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Infraestrutura

É a burocracia nacional que mais precisa ser dragada

5/11/2024
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A obra de dragagem de 200 km do Rio Amazonas, sob responsabilidade do DNIT, tornou-se um exemplo quase kafkiano do famigerado Custo Brasil. E do desperdício de recursos públicos. A contratação do navio-draga norte-americano Hopper Lindway atrasou aproximadamente dois meses em relação ao cronograma inicial. Depois a embarcação ainda ficou parada no Porto de Manaus à espera do despacho aduaneiro. A Receita Federal até fez a sua parte: liberou a papelada em dois úteis.

No entanto, o início dos serviços ainda teve de aguardar pela autorização do Ministério do Trabalho para os tripulantes a bordo atuarem na atividade de dragagem. No frigir dos ovos, os trabalhos começaram quase três meses após o pico das secas e consequentemente de assoreamento do Rio Amazonas. Com o início das chuvas, agora em novembro, em alguns trechos a dragagem se tornará desnecessária. Mas nem por isso o governo pagará um centavo a menos no contrato de R$ 118,9 milhões com a DTA Engenharia, responsável pelo serviço.

#Ministério do Trabalho #Rio Amazonas

Social

Índio não quer mais apito e, sim, recursos do Fundo Amazônia

31/10/2024
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Há uma pressão de entidades da área indígena para que o governo solte as rédeas do Fundo Amazônia e libere um volume maior de recursos para as etnias da região. O assunto já está em discussão no BNDES, responsável pela gestão do fundo. Nos corredores do banco, o que se ouve é que os aportes podem chegar a R$ 250 milhões em 2025. Neste ano, os repasses devem somar cerca de R$ 180 milhões. No âmbito do BNDES, a interlocução com comunidades indígenas vem sendo conduzida por Tereza Campello, ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e atualmente diretora socioambiental do banco de fomento.

#BNDES #Fundo Amazônia

Destaque

Suzano entra na disputa pela operação de papel tissue da Kimberly-Clark

11/10/2024
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Após a frustrada investida sobre a International Paper, a Suzano se vê diante de uma nova oportunidade de cravar uma grande aquisição internacional. Há informações no setor de que a companhia tem interesse na compra da divisão mundial de tissue da Kimberly-Clark, avaliada em aproximadamente US$ 4 bilhões.

O assunto já estaria sendo discutido no âmbito do conselho de administração. Procurada pelo RR, a Suzano disse que “não comenta operações de M&A”. Conforme noticiado pela mídia estrangeira, o grupo norte-americano quer se desfazer da unidade para se concentrar em segmentos mais lucrativos, como embalagens. O pacote reúne fábricas nos Estados Unidos, México, Reino Unido, Alemanha, França e China, entre outros países, um negócio com faturamento previsto para este ano de US$ 4,6 bilhões.

Trata-se de um combo que deve atrair para a disputa outros importantes players do setor. Na mídia internacional surgem menções, por exemplo, à Asia Pulp & Paper, da Indonésia, e à Hengan, da China, duas das maiores fabricantes de papel de higiene do mundo. É justamente nesse seleto rol que a Suzano vislumbra chegar com a eventual aquisição dos ativos da Kimberly-Clark. Não é de hoje que a empresa dos Feffer ensaia esse salto. No ano passado, o grupo abriu tratativas para a compra da Vinda International, fabricante de papel tissue sediada em Hong Kong e até então controlada pela sueca Essity. No fim das contas, quem levou foi a Royal Golden Eagle (RGE), de Cingapura, que desembolsou US$ 3,4 bilhões.

A Suzano tem uma trajetória recente e muito bem-sucedida no mercado de tissue. A empresa entrou no segmento em 2017. No mesmo ano, comprou a Fábrica de Papel da Amazônica (Facepa), produtora de papel higiênico, guardanapos, toalhas e lenços de papel. O grande salto veio em 2022, quando a Suzano comprou a operação de tissue da própria Kimberly-Clark no Brasil, por US$ 175 milhões. Foi o suficiente para alcançar a liderança do setor no país.

#Kimberly-Clark #Suzano

Destaque

Troca de comando da ANP opõe Minas e Energia e Petrobras

1/10/2024
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A sucessão no comando da ANP está colocando em lados opostos o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e a presidente da Petrobras, Magda Chambriard. Silveira, como se sabe, quer emplacar no cargo Pietro Mendes, secretário nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis e presidente do Conselho da Petrobras. Ocorre que, os últimos dias, outro nome passou a aparecer muito bem cotado na bolsa de apostas em Brasília: Allan Kardec, atual presidente da Gasmar, distribuidora de gás do Maranhão.

Discretamente, como é do seu estilo, Magda tem atuado nos bastidores em favor da indicação de Kardec. Ambos tocam de ouvido. Se Pietro Mendes é o homem de confiança de Silveira no board da Petrobras, Magda e Kardec sempre demonstraram sintonia na própria ANP – ambos foram colegas na diretoria do órgão regulador entre 2008 e 2012.

Além disso, o maranhense Kardec conta também com o apoio do “sumo pontífice” e de um dos cardeais da política no estado, respectivamente José Sarney e Edison Lobão, ex-ministro de Minas e Energia. São personagens de peso que Lula costuma ouvir e incensar. Em junho, por exemplo, em entrevista a uma rádio maranhense, o petista referiu-se a Lobão como uma “figura excepcional” do seu primeiro governo, “um quadro político refinado para discutir qualquer assunto, em qualquer área”.

No caso de José Sarney, então, nem se fala. No ano passado, por conta da inauguração da Ferrovia Norte-Sul, Lula fez questão de gravar um vídeo ao lado de Sarney rasgando elogios ao ex-presidente da República pela “ideia” de construir a linha férrea. No entorno do petista, ressalte-se, há quem veja a escolha de Allan Kardec também como um hedge político. Seria uma forma de evitar um excesso de poder nas mãos de Alexandre Silveira, do PSD, um partido que “está” na base aliada, algo muito diferente de “ser” da base aliada. Mesmo porque a mesma legenda, por meio do senador baiano Otto Alencar, tenta também emplacar um nome em uma das diretorias da ANP.

O sucessor de Rodolfo Saboia, que deixa a diretoria-geral da ANP em dezembro, terá um dos maiores desafios da história recente da agência: o imbróglio da Margem Equatorial passará obrigatoriamente por suas mãos. Isso inclui não apenas o impasse em relação ao início ou não das atividades da Petrobras na bacia da Foz do Amazonas, no Amapá, mas os futuros leilões.

A ANP já incluiu novas bacias na região entre as prioridades do calendário de estudos geológicos e econômicos de 2025. No setor há quem diga até que o movimento foi um aceno de Saboia ao governo, na tentativa de ser reconduzido à diretoria-geral da ANP, por ora a menos provável das hipóteses. Nesse quesito em especial, Pietro Mendes e Allan Kardec estão tecnicamente empatados: ambos são enfaticamente favoráveis à exploração da Margem Equatorial.

Em contato com o RR, a Petrobras negou que a presidente da companhia esteja “agindo para indicar o novo diretor-geral da agência reguladora”. Ainda de acordo com a estatal, “Magda Chambriard tem total respeito pela governança interna da ANP e por qualquer que seja a escolha feita pelo governo federal, a quem cabe a decisão.”

#ANP #Ministério de Minas e Energia #Petrobras

Advocacia

Um projeto de lei on demand para o atual presidente da OAB

26/09/2024
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O Projeto de Lei 1.743/24, em tramitação na Câmara, vale mais pelas suas entrelinhas do que exatamente pelo que está escrito. Para todos os efeitos, a proposta do deputado Doutor Luizinho (PP-RJ) estabelece a criação de dois novos cargos no Conselho Federal da OAB – diretor administrativo e diretor executivo. No entanto, dentro da própria entidade, o que se diz é que o projeto tem segundas intenções: abrir uma brecha para a primeira reeleição de um presidente na história da OAB, com a justificativa da nova estrutura organizacional. Ou seja: como se o jogo começasse do zero.  O principal lobby para a aprovação do PL vem de aliados do atual no 1 da Ordem, o amazonense Beto Simonetti. O advogado foi eleito em 2022. Ele pertence a um grupo que comanda a OAB desde 2013, quando da gestão de Marcus Vinicius Furtado Coêlho. O estatuto da OAB não proíbe a reeleição do presidente. Mas o rodízio no cargo é um consuetudo consagrado na instituição. Ao que parece, esse costume está prestes a cair.

#Beto Simonetti #OAB #projeto de lei

Destaque

Sistema de vigilância da costa brasileira retorna ao radar da Marinha

24/09/2024
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A Marinha voltou a discutir a implantação de um sistema de controle da costa marítima do país, uma espécie de Sivam – Sistema de Vigilância da Amazônia – dos mares. O assunto vem sendo requentado pela Força há mais de uma década, com diversos contatos com potenciais fornecedores. Trata-se de uma iniciativa estratégica para a segurança nacional. O Brasil detém uma das maiores áreas costeiras do mundo, virada para o Atlântico Sul.

Sua extensão alcança uma faixa onde se embridam três sistemas: oceânico, atmosférico e continental, numa amplitude de 7.400 km com largura variável de 70 km a 480 km. Para se ter uma ideia da sua amplitude, a costa brasileira corresponde a 5% do território nacional. Ela abrange 512 municípios com uma densidade demográfica de 39 milhões de habitantes.

Acrescente-se a essa preocupação de defesa dos litorais a já comprovada dotação da natureza de recursos biológicos e minerais. O vácuo existente nessa área é grande. Falta não somente a normatização adequada, tanto para controle estatal como também para definir à sociedade quais os usos possíveis dos recursos naturais e litorâneos e marítimos, assim como da utilização e ocupação do solo nas regiões costeiras. Procurada, a Marinha não se pronunciou.

Mas por que não o projeto não andou? A resposta pode ser dada pelos diversos ocupantes da Secretaria do Tesouro nesses anos todos. Falta dinheiro para os investimentos e custeio das Forças Armadas. O Brasil cortou 48% do orçamento da Defesa nos últimos 10 anos.

O presidente Lula, diga-se de passagem, até vem tentando mitigar essa dieta de recursos. Mas, com a amarra fiscal do país, é difícil que a iniciativa ande. Até que se compreenda a importância estratégica das costas brasileiras, elas que fiquem entregues ao sabor das marés.

#Forças Armadas #Lula #Marinha

Empresa

Chilena Zenta Group prepara chegada ao Brasil

19/09/2024
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O Zenta Group, uma das maiores empresas de TI do Chile, prepara seu desembarque no Brasil. A companhia presta serviços de desenvolvimento de softwares, análise de dados e machine learning. Entre seus clientes, estão grandes grupos globais de tecnologia, como Google, Amazon e Microsoft. O Zenta Group tem dinheiro chinês correndo em suas veias. E não é pouco. Já recebeu aportes do Shenzhen Angel Fund e da Da An Gene e do Zhongguancun Group – os dois últimos focados em investir em empresas de tecnologia emergentes.

#Zenta Group

Meio ambiente

Marina Silva prega criação de fundo para o “esquecido” Gran Chaco Americano

19/09/2024
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Segundo o RR apurou, a ministra Marina Silva vai defender na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade, que será realizada entre 21 de outubro e 1º de novembro, na Colômbia, a criação do Fundo para Conservação e o Desenvolvimento do Gran Chaco Americano. O projeto está sendo discutido já há algum tempo no Parlasul, o Parlamento do Mercosul – no início deste mês, foi aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos.

 

Talvez falte mesmo uma voz de peso, como a de Marina, para a proposta deslanchar. Ninguém dá muita bola para a região. Mas o Gran Chaco Americano é a segunda maior extensão florestal da América do Sul, superada apenas pela Amazônia. Com cerca de 800 mil km2, abrange o Brasil – mais especificamente as encostas ocidentais do Pantanal – Argentina, Paraguai e Bolívia. Em território brasileiro, restam apenas 13% da área original da floresta. A ideia dos quatro países é criar um modelo semelhante ao Fundo Amazônia, para captar doações internacionais destinadas a combater o desmatamento e queimadas.

#Marina Silva

Meio ambiente

Fundo Amazônia segue a sua sina das doações pinga-pinga

5/09/2024
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O que se diz no entorno da ministra Marina Silva é que o Reino Unido sinalizou a intenção de fazer um novo aporte no Fundo Amazônia ainda neste ano. Em 2023, os britânicos doaram R$ 750 milhões para a iniciativa por meio de duas tranches. Para o tamanho do problema na Região Amazônica, é mais uma daquelas contribuições que dão razão àqueles que dizem que o Fundo tem como serventia lustrar a imagem institucional de quem doa.

Para se ter uma ideia, a título de comparação, o dinheiro que o Reino Unido já colocou no projeto mal dá para custear um ano do Programa União com Municípios pela Redução do Desmatamento e dos Incêndios Florestais na Amazônia, orçado em R$ 700 milhões neste ano. Em tempo: o anúncio pode estar sendo guardado para o ano que vem, durante a realização da COP, na Amazônia, o palco ideal para o aumento da repercussão da iniciativa.

#Fundo Amazônia #Marina Silva

Brasil

Agora só falta um pacto dos ricos contra a pobreza

29/08/2024
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A carta aberta intitulada “Pacto econômico com a natureza”, divulgada ontem nos veículos online e hoje em jornais impressos e assinada por aquinhoados empresários – entre os quais alguns industriais de estirpe, banqueiros acadêmicos e herdeiros biliardários – é uma iniciativa louvável. Ela revela explicitamente que o empresariado de maior peso não está de costas para a questão climática. E se propõe a participar ativamente de um plano “para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.” Não é pouca coisa. Mas a proposta de unir os Três Poderes parece um desafio maior do que acabar com todos os incêndios da Amazônia e do Cerrado, além do morticínio de outros biomas.

Tentar reagir ao risco de um desastre climático é, no mínimo, elogiável, e cabe mesmo às nossas elites assumirem a liderança dessa missão hercúlea. Porém, faltaram alguns parágrafos no texto. Assim como o meio ambiente é uma ameaça para ontem, a concentração de renda é um conflito para já, com um potencial de crescimento mais rápido do que o prazo do superaquecimento terrestre. Se, em 30 anos, estaremos todos fritos pelo calor cáustico, em cinco anos é líquido e certo que os donos da riqueza global, ínfimo 1% da população, ficarão ainda mais ricos. Ou seja: os 99% mais pobres serão ainda mais pobres.

A questão da riqueza excludente de uma absurda parcela de “desendinheirados” consta de forma tímida dos três pilares da agenda da reunião de cúpula do G20, no próximo mês de novembro, no Rio de Janeiro. As maiores nações do mundo parecem não considerar com a mesma relevância a relação dos temas de concentração de renda com a pobreza, miséria e “as milhares de crianças abandonadas junto a um cadáver de mãe” (apud Vinícius de Moraes). Tem sido sempre assim desde o pós-Segunda Guerra. Vide as condições da África, o chamado continente perdido. A próxima COP provavelmente repetirá a ausência da ausência. Se o mundo couber em uma mão dos mais ricos, isso não será um milésimo da preocupação dos países centrais e emergentes, das agências multilaterais e do próprio empresariado com a descarbonização. O clima ameaça a todos, mas o dinheiro em poder de uma molécula da sociedade é só um detalhe, Repita-se: a iniciativa de chamar a atenção para o desastre climático merece aplausos – as loas mais entusiásticas ficam para quando fizerem algo de concreto. Mas, tendo em vista o padrão de renda dos signatários, algumas linhas sobre a absurda concentração de renda e a desesperança dos excluídos – transformaria a carta aberta em uma atitude humanitária de ajoelhar e rezar. Fica a dica para um futuro manifesto. Aliás, segue outra dica. Melhor não usar a palavra pacto, que, no Brasil, sempre foi um convite à inação. Como dizia o Dr. Ulysses, “não mencionem pacto, porque vai virar pato”.

#desigualdade social #G20 #pobreza

Negócios

Amazon quer substituir a Paramount na Libertadores

20/08/2024
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A Amazon tem interesse em adquirir os direitos de transmissão para streaming da Libertadores e da Sul-Americana. Hoje, o contrato de exibição dos dois torneios no Brasil e no restante da América do Sul está nas mãos da Paramount. No entanto, a empresa enfrenta uma grave crise financeira nos Estados Unidos e não tem mais interesse em manter o acordo – conforme o RR antecipou. Há informações de que a Amazon já fez consultas à Conmebol e à própria Paramount para assumir o contrato, válido até 2026. Cabe lembrar que sua plataforma, a Amazon Prime, já detém os direitos da Copa do Brasil para streaming.

#Amazon #Conmebol #Paramount

Destaque

Zona Franca de Manaus abre guerra conta companhias de navegação

31/07/2024
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Pesos-pesados da Zona Franca de Manaus (ZFM) – entre as quais Samsung, LG, Honda, Yamaha, Multilaser, entre outras – estão fazendo uma blitzkrieg em Brasília. A operação de lobby tem como objetivo derrubar a cobrança da “Low Water Surcharge”, mais conhecida como “taxa de pouca água”, que passará a incidir sobre o transporte de cargas nos rios da Amazônia.

O sobrepreço custará às empresas da região entre US$ 5 mil e US$ 5,9 mil por contêiner carregado, seja de matérias-primas, seja de produtos finais. Do outro lado da trincheira, estão os “inimigos” a serem abatidos: CMA CGM, Maersk, MSC e Aliança Navegação e Logística, que instituíram a derrama adicional.

O RR apurou que empresas da Zona França já levaram o caso ao vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, pedindo sua intervenção para barrar a taxa extra. Ressalte-se que Alckmin tem sido talvez o maior aliado da ZFM no governo em muitos e muitos anos – Paulo Guedes, por exemplo, nunca escondeu seu desejo de acabar com esse cluster de benefícios tributários.

Os fabricantes da Zona Franca atacam em várias frentes. Além de buscar apoio político, há informações de que pretendem acionar o Cade, acusando CMA CGM, Maersk, MSC e Aliança de abuso de poder econômico. Foram também ao Ministério Público, que já abriu uma investigação sobre a cobrança do valor adicional. E as indústrias da Zona Franca avaliam ainda entrar na Justiça contra as empresas de logística. Procurada, a Aliança Navegação não quis comentar o assunto, dizendo estar em período de silêncio. Também consultadas, MSC, Maersk e CMA CGM não retornaram até o fechamento desta matéria.

As quatro grandes companhias concentram a navegação de cabotagem na região, tanto no que diz respeito à entrega de componentes para as empresas da Zona Franca quanto ao escoamento da produção local. E costumam coabitar os rios da Amazônia em sintonia. Sintonia até demais, dizem as indústrias de Manaus. O quarteto decidiu instituir a taxa quase que simultaneamente – o início da cobrança se dará entre agosto e setembro.

Alegam se tratar de uma compensação pela seca dos rios e a consequente redução das condições de navegabilidade, que aumenta o tempo e o custo do transporte. Garantem ainda que a cobrança será temporária. No entanto, as indústrias da Zona Franca rebatem, dizendo não saber o quanto vai durar esse “temporário”. Ao mesmo tempo, atribuem a CMA CGM, Maersk, MSC e Aliança a imposição de uma taxação irregular, uma vez que os rios da Amazônia, mesmo com a queda dos índices pluviométricos, não apresentam condições de navegação que justifiquem o valor adicional.

#Zona franca de Manaus

Meio ambiente

Helder Barbalho bate à porta do BID em busca de mais recursos para a Amazônia

25/07/2024
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Segundo uma fonte próxima a Helder Barbalho, o governador do Pará abriu conversações diretamente com Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em torno da liberação de novos recursos da agência multilateral para a Amazônia. Barbalho fala com “mandato” dos demais governadores da região. O dinheiro seria destinado, sobretudo, para viabilizar projetos de infraestrutura sustentável. Ressalte-se que o BID já direcionou quase US$ 3 bilhões para financiar ações de conservação da Região Amazônica e a bioeconomia local. Desse total, quase US$ 2 bilhões estão reservados para o Brasil. Helder Barbalho espera, inclusive, sair com alguma boa notícia do encontro que terá com o próprio Goldfajn, em Belém, no próximo sábado. O presidente do BID será o anfitrião da visita da secretária de Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, à cidade sede da COP30, no ano que vem.

#Amazônia #Banco Interamericano de Desenvolvimento #Helder Barbalho

Destaque

Magda Chambriard finca uma bandeira branca na Margem Equatorial

12/07/2024
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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, está montando uma “missão de paz” na tentativa de azeitar a interlocução com os órgãos ambientais em relação à Margem Equatorial. Magda parte da premissa de que a prioridade no 1 é desarmar o clima de confronto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alimentado durante a gestão Jean Paul Prates. Ao longo de mais de um ano, foram diversas farpas lançadas de parte a parte.

Um dos momentos de maior tensão, por exemplo, foi a reunião realizada entre ambos no dia 30 de março do ano passado, quando Marina não apenas descascou o estudo apresentado pela diretoria da Petrobras, “sem qualquer viabilidade socioambiental”, como teria dito textualmente a Prates que não toleraria, de forma alguma, pressões para liberar o projeto. A partir de agora, pode se dizer que a Margem Equatorial será tratada ao melhor estilo do velho slogan das Lojas Marisa, “de mulher para mulher”.

Segundo fontes da Petrobras ouvidas pelo RR, além da própria Magda, três executivas foram destacadas para integrar a linha da frente das conversas com a ministra Marina Silva e o Ibama: Sylvia dos Anjos, diretora de exploração e produção; Renata Baruzzi, diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação; e Clarice Coppetti, diretoria de Assuntos Corporativos, que engloba a disciplina SMS.

Esta última, por sinal, é tida dentro da empresa como a mais próxima de Magda Chambriard e com maior articulação dentro do governo.

A “pax da Margem Equatorial” pressupõe o compromisso da Petrobras de que as exigências levantadas pelo Ibama serão atendidas. Parece óbvio; é óbvio, mas em nenhum momento Jean Paul Prates adotou esse discurso, de tom mais conciliatório. É difícil, muito difícil, mas a nova direção da Petrobras pretende abrir, reabrir ou desobstruir as mais diversas frentes simultâneas de diálogo, não apenas com Marina Silva e o Ibama, mas com o Ministério Público e a miríade de entidades do terceiro setor que se postam contra a exploração da Margem Equatorial – em dezembro, por exemplo, mais de 130 ONGs, organizações indígenas, movimentos sociais e institutos de pesquisa assinaram uma carta aberta levada à COP28, em Dubai, contra a extração de petróleo na região.

Segundo o RR apurou, já se fala também na Petrobras de uma grande campanha de comunicação, destrinchando o impacto positivo do projeto em termos de geração e distribuição de riqueza, criação de postos de trabalho, desenvolvimento econômico e social de uma das áreas mais pobres do Brasil etc. No limite, seria uma tentativa de angariar o apoio da opinião pública ao investimento.

O grande desafio da gestão de Magda Chambriard é conseguir autorização para furar o primeiro poço offshore na fronteira petrolífera amazônica.

Além do forte valor simbólico, essa operação é crucial para a empresa coletar dados geológicos mais precisos que permitam quantificar o potencial econômico da reserva. Fala-se muito da Margem Equatorial, de que se está diante do novo pré-sal, mas, até o momento, é um voo meio às escuras. Não há uma estimativa concreta do tamanho das jazidas. Até agora, quase tudo que se diz tem como referência as descobertas já realizadas em formação geológica idêntica na Guiana e no Suriname. Daí a importância de se fincar a primeira perfuratriz na Margem Equatorial brasileira.

Há muitas questões de ordem técnica, mas, no fim do dia, tudo passa pela política. Nos corredores da Petrobras, há quem sussurre que existe até uma articulação dentro do governo em torno de uma significativa ampliação do orçamento do Ibama, notadamente para fiscalização, que funcionaria como uma moeda de troca com a área de Meio Ambiente. A ver.

#Magda Chambriard #Margem Equatorial #Petrobras

Destaque

BNDES desponta como o rebocador financeiro dos leilões de hidrovias

8/07/2024
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O governo estuda medidas com o objetivo de atrair o maior número possível de investidores para os leilões de concessões hidroviárias. O que está em jogo é um pacote de investimentos da ordem de R$ 5 bilhões, contabilizando-se apenas as quatro primeiras licitações já engatilhadas. Uma das propostas discutidas entre o Ministério dos Portos e Aeroportos e a Casa Civil é o apoio do BNDES aos futuros operadores das hidrovias. A participação do banco poderia se dar de duas formas: no modelo convencional, por meio de uma linha de crédito, ou por intermédio de debêntures incentivadas de infraestrutura.

 

Nesse caso, o BNDES garantiria a compra de uma parcela expressiva dos papéis emitidos pelas concessionárias. Este é um instrumento que tem sido crescentemente usado pelo banco, notadamente na área de saneamento. No ano passado, a agência de fomento subscreveu 26% das debêntures de infraestrutura lançadas no Brasil, o equivalente a R$ 18 bilhões. Além do BNDES, há informações de que o governo pretende utilizar também os fundos constitucionais – notadamente o FNO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Norte) e o FCO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste) – para viabilizar os investimentos nas hidrovias. No momento, a Hidrovias do Brasil, agora sob o comando do Grupo Ultra, é dado como um nome certo nos leilões. É pouco.

 

O governo quer estimular a participação de grandes grupos da área de infraestrutura que ainda não operam nesse segmento. No próprio Ministério dos Portos e Aeroportos são citados os nomes da CCR e da dupla Equipav/Perfin Investimentos. Há quem veja também a possibilidade de atrair conglomerados do agronegócio, como o Grupo Amaggi.

 

O primeiro leilão no pipeline é o da Hidrovia do Rio Madeira, um corredor logístico vital para o escoamento da produção de grãos, notadamente do Mato Grosso. Hoje, circulam pelo manancial cerca de 12 milhões de toneladas de commodities agrícolas por ano. A estimativa é que, com os investimentos do futuro operador privado na dragagem do rio, esse número chegue a 20 milhões de toneladas/ano até 2034. Todo o processo de audiências públicas será concluído ainda neste ano.

 

O mesmo se aplica ao aval dos órgãos de controle, que deverá ser obtido até dezembro. Caso esse cronograma seja cumprido à risca, o governo pretende realizar o leilão no primeiro trimestre de 2025. Será o teste de fogo. Na Casa Civil e no Ministério dos Portos e Aeroportos, o entendimento é que a licitação do Rio Madeira vai regular a temperatura dos três outros certames previstos para o ano que vem – as hidrovias do rio Paraguai, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, da lagoa Mirim, no Rio Grande do Sul, e da Barra Norte, no Amapá, na foz do Rio Amazonas, próximo ao Oceano Atlântico.

#BNDES #Casa Civil #Ministério dos Portos e Aeroportos

Destaque

Exploração de fosfato na Amazônia é a “Margem Equatorial” da vez

1/07/2024
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Há um espécie de “Margem Equatorial” na área de fertilizantes, que está provocando um bate-cabeça entre diferentes instancias de Poder. O Ministério Público Federal se mobiliza para conter, judicialmente, a extração de potássio em uma grande faixa territorial na Amazônia em torno de Autazes (AM). Há informações de que o MPF avalia, inclusive, levar o caso à Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A alegação é que as comunidades indígenas e quilombolas da região não foram consultadas previamente sobre os projetos minerais, conforme determina a Convenção 169 da OIT. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se opõe à extração de potássio em Autazes, como de costume criando fricção com outros integrantes do governo. A começar pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defensor dos projetos na região.

Aqui o paralelo com a Margem Equatorial ganha ainda mais sentido pela onipresença da Petrobras: Silveira vislumbra a fronteira de potássio de Autazes como um lócus potencial para a retomada dos investimentos da companhia da área de fertilizantes.

O Brasil tem uma dependência praticamente absoluta das importações de potássio, que respondem por mais de 95% do consumo interno. Autazes é a maior possibilidade já colocada do país reduzir esse dramático déficit.

Nesse caso específico, os embates entre diferentes esferas do Estado têm um agravante. Diferentemente da Margem Equatorial, a ofensiva do MPF e da ministra Marina Silva mira em projetos já aprovados por autoridades da área do meio ambiente, ainda que em nível estadual. É o caso do megaempreendimento da Potássio do Brasil, empresa controlada por uma miríade de fundos de investimentos dos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, entre os quais CD Capital, Sentient Equity Partners e Forbes & Manhattan Barbados. Orçado em mais de US$ 2,5 bilhões, o chamado “Projeto Autazes” prevê a producao anual de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de potássio por ano. Em maio, o MPF solicitou à Justiça a paralisação de todas as atividades, não obstante a operação já ter recebido a Licença de Instalação do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM).

O Ministério Público recomendou até mesmo à Universidade Federal do Amazonas (UFAM) que cancelasse o termo de cooperação firmado com a Potássio do Brasil. A investida dos procuradores contra um projeto já aprovado por determinadas instâncias da área ambiental gera automaticamente insegurança jurídica – um “produto” tipicamente brasileiro – e se torna um fator inibitório para novos investimentos na região.

#Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Ministério Público Federal

Judiciário

Passado “condena” o candidato de Flavio Dino ao STJ

12/06/2024
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O ministro Flavio Dino vai ter um pouco mais de trabalho para emplacar o seu candidato ao STJ, o desembargador Ney Bello Filho, do TRF-1. O que se diz em Brasília é que lideranças do PT teriam recebido nos últimos dias um dossiê tratando da proximidade entre Bello e Jair Bolsonaro. O material cita decisões do magistrado, entre 2019 e 2022, favoráveis ao então presidente da República.

Em junho de 2020, Bello suspendeu o depoimento do então ministro Paulo Guedes no âmbito da Operação Greenfield, que investigava fraudes nos aportes de fundos de pensão no mercado financeiro. Outro caso citado remete a dezembro de 2021, quando o desembargador do TRF-1 determinou a liberação de parte dos mais de 130 mil m3 de madeira que haviam sido apreendidos um ano antes na fronteira entre Amazonas e Pará. Uma das empresas beneficiadas foi a MPD Transportes. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo à época, a defesa da MPD foi feita por Frederick Wassef, advogado da família Bolsonaro.

#Flavio Dino #STJ

Destaque

Terras na Amazônia provocam cisão no governo

6/06/2024
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Abrir ou não uma nova frente de embate com o Congresso e o agronegócio? Essa é a discussão que está provocando fissuras no governo. O dilema se refere à Lei 14.757/2023, que flexibilizou as regras para a concessão de títulos fundiários na Amazônia. A ala política, notadamente o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, trata com pragmatismo o duro revés sofrido pelo Palácio do Planalto na semana passada.

Ambos defendem que o governo deve engolir a seco a derrubada, pelos parlamentares, de todos os dez vetos do presidente Lula à nova legislação. Consta que a recomendação de cessar-fogo é compartilhada também pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Do outro lado, no entanto, está a banda do governo mais ideológica, disposta, na pior das hipóteses, a vender caro a derrota.

O que se diz em Brasília é que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, defendem a imediata judicialização do caso. Ambos vocalizam, respectivamente, pressões de ambientalistas e do MST. O entendimento é que a nova legislação vai abrir a porteira para a boiada passar, permitindo a legalização da grilagem de terras na Amazônia Legal, com um considerável risco de agravamento dos conflitos fundiários na região.

O ponto mais sensível foi a extinção das chamadas cláusulas resolutivas, as condições impostas àqueles que receberam títulos de assentamento até 2009 para ocupar terras públicas destinadas à reforma agrária. Além de Marina Silva e Paulo Teixeira, a ofensiva judicial teria também o apoio do ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias. Há informações, inclusive, de que a AGU já estaria rascunhando uma Ação Indireta de Inconstitucionalidade, a ser levada ao STF.

Nesse caso, o órgão poderia jogar de tabelinha com o próprio Ministério Público Federal, que, segundo o RR apurou, também estuda medidas judiciais. A primeira sinalização nesse sentido veio, no início da semana, da parte do procurador regional dos Direitos do Cidadão de Rondônia, Raphael Bevilaqua, que declarou publicamente que a nova lei vai beneficiar latifundiários e especuladores imobiliários.

E o que pensa árbitro-mor em relação à divisão interna do governo? Por ora, o presidente Lula tem ouvido as considerações e recomendações tanto de um lado quanto do outro com um “pode ser. Vamos falar”. Quem conhece de perto o petista sabe que a frase pode ser traduzida como um “melhor deixar esse negócio para lá”.

#Amazônia #Casa Civil #Rui Costa

Tecnologia

Telebras pode receber aporte para “concorrer” com Elon Musk

4/06/2024
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Corre à boca miúda em Brasília que o governo estuda um aporte de capital na Telebras. Fala-se em até R$ 600 milhões, quase o dobro da mais recente injeção de recursos na estatal, de R$ 360 milhões, realizada em 2022, último ano da gestão Bolsonaro. De onde viria o dinheiro talvez nem mesmo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, saiba. Mas a capitalização teria endereço certo: a criação da “InternetBras”, um novo sistema de acesso à internet que ficaria sob responsabilidade da Telebras. Em tese, a causa é nobre: conectar 138 mil escolas públicas de todo o país, sendo 20 mil delas localizadas em áreas remotas do território nacional, sobretudo a Amazônia. Quem também está interessado no projeto é “bolsonarista” Elon Musk. O governo suspendeu conversações que eram mantidas com a Starlink, de Musk, que presta esse tipo de serviço. De toda a forma, Lula não teria muito como fugir do empresário. Para implantar a tal da “InternetBras”, a Telebras terá de alugar satélites. E adivinhem qual é a única empresa do mundo que tem uma rede satelital apropriada para esse tipo de conexão…

#Elon Musk #Governo #Telebras

Negócios

Quem disse que não há conexão entre Elon Musk e o governo Lula?

10/05/2024
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A licitação do Ministério da Defesa para a contratação de internet por satélite de baixa órbita na Região Amazônica tem tudo para seguir a velha máxima “uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa”. Mesmo com todas as rusgas ideológicas, a Starlink, de Elon Musk, é apontada como forte candidata a assumir a prestação dos serviços, seja de forma direta, seja por meio de representantes homologados no Brasil. Do ponto de vista tecnológico, a companhia detém o sistema que mais se adequa às necessidades do Comando Militar da Amazônia, em última linha, a quem caberá a contratação. O valor é baixo, estimado em torno de R$ 5 milhões. Se a Starlink ficar com o serviço, valerá pelo peso simbólico: de um lado, a prova de que Musk não rasga dinheiro, nem que seja pouquinho; do outro, a mensagem de que o governo não caiu na armadilha de uma guerra de nervos com o “aliado” de Jair Bolsonaro.

#Elon Musk #Lula

Governo

Marina Silva e Silvio Costa Filho entram em rota de colisão

16/04/2024
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Há uma linha cruzada dentro do governo entre os ministros do Meio Ambiente, Marina Silva, e de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Este último tem feito críticas ao excesso de rigor e à consequente demora do Ibama na liberação de licenças ambientais para projetos de dragagem conduzidos conjuntamente pela sua Pasta e pelo Ministério dos Transportes. Um dos casos mais sensíveis envolve as obras de limpeza de trechos do Rio Amazonas, que aguardam há meses pelo licenciamento. A situação é preocupante. Os serviços de meteorologia preveem forte seca na Região Norte no segundo semestre. No ano passado, a Amazônia registrou o menor índice de chuvas em 120 anos. Os fretes nos rios da região subiram até 300%, e o atraso médio na entrega de mercadorias da Zona Franca passou de 40 dias para quatro meses. Em tempo: os números e fatos podem até estar ao lado de Costa Filho. Mas comprar briga com Marina Silva nunca é bom negócio. Ao lado de Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, Marina forma a trinca de ministros indemissíveis do governo Lula.

#Marina Silva #Silvio Costa Filho

Institucional

Elon Musk faz um aceno a Lula

10/04/2024
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Elon Musk pode até ter afinidades ideológicas com Jair Bolsonaro, mas, ao que parece, sabe até onde pode esticar a corda. O RR apurou que hoje, ao longo do dia, emissários de Musk sondaram o Palácio do Planalto sobre a possibilidade de um encontro entre o empresário e Lula. Ainda que o dono do “X” (antigo Twitter) siga desafiando o ministro Alexandre de Moraes nas redes, uma espécie de metaverso institucional que suporta certas irresponsabilidades, Musk buscaria na reunião com o presidente da República alguma solução de distensionamento que não melindrasse o STF. O governo, por sua vez, pode fazer do limão uma limonada e aproveitar o episódio para barganhar com Musk e trazer algum ganho tecnológico para o país. Teria que ser, é claro, algo retumbante, que justificasse o mau comportamento de Musk não só com o STF, mas com todo o governo brasileiro, além de soar como um pedido de desculpa. Para Musk, cujas empresas têm um faturamento superior a diversos PIBs do mundo, o Brasil é estratégico, não somente do posto de vista financeiro, mas da geopolítica do negócio. A atitude também configura um comportamento que pode vir a servir de precedente junto a outros países. Ressalte-se que a Starlink, pertencente ao empresário sul-africano, já é líder da internet por satélite no Brasil. Na Amazônia Legal, estima-se que 90% das cidades acessem provedores de banda larga por satélites da Starlink. Por todas as circunstâncias, é difícil que Lula venha a receber Elon Musk. Se bem que o presidente da República é imprevisível e chegado a um improviso, sobretudo quando o assunto é política externa e congêneres.

#Elon Musk #Lula #STF #Twitter

Governo

AGU trabalha para desarmar uma bomba fiscal de R$ 30 bi

20/03/2024
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De acordo com informações apuradas pelo RR, a Advocacia-Geral da União deverá fechar ainda neste mês um acordo com os governos do Pará e do Amazonas relativo aos pagamentos dos precatórios do Fundef (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério). O acerto vai seguir os moldes da negociação acertada com o Ceará e o Rio Grande do Norte, também mediada pela AGU. A União vai repassar ao Pará e ao Amazonas recursos para o pagamento de antigas dívidas com professores da rede estadual, acumuladas entre 1998 e 2007 – ano em que o Fundef foi substituído pelo Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Todo o trabalho da AGU é no sentido de desarmar uma bomba fiscal. Ao todo, dez unidades federativas cobram da União algo em torno de R$ 30 bilhões por repasses não feitos ao Fundef. Com os acordos, o governo federal calcula que o tamanho dessa conta cairá para R$ 9 bilhões.

#Advocacia Geral da União

Política externa

Lula negocia aporte dos Emirados Árabes para o Fundo Amazônia

4/03/2024
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Não obstante um tropeço ou outro, o empenho de Lula no exterior tem gerado resultados consistentes para o Brasil. Segundo informações filtradas do Itamaraty, o presidente negocia diretamente com os Emirados Árabes Unidos um aporte expressivo no Fundo Amazônia. São os primeiros dividendos colhidos pelo Brasil em decorrência do esforço diplomático de Lula para a entrada dos árabes no bloco dos BRICs. Por sinal, desde o início do seu governo, Estados Unidos, Suíça, Dinamarca e União Europeia se juntaram ao rol de países financiadores do Fundo Amazônia. Isso para não falar da retomada dos aportes da Noruega e Alemanha, historicamente os maiores doadores de recursos.

#Emirados Árabes Unidos #Fundo Amazônia #Lula

Governo

“Nova Indústria Brasil”: Alckmin trabalha para evitar apagão logístico na Zona Franca

1/03/2024
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O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, tem feito gestões multiministeriais para equacionar os gargalos logísticos que atingem a Zona Franca de Manaus. Segundo o RR apurou, Alckmin articula com o ministro dos Transportes, Renan Filho, um programa, no âmbito do DNIT, para a dragagem das principais vias fluviais da Região Amazônica, com ênfase na hidrovia do Rio Madeira. Os investimentos necessários para desobstruir os mais importantes corredores logísticos que servem à Zona Franca são estimados em R$ 400 milhões. É quase três vezes mais do que a verba aprovada emergencialmente pelo governo em outubro do ano passado – R$ 140 milhões – para desassorear não mais do que 15 quilômetros dos rios Madeira e Solimões. Na paralela, Alckmin costura com os ministros da área econômica, Fernando Haddad e Simone Tebet, a liberação dos recursos adicionais para o DNIT. Estima-se que as obras durem aproximadamente dois anos.

Há cerca de 30 anos, quando era deputado federal, Geraldo Alckmin despertou a ira das empresas da Zona Franca de Manaus ao fazer um discurso na Câmara contra os benefícios tributários concedidos às indústrias locais. O mundo girou, o tempo passou. Hoje, Alckmin enxerga na Zona Franca – sob certo aspecto uma representação da “Velha Indústria Brasil” – um eixo importante dentro do “Nova Indústria Brasil”. Por isso, o empenho em equacionar os óbices logísticos na região. As fortes secas que atingiram a Região Amazônica nos últimos meses e a histórica falta de investimentos na dragagem dos rios formam uma combinação perigosa. O esforço de Alckmin é no sentido de evitar um apagão logístico na Zona Franca de Manaus, algo que esteve razoavelmente perto de ocorrer no ano passado. Em outubro, 33 empresas da ZFM chegaram a suspender simultaneamente suas atividades e concederam férias coletivas por falta de matérias-primas, decorrente da obstrução dos mananciais da região. Desde então, Alckmin e sua equipe têm sido regularmente municiados com relatórios do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia) sobre as condições meteorológicas, assim como relatórios cruzados do Ministério dos Transportes, da Agência Nacional de Águas e da Defesa Civil sobre os indicadores volumétricos e os níveis de navegabilidade dos rios da Amazônica.

LEIA AINDA HOJE: ALCKMIN MOVE UMA PEÇA ESTRATÉGICA AO LEVAR CAPPELLI PARA A ABDI

#Dnit #Geraldo Alckmin #Renan Filho #Zona franca de Manaus

Private equity

BlackRock descarrega milhões de dólares em energia renovável no Brasil

29/02/2024
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Corre no setor de energia que a norte-americana BlackRock – um potentado da gestão de recursos, com quase US$ 10 trilhões sob a sua guarda – tem cerca de US$ 500 milhões reservados para investimentos em geração renovável no Brasil. São 10 vezes mais do que os míseros R$ 50 milhões que o governo norte-americano aportou no fundo amazônico, com a postura de quem entregou uma barata por lebre, ou seja, um investimento em vez de uma esmola.

#BlackRock #Energia renovável

Destaque

Questão indígena vira uma lança apontada contra o governo Lula

26/02/2024
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No Palácio do Planalto há, desde já, uma razoável dose de apreensão com a Assembleia Geral da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil), marcada para abril. Segundo informações obtidas por interlocutores do governo junto à Igreja Católica, o Cimi (Conselho Indigenista Missionário), presidido por Dom Leonardo Steiner, vai apresentar um minucioso relatório retratando um cenário crítico para diversas etnias indígenas no país, notadamente na Região Amazônica. Além das invasões de terra, da atuação de garimpos ilegais e dos assassinatos por disputas de ordem fundiária, o documento deverá levantar outras questões sensíveis, como a disseminação de doenças graves em Territórios Indígenas, a exemplo da malária e de infecções respiratórias, e o aumento da desnutrição. Entre os yanomamis, por exemplo, há informações de que os casos de insuficiência alimentar já atingem mais de 60% das crianças.

Trata-se de uma fotografia delicada, com potencial de gerar um significativo desgaste para o governo Lula, notadamente no exterior, colocando em xeque suas políticas para as populações indígenas. Ressalte-se que Dom Leonardo Steiner, Arcebispo Metropolitano de Manaus, é uma das vozes mais respeitadas e influentes, tanto dentro quanto fora do país, em relação à causa indigenista. O RR entrou em contato com o Cimi, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

O governo Lula até tem como álibi a herança recebida da gestão anterior. Durante o período Bolsonaro, houve, por exemplo, 795 assassinatos de indígenas – segundo dados do próximo Cimi -, número 54% superior ao registrado nos quatro anos dos governos de Dilma Rousseff e Michel Temer. Já os casos de morte por desnutrição entre os yanomamis subiram 331% entre 2019 e 2022 na comparação com o quadriênio anterior. No entanto, a gestão Lula tem sobre si alguns indicadores pouco recomendáveis.

Um dos mais incômodos foi divulgado na semana passada: em 2023, 363 yanomamis morreram, por crime ou doença, 6% a mais do que em 2022, último ano do mandato de Bolsonaro. É sintomático que, em outubro do ano passado, a Secretaria de Saúde Indígena tenha interrompido a divulgação dos relatórios periódicos com indicadores do Território Yanomami.

#Cimi #CNBB #Lula #Manaus

Investigação

MPF cobra da ANAC e da Justiça informações sobre garimpo ilegal

15/02/2024
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O combate ao garimpo ilegal na Amazônia é um voo às cegas. Ao menos para os procuradores do Ministério Público Federal que investigam a atuação do crime organizado na região. O MPF determinou que a Anac e o Ministério da Justiça encaminhem até o próximo dia 20 um relatório sobre as medidas adotadas para combater o tráfego de aeronaves clandestinas, que dão suporte no escoamento de ouro e pedras preciosas extraídas ilegalmente. O MPF cobra também um levantamento das pistas clandestinas já identificadas pelo Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal.

#Anac #Ministério da Justiça #Ministério Público Federal

Destaque

Lula aproveita reestruturação da Abin para colocar foco na Amazônia

1/02/2024
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O presidente Lula quer criar no âmbito da Abin algo como um departamento de informações sobre a Amazônia. Seria uma espécie de enclave dentro da Agência, com a missão de ocupar um vácuo identificado pelo Palácio do Planalto. O governo se ressente da falta de um aparato de Inteligência e de um sistema de investigações de campo mais apurado – espionagem mesmo – em uma região absolutamente estratégica para o país. Sob os mais diversos ângulos, a Amazônia é importante demais para o presidente da República não ser municiado sistematicamente com informações sensíveis colhidas in loco. A começar por uma questão de segurança. A região concentra crimes dos mais diversos tipos: ambientais, fundiários, garimpos ilegais, tráfico, contrabando etc. Talvez o mais “leve” seja o desmatamento.

A ideia não chega a ser tão original assim. No regime militar, o SNI (Serviço Nacional de Informações) tinha dois braços na região: o Gebam (Grupo Executivo do Baixo Amazonas) e o Getat (Grupo Executivo das Terras do Araguaia-Tocantins). Os objetivos de ambos eram outros: organizar a colonização fundiária, regular os interesses multinacionais na região, intensificar o controle do garimpo e, como não poderia deixar de ser, “arapongar” a movimentação dos comunistas na área. Ao contrário do departamento que se almeja criar na Abin, o Gebam e o Getat tinham funções executivas, ou seja, mandavam e desmandavam naquele inóspito coração das trevas. Lula, com toda razão, sabe que a hora para reestruturar a Agência é agora, na esteira das mudanças que estão sendo realizadas na entidade. A criação dessa “Abin da Amazônia” seria conduzida pelo “sangue novo” que assume o comando da instituição após a saída do diretor-adjunto, Alessandro Moretti, e de outros quatro diretores.

#Abin #Amazônia #Lula #SNI

Destaque

Jari Celulose cambaleia entre o BNDES e a ameaça de falência

31/01/2024
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Em meio ao lançamento do “Nova Indústria Brasil”, uma velha, aliás, velhíssima empresa do setor atormenta o BNDES. Há uma pressão de parlamentares da Região Amazônica, liderada pelo senador David Alcolumbre (União-AP), para que a agência de fomento injete recursos na Jari Celulose, em recuperação judicial desde 2019. O apoio financeiro do banco é tratado como a única solução capaz de dar sobrevida a um dos mais conturbados projetos industriais da história do país.

O pleito, no entanto, não encontra eco dentro do BNDES, ao menos não na área de crédito. No ano passado, com o auxílio de uma consultoria externa, o banco fez um estudo sobre a fabricante de celulose encravada na fronteira do Amapá com Pará, às margens do Rio Jari. O trabalho apontou a necessidade de um aporte de R$ 360 milhões apenas assegurar a retomada das operações, interrompidas desde 2022.

De lá para cá, no entanto, o assunto esfriou e está parado dentro do BNDES. A agência de fomento, não custa lembrar, é um dos maiores credores da produtora de celulose, com exatos R$ 932 milhões a receber. Em contato com o RR, o banco informou que “está em fase de discussão com a empresa sobre o seu plano de recuperação judicial e não comenta negociações em curso”.

Perguntado especificamente sobre o pleito de lideranças políticas para um apoio financeiro à companhia, o BNDES não se manifestou. É importante ressaltar que um novo empréstimo do banco à Jari Celulose estaria condicionado à saída da companhia da RJ. As normas internas do BNDES vedam a liberação de recursos para empresas em recuperação judicial, como a própria instituição confirmou ao RR.

Bem, há caminhos e caminhos, alguns diretos; outros, oblíquos. Em 2016, a agência de fomento chegou a criar uma linha de crédito de R$ 5 bilhões específica para financiar a compra de ativos de empresas em recuperação judicial. No ano passado, no auge do escândalo contábil da Americanas, o próprio presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, cogitou a possibilidade de um financiamento especial para fornecedores da rede varejista impactados pelo escândalo contábil da empresa.

Já se vão quase 60 anos desde que o empresário Daniel Ludwig resolveu colocar uma fábrica de celulose inteira em uma balsa e transportá-la do Japão até os confins da Floresta Amazônica. De lá para cá, o empreendimento esteve ameaçado por diversas vezes, mas talvez nunca como agora. O lobby pró-Jari junto ao BNDES é impulsionado por justificativas de ordem social e econômica.

O reinício das operações representaria a salvação de aproximadamente 2,5 mil postos de trabalho. Além disso, mesmo com o estado permanente de crise da Jari Celulose, a economia de municípios da região – como Laranjal e Vitória do Jari, no Amapá, e Monte Dourado e Almeirim, no Pará – é bastante dependente da empresa. A mobilização política em torno de mais um transfusão financeira do BNDES é uma corrida contra o tempo.

Há pouca areia na parte da cima da ampulheta. No próximo dia 7 de fevereiro, às 11 horas, no Hotel Radisson Maiorana, em Belém, haverá uma assembleia de credores para avaliar o novo plano de recuperação judicial da companhia. A reunião ocorrerá sob um clima de tensão, alimentada pelas crescentes dúvidas sobre a continuidade da operação. No último dia 20 de dezembro, o advogado Mauro Cesar Santos, administrador da recuperação judicial de Jari, pediu à Vara Distrital de Monte Dourado (PA) a falência da empresa.

Em conversa com o RR, Santos disse que, se o plano de RJ, nos termos atuais, for aprovado no dia 7 de fevereiro, será uma decisão “surreal”. O advogado aponta alguns fatores, além do passivo total de R$ 1,75 bilhão, que tornam praticamente inviável a retomada das atividades. Um deles é a própria obsolescência do complexo industrial. Segundo Santos, a fábrica precisa ser feita totalmente.

Há outro grave problema: a falta de matéria-prima na região. “A questão do insumo não saltou aos olhos até agora porque Jari produziu muito pouco enquanto esteve operacional – cerca de cinco mil toneladas por mês. Caso fosse uma fábrica de celulose para valer, teria que trazer eucalipto de longe”.

O RR não conseguiu contato com a Jari Celulose até o fechamento desta matéria. Segundo o administrador judicial, há rumores de que na assembleia de credores haverá um movimento forte para alongar o pagamento da dívida por 25 anos, com 36 meses de carência. Seria uma forma dos credores e do atual controlador da companhia, o empresário Sergio Amoroso, fundador do Grupo Orsa, ganharem tempo na tentativa de buscar um novo investidor.

#BNDES #Daniel Ludwig #David Alcolumbre #Jari Celulose

Energia

O apagar das luzes da Amazonas Energia

23/01/2024
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A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) vai se reunir daqui a pouco para decidir o futuro da Amazonas Energia. Segundo o RR apurou, o órgão regulador deverá referendar a recomendação de que o Ministério de Minas e Energia decrete a caducidade e a consequente extinção do contrato de concessão. O entendimento é que não há muito a fazer. De acordo com informações filtradas da própria Aneel, em trecho do voto que lerá na reunião de hoje, o relator do processo, Ricardo Tili, destacará que foram dadas “oportunidades” nos últimos anos para que a companhia fizesse a troca de controle. No entanto, a avaliação é que faltou “eficiência na gestão econômica e financeira da concessão”.

Em novembro, a Aneel já havia determinado a caducidade do contrato. No entanto, o assunto voltou ao colegiado da Aneel após recurso interposto pelo Grupo Oliveira Energia, atual concessionário. O apagar das luzes da Amazonas Energia tem sido um processo lento e melancólico. Em dificuldades, o Grupo Oliveira tentou transferir o controle da empresa para a Green Energy Soluções em Energia. No entanto, a operação foi vetada pela própria Aneel. No entendimento da agência, a Green não comprovou capacidade técnica e econômico-financeira para assumir a distribuidora.

Caso o Ministério de Minas e Energia acate a recomendação da Aneel, o mais provável é que o próprio governo federal assuma a operação de distribuição no Amazonas até encontrar um novo concessionário. Não vai ser fácil. Com receita líquida negativa e dívida da ordem de R$ 9,6 bilhões, a Amazonas Energia não consegue mais garantir a qualidade dos serviços e muito menos realizar investimentos na rede. A companhia foi federalizada em 2001, com a sua transferência para a Eletronorte, então subsidiária da Eletrobras. Em 2016, a estatal não participou do processo de renovação do contrato. Posteriormente, a Amazonas Energia foi parar nas mãos do Grupo Oliveira. Hoje, há problemas em praticamente todos os 62 municípios amazonenses sob sua jurisdição.

#Aneel #Eletrobras #Eletronorte #Green Energy Soluções #Ministério de Minas e Energia

Infraestrutura

Manaus luta por mais dinheiro e subsídios para construir um novo terminal

19/01/2024
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Depois de conseguir preservar os incentivos na reforma tributária para o Polo Industrial do Amazonas, a bancada federal do estado inicia o ano em sintonia para construção de um terminal de passageiros no Porto Manaus Moderna. O que existe é um pseudo local de embarque e desembarque, longe de justificar o termo. A desordem é grande.

Cerca de um milhão de pessoas utilizam o já minúsculo píer por ano, além do vaivém de cargas. O Porto foi construído pelos ingleses em 1907 e de lá para cá ficou naturalmente pequeno para as necessidades. A tal ponto que barcos de todas as áreas de atuação avançaram e improvisaram um terminal em terreno invadido da União, de onde partem para diversos municípios.

Um porto para a capital amazonense está no PAC 3. Para virar realidade é preciso agitar as águas em Brasília no entender dos deputados e senadores do estado. É capaz que além do dinheiro sejam aprovados mais subsídios.

#Manaus

Infraestrutura

Bolívia quer Brasil no Corredor Bioceânico

16/01/2024
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O presidente da Bolívia, Luis Arce, e Lula terão um encontro em breve para discutir a eventual participação do Brasil no Corredor Bioceânico. A linha férrea, com custo estimado em US$ 14 bilhões, ganhará celeridade e importância se os trilhos partirem da costa do Brasil, cruzarem a selva amazônica e a Cordilheira dos Antes, terminando no litoral peruano, depois de cortar a Bolívia. O Porto de Chancay, no Peru, que entrará em operação em novembro, pode catapultar sua importância econômica, caso venha a ser utilizado por empresas brasileiras. A Corporação Andina de Fomento, o BID e instituições financeiras da Alemanha e da Suíça estão dispostas a bancar parte do financiamento da obra de integração.

#Bolívia #Corredor Bioceânico #linha férrea

Justiça

AGU monta operação de guerra contra crimes ambientais

15/01/2024
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A Advocacia Geral da União montou uma força-tarefa para ajuizar mais de uma centena de Ações Civis Públicas (ACPs) contra infratores ambientais da Amazônia e do Cerrado. Estima-se que o valor total das sanções financeiras possa chegar a R$ 1,5 bilhão – sem contar os processos na esfera criminal. O pacote de punições engloba indenização pelos prejuízos ambientais, além de danos morais coletivos e danos transitórios. A ofensiva é resultado de um trabalho conjunto com o Ibama, iniciado em março, que varreu denúncias de desmatamento e invasões irregulares nos dois biomas.

 

#Advocacia Geral da União #Crimes ambientais #Ibama #Meio Ambiente

Segurança

PF investiga esquema criminoso na extração de diamantes

12/01/2024
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A Polícia Federal investiga um esquema criminoso de razoável proporção envolvendo a extração de pedras preciosas na Amazônia. Há fortes indícios de que integrantes do Cartel do Norte, maior facção da região, estariam se valendo de laranjas para comprar e explorar minas diamantíferas locais. De acordo com uma fonte da própria PF, algumas das bases de atuação da organização criminosa seriam o sul do Amazonas e áreas próximas ao município de Barcelos, norte do Estado, ambas regiões ricas em diamantes. As investigações apontam que os bandidos operam também nas franjas do território indígena dos Cinta Larga, na divisa entre Rondônia e Mato Grosso, onde está uma das maiores jazidas de diamantes do Brasil. Trata-se de um local de tenebrosa memória: em 2004, guerreiros Cinta Larga mataram 29 garimpeiros, massacre atribuído a disputas por jazidas de diamante. De acordo com a mesma fonte, parte das pedras preciosas extraídas estaria sendo levada para o Peru, de onde seriam despachadas para outros países, notadamente Europa.

Há uma certa ironia no esquema. Sob um certo ângulo, a operação ganhou mais corpo após a ofensiva das autoridades sobre os garimpos ilegais na Amazônia. Expulsos das lavras clandestinas, uma boa parcela em territórios indígenas, os garimpeiros passaram a ser recrutados por componentes do Cartel do Norte – guardadas as devidas proporções, uma espécie de PCC local – para atuar nas minas de pedras preciosas compradas em nome de laranjas

#Amazônia #diamantes #Polícia Federal

Logística

Embarcações de cargas na Amazônia usam escolta armada contra ataques piratas 

9/01/2024
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Empresas de navegação fluvial na Região Norte começaram essa semana a reprogramar transportes de cargas, depois de meses com negócios prejudicados em função da falta de chuvas na região. A chegada do inverno amazônico e a subida paulatina no nível dos rios levou o Comando da Marinha a revogar a portaria que proibia o vaivém das embarcações à noite. A Federação das Empresas de Logística, Transporte e Agenciamento de Cargas da Amazônia admite que, com volumes de cargas maiores, várias companhias navegarão com escolta armada, para evitar ataques de piratas.

#piratas #reprogramação #transportes de cargas

Política

PP quer integrar o Banco da Amazônia ao seu bioma

19/12/2023
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O presidente do Banco da Amazônia (Basa), Luiz Claudio Moreira Lessa, terá de se segurar firme para não cair da cadeira. Os acordos engatilhados com organismos internacionais para o financiamento de projetos no bioma amazônico abriram o apetite do PP, de Artur Lira, pelo comando do banco. Nos próximos anos, a julgar pelas negociações conduzidas durante a Cop28, vai chover dinheiro no Basa, vindo, sobretudo, do BID e do IFC, do Banco Mundial.

#Banco da Amazônia #PP

Empresa

Desastre ambiental de Maceió deve ser debitado na conta da Novonor

14/12/2023
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Se for para ser imputada responsabilidade sobre o desastre com a mina de sal gema na região urbana de Maceió, é melhor dar nome aos bois. O risco da tragédia existe há anos e antecede em muito a associação da Braskem. Quem não deu bola, desde o início, para o colapso anunciado foi a Odebrecht – hoje Novonor -, que há muito tempo cozinhava o desabamento da jazida de sal gema em fogo lento. O patriarca da companhia, Norberto Odebrecht, e já se vão mais de três décadas, visitou o local e demonstrou preocupação com o que viu. O RR acompanhou o assunto de perto. Mas Norberto já havia saído da gestão. O assunto estava na esfera do seu filho, Emílio. O braço da petroquímica da Odebrecht se chamava OPP e seu presidente era o executivo Álvaro Cunha. A Petrobras, é claro, tem sua cota de responsabilidade temporã, por aceitar a associação com uma empresa que carrega um passivo ambiental assassino conhecido por seu sócio e pelos governantes alagoanos que atravessaram diversas gestões – há muito mais culpados do que imagina a vã filosofia do noticiário, o que justifica a abertura da CPI da Braskem, no Senado. A estatal também terá de responder pela calamidade.

Durante todos esses anos, é sabido e temido o custo social do funcionamento da mina. Todo mundo tinha conhecimento. O fechamento da operação foi cogitado inúmeras vezes. Mas quem tocava o empreendimento desde lá de trás era a Odebrecht, seja lá Novonor ou qualquer outro brand que escolha para se esconder de si mesma. A Petrobras deve, juntamente com sua malsinada parceira, seguir o exemplo da Vale, com os escândalos ambientais de Mariana e Brumadinho, e consertar o prejuízo. Depois, sair fora desse péssimo projeto da Braskem, que somente foi levantado para satisfazer o lobby da Odebrecht, manda chuva da Petrobras na época. Em tempo: Lula não vai mais rodar o mundo restrito a sua peroração sobre a exploração ilegal na Amazônia. Agora, terá de carregar nas costas os horrores de Brumadinho e o maior desastre urbano do mundo, em Maceió.

#Braskem #Maceio #Mina #Novonor #Odebrecht

Política externa

Lula vai à Noruega em busca de recursos para o bioma amazônico

11/12/2023
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Lula disse que vai reduzir suas viagens internacionais. Pero no mucho. O RR apurou que o Itamaraty articula uma visita do presidente a países nórdicos no primeiro trimestre de 2024. O destino principal é a Noruega. O tema prioritário, investimentos na Amazônia.

#Itamaraty #Lula #viagens internacionais

Meio ambiente

BID irriga Amazônia com mais um empréstimo

1/12/2023
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O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), sob o comando de Ilan Goldfajn, tem sido um financiador regular da Amazônia. O Basa (Banco da Amazônia) negocia com a agência multilateral um empréstimo para projetos de bioeconomia e manejo sustentável na região. Recentemente, por meio de um acordo com o Banco do Brasil, o BID liberou cerca de US$ 250 milhões para o bioma amazônico.

#Amazônia #Banco Interamericano de Desenvolvimento #Ilan Goldfajn

Política externa

Brasil costura apoio da Europa e dos EUA para novo fundo global

29/11/2023
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O Itamaraty e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, têm feito uma série de contatos internacionais em busca de apoio à proposta de criação de um fundo global para preservação de florestas tropicais, que será apresentada por Lula na COP28. Segundo o RR apurou, o Brasil já teria o sinal verde da Noruega e da Alemanha, dois tradicionais investidores do Fundo Amazônia, e da França. O que, na prática, significa dizer o sinal verde da União Europeia. Outro alvo prioritário são os Estados Unidos. O trabalho da diplomacia brasileira se concentra em garantir junto à Casa Branca uma declaração formal de apoio à iniciativa do presidente Joe Biden.

#COP28 #Joe Biden #Lula #Marina Silva

RR - Pelo Mundo

Eleição de Milei e o futuro do Mercosul

23/11/2023
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De um lado, as intrincadas negociações para o acordo entre Mercosul e União Europeia; do outro, a possível ampliação dos BRICs, com a entrada, entre outros, da Argentina – projeto que tem no presidente Lula o seu maior patrocinador. E no meio de tudo, entra em cena Javier Milei, com suas promessas de desarrumar peças e desfazer movimentos no tabuleiro geopolítico. Para além do perímetro sul-americano, Milei é visto como uma ameaça ao Mercosul e, por um efeito dominó, às relações deste com outros blocos econômicos? A seguir, algumas análises que indicam como o fator Milei está sendo tratado na União Europeia e entre países dos Brics:

 

O Ministro de Alimentação e Agricultura da Alemanha, Cem Özdemir, analisou que a vitória de Milei dificultará o “ambiente” para a aprovação do acordo. Mercosul e União Europeia assinaram o tratado de livre comércio em junho de 2019, após duas décadas de negociação. Questões de preservação ambiental estão entre as principais diretrizes do acordo. A Alemanha é uma das principais doadoras do Fundo Amazônia. O ministro ponderou sobre a ascensão do populismo tanto na Europa quanto na América do Sul, pedindo a união entre as nações democráticas e aqueles que lutam para a preservação da floresta tropical.

 

As negociações entre Mercosul e UE encontram uma barreira no negacionismo do presidente eleito em relação às mudanças climáticas. O acordo representa também um trato de preservação da floresta amazônica. Países como França e Áustria, principalmente, podem ver na retórica negacionista de Milei um argumento para o fim do acordo. A não concretização pacto resultaria em perdas econômicas e políticas, sobretudo para a União Europeia, que tem tentado ampliar sua influência política desde o início da Guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

 

A eleição de Javier Milei preocupa pela incerteza. O ultraliberal mostrou, ainda durante sua campanha eleitoral, posição desfavorável ao Mercosul, classificando o bloco como uma “união aduaneira defeituosa” e defendendo a saída da Argentina. A promessa de saída do Mercosul conflita com o próprio discurso de Milei abertura de mercado. Os atrasos no acordo aconteceram por exigência da União Europeia de normas ambientais mais rigorosas. O Brasil é o atual presidente do bloco e vê com inquietação o resultado do pleito argentino, assim como parlamentares europeus, preocupados com as negociações do acordo entre União Europeia e Mercosul. O resultado vai acelerar a oficialização do tratado entre os dois blocos, cujas negociações ocorrem há duas décadas.

 

Na avaliação de Patricio Giusto, diretor do think tank Observatório China-Argentina, é líquido e certo: a Argentina não vai entrar no “Clube dos Brics”. A avaliação é que Javier Milei não mudará sua posição. Para isso, conta internamente com o apoio do partido da Proposta Republicana, pelo qual se elegeu. Os olhos de Milei estão voltados para os Estados Unidos e Israel, classificados pelo novo presidente como aliados prioritários da Argentina.

 

Na segunda-feira, um dia após o resultado das eleições argentinas, o presidente Lula e a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen conversaram por telefone para avançar nas negociações do trato. Lula informou que pretende fechar o acordo ainda neste ano, até o dia 7 de dezembro, quando o Brasil deixará a presidência rotativa do Mercosul e que haverá uma reunião com von der Leyen para tratar do assunto durante a COP28, em Dubai. A União Europeia espera que a formalização aconteça até essa mesma data. Os dois lados aceleraram as negociações temendo a posse de Milei, que acontecerá no dia 10 de dezembro. Dentre os quatro países membros do Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai), dois deles, Paraguai e Uruguai, tem líderes com espectro político próximo a Milei. Entretanto, o futuro do bloco se dá principalmente pela relação com o Brasil, a maior economia e o atual presidente do Mercosul.

#eleição #Mercosul #Milei

Empresa

Scania pisa fundo na venda de caminhões a gás no Brasil

23/11/2023
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A entrega de 100 caminhões movidos a biodiesel para a Amaggi é só a partida. A Scania lançou mão de uma agressiva estratégia comercial para tracionar as vendas do modelo 500 R 6×4 Super ao agronegócio. As negociações envolvem a garantia de financiamento do Scania Banco a taxas de juros próximas das oferecidas por bancos de fomento – BNDES, Banco do Nordeste e Banco da Amazônia. Os caminhões a gás são a grande aposta da montadora sueca em seu processo de transição energética. Nas projeções da empresa, eles representarão 10% das suas vendas no Brasil até 2028. Ao contrário de concorrentes, a Scania se baseia na premissa de que ainda vai demorar para que o mercado de veículos pesados movidos a eletricidade amadureça no Brasil.

#Amaggi #BNDES #Scania

Agronegócio

Brasil fecha um arco de investimentos soberanos para ampliar sua área agrícola

21/11/2023
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O governo Lula quer aproveitar a COP 28, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, para anunciar um cinturão de parcerias bilaterais voltadas à recuperação e conversão de pastagens no Brasil. Segundo o RR apurou, além do acordo já engatilhado com o Salic (Saudi Agricultural and Livestock Investment Company), fundo da família real da Arábia Saudita, há negociações avançadas com os Emirados Árabes e a China. No primeiro caso, os aportes serão feitos pelo ADQ (Abu Dhabi Developmental Holding Company).

O fundo soberano, que administra aproximadamente US$ 170 bilhões em ativos, tem sido o veículo usado pelos Emirados Árabes para investimentos globais em projetos vinculados a metas ESG. Nos últimos dois anos, o ADQ vem se notabilizando por aportes em empresas e iniciativas da cadeia de abastecimento alimentar. Do lado chinês, de acordo com informações que circulam no Ministério da Agricultura, o projeto deverá ter a participação da Cofco.

Maior processador e fabricante de alimentos da China, a companhia estatal tem expressivos investimentos no Brasil na produção de grãos. No Ministério da Agricultura, a estimativa é que os acordos com Arábia Saudita, Emirados e China permitirão a recuperação e conversão de até 30 milhões de hectares para a agricultura, o equivalente à metade de toda a área plantada do país. Ressalte-se que Lula chegará à Dubai, para a COP 28, na crista da onda.

Um ano após a sua participação na COP 27 como presidente eleito, quando assumiu uma série de compromissos ambientais, vai capitalizar aos olhos do mundo a queda de 22% do desmatamento na Amazônia Legal.  

#Agricultura #Amazônia legal #Cofco #COP 28 #ESG #Lula

Justiça

Flavio Dino passa a tranca na sede do Departamento Penitenciário

20/11/2023
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A Pasta da Justiça vai anunciar nos próximos dias regras mais rigorosas para o acesso ao Departamento Penitenciário Federal (Depen), no Setor Comercial Norte de Brasília, a menos de dois quilômetros da Esplanada dos Ministérios. Trata-se de uma instalação sensível: por lá circulam, por exemplo, secretários de segurança e autoridades penitenciárias estaduais, além de advogados de presos. Há cerca de cinco anos, a Polícia Federal descobriu que líderes de uma facção criminosa estavam organizando um ataque a diversos prédios da área de Justiça, incluindo a sede do Depen. A medida é mais um rescaldo da descoberta de que a esposa de um homem suspeito de chefiar o Comando Vermelho no Amazonas participou de um compromisso oficial dentro do Ministério da Justiça em março deste ano. Na esteira do constrangedor episódio, o ministro Flavio Dino publicou uma portaria na última terça-feira estipulando um controle mais rígido para a entrada de visitantes na sede da Pasta.

#Departamento Penitenciário Federal #Flavio Dino #Ministério da Justiça

Política

Marina Silva cai na armadilha da CPI das ONGs

20/11/2023
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O convite à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, para comparecer na sessão de amanhã da CPI das ONGs, no Senado, causou mal-estar dentro do governo. O alvo de Marina é o ministro da Articulação Política, Alexandre Padilha. No entendimento da ministra, o governo pouco ou nada se empenhou para brecar o seu comparecimento à CPI, uma “arapuca” atribuída a ação de senadores bolsonaristas, notadamente Damares Alves e Rogério Marinho. Um tema constrangedor deverá ser levantado na sessão de amanhã: o apoio do governo à ONG Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), que recebeu R$ 35 milhões do Fundo Amazônia. A oposição levanta suspeições à dupla presença de Marina: a ministra é integrante do Comitê Orientador do Fundo e conselheira honorária do Ipam.

#CPI das ONGs #Damares Alves #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Tributação

O último baile dos benefícios fiscais?

7/11/2023
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Há uma corrida pela aprovação de projetos na Sudam, Sudeco e Sudene, respectivamente as agências de desenvolvimento da Amazônia, Centro-Oeste e Nordeste. Esta última concentra a maior fila de pedidos: são 255 demandas em análise, com investimentos somados da ordem de R$ 16,5 bilhões – o número mais alto em três anos. A onda de solicitações de financiamento se deve às incertezas sobre a continuidade ou não dos inventivos fiscais concedidos nas três regiões. A rigor, o prazo de aprovação dos projetos termina no próximo dia 31 de dezembro. A única possibilidade desse deadline mudar é o Congresso a aprovar a toque de caixa o Projeto de Lei 4.416/2021, que prorroga os benefícios nas áreas da Sudam, Sudeco e Sudene até dezembro de 2028. O PL está parado na Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais da Câmara.

#Sudam #Sudeco #Sudene

Saúde

Uma vacina a mais na caderneta de Nísia Trindade

3/11/2023
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Há um empenho no Ministério da Saúde com o objetivo de acelerar os trâmites para que a Bio-Manguinhos inicie a produção de vacina contra a dengue em 2024. O ressurgimento do soro tipo 3 do vírus, que há 15 anos não causa epidemias no país, acendeu um sinal de alerta na Pasta – a cepa foi identificada em um estudo coordenado pela Fiocruz Amazônia e pelo Instituto Oswaldo Cruz.  O Ministério da Saúde já solicitou o apoio da Fazenda no sentido de reduzir as exigências burocráticas para a importação de insumos para a produção do imunizante. É parte do esforço da ministra Nísia Trindade para aumentar a taxa de vacinação no país.

#Ministério da Saúde #Nísia Trindade #Vacina

Empresa

CEO da Shein desponta na interlocução entre o varejo e o governo

3/11/2023
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Bastaram nove meses no setor para Marcelo Claure, vice-presidente global e CEO da chinesa Shein no Brasil, se tornar um dos mais influentes interlocutores entre o varejo e o governo. Segundo o RR apurou, Claure tem mantido canal direto com o ministro Fernando Haddad, notadamente para tratar de questões relacionadas à tributação das empresas de e-commerce – em especial as visadas plataformas chinesas. O executivo teve um papel importante nas tratativas em torno da criação do Remessa Conforme, o programa especial de taxação das importações feitas por marketplaces. Sete dias após Haddad dizer “Eu não conheço a Shein, só a Amazon porque compro um livro por dia”, o VP do grupo chinês estava em Brasília, reunido com o ministro da Fazenda. Claure saiu do encontro com o aceno de que as remessas com valor de até US$ 50 não seriam taxadas; Haddad, com a promessa da companhia de e-commerce de investir R$ 750 milhões no Brasil.  

O prestígio de Marcelo Claure pode ser medido pela sua exposição associada ao ministro Fernando Haddad e à elaboração do Remessa Conforme. Segundo levantamento realizado a partir de uma base de 212.840 veículos do país, neste ano Claure soma 403 menções vinculadas a Haddad. Está à frente, por exemplo, de Luiza Helena Trajano, que carrega um longo histórico de interlocução com o governo, especialmente em gestões petistas – a dona do Magazine Luiza contabiliza 252 citações junto a Haddad. Claure supera também outro empresário tradicional do setor, Flavio Rocha, da Riachuelo, que, no mesmo período, somou 253 referências relacionadas ao ministro da Fazenda.  

 

As menções à elaboração do Remessa Conforme também ajudam a aumentar a percepção de proeminência de Marcelo Claure. O executivo da Shein soma 259 registros relacionados ao programa especial de tributação. Deixa para trás outros executivos de grandes plataformas de e-commerce, como Fernando Yunes, do Mercado Livre (111 menções), ou Briza Bueno, da também chinesa Aliexppress (100 citações). 

Negócios

Casa da Moeda entra na disputa por passaporte da Colômbia

25/10/2023
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O processo de internacionalização da Casa da Moeda avança na América do Sul. Após as sucessivas encomendas para a produção de cédulas de peso argentino, a empresa está cotada para assumir a impressão dos passaportes da Colômbia. Segundo o RR apurou, autoridades colombianas já consultaram informalmente o governo brasileiro, notadamente o Ministério da Fazenda, sobre a disponibilidade da estatal atender à demanda. O que está sobre a mesa é a possibilidade de um contrato da ordem de US$ 140 milhões. Consultada pelo RR, a Casa da Moeda informou que “ainda não houve negociação direta com a Colômbia, mas que está nos planos estratégicos da empresa ampliar a contratação de seus produtos internacionalmente”.

O acordo com a Colômbia atenderia a duas premissas da estratégia do governo Lula para a Casa da Moeda. A primeira delas é ampliar o escopo de serviços da estatal, reduzindo sua dependência em relação à produção de cédulas, um negócio cadente em todo o mundo – conforme o RR já informou. Há também uma preocupação em aumentar as receitas da Casa da Moeda em dólar. A empresa tem um expressivo descasamento cambial. Atualmente, as vendas para o exterior representam menos de 15% do seu faturamento total. Em contrapartida, os custos em moeda estrangeira correspondem a mais de 40% dos gastos com fornecedores.

Em tempo: a contratação da Casa da Moeda do Brasil seria uma solução, digamos assim, neutra e, sob certo aspecto, cleaner para o governo da Colômbia. A licitação para a produção dos novos passaportes tornou-se um escândalo no país vizinho, eivada de suspeições. A concorrência estava marcada para o último dia 13 de setembro, mas as autoridades colombianas decidiram suspender a operação pressionadas por denúncias de irregularidades e favorecimento à “eterna” Thomas Greg & Sons. A companhia é responsável pela impressão dos documentos há 17 anos. Originalmente, diversas outras empresas entraram na disputa, como Thales Colombia, Cadena, Consorcio STC e Veridos México. No entanto, um a um, os demais concorrentes foram se retirando da licitação devido às condições impostas no edital. No fim, apenas um candidato atendia a todas as exigências e se manteve na licitação: a Thomas Greg & Sons. Nada muito diferente de suspeições que pairam sobre o grupo também no Brasil. A Thomas Greg & Sons faz parte de uma lista de sete empresas investigadas pelo Cade por suposta formação de cartel no mercado de impressões gráficas em contratos públicos. Outro caso rumoroso ocorreu no Amazonas. Em janeiro deste ano, o TJ-AM suspendeu uma concorrência vencida pela companhia para a produção de carteiras de identidade. A Corte identificou “indícios de fraude” e “possível dano ao erário” na licitação.

#Casa da Moeda #Colômbia #Ministério da Fazenda

Destaque

Risco de desabastecimento da Zona Franca mobiliza o governo

25/10/2023
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O risco de desabastecimento de componentes para as empresas da Zona Franca de Manaus virou assunto de Estado. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, discutem um plano emergencial para garantir o fornecimento de insumos, afetado pelas secas nos rios da Amazônia. As tratativas envolvem também pelo governador do Pará, Helder Barbalho. A solução encontrada é ampliar a distribuição de cargas a partir do Porto de Vila do Conde, em Barcarena (PA).

O governo federal já solicitou ao Pará o reforço de funcionários da Companhia Docas do estado para acelerar a movimentação e, sobretudo, o despacho de mercadorias. Os insumos estão sendo levados até Manaus por balsas, que, ao contrário de grandes navios, ainda conseguem chegar à capital amazonense mesmo com a redução do nível dos rios e as condições de navegabilidade desfavorável. Ocorre que a capacidade dessas embarcações corresponde a apenas 10% do volume de um cargueiro, o que vai exigir um ritmo frenético no porto de Vila do Conde para assegurar o abastecimento da Zona Franca.

Alckmin e Costa Filho têm recebido dados diários da Suframa, que monitora o ritmo de suprimento das indústrias locais. A preocupação aumenta por conta da proximidade das encomendas do varejo para o Natal. Na última segunda-feira, 33 empresas da Zona Franca paralisaram suas atividades e iniciaram um período de férias coletivas por falta de insumos. Há informações de que, até o fim de semana, outras fábricas também vão suspender a produção.

#Geraldo Alckmin #Helder Barbalho #Ministério da Indústria e Comércio #Suframa #Zona franca de Manaus

Meio ambiente

Suécia é a próxima conquista de Marina Silva

25/10/2023
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O governo brasileiro negocia com a Suécia um aporte no Fundo Amazônia. As tratativas têm sido conduzidas diretamente pela ministra Marina Silva. Os suecos se juntariam à Alemanha, Noruega e Dinamarca, esta última a mais nova financiadora do Fundo, com a doação de R$ 110 milhões anunciada no último mês de agosto. O acordo com a Suécia seria uma demonstração a mais do prestígio de Marina Silva no exterior, sobretudo pelo valor simbólico: em 2019, o governo sueco brecou novos aportes de seus fundos públicos em ativos brasileiros por causa do desmatamento da Amazônia.

O gesto seguido por movimentos similares da iniciativa privada. A Paradiset, maior rede de produtos naturais da Suécia, suspendeu a compra de produtos brasileiros por conta da liberação de novas licenças de agrotóxicos durante o governo Bolsonaro.

#Fundo Amazônia #Jair Bolsonaro #Suécia

Amazônia

Criminosos e secas cruzam o caminho de petroleira canadense

23/10/2023
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A vida da canadense PetroTal na Amazônia não está fácil: quando não é o crime organizado, são as secas que afetam seus negócios na região. A companhia, que extrai petróleo no Peru e transporta o produto até portos do Norte do Brasil, está com várias barcaças paradas, por conta da estiagem nos rios. A multinacional, ressalte-se, evita utilizar o gasoduto Norperuano por causa de constantes interrupções no fluxo. O pipeline peruano é alvo constante de sabotagens por parte de grupos criminosos, que atuam no desvio de petróleo.

#Amazônia #PetroTal

Destaque

Dragagem do Rio Paraguai é o novo ponto de tensão entre Marina Silva e o agronegócio

16/10/2023
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A ministra Marina Silva está no centro da mais nova queda de braço entre o agronegócio e o governo Lula. A bancada ruralista tem feito pressão em Brasília pela concessão da licença ambiental para a dragagem do chamado tramo sul do Rio Paraguai, um trecho de 592 quilômetros entre Corumbá e a foz do Rio Apa. Segundo o RR apurou, integrantes da Frente Parlamentar da Agricultura solicitaram uma audiência com o ministro dos Transportes, Renan Filho, para tratar do assunto.

Querem também uma reunião com o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, e o Coordenador-Geral de Licenciamento Ambiental de Empreendimentos Fluviais e Pontuais Terrestre do Instituto, Regis Fontana Pinto. Os grandes produtores rurais do Centro-Oeste e companhias de navegação tratam a limpeza como fundamental para aumentar o escoamento de grãos pela Hidrovia do Paraguai. No entanto, há uma Marina Silva no meio desse rio.

No Ministério do Meio Ambiente e do Ibama há fortes restrições à obra. Aos olhos do aparelho ambiental do Estado, o projeto conduzido pelo DNIT descumpre uma série de requisitos. Segundo o RR apurou, o Ibama levantou riscos de danos à qualidade da água para o abastecimento público, notadamente às populações ribeirinhas. De acordo com informações filtradas do Ministério, um minucioso estudo assinado por cientistas da Embrapa Pantanal, ICMBio, Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e Panthera, organização global de conservação de felinos selvagens, aumentou ainda mais a resistência da ministra Marina Silva e de sua equipe.

Os pesquisadores apontam os potenciais impactos da dragagem para o Pantanal, com declínio nos sedimentos e nutrientes e diminuição dos habitats dos peixes, com severos efeitos sobre a subsistência e a atividade econômica da pesca na região. Um exemplo: a ruptura das termoclinas (camadas de oxigênio dissolvido), com a consequente mistura de faixas distintas da água, é uma ameaça à fauna local. Consultado pelo RR, o Ibama não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Guardadas as devidas proporções, a dragagem do Rio Paraguai virou uma espécie de “Margem Equatorial” do agronegócio para a gestão Lula, em referência à rígida posição da ministra Marina Silva. Se, no caso da Foz do Amazonas, a pressão maior vem do próprio Estado – a Petrobras -, o impasse em relação à hidrovia é mais uma zona de fricção entre o governo e um setor da economia que já é naturalmente hostil ao presidente Lula. O ciclo das secas, que vai até o início de dezembro, aumenta os decibéis das cobranças do agronegócio em Brasília. O período potencializa os prejuízos causados pelo assoreamento de diversos trechos do Rio Paraguai.

As interrupções no fluxo de navios carregados são constantes. Estima-se que seja necessária a retirada de até dois milhões de metros cúbicos de sedimentos do manancial, trabalho previsto para quase três anos. Mesmo com as condições adversas de navegabilidade, a Hidrovia do Paraguai tem sido uma rota crescente não apenas para o agro, mas também para o setor de mineração. No primeiro semestre deste ano, o transporte de grãos cresceu 258% em comparação a igual período do ano passado. No caso do minério de ferro, o aumento beirou os 60%.

#Agronegócio #Ibama #Lula #Marina Silva #Renan Filho #Rio Paraguai

Empresa

J&F investe R$ 2,3 bilhões para aumentar frota de barcaças

11/10/2023
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O apetite de Joesley e Wesley Batista pela área de mineração pode ser medido pelos investimentos paralelos em logística. O RR apurou que a J&F, holding do clã, vai construir 400 barcaças para o escoamento de minério, ao custo total de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. A montagem das embarcações ficará a cargo de quatro estaleiros: Juruá e Eram, ambos no Amazonas, Maguari, no Pará e Enseada, na Bahia. De acordo com a mesma fonte, o Fundo de Marinha Mercante (FMM) já aprovou o projeto. Na prática, o FMM poderá financiar até 90% do valor, mas a tendência é que o BNDES também participe da operação. Com a encomenda, a J&F Mineração vai triplicar sua frota de barcaças. A empresa tem planos ainda de comprar outros 20 rebocadores, um investimento estimado em R$ 800 milhões. A princípio, a expansão da frota mira a ampliação da produção de minério de ferro e manganês no Mato Grosso Sul, nas reservas compradas junto à Vale no ano passado. Essa é a ponta do iceberg à vista de todos. Abaixo da linha d´água, há planos ainda maiores. O aumento da estrutura logística daria suporte à ampliação dos negócios em mineração, por sua vez, ligados ao projeto dos irmãos Batista de investir em transição energética, com a extração de lítio – conforme o RR noticiou hoje pela manhã.

#BNDES #Fundo de Marinha Mercante #J&F #Joesley Batista #Wesley Batista

Energia

Sinal de alerta na Sala de Crise do setor elétrico

11/10/2023
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Eletrobras e Cemig levaram ao ONS (Operador Nacional do Sistema) e ao Ministério de Minas e Energia a proposta de antecipação para esta semana da reunião da Sala de Crise da Região Norte, inicialmente marcada para o próximo dia 20. Números levantados nas últimas horas mostraram mais um declínio nos reservatórios de hidrelétricas na Amazônia. E a previsão meteorológica indica chuvas em apenas algumas áreas do Norte do país para os próximos 15 dias. Ainda assim, as projeções apontam índices pluviométricos abaixo da média histórica dos últimos dez anos. A Eletrobras é controlada da Usina de Santo Antônio. E é sócia da hidrelétrica de Belo Monte, ao lado da Cemig.

#Cemig #Eletrobras #Ministério de Minas e Energia

Política externa

Argentina e Venezuela tentam surfar na estiagem de chuvas na Amazônia

10/10/2023
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Segundo informações filtradas do Itamaraty, nos últimos dias tanto a Argentina quanto a Venezuela sondaram o governo brasileiro sobre o interesse em comprar energia, respectivamente, das hidrelétricas de Yacyretá e Guri. Noves fora a relação de proximidade com o presidente Lula, os países vislumbram a oportunidade de se aproveitar da estiagem no Norte do Brasil e seus efeitos sobre as usinas locais, notadamente Santo Antônio. A hidrelétrica foi forçada a interromper suas atividades devido à forte queda dos níveis de vazão do Rio Madeira, o que levou o governo a acionar as térmicas a gás Termonorte I e Termonorte II. Em contato com o RR, o Ministério de Minas e Energia afirmou que “por ora, descarta a necessidade de recorrer a fontes externas.”. Não custa lembrar que o governo Lula retomou a aquisição de energia da Venezuela, exatamente da hidrelétrica de Guri, que havia sido suspensa logo no primeiro ano de mandato de Jair Bolsonaro. Nesse caso, o insumo é usado exclusivamente no abastecimento de Roraima, que está fora do Sistema Interligado Nacional.

#Argentina #Ministério de Minas e Energia #Venezuela

Infraestrutura

Seca na Amazônia já afeta exportação de grãos no Pará

4/10/2023
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Os efeitos da seca na Amazônia sobre o agronegócio se agravaram nas últimas horas. Empresas de navegação que atuam na região enviaram comunicados a grandes tradings do setor agrícola, a exemplo de Bunge e Cargill, informando sobre as dificuldades para a retirada de grãos, notadamente milho, das Estações de Transbordo de Carga (ETCs) do Rio Tapajós. Ontem, no fim da tarde, os estoques nas ETCS estavam aproximadamente 20% acima dos volumes normais. Segundo o RR apurou, já existem atrasos na entrega de produtos nos portos de Santarém (PA) e Barcarena (PA), de onde são embarcados para o exterior. Nem tudo é culpa da natureza. Além da estiagem, o corredor fluvial é duramente afetado pelo assoreamento de diversos trechos do Tapajós. No ano passado, o Ministério da Infraestrutura anunciou um plano de dragagem do manancial. Nada aconteceu e tampouco se sabe o que o atual Ministério dos Transportes fez do projeto. 

#Amazônia #Bunge #Cargill #Pará

Meio ambiente

Holanda lidera o ranking do desmatamento amazônico na UE

28/09/2023
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Dados divulgados hoje pelo Centraal Bureau voor de Statistiek (CBS), algo como o IBGE da Holanda, colocam o país europeu, proporcionalmente, como o maior importador no continente de produtos que causam o desmatamento da Floresta Amazônica brasileira. A informação foi divulgada há pouco pelo site holandês NL Times (https://nltimes.nl/2023/09/28/netherlands-europes-biggest-importer-deforestation-products). Os critérios associam à Holanda à desflorestação e à degradação do bioma, ao declínio da qualidade e da fertilidade dos solos. Os principais produtos da “pauta da devastação” são óleo de palma, madeira e cacau. No ano passado a Holanda importou o equivalente a 1,9 bilhão de euros de soja do Brasil e pouco menos de 900 milhões de euros em madeira, notadamente da Amazônia.  

Obs RR: Os dados surgem em um momento sensível, em paralelo às complexas negociações para um acordo entre o Mercosul e a União Europeia. A EU impõe restrições cada vez mais rígidas do ponto de vista ambiental para o prosseguimento das tratativas. Do lado de cá, surgem críticas, de autoridades e, sobretudo, do setor privado de que em parte, a questão ambiental não passa de uma fachada, uma justificativa para o não fechamento do acordo e protecionismo entre os próprios países europeus. Há notórias pressões, por exemplo, do setor agrícola francês. Nesse contexto, as estatísticas divulgadas hoje pelo “IBGE holandês” estão apontadas para o lado de cá do Atlântico. Elas mais satanizam o remetente, leia-se o Brasil, do que o  destinatário, a Holanda. É o jogo.

#Holanda

Mineração

Mega reserva de caulim na Amazônia está de volta ao balcão

26/09/2023
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O Serviço Geológico do Brasil (SGB) marcou para o próximo dia 18 de outubro a concessão dos direitos de exploração de caulim em Rio Capim, no Pará. Trata-se da segunda tentativa de venda do ativo. A primeira, no apagar das luzes do governo Bolsonaro, em dezembro do ano passado, foi um tiro n´água: não houve apresentação de propostas. O pacote engloba uma das maiores reservas mundiais de caulim. São duas jazidas em conjunto: uma, no chamado Bloco Norte, com estimativa de 574 milhões de toneladas; e outra, no Bloco Sul, com 218 milhões de toneladas. Os investimentos previstos na região superam os R$ 2 bilhões.

#Pará #SGB

Sustentabilidade

Amazônia e Cerrado ajudam CPP Investments a descarbonizar seu portfólio

21/09/2023
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A canadense CPP Investments está selecionando projetos atrelados ao manejo sustentável e preservação do bioma do Cerrado. Deve ter ao seu lado outros grandes investidores institucionais, como a norte-americana Bain Capital. A CPP já fez um movimento semelhante na Amazônia, aportando US$ 30 milhões em um fundo de reflorestamento da Mombak Gestora de Recursos. A investida é parte da estratégia do fundo de pensão para cumprir o compromisso de zerar as emissões líquidas das empresas em seu portfólio até 2050. Uma das suas metas é duplicar o volume de ativos em produção de energia limpa, chegando à casa dos US$ 130 bilhões até 2030. A CPP é um dos gigantes globais da previdência privada, responsável pela aposentadoria dos funcionários públicos do Canadá. Sob seu guarda-chuva repousam aproximadamente US$ 450 bilhões em ativos.

#Bain Capital #CPP Investments

Destaque

Brasil quer colocar seus green bonds na prateleira dos fundos soberanos

20/09/2023
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A emissão de US$ 2 bilhões em títulos verdes na Bolsa de Nova York, anunciada por Fernando Haddad na última segunda-feira, é apenas parte de uma operação engenhosa no mercado de capitais. A equipe econômica estuda o lançamento de green bonds junto a fundos soberanos árabes. Esta seria a terceira de uma sequência de captações globais planejadas por Haddad e seus assessores. A segunda está prevista para a Europa, no mesmo modelo idealizado para Nova York, ou seja, com a emissão dos títulos em bolsa. Convém ressaltar que a emissão na Nyse é considerada fundamental para o futuro êxito das demais operações.

O pulo do gato está mesmo reservado para o Oriente Médio, com uma colocação de papéis restrita, direcionada especificamente a um sindicato de fundos públicos da região. Trata-se de uma operação criativa, sofisticada e razoavelmente ousada. Na prática, é como se o Brasil estivesse engendrando um novo mercado, a partir de investimentos em bloco de Estados soberanos em um mesmo instrumento financeiro. Entre os potenciais tomadores estão potentados como o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA), o Kuwait Investment Authority (Kia), o Public Investment Fund (PIF), da Arábia Saudita, e o Mubadala, também de Abu Dhabi – um quarteto que soma mais de US$ 2,5 trilhões em ativos. 

A compra de títulos públicos atrelados a metas de sustentabilidade seria uma forma desses países reciclarem sua riqueza, oriunda e produtora da emissão de dióxido de carbono. Esse cinturão da Opep estaria aplicando seus recursos em papéis rentáveis e, ao mesmo tempo, fazendo uma operação cleaner da sua imagem, uma espécie de “fund washing”. Um mero exercício matemático, com base no volume que será ofertado na Bolsa de Nova York: mantidos os valores constantes, nas três tranches o governo estima arrecadar algo em torno de R$ 30 bilhões até o fim de 2024.

A equipe econômica está convicta de que haverá tomadores de sobra para os green bonds brasileiros, seja os emitidos diretamente em bolsa, seja em uma operação on demand para fundos públicos árabes. Até porque poucos países no mundo têm hoje tanto prestígio e autoridade para falar de metas de sustentabilidade quanto o Brasil. A excelente repercussão internacional do discurso de Lula na ONU que o diga. Entre os chefes de Estado, talvez não exista hoje um melhor “vendedor” de títulos verdes. De quebra, há ainda o fator Marina Silva. A ideia do governo é que a ministra do Meio Ambiente tenha, simbolicamente, um papel maior nos futuros lançamentos de papéis, notadamente na Europa. Aos olhos da comunidade internacional, Marina é vista praticamente como a personificação do compromisso brasileiro com o desenvolvimento sustentável. Sua presença no governo foi fundamental, por exemplo, para a retomada dos investimentos soberanos, mais especificamente da Alemanha e da Noruega, no Fundo Amazônia. 

#Abu Dhabi Investment Authority #Fernando Haddad #Lula #Marina Silva #Mubadala #ONU

Segurança

PF sai na caçada de garimpeiros fugitivos da Venezuela

19/09/2023
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Segundo o RR apurou, no último fim de semana o Ministério da Justiça reforçou o efetivo de policiais federais no Amazonas e em Roraima, mais precisamente em áreas de fronteira com a Venezuela. O setor de inteligência da própria PF identificou uma crescente presença de garimpeiros clandestinos na região. Em sua maioria, são brasileiros fugitivos da recente operação feita pelas Forças Armadas da Venezuela contra garimpos ilegais no país, que se espalhou por 320 mil hectares de floresta amazônica. De acordo com uma fonte do próprio Ministério, informes passados pelas autoridades venezuelanas estimam que mais de 12 mil garimpeiros ilegais fugiram do país, não apenas para o Brasil, mas também para a Colômbia e Guiana.

#Forças Armadas #Ministério da Justiça #PF #Venezuela

Destaque

Marina Silva aperta o cerco à Usina de Belo Monte

12/09/2023
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Uma década e meia após o embate que precipitou sua saída do Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva e a Usina de Belo Monte têm um novo “duelo”. Segundo o RR apurou, o Ibama vai impor rigorosas exigências para aprovar a renovação da licença ambiental da hidrelétrica, controlada pela Norte Energia – da qual a Eletrobras é a maior acionista, por meio da Eletronorte e da Chesf. O Instituto já teria identificado mais de 30 irregularidades da usina com impacto ao meio ambiente e à população que vive no seu entorno.

De acordo com um estudo do órgão, são condicionantes – como o termo sugere, requisitos obrigatórios para a operação do empreendimento – que vêm sendo seguidamente descumpridas desde a inauguração da geradora, em 2016. As autoridades apuram, por exemplo, a denúncia de que Belo Monte estariam secando a área conhecida como Volta Grande do Xingu, que engloba extensão de aproximadamente 130 quilômetros do rio. Haveria registros de açodamento de diversos trechos do manancial, com a consequente mortandade de várias espécies de peixe locais, atingindo as quatro etnias indígenas habitantes da região – Kuruaya, Xipaya e Yudjá/Juruna. Além de afetar a pesca, principal atividade econômica desses povos, há relatos de que a redução de peixes na Volta Grande do Xingu pode levar a população local a um quadro de insegurança alimentar.

