Tag: André Esteves
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Negócios
Os estratagemas de André Esteves para brecar a operação entre o Banco Master e o BRB
4/04/2025O encontro suspeitamente realizado entre André Esteves e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na última segunda-feira, foi uma tentativa de xeque-mate do banqueiro para impedir a associação entre o Master e o BRB. Esteves trabalha mais pela destruição do que pela construção do negócio. A mídia está repleta de análises fundamentalistas sobre as vantagens e desvantagens da operação. O que não é falado são as artimanhas de bastidor do banqueiro contra o acordo e suas partes. O RR apurou que grandes clientes do BTG com papéis do Master em sua carteira têm sido bombardeados com a recomendação de venda da sua posição. O RR teve acesso a um dos informes enviados por gestores de recursos do banco a investidores, com os seguintes dizeres: “Percebemos que sua posição em CDBs do Master está um acima do FGC.
Encaminho uma opção de investimento para a sua avaliação. Podemos realocar uma parte”. No fim da mensagem, o principal: “Para você não ficar a descoberto caso ocorra algo com o banco (Master) e garantir a cobertura para os valores totais do FGC”. No mesmo dia, o banco enviou outra mensagem a seus clientes: “Você sabe qual é o limite da cobertura do FGC? O Fundo Garantidor de Créditos cobre até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, considerando o valor principal mais os juros, e por conglomerado financeiro, independentemente do custodiante, com um teto de R$ 1 milhão em um período de quatro anos. No BTG Pactual, você pode conferir diretamente no app se os seus investimentos estão dentro dessa cobertura. Acesse o Monitor de Cobertura FGC e invista com mais segurança”. Poucos minutos depois, investidores do BTG receberam outra notificação: “Limite do FGC: A cobertura é de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por conglomerado financeiro. Acesse o Monitor Cobertura FGC”. Nos dois últimos casos, não há menção explícita ao Master. E nem seria preciso.
Além do Banco Central, André Esteves tem se movimentado junto a outras esferas do poder, valendo-se do seu notório trânsito e influência entre as mais distintas instâncias – governamental, empresarial, midiático ou mesmo no Judiciário. Neste momento, a depreciação dos ativos do Banco Master facilita os interesses de Esteves, especialmente no que diz respeito à carteira de precatórios da instituição. O Master tem cerca de R$ 7 bilhões em títulos dessa modalidade. A maioria é constituída em dívidas do estado de São Paulo, que hoje tem melhores condições de pagamento do que a própria União. Sabe-se também que uma parcela expressiva dos precatórios em poder do Master já conta com depósito em juízo ou tem previsão de recebimento no curto ou médio prazo. Trata-se de um maná para o BTG, que tem se notabilizado nos últimos anos como um voraz comprador de precatórios. Deteriorar a percepção em relação ao Master e consequentemente as condições de negociação do banco seria uma peça-chave na estratégia de Esteves. É uma espécie de operação-asfixia. Para o BTG, quanto pior melhor. Isso abriria caminho para o banco negociar a compra da carteira de precatórios do Master em termos mais vantajosos, com um deságio maior. Há informações também sobre um possível interesse do BTG na operação de consignado do Master, de aproximadamente R$ 920 milhões. Pode até ser. No entanto, parece muito mais um movimento diversionista, para desfocar o interesse maior de André Esteves.
Desde o anúncio da associação, na última sexta-feira, a operação entre o Master e o BRB tem sido alvo de uma torrente de aleivosias. Uma das narrativas mais batidas é que o negócio não passa de uma ação do governo para acudir o Banco Master. Por sinal, a julgar pelo que se diz aqui e ali, o acordo tem padrinhos na direita, na esquerda e no centro. Ora, a operação é atribuída a Ciro Nogueira, do PP; ora, a Antônio Rueda, do União Brasil; quando não ao petista Guido Mantega, passando, é claro, pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB. É como se o negócio entre o Master e o BRB tivesse ensejado a criação da maior frente ampla já vista no país. Esse tiroteio nas mais variadas direções pode ser mais uma manobra de Esteves. Ou não.
Escalando para ilações mais graves, André Esteves também estaria aludindo a operação ao convite de um risco de crise sistêmica no setor bancário, caso o acordo se concretize nos termos divulgados. Aliás, Esteves, com seu trabalho de transformar a operação em um escândalo, não ajuda em nada a afastar a versão do risco sistêmico. Não há, diga-se de passagem, qualquer dado contábil que aponte nessa direção. Pelo contrário: o Master reportou um lucro de R$ 1 bilhão em 2024. A construção dessa “realidade” sem comprovação chegou ao ponto de se espalhar que toda a operação foi feita ao largo do Banco Central.
Os próprios sócios do BTG dizem que é impossível ter visibilidade do que André Esteves pensa e quais são as operações no seu radar. No passado, ele foi o principal conspirador do levante que expulsou o fundador e controlador do Banco Pactual, Luiz César Fernandes. Esteves consegue fazer do brand do banco – na verdade, do seu próprio brand – um outdoor para convites junto a qualquer autoridade do país. No mercado não basta saber o que ele pretende, mas porque pretende. É absolutamente razoável que Esteves esteja olhando para onde ninguém está mirando. E usando o que melhor sabe fazer quando identifica um bom negócio ou um negócio que o atrapalha: usar o seu incontrolável poder de destruição.

Bancos
BTG entra na disputa por operação do Julius Bauer no Brasil
21/11/2024O BTG é apontado no mercado como forte candidato à compra da operação do banco suíço Julius Bauer no Brasil. A instituição financeira de André Esteves já estaria em conversações com a Goldman Sachs, que detém o mandato para a venda. O que está em jogo é uma carteira de aproximadamente R$ 50 bilhões, a maior parte concentrada em wealth. Ressalte-se que o BTG tem apostado alto no segmento de gestão de fortunas. Em setembro, comprou o multifamily office Greytown Advisors, sediado em Miami. Procurado pelo RR, o BTG não quis se pronunciar.

Bancos
Qual André Esteves estará no Palácio do Planalto: o que apoia Tarcísio ou o que apoia Lula?
16/10/2024O presidente Lula vai se reunir com representantes da Febraban, Bradesco, Itaú, BTG, Santander e Safra daqui a pouco, por volta das 11h30, em Brasília. Em pauta, o crédito bancário no Brasil e outros assuntos de interesse das instituições financeiras. Até aí, tudo bem!
Talvez fosse o caso de Lula aproveitar o encontro para perguntar a André Esteves se ele ainda tem chances de se reeleger em 2026. Na semana passada, o dono do BTG declarou que a candidatura de Tarcísio Freitas à presidência da República é uma “unanimidade do PIB nacional”. Quem conhece Esteves sabe que o banqueiro é mestre no ofício de dizer e se desdizer, usando o expediente como uma forma de auferir ganhos financeiros.
Em setembro de 2022, por exemplo, disse que a eleição de Lula poderia trazer “leveza, alegria e paz ao país”. Na semana passada, no mesmo dia em que “lançou” a candidatura de Tarcísio, Esteves afirmou que o mercado “está pessimista demais” e que discorda da tese de que “o governo Lula está indo na direção do desastre econômico do governo Dilma.”. E foi além: lembrou que 19 dos 20 maiores acionistas do BTG são investidores internacionais e “eles estão animados”.
De todos os banqueiros que estarão presentes na reunião com Lula, André Esteves é aquele que mais se pronuncia sobre tudo, sem prurido. Trata-se de um notório boquirroto. Esteves não é de atirar a esmo. Suas afirmações parecem sempre ser uma moeda de troca. Vai ver que Tarcísio ofereceu alguma contrapartida mais valiosa.

