Tag: Eike Batista

Personalidade

Eike Batista na sua maior perfeita tradução

18/04/2024
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Quem assistiu à entrevista de Eike Batista ao Canal Livre, da Band, teve, por um lado, momentos para acreditar que o empresário foi vítima de uma circunstância peculiar, em que muitos foram achacados por uma gangue que dominava parte do Rio de Janeiro; por outro, testemunhou a versão mais perfeita de Eike, com a sua habitual megalomania. Nos últimos anos, ele já disse que tinha seis unicórnios; depois, 10, mais tarde, 15. Agora, não se refere nem mais a números, mas a “um curral de novos unicórnios que vão aflorar”, como afirmou no programa. Na entrevista à Band, Eike falou também que sua maior riqueza é o seu cérebro, a partir do qual pretende reconstituir a posição que já teve no Brasil e no mundo – não custa lembrar que ele já foi a sétima maior fortuna do Planeta, pelo ranking da Forbes. Eike só faltou dizer que substituiria Elon Musk.

#Eike Batista

Mineração

Chineses financiam retomada de produção de antiga mina de Eike no Amapá

30/10/2023
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A Pedra Branca Alliance, leia-se uma joint venture entre a britânica Cadence Minerals, a trading Indo Sino PTE, de Cingapura, e a DEV Mineração, ao que parece, vai retomar a produção de minério de ferro na jazida de Pedra Branca do Amapari, no Amapá. De acordo com informação publicada há pouco pelo site internacional MarketWatch (https://www.marketwatch.com/story/cadence-minerals-shares-soar-on-preliminary-deal-to-advance-iron-ore-project-in-brazil-87ab2a2b?mod=search_headline), o consórcio fechou um acordo com a Sinoma Tianjin Cement Industry Design & Research Institute para o financiamento da operação. Como reflexo do anúncio, as ações da Cadence chegaram a subir 29% na Bolsa de Londres ao longo do dia. A mina tem reserva de 251 milhões de toneladas de minério de ferro. Sua capacidade atual de produção é da ordem de 5,3 milhões de toneladas por ano. Com investimentos, estima-se que esse número possa chegar a 11 milhões de toneladas.

Obs RR: A Cadence Minerals e seus sócios são apenas os personagens mais recentes de um enredo mineral protagonizado por nomes emblemáticos. O projeto nasceu nas mãos de Eike Batista. O Complexo do Amapá era uma das pernas da MMX, a mineradora criada por Eike para “rivalizar” com a Vale. Com a crise financeira das empresas X e a derrocada do empresário, a mina do Amapá passou às mãos da Anglo American em 2008. Em 2013, a Anglo vendeu a operação para a inglesa Zamin Ferrous, que entraria em recuperação judicial no ano seguinte. A Cadence em cena em 2019, ao assumir o complexo, que reúne inclui a mina, uma estrada de ferro, um porto e uma barragem de rejeitos.

#Amapá #Cadence Minerals #Eike Batista #minério de ferro

Empresa

Neoenergia aumenta sua aposta no Porto do Açu

21/09/2023
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O Rio de Janeiro está se tornando um lócus importante para os investimentos da Neoenergia em transição energética. A empresa tem feito estudos para a instalação de usinas eólicas offshore no litoral norte do estado. A companhia, ressalte-se, já assinou um memorando de entendimentos com a Prumo (MoU, na sigla em inglês) para a produção de hidrogênio verde no Porto do Açu. Segundo avaliações técnicas, o próprio complexo portuário que um dia pertenceu a Eike Batista está em área de ótima influência eólica. Em outras latitudes, a Neoenergia firmou também acordos com os governos do Rio Grande do Sul e Rio Grande do Norte para projetos em geração renovável.

#Eike Batista #NeoEnergia #Prumo

Eike ataca como adviser de mineradoras no mercado de capitais

22/06/2023
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O empresário Eike Batista estaria aproveitando a visita do head da Toronto Stock Exchange & TSX, Guilhaume Légaréna, na América Latina para colocar mais um serviço na sua prateleira de consultorias, com o sugestivo mote de como ter sucesso em bolsas de valores mais focadas em mineração. Na realidade, Eike está pensando em uma bolsa especificamente, ou seja, a própria TSX, que coincidentemente tem uma característica no nome igual a de todas as suas empresas – a assinatura com o “X” no final da marca. O empresário conhece o caminho das pedras. Em meados dos anos 80, quando tinha 29 anos, o empresário viveu uma ascensão meteórica do seu primeiro grande negócio, a TVX Gold, listada na Bolsa de Toronto. Eike foi o dono e, ao mesmo tempo, o principal executivo da mineradora. O início foi espetacular, com a captação de US$ 400 milhões. Na época, a empresa só tinha US$ 120 milhões em caixa. No auge, as ações da TVX Gold chegaram a valer US$ 722. Posteriormente, Eike viria a cometer erros na gestão da TVX Gold. Vendeu a empresa, em 2001, por um valor irrisório, com a ação cotada a US$ 0,27.  

Mas é fato que poucos empresários conhecem a bolsa canadense como ele. Talvez o CEO da Aura Minerals, Rodrigo Barbosa, esteja no páreo. A Aura é um estrondoso sucesso na TSX. A cotação da companhia apresentou uma alta de 1.125% no intervalo de junho de 2018 a junho de 2021. Em 2022, pelo segundo ano consecutivo, a mineradora manteve-se no primeiro lugar no ranking da Toronto Exchange, em uma competição com 3.500 companhias listadas naquela bolsa. Seja como for, Eike manja do negócio, não é dono da empresa, nem estará à frente da gestão. O empresário se dispõe a fazer somente consultoria. Mesmo que estivesse em uma outra ponta, é difícil imaginar que fosse cometer os mesmos erros do passado. 

#Eike Batista

Personalidade

Eike Batista quer monetizar as suas próprias memórias

7/06/2023
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O resiliente Eike Batista prepara uma nova empreitada. Dessa vez nada tão megalomaníaca quanto suas demais incursões. Mr. Batista pretende ingressar no mercado livreiro. Quer ser investidor, editor, distribuidor e escritor. O primeiro título já tem até nome. Vai se chamar “Selva”. O livro conta as peripécias de Eike na Amazônia, notadamente suas aventuras como atravessador do garimpo de ouro. É sabido que Eike tomou um tiro em desavenças na região. Pois bem, a obra entrega muitas mais aventuras, tais como o uso de parapente para descer dos céus no meio da Amazônia. Parafraseando o cantor Lobão, “Selva” “tem sangue e porrada na madrugada”. Imperdível! 

#Eike Batista

Negócios

Eike tem muito a ensinar sobre o que deve e não deve ser feito

18/01/2023
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Eike Batista vai montar uma escola de negócios. O empresário atualmente faz coaching para um bando de jovens. A ideia é ingressar no mercado de cursos para executivos, inaugurando escolas em várias capitais. Eike acha que o seu nome é o maior atrativo do empreendimento.

#Eike Batista

Eike Batista é um show

23/05/2022
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Eike Batista não perde a pose. O ex-megaempresário, cercado de quatro jovens, ministrava, uma pequena aula, em pé, para seus petizes, na última sexta-feira (dia 20), na esquina da Rua Farani, em Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro. Eike discorria sobre suas façanhas com a pose de um “Jean Paul Belmondo tupiniquim”, ressaltada pelo cachecol azul enrolado no pescoço esguio. O empresário, apesar do desastre nos seus empreendimentos e a confessa participação em tenebrosas negociações, continua pop. Todos que passavam, inclusive dirigindo automóveis, davam uma espiada em Eike. O RR viu e confirma. Nunca existirá um outro empresário com o aplomb de Mr. Batista.

#Eike Batista #Rio de Janeiro

Uma ficha nem tão limpa assim na Petrobras

22/04/2022
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Eduardo Karrer, novo membro do Conselho de Administração da Petrobras, carrega algumas máculas dos tempos da EBX, do então onipresente Eike Batista. Quando era diretor de relações com investidores da MPX (rebatizada de Eneva), Karrer foi acusado, em processo na CVM (No RJ 2013/12595), de não ter divulgado fato relevante ao mercado, informando que o BTG Pactual iria retirar a garantia firme de colocação para um aumento de capital na companhia. Para encerrar a ação, o executivo firmou um termo de compromisso com a CVM e pagou R$ 250 mil – segundo informação disponibilizada pelo órgão regulador. O mesmo Karrer foi acusado em outro processo na CVM (No RJ 2013/10321), desta vez na condição de conselheiro da CCX, empresa colombiana de carvão de Eike. O motivo foi a não divulgação de fato relevante acerca dos estudos para uma oferta pública de aquisição das ações e consequente cancelamento de registro da empresa. O executivo acabou punido com uma advertência – informação também confirmada pela CVM.

#CVM #EBX #Eike Batista #Petrobras

O estranho no ninho

22/03/2022
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Não há o que questionar em relação à primeira e à segunda colocação, respectivamente, do Bradesco e do Itaú no ranking da Pesquisa Merco de reputação no setor financeiro. Mas é de se estranhar o intruso Nubank na terceira posição. Sob certo aspecto, a fintech, ou seja lá que animal for, lembra um pouco a OGX, companhia de petróleo do empresário Eike Batista, que tinha muito marketing e valuation e pouco óleo. Sem qualquer comparação de ordem financeira, o Nubank também tem muito marketing e valuation, mas é pouco banco. Talvez seja o caso de aguardar a próxima Pesquisa Merco para conferir se a reputação do Nubank não vai repetir o que aconteceu com suas ações logo após o seu festejadíssimo IPO: caíram para o lugar que mereciam – 11 dias depois da abertura de capital, o papel já havia despencado 25%, achatando o valor de mercado da instituição em US$ 13,4 bilhões. De qualquer forma, o RR insiste: o Nubank pode ser até a nova fronteira do capital reputacional, mas banco não é.

