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Divisão de pets está longe de ser um negócio de estimação para a BRF

2/04/2024
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Para todos os efeitos, a BRF propala que desistiu de vender sua divisão de pets. Seria puro blefe. O que se diz no mercado é que se alguém chegar com uma proposta de R$ 2 bilhões na mão leva o negócio. A crise de caixa da BRF no passado recente – solucionada somente com o aporte do Marfrig e da saudita Salic – fez a companhia reduzir significativamente os investimentos na operação ao longo dos últimos anos. Nesse período, a divisão perdeu tração e competitividade em relação aos grandes players do setor, como Petz e Cobasi.

#BRF

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Marcos Molina avança sobre participação da Previ na BRF

18/03/2024
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O empresário Marcos Molina tem um novo alvo para avançar no capital da BRF. A informação apurada pelo RR é que Molina conversa com a Previ para a compra da sua participação na fabricante de alimentos. O empresário tem 50,6% das ações ordinárias da BRF. Com o negócio, chegaria aos 56%. Não custa lembrar que Molina arou o terreno a sua afeição: no ano passado, os acionistas da BRF derrubaram a pílula de veneno que obrigava qualquer investidor a comprar todas as ações caso atingisse 33% – à época, a Marfrig, de Molina, estava a poucos centímetros de alcançar essa marca. Procurados pelo RR, Marfrig e Previ não quiseram comentar o assunto.

Em 2021, a Previ reduziu sua participação na BRF, vendendo o equivalente a 3% das ordinárias. Mas, na recente linha do tempo, marcada por arritmias na empresa, este parece ser um bom momento para se desfazer de suas ações. A cotação está no nível mais alto desde fevereiro de 2022 – na casa dos R$ 17. A pergunta que não quer calar: será que não seria mais vantajoso para Molina deixar a Previ com um pezinho dentro da empresa. O fundo de pensão vocaliza o governo. Tê-lo no capital acionário pode ser um hedge para situações de dificuldades imprevistas.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Previ

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BRF planeja instalação de sua segunda fábrica na Arábia Saudita

6/03/2024
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O RR apurou que a BRF e a Halal Products Development Company (HPCD) discutem a construção de uma segunda fábrica de alimentos industrializados na Arábia Saudita. O objetivo é avançar sobre o mercado halal, leia-se produtos que atendem a exigências impostas pelas leis islâmicas. Será um passo a mais na joint venture entre a BRF e a HPCD, controlada pelo fundo soberano árabe PIF, dono de mais de US$ 700 bilhões em ativos. A dupla já tem uma fábrica na cidade de Damman, com capacidade para 1,2 mil toneladas de alimentos por ano.

#BRF

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Arábia Saudita quer aumentar sua participação na Minerva Foods

20/12/2023
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O Salic (Saudi Agricultural and Livestock Investment Company) ensaia um movimento estratégico para consolidar o Brasil como um importante hub de fornecimento de proteína animal para a Arábia Saudita. Segundo o RR apurou, a companhia árabe mantém conversações com a família Queiroz, controladora da Minerva Foods, para um aumento de capital na empresa. O Salic – vinculado ao Public Investment Fund (PIF), que, por sua vez, diretamente ao príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman – quer ampliar sua participação societária na companhia.

Procurada pelo RR, a Minerva não se pronunciou. Os árabes olham para o presente e o futuro. A curto prazo, o aporte dará ainda mais fôlego financeiro para a Minerva, justo no momento em que a empresa digere a compra de 16 frigoríficos da Marfrig, ao valor total de R$ 7,5 bilhões. De quebra, permitirá à empresa ampliar seus investimentos no exterior, que, de certa forma, são operações satélites do Brasil.

É o caso do Paraguai, onde a Minerva já controla mais de metade dos abates bovinos.

A médio prazo, o aumento da participação do Salic no capital do Minerva Foods pode ter impacto sobre a própria indústria da proteína animal no Brasil. Em julho deste ano, a companhia da família real saudita comprou 10,7% da BRF, em um aporte de capital feito em parceria com a Marfrig, de Marcos Molina. Desde então, há especulações no mercado de que o plano da Salic é costurar, mais à frente, uma megafusão entre Minerva Foods, BRF e a própria Marfrig. Nesse caso, caberia aos árabes e a Molina um pedaço maior do negócio.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Minerva Foods #Salic

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Camil Alimentos avança em sua dieta de engorda

28/09/2023
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A Camil caminha a passos largos em sua estratégia de se tornar um grande conglomerado da área de alimentos, com atuação nos mais diferentes setores. Segundo o RR apurou, o novo alvo da empresa é o mercado de produtos congelados – um segmento dominado por gigantes como JBS e BRF. Trata-se de um negócio com margens de lucro maiores. Este é justamente um calcanhar de Aquiles da Camil neste momento.

No primeiro trimestre deste ano, as margens líquidas do grupo caíram de 4% para 2,4%, na comparação com igual período em 2022. Maior processadora de arroz do Brasil, a Camil já desembolsou mais de R$ 1,6 bilhão para ampliar seu cardápio de negócios. Nos últimos dois anos, mais especificamente, ingressou na indústria de torrefação de café e no segmento de biscoitos, com a compra, respectivamente, da Seleto e da Mabel. Neste ano, a receita líquida da Camil deve bater nos R$ 12 bilhões, contra aproximadamente R$ 11 bilhões em 2022.

#BRF #Camil Alimentos #JBS

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Marfrig entra no cardápio de investimentos da Salic

22/09/2023
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O aporte conjunto de R$ 4,5 bilhões na BRF foi o primeiro movimento de uma operação ainda maior que vem sendo arquitetada por Marcos Molina e pelo Saudi Agricultural and Livestock Investment Company (Salic). Segundo o RR apurou, o próximo passo deverá ser a entrada do fundo árabe no capital da própria Marfrig, controlada por Molina. De acordo com uma fonte próxima à empresa, as conversam passam pela transferência de algo em torno de 10% das ações – próximo à participação da Salic na BRF (10,8%). Tomando-se como base apenas o market cap do Marfrig (R$ 6,8 bilhões, no fechamento de ontem na B3), a transação envolveria cerca de R$ 700 milhões. A operação junta a fome com a vontade de comer. A dupla participação societária do Salic seria um facilitador para Molina concretizar o que é sabidamente o seu principal objetivo: a fusão entre a Marfrig e a BRF.

Trata-se de uma operação que tem sido cuidadosa e milimetricamente calculada pelo empresário, passo a passo. Nesta semana, o Marfrig anunciou mais um pequeno aumento no capital da BRF, passando de 33,3% para 35,7%. Ressalte-se que, já na sua chegada, o Salic foi um importante aliado de Molina. O aporte do fundo árabe foi condicionado à retirada da pílula de veneno do estatuto da BRF, que obrigava qualquer investidor a fazer uma oferta por todas as ações caso superasse a barreira de 33,33%, exatamente o perímetro que o Marfrig acaba de ultrapassar.

Para a Arábia Saudita, por sua vez, o que está sobre a mesa é um grande projeto de Estado. O Brasil é peça chave para os árabes – também para os árabes – na geoeconomia da proteína animal. Por meio do Salic – a companhia de investimentos da família real saudita -, a Arábia passaria a ter um pé tanto na BRF, segunda maior produtora global de carne de frango, quanto na Marfrig, segunda maior processadora de carne bovina do mundo – a JBS está no topo dos dois rankings. Ou seja: uma dupla garantia de suprimento. Nesse cardápio das grandes relações de troca internacionais, cabe lembrar que os árabes firmaram um acordo com o governo brasileiro para a recuperação de mais de 40 milhões de hectares de pastos no país.

A entrada do Salic no capital da Marfrig reforçaria a mistura entre os interesses soberanos da Arábia Saudita e corporativos da empresa de Marcos Molina e da BRF. Os laços societários colocam as duas companhias em uma posição privilegiada no Oriente Médio. A BRF, ressalte-se, já é líder mundial do mercado halal, com quase 40% das vendas de frango para os países de religião islâmica, que impõem especificações próprias para o consumo de alimentos. Some-se a isso a joint venture firmada entre a empresa e a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita, para a construção de frigoríficos naquele país. Ainda que não com o mesmo peso da BRF, a Marfrig também tem feito avanços expressivos na região. Em 2021, as vendas para o Oriente Médio representaram apenas 1% da receita da empresa. Um ano depois, essa participação saltou para 6%. Procurada pelo RR, a Marfrig não quis se manifestar.

#Arábia Saudita #BRF #Marcos Molina #Marfrig

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Marfrig vai mais uma vez ao mercado para reduzir sua dívida

12/09/2023
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Após o aporte de capital na BRF, a redução do passivo tornou-se uma obsessão na Marfrig. A empresa deverá realizar um lançamento de títulos ainda neste ano. Diferentemente da emissão de R$ 1,1 bilhão em debêntures, aprovada em julho e voltada exclusivamente para a aquisição de gado, a operação terá como objetivo o alongamento da dívida. A meta é reduzir a relação dívida líquida/Ebitda de três para algo próximo de 2,5 vezes. Já foi pior: antes da venda de 16 frigoríficos para a Minerva Foods, esse índice estava em 3,76 vezes.

#BRF #Marfrig

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ADM está no páreo por braço de nutrição animal da BRF

23/08/2023
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A norte-americana ADM estaria na disputa pela divisão de alimentos pet da BRF. São cinco fábricas e um portfólio de 20 marcas, avaliados em R$ 1,8 bilhão. O principal concorrente da ADM é a Nestlé – em março, a imprensa internacional chegou a noticiar que o grupo suíço já havia apresentado uma oferta. Mais conhecido pela sua atuação como uma das maiores tradings de grãos do mundo, o conglomerado norte-americano elegeu o mercado de nutrição animal como uma de suas grandes apostas no Brasil. Recentemente, o grupo cindiu a área em dois segmentos de negócio: pets (cães e gatos) e animais de produção (notadamente gado bovino e aves). 

#ADM #BRF #Nestlé

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BRF inicia sua grande marcha rumo à China

21/08/2023
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A BRF busca um parceiro na China, com o objetivo de montar um fábrica no país asiático. A ideia é replicar um modelo semelhante ao adotado pela companhia na Arábia Saudita. A empresa tem uma joint venture com o Public Investment Fund (PIF), fundo soberano saudita, que está investindo US$ 500 milhões na produção de frango. A instalação de um complexo industrial na China permitirá atender não apenas ao gigantesco mercado doméstico, mas a outros países da Ásia. De quebra, o investimento também é visto na BRF como uma espécie de hedge. A operação chinesa seria uma forma de “driblar” por dentro eventuais embargos do país à carne brasileira. Consultada, a companhia não se manifestou.

O peso chinês no faturamento da BRF tem crescido ano a ano. Em 2022, o país asiático correspondeu a 3,76% de toda a receita global da companhia. No primeiro trimestre deste ano, esse número avançou para 4,6%. Já é o terceiro maior mercado internacional da empresa, atrás apenas da própria Arábia Saudita e da Turquia, onde os resultados são alavancados pela venda de frango halal, destinado à população muçulmana

#BRF

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Qual será a próxima jogada de Marcos Molina no tabuleiro da BRF?

21/07/2023
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Marcos Molina, dono do Marfrig, já está debruçado sobre seu próximo movimento no xadrez societário da BRF. O empresário trabalha com dois cenários:  o primeiro é a formalização de um bloco de controle e a elaboração de um acordo de acionistas, buscando, para isso, o apoio dos principais minoritários da companhia; a segunda hipótese é a compra em bloco de ações da empresa junto a outros investidores, de forma a atingir uma posição majoritária no capital. Em ambos os caminhos, há duas peças-chave nessa engrenagem: Previ e BlackRock, detentores, respectivamente, de 6,2% e 6% da BRF. Os dois investidores passaram a ter uma relevância maior no concerto de acionistas da companhia diante dos números finais do recente aumento de capital. Inicialmente, o Marfrig, de Molina, e o Salic, fundo soberano da Arábia Saudita e aliado do empresário, miravam uma participação de 53% na BRF. Na hora H, porém, a dupla subscreveu um número de ações menor do que o esperado, ficando com uma fatia somada de 43% – individualmente, a participação de Marcos Molina é de 33%. 

Marcos Molina está com o caminho aberto tanto para costurar um bloco de controle ou para adquirir mais ações da BRF até atingir os 51%. Não custa lembrar que a “cláusula de barreira” que impedia as duas hipóteses, especialmente a segunda, caiu por terra. Recentemente, os acionistas da BRF derrubaram a pílula de veneno que obrigava qualquer investidor com mais de 33,33% da empresa a fazer uma oferta pública pelo restante das ações em mercado. Ou seja: Molina pode aumentar sua participação sem a obrigatoriedade de comprar o restante free float da BRF. Há um detalhe que não deve ser desprezado. Inicialmente, Molina aportaria R$ 2,5 bilhões no aumento de capital da BRF. No fim das contas, desembolsou apenas R$ 1,8 bilhão. Ou seja: guardou uma gordura financeira que, em tese, pode ser usada mais à frente para ampliar sua participação. De toda a forma, seja por meio de um acordo de acionistas e de mãos dadas com Previ e BlackRock, seja com a compra de mais ações, na prática as duas jogadas levariam ao mesmo lugar, dando a Molina maioria absoluta nas assembleias de acionistas e no Conselho de Administração da BRF. Procurado, por meio da assessoria do Marfrig, o empresário não quis se manifestar.

Em tempo: independentemente do movimento a ser realizado, a aproximação entre Marcos Molina e Previ pode levar a uma aliança entre dois antigos desafetos. Inicialmente, quando Molina começou a avançar no capital da BRF, ainda no governo Bolsonaro, o fundo de pensão demonstrou resistência a uma possível associação com o Marfrig. Posteriormente, no ano passado, a Previ se opôs à chapa de conselheiros apresentada pelo Marfrig, numa disputa por poder dentro do board da BRF. Aos poucos, os dois lados baixaram as armas. Um personagem importante no armistício foi Aldo Mendes, funcionário de carreira do Banco do Brasil e ex-diretor de Política Monetária do Banco Central entre 2009 e 2016 e hoje um dos mais influentes conselheiros da BRF.