Mercado
André Esteves e os Moreira Salles disputam cada ação da Eneva
28/06/2024Informação que correu ontem como um rastilho de pólvora no mercado: o BTG, de André Esteves, estaria rondando o Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, para comprar sua participação de 4% na Eneva. Faz todo o sentido. Muito sentido. O banco de André Esteves disputa um acirrado rali com os Moreira Salles pela hegemonia no capital e consequentemente no management da Eneva. Recentemente, o BTG chegou a 37% da empresa de energia, por meio de diferentes veículos de investimento. Está se aproximando da Cambuhy, gestora dos Moreira Salles, que se vale de uma coalizão societária para ainda permanecer no topo. Ao lado da Dynamo, Atmos e Velt, o clã forma um bloco coeso, com 40% das ações da Eneva. O que está em jogo é o poder de decidir para onde virar o manche da companhia. O BTG é tido como o principal artífice da estratégia da Eneva de buscar M&As nas mais diversas áreas da cadeia de energia, vide a frustrada negociação com a Vibra e os recentes rumores de uma possível associação com a petroleira PetroReconcavo. Procurados, BTG e Gávea não se pronunciaram até o fechamento desta matéria.

Destaque
Florestas de Jari Celulose entram no radar do BTG
3/05/2024O BTG, um dos principais credores da Jari Celulose, enxergou a possibilidade de transformar um limão creditício em uma limonada fundiária. A operação já circula à boca pequena. Ela se daria pela transferência de ativos florestais da empresa para o pagamento das dívidas junto ao banco, da ordem de R$ 700 milhões.
A ideia já teria sido levada à Vara Distrital de Monte Dourado, onde corre o processo de recuperação judicial da companhia. O BTG assumiria uma área de aproximadamente 195 mil hectares espalhados por Pará e Amapá. Os cálculos para um encontro de contas entre o valor das terras e as dívidas pendentes ainda são preliminares.
Mas há informações de que, no saldo final, o banco de André Esteves ainda poderá desembolsar até R$ 70 milhões em favor da companhia, sob administração judicial, recursos que seriam destinados ao pagamento de outros credores. Esta seria uma solução talhada sob medida pelo BTG para reforçar um negócio estratégico: o Timberland Investment Group (TIG), seu braço de gestão de ativos florestais. O portfólio do TIG soma mais de 1,2 milhão de hectares na América Latina e nos Estados Unidos, avaliados em quase US$ 7 bilhões.
Na última, por sinal, o BTG deu mais uma demonstração de força nessa área ao captar US$ 1,2 bilhão para seu novo fundo de investimentos florestais, o BTF II. Procurado pelo RR, o BTG não quis se pronunciar sobre o assunto.
Como tudo que diz respeito à velha Jari Celulose, em recuperação judicial há cinco anos, a trilha é sinuosa. A eventual transferência de áreas florestais para o BTG depende de aprovação da Justiça e dos credores. Ao que tudo indica, o banco já vinha preparando o terreno nessa direção.
Há informações de que o BTG comprou um volume razoavelmente expressivo de créditos contra a Jari com deságios de até 95%, o que lhe dá um peso maior nas tratativas com a Justiça. Ao mesmo tempo, a negociação abre caminho para que outros credores possam costurar acordos semelhantes. Jari tem aproximadamente 1,4 milhão de hectares de terras. A cessão desses ativos desponta como uma possibilidade mais concreta da empresa quitar ao menos parte dos seus passivos. Até porque a probabilidade de retomada da fábrica de celulose é cada vez mais remota.

Destaque
André Esteves flerta com a criação de um “ornitorrinco digital” para educação financeira
8/04/2024O banqueiro André Esteves, fundador e presidente do Conselho de Administração do BTG, estaria encantado com a ideia de criar uma plataforma voltada à disseminação de informações “educativas” do mercado, segundo um ex-sócio que guarda grandes ressentimentos e adora tecnologia. Nada parecido com o MBA que outro ex-sócio, Paulo Guedes, inventou nas redes. O modelo também passa ao largo de algo similar ao “gabinete do ódio”, do clã Bolsonaro, conforme os mais pestilentos poderiam associar. Imaginem só se André Esteves ia se meter com fake news? Mas sensibilizar a atenção de investidores, chamar a atenção de ativos, valorizar IPOs, isso tudo Esteves poderia fazer. Quer dizer, a consultoria digital, a priori, também poderia.
A nova plataforma não deixaria de ser uma mídia. O líder do BTG já tem um braço no setor, a revista Exame, mas só que meio maneta, nem a um milhão de quilômetros do bólido que a publicação já foi. Do ponto de vista da CVM e do BC, o ideal seria que esse “novo animal digital”, uma vez criado, estivesse perfeitamente adequado às regulamentações, para alguma situação em que isso se mostrasse necessário. Para todos os efeitos, não deveria existir nem de longe vinculação ao sócio principal do BTG ou a qualquer tentáculo do banco no mercado. O novo negócio estaria localizado em um limbo das operações na internet que seguisse todos os enquadramentos formais.
A plataforma idealizada por André Esteves teria enorme poder de fogo nas redes. Seria um projeto para escalar milhões de seguidores. Todos diplomados e, ao mesmo tempo, bem-informados, como imagina-se serem os interessados nesse tipo de conteúdo, assim como com condições de aplicar alguma poupança nas opções de investimento apresentadas como exemplo de cases do mercado. Esteves é um sujeito extremamente criativo, o que estimula a credibilidade da versão. Ao que tudo indica, acredita na premonição de que a realidade só ganhará cores fortes se estiver contida na internet. Só que, até então, não se falava em mercado de capitais. Nesse contexto híbrido, associado a educação.
O RR entrou em contato com o BTG, consultando o banqueiro André Esteves acerca da informação. No entanto, por meio de sua assessoria, o banco disse que não iria comentar o assunto. Em conversa com o RR, a CVM, por sua vez, informou que “não há necessidade de registro na Autarquia para oferecer curso ou plataformas educativas em mercado de capitais.”. O órgão alerta, no entanto, para “que o cidadão avalie todas as informações, inclusive com relação ao curso oferecido, tendo em vista que, pode se tratar de um método utilizado por pessoas que não têm autorização para atuar no mercado de capitais com a finalidade de se aproximar do público investidor e apresentar ofertas de investimento”. A CVM recomenda que “antes de qualquer investimento, o investidor verifique se o ofertante possui registro na Autarquia para atuar no mercado de valores mobiliários.” Ainda segundo o órgão regulador, “em algumas atividades educacionais utilizadas para apresentar recomendações de investimento ao público, pode haver, por exemplo, a transmissão ao vivo em salas de conversa on-line, o acompanhamento de operações no pregão, com comentários e sugestões.” A CVM também diz que “Se essa atividade é desempenhada de forma profissional, havendo benefício, vantagem ou remuneração por conta dessa recomendação, mesmo que por meio de taxas de assinatura ou receitas indiretas, pode restar caracterizado o exercício de atividade de analista de valores mobiliários, o que requer autorização”. Nesse tema, a CVM recomenda “a leitura do Ofício Circular n° 2/2019/CVM/SIN.” Em relação a assessoramento financeiro e recomendação de investimentos, a autarquia diz que “deve ser observado o regramento disposto nas Resoluções CVM nº 20 e 179, respectivamente, dado serem atividades sujeitas a registro e supervisão da CVM.”
O RR entrou em contato também com o Banco Central. A assessoria de imprensa da instituição informou que não conseguiria atender ao pedido de posicionamento dentro do prazo de fechamento desta matéria e que enviaria um retorno até amanhã, dia 9. O espaço segue aberto para o BC. Uma vez enviada, a resposta do Banco Central será incluída no texto.

