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Economia

O Paulo Guedes de agora tem muito mais bilhões na cachola

2/02/2023
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Para onde vai Paulo Guedes? That´s the question. Segundo fontes ligadas ao ex-ministro, ele esperará o prazo da quarentena e voltará à parceria com o irmão, Gustavo Guedes. A mesma fonte do RR diz que o aconselhamento dado a Guedes é para que ele recauchute a antiga operação, tornando-a mais modesta e menos visível. O ex-ministro e seu irmão foram sócios na BR Investimentos. Ambos foram investigados por supostos crimes contra o sistema financeiro no uso de dinheiro de fundos de pensão estatais: Previ, Funcef, Petros e Postalis. A lambança foi enorme. A Previc, órgão fiscalizador dos fundos de pensão, descascou os investimentos feitos pelos “Guedes” na empresa HSM, que gerou um prejuízo de R$ 16 milhões. À época, Gustavo prestou depoimento ao Ministério Público, envolvendo megaempresas, que seriam partners no FIP BR Educacional. Tudo passou como se nada houvesse havido.    

A nomeação de Paulo Guedes para o Ministério da Economia teve um papel cleaner em relação aos estranhos acontecimentos que envolviam sua ex-empresa e seu irmão. Gustavo continua sendo o porto de referência, mas Paulo pode muito bem dizer: “Sempre terei Serfaty”. O ex-ministro tem uma história de tapas e beijos – mais beijos, para ser verdadeiro – com o ex-sócio no Banco Pactual, Marcelo Serfaty. Foi no Pactual, ícone dos bancos de investimentos na década de 80, que Paulo Guedes converteu a sua murcha exposição na academia (um complexo que o ex-ministro sempre carregou) em um sucesso estelar na área financeira.   

As idas e vindas da trajetória de Guedes como financista daria um filme candidato ao Oscar. O ex-ministro saiu do Pactual, ingressou como sócio na asset JGP – essa, sim, uma história de mais tapas do que beijos. Saiu da empresa e, em um período “de baixa”, foi acolhido pelo “parça” Serfaty. Reza a lenda que foi no escritório do ex-sócio que Paulo, ansioso e sequioso por resultados, perdeu e ganhou uma fortuna. Serfaty foi fundador e CEO da Fidúcia Asset Management. Pouco tempo depois criou o fundo de private equity G5 Partners. Paulo Guedes teria se tornado sócio deste fundo. É nesse ponto que começa um segundo episódio rumoroso. Já em pleno governo Bolsonaro, sem medo de qualquer responsabilização ou dilema ético, o então ministro indicou Serfaty para conselheiro do Banco do Brasil e logo depois para a presidência do Conselho do BNDES. A área de integridade do banco de fomento levantou objeções à nomeação. Mas quem naquele tempo bateria de frente com o todo poderoso ministro da Economia?  

Em paralelo, já corria a investigação sobre as relações do fundo G5 Partners – private equity do qual o ex-ministro teria sido sócio com Serfaty – e o BNDES. Ou seja, o dono de um private equity, sócio ou ex-sócio de um ministro poderoso, conselheiro principal do maior banco de desenvolvimento do país, estaria se locupletando com contratos desse mesmo banco. O atual presidente da Petrobras e então senador, Jean Paul Prates, no dia 1° de agosto de 2020, entrou com requerimento de informações pelo Senado Federal sobre o conflito de interesse envolvendo toda a operação. De acordo com fontes ligadas a Prates, o Comitê de Ética do BNDES teria sentado em cima do processo. Pode-se concluir que interesses mais musculosos do que o tímido pedido do senador se levantaram, matando, juntamente com o auge da pandemia, a demanda por esclarecimentos. Naquele momento, Paulo Guedes mais parecia um foguete decolando em direção ao sol.    

Recuando alguns anos e retornando ao período de parcerias com o mano Gustavo, ocorre mais uma daquelas coincidências que fazem do mercado financeiro um simulacro das famílias aristocráticas do século XVIII e XIX: todo mundo se conhece e os parentes se casam um com os outros. Serfaty tinha sido coordenador das áreas de planejamento estratégico e pesquisa macroeconômica do Banco Bozano Simonsen, um potentado dos anos 80 e 90. Ele teria feito uma ponte entre Paulo Guedes e Júlio Bozano, um verdadeiro mito entre os banqueiros. Bozano, além de ser uma águia, é um charme só. Mas quem conhece o ex-ministro sabe que na primeira hora ele é simplesmente irresistível. Paulo já estava mexendo com projetos de educação além de operações diversificadas de private equity. Apresentou, então, seu pacote a Bozano. Foi a mistura da fome com a vontade de comer.    