#BRF #Marcos Molina #Marfrig #Previ

Destaque

JBS quer barrar a possível coalizão entre BRF, Marfrig e Minerva

15/06/2023
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O aporte de R$ 4,5 bilhões na BRF liderado pela Marfrig e pela Salic, fundo soberano da Arábia Saudita, chacoalhou o setor. O RR tem informações de que a JBS estuda acionar o Cade contra a operação. O motivo é a interseção societária que a Salic passará a ter como acionista tanto da BRF quanto da Minerva Foods. O fundo árabe já tem uma posição relevante nesta última, com 30,5%. Após a injeção de capital, deverá ser dono também de algo em torno de 16% da BRF. Para os irmãos Batista, o que estaria por trás dessa engenharia é muito mais do que um mero investimento de portfólio. A dupla presença da Salic não passaria de um biombo para encobrir uma tríplice associação. Se não de direito, ao menos de fato. Concentração nos olhos dos outros é refresco. Sob a ótica dos irmãos Batista, donos de um império que soma mais de 60% dos abates de gado no Brasil, Minerva, BRF e, consequentemente, sua controladora, a Marfrig, teriam a faca e a carne na mão para discutir estratégias em conjunto e, sobretudo, operar em parceria na formação de preços. De alguma maneira, essa argumentação encontra eco em uma decisão anterior do próprio Cade. Em 2014, o Conselho aprovou com restrições a troca de ações realizada entre BRF e Minerva. O órgão antitruste questionou, inclusive, a presença de um representante da primeira no Conselho da segunda. Procurada pelo RR, a JBS não se pronunciou até o fechamento desta matéria. Marfrig, BRF e Minerva também, não quiseram comentar o assunto. 

Este é mais um round no duelo entre os irmãos Joesley e Wesley Batista e Marcos Molina, dono do Marfrig e apontado no mercado como o principal artífice da entrada da Salic na BRF. Os dois lados têm diferenças históricas que se acirraram mais recentemente. A própria JBS tinha interesse na incorporação da BRF. No entanto, Molina levou a melhor, com a estratégia de comprar seguidamente ações da companhia em bolsa. 

#BRF #Cade #JBS #Marfrig #Minerva Foods

Destaque

Nestlé e Mars disputam aquisição dos ativos de pet food da BRF

5/06/2023
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A venda da divisão de ração animal da BRF deflagrou um duelo entre dois gigantes globais do setor. Segundo informações apuradas pelo RR, Nestlé e Mars estão na disputa pela aquisição dos ativos. As tratativas são conduzidas pelo Santander. A operação é estimada em aproximadamente R$ 2 bilhões – o pacote engloba cinco fábricas e 20 marcas. Para as duas multinacionais, o que está em jogo é a batalha pela liderança do mercado de pet food no Brasil, um negócio que movimentou mais de R$ 33 bilhões no ano passado. Os 10% de market share da BRF seriam suficientes para levar a Nestlé do terceiro lugar ao topo da cadeia alimentar do setor, com quase 20%, ultrapassando a Hills e a própria Mars. Para esta última, portanto, a aquisição teria um forte caráter defensivo. Com a eventual compra do braço de rações da BRF, a Mars poderá abrir considerável vantagem na liderança do segmento – saindo de algo em torno de 19% para 29% de share. Em contato com o RR, a Nestlé disse que não comentaria o assunto. Mars e BRF não retornaram até o fechamento desta matéria. 

De acordo com uma fonte envolvida nas negociações, além de Nestlé e Mars, a BRF tem conversado com outros candidatos ao negócio, inclusive fundos de private equity internacionais e uma grande rede de lojas de pet shops. Sobre a mesa de negociações há um fator que naturalmente joga contra a companhia: a sua pressa em vender a divisão de pet food. Em delicada situação financeira, com um passivo de quase R$ 15 bilhões, a BRF precisa fazer caixa para afrouxar o garrote do endividamento. Na semana passada, o nó aliviou um pouco, com o anúncio do aporte de R$ 4,5 bilhões liderado pela própria Marfrig, acionista controladora da companhia, e o Salic, fundo soberano da Arábia Saudita.  

#BRF #Mars #Nestlé #Santander

Empresa

Minerva Foods quer um lugar à mesa no Oriente Médio

5/05/2023
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É grande o apetite da Minerva Foods pelo chamado mercado halal. A empresa estuda montar um centro de produção no Oriente Médio para atender aos países de população muçulmana, que tem padrões próprios par ao consumo de proteína animal. O projeto seria conduzido com parceiros locais. Ressalte-se que há cerca de três meses o CEO da Minerva, Fernando Galetti de Queiroz, esteve em Dubai, onde teria mantido contatos com potenciais investidores. Sob certo aspecto, a empresa vai seguir os passos da BRF, agora Marfrig, que tem uma fábrica na Arábia Saudita, com capacidade para produzir cerca de 50 mil toneladas de alimentos processados por ano.  

Além da sua importância per si, a investida no mercado halal teria uma função geoeconômica para a Minerva: ajudaria a compensar, ao menos em parte, eventuais tremores no comércio com a China. No quarto trimestre do ano passado, por exemplo, a empresa teve um prejuízo de R$ 25 milhões (contra um lucro de R$ 150 milhões em igual período em 2021), pressionada pela queda da demanda chinesa. Os resultados do primeiro trimestre deste ano devem ser ainda mais fracos, devido ao recente embargo de Pequim à carne bovina brasileira, após a confirmação de um caso de “vaca louca” no Pará, em fevereiro.   

#BRF #Marfrig #Minerva Foods

Internacional

JBS e Marfrig contam com a renovação de acordo tarifário com o México

27/04/2023
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As atenções dos dirigentes da JBS e da BRF, leia-se Marfrig, estão voltadas, neste momento, para o México. Nos bastidores do setor a informação é que o governo brasileiro – mais precisamente o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o chanceler Mauro Vieira – tem feito gestões junto às autoridades mexicanas para a renovação do regime especial adotado pelo país para a compra de carne de frango. O México suspendeu por um ano as tarifas de importação do produto para os países que já tinham frigoríficos habilitados pelas autoridades sanitárias locais. A princípio, a isenção expira no fim de maio. O Brasil tem sido o maior beneficiado pela medida. No ano passado, as exportações de frango para o mercado mexicano totalizaram 140 mil toneladas, 35% a mais do que em 2021.  

JBS e BRF são, disparadamente, as duas empresas mais favorecidas pelo abate tarifário mexicano: a dupla responde por mais de 70% da produção avícola brasileira. A empresa dos irmãos Batista se encontra em uma posição ainda mais privilegiada, dado o seu volume de exportações e sua notória força no tabuleiro das grandes negociações internacionais na cadeia da proteína.  

Um fator aumenta a probabilidade do governo do presidente Manuel Lopez Obrador renovar o regime especial: o México está entre os dez países latino-americanos que registraram casos de gripe aviária entre animais domésticos, o que levou ao abate e descarte de milhares de aves. A crise fitossanitária aumenta a necessidade de importações. Ressalte-se que mais de 20% da carne de frango consumidas no México são importados.  

#BRF #JBS #Marfrig #México #Ministério da Agricultura

Destaque

BRF vira um fardo pesado para o Marfrig

20/03/2023
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A decisão de vender o equivalente a R$ 4 bilhões em ativos – entre os quais, toda a divisão de pet food – é apenas a parte mais visível da reestruturação que o Marfrig planeja fazer na BRF. O corte na carne vai ser profundo. Segundo informações apuradas pelo RR, as medidas incluem o fechamento de frigoríficos no Brasil e de escritórios no exterior, a começar pela Ásia, onde a companhia mantém seis representações. Essa promete ser a parte mais “simples” da história. Difícil mesmo será o próximo passo traçado pelo Marfrig: buscar junto aos credores da BRF uma repactuação do passivo – no mercado já se cogita até mesmo a possibilidade de uma recuperação extrajudicial. O entendimento é que a alienação de ativos, por si só, não será suficiente para abater a dívida da empresa nos níveis necessários. A companhia fechou 2022 com uma dívida líquida de R$ 14,6 bilhões, ou seja, o correspondente a 3,75 vezes o Ebitda. Um ano antes, esse múltiplo era de 3,12. A área de análise da Genial Investimentos já classificou esse patamar como “pouco saudável” e “um grande sinal de alerta” para a BRF. Mais recentemente, o BofA reduziu o preço-alvo da ação da empresa muito em razão da elevada alavancagem. Marcos Molina, dono do Marfrig, e seus executivos não precisam ler relatórios de research para saber que a situação da BRF é preocupante e exige soluções mais drásticas. O RR entrou em contato com o Marfrig, mas a empresa não quis se manifestar.

Valeu a pena Marcos Molina se empenhar tanto no take over da BRF? Esse é o questionamento que vem sendo feito pelos próprios executivos do Marfrig. Na companhia, a reestruturação é vista como uma espécie de “vai ou racha”. As duas empresas de alimentos têm se mostrado peças de difícil encaixe. Um ano após se tornar o maior acionista da BRF, o Marfrig não conseguiu capturar sinergias conforme o previsto, notadamente em relação à cadeia de fornecedores. Por ora, é como misturar água e azeite. Ou melhor: carne bovina, o forte do Marfrig, com frango e suínos, os negócios mais calóricos da BRF. Para piorar, há outros fatores que têm azedado essa feijoada corporativa. Neste momento, parece haver uma conjunção dos astros no mercado global contra esse gigante da proteína idealizado por Marcos Molina. O mercado norte-americano entrou em um ciclo de baixa, que já se reflete nos números da National Beef, braço local do Marfrig. No ano passado, o Ebitda das operações da companhia na América do Norte caiu 50,6% em relação a 2021. Foi uma das principais razões para o Itaú BBA, em recente relatório, reduzir o preço-alvo da ação do Marfrig de R$ 26 para R$ 8. A BRF, por sua vez, amarga números ruins no Oriente Médio. No quarto trimestre do ano passado, o Ebitda da empresa no chamado mercado halal caiu 18% na comparação com os últimos três meses de 2021. Ou seja: um dos melhores negócios da BRF não vive seus melhores dias.  

A expectativa de reversão desses números está depositada na joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita. No total, a dupla acena com investimentos da ordem de US$ 500 milhões no Oriente Médio. A cifra, no entanto, não parece ser suficiente para abrir o apetite dos investidores. O elevado endividamento e os recorrentes prejuízos – R$ 3,2 bilhões em 2022 – têm feito a ação da BRF virar carne moída. Desde maio do ano passado, quando Marcos Molina assumiu uma posição de mando na empresa, o valor de mercado do frigorífico, caiu de R$ 15,1 bilhões para R$ 7,14 bilhões. Ou seja: dez meses depois, a participação de Molina na companhia vale apenas a metade. 

#BRF #HPDC #Marfrig #National Beef

Empresa

JBS avança sobre frigorífico da Rio Branco Alimentos

1/03/2023
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A JBS negocia a compra do complexo industrial da Rio Branco Alimentos na cidade de Palmeiras de Goiás (GO). A planta tem capacidade para o abate de aproximadamente 200 mil frangos por dia. Ou pouco mais de 70 milhões por ano. O movimento do conglomerado dos irmãos Batista tem um forte componente defensivo: evitar que a unidade caia nas mãos de um concorrente, notadamente a BRF. O negócio permitiria à JBS ampliar ainda mais a sua posição como maior produtora e exportadora de frangos do mundo, com mais de 4,4 bilhões de cabeças ano, o dobro da capacidade da BRF. Por sua vez, a Rio Branco Alimentos, dona da marca Pif Paf, segue a velha máxima de se desfazer de um anel para preservar os dedos. A negociação do complexo industrial de Goiás – uma das seis unidades de produção do grupo – tem como objetivo fazer caixa para reduzir o passivo. O que mais a Rio Branco quer abater nesse momento é sua dívida, em torno de R$ 1 bilhão. 

#BRF #JBS #Pif Paf

Negócios

JBS e BRF miram exportação de carne suína para o Peru

31/01/2023
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, trabalha com o objetivo de abrir mais um mercado para a proteína brasileira. Fávaro vem mantendo tratativas com autoridades peruanas com o objetivo de garantir o credenciamento de mais frigoríficos para a venda de carne suína. O esforço tem endereço certo: JBS e BRF querem exportar o produto para o país vizinho. No início de janeiro, o Ministério de Desarollo Agrario do Peru autorizou o frigorífico Dom Porquito, do Acre, a fazer um primeiro embarque do produto. Não passa de um pequeno aperitivo. Favaro tem dito a quem quiser ouvir que a América Latina vai se tornar um mercado cativo para a cadeia de proteína oriunda das companhias brasileiras.

#BRF #Carlos Fávaro #JBS

Negócios

Crise no Peru pode afetar exportações brasileiras de carne suína

14/12/2022
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Grandes frigoríficos brasileiros, como BRF e Minerva, acompanham com especial interesse o desenrolar da crise política no Peru. Essas empresas estão no meio de uma disputa geoeconômica com concorrentes, sobretudo, da Espanha, Estados Unidos e Canadá. Todos brigam por espaço nas exportações de carne suína para o Peru, tentando aproveitar o crescente vácuo deixado pelo Chile. A indústria chilena, historicamente maior exportadora de carne de porco para o Peru, tem reduzido os embarques para dar prioridade à China.  

Nessa queda de braço, os frigoríficos brasileiros têm uma desvantagem. Já há alguns meses, pecuaristas locais vêm pressionando o governo peruano a reduzir as importações de carne suína brasileira. Alegam que frigoríficos do Brasil estariam praticando dumping, uma vez que contam com custos de produção mais baixos – a começar pelos insumos utilizados na alimentação animal como milho e soja. O ex-presidente do Peru, Pedro Castillo, vinha resistindo às pressões internas. A posição de sua sucessora, Dina Boluarte ainda é uma incógnita. O Peru tem cerca de 380 mil criadores de porcos, a maior parte de pequeno porte, com enormes dificuldades de atender a indústria e a demanda locais.  

#BRF #Minerva #Peru

Negócios

BRF e fundo soberano investem pesado no Oriente Médio

9/12/2022
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A BRF e o Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita, negociam a construção de um grande complexo industrial no país. O empreendimento será voltado notadamente à produção e frangos e de alimentos tanto congelados quanto frescos. A ideia é abastecer não apenas a Arábia, mas exportar para outros mercados da região. BRF e PIF criaram recentemente uma joint venture, com investimentos previstos da ordem de US$ 500 milhões.

#BRF #Public Investment Fund

Negócios

Perda ou ganho para Marcos Molina?

31/10/2022
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Na última sexta-feira, línguas ferinas do mercado diziam que Marcos Molina – principal acionista da BRF, com 33% – perdeu, mas ganhou com a forte queda das ações da companhia nos últimos dias. As circunstâncias são propícias para Molina, dono do Marfrig, comprar mais papéis em bolsa e aumentar seu poder na BRF. Nos últimos dez dias, a ação acumula uma queda de 17%. As perdas se acentuaram após o anúncio de que a empresa investirá US$ 500 milhões na Arábia Saudita.

#BRF #Marfrig

Molina quer apagar antigos controladores do futuro da BRF

13/09/2022
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O takeover da gestão da BRF está apenas no começo. Após a troca de Lourival Luz por Miguel Gularte na presidência da companhia, Marcos Molina prepara outras mudanças na gestão executiva. Segundo o RR apurou, a próxima “vítima” seria o CFO Fabio Luis Mendes Mariano.

