Tag: Nicolás Maduro

Política externa

Manifesto contra Nicolas Maduro causa saia justa no Itamaraty

5/03/2024
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Uma iniciativa da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet está provocando certo constrangimento na diplomacia brasileira, notadamente entre nomes ligados ao PT. Bachelet tem buscado apoio a um documento em repúdio ao fechamento do Escritório da ONU para Direitos Humanos na Venezuela. Até o momento, Celso Lafer foi o único dos ex-ministros das Relações Exteriores a subscrever o manifesto, juntando-se a outros 17 ex-chanceleres latino-americanos. Bachelet comanda a mobilização não apenas com o peso de ex-chefe de governo do Chile, mas também com o status de ter sido Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU entre 2018 e 2022.

#Chile #Nicolás Maduro #ONU #PT

Política

Bolsonaristas montam um palanque para adversária de Nicolás Maduro

12/07/2023
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Parlamentares bolsonaristas, liderados por Eduardo Bolsonaro, articulam a vinda de Corina Machado ao Brasil para participar de uma série de palestras voltada ao eleitorado da direita. Corina lidera as pesquisas de opinião entre todos os 14 pré-candidatos de oposição na Venezuela. É a favorita para as eleições primárias de outubro e consequentemente para disputar a eleição presidencial do ano que vem contra Nicolás Maduro. Isso se Corina puder concorrer. No mês passado, a Controladoria Geral da República da Venezuela declarou a inelegibilidade da ex-deputada. Eduardo Bolsonaro e aliados próximos enxergam a oportunidade de pegar carona no episódio e colar o caso de Jair Bolsonaro ao de Corina Machado, para reforçar a tese de que o ex-presidente foi alvo de perseguição política do TSE.

#Eduardo Bolsonaro #Jair Bolsonaro #Nicolás Maduro

Política

Juan Guaidó é o “troféu” da vez para a extrema direita brasileira

19/06/2023
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Eduardo Bolsonaro está articulando um encontro, em Miami, com Juan Guaidó, líder da oposição na Venezuela. O “03” pretende viajar com outros parlamentares bolsonaristas, como Nikolas Ferreira (PL-MG). Uma das ideias é transmitir o encontro ao vivo nas redes sociais – a arena preferida da extrema direita. O objetivo é criar um fato político em contraponto às recentes mesuras feitas por Lula a Nicolás Maduro durante sua visita ao Brasil. Naquela mesma semana, deputados e senadores aliados de Jair Bolsonaro chegaram a realizar uma reunião virtual com o venezuelano. Bolsonaro, não custa lembrar, foi um dos poucos chefes de Estado que reconheceram o “governo” Guaidó no início de 2019. Na ocasião, ele se autodeclarou presidente da Venezuela.  

#Eduardo Bolsonaro #Jair Bolsonaro #Juan Guaidó #Lula #Nicolás Maduro #Venezuela

Crime organizado

Garimpeiros viram um problema bilateral para Brasil e Venezuela

2/06/2023
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Enquanto Lula e Nicolás Maduro trocam afagos, os ministros da Justiça, Flavio Dino, e da Defesa, José Múcio, negociam com a Venezuela uma operação conjunta das forças policiais e militares dos dois países contra os garimpeiros ilegais. As ações da Polícia Federal no território Yanomami têm levado uma onda de fugitivos para o país vizinho. Segundo investigações das áreas de Inteligência do Exército e da Polícia Federal, nos últimos 30 dias mais de 400 garimpeiros procurados pelas autoridades brasileiras atravessaram a fronteira e se instalaram nos estados venezuelanos de Bolívar e Amazonas. Muitos deles conseguiram escapar carregando máquinas e equipamentos de garimpo, além de armamentos e munição. Ainda segundo as investigações os garimpeiros estariam recrutando nativos tanto no Brasil quanto na Venezuela como “seguranças”, com a missão de vigiar a selva.

#Flavio Dino #Lula #Nicolás Maduro #Polícia Federal #Venezuela

Destaque

Maduro desponta como o “fiador” da entrada do Brasil na Opep

31/05/2023
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Há pelo menos duas versões para as loas de Lula a Nicolás Maduro, que excederam qualquer expectativa de exagero na recepção – Maduro teve honrarias de um grande chefe de Estado. A primeira das versões, um tanto quanto simplória, interpreta a apoteose de saudação a Maduro em terras brasileiras como mais um ato de pragmatismo. Lula pretendeu dar um sinal amigável as suas bases de apoio mais à esquerda. Por essa ótica, comprada por quase todas as mídias, os festejos para o presidente venezuelano foram planejados para afagar a bolha dos petistas e aliados mais ideológicos. A segunda versão é mais ambiciosa. Ela segue em linha com o projeto de Lula de levar o Brasil a um patamar de protagonismo na discussão e decisões da geopolítica. O presidente da Venezuela é visto no Palácio do Planalto como um aliado fundamental para o projeto acalentado pelo petista e seus principais assessores da área internacional, notadamente Celso Amorim: a entrada do Brasil na Opep. Maduro funcionaria como uma espécie de embaixador do pleito brasileiro junto aos demais integrantes das Organização dos Países Exportadores de Petróleo – da qual os venezuelanos são membros fundadores. Guardadas as devidas proporções, o presidente da Venezuela estaria para a causa como Donald Trump esteve, em certo momento, para as tratativas em torno do ingresso do Brasil na OCDE.  

