu de esconderijo para ratos e insetos das mais diversas espécies. O episódio mais controverso envolve o suposto esquema para a compra irregular de etanol comandado pelo diretor da BR nos anos 90 João Augusto Henriques, apontado pela Justiça como operador do PMDB. Segundo as investigações, o próprio presidente Michel Temer, à época congressista, teria sido o responsável pela ida de Henriques para a BR, beneficiando-se posteriormente dos dividendos gerados por tal nomeação.

#BR Distribuidora #CVM #Petrobras

Total quer abastecer a operação brasileira nos postos da Ale

19/12/2017
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No momento em que a BR Distribuidora retorna à bolsa, outra chama reacende no mercado de distribuição de combustíveis. Segundo o RR apurou, a francesa Total retomou, com interesse redobrado, o projeto de entrar no comércio retalhista no Brasil, por meio de aquisições. Neste caso, todos os caminhos parecem apontar numa só direção: a Ale. A empresa tornou-se um balão solto nos céus depois que o Cade vetou sua venda para o Ultra/Ipiranga. Um cobiçado balão, ressalte-se. Graças ao órgão antitruste, a Ale segue como a última distribuidora de combustíveis de porte nacional ainda não fisgada pelas big three do setor – BR, Ipiranga e Raízen. A companhia detém cerca de dois mil postos e aproximadamente 5% das vendas de combustíveis no país, o suficiente para lhe dar uma receita de R$ 12 bilhões no ano passado. Nos idos de 2013, a Total chegou a manter tratativas com a Ale, mas as conversas ficaram pelo acostamento. A entrada no setor retalhista daria aos franceses uma operação integrada no Brasil, da exploração e produção à distribuição de combustíveis, passando pela área de refino e pelo desenvolvimento de derivados, notadamente lubrificantes. Consultada sobre uma eventual negociação, a Ale não disse nem que sim nem que não. Declarou que “segue focada em seu novo plano de crescimento”. A Total não se pronunciou.

#Ale #BR Distribuidora #Total

Fantasmas do passado despertam na BR

19/10/2017
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A abertura dos guardados da BR Distribuidora vai revelar pequenas e grandes pilantragens. Uma delas chega a ser divertida. Uma companhia aérea, a Pop Airlines, procurou a BR para obter querosene de aviação. A empresa foi devidamente analisada e seu pleito autorizado. A BR, então, aprovou uma linha de financiamento de R$ 10 milhões no Bradesco para a Pop. Passado um tempo verificou-se que a empresa aérea não existia. E os recursos liberados haviam sido sacados, sabe-se lá por quem. O processo ainda se encontra em aberto na BR. E a Pop deve andar voando por aí.

#BR Distribuidora #Bradesco #Pop Airlines

Acerto de contas

18/10/2017
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O relatório do UBS avaliando a BR Distribuidora em R$ 29 bilhões foi uma ducha de água fria para a Petrobras. Por ora, as simulações feitas pela companhia projetam um valuation superior a R$ 35 milhões. Não chega a ser uma diferença abissal, mas talvez, a contragosto, a estatal tenha de calibrar suas pretensões.

#BR Distribuidora #Petrobras #UBS

Contagem regressiva

5/09/2017
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A Petrobras trabalha para lançar o prospecto do IPO da BR Distribuidora na primeira semana de outubro.

#BR Distribuidora #Petrobras

João Lyra duela com credores, herdeiros e a Lava Jato

2/08/2017
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Aos 86 anos, o usineiro e ex-deputado João Lyra mostra fôlego para evitar as armadilhas que surgem em seu caminho – venham elas de Curitiba, onde sua relação com Fernando Collor e a BR Distribuidora é escarafunchada, ou da Comarca de Coruripe (AL). É lá que se arrasta o processo de falência de seu antigo império sucroalcooleiro, que vive novos e decisivos capítulos nesta semana. Lyra e seus herdeiros tentam brecar na Justiça o leilão de ativos da massa falida da Laginha Agro Industrial, que teve início no último dia 26 e se estende até a próxima sexta-feira. Trata-se de um momento chave desta epopeia “sucro-judicial”.

Nove anos após o pedido de recuperação, os 14 mil funcionários e centenas de fornecedores e bancos credores não receberam um centavo sequer. O leilão é a primeira possibilidade concreta de pagamento de parte dos R$ 2 bilhões em dívidas. O primeiro tiro contra os credores errou o alvo: na última quarta-feira, um dos filhos do empresário, Antonio José Pereira Lyra, entrou com um pedido de suspensão do leilão, negado pelo desembargador Tutmés Airan de Albuquerque Melo, do TJ-AL.

Os Lyra, no entanto, não desistem tão facilmente. Segundo o RR apurou, os advogados do próprio patriarca também estariam se movimentando para suspender os efeitos do leilão, no qual são ofertados o terreno e o imóvel onde funcionava a sede do grupo, em Maceió, além de um apartamento e um imóvel comercial. Ressalte-se que João Lyra e seus herdeiros correm em raias separadas. Duelam com os credores tanto quanto digladiam entre si. Os filhos já entraram na Justiça com um pedido de interdição do pai.

O expediente lhes daria a possibilidade de assumir o mando dos ativos no caso de uma eventual transformação da falência em recuperação judicial – em fevereiro, Lyra impetrou recurso no STJ pleiteando esta reversão. Não obstante a dívida da Laginha, sempre dá para extrair algum caldo de um patrimônio avaliado em R$ 1,9 bilhão. Curiosamente, por mais dolorosa que seja, sob certo aspecto esta disputa consanguínea é conveniente para o clã. A família deve, não nega, mas, enquanto briga, ganha tempo e preserva o patrimônio congelado.

O RR fez seguidas tentativas de contato com os advogados de João Lyra, por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. João Lyra centra suas atenções na Justiça alagoana, sem tirar o olho da Lava Jato, uma ameaça cada vez mais presente. Em março, a Polícia Federal concluiu as investigações em torno de pagamentos e empréstimos de R$ 7,2 milhões feitos pela BR à Laginha, com a suposta interferência do senador Fernando Collor. Segundo a PF, há indícios de irregularidades no repasse dos recursos. O caso agora está na PGR

#BR Distribuidora #Fernando Collor #Grupo João Lyra

Um novo CFO para a BR

31/07/2017
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A Petrobras vai anunciar nos próximos dias a contratação de um novo CFO para a BR Distribuidora, que chegará com a missão de conduzir a oferta de ações da empresa.

#BR Distribuidora #Petrobras

Política

Valuation

29/06/2017
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Segundo o RR apurou, os novos estudos para o IPO da BR Distribuidora têm como base um valuation da companhia da ordem de R$ 40 bilhões.

#BR Distribuidora

Da BR a Manguinhos

19/06/2017
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A trading suíça Vitol tem interesse em adquirir ativos de armazenagem da complexa Refinaria de Manguinhos. Não deixa de ser estranho: é pouco, muito pouco para um grupo que, no ano passado, apresentou uma oferta para comprar parte da BR Distribuidora. Procurada, Manguinhos confirmou ter assinado um termo de confidencialidade com a Vitol, sem entrar em detalhes.

#BR Distribuidora #Vitol

Arquivo Temer

6/06/2017
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Apareceu o Porto de Santos na conta de Michel Temer, conforme antecipou o RR nas edições de 22 de março de 2016 e 21 de março de 2017. Agora falta o álcool da BR Distribuidora, pedra cantada pelo RR nos dias 28 de setembro de 2015 e 21 e 22 de março de 2016.

#BR Distribuidora #Michel Temer

A âncora de Lemann para a BR

20/02/2017
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A Lojas Americanas não enterrou seu interesse pela BR Distribuidora. Pelo contrário. A ideia com a aquisição não é pendurar uma loja da varejista em cada um dos postos. Quem pensou em algo tão simples subestimou as artes de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles – exibidas, mais uma vez, com a megaoferta pela Unilever. O projeto passa por implementar minishoppings em diversos postos, tendo a Americanas como loja âncora. Adquirida a rede de postos, o trio calafrio abriria negociações para atrair players complementares como parceiros ou mesmo sócios. Paralelamente seria necessário um choque de gestão no core business de distribuição de combustível, cujas margens são as mais baixas do setor. Mas tudo isso ao mesmo tempo e agora somente se a Petrobras topar ser minoritária e abrir mão da gestão. Por enquanto está difícil.

