Tag: Lava Jato

Judiciário

Afastamento de juízes da Lava Jato tem a caligrafia de Alexandre de Moraes

18/04/2024
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No próprio CNJ, há quem enxergue a silhueta de Alexandre de Moraes na decisão do corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, de afastar a juíza Gabriela Hardt, substituta de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, além de outros três magistrados da Lava Jato – punição, em parte, anulada posteriormente pelo ministro Luis Roberto Barroso. Salomão é bastante próximo de Moraes desde 2020, quando ambos atuaram juntos no TSE. Na Corte a sintonia entre ambos chamava a atenção: raras vezes, os dois tiveram votos divergentes em julgamentos no plenário, como pode ser observado nas gravações das sessões disponíveis no canal do Tribunal no YouTube. No mês de agosto de 2022, quando Moraes foi empossado na presidência do TSE, em conversa com o RR Salomão vaticinou que o colega ia “vir com tudo” à frente da Justiça Eleitoral. Não era uma profecia, mas uma declaração de quem priva dos pensamentos do ministro do STF. Por sinal, magistrados próximos a Salomão sabem que ele sonha com uma cadeira no Supremo, com o apoio de Moraes.

#Alexandre de Moraes #Lava Jato

Política

Absolvição recoloca Sergio Moro e Lava Jato no game de 2026

9/04/2024
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A cada mais provável absolvição de Sergio Moro no TRE-PR já provoca especulações no Congresso Nacional com vistas às eleições de 2026. Neste momento, deputados e senadores da ala bolsonarista celebram nos corredores do parlamento a salvação do ex-ministro da Justiça. Até então, Moro encontrava-se em uma situação de baixa influência no jogo sucessório. As cartas postas na mesa estavam restritas ao próprio Jair Bolsonaro, ao governador de São Paulo, Tarcísio Freitas, e à ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro. Moro passa a ser uma espécie de quarto mosqueteiro nas hipóteses de composição de uma chapa bolsonarista puro-sangue. O senador se reaproximou publicamente do ex-presidente durante os debates eleitorais de 2022, aconselhando Bolsonaro a olhos vistos. O resgate de Moro, de uma certa forma, traz novamente ao cenário a Lava Jato como elemento do discurso de campanha do bolsonarismo. Uma Lava Jato purificada a partir do estado do Paraná, com potencial de atrair antigos admiradores em nível nacional. Sob certo aspecto, a iminente absolvição do ex-juiz contribui com o projeto bolsonarista de tentar antecipar o debate sobre as eleições de 2026. Moro livre do risco de cassação traz o tempero da anticorrupção que fez parte da narrativa de Jair Bolsonaro no pleito de 2018 e durante o seu governo.

#Eleições #Lava Jato #Sérgio Moro

Política

Ex-tesoureiro do PT exorciza Lava Jato e volta ao game

11/03/2024
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O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto está saindo das sombras, ainda que não muito. Tem participado de articulações políticas para o lançamento de candidaturas do partido a prefeituras. O petista tem razoável influência em municípios da Grande São Paulo, como Guarulhos e Osasco. Vaccari, aos poucos, vai entrando na lista de petistas que conseguiram exorcizar a Lava Jato. No início do ano, o ministro Edson Fachin, do STF, anulou a condenação de Vaccari por suposta corrupção em contratos de navios-sondas com a Petrobras. Na semana passada, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do TRF1 trancou uma ação contra o petista que corria na 12ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

#Lava Jato #PT

Infraestrutura

Cade fecha o cerco a empreiteiras do “PAC Favelas”

22/01/2024
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O RR apurou que o Cade vai retomar em fevereiro o julgamento sobre possíveis condutas anticompetitivas na execução do “PAC Favelas”, projeto de urbanização das três maiores comunidades do Rio de Janeiro – Complexo do Alemão, de Manguinhos e na Rocinha. Por “condutas anticompetitivas” entenda-se a formação de cartel para tocar as obras. A investigação, um derivativo da Lava Jato, mira pesos pesados da construção, como Andrade Gutierrez, Novonor (antiga Odebrecht), Queiroz Galvão e Coesa, leia-se a antiga OAS. Esta última é uma das mais enroladas no caso. A companhia chegou a fazer um acordo de leniência com o Cade, a exemplo da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, mas o benefício foi suspenso pelo próprio órgão antitruste pelo descumprimento integral de Termos de Compromisso de Cessação (TCCs).

#Andrade Gutierrez #Cade #Lava Jato #Novonor

Empresa

A nova identidade das velhas empreiteiras baianas

29/08/2023
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Devagar e paulatinamente as empreiteiras que foram devastadas pela Lava Jato estão se recuperando, ainda que as obras do governo federal sigam em ritmo bem inferior do que antes do carrasco Sérgio Moro. As construtoras baianas tocaram os atabaques, capricharam no compliance e mudaram suas marcas. A OAS virou Coesa; a Odebrecht tornou-se OEC; e a GDK adicionou duas letras ao seu nome, o NG (de Nova Geração). O mercado que tem crescido mais para as empreiteiras da Bahia é o de obras dos governos estaduais.  

Com a mudança da Petrobras macarthista, a cassação de contratos com a estatal e multa paga pelos “cleptobrasmaníacos” e as exigências cada vez mais radicais de governança e transparência das empreiteiras, os deserdados pulam animadamente atrás do trio elétrico. A GDKNG, por exemplo, previa levantar a recuperação judicial só em novembro, mas já antecipou a suspensão para o início de outubro. A expectativa agora é a retomada do acesso às obras federais, em ritmo acelerado. 

 

#Lava Jato #Odebrecht #Sérgio Moro

Justiça

Estados miram uma grana extra no crepúsculo da Lava Jato

3/07/2023
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A decisão do ministro Edson Fachin autorizando que parte da indenização paga por um delator à Petrobras seja compartilhada com o Mato Grosso traz um novo matiz, ainda que tardio, à Lava Jato. São Paulo e Pernambuco também deverão receber uma parcela da sanção. O erário dos dois estados teve perdas com desvios de recursos revelados, em seu acordo de colaboração com a Justiça, por Leonardo Meirelles, ex-sócio do doleiro Alberto Youssef. Segundo o RR apurou, procuradores do Mato Grosso, São Paulo e Pernambuco já estão debruçados sobre os processos da Lava Jato com o objetivo de identificar novas possibilidades de pedidos de indenização. 

#Edson Fachin #Lava Jato #Petrobras

Destaque

O setor de construção pesada vai voltar. E quem diz é José Dirceu

21/06/2023
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Ainda sobre a breve, mas fulgurante, passagem de José Dirceu pelo Rio, na última sexta-feira, dia 16 de junho. Em palestra noturna, seguida de jantar com o grupo Prerrogativas – conforme noticiou o RR  – Dirceu deitou falação no que considera o maior tumor produzido pela Lava Jato: a destruição da construção pesada. O ex-ministro diz que o presidente Lula tem a mesma opinião. Afirmou que tem contatos na América Latina, a mais atingida pelo escangalhamento do setor – “na verdade, quem foi mais atingido fomos nós mesmos”, sublinhou. Dirceu informou que vai trabalhar pelo soerguimento da construção pesada. Só não disse como. Seja lá como vai poder ajudar esse segmento, que já teve suas grandes empresas todas ranqueadas no topo das maiores do Brasil, a verdade é que a premissa de Dirceu está certa, certíssima.  

Com a Lava Jato foi construída uma narrativa para “criminalizar” também as empreiteiras e não somente os dirigentes e sua rede de operadores, que cometeram falcatruas. Verdade seja dita: no desmonte da construção pesada, os juízes deram o kick off e se acumpliciaram, com omissões e associações indevida, aos demolidores da construção pesada. Mas não foram os protagonistas da destruição das companhias, papel que coube aos órgãos de controle, liderados pelo TCU. Este cometeu uma espécie de macartismo empresarial. Praticamente quebrou o top ten das empreiteiras. Atrocidades foram cometidas, como o cancelamento de contratos de obras e a suspensão do crédito público. Uma a uma, empresas como Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, que vinham, inclusive, investindo na diversificação das suas atividades, tiveram de vender todos os novos projetos. Um braço importante do seu core business, a comercialização no exterior de serviços de engenharia, simplesmente se desmilinguiu. Ao mesmo tempo, acabaram sendo “expulsas” das centenas de obras que construíam no Brasil.  

Para bom observador, José Dirceu veio dar este recado como ventríloquo de Lula. O ex-ministro, apesar da grande discrição, toca de ouvido com o presidente, que já disse pública e enfaticamente que vai recuperar a construção pesada nacional e retomar a exportação de serviço. Lula tem, inclusive, relações de afeto no setor, a exemplo de Emílio Odebrecht.  

De acordo com Dirceu, o presidente está, sim, decidido a destruir o legado do lavajatismo. E o resgate das grandes empreiteiras é uma das ações que vão nesta direção. O ex-todo poderoso chefe da Casa Civil observou que um dos eixos da geopolítica de Lula é justamente retomar o protagonismo nos continentes, sobretudo na América Latina e na África, contendo também a expansão da China nas mesmas regiões. A exportação de serviços assim como a defesa da inclusão ou fortalecimento da participação dos países de ambos nos foros multilaterais são instrumentos com os quais o assessor de Lula, Celso Amorim, conta para fazer valer a geopolítica brasileira. Segundo José Dirceu, as condições presentes são ainda mais favoráveis para o Brasil retomar seus mercados.  

O movimento imediato no xadrez da defesa é a desmontagem na CCJ da PEC esdrúxula que vem sendo articulada pela oposição para impor a exigência de aval do Congresso Nacional em caso de financiamento de bancos públicos federais a engenharia de obras no exterior. Em tempo: Dirceu não gastou tempo falando em Cuba, um dos pivôs do discurso de satanização da venda de serviços de engenharia, apesar das sabidas fortes relações com a pequena ilha. Se Lula é eminentemente um pragmático, conforme já foi dito, Dirceu disputa com ele o posto de referência nesse quesito. O Grupo Prerrogativas é um coletivo de juristas e magistrados mais ativos no combate à Lava Jato e na defesa da democracia. 

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #José Dirceu #Lava Jato #Odebrecht #TCU

Deltan-Dallagnol

Justiça

“Risco Aras” paira sobre Deltan Dallagnol

18/05/2023
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O inferno judicial de Deltan Dallagnol, ao que parece, está apenas começando. Após a cassação do seu mandato de deputado federal, a apreensão de Dallagnol se concentra na reunião do Conselho Superior do MPF marcada para o próximo dia 6 de junho. Nessa data, o procurador-geral da República, Augusto Aras, deverá apresentar seu voto em um processo contra o agora ex-parlamentar. O que está em jogo, neste caso, é a possível criminalização do ex-chefe da força tarefa da Lava Jato em Curitiba. Ou seja: a transferência do processo contra Dallagnol do MPF, ou seja do âmbito administrativo, para o STJ. O Conselho Superior do Ministério Público tem esse poder. O temor de Dallagnol é que Aras use o julgamento e carregue no parecer para se credenciar junto ao presidente Lula e garantir a recondução ao cargo de procurador-geral. A posição de Aras deverá influenciar o voto de parte do Conselho. Como se não bastasse, o relator do processo, o subprocurador geral Mauro Bonsaglia, já defendeu, em um seu parecer de 80 páginas, que Dallagnol vá para o banco dos réus do STJ. 

#Augusto Aras #Deltan Dallagnol #Lava Jato #STJ

Institucional

A Lava Jato ainda ecoa no Ministério Público

27/03/2023
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O Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) vai se reunir dentro de instantes para analisar uma reclamação contra o ex-procurador e agora deputado federal Deltan Dallagnol. De acordo com a queixa apresentada pelo subprocurador da República, Mario Luiz Bonsaglia, Dallagnol teria violado normais penais na coordenação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. A denúncia provoca divisões no Conselho, a começar pela própria competência do órgão em relação ao caso. Aliados de Dallagnol defendem que o CSMPF aprecia apenas casos de caráter administrativo ou disciplinar. E que suas atribuições não alcançam ex-procuradores, como Dallagnol, que pediu exoneração do Ministério Público no ano passado para entrar na política. No entanto, há integrantes do Conselho, a começar pelo próprio Bonsaglia, que entendem exatamente o oposto: o CSMPF teria poderes não apenas para apreciar acusações de ordem criminal como encaminhar denúncia ao STJ mesmo tratando-se de um ex-procurador – a Corte é o foro responsável por julgar supostos crimes atribuídos a membros do Ministério Público da União.

Uma fonte do Conselho Superior disse ao RR que o placar interno é favorável a Deltan Dallagnol e há poucas chances da denúncia contra ele prosperar. A ala pró-Dallagnol atribui a queixa a uma rixa pessoal de Mario Bonsaglia. Pelo sim, pelo não, Dallagnol tem tomado suas precauções. Nos últimos, de acordo com a mesma fonte, enviou a integrantes do CSMPF um relatório defendendo a lisura de seus atos.

Em tempo: além do próprio Deltan Dallagnol, o protagonismo de Mario Bonsaglia também aumenta a dimensão política do enredo. Bonsaglia é tido como um candidato de peso à sucessão de Augusto Aras na Procuradoria Geral da República, em setembro. Na eleição interna de 2021, ele foi o mais votado da listra tríplice, que acabou sendo rasgada por Jair Bolsonaro – procedimento que Lula deverá repetir, conforme suas seguidas declarações.

#CSMPF #Deltan Dallagnol #Lava Jato

Justiça

A “Lava Jato” do Peru também está fenecendo

20/12/2022
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As tratativas para a retomada da parceria entre os Ministérios Públicos do Peru e do Brasil micaram. Mesmo com a recente vinda ao país do chefe da Equipe Especial do MP peruano, Rafael Barba, não houve acordo para um novo convênio de cooperação no âmbito das investigações contra empreiteiras brasileiras no país vizinho. Coincidência ou não, a ruptura se deu após a Novonor (ex-Odebrecht) denunciar ao MPF que autoridades peruanas haviam violado acordo firmado entre os dois países. Os procuradores peruanos teriam utilizado provas produzidas no Brasil em ações contra a Novonor. Em meio à grave crise política no país vizinho, a versão peruana da Lava Jato também dá sinais de fenecimento. Em com resultados pífios: após quatro anos de trabalho, até agora não houve nenhuma condenação de acusados por corrupção.

#Lava Jato #Novonor

Justiça

A Lava Jato vive. No Peru 1

11/11/2022
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O empresário brasileiro Marcos de Moura Wanderley está sendo esperado no Tribunal Superior Nacional do Peru no dia 12 de dezembro. Trata-se da audiência final de mais um processo relativo à versão peruana da Lava Jato. Ex-representante da Camargo Corrêa no país, Wanderley é investigado no âmbito da ação que apura pagamento de propinas e lavagem de dinheiro na construção de um trecho da rodovia Interoceânica. Segundo a Justiça peruana, um dos beneficiados com o suborno teria sido o então presidente do país, Alejandro Toledo. Por sinal, no quesito “presidentes da República”, proporcionalmente a “Lava Jato peruana” ganha da brasileira. Além de Toledo, as acusações de corrupção envolvem Ollanta Humala e Alan Garcia – este último se suicidou em abril de 2019.  

#Camargo Corrêa #Lava Jato #Peru

Velhas mágoas

28/09/2022
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O PT enxerga pitadas de João Santana no discurso cada vez mais belicoso de Ciro Gomes contra Lula. O marqueteiro, fisgado na Lava Jato, guarda imenso rancor do partido. Ainda hoje cobra na Justiça uma dívida de R$ 15 milhões por serviços prestados na campanha de Dilma Rousseff em 2014.

#Ciro Gomes #Lava Jato #Lula #PT

A “volta” de Angra 3

22/09/2022
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A Eletronuclear vai iniciar nos próximos dias a concretagem de Angra 3. Será a retomada das obras de construção da usina, paralisadas desde 2015, por causa da Lava Jato. O Ministério de Minas e Energia estima que serão necessários cerca de R$ 17 bilhões para a conclusão da unidade, prevista para 2026.

#Eletronuclear #Lava Jato #Ministério de Minas e Energia

Rasteiras e rabo de arraia

27/05/2022
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Há uma briga demoníaca no setor de venture capital. O contencioso está correndo na Justiça e envolve o nome de um dos beneficiados com a delação premiada na Lava Jato. Já, já o assunto vem à tona.

#Lava Jato

Prova da discórdia

6/05/2022
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Uma questão do concurso para o Ministério Público do Rio de Janeiro, realizado no último fim de semana, está causando polêmica no meio jurídico. A prova fez referência à admissibilidade do STF a provas obtidas a partir da instalação de escutas ambientais em escritórios de advocacia. O parecer favorável do Supremo é contestado por renomados juristas, que consideram a prática da “busca exploratória” em bancas um legado perigoso da Lava Jato. Em fevereiro, vale lembrar, a Câmara aprovou projeto de lei proibindo operações de busca e apreensão e outras medidas cautelares em escritórios de advocacia se fundamentada em delações sem provas.

#Lava Jato #Ministério Público do Rio de Janeiro

Suprema Corte

10/03/2022
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Sergio Moro vem tentando atrair o ex-ministro do STF Ayres Britto para a sua campanha. Curiosamente, quando ainda estava no Supremo, o jurista por diversas vezes atacou a “ilegitimidade” da Lava Jato.

#Lava Jato #Sérgio Moro #STF

Horário eleitoral

10/02/2022
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Emissários de Sergio Moro sondaram uma plataforma de streaming tentando emplacar uma série documental sobre a Lava Jato.

#Lava Jato #Sérgio Moro

A Lava Jato e seus afogados

21/12/2021
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O fundo do braço direito do lavajatado Jaime de Paula, Marcel Arins, tenta, junto com Katia Negreiros, desesperadamente captar dinheiro para fazer qualquer negócio em venture capital. O mercado anda escaldado de abraço de afogado, ainda mais após a Operação Hemorragia.

#Jaime de Paula #Lava Jato

Política

Partido da Lava Jato

17/12/2021
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O ex-procurador Carlos Fernandodos Santos Lima, um dos “homens de ouro” da Lava Jato, bateu o martelo: vai concorrer à Câmara dos Deputados. Junta-se a Sergio Moro e Deltan Dallagnol no Podemos para reeditar a “República de Curitiba”.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Sérgio Moro

Infraestrutura abre as comportas do FMM para a indústria naval

7/12/2021
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O ministro Tarcísio Freitas parece um foguete. Agora, chamou para si a missão de reverter o quadro anímico da indústria naval no país. O Ministério da Infraestrutura vai afrouxar as rédeas do Fundo da Marinha Mercante (FMM), administrado pela Pasta. A ideia é flexibilizar os critérios para a concessão de recursos, contemplando um número maior de projetos.

A Pasta pretende também reduzir o período de análise dos pedidos de empréstimo, que, em alguns casos, se arrastam por quase dois anos. Segundo o RR apurou, as novas regras deverão ser anunciadas até janeiro. Em contato com a newsletter, o Ministério da In[1]fraestrutura confirmou que “estuda aprimorar os critérios para prover re[1]cursos para o setor naval por meio do Fundo da Marinha Mercante.”.

Ainda de acordo com a Pasta, “esse processo de revisão está em andamento e será detalhado quando finalizado.” O FMM e consequentemente a indústria naval ainda pagam o preço da Lava Jato. A Operação investigou mais de R$ 5 bilhões em repasses do Fundo da Marinha Mercante a em[1]preiteiras durante os governos do PT. Como consequência, o governo adotou regras mais draconianas para a concessão de empréstimos. Hoje, no entanto, há um consenso na equipe de Tarcísio Freitas de que o torni[1]quete apertou demais. O orçamento do FMM para este ano contempla R$ 6,8 bilhões. Até agora, no entanto, o Ministério liberou apenas 17% desse valor, ou seja, R$ 1,2 bilhão.

#Lava Jato #Ministério da Infraestrutura #PT #Tarcísio Freitas

“Me esqueçam”

17/11/2021
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Sérgio Andrade, controlador da Andrade Gutierrez, está praticamente jogando o chapéu. Tem ficado mais em Portugal do que no Rio, sua residência oficial, ou em Belo Horizonte, onde reside parte do clã. A Lava Jato deixou marcas profundas no empresário. Ele simplesmente não quer mais ter a vida desgastante de acionista e CEO, ainda que informal. Se fosse simples, passava a empresa para  frente.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato

As seguidas mortes da Lava Jato

27/10/2021
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No MPF, Augusto Aras é apontado como o mentor do processo aberto pelo Conselho Nacional do Ministério Público contra 11 procuradores que integravam a força-tarefa da Lava Jato no Rio. Eles são acusados de terem divulgado informações sigilosas da operação.

#Augusto Aras #Lava Jato #Ministério Público Federal

Guerra à vista no Ministério Público

22/10/2021
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Segundo o RR apurou, o procurador federal Castor de Mattos vai para a briga. Mattos pretende recorrer não só ao próprio Conselho Nacional do Ministério Público, mas também à Justiça contra a sua demissão, decretada na última segunda-feira pelo colegiado. O procurador foi guilhotinado por ter patrocinado um outdoor em apoio à Lava Jato.

#Conselho Nacional do Ministério Público #Lava Jato

Sabatina training

31/08/2021
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André Mendonça tem visto e revisto vídeos da recente sabatina de Augusto Aras no Senado. O candidato ao STF vem sendo aconselhado por aliados a repetir o tom sereno de Aras e, sempre que possível, dar uma estocada na Lava Jato. Esse discurso é música para os ouvidos dos parlamentares.

#Augusto Aras #Lava Jato

A agenda da CIA

23/07/2021
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O diretor da CIA, William J. Burns, conversou sobre três assuntos, entre outros, com Jair Bolsonaro: Sérgio Moro, Lula e Lava Jato. A fonte da informação é quentíssima. Burns encontrou o presidente Bolsonaro no dia 1o de julho, em uma “visita de cordialidade”, sem que a agenda fosse divulgada pelo Palácio do Planalto.

#CIA #Jair Bolsonaro #Lava Jato #Lula

A Lava Jato não pega mais ninguém

27/05/2021
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Apontado como cúmplice do doleiro Dario Messer, o ex-presidente do Paraguai Horacio Cartes livrou-se da Lava Jato. O TRF-2 extinguiu o processo contra Cartes, acusado de ter ajudado na fuga de Messer para o país vizinho, em 2018. Em 2019, o juiz Marcelo Bretas chegou a expedir uma ordem de prisão contra o ex-presidente paraguaio. Livre no Brasil, Cartes ainda responde a uma ação em seu país por suposta associação criminosa com Messer.

#Lava Jato

Lava Jato em vertigem

29/03/2021
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Uma fonte do RR ligada a Petra Costa disse que a diretora de “Democracia em Vertigem” estuda produzir um documentário sobre a derrocada da Lava Jato e de Sergio Moro.

#Lava Jato #Sérgio Moro

Outro prego no caixão da Lava Jato

15/03/2021
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O processo de desmontagem e desmoralização da Lava Jato avança, de forma sincronizada, em várias frentes. Ao mesmo tempo em que o STF julga a suspeição de Sergio Moro, o RR apurou que Augusto Aras deverá encaminhar ao Conselho Nacional do Ministério Público o pedido de abertura de mais dois processos contra Deltan Dallagnol e os demais integrantes da força-tarefa. De acordo com a mesma fonte, o entendimento na PGR é que os procuradores incorreram em violação de sigilo profissional (previsto no artigo 325 da Constituição) e em quebra do sigilo das operações de instituições financeiras (tratada no artigo 10, da Lei Complementar 105/2001). Eles teriam infringido os dois artigos ao pedir para investigar ministros do STF e do STJ. Consultada pelo RR, a Procuradoria Geral da República informou que “não antecipa posicionamentos ou manifestações”. Uma eventual punição interna corporis contra Dallagnol e cia. daria ainda mais fôlego ao inquérito aberto pelo STJ para apurar se a “República de Curitiba” investigou ilegalmente ministros da Corte. No Tribunal, há quem diga que, indiretamente, esse seria um fator a mais de pressão para a eventual anulação de provas usadas pela força-tarefa.

#Augusto Aras #Deltan Dallagnol #Lava Jato #Sérgio Moro

Deltan ´s boys

9/02/2021
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Circula no MPF a informação de que os procuradores de Curitiba pretendem lançar um manifesto contra o fim da Lava Jato e, por tabela, o governo Bolsonaro. Sergio Moro teria sido convidado para ser um dos subscritores. Por ora, não disse nem que sim nem que não.

#Lava Jato #Sérgio Moro

PowerPoint

8/02/2021
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Com o fim da Lava Jato e a consequente perda de poder dos seus procuradores, Lula vai avançar novamente sobre Deltan Dallagnol no Conselho Nacional do Ministério Público Federal (CNMPF). Segundo o RR apurou, a defesa do ex-presidente prepara uma nova queixa contra Dallagnol. Na primeira tentativa, no ano passado, o caso foi arquivado pelo CNMPF.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Lula

Nome certo no lugar certo

15/01/2021
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No Ministério Público circula a informação de que Augusto Aras pretende transferir o procurador Celso Três da chefia da Operação Greenfield para o comando da Lava Jato. O curioso é que Três assumiu a liderança da Greenfield há apenas dois meses e sua atuação tem sido questionada por seus colegas. Há quem diga ele vem agindo para esvaziar a Operação. Sob a lógica de Aras, talvez seja um mérito. Ressalte-se ainda que Três sempre foi um crítico da Lava Jato e, em especial, de Sergio Moro. Entre outros ataques, já disse que a “parcialidade de Moro é escandalosa”.

#Augusto Aras #Lava Jato #Operação Greenfield

Acervo RR

Fim de linha

14/12/2020
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A decisão de Augusto Aras de estender a Lava Jato do Rio somente até 31 de janeiro de 2021 gerou insatisfação entre os integrantes da força-tarefa. Bom para os meliantes. Vai ter muita investigação que não será concluída.

#Augusto Aras #Lava Jato

Operação “Lava Floresta”

18/11/2020
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A Lava Jato está ajudando a debelar incêndios pelo Brasil. Após destinar cerca de R$ 14 milhões em recursos recuperados pela Operação para o combate às queimadas na Região Amazônica, o deverá autorizar uma nova tranche dos recursos recuperados pela Lava Jato para as ações no Pantanal.

#Lava Jato #STF

Reforços a caminho

26/10/2020
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A Lava Jato respira – ainda que por aparelhos. Segundo fonte do MPF, a força-tarefa do Rio está prestes a receber reforços. Serão pelo menos três novos procuradores. Eles vão se dividir em investigações e processos relacionados a quatro “braços” da Operação: Arco Metropolitano, PAC das Favelas, Saqueador e Eletronuclear.

#Lava Jato

No fundo do buraco do metrô

15/10/2020
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Um dos procuradores da Lava Jato em São Paulo crava para o RR: novas investigações apontam que o executivo Dalton Avancini, ex-Camargo Corrêa, seria líder do suposto esquema de fraudes em licitações das obras das linhas 2, 4 e 5 do metrô de São Paulo. Os acertos se davam no âmbito do “Tatu Tênis Clube”, como as grandes empreiteiras do país se referiam ao esquema de cartel montado para combinar resultados de concorrências, entre outros ilícitos. Procurada, a defesa de Avancini não se pronunciou. Também consultado, o MPF-SP disse apenas “não confirmar a informação”. Entende-se o cuidado: o Ministério Público acaba de denunciar Avancini e outros quatro executivos acusados de formação de cartel nas obras do metrô paulista. O ex-Camargo Corrêa, ressalte-se, já tem forte envolvimento na Lava Jato. Em 2015, fechou delação premiada. Mas, de lá para cá, novas acusações caíram na sua conta.

#Camargo Corrêa #Lava Jato #Ministério Público

Desculpas que é bom, nem pensar

21/09/2020
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A Lava Jato terá um “cantinho” especial na campanha eleitoral do PT. A cúpula do partido tem orientado candidatos a prefeito a descarregar suas baterias no Ministério Público, em especial em Deltan Dallagnol. Os petistas querem se aproveitar do enfraquecimento da Operação e dos processos contra Dallagnol dentro do próprio MP para desqualificar a Lava Jato e a criminalização do partido, em especial de Lula.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato

A peça Marco Aurelio Mello

16/09/2020
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Os principais escritórios de advocacia envolvidos com a Lava Jato monitoram de perto os próximos movimentos no tabuleiro do STF. Há uma torcida para que o ministro Marco Aurelio Mello seja estimulado por alguns de seus pares a se transferir da Primeira para a Segunda Turma, no lugar de Celso de Mello, que se aposentará em novembro. Marco Aurelio é o ministro mais antigo da Primeira Turma, o que, pelo regimento da Corte, lhe dá a prerrogativa de solicitar sua migração. Em tese, sua presença ajudaria a diluir a ala punitivista da Segunda Turma, formada por Edson Fachin e Carmen Lucia. Marco Aurelio se juntaria a Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, assim como ele considerados de perfil garantista.

#Lava Jato #Marco Aurelio Mello

Pressão sob medida

8/09/2020
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O RR apurou que os 13 integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba cogitaram seguir Deltan Dallagnol e abandonar a operação. Blefe ou não, recuaram após a confirmação de que a força-tarefa será estendida por mais um ano.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato

Toda a Lava Jato será castigada

8/09/2020
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A Lava Jato vai sofrer mais um constrangimento dentro do próprio MPF. Segundo o RR apurou junto a um dos integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público, na reunião de amanhã o colegiado vai reabrir o Procedimento Administrativo Disciplinar contra o procurador da República Diogo de Mattos. Em 2019, Mattos, ex-integrante da força-tarefa, comprou espaço em um outdoor em Curitiba e pôs um anúncio em homenagem à Lava Jato. Na época, com Sergio Moro no governo, a investigação pedida pelo corregedor-nacional do MP, Rinaldo Reis Lima, acabou arquivada. Porém, agora, o vento mudou de direção.

#Lava Jato #MPF #Sérgio Moro

Ao alcance dos olhos

25/08/2020
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Condenados na Lava Jato em prisão domiciliar, a exemplo de Eduardo Cunha, têm solicitado à Justiça a suspensão do uso de tornozeleira. Os advogados alegam que, com o isolamento social, o monitoramento eletrônico tornou-se desnecessário. Não colou. O TRF4 tem negado os pedidos.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

Dívidas do crime

24/08/2020
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Segundo informações filtradas do Ministério Público Federal, 25 signatários de acordos de delação premiada entre pessoas físicas e empresas – a maior parte no âmbito da Lava Jato – estão inadimplentes no pagamento de suas multas. O “calote” acumulado já soma cerca de R$ 300 milhões. Todos esses acordos correm o risco de serem anulados.

#Lava Jato #Ministério Público Federal

Um “infiltrado” na Polícia Federal

6/08/2020
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O delegado Cléo Matusiak foi escolhido para assumir a coordenação-geral da Polícia Fazendária, órgão vinculado à diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado da PF. A indicação partiu do próprio ministro da Justiça, André Mendonça. Trata-se de uma rara brecha concedida pelo governo Bolsonaro a um integrante da “República de Curitiba”. Matusiak integrou a força-tarefa da Lava Jato em 2018, quando estava na superintendência da PF no Paraná.

#Cléo Matusiak #Lava Jato #PF

Lava Jato 1

5/08/2020
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A declaração de Augusto Aras de que a Lava Jato tem uma caixa preta com dados de 38 mil pessoas ressuscitou a CPI da Lava Toga. Um grupo de senadores, à frente Alessandro Vieira (Cidadania-SE), trabalha junto a Davi Alcolumbre pela instauração da Comissão.

#Augusto Aras #Davi Alcolumbre #Lava Jato

Augusto Aras vira o jogo contra a Lava Jato

17/07/2020
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O procurador-geral da República Augusto Aras está costurando um acordão dentro do Ministério Público para garantir a criação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado – tida pela “República de Curitiba” como a sentença de morte da Lava Jato. O novo órgão substituirá todas as forças-tarefas existentes no MPF, concentrado um poder que hoje está atomizado por pequenos “condomínios” de procuradores. Aras já teria o apoio de quatro dos demais nove membros do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF) – o décimo integrante do colegiado é ele próprio.

Um personagem importante nesse enredo é o vice-procurador geral, Humberto Jacques de Medeiros. Braço direito de Aras, Medeiros vem tendo um papel relevante na articulação para a aprovação da proposta, de autoria de um grupo de subprocuradores, entre os quais Hindenburgo Chateaubriand Filho e José Adonis Sá. Consultada pelo RR, a Procuradoria Geral da República informou que “não há previsão para que o projeto seja discutido no CSMPF”. Augusto Aras é um cumpridor de missões – atributo que lhe garante a confiança do presidente Jair Bolsonaro.

Ainda que indiretamente, acabar com a Lava Jato é esvaziar o legado de Sergio Moro, assim como a importância do ex-ministro no aparelho de Justiça. Caso a implantação da Unidade Nacional se confirme, será uma demonstração de força de Aras até certo ponto surpreendente, dado o resultado recente das eleições para o Conselho Superior, quando os “independentes” se tornaram majoritários dentro do colegiado. Uma das moedas de troca de Aras nas negociações seria a indicação dos dois novos subprocuradores da República – a escolha sairá em agosto. Em outro front, em um gesto de trégua com opositores, o PGR manteve a promoção de Eliana Torelly a subprocuradora, colocando ponto final em um imbróglio que se arrastava no Conselho Nacional do Ministério Público desde março.

#Augusto Aras #Lava Jato #Ministério Público

Julgamento antecipado

10/07/2020
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A investida da Lava Jato sobre José Serra não deve passar de uma bala de festim. A tese é de um conceituado criminalista: se as supostas acusações da República de Curitiba ao tucano se referem a fatos ocorridos em 2007, Serra já está “absolvido”. A prescrição para crimes de lavagem de dinheiro é de 16 anos. Mas para condenados acima de 70 anos, esse prazo cai pela metade, portanto oito anos. Como Serra tem 78 anos, das duas uma: ou a Lava Jato liga o senador a um crime ocorrido de 2012 para cá, ou é melhor nem perder seu tempo.

***

By the way: se serve de consolo para a força tarefa de Curitiba, no caso da filha de Serra, Veronica Serra, investigada no mesmo inquérito por supostas contas ocultas no exterior, o prazo ainda não prescreveu.

#José Serra #Lava Jato

O teatro do MPF

9/07/2020
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É consenso dentro do Ministério Público que o processo aberto pela Corregedoria Federal contra a subprocuradora-federal Lindôra Araújo será apenas para inglês ver. Segundo fonte do próprio MPF, não há qualquer comprovação de que Lindôra tentou obter dados e informações da Lava Jato sem formalizar o pedido. Desse jeito, vai ficar o dito pelo não dito.

#Lava Jato #Ministério Público

Crônica de um Brasil com sombrero

28/05/2020
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O Brasil, que já vislumbra o risco de um isolamento comercial devido à disparada dos casos de coronavírus e a ameaça de ser o propagador de uma segunda onda da doença no mundo, está ameaçado de sofrer também um lockout moral. O estouro de novas denúncias de relações promíscuas entre o Poder Público e o setor privado tende a aumentar a aversão internacional ao país. De certa forma, o Brasil parece marchar na direção de um processo de “mexicanização”, leia-se o acúmulo por anos e mais anos de casos de corrupção institucionalizada.

Os quatro últimos presidentes mexicanos foram ou são alvo de investigação por irregularidades. No caso do Brasil, é preciso fazer uma ressalva. O presidente Jair Bolsonaro tem mil e um problemas ao seu redor, mas não pesam sobre seus ombros denúncias de corrupção, ao contrário do que ocorreu nos governos petistas e na gestão de Michel Temer. Ainda assim, a comparação entre Brasil e México se aplica pelo “conjunto da obra”. O Índice de Percepção de Corrupção (IPC) da Transparência Internacional corrobora essa proximidade.

O Brasil ocupa o 106o lugar em um ranking de 180 nações – quanto mais baixa a posição maior a percepção de corrupção. Está a apenas 24 degraus do México, que ocupa o 130o posto na medição da Transparência Internacional. No “ranking” do Google, a distância entre os dos países é proporcionalmente ainda menor. No final da tarde de ontem, uma busca por “Corruption AND Brazil” exibia cerca de 73,7 milhões de resultados – contra 77,6 milhões para uma pesquisa por “Corruption AND Mexico”.

O Brasil é um país em permanente estado de busca e apreensão. Não obstante sua amplitude e impacto, a Lava Jato não foi um programa de Estado para o combate à corrupção, mas uma Operação, que teve suas virtudes e seus pecados. Os casos destampados nos últimos dias pelo Supremo Tribunal Federal e pela Polícia Federal mostram que o Brasil está se revelando um benchmarking de uma nova corrupção ou uma corrupção 3.0. Sob certo aspecto, saem os canteiros de obra e as malas de dinheiro e entram algoritmos e régias contribuições financeiras para impulsionamentos nas redes sociais.

#Covid-19 #Jair Bolsonaro #Lava Jato #Michel Temer

Governadores atiram para todos os lados

13/05/2020
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A Operação Lava Jato está virando a “cloroquina” para o tratamento dos efeitos fiscais da pandemia. Sem dinheiro em caixa, Romeu Zema deverá ser o próximo governador a requisitar ao STF recursos recuperados pela Lava Jato para custear ações de combate ao coronavírus. Seguirá os passos do governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, que entrou com pedido junto ao ministro Alexandre de Moraes para a liberação de R$ 79 milhões.

O governador do Amazonas, Wilson Lima, formalizou junto ao governo da Noruega, na semana passada, um pedido de recursos para a compra de equipamentos médicos. O dinheiro viria do Fundo Amazonas, que está congelado desde o ano passado, no auge do imbróglio com o governo Bolsonaro por conta das queimadas na região. São aproximadamente R$ 133 milhões/ano que se encontram represados.

#Lava Jato #Operação Lava Jato #Romeu Zema

Terra de Sergio Andrade

8/05/2020
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Estão em curso estranhas manobras na Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte para murchar a CPI da Andrade Gutierrez, que investiga irregularidades em obras da empreiteira para a Prefeitura local. Em menos de três meses, houve duas abruptas trocas na relatoria da Comissão. A princípio, não há Lava Jato no Legislativo de BH.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato

Canteiros I

17/04/2020
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A criação de um sindicato bancário coordenado pelo BNDES para recuperar grandes empresas pode ser um achado para resgatar a indústria da construção pesada. Como se sabe, as empreiteiras constituíam um dos setores mais robustos da economia. Foram varridas do mapa pela Lava Jato. Como o país vai precisar, e muito, da construção pesada logo mais à frente, está descortinada a oportunidade para se corrigir um grande equívoco.

#BNDES #Lava Jato

Asfalto quente

9/04/2020
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Nos estertores da Lava Jato, está em curso uma tentativa do Ministério Público de São Paulo de triscar nos governos tucanos no estado. O acordo de colaboração firmado com a Ecovias tem um alvo em específico: o Dersa, o departamento de rodovias do estado. Os procuradores estão convictos de que a empresa dos herdeiros de Cecilio do Rego Almeida é um arquivo-vivo de malfeitos cometidos no Dersa durante os governos de José Serra e Geraldo Alckmin. Além de colaborar com as investigações, o acordo com o Ministério Público custará à Ecovias R$ 638 milhões.

#Dersa #Lava Jato #Ministério Público

Deltan-Dallagnol

Da Lava Jato para as urnas?

18/03/2020
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A desolação de Deltan Dallagnol com o fade out da Lava Jato, expressa em recentes entrevistas, encheu Alvaro Dias de esperança. Dias está convicto de que agora consegue fisgar o procurador e convencê-lo a disputar a Prefeitura de Curitiba pelo Podemos.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato

Novela do SBT

5/03/2020
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O folhetim da Lava Jato no Rio pode ter em breve um de seus capítulos de maior audiência: o juiz Marcelo Bretas cogita uma acareação entre Sergio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo. As denúncias de um contra o outro não batem.

#Adriana Ancelmo #Lava Jato #Sérgio Cabral

Lava Jato peruana avança sobre OAS, Andrade e Queiroz Galvão

18/02/2020
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A “Lava Jato” do Peru volta a assombrar as empreiteiras brasileiras. Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS receberam, na semana passada, uma notificação do Instituto Nacional da Defesa da Concorrência peruano. As três são acusadas de participar de um esquema de cartel para fraudar e vencer licitações de obras públicas no país. O espectro das investigações é amplo: envolve 35 corporações peruanas e estrangeiras que teriam manipulado concorrências de infraestrutura no país de 2002 a 2016.

Nesse período, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e OAS ampliaram consideravelmente sua presença local. Atuaram em importantes obras públicas do Peru, a exemplo do Corredor Viário Interoceânico Sul – a megaconexão rodoviária entre o Norte do Brasil e portos no Pacífico, lançada nos governos de Lula e de Alejandro Toledo –, o Parque Rímac, via expressa de 25 quilômetros em Lima, e a hidrelétrica de Inambari, na Amazônia peruana. Somados, esses projetos passaram de US$ 5,5 bilhões. Segundo o RR apurou, as três empreiteiras teriam até o fim de março para apresentar sua defesa ao órgão antitruste do Peru. Procuradas, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e OAS não se pronunciaram.

De acordo com as investigações das autoridades peruanas, o esquema de cartel se enraizou dentro do Ministério do Transporte e Comunicação local. Uma das mais importantes conexões entre as empreiteiras e o órgão era o advogado Rodolfo Prialé, principal representante do que ficou conhecido como “Club de la Construcción”, uma espécie de “Country Club da propina”. Em depoimento à Justiça peruana, três ex-dirigentes da OAS admitiram o pagamento de 25 milhões de sóis peruanos, algo equivalente a US$ 7,3 milhões, a Prialé. Além das investigações no âmbito administrativo, Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão, assim como outras empreiteiras brasileiras, são citadas em ações judiciais da Lava Jato peruana.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato #OAS #Queiroz Galvão

Sucessão forçada na Cervejaria Petrópolis

18/02/2020
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Giulia Faria, herdeira da Cervejaria Petrópolis, assumiu de vez a gestão executiva da companhia. Ou quase: sempre que precisa, tem no diretor-geral Marcelo de Sá uma espécie de tutor. Já o patriarca Walter Faria está mais preocupado com a sua própria defesa. Solto, em dezembro, após pagar uma fiança de R$ 40 milhões, Faria é investigado pela Lava Jato por lavagem de dinheiro. Entre outros malfeitos, é acusado de ter remetido ilegalmente para o exterior mais de R$ 1,4 bilhão.

#Cervejaria Petrópolis #Lava Jato #Walter Faria

Escolta policial

14/02/2020
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O ministro Sergio Moro ganhou um importante aliado na campanha pela manutenção de Maurício Valeixo no comando da Polícia Federal: o juiz Marcelo Bretas, o “Moro” da Lava Jato no Rio. O problema é que a pressão crônica pela demissão de Valeixo vem diretamente do presidente Jair Bolsonaro.

#Lava Jato #Sérgio Moro

Asfalto quente

14/02/2020
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O governador João Doria cogitou vedar a participação de empreiteiras condenadas pela Lava Jato na licitação para a conclusão das obras do trecho Norte do Rodoanel. Foi demovido pelo secretário de Transportes, José Octaviano Machado, diante do risco de entregar um projeto de R$ 2 bilhões a empresas do segundo grupo. Não é hora de jogar para a arqui- bancada com um empreendimento que está paralisado há quase seis anos.

#João Doria #Lava Jato

Lava Jato ainda pulsa

10/02/2020
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Após sofrer baixas na reta final de Raquel Dodge na PGR, a força-tarefa da Lava Jato vai ganhar reforços. Augusto Aras autorizou a transferência dos procuradores Joel Bogo e Luciana Miguel Cardoso para a “República de Curitiba” – ambos, por sinal, são casados. Atendeu a um pedido direto do próprio Deltan Dallagnol, que tenta manter a Lava Jato respirando.

#Lava Jato #PGR #Raquel Dodge

STF é “jurisdição” exclusiva de Aras

28/01/2020
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Há uma guerra de versões em torno do pedido de demissão do coordenador da Lava Jato na PGR, José Adônis Callou de Araújo Sá. O subprocurador deixou o cargo alegando que o PGR Augusto Aras havia lhe prometido autonomia total para conduzir os casos da Operação. Há controvérsias. Segundo uma fonte do próprio gabinete de Aras, logo após assumir o Procurador Geral da República foi enfático na recomendação dada aos integrantes da força-tarefa: toda a tramitação de processos e o trânsito de documentos e informações junto ao STF seriam conduzidos exclusivamente por ele. Na semana passada, após a saída de José Adônis, Aras repetiu a determinação expressa a todos os demais membros da equipe da Lava Jato na PGR. Quem não aceitar a regra do jogo, que siga os passos de Adônis.

#Augusto Aras #Lava Jato #PGR

Meritocracia

27/01/2020
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O ex-deputado federal Abelardo Lupion – braço direito e esquerdo de Onyx Lorenzoni – ganhou uma “promoção”. Responsável pela interlocução entre a Casa Civil e a Câmara, passou a fazer também o meio de campo com o Senado. Já circula, inclusive, pelos corredores do Palácio do Planalto com uma lista de indicações de senadores para agências reguladoras. Lupion, não custa lembrar, foi um dos parlamentares citados na Lava Jato. Mas, também, quem não foi?

#Casa Civil #Lava Jato #Onyx Lorenzoni

O coração e os esquemas de Messer ainda pulsam

17/01/2020
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Não fosse a Polícia Federal, o doleiro Dario Messer teria dado uma prova de amor bem peculiar para a namorada Myra Oliveira  Andrade,presa desde o dia 19 de novembro do ano passado. Segundo fonte do MPF, os Ministérios Públicos do Brasil e do Paraguai reuniram fortes evidências de que os dois funcionários da Fe Cambios presos na semana passada na fronteira entre Brasil e Paraguai estariam trazendo dinheiro ao país para custear o pagamento da defesa de Myra. Os dois empregados da casa de câmbio paraguaia carregavam um total de US$ 150 mil em espécie, sem origem declarada. Durante o tempo em que esteve foragido da Justiça, Messer costumava mover mundos e, principalmente, fundos para ver sua amada.

De acordo com dados da Inteligência da Polícia Federal, os encontros eram cercados de cuidados e ocorriam quase sempre em cidades da Tríplice Fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai. Há muito de amor e de autoproteção no empenho de Messer em ajudar a namorada. Presa pela Operação Patrón, um desdobramento da Lava Jato, Myra detém informações importantes do esquema criminoso comandado pelo doleiro. Ela é acusada por autoridades do Brasil e do Paraguai de ser cúmplice e funcionar como um braço operacional de Messer. Segundo as investigações, entre outras atribuições, costumava transportar remessas de dólares entre Brasil e Paraguai e também para os Estados Unidos. Em dezembro, o ministro Gilmar Mendes negou pedido de habeas corpus feito por seus advogados. Poucos dias antes, o TRF da 2ª região também havia rechaçado solicitação semelhante.

A prisão dos funcionários da Fe Cambios mostra que, mesmo asfixiado pela Justiça de dois países, o doleiro Dario Messer e seus cúmplices ainda conseguem mover peças no seu tabuleiro de crimes contra o sistema financeiro. Procurado pelo RR, o Ministério Público Federal do Rio confirma que, segundo as investigações, o esquema de Messer continua funcionando mesmo após sua prisão. O MPF-Rio não se pronunciou especificamente sobre o destino dos recursos apreendidos com os funcionários da casa de câmbio paraguaia.

De acordo com a fonte do RR, os Ministérios Públicos dos dois países têm indícios de que expediente semelhante foi utilizado recentemente para ajudar financeiramente outros integrantes do esquema liderado por Dario Messer. Ressalte-se que a prisão dos emissários da Fe Cambios despachados para o Brasil se deu um dia depois do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, aceitar a denúncia e consequentemente transformar em réus Edgard Aranda Franco e José Fermin González, respectivamente dono e gerente da casa de câmbio. Ambos integram a lista de 19 pessoas acusadas pelos Ministérios Públicos dos dois países de integrar o esquema criminoso montado pelo “doleiro dos doleiros”.

#Dario Messer #Lava Jato #MPF

Inidônea

13/01/2020
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A Queiroz Galvão queima seus últimos cartuchos na tentativa de fechar um acordo de leniência com a CGU. Está difícil. Tudo indica que será a única grande empreiteira fisgada pela Lava Jato a ser declarada inidônea pela Controladoria-Geral.

#Lava Jato #Queiroz Galvão

Charada

26/12/2019
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Qual é a empresa que faz pesquisa de opinião, campanha política, assessoria de imprensa para os financiadores dos candidatos, presta serviços para o setor público sem licitação e está envolvida com diversos dos condenados da Lava Jato? Qual? Qual? Adivinhão!

#Lava Jato

Acervo RR

Efeito Palocci

18/12/2019
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A Rádio Corredor da Lava Jato informa: a PF estaria preparando uma operação ainda para este ano com base na delação de Antonio Palocci. O sinal verde teria saído do gabinete de Edson Fachi.

#Edson Fachi #Lava Jato

“Nova fase” da Lava Jato pode cassar controle acionário; irmãos Batista devem puxar a fila

25/11/2019
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A Lava Jato pode renascer das cinzas com um vigor punitivo sem precedentes na história do país. O RR teve a informação de que o Congresso, mais especificamente a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, retomou, discretamente, as discussões em torno de um projeto de lei ou PEC propondo a transferência compulsória do controle de empresas cujos acionistas tenham sido condenados por crime de corrupção, lavagem de dinheiro e congêneres. Segundo o RR apurou, o Legislativo tem sido encorajado pelo Palácio do Planalto a levar a medida adiante. No círculo palaciano, a proposta é vista como passível de ser capitalizada pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem sido acusado de agir para matar a Lava Jato e asfixiar ações de combate à corrupção por motivações óbvias e consanguíneas. A ressurreição da operação lhe traria dividendos políticos, ao vir acompanhada da mensagem de que o seu governo foi o mais rigoroso na punição dos criminosos de “colarinho branco”.

