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Política

As aproximações sucessivas entre Tarcísio Freitas e o MDB

4/11/2024
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Tarcísio Freitas, detentor da maior média da história do IME (Instituto Militar de Engenharia), saiu da eleição municipal com doutorado em fazer política. Freitas tem usado a proximidade com Ricardo Nunes para cooptar lideranças importantes do MDB em São Paulo, a começar por Michel Temer e pelo deputado federal Baleia Rossi. Com este último, a interlocução tornou-se frequente. O MDB, este sim é um cetáceo, com seus muitos partidos de um partido. Tarcísio vislumbra, desde já, a possibilidade de cindir a legenda por dentro, e garantir o apoio de parcela relevante dos emedebistas para a sua candidatura à Presidência da República em 2026. Entre os cenários sussurrados nos corredores do Palácio Bandeirantes, um dos caminhos para selar essa aliança seria o lançamento de Ricardo Nunes como candidato a sua sucessão no governo de São Paulo. Essa possibilidade de costura teria sido, inclusive, uma das razoes para Tarcísio Freitas desistir da sua filiação ao PL. Se há uma lição que o pleito municipal de outubro deu ao mais bem graduado aluno da história do IME é que ele cada vez menos precisa de Jair Bolsonaro.

#MDB #Tarcísio Freitas

Editorial

E se Artigo 192 da Constituição voltasse tabelando a Selic?

25/10/2024
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Se a Assembleia Constituinte estivesse em curso, as condições históricas fossem as mesmas da época e, principalmente, o deputado Fernando Gasparian estivesse vivo, talvez fosse o caso de retrofitar o polêmico artigo 192 da Constituição, que instituiu o tabelamento dos juros reais em 12%. E também de trazê-lo à baila. Voltemos no tempo, a 1988. Do lado de Gasparian estava o senador Fernando Henrique Cardoso; do lado da banca, por sua vez, se destacava o próprio presidente da República, José Sarney, com o aconselhamento do consultor geral da República, Saulo Ramos. A trava de 12% foi aprovada, só que estendida a todas as operações de crédito bancário, o que significa dizer que o spread de todas as instituições financeiras privadas não poderia, constitucionalmente, subir acima desse patamar. A medida não era autoaplicável e exigia uma regulamentação complementar. Como era sem pé nem cabeça, a lei nunca saiu.

Nesse ponto vale a pena rememorar uma conversa que ocorreu na véspera do nascimento da nova Carta Magna e está publicada na Revista Direito GV (V. 17 N. 2). Com a palavra, Saulo Ramos:

 

“Dia 4 de outubro, fim de tarde. No dia seguinte, seria promulgada a Constituição de 1988 […] O Presidente Sarney me chamou. Reunião no gabinete […]. Assunto: o art. 192 da Constituição […], que, segundo alguns, entraria em vigor ‘na data da promulgação’, e, segundo outros, dependia de lei complementar. A ameaça maior era o § 3º, que fixava os juros reais em 12% ao ano, coisa do Fernando Gasparian, que […] teve a ideia de fixar os juros no texto constitucional, único na história da humanidade e do dinheiro. Mas nem um nem outro sabia o que era juro real, nem a diferença de juro nominal. Muita discussão no gabinete. ‘O sistema vai quebrar!’; ‘Como não cuidaram disso antes?!’; ‘O texto era um inciso do artigo e, de repente, virou parágrafo!’; ‘Vai entrar em vigor?’; ‘Houve sabotagem!’. Resumindo: sobrou para mim. Sugeri elaborar um parecer jurídico que, aprovado pelo Presidente, vincularia o Banco Central, e esse baixaria ato, obrigando o mercado a esperar a lei complementar prevista naquele artigo. As pessoas ficaram aliviadas e se foram. (RAMOS, 2007, p. 277-278)

Pouco depois dessa reunião, Saulo Ramos encontrou Fernando Henrique Cardoso, então senador, em um restaurante de Brasília. Cheio de si, ele afirmou que seu parecer suspendera a Constituição:

Mais um aspecto curioso da discussão sobre o que entraria ou não em vigor deu-se na semana seguinte, no Piantella, restaurante de Brasília, onde fui almoçar e encontrei o então Senador Fernando Henrique Cardoso. Ele me questionou:

— Você pensa que vai impedir a vigência da Constituição com um simples parecer jurídico?

— Penso. E já está suspensa.

E o Supremo Tribunal pensou a mesma coisa. Quando atacaram meu simples parecer jurídico com uma Adin […], acabou a festa. Além de dizer que não entrava em vigor, o STF ainda declarou que a regulamentação legal de todos os comandos do art. 192 teria que ser feita por meio de uma única lei complementar. Uma só.

[…]

Somente em 2004, já no Governo Lula, o artigo 192 da Constituição foi reformado, e aqueles 12% de teto para os juros foram revogados (RAMOS, 2007, p. 278-279)”.

 

O curioso é que nem o Superior Tribunal sabia exatamente distinguir, nessa pendência, o que era juro real e nominal, tamanha a complexidade que foi dada à questão. Nesse momento caiu o tabelamento dos juros de morte morrida. Agora, se o tabelamento nominal da Selic, e não do setor bancário lato sensu, fosse de 12% ou qualquer outro percentual razoável a ser perseguido, daria o que pensar. Primeiro, forçaria um resultado primário capaz de mantê-la nesse patamar. Com a Selic controlada, ela deixaria de ser o maior vetor do aumento da dívida pública interna. E passaria a ser o pivô da política fiscal. O governo teria de buscar nas suas contas o resultado primário necessário para segurar a taxa básica no índice tabelado.

A medida daria um peso maior à Lei da Responsabilidade Fiscal – que cá entre nós, ficou meio sem sentido. Os 12% poderiam ser reconstitucionalizados. Em vez do teto de gasto de Michel Temer, depois apropriado por Paulo Guedes e politicamente incumprível, o teto de juros teria dois caminhos para ser realizado: por meio do fiscal ou da redução direta dos juros, portanto do déficit nominal. Fora que teria um apelo de comunicação muito mais fácil. Na verdade, esse mesmo caminho poderia ser feito ao contrário, com uma meta de dívida pública interna, que exigiria juros baixos e superavit primário, acrescidos, last but not least, de PIBs vitaminados. Os dois trajetos, ou seja, o tabelamento da Selic e a meta da dívida interna bruta, levariam aos mesmos resultados.

Se os Poderes quisessem contribuir para tornar a medida politicamente mais viável, responsabilizariam o Legislativo pelo corte no primário necessário para segurar os juros em 12%. Certamente ajudaria se fosse aprovada uma meta de inflação mais razoável para mitigar a pressão sobre a Selic. Hoje, com as previsões mais recentes, a dívida bruta interna voltou a se tornar uma ameaça. A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão de monitoramento das contas públicas, estima que, em 2026, a dívida vai subir para 84% do PIB. A OCDE é mais modesta e projeta um aumento menos acelerado no tempo.  A dívida interna bruta cresceria com menos velocidade, alcançando o marco de 100% do PIB em 2037. Isso, sendo mantidas as metas de política fiscal que atualmente vigoram. Seja como for, a dívida bruta interna é o principal indicador de solvência de um país. No caso do Brasil, isso é ainda mais realçado na medida em que não temos passivo em moeda forte. Mas vai ser difícil, muito difícil, o governo enxergar uma tese que já atravessa décadas.

#Constituição Federal #Juros

Destaque

Lewandowski calibra o “preço” da aprovação da PEC da Segurança Pública

3/10/2024
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O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, conhece as regras do jogo, e sabe como jogá-lo. Aprovar a sua PEC da Segurança Pública, com medidas que triscam na jurisdição e no poder dos estados, é sabidamente uma missão árdua. E de árdua pode virar praticamente impossível se os governadores não enxergarem um mínimo de contrapartidas. Por isso mesmo, Lewandowski e seus assessores estão elaborando um novo e mais alentado pacote de ajuda federal aos estados na área de segurança pública.

O que se diz no entorno do ministro é que os projetos em estudo podem chegar a R$ 2,5 bilhões, dispêndio que seria realizado ao longo de 2025. Ressalte-se que, entre janeiro e agosto deste ano, o Ministério da Justiça já liberou aproximadamente R$ 1 bilhão para investimentos em segurança nos estados e no Distrito Federal, valor este que deve chegar a R$ 1,5 bilhão até o fim do ano.  A ideia é que a nova partilha seja feita de forma proporcional aos índices de criminalidade de cada estado – quanto maior a barbárie maior o volume de recursos.

Desde o primeiro mandato de FHC, o Brasil teve nove grandes planos federais de segurança pública – fora os puxadinhos. “Grandes” na espuma e nas suas nomenclaturas – do “Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania”, do Lula II, à “Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social”, de Michel Temer. Mas pífios em termos de resultado. A aposta de Lewandowski é constitucionalizar as suas proposições, fixando na Carta Magna o aumento das responsabilidades da União sobre a segurança, a integração das polícias e a criação do Sistema Único de Segurança Pública. O ministro tem se empenhado politicamente para isso, seja ao cunhar as moedas de troca necessárias para a aprovação da PEC, seja na intensa interlocução com os governadores.

Aliás, nesse quesito em especial, neste momento, entre os ministros de Lula, talvez Lewandowski somente seja superado por Fernando Haddad.

 

LEIA AINDA HOJE: Empresa dos Emirados Árabes quer espalhar seus blindados no Brasil

#Ministério da Justiça #Ricardo Lewandowski

Destaque

Fazenda já mira crescimento do PIB em torno de 3,4%

4/09/2024
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Segundo o RR apurou, o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, levou a Lula e a Fernando Haddad uma das melhores notícias do ano: o aumento do PIB em 2024 deverá superar o patamar de 3%. E com alguma folga. Os cálculos apresentados ao presidente e ao ministro da Fazenda indicam que o índice pode bater na casa dos 3,5%. Significa dizer que, uma vez confirmada a projeção, o governo do petista alcançará um crescimento médio de 3,2% em seus dois primeiros anos – em 2023, a alta do PIB foi de 2,9%. Trata-se de um índice não muito distante da média alcançada nos dois primeiros anos do Lula I, de 3,45%. Ainda que confrontar dois anos com quatro anos não seja exatamente a comparação mais adequada, se for considerado o mandato integral dos mais recentes presidentes da República, Lula só perde para Lula. Em seu primeiro governo, o PIB subiu, em média, 3,51% por ano. No segundo, a mediana chegou a 4,64%.

 

Logo depois, o país começou a descer a ladeira com Dilma Rousseff – o que mostra que crescimento econômico não é propriedade petista. Em seu primeiro mandato, ainda com o carry over da gestão Lula, a alta média do PIB foi de 2,17%. No entanto, já no charco da sua Nova Matriz Econômica, o breve Dilma 2 foi a tragédia conhecida por todos: em 2015, o último ano completo da petista na Presidência da República, o PIB despencou 3,55%. Em 2016, outra pancada: a queda da atividade econômica ficou em 3,28%. Formalmente, o índice vai para a gestão de Michel Temer, na Presidência em oito dos 12 meses daquele ano. Porém, chega a ser desonesto debitar esse período de trevas na sua conta. Em termos econômicos, Temer nada mais foi do que um Dilma 2,5 diante da herança maldita que recebeu. Ainda assim, tampou boa parte dos buracos e conseguiu a proeza de fechar seu mandato praticamente no zero a zero, com um PIB médio de menos 0,06%.
Para efeito de comparação, o governo Bolsonaro tem suas peculiaridades. Em quatro anos, o Produto Interno Bruto cresceu, em média, 1,2%. Trata-se, obviamente, de um indicador distorcido pela pandemia, especialmente em 2020, quando a economia brasileira recuou 3,88%. Ainda que com um impacto menor, cabe lembrar que o PIB médio no atual mandato de Lula será afetado pela catástrofe das chuvas no Rio Grande do Sul.
Seja 3%, 3,2% ou 3,5%, uma coisa já é líquida e certa: o aumento da atividade econômica em 2024 superará – e muito – as expectativas dos agentes financeiros expressas no Boletim Focus. Aliás, esse tal de Boletim Focus, hein? No início do ano, a mediana das estimativas das instituições financeiras para o crescimento do PIB não passava de 1,52%. Erro crasso. Mas sejamos justos. Outras casas de projeções, aqui e lá fora, erraram feio. O FMI, em janeiro desse ano, previa aumento do PIB de 1,7%. Já a badalada Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado Federal com a missão de analisar o equilíbrio das contas públicas, cravava que o PIB não passaria de 1,2% em 2024. Se tivessem jogado na roleta, teriam perdido um dinheirão.

#Economia #Ministério da Fazenda #PIB

Judiciário

Um presidente sincrético à frente do STJ

28/08/2024
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Não há espaço para polarização política no STJ. Mas, para bipolaridade, talvez. Entre os próprios ministros da Corte, a aposta é que a gestão do novo presidente do Tribunal, Herman Benjamin, empossado no último 22, será um pêndulo entre os antípodas da política brasileira. Benjamin foi nomeado para o STJ no primeiro mandato de Lula, em 2006. No entanto, seu relacionamento com o PT se esgarçou durante a sua passagem pelo TSE, quando foi o relator do processo que pedia a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer. No governo de Jair Bolsonaro, o magistrado procurou se aproximar do presidente e chegou a ser cotado como um possível nome para o STF. O tempo passou. Em sua posse, na semana passada, Benjamin fez vários acenos a Lula e à esquerda, ao citar o combate à fome e à pobreza, defender minorias e atacar a concentração de renda. Pensando bem, diante da entropia institucional do Brasil nos últimos anos, o presidente de uma Corte federal buscar permanentemente uma sintonia com a Presidência da República, seja quem estiver no cargo, é o menor dos problemas.

#STJ

Destaque

Governo discute alforria para os investimentos de fundos de pensão em imóveis

19/04/2024
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Os fundos de pensão estão perto de desatar uma amarra regulatória. O RR apurou que o Ministério da Fazenda discute a flexibilização ou mesmo a derrubada da proibição às entidades de previdência privada investirem diretamente em ativos imobiliários. De acordo com informações filtradas da Pasta da Fazenda, já existem conversas avançadas nesse sentido entre Fernando Haddad e seus assessores e a ministra Simone Tebet. Na equipe econômica, há informações de que mudanças na regra podem ser anunciadas até junho. A decisão passa pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), ou seja, pelo triunvirato composto por Haddad, Tebet e também pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Uma vez confirmada a alteração, o governo Lula derrubaria uma restrição que leva a assinatura da gestão Michel Temer e, mais especificamente, do então ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em 2018, o CMN aprovou a Resolução nº 4.661, modificando substancialmente as aplicações dos fundos de pensão em real estate. Pela norma em vigor, as fundações têm até 2030 para vender integralmente seus imóveis ou transformar suas carteiras em fundos imobiliários, com cotas distribuídas a terceiros. Há, no entanto, uma forte pressão das instituições de previdência privada para que o governo derrube a proibição.

A mobilização começa “dentro de casa”, leia-se a tríade dos maiores fundos de pensão do país, todos ligados a estatais: Previ, Petros e Funcef. A diretoria das três fundações – à frente, respectivamente, João Luiz Fukunaga, Henrique Jäger e Ricardo Pontes – tem feito gestões diretas junto ao ministro Fernando Haddad pela revisão da Resolução 4.661. Não faltam argumentos nesse sentido. O cumprimento dessa regra significará o desmonte de aproximadamente R$ 32 bilhões, valor total das carteiras imobiliárias das fundações. Só a Previ responde por quase R$ 13 bilhões. Há ainda um risco atrelado a essa desconstrução, que aumenta a disposição do governo de rever a proibição. As aplicações em imóveis têm sido importantes para o reequilíbrio atuarial dos fundos e a recente onda de superávits. No caso da Previ, por exemplo, o portfólio de imóveis teve rentabilidade de 20,2% em 2023. A Funcef, por sua vez, ampliou sua carteira imobiliária de R$ 488 milhões para R$ 1,2 bilhão no ano passado – e poderia ser mais, não fosse a venda de R$ 179 milhões em ativos.

Destaque

Questão indígena vira uma lança apontada contra o governo Lula

26/02/2024
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No Palácio do Planalto há, desde já, uma razoável dose de apreensão com a Assembleia Geral da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), marcada para abril. Segundo informações obtidas por interlocutores do governo junto à Igreja Católica, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), presidido por Dom Leonardo Steiner, vai apresentar um minucioso relatório retratando um cenário crítico para diversas etnias indígenas no país, notadamente na Região Amazônica. Além das invasões de terra, da atuação de garimpos ilegais e dos assassinatos por disputas de ordem fundiária, o documento deverá levantar outras questões sensíveis, como a disseminação de doenças graves em Territórios Indígenas, a exemplo da malária e de infecções respiratórias, e o aumento da desnutrição. Entre os yanomamis, por exemplo, há informações de que os casos de insuficiência alimentar já atingem mais de 60% das crianças.

Trata-se de uma fotografia delicada, com potencial de gerar um significativo desgaste para o governo Lula, notadamente no exterior, colocando em xeque suas políticas para as populações indígenas. Ressalte-se que Dom Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus, é uma das vozes mais respeitadas e influentes, tanto dentro quanto fora do país, em relação à causa indigenista. O RR entrou em contato com o Cimi, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

O governo Lula até tem como álibi a herança recebida da gestão anterior. Durante o período Bolsonaro, houve, por exemplo, 795 assassinatos de indígenas – segundo dados do próximo Cimi -, número 54% superior ao registrado nos quatro anos dos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer. Já os casos de morte por desnutrição entre os yanomamis subiram 331% entre 2019 e 2022 na comparação com o quadriênio anterior. No entanto, a gestão Lula tem sobre si alguns indicadores pouco recomendáveis.

Um dos mais incômodos foi divulgado na semana passada: em 2023, 363 yanomamis morreram, por crime ou doença, 6% a mais do que em 2022, último ano do mandato de Bolsonaro. É sintomático que, em outubro do ano passado, a Secretaria de Saúde Indígena tenha interrompido a divulgação dos relatórios periódicos com indicadores do Território Yanomami.

#Cimi #CNBB #Lula #Manaus

Política

Romero Jucá busca a blindagem de um foro privilegiado

15/02/2024
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Quem te viu, quem te vê: corre em petit comité dentro do MDB a informação de que Romero Jucá, um dos mais influentes nomes da política nos governos dos PT e de Michel Temer, está buscando o apoio de Lula para disputar a Prefeitura de Boa Vista, capital de Roraima. Em 2022, Jucá concorreu a uma vaga no Senado e perdeu. Está sem a proteção de um cargo com foro privilegiado no momento em que a água começa a subir: ele é investigado pela PF por supostamente participar de um esquema de desvio de recursos de obras públicas em Roraima.

#Lula #MDB #Michel Temer #PT #Romero Jucá

Mineração

Enquanto o Brasil boia no minério, a China nada em um oceano de terras raras

9/11/2023
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Essa fixação por valuation está transformando o valor estratégico futuro em uma sanha por dividendos no presente que pode tirar a empresa de mercados promissores no porvir. É o caso das terras raras, vendidas por uma grana para o Japão, o maior comprador do mundo e carente dos minerais. O país, inclusive, é boicotado pela China, detentora da maior reserva planetária de terras raras. São dois bicudos que não dão uma bitoca nem por muitos bilhões de dólares. Mas deixemos os ricos de lado. Vamos ao Brasil, que joga dinheiro fora obsessivamente. Quem é mais velho se lembra de uma história corrente no Departamento Nacional da Produção Mineral, nos anos 60, que relatava, com tom de blague, a pirataria dos estrangeiros com as terras raras brasileiras. Pouco antes de meados do século passado, os navios paravam no Porto do Espírito Santo, despejavam suas mercadorias e enchiam o barco com o mineral como lastro. Levavam de graça uma riqueza cujo valor estava escrito há quase 100 anos. O que encarecia, à época, as terras raras era a monazita, usada por idosos para passar no corpo e reduzir as dores de artrite. As terras raras são compostas de minérios como lítio, cobalto, tório, ítrio, césio etc. Em tempos de transição energética, são insumos valiosos para a produção de baterias, chips, dispositivos eletrônicos, fabricação de laser etc.   

O tempo passou, e o Brasil não aprendeu. Não prospectou, perdeu o segundo lugar no ranking das terras raras para o Vietnã e assiste, como informa hoje o Brazil Journal, a uma companhia brasileira tentar um “Ipozinho, de US$ 50 milhões, na bolsa de valores australiana. Trata-se da Brazilian Rare Warth, que acaba de fazer um IPO das suas maquetes (o caixa da companhia é de US$ 10 milhões) – fisicamente, não existe nada. Não se sabe muito bem se os recursos minerais são inferidos, indicados ou medidos. No Brasil, há registro de quatro empresas que estão buscando o minério em estágio pré-operacional no Brasil. Além Brazilian Rare, outros exemplos são a Meteoric Resource e a Serra Verde.  

Esses quase 100 anos de tempo perdido foram resgatados, sem êxito, no governo Dilma, pelo então ministro de Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. O economista chamou no Ministério 17 empresas habilitadas para a exploração de terras raras em associação com a Vale. Reza a lenda que a reunião foi boa. Já a joint venture e os financiamentos do BNDES, prometidos à época, ninguém viu, nem nos governos de Dilma, Michel Temer, Jair Bolsonaro e Lula III. Fala-se à boca pequena que a Vale voltou a estudar o investimento na extração de fosfato. Na verdade, não se sabe muito bem o que a empresa vai explorar: se fosfato ou terras raras, que é um minério associado em grande escala ao insumo para fertilizantes – 60% dos fosfatados consumidos no Brasil são importados. 

#Brasil #China #Recursos minerais

Destaque

G20 aumenta a tensão do governo com o crime no Rio de Janeiro

26/10/2023
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As discussões no governo federal sobre os ataques criminosos no Rio de Janeiro não estão circunscritas às áreas da Justiça e Segurança e de Defesa. O tema transbordou para o âmbito da Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência do G20, comandada pelos ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Exteriores, Mauro Vieira – da qual fazem parte ainda diversos outros ministros e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Há dois níveis de apreensão.

No aspecto reputacional, o que preocupa é a repercussão internacional da onda de violência no Rio a pouco mais de um ano do encontro do G20 na capital fluminense, em novembro de 2024. Existe o receio de uma repetição dos ataques no curto prazo, o que desmoralizaria o aparelho de segurança do Brasil, seja na esfera estadual ou federal. Ao mesmo tempo, os graves episódios da última segunda-feira, quando 35 ônibus e um trem foram queimados por criminosos, aumentam a tensão em torno do esquema de segurança que será montado para os sucessivos eventos oficiais do G20 programados para o ano que vem.

O momento crucial é a reunião de cúpula, com a presença na cidade dos chefes de Estado das 19 maiores economias do mundo e de altas autoridades da União Europeia. O temor é que o crime organizado aproveite as circunstâncias e a visibilidade global para dar uma demonstração de poder, com atos de violência no Rio durante o encontro dos líderes mundiais.

O governo dispõe de dados que permitem medir um pouco da temperatura no exterior em relação aos atos criminosos no Rio de Janeiro. A Secom vem monitorando o impacto que a violência na cidade tem na mídia internacional. Levantamento realizado a partir de uma base com mais de 614 mil veículos estrangeiros apontou, entre a noite da última segunda-feira e o início da tarde de hoje, 1.252 menções vinculando o Rio de Janeiro à criminalidade.

Os termos mais utilizados foram “mortes” e “homicídios” (427 registros), milícias (295) e violência (207). Ressalte-se que este é um recorte inferior a 48 horas. O mesmo trabalho de mineração traz outros indicadores ainda mais expressivos.

Considerando-se a mesma base, ao longo deste ano os veículos internacionais já publicaram 48.023 citações sobre o Rio associadas ao crime. Para se ter uma melhor noção do que representa, esse número corresponde a 39,8% da soma de todas as menções às outras 26 capitais do Brasil relacionadas à segurança pública (120.448). Destrinchando-se o mapeamento é possível observar as expressões mais associadas ao Rio.

Desde janeiro, são 25.418 referências vinculadas aos termos “homicídios” e “assassinatos”. Há 12.183 menções com a expressão “violência”. Além de 3.623 registros alusivos a “crime organizado” e “milícias”.

Em meio às conversas transversais entre diferentes áreas do governo, Lula adota manobras diversionistas, tentando ganhar tempo até encontrar medidas mais efetivas contra à crise na segurança pública. O primeiro movimento foi o envio de uma segunda leva de integrantes da Força Nacional de Segurança (FNS), uma solução que nada soluciona. No total, são 300 agentes, ou seja, na média um único homem para cada 25 quilômetros quadrados da Região Metropolitana do Rio. Outro balão de ensaio, que de tão usado por seus antecessores mal sai do chão, é o ressurgimento da proposta de criação do Ministério da Segurança Pública – ideia que já passou pelas gestões de Michel Temer, de Jair Bolsonaro e pela campanha eleitoral do próprio Lula.

Não passa de mais um truque de prestidigitação retórica para desviar o foco da plateia. Difícil achar uma saída que não passe por um movimento mais radical: muito provavelmente, a questão vai cair, mais uma vez, no colo dos militares.

Entre auxiliares próximos a Lula, existem vozes que defendem a intervenção federal como única medida possível para o enfrentamento do crime organizado no Rio de Janeiro. Há, inclusive, quem pondere que o envio de tropas das Forças Armadas para o Rio deveria ser feito logo agora, o mais longe possível de novembro de 2024, de forma a descolar a ação militar da reunião do G20. No entanto, independentemente do timing, Lula rechaça a ideia. Na última terça-feira, em entrevista, negou a intenção de decretar intervenção no Rio.

A recusa se deve a motivos óbvios: o presidente resiste a repetir Michel Temer e levar para dentro do Palácio do Planalto a responsabilidade pela crise na segurança pública, em última instância algo que compete aos governos estaduais.

Do ponto de vista político, os riscos são muito maiores do que o ganho potencial. Que o diga o próprio Temer. Durante a intervenção federal de 2018 no Rio, muitos dos índices de criminalidade regrediram. Mas os efeitos benéficos duraram pouco. Alguns meses após os militares se retirarem das ruas, os números voltaram ao patamar antigo.

É mais um motivo que pesa na balança e contribui para a resistência de Lula. Se 2018 deixou uma lição é que os oito meses de intervenção federal do governo Temer no Rio serviram apenas para varrer um pouco da poeira na superfície. Para ter de fato um impacto profundo, o Exército teria de permanecer um longo tempo à frente da segurança pública no Rio.

Em meio a pressões da opinião pública, assessores políticos do presidente Lula já monitoram também cobranças políticas, notadamente do Congresso, para a adoção de medidas mais duras e de caráter estrutural. Além de ações para a área de segurança stricto sensu, os ataques criminosos do início da semana fizeram recrudescer entre os parlamentares discussões em torno da proposta de que o Rio de Janeiro volte a ter o status de capital federal, coexistindo com Brasília. Em 2020, o então deputado federal bolsonarista Daniel Silveira chegou a divulgar a minuta de uma PEC sobre o tema. Mas o projeto não foi protocolado na Câmara. Diante das circunstâncias, o tema reaparece, mais atual e premente do que nunca. Seria uma medida de efeito reparador, na tentativa de fechar as chagas abertas com a transferência da capital. Foi um ato de violência do qual o Rio jamais se recuperou.

#Banco Central #Fernando Haddad #G-20 #Lula #Rio de Janeiro #Secom

Destaque

Marina Silva aperta o cerco à Usina de Belo Monte

12/09/2023
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Uma década e meia após o embate que precipitou sua saída do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva e a Usina de Belo Monte têm um novo “duelo”. Segundo o RR apurou, o Ibama vai impor rigorosas exigências para aprovar a renovação da licença ambiental da hidrelétrica, controlada pela Norte Energia – da qual a Eletrobras é a maior acionista, por meio da Eletronorte e da Chesf. O Instituto já teria identificado mais de 30 irregularidades da usina com impacto ao meio ambiente e à população que vive no seu entorno.

De acordo com um estudo do órgão, são condicionantes – como o termo sugere, requisitos obrigatórios para a operação do empreendimento – que vêm sendo seguidamente descumpridas desde a inauguração da geradora, em 2016. As autoridades apuram, por exemplo, a denúncia de que Belo Monte estariam secando a área conhecida como Volta Grande do Xingu, que engloba extensão de aproximadamente 130 quilômetros do rio. Haveria registros de açodamento de diversos trechos do manancial, com a consequente mortandade de várias espécies de peixe locais, atingindo as quatro etnias indígenas habitantes da região – Kuruaya, Xipaya e Yudjá/Juruna. Além de afetar a pesca, principal atividade econômica desses povos, há relatos de que a redução de peixes na Volta Grande do Xingu pode levar a população local a um quadro de insegurança alimentar.

Ao mesmo tempo, a hidrelétrica teria alagado florestas de igapó próximas à área do reservatório, dizimando parte da vegetação. A própria ministra Marina Silva tem citado a usina de Belo Monte como exemplo negativo de impacto ambiental na Região Amazônica.  

O espaço de negociação que a Norte Energia vinha encontrando dentro do Ministério do Meio Ambiente e consequentemente do Ibama durante o governo Bolsonaro se dissipou. Segundo o RR apurou, em reuniões internas, o próprio presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, próximo a Marina Silva, teria feito críticas contundentes à forma como as gestões anteriores conduziram o processo de renovação da licença de Belo Monte. Entre 2012 e início de 2019, ou seja, nas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer, a usina recebeu um total de R$ 91 milhões em multas do Ibama. Já no governo Bolsonaro, conhecido por deixar a “boiada” passar, o órgão não aplicou uma única penalidade à geradora.

O que se diz no Ministério do Meio Ambiente é que, entre 2019 e 2022, a direção do Ibama foi orientada a ceder em diversas condicionalidades dentro do processo de renovação da licença de Belo Monte. Ressalte-se que a usina vem operando com uma autorização temporária desde novembro de 2021. 

Em contato com o RR, o Ibama confirmou que existem “condicionantes (medidas que devem ser tomadas pelo empreendedor) a serem cumpridas e situações que podem ser melhoradas para que a população da região não seja prejudicada”. Segundo o órgão, o parecer técnico indicou “algumas pendências relativas ao pleno atendimento de condicionantes e solicitou complementações a serem atendidas pelo empreendedor para a emissão da Licença.” O Ibama esclarece que “Parte das informações solicitadas já foram apresentadas pela NESA (Norte Energia) e são objeto de avaliação, no momento. Contudo, ainda não se tem uma data para conclusão das análises.” 

A Norte Energia, por sua vez, garante que “Nenhuma Terra Indígena foi alagada pelo projeto do empreendimento e nenhuma comunidade precisou deixar seu local de origem. Segundo a empresa, “antes de Belo Monte, os indígenas da região eram 2 mil em 26 aldeias, hoje são cerca de 5.096 indígenas em 125 aldeias.”. A companhia afirma que “mantém diálogo permanente, aberto e transparente com os Povos Indígenas do Médio Xingu, que se dá de forma estruturada, respeitosa, inclusiva e participativa por meio de interações diárias mantidas pelo Programa de Comunicação e também de reuniões tripartites, que envolvem a participação de representantes indígenas e do órgão indigenista para discussão e análises das ações em execução.”. No que diz respeito ao manancial do Xingu, Norte Energia assegura que “Não há desvio algum, muito menos irregular. O que há é a aplicação do hidrograma.

É preciso esclarecer que a Norte Energia não estabeleceu ou definiu os hidrogramas de operação da Usina. A quantidade de água (hidrograma) destinada para a Volta Grande do Xingu foi estudada e estabelecida pelo Estado Brasileiro no âmbito do leilão de concessão da UHE.”. Com relação às penalidades já aplicadas pelo Ibama, a empresa diz que “as multas estão sendo discutidas administrativamente e posteriormente podem ser discutidas judicialmente.”

#Chesf #Eletrobras #Eletronorte #Ibama #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Usina de Belo Monte

Política

PSD sai na pole position pelo comando da Funasa

18/07/2023
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O PSD, de Gilberto Kassab, já fez chegar ao Palácio do Planalto uma indicação para a presidência da Funasa, cobiçada por dez entre dez partidos do Centrão. Trata-se de Marlos Costa de Andrade. Além de Kassab, Andrade tem como padrinho o deputado federal Domingos Neto (PSD-CE). Há um senão: Marlos Andrade carrega contra si o fato de ter sido diretor do departamento de Engenharia de Saúde Pública (Densp) da própria Funasa durante o governo Bolsonaro. No entanto, o PSD tem trabalhado para desvincular a imagem de Andrade do governo do ex-presidente da República, com o argumento de que o Densp é, digamos assim, seu protetorado político desde a gestão de Michel Temer.   

#Funasa #Gilberto Kassab #PSD

Negócios

O novo round na briga entre a Paper Excellence e os irmãos Batista

10/07/2023
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O contencioso societário da Eldorado Celulose já tem um novo capítulo marcado. A Paper Excellence vai recorrer ao STJ contra a decisão proferida pelo juiz Rogério Favreto, do TRF-4, na semana passada. O magistrado suspendeu a venda da Eldorado para o grupo da Indonésia, uma vitória da J&F Investimentos, de Joesley e Wesley Batista. A J&F vendeu a Eldorado aos asiáticos em 2017 por R$ 15 bilhões e, logo depois, iniciou uma batalha jurídica para cancelar a operação. A Paper Excellence, por sua vez, não só briga na Justiça como também aposta suas fichas no prestígio dos seus “consultores” no Brasil: o ex-presidente Michel Temer e o ex-governador de São Paulo João Doria Jr., contratados a peso de ouro para defender os interesses do grupo nos gabinetes do Poder.

#Paper Excellence #Wesley Batista

Governo

Lula pode manter Aras ou promover a diversidade na PGR

27/04/2023
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Segundo informações filtradas do Palácio do Planalto, Lula está em dúvida se escolhe entre Yin e Yang para ocupar a Procuradoria Geral da República. O fator Yin é o feminino, no caso, representado pelo nome da subprocuradora aposentada Ela Wiecko – não há obrigatoriedade de nomeação de um membro do MPF na ativa – para o lugar de Augusto Aras na PGR. O fator Yang é o masculino, que simplesmente representaria a recondução do próprio Aras, cujo mandato termina em setembro. Wiecko chegou a ocupar a vice-procuradoria geral da República durante o mandato de Rodrigo Janot. Acabou renunciando ao cargo em agosto de 2016, após ser filmada participando de um ato contra o então presidente Michel Temer em Lisboa – na ocasião segurava uma faixa com os dizeres “Fora Temer” e “Contra o golpe”. Wiecko tem uma carreira ligada à área de direitos humanos. Participou da criação do comitê Gestor de Gênero e Raça do Ministério Público Federal e atuou pela defesa da legalidade da lista suja do trabalho escravo.

Aras é o que já se sabe: um nome fortemente identificado com o governo Jair Bolsonaro. Era considerada inadmissível a sua manutenção à frente da Procuradoria Geral da República, menos pelo RR, que antecipou as especulações publicadas ontem nas mídias. Segundo o RR, é exatamente a atuação de Aras na gestão Bolsonaro que o está creditando a permanecer no cargo, com forte apoio de alas do PT – quem diria? Como disse o RR, Lula precisa “segurar” o Ministério Público. Aras está mais que testado nessa missão. Dos 90 pedidos de investigação contra Bolsonaro, engavetou 76. Currículo é o que não falta a Aras: ingressou no Ministério Público Federal em 1987; atuou na Câmara de Direitos Sociais e fiscalização de Atos Administrativos em Geral; na Câmara Criminal; Câmara do Consumidor e Ordem Econômica, sendo promovido a subprocurador-geral da República. Em 2019, foi indicado para Procuradoria Geral da República. Em 2021 foi reconduzido ao cargo. Augusto Aras é doutor em Direito Constitucional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Não é pouca coisa.

Além de Ela Wiecko e Aras, há outros nomes que circulam com menos intensidade no entorno do presidente Lula para ocupar o cargo da PGR. É o caso de Célia Delgado, atual corregedora-geral do MPF. Trata-se de uma escolha um pouco mais complexa. A corregedoria-geral costuma causar um desgaste interno a quem ocupa o cargo, o que pode vir a ser um fator de resistência dos procuradores à indicação de Célia. Se bem que o próprio presidente Lula já disse reiteradas vezes que não pretende seguir a votação e a lista tríplice apresentada pelo Ministério Público. Outro nome que corre por fora é o da subprocuradora geral da República Luiza Frischeisen, conhecida internamente pela sua posição ferrenha contra Augusto Aras.

#Augusto Aras #Lula

Política

Ex-ministro de Dilma entra na fila para o STF

14/02/2023
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A ex-presidente Dilma Rousseff soprou ao pé do ouvido de Lula a indicação de Eugênio Araújo para o STF – duas vagas vão se abrir neste ano com as aposentadorias de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Aragão foi ministro da Justiça de Dilma por dois breves meses, entre março e maio de 2016. Era o titular da Pasta quando a “chefe” foi afastada da Presidência. Ressalte-se que, durante o período de transição, Aragão integrou o Comitê de Transparência, Integridade e Controle, por indicação de Dilma. Mas STF é outra história. Seu nome enfrenta resistências dentro do próprio PT. Araújo associou-se recentemente ao advogado Willez Tomaz, tido como um personagem próximo do MDB e, mais precisamente, do grupo político do “golpista” Michel Temer.  

#Dilma Rousseff #Eugênio Araújo #ex-presidente #Lula #PT #Ricardo Lewandowski #Rosa Weber #STF #Willez Tomaz

Economia

Lula traz para si o desgaste e poupa os ministros da área econômica

20/01/2023
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É peculiar a forma como Lula trata das questões econômicas. Ele se antecipa a fritura pelo mercado dos seus ministros, Fernando Haddad, principalmente, e Simone Tebet. O presidente traz para si o anúncio das medidas que incomodam as instituições da Faria Lima. Elas por sua vez seguem batendo um bumbo monocórdio, dizendo que não “gostaram da fala de Lula”. O câmbio, as ações e o mercado futuro de juros então fazem uma pequena má-criação. Sobem o dólar e os juros futuros e cai a bolsa, para no dia seguinte fazerem o movimento inverso.

A demonstração mais recente dessa forma de operar do presidente foi sua declaração de que vai desonerar o Imposto de Renda dos mais pobres e tributar os dividendos, uma renda basicamente auferida pelos mais ricos. A proposta é matusalênica. Já foi defendida no governo Lula 1, depois na gestão Michel Temer e seria implementada por Paulo Guedes caso Jair Bolsonaro fosse reeleito. A diferença é que, nas gestões anteriores, os ministros da Fazenda assumiam a responsabilidade pelo anúncio da “má nova”. Mesmo Lula, em seus governos 1 e 2, deixava o abacaxi ser descascado pelo seu então ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Agora, ele traz para si a iniciativa de antecipar as medidas que incomodam o mercado, desinflando o incômodo, lá na frente, dos bancos e demais instituições financeiras. Quando a medida finalmente é aprovada, já não há motivo para volatilidade dos ativos, nem bronca do mercado. Estão todos meio anestesiados, pois as mudanças já se tornaram mornas. Tudo indica que foi e será assim com a tributação de dividendos. E outras medidas seguirão na mesma toada.

A forma de Lula se intrometer não é inédita, mas incomum. Nos governos posteriores à abertura, nem Sarney, Collor, Itamar, FHC ou o Lula dos primeiros mandatos, adotaram essa prática do “me dá que o filho é meu”. Dilma chegou a usar dessa psicologia, que, como toda a comunicação feita pela presidenta, foi desastrosa. Na verdade, na mão inversa, os melhores exemplos de ministros da área econômica que usaram “suas carapaças de rinoceronte”  apud Otto von Bismarck, o “chanceler de ferro” da Alemanha  para proteger a imagem dos presidentes em relação às suas medidas mais duras estão presentes no regime militar. Roberto Campos, Octávio Gouvea de Bulhões e Delfim Neto emprestaram suas costas  para levarem as chicotadas no lugar dos mandatários. Paulo Guedes, verdade seja dita, também cumpriu um pouco desse papel. Lula está fazendo o inverso, enchendo o balão no presente para que as expectativas se esfriem e o balão já esteja esvaziado quando for lançado nos ares. O problema primeiramente estoura na mão dele, que promove os seus já tradicionais meneios, avanços e recuos. É uma estratégia  que poupa os ministros da Fazenda e concentra a antecipação das iniciativas na figura do presidente. Se vai der certo depende de milhares de variáveis. A ver.

#Lula

Política

A sucessão de Augusto Aras já começou

16/01/2023
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A sete meses do fim do atual mandato de Augusto Aras, já há movimentações dentro do Ministério Público Federal de candidatos à Procuradoria Geral da República. O que se diz nos corredores do MPF é que os subprocuradores Níveo de Freitas e Mario Luiz Bonsaglia já estão em campanha. Outro nome forte entre os colegas é Nicolao Dino, irmão do ministro da Justiça, Flavio Dino. Consta, no entanto, que seu nome enfrenta resistências dentro do PT. Nicolao teve participação marcante no TSE, ao lado de Rodrigo Janot, na análise dos pedidos de cassação dos mandatos de Dilma Rousseff e Michel Temer.  Em algumas vezes, de público, declarou que todas as premissas para um “julgamento técnico” da chapa estavam colocadas. Temer sobreviveu ao processo e deu o troco: nomeou Raquel Dodge para o cargo de procuradora-geral da República, em 2017, desprezando a lista tríplice enviada pelo MPF, na qual Nicolao havia sido o mais votado.

Em tempo: em algum momento, ressalte-se, o governo Lula chegou a cogitar a permanência de Aras na Procuradoria-Geral da República – conforme o RR informou, mas a ideia foi detonada pelo comando político do PT. Leia-se Gleisi Hoffman, Rui Falcão e Jaques Wagner.

#Augusto Aras #Dilma Rousseff #Michel Temer #Ministério Público Federal

Política

Lupi quer concurso público para suprir déficit de servidores da Dataprev

6/01/2023
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Segundo o RR apurou, Carlos Lupi vai solicitar aos ministros da Fazenda e do Planejamento, Fernando Haddad e Simone Tebet, a realização de um concurso público para a Dataprev. A recomposição do quadro de servidores da estatal é vista pela equipe do ministro Lupi como fundamental para reduzir a enorme fila de pedidos de aposentadoria represados no INSS, que já chega a 5,5 milhões de requisições. Estima-se que a Dataprev – responsável, entre outros serviços, pelo processamento da base de dados da Previdência – tenha um déficit de mais de mil servidores. E poderia ser pior: em 2020, o ministro Paulo Guedes determinou a demissão de 500 funcionários da estatal, mas o governo acabou voltando atrás. Em 2017, a gestão de Michel temer chegou a realizar um concurso para a Dataprev, prevendo 1.073 vagas. No entanto, menos de 200 dos aprovados foram convocados. O governo Bolsonaro estendeu a validade do certame, mas ela expirou em maio do ano passado, o que exige a realização de novo concurso.

#Carlos Lupi #Dataprev #Fernando Haddad #INSS

Política

Alckmin está “exilado” na vice-presidência

15/12/2022
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Há uma sensação de desencanto no grupo de políticos do PSB e de antigos companheiros do PSDB que apoiaram a participação de Geraldo Alckmin no governo do PT. O sentimento é de que o vice-presidente foi escanteado. Alckmin entrou cotado para acumular o Ministério da Fazenda. Não aconteceu. Ficou, então, de indicar o ministro. Não indicou. Restou colaborar na montagem da equipe econômica, mas, até agora, nenhum nome anunciado entra na sua cota. Antes, Alckmin havia sido cogitado também para ministro da Defesa. Bulhufas. Ainda há vários ministérios a serem preenchidos. Mas, tirando Planejamento, Saúde, Educação ou alguma grande estatal, o resto é xepa. Vai acabar sobrando para o vice o papel de poste. Pois bem, em que pesem as diferenças entre ambos, lembrai-vos de Michel Temer: vice-presidente maltratado nunca dá certo. 

#Michel Temer #Ministério da Fazenda #PSB #PSDB

Negócios

Audi vai bater à porta dos “criadores” do seu problema tributário

5/12/2022
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A direção da Audi no Brasil está controlando a ansiedade com o pé na embreagem. Os executivos da montadora aguardam a posse do futuro governo para bater à porta do novo ministro da Fazenda, na tentativa de resolver uma longa novela tributária. Os alemães alegam ter direito a cerca de R$ 200 milhões em créditos tributários, decorrentes de investimentos feitos no âmbito do chamado Inovar-Auto. A volta do PT ao poder acende uma luzinha de esperança na montadora: o programa foi lançado em 2012, no governo de Dilma Rousseff. Desde então, a Audi já passou por dois presidentes da República – Michel Temer e Jair Bolsonaro – e dois ministros da Economia – Henrique Meirelles e Paulo Guedes – sem conseguir resolver a pendência.  

Os alemães, ressalte-se, têm moeda de troca para colocar sobre a mesa. A contrapartida seria o compromisso de retomada para valer da produção de veículos na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, condicionada à recuperação dos créditos tributários. Hoje, a companhia monta dois modelos na unidade a partir de kits trazidos do exterior. Ou seja: zero de componente local. Em conversa com o RR, a Audi confirmou que “as negociações sobre os créditos de IPI com o governo estão em andamento, sem nenhuma conclusão até o momento.” A empresa afirma ainda que “neste momento segue apenas com a produção em SKD dos veículos Audi Q3 e Audi Q3 Sportback 2.0 equipado com a tração integral quattro. “ Segundo a montadora, “não existe previsão neste momento de nenhuma alteração no nosso atual sistema de produção.

#Audi #PT

Destaque

Assessores de Lula traçam plano para a segurança das fronteiras

25/11/2022
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A equipe de transição do governo Lula para a área de Justiça e Segurança Pública está tracejando as primeiras linhas de um plano de combate ao crime organizado especificamente em regiões de fronteira. Nesse caso, o PT deverá beber na fonte do próprio PT. Uma das ideias é a criação de um programa nos moldes do Enafron (Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras), instituído no primeiro mandato de Dilma Rousseff e que acabaria perdendo fôlego nos anos seguintes. Por ora, como tudo na equipe de transição, as discussões são embrionárias. Mas, de acordo com a fonte do RR, um dos pilares desse “Enafron versão 2023” seria a implantação de uma força especial de segurança dedicada exclusivamente ao trabalho de investigações e de ações de campo em áreas de divisa. Essa corporação reuniria agentes oriundos da Polícia Federal e das Polícias Militares e Civis, guardadas as devidas proporções em um modelo similar ao da FNS (Força Nacional de Segurança), que reúne agentes de segurança das polícias estaduais. Ela atuaria lado a lado com as Forças Armadas.  

As discussões em torno do tema têm sido conduzidas pelo próprio Flavio Dino, principal candidato a ministro de Justiça e responsável pelo tema “fronteiras” na equipe de transição, e pelo ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, que responde pela “subpasta” de milícias e crime organizado. Entre os integrantes do Comitê de Transição circula, inclusive, um relatório de 236 páginas elaborado em 2016, uma tentativa do então presidente Michel Temer de revitalizar o próprio Enafron – à época, quem estava à frente da Pasta da Justiça era o hoje ministro do STF Alexandre de Moraes.  

Fatos recentes compartilhados pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal com o comitê de transição têm alimentado entre os auxiliares de Lula o senso de urgência em relação ao tema. Um exemplo: investigações da área de Inteligência da PF indicam a participação do Exército de Libertação Nacional no assassinato de quatro garimpeiros em Roraima, no último mês de agosto. A referida organização é um braço da extinta (?) FARC que fincou raízes na Venezuela e já tem ramificações em território brasileiro.  

#Alexandre de Moraes #Força Nacional de Segurança #Forças Armadas #Lula #PT

Economia

Receitas extraorçamentárias devem irrigar investimentos

24/11/2022
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O RR cansou de defender que as receitas extraorçamentárias não fossem integralmente transferidas para o pagamento da dívida interna bruta – ou dívida interna líquida conforme parece ser, corretamente, o critério preferido pelo futuro do governo. Uma parcela maior ou menor desses valores, a discutir, seria alocada como receita variável para os investimentos. Nos primeiros governos do PT e nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, esse expediente não foi utilizado. O investimento em ambos os mandatos foi descendo ladeira abaixo, até alcançar o ridículo percentual de menos de 2% dos gastos discricionários. Ora, o orçamento tem de ser cumprido, mas é possível buscar recursos extraordinários em outras fontes e alocar na infraestrutura, ciência e tecnologia e no complexo industrial de saúde, entre outros setores carentes e prioritários.  

O comitê de transição do PT incorporou a medida em seu cardápio fiscal. Será um expediente “fura teto”. Como o futuro governo não tem maior apreço pelas privatizações, a iniciativa nasce menos ambiciosa. Das desestatizações viria parcela expressiva dos recursos para os investimentos, no novo modelo de “extrafiscalidade”. Mas o governo tem um caminhão de concessões já contratadas e muitas a realizar, além de uma manifesta disposição de mexer nos mais de R$ 340 bilhões em incentivos fiscais, parte deles torrados em iniciativas que mais servem para o aumento da concentração de renda no país do que qualquer outra coisa. É correto separar dinheiro novo imprevisto de um orçamento fechado e que deve e tem de ser cumprido tanto para abater, em parte, a dívida pública quanto servir ao interesse nacional. É preciso reparar insuficiências graves que atravancam o desenvolvimento do país. 

#Jair Bolsonaro #Michel Temer #PT

Destaque

Lula deverá anunciar adesão do Brasil a tratado ambiental

9/11/2022
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Entre outras agendas, Lula deverá aproveitar os holofotes da COP 27, no Egito, para anunciar que o Brasil vai aderir plenamente ao Acordo de Escazú. Trata-se do primeiro grande pacto ambiental da América Latina e Caribe, em vigor desde 22 de abril do ano passado. A proposta partiu de Marina Silva, candidata à ministra do Meio Ambiente no futuro governo do petista. As nações participantes do Acordo de Escazú assumem uma série de obrigações com o objetivo de garantir acesso público à tomada de decisões sobre recursos ambientais. Os signatários também se comprometem a oferecer maior proteção legal a entidades e ativistas defensores do meio ambiente e de causas correlatas, como a questão indígena.   

Uma vez confirmada, a adesão ao Acordo de Escazú será mais um movimento de Lula no sentido de realçar os enormes contrastes entre o seu futuro governo e a gestão Bolsonaro na área do meio ambiente. O Tratado é mais um exemplo do isolamento do Brasil nos últimos quatro anos. O país foi um dos signatários originais do pacto, em 2018, ainda no mandato de Michel Temer. No entanto, o presidente Jair Bolsonaro virou as costas para o tema. Até hoje, o Acordo não foi ratificado pelo Congresso Nacional. Ou seja: seus termos não têm força de lei no Brasil. Entre as maiores economias latino-americanas, o Brasil é o único país que não homologou o tratado até o momento. Nesse quesito, tem a companhia de nações como Haiti, Guatemala, Granada, República Dominicana ou Belize. A recusa do governo Bolsonaro em ratificar o pacto causou ainda maior repulsa junto à comunidade internacional após o assassinato do indigenista do Bruno Araújo e do jornalista inglês Dom Philips, em junho. Lula quer anunciar a adesão ao Acordo de Escazú bem pertinho da ex-ministra do Meio Ambiente, Marinha Silva, que tem sido tratada como uma das estrelas do evento.

#Acordo de Escazú #COP 27 #Lula #Marina Silva


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Braga Netto leva mais segurança para a campanha

31/08/2022
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O general Braga Netto, candidato a vice-presidente, vai ganhar mais espaço na campanha de Jair Bolsonaro, seja com a participação em eventos políticos, seja com uma maior aparição na mídia. Um dos objetivos é capitalizar o recall do general na área de segurança pública, agenda que perdeu tonicidade durante o governo Bolsonaro e pouco tem aparecido em seus discursos. Braga Netto foi o comandante da intervenção federal no Rio de Janeiro em 2018, durante a gestão de Michel Temer. Em tempo: Bolsonaro foi aconselhado a anunciar a recriação do Ministério da Segurança e confirmar desde já a indicação do seu candidato a vice para a Pasta. Ocorre que Lula foi mais rápido no gatilho e revelou ontem a intenção de ressuscitar a Pasta.

#General Braga Netto #Jair Bolsonaro #Lula #Michel Temer


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Projeto Temer

25/05/2022
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À luz do dia, o presidente do MDB, Baleia Rossi, defende a candidatura de Simone Tebet à, Presidência; na calada da noite, testa o nome de Michel Temer junto a lideranças de outros partidos.

#Baleia Rossi #MDB #Michel Temer


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O intrincado xadrez de Lula no tabuleiro militar

14/04/2022
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A nomeação do general Paulo Sergio Nogueira para o Ministério da Defesa deu um nó nos planos de Lula. Segundo fonte próxima ao petista, o ex-presidente vinha engendrando a ideia de, uma vez eleito, manter os atuais comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica. Seria um gesto de “pacificação”. O objetivo de Lula seria distensionar o ambiente junto às Forças Armadas. No entanto, a peça Paulo Sergio desencaixa todo esse mosaico.

A questão é o que fazer com um ex-comandante do Exército. Seu retorno à Força, para a reserva, criaria um constrangimento natural dentro do estamento militar. Há sensibilidades envolvidas, questões de ordem hierárquica e simbólica. Nesse cenário, Lula correria o risco de gerar um efeito contrário, ou seja, de criar tensões desnecessárias dentro do Exército. A presença do general Paulo Sergio na Defesa, portanto, é uma variável nova que estaria sendo analisada por Lula à luz da intenção de manter os comandantes do Exército, Aeronáutica e Marinha.

Uma hipótese aventada seria a permanência do oficial à frente do Ministério da Defesa. Há, no entanto, contraindicações a essa solução. Lula teria não só de abrir mão de escolher um ministro de Estado como praticamente transformar em regra a exceção aberta por Michel Temer e mantida por Jair Bolsonaro: a de colocar um militar na Pasta da Defesa. Antes de Temer, que nomeou o general Joaquim Silva e Luna, o cargo havia sido ocupado apenas por civis. Há ainda outro óbice para a permanência de Paulo Sergio no Ministério em um eventual governo petista: o oficial seria praticamente um “quarto” comandante militar – ou primeiro -, tamanha a sua representatividade e prestígio entre os seus.

Basta dizer que o general foi praticamente escolhido pelos próprios pares para assumir o Comando do Exército em um momento de razoável turbulência institucional, quando da saída do general Edson Pujol, em março de 2021. Não deixa de ser curioso: ainda que de forma involuntária – mesmo porque a possível manutenção dos comandantes militares é apenas uma hipótese guardada a sete chaves no “Forte Apache petista” -, Jair Bolsonaro acabou criando embaraços aos planos de Lula para as Forças Armadas. Não só pela nomeação de Paulo Sergio Nogueira para a Defesa, mas também com a escolha do general Marco Antonio Freire para a chefia do Exército. Para o petista, a hipótese de seguir com os atuais comandantes militares representaria manter um general mais alinhado a Bolsonaro, como é o caso de Freire. É uma curva a mais nesse labirinto.

#Edson Pujol #Jair Bolsonaro #Lula #Ministério da Defesa #Paulo Sergio Nogueira


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MDB do Lula

2/02/2022
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Após se encontrar publicamente com Renan Calheiros, Lula já tem uma conversa engatilhada com Michel Temer para meados de fevereiro.

#Lula #MDB #Renan Calheiros


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Cabo de guerra

28/01/2022
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O nome do ex-deputado Carlos Marun está sendo cogitado no Palácio do Planalto para um cargo na Sudeco (Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste). Ex-conselheiro de Itaipu, Marun é ligadíssimo a Michel Temer e Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Palácio do Planalto


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Lula lá?

24/01/2022
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No que depender de Michel Temer e Renan Calheiros, o balão de ensaio da candidatura de Simone Tebet (MDB-MS) será furado até março. Adivinhem com quem esse pessoal vai se juntar…

#Michel Temer #Renan Calheiros


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O 7 de setembro de Bolsonaro

14/01/2022
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Assessores palacianos planejam fazer dos festejos do bicentenário da Independência, em setembro, uma efeméride, um híbrido de data cívica com campanha eleitoral. Todos os ex-presidentes vivos seriam convidados, à exceção de Lula e Dilma Rousseff, cuja exclusão seria atribuída a pendências judiciais ainda existentes relacionadas à prática de corrupção. Não deixaria de ser uma forma de reforçar que principalmente Lula ainda é suspeito de meliância.

É difícil prever se FHC, José Sarney, Fernando Collor e Michel Temer se disporiam a esse papel “cívico”. Mas a presença de todas as autoridades da República, incluindo ministros do STF e comandantes das Forças Armadas, seria um estímulo ao comparecimento. Em tempo: o secretário de Cultura, Mario Frias, almeja assumir a organização da cerimônia.

Dentro do Palácio do Planalto, o que se diz é que Frias ficaria encarregado dos eventos de adulação ao presidente Bolsonaro. A parte política seria de responsabilidade dos generais que cercam o presidente e de seu staff do Centrão, leia-se Ciro Nogueira, com a colaboração de Arthur Lira, presidente da Câmara. O Centrão deve comparecer em peso.

#Arthur Lira #Ciro Nogueira #Jair Bolsonaro #Lula #STF


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Uma frente ampla para o Ministério da Economia

3/01/2022
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O economista Arminio Fraga acende uma vela a Deus e outra ao diabo. Diz que está pronto a colaborar – ser ministro da Economia – de um governo que adote suas ideias. Por aderência natural migraria para a candidatura Sérgio Moro. Mas o candidato lavajatista já tem o seu ministro – o professor Affonso Celso Pastore – e reduzidas chances de vitória. Com Bolsonaro, Fraga não tem nem conversa. De Lula recebeu acenos, mas teria recusado. Não é bem verdade. Teria, sim, postergado. Fraga aguarda a indicação de Geraldo Alckmin à vice-presidência de Lula. Seria a forma tortuosa de abrir um canal de diálogo com o líder das pesquisas eleitorais.

O controlador da Gávea Investimentos espera que Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e José Serra, entre outros “tucanos de cabelos brancos”, venham a aderir à chapa Lula-Alckmin para se juntar aos apoiadores pessedebista da coligação lulista. Ou seja: esse PSDB informal e depurado de nomes como o de Aécio Neves, só para dar o exemplo mais gritante. Fraga se perfila entre os tucanos de boa cepa, mas no fundo tem um lado pessoal que lembra Paulo Guedes: quer obsessivamente ser ministro há anos e anos, amém. Sabe que Lula caminhará para a centro direita.

E que muitas das suas ideias serão incorporadas em um futuro governa lulista. A chave de entrada seria a formalização de Alckmin na vice-presidência. A tropa de choque lulista não descarta um convite a Fraga, mas ele não lidera a lista dos mais bem quistos potenciais futuros ministros da Economia. Lula preferiria um perfil político, mais próximo de estilo Antônio Palocci, titular da Pasta no seu primeiro governo. Dois nomes se sobressaem nessa lista: o do governador do Maranhão e professor de Direito Constitucional da Universidade do Maranhão, Flávio Dino; e do ex-vereador por Teresina, deputado estadual, federal, senador e quatro vezes governador do Piauí – inclusive exercendo o atual mandato -, Wellington Dias. Ressalte-se que os dois compareceram ao jantar oferecido por um grupo de advogados paulistas para aproximar Lula ainda mais de Geraldo Alckmin.

Apetece também ao ex-presidente a escolha de um empresário do setor real da economia. Há diversos papeizinhos com nomes nesse pote: Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice de Lula, José de Alencar, e presidente da Fiesp; Pedro Passos, um dos controladores da Natura, que daria um toque ESG à política econômica; Pedro Wongtschowski, industrialista e presidente do Conselho do Grupo Ultra; Benjamin Steinbruch, presidente da CSN (ver RR de 22 de dezembro de 2021) e amigo pessoal do assessor de Lula, Aloizio Mercadante – seja lá o peso que isso tenha na escolha; e até mesmo o octogenário Abilio Diniz, que voltou à cena, expondo suas ideias na mídia como se quisesse ser lembrado. Correndo por fora do setor real viria o tecnocrata financeiro multi-partidário Henrique Meirelles – presidente do BC de Lula, ministro da Fazenda de Michel Temer e secretário da Fazenda de João Doria.

Meirelles não está na pole position da indicação para o Ministério da Economia, mas reúne três pontos a favor: se dá bem com Lula, conta com o aval do mercado e teria um bom entendimento com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que estará à frente da autoridade monetária, seja lá quem for o futuro presidente. Meirelles, contudo, tem um ponto avantajado contra ele: a atual relação estreita com Doria, que fará uma campanha eleitoral fustigando Lula. Nesse contexto, Fraga seria o candidato natural do mercado. Recentemente, passou a namorar a centro-esquerda. E atrairia pessedebistas ainda recalcitrantes em relação ao apoio a Lula. Um senhor ponto contra é que é detestado por segmentos influentes do PT. Candidatos a ministro da Economia, portanto, ainda pululam aos montes. De certo mesmo, somente é que todos serão “subministros”. O “titular da Pasta” de fato será o próprio Lula, que, se eleito, pretende que a política econômica seja realizada com dosimetria política. O inverso de Jair Bolsonaro. O que não deixa de ser uma boa notícia.

#Abilio Diniz #Armínio Fraga #Lula #Ministério da Economia #PT


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O molusco e o cetáceo

28/12/2021
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Lula e o presidente do MDB, Baleia Rossi, deverão ter um encontro reservado nos próximos dias. Recentemente, ao lado de Simone Tebet, Rossi esteve reunido com o tucano João Doria. Tudo cenografia. Dentro do MDB, todos sabem que ele vai aonde Michel Temer determinar.

#Baleia Rossi #Lula #MDB


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Um brinde a 2022

9/12/2021
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Renan Calheiros está organizando um jantar de lideranças do MDB com Lula. Eunício de Oliveira e Romero Jucá são tidos como nomes certos. A expectativa maior fica por conta da presença ou não de Michel Temer.

#Eunício de Oliveira #Lula #MDB #Renan Calheiros #Romero Jucá


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O influencer Michel Temer

3/12/2021
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O ex-presidente Michel Temer está rejuvenescendo sua comunicação nas redes sociais. Tem produzido vídeos regulares para a plataforma Tik&Tok, muito popular entre o público mais jovem. Um de seus “marqueteiros” é o próprio filho Michelzinho, de 11 anos. O rebento desfruta de razoável sucesso no YouTube: seu canal – “Mitemer” – reúne cerca de 62 mil seguidores.

#Michel Temer


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O teatro de Temer

18/11/2021
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Nas conversas com interlocutores do MDB, mesmo sem ser perguntado sobre o assunto Michel Temer sempre arruma um jeito de dizer que não quer ser candidato ao Senado em 2022. Ou seja: quer muito.

#MDB #Michel Temer


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Tudo como dantes

9/11/2021
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Eduardo Cunha e Michel Temer voltaram a se falar com regularidade. A relação andou um tanto quanto estremecida depois de Cunha ter revelado em seu livro que Temer já tramava o impeachment de Dilma Rousseff três meses antes da abertura do processo na Câmara.

#Eduardo Cunha #Michel Temer


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O partido tem dono

29/10/2021
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Paulo Skaf vem testando – e autoespeculando – seu nome como candidato ao Senado pelo MDB. No entanto, uma ala mais raiz do partido defende que a primazia é de Michel Temer. Se ele decidir concorrer, a vaga é dele.

#MDB #Paulo Skaf


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Mudança no regime fiscal será o legado de Guedes

22/10/2021
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A condução do debate sobre a mudança do regime fiscal está torta. As discussões não têm levado em consideração os impactos positivos que gastos públicos bem alocados geram para a economia. O auxílio emergencial – gatilho para a desconstrução do teto de gastos – não é apenas uma “camada de proteção” (Apud Paulo Guedes). Além do seu propósito “primário” – ajudar os excluídos -, a medida tem outros efeitos benéficos. Que o diga o ano de 2020.

Segundo cálculos do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar), da UFMG, se o auxílio emergencial não tivesse sido concedido no ano passado, o PIB teria uma queda adicional de 2,4 pontos percentuais. Ou seja: a retração aumentaria de 4,1% para 6,5%. O mesmo estuda aponta também que a medida compensatória impediu um desvio negativo de quase 6% do PIB até 2040. O Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades da FEA-USP foi ainda mais longe. De acordo com a instituição, sem o benefício, o recuo do PIB em 2020 poderia ter chegado a 14,8% no pior cenário.

Nessa hipótese, imagine como ficaria a relação dívida/PIB. Além disso, a redução no consumo das famílias teria saltado para um intervalo entre 11% e 14,7%, muito além dos 6% registrados. Agradeça-se esse índice aos mais de R$ 103 bilhões em recursos do auxílio emergencial que irrigaram a economia via consumo – estimativa da Confederação Nacional do Comércio. A concessão do benefício em 2020 teve ainda um efeito colateral positivo sobre o emprego.

Conforme estudo da Rede de Pesquisa Solidária em Políticas Públicas e Sociedade, sem o auxílio, a taxa de desocupação teria batido nos 17%, ou seja, 3,5 pontos percentuais acima do índice registrado (13,5% – o maior da série histórica iniciada em 2012). O ministro Paulo Guedes pode ter acertado por uma via transversa. A mudança do regime fiscal e o fim da algema do teto de gastos já estão em curso, só não vê quem não quer – ler RR de 20 de outubro.

Há medidas nessa direção em estudo pela equipe econômica, como disse a newsletter na mesma edição. Uma delas, já anunciada pelo próprio ministro, é a possível antecipação da revisão da regra para a sincronização entre os índices que corrigem o teto para o ano subsequente (IPCA) e as despesas com Previdência, seguro-desemprego e abono (INPC) – originalmente prevista apenas 2026. No caso, a iniciativa até colabora com a preservação do teto. Mas não adianta: tudo o que for divulgado sobre o assunto será interpretado pelo mercado como lassidão fiscal.

Por isso, os estudos estão sendo citados publicamente a conta-gotas. A extensão do Auxílio Brasil, no valor de R$ 400, até o fim de 2022, compromete o próximo presidente, seja ele quem for, inclusive o próprio Jair Bolsonaro. O governo estará intimado a manter o benefício a partir de 2023, da mesma forma como ocorreu com o Bolsa Família – ao fim da era PT, nem Michel Temer nem Bolsonaro ousaram extinguir o programa. É uma boa notícia.

#Auxílio Brasil #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes


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Padrinho forte

24/09/2021
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Procura-se um lugar para o ex-deputado Carlos Marun no governo. Entre as opções consideradas no Palácio do Planalto estaria o comando da Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco). Marun foi conselheiro de Itaipu até maio deste ano. Não por coincidência, seu nome volta ao tabuleiro no momento de ascensão de Michel Temer. Marun foi ministro da Secretaria de Governo de Temer.

Por falar em Temer: Marcos Pereira, presidente do PRB, está cotado para assumir o Ministério das Ciências e Tecnologia, mandando Marcos Pontes para o espaço. Pereira foi ministro da Indústria e Comércio de Temer.

#Carlos Marun #Michel Temer #Ministério das Ciências e Tecnologia


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Partido do Michel

22/09/2021
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O ex-presidente Michel Temer não “voltou” sozinho. Romero Jucá e Eunício de Oliveira – dois dos principais representantes da ala “temerista” no MDB – já articulam suas candidaturas ao Senado em 2022, respectivamente por Roraima e Ceará. Assim como Temer, ambos estavam aparentemente fora do jogo.

#MDB #Michel Temer


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Temer nas redes

20/09/2021
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Michel Temer está gravando uma série de vídeos para as redes sociais com seu marqueteiro Elsinho Mouco. Coisa de candidato. Ou de que quem quer parecer que é.

#Michel Temer


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Sonho meu 1

15/09/2021
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Com a volta ao game de Michel Temer, seu velho padrinho político, o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, já enxerga uma fresta para ressuscitar sua candidatura ao governo de São Paulo pelo MDB. Sonhar não custa nada.

#Fiesp #MDB #Michel Temer #Paulo Skaf


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Sonho meu 2

15/09/2021
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Chiste de um aliado de quatro costados do ex-presidente Michel Temer: “Bolsonaro encontrou seu vice para 2022”.

#Michel Temer


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Primeira via

1/09/2021
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De uma velha raposa do MDB em referência ao manifesto “Todos por um só Brasil”, lançado na semana passada: “Que terceira via, que nada. Michel Temer está aumentando o valor do seu passe junto ao ex-presidente Lula”.

#Lula #MDB #Michel Temer


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Hackers se tornam o pesadelo do Estado brasileiro

22/07/2021
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A criação da Rede Federal de Gestão de Incidentes Cibernéticos, anunciada na última sexta-feira, pode ser muito mais uma reação do que uma ação profilática do governo. Segundo o RR apurou, a nova estrutura foi instituída a toque de caixa como uma resposta a quatros novos ataques cibernéticos que teriam sido identificados pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) nos últimos dois meses. De acordo com a fonte da newsletter, os alvos teriam sido o INSS, a Receita Federal, o Banco Central e o TSE.

O RR conversou com o GSI através de uma troca de e-mails. Consultado sobre os eventuais ataques, o Gabinete de Segurança Institucional disse que “cada órgão é responsável pela segurança de seus ativos de informação” e que “tais questionamentos deveriam ser dirigidos aos respectivos órgãos”. Consultado sobre a eventual invasão e os danos causados, a Receita, por meio de sua assessoria, respondeu com um sucinto “Nada a comentar”. O INSS disse que “Não há confirmação desses ataques”. O BC, por sua vez, garantiu que “a informação não procede”.

Já o TSE afirmou que “não há registros de qualquer ataque recente aos seus sistemas”. Ressalte-se que, em novembro de 2020, houve uma tentativa de invasão do banco de dados do Tribunal, confirmada pelo próprio presidente da Corte, Luis Roberto Barroso. Já o INSS está na berlinda devido às denúncias de vazamento de dados de aposentados e pensionistas, usados para empréstimos consignados irregulares. Em junho, a Câmara dos Deputados realizou uma audiência pública para discutir a questão. Neste momento, um dos receios do GSI seria a hipótese da proximidade do calendário eleitoral estimular ataques cibernéticos diretamente contra a Presidência da República.

No diálogo com o RR, o órgão negou que esta tenha sido uma das preocupações que levaram à criação da Rede Federal. Porém, não custa lembrar que, em 2017, o então ministro do GSI, general Sergio Etchegoyen, recomendou ao presidente Michel Temer a aquisição de equipamentos capazes de interferir no funcionamento de dispositivos eletrônicos e, com isso, impedir gravações e escutas no Palácio do Planalto e no Palácio Jaburu – ver RR de 18 de maio de 2017. A orientação foi ignorada. Resultado: Temer acabou sendo gravado por Joesley Batista na garagem do Jaburu. O GSI rebate também a informação de que a Rede Federal foi instituída a toque de caixa como resposta a novos ataques cibernéticos: “Toda norma do GSI é fruto de estudo meticuloso, que inclui oitiva, no mínimo, de cada órgão da administração pública federal”.

É importante ressaltar que a nova estrutura será circunscrita ao Executivo Federal, ainda que, segundo o Gabinete de Segurança Institucional, “é facultado aos demais Poderes, bem como ao Poder Executivo nos níveis estadual e municipal, sua adesão à rede”. Há um dado curioso no decreto 10.748. O artigo 3 cita que um dos objetivos da Rede Federal é “divulgar informações sobre ataques cibernéticos”. Quer dizer que antes eles não eram revelados? Segundo o GSI, “as informações sobre ataques cibernéticos que já eram divulgadas na rede dizem respeito ao método do ataque e às suas características, para que os demais componentes da rede possam se defender.

Os alertas e as recomendações sobre ataques cibernéticos que são de caráter geral já são difundidas há anos na página eletrônica do CTIR Gov (https://ctir.gov.br/)”. A deterioração das condições de defesa cibernética do Estado brasileiro têm sido motivo de atenção por parte de diferentes esferas de Poder. No fim de 2020, o TCU produziu um relatório de mais de 200 páginas sobre segurança da informação na Administração Pública Federal. Entre uma série de fragilidades, o Tribunal demonstrou especial preocupação com o armazenamento de dados da máquina pública nas nuvens. Em janeiro deste ano, a CGU, por sua vez, identificou vulnerabilidades na estrutura de segurança digital do próprio INSS. Segundo o relatório, havia perfis de estagiários menores de idade, servidores aposentados e ex-funcionários terceirizados ainda com acesso válido à plataforma.

#Gestão de Incidentes Cibernético #INSS #TCU


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Padrinho forte

24/06/2021
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A operação do MDB para que o agora ex-presidente do Cade, Alexandre Barreto, permaneça no Conselho ganhou um forte reforço: Michel Temer teria intercedido junto ao presidente Jair Bolsonaro para que Barreto assuma a superintendência geral da autoridade antitruste.

#Cade #Jair Bolsonaro #MDB


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Ponto final

24/06/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Foundation Capital, Presidência da República, Indorama, GIC, Amazon, Michel Temer, MPF e Belterra.


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Lembranças de 2002

21/05/2021
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Além da reaproximação com Michel Temer, Lula deve conversar, em breve, com Eunício de Oliveira e Romero Jucá. Ao lado de Renan Calheiros, Eunício e Jucá figuraram entre os fiadores da coalizão do MDB com o PT no governo Lula. E o “golpe” em Dilma? Isso agora não vem ao caso.

#Lula


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Velha política

5/05/2021
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Lula e Michel Temer têm conversado com mais frequência. E o “golpe” contra Dilma Rousseff? Lula nunca foi de guardar esse tipo de ressentimento.

#Lula #Michel


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O crime dos irmãos Batista compensa

22/04/2021
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A rentabilidade da JBS é uma prova de que o crime compensa. Conforme informou o Valor Econômico na última segunda-feira, desde maio de 2017, quando estourou o escândalo da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer, o valor de mercado da empresa cresceu 223%. Esse número joga foco sobre uma lacuna da Lava Jato: mesmo com todos os delitos praticados e confessados à Justiça, Joesley e demais controladores da JBS seguem auferindo lucros expressivos – parte deles provenientes de facilidades geradas por crimes cometidos bem antes da conversa imprópria com Temer.

A JBS fechou um ótimo negócio vis-à-vis a proporção dos crimes cometidos e os ganhos obtidos. Em seu acordo de leniência, o grupo comprometeu-se a pagar uma multa de R$ 10,3 bilhões ao longo de 25 anos. Com a correção pelo IPCA, estima-se que o valor final chegue a R$ 20 bilhões, ou seja, uma “prestação” de aproximadamente R$ 800 milhões/ano. Para efeito de comparação, essa cifra equivale a 35% do lucro médio da JBS entre 2017 e 2020 (R$ 2,28 bilhões por ano). Ou a menos de 3% do faturamento da empresa só em 2020. Se pensarmos na multa imposta, na física, aos irmãos Joesley e Wesley Batista, a punição pelos malfeitos foi ainda mais irrisória: R$ 1 bilhão.

O RR já tratou do assunto em 25 de novembro de 2019. À época, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara chegou a discutir um projeto prevendo a desapropriação de empresas cujos controladores tenham sido condenados por crime de corrupção ou lavagem de dinheiro. Com o desmonte da Lava Jato, o tema volta à tona: é necessário criar algum tipo de mecanismo para evitar que esse primado da usurpação indevida se perpetue.

A Constituição prevê a possibilidade de expropriação, mas apenas de bens imobiliários. Na avaliação de juristas consultados pelo RR, a hipótese de desapropriação de companhias pertencentes a empresários condenados por corrupção exigiria uma PEC. Ressalte-se que, em 2016, o então ministro da Transparência, Torquato Jardim, chegou a propor ao Congresso mudanças na Lei Anticorrupção. Sua recomendação previa a venda compulsória do controle ou até mesmo a dissolução de empresas reincidentes em casos de pagamento de propina. Por ora, a JBS segue como se a Lava Jato sequer tivesse existido. Ainda que indiretamente, a compra da holandesa Vivera, anunciada na segunda-feira, é mais um bônus de negociações suspeitas realizadas no passado.

#JBS #Joesley Batista


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Temer ficha limpa

8/04/2021
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À luz do dia, Michel Temer sai pela tangente. Mas, em conversas com aliados figadais, a exemplo do deputado Baleia Rossi, cogita a possibilidade de se candidatar ao Senado em 2022. A recente absolvição em um processo de acusação de suborno no setor portuário encheu Temer de gás.

#Michel Temer


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Embaixador honorário da China

19/01/2021
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De olho no 5G, a Huawei acertou em cheio ao recorrer ao préstimos de Michel Temer como seu novo lobista no Brasil. Temer tem um histórico de colaboração a companhias do país asiático ou pertencentes a orientais. Uma delas era uma fabricante de eletroeletrônicos de origem chinesa instalada em São Paulo – e mais o RR não diz. Após uma sucessão de estranhas operações de importação de componentes da China, a referida empresa quebrou com uma dívida de R$ 1 bilhão.

#Michel Temer


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Trio afinado

6/01/2021
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O ex-senador Romero Jucá, velho cacique do MDB, entrou de cabeça na campanha de Baleia Rossi à presidência da Câmara. Jucá toca de ouvido com Michel Temer, padrinho político de Rossi.

#MDB #Romero Jucá


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Página virada

9/12/2020
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O sempre general Villas Bôas tem refutado a sugestão de alguns velhos colegas de farda para processar Michel Temer. Em seu recém-lançado livro de memórias, Temer insinua que Villas Bôas e o general Sergio Etchegoyen conspiraram pelo impeachment de Dilma Rousseff.

#General Villas Bôas #Michel Temer


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Os Picciani vivem

19/10/2020
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Leandro Cruz, secretário de Educação do Distrito Federal, está cotado para assumir uma das secretarias do Ministério da Educação. Cruz foi braço direito de Leonardo Picciani, filho do ex-presidente da Alerj Jorge Picciani, no Ministério do Esporte durante o governo de Michel Temer.

#Jorge Picciani #Ministério do Esporte


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“Ameaça” Biden chacoalha o tabuleiro do Itamaraty

25/09/2020
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O RR apurou no epicentro do governo que já estão sendo debatidas as hipóteses de reconstrução da política externa com os Estados Unidos caso o democrata Joe Biden seja eleito. Ela começa por mudanças nos “móveis” da própria casa, ou seja, o Ministério das Relações Exteriores. A premissa é que a permanência de Ernesto Araújo à frente da Pasta será incompatível com o retorno dos democratas à Casa Branca. Segundo fontes ligadas ao Itamaraty, três diplomatas despontam na linha de frente dos candidatos à sucessão de Araújo.

Todos têm um traço em comum: combinam experiência, tamanho para o cargo de chanceler e guardam alguma proximidade com o clã Bolsonaro. Ou seja: emprestariam ao Ministério o pragmatismo necessário para o novo cenário, permitiriam que o Brasil azeitasse suas  relações com um eventual governo democrata nos Estados Unidos sem que, para isso, Bolsonaro precisasse promover uma mudança de rota mais brusca. Um dos candidatos tidos como mais fortes é Luis Fernando Serra, ex -embaixador brasileiro em Paris.

Serra ganhou muitos pontos no Palácio do Planalto quando foi à TV francesa defender Bolsonaro, com fervor patriótico, dos ataques do presidente Emmanuel Macron ao governo brasileiro por conta das queimadas na Amazônia. O embaixador chama a atenção de seus colegas pela flexibilidade retórica em agradar Bolsonaro sem necessariamente ferir posições históricas da diplomacia brasileira. Serra é conhecido também pela boa articulação junto a diplomatas mais antigos.

Pela sua experiência, é visto como alguém capaz de dar um tom mais sereno nas relações com os Estados Unidos sem desagradar Bolsonaro e os seus. Outro nome forte é o da diplomata Maria Nazareth Farani Azevedo, esposa do ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo. Há algum tempo Maria Nazareth é cotada em Brasília para algum alto cargo no Itamaraty. Assim como Luis Fernando Serra, ela tem demonstrado habilidade para combinar um discurso pró-Bolsonaro com a defesa de posições mais pragmáticas nas Relações Exteriores. Um nome que corre por fora é o de Pompeu Andreucci Neto, ex-embaixador do Brasil em Madri.

Andreucci não tem a mesma conexão direta com Bolsonaro que Serra e Maria Nazareth. Mas dispõe de um trunfo político: é ligado ao ex-presidente Michel Temer, hoje cada vez mais próximo de Bolsonaro. Uma solução menos natural seria a escolha de um “forasteiro”, ou seja, não necessariamente de um diplomata de carreira. Trata-se de uma hipótese menos provável, mas dois nomes são ventilados: o vice-presidente Hamilton Mourão e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Nesse caso, tanto um quanto o outro acumulariam funções no governo. A gestão de Tereza Cristina é um dos principais cases de sucesso desse governo. Tirá-la da Agricultura seria despir um santo para vestir o outro.

#Donald Trump #Jair Bolsonaro #Pompeu Andreucci Neto


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Ônus e bônus

18/09/2020
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Michel Temer teve um papel importante na costura do acordão entre MDB, DEM e PSDB em torno da candidatura de Bruno Covas à reeleição em São Paulo. O risco é depois virar um passivo na gestão Covas.

#Bruno Covas #Michel Temer


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Planalto pensa em nova intervenção no Rio

31/08/2020
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A hipótese de uma nova intervenção federal no Rio de Janeiro foi aventada no Palácio do Planalto durante a última sexta-feira. A questão central é a segurança pública, agravada pela sensação de desmando no estado. Como se não bastasse a forte crise política, com o afastamento de Wilson Witzel e as suspeições em torno da sua linha sucessória – o vice Claudio Castro e o presidente da Alerj, André Ceciliano –, a grave onda de violência na cidade do Rio justificaria o envio de tropas federais e, mais uma vez, a presença do Exército.

Na semana passada, a região central da cidade foi aterrorizada por uma guerra entre quadrilhas rivais. Por dois dias, bairros ficaram sitiados, ruas foram interrompidas, houve seguidos tiroteios entre policiais e bandidos, moradores sequestrados e sendo usados como escudo. Segundo o RR conseguiu apurar, serviços de Inteligência da área de Segurança indicam que o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do país, estariam preparando uma nova ofensiva para os próximos dias com o objetivo de reconquistar territórios perdidos para quadrilhas rivais.

O crime corre solto em meio à sensação de que o Rio está acéfalo. Ressalte-se que um dos colaboradores mais influentes de Jair Bolsonaro é o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, elogiadíssimo comandante da intervenção federal no Rio de Janeiro, em 2018, decretada pelo então presidente Michel Temer. Um dado curioso: o gabinete de intervenção instituído há três anos ainda não foi formalmente extinto. Vinculado à própria Casa Civil, o órgão segue ativo, com servidores lotados. Hoje, dedica-se a atividades administrativas ainda referentes à operação de 2018, como a gestão de equipamentos comprados pelo governo federal na ocasião, entre eles três helicópteros.

#Alerj #Palácio do Planalto #Wilson Witzel


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O Capitão e o vampiro

31/08/2020
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Jair Bolsonaro anda encantado com Michel Temer. Cogita oferecer a ele a embaixada do Brasil no Líbano. Só falta essa…

#Jair Bolsonaro


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Controle remoto

27/08/2020
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A aproximação com Michel Temer já rende os primeiros frutos para Jair Bolsonaro. O deputado Baleia Rossi (MDB-SP), unha e carne de Temer, foi personagem fundamental na articulação para que a Câmara derrubasse a decisão do Senado e mantivesse o veto de Bolsonaro ao aumento dos servidores públicos. O cetáceo parlamentar só se empenha tanto quando o assunto interessa diretamente ao padrinho Temer.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer


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Conselheiro

25/08/2020
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No Palácio do Planalto, o movimento de Jair Bolsonaro na direção de Michel Temer e José Sarney é atribuído ao aconselhamento do presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

#Davi Alcolumbre #Jair Bolsonaro #Michel Temer


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“Nova política”

20/08/2020
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Depois de Michel Temer, Jair Bolsonaro articula um encontro com outro ex-presidente, o nonagenário José Sarney. Ambos têm um adversário em comum: Flavio Dino.

#Flavio Dino #Jair Bolsonaro


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Afinal, qual é a desoneração da folha de Paulo Guedes?

18/08/2020
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É preciso compreender melhor o que o ministro Paulo Guedes entende como desoneração da folha de trabalho. Uma coisa é desonerar os novos empregos, o que faz sentido em parte, pois o empregador pode trocar mão de obra “cara” por nova mão de obra barata ou “desonerada”. Outra coisa é desonerar os encargos na folha de salários dos trabalhadores de mais baixa renda, o que ajuda os mais pobres. Justo, justíssimo! Finalmente, uma terceira coisa é desonerar toda a folha de salário.

Trata-se de uma experiência já vivida no governo Dilma, um filme que não deu certo. De acordo com o Ipea, a desoneração da folha promovida pela Sra. Rousseff, de 2012 a 2015, não teve impacto no emprego. Já na margem de lucro das empresas a medida teve o efeito de um bombom de cereja com licor. Curioso é que um dos autores do estudo do Ipea que constatou a ineficiência da desoneração da folha foi Adolfo Sachsida, hoje secretário de Política Econômica do Ministério da Economia.

A política de Dilma Rousseff se deu pela substituição dos 20% da contribuição patronal ao regime de Previdência que incide na folha de pagamento por uma contribuição entre 1% e 2% sobre o faturamento das empresas. Para se ter uma ideia da disposição de Dilma em cortar os tributos, de 2011 até o fim do seu governo, em 2016, a tesourada nos gravames foi de cerca de R$ 458 bilhões, ou seja, metade da economia obtida com a reforma da previdência do governo Bolsonaro. Recentemente, Dilma fez um mea culpa e se penitenciou, contrita, pela insistência com a desoneração, uma medida “que não aumentou o investimento nem o emprego e somente contribuiu para encher o bolso dos empresários”.

Com Michel Temer assumindo a presidência, coube ao seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, reonerar vários setores da economia. Naqueles idos, Meirelles considerava que a desoneração somente colaborou para a deterioração da situação fiscal do país. Pois bem, estamos de volta para o passado. Mas talvez Paulo Guedes tenha a dosimetria certa para fazer com que esse veneno sob forma de bálsamo se transforme em um lenitivo eficaz para o desemprego no país.

#Dilma Rousseff #Henrique Meirelles #Ipea #Paulo Guedes


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Desapreço de Bolsonaro pela Abin sai caro

2/07/2020
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Mesmo com a toda a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno, ministro do GSI, não consegue furar o bloqueio para a obtenção de um aumento significativo do orçamento da União. Diga-se de passagem que não é uma exclusividade de Heleno: seu antecessor, o general Sergio Etchegoyen, também não teve intento no pleito junto a Michel Temer. A dotação de aproximadamente R$ 600 milhões prevista para este ano é insuficiente – mesmo porque quase 90% são sugados pelos gastos com pessoal. Estima-se que a Agência precisaria de pelo menos o dobro desse valor para reduzir o gap tecnológico em relação a suas congêneres internacionais.

Os programas de aquisições de equipamentos estão praticamente parados. Há demandas como, por exemplo, a compra de softwares de monitoramento e sistemas de rastreamento que estariam pendentes há mais de três anos. Outra medida discutida no entorno da Abin é a mudança no método de contratação de seus servidores. O entendimento é que os concursos públicos se tornaram um modelo burocrático, arcaico e incapaz de arregimentar profissionais aptos a atender às especificidades do Serviço de Inteligência. Atividades básicas, a exemplo da obtenção de dados a partir de fontes abertas e da leitura, análise e cruzamento de informações a partir do trabalho de campo – conhecidas pela sigla OSINT -, não têm sido desempenhadas a contento pelas limitações de parte dos recursos humanos da Abin.

Uma proposta que encontra eco no GSI e entre os quatro estrelas do Palácio do Planalto seria o recrutamento direto de profissionais. Esse é o método predominante em quase todos os grandes países. Nos Estados Unidos, a CIA mantém um sistema permanente de monitoramento em universidades e empresas de tecnologia para pinçar novos quadros com aptidões específicas. Há outros expedientes aparentemente prosaicos, mas igualmente eficazes. Na Inglaterra, consta que o MI-5 (Inteligência interna) e o MI-6 (Inteligência externa) costumam, sem se identificar, publicar mensagens criptografadas em redes sociais para recrutar possíveis candidatos entre aqueles capazes de decifrar as respostas.

O enfraquecimento da Abin nos últimos anos tem custado à Agência não apenas grandes constrangimentos – como o descrédito do presidente Bolsonaro, vide a reunião ministerial de 22 de abril -, mas também embaraços no varejo. Um melhor aparelhamento da instituição impediria as recorrentes porosidades na análise da vida pregressa de indicados a cargos públicos, possibilitando, inclusive, correções prévias em tempo hábil, como as que poderiam ser feitas no currículo de Carlos Alberto Decotelli quando da sua indicação para o Ministério da Educação. Há duas semanas, por exemplo, o governo passou pelo vexame da passagem-relâmpago de Alexandre Cabral pela presidência do Banco do Nordeste. Cabral foi nomeado e exonerado em menos de 24 horas, após a “descoberta” de que ele é alvo de investigação no Tribunal de Contas da União por supostas irregularidades quando comandava a Casa da Moeda. Inteligência faz falta a qualquer governo.

#Abin #Augusto Heleno #GSI #Jair Bolsonaro


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Crônica de um Brasil com sombrero

28/05/2020
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O Brasil, que já vislumbra o risco de um isolamento comercial devido à disparada dos casos de coronavírus e a ameaça de ser o propagador de uma segunda onda da doença no mundo, está ameaçado de sofrer também um lockout moral. O estouro de novas denúncias de relações promíscuas entre o Poder Público e o setor privado tende a aumentar a aversão internacional ao país. De certa forma, o Brasil parece marchar na direção de um processo de “mexicanização”, leia-se o acúmulo por anos e mais anos de casos de corrupção institucionalizada.

Os quatro últimos presidentes mexicanos foram ou são alvo de investigação por irregularidades. No caso do Brasil, é preciso fazer uma ressalva. O presidente Jair Bolsonaro tem mil e um problemas ao seu redor, mas não pesam sobre seus ombros denúncias de corrupção, ao contrário do que ocorreu nos governos petistas e na gestão de Michel Temer. Ainda assim, a comparação entre Brasil e México se aplica pelo “conjunto da obra”. O Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparência Internacional corrobora essa proximidade.

O Brasil ocupa o 106o lugar em um ranking de 180 nações – quanto mais baixa a posição maior a percepção de corrupção. Está a apenas 24 degraus do México, que ocupa o 130o posto na medição da Transparência Internacional. No “ranking” do Google, a distância entre os dos países é proporcionalmente ainda menor. No final da tarde de ontem, uma busca por “Corruption AND Brazil” exibia cerca de 73,7 milhões de resultados – contra 77,6 milhões para uma pesquisa por “Corruption AND Mexico”.

O Brasil é um país em permanente estado de busca e apreensão. Não obstante sua amplitude e impacto, a Lava Jato não foi um programa de Estado para o combate à corrupção, mas uma Operação, que teve suas virtudes e seus pecados. Os casos destampados nos últimos dias pelo Supremo Tribunal Federal e pela Polícia Federal mostram que o Brasil está se revelando um benchmarking de uma nova corrupção ou uma corrupção 3.0. Sob certo aspecto, saem os canteiros de obra e as malas de dinheiro e entram algoritmos e régias contribuições financeiras para impulsionamentos nas redes sociais.

#Covid-19 #Jair Bolsonaro #Lava Jato #Michel Temer


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Curitiba é Curitiba

19/05/2020
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A troca do superintendente da PF no Paraná é tratada por Jair Bolsonaro como um movimento duplamente estratégico: não apenas por se tratar do território de Sergio Moro, mas pelo fato de que a PF paranaense é responsável pela investigação de políticos sem foro privilegiado, a começar pelo ex-presidente Michel Temer. Trata-se de um “ativo” que não pode ser desprezado.

#Jair Bolsonaro #PF #Sérgio Moro


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Cabo de guerra

4/03/2020
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Mais uma zona de atrito entre Jair Bolsonaro e Rodrigo Maia: o Palácio do Planalto quer acelerar a votação do projeto de lei que regulariza a situação dos produtores rurais instalados na Floresta Nacional do Jamanxim (PA). Em 2018, Michel Temer transformou a reserva em área de preservação ambiental. Maia, no entanto, finge que não é com ele.

#Jair Bolsonaro #Rodrigo Maia


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Bolsonaro segue o “mestre” na OEA

21/01/2020
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O presidente Jair Bolsonaro fará mais um agrado à Casa Branca. De acordo com informações filtradas do Itamaraty, o governo brasileiro vai apoiar a reeleição do uruguaio Luis Almagro ao cargo de secretário-geral da OEA – o pleito está marcado para 20 de março. Mais uma vez, o alinhamento – ou subserviência – aos Estados Unidos significará o rompimento com tradições diplomáticas brasileiras.

O voto do Brasil deverá caminhar na contramão do posicionamento da maioria dos países da América do Sul, a começar pela Argentina, favoráveis à candidatura da equatoriana Maria Fernanda Barbosa. Diplomata de carreira, Maria Fernanda foi chanceler do Equador em Buenos Aires e presidiu a mais recente Assembleia Geral da ONU. É tida como a favorita para liderar a OEA. No mapeamento feito pelo próprio Itamaraty, ela teria hoje 19 dos 33 votos do colégio eleitoral. José Almagro é visto como uma extensão da Casa Branca na OEA.

Costuma demonstrar sintonia com os Estados Unidos em questões mais sensíveis. Foi assim no auge da crise institucional na Venezuela, quando defendeu uma intervenção militar para “pôr fim ao regime de Nicolás Maduro”. À época, soltou uma frase que poderia perfeitamente ter sido dito por Trump ou, por extensão, pelo próprio Bolsonaro: “Enquanto entre 15 mil e 22 mil cubanos estiverem na Venezuela é impensável o retorno da democracia ao país…”. Trata-se de uma curiosa metamorfose. Com raízes na esquerda, Almagro chegou a integrar o Movimento de Participação Popular, um dos braços da Frente Ampla que levou José Mujica ao poder no Uruguai. Em 2018, foi expulso dos quadros do partido justamente por apoiar ações militares na Venezuela. Hoje, sua preocupação parece ser reduzir ainda mais a distância de um mísero quilômetro que separa a sede da OEA da Casa Branca.

Por falar em OEA: o Brasil deve US$ 10,6 milhões à entidade. Desde o início da gestão Bolsonaro, em janeiro do ano passado, o governo brasileiro ainda não pagou nenhuma das cotas mensais de contribuição que cabem aos países membros da Organização. Os valores são proporcionais ao PIB de cada nação – o Brasil é o segundo maior contribuinte, atrás apenas dos Estados Unidos. Entrar para o “SPC da OEA” não é uma exclusividade do governo Bolsonaro. Em 2017, com Michel Temer na Presidência, o Brasil chegou a dever US$ 8 milhões.

#Jair Bolsonaro #OEA


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O indulto do indulto

6/01/2020
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Sergio Moro não tem lá muita vocação para “juiz de paz”. Mas, segundo o RR apurou, teve a cautela de informar previamente a membros do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), subordinado à Pasta da Justiça, que Jair Bolsonaro incluiria por conta própria policiais condenados no indulto de Natal. O benefício não constava do texto original enviado pelo CNPCP ao Palácio do Planalto. Em 2017, não custa lembrar, uma divergência com o então presidente Michel Temer por conta do indulto levou à renúncia coletiva de todos os integrantes do colegiado.

#CNPCP #Jair Bolsonaro #Sérgio Moro


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Voo às cegas

27/12/2019
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O governo, mais precisamente o Ministério da Família, encaminhou a Rodrigo Maia, em uma só leva, sete relatórios sobre a situação de acordos globais firmados pelo Brasil – do Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos e Sociais ao Pacto Internacional sobre Direitos Humanos. O que mais chama a atenção não é o calhamaço enviado à Câmara dos Deputados, mas o tempo que levou. Há uma década, desde que era presidida por Michel Temer, a Casa vinha pedindo recorrentemente essa documentação ao governo. Talvez demore outra década para decidir o que fazer com ela.

#Ministério da Família #Rodrigo Maia


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Conto chinês

26/12/2019
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Michel Temer voltou a pisar em um terreno movediço. Estaria, digamos assim, abrindo portas da República a grupos chineses com interesses no Brasil. Como parlamentar, Temer sempre manteve uma relação de proximidade com empresários do país asiático. Nem sempre deu certo. Uma das empresas que costumava ouvir conselhos do ex-presidente, a fabricante de eletroeletrônicos H-Buster, dos irmãos Guilherme e Gilberto Ho, foi tragada por uma recuperação judicial e uma dívida de R$ 1 bilhão.

#Michel Temer


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Vai ter indulto de Natal?

10/12/2019
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No que depender do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, a resposta à pergunta do título é “sim”. Segundo o RR apurou, a proposta do colegiado será beneficiar condenados a não mais do que oito anos de prisão, por crimes sem violência ou grave ameaça. A palavra final será de Jair Bolsonaro. No ano passado, já eleito, ao seu melhor estilo Bolsonaro desancou com o indulto assinado por Michel Temer, dizendo se tratar de uma “canetada feita para botar bandido na rua”

#Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária #Jair Bolsonaro


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A volta de Temer?

29/11/2019
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Há conversas no MDB para lançar Michel Temer como candidato à Prefeitura de São Paulo. Modesto, Temer tem dito a aliados que já deu sua contribuição ao país. O que significa que ele aceita.

#MDB #Michel Temer


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Melhor assim. Melhor assim?

2/10/2019
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O que, à época, foi motivo de desgosto virou razão de alivio para a diplomacia brasileira. Em novembro do ano passado, o então presidente eleito Jair Bolsonaro intercedeu junto a Michel Temer para que o Brasil retirasse sua candidatura para sediar a Conferência das Partes da Convenção do Clima das Nações Unidas (COP-25). Parece ter tido uma premonição. Se o Brasil tivesse se mantido como anfitrião do evento, representantes das grandes potências mundiais estariam no país a partir de 11 de novembro, pouco mais de um mês depois do inflamável discurso de Bolsonaro na ONU.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer


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PT e MDB juntos e misturados de olho em 2022?

30/09/2019
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O enfrentamento do “bolsonarismo” nas urnas, em 2022, pode unir os pedaços de um vaso que o impeachment quebrou: a aliança PT MDB. Esta é a percepção de dirigentes empresariais, banqueiros, juristas, parlamentares, entre outros, consultados pelo Relatório Reservado em sondagem realizada entre os dias 23 e 26 de setembro. A partir de perguntas sobre o cenário político enviadas pelo RR a 161 assinantes, chamou atenção o resultado de uma questão específica: “Na sua avaliação, de zero a dez, qual é a probabilidade de ocorrer cada uma das coligações partidárias abaixo nas eleições presidenciais de 2022?” Parcerias mais lógicas – PT-PSOL-PCdoB, PSL-DEM e PT-PDT – apareceram nas três primeiras posições. Até aí, um museu de grandes novidades. A surpresa ficou por conta da elevada expectativa de reconciliação entre PT e MDB, que governaram o país juntos por 13 anos. De zero a dez, na média os assinantes do RR classificaram em 7,9 a probabilidade de os dois partidos se unirem daqui a três anos.

Três anos? Há fortes indícios de que a voz dos entrevistados já ecoa na política. Movimentos pontuais de parte a parte sugerem que o processo de reconciliação entre petistas e emedebistas é uma realidade. 2022 já começou. Antes mesmo da disputa presidencial de 2022, o reatamento da coalizão PT-MDB teria dois alvos prioritários. No atacado, as eleições municipais do ano que vem, com a formação de alianças, notadamente nas grandes capitais; no varejo, leiase a política do dia a dia, a ampliação do poder de fogo no Congresso. Juntos, os dois partidos somam 90 deputados – o PT mantém a maior bancada da Casa, com 56 representantes, seguido do PSL, com 51.

É bem verdade que o MDB está longe de ser um monólito: muitos “partidos” e interesses pulverizados coabitam sob o seu teto. Mas o núcleo duro da sigla passaria a ter um razoável grau de alinhamento com o PT, de forma a reduzir a margem de manobra de Bolsonaro no Congresso, que já não é muita, e impor dificuldades à aprovação de pautas de interesse do Palácio do Planalto. Ainda que não necessariamente dentro da aliança, partidos da esquerda que costumam votar contra o governo, como PDT e PSOL, seriam importantes satélites do PT e do MDB na Câmara e no Senado. Desde já, podar a força do governo no Congresso é uma forma de fragilizar o capital político e eleitoral de Bolsonaro para 2022.

Lula, como se sabe, tem canal direto com a cúpula do MDB. É também o grande interessado em reviver a dobradinha com o partido e, com isso, abrir uma janela para um possível retorno do PT à ribalta, se não com ele, com outro presidenciável. Além de Lula, Jaques Wagner é outro importante embaixador dos petistas junto a lideranças emedebistas, a começar por Michel Temer, que já não faz mais segredo sobre a articulação. A sinalização mais aguda de que a costura está em curso veio justamente de Temer, em sua recente entrevista ao programa Roda Viva.

O ex-presidente citou por duas vezes a palavra “golpe” ao se referir ao impeachment de Dilma Rousseff. Fez menção a Lula e ao PT sempre em tom conciliador, sobretudo ao revisitar os bastidores do período que antecedeu o afastamento de Dilma Rousseff. O affair está no ar. Para muitos, a possibilidade de religação do PT e do MDB depois de tudo que aconteceu pode soar como uma hipótese inverossímil. No entanto, o que é a política se não a arte do impossível. Ver novamente Lula, Dilma, Temer, Renan, Eunício juntos e – quem sabe? – com Ciro Gomes no mesmo palanque é muito menos estranho do que assistir a Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e João Goulart reunidos nos anos 60. Ou a Luiz Carlos Prestes fazendo um discurso a favor de Getulio Vargas, no estádio de São Januário, após o presidente ter entregado sua mulher, Olga Benário, grávida de sete meses, para Hitler.

#Jair Bolsonaro #MDB #PT


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Mão contrária

24/09/2019
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Ao menos na liturgia, Augusto Aras fez questão de se distinguir da sua antecessora logo na partida. Na semana passada, antes mesmo da sabatina no Senado, enviou uma carta formal ao presidente Jair Bolsonaro agradecendo pela indicação para a Procuradoria Geral da República. Um rito bem diferente do adotado por Raquel Dodge, que, escolhida para substituir Rodrigo Janot, teve um célebre encontro com o presidente Michel Temer no Palácio do Jaburu, tarde da noite e fora da agenda oficial.

#Augusto Aras #Jair Bolsonaro #Raquel Dodge


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Subsolo brasileiro será a moeda de troca do embaixador Eduardo Bolsonaro

5/08/2019
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Uma missão prioritária está reservada para Eduardo Bolsonaro, futuro Embaixador em Washington e chanceler in pectore do governo Bolsonaro. Caberá ao “03” colocar em marcha uma política de troca de recursos minerais estratégicos por acordos comerciais bilaterais. O projeto nasce da premissa de que o Brasil não tem outra moeda de negociação com o mundo: o subsolo é o único grande ativo que sobrou para ser colocado sobre o tabuleiro das relações internacionais. A ideia explica a ênfase com que Bolsonaro tem se referido à abertura de reservas indígenas e de áreas de proteção ambiental para investidores privados, assim como sua insistência em nomear Eduardo para a Embaixada do Brasil em Washington.

Os Estados Unidos despontam como parceiros preferenciais. Para além da relação de proximidade ideológica entre Donald Trump e Bolsonaro, razões de ordem geoeconômica empurram os norte americanos para o negócio. O governo Trump teria todo o interesse de reduzir o espaço para a entrada dos chineses na extração de minerais estratégicos no Brasil. À exceção de minério de ferro, manganês, nióbio e cobre, abundantes nestas terras, um acordo com o Brasil faria da China um monopsônio das importações dos demais minerais do país. Ela poderia se tornar o único ou, ao menos, o principal comprador, transformando as reservas nacionais em enclaves orientais em solo brasileiro. Seria uma guerra fria polimetálica se o Tio Sam já não fosse o eleito.

No que depender das motivações de parte a parte, a Amazônia tem tudo para virar uma espécie de 51º segundo estado norte-americano. O projeto envolveria dois grandes perímetros territoriais da Região Amazônica: a Reserva Nacional do Cobre (Renca) e a Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Jair Bolsonaro quer dar sequência ao que Michel Temer ensaiou, mas não fez, notadamente no caso da Renca. Em agosto de 2017, Temer assinou decreto extinguindo a Renca e liberando a área para a exploração privada. Um mês depois, diante da pressão que sofreu, revogou a decisão. Guardadas as devidas proporções, a Reserva Nacional do Cobre é uma espécie de pré-sal da mineração. Trata-se de uma próspera província metalogenética.

No subsolo de seus mais de 46 mil quilômetros quadrados espalhados pelo Pará e Amapá, repousam, além do metal que lhe dá nome, ouro, titânio, fósforo, estanho, tântalo e grafita, segundo dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Há ainda registros de bauxita, manganês e diamante. A Reserva Raposa Serra do Sol, por sua vez, ocupa uma extensão de 17 mil quilômetros em Roraima. O governo Bolsonaro oferecerá aos investidores internacionais, de acordo com estudos da CPRM, seu subsolo cravejado de diamante e ouro. Nesse grande projeto de entrada de investidores internacionais nos “santuários” minerais do Brasil, ficariam faltando apenas os nódulos polimetálicos. São depósitos de minerais no fundo do oceano.

A costa brasileira está cheia deles. O maior e mais cobiçado é a Elevação do Rio Grande, na altura do Rio Grande do Sul. Essa Atlântida multimineral está localizada além das 200 milhas náuticas. Mas existe uma possibilidade do país ampliar seu mar territorial caso fique comprovado que a área é uma extensão geológica de terras brasileiras quando da separação da América do Sul da África.O governo já solicitou permissão à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos para fazer pesquisas no local. É mais fácil dizer o que não há naquelas profundezas. Já foram comprovadas as presenças de cobalto, níquel, cobre e manganês, além de zincônio, tântalo, telúrio, tungstênio, nióbio, tório, bismuto, platina, cério, európio, molibdênio e lítio. Vão para o portfólio com que Eduardo Bolsonaro correrá o mundo.

#Donald Trump #Eduardo Bolsonaro #Jair Bolsonaro


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Telefone satelital é o escudo do GSI contra hackers

17/06/2019
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A recente invasão do celular de Sergio Moro e o vazamento de mensagens trocadas entre o ex-juiz e o procurador Deltan Dallagnol reacenderam no Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a disposição de resgatar um projeto engavetado desde os tempos do general Sergio Etchegoyen. Trata-se da disponibilização de um sistema de telefonia satelital para a Presidência da República, ministros de Estado e outros integrantes do primeiro escalão. Além de criptografados, os aparelhos seriam linkados ao Sistema Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), satélite desenvolvido em parceria entre a Agência Espacial Brasileira (AEB), a Telebrás e a França.

A operação dos telefones ficaria concentrada na Banda X do SGDC, frequência exclusiva do Ministério da Defesa e, por extensão, das Forças Armadas – a chamada Banda Ka, de uso civil, foi concedida à norte-americana Viasat. As comunicações telefônicas dos integrantes de postos chaves da República passariam ao largo do sistema convencional das operadoras celulares. O telefone satelital é considerado um sistema com maior grau de proteção do que os aparelhos convencionais criptografados, incluindo os Terminais de Comunicação Segura (TCSs) que a Abin deverá disponibilizar à Presidência da República e aos Ministérios nos próximos dias. Procurado, o GSI disse que “o TCS utiliza criptografia de Estado e só permite comunicação criptografada com outro TCS”.

Consultada especificamente sobre a possibilidade de uso de aparelhos satelitais ligados ao SGDC, a Pasta não se pronunciou. Independentemente do sistema adotado, a sensação é que qualquer medida será tardia. A culpa, ressaltese, não deve ser jogada na conta do GSI. A recomendação do Gabinete para o uso de comunicação por satélite foi desprezada pelo então presidente Michel Temer. Não foi a única. O general Sergio Etchegoyen, à época, ministro chefe do GSI, sugeriu a instalação de equipamentos capazes de interferir na frequência de dispositivos eletrônicos, como celulares e gravadores dentro dos Palácios do Planalto e do Jaburu – ver RR edição de 18 de maio de 2017. Temer não seguiu a recomendação. Acabaria flagrado na indiscreta conversa com o empresário Joesley Batista.

#Deltan Dallagnol #Forças Armadas #GSI #Sérgio Moro


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Mesmo secando, o Rio corre para Omar

11/06/2019
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O empresário Omar Peres, o Catito, está desfiando o seu colar de empresas no Rio de Janeiro. Quase todo mês, Catito joga uma pérola fora, ou seja, fecha uma firma, festejada como um grande negócio, mas que nas mãos do empresário é mico certo. Catito transformou a tentativa de soerguimento do semienterrado Jornal do Brasil em um business melancólico e de vida curta. Reabriu o Hippopotamus para constatar que os anos 80 já tinham passado e aquele modelo de night-club, fenecido no resto do mundo.

Poucos meses depois, após o oba-oba de praxe, cerrou as portas da casa. Outra iniciativa que deu com os burros n’água foi a bolangerie Guerin, lojas em que os pães, eclaires e folheados eram feitos na frente do cliente. Agora, o imóvel do La Fiorentina, tradicional restaurante de Copacabana, joia da coroa do empresário, vai a leilão. Nas suas mãos, fica, ainda que meio agonizante, o Bar Lagoa, outro símbolo do Rio, que se arrasta para sobreviver.

Para não dizer que a caveira de burro está enterrada no Rio, também em Brasília, o fogoso empreendedor sofre. É dono de um ícone da alimentação, o restaurante Piantella, que tinha Ulisses Guimarães como seu mais famoso cliente. Recentemente, foi do Piantella que partiu Michel Temer para se encontrar com Joesley Batista, nos subterrâneos do Jaburu. Nesse ínterim da era Catito, de 2016 para cá, o restaurante sofreu ordem de despejo, teve uma queda drástica no número de comensais e vive se equilibrando com uma margem de lucro quase zerada. Mas, mesmo com toda a coleção de infortúnios, Catito é persistente.

Um interlocutor do empresário, em conversa com o RR, informou que ele estuda investir em startups no setor de comida, na qual através de um aplicativo de cozinheiros dos mais diversos naipes iriam, logo após o contato, preparar as refeições na casa do cliente. A grande diferença entre Omar Peres e outros colecionadores de insucessos empresariais é que Catito é simplesmente irresistível, e amado por jornalistas e artistas. Ninguém aponta o custo social dos seus desacertos. Não foi à toa que Ciro Gomes, na última eleição, cogitou convidá-lo para o candidato do PDT ao governo do Rio – à época, o empresário chegou a cunhar um slogan de campanha: “O Rio corre para Omar”. Independentemente do track record e seja lá a viabilidade do seu novo negócio, toda boa sorte para o Catito. Ele não desiste.

#Omar Peres


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O novo…

10/06/2019
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Na próxima quarta-feira, o TCU vai sortear o relator das contas do governo federal em 2019, o primeiro ano da era Bolsonaro. O Palácio do Planalto alimenta discreta torcida por nomes dos quais o presidente Jair Bolsonaro tem se aproximado desde o início do mandato. Um deles é Walton Alencar Rodrigues. No último dia 27 de abril, Bolsonaro foi à residência de Rodrigues para celebrar seu aniversário. Outro ministro visto com bons olhos é Augusto Nardes, que já esteve no Palácio para dar uma palestra ao próprio Bolsonaro e seus ministros sobre boas práticas de governança. Em tempo: Nardes é investigado pela Justiça por suposto envolvimento no esquema de venda de decisões no Carf.

…E o velho

Na mesma sessão, o TCU vai julgar as contas de 2018, último ano do governo Temer. Segundo o RR apurou junto a um dos ministros da Corte, o parecer será pela aprovação, ainda que com ressalvas, por conta, por exemplo, do déficit de Previdência.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer #TCU


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Rodrigo Maia cai no alçapão das fake news

7/06/2019
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O primeiro desafio da CPI das “Fake News” será sobreviver ao seu próprio objeto de investigação. Na quarta-feira, poucas horas após o pedido de criação da Comissão ser protocolado no Congresso, Rodrigo Maia passou a ser torpedeado no WhatsApp. Começou a circular uma “notícia” de que Maia não poderia presidir a Câmara por ter nascido no Chile. O “informe” vinha acompanhado do trecho da Constituição que limita a ocupação do cargo a brasileiros natos – caso de Maia, que nasceu no Chile, mas foi registrado no Consulado brasileiro. O ataque, inclusive, é requentado. Surgiu pela primeira vez nas redes sociais em 2017, quando Maia assumiria a Presidência da República durante uma viagem de Michel Temer.

#Fake News #Rodrigo Maia


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Pacto dos Três Poderes tem uma única função: salvar o presidente Bolsonaro

31/05/2019
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O Pacto Social entre os Três Poderes deverá render seu primeiro dividendo na próxima segunda-feira, com a apresentação do parecer do deputado Hildo Rocha (MDB-BA), contendo a PEC para alteração no inciso III do art. 167 da Constituição de 1988, que regulamenta a chamada “regra de ouro”. Nesta mesma data terá início a blitzkrieg para que a emenda seja votada, na segunda semana de junho, com pedido de tramitação em regime de urgência urgentíssima. A “regra de ouro” veda que as operações de crédito excedam o montante das despesas de capital. Jair Bolsonaro e os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Supremo, Dias Toffoli, não fizeram o Pacto no vazio.

A meta de curto prazo – se é que há outro objetivo programático – é, em nome da ética da responsabilidade, aprovar o crédito extraordinário solicitado pelo governo, retirando o risco de impeachment resultante do descumprimento das obrigações fiscais. A possibilidade de afastamento do presidente, por menor que seja, tem potencial explosivo em uma conjuntura de derretimento da economia e busca pela aprovação de reformas estruturais impopulares. O estouro do orçamento, em 2019, já era dado como certo antes da eleição de Jair Bolsonaro. O presidente Michel Temer viveu, em parte, essa agonia. No dia 4 de janeiro de 2018, achando que teria de se ajoelhar como pedinte a um Congresso que ainda debulhava suas “parcerias pessoais público-privadas”, solicitou uma reunião de urgência para tratar do tema. Participaram das discussões Rodrigo Maia, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira e o ministro das Cidades, Alexandre Baldy.

Mesmo assim, os técnicos da Consultoria Legislativa e de Orçamento da Câmara trabalharam com afinco para a preparação de uma PEC (423/18) que tiraria Temer e Meirelles da linha de tiro. A proposta foi apresentada em junho do ano passado pelo deputado Pedro Paulo (DEM-RJ). Mas as transferências de recursos do BNDES equacionaram a iminente desobediência da “regra de ouro”. Na semana retrasada, o Ministério da Economia informou à Câmara dos Deputados a existência de um rombo de R$ 248 bilhões, que foi revisto, na última terça-feira, para R$ 110,6 bilhões, e, ontem, novamente corrigido, subindo para R$ 146 bilhões. O deputado Hildo Rocha, relator da PEC, defende o repasse em duas tranches, devido à falta de clareza quanto ao montante solicitado para o crédito adicional.

O ministro Paulo Guedes, entretanto, considera que, mesmo sem o valor definido com maior precisão, o crédito suplementar deveria ser aprovado em uma única parcela, ou seja, a estimativa mais alta apresentada pelo governo. Guedes diz se preocupar com as dificuldades de tramitação do crédito suplementar em dois tempos, mas sabe também que ter de pedir uma nova bênção lá na frente trará o assunto “impeachment” novamente à ribalta. O Legislativo, como diria Guimarães Rosa, participa da “pactância”, garantindo a aprovação do crédito suplementar e da PEC da “regra de ouro”, e, com ela, a governança e a ilibação fiscal do presidente e de seus ministros. O STF jogaria recuado como defensor da última linha, cobrindo a retaguarda contra liminares e outros expedientes de reclame jurídico, que certamente virão.