#BR Distribuidora #Lojas Americanas #Petrobras #Unilever

BR, Raízen e Ipiranga deixam Fazenda paulista de tanque seco

15/02/2017
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Com as devidas ressalvas, as grandes distribuidoras de combustíveis talvez sejam o que existe de mais próximo do setor de construção pesada no Brasil. Operam em oligopólio, massacram concorrentes menores, passam por cima dos órgãos antitruste e atropelam até mesmo o Fisco. É o caso da BR Distribuidora, Raízen e Ipiranga, ases do volante na arte de desviar da Secretaria de Fazenda de São Paulo.

O trio acumula cerca de R$ 570 milhões em autuações pelo não recolhimento de impostos estaduais, segundo dados disponibilizados no site (http://www.dividaativa.pge.sp.gov.br/ da-ic-web/inicio.do). Dever ao Fisco, como bem se sabe, não é crime. Muito menos contestar a cobrança de tributos, seja na esfera administrativa ou judicial. No entanto, aos olhos da Fazenda de São Paulo, BR, Raízen e Ipiranga têm se utilizado de uma série de chicanas não só para não recolher os impostos, mas também para não serem inscritas no Cadastro Informativo de Créditos Não Quitados (CADIN) – quem está na lista não pode fazer negócios com governos, por exemplo.

Consultada, a Secretaria de Fazenda preferiu não se pronunciar, alegando que “informações relativas a autuações são protegidas por sigilo fiscal”. BR, Raízen e Ipiranga não quiseram comentar o assunto. O RR também entrou em contato com o Sindicom (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes), que representa as distribuidoras. A entidade declarou que “só responde sobre temas comuns a todas as associadas”. Curiosamente, em novembro do ano passado o próprio Sindicom lançou, nas mídias impressa e digital e nas redes sociais, uma alentada campanha publicitária contra fraudes e sonegação de impostos. Casa de ferreiro, espeto de pau. Alguns dias depois, a ANP multou postos da BR Distribuidora, Raízen e Ipiranga no Rio de Janeiro ao encontrar combustível adulterado.

#BR Distribuidora #Fisco #Ipiranga #Raízen

Downsizing antecipado

1/02/2017
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Os trabalhadores da BR Distribuidora não parecem dispostos a esperar pelo futuro controlador – isso se a empresa for mesmo privatizada. Cerca de 1,1 mil funcionários se inscreveram no PDV da companhia, quase um terço do efetivo total, em torno de 3,5 mil empregados. Procurada, a BR confirmou o número e informou que os desligamentos ocorrerão de forma escalonada até julho.

#BR Distribuidora

Diesel fervente

24/01/2017
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Segundo cálculos mais recentes, já chega a R$ 12 bilhões a soma que a BR Distribuidora tem a receber das usinas térmicas pelo fornecimento de combustível. Há quatro anos, essa bola de neve era de “apenas” R$ 3 bilhões.

#BR Distribuidora

O eterno preço da Lava Jato

26/12/2016
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Os funcionários da BR Distribuidora foram submetidos a um processo de background check, uma espécie de tomografia das suas práticas profissionais, incluindo uma auditoria em e-mails e celulares funcionais. Em parte, o processo pode ser atribuído aos preparativos para a venda da companhia; em parte, claro, às rígidas regras de compliance implantadas na estatal após a Lava Jato.

#BR Distribuidora #Lava Jato

Pesos e medidas

21/12/2016
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O Sindicom tem feito marcação cerrada sobre a ANP tentando sensibilizá-la a não multar a BR, a Raízen e a Ipiranga. Valendo-se da placa do sindicato, o trio fez uma campanha multimilionária na mídia para atacar fraudes provocadas por concorrentes de menor peso. Casa de ferreiro, espeto de pau. A ANP encontrou 16 milhões de litros de álcool com percentual maior do que o permitido de metanol em postos da BR, da Ipiranga e da Raízen no Rio de Janeiro.

#ANP #BR Distribuidora #Ipiranga #Raízen #Sindicom

Nas entrelinhas do Cade

16/12/2016
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Os seguidos empecilhos lançados pelo Cade para aprovar a venda dos postos Ale à Ipiranga começam a ser vistos no mercado de combustíveis como uma “jurisprudência” para a futura negociação da BR Distribuidora. A interpretação é que o órgão antitruste está sinalizando, desde já, que dificilmente autorizará a transferência do controle da estatal para um grupo do setor. Menos mal que a alardeada lista de candidatos à compra da BR está repleta de private equities.

#Ale #BR Distribuidora #Ipiranga

Curriculum vitae

12/12/2016
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Ivan de Sá, presidente da BR Distribuidora, tem um fio de esperança de permanecer na companhia, mesmo após a sua eventual privatização. Na companhia, o que se diz é que a tarefa de convencer o futuro sócio privado está a cargo de seu principal padrinho, o diretor de Refi no e Gás da Petrobras, Jorge Celestino. O que ninguém sabe é que moeda de troca Celestino tem na mão.

#BR Distribuidora

Acervo RR

Sinopec

25/11/2016
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 A Sinopec entrou em cena como a mais nova candidata à compra da BR Distribuidora. O grupo, que atua no Brasil na área de exploração e produção, tem mais de 30 mil postos de combustíveis na China.

• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sinopec e Petrobras.

#BR Distribuidora #Sinopec

Sinopec

25/11/2016
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 A Sinopec entrou em cena como a mais nova candidata à compra da BR Distribuidora. O grupo, que atua no Brasil na área de exploração e produção, tem mais de 30 mil postos de combustíveis na China.

• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Sinopec e Petrobras.

#BR Distribuidora #Sinopec

Petrobras deixa funcionários da BR Distribuidora no escuro

16/11/2016
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 Até parece que a BR Distribuidora já não pertence mais à Petrobras. Quatro meses após divulgar o novo modelo de privatização, a direção da holding ainda não se pronunciou sobre o futuro dos empregados da subsidiária após a venda de 51% do capital. O representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da BR, Bruno César de Paiva e Silva, tem feito reiteradas consultas ao alto comando da estatal, mas, por ora, predomina o silêncio. O mesmo se aplica aos questionamentos encaminhados pelos empregados à diretoria da Petrobras por meio dos canais internos de comunicação. No próprio site “Fatos e Dados”, mantido pela estatal para divulgar informações do seu interesse tanto para o público interno quanto externo, não há menção ao tema – tampouco a outros detalhes sobre o modelo de venda da BR. Na área dedicada aos comentários, é possível ler seguidas perguntas de funcionários da distribuidora sobre o aproveitamento ou não do atual efetivo após a privatização da companhia. Diante dessa cortina de fumaça, o clima na distribuidora de combustíveis é pesado. Os funcionários já organizam novos protestos e paralisações. Em agosto, não custa lembrar, os trabalhadores da BR promoveram uma greve de cinco dias, que atingiu as operações da empresa em dez estados. Procuradas, tanto a Petrobras quanto a BR não quiseram se pronunciar.

 Assim que chegou à Petrobras, Pedro Parente conquistou os funcionários pela transparência e capacidade de interlocução com todos os escalões. Tanto em apresentações aos empregados quanto nos canais de comunicação interna, como o “Fale com o presidente”, não costuma deixar perguntas sem respostas. Pois é exatamente o que os trabalhadores da BR mais têm neste momento: dúvidas à espera de esclarecimentos: os funcionários da BR serão integralmente transferidos para a “Nova BR”, de controle privado? A holding tem algum plano de absorver parte do atual efetivo da subsidiária – o que exigiria complexas mudanças nas regras atuais, uma vez que cada empresa do Sistema tem seu próprio concurso público? O futuro acordo de acionistas com o sócio privado terá alguma cláusula de preservação dos empregos da distribuidora por algum período após a sua privatização? Como ficarão os aprovados no último concurso da BR que ainda não foram convocados, lembrando que a seletiva expira em maio de 2017? Entre os empregados, o maior temor é que, dependendo do resultado do PDV em curso na companhia neste momento, haja demissões em massa antes da venda do controle – nessa hipótese, a Petrobras limparia a casa e os “excessos” no quadro de funcionários, tirando esse ônus do futuro acionista.