Em 2013, faltando pouco mais quatro anos para se tornar o “posto Ipiranga”, Paulo Guedes deixou sua BR Investimentos ser incorporada pelo Grupo Bozano, associando sua grife de enfant terrible à do tradicional banqueiro. A partir daí, já sócio de Bozano, saboreou de tudo um pouco: fundos de ações, multimercados, quantitativos. E mais: operações de private equity nas empresas Estapar, Oba Hortifruti, Hospital Vera Cruz, Ânima Educação, Abril Educação e Amor aos pedaços, só para citar as mais votadas. O resultado desse refogado entre competência e rede de relacionamentos foi que a Bozano, gestora de recursos da qual Paulo era sócio, já administrava recursos da ordem de R$ 2,7 bilhões quando o futuro ministro despontou na aurora da campanha de Bolsonaro. Como há sempre um instrumento desafinado para atrapalhar a orquestra, a Lava Jato entrou no circuito associando o nome da Bozano a compra de dólares no paralelo, através de uma conta no banco Morgan Stanley, em Nova York. Até a Operação ser deflagrada, comprar dólares no black era tão simples como comer um biscoito de polvilho.    

Não chegou a faiscar Paulo Guedes, mas para Bozano, o incomodo foi muito maior devido à prisão de um diretor na Operação “Câmbio, desligo”, que apontou o suposto envolvimento da instituição na compra e entrega das verdinhas. Como sempre, tudo se resolveu com bons advogados. Mas e agora José? – corrija-se para e agora Paulo? Para onde vai o performático ex-czar da economia, tão simbiótico com Jair Bolsonaro, que podia ser considerado praticamente uma costela do ex-presidente. Conforme é sabido, o poder de Guedes era tão grande, mas tão grande, que ele se negou a mostrar sua conta bancária offshore não declarada ao Congresso, e ficou tudo por isso mesmo. Paulo Guedes vale hoje um “pré-sal” em termos de informações guardadas na cachola e acessos acumulados durante o seu reinado no Ministério da Economia. Isso ninguém lhe tira.  

Mesmo que a quarentena virasse uma década, ninguém proibiria o ex-ministro de recorrer ao bordão de Rick Blaine, no eterno Casablanca: “Sempre terei o mano Gustavo”. Um porto seguro onde Paulo Guedes poderá voltar a operar o mercado, agora com uma potência que vai além da sua decantada inteligência. Sim, a força de quem enxergou tudo, aprendeu tudo, conheceu tudo e todos. Em condições normais, vai ser difícil conter o poder de fogo do financista. O mercado que aguente. 

#Paulo Guedes #Previc

Novas fronteiras

4/01/2022
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A Previc tem feito estudos para aumentar o limite para investimentos de fundos de pensão no exterior. A ideia é subir esse sarrafo dos atuais 10% para 20% das aplicações totais. É justamente o teto reivindicado por Previ e Funcef, os dois principais articuladores da mudança nas regras.

#Funcef #Previ #Previc

Economia inicia estudos para o “open pension funds”

1/11/2021
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Segundo o RR apurou, o governo iniciou estudos para a criação de uma espécie de “open banking” da previdência complementar. As discussões envolvem o Ministério da Economia, mais precisamente a Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), e o Ministério do Trabalho. A principal mudança seria a permissão para o beneficiário escolher seu fundo de pensão independentemente da empresa em que trabalha. Ou seja: um funcionário da Petrobras, da Caixa ou mesmo de uma companhia privada poderia, por exemplo, ser contribuinte da Previ.

Há questões sensíveis que precisam ser equacionadas. Uma das principais preocupações do governo é evitar que a abertura da porteira venha a abalar o equilíbrio atuarial dos fundos de pensão. O próprio superintendente da Previc, Lucio Capelletto, chegou a dar uma pista do assunto em recente evento: “Se temos um open banking e um open insurance, por que não um open pension funds?”. Talvez tenha falado mais do que devia a julgar pela forma cautelosa com que o assunto é tratado no governo.

A ponto de diferentes instâncias de poder baterem cabeça entre si quando consultadas sobre o tema. Procurada, a Previc empurrou a questão para a Pasta do Trabalho: “Uma eventual discussão sobre mudanças nas regras da previdência complementar fechada deverá ser realizada no âmbito da Secretaria de Previdência do Ministério do Trabalho e Previdência.”. O que se seguiu foi um processo kafkaniano.

