Tag: Blairo Maggi

Agronegócio

Blairo Maggi constrói pontes entre o Planalto e o campo

28/11/2023
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O presidente Lula vem mantendo interlocução permanente com Blairo Maggi. O ex-ministro da Agricultura tem atuado nos bastidores para distensionar as relações entre o governo e o agronegócio. É uma missão cheia de sensibilidades, como a agenda das invasões de terra. Em uma das conversas mais recentes, segundo o RR apurou, Maggi levou ao presidente da República o pleito do agro para que “Lula segure o MST”.

#Blairo Maggi #Lula #Ministério da Agricultura

Bancada ruralista articula sua sucessão

4/10/2022
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A Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), a mais influente bancada do Congresso e uma das principais bases de sustentação de Jair Bolsonaro, já discute seu processo sucessório. Nos bastidores, o nome da ex-ministra Tereza Cristina, eleita senadora  pelo Mato Grosso do Sul, é considerado pule de dez para assumir o comando da FPA. Isso só não ocorrerá se Tereza regressar ao Ministério da Agricultura, hipótese bastante provável em caso de reeleição de Bolsonaro. Nesse caso, a opção seria Pedro Lupion, bisneto do ex-governador do Paraná, Moysés Lupion, tradicional família de pecuaristas do estado. Do seu lado, a “oposição” tenta ganhar terreno. Uma ala ligada ao ex-governador do Mato Grosso Blairo Maggi busca uma “terceira via”, na prática um parlamentar mais próximo de Lula e do PT. Essa hipótese, no entanto, está indexada a uma eventual vitória do petista no segundo turno da eleição presidencial.

#Blairo Maggi #Frente Parlamentar da Agricultura #Ministério da Agricultura #Tereza Cristina

A colheita de Blairo Maggi

16/09/2022
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O resultado da última pesquisa no Mato Grosso tem alimentado a expectativa da campanha de Lula em conquistar terreno no agronegócio. O otimismo se deve à figura de Blairo Maggi, apoiador do ex-presidente. A disparada de Wellington Fagundes, candidato a senador pelo União Brasil, é atribuída a um intenso trabalho de Maggi junto ao setor agropecuário. Com 39%, Fagundes está atropelando o presidente licenciado da Aprosoja, Antonio Galvan. Bolsonarista raiz, Galvan aparece nas pesquisas com menos de 5%.

#Antonio Galvan #Aprosoja #Blairo Maggi #Lula

Polarização

5/08/2022
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A disputa eleitoral cindiu um dos maiores clãs do agronegócio. O ex-ministro Blairo Maggi colou em Lula. Já seu primo, Elizeu Maggi, dono do Grupo Scheffer e um dos maiores proprietários de terras do Centro-Oeste, tem trabalhado junto a seus pares pela reeleição de Jair Bolsonaro.

#Blairo Maggi #Grupo Scheffer #Jair Bolsonaro #Lula

Coalizão

17/06/2022
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Simone Tebet tem conversado com o ex-ministro Blairo Maggi. Atrai-lo para a sua campanha significa arrastar boa parte do agronegócio no Centro-Oeste.

#Blairo Maggi

Semente na terra

13/06/2022
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O El Tejar, um dos maiores grupos do agronegócio na Argentina, está buscando investidores brasileiros para se associar a operações na área de soja no país vizinho. No ano passado, os argentinos venderam seus negócios no Brasil para a Amaggi, de Blairo Maggi.

#Argentina #Blairo Maggi #El Tejar

Ponte quebrada

13/05/2022
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Em busca de pontes com o agronegócio, Ciro Gomes vem tentando se reaproximar do ex-ministro e empresário Blairo Maggi. Sem muito êxito.

#Blairo Maggi #Ciro Gomes

Coalizão no campo

6/05/2022
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Há um movimento na bancada ruralista para aproximar Jair Bolsonaro do ex-ministro Blairo Maggi, um dos líderes do agronegócio no Centro-Oeste. Um dos principais responsáveis pelo meio de campo é o deputado Neri Geller (PP-MT).

#Blairo Maggi #Jair Bolsonaro #Neri Geller

Homem do campo

17/09/2021
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O ex-deputado Nilson Leitão está buscando o apoio de Jair Bolsonaro para disputar o governo do Mato Grosso no ano que vem. Handicap de Leitão: ser anti-petista de carteirinha. Problema de Leitão: ter o apoio de Blairo Maggi, hoje uma das vozes do agronegócio mais críticas ao presidente Bolsonaro.

#Blairo Maggi #Handicap

Apoio a Bolsonaro causa racha entre produtores de soja

30/08/2021
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A proximidade com Jair Bolsonaro começa a provocar cisões dentro do agronegócio, um de seus principais grupos de apoio. Segundo o RR apurou, conselheiros e associados de peso da Aprosoja Brasil (Associação Brasileira dos Produtores de Soja) estariam pressionando o presidente da entidade, Antonio Galvan, a se afastar do cargo. Trata-se do mesmo grupo de agricultores que teria arquitetado a nota oficial divulgada recentemente pela Aprosoja, desvinculando a instituição da convocação para atos antidemocráticos.

De acordo com a mesma fonte, um dos artífices do movimento seria o ex-ministro Blairo Maggi. A saída de Galvan da presidência é visto por muitos internamente como um gesto necessário para tirar o STF da soleira da Associação. Procurada pelo RR, a Aprosoja não se pronunciou.

Não é de hoje que o alinhamento de Antonio Galvan com Bolsonaro vem sendo questionado dentro da Aprosoja – ver RR de 6 de julho. Desta vez, no entanto, a questão é mais delicada. Ele foi alvo de uma operação de busca e apreensão por determinação do Supremo. Galvan é investigado por supostamente incitar a realização de atos violentos contra as instituições. Foi em uma casa de Brasília usada pela Associação que o cantor Sergio Reis convocou o agronegócio para manifestações no dia 7 de setembro contra o Senado e o Supremo.

#Aprosoja Brasil #Blairo Maggi #Jair Bolsonaro

Blairo Maggi de volta ao game

11/11/2019
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Blairo Maggi confidenciou a um parlamentar fonte do RR: vai disputar a nova eleição para o Senado por Mato Grosso. A vaga parece estar caindo no colo de Maggi, que não concorreu no ano passado para permanecer no Ministério da Agricultura até o fim do governo Temer. A senadora Selma Arruda está na iminência de ser cassada por prática de caixa 2. A Procuradoria Geral da República já deu parecer favorável à nova eleição.

#Blairo Maggi #Ministério da Agricultura

Sob nova direção

15/10/2019
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O ex-ministro e empresário Blairo Maggi estaria contratando o criminalista Rodrigo Mudrovitsch. O maior dos seus enroscos está no STF. Segundo investigações da PF no âmbito da Operação Ararath, Maggi seria um dos líderes de um suposto esquema de compra e vendas de vagas no Tribunal de Contas do Mato Grosso durante o seu governo. Em tempo: os inimigos políticos de Blairo Maggi insinuam que a escolha do novo advogado teria se dado por indicação de Gilmar Mendes, também cliente de Mudrovitsch.

