Tag: Ministério dos Transportes

Infraestrutura

Renan Filho quer colocar edital da Ferrogrão nos trilhos até setembro

15/04/2024
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O RR apurou que o Ministério dos Transportes trabalha com a meta de lançar o edital de concessão da Ferrogrão na primeira quinzena de setembro. Palavra do próprio ministro Renan Filho, que tem repetido a data em conversas com empresários do setor. O valor do investimento? Essa é outra incógnita tão ou maior do que o timing do leilão. A fatura para a construção dos 933 quilômetros de ferrovia entre Sinop (MT) e o Porto de Miritituba (PA) começou na casa dos R$ 8 bilhões – isso ainda em 2014, no governo Dilma. Em suas falas mais recentes sobre o assunto, Renan Filho citou um orçamento em torno de R$ 24 bilhões. Outro número que já ficou para trás. Segundo o RR apurou, estudos atualizados pela área técnica do Ministério já indicam um custo superior a R$ 28 bilhões. E a conta ainda não está fechada.

#Ferrogrão #Ministério dos Transportes #Renan Filho

Infraestrutura

Grupo espanhol mira concessões rodoviárias em São Paulo

4/04/2024
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Informação quente que circula no Ministério dos Transportes: a espanhola Roadis cravou para o ministro Renan Filho sua participação nos futuros leilões de concessões rodoviárias no Brasil. Renan se reuniu com dirigentes da empresa durante sua viagem à Espanha, há cerca de três semanas. Curiosamente, no entanto, a próxima investida dos ibéricos no país pode colocar uma azeitona na empada de Tarcísio de Freitas e não do governo federal. A Raodis teria interesse em disputar a concessão da “Nova Raposo”, um pacote que engloba quatro rodovias em São Paulo, com investimentos previstos da ordem de R$ 9 bilhões. A companhia já está presente no Brasil: é a responsável pela operação de 680 km de um eixo que engloba trechos da BR-324, BR-116, BA-526 e BA-528, todas na Bahia.

#Ministério dos Transportes #rodoviária #São Paulo

Destaque

Renan Filho quer converter contenciosos em bilhões de investimento em infraestrutura

1/04/2024
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O ministro dos Transportes, Renan Filho, está empenhado em desatar o nó das concessões de infraestrutura no país. Com uma boa dose de pragmatismo, Renan tem defendido dentro do governo uma solução pactuada para concessões com pendências de ordem administrativa ou judicial. A proposta é renegociar a extensão dos contrato atrelada à execução de expressivos aportes em modernização e expansão das estruturas. Renan começou pregando esse modelo para o segmento rodoviário, mas já identificou a viabilidade de replicá-lo também em concessões ferroviárias e mesmo aeroportuárias, esta última sob jurisdição de outra Pasta (Portos e Aeroportos). A ideia, segundo o RR apurou, já levada ao Palácio do Planalto. O ministro parece seguir a linha do “Si hay garantia firme de investimentos, soy a favor”. A premissa é que existe a oportunidade de destravar uma série de investimentos em infraestrutura que demorarão muito a sair do papel – e talvez sequer saiam – caso o governo insista em lançar novas licitações. Até a formulação de parte desses editais e sua aprovação por diferentes órgãos, realização de audiências públicas, road shows e o leilão propriamente dito, o mandato de Lula já terá terminado sem que os novos concessionários sequer tomem pé do negócio.

A proposta de Renan Filho soa como música aos ouvidos do presidente Lula. Cálculos levantados pela equipe de Renan apontam a possibilidade dessa solução gerar mais de R$ 150 bilhões em investimentos. E o que é melhor: é um dinheiro que já está sobre a mesa. A conta leva em consideração projetos já apresentados pelos atuais concessionários, com a promessa de iniciar as obras imediatamente tão logo seja firmada a extensão dos contratos. Alguns desses empreendimentos já estão até em curso; outros foram iniciados e paralisados por diferentes razões. É mais lógico e racional que sejam tocados por quem já os começou. Em muitos desses casos, realizar uma nova licitação seria jogar bilhões em recursos públicos e privados no lixo e recomeçar as obras quase do zero. Talvez a Dinamarca possa se dar a esse luxo; o Brasil, não.