De acordo com a mesma fonte, próxima a Molina, o mais provável é que até o início do ano que vem praticamente todos os atuais vice-presidentes sejam substituídos. Molina, dono do Marfrig e principal acionista individual da BRF, estuda também mudanças na própria estrutura administrativa, com o fortalecimento, por exemplo, da gestão no exterior, notadamente no mercado árabe, onde a empresa tem uma expressiva posição. Quem conhece o empresário de perto aposta que ele tem dois propósitos que caminham juntos: não apenas povoar a direção da companhia com nomes da sua confiança como também apagar qualquer resquício dos tempos de Abilio Diniz e da Tarpon Investimentos, que quase levaram a BRF a um caminho sem volta.

Para além da sua posição no capital da BRF, de 33,2%, Marcos Molina conta hoje com uma coalizão societária para avançar no “takeover” da gestão da companhia. Previ e Petros, que somam pouco mais de 11% das ações, têm dado apoio ao empresário. Que te viu, quem te vê. No início do ano, a Petros chegou a embarreirar um follow on da BRF que permitiria a Molina aumentar sua participação para além de 33,3% sem ativar a pílula de veneno. A aliança é puro pragmatismo. Os fundos de pensão apostam na nova gestão, conduzida pela Marfrig, para alavancar preço da ação. Nos últimos 12 meses, a BRF perdeu 27% do seu valor de mercado.

#Abilio Diniz #BRF #Petros #Previ #Tarpon Investimentos

Programa de Lula reserva um novo figurino para o BNDES

28/07/2022
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Bye Bye “cavalos vencedores” ou “campeões nacionais”. A política industrial que se discute no PT não acende sequer uma vela para as prioridades das gestões de Lula I e II e Dilma I e II. Não sobrou saudade do projeto de inserção internacional do BNDES nos tempos de Luciano Coutinho na presidência do banco.

Pelo contrário. A nova proposta é focar em produto e não em empresa. Coutinho, como se sabe, elevou à enésima potência o apoio a companhias como JBS, Odebrecht (e outras indústrias da construção pesada), Oi, BRF, Marfrig, entre as mais votadas. Não que tenha errado de todo. O estímulo à JBS, Marfrig e BRF permitiu que o Brasil se tornasse um gigante da cadeia da proteína e praticamente o player formador de preços no setor de carnes. Rememorando a origem dos “campeões nacionais”: a tese foi a resultante de uma disputa acadêmica entre Coutinho e o ex-presidente do BNDES Antônio Barros de Castro que defendia o financiamento a setores – o que não deixa de ser um apoio a produtos – e não a empresas. O PT vai resgatar o pensamento de Barros de Castro, colocando no centro da política industrial os insumos estratégicos, ou seja, os setores escolhidos.

As informações vazadas ao RR permitem algumas conclusões: primeiramente, vai ter política industrial, sim, com um BNDES proativo; em segundo, há um crossover da política de substituição de importações com a “nova política industrial do PT”; terceiro, os economistas que têm debatido o programa petista acreditam que ingressamos em uma era de “desglobalização”; quarto, as consequências geoeconômicas da guerra entre Rússia e Ucrânia podem estar apenas começando, com impactos enrustidos na cadeia global de suprimentos; quinto, o Brasil é dependente em demasia de produtos como fertilizantes, chips e itens essenciais do complexo industrial de saúde; Portanto, estes últimos estão entre os primeiros da fila de prioridades.

#BNDES #BRF #Lula #PT

O risco que vem da Coreia

13/06/2022
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Sinal de alerta para JBS, BRF, Marfrig e cia. O Ministério da Agricultura da Coreia do Sul deverá enviar uma comissão ao Brasil para inspecionar unidades de abate de suínos. Há o risco de o país asiático descredenciar empresas brasileiras justo no momento em que suspendeu as tarifas para importação de carne de porco.

#BRF #JBS #Marfrig

Prato principal

23/03/2022
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A BRF e o Public Investment Fund (PIF), fundo soberano da Arábia Saudita, já discutem a compra conjunta de empresas de alimentos no Oriente Médio. A empresa e o PIF assinaram recentemente um memorando de entendimentos para a formação de uma joint venture. Os investimentos previstos chegam a US$ 350 milhões.

#Arábia Saudita #BRF #Public Investment Fund

Acervo RR

Mil e uma noites

4/02/2022
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A BRF vai instalar sua segunda fábrica na Arábia Saudita. Será o primeiro ato da joint venture firmada entre a companhia e o Public Investment Fund (PIF), fundo soberano do país do país, com investimento inicial da ordem de US$ 350 milhões.

#BRF

Mil e uma noites

4/02/2022
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A BRF vai instalar sua segunda fábrica na Arábia Saudita. Será o primeiro ato da joint venture firmada entre a companhia e o Public Investment Fund (PIF), fundo soberano do país do país, com investimento inicial da ordem de US$ 350 milhões.

#BRF

novo “inimigo” da Marfrig

28/01/2022
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A decisão da Petros de embarreirar o aumento de capital da BRF deve ser creditada ao novo diretor de investimentos da fundação, Paulo Werneck. No cargo desde novembro. Werneck é o principal responsável pela mudança de postura do fundo de pensão. Antes da sua chegada, a Petros chegou a vender um pedaço da sua participação na BRF para o Marfrig, apoiando o avanço desta última sobre o controle da primeira. Agora, a fundação exige que a empresa de Marcos Molina pague um prêmio de 140% sobre o valor da ação caso passe dos 33,33% do capital, disparando a pílula de veneno prevista no estatuto da BRF.

#BRF #Marfrig #Petros

A água subiu

3/12/2021
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A BRF estuda uma emissão de dívida como forma de alongar seu passivo de curto prazo. O sinal de alerta está aceso na empresa. Em setembro, a relação dívida líquida/Ebitda rompeu a barreira de três para um pela primeira vez em dois anos. Acima disso, a geração de caixa da BRF não segura.

#BRF

Acabou a pipoca

30/11/2021
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Apesar da pressão de grandes frigoríficos, a exemplo de JBS e BRF, o Ministério da Economia não vai estender a isenção do PIS/Cofins sobre a importação de milho, que vigora até 31 de dezembro. Para a equipe econômica, o waiver tributário perdeu sentido com a recente queda dos preços do cereal no mercado interno.

#BRF #JBS #Ministério da Economia

Marcos Molina avança em seu projeto de ocupação da BRF

22/11/2021
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Marcos Molina, dono da Marfrig, começa a dar as cartas na BRF. Na condição de maior acionista individual (31,6%), Molina articula com outros sócios relevantes, a exemplo da Previ e da Petros, mudanças na gestão da companhia. Segundo uma fonte próxima ao empresário, ele estaria aguardando apenas o fim do mandato de Pedro Parente como chairman da BRF, em abril de 2022, para substituir o atual CEO do grupo, Lorival Luz.

Entende-se a cautela com o timing. Luz é bastante ligado a Parente. Qualquer mexida agora abriria um desnecessário flanco de atrito com o ex-ministro da Casa Civil, hoje o principal “avalista” da empresa junto ao mercado. A própria dupla Previ e Petros sempre esteve alinhada a Parente, mas joga o jogo, à medida em que o quadro de forças na companhia vai se alterar de forma mais substancial a partir do ano que vem.

No mercado, há quem aposte que a compra de uma parcela da fatia dos fundos de pensão seria a próxima tacada de Molina. Procuradas pelo RR, Marfrig e BRF não quiseram se manifestar. Além de assumir as rédeas da gestão executiva, outra preocupação de Marcos Molina é povoar o Conselho da companhia com nomes de sua confiança para fortalecer ainda mais sua posição. Na prática, é como se Molina já estivesse transformando a BRF e a Marfrig em um só grupo, sob a sua regência, sem necessariamente promover uma fusão entre as duas – até o momento, uma possibilidade ainda envolta em brumas.

#BRF #Casa Civil #Marcos Molina #Marfrig #Petros #Previ

Proteína árabe

16/09/2021
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Segundo o RR apurou, a BRF estaria em avançadas negociações para a compra de mais duas fábricas na Arábia Saudita. A região tem se revelado um negócio de alta caloria para a empresa. O Ebitda da BRF no chamado mercado halal duplicou nos últimos 12 meses.

#BRF

Bons ventos 2

3/09/2021
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A construção de um complexo eólico no Rio Grande do Norte foi só a primeira rajada de vento. BRF e AES Brasil já discutem outras parcerias em energia renovável, notadamente na Região Sul.

#AES Brasil #BRF

Mais uma indigestão entre Brasil e China

12/08/2021
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A repentina decisão da China de suspender as importações de carne suína e de frango da unidade da BRF em Lucas do Rio Verde (MT) criou um clima de apreensão entre os produtores. No setor, corre a informação de que o governo chinês poderá adotar uma medida ainda mais dura nos próximos dias: interromper o processo de habilitação de frigoríficos brasileiras em curso há quase dois meses – amanhã se encerra uma das etapas, a de entrega da documentação. Seria um duro baque. Significa dizer que o governo chinês suspenderia as visitas de inspeção técnica in loco e as empresas teriam de recomeçar todo o processo do zero.

#BRF

Amor com amor se paga

4/08/2021
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A BRF estaria em negociações para comprar sua segunda fábrica de alimentos na Arábia Saudita. Por essas é outras, tudo indica, é que os frigoríficos da empresa não foram atingidos pelo embargo dos governo árabe ao frango brasileiro.

#BRF

Negócio bom para cachorro

15/07/2021
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Corre no mercado a informação de que, após uma série de aquisições no segmento, a BRF já estuda a possibilidade de spinoff e do consequente IPO da sua operação de pet food.

#BRF

Porta de saída

11/06/2021
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Circula no mercado a informação de que a Petros estuda a venda de parte ou até mesmo da totalidade da sua participação na BRF, de 9,9%. A operação se daria por meio de um leilão das ações em bolsa. Seria uma chance de a Marfrig aumentar ainda mais a sua fatia no capital da BRF.

#BRF #Petros

BRF Parte II

27/05/2021
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No mercado, corre a informação de que o Marfrig prepara uma segunda ofensiva no capital da BRF. Desta vez, o alvo seria a participação da Petros, em torno de 9%.

#BRF

Acervo RR

Abatedouro

23/04/2021
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A BRF estuda fazer demissões em sua unidade de abate em Chapecó (SC). Os cortes seriam motivados pela alta dos estoques e a disparada dos preços dos grãos. Em março, não custa lembrar, a BRF demitiu cerca de 150 funcionários em Francisco Beltrão (PR).

#BRF

Mil e uma noites

29/03/2021
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De acordo com uma fonte muito próxima à BRF, a empresa está em conversações para a compra de mais dois frigoríficos na Arábia Saudita. Em janeiro, a companhia fechou a aquisição da Joody Al Sharqiya Food por US$ 8 milhões.

#BRF

O novo alvo no radar da Tarpon

15/03/2021
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A Korin Agricultura, uma das principais fabricantes de bioinsumos do país, está na mira da Tarpon Investimentos. Refeita do cataclismo da BRF, que por pouco não a levou à lona, a gestora de recursos tem apostado suas fichas no segmento de agrociência: no ano passado, investiu R$ 160 milhões na compra da Agrivalle. Procurada, a Korin confirmou que “está como sempre esteve em busca de parcerias que tenham como meta expandir o consumo de alimentos orgânicos.”

#BRF #Tarpon Investimentos

Salvo conduto

9/02/2021
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A BRF já teria solicitado à ministra Tereza Cristina que interceda junto ao governo da China para debelar o quanto antes as suspeições sobre seus produtos. Na semana passada, a imprensa chinesa noticiou que traços do coronavírus foram encontrados em carne suína da companhia. Na BRF, o receio é que os chineses usem a suposta contaminação como pretexto para pressionar os preços do produto.

#BRF #Tereza Cristina

Fazendo a América

22/01/2021
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Após cravar uma aquisição na Arábia, a BRF está prospectando frigoríficos nos EUA.

#BRF

A bela, o marombeiro e o torrão de açúcar

23/11/2020
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Mesmo o “imortal” empresário Abílio Diniz começa a considerar que o seu tempo está passando mais depressa. Diniz tem conversado com seus filhos, especialmente Ana maria e João Paulo, sobre a sucessão no comando dos negócios da empresa, a holding Península Participações, que hoje abrange todos os ativos dos Diniz. Os outros filhos, Adriana e Pedro Paulo, estão fora do game. Adriana por nunca ter tido a menor vocação para empresária.

Já Pedro Paulo, que demonstrava tino empreendedor – chegou a discutir com Eike Batista, a criação de um hotel-boate em Angra dos Reis, em que a rave rolaria dia e noite, sem fim – deu uma “guinada odara” (apud Caetano Veloso) em sua vida. Partiu para viver em uma fazenda bucólica e plantar alimentos orgânicos. João Paulo lembra o pai no estilo bonapartista, e até na obsessão por esportes. Namorador, triatleta, com formação na London Business School, ficou marcado pela morte da modelo Fernanda, sua namorada, em um acidente de helicóptero, em Angra dos Reis. Realmente triste.

O primogênito, apesar de tentar imitar o pai em quase tudo, não é considerado por Abílio como o mais talhado para ocupar suas funções. Os filhos Miguel e Rafaela, do segundo casamento, são novos demais para entrar na disputa. Sobrou para belíssima Ana Maria, a mais perfeita tradução de Abílio, do ponto de vista do interesse nos negócios. Ana Maria também tem uma pegada corporativa de participar do terceiro setor, meio ambiente e educação. Entre os jovens Diniz, sempre foi a primeira alternativa para assumir o comando na visão do pai.

No Pão de Açúcar, trabalhou em marketing, RH e Operações. Noves fora, é mulher, o que conta ponto nos dias de hoje. Em um determinado momento, comentou-se que Abílio gostaria que Pedro Parente, ex-chairman da empresa BRF, um dos investimentos da Pensilvânia, fosse o coach da moça. Conversa fiada. Ana Maria está para lá de escolada. E quem seria um melhor coach do que o próprio pai, que a treinou por toda a vida. O fato é que Abílio permanece com a saúde de touro que sempre teve. Mas, não é nada, não é nada, está com 83 anos. A hora de fazer as escolhas é para ontem.

#Abilio Diniz #BRF #Eike Batista

Cofco instala uma colônia de proteína no Brasil

16/10/2020
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O RR apurou que banco de investimentos recebeu mandato da chinesa Cofco para estudar diversas alternativas de negociação com a BRF, desde participação minoritária até uma joint venture com o controle da empresa. Maior demandante global de commodities brasileiras, a China passaria a ter uma posição privilegiada em uma empresa que figura entre as cinco maiores produtoras de carne de frango do mundo. A BRF soma aproximadamente 9% de todas as exportações globais de proteína animal.

É responsável por cerca de 12% de todos os embarques de carne de frango brasileira para o exterior, algo como 500 mil toneladas/ano. O apetite chinês pelo produto é considerável: a demanda do país asiático por frango brasileiro vem crescendo à média de 30% ao ano. Ressalte-se ainda o peso da BRF no mercado de suínos: a companhia concentra praticamente um terço das vendas brasileiras do produto para a China. A associação permitiria ainda à Cofco ampliar sua presença nos países árabes. As vendas para o chamado mercado halal (cerca de R$ 8  bilhões) representaram aproximadamente 25% da receita da BRF em 2019.