Destaque
BTG busca aliados para aumentar seu poder na Eneva
13/09/2023Há uma espécie de guerra fria na Eneva, protagonizada pelos Moreira Salles e por André Esteves, as duas forças antagonistas no controle da empresa. Segundo o RR apurou, o BTG Pactual tem buscado o apoio de outros investidores para montar um bloco de acionistas e, dessa forma, ampliar seu poder na companhia. Entre os minoritários capazes de fazer diferença na balança figuram nomes como o norte-americano The Vanguard Group e a gestora brasileira SPX Capital.
O que está em jogo é uma disputa do BTG contra a Cambuhy, veículo de investimento da família Moreira Salles. Em dezembro do ano passado, em um movimento cirúrgico no tabuleiro societário da Eneva, o clã fechou um acordo com três outros investidores: Dynamo, Atmos e Velt Partners. Com isso, a Cambuhy, dona de uma participação de 19,5% na Eneva, passou a liderar um bloco com poder de voto de 35,7%.
Foi um duro golpe para o BTG. A instituição financeira perdeu peso decisório na empresa, mesmo sendo ainda o maior acionista individual, com 27,3% – somadas sua participação direta e as ações em nome do Partners Alpha, ligado ao próprio banco. Agora, o BTG tenta dar o troco na mesma moeda, formando uma coalizão societária que lhe permita sobrepujar os Moreira Salles. Procurados, BTG e Cambuhy não se pronunciaram.
Há divergências entre BTG e Cambuhy no que diz respeito à gestão da Eneva, empresa que nasceu dos escombros da antiga MPX, de Eike Batista. Segundo informações apuradas pelo RR, o banco de André Esteves seria defensor de uma política mais agressiva de investimentos. Já os Moreira Salles estão na direção oposta.
Não abrem mão de uma estratégia conservadora, dando prioridade à redução do nível de alavancagem e à revisão do portfólio de ativos. Nesse segundo quesito, uma operação em específico teria acirrado ainda mais as divergências entre BTG e Cambuhy. Em junho, a Eneva vendeu 15% do Complexo Parnaíba – um conjunto de seis termelétricas no Maranhão – para o Itaú Unibanco. Ou seja: um negócio em que os Moreira Salles atuaram nas duas pontas, a vendedora e a compradora.
Empresa
André Esteves permanece como um “barão da mídia” de uma nota só
31/08/2023A contratação do ex-ministro das Comunicações Fabio Faria, no início deste ano, acendeu no mercado a certeza de que o BTG estava preparando a criação de um império na área de mídia. Alarme falso. A operação de André Esteves no setor ficará circunscrita à revista Exame. Palavra do próprio banco. Em contato com o RR, o BTG foi enfático ao dizer que “não está analisando qualquer investimento adicional em mídia”. E o SBT? A resposta é uníssona: a instituição financeira descarta a aquisição da emissora paulista. No setor, havia até quem cravasse a pedida de Silvio Santos: em torno de R$ 1 bilhão. Tudo parecia se encaixar com a chegada ao banco de Fabio Faria, marido de Patricia Abravanel e genro do Homem do Baú. Caberia ao ex-ministro de Bolsonaro colaborar com Esteves na estruturação de seus negócios em mídia. O uso do plural, no entanto, não cabe mais. A julgar pelo que diz o BTG, Esteves parou na Exame

Finanças
André Esteves faz suas aproximações sucessivas com o governo Lula
17/04/2023Na falta do banqueteiro João Doria, e do seu Lide, entra em cena o “banqueteiro” André Esteves. O dono do BTG prepara uma leva de eventos aproveitando-se da sua proximidade com os petistas no governo. Há, inclusive, a ideia de levar Gleisi Hoffmann para um dos encontros com dirigentes do mercado financeiro. É mais uma aposta que a proximidade com o PT deverá frutificar. Esteves já se investiu do papel de realizador de seminários e almoços, aqui e no exterior, para que os ministros, notadamente da área econômica, deitem e explicações a dirigentes financeiros e empresários do setor real. O banqueiro tem autoridade para tratar do assunto. Já cumpriu em parte a missão durante a campanha eleitoral, chamando as futuras autoridades para falarem sobre os planos de governo.
André Esteves não é só o mais pragmático dos banqueiros, é o mais “smart” deles, no sentido norte-americano da palavra. Foi próximo, extremamente próximo, dos ministros Antônio Palocci e Guido Mantega, se tornando um “banqueiro petista honorário, disposto a colaborar em bons negócios para ele e para o governo. E se presta ao papel de ser assessor informal de Fernando Haddad com a dedicação e a alegria de quem sabe das vantagens de estar nas vizinhança de ministros poderosos. Esteves sai bem na frente de um outro “banqueteiro”, Guilherme Benchimol, do Grupo XP, que se especializou em criar palcos para speechs alheios. Benchimol não tem liga e organicidade com Lula e seu time. Esteves também vai usar seu departamento de research para orientar melhor o mercado sobre as políticas da área econômica. Não é nada tão diferente do que já se viu.
E João Doria, como ficou nisso? Vai gramar até descolar sua imagem de inimigo do governo. Pode demorar pouco. Lula é prático e aceita colaborações mesmo oportunistas. Se vier um coquetel de velhos adversários na bandeja, toma na hora.

Economia
André Esteves entra de “penetra” na reforma tributária
2/03/2023Entre os ministros, governadores, dirigentes empresariais e acadêmicos que participarão de um megaevento amanhã, no Rio de Janeiro, para discutir a reforma tributária, o nome de um expositor em especial gerou estranheza: o do chairman do BTG, André Esteves, que, pela programação, falará depois do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Não consta qual a contribuição que Esteves poderá dar a esse debate. Tradicionalmente, o banqueiro é tido como penetra em eventos que tenham autoridades governamentais, independentemente da coloração ideológica do partido no Poder. Esteves é um pragmático. No governo Dilma Rousseff, era o “melhor amigo” de Guido Mantega. Já na gestão de Jair Bolsonaro, trocava figurinhas com o ex-sócio Paulo Guedes diuturnamente. Não faltou quem dissesse que o BTG era a casa de espetáculos de Guedes tamanho o número de vezes em que foram realizados eventos para que o ministro comparecesse e fizesse seu show.

Negócios
André Esteves quer fazer a América (Latina)
29/11/2022México e Colômbia são as próximas paradas do BTG. Segundo o RR apurou, o banco de André Esteves planeja lançar uma plataforma de investimentos nos dois países até o fim de 2023. Trata-se de um projeto expansionista que mira os principais mercados da América Latina: recentemente, o BTG iniciou uma operação nos mesmos moldes no Chile. De acordo com a mesma fonte, a investida seria acompanhada da compra de corretoras ou mesmo fintechs. No caso da Colômbia, esse terreno já começou a ser preparado, com a aquisição da Bolsa y Renta. Consultado pelo RR, o BTG não quis se manifestar.

Negócios
André Esteves já busca um lugar ao lado do próximo ministro da Fazenda
28/11/2022O BTG pode não ser o banco do coração do PT. Mas nenhum banqueiro se esforça mais do que André Esteves para cativar os ministros da Fazenda petistas. Com Guido Mantega, Esteves teve um caso explícito de acesso e interação. A história, como se sabe, foi parar até nos jornais. O RR, à época, encontrou os dois tricotando, em canto mais reservado e pouco iluminado do finado Hotel Maksoud Plaza. O local era o recinto escolhido para os jantares discretos. O papo fiado foi registrado nesta newsletter. Mas Mantega é água passada. Agora, Esteves está cercando Haddad. O hedge do banqueiro começa na primeira hora do primeiro rumor. Se der Persio Arida na Fazenda, a relação está mais que construída. Arida foi presidente do BTG, durante o período que Esteves, até injustamente, experimentou as agruras do cárcere. Mas com Haddad é um convívio a ser conquistado. E Esteves é um craque nesse assunto. Quem viu sua performance no almoço da Febraban, na última sexta-feira, quando se sentou bem ao lado de Haddad, assistiu aos sorrisos, comentários e salamaleques. Não dá para dizer que a proximidade com Esteves não tenha o seu lado positivo. O RR acha que o banqueiro do BTG e outros financistas, tais como André Jakurski e Luis Stuhlberger, são craques em enxergar a conjuntura por ângulos raros. Eles têm o que aconselhar. Mas sabe como é que é: quem dorme com os olhos dos outros não acorda a hora que quer.
Economia
A ronda de Esteves
4/11/2022O presidente do BTG, André Esteves, tem tentado seduzir os potenciais nomes para a futura equipe econômica do governo Lula. O cerco de Esteves é amplo: tem conversa até com candidatos considerados menos prováveis. Mas o banqueiro, de uma forma ou de outra, sempre esteve perto do PT.