#Blairo Maggi

Eduardo Bolsonaro leva carne brasileira na bagagem para os EUA

20/08/2019
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Uma missão que é proteína pura para a balança comercial brasileira aguarda por Eduardo Bolsonaro na Embaixada de Washington: negociar o fim do embargo norte-americano às exportações de carne in natura do Brasil. A proibição se arrasta desde 2017, quando o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) determinou que o produto brasileiro não atende às suas normas sanitárias. Um carimbo negativo do USDA potencialmente fecha outros mercados para a carne brasileira.

Os produtores pressionam o Ministério da Agricultura e ouvem o mesmo discurso. Desde o início de 2018, ainda na gestão de Blairo Maggi, as autoridades garantem que a questão está prestes a ser resolvida. Nesse período, equipes do Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do USDA já fizeram três rodadas de inspeção em frigoríficos brasileiros, a mais recente em maio. Nada mudou. Trata-se de uma tarefa para Eduardo Bolsonaro. Os frigoríficos brasileiros jogam suas fichas no canal direto entre o “03” e Donald Trump.

A nomeação de Eduardo para o principal posto da diplomacia brasileira coincide com um momento razoavelmente preocupante para o Brasil no mapa global da carne. Gradativamente, a Argentina tem recuperado terreno. Em 2016, as exportações portenhas mal passaram das 200 mil toneladas. Neste ano, devem triscar na marca de um milhão de toneladas. A distância para o Brasil cai a passos largos – no ano passado, as vendas do país foram de 1,4 milhão de toneladas.

O Brasil tem sofrido sobressaltos recentes no mercado mundial de carne bovina. Entre junho e julho, o país teve de suspender por quase 30 dias os embarques para a China devido a um caso de encefalopatia espongiforme bovina, a popular “mal da vaca louca”, no Mato Grosso. De novembro de 2017 a novembro de 2018, o Brasil ficou impedido de exportar para a Rússia. Autoridades russas identificaram na carne brasileira a presença da ractopamina, aditivo alimentar proibido naquele país. A retomada do comércio com os Estados Unidos é fundamental para levantar o valor reputacional da carne made in Brazil.

#Blairo Maggi #Eduardo Bolsonaro #Ministério da Agricultura

Jogada ensaiada

24/04/2019
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Os embargos da defesa de Blairo Maggi solicitando a permanência dos processos contra o ex-governador no STF são tiros em ricochete. Com a manobra, os advogados de Maggi tentam ganhar tempo para evitar a transferência das ações para a Justiça Federal de Mato Grosso. O tempo necessário para que os processos deslizem suavemente para o conforto da Justiça Eleitoral.

#Blairo Maggi

Cartas marcadas na Embrapa

15/08/2018
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A sucessão na presidência da Embrapa deverá mostrar, mais uma vez, a permeabilidade da Lei das Estatais. À luz do sol, a companhia está seguindo a liturgia, com a abertura do processo seletivo interno, no qual qualquer funcionário poderá se inscrever. Na penumbra da noite, no entanto, o ministro Blairo Maggi e o deputado Luiz Carlos Heinze, líder da bancada ruralista, já discutem a escolha de um nome do agrado do agronegócio. O atual presidente, Mauricio Lopes, deixa o cargo em outubro.

#Blairo Maggi #Embrapa

Me chama que eu vou

7/08/2018
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No PP, ninguém levado a sério a promessa do ministro Blairo Maggi de deixar a política ao fim do mandato do presidente Michel Temer, com a sua consequente saída da Pasta da Agricultura. O entorno de Maggi crava que ele aceitaria sem pestanejar um convite de Geraldo Alckmin, apoiado pelo PP, para permanecer à frente do Ministério em um eventual governo tucano. Um foro privilegiado nunca faz mal a ninguém

#Blairo Maggi

Maggi aduba uma proposta de privatização “transgênica” para a Embrapa

30/07/2018
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e a bancada ruralista se articulam com o objetivo de acelerar a votação do projeto de lei no 5243/2016, que prevê a criação da EmbrapaTec, subsidiária da Embrapa. Mas não exatamente a mesma proposta que hiberna no Congresso há dois anos. A semente que estaria sendo cultivada neste momento no solo fértil do Legislativo é um “projeto transgênico”. A mudança viria com a inclusão de uma emenda propondo a transferência de algumas das funções e ativos da empresa-mãe para a EmbrapaTec.

Originalmente concebida para ser um braço de comercialização da estatal e um istmo societário que permitiria acordos com grupos privados, a subsidiária ganharia uma dimensão ainda maior. Congressistas mais ousados falam até na possibilidade de migração para a nova empresa do banco genético da Embrapa, um de seus maiores patrimônios. Na prática, a manobra permitiria que, ao se associar à EmbrapaTec, um grande grupo internacional tivesse o bilhete para acessar o Fort Knox das pesquisas e projetos de melhoramento genético da estatal. Esse acervo da última fronteira da agrociência nacional é estimado em mais de US$ 1 bilhão, fora o seu valor intangível.

Procurada, a Embrapa nega esta possibilidade e afirma que “o projeto de lei tem como objetivo criar uma subsidiária que vai permitir mais agilidade comercial sem ferir princípios e compromissos de uma empresa pública”. Está feito o registro. No entanto, faltou combinar com os próprios funcionários. Nos corredores da própria estatal, o assunto está na ordem do dia. Sindicatos de trabalhadores da Embrapa se mobilizam contra o projeto da EmbrapaTec. Ao mesmo tempo, há internamente uma onda de insatisfação com a gestão de Mauricio Lopes, presidente da estatal.

Aos olhos do corpo técnico da empresa, Lopes se “politizou” em demasia, aproximou-se demais do ministro Blairo Maggi – Lopes, inclusive, esteve cotado para substituí-lo caso Maggi deixasse o cargo para disputar as eleições. As próprias medidas que vêm sendo adotadas pela atual diretoria são interpretadas como uma arrumação da casa para esvaziar a Embrapa e alinhar o terreno para a criação de uma EmprapaTec “geneticamente modificada”. Recentemente, a estatal reduziu suas áreas administrativas de 17 para seis e cortou quatro centros de pesquisa. Há ainda discussões em torno de um plano de demissões voluntárias. Aguardam-se as sementes dos próximos capítulos.

#Blairo Maggi #Embrapatec #Ministério da Agricultura

Maggi tenta evitar um abate nas exportações de frango

11/05/2018
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, deverá viajar à Arábia Saudita ainda neste mês na tentativa de desarmar uma bomba-relógio que ameaça o agronegócio e a balança comercial. A missão de Maggi é reverter as exigências do governo árabe para a importação de carne de frango do Brasil. A principal imposição é o fim do uso da técnica conhecida como insensibilização elétrica. Maggi seguirá munido de relatórios técnicos para comprovar que o processo não resulta na morte das aves – o que feriria os preceitos da religião muçulmana.

Segundo o RR apurou, as autoridades árabes já sinalizaram que poderão suspender as importações a partir de junho, o que provocaria um enorme baque no setor. A Arábia Saudita é a maior compradora mundial de frango brasileiro, respondendo por 16% dos embarques nacionais, ou algo em torno de US$ 1 bilhão. O Ministério da Agricultura trata o assunto como de alta gravidade. Em março, uma primeira missão liderada pelo secretário executivo da Pasta da Agricultura, Eumar Novacki, com a presença de representantes da indústria, foi a Riad negociar com autoridades árabes a flexibilização das exigências.