Todas as corporações investigadas ou mesmo condenadas na Lava Jato ou em operações afins – Zelotes, Greenfield, Carne Fraca etc – estariam potencialmente na linha de tiro da nova legislação. A título de exemplo do que vem sendo chamado no Congresso de “prêmio do crime”, não haveria caso mais emblemático, devido à relação valor da punição/lucro empresarial, do que a JBS, dos irmãos e corruptores confessos Joesley e Wesley Batista. Coincidência ou não, a proposta renasce no Congresso justamente no momento em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pede ao STF a anulação do acordo de delação dos Batista. A eventual suspensão do acordo representaria o fim da alforria que os irmãos Batista receberam pelos crimes flagrados na Lava Jato. A anulação retiraria toda a blindagem jurídica que hoje protege os dois empresários, abrindo caminho para a reabertura das ações criminais contra a dupla e, eventualmente, a sua condenação. Não por acaso, a JBS tem sido a referência nos debates do tema entre parlamentares.

O projeto em discussão é de que o dano causado à sociedade não pode ser transformado em prêmio à criminalidade deixando o acionista com o controle e os frutos da empresa mediante o pagamento de uma multa proporcionalmente inexpressiva. De fato, se há uma corporação no Brasil que faz parecer que o crime compensa é a companhia dos irmãos Batista, dada a dosimetria da punição que os empresários receberam. Diferentemente de outras empresas ou mesmo setores inteiros da economia devastados pela Lava Jato, como construção pesada e  indústria naval, os acionistas da JBS pagaram pouco, muito pouco pelos delitos que cometeram e os dividendos de prosperidade que auferiram. A multa imposta no acordo de leniência foi quase um presente vis-à-vis o faturamento e a lucratividade da companhia. Pelo acordo homologado com o MPF, Joesley e Wesley Batista comprometeram-se, em 2017, a pagar uma multa de R$ 10,3 bilhões ao longo de 25 anos. Corrigida, a cifra pode se aproximar dos R$ 20 bilhões, mas, para efeito de comparação, tomemos como base o valor de face da punição, assim como dos resultados da JBS.

A punição equivale a 6,4% do faturamento médio da companhia entre 2014 e 2018 (R$ 159,2 bilhões/ano), um pedaço do período mais recente em que os Batistas inflaram sua rentabilidade com o dinheiro do crime. Dividida em valores iguais pelo período de 25 anos, a multa equivale a aproximadamente R$ 412 milhões/ano. Não chega a um quarto do lucro médio auferido pela JBS nos últimos cinco anos (R$ 1,86 bilhão por ano). Representa ainda menos de um terço do lucro atribuído a sócios da empresa controladora no mesmo período, de acordo com o balanço da JBS – algo como R$ 1,4 bilhão, em média, por ano. Em um exercício meramente hipotético, se a lucratividade média da companhia nos últimos cinco anos se mantiver constante ao longo dos 25 anos de pagamento da multa, o grupo terá um resultado positivo de R$ 46,5 bilhões, quase cinco vezes o valor de face do acordo de leniência. Ressalte-se ainda que uma parte incalculável, mas certamente bastante expressiva, embutida nesses números, tanto a valor presente quanto futuro, decorre da “absolvição” dos Batista e da JBS em função do acordo de leniência.

Não por acaso, entre parlamentares, há quem diga que Joesley e Wesley cometeram o “crime perfeito”. Subornaram políticos e autoridades, trocaram favores com partidos políticos, se aproveitaram do desvio de recursos públicos, receberam empréstimos oriundos do erário e construíram um império erguido sobre a combinação dessas práticas, sem perder nem um hectare desse latifúndio empresarial com a descoberta de seus delitos. Ao contrário de outras corporações fisgadas pela Lava Jato, a JBS está onde sempre esteve e é muito maior. Diante da gravidade do assunto, o RR entrou em contato com a empresa, por intermédio do assessor de comunicação Guilherme Barros. Na última terça-feira, dia 19, encaminhou 10 perguntas elaboradas com o apoio de parlamentares. A JBS, no entanto, sequer retornou à newsletter no prazo dado para resposta das questões – última quinta-feira, dia 21, às 17 horas. A medida em discussão no Congresso é extremamente polêmica e exige um amplo e profundo debate entre os mais diversos setores da sociedade. Não obstante a gravidade dos crimes correlatos, a proposta de expatriação soa como algo pouco afeito a regimes democráticos. Mas não é estranha à Constituição.

Os artigos 182 e 184 da Constituição também estabelecem condições de tomada do controle privado pelo Estado, mas sempre com foco na propriedade imobiliária, seja ela urbana ou rural. Nos dois artigos, a expropriação é sempre vinculada a uma contrapartida, com o pagamento de indenização em dinheiro. A exceção está no Artigo 243, que versa sobre a hipótese de confisco – “expropriação imediata, sem direito à indenização”. O objeto são imóveis rurais, “glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas”. Não, há, portanto, na Constituição menções específicas à possibilidade de expropriação de bens mobiliários, caso das ações de uma empresa. Por esta razão, no entendimento de juristas ouvidos pelo RR, a hipótese de punição de empresas criminalizadas mediante venda obrigatória do controle exigiria uma Proposta de Emenda Constitucional em nome da sua segurança jurídica. De toda a forma, a ideia não é nova.

Nos últimos anos, já espocou aqui e acolá, ainda que com nuances diferentes. Em 2016, no auge da Lava Jato, o então ministro da Transparência, Torquato Jardim, propôs ao Congresso mudanças na Lei Anticorrupção. À época, Jardim recomendou a venda compulsória do controle ou, em um movimento ainda mais radical, até mesmo a dissolução de empresas reincidentes em casos de pagamento de propina a autoridades e envolvimento em desvio de recursos públicos. O foco principal eram companhias que mantinham contrato com o governo. Mas as discussões não avançaram. No fim do ano passado, uma comissão de juristas – entre os quais os professores Carlos Ari Sundfeld (FGV-SP), Juarez Freitas (UFRGS) e Sérgio Guerra (FGV-Rio) – encaminhou a Rodrigo Maia um pacote de propostas para o combate à corrupção. Entre elas, uma emenda na Lei Anticorrupção (1.846/13), estabelecendo que os donos de empresas envolvidos em crimes desta natureza sejam obrigados a vender todas as suas ações em um prazo de dois anos.

Como forma de evitar casuísmos ou arbitrariedades, a premissa das discussões em curso no Congresso neste momento é que a expropriação somente se consumaria depois de o processo transitar em julgado, ou seja, esgotados todos os recursos jurídicos possíveis. Com o respaldo de juristas, membros da CCJ estudam se a medida poderia ser implantada apenas com a mudança na Lei Anticorrupção ou se trata de matéria constitucional, o que exigiria uma PEC. Em seu artigo 5º, a Carta Magna prevê a inviolabilidade do direito à propriedade. No entanto, como pontua o jurista Roger Stiefelmann Leal, doutor em Direto do Estado pela USP e professor de Direito Constitucional na Faculdade de Direito da USP, em seu trabalho “A propriedade como direito fundamental”, isso não significa que “a propriedade assume, em face da ordem constitucional, caráter absoluto, que inadmite restrições. A exemplo de diversos direitos fundamentais, o direito de propriedade comporta limitações e abrandamentos em sua aplicação em nome de outros valores também tutelados pelo texto constitucional.”. próprio artigo 5º, em seu parágrafo XXIV, diz que “a lei estabeleceráo procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.”

A legislação penal até contempla hipóteses de confisco em situações que guardam mais proximidade com os crimes da Lava Jato e as discussões em andamento no Congresso. Mas o entendimento é que a medida se aplica ao “produto do crime”, ou seja ganhos pecuniários auferidos em razão de práticas ilícitas. O Artigo 91 do Código Penal determina a perda em favor da União – “com a ressalva dos legítimos direitos do lesado e do terceiro de boa-fé” – do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática de fato criminoso”. Dispositivo razoavelmente semelhante está previsto no Artigo 7º, I, da Lei no 9.613, de 1998, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Como ressalta Roger Stiefelmann Leal, “o confisco constitui, portanto, penalidade excepcional de privação da propriedade sem o pagamento de indenização, que somente cabe ser aplicada mediante expressa previsão em lei”.

A legislação que priva os controladores dos seus direitos pode ter uma amplitude e flexibilidade bastante variadas. Há dúvida se a expropriação atingiria os detentores de capital das empresas com prejuízos no período de prática corrupta, ou que estão em recuperação judicial. A premissa, um tanto o quanto tortuosa, é que, não havendo lucro, não haveria o “prêmio do crime”. Outra questão complexa diz respeito ao procedimento em relação aos acionistas com parentesco, tendo ou não havido transferência de ações dos controladores no período determinado. Não existiria o risco de favorecimento por aproximação familiar? Não estaria configurado um “laranjal de ordem natural”? Finalmente, não seriam os parentes acionistas sujeitos à mesma regra de expropriação? A proposta de cassação do controle, com venda posterior em leilão público, tem semelhanças com um ovo de serpente. Pode ser um destampatório de iniciativas contra a propriedade em um governo que, apesar da pegada liberal, tem um DNA autoritário e protofacista. O RR põe um pé atrás com esse tipo de medida. Mas não há como não concordar que os criminosos foram favorecidos, as multas foram baixas, eles poluem as empresas e estimulam outras contravenções. Roubar e acumular fortunas pagando um dízimo bem menor do que o retorno do capital pode ser considerado um bom negócio por muita gente.

#Jair Bolsonaro #JBS #Joesley Batista #Lava Jato #Wesley Batista

Condomínio da Lava Jato

18/11/2019
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O ministro Sergio Moro planeja concentrar todos os presos da Lava Jato em um única presídio federal. Os estudos estão a cargo do Departamento Penitenciário Nacional. O favorito a “hospedar” os condenados pelo próprio Moro e demais instâncias é o presídio de Brasília, que está tinindo de novo – foi inaugurado no ano passado. A turma da Lava Jato ficaria em uma ala própria, o que impediria que empresários e políticos dividam celas com criminosos de alta periculosidade, como ocorre atualmente.

#Lava Jato #Sérgio Moro

Sem-terra no encalço dos Bumlai

7/11/2019
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Depois da Lava Jato, o MST. Sem-Terra têm montado acampamentos em estradas em torno da Usina São Fernando, em Dourados (MS), pertencente à família Bumlai. Os herdeiros do empresário José Carlos Bumlai – o “amigo do Lula” condenado a nove anos de prisão por corrupção passiva – tentam brecar na Justiça os seguidos pedidos de posse de terras feitos por integrantes do MST. A usina sucroalcooleira entrou em falência em 2017, com dívidas de quase R$ 800 milhões. Já houve duas tentativas de venda judicial da empresa e das terras, canceladas por falta de compradores.

#Lava Jato #MST

Debulhando páginas

4/11/2019
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Glenn Greenwald e equipe estão debulhando páginas e páginas dos vazamentos da turma da Lava Jato e não têm encontrado munição de maior calibre.

#Glenn Greenwald #Lava Jato

Alerj na mira de Bretas

1/11/2019
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A Rádio Lava Jato informa: o juiz Marcelo Bretas estaria prestes a deflagrar uma nova fase da Operação com base na delação de Carlos Miranda, operador do ex-governador Sergio Cabral. Alvo: 12 deputados da Alerj, sete deles ainda com mandato.

#Lava Jato #Sérgio Cabral

Augusto Aras deve “absolver” Dallagnol

18/10/2019
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Augusto Aras já tem data marcada para sua primeira demonstração formal de apoio à Lava Jato. Segundo relato de um de seus principais colaboradores na PGR, Aras já confidenciou sua posição favorável a Deltan Dallagnol em dois processos que serão julgados pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) na próxima terça-feira, dia 22. Uma das ações, movida pela defesa de Lula, pede punição a Dallagnol por conta do famoso Power Point que aponta o ex-presidente como o centro de uma “organização criminosa”. Outro processo é a reclamação disciplinar encaminhada pelo ministro Dias Toffoli. Ele pede uma punição disciplinar a Dallagnol pela declaração de que o STF “passa a mensagem de leniência a favor da corrupção em algumas decisões”. A votação está 4×2 a favor do procurador. Aras deverá garantir o quinto voto. Ainda vão ficar faltando mais três para a absolvição do chefe da força-tarefa da Lava Jato.

#Augusto Aras #Deltan Dallagnol #Lava Jato #PGR

Arquivo vivo

17/10/2019
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A rádio corredor da Lava Jato informa: o MPF vai tentar novamente a extradição do advogado Rodrigo Tacla Duran, preso na Espanha. Ele é acusado de participar do propinoduto do Comperj. Tem muito a dizer

#Lava Jato #MPF

Redenção das empreiteiras deveria ser assunto de Estado

10/10/2019
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O Instituto Brasileiro de Autorregulação do Setor de Infraestrutura, que nasce hoje sob a égide da melhor prática do compliance, configura na verdade uma instituição de lobby. O bom lobby, no estilo norte-americano, diga-se de passagem. Só que ele nasce no lugar errado. Melhor seria se surgisse no meio do aparelho de Estado, com a função de desbastar a cerca de arame que impede o investimento público em obras com as empreiteiras envolvidas na Lava Jato, responsáveis pela maioria dos grandes projetos de infraestrutura. TCU, AGU, PGR, Ministério Público, empresas estatais, Tribunais de Justiça, eventualmente departamentos no próprio Ministério da Infraestrutura… Todos beberam do caldo servido pelo ministro Sergio Moro; um caldo feito à base do macarthismo contra a indústria da construção pesada.

Essas instituições, mesmo com recomendações de alívio em relação às medidas mais draconianas – por exemplo, não contratar ou financiar as grandes empreiteiras –, permanecem embriagadas com a cultura da Lava Jato, assim como engessadas em seus procedimentos proibitivos. É dentro do governo, portanto, que se há de caminhar. Seria uma missão para alguém como o ministro Tarcísio Freitas, prestigiado no Palácio do Planalto, a quem caberia como uma luva a função de desembaraçar os óbices empresariais na infraestrutura. O Instituto de Autorregulação é composto de forma desabrida pelas grandes empreiteiras, que estão ali para defender o próprio umbigo.

Estão também entidades empresariais, como a CBIC e o Sinicon, ambos com interesses sabidos. A confluência dos desejos pode acabar confundindo-os como um instituto criado para acabar com a Lava Jato. Há boa intenção em cada parágrafo do estatuto, mas o exagero no tom do arrependimento chama mais a atenção pelo que foi feito do que pelo que não se pretende mais fazer. Por enquanto, não passa de uma sopa de letras. O maior acerto está na escolha do general Sergio Etchegoyen para a presidência executiva do Instituto de Autorregulação. Com reputação ilibada e currículo exemplar, o general poderia ter se mantido no governo. Talvez ali pudesse ter feito bem mais pela construção pesada. Corre certo risco associando sua imagem a causas ambíguas e a empresa de relações públicas também ligada às empreiteiras.

#Lava Jato #Ministério da Infraestrutura

Recuo da Lava Jato

8/10/2019
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A força-tarefa da Lava Jato chegou a cogitar uma acareação entre Lula e o delator Antonio Palocci. A ideia, no entanto, foi engavetada. Com o crescente risco de anulação da sentença no STF, seria uma oportunidade de ouro para o ex-presidente transformar a confrontação em palanque e desancar a “República de Curitiba” e o ex-juiz Sergio Moro.

#Antônio Palocci #Lava Jato #Lula

Uma testemunha sob medida

3/10/2019
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Aos olhos da força-tarefa da Lava Jato, a forma como Antonio Palocci construiu sua delação contra a Camargo Corrêa foi bastante conveniente para a empresa. Ao denunciar que a empreiteira teria pagado propina para que a Petros comprasse a sua participação na Itaúsa, Palocci jogou toda a arquitetura do esquema nas costas do falecido ex-ministro Luiz Gushiken. Segundo o RR apurou, os únicos relatos com algum grau de precisão feitos por Palocci em seu depoimento se referem a supostas reuniões entre Gushiken e representantes da Camargo Corrêa. A defesa das herdeiras de Sebastião Camargo vai pintar e bordar com esse álibi do além.

#Antônio Palocci #Lava Jato

Cadeira vazia

5/09/2019
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Após uma longa internação, o ministro Felix Fischer, relator da Lava Jato no STJ, recebeu alta hospitalar, mas seguirá de licença médica em casa. Na Corte, não há qualquer previsão sobre seu retorno às atividades nem de convocação de um ministro-substituto. Ou seja: novos casos da Lava Jato terão de ser redistribuídos entre outros integrantes da 5ª Turma.

#Felix Fischer #Lava Jato #STJ

Lava Jato pisa na soleira do TCU

30/08/2019
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O RR apurou que o acordo de delação do advogado Tiago Cedraz Oliveira com o MPF já está sobre a mesa do ministro Edson Fachin, a quem caberá homologar ou não a confissão. Tiago poderá empurrar a Lava Jato para dentro do Tribunal de Contas da União. O delator é filho de Aroldo Cedraz, ministro da Corte, e sempre teve acesso privilegiado a outros membros do Tribunal. Pesa sobre os Cedraz a acusação de ter recebido propina da UTC entre 2012 e 2014 para interferir em processos de interesse da empreiteira no TCU.

#Lava Jato #MPF

Embargos

14/08/2019
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Ao conceder 30 dias de licença médica para o ministro Felix Fischer, a Corte Especial do STJ tentou ganhar tempo. Seus integrantes defendem que o presidente do Tribunal, João Noronha, aproveite o período para redistribuir os processos da Lava Jato relatados por Fischer, o que incluiria recursos impetrados pela defesa de Lula. Por ora, no entanto, Noronha não deu qualquer sinal nesta direção.

#Lava Jato #STJ

O avesso da Lava Lato

8/08/2019
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Surgiu uma luz no fim do túnel para muitos dos “órfãos da Lava Jato”. O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado e São Paulo está fechando um acordo com empresas estrangeiras para exportar mão de obra. Um primeiro grupo de aproximadamente 200 trabalhadores brasileiros deverá atuar em obras civis em Portugal e nos Estados Unidos – Miami inicialmente. A comitiva tem carpinteiros, eletricistas, pedreiros, soldadores e até gerentes.

#Lava Jato

Operação tartaruga no STJ?

5/08/2019
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A decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Noronha, de não convocar um magistrado substituto para o ministro Félix Fisher, afastado por razões de saúde, causou estranheza entre os demais membros da Corte. Os processos da Lava Jato na 5ª Turma, relatados por Fisher, terão de ser distribuídos um a um. Essa lenta roleta vai atrasar toda a pauta de julgamentos. Ganha quem ainda não foi levado ao banco dos réus e perde quem aguarda a apreciação de recursos. É o caso do ex-presidente Lula, que espera pelo veredito em relação ao seu pedido de transferência para o regime aberto.

#Lava Jato #STJ

Cartilha

5/08/2019
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O subprocurador Augusto Aras fez chegar ao Palácio do Planalto sua palavra de que manterá Deltan Dallagnol da Lava Jato caso assuma a PGR. Aras é apontado como o favorito do clã dos Bolsonaro para o cargo.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #PGR

Horário eleitoral

19/07/2019
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Raquel Dodge está empenhada em desconstruir a ideia de que o ritmo de investigações da Lava Jato arrefeceu. Esse foi o mantra entoado por Raquel na reunião da última terça-feira com Deltan Dallagnol e outros integrantes da força-tarefa de Curitiba. No encontro, segundo um dos presentes, a Procuradora-Geral parecia mais preocupada em evitar que o pedido de exoneração do coordenador da Lava Jato na PGR, José Alfredo de Paula, macule sua campanha para a recondução ao cargo do que em tratar do caso “The Intercept”.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Raquel Dodge

Uma “contusão” providencial de Moro?

9/07/2019
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O pedido de licenciamento do ministro Sergio Moro, depois de comemorar efusivamente os gols da seleção brasileira, estava sendo atribuído a vazamento de um dos veículos parceiros do The Intercept na divulgação das falas secretas da Lava Jato. A referida publicação teria sido interceptada pela Polícia Federal, que iniciaria um processo de investigação com base nas informações colhidas. Moro teria tirado alguns dias para não estar a postos quando a operação entrasse em curso. A fonte do RR é boa, mas a história parece inverossímil. Até porque Moro teria de voltar para enfrentar o dragão das denúncias. E a licença demora pouco tempo.

#Lava Jato #Sérgio Moro #The intercept

Os prós e contras do “Morodória”

27/06/2019
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O Palácio do Planalto nutre sentimentos dúbios em relação à ofensiva de apoio de João Doria a Sergio Moro. Por um lado, ela fortalece a posição de Jair Bolsonaro, que capturou Moro; por outro, é vista como uma forma de Doria tirar casquinha do ministro da Justiça, a priori um “ativo” do presidente. A aproximação se intensificará amanhã, quando o governador vai condecorar Moro com a Ordem do Ipiranga. Paranoia ou não, os radares do Planalto também identificaram um movimento para vincular Doria a Moro nas redes sociais. Nos últimos dois dias, na esteira das manifestações convocadas para domingo em apoio à Lava Jato, a hashtag #Dia30AceleraBrasil disparou no Twitter. Ela remeta ao principal bordão de Doria, “Acelera, São Paulo”.

#João Doria #Lava Jato #Sérgio Moro

“Moro Leaks”: cenários do day after

12/06/2019
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O RR teve acesso a um paper feito por encomenda de entidade empresarial sobre os cenários políticos previsíveis depois do “Moro Leaks” promovido pelo The Intercept. A síntese do documento é “que vai ter guerra, sim”. Alguns pontos mais instigantes são os seguintes:

O The Intercept faz um jornalismo profissional, mas tem um viés de esquerda. Assumiu um compromisso de divulgar lotes de gravações e vai cumpri-lo. A julgar pelo que recomendam as melhores práticas da imprensa, o conteúdo a ser divulgado será ainda mais “quente”.

  • Quanto mais explosivo for o material em poder do The Intercept, maior o nível de beligerância na sociedade, que tende a se dividir entre os “Lava Toga” e os defensores do “Lava Jato”. Os jornalistas teriam “bom conteúdo” para pelo menos dois meses de divulgação.
  • O PT vai se apoderar de duas bandeiras: a da perseguição e a da injustiça. Serão cristãos na arena, mas sem nenhuma docilidade. Pelo contrário. Aguarda-se estridência, movimentos de rua e ataques nas redes, em um crescendo no ritmo da divulgação dos grampos.
  • Lula é um dos principais beneficiados pelo “Moro Leaks”. Sua imagem estava sendo corroída pela pecha de meliante. Reassume uma condição de mártir e pode até virar símbolo pop, ao melhor estilo de Che Guevara, com seu rosto estampado em T-shirts.
  • Bolsonaro disputa com Lula o panteão de vencedor com o “Moro Leaks”. O presidente está sempre sedento por guerra. Esse é o ambiente que o justifica. Vai surfar no ódio que deverá assolar o país. E deslizará em uma espuma de ira e rancor.
  • Retornam à ribalta Olavo de Carvalho, “Carlucho”, Eduardo “03”, Alexandre Frota, Janaina Paschoal, Kim Kataguiri, Lobão, Luiz Felipe Pondé e demais influenciadores, aliados e dissidentes, que voltam a ter um inimigo comum.
  • Apesar do regozijo com o anfiteatro de guerra, Bolsonaro pode acusar uma perda: o atraso das reformas. Mas sempre terá o álibi de atribuí-las ao PT, na medida que The Intercept pode muito bem ser chamado de braço midiático da esquerda.
  • O acalorado ambiente político poderá lascar o posicionamento granítico do ministro da Economia, Paulo Guedes, que teria de abrir mão da sua avareza em termos fiscais. Guedes seria levado a seguir o dito romano e distribuir pão às massas. Medidas de caráter emergencial pró-consumo e emprego seriam adotadas.
  • O Supremo fará malabarismos para mostrar que questiona os procedimentos dos “Lava Jatos” à luz dos novos fatos, mas não mudará nenhuma das decisões já tomadas. No final, o “Moro Leaks” pode se transformar em marketing para o STF.
  • O ministro da Justiça, Sérgio Moro, é o grande perdedor com os vazamentos. Com ele, perde também a “República de Curitiba”. Bolsonaro pode até segurar Moro, trazendo-o para a sua trincheira como vítima do petismo. Mas os projetos do ministro e mesmo sua nomeação para o STF ficam “sub Intercept”.

#Jair Bolsonaro #Lava Jato #Lula #Sérgio Moro #The intercept

Lava Jato em Madri

7/05/2019
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Segundo fonte do Ministério Público Federal, a força-tarefa da Lava Jato prepara um novo pedido de extradição de Rogério Tacla Durán. De acordo com as investigações, empresas de Durán no exterior teriam movimentado cerca de R$ 95 milhões em recursos desviados da Petrobras para o pagamento de propinas. Há cerca de dois anos, o MPF pediu a sua extradição, negada pelas autoridades espanholas. Desde então, ele é considerado foragido pela Justiça brasileira.

#Lava Jato

Rio de Janeiro contra o crime

3/05/2019
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A julgar por movimentos paralelos em curso no Judiciário, muita água barrenta ainda vai passar pela Lava Jato e suas operações derivadas no Rio de Janeiro. O Tribunal de Justiça do estado (TJ-RJ) prepara uma reestruturação interna com a criação de quatro varas especializadas no combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro. De acordo com a fonte do RR, cada uma delas teria um juiz exclusivo e quadro pessoal próprio. Na paralela, coincidentemente ou não, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio também estuda implementar quatro novas varas para julgar especificamente processos de corrupção e lavagem relacionados à caixa 2 de campanha. A medida vem no rastro da decisão proferida pelo STF no mês passado, de que cabe à Justiça Eleitoral julgar os casos de políticos que receberam recursos não declarados na prestação de contas eleitorais.

#Governo do Rio de janeiro #Lava Jato

Fronteiras fechadas

2/05/2019
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A defesa de Marcia Mileguir, investigada pela Lava Jato, vai recorrer ao STJ. Em março, o juiz Luiz Antonio Bonat, substituto de Sérgio Moro na 13ª Vara Federal, negou o pedido para que ela viajasse aos Estados Unidos para acompanhar um suposto tratamento médico de seu filho. O “novo Moro” não se convenceu com os laudos e atestados apresentados pela defesa. Desconhece-se a carta que os advogados de Marcia têm na manga para dobrar o STJ. Presa na 56ª fase da Lava Jato, Marcia é acusada de ter participado, ao lado do companheiro David Arazi, de um esquema de corrupção que teria desviado cerca de R$ 67 milhões na construção da nova sede da Petrobras em Salvador.

#Lava Jato #Sérgio Moro #STJ

“Reforma da Previdência”

10/04/2019
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A Previdência do ex-senador Valdir Raupp está na mira do Ministério Público Federal, que analisa a legitimidade ou não do benefício concedido a ele. Raupp voltou à lista de aposentados vitalícios de Rondônia, na condição de ex-governador do estado. Receberá algo em torno de R$ 25 mil – a pensão havia sido extinta em 2011 pelo então governador Confúcio Moura. Raupp é investigado pela Java Jato. Em dezembro, o próprio MPF solicitou à Justiça o bloqueio de aproximadamente R$ 100 milhões em bens do exsenador para ressarcimento da Petrobras por supostos desvios em contratos.

#Lava Jato #MPF #Valdir Raupp

A “Lava Jato portenha”

15/03/2019
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Segundo fonte da própria Polícia Federal, novas investigações no âmbito da Operação Descartes, desdobramento da Lava Jato, confirmam que recursos desviados da Petrobras alimentaram um esquema de suborno a autoridades da Argentina. O RR apurou que o doleiro Leonardo Meirelles, ex-sócio de Alberto Yousseff, delatou ao Ministério Público Federal o nome de cinco altos integrantes  do governo argentino que teriam sido beneficiados, a partir de propina que era paga pelo laboratório Labogen. Em março do ano passado, a própria Polícia Federal citou o suposto envolvimento no caso do diretor do Serviço de Inteligência da Argentina, Gustavo Arribas. Procurada, a PF informou que “não comenta a situação de pessoas físicas ou jurídicas que porventura sejam investigadas/mencionadas”. Quanto ao inquérito da Operação Descarte, a instituição disse que “ele se encontra em andamento, em segredo de Justiça”. Também consultado, oMPF informou que a “Operação está em andamento regular e estão sendo realizadas diligências de investigação.” Em tempo: é sintomático que o delegado Elzio Vicente da Silva, que comandou a diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal até o início deste ano, seja o nome mais cotado para assumir o posto de adido da corporação em Buenos Aires – ver RR edição de 20 de fevereiro.

#Lava Jato #Petrobras

Fim de uma novela?

8/03/2019
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As atenções da Lava Jato estão voltadas para o gabinete de Edson Fachin. Segundo o RR apurou, na próxima semana, no retorno do recesso do Judiciário, o ministro do STF deverá avaliar o acordo de delação premiada do empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS. Pode ser o epílogo de uma das mais longas novelas da Operação. Entre idas e vindas, Pinheiro negocia o acordo há mais de dois anos.

#Edson Fachin #Lava Jato

O aguardado aniversário de “Paulo Preto”

1/03/2019
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A defesa de Paulo Vieira de Souza, o “Paulo Preto”, deverá entrar nos próximos dias com um pedido de habeas corpus no Supremo. Para os advogados do ex-diretor do Dersa, o departamento de estradas de São Paulo, tão ou mais importante do que evitar a prisão de “Paulo Preto”, condenado ontem em primeira instância, é ganhar tempo. No próximo dia 7 de março, o ex-homem forte das rodovias paulistas completará 70 anos, o que automaticamente reduzirá metade a prescrição dos crimes que lhe são imputados pela Lava Jato.

#Dersa #Lava Jato

Acervo RR

Tiro ao alvo

27/02/2019
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O governo Bolsonaro prepara uma espécie de “Lava Jato do esporte“. A ideia é realizar uma devassa na concessão de recursos públicos para federações e confederações desportivas, por meio de contratos de patrocínio. Somente no ano passado, sete estatais, a começar pelo trio Caixa Econômica, Banco do Brasil e Eletrobras, desembolsaram quase R$ 400 milhões em mais de sete dezenas de acordos de patrocínio.

#Jair Bolsonaro #Lava Jato #Ministério dos Esportes

Amizade verdadeira

27/02/2019
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Há amizades que resistem a tufões, quiçá a uma Lava Jato. Guido Mantega e André Esteves, por exemplo, nunca se perderam de vista.

#André Esteves #Guido Mantega #Lava Jato

“Infinitum” enquanto dure

26/02/2019
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A 60a fase da Lava Jato gerou controvérsias no meio jurídico, não exatamente pela prisão de Paulo Preto, mas pelo nome de batismo da operação – “Ad infinitum”. Entre criminalistas, a escolha soou como uma mensagem nada subliminar, um recado dos procuradores da República ao presidente da OAB, Felipe Santa Cruz. Recentemente, Santa Cruz disse que todo processo judicial precisa ter “começo, meio e fim” e que a Lava Jato não pode ser “um livro interminável”.

#Lava Jato

Dia D

3/02/2019
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Sérgio Moro terá uma efeméride pela frente: em 17 de março, a Lava Jato completará cinco anos. Por si, os folguedos estão garantidos. Se um peixe graúdo cair na rede, aí a data ganha ares de feriado cívico.

#Lava Jato #Sérgio Moro

Funcionário fake da Transpetro

1/02/2019
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Investigadores que atuam na Operação Lava Jato identificaram que o ex-presidente do Grupo Estre, Wilson Quintella Filho, entrou 99 vezes na sede da Transpetro, entre 2008 e 2014. O executivo de uma das maiores empresas de serviços ambientais do Brasil foi preso na quinta-feira, 31, pela Polícia Federal, suspeito de integrar um esquema envolvendo 36 contratos do grupo com a estatal, negócios que somados chegariam a R$ 682 milhões segundo a Polícia Federal. As investigações partiram da delação premiada de Sérgio Machado, ex-presidente da estatal.

#Lava Jato #Transpetro

Bagaços da Lava Jato

1/02/2019
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Em recuperação judicial, a usina sucroalcooleira São Fernando, de Dourados (MS), teria demitido mais de 300 funcionários nos últimos três meses. É mais um capítulo do calvário da empresa pertencente à família de José Carlos Bumlai, o “amigo” de Lula preso e condenado pela Lava Jato.

#Lava Jato

Lava Jato avança no Rio

24/01/2019
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O juiz Marcelo Bretas tem encontro hoje com investigados na Operação Calicute, que representou a 37ª fase da Lava Jato e teve como principal alvo o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. Bretas interroga Adriano José Reis, membro de um clã que comanda concessionárias no Rio de Janeiro e delatou esquema de blindagem fiscal no governo Cabral e Carlos Emanuel de Carvalho, apontado como operador financeiro do ex-governador.

#Lava Jato

Bolsonaro revela os “segredos” dos bancos públicos

8/01/2019
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De uma forma ou de outra, o governo vai flexibilizar a lei do sigilo bancário. A medida se aplicará somente aos bancos públicos. Mas não está decidido se valerá só para contratos pretéritos ou se tornará uma regra geral. Mesmo em relação aos financiamentos já acordados há dúvida se o disclosure seria aplicado de uma forma ampla ou somente nas operações com empresas envolvidas em investigações criminais.

No passado, o BNDES recusou-se a abrir os contratos de financiamentos de companhias envolvidas na Lava Jato, alegando a lei do sigilo bancário. A tendência é que apenas os termos dos empréstimos às empresas empepinadas sejam divulgados. Se dependesse de ministro da Economia, Paulo Guedes, e sua equipe, todos os grandes contratos de financiamento feitos junto ao Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social seriam abertos. A transparência seria um requisito para o financiamento público amplo, geral e irrestrito.

A medida pode até ter um anteparo de fundo ético, representando uma prestação de contas ao contribuinte, que é quem paga uma boa parte desses empréstimos. Mas ela tende a reforçar a desconfiança nos atos de governo, que diz uma coisa e faz outra. A Receita Federal recentemente ensaiou a tese de que a anistia em relação à origem dos recursos repatriados deveria ser suspensa, contrariando compromisso firmado em lei. Mexer no sigilo bancário, ainda que de forma estanque, pode suscitar insegurança regulatória.Outras operações financeiras legítimas poderiam ser abertas, sabe-se lá por quais critérios. A quebra de contratos e o devassamento da privacidade são dois corvos voando sobre a democracia. É bom que não se confunda liberalismo econômico e radicalização da transparência com aborto da fé pública.

#BNDES #Jair Bolsonaro #Lava Jato

Guarda suíça

11/12/2018
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O procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, que deixou a força tarefa da Lava Jato em setembro, foi sondado por Sérgio Moro para integrar sua equipe no Ministério da Justiça. Lima era o segundo na hierarquia do “petrolão” no Ministério Público Federal, atrás apenas de Deltan Dallagnol, também cotado para fazer parte desta nova “força-tarefa”.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Sérgio Moro

O “Moro do Rio”

21/11/2018
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O ex-delegado Leandro Daiello, que comandou a Polícia Federal no auge da Lava Jato, está cotado para integrar a equipe de Wilson Witzel. Guardadas as devidas proporções, Daiello seria o “Sérgio Moro” do governador do Rio.

#Lava Jato #Wilson Witzel

Propina engarrafada

16/11/2018
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Um dos mais notórios políticos brasileiros, que virou vinagre nas mãos da Justiça, colocou à venda sua cobiçada adega. Está pedindo cerca de R$ 12 milhões por uma das mais conceituadas e valiosas coleções de rubiáceos do país. Entre outros rótulos, o acervo reúne safras míticas de Chateau Latour e Romanée Conti.

#Lava Jato

A conferir

16/11/2018
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A Rádio Lava Jato informa que novos trechos da delação de Antonio Palocci deverão ganhar o mundo nos próximos dias. Desta vez, ao menos, não será em semana de eleição.

#Lava Jato

Novas flechadas contra o Bertin

5/11/2018
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Nos corredores da Lava Jato, em Curitiba, circula a informação de que a Polícia Federal prepara uma nova investida no âmbito da Operação Cui Bono. O alvo seria a família Bertin. Haveria novas denúncias com base na delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto. O Grupo Bertin foi acusado de participar de um esquema para a  obtenção de financiamentos da CEF. No início de outubro, o MPF já apresentou à Justiça uma denúncia contra Natalino, Reinaldo e Silmar Bertin, todos acionistas do grupo. E olha que Sérgio Moro ainda nem assumiu o Ministério da Justiça…

#Lava Jato

Lava Jato pós-eleitoral

29/10/2018
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A Rádio Lava Jato informa: com o fim das eleições, a Polícia Federal estaria preparando uma nova operação no Rio com base na delação de Carlos Miranda, apontado como operador de Sérgio Cabral. O alvo seria a Assembleia Legislativa do Rio.

#Lava Jato

Rádio Lava Jato

28/09/2018
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A Rádio Lava Jato informa que a Polícia Federal prepara uma nova investida sobre o Dersa, o departamento de obras rodoviárias de São Paulo. Mas só após a eleição.

#Dersa #Lava Jato

República de Curitiba

17/09/2018
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Alvaro Dias, o presidenciável que mais santifica a Lava Jato, agora tem se contorcido por causa dela. Em petit comité, joga na conta do seu partido, o Podemos, a responsabilidade pela escolha do empresário Joel Malucelli como seu suplente no Senado. A proximidade da eleição permite tudo, até  renegar uma amizade de longa data. Malucelli foi preso, acusado de participar de um suposto esquema de corrupção montado no governo de Beto Richa.

#Alvaro Dias #Lava Jato

O presidente da Lava Jato

3/09/2018
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Alvaro Dias está tentando arrancar uma declaração de apoio de um dos integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba. O procurador Deltan Dallagnol já tirou o corpo fora. “Melhor” fez Sergio Moro, quando soltou uma nota em que não confirmou nem negou se aceitaria o convite de Dias para o Ministério, dando mais exposição ao assunto.

#Lava Jato

Cortes faz mal à saúde

23/08/2018
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Aliados de Sergio Cabral ainda não fisgados pela Lava Jato estão aflitos diante do risco da “bomba Sergio Cortes” explodir de vez. O consenso é que agora, com o indiciamento de sua mulher, Verônica Vianna, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, o ex secretário de Saúde do governo Cabral vai partir para um acordo de delação premiada.

#Lava Jato

Cirurgia

9/07/2018
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Segundo o RR apurou, a PF está prestes a desbaratar um esquema para a compra de próteses cirúrgicas no governo Cabral. A denúncia também teria partido do ex-secretário de Saúde Sergio Cortes, que já arrastou para a Lava Jato empresas como a Philips, suspeita de pagar propina para a venda de equipamentos médicos.

#Lava Jato #PF

Amores tucanos

29/06/2018
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Aécio Neves tem defendido a expulsão do insurreto Arthur Virgilio, prefeito de Manaus, do PSDB. Pura vendetta pessoal. Virgilio pregou o expurgo de Aécio do partido quando o senador foi desnudado pela Lava Jato.

#Aécio Neves #Lava Jato #PSDB

Bertin se arrasta entre venda de ativos, contenciosos e Lava Jato

24/05/2018
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Com uma dívida de R$ 8 bilhões, o Grupo Heber, holding da família Bertin, está sendo esquartejado e colocado em pedaços sobre o balcão. O clã tenta se desfazer da SPMar, concessionária dos trechos Sul e Leste do Rodoanel de São Paulo. Segundo o RR apurou, as negociações para a transferência do controle aos credores teriam esfriado, por conta de divergências com o maior deles, a Caixa Econômica, à qual a companhia deve mais de R$ 3 bilhões.

A concessionária paulista teria sido oferecida à CCR e à Ecorodovias. Os Bertin buscam também um comprador para a sua participação na Rodovias do Tietê, que, ao contrário da SPMar, não está incluída na recuperação judicial. Mas poderia: a concessionária carrega um passivo de R$ 1,5 bilhão e já sinalizou aos credores a dificuldade de honrar débitos de curto prazo. O pano de fundo dessa desconstrução mistura disputas consanguíneas e Lava Jato.

Os irmãos Fernando e Reinaldo Bertin estariam travando um duelo pelo comando das raspas e restos do grupo. O primeiro foi apeado da presidência do Conselho há cerca de quatro anos e agora tenta retomar o espaço que perdeu e dar as cartas no processo de recuperação judicial do Grupo Heber. Reinaldo foi o responsável por desmontar a megalômana pirâmide de empresas
que o irmão ergueu.

Fernando teria o apoio de dois dos três irmãos, mas enfrenta resistência na segunda geração da família, que o responsabiliza pelo malfadado processo de diversificação do grupo, que torrou bilhões de reais do patrimônio dos Bertin no setor de energia e ajudou a empurrar o sobrenome para as páginas policiais. O doleiro Lucio Funaro acusa o grupo de ter pago propina a Michel Temer e Moreira Franco. A família é suspeita também de ter contribuído para a reforma do célebre sítio de Atibaia, cuja propriedade é atribuída ao ex-presidente Lula.

#Grupo Heber #Lava Jato

Rádio Lava Jato

22/05/2018
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A Rádio Lava Jato informa: os novos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Renato Duque atingem duramente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari.

#Lava Jato #PT

Entre a Lava Jato e as fraudes fiscais

18/05/2018
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O clã dos Peixoto de Castro tem novo encontro marcado com a Lava Jato. O TRF4, de Porto Alegre, negou o pedido de adiamento do julgamento do empresário Paulo Cesar Peixoto de Castro Palhares, previsto para o próximo dia 30. “Poleca”, como é chamado pelos amigos, foi absolvido em primeira instância pelo juiz Sergio Moro. No entanto, seu pesadelo ainda está longe do fim. O Ministério Público Federal entrou com recurso. O julgamento do dia 30 se refere ao processo 5030883-80.2016.4.04.7000. Segundo investigações do MPF, o empresário teria pago mais de R$ 7 milhões em propinas para que a Apolo Tubulars, empresa do Grupo Peixoto de Castro (GPC), conseguisse contratos junto à Petrobras. Os últimos dias, por sinal, têm sido particularmente terríveis para os Peixoto de Castro, outrora donos de uma das maiores fortunas do Rio de Janeiro. Paulo Cesar e seu irmão, Antonio Joaquim Peixoto de Castro Palhares, foram denunciados pelo Ministério Público do Rio por supostas fraudes tributárias na antiga Refinaria de Manguinhos, controlada pela família até 2008. “Poleca”, aliás, parece querer distância do seu passado. Nas últimas duas semanas, vendeu o que ainda tinha de ações da holding GPC Participações

#Lava Jato

Acervo RR

Reforço

8/05/2018
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A Polícia Federal está reforçando a equipe dedicada à Lava Jato em São Paulo. Ao que tudo indica, vem operação das grandes pela frente.

#Lava Jato

Operação Skala ameaça afundar investimentos no setor portuário

7/05/2018
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A Operação Skala corre o risco de reproduzir na área portuária o estrago que a Lava Jato fez na construção pesada. Os processos não criminalizam somente os controladores, mas também suas companhias. O resultado é que as empresas ficam em estado de paralisia e suspendem seus investimentos. Não bastasse essa simbiose entre o dono e seu negócio, a Operação Skala colocou no limbo o Decreto dos Portos, que viabilizaria investimentos de R$ 25 bilhões no setor e algumas operações de M&A necessárias à saúde financeira de importantes players portuários. Há uma anomia nunca dantes vivida no setor. Todas as empresas aguardam normas para adequação e adaptação dos contratos às novas regras. O episódio envolvendo a Rodrimar e a Libra criou uma cadeia de suspeição em todo o setor, a exemplo do que aconteceu com as empreiteiras. A quantidade de agentes envolvidos na “absolvição” das empresas é outro complicador. Ela atravanca o processo e praticamente inviabiliza o retorno das companhias à condição anterior. Criou-se uma percepção de que todos os terminais de contêineres estão potencialmente criminalizados, aguardando alguma nova delação para ter seu nome igualmente envolvido em um dos criativos epítetos com os quais a Polícia Federal batiza suas operações. O setor portuário tem uma burocracia de governo kafkaniana. Sua área jurídico-regulatória é bem maior do que a da construção pesada, que protagonizou os principais escândalos de corrupção do país. São atores influentes em eventual acordo de leniência, cada um em sua respectiva zona de comando, Codesp, Ministério da Justiça, Antaq, a Secretaria de Portos – antes na esfera da Presidência da República e agora na do Ministério dos Transportes –, AGU, PGR e TCU. Sem a leniência, o crédito oficial e benefícios fiscais estão suspensos. O saldo é a crescente debilidade em uma das áreas da infraestrutura mais carentes e mais relevantes. Se for repetido o modelo da Lava Jato de aprisionar as empresas junto com os controladores, o comércio exterior brasileiro, a indústria, e, em última instância, o consumidor vão pagar o pato do naufrágio portuário.

#Lava Jato #Operação Skala

Lava Jato além-mar

7/05/2018
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O lendário empresário Antônio Carlos de Almeida Braga colocou à venda sua quinta na cidade de Sintra, em Portugal. Consta que um empreiteiro mineiro, envolvido no Lava Jato, fez sondagens sobre o imóvel. Caberia uma investigação sobre a origem do dinheiro

#Lava Jato

UTC contesta decisão do Cade

3/05/2018
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A contenda entre a UTC Engenharia e o Cade deverá parar nos tribunais. A empresa, uma das figurinhas carimbadas da Lava Jato, pretende acionar o órgão antitruste na Justiça. Na semana passada, o Cade suspendeu o acordo de leniência firmado com a empreiteira e reabriu o processo que investiga sua suposta participação em um cartel na construção da Usina Angra 3. A UTC descumpriu sua parte no acordo ao não quitar a multa de R$ 139 milhões. Procurada pelo RR, a empresa confirma “o atraso no pagamento”, atribuindo-o ao fato de estar em “recuperação judicial, sem acesso aos seus recebíveis”. Sobre a decisão de acionar o Cade, a UTC não se pronunciou.

#Lava Jato #UTC Engenharia

Lava Jato investiga as elétricas relações entre Aécio Neves e Sergio Andrade

19/04/2018
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Aécio Neves tem os dois pés muito bem fincados no setor elétrico. A Polícia Federal, que já vasculhou as relações heterodoxas entre Aécio e Furnas, agora está investigando denúncias do envolvimento não convencional do senador com a Cemig. As apurações passam obrigatoriamente pelo empresário Sérgio Andrade e pela associação entre a Andrade Gutierrez e a estatal mineira. A operação é a peça-chave do quebra-cabeças.

Há suspeitas de transferência de recursos da Cemig em benefício de Aécio a partir justamente da entrada da empreiteira no capital da distribuidora. Uma parcela do dinheiro teria sido destinada para financiar, irregularmente, campanhas eleitorais do senador e de aliados do PSDB. A Polícia Federal garimpa contratos com fornecedores e parcerias com terceiros realizadas pela Cemig entre 2009 e 2011 – não por coincidência, um ano antes e um depois do ingresso da construtora no seu capital. A PF investiga também outras pontas no relacionamento entre Aécio e Sergio Andrade.

É o caso da participação da Andrade Gutierrez no consórcio que ganhou a licitação para a construção da Cidade Administrativa, sede do governo mineiro, em 2007. Delatores da Lava Jato já relataram o pagamento de propina a Aécio referente ao contrato de R$ 2 bilhões. No fim de 2009, a Andrade Gutierrez assumiu uma dívida de R$ 2,11 bilhões da AES com o BNDES. Em troca, recebeu dos norte-americanos o equivalente a 32,96% do capital votante da Cemig, ações que haviam sido dadas como garantia ao banco de fomento.

À época, Aécio Neves foi mais do que um entusiasta da associação. Usou toda a sua influência como governador de Minas Gerais para garantir o intrincado acordo e a presença da construtora no capital da distribuidora de energia. Para Aécio, tinha de ser a Andrade e ponto. A rigor, ressalte-se, o negócio só viria a se consumar efetivamente em junho de 2010, quando ele já havia se desincompatibilizado do cargo de governador para concorrer ao Senado.

No entanto, o acordo entre Andrade Gutierrez, AES e BNDES foi fechado em 22 de dezembro de 2009, quando Aécio ainda estava no governo. A operação transformou Sergio Andrade em um minoritário peso-pesado da distribuidora. Ele passou a ter voz não só na condução da estratégia de negócios da Cemig, mas em questões capitais como política de distribuição de dividendos, parcerias operacionais, contratos com terceiros. A dobradinha Aécio/Sergio Andrade se espraiava também sobre a Light, controlada pela estatal mineira. Uma fonte da distribuidora fluminense ligada a Jerson Kelman, que comandou a empresa entre março de 2010 e agosto de 2012, afirma que era perceptível a influência de Aécio junto a acionistas da companhia.

Kelman,B por sinal, deixou a presidência da Light por conta de divergências com executivos indicados pela Cemig e pelas tentativas da companhia mineira de interferir na gestão da controlada. O RR entrou em contato com os citados. A Polícia Federal informou que “não se manifesta sobre investigações em andamento”. A assessoria de Aécio Neves diz que “a entrada da Andrade Gutierrez como sócia da Cemig não guarda nenhuma relação com o governo de Minas e, por extensão, não guarda nenhuma relação com o senador”.