Se for considerado o valor de mercado da BRF, trata-se de um negócio sob medida para o tamanho da Cofco. A empresa brasileira está avaliada em Bolsa em R$ 15 bilhões. Para se ter uma ideia da diferença de peso entre uma e outra, a receita da Cofco é mais de 10 vezes superior à da BRF. No ano passado, o grupo chinês, que tem negócios em mais de 50 países, faturou quase US$ 80 bilhões, o equivalente, portanto, a mais de R$ 400 bilhões.

Já a receita da empresa brasileira em 2019 foi de R$ 34 bilhões. Qualquer tratativa envolvendo a BRF passa, ainda que indiretamente, pelo governo brasileiro. Os dois maiores acionistas individuais da companhia são Petros e Previ, respectivamente com 11,4% e 9,3%. A investida da Cofco poderia ser uma porta de saída para os dois fundos de pensão. Até porque os chineses não são muito afeitos a democratizar gestão e mando. Se bem que, se Donald Trump baixar em Jair Bolsonaro, é possível que a Cofco tenha problemas para avançar em suas pretensões. Guardadas as de- vidas proporções, do ponto de vista estratégico a cadeia da proteína está para o Brasil assim como a tecnologia para os Estados Unidos – não custa lembrar que Trump baniu a Huawei do país.

#BRF #Cofco #Jair Bolsonaro

De saída da BRF

2/10/2020
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Informação ouvida pelo RR nos corredores da Previ: a fundação prepara-se para vender sua participação de 9% na BRF.

#BRF

Relaxamento

3/06/2020
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A BRF tem usado os resultados dos testes de coronavírus em suas unidades de Concórdia (SC) e Lajeado (RS) junto à Justiça do Trabalho para evitar o fechamento de fábricas. O índice de trabalhadores contaminados nas duas operações foi, respectivamente, de 1% e 3,2%. Pode parecer pouco, mas basta um infectado não diagnosticado a tempo para fazer um estrago.

#BRF

Arábia Saudita deixa avicultura brasileira em estado de alerta

27/02/2020
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A decisão da Arábia Saudita de suspender as compras de frango de dois frigoríficos da BRF pode ser apenas a ponta do iceberg de um problema comercial de maior proporção. O Ministério da Agricultura tem razões para acreditar que os árabes estão criando uma narrativa para subir o tom e impor restrições mais amplas e rigorosas ao produto brasileiro. Na Pasta, já se discute, inclusive, a possibilidade de envio de uma missão ao país.

A preocupação é proporcional ao peso da Arábia Saudita para a indústria avícola nacional: trata-se do maior importador de carne de frango do Brasil, com embarques anuais superiores a US$ 1 bilhão. Até o momento, o caso é uma caixa preta: os árabes não informaram os motivos do “mini-embargo” às fábricas da BRF. Sabe-se apenas que a decisão partiu da Saudi Food and Drug Authority (SFDA), a autoridade sanitária do país.

O receio do Ministério da Agricultura é que a Arábia Saudita coloque sob suspeição outros frigoríficos brasileiros. Ressalte-se que o histórico recente de relações comerciais entre os dois países, notadamente no setor econômico em questão, é conturbado. Em outubro de 2018, uma missão saudita esteve no Brasil e visitou três dezenas de granjas, frigoríficos e fábricas de ração, atestando a excelência das condições fitossanitárias de todas elas. Três meses depois, sem mais nem porquê, a Arábia Saudita suspendeu as importações de frango de cinco dos 30 produtores.

#BRF #Ministério da Agricultura

Previ vende ativos

21/02/2020
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O novo diretor de Investimentos da Previ, Marcelo Wagner, vai acelerar a venda de participações societárias. Deve começar pela BRF e pela BR Distribuidora, nas quais o fundo de pensão detém, respectivamente, 9,4% e 3,5% do capital total.

#BR Distribuidora #BRF #Previ

Prioridade

21/01/2020
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Prioridade na Previ: vender a participação de 9,4% na BRF.

#BRF #Previ

A carne da BRF é fraca

5/12/2019
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A BRF mantém uma resiliente e estranha relação com a União Avícola, do ex-senador Cidinho Santos. A empresa do Mato Grosso é investigada no âmbito da Operação Carne Fraca pelo suposto pagamento de propina a fiscais do Ministério da Agricultura. Mesmo após zerar todo o seu compliance, rever velhas práticas e purgar os mal feitos do passado, a BRF segue comprando toda a produção de frango do frigorífico mato-grossense. O mais curioso é que as acusações contra a União Avícola teriam partido da própria gigante da proteína, em seu acordo de cooperação com o Ministério Público.

#BRF #Cidinho Santos

BRF leva uma casca vazia para a Arábia

1/11/2019
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A instalação de uma fábrica de processados de frango na Arábia Saudita anunciada pela BRF está mais para uma obra cenográfica do que para um investimento real. Segundo o RR apurou, o projeto foi montado às pressas não necessariamente como uma decisão estratégica da companhia, mas para atender a uma encomenda do Palácio do Planalto. Foi a contrapartida apresentada por Jair Bolsonaro ao governo local na tentativa de liberar as exportações de frango brasileiro para os sauditas. Noves fora o valor divulgado, US$ 120 milhões, o projeto ainda não tem prazo de execução, volume de produção, estrutura de capital e sequer local escolhido. Em tempo: a “parceria” serviu para a BRF reconstruir pontes com o Poder – uma relação abalada pela Operação Carne Fraca e pela frustrada fusão com o Marfrig, negociada à revelia dos fundos de pensão.

#BRF

Método no arrependimento

21/10/2019
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Parece haver método no arrependimento da BRF. Todos os malfeitos que vêm sendo confessados pela empresa à PF se concentram na gestão do ex-CEO, Pedro Faria, um dos sócios da Tarpon.

#BRF #Tarpon

Legado Abílio

9/09/2019
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Ao vender sua participação na Sats Foods, de Cingapura, a BRF virou uma página de prejuízos escrita na gestão de Abílio Diniz. O empresário foi o grande entusiasta da entrada no país asiático. No entanto, o negócio se revelou uma carne de pescoço. Os US$ 15 milhões recebidos pela BRF na venda não cobrem os US$ 20 milhões aportados no negócio e muito menos os seguidos prejuízos.

#BRF #Sats Foods

BRF News

24/07/2019
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Sem a fusão com o Marfrig, Abilio Diniz procura outra porta de saída da BRF. O caminho aventado é a oferta em bolsa da sua participação, hoje inferior a 3%.

A BRF estaria em conversações com o Salic, fundo ligado à família real saudita, para a venda de um pedaço da One Foods, sua subsidiária no Oriente Médio. Procurada, a empresa confirmou que avalia alternativas para seus investimentos na região, entre as quais “parcerias e venda de participações minoritárias”.

#Abilio Diniz #BRF #Marfrig

BRF deixa credores no escuro

1/07/2019
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Os credores da BRF estão sendo tratados como carne de segunda. Em meio às gestões para a fusão com o Marfrig, a empresa congelou as negociações que vinha mantendo para a repactuação de suas dívidas a partir de janeiro de 2020. Ressalte-se que os recursos amealhados com a desmobilização de ativos cobrem apenas passivos com vencimento até dezembro. Ressalte-se que a relação dívida líquida/Ebitda da BRF bateu em 5,4 vezes em março, contra 4,44 no balanço do primeiro trimestre de 2018.

#BRF #Marfrig

Árabes avançam na Minerva Foods

4/06/2019
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Subiu a temperatura na indústria de proteína animal. Além da iminente fusão entre BRF e Marfrig, há tratativas para um novo aporte de capital do Salic na Minerva Foods. O valor seria da ordem de R$ 500 milhões. Em 2016, o fundo de investimento ligado à família real da Arábia Saudita injetou aproximadamente R$ 750 milhões na empresa, o que lhe deu uma participação acionária de 32%. A Minerva vive um período de azia financeira. No ano passado, amargou um prejuízo de mais de R$ 1,2 bilhão. A companhia tem feito um enorme esforço para reduzir sua alavancagem – hoje na casa de quatro vezes o Ebitda.

#BRF #Marfrig

Abílio Diniz pede a conta e sai da mesa da BRF e do Marfrig

3/06/2019
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Abílio Diniz confidenciou a uma fonte do RR que vai sair de vez da BRF. Abílio pretende aproveitar a fusão da companhia com o Marfrig para pular fora do barco e virar uma das páginas mais melancólicas da sua trajetória empresarial. Cacife para dobrar a aposta e garantir sua participação no negócio não lhe falta. No entanto, Abílio quer distância da nova empresa e da indústria de proteína animal. De talismã, a BRF tornou-se uma ave agourenta. Em 2013, Abilio Diniz assumiu o Conselho da BRF com o apoio irrestrito de Previ e Petros. Cinco anos depois era expurgado do cargo pelos fundos de pensão. Nesse período, o valor de mercado da empresa caiu praticamente à metade – de R$ 39 bilhões para R$ 20 bilhões. Nos dois últimos anos sob seu comando (2016 e 2017), a companhia acumulou perdas de R$ 1,4 bilhão. Como se não bastasse, a passagem de Abílio pela BRF deixa como legado a criminalização da empresa, investigada na Operação Trapaça. Procurado, o empresário não quis se pronunciar. Abílio Diniz não deve ser o único acionista da BRF a saltar do bonde. Previ e Petros também querem sair do negócio. O BNDES, sócio relevante do Marfrig, deverá seguir o mesmo caminho. O próprio governo Bolsonaro, por sinal, tem motivos de sobra para querer ver a nova empresa pelas costas. Há um DNA “lulo-dilmista” na operação. A fusão BRF-Marfrig remete à malfadada política dos cavalos vencedores dos governos petistas. Além disso, a companhia nasce contaminada por investigações do MPF e da Justiça e sob a regência de um empresário polêmico, Marcos Molina, dono do Marfrig. No ano passado, Molina fechou acordo no âmbito da Operação Greenfield e aceitou arcar com uma multa de R$ 100 milhões. Ele é acusado de ter pago propina para obter empréstimos na Caixa Econômica.

#Abilio Diniz #BRF #Marfrig

Legado Pedro Parente

9/04/2019
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Pedro Parente deixará para o seu sucessor na presidência da BRF, Lorival Luz, um plano de abate da estrutura da companhia no Brasil. O projeto prevê o fechamento de cinco pontos de produção da companhia, entre eles a unidade de processamento de frangos de Carambeí (PR), fechada “temporariamente” na semana passada. Procurada, a BRF limitou-se a confirmar a interrupção temporária da unidade paranaense.

#BRF #Pedro Parente

Proteína financeira

15/03/2019
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O Marfrig estaria preparando uma grande emissão de títulos no exterior, com o objetivo de alongar o perfil da sua dívida. Nos últimos meses, o frigorífico de Marcos Molina fez aquisições de vulto, como ativos da BRF na Argentina e, sobretudo, a norte-americana National Beef, um negócio de quase US$ 1 bilhão.

#BRF #Marfrig

Escolha de Sofia

12/03/2019
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O assunto é doloroso para José Carlos Magalhães e Eduardo Mufarej, afinal são 17 anos de estrada. Mas, amizade à parte, está cada vez mais difícil para a dupla seguir com Pedro Faria ao seu lado na Tarpon Investimentos. A descoberta de que a BRF teve uma perda de R$ 200 milhões com derivativos de ações durante a gestão de Faria é mais um tiro que ricocheteia na reputação da própria gestora. Para não falar da criminalização da empresa, com a Operação Carne Fraca.

#BRF #Tarpon Investimentos

Marfrig rumo à Ásia

8/02/2019
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Depois de adquirir o controle da argentina Quickfood junto à BRF, a próxima parada do Marfrig é a Ásia. O RR apurou que a empresa pretende ter uma base de produção de industrializados na região.

#BRF #Marfrig

Picadinho

14/12/2018
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O radar da CVM teria rastreado movimentações atípicas com ações da Marfrig, dias antes do anúncio da compra de ativos da BRF no Brasil e na Argentina. Um grande banco norte-americano teria atuado intensamente nas duas pontas do mercado.

#BRF #CVM #Marfrig

Questão de timing

28/11/2018
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Segundo informações filtradas da BRF, Pedro Parente poderá deixar a presidência da empresa já no primeiro trimestre, seguindo apenas como chairman. Oficialmente, seu mandato vai até junho de 2019. Talvez a eventual antecipação seja um sinal do seu otimismo quanto à conclusão do plano de desmobilização de ativos, da ordem de R$ 5 bilhões. Talvez não.

#BRF

Abate de ativos

16/10/2018
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A BRF está penando para vender seus ativos na Tailândia. A empresa pede cerca de US$ 500 milhões pela operação, mas as melhores ofertas não chegam sequer a US$ 400 milhões. A subsidiária Golden Foods Siam foi adquirida em 2016, por US$ 350 milhões.

#BRF

Bye, bye, BRF

4/10/2018
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A Tarpon, que mandou e desmandou na BRF com Abílio Diniz, deverá zerar, até dezembro, sua participação na empresa.

#BRF #Tarpon

Navalha na carne

27/09/2018
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A gestão Pedro Parente está levando o varejo ao estresse. A BRF tem adotado uma postura agressiva nas negociações com as redes supermercadistas, apertando os prazos de pagamento, que, em alguns casos, passavam dos 90 dias. Na visão de Parente, a companhia vinha sendo demasiadamente generosa com os varejistas, entre os quais o Carrefour, de Abilio Diniz.

#BRF

BRF sente um cheiro de carne queimada

14/09/2018
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A extensão por mais 20 dias do prazo para que a Polícia Federal conclua as investigações no âmbito da Operação Trapaça, uma das fatias da Carne Fraca, foi recebida com apreensão pela área jurídica da BRF. Há o temor de que a PF, na verdade, esteja abrindo alguma nova frente de apuração com base na delação de Daniel Gonçalves Filho, acusado de ser o chefe de um esquema de corrupção plantado dentro do Ministério da Agricultura

#BRF

Promessa de curto prazo

16/08/2018
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As juras de permanência no capital da BRF feitas pelo presidente da Petros, Walter Mendes, têm data de validade. O fundo de pensão espera pelos efeitos da gestão Pedro Parente sobre as ações para pular fora do negócio até o início de 2019. O que não dá é para sair agora e realizar um doloroso prejuízo: a ação da BRF acumula uma perda de quase 50% no ano

#BRF #Petros

Pratos separados

13/08/2018
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Os fundos de pensão e a Tarpon já deram sinal verde para a BRF vender o restante das ações da Minerva Foods que ainda estavam em seu poder. É o golpe de misericórdia nas negociações para a fusão entre as duas empresas, que uniam investidores como Rubens Ometto e o fundo árabe Salic.