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Duelo de gigantes pela Eletrobras
1/06/2022A privatização da Eletrobras poderá se tornar um duelo de titãs: de um lado André Esteves; do outro, Jorge Paulo Lemann. Esteves entrou na lista de candidatos a uma posição de destaque entre os futuros acionistas da companhia. O banqueiro leva munição extra para a disputa: está carregado de moedas podres. Pretende, portanto, fazer algo parecido com o que Julio Bozano fez com a privatização da Embraer e os títulos da Sunaman. A briga vai ser boa. Há alguns anos, a 3G Radar – braço da 3G Capital, que reúne os investimentos do trio Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles – mantém uma posição cativa e privilegiada na Eletrobras. Sua fatia beira os 2% do capital total da empresa. Graças a esse cluster societário, Lemann acompanhou por dentro toda a elaboração do plano de capitalização da Eletrobras. Leva, portanto, um corpo de vantagem em relação a Esteves.
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Show do bilhão
5/05/2022Como já disse o RR, o banqueiro André Esteves não vai sossegar enquanto não transformar o SBT em “SBTG”. As cifras já estão na mesa.

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Seria André Esteves o Julio Bozano da vez?
24/09/2021A intenção do ministro Paulo Guedes de transformar parcela dos precatórios em moeda de privatização remonta aos primórdios das vendas das grandes estatais (Caraíba Metais, Vale). À época, foi autorizado o uso de “moedas podres” para aquisição das empresas, notoriamente a Embraer, que ainda não tinha virado o foguete da aviação internacional. Os privatistas de raiz, inclusive, diziam que a empresa ia acabar só produzindo bicicletas devido à defasagem tecnológica.
Era preciso passar o elefante branco voador sob pena dele ficar desmilinguido nas mãos dos Estado. Muita gente mordeu a língua, como se viu depois. A maior parte das “moedas podres” eram títulos da Sunaman. Foi, então, que o superbanqueiro de investimentos Julio Bozano raspou as moedas desconsideradas pelo mercado para trocá-las pelo orgulho da indústria aérea nacional. Sabe Deus o tamanho do deságio que Bozano conseguiu nos títulos da Sunaman.
Ao que se sabe, agora quem está carregado de “moedas podres” é o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, ex-sócio do ministro Paulo Guedes e que o teve como “mentor”. Com a sinalização para que os precatórios sirvam de moeda de privatização, não se sabe se serão abertas, no mesmo percurso, novas janelas para abatimento da dívida ativa ou mesmo títulos como os do Banco Econômico, quebrado e que ficou com sua carteira pendurada entre o BC e uma carcaça do próprio banco baiano. Esteves comprou um caminhão desses ativos podres do Econômico a deságios de fazer corar as maiores piranhas do mercado.
E, criou uma empresa só para adquirir os “títulos-Zumbi”, a Enforce. O RR não está sugerindo que Paulo Guedes tenha interesses ou qualquer conexão entre precatórios, moeda podre e privatizações. Mas, somente apresentando fatos. Aliás, como é fato que o último sócio de Guedes, antes de ingressar em sua aventura junto com Bolsonaro, foi exatamente o eterno banqueiro d’affaire, Julio Bozano. O que pode não dizer nada. Ou muito, dependendo qual for a solução com os precatórios.

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Afinal, qual é a do “banqueiro” André Esteves?
31/05/2021Para quem pensa que André Esteves está brincando de mídia, uma informação revela o quanto a sua investida no setor é para valer: segundo o RR apurou, o banqueiro teria sondado o ministro Fabio Faria para comandar as operações do BTG na área de comunicação. A fonte é a mesma que informou à newsletter sobre as conversações conduzidas por Esteves para a compra do SBT – ver edição de 6 de maio. Faria passaria a ser uma espécie de Walter Clark do conglomerado que o banqueiro pretende montar no segmento de mídia. Esteves, ressalte-se, já é dono da
revista Exame e negocia a aquisição da holding Universa, que, além da consultoria Empiricus, controla os portais de notícias MoneyTimes e Seu Dinheiro. Poderá ainda ampliar seu acervo de títulos na mídia impressa com a compra de outras publicações da Abril, a partir da conversão de créditos contra a editora. Mas a joia da coroa desse conglomerado de ativos de comunicação seria mesmo o SBT. Neste caso, Fabio Faria nem sequer precisaria se familiarizar com o negócio: ele é genro de Silvio Santos.
O banqueiro é uma águia. Com a eventual compra do SBT e a presença do atual ministro das Comunicações, Fabio Faria, ao seu lado, André Esteves reforçaria suas pontes com Jair Bolsonaro na hipótese de reeleição. E se der Lula? Nenhum problema. O banqueiro sempre esteve próximo do petista durante o seu governo, guiado pelo seu então parceiro Guido Mantega. Aliás, não custa lembrar que o presidente do Conselho do BTG, Nelson Jobim, foi o anfitrião da recente reunião entre Lula e FHC.
A forte presença na mídia seria um trunfo do conglomerado financeiro de André Esteves, encabeçado pelo BTG/Banco Pan, para fazer uma nova legião de clientes bancários. Todas as publicações e, sobretudo, o SBT seriam uma valiosa plataforma para a oferta de produtos financeiros. Ao mesmo tempo, Esteves também se aproveitaria do advento do open banking e das possibilidades que ele traz a reboque, a começar pela portabilidade das informações bancárias. Ressalte-se que, nos últimos meses, o BTG comprou a corretora Fator, a participação da Caixa no Pan, a Necton Investimentos, a fintech Kinvo, além de ter selado uma parceria com a Mosaico, dona dos sites Zoom, Buscapé e Bondfaro. O banco está ainda fechando uma joint venture com a Totvs na área de crédito – conforme foi publicado, ontem, na coluna de Lauro Jardim -, certamente com o objetivo de tornar a sua operação ainda mais tentacular. Na última quinta-feira, o RR enviou uma série de perguntas ao BTG sobre as informações tratadas na matéria. No entanto, o banco não se pronunciou até o fechamento desta edição.
Entre os planos de Esteves estaria também um projeto de bancarização online na Região Nordeste, que ainda carrega alto índice de pessoas fora do sistema financeiro. Algo que casa tanto com Lula quanto com Bolsonaro. Com mídias, bancos e inserção política, só falta Esteves querer ser ministro da Fazenda. E mais o RR não diz…

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André Esteves quer ser o novo “homem do Baú”
6/05/2021O RR apurou que o banqueiro André Esteves teria aberto conversações para a compra do SBT. De acordo com a fonte da newsletter, a empresa estaria avaliada entre R$ 3,5 bilhões e R$ 5 bilhões. A operação envolveria apenas a emissora de TV. A fabricante de cosméticos Jequiti e outros ativos da família permaneceriam nas mãos de Silvio Santos e de suas herdeiras. Seria uma solução para a sucessão do grupo, que ganhou um novo ritmo a partir de março do ano passado, quando Renata Abravanel, uma das filhas do empresário, assumiu a presidência executiva do conglomerado. Pelo acordo, Silvio Santos faria seu programa até quando quisesse – o apresentador ainda é responsável por boa parte da receita publicitária do SBT. Haveria ainda uma algema de ouro: o Homem do Baú não poderia ir para outra emissora. Consultado, o SBT disse que “não confirma a informação”. Também procurado pelo RR, por meio da assessoria do BTG, Esteves negou “veementemente” a negociação. Está feito o registro. Mas, no caso específico do banqueiro, não custa lembrar que, no dia 6 de dezembro de 2010, em teleconferência com jornalistas, Esteves negou qualquer tratativa para a aquisição do Banco PanAmericano. Exatos 56 dias depois, o BTG anunciava a compra do controle da instituição, curiosamente então pertencente ao próprio Silvio Santos.
O RR consultou uma fonte do mercado, que fez algumas ponderações sobre o negócio. Seria pouco provável que André Esteves entrasse sozinho no negócio. O mais lógico seria que ele desembarcasse na emissora com um parceiro. Ainda assim, trata-se de uma operação difícil de ser consumada, a começar pelo fato de que Silvio Santos e suas filhas estão em uma posição confortável. O SBT não tem maiores problemas financeiros. Com faturamento anual em torno de R$ 1,2 bilhão, a emissora se resolve bem com o seu modelo comercial, mesmo ainda vivendo muito em função da presença do próprio dono na programação. Muito embora essa “Silvio-dependência” esteja se reduzindo. Nos últimos meses, mesmo com os efeitos econômicos da pandemia sobre o setor, o SBT tem procurado diversificar sua grade de programação, a começar pelo investimento na compra dos direitos de transmissão da Libertadores, da Champions League e da Liga Europa.
André Esteves, ressalte-se, já tem um pé na mídia. Em 2019, comprou a revista Exame. A aquisição do SBT daria outra dimensão à sua investida no setor. Além de se tratar de um projeto de poder, há de se destacar a sinergia potencial entre os negócios do banqueiro e a emissora. Esteves ganharia uma importante plataforma conjugada para a venda de produtos financeiros – algo que, guardadas as devidas proporções, o próprio Silvio Santos descobriu lá atrás, ao transformar a TV no principal balcão do Baú da Felicidade. Seria também a volta do Banco Pan para a casa. A chegada do banqueiro e de seus eventuais parceiros daria também um gás extra para acelerar a operação de streaming do SBT, segundo o perfil de espectadores do canal. Seriam produções populares, ao melhor estilo novela mexicana.
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O déjà-vu de André Esteves
12/04/2021O presidente do BTG, André Esteves, tem participado de quase todos os encontros para apoiar a agenda econômica do governo, prestigiar Paulo Guedes e equipe ou buscar soluções de aperfeiçoamento das medidas em discussão. O dono do BTG é chapa de Guedes, que saiu do Banco Pactual antes da expulsão do seu fundador, Luiz Cesar Fernandes. Nunca brigaram. Esteves parece o banqueiro dos tempos do PT, quando era todo desenvolto, cheio de conversa e ideias e muito próximo de Guido Mantega.
Mas isso é coisa do passado.