No entanto, não houve acordo. Há um temor no governo de que a interrupção dos embarques para Arábia Saudita gere uma onda de demissões nos frigoríficos brasileiros. A situação se torna ainda mais delicada devido ao embargo da União Europeia a 20 frigoríficos brasileiros. Esta conjunção de fatores tem provocado um perverso efeito dominó sobre a cadeia de produção. Só em abril o preço da carne de frango caiu 8%. A cotação do milho recuou 2,3%. Os frigoríficos, por sua vez, pisam no freio.

A BRF, por exemplo, vai reduzir seus abates de frango em mais de um milhão de toneladas ao longo de maio. Três unidades da companhia entrarão em férias coletivas. Outros grandes grupos, como a Aurora, vão pelo mesmo caminho. Entre as empresas de menor porte, como não poderia deixar de ser, a situação é ainda mais delicada. Frigoríficos do Sul já acenam com demissões a partir de junho.

#Blairo Maggi

Lava Jato nos calcanhares de Blairo Maggi

2/05/2018
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A circunstância merecia um ambiente puramente celebrativo e conversas mais amenas, mas foi impossível evitar. O casamento de Belisa Maggi, filha do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na última sexta-feira, acabou sendo “invadido” pela Lava Jato. Nas rodas de conversas entre os políticos convidados, o assunto era um só: a nova rodada de depoimentos do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa, que ameaça levar de arrasto alguma das principais lideranças da política do estado, a começar pelo próprio Maggi.

#Blairo Maggi

A superagência micou

6/04/2018
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Blairo Maggi não se ilude. Apesar de toda a mobilização da bancada ruralista, o projeto de criação de uma superagência de defesa agropecuária, que encamparia até mesmo funções da Receita Federal, não deverá passar pela barreira do Ministério da Fazenda. Mesmo com a saída de Henrique Meirelles, que sempre detonou a proposta. O sucessor e mímico de Meirelles, Eduardo Guardia, já sinalizou que também é contra o “Frankenstein regulatório”.

#Blairo Maggi

Novos depoimentos

5/04/2018
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O ex-governador do Mato Grosso e delator premiado Silval Barbosa estaria fazendo novos depoimentos à Lava Jato. A orelha de Blairo Maggi vai arder.

#Blairo Maggi #Lava Jato

Carne Fraca ameaça transformar empregos em picadinho

12/03/2018
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Da porta para fora do Ministério, Blairo Maggi cumpre o script e procura minimizar os efeitos da segunda fase da Operação Carne Fraca. Intramuros, dispara telefonemas para autoridades da Europa e da Ásia, costura uma agenda de viagens a países do Oriente Médio a partir de abril – com o objetivo de dar visibilidade às ações adotadas pelo governo brasileiro na fiscalização fitossanitária –, e discute medidas de estímulo a frigoríficos de médio porte, os mais suscetíveis ao escândalo. A maior preocupação de Maggi é o risco social trazido pelo recrudescimento das investigações.

Do ponto de vista do mercado de trabalho, não poderia ter havido timing mais inadequado e perturbador para o replay da Carne Fraca. O escândalo volta à tona justo no momento em que os frigoríficos dão sinais de recuperação e, mais do que isso, consolidam um ciclo de contratações sem paralelo nos últimos cinco anos. Os próximos números do Caged deverão mostrar um saldo (admissões menos demissões) superior a 11 mil vagas no setor de abate de carne bovina nos últimos 12 meses.

Trata-se do melhor resultado desde 2012/2013. No biênio 2015/2016, o segmento abateu quase oito mil “cabeças”, total de postos de trabalho fechados no período. Um repique nas exportações pode colocar tudo a perder.Um dos casos que envolve maior tensão é a Rússia. As negociações com o país europeu, que suspendeu as importações de carne bovina e suína brasileira, seguem em ritmo lento. Segundo o RR apurou, o Serviço Federal de Vigilância Fito-sanitária da Rússia, o Rosselkhoznadzor, havia se comprometido a enviar uma delegação de técnicos para inspeção de frigoríficos brasileiros em março. No entanto, a visita ficou para abril. Sem as vistorias in loco, nenhuma chance de o governo Putin reabrir os portos à carne brasileira. Um risco a mais para os trabalhadores do setor.

#Blairo Maggi #Operação Carne Fraca

Agronegócio está prestes a receber uma supersafra de investimentos estrangeiros

26/02/2018
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O Brasil-potência já era. Mas o Brasil líder absoluto do agronegócio está próximo de se consumar. A rota é saltar das supersafras seguidas para se tornar o megaceleiro do mundo. O adubo viria de um upgrade na legislação para venda de terras a estrangeiros. A proposta deixaria de ser um projeto de aquisição pura e simples para se transformar em um bilionário estímulo à produção. Na nova concepção, as vendas de terras ao estrangeiro estarão subordinadas ao investimento no agrobusiness.

À frente dessa cruzada estaria a deputada federal Teresa Cristina (DEM-MT), que assumiu na semana passada o comando da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), com mais de 220 parlamentares. Cristina conhece profundamente a questão rural e toca de ouvido com o deputado Rodrigo Maia. A probabilidade de a lei ser aprovada nunca foi tão grande. A verdade é que proliferaram projetos no Congresso para a venda das terras aos gringos, e diversos deles tinham motivos de sobra para serem questionados.

Uma parte, portanto, satanizou a totalidade. Um exemplo desses interesses individuais que se travestiram de razão pública foi a movimentação do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, contrária à aprovação da lei. Ao que parece, o empresário falou mais alto do que o ministro de Estado. Maggi tinha interesses na aquisição de terras e evitar a aprovação do projeto, coincidência ou não, estava em sintonia com a sua disposição de comprar hectares e mais hectares na baixa. Com a aprovação da venda aos estrangeiros, os preços subiriam. Maggi depois ficou a favor, desde que as compras não fossem de terras produtoras de grãos e soja, “pois o Brasil perderia a autonomia para os concorrentes externos”.

O Grupo Amaggi, da família do ministro Blairo Maggi, aproveitou para comprar na bacia das almas a Fazenda Itamarati, que pertenceu ao folclórico empresário Olacyr de Moraes. São 100 mil hectares de terras. Agora que está abarrotado, Maggi provavelmente reverá sua posição em relação às terras de grãos e soja. O ministro permanecerá no governo até o fim. Vai continuar viajando e fazendo contato com os maiores players mundiais do agronegócio, além de articulações de alto nível com as autoridades do setor dos principais países produtores. É bom ser um ministro-fazendeiro.

#Agricultura #Blairo Maggi

Um latifundiário por outro na Agricultura

15/02/2018
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O nome de Ronaldo Caiado (DEM-GO) circula no Palácio do Planalto como forte candidato a assumir o Ministério da Agricultura, caso Blairo Maggi se desincompatibilize do cargo em abril. Caiado tem mandato parlamentar garantido até 2022, o que facilitaria sua licença do cargo de senador. Diferente de Maggi, cujo futuro político ainda é uma incógnita. Ele é citado como possível candidato ao Senado ou mesmo ao governo do Mato Grosso pelo PP. Isso se a Lava Jato deixar. Maggi é investigado na Operação e já foi citado na delação premiada do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa.

