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Tereos encontra um lar nada doce na Mandu

  • 18/11/2010
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Os R$ 345 milhões pagos pelo controle da Usina Mandu foram apenas a primeira parte da fatura. A francesa Tereos já trata como favas contadas a necessidade de fazer um aporte de capital para equilibrar as finanças do grupo sucroalcooleiro, com sede em Guaíra (SP). O valor da capitalização será definido até o fim deste ano. Vai sobrar para a Petrobras, ao menos no que depender da vontade da Tereos. Os franceses já iniciaram tratativas para que a estatal, sócia do grupo no Brasil, entre com uma parcela dos recursos. Para a Tereos, dona da Açúcar Guarani, a prioridade é a repactuação do passivo da Mandu. A dívida total gira em torno de R$ 385 milhões, quase 80% contraídos em instituições financeiras. O endividamento da usina cresceu a passos largos nos últimos três anos por conta dos investimentos na ampliação da capacidade de moagem de 2,5 milhões de toneladas para mais de 4,7 milhões de toneladas por safra. O custo da dívida aflige os executivos da Tereos. Há um temor de que ele tenha um efeito dominó sobre o balanço de sua holding no país, a Açúcar Guarani. A preocupação aumenta por conta do fraco desempenho da Mandu nos últimos dois anos. Nas duas safras mais recentes, a usina acumulou prejuízos acima de R$ 75 milhões.

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