Unidos, os Poderes montariam uma barricada contra o veto ao pedido de recursos adicionais e a responsabilização criminal de Bolsonaro, Guedes e cia. Todos os cuidados são extremamente necessários, até porque a ameaça do governo de suspender o pagamento de despesas essenciais e obrigatórias (o ministro Paulo Guedes, conforme o seu livre arbítrrio, determinaria onde contingenciar os gastos, quer seja com saúde, educação, Bolsa-Família, Previdência e funcionalismo) não só é um haraquiri político como também não dissolve uma eventual interpretação sobre a permanência da criminalização do chefe de Estado mesmo em caso do governo estripar os gastos sociais e as despesas obrigatórias. Também não faz sentido proteger o presidente com uma lei somente compatível com a realeza.

“Suamajestade”, que já não é sujeita à condenação penal por atos ilícitos anteriores ao seu mandato, passaria a desfrutar de isenção absoluta contra as aberrações fiscais da sua gestão. Talvez faça mais sentido os autores da PEC manterem as exigências da “regra de ouro” – que desde 1988 é religiosamente cumprida – alterando o ditame de responsabilização criminal do presidente no seu primeiro ano de governo. Explica-se: o desequilíbrio fiscal na aurora da governança é sempre uma herança da gestão anterior. É comum a irresponsabilidade nas despesas no último ano de governo, quando os mandantes se esmeram em gastos com fins eleitorais. Essa “regra de platina”, de proteção contra o legado de estouro orçamentário, prazo de um ano para que o governo se aprume na área fiscal, e manutenção da punibilidade do mau gestor do orçamento do Estado, corrigiria uma responsabilidade injusta atribuída ao presidente na primeira hora sem que lhe seja concedida a graça da “inimputabilidade papal”, conforme vem sendo chamada a emenda que isenta Jair Bolsonaro para todo o seu mandato.

Como não é possível fazer uma criminalização retroativa de Michel Temer, Bolsonaro teria o waiver do excesso de gastos de custeio em 2019. Se a PEC da “regra de ouro” desonerar o presidente de qualquer responsabilidade fiscal, esse “habeas corpus permanente” representará um estímulo à lassidão nos gastos. Em 2022, a recauchutada proposta de “regra de ouro” estrearia o novo ditame, pelo qual Bolsonaro seria obrigado a entregar o equilíbrio das contas ao seu sucessor – ainda que ele próprio seja reeleito. Caso contrário, ele seria responsabilizado criminalmente pela herança transferida pelo seu governo, no último ano de mandato, para a gestão seguinte.

Certamente a premência de solução da “regra de ouro” coloca esta pauta na frente de todas as demais, inclusive da reforma da Previdência, agenda-mor do atual governo. Seria, contudo, altamente promissor se os pactantes, a começar pelo Executivo, também buscassem uma acomodação para três normas de incompatível convivência: a meta do resultado primário, a “regra de ouro” e a PEC do Teto. O governo, com tantos econometristas e matemáticos, criou a trindade impossível. Que os Poderes busquem blindar a Presidência nesse momento em que o país se decompõe é um ato de responsabilidade. Mas que também protejam os gastos sociais, na hipótese de descumprimento da “regra de ouro” e não aprovação do crédito adicional pelo Congresso. É recomendável que os pactantes coloquem uma racionalidade nos freios fiscais, que, até o presente, têm funcionado como contrafreios. Na atual circunstância, o conjunto da obra vai mal com Bolsonaro, mas o risco é ir péssimo sem ele. Se fosse com Dilma Rousseff, o assunto nem sequer chegava ao Congresso.

#Dias Toffoli #Jair Bolsonaro #Rodrigo Maia


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Os vários enterros da Codomar

21/05/2019
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O ministro da Infraestrutura, Tarcisio Freitas, trabalha para colocar um ponto final no processo de liquidação da Companhia Docas do Maranhão (Codomar) em setembro. A empresa é um morto-vivo da administração federal. Decretada há 11 anos, a extinção da Codomar atravessou o fim do governo Lula e os mandatos de Dilma Rousseff e Michel Temer. Ainda há imóveis a serem vendidos e dívidas trabalhistas à espera de acordo.

#Ministério da Infraestrutura #Tarcísio Freitas


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Múltiplos sinais

20/05/2019
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Pouco antes do evento da última terça-feira na Força Sindical, em conversa reservada com o presidente da entidade, Miguel Torres, FHC fez duras críticas à prisão de Michel Temer. Confidenciou também que pretende se encontrar com o ex-presidente nos próximos dias. Tratando-se de quem se trata, a última coisa que FHC queria era que a história morresse ali dentro.

#Fernando Henrique Cardoso #Michel Temer


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Falta dinheiro para fazer dinheiro

25/04/2019
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O ministro Paulo Guedes o presidente do Banco Central, Roberto Campos Netto, enfrentam um problema “monetário”: está faltando dinheiro para produzir dinheiro. Os cortes no orçamento da Casa da Moeda têm inviabilizado a produção de um novo lote de cédulas de Real. O custo estimado para a impressão de algo como um bilhão de unidades é da ordem de R$ 1,5 bilhão, quase três vezes a dotação da estatal para este ano. Uma saída seria o exterior, mas também não há orçamento disponível para a contratação de empresas internacionais – desde 2016, por meio de uma MP assinada por Michel Temer, o Banco Central está autorizado a “importar” dinheiro. Procurada, a Casa da Moeda informa que “até o presente momento, o BC não a contratou” para a produção da nova leva de cédulas. Perguntada especificamente sobre o custo da impressão e suas restrições de orçamento, não se pronunciou. No fim do ano passado, a Comissão Mista de Orçamento aprovou um crédito especial para a estatal da ordem de R$ 350 milhões, mas a maior parte dos recursos foi tragada para cobrir prejuízos da empresa. A questão ganha ainda mais relevo devido à pressão das próprias instituições financeiras. As cédulas antigas entopem e danificam caixas eletrônicos. Dos mais de seis bilhões de notas em circulação no país, ainda há cerca de 160 milhões da primeira família do real, impressa há 25 anos.

#Banco Central #Casa da Moeda #Roberto Campos Netto


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Silêncio dos inocentes

18/04/2019
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Segundo um amigo em comum, fonte do RR, Michel Temer e o ex-ministro Eliseu Padilha não se falam desde a prisão do ex-presidente, no fim de março. Nem precisa. Ambos se comunicam por telepatia…

#Eliseu Padilha #Michel Temer


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Ministério da Educação vira área de risco no governo Bolsonaro

17/04/2019
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A julgar pelo cartão de visitas de Abraham Weintraub, o Ministério da Educação deverá ser um imbróglio permanente na gestão Bolsonaro. Ao reger uma dança das cadeiras na Pasta, o novo ministro já começa o jogo como se estivesse deixando uma herança pesada para o governo. O caso mais agudo nesta direção é a iminente mudança no comando do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

Segundo informação que circula no próprio Ministério, o nome cotado para o posto é o de Rodrigo Sergio Dias, ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Atualmente na diretoria da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), Dias carrega um currículo marcado por fatos controversos. Investigações do TCU o apontam como um dos responsáveis por supostas irregularidades que teriam gerado prejuízo de R$ 7,7 milhões à Funasa, notadamente por meio da contratação de uma empresa de tecnologia. Em relatório de julho de 2018, a CGU também identificou “graves impropriedades” em sua gestão, entre quais “direcionamento na escolha de vencedores” de uma licitação na Fundação.

O comando do FNDE é um cargo central no Ministério da Educação: o Fundo movimenta aproximadamente 80% do orçamento da Pasta. Estão sob sua jurisdição o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), as licitações de livros didáticos, o repasse de verbas para a compra de merenda escolar, entre outras atribuições. Ao apagar das luzes do seu governo, Michel Temer indicou Rodrigo Dias para a diretoria da Anvisa. Sua possível nomeação deflagrou protestos de servidoras da própria Agência, uma vez que ele responde a uma ação penal, acusado de agressão à ex-mulher. Dias, então, foi parar na CPTM, indicado pelo primo Alexandre Baldy, secretário de Transportes de São Paulo. Esperase que a Abin, a Casa Civil e demais instâncias responsáveis por escanear a vida pregressa de indicados a cargos no governo estejam cumprindo seu papel. Olhando-se para as indicações antecedentes da gestão Bolsonaro, não parece que isso esteja acontecendo.

#Abraham Weintraub #FNDE #Jair Bolsonaro #Ministério da Educação


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27 mil hectares por voto

17/04/2019
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Jair Bolsonaro fez chegar ao governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), a garantia de que até outubro vai consumar a transferência de 303 mil hectares de terras da União para a tutela do estado. O termo de cessão foi assinado por Michel Temer em dezembro do ano passado e, desde então, permanece em banho-maria. Mas nada como uma reforma da Previdência para o Planalto dar importância ao assunto. Os parlamentares de Roraima somam oito votos na Câmara dos Deputados e três no Senado.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer


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MPs a caminho da extinção

15/04/2019
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Um pacote de 20 Medidas Provisórias assinadas por Michel Temer no apagar das luzes do seu governo está prestes a caducar por falta de aprovação no Congresso. A mais relevante delas é a que prevê a venda de 100% das companhias aéreas para o capital estrangeiro. Chamada de “MP da Avianca”, a decisão expirará na primeira semana de maio caso não seja votada até lá.

#Michel Temer


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Sempre pode piorar

22/03/2019
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No mesmo dia da prisão de Michel Temer, circulou entre a cúpula do MDB a informação de que o ex-ministro Geddel Vieira Lima, o homem da mala de R$ 51 milhões, está perto de fechar um acordo de delação premiada.

#Geddel Vieira Lima #MDB #Michel Temer


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Reprise

20/03/2019
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Ao menos uma das pautas da viagem de Jair Bolsonaro ao Chile, a partir de amanhã, tem gosto de refogado. O “anúncio” do fim da cobrança de roaming nas ligações celulares entre os dois países já foi “anunciado” por Michel Temer em novembro do ano passado, durante encontro com o presidente Sebastian Piñera.

#Chile #Jair Bolsonaro


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Bolsonaro desmoraliza o GSI com o seu celular

22/02/2019
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Até que ponto a incontinência verbal de Jair Bolsonaro é um assunto de foro privado ou uma questão de Estado? A pergunta é feita recorrentemente no Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sem que haja uma resposta sobre que tipo de providência de ordem técnica poderia ser adotada para o controle do uso das mensagens do presidente pelo WhatsApp. A premissa é que é inadministrável a disposição de Bolsonaro para utilizar o celular pessoal. Contrariando recomendações, ele teima em não recorrer a aparelhos criptografados.

Um áudio ou mensagem de texto transmitido por WhatsApp pode ser reencaminhado para terceiros e rapidamente viralizado sem que o seu remetente original tome conhecimento de quem e muito menos quantas pessoas receberam – ainda que existam aplicativos que se dizem capazes de rastrear essa comunicação, como Mac Spoofing e Spyzie. O próprio WhatsApp está longe de ser conhecido como o mais seguro dos dispositivos entre seus congêneres. Ao melhor estilo “Missão Impossível”, o concorrente Telegram, por exemplo, permite que as mensagens sejam automaticamente apagadas em um tempo pré-determinado, como cinco segundos. Não por acaso, era o preferido de Eduardo Cunha.

Pressionado pela viralização das fake news, o próprio WhatsApp já anunciou que está testando novos recursos capazes de identificar todo o caminho percorrido por uma determinada postagem e chegar ao seu remetente original. A resistência de Bolsonaro, de certa forma, desmoraliza o GSI. E pior: coloca uma espada sobre a cabeça da República. A busca de um dispositivo legal contra vazamentos, a exemplo da conversa entre Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno, encontra um obstáculo aparentemente irremovível no fato de que ninguém sabe quem copiou para quem. O compartilhamento, sem autorização, de mensagens é crime previsto no artigo 153 do Código Penal.

“Divulgar a alguém, sem justa causa, conteúdo de documento particular ou de correspondência confidencial, de que é destinatário ou detentor, e cuja divulgação possa produzir dano a outrem” é passível de detenção de um a quatro anos, além do pagamento de multa. No entanto, a punição não é imediatamente aplicável. A interpretação da lei é dúbia. Há controvérsias em relação ao que configura um “documento particular” e mesmo à caracterização ou não do dano. Entre os juristas, existe também uma corrente que defende não haver delito se um dos participantes da conversa ou da troca de mensagens for o responsável por torná-las públicas. Trata-se da mesma premissa relativa à gravação e divulgação de ligações telefônicas.

O RR encaminhou ao Gabinete de Segurança Institucional uma série de perguntas relacionadas à proteção das comunicações da Presidência da República, seja por celular ou e-mail. O GSI, no entanto, não quis se pronunciar. Em 2017, o General Sergio Etchegoyen, então ministro-chefe do Gabinete, recomendou ao Palácio do Planalto à aquisição de equipamentos capazes de interferir no funcionamento de dispositivos eletrônicos, de celulares a câmeras fotográficas ou gravadores.

O presidente Michel Temer vetou a compra – ver RR de 18 de maio de 2017. Não se tem notícia de que os aparelhos tenham sido comprados posteriormente. Entre tantas interrogações, uma certeza: o caso Bebianno expõe um problema não apenas a futuro, mas, sobretudo, pelo passado. Pode se imaginar o volume de mensagens escritas ou de viva-voz disparadas por Bolsonaro e seus rebentos durante a campanha eleitoral e mesmo em suas primeiras semanas no Palácio do Planalto. Muito provavelmente, há um razoável estoque de missivas, sobre os mais diversos assuntos, armazenadas em celulares de terceiros, que copiaram para terceiros, que copiaram para terceiros… A voz de Bolsonaro tornou-se um risco de resultar em um “Zapgate”, ameaçando a governabilidade do país.

#GSI #Jair Bolsonaro


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Geddel, um risco a mais para Michel Temer

15/02/2019
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O juiz Marcelo Rosado, da 5ª Vara Federal Cível do Distrito Federal, solicitou em caráter de urgência que o ex-ministro Geddel Vieira Lima seja ouvido no dia 15 de março no processo que responde sobre fraude na Caixa Econômica Federal. A Polícia Federal já está, inclusive, elaborando uma operação especial para a condução de Geddel, preso na penitenciária da Papuda desde setembro de 2017. APF trata o ex-ministro, aliado histórico de Michel Temer, como um alvo potencial de ataques e manifestações.

#Geddel Vieira Lima #Michel Temer


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Vigilância sanitária

8/02/2019
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A Anvisa segue com uma cadeira vazia. Quase 40 dias após assumir, o governo Bolsonaro ainda não preencheu uma das diretorias do órgão regulador. Até agora, o Palácio do Planalto só tem uma certeza: vai barrar a indicação do ex-deputado André Moura, obra e graça de Michel Temer.

#Anvisa


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TST: pauta recheada de polêmica

29/01/2019
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O reinício das atividades dos tribunais superiores, na sexta-feira, colocará em pauta a movimentação de mais de uma centena de bilhões de reais TST será uma das vedetes. Uma das ações prontas para ir a julgamento diz respeito à correção dos débitos trabalhistas. No ano passado, o STF reiterou que o fator a ser utilizado não pode ser a Taxa Referencial e sim o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E). Ocorre que a nova CLT (artigos 897 e 899), sancionada em 2017 por Michel Temer,
restabeleceu a TR.

Milhares de processos estão paralisados na Justiça do Trabalho aguardando uma decisão. Que deve sair logo. O ministro Cláudio Brandão já disponibilizou para a pauta um processo que envolve a questão. Outra ação de grande repercussão diz respeito ao contrato de trabalho temporário. Na nova CLT, o tema está impreciso. As empresas fornecedoras de mão de obra por tempo determinado alegam que não estão alcançadas pela regra.

O ministro Philippe de Mello Filho tem voto liberado de uma ação que envolve o assunto. Finalmente, terá ainda o plenário de 27 ministros que decidir quais enunciados de sua jurisprudência serão alterados em função da CLT. A primeira proposta na Corte era modificar a jato todos os postulados. A medida, contudo, não é factível, visto a necessidade de se ouvir todos os tribunais regionais. Tem ainda a constitucionalidade – ou não – do artigo 702 da Lei 13.467/2017 (que prevê novas regras para o funcionamento do próprio TST). Dispositivo polêmico desde o berço (quando o projeto de lei chegou ao Congresso). Para magistrados e especialistas, o Executivo e o Legislativo interferiram no Poder Judiciário, ao estabelecer até como se convoca uma sessão do tribunal (com 30 dias de antecipação, sustentação oral das partes relacionadas e aprovação por dois terços do plenário). Alguns ministros do TST afirmam que o artigo 702 “não faz sentido”, outros como o ex-presidente Ives Gandra Martins Filho, preferem a expressão “inconveniente”, todos se referindo à polêmica questão.

#TST


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Best seller

25/01/2019
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Já há interessado em escrever um livro sobre o papel crucial do ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas na era PT/Michel Temer. A obra tem até título: “O general da democracia”.

#Eduardo Villas Bôas


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Moro defende criação da quarta força armada

23/01/2019
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Há um casamento de oportunidade para o ministro Sérgio Moro mostrar o seu poder no combate ao crime organizado. Moro estaria defendendo, em caráter de urgência, o fortalecimento e ampliação do efetivo da Força Nacional de Segurança (FNS), que funciona na alçada do Ministério da Justiça. O upgrade contemplaria não apenas a aquisição de novos equipamentos e armamentos, mas também a implementação de curso preparatório específico, com base em treinamento militar.

Moro seria favorável também à transformação da Força Nacional de Segurança em uma guarda nacional de caráter permanente. Hoje a instituição é composta por agentes de segurança de forças estaduais – como Polícia Militar, Polícia Judiciária e Corpo de Bombeiros – convocados de forma extraordinária pelo ministro da Justiça. Ao adotar estas medidas, Moro juntaria o útil ao agradável – se é que o termo se enquadra às circunstâncias. Com a explosão de violência em diversos estados, o ministro da Justiça atenderia um pleito antigo, notadamente de governadores, pela transformação da FNS em uma força permanente.

Essa proposta chegou a ser avaliada pelo presidente Temer no início do ano passado, pouco antes de decretar intervenção no Rio. Ao mesmo tempo, o aumento do efetivo e o uso da Força Nacional resolveriam um nó constitucional. A necessidade de intervenção federal em estados como Ceará, Roraima e Espírito Santo tem sido discutida no governo – ver RR edição de 11 de janeiro. No entanto, essa medida entraria em conflito com a agenda de interesse do Palácio do Planalto no Congresso, a começar pela reforma da Previdência, que só pode ser feita mediante emenda na Constituição. A Carta Magna veda a votação de PECs durante vigência de intervenção federal. Caso o governo assuma a gestão da segurança pública em algum estado neste momento, isso exigirá posteriormente um desgastante contorcionismo.

Seria necessária a suspensão temporária do regime especial para a aprovação da reforma da Previdência. O tema é controverso. No ano passado, não custa lembrar, quando o presidente Michel Temer interveio na segurança pública no estado do Rio de Janeiro, juristas discordaram quanto à possibilidade de suspensão ou revogação da intervenção. O ministro Dias Toffoli afirmou à época que a reforma da Previdência poderia tramitar. Por sua vez, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, chegou a dizer que o ato impedia o andamento da PEC no Congresso. Não que o Exército vá se furtar a cumprir seu papel constitucional. Mas o fortalecimento da FNS ajudaria a compor o mosaico da segurança pública, reduzindo a necessidade de participação direta dos militares nos estados. A guarda permanente cumpriria essa atribuição, tornando-se uma espécie de quarta força armada. Ressalte-se que esse ser híbrido não se trata de uma jabuticaba. Vários países, notadamente na Europa, mantêm a figura das Gendarmerias, uma instituição de caráter militar que exerce funções de polícia no âmbito da população civil.

 

#Sérgio Moro

Acervo RR

Carta-bomba

22/01/2019
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O vice-presidente dos Correios, Francisco Gutemberg de Araújo, está por um fio. Foi uma das nomeações feitas no afogadilho por Michel Temer em dezembro.

#Correios


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Carta-bomba

22/01/2019
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O vice-presidente dos Correios, Francisco Gutemberg de Araújo, está por um fio. Foi uma das nomeações feitas no afogadilho por Michel Temer em dezembro.

#Correios


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Usucapião

18/01/2019
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O deputado federal Jovair Arantes vem tentando junto ao governo Bolsonaro povoar a direção da Conab. Trata-se de um antigo feudo do seu partido, o PTB, que foi “respeitado” pelos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.

#Jair Bolsonaro #Jovair Arantes


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Risco endêmico

17/01/2019
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A Procuradoria Federal da AGU junto à ANTT considera elevado o risco de que a derrota jurídica sofrida ontem pela agência se alastre pelo país. A 8ª Vara Federal do DF proibiu o órgão regulador de multar empresas associadas à Fiesp que contratem frete rodoviário abaixo do piso até que seja editada uma nova resolução sobre o assunto. O caminho está aberto para que outras entidades empresariais busquem o mesmo direito na Justiça. O imbróglio remete à MP 832/2018, baixada pelo presidente Michel Temer em maio do ano passado para pôr fim à greve dos caminhoneiros.

#Fiesp


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O “Queiroz” da Anatel

11/01/2019
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Outro “Queiroz” entrou na ordem do dia do presidente Jair Bolsonaro. O Palácio do Planalto está disposto a rever a nomeação de Moisés Queiroz Moreira para o Conselho Diretor da Anatel. Não se trata nem de questão de competência, embora esta seja contestada no setor devido à falta de familiaridade de Queiroz, engenheiro agrônomo, com a área de telecomunicações. Este é um dos casos de proximidade com Michel Temer que está causando incômodo e preocupação no Planalto. O novo diretor da Anatel foi nomeado para o cargo no crepúsculo governo Temer, mais precisamente em 17 de dezembro.

#Jair Bolsonaro


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Limpeza na Anvisa

3/01/2019
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Já no início da próxima semana, Jair Bolsonaro deverá indicar um novo nome para a diretoria da Anvisa. O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já fez duas indicações de perfil técnico para o cargo. Bolsonaro cumprirá, assim, a promessa de brecar a nomeação do deputado André Moura (PSC-SE) – entre outras medidas tomadas por Michel Temer ao apagar das luzes da sua gestão que serão revertidas pelo Capitão.

#Anvisa #Jair Bolsonaro


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Casa Civil guarda a planilha mais valiosa da transição

27/12/2018
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As pilhas de relatórios que vêm sendo repassadas pelo governo Temer para a equipe de transição de Jair Bolsonaro têm importância relativa menor se comparada ao valioso arquivo guardado a sete chaves por Eliseu Padilha na Casa Civil. Trata-se de uma planilha que registra todas as oferendas concedidas pelo Palácio do Planalto a parlamentares da base aliada. O documento esquarteja as verbas orçamentárias, os cargos e as respectivas nomeações distribuídos na cota de cada deputado ou senador.

Traz ainda um minucioso mapa dos votos dos parlamentares em projetos de interesse direto da Presidência da República, que funciona como um rating da lealdade de cada congressista. O cuidado e o sigilo em torno do acervo são proporcionais à importância das informações que contém. Somente dois integrantes do núcleo duro palaciano têm acesso ao arquivo. Além do próprio Padilha, pode-se imaginar quem é o dono da segunda senha. Para todos os efeitos, a “planilha do Padilha” é um controle das moedas de troca que circulam no jogo jogado entre o Executivo e o Legislativo. No entanto, tratando-se de um governo formado, em sua essência, por mestres na arte de hipnotizar bancadas partidárias e o Congresso – a começar pelo próprio Michel Temer – o arquivo em questão ganha um peso ainda maior.

Mesmo porque, não custa lembrar, o Palácio do Planalto teve de barrar duas denúncias apresentadas pela PGR contra o presidente Temer. Isso não custa pouco. Nas mãos de um ministro da Justiça com superpoderes, vocação para “corregedor-geral da Nação” e apoio incondicional da opinião pública, o documento pode ser interpretado de mil e uma maneiras. Ou o que é pior: de uma maneira só. A prática, ressalte-se, vem de outros carnavais. Consta que este tipo de mapeamento começou ainda no governo de José Sarney, com um critério próprio de medição das contrapartidas oferecidas a cada parlamentar: um diretor de estatal, por exemplo, valia 70 pontos ao seu padrinho político. Era, inclusive, uma forma de mostrar ao congressista aliado que ele já havia sido suficientemente contemplado no rateio de cargos e verbas. Alguns deles estão no Parlamento até hoje.

#Casa Civil #Jair Bolsonaro #Michel Temer


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Temer ergue uma ponte diplomática para o Paraguai

17/12/2018
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Ao apagar das luzes, a gestão Temer parece ter encontrado uma solução para uma “briga de vizinhos”. Segundo uma fonte da Casa Civil, nos próximos dias a Advocacia Geral da União (AGU) deverá liberar um parecer autorizando Itaipu a assumir o projeto e os custos de construção de uma segunda ponte entre Brasil e Paraguai. O valor estimado é da ordem de US$ 70 milhões. A construção ligará o bairro Porto Meira, no sul de Foz do Iguaçu, à cidade de Puerto Franco, na região metropolitana de Ciudad Del Este. A construção da ponte vem sendo alvo de divergências entre os dois países. O Conselho Diretor de Itaipu – que funciona praticamente como uma agência de fomento na área de fronteira, tamanha a sua importância econômica na região – já aprovou a edificação. No entanto, os órgãos de controle brasileiros vêm postergando a liberação do projeto. O movimento no âmbito da AGU pode ser lido como um afago ao Paraguai em um momento chave na relação entre os dois países. O pano de fundo é a complexa negociação do Tratado de Itaipu que se avizinha. O presidente do Paraguai, Mario Benítez, já sinalizou que pretende rever as cláusulas financeiras e aumentar a cota de energia da hidrelétrica que cabe ao país.

#AGU #Michel Temer


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Profilaxia

17/12/2018
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Assessores de Jair Bolsonaro já teriam solicitado ao Palácio do Planalto a troca de linhas telefônicas que servem à Presidência, à Casa Civil e à Secretaria de Governo. Ouseja: linhas que hoje atendem à trinca Michel Temer, Eliseu Padilha e Carlos Marun. Não é necessariamente uma praxe: alguns dos números telefônicos do Palácio têm mais de 20 anos.

#Jair Bolsonaro


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Medida Provisória taylor made?

14/12/2018
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Poucos minutos após a assinatura, a MP editada ontem por Michel Temer liberando a venda de 100% das companhias aéreas ao capital estrangeiro já era chamada nos corredores do Congresso de “Lei Efromovich”. A Medida Provisória parece ter sido feita sob encomenda: caiu dos céus justo na semana em que a Avianca, do empresário German Efromovich, entrou com pedido de recuperação judicial.

#Avianca #Michel Temer #MP


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Recusa presidencial

13/12/2018
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O governo vai chegando ao fim e nada do presidente Michel Temer nomear Moisés Moreira para a diretoria da Anatel, como tanto quer o ministro Gilberto Kassab.

#Anatel #Gilberto Kassab #Michel Temer


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Bolsonaro ataca a judicialização do setor elétrico

11/12/2018
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O governo Bolsonaro pretende atacar, logo na partida, o excessivo grau de judicialização do setor elétrico. A principal proposta discutida na equipe de transição é a publicação, logo nos primeiros 60 dias de gestão, de uma Medida Provisória com o objetivo de revogar parte dos efeitos da MP 579/2012, posteriormente convertida na Lei 12.873/2013, e da Lei 13.203/15. Um dos maiores nós a serem desatados é o chamado risco hidrológico – medido pelo fator GSF, que corresponde à relação entre o volume de energia gerado pelas usinas e a garantia física total delas.

A diferença gera uma conta de compensação que é cobrada às distribuidoras e, na última linha, aos consumidores. Descontentes com os valores recebidos, as geradoras dispararam uma guerra de liminares contra a Aneel e a União. A MP teria como intuito uma repactuação dessas cifras repassadas às hidrelétricas, oferecendo, em contrapartida, uma extensão dos respectivos prazos de concessão. Outro impasse que deságua nos tribunais é a dívida de mais de R$ 60 bilhões referente à RBSE (Rede Básica de Sistemas Existentes) indenização paga a concessionárias de transmissão.

A equipe de transição, com anuência do futuro ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Lima Leite, já desenha um modelo de parcelamento do valor. Mais de metade desse montante devido pela União, algo como R$ 35 bilhões, tem como credor a própria Eletrobras. Resolver a judicialização do setor elétrico é um desafio somente comparável à reforma da Previdência, com permissão para o exagero. Michel Temer chegou a tatear a questão, mas deu meia volta quando mediu as dificuldades e o tamanho do barulho. O emaranhado de ações judiciais é considerado condição sine qua non para destravar os investimentos no mercado de energia. Somente o estoque de ações contra a União envolve cerca de R$ 110 bilhões.

#Aneel #Jair Bolsonaro

Acervo RR

Vagas abertas

10/12/2018
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Rotina de um melancólico fim de governo: até o momento, além de Eduardo Guardia, da Fazenda,não há qualquer outro ministro confirmado na comitiva do presidente Michel Temer que irá a Montevidéu, na próxima semana, para a reunião do Mercosul.

#Mercosul


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Vagas abertas

10/12/2018
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Rotina de um melancólico fim de governo: até o momento, além de Eduardo Guardia, da Fazenda,não há qualquer outro ministro confirmado na comitiva do presidente Michel Temer que irá a Montevidéu, na próxima semana, para a reunião do Mercosul.

#Mercosul


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Michel Temer não tem indulto

7/12/2018
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O Congresso está gastando os últimos cartuchos de pressão e barganha contra Michel Temer. O senador Otto Alencar conseguiu as 28 assinaturas necessárias para a PEC que atribui ao Conselho Nacional de Justiça a prerrogativa de conceder indulto, retirando o direito da Presidência da República. É pouco ou nada improvável que a PEC seja votada ainda neste ano – até porque isso exigiria, inclusive, a suspensão da intervenção federal no Rio. Mas o teatro está armado. Na próxima terça-feira, Alencar apresentará um requerimento para que a PEC tramite em regime especial para ser levada a plenário.

#Michel Temer #Otto Alencar


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Manaus chora o refrigerante derramado

7/12/2018
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O governador eleito do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e congressistas do estado têm feito uma romaria junto à equipe de transição de Jair Bolsonaro. Levam o pleito de que Bolsonaro revogue o decreto assinado por Michel Temer em setembro, que ceifou os incentivos tributários federais via IPI concedidos a fabricantes de concentrados de bebidas instalados na Zona Franca de Manaus. Lima teme iniciar seu mandato sob uma revoada de empresas e empregos. O receio é que AmBev e Heineken sigam os passos da Pepsico. A Pepsico não se fez de rogada e anunciou o fechamento de sua fábrica na Zona Franca em resposta ao corte dos benefícios fiscais, demitindo cerca de 50 trabalhadores. O governador eleito do Amazonas carrega a esperança de que uma reversão do decreto possa fazer com que a própria multinacional norte-americana volte atrás na sua decisão. A missão de Lima, no entanto, é das mais duras. Como se sabe, Paulo Guedes e sua equipe transpiram hectolitros de antipatia em relação a incentivos fiscais à indústria.

#Jair Bolsonaro


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Marrocos não verá Michel Temer

5/12/2018
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Micou a viagem que Michel Temer faria ao Marrocos na semana que vem. O Itamaraty aconselhou o presidente a não participar de cúpula da ONU marcada para os dias 10 e 11, em que será tratada a situação global de migrantes e refugiados. O Ministério das Relações Exteriores alertou Temer sobre a possibilidade de protestos no país árabe devido à anunciada decisão de Jair Bolsonaro de transferir a embaixada brasileira em Israel de Telaviv para Jerusalém. Em tempo: o cancelamento da viagem causou frustração entre ministros e, sobretudo, assessores que estavam destacados para fazer parte da comitiva. Esta seria a última viagem de mais fôlego do presidente Temer – na agenda há apenas uma visita ali ao lado, ao Uruguai, para uma reunião do Mercosul.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer #ONU


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Bolsonaro ameaça o estado de direito com o risco de criminalização da repatriação

4/12/2018
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O governo Bolsonaro vai usar e abusar do medo como prática política. Arrefecerá o grau de fricção com o uso permanente do balão de ensaio como mediador das suas atitudes – dependendo da rejeição à medida, com recuos logo a seguir. É o stop and go aplicado à política. está operando com tensão permanente, usando para isso os filhos, suas manoplas ministeriais, Sergio Moro e Paulo Guedes, e o exército de contingência que ficará sediado no Planalto e demais pastas, leia-se os generais quatro estrelas. O Estado policial que vai ganhando contornos a partir de anúncios recentes se assentará sobre compensações junto aos mais carentes.

Nada mais clássico na história dos populismos de corte autoritário. Sem recursos para investir em políticas assistencialistas, o presidente eleito vai extrair essa poupança do empresariado afeito a práticas inconfessáveis. É o método Moro elevado à política de Estado. Esse é o desenho nítido do governo Bolsonaro que o próprio establishment procura tornar opaco. Faltando pouco menos de um mês para a sua posse, Bolsonaro dá dois exemplos de medidas agudas que passam a ideia de um estado policialesco. Uma delas traz a reboque a premissa da criminalização a priori e se constitui em uma ameaça ao próprio estado de direito, ao colocar sob risco contratos firmados. Trata-se da possibilidade de uma devassa dos contribuintes que aderiram aos programas de repatriação de recursos não declarados à Receita promovidos nos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer.

O balão de ensaio subiu aos céus e não foi furado: a informação foi amplamente disseminada na mídia no fim de semana sem ser desmentida. Caberá a Sergio Moro investigar a origem dos quase R$ 175 bilhões regularizados nas duas edições. A rigor, de antemão, a medida já colocaria sob suspeição os quase 27 mil cidadãos e 123 empresas que internalizaram o dinheiro e pagaram suas respectivas multas sob a promessa de que o assunto estaria encerrado aos olhos da Receita Federal e demais autoridades da área financeira. Agora, no entanto, os beneficiários do programa se veem diante do risco de revogação deste indulto. A situação dos contribuintes que aderiram à repatriação, ressalte-se, é razoavelmente frágil do ponto de vista jurídico.

Todos os beneficiários do programa automaticamente assumiram a culpa por manter recursos não declarados ao Fisco no exterior. Portanto, são potencialmente réus confessos. À época, não faltaram juristas elevando a voz em relação a essa vulnerabilidade, que poderia ter sido evitada, por exemplo, com a aprovação de uma PEC. Novos governos geram dúvidas sobre o futuro. A gestão Bolsonaro já se notabiliza por lançar interrogações sobre o passado. Vai pelo mesmo caminho a voracidade com o que o futuro governo promete caçar novos acordos de leniência com empresas que admitiram irregularidades em contratos com a administração pública. Assessores de Bolsonaro já soltaram ao vento a meta de arrecadar cerca de R$ 25 bilhões com as multas.

Não se sabe os critérios utilizados para se chegar a tal cifra, o que, por ora, abre um vasto leque de especulações sobre a amplitude da medida. Todas as empresas que prestam serviços ao setor público são suspeitas até prova em contrário? Essas medidas seriam embaladas com um discurso em nome da transparência, da faxina na corrupção, da higienização da República, o que conferiria legitimidade e asseguraria o apoio popular às ações. Mas o grande apelo seria a indexação das propostas ao bem-estar social. Ao colocar direitos adquiridos no espremedor, Bolsonaro retiraria o sumo necessário para cobrir a isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco salários mínimos, a instituição do 13º do Bolsa Família, a garantia de creche universal para as crianças em idade pré-escolar, renda mínima, entre outras agendas. Dinheiro do crime para o povo. Crime? Qualquer coisa que assim pareça.

#Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #Sérgio Moro


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Bolsonaro joga na conta de Temer a quebra das algemas fiscais

3/12/2018
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A cordialidade entre Jair Bolsonaro e Michel Temer pode não durar até a posse. O futuro presidente está sendo aconselhado pelo seu grupo mais próximo a denunciar publicamente a herança que receberá de Temer em duas algemas fiscais: a Regra de Ouro e a PEC do Teto. Em ambas, o governo não cumprirá as exigências e terá de pedir a flexibilização das regras ao Congresso. No caso da Regra de Ouro, o Congresso terá de aprovar um crédito extraordinário ao orçamento; quanto à PEC do Teto, provavelmente seria necessário uma nova PEC desautorizando a anterior. Apontar o dedo em riste na direção de Temer como o responsável pelo descalabro ajudaria na gestão da imagem, mas não necessariamente nas negociações com o Legislativo. Por enquanto, Bolsonaro matuta entre os seus o que fazer. Paulo Guedes já deu suas sugestões. O Capitão está desconfortável em iniciar o mandato tendo de ir ao Congresso pedir arrego como se fosse o culpado pelas batatas quentes fiscais, correndo o risco de políticos o incriminarem, no caso da Regra de Ouro.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer


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Nem Chacrinha aumenta o ibope de Temer

3/12/2018
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Michel Temer determinou aos ministérios que organizem eventos dentro do Palácio do Planalto. Consta que a ideia partiu do seu “personal marqueteiro”, Elsinho Mouco, com o objetivo de garantir alguma exposição para Temer ao apagar das luzes do seu governo. O expediente, no entanto, traz a reboque o risco de cenas constrangedoras, como as verificadas na semana passada. O ator Stephan Nercessian, caracterizado como Chacrinha, foi recebido pelo presidente e uma claque de figurantes. Diante da ausência de autoridades, assessores de Temer, em cima da hora do evento, saíram catando funcionários do Planalto e de outros ministérios para preencher os vazios do salão.

#Michel Temer


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Redenção das empreiteiras nacionais ganha espaço na agenda do governo Bolsonaro

30/11/2018
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O resgate das quatro grandes empreiteiras do país – Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão – está entre as premissas da equipe de Jair Bolsonaro para a reconstrução do setor de infraestrutura. Os principais defensores desta agenda seriam os auxiliares militares do presidente eleito. A descontaminação das grandes empresas de construção pesada é considerada essencial para a conclusão das mais de 2,7 mil obras paradas e o início de outras tantas. Esta retomada é necessária para que o país possa crescer acima dos 3,5% a 4%. Sem o avanço da infraestrutura, o teto do PIB é baixo.

O ajuste das contas públicas e mesmo o equilíbrio geral dos fatores poderão atrair recursos externos para os investimentos. Mas a equação da empreitada das obras permanece um dilema. Os assessores de Bolsonaro duvidam que mesmo a vinda em profusão de construtoras chinesas, por exemplo, não daria conta do conhecimento necessário para levantar os projetos de infraestrutura. Que empreiteira do país asiático conseguiria mobilizar a Amazônia em torno de grandes obras de energia e logística essenciais? As quatro grandes empreiteiras, que representavam mais de 50% do faturamento total do setor, foram praticamente interditadas com a operação Lava Jato. Agora, pagas as multas, punidos os gestores e controladores e fechados os respectivos acordos de leniência, estariam dadas as condições para a descriminalização ampla, geral e irrestrita das companhias.

Aliás, uma das autocríticas compartilhadas pelas equipes de Michel Temer e do futuro presidente é que as operações das empreiteiras deveriam ter sido preservadas. Uma coisa é a culpa dos homens; outra é o capital humano e a capacidade de contribuição das construtoras. Outro dado é que a Lava Jato mudou a intensidade do compliance das contratantes e das contratadas. As condições do passado para práticas de corrupção hoje são exíguas. Durante o processo de expurgo das big four, a construção pesada perdeu cerca de 400 mil postos de trabalho.

Uma parcela desse contingente era altamente especializada. Existe sempre a possibilidade de grupos estrangeiros sublocarem parte das empreiteiras nacionais, assumindo em bloco contratos, mão de obra etc. A receita parece trivial, mas, na prática, nunca deu certo, pelo menos na escala necessária. As diferenças de culturas e de conhecimento das peculiaridades locais não podem ser ignoradas. No Equador, por exemplo, onde houve um aumento expressivo do número de obras tocadas por companhias chinesas, operários dormiam amontoadosdentro de contêineres. O Brasil detém uma das melhores expertises internacionais no setor de construção pesada. O que mudou foi a higienização de expedientes inaceitáveis. A qualidade dos serviços permanece a mesma.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Jair Bolsonaro #Odebrecht #Queiroz Galvão


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Direito de ir e vir

28/11/2018
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A pouco mais de um mês do fim do governo Temer, a Ouvidora Nacional dos Direitos Humanos, Larissa Oliveira Rêgo, e a coordenadora-geral de Gestão do Disque Direitos Humanos, Laura Guedes de Souza, estão prestes a embarcar para o exterior. De 1 a 9 de dezembro, a dupla estará em Lisboa e Viena para uma “visita técnica de prospecção” a órgãos especializados no tema. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas é bem provável que o Ministério dos Direitos Humanos seja extinto antes mesmo de conseguir aproveitar os ensinamentos colhidos pelas suas servidoras na Europa.

#Michel Temer #Ministério dos Direitos Humanos


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Temer deixa uma porta entreaberta no setor nuclear

26/11/2018
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A Era Temer vai deixar um legado atômico para Jair Bolsonaro. O ministro Moreira Franco encaminhou à equipe de transição de Bolsonaro um projeto que prevê a venda de até 49% da Eletronuclear. O estudo técnico para a operação foi concluído na semana passada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A entrada de um investidor privado na estatal teria como premissa a conclusão da construção de Angra 3 – o custo estimado gira em torno de R$ 20 bilhões. Mesmo em seu crepúsculo e sem poder decisório sobre o amanhã, o governo Temer tem mantido intensa interlocução com grupos estrangeiros interessados no negócio. Segundo o RR apurou, nas últimas semanas mais duas grandes corporações da área de energia atômica abriram conversações com a Pasta de Minas e Energia: a China General Nuclear Power Group e a Nuclear Power Corporation of India. De acordo com uma fonte do Ministério, executivos das duas empresas devem visitar o site de Angra 3 até o fim do ano. Há um consenso entre as autoridades do setor elétrico de que o projeto de Angra 3 só será retomado com a injeção de recursos privados. No entanto, a gestão Bolsonaro traz uma variável de significativo peso sobre o assunto: o notório entrelaçamento entre o futuro governo e as Forças Armadas. O ingresso de um investidor estrangeiro na Eletronuclear é uma agenda que certamente será tratada com cautela pelo estamento militar, que olha para o programa nuclear brasileiro sob a ótica da soberania nacional.

#Eletronuclear #Jair Bolsonaro #Michel Temer


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Bolsonaro herda o big data contra o crime

23/11/2018
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A despeito de heranças indesejáveis, sobretudo na área fiscal, a gestão Temer deixará para o governo Bolsonaro – e mais especificamente o superministro Sérgio Moro – uma arma de grosso calibre para o com- bate ao crime organizado. Trata-se de um inovador e ainda confidencial sistema de inteligência em segurança pública, que combina tecnologias como machine learning, mecanismos de rastreamento de informações em redes sociais e uma rede de câmeras instaladas em ruas, prédios e veículos de transporte público, notadamente nas grandes cidades. Os eixos centrais são a coleta de informações em tempo real; integração dos dados, inclusive com a base de registros criminais das polícias; predição, recomendação e apoio a decisões, com uso de inteligência artificial.

O projeto contempla também o desenvolvimento de um aplicativo que auxiliará as forças policiais durante as operações.O big data contra o crime, em desenvolvimento no Laboratório Integrado de Segurança Pública da Polícia Rodoviária Federal (PRF), tem sido apresentado de forma reservada a militares, representantes da cúpula das policiais estaduais e também a pequenos grupos de empresários. A versão beta do sistema já está sendo testada no Ceará. Os primeiros resultados são alvissareiros: em seis meses, a ferramenta levou a uma redução de 40% dos roubos de cargas e de 45% nos roubos de veículos, graças ao mapeamento das áreas com maior incidência de crimes.

O projeto parece ter sido feito sob medida para um presidente que se elegeu em cima de um discurso radical de combate ao crime. Jair Bolsonaro poderá capitalizar a inovação antes mesmo da sua posse: uma unidade da PRF com o novo sistema deverá ser instalada no Arco Metropolitano do Rio de Janeiro ainda durante o governo de transição. O local foi escolhido a dedo: como o nome sugere, o Arco circunda toda a Região Metropolitana do Grande Rio, com integração direta à Rodovia Presidente Dutra e outras vias de acesso à cidade comumente usadas para o transporte de cargas roubadas e mesmo armas e drogas.

A equipe de transição de Bolsonaro já trabalha para viabilizar a implantação do sistema em todos os estados do país até o fim de 2019. Parte do financiamento virá da Medida Provisória 846/2018, mais conhecida como MP das Loterias, que propõe a destinação de aproximadamente R$ 1 bilhão para a área de segurança pública. Já existe uma recomendação para que o futuro ministro Sérgio Moro use a verba integralmente para agilizar a instalação do sistema. A MP foi aprovada nesta semana tanto na Câmara quanto no Senado em uma espécie de rito sumário: um acordo de lideranças permitiu a votação nas duas Casas em menos de 24 horas. O presidente Michel Temer compromoteu-se a sancioná-la nos próximos dias. As circunstâncias pedem que ele seja rápido no gatilho: a MP caduca na próxima quarta-feira, dia 28.

#Jair Bolsonaro


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Transição antecipada na Agricultura

21/11/2018
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O governo Temer já se desmancha em seus mais diversos escalões. No Ministério da Agricultura, por exemplo, ocupantes de dois postos chave da área técnica estão de saída. O diretor de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária, Guilherme Marques, vai para a Organização Pan -Americana de Saúde, onde cuidará de projetos relacionados ao combate à febre aftosa nas Américas. Já o diretor de Sanidade Vegetal, Marcus Coelho, será adido de Agricultura na embaixada do Brasil na Colômbia.

#Michel Temer


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Moby Dick

21/11/2018
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A ala palaciana do MDB pressiona para que o deputado Baleia Rossi seja reconduzido à liderança da bancada na Câmara em 2019. No entanto, o nome do cetáceo parlamentar enfrenta resistências no próprio partido. Baleia Rossi sempre teve mil e uma utilidades para Michel Temer e está citado em denúncias contra o presidente. Sua presença como líder é garantia de holofotes sobre os congressistas do MDB

#MDB


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O arriscado xadrez de Michel Temer

19/11/2018
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O presidente Michel Temer tornou-se alvo de críticas severas no Judiciário. Entre os togados, a demora de Temer em assinar o reajuste dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido interpretada como um sinal de que ele poderá romper o acordo firmado com o presidente da Corte, Dias Toffoli – leia-se a aprovação do aumento condicionada ao fim do auxílio-moradia. Temer estaria instrumentalizando o caso a seu favor para jogar um xadrez muito particular, por meio de uma negociação com Jair Bolsonaro. O atual presidente vetaria o reajuste, tirando do colo do seu sucessor um gasto adicional de R$ 4 bilhões por ano; em troca, à guisa do bom serviço prestado às contas públicas, receberia uma missão diplomática no exterior e, com ela, a manutenção do direito ao foro privilegiado. Pode até ser que o “xadrez de Temer” seja apenas fruto de uma paranoia do Judiciário. Mas que parece um jogo, isso parece: tem tabuleiro, peças, enxadristas e movimentos calculados. A rigor, Michel Temer poderia ter assinado o reajuste no próprio dia 7 de novembro, quando o Senado aprovou a proposta. Ocorre que, desde então, o presidente tem dado declarações ambíguas sobre o aumento, postergando o imprimatur.

#Michel Temer


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Temer, o “popular”

19/11/2018
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Michel Temer vai gravar na próxima semana uma série de vídeos para as redes sociais elencando as realizações de seu governo. A essa altura, vai servir basicamente como matéria-prima para os fabricantes de “memes”.

#Michel Temer


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Verdades e mitos sobre a Força-Tarefa de Inteligência

9/11/2018
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As informações em torno de uma suposta ingerência das Forças Armadas, notadamente no Exército, na criação da Força-Tarefa de Inteligência para Combate ao Crime Organizado não encontram eco na realidade dos fatos. O decreto nº 9.527 assinado pelo presidente Michel Temer em 15 de outubro – 13 dias antes do segundo turno das eleições – foi integralmente concebido no Palácio do Planalto. O Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEX) informou ao RR que “não coube ao Comando do Exército o papel de articulação ou condução de tal processo.” Segundo o posicionamento da Força, publicado também na edição de novembro de Insight Prospectiva (igualmente editada pela Insight Comunicação), a medida foi “uma ação conduzida pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República por meio da Agência Brasileira de Inteligência”. Ainda no que diz respeito à questão, circularam boatos de que postulantes à Presidência, por ocasião dos encontros mantidos com o Comandante Villas Bôas, se mostraram preocupados com o uso do aparato de Inteligência na campanha. De acordo com o Centro de Comunicação Social do Exército, as conversas do general Villas Bôas com os candidatos a presidente “tratou de temas de interesse direto do Exército, como participação da Força Terrestre na Defesa Nacional, projetos estratégicos que o Exército desenvolve nos dias atuais e ações que a Força Terrestre vem realizando em proveito da integração e da segurança nacional (Ações de Garantia da Lei e da Ordem, participação da Engenharia do Exército em proveito da Integração Nacional e ações contra a seca no Nordeste do país).” O CCOMSEX esclareceu ainda ao RR que “o combate ao crime organizado é assunto de interesse direto de pastas do Executivo Federal tais como o Ministério da Justiça e Ministério da Segurança Pública. Dessa maneira, por não se tratar de tema de ligação direta do Exército com os candidatos, tal tema não foi debatido.”

#Forças Armadas


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Enaltecido

9/11/2018
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O Palácio do Planalto vai lançar nos próximos dias uma campanha publicitária enaltecendo o legado de Michel Temer. Fica, desde já, como peça de defesa.


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O Ministério do Trabalho já acabou?

8/11/2018
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Ao que parece, o governo Temer já antecipou a extinção da Pasta do Trabalho. Na última terça-feira, a cadeira reservada no auditório do BNDES para o ministro Caio Vieira de Mello ficou vazia. Por lá, realizava-se o seminário “Histórico e Desafios do FAT”, para celebrar os 30 anos do Fundo de Amparo ao Trabalhador. Na véspera, na abertura da 150a Reunião Ordinária do Codefat, o ministro já dizia a quem quisesse ouvir o motivo da sua ausência no evento: “Não vou ficar mais um dia no Rio para ouvir o Serra”. O senador José Serra foi o autor da proposta constitucional que garantiu os recursos do PIS/Pasep para financiar o seguro-desemprego e teve participação na criação do FAT. No fim, nem Mello nem Serra compareceram ao seminário.

#BNDES #Michel Temer


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Temer preenche vagas

6/11/2018
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O Palácio do Planalto deve “recuar do recuo” e manter a nomeação dos indicados para as quatro vice-presidências da Caixa vagas desde agosto. Michel Temer atenderia, assim, a uma recomendação da AGU para evitar um futuro processo de prevaricação. Se bem que, tudo indica, esse seria o menor dos problemas de Temer em 2019.

#Michel Temer


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As faíscas e ruídos da TV Brasil

5/11/2018
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A breve gestão do diplomata Alexandre Parola na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), leia-se TV Brasil, deixará um paiol de munição aos defensores do extermínio da estatal, como o próprio Jair Bolsonaro já sinalizou. A administração Parola, ex-porta-voz de Michel Temer, é acusada de escancarar as portas da EBC para partidos da base aliada. O PRB, de Marcelo Crivella, é apontado em Brasília como o pole position das nomeações. Uma das indicações mais rumorosas, no entanto, teve como protagonista o próprio presidente da EBC, que, em agosto, contratou a estilista e publicitária Luísa Farani de Azevedo. Ela é a filha de Roberto Azevedo, presidente da OMC, com quem o próprio Parola vai trabalhar a partir de janeiro, como chefe da representação brasileira junto à entidade. Em contrapartida, justiça seja feita, a atual gestão estancou a hemorragia orçamentária da EBC. O balanço da estatal mostra um lucro de R$ 106 milhões no primeiro semestre.

#EBC #TV Brasil


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Quem quer ouvir Michel Temer?

31/10/2018
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Michel Temer pretende fazer um pronunciamento em cadeia de rádio e TV até o fim desta semana para propagandear seu “legado” ao futuro presidente, Jair Bolsonaro. A apresentação deverá ser dividida em quatro eixos: economia, segurança pública, área social e infraestrutura. A Casa Civil já está municiando a comunicação do Palácio do Planalto com números e mais números. Será uma das últimas oportunidades para o marqueteiro de Temer, Elsinho Mouco, justificar sua presença no Palácio.

#Michel Temer

Acervo RR

Quatro rodas

31/10/2018
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As montadoras convidaram Jair Bolsonaro para o Salão do Automóvel, na próxima semana. Sua presença seria um sinal de apoio do futuro presidente ao Rota 2030, novo regime para o setor automotivo, que deverá ser anunciado pelo “coadjuvante” Michel Temer na abertura do evento. Em tempo: o Rota 2030 não combina nada com Paulo Guedes.

#Jair Bolsonaro


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Quatro rodas

31/10/2018
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As montadoras convidaram Jair Bolsonaro para o Salão do Automóvel, na próxima semana. Sua presença seria um sinal de apoio do futuro presidente ao Rota 2030, novo regime para o setor automotivo, que deverá ser anunciado pelo “coadjuvante” Michel Temer na abertura do evento. Em tempo: o Rota 2030 não combina nada com Paulo Guedes.

#Jair Bolsonaro


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Padilha a descoberto

31/10/2018
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Com a derrota do emedebista José Ivo Sartori na eleição ao governo do Rio Grande do Sul, Eliseu Padilha perdeu um cargo certo no secretariado gaúcho. Ou seja: salvo algum cartucho não conhecido, Padilha ficará sem foro privilegiado a partir de primeiro de janeiro. O ministro da Casa Civil já foi denunciado pela PGR pelos crimes de organização criminosa e obstrução da justiça. Ao menos, está na companhia de velhos amigos: Michel Temer e Moreira Franco também foram denunciados no mesmo processo.

#Eliseu Padilha #José Ivo Sartori


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O combustível final de Temer

29/10/2018
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O presidente Michel Temer está usando o poder que ainda lhe resta na reserva do tanque para assegurar que o projeto de lei do Rota 2030, o novo acordo automotivo, seja votado no plenário da Câmara até a próxima quinta-feira. Consta que o Palácio do Planalto, notadamente o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, colocou todo o seu empenho para que a prorrogação do regime automotivo regional por mais cinco anos contemplasse também as regiões Norte e Centro-Oeste. Hyundai e Mitsubishi, instaladas em Goiás, agradecem.

#Michel Temer


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Ministros de transição

25/10/2018
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Ministros de Michel Temer vêm se achegando a Jair Bolsonaro. Sergio Sá, da Cultura, se engajou na campanha do Capitão e mantém intensa interlocução com Flavio Bolsonaro. Quem também se aproxima de Bolsonaro é o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer


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MDB não larga as chaves do Senado

24/10/2018
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Com a saída de cena de Eunício de Oliveira, derrotado nas urnas, o MDB já se movimenta para manter o comando do Senado. O partido joga com duas peças: além de Renan Calheiros, que já se anunciou como candidato, a sigla vai lançar o nome de Simone Tebet, do Mato Grosso do Sul. A princípio, Renan enfrenta resistências dentro da sigla por ter se distanciado da cúpula emedebista – leia-se Michel Temer, Eliseu Padilha e Moreira Franco – nas eleições. A rigor, nada que o espírito de corpo do MDB não seja capaz de superar. Em tempo: Simone Tebet é filha do falecido senador Ramez Tebet, a quem ACM presenteou com o apelido de “Rábula do Pantanal”.

#MDB


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Vigilantes da Constituição

23/10/2018
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Lançado recentemente, o movimento dos juristas contra Jair Bolsonaro pretende continuar ativo mesmo após as eleições. A ideia do grupo é se credenciar como uma instância de defesa da Constituição e do Judiciário. Quem desponta como líder da mobilização é o advogado criminalista Fábio Tofi c Simantob. O arco de juristas engajados no movimento vai de Mariz de Oliveira, amigo e advogado de Michel Temer, a Sigmaringa Seixas, fi gura histórica do PT.

#Jair Bolsonaro


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Temer se despede com uma derrama nas compras pela internet

19/10/2018
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Ao apagar das luzes, a gestão Temer prepara uma desagradável surpresa para os milhões de brasileiros que despacham divisas para fora do país, entupindo os sites internacionais de e-commerce de pedidos. O governo planeja aumentar a taxação para as compras no exterior feitas pela internet. A principal medida a caminho seria o fim da isenção para remessas abaixo de US$ 50 feitas de pessoa física para pessoa física – há decisões da Justiça que sobem esse piso para US$ 100 com base em um Decreto-Lei, mas a Receita Federal considera o valor de US$ 50. Com isso, o Fisco tentaria coibir a versão cibernética do “jeitinho brasileiro”.

A Receita já mapeou, não é de hoje, os ardis utilizados pelos consumidores, com a conivência de grandes empresas internacionais de e-commerce, para ludibriar o Leão. Há serviços na internet que simulam caixas postais ou pessoas físicas. Os brasileiros são useiros e vezeiros em se utilizar da artimanha de triangular compras de produtos com esses perfis fake para descaracterizar que o remetente original da mercadoria é um site de e-commerce. As plataformas digitais chinesas são consideradas as campeãs de cumplicidade no quesito. Uma medida ainda mais dura considerada pelo governo é o aumento da própria alíquota sobre as encomendas internacionais – hoje o imposto é de 60% sobre o valor total (preço de face do produto, mais frete e eventual custo de seguro).

Neste caso, Michel Temer aproveitaria seus últimos momentos no Palácio do Planalto para “fazer o bem” vendo a quem. O lobby neste sentido vem dos grandes grupos da área de varejo e das maiores administradoras de shopping centers do país, todos atingidos pelo deslocamento de uma parcela importante de vendas para o comércio online internacional. Mesmo com o câmbio nas alturas e o desemprego na casa dos 14%, estima-se que, neste ano, os brasileiros gastarão mais de US$ 3,3 bilhões na compra de bens de consumo em sites estrangeiros, o que significará uma alta de mais de 20% em relação a 2017. No ano passado, essa cifra já havia crescido 15%.

#Michel Temer


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Meu partido, minha vida

19/10/2018
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Michel Temer confidenciou a pessoas próximas a intenção de assumir a presidência do MDB em 2019. Chega a ser um projeto tão prosaico quanto inócuo. O teto do partido não protegerá Temer dos riscos que o esperam a partir de primeiro de janeiro.

#MDB #Michel Temer


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Vai dar na BBC de Londres

18/10/2018
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Duas equipes da BBC de Londres estão no Brasil colhendo farto material para produzir um documentário sobre as eleições. O roteiro começa com as manifestações de junho de 2013, segue pela derrubada do governo petista e o consequente crescimento da extrema direita no país até o pleito deste ano. O impeachment de Dilma Rousseff terá um capítulo à parte. Alguns personagens centrais do episódio já foram ouvidos pela emissora britânica, entre os quais o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo. Os ingleses ainda aguardam a resposta do Palácio do Planalto para um pedido de entrevista com Michel Temer. Jair Bolsonaro também foi procurado pela BBC.

#BBC


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As últimas moedas de troca de Temer

17/10/2018
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A Caixa Econômica vai anunciar em até duas semanas os nomes dos novos vice-presidentes que ocuparão as cadeiras vagas desde janeiro, quando quatro executivos investigados pelo Ministério Público Federal foram afastados. Segundo o RR apurou, após duas etapas de seleção, há pouco mais de 20 finalistas, que vêm sendo submetidos à ultima rodada de entrevistas. A nomeação chama a atenção pelo timing. A rigor, o quarteto deverá ficar no cargo por não mais do que dois meses, até a posse do novo governo. Mas, por menor que venha a ser o mandato, o presidente Michel Temer não desperdiçaria esta oportunidade. Para todos os efeitos, a escolha está sendo feita por uma empresa independente, sem ingerências políticas. Na prática, no entanto, PP, MDB e PRB se movimentam nos bastidores para emplacar os eleitos.

#Caixa Econômica


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Risco jurisdicional ronda renovação de concessões

16/10/2018
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Algumas consultorias internacionais estão avaliando com certo temor os contratos de renovação das concessões feitos pelas agências reguladoras ou, quando não raras vezes, pelo Palácio do Planalto. A preocupação é que as ações do governo Temer sofram alguma suspeição, notadamente em relação às prorrogações acertadas sem licitação. A cobrança viria mais à frente.

O governo tem trocado investimento futuro por alargamento dos prazos das concessões. A priori, tudo é feito como se deveria, com estudos técnicos e documentos submetidos ao Tribunal de Contas da União (TCU). Ocorre que as renovações em troca de investimento não passam pela clivagem de um leilão prévio, que poderia medir a disposição de outro agente privado em ofertar valores maiores.

Problemas já ocorreram na área portuária, onde prorrogações foram suspensas e outras politizadas. Agora mesmo, em sua corrida desenfreada para tocar concessões para frente, o governo acelerou a permanência por mais 30 anos da Malha Paulista, que vai de Santa Fé do Sul (SP) até o Porto de Santos. É o primeiro caso de prorrogação antecipada de uma concessão ferroviária no país. As consultorias não discutem lisura, mas o ambiente político, no qual mesmo correções pontuais podem ser vistas como ameaça de recrudescimento do risco jurisdicional. O momento é delicado para quem renova ou para quem teve sua concessão renovada.

#Michel Temer


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BNDES versão pocket

15/10/2018
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O BNDES segue em seu processo de desidratação. A previsão é que os desembolsos do ano caiam 60% em relação aos realizados em 2017. As liberações para o terceiro trimestre apontam para uma queda superior em 30% nas aplicações. No primeiro semestre os desembolsos caíram a 17% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O banco está alinhado junto aos ministérios com maiores orçamentos, quase todos acumulando restos a pagar. Inacreditável, mas o governo de Michel Temer não consegue sequer gastar o autorizado. E mesmo assim produzirá um mastodôntico déficit nas suas contas.

#BNDES #Michel Temer


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Governo Temer cria uma “agência paralela” para os planos de saúde

8/10/2018
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Enquanto os olhares se voltam para as eleições, discretamente o governo Temer e as operadoras de medicina de grupo costuram uma camisa de força sob medida para a Agência Nacional de Saúde (ANS). Segundo o RR apurou, em até 15 dias a Presidência da República vai publicar o decreto que reativa as funções do Conselho de Saúde Suplementar (Consu). Na última sexta-feira, o próprio Temer e o ministro da Saúde, Gilberto Occhi, estiveram reunidos no Palácio do Planalto com o presidente da Associação Brasileira de Planos de Saúde (Abramge), Reinaldo Scheibe. O receituário do encontro não poderia ser outro. Na prática, o Consu vai tirar da ANS a autonomia na definição das regras para o setor de medicina de grupo. É como se os planos de saúde ganhassem uma agência paralela, mais flexível. O futuro ministro da Casa Civil, onde o Frankenstein regulatório ficará pendurado, terá uma injeção extra de poder. Questões viscerais, como o reajuste de tarifas dos planos de saúde, passarão pelo seu gabinete.

#Michel Temer


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Haddad busca seus pilares no governo Lula

5/10/2018
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Caso consiga brecar o avanço de Jair Bolsonaro e ganhar a eleição, Fernando Haddad poderá buscar na era Lula os alicerces para construir um núcleo duro de poder que, a priori, ele não tem. Ainda que em níveis distintos de participação, essa montagem se daria com a presença de Henrique Meirelles e de José Dirceu em seu eventual governo. Por ora, são apenas hipóteses que começaram a ser ventiladas no entorno da campanha petista após a visita de Haddad a Lula na última segunda-feira, em Curitiba.

São articulações que, assim como o magma, crepitam debaixo de terra, mas não se espere que entrem em erupção agora. Não é o momento de lançar nenhum dos dois nomes, em meio à reta final do primeiro turno e à preocupação petista com a subida de Bolsonaro nas pesquisas. O fato é que, cada qual ao seu jeito, tanto Dirceu quanto Henrique Meirelles estão em campanha – e, no caso deste último, não necessariamente para a Presidência da República. Ao fim do processo eleitoral, Meirelles terá desembolsado cerca de R$ 60 milhões em uma disputa que certamente não o levará ao Palácio do Planalto.

Na reta final da campanha, parece ter sido o preço pago por Meirelles para ser lembrado não como o ministro da Fazenda de Michel Temer, mas como o presidente do Banco Central em todos os 2.921 dias da Era Lula. Em seu programa eleitoral, o emedebista poupou o PT e o próprio ex-presidente durante quase todo o tempo. Além da autovalorização do seu trabalho como o grande condutor da economia nos oito anos do governo Lula – período em que o PIB cresceu, em média, 4% – Meirelles parece ter calculado cada frase, gesto ou filmete. O armistício deixa uma porta aberta para uma reaproximação com o PT.

Por que não? O apoio do ex-ministro seria um trunfo de Haddad na (agora incerta) disputa do segundo turno. Meirelles funcionaria como um avalista do compromisso do petista com o ajuste fiscal e as reformas estruturantes. Ao mesmo tempo, sua presença pavimentaria o caminho também para a continuidade de Ilan Goldfajn no comando do Banco Central. Com relação a José Dirceu, sua presença em um eventual governo Haddad exigiria uma configuração mais complexa.

Solto por uma liminar da Segunda Turma do STF, Dirceu já foi condenado a 30 anos e nove meses de prisão e ainda é réu em outros dois processos. Nas elucubrações petistas, o Comandante não assumiria formalmente um Ministério, até porque haveria entraves legais, mas teria o papel de assessor especial da Presidência da República, tornando-se uma espécie de Rasputin de Haddad. Sua presença no Palácio do Planalto dependeria, claro, da capacidade de Haddad de enfrentar ou não as pressões contrárias e o desgaste que a medida lhe traria logo na partida do seu mandato. Vencido isso, ele teria ao lado um estrategista político de primeira e um grande quadro partidário, com a base da militância na mão.

Embora nunca tenham representando o mesmo tipo de pensamento, Dirceu e Lula tocam de ouvido. O “Comandante” seria a representação do PT profundo no governo, algo que o próprio Haddad está longe de ser. O candidato sempre lidou com a base soft da legenda, correndo pelas raias da educação, da ciência política, da defesa de políticas identitárias etc. Dirceu também agregaria sua rede de contatos internacionais. Quem pensa na Bolívia, Venezuela ou Cuba, acertou menos de 50%. O principal capital político do “Comandante” são suas articulações com a tecnocracia e empresários conservadores norte -americano, tais como Dick Cheney e Sheldon Adelson. Meirelles sabe disso, porque presenciou a articulação de Dirceu com Mário Garnero e George Bush, que desaguou na sua indicação para ministro. É possível que “Zé” tenha mais caminhos para chegar a Trump do que o PT inteiro, incluindo o prisioneiro Lula, caso fosse solto. Mesmo com duas sentenças nas costas.

#Fernando Haddad #Lula #PT


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Aos Vieira Lima, tudo!

4/10/2018
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O MDB tem sido generoso na partilha do fundo partidário e no apoio à reeleição do deputado Lucio Vieira Lima. A última coisa que os caciques do partido, à frente o próprio presidente Michel Temer e Eliseu Padilha, desejam é desagradar o irmão do presidiário Geddel Vieira Lima.

#Lucio Vieira Lima #MDB


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Lobby inflamável

3/10/2018
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Promete ser quente a disputa pela presidência da Frente Parlamentar de Biocombustíveis para a próxima legislatura – o atual líder, o deputado Evandro Gussi (PV-SP), não concorre à reeleição. Os dois candidatos mais fortes são Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do Capitão, e Baleia Rossi (MDB-SP), unha e carne de Michel Temer e citado na delação premiada do marqueteiro Duda Mendonça. A Frente Parlamentar tem uma agenda para 2019 que, digamos assim, deve valorizar o papel de seus integrantes: aprovar na Câmara a autorização para que as próprias usinas sucroalcooleiras vendam etanol diretamente ao consumidor final, sem a necessidade de um distribuidor.

#Eduardo Bolsonaro #MDB #PSL


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Ometto esbarra na “Estação TCU”

28/09/2018
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No encontro que teve com o presidente Michel Temer no Palácio do Planalto, na última quarta-feira, o empresário Rubens Ometto falou de eleições (pouco) e de ferrovia (muito). Hoje, um dos grandes nós entre os negócios de Ometto é a renovação antecipada da concessão da Malha Paulista, pertencente à Rumo Logística. Depois de mais de um ano sentada sobre a questão, a ANTT aprovou a extensão do contrato por mais 30 anos. Ometto, no entanto, ainda aguarda pelo sinal verde do TCU, onde o processo está parado. Na conversa com Temer, o empresário jogou com sua carta trunfo, alertando que um investimento da ordem de R$ 4,5 bilhões está condicionado à renovação da concessão. A essa altura, contudo, a três meses de deixar o Planalto, o presidente está longe de ser o melhor “advogado” da República para interceder junto ao TCU.

#Michel Temer #Rubens Ometto #Rumo Logística


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Confins é uma bomba-relógio no colo do futuro governo

26/09/2018
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Como se não bastasse o fracasso do seu programa de concessões, a Era Temer ainda deixará um bilionário contencioso na conta do futuro governo. O RR apurou que a BH Airport, leia-se CCR, operadora do Aeroporto de Confins, está entrando nos próximos dias com uma ação no STJ para barrar a reabertura do terminal da Pampulha a voos comerciais. De acordo com a fonte do RR, o grupo exigirá uma indenização superior a R$ 10 bilhões da União caso a decisão seja mantida – o valor corresponde à receita projetada e aos investimentos previstos no período da concessão (30 anos). A CCR alega que a medida criará um desequilíbrio concorrencial não previsto no contrato de concessão de Confins. No ano passado, a concessionária chegou a entrar com um pedido de liminar no próprio STJ, sem sucesso. Recentemente, a empresa sofreu outras duas derrotas. No último dia 11, a Anac publicou portaria autorizando a operação de grandes aeronaves na Pampulha. Na semana passada, a área técnica do TCU considerou improcedente representação feita pelo senador e candidato ao governo de Minas Gerais Antonio Anastasia contra a reabertura da Pampulha a voos interestaduais. Além disso, recomendou ao plenário da Corte a suspensão de medida cautelar que impedia a medida. Ou seja: no intervalo de dez dias, a CCR e sua sócia na BH Airport, a Zurich Airport, levaram dois torpedos em pleno voo.

#CCR #Confins #Michel Temer


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Nada a temer, ao menos até 2019

25/09/2018
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O Palácio do Planalto considera baixo o risco de que a PGR Raquel Dodge apresente ao STF a terceira denúncia contra Michel Temer. E menor ainda que exista tempo hábil para a Câmara dos Deputados abrir e votar um eventual processo de afastamento do presidente até o fim do mandato. Os problemas de Temer começam mesmo para valer a partir de 1o de janeiro de 2019.

#Michel Temer #Palácio do Planalto #Raquel Dodge


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O primeiro desertor da campanha de Alckmin

20/09/2018
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O PRB deverá ser o primeiro partido a roer a corda a abandonar a coalizão que apoia a candidatura de Geraldo Alckmin. A sigla tem tudo para embarcar, ainda no primeiro turno, na campanha de Jair Bolsonaro. As conversas estão bem adiantadas: de um lado, o Pastor Marcos Pereira, ex-ministro de Michel Temer, pelo PRB; do outro, o Major Olímpio, um dos articuladores políticos do Capitão, pelo PSL.

#Geraldo Alckmin #Jair Bolsonaro #PRB


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O pato manco e a águia doida

19/09/2018
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O Itamaraty ainda tenta confirmar um encontro reservado entre Michel Temer e Donald Trump no próximo fim de semana, quando o presidente brasileiro estará em Nova York para participar da assembleia geral da ONU. Por ora, no entanto, não tem encontrado reciprocidade da parte da diplomacia norte-americana.

#Donald Trump #Michel Temer


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Henrique Meirelles cola em Temer para propagandear seu “governo de transição”

17/09/2018
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Os vídeos de Michel Temer nas redes sociais com críticas a Geraldo Alckmin e Fernando Haddad são apenas as primeiras cenas da colaboração velada entre o Palácio do Planalto e a campanha de Henrique Meirelles. Há um esforço conjunto e coordenado no sentido de alavancar a candidatura do emedebista. A priori, Temer continua sendo uma presença infectocontagiosa para a imagem de qualquer candidato e, para todos os efeitos, seguirá a léguas de distância de Meirelles. No entanto, o ex-ministro da Fazenda acredita ter encontrado um veio na relação com o presidente que só ele pode explorar.

Meirelles é o único dos concorrentes ao Planalto capaz de trazer para si a negociação com o governo de soluções antecipadas para alguns dos dramáticos problemas a serem enfrentados pelo futuro presidente. Mais do que qualquer outro candidato, Meirelles pode dizer com autoridade que o “governo de transição” começa antes mesmo da eleição. É sintomático, por exemplo, que o atual titular da Fazenda, Eduardo Guardia, uma extensão de Meirelles no cargo, tenha surgido em cena na semana passada resgatando a reforma da Previdência, com a proposta de um mutirão no Congresso para a aprovação do projeto logo após as eleições.

Quase que simultaneamente chama a atenção também a movimentação do ministro em torno da elaboração de proposta para a redução do Imposto de Renda para Pessoa Jurídica (IRPJ). Ninguém, a bem da verdade, acredita que o Congresso Nacional aprove qualquer medida polêmica ou impopular nesse período. Mas Henrique Meirelles poderia trazer para si a resolução do problema orçamentário do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), programas sociais que tiveram parcela expressiva de verbas diferidas para aprovação futura pelos congressistas. A saída está dada – ver RR edição de 13 de setembro – e tem sido objeto de discussão entre o candidato emedebista e seus ex-companheiros de equipe econômica.

O expediente não passa pelo Congresso. Os recursos seriam providos do lucro do Banco Central, uma artimanha fiscalmonetária condenada à extinção, que transfere para a instituição a rentabilidade das reservas cambiais sem que elas tenham sido vendidas. Conseguindo ou não êxito em suas demandas, o importante na campanha é o discurso e o espaço no noticiário. A reaproximação do governo e do presidente da República que o próprio Henrique Meirelles renega em sua campanha eleitoral é uma desesperada tentativa de içar uma candidatura pregada no chão. Com 3% nas últimas pesquisas do Ibope e do Datafolha, o solitário emedebista tem de inventar algo diferente, mesmo correndo o risco de levar um tombo.

Michel Temer é um chapéu de dois bicos: tanto atrapalha quanto ajuda. A estratégia de usar o próprio Temer para satanizar Geraldo Alckmin nas redes sociais foi elaborada a partir de uma “joint venture” entre Elsinho Mouco, o marqueteiro da Presidência da República, e os publicitários Chico Mendez e Paulo Vasconcellos, responsáveis pela comunicação de Meirelles. Outras peças deverão ser produzidas e disseminadas nos próximos dias. Enquanto isso, Meirelles analisa se vale a pena posar como o “candidato-estadista” que convenceu o presidente da necessidade de resolver parte dos graves problemas do futuro governante, seja ele quem for.

#Fernando Haddad #Geraldo Alckmin #Henrique Meirelles #Michel Temer


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Michel Temer despreza solução para manter Bolsa Família no Orçamento

13/09/2018
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O presidente Michel Temer e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, preocupados apenas com a porta dos fundos, ignoraram uma decisão política da área econômica que, se fosse em início de governo, não passaria jamais. O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, empurrou metade das verbas do Bolsa Família para fora da proposta orçamentária de 2019. São R$ 15 bilhões que irão engordar um montante de R$ 258,1 bilhões – valor este que exige pedido de crédito adicional aos parlamentares.

O que deixou o Bolsa Família ao relento foi a ladainha da “Regra de Ouro”, que proíbe o endividamento público para o pagamento das despesas de custeioda máquina do estado. Na seleção de despesas que ficariam fora da cobertura orçamentária, o Planejamento não pestanejou: metade do Bolsa Família ficou dependurada. A medida causou constrangimento em alguns funcionários vinculados à área social do governo Temer e a técnicos ligados a Henrique Meirelles.

O incômodo é que havia uma saída à vista. O governo acumulou uma bolada com o lucro do Banco Central oriundo da desvalorização das reservas cambiais. Trata-se de uma espécie de pedalada fiscal-cambial enrustida, prestes a ser proibida pelo Congresso. O Banco Central transfere recursos ao Tesouro sem ter vendido as reservas, apenas em função de uma rentabilidade puramente contábil. Todos os governos, nos últimos anos, vêm usando o expediente para cobrir o buraco da “Regra de Ouro”.

Mas com Temer o uso do “jeitinho” excedeu a todas as gestões anteriores. Agora mesmo, o governo separou R$ 30 bilhões desse “lucro do BC” – que supera as centenas de bilhões de reais – para tampar o rombo da “Regra de Ouro”. A crítica que se faz é porque o governo não faz um a acerto de contas dessa dinheirama com o dinheirinho para pagar o Bolsa Família dentro do orçamento. A medida é simbólica e pode representar menos um abacaxipara Henrique Meirelles descascar. Afinal, esse governo que expurga o Bolsa Família foi o seu. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, que poderia impedir a decisão, foi indicado por ele. E o uso da imagem de Lula e do próprio Bolsa Família na sua campanha eleitoral pode ir para a cucuia. Mas ainda há tempo para o bom senso.

#Michel Temer


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Pouso forçado

13/09/2018
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A promessa do governo Temer de realizar, ainda neste ano, uma PPP para o controle do tráfego aéreo em todo o país deve ir para o espaço. As primeiras gestões junto ao Tribunal de Contas da União têm sido complexas. O TCU vai analisar o novo modelo da licitação vis-à-vis cada um dos 68 contratos hoje mantidos separadamente pela Aeronáutica, que, no plano de voo do governo, serão unificados em uma única PPP. Com isso, a licitação estimada em mais de R$ 4 bilhões corre o risco de só decolar no próximo governo.

#Michel Temer


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Efeito Temer

12/09/2018
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Romero Jucá, um dos cavaleiros da távola redonda de Michel Temer, quer distância do presidente. A proximidade com Temer contaminou seu desempenho eleitoral. Candidato à reeleição ao Senado por Roraima, Jucá tem aparecido nas pesquisas atrás de Márcia de Jesus (PRB) e Angela Portela (PDT).

#Romero Jucá


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Embargo russo sangra os frigoríficos brasileiros

3/09/2018
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A convicção de que o governo Temer acabou faz tempo se espalha também pelo setor agropecuário. O embargo da Rússia à carne brasileira, que já entrou no nono mês, está deixando um dramático rastro de demissões sem qualquer sinal de solução do Ministério da Agricultura e do Itamaraty para o impasse. Segundo o RR apurou, números que circulam na própria Pasta da Agricultura indicam que os frigoríficos já abateram quase três mil postos de trabalho em decorrência direta da suspensão dos embarques para a Rússia. O problema tende a se agravar consideravelmente se não houver um acordo com o governo russo no curto prazo. O setor já calcula que os cortes deverão duplicar até o fim do ano, em razão do efeito cascata que a queda das exportações tem sobre o preço dos produtos no próprio mercado interno e consequentemente sobre a rentabilidade das empresas. No segmento de carnes suínas, a situação é ainda mais dramática: produtores já operam com margens negativas de 20%. De acordo com um empresário do setor ouvido pelo RR, o ministro Blairo Maggi manteve uma série de contatos com grandes grupos frigoríficos ao longo da última semana. Segundo a mesma fonte, Maggi acenou com a resolução do imbróglio bilateral ainda em setembro. Trata-se da mesma promessa que vem sendo refogada mês atrás de mês.

#Michel Temer #Ministério da Fazenda


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Sempre Valdemar

3/09/2018
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Valdemar da Costa Neto (PR) está em todos os “Centrões”. Enquanto faz campanha por Geraldo Alckmin, tem aproveitado o crepúsculo do governo para arrancar do presidente Michel Temer uma última leva de verbas e nomeações para o seu partido.

#Geraldo Alckmin


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Um pé em cada canoa

17/08/2018
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PP e DEM, integrantes da coalizão baleia montada por Geraldo Alckmin, trabalham para descolar sua imagem do governo Temer, mas jamais se distanciando do poder. Os democratas emplacaram Henrique Sartori como secretário executivo do Ministério da Educação. Já Ciro Nogueira, presidente do PP, reuniu-se com Michel Temer na semana passada e saiu com a garantia de duas nomeações para a Agência Nacional de Saúde (ANS).

#Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Síndico ausente

17/08/2018
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Michel Temer ainda deverá fazer ao menos mais uma viagem internacional antes de passar a faixa presidencial ao sucessor. Será um tour por países da América Latina. A essa altura, tanto fez como tanto faz.

#Michel Temer


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O estranho fadeout do governo Temer no setor elétrico

16/08/2018
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O setor elétrico brasileiro viveu um curto circuito no dia de ontem. Segundo o RR apurou, mais ou menos na mesma hora em que a Eletrobras anunciava a venda de 71 participações em SPEs, a área técnica do TCU fez questionamentos extraoficiais aos critérios adotados pela estatal para a formação de preço dos ativos. O piso estipulado para os 18 lotes, R$ 3,1 bilhões, se baseia no valor contábil das participações. De acordo com informações filtradas da própria empresa, a Eletrobras não procedeu a avaliação econômica dos ativos. Estima-se que o valor econômico potencial seria da ordem de R$ 8 bilhões, bem mais que o dobro da cifra fixada.

Ressalte-se que a maior parte das SPEs é composta por investimentos que já atingiram seu ponto de maturação. São parques eólicos e linhas de transmissão em operação, com fluxo de caixa, o que aumenta a sua atratividade. Consultada acerca da ausência do laudo de avaliação econômica, a Eletrobras não se pronunciou sobre o tema, limitando-se a reproduzir os fatos relevantes divulgados ao mercado com as condições gerais do leilão. A contestação do TCU coloca, desde já, uma espada sobre os eventuais compradores dos ativos, diante do  risco de um posterior embargo à operação.

A quarta-feira se mostrou ainda mais insólita. Das duas uma: ou o governo Temer está batendo cabeça no setor elétrico ou identificou uma oportunidade derradeira de impor problemas para vender suas habituais soluções. Somente uma destas hipóteses explica a dúbia mensagem passada ao mercado. No mesmo dia em que a Eletrobras anunciava a venda das 71 participações, sendo 21 delas usinas eólicas, o novo diretor-geral da Aneel, André Pepitone da Nóbrega, e o ministro Moreira Franco acenaram com a possibilidade de um corte radical nos subsídios para a geração de energia limpa.

Traçando-se uma linha reta entre os dois pontos, é como se o dono de um imóvel estivesse desvalorizando seu próprio patrimônio no momento em que o coloca à venda. Mas, de tão desordenados, talvez exista alguma coreografia entre estes dois movimentos. Tamanha contradição se dá justamente no instante em que investidores do setor elétrico têm a sua disposição, de uma só vez, a maior oferta de ativos em energia limpa dos últimos anos no Brasil. Este sinuoso enredo não pode ser dissociado do timing político. Após passar quase dois anos trabalhando em cima do melhor modelo para o leilão, fica a sensação de que a Eletrobras corre para realizar a licitação das SPEs dentro do mês de setembro, portanto antes das eleições. É o tempo que resta até o apagar das luzes de Temer, Moreira e cia.

#Eletrobras #Michel Temer


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Memórias do cárcere

14/08/2018
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Preso na Papuda, o ex-ministro Geddel Vieira Lima fez chegar ao Palácio do Planalto a informação de que está rascunhando suas memórias. A mensagem, por si só, já significa uma dedicatória ao presidente Michel Temer.

#Geddel Vieira Lima


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Paradoxo

10/08/2018
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Paradoxo do cinismo: a campanha de Henrique Meirelles está reunindo farto acervo de imagens de Lula e Dilma Rousseff junto a Michel Temer.

#Henrique Meirelles


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Me chama que eu vou

7/08/2018
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No PP, ninguém levado a sério a promessa do ministro Blairo Maggi de deixar a política ao fim do mandato do presidente Michel Temer, com a sua consequente saída da Pasta da Agricultura. O entorno de Maggi crava que ele aceitaria sem pestanejar um convite de Geraldo Alckmin, apoiado pelo PP, para permanecer à frente do Ministério em um eventual governo tucano. Um foro privilegiado nunca faz mal a ninguém

#Blairo Maggi


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Saideira

7/08/2018
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A italiana Gavio é forte candidata ao leilão da Rodovia de Integração do Sul, marcado para novembro – uma das raras concessões que ainda devem sair do papel no governo Temer

#Gavio #Michel Temer


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O Brasil precisa de alguém como Reis Velloso

2/08/2018
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Está fazendo falta alguém como João Paulo dos Reis Velloso. Não é de hoje. Os governos de FHC, Lula, Dilma Rousseff e Michel Temer, os primeiros com alguns méritos, os últimos com mais desatinos, desprezaram o significado e importância do planejamento. A prática de organizar no tempo metas, prioridades, diretrizes e projetos, identificando em um prazo mais longo para onde o país pretende caminhar, foi estigmatizada junto com o regime militar.

Metas só as de inflação. Planos só os PACs, criados para não serem cumpridos. O primado de uma decisão de Estado deixou de ser relevante, até porque esse mesmo Estado passou a ser culpado por todos os males e perdeu o script do desenvolvimento programado. Restou-lhe uma ação esquemática, repetitiva.

João Paulo dos Reis Velloso representava exatamente o contrário, ou seja, a convicção de que o desenvolvimento exigia planejamento. Para isso despia as colaborações de preconceitos. Velloso seguia a máxima de Roberto Marinho, e também “tinha seus comunistas”. Colocava para pensar Arthur Candal, Pedro Malan, Regis Bonelli, Edmar Bacha. “Vermelhos e direitistas”. No Ipea, não havia guerra fria. Também era um mediador “por dentro”, equilibrando as demandas políticas com os aspectos técnicos, e muitas vezes segurando os arroubos da Fazenda ou do Gabinete Civil.

Tudo com a maior discrição. Velloso não tinha a intenção do brilhareco ou da demonstração de força. Dedicava-se a uma regência sacerdotal dos acadêmicos e tecnocratas a sua volta. Zelava pelo planejamento como um guardião das peças eucarísticas. Ao contrário do que pregam as catilinárias liberais, os investidores tinham um norte. A iniciativa privada enxergava um futuro, ainda que fosse tentativo ou mesmo duvidoso. Não havia mal em se ter um plano. Pois é. Que falta faz alguém como Reis Velloso.

#Dilma Rousseff #Fernando Henrique Cardoso #João Paulo dos Reis Velloso #Lula


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Bebendo conselhos

25/07/2018
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O candidato Henrique Meirelles foi beber dos conselhos de Naji Nahas e Delfim Netto. Recomendação expressa do presidente Michel Temer, interlocutor permanente de ambos. Como se fosse adiantar de algo.

#Henrique Meirelles


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Skaf e MDB não se entendem

25/07/2018
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Paulo Skaf está irritado com a decisão do MDB de submeter seu nome a votação na convenção do partido, em agosto. Já pediu ao próprio presidente Michel Temer que interceda na questão, de forma a garantir que sua candidatura ao governo de São Paulo seja referendada por aclamação. Pode ficar esperando, então.

#MDB #Paulo Skaf


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Esportes olímpicos na berlinda

23/07/2018
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A nova MP das Loterias, que será enviada ao Congresso em até duas semanas, deverá tirar dos esportes olímpicos cerca de R$ 250 milhões.É praticamente a metade do valor que seria sugado com a MP 841, que chegou a ser publicada e depois suspensa pelo presidente Michel Temer. Ainda assim, a gritaria entre os clubes e atletas promete ser grande.

#MP das Loterias


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PRB escala seus pastores eleitorais

23/07/2018
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O pastor Marcos Pereira, ex-ministro de Michel Temer, trabalha para que o PRB tenha candidaturas próprias ao governo de pelo menos cinco estados. Os candidatos deverão sair notadamente das fileiras evangélicas, sobretudo a Igreja Universal.

#PRB


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Meirelles quer fazer do governo Lula seu avalista eleitoral

20/07/2018
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O marqueteiro de Henrique Meirelles, Chico Mendez, já definiu uma linha para a campanha do candidato. A ideia é usar ao máximo possível a imagem de Lula, com o propósito de pegar carona na bonança econômica do seu governo e vinculá-la à gestão de Meirelles no Banco Central. Desta forma, o ex-ministro tentaria surfar nas boas lembranças da gestão do petista ainda resilientes na memória de um terço do eleitorado. O “Chame o Meirelles”, slogan bombardeado desde a semana passada na TV e nas redes sociais, ganharia, então, uma segunda linha: ao chamar Meirelles, o eleitor traria de volta a estabilidade econômica, distribuição de renda, emprego.

A iniciativa, é bom que se diga, tem prazo de duração: Lula não vai ficar calado até as eleições. Mas, ao menos, funcionaria como um ponto de partida para a campanha de Meirelles. No mundo paralelo concebido pelos publicitários do pré-candidato emedebista, o discurso implícito será na seguinte linha: o governo Lula só foi o que foi porque Meirelles fez parte dele durante cada um dos seus 2.921 dias. E os seus 694 dias à frente do Ministério da Fazenda de Michel Temer, com o desemprego na casa dos 13%? Será apenas um detalhe.

Não obstante o risco de soar como um cinismo escancarado, chega-se a dizer, entre os estrategistas de Meirelles, que ele poderia explorar sua saída da Fazenda, tratando-a como um sinal de discordância e oposição ao governo Temer. Conciliador como só ele, Meirelles teria adiado ao máximo seu desligamentdo Ministério para não aumentar a instabilidade política e institucional. A lógica é que a propaganda eleitoral suportaria o photoshop na realidade.

Segundo informações filtradas do comitê de campanha do emedebista, uma das peças de comunicação mais contundentes, que deverá ser veiculada antes da convenção do partido e da eventual homologação da cambaleante candidatura Meirelles, tem como base um discurso feito por Lula em 2010. A fala seu deu em Anápolis (GO), terra natal do ex-ministro da Fazenda. “Vocês já ouviram muitas pessoas falarem mal do Meirelles, porque os juros estão altos. Eu quero dizer ao povo de Anápolis que sou agradecido a este companheiro e à equipe econômica pela estabilidade e pelo respeito que o Brasil tem hoje no mundo”.

#Henrique Meirelles #Lula


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A chinese wall de Cármen Lúcia

20/07/2018
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Ao ocupar a Presidência da República pela terceira vez, por conta da viagem de Michel Temer à África, a ministra Cármen Lúcia recusou compromissos de caráter político, incluindo pedidos de audiência de dois líderes partidários no Congresso. A presidente do STF preferiu dividir a agenda entre os seus: na quarta, por exemplo, recebeu o Secretário Nacional de Justiça, Luis Pontel.

#Cármen Lucia


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Prefeitos infelizes

19/07/2018
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O Programa Criança Feliz – criado, entre outras razões, para transformar a primeira-dama Marcela Temer em “garota propaganda” do governo –tornou-se um ponto de fricção entre prefeitos e Michel Temer. A Confederação Nacional dos Municípios prepara uma ofensiva para denunciar o desmonte do projeto e a suspensão dos repasses prometidos às Prefeituras.

#Michel Temer


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Comédia da partilha embaralha astros e coadjuvantes no MDB

16/07/2018
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A comédia da partilha está em cartaz no MDB. A corrida pelo ervanário lembra as folias patafísicas do dramaturgo Alfred Jarry, em que se desconstrói o real para reconstruí-lo sob a forma do pândego. As discussões em torno da divisão do fundo partidário conseguem unir do mesmo lado do ringue personagens tão improváveis quanto Paulo Skaf  Roberto Requião. É o teatro do absurdo.Os dois antípodas estão em pé de guerra com a estratégia de divisão dos recursos já sinalizada pela cúpula do partido, que deverá privilegiar alguns poucos afortunados.

No córner oposto estão os donos do cofre: Romero Jucá, presidente do MDB – chamado pelos antagonistas de tesoureiro-mor –, Eliseu Padilha e Moreira Franco. O presidente Michel Temer, dependendo da circunstância, representa o grupo palaciano, os insurretos ou posa de olímpico. Temer tenta jogar em todos os times. No último sábado, recebeu separadamente Paulo Skaf e Henrique Meirelles. Na agenda de ambos estavam queixas ao presidente relacionadas a apoio, da parte de Meirelles, e dinheiro, da parte de Skaf.

O ex-ministro da Fazenda busca demonstrar que sua candidatura tem funding próprio. Vai sobrar para quem estiver colado com ele. Em encontro com a tríade Jucá, Padilha e Moreira, teria vazado a expressão “turma do pires na mão”, em referência aos emedebistas que ficarão ao relento. A proposta da cúpula do MDB é ampliar a distribuição de recursos para estados em que a legenda já parte com chances consideráveis de emplacar o governador – casos de Roseana Sarney, no Maranhão, e de Paulo Hartung, no Espírito Santo – ou de aumentar sua bancada no Congresso. Toda a ação provoca reação em força igual e contrária. Skaf atira contra a direção do partido e acusa o trio Jucá, Padilha e Moreira de estar criando uma espécie de apartheid financeiro para beneficiar a “panela” de velhos aliados. Uma mistura de Ubu Rei, de Jarry, com o Avarento. Os emedebistas sem passe livre para faturar são uma trupe histriônica.

#MDB #Paulo Skaf


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Ausência programada?

16/07/2018
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Rodrigo Maia e Eunício de Oliveira foram a Michel Temer na tentativa de demovê-lo da ideia de fazer um giro pela África e pela Ásia entre o fim de julho e a primeira semana de agosto. O argumento é que o período concentrará o auge das convenções partidárias e a definição dos candidatos à Presidência. Temer ouviu, ouviu e não disse que sim nem que não.

#Michel Temer #Rodrigo Maia


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Temer não ajuda ninguém

10/07/2018
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Michel Temer criou um problema a mais para a eventual candidatura de Henrique Meirelles. Na avaliação dos assessores de Meirelles, a decisão de Temer de tirar o Ministério do Trabalho do PTB sepultou as últimas esperanças do ex-ministro de contar com o apoio do partido de Roberto Jefferson

#Henrique Meirelles #Michel Temer


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Viagem de Temer à Rússia abre “vaga” para Cármen Lúcia

5/07/2018
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Segundo informações filtradas do próprio Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer está decidido a viajar para Moscou caso a seleção brasileira chegue à decisão da Copa do Mundo. A questão foi discutida na última segunda-feira à tarde, logo após a partida contra o México, pelo próprio Temer e o ministro Eliseu Padilha – além do sempre presente marqueteiro Elsinho Mouco. A essa altura, a viagem do mais impopular presidente da história do Brasil pouco importa pelo fato em si, mas, sim, pelo rebuliço institucional que provocará, mexendo com as principais peças dos três Poderes.  A ausência de Temer exigirá uma articulação envolvendo os comandos do Legislativo e do Judiciário. Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício de Oliveira, não poderão assumir interinamente a vaga. Caso contrário, estarão impedidos de disputar a reeleição ao Congresso. A saída é uma “debandada” geral. Maia e Eunício também precisarão deixar o país simultaneamente à ausência de Temer, o que abrirá caminho para que a presidente do STF, Cármen Lúcia, despache no Palácio do Planalto enquanto Neymar e cia. disputam o hexa. O expediente, ressalte-se, já teve de ser usado em abril, quando Temer foi a Lima, no Peru, para participar da Cúpula da Américas. Na ocasião, Maia e Eunício cumpriram convenientes missões oficiais, respectivamente no Panamá e no Japão.

#Cármen Lucia #Michel Temer


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Decreto põe em risco o “IPI da AmBev”

4/07/2018
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A AmBev mobilizou seu pelotão de lobistas no Congresso com o objetivo de derrubar o Decreto 9.394, assinado pelo presidente Michel Temer em maio. No Senado, correm dois decretos legislativos para revogar a decisão presidencial. O Decreto de Temer reduziu de 20% para 4% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) que incidem sobre as fabricantes de concentrado (xarope) na Zona Franca de Manaus. À primeira vista, soa como um paradoxo que a AmBev esteja tentando dinamitar o corte no percentual do imposto. Ocorre que, por uma dessas aberrações do sistema tributário brasileiro, o menos representará mais para a cervejeira. O IPI é um tributo não cumulativo, que prevê a apropriação de créditos na entrada de insumos, leia-se, neste caso, o xarope. Esses créditos são compensados na saída do produto final, a bebida. Ou seja: a grande diferença entre as duas alíquotas gera um acúmulo de créditos e pouco imposto a pagar na ponta final. Por conta dessa intrincada característica, o regime em vigor beneficia as fabricantes de grandes volumes de bebida e traz pouco ou nenhuma vantagem para as empresas menores. Não por outra razão é chamado por muitos no setor de “IPI da AmBev”.

#Ambev


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Temer vai à China resgatar sobras de acordo bilateral

3/07/2018
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O presidente Michel Temer deverá ir a Pequim em agosto para salvar um acordo bilateral que, na prática, ainda não vingou: o Fundo Brasil-China de Cooperação para Expansão da Capacidade Produtiva, uma herança dos tempos de Dilma Rousseff. A piro-técnica parceria começou com cifras siderais, da ordem de US$ 50 bilhões. Posteriormente, o valor caiu para US$ 20 bilhões. E, ainda assim, Temer vai atrás apenas de uns farelos dessa cifra, algo em torno de US$ 2 bilhões. Se tudo correr como o Planalto espera, os governos dos dois países vão anunciar os primeiros projetos beneficiados, a começar pela construção do terminal portuário de São Luís (MA), conduzido pela China Communications Construction Company (CCCC). O RR apurou que a Cofco, gigante chinesa do agronegócio, também deverá ser contemplada, com recursos, sobretudo, para a construção de estruturas de armazenagem. O governo brasileiro ainda tem a esperança de garantir financiamento ao menos para um dos grandes projetos ferroviários em estudo no país: a Ferrogrão ou a Ferrovia de Integração Oeste-Leste. A seis meses do fim do mandato, no entanto, é muito pouco provável que consiga deslanchar nem que seja uma das duas licitações.

#China Communications Construction Company (CCCC) #Michel Temer


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Eike Batista tem um encontro com o seu passado de ouro

2/07/2018
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Eike Batista ensaia dar uma volta no tempo e retornar aonde tudo começou: a mineração na fronteira do confronto com índios e garimpeiros. Neste caso, ao menos por enquanto, o potencial risco de litígio são os silvícolas. Eike estuda com carinho uma parceria com Otavio Lacombe, da Gold Amazon, que explora tantalita na bacia do rio Içana, na Terra Indígena Alto Rio Negro, na divisa com a Colômbia. As pesquisas indicam ouro associado, mas o quente da região é o chamado “ouro azul” – ou Coltan, mistura de columbita com tantalita, de alto valor no mercado. Segundo a fonte do RR, as conversações entre Eike Batista e Otavio Lacombe têm sido mantidas sob uma espessa camada de sigilo, por razões óbvias.

O projeto da Gold Amazon é um aluvião que carrega os mais diversos cascalhos, a começar pela participação de Elton Rohnelt, assessor de Michel Temer e sócio minoritário da empresa. Ressalte-se ainda que a tantalita é um minério que tradicionalmente sempre foi gerador de grandes conflitos entre garimpeiros. Além disso, lideranças indígenas contestam os expedientes usados por Otavio Lacombe. Conforme informações divulgadas na imprensa, o empresário tem visitado aldeias e feito doações financeiras a índios locais, sem interlocução com as entidades representantes dos nativos e, sobretudo, com a Funai. Procurada, a entidade confirmou não ter sequer conhecimento do projeto da Gold Amazon nas terras indígenas do Alto Rio Negro.

Há muito de recuo no tempo nessa possível parceria entre Otavio Lacombe e Eike Batista. Seus pais, Octavio Lacombe e Eliezer Batista, foram muito amigos. Eliezer teve um papel importante na construção da Paranapanema, de Lacombe pai – não a atual, que foi exaurida pelos fundos de pensão, mas o verdadeiro império da exploração de cassiterita na Amazônia criado nos anos 60. O fundador da Paranapanema se caracterizou também pelas rusgas com indígenas, notadamente na região de Pitinga, no Amazonas. Consultada sobre a possível associação com Otavio Lacombe, a EBX informou que “Eike Batista que não possui atualmente qualquer relação com a pessoa nominada, tampouco desenvolve projeto relacionado a mineração em áreas indígenas.” O RR não conseguiu contato com a Gold Amazon – a empresa não disponibiliza telefones ou e-mail. Caso a investida se confirme, Eike Batista estará se reencontrando com suas raízes. Foi na exploração de ouro que ele começou e ganhou dinheiro, bem antes da história de êxtase e agonia do “Império X”. Eike volta ao setor mais maduro e calejado. Em meio às polêmicas que cercam a Golden Amazon, certamente o empresário saberá identificar um terreno firme para fincar seu investimento.

#Eike Batista


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“Acordão fiscal” é o balão de ensaio da vez

28/06/2018
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O senador José Serra teria desfiado uma proposta rocambolesca junto aos mais emplumados tucanos, com destaque, é claro, para Fernando Henrique Cardoso. Serra não estaria disposto a protagonizar seu plano das Arábias. Já lhe bastaria a paternidade da ideia. As batatas ficariam com FHC, conforme sua ideia. O invento em questão seria a costura de um “acordão fiscal” entre os concorrentes à Presidência. Por “acordão fiscal” entenda-se uma proposta para o saneamento da gravíssima situação das contas públicas que seria encaminhada a Michel Temer em nome de todos os candidatos.

A solução viria de um expressivo corte na política de renúncia fiscal do governo ainda em 2018, de modo que a medida pudesse ter impacto já no primeiro ano de gestão do novo presidente. No roteiro idealizado por Serra, caberia a FHC fazer um périplo entre os principais postulantes ao Palácio do Planalto para testar a aceitação da medida e costurar o apoio uníssono. Somente, então, a proposta seria formalmente levada a Temer, com a sua aprovação já previamente acordada – Fernando Henrique reza pela máxima de Tancredo Neves, que dizia só enviar uma carta quando já sabia a resposta.

A premissa que move Serra é a de que o legado fiscal de Michel Temer é uma ameaça comum a todos, que põe em xeque a governabilidade do país desde o primeiro minuto do próximo mandato. Com as medidas adotadas pelo governo Temer para conter o motim dos caminhoneiros, a margem de manobra para o cumprimento da meta de déficit fiscal fixada para 2019, R$ 139 bilhões, foi reduzida. Os gastos discricionários previstos para este ano já foram cortados de R$ 129 bilhões para R$ 122 bilhões. Quando a linha d ´água se aproxima dos R$ 80 bilhões, já é possível configurar um cenário de shutdown.

No mundo paralelo concebido por José Serra, o corte das renúncias fiscais daria ao próximo governo uma folga fiscal sem qualquer medida que precisasse passar pelo Congresso. O total de benefícios tributários somou no ano passado R$ 354 bilhões. Ou seja: uma diminuição de 40% desse valor daria para cobrir todo o déficit primário projetado para 2019. A medida permitiria enfrentar outro desafio fiscal, que deverá se perpetrar até 2024: honrar a “Regra de Ouro”. Temer deixará um legado cujo cumprimento é inviável, um estouro de R$ 350 bilhões em 2019. É justo, digamos assim, que seja ele o cirurgião da enfermidade que causou.

A proposta a ser levada a Michel Temer partiria da premissa de que ele é o homem certo para colocar o guizo no gato. Trata-se de um presidente impopular que está a apenas seis meses de deixar o governo. Ou seja: a essa altura, seu desgaste em realizar um corte na política de renúncias fiscais seria residual. Como, a princípio, o governo não dispõe de um candidato competitivo à sucessão de Temer, a medida teria reduzido reflexo eleitoral. Nesse cenário fronteiriço à ficção, o “acordão” surge como um projeto redondo, no qual todos teriam vantagem e o país sairia ganhando acima dos interesses políticos. Pois bem, parece, mas não é.

A premissa de que o terreno fiscal será terraplenado no atual governo, que tomaria as medidas duras, aliviando o futuro governante, parece um doce de coco. O problema começa nos detalhes. Cada candidato daria prioridade aos cortes de maneira diferente, na medida em que seus aliados podem estar entre aqueles que terão seus interesses prejudicados. Outro complicador é que os presidenciáveis teriam de ser mosqueteiros de si próprios, ou seja, seguir o lema do um por todos,  todos por um. Se qualquer um deles furasse o “acordão”, poderia usar na campanha que foi contrário ao acerto com Temer e denunciar que os cortes foram nocivos a setores relevantes, à economia, à população inteira.

#Fernando Henrique Cardoso #José Serra


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A Copa do Mundo de Temer já está perdida

26/06/2018
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O marqueteiro do Palácio do Planalto, Elsinho Mouco, encomendou pesquisa para avaliar o impacto que a Copa do Mundo pode ter no animus nacional. Puro diversionismo! A essa altura, não há hexacampeonato que melhore a popularidade de Michel Temer. Esse é um jogo perdido.

#Michel Temer


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Quem sabe, em 2019?

26/06/2018
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O governo renovou por mais um ano – ou seja, pós-mandato – o contrato do intérprete pessoal de francês que atende a Michel Temer. Quem sabe, em 2019, ele não possa ser útil a Temer em alguma missão no exterior?

#Michel Temer


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MEC prepara um provão para os grandes grupos de educação

25/06/2018
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Há uma apreensão entre os grandes grupos de ensino do país. O Ministério da Educação prepara mudanças fulcrais no regime de avaliação das quase 2,5 mil instituições de ensino superior, que terão considerável impacto sobre o modelo acadêmico das universidades e o próprio ranqueamento do setor. A proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE), ligado ao MEC, deverá ser encaminhada ao presidente Michel Temer no início de julho.

Um dos principais critérios de avaliação será o índice de evasão de alunos de graduação. Cursos com maiores taxas de retenção receberão melhor avaliação do Ministério. O CNE também levará em consideração a trajetória profissional do aluno após a conclusão da faculdade. Serão analisados o grau de empregabilidade, a faixa salarial e a posição de liderança obtida pelo formando no mercado de trabalho. Se for aprovada, a proposta do MEC vai virar de ponta cabeça o atual sistema de pontuação das universidades. As notas alcançadas pelas respectivas instituições no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) passarão a ter um peso ponderado menor na cesta de critérios do Ministério.

Dessa forma. a “ditadura das provas” não seria mais a variável preponderante de avaliação de um curso, abrindo espaço para critérios como o índice de satisfação do aluno e, sobretudo, os dividendos profissionais alcançados após a graduação. O novo conceito deverá enfrentar resistências dos grupos de educação, uma vez que exigirá mudanças nos próprios programas acadêmicos dos cursos. Hoje, uma parte expressiva das instituições privadas trabalha com foco em conseguir boas notas de seus alunos no Enade, o que lhe garante posições de ponta no ranking do setor. Outro desafio diz respeito à capacidade do MEC de levantar todas as informações relativas ao novo modelo de avaliação. A Pasta precisará criar um sofisticado sistema de pesquisas junto a alunos e formandos.

#MEC


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A última viagem

25/06/2018
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O presidente Michel Temer deverá fazer ao menos um grande giro internacional antes do fim do mandato. O Itamaraty trabalha para reagendar a viagem à Ásia, adiada duas vezes por conta das “flechadas” da PGR contra Temer. A avaliação do Planalto é que dificilmente haverá uma terceira denúncia. Nunca se sabe…

#Michel Temer #PGR


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Quem ganha com o “adeus” de Cármen Lúcia?

22/06/2018
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A ministra Cármen Lúcia fez questão de procurar seus pares ao longo da semana para rechaçar informação que voltou a circular nos corredores do Supremo, dando conta da sua aposentadoria em setembro, quando deixa a presidência da Corte. Coincidência ou não, o rumor de que Michel Temer poderia indicar um ministro do Supremo ressurge no momento em que sua situação jurídica aperta, com o pedido de quebra do seu sigilo telefônico pela PF.

#Cármen Lucia


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O lusco-fusco de Temer

22/06/2018
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Michel Temer, o presidente que “dominava” o Legislativo, corre sério risco de sofrer mais uma derrota no Congresso. A própria bancada do MDB, à frente o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, trabalha para derrubar o projeto de lei que prevê o pagamento das dívidas das distribuidoras da Eletrobras no Norte com a criação de fundos setoriais e o repasse de parte dos valores para as contas de luz.

#Michel Temer


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Supremo se veste de Justiça Eleitoral e decide as regras do jogo para o pleito de outubro

18/06/2018
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O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se o grande árbitro das eleições de outubro – como de resto, de quase tudo na República. Com o consentimento do próprio TSE, o STF tem promovido uma espécie de take over da Justiça Eleitoral, assumindo o papel
de definidor das regras do jogo. Prova disso é a mobilização que a presidente da Suprema Corte, Cármen Lucia, tem feito junto a seus pares para acelerar a votação da pauta eleitoral que está parada no STF. O RR apurou que a meta fixada pela ministra é julgar até 10 de agosto – uma semana após o retorno do recesso do Judiciário e seis dias antes do início oficial da campanha – as seis ações pendentes no STF que podem virar de ponta-cabeça a disputa entre os candidatos.

Na verdade, seis ações que devem virar sete. Na última terça-feira, o senador Romero Jucá protocolou no TSE consulta sobre a possibilidade de partidos de uma mesma coligação lançarem individualmente candidatos ao Senado – sob a a alegação de que se trata de eleição majoritária, tal qual para governador e presidente da República. A tendência é que o presidente do Tribunal, ministro Luiz Fux, empurre a questão para o STF, como tem feito sucessivamente com outras pautas. De acordo com informações filtradas do STF, até pela complexidade das pautas, aquelas com maior impacto sobre a disputa eleitoral deverão ser justamente as últimas a serem julgadas. São as que tratam da divisão do tempo de TV e das regras para o autofinanciamento de campanha.

No primeiro caso, entre os partidos há uma percepção de que o Supremo está inclinado a alterar as regras atuais e considerar a atual bancada como critério para fixar o tempo a que cada partido terá direito na propaganda gratuita. Hoje, o que vale é a proporção das siglas no Congresso na eleição de 2014. Se a chave for virada, siglas como o DEM e o PSL, de Jair Bolsonaro, seriam as grandes favorecidas. Ambas tiveram a maior captação de parlamentares na última janela partidária, encerrada em abril.

Pela regra em vigor, tomando-se como base apenas a bancada do PSL, sem contabilizar as coligações, Bolsonaro terá apenas um segundo em cada bloco de propaganda e somente duas inserções ao longo da semana. Será praticamente uma vinheta a dividir o programa de seus concorrentes. Se o STF mudar a legislação, o Capitão iria para 11 segundos e 14 programetes por semana. Entre os partidos, a proposta de mudança nas regras de autofinanciamento já ganhou a alcunha de “Emenda Meirelles”, uma referência à notória prosperidade patrimonial do ex-ministro Henrique Meirelles.

Hoje, o candidato só pode financiar sua campanha no limite de 10% dos seus rendimentos brutos no ano anterior. Um dispositivo aprovado no Congresso, mas vetado por Michel Temer, permite que que o candidato banque integralmente suas despesas. Em tempo: ressalte-se que, nas seis ações em curso na Corte, qualquer decisão do STF que altere as regras do pleito não configurará alteração na Lei Eleitoral, mas, sim, mudança na interpretação da Constituição. Por esta razão, terão efeito já em outubro, não precisando aguardar pelo prazo de um ano, aplicado a emendas na legislação eleitoral.

#Jair Bolsonaro #STF


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Canarinho Pistola

15/06/2018
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A dois dias da estreia do Brasil da Copa do Mundo, os assessores de Michel Temer ainda discutem o rito a ser seguido pelo presidente no próximo domingo. Há divergências, por exemplo, quanto à conveniência de se produzir imagens de Temer assistindo à partida com a camisa da seleção. Queira-se ou não, “amarelinha” em político virou símbolo de corrupto protestando contra o seu ofício

#Copa do Mundo #Michel Temer


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Atletas olímpicos armam ataque em bloco contra Temer

14/06/2018
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A popularidade de Michel Temer caiu abaixo de zero, ao menos entre os atletas brasileiros. Nomes conhecidos do esporte nacional, como o ginasta Diego Hypólito, a nadadora Joanna Maranhão e a ex-jogadora de vôlei Ana Mozer, se mobilizam e articulam uma grande manifestação contra o presidente Temer. A ideia é realizar um ato público já no próximo fim de semana, além de um bombardeio nas redes sociais. Interlocutores dos atletas também negociam com veículos da mídia espaços para o lançamento de uma campanha contra a Medida Provisória 821, assinada por Temer. A MP transfere para o Ministério da Segurança Pública recursos das loterias federais que eram destinados ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e outras entidades esportivas. Estima-se que cerca de R$ 500 milhões deixarão de passar pelo orçamento do Ministério dos Esportes e por secretárias estaduais e municipais. A Medida Provisória já é tratada como o “fim” de diversas modalidades olímpicas brasileiras, que dependem visceralmente de subsídios públicos. A “rebelião” dos atletas tem o apoio de grandes clubes brasileiros, como Flamengo e Corinthians. Os desportistas não são insensíveis ao gravíssimo problema da segurança pública, justificativa para a MP. Mas o entendimento é que o governo federal foi radical, além de sequer ter convocado as entidades esportivas para discutir outros cenários.

#Diego Hypólito #Michel Temer #Ministério dos Transportes


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Jogo de cena

13/06/2018
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O DEM tem feito uma curiosa coreografia com o Palácio do Planalto. À luz do dia, Rodrigo Maia se distancia de Michel Temer e de seu entorno; quando a noite cai, o deputado Heráclito Fortes (DEM-PI) chega e reconstrói as pontes, com a ajuda de Romero Jucá e Eliseu Padilha.

#DEM #Michel Temer #Rodrigo Maia


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Perigo real e imediato

8/06/2018
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Em seu jogo nervoso de aproximações e distanciamentos, Michel Temer e Rodrigo Maia tiveram um discreto encontro na semana passada para discutir cenários eleitorais. Segundo o RR apurou, a conversa girou em torno da “ameaça” de uma polarização entre a esquerda – seja o candidato do PT ou Ciro Gomes – e Jair Bolsonaro.

#Michel Temer #Rodrigo Maia


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Operação bombeiro

7/06/2018
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O Palácio do Planalto escalou o ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, para uma rodada de entrevistas emergenciais à mídia nordestina, notadamente emissoras de rádio. O objetivo é debelar os boatos sobre possíveis cortes ou até mesmo o cancelamento do Bolsa Família que têm espocado na região nos últimos dias. Henrique Meirelles – para todos os efeitos, o pré -candidato de Michel Temer – agradece

#Palácio do Planalto


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O apelo dos Yunes

7/06/2018
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O Planalto monitora, com alta dose de apreensão, os “batimentos” de José Yunes, o amigo de Michel Temer. Informações que circulam no Palácio dão conta de que o advogado estaria sendo pressionado pela família a fechar um acordo de delação premiada. O pedido da Polícia Federal de quebra do sigilo telefônico do próprio Temer, e também dos ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco, deve aumentar o tom dos apelos familiares. A PF investiga a venda de um imóvel de Yunes à primeira-dama, Marcela Temer.