Os entraves na área de infraestrutura mobilizam, de forma transversal, ao menos três instâncias de poder do governo. Além do próprio Renan Filho, as discussões passam pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa. Alckmin tem debaixo da sua Pasta o BNDES, sobre o qual repousa a responsabilidade de carrear parte expressiva dos aportes no setor. Para o vice e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, o que está em jogo, sobretudo, é o êxito do “Nova Indústria Brasil”, o megaprograma de R$ 300 bilhões. Vários dos projetos contidos no âmbito do NIB dependem da execução de investimentos em logística. Rui Costa, por sua vez, tem a dura missão de tocar o “Novo PAC”. Uma de suas preocupações é que várias das iniciativas contidas no programa, sobretudo na área de transportes, estão obstruídas por enroscos, quando não contenciosos, entre o próprio governo e grupos privados do setor.

Nesse sentido, a proposta de Renan Filho prima pela capacidade de entregar resultados mais rápidos na área de infraestrutura – tudo de que o governo Lula precisa. A lista das pendências que Renan espera resolver com esse amplo acordão é extenso. O maior número de casos está no setor rodoviário: MSVias, Eco 101, Régis Bittencourt, Via Bahia, Concer, Fernão Dias, Rodovia do Aço, ViaBrasil, Ecosul, entre outras. Na área ferroviária, os exemplos mais relevantes são a FCA (Ferrovia Centro-Atlântica), da VLI Logística, e a Malha Oeste, da Rumo Logística. No segmento aeroportuário, Renan e sua equipe entendem que o modelo pode ser aplicado para equacionar o imbróglio do Galeão, leia-se a Changi, de Cingapura. Em maior ou menor medida, todas essas empresas acenam com investimentos. É um jogo de ganha-ganha. O governo conseguiria deslanchar uma onda simultânea de recursos em infraestrutura talvez sem precedentes na história recente do país. E com um plus: todos os projetos já estariam adaptados ao Plano de Transformação Ecológica Brasileira, lançado pela gestão Lula. As concessionárias, por sua vez, teriam seus contratos prorrogados, o que asseguraria a viabilidade e a economicidade dos empreendimentos em troca de um ciclo mais longo de maturação e remuneração. É bom para Renan Filho, Geraldo Alckmin, Rui Costa e Lula. Fundamentalmente, é bom para o Brasil.

#Ministério dos Transportes #Renan Filho

Infraestrutura

Conglomerado chinês quer investir nas rodovias brasileiras

11/12/2023
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Informação que corre no Ministério dos Transportes: a China Energy Engineering Corporation (CEEC) vai debutar nos leilões de concessão rodoviária no Brasil em 2024. Segundo o RR apurou, os chineses estão submersos nos números da BR-153 e da BR-262, que figuram entre as maiores licitações do setor programadas para o próximo ano. O governo pretende leiloar as duas rodovias em um único bloco, com investimentos previstos da ordem de R$ 5,7 bilhões. A CEEC é um dos maiores conglomerados da área de construção pesada da China. Tem também um importante braço no setor de energia, braço este já esticado até o Brasil. Em maio, o grupo estatal assinou um acordo com o governo para investir até US$ 10 bilhões em geração renovável no país.

#CEEC #China #Infraestrutura #Ministério dos Transportes #Rodovias

Transporte

Reconstrução da ferrovia Bahia-Minas Gerais deve bater nos R$ 20 bilhões

25/10/2023
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A MTC (Multimodal Caravelas), responsável pela reconstrução da ferrovia Bahia-Minas Gerais, negocia com a ANTT e o Ministério dos Transportes uma mudança no contrato de concessão. A empresa pretende construir um ramal de Salinas (MG) ao eixo central da linha férrea, localizado entre Caravelas (BA) e Araçuaí (MG). Com a extensão, o investimento total deverá pular dos R$ 12 bilhões previstos inicialmente para a casa dos R$ 20 bilhões.

A MTC garante ao governo que tem parceiros para arcar com os custos do empreendimento. A empresa mira no escoamento de boa parte da produção da Suzano Celulose, em Mucuri (BA), e, sobretudo, no transporte do lítio que começa a ser extraído no Vale do Jequitinhonha (MG). A MTC recebeu, em abril deste ano, autorização da ANTT para reconstruir a Bahia-Minas Gerais, desativada desde 1966.