Ressalta também que “a Andrade Gutierrez comprou as ações da Cemig diretamente do BNDES. Foi, portanto, uma negociação com o governo federal, à época administrado pelo PT”. Ainda de acordo com a assessoria de Aécio, “Quando a Andrade Gutierrez se tornou sócia da Cemig (em junho de 2010), o senador não era mais sequer governador do estado (março de 2010). Portanto, não poderia ter qualquer relação com a operação”. A Cemig não quis se manifestar sobre o assunto. O RR fez também seguidas tentativas de contato com a Andrade Gutierrez até depois do horário estipulado para o fechamento desta edição. O último e-mail para a assessoria da construtora foi enviado às 19h08, seguido de um recado telefônico. No entanto, a empresa não retornou.

#Aécio Neves #Cemig #Furnas #Lava Jato

Da sacada

19/04/2018
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O empreiteiro Fernando Cavendish, pego com a boca na botija na Lava Jato, festejou animadamente a prisão de Lula da sacada do seu estonteante apartamento na Av. Delfim Moreira. O roto falando do esfarrapado.

#Fernando Cavendish #Lava Jato

Arco da velha

17/04/2018
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A Lava Jato investiga um suposto esquema de corrupção referente às obras de construção do Arco Metropolitano do Rio. Mais de uma dezena de empreiteiras e fornecedores teriam participado do “mutirão da propina”. O esquema teria sido revelado na delação de executivos da OAS, uma das companhias que lideraram o projeto. A empreiteira baiana conhece cada cantinho do Arco Metropolitano: não custa lembrar que a empresa fechou um acordo de leniência com o Cade após confessar sua participação em um cartel formado para disputar as diversas licitações do empreendimento.

#Lava Jato #OAS

Serpros junta Lava Jato e Greenfield

16/04/2018
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A investida da Lava Jato sobre o Serpros promete reaquecer as investigações da Operação Greenfield, que apura desvios de recursos no fundo de pensão. As respectivas forças-tarefas do Ministério Público Federal já trabalham em conjunto, destrinchando investimentos suspeitos da entidade. Um dos casos mais rumorosos é o aporte de R$ 77 milhões para a construção de um hotel na Barra da Tijuca, que receberia a bandeira Trump. Consultada, o Serpros não se pronunciou especificamente sobre o hotel. Disse apenas que “o desdobramento da operação da Polícia Federal refere-se a apurações observadas nos investimentos realizados no período de 2011 a 2015”.

#Lava Jato #Operação Greenfield

Pulgas atrás da orelha

11/04/2018
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A investida da Lava Jato, ontem, sobre Eunício de Oliveira colocou duas pulgas atrás da orelha de Renan Calheiros, outro notório “lulista” do MDB.

#Lava Jato #Renan Calheiros

Novos depoimentos

5/04/2018
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O ex-governador do Mato Grosso e delator premiado Silval Barbosa estaria fazendo novos depoimentos à Lava Jato. A orelha de Blairo Maggi vai arder.

#Blairo Maggi #Lava Jato

Conversa ao pé do ouvido

4/04/2018
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O senador Ciro Nogueira (PP-PI), já denunciado na Lava Jato, é um dos grandes vencedores da reforma ministerial. Com a ida do correligionário Gilberto Occhi para o Ministério da Saúde, foi Ciro quem negociou pessoalmente com o presidente Michel Temer a efetivação do vice de Habitação da Caixa Econômica, Nelson Antonio de Souza, no comando do banco. A conversa decisiva se deu na tarde do último dia 28 de março, no Palácio do Planalto. Souza, assim com Ciro, é PP e Piauí na cabeça. No governo Dilma, também por indicação do senador, presidiu o Banco do Nordeste.

#Lava Jato #Michel Temer

O mecanismo

29/03/2018
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Em meio à intervenção federal, as investigações da Lava Jato no Rio de Janeiro deverão engatar uma sexta marcha. O novo diretor da Polícia Federal, Rogério Galloro, planeja reforçar a equipe com o deslocamento de mais dois delegados. Hoje, o time da PF que atua na Operação no estado conta com sete delegados.

#Lava Jato #Polícia Federal

Pet shop boy

2/03/2018
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Alexandre Accioly, antes de se envolver no rolo da Lava Jato, pensava em se meter no ramo das pet stores. Como tudo que faz, o empresário tinha ideia de fazer uma mega loja temática para vender os bichinhos, um verdadeiro parque de diversão da cachorrada. Accioly foi o Midas da Bodytech. A venda e cuidados com os pets é um dos negócios que mais cresce no mercado brasileiro.

#Alexandre Accioly #Lava Jato

Lava Jato recebe reforço no Rio

5/02/2018
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O temor de muitos de que Raquel Dodge pudesse puxar o freio da Lava Jato não tem se justificado, notadamente no que diz respeito ao braço da operação no Rio de Janeiro. A PGR deverá destacar mais um procurador para a força-tarefa do Rio. No início do ano, outro integrante do Ministério Público já havia sido deslocado para a cidade – hoje, a equipe conta com dez procuradores. O reforço da tropa se deve às recentes denúncias apresentadas contra Sérgio Cabral e à expectativa de novos acordos de delação.

#Lava Jato #PGR #Raquel Dodge

Compliance é com a Camargo Corrêa

2/02/2018
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A Camargo Corrêa tem apresentado seu plano de compliance a bancos e entidades associativas. A empreiteira pretende ser uma vitrine das melhores práticas entre as suas congêneres. Desde o início da Lava Jato, como se sabe, a Camargo Corrêa procurou se distanciar das demais concorrentes envolvidas no escândalo, inaugurando a delação premiada, e depois colocando em suspeição a credibilidade das demais para disputarem contratos com a área pública, notadamente no estrangeiro. A companhia, que tem a fama de usar punhos de renda, não diz com essas palavras, mas deixa entrever que políticas de integridade para valer são as dela. O resto da turma é tudo enganação.

#Camargo Corrêa #Lava Jato

Lava Jato invade o metrô de São Paulo

30/01/2018
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A Lava Jato avança sobre trilhos tucanos. Os procuradores de Curitiba teriam reaberto as investigações sobre um suposto esquema de corrupção e financiamento ilegal de campanha a partir da construção da Linha 6 do Metrô de São Paulo, identificada pela sugestiva cor laranja. O início das obras se deu em 2015, no governo Alckmin. As denúncias, segundo informações filtradas pelo RR, atingem a Queiroz Galvão e a UTC, sócias da Odebrecht no consórcio.As primeiras denúncias sobre a Linha 6, projeto de R$ 10 bilhões, surgiram no ano passado, mas as apurações não se aprofundaram. Desta vez, a força tarefa teria juntado novas peças a partir da delação de executivos da Odebrecht e, sobretudo, da Camargo Corrêa.

#Geraldo Alckmin #Lava Jato #Odebrecht

Mandato-tampão

18/01/2018
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A Lava Jato tem fortes indícios de que, na “ausência” de Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima assumiu os interesses do ex-presidente da Câmara junto à Caixa Econômica Federal e a dois grupos privados já citados na Operação.

#Caixa Econômica #Eduardo Cunha #Geddel Vieira Lima #Lava Jato

Leniência da SBM sob interrogação

15/01/2018
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O acordo de leniência da holandesa SBM, uma das empresas fisgadas pela Lava Jato, com o Ministério da Transparência (CGU) sofreu contra-tempos. A assinatura deveria ter ocorrido em dezembro, mas o prazo foi postergado para o fim deste mês. Ao contrário do que diz publicamente, a CGU recuou alguns metros após a nova ação de improbidade administrativa contra a SBM, movida pelo Ministério Público Federal. O processo foi aberto com base na delação do próprio ex-presidente da companhia no Brasil, Julio Faerman, que relatou pagamento de propinas para executivos da Petrobras.

#CGU #Lava Jato #SBM

Chamada final da Petrobras em Uberaba

21/12/2017
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Surgiu uma fagulha de esperança para um dos tantos projetos da Petrobras interrompidos pela Lava Jato. A estatal montou um grupo de trabalho com o objetivo de buscar uma saída para a Unidade de Fertilizantes Nitrogenados de Uberaba (MG), cujas obras encontram-se paradas desde 2015. A previsão é que os estudos estejam concluídos em 90 dias. A princípio, nada de dinheiro novo da Petrobras – a companhia não tem interesse em tocar o empreendimento, orçado em quase R$ 2 bilhões. O caminho mais provável é a venda integral do complexo, a exemplo do que está sendo feito com a planta de nitrogenados de Três Lagoas (MS). Trata-se de uma costura complexa, que envolve também a Gasmig. A viabilidade do projeto depende da construção de um gasoduto para o fornecimento de gás natural à fábrica de amônia. A unidade de Uberaba, ressalte-se, esteve na beira da cova: em cima do laço, a Petrobras suspendeu o leilão dos equipamentos já instalados, que ocorreria no último dia 14 de novembro.

#Lava Jato #Petrobras

Sobrou para os fundos de pensão

6/12/2017
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Se a Lava Jato parece ter entrado em slow motion, a Operação Greenfield vai ganhar um gás. Ainda neste mês, o novo diretor da Polícia Federal, Fernando Segovia, deverá designar mais dois delegados para reforçar o grupo de trabalho que investiga desvios de recursos na Previ, Funcef, Petros etc. No momento, há apenas uma delegada destacada para o caso. A expectativa na própria PF é que o reforço permitirá à Greenfield avançar sobre fundos de pensão que ainda não foram devidamente revirados pela Operação.

#Lava Jato #Operação Greenfield

Ho ho ho

6/12/2017
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O espírito natalino invadiu a Lava Jato. Além de Marcelo Odebrecht, que deixará o regime fechado no dia 19, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró poderá sair de casa nos dias úteis a partir de 26 de dezembro.

#Lava Jato #Marcelo Odebrecht #Nestor Cerveró #Petrobras

Demissões na UTC

5/12/2017
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Desde julho, a UTC Engenharia teria demitido mais de três mil trabalhadores somente em Macaé, no Norte do Rio. A companhia, inclusive, teria planos de vender a sua base de operações na cidade fluminense. A unidade se tornou praticamente um elefante-branco depois que a Petrobras negou-se a firmar aditivos contratuais com a UTC, reteve pagamentos e incluiu a empresa no seu índex. Devastada pela Lava jato, a empreiteira do delator Ricardo Pessoa entrou em recuperação judicial, com uma dívida de R$ 3,5 bilhões.

#Lava Jato #Petrobras #UTC Engenharia

Sobre a mesa

5/12/2017
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Já são 18 acordos de delação premiada, no âmbito da Lava Jato e da Calicute, que estão sobre a mesa da Procuradora-Geral Raquel Dodge à espera do seu imprimatur. Ou não.

#Lava Jato #Operação Calicute #Raquel Dodge

Petrobras e BTG querem distância total

1/12/2017
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Petrobras e BTG teriam aberto conversações com a Total para a venda do controle da Petrobras Oil&Gas, a malfadada joint venture entre ambos na África, com participação em três campos em águas profundas na Nigéria. O grupo francês é operador de dois deles – Akpo, já em produção, e Egina, ainda em fase de desenvolvimento. Segundo o RR apurou, a Petrobras Oil&Gas também teria sido oferecida à Chevron, responsável pela operação do campo de Agbami. Os norte-americanos, no entanto, parecem estar na mão contrária em relação à África. Recentemente venderam um pacote de ativos em exploração e produção na África do Sul para a Glencore. A joint venture entre a Petrobras e o BTG, não custa lembrar, remete a um passado que tanto a estatal quanto o banco querem enterrar. O negócio chegou a ser investigado pela Lava Jato devido a suspeitas de pagamento de propina a autoridades locais.

#BTG Pactual #Lava Jato #Petrobras

Figura carimbada

28/11/2017
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Hoje, um dos principais interlocutores políticos de Geraldo Alckmin fora do PSDB é o senador Ciro Nogueira, do PP, uma das figurinhas carimbadas do escrete da Lava Jato.

#Ciro Nogueira #Geraldo Alckmin #Lava Jato #PSDB

Tropa de advogados

27/11/2017
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Alexandre Accioly colocou uma tropa de advogados para arrumar uma forma de ir embora do Brasil. É mais complicado do que parece. Ele está citado na Lava Jato como atravessador de caixa 2.

#Alexandre Accioly #Lava Jato

Lava Jato decola

21/11/2017
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A Lava Jato vai decolar de Viracopos. Além da UTC, a Triunfo também quer vender sua participação no aeroporto.

#Grupo Triunfo #Lava Jato

Mudança de planos

21/11/2017
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O marqueteiro e delator Renato Pereira estava tão confiante em sair da Lava Jato com uma pena leve que já fazia planos para as eleições de 2018. Tinha a expectativa, por exemplo, de colaborar na campanha de Eduardo Braga ao governo do Amazonas – Pereira prestou consultoria à equipe de Braga na eleição suplementar no estado, em agosto deste ano. Agora, com a rejeição da sua delação no Supremo, o futuro do marqueteiro volta às mãos da PGR, Raquel Dodge.

#Lava Jato

Desnacionalização da década

17/11/2017
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O ano passado registrou o recorde de desnacionalizações da década. Em praticamente todos os setores, as aquisições feitas pelo capital estrangeiro sobrepujaram às da iniciativa privada nacional. A Lava Jato colaborou com esse placar.

#Lava Jato

Uma luz para Pimentel

14/11/2017
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No PT, o entendimento é que a hecatombe do PSDB poderá dar de bandeja a Fernando Pimentel uma reeleição que parecia improvável após a Lava Jato e a Operação Zelotes. O pré-óbito político de Aécio Neves e as ranhuras na relação entre PSDB e PMDB dificultam o lançamento de um nome de peso para concorrer com Pimentel.

#Fernando Pimentel #Lava Jato #PSDB #PT

Lava Jato e sua tourada em Madri

31/10/2017
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A força-tarefa da Lava Jato fará nova tentativa para obter a extradição de Rodrigo Tacla Duran, que está preso na Espanha. Ele é acusado de ter movimentado mais de R$ 60 milhões em recursos ilegais oriundos do “departamento de operações estruturadas” da Odebrecht. Duran tem se segurado à dupla nacionalidade – é também cidadão espanhol – para permanecer em Madri, onde aguarda julgamento da justiça local.

#Lava Jato #Odebrecht

Tordesilhas

27/10/2017
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Se o PR, do mensaleiro Valdemar Costa Neto, tomou a Infraero, o DNIT foi dado de bandeja pelo Palácio do Planalto ao PP, de Ciro Nogueira, figurinha carimbada da Lava Jato.

#Dnit #Infraero #Lava Jato

A longa rapinagem das Docas pelos santos de pau oco

23/10/2017
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O presidente Michel Temer tornou-se adepto de um antigo pleito do setor de navegação e portos: a profissionalização da gestão da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), autoridade portuária de Santos. Desde que, é claro, ele faça os cargos centrais da diretoria. Segundo uma fonte do RR, a medida não passa de um subterfúgio para dissimular os desmandos praticados na companhia há quase duas décadas. O atual presidente da autoridade portuária, José Alexi Oliva, tem sentido cada vez mais o círculo fechar em torno da sua gestão.

A empresa tem o nome mencionado em extensos trechos de delações da Lava Jato. Estar hoje no comando da companhia sem abrir inquéritos administrativos é a mesma coisa que ser conivente com as operações pouco ortodoxas do passado. Consultada sobre as mudanças na direção, a Codesp não se pronunciou até o fechamento desta edição. Oliva faz parte de um seleto time de presidentes das Docas feitos sob a influência de Michel Temer: Marcelo Azeredo, Paulo Fernandez Carmo e Wagner Rossi.

O presidente, de acordo com a mesma fonte, quer mudar para que tudo continue como está. Ou seja: pretende deslocar a autoridade portuária e colocar um tampão naquela instância-marítima onde flutuam improbidades de toda ordem. Seu nome já está na boca do sapo, quer dizer do STF, que terá de apreciar o pedido da Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, para que seja autorizada investigação sobre as estranhas relações de Temer com a Codesp. Para o RR o assunto é velho, basta ver as edições de 21 e 22 de março de 2016 e 21 de março e 14 de setembro deste ano.

Temer aparece ligado às Docas paulistas em mais de mil citações no Google. Mesmo se fosse só a nata desse creme azedo, ela já seria esclarecedora. Basta ver os balanços da Codesp que, se não revelam repasses de propinas, explicitam estranhos passivos de operações pouco esclarecedoras. Os documentos das diversas administrações da companhia sobre o controle do mesmo grupo de interesse são comprovantes do que não fazer na gestão de uma empresa pública.

Durante esse período, a autoridade portuária não teve gestores independentes. Respondeu a ordens do oligopólio da marinha civil e da oligarquia dos governantes do país. Se forem buscados, não faltarão testemunhos para descortinar a quem serviu a autoridade portuária em Santos. Sobre os nomes das empresas que sofreram extorsão e as que usufruíram do butim, o RR pretende se manter em silêncio.

Eles estão repetidos em diversos e longos trechos nas delações premiadas. São grandes operadoras e políticos supracitados. Os números superam os R$ 3 bilhões. E muitos pagaram e não receberam a contrapartida pelo dinheiro que deram, tendo que engolir calados. Os delitos mais graves estão trancados em um cadeado com trinca de titânio. É mais fácil pressionar Eduardo Cunha para que inclua esses escândalos no seu “Almanaque de delação premiada”. Temer com certeza não dirá nada.

#Codesp #Governo do Estado de São Paulo #Lava Jato #Michel Temer

Plano de saúde

23/10/2017
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Em negociações com o Ministério Público Federal para fechar um acordo de delação, o ex-secretário de Saúde do governo Cabral, Sérgio Côrtes, promete escancarar as vísceras do PMDB no Rio de Janeiro. Côrtes tem revelado detalhes de um esquema para a compra de vacinas, medicamentos e próteses, com capilaridade em dezenas de municípios do Rio de Janeiro. A operação envolveria distribuidoras de artigos hospitalares no Brasil e no exterior e, não poderia faltar, doleiros – espécie onipresente no ecossistema da Lava Jato. Segundo investigações do MPF, parte dos recursos públicos desviados teria sido utilizada para financiar a reeleição de Sérgio Cabral ao governo do Rio, em 2010, e candidaturas do PMDB a prefeituras no estado do Rio em 2012. Além, claro, de deixar muita gente rica.

#Lava Jato #PMDB #Sérgio Cabral #Sérgio Côrtes

Cunha e sua única moeda de troca

23/10/2017
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A situação jurídica de Eduardo Cunha se agravou consideravelmente nas últimas semanas. Na avaliação da força-tarefa da Lava Jato, os depoimentos do doleiro Lúcio Funaro e do ex-deputado Pedro Correia reduziram consideravelmente as chances de Cunha fechar um acordo de delação. A não ser que ele saque da cartola o maior de todos os coelhos.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Lucio Funaro

Autopista da propina

19/10/2017
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O doleiro Adir Assad, um dos 158 delatores da Lava Jato até o momento, teria encaminhado ao MPF documentos para comprovar o pagamento de propina em obras do Rodoanel em São Paulo. São planilhas e extratos bancários de movimentações de contas no exterior. As acusações atingem a Odebrecht e o ex-diretor da estatal Dersa Paulo Vieira de Souza, o “Paulo Preto”. Mas atingem, sobretudo, o senador José Serra. Em sua delação, Assad afirmou que parte dos recursos desviados foram destinados a Serra, então governador de São Paulo. O senador já negou qualquer relação com o doleiro.

#Adir Assad #José Serra #Lava Jato #Odebrecht

Seguro anti-Lava Jato

16/10/2017
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A demora na venda da participação da Cemig na Usina de Santo Antônio para a chinesa State Power Investment Overseas (Spic) não passa apenas por pendências financeiras. O impasse se deve, sobretudo. a exigências jurídicas feitas pelos asiáticos para se proteger de eventuais punições no âmbito da Lava Jato. Denúncias de corrupção pesam sobre o consórcio responsável pela construção e operação da hidrelétrica. Em suas delações, executivos da Odebrecht, uma das acionistas, relataram o pagamento de propina para a obtenção de recursos do FI-FGTS.

#Cemig #Lava Jato #Spic

Constantino II, a missão

9/10/2017
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Segundo o RR apurou, a delação de Lucio Funaro deverá custar um recall a Henrique Constantino, um dos acionistas da Gol, que fechou acordo de colaboração com a Lava Jato. Colaboração, assim, assim… A partir dos depoimentos dos doleiros, os procuradores de Curitiba estão convictos de que Constantino tem mais a contar sobre suas doações ilegais a Michel Temer e ao PMDB.

#Gol #Henrique Constantino #Lava Jato #Lucio Funaro

Acervo RR

Primeira página

5/10/2017
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Sérgio Moro e Deltan Dallagnol têm um encontro público marcado no dia 24. Vão participar de evento no jornal Estado de S. Paulo sobre a Operação Mani Pulite, fonte de inspiração da força tarefa da Lava Jato.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Sérgio Moro

Primeira página

5/10/2017
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Sérgio Moro e Deltan Dallagnol têm um encontro público marcado no dia 24. Vão participar de evento no jornal Estado de S. Paulo sobre a Operação Mani Pulite, fonte de inspiração da força tarefa da Lava Jato.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Sérgio Moro

Só reencarnando

5/10/2017
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A Galvão Engenharia, dizimada pela Lava Jato, procura um comprador.

#Galvão Engenharia #Lava Jato

Aposentadoria de Bendine na berlinda

3/10/2017
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A direção do Banco do Brasil e o Conselho Deliberativo da Previ têm sido pressionados por associações de funcionários e aposentados a rever o pagamento da chamada aposentadoria “cheia” a Aldemir Bendine. O assunto sempre causou incômodo dentro do BB. Ocorre que a Lava Jato e as graves denúncias contra a gestão de Bendine amplificaram os questionamentos à legitimidade dos valores recebidos pelo hoje hóspede da carceragem da PF em Curitiba. Foi justamente durante a sua administração que o BB alterou as regras de aposentadoria e permitiu a incorporação de benefícios (como férias e vale-alimentação) ao salário-base. A alteração favoreceu diretamente o ex-n. 1 do banco, além de aproximadamente 30 outros executivos que conseguiram pendurar uma série de pingentes na sua aposentadoria. Calcula-se que Bendine receba hoje algo próximo dos R$ 65 mil. Por falar em benefícios indiretos, consta que o ex-presidente do BB solicitou à instituição que custeasse a sua defesa na Lava Jato, alegando que as acusações contra ele se referem a atos administrativos no exercício da presidência da instituição – seus advogados negam o pedido.

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #Lava Jato #Previ

Linhagem

2/10/2017
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Recém-condenado por Sérgio Moro a 15 anos de prisão, o ex-gerente da Petrobras Roberto Gonçalves negocia um acordo de delação com a força tarefa da Lava Jato. Gonçalves vem a ser o substituto do notório Pedro Barusco na estatal. Em todos os sentidos.

#Lava Jato #Petrobras #Sérgio Moro

Samek eletrocutado

29/09/2017
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As investigações da Lava Jato contra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo estão prestes a eletrocutar Jorge Samek, que comandou Itaipu nos 13 anos do governo PT.

#Jorge Samek #Lava Jato #PT

Dízima periódica

29/09/2017
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A força tarefa da Lava Jato considera razoável a probabilidade de o recall da Camargo Corrêa, que nasceu da delação da Odebrecht, ricochetear e provocar um recall da própria Odebrecht.

#Camargo Corrêa #Lava Jato #Odebrecht

Palocci atropela Caoa

29/09/2017
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Nas tratativas para fechar sua delação, Antônio Palocci soltou o freio de mão e empurrou a Lava Jato na direção do Grupo Caoa. Segundo o RR apurou, o ex-ministro deu detalhes da consultoria prestada à montadora nos idos de 2012, por meio de sua empresa, a Projeto. De acordo com a mesma fonte, Palocci relatou ter intermediado o repasse ilegal de recursos para parlamentares com o objetivo de aprovar medidas de interesse da Caoa. O ex-ministro teria revelado ainda aos procuradores de Curitiba que quase assumiu a presidência da companhia justamente em 2012.

#Antônio Palocci #Grupo Caoa #Lava Jato

Força-tarefa contra o crime organizado é uma missão sob medida para Sérgio Moro

28/09/2017
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Se o diretor Brian de Palma filmasse uma versão brasílica de Os Intocáveis, o juiz Sérgio Moro seria um candidato imbatível para interpretar o papel do incorruptível policial Eliot Ness. Na vida real, Moro também cabe no figurino de paladino contra o crime. Só que dessa vez despido da toga de juiz. Como não poderia deixar de ser, o nome de Sérgio Moro foi citado repetidas vezes na reunião entre a Procuradora Geral da República, Raquel Dodge, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sergio Etchegoyen.

O encontro teve por objetivo discutir a criação de uma força-tarefa, no modelo da Lava Jato, para o combate ao crime organizado e ao estado paralelo financiado por ele. Veja-se que o enunciado da missão é extenso. O futuro Eliot Ness, que ficará subordinado ao Ministério Público, vai centralizar ações dispersas junto a diversos órgãos do governo. Porém, mais importante é que abaterá dois coelhos com uma única cajadada: criará uma efetiva operação integrada de combate ao crime e livrará as Forças Armadas do inconveniente abacaxi de serem chamadas a toda hora para fazerem figuração no palco de uma guerra na qual sua presença é indesejada pelos próprios militares.

O Rio de Janeiro é o foco da força-tarefa. Não somente em função do crime e da violência registrados na cidade, mas devido a sua capilaridade com todo o Brasil e suas fronteiras. Haja poder para o delegado que colocar essa estrela no peito. O juiz Sérgio Moro está acostumado a deter o mando absoluto na sua esfera de atuação. Teria de acrescer ainda mais em força e autoridade. Algo como um presidente de um Banco Central formalmente independente, com poder sobre tropas, serviços de Inteligência e ingerência sobre as unidades federativas. Um justiceiro judicializado, votado no Congresso.

Moro realizou cursos na CIA – sabe-se lá do que, é bem verdade; tem sua própria patota no Ministério Público, que vibraria em entrar nesse campo; e é obsessivo no combate à criminalidade. Para o governo, deslocá-lo para o centro das ações de segurança do país seria uma demonstração de desprendimento e isenção muito acima das investigações e suspeitas que pairam sob a cabeça de ministros e do próprio presidente. Coisa de estadista, diria a base aliada. E a Lava Jato? Não seria uma sinalização do seu final? Nada!

O próprio Moro validaria sua saída e a ascensão de quem fosse para o seu cargo. Continuariam presentes Marcelo Bretas, Deltan Dallagnol e companhia. E mesmo Lula já estaria tão enforcado que não precisaria de Moro para o golpe final. O juiz já afirmou que não irá para a política. Para o STF dificilmente um novo presidente o indicará. Melhor um juiz mais amigável. E a aposentadoria vem aí. O papel de Eliot Ness lhe caberia como uma luva. Contudo, por enquanto o que existe é um nome ao vento, puro wishful thinking. Já, já a resposta será dada.

#Forças Armadas #Lava Jato #Sérgio Moro

Outras engenharias

27/09/2017
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A delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto afunda ainda mais a Carioca Engenharia na Lava Jato. Segundo Cleto, a companhia teria funcionado como uma espécie de hub das propinas pagas por construtoras e concessionárias públicas do Rio a Eduardo Cunha. Recolhia o pedágio, que depois seguia direto para contas de Cunha na Suíça.

#Caixa Econômica #Carioca Engenharia #Lava Jato

Lava Jato busca o ponto de fissura da INB

26/09/2017
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A Lava Jato, que fez uma limpeza na Eletronuclear, vai direcionar suas baterias para as estranhas práticas de financiamento indireto de campanha, licitações sob medida e contratos com preços diferenciados da Indústria Nuclear Brasileira (INB). Segundo a fonte do RR, o Ministério Público está investigando essas relações perigosas. Não deve ser muito difícil, conforme revela o mapa da cadeia de comando da INB. O presidente do instituto, José Carlos Tupinambá, foi condenado pelo Tribunal de Contas do Estado do Rio por desvio de verbas em uma secretaria do Município de Duque de Caxias, indicado pelo atual prefeito da cidade, Washington Reis, por sua vez condenado pelo STF por improbidade administrativa e agora pelo TRE, estando em vias de ter seu mandato cassado. A INB seria um feudo de Jorge Picciani, Washington Reis e Sergio Cabral, condenado a 45 anos. O RR tentou contato com a estatal, por telefone e e-mail, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

#Eletronuclear #INB #Lava Jato

Confissão

26/09/2017
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A Camargo Corrêa estaria negociando um acordo de leniência com o Cade, que investiga a formação de cartel nas obras do Arco Metropolitano do Rio. Comparado à Lava Jato, será a confissão de um pecadilho.

#Cade #Camargo Corrêa #Lava Jato

O guarda – malas de Geddel

25/09/2017
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Lucio Funaro foi o “GPS” que levou a Polícia Federal ao “guarda-malas” de Geddel Vieira Lima em Salvador. Consta que o doleiro tem na ponta da língua outros endereços de notórios protagonistas da Lava Jato.

#Geddel Vieira Lima #Lava Jato

Meirelles já está com um pé fora da Fazenda

22/09/2017
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Henrique Meirelles está morto! Viva Henrique Meirelles! Ou vice-versa. O enigma tem prazo de validade: dia 1° de abril de 2018, data limite para que o ministro da Fazenda se desincompatibilize do cargo com o objetivo de disputar as eleições para a Presidência da República. Meirelles não solta um pio sobre o assunto. Um interlocutor bastante próximo do ministro disse ao RR que a balança estava equilibrada sobre a decisão de deixar a pasta e subir nos palanques. Por ora, Meirelles mantém um pé cá e outro acolá. Mas o risco de contaminação com o mar de lama da Lava Jato tem pesado a favor da aventura.

Na contramão, não o temor da derrota, mas o ônus de deixar ao abandono o mercado, esse senhor de todos os oceanos, e ser a peça central da desintegração de um governo do qual representa rara reserva de valor moral e tecnocrático. A economia pode reagir mal a sua saída e ele ser acusado, em sua decisão frívola, da desancoragem das expectativas. A questão é ambígua, pois a mudança de humor da economia também pode ser interpretada como um trunfo da sua importância presente e futura. Henrique Meirelles ronda os palanques não é de hoje: esteve cotado para ser o vice da chapa de Dilma Rousseff em 2010 e flertou com a ideia de disputar o governo de Goiás.

Na semana passada, Gilberto Kassab se adiantou aos fatos e “lançou” sua candidatura à Presidência pelo PSD. Meirelles agradeceu afirmando que está concentrado na sua atual missão, e abriu um sorriso metálico cheio de dentes. Em nenhum momento, disse que não será candidato. Para todos os efeitos, o suspense permanece. O RR consultou uma pequenina amostra de um segmento do eleitorado bastante afinado com o ministro da Fazenda. Fez uma sondagem com 28 empresários e perguntou se, em sua opinião, Meirelles será ou não candidato. O “não” ganhou com alguma vantagem: 71% a 29%.

Questionados sobre as chances de vitória do “guardião da economia”, 83% afirmaram que Meirelles não será eleito caso entre na disputa. Não por falta de atributos. O RR perguntou aos entrevistados quem era mais habilitado para o exercício da Presidência da República, num confronto direto entre o ministro da Fazenda e todos os principais candidatáveis citados nas pesquisas eleitoras. Meirelles venceu todos eles, com índice acima de 70% das respostas. Seus três resultados mais baixos se deram na comparação com João Doria (78%), Geraldo Alckmin (76%) e Lula (71%).

Nas comparações com Ciro Gomes, Jair Bolsonaro, Marina Silva e o próprio Michel Temer, Meirelles disparou na sondagem. Se Henrique Meirelles, de fato, embarcar na viagem eleitoral, é razoável que leve um bilhete de volta cuidadosamente guardado no bolso do paletó. Esta segunda perna seria um eventual retorno à cadeira de ministro da Fazenda. Ou seja: Meirelles entraria na disputa à Presidência jogando por dois resultados. Mesmo perdendo nas urnas, seu segundo turno particular seria a recondução ao posto de maestro e fiador da economia.

Não é uma hipótese improvável. Sabidamente, o titular da Fazenda tem excelente trânsito entre correntes político-partidárias distintas. Tem o handicap de ser sócio de inegável impacto eleitoral: com Lula, entregou distribuição de renda; com Temer, assegurou a queda da inflação. Leva ainda consigo a marca de recordista de tempo na cabine de comando da economia – até ontem, contabilizando-se o período na presidência do Banco Central e na cadeira de Ministro da Fazenda, somava 3.420 dias ou 82.080 horas de horas de voo.

Henrique Meirelles é um homem abastado – sua fortuna pessoal se aproxima da casa de R$ 1 bilhão – e pode tranquilamente financiar sua campanha. Enricou acima de qualquer suspeita. Se ficar parado no mesmo lugar, corre o risco de ver seus ternos de corte bem talhados respingados pelos fluidos pútridos do entorno político. Cabe monitorar os bastidores. Faltam 4.608 horas para, no mais tardar, o Brasil saber se terá mais um candidato à Presidência e um novo ministro da Fazenda

#Gilberto Kassab #Henrique Meirelles #Lava Jato

A polícia de Blairo

21/09/2017
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Com a Lava Jato a triscar nos seus calcanhares e o festival de grampos na República, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, tem se aconselhado amiúde com dois dos seus mais próximos colaboradores: os coronéis da Polícia Militar Eumar Novacki e Coaraci Nogueira, respectivamente secretário-executivo e chefe de gabinete do Ministério.

#Blairo Maggi #Lava Jato

Dr. Ulysses não merecia tamanha homenagem

20/09/2017
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Moreira Franco, Eliseu Padilha e Romero Jucá estão à frente de uma estranha cruzada. O trio “Lava Jato” pressiona a Executiva do partido a aprovar a transformação da Fundação Ulysses Guimarães em instituto – a proposta será analisada no próximo dia 4 de outubro. Parece uma filigrana, mas só parece. Sob o regime de instituto, muita coisa muda de figura, a começar pelo fato de que a entidade estará imune à fiscalização do Ministério Público. Não custa lembrar que Moreira e Eliseu são os “donos” da capitania. Entre mandatos alternados, ambos comandam a Fundação Ulysses Guimarães há 16 anos.

#Eliseu Padilha #Lava Jato #Moreira Franco #Romero Jucá

Um dia esse fado ainda vai acabar desafinando

20/09/2017
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Não é só a turma da Lava Jato que está buscando visto de residência em Portugal. Há cerca de mil brasileiros em média, por semana, fazendo consultas de como obter a cidadania portuguesa. Desde o início do ano surgiram mais de 500 empresas na internet especializadas em tratar da burocracia, assessorar na busca de imóveis para compra ou aluguel, na mudança e na manutenção da moradia. Globalvisa, Strobel & Santos e Schultz Vistos são algumas das líderes no setor. Segundo fonte de uma dessas empresas, na aquisição de alguns imóveis em Portugal foram utilizados sofisticadas triangulações com recursos de estranha procedência não repatriados nas duas janelas abertas pelo BC. De acordo com o mesmo informante, somente os chineses estão mais presentes em Portugal do que os brasileiros. Só que os chineses voltam para casa e os brasileiros ficam.

#Lava Jato

Petrobras abre a porta de suas refinarias

19/09/2017
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A Petrobras e a Repsol Sinopec mantêm conversações para uma possível associação na área de refino. Segundo o RR apurou, as tratativas com os chineses envolveriam a conclusão das obras de construção da má afamada unidade de Abreu Lima – um dos grandes projetos da estatal corrompidos pelo “petrolão” e interrompidos pela Lava Jato. Parte da unidade está em operação desde 2014, mas, de acordo com cálculos da Petrobras, ainda faltam ao menos R$ 2 bilhões em investimentos para a refinaria atingir a capacidade originalmente estimada. O presidente da Petrobras, Pedro Parente, já confirmou que o processo de desmobilização de ativos da estatal incluirá operações de refino – conforme antecipou o RR na edição de 24 de fevereiro. Por ora, no entanto, os fatos parecem indicar que a prioridade da companhia é a busca de parceiros para concluir projetos inacabados. Consta que a China National Petroleum Corporation (CNPC) tem interesse em se associar ao Comperj. Em tempo: no caso de Abreu Lima e, mais especificamente, da Repsol Sinopec, as tratativas têm um certo ar de déjà vu. A então espanhola Repsol foi sócia da Petrobras na refinaria Alberto Pasqualini, no Rio Grande do Sul.

#Lava Jato #Petrobras #Repsol Sinopec

As linhas e entrelinhas no discurso do General Mourão

19/09/2017
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As declarações do General de Exército Hamilton Mourão sobre a possibilidade de uma intervenção militar no Brasil guardam alguma conexão com os assuntos discutidos nos dias anteriores em encontros dos generais de quatro estrelas. Sua palestra na última sexta-feira à noite na Loja Maçônica Grande Oriente do Brasil se deu na sequência de uma semana intensa. Durante cinco dias consecutivos, de 11 a 15 de setembro, o Alto-Comando do Exército esteve reunido no Quartel General da Corporação, em Brasília, mais conhecido como Forte Apache.

Segundo informações filtradas pelo RR, ainda que o General Mourão possa ter se excedido na forma e no conteúdo, sua fala remete a pontos cardeais abordados durante as reuniões do Alto-Comando. Os Oficiais passaram a limpo, temerosos, cenários de crise e os planos de ação – “muito bem feitos” nos dizeres do general Mourão -, nos quais três variáveis aparecem com destaque: a desordem social, o crime organizado e a corrupção institucionalizada. Sob a ótica militar, o esgarçamento das instituições e o crescente estado de criminalização são questões que vão muito além da Lava Jato.

Ela passa pelo imbricamento de agentes não necessariamente associados entre si – de políticos e partidos a autoridades da área de segurança pública e magistrados, de movimentos sociais ao crime organizado. Nas etapas das “aproximações sucessivas”, para usar terminologia adotada pelo próprio General Mourão, vão se configurando pontos de interseção entre as variáveis críticas. É a propagação ondulatória desses pontos de interseção que levaria a uma situação limite. Nessa circunstância, indefinida a priori, os militares se veriam obrigados a “intervir dentro da lei”, por mais estranha que pareça essa dialética.

Pelo clima de apreensão dos encontros, a tendência é que estas discussões sejam intensificadas nas próximas reuniões do Alto-Comando do Exército – o encontro da semana passada foi o quinto de um total de sete; os dois últimos do ano estão previstos para outubro e dezembro. Entre os Oficiais, há uma percepção de que um quadro agudo de deterioração da ordem, que justificaria uma ação mais radical da parte do Exército, possa vir não pelo vetor da crise política stricto sensu, mas pela segurança pública. Um exemplo: segundo o RR apurou, nos encontros da semana passada os Oficiais discutiram assuntos viscerais como o aumento da entrada de armas e drogas no país.

Um dado, por si só, dá a dimensão da gravidade: a Inteligência do Exército tem informações de que a área plantada de coca na Colômbia praticamente duplicou nos últimos três anos, em função de uma flexibilização da política antidrogas após o acordo com as Farc. A associação entre o estado de calamidade do Rio e o desenfreado narcotráfico do país vizinho é automática. O alinhamento do Alto-Comando é total em torno do tripé do Exército definido pelo General Villas Boas – “legalidade”, “legitimidade” e “manutenção da estabilidade” –, expressões repetidas nas reuniões da semana passada e citadas pelo General Mourão em sua palestra na última sexta-feira.

A nota divulgada à imprensa pelo Comandante do Exército, General Villas Boas, reafirmando o compromisso democrático do Exército, foi dirigida ao público externo. Internamente os generais concordam com o conteúdo da fala de Mourão – noves fora exageros, como a expressão “impor” – pois delimitam uma linha demarcatória rígida entre significados contextuais das palavras “intervir” e “golpe”. Está última, por sinal, banida do vocabulário castrense. O General Mourão – que, curiosamente, cumpriu uma trajetória oposta à do primeiro ministro do Exército da abertura democrática, General Leônidas Pires Gonçalves, passando do Comando Militar do Sul para a secretaria de Finanças do Exército – tem sabidamente uma forte influência entre os chamados níveis intermediário e subalterno do oficialato, de capitão para baixo. Apesar do discurso fora do tom, não houve puxão de orelha.

#Exército #Lava Jato

Efeito colateral

18/09/2017
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A direção da Petrobras discute o rompimento do contrato com o escritório Trench, Rossi e Watanabe (TRW), envolvido no caso JBS. O TRW presta serviços à estatal na área de compliance. Segundo o RR apurou, o atual contrato, no valor de R$ 96 milhões, vence no primeiro semestre de 2018. Consta que, há alguns meses, a Petrobras teria pressionado o escritório a interromper sua relação contratual com a JBS, por conta de potencial conflito de interesses no âmbito da Lava Jato.

#JBS #Lava Jato #Petrobras #TRW

Exumação

15/09/2017
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Gabriel Chalita, o protegido de Michel Temer, é só o fio da meada das campanhas peemedebistas. O doleiro Lucio Funaro abriu para a Lava Jato as vísceras das candidaturas majoritárias do PMDB em São Paulo desde 2006, com destaque para Paulo Skaf em 2010 e 2014. Temer está em todas.

#Lava Jato #Michel Temer #Paulo Skaf

Pesos e medidas

15/09/2017
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A investida da Lava Jato sobre Carlos Arthur Nuzman e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) tem causado níveis distintos de preocupação no PC do B, que cedeu dois ministros dos Esportes durante as obras da Rio-2016. Em relação a Aldo Rebelo, que ocupou o cargo de 2011 e 2015, a aflição é baixa. Consta que o santo de Rebelo não batia com o de Nuzman, e ambos mal se falavam. O mesmo já não se aplica a Orlando Silva, que permaneceu no Ministério de 2006 a 2011. Nesse caso, o termômetro do PC do B acusa temperaturas mais altas. À época, já se dizia no partido que Silva estava excessivamente próximo do presidente do COB.

#Lava Jato #Rio 2016

As bombas de Palocci

14/09/2017
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Em sua delação, Antônio Palocci promete escancarar para a Lava Jato as entranhas de um esquema de venda de MPs no Congresso, que teria atravessado, principalmente, as gestões de Henriques Alves e Eduardo Cunha na Câmara e de Renan Calheiros no Senado.

#Antônio Palocci #Henrique Alves #Lava Jato #Renan Calheiros

Recall elétrico

13/09/2017
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No QG da Lava Jato em Curitiba, a expectativa é que a “delação da delação” dos executivos da Camargo Corrêa atire “para matar” contra José Sarney, Edison Lobão, Valmir Raupp, entre outros peemedebistas com ascendência sobre o setor elétrico. A Odebrecht já mostrou o caminho das pedras.

#Camargo Corrêa #José Sarney #Lava Jato

Luciano Coutinho veste a armadura do acadêmico

13/09/2017
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O ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho traçou uma rota para atravessar o período de turbulência. Vai concentrar sua atividade e exposição em questões de ordem acadêmica, preferencialmente não relacionadas ao banco. Apesar da indissociabilidade com a LCA Consultoria, pretende se divorciar temporariamente de funções executivas, mesmo continuando ligado à empresa.

Luciano acha que o melhor desinfetante para as agruras sofridas com a Lava Jato é voltar a ser o que sempre foi: um economista industrialista, e escrever, escrever, como se não houvesse amanhã. Essa é sua chinese wall. Ele atravessa com a placidez de um monge os tormentos das circunstâncias, tais como o bloqueio dos seus bens por um juiz federal do Mato Grosso. Nada a ver com a Lava Jato. Aliás, o maior espalha-brasas entre todos os delatores, o empresário Joesley Batista, fez questão de ressaltar que Coutinho não tinha qualquer relação com suas operações pouco republicanas.

Em meio a tanta notícia desagradável, eis um fato positivo: Luciano Coutinho é um dos economistas com maior network entre os empresários de São Paulo e relacionamento no circuito internacional de agências de fomento. Ele continua a ser visitado, emitindo opiniões e prestando conselhos. Com seu jeito zen, não se arrepende sequer da longa temporada no BNDES, uma antiga obsessão profissional.

Coutinho largou umas das consultorias mais bem-sucedidas de São Paulo para dar expedientes de 15 horas com uma remuneração bem inferior à que tinha na sua empresa. Agora, inexoravelmente vai ter seu momento de Geni, tomando pedradas aqui e acolá. Por isso não é o momento de falar da teoria que fundamentava os “cavalos campeões” ou da exportação de serviços de engenharia. Em situações de linchamento não há defesa que se sustente. Mas, Coutinho faria quase tudo outra vez.

Seus amigos dizem que ele repensaria o timing de saída do banco, que poderia ter ocorrido quando se iniciaram os escândalos envolvendo a Petrobras. No entanto, ele quis se defender dentro da instituição. Depois do engenheiro Marcos Vianna foi o mais longevo presidente do banco e o mais identificado com a corporação. Quanto a sua gestão, os dados estão contidos no “livro verde”, com o qual o atual presidente, Paulo Rabello de Castro, vem defendendo a lisura e acerto técnico dos profissionais do banco.

#BNDES #Lava Jato #Luciano Coutinho

Encontro marcado

12/09/2017
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A Rádio Lava Jato informa: a delação de Lucio Funaro e a prisão de Geddel Vieira Lima vão trazer de volta à ribalta o advogado José Yunes, o amigo de Michel Temer.

#Geddel Vieira Lima #Lava Jato #Michel Temer

Escorrendo

8/09/2017
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A investida sobre Carlos Arthur Nuzman foi só a “cerimônia de abertura”. A Lava Jato vai escorrer para diversas confederações penduradas no COB.

#Lava Jato

Os pesos e medidas da leniência

1/09/2017
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A holandesa SBM, uma das empresas flagradas em delito pela Lava Jato, colocou os órgãos de controle da República e a Petrobras em rota de colisão. O Ministério Público Federal (MPF) está brecando a assinatura do acordo de leniência da empresa. Mais de um ano após o início das tratativas, o MPF ainda não se convenceu quanto à confissão da empresa. A avaliação é que a documentação disponibilizada pelos holandeses até o momento só revela segredos de polichinelo; as informações ajudaram muito pouco nas investigações. Do outro lado, no entanto, o Ministério da Transparência e a própria estatal já aceitaram os termos da proposta e pressionam pela assinatura do acordo de leniência com a SBM. Aliás, entre antigos fornecedores, a insistência da Petrobras em dar o salvo-conduto aos holandeses tem alimentado a interpretação de que a companhia estaria sendo mais rigorosa com empresas nacionais do que estrangeiras.

#Lava Jato #MPF #Petrobras #SBM

Lava Jato 24 quilates

25/08/2017
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A rede de joalheiras H. Stern chegou à marca de cem demissões no Rio de Janeiro desde dezembro do ano passado. É uma mistura de crise com Lava Jato.

#H. Stern #Lava Jato

Lava Jato em Madri

24/08/2017
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A Lava Jato pretende colher na Espanha o depoimento de Rodrigo Tacla Duran, acusado de operar 12 contas offshore com recursos desviados de contratos públicos. Má notícia para as já enlameadas Mendes Junior e UTC Engenharia, que fariam parte do esquema. Em julho, a Lava Jato tentou a extradição de Duran, negada pela Justiça espanhola – ele tem dupla nacionalidade.

#Lava Jato #Mendes Junior #UTC Engenharia

O encontro das águas turvas

24/08/2017
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Com uma dívida estratosférica e dois sócios citados na Lava Jato – Wilson Quintella Jr. e BTG Pactual – a Estre Ambiental parece ter escolhido a dedo o seu novo e incensado parceiro, a norte-americana Avenue Capital Group. A companhia de investimentos nova-iorquina carrega seus próprios escândalos, apimentados por relações incestuosas com alguns dos nomes mais poderosos da América. Na imprensa dos Estados Unidos, espocam suspeições sobre os negócios do fundador da gestora, o americano de origem marroquina Marc Lasry, com o atual presidente Donald Trump no setor imobiliário e em cassinos de Atlantic City.

Lasry é republicano quando precisa e democrata quando as circunstâncias pedem. A proximidade com o casal Clinton sempre gerou ilações sobre trocas de favores de parte a parte, principalmente depois que Chelsea, filha de Bill e Hillary trabalhou no Avenue Capital Group, de 2006 a 2009. Ressalte-se que Larsy foi um generoso doador para a campanha da ex-primeira-dama à Casa Branca.

Mas nada disso importa muito para Wilson Quintella Jr. e BTG. O que interessa mesmo é a oportunidade de se associar a uma holding com ações negociadas na Nasdaq. E jogar a dívida de R$ 1,5 bilhão para uma nova casca empresarial, com sede em Caymann.

#Estre Ambiental #Lava Jato

Efeito dominó

17/08/2017
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O governo tem um calendário próprio para a Lava Jato. Em setembro, Raquel Dodge assume a Procuradoria-Geral da República. Em outubro, seria a vez de trocar o comando da Polícia Federal, com a substituição do “incontrolável”
Leandro Daiello.

#Lava Jato

Largou o barco

17/08/2017
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A investida da Lava Jato sobre o ex-secretário Rodrigo Bethlem calou fundo no entorno de Eduardo Paes. Bethlem é
tido como “volúvel”. Basta lembrar que, no meio da eleição, pulou para o barco de Marcelo Crivella.

#Eduardo Paes #Lava Jato #Rodrigo Bethlem

Exumação

15/08/2017
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A Lava Jato está revirando as vísceras da gestão de Aldemir Bendine no Banco do Brasil. O BB já encaminhou aos procuradores documentação sobre as maiores operações de empréstimo fechadas entre abril de 2009 e fevereiro de 2015, período em que Bendine estava na presidência. Consultado, o BB disse “reafirmar seu compromisso de colaborar com as investigações.”

