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Compagas é o ponto de partida da Sumitomo na distribuição de gás

  • 10/11/2011
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A mais do que decantada privatização da Compagas está ganhando ingredientes novos para finalmente sair do papel. A Sumitomo procurou o governo do Paraná para informar que topa disputar o controle acionário da distribuidora de gás do estado. O plano da companhia japonesa é arrematar os 51% das ações pertencentes a  Copel, a distribuidora de energia elétrica do estado. A Petrobras e a Mitsui ficariam com o restante. A companhia nipônica sabe que é inevitável haver o leilão de privatiza ção, quando ninguém sabe. Aposta, contudo, que a demonstração explícita de interesse no negócio incentivará o governo do estado a acelerar o processo, estimado muito preliminarmente para meados do ano que vem. Paralelamente, a Sumitomo negocia com a Gaspetro – a empresa da Petrobras detentora de um quarto do capital da Compagas – a formação de um consórcio para disputar o leilão. A estatal já topou o acordo, mas ainda falta acertar a composição do consórcio, já que a Gaspetro ainda reluta em ser minoritária dos japoneses. O receio da Petrobras é abrir espaço para que a Sumitomo cresça no mercado de distribuição de gás natural a s suas custas. Além disso, a Gaspetro pretende comprar a Gaspart, que é o veículo da Mitsui para o mercado de distribuição de gás natural e que detém um quarto do capital da Compagas. Alcançaria assim, de imediato, 49% do capital da Compagas. Para a estatal, a privatização da distribuidora de gás é uma questão de tempo. A Copel tem sentido cada vez mais o peso de ter que investir na Compagas e ao mesmo tempo necessitar de capital para o seu negócio de geração e distribuição de energia elétrica. A empresa tem deixado claro para o governo do estado o interesse em pular fora da Compagas até o ano que vem. Não pretende sequer esperar pela conclusão da venda da Gaspart para a Petrobras. A Copel aposta que o início do processo de privatização vai facilitar as tratativas entre a Mitsui e a estatal brasileira. Falar é fácil, mas fazer não é tão simples assim. De qualquer forma, a Mitsui deverá ser carta fora do baralho. Os nipônicos não têm como resistir ao assédio da Petrobras.

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