#ANTT #Ministério dos Transportes #MTC

Infraestrutura

Ponte entre Brasil e Bolívia tem tudo para ficar no papel

26/09/2023
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Está entrando água no projeto de construção de uma ponte entre Guajará-Mirim, em Rondônia, e Guayaramerín, na Bolívia. Segundo informações filtradas do Ministério dos Transportes, o governo boliviano tem feito novas exigências, como o aumento do vão livre para a passagem de embarcações no Rio Mamoré e a previsão de mais uma pista. Técnicos da Pasta estimam que tais mudanças vão atrasar o início das obras em pelo menos um ano e meio. A ponte é o principal projeto bilateral da área de infraestrutura na Região Norte do Brasil. Sua construção está orçada em torno de US$ 60 milhões. Entre idas e vindas, o projeto perambula pela pauta diplomática de Brasil e Bolívia há mais de um século: o empreendimento está previsto desde o Tratado de Petrópolis, de 1903, como uma das compensações pela compra do Acre pelo Brasil. 

#Bolívia #Ministério dos Transportes

Infraestrutura

Rumo Logística pode permanecer na Malha Oeste ao lado de novo sócio

18/08/2023
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Há uma guinada nas tratativas envolvendo a Malha Oeste, que cruza o Mato Grosso do Sul e São Paulo. Nas conversas mantidas com o ministro dos Transportes, Renan Filho, os executivos da Rumo Logística já admitem a possibilidade de a empresa seguir à frente da concessão. A mudança de rota estaria condicionada à entrada de novos investidores no negócio. Nos bastidores, há informações de que a Suzano já demonstrou interesse. A empresa tem duas fábricas de celulose em Três Lagoas (MS). No caso de uma associação com a Rumo na Malha Oeste, a Suzano poderia engavetar o projeto de construção de uma ferrovia de 231 quilômetros entre Ribas do Rio Pardo e Inocência, ambas no Mato Grosso do Sul, livrando-se, assim, de um desembolso superior a R$ 1,6 bilhão. Procuradas, Rumo e Logística não se pronunciaram.

O Ministério dos Transportes já teria um caminho traçado no caso de um entendimento com a Rumo Logística. A entrada da Suzano ou eventualmente de outro investidor na concessão da Malha Oeste se daria mediante garantia de um reequilíbrio do contrato, o que depende da anuência da TCU. Mas, nesse caso, o caminho parece pavimentado. Não custa lembrar que a Corte já deu aval para que a Rumo negocie sua permanência na concessão sem a necessidade de um processo de relicitação por parte da ANTT.

#Ministério dos Transportes #Rumo Logística #TCU

Infraestrutura

Governo e Rumo Logística buscam um “encontro de contas”

28/06/2023
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Há um jogo sutil de cessões e concessões sendo jogado entre a Rumo Logística, leia-se Cosan, e o governo Lula. De um lado, o Ministério dos Transportes e a ANTT passariam a adotar uma postura mais flexível em relação à renovação antecipada da Malha Sul; do outro, a empresa aceitaria ficar à frente da gestão da Malha Oeste ao menos até que o governo conseguisse relicitar a licença. Em tese, seria uma solução ganha-ganha. A Rumo poderia, enfim, viabilizar a extensão do contrato da Malha Sul, que vence em 2026. O pedido está travado na ANTT há mais de dois anos. Além do órgão regulador, que cobra a apresentação de um plano de investimentos, há pressão também de governadores dos estados cortados pela ferrovia, notadamente Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul. Nesse caso, o ministro dos Transportes, Renan Filho, estaria disposto a trabalhar junto aos estados para reduzir a resistência à renovação da licença da Malha Sul. A ideia do governo é que, em contrapartida, a Rumo ajude a impedir que a Malha Oeste caia no colo do DNIT. A companhia quer devolver a concessão. Sua permanência à frente do negócio até o novo leilão poderá livrar o governo federal de um custo extra para a manutenção da ferrovia.

#ANTT #Cosan #Ministério dos Transportes #Rumo Logística

Infraestrutura

Governo lança plano emergencial para desobstrução de hidrovias

6/06/2023
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O Ministério dos Transportes, mais precisamente o DNIT, está elaborando um plano emergencial de dragagem de hidrovias. A situação é extremamente crítica em algumas das principais rotas fluviais do país. É o caso do Rio Paraguai. Em alguns dos trechos, há mais de três dezenas de embarcações paradas pelo assoreamento do manancial. Outra prioridade é a dragagem da hidrovia Brasil-Uruguai, também conhecida como hidrovia do Mercosul. A falta de navegabilidade em importantes vias fluviais é resultado direto dos seguidos cortes de verba para o setor. Segundo um estudo recente da Universidade de Brasília (UnB) e do próprio Dnit, entre 2014 e 2021, mais de R$ 238 milhões em verbas originalmente destinadas a serviços de dragagem de hidrovias foram contingenciados. 

