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Energia

China Huaneng acena com US$ 3 bilhões em investimentos no Brasil

17/05/2023
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Na esteira da recente passagem de Lula por Pequim, a China Huaneng Group está alinhavando um plano para investir em geração renovável no Brasil. De acordo com informações filtradas do Ministério de Minas e Energia, as tratativas passam por projetos de usinas solares e eólicas. As primeiras conversas envolvem cifras da ordem de US$ 3 bilhões. Com ativos de aproximadamente US$ 250 bilhões, a China Huaneng Group é uma das cinco maiores estatais chinesas do segmento de geração. A empresa segue a trilha da Energy China International, que anunciou recentemente um novo pacote de investimentos no Brasil também na onda da aproximação entre Lula e o governo de Xi Jinping. Após a recente reunião entre o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da companhia, Lyu Zexiang, no fim de abril, a Energy China anunciou a intenção de investir mais de US$ 10 bilhões na produção de energia verde e em transmissão no Bras

#China Huaneng Group #Lula #Ministério de Minas e Energia #Xi Jinping

Destaque

Brasil quer renegociar acordo com a China para as exportações de carne

9/03/2023
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Segundo o RR apurou, Lula pretende aproveitar a viagem a Pequim, no fim do mês, para iniciar uma discussão complexa com o presidente Xi Jinping: a revisão do protocolo assinado entre Brasil e China em 2015, referente às exportações de carne. A intenção do governo brasileiro é costurar um novo acordo, menos draconiano e punitivo para os frigoríficos nacionais. Na prática, Lula levará na bagagem a pressão para consertar o que os grandes grupos do setor classificam como uma herança maldita da gestão de Dilma Rousseff e um péssimo tratado comercial para os interesses brasileiros. O acordo em vigor há oito anos prevê o auto-embargo automático, ou seja, a suspensão imediata dos embarques, assim que detectado um único caso de encefalopatia espongiforme bovina (EEB) – a popular doença da “vaca louca”. E independentemente do local do registro. Ou seja: um diagnóstico de EEB no Oiapoque é o suficiente para brecar as exportações de um frigorífico no Chuí. A rigor é o que está acontecendo neste momento: todos os embarques de carne bovina brasileira para a China estão paralisados desde o dia 23 de fevereiro devido à identificação de um caso de “vaca louca” no Pará. Até o momento, não há uma data confirmada para a retomada das vendas. O prejuízo para os frigoríficos brasileiros – e para a balança comercial – já está na casa dos US$ 500 milhões. 

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, que deverá acompanhar Lula na viagem a Pequim, já começou a entabular conversas prévias com autoridades chinesas. Nos últimos dias, tem mantido um canal direito de interlocução com o embaixador da China em Brasília, Zhu Qingqiao. Vai ser preciso muita diplomacia para remodelar um protocolo tão confortável para os chineses. O atual acordo, firmado na gestão de Katia Abreu à frente do Ministério da Agricultura, se deu em um momento de fragilidade do Brasil à mesa de negociações. Além disso, à época foi a moeda de troca aceita pelo governo brasileiro para a habilitação de quase duas dezenas de frigoríficos pelas autoridades chinesas. O problema é que o protocolo foi mal costurado. No entendimento dos exportadores, o maior pecado é a falta de dosimetria. Ainda que temporária, a pena para o Brasil é a mesma, seja na ocorrência de uma endemia, seja no registro de um caso atípico e isolado da doença. 

#China #Lula #Ministério da Agricultura #Xi Jinping

Em mandarim o bordão do presidente é “Fica Temer”

16/10/2017
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Lula cultuava Chávez e Morales na sua política externa bolivariana, além de presidentes da África subsaariana. Já o fetiche de Michel Temer tem os olhos amendoados. O nome do idolatrado é Xi Jinping, presidente da República Popular da China. A identidade não é ideológica.

O projeto de Temer é arrancar um compromisso firme de investimento com os chineses, assinando o primeiro acordo bilateral do Brasil com outra nação, praticamente nos moldes de um mercado comum. Os termos iriam além dos firmados no despenteado Mercosul: cotas para trabalhadores brasileiros e chineses em obras mútuas de bandeira própria, dispensa de licitação para projetos de engenharia básica em empreendimentos pré-licitados, preferência em “privatizações estratégicas”, garantia de ampla desburocratização nos negócios da China, sistema preferencial de tarifas aduaneiras e criação de uma espécie de PPC – Parceria Público Chinesa etc. Os passos seguintes para consolidação do bloco Brasil-Ásia seriam acordos econômicos com a Coreia do Sul e a Índia.

Mas a prioridade do governo Temer é cimentar uma ponte para Beijing. O Brasil dos sonhos da segunda geração da Lava Jato é uma ópera comercial Sino-Tropicalista. Temer quer detonar os 35 acordos ocos que Dilma Rousseff fez com chineses para obter o falso montante de R$ 53 bilhões. O dinheiro não veio no seu tempo. De 2015 até setembro de 2017, os investimentos orientais superaram os US$ 60 bilhões – a maior parte, no entanto, pós-impeachment.

O Brasil é o segundo destino dos aportes de capital da China. E o passivo externo líquido (IDE) do país com os chineses já superou os US$ 100 bilhões. Parece muito, mas é pouco. Se Temer avançar um terço das suas ambições na China, terá compensado sua popularidade zero na margem de erro das pesquisas de opinião. É o maior projeto que o Brasil poderia almejar fora das suas fronteiras, nunca dantes sequer cogitado pelos governos anteriores.

#Michel Temer #PPC #Xi Jinping

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