#Blairo Maggi #Ronaldo Caiado

Uma “superagência” sem superpoderes

8/02/2018
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Na queda de braço entre Henrique Meirelles e Blairo Maggi, nem precisa dizer quem ganhou a parada. O projeto de criação de uma “superagência” na área de Defesa Agropecuária que será levado à votação na Câmara em março foi esquartejado. O novo órgão terá muitos poderes na fiscalização agropecuária. Mas, ao contrário do que queria Maggi, pouca ascendência sobre arrecadação e gestão de multas, que seguirá a cargo da Receita Federal.

#Blairo Maggi #Henrique Meirelles

Dança da cadeira

8/01/2018
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O médico David Uip está muito bem cotado no Palácio do Planalto para assumir o Ministério da Saúde a partir de abril, quando Ricardo Barros sairá do cargo. Ex-diretor do Instituto do Coração. Uip é o atual secretário de Saúde de São Paulo. A aposta no Planalto é que Uip deixa o posto em abril, junto com Geraldo Alckmin.

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Blairo Maggi, que também deixará do Ministério da Agricultura em abril, tenta emplacar no cargo Eumar Novacki, atual secretário-executivo da Pasta. Novacki entende menos de agricultura e mais de Blairo Maggi. Coronel da Polícia Militar do Mato Grosso, foi chefe da Casa Civil do estado durante o governo de Maggi.

#Blairo Maggi #Ministério da Saúde

“Superagência” da discórdia

27/12/2017
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A proposta do ministro Blairo Maggi de transformar a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) em uma “superagência” está provocando fissuras no governo. A Fazenda trabalha, desde já, contra o projeto, que esvazia os poderes dos auditores fiscais federais agropecuários. Pela proposta, a SDA terá maior autonomia sobre a aplicação e a arrecadação de multas aplicadas a empresas agropecuárias. Outro ponto tão ou mais polêmico é o que prevê que mais da metade dos valores arrecadados com penalidades seja destinado ao próprio Ministério da Agricultura. Maggi quer que o projeto seja votado na Câmara ainda no primeiro trimestre de 2018. Mas, se for para comparar o seu poder de articulação e barganha junto ao Legislativo ao de Henrique Meirelles, não dá nem para saída.

#Blairo Maggi

Ceagesp no balcão

3/11/2017
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, tem defendido a privatização da Ceagesp – a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. São 18 armazéns em São Paulo, capacidade para estocar mais de 800 mil toneladas de produtos agrícolas e, sobretudo, uma conta que nunca fecha, principalmente depois dos sucessivos cortes de orçamento nos últimos dois anos.

#Blairo Maggi #Ceagesp

Árabes na saudade

30/10/2017
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Henrique Meirelles frustrou um grupo de 12 investidores dos Emirados Árabes que têm feito um tour pelo Brasil em busca de projetos no agribusiness. A delegação, reunida sob a placa do Food Security Center, de Abu Dhabi, tinha encontro agendado com o ministro da Fazenda na última quarta-feira. Na Hora H, no entanto, foram recebidos pelo secretário de Política Econômica, Fabio Kanczuc. De fato, não era o melhor dia para bater ponto em Brasília. A votação da denúncia contra Michel Temer empurrou tudo para o segundo plano, até a missão de arrancar alguns milhões de dólares dos árabes.

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Por falar em árabes, agricultura e negócios afins, o Brasil já está vendendo terras por conta. A participação do ministro Blairo Maggi na Sial Oriente Médio, feira mundial do agronegócio programada para dezembro, em Abu Dhabi, terá como um dos focos principais a atração de investidores para a aquisição de propriedades rurais no Brasil. Até lá o governo já espera ter votado no Senado o projeto de lei que libera a área para o capital estrangeiro.

#Blairo Maggi #Henrique Meirelles #Michel Temer

A esquina Blairo Maggi

27/10/2017
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O Ministério Público Federal está fazendo um crossover das delações do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa e do empresário Genir Martelli, sócio do Grupo Martelli Transportes. O alvo é Blairo Maggi. Segundo o RR apurou, nos dois depoimentos há várias acusações em comum contra o ministro da Agricultura, notadamente no que diz respeito à concessão de créditos tributários a empresas do estado. De acordo com os dois delatores, os benefícios seriam revertidos em propina e caixa 2 para Maggi e aliados.

#Blairo Maggi #Grupo Martelli

Blairo Maggi reza

13/10/2017
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O ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa comprometeu-se com o MPF a entregar novas gravações e documentos. Tudo para afastar o risco de cancelamento do seu acordo de delação. Revelações feitas por um antigo assessor de Barbosa mostram que ele omitiu uma série de fatos. Blairo Maggi e outros citados torcem para que os depoimentos do ex-governador sejam jogados no lixo.

#Blairo Maggi #MPF #Silval Barbosa

A polícia de Blairo

21/09/2017
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Com a Lava Jato a triscar nos seus calcanhares e o festival de grampos na República, o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, tem se aconselhado amiúde com dois dos seus mais próximos colaboradores: os coronéis da Polícia Militar Eumar Novacki e Coaraci Nogueira, respectivamente secretário-executivo e chefe de gabinete do Ministério.

#Blairo Maggi #Lava Jato

Um sobrenome que pesa para o Grupo Amaggi

18/09/2017
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A operação de busca e apreensão no apartamento de Blairo Maggi calou fundo no Grupo Amaggi, de propriedade do ministro e familiares. O clã tem discutido medidas para blindar seus negócios e evitar que eventuais desdobramentos das investigações respinguem na companhia. Tudo, ressalte-se, tem sido alinhado com Blairo. O maior fator de preocupação é o que pode estar por vir na delação de Silval Barbosa, ex-governador do Mato Grosso e ex-aliado do ministro da Agricultura. Conforme o RR informou na edição de 4 de setembro, nos depoimentos Silval aponta sua metralhadora na direção de grupos agropecuários com negócios no estado.

#Blairo Maggi #Grupo Amaggi

A nova colheita de Blairo Maggi

12/09/2017
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, articula-se com a base aliada para que o projeto de lei 5243/2016, que autoriza a criação a Embrapa Tech e a associação da empresa com grupos privados, seja votado no Congresso ainda neste mês. Maggi tem tratado da questão especialmente com os líderes da bancada ruralista, como os deputados Nilson Letão (PSDB-MT) e Luiz Carlos (PP-RS). O governo conta com o voto em peso da frente parlamentar agrícola. A criação do chamado “braço privado” da Embrapa ganhou uma dimensão ainda maior por conta da estiagem orçamentária da estatal. Somente neste ano, o contingenciamento comeu quase 30% das verbas.

#Blairo Maggi #Embrapa Tech

Monções chinesas

5/09/2017
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A viagem de Michel Temer a Pequim abriu as portas do setor elétrico brasileiro a mais um grupo chinês. Trata-se da China Power New Energy Development, que chega para comprar usinas de energia eólica. Só para não variar deverá trazer a reboque um cinturão de fornecedores, encabelado pela Goldwin, uma das maiores fabricantes de turbinas para geradoras da China.