#Dnit #Mercosul #Ministério dos Transportes

Infraestrutura

Leilão da Malha Oeste fica para o ano que vem

4/04/2023
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Apesar de toda a pressão do agronegócio e também do governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, o Ministério dos Transportes já jogou a toalha sobre a possibilidade da nova licitação da Malha Oeste ser realizada ainda neste ano. De acordo com um assessor da Pasta, o ministro Renan Filho e sua equipe trabalham com o prazo de março de 2024 para o leilão. A pá de cal nas esperanças da licitação sair neste ano veio com um parecer técnico da ANTT. A agência exigiu a realização de uma série de novos estudos antes do envio do projeto para o TCU. A única certeza é de que a futura concessionária terá de investir uma fortuna na ferrovia de dois mil quilômetros, devolvida pela Rumo Logística à União. A previsão é de um desembolso superior a R$ 18 bilhões.

#ANTT #Ministério dos Transportes #Rumo Logística

Infraestrutura

Rumo Logística enfrenta resistências no governo

8/03/2023
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A Rumo Logística, leia-se Cosan, enfrenta um ambiente hostil dentro do governo para a renovação antecipada da concessão da Malha Sul. Segundo o RR apurou, até o momento a companhia não apresentou um plano de investimentos para a ferrovia. Tampouco teria cumprido aportes acertados anteriormente. De acordo com informações filtradas do próprio Ministério dos Transportes, estudos da área técnica indicam que metade da Malh8a Sul se encontra em mau estado de conservação. A Rumo tem de administrar também a oposição de governos estaduais. Um dos mais agressivos é o governador do Rio Grande do Eduardo Leite. Segundo informações apuradas pelo RR, Leite tem feito gestões em Brasília não só contra a extensão do contrato da companhia, que vence em 2027, mas até mesmo pela cassação da licença e a relicitação da ferrovia. Em tempo: na balança das pressões políticas, não se pode esquecer que o controlador da Cosan, Rubens Ometto, tem um fator que pesa muito para o seu lado: a relação direta e próxima com o presidente Lula. 

#Cosan #Ministério dos Transportes

Infraestrutura

Natal quer virar um hub para exportações de frutas

28/02/2023
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A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, pretende transformar o Porto de Natal no principal hub do Nordeste para a exportação de frutas. Segundo o RR apurou, a ideia é oferecer incentivos fiscais e reduzir as taxas portuárias para atrair grandes empresas de navegação. Na paralela, Fátima mantém conversações em Brasília em busca de verbas para as obras de infraestrutura necessárias à execução do projeto. Há tratativas também com o Ministério dos Transportes para investimentos na reforma da BR-364, principal via de acesso ao terminal de Natal. Ressalte-se que um pleito de Fátima Bezerra não é um pedido de qualquer um, mesmo se tratando de questões um tanto quanto provincianas. A governadora tem prestígio e acesso junto ao presidente Lula, tendo sido uma personagem importante na articulação da sua campanha no Nordeste.  

Com esse projeto, o governo do Rio Grande do Norte espera preencher o vazio deixado pela CMA CGM. O grupo francês, que operou no Porto de Natal por mais de uma década, encerrou suas atividades no local no fim do ano passado, transferindo suas operações para o Porto de Pecém (CE). A empresa era responsável pela maior parte dos embarques de frutas no terminal de Natal.

#Ministério dos Transportes #Rio Grande do Norte

Infraestrutura

Governo pretende colocar uma leva de concessões na estrada

9/02/2023
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O Ministério dos Transportes pretende avançar no programa de concessões rodoviárias herdado do governo Bolsonaro. Segundo o RR apurou, as primeiras da fila são as BRs 262 e 267. Na paralela, o ministro Renan Filho iniciou conversações com governadores que já manifestaram interesse em assumir a operação de rodovias em seus estados. É o caso de Eduardo Riedel, do Mato Grosso do Sul, que está disposto a “estadualizar” a gestão do trecho da BR-163 – a CCR MSVia, atual operadora, já sinalizou que pretende devolver a concessão.  

