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Destaque

Ser Educacional quer gabaritar a prova na área de medicina

15/09/2023
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A Ser Educacional guarda a sete chaves um projeto com potencial de alavancar consideravelmente o valuation de seus negócios voltados à área de saúde. Trata-se da cisão dos seus cursos de medicina em uma nova empresa. Segundo o RR apurou, um grande banco de investimento brasileiro já estaria trabalhando na operação. O spin-off poderá abrir caminho para a capitalização do braço de medicina da Ser Educacional, seja por meio de uma oferta em bolsa, seja pela entrada direta de um investidor no negócio.

Neste último caso, seria um modelo similar ao da Inspirali, empresa que reúne as universidades de medicina da Ânima Educação e tem como sócia a DNA Capital, da família Bueno. A Ser Educacional, do empresário Janguiê Diniz, mira em um setor que atraído investimentos não só dos maiores grupos de educação do país, mas de grandes fundos internacionais. É o caso do Mubadala, que, no ano passado, comprou duas faculdades de medicina na Bahia. Consultada, a Ser Educacional não se manifestou.

Em 2022, os cursos de medicina responderam por aproximadamente 75% do Ebitda da Ser Educacional, que foi de R$ 290 milhões. A empresa opera com uma taxa de ocupação no segmento superior a 80% das vagas – nos demais cursos, a média é em torno de 60%. Nos últimos três anos, a participação da área no faturamento do grupo mais do que duplicou, chegando a 15% do total. Este número tende a dar um salto.

A Ser tem dez pedidos de liminares para a abertura de universidades de medicina, incluindo grandes mercados, como Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O enrosco judicial remete a uma decisão do governo Temer, em 2018, proibindo a criação de novos cursos na área por cinco anos. Desde então, diversos grupos do setor entraram na Justiça para derrubar o veto. A questão foi parar no Supremo. Em agosto, o ministro Gilmar Mendes decidiu que grupos que já tiveram liminares deferidas e as análises de documentos concluídas pelo MEC poderão seguir com o pedido de abertura de cursos de medicina. É o caso da Ser Educacional. Não por acaso, nos últimos 30 dias, a ação da empresa acumula uma alta de 10%.

#Gilmar Mendes #MEC #Ser Educacional

Empresa

Ser Educacional tem um segundo tempo a jogar no STF

24/08/2023
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Mal ganhou uma batalha jurídica na Suprema Corte, a Ser Educacional já reúne munição para o próximo embate. Para o grupo, o que está em jogo é a possibilidade ou não da criação de dez novos cursos de medicina, um dos negócios mais cobiçados do setor de educação. O enrosco é grande. No início do mês, o ministro do STF Gilmar Mendes decidiu que as empresas que já tiveram deferimento de pedidos de liminar e documentos analisados pelo Ministério da Educação estão legalmente aptas a seguir adiante com o processo de abertura dos cursos. No entanto, há um ponto cego na sentença. No entendimento do próprio MEC, a decisão só se aplica às universidades que já receberam a visita técnica da Pasta e contam com aprovação prévia. Nesse caso, a porta se fecha para a Ser, do empresário Janguiê Diniz. A companhia tem pedidos para a abertura de dez cursos, todos aguardando a inspeção do MEC em suas instalações.

#MEC #Ser Educacional

Destaque

Fleury segue o passo da concorrência e mira em faculdades de medicina

21/08/2023
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O Fleury vai entrar no setor de educação. Segundo o RR apurou, o projeto envolve a criação de uma faculdade de medicina e também de cursos para a formação de profissionais do setor de saúde. Um dos modelos avaliados pelo grupo é montar uma empresa à parte, o que permitiria a entrada de investidores no capital. Algo similar ao formato da Inspirali, holding de universidades da área médica controlada pela Ânima Educação e pela família Bueno. O Fleury já teria iniciado gestões junto ao Ministério da Educação, em busca de autorização para a abertura de uma instituição de ensino superior. Ressalte-se que, após cinco anos sem aprovar qualquer novo pedido – um ano de governo Temer e quatro da gestão Bolsonaro -, a Pasta voltou a permitir a criação de faculdades de medicina no país. Outro fator que motiva o Fleury a entrar no negócio de educação é a retomada do Fies. Há dois meses, inclusive, o MEC aumentou o teto do financiamento para alunos de medicina de R$ 42,8 mil para R$ 60 mil por semestre. Procurado pelo RR, o Fleury informou que “ não comenta rumores de mercado.”