O Ministério da Economia também respondeu que o assunto deveria ser direcionado à Pasta do Trabalho. Esta, no entanto, devolveu a bola: por meio de sua assessoria, disse ao RR que “o tema deve ser tratado pela Economia mesmo.” Novamente consultado, o Ministério da Economia informou que “redirecionamos o seu pedido internamente após consulta ao Ministério da Previdência e Trabalho.”. No entanto, a Pasta não se pronunciou.

#Ministério do Trabalho e Previdência #Petrobras #Previc

Dívidas, suor e lágrimas

10/09/2021
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A Previc já sinalizou ao Postalis que vai dar sinal verde à proposta de redução dos benefícios dos associados. Os principais cortes deverão se concentrar no pagamento de pensões. É a cota de sacrifício dos integrantes do fundo de pensão dos Correios na tentativa de equacionar um déficit atuarial de R$ 7 bilhões. Procurado, o Postalis confirmou que o “processo de equacionamento continua sob aprovação do patrocinador, Correios, e dos órgãos superiores” e que “a aprovação da Previc é a última etapa”. Também consultada, esta última não se pronunciou.

#Postalis #Previc

Dinheiro doméstico

14/12/2020
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Paulo Guedes não vê com bons olhos a proposta da Previc de aumentar o limite para investimentos dos fundos de pensão no exterior, de 1% para até 10%. Principalmente na hora em que o país mais precisará de recursos para deslanchar o programa de privatizações.

#Paulo Guedes #Previc

O super xerife

15/10/2020
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A fusão da Susep, CVM e Previc, que volta e meia ressurge na agenda de Brasília, voltou à baila no Ministério da Economia. As apostas são de que agora a criação desse super órgão regulador sai do papel. Conta ponto o prestígio da musa Solange Vieira, superintendente da Susep. Paulo Guedes acha a executiva o máximo. O RR também.

#CVM #Previc #Susep

Data de validade

17/09/2019
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O novo superintendente da Previc, Lucio Capelleto, já recebeu, nos corredores da agência, a alcunha de “Capelleto, o breve”. Seus subordinados dão como certo que ele apenas esquenta a cadeira para Solange Vieira. A superintendente da Susep é tida como pule de
dez para comandar o órgão regulador que será criado com a fusão das duas agências.

#Previc #Susep

Reforma(s) da Previdência

17/01/2019
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O nome de Arthur Weintraub, um dos principais consultores do governo Bolsonaro na área de previdência, tem sido ventilado para assumir o comando da agência reguladora do setor, a Previc. Será que vem por aí uma “reforma das aposentadorias privadas”?

#Arthur Weintraub #Jair Bolsonaro #Previc

O jogo recomeçou na Susep

11/01/2019
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O recuo de Paulo Guedes no projeto de fusão da Susep com a Previc deu novo gás ao Solidariedade. O partido, mais precisamente o deputado Lucas Vergílio, já se mobiliza na tentativa de manter Joaquim Mendanha de Ataídes à frente da agência reguladora da área de seguros. Vergílio verbaliza os interesses dos corretores de seguros, que também batalham para manter outros indicados na Susep, como o diretor de Administração, Paulo dos Santos, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Autorregulação do Mercado de Corretagem de Seguros.

#Paulo Guedes #Previc #Susep

11 medidas

28/12/2017
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As 11 medidas prudenciais anunciadas pela Previc na semana passada têm um alvo prioritário: garantir a continuidade de um fundo de pensão que foi sugado por Eduardo Cunha.

#Eduardo Cunha #Previc

Novo rombo na Funcef deflagra batalha na Justiça

2/10/2017
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A Funcef é um vulcão prestes a entrar em erupção. O magma vem do novo plano de equacionamento do déficit atuarial do fundo de pensão, referente a 2016. Segundo o RR apurou, a proposta já está em elaboração e será encaminhada à Previc (Secretaria de Previdência Complementar) até novembro. A área jurídica da Funcef prepara-se para uma batalha contra os próprios benefeciários.

As principais associações representativas dos funcionários e aposentados da Caixa Econômica já se mobilizam para barrar o novo plano na Justiça. Mais do que isso: miram sua artilharia nos próprios dirigentes da fundação. Entidades como a Federação Nacional das Associações de Aposentados e Pensionistas da Caixa (Fenacef) e a Associação Nacional e Independente dos Participantes da Funcef (Anipa) pretendem responsabilizar judicialmente o presidente da Funcef, Carlos Vieira, e, sobetudo, seus antecessores mais recentes, Guilherme Lacerda e Carlos Alberto Caser, pelos seguidos rombos atuariais do fundo de pensão. Pelo terceiro ano consecutivo, a Funcef terá de lançar mão de um plano de equacionamento para cobrir seu buraco financeiro.