#Ministério dos Transportes #Renan Filho

Transporte

Renan Filho estuda prorrogar concessões rodoviárias até novos leilões

8/02/2023
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O ministro dos Transportes, Renan Filho, e seus assessores estão quebrando a cabeça em busca de uma solução para as concessões rodoviárias com pendências de ordem administrativa ou judicial.  De acordo com uma fonte da área técnica da Pasta, uma das propostas que começa a ganhar força é a extensão dos contratos até a realização de novos leilões e a definição de seus ganhadores. A medida valeria tanto para as concessões prestes a expirar como para as empresas do setor que já manifestaram interesse em devolver a operação à União. A novidade dentro da novidade seria a criação de um período de transição para a transferência do ativo. Segundo a mesma fonte, a atual concessionária e o grupo vencedor da nova licitação fariam a operação conjunta da rodovia por um prazo previamente determinado, de 30 ou 60 dias. Esse modelo permitiria uma passagem de bastão sem riscos de apagão na gestão das vias e, consequentemente, sem interrupções na prestação de serviços aos usuários. Entre as atuais concessões que poderiam se enquadrar nesse formato figuram grupos como Arteris Fluminense (BR-101 no Rio); Via040 (BR-040 entre Minas Gerais e Brasília); MSVia (BR-163 no Mato Grosso do Sul); Concer (BR-040 entre Rio de Janeiro e Juiz de Fora); e Ecovia (BR-101 no Espírito Santo).  

Para o governo, a prorrogação dos contratos até uma nova licitação teria uma grande vantagem: evitar que as concessões caiam no colo do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Dentro do próprio Ministério dos Transportes, prevalece o entendimento de que o órgão não tem orçamento suficiente para assumir a operação dessas estradas, mesmo que em caráter temporário – conforme o RR já informou. Ou seja: independentemente do prazo, o melhor é manter as rodovias nas mãos dos atuais concessionários privados até uma nova concorrência. Os cofres públicos agradecem. Outra razão para a prorrogação das concessões é o déficit de servidores nos órgãos reguladores, mais especificamente, nesse caso, na ANTT. A lei determina que a agência deveria ter, no mínimo, 1.705 funcionários. No entanto, o efetivo é pouco mais da metade: 929 servidores. Falta cérebro e falta braço para tocar um processo de devolução de concessões em massa e uma fornada de inúmeros leilões simultaneamente.  

#Ministério dos Transportes #Renan Filho

Infraestrutura

Renan Filho tenta colocar o Mato Grosso do Sul nos seus trilhos

24/01/2023
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O ministro dos Transportes, Renan Filho, abriu um canal de interlocução com o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, com o objetivo de discutir conjuntamente projetos rodoviários locais. O Marco Regulatório Estadual de Ferrovias, aprovado recentemente pelo governo estadual, é motivo de incômodo na Pasta. Primeiro, porque o estado puxou para si a iniciativa de licitar novos empreendimentos ferroviários, tirando poder da esfera federal. Além disso, na área técnica há um receio de superposição de trechos.

#Ministério dos Transportes #Renan Filho

Destaque

Governo estuda o fim do regime de autorizações ferroviárias

9/01/2023
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O governo Lula vai rever o modelo de outorgas ferroviárias idealizado pela gestão Bolsonaro. Segundo informações apuradas pelo RR, o Ministério dos Transportes estuda extinguir o regime de autorizações – leia-se o Pro Trilhos –, preservando apenas os contratos já assinados. O entendimento é que esse formato criou um ambiente cenográfico, com números superlativos na teoria e pouco exequíveis na prática. Até mesmo os acordos já firmados são motivo de preocupação, pelas dúvidas que cercam as empresas e consórcios contemplados. Dos 80 requerimentos de autorização feitos ao antigo Ministério da Infraestrutura e à ANTT, já foram assinados 27 contratos, com promessa de investimentos da ordem de R$ 133 bilhões. Ocorre que, de acordo com levantamento feito pela equipe de transição e já encaminhado ao ministro Renan Filho, a maior parte dos players ainda não apresentou garantias firmes de financiamento para tirar os projetos do papel. Algumas das autorizações já realizadas apontam uma enorme discrepância entre o porte dos investidores e as cifras dos respectivos empreendimentos – conforme o RR já informou. Um exemplo: a empresa autorizada a construir as ferrovias Presidente Kennedy (ES)-Sete Lagoas (MG) e Sete Lagoas- Anápolis (GO) informou ter um capital social de R$ 10 mil. Os dois projetos exigirão investimentos da ordem de R$ 30 bilhões.