#Aldemir Bendine #Banco do Brasil #Lava Jato

Conselho do conselho

15/08/2017
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Além do Conselho Curador, o governo planeja montar um comitê de compliance exclusivo para o FI-FGTS, que hoje pega carona na estrutura da Caixa Econômica. A Lava Jato está aí para mostrar que sempre há um Eduardo Cunha disposto a beliscar a grana dos trabalhadores.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Lava Jato

“Arena Sérgio Moro”

10/08/2017
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Segundo o RR apurou, a cervejaria Petrópolis estaria negociando a redução dos valores do contrato de naming & rights da arena Itaipava Fonte Nova, em Salvador. Procurada, a empresa nega a mudança no contrato. Está feito o registro. No ano passado, apertada pela crise, a Petrópolis já fez um primeiro e duro ajuste nos valores. De acordo com a fonte do RR, o contrato teria caído de R$ 76 milhões para algo perto de R$ 20 milhões. A Fonte Nova, diga-se de passagem, é uma Arena marcada pela Lava Jato: tem o patrocínio da Petrópolis, citada na Operação, e é administrada por OAS e Odebrecht.

#Cervejaria Petrópolis #Lava Jato

Candidato importado

9/08/2017
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O PSDB poderá lançar mão de uma solução externa para retomar o mando do segundo maior estado do Brasil: importar o deputado Rodrigo Pacheco, do PMDB, para concorrer ao governo de Minas Gerais. O nome natural dos tucanos, Antonio Anastasia, está “interditado” depois que a Lava Jato tragou seu mentor político, Aécio Neves.

#Lava Jato #PMDB #PSDB

A rádio repatriação informa

8/08/2017
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Um espumante empresário citado na Lava Jato teria desembolsado cerca de R$ 100 milhões em impostos para trazer seu dinheiro de volta ao país.

#Lava Jato

Negócios

Secos e molhados

2/08/2017
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Mesmo com a Lava Jato nos calcanhares, o senador Edison Lobão terá o usufruto de uma diretoria na Chesf e outra no Banco do Nordeste. O duplo “vale-nomeação” é parte dos dividendos pelo empenho em garimpar votos a favor de Michel Temer no plenário da Câmara.


Por sua vez, o deputado e ex-ministro dos Transportes Alfredo Nascimento deverá ser agraciado com uma diretoria da Valec. Ontem, no fim do dia, o Planalto dava como certo a captura do parlamentar, que andava indeciso em relação à votação de hoje. Não custa lembrar que a Valec é um campo minado: o ex-presidente da estatal, José Francisco das Neves, foi condenado por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.


Também ontem, no início da noite, o Planalto celebrava a estratégica reaproximação com o vice-presidente da Câmara, Fabio Ramalho (PMDB-MG). O parlamentar, conhecido como “Fabinho Liderança”, estava rompido com o governo desde fevereiro, quando foi preterido por Osmar Serraglio para assumir o Ministério da Justiça. Durante
todo o dia, Ramalho trabalhou para cooptar o PMDB mineiro a votar com o governo. À noite, completaria a missão com um jantar em seu apartamento funcional, onde receberia parlamentares de diversas siglas.

#Chesf #Lava Jato #Valec

Montando o quebra-cabeça

1/08/2017
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A delação do doleiro Lucio Funaro tem ajudado a Lava Jato a montar o quebra-cabeças da atuação de Michel Temer na arrecadação de campanha do pupilo Gabriel Chalita.

#Lava Jato #Michel Temer

Cadeira cativa

27/07/2017
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A Lava Jato não afetou as capitanias de Edison Lobão no governo. Que o diga o presidente do Banco do Brasil, Paulo
Rogerio Caffarelli, que tenta, tenta, tenta e não consegue tirar Marcio Lobão, filho do senador, do comando da Brasilcap.

#Brasilcap #Lava Jato

Três vezes Lava Jato

19/07/2017
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O Rodoanel, em São Paulo, é “tri-investigado” pela Lava Jato. O Ministério Público Federal já recolheu provas de irregularidades no projeto provenientes de três fontes: Leo Pinheiro, da OAS, o doleiro Adir Assad e Paulo Vieira de Souza, conhecido como “Paulo Preto”, diretor do Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A) entre 2007 e 2010.

#Lava Jato #OAS #Rodoanel

As águas turvas de Santo André

11/07/2017
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Na terra de Celso Daniel, a água ferve entre denúncias de propina e disputas políticas. A Prefeitura de Santo André estuda buscar um novo parceiro privado para a concessão de saneamento na cidade. O prefeito Paulo Serra (PSDB) já decidiu que não vai sancionar a PPP entre a Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e a Odebrecht Ambiental, firmada na gestão de seu antecessor, o petista Carlos Grana. Em depoimento à Lava Jato, o ex-executivo da empresa Guilherme Paschoal informou o pagamento de doações irregulares à campanha de Carlos Grana em troca da concessão de saneamento da cidade. Consultada pelo RR, a Prefeitura negou que vá fazer uma nova PPP. Mas confirmou o rompimento do acordo com a Odebrecht.

#Lava Jato #Odebrecht

Trem pagador

10/07/2017
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A avalanche que caiu sobre caciques do transporte público no Rio acendeu entre as empresas do setor a paranoia de que Julio Lopes está colaborando com a Lava Jato. Lopes comandou a Secretaria de Transportes na era Cabral. Era muito bom de trânsito, especialmente com as concessionárias do setor.

#Lava Jato #Sérgio Cabral

Reforma política vira uma boia para os náufragos da Lava Jato

5/07/2017
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A reforma do sistema político é o biombo por trás do qual começa a ganhar corpo um grande acordão com o objetivo de salvaguardar as principais lideranças partidárias do país criminalizadas pela Lava Jato. O pacto coletivo está sendo costurado em torno do projeto da reforma política em elaboração na Comissão Especial da Câmara. Uma das propostas mais agudas neste sentido é a instituição de foro privilegiado para ex-presidentes da República. Para tanto seria aproveitada uma outra PEC, já em curso no Senado, que trata de assunto correlato ao tema.

Não custa lembrar que, nos estertores do seu governo, Fernando Henrique Cardoso sancionou lei protegendo ex-chefes de governo de juízes de primeira instância. Três anos depois, o STF derrubou o dispositivo. Uma forma de envernizar a prerrogativa em sua segunda versão seria conceder a ex-presidentes o cargo de senador vitalício. Como única condição restritiva: esses novos membros não poderiam assumir a presidência da Casa.

A medida conta com o apoio irrestrito do PT, do PSDB e do PMDB, siglas que aninham quatro dos cinco ex-mandatários vivos – a exceção é Fernando Collor, do PTC. Além de José Sarney, o PMDB tem ainda o futuro ex-presidente Michel Temer, cada dia mais enrascado na Lava Jato. O pacto em torno da reforma política passa também pelo afrouxamento da legislação eleitoral, notadamente as regras para o caixa de campanha. O texto final da reforma eleitoral deverá propor o aumento do financiamento público de R$ 1,8 bilhão para R$ 3 bilhões. Mais do que isso: permitirá a retomada das doações empresariais.

O modelo negociado entre os parlamentares prevê a fixação de um percentual em cima da arrecadação total de 2014. As doações seriam feitas diretamente para o partido e não para o candidato. Outra proposta considerada visceral que conta com o apoio dos grandes partidos é o voto em lista fechada em 2018 – apenas no pleito seguinte, em 2022, vigoraria o modelo alemão de voto misto (lista aberta e fechada). Esta amarra é o preço da fidelidade ao governo neste momento.

A lista fechada aumenta a “impessoalidade” dos candidatos para o eleitor e favorece os caciques regionais de cada sigla, os nomes mais tradicionais da política, justamente os mais maculados pela Lava Jato. Ameaçados pela estimativa de renovação do Congresso de 50% a 60%, acima da média histórica em torno de 40%, os parlamentares querem o mínimo de garantia de que sua lealdade a um governo todo enlameado não custará sua própria cabeça nas urnas em 2018. A proposta da lista fechada traria, segundo seus defensores, a vantagem adicional de instituir a tão sonhada fidelidade partidária e a possibilidade do encaminhamento de “questões fechadas” à bancada.

#Lava Jato

Nem a Lava Jato desmata as florestas de André Esteves

29/06/2017
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André Esteves está acumulando um tesouro em recursos naturais, à espera que o Congresso Nacional aprove o projeto de lei que autoriza a venda de terras para o capital estrangeiro. Por meio da Timberland Investment Group (TIG), o BTG Pactual tem se mostrado um agressivo comprador de ativos florestais. Segundo o RR apurou, a Timberland entrou na disputa pelas reservas da Eldorado, a fabricante de celulose da J&F Investimentos – seus concorrentes são a chilena Arauco e a canadense Brookfield.

Em outro front, mantém negociações para a compra de bases florestais no país que somam mais de 200 mil hectares. Neste caso, contabilizando-se também a eventual aquisição dos ativos da Eldorado, o portfólio da Timberland no Brasil mais do que dobraria, pulando de 300 mil para aproximadamente 740 mil hectares. Consultado pelo RR, o BTG não quis se pronunciar sobre o assunto. Já a Eldorado informou que “não há qualquer discussão em andamento para a venda de florestas”. Está feito o registro.

Ao mesmo tempo, o BTG é comprador de terras em geral, notadamente áreas agrícolas, com negociações engatilhadas no Norte e Nordeste. A agressiva política de aquisições deixará o banco em uma posição privilegiada para negociar com os fundos internacionais que já aquecem as turbinas para desembarcar no Brasil. O projeto de lei no 2289/07, que permite a venda de terras e bases florestais para estrangeiros, deveria ter sido votado ainda no primeiro semestre. Esta era a expectativa do relator, o deputado Newton Cardoso Junior, e dos partidos aliados.

No entanto, a crise política e as reformas empurraram a questão. Enquanto a votação não ocorre, André Esteves vai adubando sua carteira de ativos florestais no país, que já estaria precificada em mais de US$ 1 bilhão. A Lava Jato não foi capaz de incinerar as árvores do BTG. Este é um dos raros negócios que passou incólume ao desmonte das participações societárias do banco após a prisão de André Esteves, em novembro de 2015.

Trata-se de uma operação que vai além das fronteiras brasileiras. A Timberland está ampliando seu cinturão de ativos florestais em todo o continente americano. Segundo o RR apurou, neste momento o fundo também está envolvido em negociações para a compra de áreas na América Central e, sobretudo, nos Estados Unidos, onde já tem quase 300 mil hectares. Recentemente, ao lado de outros investidores, o Timberland desembolsou cerca de US$ 400 milhões para comprar as reservas da norte-americana Weyerhaeuser no Uruguai. Foram mais de 300 mil hectares.

#André Esteves #BTG Pactual #Lava Jato

Se a Lava Jato deixar

26/06/2017
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A Eletronuclear vai retomar as obras de Angra 3 no primeiro trimestre de 2018. Se a Lava Jato deixar, claro.

#Eletronuclear #Lava Jato

Biblioteca Rocha Loures

26/06/2017
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Rodrigo Rocha Loures sempre foi um homem muito organizado. Além do longo histórico de mensagens em seu celular, a Polícia Federal colheu um vasto e valioso acervo de e-mails e arquivos em seus computadores. A força tarefa da Lava Jato já está se deliciando com o material.

#Lava Jato

Mais um Palocci na Lava Jato

23/06/2017
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A Lava Jato está trilhando por um caminho consanguíneo no âmbito das investigações contra Antonio Palocci. O Ministério Público avança na direção de Adhemar Palocci, ex-diretor de Planejamento e Engenharia da Eletronuclear. Adhemar era o homem de confiança do irmão mais famoso no Sistema Eletrobras. Em 2015, após uma auditoria, a KPMG recomendou à direção da holding o afastamento do executivo da Eletronuclear. À época, teria descoberto irregularidades em contratos firmados na alçada do executivo. Os procuradores estão debruçados sobre a documentação. Ressalte-se que Adhemar não é marinheiro de primeira viagem na Lava Jato. Já foi citado na delação de Dalton Avancini, ex-presidente da construtora  Camargo Corrêa, que o acusou de receber propina na construção de Belo Monte.

#Antônio Palocci #Lava Jato

A mão de ferro de Michel Temer sobre a propriedade privada

20/06/2017
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O governo Temer está reagindo à Lava Jato com a adoção de um “intervencionismo democrático”. A resposta às recorrentes operações do Ministério Público e da Polícia Federal são Medidas Provisórias a granel, todas a título de proteção do mercado, que mais intimidam do que tranquilizam. A última geração das MPs na fronteira dos atos de exceção ainda fervilha nos tubos de ensaio do laboratório do Planalto. Com o discurso salvacionista das empresas e dos acionistas minoritários, o novo dispositivo judicial permitiria intervir na gestão e no controle da propriedade privada.

Os empresários responsáveis por danos ao mercado e ao Estado, condenados por delitos graves na área econômica, seriam obrigados a alienar sua participação societária. A depender do ângulo, parece justa a intervenção. Em casos como os da JBS e da Odebrecht, quem paga o pato pela má conduta dos donos é a empresa, seus funcionários, fornecedores a acionistas. Enquanto os controladores estão à frente da companhia, ela será submetida a punições mais prolongadas por inidoneidade, terá dificuldades nos seus acordos de leniência, verá o business ser contaminado pelo marketing da imoralidade dos seus proprietários, e massacrada por todas as instâncias do próprio governo.

Os que esgrimem em favor dessa argumentação lembram o Proer, quando os donos dos bancos foram forçados a se afastar do controle das instituições. Só que no Proer, é bom que se faça a ressalva, os bancos estavam quebrados. A outra ótica é a do grito de alerta contra o arbítrio em relação à propriedade privada. Os critérios que determinariam a intervenção são de tangibilidade discutível. O governo também poderá julgar onde e como quer intervir. Ao contrário do que se propõe, a MP pode se tornar uma ode à insegurança regulatória e uma péssima mensagem ao capital estrangeiro.

Mas Temer não está para brincadeira. A MP da alienação do controle das empresas privadas será apenas mais um ponto cardeal de uma estrada em construção. De certa forma, o governo já tem ensaiado ou mesmo adotado medidas que caminham nessa direção. Foi o caso da “MP das Concessões”, cuja gestão foi confirmada por agências reguladoras, que permitirá a intervenção em qualquer concessionária ou permissionária de serviços públicos, de operadoras de telefonia a aeroportos, rodovias e ferrovias – o governo, que não pisa no próprio calo, tirou as concessões de radiodifusão dessa lista.

O dispositivo bate de frente com a Emenda Constitucional no 8. Em seu artigo 2o, ela diz que: “É vedada a adoção de medida provisória para regulamentar o disposto no inciso XI do art. 21 com a redação dada por esta emenda constitucional” – o inciso XI trata exatamente da exploração dos serviços de telecomunicações, pela União ou mediante autorização, concessão ou permissão. Mas o governo já anunciou que seus tentáculos invadirão todas as empresas de infraestrutura sob o regime de concessão ou PPP.

A ideia permanece no paiol, mas a essência da blitzkrieg já está materializada, por exemplo, na Lei 13.448/17, que abriu espaço para o governo decretar a caducidade e retomar as concessões das rodovias licitadas em 2013 e 2014. Está também no espírito da MP 784, que inaugura um novo jugo nas áreas de regulação e fiscalização do setor financeiro, permitindo – ou estimulando – que as empresas negociem com o Banco Central e a CVM acordos de leniência na esfera administrativa. Os poderes de ambas são turbinados. O limite de multa máxima do Banco Central saltou de R$ 250 mil para R$ 2 bilhões. Já o limite de multa da CVM disparou de R$ 50 mil para R$500 milhões. O conjunto de MPs, a despeito do juízo do mérito, enfeixa o governo de um poder descomunal. É prepotente, arbitrário, invasor de direitos. Temer, definitivamente, quer mostrar que sabe reagir à altura.

#Lava Jato #Michel Temer

Onde há fumaça…

20/06/2017
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Na última sexta-feira, chegou ao Palácio do Planalto a informação de que Geddel Vieira Lima estaria negociando espontaneamente um acordo de colaboração com a Lava Jato. Vale lembrar que o ex-ministro já colocou seu passaporte e seu sigilo bancário e fiscal à disposição do STF.

#Geddel Vieira #Lava Jato #STF

Pagot, mas pode chamar de Blairo Maggi

19/06/2017
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Os depoimentos do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa à Lava Jato prometem complicar ainda mais a situação de Luiz Antonio Pagot – e, por extensão, de Blairo Maggi. As denúncias envolvem irregularidades em obras do DNIT. Ex-secretário de Infraestrutura do MT no governo Maggi, Pagot tem um extenso currículo. Foi citado nas delações da Odebrecht pelo suposto pagamento de caixa 2 a Maggi. Em 2011, foi exonerado da diretoria do próprio DNIT após denúncias de corrupção. Sete anos antes, havia sido condenado por fraude em licitação na Secretaria de Transportes de Mato Grosso.

#Blairo Maggi #Lava Jato #Odebrecht

House of Cunha

19/06/2017
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Prevista para 2018, a série do Netflix sobre a Lava Jato, dirigida por José Padilha, será lançada simultaneamente no Brasil e em mais de 50 países. É Sergio Moro tipo exportação.

#Lava Jato #Netflix

Expresso da propina

14/06/2017
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A prisão do ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, vai abrir um novo trilho para a Lava Jato. A força-tarefa está desvendando um esquema de corrupção envolvendo não apenas a construção da Norte-Sul, mas também a Ferrovia de Integração Oeste-Leste e a chamada Ferrogrão, que sequer saiu do papel.

#Lava Jato #Valec

O doleiro dos doleiros

9/06/2017
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A Lava Jato vai promover um fratricídio. Em negociação para fechar um acordo de delação, o doleiro Lucio Funaro promete entregar Dario Messer. Ele é considerado o doleiro dos doleiros.

#Lava Jato

Nova lei põe Temer e operadoras rodoviárias em rota de colisão

8/06/2017
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Como se já não tivesse problemas em altíssima escala, o governo Temer está às portas de um contencioso com um grupo de empresas de infraestrutura – diga-se de passagem, uma espécie de “Clube da Lava Jato”, que inclui CCR, Invepar, Triunfo e Galvão Engenharia. Todas elas arremataram concessões rodoviárias na 3ª etapa dos leilões da ANTT, em 2013 e 2014, e agora se mobilizam para entrar em bloco na Justiça. A medida é vista como a única saída para brecar os efeitos da Lei 13.448/17, sancionada por Michel Temer na última segunda-feira.

Ela abriu caminho para a retomada e a relicitação das licenças. Originária da MP 752, a nova lei excluiu a possibilidade de revisão dos investimentos e dos prazos, como pleiteavam as concessionárias. As companhias pediam um intervalo de 12 anos para concluir a duplicação das rodovias. No entanto, a exigência de cinco anos foi mantida. No fim de semana passado, o ex-governador baiano e hoje presidente da Associação Brasileira das Concessões Rodoviárias (ABCR), Cesar Borges, fez uma série de gestões em Brasília no intuito de convencer o presidente Michel Temer a não sancionar a lei.

Em vão. Formalmente, a ABCR adota um tom conciliador. Consultada, afirmou que a lei “prevê procedimentos para que as empresas possam fazer uma devolução amigável de contratos (relicitadas)”. No entanto, intramuros, as concessionárias avaliam que o governo foi intransigente nas negociações e não levou em consideração a crise econômica e a queda de tráfego nas rodovias. Neste cabo de guerra, o que menos importa é quem tem razão. O contencioso vai para a conta da FBCF, da taxa de desemprego, do PIB etc.

Cresce o risco de que o imbróglio paralise de vez os investimentos em mais de cinco mil quilômetros de rodovias. No atual ambiente político e econômico, não há qualquer garantia de que as concessões eventualmente retomadas pelo governo sejam relicitadas a curto prazo. Em extensão, as concessões da chamada 3ª etapa equivalem à metade de quase todas as rodovias federais já sob gestão privada.

Com uma Lava Jato nas costas, somada à maior recessão da história do país, as operadoras não seguraram o tranco. Todas as obras estão atrasadas ou paralisadas. A Invepar, por exemplo, só conseguiu duplicar um terço dos quase mil quilômetros da BR 040 entre Juiz de Fora e Brasília. A CCR suspendeu as obras da BR-163 no início de maio. O caso mais grave é da Galvão Engenharia. A empresa só teria ampliado até agora algo como 8% do trecho total da BR-153 entre Goiânia e Gurupi (TO).

#CCR #Invepar #Lava Jato #Michel Temer

Silêncio dos inocentes

7/06/2017
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José Antunes Sobrinho, único remanescente entre os antigos acionistas da enrascada Engevix, tem falado cobras e lagartos dos ex-sócios, Cristiano Kok e Gerson Almada. Empurra para a dupla praticamente toda a responsabilidade pelos malfeitos da empreiteira. Quem o ouve fica com a impressão de que Sobrinho só entrou na Engevix depois da Lava Jato.

#Engevix #Lava Jato

Venda da Estre Ambiental é um rio contaminado pela Lava Jato

6/06/2017
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O empresário Wilson Quintella Filho tem duas prioridades cruciais neste momento: desvencilhar-se da Lava Jato, que insiste em arrastá-lo para o seu redemoinho, e encontrar um comprador para a Estre Ambiental, uma das maiores empresas privadas de saneamento do país. A primeira questão interfere decisivamente na segunda. Interessados na companhia existem. Segundo o RR apurou, há canais abertos de negociação com a espanhola Acciona e a canadense Brookfield.

A mexicana Pasa, que no ano passado esteve muito perto de se associar à Estre, ainda corre por fora. No entanto, mais do que a elevada dívida, que já estaria na casa de R$ 1,5 bilhão, a pressão dos bancos credores e os maus resultados da companhia, o maior entrave à venda do controle vem de outra direção. Todos os resíduos e dejetos da Estre Ambiental parecem escoar para um único local: Curitiba.

O turbilhão da Lava Jato ameaça invadir a Estre dos mais diversos lados. Pode vir dos depoimentos de Fabio Cleto, ex-vice-presidente da Caixa e ex-gestor do FI-FGTS, ao qual a companhia solicitou um aporte de R$ 500 milhões, que acabou não se realizando; ou de uma eventual delação do próprio Eduardo Cunha, o condutor dos passos de Cleto, a quem, digamos assim, recomendou que aprovasse a capitalização da empresa. O maior risco, no entanto, está dentroda própria Estre: o BTG, importante sócio da companhia, com 27,4% do capital.

Os persistentes rumores de que André Esteves já teria feito um acordo de delação premiada calam fundo em Wilson Quintella. É por ali que um veio de lama pode invadir os reservatórios da Estre. Enquanto a venda não sai e o fantasma da Lava Jato espreita à porta, a Estre Ambiental acumula prejuízos.

Até o momento, a empresa não divulgou os resultados de 2016, mas é pouco provável que tenha conseguido estancar a sangria dos anos anteriores: as perdas somadas entre 2013 e 2015 passaram dos R$ 800 milhões. O passivo, por sua vez, teria superado a marca de 3,5 vezes o Ebitda. Wilson Quintella Filho quer distância desta água barrenta. Por todos os motivos.

#Brookfield #BTG #Estre Ambiental #Lava Jato

Acervo RR

Sinal de alerta

6/06/2017
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A Caixa Econômica está contratando uma auditoria externa para passar um pente fino nos financiamentos e participações societárias acima de R$ 1 bilhão. Para não variar, as mais enroladas passam por aportes nas empresas da Lava Jato.

#Caixa Econômica #Lava Jato

Playoff

5/06/2017
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A Arena Fonte Nova deverá ser o novo ponto de encontro da Lava Jato com OAS, Odebrecht e o cervejeiro Walter Faria, que detém os naming & rights do estádio baiano.

#Lava Jato #OAS #Odebrecht #Walter Faria

Litigioso

2/06/2017
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O delator Fernando Baiano, que cumpre prisão domiciliar, corre o risco de perder sua cobertura de 800 m² na Barra da Tijuca, no Rio. Não para a Lava Jato, mas para a ex-mulher, que exige na Justiça o imóvel e mais um pouco do ex-operador do PMDB.

#Lava Jato #PMDB

Energia

Comportas abertas

31/05/2017
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A força tarefa de Curitiba já trata a iminente delação de João Vaccari como o elo perdido entre a Lava Jato e o setor elétrico. O ex-tesoureiro do PT teve missões de destaque no tempo em que passou pelo Conselho de Itaipu.

#João Vaccari #Lava Jato #PT

Memórias de Janot

31/05/2017
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Rodrigo Janot, que deixa a PGR em setembro, foi procurado por uma grande editora interessada em publicar suas “memórias premiadas” da Lava Jato. Por que não? Até FHC fez.

#Fernando Henrique Cardoso #Lava Jato #Rodrigo Janot

Delação sub judice

26/05/2017
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O recente depoimento do ex-diretor da Petrobras Renato Duque à Lava Jato vai mudar o acordo de delação de Delcídio do Amaral, conforme apurou o RR. Duque teria relatado o pagamento de propina a Delcídio na compra da refinaria de Pasadena, fato que o ex-senador havia negado aos procuradores. Procuradas, a PGR e a defesa de Delcídio não comentaram o assunto.

#Delcídio do Amaral #Lava Jato #Petrobras

Trem pagador

26/05/2017
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Preso ontem, o ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, o Juquinha, é só uma escala da Lava Jato, um atalho para a estação Sarney.

#Lava Jato #Valec

Uma nova estrada

25/05/2017
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Iniciou-se a temporada de “leniência a conta-gotas”. Galvão Engenharia e Triunfo, encalacradas na Lava Jato, abriram tratativas com o governo para se beneficiar da MP editada ontem, que abre caminho para a prorrogação de concessões rodoviárias em dificuldades financeiras. Operadoras, respectivamente, da BR-153 e das BR-060 e 262, negociam o reescalonamento dos investimentos.

#Galvão Engenharia #Grupo Triunfo #Lava Jato

A Operação Lava Jato que se cuide: os pragmáticos estão chegando

24/05/2017
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A proposta de um circuit breaker na Lava Jato espocou, ontem, em Brasília, São Paulo e Rio, os três pontos cardeais da política, como o elo ideal de um acordo entre os partidos para a sucessão do presidente Michel Temer via eleições indiretas. Segundo as informações vindas dessas três direções, Lula, Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e o próprio Rodrigo Maia seriam favoráveis a um pacto que levasse em consideração um mínimo de previsibilidade no cenário nacional, o que incluiria dar continuidade às reformas já decididas, apoiar a política econômica do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e congelar o risco Lava Jato até as eleições de 2018. Esta última premissa implicaria um waiver para a frente em delações premiadas, vazamentos seletivos e prisões coercitivas, entre outras práticas menos votadas.

O ponto de concórdia é que o país é maior do que a República de Curitiba. A tarefa exige alinhamento total entre os astros. Primeiro é necessário convencer a obstinada força-tarefa curitibana, e suas ramificações paulistas e cariocas, além dos bolsões radicais, porém sinceros, da Polícia Federal. Esse agrupamento tem monopólio de informações comprometedoras capazes de enrubescer até o mais longevo chefão do FBI, Edgar Hoover, caso ele estivesse entre nós.

Depois é preciso articular a mídia, que teria de ser mais parcimoniosa em relação ao provável ataque de vazamentos. Seria obrigatório acertar com Lula como ficaria o seu passivo de sete inquéritos quase repetitivos, já que o waiver a ser acordado é para o porvir e não para trás. E finalmente o entendimento exigiria uma saída sem constrangimento prisional a Michel Temer. Tudo passaria pelo crivo do Supremo Tribunal Federal, anfiteatro do pacto nacional. Em uma visão cínica, eventuais ressalvas às concessões no acordo não seriam excepcionais, tendo em vista decisões de imensa magnitude pragmática tais como a premiação pela delação de Joesley Batista.

O jurista Nelson Jobim é a unanimidade entre os poderosos para assumir o papel de negociador e liaison entre o Congresso e o STF. O maior desafio, contudo, é explicar essa colagem para o distinto público. Apesar de que algumas forças da mídia já ensaiam a defesa da tese na antessala de qualquer acordo. Por enquanto, há mais desejo do que encaminhamento factível pelas partes interessadas.

#Eleição Nacional -2018 #Lava Jato #Lula #Michel Temer

A Inteligência, com “I” maiúsculo, de Renan Calheiros

24/05/2017
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Renan Calheiros é tido entre seus pares como uma referência no que diz respeito a cuidados com segurança e privacidade. O senador costuma pedir a interlocutores que deixem celulares e pastas fora do seu gabinete. Teria também o hábito de fazer varreduras periódicas em seus telefones e computadores contra escutas diretas e ambientais. São procedimentos até prosaicos diante do aparato de segurança e inteligência que Renan montou quando presidia o Senado. Só em 2015, a Casa gastou mais de US$ 120 mil na compra de quatro malas antigrampo. À época, Renan também enviou policiais legislativos para participar de um treinamento antiespionagem em Atlanta, nos Estados Unidos. Na ocasião, é bom lembrar, a polícia do Senado foi acusada pela Lava Jato de interferir nas investigações, inclusive buscando escutas em apartamentos de parlamentares.

#Lava Jato #Renan Calheiros

Temer não queria ser ouvido; por isso, acabou sendo “escutado”

22/05/2017
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Um dos enigmas do grampo de Michel Temer – a incapacidade do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) em rastrear escutas e garantir a privacidade do presidente da República – foi respondido em parte ao RR por uma fonte do setor de informações das Forças Armadas. Por arrogância ou intenção proposital de não ter suas conversas monitoradas, Temer deixou “pontos vazios” e mandou relaxar os procedimentos de controle e segurança nas suas dependências. É até razoável aceitar que o porão do Palácio do Jaburu não estivesse entre as dependências mais visadas para que fosse montado algum sistema de averiguação.

Mas é estranho que Joesley Batista, um empresário notoriamente envolvido na Lava Jato, tivesse liberado seu ingresso de carro na guarita do Jaburu sem a obrigatoriedade de identificação. Ou mesmo que, com tamanha folha corrida, não fosse feita pelo menos uma revista protocolar no “convidado” – abrir pastas, palmear bolsos etc. Algo bem menos invasivo do que a busca realizada pela Alfândega norte-americana no ex-ministro das Relações Exteriores e da Defesa, Celso Amorim. Convém rememorar que foi o próprio Temer quem desautorizou a aquisição de equipamentos para interferência em dispositivos eletrônicos (ver RR edição de 18 de maio).

A metade do enigma da esfinge, portanto, está decifrada: o setor de informações não foi inepto nas suas responsabilidades. Foi Temer que não deixou o GSI funcionar. A segunda interrogação é de um silêncio ensurdecedor: o presidente agiu de caso pensado ou por se sentir acima de qualquer risco? É um dilema entre a criminalidade e a onipotência. Nenhuma das hipóteses abona plenamente Michel Temer.

Currículo do crime

O Serviço de Inteligência do Exército tem informações de que grandes facções criminosas, como o PCC, montaram uma espécie de “universidade do crime”, algo razoavelmente similar ao modelo adotado por grupos terroristas. Seus integrantes têm aulas sobre logística, armamentos, tecnologia etc. Em alguns casos, há um sistema de avaliação com notas, que serve como referência para “promoções hierárquicas”.

#Joesley Batista #Lava Jato #Michel Temer

Ideia de inimigo

22/05/2017
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Aliados de Fernando Pimentel articulam um encontro com prefeitos mineiros que funcionaria como uma espécie de desagravo ao governador. A essa altura, periga ser um fracasso de público. Pimentel fechou o Grand Slam: está na Lava Jato, na Acrônimo e, agora, na delação de Joesley Batista.

#Fernando Pimentel #Joesley Batista #Lava Jato

Quem não tem Dutra caça com BR-153

17/05/2017
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O vai e vem de concessões rodoviárias que venta na mão contrária da CCR também poderá soprar a seu favor. A companhia pretende disputar o leilão de relicitação da BR-153 caso se confirme, como tudo indica, a revogação da licença pertencente à Galvão Engenharia. Guardadas as diferenças de porte das duas operações, seria uma forma de a CCR compensar a ausência da Nova Dutra a partir de 2021, ainda que sejam casos bem distintos. O governo decidiu não renovar a concessão da Dutra e promover um leilão já em 2018, três anos do fim da vigência do atual contrato. No caso da BR-153, o buraco no asfalto é mais embaixo. Tragada pela Lava Jato, a Galvão Engenharia não cumpriu o plano de investimentos da concessionária.

#CCR #Galvão Engenharia #Lava Jato

“Força-tarefa” da Petrobras não poupa a prata da casa

17/05/2017
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A expectativa da força-tarefa da Lava Jato é que a auditoria interna da Petrobras identifique novos envolvidos no “petrolão” dentro da própria empresa. Os procuradores têm bons motivos para esperar que futuros indiciados surjam das apurações feitas pela estatal. Informações colhidas pelos “investigadores” da Petrobras foram decisivas para a 40ª fase da Lava Jato, deflagrada há dez dias – três ex-gerentes da companhia são acusados receber cerca de R$ 100 milhões em propina (dois deles chegaram a ser presos na operação).Consultada, a estatal confirmou que tem enviado “rotineiramente às autoridades resultados de suas apurações internas, além de ser assistente de acusação em todas as ações impetradas pelo Ministério Público Federal”. A “força-tarefa” montada pela Petrobras incluiu a criação de um Comitê Especial de Investigação, comandado pela ex-ministra do STF Ellen Gracie, e de um canal de denúncias independentes.

#Lava Jato #Petrobras

Andrade e Gutierrez

17/05/2017
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A distinta senhora Angela Gutierrez, acionista da Andrade Gutierrez e integrante do Conselho de Administração da empreiteira, tem vivido dias de muita ansiedade com o recall da Lava Jato. Apesar de não ter nada a ver com as lambanças em sua companhia, não consegue confiar no seu sócio Sérgio Andrade.

#Andrade Gutierrez #Lava Jato

Palocci empurra Lava Jato na direção das montadoras

16/05/2017
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Assim como andou tirando o sono dos bancos, agora a possível delação de Antonio Palocci inquieta também as montadoras, que teriam participado de um suposto esquema de propina para a obtenção de benefícios fiscais. Segundo a fonte do RR, um dos operadores da indústria automobilística seria o empresário Carlos Alberto Oliveira Andrada, da Caoa. Ressalte-se que, de acordo com dados disponibilizados pela Receita Federal, o grupo desembolsou mais de R$ 12 milhões pelos serviços da Projeto, consultoria de Palocci. Os contratos foram firmados por meio de duas empresas – Hyundai Caoa do Brasil e Caoa Montadora de Veículos. Foi uma época bastante próspera para a Caoa. O RR entrou em contato com a Caoa, mas a empresa não quis se pronunciar.

#Antônio Palocci #Grupo Caoa #Lava Jato

A missão de Temer na “Operação Troca Dono”

16/05/2017
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A operação Lava Jato e o governo de transição de Michel Temer têm objetivos complementares declarados e não declarados. O combate à corrupção e a caracterização de Lula e do PT como núcleo central da roubalheira são bandeiras explícitas do Ministério Público. No caso do governo Temer, há concordância plena com a punição dos entes privados envolvidos na Lava Jato.

O alvo não declarado, contudo, é a mudança da titularidade e da geografia no controle societário dos grandes grupos empresariais. Digamos que Lula e o PT tenham aparelhado o Estado brasileiro, com a nomeação dos cargos de primeiro, segundo, terceiro, quarto e outros escalões de estatais e do setor público. Temer, por sua vez, quer aparelhar a grande burguesia nacional. Está dito no não dito.

A inação sobre o imbróglio da leniência é eloquente. Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, AGU, TCU e MP divergem em relação ao acordo, atrasam o processo de salvação das empresas e ninguém se apresenta para arbitrar o impasse. Com isso, BNDES, Petrobras, Banco do Brasil e governos importadores de serviço matam os principais conglomerados. Michel Temer et caterva não podem vocalizar oficialmente o projeto de “mudança societária na marra”. Mas, há francos porta-vozes à disposição. Exemplo: para o tucano Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, a Odebrecht deveria ser vendida.

No caso das empresas envolvidas na Lava Jato, ele sugere um modelo similar ao Proer, em que os controladores dos bancos foram afastados. A bola da vez dessa escalada para criação de um empresariado novo, cosmopolita – e, preferencialmente, sob o mando do capital estrangeiro – é a indústria da proteína (há sites que insistem irresponsavelmente que os bancos virão a seguir). Quando se fala nesse setor, fala-se da JBS. Há uma sequência de acontecimentos que induzem a pensar que os objetivos declarados da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal e os não declarados do governo Temer se reencontram agora na cadeia da proteína e, mais especificamente, na empresa dos irmãos Batista.

Nessa linha do tempo, não obstante seu impacto nocivo sobre o setor e as contas externas brasileiras, a Carne Fraca teria sido apenas um aquecimento para a operação deflagrada na última sexta-feira, com as diligências na sede da JBS e no BNDES e os mandados de condução coercitiva contra o empresário Joesley Batista e o ex-presidente do banco, Luciano Coutinho. Grandes empresas do país podem ter cometido práticas condenáveis e devem ser punidas por elas. Isso não quer dizer que há de se concordar com um projeto de poder cujo objetivo seria deslocar o controle de algumas das maiores corporações do país que deram certo.

No caso da JBS, em 2009 a empresa empregava aproximadamente 19 mil pessoas. Cinco anos depois, esse número já beirava os 120 mil, contando apenas os postos de trabalho diretos no Brasil – hoje são 160 mil. Em 2007, as exportações da JBS somavam US$ 3,8 bilhões. No ano passado, bateram nos US$ 14 bilhões. Do ponto de vista do investimento em si, poucas vezes na história o BNDES fez um negócio tão rentável.

Se tivesse vendido sua participação na JBS quando a ação bateu nos R$ 17, em setembro do ano passado, o banco realizaria um lucro da ordem de R$ 6 bilhões – no momento do primeiro aporte da agência de fomento na empresa, em 2007, a cotação era de apenas R$ 7. O Brasil ganhou em todos os sentidos com a hegemonia no mercado mundial de proteína, o que tacanhamente é reduzido à aposta em um “cavalo vencedor”. Pode ser que haja um projeto em curso para desnacionalizar a JBS, entre outras corporações. Assim é, se lhe parece.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT

“Arena Lava Jato”

12/05/2017
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As tratativas entre o Corinthians e a Qatar Airways para a venda do naming & rights do Itaquerão esfriaram. É mais uma negociação que provavelmente não resistirá aos escândalos ligando o estádio à Lava Jato.

#Corinthians #Lava Jato #Qatar Airways

Gestão da família

11/05/2017
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Não bastasse a pressão da Lava Jato, Adriana Ancelmo vem tendo ainda uma peleja com Marco Antonio Cabral, filho de Sérgio Cabral, pela, digamos assim, gestão das finanças da família.

#Adriana Ancelmo #Lava Jato #Sérgio Cabral

Ruídos na linha do Ministério Público

8/05/2017
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Há um engarrafamento no tráfego de informações entre os Ministérios Públicos de Curitiba e do Rio de Janeiro. Segundo fonte do MP do Rio, a demora no envio de documentos e das delações feitas à força-tarefa da Lava Jato tem atrasado algumas investigações no âmbito da Operação Calicute, notadamente no que diz respeito a novas frentes de atuação, como a linha 4 do Metrô e a construção do Porto Maravilha. Nada que não possa ser solucionado com uma boa conversa e um ajuste nos procedimentos, espera-se.

#Lava Jato #Operação Calicute

Efeito José Dirceu 1

4/05/2017
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Ontem mesmo, os líderes do MBL e do Vem pra Rua começaram a articular novas manifestações a favor da Lava Jato, para o início de julho. As primeiras convocações devem pipocar nas redes sociais até o fim desta semana.

#Lava Jato

Pombo-correio

4/05/2017
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Um pombo-correio da Lava Jato informa: a delação de Idelfonso Colares, da Queiroz Galvão, traz fatos ainda mais atômicos sobre o esquema de corrupção na Eletronuclear.

#Eletronuclear #Lava Jato #Queiroz Galvão

Sérgio Andrade sai das sombras onde Otávio Azevedo sempre o escondeu

4/05/2017
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Na ponta do lápis e sobre o papel almaço, que é onde ficcionistas de finos hábitos cometem seus escritos, o empreiteiro Sérgio Andrade bem que poderia ser um personagem literário. Andrade evoca o Fausto de Goethe. Ele negocia sua alma com Mefistófeles em troca da onipresença de Otávio Azevedo, ex-presidente da Andrade Gutierrez, em todo o processo da Lava Jato. Azevedo, por sua vez, teria vendido seu sacrifício a Andrade, por farta pecúnia. O pagamento de gratificação entre sócios é o que permite ao empreiteiro ocultar-se no latíbulo perfeito, onde todos veem e sabem sem que ninguém o enxergue e denuncie.

Consta que Andrade pagou uma gratificação de R$ 140 milhões a Azevedo pelos seus sacrifícios. O executivo assumiria solitariamente a magnífica culpa pelos malfeitos. Como todos sabem, Andrade e Azevedo são o par perfeito da construção pesada. Aliás, eles ultrapassaram o setor, atravessando de mãos dadas os territórios da energia elétrica e da telefonia. Em todas essas empreitadas deixaram um rastro de práticas inconfessáveis. Foi identificada através das delações uma hidra de subornos: pagamentos por fora a Aécio Neves no processo de entrada no capital da Cemig, propina ao ex-deputado Eduardo Cunha e irregularidades nas obras do metrô de São Paulo, Rodoanel, Linha Amarela, hidrelétrica de Jirau, Angra 3, Belo Monte, Petrobras, reforma do Maracanã, além da GameCorp de Lulinha etc. etc. etc.

Diria Mefistófeles diante da extensa lista: nada que as outras empreiteiras não tenham feito. Os donos das demais construtoras, porém, não tinham um Otávio Azevedo. Ele entregou nomes, posou para a história algemado, cometeu perjúrio ao mudar seu próprio depoimento, mas, em momento algum, girou sua metralhadora na direção de Sergio Andrade. Manteve também prudente silêncio sobre as perigosas armações que levaram à criação da Oi e sua fusão com a Portugal Telecom, permitindo que a Andrade Gutierrez e a La Fonte – pertencente ao empresário Carlos Jereissati – abrissem uma janela milionária de saída depois de tosquiar a empresa e deixá-la às portas da recuperação judicial.

Também aqui interviria, recorrente, Mefistófeles: ora, o ex-presidente da Camargo Correa Dalton Avancini teve a mesma atitude protetora com as sócias da empreiteira, as irmãs Regina Camargo Pires de Oliveira Dias, Renata de Camarg Nascimento e Rosana Camargo de Arruda Botelho. O executivo não envolveu as meninas em instante nenhum. Assim não é, e nem lhe parece. As filhas do fundador da empreiteira, Sebastião Camargo, são herdeiras no estilo passadista: moram na Europa, não participam da gestão, nem sabem o que acontece na firma.

Para todos os efeitos, terceirizaram seu papel de donas para os respectivos maridos. Sergio Andrade, ao contrário, era sócio, gestor, planejador e executor das artimanhas da construtora. E todos sabem disso. Passados 22 meses desde que Otávio Azevedo foi preso, solto, preso mais uma vez e novamente solto, aguardando o desfecho de sua pena em prisão domiciliar, tudo indica que Sergio Andrade, enfim, sairá das trevas, no recall convocado pela força-tarefa de Curitiba.

Há versões de que Andrade se antecipará aos fatos em uma colaboração espontânea, prática já ocorrida com diversos outros depoentes da Lava Jato. Seria mais uma astuciosa manobra do empresário para se manter firme como Minas Gerais, de onde é oriundo: estar na escuridão, onde sempre esteve. Mas, mesmo com essa espontaneidade toda na sua delação, não haverá mais jeito. Otávio Azevedo fez tudo o que podia ser feito. Agora Sergio Andrade virá à tona.

#Lava Jato #Sergio Andrade

Credores da Arena do Grêmio dão cartão vermelho para a OAS

28/04/2017
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Enquanto o ex-presidente da OAS Leo Pinheiro inflama as arquibancadas da Lava Jato, o cerco se fecha contra a empreiteira no gramado da Arena Grêmio. Os credores, à frente Santander e Banco do Brasil, vestiram a camisa do tricolor gaúcho e pressionam a construtora a aceitar a oferta do clube pelo estádio, hoje controlado pela empresa. O Grêmio já colocou as cartas sobre a mesa: topa assumir o financiamento de R$ 113 milhões obtido pela OAS para a construção da Arena.

Propõe ainda pagar diretamente aos bancos um valor mensal entre R$ 1,5 milhão e R$ 2 milhões pelos próximos 19 anos, dinheiro que inicialmente seria repassado à empreiteira. E a construtora? Para ela não sobraria nem uma moeda para tirar o cara ou coroa. A tabelinha entre os bancos e o Grêmio pode ser a pá de cal na esperança da OAS de fazer dinheiro com a venda da Arena.

As tratativas para a transferência da Arena se arrastam desde 2015. A OAS chegou a pedir mais de R$ 400 milhões, mas foi perdendo fôlego em meio à recuperação judicial. No mês passado, o clube suspendeu as conversas. Segundo uma fonte que acompanha as negociações, a última reunião entre os dirigentes do Grêmio e representantes da OAS se deu em meados de março. Do lado dos gaúchos, trata-se de um recuo mais do que calculado. A nova estratégia do Grêmio é jogar no desespero do “adversário”, valendo-se do apoio dos bancos para empurrar a empreiteira contra a parede.

#Grêmio #Lava Jato #Leo Pinheiro #OAS

Um sócio para Christiani-Nielsen

27/04/2017
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Uma das mais tradicionais construtoras do Rio, a Carioca Christiani-Nielsen busca um sócio. A Lava Jato arrasou a empreiteira. E a falência do estado completou o serviço.

#Lava Jato

Lula quer ser crucificado por Moro em cadeia nacional

26/04/2017
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O ex-presidente Lula vai exigir direitos iguais de transparência no seu depoimento ao juiz Sérgio Moro, conforme apurou o RR. Lula teme que Moro, sob o argumento de defesa da ordem pública frente ao risco de incitamento da população, suspenda a disponibilização das imagens. Segundo os advogados do ex-presidente, o juiz tem dado provas da sua radicalidade. Usam como exemplo a condução coercitiva, em março do ano passado, e a exigência presencial de Lula nos depoimentos das suas 87 testemunhas de defesa.

Sem rede social ou exposição televisiva, a estratégia do ex-presidente será seriamente mutilada. Segundo a fonte do RR, Lula pretende expor o seu flagelo com a Lava Jato no depoimento a Sérgio Moro. A estratégia de vitimização como defesa não provém dos advogados que o auxiliam, mas dele próprio. Lula pretende dar prioridade ao ato político em vez de usar a tribuna para uma defesa nos termos protocolares que vêm sendo ditados por Moro.

Segundo o RR apurou, Lula vai responder às perguntas de Sérgio Moro cobrando as provas e enfatizando sua martirização. Nesta estratégia de “Mandelização” da sua imagem, o ex-presidente quer sair do encontro como um perseguido político, e não como um político acusado de ter cometido crime de corrupção. A garantia da transmissão pública do seu testemunho é considerada mais importante do que a eventual mudança da data do depoimento, que poderá ser transferida do próximo dia 3 para o dia 10 de maio, ou algum outro dia na vizinhança.

Alguns companheiros de luta do ex-presidente consideram o adiamento prejudicial a Lula, pois distancia o evento da série de acontecimentos de forte impacto social que vem sendo chamada de “agenda do fim do mundo”: a greve geral convocada para o dia 28; a votação da reforma trabalhista, prevista para o dia 27, véspera da paralisação; e o envio do texto final da reforma da Previdência à Comissão Especial da Câmara, com objetivo de julgamento pelo plenário exatamente no dia 3 de maio. Lula não marchará o caminho do incitamento – e quem se lembra da sua performance frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo sabe que não lhe falta talento para convocação à luta, muito pelo contrário. Mas a hora é do calvário. Se Moro não impedir, vai protagonizar com ele, em transmissão televisiva, o duelo pela cruz da Lava Jato.

#Lava Jato #Lula #Sérgio Moro

Se os elevadores falassem…

19/04/2017
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Entre os procuradores da Lava Jato, o tradicional Edifício Depaoli, no Centro do Rio, já ganhou a jocosa alcunha de “Propinão”. O prédio abriga escritórios do ex-deputado Eduardo Cunha, do senador Lindbergh Faria e da UTC Engenharia. Nos últimos meses, a presença de agentes da Polícia Federal no condomínio virou rotina.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #UTC Engenharia

Rádio pirata

18/04/2017
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A Lava Jato investiga se Eduardo Cunha ainda é sócio de uma rádio em Pernambuco que, segundo ele, teria sido vendida há dez anos. Entre os procuradores, a emissora já ganhou um slogan: “A rádio que toca propina”.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

Lava Jato Olímpica

18/04/2017
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Grandes arenas, contratos milionários, patrocínios de estatais, devassa nas confederações esportivas… O espetáculo está armado para uma “Lava Jato Olímpica“.

#Lava Jato

Força tarefa da PPI remonta a Carlos Lacerda

12/04/2017
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A iniciativa do governo de blindar os projetos de concessões com a criação de uma “força tarefa” de nove auditores da Controladoria Geral da União para agilizar o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) tem inspiração no governo Lacerda. Na época, o governador da Guanabara tocava as maiores obras da América Latina – Aterro do Flamengo, Estação de Tratamento de Água do Guandu, túneis Rebouças e Santa Bárbara, Emissário Submarino etc. – com velocidade espantosa. O segredo do sucesso, além da notória energia de Lacerda e de seu vice-governador, Raphael de Almeida Magalhães, era o modelo de discussão e aprovação paripassu dos projetos. Os engenheiros e advogados de governo discutiam previamente os estudos de viabilidade, exigências e licenças com os integrantes do TCU como se fossem uma só equipe, e tudo saia dali aprovado, direto para os canteiros de obras. Na época deu certo. Mas os homens públicos eram outros, a prioridade era colocar os projetos de pé, e o Estado não estava tão capturado por grupos de interesse (agências reguladoras, órgãos ambientais, indígenas etc). Ah, sim, também não havia a Lava Jato…

#Lava Jato #PPI

Os fundos de Cunha

31/03/2017
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A delação de Fabio Cleto, que era o homem de Eduardo Cunha na Caixa Econômica, empurra a Lava Jato para cima dos fundos de pensão Petros, Previ e Funcef. Cleto tem ajudado a força tarefa a mapear a interferência do próprio Cunha em investimentos da tríade, a começar pela malfadada Sete Brasil.