Entre 2014 e 2015, o déficit acumulado somou R$ 12 bilhões. Em 2016, o rombo no plano REG/Replan chegou a R$ 5,76 bilhões. Devido às perdas de 2014 e 2015, os funcionários e aposentados da Caixa já tiveram uma mordida adicional de 10,6% sobre seus salários e benefícios. Os planos de 2014 e 2015 já foram parar na Justiça. No ano passado, trabalhadores da Caixa chegaram a obter a uma liminar para suspender a cobrança da contribuição extra. A decisão cautelar, no entanto, foi cassada. Agora, o contencioso recrudesce com ingredientes ainda mais apimentados. Além do novo déficit, a Operação Greenfield empurrou de vez os prejuízos da Funcef para a esfera criminal.

O juiz Vallisney de Souza, da 10ª  Vara Federal de Brasília, já aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réus Guilherme Lacerda e Carlos Alberto Caser – além de outros ex-dirigentes do fundo. As gestões de ambos foram marcadas por operações sob investigação, entre as quais a Sete Brasil e a OAS. Procurada pelo RR, a Funcef não quis se pronunciar, assim como a Fenacef. A Anipa, por sua vez, confirmou a ação na Justiça contra os planos de 2014 e 2015 e também a contestação ao novo déficit atuarial, de 2016 – no que deverá ter a companhia de outras associações congêneres. Além de responsabilizar dirigentes do fundo, a entidade exige a “recuperação dos valores evadidos nessas operações deficitárias, a fim de recompor as reservas dos planos”.

#Caixa Econômica #Funcef #Previc

Funcef corta as gorduras da sua carteira imobiliária

3/07/2017
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A Funcef deverá apresentar, até agosto, um plano de enquadramento da carteira imobiliária para aprovação da Secretária de Previdência Complementar (Previc). O responsável pela sua elaboração é o ex-secretário de Fazenda do Rio e de São Paulo, Renato Villela, atual diretor de participações da fundação. A entidade terá de vender algo em torno de R$ 500 milhões para adequar seu portfólio imobiliário ao limite de 8% do patrimônio total. O que mais dói na Funcef é o timing: a operação terá de ser feita em um momento de baixa dos preços de imóveis.

#Funcef #Previc

Prudente distância

26/12/2016
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A PF e o MPF têm mantido a Previc praticamente à margem da Operação Greenfield, que apura desvios de R$ 8 bilhões nas fundações. É reduzido o compartilhamento de informações com o órgão fiscalizador, que, curiosamente, indicou dois auditores para a força tarefa – segundo informação da própria autarquia. Às vezes, parece até que a PF e o MP acham que a Previc faz parte do problema e não da solução.

#Operação Greenfield #Previc

A nova “carta-bomba” do Postalis

8/12/2016
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O Postalis estuda a criação de um fundo exclusivo para abrigar ativos podres de sua carteira. O problema é que esta possibilidade já abriu uma nova frente de conflito entre os associados e a diretoria da fundação. Escoltados por seus representantes nos Conselhos Deliberativo e Fiscal, funcionários e aposentados dos Correios já estariam se mobilizando para brecar a medida tanto na esfera administrativa quanto, se necessário, na jurídica.

O receio dos beneficiários do Postalis é que as participações penduradas nesse fundo sejam vendidas a terceiros a preços aviltados, com enormes deságios sobre a cifra original lançada em balanço. Fundos especializados na compra de junk bonds teriam sondado o Postalis, oferecendo pagar, no máximo, 5% sobre o valor de face dos títulos. Procurado, o Postalis nega a criação do fundo, mas confirma que “estuda alternativas para a recuperação dos seus ativos provisionados”. A fundação afirma ainda desconhecer qualquer mobilização dos beneficiários contra a direção.

A eventual criação de um fundo com ativos podres ainda dependeria da anuência da Previc, o órgão regulador do setor, mas os associados da Postalis querem furar esse balão de ensaio antes que ele ganhe altitude. Em tese, a proposta até faz sentido: os recursos arrecadados com a venda dos ativos podres seriam destinados a amortizar o déficit acumulado da fundação, próximo dos R$ 6 bilhões. De boas intenções, no entanto, os beneficiários do Postalis já estão fartos. Eles temem que a medida seja usada para justamente encobrir irregularidades e, sobretudo, evitar a responsabilização jurídica de ex-dirigentes que aprovaram investimentos sob suspeita.