#José Yunes #Michel Temer


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Memórias da Lava Jato

7/06/2018
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Vem aí a “terceira denúncia” contra Michel Temer. Rodrigo Janot, que está escrevendo um livro sobre os bastidores da sua passagem pela PGR, já tem proposta para transformar as memórias da Lava Jato em filme

#Michel Temer #PGR #Rodrigo Janot


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PP cobra a conta atrasada

6/06/2018
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O presidente do PP, o notório senador Ciro Nogueira, tem cuspido marimbondos contra o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Nogueira joga na conta de Marun a demora do Palácio do Planalto em liberar emendas orçamentárias acertadas desde o ano passado, quando Michel Temer moveu fundos e, sobretudo, fundos para barrar os dois pedidos de abertura de processo que enfrentou na Câmara.

#PP


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Adiando aparição

6/06/2018
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Henrique Meirelles, o candidato do governo que não é candidato do governo, vai adiar ao máximo sua aparição em eventos públicos ao lado de Michel Temer.

#Henrique Meirelles #Michel Temer


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Caminhoneiros atropelam GSI e aceleram aumento do efetivo da Abin

5/06/2018
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A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não passou na prova da greve dos caminhoneiros, ainda que não necessariamente apenas por sua culpa. A incapacidade de antecipar um movimento de tamanha magnitude expôs as fragilidades da agência e acentuou sua enorme demanda reprimida pelo aumento do quadro de funcionários, insuficiente para fazer frente às suas responsabilidades e atribuições. Segundo fonte da própria Abin e colaboradora do RR, a agência trabalha atualmente com um déficit de pessoal estimado em aproximadamente 1,5 mil agentes.

Por hierarquia, a percepção da opinião pública de que a área de Inteligência do governo não cumpriu seu dever, independentemente dos motivos, vai para a conta do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Não por acaso, o ministro-chefe do GSI, general Sergio  Etchegoyen, tem se empenhado pessoalmente para aumentar o efetivo da Abin, acelerando a contratação dos candidatos que passaram no recente concurso para o órgão. A intenção do ministro é que ao menos 60 dos 300 aprovados sejam admitidos ainda neste ano. Outras 120 vagas seriam preenchidas no prazo máximo de 12 meses.

Está longe de ser o ideal, tanto nos números, quanto nos prazos, mas é o possível diante dos trâmites que precisam ser percorridos. Todos os aprovados ainda terão de passar por exames médicos e físicos, além do curso preparatório, que dura de três a quatro meses. Procurado pelo RR, o GSI não se pronunciou até o fechamento desta edição. O maior receio do GSI é que o próximo governo, tamanho o número de prioridades que o aguarda, sente sobre a questão e não autorize todas as contratações previstas para a Abin. O risco seria o fechamento da porta que se abriu com o recente concurso, válido somente por dois anos, ou seja, até maio de 2020. O temor é mais do que justificado diante do processo de esvaziamento dos serviços de Inteligência ao longo de sucessivos governos.

Criada em 1999, no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso, a Abin é o órgão central, o músculo que bombeia o sangue para todo o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), que reúne as áreas de inteligência militares, das Polícias Federal e Rodoviária Federal, Banco Central, Ministério da Fazenda, Relações Exteriores e várias outras esferas de governo. No total, são 38 órgãos de 16 ministérios. No entanto, esse coração tem batido em ritmo cada vez mais fraco desde o governo Lula, quando teve início um gradativo processo de esvaziamento da Agência, acentuado durante a gestão de Dilma Rousseff.

Em 2015, no primeiro ano de seu segundo mandato, o desmonte do serviço de Inteligência teve o seu momento mais agudo, com a desativação do próprio GSI, reaberto pelo presidente Michel Temer. Não obstante a medida e os sucessivos gestos de aproximação das Forças Armadas feito pelo governo Temer, incluindo a própria nomeação do general Etche goyen para o comando do GSI e o aumento do orçamento militar, a Abin continuou recebendo menos do que o necessário. A manifestação dos caminhoneiros escancarou as limitações operacionais da Agência devido às restrições financeiras.

#Abin #GSI


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Anúncio de gaveta

5/06/2018
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Parece até que Michel Temer ainda é candidato. A comunicação do Palácio do Planalto, à frente o marqueteiro Elsinho Mouco, já tem engatilhada uma campanha para alardear o sucesso do leilão de blocos do pré-sal programado para a próxima quinta-feira. Tão logo a licitação da ANP seja concluída, começará o bombardeio nas redes sociais

#Michel Temer #Palácio do Planalto


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Polícia Federal segue o rastro das cédulas da Casa da Moeda

4/06/2018
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A Polícia Federal parece estar levando ao pé da letra a máxima “Follow the money”. Segundo o RR apurou, as investigações da PF contra o deputado federal Jovair Arantes (PTB-GO) respingam na Casa da Moeda – na última quarta-feira houve uma operação de busca e apreensão no gabinete do parlamentar na Câmara por supostas fraudes no Ministério do Trabalho. Há suspeitas de irregularidades em licitações da estatal para a compra de equipamentos e de produtos químicos para a produção de papel-moeda.

Recursos teriam sido destinados ao financiamento ilegal de campanhas eleitorais, notadamente de parlamentares do Centro-Oeste, base de Jovair. As supostas fraudes teriam ocorrido tanto em gestões anteriores quanto na atual, comandada por Alexandre Borges Cabral, que assumiu a presidência da estatal em junho de 2016. A Casa da Moeda do Brasil (CMB) já é alvo da Operação Vícios II, da Polícia Federal, que desde 2015 investiga denúncias de irregularidades em outras licitações da estatal. Procurada pelo RR, a CMB informou que a licitação objeto de investigação na Vícios II foi “auditada e considera- da regular pelo TCU, no Acórdão no 1741/2009.”

A companhia garante ainda que a “Operação Vícios foi iniciada a partir de comunicação da própria CMB”. A estatal nega ter qualquer relação com a recente operação da PF contra o deputado Jovair Arantes. O RR fez também várias tentativas de contato com o gabinete do parlamentar, por e-mail e por telefone, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição – a última mensagem foi enviada às 18h44 de sexta-feira. A PF também não se manifestou. É notória, em Brasília, a influência do grupo político de Jovair Arantes e do PTB sobre a Casa da Moeda. O partido e, mais especificamente, o parlamentar são apontados como responsáveis pela indicação não apenas de Alexandre Cabral, mas também de Marise Fernandes de Araújo para a presidência do Conselho e de Jeovah de Araújo Silva Junior para a diretoria da estatal. Consta também que a intercessão de Jovair junto ao presidente Michel Temer teria sido fundamental para o governo recuar no projeto de privatização da Casa da Moeda.

#Polícia Federal


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Távola redonda

4/06/2018
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A távola redonda de Michel Temer, notadamente Eliseu Padilha e Romero Jucá, tem cobrado que o pré-candidato Henrique Meirelles seja mais incisivo na defesa do governo. Melhor esperar sentado.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Romero Jucá


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Desimportante

4/06/2018
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Michel Temer descartou a ideia de viajar à Rússia para a estreia da seleção na Copa. De tão desimportante, a missão de representar o governo cairá no colo do ministro do Esporte, Leandro Cruz.

#Copa do Mundo #futebol #Michel Temer


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Atropelamento

30/05/2018
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Ontem, o Planalto celebrava timidamente a nova queda no índice de aprovação à greve dos caminhoneiros. Levantamento feito pelo staff de comunicação de Michel Temer nas redes sociais mostrava que a aceitação ao movimento caiu de 34% para 28% em 24 horas. Ou seja: os
caminhoneiros ainda são sete vezes mais populares do que o próprio Temer.


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Cenários de risco já admitem até estado de sítio e suspensão do processo eleitoral

29/05/2018
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O “sucesso” da greve dos caminhoneiros pode resultar em uma descarga  elétrica nos movimentos sociais com  impactos  imprevisíveis sobre a Segurança Nacional e o próprio processo eleitoral. O cenário desenhado por analistas políticos não é o mais provável nem o desejável, porém é possível. Essa probabilidade, ainda que diminuta, tem levado a área de Inteligência do governo a um estado de tensão inédito mesmo em uma gestão conturbada como a de Michel Temer.

O risco de um estágio avançado de desabastecimento, suspensão dos serviços públicos e comoção social resultaria na decretação de um  estado de sítio, permitindo, segundo o  Artigo 139 da Constituição, as seguintes  medidas: obrigação de permanência em  localidade determinada; detenção em  edifício não destinado a acusados ou  condenados por crimes comuns; restrições relativas à inviolabilidade da  correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa, radiodifusão e televisão, na forma da lei; suspensão da liberdade de reunião; busca e apreensão em domicílio; intervenção nas empresas de serviços públicos; e requisição de bens. Esse cenário tétrico não suportaria a realização das eleições. O Gabinete de Segurança Insttucional da Presidência da República, que vem sendo acusado de responsável pela não antecipação do movimento dos caminhoneiros, está inteiramente voltado a medir a pulsação dos grupos de risco na área psicossocial.

Nos últimos dias, houve um número de  alusões a greves superior ao verificado  em todo o mandato de Temer. As ondas começam a se multiplicar: o locaute dos  caminhoneiros sequer foi contornado e já há uma paralisação dos petroleiros  que pode ser iniciada ainda hoje. No Rio de Janeiro, contavam-se ontem 20 focos de greve.

O GSI tem intensificado o monitoramento das principais entidades sindicais do país, que dão crescentes sinais de aproximação entre si. O mais acentuado até o momento veio no dia 1º de maio: pela primeira vez desde a redemocratização, o quarteto organizou um ato único no Dia do Trabalho, em Curitiba, que se transformou em um  protesto contra a prisão do ex-presidente Lula. Outro movimento agudo nesta direção está previsto para o dia 8 de junho, quando representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores  (UGT) e Central dos Trabalhadores e  Trabalhadoras do Brasil (CTB) vão se  reunir.

Será o primeiro de uma série de encontros com objetivo de discutir e elaborar uma agenda única do movimento trabalhista para as eleições. As propostas serão levadas aos principais candidatos à Presidência da República. As articulações têm sido conduzidas,notadamente, pelos presidentes da CUT, Vagner Freitas, e da  CTB, Adilson de Araújo. A negociação,  por si só, já representa um fato novo no ambiente político, a começar pela quebra do estado de abulia em que as grandes centrais sindicais do país estão mergulhadas.

O movimento sugere uma possível unicidade entre atores que hoje estão não apenas distantes uns dos outros, mas identificados com partidos distintos e até mesmo de campos políticos conflitantes. A CUT é historicamente ligada ao PT, assim como a CTB, ao PCdoB. A Força, por sua vez, é o braço sindical do Solidariedade – ambos controlados pelo deputado Paulinho da Força.

Já a UGT é alinhada ao PSD, de Gilberto Kassab. No âmbito do GSI, existe uma preocupação com o efeito dominó que estes movimentos possam provocar.  Há um receio ainda maior em relação ao risco de que essas manifestações de classe venham a retroalimentar, até de forma irresponsável, algumas das campanhas eleitorais.A partir de agora, muitas ações podem ser deflagradas não necessariamente de forma espontânea e sem que se saiba muito bem suas origens – a própria paralisação dos caminhoneiros ainda é um processo cercado de interrogações. Todos estes fatores cruzados trazem a reboque a ameaça de um novo “junho de 2013”.

#Eleições #Michel Temer


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A Copa de Temer é outra

29/05/2018
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Em meio à grave crise deflagrada pela paralisação dos caminhoneiros, o Palácio do Planalto se debruça sobre uma questão a esta altura absolutamente prosaica: a presença ou não de Michel  na estreia do Brasil na Copa, no dia 17 de junho, em Rostov. O marqueteiro Elsinho Mouco, que ainda age como se o presidente fosse disputar a eleição, defende sua viagem à Rússia. Eliseu Padilha e Romero Jucá acham a ideia um disparate. E Temer? Como de hábito, o mais provável é que reflita, reflita, reflita e nada decida, o que, neste caso, significará ficar onde está.

Por falar em Copa, as vendas de camisas da seleção brasileira estão acima das projeções da Nike. Até o momento, o total comercializado já equivale ao dobro das vendas acumuladas no fim de maio de 2014. Isso, ressalte-se, em um intervalo menor: a Nike lançou a linha 2018 apenas em março – no Mundial do Brasil, as vendas começaram no início do ano. A essa altura, a julgar pelo panelaço contra Michel Temer no domingo à noite, é possível que as novas camisas tenham outra serventia além da torcida pela seleção.

#Copa do Mundo #Michel Temer


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Traição assumida

28/05/2018
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Mesmo com a candidatura de Henrique Meirelles, ou talvez por causa dela, o flerte entre MDB e PSDB ganha fôlego. O RR apurou que está previsto para esta semana um encontro entre Michel Temer e Geraldo Alckmin. O tête-à-tête é costurado por Romero Jucá e Aloysio Nunes Ferreira – com a devida bênção de FHC. A última conversa entre Temer e Alckmin, por telefone, se deu em 5 de maio.

O senador tucano Cássio Cunha Lima levou uma carraspana de Geraldo Alckmin e Tasso Jereissati após pedir publicamente a demissão de Pedro Parente da Petrobras. Mais um sinal do armistício entre o PSDB e o Planalto.

#Henrique Meirelles #MDB #PSDB


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Bertin se arrasta entre venda de ativos, contenciosos e Lava Jato

24/05/2018
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Com uma dívida de R$ 8 bilhões, o Grupo Heber, holding da família Bertin, está sendo esquartejado e colocado em pedaços sobre o balcão. O clã tenta se desfazer da SPMar, concessionária dos trechos Sul e Leste do Rodoanel de São Paulo. Segundo o RR apurou, as negociações para a transferência do controle aos credores teriam esfriado, por conta de divergências com o maior deles, a Caixa Econômica, à qual a companhia deve mais de R$ 3 bilhões.

A concessionária paulista teria sido oferecida à CCR e à Ecorodovias. Os Bertin buscam também um comprador para a sua participação na Rodovias do Tietê, que, ao contrário da SPMar, não está incluída na recuperação judicial. Mas poderia: a concessionária carrega um passivo de R$ 1,5 bilhão e já sinalizou aos credores a dificuldade de honrar débitos de curto prazo. O pano de fundo dessa desconstrução mistura disputas consanguíneas e Lava Jato.

Os irmãos Fernando e Reinaldo Bertin estariam travando um duelo pelo comando das raspas e restos do grupo. O primeiro foi apeado da presidência do Conselho há cerca de quatro anos e agora tenta retomar o espaço que perdeu e dar as cartas no processo de recuperação judicial do Grupo Heber. Reinaldo foi o responsável por desmontar a megalômana pirâmide de empresas
que o irmão ergueu.

Fernando teria o apoio de dois dos três irmãos, mas enfrenta resistência na segunda geração da família, que o responsabiliza pelo malfadado processo de diversificação do grupo, que torrou bilhões de reais do patrimônio dos Bertin no setor de energia e ajudou a empurrar o sobrenome para as páginas policiais. O doleiro Lucio Funaro acusa o grupo de ter pago propina a Michel Temer e Moreira Franco. A família é suspeita também de ter contribuído para a reforma do célebre sítio de Atibaia, cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente Lula.

#Grupo Heber #Lava Jato


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Profissão ministro

24/05/2018
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Parafraseando Rousseau, o homem é produto do cargo. Considerado um quadro essencialmente técnico, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, tem se notabilizado por cumprir um número crescente de missões de caráter político a pedido do próprio presidente Michel Temer. Na quarta-feira da semana passada, fez uma “visita de cortesia” a Tasso Jereissati, que assumiu um papel central na campanha de Geraldo Alckmin. Ainda na última semana, teve uma conversa com o ex-chefe Henrique Meirelles, às vésperas do ex-ministro ser oficializado como pré-candidato do MDB à Presidência. Segundo a fonte do RR, falaram sobre economia (pouco) e eleições (muito).

#Eduardo Guardia


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Um escorpião destila a chapa Alckmin-Meirelles

21/05/2018
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Fernando Henrique Cardoso já emplacou a equipe econômica; agora quer fazer o vice de Geraldo Alckmin. Mentor do movimento feito por Alckmin na semana passada, colando sua campanha ao dream team do Plano Real, à frente Pérsio Arida e Edmar Bacha, FHC dedica-se a costurar a aliança entre o PSDB e o MDB e consequente indicação de Henrique Meirelles como companheiro de chapa do candidato tucano. Pelo menos é o que se espera entre os próceres tucanos. Sabe-se que FHC é ambíguo por natureza. Mas, a priori, o rito será cuidadosamente cumprido.

Nesta semana, FHC deverá se reunir com Michel Temer, detentor da caneta do orçamento do governo e um dos árbitros do MDB. Além da costura política, trata-se do cumprimento do protocolo, pois Temer ainda não anunciou a inevitável retirada da sua pré-candidatura à Presidência. Há informações de que a desistência poderá ser formalizada amanhã, durante o lançamento do documento “Encontro com o Futuro”, do MDB.

Na ocasião, o partido anunciaria a candidatura de Meirelles. Ainda que isso ocorra, os dados continuarão rolando até o início oficial da campanha. O fato é que FHC parece disposto a usar seu poder de sedução para convencer Meirelles a ser a peça que falta na chapa de Geraldo Alckmin. A dobradinha “Alckmin-Meirelles” teria a sonoridade capaz de atrair DEM, PP, PTB, PSD etc. Ao mesmo tempo, poderia, enfim, colocar um brilho nos olhos opacos da Av. Paulista e da Faria Lima, por ora, desanimados com a abulia daquele que seria sua imagem e tradução eleitoral.

O ex-ministro detém ainda um ativo único, capaz de levar a candidatura Alckmin para um terreno do eleitorado que o PSDB não consegue alcançar. Por ser politicamente bipolar (PT e MDB), Meirelles pode reduzir a contaminação da impopularidade do governo Temer e afirmar que, sob sua gestão no BC, o país viveu um período de distribuição de renda e ascensão social sem precedentes na história – será papel dos marqueteiros fazer a parte maior do que o todo, leia-se o governo Lula. A entrada em cena de FHC é uma boa e uma má notícia para Geraldo Alckmin. Ela traz a reboque toda a sinuosidade característica do semi-deus dos tucanos.

Ao mesmo tempo em que a presença de FHC dá maior senioridade política e poder de articulação à campanha de Alckmin, pode ser também o seu alçapão. Da mesma forma como se encantou com Luciano Huck e sutilmente estimulou sua candidatura, FHC não titubearia em atravessar a rua caso surgisse outro nome capaz de empolgar o eleitorado e amalgamar os partidos de centro, algo que Alckmin não conseguiu até o momento. É da natureza do escorpião.

#Fernando Henrique Cardoso #Henrique Meirelles #MDB #Michel Temer


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Que maldade

21/05/2018
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Na rádio Polícia Federal antecipa-se que, um dia após Michel Temer deixar o Palácio do Planalto, será deflagrada a “Operação Bela Lugosi”. Que maldade!

#Michel Temer


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O pôquer de Kassab

18/05/2018
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Gilberto Kassab confidenciou ao presidente Michel Temer a intenção de deixar o Ministério das Comunicações em julho para cuidar das campanhas do PSD a governador. No Palácio do Planalto, no entanto, a sinalização foi vista como um blefe, uma tentativa oblíqua do ministro de ganhar maior poder de barganha na negociação de eventuais alianças entre o seu partido e o MDB. Kassab não tem mandato parlamentar. Se deixar o Ministério, perderá a marquise do foro privilegiado.

#Michel Temer


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Turismo oficial

18/05/2018
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O cancelamento das duas viagens que Michel Temer faria à Ásia em maio e em julho deixou pequenos papagaios nos cofres públicos. A União gastou quase R$ 2 milhões com passagens, hospedagem e outros custos das equipes precursoras do Palácio do Planalto e do Itamaraty, que se dedicaram aos preparativos para as visitas de Temer que não ocorrerão.

#Michel Temer


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Decoupling

16/05/2018
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Henrique Meirelles quer se descolar da gastança que será realizada pelo presidente Michel Temer. O discurso será o de que, enquanto permaneceu na Fazenda, o orçamento esteve equilibrado. Tá bem… Equilibrado, com déficits superiores a R$ 100 bilhões.

#Henrique Meirelles #Michel Temer


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Coalizão de festim

15/05/2018
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Na semana passada, as paredes do Palácio do Planalto testemunharam a conversa de dois “fantasmas eleitorais”. O ex-ministro e presidente do PRB, Marcos Pereira, ofereceu a Michel Temer a candidatura do empresário Flavio Rocha em “sacrifício” para a formação de uma chapa única de centro-direita capitaneada pelo MDB. Foi uma tertúlia de cínicos. Pereira vendeu o que não tem; e Temer – com seus 4% de popularidade – fingiu comprar algo em que nem mesmo ele acredita mais: uma candidatura chancelada pelo governo.

#Michel Temer #PRB


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“Extradição”

15/05/2018
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Há uma articulação entre o presidente Michel Temer e o PSDB para que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, assuma e Embaixada do Brasil em Paris. De preferência, antes que a caixa-preta do Dersa venha a ser aberta. Investigações da Lava Jato ligam o chanceler ao ex-diretor da estatal, Paulo Vieira de Souza, o Paulo “Preto”.

#Dersa #Michel Temer


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Temer na TV

14/05/2018
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O Palácio do Planalto costura, para o mês de junho, uma nova rodada de entrevistas de Michel Temer em programas de perfil popular na TV aberta, no estilo Ratinho. Entre outros pontos, o presidente deverá anunciar novos investimentos no Minha Casa, Minha Vida. Por ora, fica o suspense se Temer fará uma última tentativa de se “vender” ao eleitorado ou se já começárá a levantar a bola para Henrique Meirelles ou Geraldo Alckmin.

#Michel Temer #Minha Casa Minha Vida


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MDB roda sem direção

11/05/2018
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Enquanto o próprio Michel Temer não se define, sua távola redonda se divide em relação à disputa presidencial. Moreira Franco defende que o MDB tenha candidato próprio ao Palácio do Planalto, seja ele o próprio Temer ou Henrique Meirelles. Do outro lado, o ministro Eliseu Padilha e o presidente do partido, Romero Jucá, pendem cada vez mais para a aliança com Geraldo Alckmin. Ambos pregam que a sigla deve aproveitar os recursos do fundo partidário para eleger o maior número de governadores, em vez de apostar em uma candidatura à Presidência com chances remotas de vitória. Jucá, por sinal, já negocia alianças nos estados, garantindo que o MDB não lançará um nome para a corrida presidencial.

#MDB #Michel Temer #Moreira Franco


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Mineração tropeça nos seus cascalhos regulatórios

9/05/2018
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A propalada modernização da esfera de governo responsável pelo setor mineral mais vem aumentando a barafunda do que descomplicando a área estatal responsável pela mineração. O projeto original tinha por objetivo reduzir o número de órgãos, desmobilizar as centenas de reservas minerais em poder do Estado, criar um marco regulatório e otimizar as estruturas existentes. O saldo de quase 30 anos de improdutiva ebulição foram duas trocas de nome de autarquias, venda de um percentual diminuto da carteira de jazidas e uma miríade de MPs editadas para confirmar a máxima de Lampedusa, de que é preciso mudar alguma coisa para que tudo continue como está. O voo cego da política do governo começou com a disposição mudancista da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), no final do século passado.

A empresa executava programas de pesquisa e exploração mineral, além de prestar serviços ao Departamento Nacional de Águas e Energia Elétrica (DNAEE) e vender para o mercado prospecção e sondagens para água mineral. As boas intenções acabaram se reduzindo a uma troca de nomenclatura: a CPRM passou a se chamar Serviço Geológico do Brasil. Sua missão é a mesma da finada CPRM, ou seja, gerar e difundir o “conhecimento geológico e hidrológico básico necessário para o desenvolvimento sustentável do Brasil”. Da mesma forma que a CPRM, seu irmão mais velho, o Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) também trocou de nome. Passou a se chamar Agência Nacional de Mineração (ANM), conforme lei sancionada pelo presidente Michel Temer no ano passado. Há uma diferença instigante no caso em questão.

Ao contrário da CPRM, que desapareceu quando mudou sua razão jurídica, o DNPM continuou existindo em paralelo com a ANM. A exemplo da Telebras, que deveria ter sido extinta com a privatização da telefonia e não foi, o DNPM prossegue se arrastando com a superposição de corpo de funcionários e serviços atribuídos à ANM. Esta última surge no auge da febre fiscalista do governo Temer praticamente com o objetivo prioritário declarado de aumentar os impostos do setor. Com a ANM e o DNPM transformados em hologramas, a mineração deixa de ter um órgão com alguma preocupação de fomento e passa a ser exclusivamente uma agência arrecadadora, quer seja por meio de multas e sanções, quer seja por meio do aumento dos royalties do setor. E as infindáveis reservas minerais cubadas e inferidas das quais o governo sentava em cima por pura inércia?

A título de justiça diga-se que algumas áreas foram vendidas. Mas o patrimônio mineral do Serviço Geológico do Brasil, herdado da CPRM, é superior a 300 áreas. Na verdade, esse número pode ser qualquer outro, pois já foi alterado diversos vezes, quando da divulgação de editais de licitação. Seu portfólio inclui jazidas de ouro, carvão, cobre, caulim, fosfato, gipsita, turfa, níquel, chumbo, zinco e diamantes; reservas em diversas regiões do país, sendo quatro em áreas indígenas; e ativos até então considerados estratégicos, como tório e terras raras (insumo vendido a preço caríssimo e voltado para a indústria eletroeletrônica).

Previstas para este ano estariam as licitações do fosfato de Miriri (PE-PB), cobre, chumbo, e zinco de Palmeirópolis (TO), cobre de Bom Jardim de Goiás (GO) e carvão de Candiota (RS). Desconhece-se qualquer prazo para os editais. As PPPs, que seriam uma alternativa para atração de investidores para exploração das reservas, sequer saíram dos estudos. E os promissores estudos e pesquisas juntamente com a Marinha de nódulos polimetálicos submarinos, considerados nos anos 80 uma das potenciais fortunas minerais do país, ficaram como memória de um passado cada vez mais distante. Em algum momento, o Brasil foi o subsolo cobiçado do mundo. A falência da capacidade de organização do Estado, travestida de modernidade, parece ter exaurido do país as suas riquezas minerais.

#CPRM #Mineração


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Ciro quer distância do “Risco Chalita”

4/05/2018
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São Paulo tornou-se um ponto de fricção entre Ciro Gomes e a cúpula do PDT. O motivo é a insistência do presidente do partido, Carlos Lupi, em lançar Gabriel Chalita como candidato ao governo de São Paulo. Entre os quadros do PDT no estado, Chalita é, sem dúvida, o nome mais conhecido pelo eleitorado. Ocorre que o seu recall vale tanto para o bem quanto para omal. Mesmo que por vias oblíquas, sua entrada em cena aproximaria a Lava Jato da candidatura de Ciro. Chalita, que durante sua trajetória no MDB sempre foi uma espécie de protegido de Michel Temer, é citado em denúncias contra o presidente. Em sua delação, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado afirmou que, a pedido de Temer, arrecadou recursos ilegais para a campanha de Chalita à Prefeitura de São Paulo, em 2012. O doleiro Lucio Funaro, por sua vez, afirmou que Chalita foi beneficiado por recursos desviados da Caixa. Ter um palanque no maior colégio eleitoral do país é vital para Ciro, mas não com uma companhia dessas a seu lado.

#Ciro Gomes #PDT


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Bolsonaro não quer saber de Índio

4/05/2018
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Índio da Costa tem buscado o apoio de Jair Bolsonaro a sua candidatura ao governo do Rio de Janeiro. O Capitão, no entanto, recusa a aproximação. No seu entendimento, tem mais a perder do que a ganhar com a aliança. Qualquer crescimento de Índio de Costa, do PSD, ajudaria a dar fôlego no Rio ao candidato à Presidência apoiado pelo partido – seja ele Geraldo Alckmin, Henrique Meirelles ou mesmo Michel Temer.

#Jair Bolsonaro

Acervo RR

Efeito colateral

2/05/2018
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O ministro Carlos Marun foi escalado pelo Palácio do Planalto para, digamos assim, monitorar o estado de saúde de Geddel Vieira Lima, que passa por tratamento contra depressão. No entorno de Michel Temer, o receio é que a doença afete a capacidade de Geddel ficar em silêncio.

#Geddel Vieira Lima


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Privatização da Infraero perde altitude

30/04/2018
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A privatização da Infraero corre o risco de ser mais um dos tantos balões de ensaio do governo Temer que caem murchos pouco depois de serem lançados ao céu. A operação perdeu com fôlego com a saída de seu maior defensor do governo, o ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha já teriam recomendado a Temer engavetar a proposta. Segundo o RR apurou, parte da equipe de trabalho montada para conduzir os estudos, composta por técnicos da Casa Civil e do Ministério dos Transportes, já teria sido desmobilizada. As primeiras sondagens junto a investidores do setor revelou a inapetência dos potenciais candidatos em relação ao modelo proposto, a venda de apenas 51% do capital. Além disso, a menos de seis meses das eleições, o governo não está disposto a enfrentar o desgaste de burilar a Infraero para a privatização, que, entre outras medidas, exigiria acelerar a redução do quadro de funcionários da estatal.

#Eliseu Padilha #Infraero #Michel Temer #Moreira Franco


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Pato órfão

30/04/2018
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Ao que parece, a reunião da última quinta-feira, quando Paulo Skaf cobrou de Michel Temer o seu apoio nas eleições para o governo de São Paulo, não surtiu efeito. Temer já sinalizou que não deverá comparecer ao lançamento da candidatura de Skaf, no próximo sábado.

#Michel Temer #Paulo Skaf


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“Caixeiro viajante”

27/04/2018
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Além da ida à Singapura, em maio, o Palácio do Planalto e o Itamaraty articulam uma viagem de Michel Temer à Rússia em julho. Enquanto a campanha eleitoral não começa para valer, T’emer vai em busca de investidores para reanimar as PPIs. Além disso, deverá assinar novos acordos com os russos para projetos na área de Defesa.

#Michel Temer


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Chapa Ciro-Haddad pode levar a indulto de Lula

26/04/2018
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O grande temor da centro-direita começa a ganhar contornos de realidade: a chapa Ciro Gomes e Fernando Haddad está amadurecendo. E traz ao fundo os dizeres “Lula livre”. A moeda de troca do PT para abrir mão da candidatura própria e fechar o apoio a Ciro seria a garantia de indulto do ex-presidente em 2019. A questão já foi abordada entre Ciro e Haddad. Além da reunião na manhã da última segunda-feira no escritório de Delfim Netto em São Paulo, que contou ainda com a presença de Luiz Carlos Bresser Pereira, ambos teriam se encontrado em outras duas ocasiões em pouco mais de dois meses.

Por ora, o mandato de Haddad é apenas para assuntar o tema. Mesmo com o compromisso do indulto presidencial por parte de Ciro, não há garantias de que Lula aceitaria o acordo. É pouco provável, inclusive, que ele saia do casulo da sua candidatura antes de agosto. Segundo integrantes do alto comando petista, ofereçam o que oferecerem a Lula, ele não entregará seus votos nem para um nome do próprio partido e muito menos para um aliado nesse período. É estranha a fábula construída por Luiz Inácio, que relata a história de um sapo barbudo que preferiu viver engaiolado a apoiar um sapo igual a ele.

O acordo em torno do indulto é feito sob medida para uma aliança PDT-PT: Ciro Gomes é o único candidato que aceitaria discutir a hipótese de conceder liberdade a Lula caso vença as eleições presidenciais. Uma moeda valiosa por outra: ao ser o “ungido” do ex-presidente, o pedetista colocaria os dois pés no segundo turno. Só algo imponderável tiraria a chapa Ciro-Haddad da disputa final. Devidamente pesados os prós e contras, Ciro poderia, inclusive, usar o próprio indulto de Lula como uma bandeira eleitoral para galvanizar o apoio do campo da esquerda em torno da sua candidatura e capturar o máximo possível do patrimônio eleitoral do ex-presidente. Ressalte-se ainda que a aliança teria o efeito de um strike sobre a atual configuração das candidaturas de centro-direita, que precisariam se reordenar em torno de uma dobradinha de calibre similar, como, por exemplo, Marina Silva-Joaquim Barbosa.

A julgar pelos recentes movimentos do STF, parece até haver, desde já, um dueto entre a Corte e Lula. Em um mundo simétrico, seria possível dizer que a coreografia do indulto já estaria sendo ensaiada, vide a decisão do Supremo de tirar de Sergio Moro trechos das delações de ex-executivos da Odebrecht contra o ex-presidente. Ressalte-se que, a rigor, a Constituição estabelece que a clemência de condenados é prerrogativa da Presidência da República. Em seu Artigo 84, Inciso XII, a Carta Magna diz que compete privativamente ao presidente a atribuição de conceder indulto e comutar penas – ambos dispositivos de alcance coletivo.

Cabe também a ele estabelecer os requisitos para a extinção da punibilidade de um determinado grupo de condenados – a graça só não se aplica a presos por prática da tortura, tráfico de drogas, atos de terrorismo ou crimes hediondos. Na atual circunstância, no entanto, independentemente do que reza a Constituição, é difícil imaginar que um eventual acordo desta natureza entre Ciro e Lula se consumaria sem passar pela agulha do STF. Não custa lembrar que, em março deste ano, atendendo a um pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu parte do indulto concedido pelo presidente Michel Temer, impedindo a extensão do benefício a condenados por corrupção.

#Ciro Gomes #Fernando Haddad #Lula #PT


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CVM autônoma é irmã siamesa do BC independente

25/04/2018
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, tem em mãos um surpreendente projeto de lei para a ampliação da autonomia e do espectro dos órgãos de fiscalização dos bancos, da área monetária e do mercado de capitais. Em resumo, além do projeto de lei que institui a autonomia do Banco Central, com mandato fixo para presidentes e diretores e somente demissíveis pelo Senado Federal, o marco legal seria estendido, aumentando os poderes da CVM, que também seguiria o modelo de maior autonomia da SEC norte americana. O PL híbrido de Maia diverge da proposta da Casa Civil por ampliar os poderes de autoridade monetária além do que Michel Temer e companhia consideram confortável do ponto de vista político.

A proposta de conceder independência também à CVM não é sequer cogitada, até porque a estrutura da autarquia é limitada, seu orçamento, baixo, e corpo funcional, restrito. A mudança de status exigiria mais recursos para o “xerife do mercado de capitais”. No Palácio do Planalto, o que se fala é que o monstrengo somente foi criado por Maia para pressionar o governo. No futuro, o deputado acabará tendo de repetir Ulysses Guimarães. O “Senhor Diretas”, após a assinatura da Constituição cidadã, em 1988, confessou ao seu amigo e ex-ministro da Previdência Raphael de Almeida Magalhães: “Criamos o Ministério Público. Agora temos de ver como o tiramos da Constituição”.

Seria depositado na fatura de Rodrigo Maia ou de quem mais viesse a sucedê-lo redirecionar a regulamentação de um BC autônomo, evitando que ele se transforme em uma Procuradoria Geral da República com poderes sobre as áreas cambial e monetária, só para dizer as mais sensíveis. A CVM seria a cereja do mecanismo de pressão. A autarquia não consegue hoje fazer valer seu papel de xerife do mercado porque é cerceada de todas as maneiras e sua governança é tida como destituída de força legal. A instituição que teria de julgar e punir as informações privilegiadas que criminalizam as operações do mercado de valores mobiliários cobra multas pífias, demora séculos para fazer seus julgamentos e jamais realizou qualquer operação coordenada com a Polícia Federal.

Temer e companhia possuem motivos de sobra para ter receio dessas iniciativas, travestidas de virtuais ameaças. Um estado policialesco pode ir trilhando um caminho sem volta se todos os órgãos do aparelho de Estado vão institucionalizando sua existência como se independentes fossem do próprio Estado. Não é bem isso o que Maia pode levar para discussão e votação do Congresso. Mas é exatamente isso o que o Palácio do Planalto interpreta.

#CVM #Rodrigo Maia


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Marina Silva ganha plumagem de tucana e avança sobre Geraldo Alckmin

24/04/2018
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No jeito, estilo e discurso, Marina Silva está se revelando mais tucana do que os próprios tucanos. No entanto, no que diz respeito ao seu adversário e quase congênere emplumado, Geraldo Alckmim, Marina o atacará como uma ave de rapina amazônica. A orientação do seu comitê de campanha é bater forte no ex-governador quando se trata da Lava Lato e mesclar com uma crítica mais suave ao falar sobre a competência dos seus próprios quadros técnicos, a consistência do programa de governo e sua trajetória ilibada. É a hora em que a harpia de olhos fundos vai renascer com a plumagem de um tucano.

Graças a uma rara capacidade de mimetismo político, a candidata da Rede tem atraído para a sua campanha o que mais parece ser uma equipe de FHC melhorada. Já fazem parte do ecossistema de Marina os economistas André Lara Rezende, Eduardo Giannetti e Ricardo Paes de Barros. Agora, ela está trazendo para o time Marcos Lisboa. O próximo passo de Marina é agregar a este liberal um personagem de apelo popular e impacto midiático. Algo parecido com um Luciano Huck.

A Marina Silva tucana em nada lembra a Marina Silva seringueira. O notório esforço para encarnar o ideário liberal transformou Marina em uma espécie de Lepidothrix vilasboasi, pássaro raro da Amazônia considerado pela ciência a primeira ave híbrida da América. A sua “social democracia amazônica” tem lhe permitido ser uma parabólica de um espectro da centro-direita que ainda vaga com uma lanterna na mão em busca do seu candidato. A Marina tucana faz sucesso nos Jardins e na Avenida Paulista, vide a histórica relação com Neca Setubal, herdeira do Itaú, e Guilherme Leal, sócio da Natura – ainda que este último tenha se afastado mais recentemente.

No entanto, a “tucana transgênica” vai além e chega aonde o “tucano puro-sangue” não consegue ir. Graças a sua origem, sua trajetória política e à própria história no PT, Marina tem algo que Alckmin praticamente desconhece: povo. De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, 91% da população de renda mais baixa sabem que é Marina Silva, contra 82% de Alckmin. No eleitorado como um todo, seu recall é superior: 94%, contra 87%. Ou seja: a candidata que, não obstante ter disputado duas eleições presidenciais, está longe de manter uma exposição intensa é mais conhecida pelo brasileiro do que o político que governou o maior estado do país por 12 anos e quatro meses.

O confronto direto guarda ainda outro número favorável à Marina: seu índice de rejeição é inferior ao de Alckmin – 22% a 29%. Geraldo Alckmin é hoje um boxer grogue, cambaleante, tentando sair das cordas. Marina baila ao seu redor como se fosse Cassius Clay. Pela métrica que for, ela o nocauteia em  força eleitoral, vide as redes sociais. No Facebook, a candidata da Rede tem mais de 2,2 milhões de seguidores; o ex-governador se arrasta para chegar à marca de um milhão. E nesse duelo privado, há ainda uma diferença fulcral: Marina não está na Lava Jato. Talvez até pelo seu permanente estado de mutação e “desmutação”, Marina Silva tem outra vantagem: entre os principais presidenciáveis, talvez seja hoje quem mais tem capacidade de sorver votos de candidatos de diferentes espectros, a começar pelo próprio Alckmin.

Além de ser uma ameaça ao PSDB, Marina pode capturar apoios do Centrão, leia-se a geleia na qual patinam Michel Temer, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia, Alvaro Dias e Paulo Rabello de Castro. Historicamente próxima a órgãos da sociedade civil mais vinculados ao campo da esquerda, como sindicalistas, sem-terra, ambientalistas, Marina pode ainda fisgar eleitores do próprio Lula e de seu aguardado “poste”. O xeque-mate seria a dobradinha Marina Silva-Joaquim Barbosa. Os sinais de aproximação são patentes. Marina, ressalte-se, já enviou parte do seu programa a Barbosa, pedindo que ele opinasse sobre as propostas, não necessariamente na condição de candidato, mas como homem público. Seria uma combinação com tempero brasileiro ao gosto do eleitor, uma chapa com pinta de segundo turno.

#Geraldo Alckmin #Marina Silva


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Homem de fé

20/04/2018
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O pastor evangélico Marcos Pereira, ex-ministro do Desenvolvimento e presidente do PRB, é um homem sincrético. Embora seu partido tenha candidato próprio à Presidência, o empresário Flavio Rocha, Pereira conversou nos últimos dias com Michel Temer e Henrique Meirelles. Disse que o PRB e a Igreja Universal estão abertos para os dois candidatos.

#PRB


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Sugestão do Chuchu

19/04/2018
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Michel Temer gostou da “dica” dada por Geraldo Alckmin em recente entrevista. Vai ele mesmo fechar a Empresa de Planejamento e Logística, criada para tocar o projeto do trem-bala que nunca saiu do papel.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Palanque

17/04/2018
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O presidente Michel Temer “ressuscitou” o CDES. Temer deverá participar de mais uma plenária do “Conselhão” em maio. A questão é quanto do PIB aceitará se reunir novamente ao redor de Temer dois meses após o encontro de março.

#Michel Temer


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Planalto avalia troca na ANTT

16/04/2018
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Como se não bastasse a fuzilaria direta sobre Michel Temer, o Palácio do Planalto ainda tem de desviar das balas perdidas. Há um sério risco de que a prisão de Paulo Vieira de Souza, o “Paulo Preto”, ricocheteie no governo federal, mais precisamente na ANTT. A reta que liga os dois pontos é o engenheiro Mário Rodrigues Junior, nomeado há menos de dois meses para a direção-geral da agência reguladora por indicação do ex-deputado Valdemar da Costa Neto. No Planalto, já se discute a possibilidade de afastá-lo do cargo. Mario Rodrigues e “Paulo Preto”, apontado como operador de um suposto esquema de corrupção do PSDB em São Paulo, ocuparam cargos na direção do Dersa. O risco da indicação de Rodrigues para a ANTT já era pedra cantada. Seu nome foi citado na Lava Jato pelo ex-diretor da OAS Carlos Henrique Lemos. Antes o Planalto tivesse ouvido as manifestações feitas pelos próprios servidores da ANTT em fevereiro, pedindo que a nomeação de Rodrigues fosse revista. Agora, qualquer movimento no tabuleiro vai fazer um barulho maior.

#ANTT #Michel Temer


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Suspense total

13/04/2018
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A pesquisa Datafolha do fim de semana trará respostas a algumas questões chave da disputa presidencial:

. O coeficiente eleitoral de Lula após a prisão;

. As intenções de voto de Ciro Gomes, Jair Bolsonaro e Marina Silva;

. O percentual dos votos em Joaquim Barbosa;

. A mudança ou não do viés de baixa de Geraldo Alckmin.

. Os dados estatísticos de Henrique Meirelles, Rodrigo Maia e Michel Temer não são relevantes.

#Ciro Gomes #Jair Bolsonaro #Lula #Michel Temer


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A encruzilhada de Rodrigo Maia

10/04/2018
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está dividido. Se levar o cadastro positivo à votação do Congresso, o projeto passa e o governo fatura. Se fizer forfait e sentar em cima, tira o pão da boca de Michel Temer, seu concorrente ao Palácio do Planalto, mas perde o apoio da banca. As instituições financeiras estão aguardando ansiosas pelo cadastro positivo, um mecanismo de seleção adversa, capaz de identificar o bom e o mau pagador. Por essa lógica, em vez de cobrar um spread astronômico para qualquer tomador de empréstimos,
os bancos selecionariam aqueles com histórico pagante intocável, que seriam merecedores de juros menores. Na média, as taxas baixariam. Essa dobradinha deliciosa – spreads mais reduzidos e custos com inadimplência mais baixos – se arrasta há anos no Congresso. É incrível como não aprovaram esse cadastro até hoje.

#Michel Temer #Rodrigo Maia


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Coelho pula para longe do governo Temer

10/04/2018
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Fernando Coelho Filho, que até a semana passada ocupava o Ministério de Minas e Energia, rompeu com o governo Temer. O divórcio se consumou com a sua repentina decisão de se transferir do MDB para o DEM – segundo o RR apurou, acertada na madrugada de sábado após conversa com o deputado Rodrigo Maia. Coelho sentiu-se traído pelo Palácio do Planalto por conta da indicação de Moreira Franco para o Ministério. Havia um acordo tácito para que o então ministro fizesse o seu sucessor. Ele trabalhava por  dois nomes, ambos integrantes da sua equipe no Ministério: o secretário de Energia Elétrica, Fabio Lopes Alves, e o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Marcio Bezerra. Mas, como Fernando Coelho não é Henrique Meirelles, não teve a regalia de manter influência sobre a Pasta – o que ex-ministro da Fazenda conseguiu ao indicar o sucessor Eduardo Guardia.

#Fernando Coelho Filho #Michel Temer


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Temer é a peça central do golpe no Judiciário

9/04/2018
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Costura-se com linha fina um golpe do Legislativo no Judiciário. O assunto, conforme se sabe, começou a ser tratado já na madrugada da última quinta-feira, após a sessão do Supremo Tribunal Federal (STF) que negou o habeas corpus contra a prisão do ex-presidente Lula. A manobra se daria em três atos: a convocação em sessão extraordinária do Congresso para discutir a PEC da presunção da inocência; a suspensão temporária da intervenção federal no Rio de Janeiro; e a votação urgente da PEC. Já se encontra na Câmara uma proposta de emenda de autoria do deputado Alex Manente (PPS-SP) que defende a prisão, mesmo se ainda houver possibilidade de recurso.

A minuta da PEC de Manente seria esquartejada, buscando constitucionalizar todos os recursos e instâncias de forma a que não haja qualquer dúvida de interpretação. Os parlamentares sediciosos são unânimes que o barco do Judiciário está à deriva, circunstância mais que perfeita para a abertura da caixa constitucional, ampliando as salvaguardas judiciais para o caso de condenação, ou seja, expandir o transitado em julgado. Os insurretos, e não são poucos ou desimportantes – contando com o apoio de um notório juiz –, pretendem levar o projeto à frente a despeito do resultado da apreciação pelo Supremo das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADC).

A expectativa é que o entendimento referente às ADCs caracterize ainda mais instabilidade do STF em relação ao tema, cujas decisões sobre presunção de inocência oscilam como as marés de julgamento a julgamento e juiz a juiz. Os interventores do Congresso afirmam que a Constituição em seu Artigo 5o já trata das condições para privação de liberdade. Só que cada juiz interpreta da sua maneira, transformando os dizeres constitucionais em uma prova de múltipla escolha.

O take over sobre o Judiciário seria uma resposta à judicialização da política pela tangente golpista. O pano de fundo, porém, seria a proteção que os parlamentares estariam erguendo em causa própria. O fator Lula seria o menos relevante nesse levante, pois haveria tempo para alguma permanência do ex-presidente na prisão  o sentimento da sua culpabilidade, e a PEC poderia não ser retroativa. O petista continuaria carta fora do baralho, melhor dizer das urnas. De uma forma ou de outra, a peça-chave do putsch no STF seria o presidente Michel Temer. Caberia a ele abrir a porteira para os congressistas solicitando a suspensão da intervenção no Rio. Seria o segundo golpe de Temer.

#Lula #STF


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Candidato da fé

6/04/2018
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O pastor Marcos Pereira, presidente do PRB e ex-ministro de Michel Temer, está cotado para ser o vice o empresário Flavio Rocha. Seria a chapa “Nós na Terra e Deus no Céu” – o próprio empresário frequenta a Igreja Sara Nossa Terra.

#Michel Temer #PRB


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“Ministro Laranja” já merece legislação específica

5/04/2018
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria regulamentar o uso de títeres em cargos ministeriais com objetivo de burlar a desvinculação obrigatória do posto para disputa eleitoral. O caso de Henrique Meirelles é modelar. Plantou um laranja escancarado, mascarando a legislação. Ele combinou com o presidente Michel Temer que indicaria seu substituto no Ministério da Fazenda. O acordo fez parte de pacto entre ambos: quem dos dois estiver mais mal avaliado nas pesquisas, no mês de maio, abdicará do pleito em favor do “rival-parceiro”. Como não podia ser ministro e ao mesmo tempo concorrer à Presidência, Meirelles pré-definiu seu sucessor na Fazenda antes da Páscoa. Ganhou, assim, uma folga para articular com calma a transição até amanhã, data limite para a sua desincompatibilização do cargo. Meirelles não pensou duas vezes: olhou na direção do espelho e, pronto, estava criada a criatura. O novo ministro seria o seu preposto mais óbvio, o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Eduardo Guardia.  Considerado o faz tudo de Meirelles, Guardia é o segundo na hierarquia e seu braço direito. O sucessor ficou ainda com a recomendação de manter a equipe. E que nem um cinzeiro seja mudado de lugar. Só falta deixar a cadeira do “ministro de fato” vaga para quando Meirelles for na Fazenda dar suas instruções e baforar um bom charuto. Recomenda-se que o TSE regulamente logo esse laranjal, antes que a falsa desincompatibilização deixe de ser hilária e soe a patrimonialismo às claras, com parentes, sócios, advogados e outros personagens da “patota” sendo indicados para ser ministro fake em ano eleitoral.

#Henrique Meirelles #TSE


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Minha eleição, minha vida

5/04/2018
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O novo presidente da Caixa, Nelson Antonio de Souza, já é pressionado a acelerar o “Minha Casa, Minha Vida“. Ainda em abril, Michel Temer fará duas viagens ao Nordeste para entregar imóveis.

#Caixa Econômica #Minha Casa Minha Vida


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Conversa ao pé do ouvido

4/04/2018
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O senador Ciro Nogueira (PP-PI), já denunciado na Lava Jato, é um dos grandes vencedores da reforma ministerial. Com a ida do correligionário Gilberto Occhi para o Ministério da Saúde, foi Ciro quem negociou pessoalmente com o presidente Michel Temer a efetivação do vice de Habitação da Caixa Econômica, Nelson Antonio de Souza, no comando do banco. A conversa decisiva se deu na tarde do último dia 28 de março, no Palácio do Planalto. Souza, assim com Ciro, é PP e Piauí na cabeça. No governo Dilma, também por indicação do senador, presidiu o Banco do Nordeste.

#Lava Jato #Michel Temer


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A nova missão de Raul Jungmann?

3/04/2018
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Imagine se Raul Jungmann, recém-saído do PPS após 26 anos, estivesse de malas prontas para se aninhar no MDB, atendendo a um pedido do próprio Michel Temer… E se o pernambucano Jungmann trocasse não só de partido, mas de província, tornando-se um retirante eleitoral rumo ao “Sul Maravilha”. Suponha que nessa travessia um dos ministros mais importantes e leais de Temer deixasse a Pasta  da Segurança Pública para cumprir um múnus ainda maior e, na atual circunstância, intrinsicamente ligado ao cargo que ocupa: disputar a eleição para o governo do Rio. Que outro candidato teria tamanha legitimidade e conhecimento de causa para evocar a agenda da segurança pública?

Quem se não o ex-ministro da Defesa e da Segurança Pública teria maior autoridade para prometer o aumento dos investimentos na área e defender a permanência das forças militares no estado? Quem poderia cruzar o estado, visitar comunidades, posar ao lado das tropas do Exército fardado de “governador interventor” se não Jungmann? Talvez o eleitor fluminense, num arroubo bairrista, rejeitasse um forasteiro; talvez o fato de não ser uma das lideranças políticas do estado, quase todas enlameadas, se tornasse outro de seus handicaps.

Talvez Jungmann viesse a suprir uma vacância no próprio MDB do Rio, destroçado pela Lava Jato – curiosamente, em sua carta de despedida do PPS, o ministro fez menção a sua passagem pelo antigo MDB nos tempos de “resistência democrática”. Ficção? Realidade? O dia 6 de abril, prazo limite para a desincompatibilização de cargos públicos e mudança de domicílio eleitoral, tem a resposta para alguns dos enigmas de 7 de outubro.

#MDB #Raul Jungmann


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José Marcio Camargo surge como alternativa para que o BNDES não se torne o “Banco do Jucá”

29/03/2018
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Aparentemente está tudo certo na sucessão da equipe econômica. O secretário executivo da Fazenda, Eduardo Guardia, assumiria a Pasta. O secretario de Acompanhamento Econômico, Mansueto de Almeida, iria para o Ministério do Planejamento. E o atual titular do Planejamento, Dyogo de Oliveira, que ameaçava sair se não fosse nomeado ministro da Fazenda, iria para o BNDES. Uma solução ao contento do que desejava Henrique Meirelles.

Em Brasília, comenta-se que a dança do miudinho, ritmo nordestino em que as partes se sacolejam com passos curtos, tem sido praticada, dia sim, dia não, por Michel Temer e Meirelles. Na sucessão da equipe econômica, Temer prometeu a Meirelles que pedido feito seria pedido aprovado. Teve de contornar as demandas de parte do MDB. O partido pleiteava o cargo de ministro da Fazenda para Dyogo de Oliveira.

A carga contra Guardia e Mansueto, por sua vez, era porque ambos estariam mais identificados com o PSDB do que com o MDB. Seria um contrassenso entregar o filé da reforma ministerial ao inimigo em um ano eleitoral. Até ontem, o senador Romero Jucá – um dos articuladores da campanha contra os pupilos de Meirelles, chamando-os de quinta coluna a serviço dos tucanos – trabalhava nos bastidores para que seu apadrinhado Oliveira emplacasse na Fazenda. O BNDES, segundo ele, seria um prêmio de consolação. O problema de Oliveira é que, em qualquer dos cargos, ele carregará o DNA de Jucá e, portanto, a marca da Lava Jato como legado do seu protetor.

Com a virtual confirmação de Guardia na Fazenda, a presidência do BNDES virou motivo de comemoração entre os emedebistas. Em meio às intrigas da Corte, um nome surgiu ontem como tertius: o do economista José Marcio Camargo. Sua indicação para a presidência do BNDES repetiria o modelo adotado na escolha de Paulo Rabello de Castro. Ou seja: seria da cota pessoal do presidente Temer. A medida teria por objetivo blindar o banco neste período eleitoral, desassociando-o de nomes e fatos políticos.

Camargo tem serviços importantes prestados ao Palácio do Planalto e à presidência da Câmara dos Deputados. Esteve presente em todas as reuniões com empresários e parlamentares para explicar as reformas. O ex-professor da PUC-RJ tem bom relacionamento com o núcleo duro do governo e é afinadíssimo com Guardia e Mansueto. Atualmente é economista da gestora de recursos Opus. Trata-se de uma candidatura eminentemente técnica, sem mácula de qualquer ordem. Um predicado de valor inestimável para um presidente do BNDES.

#BNDES #Secretaria da Fazenda


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Chegou a vez da Marinha no governo de Michel Temer

28/03/2018
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A Marinha é a “bola da vez” no reaparelhamento da área militar. O governo de Michel Temer pretende tirar da gaveta um antigo projeto da força naval brasileira: a substituição da frota de aviões de combate embarcados. Trata-se de um contrato que poderá chegar à casa de US$ 1,5 bilhão, considerando-se a aquisição de aproximadamente 20 aeronaves. O investimento caminha pari passu ao projeto do novo porta-aviões brasileiro – a única embarcação deste tipo a serviço da Marinha, o São Paulo, entrou em processo de descomissionamento e desmontagem no ano passado.

Segundo o RR apurou, há contatos preliminares, na esfera do Ministério da Defesa, com fabricantes internacionais. Questões de ordem técnica fazem da sueca Saab, que fornecerá os novos caças da Aeronáutica, uma forte candidata ao negócio. O Sea Gripen, avião embarcado produzido pela companhia, dispõe dos mesmos sensores e tipo de armamento do Gripen NG que será entregue à Força Aérea. A aeronave é considerada versátil: pode operar a partir de porta-aviões Catobar (decolagem por catapulta) ou Stobar (decolagem curta).

O custo unitário do Sea Gripen gira em torno dos US$ 70 milhões. Procurado pelo RR, o Ministério da Defesa informou que caberia à Marinha se pronunciar sobre o assunto. Esta, por sua vez, garantiu que ainda não existem tratativas com fabricantes de aeronaves. Mas confirmou os planos de aquisição dos novos equipamentos. A Marinha informou estar conduzindo estudos, “no âmbito do Programa de Obtenção de Navio Aeródromo (Pronae), quanto às características e requisitos” do próximo porta-aviões.

Disse ainda que, “enquanto não forem estabelecidas as características do futuro Navio Aeródromo, não se poderá definir que tipos ou modelos de aeronaves comporão a sua ala aérea”. Uma vez confirmado, o pacote “porta-aviões/aeronaves embarcadas” selará uma espécie de trilogia de investimentos mais agudos nas Forças Armadas, que engloba a aquisição dos blindados Guarani para o Exército e a própria substituição dos caças da FAB. Este última, embora assinada na gestão Dilma, começou a ganhar altitude no governo de Michel Temer.

A compra dos novos aviões é um antigo pleito da Marinha. A Força dispõe de 23 aeronaves embarcadas modelo A-4 Skyhawk, produzidas no fim dos anos 70. Em 2009, o governo Lula assinou com a Embraer um contrato para a modernização de 12 destes jatos. Muito em razão das restrições orçamentárias na Defesa, a primeira aeronave só viria a ser entregue em 2015. Além disso, o programa de modernização sofreu um baque no ano seguinte, quando um A-4 Skyhawk reformado pela Embraer caiu durante um voo de treinamento.

#Marinha #Michel Temer


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Junto e misturado

28/03/2018
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O nome de Carlos Marun tem sido cogitado no MDB como possível candidato ao governo do Mato Grosso do Sul. Marun, no entanto, diz se tratar de fogo amigo, obra de quem quer vê-lo longe do Palácio do Planalto. Fiel a Michel Temer, já avisou que sequer concorrerá à reeleição na Câmara.

#Carlos Marun #MDB


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Seguidas preces

28/03/2018
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Marcelo Crivella e o ex-ministro e pastor Marcos Pereira têm feito seguidas preces a Michel Temer pela manutenção do interino Marcos Jorge de Lima, do PRB, no Ministério do Desenvolvimento. O PP disputa a mesma “graça”.

#Marcelo Crivella #Michel Temer


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A Selic agora é de Temer

23/03/2018
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O ministro Henrique Meirelles faturou a última queda de juros com ele no cargo. Vai para a campanha eleitoral – decisão hoje mais provável – com uma Selic de 6,5%. A partir de 16 de maio – próxima reunião do Copom -, o aproveitamento político solitário é de Michel Temer. Se não houver um terremoto, a Selic desce para 6,25% e estará findo o ciclo de flexibilização monetária. Estará? Para algumas consultoras, a exemplo da LCA, a taxa pode cair ainda mais depois de maio, indo a 6%. Se Temer tentar a reeleição, esse será um dos seus bordões com toda a certeza.

#Henrique Meirelles #Selic


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O looping da Embraer

22/03/2018
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O presidente Michel Temer já ultrapassou a linha dos 50% de probabilidade de vetar a compra da Embraer pela Boeing. Sua inspiração é a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impedir a compra da Qualcomm pela Broadcom, de Cingapura. Os analistas do mercado de aviação, entretanto, acham que a motivação é puramente eleitoral. Trump pelo menos alega questões de segurança nacional. Se reeleito, o Temer em estado puro bem poderia recuar e permitir o negócio. Mas aí o timing já teria passado. Digamos, no entanto, que o presidente deixe rolar o barco e a Boeing compre a Embraer: os norte-americanos, então, terão de torcer para que Ciro Gomes não venha a se eleger. O candidato do PDT já disse que “a Embraer, eu vou tomar de volta”.

#Embraer #Michel Temer


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A trapalhada de Temer

21/03/2018
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O general Sérgio Etchegoyen, ministro-chefe do GSI, teve um trabalho danado para colocar panos quentes na desastrada forma como o presidente Michel Temer anunciou os recursos para o custeio da intervenção no Rio de Janeiro. Enquanto o general Braga Netto estimava um orçamento na faixa de R$ 3 bilhões, Temer acenava com números imprecisos de R$ 600 milhões, talvez R$ 800 milhões. “Vai ser algo na casa de milhões”, disse, de forma displicente. O generalato detestou.

#GSI #Michel Temer #Sérgio Etchegoyen


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Sangue de Marielle Franco realça o caos da cidade do Rio de Janeiro

19/03/2018
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À exceção da fatalidade trágica, nada é o que parece ser no assassinato da vereadora Marielle Franco. A militante, com histórico exemplar na defesa de direito das minorias, era uma voz contrária à intervenção federal e militar no Rio de Janeiro. Sua morte, paradoxalmente, fará com que a ação das Forças Armadas seja intensificada na cidade, liberando os recursos que o comandante do Exército Brasileiro, general Eduardo Vilas Bôas, vinha reiteradamente pleiteando. Até agora, a intervenção é um copo com moeda de centavo no fundo.

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, aspirante a candidato à Presidência da República, mostrou que sua sensibilidade política é nanica. Ele tem sentado em cima do orçamento todas as vezes em que chegam pedidos por mais numerário para a intervenção. O RR apurou que o Palácio do Planalto exigiu urgência na transferência de verbas. Elas deverão ser capazes de custear o deslocamento para o Rio de tropas de outras regiões, o que não estava previsto.

Porém, os militares não irão tocar opânico na cidade, conforme desejam distintas tribos de ativistas e reacionários. Como disse o general Braga Neto, chefe da intervenção federal no Rio, a ação será sentida aos poucos. Agora, o que acontecerá é um reforço do efetivo e a aquisição de novos equipamentos. O aparato e a visibilidade do Exército vão se tornar maiores. A inteligência das três Forças Armadas cooperará na busca do assassino da vereadora.

Mas que não se espere uma caça como a feita pela Aeronáutica ao atirador Alcino e o motorista de táxi Climério após o atentado contra Carlos Lacerda. Os militares não se guiarão pela Lei de Talião. Duas razões contraditórias parecem ter motivado o assassinato da vereadora Marielle Franco. Na primeira, ela seria alvo de milícias e grupos de extermínio, julgando que o homicídio poderia deslocar o foco da sua ação criminosa para a busca da autoria do atentado. Na segunda hipótese, ativistas reacionários teriam praticado o assassinato para forçar uma ação militar mais intensa.

Querem o Exército barbarizando nas ruas. No lamentável episódio tudo é o que não é. Às 15h35 de ontem, o Google registrava 861 mil resultados santificando Marielle e 135 mil resultados sobre a nubência da parlamentar com Marcinho VP e a sua ligação com o Comando Vermelho, comprovadamente uma informação falsa. Nas praias de Ipanema, meninas douradas usavam bottons nos biquínis com fotos dos seus rostinhos sorridentes ladeado dos dizeres: “Marielle presente”. Ao contrário das palavras de ordem, o extermínio da vereadora não foi um atentado à democracia, tal como eleição sem Lula não é uma fraude.

Sua morte também não deflagrará homicídios em série e até justiçamentos conforme amedrontados ativistas faziam crer ontem no Facebook. O presidente Michel Temer, com seu senso de oportunidade, teria dito: “Atiraram no nosso peito, mas não atingiram o nosso coração: agora vamos com tudo”. Na manhã de ontem, um policial militar, de folga, foi morto no Rio, após troca de tiros, em Bangu. Não consta que os ministros da Segurança Pública, Defesa, Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ou os Comandos Militares tenham tomado qualquer providência para criação de auditoria, corregedoria ou fiscalização excepcional da munição em poder das polícias, que repetidas vezes corre para o crime como as águas para o mar. Caetano Veloso compôs velozmente uma canção sobre a líder popular. Faz mais de 80 horas que Jair Bolsonaro está mudo em relação ao assunto. O sorriso de Marielle ainda embeleza as bancas de jornais.

#Marielle Franco #Michel Temer


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Lealdade com lealdade se paga

16/03/2018
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Lucio Vieira Lima, irmão do presidiário Geddel, confirmou ao MDB que vai disputar a reeleição à Câmara pela Bahia. Conta, desde sempre, com o apoio de Michel Temer.

#MDB #Michel Temer


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Temer não consegue tirar a segurança de Bolsonaro

14/03/2018
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Não parece ser nada simples desalojar o capitão Jair Bolsonaro da sua narrativa cativa: a defesa do direito à segurança. Segundo pesquisa qualitativa realizada pelos bolsonaristas, quanto mais se fala no tema, maior a aderência do assunto à candidatura de Bolsonaro. Simples assim. É como se a violência fosse a essência da nossa era, e esse espírito do tempo tivesse sido capturado pelo mais tosco dos candidatos. Um analista de pesquisa de opinião que assessora Bolsonaro considera que Michel Temer foi, no mínimo, precipitado quando disse que a “intervenção militar foi um golpe de mestre”.

À luz das primeiras impressões e mesmo da resiliência dos indicadores eleitorais, ao trazer a insegurança urbana para o centro da galáxia das políticas públicas, Temer acabou fortalecendo a “ideia-força” que diferencia o discurso do capitão. Não seria, portanto, uma questão da medida de emergência no Rio de Janeiro dar certo ou não. Se tiver algum êxito, fizeram o que Bolsonaro dizia. Se for um fracasso, ele teria feito diferente. Como se diz na linguagem do Google, pertencem ao capitão todas as palavras de busca vinculadas à intervenção: insegurança, militares, proteção, presídios etc. Bolsonaro surfa na intervenção de Michel Temer como se ela fosse sua.

Por essa ótica, a maior qualificação do debate sobre segurança não significaria um “take over” no discurso de Bolsonaro. Ao contrário, seu eleitorado entenderia apenas como confirmação de que está onde tudo começou, no lugar certo com a pessoa certa. Vale um registro simbólico: a última pesquisa de opinião CNT/MDA, segundo o analista consultado, identifica, na queda de Lula, a migração, ainda que rasa, de petistas na direção do seu antípoda. O voto da raiva é o voto em Bolsonaro. As próximas pesquisas vão dizer se ele aprisionou de vez o discurso do combate à violência. Aparenta ser mais fácil ganhar do capitão devido à sua fragilidade partidária, parco tempo de propaganda eleitoral, reduzidos recursos de campanha e nanismo intelectual. Entrar no seu campo de batalha é um risco não recomendável para nenhum dos adversários.

#Jair Bolsonaro #Michel Temer


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Escolha de Sofia

14/03/2018
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Um dos líderes da tropa de choque do governo no Congresso, o deputado Beto Mansur (PRB-SP) é cortejado dia e noite pelo MDB e pelo DEM. Ou seja: é uma questão de se decidir pela candidatura de Michel Temer/Henrique Meirelles ou de Rodrigo Maia.


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Garantia

12/03/2018
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Mário Rodrigues Júnior já pode redigir seu discurso de posse na direção da ANTT. O ex-deputado Valdemar Costa Neto recebeu do próprio Michel Temer a garantia da nomeação.

#ANTT #Michel Temer


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A caravana do PR

8/03/2018
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O presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues, “arrancou” de Michel Temer a garantia de que o partido seguirá no comando do Ministério dos Transportes após a saída de Mauricio Quintella, em abril. O nome já indicado pela sigla para o cargo é o do ex-deputado Bernardo Santana. O PR acredita que, a esta altura, ninguém mais se lembrará de que Santana foi citado na Lava Jato. Até aí, morreu Neves. O próprio Rodrigues chegou a ser preso em dezembro do ano passado, sob a acusação de crimes de corrupção, extorsão e participação em organização criminosa.

#Michel Temer #Ministério dos Transportes


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Cartilha do candidato

8/03/2018
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Além da segurança, que se tornou a chama do seu governo e da eventual candidatura à reeleição, Michel Temer vai desfraldar a bandeira da educação. Ainda neste mês, Temer iniciará um périplo pelo país para anunciar a divisão do bolo de R$ 1 bilhão reservados para programas de formação de professores.

#Michel Temer


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Desonestidade 1

7/03/2018
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Delfim Netto, conforme dizia Mário Henrique Simonsen, nunca primou pela honestidade intelectual. Mas não precisava tanto. Em seu artigo de ontem no Valor, com o objetivo de louvar Michel Temer, Delfim mistura alhos com bugalhos; intervenção federal com uma agenda de 15 medidas das quais 12 já estavam no Congresso – o que ele mesmo reconhece. Quem ler verá.

Desonestidade 2

“Plunct, plact, zum, não há mais déficit algum”. José Serra se inspirou na canção de Raul Seixas para em uma só tacada mágica mudar a regra de ouro fora da Constituição, livrar o atual presidente e seu ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de responsabilidades pelo descalabro fiscal de 2019 e dar um sumiço no desequilíbrio das contas públicas. Justiça seja feita, é exagero do RR: o projeto de lei do senador tucano só fatia o déficit do próximo ano pela metade, e não some com ele por inteiro. Mas é de um oportunismo raro e demonstra uma criatividade contábil para deixar os verdugos de Dilma Rousseff enrubescidos. Vá lá, Serra resolveu com seu condão um dos maiores problemas do futuro governante do país. No entanto, em ordem de grandeza, os principais favorecidos são os que estão hoje no timão. O tucano, pelos serviços prestados, está apto a ser vice-presidente de Michel Temer ou de Henrique Meirelles.

#Delfim Netto #José Serra #Michel Temer


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House organ

6/03/2018
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O programa de Ratinho virou “Diário Oficial” do governo. Depois de Michel Temer e de Henrique Meirelles, o ministro da Segurança, Raul Jungmann, será a próxima atração.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Raul Jungmann


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Temer e Meirelles fazem um acordo pré-eleitoral

5/03/2018
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Michel Temer e Henrique Meirelles estão irmanados em um acordo pré-eleitoral. O RR confirmou com duas fontes muito próximas do presidente que Temer e Meirelles chegaram a um entendimento em torno da candidatura à Presidência da República. A conversa se deu em encontro no último dia 24 de fevereiro, um sábado, no Palácio do Jaburu. O roteiro acordado se desdobra em dois momentos.

O primeiro deles em abril, quando o ministro da Fazenda deverá deixar o cargo para se lançar como pré-candidato à Presidência, não pelo PSD, ao qual ainda é filiado, mas pelo próprio MDB. A esta altura, no entanto, não terá qualquer manifestação de apoio da parte de Temer. O jogo continuará sendo jogado até maio, o tempo necessário para o presidente avaliar as suas chances. Se os seus índices de popularidade mostrarem uma reação – como todos no Palácio do Planalto esperam, no embalo da intervenção no Rio –, Temer será o candidato de si próprio.

Neste caso, automaticamente a candidatura Meirelles sairia de cena. Por outro lado, se a sua aceitação permanecer em níveis rasantes, prenunciando um fracasso eleitoral, o presidente é que abandonará o game, dando passagem para a campanha do seu atual ministro da Fazenda. Meirelles assumiria, então, a posição de candidato do governo. A convenção do MDB seria uma mera formalidade com o propósito de sancionar o nome já previamente erigido por Temer. Por essa lógica, Rodrigo Maia vira o Plano C do Planalto. Mantido o script, o candidato formal da situação virá do MDB. Muito em função do constrangimento causado pela suspensão da reforma da Previdência, Henrique Meirelles estava inclinado a abdicar da corrida eleitoral e permanecer na Fazenda até o fim do governo – ver RR de 21 de fevereiro.

No dia 22, despistou a galera, afirmando que sua etapa à frente da Pasta estava concluída. Esperava ouvir pedidos de permanência. Segundo uma das fontes do RR, Meirelles foi para a reunião com Michel Temer, no dia 24, disposto a dizer que abria mão de sua candidatura. O estímulo de Temer para que entrasse na disputa reabriu seu apetite. Meirelles terá ainda a prerrogativa de fazer seu sucessor na Fazenda, mantendo, assim, boa dose de influência sobre a condução da política econômica, um considerável handicap para um presidenciável.

Isso para não falar de outro de seus grandes atributos competitivos: se Temer é o dono da caneta mais carregada de tinta da República, Meirelles é o pré-candidato com maior volume de recursos próprios para financiar sua campanha. Seu patrimônio pessoal é estimado em mais de R$ 1 bilhão. O xeque-mate para o entendimento entre Michel Temer e Henrique Meirelles foi o condicionamento da candidatura, de um ou de outro, à performance nas pesquisas.

Por sinal, a confiança de Temer em relação a este quesito tem crescido seguidamente. Segundo o RR apurou, o presidente ficou especialmente entusiasmado com sondagem encomendada pelo ministro Moreira Franco que chegou recentemente as suas mãos. Em uma enquete sem o nome de Lula, Temer apareceu com 2%, à frente de nomes como João Amoedo, Manoela D ´Ávila, Paulo Rabello de Castro, Guilherme Boulos, Fernando Collor e do próprio Meirelles. Pode parecer pouco, mas trata-se de um salto de 100% sobre a base anterior, quando o presidente apareceu com algo em torno de 1%. A expectativa no Planalto é de um novo avanço até maio.

#Henrique Meirelles #MBD #Michel Temer


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Jucá perdeu

2/03/2018
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Romero Jucá teve uma raríssima derrota no governo. Na última terça-feira, intercedeu diretamente junto a Michel Temer na tentativa de evitar a demissão de Fernando Segovia no comando da Polícia Federal. Temer, como sempre, disse que ia ver com carinho…

#Michel Temer #Romero Jucá


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Temer atenta contra futuro presidente com herança criminosa na regra de ouro

1/03/2018
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Há no mínimo uma fissura moral na legislação da regra de ouro. Esta fenda pode levar a interpretações ou pelo menos ao debate sobre a responsabilidade do atual presidente por prejudicar extremamente o cumprimento do ditame constitucional no primeiro ano de governo do seu sucessor. O Art.85 da Constituição e a Lei no 1.079, de 1950, instituem que é responsabilidade do presidente e de sua equipe econômica a amortização ou criação de reserva para anular os efeitos de operações de crédito em descumprimento à regra de ouro.

O financiamento das despesas de custeio com a venda de títulos públicos caracteriza crime de responsabilidade contra a Lei Orçamentária e pode significar desde um obrigatório pedido de alforria ao Congresso até o impeachment do presidente. O que parece objeto de controvérsia é até que ponto o presidente pode passar para o sucessor como herança uma virtual impossibilidade de cumprimento da regra de ouro – até mesmo por motivações político-eleitorais – sem ser responsabilizado. Se for usado o regime contábil de competência, criminoso é quem deixa o governo sem tomar as providências para não contaminar o primeiro ano da gestão do entrante.

Ele carrega o ônus do futuro imediato resultante dos seus atos passados. Pelo regime de caixa, o abacaxi é de quem assumiu. Ele que se vire, cortando dedos e cedendo anéis. Hoje, a julgar pela interpretação dominante da legislação, o que vale é considerar o calendário gregoriano. Michel Temer e Henrique Meirelles, a quem foram dados os títulos de grão-mestres do ajuste das contas públicas, estão salvando a própria pele. Partem da interpretação de que seu compromisso com a regra de ouro acaba neste ano. Deixarão um buraco de R$ 200 bilhões para o sucessor, sem os recursos das piruetas fiscais com os quais o BNDES está pedalando, antecipadamente, os pagamentos ao Tesouro Nacional.

Temer está secando todos os recursos do banco para tampar o rombo da sua gestão. A equipe econômica está histérica com o atraso de meia dúzia de dias do BNDES no repasse de uma tranche de R$ 30 bilhões, ou 25% do valor devido. O atual governo confessa que a regra de ouro dificilmente poderá ser cumprida, em 2019, sem o pedido de recursos extraordinários ao Congresso ou mudança constitucional. Perguntaria o inquisidor: Dilma Rousseff não foi um bom exemplo de presidente que empurra para frente o descalabro fiscal?

Bem, Dilma foi “impichada” e não teve o benefício de poder demonstrar nos dois anos que lhe faltavam se conseguiria ou não lidar com a regra de ouro, que, diga-se de passagem, sempre foi honrada. Com Temer é diferente. Seus ministros anunciam desde já que a herança do sucessor é sinistra e de difícil resolução. O futuro presidente já assume como candidato a crime de responsabilidade. Se não houver uma regra para tornar regressiva a culpabilidade pela inconsequência fiscal, será o típico caso em que quem pariu Mateus não vai embalá-lo. E se Temer for reeleito? Sua atitude sugere que nem mesmo ele acredita nessa hipótese.

#BNDES #Michel Temer #Tesouro Nacional


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O tempo de Jungmann

1/03/2018
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Raul Jungmann condiciona sua permanência no Ministério da Segurança Pública a que Michel Temer não seja candidato à reeleição. A questão é que Temer só decide sua vida em maio. Façam suas apostas.

Do candidato Ciro Gomes sobre o convite de Raul Jungmann a Armínio Fraga para construir uma ação empresarial pela segurança: “O Armínio está sendo chamado para articular o Ipes do Temer”.


Raul Jungmann não se limitará à demissão de Fernando Segovia do comando da Polícia Federal. Planeja também substituir a maioria dos 12 superintendentes regionais nomeados por Segovia em seus três meses no cargo.

#Michel Temer #Raul Jungmann


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Eleições contemplam do plebiscito da privatização ao fundo de desestatização no atacado

28/02/2018
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O ex-presidente Lula, sabidamente um antiprivatista, recebeu da sua assessoria econômica, na semana passada, sugestão para que realize um plebiscito sobre a venda das estatais. Antes que se pense em oportunismos e narrativas eleitorais, a consulta popular não está para Lula como a intervenção federal no Rio para Michel Temer. A expectativa dos autores da ideia é que a privatização seja aclamada nas urnas. A imagem das companhias estatais foi uma das principais atingidas com a operação Lava Jato.

O plebiscito, caso favorável, liberaria o ex-presidente do seu compromisso com o estatismo. Se a decisão fosse antiprivatista, melhor para Lula, que ficaria onde sempre esteve. O mais provável, ressalte-se, é que o ex-presidente se torne inelegível e a proposta fique guardada na cachola dos seus conselheiros. O relevante, contudo, é que a privatização vai chegando ao coração da esquerda. Com diferenças de ênfase na aprovação da medida, o trio de potenciais substitutos de Lula na disputa pela Presidência – Fernando Haddad, Jaques Wagner e Ciro Gomes – não engrossam as hostes estatizantes.

A candidata Marina Silva, que ideologicamente se situa em um ecossistema desconhecido, é hoje privatista até mesmo quando quer disfarçar que não é. Como toda regra tem exceção, o provável candidato do PSOL à Presidência da República, Guilherme Boulos, performa como isolado baluarte antiprivatista. Como o PSOL não passa de um átomo no macrocosmo da política nacional, as convicções de Boulos não alterarão o rumo de desmobilizações dos ativos públicos desde já traçado.

Todos os demais candidatos defendem com unhas e dentes que o Estado se desfaça das suas empresas. O saldo das antigas e novas adesões criou um cenário único: é inimaginável o país atravessar o período de 2019/2022 com o mesmo quadro de grandes estatais – ver RR de 18 de janeiro. Todos os presidenciáveis estão alinhados: dos mais contidos, como Ciro Gomes, aos mais disparatados, como Jair Bolsonaro. O capitão, inspirado pelo seu guru, o economista Paulo Guedes, namora privatizar no atacado. Transferiria todas as estatais para um fundo cujo valor seria abatido da dívida pública, fazendo uma espécie de recuperação judicial do passivo interno federal. O Brasil com diminuto número de empresas estatais era inimaginável. Agora, tudo indica que é inevitável. Para o bem ou para o mal.

#Fernando Haddad #Lula #Michel Temer


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E Paulo Skaf?

28/02/2018
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O nome de Gilberto Kassab voltou à mesa de apostas como candidato ao governo de São Paulo. Com apoio de Michel Temer.

#Gilberto Kassab #Michel Temer


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Russos viram parceiros-chave para as Forças Armadas

27/02/2018
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As sucessivas aproximações diplomáticas entre os governos de Michel Temer e Vladimir Putin colocaram a indústria militar da Rússia no lugar certo na hora certa. Os fabricantes russos surgem como fortes parceiros comerciais do Brasil no momento em que as circunstâncias pedem o aumento dos investimentos na área de Defesa. Segundo o RR apurou, o Ministério da Defesa mantém conversações com o governo Putin para a aquisição de um novo aparato de segurança aérea.

A negociação envolveria a compra do sistema de mísseis e artilharia antiaéreos S-300, desenvolvido e produzido por uma miríade de agências estatais e empresas russas. Estima-se que, em suas diversas etapas, a aquisição poderia chegar à casa de US$ 1 bilhão. Uma das prioridades das Forças Armadas, acentuada pela sua entrada na segurança pública no Rio de Janeiro, é o reforço do monitoramento e proteção do espaço aéreo, com o objetivo de inibir o ingresso de drogas e armas no território brasileiro.

Parte desta logística do crime é feita por meio de aeronaves e até mesmo por drones. Os mísseis do S-300, como o próprio nome sugere, são capazes de abater alvos a 300 km de distância. Ainda na esteira do acordo na área de Defesa assinado por Temer e Putin no ano passado, o governo deve acelerar as negociações para a compra de até dez helicópteros militares russos, modelo Ka-62. A parceria entre os dois países passa ainda por operações nevrálgicas para a área de Inteligência. Desde o ano passado, a russa Kaspersky Lab fornece soluções de segurança cibernética para as Forças Armadas brasileiras, notadamente sistemas antivírus.

#Michel Temer #Vladimir Putin


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Romário 2018

26/02/2018
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Romário tem chamado a atenção nos corredores do Senado pelos desmedidos elogios à intervenção federal no Rio. Fala como um candidato ao governo do Estado no palanque de Michel Temer.

#Michel Temer #Romário


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Uso das reservas cambiais vira coquetel antimonotonia

23/02/2018
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A proposta de utilização de parte das reservas cambiais voltou à tona no governo. A medida teria dupla missão: contribuir para o equacionamento da regra de ouro em 2019 e permitir, ainda neste ano, a realização de investimentos em programas que impliquem maior absorção de mão de obra. O governo reconhece que o pacote de “15 medidas microeconômicas” anunciado na última segunda-feira foi uma colcha de retalhos demasiadamente esfarrapada. Quer colocar algumas iniciativas em pauta, mas nada que passe pelo Congresso, cuja agenda já está cheia e contaminada pelas eleições.

O uso das reservas seria em um montante proporcionalmente pequeno, não superior a 12% do estoque. Esse cuidado busca manter estável a percepção de risco cambial do país, que deve fechar o ano com um lastro de US$ 400 bilhões. Do ponto de vista da regra de ouro, o ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, já disse que, como está, a conta não fecha em 2019.

O dinheiro das reservas seria uma forma de evitar o envio de uma PEC ao Congresso ou mesmo um pedido de perdão formal e a liberação de recursos extraordinários em meio ao tiroteio eleitoral. Cabe lembrar que o presidente Michel Temer e seus ministros serão responsabilizados, conforme a lei, pelo abacaxi da regra de ouro no próximo ano. Para efeito do regime de competência que rege a legislação, quem pariu o buraco de 2019 em 2018 que o embale, com todas as suas consequências.

Entre as múltiplas utilidades do uso das reservas, uma delas seria psicológica: reduzir o desconforto de Meirelles com o episódio de cancelamento da reforma da Previdência e do pacote dos 14 cacarecos, subtraída, pelo critério de maior importância, a privatização da Eletrobras. O ministro, hipoteticamente, sairia do estado de moral em baixa e teria algo de novo para mostrar na praça. Ocorre que Meirelles sempre foi contrário à utilização das reservas. Considera que somente algum tipo de pedalada permitiria que os recursos em dólares fossem internalizados sem que houvesse um aumento da dívida interna bruta.

Pode ser. O fato é que esse governo parece ter gostado da contabilidade criativa e da captura de recursos com expedientes discutíveis, a exemplo dos precatórios não reclamados pelos credores vitoriosos passados dois anos. O uso das reservas também tiraria uma das bandeiras da oposição, que defende a iniciativa basicamente para estimular o investimento e reduzir o desemprego. E Meirelles mudar de ideia, a essa altura do campeonato, não parece algo tão sofrido. O governo precisa de uma nova história para contar. E um pouco de aumento de emprego não seria nada mau.

#Henrique Meirelles #Michel Temer


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Meirelles será ministro da Fazenda até o fim do governo

21/02/2018
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Se prevalecer o senso comum, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não é mas pré-candidato à Presidência da República. É convicção desta newsletter que Meirelles anunciará a desistência por volta do mês de abril, data limite da desincompatibilização para as eleições, e comunicará sua disposição de permanecer no ministério até o fim do mandato do presidente Michel Temer. Pesam na decisão a pá de cal na reforma da Previdência, os números do desemprego, o fracasso na política do ajuste fiscal e o papelão de ter de anunciar um pacote de 15 medidas mofadas e desconjuntadas entre si como compensação pela derrocada da votação no Congresso.

O RR cercou o ministro através da opinião de colaboradores íntimos. Ninguém aposta um centavo no avanço da candidatura Meirelles. O consenso é de que sua gestão fracassou. O déficit primário acumulado na era Meirelles é de apocalípticos R$ 440 bilhões – já contabilizando – se a meta para este ano -, muitas vezes superior ao acumulado nas duas gestões de Lula e uma e meia de Dilma Rousseff. A Previdência foi para a lata do lixo. Sem ela, a PEC do Teto está ameaçada.

Quanto às medidas microeconômicas divulgadas como novidade, a média de tempo de existência dessas propostas  é de 312 dias, ou seja, elas estão na estufa sem geminar faz muito tempo. O cadastro positivo detém o recorde e foi inventado pela primeira vez há 870 dias. Em relação ao desemprego, segundo pesquisa divulgada ontem pelo Serviço de Proteção ao Crédito pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, o tempo médio de desocupação já chega a 14 meses.

No final de 2016, estava em 12 meses. Um contingente de 62% acredita que o desemprego irá aumentar ou permanecerá o mesmo. A resiliência é fortíssima. A taxa média de desemprego cai a conta-gotas – deve concluir este ano em 11,9% segundo as projeções, contra 12,7$ em 2017. Um dado doloroso: 28% dos desempregados tiveram algum conflito familiar. Meirelles não tem mais uma narrativa. Michel Temer, pelo menos tem a sua nova bandeira de segurança.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PEC do Teto


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A segurança de Michel Temer

21/02/2018
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Desde a última sexta-feira, o marqueteiro Elsinho Mouco e o staff de comunicação do Palácio do Planalto têm colhido toneladas de dados nas redes sociais sobre a repercussão da intervenção federal no Rio. As medições mostram uma aprovação superior a 70%. Michel Temer jamais alcançou tamanha “popularidade”…

#Palácio do Planalto


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Intervenção no Rio antecede mudanças no Exército, na Defesa e na segurança pública

20/02/2018
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O Ministério Extraordinário da Segurança, o Ministério da Defesa e o próprio Exército Brasileiro serão pivôs de mudanças que devem redefinir as lideranças e funções de proteção à integridade da população. Em paralelo à intervenção federal no Rio de Janeiro cozinham em banho-maria diversas hipóteses de remanejamentos e fusões de órgãos de Estado. São poucos os que acreditam, na área da Defesa, que o Ministério Extraordinário veio para ficar. Não há sequer tempo para sua estruturação em condições adequadas.

A aposta maior é que ele seja um arranjo político criado por Temer para tonificar a sua nova narrativa de candidato à reeleição: o de “estadista da segurança”. A probabilidade maior é que o efêmero Ministério Extraordinário da Segurança venha a ser fundido com o da Defesa, fortalecendo este último, que passaria a deter o controle da Polícia Federal. Hoje, o Ministério da Defesa não exerce a direção das Forças Armadas, cujos comandos são autônomos na prática. Sua função é meramente administrativa, estando sob sua alçada o Hospital das Forças Armadas e a Escola Superior de Guerra.

Até o fechamento desta edição do Relatório Reservado, na noite de ontem, as especulações eram de que o general Sergio Etchegoyen assumiria o Ministério Extraordinário e acumularia o cargo com a chefia do GSI. Outra versão quase inacreditável apontava para o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, como ministro interino do GSI. É provável que Etchegoyen seja preservado. Ele é um dos nomes cotados para a Defesa – ver RR edições de 9 de maio e 28 de junho de 2017.

O atual titular, Raul Jungmann, deve deixar o cargo em abril para concorrer nas eleições. Etchegoyen chegou a ser cogitado para uma futura sucessão do Comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Ele é respeitado entre seus pares e é amigo pessoal de Villas Bôas. Mas os ares do Palácio do Planalto não fizeram bem a sua candidatura ao posto máximo do Exército. O desejo geral é que o Comandante Villas Bôas, hoje uma unanimidade, permaneça no cargo o maior tempo possível. Hoje, o principal candidato é o chefe do Estado Maior do Exército, general Fernando Azevedo e Silva. Ressalte-se que o calendário traz um fator determinante para esta intrincada análise combinatória. Até o fim de março, os quatro mais antigos generais de Exército depois do comandante Villas Bôas passarão para a reserva: Juarez Aparecido de Paula Cunha, chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército; Antônio Hamilton Mourão, que, inclusive, já se despediu publicamente do quadro da ativa; Guilherme Cals Teophilo Gaspar de Oliveira, Comandante Logístico; e João Camilo Pires de Campos, chefe do Comando Militar do Sudeste. Automaticamente, o general Azevedo e Silva passará a ser o primeiro na linha de sucessão de Villas Bôas.

#Exército #Forças Armadas #Michel Temer


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O Exército não se deixará usar pelos interesses políticos de Michel Temer

19/02/2018
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No dia 23 de janeiro, precisamente às 10h40, em seminário no Rio de Janeiro, o Comandante do Exército, general Eduardo Villas  Bôas, olhando na direção dos generais Walter Braga Netto, chefe do Comando Militar do Leste, e Mauro Cesar Lourena Cid, chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, afirmou em caráter peremptório que uma intervenção militar fora dos ditames constitucionais não fazia parte do vocabulário das Forças Armadas. A mídia estava presente. Villas Bôas queria registrar a mensagem. A intervenção federativa no Rio já estava escrita 40 minutos antes do nada, como dizia Nelson Rodrigues. Até aquela data, duas GLO (Garantia da Lei e da Ordem) haviam sido ordenadas no Rio no governo Temer.

O comandante Villas Bôas tem orgulho da sua instituição ostentar mais de 80% de credibilidade em pesquisas de opinião. As mesmas sondagens apontam uma população simpática a que as Forças Armadas assumam o governo federal, o que significaria a instalação de um regime militar. A hipótese é rechaçada com veemência pelo general.

Em 4 de fevereiro, os ministros palacianos, liderados por um entusiasmado Moreira Franco, conforme anteciparia o RR no dia seguinte, davam tratos à bola, em torno da necessidade e da oportunidade do governo iniciar ações agudas na área de segurança, entre as quais um Ministério exclusivo para o assunto. Essas conversações foram conduzidas levando em consideração o interesse nacional e a importância de Temer criar uma nova narrativa eleitoral. O presidente é impopular ao extremo e a sociedade não reconhece seus esforços na área econômica. O “estadista da segurança” seria o achado para o Temer 2018.


Coincidências à parte, é irresponsável afirmar que o general Villas Bôas tenha discutido a medida como uma luva que veste à perfeição nos planos de Temer e seu grupo. A intervenção foi imposta pela falta de alternativa: o governador Pezão jogou a toalha no chão. O Comandante é um dos melhores acontecimentos na vida pública do país em muitos anos e tem-se postado em defesa da democracia em todas as circunstâncias.


Os cenários do Exército levam em consideração, com clareza, as consequências colaterais, psicossociais e políticas da decisão, tais como a tentativa de manipulação pelos radicais, que procurarão travesti-la de embrião de um golpe de Estado, assim como a eventual malversação da intervenção com objetivo de alterar o calendário eleitoral. O RR ouviu reiteradamente de fontes abalizadas que o Exército reagirá ao uso da sua atuação com finalidade política. Os militares sabem bem o risco que correm em ano de eleição.

O general Eduardo Villas Bôas foi afirmativo sobre a importância do distanciamento da sua imagem no processo de comunicação da intervenção. Ele poderia ter participado da entrevista à imprensa. Mas a hipótese foi descartada desde o início. O general Braga Netto também pretende reduzir a individualização da sua participação no processo.


O Exército não está confortável com a solução de troca da intervenção federal pelo dispositivo da GLO ampliada somente para votação da reforma da Previdência. A perspectiva é que o arranjo de suspensão temporário seja de acomodação, a reforma, adiada sine die e a intervenção, mantida até dezembro.


O anúncio da intervenção provocou um tiroteio de informações desencontradas e se tornou território fértil para leviandades. Após a divulgação, circulou um texto atribuído ao Comando Militar do Leste com supostas diretrizes descritas sob termos desmedidos, tais como “Todas as comunidades onde existem milícias de narcotraficantes serão consideradas território hostil”, sendo autorizada uma ação de “forma contundente, ríspida e até mesmo com o uso de força letal”. O documento forjado foi prontamente desmentido pelo Serviço de Comunicação do Exército após consulta feita pelo RR.

O Rio de Janeiro deságua no turbulento estuário da Nação. Estão embaralhadas a conquista da paz no estado, a manutenção da credibilidade dos militares e as ambições eleitorais de Temer. Os dois primeiros são efetivamente os pontos que interessam à Nação.

#Eduardo Villas Bôas #Forças Armadas


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Cadeira cativa do PRB

16/02/2018
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Michel Temer deverá confirmar neste fim de semana a efetivação do interino Marcos Jorge como ministro da Indústria e Comércio Exterior. Às vésperas da votação da reforma da Previdência, será um carinho a mais no PRB.

#Michel Temer #PRB


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Em nome do pai

9/02/2018
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Michel Temer e Roberto Jefferson conversaram na última quarta-feira. Temer tranquilizou o pai aflito. Deixou claro que as denúncias contra Cristiane Brasil entraram por um ouvido e saíram pelo outro e não interferem na sua indicação ao Ministério do Trabalho. A nomeação só não sai se o STF brecar.

#Michel Temer #Roberto Jefferson


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Cartilha da reeleição

8/02/2018
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A máquina de propaganda do Palácio do Planalto está embalando com carinho a divulgação de pesquisa recém-realizada pelo Ministério da Educação. Segundo a enquete, 86% dos alunos do nível médio preferem trocar as disciplinas obrigatórias por ensino técnico profissionalizante. O governo pretende propagandear o resultado como uma prova do êxito da política de educação voltada à geração de empregos. O timing não
é por acaso. Na semana que vem, o Ministério da Educação vai lançar o edital para o Mediotec – programa de ensino técnico para alunos da rede pública. Não, Michel Temer não é candidato à reeleição. Pois bem…

#Ministério da Educação


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Minha reeleição, minha vida

7/02/2018
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Michel Temer, com reforma ou sem reforma da Previdência, vai gastar uma baba neste ano. Sem os nomes originais dos programas Luz para Todos e Minha Casa, Minha Vida – marcas de Dilma Rousseff – vai triplicar as despesas com o primeiro e decuplicar as do segundo. Depois vai querer que alguém acredite na falta de dinheiro do governo ou que ele não é candidato à reeleição.

Por falar em campanha eleitoral, a Política Nacional de Segurança Pública, que será aprovada nos próximos dias pelo presidente Michel Temer (conforme o RR antecipou na edição da última segunda-feira), não é um buraco de agulha, mas um janelão de casa no estilo colonial. Vai passar muito dinheiro pelo generoso e muy nobre novo espaço.

#Dilma Rousseff #Michel Temer #Minha casa #Minha Casa Minha Vida


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Palácio do Planalto prepara plano emergencial de segurança

5/02/2018
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A possível criação de uma Força Nacional permanente – revelada, na última sexta-feira, pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann – é apenas o hors d ´oeuvre. O prato principal que está sendo preparado no Palácio do Planalto é o lançamento de um grande plano emergencial de segurança. As discussões vêm sendo conduzidas pelo ministro Moreira Franco e envolvem, além do próprio Jungmann, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen, o ministro das Cidades, Alexandre Baldy, os comandantes militares e a Polícia Federal. O foco das ações se concentrará nas áreas urbanas das grandes capitais, onde, em sua maioria, os índices de criminalidade crescem de forma desenfreada. Estimulado pelo ministro Moreira Franco, o presidente Michel Temer resolveu trazer para si a questão do combate à criminalidade, diante da notória e crescente dificuldade dos governos estaduais em lidar com a questão – de quebra, cria uma agenda de forte apelo eleitoral. A premissa é que o sistema de segurança pública na maior parte das unidades da federação está corroído, seja por falhas estruturais de longa data, por limitações financeiras ou por problemas relacionadas à corrupção. Entre as autoridades da área, há um consenso de que, sem um trabalho efetivamente integrado entre o governo federal e as forças estaduais, qualquer ação de combate à criminalidade será como enxugar gelo.

#Forças Armadas #Raul Jungmann

Negócios

Dever de casa

1/02/2018
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A equipe do marqueteiro Elsinho Mouco está submersa nos relatórios do Ibope, minuto a minuto, das entrevistas concedidas por Michel Temer no fim de semana. O objetivo é ajustar a dosimetria do discurso de Temer ao gosto do freguês.

#Michel Temer


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Carnaval carioca

1/02/2018
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Marcelo Crivella está disposto a passar por cima do governador Pezão e solicitar diretamente ao presidente Michel Temer o apoio da Força Nacional na segurança do Carnaval.

#Luiz Fernando Pezão #Marcelo Crivella


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Luz, câmera e palanque

31/01/2018
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Após o tour pelo SBT e pela Band, o Palácio do Planalto avalia a possibilidade de Michel Temer conceder uma entrevista a Luciana Gimenez, da Rede TV. Bem ao estilo do programa, Temer falaria menos de política e mais de família e outras amenidades. Mais candidato impossível.

Em breve, Michel Temer deverá visitar a Zona Franca de Manaus. A intenção do Planalto é propagandear o saldo positivo de quase dois mil postos de trabalho em 2017 como mais um indicativo da recuperação da economia.

#Band #Michel Temer #RedeTV #SBT


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Lei do silêncio

26/01/2018
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Michel Temer, digamos assim, orientou seus ministros a evitarem qualquer declaração sobre a condenação de Lula no TRF4. Talvez a “mordaça” sirva mais para proteger seus colaboradores mais próximos do que o ex-presidente. O que não falta no Ministério de Temer é pedra que poderá se transmutar em vidraça.

#Lula #Michel Temer


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O homem mais poderoso do Palácio do Planalto não se chama Michel Temer

23/01/2018
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Diz um observador palaciano atento que são nítidos os sintomas de uma admiração profunda do presidente Michel Temer pelo seu ministro-chefe da Secretaria Especial, Moreira Franco. A fonte afirma que Temer chega a sofrer da Síndrome de Stendhal quando se encontra frente a frente ao seu “ministro particular”. A Síndrome toma emprestado o pseudônimo de Henry -Marie Bayle, autor da obra-prima “O Vermelho e o Negro”. O fenômeno psicológico leva ao surgimento de diversos sintomas – emoção seguida de entorpecimento, desorientação têmporo-espacial, sudorese profusa e desrealização – mediante a contemplação de uma obra de arte ou um fato excepcional.

Noves fora as hipérboles e figuras de linguagem, Moreira Franco é o personagem gerador de tamanha deferência. O ministro assumiu uma posição sem par no governo. É o único que defende Temer com um entusiasmo que beira a fúria, quer seja na mídia, contra os adversários, na base aliada e junto aos demais ministros. Moreira Franco é um Leão. Michel Temer despacha com ele em todos os instantes, inclusive em casa em quase todos os finais de semana. O ministro estimula Temer a desdenhar das denúncias da Lava Jato e das reportagens na imprensa. “É tudo perereca do brejo”, diz. Ele se apodera de um velho bordão do seu jurássico passado de esquerdista: “No pasarán”. Moreira assopra no ouvido o que o presidente deve falar, escreve o esqueleto dos seus discursos e participa de todas as discussões ministeriais como se tivesse mais uma insígnia na lapela. Na maioria das vezes é quem dá o voto de minerva quando a bola está quicando entre ministros do porte de Henrique Meirelles e Eliseu Padilha.

Para ser o primeiro-ministro, a Moreira só falta o título. A eminência platinada quer Temer candidato à reeleição neste ano. É o principal entusiasta da ideia. “Já que estamos aqui, vamos seguir juntos”, diz. Encomenda pesquisas próprias, busca pesquisas dos outros, está sempre com dados para fazer a cabeça do presidente em relação à ideia. É uma mistura de Julian Assange, Cardeal Mazarini e Beth Davis. Um ornitorrinco angorá. Sem dúvida o homem mais poderoso do Planalto, bem mais proativo do que Michel Temer, falando por ele, fazendo por ele. Tem uma mão manobrando as verbas de publicidade e a outra, as licitações e todos os contratos da infraestrutura do país. Na circunstância, Moreira somente é ombreado pelo deputado Rodrigo Maia. Mas costuma dizer que sua caneta tem mais tinta do que a do presidente da Câmara dos Deputados.

Temer e Moreira se complementam como raros parceiros. Mas há algo delicado feito uma porcelana, um papel crepom. Quando Temer se depara com seu ministro querubim de cabelos brancos, seus olhos revelam que ali, mais do que um auxiliar, está um amigo dotado de habilidades especiais. E ele parece estar vendo a catedral da Santa Croce, em Firenze. A impressão é de que nunca dois colaboradores do governo se entenderam com tamanha sintonia.

#Michel Temer #Moreira Franco


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Ao pé do ouvido

19/01/2018
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Geraldo Alckmin conversou pessoalmente com Michel Temer sobre a renovação antecipada da licença da usina de Porto Primavera, condição sine qua non para a privatização da Cesp. Saiu com a garantia de que o decreto estará no Diário Oficial em fevereiro. A conferir.

#Cesp #Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Falta de combustível

18/01/2018
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A “MP das Rodovias“, uma’ das cambalhotas legiferantes do governo Temer, está demorando a emplacar. Quatro meses após ser editada, apenas duas das seis concessões leiloadas em 2013 e 2104 aderiram à proposta, que estende o prazo da licença mediante a duplicação das respectivas estradas.

#Michel Temer #MP das Rodovias


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BR Distribuidora desperta de sua hibernação

16/01/2018
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Após virar a página do IPO da BR Distribuidora, Pedro Parente tem duas preocupações mais agudas em relação à estatal: recuperar o terreno perdido na distribuição de combustíveis e reforçar a blindagem na estrutura de compliance da subsidiária, tantas vezes vazada no passado recente. Contra a primeira moléstia, o receituário prescreve cerca de R$ 2,5 bilhões. É o volume de investimentos previstos para a BR ao longo dos próximos quatros anos. A meta é chegar a dez mil postos até 2021 – o número hoje gira em torno dos oito mil. As medidas incluem ainda um banho de loja na BR Mania, com mudanças no layout e no portfólio de serviços.

Consultada, a BR informou que não pode passar informações “que não constam do formulário de referência registrado na CVM“. Seja devido à Lava Jato e ao seu impacto sobre a capacidade de investimento da Petrobras, seja por conta das idas e vindas que cercaram o IPO da BR, a empresa entrou em hibernação nos últimos anos. O prejuízo a ser tirado não é pequeno. De 2012 para cá, a participação da estatal nas vendas de derivados de petróleo caiu de 40% para cerca de 35%.

Cada ponto percentual significa algo como R$ 2,5 bilhões em receita. A concorrência, notadamente Ipiranga e Raízen, agradece. Ao mesmo tempo, Parente carrega a ideia fixa de que a BR precisa apertar ainda mais as porcas e parafusos do compliance, sobretudo agora que responde às liturgias de uma empresa de capital aberto. Assim como a nave-mãe, a subsidiária serviu de esconderijo para ratos e insetos das mais diversas espécies. O episódio mais controverso envolve o suposto esquema para a compra irregular de etanol comandado pelo diretor da BR nos anos 90 João Augusto Henriques, apontado pela Justiça como operador do PMDB. Segundo as investigações, o próprio presidente Michel Temer, à época congressista, teria sido o responsável pela ida de Henriques para a BR, beneficiando-se posteriormente dos dividendos gerados por tal nomeação.

#BR Distribuidora #CVM #Petrobras


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Show do Temer

11/01/2018
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O Palácio do Planalto avalia a possibilidade de o presidente Michel Temer conceder uma entrevista a um programa de TV de perfil popular, ainda neste mês, para falar sobre a reforma da Previdência. A emissora mais cotada é o SBT, com maior penetração nas classes B e C. Isso para não falar do manifesto apoio do canal de Silvio Santos à reforma, por meio de seguidos spots em sua programação.

#Michel Temer #SBT #Silvio Santos


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Carro-pipa

11/01/2018
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O governo do Rio trata o aporte de recursos na Prece, fundo de pensão da Cedae, como uma etapa decisiva para realizar a privatização da empresa de saneamento ainda neste semestre. Conforme o RR antecipou em 24 de outubro do ano passado, o próprio governador Pezão pôs pressão para que a estatal cobrisse parte do rombo atuarial da fundação. A Cedae entrará com a metade dos recursos necessários para tampar o dique, da ordem de R$ 470 milhões.

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Por falar em Pezão, o governador do Rio é só lamento com o recuo do governo federal em relação à possível quebra da “regra de ouro”. Pezão se encantou com a ideia de uma emenda constitucional que isentasse o presidente Michel Temer de crime de responsabilidade. O raciocínio do governador era sucinto: se valeria para o governo federal valeria para ele também.

#Cedae #Luiz Fernando Pezão #Michel Temer


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A cartilha de Levy

9/01/2018
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O documento encomendado pelo ex-ministro da Fazenda Joaquim Levy ao Banco Mundial, que criou celeuma por sugerir uma dura “agenda liberal” para o país cumprir a PEC do Teto, está sendo usado a torto e a direito pela assessoria de Lula. Como se sabe, o ex presidente prometeu que seu governo será disciplinado do ponto de vista fiscal. Mas, não quer apenas repetir Michel Temer e Henrique Meirelles. Pretende buscar ideias novas de diversas origens. O documento do Banco Mundial é abundante em propostas para o equilíbrio das contas públicas. E grande parte delas extingue com benefícios dos, digamos assim, endinheirados do país. No mesmo documento, há uma proposta detalhada para a adoção do imposto de renda negativa, entenda-se como uma política de renda mínima para todos os brasileiros.

#Joaquim Levy #Lula #PEC do Teto


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Eunício para todas as circunstâncias

2/01/2018
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Pragmático, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, atira para todos os lados. No Ceará, tem participado de um número  cada vez maior de eventos públicos ao lado do governador Camilo Santana (PT) e, não raramente, rasga elogios a Lula; quando volta para Brasília, faz juras de lealdade ao presidente Michel Temer.

#Eunício de Oliveira #Lula #PT


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Queixume

2/01/2018
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Paulo Skaf tem falado poucas e boas do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. Em seus comentários mais suaves, diz que é um “absurdo” que a maior entidade empresarial do país, a “sua” Fiesp, não tenha sido consultada sobre a privatização da Eletrobras. Sobre o presidente Michel Temer, amigo, correligionário e grande entusiasta da sua candidatura ao governo de São Paulo, nenhuma palavra.

#Eletrobras #Fernando Coelho Fillho #Fiesp #Paulo Skaf


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“Furo certo” é o candidato do RR para 2018

29/12/2017
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No 12 de maio, quando ainda vigorava a projeção de R$ 139 bilhões, o Relatório Reservado informou que o déficit primário em 2017 ficaria acima dos R$ 154 bilhões do ano passado. Bingo! Deu R$ 159 bilhões na cabeça. Esta foi uma das mais reveladoras bolas de cristal do RR no ano. Ao longo de 2017, a newsletter deu, em primeira mão, 2.582 informações; citou 298 corporações dos mais diversos setores, mencionou 1.122 personagens centrais na cena brasileira, entre dirigentes empresariais, políticos e autoridades. Os oráculos do RR estão sempre em alerta!

Ao longo do ano, o RR antecipou várias das fórmulas que compuseram o receituário de Michel Temer e Henrique Meirelles, seja entre medidas efetivamente adotadas, seja entre propostas que não saíram do papel: da segunda perna da repatriação à securitização de imóveis e outros ativos da União, passando pelo uso de precatórios – leia-se depósitos judiciais não sacados pelos credores há mais de dois anos – para o equilíbrio fiscal. O RR foi também a primeira publicação a revelar, em 21 de fevereiro, a disposição do presidente Temer em extinguir a Reserva Nacional do Cobre (Renca). Temer assinou embaixo o furo do RR, só que a lápis: anunciou o fim da Renca, mas não suportou as manifestações contrárias e voltou atrás em sua decisão.

Por falar em sístoles e diástoles presidenciais, em 16 de janeiro o RR informou que Michel Temer empurraria para seu sucessor a reforma da Previdência dos militares. Aliás, em algumas ocasiões ao longo de 2017, as Forças Armadas, notadamente o Exército, foram empurradas, por “aproximações sucessivas”, para o centro das crepitações político-institucionais. A Corporação, no entanto, não arredou um só milímetro do seu ponto de equilíbrio muito em função da capacidade de liderança do Comandante Eduardo Villas Bôas, não obstante suas notórias limitações decorrentes de uma doença degenerativa – informação, aliás, divulgada com exclusividade pelo RR em 13 de março.

A Lava Jato parece ter entrado em processo de fade out. Ainda assim, em 2017, o RR perscrutou os passos de seus principais protagonistas. O reino de crimes de Sérgio Cabral foi virado e revirado pelo Ministério Público, pelo Judiciário e pelas fontes da publicação. Em 1 de fevereiro, a newsletter antecipou a investida da Lava Jato e de sua consorte Calicute sobre Regis Fichtner, secretário da Casa Civil durante do governo Cabral. No dia 20 do mesmo mês, o Relatório noticiou que o MPF exumava os benefícios fiscais concedidos em sua gestão. Em 23 de outubro informou que o ex-secretário de Saúde do Rio Sergio Cortes havia revelado aos procuradores um esquema para a compra de vacinas, medicamentos e próteses, o que viria a ser amplamente divulgado pela mídia na primeira semana de novembro.

No noticiário corporativo, a publicação antecipou, em 20 de fevereiro, uma das maiores operações de M&A do país em 2017 – e, convenhamos, não foram muitas: a venda da Votorantim Siderurgia para a ArcelorMittal. A negociação seria oficialmente anunciada três dias depois. Ainda em fevereiro, o RR informou que a área de refino também entraria no plano de desmobilização de ativos da Petrobras, decisão confirmada pelo presidente da estatal, Pedro Parente, em abril. A newsletter revelou também o cheiro do ralo da AmBev: na edição de 18 de janeiro, trouxe à tona o relatório, àquela altura inédito, do analista do HSBC Carlos Laboy, listando 15 graves problemas da cervejeira: do uso de caixas sujas com odor de cerveja podre no assoalho à falta de uma estratégia para as bebidas alcoólicas.

A fama de “pé sujo” custou muito em marketing e propaganda para a empresa de Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles. Da economia real para a “virtualíssima”, o RR acertou em cheio, mais uma vez, na edição de 15 de setembro, quando informou que o BC e a CVM haviam criado grupos de  trabalho para acompanhar o crescimento do mercado de bitcoins no país. Ao apagar das luzes de 2017, só para não variar, mais um furo se consuma: a venda da Unidas à Locamerica, noticiada em junho. Por fim, um furo de reportagem, que vale mais pela admiração da newsletter em relação ao personagem: em 27 de janeiro, o RR informou sobre o lançamento da biografia do então presidente do Conselho do Bradesco, Lázaro Brandão.

#Henrique Meirelles #Jorge Paulo Lemann #Michel Temer #Pedro Parente


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Michel Jekyll and Temer Hyde

29/12/2017
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Michel Temer fecha o ano e seus primeiros 18 meses de mandato com 82 Medidas Provisórias editadas. Quanta diferença do Temer presidente para o Temer parlamentar. Quando era presidente da Câmara, o “constitucionalista” era um crítico ferrenho do expediente das MPs e dizia que o Executivo não podia atropelar o Legislativo. Eram outros tempos.

#Michel Temer


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Tela quente

29/12/2017
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Tema certo na grade de programação de Silvio Santos e Edir Macedo para 2018: voltar à carga sobre Michel Temer para aumentar o limite de participação do capital estrangeiro em emissoras de TV. O Homem do Baú acredita ter crédito na “casa”, dado o desmedido apoio do SBT à reforma da Previdência.

#Edir Macedo #Michel Temer #SBT #Silvio Santos


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Um governador em busca de cacife

28/12/2017
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Paulo Hartung, que esteve com meio corpo fora do rebatizado MDB, agora calcula as análises combinatórias possíveis para voar mais alto dentro do próprio partido. Hartung tem estimulado aliados a usar seu nome como um curinga no tabuleiro de 2018. O governador capixaba é “vendido” como um candidato a vice de Geraldo Alckmin, em uma eventual aliança com o PSDB, ou de Henrique Meirelles, caso Michel Temer resolva apoiar seu ministro da Fazenda. Hartung, por ora, é uma bala que ricocheteia nas paredes do MDB sem acertar alvo algum. Nos últimos meses, negociou sua transferência para o DEM e o PSDB; conversou com Joaquim Barbosa sobre uma eventual dobradinha no PSB; e tricotou com Luciano Huck e Armínio Fraga. Só faltou propor uma chapa tríplice com Trump e Macron.

#Geraldo Alckmin #Henrique Meirelles #Paulo Hartung #PSDB


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Pax brasiliense

26/12/2017
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Ficou tudo bem no Natal de Michel Temer e Henrique Meirelles depois da entrevista “espontânea” do ministro da Fazenda atribuindo a excessos editoriais o teor do programa do PSD exibido no último dia 21 de dezembro. Conforme antecipou o RR na edição de 18 de dezembro, o filmete foi uma rasgação de seda a Meirelles, dando a ele todo o mérito pela retomada da economia.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PSD


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Força redobrada

26/12/2017
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O advogado José Yunes, amigo figadal de Michel Temer, voltou com força redobrada a conduzir assuntos de interesse do Palácio do Planalto.

#José Yunes #Michel Temer


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Temer fará blitzkrieg para vender concessões no exterior

22/12/2017
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Michel Temer vai passar boa parte do primeiro semestre de 2018 vestindo o figurino de garoto-propaganda do PPI – Programa de Parcerias de Investimentos. O Palácio do Planalto e o Itamaraty estão montando uma agenda de viagens para Temer e seus ministros venderem os leilões de concessão previstos para o ano que vem. Segundo o RR apurou, um tour já está acertado: a partir de 18 de junho, o presidente visitará cinco países da Ásia, a começar pelo Vietnã.

Parte desse roteiro seria percorrida em janeiro, mas a viagem foi cancelada por conta dos recentes problemas de saúde de Temer. O governo está costurando também uma caravana a países árabes, notadamente os Emirados, ainda para o primeiro trimestre de 2018. O alvo são os trilhardários fundos soberanos da região, alguns deles já presentes no Brasil, caso do Mubadala, de Abu Dhabi. A Rússia é outro destino cogitado no governo, por conta das empresas locais dispostas a investir no Brasil, sobretudo no setor ferroviário. Todo esse roteiro, claro, dependerá da saúde de Michel Temer e da sua disponibilidade de agenda – uma eventual campanha eleitoral lhe tomará tempo e energia.

De toda a forma, seu empenho pessoal em fisgar investidores é proporcional ao peso do PPI para o cumprimento da meta fiscal de 2018. Os leilões de infraestrutura ganharam ainda mais importância com a nova leva de receitas frustradas – leia-se a não tributação dos fundos de investimento e a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, suspendendo artigos da MP que adiavam por um ano o reajuste do funcionalismo federal e aumentavam a contribuição previdenciária de servidores com salários acima de R$ 5,5 mil. As duas traulitadas significam a evaporação de R$ 21 bilhões em arrecadação projetada para 2018. As concessões, com receita prevista de R$ 20 bilhões, deixariam tudo elas por elas.

#Michel Temer


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Ou vai ou racha

22/12/2017
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Logo após o período de festas, Michel Temer vai convocar um encontro com os governadores e jogar pesado em busca de apoio à reforma da Previdência. O tom da conversa será “Ou vai ou racha”.