Ao mesmo tempo, a hidrelétrica teria alagado florestas de igapó próximas à área do reservatório, dizimando parte da vegetação. A própria ministra Marina Silva tem citado a usina de Belo Monte como exemplo negativo de impacto ambiental na Região Amazônica.  

O espaço de negociação que a Norte Energia vinha encontrando dentro do Ministério do Meio Ambiente e consequentemente do Ibama durante o governo Bolsonaro se dissipou. Segundo o RR apurou, em reuniões internas, o próprio presidente do Instituto, Rodrigo Agostinho, próximo a Marina Silva, teria feito críticas contundentes à forma como as gestões anteriores conduziram o processo de renovação da licença de Belo Monte. Entre 2012 e início de 2019, ou seja, nas gestões de Dilma Rousseff e Michel Temer, a usina recebeu um total de R$ 91 milhões em multas do Ibama. Já no governo Bolsonaro, conhecido por deixar a “boiada” passar, o órgão não aplicou uma única penalidade à geradora.

O que se diz no Ministério do Meio Ambiente é que, entre 2019 e 2022, a direção do Ibama foi orientada a ceder em diversas condicionalidades dentro do processo de renovação da licença de Belo Monte. Ressalte-se que a usina vem operando com uma autorização temporária desde novembro de 2021. 

Em contato com o RR, o Ibama confirmou que existem “condicionantes (medidas que devem ser tomadas pelo empreendedor) a serem cumpridas e situações que podem ser melhoradas para que a população da região não seja prejudicada”. Segundo o órgão, o parecer técnico indicou “algumas pendências relativas ao pleno atendimento de condicionantes e solicitou complementações a serem atendidas pelo empreendedor para a emissão da Licença.” O Ibama esclarece que “Parte das informações solicitadas já foram apresentadas pela NESA (Norte Energia) e são objeto de avaliação, no momento. Contudo, ainda não se tem uma data para conclusão das análises.” 

A Norte Energia, por sua vez, garante que “Nenhuma Terra Indígena foi alagada pelo projeto do empreendimento e nenhuma comunidade precisou deixar seu local de origem. Segundo a empresa, “antes de Belo Monte, os indígenas da região eram 2 mil em 26 aldeias, hoje são cerca de 5.096 indígenas em 125 aldeias.”. A companhia afirma que “mantém diálogo permanente, aberto e transparente com os Povos Indígenas do Médio Xingu, que se dá de forma estruturada, respeitosa, inclusiva e participativa por meio de interações diárias mantidas pelo Programa de Comunicação e também de reuniões tripartites, que envolvem a participação de representantes indígenas e do órgão indigenista para discussão e análises das ações em execução.”. No que diz respeito ao manancial do Xingu, Norte Energia assegura que “Não há desvio algum, muito menos irregular. O que há é a aplicação do hidrograma.

É preciso esclarecer que a Norte Energia não estabeleceu ou definiu os hidrogramas de operação da Usina. A quantidade de água (hidrograma) destinada para a Volta Grande do Xingu foi estudada e estabelecida pelo Estado Brasileiro no âmbito do leilão de concessão da UHE.”. Com relação às penalidades já aplicadas pelo Ibama, a empresa diz que “as multas estão sendo discutidas administrativamente e posteriormente podem ser discutidas judicialmente.”

#Chesf #Eletrobras #Eletronorte #Ibama #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Usina de Belo Monte

Energia

Petroecuador sai a caça de investidores no Brasil

6/09/2023
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Executivos da Petroecuador têm feito uma espécie de road show no Brasil em busca de parceiros para investimentos em exploração e produção de petróleo em seu país. Segundo o RR apurou, houve conversas com a Petrobras e com uma petroleira privada. A estatal equatoriana precisa de sócios para acelerar projetos em desenvolvimento e compensar o duro golpe que sofreu recentemente.

Em plebiscito realizado em agosto, 90% da população local decidiram proibir a exploração de petróleo no Parque Nacional Yasuní, na Amazônia equatoriana, uma das maiores e mais promissoras jazidas do país. Além de ter de encerrar suas operações na região, a Petroecuador ainda será obrigada a gastar aproximadamente US$ 700 milhões para o desmantelamento de suas instalações.

#Parque Nacional Yasuní #Petrobras #Petroecuador

Empresa

Bajaj aumenta as cilindradas de seus investimentos no Brasil

5/09/2023
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Rajiv Bajaj – herdeiro de Rahul Bajaj, que era dono de uma das maiores fortunas da Índia e faleceu no ano passado – fez chegar ao governo brasileiro sua intenção de visitar o país no início de 2024. O empresário viria ao Brasil para se reunir com o presidente Lula e o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, e anunciar a instalação de uma fábrica de motocicletas da Bajaj na Zona Franca de Manaus. A companhia já comercializa no país três modelos de motos, todos produzidos na unidade industrial da Dafra na capital do Amazonas.

Esse número será ampliado com o início da produção própria. Controlada pelo Bajaj Group, um conglomerado com atuação na indústria automobilística, fabricação de eletrodomésticos, siderurgia e setor financeiro, a fabricante de motocicletas tem um faturamento global na casa dos US$ 3 bilhões por ano.


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Ministério Público quer travar térmica da Eneva na Bacia Amazônica

1/09/2023
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Um dos grandes projetos da Eneva pode sofrer um duro revés nas próximas horas. Trata-se da implantação da Termelétrica Azulão, na Bacia do Amazonas, um investimento da ordem de R$ 2 bilhões. O RR apurou que o Ministério Público Federal recomendou ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e à companhia que cancele as audiências públicas para apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima), marcadas para amanhã, às 9 horas, respectivamente nas cidades de Silves (distante 204km de Manaus) e Itapiranga (227km da capital). O MPF alegou “falta de transparência e irregularidades” na convocação das reuniões. Consultada pela publicação às 16h desta sexta-feira, o Ipaam informou que, “à princípio”, as reuniões vão acontecer. Porém, em off, uma fonte do instituto disse ao RR que “no Amazonas tudo pode mudar, de um minuto para o outro”.

A Termelétrica Azulão tem capacidade projetada de 1.083 MW. O gás natural liquefeito do campo de Azulão, na Bacia Amazônica, será transformado em energia para abastecer a Usina Termelétrica Jaguatirica II, em Boa Vista (RR).

Segundo o Ministério Público Federal, a falta de transparência e as irregularidades foram apuradas pelo Ministério dos Povos Indígenas e pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), no processo de licenciamento ambiental do empreendimento. O MPF destacou, também, que “há risco de acirramento de conflitos com povos indígenas e tradicionais” nos dois municípios, neste sábado e domingo, por conta das reuniões.

Na recomendação aos dois organizadores, os procuradores, assim como a Funai e o MPI, pedem que as audiências sejam adiadas até a realização do Estudo de Componente Indígena (ECI), procedimento obrigatório para a concessão de licença ambiental. O ECI busca garantir o direito dos povos indígenas impactados pelo empreendimento. O MPF acha ainda que o debate só deve ser convocado após a realização de consulta “prévia, livre e informada” aos povos indígenas e comunidades tradicionais da região, conforme prevê a Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho.

Desde o ano passado, indígenas e populações tradicionais apontam problemas referentes à implantação do “Complexo Azulão”, reclamando da falta de clareza nas informações que dizem respeito aos seus modos de vida e omissão sobre medidas compensatórias, mitigadoras ou indenizatórias. O MPF também recebeu informações do Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos do Amazonas (PPDDH/AM) e de lideranças da região a respeito de pressões e ameaças recebidas por indígenas e representantes de povos tradicionais locais, em razão das críticas à construção do empreendimento.

#Eneva #Termelétrica Azulão

Segurança

PF e Forças Armadas se unem contra ataques piratas na Amazônia

23/08/2023
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A Polícia Federal prepara uma ação para combater ataques criminosos contra embarcações nos rios do Amazonas. Segundo uma fonte da corporação, a PF terá o apoio logístico e de Inteligência das Forças Armadas, notadamente da Marinha. O plano prevê o aumento do efetivo da Polícia Federal, especialmente nas bacias dos rios Madeira e Solimões, no período que vai do fim de agosto ao início de dezembro.

Tradicionalmente, esta é a estação das secas na região. Neste ano, há um agravante: segundo informes do Inmet (Instituo Nacional de Meteorologia), a redução do nível dos rios será ainda mais intensa devido aos efeitos do El Niño. Com isso, as embarcações são obrigadas a diminuir drasticamente a velocidade, o que facilita a abordagem dos criminosos. O RR entrou em contato com a PF, mas a corporação não retornou até o fechamento desta matéria.

As empresas de navegação que atuam na Amazônia perdem por ano cerca de R$ 150 milhões com o roubo de cargas e de combustível. O custo dos ataques piratas vai ainda mais além: segundo um executivo do setor ouvido pelo RR, as despesas com segurança privada cresceram 20% nos últimos dois anos. E seria muito mais não fosse a crescente presença das Forças Armadas, notadamente da Marinha, na região. Parte dessas ações têm ocorrido no âmbito da Operação Ágata, coordenada pelo Ministério da Defesa, com o objetivo de combater crimes fronteiriços e ambientais.

Em contato com o RR, a Marinha informou que “Em 2023, a Operação Ágata – Comando Conjunto Uiara – apreendeu 1,6 tonelada de entorpecentes e neutralizou 51 dragas de garimpo ilegal.” Para a Força Naval, “O crime de pirataria tem alto grau de ofensividade, por colocar em risco fatores como a soberania e a economia dos estados”.

#Forças Armadas #Marinha #Polícia Federal

Política externa

Macron é um fator de apreensão para o Brasil e o Mercosul

15/08/2023
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A recusa de Emmanuel Macron ao convite de Lula para participar da Cúpula da Amazônia acendeu um sinal de alerta no Itamaraty. Não obstante a boa relação entre ambos e as palavras elogiosas de Macron ao evento, postadas no Twitter na última terça-feira, o Ministério das Relações Exteriores olha não para a figura, mas para o fundo. A ausência foi interpretada como um indicativo de que Macron vai endurecer ainda mais nas negociações em torno do acordo entre o Mercosul e a União Europeia. O presidente francês tem sido um crítico contumaz dos países da América Latina no que diz respeito as suas políticas ambientais. A França é considerada uma peça-chave para a ratificação do acordo comercial entre os dois blocos econômicos. Tanto que entre os assessores de política externa de Lula, a começar por Celso Amorim, já há quem defenda uma nova viagem do presidente à Europa ainda neste ano, com mais um encontro tête-à-tête com Macron. Por sinal, Paris traz ótimas lembranças recentes. Foi lá que, em junho, fez um discurso histórico por ocasião da Cúpula para o Novo Pacto de Financiamento Global.

#Emmanuel Macron #Lula #Mercosul #Ministério das Relações Exteriores

Empresa

Venture capital da Falabella avança sobre fintechs brasileiras

14/08/2023
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O Falabella Ventures – braço de venture capital da varejista chilena Falabella – já saiu à caça de “outras” Pismo no Brasil. No coldre, algo em torno de US$ 50 milhões para investir em fintechs no país. Na mira, plataformas de pagamentos digitais e startups desenvolvedoras de soluções para e-commerce. Os alvos são sugestivos: o que se diz no mercado é que o venture capital vai preparar o terreno e montar um colar de fintechs para dar suporte à chegada da própria Falabella no Brasil. Não é de hoje que o grupo, um dos maiores conglomerados de varejo da América Latina, ensaia entrar no país. Ressalte-se que a Falabella Ventures participou recentemente da maior transação feita até hoje envolvendo uma fintech brasileira: a venda da plataforma de pagamentos Pismo para a Visa por US$ 1 bilhão. O fundo chileno integrava o afortunado grupo de investidores da empresa, que reunia ainda Redpoint eVentures, Softbank, Amazon, entre outros. Uma grande tacada: o valuation de saída do negócio representou quatro vezes a precificação da Pismo quando do aporte do Falabella Ventures. 

#Falabella Ventures

Meio ambiente

Fundo climático multilateral vai financiar projetos no bioma amazônico

10/08/2023
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Informação que circulava ontem reservadamente entre assessores da ministra Marina Silva, durante os encontros da Cúpula da Amazônia: o Climate Investment Funds (CIF), um dos maiores fundos multilaterais do mundo para ações climáticas, está fechando com o governo brasileiro um novo financiamento no país. Os recursos serão destinados a ações de combate ao desmatamento na Amazônia e projetos de manejo sustentável na região. Recentemente, o CIF anunciou a liberação de US$ 70 milhões para investimentos em energias renováveis no Brasil. Com isso, a carteira do fundo no país passou a somar aproximadamente US$ 170 milhões. E logo, logo, vai crescer ainda mais.

Política

Ministro das Comunicações conseguiu escapar da guilhotina?

4/08/2023
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No União Brasil, a viagem de Lula ao Pará na próxima segunda-feira está sendo interpretada como um sinal de que Juscelino Filho permanecerá no Ministério das Comunicações. O presidente decidiu ir a Santarém para inaugurar o programa Norte Conectado, que interliga cidades da Amazônia por meio de cabos de fibra óptica. Trata-se de um dos principais projetos da gestão de Juscelino, que, desde o início do mandato, é apontado como um dos ministros mais frágeis e “demitíveis” do governo.   

Governo

Uma sucessão cheia de delicadezas na Ciência e Tecnologia

31/07/2023
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Dentro do Ministério da Ciência e Tecnologia é grande a concorrência para assumir o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Segundo o RR apurou, mais de dez candidatos já se habilitaram para o processo seletivo – uma Comissão de Busca terá a missão de encaminhar uma lista tríplice para a ministra Luciana Santos. A disputa reflete a importância do cargo dentro da estrutura do Ministério: o novo diretor terá um papel de destaque nos preparativos para a COP 30, que será realizada em Belém, em 2025. 

Em tempo: dentro da Pasta, há um cuidado especial em relação à sucessão no Inpa. A atual diretoria do Instituto, a bióloga Antonia Ramos Pereira, foi indicada em 2018, ainda no governo Temer, pelo então ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, sem ter passado pelo processo de seleção interna. Não obstante ser reconhecida no meio por sua sólida trajetória acadêmica, sua indicação, à época, causou certa celeuma na comunidade científica. Antonia permaneceu no posto durante todo a gestão de Jair Bolsonaro.

#Inpa #Ministério da Ciência e Tecnologia

Energia

Um lobby de alta voltagem no Congresso

18/07/2023
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As distribuidoras de energia abriram guerra contra o projeto de lei nº 373/2023, do deputado Fausto Santos Jr. (União-AM). As empresas do setor, reunidas sob a égide da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), já se mobilizam para acionar o Supremo com o objetivo de derrubar a proposta. O PL estabelece a proibição do Sistema de Medição Centralizada (SMC), tecnologia que permite o monitoramento remoto e em tempo real do consumo de luz. A alegação é de que o sistema impede o consumidor de acompanhar os seus gastos de energia. Ressalte-se que as distribuidoras já conseguiram uma primeira e importante vitória na Suprema Corte. Em março deste ano, o STF declarou a inconstitucionalidade de uma lei no Amazonas que proibia a instalação do SMC. Na esteira da decisão, a Amazonas Energia já anunciou investimentos de R$ 2 bilhões para instalar o sistema em toda a sua área de atuação. Outras distribuidoras ainda maiores vão seguir o mesmo caminho. 

#Abradee #PL

Destaque

Do mercúrio às finanças, uma megaoperação para asfixiar o comércio ilegal de ouro

12/07/2023
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“Follow the gold”. Essas palavras de ordem estão por trás de uma operação complexa, que congrega vários órgãos dos aparelhos de segurança, justiça e controle, com o objetivo de combater os garimpos clandestinos e o comércio ilegal de ouro no Brasil. Polícia Federal, Ministério da Justiça, Ministério Público e Receita avançam sobre uma ampla rede de conexões, que passa por contrabando na fronteira, associação do crime organizado com garimpeiros, extração ilegal, venda do metal a instituições financeiras de fachada que atuam como intermediárias e, na última milha, acordos com receptadores em grandes mercados internacionais. Um dos próximos passos contra essa bem azeitada linha de montagem do crime deve ser dado pela PF. Segundo o RR apurou, a Polícia Federal estaria preparando uma ação contra um esquema de contrabando de mercúrio da Bolívia para o Brasil. De acordo com a mesma fonte, mais de cem agentes já teriam sido destacados para a operação em Rondônia. O inimigo, nesse caso, já está identificado: investigações do setor de Inteligência da PF apontam na direção da Família do Norte (FDN), uma das maiores facções criminosas da região.  

A principal rota de entrada do produto no país, comandada pela FDN, está na divisa entre a cidade boliviana de Guayaramerín e a vizinha Guajará-Mirim, em Rondônia. Consultada, a Polícia Federal disse que “não se manifesta sobre eventuais investigações em andamento”. A PF mapeou, nos últimos três meses, a entrada de mais de 200 quilos de mercúrio no país. Mas, na própria corporação, o número é tratado como uma amostragem residual. O produto é indispensável para separar o ouro de rochas ou areia, sobretudo na mineração a céu aberto ou de lavra. Além de ser preocupante per si, o aumento do contrabando de mercúrio traz um alerta para a PF: significa que, mesmo com todo o cerco aos garimpeiros ilegais, especialmente em territórios indígenas, caso do Yanomami, a extração clandestina de ouro na Região Amazônica está crescendo. Por sinal, na manhã da última segunda-feira, a própria PF deflagrou uma operação contra um grupo suspeito de movimentar ao menos R$ 80 milhões por meio de uma rede de extração clandestina de ouro em território Yanomami. Essa ponta leva a investigações iniciadas em 2019, a partir da apreensão de cinco quilos do metal no Aeroporto de Boa Vista.  

Diversos fios se entrelaçam na teia da extração e do comércio ilegal de ouro. O crime organizado está na importação de insumos para a lavra, na manutenção de uma rede de milhares de garimpeiros e, na última ponta, no contrabando do metal para o exterior. As investigações revelam também conexões entre facções criminosas e instituições financeiras que atuam na evasão do ouro para o mercado internacional. Procuradores do Ministério Público Federal estão debruçados sobre uma relação de empresas suspeitas. Essa linha da teia criminosa começou a ser puxada há pouco mais de dois anos. Em 2021, o MPF pediu a suspensão das atividades de três instituições financeiras acusadas de despejar tanto no Brasil quanto no exterior mais de quatro toneladas de ouro ilegal entre 2019 e 2020.  

Os números são razoavelmente impactantes. Segundo levantamento do Instituto Escolhas, em 2021 mais de 52 toneladas do produto extraído no Brasil apresentaram “graves indícios de ilegalidade”. O número correspondeu a aproximadamente 54% da produção nacional naquele ano. Quase todo o ouro extraído no país é exportado. Uma parcela expressiva – as estimativas indicam mais de um terço – sai ilegalmente do Brasil. Nesse fluxo está mais uma ligação na cadeia de conexões do crime: facções e instituições financeiras de fachada operam em parceria com quadrilhas internacionais. Mais de 70% das exportações vão para o Canadá, Reino Unido e Suíça. Em agosto do ano passado, as grandes refinarias de ouro suíças assinaram uma declaração pública comprometendo-se a rastrear a origem do metal importado do Brasil.  

O Ministério da Justiça se junta ao MPF e à PF como o terceiro vértice dos órgãos federais que estão na linha de frente do combate à cadeia criminosa do ouro. Neste momento, os esforços do ministro Flavio Dino estão concentrados em duas áreas. Dino tem trabalhado junto a parlamentares para acelerar a votação do “PL do Ouro”, projeto de lei encaminhado ao Congresso pela Presidência da República com o objetivo de regular a compra, venda e transporte do metal no país. Como principal mudança, a proposta extingue a chamada presunção de boa-fé na comprovação da origem do ouro e torna obrigatória a emissão de nota fiscal eletrônica nas operações de compra e venda, além de exigir a transferência bancária como forma de pagamento. Enquanto a nova regulação não sai, a Receita Federal, que também integra a tour de force, usa os instrumentos que tem à mão. A partir de 1º de agosto será obrigatória a emissão da Nota Fiscal Eletrônica do Ouro Ativo Financeiro (NF-e Outo Ativo Financeiro), destinada ao registro de operações com o metal.  

Ao mesmo tempo, o ministro da Justiça tem mantido tratativas com outros países, a começar exatamente por Canadá e Suíça, para que esses grandes importadores do metal imponham também regras mais rígidas para a entrada do produto em seu território. Na prática, seria uma forma de conter na ponta final da esteira o que o próprio Brasil não consegue barrar na partida.  

Ressalte-se que todo esse cerco sincronizado das autoridades brasileiras se dá justamente em um momento em que bancos centrais de diversos países, especialmente China e Turquia, têm aumentado suas reservas físicas de ouro, na esteira da guerra entre Rússia e Ucrânia e como forma de proteção contra a inflação elevada. A demanda mundial pelo produto atingiu o ponto mais alto em 11 anos – mais de 4,7 mil toneladas em 2022. O Brasil, de certa forma, está na contramão desse “ciclo do ouro”, dada a enorme evasão criminosa do metal extraído no país. 

#Instituto Escolhas #Ministério da Justiça #MPF #Ouro #Polícia Federal

Meio ambiente

Vai cair mais dinheiro no Fundo da Amazônia

7/07/2023
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Informação que circulava ontem no Ministério do Meio Ambiente: Alemanha e Noruega deverão anunciar novos aportes no Fundo da Amazônia em agosto. O apoio será formalizado durante a reunião das Cúpula da Amazônia, em agosto. Em janeiro, logo no início do governo Lula, os dois países retomaram o repasse de recursos ao Fundo, suspenso durante a era Bolsonaro. Na ocasião, noruegueses e alemães aprovaram, respectivamente, a liberação de R$ 3 bilhões e R$ 1 bilhão. 

#Fundo da Amazônia

Política

Governadores da Amazônia pressionam Marina por Margem Equatorial

5/07/2023
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Os governadores que integram o consórcio da Amazônia Legal pretendem agendar uma reunião com a ministra Marina Silva. As tratativas são capitaneadas por Helder Barbalho, do Pará. Os chefes do executivo estadual querem ter mais voz nas discussões que envolvem o bioma amazônico, notadamente nas questões com impacto econômico. Eles se ressentem de maior representatividade junto ao próprio Ministério do Meio Ambiente e ao Ibama. O alvo principal é a Margem Equatorial: os governadores fazem pressão para que o órgão ambiental autorize os projetos de exploração e produção da Petrobras na região. Trata-se do lobby político de sempre. Afinal, enquanto a Petrobras não apresentar seu novo estudo aos órgãos ambientais, reforçando seus argumentos técnicos que a exploração é racional e não predatória, conforme foi considerada pelo Ibama, nada vai andar com Marina. A ministra nem está tão inflexível assim. Mas não vai deixar passar o tal “pré-sal amazônico” sem fortíssimas evidências técnicas de que a exploração de petróleo na região não vai macular sua gestão e imagem. 

#Marina Silva

Meio ambiente

Cúpula da Amazônia ganha ares de COP

28/06/2023
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Segundo informações filtradas do Itamaraty, o ministro da Transição Ecológica da França, Christophe Béchu, e a ministra do Meio Ambiente, Proteção da Natureza e Segurança Nuclear da Alemanha, Steffi Lemke, sinalizaram que devem vir ao Brasil em agosto para participar da Cúpula da Amazônia. O presidente Lula pretende transformar a reunião entre os oito países sul-americanos membros da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OCTA) em um evento de dimensão global. Já convidou o presidente da França, Emmanuel Macron. Entre outros chefes de estado, está empenhado em trazer também ao Brasil o primeiro-ministro da Alemanha, Olaf Scholz. As tratativas diplomáticas vão se intensificar nas próximas semanas. Mas, no entendimento de assessores de Lula, não poderia haver maior chamamento aos líderes internacionais do que o discurso feito pelo presidente na semana passada, em Paris, em defesa da Amazônia. 

 

#Cúpula da Amazônia #Emmanuel Macron #Lula #Ministério do Meio Ambiente

Energia

Investimento bilionário no Amapá começa a sair do papel

27/06/2023
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O RR apurou que o governo do Amapá vai liberar, em até duas semanas, a licença para a construção da termelétrica do Rio Matapi. Trata-se de um dos maiores projetos da área de geração prestes a sair do papel na Região Amazônica: a usina está orçada em R$ 2 bilhões. O empreendimento é capitaneado pela Evolution Power Partners.

#Amapá #Energia #Evolution Power Partners #Rio Matapi

Governo

Cidades de fronteira buscam um “plano de saúde” para estrangeiros

27/06/2023
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Um bloco de governadores – à frente Mauro Mendes, do Mato Grosso, e Wilson Lima, do Amazonas – articula reuniões em Brasília com as ministras do Planejamento, Simone Tebet, e da Saúde, Nísia Trindade. Vão reivindicar que o governo federal repasse recursos do Piso de Atenção Básica à Saúde para municípios dos dez estados brasileiros que fazem divisa com países vizinhos. A alegação é que muitas dessas cidades estão sobrecarregadas com o crescente número de pessoas que atravessam a fronteira para se tratar em postos de saúde e hospitais municipais. Mato Grosso, Amazonas e Roraima estão entre os mais afetados devido ao fluxo de pacientes que vêm da Bolívia e da Venezuela, no caso dos dois últimos. Além de recursos financeiros, faltam recursos humanos. Não por acaso, conforme o RR noticiou, o Ministério da Saúde pretende deslocar uma parcela significativa dos novos contratados pelo programa Mais Médicos para regiões de fronteira.

#Mauro Mendes #Ministério da Saúde #Nísia Trindade

Política externa

Marina vai “vender” o Brasil em reunião de cúpula

26/06/2023
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A ministra Marina Silva será uma peça-chave na delegação brasileira que participará da reunião de cúpula entre a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e a União Europeia (EU), marcada para os dias 17 e 18 de julho, em Bruxelas. Marina deverá ter uma agenda de encontros com autoridades da área de meio ambiente da comunidade europeia. No próprio Palácio do Planalto, a expectativa é que a ministra de maior prestígio internacional do governo Lula volte da Bélgica com novos acordos para investimentos em ações ambientais e até mesmo transição energética no Brasil.

Na semana passada, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, já sinalizou a liberação de 2 bilhões de euros para a produção de hidrogênio verde. Segundo o RR apurou junto a fonte do Itamaraty, há gestões para que Noruega e França também anunciem o repasse de novos recursos para projetos de combate ao desmatamento na Amazônia. Nesse contexto, Marina pode se tornar a principal e única estrela da comitiva brasileira, caso Lula leve adiante a decisão de não participar da reunião de cúpula. Durante sua passagem por Roma, lideranças europeias trabalharam junto a assessores do presidente para convencê-lo a estar em Bruxelas no dia 17 de julho.

#Amazônia #Lula #Marina Silva #Palácio do Planalto #União Europeia

Política

Arthur Lira constrói mais um “puxadinho” na Codevasf

26/06/2023
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Não satisfeito em abocanhar uma parcela expressiva dos cargos existentes na Codevasf, Arthur Lira quer também criar novas cadeiras na estatal. O presidente da Câmara negocia com o governo o aumento do raio de ação da empresa, com a sua extensão para Amazonas, Rondônia e Roraima. Pouco importa se os três estados ficam a milhas de distância das duas bacias hidrográficas que estão na origem da criação da estatal, como o seu próprio nome sugere – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba. O crescimento da jurisdição da Codevasf abrirá caminho para a abertura de escritórios e, consequentemente, a criação de novas superintendências e outras funções comissionadas, que valem para ouro para o Centrão. Nada muito diferente do que já foi feito no passado: a estatal é um mosaico de “puxadinhos”, que já alcança 16 estados. O “estica e puxa” mais recente se deu em 2020, quando o governo Bolsonaro estendeu a área de atuação da Codevasf a Paraíba, Rio Grande do Norte e Amapá – este último para atender ao então presidente do Senado, Davi Alcolumbre.

#Arthur Lira #Codevasf

Meio ambiente

Alemanha acena com mais recursos para ações ambientais no Brasil

22/06/2023
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Informação de alta fonte do Itamaraty: o governo da Alemanha sinalizou o interesse em dobrar os investimentos para ações ambientais no Brasil, chegando à cifra de R$ 2 bilhões até o início do próximo ano. Com isso, o Fundo Amazônia receberia um aporte substancialmente maior do que os R$ 190 milhões inicialmente acertados. É por essas e outras que Marina Silva é uma ministra indemissível.

#Alemanha #Fundo Amazônia #Itamaraty #Marina Silva

Saúde

Mais médicos para as cidades que não têm quase nenhum

22/06/2023
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O Ministério da Saúde pretende reservar uma parcela expressiva dos futuros contratados do Mais Médicos para regiões de fronteira. A situação nessas áreas é extremamente delicada. Nos últimos anos, essa borda do território foi praticamente abandonada. Segundo levantamento da própria Pasta, dos 588 municípios brasileiros localizadas na divisa com outros países, 45% deles não contam com hospital geral de qualquer esfera – federal, estadual ou municipal. Esse déficit na rede pública de saúde tem forte impacto, por exemplo, no atendimento de povos indígenas e populações ribeirinhas, que somam uma parcela expressiva dos habitantes dessas áreas, especialmente na Região Amazônica e, ainda que em menor proporção, no Centro-Oeste.  

#Mais Médicos #Ministério da Saúde

Infraestrutura

“Novo PAC” é uma fotocópia esmaecida do “Velho PAC”

19/06/2023
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O primeiro grande desafio do “Novo PAC” é vencer a desconfiança ao seu redor. Segundo o RR apurou, os governadores do Nordeste e do Centro-Oeste que já se reuniram com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tratar do assunto saíram do encontro com a sensação de que o programa não passa de um arremedo do “velho PAC”. Até o momento, o que existe basicamente é um refogado de obras antigas. Sabe-se que existem no país cerca de 14 mil obras paradas. Algumas estão contempladas no plano do governo. Mas os critérios de retomada são difusos. Não está claro, por exemplo, quais as paralisias que se deram por motivos técnicos, financeiros ou mesmo políticos, assim como as que têm sinergia com eixos regionais mais longos, facilidade logística e integração social-ambiental e geração de valor adicionado nas localidades.  

Trata-se de um amontado de intenções agrupadas por setores que o governo acha relevante, mas sem racionalidade econômica. Não há plano, cronograma e muito menos definição das fontes de onde virão os recursos necessários. Este é um dos pontos que mais preocupa os governadores: não se sabe, por exemplo, que papel o BNDES terá no “Novo PAC” – ainda que escala menor, o mesmo se aplica a agências de fomento locais, como Banco da Amazônia e Banco do Nordeste, e aos fundos de desenvolvimento regional, tais quais o FDNE (Nordeste), FDA (Amazônia) e FDCO (Centro-Oeste).   

Outro ponto que causa apreensão entre os governadores é a ausência de critérios para a escolha dos projetos prioritários nos respectivos estados. Há unidades da federação que somam mais de 60 empreendimentos relacionados na pré-lista elaborada por Rui Costa, sem que a Casa Civil tenha estabelecido uma hierarquia ou um senso do que é mais urgente ou não.  

#Banco da Amazônia #Banco do Nordeste #Casa Civil #Novo PAC #Rui Costa

Mercado

A nova investida da Amazon no Brasil

15/06/2023
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A Amazon, o conglomerado tecnológico de Jeff Bezos, vai esticar mais um de seus tentáculos no Brasil. A Amazon Web Services mira o agronegócio: está trazendo para o país um sofisticado sistema de imagens por satélite com o uso de inteligência artificial, capaz de antecipar mudanças climáticas. Há pouco mais de um mês, o grupo fechou um acordo com a Vivo para melhorar a conectividade à internet nas regiões agrícolas no Brasil. Ao que parece, em grande parte está semeando o terreno para si própria: primeiro, banda larga em alta velocidade; depois, seu sistema de monitoramento satelital.

#Amazon #Jeff Bezos

Meio ambiente

França vai aumentar o financiamento para projetos na Amazônia

14/06/2023
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Além do aporte no Fundo Amazônia, já sinalizado pelo presidente Emmanuel Macron, Brasil e França discutem outros caminhos para investimentos na Região. Uma das hipóteses sobre a mesa é o financiamento da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) para projetos de manejo sustentável no bioma amazônico. A AFD tem sido um dos principais braços do governo francês para financiar o que a própria entidade define como “ações para o desenvolvimento e solidariedade internacional”. A Agência apoia mais de quatro mil projetos em todo o mundo, que somam algo em torno de 12 bilhões de euros. A AFD, ressalte-se, já tem uma razoável trajetória no Brasil por meio da Proparco, seu braço para o setor privado em países emergentes. Desde 2007, a instituição já concedeu algo em torno de 1,3 bilhão de euros em crédito para empresas no Brasil, entre as quais Enel, Rede D´Or e Aegea.  

#Fundo Amazônia

Advocacia

Campanha antecipada já agita os bastidores da OAB

13/06/2023
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A dois anos da eleição, marcada apenas para 2025, a sucessão na OAB Brasil já chacoalha os bastidores da entidade. O RR apurou que o advogado Felipe Sarmento começou a trabalhar a sua candidatura ao comando da Ordem, cargo hoje ocupado por Beto Simonetti, do Amazonas. Entre graduados conselheiros da OAB há quem aposte, inclusive, que Sarmento vai oficializar sua entrada na disputa em novembro, por ocasião da 24ª Conferência Nacional da Advocacia, em Belo Horizonte. Ele exerce seu sexto mandato como conselheiro federal – atualmente representa a seccional do Amapá, depois que o seu grupo perdeu a última eleição na OAB de Alagoas. Enxadrista, como ele mesmo se apresenta, Sarmento é conhecido pela habilidade com que se movimenta no tabuleiro da Justiça Federal. Dentro da Ordem, sua influência política tem crescido no embalo do cargo de gestor do Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados (FIDA), de onde saem recursos, por exemplo, para as Caixas de Assistência dos Advogados. 

#Beto Simonetti #OAB Brasil

Personalidade

Eike Batista quer monetizar as suas próprias memórias

7/06/2023
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O resiliente Eike Batista prepara uma nova empreitada. Dessa vez nada tão megalomaníaca quanto suas demais incursões. Mr. Batista pretende ingressar no mercado livreiro. Quer ser investidor, editor, distribuidor e escritor. O primeiro título já tem até nome. Vai se chamar “Selva”. O livro conta as peripécias de Eike na Amazônia, notadamente suas aventuras como atravessador do garimpo de ouro. É sabido que Eike tomou um tiro em desavenças na região. Pois bem, a obra entrega muitas mais aventuras, tais como o uso de parapente para descer dos céus no meio da Amazônia. Parafraseando o cantor Lobão, “Selva” “tem sangue e porrada na madrugada”. Imperdível! 

#Eike Batista

Infraestrutura

Um diagnóstico desalentador sobre o futuro do Brasil

5/06/2023
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A Carta de Infraestrutura do estrategista Claudio Frischtak – talvez o mais renomado analista de investimentos e da formação de capital fixo -, divulgada hoje, é uma ducha de água fria nas expectativas de um país mais industrializado e com investimentos que atendam a um crescimento do PIB menos medíocre nas próximas duas décadas. Segundo Frischtak, que dirige a consultoria Inter.B, “No período 2019-22, os investimentos se expandiram em 0,35% do PIB, chegando a 1,86% do PIB em 2022, e projeta-se que alcancem 1,94% do PIB em 2023. Apesar dos ganhos, há uma necessidade estimada de 4,2% do PIB ao longo das próximas duas décadas para a modernização do setor, sob a premissa de um potencial de crescimento não inflacionário próximo a 2%. Estamos ainda distantes.”  

Frischtak faz as perguntas que não querem calar: “Como fazer frente a uma brecha de investimentos de cerca de 2,3% do PIB? E em que horizonte de tempo seria factível expandir os investimentos para um novo ´estado estacionário´ consideravelmente acima da média de anos recentes?”. O próprio consultor tem as respostas, e elas machucam quem espera mais do país. De acordo com ele, “não há alternativa realista a um esforço liderado pelo setor privado, seja pelas restrições fiscais que o país enfrenta num contexto de múltiplas demandas, seja pelas limitações de governança dos investimentos públicos. Estes se situam próximos a 0,6% do PIB, e caberia ampliá-los em cerca de 0,4% do PIB para um volume em torno de 1% do PIB nos próximos anos, de forma cautelosa, estabelecendo prioridades alicerçadas nas necessidades mais prementes e com base em projetos comprovadamente de elevadas taxas sociais de retorno.”  

Frischtak enfatiza que “ampliar os investimentos públicos irá demandar com toda a probabilidade uma reforma do Estado, criando espaço fiscal de forma responsável e rechaçando tentações populistas. Já o salto do setor privado necessitaria ser da ordem de 2% do PIB, factível num ambiente de maior estabilidade e previsibilidade, e menores custos de transação.” O consultor conclui afirmando que “não há como avançar sem perseguir uma agenda centrada em dois grandes temas: melhoria da governança e dos investimentos públicos.”  

A Carta de Infraestrutura de Frischtak vale como um epitáfio para o Brasil que já foi do futuro. E não há força nem unidade política para combater o patrimonialismo com a coisa pública e o clientelismo orçamentário. O Congresso está se tornando crescentemente um balcão de negócios. O Judiciário não garante segurança jurídica e previsibilidade regulatória. Aliás, os “Donos do Direito” têm volta e meia sua seriedade e probidade questionada, o que fragiliza ainda mais a confiança na Corte Maior. Finalmente, o Executivo está manietado, com as mãos que deveriam agir em nome da vontade soberana do povo, amarradas, fazendo dos governos mercadores de apoios e não tocadores de obras e agentes de redução da miséria.  

E o país como fica? Vai seguir oscilando entre a 10ª e a 16ª posições no ranking mundial do PIB – como tem sido nos últimos anos – em função de ser uma “Nação baleia”, ter um enorme mercado interno, água, terra, a hileia Amazônica. Ou seja: mais do mesmo, atributos que não são mérito de ninguém. Seguem juntos a africanização da indústria, a queda da renda per capita, a crescente disfuncionalidade do Estado, a captura da política pelas milícias, a ausência de um projeto nacional e o apequenamento de todas as instituições, inclusive as da sociedade civil. O RR torce para que esta análise esteja errada, em nome do Brasil e de todos os brasileiros. Por enquanto, apenas lamentamos. É o que temos.

#Carta de Infraestrutura #Claudio Frischtak #PIB

Crime organizado

Garimpeiros viram um problema bilateral para Brasil e Venezuela

2/06/2023
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Enquanto Lula e Nicolás Maduro trocam afagos, os ministros da Justiça, Flavio Dino, e da Defesa, José Múcio, negociam com a Venezuela uma operação conjunta das forças policiais e militares dos dois países contra os garimpeiros ilegais. As ações da Polícia Federal no território Yanomami têm levado uma onda de fugitivos para o país vizinho. Segundo investigações das áreas de Inteligência do Exército e da Polícia Federal, nos últimos 30 dias mais de 400 garimpeiros procurados pelas autoridades brasileiras atravessaram a fronteira e se instalaram nos estados venezuelanos de Bolívar e Amazonas. Muitos deles conseguiram escapar carregando máquinas e equipamentos de garimpo, além de armamentos e munição. Ainda segundo as investigações os garimpeiros estariam recrutando nativos tanto no Brasil quanto na Venezuela como “seguranças”, com a missão de vigiar a selva.

#Flavio Dino #Lula #Nicolás Maduro #Polícia Federal #Venezuela

Destaque

Margem Equatorial é um falso dilema para o governo

26/05/2023
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O imbróglio da Margem Equatorial é uma “Escolha de Sofia que já está escolhida”. O Palácio do Planalto não vai recuar. Muito pelo contrário. O governo Lula está decidido a fazer o que for necessário para levar adiante os projetos da Petrobras na região. A decisão vai muito além da esfera corporativa. Trata-se de um assunto de Estado, conduzido a partir de um forte cálculo político e de um aguçado senso de oportunidade. É como se dois raios tivessem caído no mesmo lugar, ou melhor, na gestão do mesmo presidente da República. Em termos potenciais, a Margem Equatorial está para o Lula III como o pré-sal para o Lula I e II. A nova fronteira petrolífera do Brasil tem reservas estimadas em 30 bilhões de barris, segundo estudo da CBIE Advisory, do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Ou seja: o triplo das reservas já comprovadas do pré-sal.  

Entre os prós e contras que pesam na balança, o governo Lula vislumbra um saldo político positivo. A preocupação agora é administrar as possíveis perdas. O Palácio do Planalto sabe que precisa endurecer para tirar petróleo da Margem Equatorial, mas sem perder a ternura em pontos chave. A questão é como mitigar a desmoralização do Ibama; como encaixar a “operação fura-poço” na Amazônia sem perder a franquia do discurso de preservação ambiental; como não diluir o prestígio internacional de Lula nessa área. E, de alguma forma, tão ou mais importante: como acomodar Marina Silva, que, junto com o vice-presidente Geraldo Alckmin e Fernando Haddad, forma a tríade dos ministros indemissíveis, tamanho o desgaste político que a saída de qualquer um da respectiva Pasta traria. Marina é um fator de risco, vide o track records: no primeiro governo Lula deixou o Ministério do Meio Ambiente por não concordar com a “Margem Equatorial” da ocasião, leia-se a construção da Usina de Belo Monte. Ainda assim, há sinais, neste momento, de uma maior adaptabilidade de Marina às circunstâncias políticas. São sintomáticas, por exemplo, as suas declarações de que o Congresso tem poder demais e é o maior responsável pelo desmonte dos órgãos ambientais. É como se a ministra estivesse calculadamente desviando o foco do Planalto e do próprio presidente Lula para o Legislativo.  

De toda a forma, há uma dissintonia no governo Lula. Em vários aspectos, a teoria e a prática não dialogam, com colisões entre diferentes iniciativas e políticas. É o caso, por exemplo, das medidas anunciadas ontem para a produção de veículos populares. Não há dúvidas de que a indústria como um todo precisa de airbags, sobretudo um setor que, apesar de toda a tecnologia, ainda é intensivo em emprego, como o automobilístico. No entanto, é no mínimo um contrassenso de que um governo que se diz tão comprometido com a transição energética e a causa ambiental estimule a produção de automóveis em vez de fomentar soluções de mobilidade no transporte coletivo.  

De qualquer forma, essa questão é apenas um detalhe, algo infinitamente inferior frente ao problema maior da Margem Equatorial. Trata-se de um assunto de razoável peso institucional, capaz de gerar uma eventual crise interministerial e de desarticular um núcleo duro desse governo representado na figura da ministra Marina Silva.  

#Lula #Margem Equatorial #Ministério do Meio Ambiente #Palácio do Planalto #Petrobras #Usina de Belo Monte

Governo

Augusto Aras quer deixar como legado a frota aérea do Ministério Público 

26/05/2023
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O Procurador-Geral da República, Augusto Aras, retomou os planos de aquisição de até seis aeronaves de pequeno porte para o Ministério Público. O projeto chegou a ser anunciado no ano passado, mas não decolou. Agora, Aras promete fechar a aquisição dos aviões até agosto, segundo uma fonte do próprio MPF. A celeridade tem razão de ser. O PGR parece empenhado em deixar a frota como legado da sua gestão à frente do Ministério Público – isso se Aras não for reconduzido ao cargo pelo presidente Lula, conforme o próprio RR já informou.

As aeronaves atenderão, sobretudo, ao deslocamento de procuradores na Região Amazônica. Estudos preliminares feitos pelo MPF indicam que o custo total não deve passar de R$ 2 milhões – serão adquiridos aviões pequenos, de, no máximo, seis lugares.

#Augusto Aras #Lula #Ministério Público #PGR

Institucional

Presidente do Ibama leva puxão de orelhas dos cartórios brasileiros

26/05/2023
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Como diria o outro, “Que fase!”. Após a negativa do pedido de licença ambiental da Petrobras para a Foz do Amazonas, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, vem recebendo flechadas de todos os lados. Algumas inusitadas. A Associação dos Notários e Registradores do Brasil pretende encaminhar uma representação formal ao Instituto por conta de uma recente declaração de Agostinho. Ao mencionar a recusa da autorização à Petrobras, o presidente do Ibama disse que o órgão “não é um cartório onde as pessoas levam um papel e a gente carimba”. No documento que será enviado a Agostinho, a Associação vai ressaltar que as atividades que o tabelionato executa são regidas por lei e fiscalizadas pelo Poder Judiciário.

#Ibama #Petrobras

Justiça

Novo presidente do Basa teve disputa judicial contra o BB

22/05/2023
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Dentro da própria estrutura da Fazenda, a indicação de Luiz Claudio Moreira Lessa para comandar o Banco da Amazônia causou surpresa. Isso porque a longa passagem de Lessa como funcionário da carreira do Banco do Brasil – de 1982 a 2017 – terminou com um processo trabalhista. O executivo acionou o BB, requerendo pagamento das diferenças do FGTS quando atuou no exterior, mais precisamente na subsidiária Banco Brasil Américas Miami, devolução de valores descontados a título de Imposto de Renda sobre auxílio moradia, e férias não quitadas O Banco do Brasil foi condenado pela juíza Margarete Dantas Duque, da 9ª Vara do Trabalho de Brasília. Procurado, o Banco do Brasil não quis comentar o assunto. A Casa Civil, responsável pela checagem do currículo de nomeados para cargos no governo, disse ao RR que “a pesquisa se restringe a processos administrativos, judiciais e de contas relacionados aos indicados.” O Banco da Amazônia não retornou até o fechamento desta matéria. 

#Banco Brasil #Banco da Amazônia #FGTS

Destaque

Governadores cobram de Marina Silva o sinal verde para a Petrobras na Margem Equatorial

15/05/2023
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A dificuldade da Petrobras em obter as licenças ambientais para a Margem Equatorial deflagrou uma “rebelião” federativa. O RR apurou que o governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), está liderando uma articulação política em bloco com o objetivo de pressionar o Ibama a liberar a autorização. A coalizão inclui ainda os governadores do Maranhão, Amapá e Rio Grande do Norte – respectivamente Carlos Brandão Junior (PSB), Clecio Luis (Solidariedade) e Fátima Bezerra (PT). De acordo com a fonte do RR, Barbalho vem tratando diretamente do assunto com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva – inclusive, durante a recente passagem de ambos na China.  

Trata-se de uma negociação delicada. O imbróglio com o Ibama antecede a gestão de Marina – é algo que se arrasta há mais de três anos. No entanto, a ministra não se mostra muito simpática às atividades de exploração e produção na Margem Equatorial, notadamente na Bacia Amazônica. Marina já disse textualmente que olha para extração de petróleo na Foz do Amazonas “do mesmo jeito que olhei para Belo Monte”. Não se trata de um bom prenúncio para a Petrobras e os governadores interessados na questão, a julgar pela resistência de Marina à construção da hidrelétrica durante sua primeira passagem pelo Ministério do Meio Ambiente.

Os quatro governadores discutem ainda a possibilidade de um manifesto público como forma de sensibilizar as autoridades ambientais. A ideia é bater na tecla dos investimentos e dos postos de trabalho que estão deixando de ser gerados com a demora na liberação da licença pelo Ibama. Apenas em royalties, os quatro estados estimam que as perdas anuais passam dos R$ 2 bilhões. Assim como Barbalho, Fátima Bezerra dá uma dimensão e um peso maiores ao pleito. Entre os chefes de governo estaduais, trata-se de um dos nomes mais influentes junto ao presidente Lula. Basta lembrar que Fátima coordenou a campanha presidencial de 2022 no Nordeste. Além disso, a governadora potiguar é umbilicalmente próxima do próprio Jean Paul Prates, presidente da Petrobras. Prates era o suplente de Fátima no senado e herdou sua cadeira quando ela assumiu o governo do Rio Grande do Norte. 

#Belo Monte #Helder Barbalho #Ibama #Margem Equatorial #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente #Petrobras

Governo

Máculas do passado criam impasse na sucessão do Banco da Amazônia

12/05/2023
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A nomeação de Rolf Hackbart para a presidência do Basa (Banco da Amazônia), prevista para este mês, deu uma rateada. Pesam contra Hackbart acusações da época em que ele foi uma espécie de “Henrique Meirelles do Incra”, comandando a autarquia durante os oito anos do governo Lula – assim como Meirelles no Banco Central. As denúncias de irregularidades, investigadas pelo Ministério Público, envolvem convênios firmados à época com a Associação Nacional de Apoio à Reforma Agrária. Nos últimos dias, parlamentares da bancada governista do Amazonas contrários à indicação de Hackbart trataram de ressuscitar as denúncias, pressionando o ministro Fernando Haddad a recuar na escolha. O ex-presidente do Incra ainda é o nome do governo, mas há um lobby – com o apoio, entre outros, do senador Eduardo Braga (MDB) – pela permanência do atual presidente do Basa, Valdecir Tose.  

#Banco Central #Banco da Amazônia #Rolf Hackbart

Empresa

Montadora indiana acena com produção de motos elétricas no Brasil

10/05/2023
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O RR apurou que representantes da indiana Revolt Motors vêm mantendo conversações com o governo do Amazonas e, mais especificamente, com autoridades da Zona Franca de Manaus. A montadora tem planos de instalar uma fábrica de motos elétricas no Brasil. Na Índia, a Revolt se notabiliza não apenas como umas das três maiores empresas do segmento, mas, principalmente, pela produção de motos populares. Um dos modelos mais baratos de motocicleta elétrica da companhia custa o equivalente a R$ 6 mil. 

#Revolt Motors #Zona franca de Manaus

Justiça

Brasil busca apoio internacional contra o mercado ilegal do ouro

3/05/2023
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O Ministério da Justiça, com o apoio do Itamaraty, está tentando articular uma espécie de coalizão multilateral contra o comércio ilegal de ouro. Segundo informações apuradas pelo RR, já houve contatos diplomáticos com Canadá e Reino Unido. Outros alvos são Suíça e Índia. O objetivo é firmar acordos de cooperação com as autoridades locais para combater o contrabando do metal. Esses países figuram entre os principais destinos do ouro extraído e comercializado ilegalmente no Brasil. O governo Lula quer vincular a parceria ao contexto de proteção da Amazônia e, mais especificamente, do território indígena dos Yanomami – em área devastada, o garimpo irregular na região cresceu 54% em 2022. Não deixa de ser uma confissão de fracasso: na impossibilidade de matar o problema na raiz, o governo está pedindo ajuda internacional para podar o topo da árvore.  

#Lula #Ministério da Justiça #Yanomami

Energia

Brasil entra no mapa de fundo verde norte-americano

27/04/2023
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Ao mesmo tempo em que a Casa Branca anuncia o aporte de US$ 500 milhões no Fundo Amazônia, o ValueAct Spring Fund estuda entrar no Brasil. Criado pelo gestor Jeff Ubben, o fundo norte-americano investe somente em projetos sustentáveis e empresas fortemente ligadas à temática ESG. Seu portfólio de ativos é da ordem de US$ 1 bilhão.  O ValueAct Spring Fund tem como característica participar ativamente da gestão das empresas em que investe.

#ESG #Fundo Amazônia #ValueAct Spring Fund

Empresa

Amazon deverá fazer cortes de pessoal no Brasil

19/04/2023
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Há um burburinho no mercado de que a Amazon – onde Fernando Haddad diz comprar um livro por dia – prepara uma leva de demissões no Brasil. Os cortes se dariam na esteira da onda global de downsizing na companhia de Jeff Bezos, que anunciou recentemente o fechamento de nove mil postos de trabalho em todo o mundo. Nos últimos dois anos, a Amazon ampliou consideravelmente sua operação no Brasil, saltando de apenas um para 12 centros de distribuição. Talvez tenha chegado a hora da freada de arrumação, sobretudo com a notória perda de mercado no Brasil para os sites de e-commerce asiáticos.  

#Amazon

Destaque

JSL prepara mais uma grande operação de M&A na área de logística

17/04/2023
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A JSL quer avançar mais alguns quilômetros em seu férrico processo de consolidação do setor de logística. Segundo o RR apurou, o grupo controlado pela família Simões abriu conversações para a compra da Sequoia. Esta pode ser a sua oitava operação de M&A nos últimos três anos – a maior delas, a incorporação da IC Transportes, foi fechada no mês passado, ao custo de R$ 587 milhões. A JSL mira, sobretudo, na carteira de contratos da Sequoia no varejo, que reúne clientes como Renner, Amazon e Magazine Luiza. Trata-se de um segmento disputado roda a roda pelas grandes empresas de logística, inclusive as globais DHL e Fedex, devido à sua altíssima escala. Estima-se as compras online resultarão em mais de 400 milhões de entregas neste ano no Brasil – mesmo com a taxação do comércio eletrônico, mordida já sinalizada pelo ministro Fernando Haddad. Este foi um dos motivos que, inclusive, levaram a JSL a manifestar seu interesse nos Correios, em 2020, quando o governo Bolsonaro anunciou a privatização da empresa – já devidamente engavetada pela gestão Lula.  

Com a eventual aquisição da Sequoia, a JSL saltaria de um faturamento da ordem de R$ 8,5 bilhões para algo em torno de R$ 10,5 bilhões, com um Ebitda combinado em torno de R$ 1,4 bilhão. Consultadas, as duas empresas não se manifestaram. A Sequoia é hoje um alvo razoavelmente vulnerável. Nos últimos meses, a empresa tem feito contatos com fundos de investimento em busca de um aporte de capital da ordem de R$ 100 milhões. Inicialmente, era o Plano A. No entanto, segundo fonte ligada à empresa, os principais acionistas já consideram a venda do controle. A companhia derreteu na bolsa: no intervalo de um ano, seu valor de mercado despencou 82%, saindo de R$ 1,4 bilhão para aproximadamente R$ 250 milhões. A queda se acentuou nos últimos três meses, devido à contaminação pelo efeito Americanas. Por força das circunstâncias, o principal ativo da Sequoia, seu peso no setor de varejo, é também seu calcanhar de Aquiles. 

#Amazon #Correios #Fernando Haddad #JSL #Magazine Luiza #Renner

Energia

Eletrobras busca primazia societária nas grandes hidrelétricas do país

17/04/2023
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A Eletrobras quer fazer um arrastão no controle da Usina de Belo Monte. Segundo o RR apurou, a companhia vem mantendo conversações para a compra das participações da Neoenergia e do consórcio Amazônia Energia, leia-se a Cemig e a Light. Seria o suficiente para a ex-estatal ampliar sua participação de 49% para quase 70%, consolidando-se como acionista majoritária da hidrelétrica. E poderia ser mais. No ano passado, a Eletrobras chegou a entabular conversações com a Petros e a Funcef para a compra dos 20% do capital pertencente à dupla. O assunto morreu, o que não chega a causar nenhuma estranheza na atual circunstância. Ainda que indiretamente, a participação dos dois fundos de pensão é um tentáculo do governo federal no capital e na gestão da hidrelétrica de Belo Monte.  

Fica cada vez mais patente a disposição da Eletrobras de ter supremacia societária em algumas das maiores e mais estratégicas hidrelétricas do país. Assim foi na Usina de Santo Antônio. No mês passado, a companhia adquiriu as ações até então pertencentes à Cemig, à Andrade Gutierrez e à Novonor (antiga Odebrecht). Passou a ter 92% da Madeira Energia, a holding controladora de Santo Antônio. Sob certo aspecto, trata-se de um movimento geoeconômico relevante. A ex-estatal, que carregou, na privatização, alguns dos maiores parques hidrelétricos do país, se defende, por exemplo, da crescente presença dos chineses no segmento. Grandes companhias chinesas, como SPIC e Three Gorges, têm feito pesados investimentos em geração de energia no Brasil.  

#Cemig #Eletrobras #Madeira Energia #NeoEnergia #Novonor #Petros #Usina de Belo Monte

Institucional

TCU vai abrir a caixa preta do Fundo Amazônia

12/04/2023
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O RR apurou que o TCU deverá aprovar por unanimidade o pedido do Senado para uma auditoria no Fundo Amazônia. A tendência é que o martelo seja batido na sessão plenária de hoje à tarde, marcada para às 14h30. É uma pedra a mais no sapato de Jair Bolsonaro. Técnicos do Tribunal de Contas vão se debruçar, notadamente, sobre a gestão dos recursos em 2021 e 2022. Nesse período, o Fundo Amazônia acumulou um caixa superior a R$ 3 bilhões, resultado de aportes feitos antes do governo Bolsonaro – não custa lembrar que Noruega e Alemanha, os dois maiores financiadores, suspenderam os repasses ao longo da gestão do ex-presidente. Ressalte-se que, durante o mandato de Jair Bolsonaro, o Fundo praticamente não aprovou a liberação de financiamento para novos projetos. O que não quer dizer que o dinheiro ficou paradinho. O TCU pretende escarafunchar, sobretudo, a transferência de recursos para estados e municípios. Um exemplo: o Fundo financiou a compra de um avião, ao custo de R$ 12 milhões, usado para o combate a incêndios na Região Amazônica.

#Fundo Amazônia #TCU

Meio ambiente

Lula quer transformar Cúpula da Amazônia em uma “COP do B”

12/04/2023
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O governo brasileiro pretende transformar a Cúpula da Amazônia em uma espécie de mini COP, a Conferência do Clima das Nações Unidas. Além do presidente francês, Emmanuel Macron, Lula planejar convidar outros líderes estrangeiros para o evento, programado para a primeira quinzena de agosto, em Belém.  Segundo o RR apurou, entre os nomes mencionados no Palácio do Planalto estão os dos primeiros-ministros da Alemanha e da Noruega, respectivamente Olaf Scholz e Jonas Gahr Støre. Os dois países são os principais financiadores do Fundo Amazônia. O governo brasileiro quer convidar também John Kerry, assessor especial da Presidência dos Estados Unidos para o Clima. Há pouco mais de um mês, Kerry esteve reunido com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e reafirmou o interesse do governo Joe Biden de aportar recursos na Amazônia.  

Lula está encantado com a ideia de ser anfitrião do evento. Quer transformar a Cúpula da Amazônia em uma bandeira do compromisso do seu governo com a questão do meio ambiente e das mudanças climáticas. Por isso, a estratégia de ampliar o encontro para além dos países da Amazônia. A presença de autoridades estrangeiras dará uma amplitude maior à Cúpula. Mais uma vez, Lula pretende se valer do seu notório prestígio internacional, de forma a impulsionar a repercussão do seminário.  

#Amazônia #Conferência do Clima das Nações Unida #Emmanuel Macron #Lula #Palácio do Planalto

Segurança

PF monitora ameaça de novos ataques criminosos

12/04/2023
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Segundo o RR apurou, a área de Inteligência da Polícia Federal identificou o risco de novos ataques de facções criminosas, a exemplo da barbárie ocorrida no mês passado no Rio Grande do Norte. Os estados visados seriam Amazonas e Pernambuco. Ressalte-se que, na semana passada, a PF prendeu em Recife dois integrantes da organização Sindicato do Crime, suspeitos de terem atuado no planejamento dos atos criminosos em Natal e em outras cidades potiguares. De acordo com a mesma fonte, as investigações da PF indicam que um dos objetivos dos possíveis ataques em Pernambuco e na Amazônia seria a morte por encomenda de alguns policiais. O assunto já teria sido levado pelo próprio ministro Flavio Dino a secretários estaduais de segurança.  

  

#Flavio Dino #Polícia Federal #Rio Grande do Norte

Política

Ruralistas e indígenas têm um “conflito” marcado no Congresso

5/04/2023
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A bancada ruralista está plantando uma semente polêmica no Congresso. A Frente Parlamentar da Agricultura pretende apresentar um projeto de lei que obrigue a União a indenizar fazendeiros que tiverem suas terras invadidas por indígenas. A ideia não é exatamente inédita. Em 2013, houve discussões no Congresso em torno do assunto. De lá para cá, essa agenda se tornou ainda mais complexa, pelo aumento do número de conflitos entre proprietários de terras e etnias indígenas em várias regiões do país, notadamente no Norte e Centro-Oeste. Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de assassinatos por disputas fundiárias na Amazônia Legal cresceu 150% em 2022, na comparação com o ano anterior. 

O debate acontece num momento em que o Governo Lula prometeu que a Funai vai retomar os estudos antropológicos sobre terras em disputas no país, em paralelo às demarcações praticamente suspensas na gestão de Jair Bolsonaro. O Conselho Indigenista Missionário fez chegar ao Congresso pedido para que qualquer decisão seja tomada somente depois da realização de audiências públicas. Não se sabe se a Frente Parlamentar da Agricultura terá essa paciência.  

#Agricultura #CPT #Funai #Jair Bolsonaro #Lula

Destaque

Governo federal poderá ter duas “guardas nacionais”

29/03/2023
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Os ataques criminosos ao Rio Grande do Norte ricochetearam nos planos traçados por Flavio Dino. Segundo o RR apurou, secretários estaduais de segurança pública levaram ao ministro da Justiça a proposta de manutenção da Força Nacional de Segurança (FNS) mesmo com a eventual criação da Guarda Nacional, já anunciada pelo ministro. O projeto original de Dino previa a extinção da FNS para dar lugar à nova corporação, de caráter permanente. No entanto, os governos estaduais defendem a coexistência das duas corporações. Há um receio de que a Guarda Nacional deixe lacunas na segurança pública devido ao amplo espectro de atribuições previstas. Uma das ideias levadas pelos secretários ao ministro é que a nova força se concentre no combate a crimes federais, atuando em terras indígenas, nas fronteiras e em unidades de conservação ambiental – atividades já incluídas no projeto alinhavado pelo Ministério da Justiça. A FNS, por sua vez, seria mantida com a sua principal função: apoiar as polícias militar e civil na segurança pública nos estados. 

Nas conversas mantidas com os secretários de segurança, Flavio Dino até tem se mostrado disposto a acolher o pleito dos estados. No entanto, há um entrave: como encaixar duas forças nacionais de segurança no orçamento? Estima-se que a Guarda Nacional custará mais de R$ 100 milhões. A FNS, por sua vez, tem um orçamento previsto para 2023 de R$ 186 milhões. E o governo Lula já apertou o furo do cinto. A cifra é 23% inferior ao valor do orçamento no ano passado, R$ 244 milhões – ainda que apenas R$ 107 milhões tenham sido efetivamente executados.  

As ações criminosas no Rio Grande do Norte – 298 ataques registrados em 15 dias – têm alimentado um temor entre as autoridades da área de segurança: o de que facções criminosas estejam tramando algo similar em outros estados. De acordo com informações filtradas da Justiça, duas áreas em especial são mencionadas com maior preocupação nas conversas de Dino e sua equipe com secretários estaduais: Ceará e Amazonas. Ambos sofreram ataques semelhantes nos últimos anos.  

#Flavio Dino #Força Nacional de Segurança #Ministério da Justiça #Rio Grande do Norte

Destaque

Governo Lula planeja um “revogaço” na venda de agrotóxicos

27/03/2023
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O governo Lula prepara um “revogaço” de medidas da gestão de Jair Bolsonaro que flexibilizaram a venda de defensivos agrícolas no Brasil. Um dos principais alvos é o Decreto 10.833, assinado por Bolsonaro em outubro de 2021. Ele alterou a Lei 7.802, mais conhecida como “Lei dos Agrotóxicos”, abrindo brecha para a comercialização no país de uma série de produtos até então proibidos. Alguns deles, inclusive, estão banidos pela União Europeia – casos das substâncias tiametoxamtriflumurom e imidacloprido, entre outras. Além de vedar a distribuição desses produtos no país, o Palácio do Planalto quer também devolver ao Ministério da Saúde a prerrogativa de avaliar e autorizar ou não o uso de agrotóxicos empregados em campanhas de saúde pública, extinta pelo Decreto 10.833.  Um exemplo: o popular “mata-mosquito” utilizado no combate à dengue nada mais é do que um defensivo agrícola – dos grupos químicos organofosforados, carbamatos e piretróides, cuja exposição excessiva pode gerar danos crônicos à saúde humana.   

Jair Bolsonaro criou uma espécie de “liberou geral” na venda de defensivos agrícolas. Durante os quatro anos de mandato, o seu governo autorizou a venda de 2.182 produtos, uma média de 45 aprovações por mês. Trata-se de um recorde na série histórica da Coordenação-Geral de Agrotóxicos e Afins do Ministério da Agricultura, iniciada em 2003. Com as porteiras abertas, a gestão Bolsonaro notabilizou-se por outra marca: a liberação de 98 substâncias inéditas no Brasil. Até então, o recorde anterior pertencia ao segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso (58 autorizações). Lula pretende usar o “revogaço” dos agrotóxicos como mais uma mensagem à comunidade internacional do compromisso do seu governo com políticas ambientais mais rígidas. Segundo informações apuradas pelo RR, o presidente planeja anunciar as medidas durante a Cúpula da Amazônia – prevista para junho ou julho.  

Há outras ações engatilhadas. O governo pretende também barrar a tramitação no Congresso do projeto de lei nº 1.459/2022, que recebeu de ambientalistas a alcunha de “PL do Veneno”. A proposta afrouxa as regras para aplicação de agrotóxicos e reduz o poder da Anvisa e do Ibama no controle dessas substâncias.  O PL já foi aprovado na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado e está liberado para votação em plenário. A rigor, pode ser colocado em pauta a qualquer momento por Rodrigo Pacheco. Ou seja: ao contrário da mudança do Decreto 10.833, que poderá ser feita pela própria Presidência da República, barrar a “Lei do Veneno” depende de uma articulação com o Congresso. A missão não é simples. Há uma notória pressão da bancada ruralista e de empresários do agronegócio pela aprovação do PL. Será um ponto de fricção justo no momento em que o governo Lula tenta se aproximar do setor.

#Jair Bolsonaro #Lula #Ministério da Agricultura #Ministério da Saúde #Palácio do Planalto #PL

Meio ambiente

Governo negocia a entrada do Japão no Fundo Amazônia

14/03/2023
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O governo Lula está perto de marcar mais um tento na política externa. Segundo informações filtradas do Ministério do Meio Ambiente, o Brasil mantém conversações com o governo japonês para um aporte no Fundo Amazônia. De acordo com a mesma fonte, trata-se de uma semente que começou a ser cultivada em janeiro, quando da passagem da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, por Davos. Ressalte-se que os dois países mantêm um acordo para fomentar o mercado regulado de crédito de carbono. Até agora, a gestão Lula já garantiu a retomada dos aportes da Alemanha e da Noruega no Fundo Amazônia, além da negociação para a entrada dos Estados Unidos. Deve ser pouca grana, mas de enorme valor simbólico. 

#Fundo Amazônia

Saúde

Êxodo de garimpeiros aumenta risco de malária na Amazônia

14/03/2023
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Derivativo da tragédia humanitária dos Yanomami: a Secretaria de Saúde de Roraima já identificou casos de malária entre os garimpeiros retirados do território indígena. O temor das autoridades sanitárias é que haja uma onda da doença não só no estado, mas em outras áreas da Região Amazônica devida à intensa circulação dos extrativistas. Há uma grande dificuldade em monitorar os infectados. A malária costuma progredir rapidamente em áreas de garimpo, pelas condições insalubres dos acampamentos e da poluição ambiental. O governo de Roraima já se articula com o Ministério da Saúde para receber doses extras de medicamentos contra a doença.  

#Ministério da Saúde #Secretaria de Saúde de Roraima

Meio ambiente

Brasil reúne os “shareholders” da Amazônia

10/03/2023
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O Brasil vai liderar uma reunião entre todos os países com responsabilidade territorial na Floresta Amazônica, incluindo até mesmo a França – por conta da Guiana Francesa. As conversas têm sido conduzidas entre o próprio ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e diplomatas das demais nações, a começar pelo embaixador colombiano em Brasília, Guillermo Rivera Flores. O encontro, incialmente previsto para maio, servirá como uma prévia da inédita Cúpula da Amazônia, que deverá ocorrer em junho ou julho por proposição do presidente Lula. 

#Floresta Amazônica #Lula

Política externa

Brasil e Alemanha costuram acordo na energia renovável  

9/03/2023
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O Brasil negocia com o governo alemão uma parceria para investimentos conjuntos em energia renovável. Segundo o RR apurou, o tema será discutido durante a visita dos ministros da Economia e da Agricultura da Alemanha, respectivamente Robert Habeck e Cem Özdemir. Ambos desembarcarão em Brasília no próximo sábado para uma série de reuniões não apenas com autoridades brasileiras – entre as quais a ministra Marina Silva -, mas também com representantes do setor privado. Os alemães pretendem financiar projetos de geração renovável e de eficiência energética vinculados a metas de redução das emissões de carbono. Parte expressiva dos recursos deverá ser destinada a projetos de hidrogênio verde. 

Em grande parte, os investimentos devem ser creditados ao prestígio internacional de Lula. Se há uma área em que o presidente vem nadando de braçada é na política externa. O governo do primeiro-ministro alemão Olaf Scholz desponta como um dos grandes parceiros, notadamente na agenda verde. No início do ano, a Alemanha anunciou a liberação do equivalente a R$ 1,1 bilhão para o Brasil, recursos que serão destinados a ações de desenvolvimento sustentável, combate ao desmatamento e inclusão social. Desse total, R$ 192 milhões vão ser aportados no Fundo Amazônia.  

#Alemanha #Lula #Olaf Scholz

Empresa

Brasil vira prato principal para foodtech chilena

9/03/2023
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A foodtech chilena NotCo vai expandir seus negócios no Brasil, trazendo sua recém-criada divisão de B2B. Com os novos projetos, os investimentos no país devem subir dos R$ 150 milhões já aportados para algo próximo dos R$ 200 milhões. A startup produz alimentos à base de plantas. Seu sistema de inteligência artificial desenvolvido pela NotCo é capaz de mapear a estrutura molecular de alimentos de origem animal e montar receitas integralmente a partir de vegetais. A companhia chilena se notabiliza por investidores de alta caloria financeira, a exemplo da Princeville Capital, empresa de venture capital que tem entre seus acionistas Jeff Bezos, fundador da Amazon. Na sua mais recente capitalização, no fim do ano passado, a NotCo foi avaliada em US$ 1,5 bilhão.

#Amazon #Jeff Bezos #NotCo #Princeville Capital

Economia

Lula mobiliza todo o governo para ter um PIB superior ao de Bolsonaro 

3/03/2023
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Lula está obsessivo com a obtenção de um crescimento mínimo do PIB, em 2023, de 2,9%, ou seja, o índice alcançado por Jair Bolsonaro, em 2022, logo após dois anos de pandemia. A marca é difícil, mas factível, como se verá a seguir. O presidente sente o cheiro de Jair Bolsonaro pelos cantos do Palácio do Planalto. O capitão estaria guardando a munição dos seus acertos para retomar a “campanha eleitoral”, que, na verdade, nunca findou. O fato é que, com artificialismos ou não, Bolsonaro conseguiu bons números em quase todos os quesitos macroeconômicos mesmo com a pandemia, queda da atividade chinesa, explosão dos preços do petróleo e a guerra entre Rússia e Ucrânia, o que não é pouca coisa. Para sair do corner imposto pelo antecessor em relação ao crescimento da economia, Lula quer engajar o governo inteiro. Pediu à ministra do Planejamento, Simone Tebet, que faça uma espécie de planilha de todas as Pastas. O objetivo é que cada ministério saiba o impacto das suas atividades no PIB, de forma que os ministros tenham como ponderar seus gastos mirando prioritariamente o crescimento econômico. Entre uma despesa que tenha maior impacto na atividade produtiva ou não, que se realize a primeira.  

A meta de inflação será alterada, provavelmente na reunião do Conselho Monetário de junho. Há dúvida se ela será expandida para 4% ou 4,5%, ou se permanecerá nos 3%, que seriam diferidos para o fim do atual governo. Lula, então, teria quase quatro anos para alcançar o atual target por ora na corda bamba. Não haveria, portanto, meta de inflação anual. Seria o sinal para que o BC baixasse os juros. E Roberto Campos Neto jogasse a toalha – está tudo acertado para que André Lara Resende assuma a presidência do BC.  

Bem antes disso, entre março e abril, o novo arcabouço fiscal seria apresentado,  visando uma meta de redução da dívida/PIB para um patamar inferior aos 73% obtidos por Bolsonaro. Neste ano, o resultado da relação dívida/PIB já foi perdido, devendo caminhar para a faixa de 80%. A reforma tributária também seria posta na mesa, ainda que na sua fase preliminar. Mas Lula tem outras balas na agulha. Uma das mais aguardadas é o programa Desenrola, que está sendo estudado no Ministério da Fazenda de forma a conseguir o maior alcance possível. De preferência, zerando a inadimplência dos consumidores até dois salários-mínimos. A medida teria impacto relevante junto aos bancos, desobstruindo o canal de crédito e, principalmente, o comércio, segmento mais intensivo em mão de obra da economia. As últimas previsões para esse setor são de queda prolongada.  

O presidente acredita também que trará recursos em função da sua intensa ofensiva diplomática. No Planalto, há quem arrisque números ambiciosos de investimentos entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões. Difícil? Sim. Improvável? Não. Ao contrário de Bolsonaro, Lula vai brandir a bandeira de proteção da Amazônia pelos quatro cantos do mundo. Falta a Petrobras no pacote, que, junto com o BNDES, estará encarregada em sacudir a formação bruta de capital fixo, um setor que andou de lado no governo Bolsonaro.É para isso que a petrolífera guardará uma parcela maior dos dividendos, como já deixou escapar o presidente da estatal Jean Paul Prates. O que Lula deseja não é necessariamente o que acontecerá, principalmente porque o carnaval de resultados obtidos por Bolsonaro no seu último ano de governo foi às custas do comprometimento desse primeiro ano da gestão do petista. Pode não ter conseguido de todo. Mas, que atrapalhou um bocado, atrapalhou.

#Jair Bolsonaro #Lula #PIB

Justiça

PF avança sobre esquema criminoso nos combustíveis

3/03/2023
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A Polícia Federal prepara uma grande operação para combater a venda de combustíveis ilegais na Amazônia. De acordo com uma fonte da corporação, as diligências vão se concentrar no Pará e em Roraima. Investigações da área da Inteligência da PF indicam que a atuação de distribuidoras clandestinas no território dos Yanomami, alvo de uma operação conjunta da PF, Ibama e ANP há cerca de três semanas, é apenas a ponta do iceberg. Além de revendedoras sem certificação e da venda de combustível adulterado, facções criminosas têm atuado sobretudo na distribuição de querosene de aviação. A rigor, trata-se de uma verticalização dos negócios do crime na região, uma vez que essas organizações já operam pistas clandestinas e usam aviões para o transporte de drogas e armas, além do contrabando de minério.  

A Receita Federal deve entrar na operação de mãos dadas com a PF. Há indícios de que os combustíveis, em muitas ocasiões, podem ter sido pagos com ouro extraído ilegalmente não só de reservas indígenas, mas de outras áreas. As investigações indicam ainda a entrada de gasolina e diesel de forma irregular no Brasil, provenientes da Venezuela, Guiana, Bolívia e Peru. É um mercado, digamos assim, alheio a desonerações e reonerações dos combustíveis, que faz e impõe as suas regras e o seu próprio preço

#Polícia Federal #Yanomami

Venture capital

O próximo passo de Elon Musk no Brasil

27/02/2023
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Além do Twitter e da promessa de levar internet por satélite à Amazônia, Elon Musk ensaia uma nova investida no Brasil. A OpenAi estaria se preparando para entrar no país, aportando recursos em startups. Trata-se de um híbrido de laboratório de pesquisas inteligência artificial e fundo de venture capital, sem fins lucrativos, fundado por Musk e por outros grandes investidores norte-americanos, como Sam Altman, Peter Thiel e Reid Hoffman. O primeiro é investidor anjo de grandes startups globais, como o AirBNB. Thiel, entre outros negócios, foi um dos criadores do PayPal. Hoffmann, por sua vez, é um dos co-fundadores do Linkedin. A OpenAi tem feito crescentes aportes em empresas da América Latina. No ano passado, por exemplo, liderou uma capitalização de US$ 60 milhões na startup colombiana Treinta, que presta serviços de consultoria contábil e financeira. 

Meio ambiente

Canadá e Austrália são os próximos “sócios” do Fundo Amazônia

27/02/2023
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O RR apurou que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deverá anunciar em breve a entrada de novos financiadores no Fundo Amazônia. De acordo com a mesma fonte, há negociações para que Canadá e Austrália também façam aportes. Além da Alemanha e da Noruega, integrantes originais da iniciativa, nas últimas semanas Estados Unidos, França e Espanha já sinalizaram a intenção de contribuir com o Fundo da Amazônia. No Ministério do Meio Ambiente, a estimativa é que as novas doações internacionais passem do equivalente a R$ 1 bilhão – hoje, o Fundo tem aproximadamente R$ 5,4 bilhões em recursos disponíveis.

#Fundo da Amazônia #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Política

CGU tem uma flecha apontada para Bolsonaro e aliados

15/02/2023
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A tragédia Yanomami é apenas a ponta do iceberg. Segundo o RR apurou, o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius de Carvalho, articula com o TCU a realização de uma devassa mais ampla nos gastos do governo Bolsonaro com populações indígenas em todo o país. A intenção é ir além da auditoria instaurada às pressas pelo Tribunal de Contas da União em janeiro, concentrada basicamente nos recursos destinados às aldeias Yanomami. Políticas de saúde, envio de vacinas, construção de escolas, segurança, programas de apoio a atividades econômicas de subsistência, notadamente pesca e agricultura, etc. O governo Lula quer destrinchar todas essas cifras. Com a devassa, a CGU pretende produzir provas para criminalizar a gestão Bolsonaro pela situação de vulnerabilidade dos povos indígenas. A ideia é municiar o STF. O ministro do STF Luis Roberto Barroso já determinou abertura de investigação contra Bolsonaro e autoridades da sua gestão por possível crime de genocídio contra a comunidade Yanomami, processo este que pode ser estendido a outros territórios indígenas do país.   

O alvo principal é Jair Bolsonaro. Mas há flechas apontadas também para seus colaboradores diretos. De acordo com a mesma fonte, CGU e TCU pretendem fazer uma investigação transversal, destrinchando não apenas a execução orçamentária da Funai, mas também a destinação de verbas de outros órgãos com impacto direto sobre as condições sociais nos territórios indígenas. Entram nesse rol, por exemplo, os Ministérios da Saúde, da Família e do Desenvolvimento Social e a Funasa (Fundação Nacional da Saúde). Vai sobrar até para o ex-vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. Um dos focos da investigação será o Conselho Nacional da Amazônia Legal. Uma das atribuições do CNAL, comandado pelo general Mourão, era fiscalizar e combater ilícitos ambientais e fundiários em toda a Região, que concentra 424 Territórios Indígenas, ou o equivalente a 98% da extensão de todas essas áreas de proteção no país.  

 

#Jair Bolsonaro #Luis Roberto Barroso #STF #TCU

Destaque

Marina Silva prepara um plano nacional contra emissão de poluentes

8/02/2023
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, planeja criar uma espécie de plano nacional para a redução das emissões de poluentes no Brasil. Marina pretende envolver diretamente os governadores e secretários estaduais de Meio Ambiente nas discussões e na elaboração de um programa de ações integrado. O objetivo é discutir iniciativas específicas para cada região, com base nas características locais – principais atividades econômicas, níveis de emissões, microclima etc. De quebra, ao dividir a faina com os estados, Marina espera também comprometer os governadores com a execução das medidas e o cumprimento de metas.  

Dentro do Ministério, o plano é visto como fundamental para o Brasil atingir a ousada meta de reduzir suas emissões de carbono à metade até 2030. A ideia de Marina Silva e de sua equipe é avançar algumas jardas em relação à Política de Qualidade do Ar e o Programa Nacional de Controle do Ar, lançados pela Pasta do Meio Ambiente no ano passado. São boas ideias que ainda não tiveram o tempo necessário para maturar. Marina pretende ainda acelerar a realização de um inventário nacional de emissões atmosféricas, algo como um mapa da poluição no Brasil. De antemão, há algumas regiões que causam maior apreensão no Ministério. A Amazônia nem “conta”: com suas queimadas, é hors concours. Um dos estados que mais causa preocupação é o Maranhão. São Luís virou praticamente a capital do efeito estufa no Brasil: na média, joga por dia na atmosfera cerca de 800 microgramas de dióxido de carbono por metro cúbico – a medição é feita a cada 12 minutos por cinco estações. O padrão máximo tolerado é de 125 microgramas por metro cúbico na média diária. O Distrito Industrial da capital maranhense é um dos adversários da qualidade do ar na cidade, a começar pela térmica a carvão da Eneva, instalada no complexo. 

#Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Política

Procura-se um lugar para Izabella Teixeira no governo

24/01/2023
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O governo Lula ainda busca uma posição “executiva” para Izabella Teixeira, que, em certo momento, chegou a estar cotada para reassumir o próprio Ministério do Meio Ambiente. Uma das hipóteses aventadas é indicá-la como representante permanente do Brasil junto ao PNUMA, o Programa de Meio Ambiente da ONU, posto tradicionalmente ocupado por um diplomata de carreira. Ela acumularia a função com a cadeira no Conselho de Administração do BNDES. Anteriormente, assessores de Lula chegaram a cogitar a nomeação de Izabella para um cargo na estrutura de poder do Ministério do Meio Ambiente, como o comando do Ibama, ou para o Conselho do Amazônia. No entanto, o relacionamento entre a ex-ministra e Marina Silva é meramente protocolar. Ambas têm diferenças históricas que dificultariam a coabitação.

#Izabella Teixeira #Ministério do Meio Ambiente

Meio ambiente

As “mini” Cúpulas da Amazônia de Marina Silva

23/01/2023
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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, pretende fazer da própria organização da Cúpula da Amazônia uma efeméride. Além de autoridades dos nove países participantes – Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana, Guiana Francesa e Suriname –, cientistas, pesquisadores, indigenistas, representantes dos povos tradicionais da Amazônia e fundos de investimento socioambientais, entre outros, serão convidados a participar da formulação dos temas discutidos no evento. Marina quer organizar uma espécie de “miniconferências” como prévias para a Cúpula da Amazônia, prevista para este semestre.

#Marina Silva

Negócios

Fabio Faria quer juntar as pontas entre André Esteves e Elon Musk

20/01/2023
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O ex-ministro das Comunicações Fabio Faria, que está assumindo um cargo no BTG – como informou o colunista Lauro Jardim, de O Globo –, elegeu como uma de suas primeiras missões costurar uma parceria entre André Esteves e Elon Musk. O alvo seria o setor de telecomunicações, aproveitando sinergias entre a Space X, empresa de satélites de Musk, e a V.tal, companhia de redes de fibra óptica controlada por fundos do BTG. Faria estabeleceu alguma proximidade com o bilionário por conta das tratativas em torno do acordo entre a Space X e o governo Bolsonaro para levar internet por satélite à Amazônia. Por sinal, Esteves foi um dos empresários brasileiros que participaram do célebre encontro entre Musk e Bolsonaro, em maio do ano passado, quando o projeto foi anunciado. 

#BTG #Fabio Faria

Negócios

Venda de aviões militares da Embraer sobrevoa agenda diplomática com a Colômbia

9/01/2023
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Além da questão da Amazônia, a agenda diplomática do governo Lula com a Colômbia passa também pela área de Defesa. O Itamaraty trata como prioridade acelerar as negociações para a venda de um lote de aeronaves Super Tucano, da Embraer, para a Força Aérea colombiana. As tratativas em torno do fornecimento do modelo militar EMB-314 se arrastam há quase dois anos. Do ponto de vista geoeconômico, o contrato é fundamental não apenas para a Embraer, mas para a indústria brasileira de Defesa. A empresa de São José dos Campos tem uma posição importante no mercado colombiano de aviões militares. A Força Aérea do país vizinho conta com 14 aviões EMB-312 Tucano e 24 aviões de ataque leve A-29 Super Tucano, estes últimos entregues em 2008. No entanto, nos últimos anos, a Embraer perdeu espaço para a norte-americana Beechcraft Corporation, contemplada na última grande aquisição feita pela Aeronáutica colombiana – oito aeronaves de treinamento avançado T-6C Texan II. 

#Embraer #Força Aérea

Política

Há vagas de sobra na Pasta da Ciência e Tecnologia

5/01/2023
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O quebra-cabeças do Ministério da Ciência e Tecnologia ainda está longe de ser concluído. A ministra Luciana Santos tem encontrado dificuldades para preencher as cadeiras da própria Pasta e de entidades vinculados a sua estrutura. Há mais de 30 cargos de confiança ainda vagos, notadamente nas 16 unidades de pesquisa do Ministério, entre os quais o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Em tempo: a posse de Luciana Santos, na última segunda-feira, foi marcada por um forte clima de constrangimento. Dirigentes de 11 institutos e unidades de pesquisa ligados à Pasta souberam praticamente durante a cerimônia que estavam demitidos. Ou seja: participaram do evento já desinvestidos dos respectivos cargos. Suas exonerações haviam sido publicadas no Diário Oficial da União do mesmo dia, em meio a 1.204 nomes afastados de cargos DAS 5 e DAS 6 na administração federal.

#Inpa #INPE #Ministério da Ciência e Tecnologia

Meio ambiente

Noruega também retoma contribuições para o Fundo Amazônia

3/01/2023
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Informação que circula na equipe do novo chanceler Mauro Vieira: a Noruega também deve anunciar nos próximos dias a liberação de recursos para o Fundo Amazônia. Vai se juntar à Alemanha, que, ontem, autorizou o repasse do equivalente a R$ 200 milhões. O governo Lula trabalha com a expectativa de obter, até o fim deste mês, cerca de R$ 3 bilhões junto aos governos dos dois países.

#Fundo Amazônia

Infraestrutura

Obra do DNIT no Amazonas entra no radar do TCU

29/12/2022
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O TCU apura denúncias em relação ao acesso improvisado feito pela DNIT para a travessia sobre o rio Autaz Mirim, na BR-319, no Amazonas. Há relatos de que a construção está ameaçada de ruir. Entre outros problemas, as manilhas utilizadas pelo DNIT para o escoamento da água fluvial são muito pequenas e podem romper sob a estrutura. Ressalte-se que a ponte fixa, de concreto, desabou no início de outubro por falta de manutenção. A região é recheada de problemas de infraestrutura. O MPF já move uma ação contra o governo federal em razão da instalação de uma usina de asfalto na mesma BR-319. Segundo os procuradores, a unidade extrapola todos os limites na emissão de poluentes. A Justiça já concedeu uma liminar, suspendendo suas operações. 

#Dnit #MPF

Internacional

Peru ganha peso no tabuleiro diplomático de Lula

26/12/2022
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O futuro chanceler Mauro Vieira prepara uma viagem de Lula ao Peru, possivelmente em fevereiro. A Amazônia será um tema central no encontro com a nova presidente peruana, Dina Boluarte. A agenda ganhou relevância com a recente crise política no país vizinho e a queda do presidente Pedro Castillo, mais alinhado ao petista. O próprio Vieira teve um papel importante na estratégia de aproximação de Lula com Dina Boluarte. O presidente eleito foi um dos primeiros líderes latino-americanos a se manifestar e reconhecer o governo de Dina Boluarte, na contramão de países como Argentina, Colômbia e México, que inicialmente condenaram a deposição de Castillo pelo Congresso.

#Lula #Peru

Destaque

Petrobras congela um de seus principais projetos de exploração e produção

21/12/2022
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A Petrobras pisou no freio em relação a um de seus investimentos mais importantes – e problemáticos. A estatal postergou o projeto de exploração e produção na Bacia da Foz do Rio Amazonas, na costa do Amapá. Segundo o RR apurou, a estatal adiou para janeiro o simulado de vazamento na área, que estava programado ainda para este mês. A determinação já foi comunicada à área técnica por meio de relatório interno, o Sitop (Situação Operacional das Unidades). Na prática, a decisão provocará um efeito-cascata, empurrando para a frente todo o cronograma original. A questão vai além de um “simples” ajuste de timing. Nos gabinetes da Petrobras, a leitura é que a atual diretoria lavou as mãos e jogou um problema no colo da futura gestão da petroleira. Dentro da companhia, não há mais qualquer previsão em relação aos prazos de execução do projeto da Bacia da Foz do Rio Amazonas. Consultada pelo RR, a estatal adotou um tom protocolar: “A Petrobras está envidando todos os esforços e mobilizando os recursos necessários para a realização da Avaliação Pré-Operacional (APO)”. E o cronograma? “A data para a realização da APO será definida em breve, junto ao Ibama”, diz a companhia, de forma evasiva.

O simulado de vazamento – um grande teste para a contenção de danos ambientais em caso de acidente – é condição sine qua nom para a companhia obter o licenciamento pelo Ibama. Ocorre que esse é justamente o ponto mais nevrálgico e polêmico do projeto da Bacia da Foz do Amazonas, desde muito antes da Petrobras assumir a gestão da área. A Total Energies – antiga acionista majoritária e operadora dos blocos FZA-M-57, FZA-M-86, FZA-M-88, FZA-M-125 e FZA-M-127– tentou por quatro vezes receber a licença do Ibama. Em todas as ocasiões, o estudo de impacto ambiental apresentado pelos franceses foi rejeitado pelo órgão. Esta acabou sendo a razão determinante para a Total vender sua participação no negócio para a Petrobras. Desde então, a estatal tem mantido desgastantes tratativas com o Ibama. O próprio diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, está na linha de frente das negociações com o instituto ambiental – conforme o RR informou -, o que dá uma ideia da dimensão do problema para a Petrobras. A Margem Equatorial, ressalte-se, é uma das grandes apostas da companhia em E&P, tratada como a nova fronteira do pré-sal no Brasil. O plano de negócios da empresa 2023-2027 prevê investimentos de US$ 2,94 bilhões na região. 

#Petrobras

Política

O nome de Marina para o Conselho da Amazônia

16/12/2022
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O ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Ricardo Galvão, que integra a equipe de transição, ganhou força nos últimos dias para assumir o Conselho da Amazônia. Sua indicação tem a simpatia de Marina Silva, mais forte candidata a assumir o Ministério do Meio Ambiente. Galvão foi demitido do comando do Inpe pelo presidente Jair Bolsonaro por divulgar dados do desmatamento da Amazônia.  

#Conselho da Amazônia #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Justiça

STJ discute criação de mais dois tribunais regionais

12/12/2022
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Depois do TRF-6, em Minas Gerais, implantado no ano passado, o Judiciário pode dar novas “crias”. Segundo um dos ministros do STJ, há avançadas conversas dentro da Corte para a criação do TRF-7, que ficaria sediado em Curitiba. Além do Paraná, a jurisdição do novo Tribunal Regional Federal englobaria também Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. Atualmente, os dois primeiros estão debaixo do guarda-chuva do TRF-4; já Mato Grosso do Sul compõe o TRF-3, ao lado de São Paulo. Em outro front, existem discussões também, nesse caso ainda incipientes, em torno da possível cisão do TRF-1, de Brasília. Pará, Amazonas e Maranhão passariam a formar um Tribunal Regional próprio.

#STJ #TRF-6

Negócios

Sucesso no Mundial coloca Twitch na disputa por direitos de transmissão

9/12/2022
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O Twitch, plataforma de streaming controlada pela Amazon, estuda entrar na disputa pela compra de direitos de transmissão de campeonatos de futebol no Brasil. O projeto é estimulado pelo sucesso da maior estrela da empresa no Brasil, o influencer Casimiro, mais conhecido como Cazé. Com direito a exibir um jogo da Copa do Mundo por rodada, o canal de Cazé no Twitch tem alcançado mais de 300 mil espectadores simultâneos. O streamer ostenta o recorde da plataforma no país: no começo deste ano, atingiu quase 540 mil visualizações simultâneas na transmissão da pré-estreia do documentário “Neymar – O Caos Perfeito”. O Twitch já vislumbra a possibilidade de usar o canhão Casimiro em transmissões do Campeonato Brasileiro. No ano que vem os clubes devem dar a partida nas negociações para a venda dos direitos da competição a partir de 2025.

#Amazon #futebol #Twitch

Negócios

Venda da Paranapanema é o próximo capítulo de uma saga de fracassos

7/12/2022
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Os principais acionistas da Paranapanema estudam caminhos para a venda da companhia, que acaba de entrar com um pedido de recuperação judicial. O RR apurou que uma das hipóteses sobre a mesa é a transferência para uma empresa do segmento de não ferrosos. A Paranapanema seria oferecida a preços muito apetecíveis. A título de exemplo: o estatuto social prevê que “a alienação, direta ou indireta, de controle da companhia, tanto por meio de uma única operação, como por meio de operações sucessivas, deverá ser contratada sob a condição de que o adquirente do controle se obrigue a realizar oferta pública de aquisição de ações tendo por objeto as ações de emissão da companhia”. Ou seja: um novo investidor teria de lançar uma OPA para comprar o que ainda restasse de ações em bolsa – a empresa é uma public company, com 100% de free float.

 

Uma pechincha. Com base na cotação de ontem, o valor de mercado da Paranapanema é de apenas R$ 200 milhões. O papel é negociado ao preço mais baixo dos últimos cinco anos. Apenas nos últimos dois dias, após o anúncio do pedido de recuperação judicial, a ação caiu 23%. Procurada pelo RR, a Paranapanema informou que “não comenta especulações de mercado”. 

 

Qualquer que seja o formato da operação, a transferência do controle da Paranapanema depende de uma costura complexa. O maior desafio é cerzir esse M&A a partir da intrincada teia societária da companhia. Trata-se de um balaio que mistura, entre outros, um banco estatal, a Caixa Econômica, investidores ativistas – Silvio Tini de Araújo e Luiz Barsi Filho -, um grupo da área de mineração, a Buritirama, e uma das maiores tradings do mundo, a Glencore. No entanto, entre os próprios acionistas, há um entendimento de que a recuperação judicial é apenas um paliativo. A Paranapanema precisa de um novo dono e de uma nova gestão. Precisa, sobretudo, de uma forte injeção de capital, algo que os atuais sócios não estariam dispostos a fazer.   

 

Está para surgir no Brasil uma corporação com tamanha coleção de ziguezagues e de fracassos quanto a Paranapanema, ao menos nas últimas duas décadas.  A exceção à regra são os primeiros anos, quando a companhia ainda estava nas mãos de seus fundadores, Octávio Lacombe, José Carlos de Araújo e Aloysio Ramalho Foz. Originalmente, a empresa era voltada à construção civil. A inflexão para a mineração veio na segunda metade dos anos 1960, notadamente a partir de 1969 com descoberta de minério de estanho na Amazônia. No início da década de 1970, a holding criou a Taboca, voltada à extração de cassiterita, e a Mamoré, dedicada à metalurgia do estanho e suas ligas. Em 1974, veio a primeira grande reviravolta, com a compra do grupo pelo BNDES. A promessa de construção de um grande grupo privado da área de mineração dava lugar a um projeto de Estado. Ou, como se veria nos anos seguintes, um projeto às custas do Estado.   

 

Em 1995, na gestão de Fernando Henrique Cardoso, ocorreu a segunda grande rearrumação da Paranapanema sob a regência do governo federal e com recursos públicos, ainda que indiretamente. A “operação salvação” foi conduzida por um consórcio de fundos de pensão, à frente Previ, Petros e Funcef. Contando apenas o intervalo entre 1995 e 1997, as fundações e o próprio BNDES injetaram algo em torno de US$ 600 milhões para garantir a sobrevivência da empresa. À época, essa intervenção hospitalar do governo FHC foi acompanhada ainda da incorporação da Caraíba Metais e da Eluma, ambas do segmento do cobre, e da Paraibuna, que operava no mercado de zinco, pela Paranapanema. Àquela altura, a companhia já havia consolidado a fama de “mico” tamanho King Kong, um poço de dívidas e prejuízos.  

 

Mais recentemente, um a um os fundos de pensão foram abandonando o barco – a Previ, dona da maior participação, deixou o negócio em 2019. Nos últimos anos, os gestores da Paranapanema foram adiando o inadiável, até que, na semana passada, a empresa entrou com o pedido de recuperação judicial. A companhia busca a proteção da justiça para negociar um passivo da ordem de R$ 450 milhões – no início do ano, já havia fechado um acordo com dez credores financeiros para o alongamento de uma dívida de R$ 2,6 bilhões. Contabilizando-se apenas os últimos cinco anos, a empresa teve um prejuízo acumulado de R$ 2,1 bilhões. A Paranapanema de hoje é igual à Paranapanema de quase sempre.  