Durante a estada em Pequim, os ministros da Agricultura, Blairo Maggi, e da Indústria, Marcos Pereira, têm mantido tratativas com autoridades russas para investimentos em açúcar e etanol no Brasil. Uma comitiva brasileira deverá ir a Moscou ainda neste ano para dar forma aos projetos.

#Blairo Maggi #China Power New Energy Development #Michel Temer

Negócio da China

4/09/2017
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Blairo Maggi foi à China para falar de grãos e carne. No entanto, o que os chineses mais querem saber do ministro da Agricultura é sobre a liberação para a venda de terras a estrangeiros.

#Blairo Maggi

Farelos fiscais

1/09/2017
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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, recebeu sinal verde do Palácio do Planalto para a privatização de armazéns e centros de distribuição da Conab. Literalmente, o governo está catando tudo que é grão para reduzir o rombo fiscal.

#Blairo Maggi #Conab

Imposto sobre commodities ferve no tubo de ensaio de Temer

24/08/2017
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Há um balão de ensaio prestes a subir do Ministério da Fazenda na contramão da Pasta da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Trata-se de mais uma engenhosidade tributária com o objetivo salvacionista da pátria fiscal. A proposta de ativar alíquotas do imposto de exportação sobre commodities não chega a ser um ornitorrinco, mas consegue a façanha de unir ovíparos e lepidópteros. Exemplo: o casamento pontual das ideias de Henrique Meirelles e Luiz Carlos Bresser Pereira. O abraço entre os dois seria de tamanduá, é claro.

Meirelles topa qualquer parada para equacionar o fiscal ou, no mínimo, dar a dimensão da sua gravidade. Bresser tem um projeto de equidade fiscal e ênfase na reindustrialização. A mesma medida serviria a ambos com motivações distintas, mas levaria, muito provavelmente, o ministro Blairo Maggi a deixar o governo em pé de guerra. Maggi representa o setor na forma absoluta: ele mesmo é um enclave latifundiário na Esplanada dos Ministérios.

O agribusiness tem tido o melhor desempenho da economia, o que não é pouco em um cenário de queda da atividade produtiva e desemprego nas alturas. O seu gravame é baixo em relação aos demais segmentos. Diversos países que têm uma contribuição expressiva das exportações de produtos primários (minerais e agropecuários) utilizam esse expediente. E o argumento de que a competitividade das exportações cairia é considerado balela: as séries históricas demonstram que em longos períodos de preços em alta ou em queda, o volume das seis principais commodities comercializadas pelo Brasil (representam quase 50% do total das vendas ao estrangeiro) permaneceu sempre crescente.

Em um governo quase histérico com o eventual atraso da reforma da Previdência chama a atenção de que até agora a medida não tenha sido aventada, até porque é uma decisão administrativa e, portanto, muito distante das complexas negociações para a aprovação de uma PEC. Segundo a fonte do RR, a bandeira do imposto sobre exportação das commodities será desfraldada a qualquer momento. É só esperar. A dúvida é se quem vai levantá-la não pretende apenas o logro de uma “medida calção”, que serviria somente como ameaça ou justiceirismo bufo. Melhor seria a boa luta pelo fim das renúncias fiscais e subsídios que não favorecem os miseráveis e o fim da obrigatoriedade das despesas, que permitiria a alocação racional dos recursos. A privatização fall front the sky da Eletrobras e a bexiga inchada do imposto sobre commodities são arremedos de ajuste fiscal. Fuga para trás.

#Blairo Maggi #Henrique Meirelles #Ministério da Fazenda

Quem fiscaliza os fiscais?

11/08/2017
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Não é apenas pelo atual déficit de profissionais na área que o ministro Blairo Maggi tenta arrancar uma verba extra do Orçamento para contratar cerca de 400 fiscais agropecuários por meio de concurso público. As contas de Maggi já levam em consideração a razia que a delação da JBS vai provocar no efetivo do Ministério. O que tinha de fiscal e agente de inspeção no bolso dos irmãos Batista não estava no gibi.

#Blairo Maggi #JBS

Reino dos Maggi

26/07/2017
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Blairo Maggi tem sido pressionado pela família a não se candidatar em 2018. Os herdeiros o querem mais perto da gestão do Grupo Amaggi. Ou talvez mais longe da política. O busílis é convencê-lo a abrir mão de uma reeleição ao Senado, dada como certa.

#Blairo Maggi #Grupo Amaggi

Embrapa se vira para escapar da entressafra orçamentária

17/07/2017
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A Embrapa é um dos raros exemplos de estatal em que o funcionalismo público gostaria de ser privado. A empresa tem feito o possível e o impossível para preservar seus principais projetos e até mesmo manter suas atividades de rotina. Está difícil fechar a conta com tamanha estiagem orçamentária. A dotação prevista neste ano é de R$ 3,370 bilhões.

No entanto, a Embrapa sofreu um contingenciamento de 27,48% sobre o orçamento das despesas discricionárias, número confirmado pela própria estatal. As cifras não cobrem, nem de longe, os gastos totais estimados para 2017, da ordem de R$ 3,6 bilhões. Segundo o RR apurou, o presidente da companhia, Mauricio Lopes, tem feito seguidas gestões junto ao ministro Blairo Maggi na tentativa de recuperar parte dos recursos ceifados com o contingenciamento de verbas.

Consultada, a estatal confirma as tratativas com o Ministério da Agricultura no sentido de buscar uma “possível recomposição orçamentária”. Diz ainda que tem procurado “outras formas de financiamento externo”. Uma parte dos problemas da Embrapa estaria equacionada se o Congresso ajudasse. A criação da EmbrapaTec é vista como fundamental, não apenas pelo aspecto financeiro, mas também tecnológico.

A nova subsidiária permitirá à estatal ter um braço para a comercialização de seus produtos e serviços, além de abrir caminho para parcerias com grandes multinacionais da área de agrociência. No entanto, o projeto de lei 5243/2016 caminha a passos de quelônio na Câmara dos Deputados. Havia a expectativa de que, na última quarta-feira, dia 12 de julho, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Serviços aprovasse a proposta. No entanto, o assunto foi retirado de pauta por conta do requerimento do deputado Helder Salomão, solicitando a realização de audiência para debater o projeto.

Como quase sempre, o timing dos parlamentares não bate com o do mundo real. Nos últimos dois anos, a Embrapa teve um prejuízo acumulado de mais de R$ 900 milhões. O RR apurou que as perdas projetadas para este ano já superam os R$ 300 milhões. A empresa não confirma este número, mas ressalta que seu objetivo não é “dar lucro financeiro”. A direção da estatal prefere destacar outros indicadores que refletem melhor sua importância. No ano passado, a Embrapa ofereceu ao país um lucro social de R$ 34 bilhões, “com base nos impactos econômicos de uma amostra de 117 tecnologias e 200 cultivares desenvolvidos pela empresa e por seus parceiros”, responsáveis pela geração de mais de 43 mil postos de trabalho.

