Regras do pré-sal só duram enquanto Dilma for “ministra”

  • 14/06/2013
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A ANP recebeu os dados de uma sondagem mostrando o interesse menor de empresas norte-americanas em participar do leilão do campo de Libra, nova estrela do pré-sal, com reservas que podem chegar a 42 bilhões de barris de petróleo. A maior demonstração de apetite pelo negócio veio de investidores chineses. O cacife é alto. Só para participar do leilão, o candidato terá de comprovar a disponibilidade de, no mínimo, R$ 10 bilhões. Se ganhar a licitação, o chequezão será descontado, como pagamento do bônus de assinatura. As novas leis rigorosas dos Estados Unidos, que enxergam práticas inidôneas em qualquer respiro dado pelos investidores, estão colaborando para afastar as empresas norte-americanas. O outro complicador é o ambiente regulatório nebuloso. Fonte da ANP acha que a atual modelagem não atrapalhará o leilão de outubro, mas teme pelos próximos, quando serão diversos campos licitados. As regras da partilha, a obrigatoriedade da Petrobras entrar em 30% de qualquer projeto exploratório e a criação da Pré-Sal Petróleo S/A provocam urticárias no capital estrangeiro. A Fazenda está ciente disso, o Ministério de Minas e Energia, também. Idem para o ex-ministro Delfim Netto, hoje o principal conselheiro do governo. E mais ainda: o mesmo se aplica ao ex-presidente Lula. Os leilões do pré-sal se tornaram uma questão macroeconômica, fundamental para arrumar o câmbio, os juros e os preços. E por que, então, as regras não mudam? Porque a presidenta Dilma Rousseff ainda não se demitiu do cargo de sua própria ministra da Fazenda. Mas falta pouco. A própria Dilma já acha que, para permanecer na presidência, tem de deixar de ser ministra

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