As novas regras para o setor ainda serão discutidas pela equipe do ministro Renan Filho, mas a ideia do governo é concentrar os investimentos no modal ferroviário sobre dois pilares: de um lado, licitar futuros projetos pelo tradicional modelo de concessões: do outro, acelerar a renovação antecipada de licenças, condicionada ao aumento dos aportes na modernização e expansão das malhas já privatizadas. E esses dois caminhos se cruzam. Uma das propostas aventadas é condicionar a extensão de concessões em vigor à implantação de novas ferrovias, algo que já foi feito no governo Bolsonaro. A Vale está construindo o primeiro trecho da Fico (Ferrovia de Integração Centro Oeste), entre Mara Rosa e Água Boa, no Mato Grosso, como contrapartida à renovação antecipada das concessões de Vitória-Minas e Carajás.

#ANTT #Lula #Ministério da Infraestrutura #Ministério dos Transportes

Licitação pelos ares

9/10/2018
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O Ministério dos Transportes já está desmobilizando a equipe que trabalhava na modelagem de venda de 12 aeroportos. O cancelamento da reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que estava marcada para a semana passada, foi recebido como a pá de cal na operação.

#Ministério dos Transportes

Licitação de festim

1/10/2018
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Na área técnica do Ministério dos Transportes, o anúncio de licitação da Norte-Sul ainda neste ano é tratado como pura bravata. Diante dos buracos no modelo de concessão e das pendências junto ao TCU, o diagnóstico é que esse trem não sai da estação em menos de seis meses.

#Ministério dos Transportes

Atletas olímpicos armam ataque em bloco contra Temer

14/06/2018
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A popularidade de Michel Temer caiu abaixo de zero, ao menos entre os atletas brasileiros. Nomes conhecidos do esporte nacional, como o ginasta Diego Hypólito, a nadadora Joanna Maranhão e a ex-jogadora de vôlei Ana Mozer, se mobilizam e articulam uma grande manifestação contra o presidente Temer. A ideia é realizar um ato público já no próximo fim de semana, além de um bombardeio nas redes sociais. Interlocutores dos atletas também negociam com veículos da mídia espaços para o lançamento de uma campanha contra a Medida Provisória 821, assinada por Temer. A MP transfere para o Ministério da Segurança Pública recursos das loterias federais que eram destinados ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e outras entidades esportivas. Estima-se que cerca de R$ 500 milhões deixarão de passar pelo orçamento do Ministério dos Esportes e por secretárias estaduais e municipais. A Medida Provisória já é tratada como o “fim” de diversas modalidades olímpicas brasileiras, que dependem visceralmente de subsídios públicos. A “rebelião” dos atletas tem o apoio de grandes clubes brasileiros, como Flamengo e Corinthians. Os desportistas não são insensíveis ao gravíssimo problema da segurança pública, justificativa para a MP. Mas o entendimento é que o governo federal foi radical, além de sequer ter convocado as entidades esportivas para discutir outros cenários.

#Diego Hypólito #Michel Temer #Ministério dos Transportes

Os caminhoneiros agradecem

11/06/2018
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As ferrovias deverão receber neste ano algo em torno de 5% dos investimentos públicos na área de transportes, menos até do que já raquíticos 6,5% de 2017. Os caminhoneiros agradecem.

#Ministério dos Transportes

Legado Benjamin

9/04/2018
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O Ministério dos Transportes calcula que, por baixo, é necessário cerca de R$ 1 bilhão para recuperar vagões enferrujados, trilhos retorcidos e dormentes que começam a se soltar nos quase 900 quilômetros já construídos da Transnordestina. Isso para não falar dos mais de R$ 6 bilhões que ainda faltam para a instalação dos quase mil quilômetros não entregues pela CSN – e que, a esta altura, nunca serão.

#Ministério dos Transportes #Transnordestina

A caravana do PR

8/03/2018
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O presidente do PR, Antonio Carlos Rodrigues, “arrancou” de Michel Temer a garantia de que o partido seguirá no comando do Ministério dos Transportes após a saída de Mauricio Quintella, em abril. O nome já indicado pela sigla para o cargo é o do ex-deputado Bernardo Santana. O PR acredita que, a esta altura, ninguém mais se lembrará de que Santana foi citado na Lava Jato. Até aí, morreu Neves. O próprio Rodrigues chegou a ser preso em dezembro do ano passado, sob a acusação de crimes de corrupção, extorsão e participação em organização criminosa.