#Caixa Econômica #Eduardo Cunha #Lava Jato #Petros

Nos corredores de Furnas…

31/03/2017
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Há um ex-ouvidor de Furnas soltando o verbo na Lava Jato. Nos corredores da estatal comenta-se que mais gente da ouvidoria vai abrir o bico.

#Furnas #Lava Jato

Picciani engorda seu gado

29/03/2017
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Mesmo com a Lava Jato a revirar seu pasto, a família Picciani prepara-se para abrir a temporada 2017 dos seus leilões de gado, alvo de variadas denúncias. Nos dias 17 e 18 de abril, o Grupo Monte Verde, de propriedade do clã, realizará dois pregões virtuais. Trata-se de um aquecimento. O grande evento está previsto para 2 de maio: a 33a Noite dos Campeões, em Uberaba. No ano passado, os Picciani protagonizaram os dois maiores negócios da festa. Diandria, uma matriz de sete anos de idade, foi vendida por R$ 816 mil. Já a nelore Taiga, de 28 meses, alcançou o lance de R$ 900 mil.

#Jorge Picciani #Lava Jato

Velha estrada

28/03/2017
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Mesmo com a Lava Jato nos seus calcanhares, o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, tem se empenhado em indicar nomes para a diretoria do DNIT. Não custa lembrar que, entre as acusações que pesam sobre o partido, está o repasse de recursos ilegais da autarquia por meio de um contrato com a Queiroz Galvão.

#Lava Jato #Queiroz Galvão

Laços de família

22/03/2017
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Presos no início do mês, os lobistas Jorge Luz e seu filho Bruno Luz já sinalizaram a disposição de fazer delação premiada. Ambos são apontados pela Lava Jato como operadores do PMDB.

#Lava Jato #PMDB

PF erra na dose e promove uma carnificina reputacional

21/03/2017
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A Policia Federal dessa vez não fez conduções coercitivas e vazamentos seletivos, mas exercitou todo o autoritarismo e inconsequência que poderia se imaginar na generalização e exposição irresponsável de um dos setores da economia com maior geração de empregos e inserção competitiva internacional. Todas as autoridades da área agropecuária foram desprezadas, ninguém da cúpula do governo foi consultado, desconhece-se o percentual dos desvios em relação à totalidade da produção e da exportação e ignoram-se as diferenças entre as irregularidades das empresas pode ser que haja bois de piranha nessa carnificina reputacional. Os laudos técnicos são pouco substanciosos para uma operação desse porte e as propinas pagas para calar a fiscalização ainda estão no território da suspeição em diversos casos – portanto, não há culpa decretada para todas as companhias – e o assunto viralizou na internet. A queima de riqueza com o emporcalhando das marcas das empresas é incalculável e tem um impacto redobrado em relação à imagem do país, devido ao acúmulo com o propinódromo da Lava Jato. É um caso onde não há acordo de leniência que arrume as coisas. A operação “Carne Fraca” reforça a percepção de um país sem crédito, moral e vergonha na cara. Cabe um investigação rigorosa, sem dúvida. Mas a PF não podia passar por essa sem uma admoestação pública e confissão de precipitação e mea culpa internacional na condução desastrada das investigações e divulgação como se fosse uma instituição inimiga do aparelho de Estado.

#Lava Jato #Operação Carne Fraca #Polícia Federal

Uma no cravo…

17/03/2017
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O resultado do leilão das concessões aeroportuárias, decantado em prosa e verso pelo governo, merece destaque positivo, tendo em vista a crise econômica, a Lava Jato, a imprevisibilidade do quadro institucional e político. Mas o ágio médio de 256,5% sobre o mínimo estabelecido para as quatro licenças ficou razoavelmente abaixo do sobrepreço médio de 401% da primeira rodada de concessões, em 2012, quando foram leiloados os aeroportos de Guarulhos, Brasília e Campinas. Vá lá que os ativos das concessões pioneiras eram mais parrudos. Mas, em tempo de seca, uma gota é um oceano.

#Aeroportos #Lava Jato

A “voz” de Palocci

10/03/2017
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Branislav Kontic, unha e carne de Antônio Palocci, mantém tratativas com a Lava Jato para uma delação premiada. Com problemas de saúde, Kontic cumpre prisão domiciliar depois que tentou o suicídio na cadeia.

#Antônio Palocci #Lava Jato

Negócios

Passos largos

10/03/2017
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A força tarefa da Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio de Janeiro, avança a passos largos sobre a área de transporte do governo de Sérgio Cabral.

#Lava Jato #Operação Calicute #Sérgio Cabral

Sangramento

9/03/2017
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O governo deveria assumir a exigência de troca do controle das empreiteiras da Lava Jato em vez de ficar sangrando as ditas. Afinal, são milhares de empregos em jogo.

#Lava Jato

Lobão vs. Machado

9/03/2017
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Depois que a Lava Jato bateu à porta de seu filho, Marcio Lobão, o senador Edison Lobão só se refere ao delator Sergio Machado de “traíra” para baixo. O pior é que Lobão pai tem certeza de que não parou por aí…

#Edison Lobão #Lava Jato #Sérgio Machado

Um tucano contou

8/03/2017
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Comentário de um tucano de alta plumagem: “Se a Lava Jato avançar para o seu lado, o que o Aécio fará com o seu ´Eliseu Padilha ´, que atende pelo nome de Andreia Neves?”

#Aécio Neves #Lava Jato

A Meirelles, a maré mansa da economia; a Temer, as bombas da Lava Jato

7/03/2017
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Michel Temer, ao mesmo tempo em que se enrola no arame farpado da Lava Jato, começa a colher bons resultados na economia. Corre o risco, contudo, de ver diluída sua autoria no conjunto da obra. No momento, a visibilidade está toda voltada para Henrique Meirelles, tornado primeiro-ministro pelas circunstâncias. É ele quem decide tudo. Mas digamos que Temer, por direito, foi quem semeou melhorias nos fundamentals, aumentando a previsibilidade das políticas monetária e fiscal.

Não resta dúvida de que colaborou. Se bem que, pelo menos nessa fase, a conjuntura melhoraria por suas próprias pernas – e quem acompanha o RR já sabia – em decorrência da “teoria perversa da economia”, a mesma tese do fundo do poço que apregoa a recuperação estatística após um declínio profundo. A boa novidade, entretanto, é a brisa que sopra os preços das commodities, pressionando em favor da desvalorização do dólar, a melhoria dos termos de troca e um saldo bem mais favorável na balança comercial. Ou seja: um ambiente externo mais amigável para o Brasil. No mais, a inflação desce abaixo da meta de 4,5% – na previsão mais otimista chega a 4% em dezembro – e a Selic cai entre 9% e 9,5% no final do ano.

Por sua vez, o PIB encerra 2017 também em perspectiva mais alvissareira, na faixa de 1%, mas com a expansão da atividade produtiva rodando entre 2,5% e 3% no último trimestre. A aprovação das reformas da Previdência e trabalhista altera pouco o cenário do curtíssimo prazo. Ambas já estão precificadas. No entanto, uma eventual votação contrária no Congresso, especialmente no caso da Previdência, teria um forte impacto sobre as expectativas. Os investidores continuam regidos pela insegurança decorrente da Lava Jato, que voltou a subir elevados decibéis, e pela mais do que provável desmontagem do carry trade devido à queda dos juros.

As empresas e as famílias continuam padecendo as agruras da desalavancagem, depois de baterem o recorde de endividamento da história do país. As bolsas permanecem com tendência de alta ao sabor dos ventos das commodities, aguardando, entretanto, uma sinalização mais firme da política monetária norte-americana. E o desemprego? Ele desafina a maré de números positivos de 2017.

Por uma lógica inercial própria, a taxa de desocupação é a última a se recuperar com um atraso de quatro a cinco meses. Antes disso pode subir, ultrapassando os 14%. A percepção da melhoria do cenário econômico, portanto, fica nublada sem uma queda nítida do nível de desemprego. Vale anotar que o ministro Henrique Meirelles assumiu uma posição confortável no xadrez político: fatura o que der certo na política econômica e deixa deslizar por gravidade para Temer tudo aquilo que der errado. Hoje, Meirelles posa de âncora e o presidente de goma arábica. O que colar em Temer colou.

#Henrique Meirelles #Lava Jato #Michel Temer

Sobra para os tucanos?

2/03/2017
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O que se diz na coxia da Lava Jato é que o doleiro Adir Assad está negociando sua delação. Mais uma péssima notícia para Sérgio Cabral. Mas talvez não só para Cabral. Consta que Assad sempre teve uma relação próxima do PSDB paulista, com trânsito livre nas estradas do estado por meio do Dersa.

#Adir Assad #Dersa #Lava Jato #Sérgio Cabral

Os “Kennedy da Lava Jato”

24/02/2017
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José Padilha está reescrevendo episódios da série “Lava Jato” para incluir dois personagens fundamentais que passavam quase em branco no roteiro original: o ex-governador Sérgio Cabral e a ex-primeira dama Adriana Ancelmo. A produção da Netflix ainda não tem data de estreia, mas, até lá, é possível que Padilha tenha de adicionar outros nomes que ainda não vieram à tona na trama real.

#Adriana Ancelmo #Lava Jato #Netflix #Sérgio Cabral

Os sócios que contaminam a Águas do Brasil

23/02/2017
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Sócias da Águas do Brasil, Cowan e New Water temem que a empresa não seja autorizada a disputar as novas concessões da área de saneamento. O motivo são os outros dois acionistas da companhia: Queiroz Galvão e Carioca Engenharia, ambas encalacradas com a Lava Jato. Esta última, inclusive, está no meio de um acordo de leniência. Procurada, a Águas do Brasil informou que tem participado de processos licitatórios e é absolutamente independente de seus sócios.

#Águas do Brasil #Carioca Engenharia #Lava Jato #Queiroz Galvão

Brita dos Picciani

23/02/2017
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A mineradora Tamoio, fabricante de brita da família Picciani, tem detonado empregos como quem explode uma pedreira. A entressafra, sem dúvida, é resultado da crise no setor de construção. Mas os demitidos repetem como um mantra a mesma expressão: Lava Jato, Lava Jato…

#Jorge Picciani #Lava Jato #Mineradora Tamoio

Um tiro no Lobo mau

22/02/2017
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O presidente do BB, Paulo Sergio Caffarelli, já teria indicado o ex-Previ Dan Conrado para o lugar de Marcio Lobão na Brasilcap. O que faltava era Lava Jato atravessando a porta giratória do banco. Procurado, o BB nega.

#Banco do Brasil #Brasilcap #Lava Jato

As três Marias

20/02/2017
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A Camargo Corrêa anda preocupada com o que vai dizer se houver realmente uma segunda chamada das delações. Todo cuidado é pouco para que nenhum acontecimento sequer respingue no “3R”, como são chamadas Regina, Renata e Rosana, acionistas controladoras imaculadas na Lava Jato.

#Camargo Corrêa #Lava Jato

O “cisne branco” das delações

17/02/2017
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Os velhos companheiros de farda têm se mobilizado em torno da situação do vice-almirante da Marinha, Othon Luis Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear. Entre seus antigos colegas, há um crescente apelo para que ele faça um acordo de delação premiada com a Lava Jato. Seus pares, é bom que se diga, não fecham os olhos para os graves desvios de conduta do ex-oficial no comando da estatal. Mas temem que Othon Pinheiro – reconhecido na área militar e no setor de energia pelos notórios serviços prestados ao Programa Nuclear Brasileiro – seja a força centrípeta de todos os malfeitos cometidos na estatal. Outros cinco ex-dirigentes da Eletronuclear ainda são investigados pela Lava Jato, mas, por ora, apenas Othon Pinheiro foi julgado e condenado. À prisão perpétua, costumam dizer seus contemporâneos nas Forças Armadas: aos 77 anos, o ex-oficial recebeu uma pena de 43 anos de prisão. No entanto, a própria punição não é o veredito que mais lhe dói. Sua filha, Ana Toniolo, foi condenada a 14 anos e 10 meses em regime fechado por também ter participado de um esquema de corrupção na construção da Usina Angra 3 – as obras, por sinal, estão paradas desde descoberta das irregularidades atômicas. Portanto, mais do que para seu próprio usufruto, Othon Pinheiro tem fortes razões consanguíneas para abrir seu baú de memórias na Eletronuclear.

#Eletronuclear #Lava Jato #Othon Pinheiro

Mubadala é a conexão entre os trens da Supervia e da Invepar

16/02/2017
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O avanço sobre a participação da OAS na Invepar é apenas uma das peças do quebra-cabeças que o Mubadala pretende montar no transporte de passageiros no Rio. O mosaico se completaria com a entrada no capital da Supervia, leia-se Odebrecht Transportes. Com o duplo bilhete, caberia ao fundo de Abu Dhabi costurar a fusão entre as duas empresas e criar uma das maiores concessionárias de transporte urbano do país, com o controle do metrô e dos trens na cidade. Esse caminho conta com a simpatia de Previ, Funcef e Petros, os demais sócios da Invepar. Além de fazer o maior sentido do ponto de vista econômico e viário, a associação teria ainda a função de higienizar a imagem das duas empresas, afetada pelo tsunami da Lava Jato sobre os seus respectivos controladores.

#Invepar #Lava Jato #OAS #Supervia

André Esteves back to the game?

14/02/2017
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Há uma certa expectativa de que André Esteves ressurja das brumas da Lava Jato amanhã, participando da divulgação dos resultados do BTG e da teleconferência com analistas. Por ora, os acionistas estão rachados em relação ao retorno de Esteves à ribalta. Quem defende sua exposição entende que o banqueiro não tem nada a temer, e a inclusão do seu nome na Lava Jato foi um equívoco. Já estaria mais do que na hora de virar a página e seguir em frente. A presença de Esteves também seria oportuna para demonstrar a unidade dos acionistas no momento em que um dos sócios, o ex-chefe de fusões e aquisições, Marco Gonçalves, foi praticamente expulso em um episódio controverso de inadimplência de um valor ínfimo frente às cifras auferidas pelos donos do BTG. O RR torce pela reaparição do destemido banqueiro.

#BTG #Lava Jato

Gato angorá

10/02/2017
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Corre em Brasília a informação de que Fabio Cleto delatou à Lava Jato esquemas que já estariam pendurados na vice-presidência de Governo da Caixa Econômica antes de sua chegada ao cargo, em 2011. Um ano antes quem estava no mesmo posto era Moreira Franco.

#Caixa Econômica #Lava Jato

Uma Libra a menos no carnaval carioca

8/02/2017
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Este ano não vai ser igual àquele que passou, aliás, aos outros que passaram: o Carnaval carioca não terá o camarote Libra/Grande Rio, um dos mais babilônicos da Marques de Sapucaí. Pode ser até que o empresário Jayder Soares, patrono da escola de samba e apontado como dono do jogo do bicho em Duque de Caxias, toque o barco sozinho. Mas dificilmente terá a tradicional parceria com o amigo Gonçalo Torrealba, manda-chuva do Grupo Libra, que transformou o camarote em uma passarela de autoridades, parlamentares e empresários daqui e do exterior. Neste ano, com o enredo nacional da Lava Jato, não parece boa ideia ser o anfitrião da boca livre no Sambódromo. Melhor reduzir a exposição da imagem. A título de ilustração: o falecido ministro Rodolpho Tourinho compareceu uma vez a essa folia momesca. Quando chegou ao camarote e viu a promiscuidade entre o público e o privado, se mandou, ressabiado, não sem antes comentar: “Cruzes, eu não sabia do que se tratava. Não volto nunca mais aqui”.

#Grupo Libra #Jayder Soares #Lava Jato

Construtora Série B

6/02/2017
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O Ministério da Integração deve aprovar ainda neste mês a proposta da construtora Passarelli para concluir as obras de transposição do Rio São Francisco no Eixo Norte, um contrato de R$ 440 milhões. É mais um exemplo de empreiteira da segunda divisão que se aproveita da Lava Jato. A obra estava com a Mendes Junior, que desistiu do projeto.

#Lava Jato #Mendes Junior #Passarelli

Oriente Construção é mais uma obra do governo Cabral

2/02/2017
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A Lava Jato está revelando o inacreditável ecossistema criado em torno de Sérgio Cabral. Um dos personagens desse universo de relações incestuosas, o empreiteiro Cesar Farid Fiat, sócio da Oriente Construção Civil, carrega um currículo no qual se misturam denúncias de pagamento de propina, contratos públicos sob suspeita, e até acusações de grilagem de terras. A prisão, em novembro, de Alex Sardinha Veiga, representante da Oriente, tem ajudado a esquadrinhar as ligações entre o empreiteiro e o governo Cabral. Somente no ano de 2011 o estado contratou a construtora para quatro obras na Região dos Lagos, no valor total de R$ 11,4 milhões.

Consta que a Oriente atuou em parceria com a já notória Delta, de Fernando Cavendish. O governo Cabral era uma grande família. Também por volta de 2011, Geraldo André de Miranda Santos – acionista da Oriente e filho de Lina Maria Miranda Santos, esposa de Farid Fiat – se associou ao deputado estadual Paulo Melo, um dos políticos mais influentes do estado. Ambos criaram a PMGA Incorporação e Construção, dona de terrenos exatamente na Região dos Lagos. À época, a mulher de Paulo Melo, Francianne Motta, era prefeita de Saquarema, um dos municípios locais.

Como se não bastassem as denúncias contra a Oriente, ainda repousa sobre Cesar Farid Fiat a acusação de ocupação ilegal de terras localizadas no município de Silva Jardim. Coincidência ou não, trata-se de um dos latifúndios eleitorais de Paulo Melo no interior do estado. Farid Fiat é dono da Fazenda Santa Maria. Ou, pelo menos diz ser. Em 1996, o empreiteiro ingressou na Justiça com diversos processos requerendo o usucapião da área.

Quatro desses pedidos foram atendidos, abrangendo aproximadamente 50 alqueires. Hoje, no entanto, ele se apresenta como proprietário de todos os 300 alqueires da Santa Maria. Desde dezembro, por sinal, cerca de 180 famílias estão acampadas na fazenda. São lavradores que tentam reconhecer na Justiça a legitimidade da posse da área.

#Fernando Cavendish #Lava Jato #Oriente Construção Civil #Sérgio Cabral

E ainda tem a Queiroz Galvão…

31/01/2017
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Enquanto todos os holofotes se voltam de maneira justificada para a Odebrecht, a Queiroz Galvão está na bica de fechar seu acordo de delação. O depoimento com maior potencial destrutivo é o do ex-presidente da construtora Ildefonso Colares Filho, que promete espalhar as brasas da Lava Jato pelo setor elétrico. As fagulhas atingiriam até o governo FHC.

#Lava Jato #Odebrecht #Queiroz Galvão

A hora e a vez de Marcelo Caetano

30/01/2017
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Passada essa temporada na qual a prioridade do governo é equacionar a vacância do STF e a relatoria da Lava Jato, quem está escalado para protagonizar a próxima pauta da vez é o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano. Tanto Michel Temer quanto Henrique Meirelles acham que ele tem um papel importante para desempenhar na batalha pela reforma da Previdência. Ou seja: quem vai para mídia é Caetano. O secretário é um dos maiores especialistas do país na matéria e foi colocado no cargo por Meirelles para dar uma clara sinalização da prioridade do tema para o governo. Portanto, com a palavra, Marcelo Caetano.

#Lava Jato #Michel Temer #Ministério da Fazenda #STF

Lava Jato em plenário

27/01/2017
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O site jurídico Jota avançou em relação às hipóteses publicadas ontem pelo RR, levantando a possibilidade de que não apenas o sorteio do novo relator, mas todos os julgamentos da Lava Jato sejam levados a plenário.

#Lava Jato

Lava Jato mais longe do “trio calafrio” do STF

26/01/2017
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Os algoritmos do Palácio do Planalto e da presidência STF indicam que a solução de menor risco para a Lava Jato é exatamente aquela até agora menos cogitada, mas, ressalte-se, prevista no Regimento. Ontem, no fim do dia, um caminho até então pouco trilhado começou a despontar como rota preferencial: a extensão a todo o plenário do sorteio da relatoria da Operação. Seria uma alternativa a decisões mais ortodoxas.

A primeira delas, a relatoria ser herdada automaticamente pelo substituto de Teori Zavascki indicado por Michel Temer. A outra hipótese, limitar o sorteio dos processos à Segunda Turma, da qual Teori fazia parte. A terceira, entregar a relatoria ao ministro mais velho da Segunda Turma, Celso de Mello. Esta saída, no entanto, exporia demasiadamente suas reais intenções.

A proposta do sorteio entre todos os ministros em plenário diluiria um risco implícito na “roleta russa”: a probabilidade de a Lava Jato cair nas mãos de Gilmar Mendes, José Dias Toffoli ou Ricardo Lewandowski, integrantes da Segunda Turma. A ascensão de um deles à relatoria da “Mani Pulite brasileira” poderá abrir espaço para um tufão de vazamentos, reclamações na mídia e questionamentos por investigados e réus, gerando uma maré contrária à Lava Jato. Os três ministros são permanentes alvos de contestação por supostamente carregarem preferências ideológicas ou mesmo partidárias sob a toga.

Entre os integrantes da Força Tarefa, a possibilidade de um dos três ministros vir a ser o relator da Lava Jato é vista como um fator de risco tão grande quanto a hipótese do substituto de Teori, escolhido por Michel Temer, assumir a Operação. Por ora, o próprio presidente descarta esta solução. A decisão quanto ao sorteio só deverá ser anunciada após o recesso do STF.

De qualquer forma, a redistribuição dos processos em plenário também tem suas sequelas, a começar pela reação daqueles a quem a medida pretende mitigar a participação. Como membros da Segunda Turma, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Lewandowski vêm atuando na Lava Jato desde o início. Por sua vez, a remoção de um dos juízes da Primeira para a Segunda Turma, também prevista no Regimento, não resolve a questão da relatoria.

Existem interpretações distintas sobre quais processos sob responsabilidade de Teori seriam transferidos para este novo integrante. Há apenas duas certezas. A primeira é que ele carregaria seus casos da Primeira para a Segunda Turma. A outra é a ordem de preferência das remoções: Marco Aurélio Mello, Luiz Fux, Rosa Weber, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin. Este último, estranhamente apontado como o preferido na dança das cadeiras.

#Lava Jato #Michel Temer #STF #Teori Zavascki

Um discurso de oportunidade para o PT

24/01/2017
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A questão mais discutida pela cúpula do PT no fim de semana foi a necessidade de o partido trazer para si a bandeira da intensificação das investigações da Lava Jato, “doa a quem doer”. Pragmatismo puro! Neste momento, interessa à sigla dar corda às teorias da conspiração que cercam a morte de Teori Zavascki.

#Lava Jato #PT #Teori Zavascki

Na soleira da Espanha

19/01/2017
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A delação do lobista “Fernando Baiano” colocou a Lava Jato na soleira de dois grandes grupos espanhóis com concessões públicas no Brasil.

#Lava Jato

Metrô do Rio empurra a Lava Jato em direção ao Citi

12/01/2017
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O banco que nunca dorme tem motivos para ficar ainda mais insone. Os trilhos do Metrô do Rio estão conduzindo a Lava Jato na direção do Citibank. Os procuradores de Curitiba, que atuam em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro, dedicam-se a destrinchar as relações entre Sérgio Cabral e a Opportrans. Trata-se do antigo consórcio que administrou o transporte metroviário na cidade até janeiro de 2009, quando a concessão foi vendida à Invepar.

O que mais intriga a força tarefa da Lava Jato é uma operação consumada em 2007, ano em que o Citi dava as cartas no comando da Opportrans – representado por uma tradicional banca de advocacia –, após romper a sociedade com o Opportunity, em 2005. Na ocasião, o então governador Sérgio Cabral estendeu a concessão do metrô por mais 20 anos, até 2038. Em contrapartida, o consórcio se comprometeu a investir cerca de R$ 1 bilhão na compra de novos vagões. O acordo percorreu um caminho tão sinuoso e desalumiado quanto os túneis do metrô do Rio. Por meio de um Instrumento Particular de Transação, a Opportrans quitou uma antiga dívida do próprio governo do Rio com a Camargo Corrêa, no valor aproximado de R$ 40 milhões. Em troca da gentileza, a empreiteira concordou em retirar as cinco ações judiciais que movia contra o estado.

Outro ponto chama a atenção dos procuradores: o acordo foi publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro ao apagar das luzes de 2007, precisamente no dia 31 de dezembro, uma data mais propícia para abafar do que dar visibilidade ao acerto. Naquele mesmo ano, coincidência das coincidências, o Metrô Rio havia contratado os serviços do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo. Todas essas decisões tiveram a anuência do Citi, à época responsável pela administração do consórcio e na linha de frente das negociações com o governo do Rio.

Uma das tarefas da Lava Jato é cruzar os repasses da Opportrans/Citi à Camargo Corrêa com os pagamentos do Metrô ao escritório da então primeira-dama. Mais do que isso: juntar essas peças e confrontá-las com as próprias movimentações financeiras de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo. Boa parte desse enredo, não custa lembrar, chegou a ser escarafunchada na Operação Castelo de Areia, que tinha como alvo a Camargo Corrêa. No entanto, todos esses fatos foram para o limbo com a anulação das investigações. Agora, o caso ganha um novo tom, com a entrada em cena dos procuradores da Lava Jato e do Ministério Público do Rio. A exemplo do Citi, eles também nunca pregam o olho.

#Citibank #Invepar #Lava Jato #Opportunity

“Não te disse, meu filho?”

5/01/2017
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Mesmo com o fantasma da Lava Jato, o senador Edison Lobão começou 2017 aliviado. A dança das cadeiras que atingiu o Banco do Brasil na virada do ano poupou o seu rebento, Marcio Lobão, presidente da Brasilcap desde 2008. Ao menos, por ora.

#Banco do Brasil #Brasilcap #Lava Jato

As variáveis que a econometria não pega

30/12/2016
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Os laboratórios de pesquisas dos grandes bancos de investimentos, independentes ou vinculados à área de research do Banco Central, em Brasília, e os nerds da academia deveriam empreender uma tour de force para testar modelos sobre as duas variáveis que podem jogar por terra a produção de cenários econômicos no Brasil. Uma delas é a crise política, um vetor nos dias de hoje completamente fora de controle. Não há econometria que consiga matematizar e capturar a dinâmica e os efeitos do Lava Jato.

Outra variável imprevisível é o impacto que as instituições “grandes demais para quebrar” – importantes empresas, estados, municípios etc. – podem ter na economia. Até há indicadores antecedentes da probabilidade de quebra, a exemplo do ocorrido com as unidades federativas, mas inexistem modelos econométricos que precisem o timing e seus efeitos macroeconômicos. O mais provável, como têm feito historicamente os economistas, é que o “too big to fail” seja sublimado dos cenários econômicos.

Haveria uma terceira variável permanentemente fora dos modelos: a hipótese do trabalhador não concordar, como um boi de orelha murcha, com certos experimentos macro e microeconômicos que lhe retiram a capacidade de pagar a escola do filho, quitar o aluguel e manter a alimentação da família. Os modelos não levam em consideração a indignação do povo.

#Banco Central #Lava Jato

Efeito dominó

29/12/2016
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A delação do ex-vice-presidente da Caixa Econômica Fabio Cleto está permitindo à Lava Jato montar um novo e instigante quebra-cabeças: as peças revelam as relações entre empresas interessadas em obter recursos do FI-FGTS, administrado pela Caixa, e uma miríade de parlamentares que orbitavam em torno de Eduardo Cunha.

#Caixa Econômica #FI-FGTS #Lava Jato

Austríaca RHI entra no radar da Lava Jato

28/12/2016
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A Lava Jato está triscando na austríaca RHI, que acaba de se unir à Magnesita para criar a maior fabricante de refratários do mundo. O Ministério Público do Rio, que colabora com a força tarefa de Curitiba nas investigações relacionadas a Sérgio Cabral, apura as circunstâncias dos benefícios tributários concedidos pelo governo do Rio à RHI Refratários Brasil Ltda. Segundo investigações preliminares, a empresa teria recebido 11 isenções fiscais desde agosto, quando a situação nas contas públicas do estado já era calamitosa.

Ressalte-se que o grupo austríaco não tem qualquer site de produção no Rio. Seu próprio centro de decisões no país está sediado em Belo Horizonte. Procurado pelo RR, o governo do Rio disse que não poderia revelar a “quantidade de incentivos” concedidos à RHI “em razão do sigilo fiscal”. A Secretaria de Fazenda informou que a RHI Refratários Brasil “encontra-se enquadrada no Tratamento Tributário Especial (TTE), criado para empresas tipicamente importadoras que utilizam os portos fluminenses”. A RHI, por sua vez, confirmou que possui “Regime Especial de diferimento parcial de ICMS na importação de produtos pelo Estado do Rio.”

Esse Regime Especial, segundo a companhia, “foi diferido em 29 de Julho de 2016 com base na Resolução SEFAZ no 726 de 19 de fevereiro de 2014”. A empresa negou, no entanto, que tenha recebido isenções fiscais do governo fluminense. A RHI disse ainda não ter conhecimento de qualquer investigação sobre seus negócios no Brasil no âmbito da Lava Jato. O fio da meada que o Ministério Público está desenrolando leva a 2011, quando as relações entre a RHI e autoridades do Rio se intensificaram.

Nesse ano, durante o governo de Sérgio Cabral, a empresa anunciou um investimento de 85 milhões de euros na construção de uma fábrica em Queimados, na Baixada Fluminense. A companhia chegou a comprar o terreno, por sinal outro trecho nebuloso na biografia dos austríacos no país. Conforme o RR publicou na edição de 14 de setembro de 2011, a RHI pagou à época R$ 11,7 milhões pela propriedade que, cinco dias antes, segundo registros em cartórios locais, havia sido negociada por apenas R$ 2,5 milhões. O empreendimento foi continuamente adiado.

Em 2012, segundo informação confirmada pela própria companhia ao RR, a RHI suspendeu a instalação da fábrica. Os procuradores têm motivos para acreditar que nem em um século o projeto sairia do papel. A percepção é que a fábrica da RHI nunca passou de um holograma.

#Lava Jato #RHI

A mais prioritária das obras da Odebrecht

28/12/2016
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Escutem o que diz a pitonisa: a Odebrecht vai renascer. A empresa tem tradição de reverter grandes escândalos, a exemplo dos casos PC-Collor e Anões do Orçamento. Não há episódio que sirva de paralelo à Lava Jato, é verdade. Mas nada foi feito em nenhuma empresa brasileira comparável ao plano de mobilização e motivação do corpo de colaboradores, à grandiosidade da operação de comunicação e à mega estrutura de compliance que será tocada por Sérgio Foguel.

Foguel está na Odebrecht há 25 anos, sempre lidando com a área de desenvolvimento humano e organizacional. Trata-se de um quadro altamente ideológico – um dos criadores do Instituto Millenium -, com excelente formação acadêmica. Foi resguardado em uma estufa na companhia e escolhido a dedo por Emilio Odebrecht para comandar a teia de controles que está sendo implantada na companhia.

A sobrevivência da Odebrecht não suporta ações fora do superlativo. De uma certa forma, foi assim nos outros escândalos e situações-limite. Agora o multiplicador é maior. Mas, como dizem os orientais, em toda a adversidade existe uma oportunidade. Na cauda do turbilhão de horrores que se abateu sobre a empresa, há um lado positivo, submerso, que não dá manchetes nas mídias.

A companhia baiana tem feito um ajuste severo, com corte de gastos, melhoria de processos e reestruturação do perfil da dívida. Uma das etapas da estratégia de recuperação da imagem é divulgar os passos do seu calvário de autocrítica e as medidas amplas e rigorosas de compliance. A cada ajoelhada no milho, uma entrevista, release, nota ou comunicado mostrando arrependimento e a disposição de seguir as melhores práticas de conformidade.

#Lava Jato #Odebrecht

Lava Jato 1

27/12/2016
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A Lava Jato investiga as relações do doleiro e lobista Lucio Funaro com Furnas. O que significa dizer que ela investiga as guloseimas e travessuras de Eduardo Cunha na estatal.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

Lava Jato 2

27/12/2016
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Com o recesso do Judiciário, boa parte da força tarefa da Lava Jato entrou de férias. Sérgio Moro, também. Nada impede, no entanto, que ele tenha deixado algum mandado de prisão assinado.

#Lava Jato #Sérgio Moro

O eterno preço da Lava Jato

26/12/2016
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Os funcionários da BR Distribuidora foram submetidos a um processo de background check, uma espécie de tomografia das suas práticas profissionais, incluindo uma auditoria em e-mails e celulares funcionais. Em parte, o processo pode ser atribuído aos preparativos para a venda da companhia; em parte, claro, às rígidas regras de compliance implantadas na estatal após a Lava Jato.

#BR Distribuidora #Lava Jato

Natal da Lava Jato

21/12/2016
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Ontem, nos corredores do Congresso havia um forte burburinho de que o Natal da Lava Jato poderá chegar antes do dia 24.

#Lava Jato

Reforma 2

21/12/2016
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Por falar em reforma ministerial, Michel Temer parece gostar de viver perigosamente. Um dos cotados para o novo Ministério é o deputado Aguinaldo Ribeiro, presidente do PP, partido que já teve 38 integrantes citados em inquéritos da Lava Jato.

#Lava Jato #Michel Temer

O fado da Lava Jato

20/12/2016
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A denúncia atribuída ao ex-executivo da Odebrecht, Leandro Azevedo, de que contas do Banco Banif em paraísos fiscais foram usadas para o pagamento de propina a políticos aflige duplamente os portugueses. Além do risco jurídico, há o temor de que a Lava Jato incinere de vez as chances de venda dos ativos do Banif no Brasil. Este, inclusive, teria sido o fator primordial para o BTG ter desistido da aquisição, em julho deste ano. Procurado pelo RR, o Banif não quis se pronunciar sobre a negociação da operação brasileira nem sobre a citação no âmbito da Lava Jato.

#Banco Banif #Lava Jato #Odebrecht

Acervo RR

Camuflagem

5/12/2016
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O “limitado” patrimônio dos Cabral tem chamado a atenção dos procuradores da Lava Jato. Dos diversos veículos à disposição de Sérgio Cabral e da família, apenas um está registrado em seu nome, um Hyundai Azera. Adriana Ancelmo, por sua vez, não é proprietária de qualquer automóvel. Já era assim em 2010, quando Cabral se reelegeu para o governo do Rio. Àquela altura, em sua declaração de bens constava apenas um Toyota Corolla, modelo 2006.

#Lava Jato #Sérgio Cabral

Camuflagem

5/12/2016
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O “limitado” patrimônio dos Cabral tem chamado a atenção dos procuradores da Lava Jato. Dos diversos veículos à disposição de Sérgio Cabral e da família, apenas um está registrado em seu nome, um Hyundai Azera. Adriana Ancelmo, por sua vez, não é proprietária de qualquer automóvel. Já era assim em 2010, quando Cabral se reelegeu para o governo do Rio. Àquela altura, em sua declaração de bens constava apenas um Toyota Corolla, modelo 2006.

#Lava Jato #Sérgio Cabral

O ouvidor

29/11/2016
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Paulo Otto Von Sperling, ex-assessor de José Dirceu e ex-ouvidor da Petrobras, está processando a companhia. Sperling foi afastado da estatal em maio de 2015, em meio à Lava Jato. O que se diz na Petrobras é que, em seis anos à frente da ouvidoria, ele teria dado andamento apenas a duas investigações internas. A defesa de Von Sperling afirma que a ação se deve a “diferenças de verbas trabalhistas”. A Petrobras não quis se manifestar, alegando que o processo corre em segredo de Justiça.

#Lava Jato #Petrobras

A hora da verdade para as empreiteiras da segunda divisão

24/11/2016
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As empreiteiras do time reserva estão esperando com apreensão a segunda onda de delações e acordos de leniência. São empresas de menor porte, tais como C.R. Almeida, Barbosa Mello e Metropolitana, que vivem a dramática expectativa de serem incluídas nas denúncias de propina. O medo se justifica por todos os motivos. Mesmo que não tenham nada a ver com qualquer dos casos de corrupção citados, basta que o nome da companhia seja mencionado para que haja restrições ao pagamento de obras em curso e à participação em novas licitações. O risco de a Lava Jato atingir essas empresas tem sido discutido no governo, que conta com as empreiteiras emergentes para participarem de maneira consorciada nas PPPs, ou mesmo em associação com as gigantes chineses, dando o tempero nacional nas obras de construção pesada.

 O governo também considera que as empresas menores poderiam assumir, em associação ou individualmente, algumas das empreiteiras de maior porte em recuperação judicial. A preocupação é a mesma: evitar que todos os planos para o setor sejam dependentes do capital estrangeiro. A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib) vem mantendo reuniões com empresários e autoridades buscando discutir medidas profiláticas. A entidade mais ativa, contudo, é o Sindicato da Indústria da Construção Pesada do Estado de São Paulo (Sinicesp), que tem procurado, inclusive, articular uma pequena reserva de mercado para as empreiteiras estaduais.

#CR Almeida #Lava Jato

Acervo RR

Queiroz Galvão

22/11/2016
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 As negociações com a força-tarefa da Lava Jato para a delação de Ildefonso Colares e Othon Zanoide de Moraes Filho, ex-Queiroz Galvão, envolveriam principalmente a usina de Belo Monte. Os dois carregam um baú de boas histórias sobre o projeto. Procurada, a Queiroz Galvão afirma “desconhecer qualquer acordo de delação.”

•••

 Recordar é viver: em suas famosas gravações, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado já alertava sobre a catástrofe que a Queiroz Galvão poderia provocar no PMDB.

#Lava Jato #Queiroz Galvão

Queiroz Galvão

22/11/2016
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 As negociações com a força-tarefa da Lava Jato para a delação de Ildefonso Colares e Othon Zanoide de Moraes Filho, ex-Queiroz Galvão, envolveriam principalmente a usina de Belo Monte. Os dois carregam um baú de boas histórias sobre o projeto. Procurada, a Queiroz Galvão afirma “desconhecer qualquer acordo de delação.”

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 Recordar é viver: em suas famosas gravações, o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado já alertava sobre a catástrofe que a Queiroz Galvão poderia provocar no PMDB.

#Lava Jato #Queiroz Galvão

Não seria o momento de uma Constituinte Fiscal?

14/11/2016
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Não se sabe se em tom de desabafo ou propositivo, mas o ex-ministro e vice-governador Francisco Dornelles tem dito que o Brasil precisa de uma Assembleia Constituinte para repensar os critérios de transferências entre suas unidades federativas. Os estados e municípios deixaram de ser regidos pela lei, o gasto se descolou do orçamento e a gestão e o bom senso tornaram-se inimigos figadais. A Lei da Responsabilidade Fiscal é hoje um instituto jurídico completamente desmoralizado. O delito é anistiado naturalmente e não há mais culpados. Se a lei não vale, a gestão do orçamento é tão fictícia quanto as restrições ao seu descontrole. E sem um mínimo de bom senso voltamos ao velho ditado: em casa que não tem pão, todos brigam e ninguém tem razão.

 O país está quebrado, e não foi só o PT e sua nova matriz econômica que estilhaçaram as finanças públicas. Piscam os motivos para a esbórnia fiscal: uma seca de cinco anos, epidemias infecciosas, queda brutal do comércio exterior, deterioração do preço das commodities, a Lava Jato e suas consequências sobre a Petrobras, o cancelamento da esmagadora maioria das obras no Brasil. Ah, e ainda um impeachment na conta. O Brasil ameaça repetir a Argentina de Raul Alfonsín, que quebrou pelas províncias, estragou pelas bordas.

 As transferências de recursos da União vão deixando de obedecer ao nexo causal. Os critérios dos Fundos de Participação dos Estados são ultrapassados pela primazia da enfermidade fiscal. No bolo final dos recursos transferidos, os requisitos constitucionais acabam sendo, na prática, um mero detalhe. O RR tem ressaltado, não é de hoje, que União, estados e municípios precisam de um regime fiscal que preveja, além do controle de gastos e da reforma da Previdência. auditorias externas, dispositivos de compliance com regras para acender a “luz vermelha” a menor ameaça de insolvência, um Conselho Fiscal de Segurança, que assumiria a gestão a partir de determinadas métricas de risco etc. Tem falado também que é necessário fazer um encontro de contas, um ajuste patrimonial, uma troca de ativos entre estados e União, com securitização de dívidas e vendas compartilhadas de empresas de unidades federativas distintas. Em linhas gerais, mais ou menos o que o governador Luiz Fernando Pezão propôs. Pezão pensou no bolso do Rio. Dornelles pensou em uma disciplina para o Brasil. Talvez a ideia da Constituinte Fiscal seja o que há de mais rápido e barato para resolver um imbróglio deste tamanho. Com certeza duraria menos do que o ajuste fiscal com 10 anos de carência proposto por Michel Temer e Henrique Meireles.

#Francisco Dornelles #Lava Jato #Pezão #PT

Cultura fica para depois

3/11/2016
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 A Lava Jato decepou os projetos na área da Cultura. A Transpetro é a campeã do ranking.

#Lava Jato #Transpetro

“Bidelator”

3/11/2016
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 Leo Pinheiro, da OAS , é nitroglicerina em dose dupla: além da Lava Jato, negocia um acordo de delação no âmbito da Operação Greenfield, que investiga desvios nos fundos de pensão.

#Delação premiada #Lava Jato #Leo Pinheiro #OAS #Operação Greenfield

Ultra encontra um pedágio pelo caminho

1/11/2016
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  No Grupo Ultra, há poucas dúvidas quanto às intenções de Ricardo Andrade Magro, dono da Refinaria de Manguinhos. Investigado pela Lava Jato, o antigo parceiro de Eduardo Cunha está diante de uma grande oportunidade de “negócio”. E esta oportunidade surgiu à sua frente graças ao Cade, que declarou Manguinhos como parte interessada na venda da rede de postos Ale para a Ipiranga. Ou seja: Magro conseguiu colocar o bode na sala e agora, ao que tudo indica, vai cobrar caro para tirá-lo de lá. O Ultra, dono da Ipiranga, já trata como inevitável uma dura negociação com Manguinhos para que a refinaria não se interponha – tanto na esfera administrativa, caso do Cade, quanto, sobretudo, no âmbito jurídico – à venda dos postos Ale.  Em sua decisão, o Cade considerou que a aquisição da Ale pela Ipiranga poderá causar um grau de concentração na compra de combustível capaz de afetar os interesses da Refinaria de Manguinhos. Curioso: ao que consta, Manguinhos não refina uma gotícula de petróleo há anos. Seu core business é brigar com o governo do estado para não pagar o ICMS sobre o pouco combustível que comercializa, todo ele importado. • As seguintes empresa não retornaram ou não comentaram o assunto: Manguinhos.

#Ale #Grupo Ultra #Ipiranga #Lava Jato #Ricardo Andrade Magro

Marcelo e Bernardo, os irmãos corsos às avessas

31/10/2016
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  As famílias Odebrecht e Gradin sempre foram indissociáveis. Seus principais acionistas, Norberto Odebrecht e Victor Gradin, somariam 180 anos cravados se o fundador do grupo estivesse vivo – Norberto faleceu em 2014. Ambos esbanjaram sabedoria, ambição e lealdade mútua. Até os 91 anos, Norberto dirigia, ao lado de Victor, a Mercedes Benz, modelo C1, que lhe foi presenteada pelo sócio no seu aniversário de 81 anos. Em 1974, quando Victor foi convidado por Norberto a fazer parte daquela construtora em ascensão, não havia sequer nada parecido com a Lava Jato. A “partidarização das comissões” era residual: a molhadela, espórtula ou gratificação ficava nas mãos da burocracia ou do próprio tubarão.  Norberto e Victor foram amigos elevados à enésima potência. Victor levou a Odebrecht para o front petroquímico, a industrialização e a modernização de processos. Era um estrategista. Norberto enxergava longe, criou uma cultura corporativa, prezava o capital humano. Era um sacerdote. Se estivesse vivo e não tivesse ocorrido o grande cisma das famílias, os dois duelariam juntos, lado a lado, no front da Lava Jato. A terceira geração dos Odebrecht e a segunda do Gradin sepultaram essa história de fraternidade. Marcelo e Bernardo, os dois eleitos para gerir o império, criaram o seu “Lava Odebrecht”. Jovens, preparadíssimos, ambos conviveram como amigos desde a infância. Ninguém diria que se tornariam uma versão reversa dos irmãos corsos, de Alexandre Dumas, em um processo de desunião crescente com o passar do tempo. Marcelo mandava na construtora e na área de novos negócios. Bernardo, na petroquímica e projetos industriais. Sim, ainda há Miguel Gradin, com quem Marcelo compartilhou o curso de preparação de oficiais da Reserva em Salvador, em 1987. Posteriormente trabalharam juntos na inglesa SLP Engineering, de óleo e gás. Mas Miguel nunca foi um “irmão corso”.  No ano da discórdia de 2010, Marcelo convenceu seu pai, Emílio, e o avô, já afastado das decisões empresariais, sobre uma revisão do acordo de acionista com os Gradin, detentores de 20% do grupo. Estão até hoje em um contencioso pestilento em torno de valores de compra e venda das participações. A partir daí, Marcelo tirou Bernardo das funções executivas da Odebrecht – Miguel também foi afastado. E veio o pior tormento, soprado com fúria pelos procuradores e juiz de Curitiba. Como se sabe, os Odebrecht estão pagando o preço. Já os Gradin “não dominaram o fato”.  Consta que Paulo Roberto Costa denunciou, em julho, Bernardo Gradin por ter negociado com ele, em condições vantajosas, a compra de nafta da Petrobras para a Braskem. Há menções a Bernardo também em episódio de “convencimento” da Petrobras a entrar como sócia da petroquímica da Odebrecht em uma fusão com a Quattor. Digamos que a cota de delações sobre Bernardo seja o correspondente ao percentual de ações que os Gradin têm no grupo e querem vender caro. Mesmo assim o clã passou ao largo da Lava Jato. É curioso! Houvesse a fidalguia de outrora, talvez Bernardo estivesse batalhando pelo amigo de infância como faziam os cavalheiros instituídos de honra e tradição. A têmpera com que foram forjados Norberto e Victor ficou restrita a uma geração.

#Bernardo Gradin #Braskem #Lava Jato #Marcelo Odebrecht #Odebrecht #Paulo Roberto Costa #Petrobras

Hora do tucano

31/10/2016
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 Os procuradores de Curitiba não apenas avançam sobre o PSDB como estão juntando diversos pontos que ligam a Lava Jato ao escândalo de corrupção em contratos do metrô de São Paulo.

#Lava Jato #PSDB

Acervo RR

Calendário

28/10/2016
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 Coincidência que não quer calar: Constantino de Oliveira Junior saiu da presidência executiva da Gol em 2012. Ou seja: deixou de ser diretor estatutário exatamente no ano em que, segundo a Lava Jato, a companhia aérea começou a fazer pagamentos para empresas ligadas a Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Gol #Lava Jato

Torniquete

28/10/2016
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 O Ministério Público do Rio pediu à Justiça a suspensão dos pagamentos ao ex-chairman do Grupo Peixoto de Castro, Paulo Cesar Palhares Peixoto de Castro, o “Poleca”. Mesmo afastado do cargo por decisão judicial, após se tornar réu da Lava Jato, “Poleca” continua recebendo seu pró-labore, segundo o parecer do MP sem qualquer justificativa para que o caixa da empresa seja “sangrado com a despesa”.

#Lava Jato

Bullets

28/10/2016
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 O ministro das Relações Exteriores José Serra não está em boa forma. E dessa vez não é a sua notória hipocondria. •••  A delação de Delcidio do Amaral está empurrando a Lava Jato na direção do ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, ou seja, na direção de Aécio Neves. ••• Marcelo Crivella tem informações seguras de que o vazamento das fotos de sua prisão, em 1990, se deu por obra e graça de um de seus principais aliados. Um verdadeiro molequinho.

#Aécio Neves #Delcídio do Amaral #Furnas #José Serra #Lava Jato #Marcelo Crivella

Lama no pneu

27/10/2016
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 A Lava Jato está triscando na JAC Motors. Os procuradores puxam o fio da meada das relações entre a montadora chinesa e o ex-ministro Antonio Palocci. Por três anos, a companhia desfrutou de benefícios fiscais previstos no Inovar Auto sem atender à premissa básica do programa: ter produção no Brasil. Procurada, a JAC nega qualquer contato com Palocci e garante ter a “intenção de produzir automóveis no país”.

#Antônio Palocci #JAC Motors #Lava Jato

Lula, lá?

26/10/2016
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 O “vai, não vai” da prisão de Lula tem corroído a previsível comoção que o encarceramento provocará. É como se fosse um anticlimax diário: “Vai ser preso hoje! Não foi. Vai ser preso hoje! Não foi”. Até parece que há método nessa repetição. •••  Em tempo: pesquisa de opinião encomendada pelo Instituto Lula confirma mais ou menos o que todo mundo imaginava. Se for preso, Lula cresce na disputa eleitoral e ganha de todos no primeiro e no segundo turnos. Vai ser difícil desconstruir o “Barba”.