#Paranapanema

Negócios

Petrobras reflete sobre venda de ativos em fertilizantes

7/12/2022
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O Conselho de Administração e a direção da Petrobras avaliam, com prudência, os próximos passos do plano de desmobilização de ativos da estatal no apagar das luzes da gestão Bolsonaro. Um caso mais premente é a venda de 34 títulos minerários de potássio localizados na Bacia do Amazonas. O pacote engloba oito concessões de lavra, quatro requerimentos e 22 autorizações de pesquisa, todos outorgados pela Agência Nacional de Mineração. A rigor, a operação está em fase avançada: a estatal já recebeu ofertas vinculantes. No entanto, a gestão da Petrobras ainda discute se bate o martelo neste ano ou empurra a questão para 2023, ou seja, para a próxima diretoria. Com a iminente chegada de Lula ao Poder, o receio é que a venda venha a ser suspensa pelo futuro governo. Assessores do presidente eleito chegaram a solicitar ao Ministério de Minas e Energia que o processo de desmobilização de ativos da Petrobras fosse interrompido. Mais do que isso: na campanha, o próprio Lula insinuou a possibilidade de reverter desinvestimentos já feitos pela Petrobras. 

#Petrobras

Meio ambiente

Garimpo ilegal de ouro dispara na Amazônia

7/12/2022
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Um estudo produzido por ONGs e encaminhado a Marina Silva, nome mais cotado para o Ministério do Meio Ambiente, aponta que a produção ilegal de ouro na Amazônia vai fechar o ano com crescimento superior a 35%. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, em 2021 o garimpo clandestino na região subiu “apenas” 25%. A estimativa é que aproximadamente 43 toneladas do metal foram extraídas do bioma amazônico de forma ilegal. Esse volume equivale à quase metade da produção oficial de ouro no Brasil. 

#Amazônia #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Negócios

A guilhotina está armada na Amazon Brasil

1/12/2022
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Os funcionários da Amazon no Brasil terão uma virada de ano de forte apreensão. Da matriz, nos Estados Unidos, chegam informações de que a operação brasileira será duramente atingida pelo plano da companhia de desligar mais dez mil funcionários em todo o mundo. A empresa de Jeff Bezos tem aproximadamente 8,4 mil colaboradores no Brasil. Consultada, ainda que não explicitamente, a empresa sinaliza os cortes no país. Em conversa com o RR, a porta-voz da Amazon, Kelly Nantel, disse que “Como parte do nosso processo anual de revisão de planejamento operacional, sempre olhamos para cada um de nossos negócios e para o que acreditamos que devemos aperfeiçoar. À medida que passamos por isso, dado o ambiente macroeconômico atual, e os últimos anos de contratações de forma acelerada, algumas equipes estão fazendo ajustes, o que, em alguns casos, significa que certas funções deixam de ser necessárias.” Kelly faz questão de enfatizar ainda que “Não tomamos essas decisões de forma leviana e estamos trabalhando para apoiar todos e todas que possam ser afetados.”

#Amazon

Política

Governo Bolsonaro preenche cargos como se não houvesse 2023

29/11/2022
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A corrida do governo Bolsonaro para ocupar cargos públicos na reta final do mandato produziu mais um rumoroso episódio, desta vez no Ministério de Ciência e Tecnologia (MCTI). A indicação do tecnólogo Antonio Carlos Lobo Soares para a direção do Museu Paraense Emilio Goeldi, mais antiga instituição científica da Amazônia, está causando um disse-me-disse dentro da Pasta. No Ministério, corre a informação de que a nomeação de Lobo Soares teria se dado por interveniência do ministro Paulo Alvim, atropelando, assim, ritos internos para a seleção do novo diretor. Há relatos ainda de que o Comitê de Busca montado pelo Ministério para conduzir o processo teria sofrido pressões para acelerar os trâmites e bater o martelo antes do segundo turno das eleições. Em contato com o RR, o Ministério da Ciência e Tecnologia garantiu que os critérios do “Comitê de Busca foram definidos por membros do Comitê sem qualquer interferência do MCTI”. Está feito o devido registro. 

O fato é que o episódio não só tem provocado burburinhos no Ministério da Ciência e Tecnologia como acendeu um sinal de alerta no corpo técnico da Pasta. Ao apagar das luzes do governo Bolsonaro, há o receio de que a sanha aparelhista se estenda a outros órgãos. Neste momento, há cadeiras vagas na diretoria de outras duas unidades vinculadas à Pasta – o Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas e o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia.  

#Jair Bolsonaro #Ministério de Ciência e Tecnologia

Destaque

Marina propõe fundo multilateral para a Amazônia

28/11/2022
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Marina Silva, principal candidata ao Ministério do Meio Ambiente, levou à equipe de transição a ideia de criação de um fundo multilateral para a proteção da Floresta Amazônica. A iniciativa envolveria os seis países que formam a chamada Amazônia Legal, ou seja, Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela. Além de ações de combate ao desmatamento, o fundo seria voltado a financiar projetos sustentáveis na região, do manejo de florestas a investimentos ecossociais, como o apoio a agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais do bioma. Ou seja: o foco não seria apenas o da preservação ambiental, mas também o de estimular a economicidade dos recursos amazônicos, contemplando as sinergias de cada país e mesmo investimentos conjuntos.  

Nesse sentido, portanto, a proposta formulada por Marina Silva vai além da ideia apresentada recentemente pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que sugeriu a criação de um bloco dos países amazônicos especificamente para combater as queimadas. O fundo seria ainda aberto a doações de outros países de fora da região, em um modelo similar ao Fundo Amazônia – este restrito a ações no território brasileiro. Na esteira da forte repercussão causada pela participação de Lula na COP27, a ideia é que o petista se encontre com presidentes dos demais países da Amazônia Legal antes mesmo da posse para discutir a proposta.   

#Amazônia legal #COP27 #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Política

“Inimigo” de Bolsonaro está cotado para a Inteligência da PF

17/11/2022
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Nos últimos dias, o nome do delegado Alexandre Saraiva tem sido citado entre assessores de Lula como forte candidato a uma das diretorias da Polícia Federal. As maiores probabilidades recaem sobre a Diretoria de Inteligência Policial, área estratégica da PF. Seria uma nomeação com forte carga simbólica para a futura gestão Lula. Ex-superintendente da corporação no Amazonas, Saraiva foi afastado do cargo pelo governo Bolsonaro após apresentar uma queixa-crime contra o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, acusado de obstruir investigações sobre extração ilegal de madeira na Amazônia. Desde então, passou a ser inimigo do Palácio do Planalto. Na última segunda-feira, foi formalmente afastado das suas funções pelo atual comando da PF. Um dia da caça, outro do caçador: a partir de 2 de janeiro do ano que vem, os papéis de “perseguido” e de “perseguidor” podem se inverter. 

#Lula #Polícia Federal #Ricardo Salles

Destaque

Lula embaralha as cartas do seu Ministério

7/11/2022
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Lula pode “quebrar” as casas de apostas. Nos cenários traçados para a montagem do seu futuro gabinete surge a possibilidade de um Ministério de ponta cabeça, uma análise combinatória diferente do que vem sendo especulado até o momento. Em todas as listas de candidato à Fazenda, Henrique Meirelles assumiria o Ministério das Relações Exteriores. Caberia a ele comandar as grandes negociações no exterior, voltadas à captação de recursos internacionais. O ex-ministro e ex-presidente do Banco Central cuidaria também da pauta ambiental, cada vez mais geminada com a agenda econômica. Meirelles teria a missão de destravar, por exemplo, os investimentos de fundos soberanos para grandes projetos vinculados à Amazônia – dinheiro esse que sumiu do mapa devido à, literalmente, devastadora gestão de Bolsonaro no meio ambiente. Os governos da Alemanha e da Noruega já anunciaram a intenção de retomar os aportes no Fundo Amazônia. Ou seja: sob certo ângulo, Meirelles teria um pé na economia, ainda que da fronteira para fora do Brasil. Não custa lembrar que não seria a primeira vez que um banqueiro ocuparia o cargo. O “Barão” do Banco Itaú, Olavo Setúbal, também exerceu a função de ministro das Relações Exteriores, durante o governo Sarney. 

A ida de Henrique Meirelles para o Itamaraty traz a reboque uma espécie de efeito dominó para a montagem novo Ministério, impactando diretamente em outras escolhas. Segundo um graduado assessor de Lula, nesse cenário crescem as probabilidades de Fernando Haddad assumir o Ministério da Fazenda. Sua nomeação atenderia o perfil idealizado por Lula, desde sempre, para o cargo: ter um político à frente da Pasta. Além disso, registre-se que Haddad não é um neófito no tema: o ex-ministro é mestre em Economia pela USP.  

Por sua vez, com a indicação de Meirelles para as Relações Exteriores, Celso Amorim iria para o Palácio do Planalto. De acordo com a fonte do RR, seu nome é especulado dentro do próprio PT para ser um secretário especial de Lula ou até mesmo assumir a Casa Civil. Ainda que a maior expertise de Amorim não seja exatamente a articulação política, o presidente eleito tem profunda confiança em seu ex-chanceler. Mas ressalte-se que são apenas especulações colhidas em meio às feéricas discussões ocorridas no seio do PT.

#Henrique Meirelles #Lula #Ministério da Fazenda #Ministério das Relações Exteriores #PT

Política

Na contramão de Ricardo Salles

26/10/2022
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Flavio Dino, coordenador do consórcio de governadores da Amazônia, vai sair em road show. Pretende levar aos embaixadores da Noruega, Nils Martin Gunneng, e da Alemanha, Heiko Thoms, a proposta de criação de um fundo para a região, com recursos internacionais. Os dois países europeus figuram, historicamente, entre os maiores doadores do Fundo Amazônia, congelado há quase dois anos.

#Flavio Dino


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Bolsonaro e Lula miram na redução do câmbio

17/10/2022
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Um refresco cambial é o que os arautos da área econômica de ambos os candidatos à Presidência pretendem usufruir no início do seu governo. Todos preconizam uma inflexão no valor da moeda. Um dólar cotado na faixa de R$ 4,00 seria a meta. Mas ninguém pensa em mexer no tripé macroeconômico. Nem apreciar o real artificialmente, vendendo um pouquinho das reservas cambiais, usando de operações de swap, ou coisas assim. Não é disso que se trata. O governante que vier vai vender Brasil. Na equipe econômica de Lula há o entendimento de que o anúncio de medidas ambientais fortes – inclusive, com projetos de investimentos “limpos” na Amazônia – e um pacote vultoso de empreendimentos voltados à área de energia renovável, tendo a Petrobras e o BNDES como parceiros, trarão um caminhão de dinheiro.

Ainda mais se o petista for o garoto propaganda das medidas no exterior. Lula vende bem. A lógica virtuosa é a mesma de sempre: dólar entrando, real valorizando e inflação caindo. Bolsonaro já iniciou o mesmo movimento. Paulo Guedes aproveitou a reunião do FMI, em Nova York, para vender o Brasil. Apresentou, em diversos encontros com os bancos, a “espetacular” agenda de resultados macroeconômicos do governo: PIB subindo, desemprego e inflação caindo, superavit primário e dívida bruta sob controle.

Se o câmbio cair, melhoram todas as variáveis. Guedes quer que o governo faça marketing no exterior, que trate com ufanismo nossos triunfos: energia renovável e commodities agrícolas, principalmente – o ministro já pisou e repisou que o Brasil é o garantidor da segurança alimentar do mundo. Mas o tiro de maior calibre que Paulo Guedes pretende dar é a privatização da Petrobras. A equipe econômica considera que a operação amassaria o câmbio. O combo inclui também um número de concessões superior ao do “primeiro” governo Bolsonaro. Guedes sempre repete que tem muito dinheiro voando no mundo e que o Brasil, além de ter feito seu MBA em concessões na gestão do coronel Tarcísio Freitas no Ministério da Infraestrutura, reúne os ativos naturais que todos querem. Boas intenções, ideias animadoras, mas de complexa execução. Um real comportadamente apreciado todo mundo quer. A ver quem saca do coldre a tão difícil previsibilidade.

#BNDES #Lula #Ministério da Infraestrutura #Paulo Guedes #Petrobras #PIB


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Na tela da Amazon

4/10/2022
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A Libra, proxy de uma liga nacional de futebol costurada pelos grandes clubes do Brasil, mantém tratativas com a Amazon para a venda dos direitos de transmissão.

#Amazon #Libra


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Faroeste amazônico

3/10/2022
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Os custos com o seguro de embarcações que atuam na Bacia Amazônica dispararam. A alta no ano chega a quase 40%. Além dos ataques de bandidos saqueadores de carga, o aumento se deve ao grande número de acidentes na região. Os casos de colisão cresceram por conta da circulação de barcos clandestinos a serviço de garimpos ilegais e do crime organizado, para o transporte de drogas e de armamentos. Esses barcos trafegam em alta velocidade, mesmo em períodos de vazantes dos rios, quando os riscos de acidente são maiores. As empresas de navegação pressionam a PF a aumentar o efetivo na região.

O RR apurou que a Polícia Federal está preparando uma grande operação de combate ao contrabando de querosene e gasolina de aviação na Amazônia. A questão tem alcançado dimensões cada vez mais graves devido ao imbricamento com o crime organizado. Investigações mostram que facções, notadamente o PCC (Primeiro Comando da Capital), têm atuado no fornecimento de combustível clandestino a garimpos ilegais na região. É um mercado razoavelmente rentável, em razão do boom de extrativismo mineral ilegal na Amazônia. A maioria dos minérios extraídos na região é transportada para outras regiões do país, e até para o exterior, em aviões que precisam se abastecer de forma clandestina. São, em sua maioria, aeronaves de pequeno porte, para fugir dos radares do Ministério da Defesa.

#Amazônia #PCC #Polícia Federal


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Os dados já estão rolando para o Ministério de Lula

19/09/2022
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Ainda que seja eminentemente especulativo, devido à decisão do próprio Lula de omitir os nomes dos candidatos, o futuro Ministério de um eventual governo do PT já tem uma costura inicial. O ex-presidente é useiro e vezeiro em afirmar que ministro se anuncia depois que se ganha a disputa. Não é um consenso nem entre seus assessores mais próximos. Trata-se de uma das informações mais relevantes desse período eleitoral. Ela é determinante para sancionar a maior ou menor credibilidade de Lula, pelo menos junto a um espectro com grande poder decisório na iniciativa privada. Mas o candidato petista não larga o osso. O coletivo mais quente dos mais votados vai de um “museu de velhas novidades” até um balaio de “surpresas surpreendentes” – o RR de 30 de agosto antecipou alguns poucos nomes. O mais recente rumor é uma “velha e oportuníssima novidade”:  o upgrade de Marina Silva após seu apoio à candidatura Lula. Desde que Marina deixou o ministro do Meio Ambiente, no primeiro governo do PT, os dois políticos se tornaram bicudos. O bordado para o desposório da ex-ministra e Lula antecedeu em algumas semanas o apoio de Marina ao candidato. Marina retornaria, segundo apurou o RR, como ‘’ministra ESG”, com força total, incluindo na sua pasta as mulheres, negros, índios e demais grupos sociais minoritários, além é claro do meio ambiente.

A ex-seringueira teria uma secretaria especial a parte para tratar dos aspectos e demonstrativos referentes à governança, dirigida por um especialista renomado em práticas e contabilidade das políticas de integridade, conformidade e compliance – fala-se em um técnico do Banco Mundial.  Mas uma das funções mais nobres de Marina seria dar firmeza à demonstração do governo do PT em combater o desmatamento da Amazônia. O acrônimo ESG colado em Marina teria como um dos objetivos melhorar a imagem do Brasil no mundo. Queira-se ou não, ela é uma representação do país bastante positiva no exterior, notadamente na Europa, continente que se tornou o principal crítico do descaso ambiental e social do Brasil.

Marina Silva faz parte do time estelar do “ministério Lula”, mas não seria o astro de primeira grandeza. O n° 1 do primeiro time, como não poderia deixar de ser, será o ministro da Economia. A julgar pelo que apurou o RR, este está em fase de escolha entre o virtual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o candidato do PT para assumir o governo do Estado de São Paulo, Fernando Haddad. Como se sabe, Haddad está para o governo de São Paulo como Lula está para a Presidência, ou seja, bem à frente nas pesquisas, o que reduz suas possibilidades de assumir o Ministério mais nobre do país. Lula quer ter os dois maiores PIBs do país, o do Brasil e o de São Paulo, sob seu comando. Mais provável é que o candidato a ministro da Economia para valer seja mesmo o “Geraldo”.

Lula tem gratidão pelo “picolé de chuchu” ter aceitado o convite para compor sua chapa à Presidência e ser sua âncora junto ao centro e ao centro-direita. Há pistas já lançadas de que o “Geraldo” será recompensado. Lula já disse que não convidará nenhum dos quadros dos seus antigos governos e que a preferência para o Ministério da Economia recai sobre um quadro que não precisa ser um economista, mas sim que tenha habilidade política. “O que não quer dizer que não seja economista e político”, ressaltou o ex-presidente. Mas, a maior demonstração de que Alckmin tem tudo para ser o “cara” foi uma nada sutil declaração “daquelas bem Lula”. Em evento realizando em uma entidade patronal, um dos empresários presentes perguntou de chofre se o candidato do PT escreveria uma outra carta ao povo brasileiro. Lula respondeu igualmente de pronto, apontando para Alckmin: “Minha carta ao povo brasileiro está ali”.

Os assessores palacianos são uma grande incógnita mesmo no espaço amplo das especulações. Durante algum tempo, o senador Jaques Wagner foi cotado para a chefia do Gabinete Civil, mas a decisão de Lula de não repetir seus ex-colaboradores no atual governo meio que o tira de uma virtual competição. Segundo fontes bem próximas a Wagner, ele não gostaria de ter um papel de grande protagonismo no futuro governo. Junta pouca fome com a indisposição em comer. Nesta semana, o nome que ascendeu para os cargos de Gabinete Civil ou Secretaria Geral da Presidência foi o de Gleisi Hoffmann. Lula tem apreço pela presidente do PT, que lhe foi fiel em todos os minutos. Além do mais, o pequeno grande critério de não pertencer a seus governos passados não a atinge: Gleisi foi ministra do governo Dilma, não da gestão Lula. E um dado comportamental que o ex-presidente adora: Gleisi quer trabalhar o tempo inteiro, o que, portanto, lhe tira uma enorme bagagem das costas.

Há ainda uma possibilidade de um outro pé de boi, o economista Aloísio Mercadante, assumir um cargo no Planalto: o de secretário particular da Presidência. Trata-se de uma escolha pessoal, da qual Lula pode se proteger afirmando que a função não é a de ministro, nem que ele tenha comparecido em governo anterior, mas, sim, de um assessor pessoal. Quem sabe? Coisas de Lula.

Com Alckmin, conforme tudo indica que ocorrerá, ou mesmo Fernando Haddad, o ministério Frankenstein da Economia de Paulo Guedes, será desmembrado. O Ministério da Indústria e Comércio voltará à cena. O nome mais forte para a missão é o do atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho do vice-presidente de Lula, José Alencar. Essa é uma pule de dez. O pacote de Josué traz gratidão, lealdade, reconhecimento da competência e indiscutível representação de classe. Chegou-se a cogitar, inclusive, seu nome para o ministério da Economia. Ou mesmo da Infraestrutura.

Uma das outras pernas da centopeia criada por Guedes, o Ministério do Planejamento, iria para o economista Luiz Guilherme Schymura, atual presidente do Ibre, da Fundação Getulio Vargas, e ex-presidente da Anatel, ainda no governo Lula. Schymura não é o que se poderia chamar de um liberal clássico ou um neoliberal, mas um liberal modernizante ou progressista, com pensamento praticamente antagônico ao do atual gestor da Economia. Receberia o afortunado retorno do BNDES para a Pasta do Planejamento. Trata-se de uma questão em aberto. Também Josué deseja o banco debaixo do guarda-chuva do Ministério da Industria e Comércio. Como já foi dito e redito,  Lula quer turbinar o banco e recolocá-lo no centro de importantes decisões econômicas. E o presidente do BC? Como o RR ressaltou no dia 13 de setembro, até meados do provável governo Lula – ou aliás, qualquer outro governo – Roberto Campos Neto será o titular da autoridade monetária. E daí para frente? Campos Neto já disse que não pedirá sua recondução.

Pelo menos 80% das cartas do baralho constroem as canastras que levam ao nome de Henrique Meirelles. O ex-presidente do BC no governo Lula tem a confiança do candidato do PT. Já sinalizou que ficará na moita, acumulando a participação em conselhos de empresas, fazendo hora até que seu tempo chegue. Ou não, conforme todas as hipóteses aventadas nesse texto. Até porque, só Lula escolhe quem vai, para onde vai e em qual hora anunciar.

Para o Ministério do Trabalho, extinto e recriado pelo governo Bolsonaro, três nomes de alta envergadura no PT são comentados para o cargo: Ênio Verri, Rui Costa e Wellington Dias. Verri é economista, atual vice-líder do PT na Câmara, tem excelentes relações com Roberto Requião – de quem foi secretário do Planejamento. Costa sucedeu a Jaques Wagner no governo da Bania. Teria o apoio de José Dirceu. Já Wellington Dias é considerado um dos quadros mais preparados e moderados do PT. Dias é especializado em políticas públicas. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal, senador e governador do Piauí, todos os mandatos pelo PT. Atualmente – e bem provável que seja temporariamente – busca uma cadeira de senador.

Lula teria ainda uma novidade para a Educação, que pretende tornar uma das Pastas mais prestigiadas da constelação de ministérios do seu governo. Para o cargo seria convidado o economista Claudio Haddad, dono do Insper.  O patrono da indicação de Haddad seria o candidato a governador e homônimo, Fernando Haddad, que, inclusive, deu aula no Insper – ver RR de 25 de julho. O economista assumiria um papel de “gestor da educação”, dando ordem nos gastos e sua destinação. Há muito dinheiro do governo dirigido à educação. O retorno, porém, é baixo porque sua alocação é ineficiente. Haddad seria o nome indicado para a missão.

Se depender do kaiser do PT, o suspense seguirá até o fim do provável segundo turno. Lula fez praticamente o mesmo no seu primeiro mandato. Sua festejada intuição parece dizer que é melhor jogar como um poste fincado na pequena área. Ele dificilmente criará fatos políticos capazes de deslocar o seu mando de campo. Fica tudo em suspense, para anunciar depois. Aguardemos.

#Fernando Haddad #Gleisi Hoffmann #Lula #Marina Silva #PT


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Petrobras e Ibama frente a frente

15/09/2022
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Segundo o RR apurou, executivos da Petrobras vão se reunir hoje com a direção do Ibama. A companhia busca um alinhamento com o órgão ambiental com o objetivo de destravar a licença para a exploração do bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas. Na última terça-feira, o Ibama emitiu um parecer apontando inconsistências na documentação apresentada pela estatal. A posição do Instituto aumentou a preocupação na Petrobras – a ponto de o próprio diretor de Exploração e Produção, Fernando Borges, estar à frente do assunto. A questão é intrincada e já mobiliza altos gabinetes em Brasília. Informações filtradas do Ibama apontam que a direção do órgão estaria sofrendo pressões políticas para liberar o licenciamento, atropelando, portanto, o parecer da área técnica.

#Ibama #Petrobras


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Diplomacia de cinzas

14/09/2022
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Uma fuligem a mais para a política externa do governo Bolsonaro: corre no Itamaraty que o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia fará um protesto formal ao Brasil pelas queimadas na Floresta Amazônica. Imagens recentes capturadas por satélites da Nasa mostram a fumaça de incêndios na Amazônia brasileira espalhando-se pelo território colombiano. O país vizinho já detectou nessa massa de ar partículas de um material chamado PM2.5, que causa mortes e doenças.

#Jair Bolsonaro #Ministério das Relações Exteriores


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ESG na veia

29/08/2022
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O Land Innovation Fund, da Cargill, já aportou até o momento US$ 6 milhões em 28 projetos ligados ao plantio sustentável de soja na Amazônia e no Cerrado, além da região do Gran Chaco, na Argentina. Novos projetos vão germinar em breve. O fundo reservou no total US$ 30 milhões.

#Argentina #Cargill #Land Innovation Fund

Acervo RR

Cabo eleitoral

22/08/2022
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O Palácio do Planalto articula um novo encontro entre o presidente Jair Bolsonaro e Elon Musk. O objetivo é capitalizar, às vésperas da eleição, o início da operação dos satélites da Starlink na Amazônia, programado para setembro. A empresa de Musk promete levar internet a escolas da Região Amazônica.

#Elon Musk #Jair Bolsonaro


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Amazon avança

19/08/2022
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De primeira: a Amazon planeja construir um novo centro de distribuição em São Paulo. O investimento beira R$ 25 milhões.

#Amazon #São Paulo


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Rio eleitoral

18/08/2022
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Até onde vai o Velho Chico?  Ciro Nogueira tem prometido a aliados a expansão do raio de ação da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco) para Amazonas e Pará, com a respectiva criação de novos cargos e verbas.

#Ciro Nogueira #Codevasf


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Guerra federativa

12/08/2022
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O governo do Amazonas estuda reduzir pela metade a alíquota do ICMS para o querosene de aviação, hoje de 18%. Quer fisgar, sobretudo, companhias aéreas que voam para os Estados Unidos.

#Governo do Amazonas #ICMS


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Balcão florestal

4/08/2022
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O RR apurou que o governo pretende marcar para novembro o leilão de concessão das florestas nacionais do Jatuarana, Pau Rosa e Gleba Castanho, todas localizadas no Amazonas. Os três empreendimentos estão incluídos no PPI (Programa de  Parcerias de Investimento). Promessa de embate com ONGs do meio ambiente no limiar da campanha eleitoral. Ao todo, serão ofertados quase 800 mil hectares de Floresta Amazônica.

#Floresta Amazônica #PPI


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A nova onda de Damares Alves

26/07/2022
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A ex-ministra da Mulher e da Família, Damares Alves, potencial candidata ao governo do Distrito Federal, tem tentado convencer o próprio Jair Bolsonaro a criar um canal de aproximação com o Grupo de Trabalho das Mulheres do ICEFLU. A instituição representa a Igreja do Santo Daime, seita enfurnada no meio da Floresta Amazônica. Os adeptos da filosofia do Daime – uma espécie de LSD cercado de misticismo – não são numerosos em sua aldeia, mas possuem razoável visibilidade  nas redes sociais. O que Damares não revelou ainda é o segredo da alquimia entre os evangélicos e o ICEFLU. Talvez a elucidação dependa da ingestão de uma dose do chá do Daime.

#Damares Alves #Distrito Federal


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O Centrão não perdoa

26/07/2022
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O presidente do Banco da Amazônica, Valdecir Tose, caminha na corda bamba. O PP quer o cargo.

#Banco da Amazônica


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Vem aí a constituinte indígena

15/07/2022
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Há uma chaga que unifica petistas e bolsonaristas no encaminhamento da sua cura. Trata-se da questão do índio na Amazônia. Os silvícolas ocupam 14,4% do território do país e 23,4% da Amazônia legal. São, ao mesmo, vítimas e parceiros do crescente comércio ilegal e da atividade predatória na região.

Os índios são chacinados e sócios de contrabandistas e garimpeiros. Ao mesmo tempo, é um assunto que incomoda militares, atiça o setor extrativista e transborda do país para o mundo. Tanto Lula quanto Bolsonaro pensam em tirar do seu colo a decisão sobre o futuro dos índios no Brasil. Ambos pensam em um plebiscito ou uma “constituinte indígena”.

Os bolsonaristas tendem mais para o plebiscito, embalados pela esmagadora escolha popular favorável ao comércio e produção das armas. Os lulistas, com um pé no futuro governo, debatem a ideia de uma constituinte exclusiva, com a participação de observadores internacionais. O projeto redefiniria o espaço territorial indígena e a proteção da sua forma de sobrevivência. Há bolsões sinceros e radicais de ambos os lados. Mas, ao que tudo indica, o antagonismo cede quando se trata de queimar a mão resolvendo um problema fervente. Melhor dividi-lo com o povo brasileiro. Talvez seja a única solução que mitigue reações contrárias nacionais e mundiais em relação à decisão a ser tomada.

#Amazônia legal #Jair Bolsonaro #Lula


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Sob as águas

15/07/2022
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A chinesa Amazon Norte pretende montar uma fábrica de ração e frigorífico para processamento de peixes no Brasil. Enquanto conversa com o governo de alguns estados, a empresa também avalia a compra de áreas com lago, para reduzir o custo do empreendimento. Quando o negócio estiver a pleno vapor, a maior parte da produção será exportada, principalmente para a Ásia.

#Amazon Norte


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Amazon day

14/07/2022
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Uma boa notícia para a cultura nacional. Com o sucesso de vendas da Bienal do Livro, está sendo discutida a realização de uma “black friday” para os amantes da leitura em papel. Contudo, espera-se os devidos cuidados para que as livrarias não saiam como perdedoras da excelente ideia.

#Cultura #Livrarias

Amazônia


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Custo Amazônia dispara

12/07/2022
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A Amazônia fervilha por todos os lados. O custo do seguro para o transporte fluvial disparou nos últimos meses. Para alguns segmentos, a alta acumulada no ano chega a 40%, reflexo da crescente atuação de quadrilhas de roubos de carga na região. Combustíveis estão entre as mercadorias mais procuradas pelos piratas e corsários amazônicos. Faz sentido.

#Amazônia


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O “embaixador” de Lula

6/07/2022
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O delegado Alexandre Saraiva, candidato a deputado, tem ajudado a construir pontes entre a campanha de Lula e a Polícia Federal. Ainda que indiretamente, o próprio Jair Bolsonaro colaborou para essa coalizão. Em abril de 2021, Saraiva foi demitido por Bolsonaro do cargo de superintendente da PF no Amazonas após denunciar o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

#Alexandre Saraiva #Jair Bolsonaro #Lula #Polícia Federal


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Fundo verde

4/07/2022
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Fundo ligado à finlandesa Nordea Asset Management está selecionando projetos sustentáveis no Brasil, notadamente na Amazônia. A gestora europeia tem uma forte pegada na agenda ESG. Há cerca de dois anos, por exemplo, decidiu retirar a JBS de todos os fundos que administra por questões de ordem ambiental e governança.

#ESG #JBS #Nordea Asset Management


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Fundo sustentável

23/06/2022
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O fundo AGRI3, leia-se o holandês Rabobank, vai financiar projetos de manejo sustentável na Amazônia. Algumas iniciativas já estão sendo selecionadas. O banco apoia ações para a preservação de pastagens no Centro-Oeste. Ao lado do FMO, agência de fomento também sediada na Holanda, o AGRI3 anunciou recentemente o desembolso de US$ 1 bilhão para investimentos  sustentáveis em todo o mundo.

#AGRI3 #Amazônia #Rabobank


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Amazon no gramado

23/06/2022
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De olho na compra dos direitos de transmissão, a Amazon tem se aproximado dos dirigentes que conduzem o projeto de criação da nova liga brasileira de futebol.

#Amazon


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Cabo eleitoral

22/06/2022
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O presidente Jair Bolsonaro discute com seus assessores a possibilidade de viajar aos Estados Unidos para celebrar o acordo com a SpaceX, de Elon Musk, que acena com investimentos em internet gratuita na Amazônia. A principal motivação para Bolsonaro é o alarido que a recente reunião com Musk, no Brasil, provocou nas redes sociais.

#Elon Musk #Estados Unidos #Jair Bolsonaro


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Orçamento secreto

21/06/2022
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O Palácio do Planalto pretende estender a Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do São Francisco) ao Amazonas e ao Pará. E qual o problema do Velho Chico passar a milhares de quilômetros da Amazônia? No ano passado, o Acre também ganhou uma representação da estatal.

#Amazonas #Codevasf #Palácio do Planalto


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Caçada na Amazônia

20/06/2022
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O RR tem a informação de que a Polícia Federal estaria preparando uma grande operação nos portos do Pará para combater o contrabando de minério. Recentemente, em ação comandada pelo Exército, mais de 200 mil toneladas de cobre e manganês foram apreendidos apenas no terminal de Vila do Conde. Investigações da PF apontam que outros portos do Pará vêm sendo seguidamente utilizados para o escoamento de minério extraído de garimpos ilegais da Amazônia.

#Pará #Polícia Federal


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Garras afiadas

17/06/2022
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A Amazon está causando rebuliço no varejo brasileiro. Corre no setor que a companhia de Jeff Bezos pretende financiar empresas parceiras e vendedores.Seria uma ação agressiva para acelerar a expansão de seu marketplace no Brasil.

#Amazon


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Estado de alerta 1

1/06/2022
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O Ministério da Saúde vai emitir um alerta para as secretarias estaduais do Amazonas e Roraima. A área técnica da Pasta teme uma escalada de casos da ômicron 2 nesses estados por conta de refugiados venezuelanos. Boa parte da população do país vizinho não completou as três doses contra a Covid.

#Ministério da Saúde


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Com todo o gás

31/05/2022
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No embalo dos sete blocos na Amazônia comprados à Petrobras em 2020, a Eneva vai acelerar seus negócios no Norte do Brasil. Até dezembro deve iniciar o fornecimento de GNV para postos da Região.

#GNV #Petrobras


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Barulho por nada

27/05/2022
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Parlamentares do Amazonas, capitaneados pelo senador Eduardo Braga (MDB), articulavam ontem, à boca miúda um manifesto contra o governo Bolsonaro. O motivo é o impacto negativo da redução do IPI sobre as indústrias da Zona Franca.

#Amazonas #Eduardo Braga #MDB


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Mapa da mina

26/05/2022
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A mineradora australiana Develop está garimpando alvarás de pesquisa e lavra de ouro no Brasil. Mira na Região Amazônica. Seria um retorno ao mercado brasileiro: a empresa atuou no país até 2014, quando ainda atendia pelo nome de Venturex Resources.

#Develop #Venturex Resources


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Missão inglória

18/05/2022
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O chanceler Carlos Alberto França vem mantendo conversações junto ao governo alemão na tentativa de liberar recursos para o Fundo Amazônia. Os aportes estão suspensos desde 2019.

#Carlos Alberto França #Fundo Amazônia


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União Europeia reforça imagem do Brasil como pária ambiental

16/05/2022
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Vem aí mais um abacaxi ambiental para o governo Bolsonaro descascar. Trata-se do relatório que está sendo produzido pelo comissário de Meio Ambiente, Oceanos e Pescas da União Europeia, Virginijus Sinkevicius. O documento será apresentado à Conferência das Partes sobre Biodiversidade (COP15), programada para o segundo semestre, na China. Segundo um diplomata que esteve com Sinkevicius, o comissário não terá o menor comedimento nas críticas à política ambiental do Brasil.

O governo ajudou na péssima impressão. Em sua recente visita ao país, Sinkevicius tentou audiências com o presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente e presidente do Conselho da Amazônia, Hamilton Mourão, sem êxito. Desceu vários degraus e se encontrou com o então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque – que pouco tinha a ver com meio ambiente e muito menos com oceano e pesca – e com parlamentares.

Se voltasse hoje, talvez não fosse nem recebido pelo novo ministro, Adolfo Sachsida. A repercussão do relatório pode ser ainda mais negativa na medida da intenção da União Europeia de realizar uma discussão bilateral sobre o assunto com o governo do presidente norte-americano, Joe Biden. Para piorar o ambiente de desagradáveis coincidências, isso ocorre no momento em que um grupo de empresários e organizações brasileiras tem feito gestões junto ao presidente Biden pedindo a aprovação de um fundo de US$ 9 bilhões para a conservação de florestas tropicais.

#Conselho da Amazônia #Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #Joe Biden #União Europeia


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Rompantes do capitão

13/05/2022
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“Vou acabar com esse Conselho”. Essa teria sido a reação de Jair Bolsonaro ao saber das duras declarações do general Hamilton Mourão, presidente do Conselho da Amazônia, classificando os novos dados sobre o desmatamento da região de “horrorosos”.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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Ação e reação

4/05/2022
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Líderes da bancada do Amazonas no Congresso, como o senador Eduardo Braga, articulam a boca miúda a convocação do ministro Paulo Guedes. O ministro seria chamado para esclarecer os critérios da redução do IPI, que tem sério impacto sobre as indústrias da Zona Franca.

#Amazonas #Eduardo Braga #Paulo Guedes


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Caminho das pedras

2/05/2022
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A Polícia Federal vai abrir uma investigação para rastrear a origem dos diamantes encontrados na casa do ex-secretário de Ciência e Tecnologia do Mato Grosso, Nilton Borges. De acordo uma fonte da PF, o fio da meada leva a um garimpo ilegal na Amazônia.

#Nilton Borges #Polícia Federal


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Cordão amazônico

29/04/2022
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O governo do Amazonas está tentando angariar a adesão de instituições, como a CNI e a OAB, à Ação Direta de Inconstitucionalidade movida no STF contra o decreto que reduziu o IPI em 25% em todo o país. Essas entidades entrariam no processo na condição de “amicus curiae”. Ressalte-se que pode piorar: Paulo Guedes já fala em um corte do imposto de 35%.

#Amazonas #CNI #OAB #Paulo Guedes


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Projetos de festim

27/04/2022
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A reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), realizada na última quarta-feira, dia 20, teve ares de peça de ficção. Parte dos R$ 3,4 bilhões em novos projetos na Zona Franca aprovados pela Codam não deve sair do papel. São pedidos apresentados antes do decreto do governo que reduziu o IPI em 25% em todo o país, afetando a competitividade das indústrias da região.

#Codam


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Mapa da mina 1

20/04/2022
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Roraima e Pará serão os estados mais impactos pela iminente autorização para atividades minerais em terras indígenas.  Segundo informações filtradas da Agência Nacional de Mineração (ANM), do total de 3,5 mil pedidos de exploração em reservas, as duas unidades da federação respondem por mais de 80%. Em área, trata-se de aproximadamente nove milhões de hectares que poderão ser garimpados e Roraima e Pará. Ao todo, os pedidos pendentes na ANM equivalem a cerca de 12 milhões de hectares de terras indígenas na Amazônia.

Mapa da mina 2

Vencedora há três anos de uma licitação para explorar minério no Complexo de Palmeirópolis, no Tocantins, a australiana Alvo Minerals vai acelerar os investimentos na área. Estudos técnicos que acabam de ser concluídos e apresentados ao Ministério de Minas e Energia o subsolo da região muito promissor, em especial para zinco, cobre, ouro e chumbo. O projeto vai consumir cerca de R$ 150 milhões.

#Agência Nacional de Mineração #Ministério de Minas e Energia


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Índios cobram indenização

12/04/2022
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Em meio ao polêmico projeto que libera a mineração em terras indígenas, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) pressiona o governo. A entidade, vinculada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), cobra que a Funai e o Ministério do Meio Ambiente assumam a recuperação de territórios demarcados atingidos pelo garimpo ilegal e pela exploração de madeira irregular. O Cimi já enviou à Funai um relatório com um minucioso mapeamento dos danos ambientais nas principais reservas indígenas do país, notadamente na Amazônia.

#Conferência Nacional dos Bispos do Brasil #Conselho Indigenista Missionário #Funai #Ministério do Meio Ambiente


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Garimpos clandestinos viram um negócio sem fronteiras

1/04/2022
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Segundo o RR apurou, os Ministérios da Justiça do Brasil e da Colômbia estão articulando uma operação conjunta contra garimpeiros ilegais na Amazônia. As investigações apontam para a existência de quadrilhas “bilaterais” com crescentes negócios dos dois lados da fronteira. Há indícios também de que facções criminosas estão atuando nesse rentável “mercado”, com o aluguel de equipamentos e aeronaves, usados, respectivamente, para a extração e o transporte de minerais e pedras preciosas.

#Amazônia #Colômbia #Ministério da Justiça


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AGU desata os nós para a construção do linhão de Tucuruí

30/03/2022
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O governo vai fazer um importante movimento na tentativa de viabilizar a construção da linha de transmissão de Tucuruí, um projeto de quase R$ 3 bilhões. Segundo o RR apurou, a AGU trabalha em uma proposta que será encaminhada à comunidade indígena Waimiri Atroari. O acordo prevê o pagamento de uma indenização financeira para cobrir os danos socioambientais causados pelo empreendimento. O valor ainda está sendo calculado, mas, conforme a mesma fonte, deverá passar dos R$ 100 milhões.

Dessa forma, o governo espera colocar um ponto final no litígio que se arrasta na 1a Vara Federal Cível da Justiça Federal do Amazonas. Cerca de 120 dos 700 quilômetros do traçado do linhão cortam o território dos Waimiri Atroari em Roraima. Estudos preliminares encomendados pelos indígenas apontam 37 impactos socioambientais decorrentes da construção do linhão, 27 deles classificados como irreversíveis.

O acordo com os indígenas é apenas um dos nós que o governo precisa desatar para tirar o projeto do papel. Na paralela, o Ministério de Minas e Energia intensificou as tratativas com a Transnorte Energia, consórcio encabeçado pela Alupar. Antes mesmo das obras começarem, a empresa exige da Aneel o reequilíbrio financeiro do contrato de concessão, sob o argumento de que os custos para a construção do linhão já subiram R$ 1 bilhão desde o leilão, no longínquo ano de 2011.

#AGU #Aneel #Ministério de Minas e Energia #Transnorte Energia


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Amazônia em brasas

30/03/2022
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Circula nos gabinetes do Ministério do Meio Ambiente um estudo que está causando certa celeuma na Pasta. Produzido por pesquisadores do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, de São Paulo, e da Universidade Federal do Acre, o relatório revela um número preocupante sobre a devastação florestal no estado. Do total de queimadas registradas no Acre em 2021, 42% corresponderam a novos desmatamentos. Ou seja: regiões de floresta nativa ainda não atingidas anteriormente. Esse dado confronta o discurso do governo de que as ações de combate a queimadas na Amazônia têm impedido o avanço do desmatamento ilegal sobre novas áreas.

#Ministério do Meio Ambiente #São Paulo #Universidade Federal do Acre


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Greentechs

21/03/2022
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A G2D, braço de venture capital da GP Investimentos, pretende investir em greentechs, startups voltadas a projetos de sustentabilidade. Ressalte-se que Fersen Lambranho, sócio da GP, já tem um pé nesse território, por meio da Amaz, aceleradora de empresas na Região Amazônica.

#GP Investimentos


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Queimada à vista no INPE

21/03/2022
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Nos gabinetes do Ministério da Ciência e Tecnologia, corre a informação de que o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Clezio de Nardin, está por um fio. Jair Bolsonaro teria se irritado com o recente relatório do INPE apontando que o desmatamento na Amazônia é o maior em seis anos. A informação só teria chegado ao Palácio do Planalto após se tornar pública. Some-se a isso a insatisfação do próprio ministro Marcos Pontes. Há cerca de um mês, Pontes aplicou um puxão de orelha publicamente em Nardin, ao dizer que o Instituto “deu uma moscada” ao não renovar o acordo com o Banco Mundial para o monitoramento das queimadas no Cerrado. Consultado sobre a possível mudança no INPE, o Ministério nem confirmou, nem negou. Limitou-se a dizer que ” não tem informações sobre o assunto.”

#INPE #Jair Bolsonaro #Ministério da Ciência e Tecnologia


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Em campo

15/03/2022
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A Amazon pretende fechar parceria com uma emissora de TV brasileira para disputar a compra dos direitos de transmissão da Taça Libertadores. A concorrência para a exibição do torneio entre 2023 e 2026 será realizada até o início de abril.

#Amazon #Taça Libertadores


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Os olhos de Eike Batista ainda brilham feito ouro

14/03/2022
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Ao contrário do seu estilo feérico, discretamente Eike Batista tem feito lobby junto a parlamentares em favor do projeto de lei que libera a mineração em áreas indígenas. Suas pretensões passam por um velho e reluzente conhecido: ouro. O PL 191 abre uma possibilidade de retorno do empresário ao setor onde praticamente tudo começou. Eike pode ser descrito com uma paráfrase do aforismo bíblico: “Do ouro viemos e ao ouro retornaremos”.

As operações em garimpos do metal na Amazônia estão na origem do que um dia chegou a ser a oitava maior fortuna do mundo. Entre tantos outros episódios, as peripécias amazônicas de Eike lhe custaram um tiro nas costas após discutir com um garimpeiro em Alta Floresta (MT). Em Brasília, tornou-se célebre a sua história de litígio com os indígenas na região de Pitinga, no Amazonas.

Nessa área havia uma das maiores jazidas de cassiterita do mundo, pertencente a Otavio Lacombe, então dono da Paranapanema e sócio de Eike em empreitadas auríferas. Nos idos dos governos do PT, Eike Batista tentou desmontar a legislação que protege as áreas indígenas, muito provavelmente com o seu então fiel escudeiro Rodolfo Landim a tiracolo. Agora, as circunstâncias são ainda mais favoráveis. A celeridade da votação do PL 191, que tramitará na Câmara em regime de urgência, e a corrida por jazidas em reservas indígenas estão ligadas à guerra entre Rússia e Ucrânia.

#Amazônia #Eike Batista #Paranapanema


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Um atalho da Amazônia à Noruega

4/03/2022
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O RR apurou que os governadores da Região Norte, à frente Wilson Lima, do Amazonas, e Helder Barbalho, do Pará, vêm mantendo conversações diretas com a Noruega. O objetivo é obter recursos do Fundo Soberano do país europeu para projetos na Floresta Amazônica, “bypassando” o governo federal. Os estados se comprometem a cumprir uma série de metas no combate ao desmatamento ilegal. Ressalte-se que os noruegueses suspenderam, há dois anos, os repasses para o Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, em resposta à leniência da gestão Bolsonaro com as queimadas na região.

#BNDES #Helder Barbalho #Pará #Wilson Lima


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Vale cogita sua volta ao mercado de fertilizantes

21/02/2022
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A Vale estuda o retorno à mineração de fertilizantes. Dessa vez, o flashback se daria através da exploração de potássio. As jazidas no radar estão localizadas nos estados do Amazonas e de Goiás. O Brasil é dependente de 76% dos nutrientes fosfato e potássio, que juntamente como o nitrogênio formam o composto do fertilizante NPK.

Praticamente toda a produção agrícola brasileira depende do NPK. A fabricação do fertilizante foi considerada prioritária pelo governo militar nos anos 70, quando a então Vale do Rio Doce e a Petrobras tinham empresas voltadas para a mineração dos nutrientes, a Valefértil e a Petrofértil, respectivamente. Ou seja: o Brasil parece um cachorro correndo atrás do próprio rabo quando o assunto é a mineração de potássio e fosfato. O curioso é que a Vale, há cerca de quatro anos, vendeu suas operações de fertilizantes para a norte-americana Mosaic Company, inclusive suas áreas mineralizáveis de potássio.

Procurada, a mineradora não se pronunciou. Se a volta da empresa à exploração do minério se confirmar, coincidência ou não, ela antecede o Plano Nacional de Fertilizantes, que o governo pretende empinar através de Decreto, nos próximos dias. O Brasil é o único grande produtor de commodities agrícolas com uma elevada dependência do exterior para atendimento da sua demanda por fertilizantes, uma contradição tendo em vista a importância estratégica do setor e o seu potencial de ampliação no mercado internacional.

#Petrobras #Plano Nacional de Fertilizantes #Vale do Rio Doce


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Fila de espera

2/02/2022
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Segundo uma fonte do Ministério Público Federal, o órgão deverá acionar o Ibama pela demora na emissão de licenças para projetos de energia elétrica em aldeias indígenas na Amazônia. Há pedidos parados no Instituto há quase cinco anos. A Funai também faz pressão sobre o Ibama.

#Ibama #Ministério Público Federal

Acervo RR

Queimada

1/02/2022
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As conversas do Brasil com a Noruega e a Alemanha para a retomada dos aportes no Fundo Amazônia foram interrompidas. Esperar o que depois dos dados do desmatamento em 2021, o maior em uma década?

#Fundo Amazônia


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O “dono” da tribo

1/02/2022
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O subtenente do Exército Feliciano Borges tornou-se o homem forte e braço direito do presidente da Funai, o delegado da PF Marcelo Augusto Xavier, no Amazonas. Por sinal, a direção da autarquia na Região está toda militarizada: mais de 60% das coordenações regionais da Funai são comandadas por oficiais do Exército.

#Exército #Funai


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A federação contra a Petrobras

18/01/2022
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Os governos de Pernambuco e Amazonas também deverão entrar na Justiça para barrar o aumento de 50% no preço do gás fixado pela Petrobras. Quatro estados – Rio de Janeiro, Ceará, Alagoas e Sergipe – já conseguiram liminares para derrubar o reajuste. Estima-se que essa correção tenha um impacto de até 30% nas tarifas cobradas ao consumidor.

#Amazonas #Pernambuco #Petrobras


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Dinheiro verde

18/01/2022
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O governo de Minas Gerais vem mantendo tratativas com a Alemanha e a Noruega para aportes em projetos de sustentabilidade no estado. São exatamente os dois países que suspenderam os repasses para o Fundo da Amazônia por conta do desmatamento na região. Recentemente, Minas Gerais recebeu três milhões de euros da União Europeia para projetos de desenvolvimento sustentável.

#Fundo da Amazônia


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Se a Ômicron deixar 1…

17/01/2022
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O governo do Amazonas tem feito pressão junto à Anvisa pela liberação da entrada de transatlânticos no Porto de Manaus, a partir de março. O período marca a alta temporada de cruzeiros na região, a maior parte proveniente da Europa. Por enquanto, não há a menor chance; em março, a ver.

#Anvisa


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Ibama corta na raiz dinheiro para o combate à madeira ilegal

13/01/2022
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Pouco mais de dois meses após a COP 26 vem aí mais uma vergonha nacional produzida pelo governo Bolsonaro contra o meio ambiente. Segundo o RR apurou, o Ibama está suspendendo os repasses de verbas à Polícia Rodoviária Federal (PRF) para o combate ao transporte de madeira extraída ilegalmente. Os recursos transferidos pelo Instituto correspondem a mais de 40% dos gastos da PRF em ações dessa natureza.

Ou seja: a abrupta medida do Ibama coloca em risco a continuidade de algumas das operações da corporação contra a circulação de madeira ilegal, notadamente na Região Amazônica e no Pantanal. Nos bastidores, segundo a fonte do RR, o Ibama atribui o torniquete nos repasses à PRF a sua própria asfixia financeira. Em 2021, as verbas disponíveis no Instituto para fiscalização caíram 27% em relação ao ano anterior.

A devastação orçamentária se dá justo no momento em que a Polícia Rodoviária Federal vinha intensificando as diligências e aumentando a interceptação do produto extraído clandestinamente – um raro índice positivo do governo Bolsonaro nessa área. Em 2021, o volume de apreensões foi 80% superior ao de 2020, que, por sua vez, já havia representado o dobro da madeira recolhida no ano anterior. Procurados, Ibama e PRF não se pronunciaram sobre o assunto.

#COP-26 #Ibama #Polícia Rodoviária Federal


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Nome novo no e-commerce

12/01/2022
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A Wish – uma espécie de emergente do e-commerce nos Estados Unidos, com faturamento da ordem de US$ 2 bilhões/ano – está em busca de uma área para construir um centro de distribuição no Brasil. A prioridade é a Grande São Paulo. Não por coincidência: a Amazon e a Shopee, de Cingapura, também estão se instalando na região.

#Amazon #Shopee #Wish


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Que venham 2022 e o “furos” nossos de cada dia

30/12/2021
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Ao longo de 2021, o RR foi a dose de reforço contra a desinformação. Ao todo foram 273 edições, com 3.986 notas e matérias. A newsletter levou seus assinantes para os bastidores do Poder, antecipando as notícias mais relevantes dos meios político e empresarial. A seguir, elencamos alguns dos principais acertos em 2021 – não caberiam todos aqui. No que talvez seja o grande fato macroeconômico do ano, o RR antecipou o desmoronamento do teto fiscal.

A publicação tratou do tema de forma mais aguda nas edições de 2 de setembro e de 20 de outubro. Nesta última, na matéria “Auxílio Brasil abre caminho para nova régua fiscal”, antecipamos uma guinada na política econômica, com a relativização do teto. Em 16 de novembro, o RR revelou também os estudos da equipe econômica para liberar um espaço de até R$ 150 bilhões nos gastos orçamentários – R$ 90 bilhões exatamente com a mudança na regra do teto, com a PEC dos Precatórios e a acomodação do Auxílio Brasil. Apenas três dias depois, o relatório final do Orçamento de 2022 era apresentado, com uma folga fiscal da ordem de R$ 113 bilhões.

O Auxílio Brasil, por sinal, é peça fundamental de toda essa reengenharia fiscal. Em 3 de março, o RR divulgou, com exclusividade, as discussões no Palácio do Planalto e no Ministério da Economia para que o benefício fosse estendido até o fim de 2021 ou transformado em benefício permanente, com valor entre R$ 250 e R$ 300. Dito e feito! O programa de transferência de renda perdurou até o final do ano e serviu de proxy para o Auxílio Brasil, com o pagamento fixo de R$ 400.

O assinante do RR soube também com exclusividade dos estudos de Paulo Guedes e cia. para a criação de uma espécie de fundo patrimonial, composto por imóveis da União, ações e dividendos de estatais, entre outros ativos. O RR tratou do assunto nas edições de 19 de agosto e 25 de outubro. No início de dezembro, Guedes falaria publicamente da medida, anunciando, inclusive, a intenção do governo de criar um Ministério do Patrimônio. Em 27 de julho, mais uma informação de primeira: a newsletter divulgou que o Ministério da Economia havia retomado os estudos para a fusão do IBGE e do IPEA. O “IBGEPea” tardou, mas não falhou: em dezembro, Paulo Guedes anunciava os planos de criação de uma Supersecretaria, juntando os dois institutos.

O fim do “golpe”

O RR acompanhou de perto – para não dizer de dentro – as tensões e distensões no relacionamento entre o presidente Jair Bolsonaro e as Forças Armadas. Em 6 de abril, poucos dias após a inédita saída conjunta dos três Comandantes das Forças Armadas, maquiada sob a forma de demissão, a newsletter já relatava articulações nos bastidores para o desmantelamento do “blefe do golpe” – leia-se a fantasia de uma ruptura institucional, com o apoio do Exército, alimentada por Bolsonaro. Ao longo do tempo, o esfriamento das relações entre os militares e o presidente se confirmaria.

À mercê dos hackers

O RR foi pioneiro em descortinar a fragilidade da defesa cibernética do Estado brasileiro, agravada pela concentração de dados pessoais nas mãos do governo. Em 12 de fevereiro, a publicação revelou a preocupação do GSI e da Secretária de Assuntos Estratégicos com possíveis ataques a sistemas de órgãos públicos. Em 8 de outubro, o RR divulgou, com exclusividade, que o TCU faria uma auditoria na estrutura de TI do Ministério da Saúde após detectar 24 “riscos significativos” de invasão da plataforma da Pasta. Estava escrito: no dia 10 de dezembro, cibercriminosos invadiram os sistemas da Saúde, tirando o Conect SUS do ar.

Pária nos direitos humanos

Além da catástrofe da Covid-19, com seus mais de 600 mil mortos, o presidente Bolsonaro também colocou o país na contramão das grandes nações e entidades multilaterais na agenda dos direitos humanos. Em 21 de setembro, a newsletter revelou que o Conselho de Direitos Humanos da ONU estava preparando um relatório com duras críticas às políticas do governo brasileiro para as populações indígenas. Assim foi: o documento viria à tona uma semana depois. Outras flechadas se seguiram. Em 27 de outubro, a publicação informou que a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira estava preparando um manifesto contra o presidente Bolsonaro a ser apresentado na COP 26. Somente dois dias depois, a notícia seria divulgada por outros veículos.

Roleta de cargos

A capacidade do RR de antever os movimentos do Poder permitiu também aos assinantes saber, com exclusividade, de mudanças em cargos importantes do governo. Em 27 de janeiro, a newsletter já tratava das articulações feitas pelo presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, para defenestrar o presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim. Custou até que Costa Neto conseguisse seu intento, mas Rolim acabaria afastado do cargo em setembro. Em 5 de fevereiro, o RR noticiou que Jair Bolsonaro estava prestes a dar um “cartão vermelho” ao presidente do Banco Brasil, André Brandão. O executivo deixaria o posto em meados de março. Na edição de 15 de setembro, o assinante da newsletter soube, em primeira mão, que o destino de Leonardo Rolim, então presidente do INSS, estava selado: ele seria demitido pelo ministro Onyx Lorenzoni. Bingo! A exoneração foi oficializada em 5 de novembro. Em 19 de outubro, o RR informou que mais dois auxiliares de Paulo Guedes estavam prestes a deixar seus cargos, apesar do apelo do ministro para que permanecessem. O fato se consumaria de forma ainda pior: dois dias depois, não apenas dois, mas quatro assessores diretos de Guedes deixaram o governo.

Por dentro das empresas

Como de hábito, o RR destacou-se também por antecipar algumas das principais informações do universo corporativo de 2021. Em 19 de janeiro, a newsletter cravou que o IPO da Caixa Seguridade seria realizado em abril, o que se confirmou três meses depois. Em 10 de fevereiro, a newsletter revelou o interesse da cearense Pague Menos em comprar a rede de drogarias Extrafarma, até então pertencente ao Grupo Ultra.

O negócio se consumaria em 18 de maio. Em 25 de março, o assinante do RR soube que a Equatorial Energia entraria na disputa pela Companhia Energética do Amapá. Não só entrou como arrematou a empresa. Em 14 de maio, a publicação revelou não apenas o interesse da CSN em comprar as operações da LafargeHolcim no Brasil, mas também as tratativas entre Votorantim e InterCement, leia-se o Grupo Mover (antiga Camargo Corrêa) para adquirir os ativos de forma fatiada. Em 30 de junho, outros veículos confirmariam as gestões entre Votorantim e Mover.

No fim das contas, a CSN sairia vencedora na disputa pelos negócios da LafargeHolcim. Em 13 de agosto, o RR publicou, de forma exclusiva, as negociações para a venda da fabricante de fertilizantes Heringer à russa Eurochem. Não deu outra: a operação seria fechada pouco antes do Natal. Em 8 de setembro, a newsletter antecipou que dificilmente o IPO da Unigel seria realizado em razão das condições financeiras da empresa.

Dois meses depois, a abertura de capital foi suspensa. Ao apagar das luzes de 2021, mais um furo. Em 22 de dezembro, o RR informou que a Petrobras estava prestes a fechar a venda de mais um ativo ainda neste ano. No dia seguinte, a estatal anunciou a alienação de um pacote de participações no Polo Carmópolis, em Sergipe, por US$ 1,1 bilhão. Por razões óbvias, 2022 promete ser um ano de fortes emoções. Mas, com o RR, não há polarizações. O único lado da newsletter é o compromisso de levar a seus assinantes informações e análises exclusivas. A todos, um Feliz Ano Novo!

#Auxílio Brasil #Equatorial Energia #Extrafarma #Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #Onyx Lorenzoni #Paulo Guedes #TCU #Votorantim


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Petrobras tem pressa na Amazônia

28/12/2021
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A Petrobras tem feito gestões junto ao Ibama na tentativa de acelerar a análise e concessão de licenças ambientais para exploração de óleo e gás na Foz do Amazonas e em blocos entre o Pará e o Maranhão. A pressa está relacionada à forte expectativa em relação a blocos operados pela estatal nas bacias sedimentares da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão/Barreirinhas e Potiguar. De acordo com estudos geológicos, as áreas em questão mostram expressivas semelhanças com campos na Guine Equatorial, na África, onde foram feitas importantes descobertas de reservas nos últimos meses. Consultada sobre a articulação junto ao Ibama, a estatal saiu pela tangente: “O licenciamento ambiental é uma importante ferramenta da Política Nacional de Meio Ambiente e a Petrobras segue rigorosamente todos os seus requisitos.” Ainda bem…

#Ibama #Petrobras


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Tentáculos

22/12/2021
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A Amazon tem interesse em transmitir também jogos da Taça Libertadores. Recentemente, a plataforma de streaming fechou a compra de 36 partidas da Copa do Brasil.

#Amazon #Taça Libertadores


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Mapa da mina

15/12/2021
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O Serviço Geológico Brasileiro, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, vai apresentar, nos próximos dias, um levantamento apontando áreas com maior potencial para a exploração de ouro e cobre na Região Amazônica. O mapeamento abrange uma extensão que vai da Província de Carajás (PA) até as cidades de Tapajós e Alta Floresta (MT). Promessa de polêmica e questionamentos por parte de ambientalistas: a maior parte das jazidas está localizada em regiões de mata nativa.

#Ministério de Minas e Energia

Acervo RR

Pororoca

14/12/2021
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O governo do Amazonas abriu conversações com o BNDES para a privatização dos serviços de saneamento no estado. É projeto para 2023.

#BNDES #Governo do Amazonas


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Energia armada

9/12/2021
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A Amazônia ferve: a Norte Energia reforçou o esquema de segurança privada nas proximidades da Usina de Belo Monte devido à crescente atuação de facções criminosas e garimpeiros ilegais. A presença da Força Nacional de Segurança e da PF na região não está dando conta do tamanho do problema.

#Força Nacional de Segurança #Norte Energia #Usina de Belo Monte


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“Ministro da Amazônia”

2/12/2021
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João Doria convidou Arthur Virgílio a integrar seu núcleo de campanha à Presidência da República. Caberia a Virgílio conduzir a elaboração de um plano de política ambiental para a Amazônia. Por ora, o ex-prefeito de Manaus, atropelado nas prévias tucanas, não disse nem que sim, nem que não.

#Arthur Virgílio #João Doria


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Em busca de um ninho

29/11/2021
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Arthur Virgílio começa a achar que seu lugar não é mais no PSDB. Figurante nas prévias tucanas, Virgílio agora enfrenta forte resistência a sua candidatura ao Senado pelo Amazonas.

#Arthur Virgílio #PSDB


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Cinzas da Mata Atlântica chegam à COP26

4/11/2021
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Nem só de devastação da Amazônia vive o governo Bolsonaro. Segundo informação que circula no Ministério do Meio Ambiente, em meio à COP26 entidades do terceiro setor cogitam lançar um manifesto contra a gestão federal para a Mata Atlântica. Uma das instituições à frente da iniciativa seria a própria SOS Mata Atlântica. O gatilho para a mobilização são os dados alarmantes de recente estudo feito pela própria ONG em parceria com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Especiais). Segundo o levantamento, a devastação da Mata Atlântica cresceu em 10 dos 17 estados que compõe o bioma. Em São Paulo e no Espírito Santo, a área devastada no biênio 2020/21 subiu 400% na comparação com 2018/19.

#INPE #Ministério do Meio Ambiente


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Sudam na mira

4/11/2021
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Há uma pressão da base governista no Congresso pela demissão da superintendente da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), Louise Caroline Low. Os parlamentares têm levado ao Palácio do Planalto queixas sobre a demora na liberação de verbas para projetos na região.

#Sudam


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Amazon corre contra o tempo no Brasil

1/11/2021
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Segundo o RR apurou, a Amazon estuda instalar não apenas um – como chegou a anunciar -, mas três novos centros de distribuição no Brasil em 2022. O investimento total deve bater na casa dos R$ 150 milhões. O sarrafo está subindo rápido demais: o grande desafio concorrencial do e-commerce no momento são as entregas rápidas. A Americanas.com., por exemplo, está gastando os tubos para aumentar o número de pedidos entregues em meia hora. Procurada pelo RR, a Amazon informou que “não comenta planos de lançamentos futuros”.

#Amazon #Lojas Americanas

Política

Pecado capital

29/10/2021
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O presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, treme feito vara verde no cargo. No Palácio do Planalto caiu muito mal  a descoberta de que a ONG Amazoncred, supostamente ligada ao PT, mantém contrato com o banco.

#Banco da Amazônia #PT


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Brasil se transforma em um pária da ciência

29/10/2021
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Os desencontros do Brasil com a ciência estão ganhando os palcos do mundo. O presidente Jair Bolsonaro afirmou que as vacinas contra a Covid 19 provocavam Aids. Gerou um rebuliço na comunidade científica mundial. Bolsonaro também colocou em dúvida a eficácia dos imunizantes em geral.

O resultado foram milhões de críticas nas redes sociais em todo o planeta. E mais: declarou que a contaminação seria um melhor imunizante do que as vacinas – e citou seu próprio exemplo. Ainda no seu balaio de barbaridades, afirmou que a vacina CoronaVac, fabricada pela farmacêutica Sinovac, não tinha comprovação científica. Bobagem! Ah, não se pode esquecer que o ministro da Ciência e Tecnologia, o astronauta Marcos Pontes, anunciou a criação de uma vacina 100% nacional.

Isto sem que qualquer laboratório fosse contatado para produzir o medicamento. A última atrocidade contra a ciência não vem de Bolsonaro, verdade seja dita, mas, indiretamente, da área da saúde, para não variar. Os testes com a substância química proxalutamida encontraram no Brasil um ambiente de desatinos em parte das investigações científicas, provocando críticas de outros centros de pesquisa mundiais – e por aqui mesmo. No caso brasileiro, trata-se do uso irresponsável, quase criminoso, do princípio ativo.

O médico Flavio Cadegiani foi responsável pela condução da pior pesquisa científica da história, marcada pela ausência de notificação às autoridades competentes da morte de 200 pessoas no Amazonas. Cadegiani não prestou as informações solicitadas pela Comissão de Ética em Pesquisa (Conep), que, por sua vez, suspendeu as investigações conduzidas por ele e encaminhou a denúncia para a Procuradoria Geral da República. Nos Estados Unidos e na China, por exemplo, a proxalutamida já foi testada sem que tivesse ocorrido qualquer denúncia. Por enquanto, a única certeza, além do “genocídio”, é que a proxalutamida entrou de gaiato na história, e o assunto ganhou os leads da internet. O Brasil agora é pária na ciência.

#Coronavac #Jair Bolsonaro #Sinovac


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Os “Brasis” chegam a Glasgow

28/10/2021
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A acusação da ONU de que o Brasil cometeu “pedalada ambiental” aumentou a pressão sobre praticamente todos os ministérios para trabalhar em uma agenda ESG. A contribuição será levada sob a forma de documentos para os ministros Joaquim Leite e Bento Albuquerque e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, participantes da COP26.

O ministro Paulo Guedes ainda não sabe se vai a Glasgow. O próprio Ministério da Economia disse ao RR não ter confirmação sobre a ida ou não de Guedes à COP26. O ministro ficou tão indexado ao chefe que só vai aonde Jair Bolsonaro está. A missão de representar o Brasil ficou para o já citado trio. Campos Neto comparecerá para dar pinceladas sobre o BC-ESG, que está sendo construído sem alarde. Bento Albuquerque terá a dura missão de falar sobre seca e desastre climático. Joaquim Leite, bem, esse ainda é uma incógnita. Mas, a princípio, caberá ao novato a missão mais espinhosa: defender as metas climáticas do país, uma das menos ambiciosas do mundo.

Os governadores da Região Amazônica atropelaram o poder central. Por meio do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, vêm mantendo interlocução direta com os governos dos Estados Unidos, Reino Unido e Noruega. São os integrantes da coalizão LEAF (Lowering Emissions by Accelerating Forest Finance), lançada neste ano. O grupo pretende disponibilizar US$ 1 bilhão, em recursos públicos e privados, para projetos voltados à redução do desmatamento. As tratativas vêm sendo capitaneadas por Flavio Dino. Há reuniões com líderes do LEAF entabuladas para Glasgow.

#ESG #Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #ONU #Paulo Guedes


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Índios da Amazônia vão à COP-26 contra governo Bolsonaro

27/10/2021
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A Conferência Nacional das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas deverá marcar mais um embate entre os povos indígenas brasileiros e o presidente Jair Bolsonaro, desta vez aos olhos do mundo. A Coiab (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) pretende divulgar, durante a COP-26, em Glasgow, um manifesto contra as políticas indigenistas do governo Bolsonaro. No documento, tribos da região deverão reivindicar um indenização do Estado por danos causados ao bioma amazônico, com impacto sobre a subsistência e atividades econômicas desenvolvidas pelos nativos. Em 2020, o número de focos de incêndio em reservas indígenas na Amazônia cresceu 250% na comparação com o ano anterior. Só no Parque do Xingu, onde vivem 14 etnias diferentes, mais de 120 mil hectares de vegetação foram devastados, segundo levantamento da ONG Instituto Centro de Vida (ICV). Procurada pelo RR, a Coiab não se pronunciou. Há outras “flechadas” contra o governo Bolsonaro programadas para a COP-26. É o caso da participação da líder indígena Sineia do Vale, representante da etnia wapichana, nativa de Roraima. Durante a Conferência, Sineia vai expor outras reivindicações das comunidades indígenas, com a proteção ao direito às terras dos povos originários brasileiros.

#Coiab #COP-26 #Jair Bolsonaro #ONU #Parque Xingu

Acervo RR

Caminhos opostos

26/10/2021
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O general Hamilton Mourão, presidente do Conselho da Amazônia, e o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, estão na maior sintonia na elaboração de estudos e documentos para a COP26. A diferença é que um vai para Glasgow (Leite) e o outro foi barrado pelo presidente Jair Bolsonaro (Mourão).

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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Indígenas vão ao STF e à ONU contra o Linhão de Tucuruí

7/10/2021
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Há um novo embate à vista entre o governo Bolsonaro e os povos indígenas – um caso, diga-se de passagem, que tem tudo para contaminar ainda mais a imagem do Brasil no exterior. Segundo o RR apurou, a Associação Comunidade Waimiri-Atroari, que representa a etnia nativa da Região Amazônica, pretende recorrer ao STF com o objetivo de barrar a construção da polêmica linha de transmissão de Tucuruí. De acordo com a mesma fonte, a entidade planeja também acionar o Conselho de Direitos Humanos da ONU, inclusive contra a própria Funai.

O organismo multilateral, ressalte-se, tem adotado uma postura bastante contundente contra o governo brasileiro. No último dia 13 de setembro, a alta comissária para direitos humanos da ONU e ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, mencionou as preocupantes “ameaças a indígenas no Brasil”. Segundo o RR apurou, os Waimiri-Atroari deverão, inclusive, solicitar o envio de uma comitiva da ONU ao Brasil. A construção do Linhão do Tucuruí é objeto de embates entre indígenas e o governo há quase uma década. Nos últimos dias, no entanto, a temperatura subiu consideravelmente, com seguidas reuniões da própria tribo.

Entre os Waimiri-Atroari, o entendimento é que as negociações com a Funai chegaram a um impasse difícil de ser equacionado. “Negociações”, a essa altura, é quase uma força expressão. Há um razoável grau de tensão entre as partes depois que o Ibama e a Funai autorizaram o início das obras, na semana passada. Os indígenas acusam a autarquia de ter tomado a decisão de forma unilateral, sem consultar a tribo sobre os impactos socioambientais do projeto e sem atender às suas reivindicações.

Os Waimiri-Atroari exigem que o governo faça uma série de compensações socioambientais para os danos que serão gerados com o empreendimento. Dos 721 quilômetros da linha de transmissão, 123 deles cortarão a reserva da etnia, entre o Amazonas e Roraima. Procuradas pelo RR, a Associação Comunidade Waimiri-Atroari e a Funai não se pronunciaram. O Ministério de Minas e Energia, por sua vez, afirma que “o processo de licenciamento atendeu às regulamentações nacionais e internacionais, o que incluiu a consulta livre, prévia e informada às comunidades indígenas afetadas, bem como o cumprimento do Protocolo de Consulta Waimiri Atroari”. Perguntado especificamente sobre o a judicialização do caso e o risco de paralisação das obras, a Pasta não se pronunciou.

#Funai #Jair Bolsonaro #Ministério de Minas e Energia #ONU


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Flamengo implode projeto de nova liga no futebol brasileiro

1/10/2021
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A nova liga com os grandes clubes brasileiros está se esfarelando antes mesmo da sua criação. O motivo para a iminente implosão do projeto vem, em grande parte, da recente aprovação da Lei do Mandante, que permite a venda individual dos direitos de transmissão. Segundo o RR apurou, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, estaria se aproveitando da lei recentemente sancionada por Jair Bolsonaro para esvaziar o modelo de negociação em bloco dos contratos com a TV – uma das premissas, se não a maior razão para a criação da liga. Ao contrário da maioria dos demais dirigentes, Landim seria defensor não apenas da venda isolada dos direitos, clube a clube, mas também da pulverização dos acordos em diferentes plataformas.

Há muito nas entrelinhas dessa postura. Na prática, seria uma maneira de brecar um contrato com um único player detentor de várias mídias (TV aberta, fechada, pay peview e streaming, por exemplo) a partir de 2024, quando se encerram os acordos atualmente em vigor. Procurado pelo RR, o Flamengo não quis se pronunciar. O Flamengo joga um jogo só dele.

O que se diz nos bastidores é que o clube já estaria mantendo conversas paralelas com plataformas de streaming, a exemplo da Amazon, para a venda de forma individual dos direitos de transmissão. O Flamengo estima que, dessa forma, poderia arrecadar até 30% a mais do que repartindo o bolo com os demais clubes dentro da liga. A postura de Rodolfo Landim transformou as discussões em torno da criação da nova liga em um “nós contra ele”. As divergências têm sido constantes. Segundo o RR apurou, ao menos duas recentes reuniões virtuais acabaram em bate-boca. De acordo com a mesma fonte, os principais antípodas do Flamengo, e de Landim, têm sido dirigentes do Palmeiras e do Atlético-MG. Consultados, os clubes paulista e mineiro também não quiseram se manifestar.

#Flamengo #Jair Bolsonaro


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STF e CNJ pressionam tribunais contra o crime organizado

27/09/2021
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O presidente do STF, Luiz Fux, e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) estão travando uma queda de braço dentro do Judiciário. Segundo o RR apurou, o ministro e o CNJ pressionam os 11 dos 27 Tribunais de Justiça estaduais que ainda não criaram varas especializadas contra o crime organizado a tirar o projeto do papel. De acordo com a mesma fonte, o Conselho deverá, inclusive, expedir um ofício formal a essas Cortes cobrando a implantação da nova estrutura.

Entre as Cortes estão os TJs do Amazonas, Roraima e Amapá, estados dominados pela Família do Norte, considerada hoje uma das mais violentas facções criminosas do país. Nos bastidores do Judiciário, a demora na criação das varas é atribuída não apenas à burocracia ou à falta de recursos orçamentários, mas, em alguns casos, a divergências e disputas de poder entre TJs e o próprio CNJ. Procurados, Luiz Fux e o Conselho Nacional de Justiça não se pronunciaram.

De acordo com a mesma fonte, Luiz Fux, que veste o duplo chapéu de presidente do STF e do CNJ, tem um importante aliado na pressão sobre os TJs: o ministro Alexandre de Moraes. O magistrado se dedica ao assunto desde a sua passagem pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Em 2018, quando esteve à frente do Ministério da Justiça, Moraes chegou a encaminhar uma proposta ao Congresso determinando a implantação de varas específicas para processos contra organizações criminosas.

#Alexandre de Moraes #Conselho Nacional de Justiça #Luiz Fux


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Sem constrangimentos

15/09/2021
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A reunião entre Hamilton Mourão, presidente do Conselho da Amazônia, e dirigentes da Usina de Belo Monte, na última quinta-feira, passou ao largo da recente denúncia ambiental contra a geradora. O Consórcio Norte Energia, dono da hidrelétrica, foi acusado pelo Ministério Público de ter causado a morte de mais de 30 toneladas de peixes entre 2015 e 2019.

#Hamilton Mourão #Norte Energia


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Fumaça que vem da Bolívia

3/09/2021
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O Ibama monitora, com preocupação, o incêndio que está atingindo o lado boliviano da Floresta Amazônica, mais precisamente na região do Chaco. Por ora, os focos ainda estão a aproximadamente mil quilômetros do território brasileiro. No entanto, os bolivianos têm encontrado dificuldades para conter as chamas, devido aos fortes ventos e ao período de seca na região. Pelo sim, pelo não, o Ibama já avalia a necessidade de reforço nos efetivos de combate incêndio nas fronteiras do Acre e de Rondônia com a Bolívia. Procurado pelo RR, o instituto informou que “ao longo da divisa, existem guarnições das Forças Armadas e do Corpo de Bombeiros que podem responder aos incêndios.”

#Forças Armadas #Ibama


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Um canal feito de terra

2/09/2021
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Operadores de terminais portuários na Amazônia estão cobrando do Ministério de Infraestrutura melhorias nas condições de navegabilidade do canal da Barra do Norte, importante saída do Rio Amazonas para o mar. No ano passado, a Marinha elevou o calado de 11,70 m para 11,90 m. No entanto, o assoreamento de algumas áreas impede que os armadores utilizem embarcações maiores. Os comandantes evitam até mesmo a colocação de mais peso nos navios, uma vez que as seguradoras têm se negado a cobrir prejuízos por causa de encalhes no canal.

#Ministério de Infraestrutura


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Tratado da Amazônia é mais uma missão solitária de Mourão

1/09/2021
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O vice-presidente, Hamilton Mourão, quis tomar para si a missão de ser o “general da détente”. Mourão assumiu o compromisso de distender conflitos do Brasil, tais como a China e o enorme confronto ambiental. Porém, foi desconstruído pelo presidente Jair Bolsonaro. A visita a Pequim para arrefecer os ânimos, em maio de 2019, deu em nada ou muito pouco. E as ações tanto diplomáticas quanto operacionais na Amazônia têm sido, no mínimo, insuficientes. Ainda assim, Mourão não se rende.

O mais novo murro em ponto de faca passa pela área de meio ambiente. Com a farda de presidente do Conselho da Amazônia, o general estaria trabalhando junto a países vizinhos com o objetivo de revigorar a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). Criada em 1995, a OTCA reúne, além do Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Nos últimos tempos, no entanto, o governo Bolsonaro relegou a participação brasileira na Organização a segundo plano. Mourão seria favorável à ampliação do escopo do organismo multilateral e até mesmo ao ingresso de países de fora da região, alguns com tradição de apoio financeiro a projetos de proteção do bioma amazônico.

Casos, por exemplo, da Alemanha e da Noruega. Mais uma prova de que Mourão enverga, mas não quebra. A missão é para lá de difícil. Historicamente os maiores doadores do Fundo Amazônia, alemães e noruegueses suspenderam os aportes como resposta ao avanço do desmatamento na Região e à política ambiental do governo Bolsonaro. Em meio a tantos “adversários” dentro do governo – do próprio presidente Bolsonaro aos ex- ministros Ernesto Araújo e Ricardo Salles -, Mourão ainda conseguiu colocar tropas para conter as queimadas na Amazônia.

Recentemente, garantiu também a extensão por mais 45 dias da operação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) para o combate a crimes ambientais na Amazônia. Mas, na prática, o efetivo utilizado e os recursos disponíveis sempre se mostram aquém do necessário. As articulações junto aos países vizinhos para ampliar a importância da OTCA entram na mesma cota do empenho quase pessoal de Mourão. A Organização assumiria um papel de discussão e formulação de políticas de gestão do bioma amazônico de um forma transversal. Passaria a contemplar variáveis como o aproveitamento econômico de seus ativos, benefícios sociais e Defesa territorial. Procurada pelo RR, a Vice-Presidência da República não se pronunciou.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #Tratado de Cooperação Amazônica


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Fundo Alcolumbre?

31/08/2021
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A decisão do Banco de Amazônia de abrir uma linha de crédito para o Amapá no valor de R$ 450 milhões teria sido uma vitória de Davi Alcolumbre. Pelo menos é o que o próprio ex-presidente do Senado estaria espalhando junto a sua base política no estado. O  dinheiro vai sair de um puxadinho do Fundo Constitucional do Norte.

#Banco de Amazônia #Davi Alcolumbre


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Banco da Amazônia cai na teia do Centrão

26/08/2021
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A presidência do Banco da Amazônia (Basa) entrou no leilão de cargos de Jair Bolsonaro junto ao Centrão. O atual no1 do Basa, Valdecir Tose, deve perder o lugar para um nome indicado pelo PP, do “sempre ele” Ciro Nogueira. Funcionário de carreira do banco, Tose tem fama de “difícil” entre os parlamentares, pela sua reduzida flexibilidade para demandas políticas.

#Banco da Amazônia #Ciro Nogueira #Jair Bolsonaro


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Sinal de alerta no Amazonas

23/08/2021
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Uma equipe de epidemiologistas da Fiocruz vai desembarcar no Amazonas nesta semana. Os cientistas pretendem investigar as condições de propagação da variante Delta do coronavírus no estado, além da disseminação de três novas sub-linhagens da cepa Gamma. Há indícios, inclusive, de que esses sub-tipos do estariam circulando por estados vizinhos. Há uma preocupação redobrada da Fiocruz por conta dos indicadores de vacinação na região. Na média, os estados do Norte apresentam os mais baixos índices de pessoas imunizadas com a segunda dose.

#Covid-19 #Fiocruz

Acervo RR

Tudo azul

20/08/2021
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A produção de gás no campo de Azulão, no Amazonas, está apresentando resultados acima dos estimados pela Eneva. A ponto de os franceses já cogitarem uma redução dos investimentos previstos para novas perfurações na área, comprada da Petrobras em 2017.

#Eneva


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ESPECIAL | Os “frotistas” sentaram praça na política

10/08/2021
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O RR fez afirmações contundentes, em duas edições da newsletter (26 de julho e 4 de agosto), sobre a aversão dos militares a Lula. A repercussão foi grande. Mas nada vai mudar. As Forças Armadas continuam sendo o “partido” mais fiel ao presidente e odeiam Lula pela conjugação de acontecimentos históricos, envolvendo a biografia e uma certa distonia nos discursos. As alianças políticas, relações internacionais, posicionamento em temas como a Amazônia – os generais acham que os países ricos querem usurpá-la do Brasil – e o discurso demasiadamente pró-povo, confundido com a intenção de criação de um exército de contingência, geram um incômodo sem par dos militares em relação ao petista.

O episódio da Lava Jato deu o arremate nesse divórcio do que nunca foi um casamento. Veio então o Armagedom. Com a eleição de Jair Bolsonaro, os ataques de Lula ao presidente passaram a ser tomados como contra os militares. Até o ex-comandante do Exército, general Villas Bôas – um “castelista” de raiz -, que se comportou com fidalguia na gestão Lula deu um basta aos pruridos e saiu da caserna para o Twitter, fazendo ameaças. Bolsonaro, então, com sua linguagem dos quartéis – entre o grosseiro e o inconveniente – e as permanentes mesuras aos militares, tornou-se o candidato in pectore das Forças Armadas. O RR conversou com três generais da ativa. Ainda que com desconforto para comentar o tema, todos desmentiram ou desconfiaram da frase do general Hamilton Mourão sobre a esperança em relação ao surgimento de uma terceira via para a disputa eleitoral.

O candidato verde oliva é Bolsonaro. O “inimigo” é Lula. O ex-presidente representa na cabeça dos militares um caso psicanalítico, tamanho o número de interpretações, ressignificações, mal entendidos e acidentes cognitivos. Lula não é o bicho papão que pensam as Forças Armadas. Ao longo da sua trajetória, fez alianças à gauche e à droite. Como todo mobilizador social, acendeu um sinal no Forte Apache. A proximidade, na campanha, com colaboradores e ativistas petistas e de outras correntes mais aguerridas e, principalmente, a ida de José Dirceu para chefiar o governo, funcionaram como o balde de água vermelha. A disposição de “El Comandante” de influir na formação dos militares e intervir no sistema de informações das Forças, além de apoiar um projeto de regulação da mídia, colocou socialistas brandos e radicais no mesmo saco.

Lula, que nunca foi um socialista, acabou embrulhado como o mais perigoso deles. Isso jamais foi dito, mas causou reações fortíssimas. Dilma Rousseff, por sua vez, chegou com a sua indisposição para acarinhar o estamento militar. Pelo contrário: valorizava sua trajetória de guerrilheira – esfregada várias vezes na cara dos oficiais -, reforçando o que já era um pensamento inamovível: a revolução bolchevique estaria aguardando em alguma esquina para marchar e “tomar o poder”. Um poder, aliás, que os petistas já detinham. Vai entender… Durante a passagem de Joaquim Barbosa pelo STF, foi utilizada a teoria do domínio do fato para enfeixar Dirceu como o “cérebro da meliância” e Lula, o “chefe da gangue”.

Sergio Moro, posteriormente, foi useiro e vezeiro do mesmo expediente. Os militares, com todas as preocupações com ingerências na sua soberania, nunca fizeram carga sobre uma suposta associação de Moro com a CIA, apesar de alguns indícios de que as ligações existiam. Pode ser. Mas Moro serviu a um propósito além da “eugenia jurídica”. Ao contrário do que ocorreu com o ex-juiz, foram levantadas todas as suspeitas sobre a “guerrilheira Wanda” ter criado a Comissão da Verdade com o objetivo de manifestar seu desapreço pelos militares. A iniciativa foi um marco de afastamento do PT das forças de segurança, que encontrariam em Bolsonaro a sua tradução mais oportuna. O atual presidente apoia procedimentos “mais brutos”, digamos assim, e domina a linguagem intimidadora do estamento policial.

O pachorrento Lula nunca foi um quadro de armas ou um pregador bolchevique perigoso, nem mesmo um menchevique manso. Bobagem. Como dizia o general Golbery do Couto e Silva, “Lula é dos nossos”. O cardeal Dom Evaristo Arns falava a mesma coisa. Sindicalistas também. Os poderosíssimos dirigentes das grandes montadoras achavam o ex-presidente um bom negociador, mas suave. Ele sempre queria concluir as conversações em torno de um chope ou um copo de destilado, de preferência em um boteco. Golbery não disse que o então sindicalista era um dos “nossos” para depreciá-lo. Quem “não era dos nossos” era Leonel Brizola. Lula teve um papel importante no xadrez dos militares da época para o desmonte do político gaúcho.

Nem assim, deixou de ser “comunista”. O petista é articulado, pragmático, negociador por natureza, odeia soluções agressivas, tem passagem por todos os grupos da sociedade civil e está pronto para compor com a centro-direita e até com uma direita civilizada na feitura do seu programa de governo e na composição da base aliada. Aliás, já fez isso no passado. Os generais “castelistas”, a começar pelo presidente Geisel, tratavam Lula como um ogro de pelúcia. Tinham a compreensão de que o líder sindical podia ser mais colaborador do que adversário.

A distensão gradual e democrática da ditadura tinha no petista um hábil apoiador. Lula mordia e soprava. Com Jair Bolsonaro, o Alto Comando, os quartéis, as polícias, todos endureceram. O número de “frotistas” – referência ao ex-ministro do Exército, general Sylvio Frota – aumentou, especialmente no Palácio do Planalto. O general Braga Netto, que já teve seu momento “castelista”, bandeou-se para o “frotismo”, afinando suas posições com as do general Augusto Heleno, um “frotista” de carteirinha. Esta simbiose entre Bolsonaro e os militares acaba por gerar malefícios, inclusive para a própria imagem das Forças Armadas. Um exemplo: até exercícios militares ou mesmo solenidades passam a ser interpretados como manifestações políticas.

É o caso do desfile de blindados das Forças Armadas programado para hoje, em Brasília. Lula tem determinação, como já mostrou em episódios de prisão e massacre moral. Voltou às quadras para disputar uma nova partida. Leva um carry over complicadíssimo, de fidelidade em relação aos “companheiros vermelhos”, que ousaram mais do que podiam em uma convivência de cristais. Mas não é um vampiro nem a mula de sete cabeças. Muito menos um Lenin reencarnado. É um populista, igual Bolsonaro, s que antenado em causas mais patrocinadas pelo mundo. Lula é o candidato ESG; Bolsonaro, o postulante que chuta porta de todas as causas humanitárias internacionais. Ambos prometem o que não vão entregar. Nenhum deles diz sinceramente quem é.

Inventaram personagens. A questão é que o “comunismo d plantão”, que, segundo os radicais, ameaça tingir a bandeira verde e amarela de vermelho, foi anexada ao pacote “Lula incendiário”. Como se muda um pensamento obsessivo? Mesmo que o trem não vá na direção da Estação Finlândia, Luiz Inácio não escapará da pecha de comunista. É o “Joseph” Lula da Silva, vulgo Koba, um nordestino atarracado que poderia ser tomado por um georgiano, a despeito das diferenças de biotipo. O ex-presidente terá de convencer os quartéis de que o Lula revolucionário somente existe no imaginário dos militares. Bolsonaro, por sua vez, joga o jogo com um trunfo na mão. É o presidente-candidato confiável para todas as forças de segurança do país. Paciência! É difícil que, para os militares, o “sapo barbudo” deixe de ser o “Lulinha vermelho”, sem paz nem amor. Na atual geração de generais, essa visão dos fatos parece irreversível. Mas, mesmo com todo o excesso de convicção, anotem: não vai ter golpe.

#Forças Armadas #General Augusto Heleno #Lula #Sérgio Moro


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Solidariedade que vai custar caro

29/07/2021
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O mérito da iniciativa é indiscutível, mas a decisão do governo Bolsonaro de doar oito mil toneladas de arroz para o Líbano e Moçambique vai custar mais do que o previsto. Segundo o RR apurou, a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das Relações Exteriores, terá de arcar com o transporte marítimo do produto. O curioso é que ações humanitárias desta natureza costumam ser bancadas pelo Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas. Não dessa vez. Vai ver, foi a forma encontrada pela ONU para abater alguns grãos dos mais de US$ 300 milhões que o governo brasileiro lhe deve. Trata-se de mais um caroço nas relações entre o organismo multilateral e o governo Bolsonaro. Em setembro do ano passado, por exemplo, o relator especial da ONU, Baskut Tunkat, pediu a abertura de uma investigação contra o Brasil por conta do desmatamento da Amazônia e por violação de direitos humanos. Procurado, o Ministério da Agricultura confirmou a doação, mas disse que questões relacionadas às despesas logísticas deveriam ser esclarecidas pela ABC. O Itamaraty, por sua vez, não se pronunciou.

#Agência Brasileira de Cooperação #Ministério das Relações Exteriores


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Nem tudo é mau trato nesse governo

29/07/2021
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A Funai está acelerando os estudos para homologar novas pistas de pouso em territórios indígenas, notadamente na Amazônia e no Centro-Oeste. Trata-se de uma cobrança antiga de ONGs e de grandes tribos do país. As pistas serão usadas para operações de forças de segurança e para ações humanitárias. Procurada, a Funai limitou-se a confirmar a homologação da pista na Terra Indígena Zo ´é, no Pará, realizada em junho.

#Funai


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Pacto Anti-Aras na Procuradoria do Trabalho

28/07/2021
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Segundo o RR apurou, os três candidatos ao posto de procurador-geral do Trabalho teriam firmado um pacto entre si: quem ficar em segundo ou terceiro na lista tríplice que será encaminhada ao PGR, Augusto Aras, não deverá aceitar uma eventual indicação ao cargo. Ou seja: os dois derrotados na eleição marcada para o próximo dia 3 endossarão a escolha pelo nome mais votado. Estão no páreo os procuradores Margaret Matos e Márcio Amazonas e o sub-procurador Geral do Trabalho, José Lima, sub-procurador-geral do Trabalho. O pacto tem endereço certo. Aras, como se sabe, não é muito afeito a essas coisas: assumiu e foi reconduzido à PGR sem sequer constar da lista tríplice do Ministério Público.

#Augusto Aras #PGR


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Taxa de incêndio

27/07/2021
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O ministro das Relações Exteriores, Carlos Alberto França, abriu conversações com os governos da Noruega e da Alemanha na tentativa de retomar os aportes dos dois países no Fundo Amazônia, suspensos desde 2019. O problema é o de sempre: segundo dados divulgados ontem pelo Imazon (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a área desmatada da Amazônia cresceu 10% nos últimos 12 meses.

#Imazon #Ministério das Relações Exteriores


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Pandemia estimula um “PPI” de portos clandestinos

23/07/2021
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A pandemia gerou, como efeito colateral, um surto de terminais portuários fora da lei. Investigações conduzidas pela Polícia Federal apontam para a atuação de grandes facções criminosas por trás das dezenas de portos fluviais clandestinos que vêm sendo desbaratados pela corporação nos últimos meses, notadamente em regiões de fronteira na Amazônia e no Centro-Oeste. Segundo informações filtradas da própria PF, grupos como o PCC (Primeiro Comando da Capital) e Família do Norte estariam entre os principais responsáveis pela construção de terminais para o embarque e desembarque de drogas, armamentos pesados e contrabando.

A instalação dessas estruturas teria sido a forma encontrada pelo crime organizado para driblar os esquemas de fechamento de fronteiras secas em vigor desde o início da pandemia, em algumas regiões com o uso de tropas federais. Procurada, a PF não se manifestou. Como quase tudo que diz respeito ao crime organizado, o fio da meada é longo e vai além das divisas brasileiras.

Esse vasto sistema de logística portuária esconderia uma espécie de Programa de Parceria de Investimentos (PPI) entre facções domésticas e internacionais, a começar pelas Farc, da Colômbia. Nos últimos meses, a PF tem feito seguidas operações na tentativa de asfixiar a capilaridade fluvial do crime organizado. Em uma das maiores ações, em março deste ano, a Polícia Federal, com o apoio do Exército, destruiu 41 terminais portuários clandestinos às margens do Lago Itaipu, no Paraná.

#Polícia Federal


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O palanque de Omar Aziz

19/07/2021
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Um importante senador da CPI da Covid, de oposição a Jair Bolsonaro, relatou ao RR uma conversa razoavelmente tensa com Omar Aziz, na qual o aconselhou a reduzir os recorrentes ataques ao governo do Amazonas. Algumas sessões estão virando palanque eleitoral de Aziz, tido como um potencial candidato ao governo do estado no ano que vem.

#CPI da Covid #Jair Bolsonaro


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História de pescador?

13/07/2021
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Vai ser difícil o governo cumprir a promessa de privatizar sete terminais pesqueiros no Amazonas, Espírito Santo, Pará, São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Norte. Até o agora, o Ministério da Agricultura sequer enviou a documentação sobre a licitação para o TCU – informação confirmada ao RR pela Corte.

#Ministério da Agricultura


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Alguma coisa melhorou no meio ambiente

12/07/2021
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O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Alvaro Pereira Leite, tem participado ativamente das discussões no Conselho da Amazônia sobre a nova operação militar contra as queimadas na região. Bem diferente de Ricardo Salles, que era um síndico ausente no Conselho. A ponto de, no dia 7 de junho, quando perguntado sobre a participação do então ministro no colegiado, o general Hamilton Mourão dizer: “Tem muito tempo que eu não vejo”.

#Joaquim Alvaro Pereira Leite #Ricardo Salles


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Governo convoca o Exército para grandes obras fluviais

1/07/2021
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O RR não poderia ter sido mais preciso. O Exército deverá efetivamente participar da execução dos grandes projetos de infraestrutura. A informação foi confirmada pela Força Armada e antecipada pela newsletter em 5 de outubro de 2020, quando uma fonte do meio militar garantiu que as conversações estavam em andamento. Os Ministérios da Infraestrutura e do Desenvolvimento Regional, mais precisamente a Codevasf, vêm mantendo tratativas com o Exército para a retomada dos trabalhos de revitalização das margens do Rio São Francisco. Em contato com o RR, a Força informou que as conversações se dão por intermédio do Sistema de Obras de Cooperação, subordinado ao Departamento de Engenharia e Construção do Exército (DEC). Disse ainda que o governo está elaborando uma Portaria “com a finalidade de criar um Grupo de Trabalho Interministerial composto pelo Ministério da Infraestrutura, Ministério do Desenvolvimento Regional e Ministério da Defesa”. Caberá ao grupo “acompanhar as ações necessárias para a retomada da navegação da Hidrovia do São Francisco”. É apenas a ponta do iceberg. No governo, a intenção é que a expertise do Exército seja aproveitada em outros projetos hídricos, inclusive na Amazônia. Ressalte-se que a MP da Eletrobras foi aprovada com uma emenda autorizando a participação de militares em projetos de revitalização nas bacias do São Francisco e do Parnaíba.

#Codevasf #Exército #Força Armada #Ministério da Infraestrutura #Ministério do Desenvolvimento Regional e Ministério da Defesa


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Mourão no banco de reservas

1/07/2021
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Jair Bolsonaro vem sendo aconselhado a reforçar o time brasileiro que participará da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP26), em novembro. O reforço em questão seria a escalação do general Hamilton Mourão, comandante do Conselho da Amazônia, ao lado do novo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Álvaro Pereira Leite. A julgar pela distância cada vez maior entre Bolsonaro e Mourão, trata-se de uma hipótese pouco provável.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente


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Na terra de Mourão

30/06/2021
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O Land Innovation Fund, fundo criado com recursos da Cargill, estaria prospectando projetos de manejo sustentável na Amazônia. Sem Ricardo Salles no governo, fica um pouco mais fácil.

#Cargill #Ricardo Salles


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Nem tudo é queimada na Amazônia

29/06/2021
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Informação entreouvida pelo RR no Palácio do Planalto: Jair Bolsonaro vai vetar o trecho da MP 1034/2021 que retirou isenção tributária sobre combustíveis na Zona Franca de Manaus (ZMF). A pressão dos parlamentares do Amazonas é grande, sobretudo após a Câmara ter autorizado que toda a produção industrial em ZPEs seja destinada ao mercado interno. Da noite para o dia, as empresas da ZMF ganharam novos concorrentes. Consultada pelo RR, a Secretaria de Governo informou que o projeto “está em análise”.