#BR Distribuidora #Petrobras

Segurança pública do Rio corre o risco de uma pane seca

21/10/2016
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  A direção da BR Distribuidora – e, em última instância, da própria Petrobras – tem uma delicada situação para resolver que vai muito além da esfera comercial. Há quatro meses, a estatal não recebe pelo combustível de aviação fornecido aos helicópteros da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Como a inadimplência já passa dos 90 dias, a companhia tem a prerrogativa de suspender o abastecimento – conforme prevê a Lei nº 8.666. O fornecimento de gasolina, álcool e diesel para as viaturas da PM e da Polícia Civil vai pelo mesmo caminho: os atrasos já somam dois meses e meio. Ou seja: se os débitos não forem quitados até o fim deste mês, a BR também poderá interromper a entrega. Procurada, a Polícia Civil confirmou “os atrasos nos pagamentos à fornecedora de combustível”, mas informou “que sua frota de veículos continua sendo abastecida”. Disse ainda que “tem envidado esforços junto ao Governo e à Secretaria de Estado de Segurança para liberação dos recursos necessários”. Também consultadas, a BR Distribuidora e a Polícia Militar não quiseram se pronunciar.  Se estivesse diante da inadimplência de um cliente convencional, muito provavelmente a estatal não hesitaria em tomar uma atitude drástica. Mas esta é uma situação sui generis. A suspensão do fornecimento de combustível para as forças policiais do Rio provocará um caos na segurança pública, que já se encontra em situação dramática.  O orçamento da Secretaria de Segurança do Rio foi ceifado em mais de 30% neste ano. Significa dizer que mais de R$ 2 bilhões dos R$ 7 bilhões previstos inicialmente viraram pólvora queimada. O efeito dominó sobre a cadeia de fornecedores das polícias foi inevitável. O impasse com a BR se arrasta desde o início do ano, quando o governo do estado passou a atrasar sistematicamente os pagamentos à companhia. Desde março, as Polícias Militar e Civil do estado instituíram uma espécie de sistema de cotas para as suas respectivas frotas. De lá para cá, delegacias e batalhões não podem mais abastecer o tanque de seus veículos no limite máximo. A cota diária seria de aproximadamente 20 litros para os carros da Polícia Civil e de 30 litros para a Polícia Militar.

#BR Distribuidora #Petrobras

Disputada

10/10/2016
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 Além do Itaú e do Ultra, as gestoras norte-americanas KKR e Blackstone estão entre os investidores que conversam com o Citi, adviser da venda da BR Distribuidora.

#Blackstone #BR Distribuidora #Citi #Grupo Ultra #Itaú

Baú aberto

4/10/2016
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 Além de mencionar o suposto envolvimento do senador Valdir Raupp em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, a delação de Nestor Cerveró também descortina sinuosas relações do peemedebista com a Eletronorte .

#BR Distribuidora #Delação premiada #Eletronorte #Lava Jato #Nestor Cerveró

Evaporação

15/09/2016
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A compra da Ale tem se mostrado um mau negócio para o Grupo Ultra /Ipiranga ao menos no quesito venda de diesel. A distribuidora comprada teve uma queda de 16% na comercialização do combustível em 2015 e esse ano já está perto disso, contra uma média de 4% de recuo da BR e da Raízen. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Ultra.

#Ale #BR Distribuidora #Grupo Ultra #Raízen

Excesso de peso

30/08/2016
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 A diretoria da Petrobras já trata como inevitável um corte adicional no quadro de funcionários antes da venda da BR Distribuidora e das controladas na área de transporte. Conforme estimativas da própria estatal, o PDV em curso na companhia deverá atingir algo em torno de sete mil inscritos, abaixo da expectativa de 12 mil trabalhadores.

#BR Distribuidora #Petrobras

O crepúsculo dos deuses da estatização

14/07/2016
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 O secretário Moreira Franco parece ter lido a Filosofia do Martelo, de Friedrich Nietzsche. Moreira, assim como o filósofo alemão, quer bater na estátua de barro das concessões e privatizações para que ela tilinte como moeda, mesmo com o risco de quebrá-la. O tempo das marteladas no Estado brasileiro vai ter início com a votação do impeachment de Dilma Rousseff. A partir daí, às favas com os pruridos. O governo terá de emitir uma sinalização aguda. Entregar dedos e anéis. Pode ser redução do valor cobrado pela outorga, alívio na Taxa Interna de Retorno (TIR), diminuição das restrições à liberdade tarifária, apoio financeiro ao seguro garantia, desobstrução dos entraves ambientais, muita grana barata (não há mais dúvida que o BNDES voltará a ser o banco das privatizações) e desembaraço regulatório. A percepção é que Dilma deificou as dificuldades, afastando os investidores e construindo uma rota de fuga para aqueles que da boca para fora queria atrair.  O governo Temer só tem essa bala de prata: contratar o maior número de concessões e privatizações jamais visto na história deste país. Ou seja, fazer o Dilma III, só que com êxito. Dilma tentou o PAC e leilões e licitações, mas deixando o investidor na sala dos fundos. Temer, levado nas asas do querubim Moreira, vai alojar o investidor na sua cama. Há nessa decisão afinidade ideológica, racionalidade política e acerto com o empresariado pelo apoio ao impeachment. Uma parcela do ajuste fiscal teria de ser paga com a privatização e transferência do Estado. A lógica da desestatização é oportuna, no caso também oportunista, mas não tem nada a ver com fantasias lisérgicas de que o FBI estaria por trás de tudo – apud PT. Temer pretende entregar mais do que o bureau norte-americano jamais teria imaginado. Isso vale tanto para o número de projetos quanto para a intensidade dos leilões de oferta de ativos, cobranças mais baixas pelo Estado e liberdade de ações para os vencedores dos certames.  Mesmo nas áreas onde há resistência corporativa forte, a exemplo de Petrobras e Eletrobras, a ideia é forçar a venda de 100% de empresas controladas, tais como BR e Furnas, que, por serem emblemáticas, entrariam também na conta do efeito demonstração. Para os que pensam na contramão, más notícias: os preços de liquidação dos ativos no Brasil vão trazer, sim, interessados; uma grande parte desses investidores será composta por aqueles grupos esquisitos russos, chineses, árabes e africanos; o tal choque de eficiência previsto será grande parte em cima do emprego; e a dinheirama com a venda será impressionante em termos absolutos e decepcionante em termos relativos. Essas preocupações primitivas com entreguismo, qualidade dos parceiros e preço de banana estão banidas do governo Temer. Se depender do secretário Moreira Franco, que parece ter lido Nietzsche, mais precisamente o Crepúsculo dos Deuses – a outra face da Filosofia do Martelo – mitos existem para serem quebrados. E ele o fará a golpes de malho.

#BNDES #BR Distribuidora #Eletrobras #Furnas #Petrobras

Uma esperança chinesa para os credores do Grupo João Lyra

5/07/2016
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 Surge um fiapo de esperança para os fornecedores, credores financeiros e os mais de dez mil funcionários do Grupo João Lyra, vítimas da má gestão e dos escândalos que culminaram na falência da companhia. A possível solução vem da China. Um dos maiores produtores de açúcar e etanol da Ásia e ainda sem negócios no Brasil, o Rui Feng Group tem interesse em assumir as cinco usinas do conglomerado alagoano. Para tanto, negocia com os bancos e os administradores da massa falida uma considerável redução na dívida do João Lyra, que totaliza cerca de R$ 2 bilhões – mais de metade do valor se refere aos passivos financeiros. A relação das instituições bancárias chama a atenção pela biodiversidade: entre os principais credores estão o Banco do Nordeste, o inglês Calyon, o belga Alcotra e o francês Natixis. A venda de boa parte dos 40 mil hectares em terras em Alagoas e Minas Gerais, avaliados em aproximadamente R$ 500 milhões, permitiria o pagamento dos funcionários com alguma folga. Estima-se que as dívidas trabalhistas estejam na casa dos R$ 200 milhões.  O próprio processo de falência do Grupo João Lyra é tão nebuloso quanto a trajetória final da companhia. Desde 2012, dois juízes e dois desembargadores já passaram pelo caso e se afastaram posteriormente. Três administradores da massa falida também renunciaram ao posto, em todos os casos sem maiores justificativas para a decisão. Nesse intervalo, a dívida, que começou em R$ 1 bilhão, duplicou. No mesmo período, multiplicaram-se também as denúncias contra o usineiro e ex-deputado João Lyra. O empresário está citado na Lava Jato. A Justiça investiga as sinuosas relações entre o grupo e a BR Distribuidora, sempre costuradas por Fernando Collor. As denúncias envolvem ainda um empréstimo do Banco do Brasil ao usineiro, no valor de R$ 50 milhões, que só teria se consumado graças à intervenção do ex-presidente da República. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: João Lyra.