#BRF #Tarpon

Oriente Médio é o contraponto à carnificina da BRF

11/07/2018
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Surgiu um candidato a sócio da BRF no Oriente Médio. O Saudi Agricultural and Liverstock Investment (Salic), fundo ligado à família real da Arábia Saudita, estaria em negociações para a compra de um pedaço da OneFoods, braço da empresa para países muçulmanos. O Salic entraria na operação com o figurino de agente de Estado, financiando o aumento da produção de frangos na Arábia – onde a OneFoods já responde por mais de um terço das vendas. O trilhardário fundo árabe, ressalte-se, tem negócios no Brasil: é acionista da Minerva Foods. No início de 2017, a BRF chegou a contratar o Bank of America e o Morgan Stanley como advisers da abertura de capital da OneFoods. A subsidiária foi avaliada, à época, em mais de US$ 6 bilhões, mas o projeto foi deixado de lado diante da crise que já despontava no grupo. A OneFoods é um ativo estratégico, o passaporte da BRF para mercados muçulmanos. Em países como Kuwait e Emirados Árabes, a empresa domina mais de 40% das vendas de frangos. Essas circunstâncias justificam o empenho da gestão Pedro Parente em manter a operação no Oriente Médio em meio à carnificina global já anunciada pela empresa. A BRF vai vender ativos na Europa, Tailândia e Argentina, além de abater quase quatro mil postos de trabalho no Brasil.

#BRF #OneFoods #Salic

O bipartidarismo da BRF

4/07/2018
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Luiz Fernando Furlan, conselheiro da BRF, é considerado pule de dez para assumir o comando do board no lugar de Pedro Parente, que ficará “apenas” com a presidência executiva. Ou seja: a “nova BRF” nascerá da parceria de um ex-ministro de FHC com um ex-ministro de Lula.

#BRF

Minerva Foods

26/06/2018
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A fusão com a BRF é página virada. Os novos caminhos da Minerva Foods passam pelo aumento da participação do Saudi Agricultural and Liverstock Investment (Salic), fundo de investimento ligado à família real da Arábia Saudita. Donos de 20% do capital, os árabes têm interesse em assumir o controle do negócio e usar a Minerva como guarda-chuva para a compra de frigoríficos de menor porte no Brasil.

#BRF

Cartão de visitas

21/06/2018
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Ao determinar a venda da participação da BRF na Minerva Foods, Pedro Parente desarmou as gestões que vinham sendo feitas para uma fusão entre as duas companhias. A prioridade de Parente é reduzir o nível de alavancagem da BRF: a relação dívida líquida/ebitda saiu de 3,7 para 4,4 vezes em 12 meses.

#BRF #Pedro Parente

Um tempero árabe para BRF e Minerva

11/06/2018
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O RR apurou que o Saudi Agricultural and Liverstock Investment (Salic), acionista da Minerva Foods, é um dos principais artífices das negociações para a fusão da empresa com a BRF. O Salic, fundo ligado à família real da Arábia Saudita, quer ter uma posição relevante na nova companhia, transformando-a em ponta de lança para futuros investimentos na cadeia da proteína no Brasil. Além da aquisição de novos frigoríficos, o fundo vislumbra a possibilidade de entrar na produção de outras commodities agrícolas, como soja. Procurada, a Salic não se pronunciou. A BRF informou que “não recebeu nenhuma formalização por parte da Minerva ou de qualquer investidor estrangeiro ou nacional a respeito da operação mencionada”. O Minerva, por sua vez, disse que “não realizou qualquer proposta de investimento”, acrescentando que manterá “os acionistas informados acerca do andamento de qualquer assunto de interesse do mercado.” Para bom entendedor…

#BRF #Minerva Foods #Salic

O embaixador da BRF

18/05/2018
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Além de apaziguador dos ânimos societários e conselheiro, Luiz Fernando Furlan terá outra missão na BRF: usar o prestígio de ex-ministro para garimpar novos mercados para a empresa, notadamente no Oriente Médio.

#BRF

Curando a ressaca

4/05/2018
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No que depender de Abilio Diniz, José Aurelio Drummond, afastado da presidência da BRF por pressão dos fundos, vai curar a ressaca na diretoria do Carrefour Brasil.

#Abilio Diniz #BRF #Carrefour

Lenta reconstrução

2/05/2018
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Ao contrário da expectativa da Petros e da Previ, as mudanças na BRF não tiveram impacto positivo imediato junto aos investidores. A ação caiu 5,5% nos dois pregões posteriores à eleição do novo Conselho de Administração, sob o comando de Pedro Parente.

#BRF #Petros #Previ

Carta fora do baralho

26/04/2018
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A nomeação de Pedro Parente como chairman da BRF virou pelo avesso o processo de sucessão na gestão executiva da companhia. Além de José Aurelio Drummond, que renunciou à presidência nesta semana, quem também deve deixar o cargo é Alexandre Martins de Almeida, vice-presidente Brasil. Almeida chegou a estar cotado entre os fundos de pensão para substituir o próprio Drummond. Com a chegada de Parente, a tendência é que o novo CEO seja contratado no mercado.

#BRF

Pacificadores

23/04/2018
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A BRF tem dois “pacificadores”: à luz do dia, Luiz Fernando Furlan; nas sombras, Eliseu Padilha. O ministro entrou com tudo no assunto. Que o diga o presidente da Previ, Gueitiro Guenso.

#BRF #Eliseu Padilha

Parente e Bendine, tão perto, tão longe

20/04/2018
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Parece haver um irresistível magnetismo entre a Petrobras e a BRF. Caso se confirme sua nomeação como chairman da empresa  de alimentos, curiosamente Pedro Parente seguirá os passos de seu antecessor, Aldemir Bendine, tornando-se o segundo presidente da estatal no board da companhia. A coincidência não poderia unir personagens tão distintos e de biografias tão díspares. Bendine dispensa comentários. Já Parente é, há muito, um dos mais bem cotados executivos do país. A julgar pelo seu histórico, ele levará a concórdia à BRF. Parente tem como tradição tocar a gestão de forma harmoniosa mesmo quando o cenário exige decisões mais contundentes, vide a própria Petrobras.

#BRF #Pedro Parente #Petrobras

Marina Silva da BRF

17/04/2018
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O GIC, fundo soberano de Cingapura, é uma espécie de “Marina Silva da BRF“. Acionista da empresa, ora se mexe na direção de Previ e Petros; ora, balança para o lado de Abilio Diniz.

#BRF #GIC #Petros #Previ

Munição extra para Abilio

11/04/2018
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Além de ter rompido o acordo com os fundos de pensão, Abilio Diniz voltou a comprar ações da BRF no mercado. Segundo o RR apurou, as maiores operações teriam sido feitas na última sexta-feira.

#Abilio Diniz #BRF

Petros em pílulas

9/04/2018
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A Petros está revirando suas vísceras e levantando dados que comprovariam o envolvimento de ex-dirigentes em operações irregulares e desvios de recursos do caixa da entidade. Segundo o RR apurou, a fundação enviou recentemente ao Ministério Público Federal relatórios internos que apontam para a participação de dois antigos executivos em fraudes relacionadas aos aportes na Sete Brasil.

Se pudesse, a direção da Petros instituía um circuit breaker para as ações da BRF. O derretimento do papel tem contribuído para afundar ainda mais a fundação no seu déficit atuarial. De janeiro para cá, a ação da BRF já caiu 39%. Signifi ca dizer que em pouco mais de três meses, a Petros, dona de 11% da empresa, já perdeu cerca de R$ 1,6 bilhão. É quase o dobro do prejuízo que o fundo de pensão teve com o investimento durante 2017 inteiro (R$ 900 milhões).

Por falar em déficit, mais de 40 beneficiários da Petros já entraram na Justiça para não pagar a contribuição extra fixada pela fundação para cobrir o rombo atuarial de R$ 27 bilhões.

#BRF #Petros

Um pé fora da BRF

5/04/2018
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A posição da Tarpon Investimentos de não indicar representante para o novo Conselho da BRF tem por trás a decisão já tomada de deixar o negócio até o fim do ano.

#BRF #Tarpon Investimentos

Tempo de abate na BRF

2/04/2018
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O que não falta na BRF é tensão. Às vésperas da assembleia de acionistas que votará a deposição de Abilio Diniz do Conselho, os dirigentes da empresa consideram que a suspensão das atividades do abatedouro de Capinzal (SC) por 30 dias não será suficiente. A paralisação de outra unidade – em Mineiros (GO) – é vista como inevitável para reequilibrar a produção diante da suspensão das exportações de frangos para a União Europeia. Cerca de 600 funcionários da planta já estão em férias coletivas. Mas pode piorar: segundo o RR apurou, se as vendas para a Europa não forem retomadas até junho, em vez de frangos as unidades começarão a abater os próprios funcionários.

#BRF

BlackRock zerou sua posição

20/03/2018
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Nos últimos dois dias, o norte-americano BlackRock praticamente zerou sua posição na BRF. A decisão se deveu menos pelas brigas societárias e mais pela Operação Carne Fraca.

#BlackRock #BRF #Operação Carne Fraca

Um negócio triunfal

16/03/2018
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Prestes a ser apeado do board da BRF, Abilio Diniz busca um negócio triunfal, a sua altura. Quem sabe a compra das operações do Cencosud no Brasil pelo Carrefour?

#Abilio Diniz #BRF #Cencosud

Embutidos

7/03/2018
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A briga societária da BRF chegou aos labirintos do Congresso. Ligado a Abilio Diniz, o CEO da empresa, José Aurelio Drummond, tem cumprido intensa agenda de contatos com lideranças da base aliada. Tenta frear o ímpeto dos fundos de pensão. Se bem que, a essa altura, com a Operação Carne Fraca nos seus calcanhares, este talvez tenha se tornado um problema “menor” para a BRF.

#Abilio Diniz #BRF

Munição reforçada

6/03/2018
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No mercado, corre a informação de que, além de Abilio Diniz, a Standard Aberdeen também estaria aumentando a sua posição no capital da BRF. A gestora britânica é aliada da Tarpon Investimentos, da Previ e da Petros contra o empresário.

#Abilio Diniz #BRF #Tarpon Investimentos

Tyson Foods afia suas garras para depenar a BRF

28/02/2018
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A Tyson Foods, uma das maiores fabricantes de alimentos do mundo, prepara o bote sobre a BRF. A porta de entrada é a compra das participações da Previ, Petros, Standard Aberdeen e Tarpon Investimentos. A operação lhe daria 33% da companhia, um pedaço razoavelmente expressivo se levarmos em consideração que o controle da BRF é pulverizado em bolsa e nenhum acionista detém mais de 11%. As gestões são conduzidas pela Tarpon, que poderia ser enxergada como uma traidora não fosse o capital apátrida, covarde e desleal.

A gestora de recursos foi parceira de primeira hora de Abilio Diniz na tomada da gestão da BRF e no afastamento de seus antigos gestores. Hoje, é um dos artífices da destituição do empresário da presidência do Conselho, em consonância com os fundos de pensão que ela própria ajudou a apartear da administração da companhia. A operação junta a fome de comprar de uns com a vontade de vender de outros – notadamente o trio Previ, Petros e Tarpon.

Os fundos de pensão querem sair da BRF para fazer caixa e reduzir seus respectivos rombos atuariais. Por sua vez, a gestora de recursos enxerga na investida da Tyson Foods a possibilidade de uma saída honrosa da holding controladora das marcas Sadia e Perdigão. Assim como a gestão da Tarpon contaminou a BRF, a BRF também contaminou a Tarpon.

A empresa ainda representa mais de 40% da sua carteira. Mas, no intervalo de três anos, comeu aproximadamente 45% do total de ativos da Tarpon por conta da deterioração do seu valor de mercado. Uns vão, outros voltam. A entrada no capital da BRF significaria o retorno da Tyson Foods ao mercado brasileiro quatro anos após a venda de três unidades de abate de aves no país. Um gigante do setor – com receita de US$ 40 bilhões, valor de mercado de US$ 30 bilhões e mais de 130 mil funcionários –, o grupo norte-americano encontra-se diante de uma pechincha: a ação da BRF está no menor patamar em cinco anos.

Apenas em 2018, acumula queda superior a 20%. E Abilio Diniz? A fotografia de momento mostra o empresário como derrotado e virtualmente deposto do cargo de chairman da BRF. Mas, tratando-se de Abilio, qualquer conclusão é sempre precipitada. O empresário já saiu de corners tão ou até mais agudos, dobrando Carrefour, Casino e a própriafamília. Não seria prudente descartar uma reviravolta em um segundo momento, com a presença de Abilio como parceiro da própria Tyson na reestruturação societária da BRF. Até porque a saída dos fundos de pensão e da Tarpon terá um efeito de descompressão no ambiente societário.

#BRF #Tarpon #Tyson Foods

Abilio Diniz esquenta a “guerra fria” na BRF

11/01/2018
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A mudança a fórceps na presidência da BRF – com o expurgo de Pedro Faria, ligado à Tarpon Investimentos – não foi suficiente para apaziguar os ânimos na companhia. Até porque é difícil distensionar um ambiente com a presença de Abilio Diniz. Por meio de fundos ligados à Península Participações, o empresário estaria adquirindo ações da BRF em bolsa. Diniz teria sido, por exemplo, um dos compradores dos papéis vendidos pelo GIC, fundo soberano de Cingapura, na primeira semana de dezembro. Consultadas pelo RR, tanto a Península quanto a BRF não quiseram se pronunciar; tampouco informaram a participação exata de Abilio na fabricante de alimentos.

O último dado divulgado na imprensa dava conta de uma fatia acionária de 3,99%. Pode ser um mero número de ilusionismo. A eventual pulverização da participação entre diversos fundos permitiria a Abilio ter uma fatia superior a 5% sem obrigatoriamente dar disclosure ao mercado. Tudo absolutamente legal, ressalte-se. A questão mais importante, contudo, talvez não seja quanto Abilio Diniz tem, mas o que o estaria movendo a ampliar lenta e gradualmente a sua participação na BRF?

O permanente estado de fricção societária e, sobretudo, a natureza de Abilio sugerem que o empresário estaria acumulando munição para dias de fúria e combate. É bem verdade que ele jamais precisou de supremacia acionária para mandar e desmandar na BRF: com menos de 4% do capital, dizimou a antiga gestão, derrubou Nildemar Secches, o pai da fusão Perdigão/Sadia, e criou um sistema de apartheid que praticamente alijou Petros e Previ da gestão – a despeito das duas fundações controlarem 22% do capital. Recentemente, impôs o nome de José Aurélio Drummond Jr. para o lugar de Pedro Faria, à revelia dos sócios.