Nos últimos dois anos, o Fleury enfileirou nove aquisições. Recentemente, protagonizou uma das maiores operações de M&A na área de saúde, a fusão com o Hermes Pardini, criando uma empresa com receita anual de R$ 6,5 bilhões e Ebitda combinado de R$ 1,7 bilhão. A partir de agora, há pouco espaço para grandes saltos na área de medicina diagnóstica. Já o setor de educação é um eldorado a ser desbravado pelo Fleury, em razão das altas cifras que giram em torno das universidades de medicina. Nas últimas aquisições realizadas no país, o valuation médio precificou cada aluno na casa dos R$ 2 milhões – 20% a 30% a mais do que nos demais cursos. Há estimativas de que cada aluno “comprado” equivale a cerca de R$ 2,9 milhões em valor de mercado para os grupos de capital aberto. Não por acaso, um número cada vez maior de empresas da área de saúde, notadamente grandes hospitais, casos de Sírio Libanês e Rede D´Or, têm enveredado pelo setor de educação.  

#Fleury #MEC

Política

Camilo Santana já tem um nome para o Inep

23/12/2022
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A atual secretaria de Educação do Ceará, Eliana Nunes Estrela, está cotada para integrar o time de Camilo Santana no MEC. Seria o nome de Santana para o comando do nevrálgico Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), entre outras missões responsável pela realização do Enem. O cargo tornou-se uma cadeira elétrica no governo Bolsonaro: o Inep já está no quinto presidente desde janeiro de 2019. 

#INEP #MEC

Batismo de fogo

8/04/2022
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Antes mesmo de assumir oficialmente a função, o novo líder do governo no Senado, Carlos Viana, já trabalha para barrar a criação da CPI do MEC. Ontem passou o dia tratando do assunto com líderes partidários.

#Carlos Viana #MEC

Pauta cheia

19/11/2020
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Há cerca de 2 mil processos parados no MEC, aguardando despachos do ministro Milton Ribeiro. Boa parte envolve a abertura de cursos de graduação e pós-graduação. Também é expressiva a quantidade dos que envolvem alterações em currículos de formação e pedidos de fechamento de instituições.

#MEC

Meritocracia invertida

10/07/2020
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O Ministério da Educação virou um prêmio às avessas. Uma das principais razões que levam Jair Bolsonaro a cogitar o nome do deputado Vitor Hugo, líder do governo na Câmara para a Pasta, é o acelerado desgaste da sua relação com o general Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo. Sua transferência para a Educação abriria a vaga na articulação política do Palácio do Planalto para um nome afinado a Ramos.

#Jair Bolsonaro #MEC

Waiver na educação

29/06/2020
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O Conselho Nacional de Educação vai dar mais um ano de carência para as instituições de ensino superior implantarem novos cursos já aprovados pelo colegiado e homologados pelo MEC. Pela regra em vigor, as universidades teriam 24 meses para contratar professores, montar laboratórios, equipar salas de aula etc, sob pena de perder as licenças. A decisão é uma lufada de bom senso no Ministério da Educação, algo raro na gestão de Abraham Weintraub. Com a pandemia, a demanda por esses cursos desabou. Obrigar as universidades a cumprir o prazo original seria empurrá-las para um prejuízo líquido e certo.

#Abraham Weintraub #Conselho Nacional de Educação #MEC

Candido Mendes fica em recuperação no MEC

23/09/2019
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A Universidade Candido Mendes (UCAM) recorreu ao Conselho Nacional de Educação na tentativa de evitar o seu downgrade. Após uma inspeção técnica do MEC, a UCAM foi rebaixada à categoria de centro universitário, um andar inferior na escala de classificação das instituições de ensino superior. Pesou, e muito, na decisão a fragilidade financeira da Candido, um dos critérios de avaliação dos auditores do Ministério. A instituição soma cerca de R$ 1 bilhão em dívidas. Somente o passivo trabalhista gira em torno dos R$ 200 milhões.