#Agronegócio #Alcotra #Banco do Brasil #Banco do Nordeste #BR Distribuidora #Calyon #Grupo João Lyra #Natixis #Rui Feng Group

Venda da BR Distribuidora fica no meio tanque

1/07/2016
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 A opção pela coluna do meio – dividir o controle da BR Distribuidora irmãmente com um investidor – é a saída pela tangente hoje majoritária entre os membros do Conselho de Administração da Petrobras. Ela acomoda a disposição privatista do presidente da estatal, Pedro Parente, que sairia perdedor caso tentasse, a exemplo do antecessor Aldemir Bendine, vender a maior parte ou mesmo a totalidade do capital da companhia. E também vai ao encontro das ponderações do ex-presidente do Conselho da estatal e nº 1 da Vale , Murilo Ferreira, contrário à venda da empresa já, ou seja, antes de um choque de gestão capaz de valorizar o preço do ativo. No novo modelo de associação mano a mano, a gestão seria profissionalizada, o que permitiria em um valuation futuro vender parte do capital em mãos da Petrobras com um elevado prêmio pelo controle, lançando mão da golden share para algumas funções estratégicas da distribuidora.  Abrir mão de 50% das ações da BR é um caminho intermediário: a “mãe” será capitalizada sem perder a ingerência sobre uma companhia que tem, digamos assim, outros deveres relevantes além de gerar lucro na boca da mangueira de gasolina. A BR cumpre uma série de atribuições estratégicas, que vão além das suas fronteiras corporativas e muito provavelmente não seriam seguidas à risca por um investidor privado. A empresa garante o escoamento dos derivados produzidos pela Petrobras, evitando a asfixia das refinarias estatais. Abastece regiões ermas do país, das quais as concorrentes nem chegam perto devido à baixa escala. Garante o fornecimento aos governos federal, estaduais e municipais de asfalto e emulsões para rodovias de todo o país. A importância da BR chega ainda à área de defesa: a companhia integra o Sistema de Segurança Nacional, sendo responsável pelo abastecimento de combustível de todas as Forças Armadas. Antes de mexer nesse vespeiro, o presidente da Petrobras tem muita coisa para arrumar na frente. Quer trazer profissionais gabaritados do mercado para tocar a BR, mas o primeiro passo é iniciar já a mudança de todos os processos da companhia. Vai contratar o onipresente consultor Vicente Falconi, que dará o ar da sua graça em conferência na Petrobras neste fim de semana. O cartão de visita de Falconi não é uma navalha, mas uma nota fiscal.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Forças Armadas #Murilo Ferreira #Petrobras #Petróleo

Custo BR

28/06/2016
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 Um dos passivos da Lava Jato que serão herdados pelo novo sócio ou – quem sabe? – futuro controlador da BR Distribuidora: neste momento, há 36 funcionários da estatal sob investigação interna. Seus e-mails, ligações telefônicas e negociações comerciais de que participaram estão sendo escarafunchados de cima a baixo. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: BR Distribuidora.

#BR Distribuidora #Lava Jato #Petróleo

Venda da BR esbarra no espírito de corpo

20/06/2016
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 Obter o sinal verde do governo, atrair o interesse dos investidores e conquistar o apoio dos stakeholders externos da Petrobras promete ser a parte mais simples do processo de venda do controle da BR Distribuidora. A maior dificuldade de Pedro Parente será dobrar a própria corporação. A resistência começa no Conselho de Administração. A matéria publicada pelo RR na última quinta-feira, revelando que GP e Advent apresentaram propostas pelo controle da companhia, causou um alvoroço na estatal. No mesmo dia, o representante dos trabalhadores no Conselho, Bruno Paiva, enviou uma mensagem aos funcionários questionando a hipótese de venda do controle. O tom foi de conclamação do espírito de corpo: “Lembrem, meus caros, que a BR é uma empresa comercial e estatal. São muitos os interessados em dominar nosso negócio, de políticos a empresários. E uma força de trabalho desmotivada, sem concentração, sem foco em nossos objetivos empresariais, será alvo fácil para nossos algozes.” Paiva falou também ao bolso dos trabalhadores: “É óbvio que uma eventual privatização vai impactar a vida de todos, assim como já impactou o não pagamento de PLR”.  Segundo o RR apurou, Bruno Paiva foi cobrado pelos funcionários por conta da notícia sobre as ofertas pelo controle da BR. Não por acaso, em sua mensagem o conselheiro esforçou-se para desconstruir a informação: “Qualquer um de nós pode apresentar uma proposta pela BR. Se a Petrobras vai aceitar ou não, é o que realmente importa. Não há novidade no material publicado.” No dia seguinte, era desmentido pelo próprio Pedro Parente. Em entrevista, o presidente da Petrobras confirmou ter recebido no início da semana as propostas de compra da BR. A batalha está só começando.

#Advent #BR Distribuidora #GP Investimentos

BR Distribuidora dá a ignição no programa de privatizações

16/06/2016
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 A volta do governo Michel Temer ao passado já tem endereço certo: a BR Distribuidora. A venda da companhia marcará a retomada do processo de privatização encerrado junto com a gestão FHC. Das três propostas recebidas pela Petrobras no início desta semana, a preferência da diretoria da estatal recai sobre as ofertas apresentadas pela GP Investimentos e pela Advent. Nos dois casos, segundo o RR apurou, a negociação envolve a transferência do controle da BR. A exceção é a Vitol, uma das maiores tradings de petróleo e derivados do mundo, com sede na Suíça, O grupo teria formalizado seu interesse em ficar com uma participação inferior a 49% da distribuidora. Ressalte-se que dentro da Petrobras ainda não há um consenso em relação ao desfecho da operação. Representantes dos trabalhadores no Conselho ainda consideram a distribuição de combustíveis um negócio estratégico para a companhia e discordam da venda do controle da BR. No entanto, a vontade de Pedro Parente e, portanto, do governo deverá prevalecer. Até prova em contrário, o executivo chegou à estatal com carta branca para tudo.  Dói à alta direção da Petrobras que, no atual cenário, a companhia seja forçada a engolir a venda da BR a um preço subavaliado. Em outro momento, a operação representaria um reforço de caixa substancial para a empresa. Mas, em outro momento, talvez nem fosse necessário se desfazer da distribuidora. Engessada pelas limitações financeiras da sua nave-mãe, a BR tem visto a concorrência encostar nos seus calcanhares, algo que parecia inimaginável há alguns anos. A pressão ficou ainda maior com o anúncio da venda da Ale para o Grupo Ultra. Com a operação, a bandeira Ipiranga ultrapassará a estatal em número de postos: 9,2 mil contra 8,1 mil. Na venda de gasolina, a disputa irá para o photochart: o Ultra atingirá uma participação de mercado de 25,3%, milímetros atrás da BR (25,8%). No segmento de etanol, a ultrapassagem já está consumada. Com a Ale, a rede Ipiranga passará a ter quase 21% das vendas de álcool no país, contra 20% da BR. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#Advent #Ale #BR Distribuidora #GP Investimentos #Grupo Ultra #Ipiranga #Petrobras #Vitol

Espelho meu

24/05/2016
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 Garantido no cargo mesmo com a chegada de Pedro Parente à presidência da Petrobras, o influente diretor financeiro da estatal, Ivan Monteiro, trabalha pela permanência de seu congênere na BR, Carlos Alberto Tessarollo.

#BR Distribuidora #Petrobras

Total acelera no mercado de combustíveis

25/04/2016
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 A Total vai fincar bandeira no mercado brasileiro de distribuição de combustíveis. Segundo o RR apurou, o grupo francês contratou a consultoria Estáter para vasculhar o setor em busca de ativos. Na mira, redes com forte atuação regional e, no mínimo, 100 postos. Vestem esse figurino, por exemplo, a Petrobahia e a paranaense CiaPetro, que, juntas, somam aproximadamente 330 pontos de atendimento. De acordo com informações filtradas junto à própria Total, a meta da empresa é chegar ao patamar de 600 postos até o próximo ano, o que a transformaria na quinta maior distribuidora do país, atrás de BR, Ipiranga, Raízen e Ale.  Em outro front, a Total surge também como um potencial candidato a fisgar postos da própria BR Distribuidora. Diversos revendedores da estatal têm virado a casaca insatisfeitos com a política de royalties da companhia. Quem mais tem cooptado distribuidores da BR é a Ipiranga/Grupo Ultra – ver RR de 10 de julho de 2015.  Há cerca de três anos, não custa lembrar, a Total ensaiou sua entrada no setor. Eram outros tempos: com o barril acima dos US$ 100, toda a aposta dos franceses estava concentrada na exploração e produção de petróleo e gás – o grupo é sócio da Petrobras no megacampo de Libra e de outros 15 blocos de exploração e produção no país. Na ocasião, a Total chegou a assinar um contrato de exclusividade para negociar a compra do controle da rede de postos Ale, mas não houve acordo em relação ao preço. Se, por um lado, o fracasso nas tratativas com a Ale impediu que a Total comprasse a quarta maior distribuidora de combustíveis do país, por outro os franceses voltam ao jogo em condições bastante favoráveis, por conta do câmbio e da depreciação dos ativos. Procurada pelo RR, a Total não comentou o assunto.