#Blairo Maggi #Embrapa

Agenda de uma nota só

5/07/2017
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Assim que regressar da Europa, Blairo Maggi nem vai esquentar no Brasil. Em poucos dias, deverá rodar pela Ásia. A agenda, só para não variar, é uma só: Carne Fraca.

#Blairo Maggi #Operação Carne Fraca

Pagot, mas pode chamar de Blairo Maggi

19/06/2017
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Os depoimentos do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa à Lava Jato prometem complicar ainda mais a situação de Luiz Antonio Pagot – e, por extensão, de Blairo Maggi. As denúncias envolvem irregularidades em obras do DNIT. Ex-secretário de Infraestrutura do MT no governo Maggi, Pagot tem um extenso currículo. Foi citado nas delações da Odebrecht pelo suposto pagamento de caixa 2 a Maggi. Em 2011, foi exonerado da diretoria do próprio DNIT após denúncias de corrupção. Sete anos antes, havia sido condenado por fraude em licitação na Secretaria de Transportes de Mato Grosso.

#Blairo Maggi #Lava Jato #Odebrecht

Maggi 2018: Brasília, Cuiabá ou Curitiba?

7/06/2017
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Blairo Maggi está relutante em ser candidato à presidência da República em 2018, como defende a cúpula do PP, seu partido. Pesquisa recém-chegada às suas mãos mostra que ele terá uma eleição tranquila, em primeiro turno, caso se candidate ao governo do Mato Grosso. No entanto, o risco é que nem o desejo do PP nem a sua própria vontade determinem o futuro político de Maggi. Os ventos de Curitiba sopram que o ministro da Agricultura já teria sido citado nos depoimentos do ex-governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, à Lava Jato.

#Blairo Maggi #PP

Bênção ministerial

6/06/2017
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A Louis Dreyfus, a japonesa Zen-Noh Grain e a Amaggi, da família do ministro Blairo Maggi, costuram um megaconsórcio para disputar concessões ferroviárias. O trio já tem negócios conjuntos no Brasil na originação de grãos e no setor portuário. A Louis Dreyfus e a Zen-Noh entram com a grana. A Amaggi, prioritariamente com o sobrenome. Consultadas, as três empresas não comentaram o assunto.

#Amaggi #Blairo Maggi #Louis Dreyfus

Nova semente

4/04/2017
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Blairo Maggi tem se empenhado pessoalmente para que o Congresso aprove até junho o projeto que cria a Embrapatec. Bayer, Syngenta e outros grupos que pretendem se associar ao futuro braço comercial da Embrapa agradecem.

#Bayer #Blairo Maggi #Embrapatec #Syngenta

O fator Blairo Maggi

31/03/2017
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Se o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, e a Polícia Federal saíram mais do que chamuscados, a Operação Carne Fraca fortaleceu a posição de Blairo Maggi. No próprio Palácio do Planalto e entre as empresas do setor, há um consenso de que o estrago teria sido muito maior não fosse a rápida reação de Maggi para amortecer o impacto da notícia, sobretudo no exterior. Logo na manhã de sábado, 18 de março, no dia seguinte à Operação, em um trabalho conjunto entre a Agricultura e as Relações Exteriores, as embaixadas do Brasil na Europa e na Ásia começaram a passar informações a autoridades de países chaves no comércio da carne brasileira, como Rússia e China. Naquele mesmo fim de semana, foram iniciadas as tratativas para a visita de Maggi a Pequim. O ministro também trouxe para si o complexo trabalho de comunicação, a ponto da Agricultura assinar conjuntamente a nota em que a Polícia Federal purga os excessos da Operação. O que também calou fundo entre o setor foi o valor simbólico da imediata declaração do ministro da Agricultura afiançando oficialmente ao mercado internacional que não havia qualquer problema com a carne brasileira.

#Blairo Maggi #Operação Carne Fraca

Maggi, o bombeiro

24/03/2017
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O ministro Blairo Maggi está agendando uma série de visitas a países da Europa e da Ásia para desarmar a bomba acionada pela Operação Carne Fraca. Se é para ajoelhar no milho, talvez fosse o  caso de levar junto os delegados da Polícia Federal responsáveis pela trapalhada.

#Blairo Maggi #Operação Carne Fraca

Troca de guarda

16/02/2017
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Discretamente, o Grupo Amaggi está semeando a passagem da gestão para a terceira geração da família. O eleito é Leonardo Maggi Ribeiro, sobrinho do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, e atualmente no Conselho de Administração.

#Blairo Maggi #Grupo Amaggi

Dinheiro russo pinga no agronegócio

13/02/2017
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A passagem de uma comitiva do Ministério da Agricultura por Moscou, na semana passada, teve múltiplas funções. A delegação chefiada pelo secretário-executivo da Pasta, Eumar Roberto Novacki, começou a costurar um intrincado acordo para que o governo Putin não saque da algibeira novas barreiras a produtos agrícolas brasileiros. A Rússia é useira e vezeira em criar obstáculos, notadamente à entrada de carne bovina. Ao mesmo tempo, a comitiva discutiu com autoridades locais possibilidades para investimentos russos no agronegócio brasileiro. As tratativas se iniciaram em setembro do ano passado, quando Blairo Maggi esteve na China para uma reunião entre os ministros da Agricultura dos Brics. O cardápio vai da compra de terras à produção de grãos, passando pela área de carne bovina, tudo vinculado ao fornecimento para o mercado russo. As negociações preveem o aporte de grupos privados, como a Rusagro e a Prodimex, com o apoio de agências de fomento locais.

#Blairo Maggi #Ministério da Agricultura #Prodimex #Rusoagro

Blairo Maggi passa a enxada na direção da Embrapa

26/01/2017
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O governo Michel Temer parece disposto a finalmente acabar com rincões da Era Dilma que ainda perduram nas estatais. Após defenestrar o quase eterno Jorge Samek do comando de Itaipu, o alvo agora é a diretoria da Embrapa, a começar pelo presidente, Mauricio Lopes, no cargo desde 2012. A tarefa está nas mãos do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, que já negocia com líderes da bancada ruralista nomes para a estatal.

Consultado, o Ministério da Agricultura diz “não ter informações” sobre mudanças na Embrapa. No que dependesse de Blairo Maggi, a direção da Embrapa já teria sido arrancada pela raiz há tempos. O ministro identifica a atual gestão como um foco de resistência à proposta de venda de 51% da Embrapatec, subsidiária que está sendo criada para concentrar a comercialização de biotecnologias desenvolvidas pela empresa.

Maggi chamou a operação para si e quer concluí-la neste ano – ele negocia com a base aliada para que o Projeto de Lei no 5.243/16, que institui a subsidiária, seja votado com celeridade. A proposta andou a passos de quelônio nos últimos meses do governo Dilma Rousseff. Praticamente toda a diretoria da Embrapa remonta à Era Dilma.

Mauricio Lopes é bastante identificado com a ex-ministra da Agricultura, Katia Abreu. Já a diretora de Administração e Finanças, Vania Castiglioni, é ligada à senadora Gleisi Hoffmann. Vania, inclusive, chegou a ser investigada pela Controladoria-Geral da União por supostas irregularidades na criação da Embrapa Internacional, nos Estados Unidos. O projeto, que acabou não indo adiante, teria sido conduzido sem aprovação do Conselho de Administração da estatal. Por sua vez, o diretor de Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior, saiu do PT do Rio Grande do Sul.