#MEC #Universidade Candido Mendes

Causos do “Posto Ipiranga” 2 – “Lady Beth” pavimenta seu caminho para o futuro Ministério da Educação e Cultura

15/10/2018
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O pano de prato que Elisabeth Guedes vem bordando com a Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), o BNDES e o Ministério da Educação (MEC) revela uma parceria construída sobre paradoxos, na qual o livre mercado não é tão livre assim. “Beth” é irmã do ministeriável da moda, Paulo Guedes, e conhecida como braço direito do mano. Se ficar enfurecida, contudo, ela mesma é capaz de decepar mãos e dedos do irmão querido. A burocrata é chamada de “Lady Beth” numa alusão óbvia à terrível Lady Macbeth shakespeariana. Durante sua passagem pelo Ibmec, levada por Guedes, “Beth” reinou poderosa, dando ordem e mexendo com dinheiro grosso.

Da mesma forma como o irmão, que morde o inimigo até obter a regalia pretendida – aí então cala, ou às vezes até sopra –, “Beth” somente desliga a britadeira depois de dobrar o adversário e obter o butim. Guedes, por exemplo, barbarizou na imprensa o BNDES de Luciano Coutinho e suas taxas subsidiadas. Isso apenas até arrancar os recursos do banco para capitalizar o seu fundo de investimentos em educação. Depois da captura da bufunfa, nenhum pio mais. Paulo Guedes é um “liberalopata”, mas não carimba dinheiro público. Dizem os ex-acionistas do Ibmec que “Beth” é a lanterna na popa no projeto familiar de fazer um império financeiro a partir da educação. Guedes é a bolsa, é claro. Acompanhando os passos da dupla, “Beth” seguiu para a Universidade Anhanguera Morumbi e o irmão foi investir no fundo de educação da Abril.

Agiram todo esse tempo como irmãos parceiros, aliás, como sempre, com uma exceção: quando “Beth” vendeu suas ações do Ibmec, deu os recursos obtidos para Guedes aplicar. O câmbio, porém, deslizou drasticamente. E ela teve um brutal prejuízo com o conselho do irmão. Guedes se escondeu da sua fúria por semanas. Águas passadas, “Beth” assumiu a vice-presidência da Anup, enquanto o irmão tocava mais um fundo de educação (Bozano Investimentos). Mais recentemente, Paulo Guedes achou quem o quisesse para ser um Roberto Campos inflável. Em meio aos discursos liberaloides de cá e de lá, “Beth”, já surfando no misto de prestígio com pavor que o mano provoca, conseguiu aprovar com o BNDES e o MEC uma receita de R$ 2 bilhões para financiar bolsas com juros mais baixos.

O montante foi divulgado no mês passado. É um montão de grana para as universidades privadas, é claro. E não há sequer uma definição do perfil do aluno que será favorecido, cuja probabilidade esmagadora é de que seja de alta renda. O tema é bom. Se Guedes o colocar na campanha apertando a irmã, provará que é um verdadeiro “Chicago boy”. Mas é difícil o enfrentamento. Os “Guedes brothers” são unha e carne. E, não bastasse, o irmão morre de medo da irmã. A julgar pela trajetória dos dois, mais fácil Beth ganhar o futuro Ministério da Educação e Cultura.

#BNDES #MEC #Paulo Guedes

MEC flexibiliza regras para o ensino superior

5/07/2018
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Os grandes grupos de ensino superior do país têm pressionado o Ministério da Educação a aprovar a criação de uma nova modalidade para o segmento, que permitirá às empresas ampliarem a oferta de cursos e consequentemente sua base de alunos. Trata-se de um conceito híbrido, que não seria formalmente classificado pelo Ministério nem como presencial tampouco como educação a distância, mas combinaria recursos dos dois modelos. O entendimento das empresas do setor é que o modelo permitirá o desengessamento das regras atuais de classificação do ensino superior.

Hoje, os cursos registrados no MEC como presenciais podem ofertar, no máximo, 20% da carga horária em atividades desenvolvidas de forma remota. No caso das aulas a distância, avaliações e atividades práticas devem ser obrigatoriamente realizadas fisicamente. Ao se matricular, o aluno tem de escolher entre a graduação presencial ou a distância e, se quiser mudar de uma para outra, tem de pedir transferência. A mudança nas regras permitiria, por exemplo, que o estudante escolha quantas e quais disciplinas que fazer em um formato ou em outro.