O estilo de Abilio Diniz mais favorece a coalizão de adversários do que a atração de aliados. A própria Tarpon Investimentos é um exemplo. As sucessivas divergências na administração da BRF, potencializadas pelas manobras de Abilio que culminaram na demissão de Faria, sócio da gestora de recursos, funcionam como um teste de resistência para a aliança entre ambos. Hoje, o apoio da Tarpon ao empresário, que sempre fez uma razoável diferença na balança societária da BRF, é algo gelatinoso. Juntas, ressalte-se a gestora, a Previ e a Petros somam 30% da companhia. Numa guerra fria, é uma munição que não precisa ser necessariamente disparada, mas sempre lembrada.

#Abilio Diniz #BRF #Petros #Tarpon

Take over

3/11/2017
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Cotado para assumir a presidência da BRF, o nome do ex-Pão de Açúcar e ex-Carrefour Antonio Ramatis enfrenta forte resistência da Tarpon Investimentos. A gestora de recursos defende a indicação de um financista para o cargo. No fundo, o que a Tarpon não quer mesmo é entregar toda a gestão de bandeja para um “pau-mandado” de Abílio Diniz.

#BRF #Tarpon Investimentos

O início do fim

24/10/2017
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Há uma grande pressão de parte dos acionistas da Tarpon Investimentos para a venda da participação na BRF. O grupo é liderado por Eduardo Mufarej. A gestora de recursos tem acumulado seguidas perdas com a fabricante de alimentos. Para não falar das crescentes rusgas com Abilio Diniz.

#Abilio Diniz #BRF #Tarpon Investimentos

Prato gelado

25/09/2017
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O conturbado processo de sucessão na BRF empacou o projeto de criação de uma terceira marca para se juntar a Sadia e Perdigão. Na empresa, o que se diz é que esse prato só será servido no segundo semestre de 2018.

#BRF #Perdigão #Sadia

Desvio de foco

15/09/2017
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Diria o Dr. Pangloss: o novo conflito de Abilio Diniz com o Casino veio em boa hora. Vai desviar o foco dos problemas que ele enfrenta na BRF.

#Abilio Diniz #BRF

O próximo capítulo da BRF

4/09/2017
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O expurgo de Pedro Faria da presidência da BRF já estava escrito nas estrelas – e no RR (edição de 27 de julho). O que mobiliza a companhia neste momento são as centelhas na relação entre Abilio Diniz e a Tarpon Investimentos.

#Abilio Diniz #BRF #Tarpon

Turquia se revela um território hostil para a BRF

25/08/2017
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Como se não bastassem os seguidos prejuízos e o estratosférico passivo, a BRF enfrenta problemas na sua grande aposta internacional, a Turquia. Um número crescente de produtores de frango tem se negado a fornecer para a Banvit, a maior produtora de aves local, adquirida em janeiro deste ano. O motivo é a resistência da companhia a reajustar os preços pagos pela matéria-prima – os avicultores pedem um aumento da ordem de 15%.

Outras empresas do setor já aceitaram reajustar os valores. Responsável pela aquisição de mais de 2o% da produção avícola local, a Banvit parece estar usando o seu peso para segurar os preços ou, ao menos, dar um aumento residual aos criadores. Até que o impasse seja equacionado, a empresa corre o risco de ter de reduzir a produção ou mesmo paralisar algumas atividades, de acordo com informes enviados à direção da BRF no Brasil.

A rigor, não é apenas pelos 15%. Consta que os produtores locais não digeriram bem a desnacionalização da grande compradora de matéria-prima do país e um dos símbolos da indústria de alimentos da Turquia. Há, inclusive, pressões dos avicultores para que autoridades locais interfiram na questão e cobrem da Banvit o aumento dos preços dos frangos. Procurada, a BRF não quis se pronunciar.

Do ponto de vista geoeconômico, a compra da Banvit foi um achado, fundamental na estratégia da BRF para o mercado halal – leia-se os países de religião muçulmana. Além da liderança em seu território, a empresa detém, em média, 45% das vendas de frango em nações como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Kuwait, Qatar e Omã. Ocorre que a Banvit carrega uma dívida crescente, que se misturou ao elevado endividamento da própria BRF, uma bola de neve que não para de crescer: de março para junho, a relação dívida líquida/ebitda saiu de 4,2 vezes para 4,9 vezes.

#Banvit #BRF

Agenda interditada na BRF

2/08/2017
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Aldemir Bendine é agenda interditada na BRF. Abilio Diniz torce para que o mundo se esqueça de que Bendine
passou pelo Conselho da companhia, quando ainda comandava a Petrobras.

#Abilio Diniz #Aldemir Bendine #BRF

A superação de Diniz

28/07/2017
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Ontem Abilio Diniz superou Abilio Diniz. O Carrefour Brasil atingiu valor de mercado da ordem de R$ 29 bilhões,
deixando para trás a BRF, que já caiu 21% no ano.

#Abilio Diniz #BRF #Carrefour

Cristal rachado

27/07/2017
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A relação entre Abilio Diniz e a Tarpon, que parecia inquebrantável, tem apresentado vários pontos de fissura. De acordo com informações filtradas junto à BRF, Abilio já rechaçou dois nomes indicados pela gestora para a vice-presidência de finanças da empresa – o cargo está vago há cinco meses. Ao mesmo tempo, frita o CEO da companhia, Pedro Faria, sócio da Tarpon. Na BRF, a iminente saída de Faria já é tratada como a gota d ´água que pode entornar de vez a sociedade.

#Abilio Diniz #BRF #Tarpon

Passaporte chinês

5/07/2017
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A BRF busca um sócio asiático para aumentar as calorias da sua operação local. A Cofco, da China, é forte candidato a dividir este prato. Ressalte-se que a BRF tem um pedacinho de uma subsidiária do grupo asiático, a Cofco Meat.

#BRF #Cofco

Aquecimento

12/06/2017
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Alexandre Almeida – que deixou a Itambé para assumir uma vice-presidência da BRF criada sob medida para ele – estaria sendo preparado para assumir o comando da empresa. Já há algum tempo a relação entre Abílio Diniz e o CEO, Pedro Faria, é um fio esgarçado, devido aos maus resultados da companhia.

#BRF

Bye, bye, BRF

6/06/2017
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A Petros prepara a venda de sua participação de 11% na BRF. Tomando-se como base apenas a cotação em bolsa, seriam aproximadamente R$ 3,5 bilhões a mais para tapar o rombo atuarial da fundação – na casa dos R$ 16 bilhões.

#BRF #Petros

Carne muito bem passada

31/05/2017
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No lado B da delação de Joesley Batista consta um negócio babilônico que estaria sendo urdido junto com Abílio Diniz e uniria a parte de alimentos industriais da JBS, notadamente de frango, e a BRF. O operador na montagem do “titã da proteína” seria o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, que até março ocupava um assento no Conselho da BRF. Caberia a ele costurar tudo com a Previ e a Petros. Com o BNDES, como se sabe, não haveria problema.

#BNDES #BRF #JBS #Joesley Batista

Perda de caloria

28/04/2017
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O Milestones, uma espécie de “familly asset” dos controladores da Weg, estaria reduzindo sua participação na BRF. Por uma dessas coincidências da vida, o vice-presidente do Conselho da Weg é Nildemar Secches, ex-n° 1 da Perdigão, que foi defenestrado da BRF por Abilio Diniz.

#BRF #Weg

Lactalis tira leite de pedra

20/04/2017
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A Lactalis está tirando o sono dos pecuaristas dos Pampas. Com o poder de quem capta 25% de toda a produção de leite do Rio Grande do Sul, o grupo francês tem achatado o preço de referência dos contratos para menos de R$ 1 por litro, patamar praticado no estado. Quem não aceita as imposições da companhia que tente vender para outro. Os produtores gaúchos esperam que seja apenas um interregno na lua de mel com os franceses. No ano passado, a Lactalis, que comprou os ativos da BRF na área de laticínios, transferiu a sede da sua subsidiária brasileira de São Paulo para Porto Alegre.

#BRF #Lactalis

Não é coincidência

19/04/2017
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Desde março, o GIC, fundo soberano de Cingapura, estaria reduzindo gradativamente sua participação na BRF. Qualquer semelhança com a Carne Fraca não seria mera coincidência.

#BRF #GIC #Operação Carne Fraca

Carne Fraca adia venda de subsidiária da BRF

18/04/2017
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Os efeitos da desastrosa Operação Carne Fraca ainda ecoam entre as empresas do setor. A BRF se viu forçada a prorrogar o processo de venda de parte da One Foods, sua subsidiária no Oriente Médio. Sua intenção era fechar a operação no início de abril, mas os candidatos – entre eles o Saudi Agriculture & Livestock Investment e o fundo soberano do Catar – exigiram informações adicionais da companhia.

#BRF #One Foods Holdings #Operação Carne Fraca

A dura fase da BRF

10/04/2017
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O fim das isenções fiscais sobre a folha de pagamento terá um impacto negativo sobre o Ebitda da BRF da ordem de R$ 250 milhões por ano. O valor equivale a 8% do Ebitda de 2016. Não é pouca coisa…

#BRF

Junta médica

31/03/2017
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O consultor Claudio Galeazzi, uma espécie de cardiologista corporativo de Abilio Diniz, deverá reaparecer na BRF para ajudar a controlar a taquicardia da empresa. É mais um sinal da fragilidade do CEO da companhia, Pedro Faria.

#Abilio Diniz #BRF

BRF muda sua receita para a One Foods

23/02/2017
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O anunciado IPO da One Foods Holdings – braço da BRF no Oriente Médio – na Bolsa de Londres pode não ter passado de um conto das mil e uma noites. Segundo o RR apurou, o conselho de administração da companhia está reavaliando a estratégia de capitalização da controlada. No lugar da oferta pública de até US$ 1,5 bilhão, ganha corpo a ideia de uma subscrição privada de ações da One Foods.

A operação abriria espaço para a entrada de um sócio estratégico na companhia. De acordo com informações filtradas da própria BRF, a companhia já vem realizando reuniões com potenciais investidores internacionais para apresentar este segundo modelo. Os encontros são coordenados pelo Bank of America e pelo Morgan Stanley. O assunto também deverá ser abordado pela empresa na teleconferência com analistas marcada para amanhã, junto com a divulgação dos resultados de 2016.

A expectativa na companhia é que a nova proposta agrade mais ao paladar do mercado. Desde que o IPO da subsidiária foi anunciado, na primeira semana de janeiro, as ações da BRF acumulam queda de 18%. A One Foods, ex-Sadia Halal, é uma peça chave na estratégia de expansão da BRF no exterior. A companhia detém mais de 40% do mercado de frangos em países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Kuwait.

#Bank Of America #BRF #One Foods Holdings

Uma porta para a Rússia

6/02/2017
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Após China e Turquia, Abilio Diniz procura uma porta de entrada para a BRF na Rússia.

#Abilio Diniz #BRF

Carne de segunda?

19/01/2017
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Os investidores não parecem muito empolgados com o frenético início de ano da BRF. Desde o dia 3 de janeiro, a ação acumula uma queda em torno de 6%. Nesse período, a empresa de Abilio Diniz anunciou a compra do frigorífico turco Bavit e o IPO da subsidiária OneFoods.

#BRF

BRF no mundo 1

28/12/2016
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A BRF pretende anunciar nos primeiros dias de 2017 a entrada de um novo investidor no capital da Sadia Halal, seu braço no Oriente Médio. O valor da operação poderá passar dos US$ 400 milhões.

#BRF

BRF no mundo 2

28/12/2016
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A propósito: a BRF vai replicar o modelo “subsidiária e sócio local” na China. Ressalte-se que a companhia já tem uma ligação com a Cofco, gigante do agronegócio. Recentemente, comprou uma participação minoritária na Cofco Meat, operação de suínos do grupo chinês.

#BRF #Cofco

BRF e Minerva são um prato só no cardápio de Abilio Diniz

22/11/2016
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Abilio Diniz está debruçado sobre mais uma grande operação de M&A: a fusão entre a BRF e a Minerva Foods. A ligação societária já existente entre as duas companhias é um combustível para os planos de Diniz. A BRF detém uma participação relevante na concorrente: 12% do capital votante. O empresário conta ainda com outro importante trunfo: o apoio do Saudi Agriculture and Livestock Investment (Salic), gestora de recursos da família real saudita que administra mais de US$ 180 bilhões em ativos. Em dezembro do ano passado, o Salic desembolsou cerca de R$ 740 milhões para ficar com 19,95% das ações ordinárias da Minerva. Ou seja: juntos, Diniz e o fundo árabe somam quase 32% das ONs, mais do que qualquer outro investidor isoladamente. Significa dizer que a família Vilela de Queiroz, fundadora da empresa e maior acionista individual por meio da holding VDQ, está imprensada entre o rochedo e o mar. Procuradas, BRF e Minerva não quiseram se manifestar.

 A fusão entre BRF e Minerva Foods daria origem a uma companhia integrada da cadeia de proteínas, com presença na produção de carne bovina, suína e no setor de laticínios. Tomandose como base os resultados do ano passado, a nova empresa nasceria com um faturamento superior a R$ 40 bilhões, um Ebitda combinado da ordem de R$ 6,7 bilhões e fábricas em mais de duas dezenas de países. Os dois grupos carregam ainda uma dívida líquida somada de aproximadamente R$ 15 bilhões – R$ 11,5 bilhões referentes à BRF. Curiosamente, ainda que a empresa de Abílio Diniz tenha um nível de alavancagem mais confortável, é a Minerva que apresenta uma curva de endividamento descendente. Nos últimos 12 meses, sua relação dívida líquida/Ebitda caiu de preocupantes 4,8 vezes para 3,2. No caso da BRF, tal proporção subiu de 1,4 para 2,3 no mesmo intervalo, por conta das seguidas aquisições feitas pela companhia no período.

#Abilio Diniz #BRF #Salic

Negócio da China

7/11/2016
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• Ao pagar US$ 20 milhões por 2% da Cofco Meat, Abilio Diniz está convicto de que a BRF assegurou o passaporte para a aquisição de frigoríficos no fechado mercado chinês.

#BRF #Cofco

Pri-vet

19/10/2016
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Abílio Diniz, czar da BRF , prepara uma grande operação no mercado russo.