#Correios #Postalis #Previc

Fim de linha

4/10/2016
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 O diretor da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), José Roberto Ferreira, está por um fio.

#Previc

Serpros é um processador de prejuízos

9/09/2015
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O buraco nas contas do Serpros é muito mais embaixo. A dois meses do fim da intervenção de 180 dias decretada em maio deste ano, a direção da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) já discute a possibilidade de prorrogação do regime especial. A situação no fundo de pensão dos funcionários do Serviço Federal de Processamento de Dados seria mais delicada do que supunha o próprio órgão regulador. Segundo o RR apurou, o interventor Walter de Carvalho Parente teria encontrado mais ossadas na contabilidade da fundação, incluindo novos prejuízos decorrentes de aplicações no Banco BVA, liquidado pelo BC. Apenas neste caso, as perdas, inicialmente estimadas em R$ 130 milhões, chegariam à casa dos R$ 200 milhões, ou 5% do patrimônio total do Serpros, em torno de R$ 4 bilhões. Onde tem denúncia, suspeita de irregularidade e escândalo, o Serpros está por perto. A entidade é citada na Lava Jato como um dos fundos de pensão que teria sido usado por Alberto Youssef para movimentar recursos desviados da Petrobras. O Serpros também é investigado no âmbito da CPI dos Fundos de Pensão. Os parlamentares já requisitaram à fundação todas as suas apresentações contábeis e demonstrativos de investimento referentes ao período entre 2003 e 2015. A CPI pretende ouvir também uma boa parte dos 17 ex-dirigentes e conselheiros do fundo que tiveram seus bens pessoais bloqueados por determinação da própria Previc. * Procurada, a Previc não nos retornou.

#Alberto Youssef #Banco BVA #Banco Central #Lava Jato #Previc #Serpros

Alça de mira

8/07/2015
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A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) está fechando o cerco aos fundos de pensão deficitários. Além de intensificar o trabalho de fiscalização, a autarquia costura convênios com Bovespa e CVM para cruzar dados referentes a s participações societárias das fundações em empresas de capital aberto.

#Bovespa #CVM #Previc

Intervenção do Postalis começa a ganhar corpo na Previc

18/05/2015
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O fantasma da intervenção avança sobre o Postalis. Segundo o RR apurou, o assunto deverá ser apreciado pelo colegiado da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) até o fim do mês. A possibilidade de a autarquia decretar o regime especial e assumir a gestão cresceu consideravelmente com a conclusão das investigações conduzidas pela entidade nos últimos seis meses. Os relatórios já encaminhados ao Ministério Público e a  Polícia Federal reuniriam evidências mais do que suficientes para responsabilizar ex-dirigentes e atuais executivos do Postalis pelo rombo de R$ 5,5 bilhões e referendar a intervenção. Os carteiros, que estão vendo sua aposentadoria se esmigalhar, agradecem. Por meio de entidades representativas, os próprios funcionários dos Correios e aposentados já requisitaram a  Previc a intervenção no fundo de pensão – conforme informou o RR edição nº 4.979. Os relatórios elaborados pela Previc esmiúçam uma série de investimentos lesivos aos beneficiários do Postalis. A folha corrida é extensa. Está para nascer um fundo de pensão que tenha um olfato tão aguçado para farejar instituições financeiras putrefatas. A fundação aplicou recursos em títulos do Banco Santos, do BVA e do Cruzeiro do Sul, todos liquidados pelo Banco Central. Em sua carteira havia também um expressivo volume de papéis da dívida da Argentina e da Venezuela e do Grupo X – ao menos nesse caso, os dirigentes do Postalis podem dizer que erraram eles e o mundo. Desde 2012, a Previc aplicou 12 autos de infração contra gestores do Postalis, informação confirmada pela própria autarquia. Um destes autos, inclusive, já foi julgado pela Câmara de Recursos da Previdência Complementar, que manteve a punição. Consultada acerca da possibilidade de intervenção no fundo dos Correios, a Previc não se pronunciou especificamente sobre esta questão. Mas declarou que “a eventual quebra do dever fiduciário será sempre tratada com o rigor que a lei impõe”. Para bom entendedor… O Postalis, por sua vez, disse “desconhecer” a possibilidade de intervenção. A fundação confirmou, no entanto, que já recebeu os relatórios de fiscalização da Previc e que os documentos “ainda estão em análise para posterior resposta, cujo prazo é de 30 dias a contar da data de 24 de abril”. Ao que parece, o Postalis tem mesmo muito que explicar.

#Postalis #Previc

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