#Michel Temer #Ministério dos Transportes

Colisão jurisdicional sobre os céus da Pampulha

17/01/2018
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Às portas das novas licitações no setor aeroportuário, Casa Civil, Ministério dos Transportes e Anac têm não mais do que três dias úteis para evitar uma barbeiragem jurisdicional que servirá de mau exemplo aos investidores. Apesar das seguidas gestões feitas nos últimos dias, até ontem o governo não havia conseguido sensibilizar o TCU a permitir a retomada dos voos interestaduais na Pampulha. A última bala é um possível recurso da AGU, medida que era discutida na tarde de ontem em Brasília. O ministro Bruno Dantas, do TCU, determinou cautelarmente a suspensão da reabertura da Pampulha, por entender que ela prejudica o consórcio liderado pela CCR, responsável pelo outro aeroporto de BH, Confins. Trata-se de uma razoável lambança originada no próprio governo, que decidiu recolocar a Pampulha no jogo para afagar parlamentares mineiros. Até ontem, a Gol continuava a vender passagens do aeroporto com destino a São Paulo, Ribeirão Preto e Três Lagoas para voos a partir do próximo domingo, dia 22. Procurada, a empresa confirmou a venda e disse que “não comentará o assunto até novo posicionamento da Anac.” Por sua vez, a agência informou que, “caso a norma tenha seus efeitos suspensos, oficiará as empresas aéreas sobre os slots distribuídos”.

#Anac #Casa Civil #Ministério dos Transportes

Falta de energético

13/12/2017
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O governo quebra a cabeça para montar os blocos de concessões aeroportuárias que serão licitadas em 2018. Na avaliação da Secretaria do PPI e do Ministério dos Transportes, dos 13 terminais, apenas dois têm punch para serem ofertados individualmente: Maceió e, sobretudo, Recife. Entre os demais, sobram peças de difícil encaixe pela reduzida atratividade. O caso mais complicado é o do aeroporto de Macaé, que afundou junto com a Lava Jato e a queda das cotações do petróleo. Desde o ano passado, não há voos regulares no local. Nas simulações do governo, o terminal pode ser licitado junto com o aeroporto de Vitória ou em um pacote ainda maior, que envolveria um terminal de menor porte do Nordeste, como Juazeiro do Norte ou mesmo Aracaju. Seria uma vitamina aero-regional.

#Ministério dos Transportes

Governo se mobiliza para reduzir risco jurídico de ferrovias

4/12/2017
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O Palácio do Planalto, mais precisamente o ministro Moreira Franco, condutor do PPI, o Ministério dos Transportes e a AGU estão à frente de um tour de force para a “desjudicialização” do setor ferroviário. O desafio é reduzir o emaranhado de processos na Justiça referentes à desapropriação de casas e terrenos para a passagem de trilhos. O governo se mobiliza para acelerar a negociação de acordos, mitigar o risco jurídico das concessões ferroviárias e, com isso, aumentar a atratividade dos ativos que serão leiloados em 2018. Os alvos prioritários são as ações relacionadas à Ferrovia Norte-Sul e à Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Segundo dados solicitados pelo RR com base na Lei de Acesso à Informação, os dois empreendimentos somam 1.205 desapropriações por via judicial – 602 referentes à Norte-Sul e 603 relativos à Fiol. No total, os pedidos de indenização contra a Valec, responsável pela construção das ferrovias, chegam a R$ 106 milhões. Dito assim, a cifra parece pequena, sobretudo por se tratar de duas concessões cujos valores de outorga devem passar de R$ 2,5 bilhões. No entanto, o que mobiliza o governo e os potenciais candidatos aos leilões é o risco ainda escondido debaixo desses trilhos. A preocupação é que, com a proximidade da licitação, surja uma avalanche de processos. No caso dos grupos privados, o temor é de que os pedidos de indenização na Justiça se voltem não só contra a Valec, mas também contra os novos concessionários.

