Planalto pensa em nova intervenção no Rio

  • 31/08/2020
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A hipótese de uma nova intervenção federal no Rio de Janeiro foi aventada no Palácio do Planalto durante a última sexta-feira. A questão central é a segurança pública, agravada pela sensação de desmando no estado. Como se não bastasse a forte crise política, com o afastamento de Wilson Witzel e as suspeições em torno da sua linha sucessória – o vice Claudio Castro e o presidente da Alerj, André Ceciliano –, a grave onda de violência na cidade do Rio justificaria o envio de tropas federais e, mais uma vez, a presença do Exército.

Na semana passada, a região central da cidade foi aterrorizada por uma guerra entre quadrilhas rivais. Por dois dias, bairros ficaram sitiados, ruas foram interrompidas, houve seguidos tiroteios entre policiais e bandidos, moradores sequestrados e sendo usados como escudo. Segundo o RR conseguiu apurar, serviços de Inteligência da área de Segurança indicam que o Comando Vermelho, uma das maiores facções criminosas do país, estariam preparando uma nova ofensiva para os próximos dias com o objetivo de reconquistar territórios perdidos para quadrilhas rivais.

O crime corre solto em meio à sensação de que o Rio está acéfalo. Ressalte-se que um dos colaboradores mais influentes de Jair Bolsonaro é o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, elogiadíssimo comandante da intervenção federal no Rio de Janeiro, em 2018, decretada pelo então presidente Michel Temer. Um dado curioso: o gabinete de intervenção instituído há três anos ainda não foi formalmente extinto. Vinculado à própria Casa Civil, o órgão segue ativo, com servidores lotados. Hoje, dedica-se a atividades administrativas ainda referentes à operação de 2018, como a gestão de equipamentos comprados pelo governo federal na ocasião, entre eles três helicópteros.

#Alerj #Palácio do Planalto #Wilson Witzel

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