Dez entre dez empresas do setor tratam o desengessamento das regras como fundamental, sobretudo na atual circunstância do mercado. Menos amarras significarão maior margem de manobra para as universidades aumentarem o número de cursos, em um momento no qual o setor sofre com a retração econômica, a desertificação dos instrumentos de financiamento público, como o Fies, e o êxodo de alunos. Ressalte-se que o Ministro da Educação, Rossieli Soares, tem feito alguns movimentos para flexibilizar as regras para o ensino superior. Recentemente, o MEC autorizou que as próprias universidades criem polos para as atividades presenciais dos cursos a distância – até então, o credenciamento desses centros dependia da análise do MEC. Não raramente, quando a Pasta dava o aval, o ano letivo já tinha acabado.

#MEC #Ministério da Educação

MEC prepara um provão para os grandes grupos de educação

25/06/2018
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Há uma apreensão entre os grandes grupos de ensino do país. O Ministério da Educação prepara mudanças fulcrais no regime de avaliação das quase 2,5 mil instituições de ensino superior, que terão considerável impacto sobre o modelo acadêmico das universidades e o próprio ranqueamento do setor. A proposta do Conselho Nacional de Educação (CNE), ligado ao MEC, deverá ser encaminhada ao presidente Michel Temer no início de julho.

Um dos principais critérios de avaliação será o índice de evasão de alunos de graduação. Cursos com maiores taxas de retenção receberão melhor avaliação do Ministério. O CNE também levará em consideração a trajetória profissional do aluno após a conclusão da faculdade. Serão analisados o grau de empregabilidade, a faixa salarial e a posição de liderança obtida pelo formando no mercado de trabalho. Se for aprovada, a proposta do MEC vai virar de ponta cabeça o atual sistema de pontuação das universidades. As notas alcançadas pelas respectivas instituições no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) passarão a ter um peso ponderado menor na cesta de critérios do Ministério.

Dessa forma. a “ditadura das provas” não seria mais a variável preponderante de avaliação de um curso, abrindo espaço para critérios como o índice de satisfação do aluno e, sobretudo, os dividendos profissionais alcançados após a graduação. O novo conceito deverá enfrentar resistências dos grupos de educação, uma vez que exigirá mudanças nos próprios programas acadêmicos dos cursos. Hoje, uma parte expressiva das instituições privadas trabalha com foco em conseguir boas notas de seus alunos no Enade, o que lhe garante posições de ponta no ranking do setor. Outro desafio diz respeito à capacidade do MEC de levantar todas as informações relativas ao novo modelo de avaliação. A Pasta precisará criar um sofisticado sistema de pesquisas junto a alunos e formandos.

#MEC

Será que a Crefisa marcou um gol contra?

19/02/2015
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As paredes da Crefisa sabem o quanto os executivos da financeira alertaram o empresário José Roberto Lamacchia sobre os riscos de pisar em novos gramados. Se, por um lado, o milionário e recém-fechado patrocínio ao Palmeiras deverá garantir uma exposição na mídia que a companhia jamais teve, por outro, traz a reboque um efeito colateral: a ameaça de lançar luz sobre o telhado de vidro de Lamacchia. Nos últimos anos, o empresário vem protagonizando alguns episódios rumorosos. Em 2012, foi citado na Operação Pouso Forçado, deflagrada pela Polícia Federal e pela Receita para apurar sonegação de impostos na compra de jatinhos. Agora, o dono da Crefisa tem nos seus calcanhares o Ministério da Educação (MEC). A Faculdade das Américas (FAM), controlada por Lamacchia, é acusada de tentar jogar uma bola entre as pernas do MEC e oferecer curso de Medicina na unidade de São Bernardo do Campo sem autorização da Pasta – apenas o campus de São Paulo estaria licenciado para tal. Lamacchia, aliás, não faz por menos: a FAM também deverá patrocinar o Palmeiras. Parafraseando o saudoso Vicente Matheus, lendário presidente do arquirrival Corinthians, exposição é uma faca de “dois legumes”. O temor dos executivos da Crefisa é que o tiro saia pela culatra e o patrocínio ao Palmeiras acabe custando a  empresa bem mais do que os R$ 23 milhões previstos em contrato. Ressalte- se que a financeira vive um momento de extrema prosperidade. Nos últimos anos, sua carteira de crédito tem crescido, em média, 20%. Como empresta para clientes negativados, enxotados por bancos e congêneres, a empresa tira proveito dos momentos de repique da taxa de inadimplência. Ou seja: para a Crefisa, quanto pior, melhor. A assertiva, no entanto, não se aplica a  sua reputação, nem a de seu acionista controlador.

#Crefisa #MEC

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