#Michel Temer


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Sondagem revela que Lula tem o maior número de empresários fiéis; Bolsonaro passa em branco

20/12/2017
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Lula, por mais paradoxal que possa parecer, é o candidato vinculado ao maior número de nomes do empresariado. Por sua vez, Jair Bolsonaro está no extremo oposto: não consta sua ligação com os donos das grandes corporações privadas. Estas são algumas das constatações da sondagem realizada pelo Relatório Reservado junto a uma parcela da sua base de assinantes – no total, 128 pessoas, predominantemente empresários, executivos, analistas de mercado e advogados, entre outros. A verificação ocorreu entre 12 e 15 de dezembro. O RR indagou: “Quais são os empresários mais identificados com os seguintes pré-candidatos à Presidência da República?”

O levantamento indicou que há uma razoável confusão na vinculação entre empresário e presidenciável, dado o elevado grau de dispersão, a associação dos mesmos nomes a diferentes postulantes ou mesmo a ausências de indicações – na média entre todos os candidatos, 37% dos assinantes não souberam responder. O RR citará apenas as três primeiras colocações, quando houver. Ressalte-se ainda que os votos conferidos a empresários réus ou condenados na Lava Jato não foram contabilizados, devido a sua natureza eminentemente de ataque à imagem do candidato. Lula foi quem teve o maior número de empresários mencionados, 23. Segundo os consultados, Josué Gomes da Silva é o mais associado ao petista, com 7%. Certamente, a ligação entre o ex-presidente e o pai de Josué, José de Alencar, seu vice por oito anos, impulsionou as respostas.

A seguir, Jorge Gerdau, Katia Abreu, Luiza Helena Trajano e Walfrido Mares Guia, ministro do governo Lula, empatados com 4%. No terceiro lugar, com 2%, aparecem David Feffer e Armando Monteiro, ex-presidente da CNI. O oposto de Lula é Bolsonaro. Talvez o resultado que mais chama a atenção na sondagem, nenhum dos entrevistados conseguiu citar um empresário próximo ao candidato representante da extrema direita. Assim como a inexistência de identificação com um pensamento econômico, esta é outra lacuna de Bolsonaro. Ciro Gomes não chega a ter uma falta de aderência tão radical, mas também ficou clara a dificuldade dos assinantes do RR em apontar empresários ligados ao pré-candidato do PDT. Só dois nomes foram citados, por 5% e 3%, respectivamente, dos consultados: o de Carlos Jereissati, dono do Iguatemi, e o do presidente da CSN, Benjamin Steinbruch.

Certamente, a lembrança do empresário cearense foi motivada pela relação histórica de Ciro com Tasso Jereissati, irmão de Carlos. Já Benjamin até recentemente era patrão de Ciro. Segundo os entrevistados, os empresários mais identificados com Geraldo Alckmin são Roberto Setubal e Jorge Gerdau, empatados com 6%. Com 3% dos votos, vieram Abílio Diniz, Rubens Ometto e Beto Sicupira. Juntos, no terceiro lugar, com 1%, Nizan Guanaes, o presidente da Anavea, Antonio Megale, e o presidente da Fecomercio-SP, Abram Szajman. No caso de Marina Silva, deu o óbvio. Para 11%, Neca Setubal, herdeira do Itaú e fiel aliada, é a empresária com o maior grau de aderência a Marina. Em seguida, Guilherme Leal, da Natura, e Artur Grynbaum, do Boticário.

Candidato a vice na chapa de Marina em 2010, Leal foi lembrado por 7%. Grynbaum, recebeu 5% das indicações. Os entrevistados apontaram um total de seis nomes associados a Marina. Por fim, o mais “novo” candidato na praça: Michel Temer. Para 14% dos entrevistados, o presidente da Fiesp e correligionário Paulo Skaf é o empresário que apresenta a maior coesão com Temer. Quase que por atração gravitacional, o vice da Fiesp, Benjamin Steinbruch, ressurge em outra extremidade, chamado de “temerista” por 7% dos consultados. Jorge Gerdau, uma espécie de “PMDB do empresariado”, foi novamente citado, empatado com o ministro Blairo Maggi, ambos com 5%. Temer foi associado diretamente a 10 empresários. À exceção de Marina, Ciro e, obviamente, Bolsonaro, todos os demais candidatos foram vinculados a dirigentes condenados ou investigados na Lava Jato.

#Jair Bolsonaro #Lula


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Laços de família

20/12/2017
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Uma das primeiras missões de Carlos Marun como ministro da Articulação Política será “acalmar” o clã Vieira Lima – Geddel, Lucio e, sobretudo, a matriarca, Marluce, que promete não deixar pedra sobre pedra se Michel Temer abandonar seus rebentos.

#Geddel Vieira Lima #Michel Temer


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Joaquim vs. Gilmar

19/12/2017
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Joaquim Barbosa ainda não decidiu se vai ou não encarar as urnas, mas, se o fizer, deve-se esperar por acalorados embates públicos com o ex-colega de STF e notório desafeto Gilmar Mendes. Em recente conversa com parlamentares do PSB, partido que o corteja, Barbosa desancou a proposta do “semipresidencialismo”, bandeira hasteada por Michel Temer e, sobretudo, por Mendes. O ex ministro do Supremo chamou de casuísmo para baixo a ideia de se mexer nas regras do jogo e ceifar o poder presidencial às vésperas de 2018. Os presentes saíram do encontro convictos de que estavam diante de um candidato à Presidência da República.

#Gilmar Mendes #Joaquim Barbosa


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Sub judice

18/12/2017
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Além do cancelamento da viagem à Ásia, a presença de Michel Temer no Fórum Mundial de Davos, em janeiro, também está sub judice por questões de ordem médica.

#Michel Temer


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Temer deixa Meirelles livre e solto

18/12/2017
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O roteiro do programa eleitoral do PSD, que será exibido no próximo dia 21 e protagonizado pelo ministro Henrique Meirelles, causou trepidações no Palácio do Planalto. De acordo com informações que chegaram aos ministros palacianos, em uma de suas falas, Meirelles se apresenta como o grande responsável pelo ajuste econômico do governo Temer – ainda não se sabe se o trecho será usado na edição final. A princípio, a corte de intriguentos tentou convencer Temer de que a situação era mais séria e Meirelles merecia uma chamada às falas. O presidente, no entanto, não se deixou levar pelo ofidiário palaciano. Considerou que o episódio não passava de mais uma derrapada do ministro, empurrado pelo seu monumental ego. Mesmo porque não é hora de se indispor com o presidenciável Meirelles. O jogo das parcerias ainda está longe de ser resolvido.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PSD


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Voto em bloco

18/12/2017
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O senador Ciro Nogueira, presidente do PP, dá como certo que 35 dos 46 deputados do partido votarão a favor da reforma da Providência. E garantiu ao presidente Michel Temer que, até fevereiro, esse número passará dos 40 parlamentares.

#Michel Temer #Reforma da Previdência


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Quem dá mais pela candidatura de Henrique Meirelles?

15/12/2017
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Mesmo antes de decidir se será pré-candidato à presidência e por qual partido disputaria as eleições, Henrique Meirelles vem sendo cortejado por todos os principais concorrentes de direita e centro-direita. Em várias das vezes a sedução é para que Meirelles assuma os dois cargos ao mesmo tempo: vice-presidência e Ministério da Fazenda. O ex-banqueiro é multiuso. O presidente Michel Temer, com o ar de distanciamento brechtiano, tratou da sua hipotética candidatura sondando en passant seu ministro. Repetiriam a dobradinha, que tanto tem encantado o empresariado.

Meirelles continuaria com seu papel de âncora fiscal e inflacionária. Mas subiria um degrau: seria o vice-presidente. Tudo depende da aprovação da reforma da Previdência, é claro. O candidato Jair Bolsonaro, que está apalavrado com o economista Paulo Guedes para o Ministério da Fazenda, tem em Meirelles o seu ideal de vice-presidente. Com ele, atrairia eleitores do centro-direita que duvidam do preparo do candidato e seus quadros, assim como do seu comprometimento com um programa liberal. Meirelles opera como se fosse uma hidra, com seus tentáculos espalhados pelo mercado financeiro internacional, e empresta cosmopolitismo a candidatos suburbanos. Ele já tem sua base aliada no Congresso. E se preciso for tem interlocução até com a outra extrema, o PT.

Bolsonaro o usaria como garantia da sua agenda liberal. Meirelles assumiria a posição de uma espécie de chairman do Ministério da Fazenda. O governador Geraldo Alckmin, candidatíssimo à Presidência, por sua vez, faz suas conjecturas sobre Meirelles vir a comandar o Novo Plano Real, proposta símbolo da sua campanha- ver RR edição de 6 de dezembro. Não haveria restrições para que ele acumulasse a vice-presidência caso fosse essa a exigência. Mas, como se disse, por enquanto são só conjecturas. Finalmente, o deputado Rodrigo Maia, cuja candidatura é a mais encruada, vê em Henrique Meirelles alguém que agregue uma dimensão maior a sua pretensão política.

Por enquanto, Maia é candidato dele mesmo e da sua trupe no Congresso. Se o ministro da Fazenda topasse ser vice, a sua postulação ganharia peso político e a mensagem de um ideário nítido. Para tudo e para todos, é preciso que Meirelles abdique da sua intenção presidencial. O deadline é dia 6 de abril. O ministro só assume a candidatura se a economia estiver voando em céu de brigadeiro. Caso contrário, estará na prateleira à disposição para ofertas. Quem dá mais? Quem dá mais?

#Henrique Meirelles #Jair Bolsonaro #Michel Temer


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Itamar

15/12/2017
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Em conversa com um amigo muito próximo, o presidente Michel Temer fez uma curiosa “confissão”: disse que não seria “má ideia” ocupar uma Embaixada na Europa caso não esteja no Palácio do Planalto em 2019.

#Michel Temer


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Propaganda da ameaça divide Palácio do Planalto e aliados

13/12/2017
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A corrida pela aprovação da reforma da Previdência está cindindo o Palácio do Planalto e parte dos líderes da base aliada. O principal ponto de fissura é a dosimetria das ameaças caso o projeto não passe na Câmara. O núcleo duro do governo, constituído pelos ministros Moreira Franco, Eliseu Padilha e Henrique Meirelles, partiu para uma estratégia de amedrontar tanto a opinião publica quanto os parlamentares recalcitrantes, anunciando os suplícios do inferno de Dante.

O ministro da Fazenda, por exemplo, declarou que vai cortar salários e benefícios de pessoas aposentadas. Por sua vez, o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, ventríloquo de Moreira Franco em questões políticas, afirmou que cada cidadão perderá R$ 4,5 mil de renda em três anos se a reforma não for aprovada. Do lado da base aliada, há restrições ao tom crescente da propaganda das retaliações. O próprio presidente da Câmara, Rodrigo Maia, acha que a estratégia pode ser uma faca de dois gumes. Por um lado, obriga o governo a cumprir em ano eleitoral as barbaridades que está prometendo; por outro, afasta parlamentares pró-reforma que não querem ser associados ao elenco de malefícios programados.

Há, inclusive, um componente de farsa em todo o discurso, na medida em que a reforma pode não ser aprovada, o governo pode não castigar a sociedade e o ônus das mudanças estruturais pode simplesmente ser repassado para o próximo presidente, que deterá condições políticas mais propícias para tomar as inevitáveis medidas. O maior divisor de águas entre os grupos reformistas é a inclusão da mudança da política do salário mínimo no rol das ameaças. O tempo para que isso aconteça não acaba no próximo dia 18, pois o governo já trabalha com a hipótese de votação em fevereiro.

E o que diz Michel Temer disso tudo? O presidente parece concordar com os mais moderados e seguir as recomendações do seu marqueteiro, Elcinho Mouco, favorável à adoção de uma campanha de publicidade mais intensa, porém menos carregada de promessas punitivas. Contudo, a despeito do que pensa Temer, o medo já ganhou as ruas. Para o bem ou para mal.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #Reforma da Previdência


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Em peso

12/12/2017
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José Sarney já deu a palavra ao presidente Michel Temer que a sua “bancada” vai votar em peso a favor da reforma da Previdência.

#José Sarney #Michel Temer


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Debate eleitoral promete quebrar o tabu sobre as reservas cambiais

12/12/2017
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O uso de reservas cambiais para aditivar os investimentos e melhorar a situação fiscal, medida que já foi classificada como uma panaceia das esquerdas, será trazida para o centro do debate em 2018. De acordo com a mais recente edição de Insight-Prospectiva, boletim informativo da Insight Comunicação distribuído aos assinantes no último dia 5, Lula tem esmiuçado o assunto com os economistas do PT, tais como Nelson Barbosa, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e Ricardo Carneiro. Duas propostas são lapidadas.

A primeira passaria pelo BNDES e envolveria um encontro de contas. Banco Central e Tesouro, por meio das devidas transferências, capitalizariam a agência de fomento, de forma que ela não precisasse devolver os R$ 130 bilhões de empréstimos para cumprir a chamada “regra de ouro” – norma que proíbe o financiamento dos gastos de custeio do governo por intermédio da emissão de títulos públicos. Como o país carrega US$ 380 bilhões em reservas, o uso de US$ 50 bilhões do lastro cambial capitalizaria o BNDES acima dos 100% do que ele está escalado para devolver.

Uma das formas para a execução dessa operação seria por meio de recebíveis da disponibilidade do Tesouro Nacional depositadas em sua conta única no Banco Central. De janeiro a novembro, essa fonte, que somente está sendo utilizada para o gasto de despesas de custeio, financiou despesas de R$ 92,2 bilhões. Desde 2014, a conta única cresceu R$ 433 bilhões. A explicação seria a política de câmbio combinada com o alto valor das reservas.

No presente, essa fonte de financiamento está sendo utilizada pelo governo para evitar que ele quebre a “regra de ouro” e seja decretado como incapacitado. O saldo dessas tecnicalidades é que o BNDES teria mais recursos para fazer políticas proativas de fomento. Outro caminho cogitado nas conversas entre Lula e os economistas do PT envolveria o aumento do crédito interno por intermédio do Banco Central, medida, por sinal, que tem defensores fora das hostes petistas, caso do sócio da consultoria Tendências, Nathan Blanche. Nesta hipótese, o BC abriria linhas de crédito aos bancos públicos e privados, com base nas reservas.

As instituições financeiras, por sua vez, ofertariam os recursos às empresas para investimentos em concessões, privatizações ou mesmo greenfield. O BC teria uma remuneração maior para as reservas do que a obtida com o investimento em ativos no exterior – quase a totalidade do lastro cambial do país. E se o BC transferisse recursos das reservas diretamente para o BNDES, substituindo os aportes de recursos feitos pelo Tesouro, essa operação também teria o efeito líquido de rebaixar a dívida bruta.

Para Lula, empunhar a bandeira do uso das reservas cambiais traria um paradoxo que nenhum outro candidato precisaria enfrentar. A proposta exigiria do petista um contrapeso, com o anúncio de medidas conservadoras. Diminuir as reservas cambiais em um ambiente de insegurança internacional pediria um discurso antagônico à agenda de desconstrução das reformas liberais do governo de Michel Temer. Trata-se do corner imposto por Temer, sua maldição a quem se afastar demais da sua agenda.

#Banco Central #BNDES #Lula #PT


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Caça-voto

11/12/2017
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Geraldo Alckmin comprometeu-se com o presidente Michel Temer que, a partir de hoje, vai procurar os 43 deputados federais tucanos para catequizá-los a favor da reforma da Previdência.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Tucanagens

8/12/2017
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A presença de Aloysio Nunes Ferreira na convenção do PSDB, amanhã, é motivo de preocupação no partido. O temor é que o fiel ministro das Relações Exteriores faça um veemente e constrangedor discurso de apoio a Michel Temer.

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Mesmo aos frangalhos, Aécio Neves tentará emplacar dois aliados na direção nacional do PSDB: o senador Antonio Anastasia e o deputado Marcus Pestana.

#Aloysio Nunes Ferreira #Michel Temer #PSDB


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Citic Group planta múltiplas sementes no Brasil

7/12/2017
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A compra da divisão de sementes da Dow Chemical, por US$ 1,1 bilhão, é apenas o primeiro orvalho da manhã. O Citic Group – colosso estatal chinês com mais de US$ 1 trilhão em ativos – tem planos de montar uma grande operação integrada no agronegócio brasileiro. O projeto envolveria produção e comercialização de grãos, compra de terras e investimentos em infraestrutura atrelados ao escoamento de commodities agrícolas. Os aportes viriam na esteira dos acordos bilaterais assinados no ano passado entre o presidente Michel Temer e o líder chinês, Xi Jinping. No governo, há a expectativa, inclusive, de que parte projetos do Citic Group venha a ser anunciada em janeiro, aproveitando a passagem da comitiva de Temer pela Ásia, notadamente do ministro da Agricultura, Blairo Maggi. Antes de marchar para o Fórum Econômico Mundial, em Davos, ressalte-se, o presidente fará um tour por Indonésia, Cingapura e Vietnã. O Citic Group tem alguns negócios isolados no país, onde chegou em 2011. Produz equipamentos para o setor de óleo e gás e a indústria siderúrgica. Seu investimento mais agudo está na área de mineração. O Citic integra o consórcio de investidores chineses que detém 15% da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), da família Moreira Salles, responsável por quase 80% da produção mundial de nióbio.

#Citic Group


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Avançar rumo a 2018

6/12/2017
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Na esteira do Programa “Agora, é Avançar”, Michel Temer vai fechar o ano com uma intensa agenda de eventos públicos. Nos próximos dias, o presidente irá ao Rio para inaugurar obras do VLT. Até o Natal estão previstas também viagens ao Rio Grande do Norte, Maranhão e ao Norte do estado do Rio para a entrega de uma nova fornada de imóveis do Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Ainda não está definido se Henrique Meirelles o acompanhará, a exemplo do que fez recentemente em inaugurações do MCMV em São Paulo, ou se o protagonismo será todinho de Temer.

#Michel Temer #Minha casa #Minha Casa Minha Vida


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Temer 5%

4/12/2017
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O staff de Michel Temer trabalha com uma meta informal caso o presidente decida disputar a reeleição: chegar a abril com 5% nas pesquisas. Elsinho Mouco, marqueteiro de Temer, considera que este é o número mágico para colocá-lo no jogo a partir do segundo semestre.

#Michel Temer


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Economia é o cacife eleitoral de Temer para 2018

1/12/2017
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O presidente Michel Temer está se autocoroando como peça central da eleição de 2018. Ou para ser mais preciso: de vetor decisivo na campanha para impedir o “Lula lá”. Temer tem certeza de que será um cabo eleitoral fortíssimo, esgrimindo a caneta mais cheia de tinta da República. Acha que tem bons candidatos em cada uma das mãos, ou seja, Rodrigo Maia e Henrique Meirelles – com preferência para este último, mais identificado com sua gestão. E arrisca afirmar que estão germinando as condições para a sua reeleição, uma hipótese implausível até então. Ou seja: Temer estaria em todas. Mas como pode um presidente com uma popularidade de somente 3% almejar a manutenção do cargo?

Os entusiastas do “Fica Temer” acreditam que os bons resultados da política econômica ainda não foram percebidos pela população. Os preços caíram tremendamente, mas é preciso uma permanência mais longa nesse patamar para que os consumidores acreditem que eles estão sob controle. A equipe econômica acredita que os juros mais baixos da Selic surtirão efeito maior sobre a economia por volta de março. É a inércia sempre aludida pelos monetaristas. Os laboratoristas eleitorais do Planalto, por sua vez, acreditam que a taxa de ocupação terá uma alta progressiva durante todo o ano de 2018.

O target dos“temeristas” seria um desemprego na faixa de 10%, gatilho para o lançamento da sua candidatura. Para efeito do discurso eleitoral, o presidente teria vencido todos os principais inimigos da economia popular – inflação, juros e desemprego –, herança do lulopetismo. O segundo round seria costurar uma grande aliança com o DEM e os partidos fisiológicos da sua base aliada, parte mais fácil da empreitada.

Nas contas dos “temeristas”, conforme divulgado na imprensa, se o presidente chegar a 12% do eleitorado em meados do próximo ano, dá para entrar firme no certame. A claque de Temer também desconsidera os problemas do presidente com a Lava Jato. Os adversários também estão no mesmo barco.

Pesa ainda uma pesquisa recente que revela o pouco caso do eleitor com a pecha de corrupto dos políticos. “Afinal, qual deles não é?”, seria a conclusão da sondagem. Para os lulistas e tucanos, esse desfecho, com a glorificação de Michel Temer, é uma obra de Stephen King, na qual haveria mais desejo do que inspiração na realidade. De qualquer forma, a despolarização da contenda clássica PT versus PSDB pode vir a ser a grande novidade da disputa presidencial, com uma inesperada vitória do patrimonialismo hiperprofissional pela via do voto democrático.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Rodrigo Maia


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Operação água fria

1/12/2017
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A poucos dias da convenção do PSDB, o Palácio do Planalto fará uma cruzada neste fim de semana na tentativa de garimpar votos tucanos para a reforma da Previdência. O próprio Michel Temer tem um encontro marcado com Geraldo Alckmin amanhã, em São Paulo, para tratar do tema.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer #PSDB


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Meu apartamento, minha vida

27/11/2017
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Um exemplo prosaico da natureza política no Brasil. Quase todos os ministros de Michel Temer com mandato no Legislativo abriram mão do direito de morar nas mansões do Lago Sul reservadas ao primeiro escalão federal. Sinal de desprendimento ou zelo pelo gasto público? Não é o caso. Como a maioria vai deixar o Ministério em abril e reassumir seus mandatos, os parlamentares optaram por seguir em seus apartamentos funcionais do Congresso. Caso contrário, ao deixar o Ministério e retornar à Casa, teriam de entrar no fim da fila de espera por um imóvel, pegando as piores unidades. Os melhores apartamentos são disputados a tapa por deputados e senadores.

#Michel Temer


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Os homens do presidente

23/11/2017
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José Marcio Camargo, Marcos Lisboa, Samuel Pessoa… O presidente Michel Temer, ao que parece, vai revelando devagarinho o perfil da equipe econômica em um hipotético segundo mandato. O trio deu expediente ontem no Palácio da Alvorada. Por enquanto, tudo parece absurdo. A ver.

#Michel Temer


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Chineses investem US$ 1 bi no agronegócio brasileiro

22/11/2017
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Os acordos firmados pelo presidente Michel Temer durante sua visita à China, em setembro, começam a deixar o campo da pirotecnia das relações bilaterais para dar seus primeiros resultados práticos. Segundo informações filtradas do Ministério da Agricultura, autoridades chinesas são aguardadas no Brasil no início de 2018 para anunciar uma série de projetos agropecuários, notadamente no Centro-Oeste e no sul do Pará. A expectativa é que os investimentos passem de US$ 1 bilhão. A maior parcela destes recursos virá do China-LAC Cooperation Fund. Neste caso, as tratativas já estão ocorrendo com alguma velocidade. Em viagem à Ásia há duas semanas, o governador do Mato Grosso, Pedro Taques, se reuniu com a direção do fundo para alinhavar investimentos no estado. Em contrapartida, segundo o RR apurou, desde o mês passado, representantes do fundo têm visitado cidades do Centro-Oeste. Estiveram também em uma das maiores cooperativas agrícolas da região.

#Michel Temer #Ministério da Agricultura


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Cadeira cativa

22/11/2017
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Em conversa com o presidente Michel Temer no último fim de semana, Gilberto Kassab praticamente assegurou sua permanência no Ministério da Ciência e Tecnologia até abril. Era tudo que Kassab queria.

#Gilberto Kassab #Michel Temer


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Lula deixa o mercado com os nervos à flor da pele

17/11/2017
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Dirigentes do mercado financeiro estiveram, ontem (16/11), à beira de um ataque de nervos. O motivo foram os rumores de que Lula daria uma entrevista anunciando a espinha dorsal do seu programa econômico: anular todas as reformas realizadas pelo governo de Michel Temer, a exemplo da trabalhista e da PEC do Teto. O ex-presidente já arranhou o
assunto antes, mas um pronunciamento formal seria bem diferente de declarações a esmo.

O aumento da tensão não se refletiu no prêmio de risco dos ativos. No entanto, a verdade é que a temperatura vem subindo nas últimas duas semanas com a crescente probabilidade de Lula vir a se candidatar. As mesas de operações, que o consideravam alijado das eleições, trabalham principalmente com a hipótese de ele ser condenado em segunda instância, mas obter uma liminar no STF, o que garantiria, mesmo na condição de réu, sua presença no certame. O ex-diretor de política monetária do BC, Luiz Fernando Figueiredo, resume o sentimento: “Voltamos a dançar na borda do abismo”. O “fator Lula” pode não provocar a histeria de 2002. Mas incomodam as evidências de que a “margem de reconciliação” do ex-presidente com os mercados está se tornando mais estreita.

Lula não emitiu nenhuma mensagem ao empresariado. A ausência de comunicação tem preocupado, sobretudo, ao mercado financeiro, que enxerga o risco das agências de rating rebaixarem o Brasil. Ao contrário do primeiro mandato, o recurso a uma nova “Carta ao Povo Brasileiro” é descartado pelo próprio Lula, segundo apurou o RR. A interpretação é que o expediente seria considerado uma fraude.

Lula também tem pouca “gordura” de onde tirar o argumento para uma guinada à direita. Em 2002, o dólar estava a R$ 4,20 e dizia-se que o Brasil ia quebrar. Havia espaço para justificar a “Carta”. Hoje, o dólar está a R$ 3,20 e os juros Selic adormecem na faixa de 7,5%. Um cenário econômico bem mais suave do que o da primeira eleição. Também é bem diferente o naipe da sua equipe. Lula tinha Antônio Palocci, à frente, que era sua voz junto ao mercado. Isto para não falar de Henrique Meirelles, cuja presença no BC começou a ser cogitada antes da eleição. Lula agora está só.

Os bancos que lhe deram guarida estão assustados. As empreiteiras são peças fora do tabuleiro. E o empresariado da indústria nacional, atraído pelo vice-presidente José de Alencar, se sobreviveu, está retraído. O pavor é que o ex-presidente não acene com uma distensão até janeiro ou fevereiro. Este período seria a data limite para que as conquistas feitas na inflação, juros e câmbio fossem dinamitadas. O problema, contudo, é o que Lula vai dizer. Hoje é mais provável que nem mesmo ele saiba.

#Lula #Michel Temer


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Ao pé do ouvido

17/11/2017
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No feriado da última quarta-feira, durante voo entre Brasília e São Paulo, Michel Temer conversou bastante com Henrique Meirelles sobre sua candidatura à Presidência da República.

#Henrique Meirelles #Michel Temer


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Lá vem o pato

17/11/2017
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No encontro com Michel Temer no último domingo, fora da agenda oficial da Presidência da República, Paulo Skaf recebeu sinal verde para colocar na rua sua candidatura ao governo de São Paulo em 2018. O caixa da Fiesp que se prepare.

#Michel Temer #Paulo Skaf


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“Caldeirão do Huck” tem espaço de sobra para tucanos

13/11/2017
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A depender do resultado das eleições para a presidência do PSDB, uma fieira de tucanos poderá estrear no “Caldeirão do Huck”. Na última sexta-feira, o apresentador e quase pré-candidato já participava de conversas sobre os despojos da guerra do PSDB. Huck enfraqueceria ainda mais o partido, alistando quadros de prestígio em suas fileiras.

A visão dos “huckistas” é que, mesmo se surgir uma terceira via, entre o grupo de Tasso e o de Aécio, o senador cearense poderia caminhar com seus aliados em direção à candidatura de Huck. O eventual empecilho seria a lealdade com Geraldo Alckmin, que tem se mostrado firme na defesa de que os tucanos saiam do governo Michel Temer. Porém, se o governador de São Paulo continuar patinando nas pesquisas e a candidatura Lula se confirmar, Huck pode ser uma das poucas alternativas para evitar o que para os tucanos seria o maior de todos os desastres.

Alckmin, por sinal, está fazendo seu hedge: na última sexta-feira, esteve na Casa das Garças, no Rio, reduto dos pensadores tucanos que integram a legião pró-Tasso. Por uma dessas ironias do destino, Luciano Huck é um grande amigo de Aécio Neves. No entanto, verdade seja dita, se afastou um pouco do ex-parceiro de noitadas em função do seu envolvimento no noticiário da Lava Jato.

Huck, ainda na linha das curiosidades, costuma se consultar com o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, que era considerado nome certo para o Ministério da Fazenda se Aécio fosse parar na Presidência da República. Fraga ocupa o mesmo posto nos planos de Huck. O que liga a zona norte de Tasso com a zona sul do apresentador é uma miríade de economistas liberais identificados com Armínio Fraga. É a algaravia da política que segue seu rumo.

#Caldeirão do Huck #Luciano Huck #PSDB


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Que hora mais imprópria

13/11/2017
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Espera-se para os próximos dias que o ministro do TSE Luiz Fux apresente a revisão de seu voto no processo que absolveu a chapa Dilma-Temer. É o último rito antes da publicação do acórdão. Nesse momento, então, o PSDB, autor da ação que pede a cassação da chapa, terá de decidir se entra ou não com embargos infringentes. Se não o fizer, o processo contra a chapa – há muito um processo apenas contra Michel Temer – estará encerrado. É o mais provável. A essa altura do campeonato, a quem interessa seguir com esse assunto?

#Michel Temer #PSDB #TSE


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Mais fácil o Paulo Rabello

10/11/2017
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Entre os diversos sopradores no ouvido de Michel Temer, um deles mandou essa: Alain Belda tem o perfil para ser o substituto de Henrique Meirelles, caso ele deixe a Fazenda para disputar a Presidência. Belda é único executivo brasileiro que rivaliza com Meirelles em prestígio internacional. Foi presidente da gigante do alumínio Alcoa. Atualmente, aos 74 anos, desfruta da calmaria da fortuna de centenas de milhões de dólares no escritório da Warburg Pincus, em São Paulo. O RR consultou três fontes que conhecem o mega executivo. A chance de ele ser o Rubens Ricupero de Meirelles é ínfima. Para quem gosta de estatísticas, na média das opiniões, a probabilidade de Belda aceitar a missão ficou em 3%. Na atual circunstância, o percentual pode até ser considerado alto.

#Henrique Meirelles #Michel Temer


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TCU e investidores são dois trens em direção oposta na Norte-Sul

9/11/2017
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A concessão da ferrovia NorteSul, programada para o primeiro trimestre de 2018, transformou-se em um cabo de guerra: de um lado, candidatos ao leilão, a começar pela MRS e pela China Communications Construction Company (CCCC); do outro, uma locomotiva chamada TCU. Os investidores cobram do secretário Geral da Presidência e condutor
do Programa de Parceria de Investimentos (PPI), Moreira Franco, uma redução do valor mínimo de outorga para a licitação do trecho entre Porto Nacional (TO) e Estrela D´Oeste (SP), estimado em aproximadamente R$ 1,5 bilhão. A alegação é que o futuro concessionário terá de arcar com os custos de conclusão das obras não realizadas pela Valec. Segundo o RR apurou, a estimativa é que ainda faltam cerca de R$ 300 milhões para completar o serviço.

Michel Temer faz o que quer com o Congresso, coloca a base aliada no bolso, mas não consegue envergar os órgãos de controle da União. A pressão dos investidores pode até parecer razoável, mas não para o TCU. O Tribunal de Contas já fez chegar ao ministro Moreira Franco que vai barrar qualquer redução no valor de outorga da Norte-Sul, com
o propósito de evitar um prejuízo ainda maior para o erário. O preço mínimo em torno de R$ 1,5 bilhão representa apenas 15% de tudo que a União já gastou na construção do trecho entre Porto Nacional e Estrela D´Oeste, algo em torno de R$ 10 bilhões. Caso o governo achate a cifra, o retorno para os cofres públicos será ainda mais raquítico. Isso para não falar das suspeições de faturamento que cercam a Norte-Sul. Uma das etapas do trecho que será licitado em 2018 tinha, na partida, um custo estimado em R$ 2,7 bilhões. Ao fim dos trabalhos, a conta mais do que
dobrou, chegando a R$ 5,5 bilhões.

#China Communications Construction Company (CCCC) #MRS #Norte-Sul


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Psicólogo do Geddel

9/11/2017
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Eliseu Padilha foi escalado no Planalto para monitorar os humores do instável Geddel Vieira Lima. Se bem que, a essa altura, uma delação a mais ou menos já não faz a menor diferença para Michel Temer.

#Eliseu Padilha #Geddel Vieira Lima #Michel Temer


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Tabelinha de craques

7/11/2017
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Após um longo gelo, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, tem se reaproximado do Palácio do Planalto. O principal responsável por quebrar o iceberg entre o presidente Michel Temer e o cartola é o deputado federal Darcisio Perondi (PMDB-RS). São dois manda-chuvas que compartilham baixa popularidade e presença assídua no noticiário criminal. Del Nero, inclusive, pode ser o primeiro presidente da CBF a não acompanhar uma Copa do Mundo in loco. Ele não põe os pés fora do país desde que seu antecessor, José Maria Marin, foi preso na Suíça pelo FBI.

#CBF #Marco Polo Del Nero


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Forças de insegurança

6/11/2017
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As cotoveladas entre o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o governador Luiz Fernando Pezão não vêm de hoje. Quem acompanhou as tratativas para a atuação da Força Nacional de Segurança no Rio, em julho deste ano, sabe que o santo de um jamais bateu com o do outro. Em certo momento, Torquato recusou-se a enviar mais tropas para o estado alegando não ter verbas para o deslocamento dos agentes. Na ocasião, Pezão teve de recorrer diretamente ao presidente Michel Temer.

#Luiz Fernando Pezão #Michel Temer


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Serpentário

6/11/2017
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Os bastidores do cancelamento da convenção nacional do PMDB dariam para preencher um almanaque da traição. De um lado, Renan Calheiros, que trabalhou junto a diretórios do partido no Nordeste para esvaziar o evento; do outro, Roberto Requião, que guiou o PMDB do Paraná na mesma direção. Para não falar da regional de Santa Catarina, que, como se sabe, liderou um boicote à convenção e um protesto contra o presidente Michel Temer.

#PMDB #Renan Calheiros


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TCU é um caminhão atravessado à frente da “MP das Rodovias”

3/11/2017
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A “MP das Rodovias”, um dos gatilhos legiferantes do governo de Michel Temer, corre o risco de andar 200 metros e parar no acostamento. A ANTT e o Ministério dos Transportes têm se deparado com a resistência das  concessionárias em aderir à proposta, que permite a extensão dos prazos de investimento nas estradas federais privatizadas em 2013 e 2014. O waiver até vem a calhar.

O problema é que a “MP das Rodovias” é vista como um instrumento frágil do ponto de vista legal. O temor das concessionárias é que seus efeitos venham a ser posteriormente derrubados pelos órgãos de controle da União, especialmente o TCU. O receio se reflete no reduzido ibope que a Medida Provisória alcançou. Até o momento, só a Triunfo Participações e a Odebrecht Transport procuraram a agência reguladora para negociar o enquadramento às novas regras.

Outras empresas do setor aptas a aderir à MP, como CCR, Invepar, EcoRodovias e MGO, andam em círculos e postergam a decisão. Ressalte-se que, em setembro, sem muito alarde, a Comissão de Viação e Transportes da Câmara, aprovou a proposta de fiscalização e controle no 94/16. A medida determinou que o Tribunal de Contas da União faça uma auditoria nos contratos de concessão de todas as rodovias federais devido ao elevado índice de obras não realizadas – estima-se que, em média, mais de 80% das obrigações previstas nos editais não tenham sido plenamente cumpridos.

Na visão das empresas do setor, a decisão colide com a própria “MP das Rodovias”. Na prática, o Legislativo deu ainda mais poder ao TCU – se é que ele precisa – para contestar os acordos firmados entre a ANTT e as concessionárias. A MP prevê que o prazo para a conclusão das obras seja estendido em até 14 anos. Como a receita dos operadores será mantida, o waiver pode ser interpretado pelos ministros do Tribunal de Contas como um favorecimento às empresas que participaram dos leilões de 2013 e 2014 em comparação a outras concessionárias.

#ANTT #CCR #Invepar #Michel Temer


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Pé na estrada

1/11/2017
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Revigorado após vencer as duas votações na Câmara dos Deputados, o presidente Michel Temer vai retomar sua agenda internacional. Segundo o RR apurou, Temer fará uma viagem à Ásia em janeiro. A agenda, que ainda está sendo montada pelo Palácio do Planalto e pelo Itamaraty, inclui Singapura, Vietnã e Timor Leste. Depois, Temer seguirá direto para a Suíça, onde participará do Fórum Mundial de Davos, na última semana de janeiro.

#Michel Temer


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Risco de apagões aterroriza o Palácio do Planalto

31/10/2017
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O pavor de Michel Temer deixou de ser fiscal e passou a ser energético. O presidente já não teme mais o impacto político de um eventual racionamento de luz ou de aumento de impostos. O pânico diz respeito a apagões regionais. O nível dos reservatórios está pior do que em 2001, quando houve racionamento. A diferença é que, naquele episódio, o governo FHC, na figura de Pedro Parente, importou e acionou termelétricas que já se encontram desativadas.

O Brasil, por algum estranho recalque, não aprende que precisa ter um parque gerador de backup mais folgado. Desde o final do século passado, a geração hídrica tornou-se uma versão contemporânea do que representaram as secas do Sertão nordestino. Dizia Graciliano, ano sim, ano não, tem seca na Caatinga. As coisas melhoraram no semiárido nordestino e pioraram nos reservatórios das hidrelétricas.

Castigo dos céus: o Brasil onde não faltava energia limpa depende de energia suja, que ainda pode ser insuficiente para evitar o apagão. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, novo darling do Planalto, é o encarregado de dar luz ao Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Ele se reúne todos os dias com as autoridades do setor e reporta-se ao ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Pode não ser um consolo, mas uma coisa os governos aprenderam com as recorrentes crises energéticas: a se comunicar com a população em circunstâncias ameaçadoras. Quem se lembra de 2001 sabe o pânico que ocorria e o desastre que foi a comunicação. Agora é torcer que o “pior ano das barragens” não se traduza em um apagão.

#Eliseu Padilha #Energia elétrica #Michel Temer


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Provisão

31/10/2017
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Eliseu Padilha e Moreira Franco informaram a Henrique Meirelles que a compra de votos da Reforma da Previdência vai sair caro. Na votação do processo contra Michel Temer, cada “sim” dos deputados custou, em média, R$ 5 milhões.

#Eliseu Padilha #Henrique Meirelles #Michel Temer #Moreira Franco


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Árabes na saudade

30/10/2017
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Henrique Meirelles frustrou um grupo de 12 investidores dos Emirados Árabes que têm feito um tour pelo Brasil em busca de projetos no agribusiness. A delegação, reunida sob a placa do Food Security Center, de Abu Dhabi, tinha encontro agendado com o ministro da Fazenda na última quarta-feira. Na Hora H, no entanto, foram recebidos pelo secretário de Política Econômica, Fabio Kanczuc. De fato, não era o melhor dia para bater ponto em Brasília. A votação da denúncia contra Michel Temer empurrou tudo para o segundo plano, até a missão de arrancar alguns milhões de dólares dos árabes.

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Por falar em árabes, agricultura e negócios afins, o Brasil já está vendendo terras por conta. A participação do ministro Blairo Maggi na Sial Oriente Médio, feira mundial do agronegócio programada para dezembro, em Abu Dhabi, terá como um dos focos principais a atração de investidores para a aquisição de propriedades rurais no Brasil. Até lá o governo já espera ter votado no Senado o projeto de lei que libera a área para o capital estrangeiro.

#Blairo Maggi #Henrique Meirelles #Michel Temer


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Troco em espécie

30/10/2017
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A decisão de Geraldo Alckmin de não exonerar seus secretários com mandato parlamentar para que eles pudessem votar com Michel Temer na última quarta-feira causou mal-estar no Palácio do Planalto. A resposta virá sob a forma de cifrões: Alckmin vai ter de padecer para receber a verba federal de aproximadamente R$ 500 milhões para a conclusão das obras do trecho norte do Rodoanel. Temer vai colocar em curso a operação tartaruga para a liberação dos recursos, cujo ritmo pode ir do conta-gotas ao não parando por centavos.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Inmetro sofre um sucateamento sem medidas

27/10/2017
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Não há balança capaz de aferir o vexame internacional que o governo Temer e o Brasil poderão protagonizar em 2018. No próximo ano, boa parte dos mais de 40 laboratórios do Inmetro será submetida à avaliação quadrienal coordenada pelo Bureau International de Poids et Mesures (BIPM). É grande o risco de que o órgão máximo da metrologia mundial constate o colapso do sistema de rastreabilidade dos padrões brasileiros de pesos e medidas e cole o carimbo de “não conformidade” em diversos dos serviços prestados pela estatal.

O Inmetro é hoje uma autarquia abandonada pelo governo e massacrada pela má gestão de uma diretoria cuja maior parcela só está onde está por motivações de ordem política que despertam terríveis suspeições. Segundo um tradicional – e descontente – usuário do Inmetro, com razoável trânsito no instituto, os técnicos estrangeiros enviados por laboratórios dos 58 países que compõem o BIPM encontrarão um cenário desolador: sistemas de controle de temperatura e umidade avariados, falta de condições ambientais adequadas para calibração dos padrões nacionais e instrumentos de medição fora de uso. Dos mais de 3,5 mil serviços prestados pela Inmetro, aproximadamente dois mil estão suspensos.

De acordo com a mesma fonte, no Laboratório de Metrologia Óptica, várias atividades foram paralisadas pela proliferação de fungos nas lentes. O Laboratório de Elétrica tem diversos medidores fora de uso. Mais grave ainda é a situação do Laboratório de Massas, que dá rastreabilidade aos padrões de referência nacionais. Vários serviços de medição tiveram de ser suspensos por conta da elevada umidade no local. Um laboratório marcado pelo selo de “não conformidade” do BIPM perde sua confiabilidade.

Seus serviços e, sobretudo, seus certificados viram algo sem valor, não reconhecidos no mercado internacional, o que teria graves consequências para grandes exportadoras brasileiras. Estas corporações seriam obrigadas a buscar o suporte de rastreabilidade de órgãos de outros países a custos muito altos. Para efeito de comparação, o National Institute of Standards and Technology (NIST), dos Estados Unidos, ou o alemão PTB chegam a cobrar até 30 vezes mais por serviços similares aos realizados pelo Inmetro.

O processo de sucateamento do Inmetro é uma conta de juros compostos. Entram neste cálculo os anos e mais anos de descaso de seguidos governos, potencializados pelos recentes cortes de orçamento na era Temer. A estimativa é que a autarquia arrecade neste ano algo próximo de R$ 1 bilhão com taxas pelos serviços prestados. Em contrapartida, sua dotação orçamentária em 2017 não passa de R$ 400 milhões.

Como se não bastassem as restrições de orçamento, as denúncias contra a gestão do atual presidente, Carlos Augusto de Azevedo, se acumulam. Em julho, a CGU abriu auditoria para apurar irregularidades na contratação de terceirizados. Um dos acordos suspeitos, no valor de R$ 3,3 milhões, tem como contraparte a Cardeal Gestão Empresarial de Serviços, que atua na área de limpeza e manutenção. Fiscais do Inmetro estariam, inclusive, se recusando a assinar contratações de terceirizados por suspeitas de irregularidades – alguns casos, já teriam sido relatados a órgãos internos de controle. Procurado, o Inmetro não se pronunciou até o fechamento desta edição.

#Inmetro #Michel Temer


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Skaf e Marta acertam os ponteiros

27/10/2017
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O PMDB está aparando suas arestas internas para as eleições em São Paulo. Paulo Skaf, pré-candidato ao governo do estado, fechou um acordo com a senadora Marta Suplicy. Ela terá caminho aberto para disputar a reeleição. O grupo político de Skaf chegou exigir as duas candidaturas do partido ao Senado, para usá-las como moeda de troca em possíveis alianças, notadamente com o PSD, de Gilberto Kassab. Desistiu, após se convencer de que o pleito não foi acolhido por Michel Temer, o fiel da balança peemedebista no estado. Desta vez, Temer preferiu adotar uma postura de neutralidade e não interferir na disputa entre Skaf e Marta, que já foram aliados e hoje apenas se toleram.

#Marta Suplicy #Paulo Skaf #PMDB


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Bacará

27/10/2017
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A bancada da roleta tirou a sorte grande. Líder do grupo, o deputado Nelson Marquezelli (PTB) recebeu de Michel Temer a garantia de que o governo apoiará a aprovação do projeto de lei no 186/2014, que prevê a liberação do jogo e a reabertura de cassinos no país. Nada mais justo. Marquezelli prometeu e entregou: a turma da jogatina votou em peso contra o pedido de abertura de processo encaminhado pela PGR.

#Michel Temer #PTB


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Déficit do déficit

26/10/2017
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As prebendas com que Michel Temer mimoseou sua base aliada, no anterior e no atual pedido de investigação criminal, já somam R$ 17 bilhões. O valor inclui emendas parlamentares, anulação de multas, atendimento de pedidos de mudanças de medidas e alteração no prazo de projetos (adiamento do leilão do aeroporto de Congonhas). Um colosso!

#Michel Temer


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A longa rapinagem das Docas pelos santos de pau oco

23/10/2017
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O presidente Michel Temer tornou-se adepto de um antigo pleito do setor de navegação e portos: a profissionalização da gestão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade portuária de Santos. Desde que, é claro, ele faça os cargos centrais da diretoria. Segundo uma fonte do RR, a medida não passa de um subterfúgio para dissimular os desmandos praticados na companhia há quase duas décadas. O atual presidente da autoridade portuária, José Alexi Oliva, tem sentido cada vez mais o círculo fechar em torno da sua gestão.

A empresa tem o nome mencionado em extensos trechos de delações da Lava Jato. Estar hoje no comando da companhia sem abrir inquéritos administrativos é a mesma coisa que ser conivente com as operações pouco ortodoxas do passado. Consultada sobre as mudanças na direção, a Codesp não se pronunciou até o fechamento desta edição. Oliva faz parte de um seleto time de presidentes das Docas feitos sob a influência de Michel Temer: Marcelo Azeredo, Paulo Fernandez Carmo e Wagner Rossi.

O presidente, de acordo com a mesma fonte, quer mudar para que tudo continue como está. Ou seja: pretende deslocar a autoridade portuária e colocar um tampão naquela instância-marítima onde flutuam improbidades de toda ordem. Seu nome já está na boca do sapo, quer dizer do STF, que terá de apreciar o pedido da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, para que seja autorizada investigação sobre as estranhas relações de Temer com a Codesp. Para o RR o assunto é velho, basta ver as edições de 21 e 22 de março de 2016 e 21 de março e 14 de setembro deste ano.

Temer aparece ligado às Docas paulistas em mais de mil citações no Google. Mesmo se fosse só a nata desse creme azedo, ela já seria esclarecedora. Basta ver os balanços da Codesp que, se não revelam repasses de propinas, explicitam estranhos passivos de operações pouco esclarecedoras. Os documentos das diversas administrações da companhia sobre o controle do mesmo grupo de interesse são comprovantes do que não fazer na gestão de uma empresa pública.

Durante esse período, a autoridade portuária não teve gestores independentes. Respondeu a ordens do oligopólio da marinha civil e da oligarquia dos governantes do país. Se forem buscados, não faltarão testemunhos para descortinar a quem serviu a autoridade portuária em Santos. Sobre os nomes das empresas que sofreram extorsão e as que usufruíram do butim, o RR pretende se manter em silêncio.

Eles estão repetidos em diversos e longos trechos nas delações premiadas. São grandes operadoras e políticos supracitados. Os números superam os R$ 3 bilhões. E muitos pagaram e não receberam a contrapartida pelo dinheiro que deram, tendo que engolir calados. Os delitos mais graves estão trancados em um cadeado com trinca de titânio. É mais fácil pressionar Eduardo Cunha para que inclua esses escândalos no seu “Almanaque de delação premiada”. Temer com certeza não dirá nada.

#Codesp #Governo do Estado de São Paulo #Lava Jato #Michel Temer


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Porta de saída

20/10/2017
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Aloysio Nunes Ferreira já acertou com Michel Temer que sairá do Ministério das Relações Exteriores em abril para disputar a reeleição ao Senado. Deixará para trás uma das mais insípidas gestões de um chefe do Itamaraty. Só faz defender Temer.

#Aloysio Nunes Ferreira #Michel Temer


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O Google tem cada uma

19/10/2017
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O presidente Michel Temer é o “garoto propaganda” de José Yunes. Ao menos para os sempre afiados algoritmos do Google. Ao se pesquisar o nome do escritório de Yunes, o site de buscas exibe com destaque à direita da página, em forma de anúncio publicitário, a ficha da firma e uma foto do advogado ao lado de Temer à mesa de um restaurante. Curioso…

#Google #José Yunes #Michel Temer


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Self service

19/10/2017
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O apoio da bancada paulista para impedir a abertura de processo contra o presidente Michel Temer vai custar toneladas e toneladas de asfalto. Temer comprometeu-se com Geraldo Alckmin a liberar os recursos para a construção do trecho norte do Rodoanel. Dos R$ 620 milhões previstos, por ora o governo federal soltou apenas R$ 87 milhões.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer #Rodoanel


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Celebração antecipada

18/10/2017
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O Palácio do Planalto avalia a possibilidade de Michel Temer fazer um pronunciamento à Nação às vésperas da votação do pedido de abertura de processo na Câmara. Como a vitória na Casa é dada como certa, os assessores de Temer enxergam mais prós do que contras na iniciativa.

#Michel Temer #Palácio do Planalto


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Em mandarim o bordão do presidente é “Fica Temer”

16/10/2017
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Lula cultuava Chávez e Morales na sua política externa bolivariana, além de presidentes da África subsaariana. Já o fetiche de Michel Temer tem os olhos amendoados. O nome do idolatrado é Xi Jinping, presidente da República Popular da China. A identidade não é ideológica.

O projeto de Temer é arrancar um compromisso firme de investimento com os chineses, assinando o primeiro acordo bilateral do Brasil com outra nação, praticamente nos moldes de um mercado comum. Os termos iriam além dos firmados no despenteado Mercosul: cotas para trabalhadores brasileiros e chineses em obras mútuas de bandeira própria, dispensa de licitação para projetos de engenharia básica em empreendimentos pré-licitados, preferência em “privatizações estratégicas”, garantia de ampla desburocratização nos negócios da China, sistema preferencial de tarifas aduaneiras e criação de uma espécie de PPC – Parceria Público Chinesa etc. Os passos seguintes para consolidação do bloco Brasil-Ásia seriam acordos econômicos com a Coreia do Sul e a Índia.

Mas a prioridade do governo Temer é cimentar uma ponte para Beijing. O Brasil dos sonhos da segunda geração da Lava Jato é uma ópera comercial Sino-Tropicalista. Temer quer detonar os 35 acordos ocos que Dilma Rousseff fez com chineses para obter o falso montante de R$ 53 bilhões. O dinheiro não veio no seu tempo. De 2015 até setembro de 2017, os investimentos orientais superaram os US$ 60 bilhões – a maior parte, no entanto, pós-impeachment.

O Brasil é o segundo destino dos aportes de capital da China. E o passivo externo líquido (IDE) do país com os chineses já superou os US$ 100 bilhões. Parece muito, mas é pouco. Se Temer avançar um terço das suas ambições na China, terá compensado sua popularidade zero na margem de erro das pesquisas de opinião. É o maior projeto que o Brasil poderia almejar fora das suas fronteiras, nunca dantes sequer cogitado pelos governos anteriores.

#Michel Temer #PPC #Xi Jinping


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Temer abre as portas da Caixa para a banca estrangeira

9/10/2017
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O governo pretende atrair bancos estrangeiros para participar da privatização da Caixa Econômica Federal. A decisão de venda da CEF será anunciada em pronunciamento do presidente Michel Temer, no final do ano, junto com diversas outras medidas de reestruturação da máquina do Estado, além da comunicação solene de que o governo pretende incluir o Bolsa-Família na Constituição. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, já confirmou que está estudando a operação.

A responsabilidade pelo desenho da privatização está nas mãos do presidente da Caixa, Gilberto Occhi. O governo quer tratar da comunicação com cuidado, devido à delicadeza política do assunto. A venda da CEF é uma das raras operações capazes de gerar os recursos extraordinários para o equilíbrio das contas públicas, em 2018, um ano em que os calendários fiscal e eleitoral se entrechocam.

Entre os cinco bancos do governo – Banco do Brasil, BNB, Basa, BNDES e a própria CEF – a Caixa sempre foi a instituição financeira preferencial para efeito de privatização. Muito provavelmente devido ao seu maior grau de superposição com o Banco do Brasil. A venda da CEF viria na esteira da anunciada privatização da Eletrobras. O modelo de negócios, contudo, seria o da privatização do controle em leilão, ao contrário da holding do setor elétrico. O motivo é que as instituições financeiras têm de ter dono; não podem ter seu controle pulverizado.

No passado, diversos bancos estrangeiros tentaram a sorte no mercado brasileiro. Não tiveram êxito. Sobrou apenas um de mais de uma dezena: o Banco Santander. A CEF faz parte de um seleto grupo de cinco instituições financeiras que detém 80% dos ativos bancários nacionais. A Caixa tem 95 mil funcionários, mais de quatro mil pontos de atendimento e aproximadamente 80 milhões de clientes. A expectativa é que venha um candidato chinês por ai. Vai ter de descascar um abacaxi social e político de dimensões épicas.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Michel Temer


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Constantino II, a missão

9/10/2017
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Segundo o RR apurou, a delação de Lucio Funaro deverá custar um recall a Henrique Constantino, um dos acionistas da Gol, que fechou acordo de colaboração com a Lava Jato. Colaboração, assim, assim… A partir dos depoimentos dos doleiros, os procuradores de Curitiba estão convictos de que Constantino tem mais a contar sobre suas doações ilegais a Michel Temer e ao PMDB.

#Gol #Henrique Constantino #Lava Jato #Lucio Funaro


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Diligência

6/10/2017
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O ministro da Justiça, Torquato Jardim, já declarou que Leandro Daiello permanecerá no comando da Polícia Federal por “tempo indeterminado”. A pressão de Romero Jucá e de Eliseu Padilha, dois dos mais influentes consiglieri de Michel Temer, é para que esse “tempo indeterminado” vá somente até dezembro. E olhe lá.


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BR Insurance luta para evitar o próprio sinistro

5/10/2017
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A BR Insurance nasceu com a pretensão de ser uma das maiores distribuidoras de seguros do Brasil. Hoje, tenta garantir uma apólice de vida para si própria. Os principais acionistas, à frente Edgar Safdié, filho do banqueiro Edmond Safdié, estariam à procura de um comprador para a companhia – criada em 2010 a partir da fusão de quase três dezenas de corretoras de seguros. Segundo o RR apurou, Pátria Investimentos e o norte-americano Carlyle chegaram a manter interlocução com os acionistas da empresa. No entanto, as conversas não avançaram. E como haveriam de avançar em meio à atual situação da companhia?

A BR Insurance chacoalha entre disputas societárias e as graves denúncias que pesam contra Safdié. No final de agosto, minoritários da BR Insurance, entre os quais fundos de pensão canadenses e uma gestora britânica, registraram uma denúncia judicial contra os acionistas controladores, acusando-os de gestão fraudulenta e estelionato. Não vão parar no primeiro tiro. De acordo com a fonte do RR, pretendem pedir à Justiça e à CVM o afastamento dos administradores indicados por Safdié e seu sócio Marcelo Faria de Lima – ambos detêm 35% da BR Insurance. Para isso contam com o apoio de uma parcela dos corretores que participam do capital, com 26%. Procurada pelo RR, a empresa não se pronunciou.

As acusações contra Edgar Safdié se cruzam com o escândalo que abalou o governo Temer. A Polícia Federal investiga a suposta participação do empresário no esquema de propina envolvendo a JBS e o deputado Rodrigo Rocha Loures. Seria ele o personagem citado no questionário de 82 perguntas enviado pela PF ao presidente Michel Temer em junho, – “Vossa Excelência tem alguém chamado ‘Edgard’ no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade?”

Edgar Safdié nega ser o “Edgard” a quem Rocha Loures se referia, nos grampos da JBS, como “homem de confiança do presidente”. O que o filho de Edmond Safdié não pode negar é a crise que ameaça o futuro da BR Insurance. A empresa, que captou R$ 645 milhões em seu IPO, em 2010, desandou. Nos últimos dois anos, teve um prejuízo acumulado de mais de R$ 200 milhões. A receita caiu 30% em 2016. A ação da BR Insurance chegou a valer R$ 477; hoje, não passa dos R$ 16. Fosse em outros tempos, Edgar daria uma passadinha na sala do general Golbery do Couto e Silva, diretor do Banco Cidade de São Paulo, do seu “papi”. Se Golbery não quisesse dar uma mão, andaria um pouquinho mais até a sala do Brigadeiro Delio Jardim de Matos, também diretor. E assim por diante. Época boa.

#BR Insurance #CVM #JBS


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Coelho Filho sai na frente

5/10/2017
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A mudança do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, do PSB para o PMDB abriu uma ferida no maior núcleo regional do governo Temer na Esplanada dos Ministérios: a chamada “República de Pernambuco”. Coelho Filho assumiu uma posição privilegiada para ser o nome do PMDB na disputa pelo governo pernambucano, o que fecharia as portas para um eventual apoio do partido a um dos três outros ministros candidatáveis: Mendonça Filho (DEM), da Educação, Bruno Araújo (PSDB), das Cidades, e Raul Jungmann (PPS), da Defesa. Uma coisa é ter o apoio explícito do próprio Michel Temer, o presidente dos 3% de popularidade – o que ninguém faz questão; a outra é perder a chance de ter ao lado uma máquina como o PMDB.

#DEM #PMDB #PSB


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Uma tarde em Florença

4/10/2017
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João Doria levou um “não” de Michel Temer. O presidente recusou convite do Grupo Lide para participar do Meeting Internacional, que será realizado no fim do mês, no Paraguai. Doria não é sujeito de ouvir conselhos, mas já lhe sopraram ao ouvido que, na atual circunstância, o convite a Geraldo Alckmin seria um ato de fina política: uma tribuna besuntada de graxa que só serviria para prestigiar o anfitrião e adversário. Em 2015, aliás, Alckmin foi ao Meeting; em 2016, também. Eram outros tempos. Hoje, se pescar o real espírito do chamamento, passa longe desse alçapão.

#Grupo Lide #João Doria #Michel Temer


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Guarda-costas

4/10/2017
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O RR apurou que, até às 21h30 de ontem, Michel Temer havia recebido 46 deputados e falado ao telefone com outros 32 parlamentares ao longo do dia. Desse jeito, não há flecha que atravesse as paredes da Câmara.

#Michel Temer


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Está tudo dominado

2/10/2017
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Uma amostra do poder de Michel Temer no Congresso: nas contas do Planalto, 15 dos 36 deputados do PSB vão votar “não” à abertura do processo contra Temer, dando de ombros à determinação do partido.

#Michel Temer #PSB


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A difícil missão de higienizar o PMDB

28/09/2017
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Os marqueteiros do PMDB discutem nos mínimos detalhes o “espetáculo” da convenção nacional marcada para o próximo dia 4 de outubro, quando o partido mudará sua identidade para MDB. A maior preocupação é evitar que o evento ganhe a pecha de “convenção da Lava Jato”. Há quem defenda, inclusive, que Moreira Franco, Eliseu Padilha e Romero Jucá participem em horários diferentes. A ideia é evitar que três dos mais próximos e maculados aliados de Michel Temer sejam capturados no mesmo instantâneo. No partido, é citada, como exemplo, a reunião de março de 2016 que formalizou a saída do PMDB do governo Dilma. Na ocasião, a imagem de Eduardo Cunha, Jucá e Padilha celebrando, juntos, com as mãos para o alto bombou nas redes sociais. Se serve de alento, desta vez Cunha é uma preocupação a menos para a marquetagem do PMDB.

#Eliseu Padilha #Moreira Franco #PMDB #Romero Jucá


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Paulinho ainda tem a Força?

28/09/2017
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Paulinho da Força – um aliado, ainda que gelatinoso, do presidente Michel Temer – enfrenta o risco de uma dissidência em sua base política. Um de seus mais antigos colaboradores, o também sindicalista Miguel Torres está prestes a deixar o Solidariedade. A fissura está ligada à perda de espaço dentro do partido e da Força Sindical, no fundo uma coisa só. Bem mais importante do que a futrica partidária, é o impacto que o rompimento poderá ter no xadrez das relações partidário-sindicais. Além de vice-presidente da Força Sindical, Torres é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, historicamente um dos pilares da Central e antagonista do dueto CUT/PT.

#Michel Temer #Paulinho da Força #PT


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Brasileiros e brasileiras…

27/09/2017
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Michel Temer pretende fazer uma conferência à nação para anunciar uma série de resultados positivos do seu governo. A ideia é uma apresentação no Congresso, com transmissão em rede nacional. O nome cogitado para a efeméride é “O Brasil progrediu”. Tudo com base em números e mais números favoráveis.

#Michel Temer


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BC independente é o estepe da reforma da Previdência

26/09/2017
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O secretário-geral da Presidência da República, Moreira Franco, é hoje o maior entusiasta junto a Michel Temer da aprovação formal da independência do Banco Central. Moreira não está deixando momentaneamente seu monopólio das decisões governamentais sobre concessões e privatizações por veleidades monetaristas. Suas motivações são eminentemente políticas.

O “Maquiavel platinado” do Planalto sabe que a reforma da Previdência foi para o brejo e é preciso substituí-la por outra medida de forte impacto sobre as expectativas inflacionárias. Hoje, o único ativo do mais impopular dos governos junto às massas é a queda dos preços em geral, que vem desanuviando o mal-estar produzido pelas mazelas do desemprego e da redução do salário real. Moreira acredita que, na atual circunstância, o projeto de lei da criação do Banco Central independente será aprovado de roldão no Congresso.

Portanto, sairia de cena a reforma da Previdência e ingressaria no centro das atenções o BC todo pomposo e descolado dos desígnios do governo. A história do BC independente já atravessou muitas das esquinas políticas do país. Fernando Henrique Cardoso e Lula não lhe deram maior atenção – este último, contudo, tentou posteriormente aprovar a medida em manobra com Renan Calheiros. Dilma Rousseff tripudiou sobre a ideia: “O BC não é a Santa Sé”.

Aécio Neves desdenhou da proposta. Marina Silva incorporou-a ao seu programa de campanha, assumidamente aconselhada pela sua assessora “geneticamente banqueira”, Neca Setubal. Curiosa é a postura blasé do “bambino do BC” Arminio Fraga, que não considera este um assunto de maior importância. Pois, ao contrário de Fraga, dezenas de economistas se esgoelam em favor da medida.

O BC independente funcionaria como um seguro contra o populismo garantindo as condições para que a política monetária fosse implementada com consistência, sabendo-se que háum delay entre a adoção de juros mais elevados e a queda da inflação, que, muitas vezes, perpassa a duração de um governo. No mundo pululam os exemplos de BCs independentes, a exemplo dos Estados Unidos, Inglaterra, Japão, Alemanha e Banco Central Europeu, só para citar os mais votados. E Henrique Meirelles? Por que não lidera a tropa de apoio à iniciativa? Quando era presidente do Banco Central – na gestão de Lula –, Meirelles desfiava com vigor argumentos favoráveis ao BC independente.

E o que mudou? Acredita-se que seja a indisposição de ter uma sombra que ameace seu estrelato absoluto na área econômica. Meirelles, segundo um amigo seu, é a versão masculina da diva Maria Callas: vaidoso, altivo, onipresente em cena. Na atual conjuntura, onde o protagonismo político lhe favorece, melhor que Ilan Goldfajn permaneça como um “subalterno autônomo”. Poder não se divide; poder se toma.

#Banco Central #Michel Temer #Moreira Franco


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Há mais do que flechadas contra Geddel

26/09/2017
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Enquanto Michel Temer se esquiva das “flechadas” do ex-PGR Rodrigo Janot, os irmãos Geddel e Lucio Vieira Lima enfrentam um problema similar, só que sem aspas. É tenso o clima no entorno das propriedades rurais dos Vieira Lima no Sul da Bahia, mais precisamente na cidade de Potiguará, onde se concentra a tribo de mesmo nome, além de índios Pataxó. A ameaça de invasão da Fazenda Esmeralda no último fim de semana não foi um caso isolado. Homens que se identificam como líderes indígenas da região já teriam tentado entrar em outras duas propriedades de Geddel e Lucio no município. No último sábado, as flechas, por sinal, eram o de menos. Segundo a Polícia da Bahia, mais de duas dezenas de suspeitos carregavam armas de fogo. Por envolver comunidades indígenas, o episódio já foi comunicado à Polícia Federal, onde, aliás, se concentra a biografia recente de Geddel. Em tempo: os irmãos Vieira Lima controlam, no total, mais de 900 hectares de terras na região.

#Geddel Vieira Lima #Michel Temer #Rodrigo Janot


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O jogador Bendine

25/09/2017
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O entorno de Dilma Rousseff interpretou a inclusão da ex-presidente entre as testemunhas de defesa do ex-Banco do Brasil e Petrobras Aldemir Bendine como um gesto na fronteira entre a pressão e a coação. Algo similar ao que fez Eduardo Cunha ao arrolar o nome de Michel Temer.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #Dilma Rousseff #Petrobras


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Meirelles já está com um pé fora da Fazenda

22/09/2017
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Henrique Meirelles está morto! Viva Henrique Meirelles! Ou vice-versa. O enigma tem prazo de validade: dia 1° de abril de 2018, data limite para que o ministro da Fazenda se desincompatibilize do cargo com o objetivo de disputar as eleições para a Presidência da República. Meirelles não solta um pio sobre o assunto. Um interlocutor bastante próximo do ministro disse ao RR que a balança estava equilibrada sobre a decisão de deixar a pasta e subir nos palanques. Por ora, Meirelles mantém um pé cá e outro acolá. Mas o risco de contaminação com o mar de lama da Lava Jato tem pesado a favor da aventura.

Na contramão, não o temor da derrota, mas o ônus de deixar ao abandono o mercado, esse senhor de todos os oceanos, e ser a peça central da desintegração de um governo do qual representa rara reserva de valor moral e tecnocrático. A economia pode reagir mal a sua saída e ele ser acusado, em sua decisão frívola, da desancoragem das expectativas. A questão é ambígua, pois a mudança de humor da economia também pode ser interpretada como um trunfo da sua importância presente e futura. Henrique Meirelles ronda os palanques não é de hoje: esteve cotado para ser o vice da chapa de Dilma Rousseff em 2010 e flertou com a ideia de disputar o governo de Goiás.

Na semana passada, Gilberto Kassab se adiantou aos fatos e “lançou” sua candidatura à Presidência pelo PSD. Meirelles agradeceu afirmando que está concentrado na sua atual missão, e abriu um sorriso metálico cheio de dentes. Em nenhum momento, disse que não será candidato. Para todos os efeitos, o suspense permanece. O RR consultou uma pequenina amostra de um segmento do eleitorado bastante afinado com o ministro da Fazenda. Fez uma sondagem com 28 empresários e perguntou se, em sua opinião, Meirelles será ou não candidato. O “não” ganhou com alguma vantagem: 71% a 29%.

Questionados sobre as chances de vitória do “guardião da economia”, 83% afirmaram que Meirelles não será eleito caso entre na disputa. Não por falta de atributos. O RR perguntou aos entrevistados quem era mais habilitado para o exercício da Presidência da República, num confronto direto entre o ministro da Fazenda e todos os principais candidatáveis citados nas pesquisas eleitoras. Meirelles venceu todos eles, com índice acima de 70% das respostas. Seus três resultados mais baixos se deram na comparação com João Doria (78%), Geraldo Alckmin (76%) e Lula (71%).

Nas comparações com Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Marina Silva e o próprio Michel Temer, Meirelles disparou na sondagem. Se Henrique Meirelles, de fato, embarcar na viagem eleitoral, é razoável que leve um bilhete de volta cuidadosamente guardado no bolso do paletó. Esta segunda perna seria um eventual retorno à cadeira de ministro da Fazenda. Ou seja: Meirelles entraria na disputa à Presidência jogando por dois resultados. Mesmo perdendo nas urnas, seu segundo turno particular seria a recondução ao posto de maestro e fiador da economia.

Não é uma hipótese improvável. Sabidamente, o titular da Fazenda tem excelente trânsito entre correntes político-partidárias distintas. Tem o handicap de ser sócio de inegável impacto eleitoral: com Lula, entregou distribuição de renda; com Temer, assegurou a queda da inflação. Leva ainda consigo a marca de recordista de tempo na cabine de comando da economia – até ontem, contabilizando-se o período na presidência do Banco Central e na cadeira de Ministro da Fazenda, somava 3.420 dias ou 82.080 horas de horas de voo.

Henrique Meirelles é um homem abastado – sua fortuna pessoal se aproxima da casa de R$ 1 bilhão – e pode tranquilamente financiar sua campanha. Enricou acima de qualquer suspeita. Se ficar parado no mesmo lugar, corre o risco de ver seus ternos de corte bem talhados respingados pelos fluidos pútridos do entorno político. Cabe monitorar os bastidores. Faltam 4.608 horas para, no mais tardar, o Brasil saber se terá mais um candidato à Presidência e um novo ministro da Fazenda

#Gilberto Kassab #Henrique Meirelles #Lava Jato


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Será o Eduardo?

21/09/2017
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Curioso: o antigo endereço eletrônico de Eduardo Cunha na época da Câmara (eduardocunhapresidente.com.br) leva agora para um site de análise do quadro eleitoral de 2018. Michel Temer figura entre os candidatos.

#Eduardo Cunha #Michel Temer


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Luzes, câmera, ação

20/09/2017
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O Palácio do Planalto prepara uma visita de Michel Temer à Zona Franca de Manaus. O local é visto como o set de filmagem perfeito para Temer celebrar a “retomada do emprego”. Neste ano, a ZFM voltou a somar mais contratações do que demissões.

#Michel Temer


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Temer, livre, leve e solto

19/09/2017
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O Planalto está tão confiante em derrubar a segunda denúncia da PGR que se discute a possibilidade de Michel Temer assumir uma nova postura em comparação à primeira flechada de Rodrigo Janot. Em vez de se esconder no Palácio, desta vez Temer vai intensificar sua exposição nas redes sociais. Ao mesmo tempo, pretende combinar a frenética agenda de encontros com parlamentares com visitas pontuais a alguns estados, sempre associadas à inauguração de obras ou entrega de imóveis do Minha Casa Minha Vida. Mas tudo na dose certa de um presidente com taxa de reprovação de 95%: eventos fechados, com alta presença de aliados políticos e acesso restrito ao público.

#Michel Temer #Minha Casa Minha Vida #Rodrigo Janot


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Tasso faz muito bem

18/09/2017
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Um sinal de que a ala oposicionista do PSDB desta vez nem vai se dar ao trabalho de bater bumbo pela denúncia contra Michel Temer. O presidente interino do partido e um dos principais defensores do desembarque do governo Temer, Tasso Jereissati, viajou para os Estados Unidos. Avisou a aliados que ficará oito dias “fora do ar”.

#Michel Temer #PSDB #Tasso Jereissati


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Exumação

15/09/2017
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Gabriel Chalita, o protegido de Michel Temer, é só o fio da meada das campanhas peemedebistas. O doleiro Lucio Funaro abriu para a Lava Jato as vísceras das candidaturas majoritárias do PMDB em São Paulo desde 2006, com destaque para Paulo Skaf em 2010 e 2014. Temer está em todas.

#Lava Jato #Michel Temer #Paulo Skaf


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Planalto ergue sua muralha anti-Janot

15/09/2017
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O Palácio do Planalto e sua máquina de esmagar denúncias da Procuradoria Geral da República contra o presidente Michel Temer já trabalham a pleno vapor. Nos últimos dois dias, o próprio Temer esteve pessoalmente com 46 deputados, contabilizando-se apenas a agenda oficial – fora as dezenas de telefonemas. Na paralela, o ministro da Secretaria de Governo, Antonio Imbassahy, tem mantido uma intensa rotina de encontros com pequenos grupos de parlamentares do baixo clero, o que, dentro do próprio Palácio, já lhe valeu o jocoso apelido de “Poupa Tempo”. Imbassahy vem cumprindo a missão de massagear a vaidade de deputados inexpressivos, reduzindo a demanda de audiências com o próprio Temer. A rejeição, na Câmara, do segundo pedido de abertura de processo encaminhado pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, é dada como certa. Segundo o RR apurou, ontem à tarde a planilha do ministro Eliseu Padilha, que nunca erra, já contabilizava 260 votos certos contra a denúncia, muito perto do número de 263 deputados que desviaram a primeira flechada de Janot na direção de Temer.

#Michel Temer #Rodrigo Janot


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Já é Natal no Palácio do Planalto

14/09/2017
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Michel Temer vai fazer outra fogueirinha para aquecer o consumo. Amanhã, anuncia o cronograma para o saque antecipado dos beneficiários do PIS/Pasep com idade a partir de 62 anos – antes o mínimo era 70 anos. A boa nova é que a liberação de recursos pode ser maior do que a estimada, da ordem de R$ 16 bilhões. Calcula-se que poderão ser lançados R$ 20 bilhões na economia. A expectativa é que uma parte maior dessa dinheirama vá para o consumo e não para o pagamento de dívidas. Isto porque os saques das contas inativas do FGTS, uma medida gêmea adotada no início do ano, permitiram que os trabalhadores abatessem uma parte do seu endividamento mais urgente. O Natal, portanto, pode ser melhor para o assalariado, o comércio e, claro, para Michel Temer. O ajuste fiscal não tem nada a ver com isso.

#FGTS #Michel Temer #PIS


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Michel Temer e as perigosas curvas da estrada de Santos

14/09/2017
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Se Rodrigo Janot ficasse mais tempo no cargo, teria um novo território onde escarafunchar uma terceira denúncia da PGR contra o presidente Michel Temer. A investigação de favorecimento à empresa Rodrimar é apenas o fio da meada das ações inconfessáveis no setor portuário. Outras facilidades foram concedidas por meio da Companhia Docas de Santos, antigo feudo de Temer.

Nos anos mais recentes, as operações passaram a ser conduzidas por Eduardo Cunha, que, a mando do atual presidente, passou a ser o interlocutor entre as empresas, a autoridade portuária, a Advocacia Geral da União e a miríade de agências reguladoras do setor. Basta lembrar de todas as artimanhas de Cunha para embarreirar a votação da MP dos Portos, em 2013. A favor de Temer, pesa o fato de que essa “prestação de serviços”, digamos assim, aconteceu antes de ele assumir a Presidência da República, o que o eximiria de responsabilidade criminal.

Entretanto, uma empresa, pelo menos, teria sido agraciada no início da gestão de Temer, quando Cunha tinha o mandato para representá-lo. Se o ex-presidente da Câmara acertar a delação premiada, as travessuras no Porto de Santos estarão entre as tramoias reveladas. Basta convocar os executivos das operadoras de terminais e da autoridade portuária. Todo mundo sabe. Ou já ouviu falar. Santos sempre foi uma vaca leiteira.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Rodrigo Janot #Rodrimar


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Michel Temer se sente menos impopular e pode reduzir ritmo do ajuste fiscal

12/09/2017
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O presidente Michel Temer passou a nutrir dúvidas em relação à intensidade do ajuste fiscal em 2018 – já que 2017 são favas contadas. Temer tem usufruído da brisa da redução do desconforto popular. O quadro econômico para a população melhorou, e quando não melhorou, estagnou, o que, frente ao longo período de índices negativos, pode ser celebrado como uma vitória.

A inquietude de Temer encontra mais eco em Eliseu Padilha do que em Moreira Franco e Henrique Meirelles, defensores da tese de que o sucesso desse governo não pode ser medido por satisfação ou empatia com o povo. Segundo a fonte do RR, a percepção de Temer é que, se reduzir sua impopularidade e continuar na sua toada, governando para a sua bancada no Congresso e a Avenida Paulista, poderá atingir uma inesperada força como cabo eleitoral em 2018, para dizer o mínimo. Relatório do Credit Suisse que circulou ontem nos meios financeiros canta algumas pedras animadoras para o presidente.

No cenário projetado pelo banco – um crescimento médio de 2% do PIB por um período superior a um quinquênio – as taxas de desemprego estimadas são 13%, em 2017; 12%, 2018; 11%, 2019; e 10%, 2020. Não chega a ser uma Brastemp, mas, comparando-se com o desemprego de 13,7% em março passado, os números são alvissareiros. A favor das expectativas do governo pesa o fato de que o banco suíço sempre foi pouco otimista em relação aos resultados da política econômica. Mas Temer já está saboreando outros frutos da boa safra na economia. A inflação é a menor em 37 anos na faixa do salário mínimo.

Os preços da cesta básica desabaram devido à deflação sobre alimentos decorrente da hipersafra agrícola. A renda da família aumentou, ainda por conta da queda da inflação, e é ela que vem puxando o Pibinho. O aluguéis em média estão mais baixos 20%. Pode dizer que nunca dantes a carestia tomou um tombo tão grande na história deste país. Mas, como acender uma vela aos pobres e outra ao empresariado? A inércia agora trabalha a favor.

O cenário favorável é de melhoria da conjuntura. Para manter as expectativas empresariais aquecidas, Temer vai prosseguir com os anúncios e ações de impacto nas privatizações e concessões e iniciar uma agenda de reformas microeconômicas. Como metas fiscais mais largas para 2017 e 2018, o governo prosseguirá no seu paradoxo de sucesso, que é confessar a falência no ajuste orçamentário, rever as contas para depois, então, atingir o compromisso
e vangloriar-se do seu feito.

Há também receitas não tipificadas que ajudarão a fechar o buraco, como o pagamento de R$ 180 bilhões devidos pelo BNDES ao Tesouro, junto com o repasse da economia do custo de carregamento das reservas cambiais na medida em que se reduz o diferencial entre a Selic e o juro de remuneração do lastro em moeda forte. Esses recursos irão todos para abater o déficit primário. E o fiscal estaria resolvido? Fica faltando a reforma da Previdência, que não só é aritmeticamente necessária, como tornou-se simbólica.

Mas se ela não sair até novembro, fica na conta do próximo governo. Na equação desse upgrade do presidente não é incorporada a variável da Lava Jato. Ela é imponderável e pode atingir a todos indistintamente. Se Temer avançar no ajuste, tomando novas medidas impopulares para a “modernização” da economia, se tornará em uma espécie de “Getulio Vargas da burguesia”, dando cabo das encomendas reformistas que trouxe para o centro do governo desde o impeachment de Dilma Rousseff. Se contiver o andor, pode ser que sua impopularidade caia e sua força eleitoral surpreenda.

#Eliseu Padilha #Henrique Meirelles #Michel Temer #Moreira Franco


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Encontro marcado

12/09/2017
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A Rádio Lava Jato informa: a delação de Lucio Funaro e a prisão de Geddel Vieira Lima vão trazer de volta à ribalta o advogado José Yunes, o amigo de Michel Temer.

#Geddel Vieira Lima #Lava Jato #Michel Temer


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Chorare

6/09/2017
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Informação preocupante que chegou ao Palácio do Planalto: o ex-ministro Henrique Alves, um dos cavaleiros da távola redonda de Temer, tem tido crises de choro quase todos os dias na prisão.

#Henrique Alves #Michel Temer


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O Dia “D” de Rodrigo Janot

5/09/2017
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A eventual suspensão do acordo firmado com um dos donos da JBS, Joesley Batista, como prêmio pela chamada “mãe de todas as delações”, não é prenúncio de recuo do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em suas prometidas flechadas contra Michel Temer. Pelo contrário. A potencial revisão dos termos tratados com os Batistas faz parte de um grand finale em três atos, sendo o primeiro a “autocrítica” realizada ontem publicamente.

O segundo e terceiro atos – o próximo, a denúncia de Temer por obstrução de justiça, conforme apurou o RR viriam com força redobrada. É material suficiente para manter Janot em rede nacional até o dia 17, quando ele deixará o cargo. A possível revogação dos benefícios aos donos da JBS higieniza e propulsiona as novas flechadas de Rodrigo Janot. O áudio que chegou às mãos de Janot na última quinta-feira, supostamente por engano, é o motivo da rearrumação das peças do tabuleiro. Ele aumenta a dimensão pública do procurador.

Mesmo que as gravações contenham barbaridades institucionais, incluindo novos atores, o procurador despacha todo o material para o STF. Janot está focado em Temer e fará novas revelações. Por sua vez, os advogados do presidente da República estão desde já solicitando que o virtual cancelamento do acordo dos Batista torne nulo o conteúdo da delação. Pretendem politizar a ação, trazendo o debate para o centro do Congresso Nacional.

#JBS #Joesley Batista #Rodrigo Janot


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Monções chinesas

5/09/2017
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A viagem de Michel Temer a Pequim abriu as portas do setor elétrico brasileiro a mais um grupo chinês. Trata-se da China Power New Energy Development, que chega para comprar usinas de energia eólica. Só para não variar deverá trazer a reboque um cinturão de fornecedores, encabelado pela Goldwin, uma das maiores fabricantes de turbinas para geradoras da China.


Durante a estada em Pequim, os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e da Indústria, Marcos Pereira, têm mantido tratativas com autoridades russas para investimentos em açúcar e etanol no Brasil. Uma comitiva brasileira deverá ir a Moscou ainda neste ano para dar forma aos projetos.

#Blairo Maggi #China Power New Energy Development #Michel Temer


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Recado de Josué

4/09/2017
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A declaração de Josué Gomes da Silva de que poderia ser candidato a vice-presidente em uma chapa com o também empresário Flavio Rocha foi recebida no PMDB como um recado para dentro do próprio partido. Josué foi “esquecido” por seus pares como um potencial candidato peemedebista ao Senado ou mesmo ao governo de Minas Gerais. Neste caso, o preferido é o deputado Fabio Ramalho, tão preferido que foi convocado para integrar a comitiva de Michel Temer na China. Ao mencionar o herdeiro da Lojas Riachuelo, Josué piscou o olho para o Partido Novo, ao qual Flavio Rocha deverá se filiar.

#Flavio Rocha #Michel Temer #PMDB


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Sindicato dos camaleões

1/09/2017
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Paulinho da Força, que apoiou o impeachment de Dilma Rousseff e se enganchou feito um trailer no governo Temer, pisca uma seta para o lado de Lula e outra para Geraldo Alckmin.

#Dilma Roussef #Impeachment #Michel Temer #Paulinho da Força


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Temer mostra aos chineses programa nuclear brasileiro

31/08/2017
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O memorando de entendimentos com a China National Nuclear Corporation (CNNC) para a conclusão de Angra 3 é apenas a ponta do iceberg. Segundo alta fonte do Ministério de Minas e Energia, em sua visita a Pequim Michel Temer terá conversas reservadas com o governo chinês sobre um projeto maior: a ressurreição do programa nuclear brasileiro. Os planos passam pela construção de quatro usinas nucleares, divididas entre o Nordeste e o Sudeste – duas a menos do que a proposta elaborada e engavetada ainda no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

O reavivamento do projeto está visceralmente ligado à firme disposição do Palácio do Planalto de quebrar o monopólio estatal na produção de energia nuclear e abrir as portas do setor para o capital estrangeiro – ver RR edição de 9 de agosto. Como tudo que diz respeito à era Temer, o tempo é curto. O governo teria de aprovar a PEC 122/07 do deputado Alfredo Kaefer, que autoriza o ingresso de investidores privados na construção e operação de reatores nucleares, rever o programa, encaminhar as conversas com os chineses e fazer conta, muita conta.Por maior que seja o interesse dos asiáticos, um projeto dessa dimensão não se viabiliza apenas no plano privado. Inexoravelmente o Estado terá de entrar com alguma fatia dos recursos.

Não será simples encaixar esse gasto de longo prazo em um orçamento com projeção de déficit para os próximos cinco anos. Apesar de todos os pesares, o governo identificou uma janela de oportunidade com vista para Pequim. O término de Angra 3, um projeto de aproximadamente R$ 7 bilhões, é pouco para o apetite e o rol de interesses que a CNCC representa. A companhia carrega atrás de si toda uma cadeia de negócios, que engloba bancos de fomentos, empresas de construção pesada, fornecedores de equipamentos e tecnologia e até mesmo a oportunidade de trazer mão de obra chinesa para o Brasil.

Para os asiáticos a exclusividade no programa nuclear seria altamente estratégica em função desse múltiplo pacote de variáveis. Sob a ótica do governo, a ressurreição do programa nuclear é uma engenharia com impacto sobre a autoestima nacional. Ela seria embalada com um discurso de Brasil Grande, na mão inversa do regime militar, ou seja, com menor presença do Estado e consequentemente reduzido endividamento público. A abertura do setor ao capital estrangeiro seria acompanhada do instrumento da golden share, que desde já começa a assumir o papel de pau para toda obra nos planos de privatização do governo Temer.

#CNNC #Michel Temer #Ministério de Minas e Energia


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Governo Temer reduz dívidas das Forças Armadas

30/08/2017
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O presidente Michel Temer está levando ao pé da letra o seu compromisso de atender às demandas militares de ponta a ponta. O governo tem se empenhado em reduzir as dívidas das Forças Armadas com os maiores fornecedores. De dezembro para cá, o Ministério da Defesa teria diminuído em aproximadamente um quinto o estoque de pagamentos atrasados desde o primeiro mandato de Dilma Rousseff.

O valor das pendências caiu de R$ 10 bilhões para algo em torno de R$ 8 bilhões. Os casos mais emblemáticos envolvem encomendas das Forças Armadas a Embraer, Helibras e Iveco. Somente em 2015, o governo deixou as Forças Armadas inadimplentes em R$ 500 milhões com a Embraer. O valor se refere à aquisição de 28 cargueiros modelo KC-390 – um contrato total de R$ 7 bilhões.

Em relação à Helibras, segundo o RR apurou o passivo em aberto desceu de R$ 1,7 bilhão para aproximadamente R$ 1,2 bilhão. A cifra diz respeito à compra de 50 helicópteros H-X BR, 16 aeronaves para cada Força – também entraram no pacote dois veículos para a Presidência da República. No caso da Iveco, o governo regularizou os pagamentos relativos à compra dos blindados Guarani – o contrato total soma R$ 6 bilhões e se estende até 2035.

Consultado pelo RR, o Exército confirmou, por meio da assessoria de comunicação, que não há débitos com a Iveco. A Aeronáutica, por sua vez, informou que os “pagamentos previstos no cronograma do projeto H-X BR deste ano foram efetuados normalmente até o mês de julho” e “o cronograma relativo à aquisição do KC-390 foi atualizado”. O governo Temer parece empenhado em blindar as Forças Armadas da crise fiscal.

No ano passado, o Orçamento militar realizado chegou a R$ 9,1 bilhões, 24% a mais do que a cifra prevista. A indústria de defesa nacional agradece. Os atrasos acumulados no governo Dilma atingiram diretamente o setor. O desenvolvimento do KC-390 ficou praticamente parado durante 18 meses. Somente em julho deste ano, o cargueiro foi apresentado no Salão de Paris. Com relação à Helibras, o impacto foi ainda maior, ao menos para o chão de fábrica, com demissões na unidade de Itajubá.

#Forças Armadas #Michel Temer


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Grande marcha…

30/08/2017
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Integrante da comitiva de Michel Temer em Pequim, o ministro dos Transportes, Mauricio Quintella, terá uma importante conversa com dirigentes da China Railway Construction Company. Espera trazer na bagagem a confirmação da participação dos chineses nos leilões do PPI, notadamente da Ferrogrão.

#China Railway Construction Corporation (CRCC) #Ferrogrão #Michel Temer


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…Pequena marcha

30/08/2017
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Por falar em China, o deputado Fabio Ramalho foi escolhido a dedo para participar da comitiva. Com o afago, Temer espera tirar da cabeça de Ramalho a ideia de deixar o PMDB e disputar o governo de Minas pelo PSDB.

#Michel Temer #PSDB


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Gilmar Mendes e seu crucial ponto de mutação

28/08/2017
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O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes é o que poderia se chamar de um homem de aço. Porém, mesmo com o perfil siderúrgico, tem acusado o bombardeio maciço das últimas semanas na mídia convencional e nas redes sociais. O RR apurou que Gilmar confidenciou a pelo menos um interlocutor do Olimpo da República seu plano alternativo de se candidatar ao Senado por Mato Grosso nas próximas eleições.

O ministro caracterizaria a opção de trocar o Supremo pela carreira parlamentar como um ato de indignação com as acusações e a campanha difamatória, além de ressaltar sua disposição de participar do processo de renovação do Congresso Nacional. Com a iniciativa, abriria uma vaga para Michel Temer fazer seu sucessor no STF. Consultada, a assessoria de Gilmar Mendes informou que “não há previsão de aposentadoria do ministro, nem de qualquer candidatura a cargo eletivo”. Afirmou também que Gilmar Mendes “acredita que ainda tem muito a colaborar no STF.”

Caso venha a ser tomada, trata-se de uma decisão radical, pois, se Gilmar Mendes é alvejado por todos os lados, ao mesmo tempo tem um dos maiores escudos que se pode imaginar na República. A fonte do Relatório Reservado fez questão de ressaltar: este é um caminho que pode ser trilhado, mas não foi ainda escolhido. Não fossem as pesadas críticas à libertação de nove presos da Lava Jato no Rio de Janeiro e a sua defesa explícita de que condenados só sejam presos após julgamento de recursos no STJ; o abaixo-assinado virtual solicitando seu impeachment, que se aproxima de um milhão de signatários; as notas de repúdio da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB); os pedidos da Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR) para que o STF freie o seu comportamento; as denúncias de contribuição de empresas estatais ao seu instituto; a ausência de manifestações de apoio de seus próprios pares e a personificação da vilania em rede televisiva nacional, poderia se dizer que Gilmar Mendes fez um acordo mefistofélico com sua eternidade no Supremo.

#Gilmar Mendes #Michel Temer


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Marimbondos de fogo

28/08/2017
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O “Partido do Sarney” nunca esteve tão em alta no governo de Michel Temer. O presidente tem ouvido assiduamente os conselhos não só de José Sarney, mas também de Roseana Sarney e do senador Edison Lobão.

#José Sarney #Michel Temer


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Escolha de Sofia(s)

25/08/2017
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Dilema de Eliseu e de Moreira: deixar seus cargos em abril para disputar as eleições ao Congresso ou servir ao governo Temer até o fim? Em outras palavras: tentar o foro privilegiado pelos próximos quatro anos ou garantir a “apólice” pelo menos até dezembro de 2018?

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco


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Todo dia

23/08/2017
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Aécio Neves conversa todo santo dia com o presidente Michel Temer. Quando não de viva-voz, por meio do ministro Antonio Imbassahy.

#Aécio Neves #Michel Temer


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Estado de calamidade é a bala de prata de Temer na economia

22/08/2017
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O presidente Michel Temer poderá decretar o estado de calamidade pública em âmbito financeiro. A medida está sendo discutida com seus principais assessores e lideranças da base aliada e deve ser a carta na manga para o cenário de não aprovação da reforma da Previdência. Há um risco nada desprezível de que, mesmo com uma melhora da economia, a arrecadação não reaja conforme o esperado.

A relação entre essas duas variáveis vem se descolando lentamente devido à mudança na capacidade de geração dos setores da economia com maior incidência tributária. Com a receita caminhando atrás das despesas e sem a aprovação de um novo regime para a Previdência, restaria ao governo mudar novamente a meta de déficit deste e do próximo ano e majorar a carga tributária, ambas as medidas tomadas às vésperas do calendário eleitoral. O governo considera que o aumento dos impostos para cobrir o déficit fiscal a frio e a seco seria a receita perfeita para responsabilizá-lo pelas barbeiragens de Dilma Rousseff e pelo componente estrutural do desajuste das contas públicas.

Na sua estratégia de sobrevivente, Temer se considera um herói saneador das malfeitorias do governo antecessor, do qual ele fazia parte, mas desconhecia a governança. Uma terceira meta fiscal, por sua vez, seria uma confissão de baderna fiscal. As medidas radicais necessárias a suprir a ausência da reforma previdenciária seriam politicamente mais confortáveis se adotadas dentro de uma moldura institucional excepcional. Por enquanto, todas as fichas estão sendo apostadas na mudança da Previdência.

Os anúncios e vazamentos de um quadro fiscal tétrico objetivam pressionar o Congresso para que cumpra com sua responsabilidade. A mais recente atrocidade é a perspectiva de shutdown se o governo descumprir o artigo 167 da Constituição, que proíbe a emissão de dívida pública superior à despesa de capital. Não é à toa que a expressão “guerra fiscal” tem sido usada por parlamentares e governadores.

Mas o pau que mata Chico mata Francisco. O alarmismo que serve para empurrar a reforma da Previdência tem a mesma utilidade para justificar uma situação de anormalidade na administração pública. O estado de calamidade em âmbito financeiro já foi adotado, recentemente, nos estados do Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Assim como existe a “quase moeda”, o expediente não deixa de ser uma “quase moratória”. Vai uma grande diferença a sua adoção em estados quebrados e na União em tempo de eleição e com um governo suspeito de corrupção. Roga-se que não se chegue a esse extremo.

#Michel Temer #Reforma da Previdência


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Lula começa a esculpir a imagem do candidato

16/08/2017
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O ex-presidente Lula voltou a se aconselhar com o marqueteiro Duda Mendonça. Tudo na moita, conforme recomenda a delicada situação pública dos dois interlocutores. O telefonema curto e breve ocorreu na semana passada e envolveu um intermediário. Lula, como é do seu feitio, quis testar com Duda aquilo que já está decidido na sua mente. Sua estratégia não é informar nem convencer, os dois mantras de Duda, mas confundir.

O “Lula brigão”, pronto para o pau, vai ceder lugar a um Lula mais ausente, que dispensa o barulho da militância nessa fase, um Lula que morde e recua. O ex-presidente fez chegar ao marqueteiro que não quer agitação, pelo contrário. Quanto menos ruído ele e sua turma fizerem maior o estrondo de cada ato administrativo da situação a favor da sua candidatura. Não é mais, portanto, o “Lulinha paz e amor”, mas um Lula maduro, sofrido, que cogita voltar, mesmo com todo sacrifício, em nome de um povo subtraído dos seus direitos e cujas condições de vida pioraram muito desde sua gestão. Pelo menos é o que ele quer fazer com que os outros pensem. O teste da estratégia começa a partir de amanhã, quando o ex-presidente inicia sua caravana pelo Norte-Nordeste.

Nada de cuspir fogo nos palanques. Segundo a fonte, Duda concordou com a estratégia do “deixa o governo botar o retrato do velho outra vez”. Michel Temer é o grande eleitor de Lula. Cada movimento da sua gestão corresponde a mil comícios a favor do PT. O momento, portanto, não é de fazer marola, mas de torcer que mais e mais reformas venham à tona. Lula teria comentado:”O incrível é que o Temer e a banda dele não entendem isso”.

Na próxima audiência com o juiz Sérgio Moro, por exemplo, estará presente um Lula mais tranquilo e contido. O projeto é evitar manifestações depois do depoimento. Os excessos somente atrapalham aquele que pode correr parado. Duda teria gostado dessa estratégia de ora confirmar a candidatura, ora a deixar em dúvida, enquanto os fatos vão cevando o seu fortalecimento eleitoral.

Uma mistura de “vou, sim” com “vou ver”. Quando estiver com a candidatura consolidada, Lula decidiria à luz das circunstâncias se iria ele próprio para o certame ou indicaria o seu abençoado. Para o sim ou para o não, Duda Mendonça teria aconselhado a mesma estratégia de “ficar na sua” ao conterrâneo Jaques Wagner. Cresce o convencimento de que, se fosse hoje o dia da decisão e Lula não partisse para a disputa, o baiano, judeu, umbandista e carnavalesco teria a sua bênção para ser o candidato do PT.

#Lula #Michel Temer #PT


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Candidato do PMDB, sem o PMDB

16/08/2017
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Boa parte do PMDB virou as costas para a campanha de Eduardo Braga, candidato do partido no segundo turno das eleições no Amazonas. É o troco pelo fato de Braga, ex-ministro de Dilma Rousseff, ter se mantido contra o impeachment. Em maio, Braga já havia experimentado um petit dejeuner da vendetta de Temer com a demissão da então superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, que ele havia indicado para o cargo.

#Dilma Roussef #Eduardo Braga #Michel Temer #PMDB


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O verdadeiro Tiririca

16/08/2017
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Wladimir Costa – o deputado da tatuagem “permanente” que desapareceu – botou na cabeça que vai organizar uma festa no Pará, seu estado, para celebrar os 77 anos do presidente Michel Temer, em setembro. De preferência, com o aniversariante presente.

#Michel Temer


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Dividendos

11/08/2017
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Cristiane Brasil, filha de Roberto Jefferson, poderá aterrissar no Ministério das Cidades. Assim, Michel Temer quitaria sua dívida pelos votos do PTB contra o seu afastamento da Presidência.

#Michel Temer #PTB #Roberto Jefferson


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A João o que é de Michel

10/08/2017
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Imaginem, apenas imaginem, se, em troca do apoio de Michel Temer a sua candidatura à presidência da República, João Doria pedir voto para Paulo Skaf na disputa pelo governo de São Paulo. Neste caso, Geraldo Alckmin perderia espaço no PSDB não só na corrida pelo Palácio do Planalto, mas até mesmo para fazer o seu próprio sucessor.

#Geraldo Alckmin #João Doria #Paulo Skaf


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Monopólio nuclear está por um fio

9/08/2017
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O governo Temer tem se aproveitado do poderio da base aliada no Congresso para revirar a Constituição e promover a liberalização de setores até então restritivos à participação do capital privado. O próximo passo nessa direção é a quebra do monopólio estatal na produção de energia nuclear, como informa o boletim Insight Prospectiva, que circula exclusivamente entre seus assinantes. A Câmara deverá votar nas próximas semanas as Propostas de Emenda Constitucional 122/07, do deputado Alfredo Kaefer (PSDB-PR), e 41/2011, de Carlos Sampaio (PSDB-SP).

As duas PECs autorizam a entrada de investidores privados na construção e operação de reatores nucleares para geração de energia elétrica, que hoje são atividades exclusivas da Eletronuclear. A medida permitirá ao governo vender participações nas usinas de Angra 1, 2 e 3. A China National Nuclear Corporation (CNNC) já sinalizou o interesse de entrar no capital desta última, um passo além do memorando de entendimentos firmado com a Eletronuclear no ano passado para a conclusão das obras da geradora.

Para todos os efeitos, a PEC 122/07 fixa em 30% o limite para a participação de investidores internacionais no capital das usinas nucleares. Na prática, porém, a tendência é que os grupos estrangeiros assumam uma posição de proa no setor por conta da musculatura financeira e da supremacia tecnológica. Amparado no discurso das “reformas estruturais”, o presidente Michel Temer tem mostrado apetite de sobra para “desregular” atividades vinculadas ao conceito de soberania nacional. Além da energia nuclear, entram neste rol a liberação da venda de terras para estrangeiros, a permissão para atividades de mineração em faixa de fronteira, a autorização para que grupos internacionais detenham até 100% de companhias aéreas e a chamada “MP da Grilagem”, que abre caminho para a legalização e transferência à propriedade privada de terras públicas ocupadas ilegalmente.

#Eletronuclear #Michel Temer


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Testemunhas de defesa

9/08/2017
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Ontem, o Palácio do Planalto foi chacoalhado pela informação de que Eduardo Cunha está prestes a encaminhar a Moreira Franco e Eliseu Padilha uma relação de perguntas demolidoras, como fez com Michel Temer. A conferir.

#Eduardo Cunha #Eliseu Padilha #Moreira Franco #Palácio do Planalto


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Temer nas alturas

8/08/2017
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Virada a página da votação do processo na Câmara (pelo menos até a nova denúncia da PGR), Michel Temer já se sente mais à vontade para se ausentar do país. Deverá fazer uma viagem internacional de maior fôlego ainda neste ano, provavelmente ao Oriente Médio. No radar, o agronegócio, notadamente as exportações de carne brasileira.

#Michel Temer


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O troféu de ACM Neto

7/08/2017
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ACM Neto recebeu de Michel Temer a promessa de que o PMDB estará em seu palanque em uma eventual candidatura ao governo da Bahia. Trata-se de um golpe de mestre do prefeito de Salvador para enfraquecer seu principal adversário, o atual governador e candidato à reeleição, Rui Costa, que chegou ao cargo exatamente numa aliança com os peemedebistas. É o mínimo que Temer pode fazer por ACM Neto, que o apoiou publicamente e foi decisivo para dobrar parlamentares da bancada nordestina que ameaçavam votar contra o presidente.

#ACM Neto #Michel Temer #PMDB #Rui Costa


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Cebola nos olhos de Temer é refresco

4/08/2017
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Rodrigo Janot confidenciou a um procurador amigo de peito que já esperava o resultado da votação favorável a Michel Temer. Mas confia na “Operação Cebola” para minar o balcão de agrados do presidente aos parlamentares. Janot está descascando as denúncias em fatias. Em setembro, vem outra camada ardente e mais um pedido de abertura de inquérito contra Temer. Os congressistas vão ter de dizer novamente que o presidente é impoluto, com seus votos abertos na frente da TV. A não ser que, melhor não falar…

#Michel Temer #Rodrigo Janot


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Parabenizando

4/08/2017
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Poucos minutos após a votação na Câmara, o fiel Rodrigo Rocha Loures, o deputado da mala, fez chegar a Michel Temer os parabéns pela acachapante vitória.

#Michel Temer #Rodrigo Rocha Loures


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TCU é um quebra-molas no caminho da “MP das Rodovias”

3/08/2017
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O que parecia ser a solução sob medida para um imbróglio com alguns dos maiores grupos de infraestrutura do país está se revelando um novo problema para o governo Temer neste seu “recomeço”, pós-vitória na Câmara. Trata-se da Medida Provisória que prevê a extensão do prazo para as obras de duplicação das rodovias leiloadas em 2013 e 2014. Segundo o RR apurou, o Palácio do Planalto já captou a resistência do Tribunal de Contas da União (TCU) à proposta, antes mesmo da MP ser editada.

A iniciativa estaria sendo interpretada no TCU como um waiver a empresas que atropelaram cronogramas e descumpriram os investimentos previstos nos respectivos editais, casos, por exemplo, de CCR, Invepar e Galvão Engenharia. Ressalte-se que o Tribunal de Contas tem adotado uma postura extremamente rígida em relação a mudanças em contratos de concessão. No início deste ano, por exemplo, posicionou-se contra a extensão da licença da Nova Dutra, pertencente à própria CCR. A “MP das Rodovias”, em fase final de elaboração na Casa Civil, entrou em cena após pressão das operadoras do setor reunidas na Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR).

A proposta surgiu como uma alternativa à solução mais radical: a retomada das licenças pela União. Em defesa da iniciativa, o governo argumenta que a MP não é um perdão e tampouco vai sair de graça para as empresas. Pelo texto, as concessionárias terão mais 14 anos para concluir as obras de duplicação das vias – o prazo atual é 2019. Em contrapartida, os contratos de concessão, originalmente de 30 anos, serão encurtados.

O governo alega que esta é a solução mais factível para destravar investimentos da ordem de R$ 30 bilhões. Todos os prazos previstos para as concessões de 2013 e 2014 já foram para o espaço. A CCR deveria duplicar um trecho de 806 quilômetros da BR-163 até o fim de 2019. A dois anos do prazo, as obras atingiram apenas 138 quilômetros. É o menor dos problemas. A Invepar concluiu apenas 78 quilômetros em um total de 516 quilômetros. Pior é a situação da Galvão Engenharia, que sequer iniciou as obras de duplicação da BR-153 entre Anápolis (GO) e Palmas (TO).

#CCR #Galvão Engenharia #Invepar #Michel Temer


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Vindas…

3/08/2017
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Aloysio Nunes Ferreira está mais privilegiado do que nunca no Planalto. Mesmo em caso de saída dos tucanos do governo, Michel Temer pretende mantê-lo à frente do Itamaraty. Debitaria a presença do intruso em sua cota pessoal.

#Itamaraty #Michel Temer


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Pronunciamento no facebook

2/08/2017
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Em caso de resultado favorável, como se espera no Palácio do Planalto, Michel Temer deverá fazer um pronunciamento nas redes sociais logo após a votação de hoje na Câmara.

#Facebook #Michel Temer #Palácio do Planalto

Negócios

Secos e molhados

2/08/2017
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Mesmo com a Lava Jato nos calcanhares, o senador Edison Lobão terá o usufruto de uma diretoria na Chesf e outra no Banco do Nordeste. O duplo “vale-nomeação” é parte dos dividendos pelo empenho em garimpar votos a favor de Michel Temer no plenário da Câmara.


Por sua vez, o deputado e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento deverá ser agraciado com uma diretoria da Valec. Ontem, no fim do dia, o Planalto dava como certo a captura do parlamentar, que andava indeciso em relação à votação de hoje. Não custa lembrar que a Valec é um campo minado: o ex-presidente da estatal, José Francisco das Neves, foi condenado por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.


Também ontem, no início da noite, o Planalto celebrava a estratégica reaproximação com o vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-MG). O parlamentar, conhecido como “Fabinho Liderança”, estava rompido com o governo desde fevereiro, quando foi preterido por Osmar Serraglio para assumir o Ministério da Justiça. Durante
todo o dia, Ramalho trabalhou para cooptar o PMDB mineiro a votar com o governo. À noite, completaria a missão com um jantar em seu apartamento funcional, onde receberia parlamentares de diversas siglas.

#Chesf #Lava Jato #Valec


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Fundo partidário e TV podem virar um “cheque ao portador” em 2018

1/08/2017
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Enquanto os holofotes se voltam ao pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, partidos da base aliada e da oposição aproveitam as penumbras do Congresso para colocar mais um jabuti na árvore da reforma política – diga-se de passagem, um quelônio capaz de fazer diferença nas eleições de 2018. Trata-se da chamada “emenda da portabilidade”, que permitiria ao parlamentar carregar consigo o tempo de TV e o fundo partidário em caso de troca de sigla. Nos últimos dias, as negociações para a inclusão da proposta no projeto de lei da reforma política, de relatoria do petista Vicente Candido, avançaram muitas jardas.

A mudança passaria a valer já na próxima “janela partidária”, a princípio prevista para março do ano que vem. Desde 2015, os congressistas que viram casaca não têm direito de levar para a nova sigla sua parcela no tempo de TV e no fundo partidário. Ou seja: saem de mãos abanando.

Caso se confirme, a reviravolta aumentará consideravelmente o “passe” dos parlamentares que atravessarem a “janela da infidelidade”. Até porque eles próprios carregarão no bolso uma espécie de cheque ao portador. Não custa lembrar que, em sua campanha à presidência da Câmara, o próprio Rodrigo Maia prometeu trabalhar pela portabilidade.

#Eleições #Michel Temer #TV


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Tasso foi o prato principal de Aécio Neves

1/08/2017
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No jantar com Michel Temer, no último sábado, no Palácio Jaburu, Aécio Neves notabilizou-se pelo tom ríspido com que se referiu a Tasso Jereissati e outras lideranças do PSDB. Por mais de uma vez, o senador disse que renunciar à presidência do partido “está fora de cogitação”. Mostrou-se especialmente irritado ao se referir a reportagens publicadas dois dias antes por dois grandes jornais dizendo que ele deixaria o comando do partido antes mesmo da reunião da direção nacional convocada para este mês.

#Aécio Neves #Michel Temer #PSDB


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Caça às bruxas no PSB

1/08/2017
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A direção nacional do PSB vai se reunir amanhã mesmo, após a votação do pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, para decidir o que fazer com os parlamentares que ficarem ao lado do governo. Ontem à noite, Beto Albuquerque, um dos líderes do partido, defendia uma punição para os dissidentes, leia-se a expulsão do partido.

#Michel Temer #PSB


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Montando o quebra-cabeça

1/08/2017
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A delação do doleiro Lucio Funaro tem ajudado a Lava Jato a montar o quebra-cabeças da atuação de Michel Temer na arrecadação de campanha do pupilo Gabriel Chalita.

#Lava Jato #Michel Temer


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Intriga palaciana

31/07/2017
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O Palácio do Planalto tem feito mal à imagem do general Sergio Etchegoyen, ministro do GSI, junto a seus pares no
Alto Comando do Exército. Há quem diga que Michel Temer e seus ministros próximos estão tirando proveito da integridade do general.

#GSI #Michel Temer #Palácio do Planalto


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Reserva Nacional do Cobre reluz feito ouro para os Moreira Salles

28/07/2017
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A família Moreira Salles está acompanhando de perto a decisão do governo de privatizar a Reserva Nacional do Cobre – uma gigantesca área metalogenética encrustada no estado do Pará, com enorme potencial de minerais não ferrosos e radioativos. A Reserva do Cobre ainda é um resquício do enrosco entre o empresário Daniel Ludwig,
idealizador do Jari, e os governos militares. A região pertencia a Ludwig, mas acabou sendo tomada na mão grande pelo então comandante do Grupo Executivo do Baixo Amazonas (Gebam), Almirante Roberto Gama e Silva. Foi fechada, lacrada e transformada em uma espécie de ativo estratégico da União.

Agora, Temer quer vender tudo. Na Reserva do Cobre, além do minério que lhe empresta o nome, encontram-se em abundância quase todas as matérias-primas: cassiterita, ferro, níquel, manganês, zinco, tungstênio, ouro – muito ouro, aliás – anatásio e nióbio. Os Moreira Salles querem comprar as reservas deste último minério e somá-las ao portfólio da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), detentora do monopólio mundial de nióbio e localizada na região de Araxá (MG).

A monumental jazida foi repassada de bandeja pelo então ministro de Minas e Energia, Antonio Dias Leite, a Walther Moreira Salles, que sempre dizia que seu melhor negócio não era o banco, mas a CBMM. Recentemente, os Moreira Salles venderam 15% do seu latifúndio de nióbio para um grupo de empresas chinesas, que deverá acompanhar a tradicional família banqueira na incursão para abocanhar o nióbio amazônico. A Reserva Nacional do Cobre é cheia de lendas e histórias.

O general João Baptista Figueiredo dizia que, se alguém quisesse explorá-la, ele prendia e arrebentava. Mais recentemente, o empresário Eike Batista moveu montanhas junto a Dilma Rousseff no afã de comprar a região inteira de uma tacada só. As negociações estavam até se encaminhando bem quando Eike foi seduzido pelo canto da sereia do petróleo. O resto todo mundo sabe.

#Michel Temer #Ministério de Minas e Energia #Moreira Salles


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Gasolina na fogueira

28/07/2017
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O encontro da última quarta-feira no Palácio do Planalto não aparou as arestas entre Michel Temer e Paulo Hartung. Pelo contrário. Ontem, em conversas reservadas com parlamentares do PMDB, o governador do Espírito Santo
subiu o tom nos ataques a Temer. Coisa de quem já usa a camisa do DEM e o bottom de Rodrigo Maia por debaixo do paletó.

#DEM #Michel Temer #Paulo Hartung #PMDB


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Vitor ou Vitória?

28/07/2017
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No “toma lá dá cá” para barrar o pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer, o governo está ressuscitando ou engavetando pautas no Congresso ao gosto do freguês. Para receber as bênçãos da bancada evangélica, por exemplo, promete apoiar o projeto de lei do deputado e pastor Hidekazu Takayama (PSC-PR), que proíbe o uso do
nome social de travestis e transexuais em órgãos da esfera federal, como estatais, autarquias e universidades. A proposta é tão polêmica, para se dizer o mínimo, que nem o evangélico Eduardo Cunha topou levá-la adiante quando comandava a Câmara.

#Eduardo Cunha #Michel Temer


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Governo do Rio afasta o risco de “pane seca” na segurança pública

27/07/2017
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Uma notícia positiva em meio ao caos da segurança pública no Rio: não vai faltar gasolina para patrulhinhas e camburões. O governo do estado firmou um acordo com a BR Distribuidora para quitar uma dívida de R$ 27 milhões referente ao fornecimento de combustível para viaturas e aeronaves das Polícias Militar e Civil. De acordo com uma fonte da Secretaria de Fazenda do Rio, o pagamento se dará por meio de compensação fiscal, leia-se o abatimento de ICMS, no âmbito da Lei no 7.267/17. O passivo será saldado em 18 parcelas mensais até dezembro de 2018. Consultado pelo RR, o governo do Rio confirmou o acordo.

A BR, por sua vez, não quis comentar o assunto. O acordo afasta a ameaça de uma pane seca nos órgãos de segurança pública do Rio. No ano passado, o estado chegou a ficar mais de três meses sem pagar pelo combustível fornecido pela BR – como informou o RR na edição de 21 de outubro de 2016. Conforme prevê a Lei no 8.666, a companhia tem a prerrogativa de suspender a distribuição após 90 dias de inadimplência.

Ressalte-se que o acerto entre a subsidiária da Petrobras e o governo do Rio vai zerar as dívidas em aberto até 31 de maio. A partir de 1 de junho, as Polícias Militar e Civil passaram a comprar combustível da BR comprometendo-se a pagar no prazo de 30 dias. Com a catástrofe fiscal do estado, a questão agora é como evitar uma nova bola de neve.


Por falar em segurança pública e Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, parece mais empenhado em conseguir um suplemento orçamentário para a Força Nacional de Segurança (FNS) do que o próprio colega da Justiça, Torquato Jardim, a quem a FNS está subordinada. Na última semana, tratou do assunto com o presidente Michel Temer, além do ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. A Força Nacional solicitou ao governo a liberação de R$ 120 milhões. Caso contrário, corre o risco de ter de dispensar mais de 1.500 homens por falta de recursos para viagens e diárias. Justo no momento que o próprio Temer comprometeu-se a deslocar mais 420 integrantes da FNS para o Rio de Janeiro.

#Governo do Rio de janeiro #Polícia Civil #Polícia Militar


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As palavras são eternas

27/07/2017
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As redes sociais não perdoam. Nos últimos dias, antigas declarações do agora ministro da Cultura, Sergio Sá Leitão, contra Michel Temer foram fartamente reproduzidas no Facebook e no Twitter.

#Facebook #Michel Temer #Twitter


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O voo dos tucanos

27/07/2017
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À caça de votos no Congresso a favor de Michel Temer, os líderes governistas têm se confrontado com um problema prosaico: a dificuldade de interlocução com o “board” do PSDB. O presidente afastado, Aécio Neves, é fósforo queimado. Já o presidente interino, Tasso Jereissati, viajou com a família de férias para a Europa. Passa boa parte do
dia incomunicável. Sobrou o indecifrável Geraldo Alckmin.

#Aécio Neves #Michel Temer #PSDB


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Dois pés no Palácio

26/07/2017
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Ontem, no fim da tarde, a listagem de Eliseu Padilha, que nunca erra, contabilizava 90 deputados indecisos em
relação ao pedido de abertura de inquérito contra Michel Temer. Até o dia 2 de agosto, data prevista para a votação
no plenário da Câmara, Temer não arredará o pé de Brasília. Vai se dedicar a apertar a mão, olhar no olho e arrancar
o voto de boa parte dos parlamentares hesitantes.

#Eliseu Padilha #Michel Temer


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Batalha cibernética

25/07/2017
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O Palácio do Planalto intensificou o monitoramento dos chamados “haters” nas redes sociais. Nos últimos dias, teria identificado e bloqueado dezenas de perfis ligados a partidos ou organizações da oposição que estavam praticando “cyber bullying” nas páginas oficiais do presidente Michel Temer.

#Facebook #Michel Temer #Palácio do Planalto


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Pato manco

25/07/2017
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Se alguém do governo foi pego no contrapé pela ressurreição do “pato da Fiesp“, certamente não foi Michel Temer. O presidente teria tomado conhecimento, de véspera, do protesto feito pela entidade na última sexta-feira contra o aumento de impostos. Paulo Skaf não pregaria uma peça dessas em Temer – avalista da sua candidatura ao governo de São Paulo. Em relação a Henrique Meirelles, talvez já não se possa dizer o mesmo.