#Eike Batista #Nubank

Os olhos de Eike Batista ainda brilham feito ouro

14/03/2022
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Ao contrário do seu estilo feérico, discretamente Eike Batista tem feito lobby junto a parlamentares em favor do projeto de lei que libera a mineração em áreas indígenas. Suas pretensões passam por um velho e reluzente conhecido: ouro. O PL 191 abre uma possibilidade de retorno do empresário ao setor onde praticamente tudo começou. Eike pode ser descrito com uma paráfrase do aforismo bíblico: “Do ouro viemos e ao ouro retornaremos”.

As operações em garimpos do metal na Amazônia estão na origem do que um dia chegou a ser a oitava maior fortuna do mundo. Entre tantos outros episódios, as peripécias amazônicas de Eike lhe custaram um tiro nas costas após discutir com um garimpeiro em Alta Floresta (MT). Em Brasília, tornou-se célebre a sua história de litígio com os indígenas na região de Pitinga, no Amazonas.

Nessa área havia uma das maiores jazidas de cassiterita do mundo, pertencente a Otavio Lacombe, então dono da Paranapanema e sócio de Eike em empreitadas auríferas. Nos idos dos governos do PT, Eike Batista tentou desmontar a legislação que protege as áreas indígenas, muito provavelmente com o seu então fiel escudeiro Rodolfo Landim a tiracolo. Agora, as circunstâncias são ainda mais favoráveis. A celeridade da votação do PL 191, que tramitará na Câmara em regime de urgência, e a corrida por jazidas em reservas indígenas estão ligadas à guerra entre Rússia e Ucrânia.

#Amazônia #Eike Batista #Paranapanema

Mubadala ao mar

12/08/2021
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O Mubadala tem interesse em participar dos leilões de concessões portuárias previstos para 2022, notadamente do Porto de Santos. Ressalte-se que o fundo árabe já tem negócios no setor no Brasil: é um dos acionistas do Porto do Sudeste,  participação herdada em troca de dívidas da MMX, de Eike Batista.

#Eike Batista #Mubadala

Suspeita de manipulação de ações da MMX entra no radar da CVM

19/07/2021
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Eike Batista está no meio de mais um rolo. A CVM deverá abrir processo administrativo para investigar operações suspeitas com ações da MMX, que configurariam manipulação do mercado. Em março, quando as cotações registraram uma alta de mais de 100% em apenas cinco dias, a Associação Brasileira de Investidores (Abradin) chegou a protocolar no órgão regulador uma denúncia contra a empresa. De lá para cá, novas acusações foram encaminhadas à CVM por minoritários da própria MMX – segundo o RR apurou junto a um importante fundo de investimento acionista da empresa.

Consultada sobre a abertura do processo, a Comissão de Valores Mobiliários informou que “acompanha e analisa informações e movimentações envolvendo companhias abertas e o mercado de valores mobiliários, tomando as medidas cabíveis sempre que necessário. A autarquia não comenta casos específicos.”. O RR fez várias tentativas de contato com a MMX, mas não obteve retorno. Segundo a fonte do RR, os minoritários querem cruzar as investigações sobre possível manipulação do mercado com uma história muito mal contada: as supostas negociações com o fundo China Development Integration Limited (CDIL) para uma injeção de capital na MMX.

Em 25 de março, pouco antes da disparada das ações, a MMX comunicou ter assinado um acordo com a CDIL para um aporte de US$ 50 milhões por meio de uma emissão de debêntures. Na ocasião, em sua denúncia a CVM, a Abradin classificou o Fato Relevante (FR) divulgado pela companhia de “mentiroso e fantasioso” e com o “condão de manipular o mercado de capitais, lesando investidores”. Em 18 de maio, a mineradora soltou novo FR, dizendo ter firmado um aditivo ao contrato, por meio do qual os chineses mantinham sua oferta vinculante.

O que chama mais a atenção é a data deste segundo comunicado: na véspera do julgamento sobre o pedido de falência da MMX Mineração e Metálicos e da MMX Corumbá Mineração, que acabaria sendo confirmada pela 6a Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro no dia 19 de maio – a empresa promete recorrer da decisão. Entre os minoritários, diz a mesma fonte, a percepção é que o acordo com a CDIL não teria passado de um balão de ensaio com dupla intenção: inflar as ações da MMX e, ao mesmo tempo, sensibilizar o Judiciário a reverter o pedido de falência.

#CVM #Eike Batista #MMX

Eike

17/03/2021
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Eike Batista estaria montando uma empresa-semente com sócios buscados nas redes sociais.

#Eike Batista

A bela, o marombeiro e o torrão de açúcar

23/11/2020
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Mesmo o “imortal” empresário Abílio Diniz começa a considerar que o seu tempo está passando mais depressa. Diniz tem conversado com seus filhos, especialmente Ana maria e João Paulo, sobre a sucessão no comando dos negócios da empresa, a holding Península Participações, que hoje abrange todos os ativos dos Diniz. Os outros filhos, Adriana e Pedro Paulo, estão fora do game. Adriana por nunca ter tido a menor vocação para empresária.

Já Pedro Paulo, que demonstrava tino empreendedor – chegou a discutir com Eike Batista, a criação de um hotel-boate em Angra dos Reis, em que a rave rolaria dia e noite, sem fim – deu uma “guinada odara” (apud Caetano Veloso) em sua vida. Partiu para viver em uma fazenda bucólica e plantar alimentos orgânicos. João Paulo lembra o pai no estilo bonapartista, e até na obsessão por esportes. Namorador, triatleta, com formação na London Business School, ficou marcado pela morte da modelo Fernanda, sua namorada, em um acidente de helicóptero, em Angra dos Reis. Realmente triste.

O primogênito, apesar de tentar imitar o pai em quase tudo, não é considerado por Abílio como o mais talhado para ocupar suas funções. Os filhos Miguel e Rafaela, do segundo casamento, são novos demais para entrar na disputa. Sobrou para belíssima Ana Maria, a mais perfeita tradução de Abílio, do ponto de vista do interesse nos negócios. Ana Maria também tem uma pegada corporativa de participar do terceiro setor, meio ambiente e educação. Entre os jovens Diniz, sempre foi a primeira alternativa para assumir o comando na visão do pai.

No Pão de Açúcar, trabalhou em marketing, RH e Operações. Noves fora, é mulher, o que conta ponto nos dias de hoje. Em um determinado momento, comentou-se que Abílio gostaria que Pedro Parente, ex-chairman da empresa BRF, um dos investimentos da Pensilvânia, fosse o coach da moça. Conversa fiada. Ana Maria está para lá de escolada. E quem seria um melhor coach do que o próprio pai, que a treinou por toda a vida. O fato é que Abílio permanece com a saúde de touro que sempre teve. Mas, não é nada, não é nada, está com 83 anos. A hora de fazer as escolhas é para ontem.

#Abilio Diniz #BRF #Eike Batista

Conquista

14/02/2020
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A delação premiada de Eike Batista vai trazer novamente para o pódio do noticiário o ex-presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, e a “conquista” da Olimpíada de 2016.

#Eike Batista

Eike só assiste de longe a um projeto que já foi seu

7/02/2020
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Na sala de reunião do seu primeiro QG na Praia do Flamengo – o segundo seria o Hotel Serrador, na Cinelândia – Eike Batista olhava pelo vidro da janela o verde do Aterro com os olhos esgazeados. As palavras do seu interlocutor soavam como música. O assunto eram minérios, minérios e mais minérios. De repente, não mais que de repente, gritou pouco antes de chegar à porta da sala: “Flavio, manda ver essa Reserva Nacional do Cobre e as áreas indígenas. Temos que sair na frente”. O Flavio é também chamado de Godinho, seu sobrenome. O executivo constava na hierarquia de cargos, formalmente, como advogado de Batista, mas era o faz tudo do empresário.

A Reserva Nacional do Cobre é uma província metalogenética no Pará, mais ou menos similar à do sítio de Carajás. A região seria hospedeira de espetaculares jazidas de molibdênio, manganês, ferro, cobre, nióbio e anatásio entre outros, inclusive o grafito, que tanto encanta Jair Bolsonaro. A Reserva era de propriedade da União, considerada estratégica para o país e ficava pendurada em um estatal em franca decadência: a Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). E os aborígenes, o que fazem nesse enredo? Pois bem, Batista, desde os seus tempos de garimpo era useiro e vezeiro na exploração de terras silvícolas.