#Ministério dos Transportes #Moreira Franco #Valec

Norte-Sul e Malha Paulista são ferrovias que não se encontram

26/07/2017
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O ministro Moreira Franco chamou para si o imbróglio da Malha Paulista. Ele pressiona para que o Ministério dos Transportes e a ANTT acelerem a renovação antecipada da concessão da ferrovia, pertencente à Rumo Logística. O que está em jogo, neste caso, são dois projetos em um, que, somados, envolvem investimentos da ordem de R$ 8 bilhões. O objetivo de Moreira é evitar que a novela da Malha Paulista, que já dura mais de um ano e meio, leve de arrasto um dos empreendimentos mais importantes do PPI: o leilão do trecho de 1,5 mil km da Ferrovia Norte-Sul (FNS) entre as cidades de Estrela d ´Oeste (SP) e Porto Nacional (TO), marcado para fevereiro de 2018.

Os principais interessados na licitação, a exemplo da MRS, China Railway Construction e a russa RZD, já sinalizaram ao ministro que só disputam a concessão da Norte-Sul com a prorrogação da licença da ferrovia paulista por mais 30 anos, como pede a Rumo Logística. Um projeto tem tudo a ver com o outro. A viabilidade econômico-financeira da Norte-Sul depende da Malha Paulista e, mais do que isso, do investimento de R$ 5 bilhões programado pela Rumo para a concessão. O desembolso, por sua vez, está condicionado à prorrogação da licença. A FNS precisa utilizar o ramal da concessionária paulista para acessar o Porto de Santos.

Sem a expansão da linha férrea, sua capacidade de transporte para o maior terminal portuário da América Latina fica limitada, reduzindo consideravelmente a rentabilidade do negócio. Por um efeito dominó, o problema afeta todos os trechos da concessão da Norte-Sul. A julgar pelo timing, a impressão que se tem é que o Ministério dos Transportes e a ANTT vêm conduzindo os dois projetos como se um não tivesse relação direta com o outro. De um lado, aceleram o passo para a privatização da Norte-Sul. Já iniciaram as audiências públicas e deverão colocar o edital na rua até setembro. Nem de longe lembram a mesma Pasta e a mesma agência reguladora que, entre idas e vindas, estão sentadas sobre o pedido de renovação da Malha Paulista desde a era Dilma.

#Ministério dos Transportes #Moreira Franco #Rumo Logística

“Disclosure” sobre trilhos

3/05/2017
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O Ministério dos Transportes tem pressionado a CSN a publicar o balanço da Transnordestina Logística. A divulgação dos resultados ocorreria em março, mas foi adiada, oficialmente para ajustes na contabilização do impairment de ativos. O governo teme que haja outro caroço debaixo desse trilho. Ressalte-se que, em parecer preliminar sobre a Transnordestina, o TCU pontuou que “sequer existem elementos que permitam aferir o custo real da obra”.

#CSN #Ministério dos Transportes #Transnordestina

Estrada sem fim

2/05/2017
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O governo quer cassar a concessão da BR-153, da Galvão Engenharia, a tempo de incluí-la nos leilões do PPI deste ano. O Ministério dos Transportes confirma que o processo de cassação está em curso.

#Galvão Engenharia #Ministério dos Transportes #PPI

Fraport, Vinci e Zurich vs. Infraero

10/04/2017
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O governo Temer gosta mesmo de fortes emoções. A alemã Fraport, a francesa Vinci e a suíça Zurich, que venceram a recente rodada de leilões aeroportuários, já fizeram chegar à Casa Civil a informação de que vão entrar na Justiça caso a estatal leve adiante a proposta de licitar áreas e serviços dos quatro terminais privatizados em 16 de março. Todos os três grupos basearam suas projeções de receita incluindo o direito de terceirizar os espaços dos aeroportos. Consultada, a Infraero afirmou que está avaliando a questão com o Ministério dos Transportes e “só após essa análise terá novas informações sobre o andamento da referida licitação”.

#Fraport #Infraero #Ministério dos Transportes #Zurich Aiport

On the records

27/07/2016
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 A reserva de mercado na navegação de cabotagem está por um triz. O governo quer liberar o setor para companhias sem restrição de bandeira. A estimativa do Ministério dos Transportes é de que a medida proporcione investimentos de R$ 4 bilhões no segmento em dois anos.

#Ministério dos Transportes

Acervo RR

Luzes de Jirau

12/08/2010
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A Aneel deverá aprovar o aumento de 10% na capacidade da Usina de Jirau, solicitado pelos acionistas da hidrelétrica há cerca de três meses. Os investidores já apresentaram a  agência um estudo técnico para a instalação de mais seis turbinas. O investimento será em torno de R$ 650 milhões. O BNDES ? sim, não poderia faltar o BNDES ? deverá financiar 60% deste valor.

#Ministério dos Transportes

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