#Fiesp #Henrique Meirelles #Michel Temer #Paulo Skaf


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Temer garante

25/07/2017
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A indicação de Cristiane Brasil para o Ministério da Cultura desafinou. Mas Michel Temer garante ao PTB que a filha de Roberto Jefferson estará sentada em uma cadeira quando a dança da reforma ministerial terminar.

#Michel Temer #PTB #Roberto Jefferson


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Venda de terras a estrangeiros entra no pacote do “SOS Temer”

21/07/2017
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O solo brasileiro virou moeda de troca no esforço de Michel Temer para preservar seus hectares de Poder. O Palácio do Planalto está montando uma “Operação Trator” com o objetivo de acelerar a votação do projeto de lei que libera a venda de terras para o capital estrangeiro. A Casa Civil já concluiu o texto substitutivo do PL no 4.059/12, que está parado na Câmara há mais de um ano. O governo trabalha para que a nova proposta seja votada em plenário até setembro. Segundo o RR apurou, nas contas do ministro Eliseu Padilha, o projeto já tem o voto favorável de mais de 300 deputados, o que dá certa folga em relação ao piso necessário: 257 parlamentares.

À medida que se aproxima o Dia D de Michel Temer na Câmara dos Deputados, o projeto de lei da Casa Civil é mais uma vela no ofertório montado pelo governo para barrar a denúncia de Rodrigo Janot e a abertura de processo contra o presidente da República. A prece, neste caso, é dirigida à bancada ruralista, que reúne, por baixo, cerca de 200 votos na Casa. Em boa parcela, são donos de propriedades agrícolas que esfregam as mãos diante da possibilidade duma marcha de investidores internacionais no setor.

O próprio Temer tem conduzido pessoalmente as tratativas com os líderes da chamada Frente Parlamentar da Agropecuária. Seus principais interlocutores são os deputados Jovair Arantes (PTB-GO) e Nilson Leitão (PSDB-MT). Como se sabe, trata-se de um dos “partidos” mais exigentes do Congresso. Além do projeto de lei que autoriza a venda de terras para estrangeiros, a bancada ruralista se aproveita das circunstâncias para levar também a MP do Funrural, que deverá ser editada nos próximos dias. A Medida Provisória permitirá o parcelamento dos débitos de produtores rurais e agroindústrias com o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural, que somam cerca de R$ 26 bilhões.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Rodrigo Janot


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Uma vez cacique…

20/07/2017
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Paulo Skaf tem conversado recorrentemente com Michel Temer sobre 2018. Quer, desde já, a garantia de que será o candidato do PMDB ao governo paulista. Mesmo que Temer venha a ser detonado da Presidência da República, dificilmente o partido lançará um candidato sem a sua bênção.

#Michel Temer #Paulo Skaf #PMDB


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Mantra

18/07/2017
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A quem lhe pergunta sobre os “traidores” do próprio PMDB, Michel Temer repete, como um mantra, que não vai agir com o fígado. Aliás, quando foi que Temer tomou uma atitude mais Madura na política?

#Michel Temer #PMDB


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“Bolsa gratidão”

18/07/2017
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O deputado Carlos Marun – o mais estridente defensor de Michel Temer, Eduardo Cunha et caterva no Congresso – tem colhido seus dividendos por tão desmedido apoio. Nas últimas semanas, vem fazendo um giro pelo interior do Mato Grosso do Sul para anunciar, todo pimpão, a liberação de verbas do governo federal para educação, saúde, saneamento etc.

#Eduardo Cunha #Michel Temer


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Hora do troco

17/07/2017
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Com o PSDB dentro ou fora do governo, os dias de Bruno Araújo no Ministério das Cidades estão contados. Mesmo no cargo, Araújo foi um dos primeiros tucanos a defender a saída do partido da base aliada após a divulgação da conversa entre Michel Temer e Joesley Batista. O PMDB, que sente o cheiro de fritura de longe, já avisou que quer a Pasta.

#Joesley Batista #Michel Temer #PSDB


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Temer deixou o cavalo da infraestrutura passar a sua frente

17/07/2017
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É possível que agora Michel Temer não tenha mais o que fazer, envolvido que está em não ser apeado do Planalto como chefe de organização criminosa. Mas houve época em que ele tinha mais tempo para tocar o governo. Se tivesse se debruçado sobre o trabalho feito sobre concessões e PPPs pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada – Infraestrutura (Sinicon), suas obras estariam de vento em popa. Rodolpho Tourinho, que ocupava a presidência da entidade, teve dezenas de reuniões com um grupo de trabalho interministerial, com cada um dos ministros e com o BNDES.

Incansável, Tourinho desenhou um mapa completo para que o programa de concessões deslanchasse, desde a regulamentação do project finance integral até os certificados de garantia em cada dos empreendimento. Tourinho faleceu (em maio de 2015) e deixou o alentado trabalho de posse da Abdib, entidade congênere ao Sinicon-Infraestrutura. Virou um documento cult, quase desconhecido. As concessões entraram em passo de cágado e foram entregues aos interesses kryptorepublicanos de Moreira Franco.

Deu no que deu. A maior parte delas ficou para 2018, e olhe lá. Não sobrou nem um rush de leilões encruados. De qualquer forma o plano anda por aí. Basta pedir o original a Petronio Lerche, presidente do Sinicon, ou a Venilton Tadini, presidente da Abdib. Ou mesmo ao BNDES, que guarda a memória das discussões.

#Abdib #BNDES #Michel Temer


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Henrique Meirelles já não consegue nem ser âncora de si próprio

14/07/2017
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A lua de mel de Henrique Meirelles com Michel Temer, os empresários e próceres da base aliada, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, eclipsou, ou, melhor, tornou-se pontilhada de fel. O ministro da Fazenda tem feito exigências, dificultado a liberação de verbas e mostrado soberba, inclusive nas reuniões com o grupo palaciano. A estratégia de Meirelles é capciosa: mantém sua palavra de permanecer no governo desde que suas diretrizes na economia sejam mantidas e ninguém o ofusque na sua esfera de atuação. O que em outras palavras quer dizer: “Não me contrariem que eu me mando”. Ocorre que a intocabilidade do ministro não é mais a mesma.

Meirelles é uma âncora em processo de corrosão e imersa em um chão viscoso. As reformas estruturais, sustentáculo do governo, já deixaram há muito de ser “As reformas que dependem do Meirelles”. A julgar pela velocidade dos fatos, caminham para serem as reformas de Rodrigo Maia ou de qualquer um que se apresente. O ministro reduziu bastante sua agenda de encontros com políticos – que já foi intensa quando a parte técnica da reforma da Previdência estava sob sua alçada. Sua presença no Congresso era algo de marcial.

Hoje a maior interlocução com os parlamentares é realizada pelo Secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto Almeida. Os políticos acham chato o papo com Meirelles. O sucesso na política anti-inflacionária e na redução dos juros já foi depositado na conta do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. Na área fiscal, os números obtidos na gestão do ministro são os piores da história republicana. O Brasil vai acumular um déficit primário de cerca de R$ 500 bilhões no triênio que se encerra em 2018, o maior já registrado no país.

A dívida pública interna alcançará cerca de 90% do PIB. De âncora fiscal, portanto, o ministro não tem nada. Desemprego, recessão, atraso nas concessões, não há nada para ser mostrado na vitrine. Há ainda a presença de Paulo Rabello de Castro no BNDES, avaliada por Temer e pela Fiesp. Há o aconselhamento de José Marcio Camargo e Marcos Lisboa a Rodrigo Maia. Existe também a expectativa de respingo da delação de Antônio Palocci. E mais: foi iniciada a safra despudorada de Medidas Provisórias para compensar os parlamentares que votarem atendendo aos interesses palacianos.

A torrente de MPs corresponde a algo como “Não me enche o saco com política fiscal”. Finalmente, há o recurso ao aumento de impostos, que, na linguagem do mercado, pode ser traduzido como “Vai para casa, Meirelles”. Aos poucos, portanto, o ministro vai se transformando em uma cópia enrugada de Joaquim Levy, que, pelo menos, podia atribuir a calamidade a Dilma Rousseff. Meirelles é um busto encrostado em praça pública em homenagem ao ministro que ele foi um dia, sobrevoado por passarinhos prontos para fazer xixi na sua cabeça.

#Henrique Meirelles #Ilan Goldfajn #Michel Temer


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Planalto já lança em balanço o racha tucano

13/07/2017
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O Palácio do Planalto contabilizava ontem uma importante vitória política: o racha dos governadores tucanos. Se Beto Richa partiu de vez para a “oposição”, Michel Temer conseguiu evitar o desembarque definitivo de Geraldo Alckmin, ao menos até a votação do pedido de abertura de processo contra ele na Câmara. Além disso, nas contas do governo, Marconi Perillo, de Goiás, Pedro Taques, do Mato Grosso, e Reinaldo Azambuja, do Mato Grosso do Sul, estão fechados com Temer. A expectativa do Palácio é que as bancadas do PSDB nos três estados votem contra o afastamento de Temer da Presidência. Na planilha de Eliseu Padilha, são oito votos a mais a favor do governo.

#Beto Richa #Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Temer invade as redes sociais

12/07/2017
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O Palácio do Planalto vai lançar ainda nesta semana uma estratégia para impulsionar a comunicação do governo nas mídias sociais. O plano de ação foi delineado a toque de caixa nos últimos dois dias. A ordem é bombardear as redes com boas notícias da economia. O Planalto pretende também utilizar as contas oficiais de Michel Temer no Twitter e no Facebook para centralizar a divulgação de fatos com maior impacto social, como, por exemplo, a entrega de imóveis do Minha Casa, Minha Vida. Alguns destes eventos serão transmitidos online nos perfis do presidente da República. A operação de guerra prevê também a postagem mais frequente de vídeos gravados pelo próprio Temer, a exemplo da mensagem veiculada na última quinta-feira antes da sua viagem à Alemanha. Segundo medições da área de comunicação do Planalto, o expediente tem razoável eficácia pela reprodução dos vídeos nas próprias redes sociais e do áudio em emissoras de rádio.

#Michel Temer


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“Partido do Ceará”

12/07/2017
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O interesse “pátrio”, ao que parece, cala fundo no governador do Ceará, Camilo Santana. O petista tem defendido o nome do tucano Tasso Jereissati para suceder o presidente Michel Temer em caso de eleição indireta no Congresso. Desde já, apoia ainda a candidatura do também conterrâneo Ciro Gomes em 2018. E o PT, partido de Santana? Viria de vice, com Fernando Haddad.

#Ciro Gomes #Michel Temer


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Rodrigo Maia já rascunha o seu Ministério

10/07/2017
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O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já está montando sua equipe de governo. Do time atual, somente Henrique Meirelles tem vaga garantida. No mais, Maia vai mudar um monte de nome nas demais pastas e praticamente todos os ministros palacianos, incluindo seu sogro Moreira Franco.

A exceção seria feita ao ministro chefe do GSI, General Sergio Etchegoyen, que, posteriormente, poderia ser promovido aos cargos de ministro da Defesa ou comandante do Exército. Seu pai, Cesar Maia, não integrará o governo. O “papi” permanecerá aconselhando de casa. A novidade, segundo a fonte do RR, é a criação de uma secretaria de assuntos microecômicos ligada diretamente à Presidência da República.

O convidado para o posto é o presidente do Insper, Marcos Lisboa, uma espécie de guru econômico de Maia. Lisboa fez o mesmo trabalho, sem tanta pompa e recursos, no primeiro governo Lula. Antes disso, o eclético economista havia sido um dos autores da “agenda perdida”, um conjunto de propostas – a maior parte microeconômicas – feito por solicitação do então candidato à presidência Ciro Gomes. Lisboa foi convidado por Antonio Palocci para participar da equipe econômica de Lula.

Vem daí sua convivência com Henrique Meirelles, então presidente do Banco Central. Como nos dizeres de Darcy Ribeiro, Marcos Lisboa vai ser o “fazedor de fazimentos” gostosos para o empresariado, que Maia tanto quer agradar. Meirelles continuaria pegando no pesado e tocando as reformas. No entanto, mesmo com a garantia dada por Maia, passaria a ser “meia âncora” da economia. Afinal, teria um regra três tinindo, sentado no banco do Palácio em condições de jogo, coisa que nunca aconteceu neste cada vez mais passageiro governo Michel Temer.

#Henrique Meirelles #Moreira Franco #Rodrigo Maia


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Farelos de poder

10/07/2017
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Seja Michel Temer, seja Rodrigo Maia, pouco importa: a tropa governista da Câmara já duela pelas quatro pastas tucanas que deverão voltar às páginas dos classificados nos próximos dias. PMDB e DEM são os mais ávidos pelas cadeiras de Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes Ferreira (Itamaraty) e Luis linda Valois (Direitos Humanos). A bancada do PSDB se reúne nesta semana para formalizar a rebelião contra o presidente Temer, liberando seus deputados para votar contra o governo na Comissão de Constituição e Justiça e no plenário da Câmara.

#DEM #Michel Temer #PMDB #Rodrigo Maia


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Fidelidade líquida

7/07/2017
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O Palácio do Planalto confia desconfiando na lealdade do presidente da Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG). O temor é que o atual aliado se volte contra o próprio governo, aproveitando os holofotes da denúncia contra Michel Temer para lançar de vez sua candidatura ao governo de Minas Gerais em 2018.

#Palácio do Planalto #PMDB


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Operação de guerra

6/07/2017
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Lugar de “soldado” é no Congresso. O Palácio do Planalto decidiu, ontem, que os deputados com cargos em ministérios – como Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Leonardo Picciani (Esportes) e Mendonça Filho (Educação) – reassumirão seus mandatos por um dia para votar contra o pedido de investigação do presidente Michel Temer.


Por falar em votos no Congresso, o ministro Gilberto Kassab está submerso na articulação política: tem passado dias e noites distribuindo cargos a parlamentares da base aliada.

#Palácio do Planalto


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Reforma política vira uma boia para os náufragos da Lava Jato

5/07/2017
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A reforma do sistema político é o biombo por trás do qual começa a ganhar corpo um grande acordão com o objetivo de salvaguardar as principais lideranças partidárias do país criminalizadas pela Lava Jato. O pacto coletivo está sendo costurado em torno do projeto da reforma política em elaboração na Comissão Especial da Câmara. Uma das propostas mais agudas neste sentido é a instituição de foro privilegiado para ex-presidentes da República. Para tanto seria aproveitada uma outra PEC, já em curso no Senado, que trata de assunto correlato ao tema.

Não custa lembrar que, nos estertores do seu governo, Fernando Henrique Cardoso sancionou lei protegendo ex-chefes de governo de juízes de primeira instância. Três anos depois, o STF derrubou o dispositivo. Uma forma de envernizar a prerrogativa em sua segunda versão seria conceder a ex-presidentes o cargo de senador vitalício. Como única condição restritiva: esses novos membros não poderiam assumir a presidência da Casa.

A medida conta com o apoio irrestrito do PT, do PSDB e do PMDB, siglas que aninham quatro dos cinco ex-mandatários vivos – a exceção é Fernando Collor, do PTC. Além de José Sarney, o PMDB tem ainda o futuro ex-presidente Michel Temer, cada dia mais enrascado na Lava Jato. O pacto em torno da reforma política passa também pelo afrouxamento da legislação eleitoral, notadamente as regras para o caixa de campanha. O texto final da reforma eleitoral deverá propor o aumento do financiamento público de R$ 1,8 bilhão para R$ 3 bilhões. Mais do que isso: permitirá a retomada das doações empresariais.

O modelo negociado entre os parlamentares prevê a fixação de um percentual em cima da arrecadação total de 2014. As doações seriam feitas diretamente para o partido e não para o candidato. Outra proposta considerada visceral que conta com o apoio dos grandes partidos é o voto em lista fechada em 2018 – apenas no pleito seguinte, em 2022, vigoraria o modelo alemão de voto misto (lista aberta e fechada). Esta amarra é o preço da fidelidade ao governo neste momento.

A lista fechada aumenta a “impessoalidade” dos candidatos para o eleitor e favorece os caciques regionais de cada sigla, os nomes mais tradicionais da política, justamente os mais maculados pela Lava Jato. Ameaçados pela estimativa de renovação do Congresso de 50% a 60%, acima da média histórica em torno de 40%, os parlamentares querem o mínimo de garantia de que sua lealdade a um governo todo enlameado não custará sua própria cabeça nas urnas em 2018. A proposta da lista fechada traria, segundo seus defensores, a vantagem adicional de instituir a tão sonhada fidelidade partidária e a possibilidade do encaminhamento de “questões fechadas” à bancada.

#Lava Jato


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Daqui não saio…

5/07/2017
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Amanhã, pouco antes de embarcar rumo à Alemanha, Michel Temer vai gravar um vídeo para as redes sociais – mais uma produção do publicitário Elcio Mouco, seu marqueteiro de confiança. Na mesma linha de seus recentes pronunciamentos, Temer usará o filmete para reafirmar sua permanência no cargo.

#Michel Temer


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Janot pede bis contra Moreira e Padilha

5/07/2017
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O cerco se fecha em torno de todos os homens do presidente. O RR apurou que, nos próximos dias, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai encaminhar ao STF nova denúncia contra Eliseu Padilha e Moreira Franco. O pedido de abertura de processo se baseia nas investigações contra o ex-ministro Geddel Vieira Lima e na delação do doleiro Lucio Funaro. Em seu depoimento, Funaro teria revelado o repasse de propina para os dois ministros palacianos. Como disse o próprio Janot, ele ainda tem muita flecha para disparar antes de deixar a PGR, em setembro. A primeira denúncia da PGR contra os dois aliados figadais de Michel Temer foi encaminhada ao STF em março, a partir da delação de executivos da Odebrecht. Até hoje, a Suprema Corte não se manifestou. Temer já declarou que, se um ministro do seu governo virar réu, deixará o cargo. Pelo andar da carruagem, muito em breve terá a oportunidade comprovar se a promessa era para valer.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #Rodrigo Janot


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Primeiramente, fora…

3/07/2017
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As redes sociais têm permitido à comunicação do Palácio do Planalto medir em tempo real a “popularidade” de Michel Temer. Cada post de Temer no Twitter, por exemplo, recebe, em média, 98% de comentários negativos.

#Michel Temer #Twitter


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Como diria Shakespeare, muito barulho por nada. Ou tudo

27/06/2017
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Circulou no Congresso Nacional a informação de que um triângulo das Bermudas estava se formando no cume da política brasileira. Seus vértices seriam o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, o Comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes. O trio estaria articulando um manifesto contra o estado de anomia que domina o país. Os virtuais signatários se autodenominariam representantes da “sabedoria, Justiça e da força”. Um tanto quanto cabotino. Mas não se pode deixar de reconhecer que os três pontífices são um maná de capacitação e autoridade em meio ao atual deserto de homens e ideias.

O RR foi procurar uma fonte estratégica. Ela desdenhou do rumor, afirmando que “conhecia os três e que, apesar de vaidosíssimos, não fariam uma coisa dessas por temer os riscos de interpretações equivocadas”. Ponderou, contudo, que Fernando Henrique, Gilmar e Villas Bôas têm estado mais próximos recentemente. De fato, surgiram alguns pontos de interseção entre os três cardeais. FHC e Gilmar Mendes têm uma antiga afinidade. O ex-presidente é palestrante de eventos internacionais promovidos pelo Instituto Brasiliense de Direito Público, mais conhecido pelo acrônimo IDP.

Um dado curioso: a instituição de ensino pertencente a Gilmar consegue ao mesmo tempo ser patrocinada por empresas estatais e controlada por um ministro do Supremo sem que ninguém acuse um conflito de interesse. Em 12 de outubro do ano passado, o presidente Michel Temer chamou FHC e Gilmar Mendes para um almoço privado com o objetivo de “um aconselhamento de alto nível”. O Comandante Villas Bôas, por sua vez, foi cortejado em ambas as casas neste segundo trimestre. Deu palestra no dia 24 de maio no Instituto FHC.

O evento repercutiu e foi considerado inoportuno por parlamentares e militares da reserva devido à circunstância política. No último dia 20 de junho, VB compareceu ao IDP, de Gilmar Mendes, onde foi homenageado com o título de Doutor Honoris Causa. Frente a assunto de tal impacto, o RR decidiu tirar a limpo a história. Consultou FHC que não se fez de rogado: “É tudo fantasioso. Nunca estivemos os três juntos e, separadamente, nas raras ocasiões em que os vi jamais cogitei de manifesto algum, nem seria apropriado”.

O Comandante Villas Bôas já tinha se posicionado de forma lacônica e peremptória: “No Instituto FHC, tratei de Defesa Nacional, Vigilância de Fronteira e Segurança Pública – o papel das Forças Armadas. É uma discussão vital para o país.” O Centro de Comunicação Social do Exército também se manifestou para afirmar o caráter protocolar dos eventos: “O Exmo. Senhor General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas compareceu ao Instituto Fernando Henrique Cardoso e no Instituto Brasiliense de Direito Público do Ministro Gilmar Mendes em sua condição de Comandante do Exército Brasileiro, representando a Força da qual está à frente, para proferir palestra e/ou participar de evento cultural como convidado.”

Villas Bôas, um oficial legalista e disciplinado, não transporia o Regulamento Disciplinar para assinar um manifesto no qual sua participação poderia ser confundida com a da Força Armada. O ministro Gilmar Mendes não respondeu por se encontrar no plenário do STF. De qualquer forma, bem melhor assim. Que os três se mantenham candidatos ao epíteto de estadistas, sem articulações ou manifestos que confundam ainda mais o ambiente político.

#Eduardo Villas Bôas #Fernando Henrique Cardoso #Gilmar Mendes


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Meirelles é o estraga-prazer do governo Temer

23/06/2017
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, está mostrando que “pau que dá em Chico bate em Francisco”. Meirelles tem dificultado todas as ações solicitadas por Michel Temer e o grupo palaciano para reanimar a economia. Ele condiciona os gastos à obtenção das receitas extraordinárias. E as receitas andam a passos de cágado. O ministro simplesmente se recusa a usar o expediente de empurrar despesas para o ano que vem usando a rubrica orçamentária dos restos a pagar.

Meirelles tem restringido o voo do novo darling do governo, o presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, solicitando que o banco devolva recursos devidos para que o buraco do déficit primário seja contido e a Fazenda fique mais confortável para liberar novos gastos. Só que o dinheiro do BNDES está sendo guardado para mimosear os empresários e não sanar o caixa do governo, o que tem significado fiscal, mas nenhuma valia política. Meirelles sentou em cima do Refis o quanto pode, mesmo ele representando uma ajuda ao equilíbrio nas contas no curto prazo. E não libera a correção da tabela do Imposto de Renda.

O argumento do ministro da Fazenda é que o alívio no torniquete deve ser precedido pela aprovação das reformas, o que terá um efeito de transmissão para o fiscal por meio das mudanças das expectativas. Só que também não se sabe quando as reformas passarão. Henrique Meirelles continua sendo a âncora do presidente Temer na economia. E não consta que ele tenha ido para o governo para se desdizer e fazer o que o seu mestre mandar. Portanto, quem pariu Mateus que o embale. Se depender do termômetro do ministro da Fazenda, o clima será seco, quente, quase asfixiante, em todo o país.

#BNDES #Henrique Meirelles #Michel Temer


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Agenda nuclear

23/06/2017
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A agenda nuclear foi o que mais bombou na visita de Michel Temer à Rússia. Muito em breve, os projetos serão descortinados.

#Michel Temer


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A mão de ferro de Michel Temer sobre a propriedade privada

20/06/2017
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O governo Temer está reagindo à Lava Jato com a adoção de um “intervencionismo democrático”. A resposta às recorrentes operações do Ministério Público e da Polícia Federal são Medidas Provisórias a granel, todas a título de proteção do mercado, que mais intimidam do que tranquilizam. A última geração das MPs na fronteira dos atos de exceção ainda fervilha nos tubos de ensaio do laboratório do Planalto. Com o discurso salvacionista das empresas e dos acionistas minoritários, o novo dispositivo judicial permitiria intervir na gestão e no controle da propriedade privada.

Os empresários responsáveis por danos ao mercado e ao Estado, condenados por delitos graves na área econômica, seriam obrigados a alienar sua participação societária. A depender do ângulo, parece justa a intervenção. Em casos como os da JBS e da Odebrecht, quem paga o pato pela má conduta dos donos é a empresa, seus funcionários, fornecedores a acionistas. Enquanto os controladores estão à frente da companhia, ela será submetida a punições mais prolongadas por inidoneidade, terá dificuldades nos seus acordos de leniência, verá o business ser contaminado pelo marketing da imoralidade dos seus proprietários, e massacrada por todas as instâncias do próprio governo.

Os que esgrimem em favor dessa argumentação lembram o Proer, quando os donos dos bancos foram forçados a se afastar do controle das instituições. Só que no Proer, é bom que se faça a ressalva, os bancos estavam quebrados. A outra ótica é a do grito de alerta contra o arbítrio em relação à propriedade privada. Os critérios que determinariam a intervenção são de tangibilidade discutível. O governo também poderá julgar onde e como quer intervir. Ao contrário do que se propõe, a MP pode se tornar uma ode à insegurança regulatória e uma péssima mensagem ao capital estrangeiro.

Mas Temer não está para brincadeira. A MP da alienação do controle das empresas privadas será apenas mais um ponto cardeal de uma estrada em construção. De certa forma, o governo já tem ensaiado ou mesmo adotado medidas que caminham nessa direção. Foi o caso da “MP das Concessões”, cuja gestão foi confirmada por agências reguladoras, que permitirá a intervenção em qualquer concessionária ou permissionária de serviços públicos, de operadoras de telefonia a aeroportos, rodovias e ferrovias – o governo, que não pisa no próprio calo, tirou as concessões de radiodifusão dessa lista.

O dispositivo bate de frente com a Emenda Constitucional no 8. Em seu artigo 2o, ela diz que: “É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso XI do art. 21 com a redação dada por esta emenda constitucional” – o inciso XI trata exatamente da exploração dos serviços de telecomunicações, pela União ou mediante autorização, concessão ou permissão. Mas o governo já anunciou que seus tentáculos invadirão todas as empresas de infraestrutura sob o regime de concessão ou PPP.

A ideia permanece no paiol, mas a essência da blitzkrieg já está materializada, por exemplo, na Lei 13.448/17, que abriu espaço para o governo decretar a caducidade e retomar as concessões das rodovias licitadas em 2013 e 2014. Está também no espírito da MP 784, que inaugura um novo jugo nas áreas de regulação e fiscalização do setor financeiro, permitindo – ou estimulando – que as empresas negociem com o Banco Central e a CVM acordos de leniência na esfera administrativa. Os poderes de ambas são turbinados. O limite de multa máxima do Banco Central saltou de R$ 250 mil para R$ 2 bilhões. Já o limite de multa da CVM disparou de R$ 50 mil para R$500 milhões. O conjunto de MPs, a despeito do juízo do mérito, enfeixa o governo de um poder descomunal. É prepotente, arbitrário, invasor de direitos. Temer, definitivamente, quer mostrar que sabe reagir à altura.

#Lava Jato #Michel Temer


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Prestidigitação

19/06/2017
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Sandro Mabel deixou o posto de assessor especial da Casa Civil, mas algum sósia dele continua no Palácio do Planalto. E tem cumprido uma série de missões para Michel Temer, especialmente na distribuição de cargos para a base aliada.

#Michel Temer #Palácio do Planalto


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Rubens Ometto só colhe ingratidão do governo

14/06/2017
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Rubens Ometto, dono da Cosan, é um dos raros empresários que apoia publicamente o governo – vide sua presença em jantar de desagravo ao presidente Michel Temer, há cerca de duas semanas em São Paulo. No entanto, seu sentimento é que tem colhido muito pouco para o tanto que semeia. Os mais importantes projetos da Rumo Logística, uma de suas empresas, estão parados nos escaninhos do Poder à espera de respostas que não chegam. Ometto comprometeu-se a investir quase R$ 5 bilhões na expansão e modernização da malha ferroviária da companhia.

Há poucas semanas, também acenou ao governo com o interesse em participar do leilão de concessão da Ferrovia Norte-Sul no trecho que cortará São Paulo, Minas, Goiás e Tocantins – um dos empreendimentos incluídos na PPI. Estes dois movimentos, no entanto, estão condicionados à renovação antecipada, por mais 30 anos, da licença da Malha Paulista, uma das principais operações da Rumo. Ocorre que o pedido hiberna na ANTT há mais de um ano. Nem mesmo as insistentes gestões de Ometto junto aos ministros palacianos, Moreira Franco e Eliseu Padilha, têm ajudado a desatar o nó. Curiosamente, não é apenas na esfera federal que Rubens Ometto vem se deparando com a falta de carinho dos governantes que apoia.

Pulando de Brasília para São Paulo e da área de logística para o setor de energia, o empresário tem motivos de sobra para estar decepcionado com Geraldo Alckmin. Ometto não vê qualquer esforço do governo Alckmin para resolver o impasse entre a Comgás, outra de suas empresas, e a Arsesp. Desde o fim do ano passado, a distribuidora está em um embate com a agência reguladora de serviços públicos de São Paulo por conta da revisão das tarifas do gás.

É mais um enrosco que engessa os planos empresariais de Ometto. Enquanto não houver uma definição para os preços do insumo em São Paulo, a Comgás não vai se arriscar a levar adiante o plano de consolidar outras distribuidoras do setor – um dos alvos seria a participação de 49% da Cemig na Gasmig. Consta, aliás, que Ometto abordou o assunto com o governador Alckmin no próprio jantar oferecido ao presidente Temer. Saiu de lá sem a sobremesa que tanto queria.

#Michel Temer #Rubens Ometto #Rumo Logística


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Lembranças de Pequim

14/06/2017
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Vai dar no Beijing Daily: a iminente delação de Rodrigo Rocha Loures deverá colocar foco nas relações sino-brasileiras de Michel Temer, desde a época em que ele presidia a Câmara dos Deputados. No momento em que o governo tenta estreitar os laços entre os dois países, especialmente na área de infraestrutura, não é a melhor das notícias.

#Michel Temer


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Inferno na torre

13/06/2017
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Os aeroportos brasileiros vão ferver… Os funcionários da Infraero preparam uma operação- tartaruga contra a decisão de Michel Temer de esquartejar e vender a estatal. Consultada, a empresa diz que “conta com um plano de contingência em caso de eventualidades.”

#Infraero #Michel Temer


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Gilmar Mendes é o donatário da República

13/06/2017
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O ministro do STF – Gilmar Mendes tinha certeza absoluta em relação ao papel tollwütiger hund que desempenharia no julgamento da chapa Dilma-Temer. Dois dias depois da histórica sessão do TSE, Gilmar, no seu estilo pedantisch grob, afirmou com sua voz de barítono a um dos seus colaboradores nos eventos do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), instituição de ensino da qual é um dos controladores: “Fiz o que tinha de ser feito; as cartas do futuro estão jogadas. Posso ficar onde estou, mas a extensão do meu domínio aumenta até o píncaro”. O uso das duas expressões em língua germânica tem a função de sublinhar o exibicionismo do juiz, que faz da fluência em alemão uma marca pernóstica da sua erudição.

Pois traduza-se as respectivas palavras na sua literalidade: cachorro raivoso e pedante grosseiro. Com esse estilo que o Brasil todo conhece, Gilmar Mendes escolheu uma opção segura para quem nunca fez questão de ser amado: o poder em primeiro lugar. Permanecerá no STF até 2030, fim do seu mandato, fazendo do tribunal um bunker para a defesa das classes dominantes. A outra alternativa já tinha sido queimada junto com as caravelas nas quais navegavam as derradeiras chances da renúncia de Michel Temer: candidatar-se como um nome suprapartidário em eleições indiretas para presidente da República.

Gilmar sabe que Temer não abandonará o cargo. Sua postura no Supremo é parte dessa convicção. Segundo interlocutor do juiz do STF e fonte do RR, o ministro é um “homem de lealdade absurda”, mas antes de tudo é um pragmático “Ele construiu um latifúndio junto à direita, mas convive com qualquer elite dirigente”. Entre os planos para tornar-se um macrocosmo está a sua própria internacionalização. A plataforma para a construção da imagem no exterior é o IDP, que deve se tornar uma espécie de Lide voltado para tertúlias das ciências políticas e do direito, com parceiros cosmopolitas tais como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Gilmar Mendes desdenha até da “bala de prata” com a qual as hostes revoltosas procuram atingi-lo: o pedido de impeachment, com base no Artigo 52, inciso do II da Constituição, que dá ao Senado poderes para julgar o impedimento do juiz da Alta Corte. Pois bem, seriam necessários dois terços dos votos da casa. É o próprio Gilmar quem afirma que se contaria nos dedos das duas mãos o número de senadores que se disporiam a depô-lo do Supremo.

Na última linha, a do STF, o comandante supremo é ele, e, portanto, o garantidor mor do status quo. “O ministro é a salvaguarda de todos e tem uma coragem para enfrentamentos que até Deus duvida”, diz a fonte. E prossegue: “Não há mais ninguém acima de Gilmar Mendes no sistema. Ele manipula e intimida o Executivo, Legislativo e Judiciário. Ele cavalga o Judiciário”. Gilmar Mendes é um general togado, com vasta cultura jurídica e compostura capaz de enrubescer um oficial cavalariço. Gilmar tornou-se o duce do Brasil. Ou o Kanzler, chanceler em sua língua de preferência. Tem pinta de personagem lombrosiano. Dá medo, bastante medo.

#Gilmar Mendes #STF


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As cores e os tons dos (des) ajustes fiscais

12/06/2017
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Se o gato tirasse o óculos de sol e mirasse os resultados fiscais dos governos do PSDB, PT e PMDB, os respectivos déficits e superávits poderiam ser cinza, roxo, amarelo ou vermelho. O felino em questão é o astro do filme tcheco, de 1963, “Um dia, um gato” (“Az pprijde kocou”), de Vojtech Nasný. Ao recolher seus óculos escuros, ele identifica com cores o caráter das pessoas.

O gato olharia, então, para os números dos orçamentos fiscais dos diversos governos e todos eles se pintariam de roxo, cor dos mentirosos e hipócritas. Explica-se tanta metáfora: nos últimos anos houve apropriação e falseamento do bom e do mau comportamento da gestão das contas públicas. Os melhores números (os dos governos do PT) foram apresentados como extremamente negativos; indicadores medíocres (governo FHC), como um símbolo de equilíbrio e austeridade; e cifras tenebrosas (governo Temer), rotuladas como o esforço e a superação no ajuste fiscal. A cor desse engodo é o cinza, dos assaltantes da realidade.

Os verdadeiros resultados são contrários à percepção coletiva e ao discurso dominante. Os números da gestão FHC são positivos, mas modestos quando se leva em conta a soberba tucana: uma média de 1,76% de superávit primário em relação ao PIB nos dois mandatos. No governo FHC 1, verificou-se um déficit primário de 0,2% do PIB; e no FHC 2, o resultado fiscal foi positivo em 3,1% do PIB. Já o superávit fiscal acumulado no governos Lula 1 e Lula 2 alcança 3% do PIB (3,5% no primeiro mandato e 2,7% no segundo).

O governo Dilma 1, que foi considerado a preliminar da tragédia fiscal, realizou um superávit primário médio de 1,5% do PIB, não muito coisa abaixo dos 1,76% do PIB nos dois anos de FHC, mas bem acima do déficit de 0,2% do FHC 1. O segundo mandato da Sra. Rousseff não passou de um ano e quatro meses, mas já se desenhava em 2014 o desastre nas contas públicas, que assolaria 2015 e, vá lá, 2016 o, primeiro ano do governo Michel Temer. Vale o registro que, mesmo computando-se os seus piores resultados fiscais, o governo Dilma teve na média um superávit primário de 0,7% do PIB. Incrível!

Os cálculos feitos pelo RR tomaram como base os dados consolidados do Banco Central referentes ao setor público. A cor dos governos do PT, quando considerados como um todo, seria o amarelo, dos infiéis, pois seus dirigentes sempre deixaram que se acreditasse, com a anuência do próprio partido, que seus governos eram perdulários e despoupadores. Os governos do PT – e coloque-se Dilma na conta de Lula -, na realidade, economizaram bem mais do que os desajustes propalados. Em todos os anos dos governos Lula e no primeiro de Dilma Rousseff (à exceção de 2014), foram realizados superávits primários.

No último ano de gestão da Sra. Rousseff, o carro capotou na curva. Ele foi marcado pela paixão, cor é o vermelho sanguíneo. Paixão pelo equívoco, é bom que se ressalte. A gestão do presidente Michel Temer se inaugurou com a desqualificação da previsão de déficit do governo anterior (R$ 30 bilhões). Uma nova meta, de R$ 170 bilhões, foi anunciada. A cifra deixou folga para o cumprimento da previsão, e o governo do PMDB com alma de PSDB atingiu o déficit recorde de R$ 154 bilhões, em 2016, correspondente a 2,54% do PIB.

O número foi saudado como uma conquista. Neste ano, a meta anunciada é de R$ 139 bilhões, mas, se for computado o valor já contingenciado pelo Ministério da Fazenda, o rombo orçamentário chegará a R$ 170 bilhões, um novo recorde. Para 2018, a previsão é de um déficit de R$ 129 bilhões. Portanto, em três anos o saldo da gestão Temer será um buraco de R$ 461 bilhões (número passível de ajuste contábil). O superávit primário acumulado nos Lula 1 e Lula 2 foi de R$ 643 bilhões.; no Dilma 1, R$ 292 bilhões; os FHC 1 e FHC 2 somaram R$ 151 bilhão. Mantendo-se ou não na presidência, Michel Temer sairá imbatível do ponto de vista da desgovernança fiscal. Sua cor é o roxo.

#PMDB #PSDB #PT


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A crise vai para a Rússia ou fica no Brasil?

9/06/2017
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No Palácio do Planalto, discute-se a possibilidade de o presidente Michel Temer cancelar sua viagem à Rússia e à Noruega, prevista para o próximo dia 21 de junho. A avaliação no entorno de Temer é que não há “teto” para ele deixar Brasília neste momento. Pelo jeito, neste e em qualquer momento. Há cinco meses, o presidente da República não faz uma viagem internacional – a última, fora da agenda, foi para acompanhar o velório de Mario Soares, em Portugal. Em tempo: se Temer, de fato, suspender a viagem à Europa, FHC não poderá repetir uma de suas frases preferidas, que talhou quando o então presidente José Sarney saía do país: “A crise viajou”.

#Michel Temer


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Nova lei põe Temer e operadoras rodoviárias em rota de colisão

8/06/2017
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Como se já não tivesse problemas em altíssima escala, o governo Temer está às portas de um contencioso com um grupo de empresas de infraestrutura – diga-se de passagem, uma espécie de “Clube da Lava Jato”, que inclui CCR, Invepar, Triunfo e Galvão Engenharia. Todas elas arremataram concessões rodoviárias na 3ª etapa dos leilões da ANTT, em 2013 e 2014, e agora se mobilizam para entrar em bloco na Justiça. A medida é vista como a única saída para brecar os efeitos da Lei 13.448/17, sancionada por Michel Temer na última segunda-feira.

Ela abriu caminho para a retomada e a relicitação das licenças. Originária da MP 752, a nova lei excluiu a possibilidade de revisão dos investimentos e dos prazos, como pleiteavam as concessionárias. As companhias pediam um intervalo de 12 anos para concluir a duplicação das rodovias. No entanto, a exigência de cinco anos foi mantida. No fim de semana passado, o ex-governador baiano e hoje presidente da Associação Brasileira das Concessões Rodoviárias (ABCR), Cesar Borges, fez uma série de gestões em Brasília no intuito de convencer o presidente Michel Temer a não sancionar a lei.

Em vão. Formalmente, a ABCR adota um tom conciliador. Consultada, afirmou que a lei “prevê procedimentos para que as empresas possam fazer uma devolução amigável de contratos (relicitadas)”. No entanto, intramuros, as concessionárias avaliam que o governo foi intransigente nas negociações e não levou em consideração a crise econômica e a queda de tráfego nas rodovias. Neste cabo de guerra, o que menos importa é quem tem razão. O contencioso vai para a conta da FBCF, da taxa de desemprego, do PIB etc.

Cresce o risco de que o imbróglio paralise de vez os investimentos em mais de cinco mil quilômetros de rodovias. No atual ambiente político e econômico, não há qualquer garantia de que as concessões eventualmente retomadas pelo governo sejam relicitadas a curto prazo. Em extensão, as concessões da chamada 3ª etapa equivalem à metade de quase todas as rodovias federais já sob gestão privada.

Com uma Lava Jato nas costas, somada à maior recessão da história do país, as operadoras não seguraram o tranco. Todas as obras estão atrasadas ou paralisadas. A Invepar, por exemplo, só conseguiu duplicar um terço dos quase mil quilômetros da BR 040 entre Juiz de Fora e Brasília. A CCR suspendeu as obras da BR-163 no início de maio. O caso mais grave é da Galvão Engenharia. A empresa só teria ampliado até agora algo como 8% do trecho total da BR-153 entre Goiânia e Gurupi (TO).

#CCR #Invepar #Lava Jato #Michel Temer


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Arquivo Temer

6/06/2017
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Apareceu o Porto de Santos na conta de Michel Temer, conforme antecipou o RR nas edições de 22 de março de 2016 e 21 de março de 2017. Agora falta o álcool da BR Distribuidora, pedra cantada pelo RR nos dias 28 de setembro de 2015 e 21 e 22 de março de 2016.

#BR Distribuidora #Michel Temer


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O cofre vazio fala mais alto

5/06/2017
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A cúpula do PT tem feito duras críticas à postura do cinco governadores do partido em relação a Michel Temer, especialmente após o estouro do grampo da JBS. A avaliação é que todos se encolheram de forma excessiva, evitando declarações mais agudas contra o presidente. O comedimento é atribuído à extrema dependência dos recursos da União, a começar por Fernando Pimentel, que carrega sobre os ombros um déficit projetado para este ano superior a R$ 8 bilhões. Isso para não falar dos seus próprios enroscos com a Justiça.

#JBS #Michel Temer #PT


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Brasilianas

1/06/2017
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Lula torce em silêncio para que Michel Temer prossiga no cargo, se esvaindo em sangue por todos os poros.

_________________

O entorno de Nelson Jobim aguarda um eventual acordo de delação premiada do banqueiro André Esteves. Jobim não quer ser presidente só até 2018, mas, sim, prosseguir até 2022.

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O Palácio do Planalto tem informações seguras de que o deputado da mala, Rodrigo Rocha Loures, está fazendo sua “delação” todos os dias. Pela imprensa.

#André Esteves #Lula #Michel Temer


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Blindagem

1/06/2017
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Bernardinho, recém-filiado ao Partido Novo, tem sido aconselhado a deixar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, vulgo “Conselhão”, como um gesto de distanciamento do governo Temer. Aliás, para que mesmo serve o “Conselhão”?

#Bernardinho #Michel Temer


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Criança triste

31/05/2017
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A grave crise política e os rasteiros índices de popularidade de Michel Temer têm freado a agenda de viagens da primeira-dama Marcela Temer para apresentar o Programa Criança Feliz.

#Marcela Temer #Michel Temer


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A força de Temer

31/05/2017
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Sinal da “força” de Michel Temer: o Senado sequer marcou a data da sabatina de Alexandre Barreto de Souza, indicado pelo Planalto para a presidência do Cade há mais de um mês.

#Michel Temer


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Antas de plantão

30/05/2017
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O RR não cansa de falar: o maior crime da chapa Dilma RousseffMichel Temer é a omissão nos acordos de leniência. É uma ignomínia que, com mais de 13% de desemprego no país, não haja nenhum caminho sem obstáculos da burocracia.

#Dilma Roussef #Michel Temer


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“Maldade”

30/05/2017
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O presidente do Insper, Marcos Lisboa, ficou chateado, mas muito chateado mesmo com a “maldade” do grampo de Michel Temer. Chegou a pensar até em se manifestar.

#Insper #Michel Temer


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BC dá ou desce?

29/05/2017
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No mercado, fala-se que o escândalo Temer colocou novamente em xeque a independência do BC. A piadinha é pesada: se o BC reduzir os juros até 1%, é autônomo; mais do que isso, é uma casa de cômodos da Presidência da República. O Planalto vazou nas mídias que Michel Temer pretende incluir no seu saco de bondades um corte da Selic de 1,25%, a ser aprovada na reunião do Copom, nos próximos dias 30 e 31.

#Copom #Michel Temer


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Aécio Neves “vendeu” a Vale que não tinha

26/05/2017
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Em sua primeira reunião com o Conselho de Administração da Vale, na quarta feira (24), por volta de 9h30, na sede da companhia, Fabio Schvartsman, despiu-se dos constrangimentos que o acometeram no decorrer dos últimos oito dias, e disse, firme, a que veio. As diretrizes da sua gestão são: desempenho, estratégia, governança e sustentabilidade. Também não houve meias palavras em relação às prioridades.

Elas são duas: integridade das barragens e transformação da empresa em uma public company. Schvartsman foi atingido por um estilhaço da delinquência de Aécio Neves. Para alguém que, nos últimos cinco anos, esteve nos rankings dos 20 melhores executivos do país, frequentou todas as listas dos mais bem sucedidos dirigentes empresariais, conforme a avaliação da nata dos head hunters, e somente deu sete entrevistas no período (quase uma por ano), é possível imaginar a violência do impacto da notícia. A serena explanação de Schvartsman no Conselho é um ponto de partida para que o RR relate mais um capítulo da criminosa tentativa do ex-governador de Minas de usar a Vale como uma de suas falsas moedas de troca.

As primeiras conversas sobre a substituição de Murilo Ferreira da presidência da Vale começaram entre os acionistas-chave da companhia, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli. O assunto nunca foi tratado com Michel Temer, mas com o seu “entorno” no Palácio do Planalto. As “pressões” sempre se resumiram a assuntar como o processo estava sendo conduzido. As menções a influências de políticos mineiros, Aécio à frente, vinham de meados de 2016, antes da decisão de Ferreira de abdicar do cargo, antecipando-se, inclusive, ao próprio Conselho.

Em ordem decrescente de grandeza, o deputado Fabio Ramalho (o popular “Fabinho Liderança”), o deputado Newton Cardoso Jr., e Aécio fizeram chegar aos acionistas o interesse da “mineirada” que a solução para a presidência da Vale passasse pelo estado. Até então, Aécio falava com o “entorno do Planalto” e por meio da imprensa. Com a ampliação da Lava Jato e o aumento de operações da Polícia Federal, todos os sócios da Vale (os supracitados, mais BNDESPAR e Mitsui) entenderam que a nomeação do novo presidente deveria ser inteiramente blindada. A decisão foi levada ao “entorno do Planalto” há pouco mais de 60 dias.

O gabinete do Palácio, então, “autorizou” que fosse formado um comitê, presidido por Caffarelli, para definir a sucessão. Foi escolhida a Spencer Stuart, por consenso entre os sócios. A empresa de head hunter foi encarregada de apresentar diversas opções com um perfil desejado. A Spencer levantou 20 nomes. A lista, posteriormente, foi afunilada para cinco candidatos, entre os quais o presidente da Suzano Papel e Celulose, Walter Schalka, e o presidente da Nissan, Carlos Ghosn. O nome de preferência de Joesley Batista, o ex-presidente da Petrobras e do BB, Aldemir Bendine, sequer constou da relação inicial de 20 executivos.

A escolha de Schvartsman foi feita  por unanimidade entre os acionistas. O processo estava sacramentado, por assim dizer, em 22 de março. No dia 23 de março, Aécio procurou os acionistas da Vale, pedindo uma reunião urgente, tendo em vista a “importância da decisão para Minas”. O encontro foi marcado para o dia seguinte. Na sexta-feira, 24 de março, às 10 horas, o senador foi ao encontro de Trabuco e Caffarelli, nasede do Banco do Brasil, no quarto andar do prédio localizado na Av. Paulista, n° 1.200.

A reunião durou pouco mais de uma hora. Aécio somente queria assuntar como estava o processo da sucessão na Vale. Não arriscou qualquer sugestão de nome. Sabia que os dados já tinham sido jogados. De lá seguiu para o Hotel Unique, onde foi gravado por Joesley Batista, bravateando que “tinha feito o presidente da Vale”. Levou os R$ 2 milhões que queria sem entregar a moeda que não tinha. No dia 27 de março foi anunciada a escolha de Fabio Schvartsman para a presidência e, ao que tudo indica, o bem da Vale.

#Aécio Neves #Joesley Batista #Vale


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A hora e a vez de Benjamin Steinbruch

25/05/2017
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As eleições para a diretoria executiva e plenária do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), marcadas para 7 de agosto, têm o condão de relançar no palco político a dobradinha Paulo Skaf e Benjamin Steinbruch, candidatos a mais um mandato nos cargos de presidente e vice-presidente. À luz dos fatos recentes e daqueles que estão próximos de vir à tona, é Steinbruch quem se exporá mais com a função de regra três de pelego. Na Fiesp/Ciesp de Paulo Skaf, vice-presidente não reina, mas é cúmplice – pelo menos é o que consta da delação de Marcelo Odebrecht na Lava Jato, segundo a qual a Odebrecht serviu de “laranja” para encobrir doações da CSN à campanha do presidente da Fiesp ao governo de São Paulo, em 2010.

Skaf já é um sujeito manjado. Mas a extensa rede de conexões do vulgo “barão do aço” só agora começa a ser desvendada. Na Fiesp, Steinbruch não pediu a ninguém que intermediasse caixa 2, mas foi, no mínimo, conivente com o uso de recursos da entidade para fins eleitorais. Skaf, como se sabe, foi para o PMDB convidado por Michel Temer. Concorreu novamente ao governo em 2014 e deixou Steinbruch esquentando a cadeira da presidência da entidade. Duda Mendonça foi chamado para fazer a campanha.

A agência do mesmo Duda venceu concorrências consecutivas para operar a comunicação do Sesi e Senai. Na mesma época, idos de 2013, o gasto anual com comunicação, quase dobrou, chegando a R$ 32 milhões. Ou seja, maior do que a verba com publicidade do BNDES à época. BNDES, aliás, cuja mudança na gestão tornou-se uma fixação dos donos da Fiesp.

Registre-se que o Ministério Público entendeu que os gastos publicitários astronômicos da Fiesp tratava-se de campanha antecipada. A Justiça Eleitoral paulista considerou a ação do MP improcedente, mas o assunto ainda aguarda decisão do TSE. Mas, tudo bem, eles que são empresários que se entendam na Fiesp. As travessuras do “barão do aço” mudam de patamar quando migram do ambiente corporativo para a área política e o investimento de interesse público.

Um vazamento estrategicamente tampado foi a inclusão de Steinbruch na lista cruzada dos 16 grandes doadores da campanha presidencial de 2014 e os correntistas de “dinheiro frio” relacionados a contas na agência do HSBC na Suíça – caso SwissLeaks. Ninguém mais sabe, ninguém mais viu. O que é sabido por todos, no entanto, é que a ferrovia Transnordestina está atrasada em 10 anos. E deve atrasar uns tantos outros mais. O projeto já consumiu mais de R$ 6 bilhões. A CSN, que se apoderou do negócio, colocou um tiquinho.

A verba está sendo revista para o dobro. O RR consultou o empresário Benjamin Steinbruch, por meio da assessoria da CSN, mas não obteve retorno. A obra está no alvo do TCU devido às estranhezas licitatórias e de disparidade de valores verificadas no contrato que permitiu à CSN reinar na concessão e mandar e desmandar no projeto. Vazamentos – ah, sempre os vazamentos – de uma virtual delação de Antônio Palocci explicariam os motivos da resiliência de Steinbruch na Transnordestina. É provável, inclusive, que, caso o ex-ministro Ciro Gomes venha realmente se candidatar à presidência e seja perguntado por que foi ajudar Steinbruch a gerir o imbróglio da ferrovia, com cargo e sala no escritório da CSN, o político nordestino responda: “Fui, vi, não gostei e me mandei”. O presidente da CSN, sem sobra de dúvida, vive o momento menos favorável da sua vida pública e fulgurante trajetória empresarial.

#BNDES #Fiesp #Odebrecht


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A ausência de Temer

25/05/2017
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A ausência de Michel Temer, ontem, no anúncio da ação de Garantia da Lei e Ordem no DF foi mais eloquente do que as palavras não ditas pelo general Sergio Etchegoyen ao lado do ministro Raul Jungmann. O último refúgio de Temer é o silêncio obsequioso dos generais.

#Michel Temer


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A Operação Lava Jato que se cuide: os pragmáticos estão chegando

24/05/2017
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A proposta de um circuit breaker na Lava Jato espocou, ontem, em Brasília, São Paulo e Rio, os três pontos cardeais da política, como o elo ideal de um acordo entre os partidos para a sucessão do presidente Michel Temer via eleições indiretas. Segundo as informações vindas dessas três direções, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e o próprio Rodrigo Maia seriam favoráveis a um pacto que levasse em consideração um mínimo de previsibilidade no cenário nacional, o que incluiria dar continuidade às reformas já decididas, apoiar a política econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e congelar o risco Lava Jato até as eleições de 2018. Esta última premissa implicaria um waiver para a frente em delações premiadas, vazamentos seletivos e prisões coercitivas, entre outras práticas menos votadas.

O ponto de concórdia é que o país é maior do que a República de Curitiba. A tarefa exige alinhamento total entre os astros. Primeiro é necessário convencer a obstinada força-tarefa curitibana, e suas ramificações paulistas e cariocas, além dos bolsões radicais, porém sinceros, da Polícia Federal. Esse agrupamento tem monopólio de informações comprometedoras capazes de enrubescer até o mais longevo chefão do FBI, Edgar Hoover, caso ele estivesse entre nós.

Depois é preciso articular a mídia, que teria de ser mais parcimoniosa em relação ao provável ataque de vazamentos. Seria obrigatório acertar com Lula como ficaria o seu passivo de sete inquéritos quase repetitivos, já que o waiver a ser acordado é para o porvir e não para trás. E finalmente o entendimento exigiria uma saída sem constrangimento prisional a Michel Temer. Tudo passaria pelo crivo do Supremo Tribunal Federal, anfiteatro do pacto nacional. Em uma visão cínica, eventuais ressalvas às concessões no acordo não seriam excepcionais, tendo em vista decisões de imensa magnitude pragmática tais como a premiação pela delação de Joesley Batista.

O jurista Nelson Jobim é a unanimidade entre os poderosos para assumir o papel de negociador e liaison entre o Congresso e o STF. O maior desafio, contudo, é explicar essa colagem para o distinto público. Apesar de que algumas forças da mídia já ensaiam a defesa da tese na antessala de qualquer acordo. Por enquanto, há mais desejo do que encaminhamento factível pelas partes interessadas.

#Eleição Nacional -2018 #Lava Jato #Lula #Michel Temer


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Lula vai ao ponto: “Diretas Já”, mas nem tanto

23/05/2017
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Nas coxias dos festejos de posse da nova diretoria do PT municipal de São Bernardo dos Campos, na última sexta-feira (19), o grito de “Diretas Já” soou abafado pela preocupação com as suas próprias consequências. Ao longo do fim de semana, Lula, Ruy Falcão e juristas do partido se dedicaram a decifrar as possibilidades de conflito jurisdicional entre as decisões do TSE, do STF e do Congresso Nacional nas múltiplas hipóteses de desfecho do governo Michel Temer. Falou-se mais sobre o Amazonas do que sobre a PEC do deputado Miro Teixeira propondo a escolha imediata do novo presidente pelo voto popular.

A jurisprudência reafirmada com a cassação pelo TSE da chapa do governador e vice-governador amazonenses e a determinação de que sejam realizadas eleições diretas deixa um flanco por onde passaria a escolha popular para o substituto de Temer. No cenário sobre o qual os petistas mais se debruçam, entre 6 e 8 de junho, o TSE cassaria a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, a julgar pela carrada de provas de uso ilegal de dinheiro. O presidente também pode ser apeado por processo penal, mas o prazo para que isso ocorra antes dos 14 dias que faltam para a decisão do TSE parece exíguo.

No caso de impeachment, outra hipótese deste mosaico, esse, sim, ficaria para bem depois do julgamento das contas de campanha, ainda que Rodrigo Maia aceitasse de imediato um dos pedidos de afastamento protocolados na Câmara. Uma solução menos torturante seria a renúncia, conforme preconiza a mídia mais poderosa, que levaria diretamente ao art. 51 da Constituição com o Congresso elegendo em 30 dias o futuro comandante da Nação. Para Temer, essa hipótese faria sentido se negociada no âmbito do recurso ao STF caso o TSE decida pela cassação da chapa com Dilma Rousseff.

Lula e seus acólitos avaliam o quanto de gasolina devem despejar sobre o fogo ligeiramente aceso da militância. Uma primeira questão é a garantia de que, na hipótese de diretas, o presidente eleito poderá concorrer novamente em 2018 sem empecilho de ordem legal. Caso haja a menor possibilidade de restrição, o candidato do PT seria tampão, muito provavelmente o ex-ministro Celso Amorim.

O ex-presidente seria preservado para a próxima eleição. As diretas no curto prazo livrariam Lula do impedimento da sua candidatura, com eventuais e prováveis condenações em julgamentos de primeira e segunda instância. Mesmo que a batalha de Temer com o STF durasse até dezembro, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumindo o cargo nessa situação de dupla vacância do poder, não haveria  tempo para a realização do segundo julgamento do ex-presidente.

Se ganhar a candidatura, Lula deverá acusar perdas na integridade do discurso político. Provavelmente seria levado a fazer concessões em relação a algumas das principais iniciativas do atual governo, a exemplo da PEC do Teto e as reformas da Previdência e trabalhista. Mesmo alguns lulistas de carteirinha volta e meia repetem a máxima de Leonel Brizola: “Não confie no Lula.

Ele é capaz de trair até o último momento”. No caso em questão, trair a sua própria militância. Não seria a primeira vez. Na eleição presidencial de 2010, Lula mandou às favas seu compromisso de campanha e assinou a célebre Carta ao Povo Brasileiro. Quem sabe poderia fazer novas reformas e um controle de gastos sem um teto constitucional? Trocar seis por meia dúzia? E Lula seria crível para o sistema, que o odeia mais do que nunca?

Há também uma questão de fundo: quanto mais incendiar a militância mais fortes serão as pressões para que Temer renuncie antes mesmo de qualquer decisão do TSE, atitude esta que, por sua vez, jogaria água gelada nas diretas. Por essa ótica, seria de bom senso acalmar as ruas. Ou não, se a PEC de Miro Teixeira for para valer. Segundo a fonte do RR, Lula anima mais a torcida pelas eleições imediatas do que os dirigentes do PT. De contradição em contradição, o “Diretas Já” vai se aproximando de uma palavra de ordem oca.

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer #PT


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Ibad 2, a missão

23/05/2017
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O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, estaria articulando um manifesto dos empresários em apoio ao presidente Michel Temer.

#Fiesp #Michel Temer #Paulo Skaf


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Idas e vindas de Temer

23/05/2017
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O recuo do presidente Michel Temer retirando o pedido ao STF para a suspensão do inquérito foi uma simples correção de rota. A defesa caiu em si que, caso o plenário do Supremo julgasse a favor do prosseguimento do inquérito, isso soaria como uma criminalização antecipada de Temer. A história do perito que identificou 70 pontos obscuros na gravação foi mais uma forma de justificar o meia volta volver.

#Michel Temer #STF


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Temer não queria ser ouvido; por isso, acabou sendo “escutado”

22/05/2017
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Um dos enigmas do grampo de Michel Temer – a incapacidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em rastrear escutas e garantir a privacidade do presidente da República – foi respondido em parte ao RR por uma fonte do setor de informações das Forças Armadas. Por arrogância ou intenção proposital de não ter suas conversas monitoradas, Temer deixou “pontos vazios” e mandou relaxar os procedimentos de controle e segurança nas suas dependências. É até razoável aceitar que o porão do Palácio do Jaburu não estivesse entre as dependências mais visadas para que fosse montado algum sistema de averiguação.

Mas é estranho que Joesley Batista, um empresário notoriamente envolvido na Lava Jato, tivesse liberado seu ingresso de carro na guarita do Jaburu sem a obrigatoriedade de identificação. Ou mesmo que, com tamanha folha corrida, não fosse feita pelo menos uma revista protocolar no “convidado” – abrir pastas, palmear bolsos etc. Algo bem menos invasivo do que a busca realizada pela Alfândega norte-americana no ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, Celso Amorim. Convém rememorar que foi o próprio Temer quem desautorizou a aquisição de equipamentos para interferência em dispositivos eletrônicos (ver RR edição de 18 de maio).

A metade do enigma da esfinge, portanto, está decifrada: o setor de informações não foi inepto nas suas responsabilidades. Foi Temer que não deixou o GSI funcionar. A segunda interrogação é de um silêncio ensurdecedor: o presidente agiu de caso pensado ou por se sentir acima de qualquer risco? É um dilema entre a criminalidade e a onipotência. Nenhuma das hipóteses abona plenamente Michel Temer.

Currículo do crime

O Serviço de Inteligência do Exército tem informações de que grandes facções criminosas, como o PCC, montaram uma espécie de “universidade do crime”, algo razoavelmente similar ao modelo adotado por grupos terroristas. Seus integrantes têm aulas sobre logística, armamentos, tecnologia etc. Em alguns casos, há um sistema de avaliação com notas, que serve como referência para “promoções hierárquicas”.

#Joesley Batista #Lava Jato #Michel Temer


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Segredo de polichinelo

22/05/2017
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Um ponto relativamente menor diante do todo passou despercebido no diálogo grampeado entre Michel Temer e Joesley Batista. Em determinado momento, o empresário deixou escapar que o “Ministério do Planejamento é do Jucá”. Como em tantas outras partes do diálogo, não foi retrucado por Temer.

#Joesley Batista #Michel Temer #Romero Jucá


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Todas as concessões a Meirelles, antes que o investimento vire pó

19/05/2017
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Cabe ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assumir imediatamente a condução de todo o programa de concessões de infraestrutura do governo. Ontem mesmo, grandes empresários do país iniciaram articulações nesta direção, inclusive com pedidos ao próprio ministro. A premissa é que não há no entorno do presidente Michel Temer nenhum outro nome com a dimensão e a credibilidade necessárias, interna e externamente, para garantir a continuidade do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e de outras licitações fundamentais para reduzir o rombo nas contas públicas e colocar a economia em marcha.

É preciso assegurar, inclusive, que as agências do fomento na área da infraestrutura, a exemplo do BNDES – hoje pendurada na esfera de decisão de Moreira Franco, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência – sejam transferidas para a alçada de Meirelles. A delação do empresário Joesley Batista fragilizou ainda mais a figura de Temer e, por osmose, dos ministros do Palácio do Planalto. Na visão do empresariado, a presença de Moreira Franco à frente das PPIs contamina os leilões previstos para 2017 e 2018.

Assim como inviabiliza as negociações em curso para a renovação prévia de licenças ferroviárias e portuárias, com a contrapartida de novos investimentos, e a licitação antecipada de concessões rodoviárias que vencem apenas em 2021, além de deixar em stand by uma parcela imprevisível de investimentos associados aos financiamentos ou decisões do Estado brasileiro. Na visão dos empresários, o programa de concessões de infraestrutura será inevitavelmente politizado e não há como viabilizar sua execução sem um condutor incólume ao emporcalhamento do governo Temer. Se Henrique Meirelles já era o avalista do ajuste fiscal (o que nunca foi pouco), o pleito é para que acumule esse papel com o de fiador do PPI e das demais licitações.

O entendimento é que o capital estrangeiro não virá para os leilões se não tiver garantias firmes em relação às regras e, sobretudo, à legitimidade do processo. Ou, na atual circunstância, alguém consegue enxergar o ministro Moreira Franco, vulgo “Gato Angorá” nas delações dos executivos da Odebrecht, falando para uma plateia de investidores internacionais? O que está em jogo é uma cifra potencial da ordem de R$ 1,19 trilhão até 2018, envolvendo a arrecadação com novas concessões e extensão do prazo de antigas, rodadas de leilões do pré-sal e aportes financeiros públicos e privados previstos para as áreas de transporte, logística, energia, saneamento básico e habitação. Há risco real de que seja feito um write off de centenas de bilhões, ampliando a crise para um patamar até então inimaginável e comprometendo gerações de brasileiros com a mediocridade nacional. Meirelles tem um papel épico nesse momento histórico. Deus queira que não tenha nada a ver com a Lava Jato.

#Henrique Meirelles #JBS #Moreira Franco #PPI


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Tucano precipitado

19/05/2017
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O tucano Antonio Imbassahy, ministro da Secretaria de Governo da Presidência, foi criticado por líderes do PSDB pela ligeireza com que gravou um vídeo de apoio a Michel Temer. O filmete foi postado nas redes sociais antes das seis da manhã de ontem, assim como os depoimentos de Moreira Franco e Eliseu Padilha. Horas depois, a cúpula do PSDB discutia sua saída do governo, o que, por ora, não aconteceu.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #PSDB


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Silêncio das ruas

19/05/2017
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Há uma brutal expectativa em relação à próxima pesquisa CNT Sensus para a Presidência da República, que deverá ser divulgada no mês de junho. Imagina-se que não será medida a popularidade do presidente Michel Temer.

#CNT #Michel Temer


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Obra incompleta

19/05/2017
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Roberto Freire deixou o ministério de Michel Temer sem emplacar seu “maior”projeto na área cultural: o fim da comissão responsável por indicar o filme brasileiro candidato a candidato ao Oscar. Melhor para ele: a classe artística já preparava protestos contra o ex-comunista.

#Michel Temer


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A serenidade das instituições sólidas

18/05/2017
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, reinou na interlocução com o Palácio do Planalto desde o primeiro momento do estouro do escândalo das delações contra Michel Temer. Nenhum outro parlamentar teve o protagonismo de Maia, que, a partir das 19 horas, participou das reuniões com Temer e ministros palacianos e da área econômica. Maia tornou-se um fauno político, meio presidente da Câmara, meio presidente da República, a depender do impedimento de Temer, agora provável a despeito do julgamento pelo TSE da chapa de Dilma Rousseff com seu então vice.

No Legislativo, pipocaram manifestações pró-impeachment e renúncia de Temer, indo de um espectro que uniu de Alexandre Molon (Rede) a Ronaldo Caiado (DEM). A comunicação do STF e das Forças Armadas com o Planalto foi rarefeita, segundo o que foi possível o RR apurar nessa circunstância junto a fontes privilegiadas. As duas instituições têm seu papel hiperbolizado na atual crise como guardiãs da ordem e da moral, devido à contaminação do Congresso pela Lava Jato (um terço dos parlamentares está citado nas investigações).

Não foram apuradas maiores movimentações ou focos de tensão no Supremo nem no Alto-Comando militar. A fonte do RR informou que o liaison do STF com o Planalto foi o ex-ministro da Justiça e atual integrante da Suprema Corte, Alexandre de Moraes. A ministra Carmem Lúcia, mencionada como potencial candidata à Presidência da República em uma eventual eleição indireta, não manteve contato co a cúpula do governo. Também não teria havido call, reunião de emergência ou mesmo um frisson de telefones cruzados entre os togados, conforme-se poderia imaginar.

O ministro do STF Edson Fachin – a quem cabe homologar ou não a delação de Joesley Batista, dono da JBS, comprometendo o presidente da República – comunicou o fato anteriormente a seus pares do Supremo. No início da noite, fechou-se no seu gabinete com assessores, não atendendo a demandas da imprensa. Nada vazou antes da hora D, quando “O Globo” soltou o artefato nuclear.

O ministro do GSI, general Sérgio Etchegoyen, comunicou-se com os comandos militares somente de fora para dentro do Planalto, por meio de informes da respectivas Segundas Seções das três Forças. Segundo apurou o RR, a principal preocupação foi com a segurança pública. Manifestações poderiam eclodir aqui e acolá – a exemplo do que aconteceu em frente ao Palácio do Planalto e na Av. Paulista.

O general Etchegoyen tinha motivo particular de incômodo ou de conforto, dependendo da ótica, pois recomendara ao gabinete presidencial que adquirisse equipamentos capazes de interferir no funcionamento de dispositivos eletrônicos, como celulares, gravadores ou câmeras, dentro do Planalto e do Jaburu e simplesmente teve sua orientação ignorada. O Brasil parecia que ia acabar nos jornais televisivos de ontem à noite. É provável que hoje a coisa ainda piore. Mas é bom saber que há serenidade nos polos cruciais de condução do país não contagiados pela suspeição.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer #Rodrigo Maia


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A missão de Temer na “Operação Troca Dono”

16/05/2017
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A operação Lava Jato e o governo de transição de Michel Temer têm objetivos complementares declarados e não declarados. O combate à corrupção e a caracterização de Lula e do PT como núcleo central da roubalheira são bandeiras explícitas do Ministério Público. No caso do governo Temer, há concordância plena com a punição dos entes privados envolvidos na Lava Jato.

O alvo não declarado, contudo, é a mudança da titularidade e da geografia no controle societário dos grandes grupos empresariais. Digamos que Lula e o PT tenham aparelhado o Estado brasileiro, com a nomeação dos cargos de primeiro, segundo, terceiro, quarto e outros escalões de estatais e do setor público. Temer, por sua vez, quer aparelhar a grande burguesia nacional. Está dito no não dito.

A inação sobre o imbróglio da leniência é eloquente. Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, AGU, TCU e MP divergem em relação ao acordo, atrasam o processo de salvação das empresas e ninguém se apresenta para arbitrar o impasse. Com isso, BNDES, Petrobras, Banco do Brasil e governos importadores de serviço matam os principais conglomerados. Michel Temer et caterva não podem vocalizar oficialmente o projeto de “mudança societária na marra”. Mas, há francos porta-vozes à disposição. Exemplo: para o tucano Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, a Odebrecht deveria ser vendida.

No caso das empresas envolvidas na Lava Jato, ele sugere um modelo similar ao Proer, em que os controladores dos bancos foram afastados. A bola da vez dessa escalada para criação de um empresariado novo, cosmopolita – e, preferencialmente, sob o mando do capital estrangeiro – é a indústria da proteína (há sites que insistem irresponsavelmente que os bancos virão a seguir). Quando se fala nesse setor, fala-se da JBS. Há uma sequência de acontecimentos que induzem a pensar que os objetivos declarados da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal e os não declarados do governo Temer se reencontram agora na cadeia da proteína e, mais especificamente, na empresa dos irmãos Batista.

Nessa linha do tempo, não obstante seu impacto nocivo sobre o setor e as contas externas brasileiras, a Carne Fraca teria sido apenas um aquecimento para a operação deflagrada na última sexta-feira, com as diligências na sede da JBS e no BNDES e os mandados de condução coercitiva contra o empresário Joesley Batista e o ex-presidente do banco, Luciano Coutinho. Grandes empresas do país podem ter cometido práticas condenáveis e devem ser punidas por elas. Isso não quer dizer que há de se concordar com um projeto de poder cujo objetivo seria deslocar o controle de algumas das maiores corporações do país que deram certo.

No caso da JBS, em 2009 a empresa empregava aproximadamente 19 mil pessoas. Cinco anos depois, esse número já beirava os 120 mil, contando apenas os postos de trabalho diretos no Brasil – hoje são 160 mil. Em 2007, as exportações da JBS somavam US$ 3,8 bilhões. No ano passado, bateram nos US$ 14 bilhões. Do ponto de vista do investimento em si, poucas vezes na história o BNDES fez um negócio tão rentável.

Se tivesse vendido sua participação na JBS quando a ação bateu nos R$ 17, em setembro do ano passado, o banco realizaria um lucro da ordem de R$ 6 bilhões – no momento do primeiro aporte da agência de fomento na empresa, em 2007, a cotação era de apenas R$ 7. O Brasil ganhou em todos os sentidos com a hegemonia no mercado mundial de proteína, o que tacanhamente é reduzido à aposta em um “cavalo vencedor”. Pode ser que haja um projeto em curso para desnacionalizar a JBS, entre outras corporações. Assim é, se lhe parece.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT


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CNA vive um clima de impeachment

11/05/2017
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O armistício entre as federações do setor agrícola e o presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), João Martins, é um balão de voo baixo prestes a lamber, segundo apurou o RR. Os agricultores deram um voto de confiança a Martins sabendo que seu histórico não o favorece. Mas, frente à eminência de perder a batalha do Funrural, toda declaração de apoio é bem vista, mesmo que seja a de um notório traidor das causas do setor — e até agora ele não se manifestou categoricamente contra a cobrança do imposto.

Diversas federações chegaram a considerar um pedido de impeachment de João Martins, que, mesmo simbólico, teria um forte impacto dentro da comunidade corporativa do agrobusiness. Martins foi omisso em todas as disputas da área agrícola. Se mexeu pouco quando foi decidida a redução de verbas para o Plano Safra e calado ficou na discussão de corte dos subsídios para o setor. A gota d’água foi a bananice do presidente da CNA por ocasião da decisão do STF em relação à constitucionalidade da cobrança do Funrural.

Procurada pelo RR, a CNA não se pronunciou até o fechamento da edição. Segundo a ex-ministra da Agricultura e ex-presidente da CNA, Katia Abreu, foi o próprio Martins que recomendou ao Supremo a aprovação do gravame que pode quebrar centenas e centenas de agricultores. João Martins é próximo de Michel Temer, o que aumentou o potencial de crítica a sua passividade e omissão. A verdade é que o presidente da CNA se aproveita dessa convivência com o Planalto para exibir sua proximidade com o poder, andando no avião presidencial e participando de jantares privados com Temer.

Em entrevista ao RR, a senadora Katia Abreu criticou com veemência a postura do presidente da CNA. “Todo o Brasil me associa à CNA, só que eu estou afastada da presidência há dois anos e meio e nunca compactuei com essa imoralidade praticada pelo presidente João Martins. Isso, sim, foi uma traição aos produtores rurais. Ficar do lado de quem você foi ministra da Agricultura até o fim, com o barco afundando, isso não é deslealdade, é honestidade”, diz Kátia, referindo-se ao episódio da cassação do mandato de Dilma Rousseff, quando defendeu a presidente e permaneceu no governo até o último momento.

Katia Abreu afirma que todo o setor de agronegócios no Brasil “está sofrendo as consequências da má conduta do presidente da CNA, que sem consultar a diretoria da instituição, sem consultar as federações, teve uma atitude mesquinha e pagou caro o jantar da noite anterior com o presidente Michel Temer e, num acordo espúrio, aprovou e recomendou ao STF a confirmação da constitucionalidade do Funrural”. O mais provável, a despeito da brisa que sopra entre João Martins e os principais associados, é que o Conselho Superior da entidade detone a sua presença no comando da CNA neste final do ano. Martins terá batido um recorde na presidência da Confederação: nunca dantes um dirigente da entidade foi tão improdutivo para seus filiados.

#Katia Abreu #Michel Temer


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Temer apela ao “Avançar no escuro”

11/05/2017
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Com o Programa Avançar, Michel Temer se rende ao keynesianismo de botequim, cria a “novicíssima” matriz econômica, manda o ajuste fiscal – e quiçá a PEC do Teto – para o espaço, lança um plano de investimentos sem projeto e inaugura o “New Deal” com motivação e prazos explicitamente eleitorais. Tomara que dê certo.

#Michel Temer


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Falta de foro

9/05/2017
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O ex-ministro Geddel Vieira Lima está bastante aflito com a falta de foro privilegiado. Chegou a tocar no assunto em recente conversa com Michel Temer no Planalto.

#Geddel Vieira #Michel Temer


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Maçonaria é uma voz de apoio às reformas

5/05/2017
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Um parlamentar da bancada maçônica informou ao Relatório Reservado que a instituição vai publicar, na segunda quinzena de maio, uma carta aberta de apoio às reformas do governo de Michel Temer. Segundo a fonte, a iniciativa partiu do Grande Oriente do Brasil (GOB), a mais antiga Potência Maçônica, que reúne cerca de 2,4 mil Lojas e quase cem mil afiliados. Desde o Império, a atuação política da Fraternidade no Brasil sempre se deu à meia-luz, com articulações interna corporis.

Nos últimos anos, no entanto, suas posições têm sido externadas com alguma recorrência. À época do impeachment de Dilma Rousseff, circulou na internet uma mensagem de apoio ao afastamento da presidente atribuída à Maçonaria. Durante as seguidas manifestações contra o governo Dilma em 2015 e início de 2016, o movimento maçom protestou publicamente em algumas cidades. Em fevereiro do ano passado, um grupo chegou a se manifestar no Congresso. Vestidos de terno preto e luvas brancas – “para simbolizar a pureza e a honestidade” –, cerca de 250 representantes da Fraternidade se reuniram no Salão Verde da Câmara dos Deputados. Quase dois anos antes, mais precisamente em abril de 2014, integrantes da Loja Maçônica Força, Lealdade e Perseverança 319 foram às ruas de São Paulo celebrar os 50 anos do golpe militar de 1964.

O site Avança Brasil, associado à Fraternidade, publica posicionamentos ou notícias favoráveis ao governo Temer. O RR fez seguidas tentativas de contato com o Grande Oriente do Brasil, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. O que há em comum entre o próprio Michel Temer, os senadores Álvaro Dias, Romero Jucá e Valdir Raupp, o juiz Sergio Moro e 12 ex-presidentes da República, entre os quais o primeiro deles, o Marechal Deodoro da Fonseca, e Jânio Quadros? Todos são ou foram maçons.

Estima-se ainda que a bancada maçônica no Congresso tenha aproximadamente 60 integrantes. O mais célebre dos seus representantes no Parlamento nas últimas duas décadas hoje está no Palácio do Planalto. Temer se esquiva do assunto, mas foi membro da Maçonaria, mais especificamente da Loja Simbólica Colunas Paulistas, por 14 anos. Ingressou na Ordem em 4 de dezembro de 2001, como “aprendiz”. Passou pelo posto de “companheiro” e chegou a “mestre” em 4 de janeiro de 2004. Em 2015, quando já acumulava a vice-presidência da República com o “cargo” de aspirante à cadeira de Dilma Rousseff, solicitou o “Quite Placet”, o desligamento na linguagem maçônica.

Os próprios mistérios em torno da Maçonaria alimentam informações desencontradas e acabam contribuindo para a sua instrumentalização. Não transparente e vista como controversa, a Fraternidade tem sido usada de forma apócrifa ou falsa para fins de ataque político. De todo o modo, é fato que a instituição vem adotando uma postura mais ativa, inclusive em períodos eleitorais. No ano passado, a Maçonaria apoiou 27 candidatos a prefeito em todo o estado de São Paulo, dos quais 10 foram eleitos – o mais ilustre deles, João Doria.

#Michel Temer #Reforma da Previdência


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Apoio policial

3/05/2017
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O governador Luiz Fernando Pezão decide até hoje à noite se pedirá ao presidente da República, Michel Temer, o reenvio de tropas federais para o apoio ao policiamento no Rio de Janeiro.

#Michel Temer #Pezão


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O quarto de despejo de Michel Temer na economia

2/05/2017
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Michel Temer não quer saber do povo – e a recíproca é verdadeira. Ponto final. Vai governar de forma impopular junto aos ministros que sobrarem e os novos colaboradores que estão por vir, enfurnado com políticos da base aliada e enfeitando fóruns, seminários e eventos festivos do empresariado. É o que tem. As reformas serão à meia bomba. É o que pode.

Agora que alguns cortes de subsídios foram realizados, removeu-se o marco do conteúdo local – notadamente no setor de óleo e gás – e flexibilizaram-se algumas tarifas de importação, além da vitoriosa mudança das leis trabalhistas, é hora dos ajustes microeconômicos. Temer fará a rearrumação da malha de benefícios creditícios e incentivos fiscais, impondo contrapartidas em pesquisa e tecnologia. O mesmo será exigido para a manutenção da desoneração das folhas de salários de alguns setores acarinhados.

No automotivo, o rearranjo dos benefícios contemplaria a produção de carros elétricos, mas é amplo o ceticismo sobre o êxito da medida. A Lei de Falência terá uma nova atualização – a bilionésima primeira. Um dos empresários paparicados por Temer sugeriu que ele criasse uma zona de esforço compartilhado entre as estatais – Petrobras, BNDES, BB, Eletrobras etc. – para puxar o investimento em algumas áreas onde a geração de emprego fosse emergencial.

Uma espécie de “Sudene das estatais”. Temer aquiesceu, naquele seu estilo de quem concorda discordando profundamente. Mexer com estatais nesse momento, nem morto! O presidente vai entregar a simplificação do sistema tributário e a agilização das licenças obrigatórias para novos investimentos, mas ninguém acredita muito que os pequenos consertos despertem o espírito animal do empresariado. De qualquer forma, pretende chamar tudo de reforma. Já encomendou a entrega de um pacotão de pequenas correções e aperfeiçoamentos na engrenagem da economia. É preciso dar na vista.

A novidade é que serão terceirizados profissionais da academia e tecnocratas do setor privado para participar desse mutirão econômico. Uma leva desses luminares de fora do governo irá para a conta da Fazenda. Seus nomes já foram, inclusive, publicados no Diário Oficial. Diversas medidas vão na direção certa, mas significam o mesmo que lustrar os móveis de uma casa soturna, empoeirada e assombrada por uma legião de larápios de dentro e de fora do governo; um desemprego que teima em aumentar; um crescimento que, não fosse a revisão das contas pelo IBGE, beiraria o negativo neste ano, e uma nada redentora taxa de expansão do PIB entre 0,5% e 1%, em 2018. Tudo miúdo. A gestão Temer na economia cabe em uma quitinete. Melhor, cabe em um quarto de despejo.

#BNDES #Michel Temer #Petrobras #Reforma da Previdência


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Os dois gumes da Previdência

27/04/2017
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A divulgação de que, mesmo com as concessões feitas na reforma da Previdência, da ordem de R$ 200 bilhões, a economia de gastos em 20 anos alcançará R$ 2 trilhões (cinco vezes mais do que o previsto para a primeira década) está sendo vista pelos analistas sob dois ângulos: o governo está se antecipando ao eventual muxoxo do mercado, na medida em que a perda de R$ 200 bilhões pode ser tecnicamente maior e comprometer desde já as expectativas em relação ao cumprimento do teto dos gastos; ou o governo estaria se antecipando a novas concessões, criando, assim, o ambiente para que mesmo um arremedo de reforma possa ser considerado bastante positivo. O RR continua com a mesma opinião: não interessa qual reforma e, sim, aprovar qualquer reforma da Previdência, até porque, independentemente do resultado, ainda haverá um segundo e terceiro rounds depois das eleições de 2018. E com essa elasticidade toda, alguma reforma vai acabar sendo aprovada. Se não o governo Temer vai para o espaço.

#Reforma da Previdência


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Conquistando a telinha

26/04/2017
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Depois de conquistar Silvio Santos e o SBT, que passou a veicular anúncios favoráveis à reforma da Previdência, Michel Temer vai agora atrás do apoio da Record e da Band ao projeto.

#Michel Temer #Rede Record #SBT #Silvio Santos


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Não basta o discurso

25/04/2017
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O presidente Michel Temer deveria pedir emprestado o escriba dos discursos do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Cada pronunciamento do general é um modelo de fala à Nação. Mas, bobagem… Na boca de Temer não ia adiantar mesmo.

#Eduardo Villas Bôas #Michel Temer


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Será um déjà-vu no sindicalismo do ABC?

20/04/2017
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Nasce uma flor no deserto da política brasileira. O nome da rosa é Rafael Marques. A novidade remonta aos primórdios, quando surgia uma liderança trabalhista, que também usava macacão de fábrica. Assim como Lula foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, Rafael é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC paulista. As semelhanças não terminam aí. Lula sempre teve claro que a população do país era de corte conservador, que jamais seria bolchevique, conforme fantasiavam seus pares.

O avanço possível, portanto, teria de se dar através de um acordo permanentemente renovado entre o trabalho (setores menos favorecidos) e as elites; um pacto que, aliás, começou de forma indireta – pela via do controle inflacionário – no governo Fernando Henrique Cardoso, e parece ter-se esgarçado de forma definitiva no governo Temer. Rafael Marques não somente pensa igual, como é mais propositivo. Tem na ponta da língua um longo cardápio de medidas alternativas que poderiam integrar as reformas da previdência, trabalhista e tributária. Detém também o conhecimento das representações dos setores da economia e a evolução do emprego, produtividade e participação no PIB, o que lhe permite enxergar pelo alto onde estão as possibilidades de aliança e negociações.

Rafael é Lula até debaixo d’água e não vê alternativa para as esquerdas a não ser a candidatura do ex-presidente. Mas, ao mesmo tempo, defende uma renovação da política, conspurcada pela Lava Jato. Em São Bernardo, Santo André e São Caetano do Sul onde tudo começou, participantes atilados do sindicalismo profundo enxergam razoável possibilidade de um raio cair duas vezes no mesmo lugar. No próximo dia 28, Rafael terá um primeiro teste como líder trabalhista. É um dos principais organizadores da greve geral marcada para aquela data.

Para todos os efeitos, ele faz o seu dever de casa direitinho. Afirma que não disputará mais um mandato no Sindicato, do qual está à frente desde 2012, e que também não será candidato a deputado federal em 2018. Nenhuma palavra sobre o tema Presidência da República. Isso não é assunto para ele, um lulista de carteirinha, tratar em público. Quem quiser que fale. Marques tem a pinta da renovação da esquerda e parece deter o condão de reagrupar as centrais sindicais e fundir novamente o lulismo com o petismo.

Quem o diz são alguns caciques do partido, que no murmúrio das conspirações deixam entreouvir o nome do sindicalista como contendor à altura em um enfrentamento com João Doria, Jair Bolsonaro e Marina Silva. Mas e a eterna esfinge, Luiz Inácio Lula da Silva? Sua candidatura se encontra cada vez mais próxima do impedimento. No entanto, como diz o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, “castrar a potencial candidatura de Lula é café pequeno. Ele detém fabuloso e invulnerável estoque de votos plurais e o dedo que lhe falta é o da delação, não o da vitória. Para onde apontar lá terão milhões de votos”. Rafael Marques é a novidade que pode estar postada bem à frente do dedo indicador de Lula. Mas falta foco, diria o leitor. Tudo a seu tempo. Por enquanto, Lula é o único candidato do PT à presidência.

#Lula #PT


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MP das concessões descarrila no Congresso

18/04/2017
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Além da maior de todas, a reforma da Previdência, o governo está perdendo outras batalhas no Congresso. É o caso da Medida Provisória que autoriza a renovação antecipada de concessões, notadamente ferroviárias e rodoviárias. Os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício de Oliveira, têm sido pressionados pela bancada ruralista a tirar o projeto da pauta de votação enquanto não for feita uma série de mudanças no texto original. Os insurretos são liderados pelo senador Ronaldo Caiado e pelo deputado Jovair Arantes, dois aliados escorregadios do governo Temer. Entre outras questões, os ruralistas exigem um percentual mínimo obrigatório para que as operadoras ferroviárias concedam direito de passagem em sua malha a outras concessionárias. Devem emplacar essa e outras imposições. O governo precisa votar o projeto até 3 de maio. Caso contrário, a MP caduca.

#Jovair Arantes #Michel Temer #Reforma da Previdência


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A razão cínica da “Constituinte Já”

18/04/2017
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O jogo foi pesado nesses dias da Semana Santa. Com sua entrevista à Band, Michel Temer assumiu-se como o Pôncio Pilatos da sua própria ópera bufa. Denunciou o golpe em Dilma Rousseff, lavrado por Eduardo Cunha. Sua aquiescência foi uma confissão de cumplicidade. Lavou as mãos. As mesmas que estendeu a Lula sob o corpo de D. Marisa e estão novamente ao seu dispor.

O Plano B do PMDB de reeditar uma chapa com Lula na cabeça pode passar a ser o Plano A se houver somente uma boia salva vidas para todos. Ou seja: enquanto o TSE pensa sobre o andamento do processo de cassação da chapa Dilma/Temer, a conspiração para uma nova tabelinha PT/PMDB correria solta. Das cinzas, o renascimento. O ex-presidente reza a todas as santas de São Bernardo, Santo André e Diadema, por uma solução que o poupe de ter de partir para a briga.

Lula carrega evidências de crimes nas costas, tem dúvidas se seu exército atende o chamado para a luta e, o que é pior, teme, caso venha a ser preso, que ninguém vá para as ruas. Seria a sentença aplicada pelo povo. Só agendas diversionistas como a da Constituinte e do pacto o tiram dessa. O cacife que Lula dispõe é a resiliência de 30% do eleitorado. Mas, para esse jogo ser jogado, é preciso que emissários de todos os reinos se disponham a defender firmemente seu protetorado.

Os ex-presidentes da República, FHC à frente, alicerçam o pacto que seria firmado não em cima da Lava Jato, mas da convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, que tomaria posse neste ano. Eles conduziriam o governo Temer ao seu desfecho em 2018, fazendo do pacto um cordão sanitário, pelo menos do ponto de vista simbólico e ritualístico. É quase certo que a Constituinte teria uma participação especial da tropa do STF, que não pretende entregar de mãos beijadas o caminhão de poder arrancado dos últimos governos.

Nesse cenário em que a ficção flerta com a realidade, o condutor dos trabalhos seria o ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, na condição de candidato a vice-presidente em uma virtual chapa com Lula. As reformas de Temer entrariam no bojo da Constituinte, passando, assim, a serem emendas com maior legitimidade. Com a mudança prevista da Constituição, tudo que foi operado pela Lava Jato, até a própria forma de funcionamento do Ministério Público, uma jabuticaba amarga que brotou na carta de 1988, fica sub judice ou na espera de reconstitucionalização.

Da boca para fora, a velha guarda dos parlamentares pregará a renovação da política. Ao mesmo tempo buscará a costura de um acordo que alivie as penas e reduza os dolos próprios e dos seus pares. O pacto é plural. A melhor metáfora seria a de uma orquestra sinfônica com um naipe de metais e uma seleta de violinos e violoncelos cortantes de tão afiados. Ou um filme de George Lucas, com a Constituinte voando na velocidade da luz e cuspindo leis como balas, sem poder errar o alvo. E as eleições representando o lado claro, clean, da força, trazendo a mudança e o rejuvenescimento. Há um quê de realismo mágico sem dúvida nesse enredo do RR. Um combinado de informações de cocheira com uma composição literária à lá Julio Cortázar. São muitas as predições a confirmar. Quem viver verá?

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer #PMDB


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Rumo Logística vende bilhetes para o seu capital

17/04/2017
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O empresário Rubens Ometto vai buscar parceiros para viabilizar o plano de investimentos da Rumo Logística, que prevê o desembolso de R$ 8 bilhões até 2020. A ideia original de trazer um sócio exclusivamente para a Malha Sul, uma das concessões do grupo, começa a dar lugar a um projeto mais amplo, que passa pela capitalização da própria holding. Ometto trabalha com duas possibilidades: uma oferta de ações em bolsa ou a venda direta de uma participação para um investidor.

Se uma operação restrita à Malha Sul tem potencial para a captação de aproximadamente R$ 2 bilhões, conforme estimativas do grupo, a negociação de parte do capital da Rumo poderia elevar essa cifra para algo próximo de R$ 5 bilhões. Seja qual for o trajeto escolhido, toda a operação está ancorada na renovação antecipada das concessões da Rumo Logística. Após diversos ziguezagues nas negociações com o governo, ou melhor os governos de Dilma Rousseff e Michel Temer, a expectativa da companhia é que a prorrogação da licença da Malha Paulista saia até junho, quando o TCU dará o parecer final após o pronunciamento da ANTT.

Segundo fonte do próprio Tribunal de Contas, a extensão será aprovada, assim como um acordo para o pagamento de valores atrasados referentes à concessão. A cifra da ordem de R$ 1 bilhão é alvo de uma disputa jurídica entre a empresa e União. Na teia de trilhos que compõe sua rede, a Rumo vai se dedicar ainda à renovação antecipada da concessão da Malha Sul, herdada com a incorporação da América Latina Logística, em 2015. O atual contrato vence em 2027, mas, a exemplo da Malha Paulista, pode ser estendido até 2057, conforme o edital original de privatização da rede ferroviária federal.

#ANTT #Rubens Ometto #Rumo Logística


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Prestígio em SP

17/04/2017
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José Yunes, o amigo de Michel Temer, tem usado de seu prestígio para ajudar um banco médio sediado em São Paulo a encontrar um sócio.

#José Yunes #Michel Temer


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Quem não se comunica perde a batalha da Previdência

12/04/2017
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A reforma da Previdência não é apenas uma guerra política. Trata-se também de uma batalha da comunicação, ainda que, até o momento, marcada mais pela omissão do que pela artilharia dos seus combatentes. Essa semitrégua, no entanto, está com os dias contados. O Palácio do Planalto tem informações de que a oposição – leia-se PT e outros partidos de esquerda – prepara uma forte ofensiva nas redes sociais.

O ataque se dará com a produção de um vídeo cobrando as contradições do governo e de sua base aliada quando o assunto é aposentadoria. O filmete vai mirar em quatro nomes: o próprio presidente Michel Temer, Eliseu Padilha, José Sarney, todos do PMDB, e o tucano Aécio Neves. Segundo informações colhidas pelo Planalto, o protesto terá como slogan “Aposentadoria: devolvam a sua antes de tirar a nossa”. O Planalto está apreensivo com o impacto que a estratégia terá nas mídias sociais.

O engajamento de artistas e personalidades ligadas à esquerda certamente aumentará o poder de viralização do vídeo. A produção vai contrapor o discurso e a prática de lideranças políticas que trabalham pela aprovação da reforma da Previdência, mas não abrem mão de suas polpudas aposentadorias, a começar pelo próprio Michel Temer. O presidente se aposentou como procurador do estado de São Paulo com apenas 55 anos e recebe aproximadamente R$ 30 mil por mês.

Segundo as informações que chegam ao Planalto, Eliseu Padilha também terá seus segundos de fama. Desde os 53 anos, o atual ministro da Casa Civil recebe uma aposentadoria da Câmara dos Deputados em torno de R$ 20 mil. Aécio Neves também será citado: como ex-governador de Minas, ele embolsa cerca de R$ 18 mil. O vídeo vai bater ainda mais duro em José Sarney, imbatível na arte de empilhar aposentadorias.

São três, como ex -governador, ex-senador e servidor aposentado do Tribunal de Justiça do Maranhão, que lhe garantem uma renda mensal de R$ 73 mil Entre os próprios aliados, a percepção é que o Planalto está perdendo a guerra da reforma da Previdência pela sua própria soberba. Não obstante já ter cedido em diversos pontos da proposta, o governo é criticado pela inércia na comunicação. Há quase um mês, o Palácio discute a criação de uma campanha e a contratação de um nome, notadamente um artista, de grande apelo popular para convencer a opinião pública da necessidade de mudança nas regras da Previdência – ver RR edição de 17 de março. Pelo jeito, a oposição, mesmo fragilizada, será mais rápida no gatilho.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Reforma da Previdência


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Forças Armadas são a instituição mais confiável do país; Congresso, a mais corruptível

6/04/2017
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Parece até que o Brasil voltou no tempo: as Forças Armadas são a instituição mais confiável do país, enquanto o Congresso Nacional é visto como a mais propensa de todas a corrupção. É o que revela sondagem realizada pelo Relatório Reservado junto a uma parcela da sua base de assinantes. A enquete, no modelo de respostas espontâneas, foi feita entre 27 e 31 de março.

Entre os 142 assinantes que participaram do levantamento, 67% apontaram a tríade Exército, Marinha e Aeronáutica como o estamento de maior credibilidade. A boa imagem das Forças Armadas não chega a ser uma novidade. O que chama a atenção é a diferença para os demais. A segunda instituição mais lembrada foi o MP, com distantes 10%. STF e Polícia Federal ficaram em terceiro e quarto, respectivamente com 7% e 5%. A seguir, a Igreja (4%), a imprensa (3%) e o TCU, com 2%. Por fim, apareceram o governo federal e o Congresso, cada um com apenas 1%. A reputação do Parlamento está mesma em baixa.

O Congresso foi citado por 36% dos entrevistados como a instituição mais propensa a atos de corrupção. O governo do Rio ficou em um nada honroso segundo lugar, com 13%. A Petrobras veio logo a seguir, com 10%, um indício de que a estatal ainda terá de trabalhar muito para recuperar sua imagem. Receita Federal e Polícia Militar empataram, cada uma com 6% dos votos. Ressalte-se a presença da própria Presidência da República na relação das instituições mais suscetíveis a corrupção, com 5%, mesmo percentual de citações ao Judiciário.

Na sequência, apareceram o Detran, a Polícia Civil e o governo de Minas Gerais, cada um com 4%. Com 3% surgiu o BNDES, possivelmente por conta das ilações que cercaram algumas operações do banco no governo do PT. Foram votados ainda a Fazenda, 2%, e o BB e a Polícia Federal, cada um com 1%. O RR também perguntou: “Qual é a autoridade que mais honra seu cargo?” Pule de dez: deu Sérgio Moro na cabeça, com 34%. Cármen Lucia ficou em segundo, com 17%. João Doria recebeu 15%; Jair Bolsonaro, 9%. Logo a seguir, Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Lava Jato (7%).

O top five é uma evidência de que o Brasil está cada vez menos “político” e mais “judicializado”. Se não vinculados ao Judiciário, Doria e Bolsonaro personificam em seus discursos o “político que não é político”. Os assinantes do RR mencionaram ainda o presidente da Petrobras, Pedro Parente, com 5%, e ACM Neto (4%). Apenas 2% citaram Henrique Meirelles como um personagem que honra seu cargo público, certamente um reflexo da crise econômica.

Os entrevistados mencionaram ainda Rodrigo Janot e Geraldo Alckmin, com 2% cada um, além da presidente do BNDES, Maria Silvia Bastos, e de Gilmar Mendes, cada um com 1%. E Michel Temer? Ele aparece no rodapé da enquete, também com 1%. Michel Temer “brilhou” também na quarta e última pergunta: “Se possível, quem você tiraria de um cargo público?”. Entre os entrevistados, 38% cravaram o nome de Temer, mais do que o dobro do segundo colocado, Eliseu Padilha (15%).

Aliás, o Planalto pontificou nos três lugares mais altos do indesejável pódio: Moreira Franco chegou em terceiro, com 11%. Logo atrás, Luiz Fernando Pezão, com 10%. A relação dos “impeacháveis” seguiu com Romero Jucá e Aécio Neves, cada um com 5%. Henrique Meirelles recebeu 4% das respostas. Certamente por outros motivos, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, também foi citado por 4%. Entre os assinantes, 3% disseram que gostariam de ver Maria Silvia fora da presidência do BNDES. Rodrigo Maia foi outro lembrado por 3% dos consultados. Por fim, um fato curioso. Para 2% dos entrevistados, Sérgio Moro é que deveria ser afastado de suas funções. Devem ter lá seus motivos.

#Cármen Lucia #João Doria #Michel Temer #Sérgio Moro


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Planalto troca a reforma da Previdência “ideal” pela possível

5/04/2017
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O governo decidiu aceitar uma reforma da Previdência mais light. A mudança de rota, que vinha sendo defendida pelos ministros políticos do Planalto, ganhou a concordância de Henrique Meirelles e a bênção de Michel Temer. A concepção de que a reforma era um fato consumado pelo impeachment deu muitos passos atrás. Mesmo a publicização da tragédia econômica decorrente da fórmula atual da Previdência não resistiu à versão tupiniquim da célebre frase do marqueteiro norte-americano James Carville: “É a voz do bolso do povo, estúpido!”.

O argumento é que é preciso passar a reforma já nesse primeiro semestre, pois a partir daí o calendário estará contaminado pelas eleições de 2018. Há ainda o risco do texto da PEC ser tão mutilado a ponto de transformar o projeto em um Frankenstein indefensável. Ou pior ainda: sequer haver votação. O governo precisa de 308 votos. Chegou a considerar que tinha 246 praticamente certos. Ou seja: faltavam 62 deputados para “trabalhar”.

Ontem, esse número subiu para 78. Portanto, caíram votos considerados garantidos. Há preocupação com o excesso de emendas parlamentares apresentadas (147) e a probabilidade de diversas delas obterem as 171 assinaturas necessárias para a alteração do texto enviado ao Congresso. Na verdade, não é mais o texto, mas sim os “textos”, que o próprio governo enviou offline. A ideia é encaminhar em off outras propostas.

São essas “alternativas”, a exemplo da idade da aposentadoria das mulheres, o busílis da reforma light. Uma proposta esperada é a alteração da emenda mais perversa de todas, a que estabelece um teto abaixo do mínimo para o auxílio a idosos deficientes. E todos os cálculos atuariais que foram feitos visando reordenar as contas públicas? Continuam valendo – em parte. A fórmula de acomodação do retalhamento do texto original com o projeto de longo prazo é tão singela quanto óbvia: incluir na PEC a previsão de que alguns pontos serão rediscutidos em um prazo posterior com objetivo de que as metas sejam atingidas. O governo ainda ganha muito aprovando uma reforma meia-bomba. E acaba, de fato, se a Previdência não sofrer modificações.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Reforma da Previdência


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Cisne branco

5/04/2017
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O presidente Michel Temer segue soltando calculadamente o orçamento das Forças Armadas. Além da encomenda já confirmada de quatro corvetas, ao valor de US$ 1,8 bilhão, a Marinha deverá receber o sinal verde para contratar mais oito embarcações semelhantes.

#Michel Temer


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“MP das Concessões” seria o Ato Institucional nº 1 do governo Temer

3/04/2017
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As recorrentes notícias sobre uma possível intervenção do governo na Oi, que chegaram ao ápice na sexta-feira com os boatos da edição de uma “MP das Concessões”, levaram o mercado a um estado de forte apreensão. A longo do dia, o assunto tomou os escritórios de advocacia de investidores institucionais e grupos interessados em participar dos leilões de privatização. As interpretações iam de que a MP não somente era inconstitucional como representava um “Ato Institucional” do atual governo sem precedentes desde o regime militar.

No caso específico das telecomunicações, o principal argumento utilizado é o da Emenda Constitucional no 8. Em seu artigo 2o, ela diz que: “É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso XI do art. 21 com a redação dada por esta emenda constitucional” – o inciso XI, por sua vez, trata exatamente da exploração dos serviços de telecomunicações, pela União ou mediante autorização, concessão ou permissão. A preocupação é abrangente, uma vez que a MP permite ao governo mudar as regras do jogo e intervir, sem critérios claros e objetivos, em qualquer concessão pública no país – além da telefonia, energia elétrica, óleo e gás, saneamento, transporte rodoviário ou ferroviário, aeroportos, rádio e televisão etc. O RR consultou três renomados escritórios de advocacia da área de M&A e a reação foi unânime: a medida cria um risco jurisdicional para todo o setor de infraestrutura.

Um dos juristas afirmou que o silêncio do governo acabará por materializar um monstrengo institucional capaz de abalar a credibilidade do país e gerar um cenário de insegurança no ambiente de negócios: “Essas coisas, a gente sabe como começam e nunca sabe como acabam”. O consenso entre as fontes do RR é que falar na ameaça de intervenção em qualquer concessão pública no momento em que o Planalto tenta colocar as PPIs na rua é de um contrassenso que beira a esquizofrenia. A insegurança criada pela possível MP é uma ameaça à privatização das 55 licenças que serão ofertadas ao mercado a partir do segundo semestre, entre ferrovias, rodovias, portos, aeroportos e linhas de transmissão.

Soma-se ainda a péssima comunicação do governo em torno do assunto: a questão tomou conta do noticiário nos últimos dias sem que qualquer autoridade tenha trazido o assunto para si em on the records. Não por acaso, a celeuma criada pelo vazamento da suposta “MP das Concessões” causou grande incômodo no próprio Palácio do Planalto. Responsável pelas PPIs, o ministro Moreira Franco já teria identificado cheiro de pólvora disparada por fogo amigo. Por sinal, um “muy amigo” bem próximo. Mas o que faz menos sentido é a “MP das Concessões” ser cogitada no governo de um professor de Direito Constitucional. Com certeza, o presidente Michel Temer não conhece os detalhes do que estaria sendo urdido nos porões do Planalto.

#Michel Temer #MP das Concessões #Oi #PPI


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Governo muda salário mínimo de olho na Previdência

30/03/2017
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No intervalo entre a aprovação do projeto de lei da terceirização e a reforma trabalhista – eufemismo para morte lenta da CLT -, o governo vai perpetrar a mudança da correção do salário mínimo. Trata-se de uma pedra cantada há muito tempo, tal como a extinção do crédito direcionado ou o aumento da idade com direito aos proventos da Previdência Social. Se pudessem, Michel Temer et caterva acabariam com o salário mínimo, visto como um dos bastiões da indexação que freia a economia e retroalimenta a inflação.

Mas, como diria o esquartejador, melhor ir por partes. Para o momento está prevista a mudança do reajuste do salário pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do último ano. A correção não mais levaria em conta a reposição da inflação passada, mas,sim, o inflation target perseguido. Se a inflação for menor do que a meta, melhor para o trabalhador.

A medida vigoraria somente em 2018. O governo acredita que ganha o embate da correção do mínimo com o discurso de que o aumento do poder de renda proporcionado pela queda da inflação terá um efeito mais do que compensatório em relação à reposição da inflação passada. Ficaria mantida a regra do ganho real, que corresponde à variação do PIB do penúltimo ano (Lei no 12.382/2011).

Como se sabe, o ganho real será nulo qualquer que seja a fórmula de reajuste do mínimo em 2018, pois o resultado do PIB foi negativo. A mudança da base de correção do mínimo tem um olho no bolso do trabalhador e o outro nos custos da Previdência Social. É possível que ela permitisse até alguns arreglos no texto da reforma. Por exemplo: há fortes resistências à proposta do governo para o Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago a idosos e deficientes de baixa renda, uma das medidas mais cruéis da reforma.

O governo pretende desvincular a BPC do salário mínimo, criando um novo piso para os hiperdesfavorecidos: o mínimo do mínimo. Com a nova fórmula de reajuste, Temer talvez pudesse recuar em medidas desumanas, tais como essa. A ver. O certo é que os reformistas estão matando Vargas pela segunda vez.

#CLT #Michel Temer #Reforma da Previdência


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As boas novas de Michel Temer

28/03/2017
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Nos próximos dias, o presidente Michel Temer anunciará, em cadeia televisiva, um conjunto de medidas voltadas para o aquecimento dos negócios, redução do endividamento das famílias e desburocratização. A ideia é que as boas novas enfeixem o pedido de apoio para a reforma da Previdência. O governo quer condicionar as notícias positivas à reforma e, por consequência, o pior dos mundos à ausência dela.

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O governo colocou uma pá de cal no projeto de antecipar a reforma trabalhista. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, já tinha até recebido sinal verde para defender essa troca de cronograma. Depois da péssima comunicação do projeto de lei da terceirização, o governo quer postergar qualquer bola dividida com a regulamentação do trabalho. Sai a reforma da Previdência na frente, e seja o que Deus quiser.

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Por falar em Previdência, aviso aos aposentados: o Ministério da Saúde vai anunciar o reajuste dos medicamentos na próxima sexta-feira, dia 31 de março – data confirmada ao RR pela própria Pasta. A tendência é que o aumento seja dividido em três partes ao longo do ano – em 2016, a paulada veio de uma só vez. Entre os próprios laboratórios, a expectativa é que a conta final seja inferior aos 12% do ano passado. Talvez seja o caso de o próprio Michel Temer, tão em baixa com os aposentados, anunciar a boa notícia.

#Michel Temer #Reforma da Previdência


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E nada do sertão virar mar

27/03/2017
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Michel Temer posou para fotos às margens do São Francisco, inaugurou as obras de transposição do Rio na cidade de Sertânia (PE), mas água que é bom está difícil de chegar naquela região. O governo federal está represando cerca de R$ 100 milhões que seriam destinados à construção do Sistema Adutor do Oeste, responsável por irrigar parte do sertão pernambucano. As obras estão paradas há quase dois anos. Na semana passada, o governo pernambucano recebeu a promessa de que o dinheiro sai até junho.

#Michel Temer


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Exército inicia sua cadenciada marcha da sucessão

24/03/2017
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O nome que emerge para assumir o comando do Exército Brasileiro é o do atual Chefe do Estado-Maior da instituição, general Fernando Azevedo e Silva. Por ora, ressalte-se, a questão é tratada com muita cautela no governo. Não obstante os problemas de saúde que enfrenta – ver RR edição de 13 de março –, o general Eduardo Villas Bôas pretende seguir no posto.

Nesta semana, em entrevista postada nas páginas oficiais do Exército nas redes sociais, ele confirmou que tem se submetido a um tratamento médico em São Paulo para cuidar de uma doença degenerativa. No entanto, fez questão de tranquilizar seus comandados e reafirmar que se sente em plenas condições de cumprir todas as obrigações do cargo. De toda a forma, substitui-lo não é uma tarefa simples. O general Villas Bôas é a maior liderança do Exército em décadas. Seja pela influência que tem entre seus pares, seja por motivos simbólicos, o general Eduardo Villas Bôas será o responsável por conduzir o processo de sucessão dentro do timing mais apropriado.

Outra peça-chave na escolha do futuro comandante do Exército é o chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sergio Etchegoyen. Ele próprio, se quisesse, seria um candidato natural ao posto. No entanto, a tendência é que fique onde está. Esta é a sua preferência e também a do presidente Michel Temer, que o considera um personagem imprescindível na estrutura do Palácio do Planalto.

Neste momento, o comandante do GSI está no Japão, de onde regressa no próximo dia 27. De lá, tem participado de todas as discussões relativas a uma eventual mudança no comando do Exército. O general Fernando Azevedo e Silva ocupou o posto de comandante Militar do Leste até junho do ano passado, quando foi indicado para assumir a chefia do Estado Maior do Exército. Pouco antes, cumpriu um papel fundamental na realização da Rio 2016, exercendo o cargo de presidente da Autoridade Pública Olímpica.

#Eduardo Villas Bôas


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Uma aliança de 40 anos

24/03/2017
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Michel Temer mantém uma interlocução mais assídua com José Yunes, o delator, do que com o ministro Eliseu Padilha, o delatado. E olha que um está em São Paulo e outro, apenas um andar acima do gabinete da Presidência da República.

#Eliseu Padilha #José Yunes #Michel Temer


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O cargo mais político

21/03/2017
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Não há cargo mais político do que a presidência da Antaq, entregue a um primo do ministro Gilmar Mendes. Talvez só a Companhia Docas do Estado de São Paulo. O presidente Michel Temer sabe disso.

#Antaq #Gilmar Mendes #Michel Temer


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Meirelles se equilibra entre o aumento de impostos e novo corte no orçamento

15/03/2017
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O recado de Henrique Meirelles é que poderá, sim, aumentar os impostos. Ponto final! O ministro da Fazenda não tem nada de kamikaze. Afinal, já negou a medida até com as mãos estendidas a Deus. Mas, na sua avaliação, bem mais deletério aos seus objetivos políticos é estourar a meta do superávit primário da União de R$ 139 bilhões, o que seria uma confissão de falência na gestão do orçamento fiscal, prioridade desde o seu primeiro dia no governo.

Se a arrecadação não melhorar, sendo travada pelo endividamento das famílias e empresas, capacidade ociosa, crise dos estados, desemprego, atraso do programa de concessões, etc., Meirelles partiria para o contingenciamento do orçamento. Informações filtradas da Fazenda indicam que ele poderia contingenciar um caminhão de R$ 60 bilhões. Mas do que isso somente com um garrote sobre o pescoço do setor público. A partir daí, Henrique Meirelles lançaria mão do derradeiro expediente tributário.

São duas as propostas: a unificação do PIS/Confins – de alguma forma, os benefícios teriam de ser transferidos para 2017 – ou uma contribuição e/ou imposto extraordinário para erradicação urgente do déficit fiscal. Esse último gravame de pomposa nomenclatura seria cobrado uma única vez, pelo menos no discurso. Seria algo vizinho à CPMF. Meirelles suou para não confessar essa tentação.

Em várias oportunidades, firme, desmentiu Eliseu Padilha e o próprio Michel Temer, que candidamente admitiam o aumento temporário de impostos se não houvesse outra alternativa para fechar as contas. Afinal, “a culpa era da Dilma”. Meirelles bateu o pé e negou uma nova mordida do Leão. O ministro da Fazenda conduziu sua presença na vida pública de forma a tornar-se o fiador da previsibilidade. Seria essa marca a sua receita de sucesso para debelar a crise econômica e também o nome de batismo da sua identidade política.

Uma nova derrama não estava nos planos. E sempre há a possibilidade de espremer aqui e ali, a exemplo da repatriação, para fechar as contas. Mas Meirelles é um pragmático. Joga o jogo jogado. Se aventou a expansão da carga tributária, é que uma leva de impostos já está na bica. Até os anjos e as crianças sabem disso. Em tempo: plana no ar a revogação das desonerações da folha de salariais. A medida não passa de um tributo fantasiado. Mas também pode ser uma opção, devido aos dividendos metalinguísticos tão caros ao interesse político de Meirelles, assim como fórmula para evitar o princípio da anualidade.

#Henrique Meirelles #Ministério da Fazenda #PIS


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MRV vai aonde o Minha Casa está

9/03/2017
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No embalo da nova fase do Minha Casa, Minha, Vida e da liberação de recursos do FGTS, a MRV está investindo R$ 400 milhões na compra de terrenos para a construção de habitações populares. Uma demonstração do apetite da construtora pelo segmento será dada amanhã, com o lançamento de um empreendimento com 7,5 mil apartamentos para a população de baixa renda em Pirituba, Zona Norte de São Paulo. Com 90% do seu faturamento dependentes do Minha Casa, Minha Vida, não admira que Ruben Menin, dono da MRV, costume tecer loas ao governo de Michel Temer e, em especial, ao ministro Henrique Meirelles nos eventos do setor.

#FGTS #Minha Casa Minha Vida #MRV


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O admirável mundo novo do emprego

9/03/2017
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As voltas que o mundo dá. Quando era vice-presidente, Michel Temer compartilhava do orgulho de participar do governo que mais formalizou a força de trabalho. Agora, torce na arquibancada pela volta do emprego informal. Não que sua disposição em mudar a legislação do trabalho chegue a tanto. Mas é o que se tem. A atividade informal reage antes, enquanto o emprego formal demora mais a dar sinais de vida. E o “empregado por fora” também faz compras, ajuda a entes familiares que estão fora do mercado de trabalho e até contrata gente – também “por fora”. Ressalte-se que o emprego informal tem a menor renda média da PNAD. Como os direitos getulianos não têm qualquer simpatia do governo, incomoda pouco se o Brasil virar uma Índia, com parte maciça do emprego desregularizado ou reduzidamente legalizado, com meneios de sub-regulamentações tais como os contratos de terceirização. Nos seus devaneios mais íntimos, os algozes da CLT instituiriam um leilão da força de trabalho para que o investimento retornasse firme e as empresas voltassem a produzir com força total. Quem dá mais? Quem dá mais?

#Michel Temer


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A Meirelles, a maré mansa da economia; a Temer, as bombas da Lava Jato

7/03/2017
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Michel Temer, ao mesmo tempo em que se enrola no arame farpado da Lava Jato, começa a colher bons resultados na economia. Corre o risco, contudo, de ver diluída sua autoria no conjunto da obra. No momento, a visibilidade está toda voltada para Henrique Meirelles, tornado primeiro-ministro pelas circunstâncias. É ele quem decide tudo. Mas digamos que Temer, por direito, foi quem semeou melhorias nos fundamentals, aumentando a previsibilidade das políticas monetária e fiscal.