#Jair Bolsonaro #Palácio do Planalto


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Uma saga de ouro e fé nos garimpos da Amazônia

24/06/2021
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O esforço da igreja evangélica para a conquista de fiéis na Amazônia está gerando derivativos em áreas inusitadas. Segundo uma fonte da Polícia Federal, um dos grupos neopentecostais mais influentes do país fez uma cabeça de ponte dentro de garimpos na região. Tudo começou com o pagamento em dízimos através do ouro extraído. O segundo movimento foi a própria igreja supostamente passar a comprar o metal direto dos garimpeiros, como se fosse uma verdadeira intermediária.

Nesse caso, seria uma operação juridicamente complexa, pois a legislação permite várias interpretações. Conforme o Código Civil Brasileiro, através da Lei no 10.825, de 22 de dezembro de 2003, inciso IV do art. 44, os templos “são livres quanto à criação, à organização, à estruturação interna e o seu funcionamento, sendo vedado ao poder público negar-lhe reconhecimento ou registro dos atos constitutivos e necessários ao seu funcionamento”. Ou seja: a lei não deixa claro quais são os limites das organizações religiosas. Mas as considera como pessoas jurídicas sem fins econômicos ou lucrativos. Ressalte-se que não há nenhuma acusação de que a atuação dos neopentecostais na região seja ilegal.

Até porque a caracterização do que é dízimo e do que é compra de ouro se situa em uma tênue fronteira. Há de se enfatizar outro empecilho para que o Poder Público monitore a atuação das organizações religiosas em área de garimpo: esta é uma questão que, em maior ou menor medida, está pulverizada entre diversas esferas de governo. No passado, mais precisamente durante o regime militar, o assunto estava concentrado no SNI. Quem tomava conta do principal garimpo, o de Serra Pelada, era o então “mito” major Sebastião Curió. Hoje, quem é o responsável, formalmente, pelos controles dos garimpos? A PF? O GSI? A Abin? A Agência Nacional de Mineração (ANM)?

Procurada pelo RR, a Polícia Federal disse que “não comenta nem confirma a existência de possíveis investigações em andamento”. Por sua vez, o GSI afirma que o controle de garimpos não é da sua competência. Perguntado se investiga ou tem informações sobre a atuação de igrejas evangélicas em áreas de garimpo da Região Amazônica ou mesmo na intermediação da compra de ouro, o Gabinete disse que não se manifestaria sobre essas questões “por tratar-se de assuntos relacionados com a atividade de Inteligência de Estado”. A Abin informou que “como o GSI divulgou posicionamento sobre o tema, a Agência considera o assunto esclarecido”.

Igualmente procurada, a ANM não se manifestou. O RR enviou uma série de questionamentos a algumas das maiores e mais representativas igrejas evangélicas do país presentes na Região Amazônica. Perguntada se atua em área de garimpo na Amazônia e se tem controle do número de garimpeiros que se tornaram fiéis, a Igreja Universal do Reino de Deus (IURD) disse que “a Região Amazônica envolve uma área de 5,5 milhões de m2. Se o jornalista puder ser um pouco mais preciso sobre qual dos 7,2 mil tempos da Universal, incluindo estados da Região Amazônica, poderíamos ser mais específicos na resposta”.

Consultada se costuma receber pepitas de ouro como pagamento de dízimo ou compra ouro de garimpeiros como forma de facilitar esse processo de venda do metal, notadamente durante a pandemia, a IURD nega esse procedimento. Por sua vez, a Igreja Internacional da Graça de Deus (IIGD) diz possuir templos religiosos em algumas cidades da Região Amazônica, mas afirma que “não atua em área de garimpo”. A IIGD esclarece ainda que “não recebe pepitas de ouro a qualquer pretexto” e “não compra outro e muito menos intermedia qualquer transação nesse sentido”. Também procuradas, a Igreja Mundial do Poder de Deus e a Sara Nossa Terra não se pronunciaram até o fechamento desta edição. A newsletter tentou ouvir também a Frente Parlamentar Evangélica, por meio de seu coordenador, deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP), que não quis se manifestar.

#Amazônia #Polícia Federal


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Amazon quer comer a bola

24/06/2021
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A Amazon Prime estuda entrar na disputa pela compra dos direitos de transmissão da Taça Libertadores para a América do Sul. Ressalte-se que, recentemente, a plataforma de streaming fechou uma parceria com o Premiere para a exibição de jogos do Campeonato Brasileiro.

#Amazon Prime


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Ponto final

24/06/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Foundation Capital, Presidência da República, Indorama, GIC, Amazon, Michel Temer, MPF e Belterra.


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Crime organizado aterroriza o setor de navegação na Amazônia

23/06/2021
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O crime organizado virou o “dono” das águas da Amazônia. Companhias marítimas têm cobrado do Ministério da Justiça um reforço da vigilância nos rios da região, seja com a ação ostensiva da Polícia Federal, seja com o uso da Força Nacional de Segurança. Os armadores relatam seguidos ataques de bandidos aos cargueiros que navegam na Bacia Amazônica.

Segundo cálculos do setor, os prejuízos com o roubo de cargas estimados para este ano chegam perto dos R$ 250 milhões. De acordo com um empresário do setor de navegação ouvido pelo RR, uma das áreas mais perigosas é o Estreito de Breves, um labirinto de rios e ilhotas no Pará. O método é quase sempre o mesmo: os bandidos interceptam a embarcação, assumem seu controle e a levam para margens de rios ciliares ou para alguma das inúmeras ilhas existentes na região, fazendo os tripulantes de reféns durante a pilhagem da carga transportada. De acordo com a fonte do RR, já houve registros de mortes.

Consultado, o Ministério da Justiça não se pronunciou. A maior parte dos ataques e roubos de carga são atribuídos à Família do Norte, maior facção criminosa da região. Responsável pelas mais recentes e bárbaras rebeliões em presídios do Amazonas e de Rondônia, o grupo é apontado como uma extensão das FARC na Amazônia brasileira. Os alvos preferidos são barcaças transportando caminhões de carga. Mas, nos últimos meses, de acordo com a mesma fonte, tem sido registrado um aumento do roubo de combustíveis.

O problema é que o cobertor do aparelho de segurança pública é curto. A PF teria aproximadamente 150 agentes na região, número insuficiente para cobrir os rios da Bacia Amazônica. Somadas, as secretarias de segurança dos região disponibilizariam não mais do que 50 policiais que circulam regularmente na imensidão de rios e afluentes da Amazônia.

#Força Nacional de Segurança #Ministério da Justiça #Polícia Federal


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“Menos médicos”

21/06/2021
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Surgiu mais uma zona de atrito entre Augusto Aras e seus comandados. A decisão do Ministério Público Federal de entrar na Justiça requisitando a ampliação do Mais Médicos no Amazonas teria se dado à revelia de Aras. O mesmo se aplica ao pedido do MPF ao Judiciário para impedir que o governo federal reduza o número de vagas do programa. Aras mimetiza o pensamento de Jair Bolsonaro sobre o assunto – aliás, sobre quase todos os assuntos. O Mais Médico, criado no governo petista, é alvo regular de Bolsonaro. O presidente já declarou que o objetivo do programa era formar “núcleos de guerrilha” no Brasil.

#Augusto Aras #Ministério Público Federal


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A difícil volta ao Ibama

18/06/2021
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Enquanto a vaga no STF não vem, uma missão a mais para André Mendonça: a AGU prepara um recurso ao STF requisitando a reintegração de Eduardo Bim à presidência do Ibama. Bim foi afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Ele é investigado no âmbito da Operação Akuandaba, que apura um suposto esquema de contrabando de madeira na Amazônia. Curiosamente, Bim é funcionário de carreira da Advocacia Geral da União.

#AGU #Alexandre de Moraes


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Medo do vizinho

17/06/2021
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O governo do Peru fez chegar ao Ministério da Defesa brasileiro a informação de que reforçou a presença do seu Exército na fronteira entre os dois países. A medida preventiva das autoridades peruanas se deve aos recentes episódios de violência e ataques do crime organizado no Amazonas.

#Amazonas #Exército #Ministério da Defesa brasileiro


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Voz de comando

17/06/2021
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O ministro da Defesa, general Braga Netto, foi uma voz importante para que Jair Bolsonaro autorizasse a nova operação de GLO na Amazônia. Se dependesse só da requisição do general Hamilton Mourão, que chefia o Conselho da Amazônia, era bem capaz do sinal verde não sair.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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Captação verde

11/06/2021
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Além da Noruega, o vicepresidente, general Hamilton Mourão, vem mantendo tratativas com o governo da Alemanha. Nos dois casos, o objetivo é o mesmo: retomar os aportes no Fundo Amazônia ainda neste ano.

#Hamilton Mourão


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“Bolsa Governador” está por um fio

10/06/2021
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Segundo o RR apurou junto ao gabinete de um dos ministros do Supremo, a Corte está inclinada a declarar a inconstitucionalidade do pagamento de pensão a ex-governadores e viúvas. O julgamentodo polêmico caso em plenário começa amanhã. Ressalte-se que a Procuradoria Geral da República já deu parecer favorável ao fim do privilégio. O benefício está previsto em lei em nove estados – Amazonas, Acre, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, Paraíba, Sergipe e Pará.

#Procuradoria Geral da República


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Alexandre Saraiva pode parar na oposição

9/06/2021
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O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, autor das denúncias contra o ministro Ricardo Salles, teria sido sondado por PSB e Rede para ingressar na política. O curioso é que Saraiva é próximo ao diretor da Abin, Alexandre Ramagem, homem de confiança de Jair Bolsonaro.

#Alexandre Saraiva


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Batalha do e-commerce

8/06/2021
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De primeira: a Amazon planeja construir mais um centro de distribuição no Brasil. O investimento seria da ordem de R$ 70 milhões. A prioridade da gigante do e-commerce é reduzir o tempo de entrega de produtos no país, notadamente em relação ao Mercado Livre, um de seus maiores concorrentes.

#Amazon


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Ponto final

8/06/2021
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Sforza Holding, Amazon e Phosagro.

#Amazon #PhosAgro #Sforza Holding


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Pororoca virtual

2/06/2021
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O governador do Amazonas, Wilson Lima, estuda pedir ao STF que investigue a origem dos crescentes ataques contra ele nas redes sociais. Lima alega estar recebendo um bombardeio de fake news nas mídias digitais. Trata-se de um alvo óbvio: Lima é assumidamente um adversário político de Jair Bolsonaro.

#Wilson Lima


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O BR do Mar periga virar sertão

28/05/2021
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A bancada de senadores da Região Amazônica vai apresentar um pacote de emendas ao projeto de lei 4199/2020, conhecido como BR do Mar. O risco é atrasar ainda mais a votação do marco regulatório do setor de cabotagem. Com as emendas, o PL ainda terá de voltar ao Senado. Era tudo o que o ministro Tarcísio Freitas não queria.

#Tarcísio Freitas


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Bolsonaro na garupa

27/05/2021
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Os fabricantes de motos da Zona Franca de Manaus pretendem levar um pacote de propostas ao governo para evitar demissões no setor. Com a grave crise sanitária na capital amazonense, a produção em abril foi 30% inferior ao mesmo mês em 2020. Se falarem com Jair Bolsonaro, é capaz de ele ir de moto até Manaus.

#Jair Bolsonaro


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Hidrelétricas do Tapajós ganham nova energia

26/05/2021
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O principal projeto sobre a mesa do ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, é o resgate de um empreendimento idealizado no governo Dilma: a construção do complexo de hidrelétricas da Bacia do Tapajós. O ministro pretende destravar ainda neste ano o processo de instalação das três primeiras usinas, de um total de cinco geradoras, seguindo o planejamento inicial anunciado em 2011. A joia da coroa é a hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, com capacidade de 6,1 gigawatts – o equivalente a meia Belo Monte.

O projeto, ressalte-se, enfrenta fortes resistências de ambientalistas e indigenistas. Todas as geradoras serão erguidas em regiões indígenas. O caso mais intrincado, seja pela sua localização, seja pelo seu tamanho, é exatamente o da usina de São Luiz do Tapajós. Ela ficará no território dos Mundurukus. Para a construção da sua barragem, está previsto o alagamento de uma área de 722 km2, mais do que o trecho impactado para a implantação de Belo Monte (510 km2). A instalação das usinas, portanto, exigirá tratativas complexas com os indígenas e a negociação de contrapartidas. Um bom começo seria se o governo expulsasse os mais de dois mil garimpeiros que atuam ilegalmente na reserva dos Mundurukus.

Existe um enorme potencial hidrelétrico a ser explorado na Amazônia. Somando-se todos os estudos do Ministério de Minas e Energia, o estoque de projetos chega a 16 gigawatts – equivalente a uma Itaipu. Há um quê de “Brasil grande” nesse enredo, bem ao gosto dos militares. O curioso é que todo este projeto, de certa forma, vai na contramão da privatização da Eletrobras. Se consumada, a venda da estatal prejudicará consideravelmente a construção das usinas do Tapajós. Este é tipicamente um empreendimento de Estado, que pressupõe ocupação de terras, investimento público, empenho político, além de ser algo que, eventualmente, pode gerar dividendos eleitorais.

Depois da TermoLuma, quem sabe a TermoEike…

Eike Batista é indomável. O empresário está se articulando com investidores estrangeiros para a construção de termelétricas no Brasil. A quem quiser ouvir diz que o momento é propício para a empreitada devido ao preocupante nível dos reservatórios das hidrelétricas no país – ainda que o governo garanta não haver risco de racionamento de
energia. Por onde quer que vá, Eike carrega uma extensa folha corrida: recuperações judiciais, prisão, confisco de bens, delação premiada, bilhões em prejuízos, processos na CVM etc. Mas não se pode negar que o empresário tem track records no setor de energia.

A antiga MPX, atual Eneva, teve seu brilho. Chegou a ser a maior geradora de energia térmica de capital privado do país. Um de seus investimentos mais bem-sucedidos – e polêmicos – foi a TermoCeará, mais conhecida como TermoLula. Eike ganhou rios de dinheiro em cima da Petrobras, seja com generosos contratos de venda de energia, seja na transferência do controle da geradora para a estatal. Em 2005, o empresário embolsou US$ 137 milhões na operação. À época, o então diretor de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, disse que a compra da TermoCeará ia “transformar um negócio escandaloso em um péssimo negócio”.

#Hidrelétricas do Tapajós


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O diversionismo bolsonarista

26/05/2021
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Quem com CPI fere, com CPI será ferido. Deputados estaduais bolsonaristas estão se mobilizando para entrar com pedidos de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito em suas respectivas Assembleias Legislativas. O objetivo seria investigar governadores pelo suposto desvio de verbas federais destinados para o combate à pandemia. As articulações nesse sentido estariam mais avançadas no Amazonas e na Bahia, tendo, como alvos, os governadores Wilson Lima e Rui Costa. Como quase tudo que leva a assinatura de Bolsonaro e de seus apoiadores neste momento,
seria uma forma de desviar o foco da CPI da Covid, no Senado.

#CPI da Covid


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República de Salles

25/05/2021
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O MPF tem recebido uma série de denúncias de uso ilegal de agrotóxicos na Região Amazônica. Parcela expressiva dos casos se concentra em fazendas de soja no norte do Mato Grosso. O problema, no entanto, vem se alastrando por outras áreas. Recentemente, por exemplo, o Ministério Público do Acre flagrou a pulverização de agrotóxicos no Acre em uma propriedade próxima à reserva Chico Mendes.

#Agrotóxicos


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Brasil cinza

24/05/2021
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O que se diz no Ministério do Meio Ambiente é que Ricardo Salles já estaria batendo de frente com o superintendente do Ibama no Amazonas, Carlos Eduardo de Oliveira, há apenas um mês no cargo. Salles não quer um superintendente, mas um ardoroso defensor.

#Ibama


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STJ avança contra os governadores anti-Bolsonaro

21/05/2021
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Em meio à CPI da Covid, a queda de braço entre governadores da oposição e o presidente Jair Bolsonaro tende se acirrar nas próximas semanas. Segundo informações filtradas pelo RR, o STJ deverá analisar no mês de junho se aceita ou não as denúncias contra Rui Costa, da Bahia, e Helder Barbalho, do Pará, por supostos desvios de verbas federais para o combate à pandemia. Ressalte-se que a Corte já marcou para o dia 2 de junho a avaliação do pedido de abertura de processo contra o governador da Amazônia, Wilson Lima, também acusado de irregularidades na gestão da Covid-19. Ou seja: em um intervalo de poucos dias, três governadores podem se tornar réus. Procurado, o STJ comunicou que “não divulga informações sobre ações originárias em segredo de justiça, as quais estão sob o comando dos respectivos relatores, sob pena de prejuízo ao andamento das investigações.”

O que tem causado estranheza entre chefes do Executivo estadual é o timing do STJ. Em conversa com o RR, um dos governadores levantou suspeitas de que Jair Bolsonaro estaria usando sua influência junto ao presidente da Corte, Humberto
Martins, para acelerar a análise dos processos. Seria uma tentativa de reduzir os holofotes sobre a CPI e desviar o foco para cima de adversários políticos. A proximidade entre o presidente do STJ e o clã alimenta a rede de intrigas e o cenário de desconfiança com o qual os governadores trabalham. Martins é um dos nomes cotados para assumir a vaga de Marco Aurélio de Mello no Supremo. Não custa lembrar também que, em agosto do ano passado, na condição de corregedor nacional da Justiça, o magistrado pediu a investigação da conduta disciplinar do juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo processo das rachadinhas contra o senador Flavio Bolsonaro.

#STJ


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Guerrilha da Covid

20/05/2021
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Senadores governistas têm vazado no Congresso que o governador do Amazonas, Wilson Lima, teria usado verbas federais destinadas à pandemia para pagar voos de jatinho. Os gastos teriam somado mais de R$ 2,4 milhões.

#Wilson Lima


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Mise-en-scène

13/05/2021
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O ministro Ricardo Salles tem sido aconselhado por assessores a participar com mais regularidade de operações de combate ao desmatamento na Amazônia comandadas pelo Ibama e pelo ICMBio. Sua presença em cena seria uma forma de amainar as pressões pela sua saída do Ministério. Assim é se lhe parece.

#Ricardo Salles


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Máquina de vendas de ativos

13/05/2021
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O RR apurou que a Máquina de Vendas tem sondado possíveis compradores para os seus dois centros de distribuição, em Goiás e no Amazonas. Uma das empresas procuradas foi a Global Logistic Properties (GLP), de Cingapura, um dos maiores investidores em condomínios logísticos do mundo. A Máquina de Vendas, dona da marca Ricardo Eletro, precisa vender ativos com urgência. Em recuperação judicial, carrega um passivo de R$ 5 bilhões.

#Máquina de Vendas


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Conexão Oslo

12/05/2021
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O vice-presidente, Hamilton Mourão, vai iniciar uma nova rodada de conversações com o embaixador da Noruega no Brasil, Nils Martin Gunnegn. Em pauta, a retomada dos aportes do governo norueguês no Fundo Amazônia, suspensos desde 2019.

#Hamilton Mourão


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Preliminar

10/05/2021
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A Amazon, que, entre outros campeonatos, transmite a Premier League, pretende entrar na disputa pela compra de competições esportivas no Brasil. Seria um aquecimento para o seu grande sonho de consumo no país: ter os direitos dos jogos do Flamengo.

#Amazon #Flamengo


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Ponto final

10/05/2021
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Petrobras, Funcef, Amazon e LongPing.


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Landim no palanque

6/05/2021
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Depois do acordo com a Amazon, o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, pretende selar mais dois grandes contratos de patrocínio, no mais tardar até julho. Cada milhão a mais no cofre é um ponto extra para a sua campanha à reeleição. O pleito está marcado para o fim do ano.

#Amazon #Rodolfo Landim


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“Diplomacia da vacina” vira álibi de Jair Bolsonaro

30/04/2021
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O Palácio do Planalto começou a montar o quebra-cabeças para a defesa do presidente Jair Bolsonaro na CPI da Covid. Há uma preocupação específica em justificar a demora para a aquisição de vacinas, nem que para isso seja necessário descortinar informações delicadas, que, em circunstâncias normais, não deveriam vir à tona. Um dos argumentos centrais levantados por assessores de Bolsonaro é o fato de que a dinâmica de compra e venda de imunizantes não vem sendo guiada apenas por critérios de ordem sanitária. Há obstáculos invisíveis a olho nu. No meio do caminho, surgiram interesses geoeconômicos e comerciais que têm exercido razoável influência sobre negociações. Jair Bolsonaro errou muito, mas ninguém é bonzinho nesse script.

Com todas as sutilezas que costumam pautar discussões diplomáticas, há um jogo tácito de barganhas no mercado multilateral da vacina. Essas tratativas estão imbricadas com interesses comerciais. Uma peça central dessa engrenagem é o leilão de 5G. Há, neste momento, uma incrível interseção geoeconômica entre telefonia e vacina. A China, um dos principais fornecedores de imunizantes para o Brasil, tenta derrubar as barreiras – sobretudo ideológicas – para assegurar a participação da Huawei na licitação do 5G. Uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Mas, provavelmente, não vai ser satanizando a Huawei que o governo brasileiro conseguirá reduzir o atraso no envio dos insumos chineses para a produção da CoronaVac.

A diplomacia é a arte da troca. Que o diga a Suécia. A vacina, neste caso, é uma ampola cercada por interesses cruzados, que vão além da saúde e chegam às telecomunicações e à defesa. Um nome, por sinal, enfeixa esses três setores: Investor AB, maior e mais influente companhia de investimentos dos países nórdicos. Controlado pela família Wallenberg, o grupo é um importante acionista da AstraZeneca, fabricante de uma das duas únicas vacinas, ao lado da CoronaVac, autorizadas pela Anvisa para uso no Brasil. A mesma Investor AB tem participação acionária na Ericsson, que duela pela primazia de fornecer a tecnologia 5G no país. Em disputa, um pacote de investimentos da ordem de R$ 10 bilhões até 2025. Os tentáculos do polvo escandinavo alcançam também a área de Defesa. A holding dos Wallenberg é acionista relevantes da Saab, fornecedora dos novos caças da Força Aérea Brasileira, um contrato de aproximadamente US$ 5,4 bilhões.

Um personagem ainda mais poderoso neste tabuleiro de interesses inoculados no mercado mundial de vacinas são os Estados Unidos. Lá estão a Pfizer e a Moderna, com as quais o governo brasileiro já fechou contratos para a compra, respectivamente, de 100 milhões e de 13 milhões de doses. É bem verdade que a gestão Bolsonaro tem muita culpa no cartório. Em meados do ano passado, recusou uma oferta de 70 milhões de doses da própria Pfizer. Esta será uma das maiores fragilidades do presidente na CPI da Covid. Mas, talvez, o governo tenha de explicitar na CPI que há um jogo a ser jogado com Washington. Os Estados Unidos são a nação que mais pressiona o Brasil neste momento por um plano estruturado contra o desmatamento da Amazônia e a emissão de dióxido de carbono. Os norte-americanos são também fortes interessados em deslocar a Huawei do leilão de 5G no Brasil.

Um fato em especial reforça a argumentação a favor do presidente Bolsonaro: a dificuldade de estados e municípios em fechar a compra de vacinas. O mesmo se aplica a iniciativas do setor privado. Na linha de raciocínio construída pelos auxiliares de Bolsonaro, governos centrais só querem vender vacina para governos centrais. É a gestão federal que decide as grandes pautas dos interesses multilaterais. E o acordo entre o governador João Doria e a China? Esta teria sido a exceção que confirma a regra, um contrato fechado na época em que o presidente Bolsonaro desdenhava da vacina chinesa e que serviu para garantir a entrada do produto no mercado brasileiro.

#Jair Bolsonaro


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Publicidade da JBS não apaga seu passivo ambiental

27/04/2021
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O compromisso público da JBS de investir US$ 1 bilhão até 2030 para reduzir as emissões de carbono é, por si só, uma notícia positiva. No entanto, é preciso avaliar se a cifra é uma fração pequena para compensar o passivo da empresa no quesito sustentabilidade. A JBS é uma corporação condenada pelo seu passado – também nessa área. Que o diga a britânica Global Witness, uma das mais respeitadas entidades do terceiro setor em todo o mundo. Em dezembro, a ONG divulgou um detalhado relatório acusando a empresa de ter comprado gado de 327 fazendas do Pará nas quais ocorreu desmatamento ilegal. De acordo com o levantamento, somente na região de São Félix do Xingu a JBS fez negócio com 109 propriedades alvo de desmate criminoso entre 2017 e 2019.

A JBS contesta o estudo da ONG. Mas a Global Witness não está sozinha. Em outubro do ano passado, outra entidade mundial, a Mighty Earth, desacreditou os planos da empresa dos irmãos Batista de zerar sua contribuição para o desmatamento da Amazônia, classificando-os como mais uma promessa “de uma longa linha de compromissos públicos sem continuidade”. Segundo a Mighty Earth, há mais de dez anos a JBS anuncia que deixará de comprar gado de fazendas desmatadas ilegalmente, sem honrar sua palavra.

O descrédito se alastra também entre investidores. A gestora finlandesa Nordea Asset Management, que administra 200 bilhões de euros, vendeu todas as ações da JBS em carteira. A decisão foi motivada pela suposta ligação da empresa com a destruição ambiental da Amazônia. Ressalte-se ainda o estudo realizado pela Chain Reaction Research (CRR), consórcio de entidades de conservação do meio ambiente. Ao analisar o desmatamento na cadeia de fornecimento da JBS, a CCR identificou uma expressiva exposição a riscos associados à destruição ambiental que podem comprometer 26% do seu lucro e aumentar seu custo de capital em cerca de 30%.

Os cálculos provavelmente não levam em consideração o papel decisivo da JBS na destruição de pequenos abatedouros, inclusive fazendo campanha para que houvesse intervenção sanitária nessas empresas. O resultado foi uma carnificina de milhares de postos de trabalho. O passado, portanto, justifica o estardalhaço com que a companhia anunciou seu plano de reduzir as emissões de carbono, com anúncios pagos na capa das principais publicações impressas do país. Por ora, o tamanho da exposição da JBS na mídia mais indica que a companhia quer surfar na onda da sustentabilidade e fazer com que o seu passado seja esquecido.

#JBS


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Ricardo Salles avança sobre o INPE

26/04/2021
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Alvejado pelas potências mundiais, por ambientalistas e até por funcionários do Ibama, Ricardo Salles se defende atacando seus “inimigos” no próprio governo. Salles estaria fazendo pressão pela demissão do presidente do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Clezio de Nardim. O pecado de Nardim? Na semana passada, o INPE divulgou que o desmatamento da Amazônia
atingiu, em março, o recorde histórico para um único mês. Embora preso ao cargo por um fio, Salles acredita que ainda tem lenha para queimar: sua interferência teria sido decisiva para
a demissão do superintendente da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva.

#Ricardo Salles


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Teste de paternidade

26/04/2021
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O governo de São Paulo tem cercado a LG por todos os lados para que os sul-coreanos apresentem um novo projeto para a fábrica de Taubaté. João Doria e equipe tentam evitar o fechamento em definitivo da unidade: a companhia já anunciou a transferência da produção de notebooks e monitores para Manaus. A julgar pelo tom das recentes conversas entre o presidente da LG, Young Seo, e o governador do Amazonas, Wilson Lima, Doria vai perder  a queda de braço. O sul-coreano prometeu novos investimentos em Manaus.

#LG


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Urubu

26/04/2021
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A Amazon, patrocinadora do Flamengo, está em conversações com o clube para a produção de uma nova série sobre o rubro-negro. A plataforma de streaming já levou ao ar um documentário sobre a conquista da Libertadores em 2019.

#Amazon #Flamengo


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Fogo na selva

19/04/2021
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A súbita demissão de Alexandre Saraiva da Superintendência da PF no Amazonas teria desagradado ao vice-presidente, Hamilton Mourão. Saraiva vinha sendo um importante aliado de Mourão no combate ao desmatamento ilegal na região. Tão aliado que Saraiva foi demitido após pedir ao STF que abrisse investigação contra o próprio ministro Ricardo Salles.

#Alexandre Saraiva #Hamilton Mourão


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Índio quer segurança e vacina

16/04/2021
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Segundo informação filtrada pelo RR junto ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro cogita nomear um militar para o comando da Funai, em substituição ao delegado da Polícia Federal, Marcelo Xavier. Um dos nomes cotados seria o do general Fernando Maurício Duarte Melo. O oficial ocupou interinamente a presidência da Fundação em 2019, quando outro militar, o general Franklimberg de Freitas foi demitido do cargo.

Não por coincidência, a possível “remilitarização” da Funai se daria em um momento de tensão entre as comunidades indígenas. O RR apurou que entidades de representação dos índios – a exemplo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) – têm cobrado do governo o aumento da presença de tropas do Exército nas principais aldeias da Região Amazônica. O objetivo é coibir a crescente evasão de vacinas contra a Covid-19. Há denúncias de que garimpeiros ilegais e criminosos estariam desviando imunizantes em terras indígenas, a exemplo da Raposa Serra do Sol, em Roraima, e da aldeia Yanomami, que se espalha também por Roraima e pelo Amazonas.

Entre os grupos declarados como prioritários para a campanha de vacinação, a comunidade indígena está atrás de outros segmentos. Levantamento feito por ONGs indica que 55% de todos os nativos já receberam ao menos uma dose de imunizante, contra 70% dos profissionais de saúde. Pode parecer uma diferença pequena, mas a taxa de mortalidade entre índios contaminados pelo novo coronavírus é sete vez superior à da média da população brasileira.

#Fernando Maurício Duarte Melo #Jair Bolsonaro


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Falando para as paredes

14/04/2021
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A bancada da Amazônia pressiona o Ministério da Economia para reduzir o valor que o Basa terá de devolver ao Tesouro até 2031 – R$ 1 bilhão. Paulo Guedes finge que não é com ele.

#Itaipu #Jaques Wagner


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Nova fornada

13/04/2021
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O japonês SoftBank prepara uma nova e bilionária rodada de investimentos em startups no Brasil. Tudo sob o comando do ex-Amazon Alex Szapiro, que assumiu recentemente o comando do banco no país. Os japoneses reservaram algo como US$ 1 bilhão para aportes na América Latina.

#SoftBank


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Mourão quer mais Estado na Amazônia

29/03/2021
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Para o desgosto de Paulo Guedes, que brecou concursos e tenta enxugar a máquina pública, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, tem defendido dentro do governo a contratação de pessoal para o Ibama e o Instituto Chico Mendes (ICMBio). O aumento expressivo do contingente de fiscais na Região é um dos pilares do Plano Amazônia 21/22, o programa criado por Mourão e equipe em substituição à Operação Verde Brasil 2. Se nada mudar, os militares deixam a Amazônia em 30 de abril. O temor de Mourão é que, sem a presença das Forças Armadas, o Estado volte a ser um síndico ausente na Região.

#Hamilton Mourão #Paulo Guedes


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O verdadeiro chanceler brasileiro está em Lisboa

24/03/2021
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O ministro das Relações Exteriores de Portugal, Augusto Santos Silva, parece mais empenhado em cuidar dos interesses multilaterais brasileiros do que o próprio chanceler Ernesto Araújo. Segundo o RR apurou, a diplomacia portuguesa vem tentando convencer o Brasil a firmar um pacto conjunto com Argentina, Paraguai e Uruguai, comprometendo-se a cumprir as metas do Acordo de Paris. De acordo com a mesma fonte, a proposta já teria sido levada ao embaixador Marcos Bezerra Galvão, chefe da missão do Brasil junto à
União Europeia (UE), e ao próprio Araújo.

A manobra de Portugal tem como objetivo destravar as negociações em torno do tratado econômico entre o Mercosul e a União Europeia. Portugal é peça-chave nesse enredo. O país não só está à frente da presidência rotativa da União Europeia como é um dos mais aguerridos defensores do acordo com o Mercosul. Recentemente, o próprio ministro Santos Silva disse que é responsabilidade de Portugal concluir este processo.

No entanto, o Brasil é o maior empecilho à assinatura do tratado entre os dois blocos econômicos. Há cerca de dez dias, a Áustria encaminhou uma carta ao governo português – atualmente na presidência rotativa da União Europeia – solicitando a suspensão das negociações com o Mercosul. O motivo é a postura do governo Bolsonaro em relação ao desmatamento na Amazônia.

Na articulação liderada pelo governo português, a manifestação de compromisso do Brasil em relação ao Acordo de Paris é vista como uma peça-chave da engrenagem. A adesão ao protocolo de redução do aquecimento global seria uma forma de amainar a resistência das nações europeias ao tratado com o Mercosul. O problema é que do lado de cá toda essa questão passa justamente pelos dois ministros mais ideológicos de Bolsonaro: Araújo e Ricardo Salles.

#Mercosul #Portugal


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Quando o mundo aceita o Brasil

19/03/2021
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Um caso raro em que o mundo abre as portas para o Brasil: o RR tem informações de que a Organização Mundial da Saúde Animal deverá declarar o sul do Amazonas como área livre de febre aftosa sem vacinação. Segundo fonte ligada ao Ministério da Agricultura, o anúncio será formalizado na assembleia geral da entidade, no fim de maio. Significa sinal verde para que outros países passem a comprar carne de gado da região.

#Ministério da Agricultura #Organização Mundial da Saúde Animal


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Mourão e Salles cabem na mesma conferência?

15/03/2021
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A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), marcada para novembro, em Glasgow, está causando, desde já, encontrões dentro do governo. O vice-presidente, Hamilton Mourão, à frente do Conselho da Amazônia, pretende participar do evento. No entanto, o que se diz no Palácio do Planalto é que Jair Bolsonaro planeja enviar apenas o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, à frente da equipe de assessores. O trackrecords não recomenda a decisão. Na COP de Madri, realizada em 2019, a posição da comitiva brasileira, chefiada exatamente por Salles, foi bastante criticada pela comunidade internacional. Aos olhos de outros países, Salles e auxiliares travaram discussões sobre o Acordo de Paris – tratado internacional sobre as mudanças de clima.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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Na contramão de Ricardo Salles

12/03/2021
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Flavio Dino, coordenador do consórcio de governadores da Amazônia, vai sair em road show. Pretende levar aos embaixadores da Noruega, Nils Martin Gunneng, e da Alemanha, Heiko Thoms, a proposta de criação de um fundo para a região, com recursos internacionais. Os dois países europeus figuram, historicamente, entre os maiores doadores do Fundo Amazônia, congelado há quase dois anos.

#Flavio Dino


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Na conta de Tarcísio Freitas

11/03/2021
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A recuperação da BR-319 (Manaus-Porto Velho) virou um problema político para o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas. A bancada do Amazonas no Congresso cobra de Freitas uma rápida solução para o impasse em torno do projeto, depois que o TRF-1 suspendeu a execução das obras. Os parlamentares jogam o peso sobre os ombros do ministro. Subordinado a Freitas, o DNIT não deu entrada no pedido de licenciamento ambiental, o que levou à decisão judicial. Enquanto a obra não começar, cerca de R$ 220 milhões em verbas deixam de circular.

#Tarcísio Freitas


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Diplomata de farda

5/03/2021
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O vice-presidente Hamilton Mourão avançou nas negociações com o governo da Noruega para a retomada dos repasses ao Fundo Amazônia.

#Hamilton Mourão


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Por que não juntar a Ciência e Tecnologia à Defesa?

25/02/2021
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O desprezo do presidente Jair Bolsonaro pelo tema e a penúria orçamentária estão produzindo um cenário de descalabro para a ciência e a tecnologia no país. O Ministério vive uma situação cada vez mais dramática, com os seguidos cortes de verbas de custeio e, principalmente, para investimentos. O orçamento da Pasta previsto para este ano é de R$ 8 bilhões, uma queda de 32% em relação a 2020, que, por sua vez, já carregava uma redução de 15% no comparativo com 2019.

A cifra reservada para investimentos é de apenas R$ 2,7 bilhões. Entre outras consequências, há o risco de um colapso no pagamento de bolsas. O orçamento estimado do CNPq seria capaz de cobrir apenas quatro meses dos benefícios a bolsistas. São cerca de 500 ao todo, que recebem entre R$ 1 mil e R$ 5 mil. Muitos deles vêm tentando bolsas em institutos no exterior, agravando o êxodo de pesquisadores e cientistas no Brasil. O cenário é tão delicado que os próprios gestores dos 27 institutos e centros de pesquisa ligados ao Ministério da Ciência e da Tecnologia temem a paralisação de atividades desses órgãos.

Entre eles figuram o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), responsável, entre outras funções, pelo mapa do desmatamento na Amazônia. Há relatos de atrasos de pagamento a mais de uma centena de pesquisadores do Inpe. Escassez de investimentos, baixíssimo índice de inovação na matriz industrial e perda de talentos. A situação da Ciência e Tecnologia no país chegou a tal ponto que talvez uma saída a se pensar seria a incorporação do Ministério pela Pasta da Defesa. A sugestão foi feita ao RR por um especialista da área de ciência, do setor civil. A encampação não seria uma excepcionalidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, não obstante o enorme “soft” power das empresas privadas, todas as principais fronteiras da ciência e tecnologia estão sob o guarda-chuva da área militar, da defesa cibernética à inteligência artificial, passando por  guerra biológica e projetos aeroespaciais.

Cabe lembrar que, no caso do Brasil, o único projeto da indústria nacional intensivo em desenvolvimento tecnológico e com expressiva inserção global nasceu dentro das Forças Armadas: a Embraer. Há ainda notórias sinergias entre as áreas de Ciência e Tecnologia e de Defesa que poderiam ser exploradas a partir da junção entre as duas Pastas. Um exemplo: o IME e o ITA, vinculados às Forças Armadas, são duas instituições na vanguarda do conhecimento. Na atual circunstância, o “M&A” entre os dois ministérios ganha ainda mais sentido. Seria uma forma de contornar o descaso do governo e o atraso do Brasil, cada vez mais defasado no campo da Pesquisa & Desenvolvimento. De 2011 para cá, o Brasil caiu da 47a para a 66a posição no Global Innovation Index (GII), ranking da inovação elaborado pela Universidade de Cornell, em associação com a Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI). Nem poderia ser diferente. O país destina o equivalente a 1,1% do PIB para Pesquisa & Desenvolvimento, bem menos do que economias menores, como Austrália (2,35%), Holanda (2,1%) ou Suécia (3,2%). A união entre os dois Ministérios e, por extensão, entre seus orçamentos abriria caminho para uma gestão mais racional dos recursos públicos voltados à inovação. Até porque a própria área de Defesa também sofre com as restrições impostas pelo governo. O orçamento das Forças Armadas para 2021 será da ordem de R$ 110 bilhões, o que até representa um pequeno aumento de 4% em relação ao ano passado. Ainda assim, há um Grand Canyon entre o Brasil e outras nações no que diz respeito aos investimentos com Defesa. Nos últimos cinco anos, os gastos militares do governo brasileiro  corresponderam, em média a 1,3% do PIB. A média global é de 2,2%. Os Estados Unidos desembolsaram, no ano passado, cerca de US$ 732 bilhões, ou 3% do PIB.

#CNPq #Jair Bolsonaro #Ministério da Ciência e da Tecnologia


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Os pais adotivos da Amazônia

24/02/2021
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O nome da Natura circula no Ministério do Meio Ambiente como uma das próximas empresas a aderir ao “Adote um Parque”. Trata-se do programa criado pelo governo para o patrocínio privado a áreas de preservação ambiental da Amazônia. O Carrefour foi a primeira companhia a se engajar na iniciativa. Os franceses vão investir cerca de R$ 4 milhões ao ano.

#Ministério do Meio Ambiente #Natura

Mourão-e-Bolsonaro


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Repúblicas à parte

18/02/2021
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Surgiu um novo fator de desgaste entre Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão. O presidente não teria sido informado previamente da reunião entre o general Mourão e o embaixador norte-americano, Todd Chapman, no último dia 5, para tratar de assuntos relacionados à Amazônia. Foi o primeiro encontro entre Chapman e uma alta autoridade do governo brasileiro desde a posse de Joe Biden, o que deixou o presidente ainda mais irritado, dada a tortuosa relação diplomática com os Estados Unidos pós-Trump. Ao seu estilo, o presidente teria extravasado com auxiliares mais próximos: “É mais uma dele! É mais uma dele!”, em referência a Mourão. Como diria Gonzaguinha, “são tantas coisinhas miúdas, roendo, comendo…”

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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5G provoca linha cruzada entre operadoras e Anatel

8/02/2021
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A instalação obrigatória de uma rede de uso exclusivo do governo está longe de ser o único ponto de discórdia no modelo de licitação do 5G. As operadoras se opõem a outra exigência imposta pela Anatel: a adoção do chamado “5G puro”, ou standalone. Significa dizer que os vencedores do leilão terão de montar uma rede inteiramente do zero, sem a possibilidade de aproveitamento das estruturas e sistemas já em operação. Ou seja: investimentos realizados e, em muitos casos, amortizados irão para o lixo.

Para não falar do custo maior para a implantação do 5G: com o standalone, a estimativa das empresas do setor é que os gastos serão até 30% maiores. As operadoras defendem a alternativa de utilização do core das redes LTE 4G já existentes, por ora rechaçada pela Anatel. A agência reguladora defende que o “5G puro” permitirá uma democratização na escolha dos fabricantes de equipamentos.

Coincidência ou não, provavelmente não, a Huawei é a fornecedora responsável por uma parte expressiva das redes já em funcionamento no país. A minuta do edital de 5G em discussão na Anatel carrega outras polêmicas imposições. É o caso da exigência de que as operadoras financiem a implementação do PAIS (Programa Amazônia Integrada e Sustentável), leia-se a instalação de cabos de fibra óptica nos leitos dos rios da Amazônia. O projeto é considerado inexequível, pelo seu alto custo de implantação e manutenção. No passado, o governo chegou a cabear alguns trechos na região, mas suspendeu a operação por falta de recursos e pelas dificuldades técnicas.

#Anatel


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Madeira….

8/02/2021
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O governo pretende leiloar ainda neste semestre as concessões das Florestas Nacionais de Balata e de Pau Rosa, na Região Amazônica. Tudo sob protestos dos ambientalistas. E daí?

#Amazônia


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Antes tarde…

2/02/2021
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Eduardo Pazuello tem telefonado para governadores pedindo ajuda para a internação de pacientes de Covid-19 do Amazonas e de Rondônia. O que não faz um inquérito do STF.

#Eduardo Pazuello


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Chumbo trocado

29/01/2021
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Ricardo Salles está decidido a responder publicamente – e com a “douçura” que lhe é peculiar – aos ex-ministros do Meio Ambiente que enviaram uma carta a Emmanuel Macron e Angela Merkel, com pesadas críticas à política do governo Bolsonaro para a Amazônia.

#Ricardo Salles


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Mercenários da tragédia

28/01/2021
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Antes tarde do que nunca, a Secretaria Nacional do Consumidor, vinculada ao Ministério da Justiça, vai investigar as denúncias de sobrepreço no comércio de cilindros de oxigênio no Amazonas. Um dossiê encaminhado pela União Nacional de Legislativos Estaduais aponta que o produto sofreu reajuste da ordem de 300% no estado desde o início do ano.

#Ministério da Justiça


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Distanciamento

22/01/2021
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O general Hamilton Mourão, presidente do Conselho Nacional da Amazônia Legal, tem defendido ajustes no Plano Estratégico para
a Região 2020-2030. O principal deles é um papel maior para o Ibama, praticamente esquecido no documento original. Sutilmente, ou nem tanto, é mais um movimento de Mourão para se descolar das bizarrices bolsonaristas.

#Hamilton Mourão


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Vem mais por aí?

20/01/2021
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Parlamentares da Amazônia – à frente o senador Eduardo Braga – preparam uma “carreata” até o Palácio do Planalto para pedir incentivos à Zona Franca. Temem a saída de mais empresas da região, a exemplo da Sony.

#Eduardo Braga #Palácio do Planalto


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A lista de Fabio

8/01/2021
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Após ter “revelado” os nomes da Amazon, Magazine Luiza, Alibaba e Fedex como interessados na privatização dos Correios, o ministro das Comunicações, Fabio Faria, tem dito em Brasília que a chinesa YTO Express também entrou no páreo. Trata-se de uma das cinco maiores empresas de encomendas expressas da China.

#Amazon #Correios #Magazine Luiza


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RR é a melhor vacina contra a desinformação

23/12/2020
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Em meio ao “novo normal” imposto pelo terrível ano de 2020, ao menos um ponto não mudou: o assinante do RR teve acesso irrestrito aos corredores do Poder. Em 20 de abril, um mês após Jair Bolsonaro decretar estado de calamidade pública, o RR foi o primeiro veículo a noticiar os estudos dentro do governo para a criação de uma espécie de “Plano Marshall” brasileiro, um amplo programa emergencial de geração de investimento e de empregos. Poucos dias depois, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, surgiria no noticiário confirmando os estudos e fazendo referência exatamente ao termo “Plano Marshall”. O RR antecipou o flerte entre Jair Bolsonaro e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho. Em 3 de julho, a newsletter informou que Marinho estava montando uma intensa agenda de viagens de Bolsonaro para inaugurar obras no Nordeste, o que de fato ocorreu nos meses seguintes.

O poder em marcha

Em 5 de maio, o RR descortinou o incômodo dentro das Forças Armadas diante da insistência do presidente Jair Bolsonaro em associar a corporação a um discurso de intimidação e de risco de ruptura institucional, tema que ganharia o noticiário nos dias seguintes. O RR também antecipou a importante missão que o general Hamilton Mourão passou a ter no governo: em 22 de julho, noticiou, em primeira mão, que o vice-presidente se tornaria uma espécie de “embaixador do meio ambiente” da gestão Bolsonaro. Em 20 de agosto, o RR publicou, também com exclusividade, que o governo estenderia a “Operação Verde Brasil 2”, prorrogando a presença de militares no combate aos incêndios na Amazônia até o fim do primeiro trimestre de 2021 – o que se confirmaria em novembro.

Militares x “olavistas”

Os assinantes da newsletter tiveram também informações exclusivas sobre a disputa de poder entre os generais palacianos e a ala olavista do governo. Em 12 de maio, o RR cravou que os militares se movimentavam para ter um número maior de assentos no Conselho Nacional de Educação (CNE), tradicional área de influência de Olavo de Carvalho desde o início da gestão Bolsonaro. Em 25 de setembro, o RR revelou articulações para a possível saída do “olavista” Ernesto Araújo do Ministério das Relações Exteriores. Desde então, o noticiário tem tratado da hipótese de substituição do chanceler. Na última semana, a mídia passou a abordar também a possibilidade de demissão do embaixador brasileiro em Washington, o igualmente “olavista” Nestor Forster, informação antecipada pelo RR em 7 de dezembro.

Laços de família

Em 7 de agosto, o RR revelou que, ao criar o Centro de Inteligência Nacional na Abin, o presidente Jair Bolsonaro estava instituindo um “Family office” dentro da agência, com o objetivo de usar o aparato de Inteligência do Estado em benefício de si próprio e dos seus. Em dezembro, estouraria a denúncia de que a Abin produziu relatórios para Flavio Bolsonaro. Em 8 de junho, o RR informou, com exclusividade, que o deputado federal Eduardo Bolsonaro estava trabalhando para viabilizar o desembarque no Brasil da Sig Sauer, fabricante de armamentos de origem suíça. Mais: a newsletter antecipou as articulações conduzidas com o auxílio do “03” para uma parceria entre a empresa e a Imbel. Três dias depois, o assunto estaria em toda a mídia.

Despedida antecipada

O leitor da newsletter acompanhou de muito perto o processo de sucessão do Itaú Unibanco. Em 9 de setembro, o RR informou que Marcio Schettini deixaria o banco caso não fosse o escolhido para suceder Candido Bracher na presidência. Dito e feito! No início de novembro, preterido em detrimento de Milton Maluhy Filho, Schettini, diretor geral de varejo, anunciou sua saída do Itaú. No dia 9 do mesmo mês, o RR voltou ao tema para detalhar os bastidores da escolha, conduzida pelo próprio Bracher, e o mal estar que ela causou junto aos acionistas do Itaú.

Em janeiro, o RR informou com exclusividade que a Petrobras lançaria um plano de redução de despesas da ordem de R$ 1 bilhão, o que se confirmaria pouco depois. Também em janeiro, a newsletter revelou que Embraer e Boeing haviam desmobilizado um grupo de trabalho que discutia o desenvolvimento conjunto de aeronaves comerciais, apontando a medida como um indício de iminentre rompimento da fusão. Três meses depois, a associação entre as duas companhias foi para o espaço. Ainda sobre a Embraer, em julho o RR antecipou que a empresa estava negociando um empréstimo do BNDES, operação oficialmente confirmada em dezembro.

Em março, o RR foi o primeiro a noticiar os estudos no BNDES para a compra de participações em companhias aéreas, como forma de reduzir os efeitos da pandemia sobre o setor. Menos de 15 dias depois, o projeto se tornaria público, ainda que, na prática, não tenha decolado. Outro furo que veio dos céus foi a notícia de que o empresário David Neeleman, fundador da Azul, venderia sua participação na portuguesa TAP, antecipada pelo RR em 12 de fevereiro. O RR antecipou também o que poderia ter sido uma das maiores operações de M&A do ano no país. Na edição de 26 de agosto, informamos que a Ser Educacional estava levantando recursos para fazer uma oferta de compra do controle dos ativos da Laureate no Brasil.

Menos de um mês depois, a proposta de R$ 4 bilhões estava sobre a mesa dos acionistas do grupo norte-americano. A Ser acabou perdendo a disputa empresarial para a Ânima Educação. Em 5 de novembro, mais um furo no noticiário corporativo: o RR antecipou que os principais acionistas da Qualicorp se movimentavam para comprar o restante da participação de José Seripieri Filho, fundador da operadora de planos de saúde, devido às denúncias de corrupção contra ele. Menos de um mês depois, os sócios da companhia e o empresário fecharam um acordo para a transferência das ações, quase no mesmo período em que o STF homologava a delação premiada de Seripieri.

Cortes no Ministério Público

No dia 8 de dezembro, a newsletter revelou os planos do procurador geral da República, Augusto Aras, para fechar escritórios de representação do MPF e reduzir custos operacionais devido à escassez orçamentária da instituição – informação que acabou confirmada pelo próprio Ministério Público.

Gol atrás de gol

Em 16 de março, o RR informou, com exclusividade, que o início do Campeonato Brasileiro seria adiado por conta da pandemia. Uma semana depois, a newsletter antecipou que os clubes haviam pedido ao governo a suspensão dos pagamentos do Profut, o programa de refinanciamento de dívidas das agremiações esportivas junto à União – medida que seria implantada pouco depois. Que 2021 seja um ano muito diferente em quase tudo, menos na capacidade do RR de entregar a seu assinante um conteúdo qualificado e exclusivo.

#Anima Educação #BNDES #Eduardo Bolsonaro #Forças Armadas #Jair Bolsonaro #Olavo de Carvalho #Qualicorp #Sig Sauer


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Um ponto a mais no ibope presidencial no Nordeste

17/12/2020
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O Ministério da Economia acelera o passo para encaminhar ao Congresso ainda neste ano uma Medida Provisória que permitirá a empresas renegociarem suas dívidas com o Finor (Fundo do Nordeste). A pandemia, como não poderia deixar de ser, tem sido desastrosa para a região: a inadimplência na carteira bateu nos 80%. As dívidas em aberto ultrapassam os R$ 20 bilhões, segundo uma fonte do Ministério. Boa parte dos tomadores está concentrada no agronegócio. O Finor, aliás, deve ser apenas o ponto de partida. O governo também estuda MPs similares para os fundos de Investimentos da Amazônia (Finam) e o Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).

#Finor #Ministério da Economia


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Mr. Queimada

10/12/2020
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O presidente Jair Bolsonaro quer despachar o ministro Ricardo Salles para o Fórum Econômico Mundial, que ocorrerá em maio de 2021 – não mais em Davos, mas em Cingapura. Caberia a Salles falar das “conquistas” do governo brasileiro na área do meio ambiente, especialmente na Amazônia. Assim é se lhe parece.

#Ricardo Salles


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Me dá um dinheiro aí…

10/12/2020
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O governador do Amazonas, Wilson Lima, revidinca a Jair Bolsonaro mais estímulos para a Zona Franca. A pandemia infectou a região: de janeiro para cá, apenas 14 projetos de investimento foram aprovados na Suframa. Em 2019, foram 31.

#Wilson Lima


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Morte ao carteiro

9/12/2020
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Há apenas dois meses no cargo, o presidente do Inpe, Clezio de Nardin, já está na corda bamba. No início do mês, não custa lembrar, o Instituto anunciou que o desmatamento da Amazônia atingiu o maior nível em 12 anos.

#INPE


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A volta do que não foi

8/12/2020
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Ligado ao PL, Alexandre Cabral está cotado para assumir uma diretoria no Banco da Amazônia. Seu nome já foi encaminhado ao Palácio do Planalto. Cabral parece ter sete vidas. Em junho, foi empossado e exonerado do comando do Banco do Nordeste em pouco mais de 24 horas. Antes, ocupou a presidência da Casa da Moeda, o que lhe rendeu acusações de irregularidades da ordem de R$ 2,2 bilhões.

#Banco da Amazônia #Casa da Moeda #PL


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Deixa o Mourão saber

3/12/2020
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O chanceler Ernesto Araújo tem criticado duramente a iniciativa do governo de levar embaixadores estrangeiros para visitar a Amazônia, liderada pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

#Hamilton Mourão


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Zona nem tão franca

1/12/2020
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Um grupo de parlamentares do Amazonas – à frente o senador Eduardo Braga – foi ao presidente Jair Bolsonaro pedir novos incentivos para as empresas da Zona Franca de Manaus. Paulo Guedes é contra. Mas, isso é só um detalhe.

#Jair Bolsonaro #Zona franca de Manaus


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Operação “Lava Floresta”

18/11/2020
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A Lava Jato está ajudando a debelar incêndios pelo Brasil. Após destinar cerca de R$ 14 milhões em recursos recuperados pela Operação para o combate às queimadas na Região Amazônica, o deverá autorizar uma nova tranche dos recursos recuperados pela Lava Jato para as ações no Pantanal.

#Lava Jato #STF


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Brasil pode virar farelo no mercado de trigo

17/11/2020
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O Brasil corre risco de sofrer uma “Moratória do trigo”. Por “moratória” entenda-se um boicote por parte dos países compradores de alimentos derivados do cereal, notadamente da Europa e da América do Sul. Segundo informações filtradas do próprio Ministério da Agricultura, já há sinalizações neste sentido em decorrência da crescente possibilidade do governo Bolsonaro aprovar a importação e, posteriormente, a produção de trigo transgênico. Guardadas as devidas proporções, seria um movimento similar ao capitaneado por grandes grupos internacionais, a exemplo de Walmart, Carrefour e McDonald ´s, que se recusam a comprar soja produzida em áreas devastadas da Amazônia.

O boicote seria um golpe duro para a indústria brasileira de alimentos a base de trigo, no momento em que o Brasil tem conquistado novos mercados e ampliado consideravelmente suas exportações. No primeiro semestre, as vendas para o exterior de biscoitos, massas, pães e bolos industrializados cresceram 73% em relação ao mesmo período no ano passado. A ministra Tereza Cristina vem usando do seu poder de articulação para administrar um cabo de guerra entre a indústria e o campo em torno do assunto.

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) já se manifestou de forma veemente contra a importação de uma nova variedade transgênica do cereal aprovada recentemente na Argentina – o país vizinho atende a mais de 60% da demanda brasileira pelo insumo. Alegam que não há testes suficientes acerca dos riscos à saúde e tampouco sobre o impacto ambiental. Por essa razão, a indústria brasileira de alimentos teme se tornar um pária no mercado internacional. Por outro lado, há uma pressão dos grandes produtores e da bancada ruralista para que a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), ligada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), aprove o uso da semente HB4, desenvolvida na Argentina. Ela se mostrou bastante resistente às secas.

O trigo, ao que parece, é o grão da discórdia no momento: a indústria pressiona a Camex (Câmara de Comércio Exterior) a prorrogar por mais três meses a isenção tarifária para a importação do produto de países de fora do Mercosul. O setor teme uma nova disparada dos preços do cereal, com o aumento da demanda no fim do ano. No entanto, nos gabinetes do Ministério da Economia, o RR ouviu que Paulo Guedes e cia. não vêm com simpatia a prorrogação da medida. O entendimento da equipe econômica é que a isenção tarifária não surtiu o efeito esperado no preço do trigo e de seus derivados; Somente em novembro, a farinha subiu 20%.

#Camex #Ministério da Agricultura #Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação #Ministério da Economia #Trigo


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Efeito colateral

16/11/2020
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O RR tem a informação de que a Amazon planeja abrir mais três centros de distribuição no país até o fim de 2021. Sairá de oito para 11 unidades de armazenamento. Em tempo: a cada nova estrutura que a Amazon instala no Brasil, menor a dependência da empresa em relação aos Correios e, consequentemente, o valuation da estatal para uma possível privatização.

#Amazon


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Ponto final

16/11/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon, Magazine Luiza, Klabin e BlackRock.


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A “chanceler” Tereza Cristina

12/11/2020
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A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, deverá ter um papel importante para reduzir a temperatura das relações diplomáticas entre Brasil e Estados Unidos. Hoje, Tereza é a principal interlocutora entre o governo brasileiro e o embaixador norte-americano no país, Todd Chapman. O bom diálogo entre ambos foi fundamental para que, no início deste ano, os Estados Unidos suspendessem o embargo à importação de carne bovina in natura do Brasil. Na última terça-feira, não custa lembrar, Jair Bolsonaro disse que “quando a “saliva acaba, entra a pólvora”, em referência a investidas dos Estados Unidos sobre a Amazônia. Pouco depois, Chapman publicou nas redes sociais um post enaltecendo os fuzileiros navais norte-americanos.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Agricultura #Tereza Cristina


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Tudo contra o “ministro gastador”

12/11/2020
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Paulo Guedes tem detonado dentro do governo a proposta de “privatização” dos fundos de desenvolvimento do Nordeste (FDNE), da Amazônia (FDA) e do Centro-Oeste (FDCO). Não porque desgoste da medida. Muito pelo contrário. Mas, entre defender seu próprio ideário e bater no desafeto Rogério Marinho, pai da proposição, Guedes não tem a menor dúvida.

#Paulo Guedes


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O cobertor da segurança pública é curto demais

11/11/2020
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O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os Ministérios da Justiça e da Defesa têm feito uma espécie de Escolha de Sofia para atender aos pedidos de envio de tropas federais para o pleito do próximo domingo. Como se não bastasse o deslocamento de militares para o combate às queimadas na Amazônia e no Pantanal, parte da Força Nacional de Segurança está engajada no Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta em vários estados. Resultado: mesmo com a crescente presença do crime organizado, notadamente das milícias, no jogo eleitoral, a presença de agentes federais no pleito do próximo domingo será menor se comparada às eleições municipais de quatro anos atrás. Até o momento, o TSE já confirmou o envio de tropas das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança para 346 cidades, uma queda de 30% em relação a 2016. Ressalte-se que, ao todo, quase 550 municípios pediram reforço ao governo federal pra o próximo domingo. Ou seja: mais de cem deles não foram atendidos. Em tempo: o caso que mais chama a atenção é o Rio de Janeiro. Até ontem, o governo do estado, espécie de capital nacional das milícias, não havia solicitado envio de forças de segurança federais.

#Força Nacional de Segurança #Ministério da Justiça


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O “general do bioma brasileiro”

6/11/2020
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Entre os generais palacianos, ganha corpo a proposta de criação de um Conselho do Pantanal, nos mesmos moldes do Conselho da Amazônia. Segundo informação que circula no Palácio do Planalto, o próprio vice-presidente, general Hamilton Mourão, acumularia o comando dos dois órgãos, consolidando-se como uma espécie de ministro plenipotenciário do bioma brasileiro. A medida faria sentido para dentro e para fora. De um lado, Mourão passaria a coordenar as ações do governo no combate às queimadas tanto na Região Amazônica quanto no Centro-Oeste, com foco na participação das Forças Armadas – mais de 600 militares atuam na linha de frente para debelar os focos de incêndio nas duas áreas. Do outro, unificaria as conversações com a comunidade internacional, que tanto pressiona o governo Bolsonaro por conta da sua política ambiental.

#Forças Armadas #Hamilton Mourão #Palácio do Planalto


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Selva!!!

4/11/2020
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Além do próprio general Hamilton Mourão, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, também foi uma voz importante dentro do Palácio do Planalto para a permanência das Forças Armadas na Amazônia até abril. Em tempo: na edição de 20 de agosto, o RR antecipou, com exclusividade, que a “Operação Verde Brasil 2”, prevista para terminar em novembro, seria prorrogada até o fim de março. Erramos… por alguns dias.

#Casa Civil #Forças Armadas #Hamilton Mourão


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Manda quem pode…

30/10/2020
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A decisão do governo de aumentar os incentivos à Zona Franca de Manaus partiu do próprio presidente Jair Bolsonaro, a pedido do governador do Amazonas, Wilson Lima. Paulo Guedes foi apenas “comunicado”.

#Paulo Guedes


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ViaVarejo avança sobre a Ricardo Eletro

23/10/2020
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A ViaVarejo, de Michael Klein, estuda a aquisição de ativos da Ricardo Eletro. Segundo fonte de um banco de investimento envolvido nas negociações, a operação passaria pela compra da marca e de dois centros de distribuição, em Goiás e no Amazonas. A ViaVarejo ampliaria, assim, seu colar de bandeiras, já composto por Casas Bahia e Ponto Frio. Apesar da crise, a Ricardo Eletro ainda é uma marca com razoável recall em mercados como Minas Gerais e alguns estados do Nordeste. Em recuperação judicial, com aproximadamente R$ 4 bilhões em dívida, a empresa fundada por Ricardo Eletro é um “morto-vivo”: fechou todas as lojas físicas, demitiu 3,5 mil funcionários e opera apenas na internet.

#Ricardo Eletro #ViaVarejo


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Tour das queimadas

22/10/2020
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Brigitte Collet, da França; Heiko Thoms, da Alemanha; e Nils Martin Gunneng, da Noruega. Estes são os três primeiros embaixadores que o general Mourão vai convidar para checar in loco as ações do governo no combate às queimadas na Amazônia. Os noruegueses, não custa lembrar, cortaram o repasse de recursos para o Fundo Amazônia.

#Amazônia #General Hamilton Mourão


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Líder de audiência

2/10/2020
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Ídolo entre os bolsonaristas, o apresentador Sikêra Junior, da Rede TV, foi sondado pelo PSL para concorrer ao governo do Amazonas em 2022.

#PSL


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República dos manifestos

29/09/2020
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A Semana de Ciência e Tecnologia, entre 17 e 23 de outubro, promete ser quente. Entidades do setor vão aproveitar a efeméride, promovida pelo próprio Ministério, para protestar contra o governo Bolsonaro e o apagão orçamentário para pesquisas e desenvolvimento no Brasil. Um dos pontos cardeais da manifestação serão os seguidos atrasos no pagamento de bolsas por parte do CNPq. O que já está ruim tem tudo para ficar pior: o orçamento do Ministério da Ciência e Tecnologia em 2021 (R$ 8 bilhões) será 31% inferior ao deste ano.

Em tempo: dentro do próprio Ministério, há um constrangimento com o script que está sendo montado para outubro. Além do ministro-astronauta Marcos Pontes, os diretores das 18 unidades de pesquisa da Pasta serão convocados a gravar depoimentos sobre  as “realizações” de suas respectivas áreas. Entre elas, figura o INPE, atacado e escorraçado pelos bolsonaristas devido aos dados sobre as queimadas na Amazônia.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Ciência e Tecnologia


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“Ameaça” Biden chacoalha o tabuleiro do Itamaraty

25/09/2020
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O RR apurou no epicentro do governo que já estão sendo debatidas as hipóteses de reconstrução da política externa com os Estados Unidos caso o democrata Joe Biden seja eleito. Ela começa por mudanças nos “móveis” da própria casa, ou seja, o Ministério das Relações Exteriores. A premissa é que a permanência de Ernesto Araújo à frente da Pasta será incompatível com o retorno dos democratas à Casa Branca. Segundo fontes ligadas ao Itamaraty, três diplomatas despontam na linha de frente dos candidatos à sucessão de Araújo.

Todos têm um traço em comum: combinam experiência, tamanho para o cargo de chanceler e guardam alguma proximidade com o clã Bolsonaro. Ou seja: emprestariam ao Ministério o pragmatismo necessário para o novo cenário, permitiriam que o Brasil azeitasse suas  relações com um eventual governo democrata nos Estados Unidos sem que, para isso, Bolsonaro precisasse promover uma mudança de rota mais brusca. Um dos candidatos tidos como mais fortes é Luis Fernando Serra, ex -embaixador brasileiro em Paris.

Serra ganhou muitos pontos no Palácio do Planalto quando foi à TV francesa defender Bolsonaro, com fervor patriótico, dos ataques do presidente Emmanuel Macron ao governo brasileiro por conta das queimadas na Amazônia. O embaixador chama a atenção de seus colegas pela flexibilidade retórica em agradar Bolsonaro sem necessariamente ferir posições históricas da diplomacia brasileira. Serra é conhecido também pela boa articulação junto a diplomatas mais antigos.

Pela sua experiência, é visto como alguém capaz de dar um tom mais sereno nas relações com os Estados Unidos sem desagradar Bolsonaro e os seus. Outro nome forte é o da diplomata Maria Nazareth Farani Azevedo, esposa do ex-diretor-geral da OMC, Roberto Azevedo. Há algum tempo Maria Nazareth é cotada em Brasília para algum alto cargo no Itamaraty. Assim como Luis Fernando Serra, ela tem demonstrado habilidade para combinar um discurso pró-Bolsonaro com a defesa de posições mais pragmáticas nas Relações Exteriores. Um nome que corre por fora é o de Pompeu Andreucci Neto, ex-embaixador do Brasil em Madri.

Andreucci não tem a mesma conexão direta com Bolsonaro que Serra e Maria Nazareth. Mas dispõe de um trunfo político: é ligado ao ex-presidente Michel Temer, hoje cada vez mais próximo de Bolsonaro. Uma solução menos natural seria a escolha de um “forasteiro”, ou seja, não necessariamente de um diplomata de carreira. Trata-se de uma hipótese menos provável, mas dois nomes são ventilados: o vice-presidente Hamilton Mourão e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina. Nesse caso, tanto um quanto o outro acumulariam funções no governo. A gestão de Tereza Cristina é um dos principais cases de sucesso desse governo. Tirá-la da Agricultura seria despir um santo para vestir o outro.

#Donald Trump #Jair Bolsonaro #Pompeu Andreucci Neto


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Forças Armadas blindam a Amazônia brasileira

23/09/2020
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No que depender das Forças Armadas, a contenda entre o governo brasileiro e a comunidade internacional em torno da Amazônia tende a se intensificar. Entre os militares, a leitura é que os seguidos ataques ao Brasil fazem parte de um projeto de neocolonialismo patrocinado por grandes potências estrangeiras que mantêm interesses difusos e – por que não? – inconfessáveis em relação à Região Amazônica. As ingerências de governos internacionais sobre a Amazônia têm sido interpretadas no Alto Comando do Exército como tentativas externas de afrontar a soberania nacional e impor prioridades geoeconômicas de fora para dentro do país. Nesse contexto, dentro das Forças Armadas predomina o entendimento de que o governo deve adotar uma postura ainda mais contundente, algo como uma política de tolerância zero às intromissões de outros países na gestão da Amazônia brasileira.

Como se pode ver, as duras declarações do general Augusto Heleno de que governos internacionais usam a Amazônia para “prejudicar o Brasil e derrubar o presidente Jair Bolsonaro” estão longe de ser um ato isolado. Elas refletem discussões travadas no Alto Comando e, mais do que isso, “uma posição quase permanente” das Forças Armadas, nas palavras de um general ao RR. Os militares alimentam a ideia fixa de que “forças ocultas” escondem-se por de trás de ONGs e manipulam temas visceralmente ligados à Região Amazônica – como a questão indígena e a agenda ambiental.

Mais recentemente, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, disse que a Amazônia sofre “cobiça por parte de atores da área internacional”. No passado, o general Villas Bôas afirmou que “muitas vezes as ONGs atuam no sentido contrário aos interesses brasileiros” sem que saiba “quem são e quais são seus reais objetivos”. O RR teve acesso, com exclusividade, a um documento classificado como confidencial bastante representativo do pensamento dos militares em relação aos personagens e interesses enraizados na Floresta Amazônica. O paper de 43 páginas (somados os anexos) foi elaborado em março de 2005, em pleno governo Lula, pelo Grupo de Trabalho da Amazônia (GTAM), composto pelo Ministério da Defesa, Estado Maior da Armada, DIP/Polícia Federal, CIE/Comando do Exército, Secint/ Comando da Força Aérea e Programa Calha Norte – todos coordenados pela Abin. 15 anos depois, o teor do relatório soa atual. Ele externa uma clara preocupação do aparelho de Defesa e de Inteligência brasileiro com a ação de grupos de interesse internacionais na Amazônia, que seriam acobertados por ONGs do meio ambiente, defensores da causa indígena e outros atores supostamente legítimos.

Àquela altura, o GTAM alertava para a necessidade de “maior presença do Estado na Amazônia”, uma vez que “as instituições governamentais existentes atuam de forma desarticulada e frequentemente contra os interesses superiores da Pátria”. O documento questiona políticas do próprio governo brasileiro: “É de convicção geral que essas organizações (ONGs) têm recebido muitos recursos do exterior e do próprio governo nacional, e que os têm usado sempre contra o desenvolvimento geral, do Estado e da sociedade”. Uma das preocupações do GTAM foi mapear supostos interesses globais e ações de potências estrangeiras na região. O documento menciona a “suspeita de influência de americanos” em um massacre dos índios Uaimiri-Atroaris, que vivem a Leste da margem esquerda do Baixo Rio Branco.

Ressalta ainda o “crescente aumento da presença de europeus”. Cita que “os holandeses predominam nos hotéis de selva, aparentemente como empresários de turismo. Através da ONG Médicos sem Fronteiras se assinalam muitos americanos, holandeses e italianos”. Àquela altura, o GTAM monitorava também a presença de árabes/palestinos na divisa entre as cidades de Tabatinga (AM) e Letícia, na Colômbia, “cujas atividades não foram devidamente levantadas, mas que provavelmente envolvem contrabando e descaminho”.

#Amazônia #Exército #Forças Armadas #Jair Bolsonaro


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A Amazônia arde, e a conta não fecha

16/09/2020
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O orçamento do Ibama para prevenção e controle de incêndios florestais, em 2021, não encontra o menor paralelo com a realidade. A verba prevista para todo ano é de aproximadamente R$ 30 milhões. Para efeito de comparação, a Operação Verde Brasil 2, conduzida pelo Exército na Amazônia, tem custado em média algo perto de R$ 60 milhões/mês. Noves fora a excepcionalidade da Operação, há um abismo orçamentário.

#Ibama


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República da paranoia

9/09/2020
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Uma amostra de como o governo Bolsonaro tensionou o ambiente federativo. Governadores da oposição estão encafifados com o “acordo de cooperação técnica” que a ABIN vem propondo aos Tribunais de Conta dos Estados – um dos primeiros foi fechado com o TCE do Amazonas. O cruzamento de dados permitirá à Agência ter na mão todas as finanças de estados e municípios por um período de cinco anos.

#Abin #Jair Bolsonaro


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Todos querem o Capitão

8/09/2020
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Os governadores do Amazonas, Wilson Lima, e do Pará, Helder Barbalho, estão “cobrando” do Palácio do Planalto uma maior presença de Jair Bolsonaro em eventos na Região Norte. Ao que tudo indica, a dupla também quer tirar casquinha do aumento da popularidade de Bolsonaro no Norte do país, no embalo do auxílio emergencial.

#Auxílio emergencial #Helder Barbalho #Jair Bolsonaro


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Força Nacional vira remédio contra tensão entre os Yanomami

28/08/2020
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O governo cogita o envio da Força Nacional de Segurança para a aldeia Yanomami, na Região Amazônica. Segundo o RR apurou, a medida teria como objetivo combater a proliferação de garimpos ilegais no território demarcado. Estima-se que já existam mais de 25 mil garimpeiros atuando irregularmente na região, com um dado ainda mais alarmante: de acordo com a mesma fonte, cinco mil desses homens teriam invadido a aldeia durante o período de pandemia. Técnicos da Funai presentes na aldeia têm alertado o governo sobre o aumento da tensão entre os mais de 38 mil indígenas que vivem na área demarcada, mesmo com atuação de profissionais da saúde das Forças Armadas na região. A desenfreada ocupação do território pelos garimpeiros somada à disseminação dos casos de Covid-19 entre as tribos têm provocado uma preocupante combinação. Até o momento, já foram confirmados quase 400 infectados e cinco mortos. Mas, ONGs alertam que o número pode ser até duas vezes maior devido ao difícil acesso a alguns dos 37 polos -bases que formam a aldeia Yanomami. Ressalte-se que, além dos indigenistas, a gestão Bolsonaro sofre pressão também do STF. O ministro Luis Roberto Barroso fixou até o próximo dia 7 de setembro o prazo para que o governo apresente uma nova versão do Plano de Barreiras Sanitárias para Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (PIIRCs) para o enfrentamento do coronavírus entre as populações indígenas.

#Força Nacional de Segurança #Funai


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“Casa verde e amarela”

28/08/2020
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Depois da Amazônia, o governo Bolsonaro deverá anunciar nas próximas semanas um plano de regularização fundiária no Cerrado. O projeto está na mão da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e do presidente do Incra, Geraldo Melo. Em uma primeira leva, seriam emitidos algo como 50 mil títulos de propriedade.

#Ministério da Agricultura #Tereza Cristina


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Pororoca

27/08/2020
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O governo do Amazonas iniciou estudos para a venda de parte do capital da Cosama, a estatal de saneamento do estado.

#Cosama


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Campo minado

25/08/2020
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O RR não acredita nessa hipótese. Mas vozes importantes no Ministério do Meio Ambiente apontam a demissão do coronel da PM-SP Homero Cerqueira da presidência do ICMBio como uma provocação de Ricardo Salles ao general Hamilton Mourão. Cerqueira gozava de notório prestígio junto ao vice-presidente e comandante do Conselho da Amazônia. A ponto de ser citado no Palácio do Planalto como um potencial substituto do próprio Salles.

#Hamilton Mourão #ICMBio #Ricardo Salles


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Forças Armadas ainda têm muita lenha para salvar

20/08/2020
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O governo cogita estender a “Operação Verde Brasil 2” até o fim do primeiro trimestre do ano que vem. Significa dizer que as Forças Armadas permaneceriam quatro meses além do previsto na linha de frente das ações de combate ao desmatamento na Região Amazônica. Ressalte-se que a operação já foi prorrogada uma vez pelo presidente Jair Bolsonaro, até 6 de novembro – inicialmente terminaria em junho.

Comandante do Conselho da Amazônia e hoje uma espécie de embaixador do meio ambiente no governo Bolsonaro, o general Hamilton Mourão entende que o tamanho do problema talvez exija a presença das Forças Armadas por um tempo maior. Entre agosto de 2019 e julho de 2020, a área devastada da Floresta Amazônica cresceu 34%. O desastre seria ainda maior não fosse o trabalho das Forças Armadas.

Desde maio, a “Verde Brasil 2” já apreendeu mais de 600 embarcações irregulares e quase 800 máquinas de serraria móvel, além de ter aplicado quase R$ 500 milhões em multas. Consultada sobre a possível prorrogação da Operação, a Vice-Presidência da República, que responde pela iniciativa, não se pronunciou. Caso a nova extensão da “Operação Verde Brasil 2” venha a se confirmar, uma pergunta se apresenta desde já: de onde virá o dinheiro para manter os militares na Amazônia? Cerca de oito mil soldados permanecem na região. Estima-se que os gastos da operação já somem R$ 200 milhões desde maio.

#Forças Armadas #Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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Fogo amigo

10/08/2020
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No que depender do general Hamilton Mourão, “ministro da Amazônia”, a proposta de Ricardo Salles de reduzir as metas oficiais de preservação da região para 2023 será incinerada. Meta é para ser mantida, mesmo que não necessariamente para ser cumprida.

#Hamilton Mourão #Ricardo Salles


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Em busca do dinheiro

4/08/2020
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O vice-presidente Hamilton Mourão articula uma reunião virtual com representantes dos governos da Noruega e da Alemanha. Os dois países são os grandes doadores do Fundo Amazônia. Ou melhor: eram. Ambos bloquearam o repasse de recursos no início deste ano, após o avanço do desmatamento da Floresta Amazônica.

#Hamilton Mourão


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A placa e olhe lá

30/07/2020
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A Amazon voltou a conversar com credores da Saraiva, que hoje estão à frente do processo de recuperação judicial e da própria gestão da empresa. As tratativas passam pela compra da marca Saraiva. E só. Nenhuma loja física entraria no negócio.

#Amazon #Saraiva


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Ponto final

30/07/2020
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Não retornaram ou não comentaram comentou o assunto: Flamengo, Amazon, Saraiva, Queiroz Galvão, Yduqs e Laureate.


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Com Bolsonaro, fica mais difícil

29/07/2020
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O Ministério da Agricultura e o Itamaraty vão distribuir entre as embaixadas no exterior uma espécie de cartilha sobre o agronegócio brasileiro. Em uma segunda etapa, serão produzidos filmetes promocionais. Trata-se de uma tentativa do governo de melhorar a imagem do setor, chamuscada pelo desmatamento na Amazônia, boicotes a soja plantada em áreas de queimada, embargos à carne brasileira pela disseminação do coronavírus nos frigoríficos etc. A ideia é que os embaixadores tenham também subsídios técnicos para contraditar críticas e questionamentos ao agronegócio brasileiro.

#Ministério da Agricultura


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Um passaporte para Salles

23/07/2020
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O Palácio do Planalto já estuda uma “solução Weintraub” para o ministro Ricardo Salles, leia-se seu “exílio” em um organismo multilateral. Bird e CAF, Corporación Andina de Fomento, são os destinos cogitados. Se bem que do jeito que Jair Bolsonaro gosta de uma provocação, periga o incendiário Salles acabar na Organização do Tratado de Cooperação Amazônica.

#Jair Bolsonaro #Palácio do Planalto #Ricardo Salles


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Mourão se torna “embaixador do meio ambiente”

22/07/2020
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O vice-presidente Hamilton Mourão vai comendo o mingau de uma vez só no que diz respeito ao comando das ações ecológicas do país. Mourão assumirá a função de porta-voz do Brasil para assuntos do meio ambiente no exterior. Será uma espécie de embaixador plenipotenciário, notadamente das questões amazônicas. Vai manter contato com chefes de Estado, autoridades governamentais e empresários. O general é um PHD em assuntos da Amazônia, onde comandou a 2a Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (AM) – para não falar do fato de que a região está no sangue de Mourão (seus pais nasceram no Amazonas).

A sua missão é uma resposta ao consenso de que os problemas ambientais, principalmente o desmatamento, começam a prejudicar seriamente os interesses nacionais. E que a maior autoridade do país, o presidente Jair Bolsonaro, é incapacitado para assumir tal responsabilidade. A escolha de Mourão como “embaixador do meio ambiente” atende à exigência de que o interlocutor dos assuntos ambientais no exterior seja uma alta autoridade. Se tem alguém que não pode ser interlocutor da questão ecológica, esse alguém é o presidente Jair Bolsonaro.

Não só ele como seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Ambos por motivos óbvios. Além da missão internacional, Mourão se prepara para dar um cavalo de pau na política do meio ambiente. O vice já deixou sua marca com a proposta de aumento do quadro de fiscais do Ibama – com a realização de concurso ainda este ano. Mourão trabalha pela recriação das Coordenações Regionais (CRs) do ICMBio, órgãos que davam apoio técnico a todas as 334 unidades federais de conservação do país.

As 11 CRs foram extintas em fevereiro deste ano, por meio de decreto assinado por Jair Bolsonaro – um dos itens da “boiada” de medidas infralegais, nas palavras do ministro Ricardo Salles. Em outro front, Mourão defende que o governo breque no Congresso o projeto de lei 3729/94, do deputado Kim Kataguri. O PL flexibiliza de tal forma as regras de licenciamento ambiental no país, que mais se assemelha a uma “licença para desmatar”. É o tipo de munição que o Brasil não pode dar à comunidade internacional neste momento.

#Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #Ricardo Salles


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MPF na cola de Ricardo Salles

15/07/2020
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Vem mais chumbo grosso na direção do ministro Ricardo Salles. O Grupo de Trabalho de Defesa da Amazônia, do Ministério Público Federal, prepara um relatório com o apoio técnico de entidades como Instituto Socioambiental, do Imazon e da Rede Xingu+. Será mais subsídio para fundamentar o pedido de afastamento de Salles por improbidade administrativa, devido à “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”

#Imazon #Ricardo Salles


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A Amazônia ferve

15/07/2020
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Há uma crescente pressão de tradings agrícolas e ambientalistas pela saída de Luiz Antonio Nabhan Garcia da Secretaria de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura. O ex-presidente da UDR é visto como alguém conivente com a ocupação ilegal e o desmatamento na Amazônia.

#Ministério da Agricultura


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Pandemia e Amazônia pesam sobre orçamento militar

14/07/2020
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As novas “prioridades” impostas às Forças Armadas ameaçam reduzir ainda mais os já limitados recursos disponíveis para a execução de projetos estratégicos da área de Defesa. A pandemia e o desmatamento na Amazônia já teriam custado ao Exército, Aeronáutica e Marinha algo próximo a R$ 500 milhões – fora a dotação orçamentária adicional de R$ 1 bilhão liberada pela equipe econômica para o enfrentamento do coronavírus. A cifra inclui os gastos operacionais com os mais de 30 mil homens das três Forças que dão apoio às ações de combate à Covid-19.

Neste momento, por exemplo, uma parte desse contingente está sendo deslocada para reservas indígenas, como as aldeias Xingu e Yanomami. No caso da Operação Verde Amarelo, são cerca de oito mil soldados engajados na contenção de incêndios na Amazônia. Em dois meses da Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na região, estima-se que as despesas girem em torno dos R$ 120 milhões. Procurado, o Ministério da Defesa não se pronunciou. Um gasto extra de R$ 500 milhões pode parecer pequeno diante do orçamento do Ministério da Defesa para este ano, aproximadamente R$ 103 bilhões.

No entanto, é preciso ressaltar que cerca de 90% deste valor estão engessados com o pagamento de pessoal (cerca de R$ 80 bilhões) e com o custeio operacional (outros R$ 13 bilhões). O dinheiro sem rubrica obrigatória não passa de R$ 10 bilhões. É o que sobra para todos os investimentos da área de Defesa. Sem uma dotação orçamentária extra, algo pouco provável na atual circunstância, Exército, Aeronáutica e Marinha deverão ser forçados a rever investimentos e cronogramas. Dos principais projetos das Forças Armadas, um dos poucos razoavelmente cobertos é a compra de quatro fragatas classe Tamandaré, orçado em R$ 9 bilhões.

Ainda assim, o primeiro grande contrato da área militar no governo Bolsonaro só foi assinado depois de uma complexa engenharia contábil: a União fez um aporte direto de R$ 4,25 bilhões na Emgeprom (Empresa Gerencial de Projetos Navais), vinculada à Marinha. Outros projetos estratégicos, no entanto, andam a passos lentos. É o caso da aquisição, pela Força Aérea, de 28 KC390, cargueiro militar desenvolvido pela Embraer. O custo total beira os R$ 12 bilhões.

No perverso ranking dos investimentos que já estouraram todos os cronogramas, um dos líderes é o Sisfron, o novo sistema de vigilância de fronteiras. Sua implantação completa, originalmente prevista para 2022, já foi adiada para 2035. Dos mais de R$ 11 bilhões necessários, até o momento apenas R$ 400 milhões teriam sido liberados.

#Amazônia #Embraer #Exército #Forças Armadas #Jair Bolsonaro


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Conta da destruição ambiental pode cair no colo de grandes contribuintes

13/07/2020
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A pressão internacional contra o desleixo do Brasil na preservação do seu ecossistema pode desaguar em um aumento da carga tributária. Algum gravame parecido com uma contribuição para o financiamento da sustentabilidade estaria sendo estudado no governo para melhorar a péssima imagem do país. Para onde quer que se olhe – ONU, Congresso norte-americano, fundos de investimentos, chefes de estado etc… – o Brasil vai sendo tratado como um pária ecológico. Na visão do presidente da França, Emmanuel Macron, somos o grande protagonista do “ecocídio” mundial.

A França lidera um movimento para reunir os países da Europa em uma ação de boicote ao país. Algumas decisões para mudar a percepção do desleixo ambiental brasileiro, que se tornou escandaloso na gestão Bolsonaro, estão sendo tomadas, ou seja, aumento do efetivo das Forças Armadas na fiscalização da Amazônia e moratória das queimadas legais na floresta por 120 dias. São respostas rápidas, mas de curta duração e diminuta capacidade de convencimento da comunidade internacional. Para impactar a opinião mundial é preciso a adoção de medidas estruturais, que se mostrem como soluções duradouras.

Qualquer providência nessa área é cara, ainda mais levando-se em conta a péssima situação fiscal do país. A ideia, portanto, é que o governo busque recursos extra orçamentários. O regime de contribuição seria mais flexível do que a criação de um imposto. Ele incidiria sobre oligopólios e grandes corporações. É uma proposta que tangencia medidas aventadas pelo ministro da Economia, tais como o imposto sobre o pecado, com a taxação de tabaco, bebida, sex shop e alimentos intensivos em açúcar.

O vice-presidente Hamilton Mourão provavelmente se alinharia em favor da iniciativa. O problema é o convencimento de Jair Bolsonaro. Ele vetou todas as proposições para aumentos de impostos e criação de outros. E pouco se lixa para a Amazônia. Pode ser que o consenso do arco das nações consiga fazer o presidente compreender a proteção do ecossistema como uma ação relevante e permanente. Mas, quando se trata de Bolsonaro e o meio ambiente, as dúvidas são maiores do que as certezas.

#Amazônia #Forças Armadas #Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro #ONU


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Sem crédito na praça

7/07/2020
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No Ministério do Meio Ambiente, o documento assinado pelo chanceler Ernesto Araújo que será enviado a 29 fundos internacionais, com o compromisso do governo de reduzir o desmatamento na Amazônia, já ganhou um apelido: “cheque sem fundo”. Desce o pano.

#Ministério do Meio Ambiente


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Contra-ataque

7/07/2020
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A relação entre o presidente Jair Bolsonaro e o senador Eduardo Braga anda estremecida. O motivo é o empenho que Braga demonstrou pela aprovação do projeto de lei das fake news e, sobretudo, pela prorrogação da CPI sobre o mesma tema. Mau presságio para os afilhados de Braga que estão aninhados no governo, como Wady Cherone Junior, presidente da Amazonas GT, subsidiária da Eletrobras.

#CPI #Jair Bolsonaro


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Wilson & Wilson

7/07/2020
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A defesa do governador do Amazonas, Wilson Lima, vai entrar com recurso no STF para brecar o processo de impeachment na Assembleia Legislativa do estado. O argumento é que as investigações sobre suposto superfaturamento na compra de respiradores, razão central para o pedido de afastamento de Lima, correm em segredo de Justiça, sem o compartilhamento de eventuais provas. É praticamente um corta e cola da estratégia usada pelos advogados de outro Wilson, o Witzel, também ameaçado de impeachment, no Rio de Janeiro.

#Wilson Lima


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General Mourão tem mais um “incêndio” para debelar na Amazônia

26/06/2020
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O general Hamilton Mourão é o homem certo no lugar certo. À frente do Conselho da Amazônia, Mourão desponta como a autoridade mais credenciada no governo para debelar o início de uma nova crise provocada pela aversão do presidente Jair Bolsonaro a tudo que se refira ao meio ambiente. Grandes tradings agrícolas e redes varejistas globais – a exemplo de Cargill, ADM, Carrefour, Walmart, Tesco, entre outros – articulam um boicote, suspendendo a compra de soja produzida na Região Amazônica. A decisão será tomada se o governo brasileiro não atender ao pleito de redução do cultivo do cereal em regiões desmatadas da Amazônia, que subiu 38% em 2018/2019 na comparação com a safra anterior.

Certamente a solução para o problema passa menos pelo gabinete do “ministro stand by” Ricardo Salles e mais pelo do vice -presidente da República. Como se não bastasse a já deteriorada imagem do Brasil no exterior – quando não é o coronavírus, são as queimadas –, o que está em jogo é uma fatia nada desprezível de aproximadamente 15% das exportações brasileiras da commodity. Esta é a proporção da produção nacional que cabe à Região Amazônica. Todos os líderes do possível boicote, ressalte-se, integram a chamada “Moratória da Soja”, acordo por meio do qual seus signatários se comprometem a não comprar o cereal cultivado em áreas de desmatamento.

Enquanto vão sendo discutidas as questões estruturais e mais complexas da política ambiental para a região, o general Mourão começa a impor seu estilo militar de gestão no Conselho da Amazônia e a implementar as primeiras ações capazes de amainar as cobranças da comunidade internacional. Sob a coordenação do general Mourão, a Operação Verde Brasil 2 vem apertando o cerco no combate ao desmatamento na região. Em dois meses, em ações conduzidas pelo Comando de Operações Terrestres do Exército (Coter), foram apreendidos cerca de 120 máquinas e tratores usados ilegalmente. Por decisão de Mourão, os equipamentos serão mantidos em local seguro, sob custódia do Exército. A ideia é que, posteriormente, possam servir como provas em processos criminais contra os acusados de desmatamento na Amazônia. Trata-se de uma mudança importante em relação à prática que vinha sendo feita pelo Ibama e pela Polícia Federal em suas operações contra crime ambiental. Por dificuldades logísticas, tratores e máquinas eram costumeiramente queimados no local de apreensão. De fogo na Amazônia, já basta o dos desmatadores.

#ADM #Cargill #Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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Os garimpeiros da pandemia

26/06/2020
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ONGs internacionais acionaram a OEA, mais precisamente a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, para que o governo brasileiro retire todos os garimpeiros espalhados pelo território yanomani, na Amazônia. O local é visto pelos indigenistas como uma bomba-relógio biológica. Cerca de 26 mil índios, que têm pouco contato com o homem branco, correm o risco de contaminação pelo coronavírus. Esquece… Trata-se de um isolamento impossível de ser feito. Calcula-se que mais de 2o mil garimpeiros estejam atuando irregularmente nas terras dos yanomani.

#Comissão Interamericana de Direitos Humanos #OEA


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Grito da selva

22/06/2020
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Ângela Mendes, filha de Chico Mendes, prepara um documento que será enviado nos próximos dias a governos de diversos países recomendando a suspensão de financiamentos para a Amazônia. Coordenadora do Comitê Chico Mendes, influente junto à comunidade internacional, Ângela
acusa a gestão Bolsonaro de articular emendas ao projeto de lei 6.024, em tramitação na Câmara, com o objetivo de reduzir áreas de proteção ambiental na Região Amazônica. Promessa de novos ataques de ONGs e de outros países à política ambiental de Bolsonaro – ou melhor, à falta dela.


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Guilhotina armada

16/06/2020
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O presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, está por um fio. Seu cargo entrou na roleta das negociações do Palácio do Planalto com o Centrão.

#Banco da Amazônia


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Quem dá mais…

12/06/2020
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A Amazon está insatisfeita com a forma como o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, vem conduzindo as negociações para um possível acordo de patrocínio. Landim estaria usando conversações com outros potenciais parceiros para fazer leilão e elevar os valores do acordo com a gigante mundial de e-commerce, que estava praticamente fechado.

#Amazon #Flamengo


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General Mourão poderá ser o pacificador do país

3/06/2020
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Conspirações normalmente não morrem como segredo tumular. Mas, demora até que deixem de ser articulações no escuro e acabem expostas à luz do sol. O RR apurou que um grupo representativo de empresários paulistas e cardeais políticos de centro e centro esquerda, também de São Paulo, conspiram no silêncio dos horários noturnos. O maior entusiasta da articulação, na área política, é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – aliás, não é de hoje. São as elites pró-impeachment.

Para o grupo, só há uma saída razoável: o vice-presidente Hamilton Mourão. Nas atuais circunstâncias, seus atributos vêm muito a calhar. O general é um dos principais interlocutores palacianos junto às Forças Armadas. Mourão é quase um sócio honorário do Alto-Comando do Exército e, hoje, a única autoridade do governo que pode dizer, com todas as letras, “Não “vai ter golpe”, protagonizando a manchete do jornal mais prestigiado junto aos empresários do país.

O comandante em chefe das Forças Armadas, Jair Bolsonaro, não pode tranquilizar a população quanto à hipótese de intervenção militar. Se falar, perde o trunfo do blefe. A alusão ao golpe é a carta na manga de Bolsonaro contra o impeachment. O presidente dá sinais de que namora um autogolpe, que poderia ser tramado sob a forma de um estado de sítio – ver RR edição de 20 de maio. Não se sabe o que o vice-presidente pensa a respeito dessa eventual solução. É provável que, no íntimo, diante do agravamento do cenário, o general Mourão considere que não há saída decorosa a não ser o impedimento do mandatário conforme o ditame constitucional.

No momento, as forças aliadas a favor do impeachment de Bolsonaro estão concentradas em desconstruir a tese da cassação da chapa. Ela impediria o desfecho do impedimento pela metade – sai Bolsonaro, fica Mourão. Mourão tem buscado se posicionar em áreas estratégicas. Pilota o relacionamento com a China e o Conselho da Amazônia. Bolsonaro se empenha no desrespeito às regras sanitárias, ao armamento da população e à criação de milícias.

Mourão emudece propositadamente quando ladeia Bolsonaro, gasta muita saliva com empresários e militares. Em uma reunião com parte representativa do PIB, teria dito que o impeachment não é a saída mais desejável e deve ser evitado, mas, em última instância, seria a menos traumática. A maior parte do empresariado que está se movimentando conhece o general de encontros reservados, promovidos desde a campanha. O RR testemunhou um deles, no dia 12 de novembro de 2018, quando o então vice-presidente eleito visitou o Instituto Aço Brasil, na Rua do Mercado, 11, no Centro do Rio, para uma reunião com lideranças do setor.

A julgar pela coalizão que começa a se formar, ninguém tem os requisitos de Mourão para ser o “general pacificador” e conter a secessão que se avizinha no país. Uma breve história para concluir: em meio a conversações foi ofertada ao vice-presidente a feitura de pesquisas de popularidade privadas, sem qualquer custo. Medições e métricas somente para seu uso pessoal.

Mourão teria dito que declinava da oferta por dois motivos: primeiro que essas coisas vazam e ele não aceita levar a pecha de golpista; segundo, ele só se apresentaria para servir ao Brasil se pudesse seguir os princípios rígidos morais que caracterizam sua formação como militar e alcançam o zênite quando o oficial atinge o posto mais alto da carreira. Hamilton Mourão é um general quatro estrelas, testado e conferido. Jair Bolsonaro é um capitão expulso do Exército. A democracia não tem culpa de serem abissais as diferenças.

#Forças Armadas #Hamilton Mourão #Jair Bolsonaro


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Duelo à vista

28/05/2020
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A julgar por movimentações que começam a surgir nos bastidores, a pandemia era o empurrão que faltava para Amazon e Facebook entrarem na disputa por direitos de transmissão no futebol sul-americano, especialmente no Brasil. As dificuldades financeiras de tradicionais players jogam a favor dos gigantes globais do streaming.

#Amazon #Facebook


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Amazônia vs. Eneva Energia

25/05/2020
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Parlamentares da Amazônia deverão solicitar ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) e ao TCU a abertura de processo para investigar o empréstimo do Fundo Constitucional do Norte (FNO) à Eneva Energia – leia-se BTG e Cambuhy, holding da família Moreira Salles. Deputados de oposição ao governador Wilson Lima levantam suspeições de favorecimento à empresa na concessão de R$ 1 bilhão do FNO, administrado pelo Banco da Amazônia. O valor equivale a 10% de todos os recursos do Fundo e a 50% do orçamento previsto para o estado do Amazonas. Ressalte-se que outro benefício obtido pela antiga MPX já é objeto de investigação no TCE-AM (Processo 763/2019). A Corte apura supostas irregularidades em benefícios fiscais que teriam sido concedidos pelo governo amazonense à Eneva. Em decisão do último dia 5 de maio, o ministro Ari Jorge Moutinho Junior, relator do processo, determinou a comunicação do caso ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao TCU, “em razão das possíveis graves impropriedades relatadas”.