São lendários seus rasantes de helicóptero sobre moradias indígenas, assim como uma descida atlética de paraquedas da aeronave que sobrevoava a região de Pitinga (PA), onde ele detinha uma joint venture com o empresário Otavio Lacombe para exploração de ouro e cassiterita. Durante parte dessa época, Batista somente beliscava os minérios contidos em área indígena, até porque a exploração estava vedada por Lei. Ele dizia que fincaria o pé nos dois mega-ativos, compraria a Vale – o que bem tentou –, consolidaria tudo e criaria a maior mineradora do mundo. Estamos no primeiro ano do segundo mandato de Dilma Rousseff. Com os pés quase na soleira da porta, ele berra novamente para Flávio Godinho: “Vai fundo porque eu tenho um bizu de que vão abrir tudo, e nós podemos ter a prioridade”.

Eram tempos em que Batista tinha preferencia em tudo. O medo do magnata era que a Vale saísse na frente na disputa. Sabia que moeda de troca era o controle ficar em mãos de grupos nacionais. Na área do ferro, por exemplo, a Vale consolidou todas as empresas não controladas por siderúrgicas. Durante meses teve reuniões com Dilma – e com Lula – para ultimar a liberação dos ativos minerais. As respostas eram a mesma: “Vai sair, aguarde, que tem a burocracia, o desembaraço com a CPRM, os grupos de interesse, os militares etc…”

Batista acabou desistindo e prosseguiu em sua saga de desastres. Hoje, enclausurado devido à prática de meliâncias, Eike Batista assiste a algumas reservas minerais serem colocadas na prateleira para venda e outras prestes a tomarem o mesmo rumo. A Reserva Nacional do Cobre já tem sua fila de interessados. E, na última quarta-feira, Bolsonaro enviou ao Congresso o projeto de lei que regulamenta a abertura de terras indígenas para exploração de minérios, petróleo e geração de energia. Se ameniza as dores do não feito, em alguma coisa, há indícios de que, pelo menos a Reserva do Cobre, não tem aquele manancial todo, durante décadas quase lendário. Mas Eike Batista não tem mais tempo, cabeça e dinheiro para pensar em um negócio desses.

#CPRM #Eike Batista #Jair Bolsonaro

Candinho

28/01/2020
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O presidente do Itaú, Cândido Botelho Bracher, é uma das estrelas do depoimento que Eike Batista negocia com o MPF. Mr. Batista vai dizer que aprendeu muito com “Candinho”.

#Eike Batista #Itaú #MPF

“Zartha”! “Zartha”!

20/08/2019
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“Zartha”! “Zartha”! Não vá esquecer esse nome. Trata-se do apelido de Luiz Arthur Andrade Correia, o operador financeiro de Eike Batista. “Zartha” sabe para onde foi cada dólar de Eike. E o nome de cada uma das pessoas que recebeu as prebendas.

#Eike Batista

O legado de Eike

11/07/2019
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A Prefeitura do Rio cobra do fundo Mubadala, dono do imóvel do antigo Hotel Glória, que intensifique a segurança no local. Recentemente, teriam sido registradas duas tentativas de invasão por sem-teto. Com as obras paralisadas há seis anos, o edifício tornou-se um elefante branco em ruínas, abandonado no Aterro do Flamengo.

#Eike Batista #Hotel Glória #Mubadala

Os grafiteiros

19/03/2019
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Eike Batista acha que o presidente Jair Bolsonaro enxergou longe ao elencar a exploração do grafito como uma das prioridades nacionais. Eike considera o mineral a matéria-prima do futuro e se diz pronto para pilotar um grupo de investidores para extrair e pesquisar os usos desse composto.

#Eike Batista #Jair Bolsonaro

Coaching não é com X

24/01/2019
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As postagens de Eike Batista nas redes sociais como um “coaching internético” tem provocado desavenças no lar. Há na prole do Batista quem considere o programa nocivo ao pai. Aliás, a todos da família. É difícil mesmo assistir e achar que o negócio seja sério.

#Eike Batista

Pomar mineral

20/12/2018
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Se espremer direitinho os 90 requerentes para pesquisa mineral na Reserva Indígena Raposa Terra do Sol, é capaz de encher um balde com suco de laranja. Não custa lembrar que Eike Batista estudou bastante a região. Vai ver é um Pomar mineral dos requerentes.

#Eike Batista

Os jazigos imobiliários de Eike

27/09/2018
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Eike Batista não destruiu somente o Hotel Gloria. O histórico prédio da revista O Cruzeiro, localizado na rua do Livramento, no bairro da Gamboa, encontra-se caindo aos pedaços. Assim como o Gloria, sem nenhum alarde Batista comprou o imóvel pertencente aos Diários Associados com objetivo de criar um corredor ligando-o ao Porto Maravilha, na região do cais do porto. Como o dinheiro sumiu, o ex-miliar-dário pulou fora do projeto, assim como tinha feito com a antiga sede do Flamengo, na região do Aterro. O edifício é um espigão somente superado, na região, em número de andares, pelo antigo prédio da Rádio Nacional, na Praça Mauá. Abandonado, ele tem sido invadido por sem-teto. As salas de um dos símbolos do poder empresarial no Rio de Janeiro estão completamente destruídas.

#Eike Batista

Propaganda enganosa

20/09/2018
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Quem digita o nome “Eike Batista” no Google depara-se com uma menção ao “Hotel Eike Batista” no canto direito da tela. Curiosamente,  o registro aparece com a configuração de um anúncio publicitário. Antes que alguém pense em um novo empreendimento do Mister X, o resultado remete ao velho Hotel Glória, no Rio, um prédio fantasma transferido ao fundo Mubadala. Que, pelo jeito, não faz questão de reclamar pela propriedade do imóvel no mundo virtual.

#Eike Batista #Mubadala

Eike Batista tem um encontro com o seu passado de ouro

2/07/2018
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Eike Batista ensaia dar uma volta no tempo e retornar aonde tudo começou: a mineração na fronteira do confronto com índios e garimpeiros. Neste caso, ao menos por enquanto, o potencial risco de litígio são os silvícolas. Eike estuda com carinho uma parceria com Otavio Lacombe, da Gold Amazon, que explora tantalita na bacia do rio Içana, na Terra Indígena Alto Rio Negro, na divisa com a Colômbia. As pesquisas indicam ouro associado, mas o quente da região é o chamado “ouro azul” – ou Coltan, mistura de columbita com tantalita, de alto valor no mercado. Segundo a fonte do RR, as conversações entre Eike Batista e Otavio Lacombe têm sido mantidas sob uma espessa camada de sigilo, por razões óbvias.

O projeto da Gold Amazon é um aluvião que carrega os mais diversos cascalhos, a começar pela participação de Elton Rohnelt, assessor de Michel Temer e sócio minoritário da empresa. Ressalte-se ainda que a tantalita é um minério que tradicionalmente sempre foi gerador de grandes conflitos entre garimpeiros. Além disso, lideranças indígenas contestam os expedientes usados por Otavio Lacombe. Conforme informações divulgadas na imprensa, o empresário tem visitado aldeias e feito doações financeiras a índios locais, sem interlocução com as entidades representantes dos nativos e, sobretudo, com a Funai. Procurada, a entidade confirmou não ter sequer conhecimento do projeto da Gold Amazon nas terras indígenas do Alto Rio Negro.

Há muito de recuo no tempo nessa possível parceria entre Otavio Lacombe e Eike Batista. Seus pais, Octavio Lacombe e Eliezer Batista, foram muito amigos. Eliezer teve um papel importante na construção da Paranapanema, de Lacombe pai – não a atual, que foi exaurida pelos fundos de pensão, mas o verdadeiro império da exploração de cassiterita na Amazônia criado nos anos 60. O fundador da Paranapanema se caracterizou também pelas rusgas com indígenas, notadamente na região de Pitinga, no Amazonas. Consultada sobre a possível associação com Otavio Lacombe, a EBX informou que “Eike Batista que não possui atualmente qualquer relação com a pessoa nominada, tampouco desenvolve projeto relacionado a mineração em áreas indígenas.” O RR não conseguiu contato com a Gold Amazon – a empresa não disponibiliza telefones ou e-mail. Caso a investida se confirme, Eike Batista estará se reencontrando com suas raízes. Foi na exploração de ouro que ele começou e ganhou dinheiro, bem antes da história de êxtase e agonia do “Império X”. Eike volta ao setor mais maduro e calejado. Em meio às polêmicas que cercam a Golden Amazon, certamente o empresário saberá identificar um terreno firme para fincar seu investimento.

#Eike Batista

MMX vende suas terras

22/05/2018
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Em meio a um turbulento processo de recuperação judicial contestado pelos credores – ver RR edição de 14 de maio –, a MMX tenta arrecadar uns cascalhos com a negociação de ativos não operacionais. A mineradora de Eike Batista colocou à venda um total de 2,5 mil hectares em fazendas em Minas Gerais. Espera arrecadar algo em torno de R$ 40 milhões.

#Eike Batista #MMX

Os pedregulhos da MMX

14/05/2018
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A recuperação judicial da MMX Mineração caminha a passos largos. Só que para trás. Em março, os credores de Eike Batista suspenderam o processo na Justiça. Agora, exigem mudanças fulcrais no plano apresentado pela empresa. Entre outros pontos, contestam o deságio de 95% sobre o passivo de cerca de R$ 500 milhões.

#Eike Batista #MMX

Plataforma encalhada

21/03/2018
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A Techint bate cabeça em busca de uma solução para a plataforma de quase US$ 300 milhões que jaz na região de Pontal do Paraná. O equipamento foi encomendado pela OSX, o antigo estaleiro de Eike Batista, que cancelou o contrato. Segundo o RR apurou, os ítalo argentinos teriam recebido propostas até para negociar a estrutura como sucata. Procurada,a Techint nega que vá se desfazer da plataforma e garante que “estuda o seu reaproveitamento para exploração de petróleo”.