#Ale #BR Distribuidora #CiaPetro #Estáter #Ipiranga #Petrobahia #Petrobras #Petróleo #Raízen #Total

Infraestrutura

Acefalia

18/04/2016
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 A título de curiosidade: exatamente hoje a BR Distribuidora completa sete meses sem um presidente efetivo.

#BR Distribuidora

Impeachment de Dilma lava as mazelas de Temer

22/03/2016
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  Michel Temer reza todos os dias pelo impeachment de Dilma Rousseff. A mudança do Palácio do Jaburu para o Alvorada representa bem mais do que um projeto de poder. Significa também a conquista de um salvo-conduto, ainda que simbólico. Colocar a faixa de Presidente da República seria o mais convincente aceno a Sergio Moro e seus procuradores para que deixassem suas denúncias em banho-maria, pois o país não suportaria outro processo de impedimento.  Temer é citado na Lava Jato por uma suposta participação em um esquema de propina vinculado à compra irregular de etanol pela BR Distribuidora. A história de que o vice-presidente recebeu por muitos anos uma mesada informal da estatal já virou lugar-comum, mas essa não seria sua única travessura. Ele teria reinado na Cia. Docas de Santos, uma informação igualmente requentada, não constasse da delação de Delcídio do Amaral. Por meio de sua assessoria, o vice-presidente Michel Temer nega as acusações.  Temer está convicto de que a Presidência da República é um antibiótico de largo espectro. Mesmo porque ele deverá se deparar com um quadro bem mais favorável, marcado pelo arrefecimento da crise política e por um Congresso novamente domável. Na economia, ele herdaria um momento de melhorias já contratadas no governo Dilma, em razão do aumento dos investimentos estrangeiros, do crescimento das exportações e da queda da inflação.  Com relação à mídia, por sua vez, a expectativa é de um noticiário igualmente mais ameno. Sem a queda de Dilma, entretanto, Temer é candidato a um distúrbio neurovegetativo. Fica difícil imaginar que o vice sairá ileso caso a Lava Jato siga no trilho atual. Segundo o RR apurou, a delação de Delcídio do Amaral avançou muitas jardas em relação às denúncias feitas pelo exdiretor da BR João Augusto Henriques, preso desde setembro – vide RR edição 28/ 9. De acordo com uma fonte, Delcidio revelou em novos depoimentos que Temer teria se beneficiado do esquema da BR por mais de uma década. Os pagamentos teriam se iniciado antes da nomeação de Henriques para a diretoria da estatal e perdurado mesmo após a sua saída do cargo. Ainda segundo o informante do RR, Delcídio informou que os recursos repassados a Temer giravam em torno de R$ 70 mil por mês.  A princípio, se comparado aos valores bilionários que caracterizam a Lava Jato, a cifra soa como modesta. Mas, partindo-se da denúncia de que o esquema durou mais de 10 anos, uma conta matemática simples mostra que o vice-presidente teria recebido algo superior a R$ 8 milhões. Ainda segundo a fonte do RR, Temer não seria o único figurão alvejado pela revelação do propinoduto da BR. De acordo com Delcídio, Eduardo Cunha e o então presidente do PMDB em Minas Gerais, o deputado federal Fernando Diniz, já falecido, também se favoreciam do esquema do etanol.

#BR Distribuidora #Cia. Docas de Santos #Delcídio do Amaral #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Impeachment #Michel Temer

Collor na BR

16/03/2016
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 O delator premiado Eduardo Musa, ex-gerente da Petrobras, teria escancarado detalhes sobre a relação entre o senador Fernando Collor de Mello e o antigo presidente da BR Distribuidora, José Lima Neto. A conferir.

#BR Distribuidora #Eduardo Musa #Petrobras

Ruptura à vista

7/03/2016
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A BR Distribuidora estuda devolver a concessão da distribuição de gás no Espírito Santo, um negócio marcado por prejuízos, atritos políticos e disputas jurídicas com o governo local – ver RR edição de 4 de dezembro de 2015.

#BR Distribuidora

Furnas é um condado nas Minas e Energia

12/02/2016
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   O recente vazamento do eventual projeto de abertura do capital de Furnas, prontamente desmentido pelo governo, mostrou o quanto é sinuosa e cheia de atalhos a estrutura hierárquica na área de Minas e Energia. O presidente da estatal, Flavio Decat, levou o assunto para a reunião com sindicalistas realizada no último dia 13 de janeiro – e de lá para a mídia – sem consultar formalmente o ministro Eduardo Braga e o seu superior imediato, o nº 1 da Eletrobras, José da Costa Neto. Segundo o RR apurou, a proposta de IPO de Furnas chegou a ser discutida no ano passado, dentro de um plano maior que previa também a oferta de ações da Eletronorte, Chesf e Eletrosul. No entanto, ela foi engavetada pelo próprio Eduardo Braga, que considerou o timing inadequado – nas reuniões, o ministro chegou a usar como exemplo as dificuldades da Petrobras para vender parte da BR. Decat não tomou ciência de Braga e desarquivou essa agenda por conta própria. Não foi o primeiro curto-circuito entre ambos. Consultada, a Eletrobras informou que “não há, neste momento, qualquer autorização governamental para a operação”.  Em condições normais de temperatura e pressão, o prazo de validade de Flavio Decat na presidência de Furnas já teria se esgotado – talvez antes mesmo deste último episódio –, devido ao seu, digamos assim, excesso de proatividade. Mas o organograma da cúpula do setor elétrico tem suas sutilezas. Decat pertence à cota pessoal de Dilma Rousseff, a quem é muito ligado desde os tempos em que ela estava no Ministério de Minas e Energia. Costuma ser recebido no Planalto com frequência superior à de muitos ministros. O próprio Eduardo Braga tem dificuldade em medir se o vazamento dos planos para um IPO de Furnas ocorreu por mero voluntarismo de Decat ou se esse balão subiu aos céus soprado pelo Planalto. Braga talvez prefira nem saber.

#BR Distribuidora #Chesf #Dilma Rousseff #Eletrobras #Eletronorte #Eletrosul #Furnas

Moto contínuo

26/01/2016
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 Nestor Cerveró está descarregando sua metralhadora em cima da BR Distribuidora . Além das menções a José Zonis e Luis Claudio Caseira Sanches, seus recentes depoimentos avançam sobre outros dois ex-diretores da estatal também indicados por Fernando Collor: Vilson Reichemback e Luis Alves de Lima Filho, justamente os sucessores de Zonis e Sanches na empresa.

#BR Distribuidora #Nestor Cerveró

Ultra fisga um cardume de postos bandeiras branca

6/01/2016
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  O sonho de consumo do Grupo Ultra em 2016 não é segredo para ninguém: em 10 de agosto de 2015, o empresário Paulo Cunha afirmou que, se a BR Distribuidora fosse vendida em pedaços, ele garantiria a compra de uma leva de postos da companhia. Mas dificilmente a modelagem de venda da estatal passará pelo fatiamento da rede. Resta ao Ultra encher o tanque com a incorporação de estabelecimentos de bandeira branca. Neste momento, o conglomerado mantém em seu radar cerca de 200 unidades, a maioria nas Regiões Norte e Nordeste. Grande parte das negociações já foi iniciada e deverá ser concluída no primeiro trimestre deste ano. O garimpo custará algo entre R$ 220 milhões e R$ 250 milhões. Segundo o RR apurou, alguns destes estabelecimentos estão também na mira da Raízen. Mas o Ultra tem adotado uma política agressiva para fisgar os postos sem bandeira e, desta forma, comprar mercado. As iscas incluem o pagamento mais generoso de luvas – até 20% acima da concorrência – e a cobrança de royalties mais baixos.  O orçamento do Ultra para este ano prevê R$ 880 milhões para a abertura de unidades com a marca Ipiranga ou a incorporação de postos bandeira branca. Trata-se de uma cifra 25% superior ao montante gasto ao longo de 2015 – cerca de R$ 700 milhões. A escalada dos investimentos é proporcional ao peso do negócio para o conglomerado como um todo. Hoje, a distribuição de combustíveis responde por 85% do faturamento do Ultra, que fechou 2015 com mais de R$ 70 bilhões em vendas.  Por qualquer ângulo que se olhe, a BR é a referência a ser perseguida pelo Grupo Ultra, notadamente na disputa pelo ranking do setor. Nos últimos anos, a combinação entre os expressivos investimentos do Ultra e a estagnação da subsidiária da Petrobras reduziu consideravelmente a distância entre ambos. A BR tem cerca de oito mil postos, contra 7,2 mil da Ipiranga. Há três anos, essa diferença era superior a dois mil pontos de venda.