#Blairo Maggi #Embrapa #Itaipu Binacional #Michel Temer

Dinheiro chinês I

21/11/2016
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Representantes do Ministério da Agricultura chinês virão ao Brasil em dezembro para se reunir com Blairo Maggi. Em pauta, o financiamento de projetos de infraestrutura agrícola, notadamente a construção de terminais portuários e armazéns. Será a partida no fundo de investimento agrícola de US$ 1 bilhão criado pelos dois países na recente viagem de Michel Temer a Pequim.

#Blairo Maggi #Michel Temer

“PPP agrícola”

8/11/2016
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 O ministro Blairo Maggi está decidido a criar um novo modelo para o seguro rural, com a participação da iniciativa privada. Maggi está convocando os dirigentes de grandes tradings que atuam no país, como Cargill, Bunge e Louis Dreyfus, para discutir uma proposta.

#Blairo Maggi #Bunge #Cargill #Louis Dreyfus

Faltam poucos grãos para o Brasil importar café

4/11/2016
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 O Brasil caminha para um “estado de sítio cafeeiro”. Os estoques públicos de café conilon, utilizado na fabricação do produto solúvel, estão praticamente esgotados: hoje, somam apenas 750 mil sacas, o menor patamar dos últimos seis anos. Com a decisão da Conab de realizar leilões quinzenais na tentativa de regular a oferta, muito provavelmente esse volume se esgotará antes do Natal. Por esta razão, é grande a probabilidade de o Brasil ter de importar café – o que, colocadas as devidas ressalvas, tem o mesmo simbolismo da imagem do país comprando banana ou melaço de cana. Essa situa- ção-limite é resultado de um blend cruel: a ação divina com a imprevidência dos homens. O Brasil vem de uma quebra de safra causada pela severa estiagem no Espírito Santo, onde se concentram as principais áreas de plantio do conilon. A colheita, encerrada em agosto, foi quase 50% inferior à do ano passado.  Junte-se às condições climáticas a ausência de uma política de formação de estoques reguladores no Brasil, problema que começou no governo Lula e se acentuou na era Dilma. O Ministério da Fazenda, por meio da Conab, praticamente abriu mão de comprar café e formar estoques para períodos de fortes oscilações na produção e no preço. Para completar a tempestade perfeita, nos últimos anos o Brasil passou a ser um exportador de conilon, estimulado pelo aumento da produção interna e pelos convidativos preços no mercado internacional. Em 2014, exportou 3,4 milhões de sacas. Em 2015, 4,5 milhões. Mais uma vez, o governo deixou o mercado correr solto, talvez fiando-se na generosidade do terroir. Àquela altura, estimativas apontavam que o Brasil alcançaria uma produção anual superior a 20 milhões de sacas por ano. Mas havia uma intempérie no meio do caminho: segundo estimativas da Conab, o Brasil produzirá na safra 2016/ 17 apenas 8,35 milhões de sacas de conilon. É exatamente a metade da demanda interna anual. Ironia das ironias: hoje há mais de um milhão de sacas de café brasileiro estocadas em Antuérpia e em armazéns ingleses. Ou seja: se bobear, o Brasil importará seu próprio grão, a preços bem mais altos.  A questão da importação divide o setor, como aponta o paper de autoria do especialista em comércio exterior Francisco Ourique, que circula no mercado. Há lobbies contra e a favor. A indústria de café solúvel é a maior interessada na compra de conilon no mercado internacional. O setor está estrangulado: seus concorrentes globais têm conseguido adquirir matéria-prima a preços até 35% mais baixos. Por outro lado, os produtores, que sempre temeram o uso das importações como fator de regulação dos preços internos, apresentam uma série de óbices à compra do produto no exterior. Alegam o risco de entrada de sementes contaminadas no país, o que, a rigor, só faria algum sentido se o Brasil abrisse a porteira para uma quantidade descomunal de café – algo que não ocorrerá. A batata, ou melhor, a xícara quente está nas mãos de Blairo Maggi. Caberá ao ministro da Agricultura decidir se vai ou não faltar café.

#Blairo Maggi #Ministério da Fazenda

Privatização

5/10/2016
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 O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, pretende privatizar boa parte dos armazéns e centros de distribuição da Conab – Companhia Nacional de Abastecimento.

#Blairo Maggi #Conab #Ministério da Agricultura

Maggi transforma a Conab em abobrinha

15/09/2016
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 O ministro Blairo Maggi, da Agricultura, decidiu esquartejar a Conab e restringir ao mínimo sua atuação como reguladora de estoques de safras agrícolas. O plano desenhado por Maggi prevê a privatização de metade dos 92 armazéns da estatal e ainda zera os investimentos na construção de novas unidades. A Conab ficaria apenas com os armazéns em pontos considerados estratégicos.  A decisão tem enfrentado uma renhida oposição do titular da pasta do Desenvolvimento Agrário, Osmar Terra, que vocaliza interesses de pequenos e médios agricultores, preocupados com a perda de poder da Conab e a participação privada na regulação dos estoques. Blairo deverá levar a melhor na disputa porque conta com o apoio do ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil.

#Agronegócio #Blairo Maggi #Conab #Eliseu Padilha

Santo de casa

1/09/2016
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 A Amaggi, grupo de agribusiness do ministro Blairo Maggi, tem interesse em disputar a concessão da “Ferrogrão”. Mas só se o governo confirmar o financiamento do BNDES para o projeto, orçado em quase R$ 12 bilhões. A ferrovia, de 930 quilômetros, será fundamental para o escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste.

#Amaggi #Blairo Maggi #BNDES #Ferrogrão

Blairo Maggi veste o figurino de vendedor da Embrapatec

20/07/2016
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 Entre os “produtos” agropecuários brasileiros que o ministro Blairo Maggi pretende vender em seu tour pelo exterior, previsto para os meses de julho e agosto, há um em especial: a Embrapatec, a futura subsidiária da Embrapa voltada à comercialização de biotecnologias desenvolvidas pela estatal. A missão de Maggi é atrair grandes grupos internacionais da área de agrociência para se associar à nova empresa. Na mira, grupos como Bayer, Basf e a suíça Syngenta. O governo ainda estuda o melhor modelo para o acasalamento entre a Embrapatec e o capital privado, mas, a princípio, a intenção é oferecer ao mercado uma participação superior a 51%. Até porque esta é uma das premissas para a criação da subsidiária: permitir a “privatização” da Embrapa, por meio do seu braço comercial, sem que seja necessária a privatização da Embrapa.  O ministro Blairo Maggi tem se empenhado pessoalmente para acelerar a votação do projeto de lei que autoriza a criação da Embrapatec, encaminhado ao Congresso no último mês de maio, ainda no governo de Dilma Rousseff. Maggi articula com os líderes da bancada ruralista, em especial o deputado gaúcho Luiz Carlos Heinze, a tramitação da proposta em caráter de urgência urgentíssima. Para o governo, o grande ganho não virá da privatização em si da Embrapatec, mas, sim, da expectativa de que a própria Embrapa dependa cada vez menos do orçamento federal. Estima-se que a abertura da subsidiária e a montagem de uma estrutura comercial no exterior sejam capazes, já no primeiro ano, de triplicar o faturamento da estatal com a venda de tecnologias. Hoje, a Embrapa tem uma receita própria de apenas R$ 120 milhões por ano, que não cobre sequer 5% do seu orçamento, em torno de R$ 3 bilhões.