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André Esteves minera o maior banco de blockchain do mundo
18/07/2019A volta de André Esteves ao comando do BTG promete ser cesarista. Os planos incluem a aposentadoria do modelo mais radical de partnership, que caracterizou o regime societário do banco desde os tempos em que se chamava Pactual. Esteves pretende ser controlador “mesmo”, no estilo dos Setúbal e dos Moreira Salles com o Banco Itaú, com um domínio societário absolutista dos negócios, algo que durante décadas ele considerou uma fórmula ultrapassada.
O BC já está avisado sobre seu mimetismo, assim como devidamente informado sobre o seu projeto de tornar o banco um gigante de criptomoedas e fundos ativos digitais. Na visão do mais ousado dos banqueiros de investimentos tupiniquim desde Jorge Paulo Lemann, do Banco Garantia, a arquitetura de blockchain permite que uma instituição financeira brasileira almeje o protagonismo internacional. Consultado pelo RR sobre os planos de André Esteves, o BTG negou o projeto de ser uma das maiores instituições do mundo em ativos digitais.
Nega também que esteja buscando parcerias em blockchain e afins. Curioso! Parece que o banco esqueceu que acaba de fechar um acordo com a Dalma Capital, de Dubai, para a emissão de US$ 1 bilhão em ativos “tokenizados” no exterior. A ideia de um BTG full cyber money, uma gigantesca fintech mineradora de moedas digitais, faz nexo e tem todo sentido. André Esteves sempre esteve mais para matemático do que para banqueiro. Ele acredita que o país tem vantagem na estruturação combinada de lastros não convencionais, tais como ativos da natureza e criptomoedas. Esteves não quer desacelerar de jeito nenhum. Vai virar a própria mesa. A jato.
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Amizade verdadeira
27/02/2019Há amizades que resistem a tufões, quiçá a uma Lava Jato. Guido Mantega e André Esteves, por exemplo, nunca se perderam de vista.
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Deep throat
11/02/2019André Esteves, há muito, não andava tão atuante em suas relações com a imprensa. O banqueiro é a fonte, em off the records, do contencioso entre o BTG e a XP, comunicando diretamente ou por meio de ventríloquos.
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Fake news?
12/03/2018O banqueiro André Esteves estaria estudando investir uns capilés em uma pequena editora de livros. Parece até fake news.
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Nem a Lava Jato desmata as florestas de André Esteves
29/06/2017André Esteves está acumulando um tesouro em recursos naturais, à espera que o Congresso Nacional aprove o projeto de lei que autoriza a venda de terras para o capital estrangeiro. Por meio da Timberland Investment Group (TIG), o BTG Pactual tem se mostrado um agressivo comprador de ativos florestais. Segundo o RR apurou, a Timberland entrou na disputa pelas reservas da Eldorado, a fabricante de celulose da J&F Investimentos – seus concorrentes são a chilena Arauco e a canadense Brookfield.
Em outro front, mantém negociações para a compra de bases florestais no país que somam mais de 200 mil hectares. Neste caso, contabilizando-se também a eventual aquisição dos ativos da Eldorado, o portfólio da Timberland no Brasil mais do que dobraria, pulando de 300 mil para aproximadamente 740 mil hectares. Consultado pelo RR, o BTG não quis se pronunciar sobre o assunto. Já a Eldorado informou que “não há qualquer discussão em andamento para a venda de florestas”. Está feito o registro.
Ao mesmo tempo, o BTG é comprador de terras em geral, notadamente áreas agrícolas, com negociações engatilhadas no Norte e Nordeste. A agressiva política de aquisições deixará o banco em uma posição privilegiada para negociar com os fundos internacionais que já aquecem as turbinas para desembarcar no Brasil. O projeto de lei no 2289/07, que permite a venda de terras e bases florestais para estrangeiros, deveria ter sido votado ainda no primeiro semestre. Esta era a expectativa do relator, o deputado Newton Cardoso Junior, e dos partidos aliados.
No entanto, a crise política e as reformas empurraram a questão. Enquanto a votação não ocorre, André Esteves vai adubando sua carteira de ativos florestais no país, que já estaria precificada em mais de US$ 1 bilhão. A Lava Jato não foi capaz de incinerar as árvores do BTG. Este é um dos raros negócios que passou incólume ao desmonte das participações societárias do banco após a prisão de André Esteves, em novembro de 2015.
Trata-se de uma operação que vai além das fronteiras brasileiras. A Timberland está ampliando seu cinturão de ativos florestais em todo o continente americano. Segundo o RR apurou, neste momento o fundo também está envolvido em negociações para a compra de áreas na América Central e, sobretudo, nos Estados Unidos, onde já tem quase 300 mil hectares. Recentemente, ao lado de outros investidores, o Timberland desembolsou cerca de US$ 400 milhões para comprar as reservas da norte-americana Weyerhaeuser no Uruguai. Foram mais de 300 mil hectares.
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Esteves ganha espaço
5/06/2017Com a deserção de sócios e a iminente saída de outros, a participação de André Esteves no BTG está aumentando. Já foi bem mais glamouroso ser partnership do banco.
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Brasilianas
1/06/2017Lula torce em silêncio para que Michel Temer prossiga no cargo, se esvaindo em sangue por todos os poros.
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O entorno de Nelson Jobim aguarda um eventual acordo de delação premiada do banqueiro André Esteves. Jobim não quer ser presidente só até 2018, mas, sim, prosseguir até 2022.
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O Palácio do Planalto tem informações seguras de que o deputado da mala, Rodrigo Rocha Loures, está fazendo sua “delação” todos os dias. Pela imprensa.
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Esteves na África
24/03/2016Delcídio do Amaral destrinchou de cabo a rabo as operações entre André Esteves e a Petrobras na África. É coisa para os próximos capítulos.
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Zelotes trisca nos calcanhares de André Esteves
17/02/2016O banqueiro André Esteves corre o risco de sentir saudades da Lava Jato. No lugar desta primeira experiência supostamente criminal da sua vida, entraria a Operação Zelotes, com muito mais nitroglicerina do que a antecedente, responsável pela temporada de Esteves no cárcere. A fonte do RR é um lobista que tem colaborado com a Zelotes. Segundo o informante, o balcão de interesses do ex-dono do BTG seria amplo. Nele caberiam medidas provisórias sob encomenda, incluindo setores diversos além da área bancária, facilidades para a compra do Bamerindus e um balaio de créditos podres carregados pelo Banco Central. Os procedimentos incestuosos incluiriam até o Banco Pan, uma aquisição que não se revelou um bom negócio, mas vinha indexada a um pacote de futuras oportunidades. Esteves era somente a ponta financeira dessa ramificação da Zelotes. A carta que fechava a canastra na partida seria o ex-ministro Guido Mantega, principal interlocutor, confidente e, digamos assim, facilitador do ex-todo-poderoso banqueiro. Não é de hoje que Mantega vem sendo cozido em banho-maria pelos procuradores e policiais. Ele tem ligações com vários casos, ainda em fase de investigação. Mas, quando se fala em André Esteves, dificilmente as linhas de um e de outro deixam de estar embaraçadas. Uma dessas simbióticas operações é um fundo aparentemente prosaico criado pelo Ministério da Fazenda para investimento nos países da África, cuja exigência para sua criação era a presença do BTG como gestor. O caso está sob investigação. Em um tempo de impunidade, no qual o limite da separação entre os interesses do setor público e do privado era extremamente flexível, as relações entre Esteves e Mantega até podiam ser compreendidas como uma assessoria informal visando à colaboração com o Estado. Sob esse prisma não haveria nada de mais na frequência exagerada de encontros entre ambos, inicialmente, em restaurantes discretos, mas depois abertamente, inclusive no badalado Fasano. Ocorre que essa licorosa versão não era verdadeira. Esteves não era um generoso assessor de Mantega. E Mantega não estava somente em busca de bons conselhos. O sumo dos interesses entre ambos é o que a Operação Zelotes está tentando espremer com suas averiguações.