#Abilio Diniz #BRF

BRF é o passaporte para o regresso da Tyson Foods

26/09/2016
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 A Tyson Foods, um dos maiores fabricantes de alimentos do mundo, fez uma oferta para se associar à BRF. Segundo uma fonte familiarizada com as negociações, a proposta envolve a compra de uma participação em torno de 20%. Tomando-se como base o atual valor de mercado da companhia – portanto, sem embutir qualquer prêmio – esta fração do capital equivale a aproximadamente R$ 9 bilhões. Ressalte-se que, em maio, Abílio Diniz e os fundos acionistas da BRF aprovaram uma mudança no estatuto da companhia alterando a cláusula da pílula de veneno. Até, então, qualquer investidor que atingisse exatamente o patamar de 20% seria automaticamente obrigado a lançar uma oferta pública pelo restante das ações. Com a alteração, este teto passou para 33%. Qualquer semelhança não é mera coincidência. As conversações entre a Tyson Foods e os sócios da BRF teriam se iniciado um mês antes, em abril. De lá para cá, segundo a fonte do RR, executivos do grupo norte-americano já vieram três vezes ao Brasil, para reuniões em São Paulo e visitas a fábricas da empresa. A mais recente destas viagens ocorreu no mês passado, quando os norte-americanos foram a instalações da Sadia e da Perdigão.  A Tyson Foods, que fatura mais de US$ 50 bilhões por ano e distribui seus produtos em 130 países, penou em sua primeira passagem pelo Brasil. O desconhecimento dos meandros do mercado brasileiro, associado a uma boa dose de empáfia, rendeu à Tyson problemas de relacionamento com pecuaristas e uma séria dificuldade de interlocução com o governo – tanto no âmbito federal quanto regional. A empresa tratou prefeituras do interior de Santa Catarina e do Paraná com um distanciamento pouco habitual no setor. Ao mesmo tempo, a estratégia de montar um negócio praticamente do zero, a partir de unidades de abate regionais, foi um tiro no pé. Quando deixou o Brasil, em 2014, a Tyson acumulava mais de US$ 200 milhões em perdas.  Por todas estas razões, os norte-americanos consideram imprescindível ter ao lado um parceiro local e, mais do que isso, desembarcar em uma grande operação já estrutura. Entrar na BRF significa se associar a uma empresa com mais de R$ 30 bilhões em vendas – metade deste valor obtida no mercado internacional. Antes, no entanto, será necessário aparar algumas arestas que, segundo o RR apurou, ainda separam a Tyson Foods da empresa brasileira. Além da questão do preço, falta definir o papel que os norte-americanos terão na gestão da BRF – um detalhe fundamental quando se tem do outro lado da mesa alguém tão espaçoso quanto Abílio Diniz. De acordo com a fonte do RR, a Tyson já fez seu hedge e teria até outro nome guardado no bolso para o caso de um fracasso nas negociações com a BRF: o Marfrig, de Marcos Molina. Cada coisa a seu tempo. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: BRF e Marfrig.

#Abilio Diniz #BRF #Marfrig #Tyson Foods

Jardim de Alá

29/08/2016
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 A Tanmiah Food Group , um dos principais produtores de frango da Arábia Saudita, é o novo alvo da BRF no Oriente Médio. A empresa tem sete fábricas na região e fatura cerca de US$ 300 milhões por ano. Nos últimos dois anos, Abílio Diniz já comprou ativos em Omã, Emirados Árabes e Kuwait.

#BRF #Tanmiah Food Group

CBF entra de sola nos ex-patrocinadores

6/07/2016
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 O sinal de alerta está aceso no Banco Itaú, Nike , Vivo, Samsung e demais patrocinadores da seleção brasileira. O motivo é a truculência com que a CBF vem tratando seus ex-parceiros. A entidade entrou na Justiça contra a BRF, com quem manteve contrato até o início deste ano. A justificativa é que a Sadia está fazendo “marketing de emboscada” em sua campanha publicitária para a Olimpíada ao vestir seu tradicional mascote com uma camisa verde e amarela. Ou seja: ao que tudo indica, Marco Polo Del Nero e cia. entendem que a CBF tem a primazia sobre as cores da bandeira. A BRF não está sozinha. Segundo o RR apurou, a Confederação também está abrindo um processo contra a Michelin, que patrocinava a seleção brasileira até fevereiro. A alegação é de que a empresa francesa não teria cumprido cláusulas do contrato relativas ao prazo e aos valores da rescisão. Procurada, a BRF confirmou o processo e disse lamentar a “postura da CBF”. Como apoiadora oficial da Rio 2016, a empresa afirma ter o direito contratual de usar os uniformes das equipes brasileiras, cujas cores “não são exclusivas da entidade”. A CBF não quis comentar o assunto. A Michelin também não se pronunciou.  Ao olhar para a BRF e a Michelin, os atuais patrocinadores da CBF temem o efeito do “eu sou você amanhã”. A percepção é de que a entidade iniciou uma caça às bruxas em represália aos ex-parceiros. E não são poucos. A escalação inclui ainda nomes como Gillette e Unimed. Não por coincidência, o turnover publicitário cresceu consideravelmente nos últimos dois anos, em meio aos seguidos escândalos envolvendo os ex e atuais cartolas da entidade. Ricardo Teixeira sumiu do mapa. O também ex-presidente José Maria Marin cumpre regime de prisão domiciliar em Nova York. Já Marco Polo Del Nero não sai do Brasil nem a decreto, temendo ter o mesmo destino de Marin, seu antecessor, preso na Suíça e extraditado para os Estados Unidos.

#BRF #futebol #Gillette #Itaú #José Maria Marin #Marco Polo Del Nero #Michelin #Nike #Samsung #Unimed #Vivo

Acervo RR

Nova fronteira

1/07/2016
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 A decisão da BRF de criar uma subsidiária para comercializar seus produtos nos mercados muçulmanos, anunciada ontem, é apenas o hors d’oeuvre. O prato principal da estratégia prevê que a Sadia Halal será a ponta de lança para a compra de ativos em paí- ses árabes, a começar pela Arábia Saudita.

#BRF #Indústria alimentícia

Nova fronteira

1/07/2016
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 A decisão da BRF de criar uma subsidiária para comercializar seus produtos nos mercados muçulmanos, anunciada ontem, é apenas o hors d’oeuvre. O prato principal da estratégia prevê que a Sadia Halal será a ponta de lança para a compra de ativos em paí- ses árabes, a começar pela Arábia Saudita.

#BRF #Indústria alimentícia

Danone compra para saltar no ranking

24/06/2016
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 Depois de colecionar derrotas na disputa com a arquirrival Lactalis no Brasil –, a concorrente comprou a área de lácteos da BRF e fábricas da LBR –, o presidente da Danone, Dario Marchetti, recebeu da matriz a ordem que esperava ansiosamente: virar a mesa no mercado brasileiro. Marchetti ganhou licença para comprar de uma só tacada duas empresas. Para encurtar a distância das líderes em laticínios, o executivo tem na prancheta de aquisições a Aurora, de Santa Catarina, e a paulista Embaré. Juntas tirariam a Danone da humilhante nona posição no ranking do setor e catapultariam a empresa para a vice-liderança, ocupada justamente pela Lactalis. O grupo passaria a ter uma produção anual de 1,5 bilhão de litros de leite, mais de 300% acima do que captou no ano passado. Para não ser derrotado novamente, Marchetti não apenas tomou a dianteira das negociações com a Aurora e a Embaré, antes de qualquer movimento da Lactalis, como também fez uma oferta de compra com porteira fechada.  As transações são consideradas pela matriz e pelo presidente da Danone como vitais para sua permanência à frente da companhia. Afinal, após um longo ciclo de crescimento da empresa francesa, com a multiplicação por dois da receita a cada cinco anos desde 2004, a Danone está em um ritmo de velocidade baixíssima. Marchetti, já há dois anos e meio no cargo, sofreu com uma forte queda da produção da empresa em 2015. Nem pode alegar ao board que o mercado está ruim para todos. Dos 15 maiores fabricantes de laticínios do país, mais da metade conseguiu aumentar a captação de leite. As seguintes empresas não se pronunciaram:  Danone.

#Aurora Alimentos #BRF #Danone #Embaré #Indústria alimentícia #Lactalis

Será o Armínio?

10/05/2016
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 Dois nomes estão bem cotados para a presidência da Petrobras no governo Temer: o ex-BRF Nildemar Secches e o banqueiro de investimentos Armínio Fraga. Se Armínio quiser, ele leva.

#Armínio Fraga #BRF #Petrobras

Trapalhada de Bendine vai para a conta de Dilma

7/04/2016
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 Da CVM às tradings de petróleo, passando pelas instituições do mercado de capitais, por ex-conselheiros das estatais, analistas, petroleiros e desaguando no próprio Palácio do Planalto: todos, sem exceção, fizeram ácidas críticas à ausência de uma operação de comunicação decente de Aldemir Bendine enquanto a Petrobras ia sendo jantada nas bolsas e nas mídias. O vazamento sobre a improvável decisão de redução dos preços dos combustíveis, no último domingo, foi praticamente ignorado pela estatal durante quase todo o dia seguinte, abrindo espaço para uma insurreição do Conselho de Administração e um desabamento das cotações em bolsa. A ideia de reduzir os preços dos combustíveis sem dar pelota para o caixa futuro da companhia é politicamente tão desparafusada que não poderia passar sem um desmentido radical na primeira hora, sob pena da conta do disparate ser debitada a Dilma Rousseff. Ou seja: nessa versão mefistofélica, Dilma exigiria que a Petrobras, em um momento de corte de empregos e investimentos, abrisse mão da sua fonte maior de recursos só para a presidente dar uma boa notícia da redução dos preços da gasolina e nafta. Foi isso que a lerdeza da comunicação de Bendine deixou muita gente pensando. Na terça-feira, consumado o estrago, Aldemir Bendine soltou uma nota cheia de platitudes, dizendo que a Petrobras monitora permanentemente a composição dos preços e achou uma boa hora para discutir a elasticidade preço/venda. Para confirmar que a empresa opera em Marte e não no Brasil, Bendine concluiu a opereta não afirmando coisa alguma, ou seja, que não existia qualquer decisão sobre a medida. Tanta estultice acabou levando Dilma a falar. Para não dinamitar o presidente da Petrobras de imediato, ela reconheceu que existe discrepância entre os preços internos e externos e que a companhia tanto pode mudar quanto pode não mudar. Só para não variar, disse o óbvio.  A redução dos preços dos combustíveis não só afetaria o caixa como teria um impacto simbólico na mão contrária de todo o esforço de reconstrução da imagem da Petrobras, transformando-a em simulacro de uma companhia populista ao melhor estilo venezuelano.  Aldemir Bendine, por sua vez, demonstrou não ter condições técnicas e políticas de presidir a estatal. Dilma deveria retirá-lo imediatamente. Melhor deixá-lo ganhando uns bons trocados em conselhos de administração – como no caso da BRF – do que estragando a Petrobras, que não precisa de ninguém mais para piorar a sua vida.

#Aldemir Bendine #BRF #Petrobras

Tira-gosto

4/03/2016
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  A decisão da Mondelez de encerrar a sociedade com a BRF para a produção do cream cheese Philadelphia é apenas o tira-gosto. A disposição dos norte-americanos é romper de vez a parceria com a empresa de Abilio Diniz, suspendendo o acordo de distribuição firmado em 2008. Para a Mondelez, a BRF pouco se esforça para aumentar a venda de suas marcas no Brasil. Segundo o RR apurou, o grupo norte-americano já procura um novo parceiro, o que é negado pela companhia.

#BRF #Mondelez

Fila indiana

1/03/2016
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 A Samsung estuda romper o acordo de patrocínio com a CBF, juntando-se, assim, à BRF e à P&G . As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Samsung e CBF.

#BRF #CBF #P&G #Samsung

Deserção

15/12/2015
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 A BRF estuda a mudança da sua sede fiscal para o exterior. Mais uma que se vai, mais uma. Procurada, a BRF não comentou o assunto.

#BRF

Há mais dúvidas do que carne no prato da Pif Paf

16/10/2015
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 Dono do Pif Paf, uma espécie de campeão do segundo grupo dos frigoríficos nacionais, Luiz Carlos Costa está parado em frente a uma bifurcação. A decisão que lhe cabe não é simples: de um lado, a opção de insistir na compra de pequenas indústrias regionais e, assim, seguir à frente do negócio fundado por seu pai há meio século; do outro, a tentação de colocar um caminhão de dinheiro no bolso com a venda da companhia. A pressão para que ele escolha este segundo caminho vem de fora e de dentro de casa. A BRF não sai da sua porta. Já teria oferecido mais de R$ 500 milhões pelo Pif Paf. Ao mesmo tempo, sua família faz força pelo negócio, temerosa de que Costa perca a oportunidade e, mais adiante, seja obrigado a se desfazer da empresa na bacia das almas.  Os fatos recentes alimentam a apreensão familiar. Com um faturamento de R$ 1,8 bilhão, o Pif Paf já viveu dias melhores. Os planos de expansão nacional e compra de frigoríficos fora de Minas Gerais foram abandonados há pouco mais de um ano. No mesmo período, Costa baixou a guarda e tentou atrair um investidor para o capital da empresa. Conversou com muitos fundos, daqui e de fora, mas divergências quanto à precificação do ativo brecaram o negócio. A BRF é o que Costa tem à mão neste momento.

#BRF #Pif Paf

Ensaiados

4/09/2015
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O coro da BRF anda muito bem ensaiado. Além do próprio Abilio Diniz, dois dos principais conselheiros da empresa, os ex-Sadia Luiz Fernando Furlan e Walter Fontana Filho, têm feito diversos elogios ao ministro Joaquim Levy e ao ajuste fiscal.

#Abilio Diniz #Ajuste fiscal #BRF #Joaquim Levy

A nota técnica do Cade

12/08/2015
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A nota técnica do Cade que embasou o arquivamento do processo de concentração de mercado contra Abilio Diniz, Carrefour e BRF causou enorme estranheza no varejo. O texto diz que o empresário é apenas acionista minoritário da Península Participações – holding onde estão pendurados seus negócios. O Cade levou em consideração que a maior parte das ações da companhia, mais precisamente 57,68%, está nas mãos de outros seis indivíduos. Faltou dizer que os seis são filhos de Abilio. E faltou dizer mais ainda: que dois deles têm seis e nove anos de idade.

#BRF #Carrefour #Península

Leite A e leite B

17/07/2015
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A francesa Lactalis está gastando até 20% mais do que esperava no processo de integração dos ativos da Lácteos Brasil e da BRF, comprados no ano passado.

#BRF #Lactalis

Quase pessoal

30/06/2015
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 Patrick Sauvageot, nº 1 da Lactalis na América Latina, parece ter um gosto especial por tripudiar de sua antiga casa. Ex-CEO da Danone, está prestes a cooptar para a Lactalis um dos maiores distribuidores da concorrente no Nordeste. Não custa lembrar que Sauvageot já havia derrotado a Danone na disputa pela LBR e pelos ativos lácteos da BRF.

#BRF #Lactalis

Voto vencido

26/06/2015
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A Petros, que sempre ficou do lado oposto ao de Abilio Diniz na BRF, está com um pé fora da empresa. A fundação pretende vender sua participação de 12,5%. A saída está cantada em verso e prosa desde abril, quando a Petros abriu mão de indicar um nome para o Conselho da BRF.

#Abilio Diniz #BRF #Petros

Acervo RR

Abilio Diniz

3/06/2015
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Abilio Diniz tem dito a uns e outros que o estouro do “Fifagate” seria um bom motivo para a BRF/ Sadia romper o contrato de patrocínio a  CBF.