#BTG #Cambuhy


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Governadores atiram para todos os lados

13/05/2020
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A Operação Lava Jato está virando a “cloroquina” para o tratamento dos efeitos fiscais da pandemia. Sem dinheiro em caixa, Romeu Zema deverá ser o próximo governador a requisitar ao STF recursos recuperados pela Lava Jato para custear ações de combate ao coronavírus. Seguirá os passos do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, que entrou com pedido junto ao ministro Alexandre de Moraes para a liberação de R$ 79 milhões.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, formalizou junto ao governo da Noruega, na semana passada, um pedido de recursos para a compra de equipamentos médicos. O dinheiro viria do Fundo Amazonas, que está congelado desde o ano passado, no auge do imbróglio com o governo Bolsonaro por conta das queimadas na região. São aproximadamente R$ 133 milhões/ano que se encontram represados.

#Lava Jato #Operação Lava Jato #Romeu Zema


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Agenda fora de hora

12/05/2020
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Jair Bolsonaro comprometeu-se com parlamentares do Amazonas – à frente o senador Eduardo Braga – em conceder um novo aumento do crédito tributário sobre o IPI para os fabricantes de refrigerantes da Zona Franca. Em fevereiro, Bolsonaro assinou decreto estipulando um benefício de 8%. A indústria, que reúne dos pesos-pesados AmBev e Coca-Cola a fabricantes locais, como Amazon e Magistral, quer um aumento gradativo dos créditos até 16%. Trata-se de uma agenda cheia de arestas: o Ministério da Economia já foi contrário ao decreto de fevereiro. Imaginem em relação à extensão do benefício…

#Ambev #Coca-Cola #Eduardo Braga #Jair Bolsonaro


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Onde há fumaça…

5/05/2020
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Segundo o RR apurou, após demitir o diretor de fiscalização, o presidente do Ibama, Eduardo Bim, recebeu carta branca do ministro Ricardo Salles para uma dança das cadeiras entre os superintendentes. Consultado, o órgão diz que “No momento, as nomeações em análise dizem respeito a cargos vagos, como no Amazonas.” É justamente a região mais sensível na época mais delicada. Neste mês, com o fim do período de chuvas, começa a “estação” das queimadas na Amazônia.

#Ibama


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Os neros da Amazônia no banco dos réus

4/05/2020
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A Amazônia vai voltar a “arder” na ordem do dia. Quase um ano depois do INPE registrar 30 mil focos ativos de incêndio na região e de toda a convulsão global que o assunto gerou, a AGU prepara-se para entrar na Justiça contra um seleto grupo de pecuaristas, agricultores, madeireiros, entre outros. Segundo o RR apurou, a lista de acusados reúne mais de 60 nomes. Entre eles figura um ex-governador e familiares, sócios de grandes fazendas no Pará e já denunciados por crime de lavagem de dinheiro na compra de terras. Além da possibilidade de prisão, os processos envolverão cobranças de pesadas multas e reparos das áreas devastadas.

#INPE


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Fogo cruzado

29/04/2020
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O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, tenta influenciar na escolha do futuro diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). Tem ao seu lado no lobby o governador do Amazonas, Wilson Lima. Ambos contestavam duramente a gestão do ex diretor do Depen, Fabio Bordignon, homem de confiança de Sergio Moro. Bordignon era questionado devido ao reduzido repasse de recursos para os sistemas prisionais e aos critérios para a concentração de líderes do crime organizado em determinados estados. O segundo problema pode até ser resolvido; já o primeiro…

#Ibaneis Rocha


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Lobby amazônico

27/04/2020
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Parlamentares da Amazônia, à frente o senador Eduardo Braga (MDB-AM), vão levar ao presidente Jair Bolsonaro propostas de redução de alíquota para diversos setores industriais da Zona Franca de Manaus. Vão ter de pegar senha e entrar no fim da fila.

#Eduardo Braga #Jair Bolsonaro


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A “pandemia” das queimadas

8/04/2020
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Em meio à crise do coronavírus e seu imensurável impacto fiscal, uma grave questão volta à ordem do dia. Os governadores da Região Norte estão pleiteando ao vice-presidente Hamilton Mourão, coordenador do Conselho da Amazônica, aproximadamente R$ 500 milhões para ações de combate a queimadas. “De onde” e “se” o dinheiro vai sair, não se sabe. A única certeza é que o calendário aponta para a chegada de um momento crítico: em maio, começa o regime de secas na região, quando a incidência de incêndios na Floresta Amazônica dispara.

#Floresta Amazônica #Hamilton Mourão


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Turbulência

26/03/2020
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Efeitos da crise: a companhia aérea Boliviana Amazonas (BOA) já sinalizou à Embraer que vai cancelar a compra de dois aviões EMB 190, com entrega prevista para dezembro. Tamanho da perda para a fabricante brasileira: algo em torno de US$ 120 milhões.

#Embraer


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Fricção à vista

26/03/2020
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Parlamentares da Amazônia pressionam o governo pela inclusão no próximo leilão de ANP de blocos de óleo e gás que triscam em terras indígenas. São licitações que vêm sendo prudentemente adiadas pela agência reguladora há algum tempo.

#ANP


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Mudança de cenário

25/03/2020
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O cenário mudou: o acordo entre Amazon e Flamengo, que estava por uma assinatura, recuou uma casa. Os norte-americanos tentam achatar o valor em cerca de 20%.

#Amazon #Flamengo


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Ponto final

25/03/2020
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Não retornaram ou não comentaram o assunto: Mercado Livre, Monte Equity, Amazon e Madero.


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Um fast track para as obras públicas

18/03/2020
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O governo encontrou uma solução para utilizar o regime de fast track que não esbarra no veto do Congresso, mais precisamente de Rodrigo Maia. Em vez de privatizações, o regime poderá ser utilizado para destravar obras públicas e grandes projetos de infraestrutura. O primeiro da fila seria a construção da hidrelétrica do Tapajós, uma das usinas da Bacia do Amazonas engavetadas ainda na gestão de Dilma Rousseff. Trata-se de um empreendimento orçado em quase R$ 20 bilhões.

O projeto é conduzido pelo ministro de Minas e Energia, Almirante Bento Albuquerque, e envolve outras instâncias de poder, como o Ministério do Meio Ambiente, TCU, CGU, Ministério Público, entre outros. A usina do Tapajós seria um excelente teste para o regime de fast track. Poucos projetos de infraestrutura carregam um legado de passivos jurisdicionais tão grande quanto a geradora. Em 2016, o Ibama negou o primeiro pedido de licença ambiental para a hidrelétrica.

O Ministério Público, por sua vez, chegou a abrir 20 ações contra o empreendimento. A corrente contra o projeto tem ainda o reforço da comunidade indígena Mundukuru, que realiza recorrentes pajelanças para pedir aos deuses que a floresta se mantenha intacta no entorno da cidade de Itaiatuba (PA), lócus da usina do Tapajós. A intenção do ministro Albuquerque é incluir a usina do Tapajós no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). Projetada para gerar cerca de 6 mil MW – duas vezes e meia a capacidade da Usina de Santo Antônio – a geradora daria um novo impulso ao PPI no setor elétrico. Apenas quatro projetos, de menor porte, fazem parte do programa: as hidrelétricas de Castanheira, Bem Querer, Telêmaco Borba e Tabajara.

#Rodrigo Maia #Usina hidrelétrica

Amazônia


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A nova prioridade da Amazônia

18/03/2020
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O eventual fechamento de fronteiras e a consequente contenção de movimentos migratórios deverão ditar a primeira reunião do Conselho da Amazônia, prevista para o próximo dia 25. Trata-se de um pleito dos próprios governadores da região ao vice-presidente, Hamilton Mourão, comandante do colegiado. Em tempos do novo coronavírus, desmatamento, invasão de terras, queimadas são assuntos que podem esperar um pouco.

#Hamilton Mourão


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Tela quente

13/03/2020
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A iminente parceria entre a Amazon e o Flamengo vai muito além de uma logomarca estampada na camisa. Quem viver verá. Ou melhor: assistirá.

#Amazon #Flamengo


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As Forças Armadas em três tempos

12/03/2020
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Os protestos contra o Congresso convocados para o próximo domingo foram objeto de reunião do Alto Comando do Exército. Antes que alguém pense o contrário, não houve qualquer demonstração de desconforto em relação às passeatas. O posicionamento da grande maioria foi de equidistância. Alguns poucos comentários abordaram a questão do Orçamento, uma espécie de catalisador das manifestações do dia 15 e um tema particularmente caro às Forças Armadas. Os oficiais generais consideram que não há fato novo nas passeatas. Trata-se de manifestações que já ocorreram no governo Bolsonaro, sendo mantido o estado da ordem. Quanto ao protesto contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal, segundo a fonte do RR, os militares avaliam que faz parte da democracia. Mas não falta quem considere tratar-se de um bom puxão de orelhas em juízes e parlamentares.

Segundo uma fonte palaciana, o general Luiz Eduardo Ramos deve ser a próxima vítima da máquina de moer ministros do governo Bolsonaro. A avaliação do presidente é que o responsável pela articulação política foi engolido pelo Congresso na contenda em torno do Orçamento. Mas, a eventual demissão de Ramos não representaria um militar a menos no Palácio do Planalto: de acordo com a mesma fonte, o nome mais cotado para substituí-lo é o general Antonio Miotto, atual chefe do Comando Militar do Sul.

Caso se confirme, a indicação do quatro-estrelas tem tudo para acicatar ainda mais as relações entre o Executivo e o Congresso. O general Miotto levaria para a Secretaria de Governo um estilo mais áspero. “Tropeiro” – esteve à frente também do Comando Militar da Amazônia –, o general não é necessariamente conhecido pelo traquejo político. Ao contrário de alguns de seus colegas no Alto Comando, passou longe de cargos de assessoria parlamentar ou congêneres.

É a antítese do atual ministro. Tido por seus próprios colegas do Alto Comando como alguém de perfil mais moderado, o general Ramos foi escolhido por Bolsonaro pelo seu bom trânsito fora das Forças Armadas, notadamente entre o empresariado paulista – o quatro estrelas é muito ligado ao general Adalmir Domingos, coordenador executivo dos Conselhos e Departamentos da Fiesp.

As Forças Armadas serão uma peça ainda mais importante na operação de guerra montada pelo governo contra o coronavírus. O Exército já planeja, ao lado do Ministério da Saúde, o deslocamento de tropas para dar apoio no combate à disseminação da doença e no tratamento dos infectados. Há duas regiões de fronteira consideradas de maior risco: em Roraima, na divisa com a Venezuela, e no Amapá, no limite com a Guiana Francesa. O governo cogita montar uma espécie de hospital de campanha nas duas regiões, para ajudar na triagem de casos suspeitos e no encaminhamento para hospitais nos dois estados. No caso do Amapá, já há conversações avançadas entre o governo estadual e o federal para o envio de tropa do Exército. Ainda que o sistema de saúde pública venezuelano esteja em situação precária por conta da grave crise econômica, a Guiana preocupa ainda mais as autoridade brasileiras: o país já registrou cinco casos da doença. Na região do Oiapoque, há um considerável fluxo de pessoas entre os dois países, notadamente de indígenas, mineradores e trabalhadores na indústria do extrativismo vegetal.

#Forças Armadas #Jair Bolsonaro


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Governo de Jair Bolsonaro vai à Igreja

10/03/2020
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O Itamaraty articula uma visita da ministra Damares Alves ao Papa Francisco, no Vaticano. De acordo com informações filtradas do Ministério das Relações Exteriores, o mais provável é que a audiência ocorra no mês de maio. A rigor, Damares pretende apresentar ao sumo pontífice resultados dos programas sociais da Pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, notadamente no combate à violência contra crianças e adolescentes.

No entanto, mais importante do que o tema abordado será o simbolismo do encontro. O governo Bolsonaro, visceralmente identificado com o eleitorado pentecostal, vem ensaiando uma lenta e gradual aproximação com a Igreja Católica. Damares – curiosamente, ela própria uma pastora evangélica – tem se notabilizado na conexão entre as duas pontas.

No último dia 19 de fevereiro, por exemplo, foi a primeira integrante da gestão Bolsonaro a ter uma reunião com a cúpula da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Não bastasse o fato de os evangélicos serem um dos principais grupos de apoio do presidente Bolsonaro, a relação entre o governo e a Igreja Católica tem sido marcada desde o início por ruídos. Como não poderia deixar de ser, a histórica proximidade entre setores mais progressistas do clero e o campo da esquerda, sobretudo o PT, pesa na balança. Um caso bastante emblemático foi a decisão do Palácio do Planalto, mais precisamente do Gabinete de Segurança Institucional, de monitorar o Sínodo da Amazônia, que discutiu pautas como desmatamento, a questão indígena, quilombolas etc.

#CNBB #Damares Alves #Jair Bolsonaro


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Conselho do B

28/02/2020
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Aliados do Conselho da Amazônia, os governadores da região articulam a criação de um comitê próprio. O colegiado teria de discutir questões ambientais e também buscar no exterior recursos para projetos contra o desmatamento. Se nada der certo, ao menos os governadores terão criado um fato novo na queda de braço com Jair Bolsonaro.

#Conselho da Amazônia #Jair Bolsonaro


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Comando Vermelho no caminho de Sergio Moro

20/02/2020
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Como se não bastassem o PCC e a recente fuga de 75 presos no Paraguai, o que quase lhe custou metade do seu Ministério, agora é o Comando Vermelho (CV) que põe à prova a política de segurança pública de Sergio Moro. O Serviço de Inteligência da Polícia Federal tem informações de que o CV derrotou a facção inimiga Família do Norte (FDN) e assumiu o “comando” do Presídio Anísio Jobim, em Manaus. Os desdobramentos dessa tomada de poder vão além dos muros da penitenciária. De dentro do próprio Anísio Jobim, integrantes do CV passaram a liderar o boom de assaltos e assassinatos na capital amazonense, que forçou o governo do estado a montar um gabinete de crise.

Somente em janeiro, foram 106 homicídios em Manaus, 54% a mais do que no mesmo mês em 2019. O número vai na contramão do que ocorreu na própria cidade e em quase todas as capitais do país ao longo do ano passado, com a queda do número de assassinatos. Mais uma vez, Sergio Moro está numa situação delicada. O ministro já teria oferecido o envio de tropas da Força Nacional a Manaus, mas o governador do Amazonas, Wilson Lima, não aceitou – para muitos uma vendeta política contra Jair Bolsonaro, seu ex-aliado. Procurada, a Pasta disse apenas que “para que a Força Nacional de Segurança Pública atue é necessário demanda do governo do Estado.” Consultada sobre o avanço do Comando Vermelho em Manaus, o Ministério não se manifestou.

O fato é que nem mesmo a intervenção do governo federal no Anísio Jobim surtiu o efeito desejado. O presídio é um ponto de combustão no mapa carcerário do Brasil. Trata-se também de um local estratégico para o funcionamento do crime organizado no Norte do país. Tradicionalmente, quem domina o “pedaço” dá as cartas na região, o que justifica os seguidos massacres dentro do complexo penitenciário. Desde dezembro, mais de 110 presos foram assassinados. Aos olhos das autoridades da área de segurança, é prenúncio de que algo mais grave possa ocorrer do lado de fora da cadeia. O receio do Ministério da Justiça é que o CV venha a realizar ataques orquestrados durante o Carnaval. Há apreensão ainda de que a onda de violência se espalhe por outras capitais do Norte do Brasil. A tendência é que o Comando Vermelho se aproveite do momento de fragilidade da Família do Norte para tomar também o controle do crime organizado em Belém.

#comando vermelho #Jair Bolsonaro #Polícia Federal #Sérgio Moro


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Lava Jato peruana avança sobre OAS, Andrade e Queiroz Galvão

18/02/2020
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A “Lava Jato” do Peru volta a assombrar as empreiteiras brasileiras. Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS receberam, na semana passada, uma notificação do Instituto Nacional da Defesa da Concorrência peruano. As três são acusadas de participar de um esquema de cartel para fraudar e vencer licitações de obras públicas no país. O espectro das investigações é amplo: envolve 35 corporações peruanas e estrangeiras que teriam manipulado concorrências de infraestrutura no país de 2002 a 2016.

Nesse período, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS ampliaram consideravelmente sua presença local. Atuaram em importantes obras públicas do Peru, a exemplo do Corredor Viário Interoceânico Sul – a megaconexão rodoviária entre o Norte do Brasil e portos no Pacífico, lançada nos governos de Lula e de Alejandro Toledo –, o Parque Rímac, via expressa de 25 quilômetros em Lima, e a hidrelétrica de Inambari, na Amazônia peruana. Somados, esses projetos passaram de US$ 5,5 bilhões. Segundo o RR apurou, as três empreiteiras teriam até o fim de março para apresentar sua defesa ao órgão antitruste do Peru. Procuradas, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e OAS não se pronunciaram.

De acordo com as investigações das autoridades peruanas, o esquema de cartel se enraizou dentro do Ministério do Transporte e Comunicação local. Uma das mais importantes conexões entre as empreiteiras e o órgão era o advogado Rodolfo Prialé, principal representante do que ficou conhecido como “Club de la Construcción”, uma espécie de “Country Club da propina”. Em depoimento à Justiça peruana, três ex-dirigentes da OAS admitiram o pagamento de 25 milhões de sóis peruanos, algo equivalente a US$ 7,3 milhões, a Prialé. Além das investigações no âmbito administrativo, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão, assim como outras empreiteiras brasileiras, são citadas em ações judiciais da Lava Jato peruana.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato #OAS #Queiroz Galvão


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Devastação

17/02/2020
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O novo Conselho da Amazônia, comandado pelo vice-presidente, General Hamilton Mourão, já iniciará seus trabalhos com uma estatística incendiária. O próximo levantamento do INPE deverá apontar um aumento das queimadas na Região Amazônica superior aos 30% no acumulado dos últimos 12 meses.

#General Hamilton Mourão #INPE


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Ciência e Tecnologia tenta afastar a ameaça de um bug financeiro

7/02/2020
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O discreto, quase opaco, ministro Marcos Pontes vai tentar buscar fora o dinheiro que não vem do próprio governo para a Ciência e Tecnologia. O RR tem a informação de que Pontes anunciará nos próximos dias uma reformulação na estrutura do Ministério, com a conversão de boa parte das 16 Unidades de Pesquisa em Organizações Sociais (OS). Trata-se de uma tentativa de evitar um apagão financeiro em alguns dos principais foros de ciência do país – como o Observatório Nacional, o Instituto Nacional de Tecnologia e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o INPE, que esteve no centro de uma das maiores crises do governo Bolsonaro ao revelar o tamanho do desmatamento da Amazônia. Segundo o RR apurou, Pontes se reunirá hoje com seus auxiliares para discutir detalhes do projeto. A mudança da natureza jurídica é uma roleta russa. Por um lado, essas instituições passarão a ter maior autonomia na gestão e captação de recursos – poderão, por exemplo, prestar serviços para terceiros; por outro, não terão mais garantia de repasse de recursos do governo federal. Pensando bem, já não têm mesmo. O Orçamento da Ciência e Tecnologia para este ano é 15% inferior ao do ano passado. Pior: cerca de 40% do valor, algo como R$ 5 bilhões, estão contingenciados. Não há grana suficiente para investir nos institutos e projetos da Pasta e pagar bolsas de estudo, como as do CNPq. Procurado, o Ministério confirmou que “está em andamento estudo para reestruturação e alinhamento das unidades vinculadas do MCTIC considerando o novo planejamento estratégico da gestão”.

#INPE #Instituto Nacional de Tecnologia #Jair Bolsonaro


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Tour de force contra o Coronavírus

4/02/2020
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O Ministério da Saúde está mapeando junto ao Itamaraty e a entidades empresariais o roteiro de missões oficiais da China que visitaram o Brasil nos últimos dois meses. Há registros de viagens de delegações chinesas por São Paulo, Bahia, Goiás e Ceará. As Secretarias de Saúde desses estados já foram alertadas pelo governo federal.

Além do Acre, o governador do Amazonas, Wilson Miranda, também consultou o governo federal sobre a hipótese de fechamento da fronteira com o Peru, onde quatro possíveis casos de Coronavírus estão sob investigação. Por ora, a chance é zero.

#China #coronavírus #Ministério da Saúde


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Hubs portuários são a próxima atração de Tarcísio Freitas

23/01/2020
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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, está debruçado sobre o projeto de criação de hubs portuários, notadamente nas regiões Norte e Nordeste. Segundo o RR apurou, o primeiro empreendimento deverá ser no Amapá. O governo tem planos de leiloar uma área dentro da Companhia Docas de Santana (antigo Porto de Macapá) para a movimentação, armazenamento e distribuição de granéis. Há estudos também para a licitação de outro hub na Região Amazônica e de dois empreendimentos similares no Nordeste.

É o esforço de Tarcísio Freitas para engrossar o caldo do programa de concessões, que ficou aquém do esperado no primeiro ano do governo Bolsonaro. O hub do Amapá é uma peça importante no quebra-cabeças logístico do agronegócio no chamado “Arco Norte”. O governo está prestes a concluir os 50 km de pavimentação da BR-163 até Itaituba (PA). A partir dali já existe um corredor hidroviário que chega a Macapá, através dos rios Santarém e Amazonas.

Esta será uma destacada rota de escoamento para a produção agrícola do Centro-Oeste. O Porto de Macapá está em uma localização estratégica, sendo o terminal brasileiro mais próximo dos Estados Unidos, da Europa e da África Ocidental. A área também apresenta características propícias para navios de maior porte. Segundo estudos da Marinha, o fundo do rio na região é formado por uma lama fluída, com baixo risco de encalhes. Ressalte-se ainda que o governo está investindo R$ 10 milhões para aumentar o calado de 11 metros para 11,70 m.

#Hub #Ministério da Infraestrutura #Tarcísio Freitas


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O papel do BNDES

17/01/2020
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Nem tudo vai tão mal assim na política do governo Bolsonaro para o meio ambiente. Graças ao BNDES, o Brasil produzirá seu primeiro papel higiênico com selo ambiental. A novidade virá da fábrica da Copapa, de Santo Antônio de Pádua (RJ), que recebeu um empréstimo de R$ 33,9 milhões do banco de fomento. O papel carregará menos produtos químicos em sua composição, e todo o processo de fabricação terá emissão neutra de carbono. No país em que o desmatamento da Amazônia cresceu 85% em 2019 e a água marrom da Cedae leva a população do Rio ao hospital, não deixa de ser um alento.

#BNDES


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Má notícia…

15/01/2020
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O Palácio do Planalto tem informações de que Ricardo Galvão, defenestrado da presidência do INPE, vem prestando uma espécie de consultoria informal à Noruega e à Alemanha sobre a política ambiental do Brasil – ou a falta dela. São justamente os dois países que contribuem para o Fundo Amazônia.

#INPE


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Coca-Cola e AmBev travam queda de braço fiscal com Paulo Guedes

14/01/2020
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Coca-Cola e AmBev estão usando todo o seu peso na tentativa de reverter a decisão do ministro Paulo Guedes de cortar incentivos fiscais à indústria de bebidas na Zona Franca de Manaus. Empresas menos votadas, de perfil regional, mas igualmente afetadas pela medida – a exemplo de Amazon Refrigerantes e Guaraná Magistral – também participam da tour de force. A articulação passa pelo Congresso. Na última quinta-feira, deputados e senadores do Amazonas se reuniram com o objetivo de traçar uma estratégia para restabelecer, se não integralmente, parte dos benefícios tributários.

O bloco é encabeçado pelos senadores Plínio Vale e Eduardo Braga, líder do governo no Senado. Segundo a fonte do RR, os parlamentares pretendem agendar uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro ainda nesta semana para levar uma proposta de aumento gradativo dos créditos tributários de 4% para 8% sobre o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Consultada sobre o assunto, a Coca-Cola transferiu a responsabilidade da resposta para a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (ABIR), que, por sua vez, não se manifestou.

Igualmente procuradas, AmBev, Amazon e Magistral também não se pronunciaram. O que está em jogo é algo em torno de R$ 800 milhões. É quanto CocaCola, AmBev e outros fabricantes vão perder em créditos tributários a cada ano com a redução da alíquota. No ano passado, Bolsonaro se sensibilizou com o pleito do setor e da bancada da Amazônia e elevou temporariamente o benefício para 10% do IPI. Em 1º de janeiro deste ano, a alíquota voltou para os 4% fixados ainda no governo Temer. E é lá que Paulo Guedes quer manter esse sarrafo. Já é uma concessão. A vontade mesmo do ministro, que não morre de amores pela Zona Franca e muito menos por renúncia fiscal, era zerar o benefício.

#Ambev #Coca-Cola #Jair Bolsonaro #Paulo Guedes


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Diplomacia

10/01/2020
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A ministra Tereza Cristina deverá voltar à Alemanha em fevereiro. Terá a missão de costurar novos acordos na área do agronegócio. Sua mais recente viagem ao país quase descamba para um incidente diplomático. Em outubro, Tereza teve uma tensa reunião com a ministra da Agricultura local, por conta das queimadas na Amazônia.

#Ministério da Agricultura #Tereza Cristina


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Bolsonaro cobra do mundo o “crédito ambiental” do Brasil

9/01/2020
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Segundo fonte do RR no Itamaraty, representações diplomáticas do Brasil no exterior têm sido orientadas a garimpar informações sobre emissão de poluentes, tanto de empresas privadas quanto do setor público, nos respectivos países de atuação. O objetivo do governo é elaborar um dossiê para comprovar que o Brasil tem, sim, créditos de carbono a receber nos termos do Protocolo de Kyoto. A gestão Bolsonaro tem batido duramente nessa tecla: garante ter direito a mais de US$ 2,5 bilhões relativos à redução de 250 milhões de toneladas de gás carbônico desde 2005. O número não é reconhecido por especialistas internacionais e tampouco se sabe os critérios adotados pelo governo brasileiro para chegar a ele, mas isso é o de menos… Além de brigar pelos supostos bilhões do CO2, o dossiê teria outra valia para o governo brasileiro: contra-atacar e constranger grandes potências que, na ótica da gestão Bolsonaro, posam de “vestais” e juízes da política ambiental alheia. A ideia do levantamento teria partido do próprio ministro Ricardo Salles, que voltou com a crista lá em cima da COP25, em Madri. Em conversas reservadas com assessores, auscultadas pelo RR, Salles tem repetido que o Brasil “mudou o tom do noticiário sobre o meio ambiente”. Talvez sua capacidade de interpretação esteja enevoada pela fumaça da Amazônia.

#Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente #Ricardo Salles


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Caça talentos

9/01/2020
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O Aliança do Brasil, o novo partido de Jair Bolsonaro, quer em suas fileiras o apresentador de programas policiais Sikêra Júnior. Contratado recentemente pela Rede TV, o amazonense Sikêra virou uma sensação nas redes sociais pelas opiniões polêmicas e os impropérios com que costuma se dirigir à bandidagem.

#Aliança do Brasil #Jair Bolsonaro


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2019 foi um ano de acertos dobrados no RR

30/12/2019
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4 de janeiro. O ano de 2019 e a era Bolsonaro nem bem tinham raiado quando o RR cravou não apenas a decisão do novo governo de privatizar a Eletrobras, mas também os movimentos de Jorge Lemann para comprar a empresa, por meio do 3G Radar. Poucas semanas depois, as duas informações estavam em toda a mídia. Foi o primeiro dos incontáveis furos aos quais o assinante do Relatório Reservado teve acesso, com exclusividade, ao longo deste ano – boa parte deles antecipando passos do Poder, notadamente do presidente Jair Bolsonaro e de sua equipe. Na edição de 8 de janeiro, a newsletter destrinchou o projeto da gestão Bolsonaro para murchar o Ibama e demais órgãos da área ambiental por dentro.

Não deu outra: o meio ambiente se tornaria um nervo exposto no primeiro ano de seu governo, como se veria mais à frente, em um dos episódios de maior repercussão de 2019. Em 21 de agosto, o RR informou, em primeira mão, que o Itamaraty tinha a informação de que governos da Europa preparavam um forte ataque à política ambiental do presidente Bolsonaro, com ênfase no desmatamento da Amazônia. A matéria do RR informava, inclusive, o Dia D e o lócus da ofensiva: 24 de setembro, data de abertura dos chamados debates de alto nível da 74ª Assembleia Geral da ONU. Dito e feito. O Brasil sofreu um bombardeio sem precedentes de grandes líderes globais por conta das queimadas na Amazônia, e o tema ditou o discurso de Bolsonaro nas Nações Unidas. Em 4 de setembro, o RR também foi o primeiro veículo a noticiar a coalizão entre a bancada ruralista e grandes tradings para evitar a moratória da soja, assunto que estouraria na imprensa duas semanas depois.

Nos primeiros dias de mandato do Capitão, precisamente em 9 de janeiro, o RR trouxe em primeira mão a determinação do Planalto de abrir a “caixa-preta” da Previdência, com uma devassa nos bancos de dados da Dataprev e nos pagamentos de benefício do INSS, que seria formalmente anunciada semanas depois. Em 17 de janeiro, a publicação revelou os planos de Bolsonaro de espalhar escolas cívico-militares pelo país – projeto que só seria formalmente divulgado em setembro, com o anúncio da construção de 216 colégios até o fim do atual mandato. Ainda em janeiro, no dia 21, o RR informou sobre a disposição de Paulo Guedes em rasgar a camisa de força do Orçamento, com a desvinculação das receitas. O ministro abriu essa guerra, ainda que, até o momento, sem vitória. Por dever de ofício, auscultar os gabinetes de Paulo Guedes e da equipe econômica foi um exercício quase diário do RR, o que permitiu antecipar decisões ou projetos ainda que no seu nascedouro.

Em 15 de fevereiro, o RR foi o primeiro veículo a colocar sobre a mesa que o Ministério da Economia cogitava um shutdown, ou seja, a suspensão geral dos pagamentos dos gastos públicos. O risco estava diretamente vinculado à não aprovação da reforma da Previdência e chegou a ser tratado em conversas entre Guedes e o presidente Jair Bolsonaro, conforme revelou a newsletter. O tema somente começou a aparecer na mídia em maio. Em novembro, o próprio ministro viria a falar na possibilidade de um “shutdown à brasileira”, com a adoção de medidas combinadas para “estancar a sangria de despesas até que o equilíbrio fiscal seja restabelecido”, como suspensão de reajustes para o funcionalismo, reestruturação de carreiras no serviço público etc etc.

Em 13 de junho, o RR noticiou a intenção de Paulo Guedes de soltar recursos pingados para adoçar a boca dos brasileiros e injetar uns trocados na economia – no que a newsletter chamou de uma estratégia “rouba montinho”, ou seja, tira um pouquinho de moedas daqui e empurra para ali. Pouco tempo depois, as migalhas começaram a cair sobre a mesa, com a liberação de dinheiro do FGTS, um pequeno puxadinho no orçamento do Minha Casa, Minha Vida e até um cata-cata de grana para honrar o pagamento de bolsas do CNPq. O drama fiscal foi acompanhado no detalhe do detalhe pelos assinantes do RR, a partir de informações exclusivas e análises argutas. O RR seguiu cada pegada do Copom, especialmente a sua intenção de acelerar a redução da Selic, tendo como meta juros reais de 1% neste ano, conforme a newsletter informou em 17 de setembro. Por falar em juros, o Relatório Reservado foi o primeiro veículo a chamar a atenção para a dissintonia entre os dois grandes bancos estatais diante da forte queda da Selic.

No dia 7 de outubro, a publicação abordou a posição do Banco do Brasil, de Rubem Novaes, nome historicamente vinculado a Paulo Guedes, de não reduzir suas taxas de juros, diferentemente da Caixa Econômica. Poucos dias depois, o restante da mídia abriu os olhos para o assunto e o próprio BB acabaria por anunciar um corte em suas taxas. Ainda percorrendo os bastidores das grandes decisões da economia, o assinante do RR soube antes, no dia 19 de agosto, que o governo estava prestes a lançar um programa de privatizações como o “país nunca viu”. Dois depois, a notícia se confirmava – ainda que sem fazer jus à expressão hiperbólica cunhada dentro do próprio Ministério da Economia. Em 21 de agosto, o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, divulgava oficialmente o plano de venda de nove estatais – à exceção dos Correios, e olhe lá, nenhuma de fechar o comércio. Por ora, o explosivo programa de privatizações anunciado por Bolsonaro e Guedes não passa de um estalinho.

Ainda na seara das concessões públicas, nos estertores de 2019, mais precisamente em 4 de dezembro, o RR noticiou um mutirão interministerial do governo para aprovar o marco regulatório do saneamento – condição sine qua nom para destravar a venda de estatais do setor. Cinco dias depois o próprio ministro Paulo Guedes confirmava que o governo havia intensificado a articulação política para acelerar a aprovação da lei no Congresso. Seguindo na agenda econômica, o RR foi o primeiro a puxar uma questão que somente dias depois seria fisgada pela mídia de um modo geral. Na edição de 8 de novembro, após consultar importantes juristas, a newsletter trouxe a informação de que o Conselho Fiscal da República – o ornitorrinco criado por Paulo Guedes juntando partes do Executivo, Legislativo e Judiciário – é inconstitucional. Do fiscal para o câmbio, em 22 de novembro o RR trouxe à tona a crescente preocupação do Banco Central com a escalada do dólar.

Quatro dias depois, a autoridade monetária entrou no mercado vendendo a moeda americana para segurar as cotações, expediente que ainda se repetiria mais algumas vezes. Em 20 de fevereiro, o RR esmiuçou o grande projeto do “governo digital” que começava a ser engendrado no Ministério da Economia, mais precisamente na área comandada pelo Secretário Paulo Uebel, com o objetivo de arrumar a máquina pública tanto para dentro quanto para fora, leia-se o atendimento à população. Somente mais para o fim do ano, o tema cairia no radar da mídia, com direito a capa de revista semanal. Ainda no âmbito da economia, em 11 de fevereiro, a newsletter informou sobre o convite do então presidente do BNDES, Joaquim Levy, a Gustavo Franco para assumir a presidência do Conselho de Administração, formalizado apenas no fim daquele mês.

Da mesma forma, em 19 de junho, o RR antecipou que o economista deixaria de ser o chairman da agência de fomento antes mesmo de assumir o cargo. Àquela altura, oficialmente Gustavo Franco e o próprio BNDES negavam o meia volta, volver, garantindo que o processo de indicação transcorria normalmente e a demora na posse se devia à burocracia do rito. Pois bem… Somente no fim de julho, mais de um mês após a notícia do RR, o economista e o banco admitiram o desenlace antes mesmo do casório. Em 16 de dezembro, o RR colocou foco sobre o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto de Almeida, antecipando os preparativos para a sua saída do governo.

Uma semana depois, Paulo Guedes e toda a equipe econômica fizeram um desagravo público a Mansueto. Chamou a atenção do empenho do ministro em garantir a permanência do economista no cargo por “pelo menos mais um ano”. Mais sintomático, impossível. Guedes desmentiu e o RR reafirmou e reafirma o que disse: Mansueto vai deixar o governo em breve. Ao longo de 2019, o RR manteve a tradição de acompanhar amiúde a área de Defesa, que, não bastasse sua importância per si, ganhou um  destaque ainda maior no noticiário devido ao notório imbricamento entre o estamento militar e o governo Bolsonaro.

Em 25 de fevereiro e 13 de março, período marcado pelo agravamento da crise institucional na Venezuela e por forte tensão na fronteira, a newsletter revelou a preocupação das Forças Armadas com a fragilidade do sistema brasileiro de defesa, resultado da contínua asfixia orçamentária comum a todos os últimos governos brasileiros. Em 5 de abril, o RR abordou a tensão entre militares, ainda que da reserva, e o Judiciário. A publicação destacou o editorial da Revista do Clube Militar, por meio do qual o presidente da instituição, General de Divisão Eduardo José Barbosa, fez duras críticas ao STF. Na ocasião, o oficial da reserva classificou como uma “evidente ofensiva contra a Lava Jato” a decisão do Supremo de que processos de “caixa 2” migrem para a Justiça Eleitoral. Nos dias a seguir, o assunto ganharia evidência na mídia.

O RR também foi um intérprete das tensões institucionais que cercam o governo Bolsonaro. Em 2 de maio, em matéria intitulada “FHC é o maior conspirador da República”, a newsletter desvendou as movimentações do ex-presidente junto aos principais grupos de poder do país em um período de efervescência por conta dos seguidos episódios de quebra de decoro protagonizados por Jair Bolsonaro. Menos de duas semanas depois, FHC não se fez de rogado e verbalizou publicamente a palavra que tanto vinha sussurrando na penumbra: “O impeachment às vezes é inevitável”. Entre as várias “guerras” abertas por Bolsonaro em seu primeiro ano de mandato, está o embate com a própria mídia. Em 9 de agosto, o RR trouxe a informação de que o presidente da República determinaria o corte de assinaturas de grandes jornais e revistas nos órgãos federais. Bingo! Em 31 de outubro, o governo anunciava o cancelamento da assinatura da Folha de S. Paulo.

O ministro Sergio Moro e, por extensão, o Judiciário estiveram no centro de outros importantes furos do RR ao longo de 2019. Em 1 de abril, a newsletter divulgou a movimentação de Moro para aumentar o orçamento da sua Pasta e aumentar o efetivo da Polícia Federal. Um mês depois, Paulo Guedes soltou a grana, e o ministro da Justiça anunciou a convocação de 1.200 aprovados em concurso para a PF realizado no ano passado. Em 11 de junho, o RR antecipou uma grande ação da Justiça, notadamente da Polícia Federal, para combater a atuação do crime organizado, sobretudo do PCC, no contrabando de ouro. Sete dias depois, a PF deflagrava a Operação Ouro Perdido, desbaratando uma quadrilha que havia movimentado cerca de R$ 145 milhões. No agitado ano de Sergio Moro, talvez nenhuma outra agenda supere o vazamento dos seus diálogos com os procuradores da Lava Jato, iniciado pelo The Intercept Brasil. O assinante do RR soube, com exclusividade, das movimentações de Moro nos bastidores para administrar o escândalo.

Em 29 de julho, por exemplo, a publicação antecipou que o ministro, em uma ardilosa estratégia, ligou para uma relação de 26 autoridades dos Três Poderes para informar e “tranquilizá-los” sobre o hackeamento de seus celulares e computadores. Por falar em Lava Jato, ao longo de 2019, por diversas vezes o RR chamou a atenção para o desmonte do setor de construção pesada com a insistência do aparelho de Justiça em punir as empresas e não apenas seus controladores. Em 10 de outubro, na esteira da criação do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Setor de Infraestrutura, o RR enfatizou que a redenção das empreiteiras e a salvaguarda de seus milhares de empregos – os que ainda restaram – deveriam ser tratadas como assunto de Estado. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. Em 26 de dezembro, a imprensa divulgou um relatório da CGU levantando o risco de calote em acordos de inadimplência devido à falta de retomada da atividade no setor de construção pesada. Eureka!

No âmbito do Judiciário, o RR revelou a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de criar varas especializadas para o julgamento de integrantes do crime organizado, informação que somente seria divulgada pelos grandes jornais em 1 de julho. Em 23 de agosto, a newsletter antecipou a união entre os Ministérios Públicos do Brasil e do Paraguai para investigar o doleiro Dario Messer e sua abastada clientela nos dois países. Em 11 de outubro, o RR divulgou que os dois MPs tinham à mão uma lista de 36 clientes do doleiro. Mais uma vez, no alvo: em 20 de dezembro, o Ministério Público do Brasil indiciou 18 pessoas ligadas a Messer, entre elas o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes. Os outros 18 que esperem. A sua hora vai chegar… Como não poderia deixar de ser, não obstante o peso do noticiário político institucional, a seleta rede de informantes do RR no ambiente corporativo permitiu à newsletter antecipar importantes fatos do universo empresarial em 2019.

Em 14 de fevereiro, a publicação noticiou os preparativos para a saída de Fabio Schvartsman da presidência da Vale, na esteira da tragédia de Brumadinho. No dia 2 de março, a mineradora anunciava o afastamento “temporário” de Schvartsman do cargo. Mero jogo de palavras: o executivo deixava o posto em definitivo, carregando no currículo 270 mortes. Em 29 de maio, o RR informou, com exclusividade, da parceria entre Starboard e Apollo para a compra da ViaVarejo. Dois dias depois o assunto estava estampado nos principais jornais do país. No fim, a dupla de gestoras perdeu o negócio. Michael Klein foi mais rápido no gatilho e ficou com a ViaVarejo. Em 30 de maio, o Relatório Reservado publicou, em primeira mão, a condenação da Volkswagen pelo TJ-RJ pelo escândalo da adulteração de resultados de emissão de poluentes em veículos a diesel. Outros veículos só noticiaram o veredito, no valor total de R$ 460 milhões, quatro dias depois.

Na edição de 24 de junho, o RR antecipou um movimento decisivo no processo de recuperação judicial da Saraiva: uma “rebelião” dos credores, condicionando a aprovação do plano ao afastamento da família da gestão da empresa. Mais um tiro certeiro: em 29 de agosto, a saída de Jorge Saraiva Neto do comando da companhia foi confirmada. Em 14 de agosto, o RR publicou, com exclusividade, a retomada dos planos da JBS de abrir o capital nos Estados Unidos. No apagar das luzes de 2019, o RR levantou ainda um caso inusitado: sete donos de embarcações incendiadas na Marina de Angra dos Reis (RJ) aguardam há meses pelo pagamento de seus seguros. Por ora, nem a BR Marinas, concessionária do atracadouro, nem a Tokyo Marine, responsável pela apólice coletiva do local, pagaram um centavo pelo sinistro.

Dez dias depois, o assunto estava em coluna de prestígio de uma revista semanal. Essa seleta de acertos foi apenas uma pequena amostra do número elevado de furos e análises premonitórias com que a newsletter brindou seus assinantes durante 2019. O leitor do RR não tem dúvida de que em nossas páginas pode enxergar o noticiário mais à frente. Em 2020, esperamos ter a honra de que nossos assinantes permaneçam nos prestigiando. Ainda em 2019, o Relatório Reservado adensou o volume de informações disponibilizadas ao seu assinante com o lançamento do Observatório RR – uma nota técnica diária sobre assunto específico e relevante – e o Termômetro RR, que antecipa a temperatura da agenda política e econômica do dia seguinte. Em 2020, podem esperar, teremos muito mais. Que venham novos acertos e muito mais assinantes!

#Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #Paulo Guedes #Selic


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A morte e as mortes de Chico Mendes

16/12/2019
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Chico Mendes “morre” um pouco mais a cada dia de governo Bolsonaro. A tradicional Semana Chico Mendes, que reúne especialistas e ONGs da área ambiental, começa hoje, no Acre, sob graves restrições orçamentárias. O governo do Acre retirou o patrocínio máster. Gestões feitas ao Ministério do Meio Ambiente para um apoio financeiro de última hora encontraram a porta fechada. Os organizadores do evento estão se amparando em vaquinhas virtuais. A edição deste ano é revestida de maior simbolismo: Chico Mendes estaria completando 75 anos em 2019. Além disso, o encontro ocorre após a crise internacional causada pelas queimadas na Amazônia.

#Chico Mendes #Ministério do Meio Ambiente


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“Comando da Amazônia”

5/12/2019
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Jair Bolsonaro flerta com a ideia de indicar um general para o comando da Sudam. O superintendente atual, Paulo Roberto Correia, é um raro legado da era Dilma. Está no posto desde 2015.

#Jair Bolsonaro


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Head hunter

2/12/2019
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Jair Bolsonaro abriu as portas do Aliança pelo Brasil para o governador do Amazonas, Wilson Lima. Além de engrossar as fileiras do novo partido, a cooptação teria um gostinho pessoal: tirar um governador do PSC, do agora desafeto Wilson Witzel.

#Jair Bolsonaro #Wilson Witzel


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Os novos “incêndios” da Amazônia

27/11/2019
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A moratória da soja está se transformando em um contencioso corporativo de razoável proporção no agronegócio brasileiro, insuflado pelo próprio governo Bolsonaro. Com o apoio do Palácio do Planalto e do Ministério da Agricultura, a Aprosoja (Associação Brasileira de Produtores de Soja) vai descarregar munição de grosso calibre nos tribunais. De acordo com a fonte do RR, um cardeal da bancada ruralista no Senado, a entidade acionará a Justiça para derrubar as restrições à compra de soja produzida em áreas de desmatamento na Amazônia.

Do outro lado da mesa, estão grandes tradings agrícolas como ADM, Cargill e Louis Dreyfus, reunidas sob a égide da Abiove (Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais). Segundo a mesma fonte, os produtores acusam as tradings internacionais de distorcer deliberadamente indicadores do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) utilizados como base para classificar áreas de cultivo na Amazônia. Os ruralistas defendem o uso como parâmetro do Cadastro Ambiental Rural (CRA).

Elaborado com base em dados do Ministério da Agricultura, o Cadastro é tido, digamos assim, como mais benevolente no tratamento de informações ambientais. Procurada, a Aprosoja não quis se pronunciar. Por sua vez, a Abiove não comentou sobre o possível enfrentamento na Justiça. Disse que “defende a moratória com objetivo de preservar os mercados consumidores da soja brasileira conquistados ao longo de uma década”.

A confirmação da presença do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (CoP-25), em Madri, está longe de tranquilizar os governadores da Amazônia, principais interessados no assunto. Pelo contrário. Salles recebeu do Palácio do Planalto a missão de, mais uma vez, bater duro contra as tentativas de interferência de governos internacionais e ambientalistas na Região Amazônica. Guardadas as devidas proporções, os governadores temem uma reedição do discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU. O receio é que o Brasil receba apenas farelos da partilha dos US$ 100 bilhões que a CoP-25 promete dividir entre os países em desenvolvimento.

#Agronegócio #Aprosoja #INPE #Jair Bolsonaro #Soja


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O Acre vai esquentar

27/11/2019
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Eduardo Bolsonaro tem feito a maior propaganda no Congresso e nas redes sociais da palestra que o cientista Luiz Carlos Mollion dará amanhã no Acre, um dos estados mais atingidos pelas queimadas na Região Amazônica. Controverso, Mollion contesta duramente o aquecimento global e costuma dizer que por trás da tese estão interesses econômicos de grandes nações. Parece até coisa de Olavo de Carvalho.

#Eduardo Bolsonaro


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Trincheira contra Ricardo Salles

20/11/2019
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A orelha do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, vai arder feito a floresta amazônica hoje. Ontem no fim do dia, parlamentares do PT e do PSOL preparavam farta munição contra Salles. Os ataques serão desferidos na sessão de hoje na Comissão Externa criada no Congresso para investigar o derramamento de óleo no litoral brasileiro.

#Ricardo Salles


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Um pedacinho da velha Varig

18/11/2019
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O leilão do antigo Tropical Hotel, em Manaus, – um dos últimos resquícios da finada Varig –, periga ser um fracasso de bilheteria. Segundo o RR apurou, até o momento o Tribunal Regional do Trabalho do Amazonas, responsável pelo certame, não recebeu sondagem de qualquer investidor. O imóvel está avaliado em R$ 180 milhões. Com seus 640 apartamentos, o hotel ainda se arrastou até maio deste ano, quando encerrou suas operações.

#Varig


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“Plano Lemann” de privatizações mira nos Correios e na Eletrobras

14/11/2019
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Jorge Paulo Lemann pretende fazer um arrastão nas privatizações do governo Bolsonaro. A investida sobre a Eletrobras já estava escrita nas estrelas, ou melhor, no RR, que antecipou na edição de 4 de janeiro deste ano a intenção do 3G Radar de participar do leilão da companhia – desde então, o fundo de Lemann já ampliou sua participação de 5% para 9,8%. Pois agora o 3G estaria debruçado também sobre os Correios. O plano de Lemann é transformá-los em uma grande companhia de logística, voltada ao e- commerce. A empresa se tornaria uma multiplataforma de distribuição, com a terceirização de sua megaestrutura de armazenagem e entrega para grupos que desejam entrar no varejo online no Brasil.

Os números são superlativos. Além de mais de 11 mil agências em 1.725 municípios, os Correios somam 115 centros de entrega, 49 centros logísticos integrados e 41 centros de transporte operacional. A compra dos Correios teria também, como plus, uma notória sinergia com a Americanas.com e demais operações de Lemann no varejo online, reunidas sob o guarda-chuva da B2W – Submarino, Shoptime e Sou Barato. Ao mesmo tempo, carregaria um componente de defesa do território. Seria um movimento profilático do 3G Radar para impedir que toda a estrutura da estatal caísse de bandeja nas mãos de um forasteiro, a exemplo de Amazon e Alibaba.

O grupo de Jeff Bezos já tem uma atuação razoavelmente significativa no país. O gigante chinês, por sua vez, mantém uma plataforma de varejo online em língua portuguesa e prepara seu desembarque no mercado brasileiro. Ambos são potenciais contratantes da nova empresa que Lemann idealiza para os Correios. Mais: o empresário teria uma valiosa moeda de troca para – por que não? – negociar mais à frente um M&A com a Amazon, o Alibaba ou outro grande grupo de e-commerce disposto a aportar por estas bandas. Ao melhor estilo Lemann, o roteiro poderia incluir ainda um IPO da nova companhia. Até lá, seria o tempo sufi ciente para o empresário arrumar a casa e moldar a estatal ao seu feitio. Nada que um Falconi da vida com seu kit tradicional – orçamento base zero, corte de 30% do pessoal etc – já não tenha feito inúmeras vezes a mando do próprio Lemann.

#Correios #Eletrobras #Jorge Paulo Lemann


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Guerra aberta

8/11/2019
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Informação que circulava ontem à tarde no Ministério da Agricultura. Em um gesto ousado, grandes produtores agrícolas estariam dispostos a bancar uma campanha publicitária no exterior para defender o fim da moratória da soja na Amazônia e assegurar a boa procedência do grão produzido na região – não obstante as denúncias de produção em áreas desmatadas. Os ruralistas contam com o apoio do presidente Jair Bolsonaro, defensor da extinção da moratória – conforme informou o RR na edição de ontem.

#Ministério da Agricultura


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Bolsonaro abre guerra à moratória da soja

7/11/2019
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O presidente Jair Bolsonaro chamou para si mais uma agenda controversa. Comprometeu-se com líderes da bancada ruralista, notadamente o senador Luiz Carlos Heinze, não só a frear a instauração da moratória da soja no Cerrado como trabalhar pela extinção do pacto na Amazônia, em vigor desde 2006. Na próxima semana, a Frente Parlamentar da Agricultura vai encaminhar ao Palácio do Planalto um estudo detalhado sobre as perdas potenciais da medida para os produtores rurais. Nesta semana, 13 tradings reunidas na Abiove (Associação Brasileira da Indústria de Óleos Vegetais) anunciaram a intenção de não mais comprar o grão produzido em áreas desmatadas do Cerrado, a exemplo do que já ocorre na Floresta Amazônica há 13 anos.

#Jair Bolsonaro


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A asfixia do desenvolvimento regional

5/11/2019
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O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, luta não apenas pela sobrevivência da sua Pasta – sob risco de extinção –, mas também pelo aumento do Orçamento para 2020. Canuto tenta esticar o valor previsto de R$ 6,5 bilhões para R$ 7 bilhões. Entre outros dispêndios, o Ministério terá de aumentar o repasse de verbas a governos estaduais da Região Norte para a recuperação de áreas atingidas pelas queimadas na Amazônia.

#Ministério do Desenvolvimento Regional


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Uma licitação envolta em fumaça

29/10/2019
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Em vez de inimigos imaginários e brigas com o Greenpeace, talvez seja melhor o ministro Ricardo Salles começar a se preocupar com o Ministério Público Federal. O órgão deverá solicitar à Justiça a suspensão da licitação aberta pelo Ministério do Meio Ambiente para contratar uma empresa privada de monitoramento de queimadas. A concorrência foi instaurada às pressas no auge da crise amazônica. Em depoimento ao MPF, Ricardo Galvão, defenestrado do comando do INPE, levantou suspeitas sobre a concorrência, que, segundo ele, estaria sendo direcionada para a norte-americana Planet. Consultado, o Ministério garante que não “há nada de irregular” na licitação. O curioso é que a própria Pasta informou ao RR que a “contratação está sendo reformulada e está sendo feita com participação do INPE”.

#INPE #Ministério do Meio Ambiente


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Em nome do Olavo

10/10/2019
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Jair Bolsonaro cogitou viajar ao Vaticano para a canonização da Irmã Dulce, no próximo dia 13. A recomendação definitiva em contrário teria vindo da Virgínia. Olavo de Carvalho alertou para a realização simultânea do Sínodo da Amazônia e o risco de protestos contra Bolsonaro. Além disso, a viagem poderia ser interpretada como um sinal de aproximação com a Igreja Católica, que vive uma fase mais à esquerda.

#Jair Bolsonaro #Olavo de Carvalho


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Macron

7/10/2019
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A orelha de Jair Bolsonaro vai arder tanto quanto a selva amazônica. O ex-presidente do Inpe, o cientista Ricardo Galvão, tem convite de ONGs franceses para palestras sobre o desmatamento no Brasil.

#INPE #Jair Bolsonaro


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Briga de vizinho

4/10/2019
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Ao que parece, foi necessário a Amazônia arder, para o Partido Novo “descobrir” que Ricardo Salles pertence às suas fileiras. João Amoedo pressiona para que o Ministro do Meio Ambiente se desfilie do partido. Para isso, evoca uma resolução do Diretório Nacional do Novo de que qualquer filiado que ocupe cargo público sem ter sido indicado pelo Partido deve deixar a sigla. Salles, no entanto, faz ouvidos de mercador ao “dono” do partido.

#João Amoedo #Partido Novo #Ricardo Salles


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Mata rica

3/10/2019
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Em meio às cinzas da Amazônia, o governo federal vai lançar nos próximos dias o edital de concessão da unidade florestal de Três Barras (SC). Será a primeira licitação de floresta na Região Sul. São 4,4 mil hectares de florestas de araucárias e pinus, com um valor potencial estimado em R$ 100 milhões.

#Amazônia


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Poder de Fogo Futebol Clube

30/09/2019
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Os grandes clubes de futebol do Brasil articulam a formalização de uma nova entidade que teria como principal missão negociar, de forma centralizada, a venda de direitos de transmissão. Notícia alvissareira, sobretudo, para as novas plataformas, como a inglesa DAZN e a própria Amazon, ávidas por deslocar o mercado das emissoras de TV no país.

#Amazon #Dazn


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Cosme e Damião

27/09/2019
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Justiça seja feita: o chanceler Ernesto Araújo não está sozinho em sua irrelevância. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, também ficou à margem da costura do pronunciamento de Jair Bolsonaro na ONU, mesmo com a questão amazônica sendo o epicentro do discurso.

#Jair Bolsonaro #ONU #Ricardo Salles


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“Operação rescaldo” na Amazônia

26/09/2019
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Após o agressivo discurso na ONU, o presidente Jair Bolsonaro deverá assinar ainda nesta semana decreto prorrogando a operação de Garantia da Lei da Ordem (GLO) na Amazônia. Com isso, as tropas das Forças Armadas que atuam no combate a queimadas permanecerão na região até o fim de novembro – o prazo atual é 24 de outubro. A recomendação neste sentido partiu do próprio ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, com quem Bolsonaro se reuniu na última sexta-feira.

#Jair Bolsonaro #ONU


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Sedex 1

26/09/2019
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Segundo informação filtrada do Ministério da Economia, oito empresas já sondaram o governo em busca de mais detalhes sobre a privatização dos Correios. Entre elas, estão a alemã DHL e a Amazon.

#Ministério da Economia


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O pensamento estratégico das Forças Armadas sobe à tribuna das Nações Unidas

25/09/2019
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Se havia alguma percepção de dubiedade nas relações entre o presidente Jair Bolsonaro e as Forças Armadas, tudo se cala diante do seu pronunciamento, ontem, na Assembleia Geral da ONU. O discurso de Bolsonaro deu transparência ao pensamento dos militares, levando para o púlpito das Nações Unidas a visão do Exército, Aeronáutica e Marinha em relação às questões mais sensíveis no atual xadrez geopolítico mundial. As fontes do RR permitem afirmar enfaticamente: o presidente falou pelas e para as lideranças militares do país – além, é claro, do seu próprio eleitorado.

Os mentores palacianos são os de sempre: o ministro-chefe do GSI, general Augusto Heleno, e seu assessor e ex-comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas. Ambos foram os arquitetos intelectuais do discurso proferido por Bolsonaro em Nova York. As Forças Armadas concordaram tacitamente com o teor do pronunciamento. Até porque é o que pensam. De acordo com a mesma fonte, os generais de Exército Valério Stumpf e Tomás Ribeiro Paiva foram dois importantes interlocutores entre o Palácio do Planalto e os oficiais da ativa no processo de articulação do pronunciamento presidencial.

Ambos têm estreitos laços pessoais com os generais Heleno e Villas Bôas. Até três meses atrás, o general Stumpf era o chefe de gabinete do ministro do GSI. Por sua vez, o general Tomás foi chefe de gabinete do general Villas Bôas no comando do Exército. Ressalte-se que os dois foram promovidos a quatro estrelas simultaneamente, em junho, “caroneando” o então porta-voz do Palácio do Planalto, general Rêgo Barros, que automaticamente perdeu a vaga no Alto-Comando e foi para a reserva. O making of do discurso de Jair Bolsonaro foi mais uma demonstração da desimportância do Itamaraty.

O ministro Ernesto Araújo esteve presente na ONU como figurante de um teatro de marionetes. Passou ao largo da formulação da estratégia que ditou a apresentação de Bolsonaro. Mesmo porque o que se ouviu ontem na ONU não poderia mesmo ser um pronunciamento esculpido na instância das Relações Exteriores. Talvez no mais agressivo speech de um presidente brasileiro na Assembleia Geral, Bolsonaro relançou, na tribuna das Nações Unidas, a “Guerra Fria” em sua versão latina. Ao abrir fogo contra o socialismo – palavra seis vezes citada –, reagir à “guerra informacional” das grandes potências em sua investida sobre a Amazônia e defender com veemência a soberania nacional, Bolsonaro deu uma nova dimensão ao acordão ideológico com o governo Trump.

De certa forma, pode-se dizer que a coalizão não envolve apenas o Palácio do Planalto e a Casa Branca. Passa também pelo Forte Apache, em Brasília, e pelo Pentágono, em Washington, em função do entrelaçamento de interesses geopolíticos e na área de Defesa entre os dois países. Por mais que o afinamento ideológico entre Trump e Bolsonaro seja carregado de excessos de parte a parte, se há uma área que pode se beneficiar do entrosamento entre Brasil e Estados Unidos é o setor de Defesa.

As Forças Armadas brasileiras vislumbram importantes oportunidades na reaproximação com os norte-americanos, após um período relações insossas na gestão petista. As expectativas vão da transferência de tecnologia e parcerias em torno de importantes projetos militares no país – a exemplo do Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) – ao reconhecimento do Brasil como um aliado militar estratégico dos Estados Unidos fora do âmbito da Otan. Na categoria do Olimpo, o sonho dos sonhos seria a vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, uma questão, sabe-se, bastante complexa e de difícil probabilidade. Talvez o prêmio de uma submissão tão larga esteja barato, diante da notória assimetria de contrapartidas entre os dois países. A ver o que ainda está por vir.

#Forças Armadas #Jair Bolsonaro #ONU


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Criação do “Estado Maior do meio ambiente” ganha corpo no governo Bolsonaro

24/09/2019
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O governo Bolsonaro estuda a criação de uma espécie de Conselho de Segurança do Bioma e do Território. Este novo órgão teria um importante papel estratégico, centralizando todas as questões que tangenciam o meio ambiente. Caberia a ele a missão de coordenar a gestão integrada dos biomas brasileiros, não apenas do ponto de vista da preservação ambiental per si, mas a partir de uma série de variáveis cruzadas – Defesa e segurança territorial, notadamente controle de fronteiras, recursos naturais, agronegócio, preservação do bioma, políticas indígenas, relações comerciais multilaterais, entre outros ingredientes. A proposta, ressalte-se, ainda é embrionária.

Trata-se de uma das ideias discutidas no Palácio do Planalto no rastro da pesada investida internacional sobre a Amazônia – um dos assuntos que vai dominar as atenções a partir de hoje na Assembleia Geral da ONU. No entanto, o entendimento que começa a ganhar corpo no governo é que o meio ambiente tornou-se algo grande demais para caber em um único Ministério. A gestão das riquezas naturais, com a infindável combinação de interesses que orbitam ao seu redor, transformou-se em uma questão complexa, que vai muito além de uma única instância de Poder.

O principal atributo deste “Estado Maior” da gestão territorial e ambiental seria justamente sua amplitude de Poder e seu caráter transversal. O governo daria unicidade estratégica a uma questão espalhada por diversas instituições do Estado e órgãos federais, que não necessariamente dialogam entre si. A administração da Amazônia, como de outros biomas brasileiros, envolve um sem-número de atores, alguns dos quais atuando isoladamente, sem qualquer senso de integração: Forças Armadas, Polícia Federal, Incra, Ibama, Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), Funai, Ministérios da Justiça, Agricultura, Meio Ambiente etc etc etc – para não falar do onipresente Ministério Público.

A centralização da gestão do bioma e do território em uma única esfera possibilitaria a tomada de decisões estratégicas a partir da visão do todo e não apenas da parte. Em tese, permitiria também uma melhor administração e distribuição de recursos públicos para a preservação dos recursos naturais. O avanço do desmatamento da Amazônia é um problema grave por si próprio – segundo dados do Inpe, a área devastada cresceu 278% em julho em comparação ao mesmo período em 2018. No entanto, no cerne das discussões em curso no governo há uma questão ainda maior: a preservação da soberania nacional.

Na visão do Palácio do Planalto, uma instância com esta envergadura – possivelmente vinculada à própria Presidência da República – seria uma resposta contundente à tentativa de captura e colonização da Amazônia por parte de grandes potências internacionais. Como não poderia deixar de ser, trata-se de um tema que  sensibiliza especialmente o estamento militar. A investida internacional sobre a Amazônia atenta contra a soberania em uma região absolutamente estratégica para a área de Defesa. A Amazônia é uma “nação” que faz fronteira com sete dos outros 12 países da América do Sul, uma região de grande “biodiversidade”: ali concentram-se guerrilheiros (herança, sobretudo, das Farc), traficantes de drogas, garimpeiros clandestinos, contrabandistas, grileiros, biopiratas etc…

Entram também e principalmente neste caldeirão os infindáveis interesses econômicos na Região, algo que ganhará ainda mais dimensão com os planos do presidente Bolsonaro paraAmazônia. O governo estuda conceder a investidores privados dois grandes perímetros territoriais daquele pedaço de Brasil: a Reserva Nacional do Cobre e a Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Com a criação do Conselho de Segurança do Bioma e do Território, também este assunto passaria a ser conduzido por uma instância superior de Poder ligada à Presidência.

#Conama #Jair Bolsonaro #ONU


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As cinzas da Ciência e Tecnologia

19/09/2019
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Em meio às queimadas na Amazônia, o orçamento para a área de Ciência e Tecnologia tende a ser ainda mais desmatado em 2020. A ideia do governo é centralizar no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTIC) todas as verbas para o setor, tirando autonomia de órgãos vinculados à Pasta. Os recursos seriam gradativamente distribuídos ao longo do ano, dentro da disponibilidade do Ministério. A primeira sinalização neste sentido veio discretamente embutida no Projeto de Lei Orçamentária Anual do ano que vem, encaminhada ao Congresso no dia 30 de agosto. Na peça, a rubrica dos recursos destinados às 16 Unidades de Pesquisa do MCTIC aparece com o valor zerado. Entre estes órgãos, figuram o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) e o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA), que estão na ordem do dia por razões óbvias. Em tempo: nem é preciso esperar por 2020 para se verificar o clima saárico na área de ciência e tecnologia. Até o momento, o Ministério da Economia não cumpriu o compromisso de transferir R$ 330 milhões para o CNPq. Se nada pingar, a partir de outubro o pagamento de bolsas de estudo será suspenso.

#Ciência e Tecnologia #INPE


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Páginas rasgadas

18/09/2019
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Após arrancar a família Saraiva da gestão, os credores da rede de livrarias já trabalham no próximo movimento: a venda do controle da empresa.

Também em recuperação judicial, a Livraria Cultura está tentando empurrar a Estante Virtual, sua plataforma de vendas online, para a Amazon.

#Livraria Cultura #Saraiva


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Ponto final

18/09/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Carrefour, Caixa Econômica, Amazon e Cultura.


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Sob a fuligem amazônica

16/09/2019
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Enquanto a Amazônia arde, o secretário especial de Assuntos Fundiários da Agricultura, Luiz Antonio Nabhan Garcia, parece disposto a colocar lenha na fogueira. Ex-presidente da UDR e conhecido por suas posições controversas, articula uma agenda de viagens a cidades da Região Amazônica para tratar de temas como desmatamento, grilagem de terras e violência no campo.

Hoje, desembarcará em Porto Velho (RO) para encontro com agricultores locais. Será recepcionado por manifestações de ONGs ambientais, indígenas e quilombolas. Entre outras ações polêmicas, Garcia foi responsável por derrubar o general Franklimberg de Freitas do comando da Funai, sob protestos de indigenistas.

#Amazônia


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Entre os seus

16/09/2019
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O PSL abriu as portas para o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Depois do imbróglio amazônico, o Partido Novo não quer mais saber de Salles, que, por sua vez, também não quer saber do Novo.

#Partido Novo #PSL #Ricardo Salles


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Convalescência

12/09/2019
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Jair Bolsonaro chegou a ser aconselhado por assessores palacianos a marcar sua nova cirurgia mais para o fim de setembro, “coincidentemente” ali pelo dia 24, quando está previsto seu discurso na Assembleia Geral da ONU. Com Amazônia e tudo, Bolsonaro rechaçou a ideia. Nesse debate, ele vai comparecer.

#Jair Bolsonaro #ONU


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Octógono

12/09/2019
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Anfitrião de Ricardo Salles em almoço promovido pelo Grupo Lide, na última segunda-feira, o ex-ministro Luiz Fernando Furlan não resistiu a um chiste com as iniciais do Ministério do Meio Ambiente: “A sua Pasta é mesmo um MMA. É luta o tempo todo…”, referindo-se ao ultimate fighting em torno da Amazônia

#Grupo Lide #Ricardo Salles


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Ataque especulativo

12/09/2019
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O varejo brasileiro não é a Amazônia, mas, ao que tudo indica, também se tornou alvo de um bombardeio internacional orquestrado. Nos próximos dias, a chinesa Alibaba deverá divulgar planos detalhados da sua entrada no Brasil. Não por coincidência, o anúncio viria pouco após a Amazon iniciar a venda do serviço Prime no país, que provocou uma devastação das ações das redes varejistas brasileiras na bolsa: Magazine Luiza, B2W, Americanas e ViaVarejo perderam R$ 4,7 bilhões de valor de mercado em um só dia. Quanto mais poderão perder com a simples notícia da entrada em cena do gigante chinês?

#Alibaba


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Será que Macron encara o PCC?

11/09/2019
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O crime organizado está devastando o Acre. Literalmente. Investigações do Ministério Público local apontam o Bonde dos 13, uma espécie de “franquia” do PCC na Região Norte, e o Comando Vermelho como responsáveis por mais da metade das áreas desmatadas no estado desde janeiro – algo em torno de 37 mil hectares. Trata-se do resultado de picadas abertas por facções criminosas na floresta amazônica para facilitar o transporte de armas e drogas trazidas da Bolívia e do Peru. O “departamento de engenharia” do crime organizado é especialista em pistas de pouso clandestinas e estradas. Além dos ganhos com o tráfico e o contrabando de armamentos, o Bonde dos 13 e o CV ainda levam um troco com a venda de madeira e a grilagem de terras.

#Amazônia #PCC


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Agricultura aperta o cerco na concessão de florestas

10/09/2019
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Entre as ações discutidas no âmbito federal para combater a devastação do bioma amazônico,  o Ministério da Agricultura pretende estipular regras mais severas para os próximos editais de concessão de áreas florestais à iniciativa privada. A Pasta deverá estabelecer uma série de obrigações que terão de ser cumpridas pelas empresas vencedoras das licitações, no combate à grilagem de terras, exploração predatória de recursos naturais e, claro, queimadas ilegais. Vai também proibir o uso do solo para outros fins, como agricultura e pecuária.

As regras atuais são porosas e dúbias com relação a este ponto. Os próximos leilões estão previstos para o início de 2020. Somente no Pará, onde se concentram alguns dos maiores focos de incêndio, há cerca de 578 mil hectares de florestas prontas para concessão, segundo o Plano Anual de Outorga do Serviço Florestal Brasileiro, vinculado à Agricultura.

Desde 2006, o governo concede a investidores licenças para o manejo sustentável de matas na Região Norte, extração de madeira e fabricação de produtos não-madeireiros, além da oferta de serviços de turismo. Hoje, há 17 contratos de concessão em vigor, que totalizam algo em torno de um milhão de hectares. As Unidades de Manejo Florestal concedidas estão localizadas nas Florestas Nacionais do Jamari e Jacundá (RO) e nas Florestas Nacionais de Saracá-Taquera, Crepori, Altamira e Caxiuanã (PA).

#Ministério da Agricultura


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Os “Neros da Amazônia”

10/09/2019
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Segundo investigações conduzidas pela Polícia Civil do Pará, entre os suspeitos pelo boom de queimadas no estado estaria uma dupla notória da região: os irmãos Marcelo Miranda e José Edmar Brito Miranda Junior. Ambos são sócios da Fazenda Ouro Verde, na região de São Félix do Xingu, onde o INPE já mapeou mais de 2,5 mil focos de incêndio. Os Miranda têm uma biografia pontuada enroscos com a Justiça. Marcelo carrega em sua biografia o feito de ser o único político brasileiro a ter sido judicialmente afastado do mesmo cargo, o governo de Tocantins, por duas vezes. Ele e José Edmar são réus no âmbito da Operação Reis do Gado, acusados de lavagem de dinheiro com a compra de terras e gado na região.

O Ministério Público do Acre vai colocar mais lenha na fogueira amazônica. Estudo técnico encomendado pelo MP constatou que os valores médios de fumaça no ar no estado entre os dias 6 e 16 de agosto alcançaram um nível cinco vezes superior ao limite estabelecido pela OMS. Os dados servirão de munição para ações que o MP pretende mover contra o Ibama e órgãos de controle ambiental do estado, acusados de não cumprir com o trabalho de fiscalização. O estudo técnico foi coordenado pelo cientista Foster Brown, da Universidade Federal do Acre, renomado pesquisador do bioma amazônico. Brown utilizou equipamentos com sensores, conhecidos como Purpleair, capazes de realizar monitoramentos de alta densidade em ambientes extremos.

#Amazônia #INPE #Polícia Civil do Pará


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Agronegócio se une para impedir que o Cerrado seja a nova Amazônia

4/09/2019
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O Ministério da Agricultura e grandes grupos do agronegócio estão  se unindo para evitar que a tentativa de colonização da Amazônia se repita em outro importante bioma brasileiro. Há uma mobilização para rechaçar a pressão internacional pela assinatura da “Moratória da Soja do Cerrado”. Trata-se de uma extensão do pacto firmado em 2006 por meio do qual as empresas signatárias se comprometeram a não comprar soja cultivada em áreas desmatadas.

Entidades da área ambiental e corporações internacionais de diferentes setores, que vão do McDonald ´s à Unilever, passando por Walmart e Tesco, cobram das tradings agrícolas um acordo similar para a aquisição de grãos produzidos na Região Centro-Oeste e no cinturão conhecido como “Mapitoba” (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia). A imposição encontra uma forte resistência, que junta a ministra Tereza Cristina, os ruralistas e os grandes grupos que atuam na originação e na exportação da soja. Todos são ferrenhamente contra a “Moratória”. A avaliação é que o Cerrado não precisa de tal proteção, uma vez que as condições de preservação do bioma local seriam incomparavelmente melhores do que na Amazônia.

Além disso, há um receio de que uma iniciativa como esta coloque risco a economicidade da região responsável por mais de metade da produção brasileira de soja. No entendimento das autoridades do setor e da cadeia do agribusiness, em vez de funcionar como um atestado de boas práticas ambientais, a simples assinatura da “Moratória” já seria vista como uma mácula para o agronegócio do Cerrado, uma confissão ao mundo de que há problemas de maior dimensão na preservação do bioma local. O alarido em torno do Cerrado tende a crescer, no rastro do desvario que cerca a questão da Amazônia.

Além disso, recente estudo produzido por pesquisadores do Brasil, Estados Unidos, Áustria, França e Bélgica aumentou o frenesi em relação à região. Segundo o trabalho, publicado recentemente na revista Science Advances, sem a “Moratória da Soja no Cerrado”, cerca de 3,6 milhões de hectares de vegetação nativa da região serão devastados e transformados em área de cultivo de grãos ao longo dos próximos trinta anos. A ministra Tereza Cristina tem um papel fundamental neste enredo, não apenas como uma barreira às pressões externas, mas também como um algodão entre cristais no próprio agronegócio.

Vide o episódio recente protagonizado pela Cargill. Embora totalmente alinhada aos ruralistas contra a “Moratória do Cerrado”, a empresa causou polêmica recentemente ao anunciar a doação de US$ 30 milhões para a preservação da região. Acabou atiçando ONGs e entidades internacionais que se aproveitaram do fato para questionar as condições ambientais do bioma. A reação interna foi dura. Em um manifesto público, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja recusou a “ajuda”, afirmando “não encontrar motivos que justifiquem a decisão”. Disse não haver qualquer ameaça ao bioma da região. A ministra Tereza Cristina interce- deu e evitou que o episódio ganhasse maior proporção.

#Ministério da Agricultura #Tereza Cristina #Unilever


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“Teleton da Amazônia”

3/09/2019
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Ideia que circula entre artistas brasileiros, a exemplo de Patricia Pillar, José de Abreu, Gregório Duvivier, Marcos Palmeira, entre outros: o lançamento de um crowdfunding com o objetivo de arrecadar recursos para ONGs que atuam contra o desmatamento na Região Amazônica. A vaquinha seria abrigada em uma plataforma digital e impulsionada pelo engajamento e pela fama de seus próprios idealizadores. Haveria a disseminação de vídeos nas redes sociais no estilo “corrente”: uma celebridade envia uma mensagem pública para outra, “desafiando-a” a fazer uma doação.

#Amazônia


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Depende do placar

3/09/2019
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Jair Bolsonaro receberá até amanhã os primeiros relatórios sobre os resultados das ações de combate às queimadas na Amazônia. Com base nos dados, decidirá se fará ou não uma visita à região nesta semana.

#Jair Bolsonaro


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A plenos pulmões

3/09/2019
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Os servidores do CNPq podem até não entrar em greve, como assegura o presidente João Luiz Azevedo, mas vão fazer barulho. De atos públicos a manifestos nas redes sociais, estão organizando uma série de ações contra os cortes orçamentários e o risco iminente de suspensão dos pagamentos de bolsas de estudo. Apostam, sobretudo, na repercussão internacional dos protestos, neste momento em que a Amazônia transformou o Brasil em alvo de grandes potências internacionais.

#CNPq


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“Paraíbas” vão à Europa em busca de recursos

2/09/2019
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O acaso não foi parceiro do recém-criado Consórcio Nordeste, que reúne os nove estados da região. O pool enviará uma missão à Europa em novembro para uma série de encontros com organismos internacionais e fundos voltados a projetos sustentáveis. Se pudessem, no entanto, os governadores adiavam o road show.

Os “Paraíbas”(Apud Jair Bolsonaro) desembarcarão no Velho Continente sob forte tensão. Neste momento, qualquer discussão internacional sob o guarda-chuva Brasil já nasce contaminada pelo imbróglio global em torno da Amazônia. Sobretudo tratando-se do assunto e do roteiro da viagem dos governadores nordestinos. O objetivo é captar investimentos para o setor agrícola vinculados ao manejo sustentável de recursos naturais no Nordeste. O RR apurou que há reuniões engatilhadas na Alemanha e Noruega, dois dos países que mais têm levantando sua voz contra o desmatamento da Amazônia.

No caso norueguês, há ainda um agravante. O governo Bolsonaro acaba de recusar recursos do país para financiar projetos ambientais na Região Amazônica. Os rancores bilaterais estão à flor da pele. Mesmo com o risco de o “assunto maior” eclipsar o tema das conversas, os governadores do Nordeste vão à luta. Levarão na bagagem estudos recentes sobre novas fronteiras agrícolas na região, como o chamado “Sealba”, o triângulo na divisa entre Sergipe, Alagoas e Bahia. Dados da Embrapa para o cultivo de soja, por exemplo, mostram que o potencial de produtividade na  região chega a 80 sacas por hectare, acima da média nacional (56 sacas/ha).

#Consórcio Nordeste #Jair Bolsonaro


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Sergio Moro tenta estancar o poder do PCC no Norte

29/08/2019
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Em meio ao momento de maior desgaste desde que assumiu o Ministério da Justiça, Sergio Moro tenta desarticular o crescente poderio do PCC na Região Norte. Uma variável chave nesta ofensiva é a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Roraima. Moro pretende prorrogar a intervenção federal no presídio até o fim do ano – a data inicialmente fixada é 4 de outubro.

Investigações da Polícia Federal mostram que a cadeia de Roraima funciona como uma espécie de hub decisório do PCC no Norte do país. De lá, criminosos têm irradiado ordens para ramificações da facção na Região Amazônica e em áreas de fronteira. Moro quer ganhar tempo para o trabalho de remanejamento de detentos. Não custa lembrar que a cadeia agrícola de Roraima carrega a macabra estatística do terceiro maior massacre carcerário da história do país – 33 mortos na rebelião de 2017.

Outra questão preocupa o Ministério da Justiça. O presídio de Monte Cristo abriga venezuelanos flagrados em delitos de menor proporção – como furto e roubo. Esses detentos vêm sendo aliciados por criminosos do PCC. Em sua maioria, são refugiados que não pretendem voltar para a Venezuela e dificilmente encontrarão mercado de trabalho do lado de cá da fronteira. São alvos potenciais para o crime organizado. Ressalte-se que a maior parcela desses presos cumpre penas brandas. Ou seja: trata-se, em sua maioria, de uma “mão de obra”, que, uma vez cooptada, logo, logo estará à disposição do PCC nas ruas.

A Casa Civil e o Ministério da Justiça estudam um projeto de construção de presídios próximos a zonas industriais, por meio de PPPs. O modelo abriria caminho para que detentos de baixa periculosidade cumprissem parte da pena trabalhando em fábricas. As discussões ainda estão em fase embrionária. Segundo a fonte do RR, há cerca de duas semanas houve uma reunião em Brasília da qual participaram o secretário especial da Casa Civil, Abelardo Lupion, e o diretor geral do Departamento Penitenciário Nacional da Pasta da Justiça, Fabiano Bordignon. Por ora, a ideia seria a instalação de uma única unidade, como projeto piloto. A iniciativa não é discutida necessariamente sob o ponto de vista do seu impacto sobre a política de segurança pública, mas, sobretudo, da repercussão positiva que provavelmente teria junto à sociedade. Há um antigo pleito de redução dos gastos públicos com a manutenção de presos – fora o aspecto da ressocialização de criminosos. Já existe uma experiência neste sentido em Santa Catarina. Detentos da penitenciária de Joinville trabalham em indústrias locais: são quase 200 presos empregados na Tigre, Ciser e Cordaville.

#PCC #Sérgio Moro


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Voz de comando

29/08/2019
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O general Villas Bôas, assessor especial do GSI, tem sido uma das vozes mais ouvidas pelo presidente Jair Bolsonaro na condução do imbróglio em torno da Amazônia.

#General Villas Bôas


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Alibaba escolhe o Brasil

29/08/2019
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O Brasil deverá receber o primeiro data center da chinesa Alibaba na América do Sul. Segundo o RR apurou, a gigante do e-commerce mundial trabalha com dois cenários: instalar uma estrutura de armazenamento do zero ou comprar pronto. Nesta segunda hipótese, todos os caminhos apontam na direção do UOL Diveo, braço de iCloud do portal UOL. O Alibaba já é parceiro da empresa. O plano dos asiáticos de ter uma operação de armazenamento de dados anda lado a lado aos preparativos para a entrada efetiva da AliExpress no Brasil. Hoje, a plataforma de varejo do grupo opera país a distância. Há aproximadamente cinco milhões de brasileiros cadastrados no site, que esperam, em média, mais de 60 dias pela entrega de suas encomendas provenientes da Ásia. Não por acaso, a Alibaba é apontada como uma potencial candidata à privatização dos Correios, assim como sua grande concorrente mundial, a Amazon.

#Alibaba


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A “guerra verde” de Jair Bolsonaro em nome da soberania nacional

28/08/2019
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Há uma elipse que liga os pontos do estado da Virgínia, nos EUA, o Palácio Itamaraty e o Palácio do Planalto, em Brasília. A conspiração do “grupo das relações exteriores”, chamemos por ora assim, assim, estimula Jair Bolsonaro a se inspirar nas atitudes “viris” do ex-presidente argentino Leopoldo Galtieri. Mas calma a todos os leitores. Por enquanto, pelo menos, Bolsonaro não teria intenção de ter suas próprias Malvinas. Nem de fazer ameaças bélicas. Em que pese que o morador da Virgínia aposta no apoio do morador da Casa Branca a um “enfrentamento teatral”, bem ao seu estilo.

As ações mais agressivas seriam feitas na esfera da comunicação institucional. Bolsonaro reduziria bastante o intervalo das suas aparições na TV e demonstraria em detalhes como os números disponíveis no governo são muito melhores do que os apresentados no exterior, inclusive pelo G7. Além de anunciar medidas, como policiamento militar contra as queimadas, que demonstram sua proatividade, não obstante representarem uma contradição para quem diz que está fazendo tudo certo. Bolsonaro criaria um fato político enorme montando a sua própria versão da guerra fria, a “guerra verde”. Um dos pontos que mais incomoda o presidente e – por que não dizer? – os militares são “grupos independentes” que estão aderindo à causa amazônica e, com isso, dando suporte para a intromissão de Estados nacionais.

O governo está atento à formação do que pode vir a ser o maior fundo privado civil não governamental de todos os tempos, conforme publicidade soprada do exterior. Trata-se da constituição de um instrumento financeiro em defesa da Amazônia, aberto a todos os cidadãos do mundo. As Forças Armadas consideram que a simples articulação de um fundo privado com objetivo de intervir no espaço nacional já significa um atentado à soberania. A eventual e posterior participação de governos capitalizando o fundo transformaria a operação financeira em uma forçatarefa multinacional híbrida.

Trata-se também de um inaceitável gesto de antidiplomacia, pois representa uma reprimenda pública ao Brasil, com base em dados discutíveis. No mais, a Amazônia não está à venda e nem pertence à humanidade, como insiste em dizer o morador do Palácio dos Campos Elísios. Mas o que incomoda mesmo os militares é a bravata. O que farão os militantes “pró-Amazônia” com toda a dinheirama? Gastarão fazendo lobby no Congresso? Contratarão milícias para tomar conta da Amazônia e reprimir as queimadas? Financiarão as próprias Forças Armadas, deixando explícito que estão descapitalizadas e desaparelhadas para a missão? Essa é a pergunta que deve ser feita a Leonardo di Caprio, Sting, Bill Gates, Madonna, George Soros, entre vários outros endinheirados militantes, que estão aportando, no mínimo, US$ 5 milhões per capita em um fundo amazônico de utilidade desconhecida. Se se juntarem a eles, com dinheiro público, chefes de Estado como Angela Merkel e Emmanuel Macron, criam-se as condições de extrair o pior de Bolsonaro e seus paneleiros. Além, é claro, do big brother do Norte. Parece que não estão entendendo que a coisa pode ficar muito tensa. Ruim para verdes e não verdes.

No último sábado, o Planalto despachou dois emissários para percorrer trechos da BR-163 no Pará. A ideia era selecionar grandes extensões de floresta preservada, e, então, convidar jornalistas brasileiros e estrangeiros para cruzar a rodovia ao longo desta semana. No dia seguinte, no entanto, prudentemente o governo recuou da ideia. No próprio domingo, novos relatórios divulgados pelo Inpe mostraram que os focos de incêndio registrados, neste mês, na região já superam a média histórica de agosto nos últimos 21 anos.

#G7 #Jair Bolsonaro #Palácio do Planalto


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“Reforma administrativa” em pílulas

26/08/2019
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A primeira missão do futuro presidente da Embrapa será conduzir um novo plano de demissões voluntárias. O recente PDV, na gestão do ex-presidente Sebastião Barbosa, só atingiu 1,2 mil desligamentos. Segundo o RR apurou, a meta da Pasta da Agricultura é cortar três mil postos de trabalho. A Embrapa diz “desconhecer informações sobre um novo PDV”.

A Valec pode até ter escapado da extinção, mas não conseguirá se livrar de um enxugamento do quadro de servidores. O Ministério da Infraestrutura quer reduzir o contingente de 700 para 400 funcionários. As regras do PDV deverão ser anunciadas em setembro. Consultada, a Valec confirma que “realizou estudos sobre o tema e aguarda avaliação do órgão responsável”.

O próximo da fila é o Banco da Amazônia (Basa). O Ministério da Economia discute as regras para um programa de demissões no Basa, que soma cerca de três mil funcionários. O governo espera uma adesão superior à do recente PDV no Banco do Nordeste, quando apenas 268 dos sete mil servidores marcharam para a porta de saída.

#Embrapa #PDV


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Bolsonaro põe o bioma amazônico nos radares do mundo

21/08/2019
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O “sistema de satélites” do Itamaraty detectou uma movimentação de governos da Europa com o objetivo de alvejar o Brasil e, sobretudo, o presidente Jair Bolsonaro com uma saraivada de dados recentes sobre o desflorestamento do bioma amazônico. No radar da diplomacia brasileira, já existe, inclusive, uma data-chave, que poderá marcar o início desta campanha internacional: 24 de setembro, dia de abertura dos chamados debates de alto nível entre chefes de Estado na 74ª Assembleia Geral da ONU. Seria uma reação contundente contra as recentes medidas adotadas por Bolsonaro, leia-se o esvaziamento do INPE e a sua postura refratária aos recursos repassados por países europeus, notadamente Noruega e Alemanha, para preservação da Floresta Amazônica.

Ou seja: por vias transversas, Bolsonaro conseguiu colocar o bioma amazônico sob monitoramento estrangeiro, arranhando a própria soberania nacional no assunto. Ao colocar o INPE sob suspeição, o Capitão “convidou” entidades internacionais a acompanhar com lupa o desmatamento da Amazônia. Uma das principais candidatas a liderar esse trabalho é a Agência Espacial Europeia (ESA), que acabou de lançar seu satélite Ingenio, de altíssima resolução. O sistema consegue produzir imagens de qualquer local como se estivesse a apenas 2,5 metros de altura do alvo.

Estima-se que, em pouco mais de 12 horas, o Ingenio é capaz de fotografar uma área equivalente ao estado de São Paulo. ONGs europeias também deverão se integrar à tour de force para desnudar o mapa do desmatamento na Amazônia. É o caso da suíça GEO, com seu sistema GEOSS. Há um fator que favorece essa devassa satelital na Amazônia. Por se tratar “apenas” da identificação de áreas devastadas, nem é necessário o trabalho de agentes de campo. É diferente do que ocorre com o monitoramento de áreas de plantio, em que habitualmente as imagens precisam ser referendadas com vistorias in loco – em alguns casos, dependendo do produto, as fotografias não conseguem atestar com 100% de certeza a planta cultivada na região.

#INPE #Jair Bolsonaro #ONU


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Fronteiras

20/08/2019
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O RR apurou que a área de Inteligência do Exército teria desbaratado uma teia de rotas fluviais utilizadas por facções criminosas para o transporte clandestino de diamante e ouro na Amazônia. Os principais corredores logísticos do crime levariam ao Peru e à Guiana.

Com base nesse trabalho de ourivesaria, o Comando Militar da Amazônia e a Polícia Federal estariam preparando uma série de ações contra os garimpos clandestinos, notadamente no Pará e Amapá. Um dos pontos tidos como vitais é atacar o “ir e vir” dos criminosos no labirinto hidrográfico da região.

Em tempo: descendo o mapa, a dobradinha Exército e PF fará uma bateria de operações relâmpago na fronteira entre Mato Grosso do Sul e Paraguai. O alvo é o PCC e o tráfico de drogas. Procurada, a PF diz que “não se manifesta acerca de eventuais ações ou investigações em andamento.”

#Exército


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Mattar embala um plano de privatizações superlativo

19/08/2019
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O secretário especial de Desestatização, Desinvestimentos e Mercados, José Salim Mattar, está insone, obsessivo com uma única missão: apresentar um pacote de desmobilização de ativos e privatizações “como o país nunca viu” – palavras do próprio. O plano é anunciar as medidas nos próximos dias. A pressão de Bolsonaro para privatização de ao menos uma “estatal pequenininha” é um sinal combinado. Mattar vai entregar bem mais do que isso. Mas que não se espere a venda de nenhuma big company.

É consenso no governo que não há ainda amadurecimento político para a privatização da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica. Mas as subsidiárias e coligadas do BB e da CEF devem seguir o mesmo caminho das empresas satélites da Petrobras, a exemplo da BR Distribuidora. A privatização da Eletrobras são favas contadas. A data da venda da estatal, em 2020, será anunciada ainda neste mês. Por sua vez, o Correios é considerado um estorvo – vai para o pregão das empresas indesejáveis. As novidades virão através dos mercados de valores mobiliários e capitais.

Mattar estuda com carinho formas de securitização de terras e imóveis. A ideia é constituir fundos lastreados pelo menos em parte nos ativos imobiliários, e ofertar cotas a fundos de pensão do Brasil e exterior. Os grandes imóveis e terrenos – existem, inclusive, alguns das Forças Armadas – seriam vendidos em leilões. Está em estudos um surpreendente fundo da Amazônia. Paulo Guedes pediu ao seu secretário inovações. Não quer ficar preso ao modelo clássico de editais e leilões. A ideia é dar agilidade e trazer para o balcão ativos cuja venda nunca foi cogitada. Não custa lembrar, a título de chiste, que o ministro da Economia propôs recentemente a securitização do oxigênio da Amazônia. Virão novidades na área da desestatização, podem apostar.

#Jair Bolsonaro #José Salim Mattar


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A cabeça de Omar Aziz está na bandeja

8/08/2019
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Em conversas com parlamentares da base governista, Davi Alcolumbre já fala em persuadir Omar Aziz a renunciar “espontaneamente” à presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Há um receio de que a sua delicada situação contamine a própria pauta de votações da CAE. Aziz é investigado pela PF por suposto desvio de recursos da área de saúde quando ocupava o governo do Amazonas. Sua mulher, Nejmi Aziz, também acusada, chegou a ser presa. Procurado, Alcolumbre não se pronunciou sobre o caso.

#Davi Alcolumbre


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Subsolo brasileiro será a moeda de troca do embaixador Eduardo Bolsonaro

5/08/2019
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Uma missão prioritária está reservada para Eduardo Bolsonaro, futuro Embaixador em Washington e chanceler in pectore do governo Bolsonaro. Caberá ao “03” colocar em marcha uma política de troca de recursos minerais estratégicos por acordos comerciais bilaterais. O projeto nasce da premissa de que o Brasil não tem outra moeda de negociação com o mundo: o subsolo é o único grande ativo que sobrou para ser colocado sobre o tabuleiro das relações internacionais. A ideia explica a ênfase com que Bolsonaro tem se referido à abertura de reservas indígenas e de áreas de proteção ambiental para investidores privados, assim como sua insistência em nomear Eduardo para a Embaixada do Brasil em Washington.

Os Estados Unidos despontam como parceiros preferenciais. Para além da relação de proximidade ideológica entre Donald Trump e Bolsonaro, razões de ordem geoeconômica empurram os norte americanos para o negócio. O governo Trump teria todo o interesse de reduzir o espaço para a entrada dos chineses na extração de minerais estratégicos no Brasil. À exceção de minério de ferro, manganês, nióbio e cobre, abundantes nestas terras, um acordo com o Brasil faria da China um monopsônio das importações dos demais minerais do país. Ela poderia se tornar o único ou, ao menos, o principal comprador, transformando as reservas nacionais em enclaves orientais em solo brasileiro. Seria uma guerra fria polimetálica se o Tio Sam já não fosse o eleito.

No que depender das motivações de parte a parte, a Amazônia tem tudo para virar uma espécie de 51º segundo estado norte-americano. O projeto envolveria dois grandes perímetros territoriais da Região Amazônica: a Reserva Nacional do Cobre (Renca) e a Terra Indígena Raposa Serra do Sol. Jair Bolsonaro quer dar sequência ao que Michel Temer ensaiou, mas não fez, notadamente no caso da Renca. Em agosto de 2017, Temer assinou decreto extinguindo a Renca e liberando a área para a exploração privada. Um mês depois, diante da pressão que sofreu, revogou a decisão. Guardadas as devidas proporções, a Reserva Nacional do Cobre é uma espécie de pré-sal da mineração. Trata-se de uma próspera província metalogenética.

No subsolo de seus mais de 46 mil quilômetros quadrados espalhados pelo Pará e Amapá, repousam, além do metal que lhe dá nome, ouro, titânio, fósforo, estanho, tântalo e grafita, segundo dados da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM). Há ainda registros de bauxita, manganês e diamante. A Reserva Raposa Serra do Sol, por sua vez, ocupa uma extensão de 17 mil quilômetros em Roraima. O governo Bolsonaro oferecerá aos investidores internacionais, de acordo com estudos da CPRM, seu subsolo cravejado de diamante e ouro. Nesse grande projeto de entrada de investidores internacionais nos “santuários” minerais do Brasil, ficariam faltando apenas os nódulos polimetálicos. São depósitos de minerais no fundo do oceano.

A costa brasileira está cheia deles. O maior e mais cobiçado é a Elevação do Rio Grande, na altura do Rio Grande do Sul. Essa Atlântida multimineral está localizada além das 200 milhas náuticas. Mas existe uma possibilidade do país ampliar seu mar territorial caso fique comprovado que a área é uma extensão geológica de terras brasileiras quando da separação da América do Sul da África.O governo já solicitou permissão à Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos para fazer pesquisas no local. É mais fácil dizer o que não há naquelas profundezas. Já foram comprovadas as presenças de cobalto, níquel, cobre e manganês, além de zincônio, tântalo, telúrio, tungstênio, nióbio, tório, bismuto, platina, cério, európio, molibdênio e lítio. Vão para o portfólio com que Eduardo Bolsonaro correrá o mundo.

#Donald Trump #Eduardo Bolsonaro #Jair Bolsonaro


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Se não quer, eu quero

23/07/2019
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Na contramão do ministro Ricardo Salles, que está detonando o Fundo Amazônia, Flavio Dino tem feito mesuras ao governo da Noruega para semear o financiamento de projetos ambientais no cerrado maranhense.

#Flavio Dino #Ricardo Salles


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Intentona

10/07/2019
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Credores da Saraiva concederam a si próprios “mandato” para vender a rede varejista. Um grupo de bancos e editoras procurou a Amazon e fundos de investimento. Só não há conversa com os controladores da companhia. Esses mesmos credores se movimentam para tirar a família Saraiva da gestão, conforme o RR antecipou na edição de 24 de junho.

#Amazon #Saraiva


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Intervenção verde

1/07/2019
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No que depender do Palácio do Planalto, a reforma na governança do Fundo Amazônia terá uma só medida: a transformação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, numa espécie de CEO do fundo. Tem tudo para acabar mal: dificilmente o governo Noruega, o dono do funding, aceitará tal imposição.

#Palácio do Planalto #Ricardo Salles


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Amazon entra no jogo

25/06/2019
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Por meio de sua plataforma de streaming, a Amazon vai entrar na disputa por direitos de transmissões esportivas no Brasil. Os norte-americanos miram não apenas no futebol. Um dos alvos seria o Novo Basquete Brasil. Entre outros negócios, a Amazon já desembolsou cem milhões de libras por um pacote de jogos da Premier League.

#Amazon


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Ouro é o novo “business” do PCC

11/06/2019
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O crime organizado está ampliando seu espectro de atuação na fronteira Norte do país. O Primeiro Comando da Capital (PCC) entrou na extração e no contrabando de ouro. Segundo uma fonte da área de Inteligência da Polícia Federal que atua no monitoramento da região, a facção já domina vários garimpos clandestinos localizados tanto em território brasileiro quanto venezuelano.

Do lado de cá da divisa, as atividades se concentram ao longo do Rio Madeira, entre os estados do Amazonas e de Rondônia. No país vizinho, a presença do PCC se dá no chamado Arco Minero del Orinoco, uma faixa de aproximadamente 111 mil quilômetros quadrados com jazidas comprovadas de ouro e diamante. Com o enfraquecimento do regime de Nicolás Maduro e a grave crise econômica da Venezuela, as Forças Armadas locais afrouxaram o combate ao crime naquela área, considerada uma Zona de Desarollo Estratégico Nacional, abrindo caminho para a presença do PCC.