Não resta dúvida de que colaborou. Se bem que, pelo menos nessa fase, a conjuntura melhoraria por suas próprias pernas – e quem acompanha o RR já sabia – em decorrência da “teoria perversa da economia”, a mesma tese do fundo do poço que apregoa a recuperação estatística após um declínio profundo. A boa novidade, entretanto, é a brisa que sopra os preços das commodities, pressionando em favor da desvalorização do dólar, a melhoria dos termos de troca e um saldo bem mais favorável na balança comercial. Ou seja: um ambiente externo mais amigável para o Brasil. No mais, a inflação desce abaixo da meta de 4,5% – na previsão mais otimista chega a 4% em dezembro – e a Selic cai entre 9% e 9,5% no final do ano.

Por sua vez, o PIB encerra 2017 também em perspectiva mais alvissareira, na faixa de 1%, mas com a expansão da atividade produtiva rodando entre 2,5% e 3% no último trimestre. A aprovação das reformas da Previdência e trabalhista altera pouco o cenário do curtíssimo prazo. Ambas já estão precificadas. No entanto, uma eventual votação contrária no Congresso, especialmente no caso da Previdência, teria um forte impacto sobre as expectativas. Os investidores continuam regidos pela insegurança decorrente da Lava Jato, que voltou a subir elevados decibéis, e pela mais do que provável desmontagem do carry trade devido à queda dos juros.

As empresas e as famílias continuam padecendo as agruras da desalavancagem, depois de baterem o recorde de endividamento da história do país. As bolsas permanecem com tendência de alta ao sabor dos ventos das commodities, aguardando, entretanto, uma sinalização mais firme da política monetária norte-americana. E o desemprego? Ele desafina a maré de números positivos de 2017.

Por uma lógica inercial própria, a taxa de desocupação é a última a se recuperar com um atraso de quatro a cinco meses. Antes disso pode subir, ultrapassando os 14%. A percepção da melhoria do cenário econômico, portanto, fica nublada sem uma queda nítida do nível de desemprego. Vale anotar que o ministro Henrique Meirelles assumiu uma posição confortável no xadrez político: fatura o que der certo na política econômica e deixa deslizar por gravidade para Temer tudo aquilo que der errado. Hoje, Meirelles posa de âncora e o presidente de goma arábica. O que colar em Temer colou.

#Henrique Meirelles #Lava Jato #Michel Temer


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Ao pé do ouvido

6/03/2017
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Grandes usineiros paulistas foram ao presidente Michel Temer pedir que o governo freie as importações de etanol anidro. Embora a produção de cana esteja na entressafra, as usinas ainda dispõem de expressivos estoques. Com o aumento das importações, os preços do etanol anidro já caíram quase 5% desde dezembro.

#Etanol #Michel Temer


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BNDES asperge tristeza sobre um governo carente de contentamento

2/03/2017
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Um relatório sobre a geração de boas notícias na área econômica, com base em anotações de clipping, foi enviado para poderosas salas da Esplanada dos Ministérios. A conclusão não insinua qualquer dúvida: as notícias que emanam do BNDES são espartanas, rigorosas, sob medida para nutricionistas adeptos da dieta da inanição. O banco se vestiu de cinza quando o Ministério da Fazenda, do Dr. Meirelles e o Banco Central, do Dr. Ilan, baluartes do mau humor monetário, se esforçam para espremer do limão da ortodoxia uma limonada de medidas microeconômica e abençoar as reduções da taxa básica de juros.

O BNDES dinamitou sua ponte com o empresariado, talvez o grupo que mais decididamente tenha apoiado o presidente Michel Temer. Com a sensibilidade à flor da pele, Maria Sílvia Bastos Marques fez, na terça-feira pré-carnavalesca, uma tour de force em Brasília, com uma providencial reunião com Temer seguida de entrevista pré-combinada para divulgar o que foi dito no encontro. Os dirigentes privados, não é de hoje, reclamam que o crédito se tornou mais seletivo, burocrático e com custos mais altos, justamente quando os potenciais investidores ardem sedentos de liquidez.

A direção do banco diz que está aberta a bons projetos, mas o empresário, elevadamente endividado, operando com capacidade ociosa, com os pátios cheios de estoques e ainda com uma ponta de dúvida sobre as reformas, se ressente dos maus tratos nesse momento de calvário. Um não leva projetos porque não se sente acolhido; o outro não empresta porque não recebe projetos. Há bons argumentos para ambos os lados. O BNDES, sem dúvida, teve de limpar a casa do tsunami da gestão anterior. No entanto, parece que se empenha em demasia na cruzada contra o crédito direcionado, que precisa ser reduzido, mas sem fúria religiosa.

Caso o seu mais longevo presidente, Marcos Vianna, estivesse vivo, desempataria a questão: “Se o BNDES estiver com o caixa cheio significa que não cumpriu sua missão. Se tiver lucro maior, tem que trocar a gestão”. Não falta quem reclame que o banco, em vez de caçar empreendedores de boa cepa, preferiu adotar o discurso da opção pelo saneamento, que não cria empregos no curto prazo, só atrai empresas periféricas – que não agregam valor frente ao eleitorado – e do mesmo modo que os governantes de entes federativos vai ter de justificar a venda de ativos em condições pouco transparentes.

Talvez mais recomendável fosse a agência de fomento sair garimpando projetos de engenharia básica para congregar os empresários reclusos em torno deles. O BNDES tem R$ 100 bilhões parados em caixa, e está lá aguardando, funéreo, que algum endinheirado com um “bom projeto” o convide para empinar a pipa. Gente que normalmente não precisaria do BNDES. Maria Silvia Bastos é uma pessoa solar. Por onde passa, deixa fileiras de sorrisos. Imagina-se que ela seja detentora de segredos, que o seu timing seja diferente, que dentro das paredes envidraçados da instituição ela esteja ultimando uma reviravolta para sacudir esse banco melancólico e fomentador do desânimo. Definitivamente, não combina ver Maria Silvia comandando o órgão mais triste do país.

#Banco Central #BNDES #Maria Sílvia Bastos #Ministério da Fazenda


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Até onde o Copom irá?

22/02/2017
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O presidente Michel Temer, a maioria dos seus ministros e a quase totalidade da base aliada têm conspirado para que o Copom surpreenda a previsão de queda de 0,75 ponto percentual e reduza a Selic em um ponto, na reunião que termina hoje. É a única notícia, no curto prazo, capaz de iluminar um pouquinho o cenário sombrio que assola o país. Se o Copom não ceder, é prova de que não há nada que altere a lentidão da política monetária. Talvez Deus.

#Copom #Michel Temer


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Segurança nacional dá lugar ao “entregou geral”

21/02/2017
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O governo Michel Temer, com movimentos sinuosos e sempre em nome da necessidade de estimular os investimentos, vai mudar ou extinguir diversas leis que um dia foram consideradas medidas de segurança nacional. À frente dessa desconstrução regulatória estão os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha. Atrás, se posicionam lobbies privados ferrenhos, alguns deles em atuação desde meados do século passado. Observando em prudente expectativa se encontra o general Sergio Etchegoyen, ministro chefe do GSI. Etchegoyen tem uma visão crítica de alguns penduricalhos que permaneceram associados à segurança nacional, mas não concorda com o conteúdo e a condução de diversas mudanças que estão sendo cogitadas. Cabe a Moreira, um ex-maoísta, a ação mais destemida entre os palacianos.

A orientação do ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência é clara: o país precisa de novos marcos regulatórios para que o capital volte a empreender. Em outras palavras, é hora de abrir, privatizar e entregar o que puder. As medidas são a venda de terras para estrangeiros, a permissão para mineração em faixa de fronteira, a extinção da Reserva Nacional do Cobre – um cluster polimetálico no Pará, controlado pela União, que foi preservado como estratégico – e a exploração e comercialização privada em larga escala do urânio in natura. Ficam guardadas no pipeline a permissão para o capital estrangeiro na geração nuclear e a regulamentação para as empresas explorarem minérios em terra indígena.

Há um pouco de bom e um pouco de ruim em cada uma dessas iniciativas. A preocupação para que somente mineradoras 100% nacionais operem em faixa de fronteira é boa. É preciso também evitar que pequenas e médias empresas, as “mineradoras vagalume”, possam operar na região, pois tornam mais difícil o controle da operação. A venda de terra para estrangeiros também pode ser boa ou ruim. São necessários cuidados para que não seja semeado um “laranjal”, transferindo uma extensão do solo pátrio para o estrangeiro superior aos 25% que estão sendo discutidos pelo governo.

Existe ainda o risco de que haja um estímulo ao surgimento de gigantescos latifúndios improdutivos. O governo justifica o enterro das leis de segurança nacional pela premência da atração dos investidores. Uma das intenções é fazer com que a indústria extrativa mineral passe dos atuais 4% para 7% do PIB. De resto sobram adjetivos para as medidas, tachadas de anacrônicas e atrasadas. Espera-se que este discurso esteja alinhado com os militares. Afinal, foram eles que criaram esses mecanismos de proteção e guarda, prestes a serem detonados para o gáudio do capital estrangeiro – e, vá lá, algum aporte de recursos externos na economia do país.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco


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A voz da Vale

20/02/2017
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Eliezer Batista, founding father da Vale, diz que, frente às intempéries, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, “fez o possível e o impossível”. Segundo Eliezer, “ele deveria ficar na presidência da empresa”. Por falar em presidência da Vale, o que Michel Temer tem a ver com isso? Vai colocar o cargo na conta da coalizão partidária? Tá mesmo tudo dominado.

#Eliezer Batista #Michel Temer #Murilo Ferreira #Vale


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Doria e ACM Neto é a chapa puro sangue da Fiesp

17/02/2017
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O empresariado de São Paulo, em especial a banda de música da Fiesp, está excitado com a chamada chapa “Messi e Neymar” para disputar as eleições de 2018. A dobradinha já tem até slogan: “Dois artilheiros na presidência e vice-presidência do Brasil”. O Messi em questão é o onipresente prefeito de São Paulo, João Doria, que parece disposto a não sair da mídia até concretizar seu sonho de poder.

O Neymar, por sua vez, vem do Nordeste. É o atual prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, provavelmente o alcaide mais popular do país – na última eleição venceu com 74% dos votos no primeiro turno. Ambos teriam, caso a campanha começasse hoje, de abdicar de mais de 1.520 dias de governo nas suas cidades. Nos respectivos partidos, PSDB e DEM, ao que consta não foi sequer cogitada uma chapa com os dois políticos. Aliás, “políticos” é quase uma licença poética, pois Doria e ACM Neto se intitulam gestores antes de tudo. É justamente a ideia de renovação, cara limpa e novas práticas que inspira os endinheirados a apostar na dupla.

A fonte do RR diz que algum badalo na mídia e uma pesquisa de opinião na hora certa bastam como rastilho de pólvora para a candidatura. E PSDB e DEM se misturam como café com leite. Não se trata de uma solução simples, pelo menos do lado dos tucanos, que têm três nomes na disputa pela candidatura: Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra. O que estimula o empresariado pró-Doria e ACM Neto, entretanto, é a falta de drive de Aécio e Alckmin nas pesquisas.

No último Datafolha, o senador tinha 11% contra Lula reinando com 25%. Alckmin, por sua vez, não passava de 8% e dava mais um pontinho a Lula, que atingia 26%. José Serra já se tornou até carta fora do baralho nessas sondagens. Um dado relevante: Dória e ACM Neto estão limpinhos, o que é uma ironia quando se fala na Operação Lava Jato, uma emporcalhadora de imagens. Ao que se sabe, nem Alckmin nem Aécio estão tão longe da alça de mira da força tarefa de Curitiba. E Michel Temer? Dória e ACM Neto terão, somados, apenas mais 17 anos do que Michel Temer, caso ele se elegesse para a presidência em 2018 e terminasse o mandato (81 anos). Só uma coisa é certa em relação a uma aventura com a chapa “Messi e Neymar”. Não vai faltar dinheiro.

#ACM Neto #Eleições #João Doria


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Meirelles faz das chagas do Rio seu trampolim

16/02/2017
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“O Meirelles quer pavimentar sua candidatura à presidência em cima da desgraça do Rio de Janeiro”. A frase é atribuída ao ex-senador Roberto Saturnino Braga, um especialista em falência de unidades federativas – ele mesmo quebrou a cidade do Rio. A observação se ampara na inflexibilidade do ministro nas negociações.

Meirelles quer ser o FMI dos estados. Primeiro, exigiu uma submissão inaceitável para apoiar o governo do Rio. Depois sentou em cima da Lei de Recuperação Fiscal dos Estados. O projeto (ver RR edição de 24 de janeiro) era considerado como de aprovação urgente, não só por ser um importante elemento organizador das contas nas unidades federativas, regulamentando as condições de auxílio aos estados, como também uma peça de reforço estrutural ao ajuste fiscal, agindo sobre as expectativas.

Anteontem, Meirelles sinalizou o envio do projeto até amanhã , mas com contrapartidas draconianas, que o manteriam à frente de uma negociação duríssima com o governo do Rio. Segundo a versão Saturnino, Meirelles se credita como um estadista, capaz de tomar as medidas fortes e necessárias em situação de crise. No caso do Rio, nem sequer o presidente Michel Temer lhe faz sombra. Se fosse nas décadas de 30 a 50, acabava em guerra civil.

#Governo do Rio de janeiro #Henrique Meirelles


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O pai postiço da ideia

16/02/2017
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Nos corredores do Congresso, o deputado Baleia Rossi tem se apresentado como pai da indicação de Rodrigo Pacheco (PMDB-MG) para o Ministério da Justiça. Mas quem conhece a histórica ligação do parlamentar com Michel Temer sabe que, no máximo, ele é o padrasto da ideia.

#Baleia Rossi


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A sociedade dirá se quer arma, droga e cassino

13/02/2017
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O ex-presidente do Senado Renan Calheiros lidera um grupo de parlamentares empenhado em articular um dos movimentos mais polêmicos da política brasileira. Deslocar do âmbito do Congresso Nacional para a consulta popular a legalização de três dos mais satanizados “direitos” hoje regulamentados ou em fase de liberalização em grande parte dos países mais civilizados: porte de arma, consumo de drogas e jogo de azar. Todos eles já foram motivo de recorrentes projetos de lei, submetidos ao Congresso e invariavelmente desaprovados.

O grupo de parlamentares considera que há mais simpatizantes da aprovação entre deputados e senadores do que o contrário, mas eles são temerosos do julgamento da opinião pública e da sua própria bancada, além da mídia, é claro. A saída seria submeter a legalização ao crivo do povo, que definiria o vencedor dessa guerra fria. O referendo, e não o plebiscito, seria o instrumento adequado para a consulta, pois já existem leis repressoras do jogo, do porte de armas e do uso de drogas.

A grande pergunta é se a população quer virá-las de ponta- cabeça, ou seja, liberar as práticas reprimidas. A ideia é realizar o debate à luz dos exemplos de maior notoriedade no mundo, como a Segunda Emenda da Constituição do EUA, que permite manter e portar armas, inspirada na common-law inglesa. Há legislações em diversos outros países regulamentando o uso de droga e os cassinos – o livre funcionamento destes últimos é quase um consenso na maioria das nações ocidentais.

Renan Calheiros, ressalte-se, terá de renegociar seu posicionamento anterior contrário ao uso de armas – ele foi autor do Estatuto do Desarmamento – em nome da proposta de um tríplice referendo. Jogo e liberalização das drogas é com ele mesmo. As bancadas do jogo, da bala e pró descriminalização de drogas no Congresso são bem menores do que se imagina (jogo: 59 parlamentares; armas: 31; e drogas: 11). Quando comparadas à das empreiteiras (223), ruralista (205) e empresarial (201) nem sequer chegam a fazer cócegas. Mas os defensores da legalização acham que ganham a parada se o povo for consultado. Foi assim com o plebiscito da comercialização das armas, contra oponentes como a Igreja e a Rede Globo.

Hoje não faltam posicionamentos favoráveis à legalização das drogas, entre eles o do militante pró-maconha Fernando Henrique Cardoso, dos juízes do STF Gilmar Mendes e Luiz Roberto Barroso e do presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Ah, Lula também figura nesse time. Há também a bancada da execração da droga, comandado pelo deputado Omar Terra (PMDB-RS), que prega a amputação das pernas dos traficantes. Entre os defensores da abertura dos cassinos estão sete ministros do governo Michel Temer, ele próprio um simpatizante da proposta. O futuro ministro do STF Alexandre de Moraes já tem até sugestão para o destino da arrecadação estimada de R$ 18 bilhões (para um faturamento de R$ 60 bilhões) com o jogo: 5% iriam para o Fundo Nacional de Segurança. Já o senador Fernando Bezerra defende que 95% sejam carregados para a seguridade social.

Os militantes pró-jogo contam com o apoio expressivo de governadores e prefeitos, carentes que são de novas fontes de recursos. Os paladinos das armas de fogo apostam que o ambiente de insegurança, criminalidade e violência empurrará a população a decidir em seu favor. Entre os apoiadores, há quem ache que é necessário ir devagar com o andor pelo risco de medidas tão complexas cindirem o país. Além disso, tirar essas questões do Congresso e levá-las para as ruas depende dos próprios parlamentares. Câmara e Senado terão de abdicar do seu poder legislativo para entregá-lo à população. Renan Calheiros acha que as citações ao seu nome na Lava Jato não atrapalham os avanços do projeto. O convencimento das duas casas do Congresso é uma questão de tempo.

#Lula #Michel Temer #Renan Calheiros #STF


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Será 2018 o ano consecratio de Temer?

8/02/2017
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A proposta do economista Aloisio Araujo (FGV) de fazer uma reforma tributária em 2021, virtual segundo ano de superávit primário, tocou fundo os corações e mentes do alto comando peemedebista. Eis aí a potencial bandeira da campanha presidencial de Michel Temer. Ela foi hasteada no alto do mastro do Palácio do Planalto. Os ministros da casa, Eliseu Padilha e Moreira Franco, fizeram o presidente Temer ler duas vezes o artigo de Aloisio Araujo, segundo fonte do RR. Mas o que parece um achado é, na verdade, a algaravia de reformas, com reações alternadas em tempos distintos, que levariam o país ao crescimento sustentado. Seria o dia em que a oposição diria: “Ok, Temer! Com seus truques vampirescos, você venceu”.

O primeiro passo veio com a PEC 241. Foi pouco. No projeto do professor Aloisio Araújo, o governo tem que mostrar sua força e aprovar as reformas da previdência e trabalhista. Essas mudanças nas regulamentações permitiriam um forte choque de expectativa capaz de aumentar a arrecadação em 2018, ano chave para o enlace de todos os fatos. Segundo a FGV, o PIB no último trimestre de 2017 estará crescendo 3% na margem, o que vai puxar o índice acima de 1,5% – a projeção mais otimista para 2018.

O PIB maior traz recursos tributários provenientes do aquecimento da economia, que interagem com a PEC do Teto por meio da geração de superávit primário. Em 2020, o país já estaria com folga fiscal. Em 2021, o superávit permitiria a estabilização da dívida bruta/PIB. A ideia é o governo marcar previamente este período como aquele da reforma tributária, que seria a pedra de toque do programa político eleitoral. Quando ouvem falar em reforma tributária, empresários, governadores e prefeitos tendem a sacar a pistola.

O que Temer oferece é um bombom: repartir algum dinheiro do primário para os estados e municípios e reduzir a carga tributária, agraciando os empresários. Aloisio Araujo, o matemático, garante que vai ter dinheiro, aliás quem garante é a PEC 241, a tal do Teto, que vai blindar o orçamento, liberando verba tributária novinha em folha. Como a dívida estará paralisada e os juros, mais baixos, o abatimento do passivo interno poderia ser feito sem pressa, com apenas uma parte do resultado primário. A outra iria para o desenvolvimento, ou seja, redução do custo empresarial e aumento dos repasses condicionados às obras de estados e municípios.

E o povaréu nesta equação? Ó, xente, até meados de 2018, o governo estima que voltem entre 500 mil e 700 mil empregos, mais ou menos lá por outubro. É um número pequeno se confrontado com a projeção de 13 milhões de desempregados em 2017. Mas a partir daí o crescimento das vagas seria exponencial. Em 2021, o Brasil voltaria novamente a nadar em pleno emprego. Os recuos de conquistas sociais e direitos seriam o preço a ofertar no altar do mercado. Não é impensável, portanto, imaginar Michel Temer candidato, um “andador que no tiene otra solución si no seguir el camiño que ha elegido”. O professor Aloisio Araujo já terraplenou um trecho para que o mordomo de vampiro prossiga sua assombração.

#Eleição Nacional -2018 #FGV #Michel Temer #PEC 241


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Recálculo do PIB dá alívio póstumo à era Dilma

2/02/2017
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Michel Temer teria sido informado de que o IBGE pretende recalcular a série do PIB de 2011 para cá, segundo uma fonte do RR. Até ai, é a missão natural do IBGE. O que dá um contorno político à iniciativa é a possibilidade da revisão do índice melhorar o resultado da economia no governo Dilma Rousseff, ou seja, o PIB do “Dilma II” passaria a ser menos ruim, digamos assim.

O governo e seus aliados têm deitado e rolado sobre os péssimos indicadores econômicos dos últimos anos, considerados os mais tétricos desde 1910, segundo estimativa do Comitê de Datação da Recessão da FGV. Esta seria a maior queima de riqueza do país desde a primeira década do século XX. Ainda de acordo com a FGV, a recessão já está no seu 33o mês consecutivo. O PIB brasileiro desabou em 2015 (-3,8%) e 2016 (-3,6%).

Colocar o Produto Interno na batedeira das contas nacionais, sacudindo o índice até ele ressurja cheio de espuma, parece suspeito, mas é uma prática usual na busca dos governos por indicadores que meçam mais precisamente a realidade da economia. Em 2015, foi mudada a metodologia de cálculo do PIB, elevando o índice de 2011 de 2,7% para 3,9%. Não custa lembrar, no entanto, que o recálculo pode também baixar o índice. Na série que começa em 2001, o PIB foi reduzido em 0,1% nos anos de 2005, 2007 e 2009. O IBGE pode demorar até dois anos para divulgar o número oficial do PIB, mas os dados de acompanhamento trimestral permitem que se utilize uma estimativa abalizada até o cálculo do indicador final.

Existem economistas, como o professor Francisco Lopes, que atribuem um peso maior à calculeira estatística em suas análises macroeconômicas. Em artigo publicado recentemente, Chico chega a estimar um crescimento do PIB de 1,7% em 2017 usando a fórmula de calcular a variação percentual entre o final de 2016 e o final de 2017, ou seja, ele expurga o que aconteceu dentro de 2016 e compara só as pontas. Assim é se lhe parece.

Consultado sobre o recálculo do Produto Interno, o IBGE informou que, em 2015, reviu a série histórica até 2011. Ressaltou que o fechamento de 2016 será divulgado no dia 7 de março, que não faz nenhum tipo de projeção para o PIB, e mais não quis informar. Em tempo: o economista Paulo Rabello de Castro, presidente do IBGE, é próximo de Michel Temer, a quem visita com frequência no Palácio do Planalto, segundo seu próprio relato.

#IBGE #Michel Temer #PIB


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Telefone sem fio

2/02/2017
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O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer. O que significa dizer que Eduardo Cunha tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer

Acervo RR

Telefone sem fio

2/02/2017
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O deputado federal Carlos Marun (PMDB-MS) tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer. O que significa dizer que Eduardo Cunha tem mantido assídua interlocução com o presidente Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer


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Um novo destino para Marcela Temer

1/02/2017
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O Planalto reavalia a agenda de viagens da primeira-dama Marcela Temer para divulgar o Criança Feliz. Os planos originais preveem uma visita à Boa Vista (RR) na primeira quinzena de fevereiro. Mas a última coisa que Michel Temer deseja é associar a bela imagem de Marcela à recente carnificina carcerária na cidade.

#Criança Feliz #Marcela Temer #Michel Temer


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A hora e a vez de Marcelo Caetano

30/01/2017
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Passada essa temporada na qual a prioridade do governo é equacionar a vacância do STF e a relatoria da Lava Jato, quem está escalado para protagonizar a próxima pauta da vez é o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. Tanto Michel Temer quanto Henrique Meirelles acham que ele tem um papel importante para desempenhar na batalha pela reforma da Previdência. Ou seja: quem vai para mídia é Caetano. O secretário é um dos maiores especialistas do país na matéria e foi colocado no cargo por Meirelles para dar uma clara sinalização da prioridade do tema para o governo. Portanto, com a palavra, Marcelo Caetano.

#Lava Jato #Michel Temer #Ministério da Fazenda #STF


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Blairo Maggi passa a enxada na direção da Embrapa

26/01/2017
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O governo Michel Temer parece disposto a finalmente acabar com rincões da Era Dilma que ainda perduram nas estatais. Após defenestrar o quase eterno Jorge Samek do comando de Itaipu, o alvo agora é a diretoria da Embrapa, a começar pelo presidente, Mauricio Lopes, no cargo desde 2012. A tarefa está nas mãos do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que já negocia com líderes da bancada ruralista nomes para a estatal.

Consultado, o Ministério da Agricultura diz “não ter informações” sobre mudanças na Embrapa. No que dependesse de Blairo Maggi, a direção da Embrapa já teria sido arrancada pela raiz há tempos. O ministro identifica a atual gestão como um foco de resistência à proposta de venda de 51% da Embrapatec, subsidiária que está sendo criada para concentrar a comercialização de biotecnologias desenvolvidas pela empresa.

Maggi chamou a operação para si e quer concluí-la neste ano – ele negocia com a base aliada para que o Projeto de Lei no 5.243/16, que institui a subsidiária, seja votado com celeridade. A proposta andou a passos de quelônio nos últimos meses do governo Dilma Rousseff. Praticamente toda a diretoria da Embrapa remonta à Era Dilma.

Mauricio Lopes é bastante identificado com a ex-ministra da Agricultura, Katia Abreu. Já a diretora de Administração e Finanças, Vania Castiglioni, é ligada à senadora Gleisi Hoffmann. Vania, inclusive, chegou a ser investigada pela Controladoria-Geral da União por supostas irregularidades na criação da Embrapa Internacional, nos Estados Unidos. O projeto, que acabou não indo adiante, teria sido conduzido sem aprovação do Conselho de Administração da estatal. Por sua vez, o diretor de Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior, saiu do PT do Rio Grande do Sul.

#Blairo Maggi #Embrapa #Itaipu Binacional #Michel Temer


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Lava Jato mais longe do “trio calafrio” do STF

26/01/2017
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Os algoritmos do Palácio do Planalto e da presidência STF indicam que a solução de menor risco para a Lava Jato é exatamente aquela até agora menos cogitada, mas, ressalte-se, prevista no Regimento. Ontem, no fim do dia, um caminho até então pouco trilhado começou a despontar como rota preferencial: a extensão a todo o plenário do sorteio da relatoria da Operação. Seria uma alternativa a decisões mais ortodoxas.

A primeira delas, a relatoria ser herdada automaticamente pelo substituto de Teori Zavascki indicado por Michel Temer. A outra hipótese, limitar o sorteio dos processos à Segunda Turma, da qual Teori fazia parte. A terceira, entregar a relatoria ao ministro mais velho da Segunda Turma, Celso de Mello. Esta saída, no entanto, exporia demasiadamente suas reais intenções.

A proposta do sorteio entre todos os ministros em plenário diluiria um risco implícito na “roleta russa”: a probabilidade de a Lava Jato cair nas mãos de Gilmar Mendes, José Dias Toffoli ou Ricardo Lewandowski, integrantes da Segunda Turma. A ascensão de um deles à relatoria da “Mani Pulite brasileira” poderá abrir espaço para um tufão de vazamentos, reclamações na mídia e questionamentos por investigados e réus, gerando uma maré contrária à Lava Jato. Os três ministros são permanentes alvos de contestação por supostamente carregarem preferências ideológicas ou mesmo partidárias sob a toga.

Entre os integrantes da Força Tarefa, a possibilidade de um dos três ministros vir a ser o relator da Lava Jato é vista como um fator de risco tão grande quanto a hipótese do substituto de Teori, escolhido por Michel Temer, assumir a Operação. Por ora, o próprio presidente descarta esta solução. A decisão quanto ao sorteio só deverá ser anunciada após o recesso do STF.

De qualquer forma, a redistribuição dos processos em plenário também tem suas sequelas, a começar pela reação daqueles a quem a medida pretende mitigar a participação. Como membros da Segunda Turma, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Lewandowski vêm atuando na Lava Jato desde o início. Por sua vez, a remoção de um dos juízes da Primeira para a Segunda Turma, também prevista no Regimento, não resolve a questão da relatoria.

Existem interpretações distintas sobre quais processos sob responsabilidade de Teori seriam transferidos para este novo integrante. Há apenas duas certezas. A primeira é que ele carregaria seus casos da Primeira para a Segunda Turma. A outra é a ordem de preferência das remoções: Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Este último, estranhamente apontado como o preferido na dança das cadeiras.

#Lava Jato #Michel Temer #STF #Teori Zavascki


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Páreo duro

25/01/2017
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Renan Calheiros e Eliseu Padilha duelam para ver quem mais tenta influenciar Michel Temer na escolha do substituto de Teori Zavascki.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Renan Calheiros


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Caminho livre

20/01/2017
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Benjamin Steinbruch já negocia com o governo um novo financiamento para a Transnordestina – em dezembro, recebeu R$ 430 milhões. Benjamin não sabe o que lhe trouxe mais sorte: se a chegada de Michel Temer ao Planalto ou a saída de Ciro Gomes da companhia?

#Benjamin Steinbruch #Transnordestina


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Temer cozinha o “risco Derziê” em banho-maria

19/01/2017
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Desde o fim de semana, assessores palacianos tentam persuadir Michel Temer a matar o mal pela raiz e afastar o vice-presidente de Governo da Caixa Econômica, Roberto Derziê. Por ora, o presidente tem optado por manter tudo como está para ver como é que fica, como é do seu feitio em casos desta natureza. Antigo assessor de Temer, com que trabalhou na vice-presidência da República e na articulação política, Derziê ameaça empurrar a Lava Jato algumas jardas a mais para dentro do Palácio do Planalto. O executivo está citado na Operação Cui Bono, deflagrada na semana passada. Ele é investigado pela suposta participação em um esquema para o desvio de verbas da Caixa à BR Vias, da família Constantino.

#BR Vias #Caixa Econômica #Michel Temer


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Moreira e Padilha se despedem do Planalto. Será?

18/01/2017
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Em Brasília só se respira a reforma ministerial. O lance mais ousado seria a assepsia do Palácio do Planalto com a troca de Eliseu Padilha pelo general Sérgio Etchegoyen, na Casa Civil, e de Moreira Franco por Maria Silvia Bastos Marques, na Secretaria do PPI. Em relação à Casa Civil, a síntese da mudança é que Padilha está excessivamente voltado para a articulação política; já Etchegoyen não quer papo e, sim, botar a mão na massa. Michel Temer estaria optando pela infantaria, mesmo tendo vigorosos laços de amizade com Padilha – amigos, amigos, Lava Jato à parte.

Para o Gabinete de Segurança Institucional, iria outro garboso militar. Ressalte-se que o nome escolhido originalmente para o lugar de Padilha era o do presidente da Petrobras, Pedro Parente, que mandou avisar sobre sua total satisfação com o atual posto, no qual sua gestão é reconhecida e começa a render dividendos. Para Brasília, Parente não volta de jeito nenhum. Com dois militares de alta patente, sendo que o eventual futuro chefe do Gabinete Civil é o interlocutor mais próximo do comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, sabe-se lá se por coincidência ou obra do inconsciente Michel Temer militarizou o núcleo duro do governo.

Para equilibrar esse ambiente de coturnos e óculos Ray-Ban somente a graça de Maria Silvia Bastos Marques. A presidente do BNDES seria convidada para o cargo de Moreira Franco. Sua missão seria dinamizar a Secretaria do PPI, que não sai do lugar. Caso seja chamada, é bem possível que Maria Silvia aceite. A moça é voluntariosa, vaidosa e topa grandes desafios. Ela meio que acumularia o novo cargo com o comando do BNDES, do qual seria uma espécie de eminência parda.

Com a chegada ao Planalto, a dupla Maria Silvia e Marcela Temer emprestaria charme, beleza e fragrância de lavandas silvestres a um ambiente plúmbeo, com cheiro de detergente e limpa-vidro. E a dobradinha Padilha e Moreira? Restaria a eles fazer o percurso de Romero Jucá e tentar “ministeriar” informalmente, torcendo para que os voos para Curitiba estejam lotados por séculos, seculorum, amém.

#BNDES #Eliseu Padilha #Moreira Franco #Petrobras


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Temer se livra de uma granada previdenciária

16/01/2017
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O presidente Michel Temer empurrou para o seu sucessor a missão de descascar o abacaxi verde-oliva da contribuição dos militares na reforma da Previdência. O entendimento com os comandos militares é que o prazo mínimo para apresentação de uma solução será de dois anos contados a partir do equacionamento do novo modelo de previdência dos funcionários civis e do INSS. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Sérgio Etchegoyen, têm sido os principais interlocutores com os comandantes das Forças Armadas.

Temer decidiu não mais se pronunciar sobre o assunto. Acha que qualquer declaração sua será politizada e não ajuda em nada a governança cutucar um estamento que tem, naturalmente, os nervos expostos à flor do uniforme. Um eufemismo que seria melhor dito ao estilo dos quartéis: o presidente sabe muito onde a jurupoca vai piar. Que haverá alguma colaboração dos militares não se tem mais dúvida. O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, empenhou publicamente sua palavra de que eles não se furtarão a participar no ajuste da Previdência. A questão é que cota será essa.

As Forças Armadas, notadamente o Exército, estão muito bem municiadas de estudos e pareceres que justificam a contribuição distinta dos civis. Os militares têm uma jornada de trabalho completamente diferente, podem ser chamados para missões depois de reformados, atuam como tripulação de navio por meses a fio e passam enormes temporadas no meio do mato. O calibre mais pesado nessa confrontação de razões e motivos é um estudo da Fundação Getulio Vargas que não só fornece subsídios para a diferenciação dos regimes de contribuição, como assume uma firme posição institucional em defesa da separação dos modelos previdenciários. A FGV leva em consideração quatro eixos temáticos para inspirar seu parecer: equidade, inovação e adaptabilidade, dimensões legais e históricas e comparação internacional.

Segundo o estudo, existem especificidades na profissão do militar sem similar no meio civil, com regras de dedicação e comprometimento compatíveis com essa missão, genérica de lugar e de tempo, que implicam a disponibilidade permanente sem remuneração extra, as mudanças constantes para toda a família, o comprometimento de colocar em risco a própria vida, a restrição de direitos sociais e políticos. A tese central é que o sistema previdenciário civil não pode ser confundido com a reserva militar remunerada, a qual não é de forma alguma uma aposentadoria. Segundo a FGV, somente os seguintes países têm um sistema previdenciário comum entre civis e militares: Kuwait, Síria, Vietnã, Romênia, Lituânia, Luxemburgo e Bulgária. São sete contra o resto do mundo.

#Michel Temer


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Um pé fora do Palácio

11/01/2017
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Michel Temer começa a sair do Palácio. Após entregar ambulâncias em São Paulo, a expectativa no Planalto é que ele vá ao Nordeste em fevereiro para o lançamento de projetos do “Minha Casa, Minha Vida”. Por ora, visitas a presídios estão fora de cogitação.

#Michel Temer


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Sondagem RR: o futuro de Lula está entre a prisão e o Palácio do Planalto

9/01/2017
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Sérgio Moro será o grande árbitro das próximas eleições. É o que mostra uma sondagem realizada pelo Relatório Reservado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador entre os dias 18 e 29 de dezembro. Para 71% dos 418 consultados, Lula será preso neste ano ou, no mais tardar, em 2018. Mas e se ele não for para a cadeia? Bem, neste caso, em vez de Curitiba, seu destino será Brasília: a maior parte acredita que Lula voltará à Presidência da República.

Entre os entrevistados, 58% afirmaram que o ex-presidente vencerá qualquer um dos seus potenciais adversários se puder disputar as eleições. Quem mais tem chance de derrotá-lo é Marina Silva, na opinião de 17%. Para 7%, Lula perderá o duelo para Aécio Neves, o mais bem colocado entre os pré-candidatos do PSDB. Geraldo Alckmin teve 5%, José Serra, 2%, e FHC foi o lanterninha entre os tucanos, com apenas 1% – resultado que tanto pode ser atribuído a uma baixa popularidade ou a uma convicção coletiva de que ele passará longe das urnas em 2018.

Acima de Alckmin, Serra e FHC, surge Jair Bolsonaro, que, na avaliação de 6% dos consultados, superaria Lula em uma hipotética corrida eleitoral. Para 3%, uma vez candidato, o ex-presidente será suplantado por Ciro Gomes. Por fim, apenas 1% crê que o atual presidente Michel Temer venceria o petista em uma eventual disputa eleitoral. Ainda assim, a percepção da maioria é de que o nome de Lula dificilmente aparecerá na urna eletrônica.

De acordo com 42% dos entrevistados, sua prisão se dará neste ano. Outros 29% acreditam que Sérgio Moro deixará a decisão para 2018. Para 5%, o pedido de detenção ficará para o ano seguinte, portanto após as eleições. No entanto, um contingente bastante expressivo (24%) respondeu que Lula não irá para a cadeia – um grupo que certamente mistura fiéis eleitores do ex-presidente com incrédulos oposicionistas.

A pergunta que não quer calar: “Lula é culpado pelos crimes que lhe são atribuídos?”. Para 51% das pessoas ouvidas pelo RR, não há dúvidas: “Sim, as provas disponíveis são definitivas”. Outros 12% comungam da tese do domínio do fato: dizem que “Sim, uma vez que o ex-presidente era responsável por tudo que se passava no governo”. Há ainda 5% dos entrevistados que consideram Lula culpado, mas aproveitam para dar um cascudo na mídia: para eles, a maior parte das acusações é amplificada pela imprensa.

No lado oposto, 21% dos consultados afirmam que o ex-presidente é inocente e vítima de um complô para evitar seu retorno ao Planalto. Outros 7% acreditam que Lula não é culpado porque, até o momento, não há provas de que ele tenha recebido propina. Por fim, 4% dos entrevistados dizem crer na inocência do petista por não haver comprovação de que ele seja o dono dos imóveis citados na Lava Jato.

O Relatório Reservado perguntou ainda como Lula será visto pela população no caso de uma prisão antes de 2018. De acordo com 43%, a detenção reforçará a imagem de “grande corrupto”. No entanto, 29% dos entrevistados acreditam que o cárcere provocará um efeito contrário e o ex-presidente passará a ser visto predominantemente como um herói.

Na avaliação de 6%, nem tanto ao céu, nem tanto ao mar: o ex-operário que chegou ao Planalto perderá importância no cenário político e será esquecido aos poucos. Trata-se do mesmo percentual de pessoas para as quais Lula será considerado um preso político. Para um grupo ligeiramente menor (5%), o papel que caberá a Lula após uma eventual detenção é o de “vilão do PT e dos demais partidos de esquerda”. Outros 11%, no entanto, afirmam que, mesmo preso, o petista será um importante cabo eleitoral em 2018.

#Eleição Nacional -2018 #Lula #PT #Sérgio Moro


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Romero Jucá articula o acordão do “Fica, Temer”

2/01/2017
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O senador Romero Jucá tem se aproveitado da sua condição de parlamentar anfíbio – um pé no Congresso e o outro no Executivo – para conspirar, dentro e fora do governo, sobre propostas que envergonhariam golpistas ferrenhos e de tradicional linhagem. Jucá desmente na lata quem disser que ele está querendo raspar da Constituição os trechos que, conforme seu discurso, “ameaçam a ordem” do país, na mais atípica das circunstâncias críticas nacionais. Mas está sim.

O movimento viria do Legislativo e das classes empresariais. O STF seria parceiro no golpe. Ou seria golpeado. A ver. O RR fez várias tentativas de contato com o senador Romero Jucá, por e-mail, celular e por intermédio de sua assessoria, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. A chicana viria em dois movimentos. O primeiro seria encontrar expediente que pudesse blindar Michel Temer no caso de uma decisão do TS cassando a chapa com Dilma Rousseff.

Temer gozaria de dois anos de anistia, de forma a completar o ajuste econômico e concluir a transição para as eleições diretas em 2018. A alternativa, segundo os dizeres atribuídos a Jucá, seria a barbárie política com o risco do retrocesso do autoritarismo. Temer somente sairia em um processo de impeachment clássico, com provas de culpabilidade criminal. Mesmo assim, com o Congresso na mão, teria condições para esticar a corda.

É uma boa aposta que não deixaria o governo antes de 2018. Para o caso desse drible por fora da lei não dar certo, Jucá costura uma segunda proposta: se Temer sair, a equipe econômica (Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn, Pedro Parente, Maria Silvia Bastos etc.) fica, tornando o futuro presidente um monarca ridiculamente sem poderes. O grupo dos tecnocratas eleitos deveria estar protegido das delações e da sede punitiva da Lava Jato.

Caberia a eles dar sequência ao plano de estabilização econômica, transformado, nos novos termos, em um programa de Estado. O RR exibe o trailer dessa película trash para conferência futura. Quem assistiu aos últimos filmes da escatologia política nacional não tem por que duvidar de mais essa obscenidade.

#Eleição Nacional -2018 #Michel Temer #Romero Jucá


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RR escreve certo em um ano de linhas tortas

30/12/2016
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No dia 4 de julho, o Relatório Reservado foi a primeira publicação a cravar que haveria uma segunda rodada de repatriação de recursos. Na ocasião, quando as estimativas mais otimistas giravam em torno dos R$ 30 bilhões, o RR informou também que Henrique Meirelles trabalhava com uma projeção acima de R$ 50 bilhões para o total arrecadado com a tributação dos recursos trazidos de volta ao país. Dito e feito! Estas foram apenas algumas das inúmeras informações que o assinante do RR soube na frente ao longo de 2016.

Durante o ano, em 247 edições, a newsletter publicou 2.584 notas e matérias. Desse total, 81% das notícias veiculadas se consumaram ou, ao menos, foram alvo de especulação na mídia. As informações que não se confirmaram posteriormente podem ser atribuídas, em grande parte, ao espírito agressivo da publicação e à busca da informação exclusiva na sua gênese, por vezes no limiar entre o fato e a boa especulação. O Relatório Reservado é adepto da máxima de Samuel Beckett: “Tente de novo, erre de novo, erre melhor”. Este foi o ano em que a política obscureceu a economia, o que se refletiu no noticiário do Relatório Reservado. Em 2016, a newsletter acompanhou amiúde o processo de impeachment de Dilma Rousseff, a chegada ao Poder de Michel Temer e de seu governo sub judice, as delações da Lava Jato que fizeram Brasília tremer.

Ainda nas raias da macroeconomia, o RR antecipou uma série de medidas que viriam a ser anunciadas ou, ao menos, estudadas pelo governo, como desonerações fiscais, securitização da dívida ativa, suspensão temporária do pagamento das dívidas das unidades federativas com os bancos públicos federais no âmbito de uma “Lei de Recuperação Judicial” para os estados – esta última tema de reportagem na edição de 5 de dezembro. Na edição de 2 de março, ainda no governo Dilma Rousseff, o RR informou que o Congresso aprovaria o projeto de lei do senador José Serra desobrigando a Petrobras de participar de todas as concessões no pré-sal. A estatal, aliás, foi a companhia mais mencionada na publicação em 2016, com 145 citações.

O RR publicou, com exclusividade, algumas das primeiras medidas adotadas por Pedro Parente na empresa, inclusive com a criação de novos instrumentos de compliance. No dia 16 de junho, a newsletter antecipou que GP Investimentos, Advent e a suíça Vitol haviam apresentado propostas para comprar uma participação minoritária na BR Distribuidora. Menos de uma semana depois, o próprio Parente confirmaria o recebimento das ofertas. Ficou o dito pelo não dito. O modelo de venda da BR foi revisto, o processo, reaberto e, até agora, nem sinal de que a operação vá sair do papel. Em 2016, apesar da abulia generalizada do empresariado, o RR seguiu de perto Jorge Paulo Lemann, Abilio Diniz, Benjamin Steinbruch, Roberto Setubal, entre outros nomes que comandam, do lado privado, a economia nacional. Cobriu no detalhe do detalhe a área de infraestrutura, as concessões e “desconcessões” do setor, o desmonte da indústria da construção pesada e a desmobilização de ativos da Camargo Corrêa.

Em um ano pautado por estratégias defensivas, suspensão de investimentos e seguidos passos para trás, é sintomático que algumas operações de M&A antecipadas pelo Relatório Reservado e posteriormente tratadas pela mídia tenham, ao menos por ora, ficado no quase, casos da venda da participação da OAS na Invepar para a Brookfield e da negociação dos ativos da japonesa Kirin no Brasil. A etapa que se encerra, no entanto, não foi feita apenas de recuos. Pelo menos não no caso do próprio Relatório Reservado. 2016 foi o ano em que o RR intensificou sua presença nas redes sociais, reformulou seu site e lançou um novo layout em sua versão newsletter, agora com duas páginas e mais informações diárias. Que venha 2017!

#Brookfield #Camargo Corrêa #OAS #Petrobras


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Fortaleza

29/12/2016
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A reserva militar da Restinga da Marambaia, no Rio – onde FHC e Lula já foram habitué –, está montando um esquema de segurança sem precedentes para receber Michel Temer e família no réveillon. O maior receio do zeloso Temer é o assédio dos paparazzi à primeira-dama Marcela e ao filho do casal, Michelzinho, que raramente aparecem em público.

#Michel Temer


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Henrique Meirelles mira nos juros sobre capital próprio. Será que consegue?

26/12/2016
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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, promete que não haverá aumento de impostos. Conversa fiada! O que Meirelles não diz é que deverá tesourar grandes incentivos tributários. Seus dois principais braços na área fiscal, os secretários do Tesouro, Ana Paula Vescovi, e da Receita Federal, Jorge Rachid, estão debruçados sobre dois projetos que causam arrepios na esmagadora parcela do PIB empresarial do país.

Ambos penalizam o uso de pitoresco instrumento de distribuição de lucros e capitalização das empresas, bastante regressivo do ponto de vista tributário. Um deles é a revisão da tributação de juros sobre capital próprio (JCP) das empresas, com o aumento da alíquota de 15% para 18% previsto pela MP 694/2015. O segundo é uma herança arrepiante do PT: a extinção do JCP como prevê o PLS no 45/2016, de autoria da senadora Gleisi Hoffmann, atualmente em estudo pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

No primeiro caso, mais soft, a mudança representaria um aumento na arrecadação de 20%, o que em relação ao exercício fiscal de 2015 equivaleria a R$ 1,48 bilhão a mais sobre o montante de R$ 7.455. 283.173,00. O capital estrangeiro escapa dessa mordida – ou redução da regalia fiscal. O aumento da alíquota não seria aplicável no caso das empresas de origem no exterior. Acordos internacionais referentes à bitributação estabelecidos no âmbito da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) limitam a 15% o gravame sobre os valores referentes a juros ou dividendos pagos a holding situada em outro país. A medida de extinção do JCP, por sua vez, seria uma pancada no lombo do empresariado.

É difícil imaginar que um governo como o de Michel Temer e um ministro da Fazenda com o perfil de Henrique Meirelles coloquem a mão nessa colmeia. Do ponto de vista da arrecadação, contudo, a medida seria tiro e queda, já que ampliaria a base de arrecadação sobre todas as empresas que operam sob regime do lucro real (as maiores sem exceção). O JCP é uma espécie de “jabuticaba”. Foi criado no governo FHC justamente para atrair capital e viabilizar o investimento. Para fins tributários, o JCP é tratado pela Fazenda como diz o nome (juros), embora alguns doutrinadores, como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e o Banco Central o classifiquem como dividendos. São irmãos gêmeos.

Desde o primeiro governo Lula, as autoridades fazendárias vêm realizando uma corrida de gato e rato contra o lobby do setor privado – leia-se as maiores fortunas do país – contrário a reduzir ou exterminar o JCP. O empresário, como não poderia deixar de ser, condena a medida por considerá-la um desincentivo à captação de recursos através do mercado de capitais – e uma mordida no dinheiro que entra isento no seu bolso.

#Henrique Meirelles #PIB


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Os pacotes e pacotinhos de papelão de Michel Temer

23/12/2016
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Nas duas últimas semanas, Michel Temer lançou mão do velho expediente de anunciar pacotes de medidas econômicas com objetivo de mudar a impressão de que só sentou na cadeira da presidência para fazer da bela Marcela a Primeira Dama. Não conseguiu. Foram dois pacotes e um pacotinho, fora o projeto com as exigências para que os governos estaduais tenham acesso às bondades do Tesouro e a Lei de Recuperação dos Estados, devidamente detonado pela Câmara. A ver agora como os estados se enquadram na PEC do Teto.

Temer gastou munição em cerca de 50 medidas: as já prontas, vocalizadas por um esgoelado e nitidamente cansado Henrique Meireles; as inacabadas, que ajudaram a adensar o pacote; e as no terreno das intenções, voltadas, sobretudo, a polir as expectativas. Todas as iniciativas são de cunho microeconômico e, de uma maneira geral, estão na direção correta. Mas são medidas “meia bomba”, de impacto somente no médio e longo prazos, com forte potencial de rejeição pelo trabalhador (a desconstrução mimetizada da CLT) e que nem sequer arranham a recessão.

O governo procurou focar em novos mecanismos para refinanciamento ou renegociação de dívidas. Na direção certa, repita-se. Mas em escala insignificante para o elevadíssimo nível de endividamento da história desse país. É bem verdade que na véspera do Natal o governo anunciou um refresco de até R$ 1 mil nos saques do FGTS. O alívio maior do débito do consumidor parece ter ficado para 2017, em outro pacote ou pacotinho. Com o desemprego crescente – as projeções já apontam uma taxa de 13,5% –, o investimento em queda, os pátios da indústria repletos de estoques e a retração do consumo atingindo também fortemente o comércio, a volta do cidadão às compras, assim como o futuro, parafraseando Althus-ser, pode demorar muito ainda. Sem querer fritar ninguém, talvez fosse a hora de experimentar o receituário de Armínio Fraga, que, em essência, é 90% da fórmula de Joaquim Levy com 10% do pernosticismo tucano. Se, no momento, não há alternativa à ortodoxia econômica, ao menos que seja uma “ortodoxia de resultados”.

#FGTS #Henrique Meirelles #Michel Temer #PEC do Teto


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Sensível

23/12/2016
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Às vésperas de uma reforma ministerial, Michel Temer está muito sensibilizado com as palavras de apoio que tem recebido de Abilio Diniz.

#Michel Temer


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Um dos founding fathers da Vale

21/12/2016
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O ano de 2016 foi um período de recauchutagem para o engenheiro Eliezer Batista. Dias duros. Um intervalo de tempo voltado para colocar a máquina em forma. Mas Eliezer vem aí. Com sua mente irrequieta promete trazer inovações. Dessa vez com propostas na área de educação. Enquanto 2017 não chega, é emblemático que seu nome tenha sido escolhido pelo presidente da Vale, Murilo Ferreira, para o batismo do mega projeto S11D.

Eliezer foi o Michelangelo que deu vida à Carajás, à época o maior empreendimento de mineração do mundo. O conceito logístico porto-ferro-via-mina, responsável pela enorme competitividade de Carajás, foi o mesmo que norteou a construção do S11D. A escolha de Ferreira teve um caráter institucional, mas o que pesou mesmo foi o cunho pessoal. O presidente da Vale é um dos maiores admiradores de Eliezer.

Um dos seus primeiros atos ao assumir o comando da mineradora foi convidá-lo para um almoço. O S11D, com a benção de Eliezer Batista, traz a Vale novamente para o alto do pódio das mineradoras de ferro. É o maior projeto com inauguração prevista no governo Temer. Devido à grandiosidade pode, por uma via transversa, desanuviar a vista daqueles que enxergam mais no acionista – a Vale – do que na gestão da controlada, a Samarco – a responsabilidade maior pelo desastre de Mariana. É a perigosa jurisprudência do domínio do fato aplicada à mineração. Se a marca Eliezer Batista ajudar a Vale a superar suas máculas e retomar seus dias de glória, esse terá sido mais um grande feito do notável personagem.

#Samarco #Vale


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Reforma 2

21/12/2016
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Por falar em reforma ministerial, Michel Temer parece gostar de viver perigosamente. Um dos cotados para o novo Ministério é o deputado Aguinaldo Ribeiro, presidente do PP, partido que já teve 38 integrantes citados em inquéritos da Lava Jato.

#Lava Jato #Michel Temer


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Dúvida de festim

20/12/2016
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No PMDB, o que se diz é que Michel Temer vendeu o mesmo carro a duas pessoas. Garantiu tanto a Romero Jucá quanto a Eunício de Oliveira seu apoio na eleição à presidência do Senado em 2017. No partido, a aposta é que, passado o jogo de cena, Eunício ficará a pé.

#Michel Temer #PMDB #Romero Jucá


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PEC do Teto já nasce sem chão

16/12/2016
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A “PEC da Morte” conseguiu finalmente ser aprovada com um baita deságio no valor simbólico que teve no início do governo de Michel Temer. Já nasce também debilitada pelo cobertor curto da incompletude. O próprio Temer fez questão de relevar a desimportância da alteração constitucional. Diz o presidente da República: “Qualquer um dirigente no porvir poderá mudar a PEC do Teto. O próximo presidente poderá, caso assim o queira, alterar a constituição para mudar esse modelo de restrição dos gastos” A referida PEC tem também o seu black hole.

Em um bem sucedido ajuste ortodoxo com dois anos consecutivos de queda da inflação e manutenção da taxa no centro da meta, o governo cavoucaria um buraco entre a queda do valor real do orçamento e os recursos necessários para manter constantes os gastos por habitante. Se o programa de estabilização não der certo e, por alguma acidentalidade, a inflação do calendário do orçamento subir, este terá de ser reduzido em termos reais. Isto mesmo que a base de correção seja a inflação (projetada) do ano anterior. Pelo menos é o que está no livrinho.

Digamos que o cenário inclua arrecadação fiscal cronicamente mais baixa, recessão prolongada e desemprego. A PEC do Teto, então, seria o quarto cavaleiro do apocalipse. Provocaria uma brigalhada entre os ministérios, com suas consequências políticas, à medida que os orçamentos da saúde e educação, mesmo corrigidos a partir de um piso maior do que os demais, tendem a se mostrar insuficientes. Os recursos para complementá-los viriam das outras pastas ministeriais sabe-se lá por quais critérios de escolha. Poderia ser o Henrique Meireles dizendo: “Ei, você aí, me dá o dinheiro da ciência e tecnologia para a saúde e a educação. Ou então do Bolsa Família”.

No fundo do fundo, a reforma da previdência, noves fora estar mal ou bem idealizada, é o que conta para efeito de ajuste fiscal. A PEC do Teto é perfumaria muito bem apresentada em um frasco refinado, com os dizeres de que a gastança irresponsável tem de ser contida. Mas nem sequer arranha o déficit nominal, que, de repente, deixou de ser importante. E vai criar uma brutal demanda reprimida de outros remendos constitucionais por causa dos gastos obrigatórios. Mário Henrique Simonsen dizia que não é inteligente se engessar as possibilidades de uma decisão. Ele respeitava profundamente a Constituição. Mas talvez topasse a realização de uma Constituinte fiscal para proteger a Carta Magna desse desmanche desorganizado e homeopático.

#Michel Temer #PEC do Teto


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Vale a pena ver de novo

16/12/2016
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O PT pretende retomar a estratégia de usar a mídia internacional para desferir seus ataques ao governo de Michel Temer. A escolha de Dilma Rousseff como uma das “Mulheres do Ano” pelo Financial Times apenas reforçou no partido a convicção de que a imprensa estrangeira enxergou o golpe que a “mídia doméstica não quis ver”.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer #PT


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Comodoro

16/12/2016
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Fora do governo, o advogado José Yunes terá mais tempo para a se dedicar a uma de suas paixões: a náutica. O grande amigo de Michel Temer é comodoro do Yatch Club de Ilhabela, onde costuma ter a bombordo e a estibordo a constante companhia de importantes empresários, entre eles José Luiz Gandini, dono da Kia Motors.

#Kia Motors #Michel Temer


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O fator Yunes

15/12/2016
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Uma medida do poder do advogado José Yunes, parceiro de Michel Temer há mais de quatro décadas. Ao contrário do que ocorreu nos casos de Romero Jucá e Geddel Vieira Lima, nem mesmo o desestabilizador-mor do Planalto, Moreira Franco, ousou fazer pressão pelo afastamento do então assessor especial da Presidência da República. A saída de Yunes do cargo foi acertada exclusivamente entre Temer e o fiel escudeiro.

#Geddel #Michel Temer #Romero Jucá


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FHC promete uma pinguela mais ?rme do que Michel Temer

14/12/2016
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Fernando Henrique Cardoso não renega sua natureza. Que o diga o presidente Michel Temer, que está sentindo na pele a marca doída da traição. Com toda a sua manha de político tarimbado, Temer acreditou, sabe-se lá por que, que levar FHC como conselheiro para dentro do Palácio do Planalto seria uma manobra inteligente para fechar uma aliança sólida com o PSDB e garantir a governabilidade. Deu de bandeja o óleo e acendeu o fogo para a sua própria fritura.

Michel Temer chegou a pensar na criação de uma secretaria especial para alojar Fernando Henrique ao seu lado no Planalto, buscando ampliar o acordo com os tucanos e usufruir da aura de respeitabilidade do ex-presidente. Mais provável que estivesse seguindo a máxima de Lao Tsé: “Mantenha os amigos sempre por perto e os inimigos mais ainda”. A ideia não prosperou. Temer foi dissuadido pelos assessores mais próximos da proposta, ruim sob todos os aspectos: FHC não aceitaria o convite, vazaria que não aceitou e transformaria suas considerações pela imprensa em recados a Temer. Se é que a história ocorreu exatamente dessa forma, é mais provável que a sugestão tenha sido um balão de ensaio do presidente da República.

Em retribuição à aproximação de Michel Temer, FHC saiu em disparada para os jornais, com declarações de que prefere não ser candidato, que não tem idade para presidir o país, que nunca ouviu isso e coisa e tal. Nas últimas três semanas, foram três entrevistas para tratar sobre um eventual chamado à Presidência da República, quer seja do Congresso, quer seja da população. É improvável que ele não queira “passar” pela presidência como o condestável que conduziu o Brasil da desordem institucional às eleições salvadoras de 2018. FHC também tem dado recados a terceiros por intermédio do seu ?lho, Paulo Henrique Cardoso, que, se “esse infortúnio” acontecer, manterá todo o eixo da política econômica de Temer, sancionará a PEC do Teto – caso isso ainda não tenha sido feito -, promoverá as reformas da previdência e trabalhista e talvez troque um ou outro ministro. Só para ?car bem esclarecido, é muito difícil que Paulo Henrique esteja passando mensagens sem a anuência do pai. FHC conhece bem o seu rebento. Portanto, está escrito: o ex-presidente vai crescer no noticiário, sempre buscando “poupar” Temer, mas acicatando a mídia sobre o seu irrefreável dever caso uma hecatombe ocorra. Cínico. FHC sabe que o “Indiretas, já!” é a sua bala de prata na vida pública. É até para dar pena de Michel Temer.

#FHC #Michel Temer #Planalto


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Nas mãos de Eliseu

14/12/2016
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Entre as atribuições de Geddel Vieira Lima incorporadas pelo ministro Eliseu Padilha está a mudança na presidência da Previ, ocupada por Gueitiro Guenso. Trata-se do movimento que falta para o governo de Michel Temer fechar a trilogia do troca-troca nos grandes fundos de pensão estatais.

#Previ


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O decálogo de “cacarecos” de Henrique Meirelles

7/12/2016
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O embrulho de medidas contra a recessão em fase de finalização na Fazenda é constituído pelo que Henrique Meirelles chama de “cacarecos”. Até a marketada de lançá-lo como um decálogo para o resgate do crescimento econômico remonta à época dos pacotes, quando os governos em desespero despejavam, emergencialmente, um toró de medidas salvacionistas. As ações pré-natalinas pretendidas, à exceção de uma ou duas, são uma colcha remendada com retalhos do passado e sugestões de terceiros.

Para quem assumiu a Pasta da Fazenda como um esteio para a credibilidade tíbia de Michel Temer, as derrotas dos últimos dois meses são mesmo de aumentar a calvície. Mas é o que se tem. E Meireles é um pragmático. O decálogo de medidas milagrosas em linhas gerais seria o seguinte:

  1. Redução do compulsório sobre os depósitos bancários para refinanciamento da dívida de empresas e pessoas físicas. Sugestão de Roberto Setubal, que vai contra a contenção da liquidez planejada por Henrique Meirelles como núcleo do ajuste.

 

  1. Queda mais acentuada da Selic. Sugestão de Deus e o mundo. Pressupõe uma série de reduções de 0,5% na Selic a partir do próximo Copom.

 

  1. Recuo progressivo das altas na TJLP. Uma taxa mais baixa estimularia os empresários a buscarem o dinheiro empoçado no banco. Sugestão de Paulo Skaf.

 

  1. Desonerações tributárias seletivas. O objetivo seria atrelar as bondades aos novos investimentos e aumento de empregos. A medida seria financiada com a extinção das “más desonerações” e parte dos impostos e multas da segunda parte da repatriação. Sugestão do IEDI e do pessoal da indústria.

 

  1. Utilização dos recursos do FGTS no financiamento de obras de infraestrutura. Sugestão de Guido Mantega, ontem, hoje e sempre.

 

  1. Emissão de títulos públicos para garantia cambial dos investimentos. Não se sabe ainda quem emitiria esses títulos, se o BNDES, Banco do Brasil etc. Sugestão da Câmara de Comércio Americana e de 10 entre 10 investidores estrangeiros.

 

  1. Novas facilidades para o crédito consignado. O governo quer aumentar o crédito popular. O FGTS, via Caixa Econômica Federal, seria usado como hedge do trabalhador. Há quem diga que a medida pode levar o trabalhador a trocar poupança por consignado.

 

  1. Lei de Recuperação Judicial dos Estados. Algo na linha, devo, não nego, pago quando puder, o que faria o dinheiro fluir nas unidades federativas. Tem de ser feita, não é um retalho. Sugestão de Pezão, em primeiro, e dos demais governadores, em segundo.

 

  1. Securitização da dívida ativa. Trata-se de uma iniciativa para ontem, pois seus recursos podem financiar algumas das outras medidas já citadas. Sugestão de Joaquim Levy, na sua gestão na Fazenda.

 

  1. Rodada de investimentos sociais (habitação popular, energia para todos, bolsa família etc.). Algum recurso seria pescado do orçamento deste ano (como se sabe, Henrique Meirelles inflou a projeção de déficit primário para ter alguma sobra para os restos a pagar e os “cacarecos”). A medida seria anunciada com pompa e um reforço do compliance, ou seja, na gestão anterior era dado e desviado, agora é dado, fiscalizado e usufruído. Sugestão de Geddel Vieira Lima.

Obs: As medidas microeconômicas em gestação no governo – ajustes regulatórios, extinção da obrigatoriedade da compra de equipamentos de fabricação doméstica, desapropriação de imóveis, revisão de incentivos fiscais etc – são corretas e podem mexer positivamente nas expectativas, ainda que não tenham maior impacto antirrecessivo no curto prazo. O risco é o governo incorrer na quebra de contratos. Se depender de opiniões como a do economista Marcos Lisboa, o governo deve ir com tudo porque não há recursos. Mas devagar com o andor. Não há receita de ajuste fiscal nem monetário que rearrume uma economia ferida pela quebra de contratos juridicamente perfeitos.

#Henrique Meirelles


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“Lei da RJ” do setor público bate direto nos bancos estatais

5/12/2016
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A “lei de recuperação judicial” dos estados e municípios que está sendo estudada pelo governo federal representa, na prática, uma moratória no pagamento das dividas junto com os bancos estatais – Banco do Brasil, Caixa Econômica e BNDES. Antes que o leitor do RR se espante com a ousadia da proposta, trata-se de uma moratória com hedge. O projeto prevê a restituição dos recursos às instituições financeiras, após a conclusão da recuperação, em qualquer circunstância.

Uma novidade é que o projeto deverá ser abençoado pelo Supremo Tribunal Federal para dar garantia legal à implementação da medida. O Congresso e a Secretaria do Tesouro também participarão do processo. A lei está sendo construída desde a reunião dos governadores com o presidente Michel Temer, no último dia 22 de novembro. Desde então, foi guardada a sete chaves e sob o manto do teatro encenado por Henrique Meirelles et caterva. As metas que os estados terão de cumprir serão rigorosas, à semelhança da própria lei de recuperação judicial de companhias. Comparativamente, a PEC do Teto soará como brincadeira. Procurados, o Banco do Brasil e a Caixa informaram que não comentam projetos ou estudos em discussão. Já o BNDES não se pronunciou.

Tudo indica que os cortes radicais que estão sendo feitos por Banco do Brasil e Caixa, com fechamento de agências e planos de demissão voluntária, não são apenas para atender à Basileia. Ambos já estariam se preparando para o pior, tamanha a exposição ao setor público. Os dois bancos negam que exista relação entre as medidas adotadas e a eventual moratória de estados e municípios. O débito do setor público com bancos estatais é de R$ 120 bilhões – ou cerca de um quarto de todo o estoque da dívida das províncias e das cidades com a União, em torno dos R$ 480 bilhões.

O maior credor é o BNDES, com R$ 49,6 bilhões – para efeito de comparação, praticamente a metade dos R$ 100 bilhões que a agência de fomento está devolvendo ao Tesouro Nacional. Seguem Banco do Brasil (R$ 38 bilhões) e Caixa Econômica (R$ 33 bilhões). Esses valores aumentaram razoavelmente desde o ano passado, quando as finanças dos estados e municípios já derretiam a olhos vistos. A maior parcela dessas faturas recentes caiu no colo da Caixa. Entre setembro de 2015 e setembro de 2016, seus empréstimos para o setor público subiram 22,1%.

No caso do BNDES, a alta foi de 11%. Só o BB puxou o freio de mão. Sua carteira de crédito a estados e municípios ficou praticamente congelada nesse período, crescendo apenas 1,7%. O estrago, no entanto, já estava feito. Os fatos e dados revelam que a crise dos estados é muito mais grave do que as partes envolvidas deixam transparecer.

#Banco do Brasil #BNDES #Caixa Econômica


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Temer ensaia um esbarrão de leve no topo da renda nacional

1/12/2016
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 Com a popularidade em queda livre, o presidente Michel Temer tem se debruçado sobre conselhos até então inimagináveis, tudo para se livrar da pecha de “vampiro do social”. Nas salas mais fechadas do Planalto, são ponderadas todas as combinações possíveis assim como as perdas e ganhos do impacto sobre públicos essenciais de um imposto sobre fortunas e o aumento da taxação sobre heranças e doações. A medida, que era tratada como uma agenda intocável, tem sido discutida pelo staff presidencial e, ainda que com uma certa azia, pelo Ministério da Fazenda. Seria uma reação aos declinantes índices de aprovação da gestão Temer e ao insucesso predominante na comunicação do governo. A rigor, a mexida na alíquota do imposto sobre heranças e a criação do tributo sobre fortunas farão cócegas no andar de cima da renda nacional. Os gravames não chegarão a ter um efeito redistributivo para valer. Mas, no aspecto simbólico, seria uma maneira de o Planalto lançar um contraponto a medidas que, à primeira, segunda e terceira vistas, vão contra o social, notadamente a reforma da Previdência e a PEC do Teto. Seria também uma sinalização de que a conta do ajuste não ficará restrita a idosos, mulheres e, sobretudo, ao pé da pirâmide social. Temer daria uma demonstração de que também consegue ir contra a sua base de apoio e não tem receio de ser odiado por ninguém, conforme reza a cartilha de definição do verdadeiro estadista.

 Ressalte-se que o imposto sobre fortunas é um dos sete tributos federais previstos na Constituição brasileira, mas nunca foi regulamentado. Especialistas em tributação estimam que uma taxação de 1% sobre patrimônios superiores a R$ 1 milhão poderia gerar uma arrecadação de até R$ 100 bilhões por ano. No caso do imposto sobre heranças, a alíquota atual é de 3,86%. Um aumento residual ainda manteria esta taxa longe dos patamares praticados, por exemplo, na França (32,5%), na Inglaterra (40%) ou mesmo no Chile (13%).

 De todo o modo, a medida tem seus inconvenientes. Há quem diga que a tributação de fortunas e o imposto adicional sobre as heranças poderiam afetar o espírito animal do capital – espírito animal esse que não anda lá muito arisco. A combinação da medida com a presença de Henrique Meirelles na Fazenda também é complicada. Tratando-se de um ministro que representa os bancos no poder – ainda que ele jure de pés juntos o contrário –, seria como se Meirelles estivesse traindo a sua gente. Entre os prós e os contras, o prato da balança parece pesar um pouco mais para o segundo lado. Nem tanto pelos possíveis óbices à medida, mas pela natureza do governo. No que depender da vocação de Michel Temer para tomar medidas mais agudas com celeridade, o RR tem todos os motivos para acreditar que nada ocorrerá.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #PEC do Teto


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Igual à coletiva do Planalto nem na Série C

1/12/2016
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Prova cabal de que a comunicação pode destruir qualquer discurso ou anúncio. A entrevista do presidente Michel Temer no último fim de semana – ao lado dos presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Renan Calheiros – ainda ecoa entre os jornalistas de Brasília devido aos requintes de mau gosto. Talvez seja o caso do cerimonial do Planalto se inspirar nas coletivas dos times de futebol após as partidas, muito mais organizadas nos seus mínimos detalhes. Primeiramente, o pronunciamento de Temer foi realizado no domingo de manhã, para horror dos jornalistas, convocados às pressas em um dia de descanso santo. Vá lá que o caso Geddel pedisse urgência. Não bastasse, todas as autoridades usavam roupas de folguedo, ou seja, blazer sem gravata. Além disso, a mesa era excessivamente estreita para os três: em vários momentos, Maia e Renan ficaram com as pernas para fora. Por fim, um garçom enfiava-se entre os três a todo o instante para servir garrafas d´água de plástico. Faltou apenas um pinguim de geladeira sobre a mesa.

#Michel Temer #Renan Calheiros #Rodrigo Maia


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Sabatina

1/12/2016
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Além de Michel Temer, Eduardo Cunha pretende chamar Jorge Picciani como sua testemunha de defesa. Nem que seja apenas para também lhe enviar uma lista de apimentadas perguntas.

#Eduardo Cunha #Jorge Picciani #Michel Temer


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Togados lideram “eleição indireta para a presidência”

30/11/2016
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Se houver eleição indireta para presidente da República, os representantes do Judiciário terão predominância absoluta na disputa, com 67% de probabilidades de vitória. É o que indica uma sondagem feita pelo Relatório Reservado junto a sua base de assinantes – uma amostragem que reúne empresários, escritórios de advocacia, instituições financeiras, fundos de pensão e estatais. Para o RR, ressalte-se, eleição só na urna. Mas, diante das circunstâncias que cercam Michel Temer – acelerado derretimento político, o caso Geddel, o aperto do TSE, o risco Odebrecht etc – a newsletter fez a seguinte pergunta a seus assinantes: “Na sua avaliação, em caso de eventual vacância na presidência da República, quem tem mais chances de ser eleito pelo Congresso Nacional?” O equivalente a 3% do universo total da sondagem participou da consulta. Das 127 respostas, 29% apontaram a presidente do STF, Carmen Lúcia, como a mais forte candidata. Em segundo, com 23%, outro proveniente do Judiciário: o ex-ministro do Supremo Nelson Jobim. No quarto lugar, mais um egresso da “República dos Togados”: para 15% dos consultados, Gilmar Mendes seria o eleito pelo Congresso no caso do afastamento de Michel Temer.

 Em certa medida, a forte expectativa de que um togado comande um governo de transição reflete o momento de excessiva judicialização das grandes decisões nacionais. Pode-se depreender também que, no entendimento dos consultados, nenhum dos potenciais concorrentes ao Planalto em 2018 se sujeitaria a entrar em cena neste momento para cumprir um mandato-tampão. Talvez por isso o único enclave político nesse coeso bloco do Judiciário é um “candidato jubilado”: para 19% dos assinantes, Fernando Henrique Cardoso, apesar da sua idade avançada, surge como o terceiro nome com mais chances de vitória. Não obstante a reduzida popularidade entre o eleitorado em geral, FHC ainda manteria uma aura de condestável junto ao Congresso.

 Bem abaixo do quarteto que concentrou 86% das respostas viriam as zebras. Este bloco secundário é encabeçado por Rodrigo Maia, com 8% de probabilidade. Empatados, com 2% para cada um, dois personagens bem distintos: Jair Bolsonaro e Armínio Fraga. No primeiro caso, provavelmente os assinantes entendem que Bolsonaro seria o único com energia necessária – ou será autoritária? – para implementar as reformas estruturais de que o país precisa. Já a presença de Fraga indica que, para muitos, o governo de transição teria de se concentrar em uma única missão: o ajuste econômico. Curioso: Henrique Meirelles não foi lembrado em nenhuma das respostas. Se fosse há seis meses…

 Por fim, entre os outsiders dos outsiders, talvez a maior surpresa da lista: Abílio Diniz, com 1% das citações. Os “eleitores” de Diniz devem depositar em um bem-sucedido personagem da iniciativa privada a expectativa de uma gestão empresarial da máquina pública. Ao seu lado, também com 1%, mais um representante do Judiciário: Joaquim Barbosa. Ao que parece o julgamento do mensalão já caiu no esquecimento. E Sergio Moro? Potencial blockbuster das urnas, Moro seria traço em uma votação no Congresso. Afinal, que colégio eleitoral escolheria seu algoz?

 

#Cármen Lucia #Eleições #Odebrecht #TSE


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Cetáceo

30/11/2016
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O que aproxima o deputado Baleia Rossi da Secretaria de Governo é o mesmo motivo que o afasta. Sua presença no cargo levará para dentro do Palácio do Planalto o longo histórico de parcerias com Michel Temer.

#Baleia Rossi

Acervo RR

Cetáceo

30/11/2016
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O que aproxima o deputado Baleia Rossi da Secretaria de Governo é o mesmo motivo que o afasta. Sua presença no cargo levará para dentro do Palácio do Planalto o longo histórico de parcerias com Michel Temer.

#Baleia Rossi


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Planalto

28/11/2016
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Na sexta-feira, circularam entre empresários pelo menos três listas elencando políticos supostamente citados na delação da Odebrecht. Uma delas foi a requentada e manjadíssima relação divulgada em março. As outras duas traziam nomes diversos apesar da base ser mantida. Em todas constavam Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá. Michel Temer e Eliseu Padilha só figuravam em uma delas.

#Geddel #Michel Temer #Odebrecht #Romero Jucá


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A nova matriz econômica aguarda Temer na esquina

25/11/2016
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 O presidente Michel Temer já deve ter marcado na sua agenda o mês de março de 2017. É tempo mais do que suficiente para mostrar que tem autoridade para aprovar as reformas prometidas na primeira hora do seu governo. Ou não! Nesse caso o “estadista” sem medo de tornar-se impopular viraria uma fraude. Restaria a ele adotar alguma política gêmea da “nova matriz econômica”, que foi uma das causas da condenação do governo anterior ao índex da História. Temer, então, se tornaria um duplo traidor, tendo enganado os antigos aliados e a base de apoio que o levou ao poder. O enredo pode parecer um tanto quanto barroco, mas não briga com os fatos. Temer perdeu o timing para afirmar sua autoridade e passar ao menos as PECs do Teto e da Previdência quando sua popularidade estava inflamada pelo impeachment e a deterioração do cenário econômico era ofuscada pela perseguição ao PT. A estratégia de anunciar um “ajuste” com resultados somente no longo prazo, condicionando a credibilidade à franqueza, não trouxe os louros almejados. Pelo contrário: aumentou a dúvida sobre sua virilidade fiscal.

 Na realidade, até o momento não houve sequer tentativa de ajuste, e, sim, uma série de enunciados sem prazo de votação pelo Congresso e com perspectiva de implementação cada vez mais distante. Nessa toada, mesmo se aprovadas, as medidas não trariam efeitos concretos antes do início da próxima década. No meio do caminho havia outra pedra: a quebradeira dos estados, que vem sendo tratada generosamente de indutora do “pacto do ajuste”, em mais uma simplificação grosseira feita pelo presidente. A crise federativa será um empecilho ainda maior para a aprovação das reformas e o aumento da arrecadação. O próprio presidente, como se tivesse jogado a toalha, reafirmou no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social “que sair de uma recessão leva tempo”. Ainda mais quando ela aumenta a cada rodada dos indicadores. Rezava a malfadada “nova matriz econômica” que o problema do país era de arrecadação e que os empresários não se mexeriam para fazer os novos investimentos sem o empurrão do governo. Na idealizada gestão Temer, o espírito animal do empresariado seria despertado pela melhora das expectativas. Ledo engano.

 Já podem ser vistas as sementes da velhíssima “nova matriz econômica” renascendo lá e cá. Os empresários e economistas reunidos no “Grupo Reindustrialização” clamam por menores taxas de juros reais e pelo ativismo do BNDES. Não estão sós. O pato da Fiesp voltou a pedir redução de impostos ou desonerações. Já antecipando que essa história de redução dos juros pode sobrar para ele, o presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal, solicitou que o governo libere as amarras dos recursos bancários, quem sabe diminuindo o recolhimento compulsório sobre os depósitos. Esse filme todos já viram. O mais curioso é que a presidente afastada largou a condenada matriz para praticar uma política econômica muito próxima da adotada por Temer e Henrique Meirelles, a “Levyeconomics”. Se Temer der dois passos atrás no tempo, haverá algo de comédia no ar. De qualquer forma, e pelo bem de todos, tomara que ele tenha mais sucesso do que sua antecessora.

#BNDES #Fiesp #Itaú #Michel Temer


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Dinheiro chinês I

21/11/2016
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Representantes do Ministério da Agricultura chinês virão ao Brasil em dezembro para se reunir com Blairo Maggi. Em pauta, o financiamento de projetos de infraestrutura agrícola, notadamente a construção de terminais portuários e armazéns. Será a partida no fundo de investimento agrícola de US$ 1 bilhão criado pelos dois países na recente viagem de Michel Temer a Pequim.

#Blairo Maggi #Michel Temer


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Trilho rompido

16/11/2016
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O empresário Rubens Ometto está fulo da vida com o presidente Michel Temer. O motivo é a decisão do governo de retardar a renovação antecipada da concessão da malha paulista, pertencente à Rumo Logística, de Ometto. Temer não dá a menor pelota ao empresário. Em outros tempos, iria correndo ao seu encontro.

#Rubens Ometto #Rumo Logística


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Não seria o momento de uma Constituinte Fiscal?

14/11/2016
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Não se sabe se em tom de desabafo ou propositivo, mas o ex-ministro e vice-governador Francisco Dornelles tem dito que o Brasil precisa de uma Assembleia Constituinte para repensar os critérios de transferências entre suas unidades federativas. Os estados e municípios deixaram de ser regidos pela lei, o gasto se descolou do orçamento e a gestão e o bom senso tornaram-se inimigos figadais. A Lei da Responsabilidade Fiscal é hoje um instituto jurídico completamente desmoralizado. O delito é anistiado naturalmente e não há mais culpados. Se a lei não vale, a gestão do orçamento é tão fictícia quanto as restrições ao seu descontrole. E sem um mínimo de bom senso voltamos ao velho ditado: em casa que não tem pão, todos brigam e ninguém tem razão.

 O país está quebrado, e não foi só o PT e sua nova matriz econômica que estilhaçaram as finanças públicas. Piscam os motivos para a esbórnia fiscal: uma seca de cinco anos, epidemias infecciosas, queda brutal do comércio exterior, deterioração do preço das commodities, a Lava Jato e suas consequências sobre a Petrobras, o cancelamento da esmagadora maioria das obras no Brasil. Ah, e ainda um impeachment na conta. O Brasil ameaça repetir a Argentina de Raul Alfonsín, que quebrou pelas províncias, estragou pelas bordas.

 As transferências de recursos da União vão deixando de obedecer ao nexo causal. Os critérios dos Fundos de Participação dos Estados são ultrapassados pela primazia da enfermidade fiscal. No bolo final dos recursos transferidos, os requisitos constitucionais acabam sendo, na prática, um mero detalhe. O RR tem ressaltado, não é de hoje, que União, estados e municípios precisam de um regime fiscal que preveja, além do controle de gastos e da reforma da Previdência. auditorias externas, dispositivos de compliance com regras para acender a “luz vermelha” a menor ameaça de insolvência, um Conselho Fiscal de Segurança, que assumiria a gestão a partir de determinadas métricas de risco etc. Tem falado também que é necessário fazer um encontro de contas, um ajuste patrimonial, uma troca de ativos entre estados e União, com securitização de dívidas e vendas compartilhadas de empresas de unidades federativas distintas. Em linhas gerais, mais ou menos o que o governador Luiz Fernando Pezão propôs. Pezão pensou no bolso do Rio. Dornelles pensou em uma disciplina para o Brasil. Talvez a ideia da Constituinte Fiscal seja o que há de mais rápido e barato para resolver um imbróglio deste tamanho. Com certeza duraria menos do que o ajuste fiscal com 10 anos de carência proposto por Michel Temer e Henrique Meireles.

#Francisco Dornelles #Lava Jato #Pezão #PT


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Dinheiro das pedaladas pode salvar os estados

14/11/2016
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 O presidente Michel Temer poderá tornar-se um defensor do diferimento dos recursos devidos pelo BNDES ao Tesouro Nacional. Para ser mais preciso, Temer tem sido pressionado pelos governadores a amortecer uma potencial crise federativa, ajudando as unidades estaduais em dificuldade com recursos triangulados entre o Tesouro e o banco de fomento. Pelo menos três governadores “sugeriram enfaticamente” a medida ao presidente. O dinheiro viria do montante de R$ 100 bilhões decorrentes das pedaladas, que a presidente do banco, Maria Sílvia Bastos Marques, insiste em pagar a toque de caixa como contribuição ao ajuste fiscal do governo.

 Ninguém está cobrando de Maria Sílvia tanta celeridade. Nem Henrique Meirelles. Mais pressa têm o gari, o bombeiro, o policial, o médico e a professorinha que não recebem seus salários. O Rio é o cartão postal da falência das províncias brasileiras. Se o BNDES transferisse para um fundo de emergência metade do valor devido ao Tesouro – R$ 50 bilhões –, essa quantia já seria o correspondente à soma das multas e impostos sobre o total dos recursos repatriados. Algum tipo de acerto patrimonial seria feito entre as partes. Um termo de compromisso garantiria a transferência de ativos dos estados para o Tesouro. Posteriormente, eles seriam repassados à iniciativa privada por meio de privatizações e concessões.

#BNDES #Michel Temer


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Fogo amigo

11/11/2016
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 Eunício de Oliveira recebeu o beijo da morte do Planalto. Ele tinha a garantia de que seria o candidato do PMDB à presidência do Senado em 2017. No entanto, com a devida orientação de Michel Temer, todo o partido estaria deslizando para a candidatura de Romero Jucá. É bem verdade que todo esse barulho pode ser por nada. Quem vai mesmo decidir a parada é Sergio Moro.

#Michel Temer #PMDB #Romero Jucá #Sérgio Moro


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Os gastos nada olímpicos da Autoridade Pública

9/11/2016
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Promete ser árdua a missão de Marcelo Calero, ministro da Cultura, designado pelo presidente Michel Temer para comandar o processo de encerramento da Autoridade Pública Olímpica (APO). Os custos totais previstos para este ano não cabem no orçamento de R$ 20 milhões liberado pela entidade, criada para centralizar a atuação dos governos federal, estadual e municipal na realização da Rio 2016. Calero vai se deparar com uma situação, no mínimo sui generis. Mesmo após a Olimpíada, a pira das contratações continuou acesa. Um exemplo dos gastos desmedidos é o escritório de Brasília. No início do ano, a representação foi extinta e os sete funcionários acabaram dispensados. Por mais incrível que possa parecer, a Olimpíada passou e a APO reativou sua operação na Capital Federal, desta vez com um contingente ainda maior: 12 profissionais.  No Rio, onde fica sua sede, a temporada de contratações também foi reaberta, inclusive com a vinda de profissionais de outros estados. Pela lei que criou a Autoridade Olímpica, executivos vindos de outra cidade com sua família recebem, na partida, o equivalente a um salário a mais para cada dependente. Ou seja: um funcionário com esposa e filho e remuneração de R$ 15 mil vira, na chegada, um custo de R$ 45 mil para os cofres da APO. Há ainda um adicional ao salário para pagamento de aluguel. A festa, tudo leva a crer, está com os dias contados. Uma lembrança: pouco depois de ter assumido o Ministério da Cultura, Calero demitiu 81 funcionários. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Autoridade Pública.

#Jogos Olímpicos #Michel Temer #Ministério da Cultura


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Traço no ibope

9/11/2016
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 Pesquisa encomendada pelo PMDB e recém-saída do forno traz Michel Temer com apenas 2% das intenções espontâneas de voto para presidente em 2018. Longe de Lula, Aécio Neves e Geraldo Alckmin e Marina Silva e atrás de Jair Bolsonaro.

#Michel Temer #PMDB


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Na escuta

8/11/2016
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 Os ministros Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima foram destacados para monitorar a pulsação de Eduardo Cunha na prisão, notadamente seus batimentos cardíacos em relação a Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Eliseu Padilha #Geddel #Michel Temer


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Está faltando ajuste na lenga-lenga da economia

3/11/2016
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 “Está faltando algo aí, meu sinhô”, cantaria Nelson Sargento, resumindo a política econômica na letra do samba. Apesar do ajuste fiscal progressivo – previsto para 20 anos – ter sido celebrado como um avanço, dadas às circunstâncias, a percepção de insolvência continua firme e forte. A contenção de despesas prevista na PEC 241 é condição necessária, mas insuficiente para a estabilização. Os ganhos com a reforma da Previdência e a esterilização de gastos com a PEC só se farão sentir no resultado primário seis a sete anos após sua aprovação. 2016 é um ano já falecido. Em 2017, a dívida bruta aumentará de 72,5% para 75,8% do PIB – alta de R$ 69 bilhões. Hoje a dívida bruta vale R$ 3,04 trilhões; em dezembro, vai a R$ 3,3 trilhões. Com o ajuste diferido no tempo, a relação dívida bruta/PIB cairá a passos de cágado – isso após escalar uma montanha. Com muita sorte descerá a 77%, segundo estimativas do Tesouro Nacional – pouco menos que os 75,8% projetados para 2018. Está faltando algo aí.  Sim, está faltando a dívida bruta nesse samba. Digamos que Michel Temer seja o que fala e, destemido, decida cortar 18% (o número é aleatório) da dívida bruta em 2017. Sem contar com os efeitos favoráveis que virão de lambuja, como a queda do custo de carregamento da dívida com a redução dos juros, a relação dívida bruta/PIB desabaria. Para isso seriam necessários R$ 600 bilhões redondos. Os recursos poderiam ser amealhados por uma nova rodada de repatriação, securitização da dívida ativa, redução expressiva das desonerações e subsídios, novos tributos (Cide, bebidas, fumo, fortunas) ou mesmo empréstimo compulsório, para tirar o estigma do imposto (impressão de caráter permanente), concessões, PPPs, dividendos das estatais, alienação de parte da carteira da BNDESPar, uma venda modesta entre US$ 30 bilhões e US$ 50 bilhões de reservas cambiais etc. A queda da dívida bruta daria um tiro de morte na percepção de insolvência, melhoraria a nota do Brasil dada pelas agências, reduziria o custo de captação no exterior e tornaria irrefutável a compreensão de que o país atacou a raiz da sua doença. 2017 seria ano do choque de expectativas, da virada da economia.  Por ora, as previsões dos organismos multilaterais e instituições financeiras internacionais, além das agências de rating, refletem a mesma sensação de fastio do empresariado. Imagine um setor privado, cuja indústria automobilística se afoga em capacidade ociosa, a indústria de bens de capital não consegue receber o devido e não tem perspectivas de novas obras, a indústria de construção pesada derreteu, a indústria de bens de consumo não duráveis é atingida pela queda da absorção doméstica, a indústria de produtos intermediários não vê obra no horizonte, o comércio exterior dá saltos de 20 centímetros etc. E a contribuição do Estado é pífia.  O desemprego de 11%, a inadimplência recorde das famílias e o maior número de recuperações judiciais demonstram que a conta da retomada tem algarismos de menos. Henrique Meirelles parece ter esquecido que o único indicador macroeconômico compreendido como um sinal de juízo na política econômica é o déficit nominal, irmão xifópago da relação dívida publica bruta/PIB. O déficit nominal, que anda na casa de 9,4% do PIB, será de R$ 340 bilhões em 2016 – o primário, um pouco acima de R$ 150 bilhões. Daí para frente, o primário começa a cair e o nominal segue subindo. Está faltando algo aí, mô irmão.

#Henrique Meirelles #PEC do Teto

Acervo RR

Mãos dadas

31/10/2016
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 Na sua coreografia contra o Judiciário, não há um passo de Renan Calheiros que não seja meticulosamente ensaiado com o presidente Michel Temer.

#Michel Temer #Renan Calheiros


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Mãos dadas

31/10/2016
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 Na sua coreografia contra o Judiciário, não há um passo de Renan Calheiros que não seja meticulosamente ensaiado com o presidente Michel Temer.

#Michel Temer #Renan Calheiros


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Chinatown

31/10/2016
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 A chinesa Hunan Dakang, que adquiriu 57% da trading mato-grossense Fiagril, pretende comprar também participações em empresas de propriedades agrícolas. Na recente visita de Michel Temer a Pequim, o grupo chinês assinou um protocolo para investir US$ 1 bilhão no Brasil. Cerca de US$ 200 milhões já saíram da conta para a entrada no capital da Fiagril.

#Fiagril #Hunan Dakang


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PEC do Teto deixa assalariado sem chão

28/10/2016
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  O governo mentiu: a PEC 241 vai forçar obrigatoriamente a mudança na regra de reajuste do salário mínimo – a indexação das demais grandes rubricas de despesas ao mínimo estoura o teto de gastos públicos se ele for aumentado em termos reais. Caso a PEC seja levada ao pé da letra, serão 20 anos – 10 no mínimo – sem que o piso salarial volte a honrar o trabalhador.  Por outro lado, ainda bem que Michel Temer fala a verdade e tranquiliza a todos afirmando que a PEC 241 não é para valer tanto assim. Segundo ele, a emenda pode ser remendada em quatro ou cinco anos ou até mesmo no primeiro dia de mandato do próximo presidente, desde que “o país tenha melhorado e superado seus principais problemas”. Só faltou dizer que ele próprio pode mudar a PEC. Temer não apresenta meta, métrica ou forma de avaliação dessa melhora. A PEC do Teto é crível até o presidente colocar o galho dentro.

#Michel Temer #PEC do Teto


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Sussurros e carinho na festa do professor Porto

25/10/2016
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 Foi bonita a festa, pá. Na última sexta-feira, diversas safras de economistas que passaram pela Escola de Pós-Graduação e Economia (EPGE), atual Escola Brasileira de Economia e Finanças da FGV, se reuniram no salão nobre da instituição para celebrar os 70 anos do professor Antônio Carlos Porto Gonçalves, um craque na arte de se fazer querido. O que mais se ouviu no encontro fechado foram histórias da convivência acadêmica. Mas, catando aqui e acolá, puderam ser extraídas algumas observações valiosas sempre ditas aos sussurros: o governo de Michel Temer estaria blindado pela qualidade da sua equipe – Wilson Ferreira Jr., Maria Silvia, Pedro Parente etc – e tem os apoios político e da mídia para realizar o maior número de reformas conservadoras-modernizantes desde o movimento militar de 1964. Só tem de correr, pois a estrada da Lava Jato é acidentada, e 2018 já é dado como um ano morto. Quanto mais rapidamente as reformas forem aprovadas, mais célere as agências de rating elevarão a nota do Brasil, maiores serão as quedas dos juros e mais amplo o espaço para o crescimento dos investimentos.  Economistas ouvidos consideram que Michel Temer não vai repetir Lula. O ex-presidente assistiu ao Judiciário desmontar seu alto comando – José Dirceu, José Genoíno, Luiz Gushiken, Antonio Palocci etc – sem ter quadros à altura para substituir os alvejados. Temer estaria conversando não só com os que se encontram na linha de tiro, entre eles alguns de seus principais assessores, mas com potenciais ocupantes de cargos no governo. Um exemplo é o ex-multiministro e ex-juiz do STF Nelson Jobim, atualmente operando como um híbrido de sócio de compliance e diplomata jurídico do BTG. Um exagerado wishful thinking aposta que até FHC estaria a postos para entrar em campo e não deixar o barco adernar.  No espaço mais aristocrático da FGV, contudo, ninguém queria saber de conjuntura, previsões, econometria. A festa era para o grande Porto Gonçalves. Ele pertence à segunda geração heroica da EPGE, dirigida por Carlos Langoni – a primeira foi comandada por Mario Henrique Simonsen. As duas escolas ocuparam literalmente a área econômica do governo no seu tempo. Claudio Haddad, integrante da segunda geração, compareceu ao evento com grande fair play. Ele, que era uma espécie de Dartagnan do trio de mosqueteiros bilionários liderados por Jorge Paulo Lemannn, retornou a sua vertente acadêmica em uma escala compatível com sua fortuna: Haddad é o dono do Insper, maior concorrente da EPGE. Ele estava lá para dar abraços e apertos de mão e, principalmente, celebrar Porto Gonçalves, seu professor na EPGE. Presentes ainda Luiz Guilherme Schymura, Rubens Pena Cysne, Luiz Freitas e Joaquim Falcão, entre outros diretores de unidade. Também compareceram ex-alunos badalados como Maria Silvia Bastos Marques, Gustavo Loyola, e o presidente da FGV, Carlos Ivan Simonsen Leal. Lá do firmamento Eugenio Gudin, Otávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos abençoavam o encontro, sensibilizados.

#BTG Pactual #FGV #FHC


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Banca chinesa

25/10/2016
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 O Haitong Bank, com sede em Xangai, está em busca de ativos no Brasil. O assunto foi discutido na recente visita de Michel Temer à China. O grupo já tem uma operação de investment banking no país, que soma R$ 8 bilhões em ativos. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Haitong.

#Haitong Bank #Michel Temer


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Pouso forçado

24/10/2016
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 No embalo da recente visita de Michel Temer à Índia, a Embraer tinha a expectativa de fechar a venda de até 20 aeronaves militares para o governo local. Nada aconteceu. • A seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Embraer.

#Embraer


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“PEC da Ceiça” confere dignidade ao ajuste econômico

18/10/2016
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  A sociedade brasileira deveria se mobilizar para aprovar a “PEC da Ceiça”. O dispositivo conteria uma única determinação constitucional: tudo o que a professora Maria da Conceição Tavares disser passa automaticamente a ser política de governo, a despeito do contraditório bem-intencionado e dos excessos que caracterizam a professora. Além do notório saber científico, Conceição acumula um dos grandes bens da humanidade, a joia da integridade. Chega a ser emocionante vê-la em seu pequeno e espartano apartamento, do alto dos 86 anos, cercada de livros em uma olímpica busca de atualização do pensamento. E o que diz agora a professora? Conceição acha que a PEC do Teto congela a recessão, em um momento em que o país está carente de investimentos em infraestrutura e no social. Defende uma reforma tributária de emergência para que se atravesse a fase mais aguda da crise.  E o ajuste fiscal? A mestra acha que é necessário avançar nessa área, mas considera que o ajuste não deve ser feito inteiramente em cima do resultado primário, mas, sim, por meio dos juros, dos impostos e da suspensão das desonerações. Ela lembra que até o Fundo Monetário Internacional considera as medidas econômicas restritivas equivocadas para reduzir o endividamento dos países emergentes – estas nações deveriam optar por crescimento, crescimento e mais crescimento. Vá lá que “Ceiça” tenha sempre razão. Mas por que ela não botou a boca no mundo quando, no governo de Dilma Rousseff, o ministro Joaquim Levy, propôs uma PEC do Teto, sabotadíssima, por sinal, pelo então vice-presidente Michel Temer? A mestra dá um desconto, pois o teto de Levy buscava a dívida bruta, adotando um projeto feito pelo senador José Serra, um dos anjos caídos do seu exército de pupilos.  Joaquim Levy propunha um primário suave de 0,7% do PIB, combinado com um aumento moderado de impostos e uma política monetária mais branda. O ortodoxo Levy e, o que é mais incrível, o à época intelectualmente honesto José Serra, se diziam exasperados pela ditadura do primário, enquanto o importante era o déficit nominal. Não podiam imaginar que a solução vencedora seria uma regra burra de correção de todas as rubricas do orçamento igualmente, faça sol ou faça chuva. Pelo menos é o que se pretende incluir na Constituição – apesar de o presidente Michel Temer dizer que a PEC está na Constituição para qualquer um tirar: “É só querer”. Conceição leva a Constituição a sério. Ela divide o mundo entre os que se aborrecem com a fome dos que têm fome e aqueles que dão prioridade ao próprio bolso. Tem a fúria santa que impulsiona as grandes reformas. E a bravura dos que escolheram o ensino como arma para enfrentar a tirania. O RR vota na “PEC da Ceiça”

#Joaquim Levy #Maria da Conceição #PEC do Teto


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Os “Cantos mesóclicos” de Michel Temer

14/10/2016
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  Recomenda-se a Michel Temer a leitura dos poemas minimalistas da Aldravia, escola que busca o caminho da simplicidade contra a tortura das significações. A condensação como princípio, conforme preconiza Ezra Pound em seu seminal “Os Cantos”– o mínimo de palavras para a abertura do máximo de possibilidades – pode ser uma inspiração para o ser e o viver. Temer parece ter baixa sensibilidade a medidas simplificadoras. É um homem de algaravias, da mesóclise, do gótico. No caso da PEC do Teto, a delicada Aldravia atende por uma recomendação expressa: a manutenção do regime de correção dos gastos nos orçamentos da saúde e da educação . Na saúde, a regra atual é o repasse ao menos do mesmo valor do orçamento anterior mais a variação do PIB. Na educação, a exigência é de 18% da receita arrecadada. Fica tudo como está e ponto final, diria um revivido Ezra Pound a um Temer em versão minimalista.  Sim, a proposta de reduzir riscos de agitação social tem sido soprada nos ouvidos presidenciais. Ela foi uma das pautas da reunião de Temer com FHC e Gilmar Mendes. A conversa girou em torno do impacto da PEC do Teto pós-aprovação da medida: os enfrentamentos com a “sociedade civil” e o Judiciário. Sabe-se que a PGR considera a PEC inconstitucional. Algumas associações de magistrados seguem a mesma estrada. Diz-se que Gilmar Mendes relativizou problemas, na linha do “está tudo sob controle”. Já FHC recomendou que a governança não se desvie da “ética da responsabilidade”, frase da sua absoluta e total preferência.  No entorno de Temer, mesmos os mais duros não têm dúvida sobre o potencial de encrenca da medida nos meios sociais. Dissipando o viés tecnocrático, parece mais fácil fazer oposição contra a restrição nas despesas da saúde e educação depois da sua aprovação. Ela galvanizaria o “Fora, Temer” com os que procuram alguma pugna onde depositar suas apoquentações. Segundo o Ipea, os gastos orçamentá- rios com saúde estão está- veis há 15 anos, na casa de 1,7% do PIB. Em 20 anos, a queda mínima prevista é de 30%. Mas não é preciso esperar 20 anos: no dia seguinte à aprovação da PEC do Teto direita e esquerda estarão condicionando as filas, desastres e tragédias de todos os dias na rede do SUS ao plano de ajuste fiscal. Recuando, o governo perde pouco e ganha muito. O grande prêmio desta partida é a mudança estrutural na relação dívida pública bruta/PIB. São vetores principais a queda dos juros, o crescimento do PIB – e da arrecadação – e o efeito progressivo da reforma da previdência no ordenamento das contas fiscais. Se seguir a escola da Aldravia, Temer reduz o ativismo anticonstitucional. Melhor seria se criasse um piso para as despesas gerais, em sintonia com padrões mais recomendados por agências de rating à silhueta do Brasil. Poderia ser um gatilho para a flexibilização do teto toda a vez que a relação dívida pública bruta/PIB batesse em 45%, 50% ou 55%. De tudo um vaticínio, que também seria um poema: os juros vão desabar. E a educação e a saúde não têm nada a ver com isso.

#Michel Temer #PEC do Teto


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Sisfron são os novos olhos da Defesa na tríplice fronteira

11/10/2016
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  O ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro-chefe do Gabinete de segurança Institucional, General Sergio Etchegoyen, e o Estado Maior das Forças Armadas estão debruçados sobre um novo plano de ações para intensificar a vigilância na tríplice fronteira – Brasil, Argentina e Paraguai. O tema, inclusive, chegou a ser discutido nos encontros que Michel Temer teve, na semana passada, com os presidentes Mauricio Macri e Horacio Cartes. A grande contribuição virá do lado brasileiro: até meados do ano que vem, as Forças Armadas deverão concluir a implantação do Sisfron, novo sistema de monitoramento de fronteiras. Trata-se de uma rede integrada que reúne satélites, radares, aeronaves e ainda postos de vigilância localizados em regiões-chave. A importância estratégica do novo sistema pode ser medida pela sua blindagem à crise nas contas públicas. Orçado em aproximadamente R$ 12 bilhões, foi um dos raros projetos das Forças Armadas que passaram razoavelmente incólumes à desidratação orçamentária. Existe, inclusive, um projeto para que a tecnologia do Sisfron seja vendida a outros países. Procurado, o Ministério da Defesa não quis se pronunciar.  Entre os equipamentos de última geração que serão utilizados, o destaque fica por conta do Vant – Veículo Aéreo Não Tripulado –, um avião-radar de patrulhamento aéreo que pode ser usado não apenas para serviços de vigilância, mas até mesmo em pequenos resgates. O Sisfron já está em fase de testes na divisa entre Mato Grosso do Sul e o Paraguai. Todo o sistema será integrado aos órgãos de Inteligência das Forças Armadas, das Polícias Federal e Rodoviária, das corporações estaduais e da Receita Federal. Sua operacionalização ficará concentrada na 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, conhecida como Brigada Guaicurus, localizada na cidade de Dourados (MS).  Quando estiver integralmente implantado, o Sisfron permitirá o monitoramento dos 17 mil quilômetros de fronteira seca do Brasil. No entanto, o maior foco de preocupação para a área de Defesa é a interseção com a Argentina e o Paraguai. Ali estão os maiores poros na segurança das fronteiras, uma região pródiga na entrada de armas, drogas e mercadorias contrabandeadas. Trata-se ainda de uma área que hoje merece atenção redobrada pela movimentação de células operacionais de grupos terroristas. Durante a Olimpíada, diversos agentes dos serviços de Inteligência do Brasil e de países como Estados Unidos e França permaneceram infiltrados em Foz do Iguaçu e cidades próximas.

#Forças Armadas #Horacio Cartes #Mauricio Macri #Raul Jungmann


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A cobrança

7/10/2016
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 Jader Barbalho tem cobrado de Eliseu Padilha, distribuidor-mor de cargos no governo de Michel Temer, o espaço que considera seu de direito. Até agora, Barbalho só colheu maus-tratos. O senador já contabiliza a perda da ingerência sobre a Eletronorte, com a iminente saída do atual presidente, Tito Cardoso. Ao mesmo tempo, não conseguiu emplacar o ex-senador Luiz Otavio Campos na Secretaria Nacional de Portos. O pupilo foi nomeado apenas para um cargo técnico nos Transportes. No bandejão de cargos servido pelo novo governo, Barbalho se queixa ainda da demora do Planalto em nomear mais de 30, isso mesmo, 30 indicações para postos de segundo escalão em estatais e autarquias do Pará, a exemplo de Sudam, Companhia Docas e Delegacia Regional do Trabalho.

#Eletronorte #Eliseu Padilha #Jader Barbalho


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Padilha busca a cura da “joaquinização” do governo

3/10/2016
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 O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, é quem mais sofre no governo com a morosidade na aprovação das reformas. Padilha é um parlamentar profissional, mas tem um coração verde oliva – lembra, fisicamente, um primo do general Ruben Ludwig, o “Rubão”. Se pudesse, empurrava as reformas goela adentro. Às favas, pois, com o Congresso, a tramitação e seus ritos. O “general Padilha” tem seus motivos para essa alergia a atrasos na área econômica. Do quarteto fantástico – Michel Temer, Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e o próprio Padilha – ele é o mais sensível à moléstia da “joaquinização” que acometeu o governo anterior. Por “joaquinização”, entenda-se uma referência à performance do ex-ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que passou um ano no cargo sem conseguir executar as políticas econômicas devido à relutância do Legislativo. Na visão de Padilha, o governo Temer tem se deparado com um ambiente menos cooperativo no Congresso do que se imaginava. Trata-se de uma resistência gelatinosa, dissimulada, mas forte o suficiente para atrasar os ponteiros do relógio do governo.  A PEC do Teto carrega sintomas típicos da “joaquinização”. Padilha costuma dizer que ela tem 14 meses se debatendo na placenta parlamentar, contando o tempo em que foi elaborada pelo próprio Joaquim Levy até os dias correntes. Há interveniências de todos os tipos. A Procuradoria Geral da República já entrou com um mandado suspensivo por considerar a PEC inconstitucional devido às restrições com gastos na saúde. Há propostas de criação de um gatilho para mudar o índice de correção das despesas públicas e de alteração do prazo de revisão da PEC (fala-se em 20 anos, 10 anos, sete anos). Existem ainda manifestações do corporativismo no Congresso de toda ordem e feitio. Padilha acha que só o envio de um projeto de reforma em urgência absolutíssima combateria a enfermidade da “joaquinização”. Pensa até, no caso da reforma da previdência, em mandar uma PEC em aberto, um monstrengo que permitiria sua alteração durante um determinado tempo de carência, ou seja, o indexador era um, muda-se para outro; o piso de determinado gasto era um, passa a ser outro, e assim vai.  Reza a cartilha da infâmia na arte de governar que a “joaquinização” de um governo não se manifesta apenas numa atitude menos colaborativa do Legislativo. Vide o caso das concessões. O governo requentou projetos, catou o que tinha e o que não tinha para oferecer à iniciativa privada, mas ainda não há prazo para que os primeiros ativos sejam colocados na gôndola. Os editais sequer foram rascunhados, até porque não se sabe quem vai elaborá-los. Assim é quando a famigerada doença se alastra: o governo sabe o que fazer, todos os enunciados estão postos, mas quase nada anda. Padilha sabe que as expectativas levarão o governo Temer às trevas. Portanto, tem de enviar um projeto de reforma, de preferência dois, ao Congresso Nacional. Se não curar a “joaquinização”, o governo Temer já nasce morto.

#Eliseu Padilha #Joaquim Levy #Michel Temer


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Casa própria

30/09/2016
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 Marcela Temer queria permanecer no Palácio do Jaburu, ao menos até o fim do ano. No entanto, acabou convencida por Michel Temer de que simbolicamente seria muito ruim a família continuar morando na residência oficial da vice-presidência, por sinal, apelidada nas redes sociais de “QG do Golpe”.

#Marcela Temer #Michel Temer


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Briga de paróquia

29/09/2016
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 Renan Calheiros e o ex-deputado Henrique Alves disputam um cabo de guerra para indicar o novo ministro do Turismo. O primeiro trabalha junto a Michel Temer pela nomeação do deputado Marx Beltrão; o segundo, pelo ex-presidente da Embratur, Vinicius Lummertz.

#Embratur #Henrique Alves #Michel Temer #Ministério do Turismo #Renan Calheiros


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O destino de Maia

23/09/2016
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 No xadrez político idealizado por Michel Temer para 2017, Rodrigo Maia seguirá para a Esplanada dos Ministérios ao fim do seu mandato na presidência da Câmara, em janeiro. Sem poder concorrer à reeleição, Maia assumiria a Pasta do Meio Ambiente. O atual ministro, Sarney Filho, está desgastado depois das seguidas campanhas contra a construção de hidrelétricas na Amazônia.

#Michel Temer #Ministério do Meio Ambiente #Rodrigo Maia #Usina hidrelétrica


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Sem diplomacia

23/09/2016
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 José Serra passou os últimos dois dias aplicando sermões nos embaixadores do Brasil na Costa Rica, Venezuela, Bolívia e Equador, cujas representações diplomáticas se recusaram a acompanhar o discurso de Michel Temer na ONU.

#José Serra #ONU


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Temer mete a colher na sopa de letras do setor elétrico

21/09/2016
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  O presidente Michel Temer autorizou seu ministro-chefe do Gabinete Civil, Eliseu Padilha, a mexer em toda a estrutura decisória do setor elétrico. O motivo é mais do mesmo, ou seja, a fragilidade do governo federal frente à própria burocracia do Estado, que paralisa quando bem entende as obras das grandes usinas hidrelétricas – o último exemplo foi o arquivamento da licença ambiental da usina de São Luiz do Tapajós. A primeira mudança será no perfil de atuação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até então restrita à realização de estudos sobre o setor. A EPE agora vai planejar e entregar o pacote de medidas pronto para ser aprovado. A principal atividade da estatal, a confecção do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), não terá mais um caráter sugestivo e indicativo de novas usinas. Ele passará a ter a força de uma decisão governamental do que deverá ser feito para expandir o parque gerador do país. Padilha terá de tourear um lobby intragovernamental dos outros órgãos, a exemplo do Ibama e do ONS, que pretendem indicar representantes no futuro conselho consultivo da EPE. A preocupação é não contaminar a decisão com a diversidade de participantes, alguns deles os principais criadores de caso do setor elétrico, como o Ibama. Dessa forma, haverá menos arestas para aparar na aprovação final do Plano Decenal pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).  O CNPE também será alvo de mudanças. É a instância maior das políticas do setor, constituído por uma miríade de 14 membros, sendo nove ministros. Atualmente os membros do Conselho têm a prerrogativa de alterar os estudos da EPE e até mesmo retirar empreendimentos. No novo formato, o CNPE terá um poder menor de ingerência, na medida em que suas decisões serão tomadas em relação ao bloco de medidas, e não uma intervenção pontual, o que atrasa as decisões, transformando a instituição em uma espécie de assembleia. As alterações visam reduzir drasticamente o tempo entre a elaboração do projeto e a licitação das usinas. O CNPE deverá ter ainda a sua composição ampliada com um representante da sociedade civil especialista em meio ambiente, escolhido a dedo pelo Gabinete Civil. O que está em jogo é a construção encruada de dez usinas hidrelétricas na Amazônia, com potencial de geração de 30 mil megawatts e investimentos de R$ 35 bilhões, suficientes para garantir a expansão da oferta por quatro anos, sem contar com qualquer outra fonte de energia elétrica.

#Eliseu Padilha #Ibama #Michel Temer #Usina hidrelétrica


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De volta à Real Grandeza

21/09/2016
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 Sergio Wilson Fontes reassumirá, em outubro, a presidência da Fundação Real Grandeza, que administra um patrimônio da ordem de R$ 13 bilhões. Ainda que por vias oblíquas, sua indicação é uma forma de o governo Michel Temer asseverar o distanciamento de Eduardo Cunha. Em 2009, o próprio Fontes foi defenestrado do comando da Real Grandeza a pedido de Cunha e aliados, que, à época, emplacaram o nome de Aristides Leite França no comando do fundo de pensão. França faleceu no mês passado.

#Eduardo Cunha #Fundação Real Grandeza


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Bullets

20/09/2016
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Todas as noites, Michel Temer tem tirado o ponto com Marcela Temer. Ambos se debruçam sobre o conteúdo do programa “Criança Feliz”   A Transnordestina acabou afastando de vez Benjamin Steinbruch e Paulo Skaf. O presidente da Fiesp “esqueceu” completamente que prometeu tratar do assunto junto ao Planalto.   O diretor de planejamento do BNDES, Vinicius Carrasco, foi encarregado pela presidente Maria Sílvia Bastos de construir um disclosure capaz de catar pulga. Vai inovar com métricas criativas.

#Benjamin Steinbruch #BNDES #Criança Feliz #Fiesp #Marcela Temer #Maria Sílvia Bastos #Michel Temer #Paulo Skaf #Transnordestina #Vinicius Carrasco


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Lula quer apresentar Michel Temer à Lava Jato

16/09/2016
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 O PT tem duas estratégias e um posicionamento definidos para reagir à denúncia do Ministério Público Federal contra Lula. Estes pontos foram exaustivamente debatidos pela cúpula do partido ao longo da tarde de ontem, após o pronunciamento do ex-presidente. Segundo a fonte do RR, assíduo interlocutor do ex-secretário da Presidência da República Gilberto Carvalho, a postura de Lula não será a do candidato de 1989, mas de 2002. Ou seja: indignado, sim, no entanto, até segunda ordem, cordial, bem humorado e disposto ao diálogo. Já as referidas estratégias se cruzam entre si. Uma delas é evitar o confronto aberto com a Lava Jato, mas, ao mesmo tempo, desacreditá-la. Isso significa colocá-la sob suspeição, lançando sobre ela a pecha de parcial e de olhar apenas para um partido ou grupo político. A questão é a sutileza, o ponto da massa antes de tirá-la do forno, coisa em que Lula é perito.  Este movimento abrirá caminho para o complemento da tática delineada pelo PT. O partido pretende colocar foco no atual governo, adotando um discurso com o intuito de colar o Ministério Público em Michel Temer e seus colaboradores mais próximos, muitos deles já devidamente carimbados pela Lava Jato. A premissa é que o bombardeio ao atual presidente e sua távola redonda ajudaria a quebrar o protagonismo do PT e do próprio Lula na Operação. Permitiria também o take over do “Fora, Temer”, grudando o slogan das ruas às investigações do “petrolão”. Ao mesmo tempo, jogar foco sobre Temer evitaria que o ex-presidente concentrasse sua munição contra os procuradores de Curitiba. Até porque este está longe de ser o melhor Lula. Quando se dirige ao Ministério Público, ele automaticamente precisa vestir uma camisa de força e tomar todos os cuidados. Ontem, por exemplo, não fez qualquer menção nominal a Deltan Dallagnol, chefe da força tarefa e âncora do espetáculo midiático conduzido na véspera pelo Ministério Público. No PT, há a convicção de que um duelo escancarado não é o caminho mais recomendável. Seria muito desgaste para pouco resultado, tamanho o prestígio de Sergio Moro e seus cruzados junto à opinião pública. Além do mais, até no discurso oficial quem quer abafar a Lava Jato é Temer, Renan, Cunha, Aécio etc. Não Lula.  No entanto, talvez o ponto mais sensível seja como Lula deve abordar a palavra que não ousa dizer seu nome. Ontem, em 1h20 de discurso, ele não pronunciou o termo “prisão”. Contudo, quem o psicografa garante que o tema terá a sua vez e Lula, como de hábito, saberá o timing exato de colocá-lo sobre a mesa. Ao citar a questão de viva-voz, ele poderá dizer que sua detenção está decidida há décadas e décadas pelas elites. E que o que está em jogo não é o seu cárcere, mas a prisão de uma causa. Por enquanto, não há pistas sobre quem terá o mando de campo do destino de Lula: o discurso evangelizante dos rapazolas da procuradoria ou o rugido rouco das ruas. A única aposta firme é que a imolação de Lula é uma fagulha com inegável poder de combustão.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT


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Washington

16/09/2016
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 O Itamaraty ainda não perdeu as esperanças de costurar um encontro entre Michel Temer e Barack Obama até janeiro, quando o presidente norte-americano deixará a Casa Branca. Recentemente, durante a reunião de cúpula do G20 na China, a Pasta de Relações Exteriores fez de tudo para que ambos tivessem ao menos uma rápida conversa tête-à-tête. Ficou na vontade.

