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Destaque

Guilherme Paulus costura acordo de acionistas para comandar a CVC

15/08/2023
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Não basta retornar ao capital da empresa que fundou e da qual foi ejetado em 2018, em meio a uma investigação da Polícia Federal. Guilherme Paulus voltou à CVC decidido a ocupar cada centímetro de poder e não deixar dúvidas sobre quem manda na companhia. Segundo o RR apurou, Paulus articula com outros investidores à elaboração de um acordo de acionistas. Com o recente aporte de R$ 100 milhões na CVC, o empresário tornou-se individualmente o segundo maior sócio, com 6,8%. Está atrás apenas do Opportunity, que soma 18%, por meio de diversos fundos de investimento. Pelo peso da sua participação, qualquer costura societária idealizada por Paulus passa quase que obrigatoriamente pela gestora carioca. A criação deste bloco de acionistas daria sustentação ao segundo movimento do empresário: assumir a presidência do Conselho de Administração, de quebra com peso suficiente para indicar também outros nomes para o board. Ou seja: no que depender de Guilherme Paulus, a CVC tem tudo para ser uma espécie rara de empresa de capital pulverizado com “dono”. Um novo (velho) dono. 

Guilherme Paulus foi praticamente escorraçado da CVC, em 2018. Àquela altura, havia se tornado um sócio “infectocontagioso” após confessar o pagamento de propina para se livrar de uma cobrança de R$ 161 milhões em impostos. Cinco anos depois, Paulus volta à empresa pela porta da frente em circunstâncias que lhe são bem favoráveis. Foi responsável por quase 20% da injeção de capital recebida pela CVC em junho (R$ 550 milhões no total) e já chegou com grande peso decisório, ao fazer de Fabio Godinho, executivo de sua confiança, presidente da companhia. 

Em meio à escalada de poder de Guilherme Paulus, a CVC enfrenta um momento de turbulência financeira, o que exigiu o recente de capital. A empresa tem enfileirado resultados negativos. No segundo trimestre deste ano, reportou um prejuízo de R$ 167 milhões, 76% a mais do que as perdas contabilizadas em igual período no ano passado. No mesmo período, a empresa teve ainda um Ebitda negativo de R$ 1,5 milhão. Guilherme Paulus construiu um dos maiores grupos do setor de turismo da América Latina. Agora, será o responsável por colocar esse Boeing novamente nas alturas. 

#CVC #Guilherme Paulus #Opportunity

Metrô do Rio empurra a Lava Jato em direção ao Citi

12/01/2017
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O banco que nunca dorme tem motivos para ficar ainda mais insone. Os trilhos do Metrô do Rio estão conduzindo a Lava Jato na direção do Citibank. Os procuradores de Curitiba, que atuam em parceria com o Ministério Público do Rio de Janeiro, dedicam-se a destrinchar as relações entre Sérgio Cabral e a Opportrans. Trata-se do antigo consórcio que administrou o transporte metroviário na cidade até janeiro de 2009, quando a concessão foi vendida à Invepar.

O que mais intriga a força tarefa da Lava Jato é uma operação consumada em 2007, ano em que o Citi dava as cartas no comando da Opportrans – representado por uma tradicional banca de advocacia –, após romper a sociedade com o Opportunity, em 2005. Na ocasião, o então governador Sérgio Cabral estendeu a concessão do metrô por mais 20 anos, até 2038. Em contrapartida, o consórcio se comprometeu a investir cerca de R$ 1 bilhão na compra de novos vagões. O acordo percorreu um caminho tão sinuoso e desalumiado quanto os túneis do metrô do Rio. Por meio de um Instrumento Particular de Transação, a Opportrans quitou uma antiga dívida do próprio governo do Rio com a Camargo Corrêa, no valor aproximado de R$ 40 milhões. Em troca da gentileza, a empreiteira concordou em retirar as cinco ações judiciais que movia contra o estado.

Outro ponto chama a atenção dos procuradores: o acordo foi publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro ao apagar das luzes de 2007, precisamente no dia 31 de dezembro, uma data mais propícia para abafar do que dar visibilidade ao acerto. Naquele mesmo ano, coincidência das coincidências, o Metrô Rio havia contratado os serviços do escritório de advocacia de Adriana Ancelmo. Todas essas decisões tiveram a anuência do Citi, à época responsável pela administração do consórcio e na linha de frente das negociações com o governo do Rio.