#Lava Jato #Lula

Em nome do pai

26/10/2016
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 Mesmo alvejado pela Lava Jato, Edison Lobão trabalha para demover o Planalto da ideia de trocar a direção da Brasilcap. A subsidiária de capitalização do BB é comandada, desde 2008, por Marcio Lobão, filho do ex-senador.

#Brasilcap #Edison Lobão #Lava Jato

O frio na espinha que a prisão de Lula provoca

20/10/2016
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  Não há tempo de estio na jornada de Luiz Inácio Lula da Silva. A chapa da Lava Jato está sempre fervendo. Na última sexta-feira, escaparam pelas goteiras dos comandos de Curitiba e Brasília sinais de que falta pouco para um xeque-mate. A ansiedade cresceu quando, no meio da tarde, circularam informações sobre uma reunião convocada pela presidente do STF, Cármen Lucia, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e o ministro da Defesa, Raul Jungmann. A motivação formal do encontro publicada nos jornais foi a discussão do Plano Nacional de Defesa, com ênfase na situação dramática do Rio de Janeiro. Mas uma outra versão causou insuperável frisson nos setores diretamente envolvidos. Segundo este relato, as autoridades teriam discutido as consequências de uma grande comoção popular com a prisão de Lula.  A articulação de manifestações violentas por parte de sindicatos e movimentos populares teria sido capturada pela rede de informações do governo. Não são necessários espiões ou arapongas para chegar a essa conclusão. Nas redes sociais, nos últimos dias, têm se multiplicado as ameaças abertas sem nenhuma preocupação de sigilo por parte dos autores. O teor é mais ou menos “prende o Lula que nós vamos explodir tudo”.  Ontem circularam rumores fortes de que o líder do PT seria encarcerado até o fim desta semana na “Operação Fim de Papo”. O já célebre PowerPoint de Deltan Dallagnol e sua tropa de choque apresentando Lula como o “general do crime” não deixa dúvidas de que o pedido de prisão preventiva é inevitável. Nenhuma autoridade pública se comporta daquela maneira se a decisão já não estiver tomada. No Instituto Lula a informação é de que os advogados do ex-presidente têm uma comunicação difícil com o Ministério Público.  Por sua vez, no governo Temer ninguém acha essa prisão uma boa nova. Temer vê um domínio do Congresso total, a aliança sólida com a mídia, as ruas calmas, o ambiente propício para aprovação das reformas conservadoras, então para que um risco político dessa magnitude? O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tem dito que, como está, Lula será um farrapo em 2018, mas, se for preso, torna-se perigosíssimo. Há cheiro de pólvora debaixo do tapete da Lava Jato e nenhuma sensibilidade do Ministério Público em relação à representatividade de Lula e seu apelo popular. A aposta de Deltan Dallagnol e dos procuradores do seu grupo de trabalho é de que a prisão será mais uma e nada mais. A essa altura, é torcer para que estejam certos.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Lula

Moto contínuo

20/10/2016
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 Entre os procuradores da Lava Jato, é grande a expectativa de que um acordo de delação com Branislav Kontic, ex-assessor de Antonio Palocci, torne praticamente inevitável que o próprio ex-ministro da Fazenda siga o mesmo caminho. É o demoníaco efeito pirâmide da deduragem.

#Antônio Palocci #Lava Jato

Rigor

20/10/2016
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 O acordo que a Pasa, do México, está costurando com a Estre Ambiental é mais rigoroso do que o habitual em contratos dessa natureza, notadamente no que diz respeito aos antecedentes da empresa brasileira. Os mexicanos exigem o direito de cancelar a fusão, sem qualquer ônus, caso a companhia seja chamada a responder por algum eventual ilícito do passado. O motivo da cautela da Pasa atende pelo nome de Lava Jato. Citada nas investigações, a companhia controlada pelo BTG e pelo empresário Wilson Quintella prestou serviços de coleta e tratamento de lixo à Petrobras entre 2010 e 2014, período no qual teria amealhado mais de R$ 700 milhões. Em dezembro do ano passado, não custa lembrar, a PF chegou a fazer uma operação de busca e apreensão no escritório da Estre em São Paulo. Procurada, a empresa não quis se pronunciar sobre o assunto.

#BTG Pactual #Estre Ambiental #Lava Jato

Delação destilada

18/10/2016
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 Gim Argello reabriu as negociações para uma delação premiada. Por duas vezes, os procuradores da Lava Jato brecaram o acordo por entender que o ex-senador contava da missa apenas a metade em seus depoimentos. Agora que foi condenado a 19 anos de prisão, Argello vai soltar a voz.

#Delação premiada #Lava Jato

Asfalto quente

14/10/2016
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 A Lava Jato estaria avançando mais algumas jardas na direção da Dersa, a estatal paulista responsável, entre outros projetos bilionários, pela construção do Rodoanel.

#Dersa #Lava Jato

Luiz Estevão

5/10/2016
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 A delação premiada do ex-senador Gim Argello empurra a Lava Jato ainda mais na direção do empresário Luiz Estevão, que cumpre pena na penitenciária da Papuda.

#Lava Jato

Baú aberto

4/10/2016
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 Além de mencionar o suposto envolvimento do senador Valdir Raupp em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, a delação de Nestor Cerveró também descortina sinuosas relações do peemedebista com a Eletronorte .

#BR Distribuidora #Delação premiada #Eletronorte #Lava Jato #Nestor Cerveró

Bullets

28/09/2016
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 O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, aquele que diz não saber o que disse saber, teria sido informado da operação contra Antonio Palocci na tarde da última quinta-feira. •••  Além da iminente venda de parte da Congonhas Minérios, Benjamin Steinbruch tenta atrair o China Development Bank para a Transnordestina . •••  O lobista Milton de Oliveira Lyra Filho, preso pela Lava Jato na última segunda-feira, é bastante próximo de badalados cartolas do futebol brasileiro, inclusive o ex-presidente da CBF José Maria Marin.

#Alexandre de Moraes #Antônio Palocci #Benjamin Steinbruch #CBF #China Development Bank #José Maria Marin #Lava Jato #Transnordestina

Pacote completo

21/09/2016
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 Torre quer vender um pedaço da recém-criada WTLog. Quem chegar vira sócio de uma carteira de R$ 600 milhões em galpões imobiliários e de um empresário investigado na Lava Jato e na Greenfield. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto:  WTLog.

#Lava Jato #Operação Greenfield #WTLog

Bullets

19/09/2016
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 José Serra pretende não só participar do road show dos outros ministros no exterior, mas também organizar os seus individuais. Desafia quem vai captar mais.  Se a República de Curitiba quiser depurar suas investigações na Lava Jato, recomenda-se ouvir o presidente da PwC, Fernando Alves, um expert em Odebrecht e Petrobras.  Geraldo Alckmin trabalha junto ao Planalto para que recursos do FI-FGTS também sejam usados na venda de concessões estaduais. Puxa a brasa para a sua Cesp .  

#Cesp #Geraldo Alckmin #Lava Jato #Odebrecht #Petrobras #PwC

Lula quer apresentar Michel Temer à Lava Jato

16/09/2016
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 O PT tem duas estratégias e um posicionamento definidos para reagir à denúncia do Ministério Público Federal contra Lula. Estes pontos foram exaustivamente debatidos pela cúpula do partido ao longo da tarde de ontem, após o pronunciamento do ex-presidente. Segundo a fonte do RR, assíduo interlocutor do ex-secretário da Presidência da República Gilberto Carvalho, a postura de Lula não será a do candidato de 1989, mas de 2002. Ou seja: indignado, sim, no entanto, até segunda ordem, cordial, bem humorado e disposto ao diálogo. Já as referidas estratégias se cruzam entre si. Uma delas é evitar o confronto aberto com a Lava Jato, mas, ao mesmo tempo, desacreditá-la. Isso significa colocá-la sob suspeição, lançando sobre ela a pecha de parcial e de olhar apenas para um partido ou grupo político. A questão é a sutileza, o ponto da massa antes de tirá-la do forno, coisa em que Lula é perito.  Este movimento abrirá caminho para o complemento da tática delineada pelo PT. O partido pretende colocar foco no atual governo, adotando um discurso com o intuito de colar o Ministério Público em Michel Temer e seus colaboradores mais próximos, muitos deles já devidamente carimbados pela Lava Jato. A premissa é que o bombardeio ao atual presidente e sua távola redonda ajudaria a quebrar o protagonismo do PT e do próprio Lula na Operação. Permitiria também o take over do “Fora, Temer”, grudando o slogan das ruas às investigações do “petrolão”. Ao mesmo tempo, jogar foco sobre Temer evitaria que o ex-presidente concentrasse sua munição contra os procuradores de Curitiba. Até porque este está longe de ser o melhor Lula. Quando se dirige ao Ministério Público, ele automaticamente precisa vestir uma camisa de força e tomar todos os cuidados. Ontem, por exemplo, não fez qualquer menção nominal a Deltan Dallagnol, chefe da força tarefa e âncora do espetáculo midiático conduzido na véspera pelo Ministério Público. No PT, há a convicção de que um duelo escancarado não é o caminho mais recomendável. Seria muito desgaste para pouco resultado, tamanho o prestígio de Sergio Moro e seus cruzados junto à opinião pública. Além do mais, até no discurso oficial quem quer abafar a Lava Jato é Temer, Renan, Cunha, Aécio etc. Não Lula.  No entanto, talvez o ponto mais sensível seja como Lula deve abordar a palavra que não ousa dizer seu nome. Ontem, em 1h20 de discurso, ele não pronunciou o termo “prisão”. Contudo, quem o psicografa garante que o tema terá a sua vez e Lula, como de hábito, saberá o timing exato de colocá-lo sobre a mesa. Ao citar a questão de viva-voz, ele poderá dizer que sua detenção está decidida há décadas e décadas pelas elites. E que o que está em jogo não é o seu cárcere, mas a prisão de uma causa. Por enquanto, não há pistas sobre quem terá o mando de campo do destino de Lula: o discurso evangelizante dos rapazolas da procuradoria ou o rugido rouco das ruas. A única aposta firme é que a imolação de Lula é uma fagulha com inegável poder de combustão.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT

Privatizações e Lava Jato têm encontro marcado no PPI

13/09/2016
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 A segunda-feira foi de bate-cabeças no Palácio do Planalto. Muitas ideias, poucas decisões. Ontem à noite, a poucas horas da primeira reunião do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), ainda não havia uma definição dos projetos e do pacote de benefícios aos futuros investidores que serão levados para o encontro de hoje, em Brasília. O secretário Moreira Franco passou o dia catando pedacinhos de programas anteriores. Até raspas e restos do velho PAC foram usados para dar um toque sinfônico, digamos assim, à apresentação. Colocar vértebras no projeto talvez seja o menor dos problemas. O núcleo duro do Planalto – leia-se o próprio Moreira, Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha – está ciente de que o governo perdeu o que seria o grande ativo para a realização de um programa de privatizações em larga escala: uma espécie de leniência coletiva, ou seja, um grande acordão que permitisse às maiores empreiteiras do país – tanto as já condenadas quanto aquelas ainda sob investigação – além dos grandes investidores, a exemplo dos fundos de pensão, purgar seus malfeitos, quitar seus débitos com a Justiça e, assim, voltar ao game das concessões.  Esta hipótese parecia ter sustentação em Michel Temer e seu grupo político. Puro desejo. O próprio presidente da República e alguns de seus mais próximos colaboradores – a começar exatamente pelo trio Moreira, Geddel e Padilha – são alvos de investigações da Lava Jato, o que automaticamente lhes tira a autoridade para articular uma solução dessa natureza. Um movimento neste sentido vindo dos lados do PMDB será visto como uma tentativa de abafar Curitiba. Ao mesmo tempo, qualquer facilidade ou benfeitoria no programa de desmobilização patrimonial teria a fragrância da suspeição. Ou seja: com o governo Temer, a Lava Jato tornou-se uma “doença” auto-imune.  As aflições do Planalto passam ainda pela crise econômica e pela tensão das ruas. O projeto de ajuste fiscal tem um delay entre a produção de mal estar e bem estar. Enquanto a sensação é de usurpação de direitos, piora da renda e do desemprego – em parte carry over do governo Dilma –, o ambiente de indignação ganha novos decibéis a cada dia. A maneira de mitigar o bordão “Fora Temer” seria entregar parte do que os movimentos sociais querem, entre outras ações suspendendo as reformas trabalhista e da previdência. Mas seu nome não seria Michel se lá estivesse para repetir o governo anterior.  Os ativos de Michel Temer começam a se queimar rapidamente. De maior avalista do seu governo e potencial candidato em 2018, Henrique Meirelles periga se transformar em um ministro insípido, silenciado pelo seu próprio e repetitivo discurso. Só o próprio Temer poderia salvar seu governo de se tornar cada vez mais ralo, com vigor, decisões enérgicas, capacidade de comunicação e carisma. Alguém viu esse Michel Temer por aí?

#Eliseu Padilha #Geddel #Henrique Meirelles #Lava Jato #Michel Temer #Moreira Franco #PMDB #PPI

Itochu sobre as águas brasileiras

12/09/2016
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 A Itochu quer comprar os 51% restantes da Queiroz Galvão na holding Águas do Brasil. Os nipônicos, donos de 49% do negócio, pretendem consolidar o capital integral da empresa. Além dessa aquisição, a Itochu estuda fazer uma oferta pela OAS Soluções Ambientais. Essa animação toda reflete o baixo preço dos ativos no Brasil, decorrente da valorização cambial e da Lava-Jato. Caso feche as duas transações, a Itochu chegará ao segundo lugar do ranking entre os grupos privados da área de saneamento, atrás apenas da Odebrecht Ambiental . • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Itochu e Queiroz Galvão.

#Itochu #Lava Jato #OAS #Odebrecht #Queiroz Galvão

TV Anastasia

22/08/2016
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 Cada sessão da comissão do impeachment na TV Senado já é tratada no PSDB como um ato de campanha de Antonio Anastasia ao governo de Minas Gerais em 2018. Isso, claro, se a Lava Jato não interromper a caminhada.

#Lava Jato #PSDB

Resposta Ricardo Magro

18/08/2016
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 Sobre a nota publicada no dia 11/08, Ricardo Magro informa “desconhecer que seja investigado pela Operação Lava-Jato e considera pouco profissional o termo figurinha carimbada da Lava-Jato. Por fim, destaca que a Refinaria de Manguinhos é uma empresa listada na Bovespa, tendo como acionista majoritário empresa do Grupo Familiar que o mesmo faz parte.”

#Lava Jato

Lava Jato AM

5/08/2016
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 A Rádio Satélite, de Pernambuco, estaria à venda. Trata-se de uma mais célebres emissoras do país desde o advento da Lava Jato. O Ministério Público Federal garante que ela pertence a Eduardo Cunha. O deputado, por sua vez, não se cansa de negar a propriedade da rádio, afirmando que a vendeu para o pastor RR Soares há quase dez anos.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Rádio Satélite

A vez de Zelada

1/08/2016
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 Mais um baú de trepidantes memórias poderá se abrir na Lava Jato. Condenado a 12 anos de prisão, o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada abriu negociações para um acordo de delação premiada.

#Lava Jato #Petrobras

Jucá elétrico

26/07/2016
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 Em novo depoimento à Lava Jato, Sergio Machado teria desfiado um rosário de traquinagens do senador Romero Jucá na Eletronorte.

#Eletronorte #Lava Jato

Grande família

20/07/2016
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 Pelos documentos apreendidos na residência do lobista Milton Lyra no último dia 5 de julho, os procuradores da Lava Jato estão convencidos de que ele tem a chave da alma dos senadores Romero Jucá e Eunício de Oliveira.

#Lava Jato

Mapa da mina

11/07/2016
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 A Galvão Engenharia é um case entre as empresas do setor que logo no início do Lava Jato optaram por saldar suas dívidas. O ovo de Colombo foi a securitização dos atrasados da Petrobras e a negociação desses passivos com os bancos credores. Quando fez as operações, o deságio sobre os débitos da estatal ainda estava baixo. Quem esperou a Lava Jato turbinar já não conseguiu reestruturar suas dívidas com o mesmo modelo.

#Galvão Engenharia #Lava Jato #Petrobras #Petróleo

Temer precisa pagar pelo passado antes das novas concessões

7/07/2016
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 O anúncio da secretaria geral do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) de que a temporada de novos leilões de concessões está prestes a ser iniciada é considerada uma piada de salão na indústria de bens de capital. O secretário-ministro Moreira Franco até pode se esforçar para dar celeridade ao processo. Só que o buraco dos investimentos é bem mais embaixo. O governo é inadimplente em contratos de concessões desde 2012. O valor dos recursos travados já chega a R$ 40 bilhões. Em tese, a retenção de verbas não estaria projetada no déficit primário de R$ 170 bilhões estimado para este ano. Se fosse para valer, o rombo saltaria para R$ 210 bilhões, ou, na hipótese mais edulcorada, para R$ 185 bilhões, com o governo honrando os aditivos em contratos do século passado, a partir de 1994, no valor de R$ 15 bilhões. Segundo a Associação Brasileira de Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), esses aditivos poderiam ser destravados no curto prazo, com os pagamentos realizados em até seis meses.  O pré-calote com as concessões não é um fato isolado no sertão da formação bruta de capital fixo. A falta de uma solução para o acordo de leniência com as empreiteiras e os pagamentos suspensos pela Petrobras – quer seja pelo simples atraso dos investimentos, quer seja pela inidoneidade dos seus fornecedores – se juntam às dívidas oficiais com as concessionárias. Aliás, bom negócio se os atrasados forem considerados dívidas e não simplesmente pagamentos cancelados por alguma motivação não prevista. Entre os múltiplos motivos da queda dos investimentos consta a Lava Jato. A operação passa a limpo o país do futuro, mas, no curto prazo, cria um psiquismo enorme entre os empreendedores do setor de infraestrutura. É o chamado risco de “quem será a próxima vítima?”.  Se quiser reverter esse cenário de 10 trimestres consecutivos de retração na formação bruta de capital fixo, o governo de Michel Temer terá de ir além das trucagens com as expectativas, valendo-se de juras e promessas refletidas nos índices de confiança. Um bom início é coçar o bolso e saldar algum dos atrasos com esses mesmos empresários que pretende chamar para a próxima rodada de concessões.

#Lava Jato #Michel Temer #Moreira Franco #Petrobras #PPI

Acervo RR

Hora da verdade

6/07/2016
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 Nos últimos dias, o ex-deputado André Vargas passou a considerar como nunca antes a hipótese de uma delação premiada. O motivo é a prisão do ex-ministro Paulo Bernardo. Vargas teme que a Lava Jato esteja fechando o cerco a Gleisi Hoffmann, assim como ele uma das principais peças do PT no Paraná.

#Lava Jato

Vice do vice

4/07/2016
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 Em público, Fernando Haddad diz que Gabriel Chalita está mantido como candidato a vice em sua chapa; entre quatro paredes, já busca alternativa. O assunto foi tratado nos últimos dias entre o prefeito e Carlos Lupi, que acumula a presidência nacional e de São Paulo do PDT. A preocupação de Haddad é o impacto negativo da citação de Chalita na delação de Sérgio Machado. Já basta o desgaste do PT com a Lava-Jato.

#Carlos Lupi #Fernando Haddad #Lava Jato #PDT #PT #Sérgio Machado

Custo BR

28/06/2016
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 Um dos passivos da Lava Jato que serão herdados pelo novo sócio ou – quem sabe? – futuro controlador da BR Distribuidora: neste momento, há 36 funcionários da estatal sob investigação interna. Seus e-mails, ligações telefônicas e negociações comerciais de que participaram estão sendo escarafunchados de cima a baixo. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: BR Distribuidora.

#BR Distribuidora #Lava Jato #Petróleo

Novena

28/06/2016
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 O empresário Marcelo Odebrecht completa hoje exatas 9.000 horas de cárcere. Não foi julgado nem há previsão para que isso ocorra. Mas, como se vê, isso é um detalhe.

#Lava Jato #Marcelo Odebrecht

Ranking

22/06/2016
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 Na avaliação do próprio Planalto, Bruno Araújo, das Cidades, e Mendonça Filho, da Educação, disputam cabeça a cabeça quem terá a honra de ser o próximo ministro degolado pela Lava Jato.

#Lava Jato

Vida real

17/06/2016
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 Os procuradores de Curitiba, especialmente Deltan Dallagnol, foram sondados para fazer uma participação especial na série sobre a Lava Jato que José Padilha está produzindo para o Netflix.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato #Netflix

Perigo real

14/06/2016
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 O ex-senador Gim Argello, preso há dois meses, tem um motivo extra para contar tudo o que sabe aos procuradores de Curitiba: evitar que sua mulher, Marcia Cristina Varandas Argello, também caia no alçapão da Lava Jato. A força tarefa investiga uma série de movimentações suspeitas em contas da esposa do ex-parlamentar.

#Lava Jato

Quem encara os riscos da repatriação?

13/06/2016
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 Desabou a expectativa de ingresso de recursos estrangeiros no país através da janela da repatriação. Para os técnicos do Ministério da Fazenda um dos motivos deste recuo são as imprecisões existentes na lei, que deixaram um rastro de dúvidas sobre a segurança e o ônus efetivo da operação. A causa maior, entretanto, é o clima de instabilidade institucional que atravessa o país: “A cultura da prisão”, segundo o interlocutor do RR.  A solução para reverter a inquietação dos detentores de recursos externos seria a aprovação de garantias por meio de emenda constitucional. Mas não parece aos técnicos que o Congresso esteja colaborativo a esse ponto. “Pedido de prisão de políticos, Operação Lava Jato, denúncia de propinas e a anistia de dinheiro fugitivo é uma equação que não fecha”.

#Lava Jato

Um pacto à luz do dia em nome da democracia

31/05/2016
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 O futuro da democracia brasileira passa, nas próximas semanas, pela antecipação da eleição direta para a Presidência, um pacto entre as principais lideranças políticas e os Poderes da República e a definição sobre a negociação de uma “janela” na Lava Jato para que o pleito possa se dar de forma soberana. A ordem dos fatores altera o produto. O pacto social antecede os demais, pois lubrifica as mudanças constitucionais necessárias e o novo ambiente institucional. O acordão por meio do qual pretende se legitimar as “Diretas Já” é primo distante daquele conspirado por Romero Jucá e Sérgio Machado. É motivado por intenções distintas, pode ser articulado e anunciado à luz do dia e, em vez de ser uma costura entre Eduardo Cunha, Michel Temer, Renan Calheiros et caterva, seria alinhavado, por cima, por Fernando Henrique Cardoso, Lula, Ciro Gomes, Dilma Rousseff, Jaques Wagner, Tasso Jereissati e, acreditem, Aécio Neves, além de empresários de primeira grandeza que voltaram a pensar no Brasil.  Os articuladores não acreditam em uma reação de Temer e sua turma, denunciando o “golpe dentro do golpe”, apesar de estarem atentos aos afagos cada vez mais explícitos do presidente interino aos comandantes militares. O professor de Direito Constitucional e suas eminências pardas sabem que a governança do país é extremamente frágil. Um “frentão” juntaria as ruas com a Av. Paulista e mudaria de direção o leme da imprensa. O espinho é o que fazer com a Lava Jato, que, se por um lado, descortinou as tenebrosas transações com a pátria mãe tão distraída, por outro, gangrenou a democracia com a criminalização do futuro. A instituição de uma “janela” na nossa Operazione Mani Pulite seria uma concessão para que as eleições diretas já não se dessem no ambiente de investigações, delações e aceitação de provas forjadas que sancionam a culpa antes mesmo da denúncia. Pensa-se em algo derivado a partir do modelo de anistia com punições razoáveis criado para a repatriação do capital estrangeiro: quem confessa sua irregularidade não é criminalizado, mas paga multa pecuniária.  Todos os participantes desse programa de adesão espontânea não teriam seus direitos eleitorais subtraídos inteiramente, mas somente no próximo pleito. A condição para que o próprio infrator confessasse a “malfeitoria de fato” sem ser criminalizado esterilizaria os porões das investigações, nos quais a intimidade do cidadão é devassada e revelada no limite dos seus pensamentos inconfessáveis, que nada têm a ver com qualquer dos delitos aventados. É nesse ponto crucial que surge a importância simbólica de Sérgio Moro em toda essa arrumação. Caberia a ele validar a seguinte mensagem: a Lava Jato não morreu, a Lava Jato entrou em uma nova fase. E não vai ter “golpe” e crime estampado diariamente nas bancas de jornais. Vai ter eleição e vai ter governança.

#Aécio Neves #Ciro Gomes #Dilma Rousseff #Eduardo Cunha #FHC #Jaques Wagner #Lava Jato #Lula #Michel Temer #Renan Calheiros #Romero Jucá #Sérgio Machado #Sérgio Moro

Água e esgoto

27/05/2016
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 A Aegea Saneamento negocia a compra de ativos da OAS Soluções Ambientais. Tragada pela Lava Jato, a empresa se resume hoje a uma concessão em Guarulhos e outra em Lima, no Peru. Procurada, a Aegea confirmou o interesse na operação de Guarulhos.

#Aegea #Lava Jato #OAS

Sala de espelhos

25/05/2016
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 Michel Temer só se decidiu pelo afastamento de Romero Jucá, na última segunda-feira, após uma longa conversa com Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima, também citados na Lava Jato. Faz sentido.

#Lava Jato

“Governo Cunha” avança novas jardas

20/05/2016
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  A cada dia que passa, Eduardo Cunha amplia seu raio de ação e estende um novo tentáculo no governo Michel Temer. Cunha mira agora nos bancos estatais. Na Caixa Econômica Federal, a bola da vez é o deputado Manoel Junior (PMDB-RJ), forte candidato à vice-presidência de Operações Corporativas. O parlamentar carrega como maior credencial para o cargo o fato de ser um dos mais fiéis aliados de Cunha no Congresso. Ao mesmo tempo, o presidente afastado da Câmara estaria cavando uma diretoria do Banco do Brasil para o executivo Joaquim Cruz, funcionário de carreira da instituição. Neste caso, a indicação pode ser atribuída a um “consórcio” entre Cunha e Ciro Nogueira, presidente do PP. Foi o próprio Nogueira que há cerca de dois meses garantiu a nomeação de Joaquim Cruz para a diretoria de negócios do Banco do Nordeste .  O que mais chama a atenção é a investida de Eduardo Cunha sobre a Caixa Econômica. Caso se confirme, a nomeação de Manoel Junior configurará caso de reincidência. Durante o governo Dilma Rousseff, Cunha manteve os dois pés no banco com a presença de Fabio Cleto na vice-presidência de Governo e Loterias. Deu no que deu. Hoje, Cleto negocia um acordo de delação premiada com a Lava Jato. Ele já teria confirmado aos procuradores de Curitiba que Eduardo Cunha recebia propina de empresas beneficiadas com recursos do FI-FGTS, fundo administrado pela Caixa.

#Banco do Nordeste #Caixa Econômica #Eduardo Cunha #FI-FGTS #Lava Jato #Michel Temer

“Nada consta”

20/05/2016
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 O ministro Romero Jucá faz intensa campanha no Planalto para que Fernando Bezerra (PSB-PE) seja o líder do governo no Senado. Bezerra, aliás, preenche o que parece ser um dos requisitos para participar da gestão Temer: está citado na Lava Jato.

#Lava Jato

Um cão entre os jaburus

17/05/2016
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 Os “jaburus” – leia-se o quarteto de ferro Moreira Franco, Eliseu Padilha, Romero Jucá e Geddel Vieira Lima – avaliaram a primeira entrevista do ministro da Justiça, Alexandre Moraes, publicada no último fim de semana, como um desastre. O consenso é que Moraes vai penar para se livrar da pecha de que sua grande missão no cargo é brecar a Lava Jato. Além disso, o novo ministro levou para dentro do governo assuntos absolutamente indesejados, como repressão a manifestações e movimentos sociais e o escândalo da merenda de São Paulo.

#Lava Jato

Eternidade

6/05/2016
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 A título de curiosidade: pelo pedido de Rodrigo Janot ao STF, Aécio Neves terá 90 dias para prestar depoimento sobre as denúncias de participação em um esquema de propina em Furnas. Como o inquérito se baseia também na delação feita por Alberto Youssef em agosto do ano passado, significa dizer que, na melhor das hipóteses, Aécio vai depor mais de um ano após as primeiras denúncias.

#Alberto Youssef #Furnas #Lava Jato #STF

Alcateia

4/05/2016
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 O que se diz nos corredores da Lava Jato é que os novos depoimentos de Nestor Cerveró jogam lava quente em cima do ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão.

#Lava Jato #Nestor Cerveró

Naji Nahas sempre volta à ribalta

22/04/2016
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 Investigado pela Lava Jato e alvo da delação premiada do empreiteiro Milton Schahin, Naji Nahas vê ressurgir na Justiça um rumoroso caso que remonta à década passada. O empresário Marco Antônio Audi reuniu novas provas no processo de cobrança de uma dívida de mais de R$ 130 milhões do especulador com a Química Industrial Paulista. Nahas sempre alegou não ter patrimônio suficiente para cobrir o passivo. No entanto, segundo o RR apurou, Audi vai apresentar testemunhas envolvidas na venda do terreno que hoje abriga o Pátio Malzoni com o objetivo de provar que ele é um dos proprietários do imóvel, uma dos mais luxuosos centros empresariais de São Paulo. Para todos os efeitos, a famosa Torre A do Pátio Malzoni, com 26.900 m2 vazios há cinco anos, pertence a um grupo de investidores árabes, cujos nomes ninguém nunca ouviu falar. Vários credores já entraram na Justiça pedindo a investigação sobre a propriedade do terreno da Torre Malzoni. Alegam que ela pertence a Nahas e que deveria, portanto, ser arrestada.

#Lava Jato #Química Industrial Paulista

Lula sopra para longe a campanha do “Diretas Já”

19/04/2016
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 Diretas já ou em 2018? Esse é o dilema que está dividindo o “Estado Maior” do PT, a começar por Dilma Rousseff e Lula. Apesar do fragoroso baque político, o governo acha que ainda tem fôlego para ressurgir por outro caminho. A presidente, com o apoio do “lulista” Jaques Wagner, defende que se inicie imediatamente a campanha pela antecipação das eleições. Dilma está destroçada e já tinha ensaiado publicamente a proposta antes da votação do impeachment. Nesse caso, o pleito se realizaria em outubro, junto com as eleições municipais. Por essa visão, o ambiente altamente politizado e a expressiva posição de Lula nas pesquisas de intenção de voto favoreceriam a candidatura. Existe também a leitura de que a precipitação da campanha o blindaria contra a Lava Jato. Seria como se a prisão de Lula fosse “um golpe elevado ao quadrado”.  O ex-presidente, contudo, parece preferir o conselho de Leonel Brizola: “Mingau quente se come pelas bordas”. Lula acredita que, depois da euforia promovida pelo mercado, pela mídia e pela parcela do Congresso que cobrará de Michel Temer sua prebenda, o preço de ser o salvador da pátria vai custar caro ao atual vice-presidente. O seu cobertor ficará curto: ou deixará os empresários insatisfeitos em suas elevadas expectativas ou os trabalhadores ao relento. Agasalhar a ambos é uma missão difícil, que não se coaduna com o perfil de Temer e de seus aliados e muito menos com o seu programa de governo. Lula também acredita que o discurso do “golpe” vai render mais no longo prazo. Ele pretende retomar as viagens ao exterior, buscando criar uma consciência nessa direção, de fora para dentro do país. Toda essa coreografia, é claro, dependerá do STF ou de Sergio Moro.  Temer também pretende fazer suas surpresas. Manterá o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ainda que com nova composição, e criará um Conselho Superior da República para o qual espera contar com a participação de Fernando Henrique Cardoso. Os programas sociais de menor custo no orçamento e forte impacto inclusivo, a exemplo do Bolsa Família, Pronatec e Fies, não só serão mantidos como também reforçados. Serão a contrapartida da desindexação salarial, da reforma da Previdência e da flexibilização das relações trabalhistas. A novidade das novidades seria uma campanha de governo contra a corrupção, conclamando a todos a ficarem alertas. Com isso, a gestão Temer manteria aceso o espírito do impeachment. Seus compromissos em um futuro governo se entrelaçam desde já: fazer uma administração capaz de apagar o PT da memória e garantir que as eleições se realizem somente em 2018.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Jaques Wagner #Lava Jato #Michel Temer #PT #Sérgio Moro

Efeito dominó

14/04/2016
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 Entre efeitos colaterais de maior ou menor impacto, o envolvimento de Delcídio do Amaral na Lava Jato embaralhou a disputa pela prefeitura de Campo Grande (MS). A candidatura de Zeca do PT, que tinha em Delcídio seu principal articulador, perdeu força. A ponto de o ex-governador André Puccinelli (PMDB) tentar cooptar petistas para a sua campanha.

#Delcídio do Amaral #Lava Jato #PMDB

Tudo em família

6/04/2016
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 A Lava Jato está ligando os pontos entre o Postalis , o ex-ministro Edison Lobão e seu filho Luciano Lobão.

#Lava Jato #Postalis

Wärtsilä põe um pé na porta de saída

5/04/2016
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  A Wärtsilä, gigante mundial da produção de sistemas de geração para plataformas de petróleo e termelétricas, está com um pé fora do Brasil. A empresa já esgotou todo o seu paiol de medidas na tentativa de manter a operação no país, com demissões, redução dos custos e suspensão de contratos com fornecedores. A única planta da companhia no Brasil, localizada no Porto do Açu, no norte do Rio de Janeiro, está paralisada e não há qualquer previsão de retomada das atividades.  A Wärtsilä foi arrastada pela Lava Jato e, em particular, pela débâcle da Sete Brasil. A encomenda de motores para dez sondas para a prestadora de serviços à Petrobras foi cancelada. Para piorar, até o momento os finlandeses não conseguiram fechar qualquer novo contrato que justificasse a reabertura da fábrica do Açu e, no limite, a própria continuidade das suas operações no Brasil. Procurada, a companhia confirma que decidiu “hibernar” a operação do Açu devido aos “adiamentos no prazo de entregas de equipamentos”. A Wärtsilä garante que o “Brasil permanece como um dos principais mercados para a empresa no mundo”.  Apesar de termos publicado o posicionamento da Wärtsila, a companhia procurou o RR, após a publicação da matéria, para esclarecer alguns pontos. Segue o consideramos relevante. O restante já está esclarecido na matéria.  “A companhia classifica como leviana a informação de que fora “arrastada” pelo andamento das operações da Lava Jato, uma vez que suas operações no país não se resumem ao contrato com a Sete Brasil. Com uma base instalada de 2600 MW em 30 usinas e 1166 MW em 271 embarcações e instalações offshore, a empresa atua em três grandes divisões: Energy Solutions; Marine Solutions; e Services, não restringindo, portanto, sua operação ao Delivery Centre Açu (DCA) – unidade que encontra-se em hibernação no aguardo dos novos prazos por parte de seus clientes. No Brasil, a empresa opera seu escritório matriz no Rio de Janeiro e centros de serviços em Niterói (RJ), Manaus (AM) e Recife (PE), além de estar presente em outros seis estados.”

#Lava Jato #Petrobras #Wärtsilä

Camargo Corrêa desfruta com júbilo do elogio da traição

31/03/2016
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 O presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, Victor Hallack, se considera o grande vencedor entre todos os dirigentes da construção pesada envolvidos na Lava Jato. Segundo fonte do RR, em petit comité Hallack não só descarta os planos de venda da empreiteira do grupo, que, chegaram a ser publicamente cogitados, como confidencia que as operações de Sergio Moro deverão resultar em um grande crescimento da companhia no setor. O raciocínio do executivo é o de um fino estrategista. Ele acredita que a delação e o acordo de leniência de primeira hora higienizaram a Camargo Corrêa, distinguindo-a das demais empreiteiras no quesito “reputação”. Palavras textuais de Hallack: “A Camargo Corrêa passou a ter uma posição privilegiada e a sociedade já percebeu isso”.  O segundo round é a aposta de que o governo não deixará a engenharia nacional ser soterrada. Em algum momento – e Hallack está convicto de que ele não deverá tardar –, será necessária uma temporada de consolidação de um setor que se encontra praticamente quebrado. Não é difícil prever que o biotônico financeiro vai favorecer a Camargo Corrêa. A primazia nesse processo é o dote pela traição de seus pares. A deduragem inaugural permitirá que a companhia seja a primeira da fila para receber os pagamentos de obras públicas em conclusão. A Camargo Corrêa também poderá se apresentar em novas licitações.  Hallack fez tudo de caso pensado. Separou as sócias do grupo do imbróglio e instruiu os principais executivos a abrirem o bico, livrando-se, ele próprio, da ameaça de outras delações – afinal, quem fala primeiro se protege das maldades do segundo. Ao mesmo tempo, criou condições para o fortalecimento da companhia, vendendo ativos que não pertenciam ao core business e blefando ao dizer que passaria à frente a construtora. Com todas essas manobras, trouxe para si a prerrogativa de desqualificar as demais empresas do setor, inclusive ressaltando que elas não têm credibilidade para assinar novos contratos no exterior. Na visão da concorrência, Hallack agiu como Joaquim Silvério dos Reis, usando de um expediente traiçoeiro para fechar o mercado a todas as grandes congêneres. A Camargo Corrêa é uma empresa de grande tradição na engenharia nacional. Tem um portfólio de obras que a qualifica e uma gestão reputada entre as melhores do setor. Não precisava se tornar vencedora aproveitandose do expediente da aleivosia para tripudiar sobre as demais. É uma história de sucesso desavergonhado.

#Camargo Corrêa #Lava Jato

Lava Jato

23/03/2016
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 A deduragem do empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, promete ser uma das mais reveladoras da nova leva de depoimentos já colhidos pela Lava Jato. A delação, segundo uma fonte do RR, vai pipocar nas mídias neste fim de semana. A ver.

#Lava Jato #OAS

Delatar ou não delatar?

22/03/2016
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Mesmo com o relaxamento da prisão de José Carlos Bumlai por questões de saúde, seus familiares insistem para que o pecuarista feche um acordo de delação premiada. O maior temor dos parentes é que seu filho mais velho, Mauricio Bumlai, seja inapelavelmente arrastado para a Lava Jato. Mais de metade dos bens do empresário está também no nome do primogênito. Com os números que têm nas mãos, os procuradores federais podem fazer um estrago. Segundo as investigações, o patrimônio de José Carlos Bumlai saiu de R$ 3,8 milhões em 2004 para R$ 270 milhões em 2012, sem que houvesse a comprovação de renda suficiente para justificar o aumento no período.

#José Carlos Bumlai #Lava Jato

Toma lá, dá cá

18/03/2016
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 Vai sobrar para Minas Gerais. O empreiteiro Sergio Cunha Mendes negocia um acordo de delação premiada. Ressalte-se que o ex-vicepresidente da Mendes Junior já foi condenado por Sergio Moro a 19 anos de prisão.  Nos cálculos da Lava Jato, o iminente acordo de leniência com a UTC Engenharia, de Ricardo Pessoa, deverá render algo em torno de R$ 600 milhões. Procurada pelo RR, a Mendes Junior não comentou o assunto.

#Lava Jato #Mendes Junior #UTC

Tucanos saem feridos do massacre contra o PT

15/03/2016
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  Passados os momentos de euforia, a noite do último domingo foi de preocupação para os principais líderes do PSDB. Até o início da madrugada, a cúpula do partido, notadamente Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, José Serra, Alberto Goldman e Aloisio Nunes Ferreira, manteve uma intensa linha cruzada de conference calls e trocas de mensagens, nas quais expressaram sua apreensão com o rescaldo das manifestações. Nas entrelinhas, os protestos acabaram se revelando um sinal de alerta para o PSDB. Na avaliação dos caciques do partido, ficou claro que a sigla não capitalizou a mobilização das ruas. O PT sangra abundantemente, mas os tucanos não conseguem se aproveitar dessa hemorragia.  Em diversas capitais do país, menções ao PSDB geraram vaias. A maior surpresa, contudo, foi com a “acolhida” que os dois pré-candidatos do partido à presidência tiveram na Av. Paulista. Assim que chegaram ao local, por volta das 16 horas, Geraldo Alckmin e Aécio Neves foram longamente apupados. O senador mineiro foi recebido aos gritos de “Aécio ladrão”. Alckmin, por sua vez, teve de enfrentar impropérios relacionados ao desvio de merenda nas escolas públicas e à crise no abastecimento de água no estado. Escoltados por policiais à paisana, não permaneceram mais do que 20 minutos entre os manifestantes. Foram aconselhados pelo secretário estadual de segurança, Alexandre de Moraes, a voltar para o carro. Antes, segundo o RR apurou, Moraes teria solicitado reforço policial.  Pesquisas encomendadas pelos tucanos já traziam sinais de que a epidemia anti-PT começa a contagiar o PSDB, além do próprio PMDB – a rigor, os partidos que realmente contam no jogo político. Entre os tucanos a maior dose de antipatia é dirigida a Aécio Neves, possivelmente uma reação à postura mais radical do senador mineiro. A percepção é que ele escalou em demasia a bandeira do impeachment de Dilma Rousseff, passando ao eleitor mais sensível a clara sensação de que sua única preocupação é antecipar as eleições de 2018 em nome de um projeto pessoal. Ressalte-se que o senador mineiro já vem em um processo de desgaste que se acentua com a delação premiada de Delcídio do Amaral. Os depoimentos do petista trazem Aécio para a Lava Jato.  A falta de maior apoio mesmo entre a parcela da população que defende a queda de Dilma Rousseff aumenta a preocupação dos tucanos com o day after de um eventual impeachment. A inquietação alcança também a postura da mídia diante da continuidade da Lava Jato – e ninguém duvida de que ela sobreviverá, mesmo com uma troca de governo. O PSDB não tem qualquer garantia de que os vazamentos serão contidos e muito menos de que a imprensa se manterá distante de eventuais denúncias contra o partido. Por uma curiosa atração fatal, tucanos e petistas, dois extremos que se odeiam, podem acabar irmanados na beira do precipício, mesmo que de costas um para o outro.

#Aécio Neves #Delcídio do Amaral #Dilma Rousseff #Geraldo Alckmin #Impeachment #José Serra #Lava Jato #PSDB #PT

Política

Pai zeloso

15/03/2016
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 O coração de pai teria sido determinante na decisão do ex-presidente do PP Pedro Corrêa de fechar sua delação premiada. A Lava Jato começava a triscar nos calcanhares de sua filha, a também ex-deputada Aline Corrêa.

#Lava Jato

Ricardo III

14/03/2016
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 Bernardo Cerveró, filho de Nestor Cerveró e algoz de Delcidio do Amaral, deverá passar uma longa temporada no exterior, para todos os efeitos estudando artes dramáticas. Precisa?

#Delcídio do Amaral #Lava Jato #Nestor Cerveró

Ponte a OAS

11/03/2016
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 A Lava Jato espera que a delação premiada de Leo Pinheiro seja também uma ponte até Cesar Mata Pires, o todo-poderoso da OAS.

#Lava Jato #OAS

Delação elétrica

9/03/2016
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 A Rádio Lava Jato informa: além da senadora Gleisi Hoffmann, a delação premiada do ex-vereador paranaense Alexandre Romano, vulgo “Chambinho”, apontaria também na direção do presidente de Itaipu, Jorge Samek. A conferir.

#Itaipu Binacional #Lava Jato

Jararaca empurra a Lava Jato no rumo da isenção

7/03/2016
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 Pode ser que a jararaca não vire o jogo ainda, mas o humilhante episódio da condução coercitiva vai corrigir distorções escandalosas no processo de delação premiada. Até agora, Ministério Público e Polícia Federal bons eram aqueles que colhiam depoimento de indícios de ilícitos somente de um setor das arquibancadas, ideologicamente bem definido e representando o agrupamento político mais odiado pelas classes dominantes. Esse agrupamento era invariavelmente associado com o segmento empresarial detentor da pecha de mais corrupto da sociedade pelo fato de ter as incestuosas relações com o Estado desde sempre. Ministério Público e Polícia Federal ruins seriam os que se manifestassem pelo benefício da dúvida para o PT e as empreiteiras que sempre viveram nas franjas de qualquer governo. É possível que tenham surgido condutas condenáveis ou criminalizáveis dessa parceria? É mais do que provável; é certo. Mas é injusto, faccioso, tendencioso que as delações premiadas fiquem circunscritas a um lado só da história.  Pois bem, segundo uma fonte do RR, a reação popular à condução coercitiva de Lula tocou fundo nas sinapses do estrategista Sergio Moro. Até agora a batalha pela adesão popular tinha sido ganha. Mas só até agora, ressalte-se. Existem 11 delatores premiados na fila para a beatificada deduragem. A orientação agora é que a entrevista seja giratória, ou seja, o dedo duro terá de acrescentar denúncias novas em outras esferas de interesse, ou seja, fora do “crime em voga”. O delator vai precisar sair da casca e entregar infrações em áreas diversas, personagens diferentes, partidos e grupos ideológicos distintos. Em síntese, terá de fazer justiça, a concepção que Moro vendeu, mas não entregou. O impacto da entrada de Lula em cena, inflado pela humilhação, fragiliza a opção única pelo PT como monopolizador da criminalidade nacional. Avaliaram mal a força do seu carisma. A operação, que era para quebrar a espinha do ex-presidente, ressuscitou sua fibra e a militância do partido. Um desastre de imagem, para um nada de retorno.  O RR teve a garantia de que Lula vai bater na tecla dessa descarada predileção do Judiciário por ele e seus companheiros. Os procuradores, por sua vez, não passarão recibo. Para manter o projeto de poder da República de Curitiba, Moro vai trazer à baila a turma de FHC, Sarney e Collor. Aliás, o RR nunca acreditou que o PT fosse uma obsessão dos procuradores. A coroa de espinho da oposição estaria guardada. O foco original no PT era devido à sua condição de poder dominante. Agora, vai sobrar delação para todo mundo. Se não for assim, Moro, ao invés de virar o Zorro, o justiceiro, vira o Tonto, enviesado de corpo inteiro no jogo político.  NR: A questão Lula em nada altera a palermice do governo. Dilma Rousseff tem de acertar alguma coisa para pegar uma carona no episódio.

#Dilma Rousseff #Lava Jato #Lula #Sérgio Moro

Leniência

7/03/2016
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 O que se diz nos corredores da Lava Jato é que a Galvão Engenharia está prestes a assinar um acordo de leniência com a Controladoria Geral da União (CGU). Procurada, a empresa nega.

#CGU #Galvão Engenharia #Lava Jato

Pátria da delação

4/03/2016
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 A suposta delação-bomba de Delcídio do Amaral, desconfirmada pelo próprio ontem, está preocupando os entusiastas de que a Lava Jato vá atropelar Lula e Dilma. Mesmo que não tenha feito a delação, não será a primeira vez que Delcídio desmente o que disse, vide o caso Esteves.  Por falar no assunto, a escola de deduragem da Camargo Corrêa ainda não emplacou. Só dois funcionários aderiram ao Programa Interno de Incentivo à Colaboração, implantado pelo grupo.

#Camargo Corrêa #Delcídio do Amaral #Lava Jato

Onipresença

4/03/2016
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 Como se já não bastasse a Lava Jato, a Operação Zelotes está triscando nos calcanhares da Engevix.

#Engevix #Lava Jato

Só falta o cachê

3/03/2016
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 Os líderes do “Vem pra Rua” tentam convencer o procurador Deltan Dallagnol e demais integrantes da força-tarefa da Lava Jato a participar das manifestações previstas para o dia 13 de março. Seriam os garotos-propaganda ideais para evitar o fracasso dos últimos protestos.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato

Caixa de Pandora

29/02/2016
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 O que se diz nos corredores da Lava Jato é que, depois da Valec, a próxima vítima do acordo de leniência da Camargo Corrêa será o DNIT, há tempos uma espécie de sesmaria do PP. A conferir.

#Camargo Corrêa #Lava Jato #Valec

Estado de vigília com a “Operação Próxima Vítima”

25/02/2016
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  A “higienização” promovida pelo Judiciário está criando um clima de pânico no meio empresarial. O RR conversou com um dos participantes de uma reunião realizada em São Paulo entre potentados do setor privado – o encontro contou também com a presença de um ex-ministro do STJ. O sentimento dominante, segundo a fonte, é que o empresariado, de antemão, já foi criminalizado. O informante abre o jogo: “Tendo em vista as relações tradicionalmente incestuosas com o setor público, as empresas privadas, com raríssimas exceções à regra, podem ser enquadradas em alguma malfeitoria.”  A indignação maior é com a fragilização dos mecanismos de defesa: “É como se o Judiciário tivesse ampliado seu direito dentro do estado de direito.” O recurso recorrente da delação, a extrapolação do instrumento da prisão preventiva e o vazamento de informações de processos que correm em segredo de Justiça seriam exemplos do novo regime em vigor. A priori, seguindo a linha de raciocínio da Lava Jato, todos os empresários já estão condenados pela simples suspeição. Por este fato, vivem em permanente expectativa sobre quem será a próxima vítima. A convicção é que a volúpia criminalizante transbordará da construção pesada para outros setores da economia. De acordo com a fonte, a sensação é de que não existe chão debaixo dos pés: “No passado recente, era ainda uma boa paranoia se pensar que o processo estava condicionado a uma disputa ideológico-partidária no epicentro do poder. Hoje, não restam mais dúvidas de que o Judiciário não está nem à esquerda nem à direita, e, muito menos, em conformidade com o histórico de suas ações no país.”  Há concordância de que os ilícitos relacionados à Petrobras fugiram a qualquer parâmetro anterior. Ocorre que o caso, muito embora a sua excepcionalidade, estendeu a todo o setor empresarial a dúvida quanto à probidade de seus atos. In dubio, corruptum est. A resultante são ameaças veladas de desinvestimento, fuga de capitais, desemprego, colapso de segmentos inteiros da indústria etc. Essa reação ao risco jurídico se dá em um péssimo ambiente econômico, o que acaba potencializando seu efeito destrutivo sobre o “espírito animal” do empresário (Apud John Maynard Keynes).  É compreensível o mal-estar dos empresários com essa nova combinação de fatos. Contudo, não há como justificar à luz do dia práticas como caixa 2, tortuosos financiamentos de campanha, contas invisíveis no exterior etc. Quem tomou o risco desses procedimentos para maximizar seus lucros que assuma as consequências – não custa lembrar que “lucro” vem da mesma raiz que a palavra “logro”. Mas alguma coisa se quebrou. Esse medo compartilhado pelo empresariado não tem precedente. As reuniões vão continuar, garante a fonte do RR.

