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Agronegócio

Brasil fecha um arco de investimentos soberanos para ampliar sua área agrícola

21/11/2023
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O governo Lula quer aproveitar a COP 28, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro, em Dubai, para anunciar um cinturão de parcerias bilaterais voltadas à recuperação e conversão de pastagens no Brasil. Segundo o RR apurou, além do acordo já engatilhado com o Salic (Saudi Agricultural and Livestock Investment Company), fundo da família real da Arábia Saudita, há negociações avançadas com os Emirados Árabes e a China. No primeiro caso, os aportes serão feitos pelo ADQ (Abu Dhabi Developmental Holding Company).

O fundo soberano, que administra aproximadamente US$ 170 bilhões em ativos, tem sido o veículo usado pelos Emirados Árabes para investimentos globais em projetos vinculados a metas ESG. Nos últimos dois anos, o ADQ vem se notabilizando por aportes em empresas e iniciativas da cadeia de abastecimento alimentar. Do lado chinês, de acordo com informações que circulam no Ministério da Agricultura, o projeto deverá ter a participação da Cofco.

Maior processador e fabricante de alimentos da China, a companhia estatal tem expressivos investimentos no Brasil na produção de grãos. No Ministério da Agricultura, a estimativa é que os acordos com Arábia Saudita, Emirados e China permitirão a recuperação e conversão de até 30 milhões de hectares para a agricultura, o equivalente à metade de toda a área plantada do país. Ressalte-se que Lula chegará à Dubai, para a COP 28, na crista da onda.

Um ano após a sua participação na COP 27 como presidente eleito, quando assumiu uma série de compromissos ambientais, vai capitalizar aos olhos do mundo a queda de 22% do desmatamento na Amazônia Legal.  

#Agricultura #Amazônia legal #Cofco #COP 28 #ESG #Lula

Destaque

Marina propõe fundo multilateral para a Amazônia

28/11/2022
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Marina Silva, principal candidata ao Ministério do Meio Ambiente, levou à equipe de transição a ideia de criação de um fundo multilateral para a proteção da Floresta Amazônica. A iniciativa envolveria os seis países que formam a chamada Amazônia Legal, ou seja, Brasil, Peru, Bolívia, Colômbia, Equador e Venezuela. Além de ações de combate ao desmatamento, o fundo seria voltado a financiar projetos sustentáveis na região, do manejo de florestas a investimentos ecossociais, como o apoio a agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais do bioma. Ou seja: o foco não seria apenas o da preservação ambiental, mas também o de estimular a economicidade dos recursos amazônicos, contemplando as sinergias de cada país e mesmo investimentos conjuntos.  

Nesse sentido, portanto, a proposta formulada por Marina Silva vai além da ideia apresentada recentemente pelo presidente da Colômbia, Gustavo Petro, que sugeriu a criação de um bloco dos países amazônicos especificamente para combater as queimadas. O fundo seria ainda aberto a doações de outros países de fora da região, em um modelo similar ao Fundo Amazônia – este restrito a ações no território brasileiro. Na esteira da forte repercussão causada pela participação de Lula na COP27, a ideia é que o petista se encontre com presidentes dos demais países da Amazônia Legal antes mesmo da posse para discutir a proposta.   

#Amazônia legal #COP27 #Marina Silva #Ministério do Meio Ambiente

Vem aí a constituinte indígena

15/07/2022
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Há uma chaga que unifica petistas e bolsonaristas no encaminhamento da sua cura. Trata-se da questão do índio na Amazônia. Os silvícolas ocupam 14,4% do território do país e 23,4% da Amazônia legal. São, ao mesmo, vítimas e parceiros do crescente comércio ilegal e da atividade predatória na região.

Os índios são chacinados e sócios de contrabandistas e garimpeiros. Ao mesmo tempo, é um assunto que incomoda militares, atiça o setor extrativista e transborda do país para o mundo. Tanto Lula quanto Bolsonaro pensam em tirar do seu colo a decisão sobre o futuro dos índios no Brasil. Ambos pensam em um plebiscito ou uma “constituinte indígena”.

Os bolsonaristas tendem mais para o plebiscito, embalados pela esmagadora escolha popular favorável ao comércio e produção das armas. Os lulistas, com um pé no futuro governo, debatem a ideia de uma constituinte exclusiva, com a participação de observadores internacionais. O projeto redefiniria o espaço territorial indígena e a proteção da sua forma de sobrevivência. Há bolsões sinceros e radicais de ambos os lados. Mas, ao que tudo indica, o antagonismo cede quando se trata de queimar a mão resolvendo um problema fervente. Melhor dividi-lo com o povo brasileiro. Talvez seja a única solução que mitigue reações contrárias nacionais e mundiais em relação à decisão a ser tomada.

#Amazônia legal #Jair Bolsonaro #Lula

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