Os números credenciam o Brasil a entrar na Opep. Na média, o país produz atualmente algo em torno de 3,2 milhões de barris de petróleo por dia. Esse volume seria suficiente para colocar o Brasil em quarto no ranking dos países membros da Organização, atrás apenas da Arábia Saudita, Iraque e Irã. Olhando-se para as reservas comprovadas, o poder de fogo brasileiro seria menor se comparado aos integrantes da entidade. Atualmente, o país tem cerca de 15 bilhões de barris, o que lhe daria apenas o décimo lugar no rol da Opep – por sinal, quem lidera nesse quesito é exatamente a Venezuela, com aproximadamente 300 bilhões de barris. Ressalte-se, no entanto, que o Brasil pode, em breve, dar um salto com a Margem Equatorial – o que, de certa forma, explica a disposição de Lula de levar adiante os projetos da Petrobras nessa nova fronteira petrolífera, não obstante os óbices de ordem ambiental.  Estudos mais recentes, como o do Centro de Infraestrutura (CBIE), indicam uma estimativa em torno de 30 bilhões de barris em reservas estimadas na região.  

O governo Bolsonaro, não custa lembrar, chegou a ensaiar articulações internacionais para o ingresso do Brasil na Opep. Na viagem que fez à Arábia Saudita, em 2021, o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, tratou do assunto com as autoridades locais. Como quase tudo na política externa da gestão Bolsonaro, a pauta não saiu do lugar.   

#Celso Amorim #Centro de Infraestrutura #Lula #Margem Equatorial #Nicolás Maduro #OPEP #Petrobras #Venezuela

Internacional

Maduro é o ponto de interrogação no renascimento da Unasul

8/05/2023
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A reunião de cúpula da Unasul, programada para o dia 30 de maio, em Brasília, tem causado certa tensão no Itamaraty. Até o momento, de acordo com informações filtradas do Ministério das Relações Exteriores, o presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, não confirmou sua presença. Segundo o RR apurou, por ora, o governo de Caracas sequer sinalizou o envio de uma delegação para cuidar dos preparativos da visita e do esquema de segurança, praxe em viagens de chefe de Estado. No Itamaraty, há dúvidas se o silêncio venezuelano é uma má ou uma boa notícia. Os governos do Paraguai e do Equador já teriam sinalizado alguma resistência à participação de Maduro na reunião. O encontro é um evento relevante para a política externa do governo Lula, que praticamente ressuscitou a Unasul com o retorno do Brasil ao bloco. Em 2019, o presidente Jair Bolsonaro retirou o país do organismo multilateral. 

#Ministério das Relações Exteriores #Nicolás Maduro #Unasul

Aftosa é mais uma sarna entre Brasil e Venezuela

21/12/2018
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Logo na partida, a gestão Bolsonaro terá de administrar uma questão bastante delicada com a Venezuela – uma das nações já previamente satanizadas pela sua política externa. O caos econômico e político no país vizinho tem impedido o governo de Nicolás Maduro de retirar do lado de cá da fronteira cerca de 18 milhões de doses de vacina contra a febre aftosa disponibilizadas pelo governo brasileiro. De forma emergencial, o Ministério da Agricultura já havia doado anteriormente dois milhões de vacinas, uma ação emergencial que está longe de resolver o problema como um todo e equacionar a ameaça de contaminação do gado brasileiro.

Consultado pelo RR, o diretor de saúde animal do Ministério, Guilherme Marques, confirmou que “o Brasil aguarda as autoridades brasileiras virem ao país buscarem o restante das doses”. Sem a retirada das vacinas brasileiras o mais brevemente possível, o temor da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) é que os focos de febre aftosa se alastrem pelos países vizinhos. A Venezuela é hoje a única nação da América Latina que não erradicou a doença, segundo a OIE. As autoridades brasileiras têm tratado a questão como de prioridade máxima. O governo considera o “problema da Venezuela” um “problema do Brasil”, devido ao risco de contaminação do rebanho nacional.

O contrabando de bovinos, algo comum na região, e o próprio fluxo de refugiados venezuelanos – muitos costumam trazer animais – aumentam a ameaça de entrada de gado contaminado no país. A principal área de risco mapeada pelo Ministério da Agricultura é a fronteira seca da Região Norte, nas proximidades da cidade de Pacaraima, em Roraima. A Comissão Sul-Americana para a Luta Contra a Febre Aftosa (Cosalfa),vinculada ao Centro Pan-Americano de Febre Aftosa que (Panaftosa), montou um programa de vacinação do gado venezuelano. Chegou, inclusive, a propor a criação de um fundo público-privado, com pequenas doações de pecuaristas locais, para financiar futuras campanhas de imunização.

Até o momento, no entanto, segundo informações filtradas junto à própria Cosalfa, o governo Maduro não fez qualquer movimento para a criação do fundo. Apenas anunciou a abertura de uma conta bancária para doações. Em tese, bastaria ao governo Maduro enviar um cargueiro da Força Aérea venezuelana para a retirada das vacinas que estão sob a guarda do Ministério da Agricultura. Consta, no entanto, que o país não dispõe de instalações adequadas para garantir o estado de conservação das vacinas. Trata-se de um problema que avançará sobre boa parte do governo Bolsonaro. Mesmo com a doação dos medicamentos pelo Brasil e eventualmente outros países, o plano de erradicação da doença na Venezuela proposto pela OIE levará três anos, com campanhas de vacinação anual até 2021.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Agricultura #Nicolás Maduro #Venezuela

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