#Lava Jato

Fila para o “Lava Jato”

24/02/2016
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 O juiz Sergio Moro tem sido procurado por uma grande editora interessada em comprar os “direitos autorais” da Lava Jato. A concorrência vai fazer fila.

#Lava Jato #Sérgio Moro

Blockbuster

17/02/2016
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 Uma das próximas atrações da Lava Jato será a acareação entre Fernando Baiano e Alberto Youssef.

#Lava Jato

Estre Ambiental é um copo cheio de impurezas

11/02/2016
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  Acusação de sonegação de impostos da ordem de R$ 110 milhões pelo Ministério Público Federal em São Paulo, cadeira cativa na Operação Lava-Jato, queda de receita, prejuízos, alto endividamento. A água da Estre Ambiental é imprópria para consumo humano. O empresário Wilson Quintella vê o que já foi um dos maiores grupos privados de serviços ambientais do país se evaporar sem encontrar uma solução para a encruzilhada em que o negócio se encontra. Uma parte expressiva dos contratos de concessão vence nos próximos 12 meses. A dívida de quase R$ 2 bilhões exige novos aportes de capital no curto prazo. De “dentro de casa”, o dinheiro dificilmente virá. A Angra Partners, dona de 8% do capital, não está disposta a colocar mais recursos na Estre e dá sinais de que quer pular fora do negócio. O BTG, então, nem se fala. Neste momento, o banco, que detém 32% da companhia, mal consegue ajudar a si próprio. Quintella foi buscar uma saída da porta para fora da empresa. Nos últimos meses, vem tentando fisgar um novo investidor, até o momento sem sucesso. As recentes gestões com a GP Investments e a espanhola GS Inima, que comprou recentemente ativos de saneamento do grupo OAS, esbarram na intransigência do empresário, que quer permanecer no negócio como um acionista relevante e tomar conta da gestão.  Wilson Quintella não se dá por vencido. Cria do ex-rei da soja, o falecido Olacyr de Moraes, de quem foi sócio na Constran – posteriormente comprada pela UTC (incrível como as águas da Lava-Jato sempre se encontram em algum ponto) –, o empresário já virou o jogo diversas outras vezes na vida. Às vezes, quando o jogo sequer havia começado. Do zero construiu uma holding na área de saneamento e serviços ambientais com 17 centros de tratamento de resíduos no Brasil, Argentina e Colômbia e faturamento de R$ 2,5 bilhões ao ano. Mas hoje as circunstâncias lhe são cada vez menos favoráveis. O alívio poderia vir do fundo FIFGTS, ao qual a Estre Ambiental solicitou um aporte da ordem de R$ 500 milhões. No entanto, o processo está parado no conselho curador do Fundo desde 2014 e não há qualquer previsão para ser concluído, ainda mais com a Lava-Jato no encalço da Estre e de Quintella.  A empresa Estre Ambiental não retornou ou não comentou o assunto.

#Angra Partners #BTG Pactual #Estre Ambiental #GP Investimentos #Lava Jato

Oportuno

11/02/2016
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 O surgimento do nome de Gustavo Rocha, presidente da Invepar, na Lava-Jato é música aos ouvidos de Previ, Petros e Funcef . Os três fundos não veem a hora de destronar o executivo, indicado pela OAS.

#Funcef #Invepar #Lava Jato #OAS #Petros #Previ

Dilma desperdiça ida ao Congresso Nacional

4/02/2016
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 O ex-ministro Delfim Netto atendeu ao telefonema de um jornalista velho de guerra, anteontem, após a visita feita pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso, com os seguintes dizeres: – Deu certo, viu, ela já devia ter ido lá antes.  Delfim Netto tinha feito na semana passada uma espetacular ofensiva em todos os grandes jornais do país conclamando a presidente a encaminhar ao Congresso as grandes reformas capazes de viabilizar a governabilidade.  “Ela tem que presidir o país”, falou.  O ex-ministro acertou em parte. Dilma se dirigiu ao Congresso para pedir o seu apoio e levou projetos importantes para o curto prazo, como a DRU e a CPMF. Mas, reformas de fôlego que poderiam escavar mais fundo em busca do ânimo nacional, pois bem, essas ficaram encruadas, guardadas para uma segunda visita. A presidente mencionou sua antiga proposta para a mudança na contribuição da previdência, por prazo e tempo de idade, mas empurrou sua apresentação para daqui a seis meses. Falou sobre o controle das despesas do governo e sobre a meta fiscal flexível para o pagamento da dívida pública, vinculada à arrecadação. Também é algo cujo projeto deverá ser submetido ao Congresso depois do primeiro semestre. Todas essas últimas ideias são chocas e requentadas.  É uma pena. Por uma dessas estranhas combinações do zodíaco político, talvez essa tenha sido uma das melhores oportunidades para Dilma chamar o Congresso à sua responsabilidade no enfrentamento da crise nacional. Mesmo com um noticiário avesso – queda da popularidade, recessão, Lava-Jato, apupos no plenário etc. – havia um desejo latente de que ela comparecesse à grande arena e, quem sabe, despejasse sobre os parlamentares centenas de medidas legislativas reprimidas. Podia não dar em nada, mas resultaria, pelo menos, na quebra da imobilidade gerencial e política que pauta sua gestão e um bom momento para a posteridade.  Talvez a culpa tenha sido de Delfim, que criou a expectativa de uma atitude épica da presidente, bradando da tribuna as reformas que mudariam o país. Seria a primeira vez que Dilma apresentaria um programa de governo para valer, abrangendo questões matriciais que atravancam o país nas áreas tributária, trabalhista e de reforma do Estado, além, é claro, da previdenciária.  Mas o ex-ministro, consultor autodeclarado do ex-presidente Lula, meio mago e meio ogro, acha que o mais importante foi ela ter aprendido o caminho do Congresso. Se Dilma não for definitivamente inviável, ela volta. E aí, quem sabe, o conteúdo das “reformas” fará jus aos aconselhamentos do professor Delfim. Ao contrário do que pregam os minimalistas, menos, no caso da presidente, não é mais. É mínimo.

#CPMF #Delfim Netto #Dilma Rousseff #DRU #Lava Jato

Obra chinesa

2/02/2016
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 A Sinohydro, uma das gigantes chinesas da construção pesada, está prestes a desembarcar no Brasil, ávida para aproveitar o vácuo deixado pela Lava Jato. A companhia já atua em outros países da América do Sul, como Argentina e Bolívia.

#Lava Jato #Sinohydro

Quem disse que Lula silenciará com a prisão?

29/01/2016
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 Os corvos mais afamados grasnam estridentes: é uma questão de dias ou semanas a prisão preventiva do ex-presidente Lula. Um tempo longo quando se pensa que ela está decretada há mil anos com base em odiosa discordância ideológica de opositores. Portanto, parece não haver novidade se ele for encarcerado no âmbito da Operação Lava-Jato. Mas há o risco e tensão de que a liturgia da degradação não ocorra em praça pacificada. Existem sérias dúvidas sobre a forma de reação de Lula e a resposta dos movimentos sociais a uma eventual conclamação do ex-presidente. Analistas refinados do cenário político consideram que não haveria por que Lula “deixar barato” um episódio que vem sendo refogado em banho-maria desde o início da Lava-Jato. A única questão rebelde em meio ao oceano de previsibilidade era sobre o timing da prisão: mais próxima ou menos próxima da eleição presidencial. Tudo indica que venceram os moderados, aqueles que previam um risco de maior comoção caso a medida fosse tomada nas cercanias de 2018. Mesmo que o assunto esteja sendo tratado como “estritamente jurídico”, valem as advertências: Lula é um ícone, está em xeque toda a sua história, a prisão será associada a um projeto de assassinato do PT.  Pelo menos potencialmente existe uma “nação petista” aguardando ansiosamente a ordem de combate e a própria presidente Dilma se verá obrigada a entrar firme na contenda. A combinação de fatores coloca a “República de Curitiba”, como são chamados os procuradores que gravitam em torno do juiz Sérgio Moro, no cume da sua responsabilidade. A prisão de Lula e os prováveis episódios de aviltamento – vazamentos seletivos, pré-julgamentos na mídia, delações premiadas, encarceramento por tempo indeterminado etc. – atingem o cerne da sucessão política. O ex-presidente Lula tinha na última pesquisa de opinião cerca de 30% dos votos certos na eleição de 2018. Que perca metade, ainda não seria pouca coisa para início de campanha. Tem a memória coletiva a seu favor. Ou não foram tempos de bem-estar para a população a chamada “era Lula”? E ainda que por uma lógica tortuosa conta com a piora do ambiente socioeconômico a seu favor. A lembrança tende a ser: “Com Lula não era assim.”  As consequências da prisão seguem longe. Vão para o mesmo saco também o governo e o mercado, cujos interesses se entrelaçam. Dilma vai dispersar, fazer mais oposição do que governar. Ela não é bem o que pode se chamar de petista, mas com Lula engaiolado a Lava-Jato chega à sua sala de estar e reaquece o caldeirão do impeachment. Resumo da ópera: projetos de concessões parados, aumento da aversão ao risco e mais recessão. E o mercado? Bem, as bolsas vão primeiro subir e depois cair, com a antevisão de que o apetite pelo crédito e o consumo cairão, que o dólar dará um salto e que mesmo com os ativos baratos os investidores externos entrarão em sobressalto com a hostilidade política e psicossocial do país. A alternativa a esse estado dos fatos é Lula assumir o silêncio dos cordeiros, o povo ignorar solenemente sua prisão e Dilma dar as costas para o ex-padrinho, desmoralizado e pestilento. Convenhamos que é difícil.

#Dilma Rousseff #Lava Jato #Lula #PT #Sérgio Moro

Dilma convoca Simão para o “Ministério do Compliance”

27/01/2016
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  A placa na entrada do prédio diz “Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão”. No entanto, o nome mais apropriado para o cargo que Valdir Simão assumiu é o de “ministro do Compliance”. Dilma Rousseff foi buscar seu homem de confiança na CGU para transformá-lo em uma espécie de general controller das contas públicas. Engana-se no entanto quem pensa que os afazeres de Simão ficarão restritos a pareceres sobre as contas do governo. Ele também será o ministro do “cata milho”. Explica-se: uma das missões atribuídas a Simão foi a de escarafunchar no cipoal da contabilidade pública onde é possível otimizar, reduzir e acabar com superposições de gastos.  A ideia é que os trocados obtidos com essa economia não sejam destinados ao superávit primário, mas sim a irrigar linhas de financiamento a setores específicos, notadamente os intensivos em mão de obra. Um garimpo de 0,02% a 0,03% do PIB para oxigenar a atividade produtiva não seria nada mal nas circunstâncias atuais. De uma forma oblíqua, portanto, Simão será também o ministro do “orçamento suplementar imprevisto”, responsável por algum elixir para mitigar a violenta recessão.  Cabem diversos rótulos ao novo ministro do Planejamento, à exceção curiosa de “ministro do Planejamento”. Ele é chamado de “ministro complementar” de Nelson Barbosa. Foi escolhido para evitar que o ministro da Fazenda tome bolas nas costas da contabilidade sempre arisca do governo, além, é claro, de não fazer sequer sombra ao reinado de Barbosa no comando da área econômica. Simão tem lá suas mumunhas. Ele é um dos poucos que falam baixinho no ouvido da presidente Dilma.  O ministro do Compliance promete também uma outra boa novidade para a presidente: vai montar um sistema de acompanhamento do orçamento que vá além das informações disponíveis hoje no Portal da Transparência. Em tempo de Lava Jato, a presidente quer dispor de um disclosure maior das contas públicas A ideia é alardear que nunca antes na história deste país um governo deu tamanha exposi- ção aos seus números. Afinal, contabilidade também é democracia.  Valdir Simão tem um variado repertório de serviços prestados ao governo Dilma Rousseff.Destaca-se a implantação do Gabinete Digital da Presidência da República. Tal missão fez do ministro uma espécie de auditor privativo de Dilma. Ela está na raiz da sua inusitada escolha para o posto que foi um dia do emblemático João Paulo dos Reis Velloso. Valdir Simão também deverá tratar da parte contábil dos diversos assuntos regulatórios pendentes na esfera econômica do governo. Um dos alvos é a cobrança da dívida ativa – em 2015, o governo obteve cerca de R$ 15 bilhões; neste ano, a meta é chegar aos R$ 35 bilhões. O Planalto e a própria Fazenda estão convictos de que Simão, auditor de carreira da Receita Federal, é o homem talhado para ajudar nesse garimpo fiscal.

#Compliance #Dilma Rousseff #Lava Jato

“Google Maps” do Lava-Jato

20/01/2016
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 No QG da Lava Jato, a delação premiada do empresário João Antônio Bernardi Filho já é chamada de “Google Maps”. Seus depoimentos têm sido decisivos para mapear os passos do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, aqui e lá fora.

#Delação premiada #Lava Jato

Lista Youssef

19/01/2016
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 Além de mapear o caminho do dinheiro no PP, que levou a Justiça a levantar o desvio de R$ 358 milhões da Petrobras, Alberto Youssef citou em seus últimos depoimentos integrantes do partido que ainda não constam da Lista Janot.

#Alberto Youssef #Lava Jato #Petrobras #PP

Enxaqueca

12/01/2016
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 Sergio Moro está convicto de que o delator Carlos Alexandre Rocha, ex-funcionário de Alberto Youssef, tem muito a dizer sobre as relações entre José Dirceu e o laboratório farmacêutico EMS, ao qual o ex-ministro prestou consultoria.

#Alberto Youssef #EMS #José Dirceu #Lava Jato #Sérgio Moro

Emílio reescreve o seu capítulo na Odebrecht

22/12/2015
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  A solução para o comando da Odebrecht durante a ausência de Marcelo Odebrecht se chama Odebrecht e já se encontra na própria Odebrecht. Consta que, quando confrontado com a pergunta, o patriarca Emílio afirma que o tempo é o senhor da História e aliado daqueles que têm paciência. Se a memória do RR não falha, ouvimos a mesma frase proferida por Norberto Odebrecht, há mais de 20 anos, durante uma exposição sobre o Livro Verde, uma espécie de bíblia doutrinária corporativa do grupo. Antigo presidente da companhia, Emílio, pai de Marcelo, assumiria o posto em um rito de transição, tanto retornando ao passado, literalmente, quanto voltando ao futuro, metaforicamente. Ou seja: ele guardaria o cargo para um planejado retorno de Marcelo, absolvido sem provas, sendo o único a não apelar para o acordo de delação e a recusar a culpa que lhe vem sendo imputada. Que ninguém se iluda: a saída de Marcelo do comando da companhia é processual e jurídica. Não ganha um camarão seco do vatapá quem apostar que ele não volta e vai ficar na lagoa escura de Abaeté lendo livros de engenharia ou coisa assim.  Emílio Odebrecht é um homem jovem para os padrões laborais de hoje, com 70 anos (Lula tem a mesma idade, e FHC, 84 anos). Ninguém está mais por dentro da empresa do que ele, com a vantagem adicional de ter enfrentado as duas crises de imagem mais cabeludas da história da empreiteira. Tempo ruim não lhe mete medo. Emílio poderia assumir com o mandato explicitado ou operando por detrás da coxia, com um fronting, provavelmente um executivo com tradição no grupo ou mesmo um dos presidentes das unidades, conforme especula o mercado. A história da corporação dá pouca margem para pensar que o patriarca se esconderia nessa hora. O retorno de Emílio reafirmaria a mensagem de que a Odebrecht não é uma empresa comum. Tem uma sólida cultura arraigada e um regime hierárquico que lembra muito o shogunato japonês, fincado em valores e respeito aos mestres.  Por enquanto, o saldo da Lava Jato para a empresa baiana equivale a um pesadelo. Mas no coração da companhia não falta quem enxergue um passo além da tragédia. O episódio seria uma provação para uma Odebrecht mais forte, com Marcelo de volta e o rótulo de única empreiteira que atravessou o rolo compressor da “República de Curitiba” sem ceder ao dilúvio de indícios, ilações e suspeições. A ver. Ou, como se diz na Bahia, “Ó, pai, ó”.

#Lava Jato #Odebrecht

Acervo RR

Olho no olho

16/12/2015
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 A força tarefa da Lava Jato pretende realizar uma acareação entre Salim Schahin e José Carlos Bumlai, fartamente citado no depoimento do dono do Grupo Schahin .

#Grupo Schahin #Lava Jato

Olho no olho

16/12/2015
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 A força tarefa da Lava Jato pretende realizar uma acareação entre Salim Schahin e José Carlos Bumlai, fartamente citado no depoimento do dono do Grupo Schahin .

#Grupo Schahin #Lava Jato

Por que Mr. Batista chora e ri com a Lava Jato

27/11/2015
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  Os fatos da última quarta-feira devem ter despertado em Eike Batista as lembranças e os sentimentos mais antagônicos. Tanto André Esteves quanto Delcídio do Amaral estão indissociavelmente ligados a sua trajetória, ainda que em polos opostos. O banqueiro remete a alguns dos maiores insucessos de Eike. Em sua biografia, Esteves aparece como o adviser de dupla face, por vezes mais empenhado em ludibriá-lo e tirar proveito dos problemas do empresário do que ajudar a solucioná-los. Já Delcídio é o parceiro fiel que o conduziu pela mão entre os corredores mais estreitos do poder e ajudou Eike a se livrar do complexo de não ser um “empresário do PT”, como ele mesmo dizia.  Para Eike, André Esteves foi quase sempre sinônimo de operações sinuosas e malsucedidas. Foi Esteves quem expôs o empresário a uma situação constrangedora ao convencê-lo a visitar o Bradesco e externar sua disposição de comprar a participação do banco na Vale. Poucos dias depois, o banqueiro vazava aos jornais o interesse de Eike e a fictícia negociação. Aliás, não foram poucas as vezes em que as reais intenções de Esteves só se revelariam posteriormente. Assim foi por ocasião do IPO da OSX, em 2010. Só bem mais tarde Eike identificou que o BTG usava um duplo chapéu. Adviser da operação, o banco trabalhou na ponta contrária e forçou a oferta a um piso mais baixo, com o propósito de ele próprio encarteirar os títulos. Algo similar ocorreu em 2013, quando os negócios de Eike já derretiam. Convocado para assessorar a EBX na venda de ativos, o banco avaliou a LLX a um preço três vezes menor do que, posteriormente, o grupo viria a conseguir no mercado. Mais uma vez, o BTG estava nas duas pontas. Esteves teria subapreciado o negócio com o objetivo de fazer uma oferta pela LLX por meio de um fundo. Antes da ruptura em definitivo, o banqueiro ofertou a Eike um crédito de R$ 1 bilhão e pediu participação nos resultados das empresas, um modelo que se revelaria um trampolim para uma tentativa de take over do grupo.  Já Delcídio sempre se notabilizou-se por ser um grande facilitador para os negócios da EBX. A relação começou por conta do projeto de Eike de construir um complexo minero-siderúrgico em Corumbá (MS). Ainda no governo FHC, antes de deixar a diretoria de gás e energia da Petrobras, Delcidio modelou, juntamente com Nestor Cerveró, o controverso contrato que beneficiaria a EBX e, em especial, a Termoluma com um retorno inusitado para o setor. Gradativamente, o petista se tornou um dos mais importantes canais de interlocução entre Eike e o governo Lula. Com o tempo, passou a recrutar executivos para o grupo, sobretudo na Petrobras. Paulo Monteiro, que formalmente cuidava da área de sustentabilidade, transformou-se em uma extensão do parlamentar na EBX tanto quanto uma extensão do empresário no gabinete de Delcídio. Foi o senador também quem aproximou Eike de José Dirceu, na frustrada tentativa de equacionar um imbroglio com o governo boliviano. Por todos estes fatos, os novos capítulos da Lava Jato deixaram Eike dividido. Os sentimentos difusos não somam um resultado conclusivo. Nessa pororoca de emoções, talvez o melhor mesmo é que nem Esteves nem Delcídio tivessem passado por sua vida.

#André Esteves #BTG Pactual #Delcídio do Amaral #EBX #Eike Batista #Lava Jato #OSX

Lava Jato assusta

27/11/2015
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 Na última terça-feira, por volta das 7h, os funcionários que chegavam à sede da BR Distribuidora, na Cidade Nova, no Centro do Rio, foram surpreendidos com uma diligência da Polícia Federal. Cerca de 20 agentes se espalharam pela portaria principal e pela garagem, bloqueando todas as saídas. Em poucos minutos, correu pelo prédio a informação de que a companhia estava sendo alvo de mais uma operação da Lava Jato. Para alívio geral, todo o esquema tinha por objetivo “apenas” a prisão do gerente da BR em Brasília, Adão Pereira, suspeito de participar de um cartel de distribuição de combustíveis no Distrito Federal.

#BR Distribuidora #Lava Jato

Delcídio I

27/11/2015
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 Escritórios de advocacia e consultores políticos estavam elétricos ontem procurando dados sobre o perfil psicológico e emocional de Delcídio Amaral. A questão é saber se ele está mais para Nestor Cerveró ou para Marcos Valério.

#Delcídio do Amaral #Lava Jato #Nestor Cerveró

Delcídio II

27/11/2015
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 Ontem, em conversas reservadas com senadores do PMDB, Renan Calheiros admitiu que passou do ponto na defesa de Delcídio do Amaral antes da votação da última quarta-feira. A isso Freud deu o nome de transferência.

#Delcídio do Amaral #Lava Jato #Renan Calheiros

Como Esteves tentou forçar o silêncio do RR

26/11/2015
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  André Esteves sempre foi um vencedor, mas não necessariamente um bom desportista. Quando contrariado, o banqueiro tentou invariavelmente pressionar o RR. Em abril deste ano, entrou com uma ação na Justiça com o claro propósito de coagir, da pior maneira, a publicação e evitar a divulgação de novas informações eventualmente avessas aos seus interesses. No processo, além de um pedido de indenização na casa dos seis dígitos, Esteves evocou a figura do crime contra o Sistema Financeiro Nacional, com menção à possível reclusão de dois a seis anos, o que tornou ainda mais flagrante o objetivo de constranger a newsletter. O RR jamais fez menção ou levantou qualquer dúvida em relação à saúde financeira do BTG. Muito pelo contrário. Uma busca no site da publicação revela uma série de notas e matérias vinculando o banco a importantes negociações de M&A ou a investimentos na área de private equity. Em todos os casos, ressalte-se, o RR abriu espaço para o posicionamento da instituição, que, na maioria das vezes, optou por não se pronunciar. Agora, sabe-se por quê.  No processo, André Esteves faz menção fundamentalmente à matéria veiculada na edição de 27 de março, com o título “Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras”. O banqueiro questionou a veracidade de informações que, hoje, à luz dos fatos, no mínimo são objeto de averiguação da força-tarefa da Lava Jato, como a compra de 50% de uma série de blocos de óleo e gás da Petrobras na África. Em sua defesa, Esteves afirmou que pagou o “nada módico” preço de US$ 1,525 bilhão. Depende do ponto de vista. Há fartas evidências de que os ativos foram subapreciados – inicialmente, os blocos estavam avaliados em US$ 7 bilhões. Curiosamente, deve-se dizer, tais operações estavam sob a esfera da diretoria internacional da Petrobras, no passado recente ocupada por Nestor Cerveró, personagem central dos fatos que levaram a Justiça a decretar a prisão de André Esteves. A operação lembra, por vias tortas, o caso da refinaria de Pasadena, pois o contrato permitia a Esteves abandonar o negócio sem aportar os investimentos acordados.  André Esteves contestou também informações relacionadas à compra de postos da BR Distribuidora pela Derivados do Brasil (DVBR). Como não poderia negar a existência da operação, o banqueiro procurou o expediente do diversionismo ao dizer que a DVBR “não integra o Grupo BTG” e é controlada pela “BTG Alpha, companhia de um grupo de acionistas do BTG Pactual”. Neste ponto, o banqueiro tentou fazer crer que a publicação creditava ao BTG Pactual a participação no episódio, como se tal associação colocasse em risco a credibilidade da instituição financeira. Só que em nenhum momento o RR atribuiu o negócio ao banco, mas, sim, ao próprio Esteves. O banqueiro negou também qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef, desmentindo todos os veículos de comunicação do país. Nota  O RR não se jacta do desenrolar dos fatos e, como todos, espera que as denúncias relacionadas à Lava Jato sejam investigadas a fundo. Diante das circunstâncias, apenas se sente no dever de esclarecer algumas questões, em respeito aos seus leitores e a sua própria história, prestes a completar meio século. André Esteves não precisa constranger um veículo jornalístico cuja função é produzir subsídios para analistas argutos, a exemplo do que dizia o saudoso ex-ministro Mario Henrique Simonsen. O banqueiro sempre foi um vencedor. Ao menos até ontem.

#Alberto Youssef #André Esteves #BR Distribuidora #BTG Pactual #Lava Jato #Nestor Cerveró

Acervo RR

Solitária

25/11/2015
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  Pelo andar da carruagem, em breve Marcelo Odebrecht será o único prisioneiro, no Brasil, “por medida cautelar em caráter excepcional como mecanismo para frear a corrupção sistêmica”. Apud Sergio Moro.

#Lava Jato

Solitária

25/11/2015
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  Pelo andar da carruagem, em breve Marcelo Odebrecht será o único prisioneiro, no Brasil, “por medida cautelar em caráter excepcional como mecanismo para frear a corrupção sistêmica”. Apud Sergio Moro.

#Lava Jato

Lava a Jato

25/11/2015
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Uma curiosidade, nada mais do que uma curiosidade: entre a 20ª e a 21ª etapa da Lava Jato, realizada ontem, passaram-se apenas oito dias, um período bem inferior ao intervalo médio entre as 12 operações deste ano (21 dias).

#Lava Jato

Purga coletiva

20/11/2015
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 A Schahin vai soltar o verbo em coro. Depois do empresário Salim Schahin, seu sobrinho Fernando Schahin, citado nos depoimentos do ex-gerente da Petrobras Eduardo Musa, será o próximo a fechar sua delação premiada. Além disso, a própria Schahin deverá sacramentar um acordo de leniência com a CGU até o fim do mês.

#Lava Jato #Schahin

Inimigo meu

13/11/2015
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Notícia que Michel Temer, Renan Calheiros e Eduardo Cunha não gostariam de ler. Na Lava Jato, a expectativa é que o acordo de delação premiada do lobista João Augusto Henriques seja sacramentado na próxima semana.

#Eduardo Cunha #Lava Jato #Michel Temer #Renan Calheiros

Edgar Allan Poe

12/11/2015
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 O presidente da UTC , Ricardo Pessoa, peça chave na Lava Jato, tem dado a entender que o conteúdo da sua delação premiada foi induzido pela advogada Beatriz Catta Preta. Se insistir nesta tecla, pode cair um Rei de Copas do Petrolão.

#Lava Jato #UTC

GP Investimentos filtra a água e o esgoto da Lava Jato

9/11/2015
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  A GP Investimentos enxergou um veio de água potável minando entre os destroços da Lava Jato. A gestora de recursos está em negociações para a compra da OAS Soluções Ambientais e da CAB Ambiental, do Grupo Galvão. Segundo o RR apurou, o braço de saneamento da empreiteira de Cesar Mata Pires está avaliado em aproximadamente R$ 200 milhões. No caso da CAB, os valores sobre a mesa giram em torno dos R$ 500 milhões. Uma vez cravada a dupla aquisição, o caminho das pedras está traçado: o objetivo da GP é consolidar as duas companhias e criar um dos maiores grupos privados de saneamento do país. Juntas, CAB e OAS Soluções Ambientais somam um faturamento em torno de R$ 700 milhões, 20 concessões em cinco estados e aproximadamente 10% de market share. Entre as empresas privadas, a dupla ficaria atrás somente da Águas do Brasil e da Odebrecht Ambiental .  A GP se aproveita do momento de fragilidade de um setor umbilicalmente ligado às grandes empresas de construção pesada do país e, por isso mesmo, superofertado de ativos – outra empresa à venda é a Aegea, do Grupo Equipav.. A empresa nega a informação e ainda afirma que analisa oportunidades de aquisição. CAB e OAS Soluções Ambientais são companheiras de calvário. Seus acionistas controladores foram arrastados pelo “petrolão”, entraram em recuperação judicial e precisam vender ativos o quanto antes para salvar a própria pele. Como não poderia deixar de ser, tanto de um lado quanto de outro, a fonte secou. Enquanto a venda não sai, CAB e OAS não têm outra opção se não sugar o próprio caixa para tocar os projetos em curso em suas concessões. Não obstante a realidade dos fatos, a GP aposta suas fichas no potencial de crescimento das duas empresas. Com 18 concessões, a CAB cresceu 6% no ano passado, rompendo a marca de R$ 600 milhões em receita. A OAS tem um faturamento bem menor, em torno de R$ 80 milhões. Em compensação, como boa parte dos projetos entrou recentemente em operação, a empresa ainda está no período dos longos saltos. No ano passado, sua receita subiu 500%

#Aegea #Águas do Brasil #CAB Ambiental #GP Investimentos #Grupo Equipav #Grupo Galvão #Lava Jato #OAS #Odebrecht Ambiental

Walter Faria enfrenta novas acusações de sonegação fiscal

8/10/2015
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 Na mira da Lava Jato, acusado de receber recursos desviados da Petrobras e, posteriormente, repassá-los ao PT, o cervejeiro Walter Faria está no epicentro de mais um escândalo. As suspeitas sobre a participação do Grupo Petrópolis em um esquema de sonegação fiscal no Mato Grosso espalham-se por outras regiões. Os Ministérios Públicos de São Paulo e do Paraná se uniram ao seu congênere mato-grossense nas investigações contra a fabricante de bebidas. Há fortes indícios de que a empresa teria replicado o mesmo expediente nos dois estados. O esquema se basearia na devolução simulada de matéria-prima para a produção de cerveja, notadamente soja. A Petrópolis se beneficiaria de créditos fiscais referentes ao retorno do insumo ao fornecedor. No entanto, segundo as investigações, há evidências de que boa parte da matéria-prima declarada não retornava efetivamente ao seu fabricante, embora fossem emitidas notas fiscais relativas à devolução. Os procuradores dos três estados estão debruçados sobre calhamaços de guias de recolhimento supostamente frias.  O Ministério Público do Mato Grosso confirma o caso. Segundo o MP, há “um procedimento investigatório em tramitação na 14ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital, que antecede o inquérito, para apurar o suposto esquema envolvendo o Grupo Petrópolis”. O total sonegado pode chegar a R$ 140 milhões. Ainda de acordo com o MP, esse é o valor do processo administrativo que aguarda julgamento pela Secretaria de Fazenda do Mato Grosso. O RR também entrou em contato com o Ministério Público de São Paulo e do Paraná. Ambos não se pronunciaram, com a alegação de que apenas o MPMT, origem do processo, fala sobre o caso.  Segundo o RR apurou, no caso do Paraná e, sobretudo, de São Paulo, as cifras sob investigação seriam bem maiores, em razão dos volumes de mercadorias movimentados nos dois estados. As denúncias envolvem também a cooperativa paranaense Imcopa, uma espécie de irmã xifópaga da Petrópolis. Em 2009, ambas anunciaram uma associação para a produção e distribuição de soja. Os credores da Imcopa, entre os quais Credit Suisse e ING, tentam provar que Walter Faria é o verdadeiro dono da empresa e, portanto, responsável pelas dívidas de mais de R$ 1 bilhão da cooperativa agrícola.

#Cervejaria Petrópolis #Credit Suisse #Imcopa #Lava Jato #Petrobras

Imunização

6/10/2015
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Entre outras razões, há uma boa justificativa para Lula antecipar uma eventual pré-candidatura em 2018: buscar nas ruas uma “pré-imunidade” contra a Lava Jato.

#Lava Jato #Lula

Serginho voltou

15/09/2015
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 Dilma Rousseff voltou a conversar bastante com Sergio Cabral. Agora, então, que a Lava Jato arquivou as denúncias contra o ex-governador, a interlocução só tende a crescer.

#Dilma Rousseff #Lava Jato #Sérgio Cabral

Ressurreição

15/09/2015
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Entre os procuradores da Lava Jato, a expectativa é que a delação de Fernando Baiano destampe um caldeirão de malfeitos no Dnit. Má notícia para o momentaneamente esquecido Fernando Cavendish, ex-controlador da Delta. Há três anos, a empreiteira foi investigada na CPI do Cachoeira por suas ligações com o Dnit.

#Dnit #Lava Jato

A vez da Funcef

11/09/2015
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A Lava Jato acelera na direção da Funcef. Alberto Youssef teria revelado à Justiça detalhes de como ele e o ex-deputado André Vargas influenciavam investimentos da fundação no setor imobiliário de acordo com seus interesses. A Funcef afirma que “não tem e nunca teve nenhum investimento com empresas do grupo de Alberto Youssef.” Por falar em Funcef, a fundação caminha para fechar o quarto ano seguido com déficit atuarial. Os resultados negativos acumulados nesse período já teriam superado a marca de R$ 6 bilhões. Oficialmente, a fundação diz que os dados do atual exercício “só serão consolidados no fim de 2015”.

#Alberto Youssef #Funcef #Lava Jato

Nova delação

10/09/2015
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Nos bastidores da Lava Jato já se dá como certo que o lobista Fernando Antônio Hourneaux vai engrossar o bloco da delação premiada.

#Delação premiada #Lava Jato

Serpros é um processador de prejuízos

9/09/2015
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O buraco nas contas do Serpros é muito mais embaixo. A dois meses do fim da intervenção de 180 dias decretada em maio deste ano, a direção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) já discute a possibilidade de prorrogação do regime especial. A situação no fundo de pensão dos funcionários do Serviço Federal de Processamento de Dados seria mais delicada do que supunha o próprio órgão regulador. Segundo o RR apurou, o interventor Walter de Carvalho Parente teria encontrado mais ossadas na contabilidade da fundação, incluindo novos prejuízos decorrentes de aplicações no Banco BVA, liquidado pelo BC. Apenas neste caso, as perdas, inicialmente estimadas em R$ 130 milhões, chegariam à casa dos R$ 200 milhões, ou 5% do patrimônio total do Serpros, em torno de R$ 4 bilhões. Onde tem denúncia, suspeita de irregularidade e escândalo, o Serpros está por perto. A entidade é citada na Lava Jato como um dos fundos de pensão que teria sido usado por Alberto Youssef para movimentar recursos desviados da Petrobras. O Serpros também é investigado no âmbito da CPI dos Fundos de Pensão. Os parlamentares já requisitaram à fundação todas as suas apresentações contábeis e demonstrativos de investimento referentes ao período entre 2003 e 2015. A CPI pretende ouvir também uma boa parte dos 17 ex-dirigentes e conselheiros do fundo que tiveram seus bens pessoais bloqueados por determinação da própria Previc. * Procurada, a Previc não nos retornou.

#Alberto Youssef #Banco BVA #Banco Central #Lava Jato #Previc #Serpros

Crise do Orçamento trava até soluções para as empreiteiras

3/09/2015
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As idas e vindas do Orçamento da União não emperram apenas o equacionamento das contas públicas. Seus efeitos se alastram por outras questões prioritárias para a retomada da atividade econômica, a começar pelo destravamento da construção pesada. O bate-cabeças do governo em torno da proposta orçamentária paralisou os trabalhos do grupo montado no Ministério da Fazenda – por meio da portaria nº 640 publicada no dia 11 de agosto – com o objetivo de discutir medidas capazes de melhorar o ambiente de negócios no Brasil. Entre outras atribuições, uma das missões precípuas deste comitê é apresentar soluções que permitam às grandes empreiteiras sair do estado de congelamento em que foram lançadas pela Lava Jato, retornar ao mercado e participar de concessões e PPPs. O grupo tem aproximadamente 45 dias para concluir os trabalhos e apresentar suas propostas, prazo que, segundo a portaria, poderá ser estendido por igual período. Mas há quem acredite que nem mesmo o tempo extra será suficiente tamanho o grau de letargia em que as discussões se encontram. O atraso não se deve apenas à notória falta de energia do governo para tratar de questões centrais. Não há unicidade dentro da Abdib, que representa o setor privado junto ao grupo de trabalho na Fazenda. A falta de consenso entre as próprias empreiteiras tem resultado no surgimento de ideias despropositadas. Um exemplo diz respeito ao custo da idoneidade para o setor, leia-se as multas que as maiores empreiteiras do país terão de quitar para purgar o passado e receber autorização para participar de licitações públicas – há estimativas de que este valor poderá chegar a R$ 17 bilhões. Em vez do pagamento direto dos recursos, as empresas repassariam ativos à Petrobras e à União como ressarcimento de prejuízos eventualmente causados pelo desvio de recursos públicos. Estas últimas colocariam os respectivos ativos em leilão. Parece uma daquelas soluções de quem quer complicar e não resolver. O atraso nas discussões breca também a possibilidade de ingresso do capital estrangeiro no setor, visto que os grandes players internacionais somente participarão de consórcios ou de parcela do capital das empreiteiras sob risco de declaração de inidoneidade se elas forem higienizadas. Investidores chineses, alemães e sul-africanos, entre outros, demonstram interesse em entrar no Brasil – consta que a Camargo Corrêa já está entabulando conversações neste sentido. Mas, no atual ambiente de insegurança jurídica, é pouco provável que alguma negociação avance. Que grupo estrangeiro correrá o risco de se unir a uma empreiteira que, a qualquer momento, poderá ser considerada inidônea?  Enquanto isso, a construção pesada elimina quase 30 mil postos de trabalho por mês.

#Abdib #Camargo Corrêa #Lava Jato

Acervo RR

Mata-borrão

2/09/2015
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O mundo é pequeno: uma das doações que, segundo o TSE, não foram devidamente lançadas na prestação de contas de Aécio Neves veio da Construbase. A empresa foi citada na Lava Jato por supostas irregularidades em uma obra no Cenpes, o centro de pesquisas da Petrobras. * A Construbase não retornou ao contato do RR.

#Aécio Neves #Construbase #Lava Jato #TSE

Mata-borrão

2/09/2015
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O mundo é pequeno: uma das doações que, segundo o TSE, não foram devidamente lançadas na prestação de contas de Aécio Neves veio da Construbase. A empresa foi citada na Lava Jato por supostas irregularidades em uma obra no Cenpes, o centro de pesquisas da Petrobras. * A Construbase não retornou ao contato do RR.

#Aécio Neves #Construbase #Lava Jato #TSE

Atração fatal

1/09/2015
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A Lava Jato é um ímã que insiste em atrair o empresário Carlos Sanchez, dono do laboratório farmacêutico EMS. Além das notórias relações com José Dirceu, em seu último depoimento Alberto Youssef também teria ligado Sanchez a Antonio Palocci.

#Alberto Youssef #Antônio Palocci #Carlos Sanchez #EMS #Lava Jato #Palocci

Plantão médico

31/08/2015
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 Preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Grande Curitiba, o ex-deputado Luiz Argôlo teria sido diagnosticado com depressão. Argôlo ficou notório na Lava Jato pelo apelido que lhe foi dado por Alberto Youssef: “Bebê Johnson”.

#Alberto Youssef #Lava Jato

Cardeal fora

28/08/2015
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Citado em depoimento do empreiteiro Ricardo Pessoa, Valter Cardeal se licenciou da diretoria de geração da Eletrobras. Mera formalidade, um rito de passagem até o desligamento efetivo do cargo. * A Eletrobras não nos retornou.

#Eletrobras #Lava Jato #Ricardo Pessoa

BNDES inicia sua longa jornada noite adentro

20/08/2015
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O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, desembarca hoje no Congresso Nacional com a missão inglória de impedir o estupro da instituição. A CPI do BNDES é uma cortina de fumaça para aleijar o banco. Não bastará à instituição purgar em praça pública a averiguação de eventuais desmandos financeiros, a exemplo da Petrobras. O banco, não sendo extinto, precisa ser descaracterizado em sua essência, ou seja, uma agência de fomento que tem por função prioritária a concessão de financiamentos ao setor industrial. O RR apurou que a presidente Dilma Rousseff abandonou a causa da integridade do BNDES. O que Dilma não quer é que o banco se constitua em mais um escândalo, uma espécie de segunda Petrobras. Seu empenho é empurrar para longe as acusações de corrupção e malversação de recursos. Essas denúncias recaem na direção do expresidente Lula, sinônimo de CPI do BNDES. Lula precisa ser preservado, o governo precisa ser preservado, mas o banco, na ótica palaciana, poderia entregar dedos e anéis. A pressão é para que o BNDES encolha, reduza seu enraizamento com a política industrial, se torne uma espécie de Sebrae tonificado, perdendo o seu protagonismo estratégico. Nesse contexto, a palavra subsídio é tida como um anátema. Coutinho adentra a CPI empunhando três bandeiras: a defesa da probidade e lisura das operações do banco, a preservação do que for possível na sua estrutura de funcionamento e salvar sua própria pele. O curioso da CPI é que existem apenas suspeições, algumas delas bisonhas. O caso das privatizações no governo FHC, notadamente da Telebras, BNDES inicia sua longa jornada noite adentro em que a corrupção foi pública, sequer é mencionado. Ao contrário do escândalo da “telegangue”, neste momento não há um nome acusado de desvio de recursos ou de aceitação de propina na inquisição do BNDES. Afinal, quem é o Paulo Roberto Costa do banco? Algumas denúncias sugerem uma CPI do aparelho de Estado brasileiro, devido à amplitude de participação do governo. Por exemplo: o financiamento à prestação de serviços em outros países é chancelado pelo Ministério das Relações Exteriores, conta com a participação do Ministério do Desenvolvimento e a permissão do BC, para citar somente três órgãos governamentais. E o repasse dos recursos do Tesouro? Ora, o banco somente aceitou a decisão da Fazenda, que o escolheu como instrumento da sua política contracíclica para enfrentar a crise internacional. E os “cavalos vencedores”? Pode ser uma decisão questionável, mas já foi provado que as operações não incorreram em prejuízo. A CPI pretende propor medidas no melhor estilo do senador Joseph McCarthy, tais como a criação de um “grupo de inteligência” do Senado, que vai investigar as informações mais intestinas do banco. Os critérios para seleção dos investimentos também seriam escolhidos pelos parlamentares. Ninguém sabe o que ficará fazendo a melhor equipe técnica do país. A impressão é que o real objetivo da CPI do BNDES está encoberto pelo mar de lama no qual pretende se afogar o banco. O nome da CPI deveria ser a do “fim do BNDES”. Ou melhor, a CPI de Ignácio Rangel, Roberto Campos e Celso Furtado, os mentores da existência do BNDES e de seus melhores propósitos.

#BNDES #Dilma Rousseff #FHC #Lava Jato #Luciano Coutinho #Lula #Ministério da Fazenda

Leniência

20/08/2015
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Além da Camargo Corrêa, a Setal Engenharia, de Augusto Mendonça, também estaria negociando um acordo de leniência com a Justiça no âmbito da Lava Jato. * A Setal Engenharia não retornou nosso contato.

#Camargo Corrêa #Lava Jato #Setal Engenharia

Bendine dedetiza cada cantinho da BR Distribuidora

19/08/2015
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Antes que algumas baratas e escorpiões do passado comecem a subir pelos ralos e infestem o IPO da BR Distribuidora, Aldemir Bendine vai dedetizar todas as tubulações e canos da companhia. Ainda nesta semana, o presidente da Petrobras anunciará um rigoroso projeto de higienização das práticas de governança na controlada. O ponto alto será a criação de uma gerência executiva de compliance, tendo como coadjuvante o fortalecimento da ouvidoria-geral da empresa. O timing para a implantação das novas medidas não está relacionado apenas aos preparativos para a abertura de capital. A pressa de Bendine em colocar o projeto na rua e divorciar a BR da gestão anterior na Petrobras é profilática. A julgar pelos fatos recentes, as chances de a Lava Jato se espalhar pela subsidiária são cada vez maiores. Há cerca de um mês, na mesma semana em que foi alvo de uma operação de busca e apreensão da Polícia Federal, a companhia afastou dois diretores supostamente envolvidos em irregularidades – um indicado pelo PT e outro ligado ao senador Fernando Collor. O próprio presidente da BR, José Lima de Andrade Neto, está na berlinda. O executivo foi acusado por um gerente da estatal de ter favorecido a UTC Engenharia, do delator Ricardo Pessoa, em três contratos no valor total de R$ 650 milhões. Por razões mais do que óbvias, a BR Distribuidora puxará a fila, mas as medidas aplicadas na companhia serão gradativamente estendidas às demais controladas do Sistema Petrobras. Atualmente, algumas das subsidiárias já dispõem de uma área própria de compliance, que também ganharão o status de gerência executiva – no organograma da companhia, um andar que só fica abaixo das diretorias. Em todos os casos, o novo gerente responderá diretamente ao presidente e ao Conselho de Administração da respectiva subsidiária. Significa dizer que cada empresa replicará o modelo adotado na própria Petrobras, onde o diretor de Governança, Risco e Conformidade da holding, João Adalberto Elek Junior, se reporta a Bendine e ao Conselho. Se, por ventura, há outros malfeitos escondidos nos escaninhos da companhia, quanto antes aparecerem e forem devidamente debelados melhor para todos. *A Petrobras não retornou ao nosso contato.

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Lava Jato #Petrobras

O calvário daqueles que não pagaram propina

18/08/2015
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A Lava Jato tem um lado B, uma raspa do tacho das delações premiadas que provavelmente não merecerá as manchetes dos jornais. Os depoimentos à Justiça começam a trazer à tona o drama de empresas que pagaram o preço de não terem pagado o preço da corrupção na Petrobras. São muitos nomes – Produman, Multitek, Jaraguá, Brasil Ecodiesel… – e um mesmo destino: prestadores de serviço e parceiros comerciais da estatal que sofreram todo o tipo de sabotagem e foram, muitos deles, escorraçados do mapa por se recusarem a participar do “propinoduto” montado por Paulo Roberto Costa, Renato Duque et caterva. Os protagonistas desta face praticamente oculta do petrolão não estão em Curitiba, mas também enfrentam ou enfrentaram seu próprio cárcere, leia-se asfixia financeira, dificuldades de honrar compromissos, demissões, recuperação judicial e, em alguns casos, a extinção. Na Lava Jato, até o light side é dark! Os depoimentos dos delatores têm revelado como os fornecedores da Petrobras que não integravam a confraria do “petrolão” eram tratados com requintes de crueldade. Os maus-tratos vinham essencialmente da parte de Paulo Roberto Costa e Renato Duque. Havia ordens expressas para que os pagamentos destes prestadores de serviço fossem represados. No aparato de tortura, outro expediente comum era a recusa a firmar aditivos contratuais, mesmo quando ficavam absolutamente comprovados o aumento dos custos de determinado projeto. Entende-se porque, entre 2008 e 2013, sucessivos fornecedores da Petrobras começaram a entrar em coma financeiro. O prontuário médico é extenso e foi devidamente registrado no noticiário da época. A Multitek, que prestava 90 tipos de serviços de engenharia à Petrobras, teve R$ 250 milhões em pagamentos bloqueados. De uma hora para outra, viu-se forçada a romper 11 contratos com a estatal e demitir 1,7 mil operários. A Produman, que fazia serviços de manutenção na Reduc, foi obrigada a demitir 1,5 mil funcionários. A Conduto, responsável pelo fornecimento de tubos para a refinaria Abreu Lima, acumulou R$ 80 milhões em dívidas e entrou em recuperação judicial. O mesmo destino da Cemon e da Jaraguá, outros fornecedores esmigalhados pela Petrobras. Muitas destas empresas ainda sobrevivem ligadas a aparelhos; outras não resistiram. O RR não conseguiu contatar os dirigentes da Conduto e da Produman. Multitek, Cemon e Jaraguá não quiseram se pronunciar, assim como a Petrobras. A retaliação não se limitava a empresas de engenharia. Que o diga a Brasil Ecodiesel. A empresa tinha um contrato que lhe garantia o fornecimento regular de biodiesel para a Petrobras. Em determinado momento, no entanto, a estatal interrompeu a retirada do combustível e, consequentemente, os pagamentos, impondo um duro golpe à produtora de biodiesel. O RR conversou com um dirigente da antiga Brasil Ecodiesel que, em off, confirmou que a companhia chegou a ter 600 mil litros em estoques. A partir daí, a empresa foi minguando, minguando, minguando. Junto com ela, caiu por terra um projeto pioneiro de reforma agrária privada vinculada ao cultivo da mamona, que garantia moradia para 300 famílias de colonos em Canto do Buriti (PI). Quem poderia dar um belo depoimento sobre a saga da Brasil Ecodiesel é a própria presidente Dilma Rousseff. Quando era ministra de Minas e Energia, Dilma visitou a região e se debulhou em lágrimas ao conhecer o projeto.