#Eike Batista #OSX #Technint

Las Vegas do X

22/02/2018
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Eike Batista está frenético com a iminente aprovação dos jogos de azar pelo Congresso. Mas nem só os cassinos e caça-níqueis povoam suas obsessões. Ele vê enormes possibilidades na internet como ferramenta de apostas e construção de uma cultura pró-jogo. Quando cruza com os funcionários que lhe restaram, bem ao seu estilo, brinca com o bordão do “Exterminador do futuro”: “I will be back to the game”.

#Eike Batista

40% a menos

29/12/2017
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Um dos últimos souvenires do Império X ainda nas mãos de Eike Batista, a CCX vem esfarelando nas bolsas. Em apenas três meses, a mineradora de carvão perdeu 40% do seu valor de mercado.

#CCX #Eike Batista

Em busca de prumo

16/11/2017
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A Prumo estuda firmar joint venture com uma empresa de recursos humanos para administrar seu pessoal. O modelo é original. A companhia controladora do Porto do Açu detém uma participação no capital e paga com a reserva do seu mercado. Imagina-se que a Prumo demande bastante esses serviços, notadamente na área motivacional. Seus funcionários têm vivido em uma montanha russa, notadamente os egressos da era Eike Batista.

#Eike Batista #Prumo

Eike 2016

17/10/2017
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As investigações sobre a compra de votos para a escolha do Rio como Cidade Olímpica rondam Eike Batista. À época, o Mister X era unha e carne do governador Sérgio Cabral e apoiador de primeira hora da candidatura da Rio 2016. Aliás, foi no jatinho de Eike que “Serginho” e Eduardo Paes viajaram para Copenhagen, onde se deu a reunião do Comitê Olímpico Internacional que elegeu o Rio como sede da Olimpíada.

#Eike Batista #Rio 2016 #Sérgio Cabral

Eike Batista é um pedaço da Reserva Nacional do Cobre

4/09/2017
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Um colecionador de direitos de exploração dos minérios na Reserva Nacional do Cobre encontra-se em prisão domiciliar. O ex-megaempresário Eike Batista possui cerca de 100 autorizações de pesquisa dos mais de 600 títulos de exploração na região mineralógica do Pará. As concessões de Eike foram distribuídas entre diversas empresas, um modelo, aliás, comum entre as companhias do setor, quando desejam evitar a demonstração de posse dos direitos minerários.

O empresário começou a garimpar as concessões quando a MMX ainda era a joia dos seus negócios. Chegou a discutir a abertura seletiva da Reserva do Cobre com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. O argumento, razoável por sinal, era que a medida evitaria uma “corrida do ouro” das companhias estrangeiras e de garimpeiros na Amazônia.

O principal foco de Eike na região era o ouro, mas também com incursões sobre o minério de ferro. O empresário tinha uma fixação pela Vale, que tentou adquirir ou até mesmo clonar (Projeto Minas Rio, que a Anglo American acabou comprando de Eike). Na época, o então presidente da Vale, o falecido Roger Agnelli, desafeto do Mr. X, concorria com o empresário por um quinhão naquela área – na tabela dos processos do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM) há diversas solicitações feitas pela Docegeo, subsidiária de geologia da companhia.

O ex-presidente José Sarney, que foi “chairman” do Conselho Consultivo da mineradora de ferro de Eike no Amapá, teve participação ativa nas articulações para a extinção da Lei que criou a reserva mineral-ambiental. Por ironia do destino, é seu filho, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, quem hoje se posiciona contrariamente à exploração mineral na região. Consultado sobre a existência de requerimentos ou autorizações de pesquisa em nome de Eike Batista ou de empresa a ele pertencente, o DNPM enviou uma extensa relação de pessoas físicas e jurídicas, que não permite identificar a presença do empresário. O RR fez várias tentativas de contato com a assessoria de Eike, mas não obteve retorno por meio dos telefones disponíveis nem do site da EBX, que estava fora do ar até o fechamento desta edição.

#Dilma Roussef #EBX #Eike Batista

Rat pack

24/08/2017
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Com as prisões, suspeições, investigações e eventuais delações do grupo de amigos Eike Batista, Aécio Neves e Alexandre Accioly, o empresário Luiz Calainho, tido como o “quarto beatle”, tem motivos para ficar ressabiado. Um parceirão dele disse que Calainho não deve e não teme. “Mas sabe como é que é, respingos acontecem.”

#Aécio Neves #Eike Batista

Colar de ativos

16/08/2017
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A Dubai World Ports tem interesse em se associar ao Porto do Açu, o megahub idealizado por Eike Batista e hoje nas mãos da Prumo Logística, leia-se a norte-americana EIG. A companhia do Oriente Médio está montando um cinturão de ativos portuários no país: é sócia da Odebrecht na Embraport e já teria apresentado uma oferta pela participação do fundo Advent no Terminal de Contêineres de Paranaguá.

#Eike Batista #Prumo Logística

Façam suas apostas

11/08/2017
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Mesmo encarcerado, Eike Batista ainda está no jogo. Delegou ao seu filho Thor o comando da “Operação Cassino”, por meio da qual pretende contribuir para a redução do desequilíbrio fiscal do país.

#Eike Batista

Prédio fantasma

21/06/2017
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Entre os árabes do Mubadala, que herdaram o Hotel Glória de Eike Batista, ganha força a proposta de transformar parte do imóvel em um empreendimento comercial.

#Eike Batista #Mubadala

Eike entre dois juízes

10/05/2017
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Será, no mínimo, interessante se o juiz Marcelo Bretas decidir convocar uma acareação entre dois de seus réus mais conhecidos (um, claro, muito mais do que o outro): Eike Batista e o juiz aposentado Flavio Roberto de Souza. Por uma dessas coincidências, Bretas, à frente da Operação Calicute, é também responsável pelo julgamento do ex magistrado, que ficou célebre após ser flagrado circulando pelas ruas do Rio no Porsche Cayenne de Eike em uma história até hoje muito mal contada.

#Eike Batista #Operação Calicute

Maracanã II

27/04/2017
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O Flamengo tem muito a agradecer ao secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Christino Áureo. Ninguém trabalhou tanto quanto Áureo para convencer o governador Pezão a retomar a concessão do Maracanã e realizar uma nova licitação. Fez lembrar o empenho de outro ocupante da Casa Civil, Regis Fichtner, condutor da concorrência que colocou o estádio nas mãos da Odebrecht e de Eike Batista.

#Eike Batista #Flamengo #Odebrecht

Um esqueleto na paisagem carioca

17/04/2017
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Nos cálculos do Mubadala, que herdou o “prédio-fantasma” de Eike Batista, o Hotel Glória precisa, por baixo, de uns R$ 100 milhões para ressuscitar. Dinheiro não falta ao fundo. O problema são as gélidas taxas de ocupação da rede hoteleira no Rio.

#Eike Batista #Mubadala

Mina sem fundo

11/04/2017
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A Anglo American vai investir mais R$ 1 bilhão no projeto Minas-Rio, para atingir a capacidade de 26 milhões de toneladas/ano – procurada, a empresa confirmou os números. Trata-se de uns trocados se comparados aos US$ 8 bilhões que o grupo desembolsou no empreendimento. O projeto já custou à Anglo American uma baixa contábil de US$ 4 bilhões e o pescoço da então CEO global Cynthia Carroll, que comprou o Minas-Rio de Eike Batista.

#Anglo American #Eike Batista

Bye, bye, Eike

6/03/2017
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O Mubadala já se movimenta para ficar com os 35% da CCX Carvão, na Colômbia, que ainda pertencem à EBX.

#CCX Carvão #Eike Batista #Grupo EBX #Mubadala

Luta de classes

8/02/2017
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Nessas horas, o andar de baixo não perdoa: entre os carcereiros, as refeições de Eike Batista já ganharam o apelido de “Mr. Lam”.

#Eike Batista

O rastro do “X”

6/02/2017
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Os procuradores do caso Eike estão reconstituindo os passos do empresário durante sua breve escapada a Nova York. O objetivo é descobrir se ele movimentou contas bancárias e quem teriam sido os eventuais favorecidos.

#Eike Batista

A ilha da fantasia de Eike, Huck e Diniz

3/02/2017
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Em outubro de 2011, precisamente no dia em que concedeu uma entrevista a João Doria – então regente do programa Show Business, hoje conduzido pela colunista Sonia Racy – Eike Batista foi almoçar no restaurante Parigi, em São Paulo. À mesa, o apresentador Luciano Huck, o empresário Pedro Paulo Diniz e mais dois coadjuvantes que não merecem ser nominados. O papo rolava sobre jatinhos, beldades, lugares exóticos, até que Huck deu a ideia de os três promoverem uma festa em uma ilha em Angra dos Reis.

O trio seria o principal marketing do evento. Eike se entusiasmou tanto com proposta que resolveu subir o lance: propôs que os três comprassem a ilha. E que a festa fosse permanente, rolando dia após dia, 24h após 24h, sem parar. Tudo simples, uma questão só de grana. Mas pasmem, não só Eike, mas também Huck e Diniz toparam a ideia e concordaram em fazer os investimentos.

