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A quem interessa o “Oscar da Vergonha”?

  • 26/01/2012
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A indicação da Vale como candidata ao “Oscar da Vergonha” – uma comédia burlesca promovida por ONGs ambientalistas midiáticas – tem um significado similar ao da nota AAA concedida pelas agências classificadoras de risco ao Lehman Brothers. Só que de cabeça para baixo. A Vale não vai quebrar o ecossistema como a banca viciada fez com o sistema financeiro mundial. Até porque a companhia tem um histórico de boas práticas na área da sustentabilidade. É curiosa, para não dizer suspeita, a campanha para manchar a empresa. Durante um certo período a Vale foi premiada como referência de comportamento corporativo em meio ambiente e tem publicado relatórios de sustentabilidade todos esses anos. A provável “vitória desonrosa” da companhia na competição pelo título de vilã do meio ambiente desdenha critérios rigorosos e mais parece um linchamento pela internet. A Vale não tem direito de defesa, os eleitores são todos contra ela e fica vedada qualquer listagem de apoio no mesmo escrutínio. Ou seja, os responsáveis pela condenação da empresa são entidades “isentas de carteirinha”, tal como a Rede Justiça nos Trilhos, a Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, o International Rivers e a Amazon Watch. Maior viés, nem por encomenda. A festa do “Oscar da Vergonha” mais parece uma iniciativa para viabilizar acusações espúrias contra a Vale, que favorecerão práticas da concorrência, tais como o denuncismo de dumping social. Enseja a busca de argumentos para que outros foros de arbitragens sejam escolhidos nos contenciosos socioambientais. E revela o firme empenho de subtrair da companhia a soberania sobre sua política de sustentabilidade. É uma malfeitoria disfarçada de bom mocismo.

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