#BR Distribuidora #Grupo Ultra #Petrobras

Sob medida

29/12/2015
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 Aldemir Bendine procura um presidente para a BR como quem cata agulha em um palheiro. O RR não é headhunter, mas recomenda um nome, o do ex-presidente da própria BR, Luiz Antônio Vianna, que revolucionou a companhia em sua gestão. Um único senão em tempos de radicalidades ideológicas: Vianna serviu à BR no governo FHC. Mas está dito com clareza: serviu à BR e não aos tucanos.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora

Petrobras e Espírito Santo a um passo do rompimento

4/12/2015
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 A conturbada relação entre o governo do Espírito Santo e a Petrobras chegou ao seu limite. O governador Paulo Hartung prepara-se para entrar na Justiça com o objetivo de romper definitivamente o contrato com a estatal e reassumir a concessão da distribuição de gás no estado, a cargo da BR. Com a operação novamente sob o controle do governo estadual, Hartung pretende buscar um sócio privado. Segundo o RR apurou, ele já teria mantido contatos com representantes da Mitsui, que está fechando a compra de 49% da Gaspetro e tem interesse em associar a outras distribuidoras estaduais.  O embate entre o governo capixaba e a Petrobras não vem de hoje e só se acentuou com a grave crise financeira da estatal. No ano passado, o estado chegou a entrar com outra ação contra a companhia cobrando a execução dos investimentos previstos em contrato – informação confirmada ao RR pelo governo do Espírito Santo. De lá para cá, no entanto, praticamente nada mudou. A Petrobras teria se comprometido a investir ao longo deste ano cerca de R$ 300 milhões na concessão de gás do estado. Mas, até o momento, honrou apenas a metade. Para 2016, a situação promete ficar ainda mais caótica. A estatal ainda não definiu se e quanto investirá na concessionária no próximo ano. Procurada, a BR não se pronunciou sobre o assunto.  A acefalia da BR tem contribuído para aumentar a fricção com o governo do Espírito Santo. As recentes conversas entre Paulo Hartung e o presidente interino da BR, Carlos Alberto Tessarollo se mostraram infrutíferas. De passagem pelo cargo, Tessarollo empurra o problema para cima da Petrobras; esta, por sua vez, devolve para a controlada. Enquanto isso, todas as metas traçadas para a operação se evaporam. Até o fim deste ano 25 cidades capixabas deveriam ter gás encanado. No entanto, até o momento, a rede de gás só atinge 13 localidades, o equivalente a 16% de todos os municípios do estado.

#BR Distribuidora #Mitsui #Petrobras

Lava Jato assusta

27/11/2015
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 Na última terça-feira, por volta das 7h, os funcionários que chegavam à sede da BR Distribuidora, na Cidade Nova, no Centro do Rio, foram surpreendidos com uma diligência da Polícia Federal. Cerca de 20 agentes se espalharam pela portaria principal e pela garagem, bloqueando todas as saídas. Em poucos minutos, correu pelo prédio a informação de que a companhia estava sendo alvo de mais uma operação da Lava Jato. Para alívio geral, todo o esquema tinha por objetivo “apenas” a prisão do gerente da BR em Brasília, Adão Pereira, suspeito de participar de um cartel de distribuição de combustíveis no Distrito Federal.

#BR Distribuidora #Lava Jato

Como Esteves tentou forçar o silêncio do RR

26/11/2015
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  André Esteves sempre foi um vencedor, mas não necessariamente um bom desportista. Quando contrariado, o banqueiro tentou invariavelmente pressionar o RR. Em abril deste ano, entrou com uma ação na Justiça com o claro propósito de coagir, da pior maneira, a publicação e evitar a divulgação de novas informações eventualmente avessas aos seus interesses. No processo, além de um pedido de indenização na casa dos seis dígitos, Esteves evocou a figura do crime contra o Sistema Financeiro Nacional, com menção à possível reclusão de dois a seis anos, o que tornou ainda mais flagrante o objetivo de constranger a newsletter. O RR jamais fez menção ou levantou qualquer dúvida em relação à saúde financeira do BTG. Muito pelo contrário. Uma busca no site da publicação revela uma série de notas e matérias vinculando o banco a importantes negociações de M&A ou a investimentos na área de private equity. Em todos os casos, ressalte-se, o RR abriu espaço para o posicionamento da instituição, que, na maioria das vezes, optou por não se pronunciar. Agora, sabe-se por quê.  No processo, André Esteves faz menção fundamentalmente à matéria veiculada na edição de 27 de março, com o título “Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras”. O banqueiro questionou a veracidade de informações que, hoje, à luz dos fatos, no mínimo são objeto de averiguação da força-tarefa da Lava Jato, como a compra de 50% de uma série de blocos de óleo e gás da Petrobras na África. Em sua defesa, Esteves afirmou que pagou o “nada módico” preço de US$ 1,525 bilhão. Depende do ponto de vista. Há fartas evidências de que os ativos foram subapreciados – inicialmente, os blocos estavam avaliados em US$ 7 bilhões. Curiosamente, deve-se dizer, tais operações estavam sob a esfera da diretoria internacional da Petrobras, no passado recente ocupada por Nestor Cerveró, personagem central dos fatos que levaram a Justiça a decretar a prisão de André Esteves. A operação lembra, por vias tortas, o caso da refinaria de Pasadena, pois o contrato permitia a Esteves abandonar o negócio sem aportar os investimentos acordados.  André Esteves contestou também informações relacionadas à compra de postos da BR Distribuidora pela Derivados do Brasil (DVBR). Como não poderia negar a existência da operação, o banqueiro procurou o expediente do diversionismo ao dizer que a DVBR “não integra o Grupo BTG” e é controlada pela “BTG Alpha, companhia de um grupo de acionistas do BTG Pactual”. Neste ponto, o banqueiro tentou fazer crer que a publicação creditava ao BTG Pactual a participação no episódio, como se tal associação colocasse em risco a credibilidade da instituição financeira. Só que em nenhum momento o RR atribuiu o negócio ao banco, mas, sim, ao próprio Esteves. O banqueiro negou também qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef, desmentindo todos os veículos de comunicação do país. Nota  O RR não se jacta do desenrolar dos fatos e, como todos, espera que as denúncias relacionadas à Lava Jato sejam investigadas a fundo. Diante das circunstâncias, apenas se sente no dever de esclarecer algumas questões, em respeito aos seus leitores e a sua própria história, prestes a completar meio século. André Esteves não precisa constranger um veículo jornalístico cuja função é produzir subsídios para analistas argutos, a exemplo do que dizia o saudoso ex-ministro Mario Henrique Simonsen. O banqueiro sempre foi um vencedor. Ao menos até ontem.

#Alberto Youssef #André Esteves #BR Distribuidora #BTG Pactual #Lava Jato #Nestor Cerveró

Nota

28/10/2015
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Até agora só há um candidato firme à aquisição de uma parte da BR: a Brookfield .

#BR Distribuidora #Brookfield

Cadeira vazia

14/10/2015
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A BR está jogando com o “terceiro goleiro”. O diretor financeiro, Carlos Alberto Tessarollo, que assumiu temporariamente a presidência da estatal após a saída de José Lima Netto, entrou de férias. O interino do interino é Ivan de Sá, diretor de Operações e Logística. Em tempo: dois executivos de peso escolhidos a dedo por head hunters da Korn Ferry já recusaram o convite para assumir a presidência da BR.