Ah, sim: na ocasião, não poderia faltar, surgiu o nome de Aécio Neves, chapa da turma. O ex-governador logo foi citado como um provável interessado em participar do projeto. São tempos de fanfarra que não voltam mais.

#Aécio Neves #Eike Batista #João Doria #Luciano Huck

Prisão de Eike fecha o cerco ao “premiê” de Cabral

1/02/2017
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A prisão de Eike Batista e sua eventual delação prometem trazer para a ribalta um personagem chave no governo de Sérgio Cabral: o ex-secretário da Casa Civil Regis Fichtner. Segundo confidenciou ao RR um deep throat da “república de Curitiba”, os procuradores da Operação Calicute, o braço da Lava Jato no Rio, estariam puxando o fio da meada dos pagamentos feitos pelo Grupo EBX ao escritório de advocacia Andrade & Fichtner, do qual o ex secretário de Cabral é sócio. A firma presta serviços à LLX, em um contrato que remonta à construção do Porto do Açu. À época, em 2009, o governo Cabral desapropriou, com rara celeridade, cerca de 90 quilômetros quadrados para a instalação do complexo logístico-portuário.

Dezenas de proprietários de imóveis e terras entraram na Justiça contra a LLX e o estado. Do limão, fez-se uma limonada. Coube ao Andrade & Fichtner defender a empresa. Àquela altura, o escritório era comandado pela irmã de Regis Fichtner, Viviane Fichtner Pereira. O então secretário da Casa Civil estava afastado da banca havia três anos – ao deixar o governo, retornou para a empresa. Procurado, o Ministério Público Federal não se pronunciou até o fechamento desta edição, alegando que todos os procuradores que acompanham o caso estavam envolvidos com o depoimento de Eike à PF. Por sua vez, o Andrade & Fichtner confirmou que presta serviços à LLX desde abril de 2009. Disse desconhecer “a existência de qualquer investigação” no âmbito da Calicute. Por fim, afirmou que o sócio Regis Fichtner não tem qualquer relação de “parentesco, afinidade, amizade ou inimizade” com Eike Batista.

Regis Fichtner foi um dos personagens mais poderosos da gestão Cabral. Era praticamente o seu “primeiro-ministro”: cuidava da articulação política à contratação de fornecedores, passando pelas grandes obras e projetos do estado. Foi também tesoureiro na primeira campanha de Cabral ao governo do Rio,  em 2006. Em 2010, embora a função tenha sido oficialmente entregue a Wilson Carlos Carvalho – preso em novembro –, auxiliou na arrecadação de doações para a reeleição do governador.

Entre outras esquinas, Eike Batista e Regis Fichtner também se encontraram na concessão do Maracanã, em 2013. À época, Fichtner conduziu o processo de privatização do estádio, inclusive representando pessoalmente o governo em audiências públicas. A licitação foi vencida pelo consórcio Maracanã S/A, liderado pela Odebrecht. Não obstante sua diminuta participação societária por meio da IMX – apenas 5% –, Eike era a principal face, quase o garoto-propaganda do pool de investidores, que tinha ainda a norte-americana AEG.

#Eike Batista #Grupo EBX #Operação Calicute #Sérgio Cabral

Gritos do silêncio

1/02/2017
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Desde que teve sua prisão decretada, na última quinta-feira, Eike Batista ganhou cerca de 10 mil seguidores no Twitter. Nada mal tratando-se de alguém que não posta um novo tweet desde outubro e, pelo jeito, ficará longe das redes sociais por um longo tempo.

#Eike Batista #Twitter

Eike é o fator mais imponderável da Lava Jato

31/01/2017
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O risco Eike Batista não tem limite. Devido a componentes megalômanos notórios e a uma ética peculiar – “tudo é mercado, as pessoas têm direito a cobrar por tudo” – a delação do empresário pode se tornar uma bomba mais explosiva do que o testemunho de Marcelo Odebrecht. Eike vai de A a Z. A crônica de regalias obtidas junto ao empresário registra o nome dos peixões José Dirceu, José Sarney, Aécio Neves, Delcidio do Amaral e o notório Sérgio Cabral.

Ele teve relações próximas com Lula, que foi requisitado pelo empresário durante e após o seu mandato para contornar problemas em países da América do Sul. Mas Eike tornou-se ainda mais próximo de Dilma Rousseff, de quem foi publicamente um entusiasta. Dilma ajudou o empresário em diversas vezes, pedindo celeridade à burocracia e facilitando seus pedidos na esfera da administração pública. Eike teve o que quis da Petrobras (vendeu uma termelétrica, a “Termoluma”, por um preço três vezes maior do que o valor de mercado), do BNDES (o banco tornou-se sócio de seus projetos “no papel”), da Fazenda (a “delação não premiada” sobre Guido Mantega é uma amostra de como os pedidos eram feitos e atendidos) e do Gabinete Civil, de Gleisi Hoffmann.

Os Conselhos das empresas de Eike também eram constituídos de luminares com trânsito diferenciado, a exemplo da ex-ministra do STF Ellen Gracie e de Pedro Malan. Todos os conselheiros nas diversas empresas de Mr. Batista foram agraciados com a honraria de processos na CVM. Eike sempre considerou que o “vil metal” resolve tudo. E não por distorção de caráter ou amoralidade, mas por patologia mesmo.

Ele acredita que comprar o que for é um caminho natural para resolver qualquer coisa. Aliciou mais de 40 geólogos e engenheiros da Petrobras (todos detentores de informações estratégicas e confidenciais) simplesmente triplicando ou quadruplicando seus salários. Com a Vale, usou o mesmo expediente do “vem para MMX, você também”. Arrumou um inimigo, o então presidente da mineradora Vale Roger Agnelli, para o resto da vida. Agnelli bem que tentou, mas não conseguiu equiparar os salários alucinantes oferecidos pelo empresário, que se apoderou de dezenas de funcionários seus, igualmente detentores de segredos vitais da Vale.

Quem conhece Eike Batista – tais como Bradesco, Itaú, Ricardo K, BTG, Rodolfo Landim, José Luis Alqueres, entre tantos e tantos – pode avalizar que ele age como se sofresse da Doença de Huntington, enfermidade em que as pessoas se comportam de forma inadequada e dizem coisas sem pensar. Sua megalomania o levou a contenciosos com governos da Rússia, Venezuela, Bolívia e Grécia, neste último é persona non grata. Quando tinha seus R$ 25 bilhões, Eike distribuiu muito dinheiro pelos critérios mais e menos imagináveis. Se for levado à delação, imbuído das virtudes que sempre encontra em tudo que faz, vai falar cobras e lagartos. Será o momento mais imponderável da Lava Jato.

#BNDES #Eike Batista #Vale

Cabral: do Glória para Bangu

30/01/2017
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Eike Batista e Sérgio Cabral quase viraram sócios. Formais. O RR tem certeza do que diz. No auge da popularidade do então governador do Rio, Eike ofereceu ao amigo do peito uma opção para participar minoritariamente do Hotel Glória. Tratava-se de um mimo.

Os secretários mais próximos de Cabral souberam da proposta, assim como a entourage de Eike. A operação se consumaria após sua saída do governo do estado. As conversas entre ambos não excluíam a manutenção da carreira política de “Serginho”, àquela altura um potencial candidato à presidência da República. Muito pelo contrário. A essência era juntar um dos mais bem avaliados governantes e o mais pop empresário do Brasil para criar um cinturão de empatia em torno do Glória.

Seria o início de um take over do estado do Rio. O Glória era um dos mais caros presentes de Eike Batista para o Rio: a reforma do hotel estava orçada em mais de R$ 100 milhões. Hoje é um sarcófago à beira da Baía de Guanabara. As obras estão paradas há mais de três anos. A batata quente está nas mãos do Mubadala, o fundo de Cingapura que herdou o hotel. Não por falta de tentativa de se livrar do problema. Em 2014, a suíça Acron comprou o empreendimento para devolvê-lo aos asiáticos poucos meses depois.

#Eike Batista #Hotel Glória #Sérgio Cabral

O eterno pára-raios de Mr. Batista

30/01/2017
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Preso na semana passada, o advogado Flavio Godinho – sócio minoritário de Eike Batista em quase todos os negócios e também seu melhor amigo – tinha a incumbência de assumir formalmente a culpa por desatinos de toda ordem do mano querido. Mesmo assim não escapou da temporada na geladeira à que Eike submetia invariavelmente todos os “amigos”. A própria secretária de Godinho, quando alguém perguntava por ele nesses períodos, respondia: “Eike o enviou para a Sibéria”. Uma das vezes, Eike mandou despejar todos os papéis e objetos do escritório de Godinho no hall do elevador. Se havia algo que deixava Mr. Batista fora de si era a lembrança de que fora o amigo quem o convencera a não convidar o já falecido Marcio Thomaz Bastos para assumir a defesa dos seus casos. Eike, com suas pedras, cristais e patuás, cismou depois que Bastos teria resolvido todas as suas pendências. Godinho foi para o exílio algumas vezes. Na última, foi chamado de volta por ocasião das investigações da Polícia Federal nos negócios na ferrovia do Amapá, que por pouco não levaram Eike a debutar no xadrez. Quem assumiu a culpa? Flávio Godinho.

