Índio quer segurança e vacina

  • 16/04/2021
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Segundo informação filtrada pelo RR junto ao Palácio do Planalto, o presidente Jair Bolsonaro cogita nomear um militar para o comando da Funai, em substituição ao delegado da Polícia Federal, Marcelo Xavier. Um dos nomes cotados seria o do general Fernando Maurício Duarte Melo. O oficial ocupou interinamente a presidência da Fundação em 2019, quando outro militar, o general Franklimberg de Freitas foi demitido do cargo.

Não por coincidência, a possível “remilitarização” da Funai se daria em um momento de tensão entre as comunidades indígenas. O RR apurou que entidades de representação dos índios – a exemplo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) – têm cobrado do governo o aumento da presença de tropas do Exército nas principais aldeias da Região Amazônica. O objetivo é coibir a crescente evasão de vacinas contra a Covid-19. Há denúncias de que garimpeiros ilegais e criminosos estariam desviando imunizantes em terras indígenas, a exemplo da Raposa Serra do Sol, em Roraima, e da aldeia Yanomami, que se espalha também por Roraima e pelo Amazonas.

Entre os grupos declarados como prioritários para a campanha de vacinação, a comunidade indígena está atrás de outros segmentos. Levantamento feito por ONGs indica que 55% de todos os nativos já receberam ao menos uma dose de imunizante, contra 70% dos profissionais de saúde. Pode parecer uma diferença pequena, mas a taxa de mortalidade entre índios contaminados pelo novo coronavírus é sete vez superior à da média da população brasileira.

#Fernando Maurício Duarte Melo #Jair Bolsonaro

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