#BR Distribuidora #Korn Ferry

Postos da BR Distribuidora são “saqueados” pela concorrência

7/10/2015
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Que BR Distribuidora será ofertada ao mercado? A líder absoluta na venda de combustíveis no país, notabilizada por sua portentosa estrutura logística e uma rede com mais de 7,5 mil postos, ou uma empresa em célere processo de erosão, saqueada por seus competidores? Quanto mais o IPO demorar em razão das circunstâncias adversas do mercado, maiores as chances de os investidores se depararem com a segunda opção. A BR encontra-se sob forte ataque da concorrência: alguns dos principais grupos do setor estão se aproveitando do momento de fragilidade da estatal – e, em última instância, de todo o Sistema Petrobras – para arrancar um pedacinho da companhia, avançando sobre seus revendedores. As tentativas de pilhagem do market share da empresa vêm dos mais diversos lados. Rubens Ometto e Shell estão entre os mais agressivos: apenas nos meses de julho e agosto, a Raízen abriu conversações com cerca de 150 proprietários de postos de combustíveis que usam a bandeira da BR. Já a Ale , da Marcelo Alecrim, avança sobre revendedores da estatal em São Paulo, Minas Gerais e Ceará. A expectativa da empresa é fisgar algo perto de 70 estabelecimentos até dezembro. O avanço dos predadores reflete a vulnerabilidade da presa. A BR é hoje um gigante alquebrado, que, assim como todas as subsidiárias da Petrobras, purga os efeitos da Lava Jato e sofre com a asfixia financeira da companhia. É também uma empresa acéfala, sem presidente há mais de um mês. Ou um pouco mais, numa conta rigorosa: antes mesmo de deixar o cargo, o ex-presidente José Lima Neto, citado no “petrolão”, já era um dirigente enfraquecido, pálido, sem voz de comando. Ao mesmo tempo, a BR vive um situação de esgarçamento na relação com seus revendedores. No afã de aumentar sua arrecadação, a estatal vem espremendo os distribuidores com uma política de cobrança de royalties cada vez mais sufocante. A inevitável insatisfação da tropa serve de combustível para o avanço dos concorrentes, que têm oferecido condições vantajosas para comprar o passe destes revendedores e embandeirar os postos com sua logomarca. Para se ter uma ideia do apetite com que a concorrência avança sobre a BR, a possibilidade de abduzir distribuidores da estatal teria sido uma das razões para a Ale suspender o processo de venda do seu controle. Neste momento de notória depreciação dos ativos, o empresário Marcelo Alecrim trocou de lado no balcão, vislumbrando a possibilidade de engordar sua companhia com os postos da BR e, posteriormente, retornar para a vitrine com um melhor valuation. Procurada pelo RR, a Ale disse que está investindo R$ 133 milhões em 2015 para ampliar sua rede, sem fazer menção específica aos postos da BR.

#BR Distribuidora

Muito a temer

28/09/2015
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Há simplesmente pavor com a prisão do empresário João Augusto Rezende Henriques. Teme-se que ele traga à tona, em sua delação, uns esqueletos enterrados na BR Distribuidora. O destaque entre as ossadas são gigantescos contratos para a compra de etanol e uma participação especial do vice-presidente Michel Temer.

#BR Distribuidora #Michel Temer

Acervo RR

BR Distribuidora

25/08/2015
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Promete ser tensa a reunião do Conselho de Administração da BR Distribuidora, marcada para amanhã. Entre outros assuntos, os conselheiros deverão discutir uma drástica redução no número de funcionários terceirizados da estatal. *** Por falar em BR, o presidente da companhia, José Lima de Andrade Neto, saiu de férias na semana passada. Antes, portanto, de receber o cartão vermelho. * A BR Distribuidora não quis se aprofundar sobre os temas.

#BR Distribuidora

BR Distribuidora

25/08/2015
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Promete ser tensa a reunião do Conselho de Administração da BR Distribuidora, marcada para amanhã. Entre outros assuntos, os conselheiros deverão discutir uma drástica redução no número de funcionários terceirizados da estatal. *** Por falar em BR, o presidente da companhia, José Lima de Andrade Neto, saiu de férias na semana passada. Antes, portanto, de receber o cartão vermelho. * A BR Distribuidora não quis se aprofundar sobre os temas.

#BR Distribuidora

Bendine dedetiza cada cantinho da BR Distribuidora

19/08/2015
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Antes que algumas baratas e escorpiões do passado comecem a subir pelos ralos e infestem o IPO da BR Distribuidora, Aldemir Bendine vai dedetizar todas as tubulações e canos da companhia. Ainda nesta semana, o presidente da Petrobras anunciará um rigoroso projeto de higienização das práticas de governança na controlada. O ponto alto será a criação de uma gerência executiva de compliance, tendo como coadjuvante o fortalecimento da ouvidoria-geral da empresa. O timing para a implantação das novas medidas não está relacionado apenas aos preparativos para a abertura de capital. A pressa de Bendine em colocar o projeto na rua e divorciar a BR da gestão anterior na Petrobras é profilática. A julgar pelos fatos recentes, as chances de a Lava Jato se espalhar pela subsidiária são cada vez maiores. Há cerca de um mês, na mesma semana em que foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, a companhia afastou dois diretores supostamente envolvidos em irregularidades – um indicado pelo PT e outro ligado ao senador Fernando Collor. O próprio presidente da BR, José Lima de Andrade Neto, está na berlinda. O executivo foi acusado por um gerente da estatal de ter favorecido a UTC Engenharia, do delator Ricardo Pessoa, em três contratos no valor total de R$ 650 milhões. Por razões mais do que óbvias, a BR Distribuidora puxará a fila, mas as medidas aplicadas na companhia serão gradativamente estendidas às demais controladas do Sistema Petrobras. Atualmente, algumas das subsidiárias já dispõem de uma área própria de compliance, que também ganharão o status de gerência executiva – no organograma da companhia, um andar que só fica abaixo das diretorias. Em todos os casos, o novo gerente responderá diretamente ao presidente e ao Conselho de Administração da respectiva subsidiária. Significa dizer que cada empresa replicará o modelo adotado na própria Petrobras, onde o diretor de Governança, Risco e Conformidade da holding, João Adalberto Elek Junior, se reporta a Bendine e ao Conselho. Se, por ventura, há outros malfeitos escondidos nos escaninhos da companhia, quanto antes aparecerem e forem devidamente debelados melhor para todos. *A Petrobras não retornou ao nosso contato.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Lava Jato #Petrobras

Pato manco

18/08/2015
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O presidente da BR Distribuidora, José Lima de Andrade Neto, é carta fora do baralho. Já não vem sequer participando das discussões relacionadas ao IPO da estatal. O diretor financeiro da Petrobras, Ivan Monteiro, trata do assunto diretamente com seu congênere na BR, Carlos Alberto Tessarollo.

#BR Distribuidora #Petrobras

Clonagem

20/07/2015
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 No que depender de Aldemir Bendine, um executivo de fora da Petrobras – portanto, à  sua imagem e semelhança – assume a presidência da BR Distribuidora e a missão de conduzir o processo de IPO. Indicado pelo ex-ministro Edison Lobão, o atual nº 1 da BR, José Andrade de Lima Neto, está por um fio. *** Bendine, aliás, lamenta com seus botões que Paulo Rogério Caffarelli não esteja mais no mercado. Recentemente contratado pela CSN, Caffarelli foi um dos principais colaboradores da gestão Bendine no BB.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #CSN #Petrobras

Petrobras chama os chineses e avisa: Carcará pega, mata e come

9/07/2015
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O programa de desmobilização de ativos da Petrobras começa a sair do papel. Após a venda da fatia de 20% no Campo de Polvo e o anúncio da abertura de capital da BR Distribuidora, a estatal negocia sua participação no bloco BM-S-8, localizado na Bacia de Santos. Do outro lado da mesa estão as chinesas Sinopec e Sinochem, que já têm investimentos no pré-sal brasileiro. As conversas passam pela transferência de parte ou até mesmo da totalidade das ações em poder da estatal. Além de operadora do BM-S-8, a Petrobras é também a maior acionista do consórcio, com 66% – os demais sócios são Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), a portuguesa Galp e Barra Energia, do ex-Repsol João Carlos de Luca. A negociação é fundamental para os planos da petroleira de levantar US$ 58 bilhões nos próximos quatro anos com a venda de ativos. Ao lado do BM-S-24, também em Santos, e do BM-C-33, na Bacia de Campos, o BM-S-8 forma a trinca de blocos no présal que já teriam sido colocados a  venda pela Petrobras. Todas estas concessões têm um ponto em comum: foram incorporadas a  carteira da companhia antes da promulgação da lei que a obriga a ter participações societárias e ser a operadora única de todos os campos no pré-sal. A venda da participação da Petrobras no BM-S-8 resolverá um problema para a própria companhia e seus sócios no campo. Certamente nenhum dirigente da QGEP, da Galp ou da Barra Energia admitirá publicamente tal desejo, mas todos querem a estatal longe do negócio. O estado de paralisia da Petrobras nos últimos meses afetou duramente a operação. Os aportes da estatal rarearam e, com isso, o cronograma das atividades de exploração e produção já estaria comprometido em quase dois anos. Os atrasos envolvem desde os estudos e testes geológicos até a contratação de equipamentos e prestadores de serviço. Tudo está fora dos trilhos no BM-S-8. A situação chegou a tal ponto que, segundo fontes próximas a  própria Galp, o grupo português chegou a cogitar sua saída do negócio. Coube aos demais sócios colocar panos quentes. A maior preocupação da Galp, QGEP e Barra Energia – donas, respectivamente, de 14%, 10% e 10% do consórcio – é o projeto Carcará. Trata-se da joia da coroa da carteira de participações das três petroleiras e uma das grandes promessas do pré-sal brasileiro. Os estudos feitos até o momento indicam um potencial de produção no local em torno de 3,2 milhões de barris diários em 2018 – para efeito de comparação, a projeção para o megacampo de Libra é de 4,2 milhões de barris/dia em 2020.

