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Destaque
Marina Silva, principal candidata ao Ministério do Meio Ambiente, levou à equipe de transição a ideia de criação de um fundo multilateral para a proteção da Floresta Amazônica. A iniciativa envolveria os seis países que formam a chamada Amazônia Legal, ou seja, Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela. Além de ações de combate ao desmatamento, o fundo seria voltado a financiar projetos sustentáveis na região, do manejo de florestas a investimentos ecossociais, como o apoio a agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais do bioma. Ou seja: o foco não seria apenas o da preservação ambiental, mas também o de estimular a economicidade dos recursos amazônicos, contemplando as sinergias de cada país e mesmo investimentos conjuntos.
Nesse sentido, portanto, a proposta formulada por Marina Silva vai além da ideia apresentada recentemente pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que sugeriu a criação de um bloco dos países amazônicos especificamente para combater as queimadas. O fundo seria ainda aberto a doações de outros países de fora da região, em um modelo similar ao Fundo Amazônia – este restrito a ações no território brasileiro. Na esteira da forte repercussão causada pela participação de Lula na COP27, a ideia é que o petista se encontre com presidentes dos demais países da Amazônia Legal antes mesmo da posse para discutir a proposta.
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