Procurada pelo RR, a Polícia Federal não se pronunciou. O ingresso do PCC na extração e contrabando de ouro e pedras preciosas se deve, grande parte, à mudança na dinâmica do tráfico de drogas na fronteira Norte do Brasil. Graças à sua ligação com as Farc, o Primeiro Comando da Capital tinha praticamente o monopólio das rotas e dos mercados de cocaína na região. Com o desmantelamento do grupo guerrilheiro colombiano, essa hegemonia se rompeu. Vários “operadores” autônomos – a maioria oriunda das próprias Farc – surgiram na tríplice fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela, reduzindo os ganhos do PCC.

#PCC #Polícia Federal


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Amapá dá a partida no “PAC Florestal” do governo Bolsonaro

6/06/2019
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Para a aflição de ambientalistas e a satisfação de proprietários rurais e investidores, o Ministério do Meio Ambiente deverá anunciar em até duas semanas a concessão de 264 mil hectares na Floresta Nacional do Amapá. Será o pontapé inicial de um espécie de “PAC Florestal” do governo Bolsonaro, leia-se a licitação para a iniciativa privada de unidades de conservação ambiental e parques nacionais. O modelo idealizado para o Amapá prevê o esquartejamento da área em três unidades de manejo sustentável. Estudos do Serviço Florestal Brasileiro, que saiu da Pasta do Meio Ambiente e agora está subordinado ao Ministério da Agricultura, apontam o potencial de extração de aproximadamente 130 mil metros cúbicos de madeira por ano em cada uma dessas “sesmarias”, além da possibilidade de exploração de atividades como ecoturismo.

O assunto, como não poderia deixar de ser, é objeto de controvérsia. Os ambientalistas acusam o governo Bolsonaro de, na verdade, estar criando o que poderia se chamar de um “PAD” – o “Programa de Aceleração do Desmatamento”. As estatísticas ajudam a respaldar esse discurso. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Deter, sistema de monitoramento florestal em tempo real, registrou o desmatamento de 739 quilômetros quadrados da Floresta Amazônica no mês passado. Trata-se do maior resultado verificado para um mês de maio em uma década.

Foram quase 200 quilômetros quadrados a mais em florestas devastadas no comparativo com o mesmo intervalo em 2018. Maio marca o fim do período chuvoso na Amazônia, quando a atividade madeireira é retomada na região. O Ministério da Agricultura alega que os vencedores das licitações terão de cumprir obrigações quanto à preservação da áreas arrematadas. O argumento maior, no entanto, é de ordem econômica: além das restrições orçamentárias para arcar com os custos de conservação, o governo alega que a iniciativa privada conseguirá explorar atividades e oferecer serviços que vão trazer a reboque renda e emprego.

Assim é se lhe parece. Sintomático que, ontem, logo após participar de um evento em Araguaia (GO) alusivo ao Dia Mundial do Meio Ambiente, Jair Bolsonaro tenha postado em seu Twitter com letras maiúsculas: “A primeira missão do meu governo é não atrapalhar quem quer produzir”. Parece ser a deixa para o que virá nesse setor: além da Floresta Nacional do Amapá, já há estudos para a licitação de 20 parques florestais pertencentes à União.

#Floresta Nacional do Amapá #Jair Bolsonaro #Ministério do Meio Ambiente


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Selva

30/05/2019
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O general Hamilton Mourão terá a oportunidade de relembrar, hoje, dos seus tempos de “tropeiro” na Amazônia. Em Manaus, Mourão vai entregar aos formandos do Centro de Instrução de Guerra na Selva a faca do guerreiro. De lâmina preta com duplo corte, a peça se notabiliza pela cabeça de onça que ornamenta seu cabo. Em metal dourado, o felino é o símbolo da batalha na mata.

#General Hamilton Mourão


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Moro, um síndico ausente

29/05/2019
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Talvez Sérgio Moro tenha subavaliado o potencial de combustão do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Ainda no último domingo, assessores recomendaram ao ministro que reconsiderasse sua viagem para Portugal. Àquela altura, a rebelião no Compaj já contabilizava 15 mortos. Mesmo assim, Moro embarcou na segundafeira para participar das Conferências do Estoril. Quando desembarcou em Lisboa, o número de assassinatos no complexo penitenciário já era de 55. Consultado, o Ministério não se pronunciou sobre a viagem de Moro. A Pasta informou que “está em contato com o governo do Estado do Amazonas desde o fim de semana”. Disse ainda que Moro enviou a Força-tarefa de Intervenção Penitenciária para Manaus “mesmo sem ter recebido o pedido formal do governador Wilson Lima”.

#Sérgio Moro


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A “reforma da Previdência” de Eduardo Braga

28/05/2019
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O Ministério Público do Amazonas vai recorrer da decisão proferida pelo desembargador Aristóteles Lima Thury, na semana passada, restabelecendo o pagamento de pensão vitalícia de R$ 30,4 mil ao ex-governador e hoje senador Eduardo Braga. Thury reformou determinação anterior do juiz Cesar Luis Bandiera, que havia proibido o benefício. Os procuradores pretendem levar o caso até o STF, alegando que o pagamento é inconstitucional.

#Eduardo Braga


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O asfalto chega à BR-319

8/05/2019
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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, é aguardado em Manaus na próxima semana para discutir com o governador do Amazonas, Wilson Lima, o projeto de pavimentação da BR319, que interliga a capital do estado a Roraima e Rondônia. O investimento é da ordem de R$ 150 milhões. O orçamento é apenas um dos problemas: há forte resistência de ambientalistas ao projeto, uma vez que a rodovia corta unidades de conservação.

#Tarcísio Freitas


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Nem tudo está perdido

16/04/2019
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O governo da Noruega negocia com autoridades do Amazonas um novo aporte para o manejo sustentável de florestas. Os noruegueses já desembolsaram aproximadamente R$ 140 milhões na região por meio do Fundo Amazônia.

#Fundo Amazônia


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Penitenciárias sobre o balcão

26/03/2019
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Segundo o RR apurou, o governo de São Paulo pretende ofertar à iniciativa privada, ainda neste ano, ao menos dois dos 12 presídios em construção no estado. A fila das PPPs deve ser puxada por uma penitenciária nas cercanias de Marília e outra próxima à cidade da Pacaembu. A Umanizzare, que administra seis presídios no Amazonas, é forte candidata ao negócio. Procurada, a empresa confirma o interesse “em participar da privatização, caso ocorra, em São Paulo ou em qualquer outro estado.” Já o governo informa que “a localização dos presídios e o modelo de negócio” ainda estão sendo estudados. Em tempo: o nome da Umanizzare está vinculado a uma das maiores rebeliões do sistema carcerário brasileiro: em janeiro de 2017, 56 detentos morreram no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, administrado pelo grupo.

#PPPs #Umanizzare


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Rumo ao Nordeste

22/03/2019
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A Amazon, que acaba de se instalar em Cajamar (SP), planeja montar um segundo centro de distribuição no Brasil, desta vez no Nordeste. A nova estrutura aumentaria em aproximadamente 50% a capacidade de armazenamento da gigante norte-americana no país. Sinal de que vem algum projeto maior pela frente.

#Amazon


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Ponto final

22/03/2019
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Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon, EcoRodovias, Governo de Minas e Mercado Livre.


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Igreja Católica tenta reconstruir as pontes com o Poder

15/03/2019
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A Igreja Católica está voltando ao game devagarinho. Tem feito movimentos ainda tímidos, porém perceptíveis, no intuito de reagir à perda de representatividade institucional junto ao Poder. O contraponto é o crescente espaço de influência política dos evangélicos, que ganhou tonalidades mais fortes com a ascensão de Jair Bolsonaro à Presidência. Um gesto emblemático dos católicos foi o Banquetaço Nacional do último dia 27 de fevereiro, organizado pela Cáritas, braço social da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O evento em 27 cidades brasileiras surgiu como uma resposta à edição da MP 870 e à consequente extinção do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, entidade civil que prestava consultoria à Presidência da República. Perguntada se o Banquetaço Nacional foi um ato de caráter político, a CNBB não se pronunciou. A cúpula da Igreja Católica tem emitido outros sinais que apontam para um projeto de resgate do seu espaço no cenário institucional e político. Desde já, as atenções se voltam para o Sínodo da Amazônia, reunião do episcopado católico marcada para outubro, no Vaticano.

O próprio governo deu sua contribuição para colocar foco sobre o encontro, transformando-o praticamente em questão de segurança nacional. Recentemente, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) publicou nota confirmando que “existe a preocupação funcional com alguns pontos da pauta do Sínodo”. Na ocasião, o general Augusto Heleno, ministro-chefe do GSI, negou que a Igreja Católica seja “objeto de qualquer tipo de ação da Abin”, mas deu a entender que a reunião de outubro está no radar do aparelho de Inteligência. A reação mais contundente da Igreja Católica veio na voz do bispo da Prelazia de Marajó, dom Evaristo Spengler, que classificou a movimentação do governo como “um retrocesso que só vimos na ditadura militar”.

Consultada, a CNBB também não quis comentar a declaração de dom Evaristo. Talvez a Igreja Católica jamais tenha enfrentado uma circunstância tão inóspita do ponto de vista institucional. O Estado é laico, mas o governo Bolsonaro sabidamente tem suas preferências. Os evangélicos formam uma das bases de sustentação eleitoral do Capitão. A Bancada da Bíblia, um istmo das congregações pentecostais no Legislativo, é um dos principais esteios de Bolsonaro no Congresso. O discurso moralista e a agenda dos costumes galvanizam essa relação de fé e pragmatismo.

O presidente e os seus enxergam a Igreja Católica como antiga aliada do PT e de causas identificadas com o campo da esquerda. A bandeira dos direitos humanos e a defesa de grupos específicos de interesse, como ambientalistas e indígenas, são vistas pelas hostes bolsonaristas como pontos de simbiose entre católicos e o esquerdismo. No governo, há um receio de que o episcopado brasileiro aproveite a visibilidade internacional em torno do Sínodo da Amazônia para desfiar um rosário de críticas às políticas da gestão Bolsonaro nas áreas social e ambiental. Por esta razão, há, desde já, movimentos no sentido de desconstruir o encontro no Vaticano. O presidente Bolsonaro e sua claque evangélica tentam impingir ao Sínodo uma imagem depreciativa, comparando-o, inclusive, ao Foro de São Paulo.

#Igreja Católica #Jair Bolsonaro


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Crise venezuelana expõe vulnerabilidades do sistema brasileiro de Defesa

13/03/2019
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A grave situação da Venezuela e a ameaça latente de um confronto com o país vizinho deverão precipitar decisões de investimento na área de Defesa. O governo Bolsonaro estuda acelerar a liberação de recursos com o objetivo de antecipar a execução de projetos estratégicos para o reapareento das Forças Armadas. A crise venezuelana serviu para expor, de forma mais aguda, fragilidades do Brasil na área militar, resultado de um acúmulo de decisões estratégicas equivocadas e dos seguidos cortes do orçamento para o setor feitos desde a gestão de Fernando Henrique Cardoso.

Um dos investimentos que se mostram prioritários é a aquisição de um novo sistema de defesa antiaérea. As Forças Armadas dispõem basicamente do equipamento portátil RBS-70, da Saab, comprado por ocasião da Copa do Mundo e da Olimpíada. Seu alcance é de, no máximo, cinco mil metros de altura. Seria, portanto, insuficiente para abater o Sukhoi-30, que pode ultrapassar os 12 mil metros de altitude. Ainda que não se saiba muito bem o seu atual estado de conservação, os caças de fabricação russa usados pela Força Aérea da Venezuela foram projetados para ter autonomia de mais de três mil km.

Ou seja: apenas a título de exemplo, no caso de um hipotético combate, essas aeronaves poderiam sair de Caracas, proceder um ataque a Manaus e retornar à capital venezuelana. Nos últimos anos, o Brasil chegou a negociar a aquisição do sistema russo Pantsir S1, capaz de atingir até 15 mil metros de altitude. No entanto, as tratativas para a compra do equipamento ou eventualmente de outro sistema similar foram congeladas no governo Temer. Devido à delicadeza do tema, o RR entrou em contato com o Ministério da Defesa no dia 25 de fevereiro, encaminhando uma série de perguntas. A Pasta não se pronunciou.

Diante de novas informações apuradas junto à mesma fonte nesse intervalo, a newsletter teve o cuidado de voltar ao órgão ontem, por intermédio de e-mails e telefonemas à assessoria de comunicação. Mais uma vez, oMinistério não se manifestou. Outra vulnerabilidade que ficou um pouco mais evidente no meio da crise venezuelana diz respeito ao monitoramento aeroespacial do território brasileiro e da zona de fronteira. O Brasil tem uma carência de satélites de vigilância mais eficientes. Neste momento, por exemplo, as Forças Armadas brasileiras estariam encontrando dificuldades para monitorar com precisão a posição dos Sukhoi venezuelanos e suas manobras de voo.

Da mesma forma, o Exército estaria trabalhando com informações desencontradas sobre o real poderio dos dois sistemas antiaéreos S-300 que os venezuelanos chegaram a posicionar recentemente a 11 km da divisa com Roraima. No total, o equipamento pode carregar até quatro lançadores de mísseis, mas não se sabe ao certo se ele vem sendo usado a plena carga pelo exército venezuelano. Estes pontos cegos na vigilância da fronteira poderiam ser temporariamente eliminados com acompra de conjuntos de foguete e satélite de menor porte – alguns não custam mais de US$ 2 milhões.

A escassez orçamentária, somada a um escamoteado receio dos governos civis em empoderar em demasia as Forças Armadas após a redemocratização do país, foi criando algumas lacunas na área de Defesa. A última grande manobra operacional do Comando Militar da Amazônia, vital para simular estratégias de combate e testar equipamentos em ampla escala, teria se dado em 1993. É necessário ressaltar ainda que investimentos militares, por maiores que sejam, não têm efeito imediato sobre o poderio bélico de uma nação. Há um tempo razoável até que novos equipamentos estejam plenamente integrados às Forças Armadas. Um exemplo: em média, reza o protocolo que um piloto de caça só consegue dominar plenamente a aeronave após três anos de treinamento.

#Forças Armadas #Venezuela


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BR Malls na fila do caixa

15/02/2019
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O ano de 2019 começou frenético na BR Malls. Além da iminente negociação do Sete Lagoas, em Minas Gerais, colocou à venda participações em shopping centers no Maranhão e Amazonas. Em contrapartida, segundo o RR apurou, a companhia deverá anunciar nos próximos dias a aquisição de um pacote de seis shoppings do grupo catarinense Almeida Jr.

#BR Malls


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Battisti cruza o caminho de Bolsonaro e Maduro

27/12/2018
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A poucos dias da posse de Jair Bolsonaro, surge uma fagulha a mais nas relações diplomáticas entre os governos brasileiro e venezuelano. De acordo com informações filtradas da própria Polícia Federal, a corporação reuniu evidências de que Cesare Battisti fugiu para a Venezuela. Battisti teria atravessado a fronteira pela região amazônica, mais precisamente no estado de Roraima, há cerca de duas semanas, tão logo o ministro do STF Luiz Fux decretou sua extradição para a Itália. Segundo a mesma fonte, agentes da PF deslocados para a Venezuela colaboram com a Interpol nas investigações. Consultada, a Polícia Federal não se pronunciou. Caso a fuga do ex-terrorista para o país vizinho se confirme, os efeitos do episódio sobre as já conturbadas relações entre os governos de Bolsonaro e Maduro dependerão da atitude das autoridades venezuelanas diante de uma eventual captura. A rigor, como Battisti não tem pena a cumprir no Brasil, a própria Venezuela poderia determinar sua entrega à Justiça da Itália. Os dois países mantém acordo de extradição. Desde que Battisti foi declarado foragido, a Polícia Federal trabalha fortemente com a hipótese de fuga para o exterior. No dia 14 de dezembro, o chefe da PF, Rogério Galloro, já declarava que “todos os protocolos de busca para fugitivos internacionais foram ativados, assim como acionamos diversas policias internacionais”. Curiosamente, até ontem, às 20h15, o nome de Cesare Battisti não constava da lista de procurados internacionais disponível no site da Interpol (https:// www.interpol.int/notice/search/wanted). Consultada, a Interpol também não se manifestou.

#Cesare Battisti #Jair Bolsonaro


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Manaus chora o refrigerante derramado

7/12/2018
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O governador eleito do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e congressistas do estado têm feito uma romaria junto à equipe de transição de Jair Bolsonaro. Levam o pleito de que Bolsonaro revogue o decreto assinado por Michel Temer em setembro, que ceifou os incentivos tributários federais via IPI concedidos a fabricantes de concentrados de bebidas instalados na Zona Franca de Manaus. Lima teme iniciar seu mandato sob uma revoada de empresas e empregos. O receio é que AmBev e Heineken sigam os passos da Pepsico. A Pepsico não se fez de rogada e anunciou o fechamento de sua fábrica na Zona Franca em resposta ao corte dos benefícios fiscais, demitindo cerca de 50 trabalhadores. O governador eleito do Amazonas carrega a esperança de que uma reversão do decreto possa fazer com que a própria multinacional norte-americana volte atrás na sua decisão. A missão de Lima, no entanto, é das mais duras. Como se sabe, Paulo Guedes e sua equipe transpiram hectolitros de antipatia em relação a incentivos fiscais à indústria.

#Jair Bolsonaro


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Redenção das empreiteiras nacionais ganha espaço na agenda do governo Bolsonaro

30/11/2018
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O resgate das quatro grandes empreiteiras do país – Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão – está entre as premissas da equipe de Jair Bolsonaro para a reconstrução do setor de infraestrutura. Os principais defensores desta agenda seriam os auxiliares militares do presidente eleito. A descontaminação das grandes empresas de construção pesada é considerada essencial para a conclusão das mais de 2,7 mil obras paradas e o início de outras tantas. Esta retomada é necessária para que o país possa crescer acima dos 3,5% a 4%. Sem o avanço da infraestrutura, o teto do PIB é baixo.

O ajuste das contas públicas e mesmo o equilíbrio geral dos fatores poderão atrair recursos externos para os investimentos. Mas a equação da empreitada das obras permanece um dilema. Os assessores de Bolsonaro duvidam que mesmo a vinda em profusão de construtoras chinesas, por exemplo, não daria conta do conhecimento necessário para levantar os projetos de infraestrutura. Que empreiteira do país asiático conseguiria mobilizar a Amazônia em torno de grandes obras de energia e logística essenciais? As quatro grandes empreiteiras, que representavam mais de 50% do faturamento total do setor, foram praticamente interditadas com a operação Lava Jato. Agora, pagas as multas, punidos os gestores e controladores e fechados os respectivos acordos de leniência, estariam dadas as condições para a descriminalização ampla, geral e irrestrita das companhias.

Aliás, uma das autocríticas compartilhadas pelas equipes de Michel Temer e do futuro presidente é que as operações das empreiteiras deveriam ter sido preservadas. Uma coisa é a culpa dos homens; outra é o capital humano e a capacidade de contribuição das construtoras. Outro dado é que a Lava Jato mudou a intensidade do compliance das contratantes e das contratadas. As condições do passado para práticas de corrupção hoje são exíguas. Durante o processo de expurgo das big four, a construção pesada perdeu cerca de 400 mil postos de trabalho.

Uma parcela desse contingente era altamente especializada. Existe sempre a possibilidade de grupos estrangeiros sublocarem parte das empreiteiras nacionais, assumindo em bloco contratos, mão de obra etc. A receita parece trivial, mas, na prática, nunca deu certo, pelo menos na escala necessária. As diferenças de culturas e de conhecimento das peculiaridades locais não podem ser ignoradas. No Equador, por exemplo, onde houve um aumento expressivo do número de obras tocadas por companhias chinesas, operários dormiam amontoadosdentro de contêineres. O Brasil detém uma das melhores expertises internacionais no setor de construção pesada. O que mudou foi a higienização de expedientes inaceitáveis. A qualidade dos serviços permanece a mesma.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Jair Bolsonaro #Odebrecht #Queiroz Galvão


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Sonhos de uma noite de dizimação

22/11/2018
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No mundo perfeito idealizado por Paulo Guedes, o sistema bancário público sofreria uma semi-extinção. O Banco do Brasil perderia o seu sobrenome e seria associado a um grupo estrangeiro. A Caixa Econômica, por sua vez, deixaria de ser uma instituição bancária para se transformar em uma certificadora e garantidora de empréstimos imobiliários, uma espécie de Fannie May tropicalizada – em alusão a uma das maiores empresas de hipoteca dos Estados Unidos. Mesmo com a inexorável concentração bancária decorrente da eventual fusão do BB com um estrangeiro, o argumento é que ela pelo menos se daria entre entes privados. Nesse universo lúdico ultraliberal, o Banco da Amazônia (Basa) seria incorporado pelo Banco do Brasil. Já o Banco do Nordeste e a Finep seriam agregados
ao BNDES. Nos prováveis devaneios do ministro da Economia, tudo são possibilidades. A única certeza é que o BNDES será desidratado. Esta dimensão paralela que permeia as divagações de Paulo Guedes buscaria tirar totalmente o governo do risco da atividade financeira, vista como uma potencial fonte de perdas de recursos. Isso incluiria alguns pingentes pendurados no sistema bancário estatal. Em tese, a gestão do FGTS e do FAT, a cargo da Caixa Econômica, e o financiamento agrícola, cujo repasse é de responsabilidade do BB, seriam licitados para a banca privada. O Fundo de Garantia, por sinal, seria gradativamente transferido para uma carteira de previdência complementar.

#Paulo Guedes


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Programa de satélites brasileiro vai para o espaço por falta de verbas

13/11/2018
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Uma herança incandescente da era Temer vai cair feito um meteorito no colo do futuro ministro da Ciência e Tecnologia, o efêmero astronauta Marcos Pontes. O programa de satélites do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) está fora de órbita, com graves restrições orçamentárias e atrasos no cronograma. Sem recursos, o INPE não conseguirá lançar ainda neste ano o Amazônia (SAR), fundamental para o monitoramento e combate ao desmatamento da Região Amazônica.

Trata-se do primeiro satélite integralmente produzido no país, mas o que era para ser motivo de celebração e orgulho se tornou um símbolo das mazelas do programa e da penúria que atinge o INPE. Também pela escassez orçamentária, o INPE tem postergado o lançamento do CBERS-4A. Sua entrada em órbita, prevista para dezembro deste ano, já teria sido empurrada para maio de 2019. Na própria estatal, no entanto, a expectativa é de que o equipamento só sairá do chão no último trimestre do ano que vem, portanto quase um ano após a previsão original.

Ressalte-se que o atraso se acentuou, mesmo com a transferência do lançamento para a China – o sistema CBER foi desenvolvido em parceria com o país asiático. Neste caso, há um agravate em particular: produzido ao custo de US$ 120 milhões, o CBERS-4A foi concebido para substituir sua versão anterior, o CBER-4, cuja vida útil se extinguiu no fim do ano passado. Ou seja: neste momento, há um ponto cego no monitoramento do setor agrícola. O sistema CBER tem um papel relevante na vigilância de plantações brasileiras e no envio de informações para pesquisadores, dados que são decodificados, mastigados e ajudam a aumentar a produtividade rural.

O governo Temer mandou o INPE para alguma galáxia distante. Com exíguos R$ 40 milhões para atravessar todo o ano de 2018, a estatal recebeu a menor verba em mais de uma década. Nem mesmo a previsão do tempo resistiu à tempestade financeira do INPE. No ano passado, o Tupã, o supercomputador que processa os dados meteorológicos de todo o país, teria parado de funcionar por alguns dias por falhas de manutenção. Caberá a Marcos Pontes, com sua alardeada proximidade do Capitão Bolsonaro, arrancar do Tesouro recursos para acelerar os projetos do INPE.

Curiosamente, ao menos em tese, era para o Instituto ter tudo, menos um big bang orçamentário. O programa de recepção, distribuição e uso de imagens de sensoriamento remoto da estatal conta com verba do Fundo Amazônia. Este, por sua vez, tem na Noruega um de seus principais contribuintes. O governo do país europeu chegou a disponibilizar cerca de US$ 1 bilhão para programas de controle desmatamento no Brasil. Uma parte destes recursos iria justamente para deslanchar o monitoramento por satélites. No entanto, os noruegueses suspenderam uma parcela dos repasses devido a falhas na política do governo brasileiro para a área de meio ambiente.

#INPE #Jair Bolsonaro #Michel Temer


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Supercoordenador

5/11/2018
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O general Hamilton Mourão, vice-presidente eleito, não quer ser ministro. Pretende ser, sim, um supercoordenador das questões ligados à Amazônia. Não falta assunto.

#General Hamilton Mourão


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AGU cobra a conta dos cassados

24/10/2018
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Expulsão de cargo no Executivo vai doer no bolso dos punidos, ao menos no que depender da Advocacia Geral da União. Existe uma mobilização na AGU para cobrar judicialmente de políticos cassados os custos referentes à realização de eleições suplementares. Os alvos são os ex-governadores de Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), e do Amazonas, José Melo (PR), ambos cassados por crime contra a legislação eleitoral. A AGU já requisitou ao Tribunal Superior Eleitoral relatórios com os gastos das eleições extraordinárias nos dois estados.

#AGU


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O novo teto da Amazon

19/10/2018
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A Amazon está abrindo o cofre no Brasil. Os norte-americanos planejam construir um mega centro de distribuição próprio para atender a sua nova loja online com operação 100% voltada ao mercado brasileiro.

#Amazon


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Ponto final

19/10/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: General Motors, Amazon, Miniso e Neon.


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Grupo Liberal vai para as manchetes

18/09/2018
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O Grupo Liberal, maior conglomerado de comunicação da Região Norte, está no centro de um tiroteio de notícias desencontradas. Nos bastidores, circulam informações de que a família Maiorana colocou suas empresas jornalísticas à venda. Uma fonte muito próxima do clã relatou ao RR que a Rede Amazônica, do empresário Phelippe Daou Jr., fez uma oferta para a compra da TV Liberal e do jornal O Liberal. Consultado, o presidente do Grupo Liberal, Ronaldo Maiorana, diz “que algumas informações dessa natureza têm sido divulgadas nas redes sociais, mas não passam de fake news.” Garante ainda que “não houve e não há qualquer tratativa neste sentido”.

#Grupo Liberal


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Ponto final

18/09/2018
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Torrent, Teuto e Rede Amazônica.

Acervo RR

Pelos ares

10/09/2018
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Investidores chineses ligados à conterrânea DJI, maior fabricante de drones do mundo, estão trazendo para o Brasil um projeto de delivery de alimentos e pequenas encomendas usando-se os aparelhinhos voadores. A Amazon, ressalte-se, já usa este tipo de serviço nos Estados Unidos, com equipamentos aptos a percorrer até 16 quilômetros.

#Amazon


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Pelos ares

10/09/2018
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Investidores chineses ligados à conterrânea DJI, maior fabricante de drones do mundo, estão trazendo para o Brasil um projeto de delivery de alimentos e pequenas encomendas usando-se os aparelhinhos voadores. A Amazon, ressalte-se, já usa este tipo de serviço nos Estados Unidos, com equipamentos aptos a percorrer até 16 quilômetros.

#Amazon


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Grupo João Santos a caminho da recuperação judicial

27/08/2018
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Um dos cinco maiores fabricantes de cimento do Brasil, o Grupo João Santos vai jogar a toalha. Segundo uma fonte que presta assessoria à empresa, o pedido de recuperação judicial deverá sair nos próximos dias. Seria a bala de prata para impedir a decomposição de um dos grandes conglomerados industriais do Nordeste, dono da Cimento Nassau. Segundo o RR apurou, a medida pode englobar todas as 12 fábricas do grupo pernambucano, cada uma delas uma empresa separada.

Trata-se de uma fragmentação societária que tem dificultado até mesmo que a companhia calcule o tamanho real da sua dívida. Há subsidiárias em que os passivos variam de R$ 50 milhões a R$ 100 milhões. O RR fez seguidas tentativas de contato com o Grupo João Santos por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Desde o ano passado, circulam no mercado rumores sobre a recuperação judicial ou até mesmo a falência do grupo, seguidamente desmentidos por seus dirigentes.

A crise financeira alimenta também especulações sobre o futuro das fábricas. Trata-se de uma cesta de ativos capaz de fazer diferença na balança da indústria cimenteira. O João Santos detém uma capacidade instalada da ordem de oito milhões de toneladas. Na hipótese de uma venda em bloco das fábricas, seria o suficiente, por exemplo, para a Lafarge Holcim ultrapassar a Intercement, leia-se Camargo Corrêa, na segunda posição no ranking nacional. Mesmo uma eventual recuperação judicial pode fazer parte do problema e não da solução, dado o notório estado de fratricídio societário do grupo desde a morte do patriarca, em 2009.

Sem o poder moderador de João Santos, a família cindiu. Três de seus filhos, Fernando, José Bernardino e Maria Clara ficaram de um lado; no front oposto, agruparam-se outras duas filhas do empresário, Ana Maria e Rosália. Enquanto os herdeiros se digladiam, as empresas se arrastam. No ano passado, a produção na fábrica de Itapetinga (PI) ficou temporariamente suspensa. A unidade de Cachoeiro do Itapemirim (ES) foi paralisada no fim de 2017.

Em janeiro, os funcionários da planta de Itaituba (BA) receberam férias coletivas de 30 dias. Em março, o mesmo ocorreu na fábrica de Ituaçu (BA). O Grupo João Santos é alvo de um número cada vez maior de ações no Ministério Público do Trabalho do Piauí, São Paulo, Pará, Paraíba, Pernambuco, Amazonas, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Em março, a Justiça bloqueou cinco imóveis da unidade em Codó (MA) para o pagamento de R$ 7 milhões em dívidas trabalhistas. Os relatos sobre as dificuldades passadas pelos funcionários do Grupo João Santos estão disponíveis na internet. No Facebook, há uma página denominada “Demitidos Cimento Nassau”, com mais de 500 integrantes.

#Grupo João Santos


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Amazon a mil por hora no Brasil

10/08/2018
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O império digital de Jeff Bezos avança no Brasil. Além da entrada no segmento de vestuário, a Amazon prepara-se para aterrissar no mercado de viagens, com a venda online de bilhetes aéreos e reservas em hotel.

#Amazon


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Momento difícil

10/08/2018
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Como se não bastasse a posição insular na geografia política, Ciro Gomes ainda enfrenta problemas no próprio PDT. O governador do Amazonas, Amazonino Mendes, tem feito duras críticas internas Momento difícilà articulação política de Ciro.

#Ciro Gomes #PDT


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Ponto final

10/08/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon, PDG, BB, Caixa, Polenghi e BNP Paribas.


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Choque de realidade

7/08/2018
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Não obstante o otimismo do BNDES, que marcou o leilão da Amazônia Energia, Eletroacre, Ceron e Boa Vista Energia para o próximo dia 30, a Eletrobras tem uma expectativa mais modesta. A tendência é que apenas uma das distribuidoras seja privatizada ainda neste mês. Em tempo: a Equatorial Energia, que levou a Cepisa, teria interesse na empresa amazonense.

#BNDES


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Eike Batista tem um encontro com o seu passado de ouro

2/07/2018
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Eike Batista ensaia dar uma volta no tempo e retornar aonde tudo começou: a mineração na fronteira do confronto com índios e garimpeiros. Neste caso, ao menos por enquanto, o potencial risco de litígio são os silvícolas. Eike estuda com carinho uma parceria com Otavio Lacombe, da Gold Amazon, que explora tantalita na bacia do rio Içana, na Terra Indígena Alto Rio Negro, na divisa com a Colômbia. As pesquisas indicam ouro associado, mas o quente da região é o chamado “ouro azul” – ou Coltan, mistura de columbita com tantalita, de alto valor no mercado. Segundo a fonte do RR, as conversações entre Eike Batista e Otavio Lacombe têm sido mantidas sob uma espessa camada de sigilo, por razões óbvias.

O projeto da Gold Amazon é um aluvião que carrega os mais diversos cascalhos, a começar pela participação de Elton Rohnelt, assessor de Michel Temer e sócio minoritário da empresa. Ressalte-se ainda que a tantalita é um minério que tradicionalmente sempre foi gerador de grandes conflitos entre garimpeiros. Além disso, lideranças indígenas contestam os expedientes usados por Otavio Lacombe. Conforme informações divulgadas na imprensa, o empresário tem visitado aldeias e feito doações financeiras a índios locais, sem interlocução com as entidades representantes dos nativos e, sobretudo, com a Funai. Procurada, a entidade confirmou não ter sequer conhecimento do projeto da Gold Amazon nas terras indígenas do Alto Rio Negro.

Há muito de recuo no tempo nessa possível parceria entre Otavio Lacombe e Eike Batista. Seus pais, Octavio Lacombe e Eliezer Batista, foram muito amigos. Eliezer teve um papel importante na construção da Paranapanema, de Lacombe pai – não a atual, que foi exaurida pelos fundos de pensão, mas o verdadeiro império da exploração de cassiterita na Amazônia criado nos anos 60. O fundador da Paranapanema se caracterizou também pelas rusgas com indígenas, notadamente na região de Pitinga, no Amazonas. Consultada sobre a possível associação com Otavio Lacombe, a EBX informou que “Eike Batista que não possui atualmente qualquer relação com a pessoa nominada, tampouco desenvolve projeto relacionado a mineração em áreas indígenas.” O RR não conseguiu contato com a Gold Amazon – a empresa não disponibiliza telefones ou e-mail. Caso a investida se confirme, Eike Batista estará se reencontrando com suas raízes. Foi na exploração de ouro que ele começou e ganhou dinheiro, bem antes da história de êxtase e agonia do “Império X”. Eike volta ao setor mais maduro e calejado. Em meio às polêmicas que cercam a Golden Amazon, certamente o empresário saberá identificar um terreno firme para fincar seu investimento.

#Eike Batista


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“Feriadão” eletrocuta leilão de distribuidoras

25/06/2018
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O Palácio do Planalto já perdeu as esperanças de o Congresso votar, nos próximos dias, o projeto de lei que viabiliza a venda das distribuidoras de energia da Eletrobras da Região Norte. A semana legislativa será curtíssima. Na última sexta-feira, em grupos de WhatsApp, deputados e senadores falavam abertamente em encerrar os trabalhos amanhã, por conta do jogo da seleção brasileira contra a Sérvia, na quarta-feira. O governo corre contra a má vontade do Congresso e o relógio. O primeiro leilão, da Amazônia Energia, está previsto para 26 de julho. No entanto, sem o projeto de lei, que prevê o pagamento de parte das dívidas das empresas com a criação de fundos setoriais, a licitação corre sério risco de ser cancelada por falta de candidatos.

#Eletrobras


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State Power descarrega bilhões para ser nº 1 do setor de geração

7/06/2018
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A venda da Eletropaulo para a Enel ainda reluz nas manchetes e já existe outra grande operação de M&A em gestação no setor elétrico. O RR apurou que a chinesa State Power Investment Corporation (SPIC) costura sua entrada no capital das usinas de Santo Antônio e de Jirau, dois dos maiores projetos hidrelétricos da Amazônia. No primeiro caso, o ingresso se daria com a compra da participação da Cemig (10%) e de parte das ações em poder de Furnas, detentora de 39%. A Eletrobras, por sinal, é o ponto de interseção entre as duas operações. A porta de entrada da SPIC em Jirau seria a aquisição de um naco das ações pertencentes à Chesf e à Eletrosul, que, juntas, detêm 40% da Energia Sustentável do Brasil, consórcio controlador da hidrelétrica.

Para atar todos esses fios societários, estima-se que o desembolso dos chineses ultrapasse os R$ 12 bilhões. Procuradas pelo RR, SPIC, Eletrobras e Cemig não quiseram se pronunciar. A operação parece feita sob medida para as circunstâncias e as pretensões de seus três protagonistas. A SPIC, que recentemente pagou R$ 7 bilhões para comprar a hidrelétrica de São Simão junto à Cemig, se tornaria o maior grupo privado de geração de energia do Brasil. A empresa passaria a ter em sua carteira um colar de usinas com capacidade de produção de mais nove mil MW, superando a franco-belga Engie e a conterrânea Three Gorges – hoje as duas principais empresas do segmento.

A Cemig, por sua vez, está no meio de uma tour de force para alienar ativos e reduzir sua alavancagem financeira. Desde o ano passado, busca um comprador para a sua participação na Usina de Santo Antônio. A operação também aliviaria o torniquete da Eletrobras. A venda de uma parcela das respectivas participações de Chesf, Eletrosul e Furnas nas duas hidrelétricas geraria caixa em um momento de notória fragilidade financeira do grupo.

O próprio governo enxerga a operação com bons olhos, mesmo porque, a esta altura, ninguém mais em Brasília acredita na venda das distribuidoras federalizadas e muito menos na privatização da Eletrobras. Ressalte-se ainda que não é de hoje que a Eletrobras tem reduzido gradativamente sua participação no segmento de geração de energia elétrica. Em 2011, a companhia era responsável por 36% da capacidade instalada no país; hoje, esse índice beira os 30%. E tende a cair. Na década passada, a Eletrobrás respondeu por 28% da expansão da geração no Brasil. De 2011 para cá, entrou apenas com 15% dos novos projetos.

#Cemig #Eletropaulo #Enel #State Power Investment Corporation

Política

Tucano vs. tucano

4/06/2018
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O prefeito de Manaus, o tucano Arthur Virgílio, talvez só fique atrás de João Doria no prazer de sabotar a candidatura de Geraldo Alckmin. Virgílio está convidando outros postulantes à Presidência da República a visitar a capital amazonense e apresentar suas propostas a empresas da Zona Franca: já estendeu o tapete vermelho a Flavio Rocha, Rodrigo Maia e Alvaro Dias, todos integrantes da turma do 1% nas pesquisas.

#Geraldo Alckmin #João Doria


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Amazon quer fazer um strike com a Saraiva e a Livraria Cultura

27/04/2018
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A Amazon está rascunhando o que pode vir a ser um best seller das operações de M&A no Brasil. A obra em questão passa pela aquisição conjunta da Saraiva e da Livraria Cultura e a consequente criação de uma rede com mais de 120 lojas e faturamento anual da ordem de R$ 2,5 bilhões. Segundo a fonte do RR, executivo de uma editora nacional credora das duas livrarias, as conversas são conduzidas por um grande banco europeu.

Por sinal, além do papel de adviser, essa instituição encarna outros dois personagens neste enredo: é credora das duas empresas e, desde fevereiro, vem comprando seguidos lotes de ações da Saraiva. A situação de vulnerabilidade das duas redes de livrarias joga a favor da Amazon. A Cultura, é bem verdade, ainda tem conseguido se aprumar graças à capitalização de R$ 150 milhões feita pela francesa Fnac no ano passado. O caso da Saraiva é bem mais complicado.

Com uma dívida superior a R$ 300 milhões, a companhia passa neste momento por uma dura negociação com 31 editoras para o pagamento de atrasados. Na semana passada, cortou à metade o número de diretorias. Não é de hoje que a Amazon ronda a Saraiva. Desta vez, no entanto, há uma série de variáveis que aumentam o interesse não só pela empresa, mas também pela Cultura.

O primeiro deles é aproveitar a “pechincha”. O valor de mercado da Saraiva hoje não passa de R$ 140 milhões – já foi de quase R$ 1,5 bilhão. Ao mesmo tempo, a Amazon considera estratégico montar uma grande estrutura física, diante de recentes movimentos feitos no Brasil. Há cerca de seis meses, iniciou a venda de eletroeletrônicos. No início deste mês, abriu sua plataforma de marketplace no país para livrarias e distribuidores. Há ainda um caráter defensivo na possível aquisição da Saraiva e da Cultura. O Alibaba, outra gigante do e-commerce global, também está se instalando no Brasil.

#Amazon #Livraria Cultura #Livraria Saraiva


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Ponto final

27/04/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon, Saraiva, Cultura, BNDES, CSN, BB e Caixa Econômica.


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Marina Silva ganha plumagem de tucana e avança sobre Geraldo Alckmin

24/04/2018
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No jeito, estilo e discurso, Marina Silva está se revelando mais tucana do que os próprios tucanos. No entanto, no que diz respeito ao seu adversário e quase congênere emplumado, Geraldo Alckmim, Marina o atacará como uma ave de rapina amazônica. A orientação do seu comitê de campanha é bater forte no ex-governador quando se trata da Lava Lato e mesclar com uma crítica mais suave ao falar sobre a competência dos seus próprios quadros técnicos, a consistência do programa de governo e sua trajetória ilibada. É a hora em que a harpia de olhos fundos vai renascer com a plumagem de um tucano.

Graças a uma rara capacidade de mimetismo político, a candidata da Rede tem atraído para a sua campanha o que mais parece ser uma equipe de FHC melhorada. Já fazem parte do ecossistema de Marina os economistas André Lara Rezende, Eduardo Giannetti e Ricardo Paes de Barros. Agora, ela está trazendo para o time Marcos Lisboa. O próximo passo de Marina é agregar a este liberal um personagem de apelo popular e impacto midiático. Algo parecido com um Luciano Huck.

A Marina Silva tucana em nada lembra a Marina Silva seringueira. O notório esforço para encarnar o ideário liberal transformou Marina em uma espécie de Lepidothrix vilasboasi, pássaro raro da Amazônia considerado pela ciência a primeira ave híbrida da América. A sua “social democracia amazônica” tem lhe permitido ser uma parabólica de um espectro da centro-direita que ainda vaga com uma lanterna na mão em busca do seu candidato. A Marina tucana faz sucesso nos Jardins e na Avenida Paulista, vide a histórica relação com Neca Setubal, herdeira do Itaú, e Guilherme Leal, sócio da Natura – ainda que este último tenha se afastado mais recentemente.

No entanto, a “tucana transgênica” vai além e chega aonde o “tucano puro-sangue” não consegue ir. Graças a sua origem, sua trajetória política e à própria história no PT, Marina tem algo que Alckmin praticamente desconhece: povo. De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, 91% da população de renda mais baixa sabem que é Marina Silva, contra 82% de Alckmin. No eleitorado como um todo, seu recall é superior: 94%, contra 87%. Ou seja: a candidata que, não obstante ter disputado duas eleições presidenciais, está longe de manter uma exposição intensa é mais conhecida pelo brasileiro do que o político que governou o maior estado do país por 12 anos e quatro meses.

O confronto direto guarda ainda outro número favorável à Marina: seu índice de rejeição é inferior ao de Alckmin – 22% a 29%. Geraldo Alckmin é hoje um boxer grogue, cambaleante, tentando sair das cordas. Marina baila ao seu redor como se fosse Cassius Clay. Pela métrica que for, ela o nocauteia em  força eleitoral, vide as redes sociais. No Facebook, a candidata da Rede tem mais de 2,2 milhões de seguidores; o ex-governador se arrasta para chegar à marca de um milhão. E nesse duelo privado, há ainda uma diferença fulcral: Marina não está na Lava Jato. Talvez até pelo seu permanente estado de mutação e “desmutação”, Marina Silva tem outra vantagem: entre os principais presidenciáveis, talvez seja hoje quem mais tem capacidade de sorver votos de candidatos de diferentes espectros, a começar pelo próprio Alckmin.

Além de ser uma ameaça ao PSDB, Marina pode capturar apoios do Centrão, leia-se a geleia na qual patinam Michel Temer, Henrique Meirelles, Rodrigo Maia, Alvaro Dias e Paulo Rabello de Castro. Historicamente próxima a órgãos da sociedade civil mais vinculados ao campo da esquerda, como sindicalistas, sem-terra, ambientalistas, Marina pode ainda fisgar eleitores do próprio Lula e de seu aguardado “poste”. O xeque-mate seria a dobradinha Marina Silva-Joaquim Barbosa. Os sinais de aproximação são patentes. Marina, ressalte-se, já enviou parte do seu programa a Barbosa, pedindo que ele opinasse sobre as propostas, não necessariamente na condição de candidato, mas como homem público. Seria uma combinação com tempero brasileiro ao gosto do eleitor, uma chapa com pinta de segundo turno.

#Geraldo Alckmin #Marina Silva


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Arrastão elétrico

24/04/2018
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A China Power Investment Corporation (SPIC) prepara um bote duplo sobre a Usina de Santo Antônio. O RR apurou que, além da participação da Cemig, os chineses negociam a compra das ações pertencentes ao FIP Amazônia, administrado pela Caixa Econômica. A operação conjunta poderá chegar a R$ 4 bilhões. A SPIC passaria a ter 30% da usina, só atrás da Eletrobras (39%).

#Cemig #China Power Investment Corporation


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TCU é o fio desencapado na licitação das distribuidoras

13/03/2018
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O responsável pela área de desestatização do BNDES, Rodolfo Torres dos Santos, que trabalha diretamente vinculado a Paulo Rabello de Castro, não esconde sua apreensão nas reuniões de diretoria do banco. O motivo tem três letras: TCU. Na agência de fomento, há uma crescente percepção de que o Tribunal de Contas da União será um óbice à privatização das seis distribuidoras de energia federalizadas dentro do cronograma estabelecido pelo BNDES – a intenção do banco é lançar o edital ainda nesta semana e realizar o leilão em abril. Segundo o RR apurou, o TCU já teria sinalizado que exigirá mudanças no modelo de venda das concessionárias do Acre, Amazonas, Rondônia, Roraima, Piauí e Alagoas – o relator do processo é o ministro José Mucio Monteiro. A licitação das distribuidoras se enrosca com a privatização da própria holding. Há duas semanas, outro ministro do TCU, Vital do Rêgo, determinou a abertura de auditoria para avaliar a diluição do controle da estatal e também a decisão da assembleia de acionistas que autorizou a Eletrobras a assumir cerca de R$ 19 bilhões em dívidas das distribuidoras de energia. O temor do BNDES é que o TCU amarre de tal forma os dois processos que a licitação das seis concessionárias só seja permitida após autorização para a venda da Eletrobras. Qualquer engarrafamento no cronograma pode significar a própria implosão das empresas. Se não forem licitadas até julho, as distribuidoras serão liquidadas, o que obrigaria o governo a abrir uma concorrência apenas pelas concessões da distribuição de energia nos seis estados.

#BNDES #Paulo Rabello de Castro


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Um passivo a menos para a Eletrobras

22/02/2018
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O RR apurou que a Chesf vai abrir mão do direito de preferência sobre a participação da Abengoa na Manaus Transmissão, responsável pelo linhão de 600 km entre Amazonas e Pará. A Eletrobras quer distância dos espanhóis e dos seus papagaios financeiros. A estatal considera altíssimo o risco de ter de assumir dívidas das concessões dos espanhóis, que somam mais de R$ 1 bilhão. Consultada, a Chesf diz que ainda tem 60 dias para decidir se fica ou não na Manaus Transmissão. A Eletronorte, também acionista da empresa, já repassou seus diretos societários para a Eletrobras. Recentemente, a própria Eletronorte, por determinação da diretoria da Eletrobras, desistiu de ficar com 51% da Abengoa em outra concessionária, a Norte Brasil. Os minoritários da holding, já obrigados a engolir R$ 20 bilhões em dívidas das distribuidoras federalizadas, agradecem.

#Abengoa #Chesf #Eletrobras #Eletronorte


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Bola no chão

20/02/2018
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O prefeito de Manaus, Arthur Virgilio, já fala como candidato do partido ao governo do Amazonas. Pelo jeito, desistiu da lunática ideia de disputar a indicação do PSDB à Presidência da República.

#PSDB


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Há uma Amazon nas entrelinhas da Saraiva?

19/02/2018
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A forte subida das ações da Saraiva tem provocado um frenesi no mercado. Dez entre dez analistas apostam suas fichas que a Amazon reabriu tratativas para a compra da rede de livrarias. Desde o início de janeiro, o papel acumula alta de quase 30% – 15% apenas na semana anterior ao Carnaval. Entre os principais compradores, ressalte-se, estariam a H11 Capital e a GWI, que já detêm participação no capital da Saraiva. Por sinal, são sócios do barulho, que têm causado muita dor de cabeça aos controladores da companhia. A GWI, do gestor Mu Hak You, protagonizou uma longa disputa com a família e chegou a pedir o afastamento de Jorge Saraiva Neto da presidência da empresa. Por sua vez, a H11 briga por mais espaço no Conselho. E, talvez, por uma posição privilegiada no capital caso a Amazon desembarque no capital da Saraiva e recompre as ações em mercado.

#H11 Capital #Saraiva


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Ponto final

19/02/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon, Saraiva, GWI, H11, Cargill e Louis Dreyfus.


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Amazon

22/01/2018
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Além da compra de sites convencionais de e-commerce, a Amazon flerta com a ideia de uma operação fora de esquadro no Brasil. Um caminho discutido é a aquisição de plataformas de compra e venda de produtos – algo, assim, como a OLX

#Amazon #OLX

Acervo RR

Amazon

22/01/2018
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Além da compra de sites convencionais de e-commerce, a Amazon flerta com a ideia de uma operação fora de esquadro no Brasil. Um caminho discutido é a aquisição de plataformas de compra e venda de produtos – algo, assim, como a OLX

#Amazon #OLX


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Ponto final

22/01/2018
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As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Camargo Corrêa, Queiroz Galvão, Amazon, OLX e BNY Mellon


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Buscapé na mira do Amazon

12/12/2017
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A Amazon finalmente “chegou” ao Brasil. O potentado do e-commerce fechou dezenas de parcerias com fornecedores, ampliou seu portfólio no país em mais de cem mil produtos e saiu à caça de aquisições. Segundo informações filtradas da própria Amazon, o nome no seu radar é o Buscapé, controlado pelo grupo sul-africano Naspers. Há muito que a empresa deixou de ser um site de pesquisas de preços para se tornar uma grande operação de marketplace, com milhares de marcas, bem ao gosto da Amazon. Procuradas pelo RR, Buscapé e Amazon não se pronunciaram.

#Amazon #Buscapé #Naspers


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Mudança de planos

21/11/2017
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O marqueteiro e delator Renato Pereira estava tão confiante em sair da Lava Jato com uma pena leve que já fazia planos para as eleições de 2018. Tinha a expectativa, por exemplo, de colaborar na campanha de Eduardo Braga ao governo do Amazonas – Pereira prestou consultoria à equipe de Braga na eleição suplementar no estado, em agosto deste ano. Agora, com a rejeição da sua delação no Supremo, o futuro do marqueteiro volta às mãos da PGR, Raquel Dodge.

#Lava Jato


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Exército aperta o cerco na divisa com Venezuela e Colômbia

20/11/2017
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Há uma mobilização do Comando Militar da Amazônia em torno do chamado Arco Norte, notadamente na divisa com a Venezuela e a Colômbia. O Exército tem intensificado as operações na região para combater o tráfico de armas e drogas, inclusive com a presença de oficiais das Forças Armadas norte-americanas. O serviço de Inteligência vem rastreando a movimentação de traficantes na região, que tentam se aproveitar da migração de cidadãos venezuelanos para infiltrar material bélico e, sobretudo, cocaína no Brasil.

Segundo o RR apurou, refugiados têm sido usados como “mulas” para o transporte de munição e drogas. De janeiro a setembro, cerca de oito mil venezuelanos se instalaram apenas em Boa Vista (RR). O desafio dos militares é rastrear e vedar uma região de fronteira repleta de porosidades – leia-se trilhas na selva, rios e, agora, pessoas e mais pessoas. Consultado pelo RR, o Exército informou que monitora a entrada dos refugiados e confirmou a participação de oficiais do Exército norte-americano em manobras na Amazônia. Disse, no entanto, que sua presença se restringe à condição de observadores em operações de caráter humanitário.

A situação é ainda mais preocupante devido ao desenfreado aumento da produção de cocaína na Colômbia. Em dois anos, a oferta mais do que duplicou. A área de plantio no país atingiu o maior nível desde o início da década de 1990, quando os Cartéis de Medelín e Cali foram desmantelados. Não por acaso uma das prioridades do Exército neste momento é a expansão do Sisfron – Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras.

Hoje, por conta de restrições orçamentárias sua operação está limitada a um projeto-piloto no Mato Grosso. Há uma vinculação direta entre a nova onda de violência nos presídios brasileiros e o aumento da oferta de cocaína colombiana. É crescente a disputa entre facções criminosas pelo “direito” de explorar novas rotas para o tráfico da droga. Um dos “trilhos” mais cobiçados corta os estados do Centro-Oeste e leva à Região Sul, e, dali, ao Uruguai e à Argentina.

#Exército #Forças Armadas

Acervo RR

Entrelinhas

10/11/2017
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A ação da Saraiva caiu 16% em dois meses. Talvez seja só um soluço do mercado; talvez um sinal de que as conversas com a Amazon esfriaram.

#Amazon #Saraiva


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Entrelinhas

10/11/2017
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A ação da Saraiva caiu 16% em dois meses. Talvez seja só um soluço do mercado; talvez um sinal de que as conversas com a Amazon esfriaram.

#Amazon #Saraiva


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Baixa voltagem

20/10/2017
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Uma medida do curto circuito financeiro das distribuidoras que serão vendidas pela Eletrobras por um valor simbólico: só a Amazonas Energia e a Ceron, de Rondônia, precisam de aportes próximos de R$ 1 bilhão.

#Amazonas Energia #Ceron #Eletrobras


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Livro aberto

4/10/2017
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Desentendimentos entre a própria família Saraiva estariam travando uma nova investida da Amazon sobre a rede de livrarias brasileira. A Saraiva é um livro aberto de páginas em branco.

#Amazon #Saraiva


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Aneel corta os fios da Abengoa

20/09/2017
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O plano de recuperação judicial da Abengoa no Brasil, apresentado há pouco mais de um mês, corre sério risco de ser eletrocutado pela Aneel. As gestões feitas pelo grupo espanhol para encerrar as pendências com o órgão regulador e manter sob o seu guarda-chuva nove licenças de transmissão ricochetearam contra uma parede de concreto. A Aneel já teria, inclusive, formalizado ao Ministério de Minas e Energia o pedido de caducidade das concessões. A partir de agora, a companhia só tem dois caminhos: brigar na Justiça, tendo contra si a Aneel e um governo ávido por revogar e relicitar tudo o que é concessão possível, ou ver escapar entre seus dedos um pacote de ativos fundamental para a quitação do seu passivo, da ordem de R$ 3,4 bilhões. A Abengoa diz já ter recebido uma oferta de R$ 1,8 bilhão do fundo Texas Pacific Group por outras sete linhas de transmissão, estas em operação. Ainda assim, a conta não fecha. Os espanhóis dependem da venda das concessões que a Aneel quer retomar. Dependem ainda da negociação de ativos menores, também uma seara na qual sobram faíscas. A companhia quer vender um hospital em Manaus ao valor de R$ 143 milhões. No entanto, o governo do Amazonas estaria se recusando a autorizar a transferência do empreendimento, construído por meio de uma PPP com o estado.

#Abengoa #Aneel


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Fernando Coelho desata o nó entre Eletrobras e Petrobras

8/09/2017
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O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, acredita ter encontrado a solução para a dívida de quase R$ 16 bilhões da Eletrobras com a Petrobras, referente ao fornecimento de gás para termelétricas. O modelo sobre a mesa passa pela transferência de ativos da Amazonas Energia, controlada pela holding do setor elétrico. Fariam parte do pacote as usinas Mauá e Aparecida.

São as duas grandes térmicas da Amazonas Energia, responsáveis pela maior parte da encomenda de gás à Petrobras e, consequentemente, dos débitos junto à petroleira. A ideia da Pasta de Minas e Energia é que uma proposta seja alinhavada e apresentada aos Conselhos de ambas as empresas em outubro. Consultado pelo RR, o Ministério não quis se pronunciar.

O modelo muy amigo do ministro Coelho – e de um governo que tem conseguido impor suas vontades – não está sendo pensado exatamente para resolver o passivo da Petrobras, mas para evitar que o imbróglio possa atrapalhar a “descotização” da Eletrobras. E, ao mesmo tempo, impedir uma tungada fiscal e uma nova frustração de receita do governo. A petroleira já soltou um balão de ensaio solicitando a inclusão de um artigo na MP do setor elétrico que lhe dê primazia no recebimento de recursos amealhados com a “descotização” da Eletrobras.

Com as devidas ressalvas, a proposta guarda alguma semelhança com a operação feita entre o governo federal, o BNDES e a Cedae. A estatal de saneamento será jogada no colo do banco como lastro do empréstimo emergencial ao Rio de Janeiro, sem que possa ser privatizada agora. No seu caso, mesmo ganhando, a Petrobras vai perder. Se o projeto seguir adiante, a empresa acabará assumindo ativos que não serão vendidos no curto prazo e tampouco fazem parte do seu core business. Paciência! Quem sabe não surge uma proposta melhor para a Petrobras se um dia ela for privatizada…

#Eletrobras #Ministério de Minas e Energia #Petrobras


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Fantasmas do passado voltam à Câmara

6/09/2017
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A decisão do prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) de entregar a Casa Civil para o próprio filho, o deputado federal Arthur Bisneto, vai abrir espaço para o retorno ao Parlamento de um notório clã da política amazonense. Quem assume a cadeira de Arthur Bisneto é o suplente Carlos Souza, irmão do já falecido Wallace Souza, cassado por seus pares na Câmara em 2009 por suposto envolvimento com o crime organizado.

#PSDB


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Eike Batista é um pedaço da Reserva Nacional do Cobre

4/09/2017
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Um colecionador de direitos de exploração dos minérios na Reserva Nacional do Cobre encontra-se em prisão domiciliar. O ex-megaempresário Eike Batista possui cerca de 100 autorizações de pesquisa dos mais de 600 títulos de exploração na região mineralógica do Pará. As concessões de Eike foram distribuídas entre diversas empresas, um modelo, aliás, comum entre as companhias do setor, quando desejam evitar a demonstração de posse dos direitos minerários.

O empresário começou a garimpar as concessões quando a MMX ainda era a joia dos seus negócios. Chegou a discutir a abertura seletiva da Reserva do Cobre com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O argumento, razoável por sinal, era que a medida evitaria uma “corrida do ouro” das companhias estrangeiras e de garimpeiros na Amazônia.

O principal foco de Eike na região era o ouro, mas também com incursões sobre o minério de ferro. O empresário tinha uma fixação pela Vale, que tentou adquirir ou até mesmo clonar (Projeto Minas Rio, que a Anglo American acabou comprando de Eike). Na época, o então presidente da Vale, o falecido Roger Agnelli, desafeto do Mr. X, concorria com o empresário por um quinhão naquela área – na tabela dos processos do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) há diversas solicitações feitas pela Docegeo, subsidiária de geologia da companhia.

O ex-presidente José Sarney, que foi “chairman” do Conselho Consultivo da mineradora de ferro de Eike no Amapá, teve participação ativa nas articulações para a extinção da Lei que criou a reserva mineral-ambiental. Por ironia do destino, é seu filho, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, quem hoje se posiciona contrariamente à exploração mineral na região. Consultado sobre a existência de requerimentos ou autorizações de pesquisa em nome de Eike Batista ou de empresa a ele pertencente, o DNPM enviou uma extensa relação de pessoas físicas e jurídicas, que não permite identificar a presença do empresário. O RR fez várias tentativas de contato com a assessoria de Eike, mas não obteve retorno por meio dos telefones disponíveis nem do site da EBX, que estava fora do ar até o fechamento desta edição.

#Dilma Roussef #EBX #Eike Batista


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Voz baixa

25/08/2017
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Até o início da noite de ontem correligionários e ambientalistas ainda esperavam por um pronunciamento firme de Marina Silva contra a extinção da Reserva Nacional do Cobre e a venda de terras na Amazônia. Por ora, sua reação mais incisiva veio por meio de 473 toques no Twitter.

#Marina Silva #Twitter


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Candidato do PMDB, sem o PMDB

16/08/2017
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Boa parte do PMDB virou as costas para a campanha de Eduardo Braga, candidato do partido no segundo turno das eleições no Amazonas. É o troco pelo fato de Braga, ex-ministro de Dilma Rousseff, ter se mantido contra o impeachment. Em maio, Braga já havia experimentado um petit dejeuner da vendetta de Temer com a demissão da então superintendente da Suframa, Rebecca Garcia, que ele havia indicado para o cargo.

#Dilma Roussef #Eduardo Braga #Michel Temer #PMDB


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Volta ao passado

9/08/2017
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Um diplomata das finanças tem tentado aproximar o big boss do Insper, Claudio Haddad, do franco atirador do setor de educação Paulo Guedes. Como até os índios das matas longevas da Amazônia sabem, “Paulinho” detesta Haddad. Se sentiu lesado pelo ex-sócio na venda do Ibmec, embrião do atual Insper. Mas agora, protegido pela armadura e o bom senso do seu sócio-patrão, Julio Bozano, é possível que o encontro entre os dois economistas financistas se torne menos ácido e até alguma cooperação seja possível. Haddad quer aumentar o Insper. Não pretende ser consolidado pelos grupos estrangeiros. Nesse contexto, Paulo Guedes teria alguma serventia. Mas o “risco Paulinho” é enorme. Melhor deixá-lo delirando às segundas-feiras na imprensa.

#Claudio Haddad #Ibmec #Insper


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“Nova política” na floresta Amazônica

9/08/2017
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A eleição ao governo do Amazonas é puro déjà-vu. O ex-senador Gilberto Miranda – que anda, ou melhor, prefere andar sumido – é um dos principais apoiadores da campanha de Amazonino Mendes. Por ora, tudo como planejado para a dupla: Amazonino vai disputar o segundo turno.

#Gilberto Miranda


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Posfácio

3/08/2017
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Após o enlace entre a Cultura e a Fnac, a Amazon voltou à carga sobre a Livraria Saraiva.

#Amazon #Fnac #Livraria Cultura #Livraria Saraiva


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Reserva Nacional do Cobre reluz feito ouro para os Moreira Salles

28/07/2017
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A família Moreira Salles está acompanhando de perto a decisão do governo de privatizar a Reserva Nacional do Cobre – uma gigantesca área metalogenética encrustada no estado do Pará, com enorme potencial de minerais não ferrosos e radioativos. A Reserva do Cobre ainda é um resquício do enrosco entre o empresário Daniel Ludwig,
idealizador do Jari, e os governos militares. A região pertencia a Ludwig, mas acabou sendo tomada na mão grande pelo então comandante do Grupo Executivo do Baixo Amazonas (Gebam), Almirante Roberto Gama e Silva. Foi fechada, lacrada e transformada em uma espécie de ativo estratégico da União.

Agora, Temer quer vender tudo. Na Reserva do Cobre, além do minério que lhe empresta o nome, encontram-se em abundância quase todas as matérias-primas: cassiterita, ferro, níquel, manganês, zinco, tungstênio, ouro – muito ouro, aliás – anatásio e nióbio. Os Moreira Salles querem comprar as reservas deste último minério e somá-las ao portfólio da Companhia Brasileira de Mineração e Metalurgia (CBMM), detentora do monopólio mundial de nióbio e localizada na região de Araxá (MG).

A monumental jazida foi repassada de bandeja pelo então ministro de Minas e Energia, Antonio Dias Leite, a Walther Moreira Salles, que sempre dizia que seu melhor negócio não era o banco, mas a CBMM. Recentemente, os Moreira Salles venderam 15% do seu latifúndio de nióbio para um grupo de empresas chinesas, que deverá acompanhar a tradicional família banqueira na incursão para abocanhar o nióbio amazônico. A Reserva Nacional do Cobre é cheia de lendas e histórias.

O general João Baptista Figueiredo dizia que, se alguém quisesse explorá-la, ele prendia e arrebentava. Mais recentemente, o empresário Eike Batista moveu montanhas junto a Dilma Rousseff no afã de comprar a região inteira de uma tacada só. As negociações estavam até se encaminhando bem quando Eike foi seduzido pelo canto da sereia do petróleo. O resto todo mundo sabe.

#Michel Temer #Ministério de Minas e Energia #Moreira Salles


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Brasil é a rota de escape da Ecopetrol na América Latina

6/07/2017
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No que depender da Ecopetrol, o próximo leilão da ANP será um sucesso de bilheteria. O grupo colombiano está prestes a deslanchar seu maior plano de investimentos no Brasil. Segundo o RR apurou, os valores devem chegar a US$ 1 bilhão. Tudo gira em torno da 14a Rodada de Licitações da ANP, prevista para setembro. De acordo com informações filtradas da própria Ecopetrol, os colombianos estão montando um amplo arco de parcerias para os leilões, que vai da Petrobras à Chevron, passando pela japonesa JX Nippon.

O Brasil tornou-se peça-chave para a Ecopetrol. O aumento dos investimentos está diretamente relacionado a problemas que a empresa enfrenta em seu próprio território. Há uma redução no ritmo de descobertas de novos campos na Colômbia. A companhia busca ainda reservas de óleo leve para equilibrar seu portfólio de ativos, excessivamente concentrado na produção de petróleo pesado. Como se não bastassem questões de ordem operacional e estratégica, a Ecopetrol tem sido alvo de uma onda de protestos da população colombiana contra petroleiras e mineradoras.

Nas últimas semanas, suspendeu as atividades em 81 poços no campo de Rubiales, o maior do país e responsável por um quarto da produção total da companhia. As perdas somam aproximadamente 9,5 mil barris/dia. Some-se o fato de que, em consultas públicas, a população da Colômbia tem rechaçado a implantação de novos projetos de exploração de petróleo e gás em diversas regiões. Os colombianos já operam três blocos exploratórios no Brasil, localizados na Bacia Potiguar, na Foz do Amazonas e na Bacia do Ceará. O foco da Ecopetrol na 14a Rodada da ANP se concentra, sobretudo, em ativos em águas rasas na Bacia do Espírito Santo, onde há reservas comprovadas de óleo leve.

#ANP #Ecopetrol


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Atingida por Palocci

6/06/2017
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A Ambev será uma das empresas atingidas pela delação de Antonio Palocci. Segundo fonte do Ministério Público, a denúncia passa pela concessão de benefícios fiscais na Amazônia.

#Ambev #Antônio Palocci


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Lula vai ao ponto: “Diretas Já”, mas nem tanto

23/05/2017
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Nas coxias dos festejos de posse da nova diretoria do PT municipal de São Bernardo dos Campos, na última sexta-feira (19), o grito de “Diretas Já” soou abafado pela preocupação com as suas próprias consequências. Ao longo do fim de semana, Lula, Ruy Falcão e juristas do partido se dedicaram a decifrar as possibilidades de conflito jurisdicional entre as decisões do TSE, do STF e do Congresso Nacional nas múltiplas hipóteses de desfecho do governo Michel Temer. Falou-se mais sobre o Amazonas do que sobre a PEC do deputado Miro Teixeira propondo a escolha imediata do novo presidente pelo voto popular.

A jurisprudência reafirmada com a cassação pelo TSE da chapa do governador e vice-governador amazonenses e a determinação de que sejam realizadas eleições diretas deixa um flanco por onde passaria a escolha popular para o substituto de Temer. No cenário sobre o qual os petistas mais se debruçam, entre 6 e 8 de junho, o TSE cassaria a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, a julgar pela carrada de provas de uso ilegal de dinheiro. O presidente também pode ser apeado por processo penal, mas o prazo para que isso ocorra antes dos 14 dias que faltam para a decisão do TSE parece exíguo.

No caso de impeachment, outra hipótese deste mosaico, esse, sim, ficaria para bem depois do julgamento das contas de campanha, ainda que Rodrigo Maia aceitasse de imediato um dos pedidos de afastamento protocolados na Câmara. Uma solução menos torturante seria a renúncia, conforme preconiza a mídia mais poderosa, que levaria diretamente ao art. 51 da Constituição com o Congresso elegendo em 30 dias o futuro comandante da Nação. Para Temer, essa hipótese faria sentido se negociada no âmbito do recurso ao STF caso o TSE decida pela cassação da chapa com Dilma Rousseff.

Lula e seus acólitos avaliam o quanto de gasolina devem despejar sobre o fogo ligeiramente aceso da militância. Uma primeira questão é a garantia de que, na hipótese de diretas, o presidente eleito poderá concorrer novamente em 2018 sem empecilho de ordem legal. Caso haja a menor possibilidade de restrição, o candidato do PT seria tampão, muito provavelmente o ex-ministro Celso Amorim.

O ex-presidente seria preservado para a próxima eleição. As diretas no curto prazo livrariam Lula do impedimento da sua candidatura, com eventuais e prováveis condenações em julgamentos de primeira e segunda instância. Mesmo que a batalha de Temer com o STF durasse até dezembro, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumindo o cargo nessa situação de dupla vacância do poder, não haveria  tempo para a realização do segundo julgamento do ex-presidente.

Se ganhar a candidatura, Lula deverá acusar perdas na integridade do discurso político. Provavelmente seria levado a fazer concessões em relação a algumas das principais iniciativas do atual governo, a exemplo da PEC do Teto e as reformas da Previdência e trabalhista. Mesmo alguns lulistas de carteirinha volta e meia repetem a máxima de Leonel Brizola: “Não confie no Lula.

Ele é capaz de trair até o último momento”. No caso em questão, trair a sua própria militância. Não seria a primeira vez. Na eleição presidencial de 2010, Lula mandou às favas seu compromisso de campanha e assinou a célebre Carta ao Povo Brasileiro. Quem sabe poderia fazer novas reformas e um controle de gastos sem um teto constitucional? Trocar seis por meia dúzia? E Lula seria crível para o sistema, que o odeia mais do que nunca?

Há também uma questão de fundo: quanto mais incendiar a militância mais fortes serão as pressões para que Temer renuncie antes mesmo de qualquer decisão do TSE, atitude esta que, por sua vez, jogaria água gelada nas diretas. Por essa ótica, seria de bom senso acalmar as ruas. Ou não, se a PEC de Miro Teixeira for para valer. Segundo a fonte do RR, Lula anima mais a torcida pelas eleições imediatas do que os dirigentes do PT. De contradição em contradição, o “Diretas Já” vai se aproximando de uma palavra de ordem oca.

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer #PT


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Fator S11D dá um Norte à siderurgia brasileira

17/05/2017
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Enquanto as grandes produtoras de aços planos agonizam no Sudeste, há uma chamada para novos investimentos siderúrgicos no Norte no país. O chamado Fator S11D – maior empreendimento de exploração de ferro a céu aberto do mundo – tem as condições excepcionais para resgatar a antiga ideia de um polo siderúrgico na região. O projeto de extração mineral foi batizado com o nome do engenheiro Eliezer Batista, presidente icônico da companhia. Há um acerto de contas do destino com o personagem e aquela região: há cerca de 35 anos, Batista mostrava a dezenas de grandes empresários o “Projeto Grande Amazônia Oriental”, em evento patrocinado pelo banqueiro do Itaú Eudoro Vilella.

Sobravam engenhosidade e ambição nas maquinações do então presidente da Vale. Mas se ele tinha a escala de produção mineral e logística afiada, faltava o milagre da natureza. O teor de ferro contido no minério de S11D (66,7%), o maior do mundo, é a materialização desse milagre. Ele tem o potencial de reduzir expressivamente os custos da siderurgia nacional, segundo relatório produzido por um player internacional do setor, ao qual o RR teve acesso.

A proposta de um corredor de exportação de aços planos no Pará, mais especificamente no percurso que vai da S11D até o Maranhão é irmã gêmea do grandioso empreendimento na Amazônia Oriental, mais conhecido como “Carajazão”. A principal diferença é que a nova versão propõe um beneficiamento mais sofisticado, enquanto o “Carajazão” se concentrava na produção de ferro gusa. A alta pureza da matéria-prima de S11D é considerada uma espécie de artefato nuclear na competição pelo mercado de minério de ferro.Pode gerar muito mais riqueza para a Vale e o Brasil do que o primeiro Carajás.

Na lógica geoeconômica do projeto, o aço para exportação subiria de elevador para o Norte, aproveitando-se do Fator S11D e das condições logísticas e de suprimento de energia. Seriam construídas siderúrgicas de 20 milhões de toneladas – uma unidade representa praticamente dois terços da produção total brasileira de 30,2 milhões de toneladas – em sua grande parte com capitais chineses, sul-coreanos e japoneses. E a siderurgia do Sudeste? Teria de se reinventar, com uma inevitável consolidação e ingresso em aços siliciosos e outros especiais.

Usiminas, CSN, ArcelorMittal – à exceção da Aperam, ex-Acesita – caducam às vistas do mercado, exigindo subsídios e barreiras alfandegárias para continuarem a se manter de pé com alguma integridade. A Vale trouxe o novo e a redenção. Infelizmente, é necessária alguma destruição criativa para que a siderurgia brasileira se erga novamente. Em outros idos, o BNDES estaria estudando a oportunidade com afinco.

#ArcelorMittal #CCR #CSN #Usiminas


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Tríplice autoria

22/03/2017
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A possível fusão entre a Saraiva e a Livraria Cultura não é uma obra escrita somente a quatros mãos. A Amazon surgiria no posfácio, com uma participação no capital da nova empresa. Os norte-americanos passariam a ter acesso e direito de comercialização do acervo e títulos das duas empresas. Procurada, a Cultura nega as tratativas. Amazon e Saraiva não se pronunciaram.

#Amazon #Livraria Cultura #Saraiva


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O exílio de um executivo cansado

20/03/2017
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Enquanto João Doria se credencia como um forte candidato à presidência, seu velho companheiro Paulo Zottolo parece ter cansado do Brasil. Hoje, passa a maior parte do seu tempo em Miami, de onde comanda a startup Amazon Waters, fabricante de bebidas. Em 2007, quando era presidente da Philips, Zottolo se uniu a Doria e outros personagens para liderar o movimento “Cansei”, uma espécie de “Vem pra rua” pré-redes sociais. Acabou se notabilizando pela desastrosa declaração de que “se o Piauí não existisse, ninguém ficaria chateado”. Zottolo saiu de cena e ninguém ficou chateado.

#João Doria


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Funai entre o índio e o general

8/03/2017
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Para todos os efeitos, a presidência da Funai foi entregue ao dentista e líder evangélico Antonio Fernandes Toninho Costa. No entanto, dirigentes e funcionários da autarquia já perceberam que o poder está efetivamente nas mãos do general de brigada da reserva Franklimberg Rodrigues de Freitas, empossado no aparentemente menor cargo de diretor de Desenvolvimento Sustentável. Trata-se de uma camuflagem.

O militar assumiu as questões mais sensíveis que orbitam em torno da Funai, a começar pela demarcação de terras e pelo monitoramento de eventuais tensões entre comunidades indígenas e proprietários rurais. São os olhos e ouvidos do general Sergio Etchegoyen, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), entre os Yanomámi, Xikrins, Xavantes etc. Entre os handicaps do Franklimberg Rodrigues para a função destaca-se o profundo conhecimento da Região Norte, que concentra quase 40% da população indígena brasileira.

O oficial comandou a 1.a Brigada de Infantaria de Selva em Roraima e foi chefe do Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia. Sua presença na linha de frente da autarquia neste momento ganha maior importância diante do acirramento dos ânimos causado pelos seguidos cortes orçamentários na Fundação e o consequente risco de protestos e conflagrações em áreas de ocupação indígena – ver RR edição de 6 de janeiro.

#Funai


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Amazon clica na Netshoes

22/02/2017
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Realizar o tão prometido IPO ou ceder ao assédio de um gigante mundial do e-commerce? Este é o doce dilema dos sócios da Netshoes. A Amazon está cercando a empresa por todos os lados. Não é mera força de expressão. Os norte americanos estariam mantendo conversas paralelas com os principais acionistas do site de vestuário e artigos esportivos: aqui, Marcio Kumruian, fundador e CEO da empresa; lá fora, o Temasek, fundo soberano de Cingapura, e as gestoras Tiger Global e Iconiq Capital. A aquisição da Netshoes daria à Amazon uma fatia significativa das vendas online de vestuário esportivo no Brasil – seu faturamento gira em torno de R$ 2,5 bilhões por ano. Os norte americanos herdariam também operações na Argentina e no México. Consultada, a Netshoes nega a venda.

#Amazon #e-commerce #Netshoes #Temasek


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Ponto final

22/02/2017
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Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon e Temasek.


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Quando a geopolítica e a mídia se encontram

10/02/2017
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A visita do coronel televisivo Phelippe Daou Jr. ao ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Sérgio Etchegoyen, no início da tarde de ontem, não foi um encontro protocolar entre um concessionário televisivo e o observador-mor da programação nacional. Há mais de geopolítica no papo entre os dois do que suspeita a vã filosofia. Daou Jr., colocada as enormes ressalvas, repete em parte a trajetória de Roberto Marinho. Seria um “Dr. Roberto do Norte do país”.

Assim como o falecido patriarca das Organizações Globo, filho do proprietário do jornal O Globo, Euclides Marinho, Daou Jr. é sucessor de Phelippe Daou, de quem herdou a Rede Amazônica de Rádio e Televisão (RART). A RART, como não poderia deixar de ser, é afiliada da TV Globo. Daou pai é um capítulo na história da conglomeração local, regional e nacional da mídia radiofônica e televisiva no país. É imperador das comunicações na Amazônia, Pará, Rondônia, Amapá e Acre. Foi tríplice laureado pelos militares, ganhando as condecorações de Amigo da Marinha, Exército e da Base Aérea Nacional.

A RART conseguiu acesso ao sistema de satélite na gestão de Antônio Carlos Magalhaes no Ministério das Comunicações pagando “valor simbólico” à Embratel. A justificativa da benemerência era o lema de então das Forças Armadas: “Integrar para não entregar”. O empresário era um agente integrador. A conversa de Daou Jr. com o general Etchegoyen pode ter tido diversos outros motivos, mas será sempre uma operação de informação. Afinal, a consciência da população nortista tem um valor estratégico inestimável.

#RART #TV Globo


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Gás total

1/02/2017
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Números frescos que medem o apetite da Total no Brasil: os franceses pretendem investir cerca US$ 700 milhões no país ao longo dos próximos três anos. A maior parte dos recursos será destinada à Bacia Foz do Amazonas. A meta da companhia é furar dez poços na região até o fim da década.

#Total


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Pé na soleira

30/01/2017
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A Amazon, que insiste em ter uma estrutura física no Brasil, monitora de perto os percalços financeiros da Livraria da Cultura.

#Amazon #Livraria Cultura


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Ponto final

30/01/2017
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Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Amazon, Cultura, BR Pharma e Incra.


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Eletrobras em curto

23/01/2017
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Contas feitas por uma fonte muito próxima da Eletrobras apontam para um balanço de 2016 inesquecível. No pior dos sentidos. Somente com Angra 3, Amazonas Energia e o empréstimo compulsório sobre grandes consumidores de energia, criado nos anos 70, as perdas devem chegar a R$ 10 bilhões.

#Eletrobras


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Presídios do Rio incubam ovo da serpente

13/01/2017
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Depois dos massacres nos presídios de Manaus e de Boa Vista, o novo lócus de apreensão do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, é o Rio de Janeiro. A preocupação se deve aos informes que têm sido remetidos ao Ministério pela Secretaria de Administração Penitenciária do Rio, dando conta de uma estranha movimentação entre a população carcerária do estado. Até ontem à tarde mais de 500 detentos de Bangu 4 e do presídio Ismael Pereira Sirieiro, em Niterói, vinculados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) haviam pedido à direção das respectivas unidades sua transferência para outras alas – informação confirmada ao RR pelo presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Gutembergue de Oliveira.

Os presos alegam que temem ser alvo de ataques em represália à matança orquestrada pelo PCC em Roraima – por sua vez, uma reação ao massacre no Amazonas. Esses detentos dizem que querem se manter na “neutralidade”, à margem de qualquer facção – no peculiar sistema de divisão territorial das penitenciárias, há alas específicas para os “sem partido”. De acordo com informações repassadas pelas Secretaria Estadual ao Ministério da Justiça, há evidências de que os dissidentes do PCC não pretendem ficar na “neutralidade”, como alegam. Tudo indica que esse contingente é a proxy de uma sexta facção nas cadeias do Rio, que passaria a rivalizar não só com o forasteiro PCC, mas também com grupos criminosos nativos, como Amigo dos Amigos (ADA), Terceiro Comando Puro (TCP), Comando Vermelho (CV) e Povo de Israel (PVI).

O Ministério da Justiça e o governo do Rio devem discutir nos próximos dias medidas para mitigar os riscos de confronto nas cadeias do estado. Toda a cautela é bem-vinda. Seja pelo tamanho da população carcerária, seja pelo poder de ressonância do Rio, eventuais conflitos em penitenciárias do estado teriam uma dimensão ainda maior. Além das lições recentes, não faltam exemplos do passado. Quando o Povo de Israel se formou, em 2004, marcou sua estreia com um violento motim no presídio Hélio Gomes, até então mapeado como uma unidade “neutra”: 19 detentos ficaram feridos; um foi assassinado. Cinco agentes carcerários foram mantidos como reféns ao longo de um dia.

#Alexandre de Moraes #Ministério da Justiça


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Muralhas da China

16/12/2016
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  • A State Grid vai disputar a compra de quatro distribuidoras de energia que serão leiloadas pela Eletrobras na Amazônia. A vontade de aquisição é grande. O plano dos chineses é reunir as concessionárias do Acre, Rondônia, Amazonas e Boa Vista (RR) em uma subholding. A fonte do RR informou que a State Grid prevê gastar em torno de R$ 5 bilhões para raspar o tacho amazônico.

 

  •  A CNOOC já definiu os parceiros para dar sustentação em suas novas incursões na compra de blocos de exploração e produção de petróleo: o Bank of America e o conterrâneo Industrial and Commercial Bank of China (ICBC). O foco será o pré-sal. A boa nova é que a CNOOC decidiu participar das próximas licitações com ou sem a Petrobras, com quem tinha um acordo de investimento.

 

  • A Camargo Corrêa está vendo escorrer entre os dedos o maior interessado na compra da construtora, a China Communications Construction Company (CCCC). O grupo chinês, que adquiriu recentemente a Concremat, teria deixado a mesa de negociações sem dar muitas explicações. Procurada pelo RR, a Camargo Corrêa evitou, de todas as formas, se pronunciar sobre o assunto.

#Camargo Corrêa #CNOOC #Eletrobras #State Grid


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A “desmilitarização” da Reserva Nacional do Cobre

6/12/2016
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A iminente suspensão do decreto que proíbe a exploração da Reserva Nacional do Cobre pelas empresas privadas e estatais joga por terra um dos mais excêntricos fetiches do regime militar. A dita Reserva Nacional é uma área do tamanho do Projeto Jari original, ou seja, o correspondente a uma Bélgica. A menção explícita ao cobre é uma licença mineropoética. A área, entre o Pará e o Acre é, na verdade, uma reserva polimetálica, com evidências promissoras da ocorrência de molibdênio, tungstênio, bauxita, cassiterita, manganês e soi-disant do cobre. Era chamada pelos militares de “Segundo Carajás”.

Qualquer atividade na região necessita da aprovação do Conselho de Segurança Nacional. A Vale tentou inúmeras vezes incorporar algumas áreas mineralógicas ao seu portfólio de potenciais jazidas. Nunca conseguiu. Eike Batista, em momento de grande prestígio com a cúpula do governo do PT, também insistiu para explorar o filé. Esbarrou em algum gabinete militar.

A criação da Reserva Nacional do Cobre tem duas versões, ambas atribuídas ao nacionalismo extremado e ao desproporcional poder decisório de um militar pouco mencionado pelos estudiosos, o almirante Roberto Gama e Silva, que migrou do SNI para a presidência do Grupo Executivo do Baixo Amazonas (Gebam). Dentro do aparato de segurança, o Gebam foi criado para ser uma espécie de irmão gêmeo do Grupo Executivo do Araguaia-Tocantins (Getat). A principal diferença entre os dois, inicialmente dirigidos ao combate à guerrilha, era a fixação de Gama e Silva em guardar em um cofre forte a riqueza mineral do país, fechando-o para sempre.

Na primeira versão do nascimento da Reserva Nacional, o almirante leva ao grande amigo presidente João Batista Figueiredo o projeto para evitar que o Brasil exaurisse suas jazidas minerais, seguindo o roteiro da Vale de comercialização in natura, sem que a matéria-prima fosse beneficiada no país e exportada com alto valor agregado. Sua sala ficava no Palácio do Planalto, relativamente próxima do gabinete de Figueiredo. Gama e Silva teria pedido ao presidente que ordenasse as Forças Armadas para resguardar a área com destacamentos. “João” deu a reserva, mas não aprovou que a região se transformasse em algo similar a uma zona de guerra.

A segunda versão diz respeito ao ódio que Gama e Silva nutria por Daniel Ludwig, biliardário dono do Projeto Jari. Reza a lenda que, em uma das reuniões entre Ludwig e Gama e Silva para destravar os obstáculos ao empreendimento, o empresário colocou um dos pés sobre uma cadeira. Gama e Silva trovejou que não suportava desrespeito, que ia cercar toda a região em uma Reserva Nacional e prometia tirar Jari de Ludwig. O ex-presidente da Vale Eliezer Batista conta outra história. O superempresário Azevedo Antunes, dono do Grupo Caemi, que depois assumiria o controle do Jari, disse que Ludwig estava com uma suave torção na perna. A tentativa de amenizar o incômodo custou-lhe bilhões de dólares.

#Vale


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Justiça desmonta antigo latifúndio de Cecílio Almeida

5/10/2016
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  Após duas décadas de disputas jurídicas entre a CR Almeida e o Ministério Público Federal do Pará (MPFPA), Incra, Ibama e Iterpa (Instituto de Terras do Pará), o polêmico império fundiário montado pelo empreiteiro Cecílio do Rego Almeida na Floresta Amazônica está se esfarelando. Dos seis milhões de hectares reclamados pela Incenxil e pela Amazônia Projetos Ecológicos – ambas controladas pelos herdeiros do empresário, morto em 2008 –, cerca de cinco milhões de hectares tiveram os seus títulos de terra definitivamente anulados pela Justiça. A 9 a Vara Federal de Belém determinou a retomada da Fazenda Curuá, localizada na Terra do Meio, região central do Pará. O processo (nº 0044157-81.2010.4.01.3900) já transitou em julgado, portanto não cabem mais recursos. A Justiça entendeu que Cecílio forjou documentos para se apropriar ilegalmente de uma área equivalente ao tamanho da Holanda e da Bélgica juntas – um colosso que rendeu ao empreiteiro a alcunha de “maior grileiro do mundo”. Procurada pelo RR, a CR Almeida não quis se pronunciar.  Cecílio do Rego Almeida construiu uma trajetória empresarial cercada de névoas, episódios controversos e acusações de diversas naturezas que lhe foram imputadas – da grilagem de terras ao hábito de grampear tanto desafetos como sócios. Ao morrer, deixou para os seis filhos um patrimônio, a números de hoje, de aproximadamente R$ 10 bilhões. São participações na construção civil, em concessões rodoviárias, ativos imobiliários e terras, muitas terras. Deixou também um rastro de contenciosos que ainda hoje acompanham a CR Almeida. No caso do escândalo na Amazônia, o grupo responde ainda a uma ação penal por desmatamento na terra grilada – processo nº 2008.39.03.000970-1, em tramitação na Vara de Altamira.  A derrota já está consumada com a perda da fazenda Curuá, mas os herdeiros de Cecílio do Rego Almeida ainda tentam sair deste episódio com alguns dobrões. Há outros dois processos em curso na 9 a Vara de Belém relacionados ao caso, estes movidos pelas subsidiárias da CR Almeida. A Incenxil entrou com uma ação contra a União (nº 0025750-27.2010.4.01.3900). A empresa exige uma indenização por supostas benfeitorias em terras indígenas que foram devolvidas às tribos locais como condicionante do processo de licenciamento ambiental da usina de Belo Monte. Como a fraude cartorial que deu origem à grilagem de terras pela Incenxil já foi comprovada, o MPF-PA requereu o bloqueio de qualquer pagamento à empresa, mas a conclusão do caso ainda depende de perícia judicial. Situação semelhante envolve a Amazônia Projetos Ecológicos, que também pleiteia indenização por melhorias na Terra Indígena Apiterewa, na mesma região. O processo (nº 0026162-55.2010.4.01.3900) também está parado à espera de laudos periciais. Segundo o RR apurou, a expectativa dos procuradores é que as duas ações sejam julgadas em, no máximo, um ano.

#Amazônia Projetos Ecológicos #Cecílio do Rego Almeida #CR Almeida #Ibama #Incenxil #Incra


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De olho nos livros

5/10/2016
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 A Amazon acompanha com muito interesse as disputas entre os acionistas da Saraiva.

#Amazon #Saraiva


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O destino de Maia

23/09/2016
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 No xadrez político idealizado por Michel Temer para 2017, Rodrigo Maia seguirá para a Esplanada dos Ministérios ao fim do seu mandato na presidência da Câmara, em janeiro. Sem poder concorrer à reeleição, Maia assumiria a Pasta do Meio Ambiente. O atual ministro, Sarney Filho, está desgastado depois das seguidas campanhas contra a construção de hidrelétricas na Amazônia.

#Michel Temer #Ministério do Meio Ambiente #Rodrigo Maia #Usina hidrelétrica


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Temer mete a colher na sopa de letras do setor elétrico

21/09/2016
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  O presidente Michel Temer autorizou seu ministro-chefe do Gabinete Civil, Eliseu Padilha, a mexer em toda a estrutura decisória do setor elétrico. O motivo é mais do mesmo, ou seja, a fragilidade do governo federal frente à própria burocracia do Estado, que paralisa quando bem entende as obras das grandes usinas hidrelétricas – o último exemplo foi o arquivamento da licença ambiental da usina de São Luiz do Tapajós. A primeira mudança será no perfil de atuação da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), até então restrita à realização de estudos sobre o setor. A EPE agora vai planejar e entregar o pacote de medidas pronto para ser aprovado. A principal atividade da estatal, a confecção do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE), não terá mais um caráter sugestivo e indicativo de novas usinas. Ele passará a ter a força de uma decisão governamental do que deverá ser feito para expandir o parque gerador do país. Padilha terá de tourear um lobby intragovernamental dos outros órgãos, a exemplo do Ibama e do ONS, que pretendem indicar representantes no futuro conselho consultivo da EPE. A preocupação é não contaminar a decisão com a diversidade de participantes, alguns deles os principais criadores de caso do setor elétrico, como o Ibama. Dessa forma, haverá menos arestas para aparar na aprovação final do Plano Decenal pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).  O CNPE também será alvo de mudanças. É a instância maior das políticas do setor, constituído por uma miríade de 14 membros, sendo nove ministros. Atualmente os membros do Conselho têm a prerrogativa de alterar os estudos da EPE e até mesmo retirar empreendimentos. No novo formato, o CNPE terá um poder menor de ingerência, na medida em que suas decisões serão tomadas em relação ao bloco de medidas, e não uma intervenção pontual, o que atrasa as decisões, transformando a instituição em uma espécie de assembleia. As alterações visam reduzir drasticamente o tempo entre a elaboração do projeto e a licitação das usinas. O CNPE deverá ter ainda a sua composição ampliada com um representante da sociedade civil especialista em meio ambiente, escolhido a dedo pelo Gabinete Civil. O que está em jogo é a construção encruada de dez usinas hidrelétricas na Amazônia, com potencial de geração de 30 mil megawatts e investimentos de R$ 35 bilhões, suficientes para garantir a expansão da oferta por quatro anos, sem contar com qualquer outra fonte de energia elétrica.

#Eliseu Padilha #Ibama #Michel Temer #Usina hidrelétrica


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Novo velho

6/09/2016
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 O ministro Geddel Vieira Lima quer acabar com a Sudam e a Sudene. Para o lugar de ambas, defende retomar o plano de criação da Agência de Desenvolvimento da Amazônia (ADA) e da congênere nordestina, a Adene. Se Celso Furtado ainda estivesse na Sudene, Geddel o demitiria também.

#Geddel


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Saraiva escreve páginas e páginas de desavenças societárias

30/08/2016
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 Independentemente do mérito, o contencioso com o minoritário Mu Hak You, dono da gestora GWI e detentor de 44% das PNs da Saraiva , tornou-se uma conveniente cortina de fumaça para os controladores da companhia. Este nevoeiro tem ajudado a eclipsar as desavenças na própria família que dá nome à maior rede de livrarias do país. Segundo informações filtradas junto à companhia, a terceira geração de acionistas, liderada pelo presidente Jorge Saraiva Neto, defende uma reformulação estratégica e, sobretudo, a entrada de um novo investidor no capital. Entre outras consequências, a medida é vista como fundamental para impulsionar a operação de e-commerce e permitir que a Saraiva faça frente a novos concorrentes, notadamente a Amazon. A proposta, no entanto, esbarra na “velha guarda”, personificada pelo próprio pai de Saraiva Neto, Jorge Eduardo Saraiva, chairman da companhia. Além da resistência à venda de parte do capital, os atritos se estenderiam ainda ao modelo de negócio. De perfil mais conservador, este grupo da família segue apostando na rede de lojas físicas – não obstante as seguidas quedas de receita da operação. No primeiro trimestre, as vendas caíram quase 4%, ao passo que o faturamento no comércio eletrônico subiu 11%. Ainda assim, os planos de abertura de quatro unidades ao longo deste ano estão mantidos.  Os atritos familiares se intensificaram com a venda da Editora Saraiva, no ano passado. Jorge Eduardo teria praticamente imposto a negociação da empresa à então Abril Educação, por R$ 725 milhões. Segundo o RR apurou, à época, Jorge Saraiva Neto tentou, até o último instante, brecar a venda. O empresário defendia o spinoff das livrarias e do braço editorial e a venda separada de participações, sem que a família necessariamente abrisse mão do controle. Foi voto vencido, como vem sendo, até o momento, em relação ao desembarque de um novo sócio na operação de varejo. Segundo a fonte do RR, diante de tamanho desgaste, o jovem empresário, de apenas 32 anos, já teria cogitado até entregar o cargo.  No dia a dia, os atritos têm atrapalhado a execução de medidas estratégicas na Saraiva. Que o diga o ex- Pão de Açúcar Enéas Pestana. O consultor entrou e deixou a companhia sem que parte expressiva das mudanças que propôs fosse implementada. Só agora, um ano depois, a Saraiva começou a reduzir o tamanho de algumas lojas, inclusive com a devolução de espaços em grandes shopping centers do país. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Saraiva.

#Amazon #GWI #Mu Hak You #Saraiva


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Sarney Filho empolgado

17/08/2016
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 O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, já é visto dentro do governo federal como um obstáculo à construção de novas hidrelétricas na Amazônia. Embalado pela vitória sobre a usina de São Luiz do Tapajós, que teve a licença ambiental arquivada, o ministro já se prepara para o segundo round. Pretende inviabilizar a construção de Jatobá, também no rio Tapajós, com 2,3 mil megawatts. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho, com o apoio de Eliseu Padilha, da Casa Civil, tem feito uma campanha no Planalto para que Sarney seja enquadrado.

#Ministério do Meio Ambiente #Sarney Filho #Usina hidrelétrica


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Ideia terrestre

14/07/2016
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 O senador amazonense Eduardo Braga vai acabar viajando de carro de boi. Braga não só fez campanha contra o projeto de venda de 100% das ações das companhias aéreas, como discorda do limite de participação de 49%. Se não tiver dinheiro de fora, não tem como tornar as aéreas viáveis. Só se financiá-las com dinheiro do BNDES ou com a verba do Congresso Nacional.

#BNDES


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Quem procura…

14/07/2016
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 Parlamentares do PMDB das regiões Norte e Nordeste – encabeçados por Jader Barbalho e Renan Calheiros – tentam demover Michel Temer da ideia de fazer uma auditoria no Banco da Amazônia e no Banco do Nordeste.

#Banco da Amazônia #Banco do Nordeste


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Um abacaxi na mesa de Fernando Coelho

7/06/2016
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 O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, encontrou sobre a sua mesa um abacaxi político. Tem de decidir sobre a construção de uma linha de transmissão entre o Brasil e a Venezuela. O projeto visa abastecer de energia estados da Amazônia nos períodos de queda de volume nos reservatórios de grandes hidrelétricas da região. O problema é que o Brasil teria de bancar 100% do empreendimento, avaliado em R$ 1 bilhão. Se ficar, Henrique Meirelles, frita o Coelho, pois o caixa do Tesouro não está para gastos adicionais. Se correr, José Serra devora o Coelho, já que os investimentos bilaterais acabam sendo incorporados ao seu figurino de “chanceler fazedor de tudo”.

