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Fundo de Abu Dhabi entra na disputa por ativos da Sigma Lithium no Brasil

28/11/2023
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A disputa pela maior operação de lítio do Brasil tornou-se uma corrida entre Estados soberanos. Segundo o RR apurou, o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA), fundo do emirado árabe, entrou no páreo para comprar os ativos da canadense Sigma Lithium no país. As conversas são conduzidas pelo Bank of America. O principal concorrente é a Public Investment Fund (PIF), companhia de investimentos do governo da Arábia Saudita.

O que está em jogo é o controle sobre reservas de lítio avaliadas em mais de US$ 5 bilhões, a valor presente. São aproximadamente 110 milhões de toneladas somadas nas jazidas de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha (MG). Procurada pelo RR, a Sigma Lithium não retornou.

Arábia Saudita e o emirado de Abu Dhabi duelam pela garantia de fornecimento de lítio pelos próximos 13 anos, vida útil estimada das reservas da Sigma Lithium em Minas Gerais. Em ambos os casos, o Brasil seria uma peça valiosa dentro de uma grande engrenagem geoeconômica. Os dois países árabes têm feito movimentos para montar posições estratégicas no setor. A Ma’aden, maior mineradora da Arábia Saudita e controlada pelo PIF, está trabalhando em um projeto para a extração de lítio do mar, no Golfo Pérsico.

O ADIA, por sua vez, mantém negociações com a chinesa Sunrise New Energy e a sul-coreana LG Energy para uma parceria voltada à produção de baterias a base do mineral, equipamento fundamental para a fabricação de veículos elétricos.

#Abu Dhabi Investment Authority #Bank Of America #Public Investment Fund

Destaque

Brasil quer colocar seus green bonds na prateleira dos fundos soberanos

20/09/2023
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A emissão de US$ 2 bilhões em títulos verdes na Bolsa de Nova York, anunciada por Fernando Haddad na última segunda-feira, é apenas parte de uma operação engenhosa no mercado de capitais. A equipe econômica estuda o lançamento de green bonds junto a fundos soberanos árabes. Esta seria a terceira de uma sequência de captações globais planejadas por Haddad e seus assessores. A segunda está prevista para a Europa, no mesmo modelo idealizado para Nova York, ou seja, com a emissão dos títulos em bolsa. Convém ressaltar que a emissão na Nyse é considerada fundamental para o futuro êxito das demais operações.

O pulo do gato está mesmo reservado para o Oriente Médio, com uma colocação de papéis restrita, direcionada especificamente a um sindicato de fundos públicos da região. Trata-se de uma operação criativa, sofisticada e razoavelmente ousada. Na prática, é como se o Brasil estivesse engendrando um novo mercado, a partir de investimentos em bloco de Estados soberanos em um mesmo instrumento financeiro. Entre os potenciais tomadores estão potentados como o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA), o Kuwait Investment Authority (Kia), o Public Investment Fund (PIF), da Arábia Saudita, e o Mubadala, também de Abu Dhabi – um quarteto que soma mais de US$ 2,5 trilhões em ativos. 

A compra de títulos públicos atrelados a metas de sustentabilidade seria uma forma desses países reciclarem sua riqueza, oriunda e produtora da emissão de dióxido de carbono. Esse cinturão da Opep estaria aplicando seus recursos em papéis rentáveis e, ao mesmo tempo, fazendo uma operação cleaner da sua imagem, uma espécie de “fund washing”. Um mero exercício matemático, com base no volume que será ofertado na Bolsa de Nova York: mantidos os valores constantes, nas três tranches o governo estima arrecadar algo em torno de R$ 30 bilhões até o fim de 2024.

A equipe econômica está convicta de que haverá tomadores de sobra para os green bonds brasileiros, seja os emitidos diretamente em bolsa, seja em uma operação on demand para fundos públicos árabes. Até porque poucos países no mundo têm hoje tanto prestígio e autoridade para falar de metas de sustentabilidade quanto o Brasil. A excelente repercussão internacional do discurso de Lula na ONU que o diga. Entre os chefes de Estado, talvez não exista hoje um melhor “vendedor” de títulos verdes. De quebra, há ainda o fator Marina Silva. A ideia do governo é que a ministra do Meio Ambiente tenha, simbolicamente, um papel maior nos futuros lançamentos de papéis, notadamente na Europa. Aos olhos da comunidade internacional, Marina é vista praticamente como a personificação do compromisso brasileiro com o desenvolvimento sustentável. Sua presença no governo foi fundamental, por exemplo, para a retomada dos investimentos soberanos, mais especificamente da Alemanha e da Noruega, no Fundo Amazônia. 

#Abu Dhabi Investment Authority #Fernando Haddad #Lula #Marina Silva #Mubadala #ONU

Petrodólares

10/08/2021
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O Abu Dhabi Investment Authority (ADIA), fundo soberano do emirado árabe, vem mantendo conversações com o governo Doria. Em pauta, o interesse do ADIA em participar dos leilões de concessão do estado. O próximo está marcado para 15 de setembro, quando o governo vai licitar a operação das Rodovias do Litoral Paulista. O investimento previsto supera os R$ 3 bilhões.

#Abu Dhabi Investment Authority

Dinheiro forte

26/01/2021
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O fundo soberano Abu Dhabi Investment Authority está em busca de terras no Centro-Oeste.

#Abu Dhabi Investment Authority

Casa própria

26/08/2020
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A área de real estate é o novo alvo do Abu Dhabi Investment Authority no Brasil. O fundo soberano já tem negócios no Brasil no setor hoteleiro.

#Abu Dhabi Investment Authority

Duelo soberano

3/09/2019
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O fundo Abu Dhabi Investment Authority (Adia) pretende comprar participações em frigoríficos brasileiros. Por trás da investida, há uma disputa geoeconômica com o Salic, fundo ligado à família real saudita e sócio da Minerva Foods. Arábia Saudita e Emirados Árabes duelam pelo abastecimento de carne bovina no Oriente Médio.

#Abu Dhabi Investment Authority #Salic

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