#Agronegócio #Basf #Bayer #Blairo Maggi #Embrapa #Embrapatec #Maggi #Syngenta

O jeito Serra de ser contra tudo e todos

11/07/2016
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 Extra! Extra! O chanceler José Serra tem fritado em banha fervente o ministro da Educação, José Mendonça Bezerra Filho, aquele que recebeu propostas de Alexandre Frota para melhoria do setor. Diz que Bezerra ignora a potencial contribuição da iniciativa privada e defende que as universidades deixem de ser caixa preta e tenham governança e transparência igual à das companhias abertas em bolsa.  Extra! Extra! Serra tem feito campanha junto a Michel Temer para que ele se empenhe na obstrução do projeto que regulariza os jogos de azar. Engajar o presidente da República contra o jogo é complicado, basta ver a sua vizinhança de muro. Entre os favoráveis à jogatina estão os pesos-pesados Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e Blairo Maggi. O chanceler, com seu cabedal de ex-ministro da Saúde, acha que as doenças, vícios e casos de morte provocados pela indústria do jogo não compensam os ganhos de arrecadação. Até porque a receita para o Estado será baixa. Pelo menos é o que diz ele.  Extra! Extra! José Serra faz intriga que Henrique Meirelles entende tanto de ajuste econômico quanto o louro José, papagaio da apresentadora Ana Maria Braga. O ministro da Fazenda não estaria buscando receitas extraordinárias para redução do déficit durante o gap até a PEC do teto produzir seus efeitos. Vocifera que Meirelles trouxe a Previdência Social para debaixo da asa da Fazenda para simplesmente não fazer nada, quando essa é a mãe de todas as reformas. E envenena o ministro-banqueiro criticando como tolice o seu desdém público sobre o aumento de impostos, principalmente a Cide, que é transitória e ele vai ter de acabar usando mesmo.  Extra! Extra! O elétrico Serra confronta o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho. O chanceler resolveu trazer para si um projeto por ora engavetado pelo colega de Esplanada dos Ministérios: a construção de uma hidrelétrica binacional com a Bolívia. O empreendimento, avaliado em R$ 15 bilhões, recebeu ressalvas do ministro Fernando Coelho por conta das exigências de Evo Morales de compartilhamento do controle da usina, mas com funding composto por recursos de financiamento público e privado brasileiros. Serra, no entanto, defende que o projeto seja tratado como política de Estado e inserido nos planos de integração com países vizinhos. Ele olha para o tabuleiro “diplomático energético” de forma mais ampla.  O ministro das Relações Exteriores pretende usar a usina como moeda de troca para garantir o sinal verde da Bolívia à expansão da hidrelétrica de Jirau. A ampliação depende do aumento do reservatório e do alagamento das margens do Rio Madeira no lado boliviano. Por isso, Serra já atropelou Fernando Coelho e recentemente tratou do assunto com o embaixador do Brasil em La Paz, Raymundo Magno. A estratégia é levar o projeto para ser discutido diretamente com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e levado por ele para o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

#Blairo Maggi #Eliseu Padilha #Fernando Coelho Filho #Geddel #Henrique Meirelles #José Mendonça Bezerra Filho #José Serra #Michel Temer #Usina hidrelétrica

Um “ficha suja” a menos no governo Temer

18/05/2016
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 A nomeação de Blairo Maggi para o Ministério da Agricultura teve o empurrão de uma incrível coincidência de fatos nas esferas política e jurídica, que passou praticamente despercebida. Segundo o RR apurou, Michel Temer teria oficializado o convite a Maggi em 5 de maio, uma quinta-feira. No dia seguinte, o procurador geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao STF o pedido de arquivamento do inquérito que investigava o senador no âmbito da Operação Ararath. O processo perambulava pela PGR desde maio de 2014.  Apenas dois dias úteis depois, na terça-feira, 10 de maio, o ministro Dias Toffoli acolheu o pedido do PGR e mandou para as calendas a investigação sobre a suposta participação de Maggi em um esquema de lavagem de dinheiro. Menos de 24 horas depois, o senador deixava o PR e assinava sua ficha de filiação ao PP, enquadrando-se no “sistema de cotas” do novo Gabinete. E Temer, ele próprio um presidente da República citado no “petrolão”, pôde ao menos reduzir o contingente de ministros na mira do Supremo. Já basta o trio Henrique Alves, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá, todos envolvidos na Lava Jato.

#Blairo Maggi #Rodrigo Janot

Acervo RR

Embrapa vira aríete contra sementes das multinacionais

4/03/2011
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 O governo trabalha em um projeto que pega pela raiz as grandes multinacionais da área de agrociência presentes no país, a começar por Monsanto, Bayer e Syngenta. Em jogo, a criação de uma empresa 100% nacional voltada ao desenvolvimento e a  produção de sementes, convencionais e transgênicas. O objetivo é criar uma alternativa ao oligopólio que as empresas internacionais estabeleceram no país. A companhia ficaria pendurada na Embrapa. Estão debruçados sobre o projeto o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. A proposta tem o apoio da bancada ruralista e de políticos ligados ao setor. Um dos principais interlocutores do governo tem sido o senador Blairo Maggi. O exgovernador do Mato Grosso se compromete a retomar no Congresso a antiga proposta do senador Delcídio do Amaral para a abertura de capital da Embrapa. A entrada de novos sócios, preferencialmente fundos de pensão e outros grandes investidores de capital nacional ? financiaria a criação da nova subsidiária.  Este é um daqueles projetos nos quais o governo só enxerga benefícios para todos os envolvidos. O principal objetivo é criar uma empresa capaz de concorrer e minar a primazia das multinacionais no desenvolvimento e venda de sementes, notadamente transgênicas. Hoje mais de 70% dos pedidos de patentes apreciadas pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) são enviados por empresas internacionais. O maior beneficiado seriam os agricultores, que passariam a ter uma nova opção para a compra de sementes. Hoje, estão praticamente na mão de três ou quatro companhias estrangeiras que estabelecem os preços do insumo e impõem draconianos reajustes anuais. O caso mais emblemático é o da Monsanto, que vive a s turras com os agricultores, principalmente nos períodos de aumento dos royalties das sementes de soja geneticamente modificadas. Entidades representativas do setor, como a Aprosoja, regularmente acionam o Ministério da Agricultura por conta da truculência com que a Monsanto conduz as negociações.  A expectativa do governo é que a nova empresa passe a arbitrar os preços das sementes transgênicas, forçando as multinacionais do setor a rever o valor dos seus royalties. Além disso, o projeto daria um novo status a  própria Embrapa, que ganharia um braço de trader com musculatura suficiente para desenvolver e comercializar sementes em outros países da América do Sul

#Agronegócio #Aloizio Mercadante #Bayer #Blairo Maggi #Embrapa #Monsanto #Syngenta

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