#Fernando Coelho Filho #Ministério de Minas e Energia #Usina hidrelétrica


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Petrobras já conta com o dinheiro das elétricas no caixa

3/06/2016
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 O novo comandante da Petrobras, Pedro Parente, conta como líquido e certo que Michel Temer vai sancionar nos próximos dias a Medida Provisória 706, aprovada pelo Senado na última terça-feira, véspera da posse do executivo. Parente já ganhou do governo federal a promessa de que os reajustes dos preços dos combustíveis não mais estarão subordinados à política econômica. Conta agora com o apoio do governo federal para obter um reforço no caixa da companhia. Se a MP for sancionada, a Petrobras conseguirá receber ainda nesse ano a totalidade ou a maior parte do pagamento de uma dívida de aproximadamente R$ 10 bilhões da Eletrobras com a companhia. O débito está relacionado à compra de combustível para o abastecimento de termelétricas que fornecem energia a distribuidoras da holding de eletricidade na Região Norte. É o maior crédito da petroleira no mercado brasileiro, cujo valor chega bem perto do que a companhia pretende arrecadar com o plano de vendas de ativos em 2016 – aproximadamente R$ 14 bilhões.  O caso mais grave está localizado no Amazonas. A Eletrobras tem se valido de seguidas liminares na Justiça para impedir que a Petrobras venda combustível à distribuidora amazonense apenas mediante pagamento à vista. A MP 706 não apenas autoriza que as dívidas das distribuidoras de Rondônia, Roraima, Amapá e Amazonas sejam pagas parcialmente com o aumento das tarifas de energia elétrica em todo o país como também autoriza que o restante seja quitado com repasses do Tesouro para o grupo Eletrobras.  Joga a favor do pleito de Parente o fato de que, se não houver repasse das dívidas para as tarifas, o Tesouro terá de arcar com tudo ou, no limite, deixar o endividamento contaminar cada vez mais o caixa dessas distribuidoras até o limite da insolvência. A situação impediria a privatização das companhias e ainda abriria espaço para uma – há bem pouco tempo impensável – intervenção da Aneel nas quatro distribuidoras. —  Na cerimônia de posse da presidência da Petrobras, Pedro Parente deu a entender que não conta com um aporte do Tesouro na Petrobras. Bulhufas! Parente estava na frente de Henrique Meirelles, que projetou um déficit primário de R$ 170 bilhões; um déficit que pode ser ainda maior. Se dissesse o contrário, abriria uma crise no governo logo após a conclusão da sua posse. Mas todos sabem que cortar gastos e vender ativos não é suficiente frente ao tamanho do passivo da empresa. Uma forma mimética de capitalizar a estatal seria fazer um encontro de contas entre a Petrobras, BNDES e Tesouro Nacional. Em vez de repassar R$ 40 bilhões à União, conforme está previsto, os recursos seriam destinados à Petrobras. A capitalização, de uma forma ou de outra, não tarda. A não ser que haja intenções inconfessáveis em relação à estatal.

#Aneel #BNDES #Eletrobras #Petrobras

Acervo RR

Baixa temporada

30/05/2016
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 A espanhola Iberostar estuda vender um de seus dois hotéis no Brasil, ambos localizados na Bahia. Deverá também suspender a operação do Grand Amazon, barco hotel que faz cruzeiros na Região Amazônica. A taxa de ocupação da Iberostar no país caiu 50% nos últimos 12 meses. Procurada pelo RR, a Iberostar não comentou o assunto.

#Iberostar


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CR Almeida

19/05/2016
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A CR Almeida teria planos de se desfazer de parte de suas terras na Amazônia – muitas compradas pelo empreiteiro Cecílio do Rego Almeida, em polêmicas operações nos anos 90. Os recursos seriam usados para cobrir prejuízos na área de construção e de concessões rodoviárias. Procurada, a empresa nega a venda dos ativos.

#CR Almeida

Acervo RR

CR Almeida

19/05/2016
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A CR Almeida teria planos de se desfazer de parte de suas terras na Amazônia – muitas compradas pelo empreiteiro Cecílio do Rego Almeida, em polêmicas operações nos anos 90. Os recursos seriam usados para cobrir prejuízos na área de construção e de concessões rodoviárias. Procurada, a empresa nega a venda dos ativos.

#CR Almeida


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Portas abertas

12/05/2016
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O Grupo ORM, maior afiliado da Rede Globo na Amazônia, estaria em busca de um novo sócio. Um forte candidato seria o empresário paraense Fernando Yamada. Procurado, o ORM nega a negociação. Já Yamada não se pronunciou.

#Globo #ORM


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Brasil ganha upgrade na logística da Cargill

11/05/2016
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 Aos poucos, sem muito alarde, a Cargill está montando em terras e águas brasileiras sua maior operação de logística de grãos fora dos Estados Unidos. Além dos três terminais portuários que operam em Paranaguá (PR), Santos (SP) e Santarém (PA), os norte-americanos vão investir, ao longo dos próximos dois anos, cerca de R$ 500 milhões na encomenda de 40 barcaças. Com isso, o gigante do agronegócio vai triplicar sua frota própria no país, hoje composta por 20 embarcações. Os aportes virão acompanhados da mudança no centro decisório da Cargill Transportes na América Latina, que será deslocado da Argentina para o Brasil. Procurada, a Cargill limitou-se a dizer que “a expansão das operações no Brasil está de acordo com um plano de longo prazo”.  A ampliação da frota pró- pria está ancorada nos planos da Cargill de operar novos terminais graneleiros no país. A empresa – como de resto todo o Brasil – está em compasso de espera. No seu caso específico, a pergunta que vale toda uma estratégia de negócios é o que o governo de Michel Temer fará com o programa de concessões engatilhado durante a passagem de Elder Barbalho pela Secretaria de Portos. Os norte-americanos têm interesse em licenças na Região Amazônica. Outras regiões também estão na mira, dentro da estratégia da companhia de ter saídas tanto pelo Atlântico Norte quanto pelo Atlântico Sul para o escoamento da produção de grãos, notadamente no Centro-Oeste.

#Cargill


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Saraiva x Amazon

9/05/2016
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 A guerra entre Saraiva e Amazon vai esquentar. A rede de livrarias pretende entrar na Justiça acusando o gigante do comércio eletrônico de praticar dumping no Brasil com a venda de livros a preços até 50% inferiores à média do mercado. A Saraiva ameaça também interromper a comercialização de títulos de 18 editoras que são parceiras constantes de promoções realizadas pela Amazon. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Saraiva e Amazon.

#Amazon #Saraiva


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Inapetência

28/04/2016
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 A Ecopetrol, que, no ano passado, vendeu 30% do bloco FZA-M-320 para a JX Nippon, está doida para reduzir ainda mais sua participação no negócio. Já ofereceu outros 20% à própria petroleira japonesa. Assim, dividiria com os asiáticos o controle do bloco, na Foz do Amazonas. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: JX Nippon e Ecopetrol

#Ecopetrol #JX Nippon


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Novo sistema de vigilância das fronteiras some do radar

15/04/2016
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 Por inépcia do governo, um dos mais importantes projetos da área de defesa, fundamental para o complexo trabalho de vigilância das fronteiras, está sendo empurrado para um futuro incerto. Trata-se do programa de “Sensoriamento remoto, telecomunicações e tecnologia da informação para a defesa e proteção da Amazônia”, desenvolvido no âmbito do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam). Sua implantação parecia líquida e certa. No ano passado, o projeto, de aproximadamente US$ 1 bilhão, foi incluído na incensada lista de acordos multissetoriais de mais de US$ 50 bilhões firmados entre o Brasil e a China. Puro tiro de festim. A exemplo da maior parte dos investimentos alinhavados entre Dilma Rousseff e o primeiro-ministro Li Keqiang, virou um acordo para chinês ver e brasileiro desperdiçar. Um ano depois, o governo Dilma ainda não teria apresentado todas as contrapartidas necessárias para garantir o financiamento de agências de fomento chinesas e viabilizar o protocolo de cooperação e transferência de tecnologia.  Desde maio do ano passado, quando o ministro da Ciência, Tecnologia e Defesa da China, Xu Dhaze, visitou o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), em Brasília, e posou para as fotos de praxe com o então congênere Jaques Wagner, pouco ou nada andou nas discussões entre os dois países. Ao longo do segundo semestre, técnicos chineses estiveram no Brasil em reuniões preliminares no Ministério da Defesa e na Aeronáutica. Na ocasião, ficou acertada para os meses seguintes a viagem de engenheiros e oficiais da Força Aérea a Pequim. No entanto, nada ocorreu. Como se não bastassem os cortes no orçamento, que ceifaram quase 30% dos recursos do Ministério da Defesa, o projeto se perdeu na incapacidade e imperícia do governo.  O que está em jogo é um significativo salto tecnológico no monitoramento de quase sete mil quilômetros de área fronteiriça em uma região marcada por tráfico de drogas, atuação de guerrilhas – caso especificamente das Farc –, contrabando, comércio ilegal de animais, desmatamento, entre outros crimes. O novo sistema de “Sensoriamento remoto” é fundamental para aperfeiçoar e agilizar a coleta de imagens e identificar movimentações atípicas de pessoas e veículos em áreas de fronteira. Seu atraso compromete o desenvolvimento do Sipam, que congrega uma ampla base de dados, colhidos por meio de satélites, radares, estações meteorológicas, além de informações obtidas pelos serviços de inteligência das Forças Armadas.

#Forças Armadas

Acervo RR

Prévias

10/03/2016
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Antes de o TSE decidir se confirma a cassação do governador do Amazonas, José Melo, e a posse do segundo colocado na eleição, o atual ministro Eduardo Braga, o PMDB já se movimenta para emplacar seu eventual substituto nas Minas e Energia. O clã Sarney trabalha pela indicação do ex-governador maranhense João Alberto Souza.

#PMDB #TSE


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Descarga elétrica

19/02/2016
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 A Amazônia Energia , uma das distribuidoras federalizadas, deverá receber um aporte emergencial da Eletrobras, da ordem de R$ 500 milhões. Consultada, a Eletrobras confirmou que marcará uma AGE para tratar do assunto.

#Amazônia Energia #Eletrobras


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Tostão

4/02/2016
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 O governador do Amazonas, José Melo de Oliveira, pleiteia ao ministro Nelson Barbosa a criação de uma linha especial de crédito do Basa para a Zona Franca de Manaus. O objetivo é financiar empresas de médio porte da região. É uma fábrica de bicicletas aqui, uma de peças acolá que podem gerar 100 ou 200 empregos. Acredite se quiser: ainda existem PMEs querendo investir no país.

#Basa


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Sumitomo lança sua pesada âncora sobre a Triunfo

15/01/2016
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 De um lado da mesa, o poderio da Sumitomo, que, em condições normais, já faria toda a diferença na negociação; do outro, as fragilidades do Grupo Triunfo, acentuadas pelas circunstâncias. Os japoneses estão se valendo do seu braço forte para se associar, em condições extremamente vantajosas, ao projeto de construção de um terminal portuário entre as ilhas Bagres e Barnabé – fora da área de concessão do porto de Santos. Trata-se de um dos poucos investimentos de maior vulto em curso na área de logística portuária no Brasil: o valor previsto é de R$ 3 bilhões. Para atracar no empreendimento, a Sumitomo quer dividir o controle acionário meio a meio, indicar o diretor financeiro e ter preferência sobre o uso do terminal para a movimentação de carga própria. Deve levar tudo. Que outro remédio resta à Triunfo? Com a conjuntura econômica adversa, o grupo depende da chegada de um sócio para viabilizar o terminal portuário. Procurada, a Triunfo nega a venda de uma participação do projeto para a Sumitomo. Está feito o registro. Mas, segundo o RR apurou, limitada pela necessidade de fazer pesados investimentos em outras áreas, notadamente no Aeroporto de Viracopos, a empresa busca um parceiro para o empreendimento em Santos há mais de um ano. A Sumitomo, por sua vez, não quis se pronunciar.  O projeto prevê a construção de um terminal com capacidade para movimentar 15 milhões de toneladas de granéis e contêineres – para efeito de comparação o equivalente a 15% da capacidade do porto de Santos. O empreendimento se encaixa nos planos da Sumitomo de ter uma operação verticalizada no país, que enfeixe a produção, comercialização e toda a logística de transporte e exportação de grãos, notadamente para o mercado asiático. Os recentes investimentos dos japoneses no Brasil caminham nessa direção. No ano passado, o grupo comprou a Agro Amazônia, uma das maiores distribuidoras de insumos agropecuários no mercado brasileiro. A Sumitomo já divulgou a meta de triplicar o faturamento da empresa (na casa dos R$ 500 milhões) em até dois anos. Os japoneses planejam ainda investir em concessões ferroviárias – tanto no Sudeste, para acessar o Porto de Santos, quanto no corredor logístico amazônico – neste caso, a “estação final” é o porto de Belém. O projeto do terminal entre as ilhas de Bagres e Barnabé remonta a 2012. Inicialmente ele foi concebido para ser um terminal de minério de ferro da Vetria Mineração , sociedade entre a própria Triunfo, a ALL e a Vetorial, dona de minas em Corumbá (MS). Aos poucos, os demais sócios foram ficando pelo caminho. Para não perder a autorização obtida junto à Secretaria dos Portos (SEP) no fim de 2015, a Triunfo resolveu mudar o perfil do terminal para graneleiro e correr atrás de um novo parceiro.

#Grupo Triunfo #Sumitomo


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Livraria Cultura é best-seller na Amazon

13/01/2016
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 A Amazon não desiste de ter uma estrutura de lojas físicas no Brasil. Após duas frustradas investidas para a compra da Saraiva, os norte-americanos elegeram um novo alvo: a Livraria Cultura. Com 19 pontos, a rede controlada pela família Herz fatura R$ 600 milhões por ano. O RR teve a informação de que as duas empresas já estão em conversações. Embora não apresente nem de longe a abrangência territorial da Saraiva e suas 120 lojas, a Cultura é vista como uma empresa bem mais azeitada. Seus números e seu modelo de negócio enchem os olhos dos norte-americanos. A companhia não tem o grau de dispersão da Saraiva, dona também de uma editora, e muito menos seu nível de alavancagem financeira. Além disso, há importantes similitudes nos sistemas operacionais da Amazon e da Cultura. No ano passado, por exemplo, a família Herz investiu R$ 1 milhão em um processo de precificação de produtos semelhante ao adotado pelos norte-americanos. Seria uma premonição?  A compra da Cultura permitiria à Amazon impulsionar a venda de livros físicos no Brasil, segmento no qual a empresa tardou a entrar – muito em função da pressão da própria Saraiva sobre as editoras nacionais. Além disso, possibilitaria aos norteamericanos dominar quase metade do mercado de leitores digitais no país, somando-se o share do Kindle, seu produto, ao do Kobo, comercializado pela Cultura.

#Amazon #Livraria Cultura #Saraiva


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Postos à venda

21/12/2015
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 A Raízen procura um comprador para a Petróleo Sabbá, distribuidora de combustíveis do grupo no Amazonas. A companhia prefere entregar os 200 postos para um concorrente e reduzir sua presença naquela região a ter de engolir os seguidos prejuízos da rede. Já são quatro anos seguidos no vermelho. Procurada pelo RR, a Raízen não retornou e não comentou o assunto.

#Petróleo Sabbá #Raízen


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Diesel de sobra

17/12/2015
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 A recessão atingiu a Petrobras até na Zona Franca de Manaus. A companhia pretende suspender por até 30 dias as atividades da Refinaria Isaac Sabbá (Renam), no Amazonas. Os estoques estão bem acima do aceitável, notadamente os de óleo diesel, em função da queda da atividade das indústrias locais.

#Petrobras #Recessão


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Macunaímas da elite financeira

11/12/2015
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 A prisão de André Esteves inicia a era do tropicalismo bancário, com direito a cenas de tribalismo e antropofagia entre homens vestidos de instituições financeiras e vice-versa. Os operadores de mercado ostentam seus parangolés e ensaiam uma reza forte nas mesas de compra e venda. O caldeirão fervente dos cérebros aflitos vaporiza eflúvios de predição. Quem tiraria o BTG dessa feijoada? Grande Otelo berra do além com a voz esganiçada: “Lavínio, mangalô, três vezes”. Lavínio? “Não Armínio”, se corrige o Grande. As teclas dos computadores começam a digitar sozinhas, os visores piscam sem parar e repetem “Eureka!”, “Eureka!”. Só o pajé-mor, Armínio Fraga, teria o sacundim sacundô capaz de levar credibilidade à antiga moradia bancária de um suspeito de meliância.  Com a zabumba na mão e bananas para dar e vender, Armínio aportaria os ativos do Gávea no ex-banco de André Esteves e sopraria o apito na direção de um George Soros ou de um J.P. Morgan da vida. Eles tocariam na banda do baile do BTG, regido por Fraga, é claro. Dindin não faltaria. Nesse mundo bizarro, Armínio, um ex-futuro-ministro-banqueiro, a base de muito quebranto e patuá, chegaria ao tão almejado cargo de czar da economia, reproduzindo em condições distintas, com o quebra-galho Pérsio Arida, a relação fraternal que André Esteves manteve com Guido Mantega. O ex-presidente do BTG, em meio a essa carnavalização bancária, se mimetizaria mais uma vez, demonstrando que não suporta soluções simples. Esteves se livraria do xilindró e passaria a escrever livros de autoajuda. Com o apoio de Vicente Falconi e da Fundação Lemann se tornaria uma espécie de Michael Milken tupiniquim, ganhando um rio Amazonas de dinheiro. É o tico tico lá, o tico tico cá. Uma sopa de maxixe tropicalista.

#André Esteves #BTG Pactual


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Só para constar

27/11/2015
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 Não vai dar em nada, mas o governador do Amazonas, José de Oliveira, encaminhou aos ministros Jaques Wagner e Armando Monteiro um estudo desalentador sobre a situação da Zona Franca.


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Potássio

23/11/2015
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  A Marubeni pode ser a salvação de um projeto de US$ 5 bilhões para a exploração de uma mina de potássio no Amazonas, com reservas de dois milhões de toneladas. Os japoneses negociam sua entrada no negócio, pertencente à Potássio do Brasil, leia-se a Potash. Os canadenses condicionam o alto investimento à chegada da Marubeni.

#Marubeni #Mineração #Potash #Potássio do Brasil


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CPFL é uma luz que pisca no painel da Votorantim

10/11/2015
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 Essa é uma história que poderia ser contada em uma mansão em Londres, na Egerton Street, em South Kensington, ou no Metropolitan Office, localizado na Rua Amauri, em plena capital paulista. Por enquanto, uma cortina pesada impede a mensuração do quantum de desejo que distorce o delineamento da realidade. Mas o enredo ultrapassou com sobras a tênue fronteira com a ficção. De um lado, três herdeiras, praticamente anglófilas, empenhadas em se desvencilhar da crueza dos fatos e preservar o mundo encantado em que vivem, nem que isso custe o desmantelamento de um dos maiores conglomerados empresariais do país; do outro, um clã bandeirante, amante da atividade fabril, sem nenhum rapapé, que se vê diante do desafio de reinventar um potentado da indústria nacional. Os caminhos das acionistas da Camargo Corrêa – as irmãs Renata de Camargo Nascimento, Regina Camargo Pires Oliveira Dias e Rosana Camargo de Arruda Botelho – e dos Ermírio de Moraes parecem fadados a se cruzar mais uma vez. O ponto de encontro é o provável retorno da Votorantim à CPFL , de onde saiu em 2009.  As hipóteses discutidas passam pela venda de parte ou mesmo da totalidade das ações da Camargo Corrêa, dona de 23,6% da CPFL. Tomando-se como base o valor de mercado da empresa, em torno de R$ 15,8 bilhões, esta fatia do capital estaria precificada em R$ 3,7 bilhões – cifra que não leva em consideração um eventual prêmio de controle. Em junho, a posição de caixa da Votorantim Industrial era de R$ 7,5 bilhões. Consultada, a Camargo Corrêa negou a venda da CPFL. Já a Votorantim não quis se pronunciar. O retorno à CPFL daria uma nova configuração à Votorantim, que se tornaria a maior empresa privada de geração do país, superando a Tractebel . Os Ermírio de Moraes teriam praticamente sua própria Belo Monte. A dobradinha CPFL/ Votorantim soma uma capacidade superior a 9,5 mil MW, não muito distante dos 11 mil MW da maior hidrelétrica da Amazônia. A dupla reúne mais de 30 hidrelétricas, 50 PCHs, 33 parques eólicos, além de usinas de biomassa e térmicas, isso contabilizando-se apenas os projetos já em operação.  Um negócio que começou movido pela necessidade da Votorantim de suprir suas próprias plantas industriais transformouse em um dos mais rentáveis do conglomerado. Neste ano, a participação da Votorantim Energia no Ebitda do grupo subiu de 6% para 10%. Em 2013, a empresa tinha apenas 24 contratos de venda de energia para terceiros. Hoje, são mais de 200. Caso a compra da CPFL se concretize, a área de energia passará a ser a maior operação da Votorantim, deixando para trás a emblemática divisão de cimento. Para efeito de comparação, no ano passado a CPFL teve receita de R$ 17 bilhões. Já o braço cimenteiro da Votorantim faturou R$ 13 bilhões.  E as distintas senhoras da Camargo Corrêa? Para as herdeiras de Sebastião Camargo, a alienação da CPFL seria apenas um passo a mais no processo de desmanche do grupo. A Alpargatas está à venda, a empreiteira, assim como os elefantes, caminha lentamente para o vale da morte, e nem mesmo a atividade cimenteira estaria de todo livre. No limite, as três irmãs fecham mais esta porta e qualquer outra que leve a cômodos indesejados. A prioridade é uma só: esquecer o passado e deixar que o crepúsculo da vida avance amena e mansamente. Uma das dádivas da aristocracia.

#Alpargatas #Camargo Corrêa #CPFL #Tractebel #Votorantim


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Brasil e China aportam na foz do Rio Amazonas

2/10/2015
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Alguém viu alguma concessão do setor de logística sendo leiloada por aí? Não viu e provavelmente não verá tão cedo. Mas pelo menos uma empresa privada se move silenciosamente nessa área. A Companhia Macrologística, do engenheiro Renato Pavan, e a Cia. de Ferrovias da China, firmaram acordo para a construção de um porto de águas profundas na foz do Rio Amazonas, nas proximidades de Barcarena. A informação foi confirmada pelo RR. O projeto é ambicioso, coisa de bilhões de dólares, apesar das partes não revelarem o valor do investimento. Sua principal vantagem é a economia de 3.500 quilômetros que será obtida no percurso até a China e o Japão. Os navios serão de grande calado. Eles seguirão pela foz do Amazonas até o Panamá, avançarão até a África do Sul, Cingapura e, finalmente, China e Japão. Outro handicap é a utilização de navios de contêiner repletos de granel, o que permite o dobro da velocidade dos graneleiros normais. Trata-se do primeiro negócio firme entre Brasil e China na área de logística. E não teve um dedo sequer do governo.

#Cia. de Ferrovias da China #Companhia Macrologística


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Nova gestão da Microsoft deleta até pensamento

21/09/2015
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A executiva Paula Bellizia, depois de um pit stop no comando da Apple, desembarcou na presidência de sua antiga casa, a Microsoft , com uma missão prioritária: passar a única fábrica da companhia para frente. Paula vem vestida para matar – empregos e salários – e para vender. O comprador preferido é a chinesa Flextronics, parceira mundial da Microsoft. Os orientais têm uma operação no Brasil, mas ainda aquém das suas ambições. Ela se resume a duas fábricas em Manaus e uma em São Paulo. Mesmo assim, a Flextronics é líder na fabricação de produtos eletrônicos para terceiros no Brasil. Com a aquisição da planta da Microsoft, ela se capacitaria a disparar no ranking e se tornar forte fornecedora da própria empresa norte-americana, ou seja, compra a fábrica e o mercado. Até chegar a esse ponto, Paula vai ter de luzir e lipoaspirar a companhia. É importante subir o valor do ativo. Do lado das vendas, a Microsoft está enfrentando uma queda nas vendas de PCs, que nos primeiros meses do ano chegou a 20% em relação a 2014. O resultado terá impacto direto na comercialização do Windows 10, recentemente lançado, mas apenas para atualizações dos usuários dos sistemas operacionais anteriores. Paula Bellizia aposta que o produto é o melhor caminho para tirar o foco da queda na demanda dos smartphones e dos consoles. Tanto os celulares Lumia e Nokia quanto o Xbox têm apresentado crescimento bem abaixo das metas e da performance do ano passado. A expansão nas vendas está em média 50% inferior à do ano passado. A produção de celulares foi reduzida em mais de 70% e a planta está quase exclusivamente restrita à fabricação de consoles Xbox. Paula vai rodar a manivela do aumento da produtividade e colocar para funcionar o software da sangria dos postos de trabalho. O enxugamento do quadro de pessoal, iniciado no ano passado, já detonou quase mil vagas, sendo que 80% nos meses de junho e julho de 2015. Segundo um dirigente do Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas, restaram em torno de mil empregados dos mais de dois mil trabalhadores da empresa. Os contratos com fornecedores serão renegociados e os financiamentos alongados. Paula pretende colocar no colo da Flextronics, no fim deste ano, uma fábrica reluzente. Se conseguir, merece uma medalha entregue por Bill Gates.

#Apple #Flextronics #Lumia #Microsoft #Nokia


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Águas turvas

17/09/2015
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 A Estre Ambiental, que recebeu um novo aporte do BTG, estaria negociando a compra de uma participação na Águas do Brasil. A holding reúne 13 concessões de saneamento no Rio de Janeiro, São Paulo e Amazonas. Procurada, a Águas do Brasil garante que não está à venda. * A Estre não nos respondeu quando perguntada sobre a negociação.

#Águas do Brasil #BTG Pactual #Estre Ambiental


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Cacau volta às verdadeiras terras do sem fim

21/08/2015
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O investidor tcheco Dennis Melka, uma espécie de barão do cacau do século XXI, quer se lambuzar de Brasil. Dono de plantações que não têm mais fim na África e na América Central, Melka costura uma parceria entre sua empresa, a United Cocoa, e a suíça Barry Callebaut – maior processadora de chocolate do mundo, com faturamento na casa dos US$ 5 bilhões. Em pauta, a criação de uma joint venture para o cultivo de cacau na Região Amazônica – além do Brasil, o projeto se estenderia também por áreas do Peru e da Colômbia. Melka já mapeou cerca de 500 mil hectares de terras com grande potencial para a plantação do produto nos estados do Pará, Amazonas e Acre. O investimento tem algo de épico. Além de sua extensão, o negócio representaria o retorno da indústria cacaueira nacional às suas origens. Jorge Amado enraizou as plantações do sul da Bahia no imaginário coletivo do brasileiro, mas foi na Amazônia que tudo começou. Vêm de lá, mais precisamente das margens do Rio Amazonas, os primeiros registros de cacau em terras brasileiras. Dennis Melka e a própria Barry Callebaut esperam colher no Brasil o cacau que está faltando no resto do mundo. Há uma crescente escassez da matéria-prima. Para este ano, o gap entre produção e demanda deverá bater na casa das 100 mil toneladas. O pior ainda está por vir: a projeção é que este déficit chegará a um milhão de toneladas em cinco anos. Responsável por dois terços da produção mundial, a África Ocidental sofre seguidamente com secas e pragas agrícolas. A própria Barry Callebaut está entrando no projeto com o objetivo de garantir o suprimento de matéria-prima para as suas unidades de produção, incluindo duas processadoras de cacau na Bahia e uma fábrica de chocolate em Extrema (MG).  

#Barry Callebaut #United Cocoa


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Sustentabilidade

3/08/2015
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Os irmãos Marcelo e César Almeida, da CR Almeida, divergem em quase tudo, menos na hora de preservar o patrimônio da família. A dupla guarda a sete chaves um projeto voltado à  produção de eucalipto na Amazônia. Ao tornar as terras produtivas, os Almeida esperam conter as investidas da Justiça, que têm cassado propriedades da família na região por suposta prática de grilagem. Procurada, a CR Almeida negou o investimento.

#CR Almeida

Acervo RR

Sustentabilidade

3/08/2015
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Os irmãos Marcelo e César Almeida, da CR Almeida, divergem em quase tudo, menos na hora de preservar o patrimônio da família. A dupla guarda a sete chaves um projeto voltado à  produção de eucalipto na Amazônia. Ao tornar as terras produtivas, os Almeida esperam conter as investidas da Justiça, que têm cassado propriedades da família na região por suposta prática de grilagem. Procurada, a CR Almeida negou o investimento.

#CR Almeida


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Mitsui é o curto-circuito da vez na hidrelétrica de Jirau

30/06/2015
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Com a Lava Jato a triscar nos seus calcanhares e em meio a um contencioso com a Aneel, o consórcio responsável pela construção da hidrelétrica de Jirau tem mais um fio desencapado pelo caminho. Dois anos após embarcar no negócio, a Mitsui quer vender sua participação de 20% na Energia Sustentável do Brasil (ESBR) – holding que abriga ainda Engie, antiga GDF Suez, Camargo Corrêa, Eletrosul e Chesf. A coabitação entre espécies corporativas tão distintas e com interesses tão díspares não deu liga. Os demais acionistas da ESBR teriam instaurado um apartheid societário, alijando a trading de praticamente todas as decisões estratégicas. Não foi para virar uma mera passageira sentada no banco de trás do consórcio que a Mitsui pagou quase US$ 530 milhões e ingressou na usina. A julgar pelo desprezo da Engie, da Camargo Corrêa e das duas estatais em relação aos japoneses, a decisão da Mitsui poderia soar até como uma boa notícia. No entanto, a iminente saída da trading do consórcio traz um problema a reboque: periga os demais integrantes da ESBR terem de colocar a mão no bolso para recomprar a participação nipônica. Afinal, quem se habilita a entrar num negócio marcado por sucessivos atrasos nas obras, riscos ambientais e declaradamente na alça de mira da Lava Jato? As relações entre a Mitsui e seus sócios em Jirau se deterioraram, sobretudo, neste ano. Recentemente, a trading não teria participado das gestões com o Ministério de Minas e Energia em torno do possível aumento da capacidade de geração em 420 MW durante os meses de estiagem – negociação que envolve também o governo da Bolívia. O mesmo ocorreu quando da decisão da ESBR de abrir um contencioso contra a Aneel. O consórcio conseguiu uma liminar contra a determinação da agência reguladora, segundo a qual as grandes usinas em construção na Amazônia não poderiam mais evocar problemas como greves, revoltas trabalhistas e dificuldades de obtenção de licenças ambientais para se eximir de atrasos nos cronogramas dos projetos.

#Aneel #Camargo Corrêa #Jirau #Mitsui


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Disclosure? Só lá!

19/06/2015
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O que vale para o BNDES não vale para o Banco da Amazônia. Parlamentares da Região Norte se movimentam para evitar que o Basa também seja obrigado a dar transparência aos seus contratos de financiamento. Disclosure nos olhos dos outros é refresco?

#Banco da Amazônia


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Governo cria incentivo Á  produção de turbinas

28/05/2015
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O governo discute a criação de uma linha de crédito, no âmbito do BNDES, voltada aos fabricantes de turbinas para geração de energia. O objetivo é afastar o risco de um apagão no fornecimento de equipamentos, especialmente quando as grandes hidrelétricas da Amazônia, a começar pelas usinas do Rio Tapajós, saírem do papel. Segundo estimativas do Ministério de Minas e Energia, as encomendas nos próximos cinco anos deverão chegar a  marca de 150 turbinas. No entanto, a situação de alguns dos principais fabricantes instalados no país é preocupante. A argentina Impsa está a s voltas com uma grave crise financeira e colocou a  venda o seu parque industrial em Pernambuco. A alemã Voith Hydro, por sua vez, já sinalizou a possibilidade de suspender suas atividades no país. O governo teme que a necessidade de importação de turbinas e o consequente encarecimento dos projetos, somado a um ambiente de retração da economia, desestimulem a participação de investidores nos próximos leilões de energia.

#BNDES


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Leilão de energia

20/05/2015
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A Aneel planeja um leilão de hidrelétricas para o segundo semestre. A intenção é licitar usinas de até 400 MW. Trata-se da única opção sobre a mesa para compensar o atraso nos estudos de viabilidade dos grandes projetos da Amazônia.

#Aneel

Acervo RR

Fim da fila

28/04/2015
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A Saraiva estaria insatisfeita com as vendas do Lev, seu leitor digital. Apenas seis meses após o lançamento do produto, a empresa já estuda mudanças tecnológicas e a redução do preço. De certa forma, a Saraiva paga o preço dos retardatários. O Lev chegou a s prateleiras depois do Kindle, da Amazon, e do Kobo, da Livraria Cultura.


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A crise avança na Zona Franca de Manaus

20/04/2015
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A crise avança na Zona Franca de Manaus – como de resto, na indústria nacional. Segundo projeções que circulam no próprio governo do Amazonas, cerca de 15% dos postos de trabalho poderão desaparecer na ZFM ao longo dos próximos dois anos. Traduzindo em gente, isso significaria cerca de 16 mil operários na rua.


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Segundo escalão

24/03/2015
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A bancada petista da Região Norte, a  frente o deputado Paulo Rocha (PA), e o PMDB, leia-se Jader Barbalho, disputam a indicação do novo presidente do Banco da Amazônia, cargo hoje ocupado por Valmir Rossi.


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Amazon

10/02/2015
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A Amazon voltou a  carga sobre a Saraiva. Nos últimos três anos, os norte-americanos já estiveram perto de fechar a compra da rede de livrarias em duas ocasiões, a mais recente em agosto passado – ver RR nº 4.928.


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Governo afrouxa o torniquete das geradoras de energia

10/02/2015
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Enfim, um facho de luz em meio ao breu que cerca as empresas de energia. O ministro Eduardo Braga já sinalizou a disposição do governo de atender a um antigo pleito do setor: o afrouxamento das regras para o funcionamento das turbinas das grandes hidrelétricas. A medida é vista pelo governo como fundamental para reduzir os custos de construção e operação das usinas da Amazônia e aliviar o caixa destas empresas. O “X” da questão é a chamada disponibilidade obrigatória, índice fixado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Trata-se do tempo em que, a cada mês, as turbinas devem estar prontas para serem usadas e despachar energia por ordem do ONS. As usinas de Jirau e Santo Antônio, por exemplo, ambas ainda em fase de construção, devem estar a  disposição do operador nacional em 99,5% do tempo. No caso de Belo Monte, que ainda não tem nenhuma turbina em funcionamento, o grilhão é ainda mais apertado: 100% na casa de força principal – na complementar, o índice foi fixado em 94,46%. O Ministério de Minas e Energia estuda duas opções para atender a  reivindicação das geradoras. Um dos caminhos é a redução pura e simples do percentual de disponibilidade obrigatória. Outra hipótese é diferir a meta ao longo do tempo, de modo que a exigência de despacho só atinja os 100% quando a última turbina entrar em operação. A meta foi criada com o objetivo de estabelecer um padrão de funcionamento e mitigar o risco de falhas e garantir o despacho imediato de energia para o ONS sempre que necessário. O propósito, como se vê, é o melhor possível. No entanto, o cálculo da disponibilidade obrigatória de cada usina é feito a partir do funcionamento da primeira turbina, mesmo que leve anos para que todas as demais sejam instaladas. Como essas hidrelétricas trabalham a fio da água, com reservatórios pequenos, a meta estabelecida somente é conseguida com a operação de todas as turbinas. Jirau, por exemplo, terá 50 turbinas, mas apenas 13 estão instaladas. Santo Antônio, por sua vez, dispõe de apenas 32 das 50 turbinas em operação. Estima-se que, por conta das regras em vigor, as duas hidrelétricas terão perdas de R$ 3,5 bilhões até que estejam em plena atividade. A cifra se refere aos valores que ambas as usinas provavelmente terão de pagar como punição pelo tempo em que a energia não estará a  disposição do ONS.


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Torneira fechada

5/02/2015
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O afiado cutelo de Joaquim Levy chegou a s agências de fomento penduradas na Fazenda. A ordem no Banco do Nordeste e no Banco da Amazônia é selecionar ao máximo do máximo os processos de financiamento em análise.


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O “pré-água” e a sujidão barrenta da Petrobras

30/01/2015
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Dilma Rousseff tinha tomado o seu segundo copo d’água naquela madrugada. A combinação da secura do Planalto Central com o ar condicionado do Palácio do Alvorada deixava sua garganta arranhada. O escândalo do “petrolão” era o motivo daquela insônia. Eis que Dilma, ao olhar para o copo quase vazio, teve, então, um insight: “Será que a Petrobras, hoje tão vexada, não poderia desencavar a água brasileira?” Afinal, quem mais no país tem tamanha experiência e tecnologia para arrancar do ventre da terra o licor da vida? Dilma sentiu-se um “Getúlio de saias”, bradando “a água é nossa, a água é nossa!” Quase ao mesmo tempo, lembrou-se do poeta amazonense Thiago Mello, que dizia” agua de muita fundura, mais cem braças de fundo, lá no fundo do abismo se movem lentas as gigantescas piraíbas cegas”. Qual a insônia não passava, Dilma Rousseff submergiu em seus devaneios. No seu imaginário surgiram regiões do país onde a Petrobras poderia desembarcar com suas sondas, brocas e perfuratrizes. São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais? Que tal Amazonas, Pará e Amapá, estados sob os quais repousa o Aquífero Alter do Chão, considerada a maior reserva hídrica do mundo? Em sua solitária epifania, Dilma visualizou centenas, milhares de operários com macacões verde- amarelo que abriam picadas, desbravavam nascentes e alcançavam veios e lençóis freáticos. Dessa vez, refletiu a senhora Rousseff, a história seria muito diferente da breve e anedótica trajetória da Paulipetro. Criada no fim da década de 70 pelo então governador Paulo Maluf, a polêmica estatal deixou para trás mais de 60 furos na Bacia do Paraná sem encontrar gás ou petróleo em escala comercial. De uma dessas escavações, surgiu um imensurável jorro de água quente, que deu origem a s aprazíveis termas de Piratininga. “Eureka, eureka!”, Dilma exclamou para si própria: no caso da Petrobras, a descoberta do precioso líquido não seria um acidente de percurso, mas resultado de um trabalho meticulosamente planejado. A presidenta da República imediatamente batizou o projeto: “pré-água”. Teve o impulso de passar a mão no telefone, ligar para Maria das Graças Foster e recitar a poesia de Manoel de Barros: “Desde o começo dos tempos, água e chão se amam…” O horário era proibitivo, até mesmo para ela. Melhor buscar o reconforto no embalo de ideias e propostas capazes de enxaguar a imagem da Petrobras.

#Dilma Rousseff #Petrobras


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Porta fechada

28/01/2015
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 O diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, está descontrolado. Desde o fim de dezembro, quando Eduardo Braga foi anunciado como novo ministro de Minas e Energia, Chipp tenta agendar uma audiência privada com o ex-governador amazonense. Até o momento, foi solenemente ignorado.

#Eduardo Braga #Ministério de Minas e Energia #ONS


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A ex-embaixadora e hoje principal executiva da Boeing no Brasil

23/12/2014
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A ex-embaixadora e hoje principal executiva da Boeing no Brasil, Donna Hrinak, vem acumulando derrota atrás de derrota. A área técnica da Marinha já teria recomendado a compra de aeronaves não tripuladas da EADS, maior concorrente mundial da Boeing, para uso no Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul. O parecer deve jogar por terra as pretensões dos norte-americanos de abocanhar o contrato de R$ 10 bilhões. O revés pode ser comparado a  perda da disputa para o fornecimento dos novos caças da FAB, licitação vencida pela sueca Saab.


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Amazon

28/11/2014
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A Amazon procura um executivo para comandar suas operações no país. Os norte-americanos querem alguém com experiência no mercado editorial brasileiro; alguém que conheça as engrenagens de suas concorrentes; alguém, digamos assim, como Michel Levy, que acaba de deixar a direção da Saraiva.


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Eliezer defende gabinete de crise para a água

12/11/2014
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O engenheiro Eliezer Batista gastou pelo menos quatro décadas dos seus 90 anos de idade realizando projetos e estudos vinculados de forma direta ou indireta a  questão hídrica brasileira. Ontem, em sua base de operações, localizada na sede da Firjan, no Centro do Rio, o expresidente da Vale despejava indignação com os descaminhos que estão levando o aquífero nacional a uma situação de risco. Na avaliação de Eliezer, a água tornou-se uma das prioridades absolutas do país, merecendo, inclusive, a criação de um gabinete de crise ligado a  Presidência da República. Nesse novo bunker estariam concentradas as decisões envolvendo projetos de engenharia, análises de clima, solo e florestamento, integração de sistemas regionais e eventual importação de soluções para o reaproveitamento dos recursos hídricos. A preocupação de Eliezer Batista chega ao extremo de prever problemas para o abastecimento de água potável para consumo humano em algumas regiões do país. Segundo ele, se nada for feito, capitais de médio porte, como Vitória, poderão enfrentar uma crise de suprimento no caso de um período de seis meses de estio . Não sobraria nem uma moringa cheia, diz Eliezer, num híbrido de humor sardônico e temor pelo prenúncio de uma calamidade. Ele afirma que estão disponíveis estudos internacionais demonstrando um processo global de crescente desertificação em áreas centrais, distantes do litoral. O caso de São Paulo é grave, mas trata-se, antes de tudo, de uma questão de engenharia, e não de um problema sistêmico. Ao menos, por enquanto. Eliezer cita também o impacto sobre a agropecuária, umas das principais atividades econômicas do país. Na região de Governador Valadares, no médio rio Doce, a capacidade produtiva do gado caiu da média histórica de quatro cabeças por hectare para menos de 0,5. Quando foi ministro de Assuntos Estratégicos, no governo de Fernando Collor, Eliezer deixou um feixe de projetos que visavam exatamente a  prevenção do atual cenário. Todos desapareceram em algum escaninho da burocracia, ou, “então, foram queimados”, ironiza. Certamente datam daquela época algumas das suas atuais ideias para precaver o país de dias ainda mais secos. Por exemplo: a construção de lagos em regiões de grande florestamento, especialmente a Floresta Amazônica. Reside na proposta um contencioso em potencial com os ambientalistas, que prefeririam passar sede a ver derrubadas algumas árvores. A proposta de criação de grandes bacias artificiais seria bem menos onerosa do que a alternativa de importação dos projetos de dessalinização por meio de osmose reversa, utilizados notadamente pelos Estados Unidos e pela Coreia do Sul. Algumas medidas demoraram tanto a ser adotadas, que já nem fazem mais sentido. Um exemplo é a sempre tão decantada transposição do São Francisco. Transpor o quê se o rio está secando?


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Varejo amazônico

16/10/2014
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Carrefour e Cencosud olham com especial interesse para a Supermercados Líder. Trata-se de uma das maiores redes varejistas do estado, com 14 lojas e receita anual em torno de R$ 2 bilhões. Oficialmente, a Líder nega qualquer negociação.


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Carrefour

10/10/2014
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 O Carrefour descobriu a Amazônia. Além da inauguração de uma loja do Atacadão em Belém, o grupo prepara a abertura de um hipermercado também na capital paraense. Os franceses já negociam a compra de um terreno na Rodovia Augusto Montenegro, uma das principais da cidade. Será a primeira unidade com bandeira Carrefour em todo o estado. Se der certo, outras virão.

#Carrefour


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Livro-caixa

10/10/2014
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A Amazon calcula que sua operação de venda de livros físicos no Brasil, iniciada há cerca de dois meses, só começará a dar lucro lá para o fim de 2015. Qual o problema? Os prejuízos nesse período não vão fazer nem cócegas na contabilidade da empresa.


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O duo de desafetos e o vira-vira de Dilma

3/10/2014
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 Se a eleição presidencial não for decidida no próximo domingo, outra disputa irá também para segundo turno. O duelo, neste caso, é pelo título de batuta da comunicação na campanha de Dilma Rousseff. De um lado, Franklin Martins, com seu aparato internético; do outro, João Santana, artífice da operação de desconstrução de Marina Silva na televisão. Por enquanto, ambos estão tecnicamente empatados, tanto no uso adequado de informações detalhadas sobre as iniciativas bem- -sucedidas do governo quanto pela inoculação de pequenas maldades na dose certa, deixando para Marina os rastos e restos do péssimo marketing da vitimização. O curioso é que a candidata do PSB se sente confortável na posição de Cinderela Amazônica, empurrando para Dilma o papel de bruxa má. Na verdade, é Marina quem está sendo acuada no “coito das araras”, como se chama no Norte um beco sem saída. Pode ser até que ganhe as eleições, mas se tornou um personagem frágil no imaginário popular para o resto da vida. A disputa entre Franklin Martins e João Santana será decidida no photochart, não interessa quais sejam os números eleitorais.  O certo é que pesquisas internas encomendadas pelo PT confirmam que os ataques a  candidata do PSB e a disseminação de informações nas redes sociais são os mais agudos responsáveis pelo vira-vira de Dilma nas pesquisas e pela desidratação de Marina. A primeira vai para a conta de Santana; a segunda é creditada na fatura de Franklin. E a blitzkrieg digital comandada pelo jornalista vai ganhar ainda mais terabytes até domingo. A ordem de Franklin é torpedear a internet durante todo o fim de semana, associando Marina a termos-chave, como CPMF, choro, banqueiros, jatinho etc. Rodeados de números, Franklin Martins e João Santana se divertem com a extrema irritação da direita, leia-se PSDB, que já proclama a vitória da candidata da situação, choramingando que ela não terá condições de governar devido ao descrédito que sua campanha provocou junto a s instituições e ” adivinhem quem ” ao mercado. Ah, sempre o divino mercado! No dia seguinte a s eleições, esse ente supremo, apátrida e covarde, não se lembrará sequer da existência de Aécio.  O fato é que a tensão eleitoral tanto pode acirrar disputas quanto ter um inesperado efeito pacificador. É o caso exatamente da dupla de marqueteiros de Dilma. Com o calor da campanha, Franklin e Santana foram se descobrindo, como aquela dupla de centroavante e ponta de lança que se completam em campo, sem que necessariamente conversem no vestiário. Bem, para sermos mais exatos, os dois até já trocam algumas palavras nas escadas que levam ao gramado. Dilma pode nem ganhar, mas a comunicação da sua campanha é de dar inveja aos marqueteiros de Barack Obama. Franklin e Santana são os caras.

#CPMF #Dilma Rousseff #João Santana


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O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante

30/09/2014
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O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, tem em mãos um estudo sobre propriedade de terras na Amazônia capaz de deixar os nacionalistas de cabelo em pé. Nos últimos dez anos, os investimentos estrangeiros na compra de propriedades rurais na região passaram dos US$ 40 bilhões. Um terço desse valor saiu de cofres chineses.


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Excelsior Seguros é uma ilha Á  espera de novos habitantes

23/09/2014
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Os dias da pernambucana Excelsior como uma operação insular no mercado brasileiro de seguros estão contados. É o que sugerem os movimentos atribuídos ao híbrido de político, empresário e dirigente esportivo Luciano Bivar, dono da única seguradora fora do Sudeste a figurar entre as 40 primeiras do ranking do setor. a€ luz do dia, Bivar rechaça peremptoriamente a venda da companhia; mas, quando o sol se vai, começaria o flerte com os norte-americanos da Ace e da Chubb, dois fortes candidatos a  compra da Excelsior. Segundo interlocutores próximos a Bivar, o empresário teria cansado de habitar uma ilha cercada de gigantes por todos os lados. Com R$ 240 milhões em ativos, há anos que a companhia pernambucana está praticamente inerte no mesmo lugar do ranking. Procuradas pelo RR, Excelsior e Chubb negaram qualquer negociação. Os dois pretendentes a  compra da Excelsior são guiados por motivações estratégicas distintas. A Ace, que acaba de comprar a carteira de seguros de risco do Itaú, enxerga a possibilidade de aumentar sua fatia nos ramos vida e habitacional, dois dos principais negócios da companhia pernambucana. Já a Chubb, excessivamente focada nos seguros massificados, mira nos produtos da Excelsior para o mercado corporativo. Embora nadem em raias diferentes, as duas companhias norte-americanas têm algo em comum: suas operações no Brasil são apenas retratos três por quatro do porte que ambas ostentam nos Estados Unidos. Com R$ 900 milhões em prêmios, Chubb e Ace brigam somente pela longínqua 15ª posição no ranking do setor. Línguas ferinas do setor afirmam que, independentemente do desfecho das conversas, os norte-americanos é que vão precisar de uma apólice, pelo simples fato de sentar a  mesa com Luciano Bivar. O risco, neste caso, se deve ao temperamento de Bivar, visto por seus próprios parceiros e aliados como um personagem mercurial, afeito a ziguezagues e rompantes – características que se unem aos atributos de competente gestor e hábil negociador. Que o diga Marina Silva. Fundador do Partido Social Liberal (PSL), pelo qual se candidatou a  presidência da República em 2006, e muito próximo de Eduardo Campos, Bivar recebeu a indicação de Marina com uma pedra em cada mão. Assim que a senadora acreana foi confirmada como substituta de Campos, o empresário anunciou que seu partido estava fora da coligação e ainda deu entrevistas dizendo que “Confiar em Marina era dar um tiro no escuro”. No dia seguinte, já era visto em fotografias ao lado do tsunami da Amazônia. É por essas e outras que empresários nordestinos costumam dizer que, em se tratando de Luciano Bivar, só uma coisa é certa: sua torcida pelo Sport. O empresário, aliás, é presidente do clube pernambucano, posto que lhe valeu a alcunha de “Eurico Miranda do Nordeste”. Não parece coisa de amigo.


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Será que Setúbal precisa de uma Pasta?

8/09/2014
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Um megaempresário que foi confraternizar com Roberto Setúbal na comemoração de 90 anos do Itaú Unibanco disse ao RR: “Ele seria um louco se aceitasse ser ministro da Fazenda da Marina Silva”. Pode ser. Mas seu nome continua circulando como bala de prata. O presidente do Itaú, quando confrontado com a ideia, sai pela tangente, afirmando que o envolvimento de Maria Alice “Neca” Setúbal na campanha se dá “porque ela não pertence ao banco”. Pode ser, mas ele também não pertencerá quando se aposentar no ano que vem. Por ter levantado a poeira, e tocar no assunto de novo, até parece que o RR torce para que o presidente do Itaú seja ministro no governo do furacão amazônico. O que somos é realistas. Se Setúbal fosse anunciado para a Fazenda, seria um Royal Straight Flush no mercado de capitais. E tradição não falta. Seu pai, Olavo Setúbal, foi parlamentar, governador, ministro das Relações Exteriores e tentou de tudo quanto foi jeito chegar a  Fazenda, sem realizar o desejo. O próprio sócio de Roberto Setúbal, Pedro Moreira Salles, é um exemplo de filho de ministro da Fazenda, Walther Moreira Salles. Mas pode ser que Roberto Setúbal ache mais eficiente mandar de fora, sem exposição e compromisso direto. Bem, deixa para lá, é muita especulação.


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O minuano dos pampas

3/09/2014
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O minuano dos pampas e os ventos mornos da Amazônia formaram uma só corrente para soprar nos ouvidos de Marina Silva o nome de Pratini de Moraes.


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Hotel Nacional

13/08/2014
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O empresário goiano Marcelo Limírio estaria negociando a venda do antigo Hotel Nacional, no Rio de Janeiro, para um grupo de investidores ligados ao senador amazonense Eduardo Braga. Tudo a um preço de pai para filho, segundo fontes que acompanham as conversações.


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A insônia de Chieko Aoki e o véu sobre a Blue Tree

7/08/2014
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 Lady Chieko Aoki desconhece o remanso. O sono é só ameaça. Passa noites e noites como se estivesse carregando correntes. Ela recita com a voz cálida: “A vida é apenas uma sombra que passa, um pobre ator que se agita, se exibe por uma hora no palco e depois se cala.” A Lady de olhos amendoados contorce-se como se fosse de luxúria ao estrilar que a noite efêmera da hotelaria é apenas “um relato cheio de som e fúria, narrado por um idiota e que não significa nada”. O futuro da Blue Tree – afirma a dona do condão – não teme diante da pintura do demônio. As imagens fazem curvas na mente de Lady Aoki. O que é o sonho? O que é a realidade? É devaneio ou verdade que o Santander detém o mandato para a venda da Blue Tree? Será uma profecia soprada pelo vento a existência de dois contendores de adaga em punho disputando a compra do grupo? Lady Aoki não teme a fraqueza da vontade. Insone, absolutamente lívida, na fronteira da exaustão, enxerga-se sentada frente a frente, ora com executivos da francesa Accor, ora com representantes da BHG, braço hoteleiro da GP. Será delírio? A bela do oriente acha que somente os adormecidos e mortos são imagens. Não são os lacaios com os olhos cobertos de sangue e pintados de ouro que revelam a intenção da BHG de usar a marca Blue Tree em substituição a  bandeira Golden Tulip, sobre a qual a empresa é obrigada a pagar royalties a  norteamericana Starwood. “Não há farsa nessa convicção”, afirma rodopiante em volta de si própria. A crueza do mundo real fere. Mas não há dor maior do que a dos tumores lancinando o templo das ideias. Oh, espíritos, o Blue Tree é um bom negócio? Sim, mesmo que sirva tão somente para evitar a vitória na disputa entre os fariseus concorrentes. Só o tempo poderá dizer o que é magma e o que é onírico nas digressões de Lady Aoki. Mas não é o enevoado da dúvida que neblina o momento do Blue Tree. Até os deuses mais incorruptíveis ecoam que, nos últimos anos, a rede ficou marcada pelas sucessivas perdas de hotéis. Foram degolados como criancinhas em um sabá de bruxas os resorts de Cabo de Santo Agostinho (PE) e de Angra dos Reis (RJ), ambos pertencentes a  Funcef. Como se tivesse a bênção de miseráveis espíritos, foi arrancada do corpo a unidade da Alameda Santos, em São Paulo, engolfada pelo Ramada e seu oceano. Nos olhos de Lady nasceram teias e seu marejado é viscoso. Ela pragueja contra as divindades e o grupo norte-americano Radisson, que lhe extraiu um hotel em Porto Alegre e deixou-lhe uma cicatriz. Lady Aoki enxerga um mar se tingindo da cor sanguínea nas terras onde foram erguidos o Blue Tree Faria Lima, na capital paulista, e outro resort, agora em Búzios, na Região dos Lagos fluminense. A rainha da sedução aponta o indicador para impostores alardeando a insatisfação com os resultados da operação hoteleira. As labaredas de um lugar infecto cospem dejetos sobre a rede da Blue Tree na Região Amazônica. Restrita a um solitário hotel, ela sofreria de inanição. Em seus devaneios, Lady chicoteia os mercadores que teriam recusado sua oferta para um hotel cinco estrelas em Belém. Parece até que o tampo da eternidade irá desabrir sobre a Blue Tree. Empoleirado em seu ombro, o corvo grasna: “Deixem Lady Chieko Aoki em paz com sua insônia.”

#Accor #BHG #Blue Tree #Chieko Aoki #GP Investimentos


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Amazon põe um pé no controle da Saraiva

5/08/2014
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A Amazon está negociando a compra da Saraiva, a maior rede de livrarias do Brasil. Segundo fontes envolvidas na operação, as conversas se encontram em estágio avançado e o acordo deve ser selado em breve. A Saraiva pertence a  família de mesmo nome – o maior acionista individual é o diretor presidente da companhia, Jorge Eduardo Saraiva. Uma vez fechada, esta será a primeira aquisição do gigante do varejo eletrônico no país, onde desembarcou há dois anos. Uma estreia de respeito. Ao levar a Saraiva, a Amazon herdará uma rede de 114 lojas e uma editora com mais de 1.700 títulos e líder na publicação de obras jurídicas – acervo este que alimenta consideravelmente as vendas do grupo no varejo. Na praia onde nadam de braçadas, os norte- americanos vão assumir ainda uma das maiores operações de e-commerce do país. O site da Saraiva é responsável por um terço do faturamento total da empresa, que fechou o ano passado com uma receita consolidada de R$ 2,1 bilhões. Esta não é a primeira investida da Amazon sobre a Saraiva. Os norte-americanos chegaram a abrir conversações com a empresa logo após a sua chegada ao país. No entanto, nos meses seguintes tiveram de se dedicar integralmente a  missão de desentortar a operação brasileira. Logo na partida, a Amazon enfrentou uma série de dificuldades, desde falhas de ordem tecnológica a tropeços logísticos, que resultaram em atrasos fora do normal nas entregas do Kindle, seu leitor digital. Até hoje, a companhia não conseguiu iniciar a venda de livros físicos. Neste caso, a Saraiva é parte do problema e da solução. Consta que a empresa teria feito forte pressão sobre editoras nacionais para que elas não fechassem contratos com a Amazon. Pois bem, os norte-americanos estão prestes a matar o mal pela raiz.


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Cama de casal

4/08/2014
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O Banco da Amazônia sempre quis ter um braço de participações; o Banco do Nordeste, também. Pois agora, as duas instituições discutem a criação conjunta de uma espécie de “BNDESPar dos pobres”.


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Vale e Petrobras têm um encontro marcado no Atlântico

29/07/2014
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Parafraseando Nelson Rodrigues, estava escrito há quase dois milhões de anos, desde que se formou o subsolo da costa brasileira, que um dia Vale e Petrobras se encontrariam nas profundezas do Atlântico Sul. Até prova em contrário, não há solução mais apropriada para deslanchar o projeto de exploração do chamado “présal da mineração”. Quem melhor do que a líder do mercado global de minério de ferro e a maior produtora de petróleo em águas profundas do mundo para extrair níquel, platina, cobalto até quatro quilômetros abaixo da superfície? Ainda há muito por imergir em um projeto com tamanha complexidade, mas os primeiros metros dessa expedição foram vencidos na semana passada, com a decisão da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos (Isba). A entidade autorizou o Brasil a pesquisar e explorar jazidas minerais no fundo do mar, leia-se os nódulos polimetálicos – nome que se dá a  deposição de óxidos de ferro manganês e outros elementos no solo dos oceanos. O sinal verde do Isba era o estopim que faltava para dar a partida no projeto, conduzido no âmbito do Serviço Geológico do Brasil (CPRM). O passo mais importante é a definição dos responsáveis pelos primeiros trabalhos de pesquisa numa área de três mil quilômetros quadrados, a cerca de 1,5 mil quilômetros da costa brasileira. Neste caso, as cartas náuticas apontam para uma joint venture entre a Petrobras e a Vale. Vários fatores fazem das duas companhias candidatas mais do que naturais a conduzir esta empreitada. Ambas reúnem o mais gabaritado time de geólogos do país, além de dois centros de pesquisa de padrão mundial, o Cenpes e o Instituto Tecnológico Vale. A tecnologia usada pela estatal para a produção de petróleo em grandes profundidades, inclusive na própria camada do pré-sal, pode ser adaptada para a exploração de minérios, o que reduziria consideravelmente os custos da operação. Além da expertise em extração mineral, a Vale agregaria ao projeto toda a sua estrutura logística no Brasil e no exterior, vital para garantir o escoamento e a comercialização dos minerais produzidos. Há ainda um aspecto que não pode ser desprezado. No que diz respeito a  segurança nacional, nada melhor do que entregar o projeto a duas das maiores corporações brasileiras. Vide o exemplo dos Estados Unidos, onde grandes grupos locais da área de defesa, como a Lockheed Martin, participam da operação. Ainda não existem estudos conclusivos sobre o potencial mineral do subsolo marítimo brasileiro. Sabe-se, no entanto, que as reservas marítimas já conhecidas e mapeadas ocupam uma área equivalente a quase 40% do território nacional. Pesquisas preliminares já comprovaram a existência de quase duas dezenas de elementos, entre ferro, estanho, fósforo, cobre, entre outros. Para desbravar a “Amazônia Azul” – como esta província mineral é chamada pela própria Marinha – não poderia haver combinação melhor do que uma dobradinha entre Vale e Petrobras. O Brasil agradece.


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O empresário José Janguiê Diniz

9/07/2014
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O empresário José Janguiê Diniz, controlador da Ser Educacional, vestiu de vez o figurino de investidor imobiliário. Está negociando a compra dos prédios onde funcionam a Universidade da Amazônia e as Faculdades Tapajós, ambas em Belém, adquiridas pela Ser em maio. No ano passado, Diniz já havia incorporado os imóveis onde estão instalados colégios e universidades do grupo no Nordeste.


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Yamaha deixa manchas de óleo pelo chão de fábrica

18/06/2014
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Os funcionários da segunda maior montadora de motocicletas do país estão intrigados: afinal, quantas Yamaha existem no Brasil? Ao que tudo indica, duas: uma para o chão de fábrica, marcada por um período de austeridade; e outra para o andar de cima, caracterizada por uma profícua política de remessa de lucros para a matriz. Para os trabalhadores, as notícias são desalentadoras. A paralisação de 10 dias na fábrica de Manaus prevista para o fim do mês seria apenas o abre-alas de uma série de medidas antipopulares. Segundo informações filtradas junto a  própria Yamaha, novas paradas devem ocorrer em julho e agosto. Ao mesmo tempo, a empresa teria planos de cortar um volume significativo dos contratos temporários de trabalho, firmados em um período de maior prosperidade do setor. No entanto, o que mais tem causado rebuliço entre os funcionários da montadora e líderes sindicais da Zona Franca é a possível marcha-a-ré da participação nos lucros. Na Yamaha, circula a informação de que a empresa deverá pagar, em média, um valor bem próximo do piso de R$ 730, previsto no acordo firmado com o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal) em maio deste ano – o teto foi fixado em R$ 1.580. Paralelamente, a Yamaha também estaria revendo o programa de investimentos previstos para este ano no Brasil. O valor do corte ainda não está decidido. Mas é certo que os japoneses não desembolsarão os R$ 150 milhões originalmente previstos. Intramuros, a direção da Yamaha atribui as medidas contracionistas a  retração do setor e a  necessidade de reequilibrar seus estoques e reduzir os custos operacionais. No entanto, entre os funcionários, o discurso não cola. A julgar pelo desempenho recente da Yamaha, não haveria motivos para os japoneses circularem pelos corredores da companhia com uma katana em cada mão. De janeiro a maio deste ano, a empresa comercializou 77 mil motocicletas, contra 61 mil em igual período no ano passado – no mesmo período, as vendas totais da indústria recuaram 10%. De dezembro para cá, o market share da montadora asiática subiu de 11,1% para 12,2% – patamar que não era alcançado há quase três anos. O binômio crescimento das vendas/redução dos custos teria aumentado em aproximadamente 15% a taxa de retorno da Yamaha. A matriz agradece. Nos últimos meses, a subsidiária teria ampliado consideravelmente a transferência de lucros para o Japão. Entre a turma da graxa e do macacão, o sentimento é que uma parte significativa destas divisas vem sendo debitada da sua conta.

Acervo RR

Batalha aérea

17/06/2014
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A Airbus virou a sombra da Boeing no Brasil. A arquirrival construiu um centro de pesquisa no país? Pois o grupo europeu também terá o seu. A Boeing decidiu participar da disputa pelo projeto Sisgaaz – o novo Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul? A Airbus também. Inclusive, já encaminhou ao Ministério da Defesa a garantia firme de financiamento para a montagem local dos equipamentos.


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Chocolate da Lindt em ponto de fervura

17/06/2014
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A Lindt chegou para ficar. A joint venture recém-formada com a CRM, dona da Kopenhagen e da Brasil Cacau, foi a apenas a primeira fornada da tradicional fabricante de chocolates no país. Os suíços pretendem construir uma fábrica no Brasil, a primeira fora da Europa e dos Estados Unidos. A planta industrial deverá ficar em São Paulo ou no Nordeste e atenderá todo o mercado latino-americano – com exceção do México, que continuará sendo abastecido pelos Estados Unidos. Os planos incluem ainda a abertura de dez lojas próprias nas principais capitais até o fim de 2015. O número é expressivo, levando- se em consideração que equivale a 10% de toda a rede de restaurantes e cafeterias próprias da Lindt no mundo. Além disso, a companhia estuda a compra de terras na Bahia e na Amazônia para a produção de cacau, inclusive com a possibilidade de financiamento a agricultores locais. Perguntada sobre os planos da Lindt, a CRM, sua parceria, não falou nem que sim, nem que não. Disse “não confirmar as informações”. Os planos da Lindt chamam a atenção por se tratar de uma empresa que por tantas décadas ficou distante do Brasil, aonde chega apenas por meio de produtos importados. A disposição de produzir cacau no país é ainda mais emblemática. Trata-se de uma jabuticaba com sabor de chocolate. A Lindt não tem este tipo de operação em nenhum lugar do mundo. No entanto, as condições do mercado empurram os suíços em outra direção. Há um crescente descompasso entre a oferta e a demanda de cacau no mundo. No caso do Brasil, o gap é ainda maior: na safra 2012/ 2013, a colheita caiu 15%.


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Batalha aérea

17/06/2014
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A Airbus virou a sombra da Boeing no Brasil. A arquirrival construiu um centro de pesquisa no país? Pois o grupo europeu também terá o seu. A Boeing decidiu participar da disputa pelo projeto Sisgaaz – o novo Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul? A Airbus também. Inclusive, já encaminhou ao Ministério da Defesa a garantia firme de financiamento para a montagem local dos equipamentos.


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HP nas nuvens

16/06/2014
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Mais um peso-pesado da área de TI planeja instalar um centro de dados de computação em nuvem no Brasil. Depois de Orange, Amazon e Microsoft, agora é a vez da HP. Oficialmente, a empresa nega. Mas, de acordo com fontes próximas a  HP, o projeto deverá ser anunciado depois da Copa do Mundo.


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Amazon

13/06/2014
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Depois de um início repleto de tropeços, notadamente nas áreas de logística e tecnologia, o Amazon promete abrir o bolso no Brasil. Negocia com fabricantes locais a produção da leitora eletrônica Kindle, do tablet Kindle Fire e de um smartphone. Os investimentos devem chegar a R$ 200 milhões.


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Hidrovias

11/06/2014
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O Ministério dos Transportes e a Antaq estão acelerando os estudos para a privatização de hidrovias. Na partida, seriam ofertados os trechos Paraná-Tietê e Solimões-Amazonas. A expectativa do governo é que a concessão de hidrovias gere investimentos da ordem de R$ 10 bilhões.


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FedEx encomenda mais uma aquisição

28/05/2014
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O capital estrangeiro está promovendo um rebuliço no mercado brasileiro de encomendas expressas. Uma a uma, as principais empresas nacionais do setor vêm sendo envelopadas e “enviadas” para o exterior. O pacote da vez é a Transbrasiliana. A FedEx estaria negociando a compra da divisão de encomendas e cargas rápidas do grupo goiano. Consultada pelo RR, a Transbrasiliana negou a venda do controle. No entanto, segundo uma fonte ligada ao grupo norteamericano, os valores sobre a mesa giram em torno dos R$ 500 milhões. Uma vez sacramentada, esta será a segunda grande aquisição da FedEx no Brasil no intervalo de dois anos – em 2012, comprou a Rapidão Cometa. De lá para cá, alguns de seus maiores concorrentes também se mexeram, até porque, diante do monopólio dos Correios nos serviços postais, o mercado de encomendas expressas tornou-se a rota de escape natural para os grupos estrangeiros. A holandesa TNT incorporou a Expresso Araçatuba; já a mexicana Femsa Logística fisgou o controle da Expresso Jundiaí. Foi o suficiente para a tréplica dos norte-americanos. Com a aquisição da Transbrasiliana, a FedEx comeria duas casas do tabuleiro com apenas um movimento: tiraria de circulação um importante ativo e herdaria uma base logística na Amazônia e no Centro-Oeste, onde nenhum de seus maiores adversários está presente.


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A difícil digestão de Marina Silva

7/05/2014
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A candidata a  vice-presidência da República Marina da Silva fez bico o tempo inteiro durante sua passagem pelo Fórum de Comandatuba (BA), organizado pelo Lide no último fim de semana. É difícil para quem já foi uma rebelde amazônica suportar a quintessência do capital em seu momento mais kitsch. Um jornalista presente flagrou a arrependida colocando em um copo de água uma substância que imediatamente entrou em ebulição. Pensou se tratar de uma raiz-de-bugre ou qualquer outra planta medicinal do Acre e perguntou, então: “A senhora não está passando bem?” Recebeu de pronto: “É uma ajuda para atravessar o evento”. Assuntando melhor do que se tratava, o jornalista identificou que o material era uma pastilha de Oxyoboldine – digestions difficiles, um milagroso efervescente francês que faz maravilhas no combate ao enjoo. A papa fina do mundo farmacológico deve ter sido dica de Maria Alice Setúbal, a “Neca”, sócia do Itaú Unibanco, amiga fiel da ex-senadora e esteio financeiro do Rede. Marina ainda vai ter de tomar muitos desses comprimidos.


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Reservatórios

14/04/2014
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No Ministério de Minas e Energia, já se dá como certo que parte das novas hidrelétricas da Amazônia será construída com reservatórios e não no modelo a fio d’água. E como fica a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, terminantemente contra os reservatórios? Pelo jeito, não fica.


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Andritz Hydro e Inepar balançam sobre um cabo de alta tensão

27/03/2014
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A joint venture entre a Inepar e a Andritz Hydro, uma das maiores fabricantes de turbinas e geradoras do mundo, entrou em curto circuito. Insatisfeita com os rumos do negócio, a multinacional de origem suíça estaria disposta a romper a sociedade e seguir um voo solo no Brasil. A discórdia é alimentada, sobretudo, pelo impasse que cerca o plano de expansão da Andritz Hydro Inepar, o teto onde se abrigam os dois sócios e atuais contendores. Os suíços pregam uma política mais agressiva de investimentos, o que, traduzido em cifras, significaria um desembolso de até R$ 1 bilhão nos próximos três anos. O valor inclui o principal projeto da Andritz Hydro no Brasil: a construção da segunda fábrica na cidade de Araraquara (SP), sede da joint venture. Os planos, no entanto, esbarram nas limitações financeiras do grupo paranaense. Falta a  Inepar musculatura para acompanhar o ritmo dos suíços. São cada vez menores as chances de que as duas empresas saiam desta encruzilhada de mãos dadas. A Inepar passou a ser vista pelos suíços não como um parceiro, mas, sim, como uma camisa de força, um obstáculo aos seus planos de expansão. A Andritz Hydro tem pressa em aumentar sua produção no Brasil, onde chegou em 2008 com a aquisição da parte da GE na joint venture com o grupo paranaense. De lá para cá, muita coisa mudou. Além da necessidade de reduzir a distância para os principais players do setor, leia-se Alstom e Siemens, a Andritz enfrenta hoje o risco China. Fabricantes de turbinas e geradores de origem asiática têm desembarcado no país com uma política de preços arrasa-quarteirão. Some-se a isso um cenário extremamente competitivo, em razão da disputa pelo fornecimento a s novas hidrelétricas do Amazonas. Entende-se, portanto, a impaciência da Andritz Hydro e a pressão sobre o grupo paranaense. Ao colocar sobre uma mesa um plano de investimentos aparentemente incompatível com o fôlego financeiro dos sócios, os suíços teriam agido com a deliberada intenção de forçar o grupo paranaense a vender sua parte no negócio. O rompimento do acordo seria um duro golpe para Atilano Oms Sobrinho e seus planos de soerguimento da Inepar. O fim da joint venture representaria mais um capítulo no processo de encolhimento do grupo. A associação com os suíços responde por quase um terço do faturamento total da Inepar, em torno de R$ 2 bilhões ao ano.


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PMDB vs. PMDB

20/03/2014
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O PMDB de Jader Barbalho quer derrubar o superintendente da Sudam, Djalma Bezerra, indicado pelo PMDB do ex-governador do Amazonas Eduardo Braga.


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ABB aponta suas turbinas na direção da Weg Motores

13/02/2014
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O epíteto de “empresa 100% nacional” que sempre acompanhou a Weg Motores pode estar com os dias contados. Ao menos no que depender do apetite da ABB. Um dos maiores fabricantes de equipamentos do mundo, o grupo suíço estaria disposto a desembolsar uma fortuna pelo controle da companhia catarinense. O que mais aguça o apetite da ABB é a unidade de energia elétrica da Weg, hoje responsável pelas maiores taxas de crescimento da empresa. No ano passado, a receita com a venda de equipamentos para geradoras subiu 23%, contra 18% do aumento da receita global. Neste ano, o avanço da carteira deve chegar aos 30%. A ABB olha para o fim da década e além. A expectativa é de que até 2020 a demanda por equipamentos elétricos no Brasil cresça 40% na esteira dos grandes empreendimentos hidrelétricos na Amazônia. Se o prazo for esticado para 2024, esse índice sobe para 60%. Com a compra da Weg, a ABB montaria uma máquina de guerra para disputar estes contratos: passaria a ter 13 complexos industriais no país, sete deles herdados da empresa catarinense. E o exterior? Bem, tratando-se do grupo suíço, presente em mais de 100 mercados, as operações da Weg em duas dezenas de países entre fábricas e escritórios comerciais viria quase como um brinde. A ABB sabe que está jogando suas fichas em uma aposta complicada. A Weg está longe de ser uma presa frágil. Trata-se de uma companhia lucrativa, com uma gestão eficiente, uma marca forte e notória inserção internacional. Aparentemente, não tem problemas de sucessão. Os acionistas fundadores Werner Ricardo Voigt e Eggon João da Silva já estão afastados da gestão executiva desde o início dos anos 90. Por sua vez, Décio da Silva, filho de Eggon, conduziu o processo de profissionalização administrativa até 2007, quando também deixou o dia a dia para assumir o comando do Conselho de Administração no lugar do pai. São fatos que tornam a Weg ainda mais valiosa e jogam lá para cima um eventual dote pelo controle.


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Inadimplência vira doença crônica na Eletrobras

13/02/2014
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O imbróglio em torno do atraso no pagamento das térmicas que abastecem a Amazonas Distribuidora de Energia (AmE) teve um novo capítulo na semana passada. Representantes das companhias credoras Gera Amazonas, Rio Amazonas Energia, Companhia Energética Manauara e Breitener se reuniram com o próprio presidente da Eletrobras, José da Costa Neto. Na ocasião, o nº 1 da estatal, controladora da AmE, comprometeu-se a apresentar um plano para a quitação dos débitos, que já somam cerca de R$ 100 milhões. A data fixada para o acordo era a última terça-feira, dia 11. No entanto, a Eletrobras não teria encaminhado qualquer proposta para o pagamento dos atrasados. Ontem mesmo, as quatro geradoras requereram formalmente a  Aneel a inclusão da AmE e da própria Eletrobras no cadastro de inadimplentes da agência reguladora. Há uma série de restrições para as empresas que caem nesta malha fina. A rigor, os inadimplentes ficam impedidos de receber alguns subsídios setoriais, a começar pelos recursos da CCC Conta de Consumo de Combustíveis. O expediente já deu certo uma vez. Em agosto de 2013, ver RR edição nº 4.692, as quatro usinas conseguiram a inserção da Eletrobras e de sua controlada no cadastro de inadimplentes da Aneel. Só, então, a estatal quitou uma dívida também referente a  compra de energia da ordem de R$ 30 milhões.


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“BasaPar”

7/02/2014
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Os governadores da Região Norte – capitaneados pelo tucano Simão Jatene, do Pará – negociam com o Planalto a criação de um braço de participações do Basa – Banco da Amazônia. É uma herança deixada por Gleisi Hoffmann para o novo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.


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Amazon

5/02/2014
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A Amazon deverá anunciar nas próximas semanas uma repaginação de sua estrutura no Brasil, com mudanças na estratégia comercial e troca de executivos. É uma resposta dos norte-americanos a s decepcionantes vendas do Kindle, a  baixa rentabilidade e aos problemas operacionais enfrentados no país.


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Hotel na selva

3/02/2014
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A rede norte-americana Wyndham quer se embrenhar na floresta amazônica. Estaria negociando a compra do Ariaú Amazon Towers, localizado nas proximidades de Manaus e conhecido como um dos melhores hotéis de selva do mundo. Consultado, o Grupo Ariaú negou a operação.


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Na gôndola

28/01/2014
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Uma das principais redes de supermercados da Amazônia, o Grupo Líder estaria disposto a vender uma participação minoritária para um fundo de investimento. Oficialmente, a empresa nega a operação.

#Zona Sul


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Floresta soberana

8/01/2014
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O QIA, fundo soberano do Catar, reservou uma dinheirama para investir em projetos de manejo sustentável de florestas no Brasil, notadamente na Região Amazônica.


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Sala cheia

6/01/2014
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Além da Universidade da Amazônia (Unama), adquirida ao apagar das luzes de 2013, a Ser Educacional negocia a compra de mais duas faculdades no Pará.


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Eletrobras faz feirão de bens em busca de um próspero Ano Novo

3/01/2014
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A Eletrobras não tem um pré-sal pela frente, mas seguirá os passos da Petrobras. A estatal vai lançar um programa de desmobilização de ativos com o objetivo de fazer caixa e honrar seus investimentos. Segundo uma alta fonte do Ministério de Minas e Energia, a proposta deverá ser analisada pelo Conselho de Administração da companhia até março. Cálculos preliminares indicam a possibilidade de captação de até R$ 10 bilhões em dois anos. A soma equivale a aproximadamente um quinto do plano de investimentos da Eletrobras para o período 2013-2017, que prevê aportes de R$ 53 bilhões em geração, transmissão e distribuição de energia. Oficialmente, a Eletrobras nega a desmobilização de ativos. No entanto, segundo a mesma fonte, a companhia estaria trabalhando para fechar até o fim de março a uma lista inicial dos negócios que serão colocados sobre o balcão. Em uma primeira leva, o destaque deverá ficar por conta da venda de parte das ações no consórcio Nova Energia, responsável pela construção e operação da hidrelétrica de Belo Monte. A estatal detém quase 50% do capital. A ideia é reduzir esta fatia a  metade. Trata-se de um medicamento de duplo efeito. Além dos recursos arrecadados diretamente com a venda das ações, a operação permitiria a  Eletrobras reduzir consideravelmente seu aporte no empreendimento e, desta maneira, gerar caixa para a execução de outros projetos. Do custo total da construção de Belo Monte, hoje cabe a  companhia uma fatura da ordem de R$ 15 bilhões. Ou seja: um único investimento responde por mais de um quarto do plano estratégico da empresa para o quadriênio. Na visão dos dirigentes da Eletrobras, o perfil do provável candidato a  compra das ações de Belo Monte são grandes grupos que já tenham negócios em geração na Amazônia. É o caso da Suez, controladora da usina de Jirau, e, mais recentemente, da chinesa Three Gorges, que há poucos meses entrou no capital de uma hidrelétrica no Pará e outra no Amapá. O processo de desmobilização de ativos da Eletrobras inclui ainda a venda de linhas de transmissão e de participações em usinas de médio porte. Nem mesmo projetos no segmento de energia renovável, menina dos olhos do governo, serão poupados. No entendimento dos diretores da Eletrobras, o esforço para fazer caixa poderia ser um pouco menos dramático se a empresa conseguisse tirar dos ombros o peso das seis distribuidoras estaduais federalizadas ? em 2012, o sexteto apresentou um prejuízo superior a R$ 1,3 bilhão. No entanto, este é um fardo que não para de crescer. Conforme informou o RR na edição nº 4.770, a Eletrobras estaria prestes a assumir o controle de mais duas combalidas concessionárias: a CEA, do Amapá, e a CERR, de Roraima.

Acervo RR

Hotelaria

26/12/2013
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O governador Omar Aziz, está embalando um pacotão de bondades fiscais para estimular empreendimentos hoteleiros no Amazonas. A proximidade da Copa do Mundo seria a cereja no bolo.

#Accor #Ancar


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Brasil ganha mais uma estrela da Iberostar

20/12/2013
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O ano de 2014 marcará uma nova temporada de investimentos da Iberostar no Brasil. A conta deve passar dos R$ 80 milhões. Deste total, cerca de R$ 50 milhões serão destinados a  construção de um resort em Maceió (AL). Também ao lado do Havengrid Group, seu parceiro no empreendimento em Alagoas, os espanhóis estudam a instalação de seu primeiro hotel na Região Sudeste, no litoral do Rio ou de São Paulo. Para os executivos espanhóis da Iberostar radicados do lado de cá do Atlântico, é duro torcer contra a pátria-mãe. No entanto, o que fazer se as freadas na economia da Espanha – e da Europa como um todo – têm sido o propulsor do grupo hoteleiro no Brasil? É bem verdade que ainda não dá para rivalizar com o México, onde a companhia tem uma dezena de empreendimentos contra apenas três por aqui – dois na Bahia e um navio-hotel que circula pelos rios do Amazonas. Mas o Brasil tem se tornado peça cada vez mais importante na engrenagem da Iberostar na América Latina, que ganhou ainda mais relevo justamente por conta da retração dos investimentos na Europa. Em 2014, o mercado brasileiro deverá receber quase um terço do total de recursos alocados pelos espanhóis na região – algo em torno de 80 milhões de euros.


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Soja amazônica

20/12/2013
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Blairo Maggi estaria envolvido até a raiz em um projeto para a produção de soja na Região Amazônica. Ressalte-se: seria uma investida pessoal do ex-senador, a latere do Grupo Maggi. A conferir.


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MonaVie nas páginas de “classificados”

18/12/2013
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A agressiva campanha publicitária lançada pela MonaVie, um dos maiores grupos de vendas diretas dos Estados Unidos, mira nos consumidores e na rede de representantes comerciais, mas o que os norte-americanos querem mesmo é acertar o bolso de um investidor. A fabricante de energéticos e bebidas a  base de frutas estaria em busca de um sócio, leia-se um fundo de private equity, capaz de alavancar sua operação no país. Um dos principais projetos da companhia é a construção de fábricas próprias – hoje, sua produção no Brasil é terceirizada. A associação regional com um fundo de investimento seria uma jabuticaba, uma vez que a MonaVie não adota este modelo em outros países. No entanto, a companhia entende que a operação é fundamental para acelerar o crescimento no país. O Brasil responde por quase 5% do faturamento global do grupo, em torno de US$ 3 bilhões. Os norte- americanos, no entanto, consideram o número ain- da baixo diante do potencial do negócio. A MonaVie enfrenta alguns desafios no Brasil. O primeiro é explicar o que faz. Seu principal produto é uma bebida fabricada a partir da mistura de mais de 20 frutas, a maioria proveniente da Região Amazônica. Além disso, os norte-americanos tentam driblar a desconfiança que ainda ronda o segmento de vendas diretas no Brasil, que ganhou má fama por conta das empresas que operam no chamado sistema de pirâmide.

Acervo RR

Lafarge

16/12/2013
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A suíça Lafarge planeja construir duas fábricas de cimento no Brasil – uma na Amazônia e outra no Sul. A instalação das novas plantas é o epicentro do plano de investimentos da empresa, anunciado a  presidente Dilma Rousseff em janeiro deste ano. Estão previstos aportes de R$ 1 bilhão até 2015.


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Cabo rompido

26/11/2013
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Sinal dos tempos: a s voltas com seguidos prejuízos e cortes de investimento, a Eletronorte não deverá participar, como majoritária, de qualquer consórcio responsável pela construção de futuras linhas de transmissão na Amazônia. Caberá a  estatal o papel de coadjuvante, com, no máximo, algo em torno de 20% das ações. E olhe lá!

Acervo RR

Al Gore

21/11/2013
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Al Gore morre de amores pela Amazônia: a s vezes, guiado pelo espírito ambientalista; a s vezes, como agora, pelo de empreendedor. O ex-vicepresidente dos Estados Unidos está se unindo a investidores norte-americanos e brasileiros para comprar terras na região. O objetivo é explorar madeira e frutas para exportação. Tudo dentro dos preceitos da sustentabilidade, of course.


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Eletrobras deixa termelétricas Á  míngua

18/11/2013
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A Eletrobras está causando um novo curto circuito nas finanças das termelétricas fornecedoras da Amazonas Distribuidora de Energia (AmE), controlada pela estatal. Depois de quitar uma parte da antiga dívida – ver RR edição nº 4.692 -, voltou a  velha rotina. Está atrasando o pagamento referente a  compra de energia das térmicas Raesa, Manauara, Breitner e Gera. No próximo dia 30, a inadimplência completará três meses. Procurada, a Eletrobras garantiu que “os pagamentos estão sendo realizados de forma regular”. Informou também que “constam no sistema de controle apenas os meses de outubro e novembro em processo de pagamento.” Está feito o registro. No entanto, segundo uma fonte da Aneel, os atrasos remetem ao mês de setembro. O episódio coloca em risco a própria saúde financeira das térmicas, uma vez que o contrato com a AmE tem peso expressivo na receita das quatro usinas. De acordo com a mesma fonte, o caso chegou a tal ponto que o comando da Aneel discute a possibilidade de intervenção na distribuidora controlada pela Eletrobras por conta da recorrente falta de pagamento aos fornecedores de energia. As térmicas já requisitaram a  Agência uma punição para a AmE, leia-se a proibição de que a empresa receba os valores relativos a  Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). Na prática, a própria inadimplência levará a esta situação. Caso se completem os 90 dias de atraso, a AmE, como qualquer outra empresa, poderá ter problemas com o seu CNPJ. Com isso, ficaria automaticamente impedida de contabilizar os recursos da CCC. Além disso, não poderia aplicar qualquer reajuste tarifário.


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Cais do porto

4/11/2013
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A Dubai Ports World e o fundo FI-FGTS estão se juntando para a compra de terminais portuários na Amazônia.


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Eletrobras excomunga seu cardeal

25/10/2013
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“O Cardeal está mais para sacristão”.Este é o infame trocadilho que circula pelos corredores da Eletrobras, numa sarcástica alusão ao enfraquecimento do diretor de geração da estatal, Valter Luiz Cardeal. Um dos principais colaboradores de Dilma Rousseff desde os tempos em que ela comandava o Ministério de Minas e Energia, o executivo é visto hoje dentro da companhia como uma lâmpada queimada. Na bolsa de apostas da Eletrobras, já se dá como certa sua saída do cargo no fim do ano. Aos poucos, Cardeal tem sido escanteado pelo Planalto das principais decisões relacionadas a  própria área de geração, seja por causa de seu esvaziamento político, seja até mesmo em razão de equívocos técnicos. O caso mais recente e emblemático envolve as discussões em torno do modelo das futuras hidrelétricas do Amazonas. Cardeal defendeu abertamente a construção de reservatórios nos novos empreendimentos, a começar pelas usinas do Tapajós e do Rio Madeira. No entanto, os estudos de viabilidade eletrocutaram sua proposta. Nos dois casos, não há condições geológicas para o represamento da água. As hidrelétricas terão de seguir o modelo fio d’água, no qual a energia é gerada a partir do curso natural do rio. A descoberta, no entanto, só veio após Dilma Rousseff, convencida pela avaliação de Cardeal, disseminar publicamente que as novas usinas deveriam ter reservatórios, algo que se revelou inexequível. É sintomático que a presidente e, sobretudo, o próprio ministro Edison Lobão não tenham feito mais qualquer menção ao modelo de construção das novas usinas. A ideia do governo é esperar a poeira baixar. Até lá, Cardeal deve ser excomungado.


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Amazon

16/10/2013
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A Amazon teria adiado mais uma vez o início da venda de livros no Brasil. A estreia, prevista para este ano e empurrada para janeiro de 2014, só ocorreria no segundo trimestre.


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Amazon

1/10/2013
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A Amazon Web Services, o musculoso braço de computação nas nuvens do grupo norte-americano, pretende fazer umas comprinhas no Brasil no início de 2014. O alvo são empresas de armazenamento de dados.


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Diversificar é a palavra de ordem na Gas Natural

25/09/2013
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A Gas Natural Fenosa vai ficar mais parecida consigo mesma. O grupo espanhol decidiu verticalizar suas operações no Brasil, seguindo o figurino estratégico que veste na Europa. O processo de diversificação vai começar pela área de geração de energia. Os ibéricos pretendem construir duas termelétricas a gás, uma no Amazonas e outra na Região Nordeste. Para não depender do fornecimento do combustível da Petrobras, a Gas Fenosa planeja integrar as duas usinas a plantas de regaseificação de GNL. Desta forma, os espanhóis terão maior flexibilidade para abastecer as térmicas, se necessário apelando até para a importação de GNL. Cada uma das usinas deverá ter capacidade instalada da ordem de 250 MW. A expectativa dos espanhóis é que elas entrem em operação dentro de dois anos. O custo de construção das térmicas e de suas respectivas plantas de regaseificação de GNL está orçado em R$ 2 bilhões. Hoje, a atuação do grupo espanhol no Brasil está restrita a  distribuição de gás, por meio das participações na CEG, CEG Rio e Gas Natural Sul, de São Paulo. Além da geração de energia, a empresa quer investir também no transporte de gás, participando de projetos de gasodutos.

Acervo RR

GE

19/09/2013
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Depois da expansão em Betim, a GE vai partir para a ampliação da sua fábrica de equipamentos elétricos em Campinas. E que Deus cuide das licitações. A GE está gastando por conta dos leilões dos grandes projetos hidrelétricos da Amazônia.


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Águas do Brasil é um rio que corre para fora de Manaus

29/08/2013
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O que colocaram na água de Manaus? A concessão de saneamento na capital amazonense tem sido um suplício para os investidores privados. Quatro anos após a francesa Lyonnaise des Eaux, hoje Ondeo, deixar o negócio, a aguas do Brasil estaria reavaliando sua operação na cidade. No limite, Queiroz Galvão, Cowan e Carioca Engenharia, os principais acionistas da empresa, já cogitariam até a possibilidade de devolver a licença. O motivo seria a salobra combinação da baixa rentabilidade do negócio com a pressão do prefeito de Manaus, o tucano Arthur Virgílio, por mais investimentos na companhia. Procurada, a aguas do Brasil negou a intenção de deixar o negócio. Garantiu ainda que a relação com o prefeito “é a melhor possível” e todos os investimentos previstos em contrato serão executados. Segundo informações filtradas da própria Prefeitura de Manaus, divergências similares teriam ocorrido no fim do ano passado, logo após a eleição de Arthur Virgílio, mas, a  época, a maré baixou. Agora, o prefeito de Manaus teria voltado a  carga sobre a aguas do Brasil, o maior grupo privado do setor no país. Estaria exigindo um aumento de até R$ 200 milhões no plano de investimentos da Manaus Ambiental, a concessionária da cidade. Em troca, oferece nada. A empresa alega que o aporte extra só seria viável com um aumento das tarifas. Até porque a operação é deficitária. As perdas projetadas pela aguas do Brasil para os próximos dois anos chegariam a  casa dos R$ 150 milhões. Virgílio, no entanto, nega-se a conceder o reajuste. Deve saber o que está fazendo. Vai que aparece um movimento do “esgoto livre” pelas ruas de Manaus?


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Iberdrola avança em geração e deixa Previ no escuro

27/08/2013
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A Iberdrola parece seguir a máxima de que melhor do que fazer um grande negócio é fazer um grande negócio e aborrecer tremendamente seu adversário. Ainda que o adversário seja o próprio sócio. Os espanhóis preparam uma mudança estratégica capaz de ampliar o potencial de financiamento dos seus projetos em geração e, de quebra, atazanar a vida da Previ – um dos seus esportes preferidos no Brasil. O grupo pretende concentrar na Elektro a maior parte dos seus investimentos em produção de energia no país, hoje pendurados na NeoEnergia – também controlada pelos ibéricos. A decisão se justifica pela possibilidade de atração de um sócio para a distribuidora paulista, com quem os espanhóis passariam a dividir a conta dos aportes em geração. A intenção da Iberdrola é vender até 49% da Elektro, operação que garantiria parte expressiva do funding para os futuros empreendimentos. No total, os investimentos do grupo em geração no Brasil giram em torno de US$ 2 bilhões até 2016. A maior parte deste valor se refere a projetos de energia renovável. A cifra, portanto, não contempla os grandes projetos de hidroeletricidade na Amazônia, como a usina de Belo Monte. Para o deleite dos espanhóis, este movimento promete acirrar ainda mais sua faíscante relação com a Previ. O redesenho estratégico da Iberdrola bate diretamente na empresa e nos interesses do fundo de pensão. Isso porque a medida envolveria o remanejamento de projetos e de recursos originalmente alocados na NeoEnergia. Para os espanhóis, a diferença é pouca. Eles apenas estão tirando de uma das mãos para colocar na outra. No caso da Previ, dona de 22% da Neo- Energia, o choque é grande, uma vez que a medida significará o enfraquecimento da NeoEnergia. Ainda que por vias oblíquas, é como se os espanhóis estivessem dando o troco, com juros e correção monetária, pela derrota no último round disputado contra a Previ. Recentemente, a fundação se recusou a reformular o acordo de acionistas da NeoEnergia – ver RR nº 4.627. Os espanhóis tentaram impor mudanças que fortaleceriam sua posição de mando, por tabela enfraquecendo a posição da Previ. Procurada pelo RR, a Iberdrola não se pronunciou.


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Eletrobras submete térmicas a tratamento de choque

22/08/2013
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Os problemas financeiros da Eletrobras, energizados pelas mudanças no cálculo das tarifas e pela renovação quase compulsória de suas concessões, começam a se alastrar pelo setor. Que o digam as termelétricas fornecedoras da Amazonas Distribuidora de Energia (AmE), controlada pela estatal. O caso mais delicado envolve a Rio Amazonas Energia (Raesa). Há três meses, a geradora não vê a cor do dinheiro referente a  venda de energia para a AmE. A números de ontem, a dívida da subsidiária da Eletrobras com a Raesa soma exatos R$ 22.164.030,54. Pelo contrato, a inadimplência fica caracterizada após 60 dias de atraso no pagamento, o que ocorreu no mês passado. Tanto a AmE quanto a própria Eletrobras – pelo acordo, a garantidora do pagamento – já foram notificadas pela Raesa, mas, até a tarde de ontem, ainda não haviam se manifestado. Estão em situação semelhante as empresas Manaura, Breitener e Gera, que também fornecem energia para a distribuidora amazonense. Já existem articulações para que as quatro geradoras entrem com uma ação conjunta contra a Eletrobras para requerer a chamada constituição de garantia prevista em contrato e o pagamento em juízo dos valores atrasados. Este é o capítulo novo de uma novela antiga. Ao longo dos sete anos de contrato entre AmE e Raesa, o pagamento com mais um de mês de atraso tornou-se rotina, o que já rendeu diversas notificações administrativas a  distribuidora e a  Eletrobras. Agora, ultrapassado o prazo limite de 60 dias, a questão ficou ainda mais grave, colocando em risco a própria operação da Raesa. Se a AmE não quitar a dívida até setembro, aumentando o tamanho do buraco para R$ 30 milhões, dificilmente a geradora terá recursos para pagar seus fornecedores e colocar sua usina termelétrica para rodar. Nos próximos dias, Manauara, Breitener, Gera e Raesa deverão enviar a  Aneel um requerimento para que a AmE não mais receba os valores relacionados a  Conta de Consumo de Combustíveis (CCC). O encargo foi criado para cobrir os custos anuais do fornecimento de energia por termelétricas nas áreas ainda não interligadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A proposta das credoras é que o repasse seja feito diretamente a elas, para cobrir as dívidas. Além disso, a Raesa solicitou a  agência reguladora a negativação do CNPJ da AmE e da Eletrobras em função da inadimplência. Se isso ocorrer, a distribuidora amazonense não apenas ficará proibida de receber os recursos da CCC como não poderá aplicar qualquer reajuste tarifário. Procurada, a Eletrobras não se pronunciou.


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Green equity

21/08/2013
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Funcef e Previ estão envolvidos na criação de um fundo de participações para financiar projetos de reflorestamento e manejo sustentável na Região Amazônica. A tour de force ambiental deverá ter ainda a participação do Banco da Amazônia (Basa).


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Creme hindu

8/08/2013
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O bilionário indiano Adi Godrej vai invadir o pedaço da Natura. Planeja montar no Brasil uma fábrica de cosméticos, usando predominantemente matérias- primas da Amazônia. Executivos do Grupo Godrej vêm mantendo contatos com produtores da região, inclusive fornecedores da própria Natura.


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Jeito brasileiro

30/07/2013
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Walter Faria, dono da Cervejaria Petrópolis, encontrou um jeito inusitado de se aproximar da paraense Cerpa sem assustar seu controlador, Konrad Karl Seibel. Faria propôs um acordo de compartilhamento de produção e de logística. O negócio abriria o mercado fora da Amazônia para a Cerpa, que tem marcas premium, como a Cerpa Export, com boa aceitação em grandes capitais do país. Em troca, descortinaria uma janela para, quem sabe, uma futura aquisição. Consultadas, a Cerpa e a Petrópolis não se manifestaram.


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Carro novo

25/07/2013
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Executivos da chinesa Geely, dona da Volvo Cars, virão ao Brasil em agosto. Têm uma agenda de reuniões com os governos do Amazonas, da Bahia e de São Paulo. Em pauta, as primeiras tratativas para a construção de uma fábrica no Brasil.


