Praxair e Petrobras caminham para o divórcio

  • 2/08/2013
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A parceria entre Praxair e Petrobras tem futuro? Os próprios norte-americanos receiam já saber a resposta. A associação entre as duas companhias na Gás- Local, maior distribuidora de Gás Natural Liquefeito (GNL) do Brasil, parece caminhar lentamente para a morte, como os elefantes. Dentro da White Martins, o braço brasileiro da Praxair, já se discute a possibilidade de uma ruptura e da compra da metade da joint venture pertencente a  estatal. Os norte-americanos estão cada vez mais irritados com a postura da Petrobras, que teria reduzido seus aportes na GásLocal em razão de suas notórias restrições orçamentárias. Ressalte-se que as cifras sobre a mesa não chegam a ser nenhuma fortuna, mas o próprio plano de investimentos da distribuidora é hoje uma peça pela metade. Do valor total de R$ 150 milhões, só estaria garantido o desembolso da parte da Praxair. Consultada pelo RR, a GásLocal declarou “não ter informação a esse respeito.” Para os norte-americanos, parece cada vez mais claro que, até por força das circunstâncias, a GásLocal deixou de ser um negócio estratégico para a estatal. Na Praxair, há quem diga que a Petrobras está agindo com o deliberado objetivo de criar uma situação extrema e forçar a venda de sua participação na GásLocal. A conjuntura do mercado de GNL tem contribuído para colocar mais lenha na fogueira e acirrar as animosidades entre os dois sócios, empurrando- os na direção do rompimento definitivo. A Raízen, sociedade entre a Cosan e a Shell, já anunciou que pretende entrar no setor em 2014. Multinacionais também flertam com o segmento. A chegada de outros grupos vai tirar a GásLocal da sua atual zona de conforto, exigindo, desde já, um esforço da empresa para se ajustar a esse novo cenário. Por isso mesmo, a Praxair tem pressa em acelerar o projeto de ampliação da base de Paulínia, além de outros investimentos secundários, como aumento da frota.

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