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Ministério da Educação prepara plano emergencial para conter ataques a escolas

  • 13/04/2023
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O ministro Camilo Santana pretende discutir com empresas da área de educação e entidades representativas do setor, a exemplo da Federação Nacional das Escolas Particulares, medidas para mitigar o risco de ataques em colégios. Santana pretende elaborar, com o apoio do Ministério da Justiça, um plano de ações padronizado, que possa ser adotado em todo o país tanto na rede pública quanto em escolas privadas. A iniciativa vem no rastro da sequência de tragédias em estabelecimentos de ensino, como o recente assassinato de uma professora em São Paulo e de quatro crianças em uma creche em Blumenau (SC).  

A questão é tratada com enorme senso de urgência pelo ministro Camilo Santana. Mesmo porque a experiência internacional, notadamente dos Estados Unidos, mostra que há um efeito alimentador em crimes dessa natureza: uma invasão costuma estimular outra invasão. No Brasil, os casos recentes deixaram um temor no ar, vide o que ocorreu na última terça-feira. Durante o dia, surgiram rumores sobre um possível ataque sincronizado a diversas escolas, que estaria sendo organizado em sites na deep web. A informação chegou à mídia: ao longo do dia, segundo o RR apurou, veículos como UOL, Folha de S. Paulo e O Globo consultaram instituições de ensino, notadamente do eixo Rio-São Paulo, sobre a existência de possíveis ameaças. Os boatos se espalharam também em grupos no WhatsApp, com mensagens, vídeos e áudios alertando sobre uma suposta invasão em massa de escolas nos próximos dias.  

Fatos novos contribuem para aumentar a tensão. Ontem, um homem de 19 anos foi preso após entrar com uma faca em uma escola na cidade de Morungaba (SP). Também no dia de ontem, a Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou que, na véspera, apreendeu um adolescente na cidade de Maquiné, suspeito de planejar um ataque a um colégio da região. Na última segunda-feira, a Polícia Militar do Rio de Janeiro deteve, em Barra do Piraí, um jovem de 20 anos, acusado de publicar em uma rede social ameaças de ataques a escolas na cidade. 

Na esteira dessa sequência de registros policiais, as discussões entre o Ministério e escolas privadas terão de tocar em questões polêmicas, a começar pela presença ou não de vigilância armada dentro dos colégios. A Federação Nacional das Escolas Particulares, por exemplo, já teria sinalizado ser contra a medida.  

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