#Barack Obama #Itamaraty #Michel Temer


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Sempre na foto

16/09/2016
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 Nem quando era ministro do Planejamento, Romero Jucá estava tão próximo de Michel Temer. O senador tem marcado presença em quase todos os eventos oficiais ao lado do presidente. O mais recente foi a posse de Grace Mendonça na AGU.

#AGU #Grace Mendonça #Michel Temer #Romero Jucá


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Ministério do Turismo desperdiça o legado olímpico

14/09/2016
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 Justo no momento em que o Brasil deveria surfar na onda olímpica para impulsionar o fluxo de visitantes estrangeiros, a Pasta do Turismo é um ponto cego na Esplanada dos Ministérios. Desde que Michel Temer assumiu interinamente a presidência, em maio, a área está acéfala: Alberto Alves ocupa o cargo de ministro interinamente. A indefinição política combinada aos graves problemas de orçamento têm afetado os principais projetos do Ministério. Os Jogos Olímpicos passaram e a Embratur não sabe se terá verba para viabilizar uma campanha de marketing no exterior com o objetivo de capitalizar o sucesso do evento. Até o momento, segundo o RR apurou, não há qualquer movimentação para o lançamento da concorrência e consequente contratação da agência responsável pela ação publicitária. A esquerda tem sido mais bem sucedida em vender o discurso do golpe no exterior do que o governo em propagandear as atrações turísticas do Brasil.  A participação em feiras e congressos internacionais, fundamental para o setor hoteleiro, também está sob risco. No ano passado, a estatal marcou presença em 15 eventos. Neste ano, o número não chegará a dez. Além disso, para alguns deles, a Embratur tem enviado apenas um funcionário, contra uma média de cinco no ano passado. Consultada pelo RR, a empresa confirmou “que as restrições orçamentárias impedem a execução de projetos de promoção turística no exterior”. A empresa informou ainda que está em tratativas com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom) em busca de apoio para realizar uma “campanha consistente nos principais centros emissores de turistas”.  Em 2015, o orçamento da estatal para o Programa de Promoção Internacional ficou em US$ 17 milhões. Não deu nem para a saída. A comparação com outros países da América Latina, competidores diretos do Brasil na busca por turistas, chega a ser uma covardia. No ano passado, o México gastou mais de US$ 470 milhões para propagandear suas atrações no exterior. Colômbia e Equador, por sua vez, desembolsaram algo em torno de US$ 100 milhões cada um. Já a Argentina investiu US$ 57 milhões. Vá lá que o governo Michel Temer tenha outras prioridades, mas cada ponto percentual de queda na indústria do turismo significa uma perda de aproximadamente R$ 2 bilhões.

#Embratur #Jogos Olímpicos #Michel Temer #Ministério do Turismo #Secom


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Deficiência na comunicação

14/09/2016
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 O triunvirato que cerca Michel Temer do Planalto – Moreira Franco, Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima – acha que o governo tem um problema sério de comunicação. A percepção de que as medidas oficiais sofrem de lentidão não teria base na realidade e seria, sim, uma deficiência da comunicação. O nome dos sonhos de Temer é o jornalista Merval Pereira. Experiente, conhecedor dos meandros da política e embaixador do Grupo Globo. É uma opção difícil. Mas se não der, Temer já se contentaria com alguém assim como Miguel Jorge, que, por sinal, está na pista.

#Eliseu Padilha #Geddel #Globo #Michel Temer #Moreira Franco


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Privatizações e Lava Jato têm encontro marcado no PPI

13/09/2016
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 A segunda-feira foi de bate-cabeças no Palácio do Planalto. Muitas ideias, poucas decisões. Ontem à noite, a poucas horas da primeira reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), ainda não havia uma definição dos projetos e do pacote de benefícios aos futuros investidores que serão levados para o encontro de hoje, em Brasília. O secretário Moreira Franco passou o dia catando pedacinhos de programas anteriores. Até raspas e restos do velho PAC foram usados para dar um toque sinfônico, digamos assim, à apresentação. Colocar vértebras no projeto talvez seja o menor dos problemas. O núcleo duro do Planalto – leia-se o próprio Moreira, Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha – está ciente de que o governo perdeu o que seria o grande ativo para a realização de um programa de privatizações em larga escala: uma espécie de leniência coletiva, ou seja, um grande acordão que permitisse às maiores empreiteiras do país – tanto as já condenadas quanto aquelas ainda sob investigação – além dos grandes investidores, a exemplo dos fundos de pensão, purgar seus malfeitos, quitar seus débitos com a Justiça e, assim, voltar ao game das concessões.  Esta hipótese parecia ter sustentação em Michel Temer e seu grupo político. Puro desejo. O próprio presidente da República e alguns de seus mais próximos colaboradores – a começar exatamente pelo trio Moreira, Geddel e Padilha – são alvos de investigações da Lava Jato, o que automaticamente lhes tira a autoridade para articular uma solução dessa natureza. Um movimento neste sentido vindo dos lados do PMDB será visto como uma tentativa de abafar Curitiba. Ao mesmo tempo, qualquer facilidade ou benfeitoria no programa de desmobilização patrimonial teria a fragrância da suspeição. Ou seja: com o governo Temer, a Lava Jato tornou-se uma “doença” auto-imune.  As aflições do Planalto passam ainda pela crise econômica e pela tensão das ruas. O projeto de ajuste fiscal tem um delay entre a produção de mal estar e bem estar. Enquanto a sensação é de usurpação de direitos, piora da renda e do desemprego – em parte carry over do governo Dilma –, o ambiente de indignação ganha novos decibéis a cada dia. A maneira de mitigar o bordão “Fora Temer” seria entregar parte do que os movimentos sociais querem, entre outras ações suspendendo as reformas trabalhista e da previdência. Mas seu nome não seria Michel se lá estivesse para repetir o governo anterior.  Os ativos de Michel Temer começam a se queimar rapidamente. De maior avalista do seu governo e potencial candidato em 2018, Henrique Meirelles periga se transformar em um ministro insípido, silenciado pelo seu próprio e repetitivo discurso. Só o próprio Temer poderia salvar seu governo de se tornar cada vez mais ralo, com vigor, decisões enérgicas, capacidade de comunicação e carisma. Alguém viu esse Michel Temer por aí?

#Eliseu Padilha #Geddel #Henrique Meirelles #Lava Jato #Michel Temer #Moreira Franco #PMDB #PPI


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Arbitragem

12/09/2016
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 Quem pensa que é muito cordial a convivência entre as raposas de Michel Temer está enganado. Recentemente, o secretário de Governo, Geddel Vieira Lima, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, se espetaram devido a um by pass no relacionamento político com alguns estados. Por enquanto, é tudo xique-xique. Mas, se fosse para valer, Padilha ganhava.

#Eliseu Padilha #Geddel #Michel Temer


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Bumerangue

9/09/2016
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 Romero Jucá e Geddel Vieira Lima fizeram de tudo para convencer Michel Temer a não aprovar o novo slogan criado pelo marqueteiro Elsinho Mouco: “Fora, ladrões”. Foram votos vencidos. Bastaram poucas horas para mostrar que Jucá e Geddel sabiam do que estavam falando. Assim que saiu a notícia sobre a campanha, o slogan ganhou um adendo nas redes sociais: “Fora, ladrões golpistas”.

#Geddel #Michel Temer #Romero Jucá

Acervo RR

Bumerangue

9/09/2016
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 Romero Jucá e Geddel Vieira Lima fizeram de tudo para convencer Michel Temer a não aprovar o novo slogan criado pelo marqueteiro Elsinho Mouco: “Fora, ladrões”. Foram votos vencidos. Bastaram poucas horas para mostrar que Jucá e Geddel sabiam do que estavam falando. Assim que saiu a notícia sobre a campanha, o slogan ganhou um adendo nas redes sociais: “Fora, ladrões golpistas”.

#Geddel #Michel Temer #Romero Jucá


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Fora dos palanques

8/09/2016
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 Marta Suplicy e Celso Russomano, que disputam a Prefeitura de São Paulo, pediram ao presidente Michel Temer que grave um depoimento para seus respectivos programas eleitorais. Por essas e outras Temer já avisou que se manterá fora dos palanques.

#Marta Suplicy


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Meirelles rima fama de mau com ajuste fiscal

6/09/2016
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 O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, tem tentado convencer Michel Temer que o timing do anúncio das maldades fiscais é agora, na primeira semana do presidente oficialmente no cargo. O clichê de Meirelles vai além da máxima de Maquiavel – a maldade se faz de uma vez só; a bondade, aos poucos. Ele considera que uma medida fiscal de forte impacto, ainda que impopular, sinalizaria positivamente junto aos agentes formadores de expectativas. Bons exemplos seriam a recusa do pleito de aumento do reajuste dos salários do Judiciário em R$ 4 bilhões, mexer na política de indexação do salário mínimo e suspender a estabilidade do funcionalismo publico, além de promover o congelamento dos seus salários por tempo determinado. Eles teriam efeito de ampliação do fluxo de capital, essencial para atrair os investimentos, principal catalisador da nova matriz de crescimento econômico. O ministro da Fazenda sabe que a PEC do teto tem eficiência relativa e até agora somente a reforma da Previdência, apesar da sua antipatia intrínseca et por cause, tem o poder de sacudir as expectativas. O risco da Previdência é ela tornar-se um anticlímax fiscal durante todo o governo Temer, com impacto bem menor do que o esperado na redução do déficit primário. Meirelles acha que o governo tem de enviar dois projetos contundentes de reformas para o Congresso. Podem ser as mudanças tributárias e trabalhistas herdadas do governo Dilma Rousseff. Mesmo que a batalha campal para sua aprovação no Congresso seja longa, o efeito sobre as expectativas, a começar pelos juros futuros, seria positivo. O ministro conta com cenário animador nessa área. Na semana passada, o Itaú projetou uma queda na taxa Selic para 10% no final de 2017.  Outro movimento favorável depende do leiloeiro Moreira Franco. Caso a venda do patrimônio público fique muito abaixo dos R$ 50 bilhões ficará descortinado que o déficit primário de 2017 é maior do que o estimado. Para convencer os aliados a endurecer sem perder a ternura, Meirelles ameaça todo mundo com uma nova rodada de impostos. É só gogó. A medida é maldita para Eliseu Padilha, Moreira e Geddel Vieira Lima. E Temer já declarou que não mete a mão nesse vespeiro. Meirelles quer dureza, virilidade na política econômica. Na vida real, fechou o corpo com uma estratégia de ajuste fiscal gradualista, um fantástico hedge contra a hipótese de fracasso rápido, algo como o sucedido com o ex-ministro Joaquim Levy. Ou seja, Meirelles não pode mais ser cobrado no curto prazo; a previsão do seu plano de ajuste fiscal é que o efeito surja nas calendas do governo Temer. Quer ser visto como o granítico e incorruptível ex-ministro Octávio Gouvêa de Bulhões. Uma comparação difícil de um santo com um banqueiro. Bem, toda essa ortodoxia pode não dar certo. Meirelles aposta seu futuro político que dará.

#Ajuste fiscal #Henrique Meirelles #Michel Temer


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Em revista

5/09/2016
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 O  desfile de 7 de setembro deverá marcar a primeira aparição pública da primeira dama Marcela Temer após a posse em definitivo de Michel Temer.

#Marcela Temer #Michel Temer


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Menos é mais

5/09/2016
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 Com a polidez que o caracteriza, Michel Temer pediu ao seu escudeiro Moreira Franco que seja mais econômico em suas declarações sobre os planos do governo.

#Michel Temer #Moreira Franco


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Temer vai à China colher o arroz semeado por Dilma

2/09/2016
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 O presidente Michel Temer desembarca hoje em Xangai, na sua primeira missão como titular do cargo, sabendo que os jornais Xinmin Evening News, Beijing Daily, Canako Xiaoxi e Nanfang City News – somente para dizer alguns dos mais votados periódicos chineses – não economizaram palavras simpáticas a sua antecessora. Não poderia ser diferente. Os acordos que serão assinados nos próximos dias avançam muito pouco em relação à agenda bilateral negociada ao longo do governo Dilma Rousseff. A rigor, Temer leva na bagagem, sem maior alarde, apenas duas novidades: o iminente fim das restrições à compra de terras no Brasil por investidores estrangeiros e a flexibilização das regras para a importação de mão de obra. São temas fulcrais para os chineses. O primeiro diz respeito a algumas das maiores tradings agrícolas do mundo, a exemplo do China National Agricultural Development Corporation e do PetroPetron, que têm planos de adquirir áreas para a produção de grãos, notadamente no Centro-Oeste.  A segunda questão interessa diretamente a empreiteiras e grupos de infraestrutura chineses, fortes candidatos a ocupar os vazios deixados pela indústria da construção pesada no Brasil após a Lava Jato. Neste caso, os acordos de financiamento para projetos no setor teriam como contrapartida a garantia de contratação de trabalhadores do país asiático. Já há precedentes no aproveitamento, em menor escala, de mão de obra estrangeira em grandes empreendimentos no país. Um exemplo é o da construção da Companhia Siderúrgica do Atlântico , que contou com a importação de 600 operários chineses. É bem verdade que trocar investimentos por postos de trabalho não é uma escolha simples. Mas talvez doa menos para um governo que, na sua interinidade, já mostrou não dar prioridade à agenda social.  Praticamente todos os grandes acordos – do financiamento para a Petrobras à compra de aeronaves da Embraer – estão engatilhados desde a visita do primeiro-ministro Li Keqiang ao Brasil, em maio do ano passado. Michel Temer vai apenas pespegar sua assinatura sobre a de Dilma Rousseff. A verdade verdadeiríssima é que a origem desse namoro com os chineses antecede todos os personagens citados. Ela pertence por mérito ao ex-presidente da Vale Eliezer Batista. Já no governo Lula, Eliezer defendia a atração de investidores chineses como forma de viabilizar a execução de grandes projetos de infraestrutura. Construiu as pontes e saiu de campo. Agora, quem sabe Temer colha do arrozal germinado. Arroz é que não falta.

#China National Agricultural Development #Dilma Rousseff #Embraer #Impeachment #Michel Temer #Petrobras


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Advogado Geral

2/09/2016
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 Assim que voltar da China, o presidente Michel Temer vai anunciar o nome do novo Advogado-Geral da União, no lugar de Fabio Osório.  Para quem não lembra, Osório sofreu uma dura derrota nos primeiros dias de governo Temer. A AGU não conseguiu evitar o retorno de Ricardo Mello à presidência da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Ligado a Dilma Rousseff, Mello foi demitido por Temer, mas voltou ao cargo graças a uma decisão do STF.

#AGU #EBC #Michel Temer


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Solo fértil

31/08/2016
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 O emergente senador Wilder Morais (PP-GO) tem se notabilizado como um dos principais interlocutores de Michel Temer junto à bancada ruralista. Morais já articula, inclusive, um evento com agropecuaristas do Centro-Oeste para celebrar sua posse definitiva na Presidência. Há dois meses, Temer marcou presença em um churrasco na fazenda do senador, quando discursou para mais de 160 prefeitos.

#Michel Temer


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Valiosa colaboração

30/08/2016
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 Michel Temer contou com a valiosa colaboração da Academia Brasileira de Letras na ourivesaria do seu discurso de posse.

#Michel Temer


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Como será o amanhã de Dilma Rousseff?

29/08/2016
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 Dia seguinte à votação final do impeachment: Dilma Rousseff prepara-se para deixar o Palácio da Alvorada. Acometida desde a véspera de sentimentos mórbidos, nutre a desagradável sensação de ser a sua própria Lady Macbeth. Mas, às favas com as névoas da alma, só resta prosseguir pelejando. Foi o que sempre fez desde os tempos de guerrilheira. Ao mirar os canteiros de flores que mimoseiam o jardim, presente do imperador Hiroito a JK, a ex-presidente repassa nos pensamentos quais serão os passos seguintes. Pretende rodar pelo mundo, indo ao encontro de líderes políticos de diversas latitudes. Quer aproveitar o calor da cassação e do interesse que o assunto desperta na imprensa estrangeira. Tem o que dizer: foi vítima de um “golpe parlamentar” em um país que é a terceira maior democracia e oitava economia do mundo. Quer manter acesa a chama da indignação. Dilma vai apoderar-se da bandeira da defesa da Lava Jato, que estaria sob a ameaça do grupo político que a apeou do poder. O vulpino Michel Temer seria o maior inimigo da Lava Jato.  Dilma margeia o lago em frente ao Alvorada. Ao ver sua imagem refletida no espelho d´água, pensa consigo mesma. “Jamais movi um dedo para obstruir as investigações; não transferi delegados nem pressionei procuradores; e nunca intercedi junto a esse ou aquele ministro do Supremo.” A ex-presidente sabe que o seu maior ativo é imolação pública no altar da legalidade. Nos seus planos está a troca de partido. A interlocução com os líderes do PT é cada vez mais rara, quase inexistente. Dilma enxerga uma nova bandeira partidária. O PDT é uma pule de dez. Ela se vê agora em um escritório, muito possivelmente em Porto Alegre, cercada por uma equipe de técnicos e assessores. Nada de “Instituto Dilma”. Um centro de estudos modesto, com poucos sponsors. Um exemplo seria a fiel amiga e “latifundiária de esquerda” Katia Abreu. Esse gabinete paralelo, chefiado pelo ex-marido e leal companheiro de vida Carlos Araújo, irá acompanhar o “governo golpista” e produzir estudos contrariando os números e medidas adotadas.  A secura do ar do Planalto Central, à qual nunca se habituou, deixaria finalmente pelas costas. Na véspera da sua crucificação pelo Senado, a figura do ex-presidente Lula inundou sua memória, com imagens da convivência entre ambos repetindo-se no pensamento. A partir dali seus caminhos se bifurcariam: Lula lá, ela cá. Da sua trajetória épica de lutas no poder central carrega consigo apenas singelos dizeres: “Dilma, guerreira, da pátria brasileira”. É a sua verdade absoluta.

#Dilma Rousseff #Impeachment


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Segundo tempo

29/08/2016
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 A Triunfo Participações não deverá comparecer na primeira leva de leilões do governo Michel Temer. A companhia só voltará ao game em 2017. Por ora, a prioridade é reduzir o endividamento total de suas concessões rodoviárias e aeroportuárias, da ordem de R$ 3 bilhões.

#Grupo Triunfo


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A hora e a vez de Temer ser picado pela saúva

25/08/2016
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 O presidente interino, Michel Temer, já sabia o texto inteiro da missa. Mas, quando rezado de viva voz, no latim do empresariado, o impacto da burocratização nacional é ainda mais desolador. Desde sempre, o setor empresarial é refém do Estado, que, por sua vez, é refém das corporações, que se nutrem das dificuldades que elas próprias criam. Essa simbiose, contudo, está piorando cada vez mais. O mau corporativismo tem ganhado todas as pelejas disputadas. Ele está na raiz da baixa produtividade do país. É um canibal do Estado. Representa um coeficiente da inflação renitente. É a zika da ineficiência produtiva. Os potentados empresariais Carlos Alberto Sicupira, Jorge Gerdau, Luiz Carlos Trabuco e Pedro Moreira Salles, entre outros, fizeram para Michel Temer uma apresentação de como essa saúva tem corroído o Brasil.  Os casos são bastante minuciosos e impactantes. O presidente do Conselho Administrativo do Itaú-Unibanco, Pedro Moreira Salles, colaborou na exposição detalhada dos péssimos exemplos com a menção à insanidade tributária do país, que está menos no tamanho da carga do que na esquizofrenia de mudanças frenéticas dos gravames. Segundo Moreira Salles, o banco tem de estar preparado para dar conta de uma modificação na legislação de impostos a cada duas horas, em média. Esse número tem sido crescente.  O empresário Carlos Alberto (Beto) Sicupira, quarto homem mais rico do Brasil, segundo o ranking da Forbes, e um dos controladores da Ambev, informou que a companhia cervejeira tem de gerar 23 mil processos por lata ou garrafa produzida no mercado brasileiro, somente em função da mixórdia criada pela legislação do ICMS. A Ambev opera em todos os 27 estados e nos quase 5,5 mil municípios do Brasil. Nos Estados Unidos, ela também atua de ponta a ponta no território norte-americano, mas precisa gerar somente 1.300 processos por lata ou garrafa. E isto levando em consideração todos os impostos que são cobrados, e não apenas um único.  O presidente da Natura , Pedro Passos, reclamou do fluxo de processos trabalhistas, um montante superior a quatro milhões por ano. Um dado bastante estarrecedor: o fluxo se altera pouco. Ao contrário do que seria recomendável, a legislação vai se tornando mais nebulosa com o passar do tempo. E todo ano são pedidas na Justiça a criação de mais e mais Varas do Trabalho. Pedro Passos deu outro exemplo nada edificante: a fabricante de produtos de beleza gasta R$ 15 milhões por ano somente para manter sua máquina de atendimento da burocracia funcionando. Os números são grandiloquentes e bastante atualizados, mas, à primeira leitura, a sensação é de um grande déjà vu.  Consta que o presidente interino ouviu atentamente, franziu o cenho, pousou a mão sobre os joelhos e com um olhar grave fez aquilo que se esperava dele. Temer pediu sugestões dos empresários para resolver os problemas e uma maior interação junto ao governo federal para uma colaboração conjunta. Por ora, é só. Mas o filme parece muito antigo.

#Ambev #Itaú #Michel Temer #Natura


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Open House

22/08/2016
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 A primeira-dama Marcela Temer já se dedica aos preparativos da celebração dos 76 anos de Michel Temer, no dia 23 de setembro. Se tudo correr como o previsto, será também uma espécie de “open house” do Palácio da Alvorada.

#Michel Temer


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Fora do ar

19/08/2016
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 Silvio Santos e Johnny Saad tentam persuadir o presidente Michel Temer a mudar a lei que restringe a 30% o capital estrangeiro nas emissoras de TV abertas. De antemão, é possível dizer que o pleito dos donos do SBT e da Band terá traço de audiência no Planalto.

#Band #Michel Temer #SBT


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Rumo tem um aperitivo do pacote de bondades do governo

18/08/2016
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 Enquanto as novas concessões não saem do forno, o governo de Michel Temer se desdobra para preservar as antigas. As conversações com a Rumo Logística para a renovação do contrato da malha ferroviária paulista – trecho de 12 mil quilômetros entre Rondonópolis (MT) e o Porto de Santos – avançaram sensivelmente nas últimas semanas. O governo aceitou as principais condições impostas pela companhia para permanecer à frente da operação. Tudo para garantir a execução de R$ 8 bilhões em investimentos e colocar um ponto final em uma novela que se arrasta desde 2014. O maior dos afagos à empresa será a prorrogação do prazo de concessão de 2028 para 2058. Nos cálculos da Rumo, a extensão do acordo por mais 30 anos é fundamental para garantir a viabilidade econômico-financeira da operação e remunerar os investimentos já executados e ainda por realizar. Segundo o RR apurou, o governo permitirá também que os investimentos de R$ 8 bilhões sejam diferidos em um período de cinco anos, e não mais três anos como estava previsto anteriormente.  A negociação com a Rumo Logística é um bom termômetro do pacote de facilidades que o governo deverá oferecer aos investidores para viabilizar o novo plano de concessões na área de infraestrutura. A intenção do Planalto, inclusive, é divulgar o acordo com a empresa junto com o anúncio dos futuros leilões. A renovação do contrato da malha paulista é tratada pelo governo como um fato com grande potencial simbólico, capaz de mexer com as expectativas e aumentar o número de interessados nas novas licitações. Trata-se de um dos mais estratégicos trechos ferroviários do país, responsável pelo transporte da produção de grãos do Centro-Oeste até o Porto de Santos. Ressalte-se ainda que a confirmação dos novos investimentos da Rumo Logística tem impacto direto sobre uma das licenças que deverão ser incluídas no primeiro pacote de concessões do governo Temer: o trecho entre Estrela D´Oeste (SP) e Porto Nacional (TO), que permitirá a ligação entre a malha paulista e a ferrovia Norte-Sul. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Rumo Logística.

#Rumo Logística


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Dívida do Exército fura os blindados da Iveco

18/08/2016
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 O futuro da operação de blindados da Iveco no Brasil está nas mãos do ministro da Defesa, Raul Jungmann, e, em última linha, do presidente Michel Temer. O grupo italiano vai encerrar definitivamente a produção de veículos militares em Sete Lagoas (MG) caso não chegue a um acordo com o governo para a quitação de uma dívida de aproximadamente R$ 1,5 bilhão. O valor se refere aos mais de 160 blindados modelo Guarani já entregues pela companhia ao Exército. O passivo se acumula desde 2014, quando o governo começou a atrasar os pagamentos à Iveco. Do ano passado para cá, a situação se tornou insustentável: com os agudos cortes orçamentários, as Forças Armadas suspenderam os repasses à empresa. Esta, por sua vez, não teve outra alternativa se não paralisar a produção e interromper o fornecimento dos veículos. Consultada, a Iveco informou que não há pendência de pagamento, mas a fonte do RR garante que há valores em atraso sendo renegociados.  A Iveco não está sozinha. As Forças Armadas devem mais de R$ 10 bilhões a grandes fornecedores, como a Embraer – ver RR edição de 2 de maio. O caso do grupo italiano, no entanto, é mais delicado. A linha de montagem do Guarani em Sete Lagoas foi instalada exclusivamente em função do contrato com o Exército brasileiro. Originalmente, o acordo previa o fornecimento de dois mil blindados até 2020. Até agora, no entanto, não foram entregues sequer 10% desse volume. O fechamento definitivo da fábrica de Sete Lagoas significaria a demissão dos 250 funcionários envolvidos diretamente na operação. O impacto desta decisão, no entanto, irá muito além dos muros da companhia. A montagem do Guarani enfeixa uma cadeia de produção com mais de 50 empresas e cerca de três mil empregos.

#Iveco #Michel Temer


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Cabo de guerra

18/08/2016
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 Romero Jucá tem usado de toda a sua influência sobre Michel Temer para brecar a transferência da Secretaria de Orçamento do Planejamento para a Fazenda, como quer Henrique Meirelles. Como se sabe, Jucá deixou o Ministério do Planejamento, mas a Pasta não deixou Jucá.

#Henrique Meirelles #Michel Temer #Romero Jucá


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Michel Temer tem muito a aprender com Sun Tzu

16/08/2016
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 O governo está começando a perder por ser um mau ganhador. Michel Temer e o seu grupo de interesse, operadores do inevitável impeachment da presidente Dilma Rousseff, não se aperceberam das vantagens de mudar o curso do vendaval de ódio que abateu mortalmente a hegemonia do PT. Foi esse rancor exacerbado o responsável, em grande parte, pelo sucesso da empreitada. Serviu ao que veio. Mas, ao vencedor, as batatas.  Caberia a Temer mudar a estação no pós-Dilma. Acenar com uma distensão política para toda a oposição. Um governo e sua República de Vichy. Parece ingênuo, mas não é. Todo bom general sabe que o primeiro passo após a vitória é não humilhar os vencidos, e muito menos atiçar ainda mais a sua raiva natural (apud Sun Tzu, “A Arte da Guerra”). O estímulo ao estado de ódio estaria funcionando como uma retroalimentação congestiva. O saldo dessa cultura de cólera pode ser a cegueira em relação às melhorias que o governo conseguir em sua gestão, muitas delas, diga-se de passagem, contratadas no final da “era Dilma”.  O “Fora Temer” está sendo alimentado por essa incompreensão. Não vai passar, enquanto o ressentimento dos abatidos for estimulado pela propagação da ira dos vencedores. O primeiro passo seria um grande acordo com a mídia, que não só combate, como zomba e tripudia sobre os derrotados, incitando-os a uma luta que já poderia ter sido arrefecida. Parece, sem dúvida, que a mídia está devolvendo um mal estar de muitas décadas, que não começou com a chegada de um operário à Presidência da República. Vem de longe. As chamadas reformas estruturais, que passam ao largo das bases, exatamente por cassar os seus direitos, poderiam ser discutidas em mini-constituintes. Nelas teriam assentos representantes da CUT, técnicos oriundos da esquerda, representantes da sociedade civil etc. Que sejam minoria! Mas já seria uma sinalização contrária ao ódio. Pois bem, o RR reconhece que essas observações estão assentadas em alguns pressupostos cínicos. Contudo, o que é política senão uma visão enviesada da realidade. Enquanto as elites soprarem esse bafo de fel, o “Fora Temer” continua.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer


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Delação passam pelos trios da Fiol

16/08/2016
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 Em sua delação premiada, o empreiteiro José Antunes Sobrinho, da Engevix, teria relatado um esquema de propinas envolvendo a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Uma das empresas que participam do projeto é a Argeplan, já investigada pela Lava Jato. Entre os sócios da companhia está o coronel aposentado da PM de São Paulo João Baptista Lima Filho, ligado a Michel Temer desde a década de 80, quanto o presidente interino comandou a Secretaria de Segurança paulista. Lima tem hoje um patrimônio avaliado em R$ 15 milhões.

#Engevix


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Santos Dumont

15/08/2016
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 O Aeroporto Santos Dumont é o iô-iô do programa de privatizações de Michel Temer. No primeiro formato, o aeroporto estava fora da lista. Posteriormente, foi incluído. Agora, nova reviravolta: a venda deve ficar para 2017.

#Michel Temer


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Maia serve um aperitivo do parlamentarismo branco

12/08/2016
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 Os principais empresários do país experimentaram as delícias de um semi-parlamentarismo, na última quarta-feira, em Brasília. O Instituto Talento, híbrido de centro de pesquisas e núcleo de articulação política dos dirigentes do setor privado, conduziu sua caravana para uma reunião histórica entre a nata do empresariado e o novo estamento pós-PT. As reuniões com Henrique Meirelles, na parte da manhã, e Michel Temer, à tarde, foram fartamente noticiadas. Pouco se falou, contudo, da reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, esta, sim, a grande surpresa do dia. Antes de colocar tintas mais vivas no episódio, é bom situar quem estava presente na comitiva do Instituto Talento, em ordem decrescente por vulcanização dos neurônios – avaliação por conta e risco do RR: Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Beto Sicupira (Ambev), Pedro Moreira Salles (Itaú -Unibanco), Pedro Passos (Natura), Carlos Jereissati (Jereissati Participações), Vicente Falconi (Consultoria Falconi) Josué Gomes da Silva (Coteminas), Edson Bueno (Dasa) e Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau). O empresário José Roberto Ermírio de Moraes deveria estar presente, mas, por motivos de agenda, deixou ficar para outra oportunidade. Sim, porque deverão ocorrer outros encontros, inclusive para evitar que este inicial se caracterize como um espasmo tão somente.  A primeira das novidades foi a transferência da reunião formal que estava prevista com Rodrigo Maia, na sala da presidência da Câmara dos Deputados, para um almoço descontraído em sua residência oficial. O que estava por vir seria ainda mais surpreendente. Maia recebeu os presentes ao lado do deputado Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro dos Esportes de Dilma Rousseff. Exatos dois minutos após as mesuras de praxe, adentrou ao gramado o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), uma das vozes mais aguerridas contra a presidente que vai ser julgada pelo Senado Federal, mas também envolvido em caso de propina. O desfile dos líderes seguiu embalado e com intervalos curtos de chegada: André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara; Heráclito Fortes (PSB-PI); Weverton Rocha (PDT-MA); Rubem Bueno (PPS-PR); e, pasmem, Vicente Cândido (PT-SP). O líder do PT na Câmara é assim e assado com Luiz Inácio Lula da Silva. Os empresários interpretaram sua presença no evento como uma representação do próprio Lula. Mas Maia foi quem deitou e rolou.  Jorge Gerdau, o mais escolado nas práticas de Brasília, disse em bom tom que nunca viu um presidente da Câmara dos Deputados que tivesse convidado todas as lideranças partidárias para uma reunião com empresários – algumas só faltaram porque o convite foi feito de véspera. “No máximo, chamavam uma ou duas”. Não houve conversa de pé de ouvido. Todos sem exceção fizeram uma breve exposição. Os empresários foram convocados a se fazer mais presentes em debate de mérito. Estes, por sua vez, anunciaram que entendem não ser possível reduzir a carga tributária nesse cenário e defendem a preservação das políticas sociais como premissa no ajuste fiscal. O ponto mais alto: os líderes se comprometeram a apoiar todos os projetos voltados a suspender a recessão que assola o país. Depois do almoço, a sensação dos presentes era que o clima seco de Brasília tornou-se arejado, civilizadíssimo. Pelo menos por um dia. Não entrou em pauta a tão almejada revogação de direitos constitucionais em prol da eficiência e da produtividade empresarial. O resultado já estava de bom tamanho.

#Ambev #Bradesco #Consultoria Falconi #Coteminas #Dasa #Gerdau #Itaú #Jereissati Participações #Natura


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Pé no asfalto

11/08/2016
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 A espanhola Abertis é forte candidata a disputar o leilão da rodovia entre Jataí (GO) e Uberlândia (MG), que deverá fazer parte da primeira fornada de concessões do governo de Michel Temer. Por meio da Arteris, uma sociedade com a Brookfield, a empresa ibérica já administra mais de três mil quilômetros em estradas no país.

#Abertis #Arteris #Brookfield


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Destino traçado

11/08/2016
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 O apagado ministro da Indústria e Desenvolvimento, Pastor Marcos Pereira, não precisará se dar ao trabalho de ameaçar novamente que vai deixar o cargo. Segundo fontes do Planalto, Michel Temer vai defenestrá-lo nas próximas semanas. É o tempo de achar um outro cargo para confortar o PRB.

#Michel Temer


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Katia Abreu enfrenta seu próprio impeachment

10/08/2016
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 Uma das mais fiéis colaboradoras de Dilma Rousseff no governo, Katia Abreu provavelmente pagará tamanha lealdade com o seu próprio impeachment. O presidente interino da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e ex-aliado, João Martins, está com a faca e o queijo na mão para impedir o retorno de Katia ao comando da entidade. Segundo o RR apurou, mais de 20 dos 27 membros do Conselho de Representantes da CNA apoiam o afastamento em definitivo da ex-ministra, licenciada do cargo desde que assumiu a Pasta da Agricultura. Os conselheiros já trabalham também pela convocação de novas eleições. Apenas uma mera formalidade para legitimar a posse do “Michel Temer” da CNA. Provavelmente, Martins será candidato único e ascenderá à presidência da CNA aclamado por seus pares. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: CNA

#Dilma Rousseff #Katia Abreu

Acervo RR

Troca-troca

9/08/2016
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 Logo após a votação final do impeachment, Michel Temer vai concluir a dança das cadeiras nas diretorias da Caixa Econômica e do Banco do Brasil. Na CEF, por exemplo, praticamente todos os vice-presidentes ainda são os mesmos do governo Dilma.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica


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Primeira-dama

8/08/2016
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 Aliados mais próximos de Michel Temer, como Geddel Vieira Lima e Henrique Alves, tentam convencê-lo do valor simbólico de ter a primeira dama, Marcela Temer, à frente de funções na área social do governo. Temer, no entanto, ainda reluta.

#Michel Temer


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Road show

5/08/2016
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 Moreira Franco prepara-se para sair pelo mundo em busca de dólares. Em setembro, deverá visitar uma série de investidores europeus e asiáticos com a missão de vender o plano de concessões e privatizações do governo de Michel Temer.

#Michel Temer


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Ilan Goldfajn tira uma onda com Meirelles

4/08/2016
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 Henrique Meirelles é o primeiro ministro da Fazenda em décadas a colocar o galho dentro diante do presidente do Banco Central. Ilan Goldfajn deixou claro, na ata da última reunião do Copom, que é ele quem manda na política monetária. Já na política fiscal? Grosso modo, o titular do BC disse que Meirelles fizesse o seu dever de casa, pois não se sentia confortável em sinalizar com a redução da taxa de juros enquanto medidas mais robustas não forem adotadas na direção do ajuste fiscal. Meirelles já esteve sentado na cadeira de Ilan e pertenceu à dinastia rara dos comandantes do BC que tiveram status de ministro. Ele sabe o que significa o recado de “segura que o filho é teu, que o meu filho está sob meus cuidados”.  Meirelles voltou ao governo para enfeixar toda a administração da política econômica. Agora mesmo pediu para que a Secretaria do Orçamento seja transferida para sua alçada. Colocou debaixo da asa, inclusive, a gestão da Previdência Social. Quando achava que iria fazer barba, cabelo e bigode na área sob seu domínio, defrontou-se com a dura realidade: promessas poderia fazer as pencas, mas a aprovação que são elas. A PEC do Teto, tirada da cartola como solução universal, já está prevista para o primeiro trimestre de 2017, podendo ser votada apenas no segundo trimestre. A reforma da previdência é uma incógnita, até para o próprio governo. As concessões e privatizações carecem de resposta às perguntas iniciais do jornalista iniciante: O que? Onde? Quando? Como? Por que? A repatriação deve dar um caraminguá, devido a intransigências em não fazer mudanças no texto legislativo e uma comunicação inspirada nos tempos de Dilma Rousseff.  Ilan Goldfajn é um sujeito dócil. Meirelles, não. De repente pode estar enxergando que o presidente do BC é a âncora, sentado em juros absolutamente absurdos, que são vendidos como mercadoria de combate à inflação. O mercado aplaude a coerência. A outra face dos juros siderais é a insolvência do país, devido ao inchaço da dívida bruta interna que cresce na velocidade da luz – aliás, na velocidade dos juros. Para Ilan, fica fácil dizer que a insolvência à brasileira não se deve à Selic, mas, sim, aos déficits primários monumentais sob gestão da Fazenda. Meirelles diria o mesmo. Os juros não seriam causa, mas consequência. Aliás, alguém explique, neste caso, o que é causa e o que é consequência.  Dizem as najas do Planalto que a estranha intervenção do presidente interino, Michel Temer, na política do BC, afirmando que iria defender a queda dos juros, foi feita frente ao rosto escanhoado de Meirelles. Em condições de clima e temperatura diferente, o ministro da Fazenda corre o risco de encarnar um Guido Mantega soft em sua relação com Alexandre Tombini. A comparação é maldosa, pois tanto Meirelles quanto Ilan pensam muito diferente. Mas, na selva da política econômica, só há lugar para vitorioso.

#Banco Central #Dilma Rousseff #Henrique Meirelles


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Pré-Olímpico

29/07/2016
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 O Planalto avalia os prós e contras de um pronunciamento de Michel Temer em cadeia de rádio e TV na véspera da cerimônia de abertura da Olimpíada. Por ora, prevalecem os contras. Há o receio de um panelaço olímpico.  Aliás, o governador interino Francisco Dornelles está propenso a se abster de qualquer pronunciamento na abertura da Olimpíada. Prefere deixar as vaias para Michel Temer e Eduardo Paes.

#Francisco Dornelles #Jogos Olímpicos #Michel Temer


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Em nome do pai

28/07/2016
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 O PMDB já pensa na “eleição” de 2017. Eunicio de Oliveira diz pelos quatro cantos do Congresso ter a garantia de Michel Temer de que será candidato único do partido à presidência do Senado.

#PMDB


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22/07/2016
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• Após gravar um vídeo ao lado de Michel Temer que bombou na Internet, o deputado federal e pastor Marco Feliciano espalha que muito em breve o presidente interino participará de um culto em sua igreja, a Catedral do Avivamento.

#Marco Feliciano #Michel Temer


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22/07/2016
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#Marco Feliciano #Michel Temer


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22/07/2016
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• Após gravar um vídeo ao lado de Michel Temer que bombou na Internet, o deputado federal e pastor Marco Feliciano espalha que muito em breve o presidente interino participará de um culto em sua igreja, a Catedral do Avivamento.

#Marco Feliciano #Michel Temer


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22/07/2016
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• Após gravar um vídeo ao lado de Michel Temer que bombou na Internet, o deputado federal e pastor Marco Feliciano espalha que muito em breve o presidente interino participará de um culto em sua igreja, a Catedral do Avivamento.

#Marco Feliciano #Michel Temer


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Comício

19/07/2016
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 Na semana passada, a agenda do presidente interino Michel Temer contabilizou audiências com 11 senadores em apenas três dias. Isso sem contar o intenso trabalho de “panfletagem” que tem sido conduzido por Geddel Vieira Lima e pelo senador Romero Jucá a pouco mais de um mês da votação final do impeachment.

#Impeachment #Michel Temer


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Troca de guarda

18/07/2016
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 Já é certo que haverá mudança na diretoria-geral da ANP, com o fim do mandato de Magda Chambriard, em novembro. O nome preferido de Michel Temer é o de Symone Christine de Santana Araújo, diretora do Departamento de Gás Natural do Ministério de Minas e Energia.

#ANP #Gás natural #Michel Temer


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Troca-troca

15/07/2016
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 Ainda que a Lei de Responsabilidade das Estatais não tenha caráter retroativo, o presidente Michel Temer pretende mudar os conselheiros das companhias do governo federal que sejam dirigentes de partidos ou parlamentares. O assunto deverá provocar rebeliões na base aliada do Congresso.

#Michel Temer


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Quem procura…

14/07/2016
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 Parlamentares do PMDB das regiões Norte e Nordeste – encabeçados por Jader Barbalho e Renan Calheiros – tentam demover Michel Temer da ideia de fazer uma auditoria no Banco da Amazônia e no Banco do Nordeste.

#Banco da Amazônia #Banco do Nordeste


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O jeito Serra de ser contra tudo e todos

11/07/2016
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 Extra! Extra! O chanceler José Serra tem fritado em banha fervente o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, aquele que recebeu propostas de Alexandre Frota para melhoria do setor. Diz que Bezerra ignora a potencial contribuição da iniciativa privada e defende que as universidades deixem de ser caixa preta e tenham governança e transparência igual à das companhias abertas em bolsa.  Extra! Extra! Serra tem feito campanha junto a Michel Temer para que ele se empenhe na obstrução do projeto que regulariza os jogos de azar. Engajar o presidente da República contra o jogo é complicado, basta ver a sua vizinhança de muro. Entre os favoráveis à jogatina estão os pesos-pesados Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Blairo Maggi. O chanceler, com seu cabedal de ex-ministro da Saúde, acha que as doenças, vícios e casos de morte provocados pela indústria do jogo não compensam os ganhos de arrecadação. Até porque a receita para o Estado será baixa. Pelo menos é o que diz ele.  Extra! Extra! José Serra faz intriga que Henrique Meirelles entende tanto de ajuste econômico quanto o louro José, papagaio da apresentadora Ana Maria Braga. O ministro da Fazenda não estaria buscando receitas extraordinárias para redução do déficit durante o gap até a PEC do teto produzir seus efeitos. Vocifera que Meirelles trouxe a Previdência Social para debaixo da asa da Fazenda para simplesmente não fazer nada, quando essa é a mãe de todas as reformas. E envenena o ministro-banqueiro criticando como tolice o seu desdém público sobre o aumento de impostos, principalmente a Cide, que é transitória e ele vai ter de acabar usando mesmo.  Extra! Extra! O elétrico Serra confronta o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O chanceler resolveu trazer para si um projeto por ora engavetado pelo colega de Esplanada dos Ministérios: a construção de uma hidrelétrica binacional com a Bolívia. O empreendimento, avaliado em R$ 15 bilhões, recebeu ressalvas do ministro Fernando Coelho por conta das exigências de Evo Morales de compartilhamento do controle da usina, mas com funding composto por recursos de financiamento público e privado brasileiros. Serra, no entanto, defende que o projeto seja tratado como política de Estado e inserido nos planos de integração com países vizinhos. Ele olha para o tabuleiro “diplomático energético” de forma mais ampla.  O ministro das Relações Exteriores pretende usar a usina como moeda de troca para garantir o sinal verde da Bolívia à expansão da hidrelétrica de Jirau. A ampliação depende do aumento do reservatório e do alagamento das margens do Rio Madeira no lado boliviano. Por isso, Serra já atropelou Fernando Coelho e recentemente tratou do assunto com o embaixador do Brasil em La Paz, Raymundo Magno. A estratégia é levar o projeto para ser discutido diretamente com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e levado por ele para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

#Blairo Maggi #Eliseu Padilha #Fernando Coelho Filho #Geddel #Henrique Meirelles #José Mendonça Bezerra Filho #José Serra #Michel Temer #Usina hidrelétrica


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Temeridades

11/07/2016
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 O governo avança na definição do público alvo do seu ajuste fiscal. Depois das mulheres e velhos pobres, agora chegou a vez dos inválidos e doentes. Espera-se que não alcance a maternidade.   Aliás, segundo a Casa Civil as pessoas que sofrem de invalidez “não precisam correr ao posto do INSS para avaliar sua situação”. Como diria Dilma Rousseff, podem ir devagar, devagarinho.   Por outro lado, o próprio Michel Temer se articula com Renan Calheiros para acelerar a votação, no Senado, do aumento do soldo das Forças Armadas.  Por fim, o RR quer ver as tais medidas impopulares de ajuste cacarejadas pelo governo serem aplicadas aos nababos do país, que aqui gorjeiam cevados a subsídios pétreos.

#Forças Armadas #INSS #Michel Temer #Renan Calheiros


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Lista negra

8/07/2016
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 Michel Temer trocará suficiência energética por um agrado à área ambiental. Quer agilizar a concessão de hidrelétricas, com o fim de algumas etapas do licenciamento. A moeda de troca com os verdes é a suspensão dos projetos de termelétricas a carvão nos leilões de energia a partir de 2017.

#Michel Temer #Usina hidrelétrica


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Temer precisa pagar pelo passado antes das novas concessões

7/07/2016
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 O anúncio da secretaria geral do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) de que a temporada de novos leilões de concessões está prestes a ser iniciada é considerada uma piada de salão na indústria de bens de capital. O secretário-ministro Moreira Franco até pode se esforçar para dar celeridade ao processo. Só que o buraco dos investimentos é bem mais embaixo. O governo é inadimplente em contratos de concessões desde 2012. O valor dos recursos travados já chega a R$ 40 bilhões. Em tese, a retenção de verbas não estaria projetada no déficit primário de R$ 170 bilhões estimado para este ano. Se fosse para valer, o rombo saltaria para R$ 210 bilhões, ou, na hipótese mais edulcorada, para R$ 185 bilhões, com o governo honrando os aditivos em contratos do século passado, a partir de 1994, no valor de R$ 15 bilhões. Segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), esses aditivos poderiam ser destravados no curto prazo, com os pagamentos realizados em até seis meses.  O pré-calote com as concessões não é um fato isolado no sertão da formação bruta de capital fixo. A falta de uma solução para o acordo de leniência com as empreiteiras e os pagamentos suspensos pela Petrobras – quer seja pelo simples atraso dos investimentos, quer seja pela inidoneidade dos seus fornecedores – se juntam às dívidas oficiais com as concessionárias. Aliás, bom negócio se os atrasados forem considerados dívidas e não simplesmente pagamentos cancelados por alguma motivação não prevista. Entre os múltiplos motivos da queda dos investimentos consta a Lava Jato. A operação passa a limpo o país do futuro, mas, no curto prazo, cria um psiquismo enorme entre os empreendedores do setor de infraestrutura. É o chamado risco de “quem será a próxima vítima?”.  Se quiser reverter esse cenário de 10 trimestres consecutivos de retração na formação bruta de capital fixo, o governo de Michel Temer terá de ir além das trucagens com as expectativas, valendo-se de juras e promessas refletidas nos índices de confiança. Um bom início é coçar o bolso e saldar algum dos atrasos com esses mesmos empresários que pretende chamar para a próxima rodada de concessões.

#Lava Jato #Michel Temer #Moreira Franco #Petrobras #PPI


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Vazio sobre os olhos Olímpicos

7/07/2016
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 Proeza do governo de Michel Temer: a menos de um mês da Olimpíada, o Brasil não tem ministro do Turismo nem presidente da Embratur.

#Jogos Olímpicos #Michel Temer


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Promissória

4/07/2016
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 Michel Temer assegurou ao PMDB mineiro que o deputado Leonardo Quintão terá seu espaço na Esplanada dos Ministérios. Se não for agora na Pasta do Turismo, será em um segundo movimento, provavelmente nos Esportes.

#Michel Temer #PMDB


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Jogo aberto

1/07/2016
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 O presidente interino Michel Temer está fazendo uma mexida que atiça os partidos aliados no Nordeste. Exonerou o presidente do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), Antonio Iran Magalhães, indicado pelo PP. O PMDB de Pernambuco, comandado por Jarbas Vasconcelos, e o PTB do estado, liderado por Armando Monteiro, disputam o órgão a faca. O que está em jogo é um caminhão de verbas.

#DNOCS #Michel Temer


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Arquibancada

30/06/2016
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 Michel Temer ainda não se decidiu se vai ou não discursar na abertura da Olimpíada. Ele pretende medir a temperatura da opinião pública até as vésperas do evento. Mas o staff de comunicação de Temer diz que está mais para sim.

#Jogos Olímpicos #Michel Temer


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Fast track para tirar a agenda presidencial do limbo no Congresso

29/06/2016
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 Michel Temer quer aprovar com a maior celeridade possível um projeto de lei criando um mecanismo de fast track, leia-se um sistema para a votação sumária no Legislativo de propostas consideradas de grande interesse nacional. Trata-se de um movimento fundamental para um presidente que terá, no máximo, mais dois anos e meio de mandato. Domar o timing parlamentar é visto pelo Planalto como condição sine qua non para a aprovação, no período que vai até 2018, de projetos de alta complexidade política, como a reforma da Previdência e a viabilização de novos empreendimentos na área de infraestrutura. Um modelo que poderia ser adotado é o novo regime de fast track implantado no Congresso norte-americano para a votação de acordos comerciais. Desde o ano passado, a Câmara e o Senado não podem mais apresentar emendas a projetos nesta área encaminhados pelo Executivo. No Congresso brasileiro, já virou praxe uma proposta ir a plenário deformada por um penduricalho de adendos. O recorde pertence ao Projeto de Lei nº 8.035/2010, que criou o Plano Nacional de Educação. Ao ser votado, somava 2.915 emendas.  Independentemente do modelo que vier a ser adotado para o fast track, é consenso no governo que, como está, não dá mais. Um exemplo específico é a proposta de José Serra para extinguir a participação obrigatória da Petrobras nos campos do pré-sal. Às vésperas do impeachment de Dilma Rousseff, Temer tratou do assunto como prioridade absoluta em suas elucubrações pré- presidenciais. Pedro Parente assumiu o comando da Petrobras com a promessa de Temer de mudança na lei, considerada fundamental para o deslanche do pré- sal. E, ainda assim, o projeto praticamente não andou no Senado. Hoje, nas mais otimistas projeções do governo, ele só entrará na pauta de votação em aproximadamente 120 dias.  No caso da área de infraestrutura, o governo parte da premissa de que não adianta estipular um prazo máximo para a aprovação de um determinado procedimento por um órgão técnico, como o Ibama, se o próprio Congresso tem a prerrogativa de barrar ou acelerar um projeto como bem quiser. A Câmara dos Deputados, por exemplo, tem uma hierarquia para a tramitação de projetos, dividida em três níveis: ordinário (votação em até 40 sessões em cada uma das comissões), prioridade (10 sessões para cada comissão) e urgência (máximo de cinco sessões, com andamento simultâneo nas comissões). O fast track, que é definido como uma transferência de competência ou outorga de poder, desbastaria camadas de resistência parlamentar. Mas há quem diga que boas ideias de caráter administrativo, muitas vezes consideradas estratégicas para a obtenção de resultados, não raras vezes são péssimas iniciativas sob o ângulo da perspectiva democrática. Espera-se que não seja o caso.

#Ibama #Michel Temer #Petrobras


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Comício olímpico

28/06/2016
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 Não é só Michel Temer que deverá passar por uma saia justa na cerimônia de abertura da Olimpíada, caso Dilma Rousseff decida comparecer ao evento. Para constrangimento de Eduardo Paes e de seu candidato a tiracolo, Pedro Paulo, Romário já avisou que pretende marcar presença entre as autoridades. A dois meses das eleições, aproveitará a efeméride para testar sua popularidade.

#Dilma Rousseff #Eduardo Paes #Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #Jogos Olímpicos #Michel Temer #Pedro Paulo #Romário


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Uma freada de arrumação nos subsídios fiscais

27/06/2016
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  Uma proposta alternativa ao plano de um corte amplo nos subsídios – conforme antecipado pelo RR na edição de 14 de junho – repousa embotada sobre a mesa do presidente interino Michel Temer. Trata-se de um paliativo: as renúncias fiscais seriam suspensas inicialmente só por dois anos, período em que o governo faria uma auditoria até para compreender a extensão do carnaval de benefícios. Somente no biênio 2017/18, se a medida for levada a ferro e fogo, haveria um impacto positivo da ordem de R$ 250 bilhões sobre o orçamento federal. O governo respiraria, iniciando antecipadamente um processo de geração de superávit primário e desinchaço da dívida pública bruta. Com o teto das despesas públicas, estaria aberto o caminho para a arrumação das contas do Estado e o início de um ciclo virtuoso da economia. Os subsídios seriam redirecionados posteriormente e com parcimônia para setores essenciais, devidamente analisados e justificados. As chamadas sinecuras fiscais são que nem carrapato: uma vez obtidas, grudam no couro dos favorecidos. E vá tirar, para ver se consegue. Exemplo: as desonerações sobre a folha de salário concedidas candidamente por Dilma Rousseff. Hoje, esse subsídio ainda soma o montante de R$ 100 bilhões por ano. Se devidamente auditado, saltaria da varredura o descumprimento dos seus principais objetivos: aumento dos investimentos e majoração/retenção do emprego. A proposta de suspensão dos subsídios é boa porque, em sua grande maioria, não envolve direitos adquiridos e constitucionais. É dinheiro dado porque é dado sem que sua finalidade e resultado tenham sido passados a limpo. O problema, para não variar, é a falta de virilidade política para tomar a decisão. O governo, ao que tudo indica, prefere colocar a conta do ajuste sobre mulheres e velhos pobres.

#Michel Temer


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Os maus ventos que sopram na agricultura

21/06/2016
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 Deméter, a deusa grega da colheita, não será muito generosa com a primeira safra do governo Michel Temer. No Ministério da Agricultura, já se dá como certa uma produção de grãos até 10% inferior à do ano passado, aumentando a ameaça de pressão inflacionária. A queda na casa dos dois dígitos deverá ser divulgada nos próximos dias, com a revisão das projeções da Conab para a safra 2015-2016. A nova estimativa ficará em torno das 185 milhões de toneladas, quatro milhões abaixo dos números divulgados pela autarquia no fim de maio e mais de 20 milhões aquém da previsão com que o Ministério da Agricultura trabalhava até o início deste ano.  Além da primeira queda da produção de grãos desde a safra 2008-2009, esta será também a maior redução nos últimos 14 anos. Os números refletem as condições climáticas hostis. Como se não bastasse o El Niño, que causou estiagem em áreas agrícolas do Maranhão, Piauí e Bahia, é aguardada para as próximas semanas a chegada de La Niña. O fenômeno deverá atingir notadamente a Região Sul, responsável por mais de 15% da produção brasileira de soja.

#Conab


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Temer entra de carrinho nos patrocínios esportivos das estatais

20/06/2016
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 Após gerar indignação na classe artística com a extinção do Ministério da Cultura, Michel Temer corre o risco de despertar a revolta de zagueiros, cabeças de área, e, no limite, ginastas, judocas e remadores – para não falar da cartolagem em geral. Há uma crescente disposição do Planalto de rever o volume de recursos estatais destinados a patrocínios esportivos. A justificativa para a antipática medida combinaria argumentos técnicos e políticos. Na visão de Temer, muitos dos contratos de publicidade mantidos por empresas públicas não trazem o retorno esperado em termos de exposição da marca e teriam como principal motivação beneficiar aliados do PT. Um caso emblemático é o do patrocínio da Caixa Econômica ao Corinthians, do deputado federal petista Andrés Sanchez, ex-presidente do clube e muito ligado a Lula. Não por acaso, os maiores cortes atingiriam exatamente as verbas de marketing da Caixa para o futebol. Para este ano, o banco fechou acordos de patrocínio com 12 clubes brasileiros, entre eles Corinthians, Flamengo, Vasco, Atlético-MG e Cruzeiro, com um investimento somado da ordem de R$ 125 milhões.  Por ora, os esportes olímpicos seriam preservados. No entanto, entre os próprios dirigentes das mais diversas confederações apoiadas por empresas estatais, o receio é que o dead line para a trégua seja a Olimpíada. Logo após o evento, as torneiras começariam a ser fechadas. Independentemente do timing, o governo está cutucando um vespeiro. Caso os cortes se confirmem, a economia será extremamente pequena vis-à-vis o desgaste político – mais um – que a medida poderá proporcionar. Tome-se como exemplo os esportes olímpicos. Ao longo de todo o ciclo 2012-2016, estima-se que as empresas estatais desembolsarão cerca de R$ 2,5 bilhões, ou pouco mais de R$ 600 milhões/ano, em patrocínios a diversas modalidades. O Banco do Brasil, por exemplo, gasta por ano R$ 70 milhões com a Confederação Brasileira de Vôlei – diga-se de passagem, contrato que já esteve no centro de um escândalo de desvio de recursos públicos. Os Correios investem por ano outros R$ 68 milhões, a maior parte endereçada à Confederação de Desportos Aquáticos. Neste cesto, é bom que se diga, há recursos fundamentais para a formação de atletas, verbas que trafegam no limite entre o esporte e a educação.

#Banco do Brasil #Caixa Econômica #Correios #Jogos Olímpicos


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E se houvesse uma lei para os preços do petróleo?

17/06/2016
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 Um ex-conselheiro da Petrobras sugeriu a Pedro Parente que se empenhe para a criação de uma lei de “responsabilidade dos preços do petróleo”. O novo instrumento garantiria que eventuais manipulações do valor de venda dos combustíveis seriam descontadas no orçamento da União. Se o governo tomasse a decisão de não acompanhar a paridade dos preços internacionais, problema dele e não da estatal. A Petrobras teria seu dinheiro de volta.  Nos últimos anos, o uso do artificialismo no controle da inflação corroeu mais a sua saúde financeira do que as bobagens cometidas pelos gestores e o “petrolão”. Pedro Parente iniciou corretamente sua administração, defendendo que a empresa tenha total independência para a formação dos preços dos seus produtos. Disse ter a garantia do presidente Michel Temer de que o governo não mais interviria na questão. Não chega a ser grande coisa, se for observada a agenda de recuos de Temer. Se Parente conseguir transformar a boa intenção em lei, vai para a galeria dos maiores personagens da história da Petrobras.

#Petrobras


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BR Distribuidora dá a ignição no programa de privatizações

16/06/2016
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 A volta do governo Michel Temer ao passado já tem endereço certo: a BR Distribuidora. A venda da companhia marcará a retomada do processo de privatização encerrado junto com a gestão FHC. Das três propostas recebidas pela Petrobras no início desta semana, a preferência da diretoria da estatal recai sobre as ofertas apresentadas pela GP Investimentos e pela Advent. Nos dois casos, segundo o RR apurou, a negociação envolve a transferência do controle da BR. A exceção é a Vitol, uma das maiores tradings de petróleo e derivados do mundo, com sede na Suíça, O grupo teria formalizado seu interesse em ficar com uma participação inferior a 49% da distribuidora. Ressalte-se que dentro da Petrobras ainda não há um consenso em relação ao desfecho da operação. Representantes dos trabalhadores no Conselho ainda consideram a distribuição de combustíveis um negócio estratégico para a companhia e discordam da venda do controle da BR. No entanto, a vontade de Pedro Parente e, portanto, do governo deverá prevalecer. Até prova em contrário, o executivo chegou à estatal com carta branca para tudo.  Dói à alta direção da Petrobras que, no atual cenário, a companhia seja forçada a engolir a venda da BR a um preço subavaliado. Em outro momento, a operação representaria um reforço de caixa substancial para a empresa. Mas, em outro momento, talvez nem fosse necessário se desfazer da distribuidora. Engessada pelas limitações financeiras da sua nave-mãe, a BR tem visto a concorrência encostar nos seus calcanhares, algo que parecia inimaginável há alguns anos. A pressão ficou ainda maior com o anúncio da venda da Ale para o Grupo Ultra. Com a operação, a bandeira Ipiranga ultrapassará a estatal em número de postos: 9,2 mil contra 8,1 mil. Na venda de gasolina, a disputa irá para o photochart: o Ultra atingirá uma participação de mercado de 25,3%, milímetros atrás da BR (25,8%). No segmento de etanol, a ultrapassagem já está consumada. Com a Ale, a rede Ipiranga passará a ter quase 21% das vendas de álcool no país, contra 20% da BR. Procurada pelo RR, a Petrobras não comentou o assunto.

#Advent #Ale #BR Distribuidora #GP Investimentos #Grupo Ultra #Ipiranga #Petrobras #Vitol


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O sol e a lua

15/06/2016
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 Ontem, durante a visita de Michel Temer ao Parque Olímpico da Barra, o que chamou a atenção de muitos foi o contraste entre os Picciani. O pai, Jorge, eclipsou a presença do governador interno Francisco Dornelles e monopolizou as conversas com Temer. Já o filho, Leonardo, Ministro dos Transportes, permaneceu apagado durante todo o evento.

#Francisco Dornelles #Jogos Olímpicos #Jorge Picciani #Leonardo Picciani #Michel Temer


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Temer olha de soslaio para as sinecuras fiscais

14/06/2016
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 Está chegando a hora de tirar a limpo se Michel Temer põe o galho dentro ou mostra a que veio. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, levou à apreciação do presidente interino e dos ministros do Planalto uma proposta alternativa de ajuste fiscal, sem novos impostos ou restrições de despesas sociais. O programa de restrições das despesas não precisará ser aprovado pelo Congresso. Meirelles defende que seja feito um corte radical na cordilheira de subsídios que cerca de distorções a economia brasileira. A medida está pendurada em uma dúvida e uma certeza. A certeza é de que não há garantia que os benefícios revertam em novos investimentos ou geração de emprego. A dúvida é se o governo terá força política para suspender o usufruto crônico, incorporado na estrutura de custos e na formação de preços, com o favorecimento na fronteira entre o benefício social e a transferência de renda para grupos privilegiados. Lembrai-vos de que junho de 2013 começou com o aumento das tarifas do transporte urbano.  Recebem subsídios desde a classe média que desconta o valor da sua consulta médica no Imposto de Renda ao Movimento dos Sem Terra; desde os produtores de eletrodomésticos de Manaus à totalidade dos produtores de automóveis; desde o algodão à Embraer. Os grandes números falam com maior eloquência: chegam a R$ 108 bilhões anuais as renúncias feitas pelo governo. A concessão desses recursos inclui a desoneração fiscal sobre a folha de trabalho, subsídios no futebol, no comércio exterior, nos preços de energia, nas importações, na compra de papel jornal, nas bebidas, passagens de ônibus, entradas de cinema e teatro, agronegócio, enfim em todos os setores e segmentos socioeconômicos do país.  Esses R$ 108 bilhões levam em consideração estudos feitos pela Receita, pelo Tribunal de Contas da União, pelo BNDES e pela equipe do ex-ministro Joaquim Levy. De uma só tacada, essa economia por pouco não detonaria com o déficit primário projetado para 2016, da ordem de R$ 170 bilhões. Seria genial se não houvesse complicadores. Um subsídio representa um imposto ao contrário. Temer não precisa perguntar a Paulo Skaf o que ele acha em contribuir com renúncia dos favorecimentos fiscais e creditícios à prometida suspensão de novos tributos pelo governo. O pato vai entrar em transe. Todos os setores da sociedade teriam um queixume a fazer. Como manter um ou outro subsídio descaracterizaria o programa, demonstrando preferências e favorecimentos, todos os beneficiários – vá lá, salve-se um ou outro – seriam atingidos. Assim, cada brasileiro teria um objetivo pessoal para se queixar contra o presidente interino. As evidências são de que Temer vai botar o galho dentro.

#BNDES #Michel Temer


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Sem promessas

10/06/2016
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 Jader Barbalho já não garante mais uma promissora carreira política a Luiz Otávio Campos. O pupilo do senador paraense teve seu nome apresentado ao Senado para a direção da Antaq, mas foi retirado por ordem do presidente Michel Temer. Foi oferecida, então, uma secretaria que englobaria Portos e Aviação Civil. No fim das contas, Campos ficará apenas com os Portos. Mas já é muita coisa.

#Antaq


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Furnas é candidata a abre-alas do programa de privatizações

9/06/2016
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  Assim como encontrou no “Ordem e Progresso” um slogan para o seu governo, o presidente interino Michel Temer acredita ter achado o emblema do seu programa de privatizações. Furnas deverá ser a escolhida para puxar a fila de estatais ofertadas à iniciativa privada. No entendimento do governo, a subsidiária da Eletrobras tem o “physique du rôle” adequado para inaugurar o processo de desmobilização de ativos da União. Se não tem o porte de uma Caixa Econômica Federal ou, quiçá, de uma Petrobras, nem de longe resvala nas arestas que praticamente inviabilizam qualquer tentativa de venda de dois colossos como estes – no caso da petroleira, então, seria um suicídio político.  Ainda que não esteja no top five das estatais, Furnas tem um notório peso no setor elétrico. Responde por um quarto do parque gerador do Sistema Eletrobras, com 10 mil MW de capacidade instalada entre 12 hidrelétricas e duas térmicas. Concentra praticamente um terço da rede de transmissão do grupo, com 23 mil quilômetros de linhas. É bem verdade que o futuro controlador terá a missão de fazer um ajuste na companhia, que vem de recorrentes prejuízos – quase R$ 500 milhões nos últimos dois anos. Em contrapartida, quem comprar a estatal carregará mais de 20% da receita total da Eletrobras, ou algo em torno de R$ 6,5 bilhões ao ano. Por essas razões, o governo interino de Michel Temer está convicto de que Furnas tem o punch necessário não apenas para simbolizar o programa de desestatização, mas, sobretudo, para afiançar ao mercado que ele não é apenas uma “promessa de campanha”.  Caberá ao secretário de investimento, Moreira Franco, a missão de clonar o programa de privatizações puro-sangue da era FHC. Aliás, vem de lá a disposição de se desfazer da joia da coroa do Sistema Eletrobras. A ideia surgiu no segundo mandato de Fernando Henrique. Muito antes de Sergio Moro ou de Rodrigo Janot, o então governador Aécio Neves também se manifestava favorável à privatização da empresa. Com modelos diferentes, a alienação de parte do capital de Furnas foi cogitada também nos governos Lula e Dilma.  Bem recentemente, o presidente de Furnas, Flávio Decat, executivo de confiança da presidente afastada Dilma Rousseff, reuniuse com representantes sindicais para apresentar uma proposta de abertura de capital da empresa. A ideia era vender até 49% da companhia. A venda do pedaço com a manutenção do controle, no entanto, não interessa a Temer e cia. O secretário de investimentos já disse em boa voz: “Vamos privatizar de verdade e não para fazer cena”.

#Caixa Econômica #Eletrobras #Furnas #Michel Temer #Petrobras


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É de todo mundo

9/06/2016
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 Jorge Gerdau tem sido um interlocutor frequente de Michel Temer no empresariado. Como foi de Dilma, de Lula, de FHC…

#Jorge Gerdau #Michel Temer


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O que Temer faz não é o que Temer diz

8/06/2016
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 A Vale está prestes a levar um golpe. Um golpe que expõe a farsa dos anúncios feitos pelo presidente interino Michel Temer. Ao que tudo indica, a volta das privatizações, a gestão independente das empresas estatais, o respeito aos contratos e o primado da governança não passam de bolhas de sabão: tão logo estourem, terão servido apenas para que escorreguem no solo movediço aqueles que acreditaram em promessas. Temer pretende intervir no comando da Vale, uma empresa privada, arrombando com abuso de poder e a chutes de coturno o direito de seus acionistas majoritários. Quer destituir o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, à revelia dos seus controladores. É o mesmo Temer que diz que irá privatizar para proteger as estatais da intervenção política do governo.  O presidente da Vale, Murilo Ferreira, é um quadro técnico, que tem enfrentado com valentia, e em silêncio, as maiores tormentas arrostadas por um dirigente do setor privado em tempos recentes. Ninguém foi mais afetado pela crise das commodities do que a Vale. Que outra grande corporação teve seu faturamento reduzido a 30% da média histórica dos últimos 20 anos? E o que dizer da tragédia da Samarco? Ferreira tem feito a sua parte. Se for atingido, será por um golpe baixo, pois sua permanência no comando da companhia já foi decidida em reunião do Conselho de Administração há dois meses. Sairia devorado pelos pantagruéis saqueadores dos cargos que não lhes pertencem. Estranha sina esta da Vale, que parece se confundir com a do Brasil. Ambos, a seu jeito e maneira, atravessaram processos de quebra da normalidade em um terço de século. Será um ato de exceção se Temer conseguir encurralar os acionistas controladores da Vale. Não vai ter golpe.

#Michel Temer #Murilo Ferreira #Vale


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Scheinkman pode ser a nova estrela na bandeira de Temer

6/06/2016
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 O ministro Henrique Meirelles tem recomendado ao presidente Michel Temer que ele prossiga fortalecendo o seu dream team de colaboradores na área econômica. Segundo uma fonte do RR, Meirelles teria feito uma sugestão específica: o convite ao medalhão José Alexandre Scheinkman, professor da Universidade de Princeton, para coordenar a pauta de reformas microeconômicas do governo. Scheinkman cumpriu uma missão idêntica a pedido de Ciro Gomes, organizando a elaboração do emblemático documento “Agenda perdida”. O economista não somente traria uma contribuição técnica efetiva, como representaria mais bolinha pendurada na árvore de luminares da gestão Temer. A “Agenda reencontrada” não seria muito diferente da anterior, com propostas para redução e simplificação tributária, desburocratização, desobstrução dos entraves aos investimentos, aperfeiçoamento regulatório etc. Parece uma agenda embolorada, repetitiva, mas os problemas elencados permanecem como de extrema importância.  Caso a ideia prospere, Scheinkman provavelmente convocará o seu exército de plantão, constituído de economistas festejados pelo mercado, a exemplo de Afonso Celso Pastore, Samuel Pessoa, Armando Castellar e José Márcio Camargo, entre outros. Na construção da “Agenda perdida”, participaram 17 especialistas, com Marcos Lisboa na liderança. “Zé Alexandre” é um ortodoxo notório e confesso. Foi chefe, muito jovem, do departamento de economia da Universidade de Chicago, altar do lendário Milton Friedman. Mas mesmo essas fortes dosagens de conservadorismo não impediram o economista de assinar embaixo da proposta de extensão do Bolsa-Escola para adolescentes, como uma forma de evitar seu ingresso na criminalidade. Tudo bem, sempre há espaço para mais uma agenda microeconômica. A contribuição indiscutível de Scheinkman para Michel Temer será somar mais uma estrela ao pastiche da bandeira brasileira, que o presidente interino adotou como emblema de governo.

#Henrique Meirelles #Michel Temer


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Blindagem

6/06/2016
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 Pedro Parente assumiu o comando da Petrobras com carta branca para mexer no comando das controladas da estatal. O executivo acertou com o presidente Michel Temer que serão escolhidos para os cargos somente técnicos de carreira da companhia. Resta saber por quanto tempo Temer cumprirá o acordado.

#Petrobras


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Petrobras já conta com o dinheiro das elétricas no caixa

3/06/2016
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 O novo comandante da Petrobras, Pedro Parente, conta como líquido e certo que Michel Temer vai sancionar nos próximos dias a Medida Provisória 706, aprovada pelo Senado na última terça-feira, véspera da posse do executivo. Parente já ganhou do governo federal a promessa de que os reajustes dos preços dos combustíveis não mais estarão subordinados à política econômica. Conta agora com o apoio do governo federal para obter um reforço no caixa da companhia. Se a MP for sancionada, a Petrobras conseguirá receber ainda nesse ano a totalidade ou a maior parte do pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 10 bilhões da Eletrobras com a companhia. O débito está relacionado à compra de combustível para o abastecimento de termelétricas que fornecem energia a distribuidoras da holding de eletricidade na Região Norte. É o maior crédito da petroleira no mercado brasileiro, cujo valor chega bem perto do que a companhia pretende arrecadar com o plano de vendas de ativos em 2016 – aproximadamente R$ 14 bilhões.  O caso mais grave está localizado no Amazonas. A Eletrobras tem se valido de seguidas liminares na Justiça para impedir que a Petrobras venda combustível à distribuidora amazonense apenas mediante pagamento à vista. A MP 706 não apenas autoriza que as dívidas das distribuidoras de Rondônia, Roraima, Amapá e Amazonas sejam pagas parcialmente com o aumento das tarifas de energia elétrica em todo o país como também autoriza que o restante seja quitado com repasses do Tesouro para o grupo Eletrobras.  Joga a favor do pleito de Parente o fato de que, se não houver repasse das dívidas para as tarifas, o Tesouro terá de arcar com tudo ou, no limite, deixar o endividamento contaminar cada vez mais o caixa dessas distribuidoras até o limite da insolvência. A situação impediria a privatização das companhias e ainda abriria espaço para uma – há bem pouco tempo impensável – intervenção da Aneel nas quatro distribuidoras. —  Na cerimônia de posse da presidência da Petrobras, Pedro Parente deu a entender que não conta com um aporte do Tesouro na Petrobras. Bulhufas! Parente estava na frente de Henrique Meirelles, que projetou um déficit primário de R$ 170 bilhões; um déficit que pode ser ainda maior. Se dissesse o contrário, abriria uma crise no governo logo após a conclusão da sua posse. Mas todos sabem que cortar gastos e vender ativos não é suficiente frente ao tamanho do passivo da empresa. Uma forma mimética de capitalizar a estatal seria fazer um encontro de contas entre a Petrobras, BNDES e Tesouro Nacional. Em vez de repassar R$ 40 bilhões à União, conforme está previsto, os recursos seriam destinados à Petrobras. A capitalização, de uma forma ou de outra, não tarda. A não ser que haja intenções inconfessáveis em relação à estatal.

#Aneel #BNDES #Eletrobras #Petrobras


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Sempre ao lado

3/06/2016
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 Observação de um ministro “abandonado”: Michel Temer despacha mais com Romero Jucá do que com a maioria esmagadora dos titulares do seu Ministério. No ranking das agendas, Jucá só está atrás de Eliseu Padilha e Moreira Franco.

#Eliseu Padilha #Michel Temer #Moreira Franco #Romero Jucá


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Mr. Transparência

1/06/2016
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 Anedota infame que corre em Brasília: Michel Temer deveria nomear Sergio Machado para o Ministério da Transparência. Afinal, ninguém até agora foi tão competente no disclosure das práticas do PMDB quanto Machado.

#Michel Temer #PMDB #Sérgio Machado


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Um pacto à luz do dia em nome da democracia

31/05/2016
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 O futuro da democracia brasileira passa, nas próximas semanas, pela antecipação da eleição direta para a Presidência, um pacto entre as principais lideranças políticas e os Poderes da República e a definição sobre a negociação de uma “janela” na Lava Jato para que o pleito possa se dar de forma soberana. A ordem dos fatores altera o produto. O pacto social antecede os demais, pois lubrifica as mudanças constitucionais necessárias e o novo ambiente institucional. O acordão por meio do qual pretende se legitimar as “Diretas Já” é primo distante daquele conspirado por Romero Jucá e Sérgio Machado. É motivado por intenções distintas, pode ser articulado e anunciado à luz do dia e, em vez de ser uma costura entre Eduardo Cunha, Michel Temer, Renan Calheiros et caterva, seria alinhavado, por cima, por Fernando Henrique Cardoso, Lula, Ciro Gomes, Dilma Rousseff, Jaques Wagner, Tasso Jereissati e, acreditem, Aécio Neves, além de empresários de primeira grandeza que voltaram a pensar no Brasil.  Os articuladores não acreditam em uma reação de Temer e sua turma, denunciando o “golpe dentro do golpe”, apesar de estarem atentos aos afagos cada vez mais explícitos do presidente interino aos comandantes militares. O professor de Direito Constitucional e suas eminências pardas sabem que a governança do país é extremamente frágil. Um “frentão” juntaria as ruas com a Av. Paulista e mudaria de direção o leme da imprensa. O espinho é o que fazer com a Lava Jato, que, se por um lado, descortinou as tenebrosas transações com a pátria mãe tão distraída, por outro, gangrenou a democracia com a criminalização do futuro. A instituição de uma “janela” na nossa Operazione Mani Pulite seria uma concessão para que as eleições diretas já não se dessem no ambiente de investigações, delações e aceitação de provas forjadas que sancionam a culpa antes mesmo da denúncia. Pensa-se em algo derivado a partir do modelo de anistia com punições razoáveis criado para a repatriação do capital estrangeiro: quem confessa sua irregularidade não é criminalizado, mas paga multa pecuniária.  Todos os participantes desse programa de adesão espontânea não teriam seus direitos eleitorais subtraídos inteiramente, mas somente no próximo pleito. A condição para que o próprio infrator confessasse a “malfeitoria de fato” sem ser criminalizado esterilizaria os porões das investigações, nos quais a intimidade do cidadão é devassada e revelada no limite dos seus pensamentos inconfessáveis, que nada têm a ver com qualquer dos delitos aventados. É nesse ponto crucial que surge a importância simbólica de Sérgio Moro em toda essa arrumação. Caberia a ele validar a seguinte mensagem: a Lava Jato não morreu, a Lava Jato entrou em uma nova fase. E não vai ter “golpe” e crime estampado diariamente nas bancas de jornais. Vai ter eleição e vai ter governança.

#Aécio Neves #Ciro Gomes #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #FHC #Jaques Wagner #Lava Jato #Lula #Michel Temer #Renan Calheiros #Romero Jucá #Sérgio Machado #Sérgio Moro


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Protestos de São Paulo

31/05/2016
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 Michel Temer está com Geraldo Alckmin atravessado na garganta. Para o presidente interino, o governo de São Paulo demorou a montar um esquema de segurança capaz de coibir os seguidos protestos em frente a sua residência, no Alto Pinheiros. As ruas na região só foram fechadas depois que o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, entrou no circuito. No círculo íntimo de Temer, os mais afeitos a teorias da conspiração cravam que houve mais do que um erro de cálculo da PM paulista no episódio.

#Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Dataprev e Serpro viram uma só na lista de privatizações

30/05/2016
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 O programa de privatizações do governo Michel Temer atira em todas as direções. A nova proposta sobre a mesa prevê a fusão do Serpro e da Dataprev, a criação de uma grande estatal da área de TI e a posterior venda do controle da companhia. Segundo o RR apurou, o Ministério da Fazenda já teria iniciado os estudos para a associação das duas empresas. Não custa lembrar que ambas já estão sob o mesmo guarda-chuva: ao encampar a Previdência Social, a Pasta de Henrique Meirelles herdou também a Dataprev.  O governo parte da premissa de que a privatização só é viável neste modelo, com a fusão entre as estatais. Isoladamente, Serpro e Dataprev são vistas como operações pouco atrativas para a iniciativa privada, em razão da limitada escala e da atuação restrita a órgãos públicos. A associação e a consequente montagem de uma estrutura integrada permitiriam a captura das sinergias operacionais e tecnológicas entre as duas estatais. Um exemplo: até o momento, não há qualquer iniciativa concreta do governo para a integração dos dados do Serpro e da Dataprev nas nuvens. Além dos ganhos de escala, haveria outras iscas para os investidores. Mesmo após a privatização, a nova empresa teria a garantia de manutenção dos atuais contratos para o processamento de dados de todos os órgãos da União. Permaneceria também com a gestão e pagamento dos mais de 32 milhões de benefícios da Previdência Social, serviço que responde por mais da metade da receita da Dataprev. Outro ponto importante: a nova empresa teria também caminho aberto para oferecer serviços de TI à iniciativa privada.  A fusão entre o Serpro e a Dataprev chegou a ser aventada tanto na era Lula quanto na gestão de Dilma Rousseff, mas a ideia nunca passou de um balão de ensaio solto nos céus de Brasília. Desta vez, a associação não é um fim em si, mas um meio de viabilizar a privatização das duas estatais de TI. Esta nova companhia chegaria ao balcão com uma carteira de contratos combinada da ordem de R$ 3,2 bilhões por ano. No entanto, as duas empresas carregam desempenhos bem distintos. A Dataprev é uma estatal superavitária: em 2015, teve lucro de R$ 210 milhões. Já o Serpro vem de um ano sofrível. No último exercício, amargou um prejuízo superior a R$ 355 milhões.

#Dataprev #Serpro


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Vira-casaca

30/05/2016
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 Paulinho da Força não renega sua natureza de camaleão. O deputado federal, que trabalhou dia e noite para derrubar Dilma Rousseff, tem feito duras críticas a Michel Temer. Além disso, ao contrário do que se comprometera a fazer, já trabalha para distanciar a Força Sindical do novo governo.


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Ruralistas mandam a conta do impeachment

27/05/2016
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 O setor agrícola começa a despachar para o gabinete de Michel Temer as faturas pelo apoio ao impeachment de Dilma Rousseff. A bancada ruralista do Nordeste – à frente os senadores Eunício de Oliveira (PMDB-CE) e Benedito de Lira (PP-AL) – pressiona o presidente Temer com o objetivo de arrancar a imediata sanção da Medida Provisória 707, aprovada no plenário do Senado na última semana. A MP permitirá o abatimento de grande parte das dívidas contraídas por agricultores da região da Sudene junto a bancos públicos – notadamente BB e Banco do Nordeste. Eles poderão quitar os passivos, que totalizam cerca de R$ 6 bilhões, com deságios de até 95%.  A medida beneficiará, sim, pequenos e médios produtores, mas, no meio da multidão, aliviará o calo de grandes agricultores, especialmente empresas e cooperativas de maior porte que tomaram recursos no BNDES para a compra de caminhões. O Nordeste, ressalte-se, é apenas o começo. Dois dos mais influentes representantes do setor agrícola no Congresso, os deputados Jovair Arantes (PTB-GO) e Luiz Carlos Heinze (PPRS), já articulam para que a Presidência da República encaminhe uma nova MP ao Congresso estendendo os benefícios aos ruralistas do Centro-Oeste e da Região Sul.

#Agronegócio #Banco do Brasil #Banco do Nordeste #BNDES


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Sala de espelhos

25/05/2016
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 Michel Temer só se decidiu pelo afastamento de Romero Jucá, na última segunda-feira, após uma longa conversa com Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, também citados na Lava Jato. Faz sentido.

#Lava Jato


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A título de registro

24/05/2016
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  Ontem, em Brasília, um ministro do próprio PMDB lembrava que, no quesito “primeiro escândalo”, Michel Temer derrotou Dilma Rousseff de goleada. Graças a Romero Jucá, Temer não completou sequer 15 dias na presidência sem uma grave crise em seu colo. Ao assumir, Dilma teve ao menos cinco meses de razoável calmaria até estourarem as denúncias sobre o aumento de patrimônio do então ministro Antonio Palocci, que levaram a sua demissão da Casa Civil.

#Luciano Huck


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GSI marca os movimentos sociais sob pressão

23/05/2016
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  O governo Michel Temer se defende do “contragolpe”. O recriado Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sob o comando do general Sergio Etchegoyen, tem se dedicado especialmente ao monitoramento de grupos sociais, a exemplo do MST e do MTST. A operacionalização está ancorada no Centro de Inteligência do Exército (CIE) e no Centro de Defesa Cibernética, localizados em Brasília. O trabalho dos órgãos de inteligência tem se concentrado notadamente no acompanhamento de redes sociais e de outros meios de comunicação digital, com o objetivo de se antecipar a protestos com maior poder de impacto sobre a população. Na semana passada, por exemplo, o Batalhão de Caçapava, no Vale do Paraíba paulista, passou três dias em regime de prontidão por suspeitas de que movimentos sociais realizariam um grande bloqueio na Presidente Dutra.  Além do fechamento de estradas, que tem forte impacto simbólico e efeitos sobre a própria economia, a área de defesa do governo monitora eventuais paralisações em vias urbanas nos grandes centros. Outro foco de preocupação é a possibilidade de ocupação de instalações estratégicas com maior potencial de riscos a segurança, como usinas geradoras, torres de transmissão de energia elétrica e ferrovias.

#Michel Temer #MST


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Barreira de aço

23/05/2016
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 O governo deverá atender ao pleito das siderúrgicas e aumentar as alíquotas para a importação de aço. Trata-se de uma decisão direta de Michel Temer, que, não custa lembrar, levou a Camex para dentro do seu gabinete.


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“Governo Cunha” avança novas jardas

20/05/2016
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  A cada dia que passa, Eduardo Cunha amplia seu raio de ação e estende um novo tentáculo no governo Michel Temer. Cunha mira agora nos bancos estatais. Na Caixa Econômica Federal, a bola da vez é o deputado Manoel Junior (PMDB-RJ), forte candidato à vice-presidência de Operações Corporativas. O parlamentar carrega como maior credencial para o cargo o fato de ser um dos mais fiéis aliados de Cunha no Congresso. Ao mesmo tempo, o presidente afastado da Câmara estaria cavando uma diretoria do Banco do Brasil para o executivo Joaquim Cruz, funcionário de carreira da instituição. Neste caso, a indicação pode ser atribuída a um “consórcio” entre Cunha e Ciro Nogueira, presidente do PP. Foi o próprio Nogueira que há cerca de dois meses garantiu a nomeação de Joaquim Cruz para a diretoria de negócios do Banco do Nordeste .  O que mais chama a atenção é a investida de Eduardo Cunha sobre a Caixa Econômica. Caso se confirme, a nomeação de Manoel Junior configurará caso de reincidência. Durante o governo Dilma Rousseff, Cunha manteve os dois pés no banco com a presença de Fabio Cleto na vice-presidência de Governo e Loterias. Deu no que deu. Hoje, Cleto negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato. Ele já teria confirmado aos procuradores de Curitiba que Eduardo Cunha recebia propina de empresas beneficiadas com recursos do FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa.

#Banco do Nordeste #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #FI-FGTS #Lava Jato #Michel Temer


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Último trem da Valec para no gabinete de Moreira Franco

19/05/2016
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 A Valec, uma locomotiva de escândalos e prejuízos, está com os dias contados. O governo Michel Temer planeja desativar a estatal do setor ferroviário. A autoria da proposta e seus dividendos devem ser creditados na conta de Wellington Moreira Franco – o “sem pasta” mais poderoso do Ministério. As atribuições da Valec seriam incorporadas pelo secretário executivo da Presidência da República, que, assim, praticamente unificaria o comando de todas as principais ações do governo na área de infraestrutura – Moreira já está à frente do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e do Crescer, o substituto do PAC. No caso específico do segmento ferroviário, sua maior missão seria destravar os grandes projetos que empacaram na gestão de Dilma Rousseff, a começar pela Ferrovia de Integração OesteLeste (Fiol) e pela Transnordestina, cujas obras seguem “devagar, quase parando”. Outra prioridade do governo é tirar do papel a extensão da Ferrovia Norte-Sul para o interior de São Paulo. Segundo estudos recentes da própria Valec, os atrasos na conclusão dos novos trechos da Norte-Sul geram um prejuízo da ordem de US$ 12 bilhões por ano, referente a cargas não transportadas e impostos não gerados. Procurada, a Valec declarou que “não foi informada de nenhuma medida em relação ao destino da empresa”.  Além da premissa de centralizar os grandes projetos de infraestrutura numa “super” secretaria, o governo Temer pretende tirar do circuito uma autarquia que tem pouco êxito em suas funções e custa muito às contas públicas. Nos últimos dois anos, a Valec acumulou perdas de mais de R$ 2 bilhões. O prejuízo de 2015 (R$ 1,5 bilhão) só não foi maior devido ao aporte de R$ 209 milhões do Tesouro Nacional. A extinção da estatal teria ainda um benefício colateral. Por vias oblíquas, permitiria ao governo Temer se livrar de uma caixa preta que muitos partidos da nova coalizão querem ver fechada e enterrada. A começar pelo próprio PR, que transformou o Ministério dos Transportes em sua capitania hereditária e se manteve à frente da Pasta mesmo após o afastamento de Dilma Rousseff. O partido está umbilicalmente ligado aos escândalos protagonizados pela autarquia nos últimos anos. O PR, ou mais precisamente seu ex-presidente, Valdemar da Costa Neto, foi responsável pela indicação de José Francisco das Neves, que dirigiu a estatal entre 2008 e 2011. Mais conhecido como “Juquinha”, chegou a ser preso, acusado de participar de um esquema de propinas em obras do setor ferroviário.

#Fiol #Transnordestina #Valec


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Um “ficha suja” a menos no governo Temer

18/05/2016
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 A nomeação de Blairo Maggi para o Ministério da Agricultura teve o empurrão de uma incrível coincidência de fatos nas esferas política e jurídica, que passou praticamente despercebida. Segundo o RR apurou, Michel Temer teria oficializado o convite a Maggi em 5 de maio, uma quinta-feira. No dia seguinte, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF o pedido de arquivamento do inquérito que investigava o senador no âmbito da Operação Ararath. O processo perambulava pela PGR desde maio de 2014.  Apenas dois dias úteis depois, na terça-feira, 10 de maio, o ministro Dias Toffoli acolheu o pedido do PGR e mandou para as calendas a investigação sobre a suposta participação de Maggi em um esquema de lavagem de dinheiro. Menos de 24 horas depois, o senador deixava o PR e assinava sua ficha de filiação ao PP, enquadrando-se no “sistema de cotas” do novo Gabinete. E Temer, ele próprio um presidente da República citado no “petrolão”, pôde ao menos reduzir o contingente de ministros na mira do Supremo. Já basta o trio Henrique Alves, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá, todos envolvidos na Lava Jato.

#Blairo Maggi #Rodrigo Janot


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Uma longa amizade

18/05/2016
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 Mesmo após ter pulado do governo de Dilma Rousseff para o de Michel Temer, Helder Barbalho não se faz de rogado. Costura, desde já, o apoio do PT à sua candidatura ao governo do Pará, em 2018. Já teria até oferecido o posto de vice à ex-governadora Ana Julia Carepa. Tudo, claro, com o luxuoso auxílio do patriarca Jader Barbalho nas articulações.

#Dilma Rousseff #Michel Temer


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Cortes no orçamento tornam Aneel um síndico ausente

17/05/2016
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 A Aneel é um bom, ou melhor, um mau exemplo do legado de Dilma Rousseff entre os órgãos reguladores. No momento em que o setor elétrico desponta como um dos pilares da política de privatizações da gestão Michel Temer, a agência enfrenta uma enorme escassez financeira que vem comprometendo as mais básicas das suas funções. Desde o fim do ano passado, as verbas para custeio já foram reduzidas em mais de 70% – cortes confirmados pela própria Aneel. Também em consequências dos ajustes, a Aneel recebeu autorização para usar apenas 10% dos recursos provenientes da Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica (TFSEE), paga pelos consumidores na conta de luz, o que significará o embolso de apenas R$ 48 milhões. Diante do quadro saárico, a Aneel tem encontrado dificuldades para manter o trabalho de fiscalização das empresas do setor, que depende do contínuo deslocamento de funcionários. Também por conta do drástico corte nas despesas com passagens aéreas, a entidade não vem conseguindo nem mesmo manter a agenda de reuniões públicas de revisão tarifária. Estudos técnicos foram interrompidos pela falta de recursos para a contratação de consultorias externas.  Procurada pelo RR, a Aneel confirma que o “contingenciamento implica restrições às principais atividades da Agência, com prejuízo para consumidores, agentes regulados e para a sociedade e o setor elétrico brasileiro.” A agência reguladora admite que foi obrigada a “descontinuar serviços, ainda que essenciais e necessários, como fiscalização, ouvidoria e informática, entre outros.” Um fato dá bem a medida da aridez financeira na Aneel: os serviços da Central de Teleatendimento estão suspensos desde 6 de maio.  Na reta final da era Dilma, a falta de recursos serviu também para acelerar o desgaste nas relações entre o comando da Aneel e o Ministério de Minas e Energia. Em alguns casos, a fadiga de material, ao que tudo indica, é irreversível, mesmo com a troca de governo. É o caso, por exemplo, do próprio diretor-geral, Romeu Rufino. Segundo informações filtradas junto à própria agência, ele já teria decidido deixar o cargo – fato este negado pela Aneel.

#Aneel


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O pato

17/05/2016
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 Paulo Skaf compareceu a praticamente todas as reuniões para a montagem da equipe econômica, trabalhou para demover Michel Temer da ideia de extinguir o Ministério do Desenvolvimento e estrebuchou quando o mando sobre o comércio exterior foi transferido para as Relações Exteriores e, portanto, para as mãos de José Serra. Desde que o ministério de Temer foi anunciado, está fazendo “quá, quá” sem parar.


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Cautela

17/05/2016
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 Michel Temer avalia os prós e contras de abrir a caixa preta dos fundos de pensão estatais.

#Michel Temer


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Temer acende uma vela para as Forças Armadas

16/05/2016
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 Não se sabe ao certo onde termina o reconhecimento à importância das Forças Armadas para a nação e começam o pragmatismo e o senso de autopreservação de Michel Temer. O fato é que o novo presidente vai governar de mãos dadas com o oficialato. Como se não bastasse o tributo à bandeira no uso do slogan positivista “Ordem e Progresso”, a relevância que Temer dará a esta aliança pode ser medida pela antecedência com que ela foi costurada. Segundo o RR apurou, a estrutura de comando da área de defesa do governo Temer começou a ser alinhavada em setembro do ano passado, quando as discussões sobre o impeachment de Dilma Rousseff se intensificaram e as ruas começaram a efervescer. Esse cenário trouxe a reboque um natural frenesi quanto à hipótese de um quadro de absoluta desordem pública e institucional desembocar em uma intervenção militar, algo que perdurou até a consumação do afastamento de Dilma. Temer tratou de construir suas pontes com as Forças Armadas, contando sempre com a participação decisiva de Nelson Jobim.  Candidato de primeira hora de Temer para o Ministério da Defesa, o próprio Jobim recusou o cargo por atuar como advogado de empresas envolvidas na Lava Jato. Mesmo sem se sentar na cadeira de ministro, foi o grande articulador da montagem da equipe de governo para o setor. Curiosamente, os militares queriam a permanência de Aldo Rebello na Defesa, que não aceitou permanecer na gestão Temer. Foi, então, que Jobim sacou o nome de Raul Jungmann e trabalhou pela sua aprovação junto à área militar.  Nelson Jobim teve participação decisiva também na escolha de Sergio Etchegoyen para o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O ex-ministro do STF é muito amigo do general e de seu irmão Ciro Etchegoyen, relacionamento que vem desde a cidade de Cruz Alta (RS). Foi um momento de inspiração de Jobim. Etchegoyen é duro que nem um carvalho, mas tem um perfil democrata e detona qualquer um que venha pregar como vivandeira junto aos bivaques. O oficial terá sob seu comando uma espécie de “super” Gabinete. A intenção do governo Temer é fortalecer a área de informações de forma ampla, em um aspecto lato sensu. A medida vale não apenas para as Forças Armadas e as polícias civil e militar, mas também para o serviço de inteligência em diversas outras instâncias do Estado, desde o BC e o Coaf, leia-se o monitoramento de movimentações financeiras suspeitas de conexão com o crime organizado e terrorismo internacional, até o Ministério da Agricultura, responsável pelas “fronteiras fitossanitárias” do país.  Dentro dessa grande pactuação, é grande a expectativa entre o Alto-Comando Militar que já nos próximos dias Michel Temer anuncie a retomada de projetos estratégicos das Forças Armadas. Espera-se também que o governo apresente um plano para a quitação dos mais de R$ 10 bilhões em dívidas com grandes fornecedores das três Forças, como Embraer e Iveco – ver RR edição de 2 de maio. Outra questão extremamente nevrálgica – e haja ajuda da equipe econômica – é a pressão dos militares por uma melhor política salarial. Uma das reivindicações ao novo governo é trazer para o presente o aumento dos militares concedidos pela presidente afastada Dilma Rousseff. O reajuste, na média de 22%, foi escalonado até 2019. Um soldado, por exemplo, que recebia R$ 1.500, terá de esperar mais três anos para que o soldo chegue a R$ 1.800.

#Embraer #Forças Armadas #Iveco


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O imparcial

16/05/2016
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 O escolhido para comandar a publicidade no governo Michel Temer é o filósofo Denis Rosenfield, um dos quadros diletos do Instituto Millenium. É de se esperar, portanto, uma mídia técnica, pautada por critérios de isenção e sem qualquer viés ideológico.


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Trilogia dos descaminhos do novo governo

13/05/2016
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 A aprovação do impeachment, com a destituição de Dilma Rousseff, não encerra o episódio da usurpação da governança brasileira. Nos 180 dias de confinamento de Dilma no Alvorada ou mesmo com a abreviação pelo Senado do mandato presidencial, não há clareza sobre a permanência de Michel Temer até o final do governo. Os cenários montados por estrategistas militares, cientistas políticos e lideranças empresariais, todos eles estabelecendo o horizonte de término em 2016, consideram, inclusive, que, depois da nomeação de Temer, venha a sua deposição. A reviravolta capaz de evitar esse desfecho dependeria de uma guinada populista do novo presidente, adotando um estelionato programático para se manter no poder. Nesse primeiro cenário, Temer abriria o saco de bondades com uma das mãos, aumentando os gastos sociais, e com a outra soltaria a inflação. O primeiro, festivo e de fruição imediata, disfarçaria o segundo, cujo efeito é diferido no tempo e sempre pode ser golpeado em um round posterior, com a velha política do stop and go. A inflação traz o ajuste fiscal em um primeiro momento. Mas é como receitar a amputação da perna para uma entorse no pé.  O perfil do governo Temer, entretanto, parece ser diferente do vira-casaca. Imagina-se que, para isso, ele não teria chamado o ultraconservador Henrique Meirelles para tocar a Fazenda e a Previdência. E lembrai-vos que ele tem de atender aos reclamos da Av. Paulista. No segundo cenário, Temer governaria no ritmo que tem sinalizado, desagradando as classes já irritadas com o golpe. A desobediência civil grassaria, manifestações de rua pipocariam aqui e acolá, cada vez mais violentas. Lula, perseguido, caminharia pelo país como candidato. O Congresso não seria o facilitador que todos esperam, pois cobraria o débito dos votos para o impeachment. O duo Ministério Público e Polícia Federal seguiria destrinchando a infindável Lava Jato, agora cada vez mais perto de Temer. E o STF ficaria “aguardando ativamente” algum processo capaz de contragolpear o presidente. Seriam, então, decretadas novas eleições.  O terceiro cenário é explosivo. Temer mostra-se obcecado com a fantasia de que é um estadista, reencarna o marechal Humberto Alencar Castello Branco e anuncia o programa de ajuste que o PSDB inventou para não ser aplicado. Dilma e Lula, vistos como mártires, estão presos e fazem pressão do cárcere. As ruas estão enlouquecidas. Lembram as jornadas de julho de 2013. Os governos estaduais acionam suas máquinas de repressão. Empresários e parlamentares pedem a intervenção do Exército, que cede contra a vontade. Temer é deposto. Um ministro do STF assume a presidência e prepara a transição para as eleições de 2018. As três variantes poderiam se multiplicar em outras infinitas. O RR não privilegia qualquer uma delas na medida em que o provável afasta-se cada vez mais de si mesmo. Mas há bastante método na análise da loucura em que se tornou a conjuntura política e psicossocial do país.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer


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Temer promete açúcar e afeto aos usineiros

13/05/2016
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 O novo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, carrega debaixo do braço uma pasta repleta de reivindicações do setor sucroalcooleiro. Leva também ao presidente Michel Temer o recado de que um dos tantos erros de Dilma Rousseff foi ter ignorado um segmento que gera divisas internacionais, é intensivo em mão de obra e, acima de tudo, dá voto. A missão do governo é brecar um processo de esfarelamento que pode ser mensurado pela dramática escalada no número de recuperações judiciais no setor. Do início de 2015 para cá, 14 empresas entraram em regime de RJ, com um volume de dívidas superior a R$ 9 bilhões.  O mais novo sócio deste “clube do bagaço” é o Grupo Farias, uma das maiores sucroalcooleiras do Nordeste, com faturamento anual de R$ 1,2 bilhão. Dona de seis usinas, a companhia pernambucana protocolou nos últimos dias pedido de RJ. Seu passivo é da ordem de R$ 1 bilhão. Desse total, aproximadamente R$ 350 milhões entraram no pedido de recuperação. A preocupação com o soerguimento da atividade sucrooalcoleira é uma sinalização de que Michel Temer dará prioridade a setores da indústria com forte impacto social. Ao longo de 2015, o segmento fez mais de 35 mil demissões, a maior parte de trabalhadores do campo, notoriamente uma mão de obra de baixíssima qualificação.


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Fim de férias

13/05/2016
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 Ligado a Michel Temer, Roberto Derziê de Santanna está cotado a reassumir uma diretoria na Caixa. Ele foi exonerado por Dilma Rousseff no início de abril.

#Caixa Econômica #Michel Temer


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Aporte nas estatais está no topo da agenda Temer

12/05/2016
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 As capitalizações da Petrobras e da Eletrobras, com recursos do governo, já está contratada junto ao futuro ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. É consenso entre os próceres de Michel Temer que o nível de endividamento das duas empresas superou a instância corporativa e beira a irresponsabilidade cívica. Ambas as estatais têm uma participação no crescimento econômico insubstituível. E encontram-se aos frangalhos devido a um passivo que não tem solução fora da injeção de recursos públicos. A estimativa é que a Petrobras não sai do ponto em que se encontra se não for capitalizada em R$ 100 bilhões. Essa ordem de grandeza não dispensa corte de despesas e de investimentos e venda de ativos. É uma medida indispensável, conforme Armínio Fraga, que vem sendo cogitado para a presidência da Petrobras. Quando o economista se manifesta publicamente a favor de um aporte de capital na estatal, existem pelo menos três hipóteses: ou ele está com a carteira da sua gestora de recursos abarrotada de papéis da dita cuja; ou faz o seu próprio lobby para o cargo; ou exerce o hábito de ser palpiteiro. O RR considera a terceira hipótese como a mais provável.  O modelo que está sendo cogitado é um derivativo da proposta do BTG de conversão da dívida da Petrobras junto aos bancos públicos. Em um novo ambiente econômico, com um dólar na faixa de R$ 3,20, previsão da própria estatal, a regulamentação das leis que retiram a obrigatoriedade de participação em 30% nos campos do pré-sal e o fim da exigência do similar nacional, é razoável esperar que a capitalização da empresa seja acompanhada pelo acionista minoritário. No final do ano passado, ainda com Joaquim Levy na Fazenda, e no início deste ano, com Nelson Barbosa na Pasta, Aldemir Bendine bateu na porta de ambos com o mesmo pedido. Não foi atendido. A perspectiva agora é a de que a dívida pública bruta é um problema consumado, para se resolver apenas mais à frente. O débito das estatais não pode mais ser ignorado.  A capitalização da Eletrobras será menos espetaculosa, mas não menos relevante do que a da Petrobras. Há engenhosidades sendo preparadas no laboratório de Minas e Energia de Michel Temer. Elas passam fundamentalmente pela área de transmissão. As participações da Chesf, Furnas, Eletronorte e Eletrosul no setor seriam transferidas para a própria holding, mais precisamente para um novo braço da estatal: a Eletrobras Transmissão. Esta empresa já nasceria como dona do maior colar de ativos no transporte de energia elétrica do país, com participação em quase metade das linhas transmissoras em operação e em fase de implantação. Ou seja: em uma das mãos, ativos maduros, já amortizados; na outra, a garantia de receitas futuras com a entrada em cena das novas concessões. Um mix que seria ofertado ao mercado numa bandeja de prata com a abertura de capital da Eletrobras Transmissão. Por vias oblíquas, o governo captaria recursos para a empresa-mãe tocar projetos prioritários, notadamente na área de geração – a começar pela construção das usinas do Tapajós. Nesse caso, aliás, Temer já vai receber de herança o modelo e o edital para a concessão das hidrelétricas.

#Aldemir Bendine #BTG Pactual #Chesf #Eletrobras #Eletronorte #Eletrosul #Furnas #Henrique Meirelles #Petrobras

Acervo RR

Gasoduto

12/05/2016
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 A Cosan deverá retomar o projeto de construção de um gasoduto entre a Bacia de Santos e a área de concessão da controlada Comgás, um investimento da ordem de R$ 5 bilhões. Seria a oferenda de Rubens Ometto ao governo de Michel Temer. Procurada pelo RR, a Cosan não comentou o assunto.

#Comgás #Cosan


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Fiação elétrica

12/05/2016
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 Ex-presidente da Eletrobras, Firmino Sampaio vem mantendo intensa interlocução com o novo diretor-geral do ONS, Luiz Eduardo Barata. Ligado ao DEM, Firmino é forte candidato a voltar ao governo na gestão Michel Temer.

#Eletrobras


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Brasil ganha upgrade na logística da Cargill

11/05/2016
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 Aos poucos, sem muito alarde, a Cargill está montando em terras e águas brasileiras sua maior operação de logística de grãos fora dos Estados Unidos. Além dos três terminais portuários que operam em Paranaguá (PR), Santos (SP) e Santarém (PA), os norte-americanos vão investir, ao longo dos próximos dois anos, cerca de R$ 500 milhões na encomenda de 40 barcaças. Com isso, o gigante do agronegócio vai triplicar sua frota própria no país, hoje composta por 20 embarcações. Os aportes virão acompanhados da mudança no centro decisório da Cargill Transportes na América Latina, que será deslocado da Argentina para o Brasil. Procurada, a Cargill limitou-se a dizer que “a expansão das operações no Brasil está de acordo com um plano de longo prazo”.  A ampliação da frota pró- pria está ancorada nos planos da Cargill de operar novos terminais graneleiros no país. A empresa – como de resto todo o Brasil – está em compasso de espera. No seu caso específico, a pergunta que vale toda uma estratégia de negócios é o que o governo de Michel Temer fará com o programa de concessões engatilhado durante a passagem de Elder Barbalho pela Secretaria de Portos. Os norte-americanos têm interesse em licenças na Região Amazônica. Outras regiões também estão na mira, dentro da estratégia da companhia de ter saídas tanto pelo Atlântico Norte quanto pelo Atlântico Sul para o escoamento da produção de grãos, notadamente no Centro-Oeste.

#Cargill


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O shampoo do Tartufo e a espuma do fiscal

11/05/2016
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 O anunciado corte de 10 ministérios no governo Michel Temer é uma “moreirice”, substantivo derivado do verbo “moreirar”. Trata-se de medida cosmética, aventada diversas vezes por Dilma Rousseff – em todas elas, a proposta foi crucificada como uma enganação. A eminência parda Wellington Moreira Franco, a quem é atribuída a feitura do hipermercado de medidas “Uma ponte para o futuro”, teria sido o mentor da estratégia de que “sendo pouco, melhor ser muito”. É uma adequação à política da prática useira e vezeira adotada por muitos pais no Natal: na falta de maiores recursos para um presente de arromba, compensa-se os filhos com um monte de bugigangas. Os ministérios de Temer já subiram, já desceram, já subiram, já desceram e pode ser que subam novamente. Tanto faz, porque o impacto no gasto público é perfunctório. Mas, pela ótica do pensamento “moreirista”, conta como uma quinquilharia a mais.  O governo Temer não vai apresentar muito mais do que aquilo formulado por Dilma – limite para gastos públicos, reforma previdenciária por idade, revisão tributária (projeto Joaquim Levy). “Uma ponte para o futuro”, elaborado como um programa para um longínquo porvir, vai se tornar uma gambiarra para o presente. Então, é preciso juntar caquinhos para que, na entrada de Temer, esse amontoado pareça um projeto épico de governo. Tudo que  parada, o RR volta atrás em tudo o que disse e ajoelha em altar para o culto do inconcluso e incumprível “Uma ponte para o futuro”. Por enquanto, Moreira vai “moreirando”. Algumas incorporações óbvias de ministérios aqui e ali, tais como Desenvolvimento Agrário e Desenvolvimento Social, para lidar com “assuntos de esquerda”, e Igualdade Racial, Direitos Humanos, Mulher e Justiça, questões que acabam desaguando no mesmo tribunal. Trocar o nome “concessão” para “privatização”, com a desmobilização efetiva de alguns ativos e entrega permanente da propriedade para os concessionários, é uma medida que não engana nem os tucanos, para quem aparentemente ela foi bolada. E retirar o status de ministro do presidente do BC é um kryptomaquiavelismo. Ah, faltou a criação de uma pasta de Moreira para Moreira, o estratego. Repita-se, portanto, o mantra: enquanto o ajuste fiscal não for ungido pela água benta do voto, ele será insuficiente. No máximo, será uma “moreirada”.

#Banco Central


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Utilitário

11/05/2016
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 Lobistas da Anfavea tentam persuadir a “guarda suíça” de Michel Temer – notadamente Eliseu Padilha e Romero Jucá – para que sua primeira viagem oficial ao exterior seja à Argentina. O objetivo é acelerar a aprovação do novo acordo automotivo com o presidente Mauricio Macri. Por enquanto, os lobistas estão cheios de dedos em abordar José Serra.

#Anfavea #Eliseu Padilha #José Serra #Mauricio Macri #Michel Temer #Romero Jucá


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O coelho de Alice e o desaniversário da gestão Temer

10/05/2016
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 “O meu governo tinha de começar ontem”. A frase é atribuída ao cada vez mais presumível presidente da República Michel Temer. O vice está provando um pouco da tormenta que vai defenestrar Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. A cada dia, os amigos e inimigos, dentro e fora de casa, lhe servem um tiragosto do presidencialismo de coalizão. Algumas das provações são absolutamente surreais, a exemplo da decisão do novo presidente da Câmara, Waldir Maranhão, de anular a votação do impeachment. Não apenas na política, mas também na economia, notadamente no fiscal, os pepinos já são diretamente debitados na fatura de Temer. Contas a pagar, capitalizações, déficits e esqueletos vão descolando da atual presidente. As bobagens por ela perpetradas já estão amortizadas no histórico do seu linchamento. Temer, que pariu o impeachment, que o embale.  O incômodo do vice é que a máquina de engendrar desajustes na área fiscal é infernal. Para cada duas medidas de estabilização dos gastos, a mídia apresenta quatro novos rombos nas contas públicas. E já não é mais possível distinguir o que é um exercício de econometria do simples chute; o que exige ação emergencial do que deve ser rolado. Os técnicos de variadas matizes replicam o Chapeleiro Maluco: há déficits para todos os gostos, do chão da economia até a mais longínqua das estrelas.  Os números indigestos dos especialistas parecem dizer nas entrelinhas que o verdadeiro ajuste, real e definitivo, não se coaduna com o regime democrático, pois é totalitário e sanguinolento. Pelo andar da carruagem, a julgar o que dizem as disparatadas carpideiras das contas públicas, o passivo potencial do governo chegará a R$ 1 trilhão antes da posse de Temer contra os R$ 100 bilhões que se cogitava para o governo Dilma até o fim deste ano. Jornais do final de semana já embrulhavam um número de R$ 650 bilhões. As rubricas são diferentes, soma-se alho com batatas, as contas não são anunciadas oficialmente e o agregado do presente inclui agora também valores projetados. Com essa piora mágica, Temer vai vendo a cada momento suas medidas de impacto se tornarem insuficientes. O problema corre na frente da solução. Aliás, parte do problema é um “desejo de realização”. À medida que Dilma vai estacionando na governança de alhures, cabe ao novo ungido refundar as expectativas racionais. Vai ser difícil sua tarefa, diante de estados quebrados, das diabruras de um ano eleitoral, com alianças traiçoeiras como a do PSDB, da fúria do PT e tendo que experimentar, agora como vaca leiteira, a natureza da criatura, o seu PMDB.


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Imoralidade

10/05/2016
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 José Sarney é mesmo um imortal. Antes de Michel Temer assumir a presidência, o senador já tem a garantia de que recuperará seu histórico espaço na Eletronorte, que lhe foi temporariamente tirado no segundo mandato de Dilma Rousseff. A nomeação de Astrogildo Quental para a diretoria de gestão corporativa da estatal já está consumada. Trata-se de um aquecimento: Sarney deverá levar também a presidência da Eletronorte.

#Eletronorte


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Bancada fiel

10/05/2016
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 Na última quinta-feira, quando teve seu mandato suspenso pelo STF, em poucas horas da manhã Eduardo Cunha recebeu telefonemas e mensagens de apoio de 138 deputados. Ou algo em torno de 25% da Câmara.  Por falar em Eduardo Cunha, ele tem destilado todo o seu fel para cima de Romero Jucá, um dos cavaleiros da távola redonda de Michel Temer. Cunha acusa Jucá de romper acordos que jamais poderiam ser quebrados.  Jovair Arantes (PTB-GO) costura um acordão para ser o candidato do PMDB e do PSDB à presidência da Câmara.


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Lobby atômico

9/05/2016
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 A francesa Areva não perdeu tempo. Montou uma operação de lobby para cima de parlamentares próximos a Michel Temer. O objetivo é emplacar a emenda constitucional que libera a participação de capital privado na exploração, comercialização e processamento de urânio. A proposta hiberna na Comissão de Infraestrutura do Senado.

#Areva

Acervo RR

Lobby atômico

9/05/2016
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 A francesa Areva não perdeu tempo. Montou uma operação de lobby para cima de parlamentares próximos a Michel Temer. O objetivo é emplacar a emenda constitucional que libera a participação de capital privado na exploração, comercialização e processamento de urânio. A proposta hiberna na Comissão de Infraestrutura do Senado.

#Areva


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Santo de fora

9/05/2016
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 Se Michel Temer levar adiante a ideia de entregar a liderança no Congresso a outros partidos aliados que não o PMDB, Pauderney Avelino (DEM-AM) é visto como pule de dez para ser a voz do governo na Câmara.

#Michel Temer


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Paulo Skaf é candidato a pato do governo Temer

6/05/2016
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 Paulo Skaf corre o risco de virar o pato da gestão Michel Temer. Virtualmente nomeado para a Pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – o dote pela virulenta campanha a favor do impeachment –, Skaf poderá se tornar um náufrago do governo, ou, melhor dizendo, um “sem pasta”. Consta que Moreira Franco, o Cardeal Mazarin da era Temer, fez pessoalmente uma sondagem aos maiores industriais do país sobre a importância dada ao Ministério do Desenvolvimento. Os empresários, em sua maioria, afirmaram que se trata de um conceito ultrapassado, plenamente substituível por um Ministério do Planejamento forte, dividindo com a Pasta das Relações Exteriores a organização e fomento do comércio internacional. O Ministério do Desenvolvimento se tornaria ainda mais desnecessário na medida em que o próprio Moreira pretende relançar os grupos executivos setoriais da indústria, experiência desenvolvimentista que tanto sucesso fez no governo de Getulio Vargas. Como é preciso cortar ministérios, a pasta prometida ao presidente da Fiesp seria candidata à extinção.  Com uma só cajadada, Temer se livraria da presença de um fundamentalista na Esplanada dos Ministérios. Skaf é um osso duro de roer até mesmo para os ultraliberais. As medidas de choque que propôs com o objetivo de zerar o déficit primário de R$ 96 bilhões projetado para este ano não encontram eco sequer no próprio Temer, seu maior fiador político. Pelos mesmos e por outros motivos, Skaf também falará no vazio dentro da equipe econômica, leia-se, sobretudo, Henrique Meirelles, Romero Jucá e José Serra, que acreditam em estratégias consistentes e cautelosas e não em choques econômicos no estilo dos regimes de exceção. Com um fator extra que faz toda a diferença: se Meirelles e Serra têm aspirações eleitorais, como tudo leva a crer, não serão doidos de fazer uma política de terra-arrasada no social, na linha do que propõe Skaf. Não bastasse a desagradável obsessão, a falta de consistência e antipatia que provoca por onde passa, o “Risco Skaf” vai além do seu ideário.  Não obstante seu desabrido apoio ao afastamento de Dilma Rousseff, entre os próprios aliados de Michel Temer seu desembarque no ministério é visto com reservas. Se um dos objetivos de Temer é montar uma equipe sem ilibações, a nomeação de Skaf leva para dentro do governo a ameaça de uma “Lava Fiesp”. O iminente titular da Pasta do Desenvolvimento usou e abusou da entidade para fazer a campanha pelo impedimento e se credenciar como um ministeriável do novo governo. Estimase que a Fiesp teria desembolsado mais de R$ 5 milhões em um só dia com anúncios nos grandes jornais do país a favor do impeachment. A origem do funding para a ostensiva e dispendiosa campanha ainda é uma incógnita. Pairam suspeitas de que a casa da indústria paulista tenha usado recursos do Sistema S, leia-se Sesi e Senai – um cesto onde entram subsídios públicos, por meio de repasses do governo federal, e dinheiro do próprio trabalhador. Não é o melhor cartão de visitas para um novo ministro. No quesito ética, Temer já tem passivos demais em seu futuro governo.