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Delcídio entre a Omertá e a remissão
23/12/2015De 25 de novembro, quando André Esteves e Delcídio do Amaral foram presos, até o último dia 16, a única versão sobre o episódio envolvendo os dois personagens foi extraída de uma conversa grampeada na qual o senador implicava o banqueiro no pagamento da fuga de um criminoso – o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró – para o exterior. No dia 16, por espontânea vontade, Delcídio autorizou sua defesa a desmentir suas próprias declarações, inocentando Esteves, que teria servido como blefe nas negociações com Bernardo, filho de Cerveró e autor das gravações. O boi de piranha poderia ser ele ou um outro banqueiro qualquer (pode ser que sim, pode ser que não). Delcídio demorou 21 dias para se arrepender, expondo sua canalhice em praça pública, em um ato calhorda que levou Esteves à humilhação e desgraça (pode ser que sim, pode ser que não). O que teria ganho Delcídio contando a verdade sobre Esteves além da purga católica da própria culpa? Terá sido melhor para sua defesa ter coberto de lama e imoralidade sua imagem? (pode ser que sim, pode ser que não). Ou teria Delcidio simplesmente sentido medo? Um medo desesperador de que uma terrível ameaça se concretizasse e algo obsceno e ignominioso atingisse a ele e a seus entes mais queridos (pode ser que sim, pode ser que não). Quando será que Delcídio do Amaral mentiu? Antes ou agora? Vai ver, recebeu um peixe morto enrolado em jornal.
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Macunaímas da elite financeira
11/12/2015A prisão de André Esteves inicia a era do tropicalismo bancário, com direito a cenas de tribalismo e antropofagia entre homens vestidos de instituições financeiras e vice-versa. Os operadores de mercado ostentam seus parangolés e ensaiam uma reza forte nas mesas de compra e venda. O caldeirão fervente dos cérebros aflitos vaporiza eflúvios de predição. Quem tiraria o BTG dessa feijoada? Grande Otelo berra do além com a voz esganiçada: “Lavínio, mangalô, três vezes”. Lavínio? “Não Armínio”, se corrige o Grande. As teclas dos computadores começam a digitar sozinhas, os visores piscam sem parar e repetem “Eureka!”, “Eureka!”. Só o pajé-mor, Armínio Fraga, teria o sacundim sacundô capaz de levar credibilidade à antiga moradia bancária de um suspeito de meliância. Com a zabumba na mão e bananas para dar e vender, Armínio aportaria os ativos do Gávea no ex-banco de André Esteves e sopraria o apito na direção de um George Soros ou de um J.P. Morgan da vida. Eles tocariam na banda do baile do BTG, regido por Fraga, é claro. Dindin não faltaria. Nesse mundo bizarro, Armínio, um ex-futuro-ministro-banqueiro, a base de muito quebranto e patuá, chegaria ao tão almejado cargo de czar da economia, reproduzindo em condições distintas, com o quebra-galho Pérsio Arida, a relação fraternal que André Esteves manteve com Guido Mantega. O ex-presidente do BTG, em meio a essa carnavalização bancária, se mimetizaria mais uma vez, demonstrando que não suporta soluções simples. Esteves se livraria do xilindró e passaria a escrever livros de autoajuda. Com o apoio de Vicente Falconi e da Fundação Lemann se tornaria uma espécie de Michael Milken tupiniquim, ganhando um rio Amazonas de dinheiro. É o tico tico lá, o tico tico cá. Uma sopa de maxixe tropicalista.
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Por que Mr. Batista chora e ri com a Lava Jato
27/11/2015Os fatos da última quarta-feira devem ter despertado em Eike Batista as lembranças e os sentimentos mais antagônicos. Tanto André Esteves quanto Delcídio do Amaral estão indissociavelmente ligados a sua trajetória, ainda que em polos opostos. O banqueiro remete a alguns dos maiores insucessos de Eike. Em sua biografia, Esteves aparece como o adviser de dupla face, por vezes mais empenhado em ludibriá-lo e tirar proveito dos problemas do empresário do que ajudar a solucioná-los. Já Delcídio é o parceiro fiel que o conduziu pela mão entre os corredores mais estreitos do poder e ajudou Eike a se livrar do complexo de não ser um “empresário do PT”, como ele mesmo dizia. Para Eike, André Esteves foi quase sempre sinônimo de operações sinuosas e malsucedidas. Foi Esteves quem expôs o empresário a uma situação constrangedora ao convencê-lo a visitar o Bradesco e externar sua disposição de comprar a participação do banco na Vale. Poucos dias depois, o banqueiro vazava aos jornais o interesse de Eike e a fictícia negociação. Aliás, não foram poucas as vezes em que as reais intenções de Esteves só se revelariam posteriormente. Assim foi por ocasião do IPO da OSX, em 2010. Só bem mais tarde Eike identificou que o BTG usava um duplo chapéu. Adviser da operação, o banco trabalhou na ponta contrária e forçou a oferta a um piso mais baixo, com o propósito de ele próprio encarteirar os títulos. Algo similar ocorreu em 2013, quando os negócios de Eike já derretiam. Convocado para assessorar a EBX na venda de ativos, o banco avaliou a LLX a um preço três vezes menor do que, posteriormente, o grupo viria a conseguir no mercado. Mais uma vez, o BTG estava nas duas pontas. Esteves teria subapreciado o negócio com o objetivo de fazer uma oferta pela LLX por meio de um fundo. Antes da ruptura em definitivo, o banqueiro ofertou a Eike um crédito de R$ 1 bilhão e pediu participação nos resultados das empresas, um modelo que se revelaria um trampolim para uma tentativa de take over do grupo. Já Delcídio sempre se notabilizou-se por ser um grande facilitador para os negócios da EBX. A relação começou por conta do projeto de Eike de construir um complexo minero-siderúrgico em Corumbá (MS). Ainda no governo FHC, antes de deixar a diretoria de gás e energia da Petrobras, Delcidio modelou, juntamente com Nestor Cerveró, o controverso contrato que beneficiaria a EBX e, em especial, a Termoluma com um retorno inusitado para o setor. Gradativamente, o petista se tornou um dos mais importantes canais de interlocução entre Eike e o governo Lula. Com o tempo, passou a recrutar executivos para o grupo, sobretudo na Petrobras. Paulo Monteiro, que formalmente cuidava da área de sustentabilidade, transformou-se em uma extensão do parlamentar na EBX tanto quanto uma extensão do empresário no gabinete de Delcídio. Foi o senador também quem aproximou Eike de José Dirceu, na frustrada tentativa de equacionar um imbroglio com o governo boliviano. Por todos estes fatos, os novos capítulos da Lava Jato deixaram Eike dividido. Os sentimentos difusos não somam um resultado conclusivo. Nessa pororoca de emoções, talvez o melhor mesmo é que nem Esteves nem Delcídio tivessem passado por sua vida.
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Como Esteves tentou forçar o silêncio do RR