#Eike Batista

Crueldade digital

30/01/2017
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As mídias sociais não perdoam nem seus mitos. Luciano Huck (12 milhões de seguidores) está bombando no Twitter desde a última quinta-feira. Milhares de internautas já reproduziram, com os comentários sarcásticos de praxe, tweet postado pelo apresentador em 2009 rasgando elogios à dupla Sérgio Cabral e Eike Batista.

#Eike Batista #Luciano Huck #Sérgio Cabral

Le petit Eike

22/12/2016
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Pelo acordo prestes a ser fechado com o fundo Mubadala, as participações de Eike Batista na MMX, na OSX e na CCX Colômbia poderão sofrer novas reduções em função de dívidas remanescentes e eventuais perdas decorrentes de ações movidas por minoritários. Por ora, as fatias minoritárias de Eike nas três empresas serão de 35 a 37%. Para quem devia US$ 2 bilhões ao fundo de Abu Dhabi, está bom demais

#Eike Batista #MMX #Mubadala #OSX

Mr. Dados

28/11/2016
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Eike Batista pretende estrear como dono de cassino no Brasil trazendo um grupo sul-coreano a tiracolo. Kid Megalô Batista vem dizendo que, se Donald Trump tivesse perdido a eleição, chamaria o magnata para ser seu sócio. Mr. Batista aposta um outro Grupo EBX como a lei que libera o jogo será aprovada.

#Donald Trump #Eike Batista

Mémoire

10/11/2016
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 O novo CEO do Itaú, Cândido Bracher, foi um grande entusiasta da construção do Grupo EBX, de Eike Batista. Bracher ficava maravilhado com a engenharia de abertura de capital sem lastro. Eike, com seu estilo graçola, o chamava de “meu amigo banqueiro”. Ao que consta, a amizade esfriou.

#Eike Batista #Itaú

Grande família

3/11/2016
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 Eike Batista é chairman de um novo conselho constituído por Luma de Oliveira e Flávia Sampaio, a “Flavinha”. Eike conseguiu aproximar a primeira e a segunda mulher em reuniões nas quais são tomadas decisões estratégicas para a família.

#Eike Batista

Eike é tão evangélico quanto biliardário

11/08/2016
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 “Mas eu só fui lá para atender ao pedido de um empregado”, balbuciou um aturdido Eike Batista diante do vazamento de um vídeo sobre sua ida a um templo da Assembleia de Deus, em Rocha Miranda, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Quando viu na imprensa a gravação, sugerindo que ele tinha se convertido em evangélico, o empresário cuspiu marimbondos. Chegou a combinar com o seu reduzido staff negar veementemente a sua presença na igreja. Foi convencido de que ninguém acreditaria em mil palavras diante de uma imagem. Pensou, então, em soltar um comunicado para negar sua nova condição de evangélico. Difícil colar. Sua trajetória de práticas místicas emprestam credibilidade àquilo que o vídeo não prova, mas induz a crer. Numerologia, astrologia, a deificação do Sol – que virou o símbolo do seu grupo –, o poder dos cristais e a repetição de palavras e letras (o famoso símbolo “X”) sempre marcaram as decisões de negócios do ex-magnata. Sua mesa de trabalho é uma vitrine de símbolos incas.  Eike recorre aos astros não só para que protejam seus negócios, mas principalmente para que amenizem as chagas que lhe queimam o espírito. Não é de hoje que o empresário sofre frequentemente de surtos de depressão, o que apenas se agravou bastante após a morte de sua mãe, Jutta. Nas últimas semanas, ele tem amargurado uma daquelas fases de tormento agudo da alma. Foi ao templo evangélico como iria a qualquer outra paragem religiosa que lhe prometesse conforto. O problema de Eike não são os US$ 30 bilhões que lhe deixaram mais magro. A sua dor não se cura com cifras. E nem com passe de pastor evangélico. Freud ou talvez Philippe Pinel explique.

#Eike Batista

Eike empurra mais uns cascalhos do “X”

7/07/2016
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 Eike Batista vai aproveitar o interesse do fundo Mubadala em assumir o controle das suas ex-empresas OSX e MMX para vender suas ações em um valor acima da linha d’água. Ele negocia a transferência de 20% do capital da OSX e de 28% da MMX. Os árabes já têm 29% da primeira e 21% da mineradora. As novas ações não darão o controle de ambas as empresas, o que dispensará a Mubadala de fazer uma Oferta Pública de Ações (OPA). Eike joga com o interesse do fundo de ter uma influência maior no rumo das duas empresas, que enfrentam problemas financeiros. O ex-megabiliardário pagou com ações de 12 companhias do grupo EBX uma dívida de US$ 2 bilhões com o grupo árabe. A título de saudade, Eike Batista continua mantendo algumas ações das duas empresas. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: EBX e Mubadala.

#Eike Batista #MMX #Mubadala #OSX

Rosewood tem uma reserva no Hotel Glória

29/03/2016
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  Eike Batista é passado, um nome a ser esquecido no livro de hóspedes do Hotel Glória. O Mubadala, que assumiu em definitivo o controle da Rex – antigo braço de real estate da EBX –, já saiu em busca de um parceiro com o objetivo de retomar as obras do empreendimento no início do segundo semestre. Segundo o RR apurou, a candidata mais forte é a Rosewood Hotels & Resort. O grupo norte-americano e o Mubadala são sócios no Rosewood Abu Dhabi, hotel de alto luxo que, inclusive, serviria de inspiração para o próprio Glória.  Além da parceria pregressa com os árabes, outro fator atrai a Rosewood para o projeto: o grupo decidiu concentrar no Brasil todos os seus investimentos na América do Sul. O primeiro grande negócio já tem endereço certo. Os norte-americanos vão abrir um hotel na Cidade Matarazzo, complexo de prédios históricos próximos à Avenida Paulista.  O Hotel Glória mais parece um cenário de “The Walking Dead” a assombrar a paisagem do Aterro do Flamengo. As obras estão completamente paradas desde 2013. Estima-se que seja necessário algo em torno de R$ 200 milhões para a conclusão da reforma.  Os seguintes citados não retornaram ou não comentaram o assunto: Rosewood e Mubadala.

#Abu Dhabi #Eike Batista #Mubadala #Rex #Rosewood Hotels & Resort

Um café e a conta

1/03/2016
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 Depois de perder quase todos os ativos do antigo Grupo X, Eike Batista deve ficar também seu chefe de cozinha. O chinês Sik Chung Lam, que dá nome ao restaurante do empresário na Lagoa, Zona Sul do Rio, pretende se desligar de vez do empreendimento e se dedicar exclusivamente a seus negócios em Nova York, onde voltou a morar. Consultado, o restaurante Mr. Lam nega o rompimento.

#Eike Batista

Luz entre as nuvens

6/01/2016
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 Eike Batista dirigia, ontem, seu Porsche Cayenne, na Rua Marquês de Abrantes, na Zona Sul do Rio, com ares de um 2016 próspero. Mr. Batista fazia meneios com a cabeça como quem ouvia uma música animada. Vai ver era o tilintar dos cifrões. Com a quebra do seu império, conseguiu reestruturar suas dívidas de forma a manter pequenas participações nas empresas e praticamente zerar o seu passivo individual. No final da tempestade, continuou como um homem de R$ 1 bilhão.

#Eike Batista

Por que Mr. Batista chora e ri com a Lava Jato

27/11/2015
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  Os fatos da última quarta-feira devem ter despertado em Eike Batista as lembranças e os sentimentos mais antagônicos. Tanto André Esteves quanto Delcídio do Amaral estão indissociavelmente ligados a sua trajetória, ainda que em polos opostos. O banqueiro remete a alguns dos maiores insucessos de Eike. Em sua biografia, Esteves aparece como o adviser de dupla face, por vezes mais empenhado em ludibriá-lo e tirar proveito dos problemas do empresário do que ajudar a solucioná-los. Já Delcídio é o parceiro fiel que o conduziu pela mão entre os corredores mais estreitos do poder e ajudou Eike a se livrar do complexo de não ser um “empresário do PT”, como ele mesmo dizia.  Para Eike, André Esteves foi quase sempre sinônimo de operações sinuosas e malsucedidas. Foi Esteves quem expôs o empresário a uma situação constrangedora ao convencê-lo a visitar o Bradesco e externar sua disposição de comprar a participação do banco na Vale. Poucos dias depois, o banqueiro vazava aos jornais o interesse de Eike e a fictícia negociação. Aliás, não foram poucas as vezes em que as reais intenções de Esteves só se revelariam posteriormente. Assim foi por ocasião do IPO da OSX, em 2010. Só bem mais tarde Eike identificou que o BTG usava um duplo chapéu. Adviser da operação, o banco trabalhou na ponta contrária e forçou a oferta a um piso mais baixo, com o propósito de ele próprio encarteirar os títulos. Algo similar ocorreu em 2013, quando os negócios de Eike já derretiam. Convocado para assessorar a EBX na venda de ativos, o banco avaliou a LLX a um preço três vezes menor do que, posteriormente, o grupo viria a conseguir no mercado. Mais uma vez, o BTG estava nas duas pontas. Esteves teria subapreciado o negócio com o objetivo de fazer uma oferta pela LLX por meio de um fundo. Antes da ruptura em definitivo, o banqueiro ofertou a Eike um crédito de R$ 1 bilhão e pediu participação nos resultados das empresas, um modelo que se revelaria um trampolim para uma tentativa de take over do grupo.  Já Delcídio sempre se notabilizou-se por ser um grande facilitador para os negócios da EBX. A relação começou por conta do projeto de Eike de construir um complexo minero-siderúrgico em Corumbá (MS). Ainda no governo FHC, antes de deixar a diretoria de gás e energia da Petrobras, Delcidio modelou, juntamente com Nestor Cerveró, o controverso contrato que beneficiaria a EBX e, em especial, a Termoluma com um retorno inusitado para o setor. Gradativamente, o petista se tornou um dos mais importantes canais de interlocução entre Eike e o governo Lula. Com o tempo, passou a recrutar executivos para o grupo, sobretudo na Petrobras. Paulo Monteiro, que formalmente cuidava da área de sustentabilidade, transformou-se em uma extensão do parlamentar na EBX tanto quanto uma extensão do empresário no gabinete de Delcídio. Foi o senador também quem aproximou Eike de José Dirceu, na frustrada tentativa de equacionar um imbroglio com o governo boliviano. Por todos estes fatos, os novos capítulos da Lava Jato deixaram Eike dividido. Os sentimentos difusos não somam um resultado conclusivo. Nessa pororoca de emoções, talvez o melhor mesmo é que nem Esteves nem Delcídio tivessem passado por sua vida.