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Estudo da EPE é só mais um papel na mesa de Dilma

25/07/2013
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Se autonomia é desencontro ou abandono, as empresas de planejamento jamais tiveram tanto independência. O governo Dilma Rousseff virou de costas para estas instituições, ignorando-as ou desautorizando-as em diversas situações. Um bom exemplo é a Empresa de Planejamento e Logística (EPL), do “ex-capitão dos transportes de Dilma”, Bernardo Figueiredo. O manda- chuva em passado recente tem sido pisoteado pelo secretário do Tesouro, Arno Augustin, que alterou, sem dar satisfações, a taxa de retorno de aproximadamente 8% negociada com as empresas de transporte interessadas no trem-bala. Augustin desprezou o trabalho da EPL e definiu a taxa em 7%. Figueiredo nem mais participa das reuniões com empresários do setor ferroviário. Ele não está sozinho. Pode chorar junto com Mauricio Tolmasquim, presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Até agora, o Planalto não fez um movimento sequer em resposta a um documento da maior gravidade enviado recentemente pela EPE. Baseandose no cruzamento de dados da matriz energética e das projeções de aumento da demanda nos próximos anos, a empresa produziu um estudo alertando sobre a necessidade de instalação de 42 usinas hidrelétricas. Isso mesmo, 42 usinas. No entendimento dos técnicos da EPE, este é a quantidade de empreendimentos de que o país precisa para afastar qualquer risco no suprimento de energia elétrica na próxima década. Antes que alguém pense numa fieira de gigantescas construções, do tamanho de Jirau ou Belo Monte, ressaltese que o estudo é bastante pé no chão. O número inclui geradoras dos mais diversos portes, a maioria delas na Bacia do Amazonas. No entanto, a EPE parece falar de um Brasil alienígena, que só existe em suas planilhas e projeções. O Brasil do Ministério de Minas e Energia é impávido e incandescente, pródigo na autogeração de energia. Ao menos é o que sugere o enorme gap entre o total de hidrelétricas apontado no estudo da EPE e a soma de novos projetos incluídos no Plano Decenal 2012-2021: apenas oito usinas. Mesmo com a inserção de mais sete hidrelétricas na versão 2022 do Plano Decenal, já sinalizada pelo governo, ainda assim a distância permanece enorme. Mesmo com os solavancos no crescimento da economia, a estimativa é que o país necessitará de um aumento da oferta do insumo da ordem de 4% ao ano até 2024. Em números arredondados, isso significa a construção de uma Belo Monte a cada um ano e meio. Isso se o plano de eficiência energética for cumprido a  risca, o que geraria uma economia de aproximadamente 32 mil GWh ao longo da próxima década. O estudo da EPE evidencia o quanto o governo bate cabeça nos mais variados assuntos. Segundo uma alta fonte da pasta de Minas e Energia, o ministro Edison Lobão acenou a  presidente Dilma Rousseff sobre a viabilidade de construir, até 2025, ao menos 36 das 42 usinas indicadas pela EPE, incluindo as hidrelétricas dos rios Tapajós, Teles Pires e Juruena, cujos projetos estão mais avançados. No total, estes empreendimentos exigiriam mais de US$ 50 bilhões de investimentos. Dilma, no entanto, segue impassível em relação ao assunto. Ainda assim, cabe a pergunta: se dá para erguer este contingente de geradoras em pouco mais de uma década, por que o Plano Decenal, na melhor das hipóteses, prevê a construção de apenas 15?

Acervo RR

Sumitomo

15/07/2013
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A Sumitomo pretende investir aproximadamente R$ 1 bilhão na construção de termelétricas a gás natural na Amazônia.


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Voo próprio

9/07/2013
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A amazonense Petróleo Sabbá planeja montar uma rede de postos com bandeira própria. A medida seria um chega pra lá na Raizen, com quem mantém uma parceria no setor.


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Sol nascente

3/07/2013
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Um fundo de investimentos japonês, voltado a  área de sustentabilidade, negocia com o governo do Amazonas um projeto de manejo sustentável de florestas. De repente, pingam nessa mata cerca de R$ 500 milhões


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CR Almeida

27/06/2013
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A CR Almeida vem reduzindo seu latifúndio na Amazônia. Está se desfazendo de terras para forrar seu caixa com vistas ao próximo leilão de concessões rodoviárias


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Rio e riacho

20/06/2013
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BNDES e Basa costuram uma parceria para financiar a construção de terminais portuários, marítimos e fluviais, na Amazônia. O propósito é abrir novos veios para o escoamento de soja do Centro-Oeste. Procurado, o BNDES não se pronunciou. Já o Basa informou, genericamente, ter uma parceria com o banco de fomento para investimentos na região.


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Preferida da Marinha

5/06/2013
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A cantora Emilinha era a preferida da Marinha, Marlene, da Aeronáutica e, agora, Gleisi Hoffmann é a “rainha” das nações indígenas do Amazonas. Na sua Curitiba, então, são capazes de comê-la viva. A indianada detesta Gleisi até quando ela estende a mão para o diálogo. Alguém de má-fé fez a cabeça dos silvícolas de que a louruda é quem comanda o endurecimento do governo contra as ocupações de obras e obstruções de estradas. Em boa hora, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, que é do ramo e tem mais instrumental para apaziguar os ânimos, assumiu a interlocução com as lideranças indígenas.


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The Sun of Pará

24/05/2013
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O empresário paraense Rômulo Maiorana Jr. quer ser uma espécie de “Murdoch no Tucupi”. Dono do Grupo ORM, entre outros negócios repetidor da Rede Globo no Pará, Maiorana tem se movimentado para comprar emissoras de rádio e TV no Amazonas e no Tocantins.


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Trator

21/03/2013
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chileno São Paulo e Amazonas disputam a fábrica de tratores que a chilena Gildemeister pretende construir no Brasil. Ressalte- se que o grupo já está presente no país, por meio da fabricante de motocicletas Bramont, instalada em Manaus.

Acervo RR

Eletrobras é puro breu no leilão das usinas do Tapajós

5/03/2013
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Por vias oblíquas, o novo modelo de renovação das concessões do setor elétrico está colocando em risco a viabilidade de um dos maiores projetos de infraestrutura do Brasil: a construção das hidrelétricas do rio Tapajós, na Amazônia, empreendimento incluído no PAC 2 e orçado em mais de R$ 20 bilhões. O nó górdio diz respeito a  Eletrobras, peça-chave desta engrenagem. A exemplo de Belo Monte, todo o modelo de licitação das usinas do Tapajós foi montado com base no ingresso da estatal no consórcio vencedor com um percentual expressivo. Esta premissa, no entanto, tornou- se fósforo queimado. No governo, há um consenso de que, nas atuais circunstâncias, a participação da Eletrobras no projeto, ao menos nas condições originalmente estabelecidas, é inviável. Com as perdas decorrentes da redução das tarifas de energia – que, segundo cálculos conservadores, podem chegar a R$ 18 bilhões nos próximos quatro anos -, dificilmente a empresa terá fôlego para participar simultaneamente de duas empreitadas deste porte, contando Belo Monte. Na área de Minas e Energia, o entendimento é que a dupla presença da Eletrobras só seria possível mediante uma complexa engenharia contábil, leia-se um aporte do Tesouro, ideia que, no momento, não conta com a simpatia do Planalto. Segundo fontes do Ministério de Minas e Energia, na semana passada, Edison Lobão e o presidente da Eletrobras, José da Costa Neto, tiveram uma longa conversa sobre a questão. Uma das ideias aventadas é reduzir consideravelmente a participação acionária da Eletrobras. Em Belo Monte, contabilizando-se também as ações pertencentes a  Chesf e a  Eletronorte, a holding ficou com 49% do capital. No caso de Tapajós, esta fatia seria limitada a 25%. Além disso, a empresa teria a opção de venda de parte destas ações após a conclusão das obras e a entrada em operação da geradora. Pode até ser o que prega o bom senso, mas o temor do governo é que o encolhimento do aporte da Eletrobras, reconhecidamente a âncora dos leilões das grandes hidrelétricas, desestimule os investidores privados. Se o cobertor é curto, tome retalho. E, como de hábito, o costureiro está na avenida Chile. A solução natural para a menor participação da estatal seria o aumento do desembolso do BNDES, tanto no equity como no financiamento do consórcio vencedor do leilão. O governo corre contra o relógio. A produção das usinas do Tapajós já está contabilizada no Plano Decenal de Energia para 2020. Ou seja: sua entrada em operação é fundamental para o equilíbrio entre a oferta e a demanda de energia. A intenção do Planalto é realizar os leilões ainda neste ano, não obstante o risco de que os estudos de impacto ambiental só sejam concluídos em outubro.

Acervo RR

ISA olha para o futuro e não vê as linhas da CTEEP

28/02/2013
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Há quase sete anos, a ISA causou espanto ao desbancar o favoritismo dos grupos espanhóis e arrematar o controle da cobiçadíssima Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP) por aproximadamente US$ 530 milhões. Agora, no entanto, os colombianos estão prestes a tomar uma decisão que não deve surpreender os connaisseurs do setor elétrico. O grupo pretende negociar parte ou até mesmo a totalidade de suas ações na concessionária – hipótese esta que representará sua saída do Brasil. Segundo informações obtidas junto a  CTEEP, a inglesa National Grid já manifestou interesse pela aquisição do controle da empresa. Consultada, a CTEEP disse “não comentar especulações de mercado”. A principal motivação para o meia-volta, volver da ISA é a controversa política de renovação das licenças do setor elétrico lançada pelo governo Dilma Rousseff. A mudança das regras provocou um curto-circuito no grupo. Inicialmente, o Conselho de Administração da CTEEP chegou a recomendar aos acionistas controladores que recusassem a proposta de prorrogação das concessões. Posteriormente, com a decisão do governo de também remunerar os ativos de transmissão em operação antes de 2000, os colombianos aceitaram as novas condições. O que não quer dizer que tenham concordado com elas. O recuo já teria sido uma ação premeditada visando a  futura venda da CTEEP. Afinal, quem compraria uma empresa de transmissão com a maior parte de suas licenças caducando dentro de dois anos? A cada partida corresponde uma chegada. Neste caso, um retorno. A National Grid já esteve no Brasil, onde foi sócia da Intelig. Depois da incursão na área de telefonia, os ingleses querem voltar pisando na praia que mais conhecem – o setor de transmissão é responsável pela maior parte de seu faturamento. A partir da CTEEP, o grupo pretende disputar a licitação das linhas de transmissão que ligarão as grandes usinas da Amazônia ao Sistema Interligado Nacional; cada uma delas com mais de mil quilômetros de extensão. Antes, no entanto, terá de desenrolar o emaranhado da CTEEP. A indenização que a empresa deverá receber do governo pela redução das tarifas, em torno de R$ 3 bilhões, não daria nem para a saída. Não por outro motivo, a ação da empresa caiu quase 20% desde o anúncio da mudança das regras, no fim de agosto do ano passado.

Acervo RR

Saraiva põe seu site na vitrine

5/02/2013
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O livro-caixa da Saraiva deveria ser incluído na lista dos mais lidos do mês. O tomo está na mesa de cabeceira de executivos da Amazon e da B2W. Segundo informações filtradas junto a  própria rede de livrarias, a gigante norteamericana e a holding controladora do Submarino e da Americanas.com manifestaram interesse em comprar sua operação de comércio eletrônico. As conversas com a Amazon já renderiam um bom número de páginas. Tiveram início em setembro, quase que simultaneamente a  chegada dos norte-americanos no mercado brasileiro. Já B2W teria entrado no páreo apenas no início do ano. No caso da Amazon, a aquisição permitiria ao grupo duplicar a oferta de títulos em português, com a incorporação das mais de 12 mil obras que compõem o acervo da Saraiva. A B2W, por sua vez, fincaria os dois pés em um segmento do comércio eletrônico que nunca foi seu forte. As vendas on-line respondem por mais de 30% do faturamento do Grupo Saraiva. Parte da família controladora da companhia é contra a venda da operação. No entanto, o cobertor é curto. A negociação permitiria a  empresa investir com folga na expansão de suas lojas físicas. Consultadas, Saraiva e B2W responderam, em coro, que não comentam especulações de mercado. O RR também tentou contato com a Amazon, mas não obteve retorno.

Acervo RR

Banco da Amazônia

25/01/2013
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As informações sobre a permanência de Guido Mantega na Fazenda foram recebidas com muxoxos na diretoria do Banco da Amazônia. No Basa, já se dá como certo que Mantega brecará a proposta para que a instituição financie projetos de empresas sediadas na Região Norte em outras áreas do país.


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BR Malls

21/01/2013
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A BR Malls, que recentemente aumentou sua participação no Amazonas Shopping, pretende assegurar uma opção de compra do controle até o fim de 2014.

Acervo RR

Grupo Pearson escreve a compra da Companhia das Letras

7/01/2013
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00O Brasil é o prefácio e o posfácio do grupo britânico Pearson na sua agressiva estratégia de expansão mundial com base nos mercados emergentes. O país está sublinhado no mapa dos ingleses como o número um para aquisições. Após um período de hibernação desde a compra, em julho de 2010, dos sistemas de ensino da SEB (COC, Dom Bosco, Pueri Domus e Name) por R$ 888 milhões, o grupo volta a s compras de olho na Companhia das Letras. A aquisição de 45% do capital da editora ocorreu em 2009. A proposta dos ingleses seria ficar com os 55% restantes e, assim, ter o controle integral da Companhia das Letras, que está entre as maiores do país. As negociações estão sendo conduzidas pela controlada Penguim, que se associou mundialmente com a Randon House, do grupo alemão Bertelsmann. A Pearson acredita que três anos é um período mais do que suficiente para que a empresa possa caminhar com as próprias pernas, sem depender do conhecimento dos sócios das famílias Schwarcz e Moreira Salles. Para o grupo Pearson, a compra da Companhia das Letras é a obra perfeita para iniciar no país seu plano de montar uma base de expansão editorial na América Latina a partir do Brasil. A ideia é adquirir editoras na Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru e México nos próximos dois anos e levar a Companhias das Letras a disputar a liderança do mercado editorial da região. A editora será transformada em uma holding para agrupar as aquisições e estabelecer uma estratégia única de crescimento na América Latina. Nesse novo contexto, o Brasil deverá responder por mais da metade do faturamento da Companhia das Letras, que, por sua vez, representaria em torno de 10% da receita mundial dos negócios editoriais do grupo Pearson, na faixa de US$ 5 bilhões. Procurados, o grupo Pearson não se pronunciou. Já a Companhia das Letras negou a operação. Na cartilha dos ingleses, estaria reservado ainda para a Companhia das Letras o lançamento de um site de vendas de livros em português e espanhol para atender a cerca de 50% do mercado latino-americano em uma primeira etapa. Em cinco anos, chegaria a 70%. O objetivo do grupo Pearson é concorrer diretamente com a Amazon na região e enfrentar o crescimento das concorrentes locais, cada vez mais associadas a grupos internacionais. No que depender do apetite dos ingleses, o fechamento da transação deverá ocorrer até meados deste ano, tempo suficiente para a realização da due diligence e formatação da proposta final.

Acervo RR

Sivam II pisca no radar da Defesa

12/12/2012
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Tirá-los do papel são outros quinhentos, mas o que não falta no Ministério da Defesa são grandes projetos. Além da licitação dos caças da Força Aérea, há anos parada na cabeceira da pista, há no front outro empreendimento bilionário. O ministro Celso Amorim fez chegar a s mãos de Dilma Rousseff a proposta de instalação do Sivam II, como sugere o nome complementar ao sistema instalado ainda no governo de Fernando Henrique. O objetivo da versão 2.0 é ampliar a área de cobertura do monitoramento aéreo na Amazônia, que, entre outros objetivos, reforçaria o combate a  entrada de drogas no país. O Sivam II envolve outros países do continente, como Venezuela e Peru. O projeto pode chegar a US$ 2 bilhões. Quem paga? Aí é que são elas.

Acervo RR

O “Fitzcarraldo cearense” e o colosso do Mearim

12/11/2012
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O empresário cearense Raimundo Pessoa é uma espécie de versão bem-sucedida do aventureiro Brian Sweeney Fitzgerald. Fitzcarraldo, como era mais conhecido devido a  pronúncia dos silvícolas, tentou construir uma estrada de ferro, a Transandina, e uma casa de ópera na remota cidade de Iquitos, no Alto Amazonas, entre outros projetos tresloucados. Acabou ostentando a comenda de “Conquistador do Inútil”. Pessoa, por motivos bem menos grandiloquentes, também já foi tratado como um empreendedor delirante. Beirando os 84 anos e com uma comunicação verbal traduzida por muito poucos, o empresário vive cercado por raros colaboradores, em um pequeno escritório, com mobiliário franciscano, ínfimo se comparado a  grandeza dos seus planos. Antes que se pense que Pessoa quis levar algum barco nas costas de nativos até o cume de uma montanha íngreme, é bom ressaltar que o empresário costuma acertar mesmo quando erra. Para quem não se lembra, foi dono da Companhia Paraibuna de Metais, um gigante na produção de zinco em seu tempo. Pois bem, quando o negócio desandou “Raimundão” se tornou referência nacional por ter sido responsável por uma das mais espetaculares vendas da história do business nacional. O herdeiro da espada de zinco foi a Previ, em uma operação de compra casada com a Companhia Caraíba Metais, que era quem injetava proteína na então chamada de Companhia Brasileira de Metais. Mas Pessoa passou dessa para uma ambição maior. Cismou de se tornar o “Rockfeller tupiniquim”, adquirindo áreas de exploração nos leilões da ANP. Achou pouco óleo, por enquanto. Mas vindo de quem vem, não é improvável que o insucesso se converta em boa ventura. Entretanto, a mais emblemática demonstração da sua capacidade de transformar castelos de sonho em montanhas de cédulas é o projeto da siderúrgica do Mearim, integrada com um terminal portuário na mesma região, além de uma usina termelétrica. No princípio, Pessoa tinha só o terreno, no município de Bacabeira (MA), e suas ideias. Dessa argila, moldou um projeto que consumiria US$ 6 bilhões em investimentos (valores de 2008). Foi considerado mais megalômano do que o próprio Fitzcarraldo. As considerações sobre a inviabilidade do projeto decorriam desde a falta de recursos até a inexistência de garantia do fornecimento do minério de ferro. O tempo deu voltas, todas elas a favor de Pessoa. O Terminal Portuário de Mearim (TPM), espécie de costela de Adão do idealizado complexo siderúrgico, está prestes a se tornar realidade com a melhor parceria possível. A Aurizônia, empresa de Pessoa, se associou a  Vale em um consórcio para a construção do TPM, que deverá ser um dos ativos da Valor da Logística Integrada (VLI), nova subsidiária da mineradora. O custo do projeto, segundo o governo do Maranhão, é de R$ 4,5 bilhões. O passo seguinte de “Raimundão” seria levantar a siderúrgica, com uma produção de 10 milhões de toneladas de chapas de aço, ou seja, o equivalente a duas Companhias Siderúrgicas do Atlântico (CSA). Pelo menos no plano original, a usina estaria operando a plena capacidade em 2018. Se alguém acha que tempo é um empecilho, “Raimundão” já deixou sua réplica para assumir o comando dos negócios. Adivinhe por que nome atende o sucessor: Raimundo Pessoa. Por isso, e muito mais, há quem diga que ele tornou-se uma dízima periódica. É um dos casos em que a vida imita o folclore até com mais exatidão.


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O "Fitzcarraldo cearense" e o colosso do Mearim

12/11/2012
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O empresário cearense Raimundo Pessoa é uma espécie de versão bem-sucedida do aventureiro Brian Sweeney Fitzgerald. Fitzcarraldo, como era mais conhecido devido a  pronúncia dos silvícolas, tentou construir uma estrada de ferro, a Transandina, e uma casa de ópera na remota cidade de Iquitos, no Alto Amazonas, entre outros projetos tresloucados. Acabou ostentando a comenda de “Conquistador do Inútil”. Pessoa, por motivos bem menos grandiloquentes, também já foi tratado como um empreendedor delirante. Beirando os 84 anos e com uma comunicação verbal traduzida por muito poucos, o empresário vive cercado por raros colaboradores, em um pequeno escritório, com mobiliário franciscano, ínfimo se comparado a  grandeza dos seus planos. Antes que se pense que Pessoa quis levar algum barco nas costas de nativos até o cume de uma montanha íngreme, é bom ressaltar que o empresário costuma acertar mesmo quando erra. Para quem não se lembra, foi dono da Companhia Paraibuna de Metais, um gigante na produção de zinco em seu tempo. Pois bem, quando o negócio desandou “Raimundão” se tornou referência nacional por ter sido responsável por uma das mais espetaculares vendas da história do business nacional. O herdeiro da espada de zinco foi a Previ, em uma operação de compra casada com a Companhia Caraíba Metais, que era quem injetava proteína na então chamada de Companhia Brasileira de Metais. Mas Pessoa passou dessa para uma ambição maior. Cismou de se tornar o “Rockfeller tupiniquim”, adquirindo áreas de exploração nos leilões da ANP. Achou pouco óleo, por enquanto. Mas vindo de quem vem, não é improvável que o insucesso se converta em boa ventura. Entretanto, a mais emblemática demonstração da sua capacidade de transformar castelos de sonho em montanhas de cédulas é o projeto da siderúrgica do Mearim, integrada com um terminal portuário na mesma região, além de uma usina termelétrica. No princípio, Pessoa tinha só o terreno, no município de Bacabeira (MA), e suas ideias. Dessa argila, moldou um projeto que consumiria US$ 6 bilhões em investimentos (valores de 2008). Foi considerado mais megalômano do que o próprio Fitzcarraldo. As considerações sobre a inviabilidade do projeto decorriam desde a falta de recursos até a inexistência de garantia do fornecimento do minério de ferro. O tempo deu voltas, todas elas a favor de Pessoa. O Terminal Portuário de Mearim (TPM), espécie de costela de Adão do idealizado complexo siderúrgico, está prestes a se tornar realidade com a melhor parceria possível. A Aurizônia, empresa de Pessoa, se associou a  Vale em um consórcio para a construção do TPM, que deverá ser um dos ativos da Valor da Logística Integrada (VLI), nova subsidiária da mineradora. O custo do projeto, segundo o governo do Maranhão, é de R$ 4,5 bilhões. O passo seguinte de “Raimundão” seria levantar a siderúrgica, com uma produção de 10 milhões de toneladas de chapas de aço, ou seja, o equivalente a duas Companhias Siderúrgicas do Atlântico (CSA). Pelo menos no plano original, a usina estaria operando a plena capacidade em 2018. Se alguém acha que tempo é um empecilho, “Raimundão” já deixou sua réplica para assumir o comando dos negócios. Adivinhe por que nome atende o sucessor: Raimundo Pessoa. Por isso, e muito mais, há quem diga que ele tornou-se uma dízima periódica. É um dos casos em que a vida imita o folclore até com mais exatidão.


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Amazon

30/10/2012
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A Saraiva não é o único alvo da Amazon no Brasil. Os norte-americanos também estão de olho na Livraria Cultura. Ressalte-se que a tradução desta obra tem tudo para ficar a cargo do executivo Mauro Widman, que conhece a língua das duas empresas. Ex-Cultura, Widman assumiu a área de e-books da Amazon. Consultada, a Livraria Cultura declarou “não comentar especulações”.


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Reforma

19/10/2012
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O PMDB está tentando arrumar uma vaga na Esplanada dos Ministérios para o senador e ex governador do Amazonas Eduardo Braga.

Acervo RR

Usina flambada

16/10/2012
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A Wa¤rtsila¤ leva na mão um isqueiro e uma garrafa de vodka Finlandia. Vai tentar incinerar na Justiça a concorrência para a construção de uma térmica do consórcio Amazonas Energia. Alega que a Andrade Gutierrez, vencedora da licitação, teria alterado o projeto após o resultado. Em jogo, um contrato de R$ 1 bilhão. Consultada, a Wa¤rtsila¤ nada disse. A Andrade Gutierrez informou que está executando “exatamente o que foi oferecido na proposta”.

Acervo RR

Cordão elétrico

3/10/2012
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Nem bem comprou a Celpa, a Equatorial Energia já iniciou articulações para adquirir a federalizada Amazonas Energia. Procurada, a Equatorial não retornou.

Acervo RR

Gás amazônico

25/09/2012
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A Mitsui está na primeira fila de candidatos a  compra da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás), que será privatizada no primeiro trimestre de 2013.


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Amazon

21/09/2012
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A Amazon, gigante mundial de comércio eletrônico, vai desembarcar no Brasil A operação deverá ser deflagrada no primeiro semestre de 2013.

Acervo RR

Democratas

17/09/2012
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A recente passagem de Bill Clinton por Belém não se limitou a  concorrida palestra no Congresso Brasileiro de Contabilidade. O ex-presidente norte-americano conversou com investidores brasileiros sobre um inusitado projeto, unindo manejo sustentável de florestas e exportação de frutas típicas da Amazônia.

Acervo RR

“Belo Monte 2”

27/08/2012
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James Cameron, Susan Sarandon, Letícia Sabatella e ambientalistas menos votados já podem ensaiar seus indignados discursos. Estudos do Ministério de Minas e Energia apontam que a construção das hidrelétricas do Rio Tapajós só será economicamente viável com a instalação de reservatórios de água, com o consequente alagamento de áreas da Floresta Amazônica.


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"Belo Monte 2"

27/08/2012
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James Cameron, Susan Sarandon, Letícia Sabatella e ambientalistas menos votados já podem ensaiar seus indignados discursos. Estudos do Ministério de Minas e Energia apontam que a construção das hidrelétricas do Rio Tapajós só será economicamente viável com a instalação de reservatórios de água, com o consequente alagamento de áreas da Floresta Amazônica.


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Irrigação

23/08/2012
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O Banco da Amazônia (Basa) planeja criar um braço de participações para investir nas empresas de saneamento da Região Norte. Coincidência ou não, o projeto surge em hora mais do que oportuna. A bancada da região no Congresso tem usado a operação como argumento para acelerar o aporte de R$ 1 bilhão do Tesouro no Basa, que está em banho-maria na Fazenda desde o início do ano.


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Dilma Rousseff

10/08/2012
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O empresário Pedro Passos, um dos sócios da Natura, tornou-se assíduo interlocutor de Dilma Rousseff e uma espécie de ministro informal para assuntos ambientais na Amazônia. Todas as suas conversas com a presidente, e não são poucas, envolvem projetos sustentáveis de inclusão social na região.

Acervo RR

GP dá uma aula de cobrança na Estácio

7/08/2012
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Rogério Frota Melzi assumiu em abril a presidência da Estácio Participações, mas, pelo excesso de pressão contra a estratégia de expansão dos negócios, não completará um ano no cargo. Nem mesmo o apoio da GP Investimentos, que o indicou para o cargo, está garantido. Executivos da gestora de fundos têm dito abertamente que o ritmo estabelecido por Rogério Melzi na ampliação da rede de ensino a  distância está abaixo da crítica. Enquanto o presidente defende uma posição mais cautelosa que permita um controle melhor sobre a qualidade dos centros, a GP e outros sócios exigem rapidez, com a abertura de unidades no Amazonas, Tocantins, Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Procurada pelo RR, a Estácio não quis se pronunciar. O foco dos acionistas são os imediatos ganhos de escala. O projeto é fundamental para o cumprimento da meta da Estácio de fincar sua bandeira em todos os estados do país até meados do ano que vem. Os investimentos da Estácio para o biênio 2012-2013 devem chegar a R$ 1 bilhão. A temperatura subiu nas últimas duas reuniões de diretoria realizadas no mês passado. Melzi sentiu o drama e está se mexendo para recuperar o tempo perdido. Terá que ser bem convicente, pois a lentidão fez a Estácio perder centros para concorrentes.

Acervo RR

Voith Hydro

26/07/2012
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No rastro dos projetos hidrelétricos do governo na Amazônia, a Voith Hydro vai expandir sua fábrica de equipamentos em Manaus. O projeto deve bater nos R$ 150 milhões.


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Arrastão

24/07/2012
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O grupo mineiro Kroton, do ex-ministro Walfrido dos Mares Guia, está negociando, de uma só tacada, a compra de cinco faculdades no Pará e no Amazonas. Espera concluir a pescaria até o fim de agosto. Procurada, a Kroton comunicou que “não comenta rumores de mercado”.


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Santander

19/07/2012
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Fundos ligados ao Santander negociam sua entrada na EBFlora, empresa de exploração de florestas sustentáveis. O aporte será destinado a  compra de terras na Amazônia. Consultado pelo RR, o Santander não quis se pronunciar. Já a EBFlora negou a operação.

Acervo RR

Carro de papel

11/07/2012
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O governador Omar Aziz vai pedir garantia firme a  Mitsubishi da sua promessa de instalar uma fábrica de carros elétricos no Amazonas. Aziz não aceitará que o anúncio tenha sido apenas uma peça de marketing arquitetada pela empresa para a Rio+20.


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Cavalo de pau

6/07/2012
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O governador do Amazonas, Omar Aziz, está pressionando os fabricantes de motos instalados na Zona Franca de Manaus a reduzir a importação de componentes. Aziz tem um projeto para estimular a instalação de fornecedores no estado. O RR entrou em contato com o Governo do Amazonas, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.


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Arame farpado

5/07/2012
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Os ministérios da Defesa e da Agricultura montaram uma força-tarefa para mapear a venda de terras a estrangeiros na Amazônia e no Centro- Oeste, especialmente em Mato Grosso. O foco são empresas de origem chinesa e norte-americana, absolutamente desconhecidas, que têm feito um arrastão na região.

Acervo RR

Carrefour procura um novo norte estratégico no Brasil

20/06/2012
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Ainda curando as feridas dos duros golpes que sofreu nos últimos três anos – notadamente um grave escândalo contábil, fechamento de lojas e a frustrada negociação com o Pão de Açúcar -, o Carrefour começa a sair das cordas. O novo CEO mundial do grupo, Georges Plassat, elegeu como uma das prioridades neste início de gestão a retomada dos investimentos no Brasil – não obstante a anunciada temporada de cortes globais. Será, ressaltese, um levantar tímido, gradativo, característico de quem ainda sente dores pelo corpo. O nº 1 do Carrefour no país, Luiz Fazzio, recebeu autorização dos franceses para tirar da gaveta o projeto de expansão na Região Norte, área onde a rede varejista tem sua operação mais modesta no Brasil. De acordo com informações filtradas junto a  própria empresa, o plano prevê a abertura de três hipermercados até o início de 2013. Todas as lojas ficarão no Pará, nas cidades de Belém, Marabá e Santarém. Segundo uma fonte ligada ao Carrefour, a decisão já teria sido comunicada ao governador do Pará, Simão Jatene. Trata-se de um aquecimento. A estratégia do grupo passa pela inauguração de 20 pontos de venda na região até 2014. Procurado, o Carrefour informou que não faz comentários sobre planos de expansão. O Carrefour considera fundamental para a sua operação no país a expansão no Norte e no Nordeste. O setor de varejo tem mantido, nos últimos anos, taxas de crescimento expressivas nestas regiões. Além disso, são áreas nas quais a consolidação e, consequentemente, a concentração de mercado não atingiram níveis similares aos do Sul e Sudeste. Ainda há uma pulverização do setor e um número razoável de redes regionais, inclusive alvos potenciais de aquisição no médio prazo. Outra razão é a necessidade do Carrefour de dar massa crítica a  sua operação local. Hoje são apenas seis lojas no Amazonas. As vendas destes estabelecimentos não compensam os altos custos logísticos necessários para a manutenção de uma estrutura de distribuição local. O avanço no norte do país tem forte valor simbólico para o Carrefour. Os franceses pretendem associar os investimentos a  ideia de reequilíbrio das operações no Brasil. O grupo espera ainda dispersar os boatos de que continuaria disposto a se desfazer de seus negócios no país – recentemente, a mídia internacional levantou a possibilidade de o Walmart comprar ativos do Carrefour não apenas no mercado brasileiro como em outros países da América Latina.

Acervo RR

CNA

13/06/2012
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Katia Abreu é mulher de mil e um hectares. A senadora e presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) estaria negociando com investidores europeus a criação de uma empresa de agribusiness focada na Região Amazônica. Por vias oblíquas, a porção empresária de Katia Abreu vai ajudar um bocado na imagem da senadora. A ideia é vincular todos os projetos a contrapartidas ambientais. Procurada por meio da assessoria da CNA, Katia Abreu não se pronunciou sobre a informação.

Acervo RR

Geradoras de energia recebem afago do governo

6/06/2012
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O setor elétrico também vai ganhar seu pacote de bondades. O governo trabalha em uma série de medidas com o objetivo de estimular novos investimentos privados na área de geração. Segundo uma fonte do Ministério de Minas e Energia, as propostas deverão ser anunciadas até o fim de agosto. BNDES e Eletrobras serão os protagonistas deste enredo elétrico. Como forma de viabilizar a instalação de usinas, o banco e a estatal vão entrar como sócios dos projetos. A tendência é que a participação somada da dupla não ultrapasse os 40%. Hidrelétricas e outros empreendimentos baseados em fontes renováveis terão preferência. As medidas passam também pelos órgãos reguladores. Aneel, Ibama e ANA serão instados pelo governo a acelerar a concessão das respectivas licenças. Segundo estimativas do próprio Ministério de Minas e Energia, até 2016 a expansão da oferta privada de energia vai girar em torno de quatro mil megawatts por ano. O cobertor pode até ser elétrico, mas é curto demais. Se o crescimento médio do PIB no período bater no patamar de 4%, esse aumento será insuficiente para atender a  ampliação da demanda. A preocupação do governo aumenta diante do ritmo de construção das grandes usinas hidrelétricas da Amazônia, que segue a passos mais lentos do que o previsto. Nesta coqueteleira, adicione-se ainda o apagão do programa nuclear brasileiro. Até 2020, apenas Angra 3 será construída. O projeto de instalação de outras quatro usinas nucleares foi jogado para escanteio. Não é por outro motivo que, além do pacote de estímulo a novos investimentos no setor, o Planalto deverá confirmar a renovação das concessões das geradoras que vencem em 2015.

Acervo RR

Three Gorges dá uma descarga elétrica na EDP

30/05/2012
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A EDP está morta! Viva a EDP! A companhia portuguesa – que vivia seu fade out na Terra de Vera Cruz – redescobriu o Brasil. A chinesa Three Gorges, nova controladora da empresa, promete recarregar as baterias da subsidiária brasileira. A primeira medida envolve um pacote de investimentos nos segmentos de geração e distribuição. O valor só será definido pelos asiáticos no segundo semestre, mas, segundo uma fonte ligada a  EDP Brasil, a cifra não deve ficar abaixo dos US$ 500 milhões. Os planos incluem a construção de hidrelétricas e até mesmo a compra de participações em concessionárias estaduais – o grupo é controlador da Bandeirante, de São Paulo, e da capixaba Escelsa. Procurada, a EDP negou o projeto. No entanto, segundo a mesma fonte, a Three Gorges pretende transformar a EDP Brasil em uma holding com múltiplos negócios na área de energia. O próximo passo será a entrada no segmento de gás natural. Na sede do grupo no Brasil, já se fala na possibilidade de criação de uma subsidiária, informalmente já batizada de EDP Gás. A ideia dos chineses é criar uma corrente contínua neste mercado. A empresa entraria no capital de distribuidoras estaduais de gás e, com isso, garantiria o fornecimento de matéria-prima para novas termelétricas. A EDP estaria negociando com a russa Gazprom e a BP a construção de duas usinas na Região Nordeste, com capacidade de 500 megawatts cada uma. A operação das geradoras deverá ficar a cargo dos luso-chineses. A Three Gorges olha para o Brasil e enxerga um pote de ouro no fim do arco-íris. De operação prestes a ser apagada – o governo português chegou a procurar um comprador para a Bandeirante e a Escelsa – a subsidiária brasileira tornou-se a grande aposta dos chineses. Com a crise europeia, o grupo deverá transferir para o país um volume cada vez maior de investimentos. A decisão de atuar em termeletricidade, por exemplo, representa uma aposta da EDP na futura produção de gás natural da camada de présal. Além disso, a empresa acredita que ainda existe um grande potencial de crescimento da participação do gás na matriz energética por conta das dificuldades do governo em acelerar projetos hidrelétricos na Amazônia.


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Iberdrola

15/05/2012
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Com ou sem State Grid, mais um indício de que a Iberdrola está com um pé fora da NeoEnergia. Os espanhóis transferiram para a também controlada Elektro todos os estudos para a construção de hidrelétricas na Amazônia que eram tocados por meio da Neo- Energia. Procurada, a NeoEnergia não se pronunciou.

Acervo RR

Mantega faz lipoaspiração nos recursos do BNB e do Basa

2/05/2012
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A possível mudança das regras do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FNDE) e do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA) acendeu um rastilho de pólvora no relacionamento entre o ministro Guido Mantega e um grupo de governadores. O motivo é a proposta de que a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil passem a conceder empréstimos com recursos das duas carteiras, prerrogativa que sempre foi exclusividade dos bancos de fomento regionais, leia-se Basa e Banco do Nordeste. Uma tropa de choque de governadores do Norte e do Nordeste, capitaneados por Eduardo Campos (PE) e Simão Jatene (PA), tem feito pressão em Brasília para evitar a dispersão dos recursos. Um de seus principais interlocutores e aliados é o titular da Pasta da Integração Nacional, Fernando Bezerra, que, diga-se de passagem, está longe de ser um dos nomes mais fortes da Esplanada dos Ministérios. Para todos os efeitos, Mantega argumenta que a medida se deve a  necessidade de enquadramento do Basa e do BNB no índice da Basileia. No entanto, os governadores acham que tudo não passa de uma manobra da Fazenda com o deliberado objetivo de esvaziar os dois bancos regionais. Até porque Mantega já teria sinalizado a intenção de aumentar gradativamente o volume de recursos repassados a  CEF e ao BB. Qualquer tiro na direção do Basa e do BNB atinge em cheio os governadores do Norte e do Nordeste. Significa automaticamente uma perda de poder, seja no que diz respeito a  obtenção de recursos, seja em relação a  influência política sobre as duas instituições. Eduardo Campos, Simão Jatene e cia. temem ainda que a lipoaspiração do Basa e do BNB se estenda para a Sudam e a Sudene, que também usam recursos provenientes dos dois fundos. No entanto, os fantasmas que rondam os políticos nordestinos arrastam correntes ainda mais pesadas. Há um receio de que Guido Mantega nutra a maior simpatia pela ideia de extinção do Basa e do Banco do Nordeste.

Acervo RR

Zona Franca sofre com a hemorragia de empregos

27/04/2012
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O governador do Amazonas, Omar Aziz, escoltado pela bancada do estado no Congresso, iniciou uma cruzada em Brasília. Já bateu na porta dos ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. Aziz está tentando arrancar do governo um novo aumento das alíquotas de importação de eletroeletrônicos e eletrodomésticos. O alvo principal é o segmento de linha branca, com especial atenção para aparelhos de ar condicionado. Em outro front, o governador do Amazonas reivindica também a elevação dos tributos para a entrada de motocicletas no país. O objetivo de Aziz é estancar urgentemente a hemorragia de postos de trabalho na Zona Franca de Manaus. A atual situação no polo industrial é considerada como gravíssima pelo governo do estado. Desde janeiro, as empresas da Zona Franca já degolaram mais de cinco mil trabalhadores. O número já supera o volume de demissões registrado durante todo o ano passado. Mesmo com as recentes medidas de estímulo ao setor industrial anunciadas pelo Planalto, Omar Aziz tenta convencer o governo que o doente precisa de uma injeção emergencial na veia e só o aumento das alíquotas de importação em determinados setores poderá amenizar este quadro. O governador do Amazonas vocaliza um pleito das próprias empresas da Zona Franca, que têm jogado a fatura das demissões por inteiro na crescente importação de eletroeletrônicos da asia.


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Fora do radar

16/04/2012
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O ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento estaria envolvido em um projeto para a criação de uma companhia aérea regional no Amazonas e no Pará. Deverá ter como sócios investidores do Norte do país, que, aliás, não estariam muito dispostos a se expor.

Acervo RR

Kraft Foods conta cada centavo no Brasil

4/04/2012
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O ar está carregado na Kraft Foods. Nos corredores da empresa, respira-se tensão, notadamente entre os integrantes do alto-comando. O motivo são as crescentes cobranças da matriz por aumento dos resultados no país. O peso sobre os ombros de Marcos Grasso, presidente da empresa no Brasil, é cada vez maior. A expectativa dos norte-americanos é que o faturamento da subsidiária cresça 40% nos próximos dois anos. Trata-se de uma meta draconiana, a julgar pelo desempenho recente da empresa. Nos últimos cinco anos, o aumento médio da receita ficou em torno dos 10%. A pressão da matriz é proporcional aos investimentos previstos para o Brasil. Até 2014, a Kraft desembolsará cerca de US$ 300 milhões. Dois terços deste valor serão destinados a  construção e ampliação do parque fabril. Procurada, a Kraft não se pronunciou até o fechamento desta edição. O principal projeto da Kraft no Brasil é a fábrica que está sendo construída em Vitória de Santo Antão (PE), orçada em US$ 150 milhões. O grupo estuda a instalação de outro complexo industrial. Pará e Amazonas disputam o empreendimento, que marcará o desembarque da empresa na Região Norte. O investimento no Brasil e a respectiva cobrança são alimentados pelo fraco desempenho da Kraft nos Estados Unidos. O mercado brasileiro se tornou a principal aposta dos norte-americanos para compensar a queda dos resultados em sua terra natal.

Acervo RR

Amazon in Brazil

26/03/2012
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No rastro da Apple, a Amazon pretende produzir o tablet Kindle Fire no Brasil. Difícil tem sido arrumar um parceiro que assuma a fabricação. Os norte-americanos fazem mil e uma exigências contratuais.


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Iberostar

16/03/2012
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O Brasil tem deixado a Iberostar mareada. A rentabilidade dos cruzeiros fluviais oferecidos pelos espanhóis na Região Amazônica afunda cada vez mais. O RR entrou em contato com a Iberostar, mas não teve retorno até o fechamento da edição.

Acervo RR

Jari Celulose abre as portas para um sócio da China

29/02/2012
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Mais de quatro décadas após a ousada – e malsucedida – ideia de Daniel Ludwig, o sinuoso Projeto Jari está prestes a fazer outra de suas tantas curvas. Sergio Amoroso, presidente do Grupo Orsa e controlador da Jari Celulose, prepara a venda de parte do capital da empresa. O principal candidato é a April SSYMB, uma das maiores produtoras de celulose da China. Desde o fim do ano passado, Amoroso já teria ido duas vezes a  sede da empresa em Rizhao, na província de Shandong. Sua ideia é vender 50% do capital da Jari Celulose, passando a dividir o controle da operação com os chineses. Segundo uma fonte que acompanha as negociações, Amoroso também compartilhará a administração da empresa com os chineses, permanecendo a  frente da gestão executiva. Um acordo de acionistas garantirá a  April SSYMB a indicação de diretores da Jari Celulose. A associação com a April SSYMV é vista pelo empresário como a oportunidade de tirar da gaveta o projeto de construção de uma fábrica de fibra de celulose, com capacidade de produção de 1,5 milhão de tonelada ao ano. O investimento está orçado em US$ 400 milhões. Procurado pelo RR, o Grupo Orsa negou a operação. Amoroso tem a seu favor o forte interesse da April SSYMB de fincar sua bandeira no Brasil. O grupo trata este movimento como estratégico, sobretudo no que diz respeito a  garantia de suprimento de matéria-prima. O país é um dos três maiores fornecedores de celulose para a China. As negociações entre a Orsa e a empresa asiática passaram por alguns gargalos. Inicialmente, os chineses queriam ter o controle da Jari, mas já cederam neste ponto. De acordo com a mesma fonte, a Orsa Florestal, subsidiária do grupo responsável por uma área de 800 mil hectares de reservas na Amazônia, também deverá entrar no negócio. Não é de hoje que Sergio Amoroso procura um sócio para Jari. Mas antes de sair em um busca de um parceiro, precisou arrumar a casa, leia-se, notadamente, o equacionamento da dívida da empresa, que já passava dos US$ 400 milhões. Jari produz por ano cerca de 350 mil toneladas, sendo responsável por quase 30% do faturamento do Grupo Orsa.


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Novos trilhos

24/02/2012
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A Casa Civil e o Ministério dos Transportes trabalham em um projeto capaz de alterar significativamente a infraestrutura logística no Centro- Oeste e na Região Amazônica. Em pauta, a construção de uma ferrovia que interligaria cidades do Mato Grosso, Amazonas, Rondônia e Acre.

Acervo RR

Walmart desbrava o varejo da Região Norte

16/02/2012
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Após dedicar os últimos meses a uma dolorosa reestruturação administrativa, que custou a cabeça de diversos executivos, o Walmart vai acelerar seus planos de expansão. Os investimentos em maior escala, que acabaram eclipsados pelas mudanças internas, serão retomados com um projeto fundamental do ponto de vista geoeconômico e já há algum tempo guardado na gaveta: o desembarque no Norte do país. Trata-se da única região onde a rede varejista ainda não está presente no Brasil. O grupo norte-americano vai adotar um modelo híbrido para desbravar esta nova fronteira. Na coqueteleira entrarão tanto a abertura de lojas próprias quanto aquisições. Até o fim do ano, deverão ser inauguradas dez lojas, a começar por Pará e Tocantins. Até lá, no entanto, os norte-americanos esperam já ter cravado ao menos uma aquisição de relevância na região. Segundo o RR apurou, dois nomes encabeçam a lista de compras do Walmart: a paraense Líder Supermercados, com 14 lojas, e o Grupo DB, maior rede varejista da Amazônia, com 19 super e hipermercados. A rede do Pará tem uma receita anual de R$ 1,4 bilhão. Por sinal, seu faturamento por metro quadrado é superior até mesmo ao do Walmart no Brasil: R$ 25 milhões contra R$ 18 milhões. No caso da DB, há duas fortes motivações para a investida do Walmart. Além de fisgar uma das maiores redes da região, o grupo tiraria da prateleira um ativo cobiçadíssimo por seus concorrentes. Procurado pelo RR, o Walmart informou que não “comenta especulações de mercado”. A DB e a Líder negaram qualquer negociação. O Walmart pretende estar presente em todos os estados da Região até 2013. Nas unidades federativas menores, caso de Acre, Rondônia e Roraima, a entrada deverá ocorrer mesmo com a abertura de lojas próprias. Para dar suporte a  entrada e aos planos de rápida expansão no Norte, a rede varejista pretende construir dois centros de distribuição, que, provavelmente, ficarão no Amazonas e no Pará.

Acervo RR

Olhai o Lírio

8/02/2012
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Um grupo de empresários amazonenses ligados ao PMDB estaria articulando a candidatura de Lírio Parisotto a  Prefeitura de Manaus. Fundador e presidente do Conselho de Administração da Videolar, Parisotto tem se destacado como um dos mais agressivos gestores de recursos do país. Seu fundo, o Geração L. Par, tem em carteira quase R$ 2,5 bilhões.

Acervo RR

Novos caças da FAB

8/02/2012
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Não obstante os sucessivos adiamentos da compra dos novos caças da FAB, o Ministério da Defesa pretende resgatar outro grande projeto, há tempos engavetado por questões orçamentárias. Está na mesa do ministro Celso Amorim uma nova proposta para a implantação do Sivam II, que ampliará a área de cobertura do monitoramento aéreo da Amazônia. Esta segunda versão envolve parcerias com outros países do continente, como Venezuela e Peru. Procurado pelo RR, o Ministério da Defesa não quis se pronunciar.

Acervo RR

Fim de uma era

6/02/2012
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Surgiu uma nova fagulha na relação entre Abílio Diniz e o Casino. A investida do Pão de Açúcar sobre a rede de supermercados amazonense DB teria sido uma iniciativa unilateral do empresário, sem a anuência dos sócios. Comentário da fonte do RR: “Deixem Diniz aproveitar seus últimos meses de reinado no Pão de Açúcar”.

Acervo RR

Novo Norte

30/01/2012
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A mexicana Homex vai desbravar a Amazônia. A construtora, que tem acumulado resultados pouco animadores em seus primeiros negócios no Brasil, em São Paulo e no Centro-Oeste, tem comprado terrenos para a construção de casas populares nas capitais da Região Norte.


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A quem interessa o "Oscar da Vergonha"?

26/01/2012
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A indicação da Vale como candidata ao “Oscar da Vergonha” – uma comédia burlesca promovida por ONGs ambientalistas midiáticas – tem um significado similar ao da nota AAA concedida pelas agências classificadoras de risco ao Lehman Brothers. Só que de cabeça para baixo. A Vale não vai quebrar o ecossistema como a banca viciada fez com o sistema financeiro mundial. Até porque a companhia tem um histórico de boas práticas na área da sustentabilidade. É curiosa, para não dizer suspeita, a campanha para manchar a empresa. Durante um certo período a Vale foi premiada como referência de comportamento corporativo em meio ambiente e tem publicado relatórios de sustentabilidade todos esses anos. A provável “vitória desonrosa” da companhia na competição pelo título de vilã do meio ambiente desdenha critérios rigorosos e mais parece um linchamento pela internet. A Vale não tem direito de defesa, os eleitores são todos contra ela e fica vedada qualquer listagem de apoio no mesmo escrutínio. Ou seja, os responsáveis pela condenação da empresa são entidades “isentas de carteirinha”, tal como a Rede Justiça nos Trilhos, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, o International Rivers e a Amazon Watch. Maior viés, nem por encomenda. A festa do “Oscar da Vergonha” mais parece uma iniciativa para viabilizar acusações espúrias contra a Vale, que favorecerão práticas da concorrência, tais como o denuncismo de dumping social. Enseja a busca de argumentos para que outros foros de arbitragens sejam escolhidos nos contenciosos socioambientais. E revela o firme empenho de subtrair da companhia a soberania sobre sua política de sustentabilidade. É uma malfeitoria disfarçada de bom mocismo.

Acervo RR

A quem interessa o “Oscar da Vergonha”?

26/01/2012
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A indicação da Vale como candidata ao “Oscar da Vergonha” – uma comédia burlesca promovida por ONGs ambientalistas midiáticas – tem um significado similar ao da nota AAA concedida pelas agências classificadoras de risco ao Lehman Brothers. Só que de cabeça para baixo. A Vale não vai quebrar o ecossistema como a banca viciada fez com o sistema financeiro mundial. Até porque a companhia tem um histórico de boas práticas na área da sustentabilidade. É curiosa, para não dizer suspeita, a campanha para manchar a empresa. Durante um certo período a Vale foi premiada como referência de comportamento corporativo em meio ambiente e tem publicado relatórios de sustentabilidade todos esses anos. A provável “vitória desonrosa” da companhia na competição pelo título de vilã do meio ambiente desdenha critérios rigorosos e mais parece um linchamento pela internet. A Vale não tem direito de defesa, os eleitores são todos contra ela e fica vedada qualquer listagem de apoio no mesmo escrutínio. Ou seja, os responsáveis pela condenação da empresa são entidades “isentas de carteirinha”, tal como a Rede Justiça nos Trilhos, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, o International Rivers e a Amazon Watch. Maior viés, nem por encomenda. A festa do “Oscar da Vergonha” mais parece uma iniciativa para viabilizar acusações espúrias contra a Vale, que favorecerão práticas da concorrência, tais como o denuncismo de dumping social. Enseja a busca de argumentos para que outros foros de arbitragens sejam escolhidos nos contenciosos socioambientais. E revela o firme empenho de subtrair da companhia a soberania sobre sua política de sustentabilidade. É uma malfeitoria disfarçada de bom mocismo.

Acervo RR

Gran Colombia Gold inicia sua corrida do ouro no Brasil

11/01/2012
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O sul do Pará tornou-se ponto de encontro de três grandes grupos internacionais do mercado de ouro. A colombiana Gran Colombia Gold está negociando sua associação a  britânica Horizonte Minerals e a  sulafricana Anglogold Ashanti, que já mantêm uma joint venture para a exploração do metal na região, o chamado Projeto Falcão. Ainda há alguns cascalhos societários a serem peneirados pelos três grupos. Dona de 51% da atual joint venture, a Anglogold Ashanti é favorável a  entrada dos colombianos na empresa, mas não aceita abrir mão da sua posição majoritária. Sobra, então, para a Horizonte Minerals. Os próprios sul-africanos têm feito pressão para que os britânicos abram mão de parte da sua fatia, de 49%. Até porque o passado recente tem mostrado uma certa indisposição da Horizonte em manter o nível de investimentos do Projeto Falcão, que passam dos US$ 800 milhões. Segundo a fonte do RR, que acompanha de camarote cada etapa da negociação, as conversas se encaminham para que a Gran Colombia Gold tenha uma participação de 15% a 20% no negócio. A Gran Colombia chega ao Brasil não apenas com a promessa de injetar recursos no Projeto Falcão, mas também de expandir os negócios com a Anglogold Ashanti e a Horizonte Minerals para outras regiões do país e até mesmo da América do Sul. De acordo com a mesma fonte, existem conversações para a exploração de áreas na Amazônia, em Goiás, Bahia e Minas Gerais. A Anglogold já dispõe de um mapa de ativos para possíveis aquisições nos quatro estados. Os colombianos também estudam a possibilidade de aportar na joint venture algumas de suas reservas em seu país de origem. É uma daquelas hipóteses que soam bem para todas as partes. Os sul-africanos e ingleses se tornariam sócios de uma operação com maior escala, abrangência internacional e com mais fôlego para investimentos no Brasil Já a Gran Colombia embarcaria em uma operação que, em alguns anos, pode até mesmo superar o tamanho dos ativos em sua terra natal. Somando- se as reservas do Projeto Falcão e os planos de expansão para outras regiões, a Anglogold estima atingir em até uma década a produção anual de 150 mil onças de ouro. Se alcançado, este número representará quase 50% a mais do que a atual capacidade de extração da Gran Colombia.

Acervo RR

Motosserra

3/01/2012
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Não demora muito e os ambientalistas voltarão a lançar suas flechas contra Blairo Maggi. O Grupo Maggi está negociando a compra de terras na Amazônia para a pecuária de corte e exploração de madeira. O investimento beira R$ 150 milhões.

Acervo RR

BNDES verde

23/11/2011
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O BNDES estuda novas regras para a concessão de empréstimos a  produção de commodities agrícolas na Amazônia. Os financiamentos deverão ser restritos a projetos desenvolvidos fora de áreas classificadas como de grande impacto ambiental.

Acervo RR

Choque

14/11/2011
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Os ministros Edison Lobão, de Minas e Energia, e a de Meio Ambiente, Izabella Teixeira, têm mais um ponto de discórdia na agenda. Lobão está fazendo um zoneamento energético da Amazônia para que o governo decida quais hidrelétricas serão licitadas. Izabella é contra, prefere analisar caso a caso. Assim, é mais fácil derrubar algumas

Acervo RR

Bola nas costas

8/11/2011
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O governador do Amazonas, Omaz Aziz, tem falado cobras e lagartos do presidente da Cisco no Brasil, Rodrigo Abreu. Ao contrário das repetidas promessas de Abreu, a nova fábrica da empresa no país ficará a léguas de distância da Zona Franca.

Acervo RR

CCE aperta a tecla de seus smartphones

7/11/2011
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O governador do Amazonas, Omaz Aziz, é testemunha. O presidente da CCE, Marcílio Junqueira, tem espalhado aos quatro ventos que a empresa vai finalmente iniciar a produção de smartphones em larga escala em Manaus. A direção da companhia pretende dar a partida na fabricação dos aparelhos na Zona Franca no início de 2012. Ainda que o governador amazonense reserve para si o benefício da dúvida – o projeto é promessa antiga da CCE – desta vez há indícios de que o avião, enfim, vai decolar. Pelo menos as turbinas já foram acionadas. Desde o ano passado, a empresa vem montando e testando aparelhos importados da China. Um segundo lote de celulares já foi encomendado e os testes finais serão realizados nos próximos dois meses. A intenção da CCE é fechar acordos com um ou até dois fabricantes asiáticos para o uso da tecnologia. Causa espécie o momento em que a CCE pretende aterrissar neste mercado, sobretudo pela estratégia comercial delineada pela empresa. Seu alvo é a venda de aparelhos mais simples para consumidores das classes C e D. Vai ter de combinar com o mercado. A CCE corre o risco de ser atropelada pelo contingente de pessoas que caminham justamente no sentido contrário. Há um crescente número de consumidores de estratos sociais mais baixos que têm trocado seus aparelhos por smartphones ou celulares mais sofisticados.

Acervo RR

Anglo-Gold

4/11/2011
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A sul-africana Anglo- Gold Ashanti está comprando um calhamaço de alvarás de pesquisa e lavra de ouro na Região Amazônica. Com as jazidas que já tem nas mãos, a empresa acredita que poderá mais do que duplicar sua produção no país, hoje em torno de 400 mil onças ao ano.

Acervo RR

Dilma promove um bazar hidrelétrico no exterior

3/11/2011
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Dilma Rousseff chegou a  conclusão de que o Brasil -vende- mal suas hidrelétricas no exterior. Até o fim de novembro, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, vai fazer um road show junto a investidores da Europa, Estados Unidos e asia. Contará com o suporte do Banco do Brasil – Banco de Investimentos (BB-BI). Lobão fará uma minuciosa apresentação dos futuros projetos hidrelétricos inseridos no Plano Decenal de Expansão da Oferta de Energia, a começar pelas usinas do rio Tapajós, com licitação prevista para 2012. O Ministério de Minas e Energia vai se comprometer com o leilão do equivalente a 10 mil megawatts durante o próximo ano. Com esta operação-arrastão, o governo pretende pescar na mesma rede private equities, fundos soberanos e financiamentos de bancos internacionais para os leilões das geradoras. Ainda que as estatais, como a própria Eletrobras e o BNDES, continuem sendo figuras obrigatórias na indução de investimentos do setor elétrico e na formação dos consórcios, a intenção do Planalto é ao menos reduzir a dependência de recursos públicos para a construção das futuras usinas. Em seu giro internacional, Edison Lobão vai também fazer paradas estratégicas no Conselho de Meio Ambiente da Comunidade Europeia e se reunir com dirigentes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). A intenção é desconstruir o lobby internacional encabeçado pela OEA, que levantou a possibilidade de sérios impactos ambientais causados, principalmente pelas geradoras da Região Amazônica. A cantilena da OEA atingiu seu ponto máximo nos meses que antecederam o leilão da usina de Belo Monte. Na ocasião, o governo constatou uma queda do volume de consultas de bancos financiadores internacionais, o que foi diretamente atribuído a s denúncias feitas pelo organismo multilateral .


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Raízen

5/10/2011
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A Raízen deverá perder de uma só leva cerca de 50 postos na Região Norte. A amazonense Petróleo Sabbá, hoje parceira da Shell, está a  procura de uma nova bandeira para hastear em seus estabelecimentos. A Texaco/ Ultra é candidata.


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Amazon

21/09/2011
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Segundo relato de Jorge Paulo Lemann a um banqueiro ouvido pelo RR, ele, Marcel Telles e Beto Sicupira entraram na disputa pela compra de uma participação no Amazon. É a segunda vez que a história é soprada.

Acervo RR

Fomento?

14/09/2011
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Dilma Rousseff apontou sua metralhadora para os bancos da Amazônia e do Nordeste. Determinou que a Fazenda passe um pentefino nas operações de empréstimo das duas agências de fomento. O Planalto entende que os bancos têm financiado alguns projetos com reduzido impacto econômico e social.

Acervo RR

Enel liga sua tomada no Grupo Rede e na Escelsa

9/09/2011
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O Grupo Enel, dono da Endesa, pretende dissipar de uma vez por todas as insistentes especulações de que está prestes a deixar o Brasil. Os italianos vão anunciar em breve um programa de investimentos de aproximadamente US$ 2 bilhões no país. Os planos envolvem a construção de PHCs e a participação nos grandes projetos de geração hidrelétrica na Amazônia, a começar pelas usinas do Rio Tapajós, a grande licitação do setor prevista para o próximo ano. No entanto, a maior parte dos recursos está reservada para aquisições no Brasil. Um dos alvos é a Escelsa, controlada pela portuguesa EDP, que tem dado mostras da intenção de se desfazer da companhia – ver RR edição nº 4.198. Os italianos vislumbram ganhos de sinergia por conta da localização geográfica da concessionária. A empresa capixaba opera em áreas contíguas a s da Ampla, distribuidora controlada pela Enel que atua em todo o Norte fluminense. A associação entre ambas daria origem a uma concessionária com mais de 3,5 milhões de clientes e faturamento anual em torno de R$ 3,8 bilhões. Não obstante sua relativa importância estratégica, a Escelsa é vista pela Enel apenas como o antipasto. No cardápio de aquisições dos italianos, o prato principal é o Grupo Rede. A compra da empresa de Jorge Queiroz de Moraes Junior alçaria a Enel/Endesa a um novo patamar no país. Dona da Ampla e da Coelce, a companhia incorporaria nove distribuidoras e uma geradora, com faturamento somado da ordem de R$ 10 bilhões e quase cinco milhões de clientes atendidos. Entraria em sete novos estados e ainda herdaria uma rede de transmissão de mais de 15 mil quilômetros. Em contrapartida, como não existe almoço grátis, a Enel será obrigada a engolir um passivo de longo prazo de quase R$ 2 bilhões para um patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão. Não foi por falta de tentativa que a Enel deixou de vender seus ativos no país. As negociações mais avançadas foram travadas com a Cemig. No ano passado, o então governador Aécio Neves chegou a ir a  Itália duas vezes para se reunir com o board do grupo. O destino acabou escrevendo certo por linhas tortas. É provável que hoje os italianos estivessem com uma enorme dor de cotovelo caso tivessem consumado a venda da Coelce e da Ampla. Com a crise europeia, a operação brasileira ganhou mais voltagem. Vem apresentando taxas de rentabilidade superiores a s empresas do grupo no Velho Continente. Neste ano, a receita no Brasil deve crescer 20%. Na Europa, dificilmente o aumento passará dos 5%.

Acervo RR

Artilharia fiscal

1/09/2011
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Ainda aparece governador falando em fim da guerra fiscal. Está aberta a batalha pela segunda fábrica da norte-americana SC Johnson no Brasil. Os contendores da vez são Pará, São Paulo e Amazonas.

Acervo RR

BNDES e Eletrobras pagam a conta das futuras hidrelétricas

25/08/2011
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As eventuais mudanças no programa nuclear brasileiro vão custar caro para o governo. O iminente atraso na construção das quatro usinas atômicas já aprovadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) será compensado com uma descarga extra de subsídios. Como forma de garantir as metas de produção de energia para os próximos anos, o Planalto vai acelerar a instalação de hidrelétricas com o apoio ainda mais escancarado do BNDES e da Eletrobras. O banco será o fiador-mor das geradoras. Todos os novos projetos passarão a ter financiamento pré-aprovado pela instituição. O BNDES usará como garantia os contratos firmes de compra de energia – os chamados Power Purchase Agreement (PPA) -, que serão ofertados a indústrias eletrointensivas e comercializadoras de energia. Da mesma forma, a fatura que o governo vai jogar no colo da Eletrobras não será pequena. O preço da estatal será a onipresença. Em todos os leilões, a holding e suas subsidiárias deverão ter 49% do consórcio vencedor. Ou seja: significa dizer que todas as usinas serão licitadas com financiamento a perder de vista, assegurado pelo BNDES, e com a garantia da participação de um sócio operador, a Eletrobras ou suas controladas. A estatal será ainda responsável pelos estudos prévios de viabilidade dos projetos hidrelétricos, em Parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Aneel e o Ibama. O novo modelo contemplará, prioritariamente, usinas localizadas na Amazônia, com capacidade de geração individual superior a mil megawatts. Já valerá, portanto, para o leilão das hidrelétricas do Rio Tapajós, previsto para o primeiro semestre de 2012. Nos próximos 10 anos, o governo pretende injetar no Sistema Interligado Nacional (SIN) mais de 25 mil megawatts, o equivalente a quase duas usinas de Itaipu. Entusiasta dos grandes projetos hidrelétricos desde os tempos de Minas e Energia, Dilma Rousseff quer aproveitar as novas medidas para intensificar o uso do mecanismo de fast track criado pelo governo para agilizar as concessões no setor elétrico. O Planalto segue insatisfeito com o ritmo da liberação das licenças ambientais prévias e também com o excesso de rigor do TCU, que tem gerado atrasos na construção de usinas já leiloadas

Acervo RR

Minsur bate de frente com governo do Amazonas

25/08/2011
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Uma turma completa do Instituto Rio Branco talvez não dê conta do trabalho de chancelaria que a peruana Minsur terá de empreender para azeitar suas relações com o governo do Amazonas. O governador Omar Aziz está insatisfeito com as promessas de investimento não cumpridas pelo grupo. Dona da Taboca Mineração, comprada a  Paranapanema há três anos, a Minsur estaria postergando investimentos programados para a reserva mineral de Pitinga. Aziz tem feito forte pressão para que a empresa ponha a mão no bolso em nome das contrapartidas em infraestrutura cedidas pelo estado. Até agora os peruanos desembolsaram cerca de US$ 200 milhões, aproximadamente metade do que teria sido sinalizado em 2008. A Minsur tenta usar o timing como álibi. Logo após a compra da mina, a crise internacional de 2008 espocou, o que obrigou os peruanos a reverem seus investimentos internacionais. Devido aos cortes, a Minsur ainda não conseguiu alcançar as metas de produção de estanho, nióbio e tântalo, os principais minérios da jazida de Pitinga. Os recursos gastos teriam servido apenas para modernizar as instalações, mas aumento de capacidade que é bom, até agora, nada. Pelo contrário. Por conta de problemas operacionais, a Minsur estaria extraindo hoje menos estanho do que a Paranapanema há três anos.

Acervo RR

Ministério dos Transportes

4/08/2011
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Alfredo Nascimento vive seu inferno astral. Ejetado do Ministério dos Transportes, está na alça de mira do Ministério Público do Amazonas, que investiga supostos casos de malversação de verbas no período em que ele ocupou a Prefeitura de Manaus.

Acervo RR

Bradesco se joga por inteiro nos braços do povo

11/07/2011
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A estratégia do Bradesco para recuperar a liderança do varejo bancário está sendo implementada sem pressa, gradativamente. E é simples como o sorriso de um correntista. Ela se resume em três palavras: povo, povo e povo. O Bradesco trabalha para ser o banco de cada brasileiro, mesmo aquele que já seja cliente da concorrência. Parece pretensão, né? Mas os fundamentos são sólidos. O Bradesco é a única instituição financeira que está em todos os municípios do Brasil. Na Amazônia, por exemplo, há agência bancária em barcaças, atendendo a população ribeirinha. Para quem pensava que era o Banco do Brasil o verdadeiro banco do Brasil, uma curiosidade: o BB botou lá em cima o preço pela concessão do Banco Postal ? disputado justamente com o Bradesco, então parceiro da instituição ? para estender sua malha junto a municípios em que estava ausente. E continua sem fincar sua bandeira em outros tantos. Mas de que vale tanta presença física se no próprio Bradesco é o internet banking quem mais cresce? As unidades federativas são só a metade da laranja. A outra, de gomos tão saborosos quanto, é a chegada em todos os lares até o final do ano com o aplicativo do internet banking do Bradesco nos aparelhos de televisão a serem fabricados no país. A invasão da Cidade de Deus já começou, com um acordo pioneiro com a Samsung, que está produzindo suas novas TVs com os serviços do banco disponibilizados pela internet. As demais marcas seguem em fila indiana Se municípios e lares são uma métrica respeitável, o Bradesco quer fechar o circuito com uma agressiva política de abertura de agências. Também até o fim do ano, ele ultrapassa o seu principal concorrente, o Itaú. Hoje, o forte apache de Osasco contabiliza pouco mais de 3,4 mil agências. Esse número vai subir muito, mas precisamente quanto é uma informação bem guardada. Um dado novo dessa torrente de agências é que todas terão o chamado “espaço Prime” ? que vem a ser uma operação congênere a  do Personnalité, do Itaú ? dividindo a área de atendimento com o varejão bancário. A ideia é captar as sinergias dos diversos correntistas, democratizando o acesso e agilizando a mudança de patamar dos clientes. E tome de pôr cliente para dentro. Ainda recentemente, o Bradesco comprou a folha dos servidores do estado de Pernambuco. São 200 mil correntistas que deverão migrar para o banco. Para se ter ideia da representatividade desse número na operação da instituição naquela unidade federativa, a atual base soma 700 mil clientes. No Rio de Janeiro, o Bradesco também adquiriu a folha do estado. O contingente é ainda maior, com 440 mil correntistas, que, a partir de janeiro, deverão abrir suas contas no banco. Gente, gente, gente e mais gente. Na Cidade de Deus ninguém lambe os lábios quando se fala em aquisições ou internacionalização. O Bradesco quer fazer como o artista, e dedicar- se a ir aonde o povo está.


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Santo Antônio

5/07/2011
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A Cemig, dona de 10% do consórcio que vai construir a hidrelétrica de Santo Antônio, está doida para aumentar seu quinhão no negócio. Mira nas ações pertencentes ao Fundo de Investimentos e Participações Amazônia Energia. Formado com recursos do banco português Banif e do FI FGTS, leiase Caixa Econômica, o fundo tem 20% das ações.


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Zona Franca

1/07/2011
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O governador do Amazonas, Omar Aziz, negocia com congressistas da base aliada a ampliação dos limites geográficos da Zona Franca de Manaus. A intenção é expandir os benefícios fiscais para cidades próximas a  capital.


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Goldman Sachs

27/06/2011
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O Goldman Sachs está de olho na Amazônia. Ao lado de um fundo de private equity norte-americano, negocia a compra de terras na região.

Acervo RR

Avianca German

22/06/2011
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Efromovich quer se tornar um consolidador de empresas de táxi aéreo, sobretudo no Norte e no Centro- Oeste. Entre as companhias no radar da Avianca estão a Norte Jet e a Amazonaves.


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Blackjack

20/06/2011
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O projeto de lei do senador Mozarildo Cavalcanti (PTBRR) que autoriza a abertura de cassinos em hotéis na Amazônia e no Pantanal ganhou um apostador de peso. O grupo espanhol Iberostar joga todas as suas fichas na aprovação da proposta. Já tem na prancheta um projeto de R$ 300 milhões para a instalação de um hotel com cassino no Centro-Oeste.

Acervo RR

VLT de Manaus descarrilha antes de sair do papel

31/05/2011
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O projeto de instalação de um sistema integrado de Bus Rapid Transit (BRT) e de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) em Manaus descarrilhou. O governo do Amazonas está inclinado a suspender a licitação, vencida pelo consórcio formado por CR Almeida, Mendes Junior, Serveng e Scomi. O governador Omar Aziz teme uma arrastada batalha jurídica que inviabilize de vez a implantação do projeto antes da Copa de 2014. O Ministério Público Federal (MPF) recomendou o cancelamento da concorrência alegando inviabilidade econômico-financeira. Segundo o relatório da MPF, em vez do orçamento original de R$ 1,3 bilhão, a obra deve chegar a R$ 2 bilhões e, ainda assim, não ficar pronta a tempo para a realização da Copa do Mundo. Restaria ao governo correr para realizar uma nova licitação ainda neste ano.

Acervo RR

Eletrobras empacota para venda as distribuidoras federalizadas

24/05/2011
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A gravíssima situação financeira das distribuidoras federalizadas pela Eletrobras atingiu seu ponto de ebulição. Na semana passada, Dilma Rousseff convocou o ministro Edison Lobão para uma reunião emergencial, com o objetivo de discutir soluções imediatas para o fardo que pesa sobre as costas da estatal. Nos últimos dois anos, as seis empresas ? Manaus Energia (AM), Boa Vista Energia (RR), Eletroacre, Ceron (RO), Cepisa (PI) e Ceal (AL) ? tiveram um prejuízo acumulado superior a R$ 400 milhões. A opção de levar todas as companhias para o Novo Mercado da BM&F Bovespa com a diluição automática do capital, que chegou a ser aventada no fim da gestão do presidente Lula, foi descartada, devido a  ameaça de fracasso na emissão de ações. Dentro do governo, ganha corpo a ideia de venda em bloco das concessionárias ? medida defendida por Lobão. A intenção do Ministério de Minas e Energia é dividir as empresas em dois grupos. Um deles seria formado pelas distribuidoras da Região Norte (Manaus Energia, Boa Vista Energia, Eletroacre e Ceron); o outro ficaria com as companhias do Nordeste (Cepisa e Ceal). A Equatorial Energia, holding controlada pelo fundo Pactual Capital Partners e dona da maranhense Cemar, é vista como candidata a  compra das duas concessionárias nordestinas. Só para não variar, o BNDES deverá ser uma peça fundamental nesta engrenagem. O banco seria convocado a participar do jogo usando duas camisas. De um lado, entraria como acionista minoritário das concessionárias, como forma de atrair o interesse dos investidores; do outro, garantiria o financiamento para a execução do plano estratégico das companhias. O programa de investimentos das seis distribuidoras para os próximos dois anos ultrapassa a marca de R$ 2,5 bilhões. A participação do BNDES é vista pelo governo como absolutamente imprescindível para a venda das concessionárias. Dificilmente, será possível encontrar candidatos a  compra das empresas sem um estímulo extra, tamanha a debilidade financeira das distribuidoras. Além dos sucessivos prejuízos, as seis companhias acumulam uma dívida de R$ 1,5 bilhão. A conta seria ainda pior não fossem os batráquios engolidos pela Eletrobras. Desde 2008, quase R$ 5 bilhões em passivos foram convertidos em ações incorporadas pela holding federal. O caso mais complexo é o da Amazonas Energia. Por conta de novas regras contábeis, a empresa teve de fazer uma série de provisões que resultou em perdas de mais de R$ 1,3 bilhão.

Acervo RR

Banco de fomento

19/05/2011
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O governo pretende usar o Banco da Amazônia como plataforma para a criação de uma agência de fomento com maior abrangência territorial. A ideia é transformar a instituição no embrião do Banco do Norte e do Centro-Oeste.


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Siemens

17/05/2011
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A Siemens pretende instalar uma fábrica de equipamentos elétricos na Amazônia. O objetivo é atender a s grandes usinas que serão construídas na região.


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Carraspana

28/03/2011
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Dilma Rousseff passou um pito em Guido Mantega e em Fernando Pimentel. Exigiu que os dois ministros parem de dar declarações conflitantes sobre o destino do Banco da Amazônia e do Banco do Nordeste.

Acervo RR

Sudam

25/03/2011
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Em época de cortes no orçamento federal, a Sudam mergulhou em uma missão inglória. Negocia com o governo a duplicação das verbas do Fundo para o Desenvolvimento da Amazônia. Os investimentos previstos para este ano são de R$ 1 bilhão.


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Hidrelétricas

24/03/2011
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Além das cinco usinas do Rio Tapajós, o Ministério de Minas e Energia prepara o leilão de outras três megahidrelétricas na Região Amazônica. Os detalhes do projeto e o local de instalação das geradoras serão anunciados até maio. Para acelerar o processo, o governo vai licitar as três usinas em bloco e não separadamente, como foi feito no complexo do Rio Madeira

Acervo RR

Seagate

22/03/2011
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A norte-americana Seagate estuda montar uma fábrica de HDs no Brasil em parceria com investidores locais. Já conversou com os governos de São Paulo e do Amazonas


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BMW

21/03/2011
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Amazonas é o estado preferido da BMW para instalar sua fábrica de veículos no Brasil. Executivos da montadora alemã já tiveram duas reuniões com o governador Omaz Aziz.


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Fundo verde

14/02/2011
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Um grupo de investidores norte-americanos ligados a Bill Clinton está montando um fundo para financiar a produção de madeira, frutas e remédios naturais da Amazônia. Quem vai tocar o negócio é um executivo brasileiro velho conhecido de guerra. Os investimentos devem chegar a US$ 300 milhões.

Acervo RR

Enceradeira

15/12/2010
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O futuro da SC Johnson no Brasil está fortemente vinculado a uma delicada negociação com o governo amazonense. A companhia está tentando arrancar mais benefícios fiscais para a sua fábrica em Manaus. Se não tiverem sucesso, os norte-americanos cogitam transferir toda a produção para a China e dar bye, bye, Brasil. Mas há quem diga que é pura chantagem.

Acervo RR

Samsung atira contra o colchão fiscal da Nokia

2/12/2010
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Dois dos principais fabricantes de celulares do Brasil estão a s portas de um contencioso. A Samsung está se armando até os dentes para questionar na Justiça o latifúndio tributário conquistado pela Nokia na Zona Franca de Manaus há mais de uma década. Com base em benefício estipulado pela Suframa no fim dos anos 90, a companhia finlandesa detém isenção de 88% na importação dos componentes usados em sua fábrica de handsets em Manaus. Desfruta ainda de vantagens fiscais no recolhimento de IPI e ICMS. Trata-se de um bom-bocado que tornou a Nokia praticamente imbatível na Zona Franca e, nos últimos anos, obrigou concorrentes a transferir sua produção de aparelhos para outros estados a começar pela própria Samsung. A empresa sul-coreana questiona, na raiz, o benefício concedido aos finlandeses. Ao comprar a então divisão de celulares da Gradiente, no fim da década de 90, a Nokia teria se aproveitado _ aos olhos dos concorrentes, indevidamente _ de um regime tributário especial obtido pela fabricante brasileira, do qual se vale até hoje. Além da iminente batalha jurídica, a Samsung já iniciou uma intensa operação de lobby político entre autoridades do governo do Amazonas e Ministério do Desenvolvimento. A missão está nas mãos do vice-presidente Benjamin Sicsú, que tem bom trânsito em Brasília. No governo de FHC, Sicsú ocupou a secretaria executiva na Pasta do Desenvolvimento. A disputa entre a Nokia e a Samsung estava adormecida desde 2004, quando os sul-coreanos decidiram transferir a fabricação de celulares para São Paulo na tentativa de equilibrar o jogo tributário com a concorrente o governo paulista cobra um ICMS mais baixo para os handsets montados no próprio estado. Agora, o imbróglio volta a  tona com força redobrada por conta da decisão da empresa asiática de retomar a produção de aparelhos na Zona Franca. O reinício das operações está previsto para o primeiro semestre de 2011. A Samsung planeja montar em Manaus entre 20% e 25% da sua produção nacional de celulares. Dessa maneira, desafogará a fábrica de Campinas para o desenvolvimento do tablet Galaxy Tab, que concorrerá com o iPad. O movimento da Samsung pega a Nokia em um momento complexo. Não obstante ainda manter a liderança do setor, a empresa vem perdendo fôlego no estratégico segmento de smartphones, no qual as margens de lucro são maiores. Desde o início do ano, sua participação nas vendas totais caiu de 39% para aproximadamente 32%. Adivinhem quem mais cresceu? Proporcionalmente, a maior alta foi alcançada pela Samsung, que, no mesmo período, passou de 4,8% para 9%.

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CSN raspa o tacho do mercado de cimento

27/10/2010
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Benjamin Steinbruch cansou de bater de frente em muros de cimento. Diante das fracassadas tentativas de comprar uma indústria cimenteira de médio a grande porte a mais recente delas foi o Grupo João Santos , a CSN vai rezar em outra cartilha. Sem opções no andar de cima do mercado, Steinbruch surge como um potencial consolidador de ativos menos cotados que, uma vez somados, poderão fazer alguma diferença na balança. A operação “raspa do tacho” passa pela investida sobre indústrias de alcance regional que estão emparedadas pela consolidação do setor. Em sua maioria, são empresas de produção limitada, fôlego financeiro restrito, mas com plantas industriais modernas e, sobretudo, mercado cativo em seus estados. Enquadram-se neste perfil companhias como a cearense Apodi e a catarinense Cimento Supremo. Sem uma aquisição de peso, a CSN deverá acelerar também os planos de expansão pelo greenfield, que, até agora, vêm caminhando a passos de quelônio, no melhor estilo da casa vide a promessa de construção de uma nova usina siderúrgica em Volta Redonda, que Benjamin Steinbruch anuncia repetidamente a cada janeiro. A companhia tem um projeto para a construção de cinco fábricas de cimento, cada uma com capacidade para 1,5 milhão de toneladas por ano. Duas unidades ficarão em Minas Gerais e atenderão a s regiões Sul e Sudeste. As demais serão instaladas em Goiás ou Tocantins, Amazonas e Pernambuco. O consenso na CSN é que a empresa só se tornará um player realmente com petitivo no setor se aumentar significativamente a escala de produção e, ao mesmo tempo, montar uma estrutura industrial em diversos estados. Daí a importância de combinar a aquisição de empresas regionais com a construção de fábricas no Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Desta forma, a companhia terá uma cobertura nacional de produção e distribuição, o que, segundo estudos preliminares, reduzirá o custo logístico em até 60%. Se todas as novas plantas industriais saírem do papel, a CSN pulará para uma produção anual em torno de 7,5 milhões de toneladas sem contabilizar eventuais aquisições. Superará a Camargo Corrêa, que tem cerca de 10% de market share, e se tornará o terceiro maior produtor nacional de cimento. Depois, é só partir para a galera e festejar o IPO.

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Cemig recorre aos préstimos da Abengoa para comprar a CTEEP

21/10/2010
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A Cemig desistiu de comprar sozinha o controle da CTEEP, do grupo colombiano ISA. A estatal mineira articula um acordo com a espanhola Abengoa para entrarem juntas no negócio, que deverá ser o maior do setor, pois envolverá a companhia top no ranking regional do país. Pela negociação em curso, a Abengoa vai entrar no capital da Taesa, usada pela Cemig para agrupar seus ativos de transmissão de energia elétrica. A empresa espanhola assumirá um terço do capital da Taesa, mesma quantidade de ações que tanto a Cemig quanto o FIP Coliseu passarão a ter no negócio. Não somente a composição do capital da Taesa, mas também o formato do acerto com a ISA seria diferente. A proposta alinhavada pela Cemig, com o consentimento da Abengoa, é comprar 51% das ações ordinárias da Cteep e deixar o restante com a ISA e a Eletrobras. A operação societária colocará a Cemig na vice-liderança do setor de transmissão de energia elétrica, atrás apenas da Eletrobras. Do lado da ISA, a permanência no capital da CTEEP e, por extensão, no maior mercado da América Latina atende a  sua estratégia de internacionalização. A empresa colombiana quer manter uma posição expressiva no exterior para reduzir a dependência em relação ao seu país. O Brasil já representa para a ISA mais de 35% do faturamento. Este percentual deverá passar dos 50% se a Cemig fizer valer a promessa de transformar a CTEEP no cavalo de batalha para arrematar ativos de transmissão no país inteiro. No topo da lista estão as linhas que serão leiloadas pela Aneel para interligar os grandes projetos hidrelétricos da Amazônia ao sistema nacional de transmissão de energia elétrica. A compra de 51% do capital da CTEEP deverá exigir um desembolso de aproximadamente R$ 2 bilhões e, se depender da Cemig, a transação será concluída até o fim deste ano. Para agilizar o processo, um grupo de diretores da estatal viajará a Bogotá e a Madri para acertar os detalhes da operação e estabelecer os percentuais finais de participação de cada um. Apesar de minoritária na Taesa, a estatal não abre mão de ter a gestão da CTEEP, seguindo o mesmo modelo adotado na Light. A Abengoa, apesar da expertise no segmento, será investidora e a responsável pela construção e instalação dos equipamentos nas novas linhas que serão arrematadas pela CTEEP.

Acervo RR

Gotas de participações para o fomento

5/10/2010
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O aumento considerável na demanda por recursos financeiros destinados a projetos de infraestrutura mudou a postura do governo federal em relação aos bancos de fomento. Para reduzir a pressão que recai sobre o BNDES, o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste Brasileiro (BNB) deverão replicar o modelo da BNDESPar. A ideia é criar empresas de participações com o intuito de integrar o capital de negócios privados focados em concessões ou incluídos em projetos relacionados ao PAC. O montante a ser aportado poderá chegar a aproximadamente R$ 5 bilhões até o fim de 2011. A liberação dos recursos não estará condicionada ao pedido de empréstimos do projeto no respectivo banco. Os braços de participação do BNB e do Basa terão autonomia de decisão para avaliar os empreendimentos. Sua presença no capital não deverá exceder 10% de cada negócio. Alguns dos projetos contemplados são pule de dez. É o caso, por exemplo, das usinas hidrelétricas da Amazônia. Neste modelo, o Basa surge como potencial investidor nesses empreendimentos. No caso do BNB, entre outras missões, o banco dará suporte aos projetos em saneamento no Nordeste. Não é a primeira vez que o governo federal ensaia criar um braço de participações para o Basa e o BNB. A primeira delas ocorreu durante a tramitação da lei que alterou o figurino da Sudam e da Sudene. No entanto, o próprio governo considera que a vinculação entre os dois temas acabou sendo um empecilho para levar projeto adiante.

Acervo RR

Vale do futuro se pinta de verde

28/09/2010
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Os olhos do presidente da Vale, Roger Agnelli, brilham como dois cristais de rutilo quando a palavra energia soa no seu gabinete. Ele acha que a companhia é inalcançável quando se trata de minério de ferro. E não tem dúvida quanto a  liderança futura no níquel. Mas a Vale do porvir arde, queima, venta, esquenta, ilumina, tudo isso sem poluir. A estratégia da companhia é criar uma empresa de energia limpa, com uma diversidade de fontes como gás natural, biodiesel, energia eólica e até solar. Amalgamando essas frentes estaria o Instituto de Tecnologia da Vale (ITV) ? uma espécie de Massachusetts Institute of Technology em tamanho caçula. O ITV trabalha para agregar valor e reduzir cada vez mais os efeitos climáticos e nocivos ao meio ambiente. A Vale tem motivos de sobra para apostar um cacife alto no setor. A mesma China que faz a alegria no minério de ferro é a China que demandará, crescentemente, energia limpa no futuro. Não que a China vá importar sol e vento, por exemplo. Mas o Brasil pode e deve importar as empresas chinesas. A Vale já é embaixadora natural por aquelas plagas. Vai preparar o caminho para que a escolha seja natural. A lógica é oferecer mercado interno e energia boa para o país que lidera o ranking da poluição. Agnelli não estipula um prazo para que essa nova Vale seja erguida. Ela é constituída de fragmentos e juntá-los tem um tempo incerto. A empresa já tem um pé no gás natural. Tem também biodiesel. Começa a tatear na energia eólica. A energia solar virá mais a  frente. O certo é que um gigante corporativo da energia limpa em parceria geoeconômica com a China teria não só um valor estratégico espetacular, como um valor de mercado assombroso. O presidente da Vale se sente orgulhoso de ter ajudado a esculpir esse monumento. Sob sua condução, a companhia fincou raízes nas áreas de petróleo e gás. Mas o objetivo principal é mesmo a exploração deste último. Hoje a empresa já usa o insumo em seu trem biocombustível flex, que utiliza a mistura de gás natural e diesel. Com o uso de gás natural nas locomotivas, a Vale vai evitar a emissão de CO2 equivalente ou superior ao que deixou de ser emitido por toda a companhia com o uso das misturas de biodiesel B2 e B3 em 2008 em caminhões, locomotivas e na geração elétrica. Na área de biodiesel, a Vale participa de um consórcio com a Biopalma da Amazônia para produzir óleo de palma, a partir de 2014. O empreendimento abrange uma área de 130 mil hectares, correspondendo a 49 mil campos de futebol da dimensão do Maracanã. É a economia da fotossíntese, fala baixinho Roger Agnelli. Segundo ele, a Vale também terá o seu pré-sal, só que limpo, limpíssimo.

Acervo RR

Zona Franca 2

27/09/2010
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A SC Johnson, que há cerca de três anos deu a s costas ao Rio de Janeiro e levou sua fábrica para Manaus, agora prepara uma estocada no governo do Amazonas. Estuda transferir parte da produção para outra subsidiária na América Latina. A ladainha é a de sempre: carga tributária e custos de mão de obra.

Acervo RR

Petrópolis chama Schincariol para um duelo

24/09/2010
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O mercado cervejeiro está prestes a assistir a um duelo que periga ficar conhecido como o “clássico dos vitupérios”. O epíteto não diz respeito a  voracidade dos adversários, mas sim a  insistência em denunciar-se mutuamente a  Receita Federal como sonegadores. De um lado, a Petrópolis; do outro, a Schincariol. O empresário Walter Faria, dono da cervejaria fluminense, pretende construir quatro fábricas nos próximos três anos. A meta é aumentar a capacidade de produção da Petrópolis, dona da marca Itaipava, de 2,2 bilhões para 3,5 bilhões de litros por ano. E o que a Schincariol tem a ver com essa história? Faria aponta todas as suas armas na direção de Itu. Tem repetido a fornecedores, distribuidores, credores que, com as novas fábricas, vai desbancar a Schincariol do posto de segunda maior cervejeira do país até 2013. Atualmente, o market share da Petrópolis é de aproximadamente 9,5%. A participação da concorrente gira em torno dos 11,5%. A disputa comprova o dístico popular de que o ex-parceiro é sempre o pior inimigo. Por muito anos, Walter Faria foi um dos maiores distribuidores da Schincariol. Sempre foi visto pelo mercado como um dos arquitetos da heterodoxa política fiscal da companhia. A ruptura entre Faria e os Schincariol foi traumática e, desde então, o relacionamento entre ambos é dos mais belicosos, repleto de acusações e suspeições de parte a par te. No início deste ano, surgiram na mídia informações de que a Schincariol estaria comprando a Petrópolis. Faria não tem dúvidas de onde partiu o disparo. Ao todo, Walter Faria vai sacar do coldre cerca de R$ 500 milhões. As novas fábricas da Petrópolis serão instaladas na Bahia, Maranhão, Amazonas e Rio Grande do Sul, o que tornará a logística da cervejaria capaz de atender a qualquer mercado do país. Com os novos parques fabris, a diferença de produção para a Schincariol cairá de 2,3 bilhões para um bilhão de litros. Faria aposta que conseguirá compensar este hiato e ultrapassar a concorrente com os investimentos na estrutura logística e o aumento do número de distribuidores.


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NA

20/09/2010
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Fonte muito próxima a Jorge Paulo Lemann crava suas fichas em uma investida da 3G Capital sobre o mega site Amazon. Lemann, não custa lembrar, tem um latifúndio no comércio eletrônico no Brasil (Americanas, Submarino, Shoptime e Ingresso.com).


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NA

15/09/2010
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O trio Mendes Junior, J. Malucelli e Serveng, que está junto na construção da hidrelétrica de Belo Monte, resolveu manter os laços em outros projetos. Participará da disputa dos leilões das usinas do Rio Tapajós, na Amazônia.

Acervo RR

Warren Buffett compra terras com sócios de todo tipo e feitio

1/09/2010
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A fauna de investidores dispostos a comprar terras no Brasil ostenta uma biodiversidade amazônica. Está em curso uma negociação que deverá juntar no mesmo hectare Warren Buffett, Blairo Maggi, Rubens Ometto e os herdeiros de Cecílio do Rego Almeida. Que ecossistema! A Berkshire Hathaway, gestora de fundos capitaneada por Buffett, costura com Ometto e Maggi a criação de uma empresa voltada a  aquisição de propriedades agrícolas no país. A pitada de polêmica deverá ficar por conta da entrada em cena dos filhos de Cecílio Almeida. O mais provável é que eles ingressem no projeto em uma segunda etapa, aportando terras pertencentes a  família na Região Amazônica. Não custa lembrar, estas mesmas propriedades foram alvo de denúncias de irregularidade e de processos judiciais quando o empreiteiro ainda estava vivo. A ligação entre as diversas pontas da operação vem sendo feita por Blairo Maggi. Há pouco mais de um mês, executivos da Berkshire Hathway estiveram no Brasil visitando terras no Centro-Oeste e na Região Norte. As novas regras que restringem a presença do capital estrangeiro no setor, sancionadas pelo presidente Lula na semana passada, mudaram o plano de voo dos investidores. A gestora norte-americana seria a acionista majoritária, o que funcionaria como uma isca para atrair outros fundos internacionais. A posição agora será obrigatoriamente dos sócios brasileiros. A expectativa dos acionistas é de um aporte inicial de US$ 400 milhões para a compra de propriedades agrícolas. Rubens Ometto e Blairo Maggi, ressalte-se, deverão entrar no negócio como pessoas físicas. Cosan e Grupo André Maggi vão ser mantidos do outro lado da cerca. Ainda assim, não ficarão totalmente alheios ao negócio. São grandes as possibilidades de parceria com as duas empresas por conta das sinergias em jogo. Parte das terras adquiridas será usada para o plantio de cana-de-açúcar e de soja.

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Cortes na Alcoa

12/07/2010
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A Alcoa está revisando o plano de investimentos em sua mina de bauxita no Amazonas. O valor original, em torno de US$ 1,5 bilhão, deverá ser cortado em 30%. A empresa vai redirecionar os recursos para projetos na Arábia Saudita.


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Shopping center

8/07/2010
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A Ancar Ivanhoe decidiu desbravar a Região Norte. Além do shopping que inaugurou em Porto Velho, Rondônia, vai construir mais dois empreendimentos, um em Roraima e outro no Amazonas. Os investimentos chegarão a R$ 120 milhões.


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Fotocópia

25/06/2010
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A BNDESPar vai ganhar uma versão de bolso, em caráter regional. O Ministério da Fazenda autorizou o Banco da Amazônia (Basa) e o Banco do Nordeste a criarem um braço de participações. O foco das duas instituições será investir em empresas e projetos de infraestrutura, notadamente empreendimentos incluídos no PAC.

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Grupo Orsa

7/06/2010
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O empresário Sergio Amoroso, dono do Grupo Orsa e da Jari Celulose, vem mantendo conversações com um fundo administrado pelo Santander/ABN Amro. Em pauta, investimentos na produção de madeira na Amazônia. O fundo tem cerca de US$ 250 milhões para investir no Brasil.


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Previ verde

7/06/2010
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A Previ está formatando um fundo para projetos socioambientais, com foco, sobretudo, na Região Amazônica. Vai ser um negócio parrudo.


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Big brother

13/05/2010
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Exército, Aeronáutica e Polícia Federal têm utilizado o Sivam para mapear a compra e venda de terras e atividades desenvolvidas em áreas de fronteira na Região Amazônica. A força tarefa vai produzir um relatório com as informações apuradas. A finalidade ainda é uma incógnita até mesmo para militares de alta patente envolvidos no trabalho.


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Verdinhas

7/04/2010
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O Banco Real/Santander tem reservados cerca de US$ 300 milhões para financiar projetos sustentáveis na Amazônia. No alvo, desde a compra de terras na região a  produção e venda de madeira.

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Novadata busca um upgrade societário

25/03/2010
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O empresário Mauro Dutra ? que, nos bons tempos, surfou na venda de computadores para o governo ? iniciou uma peregrinação em busca de um sócio para a Novadata. A tentativa de venda de parte do capital é o novo ato no longo processo de reestruturação da empresa, que já dura três anos. Dutra tem atirado para tudo que é lado. Ao mesmo tempo em que negocia com private equities, vem mantendo conversações com duas empresas de informática asiáticas ? uma delas seria a Asus. Mauro Dutra tenta também um outro projeto ainda mais complexo, que passaria pela associação entre pequenos e médios fabricantes de computadores nacionais. Além da Novadata, entrariam no cesto a Kennex, de João Paulo Diniz, e a Amazon PC, em recuperação judicial desde dezembro do ano passado. Não é difícil de imaginar aonde Dutra quer chegar com a ideia. O BNDES seria o destino natural do projeto. Nos tempos áureos, a Novadata chegou a faturar por ano mais de R$ 400 milhões. Seu declínio começou em 2005, quando foi investigada pela CPI dos Correios. Dois anos depois, com uma dívida de quase R$ 120 milhões, abriu o bico. Teve de suar para renegociar o passivo e, ao mesmo tempo, manter as máquinas rodando na fábrica de Ilhéus. A partir do ano passado, o batimento cardíaco da Novadata voltou a um ritmo um pouco mais acelerado. A empresa aumentou o número de funcionários na Bahia, produziu quase cinco mil computadores e faturou cerca de R$ 50 milhões.


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Pororoca

24/03/2010
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A Antaq está prestes a tirar do forno uma série de medidas para estimular a construção de terminais fluviais na Região Amazônica.

Acervo RR

Aporte no Basa

28/01/2010
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O Banco da Amazônia (Basa) vai receber um aporte de aproximadamente R$ 500 milhões do Tesouro Nacional. Parte expressiva dos recursos será destinada a uma nova linha de crédito, que financiará a fabricação de produtos derivados da flora da região. O pacote inclui de alimentos a cosméticos e remédios.


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NA

20/01/2010
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Com o apoio de congressistas do Amazonas, incluindo o senador Arthur Virgílio, o governador Eduardo Braga montou uma operação de guerra em Brasília. O objetivo é matar pela raiz a proposta da governadora do Pará, Ana Julia Carepa, que quer estender os benefícios da Zona Franca de Manaus para outros estados da Região Norte.

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