26/11/2015André Esteves sempre foi um vencedor, mas não necessariamente um bom desportista. Quando contrariado, o banqueiro tentou invariavelmente pressionar o RR. Em abril deste ano, entrou com uma ação na Justiça com o claro propósito de coagir, da pior maneira, a publicação e evitar a divulgação de novas informações eventualmente avessas aos seus interesses. No processo, além de um pedido de indenização na casa dos seis dígitos, Esteves evocou a figura do crime contra o Sistema Financeiro Nacional, com menção à possível reclusão de dois a seis anos, o que tornou ainda mais flagrante o objetivo de constranger a newsletter. O RR jamais fez menção ou levantou qualquer dúvida em relação à saúde financeira do BTG. Muito pelo contrário. Uma busca no site da publicação revela uma série de notas e matérias vinculando o banco a importantes negociações de M&A ou a investimentos na área de private equity. Em todos os casos, ressalte-se, o RR abriu espaço para o posicionamento da instituição, que, na maioria das vezes, optou por não se pronunciar. Agora, sabe-se por quê. No processo, André Esteves faz menção fundamentalmente à matéria veiculada na edição de 27 de março, com o título “Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras”. O banqueiro questionou a veracidade de informações que, hoje, à luz dos fatos, no mínimo são objeto de averiguação da força-tarefa da Lava Jato, como a compra de 50% de uma série de blocos de óleo e gás da Petrobras na África. Em sua defesa, Esteves afirmou que pagou o “nada módico” preço de US$ 1,525 bilhão. Depende do ponto de vista. Há fartas evidências de que os ativos foram subapreciados – inicialmente, os blocos estavam avaliados em US$ 7 bilhões. Curiosamente, deve-se dizer, tais operações estavam sob a esfera da diretoria internacional da Petrobras, no passado recente ocupada por Nestor Cerveró, personagem central dos fatos que levaram a Justiça a decretar a prisão de André Esteves. A operação lembra, por vias tortas, o caso da refinaria de Pasadena, pois o contrato permitia a Esteves abandonar o negócio sem aportar os investimentos acordados. André Esteves contestou também informações relacionadas à compra de postos da BR Distribuidora pela Derivados do Brasil (DVBR). Como não poderia negar a existência da operação, o banqueiro procurou o expediente do diversionismo ao dizer que a DVBR “não integra o Grupo BTG” e é controlada pela “BTG Alpha, companhia de um grupo de acionistas do BTG Pactual”. Neste ponto, o banqueiro tentou fazer crer que a publicação creditava ao BTG Pactual a participação no episódio, como se tal associação colocasse em risco a credibilidade da instituição financeira. Só que em nenhum momento o RR atribuiu o negócio ao banco, mas, sim, ao próprio Esteves. O banqueiro negou também qualquer relação com o doleiro Alberto Youssef, desmentindo todos os veículos de comunicação do país. Nota O RR não se jacta do desenrolar dos fatos e, como todos, espera que as denúncias relacionadas à Lava Jato sejam investigadas a fundo. Diante das circunstâncias, apenas se sente no dever de esclarecer algumas questões, em respeito aos seus leitores e a sua própria história, prestes a completar meio século. André Esteves não precisa constranger um veículo jornalístico cuja função é produzir subsídios para analistas argutos, a exemplo do que dizia o saudoso ex-ministro Mario Henrique Simonsen. O banqueiro sempre foi um vencedor. Ao menos até ontem.
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Citado
2/10/2015O delator João Augusto Rezende Henriques citou o nome de André Esteves na Lava Jato.
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O mundo gira
26/08/2015O empresário Raul Aguilera está com a mão coçando. Em 2011, vendeu sua rede de drogarias, a Big Ben, para o BTG por US$ 260 milhões. Desde então, o negócio deteriorou de tal maneira que Aguilera tem convicção de que, se colocar US$ 150 milhões sobre a mesa, recompra a empresa. Aliás, o que estará acontecendo com André Esteves? * A BTG não nos retornou.
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Esteves quer levar o HSBC sem concorrência
8/05/2015André Esteves é incorrigível. O balão de ensaio plantado na mídia de que ele é o ?cavalo vencedor? na disputa pelo HSBC é um filme trash já visto por todos. O enredo é autotélico. Esteves acha que somente o BTG pode disputar o certame pela compra do HSBC porque o sistema bancário brasileiro é concentrado. E ponto final. Só não diz concentrado em relação a quem? Confrontado com os Estados Unidos, o mercado brasileiro é super concentrado. Na comparação com a França, estamos mais ou menos ao par. Quando a referência é a Espanha, a correlação numérica de instituições bancárias é a mesma. Agora, se o parâmetro for a andia, o Brasil tem o dobro de bancos. O argumento de André Esteves é casuísta e atende unicamente ao seu próprio interesse. A compra do HSBC permitiria a ele alavancar seus negócios, saindo de uma situação, digamos assim, desconfortável. Como é sabido, o banqueiro não tem sido exitoso em diversas das suas operações. O modelo para colocar o HSBC no bolso, Esteves conhece de cor. É uma derivada da fórmula vendida a Eike Batista para juntar a Vale com o Grupo X, desafogando este último em função do aumento da alavancagem. Sim, a palavra chave é esta: alavancagem. É em nome do abate desta presa que ele busca imobilizar a banca comercial mais bem equipada e situada no ranking do setor. Em vez de dizer solidez, Esteves esfaqueia com a palavra concentração. Espera-se que não seja mais um logro. Em tempos recentes, André Esteves ajudou a aumentar a concentração bancária com a compra do Banco Pan-Americano. Parceira no negócio, a Caixa Econômica deu mais uma engordada com o aperitivo. Ou seja: o manda-chuva do BTG diz uma coisa e faz outra. Apesar das semelhanças, contudo, ainda é muito cedo para dizer que André Esteves é um Eike II.
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Esteves, BNDES e as tetas da traição
23/04/2015O banqueiro André Esteves está sendo chamado de assador de porcos entre os técnicos do BNDES – uma alusão a uma fábula de origem espanhola que ficou célebre após ser citada na publicação argentina “Juicio a la escuela”, de 1976. Os funcionários do banco nunca simpatizaram com o estilo predador do dono do BTG. Mas agora ele teria passado dos limites. Esteves detonou a agência de fomento, chamando a instituição de “um monstrengo que beira o disfuncional”. Disse que o “uso dos recursos deve ser represado” e que estaria “menos preocupado com a qualidade técnica e até com casos de corrupção do que com o tamanho do BNDES”. No banco, o mínimo que se diz é que o banqueiro é um bufão – não confundir com porcão. A dinheirama que ele queria tirar para si não vale para os outros. Quem não se lembra da tentativa de Esteves de juntar o Pão de Açúcar com o Carrefour com o dinheiro – de quem? – do BNDES. E da rocambolesca operação de fusão da EBX com a Vale, igualmente envolvendo o capital do banco. Esteves é o personagem certo para a fábula do porco assado. Certa vez, aconteceu um incêndio num bosque onde havia alguns porcos, que foram assados pelo fogo. Os donos dos animais, acostumados a comê-los crus, experimentaram e acharam a carne assada deliciosa. A partir daí, toda a vez que queriam comer porco assado incendiavam um bosque. O BTG, como se sabe, bem que tentou assar alguns projetos emporcalhados no BNDES, mas o banco, que obedece a critérios técnicos, não deixou Esteves queimar o bosque. Até surgir a oportunidade de torrar um novo suíno, o banqueiro vai mandar a ripa no lombo do BNDES.
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Esteves mergulha nas águas viscosas da Petrobras