#Fiesp #Michel Temer #Paulo Skaf


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Catequese

6/05/2016
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 Depois de gravar um reclame comercial com o pastor Marco Antonio Feliciano destinado à população evangélica, Michel Temer deverá estrelar um filmete com Paulinho da Força, endereçado aos “trabalhadores do Brasil”. Tanto num caso quanto no outro, produções assinadas por Eduardo Cunha. – Em tempo: mais do que o PRB, a quem o cargo foi oferecido, o novo ministro da Ciência e Tecnologia terá a bênção do próprio Feliciano.

#Michel Temer #Paulinho da Força


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Lusco-fusco

6/05/2016
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 Problema que vai cair no colo de Michel Temer: o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está revendo suas projeções para o nível dos reservatórios nas hidrelétricas do país nos próximos seis meses. Se a situação persistir, serão acionadas mais de 80% das térmicas, a um custo superior a 60% ao das hidrelétricas.

#ONS #Usina hidrelétrica

Acervo RR

Fora de hora

5/05/2016
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 Primeira bobagem do autodeclarado presidente Michel Temer: anunciar que trocará os presidentes do BC, do BB e da Petrobras, “um daqui a um mês, outro um pouquinho mais”. Com a declaração, ele desautoriza os atuais executivos e deixa a gestão meio acéfala. E fica sempre a dúvida se um mês pode virar dois meses, e um pouquinho mais um tempinho.

#Banco Central #Banco do Brasil #Petrobras


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As estatísticas positivas no “golpe oculto” de Temer

4/05/2016
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 No entorno de Dilma Rousseff, há quem se refira à provável mudança nos ventos da economia como o “golpe oculto”. A combinação de ações restritivas, impeditivas e manipuladoras imposta pela oposição, pelo empresariado e pela mídia solapou a guinada da política econômica ortodoxa do governo Dilma II. Ela não somente fermentou o impeachment como deixará o prêmio de um carregamento estatístico de crescimento de até 5% do PIB em 2018.  A burguesia está rindo à toa. Como a base de comparação de praticamente todos os índices é baixíssima, basta apostar na inércia e correr para a torcida. Já contando com a projeção para 2016, o PIB acumulará uma queda de 12,5% no triênio. O agregado da indústria cairá de 17,5% para 14,9% do Produto Interno no mesmo período. O setor automotivo chegará ao fim deste ano com um decréscimo de 28% em igual intervalo. O saldo estatístico do avanço da economia em 2017, em torno de 1%, ainda não será saboroso. Mas, para 2018, a festa do crescimento inercial já começou.  O golpe que ninguém chamou de golpe, dizem as vozes mais críticas do Planalto, começa com o achincalhamento pela oposição das medidas restritivas adotadas por Dilma, consideradas pífias pelo frentão pró- impeachment. A política econômica da presidente foi vendida como um furto ideológico e um estelionato eleitoral. Joaquim Levy foi incinerado nos seus acertos. Em paralelo, os arautos do impedimento vetaram todas as propostas que complementariam, nas áreas fiscal e regulatória, o ajuste à la Lula I. Até então, Dilma e os seus ainda acreditavam que faturariam o amargo do purgante sob a forma doce do crescimento econômico.  Saboreado o impeachment, Michel Temer deverá herdar uma taxa de inflação caminhando de forma mais célere para o centro da meta, juros cadentes, um ajuste nas contas externas que inclui um superávit da balança comercial da ordem de US$ 50 bilhões já neste ano, entre outros presentes legados por Dilma. Para entregar essa herança, a presidente sofreu as dores de um ajuste cambial, da recessão e de queda de emprego. Temer vai surfar na onda dessas estatísticas e lubrificar a aprovação de algumas medidas que já estão no pipeline, ou seja, os ajustes fiscais e a rearrumação de algumas contas públicas. A mudança certa da legislação do petróleo, conforme fonte do RR em uma indústria do setor, deverá carrear um expressivo fluxo de recursos para novos investimentos. É bom que se diga que todo esse refogado estatístico não deverá trazer, pelo menos neste horizonte, o crescimento do emprego e da renda, pois, mais uma vez, a economia reinicia sua escalada abaixo do nível do mar. Esse “golpe” não será denunciado nos palanques. O impeachment foi apenas uma parada rumo à estação 2018.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer

Acervo RR

Cessar-fogo

4/05/2016
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 Aliados de Michel Temer tentam demovê-lo da ideia de realizar auditorias nos bancos públicos, notadamente a Caixa Econômica. Numas dessas, o tiro se volta contra o sniper. O próprio PMDB chegou a ter seis vice-presidências na CEF durante o governo Dilma.

#Caixa Econômica #Michel Temer #PMDB


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Cessar-fogo

4/05/2016
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 Aliados de Michel Temer tentam demovê-lo da ideia de realizar auditorias nos bancos públicos, notadamente a Caixa Econômica. Numas dessas, o tiro se volta contra o sniper. O próprio PMDB chegou a ter seis vice-presidências na CEF durante o governo Dilma.

#Caixa Econômica #Michel Temer #PMDB


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PR verticaliza o Ministério dos Transportes

3/05/2016
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 Sai governo, entra governo e o PR mantém sua capitania hereditária em um dos maiores orçamentos da Esplanada dos Ministérios. Ao trocar de calçada e estacionar na base aliada de Michel Temer, o partido não apenas assegurou sua permanência à frente da Pasta dos Transportes como a receberá porteira fechada, com o direito de emplacar alguns dos principais cargos do setor, a começar pela cobiçada diretoria geral do Dnit. Além da iminente indicação de Mauricio Quintella para o Ministério, a sigla trabalha pela nomeação de Fernando Fortes Melro Filho para o comando do Departamento. Melro já é de casa: desde o ano passado ocupa a diretoria financeira da autarquia.  Não obstante as graves restrições orçamentárias, que recentemente levaram o Dnit a suspender obras em 31 rodovias federais, o próximo diretor geral da autarquia terá uma dose extra de poder. O Congresso acaba de aprovar a MP que prevê a reincorporação pela União de mais de 10 mil quilômetros de rodovias federais que estavam sob concessão estadual. A tendência é que boa parte destes trechos seja oferecida à iniciativa privada ao longo do iminente governo de Michel Temer, processo este que será conduzido pelo PR. Ou melhor, pelo Dnit.

#Dnit


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Arestas

3/05/2016
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 Já é favas contadas que o DEM vai retornar ao Ministério de Minas e Energia, seu feudo durante o governo FHC. O problema é o nome do santo. O escolhido de Michel Temer, o deputado Mendonça Filho, prefere a Pasta da Educação. E o escolhido do DEM, José Carlos Aleluia, perdeu alguns pontos com Temer após posar de ministro antes da hora.

#DEM


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Ministério da Defesa pedala mais de R$ 10 bilhões em dívidas

2/05/2016
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 O futuro ministro da Defesa de Michel Temer terá de desativar uma bomba-relógio no Orçamento das Forças Armadas, algo já chamado pelos próprios técnicos da Pasta de “pedaladas militares”. O Ministério vem empurrando mais de R$ 10 bilhões em dívidas e atrasos no pagamento de fornecedores. A situação é extremamente crítica e envolve alguns dos maiores e mais estratégicos contratos do Exército, Aeronáutica e Marinha. O governo deve cerca de R$ 1,7 bilhão à Helibras pela encomenda de 19 helicópteros H225M, do programa HX-BR. A Embraer, por sua vez, tem a receber aproximadamente R$ 1,4 bilhão. O Ministério da Defesa estaria atrasando também os pagamentos à Iveco, fornecedora do blindado Guarani, e à Odebrecht, à frente do projeto do submarino nuclear e da construção da base naval de Itaguaí. O tamanho do problema só não é maior porque o governo adiou ou suspendeu importantes projetos da área militar, notadamente da Força Aérea, entre eles a modernização dos caças F- 5E/F e das aeronaves E-99.  Durante sua gestão à frente do Ministério da Defesa, Jaques Wagner chegou a fazer uma série de reuniões com os grandes fornecedores das Forças Armadas com o objetivo de repactuar dívidas e alongar prazos de pagamento. Na era Aldo Rebelo, no entanto, a interlocução esfriou. As “pedaladas”, ressalte-se, não atingem apenas parceiros comerciais de alta patente. Uma parte razoável da dívida diz respeito à compra de peças de reposição e à contratação de serviços de manutenção para as Forças Armadas. Ainda que os valores absolutos sejam bem menores, trata-se de acordos tão ou, sob certo aspecto, até mais importantes para a operação militar do que os grandes projetos em atraso. Hoje, os quartéis funcionam com baixíssimo ou nenhum estoque de reposição.  A tendência é que o novo ministro da Defesa tenha de administrar um cenário ainda mais delicado a partir do segundo semestre, mesmo porque a Pasta terá gastos que não estavam previstos no orçamento. O Estado Maior das Forças Armadas já dá como líquida e certa a necessidade de um aumento do efetivo que atuará no esquema de segurança da Olimpíada. A expectativa inicial era de que 10 mil homens das Forças Nacionais de Segurança desembarcassem no Rio em julho. No entanto, com o agravamento da crise econômica, esse número não deverá passar de 3,5 mil. Muitos estados não vão bancar os custos de transporte dos agentes – em grande parte composta por policiais militares. Caberá ao Exército cobrir a diferença e arcar com os gastos para o deslocamento de tropas. A princípio, pode soar como um custo residual. Mas tudo pesa para um ministério que, no início do ano, já teve seu orçamento cortado em mais de 30%.

#Embraer #Forças Armadas #Helibras #Iveco #Odebrecht

Acervo RR

Embaixador

2/05/2016
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 Quem se surpreendeu com a indicação de José Serra para o Ministério das Relações Exteriores de Michel Temer não leu o Relatório Reservado na edição de 29 de setembro de 2015. Seis meses antes da votação do impeachment, o RR informava que Serra já havia se escalado para ser o “embaixador do governo Temer”.

#José Serra #Michel Temer


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São Michel

2/05/2016
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 No momento em que vários bancos de investimento reduzem seus times no Brasil, o ScotiaBank está montando uma operação de private equity no país. O alvo prioritário é o setor de infraestrutura. Na certa, os canadenses apostam que vai chover privatização no governo de Michel Temer. Procurada pelo RR, a ScotiaBank não comentou o assunto.

#ScotiaBank


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Entreouvidos

2/05/2016
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 Depois de Thomas Traumann, o vice Michel Temer tem uma conversa marcada com o ex-presidente do BNDES, Demian Fiocca. Tudo muito esquisito.


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Carro de som

29/04/2016
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 O deputado Paulinho da Força – uma espécie de imediato de Eduardo Cunha no Congresso – está pessoalmente empenhado na organização dos eventos da Força Sindical para o Dia do Trabalho, no próximo domingo. Seu objetivo é mostrar o apoio da “classe trabalhadora” ao iminente governo Michel Temer.

#Eduardo Cunha #Michel Temer


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Overbooking

29/04/2016
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Michel Temer, ao que tudo indica, vendeu o mesmo assento no teatro para dois espectadores diferentes. Além do retorno ao Ministério das Cidades, Gilberto Kassab espalha que terá o direito de nomear o novo presidente da Caixa Econômica. O PP, por sua vez, garante que a cadeira é sua e ninguém tasca: o partido já teria, inclusive, indicado o ex-ministro Gilberto Occhi.

#Caixa Econômica #Gilberto Kassab #PP


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Temer quer trocar concessões por privatizações ao pé da letra

28/04/2016
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 Pode ser que não dê tempo. Pode ser que resistências políticas e corporativas inviabilizem o projeto. Pode ser que tecnicamente várias obras e serviços públicos não caibam no modelo. Mas a disposição de Michel Temer é clara: substituir as concessões por privatizações puro-sangue. A proposta visa despertar um maior interesse dos investidores em participar dos leilões de venda para valer. No fundo, seria uma adaptação do regime de privatizações que vigorou no governo FHC ao atual, que mescla empresas em funcionamento com companhias a serem construídas. A lógica por trás da mudança é que o modelo de concessões reduz o apetite dos potenciais compradores por ter um prazo de uso e devolução, portanto sem a posse permanente do ativo. A privatização não; ela transforma o bem em propriedade. Além do mais, o novo modelo exterminaria com os complicadores que foram pendurados no leilão de concessões, tais como taxa de retorno e modicidade. Bastaria ao governo, a exemplo da Vale, deter uma golden share.  Temer revigoraria o império do maior preço. As empresas compradoras teriam maior liberdade de arrumar o seu negócio, inclusive formar preços. A regra para os recursos captados nos leilões de privatização seria a “fórmula Simonsen”, ou seja, não poderiam ser gastos em custeio das despesas do governo, mas em novos investimentos e abatimento da dívida pública. Paralelamente à mudança, a cada vez mais provável gestão Temer promoveria o fortalecimento da estrutura regulatória do governo. O movimento poderia ser resumido em poucas palavras: descomplicar e entregar para sempre.

#Michel Temer #Vale


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Silêncio duplo

28/04/2016
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 Não foi apenas Michel Temer que convidou o Secretario de Segurança de São Paulo, Alexandre de Moraes, para a AGU sem consultar previamente o governador Geraldo Alckmin. Moraes também só levou o assunto ao atual chefe após dizer “sim” ao futuro patrão.

#AGU #Geraldo Alckmin #Michel Temer


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Temer corre para apagar o nome de Caiado

27/04/2016
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 A possível indicação de Marcos Pereira, presidente do PRB, para o Ministério da Agricultura de Michel Temer atende a dois propósitos: quitar o apoio do partido ao impeachment de Dilma Rousseff e debelar um princípio de incêndio junto ao agronegócio, importante aliado da “candidatura Temer”. O incêndio em questão tem nome e sobrenome: Ronaldo Caiado. Segundo o RR apurou, em 14 de abril, dois dias antes da votação do impeachment na Câmara, Temer convidou Caiado para ocupar um super Ministério da Agricultura, unificado à Pasta do Desenvolvimento Agrário. A escolha provocou uma forte reação no setor, que se uniu contra o nome de Caiado e, tudo indica, alcançou seu intento, obrigando Temer a mudar de direção.  De acordo com uma fonte ligada à Confederação Nacional da Agricultura (CNA), o presidente em exercício da entidade, João Martins, teria conversado com Temer na última quarta-feira para manifestar o descontentamento do setor com a então iminente indicação de Caiado. Fundamental na votação do impeachment de Dilma Rousseff, a bancada ruralista também já atirou suas lanças contra a ida do senador para o Ministério da Agricultura. Neste caso, a insatisfação teria chegado ao pé do ouvido de Temer na voz dos deputados do PP gaúcho Luiz Carlos Heinze e Jerônimo Goergen.  Ronaldo Caiado é dose até mesmo para os grandes proprietários rurais. Há um consenso de que sua eventual indicação para o Ministério, caso Temer volte uma casa e insista no seu nome, poderá se voltar contra o próprio setor, dada a forte resistência que o senador encontra junto à mídia e mesmo a pequenos e médios agricultores. Estes últimos sempre acusaram a UDR, a casa de Caiado, de defender os interesses do andar de cima do campo. Além disso, o senador carrega a pecha de explorador de mão de obra rural. Ressalte-se, que, em 2013, quando era deputado federal, votou contra a chamada PEC do Trabalho Escravo.

#Agronegócio #PRB

Acervo RR

Trem chinês

27/04/2016
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 Essa, ao que tudo indica, vai cair de mão beijada no colo de Michel Temer. A chinesa CRCC está produzindo, em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), o estudo de viabilidade para a construção de trechos da Ferrovia NorteSul em São Paulo, Goiás e Mato Grosso. Os asiáticos são a grande esperança da EPL para desengavetar o projeto de R$ 2,5 bilhões.

#China Railway Construction Corporation (CRCC) #EPL


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Trem chinês

27/04/2016
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 Essa, ao que tudo indica, vai cair de mão beijada no colo de Michel Temer. A chinesa CRCC está produzindo, em parceria com a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), o estudo de viabilidade para a construção de trechos da Ferrovia NorteSul em São Paulo, Goiás e Mato Grosso. Os asiáticos são a grande esperança da EPL para desengavetar o projeto de R$ 2,5 bilhões.

#China Railway Construction Corporation (CRCC) #EPL


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Lula lança sua campanha de fora para dentro do Brasil

26/04/2016
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 O ex-presidente Lula programa sua caravana internacional para depois de batido o martelo do impeachment. Lula, conforme noticiou o RR na edição de 12 de abril, aposta que o longo prazo fortalece o discurso do “golpe” e que a mídia estrangeira poderá dar uma contribuição inestimável para a volta do PT. Afinal, todos os principais jornais do mundo publicaram que Dilma foi vítima de uma “trama anticonstitucional” e que os responsáveis pela sua queda são acusados de corrupção, sem exceção. Por essa linha de raciocínio, é preciso alimentar esses jornalões e emissoras de televisão. Nas hostes petistas reina a descrença de que os “golpistas” tenham disposição para enfrentar a mídia estrangeira. Os gringos já marcaram sua posição contrária ao impeachment. E Eduardo Cunha, Renan Calheiros e mesmo Michel Temer não são bem os porta-vozes dos sonhos para a missão de reverter a opinião lá fora. Ninguém acredita também que um personagem com respeitabilidade no exterior, a exemplo de Fernando Henrique Cardoso, vá se prestar ao papel de ser o diplomata do impeachment. A última coisa de que se pode acusar FHC é que ele seja tolo.  Com relação a Lula, não faltam pedidos de entrevistas. The New York Times, Le Monde, Le Figaro, El País, The Wall Street Journal, Der Spiegel, entre outros jornais e revistas que desancaram o impedimento de Dilma Rousseff, estão na fila. O minueto entre Lula e Dilma Rousseff dessa vez parece ter sido bem ensaiado. Dilma sabe que está fora do governo. Entre os devaneios palacianos não falta, inclusive, quem a veja saindo do Alvorada antes de conclusos os 180 dias da sua crucificação pelo Senado Federal. Mas a presidente rebate esse gesto como se fosse uma adaga cravada em seu coração. Seu sacrifício até o último dia no cargo é o tributo que pagará pelo fortalecimento da candidatura do ex-presidente em 2018.  Por sua vez, a Lula cabem as acusações do “golpe” e a lembrança do legado do seu governo. Elas são a dupla mensagem com que pretende caminhar até 2018. A caravana holiday do ex-presidente é multiuso. Ela colabora também na blindagem do que vem sendo chamado de “Segundo Golpe”, ou seja, a prisão de Lula. Na pauta estão conversas com organizações de direitos políticos e humanos e chefes de Estado. Dessa vez, a campanha também vai se dar lá fora. E mesmo que haja um esforço concentrado para antecipação da prisão de Lula, não tem jeito, vai dar no New York Times.

#Lula


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Segunda intenção

26/04/2016
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 Não soou bem Michel Temer ter chamado Aécio Neves ao jantar em que sondou Armínio Fraga para a Fazenda. O repeteco ficou pior ainda com o convite a Gilberto Kassab para acompanhar a conversa com Henrique Meirelles. Deu a entender que Temer está mais preocupado com a atração de uma sigla partidária do que uma eminência técnica.


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Curinga

26/04/2016
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 Rubens Ometto, que já foi Aécio, foi Marina e foi Dilma, é hoje um dos empresários mais próximos de Michel Temer. Ometto tem colaborado na formulação de políticas para o setor de energia.

#Aécio Neves #Dilma Rousseff #Marina Silva #Michel Temer #Rubens Ometto


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Temer mexe as peças no xadrez do PMDB

22/04/2016
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 Além de se dedicar à montagem do seu eventual ministério, Michel Temer já ensaia mudanças no tabuleiro do PMDB para 2017. Os movimentos passam pelo Senado e têm como objetivo o upgrade de dois de seus maiores aliados. Temer quer assegurar, desde já, que Eunício de Oliveira seja o próximo presidente da Casa ao fim do atual mandato de Renan Calheiros. Antes disso, Romero Jucá não apenas assumiria em definitivo a presidência do PMDB, no lugar do próprio Temer, como se tornaria também o líder do governo no Senado – cargo que o anfíbio parlamentar ocupou nas gestões de FHC e Dilma Rousseff. E Renan Calheiros? Seu prêmio de consolação seria a liderança do PMDB no Senado.


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Marca do pênalti

22/04/2016
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 Os dirigentes de Corinthians e Vasco respiram aliviados. No momento em que Michel Temer já aquece à beira do gramado, os dois clubes foram os últimos a renovar o contrato de patrocínio com a Caixa Econômica Federal – os cariocas por metade do valor do ano passado. A cartolada está convicta de que a fonte vai secar em um provável governo Temer.

#Caixa Econômica #futebol


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Feliz da vida

22/04/2016
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 A economista Monica De Bolle está dando pulinhos com a indicação de Armínio Fraga a Michel Temer para que ela venha a integrar um futuro governo.

#Michel Temer #Mônica de Bolle


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Impeachment escancara as muitas derrotas de Katia Abreu

20/04/2016
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 Churchill costumava dizer que a política é tão perigosa quanto a guerra, com a vantagem de que, nesta última, só se morre uma vez. A partir de agora, a maior preocupação da ministra Katia Abreu é evitar que a excessiva fidelidade a Dilma Rousseff lhe custe outros óbitos políticos, seja dela própria, seja de seus herdeiros. A corrosão no relacionamento com o PMDB e com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), da qual Katia é presidente licenciada, enfraquece consideravelmente os planos de seu filho, o deputado federal Irajá Abreu (PSD), de disputar a prefeitura de Palmas neste ano. Mais do que isso: ameaça a própria candidatura de Katia ao governo do Tocantins em 2018.  Katia Abreu sempre contou com uma coalizão entre o PMDB e o PSD para alavancar a candidatura de Irajá. Agora, esta aliança é tão incerta quanto a própria permanência de Katia nas fileiras peemedebistas. A ligação siderúrgica com a presidente da República lhe valeu um enorme desgaste junto à cúpula do partido, a começar por Michel Temer e Romero Jucá. Jucá não tolera Katia e a recíproca é absolutamente verdadeira. Foi o senador que enviou à direção do PMDB o pedido de expulsão da ministra da Agricultura do partido após sua decisão de permanecer no governo. Difícil imaginar que uma eventual candidatura de Katia Abreu ao governo do Tocantins decole numa outra legenda. Dos últimos cinco governadores eleitos do estado, quatro saíram do PMDB.  No caso da CNA, a situação de Katia Abreu é ainda mais delicada. Nos últimos dias, a ministra da Agricultura confidenciou a interlocutores que se sentiu traída pela entidade e pelo seu presidente em exercício, João Martins. A rigor, no entanto, se há alguém que mudou de lado foi a própria Katia. Os ruralistas estão onde sempre estiveram. Paciência se Michel Temer foi muito mais hábil em oferecer açúcar às formigas. Deu no que deu. Durante o fim de semana, segundo o RR apurou, a cúpula da CNA teria levado a Brasília cerca de 500 ônibus com agricultores e manifestantes para protestar contra o governo Dilma e engrossar o coro a favor do seu impedimento. Nos três dias que antecederam a votação na Câmara, João Martins realizou uma série de encontros na capital para galvanizar adesões ao afastamento da presidente da República. O último e mais concorrido desses eventos foi um almoço no sábado, com cerca de 80 deputados. O ápice viria no domingo à noite. Tomando-se como base a chamada Frente Parlamentar Agropecuária, que reúne produtores rurais e agregados, apenas 35 dos seus 215 integrantes votaram contra o impeachment da presidente. O índice de apoio a Dilma, de apenas 16%, ficou bem abaixo da contabilidade geral: 26%.


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Temer I

20/04/2016
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 Michel Temer garante que, caso assuma a presidência, não será candidato à “reeleição” em 2018. Mas as duas últimas sondagens de intenção de voto encomendadas pelo PMDB trazem o nome do vice-presidente na pesquisa estimulada. Em tempo: nas duas, ele aparece com menos de 3%.

#PMDB


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Temer II

20/04/2016
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O temor do PT é que o favoritismo de Ana Amélia (PP-RS) para a relatoria do processo de impeachment no Senado não passe de um balão de ensaio. Quando o gás hélio acabar, surgiria, então, o nome de Eunicio de Oliveira (PMDB-CE), um dos componentes da távola redonda de Michel Temer.


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Temer III

20/04/2016
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 Michel Temer e Leonardo Picciani tiveram uma longa conversa na última segunda-feira. Conforme previa o script, Picciani, filho, fará agora sua rápida migração para o colo de Picciani, pai, e do eventual governo Temer.

#Jorge Picciani #Leonardo Picciani #Michel Temer


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Lula sopra para longe a campanha do “Diretas Já”

19/04/2016
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 Diretas já ou em 2018? Esse é o dilema que está dividindo o “Estado Maior” do PT, a começar por Dilma Rousseff e Lula. Apesar do fragoroso baque político, o governo acha que ainda tem fôlego para ressurgir por outro caminho. A presidente, com o apoio do “lulista” Jaques Wagner, defende que se inicie imediatamente a campanha pela antecipação das eleições. Dilma está destroçada e já tinha ensaiado publicamente a proposta antes da votação do impeachment. Nesse caso, o pleito se realizaria em outubro, junto com as eleições municipais. Por essa visão, o ambiente altamente politizado e a expressiva posição de Lula nas pesquisas de intenção de voto favoreceriam a candidatura. Existe também a leitura de que a precipitação da campanha o blindaria contra a Lava Jato. Seria como se a prisão de Lula fosse “um golpe elevado ao quadrado”.  O ex-presidente, contudo, parece preferir o conselho de Leonel Brizola: “Mingau quente se come pelas bordas”. Lula acredita que, depois da euforia promovida pelo mercado, pela mídia e pela parcela do Congresso que cobrará de Michel Temer sua prebenda, o preço de ser o salvador da pátria vai custar caro ao atual vice-presidente. O seu cobertor ficará curto: ou deixará os empresários insatisfeitos em suas elevadas expectativas ou os trabalhadores ao relento. Agasalhar a ambos é uma missão difícil, que não se coaduna com o perfil de Temer e de seus aliados e muito menos com o seu programa de governo. Lula também acredita que o discurso do “golpe” vai render mais no longo prazo. Ele pretende retomar as viagens ao exterior, buscando criar uma consciência nessa direção, de fora para dentro do país. Toda essa coreografia, é claro, dependerá do STF ou de Sergio Moro.  Temer também pretende fazer suas surpresas. Manterá o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ainda que com nova composição, e criará um Conselho Superior da República para o qual espera contar com a participação de Fernando Henrique Cardoso. Os programas sociais de menor custo no orçamento e forte impacto inclusivo, a exemplo do Bolsa Família, Pronatec e Fies, não só serão mantidos como também reforçados. Serão a contrapartida da desindexação salarial, da reforma da Previdência e da flexibilização das relações trabalhistas. A novidade das novidades seria uma campanha de governo contra a corrupção, conclamando a todos a ficarem alertas. Com isso, a gestão Temer manteria aceso o espírito do impeachment. Seus compromissos em um futuro governo se entrelaçam desde já: fazer uma administração capaz de apagar o PT da memória e garantir que as eleições se realizem somente em 2018.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Jaques Wagner #Lava Jato #Michel Temer #PT #Sérgio Moro


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Má lembrança

19/04/2016
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 No último domingo, um dos raros momentos de silêncio no Palácio do Jaburu, onde Michel Temer acompanhou a votação do impeachment ao lado de Eliseu Padilha, Romero Jucá et caterva, ficou por conta da citação no plenário ao nome do ex-ministro Wagner Rossi. Por muito tempo, Rossi foi o homem de confiança de Temer no Porto de Santos.

#Impeachment


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“Vice” do vice

15/04/2016
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 Maldade de um cardeal tucano, ao lembrar que Aécio Neves pregou o impeachment de Dilma Rousseff desde o primeiro dia do segundo mandato: “Com 342 eleitores, o Michel Temer vai chegar aonde o Aécio, com 51 milhões de votos, não conseguiu”.

#Dilma Rousseff #Michel Temer


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Um programa de governo entre a adoção e a orfandade

14/04/2016
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 Atos políticos contundentes e soberanos, enfrentamento aberto dos adversários irrecuperáveis, uso intensivo da comunicação de massa, proposta de plebiscito para questões emergenciais que exigem apoio popular e um novo rito para convocação do Congresso visando a apreciação de projetos de elevado interesse nacional. Segundo fonte do RR na Casa Civil, essas são as linhas gerais da estratégia do governo para assumir com pulso forte o que está sendo chamado de quarto mandato do PT, caso a presidente Dilma Rousseff consiga vencer a dura batalha contra o impeachment neste domingo. Dilma e Lula se dividirão na maior ou menor exposição dessas operações, que também levam em consideração o tempo do ex-presidente no governo, caso ele consiga assumir a Casa Civil, e seu ingresso na campanha eleitoral.  Ambos têm clareza que uma nova gestão precisará ser tonificada com ações de impacto e capital humano de qualidade. Lula é quem vai buscar o “fator gente” para colaborar com as ideias e as formulações necessárias à rearrumação da casa. Tem jeito para a missão. Apesar de todo ódio que é destilado, conversa ao pé de ouvido com o empresariado. E vai ter nova carta ao povo brasileiro. Muita coisa já está pronta, nas gavetas de Nelson Barbosa e Valdir Simão. São reformas da previdência, fiscal e uma versão 2.0 da desburocratização do finado Hélio Beltrão, avançando em medidas para reduzir o Custo Brasil. Terão prioridade as comunicações, a Petrobras e a corrupção. Não será uma surpresa excepcional se o governo abrir um canal de conversação com os procuradores de Curitiba, que são quem detêm hoje os projetos constitucionais mais estruturados para o combate à corrupção. Uma novidade será a busca de grandes parcerias internacionais, que permitam a captação de recursos para investimentos, e de novos acordos externos na área de comércio. A China é uma das mecas, mas cabem na lista países do Oriente Médio, além de todas as agências multilaterais. Lula é um especialista nesse assunto e sempre criticou a presidente por ter uma política externa tíbia, desperdiçando oportunidades raras como o acordo multissetorial assinado com a China, uma peça cheia de fios desamarrados.  E o superávit primário? Bem esse mantra já foi incorporado pelo governo. Aliás, por qualquer um que venha a dirigir o país. Talvez seja tarde demais para Dilma – Lula ainda tem 2018. Mas quem sabe não seria o caso de repetir o lapso cognitivo de Michel Temer e digitar essas linhas gerais para um grupo pensando em outro. Seria uma pena um projeto desses não vir à tona.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Lula


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Minas e Energia

14/04/2016
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 O senador Romero Jucá já rabisca no papel um esboço de partilha dos cargos do setor elétrico no eventual governo Michel Temer. Dá especial atenção à Eletronorte, sua antiga jurisdição.

#Eletronorte

Acervo RR

Minas e Energia

14/04/2016
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 O senador Romero Jucá já rabisca no papel um esboço de partilha dos cargos do setor elétrico no eventual governo Michel Temer. Dá especial atenção à Eletronorte, sua antiga jurisdição.

#Eletronorte


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“Não fui eu”

12/04/2016
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 Leonardo Picciani passou a tarde de ontem negando ter sido o responsável pelo vazamento do “discurso de posse” de Michel Temer.

#Impeachment #Leonardo Picciani #Michel Temer


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Economia segue no breu com ou sem impeachment

11/04/2016
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 A julgar por um relatório de conjuntura do Ministério da Fazenda, a maior previsibilidade decorrente da votação do impeachment não terá um impacto significativo no crescimento do PIB até o fim do governo. Segundo documento interno, ao qual o RR teve acesso, o cenário provável, e não dito, é ainda um pouco pior do que o avalizado pelas previsões do Boletim Focus. A economia desceria a ladeira em torno de 4,5% a 5%, em 2016. Em 2017, a queda do PIB ficaria entre 0,2% e 0,5%. Só em 2018, a taxa negativa seria revertida para um crescimento entre 1% e 1,8%. O Focus mais recente, divulgado em 1º de abril, prevê queda de 3,73% neste ano e crescimento de 0,3% em 2017. O fator considerado determinante para a mudança em direção a um viés mais positivo seria o da implementação de reformas, a exemplo da Previdência, a partir de 2017, o que poderia impulsionar o PIB de 2018. De qualquer forma, sob o ângulo do crescimento econômico, o segundo governo Dilma – mesmo dividido com o primeiro Temer – será imbatível como o período mais negativo da história do Brasil pós-ditadura. No cenário otimista, os números da Fazenda encostam nos do Focus: uma queda do PIB de 3,1% neste ano e alta de 1% em 2017.  Os técnicos acreditam que os pontos mais positivos – ampliação do ajuste externo, expressivo da repatriação de recursos, alguma melhoria nos termos de troca, queda da inflação e redução das taxas de juros – não são estímulos suficientes ao aumento necessário dos investimentos. O governo continuará lidando com o fator Lava Jato e a insegurança que a operação produz junto aos investidores. A Petrobras permanecerá se arrastando neste biênio e contribuindo bem abaixo do seu potencial para o aumento da formação bruta de capital fixo. E a indústria prosseguirá dependente da brisa soprada pelo câmbio, arrefecida em função de uma aguardada fase de valorização do real já a partir do segundo semestre deste ano. Com Dilma Rousseff ou com Michel Temer, a expectativa é que a rearrumação da economia tenha um impacto contracionista do PIB até 2018.

#Dilma Rousseff #Ministério da Fazenda #Petrobras #PIB


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The voice

8/04/2016
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Moreira Franco costura uma série de aparições em programas de TV até a votação do impeachment na Câmara. Como se sabe, quando o “Gato Angorá” mia, ouve-se a voz de Michel Temer.


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Reconciliador

8/04/2016
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 Delfim Netto tem sido um agente facilitador das conversações entre Lula e Michel Temer. Delfim é unha e carne com Temer e foi – ou, pelo menos, diz ter sido – assessor informal de Lula. Na sua própria versão, ele ouve aqui fala lá, ouve lá fala cá.


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2018, já!

7/04/2016
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 A presidência da Câmara é pouco. O projeto político de Jovair Arantes (PTB), relator do processo de impeachment, é disputar o governo de Goiás. Com o apoio do “presidente” Michel Temer.

#PTB


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“Operação Oban” na versão Paulo Skaf

4/04/2016
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 A premissa inverídica é que os empresários associados à Fiesp e pulverizados em meio às festas bacantes pró-impeachment são facilmente manipuláveis e não têm qualquer controle sobre o caixa da entidade. O raciocínio é inspirado na dinheirama que o presidente Paulo Skaf raspou da Federação para financiar sua campanha fracassada a governador de São Paulo sem consultar os empresários mantenedores, que responderam à malversação com abulia e sonolência. Diga-se de passagem, a base aliada de Skaf é o empresariado mais conservador que já passou pelo latifúndio da Fiesp nesses anos todos.  A premissa verídica é que os industriais sabem da gastança na campanha a favor do impeachment e vão cobrar caro do eventual ministro Paulo Skaf, em um provável governo Michel Temer. Já estaria acertada a Pasta do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, contrapartida explícita do dispendioso apoio ao projeto de impedimento da presidente Dilma Rousseff. O combinado não sai caro. As faixas de plástico, a iluminação do prédio da Av. Paulista, os bonecos inflados, os folhetos e anúncios e mais anúncios têm na sua raiz ideologia de alta octanagem. O ódio a Lula, em primeiro lugar, e a Dilma sempre foi muito maior do que a bronca objetiva com os desacertos de ambos. Mas, nesse caso, o útil estaria de mãos dadas com o agradável. Skaf negociou com Temer, com quem toca de ouvido, que o Ministério será de fato da entidade.  Esse “Ministério da Fiesp” foi vendido para as bases como a moeda de troca do apoio financeiro à deposição da presidente – gana por tirá-la todos sempre tiveram. As políticas do setor real da economia seriam primeiramente discutidas nos departamentos de estudos da entidade e depois subiriam para aprovação do baronato da indústria e sua Câmara dos Lordes. Após a obediência a essa hierarquia, desceriam, então, ao Ministério do Desenvolvimento para seguir a tramitação de praxe.  Paulo Skaf acha que essa simbiose entre a entidade e o Ministério vai destravar o setor, permitindo-lhe um suporte único e condições de competitividade eleitoral futura excepcionais. Skaf acredita piamente que esse “Ministério Fiesp” poderá empurrá-lo para a Presidência da República – por mais despropositada que a ideia possa parecer. Aliás, não é de hoje que ele só pensa nisso. Se João Doria se eleger prefeito de São Paulo, o apoio do animador de auditório será automático. Doria será o puxador da campanha presidencial do presidente da Fiesp. E aí há abrigo para os Eduardo Cunha, Romero Jucá, Michel Temer etc. Como diria o ministro Luís Roberto Barroso, do STF: “Meu Deus!”


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Pesquisas reforçam discurso de Lula e Dilma contra o “golpe”

1/04/2016
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 Dilma Rousseff e Lula estão trabalhando intensamente em duas frentes de batalha que se interligam no bordão do governo: “Não vai ter golpe”. Pesquisas encomendadas pelo Planalto asseguram que a mensagem do “golpismo” tem um bom retorno na defesa do mandato de Dilma. O ex-presidente mergulhou de cabeça na repactuação da base aliada. Lula não faz só os agrados de praxe. Ele leva duas mensagens com valor de troca para o seu público: Michel Temer ainda vai experimentar do mesmo prato indigesto de vazamentos e manipulações da realidade; e, se não houver impeachment, aqueles que ficaram com o vice-presidente vão ser servidos com um repasto muito rarefeito. O trabalho de Lula é paciente como o de um tecelão, não obstante o tempo exíguo. Nos últimos dias, ele conseguiu seis importantes defecções do pretenso monólito peemedebista. Nada mais sintomático do que a declaração feita ontem por Renan Calheiros, classificando o rompimento do partido com o governo como uma “decisão precipitada e pouco inteligente”.  Em outro front, Dilma Rousseff aproveitará todas as oportunidades positivas para pendurar o discurso antigolpe – vide o evento de lançamento da terceira fase do “Minha Casa, Minha Vida”. Nesse sentido, Dilma ganhou um trunfo de onde menos se esperava: na economia. Ela começa a colher os resultados de duas árvores tidas por muitos como infrutíferas: as gestões de Joaquim Levy e Nelson Barbosa na Fazenda. O cenário que se avizinha é mais confortável. Seja em função do câmbio, seja pela própria recessão, já é líquido e certo que a inflação vai ceder. A queda dos juros também está no horizonte. O mercado espera uma redução da Selic a partir de agosto. Mas, no Planalto, a torcida é que ela venha já na próxima reunião do Copom, marcada para os dias 26 e 27 deste mês. Nesse caso, a taxa cairia de 14,25% para 14%.  Do ponto de vista político e mesmo no que diz respeito à comunicação com a população, estes fatos, por si só, não têm qualquer impacto. No entanto, devidamente embalados, servem de moldura para o mantra contra o impeachment. Mais importante ainda é a folga no orçamento obtida com o adiamento das metas fiscais pelo ministro Nelson Barbosa. Parte desses recursos será remanejada para programas de cunho social e estímulo à produção. Mais uma vez, a economia poderá ser usada em prol da política na tentativa de conter a avalanche do impeachment. Enquanto Lula sussurra em Brasília, Dilma grita em alto e bom som: “Não vai ter golpe”. É o que resta. Mas pode ser que não seja pouco.

#Dilma Rousseff #Joaquim Levy #Lula #Michel Temer #Minha Casa Minha Vida #Nelson Barbosa #Renan Calheiros


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Dupla aposta via familiar

31/03/2016
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 Enquanto Jader Barbalho deriva para o grupo pró-Michel Temer, Helder Barbalho promete cerrar fileiras com o governo mesmo após deixar a Secretaria de Portos – sua saída do cargo está prevista para amanhã. Ou seja: há método e sintonia entre as famílias do PMDB. Sem qualquer vergonha do plágio, os Barbalho seguem rigorosamente o script assinado pelos Picciani – no qual Jorge morde e Leonardo assopra. Dessa maneira, os dois clãs peemedebistas cravam um duplo na loteria do impeachment. Se Dilma ficar, Helder e Leonardo arrastam seus pais de volta para o governo. Se Temer levar, caberá aos patriarcas fazer as honras da casa e conduzir o embarque dos rebentos na nova gestão.

#Helder Barbalho #Impeachment #Jader Barbalho #Jorge Picciani #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB


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Festa dupla

31/03/2016
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 Gracejo que tem sido feito pelos aduladores de Michel Temer em Brasília: a festa da posse poderá ser feita junto com a celebração dos oito anos de Michelzinho Temer, no próximo dia 2 de maio – duas semanas após a data estimada para a votação do impeachment

Acervo RR

Delfim Netto

24/03/2016
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 Delfim Netto diz que Dilma Rousseff não governa mais. Fala que ela foi responsável pelo desastre na economia. Já articula o ministério de Michel Temer. Sugere o nome de Armínio Fraga na Fazenda e de outros oito craques para as demais pastas. Todo esse frenesi, ressalte-se, usando o epíteto de conselheiro de Dilma e Lula. Como diz a professora Conceição Tavares, especialista em Delfim Netto: “A honestidade intelectual do gordo vai até onde se começa a sua locupletação”

#Delfim Netto #Dilma Rousseff #Michel Temer


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Delfim Netto

24/03/2016
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 Delfim Netto diz que Dilma Rousseff não governa mais. Fala que ela foi responsável pelo desastre na economia. Já articula o ministério de Michel Temer. Sugere o nome de Armínio Fraga na Fazenda e de outros oito craques para as demais pastas. Todo esse frenesi, ressalte-se, usando o epíteto de conselheiro de Dilma e Lula. Como diz a professora Conceição Tavares, especialista em Delfim Netto: “A honestidade intelectual do gordo vai até onde se começa a sua locupletação”

#Delfim Netto #Dilma Rousseff #Michel Temer


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Impeachment de Dilma lava as mazelas de Temer

22/03/2016
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  Michel Temer reza todos os dias pelo impeachment de Dilma Rousseff. A mudança do Palácio do Jaburu para o Alvorada representa bem mais do que um projeto de poder. Significa também a conquista de um salvo-conduto, ainda que simbólico. Colocar a faixa de Presidente da República seria o mais convincente aceno a Sergio Moro e seus procuradores para que deixassem suas denúncias em banho-maria, pois o país não suportaria outro processo de impedimento.  Temer é citado na Lava Jato por uma suposta participação em um esquema de propina vinculado à compra irregular de etanol pela BR Distribuidora. A história de que o vice-presidente recebeu por muitos anos uma mesada informal da estatal já virou lugar-comum, mas essa não seria sua única travessura. Ele teria reinado na Cia. Docas de Santos, uma informação igualmente requentada, não constasse da delação de Delcídio do Amaral. Por meio de sua assessoria, o vice-presidente Michel Temer nega as acusações.  Temer está convicto de que a Presidência da República é um antibiótico de largo espectro. Mesmo porque ele deverá se deparar com um quadro bem mais favorável, marcado pelo arrefecimento da crise política e por um Congresso novamente domável. Na economia, ele herdaria um momento de melhorias já contratadas no governo Dilma, em razão do aumento dos investimentos estrangeiros, do crescimento das exportações e da queda da inflação.  Com relação à mídia, por sua vez, a expectativa é de um noticiário igualmente mais ameno. Sem a queda de Dilma, entretanto, Temer é candidato a um distúrbio neurovegetativo. Fica difícil imaginar que o vice sairá ileso caso a Lava Jato siga no trilho atual. Segundo o RR apurou, a delação de Delcídio do Amaral avançou muitas jardas em relação às denúncias feitas pelo exdiretor da BR João Augusto Henriques, preso desde setembro – vide RR edição 28/ 9. De acordo com uma fonte, Delcidio revelou em novos depoimentos que Temer teria se beneficiado do esquema da BR por mais de uma década. Os pagamentos teriam se iniciado antes da nomeação de Henriques para a diretoria da estatal e perdurado mesmo após a sua saída do cargo. Ainda segundo o informante do RR, Delcídio informou que os recursos repassados a Temer giravam em torno de R$ 70 mil por mês.  A princípio, se comparado aos valores bilionários que caracterizam a Lava Jato, a cifra soa como modesta. Mas, partindo-se da denúncia de que o esquema durou mais de 10 anos, uma conta matemática simples mostra que o vice-presidente teria recebido algo superior a R$ 8 milhões. Ainda segundo a fonte do RR, Temer não seria o único figurão alvejado pela revelação do propinoduto da BR. De acordo com Delcídio, Eduardo Cunha e o então presidente do PMDB em Minas Gerais, o deputado federal Fernando Diniz, já falecido, também se favoreciam do esquema do etanol.

#BR Distribuidora #Cia. Docas de Santos #Delcídio do Amaral #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Impeachment #Michel Temer


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Oito cenários à procura da realidade

21/03/2016
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 As fichas estão sendo apostadas no impeachment de Dilma Rousseff e na prisão de Lula. Mas a ambiência institucional e a volatilidade dos fatos suportam as mais variadas hipóteses, algumas indesejáveis e outras até extravagantes. O RR desenhou seus cenários e deu suas respectivas notas. Escolha o seu. Mas não espere encontrar uma opção tranquilizadora.  CENÁRIO 1: São cumpridos os ritos do impeachment na Câmara e no Senado, e Dilma Rousseff já está pré-condenada por todos. É possível, bem razoável, que Sergio Moro tenha mais alguma gravação “fortuita” para dar o xeque-mate na presidente. Tudo muito rápido. A esquerda patrocina a ideia do exílio de Dilma. Ela vira uma versão grosseira e mal educada de Zélia Cardoso de Mello. Ficará eternamente lembrada como a pior presidente da República de todos os tempos. Nota AAA   CENÁRIO 2: Lula não assume a Casa Civil devido à interpretação condenatória do STF, é preso e, logo a seguir, é sentenciado – no melhor estilo Sergio Moro, a toque de caixa. Pega de 20 a 30 anos de prisão. Algo similar à condenação de Marcelo Odebrecht. A militância do PT desiste de reagir diante do massacre da mídia e da maioria crescente da população, que coloca em dúvida a lisura do ex-presidente. Lula fica engradado e solitário. Esse é o seu pior pesadelo, o do “Esqueceram de mim”. Nota AAa  CENÁRIO 3: Lula consegue assumir o ministério. Faz um discurso seminal em horário nobre. Chama todos à militância. Faz anúncios irresistíveis, a exemplo de um programa de recuperação social e econômica. Lula quebra a espinha dorsal da mídia ao usar à exaustão o horário pago de televisão. Falaria por volta de 10 minutos no horário do Jornal Nacional ou no intervalo da novela das 21 horas. O ex-presidente, com esse show off, reduz a animação dos “coxinhas”. Ainda nesse cenário, Dilma surfa no desarmamento dos espíritos patrocinado por Lula. O impeachment é postergado. Lula e Dilma determinam uma devassa fiscal seletiva e um levantamento de todos os passivos trabalhistas e previdenciários de veículos de comunicação escolhidos a dedo. Nota Bbb   CENÁRIO 4: Lula é preso. Dedica-se a escrever seus diários. Relata como foi perseguido por Sergio Moro, na lenta transformação do regime em um macarthismo verde e amarelo. Com dois ou três anos de cárcere, vai se tornando um ícone, um Nelson Mandela tupiniquim. Nota BBb  CENÁRIO 5: Dilma Rousseff não aguenta a onda e renuncia antes do término da abertura da sessão de impeachment. Lula vence a batalha das liminares no STF e permanece no Gabinete Civil da Presidência. Com um pedido público emocionado de Dilma, segue no cargo mesmo com a renúncia da presidente. Michel Temer assume. Vai governar com Lula. O ex-presidente fica mais à vontade, na medida em que Temer passa a ser investigado no esquema de arbitragem dos preços do etanol na BR Distribuidora e, em segundo plano, do feudo na Companhia Docas de Santos. Nota BBB  CENÁRIO 6: O TSE encontra provas do uso da grana do petrolão para o financiamento de campanha da chapa Dilma/Temer. Game over. Lula é preso. Dilma e Temer rolam o despenhadeiro. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, assume a presidência da República, com o compromisso de realizar eleições em 90 dias. Moro alveja Cunha frontalmente. Assume o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, que carrega um portfólio de denúncias de documento falso, peculato e falsidade ideológica. Renan também cai na rede de Moro. Ascende, então, um togado. O presidente do Supremo – Ricardo Lewandowsky ou, a partir de setembro, Carmem Lucia – cai de paraquedas na Presidência da República. A partir de 2017, portanto na segunda metade do mandato, a eleição do presidente se dará por voto indireto. Os atores que sobem no proscênio da envergonhada política nacional, concorrendo no voto direto ou indireto, são Aécio Neves e Nove cenários à procura da realidade Geraldo Alckmin, Eduardo Paes, José Serra, Ciro Gomes, todos sabidamente patos para Sergio Moro. Sim, restam Marina Silva e Jair Bolsonaro. A julgar pela ausência no momento mais crucial da República, Marina trocaria as eleições no Brasil pelas do Tibet. E Bolsonaro, mesmo que concorra conforme as mais rigorosas normas democráticas, será golpe de qualquer maneira. Nota aaa  CENÁRIO 7: A tensão cresce no país. A nação corre o risco de se transformar em uma praça de guerra. A primeira bala perdida, um número maior de feridos, um confronto corpo a corpo com as forças da ordem e pronto: terão extraído o magma fumegante que assopraram com convicção. Sangue e porrada na madrugada. Dilma, na condição de comandante em chefe, convoca o Conselho Nacional de Defesa, dentro dos estritos ditames constitucionais. Sentados no Conselho, o ministro da Defesa, os três comandantes militares e o chefe da Casa Civil – Lula or not Lula. Juntos, analisam a exigência de se lançar mão do estado de emergência, instituto cabível na situação citada. Golpe? Nenhum, pois a iniciativa está prevista na Constituição. Na excepcionalidade da circunstância, a ordem tem de ser mantida. As negociações com o Congresso e o Judiciário mudam muito! Nota BB+   CENÁRIO 8: O onipresente Sergio Moro avança no seu projeto de dizimar a classe política e refundar o Brasil. Todas as lideranças estão ameaçadas para valer: Lula e Dilma, é claro, mas também FHC, Aécio Neves, Geraldo Alckmin, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, Michel Temer et caterva. Os políticos se reúnem para firmar um pacto, um governo de coalizão nacional, compartilhado entre os partidos. Todos acolhem que esta é a melhor solução não somente para a sobrevivência jurídica, mas para tirar o Brasil do atoleiro. Os líderes acordam que a fórmula para estabilizar a economia brasileira é promover um ajuste relâmpago no estilo Campos-Bulhões. Com o Congresso dominado, é pau na máquina. Nota CCC

#Dilma Rousseff #Impeachment #Lula #Michel Temer #Sérgio Moro


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Presidência da Câmara

1/03/2016
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 A um ano da eleição para a presidência da Câmara – isso se Eduardo Cunha completar o mandato – o PMDB já trabalha para se manter no cargo. A prioridade de Michel Temer, neste momento, é debelar disputas internas e sancionar uma candidatura desde já. O nome de sua preferência seria o de Jarbas Vasconcelos, de Pernambuco.

#Eduardo Cunha #Michel Temer #PMDB


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Jader x Temer

17/02/2016
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  A ala governista do PMDB cogita lançar a candidatura de Jader Barbalho à presidência do partido na convenção de março. Michel Temer, no cargo desde 2001, é favorito a mais uma reeleição.

#Jader Barbalho #Michel Temer #PMDB


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Carta de fiança

3/02/2016
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 Marta Suplicy não tem levado a sério a informação de que Gabriel Chalita ficará no PMDB e fará oposição à sua candidatura. Marta recebeu essa garantia de Michel Temer quando ingressou no partido.

#Marta Suplicy #Michel Temer #PMDB


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Rasteira

20/01/2016
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 A relação entre Michel Temer e o governador Paulo Hartung passa por forte turbulência. O vice-presidente está convicto de que Hartung foi o artífice da saída do senador capixaba Ricardo Ferraço do PMDB, com o intuito de preparar o terreno para o seu próprio desligamento do partido. Ferraço é um dos grandes aliados de Temer no Senado. Claro, não mais do que José Serra.

#José Serra #Michel Temer #PMDB


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Coadjuvante

18/01/2016
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 O vice-presidente Michel Temer terá uma participação razoavelmente discreta no programa do PMDB que vai ao ar no próximo dia 25. Bem diferente da última exibição do partido em rede nacional, em setembro do ano passado, quando Temer comandou o show e entoou seu cântico da “unificação nacional”.

#Michel Temer


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Provável decolagem

12/01/2016
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  Entre os deputados Mauro Lopes e Newton Cardoso Junior, que disputam a indicação para a Secretaria de Aviação Civil, a balança do Planalto pende para este último. Além de aquietar a bancada mineira e esvaziar a candidatura de Leonardo Quintão à liderança do PMDB na Câmara, o governo enxerga na nomeação de “Cardosinho” uma forma de afagar o vice-presidente Michel Temer. O deputado tem ótima relação com Temer, herdada de seu pai, “Cardosão”.


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Catilinária

4/01/2016
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 A exemplo do vice-presidente Michel Temer, Eduardo Cunha não fica um só dia sem trocar um dedo de prosa com o ministro do Turismo, Henrique Alves.  Alvo de recente operação da Polícia Federal, o ministro da Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, passa os dias repetindo a seus interlocutores que não tem qualquer relação com Eduardo Cunha. Agora, é tarde.


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Próximo round

23/12/2015
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 Michel Temer não desiste de destronar Leonardo Picciani. Articula a candidatura do deputado federal Baleia Rossi ao cargo de líder do PMDB na Câmara – a nova eleição está marcada para fevereiro.

#Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB


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Ressurge projeto de Sarney

21/12/2015
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 Um dia, o ex-presidente José Sarney manda sinais para Michel Temer; no outro, envia anagramas para Dilma Rousseff. A única coisa objetiva desse sopra lá sopra cá foi o recado de que ele se sentiria muito gratificado com a ressurreição de um empoeirado projeto: a criação de um regime de Zona Franca em Macapá e Santana, no Amapá. Trata-se de um pleito antigo, que foi colocado e recolocado na mesa inúmeras vezes. Mas a disputa pelo impeachment parece ser a oportunidade certa para que o desejo do velho marimbondo de fogo seja, enfim, atendido.

#José Sarney #Michel Temer


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Quem será o novo ministro da Fazenda?

17/12/2015
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  Agora, parece que vai mesmo. Sem as propaladas cartas de demissão, Joaquim Levy deve deixar o governo agastado, após trabalhar que nem um mouro sem contar com um minuto sequer de apoio do governo. Mas, rei morto, rei posto. O RR faz seu ranking de candidatos ao cargo, com o respectivo par no Ministério do Planejamento. Não se espantem com o brutal coeficiente de dispersão. Ele reflete a atual geleia brasileira.  Otaviano Canuto na Fazenda com Nelson Barbosa no Planejamento: 69%. Canuto seria um desagravo ao próprio Levy, que o teria indicado para o cargo. Hoje, se encontra esquentando cadeira no Banco Mundial. Contra sua indicação a indisposição de trabalhar com Barbosa em permanente estado de fritura.  Nelson Barbosa e Luiz Guilherme Schymura: 65%. Uma dobradinha cantada já há algum tempo. Schymura tem um bom temperamento e afinou as ideias com Barbosa no Ibre, quando o convidou para trabalhar na casa durante um interstício da sua missão do governo. Dá Barbosa na Fazenda.  Luiz Gonzaga Belluzzo: 30%. Tem lá suas convicções cepalinas, com a vantagem de mudar de ideia conforme a circunstância. De sorte, pode se acasalar bem com Barbosa. Uma dica: Dilma Rousseff adora Belluzzo.  Aloizio Mercadante: 4%. É um coringa: tanto pode ser um “aspone” quanto titular da Fazenda. Levará o Congresso à loucura e a mídia ao delírio. As negociações políticas avinagrarão e os vazamentos transformarão Watergate em jardim da infância. Até dá para ser com Barbosa, mas ele preferiria um empresário. Quem? Quem?  Luciano Coutinho: 2%. De temperamento zen, qualificadíssimo, com a confiança de Dilma, é bem capaz de alinhar com Barbosa. A contraindicação é o papel que lhe foi confiado de tourear os pepinos do governo  Henrique Meirelles: 0,5%. Essa última operação de contrainformação lançando-o como candidato a ministro de Michel Temer o transformou de solução em proscrito. De qualquer forma, fica uma fezinha, porque, com Dilma, tudo é possível. A aposta é em qualquer nome para o Planejamento, menos Barbosa.  Jorge Gerdau: 0,5%. Entoaria os versos de “Trabalho”, uma das orações preferidas de Lutero (Senhor, meu Deus, meus bens e meu cargo não estão sob o meu poder). Carregaria Vicente Falconi para o governo, onde ele se destacaria por falar invariavelmente a mesma coisa.  Abílio Diniz: 0,2%. Montaria uma academia de ginástica no gabinete da Fazenda e levaria o Tarpon para fazer o planejamento do governo.   Luiz Carlos Trabuco: – 100%. Um sonho tão inviável como sempre foi.  José Serra: – 1.000.000%. Delírio total! Pura provocação.

#Joaquim Levy


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Carta de aniversário

16/12/2015
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 Anedota que corria no Planalto na noite da última segunda-feira após a aniversariante Dilma Rousseff ter citado no Twitter o telefonema que recebeu de Barack Obama: Michel Temer vai enviar uma carta à Dilma queixando-se de que deu os parabéns oito horas antes de Obama e, ainda assim, não foi agraciado sequer com uma linha nas redes sociais

#Barack Obama #Dilma Rousseff #Michel Temer


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Impeachment de Dilma traz o fantasma do “Volta, Lula”

15/12/2015
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 O empresariado paulista está dividido em relação ao impeachment de Dilma Rousseff. De um lado, a “banda de música” da Fiesp, regida por Paulo Skaf, faz campanha aberta em favor do impedimento. De outro, empresários “mais cabeça”, como Pedro Passos, Carlos Alberto Sicupira e Paulo Cunha, entre outros, ponderam, à boca pequena, que o afastamento da presidente da República pode resultar em novos problemas sem trazer soluções correspondentes. Nenhum dos grupos empresariais citados nutre simpatia por Dilma ou por seu governo. Mas as duas correntes têm sensibilidades distintas em relação ao impeachment. Enquanto Paulo Skaf lidera oligarcas raivosos, que apoiam o fuzilamento do mandato da presidente na expectativa de substituí-la por um representante autêntico – Michel Temer é quase um “membro de honra” do clube –, a outra turma enxerga um ambiente social tumultuado e o risco de um “sebastianismo lulista” em 2018.  Para o grupo reacionário que domina a Fiesp, o PMDB seria uma opção preferencial ao PSDB. O partido do vice-presidente Michel Temer e a entidade estão entremeados por raízes fisiológicas com o mesmo parentesco. Paulo Skaf enxerga em um mandato Temer a ponte para sua própria escalada ao Palácio do Planalto, reconstituindo uma era em que operários estavam aprisionados a sua condição social, cabendo à burguesia empresarial a condução do país. Com esse propósito obsessivo, os extremistas da Fiesp têm aberto o cofre para financiar uma campanha contra o governo de Dilma com paralelo somente no período pré-golpe de 64. Os empresários mais arejados, que se encontram, em parte, ligados ao Iedi e ao protopartido Rede, temem que o impeachment de Dilma acabe resultando em um falso combate ao mal que abateu o PT com mais do mesmo veneno. Anteveem também as ruas roucas e indignadas com a receita de política econômica do novo governo, que vai dizimar salários e empregos com sua “ponte para o futuro”. Curioso: trata-se da mesma receita que Dilma está implementando e implementará, caso escape das manobras para o seu afastamento.  Os empresários divergentes da Fiesp consideram o impeachment um presente para Lula, que retomaria o comando da oposição, despindo-se da fantasia de defensor-mor de Dilma Rousseff. Sem o contágio da gestão da presidente e podendo atirar contra tudo e contra todos, em um ambiente de recessão e queda da renda, Lula seria um adversário temível em 2018. Para esse grupo empresarial, a questão que se põe é qual o cenário menos pior: mais três anos de Dilma Rousseff ou a escalada de Lula à presidência em 2018. Progressistas ou reacionários, os empresários concordam nesse ponto: o risco de um quinto mandato do PT deve ser debelado de qualquer maneira. Até onde estão dispostos a ir contra o “Lula lá” é o que os diferencia.

#Dilma Rousseff #Fiesp #Impeachment #Lula #Paulo Skaf


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Malvadeza

15/12/2015
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 No Palácio do Planalto todos se divertem quando se comenta a suspeição de a equipe econômica ter vazado o nome de Henrique Meirelles para o ministério da Fazenda em uma gestão Michel Temer. Contudo, a gargalhada é geral quando se diz que o vazador foi José Serra.


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Jader Barbalho é um aliado sem porto seguro

14/12/2015
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  Como se não bastasse a perda definitiva do investment grade na relação com Michel Temer, Dilma Rousseff terminou a semana contabilizando outro downgrade na aliança com o PMDB, mais precisamente o PMDB de Jader Barbalho. O senador interpretou como um ataque direto e pessoal a decisão do governo de retirar o porto de Vila do Conde, no Pará, da relação de terminais licitados na última quinta-feira. A exclusão atingiu Jader na geografia e na genealogia. Filho do senador, o ministro de Portos, Helder Barbalho, trabalhou até o último instante para que Vila do Conde fosse incluída no leilão. Propôs, inclusive, uma ampliação do prazo de inscrição com o intuito de ganhar tempo para atrair as grandes tradings de soja que escoam a produção do Centro-Oeste pelo norte do país. Foi voto vencido. Na Hora H, o ministério do Planejamento jogou o porto de Vila do Conde para escanteio.  Os Barbalho não olham para a licitação da última quinta-feira, mas, sim, para 2016. O receio é que a decisão do governo comprometa o arrendamento de outras 21 áreas no Pará previamente incluídas no pacote de 93 terminais que deverão ser licitados ao longo do próximo ano. Será um desprestígio para o clã, que tanto tem trabalhado a favor do Planalto no Congresso. No ano que vem, o partido, ou melhor, Jader pretende lançar candidato próprio em diversas cidades portuárias do Pará, como Itaituba, Barcarena e Santarém.

#Dilma Rousseff #Jader Barbalho #Michel Temer #PMDB


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Tudo a temer

14/12/2015
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 Michel Temer vai passar o período pré-natalino expondo em vários estados e para diversos públicos o programa econômico do PMDB, “Uma ponte para o futuro”. Essa é a sua forma de demonstrar o quanto e fértil é sua relação com Dilma Rousseff.  Em tempo: não está prevista qualquer apresentação de Temer no Rio de Janeiro. O PMDB carioca não quer ponte alguma com o vice-presidente

#Dilma Rousseff #Michel Temer #PMDB


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Alçapão

11/12/2015
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 A ala pró-impeachment do PMDB já contabiliza os votos dos pedetistas no Congresso. Aliados de Michel Temer estão convictos de que basta um empurrãozinho para o PDT deixar o governo.

#Impeachment #PDT #PMDB


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Escalação

11/12/2015
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 Além de José Serra, candidatíssimo a ministro de seu eventual governo, Michel Temer vem mantendo intensa interlocução com outro senador tucano: Aloisio Nunes Ferreira

#José Serra #Michel Temer


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Procura-se o mordomo do vazamento

9/12/2015
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  Procura-se Wally. O vazamento da carta enviada por Michel Temer a Dilma Rousseff é um “crime” ainda sem cadáver. Até o início da noite de ontem, proliferavam suspeições de um lado e de outro, com farta dose de vazamentos sobre o vazamento. No Palácio Jaburu, o próprio Temer assistiu às mais variadas versões disseminadas pelo seu próprio partido. Como o teor da carta foi metralhado por parcela expressiva do PMDB, o vice-presidente eximiu-se da divulgação da missiva. Muito embora o envio da mensagem só fizesse sentido político se vinculado ao vazamento. Até aí morreu Neves. É nesse ponto que surgem os demais personagens da pantomima.  Ao longo do dia, Temer vazava que Jaques Wagner havia sido o vazador. Para “evitar polêmica”, o Planalto não se posicionou oficialmente em relação à carta do vice-presidente. Mas também tratou de vazar a sua lista de prováveis vazadores. A relação de suspeitos era encabeçada por Moreira Franco, por sinal citado na epístola como um “ministro brilhante”. Um pouco atrás, vinha o agora ex-ministro Eliseu Padilha, a exemplo de Moreira um histórico e fiel aliado de Temer. Colocado na roda, Padilha também tratou de encontrar o seu culpado. Vazou que o vazador poderia ser Leonardo Picciani. Em tempo: enquanto Temer vazava que Jaques Wagner vazava que Moreira Franco vazava que Eliseu Padilha vazava que Picciani vazava, Aloizio Mercadante passava o dia inconsolável. Ninguém cogitou seu nome como responsável pelo vazamento. Em outros tempos, seria uma aposta certa.

#Aloizio Mercadante #Dilma Rousseff #Eliseu Padilha #Jaques Wagner #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB


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“Lulia, lá”

9/12/2015
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 Com indisfarçável sarcasmo, um ministro petista lembrava ontem que o último sobrenome de Michel Temer é Lulia


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Contravento

8/12/2015
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 O vice-presidente Michel Temer já foi informado de que 11 congressistas, a maioria do PT, vão pedir seu impeachment caso sejam encontradas as digitais do PMDB em uma eventual deposição da presidente Dilma. O motivo é o mesmo: quando substituiu Dilma Rousseff na presidência por circunstância de viagem, Temer assinou decretos autorizando pedaladas fiscais.


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Horário eleitoral

30/11/2015
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 Michel Temer, aquele que diz “2018 só em 2018”, acalenta a ideia de produzir pequenos pronunciamentos para serem vinculados semanalmente nas redes sociais.

#Eleição Nacional -2018 #Eleições #Michel Temer


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O que se passa na cabeça de Leonardo Piccinani?

23/11/2015
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 Leonardo Picciani tem passado ao largo de alguns importantes eventos do PMDB. Nos últimos 15 dias, não compareceu ao lançamento do documento “Uma Ponte para o Futuro – transformado numa festa particular de Michel Temer – e faltou a dois encontros seguidos de deputados do partido em Brasília, um deles organizado pelo bancada do Rio. Há quem diga que ele tem dedicado seu tempo às articulações para indicar o irmão, Rafael Picciani, como candidato do PMDB à Prefeitura do Rio. Puro diversionismo. No momento, Picciani só pensa naquilo: fazer campanha para suceder Eduardo Cunha na presidência da Câmara dos Deputados.

#Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB


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Uma pergunta ao vento no Santos Dumont

19/11/2015
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 Com expressão apreensiva, o ex-senador Jorge Bornhausen devorava o noticiário de política do Estadão ontem à tarde, na ponte aérea São Paulo-Rio. Concentrava-se com especial atenção na matéria sobre a declaração blasé do vice-presidente Michel Temer, afirmando que “por enquanto” não quer o Planalto. O RR aguardava uma oportunidade para conversar com o vizinho da poltrona 14 C do voo 6010. A pergunta estava na ponta da língua: “O senhor acha que o Brasil sofre um déficit de autoridade?”  O ex-senador parecia ter adivinhado a questão sob medida, pois, assim que o avião pousou no Santos Dumont, paramentou-se com os indevassáveis óculos Ray-Ban. A lembrança de tempos ainda mais ameaçadores não conteve o ímpeto do RR em ouvir o “Alemão”.  No saguão do aeroporto, a abordagem estava preparada. Mas eis que do nada surge a figura de Elio Gaspari. Bornhausen abriu um sorriso quase juvenil e ambos se abraçaram efusivamente. O RR jogou a toalha: a entrevista acabou antes mesmo de começar. Era impossível invadir aquele encontro. O Santos Dumont ficou pequeno.


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Inimigo meu

13/11/2015
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Notícia que Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha não gostariam de ler. Na Lava Jato, a expectativa é que o acordo de delação premiada do lobista João Augusto Henriques seja sacramentado na próxima semana.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Michel Temer #Renan Calheiros


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Ponto futuro

10/11/2015
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 Michel Temer tem feito seguidos afagos a dois dos principais líderes do DEM, o senador José Agripino Maia e o deputado Mendonça Filho. Coisa de quem está empenhadíssimo em montar sua própria base aliada.

#Michel Temer


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“É doce morrer no mar…”

23/10/2015
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Michel Temer está com uma expressão exangue de dar medo. Volta e meia, canta a melodia de Caymmi: “É doce morrer no mar…” Temer tem um interesse todo especial por portos, navios e outros assuntos marítimos.


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Sinfonia de Mozart

9/10/2015
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Michel Temer convidou Mozart Vianna de Paiva, que recentemente deixou a Subchefia de Assuntos Parlamentares da Secretaria de Relações Institucionais, para integrar sua equipe. Mozart, que auxiliou Temer durante sua passagem pela articulação política, toca de ouvido as mais diferentes partituras do Congresso Nacional. Por 18 anos comandou a secretaria geral da Mesa Diretora da Câmara. Temer sabe que é um desperdício – e um risco – deixar um quadro desses solto por aí.

#Michel Temer


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Serra é o embaixador do governo Temer

29/09/2015
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O senador José Serra já se escalou como titular absoluto em um eventual governo Michel Temer. Até aí, morreu neves. O fato novo é que ele não almeja o Ministério da Fazenda, conforme nove entre dez analistas propalam aos quatro ventos. Serra quer ser chanceler, assumir com pompa e circunstância o Ministério das Relações Exteriores e fazer uma revolução na política externa brasileira. Segundo um dos seus mais próximos interlocutores, Serra considera que pode ser um ponto fora da curva nas Relações Exteriores, repetindo sua performance no Ministério da Saúde. Imodesto, ele estaria convencido de que foi o mais destacado protagonista da Pasta da Saúde em todos os tempos. Embarcar no Ministério da Fazenda em meio à turbulência de um eventual governo Temer, seria comprar um desgaste enorme com baixo retorno vis-à- vis suas ambições políticas. Ele raciocina, maquiavelicamente, que conseguiria influenciar a Fazenda pelo Itamarati, mesmo porque já deixou um programa econômico praticamente pronto nas mãos de Temer. As eventuais semelhanças com a trajetória de Fernando Henrique Cardoso param no cargo em comum. O ex-ministro se sente mais confortável se a comparação for com Azeredo da Silveira, chanceler todo-poderoso da era Geisel. Serra pretende ser lembrado pelo número de acordos bilaterais, reconstruindo a diplomacia de comércio exterior. Seus projetos são pilotar uma grande parceria com a China; assumir um papel proativo na questão ambiental; e ampliar a participação das agências multilaterais – e o compromisso delas – com o Brasil. O Itamarati rivalizaria somente com a Fazenda em força e prestígio. Não obstante a notória competência, quem conhece a obsessão de José Serra torce mesmo para que ele fique uma boa parte do tempo fora do país. Melhor assim para todos.

#José Serra #Michel Temer


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A figuração de Eduardo Cunha

28/09/2015
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Para um ministro petista, que se deu ao trabalho de cronometrar as falas de cada um dos participantes do programa do PMDB, na última quinta-feira à noite, o partido fez questão de expor em rede nacional o isolamento de Eduardo Cunha. Além do “candidato” Michel Temer, o âncora do show, todos os demais líderes da sigla tiveram ao menos 10 segundos para proferir suas mensagens dúbias em relação ao governo Dilma. Moreira Franco ficou no ar por 16 segundos. O governador gaúcho José Ivo Sartori, 14 segundos. Renan Calheiros falou por 10 segundos. Já o presidente da Câmara teve somente sete segundos na edição final, o suficiente para uma única frase. Para efeito de comparação, foi o mesmo tempo concedido à novata Simone Morgado, que cumpre apenas seu primeiro mandato como deputada federal. Se serve de consolo para Cunha, Leonardo Picciani, o aluno que deu uma volta no mestre, teve os mesmos sete segundos.

#Eduardo Cunha #José Ivo Sartori #Leonardo Picciani #Michel Temer #Moreira Franco #PMDB #Renan Calheiros


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Muito a temer

28/09/2015
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Há simplesmente pavor com a prisão do empresário João Augusto Rezende Henriques. Teme-se que ele traga à tona, em sua delação, uns esqueletos enterrados na BR Distribuidora. O destaque entre as ossadas são gigantescos contratos para a compra de etanol e uma participação especial do vice-presidente Michel Temer.

#BR Distribuidora #Michel Temer


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Os 30 dias que abalarão os restos do governo Dilma

24/09/2015
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O ano de 2015 acabou. Resta olhar para o porvir. O calendário dos próximos 30 dias vai determinar os próximos três anos. Em qualquer das hipóteses, as decisões a serem tomadas não significarão melhores dias nesse intervalo, mas, dependendo das resoluções, o ruim pode piorar ainda mais. Partindo-se da premissa de que a reforma ministerial já está precificada, a agenda da sinistrose começa na próxima segunda-feira, com a divulgação pela Fundação Perseu Abramo, uma espécie de think thank do PT, de um documento pilotado pelo ex-presidente do Ipea Marcio Pochmann. Além das críticas de praxe à condução da política de estabilização, o arrazoado trará propostas de arrepiar o cabelo, tais como: a recompra de títulos com expansão da base monetária, o que hipoteticamente levaria à queda de juros; redução do compulsório bancário com o crédito direcionado para a expansão do consumo; e CPMF de 0,38%, com o objetivo de redistribuição de recursos para os governos estaduais, sabidamente quebrados. O plano da “novíssima matriz econômica” aceitaria tacitamente uma inflação anual de até 15%, que, por essa lógica transversa, ajudaria a fechar as contas do governo. Algo assim como curar uma facada com doses de morfina. Na hora, alivia a dor, mas, no tempo, mata. O feixe de medidas aparenta ser non sense, mas o governo Dilma Rousseff também não pode ser observado sob a ótica da racionalidade. Ela própria sempre demonstrou simpatia por essa linha de pensamento. O simples fato de o documento vir à tona já vai provocar febre na selva do mercado. Digamos que esse receituário seja só um susto. Ainda assim, os próximos dias prometem. A partir de hoje, com a viagem de Dilma para os Estados Unidos, o Brasil poderá experimentar como o mordomo de velório, Michel Temer, pilota o comboio da crise em meio a rumores de toda a ordem. Ontem mesmo, circulou freneticamente no mercado o boato de que Joaquim Levy já teria anunciado sua decisão de deixar o cargo. Para a semana que vem, as emoções fervilham, com a divulgação da nova pesquisa do Ibope sobre a popularidade de Dilma Rousseff. Não custa lembrar que no último levantamento, de julho, apenas 9% consideraram o governo “bom” ou “ótimo”. Imagine o que ocorreu de lá para cá. Que ninguém relaxe: logo depois vem o Datafolha. Ainda na próxima semana, o Congresso votará os seis vetos presidenciais restantes, entre eles os dois mais nevrálgicos: o reajuste do Judiciário e a vinculação do reajuste do salário mínimo a todos os benefícios do INSS. A montanha russa continua nos dias seguintes, com a expectativa do anúncio pela Fitch da mudança ou não da nota de crédito do Brasil. Para a segunda quinzena de outubro, está prevista a votação do relatório do TCU sobre as contas do governo Dilma em 2014. Nos dias 20 e 21 de outubro, o Copom poderá, ou não, retomar o ciclo de alta dos juros. Na última semana do mês, mais um ingrediente entra no caldeirão: a reunião do FED, marcada para os dias 27 e 28 de outubro. Todas essas medidas estão emolduradas pela variação do dólar no período, que pode levar o BC a vender alguma parcela das reservas cambiais em moeda física. O busílis é saber qual será essa cotação. Especulava-se ontem no mercado que o overshooting poderia ir de R$ 5 a R$ 6. Tudo isso pode ser absolutamente irracional. Ou não.

#CPMF #Dilma Rousseff #Fundação Perseu Abramo #Joaquim Levy #Michel Temer


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Vice da indústria

1/09/2015
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Michel Temer descobriu um nicho de mercado. Depois do jantar patrocinado pela Fiesp, já teriam chegado ao Palácio do Jaburu convites das federações das indústrias de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

#Fiemg #Fiergs #Fiesp #Michel Temer


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O empresariado engajado no autoengano de Dilma

31/08/2015
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A disposição de Dilma Rousseff em criar um núcleo duro empresarial no seu governo, com forte participação em uma futura reforma ministerial, está esbarrando na diversidade dos interesses e ideias da categoria. O apoio do empresariado foi apresentado à presidente como uma terceira via para lidar com a borrasca perfeita do seu governo: base aliada dividida, Congresso hostil, crash de popularidade, corrupção, ministério fisiológico, inflação, recessão etc. A ideia de trazer a burguesia para compor a regência é um chiclete mastigado. Lula defende um diálogo maior com o setor privado desde a formação do ministério do segundo mandato. O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tem bons amigos entre os empresários, é entusiasta antigo dessa aproximação e adepto da criação de um conselho consultivo de dirigentes do setor privado – a presidente ouve falar em conselheiros e quer logo pegar em uma pistola. Na última vez, mirou o alvo e assassinou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Joaquim Levy veio bater na mesma tecla de atração do empresariado. A estratégia caiu na boca do povo, e ministros como Armando Monteiro e Nelson Barbosa, além dos “aliados” Michel Temer e Renan Calheiros, correram para os braços dos empresários. Os interesses nesses jantares, almoços e reuniões variam do oportunismo mais rastaquera até nobres tentativas de apoio. Em comum, o fato de que todos batem cabeça. Os empresários não têm “uma agenda para o desenvolvimento”, até porque, “agendas” – enfatize-se o plural – é o que não falta. Não há nada nesse empresariado que lembre os Srs. Augusto Trajano de Azevedo Antunes, Gastão Bueno Vidigal, Antonio Gallotti, Walther Moreira Salles, Amador Aguiar, Cândido Guinle de Paula Machado e… Roberto Marinho. Uma elite orgânica, conservadora modernizante, frequentadora entre si, empreendedora, com um projeto permanente de conquista do Estado e ciosa de previsibilidade. O atual rating dos endinheirados varia conforme as notas sobre a gradação financeira, respeitabilidade, presença na mídia e dependência financeira do governo. Há análises combinatórias. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, tem relacionamentos com o governo, respeitabilidade e porte financeiro. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, respeitabilidade e grana, mas nunca foi bem visto no Planalto. Jorge Gerdau, arroz de festa nas especulações ministeriais, é, no momento, potencial candidato a pedir o auxílio do governo. O presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, já foi aspirante a ministro da Fazenda antes de Joaquim Levy. É identificado como um sincero colaborador. Os dirigentes da Natura, Guilherme Leal e Pedro Passos – este último presidente do IEDI – são anunciados como presentes em todos os encontros, mas nunca participaram de nenhum. E tome de Benjamin Steinbruch, Rubens Ometto, Edson Bueno, Cledorvino Belini, Joesley Batista e tantos e tantos outros. Ressalvas para Paulo Skaf, considerado pelos seus pares o “Guido Mantega do empresariado”. São tantas as diferenças para um único consenso: Dilma é vista por todos como um estorvo. Se a realidade refletir o que é dito pelos empresários à boca pequena, o apoio à presidente não passa de um autoengano de Dilma.

#Benjamin Steinbruch #Bradesco #Dilma Rousseff #Gerdau #IEDI #Itaú #Joaquim Levy #Jorge Gerdau #Lula #Michel Temer #Natura #Paulo Skaf #Renan Calheiros #Roberto Setubal #Rubens Ometto


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Palacianas

27/08/2015
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Apesar do tenso encontro da semana passada no Palácio do Jaburu, quando o vice-presidente se alterou e chegou a bater com os punhos na mesa, Michel Temer tem mantido uma intensa interlocução com Lula. Seus assessores, inclusive, se deram ao trabalho de calcular: são três conversas em média com o ex-presidente para cada diálogo com Dilma Rousseff. *** Observação de um dos poucos ministros ainda próximos de Dilma Rousseff: “Hoje, o governador mais chegado à presidente é um tucano, Marconi Perillo. É o fim da picada e do governo”.

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer


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A festa

24/08/2015
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A vice-primeira-dama, Marcela Temer, dedica-se aos preparativos para a festa de 75 anos de Michel Temer, que serão completados no dia 23 de setembro. No PMDB, os mais endiabrados só se referem ao evento como “cerimônia de posse”.

#Michel Temer


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Captura

19/08/2015
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 Todos os dias, Michel Temer tem reservado um tempo para afagar e catequisar Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara dos Deputados. Não é de se estranhar, portanto, o gradual afastamento entre Picciani e Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Leonardo Picciani #Michel Temer #PMDB


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Temer e Serra já provocam calafrios em Brasília

14/08/2015
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O projeto Temer/Serra pode ser resumido em três linhas mestras: revisão constitucional para flexibilizar as vinculações do orçamento; reforma do Estado, com o objetivo de modernização da máquina pública; e privatização acelerada. No pensamento de José Serra não há ajuste fiscal que funcione sem a adoção conjunta dessas medidas. Por sua vez, esse programa somente cabe em um novo governo, com o controle do Congresso, na medida em que está alicerçado em PECs de toda a ordem. Ou seja: é necessária praticamente uma miniconstituinte da economia. Por tudo que foi dito, parece uma articulação improvável, para se dizer o mínimo. Por que o PMDB abriria esse espaço para José Serra? E por que Serra, uma figurinha carimbada do PSDB, deixaria o partido pelas costas? A fonte do RR é de primeira grandeza. Ela garante que a chegada de Serra ao PMDB seria uma ação isolada e individual. Ele entraria no partido apenas como um quadro técnico. Pode até ser, mas é difícil. Basta lembrar de sua notória pretensão de se candidatar à Presidência da República. Serra tem muito claro que a direita do PSDB se alinhará com Aécio Neves. O espaço de protagonismo com Geraldo Alckmin também é limitado. Michel Temer é o futuro que lhe acena com as mãos mais firmes e seguras. O vice-presidente, por sua vez, necessita de um programa de governo para chamar de seu, a despeito do que venha a ocorrer no Palácio do Planalto. Portanto, com ou sem Dilma Rousseff. O suposto Plano Serra desata os nós estruturais da economia, preservando o gasto social. Aliás, com apenas 8% do orçamento sem algemas, fica impossível a manutenção das políticas de inclusão sem as mudanças profundas propostas pelo economista. Serra dedicaria um capítulo especial ao fortalecimento e revalorização da Petrobras, não somente pela importância da companhia para a retomada dos investimentos em infraestrutura, mas também pelo que ela significa como símbolo de orgulho nacional. Não custa lembrar que é de sua autoria o projeto de lei que desobriga a Petrobras a ter 30% em todos os campos do pré-sal. O RR perguntou a sua fonte até que ponto estavam avançadas essas conversações. A resposta foi que a matéria-prima da política é o desejo. O que se pode dizer, de certo, é que as tratativas existem. José Serra tem uma equipe de oito assessores trabalhando direta ou indiretamente com ele na elaboração de projetos de lei um número maior do que o de auxiliares de Joaquim Levy na Fazenda. Parece até que o mundo conspira para o inusitado encontro entre o mordomo de velório e o vampiro da Pauliceia. Brasília ficaria ainda mais assustadora. Às vezes, o insólito acontece.

#José Serra #Michel Temer


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Renan tem seus 15 minutos de fama e descrédito

12/08/2015
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Renan Calheiros quer tudo ao mesmo tempo agora: criar um oceano entre ele e Eduardo Cunha, resgatar o protagonismo perdido para Michel Temer e purificar-se aos olhos incautos dos consumidores de factoides. Quem sabe não queira também fincar as bases de um “parlamentarismo branco”, de olho na disputa em seu próprio partido. A agenda da Terra do Nunca apresentada pelo presidente do Senado ao ministro Joaquim Levy é um conjunto de 27 propostas que vem se arrastando no Congresso como um ser invertebrado. As medidas, quando passaram pela porta do Executivo, foram malhadas de pancada pelo corporativismo dos  Ibamas, Feemas e Funais da vida (casos do fast track para a aprovação de licenças ambientais e da flexibilização das regras para investimentos em zonas costeiras e áreas naturais). Difícil dizer onde termina o compromisso com a governabilidade e começam a astúcia e a venda de ilusões. O imposto sobre heranças faz parte de qualquer compêndio sobre ludíbrios. Ficou faltando o tributo sobre fortunas. São medidas desejáveis desde sempre. É provável que Aécio Neves, em off the records, assinasse embaixo a maior parte delas. Mas com  o Congresso sublevado, por que milagre a agenda da salvação seria aprovada? Para o gáudio dos dois santos do PMDB, Renan e Temer? Ou para a redenção de Dilma Rousseff? É mais provável que a resposta se encontre nas entranhas da Lava Jato. Renan é um homem bem informado. E desembainhar suas armas ao lado de Cunha mais parece um convite à autoimolação. É possível que sobre uma coisa ou outra desse exagerado balão de ensaio. Roberto Campos, em sua peroração ultraliberal, dizia que costumava jogar dez iscas para fisgar um único peixe. Em meio ao colar de medidas salvacio­nistas, a repatriação de capital como fórmula de financiamento da reforma do ICMS pode ser o lambari a ser pescado. Digamos que seja uma tainha, afinal não é tão pouca coisa assim. A manobra diversionista, no melhor dos mundos, permitiria, inclusive, que o governo reduzisse um pouco a draconia­na multa com a qual pretende saudar os capitais que se dispuserem a tomar o risco do retorno. O fato é que Renan, pelo menos por um dia, saiu da última fila entre os líderes do PMDB e assumiu a pole position da política nacional. Os motivos para que nada aconteça, contudo, são muitos. A consequência mais antirrepublicana dessa fábrica de miragens fomentada por esses homens públicos e probos é fazer com que as pessoas, já descrentes, simplesmente não acreditem em fato algum. Mesmo sem saberem do que se trata.  

#Eduardo Cunha #Michel Temer #Renan Calheiros


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Aleluia

11/08/2015
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Nos últimos dias, os assessores e bajuladores de plantão de Michel Temer não se cansam de fazer menção ao significado do nome do vice-presidente em hebraico: “Ninguém é como Deus”.

#Michel Temer


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Até tu, Temer?

23/07/2015
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Dilma Rousseff ficou irritada com a declaração de Michel Temer em Nova York, “nomeando” Joaquim Levy para a Fazenda em 2019. A leitura é que Temer não posou como candidato à  presidência em 2018, mas como alguém pronto para responder pelo cargo a qualquer momento.


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Endereço certo

20/07/2015
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Para ouvidos menos belicosos – ou muito otimistas – do Palácio do Planalto, a declaração de Michel Temer de que o PMDB terá candidato à  presidência em 2018 soou como uma palavra de apoio a Dilma Rousseff e uma mensagem nem tão cifrada ao rebelado Eduardo Cunha. à‰ como se Temer tivesse dito: o PMDB terá, sim, candidato, mas “só em 2018”.

#Michel Temer #PMDB

Acervo RR

Eletrosul

9/07/2015
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Nova mudança a  vista no comando da Eletrosul. Apenas três meses após assumir a presidência da estatal, Marcio Zimmermann está deixando o cargo. Em seu lugar, assume Djalma Berger, que deverá ser nomeado amanhã. Ponto para Michel Temer. Djalma é irmão do senador Dário Berger (PMDB-SC), muito ligado ao vice-presidente.

#Eletrosul


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Eletrosul

9/07/2015
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Nova mudança a  vista no comando da Eletrosul. Apenas três meses após assumir a presidência da estatal, Marcio Zimmermann está deixando o cargo. Em seu lugar, assume Djalma Berger, que deverá ser nomeado amanhã. Ponto para Michel Temer. Djalma é irmão do senador Dário Berger (PMDB-SC), muito ligado ao vice-presidente.

#Eletrosul


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Para Temer não vale o fio do “Bigode”

12/06/2015
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Foi e não foi com Aloizio Mercadante que Michel Temer espumou de raiva na reunião do Palácio Jaburu. Como se sabe, Mercadante não existe, é uma holografia: quem estava no encontro era Dilma Rousseff, materializada no ministro-chefe da Casa Civil. É da lavra intelectual de Dilma também a nota assinada por Mercadante pedindo de volta a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) para o núcleo duro do governo – atualmente a Secretaria está acéfala e serve de back office ao ministro Eliseu Padilha, coordenador político adjunto do governo. Irrita Temer essa dualidade na qual é obrigado a tratar de assuntos essenciais com um preposto, que, na realidade, é menos do que isto. Quando responde a Mercadante, valoriza o personagem que inexiste. E que detesta. Quem está ali é Dilma, mas sua vista só alcança o decadente “Bigode”. E Dilma é igualzinha: em política, erra quase tudo. De qualquer forma, é Mercadante quem aparece dividindo com Temer a ribalta. Responde, contradiz, vai para o título das matérias. É isso deixa o vice tiririca. O resultado é mais querosene na já denotada má vontade para aparar as arestas da base aliada. O adiamento na votação da lei das desonerações salariais é, em parte, expressão desse descontentamento. Uma batalha entre um ego que existe e um que é só o reflexo de outrem. Se pudesse, Temer diria para Dilma: “Não é assim que se joga o jogo, Presidente”. Mas se desse o recado via Mercadante, inflaria o seu balão, que é oco, embora ainda voe nas mídias. Melhor armar o bote para a próxima esquina. Essa simbiose da dupla palaciana está custando caro ao governo.

#Michel Temer


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Ministro do vice

5/06/2015
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A autonomia de voo de Eliseu Padilha no Palácio do Planalto vai até o gabinete do vice-presidente, Michel Temer. Desde que recusou o convite para assumir a Articulação Política, o ministro Eliseu Padilha sumiu do radar de Dilma Rousseff.


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A transubstanciação de um homem chamado bigode

27/05/2015
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O ministro chefe do Gabinete Civil, Aloizio Mercadante, tornou-se um ectoplasma. Simplesmente, deixou de existir. Seu moustache, o perfil esguio e o estilo insípido foram diluídos nas formas predominantes da presidente Dilma Rousseff. Os dois tornaram-se um ente uno e indivisível. Portanto, é bom que se suspeite caso alguém afirme, por qualquer motivo, “a opinião de Mercadante”. O ministro até pensa com seus botões, inclusive porque acha que entende tudo de tudo. Mas não expressa o que matuta. A opinião de Mercadante é a opinião de Dilma. Digamos que essa foi a única forma que ele percebeu para se manter no círculo íntimo do poder. Expulso da articulação política, da formulação econômica, do papel de regra três de ministro da Fazenda, das negociações com os empresários e das principais lideranças do PT, não fosse Dilma, Mercadante se encontraria moribundo. Entre o degredo e o papel de papagaio de pirata e carteiro dos recados presidenciais, o aposentado cardeal das esquerdas não teve a menor dúvida: simplesmente deixou de sê-lo e tornou-se um novo ser. Portanto, quando o ministro se encontra com o vice-presidente, Michel Temer, para acordos políticos, não acredite no que vê ou lê. É Dilma quem está presente. Não se iluda também se o ministro surge com sua fisionomia de Fred Mercury sentado ao lado de Joaquim Levy para emprestar o apoio do Palácio do Planalto ao ajuste fiscal. Não é Mercadante quem está lá ou fala as palavras dúbias em relação a  política econômica, mas, sim, o seu novo self, o “Dilmadante”. Essa criatura palaciana seria a responsável pela bênção a  nomeação do destemido Levy, ao contrário da versão que atribui a paternidade do ministro da Fazenda ao grande timoneiro de voz roufenha e bigode viril. O ex-presidente, aliás, é visto hoje como uma ameaça por “Dilmadante”. Lula não tem o ministro da Casa Civil como inimigo maiúsculo, mas como um detestável estorvo encrustado na carapaça da presidente feito um mexilhão. Os conhecedores mais íntimos do Planalto acreditam piamente na divindade criada pelos dois seres de passado equidistante. Basta ver que Mercadante se materializa como por mágica no gabinete da presidente. Sim, ele é o único a ter acesso direto a  sala de Dilma por um elevador com entrada única e bem próxima a  sua mesa. Algumas raras vezes, Mercadante ousa se separar de Dilma, momentos de péssima lembrança, tal quando convenceu a presidente a apoiar uma iniciativa do ministro Gilberto Kassab e do então ministro da Educação Cid Gomes para criar um novo partido, atraindo parlamentares do PMDB. Tornou-se o Judas Iscariotes da principal sigla da base aliada. Daí em diante mergulhou na imensidão da presidente, aparentemente para nunca mais sair. Se não fosse Dilma, Mercadante seria ora pajem, ora mímico. Muito melhor a entidade “Dilmadante”.


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Segunda pele

12/05/2015
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Para todos os efeitos, Jader Barbalho veste a camisa de Michel Temer e do governo no Congresso. Mas há momentos em que o vice-presidente tem a impressão de enxergar a silhueta de Eduardo Cunha levemente esmaecida sob as vestes do senador paraense.

#Eduardo Cunha #Michel Temer


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PMDB postiço

11/05/2015
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Frase atribuída ao vice-presidente Michel Temer, em referência a  postura do novo líder do governo no Senado: “O Delcídio é mais PMDB do que eu. Faz tudo o que partido quer e mais um pouco”.


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Cunha e Renan decidem a sorte do programa nuclear

7/05/2015
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 O programa nuclear brasileiro está nas mãos do PMDB. Em breve, a dupla radioativa Eduardo Cunha e Renan Calheiros terá o poder de deslanchar ou sentar em cima dos planos do governo de retomar a construção de usinas atômicas no país. Em até 90 dias, a Presidência da República deverá encaminhar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), com o objetivo de permitir a entrada de investidores privados, inclusive estrangeiros, nas novas geradoras. Cunha e Renan, uma mistura de césio 137 com urânio enriquecido, sabem muito bem a importância deste projeto para o Planalto, o que só aumenta o potencial explosivo da dupla na condução do assunto no Legislativo. Dilma Rousseff gostaria de incluir a licitação de pelo menos duas usinas nucleares no pacote de concessões que será anunciado em novembro. Mas já se dará por satisfeita se puder ofertá-las até 2016. Esta é uma missão para Michel Temer. Dilma Rousseff já convocou seu vice-presidente e articulador político para aparar as arestas e negociar com os presidentes da Câmara e do Senado uma rápida tramitação da PEC nas duas casas. Em outro front, também por dever de ofício, caberá a Jaques Wagner reduzir a sensibilidade das Forças Armadas a  entrada de forasteiros em um setor que caminha lado a lado a  área de segurança nacional. Perto da pedreira que Temer terá de dinamitar, a missão do ministro da Defesa promete ser mais simples. A intenção do governo é permitir que os grupos privados tenham uma participação de até 49% nos consórcios responsáveis pela instalação das futuras geradoras – a Eletronuclear será sempre majoritária. Originalmente, o programa nuclear já aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética prevê a construção de 12 usinas até 2050, sendo um terço delas nos próximos 15 anos. Para que estes prazos sejam cumpridos, ao menos quatro projetos terão de ser licitados em até dois anos. Nas atuais circunstâncias, no entanto, o próprio governo considera essa meta praticamente inexequível.

#Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #Eletronuclear #Forças Armadas #Michel Temer #PMDB #Renan Calheiros


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PMDB vs. PMDB

23/04/2015
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Michel Temer já deu seu voto a favor de Delcídio do Amaral, mas Renan Calheiros ainda manobra para que Romero Jucá seja o líder do governo no Senado.

#Delcídio do Amaral #Michel Temer #Renan Calheiros


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Cartão de visitas

9/04/2015
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Na última terça-feira, irritada com a recusa de Eliseu Padilha em trocar de ministério, Dilma Rousseff chegou a cogitar a possibilidade de demiti- lo da Pasta da Aviação Civil. Foi imediatamente demovida da ideia pelo próprio Michel Temer, que, assim, deu sua primeira contribuição a  frente da articulação política.


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Múltipla escolha

1/04/2015
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Além das conversas com Aécio Neves, Michel Temer articula para os próximos dias um encontro com José Serra. Mais uma vez, fica a dúvida do chapéu que Temer usará para cumprir a agenda: vice-presidente da República, comandante do PMDB ou presidente de si mesmo.

Acervo RR

Engarrafamento

6/03/2015
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Além do PMDB de Michel Temer e do PP de Ciro Nogueira, o PROS de Cid Gomes também entrou na disputa pelo comando do DNIT. Orçamento previsto para este ano: R$ 14 bilhões (já com os 30% de deságio padrão Joaquim Levy).


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Engarrafamento

6/03/2015
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Além do PMDB de Michel Temer e do PP de Ciro Nogueira, o PROS de Cid Gomes também entrou na disputa pelo comando do DNIT. Orçamento previsto para este ano: R$ 14 bilhões (já com os 30% de deságio padrão Joaquim Levy).


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Primárias

4/03/2015
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Michel Temer não cansa de citar Eduardo Paes como um “nome a se pensar” no PMDB para 2018. As menções são tão recorrentes que o santo de Paes já começa a desconfiar do tamanho da esmola…


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Osmose

5/02/2015
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No encontro que tiveram nesta semana no Palácio Jaburu, Michel Temer e Eduardo Cunha falaram mais do PMDB do que do governo. O que, no fundo, vem a dar no mesmo.


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Cadeira cativa

27/01/2015
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Nas contas do vice-presidente Michel Temer, o futuro ex-deputado Henrique Alves desembarca na Esplanada dos Ministérios na primeira semana de março.


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Esplanada

13/11/2014
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Prestes a encerrar seu mandato na Câmara dos Deputados, Eliseu Padilha tem a garantia de Michel Temer de que não ficará ao relento. Se não emplacar no Ministério da Agricultura, poderá desembarcar na Pasta da Pesca. É quase a mesma coisa. *** A senadora Kátia Abreu não perde tempo. Candidata ao Ministério da Agricultura, já tem uma lista com três nomes para o lugar de Maurício Lopes na presidência da Embrapa.


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Um teatro de falsidades nos corredores da Fiesp

3/11/2014
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Cenário: corredor de um dos andares da sede da Fiesp, em frente aos elevadores. Protagonistas: dois dirigentes de sindicatos da indústria filiados a  entidade. Ambos dialogam em tom de cochicho, com expressão de descontentamento. Um deles atende pelo nome de “Renovação”; o outro, de “Basta?. Tem início a trama: Renovação: Não sei como será daqui para a frente. O Paulo (Skaf) saiu para o tudo ou nada. Basta: Ele foi irresponsável, ao não medir o quanto o seu interesse político poderia contrariar o da Fiesp. Renovação: Não tem outro nome: traição! Ele apunhalou o Michel Temer, que lhe deu a ficha de filiação no PMDB. Deu também uma rasteira no Baleia Rossi, um dos herdeiros do espólio político do Orestes Quércia. Basta: Paulo tinha de ter dado palanque para a Dilma. Até por gratidão aos seus apoiadores de primeira hora. Renovação: Sabe qual é a justificativa dele para a aleivosia? A pregação do Duda Mendonça. Segundo o Paulo, o Duda disse que, se ele se associasse ao PT, estaria com a candidatura morta. Basta: Será? Eu acho que o Paulo quer sempre colocar a culpa nos outros. Renovação: Não dá para entender também a violência contra o Alckmin. O Paulo fez uma campanha com ataques ainda piores do que os da Dilma contra a Marina. Um presidente da Fiesp tem de pensar que a entidade não pode dinamitar pontes. Basta: Ele já entrou derrotado na eleição. Foi um ato de vaidade pura. Ainda no primeiro turno mais de 70% dos prefeitos presentes a um jantar organizado pelo Marcelo Barbieri (prefeito de Araraquara) declararam apoio ao Alckmin. Renovação: Ele agora volta para a Fiesp derrotado e querendo arrotar liderança. Basta: Ele não fala nem com o governador de São Paulo. Imagina a presidente da República. Renovação: Você sabe que ele, mesmo com todas essas desfeitas, começou uma sondagem junto a  diretoria para prorrogar o seu mandato, que termina em setembro do ano que vem. Basta: Isso é golpe branco! Renovação: E o pior é que ele sondou os advogados da Fiesp, que disseram não ser necessário mudar o estatuto para dobrar a gestão. Basta: Nós temos de trazer a  tona os gastos da campanha, bancados indiretamente pelo Sesi e pelo Senai. Renovação: Só eu contei mais de 50 pessoas da Fiesp alocadas para comunicação e marketing. Basta: Olha, eu vou te contar uma de cocheira. Essa situação já foi objeto de uma conversa no alto escalão do Palácio do Planalto. A pergunta é como dialogar com alguém que se recusou a dividir o palanque e tem uma liderança duvidosa e contestada pelo empresariado. Renovação: Temos que buscar uma alternativa, um nome novo, alguém, por exemplo, como o Josué (Gomes da Silva). Se ele não for ministro, é uma ótima solução. Ele saiu da eleição com mais de 40% dos votos. Basta: Fora, Skaf! Pano rápido.


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Pela metade

22/10/2014
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No núcleo da campanha de Dilma Rousseff, a percepção é de que Michel Temer poderia ter se empenhado um pouco mais na disputa pela reeleição, notadamente para evitar o esfarelamento do apoio do PMDB. Mas não é hora de mexer nesse vespeiro.


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Michel Temer sugeriu a Lula o nome de Gabriel

11/03/2014
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Michel Temer sugeriu a Lula o nome de Gabriel Chalita para vice da chapa de Alexandre Padilha nas eleições ao governo paulista. A resposta dada pelo expresidente é impublicável.


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Ministério de Minas e Energia

9/01/2014
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Márcio Zimmermann, que um dia sonhou com a cadeira de Edison Lobão, está se desdobrando para manter a sua. Um apadrinhado de Michel Temer e do próprio Lobão é forte candidato a ocupar a secretária-executiva do Ministério de Minas e Energia


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Josué Gomes da Silva já está fardado para 2014

29/10/2013
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A que vem Josué? A pergunta, em tom quase bíblico, começará a ser respondida no início de 2014, quando Josué Gomes da Silva deverá deixar o comando da Coteminas para se dedicar ao que se anuncia como o grande projeto da sua vida. Recém-filiado ao PMDB, prepara-se para zarpar de vez em direção a  política. Josué não é exatamente um vestibulando na matéria. Afinidade com o poder não lhe falta. Ele talvez seja hoje o empresário mais próximo de Lula, notadamente no que diz respeito a  discussão da economia nacional. O herdeiro de José Alencar tem participado do grupo de avaliação de conjuntura que se reúne regularmente com o expresidente, no qual se notabilizam Antonio Palocci, Paulo Okamoto, Aloizio Mercadante – Delfim Netto e Luiz Gonzaga Belluzzo costumam aparecer, embora com menos assiduidade. O passe político de Josué, ressalte-se, foi disputado a peso de ouro. Todos os partidos de maior expressão conversaram com ele. O empresário foi para onde Lula o aconselhou a ir. O próprio ex-presidente esteve presente ao seu ato de filiação ao PMDB, uma efeméride, aliás, repleta de simbolismos. A cerimônia foi conduzida por Michel Temer, sucessor de seu pai na vice-presidência da República. E por onde Josué Gomes da Silva caminhará na política? Uma das possibilidades aventadas não lhe apetece muito. a€ boca pequena, ele tem dito que não se vê como o vice do PMDB na chapa de Fernando Pimentel ao governo de Minas Gerais. A candidatura ao Senado seria o caminho natural e, a priori, com grandes chances de vitória. No entanto, a hipótese do coração de Josué e do cérebro de Lula seria o seu début no governo em 2014. Neste caso, ele assumiria a vaga deixada pelo próprio Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, herdando uma Pasta ainda mais forte, com poderes sobre o BNDES e autoridade sobre o BB e a CEF. Josué, então, ganharia musculatura para assumir a Fazenda no segundo mandato de Dilma Rousseff, com a missão de galvanizar o apoio empresarial com vistas ao crescimento médio do PIB da ordem de 3,5% no próximo governo. A partir daí, o céu seria o limite. No seu firmamento político, Josué poderia ser o candidato da situação – não pelo PT, mas pelo PMDB – a  sucessão de Dilma. Mas cada coisa a seu tempo. Neste momento, Josué deve ser visto como é: um soldado a  disposição para 2014. Josué Gomes da Silva já teria um nome no bolso do colete para assumir a presidência da Coteminas. No entanto, essa talvez seja a parte menos complexa da operação. Ele próprio tem feito questão de dizer a alguns empresários que hoje, após a reestruturação deflagrada com a compra da Springs, a Coteminas anda sozinha. Josué foi um dos primeiros do setor a não apenas assimilar como colocar em prática a tese de que a indústria precisa de um canal de serviço. Saiu comprando redes varejistas para verticalizar a operação, isso antes do célebre estudo da McKinsey, segundo o qual os serviços representam 23% do valor adicionado da indústria. Cabe ressaltar também que o empresário Josué Gomes da Silva sempre procurou deixar o caminho pavimentado para o político Josué Gomes da Silva, a começar pelo grau de independência em relação ao governo. Hoje, a Coteminas praticamente não tem dívida com o BNDES, um conselho de José Alencar que o rebento seguiu a  risca.


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Downgrade

23/12/2011
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Paulo Skaf, que sonhou ser o candidato do PMDB a  Prefeitura de São Paulo, foi aconselhado por Michel Temer a disputar a eleição para a Câmara de Vereadores. Nas palavras de Temer, seria um test driver para a eleição ao governo do estado em 2014. Skaf adoraria se ao menos fosse verdade.

Acervo RR

Chalita

16/12/2011
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As relações entre Gabriel Chalita e Michel Temer, um de seus principais cabos eleitorais, esfriaram. Um exemplo foi a recente viagem que ambos fizeram ao Líbano. O misto de pré-candidato a  Prefeitura de São Paulo e escritor de livros autoajuda foi desconvidado, a s vésperas do embarque, a acompanhar Temer no avião da FAB. Precisou providenciar uma passagem em voo de carreira. Como se não bastasse a descortesia, ao contrário do que estava previsto, Chalita passou praticamente em branco nos compromissos oficiais de Temer no Líbano.


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Injeção eletrônica

13/10/2011
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Sergio Habib, sócio da JAC Motors, assumiu a operação de contra-lobby das montadoras sem fábrica no Brasil na tentativa de flexibilizar as novas regras tributárias do setor. Habib está apostando todas as suas fichas na velha amizade com Michel Temer.


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Cetáceo

10/10/2011
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Apesar de ter saído todo chamuscado do Ministério da Agricultura, Wagner Rossi deu para peitar o PMDB. Contrariando determinação do partido, trabalha para que seu filho, Baleia Rossi, seja candidato a  Prefeitura de Ribeirão Preto em 2012. Quando questionado sobre a intentona, Rossi, pai, sai pela tangente: -Quem manda é o Michel Temer. Se ele quiser, meu filho vai para o sacrifício-.

Acervo RR

Fora do gancho

16/08/2011
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No sábado, depois que a revista Veja chegou a s bancas eivada de denúncias, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, tentou contato durante toda a tarde com o vicepresidente, Michel Temer, seu amigo pessoal e maior aliado político. Segundo relato do próprio Rossi a uma fonte do RR – Negócios & Finanças, não foi atendido.

Acervo RR

Olho gordo

13/01/2011
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O PT tem dois caminhospara manter seu poder sobrea presidência da Funcef ebrecar o olho gordo do PMDB,a começar pelo próprio MichelTemer. As opções sãomanter Guilherme Lacerda,que comandou o fundo duranteos oito anos de governoLula, ou resgatar CarlosAlberto Caser. Este últimodirigiu a Funcef em 2010,durante o período em queLacerda se licenciou do cargopara disputar as eleiçõesa deputado federal.


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Telebrás

5/10/2010
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Rogério Santanna, que assumiu recentemente o comando da Telebrás, vai precisar de sete vidas. O PMDB espera apenas o fim das eleições para brigar pela retomada da presidência da estatal. O próprio Michel Temer e o ex-ministro das Comunicações Eunício de Oliveira estão a  frente do take over.


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Pré-sal

27/09/2010
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Caciques do PMDB, a começar pelo próprio candidato a vice Michel Temer e por José Sarney, vêm fazendo campanha para que o governo reveja o modelo de partilha do pré-sal. O chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, diz que essa guerra de bastidores já é uma missão para Dilma Rousseff. “Deixa o Lula fora disso!”.

Acervo RR

Telebrás amplia sua coleção de desafetos no governo

3/09/2010
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Há apenas três meses no cargo, o presidente da Telebrás, Rogério Santanna, está provocando um alvoroço político em Brasília. Em nome da implantação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), Santanna vem acumulando uma lista de desafetos no governo. Os nomes mais recentes são o do ministro Paulo Bernardo e do presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg. No primeiro caso, as rusgas estão relacionadas ao orçamento da estatal. Santanna não se deu por vencido com o corte de 30% na verba da empresa, anunciado pelo ministro Paulo Bernardo há cerca de duas semanas. Valendo-se do seu bom trânsito junto ao PT e, sobretudo, ao próprio presidente Lula, o executivo saiu em busca de apoio para manter o orçamento original. A cifra inicial era de R$ 1,4 bilhão até o fim de 2011 ? com a navalhada, o valor caiu para R$ 1 bilhão. Rogério Santanna faz barulho usando como megafone o PNBL. Bate na tecla de que o projeto ficará seriamente comprometido com a sangria orçamentária. Santanna não é homem de carregar cristais. Em sua cruzada pelos gabinetes de Brasília, tem feito pesadas críticas aos critérios adotados pelo Ministério do Planejamento. O mais curioso é que há apenas três meses ele era subordinado ao próprio Paulo Bernardo. Até maio, ocupava a Secretária de Logística e TI do Ministério do Planejamento. No cargo, foi um dos principais artífices do PNBL, o que lhe valeu a nomeação para o comando da Telebrás por escolha direta do presidente Lula. Em outro front, Rogério Santanna disputa um cabo de guerra com a Anatel. O motivo é o impasse em torno dos quase 70 técnicos que foram cedidos pela Telebrás na época em que não havia nada a se fazer na estatal. Ronaldo Sardenberg propôs a devolução gradativa dos profissionais ao longo dos próximos seis meses, tempo em que seria possível a Agência realizar um concurso público para preencher as vagas. Santanna, no entanto, quer os funcionários de volta até outubro. Mais uma vez, usa como bandeira o PNBL. Alega ser impossível cumprir o cronograma de implantação do projeto com o atual quadro de funcionários da Telebrás. Rogério Santanna é visto em Brasília como um fiel cumpridor de missões. Chova ou faça sol, a carta sempre chega ao seu destino, ainda que isso custe algumas bordoadas. No atual governo, Santanna ostenta um notório currículo de esbarrões políticos. Ainda no Ministério do Planejamento, defendeu a adoção de um software livre no setor público federal diferente do proposto pela Casa Civil, a  época ainda comandada por José Dirceu. Também teve suas diferenças com o ministro Helio Costa já por conta dos estudos em torno do PNBL. Para chegar a  Telebrás, superou a pressão política de caciques do PMDB, como Michel Temer, favorável a  manutenção de Jorge Motta e Silva a  frente da estatal. É, antes de tudo, um sobrevivente.

Acervo RR

Pós-sal

22/06/2010
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Michel Temer entregou os pontos. Na última quarta-feira, em conversa telefônica com deputados da base aliada durante sua estada em Paris, disse com todas as letras que não há como antecipar para julho a votação do projeto de lei que estabelece o modelo de exploração do pré-sal. Um dos interlocutores foi o próprio Antonio Palocci, que reassumiu a relatoria da proposta.

Acervo RR

PMDB arma barricada na Telebrás

26/04/2010
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A Telebrás está no meio de um tiroteio entre os partidos da base aliada. Nas últimas duas semanas, o PMDB intensificou a pressão pela permanência de Jorge Motta e Silva no comando da estatal. A articulação pró-Silva envolve peemedebistas de diversas latitudes. Vai do deputado Eunício de Oliveira, ex-ministro das Telecomunicações e responsável por sua indicação ao cargo, ao senador José Sarney, passando por Michel Temer, possível candidato a vice na chapa de Dilma Rousseff. Na semana passada, ocorreram duas reuniões entre lideranças do PMDB para discutir o assunto. O partido considera ponto de honra garantir o mando de campo na Telebrás, seja neste, seja em um eventual governo Dilma, sobretudo se o plano de banda larga sair do papel. O objetivo é barrar a articulação do PT para colocar um dos seus na cadeira de Jorge Silva. Entre os nomes indicados pelo partido estão Rogério Santanna, secretário de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, e André Barbosa, assessor da Casa Civil. Independentemente do seu futuro, Jorge Motta e Silva já marcou seu nome no governo graças a  capacidade de sobrevivência. Sua permanência no comando da Telebrás, cargo que ocupa há cinco anos, é tratada como um mistério até por seus aliados. Seu santo nunca bateu com o de Helio Costa. Consta que o ex-ministro se negava a despachar com o subordinado e raros foram os encontros oficiais entre os dois. Ainda assim, Silva resistiu a  gestão de Helio Costa e está na disputa por mais um período de sobrevida.

Acervo RR

Gripen Tour

22/04/2010
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Se perder a licitação dos caças da Força Aérea, ao menos a Saab poderá se gabar de estimular o turismo entre Brasil e Suécia. Após levar uma comitiva de São Bernardo encabeçada pelo prefeito Luiz Marinho ? a cidade é candidata a sediar uma eventual fábrica no país ? a empresa está convidando uma miríade de parlamentares a conhecer sua sede, entre eles Michel Temer.

Acervo RR

Dilma 1

16/04/2010
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O virtual candidato a vice de Dilma Rousseff, Michel temer, fez chegar a ela que faz questão de participar da campanha. No conselho de sábios da ex-ministra, além dos arrepios com a firme intenção de Temer, há um colóquio permanente para fazer a exegese da surpreendente disposição.


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Rejeição

15/04/2010
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Se Michel Temer for o vice de Dilma Rousseff, convém não pedir votos na Federação das Associações dos Aposentados e Pensionistas do Rio de Janeiro. O presidente da Câmara tem sido bombardeado na internet em e-mails disparados por associados da entidade, que não engoliram a desfeita sofrida no último dia 29 de março. Temer tinha uma audiência marcada com representantes da Federação, inicialmente a s 15 horas e, depois, adiada para as 17 horas. Após uma longa espera, os velhinhos foram avisados pelo gabinete de Temer que o deputado não poderia comparecer, pois estava despachando de casa.

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