#Abilio Diniz #BRF #CBF #Sadia

Abilio Diniz

3/06/2015
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Abilio Diniz tem dito a uns e outros que o estouro do “Fifagate” seria um bom motivo para a BRF/ Sadia romper o contrato de patrocínio a  CBF.

#Abilio Diniz #BRF #CBF #Sadia

Aurora se alimenta de seus associados

6/05/2015
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Não é por acaso que a Aurora Alimentos vem sendo chamada no setor de “Copersucar dos frangos”. Guardadas as devidas proporções, a companhia avícola tem adotado uma estratégia similar a  do grupo sucroalcooleiro, leia-se a incorporação de abatedouros com a embalagem de que está ganhando um novo associado. A também paranaense Coasul deverá ser a 14ª empresa abduzida pela cooperativa. Caso a negociação se confirme, a Aurora vai aumentar sua capacidade de abate em aproximadamente 160 mil aves/dia e seu faturamento anual em cerca de R$ 1 bilhão. Significa dizer que a receita da companhia baterá nos R$ 8 bilhões, valor que consolidaria a cooperativa como o terceiro maior player do setor, atrás apenas da JBS e da BRF.  Formalmente, a Aurora diz “desconhecer” as negociações com a Coasul. Mas, não custa lembrar, que o grupo tem enfileirado uma sequência de operações semelhantes. O caso mais recente foi a da Cocari, que, mediante a recente venda de um abatedouro no Paraná, tornou-se mais um cooperativado da Aurora. Por trás desta pescaria de ativos está Mário Lanznaster. Presidente da Aurora há sete anos, Lanznaster é o artífice da estratégia de expansão da malha de associados da companhia. Nesse período, o faturamento do grupo quase mais do que duplicou.

#Aurora Alimentos #BRF #JBS

Copo duplo

31/03/2015
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Após comprar ativos da BRF, a francesa Lactalis mira na Laticínios Jussara, de São Paulo, com receita anual em torno de R$ 1 bilhão. Consultada, a empresa paulista negou a venda do controle.

#BRF #Lactalis

Acervo RR

Mesa farta

12/03/2015
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A compra de ativos da BRF e da Lácteos Brasil não saciou o apetite da Lactalis. Os franceses querem colocar na mesa do café da manhã as marcas Polly, de leite em caixa, e Cativa, de manteiga, pertencentes a  paranaense Confepar. No pacote, assumiriam também uma fábrica da cooperativa. Consultada pelo RR, a Confepar disse que não teve contatos com a Lactalis.

#BRF #Confepar #Lactalis

Mesa farta

12/03/2015
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A compra de ativos da BRF e da Lácteos Brasil não saciou o apetite da Lactalis. Os franceses querem colocar na mesa do café da manhã as marcas Polly, de leite em caixa, e Cativa, de manteiga, pertencentes a  paranaense Confepar. No pacote, assumiriam também uma fábrica da cooperativa. Consultada pelo RR, a Confepar disse que não teve contatos com a Lactalis.

#BRF #Confepar #Lactalis

Acervo RR

Leite derramado

3/02/2015
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 A francesa Lactalis, que comprou os ativos da BRF na área de laticínios, cogita fechar até três das 12 fábricas herdadas. Procurada, a empresa informou “ainda não ter informações concretas sobre o assunto”.

#BRF #Lactalis

Leite derramado

3/02/2015
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 A francesa Lactalis, que comprou os ativos da BRF na área de laticínios, cogita fechar até três das 12 fábricas herdadas. Procurada, a empresa informou “ainda não ter informações concretas sobre o assunto”.

#BRF #Lactalis

Carrefour

20/01/2015
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 No Carrefour, já se dá como certo que Roberto Mussnich deixará a presidência do Atacadão no máximo até junho para dar lugar a um executivo ungido por Abílio Diniz. Não custa lembrar que Claudio Galleazzi, integrante da “guarda suíça” de Abílio, está livre, leve e solto desde o fim de dezembro, quando deixou o comando da BRF.

#Abilio Diniz #BRF #Carrefour

Carlyle monta seus novos brinquedos no Brasil

8/12/2014
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 Após fisgar o controle das duas maiores varejistas do setor – PBKids e RiHappy -, para onde mais o Carlyle pode caminhar no mercado brasileiro de brinquedos? Neste jogo de tabuleiro, a carta que os norte-americanos levam a  mão parece dizer: “Avance duas casas e verticalize sua operação”. O fundo também pretende fincar sua bandeira em um grande fabricante nacional de brinquedos. Os dados estão rolando sobre a mesa, mas, desde já, dois nomes surgem no radar do Carlyle: Estrela e Grow. Além da possibilidade de adicionar ao seu portfólio uma marca forte, com expressivo índice de recall entre os consumidores, o que impulsiona os norte-americanos é o desejo de dominar o setor de ponta a ponta, garantindo condições mais vantajosas para suas duas redes varejistas. Ao todo, PBKids e RiHappy somam mais de 200 lojas no Brasil. O Carlyle, que administra cerca de US$ 200 bilhões em recursos, já investiu mais de US$ 500 milhões no mercado brasileiro de brinquedos – 80% desta cifra foram desembolsados na aquisição da RiHappy e da PBKids. Comparativamente, a compra de uma participação em um dos dois grandes fabricantes nacionais seria um investimento bem menos dispendioso. Noves fora um eventual prêmio de controle, atualmente o valor de mercado da Estrela, por exemplo, não passa dos R$ 130 milhões. A empresa, aliás, é vista pelos norte-americanos como uma presa até mais frágil do que a Grow, que sempre conseguiu manter um nicho de mercado – no segmento de jogos de tabuleiro – e, nos últimos anos, soube se reinventar com a digitalização de seus produtos mais famosos, como War, Perfil e Imagem & Ação. A entrada no capital de um fabricante de brinquedos poderia gerar um efeito colateral para o Carlyle e suas redes varejistas, com um eventual estremecimento das relações entre a PBKids e a RiHappy e outros grandes fornecedores. No entanto, os norte-americanos, ao que parece, não temem esse risco, assim como Abílio Diniz não temeu comprar uma participação na BRF quando ainda tinha um pé no Pão de Açúcar.

#BRF #Carlyle #Estrela #Grow #PBKids #RiHappy

Pif Paf é mais uma presa na mira de Abílio Diniz

2/12/2014
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Abílio Diniz está com sua calibre 12 apontada para uma nova presa. Desta vez, o alvo a ser abatido atende pelo nome de Pif Paf Alimentos. Responsável por mais de 20% das vendas de frango no país por meio das marcas Sadia e Perdigão, a BRF enxerga a compra do frigorífico mineiro como um movimento fundamental para ampliar esta participação. A aquisição permitiria ao grupo aumentar em aproximadamente 10% a sua capacidade de produção – o Pif Paf abate cerca de 350 mil aves por dia. A BRF ainda adicionaria ao seu faturamento cerca de R$ 1,8 bilhão por ano. Herdaria também unidades em nove cidades mineiras e outras duas em Goiás, além de cinco fábricas de alimentos industrializados. Para a empresa comandada por Abílio Diniz há ainda uma razão estratégica tão importante quanto todos estes números. Ao comprar o Pif Paf, a BRF tiraria das gôndolas do mercado um dos poucos ativos de porte que escaparam da consolidação do setor. Ressalte-se que a investida sobre o Pif Paf se dá em um momento de mudanças nevrálgicas na gestão da BRF. No fim do ano, Claudio Galleazzi, lugar-tenente de Abílio Diniz, deixará a presidência da companhia. Será substituído por Pedro Faria, atual CEO da área internacional da empresa. Uma das missões de Faria é justamente revigorar a operação da BRF no segmento de aves. No ano passado, o volume de vendas de frangos in natura no mercado interno caiu 16%. As exportações, por sua vez, recuaram 3%. A BRF identifica no Pif Paf alguns sinais de fragilidade que podem facilitar sua caçada. As tentativas da empresa de atrair um sócio minoritário, leia-se um fundo de investimento, foram tiros n’água. Com isso, o plano de se fortalecer mediante a compra de um concorrente de maior porte – um dos alvos seria a Big Frango – ficou pelo caminho. O Pif Paf não tem demonstrado fôlego sequer para manter a política de aquisições de abatedouros de menor calibre que a caracterizou nos últimos anos.

#Abilio Diniz #BRF #Pif Paf

Abílio Diniz avança sobre o frigorí­fico Minerva

21/10/2014
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 A obsessão de Abílio Diniz em se tornar o “Sr. Proteína” não tem limites. Circula no mercado a informação de que o empresário vem comprando ações do Minerva em bolsa. As aquisições mais expressivas, feitas na pessoa física, teriam ocorrido nos primeiros dias de outubro. Aonde Abílio pretende chegar? Analistas de mercado não têm muitas dúvidas em relação a s cenas dos próximos capítulos. Abílio está construindo um cenário mais do que propício para a montagem de um império dos alimentos. O domínio dos grupos Minerva e BRF colocaria o empresário na proa de um negócio com faturamento de R$ 40 bilhões ao ano e presença física em quase 30 países. Procurada pelo RR, a Península Participações, braço de investimentos de Abílio Diniz, negou que o empresário esteja comprando ações do Minerva. Está feito o registro. Ressalte-se, no entanto, que Abílio já tem um pé na companhia. No ano passado, ao transferir para o frigorífico sua operação de bovinos e duas unidades de abate nas cidades de Várzea Grande e Mirassol do Oeste (MT), a BRF recebeu como pagamento 16,5% do capital votante da empresa. Significa dizer que hoje, mesmo de forma indireta, Abílio já é o segundo maior acionista do Minerva, atrás apenas da família Queiroz, controladora da companhia. Abílio Diniz não está reinventando a roda. O script guarda semelhanças com o processo de conquista da BRF. Sucessivas aquisições do papel em Bolsa, combinadas ao apoio da Tarpon Investimentos e, posteriormente, dos fundos de pensão, permitiriam ao empresário tomar o poder da companhia. No caso do Minerva, é bem verdade, há uma diferença que não pode ser desprezada. O frigorífico não é a BRF – uma empresa de controle difuso na qual um acionista com apenas 11% do capital consegue mandar e desmandar. No entanto, os Queiroz não têm uma participação societária tão folgada, que lhes garanta uma blindagem ao avanço de terceiros. Depois do IPO da empresa, em 2007, e da nova oferta de ações realizada em 2012, a família ficou com apenas 28,7% das ordinárias. Abílio Diniz, portanto, nem precisaria adquirir uma montanha de títulos em Bolsa para ombrear com os acionistas controladores. Num exercício meramente hipotético, bastaria, por exemplo, a  BRF fazer uma composição com a dupla SulAmérica Investimentos e Fidelity Asset – as duas gestoras de recursos detêm 12,03% do frigorífico. Feito o acordo, Abílio passaria a carregar no coldre o equivalente a 28,53% da companhia, praticamente igualando-se a  família Queiroz. No momento certo, o empresário sacaria da cintura as ações compradas em bolsa para desempatar a disputa. Seria o voto de minerva, com o perdão do trocadilho. A partir daí, nem é preciso avançar nas conjecturas sobre o futuro do frigorífico. A biografia de Abílio Diniz e a própria BRF falam por si.

#Abilio Diniz #BRF #Minerva

Coalhada

1/10/2014
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 Os primeiros meses de Dario Marchetti na presidência da Danone no Brasil têm sido um azedume só. O italiano é cobrado pela frustrada negociação para a compra da divisão de lácteos da BRF, que acabou nas mãos da grande rival Lactalis, também francesa. É pressionado ainda pelo achatamento das margens de lucro da empresa em 2014.

#BRF #Danone #Lactalis

Sucessão na BRF se escreve com “S” de Sadia

27/08/2014
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A Sadia está morta! Viva a Sadia! A sucessão de Claudio Galeazzi na presidência da BRF pode selar definitivamente a “ressurreição” da antiga empresa, que partiu desta para pior após sofrer bilionárias perdas com derivativos cambiais e ser engolida pela Perdigão. Segundo informações filtradas do próprio grupo, três nomes já despontariam como fortes candidatos ao lugar de Galeazzi, que deixará o cargo em dezembro: Pedro de Andrade Faria, Sergio Mandin Fonseca e Walter Fontana Filho. Da trinca, apenas Faria não tem ligação direta com a Sadia. Atual CEO da área internacional da BRF, o executivo é um dos sócios fundadores da Tarpon Investimentos, fiel escudeira de Abílio Diniz e acionista da companhia. Já os outros dois postulantes ao cargo de Galeazzi levam um “S” tatuado na pele. Walter Fontana Filho dispensa apresentações: herdeiro da Sadia, comandou a empresa por 14 anos. Era o presidente do Conselho de Administração no fatídico ano de 2008, quando a companhia levou uma pancada cambial de mais de R$ 2,5 bilhões. Quem também estava por lá na ocasião era Sergio Mandin, então diretor de mercado interno e um dos principais colaboradores de Fontana. Por motivos mais do que óbvios, a Sadia sempre foi tratada como carne de segunda na BRF. Logo na partida, os principais cargos da nova empresa foram entregues a dirigentes saídos das fileiras da Perdigão, a começar pelos então todo poderosos Nildemar Secches e José Antonio Fay. O jogo começou a virar com a chegada do tsunami Abílio Diniz, que varreu para longe a dupla de executivos. Nos últimos meses, Abílio parece cada vez mais empenhado em redimir a antiga Sadia. Do fim do ano passado para cá, nomes egressos da empresa voltaram a  cena e pouco a pouco vêm ganhando espaço na gestão. É o caso do próprio Sergio Mandin, indicado em dezembro do ano passado para comandar a divisão Brasil do grupo. Logo depois, Augusto Ribeiro Jr., outro ex-Sadia, assumiu a diretoria financeira. Ao mesmo tempo, Walter Fontana Filho aproximou-se bastante de Abílio Diniz, tornando-se um dos principais interlocutores do empresário. Não há dúvidas de que a Sadia saiu do purgatório e voltou ao mundo dos vivos. A escolha de Mandin ou do próprio Fontana para o lugar de Galeazzi apenas consumaria a reencarnação. Com a palavra, Abílio Diniz.

#Abilio Diniz #BRF #Sadia

Copo duplo

5/08/2014
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A Lactalis estaria se unindo a  canadense Saputo nas negociações para a compra da divisão de lácteos da BRF. A concorrência é dura. Estão no páreo a também francesa Danone e a mexicana Lala.

#BRF #Danone #Lactalis #Saputo

Bons ventos 2

25/02/2014
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Aliás, a Elecnor agradece. Quem sabe agora, com as vantagens fiscais para a construção de usinas, o grupo consegue encontrar um sócio para a Ventos do Sul, dona do maior parque eólico da América Latina, localizado na cidade de Osório. Há mais de um ano os espanhóis tentam reduzir sua participação de 91% para 51%.

#AES Brasil #BRF

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