#André Esteves #BTG Pactual #Delcídio do Amaral #EBX #Eike Batista #Lava Jato #OSX

Volta à terra

26/11/2015
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 Na última terça-feira, no Miako, modesto restaurante japonês de Botafogo, Eike Batista almoçava, numa mesa de três pessoas, um prosaico combinado de sushi com sashimi. O ex-semideus não conseguia disfarçar a aparência cansada, acentuada pelos cabelos quase todos brancos.

#Eike Batista

Endereço certo

13/11/2015
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A CVM deverá alterar a Instrução 358 com o objetivo de tornar mais rigorosas as normas de divulgação de fatos relevantes. O objetivo é impedir que as companhias abertas usem e abusem do expediente para inflar expectativas do mercado. Qualquer semelhança com a recente condenação de Eike Batista não é mera coincidência.

#CVM #Eike Batista

Eike busca novas pepitas

30/09/2015
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O ex-bilionário Eike Batista retorna às suas origens – quando ainda era “duro”, conforme suas próprias palavras. Vai reingressar na exploração de ouro. Mas com operações pequenas, como no início de sua carreira. Nada de megajazidas, como a colombiana da AUX, vendida na raspa do tacho dos negócios do grupo X. Eike vai ser puro greenfield. O empresário é conhecido por ser um grande detentor de alvarás de pesquisa mineral e um profundo especialista em manter-se sentado nessas áreas, adiando a exploração. Eike tem um magote de alvarás no Norte do país, que é por onde imagina dar sua volta por cima. Por enquanto tudo caminha no maior silêncio, porque o empresário precisa descolar sua imagem dos estrepitosos episódios recentes. Mas pensa em um sócio no futuro. Alguém como Olavo Monteiro de Carvalho foi no passado, lá no início da sua saga.

#Eike Batista

Hotel fantasma

26/08/2015
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O grupo saudita Kingdom Holding está interessado em assumir o Hotel Glória, ou melhor, o esqueleto de concreto que Eike Batista deixou na paisagem da Praia do Flamengo.

#Eike Batista #Kingdom Holding

Um X a menos

23/06/2015
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O Mubadala colocou a  venda a mineradora AUX, um dos anéis entregues por Eike Batista em perdão a uma dívida de US$ 2 bilhões. Dona de minas de ouro na Colômbia, a empresa está longe de ser o negócio dos sonhos dos árabes. É muito custo, muita chateação na área regulatória e pouquíssima rentabilidade.

#AUX #Eike Batista #Mubadala

Esteves quer levar o HSBC sem concorrência

8/05/2015
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 André Esteves é incorrigível. O balão de ensaio plantado na mídia de que ele é o ?cavalo vencedor? na disputa pelo HSBC é um filme trash já visto por todos. O enredo é autotélico. Esteves acha que somente o BTG pode disputar o certame pela compra do HSBC porque o sistema bancário brasileiro é concentrado. E ponto final. Só não diz concentrado em relação a quem? Confrontado com os Estados Unidos, o mercado brasileiro é super concentrado. Na comparação com a França, estamos mais ou menos ao par. Quando a referência é a Espanha, a correlação numérica de instituições bancárias é a mesma. Agora, se o parâmetro for a andia, o Brasil tem o dobro de bancos.  O argumento de André Esteves é casuísta e atende unicamente ao seu próprio interesse. A compra do HSBC permitiria a ele alavancar seus negócios, saindo de uma situação, digamos assim, desconfortável. Como é sabido, o banqueiro não tem sido exitoso em diversas das suas operações. O modelo para colocar o HSBC no bolso, Esteves conhece de cor. É uma derivada da fórmula vendida a Eike Batista para juntar a Vale com o Grupo X, desafogando este último em função do aumento da alavancagem. Sim, a palavra chave é esta: alavancagem. É em nome do abate desta presa que ele busca imobilizar a banca comercial mais bem equipada e situada no ranking do setor. Em vez de dizer solidez, Esteves esfaqueia com a palavra concentração. Espera-se que não seja mais um logro. Em tempos recentes, André Esteves ajudou a aumentar a concentração bancária com a compra do Banco Pan-Americano. Parceira no negócio, a Caixa Econômica deu mais uma engordada com o aperitivo. Ou seja: o manda-chuva do BTG diz uma coisa e faz outra. Apesar das semelhanças, contudo, ainda é muito cedo para dizer que André Esteves é um Eike II.

#André Esteves #Banco Pan-Americano #BTG Pactual #Eike Batista #Grupo X #HSBC #Vale

Eike por Eike

22/01/2015
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 Vem aí mais um livro sobre Eike Batista. Só que dessa vez não é só paulada na moleira. A obra é patrocinada pelo empresário, contando sua versão das próprias desventuras. O texto será escrito por um ghostwriter. Eike faz questão de assinar o livro.

#Eike Batista

O erro de Eike foi achar feio o que não era espelho

29/09/2014
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 Não perguntem o porquê, mas o Relatório Reservado é insider do pensamento e da psicologia de Eike Batista. O RR pode afirmar que nunca houve dolo no comportamento do empresário. Eike é um baita financista e um gênio do convencimento, mas é megalomaníaco e infantilizado. Seu próprio pai, Eliezer Batista, sempre mostrou compreensível preocupação com esse lado “criança” de Eike, não obstante a enorme admiração que nutre por ele. O filho, por sua vez, nunca escondeu uma freudiana competição com Eliezer, um reconhecido gigante da vida pública. Um registro desse fetiche encontra-se no depoimento dado ao filme “O Engenheiro do Brasil”, documentário sobre o ex-presidente da Vale. Os cinco crimes como gestor e acionista dos quais Eike Batista é acusado podem ser explicados por essa patologia. Sua irresistível vontade de aparecer se tornou ainda mais hiperbolizada depois que Mr. X se convenceu de que a superexposição o blindaria até de atentados a  sua pessoa física. Eike é o centro do seu próprio mundo; o dinheiro, sua devoção. Se alguém tem dúvida, basta constatar que, a partir da vitória contra a Petrobras na conturbada venda da “TermoLuma”, o empresário passou a falar quase todo dia na imprensa. No início, todos os assessores de Eike achavam graça, mas com o tempo passaram a demonstrar preocupação. Dos colaboradores mais íntimos, Flávio Godinho era quem mais externava seu temor. O próprio Rodolfo Landim, que depois foi pivô de um confronto sem volta com Eike, chegou a falar com ele várias vezes para que tomasse cuidado. O ex-ministro Raphael de Almeida Magalhães saía das reuniões do Conselho da EBX e descia até o restaurante Alcaparra, logo embaixo da sede da companhia, para tomar um drink e amenizar a ansiedade. Raphael lia o clipping sobre as torrenciais declarações do empresário e dizia que nunca viu um ego tão autocentrado no mundo dos negócios. A incontinência verbal de Eike serviu bem aos acionistas minoritários, seus principais carrascos na Justiça, enquanto o mercado sancionava os projetos. Ninguém reclamou do que ele dizia. Hoje, queixam- se de que ele não foi tão rigoroso nas análises, notadamente em relação ao petróleo comercial, antes de colocar a boca no mundo. Mas o RR afirma que ele não inflou artificialmente seus ativos, e, novamente, não nos perguntem por que sabemos. O preço desse falatório desatinado agora são os supostos crimes de falsidade ideológica, formação de quadrilha e indução do mercado ao erro. Seria bom que os juízes analisassem o procedimento pregresso do empresário e verificassem como na última década ele falou, falou, falou, incansavelmente. E teve toda a mídia do mundo. Narcisismo e inconsequência paroxísticos? Com certeza. No entanto, sem motivação criminal. O RR garante, mas não perguntem o porquê.