27/03/2015André Esteves nunca escondeu que não tem pruridos em escavar ativos podres. Eis aí a carcaça do Bamerindus como prova inconteste. Mas, neste momento, é melhor não mexer com as mãos limpas em projetos que atravessam a calçada da Lava Jato. O banqueiro vai usar luvas cirúrgicas e terceirizar sua participação para entrar de banda no setor da construção pesada. A Petrobras, como sempre, é a meca. Esteves quer aproveitar a crise de liquidez das empreiteiras de estirpe para reservar seu assento em futuras cartas- convite da estatal. O expediente encontrado é a compra de um pedaço da Triunfo por meio de um fundo offshore. Receita manjada, essa operação ficará no quintal. Na sala, a Triunfo contratará o BTG para vender participação em algumas subsidiárias. O objetivo de ambas as iniciativas é gerar recursos para a compra de uma empresa do setor que agregue a Triunfo capital humano e maior tecnologia em obras do ramo. Em idos nem tão distantes, Esteves namorou uma empresa da construção pesada, a Delta, mas a aquisição não andou. É provável que André Esteves não tenha a menor ideia, mas existiu no Brasil, nos idos dos anos 30, um híbrido de banqueiro e empreiteiro que prestou os melhores serviços ao país, notadamente a indústria nacional. Trata-se de Roberto Cochrane Simonsen, flor rara da elite empresarial. O presidente do BTG se identifica com outras espécies, a dos predadores financeiros e os caçadores de tesouros públicos desprotegidos. O Esteves predador não é nenhuma novidade. Mas, o caçador de arcas mal cuidadas é um ente em desenvolvimento. Fincou seu primeiro pé na Petrobras, em 2012, em um ativo desguarnecido. Comprou 50% dos blocos da estatal na africa; raspou o que tinha na Nigéria, Tanzânia, Angola, Benin, Gabão e Namíbia. Na primeira estimativa, o valor total dos campos foi calculado em US$ 7 bilhões. Depois, foi recalculado em US$ 4,5 bilhões, posteriormente reduzido para US$ 3,05 bilhões. Moral da história: a operação de compra acabou sendo fechada em US$ 1,5 bilhão. O BTG pagou o menor dos menores preços – o TCU investiga se foi ele quem arbitrou o valor -, auferiu dividendos de US$ 150 milhões no oitavo mês, prevê ganhar US$ 1,8 bilhão em três anos e pode realizar a cláusula do contrato de abandonar o negócio, sem fazer qualquer investimento, a qualquer tempo (uma espécie de “Pasadena das savanas”). Esteves também bicou a Petrobras via BR Distribuidora, no fatídico ano de 2012. Nesse ponto da história, o assunto se torna mais periclitante devido ao ingresso na trama do doleiro Alberto Youssef. Ele associa Esteves ao propinódromo da estatal. Junto com seu sócio Carlos Santiago, o “Carlinhos”, na Derivados do Brasil (DVBR), o banqueiro teria embolsado R$ 300 milhões em investimentos nos postos, ao custo módico de R$ 6 milhões em propina. Com a Triunfo, Esteves passaria também a ser dono do aeroporto de Viracopos e de rodovias. O verdadeiro oceano a ser singrado, contudo, são as águas viscosas da Petrobras.
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André Esteves tem feito intensas gestões
2/01/2015André Esteves tem feito intensas gestões junto a um seleto grupo de senadores, todos velhos amigos do peito. O banqueiro trabalha para garantir a votação da MP 656/2014, que autoriza a entrada de capital estrangeiro no setor hospitalar. O projeto já foi aprovado pela Câmara e, agora, terá de passar pelo crivo do Senado até 15 de março. Caso contrário a MP perderá sua validade. Esteves trata a mudança na lei como fundamental para a venda de parte da Rede D’0r. O banqueiro não vê a hora de reduzir sua participação na empresa, mas, até agora, todas as tentativas de negociação com investidores nacionais fracassaram.
Acervo RR
BTG Pactual
18/07/2014Paralelamente a emissão de ações que será feita para a compra do suíço BSI, André Esteves estaria costurando com os fundos soberanos da China, de Cingapura e de Abu Dhabi um aumento de capital do BTG Pactual. Hoje, o trio detém 19% do banco.
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BTG Pactual
18/07/2014Paralelamente a emissão de ações que será feita para a compra do suíço BSI, André Esteves estaria costurando com os fundos soberanos da China, de Cingapura e de Abu Dhabi um aumento de capital do BTG Pactual. Hoje, o trio detém 19% do banco.
Acervo RR
Esteves 2
16/10/2013Relembrando Drummond: André Esteves assessorou Eike Batista, que tem como um de seus grandes financiadores o Santander, que foi buscar no Banco Votorantim garantias para os empréstimos ao Grupo X, que também deve, e muito, a Caixa Econômica, que é sócia de Esteves no PanAmericano… Mundo pequeno, não?
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Esteves 1
16/10/2013A investida do BTG Pactual sobre o Banco Votorantim, desejo antigo de André Esteves – ver RR edição nº 4.374 -, esbarrou na tentativa do banqueiro de dar uma de João-sem-braço. Esteves, vejam só, quis pagar pelo Votorantim como se os prejuízos históricos da instituição já não tivessem sido contabilizados.
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Esteves avança na direção do Carrefour
23/08/2013Nem o ego atrofiado o impede de confessar: André Esteves, maior acionista do BTG, sonha acordar no corpo de Jorge Paulo Lemann quando se tornar adulto. A maturidade de Esteves, digamos assim, chama- se Carrefour. Não a operação brasileira, mas, sim, a rede varejista global. Não custa lembrar que o banqueiro esteve com um pé dentro do supermercado aqui no Brasil, quando foi adviser da tentativa de aquisição do Carrefour pelo Pão de Açúcar. Era ele também que traria o funding complementar ao merger. aguas passadas. O tempo curou feridas e permitiu que Esteves fosse montando o chamado quebra-cabeça Carrefour. Trata-se da maior aquisição internacional já realizada por brasileiros. Isso, é claro, se a engenharia der certo. O banqueiro já teria conversado com o ministro Guido Mantega, de quem é próximo. Um argumento que vai além do negócio é a importância da renacionalização do setor supermercadista, que arranha a conta- corrente do país com unhas cada vez mais longas. Hoje, falar no grande varejo do país, significa citar três nomes: Casino, Walmart e o suprarreferido Carrefour. A missão exige diplomacia no nível do assunto de Estado, até porque o governo francês costuma encrencar quando se trata da venda dos seus ícones empresariais. Basta recordar a indignada reação gaulesa quando, há alguns anos, surgiram especulações de que o Walmart faria uma oferta pelo controle global do Carrefour – se bem que, talvez, um brasileiro com ares de investidor do mundo cause menos afronta ao orgulho francês do que uma família saída da América profunda. De qualquer forma, trata-se de uma missão para um empresário do porte de Jorge Paulo. Esteves pretende juntar várias pontas de um novelo complexo para dar cabo da empreitada: fundos de pensão, investidores estrangeiros, governo e um trunfo guardado a sete chaves. É nessa tacada não visível e nada convencional que o empresário aposta suas fichas. O modelo de negócio tem um irmão gêmeo mais velho: o banqueiro e seus partners ficariam com uma participação majoritária, ao menos no início, mas a gestão seria entregue a grupo brasileiro. Bem parecido com a InBev, não? Esteves adoraria essa comparação. Aliás, por falar em comparação, dependendo de onde se olhe, o Carrefour é uma espécie maior do que a própria InBev. É verdade que existe uma galáxia de distância entre os valores de mercado dos dois grupos: aproximadamente US$ 118 bilhões no caso da cervejeira, e pouco mais de US$ 20 bilhões para a rede varejista. No entanto, em termos de faturamento, o placar vira. No ano passado, o Carrefour teve uma receita de US$ 100 bilhões, contra US$ 40 bilhões da InBev. No caso de uma operação bem-sucedida, Esteves laçaria uma hidra com quase 10 mil lojas (metade delas na França) e 365 mil empregados em 33 países. É um trabalho de Hércules, atenda ele pelo nome de Jorge ou de André? Ou André e Jorge
Acervo RR
Eike Batista
8/03/2013E agora? Depois do acordo de André Esteves com Eike Batista, que boa nova a Petrobras pode ter para dizer ao mercado?