#Barra Energia #BR Distribuidora #Galp #Petrobras #Queiroz Galvão #Sinochem #Sinopec

BR Distribuidora está longe da sua melhor forma

10/06/2015
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Justo no momento em que a Petrobras prepara a abertura de capital da BR Distribuidora, a subsidiária passa por um período de baixa octanagem. A companhia convive com perda de receita, atritos com revendedores e o risco de defecções em série em sua rede de postos. As vendas da BR teriam recuado 15% nos quatro primeiros meses do ano em relação a igual período em 2014 – em alguns estabelecimentos, a queda seria de 20%. A comparação com a concorrência é desfavorável a  estatal: no mesmo período, Shell e Ipiranga, por exemplo, cresceram 5%. Os maus resultados funcionam como um fósforo aceso próximo a uma poça de gasolina. O combustível em questão são as divergências entre a BR e seus revendedores. Desde o ano passado, a estatal tem apertado os postos na renegociação dos contratos, carregando a mão no aumento dos royalties pelo uso de sua marca. Com a queda das vendas e das margens operacionais, o clima de tensão teria se acentuado. Alguns revendedores de maior porte ameaçam romper o contrato com a BR e trocar de bandeira. Segundo o RR apurou, um único grupo de São Paulo, dono de mais de duas dezenas de postos, já estaria em negociações com a Shell. Normalmente, movimentos como este têm duas consequências: ou a distribuidora de combustíveis rapidamente acusa o golpe, recolhe os punhos e renegocia as condições contratuais ou acaba sendo vítima de um efeito manada: cada rede de postos que vira-casaca acaba estimulando outros representantes a fazer o mesmo. Ressalte-se que nada muda nos planos da Petrobras: o IPO da BR vai sair. Mas, logicamente, ao preço das circunstâncias, leia-se com um inevitável desconto no valuation da empresa. É do jogo. Resta a  estatal reduzir o tamanho do prejuízo. As diretorias da Petrobras e da BR têm trabalhado em conjunto na busca por explicações e soluções para o mau desempenho da distribuidora nos últimos meses. A caça a s bruxas já teria encontrado alguns culpados: a queda dos investimentos no treinamento de funcionários; perda de qualidade no atendimento e consequente aumento do número de reclamações por parte dos clientes, o que gera uma propaganda boca a boca a s avessas; performance opaca das lojas BR Mania, que não estariam cumprindo a contento o papel de atrair consumidores para os postos de combustíveis. Acredite quem quiser: sobrou até para a Lava Jato. Segundo informações filtradas junto a  Petrobras, a partir de pesquisas de opinião, a estatal identificou que uma parcela da queda das vendas da BR se deve a  reação dos próprios consumidores, que associam a distribuidora aos escândalos de corrupção na petroleira e, por essa razão, passaram a abastecer em outros postos. Na empresa, pasmem, haveria até mesmo registros de frentistas que afirmam terem sido chamados de “ladrão” por clientes mais exaltados.

#BR Distribuidora #Petrobras

Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras

27/03/2015
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 André Esteves nunca escondeu que não tem pruridos em escavar ativos podres. Eis aí a carcaça do Bamerindus como prova inconteste. Mas, neste momento, é melhor não mexer com as mãos limpas em projetos que atravessam a calçada da Lava Jato. O banqueiro vai usar luvas cirúrgicas e terceirizar sua participação para entrar de banda no setor da construção pesada. A Petrobras, como sempre, é a meca. Esteves quer aproveitar a crise de liquidez das empreiteiras de estirpe para reservar seu assento em futuras cartas- convite da estatal. O expediente encontrado é a compra de um pedaço da Triunfo por meio de um fundo offshore. Receita manjada, essa operação ficará no quintal. Na sala, a Triunfo contratará o BTG para vender participação em algumas subsidiárias. O objetivo de ambas as iniciativas é gerar recursos para a compra de uma empresa do setor que agregue a  Triunfo capital humano e maior tecnologia em obras do ramo. Em idos nem tão distantes, Esteves namorou uma empresa da construção pesada, a Delta, mas a aquisição não andou. É provável que André Esteves não tenha a menor ideia, mas existiu no Brasil, nos idos dos anos 30, um híbrido de banqueiro e empreiteiro que prestou os melhores serviços ao país, notadamente a  indústria nacional. Trata-se de Roberto Cochrane Simonsen, flor rara da elite empresarial. O presidente do BTG se identifica com outras espécies, a dos predadores financeiros e os caçadores de tesouros públicos desprotegidos. O Esteves predador não é nenhuma novidade. Mas, o caçador de arcas mal cuidadas é um ente em desenvolvimento. Fincou seu primeiro pé na Petrobras, em 2012, em um ativo desguarnecido. Comprou 50% dos blocos da estatal na africa; raspou o que tinha na Nigéria, Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia. Na primeira estimativa, o valor total dos campos foi calculado em US$ 7 bilhões. Depois, foi recalculado em US$ 4,5 bilhões, posteriormente reduzido para US$ 3,05 bilhões. Moral da história: a operação de compra acabou sendo fechada em US$ 1,5 bilhão. O BTG pagou o menor dos menores preços – o TCU investiga se foi ele quem arbitrou o valor -, auferiu dividendos de US$ 150 milhões no oitavo mês, prevê ganhar US$ 1,8 bilhão em três anos e pode realizar a cláusula do contrato de abandonar o negócio, sem fazer qualquer investimento, a qualquer tempo (uma espécie de “Pasadena das savanas”). Esteves também bicou a Petrobras via BR Distribuidora, no fatídico ano de 2012. Nesse ponto da história, o assunto se torna mais periclitante devido ao ingresso na trama do doleiro Alberto Youssef. Ele associa Esteves ao propinódromo da estatal. Junto com seu sócio Carlos Santiago, o “Carlinhos”, na Derivados do Brasil (DVBR), o banqueiro teria embolsado R$ 300 milhões em investimentos nos postos, ao custo módico de R$ 6 milhões em propina. Com a Triunfo, Esteves passaria também a ser dono do aeroporto de Viracopos e de rodovias. O verdadeiro oceano a ser singrado, contudo, são as águas viscosas da Petrobras.

#Alberto Youssef #André Esteves #BR Distribuidora #BTG Pactual #Grupo Triunfo #Lava Jato #Petrobras

Enfim, um substituto para Cerveró na BR

20/03/2015
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 Na reunião prevista para a próxima quinta-feira, dia 26 de março, o Conselho de Administração da BR Distribuidora deverá anunciar o nome de Carlos Alberto Barra Tessarollo como novo diretor financeiro da estatal. Já não era sem tempo. O cargo está vago há exatamente um ano, desde que Nestor Cerveró foi afastado por conta das investigações na Lava Jato. De lá para cá, a área financeira foi acumulada pelo próprio presidente da BR, José Lima de Andrade Neto. A escolha de Carlos Alberto Tessarollo é uma evidência de que o poder de Aldemir Bendine já começa a se espraiar pelas subsidiárias da Petrobras. Atual gerente de seguros da estatal, Tessarollo é ligado a Ivan Monteiro, executivo que Bendine trouxe consigo do BB para assumir a diretoria financeira da Petrobras. Em tempo: o novo responsável pelas finanças da BR integra também o corpo técnico da Associação Brasileira de Gerência de Riscos. Faz sentido!

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Lava Jato #Nestor Cerveró #Petrobras

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