#EBX #Eike Batista

Governo arma uma barricada anti-Eike nos leilões de energia

19/05/2014
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 O sinal de alerta está aceso no Ministério de Minas e Energia e na Aneel. A associação entre a Eneva (ex-MPX) e a Prumo Logística (antiga LLX) para o leilão de energia A-5, marcado para setembro, causou alvoroço entre as autoridades do setor elétrico. No governo, há uma enorme resistência e, mais do que isso, uma boa dose de receio quanto a  participação da Eneva na licitação. Segundo uma alta fonte do Ministério, a Aneel chegou a encaminhar a  companhia um pedido de esclarecimento sobre a sua real situação financeira e a capacidade de honrar a eventual construção de novas térmicas. Mera formalidade. De acordo com o informante do RR, o governo já sabe a resposta para as suas indagações. E é exatamente por isso que a presença da antiga MPX no leilão é tratada como uma temeridade em Brasília. Com o desabastecimento dos reservatórios das hidrelétricas e o crescente risco de um racionamento, a licitação tornou-se fundamental. O que está em jogo é um acréscimo de 3.000 MW a  matriz energética, algo que exigirá um volume de investimentos superior a R$ 5 bilhões. Ou seja: não há margens para atrasos e muito menos para apagões financeiros que possam colocar em risco a implantação dos projetos que serão licitados. Consultada pelo RR, a Aneel limitou-se a dizer que”desconhece as informações”.  Por estas razões, o que o governo menos quer é ver um “X” no leilão de térmicas. O que dizer, então, dois “X”? O consórcio junta o enfermo com o alquebrado. A Prumo, controlada pela norte-americana EIG, ainda tem dado alguns sinais de recuperação – não obstante os sucessivos prejuízos. No caso da Eneva, a questão é bem mais grave. Mesmo com o aumento de capital recém anunciado, da ordem de R$ 1,5 bilhão, o futuro da companhia é uma incógnita. A própria reestruturação da Eneva ainda depende da venda de ativos estratégicos, como a termelétrica Pecém II. Ao mesmo tempo, a companhia está prestes a levar uma multa milionária da Aneel pelos atrasos na construção da usina Parnaíba II. Diante destes fatos, a entrada da Eneva nos leilões soa, no mínimo, como um atentado ao bom senso. Como uma empresa que não consegue manter seus próprios ativos e colocar suas usinas para rodar pode se comprometer com a construção de novas térmicas a gás? Por isso mesmo, a própria intenção da Prumo de se associar a  combalida Eneva foi vista no Ministério de Minas e Energia como um despropósito. Só não se pode dizer que a decisão causou perplexidade no governo. Afinal, as duas companhias podem até ter deixado de carregar o “X” em seu nome, mas ainda têm como fator de interseção Eike Batista, acionista minoritário de ambas. Ora, e a quem mais interessaria a associação?

#Eike Batista #Ministério de Minas e Energia

T4F e Dream Factory ensaiam um concerto societário

25/02/2014
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 O setor de entretenimento vive um período heavy metal. Além da redução da fatia da IMX, de Eike Batista, no Rock in Rio, e a consequente chegada da norteamericana SFX, outra sonora operação está prestes a subir ao palco. A T4F, do empresário Fernando Alterio, e a Dream Factory, do próprio Roberto Medina, ensaiam uma associação. O script passa pela criação de uma terceira empresa, com o capital dividido meio a meio. Com um faturamento consolidado da ordem de R$ 600 milhões, esta nova companhia assumiria boa parte dos eventos e projetos pendurados nas prateleiras da T4F e da Dream Factory, entre os quais os festivais de música Lollapalooza, Sónar e, acima de tudo e de todos, o Rock in Rio, reforçado pelos recursos da SFX. Procurada, a Dream Factory negou a operação. Esta não é a primeira vez que as duas empresas negociam uma parceria. Há cerca de três anos, T4F e Dream Factory chegaram a conversar sobre uma possível associação. a€ época, no entanto, o show não chegou sequer a  segunda música. As tratativas desafinaram diante da pretensão de Fernando Alterio de ser o acionista majoritário da operação. A intransigência do empresário se baseava nos números das respectivas empresas: a T4F fatura quase três vezes mais do que a Dream Factory. Não obstante a diferença de tamanho entre as companhias, Alterio estaria disposto a dividir o controle e a gestão do negócio com os Medina. Neste caso, ele joga as fichas no potencial de crescimento da Dream Factory e, sobretudo, no prestígio e na expertise de Roberto Medina. Esta parece ser uma aposta bem mais segura do que alguns dos projetos tocados pela T4F nos últimos anos, operações que pareciam ser um puro-sangue e, ao fim do páreo, se revelaram pangarés. O caso mais emblemático foi o da vinda ao Brasil da cantora Lady Gaga. Os prejuízos até hoje ecoam nas contas da T4F. Alterio também enxerga a associação com a Dream Factory como um movimento estratégico de defesa, diante da crescente concorrência no setor. Quem mais lhe incomoda, neste caso, é a Planmusic, que pertencia a  Traffic, de J. Hawilla, e foi vendida no fim de 2013 para o fundo de investimento Atico.

#Eike Batista #J. Hawilla #T4F #Traffic

Comentário feito por um “Eike boy”

20/02/2014
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 Comentário feito por um “Eike boy” no Sparks, espetacular steakhouse em Nova York: “Mr.Batista sai com 10% de tudo e com um bom dinheiro no bolso”.

#Eike Batista

Esteves acha um atalho para o Banco Votorantim

22/11/2013
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 É impressionante como Eike Batista, ou melhor, como a débâcle de Eike Batista faz bem a André Esteves. O banqueiro foi muito bem remunerado para ser adviser de uma reestruturação que sequer chegou a entregar. Só na venda da MPX, teria embolsado aproximadamente R$ 50 milhões, isso para não falar do valor intangível do acesso a s mais intestinas informações do Grupo EBX – um conhecimento que pode ter mil e uma serventias. No entanto, nessa curiosa e bem recompensada convivência, o maior dos ganhos obtidos por Esteves não deverá vir pelo seu figurino de conselheiro. Por vias transversas, Eike tem tudo para ser o responsável pela consumação do maior e mais cobiçado projeto do banqueiro: ser sócio, a um só tempo, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil. O “X” da questão é a execução da garantia dada pelo Banco Votorantim ao empréstimo de US$ 228 milhões do BNDES a  OSX. Ao que tudo indica, o pagamento da carta-fiança, anunciado nesta semana, foi a gota d’água na conflituosa sociedade entre o BB e os Ermírio de Moraes, sócios no Votorantim. O desembolso dos US$ 228 milhões praticamente aniquilou qualquer possibilidade de o banco fechar o último trimestre do ano no azul e interromper a longa sequência de prejuízos. Somando-se os balanços de 2011 e de 2012, as perdas chegam a impressionantes R$ 2,2 bilhões. Nos noves primeiros meses deste ano, o déficit acumulado é de R$ 633 milhões. Ressalte-se que a direção do Votorantim teria aprovado a concessão da carta-fiança sem a anuência do BB. O resultado não poderia ser outro. Segundo fontes ligadas a  instituição, a situação acicatou de tal forma o relacionamento entre as partes que já se dá como certo o rompimento – leia-se a saída dos Ermírio de Moraes, que, aliás, querem deixar esse barco não é de hoje. Neste caso, todos os caminhos levam na direção do BTG Pactual. Há tempos que André Esteves se movimenta para fincar sua bandeira no Votorantim – ver RR edição nº 4.374. Desta forma, o dono do BTG fecharia seu tão sonhado Grand Slam bancário, tornando- se parceiro da Caixa, por meio do Banco Pan (o antigo PanAmericano), e do BB, no Votorantim. A partir daí, as derivações não têm limite. Esteves poderia, por exemplo, criar uma holding onde penduraria suas participações nos dois bancos. O passo seguinte? Bem ao estilo do BTG, que tal um IPO desta futura empresa? O disfarçado incesto da banca pública – o banqueiro privado fecha os vértices do triângulo com o BB e a CEF – deixará André Esteves em posição privilegiadíssima no setor. A interseção societária com o BB e a Caixa significará o acesso a dois dos maiores canais de distribuição do varejo bancário no Brasil: a dupla soma mais de oito mil agências. A operação, diga-se de passagem, viria em um momento oportuno. O Pan não é o sofrido Banco Votorantim, mas o BTG também tem suado para colocar a casa em ordem. Um caso emblemático é área de crédito imobiliário. Nem mesmo a coabitação societária com a Caixa tem sido suficiente para alavancar o negócio. Muito pelo contrário. Nos últimos meses, o Banco Pan reduziu a oferta de recursos e adotou critérios mais rigorosos para a concessão de empréstimos, inclusive com a suspensão de uma leva de contratos que já estavam pré-aprovados.

#Banco Pan-Americano #Banco Votorantim #BNDES #BTG Pactual #Caixa Econômica #EBX #Eike Batista #OSX

Acervo RR

Esteves 2

16/10/2013
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 Relembrando Drummond: André Esteves assessorou Eike Batista, que tem como um de seus grandes financiadores o Santander, que foi buscar no Banco Votorantim garantias para os empréstimos ao Grupo X, que também deve, e muito, a  Caixa Econômica, que é sócia de Esteves no PanAmericano… Mundo pequeno, não?

#André Esteves #Banco Pan-Americano #Caixa Econômica #Eike Batista #Votorantim

Acervo RR

Eike Batista

8/03/2013
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E agora? Depois do acordo de André Esteves com Eike Batista, que boa nova a Petrobras pode ter para dizer ao mercado?

#André Esteves #Eike Batista #Petrobras

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