#Brasil Ecodiesel #Cemon #Conduto #Jaraguá #Lava Jato #Multitek #Paulo Roberto Costa #Petrobras #Produman #Renato Duque

“Eletrolão”

18/08/2015
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Na semana passada, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, conversou longamente com o presidente do Senado, Renan Calheiros, sobre os riscos da Lava Jato avançar sobre as empresas do Sistema Eletrobras. Após o encontro, Braga confidenciou a um colaborador que saiu da reunião mais intranquilo do que entrou.

#Eduardo Braga #Eletrobras #Lava Jato #Renan Calheiros

JAC Motors

14/08/2015
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O surgimento do nome de Sergio Habib, acionista da JAC Motors no Brasil, na Lava Jato acicatou ainda mais sua relação com a montadora chinesa. Segundo investigações, Habib teria custeado viagens de Lula ao exterior. Tudo o que a JAC menos quer é ver sua marca associada ao escândalo, sobretudo agora que cogita uma fábrica própria no país.

#JAC Motors #Lava Jato

Mais um

11/08/2015
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Deve sair nos próximos dias, em uma grande revista nacional: o ex-diretor da área internacional da Petrobras Jorge Zelada vai aderir à delação premiada.

#Delação premiada #Lava Jato #Petrobras

“Eletrolão”

10/08/2015
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Em seu mais recente depoimento, o delator premiado Ricardo Pessoa, da UTC, teria feito novas revelações sobre desvios de recursos no Sistema Eletrobras.

#Delação premiada #Eletrobras #Lava Jato #Ricardo Pessoa #UTC

Sexta-feira 14

7/08/2015
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No QG da Lava Jato, a expectativa é que Fernando “Baiano” feche seu acordo de delação até a próxima sexta-feira, dia 14, mas com cara de 13.

#Lava Jato

Repaginação da Petrobras vai muito além do compliance

5/08/2015
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A juíza Ellen Grace, integrante do comitê especial criado para acompanhar as investigações internas sobre corrupção na Petrobras, tem a discrição como sua regra de ouro. Mas fez uma pequeníssima confidência que reflete com perfeição o espírito na empresa. Para ela, sob o aspecto econômico-financeiro, os problemas são assustadores; mas do ponto de vista da comunicação interna e externa, do compliance e das práticas de governança, a companhia está ficando um lustro. Na última sexta- feira, as palavras de Ellen fizeram coro com a apresentação de Aldemir Bendine, que divulgou as novas regras para o relacionamento entre a estatal e seus mais de 13 mil fornecedores. No entanto, a cereja no sundae da governança, ainda tratada com discrição, diz respeito à liberação de pagamentos de grandes contratos a terceiros. Na época de Paulo Roberto Costa, Renato Duque e cia., bastava uma única assinatura para que bilhões fossem movimentados. Agora, a quitação de compromissos de maior monta exige a aprovação de dois diretores, além do imprimatur do próprio Conselho de Administração. Em outro front, o comando da Petrobras tem dado uma atenção maior à ouvidoria-geral. O posto vem sendo ocupado interinamente pelo engenheiro Ricardo Antônio Abreu Ianda, há 38 anos na estatal. A companhia está à procura de um novo profissional para o cargo. O antigo responsável pela área, Paulo Otto Von Sperling, foi afastado em maio deste ano. Com o advento da Lava Jato, descobriu-se que Sperling, ex-assessor de José Dirceu, era um ouvidor que ouvia mal. Em seis anos no cargo, entre as centenas de denúncias que recebeu, ele teria dado andamento a investigações em apenas duas delas. A transmutação da estatal se reflete também na comunicação institucional. Os excessos da gestão de Maria das Graças Foster deram lugar a uma postura bem mais sóbria. Em meio à fervura da Lava Jato, não há um deslize ou resposta fora do tom tanto junto à imprensa quanto nos meios de comunicação da própria companhia, sobretudo nas mídias digitais. As declarações da diretoria e do próprio presidente se tornaram raras, e, quando feitas, extremamente contidas. Aldemir Bendine toca de ouvido com o presidente do Conselho, Murilo Ferreira, responsável pela interlocução junto ao governo, notadamente Dilma Rousseff. A miríade de interlocutores e coadjuvantes que caracterizava a comunicação institucional nas gestões anteriores desapareceu. A performance do novo comando começa a agradar o espírito corporativo da estatal. Quem conhece a empresa sabe que ganhar a admiração dos funcionários é ganhar sua alma. Tudo a seu tempo. No curto prazo, o dever de casa das restrições é inevitável. Não é à toa que, no último dia 24, houve uma greve nas unidades operacionais da companhia e já se discute uma nova paralisação.

#Aldemir Bendine #Ellen Grace #Lava Jato #Petrobras

Nada consta

4/08/2015
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O convescote da semana passada, patrocinado por João Doria Jr., foi apenas a partida. Eduardo Cunha pretende manter uma agenda regular de encontros com o empresariado, como forma de demonstrar que seu poder e sua capacidade de interlocução seguem inabalados mesmo após as denúncias na Lava Jato. A bola da vez são federações de indústrias e associações comerciais.

#Eduardo Cunha #Lava Jato

Acervo RR

Banco Safra

31/07/2015
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O Banco Safra vai dar pinta na Lava Jato? Não, o RR não acredita. Mas se, por acaso, o governo tiver dúvida pode fazer que nem fez com o HSBC e pedir a lista das contas. O governo suíço está afinadíssimo com o Brasil.

#Banco Safra #Lava Jato

Banco Safra

31/07/2015
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O Banco Safra vai dar pinta na Lava Jato? Não, o RR não acredita. Mas se, por acaso, o governo tiver dúvida pode fazer que nem fez com o HSBC e pedir a lista das contas. O governo suíço está afinadíssimo com o Brasil.

#Banco Safra #Lava Jato

Com pompa e circunstância

30/07/2015
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Com pompa e circunstância, a Justiça deverá anunciar nos próximos dias a devolução de R$ 150 milhões à  Petrobras, recursos que haviam sido desviados no “petrolão”.

#Lava Jato #Petrobras

Lava Jato vai aonde o povo está

30/07/2015
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 A imagem do procurador da República Deltan Dallagnol no altar de uma igreja Batista é absolutamente emblemática: a um só tempo, reforça o tom messiânico da Lava Jato e revela uma estratégia de publicização das investigações ainda mais agressiva. A apresentação de Dallagnol a uma plateia de religiosos na última segunda- feira, no Rio de Janeiro, foi apenas o ponto de partida. Os integrantes da força-tarefa responsável pela Lava Jato estão dispostos a fazer uma cruzada. O objetivo é dar mais visibilidade aos detalhes da Operação e, de quebra, galvanizar o apoio da população à  devassa na Petrobras e nas maiores empreiteiras do país. A intenção é fazer apresentações em universidades, igrejas, sindicatos de trabalhadores e outros lócus representativos de espectros da sociedade.

#Deltan Dallagnol #Lava Jato

Les petites filles modèles da Camargo Corrêa

27/07/2015
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As reuniões de fim de semana com familiares e amigos na Fazenda Guariroba continuam a ser sagradas, assim como os passeios, ao cair da tarde, pelas vitrines da Rue du Faubourg Saint Honoré, programa obrigatório nas revigorantes temporadas em Paris, entremeadas por um ou outro jantar beneficente. Mas, na maior parte do tempo, as distintas Renata de Camargo Nascimento, Regina Camargo Pires Oliveira Dias e Rosana Camargo de Arruda Botelho habitam território inacessível, tal como uma tela de Renoir ou um romance da Condessa de Ségur. Não há Lava Jato, Ministério Público ou Polícia Federal capaz de trincar a redoma mágica erguida em torno das controladoras da Camargo Corrêa. Até o momento, diferentemente do que vem ocorrendo com alguns de seus pares no setor, as herdeiras de Sebastião Camargo têm sido poupadas do maior escândalo de corrupção da história do país. É como se delatores, procuradores, forças policiais e a imprensa tivessem se irmanado num pacto amnésico. Mesmo você, caro leitor, responda rápido se leu ou ouviu falar sobre alguma delas. A Camargo Corrêa está no núcleo do “petrolão” – como esteve também, como protagonista absoluta, no epicentro da Operação Castelo de Areia. Mesmo assim, Renata, Regina e Rosana seguem intocadas, como as vestais do templo das empreiteiras. Os ex-executivos da companhia Dalton Avancini, Eduardo Leite e João Ricardo Auler foram os primeiros dirigentes do setor condenados na Lava Jato. E, mais uma vez, nada respingou nas túnicas brancas das três empresárias. Os leais Avancini e Leite dispararam suas delações premiadas para o lado, para baixo, na diagonal, mas não apontaram sequer um dedo indicador para o andar de cima. E por que se omitem os inquisidores da Justiça? Como podem os executivos manejar R$ 50 milhões para o pagamento de propinas – valor que será ressarcido à  Petrobras – sem que os donos da empresa, uma referência no compliance corporativo, sequer suspeitem do passeio deste numerário? Será que a Camargo Corrêa é um organismo sem sistema nervoso central, no qual cada braço dita seu movimento, ou o domínio do fato, como o inferno de Sartre, são os outros? Apesar de sua extensão e ousadia, a Lava Jato segue com os olhos vendados para as sucessoras de Sebastião Camargo, tanto quanto as sucessoras de Sebastião Camargo querem agora ficar longe de algumas heranças que lhes couberam. Se, ainda jovens, Renata, Regina e Rosana foram preservadas da crueza da vida real pelo próprio pai, quando mulheres escudaram-se atrás dos maridos – matrimônios estes que parecem ter sido milimetricamente conduzidos por um head hunter. Os respectivos príncipes consortes – Luiz Roberto Ortiz Nascimento, Carlos Pires Oliveira Dias e Fernando de Arruda Botelho, já falecido – se ocuparam de cargos de mando na Camargo Corrêa, permitindo que as meninas de Sebastião Camargo se mantivessem distantes do campo de batalha. A Lava Jato estourou, e à  medida que as investigações avançaram, providencialmente chegaram ao noticiário relatos da preocupação de Renata, Regina e Rosana com os princípios e valores que deixarão para seus filhos, sugerindo a disposição de até mesmo deixar de vez a construção pesada. Surgiram em cena exatamente para serem esquecidas pela plateia. Por ora, tem dado certo.

#Camargo Corrêa #Lava Jato

O comando do Partido Progressista

24/07/2015
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O comando do Partido Progressista ou o que ainda sobrou dele discute uma repaginação da sigla, a começar pela troca do nome. Depois da Lava Jato, até o velho PDS soa melhor do que PP.

#Lava Jato

Mendes Junior

17/07/2015
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Abalroada pela Lava Jato – como qualquer boa casa do ramo , a Mendes Junior pretende vender um pacote de máquinas, equipamentos e imóveis. A expectativa é arrecadar até R$ 300 milhões, que serão usados para amortizar o passivo. No prazo de até três anos, Murilo Mendes tem R$ 1 bilhão em dívidas para pagar.

#Lava Jato

Papisa

16/07/2015
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Na famosa reunião da última sexta-feira no Palácio da Alvorada, entre os diversos impropérios que disparou, a presidente Dilma Rousseff citou, de forma nada lisonjeira, o diretor de geração da Eletrobras, Valter Cardeal. Mais novo “premiado” pela delação do empreiteiro Ricardo Pessoa, Cardeal sempre foi um dos colaboradores mais próximos de Dilma na área de energia.

#Dilma Rousseff #Eletrobras #Lava Jato

Monte Carlo

16/07/2015
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A Justiça brasileira tenta recuperar os 11 milhões de euros que o ex-diretor da Petrobras, Jorge Luiz Zelada, mantinha em uma conta em Mônaco.

#Lava Jato #Petrobras

Gritos do silêncio

13/07/2015
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Apontado como lobista do PMDB, Fernando Baiano teria recusado mais uma “oferta” da Justiça para fechar um acordo de delação premiada.

#Fernando Baiano #Lava Jato

Ficha limpa

9/07/2015
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A Lava Jato – quem diria? – está beneficiando Paulo Maluf. Apeado da presidência do diretório paulista do PP no ano passado, Maluf está recuperando poder dentro do partido graças ao “petrolão”, que dizimou algumas das principais lideranças da sigla.

#Lava Jato #Maluf

Acervo RR

Pai da criança

7/07/2015
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Bernardo Gradin, ex-Odebrecht, é alvo de uma ação coletiva contra a Braskem movida por investidores norte- americanos. Curioso Gradin não aparecer na Lava Jato. Foi ele quem negociou todos os detalhes do Comperj, projeto citado nos autos.

#Braskem #Lava Jato

Lava Jato do B

6/07/2015
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Sergio Moro quer ouvir novamente os ex-executivos da Camargo Corrêa Dalton Avancini e Eduardo Leite. Está convicto de que a dupla dinâmica tem muito mais a dizer, especialmente sobre os contratos da empreiteira no setor elétrico.

#Camargo Corrêa #Lava Jato

Empreiteiras precisam de garantia para as concessões

3/07/2015
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As maiores empresas de construção pesada do país estariam se articulando para levar ao governo uma reivindicação que pode ser decisiva para o êxito ou não do novo programa de concessões. Segundo fonte de uma das empreiteiras, é necessário um instrumento legal e definitivo capaz de separar as companhias da interdição de seus controladores e gestores, medida que revogaria os óbices para a participação nos próximos leilões de infraestrutura. A alegação é que a falta de uma garantia firme praticamente inviabilizará sua presença nas licitações. Nas atuais circunstâncias, as empresas de construção pesada terão notórias dificuldades para obter financiamento e atrair investidores para os consórcios. Afinal, quem vai apostar em um cavalo sub judice ou com o risco de ser alvejado por alguma delação? Ainda não há uma definição da figura jurídica que poderá fundamentar tal decisão. O certo é que se trata de uma negociação complexa, tanto do ponto de vista político quanto legal, que terá de passar por diversas esferas, como Poder Executivo, notadamente o Ministério da Justiça e a Casa Civil, Ministério Público e Judiciário. Imagina-se que o próprio governo tenha o maior interesse na matéria. Difícil que o novo programa de concessões saia do chão sem a participação de Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e de boa parte das 300 grandes e médias empresas de construção pesada no Brasil. Onde o governo vai encontrar investidores dispostos a desembolsar quase R$ 200 bilhões em 15 concessões rodoviárias, 11 aeroportos, cinco ferrovias e 45 terminais portuários? As empreiteiras estão num voo a s cegas. Até o momento, sua participação no programa de concessões tem sido objeto de declarações assimétricas ou mesmo dúbias. Recentemente, o juiz Sergio Moro disse que as empreiteiras citadas no escândalo não estão proibidas de firmar contratos com a administração pública, mas – sublinhe-se o “mas” – falou também que o futuro plano de concessões pode ser uma nova fonte de corrupção para as construtoras reincidirem em crimes. Uma frase como esta não passa despercebida a bancos, agências de fomento, empresas de classificação de risco ou investidores internacionais. Quando confrontado com as declarações de Moro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, limitou-se a dizer, com certa timidez, que era “descabido” lançar suspeitas sobre o plano de concessões. Pouco, muito pouco. Mesmo porque, segundo notícias na mídia, o próprio Moro chegou a considerar que, no caso da Odebrecht, o ideal seria a suspensão de todos os contratos e atividades da construtora. O risco é que a declaração indique o embrião de uma jurisprudência. Qualquer restrição a  presença das grandes e médias empreiteiras nos próximos leilões é interferir diretamente no futuro destas companhias. Investir em infraestrutura é um processo em cadeia: novos projetos aumentam a curva de retorno dos empreendimentos já em curso graças a  captura de sinergias. Portanto, caso as construtoras venham a ser impedidas de entrar nos novos leilões, tal restrição terá impacto na performance de concessões das quais elas já participam. Ou seja: cassar o porvir das empresas de construção pesada também significa alijar o seu presente e o seu passado.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Lava Jato #Odebrecht #Queiroz Galvão

Se Lula defender Aloizio

1/07/2015
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Se Lula defender Aloizio Mercadante contra as denúncias da Lava Jato, entenda com o sinal trocado. Se o ex-presidente ficar calado, saiba que é uma manifestação de apoio.

#Lava Jato #Lula

Corda no pescoço

30/06/2015
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A situação da UTC – do empreiteiro e delator premiado Ricardo Pessoa – se agrava a cada dia. As dívidas da empresa que vencem ainda neste ano somam R$ 900 milhões. Quanto maior o enrosco, maior a vontade de falar.

#Lava Jato #UTC

Lava Jato resfria o programa nuclear brasileiro

29/06/2015
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A Lava Jato empobreceu também o urânio brasileiro. O desenfreado cerco a s grandes empreiteiras praticamente paralisou o programa nuclear nacional. Que o diga a russa Rosatom, virtual parceira do governo brasileiro para a instalação de novas usinas atômicas. Nem mesmo as boas relações entre Dilma Rousseff e Vladimir Putin e os seguidos acordos bilaterais entre os dois países resistiram ao juiz Sergio Moro. A aliança entre a Rosatom e a Camargo Corrêa, que já haviam assinado um memorando de entendimentos para investimentos na área nuclear, desintegrou- se. Forçada pelas circunstâncias, a construtora cancelou qualquer novo projeto no setor. Desde então, os russos seguem em busca de um nome para ocupar o vazio deixado pela Camargo Corrêa, de preferência também uma grande empreiteira – afinal, que outro setor no Brasil tem tamanha familiaridade com o negócio? Praticamente todas as construtoras do primeiro time criaram uma área de defesa e segurança: a Odebrecht, por exemplo, participa do projeto de montagem do primeiro submarino nuclear brasileiro. Neste momento, no entanto, é mais fácil os russos acharem cé sio 137 sob o asfalto da Rua das Flores, em Curitiba, do que encontrar uma grande construtora que não tenha sido atingida pela radioatividade do petrolão. Uma coisa puxa a outra. Nos últimos meses, as conversações entre a Rosatom e o governo brasileiro esfriaram consideravelmente. Havia a expectativa de que a própria presidente Dilma Rousseff fizesse uma viagem a  Rússia no mês de maio, quando se encontraria com Vladimir Putin para dar continuidade ao projeto. No entanto, a visita não se confirmou. Ruim para a Rosatom, que apostou um monte de fichas no programa nuclear brasileiro. A companhia instalou uma subsidiária no país, a Rusatom Overseas Network, montou uma representação no Rio de Janeiro e designou um de seus mais promissores executivos para comandar os sete funcionários locais, Ivan Dybov. Muito barulho por nada. Por ora, a Rosatom fechou apenas um contrato com a Comissão Nacional de Energia Nuclear para o fornecimento de molibdênio-99, usado na medicina nuclear.

#Camargo Corrêa #Lava Jato #Rosatom

Ninguém escapará ao cárcere do Google

26/06/2015
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Agora não há mais dúvida: foi o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, quem carimbou Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo como participantes do cartel das empreiteiras. Recaem suspeitas sobre as condições em que Pessoa fez a delação dos dois potentados, de todas a mais tardia. O presidente da moribunda UTC sempre foi um sujeito extremamente alegre, tabagista extremado, contador de piadas, amante do excesso. Sujeito a s penitências do encarceramento na Guantánamo versão Lava Jato, imposto pelo juiz Sergio Moro, Pessoa foi quebrado na sua mais aguerrida resistência – que, diga-se de passagem, já não era muita. Provavelmente daria declarações em outras circunstâncias impensáveis para se livrar da prisão. Mas há quem diga que havia uma certa animosidade, tanto do lado de Ricardo Pessoa quanto de Marcelo Odebrecht, rusga decorrente de disputa pela contratação de serviços da Petrobras. O curioso é que grande parte das brigas entre empreiteiras nas licitações da estatal se devia aos bids que levavam a preços vis, muitas vezes incapazes de sustentar a obra sem o prejuízo nas contas do vencedor. A Mendes Jr. era uma das campeãs em colocar os preços abaixo do nível morto. A UTC, volta e meia, ia pelo mesmo caminho (isso é cartel?). Se a bronca com Marcelo Odebrecht pode ter guiado o dedo duro premiado de Ricardo Pessoa, desconhece-se motivação extra-autos para a prisão de Otávio Azevedo, uma espécie de embaixador da boa vizinhança no setor. Não é nem muito claro o conteúdo da denúncia contra ele. Azevedo era mais gestor da operação de telefonia da Andrade Gutierrez do que pertencente a  infantaria puro-sangue dos empreiteiros. Mesmo porque foi no setor de telecomunicações que ele construiu a maior parte de sua trajetória, notadamente como executivo da Telemig e da Telebrás. Bem, que a Justiça dê o seu veredicto, investigue e mostre resultados convincentes, sabendo-se, de antemão, que, pelas sequelas da sua genética processual, os indiciados já sofreram uma irreparável condenação. Não se livram nunca mais de milhões e milhões de páginas no Google, que serão lidas pelo mundo afora e por muitas das suas gerações.

#Lava Jato #Odebrecht #Ricardo Pessoa #UTC

O inferno astral da Cetip

26/06/2015
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 O inferno astral da Cetip parece não ter fim. Apesar das intensas negociações com a direção do Detran de São Paulo, o presidente da empresa, Gilson Finkelsztain, não evitou o pior: a companhia perdeu a exclusividade no registro dos contratos de financiamento de veículos no estado, negócio que representa 5% do seu faturamento. Tão ruim ou até pior do que a subtração desta receita é o risco de que a decisão estimule os departamentos de trânsito de outros estados a adotar a mesma medida. Até porque deve ser grande a pressão para que os Detrans se afastem de uma empresa que tem um pé na Lava Jato. Segundo denúncias feitas pelo doleiro Alberto Youssef, a GRV, subsidiária da Cetip, teria subornado parlamentares do PP para assegurar um contrato com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

#Alberto Youssef #Cetip #Detran #Lava Jato

Príncipe

25/06/2015
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O nome do Instituto FHC aparece em meio a s varreduras da Lava Jato. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz que o caso da sua instituição é bem diferente das doações e pagamentos de conferências feitos ao Instituto da Cidadania. Isto porque ele realmente teria ministrado as palestras. Então, tá… *** Ainda sobre FHC. O expresidente teria dito que não ficaria nem um pouquinho desconfortável se fosse feita uma auditoria das contas do seu Instituto e o de Lula. FHC não fala em um levantamento da acumulação de riqueza de ambos. Não vem ao caso.

#Lava Jato

O rating dos cenários pós-Odebrecht e Andrade

22/06/2015
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Os fatos da última sexta-feira já pertencem ao Google – o guardião do passado de tudo e de todos. A questão é o porvir. Potencialmente, quais são as consequências mais graves dos acontecimentos que chocalharam todas as grandes empreiteiras e estressaram as expectativas em relação ao destino nacional? O Relatório Reservado se veste de agência de rating e se propõe a classificar o risco de cenários possíveis. Quanto maior a nota maior a probabilidade da ocorrência. Em alguns dos casos, oxalá o RR incorpore para valer esses oráculos e erre o máximo possível. * A Lava Jato esterilizou os grandes grupos nacionais, historicamente, os grandes investidores em infraestrutura. O cenário é de terra arrasada. Sem saída, o governo cancela todos os leilões. Rating: CCC- * Diante das circunstâncias, o governo salva o que é possível dos leilões de infraestrutura, recorrendo a empreiteiras do segundo grupo e a empresas estrangeiras. Temos um plano de concessões padrão “banco de reserva”. É o que dá para o momento. Rating: BBB+ * A paralisia das grandes empreiteiras afeta não apenas as futuras concessões, mas também as obras já em andamento. Os pagamentos atrasam; tratores param e operários cruzam os braços a  beira de estradas que começam, mas não terminam! Rating: BB+ * A discussão volta a  baila com força total: até quando o governo assistirá, inerte, a  débâcle de um setor que responde por 7% do PIB e por oito milhões de empregos? A indústria da construção pesada não é grande demais para quebrar? Rating: AAA+ * O setor de construção pesada enverga, mas não quebra e volta a sua normalidade, afinal o capital, uma vez mutilado, se regenera como os répteis. Rating: DDD- ? Todos se dão conta de que, para o bem do próprio Brasil, é preciso conter esse macarthismo “tucano-juridicano”. O caso sai da esfera jurídica e um grande pacto político-institucional surge a  mesa: as grandes empreiteiras assinam um acordo de leniência coletiva, purgam seus excessos e voltam ao game. Rating: CC * A seleção natural entra em cena: grandes empreiteiras quebram e levam consigo toda uma cadeia de fornecedores. Algumas espécies se transmutam e sobrevivem por meio de fusões. Concentração de mercado em estado puro, com o que ela tem de mais cruel: perda da competitividade e desemprego. Rating: B * Cresce a percepção de insegurança no que diz respeito a s relações de parceria no Brasil. Afinal, ser preso torna-se um fato comum, que pode acontecer a qualquer momento. A gringalhada, que não é boba, se retrai. O investimento direto estrangeiro despenca. Rating: BB+ * O cerco se fecha; peças da Operação 2018 se juntam num quebra cabeças de encaixes marcados. A Lava Jato, enfim, cumpre seu desígnio e chega ao cume do Everest: Lula está na cadeia. Rating: A+ Obs: Se alguém perguntar, não confirmamos essa nota. * Um dos mais populares líderes políticos da história do Brasil está preso. O tecido social se esgarça rapidamente e o risco de ruptura é iminente. As tensões de classe chegam a níveis intoleráveis, levando a um quadro de conflagração política e social. O asfalto ferve e o RR pergunta: e o ajuste fiscal? Rating: b+ (a mais paradoxal nota do rating, tão alta quanto minúscula e acanhada).

#Lava Jato

Trilho chinês

17/06/2015
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A China Railway Construction Corporation (CRCC) é forte candidata a  concessão dos dois novos trechos da Ferrovia Norte-Sul. A busca por parceiros já começou. Há alguns meses, a CRCC chegou a entabular um acordo com a Camargo Corrêa, mas a Lava Jato mudou o trilho de direção.

#Camargo Corrêa #Lava Jato

Toyo arruma suas gavetas no Brasil

8/06/2015
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A Toyo cansou de aparecer no noticiário policial. Tragado pela Lava Jato, o grupo japonês teria tomado a decisão de romper a joint venture com o Grupo Setal e encerrar suas operações no Brasil. A Toyo Setal é uma das construtoras que estão no epicentro do petrolão. O empresário Augusto Mendonça Neto, acionista controlador, e o executivo Julio Camargo, presidente da companhia, assinaram acordos de delação premiada. O RR fez várias tentativas de contato com a Toyo, por meio de seu escritório no Rio de Janeiro ou diretamente com a sede, em Tóquio. No entanto, o grupo não retornou até o fechamento desta edição. A Toyo Setal tem dois importantes contratos com a Petrobras, a começar por um dos maiores investimentos da estatal. A empresa é responsável pela construção de duas unidades de produção de hidrogênio no Comperj. Em outro front, participa também do projeto de instalação de uma fábrica de amônia em Uberaba (MG) -empreendimento, aliás, que está na corda bamba, devido aos seus altos custos.

#Lava Jato #Toyo Setal

Agnus dei

1/06/2015
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A denúncia da PF sobre a eventual participação da Odebrecht na Lava Jato poderia ser feita por e-mail e não por intermédio da imprensa. Melhor, poderia ser feita em um guichê de atendimento ao público. Seria curioso: – Bom dia! O senhor participou de alguma iniciativa para formação de cartel? – Não, não participei, não! – Ok, obrigado. Vamos avisar a  mídia que o senhor disse que não é corrupto. Próximo…

#Lava Jato #Odebrecht

Compra do Aché é o remédio para todos os males da EMS

1/06/2015
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 O empresário Carlos Sanchez, que, ultimamente, tem frequentado com recorrência a prateleira dos escândalos, quer voltar a  gôndola dos grandes negócios na indústria farmacêutica. O dono da EMS estaria se unindo ao fundo norte- americano Advent para fazer uma oferta pelo controle do Aché, pertencente a s famílias Depieri, Siaulys e Baptista. Ressalte-se que esta não é a primeira tentativa da gestora de recursos de desembarcar em um grande laboratório nacional. Em 2013, o Advent manteve conversações com a goiana Teuto, que acabou se associando a  Pfizer. Caso se confirme, a compra do Aché tem tudo para ser uma das maiores operações de M&A já realizadas no setor, seja pelos valores envolvidos, seja pelo seu impacto no mercado. Há quase dois anos, o Aché abriu tratativas com diversos laboratórios internacionais – entre eles a própria Pfizer e o Novartis – para a venda do seu controle, mas nenhum dos candidatos aceitou pagar o preço exigido pelas três famílias. O tempo passou, mas, segundo o RR apurou, o valor segue no mesmo patamar: em torno dos US$ 5 bilhões. No caso específico da EMS, este é o preço para se chegar ao paraíso. Com a aquisição do Aché, a companhia de Carlos Sanchez se consolidaria como o maior fabricante de medicamentos do país, com uma receita consolidada superior a R$ 13 bilhões. Praticamente metade desse valor viria da venda de genéricos. O peso da EMS no setor é proporcional a  influência de Carlos Sanchez, talvez o empresário do ramo farmacêutico com mais trânsito junto ao governo nos últimos anos. Tamanho prestígio tem seus efeitos colaterais, como vem mostrando o noticiário recente. Coincidência ou não, o avanço sobre o Aché se dá no momento em que a EMS enfrenta uma grave crise institucional. O laboratório foi citado como um dos clientes da consultoria de José Dirceu. Aliás, um dos clientes, não! “O cliente”! Segundo as investigações, a companhia encabeça a lista de pagamentos ao exministro, com um desembolso total de quase R$ 8 milhões. Além disso, a EMS é mencionada na Lava Jato como uma das parceiras da Labogen, empresa que tinha entre seus sócios o doleiro Alberto Youssef.

#Aché #Advent #Alberto Youssef #Carlos Sanchez #EMS #Lava Jato #Pfizer

Olha o camarão!

26/05/2015
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Investigado na Lava Jato por causa de negócios com a Refinaria Getulio Vargas, o Grupo MPE está se desfazendo de ativos ligados ao agronegócio. Deverá vender desde a sua criação de camarões na Bahia – operação confirmada pela própria MPE – a fazendas no Centro-Oeste.

#Lava Jato

Fundo norueguês

20/05/2015
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 Entre a Lava Jato e um mercado imobiliário em crise, o fundo soberano da Noruega nem pensa duas vezes. Nos últimos dias, o Government Pension Fund Global se desfez de um expressivo lote de ações da Alpargatas, leia-se Camargo Corrêa. Em contrapartida, tem disparado sucessivas ordens de compra de papéis da Gafisa.

#Alpargatas #Camargo Corrêa #Gafisa #Lava Jato

Lava Jato

19/05/2015
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Citada na Lava Jato, a japonesa JB Minovix tenta pular fora da Ecovix, dona do estaleiro Rio Grande. Com as atividades praticamente paralisadas, a companhia já teria feito mais de três mil demissões desde setembro do ano passado. *** A defesa de Nestor Cerveró voltou a considerar a possibilidade de chamar o ex-presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, como testemunha de defesa. Os advogados do executivo já haviam desistido da ideia. Mas, se Renato Duque pode, por que não Cerveró?

#Lava Jato

Sobrou para a ex

18/05/2015
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Ecos da Lava Jato: o empreiteiro Augusto Mendonça Neto, dono da Setal, não estaria honrando os compromissos firmados no acordo de separação da atriz Gisele Fraga, com quem foi casado entre 2006 e 2011.

#Lava Jato

Lava Jato

15/05/2015
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A terra treme na República dos Sarney. Em seu primeiro depoimento pós-delação premiada, além da menção ao ex-ministro Edison Lobão, o empreiteiro Ricardo Pessoa teria apresentado novos detalhes sobre a construção da refinaria Premium, no Maranhão.

#Lava Jato

Que fase!

14/05/2015
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Em apenas dois meses, o Banco Safra apareceu na Zelotes, no SwissLeaks e na lista de clientes da consultoria de Antônio Palocci. Para fechar o Grand Slam dos escândalos, só falta ser citado na Lava Jato.

#Banco Safra #Lava Jato

Epidemia

5/05/2015
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Segundo a Rádio Lava Jato, a OAS a“leo e Gás também está em vias de pedir recuperação judicial, a exemplo de outras nove empresas do grupo.

#Lava Jato

Fala, Cerveró!

20/04/2015
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 Nestor Cerveró deverá prestar novo depoimento a  Justiça na primeira quinzena de maio. O juiz Sergio Moro está convicto de que Cerveró pode e deve dizer bem mais do que já falou até agora.

#Lava Jato #Nestor Cerveró #Sérgio Moro

Estaleiro à deriva

16/04/2015
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A UTC Engenharia, uma das protagonistas da Lava Jato, está prestes a demitir mais 100 operários do seu estaleiro em São Gonçalo (RJ). Desde dezembro, cerca de 650 trabalhadores já foram jogados ao mar.

#Lava Jato

Pré-Sal Petróleo não saiu sequer da superfície

31/03/2015
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Caro leitor, responda rápido: você se lembra da Pré- Sal Petróleo S/A (PPSA)? Pois é… Pouco mais de um ano e meio após ser criada em meio a grandes expectativas e intensas disputas políticas, a estatal responsável pela gestão dos contratos de partilha no pré-sal vive, ou melhor, sobrevive nas sombras. Instalada no edifício no 1 da Avenida Rio Branco, no Centro do Rio – em Brasília, sede oficial, ainda não há sequer um escritório definitivo -, a empresa é hoje uma repartição pública esquálida, com reduzido poder de influência sobre o setor e sérias limitações de orçamento. Ao longo de todo o ano passado, a PPSA recebeu da União um aporte de aproximadamente R$ 15 milhões. Não deu nem para o gasto. Concebida para ter cerca de 180 profissionais, a empresa não conseguiu chegar nem perto deste número. Hoje, o efetivo é composto por pouco mais de 30 funcionários, contabilizando- se o presidente, Oswaldo Pedrosa, e outros três diretores. Apesar de todo o empenho, o mirradinho corpo técnico não consegue dar vazão a s demandas que chegam a  estatal. Embora, até o momento, suas atribuições sejam meramente burocráticas, o volume de trabalho cresceu razoavelmente desde o surgimento da empresa. O total de reservas sob o guarda-chuva da PPSA mais do que duplicou em um ano e meio. Hoje, este manancial oscila entre 18 bilhões e 30 bilhões de barris, considerando- se a soma dos campos de Libra, Búzios, Atapu, Sépia e Itaipu, todos com participação da Petrobras. Além da gestão dos contratos de partilha, a estatal atua na intermediação de acordos de individualização de produção em blocos contíguos, ou seja, uma espécie de juiz de paz entre vizinhos do pré-sal. A PPSA foi atingida pela tempestade perfeita. A Lava Jato e o consequente estado de inanição da Petrobras – associados ao hiato de leilões no pré-sal (a próxima rodada está prevista apenas para 2016) e os drásticos cortes no orçamento da União – jogaram por terra as projeções financeiras da empresa. A rigor, a estatal tem duas fontes de receita: uma a futuro, leia-se a participação nos lucros dos blocos do pré-sal; outra, referente aos bônus de assinatura dos contratos de concessão. Pelo menos assim dizia o script. No entanto, até hoje a PPSA ainda não teria recebido os R$ 50 milhões relativos a  outorga do campo de Libra.

#Lava Jato #Petróleo #Pré-Sal

Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras

27/03/2015
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 André Esteves nunca escondeu que não tem pruridos em escavar ativos podres. Eis aí a carcaça do Bamerindus como prova inconteste. Mas, neste momento, é melhor não mexer com as mãos limpas em projetos que atravessam a calçada da Lava Jato. O banqueiro vai usar luvas cirúrgicas e terceirizar sua participação para entrar de banda no setor da construção pesada. A Petrobras, como sempre, é a meca. Esteves quer aproveitar a crise de liquidez das empreiteiras de estirpe para reservar seu assento em futuras cartas- convite da estatal. O expediente encontrado é a compra de um pedaço da Triunfo por meio de um fundo offshore. Receita manjada, essa operação ficará no quintal. Na sala, a Triunfo contratará o BTG para vender participação em algumas subsidiárias. O objetivo de ambas as iniciativas é gerar recursos para a compra de uma empresa do setor que agregue a  Triunfo capital humano e maior tecnologia em obras do ramo. Em idos nem tão distantes, Esteves namorou uma empresa da construção pesada, a Delta, mas a aquisição não andou. É provável que André Esteves não tenha a menor ideia, mas existiu no Brasil, nos idos dos anos 30, um híbrido de banqueiro e empreiteiro que prestou os melhores serviços ao país, notadamente a  indústria nacional. Trata-se de Roberto Cochrane Simonsen, flor rara da elite empresarial. O presidente do BTG se identifica com outras espécies, a dos predadores financeiros e os caçadores de tesouros públicos desprotegidos. O Esteves predador não é nenhuma novidade. Mas, o caçador de arcas mal cuidadas é um ente em desenvolvimento. Fincou seu primeiro pé na Petrobras, em 2012, em um ativo desguarnecido. Comprou 50% dos blocos da estatal na africa; raspou o que tinha na Nigéria, Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia. Na primeira estimativa, o valor total dos campos foi calculado em US$ 7 bilhões. Depois, foi recalculado em US$ 4,5 bilhões, posteriormente reduzido para US$ 3,05 bilhões. Moral da história: a operação de compra acabou sendo fechada em US$ 1,5 bilhão. O BTG pagou o menor dos menores preços – o TCU investiga se foi ele quem arbitrou o valor -, auferiu dividendos de US$ 150 milhões no oitavo mês, prevê ganhar US$ 1,8 bilhão em três anos e pode realizar a cláusula do contrato de abandonar o negócio, sem fazer qualquer investimento, a qualquer tempo (uma espécie de “Pasadena das savanas”). Esteves também bicou a Petrobras via BR Distribuidora, no fatídico ano de 2012. Nesse ponto da história, o assunto se torna mais periclitante devido ao ingresso na trama do doleiro Alberto Youssef. Ele associa Esteves ao propinódromo da estatal. Junto com seu sócio Carlos Santiago, o “Carlinhos”, na Derivados do Brasil (DVBR), o banqueiro teria embolsado R$ 300 milhões em investimentos nos postos, ao custo módico de R$ 6 milhões em propina. Com a Triunfo, Esteves passaria também a ser dono do aeroporto de Viracopos e de rodovias. O verdadeiro oceano a ser singrado, contudo, são as águas viscosas da Petrobras.

#Alberto Youssef #André Esteves #BR Distribuidora #BTG Pactual #Grupo Triunfo #Lava Jato #Petrobras

Os dirigentes da Alstom rezam todas as noite

26/03/2015
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 Os dirigentes da Alstom rezam todas as noites para Sergio Moro. A Lava Jato transformou o escândalo dos trens em São Paulo em nota de rodapé no noticiário.

#Alstom #Lava Jato #Sérgio Moro

Petrobras volta a campo com empreiteiras da segunda divisão

26/03/2015
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 Meio que na moita, a Petrobras retomou a contratação de empreiteiras para tocar obras que só faltam gritar por socorro. Por enquanto, a estatal vai mesmo na versão “fusquinha”: construtoras do segundo ou terceiro time chamadas para disputar as licitações. São três as pequerruchas que irão inaugurar a era pós- Lava Jato: Azevedo Travassos, Encalço Engenharia e Bueno Engenharia. Nem todas estas moçoilas são virgens no que se refere a  Lava Jato. A Bueno Engenharia foi citada pelo “empresário” Mario Goes, um dos operadores de pagamento de propina a  estatal, na nona fase da investigação, chamada de ?My Way?. Pipocou em algumas páginas de jornal, mas livrou-se do alistamento no grupo das 23 empreiteiras sub judice. As três empresas foram convocadas pela Petrobras para disputar a construção do duto de 28 polegadas e 47 quilômetros que vai de Maricá, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro, ao Comperj, complexo petroquímico da estatal que se encontra em estado de hibernação. Tudo indica que Aldemir Bendine quer fazer desta volta a s obras um ato político. Só isso explica a convocação a s pressas de empreiteiras acostumadas a assistir ao jogo sentadas no banco de reservas. A Petrobras marcou a abertura do envelope para o dia 24 de abril. Só que a obra está prevista para 2016. Com um pouquinho de boa vontade, a estatal poderia esperar que alguns dos titulares se redimissem nos próximos meses, de forma a contar com a participação de algumas das maiores indústrias da construção pesada. Nada contra trazer os peso-penas. Mas o certame de obras da Petrobras não é bem o espaço apropriado para a prática de justiça social ou democratização da concorrência. E qual das convidadas vai dar um preço firme? A carta convite, aliás, continua sendo a gazua para o ingresso na Petrobras, onde não se pratica a boa e velha licitação. Desde a gestão Fernando Henrique Cardoso, a estatal está livre das amarras da Lei n° 8.666. FHC brindou-a com o expediente da escolha seleta, ou seja, ela chama quem quer para participar da concorrência pelas suas obras. Foi justamente esse sistema que acordou o Cade – o órgão antitruste identificou no expediente um convite a  formação de cartel. Realmente, não há motivo no universo que impeça a combinação de preços entre os disputantes. Mas até essa questão, no momento, é menor. O importante é que a Petrobras e o país possam contar com os préstimos da elite empresarial do setor. Já demorou demais.

#Aldemir Bendine #FHC #Lava Jato #Petrobras

A propina mais masoquista do mundo

25/03/2015
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Os indiciados na Lava Jato, que penaram as privações da Guantánamo curitibana, já disseram com todas as letras aos seus defensores constituídos: “A primeira pergunta era sempre a mesma: “O que temos de informações contra a Odebrecht?”. Os intocáveis de Sergio Moro foram bater no grupo baiano por uma via oblíqua, a Braskem, por meio de uma denúncia enviesada, que envolve a empresa e sua sócia Petrobras. Seria o único caso do “petrolão” em que não há prestação de serviços. A delação parece sem pé nem cabeça. A Braskem, conforme o relato fiel da lavação a jato, estaria pagando propina para a estatal prejudicá-la com contratos draconianos de fornecimento da nafta. Basta olhar o histórico dos preços. A Braskem sempre sofreu nas negociações para a garantia do combustível. Até agora, é o maior non sense da Lava Jato.

#Braskem #Lava Jato #Odebrecht

Cetip empurra a Lava Jato para dentro da Bolsa de Nova York

24/03/2015
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 Se a Lava Jato entra por uma porta, o maior acionista da Cetip sai por outra. A Intercontinental Exchange (ICE) está decidida a deixar o negócio. O motivo é a denúncia do doleiro Alberto Youssef de que a GRV, subsidiária da Cetip, subornou parlamentares do Partido Progressista (PP) para assegurar um contrato com o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Desde a semana retrasada, quando as acusações de Youssef vieram a público, o clima entre os norte-americanos e o comando da antiga clearing do mercado de capitais brasileiro é de tensão. Sócia, entre outros negócios, da Bolsa de Nova York, a ICE cobra da Cetip um posicionamento mais firme em relação ao assunto. Os norte-americanos estão irritados com o comportamento passivo da direção da companhia, a começar pelo seu presidente, Gilson Finkelsztain. O próprio fundador e CEO da ICE, Jeffrey Sprecher, chamou o assunto para si. De acordo com uma fonte próxima a  Cetip, Sprecher teve uma dura conversa telefônica com Finkelsztain dois dias após o vazamento do depoimento de Youssef. Segundo o informante do RR, Sprecher exigiu que a Cetip emitisse um comunicado oficial refutando as acusações de Youssef. Até o momento, contudo, não foi feito. Na empresa, diante da inexplicável insubordinação, Finkelsztain já é visto como uma carta fora do baralho. Para todos os efeitos, tanto a ICE quanto Finkelsztain entraram em cena quando o malfeito já estava perpetrado. De acordo com Alberto Youssef, o pagamento de propina a parlamentares do PP começou antes de a GRV ter sido adquirida pela Cetip, em dezembro de 2010, e antes também de os norte- americanos comprarem 12% do capital, em julho de 2011. Finkelsztain, por sua vez, somente assumiria a presidência da Cetip em 2013. Ainda assim, os norte- americanos estão bastante apreensivos com a possibilidade de o escândalo respingar em sua própria operação nos Estados Unidos. Não é para menos. Na condição de uma das maiores acionistas da Bolsa de Nova York, tudo o que a ICE menos quer e menos pode é ter seu nome envolvido em um escândalo dessa dimensão – o que justifica a sua disposição de deixar o negócio. Mesmo porque, além dos eventuais danos a  imagem da Cetip, o episódio pode ter um impacto considerável sobre o próprio desempenho da companhia. Ressalte-se que o contrato para o registro de gravames (restrições) a financiamentos de veículos no sistema do Denatran é hoje o maior dos negócios da empresa. Responde por 40% do faturamento da companhia.

#Alberto Youssef #Cetip #Lava Jato #PP

Enfim, um substituto para Cerveró na BR

20/03/2015
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 Na reunião prevista para a próxima quinta-feira, dia 26 de março, o Conselho de Administração da BR Distribuidora deverá anunciar o nome de Carlos Alberto Barra Tessarollo como novo diretor financeiro da estatal. Já não era sem tempo. O cargo está vago há exatamente um ano, desde que Nestor Cerveró foi afastado por conta das investigações na Lava Jato. De lá para cá, a área financeira foi acumulada pelo próprio presidente da BR, José Lima de Andrade Neto. A escolha de Carlos Alberto Tessarollo é uma evidência de que o poder de Aldemir Bendine já começa a se espraiar pelas subsidiárias da Petrobras. Atual gerente de seguros da estatal, Tessarollo é ligado a Ivan Monteiro, executivo que Bendine trouxe consigo do BB para assumir a diretoria financeira da Petrobras. Em tempo: o novo responsável pelas finanças da BR integra também o corpo técnico da Associação Brasileira de Gerência de Riscos. Faz sentido!

#Aldemir Bendine #BR Distribuidora #Lava Jato #Nestor Cerveró #Petrobras

Metralhadora

10/02/2015
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O que se diz nos labirintos da Lava Jato é que o depoimento de Julio Camargo, consultor da Toyo Setal, espalha brasa sobre quase duas dezenas de empresários e executivos com negócios na Petrobras.

#Lava Jato #Petrobras

Arquivo morto

29/01/2015
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O processo de arrumação da Petrobras pós Lava-Jato passa pelo enxugamento no número de empresas do grupo. A Gaspetro, que reúne participações em distribuidoras de gás, deverá ser a primeira degolada. Seus ativos seriam pendurados na própria holding. Oficialmente, a Petrobras nega a extinção da Gaspetro.

#Gaspetro #Lava Jato #Petrobras

Eletrobras pluga seus investimentos na State Grid

26/01/2015
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 Se, no passado, a State Grid era uma pulga atrás da orelha do governo, desconfiado de suas reais intenções no país, agora os chineses pisam em tapete vermelho. Os asiáticos mereceram a distinção de uma reunião com Eduardo Braga no fim de dezembro, antes, portanto, de ele assumir formalmente o Ministério de Minas e Energia. Motivo do encontro: o governo quer estender a parceria entre a Eletrobras e a State Grid, por ora restrita a  construção da linha de transmissão de Belo Monte. O foco é a área de geração. Em pauta, a construção não apenas de hidrelétricas, mas também de termelétricas a gás natural, carvão e biomassa, usinas eólicas e solares. As duas empresas deverão assinar um protocolo de intenções tão logo seja definida a nova diretoria da Eletrobras. Em português claro: a área de Minas e Energia quer transformar o grupo chinês em parceiro preferencial da estatal para investimentos no segmento de geração. O que mais a Eletrobras precisa, a State Grid tem de sobra. Os chineses já desembolsaram mais de R$ 8 bilhões no Brasil em investimentos no setor de transmissão. Prometem outro tanto para os próximos quatro anos. A parceria com a estatal no segmento de geração envolveria aportes da ordem de R$ 12 bilhões em três anos, valor equivalente a um quarto do que a Eletrobras prevê investir no período para a expansão do parque gerador brasileiro. Ou seja: a aliança com os asiáticos, se consumada, trará um refrigério para o caixa da companhia. O estreitamento das relações entre a Eletrobras e a State Grid tem também um forte caráter profilático. Por razões mais do que óbvias, o Ministério de Minas e Energia trabalha com a expectativa de uma redução dos aportes das grandes construtoras em projetos hidrelétricos. Ao que tudo indica, ainda há muita água para passar pelas turbinas da Operação Lava Jato. As negociações com a State Grid preveem ainda a atração de outros parceiros internacionais, como as nipônicas Itochu e Sumitomo, interessadas em participar como investidoras de projetos na área de geração.

#Eletrobras #Lava Jato #Ministério de Minas e Energia #State Grid

Roupa da moda

26/01/2015
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Mesmo com Lava-Jato, a vida não para. A Camargo Corrêa busca ativos na área de moda. O grupo considera que a Enjoy cabe perfeitamente nos planos de crescimento da Alpargatas, seu braço neste segmento. A grife carioca tem 40 lojas.

#Camargo Corrêa #Lava Jato

Operação secador

7/01/2015
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 A Operação Lava-Jato tem feito milagres. Em busca de apoio político para enfrentar o duríssimo momento, Cesar Mata Pires, dono da OAS, ensaia uma reaproximação com o prefeito de Salvador, ACM Neto. Ambos tornaram-se inimigos figadais depois que Teresa Magalhães, esposa de Mata Pires e filha de Antônio Carlos Magalhães, rompeu com a família em meio ao rumoroso processo de partilha do espólio do ex-governador.

#ACM Neto #Lava Jato #OAS

As investigações sobre o doleiro

22/05/2014
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As investigações sobre o doleiro Alberto Yousseff estão triscando no altar de um polêmico líder religioso.

#Alberto Youssef #Lava Jato

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