Uma das tarefas da Lava Jato é cruzar os repasses da Opportrans/Citi à Camargo Corrêa com os pagamentos do Metrô ao escritório da então primeira-dama. Mais do que isso: juntar essas peças e confrontá-las com as próprias movimentações financeiras de Sérgio Cabral e Adriana Ancelmo. Boa parte desse enredo, não custa lembrar, chegou a ser escarafunchada na Operação Castelo de Areia, que tinha como alvo a Camargo Corrêa. No entanto, todos esses fatos foram para o limbo com a anulação das investigações. Agora, o caso ganha um novo tom, com a entrada em cena dos procuradores da Lava Jato e do Ministério Público do Rio. A exemplo do Citi, eles também nunca pregam o olho.

#Citibank #Invepar #Lava Jato #Opportunity

Uma dura derrota para Daniel Dantas

11/11/2016
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O banqueiro Daniel Dantas está remoendo uma de suas maiores derrotas. De acordo com informação veiculada pelo Latin Lawyer, uma das mais prestigiosas publicações jurídicas do mundo, o Opportunity perdeu o bilionário processo de arbitragem que movia contra a ex-sócia Telecom Italia. A Câmara de Comércio Internacional (ICC) decidiu rejeitar os pedidos apresentados por Dantas, seu sócio Dório Ferman e empresas do grupo, que cobravam dos italianos uma indenização de US$ 15 bilhões. A alegação do Opportunity é que a Telecom Italia teria cometido crimes de suborno e pirataria, manobrado investigações policiais e financiado uma campanha na imprensa para forçá-lo a desistir do controle da Brasil Telecom. O RR entrou em contato com o Opportunity, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.  O contencioso remonta a 2005, quando a Telecom Italia rompeu a conturbada sociedade com o Opportunity na Brasil Telecom. O banco alega que os italianos interceptaram informações sigilosas da operadora de telefonia e posteriormente as repassaram a autoridades policiais brasileiras, o que resultou em investigações criminais contra Dantas, mais precisamente as Operações Chacal e Satiagraha – ambas anuladas pela Justiça. Segundo a decisão da ICC, Dantas e Opportunity “não eram vítimas passivas na batalha corporativa com a Telecom Italia” e eles mesmos haviam tomado “medidas agressivas para proteger seus interesses”, inclusive através da contratação de empresa de espionagem Kroll Associates para investigar a Telecom Italia.

#Daniel Dantas #Opportunity

Dório Ferman não merecia tamanha ingratidão

17/08/2016
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 Um dos mais longevos e leais colaboradores de Daniel Dantas, Dório Ferman tornou-se um refém do banqueiro, encarcerado pelas algemas de ouro que impedem sua saída do Opportunity. Notoriamente o grande estrategista da gestora de recursos, o economista e engenheiro não está conseguindo a concordância de Dantas para fazer a cisão da carteira, deixar o grupo e montar sua própria asset management. Consultado, o Banco Opportunity declarou que essa informação não procede. O fato é que o impasse tem gerado situações constrangedoras no dia-a-dia do banco. Dantas recusa-se a tratar do assunto. Nas reuniões, quando Dório entra na sala, o banqueiro não lhe dirige a palavra e se cala por completo, com o claro propósito de expô-lo diante dos demais. Acionista do Opportunity desde os tempos em que ele se chamava Banco Lógica, no início dos anos 80, e sócio de Daniel há 22 anos, Dório não merecia tamanho mau trato.  A cisão da gestora é fruto que Dório Ferman amadurece há alguns anos, notadamente a partir de 2008, quando passou dois dias preso por conta da Operação Satiagraha. Desde então, enfrenta forte pressão da família para se desvincular de Daniel Dantas, principalmente de seus dois filhos – um mora nos Estados Unidos e o outro, na Inglaterra. O próprio Dório costuma dizer que, se tivesse deixado a sociedade naquela época levando consigo seu valioso quinhão na gestora, teria sob sua administração um volume de recursos cinco vezes maior do que a atual carteira do Opportunity. Faz todo o sentido. O Custo Daniel Dantas é um peso difícil de ser carregado. Se o histórico de litigâncias e polêmicas do banqueiro não tem um impacto ainda maior sobre o desempenho comercial da gestora, isso se deve fundamentalmente à presença cleaner de Dório, além, é claro, de sua reconhecida competência para fisgar clientes e multiplicar riquezas. Apesar dos pesares, cabe ressaltar que o Opportunity é um negócio dos mais prósperos. Só as taxas de administração geram uma receita anual da ordem de R$ 180 milhões, com uma alta rentabilidade devido aos reduzidos custos operacionais. Ainda assim, o negócio mudaria de patamar no caso de uma cisão entre Daniel Dantas e Dório Ferman. A equação é simples: Opportunity menos Dório é praticamente igual a um family office.

#Opportunity

Aos poucos

29/06/2016
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 O atleta olímpico Dório Ferman estaria deixando mansamente suas funções no Opportunity. Vai descansar. Ninguém fez mais por Daniel Dantas no planeta Terra.

#Daniel Dantas #Opportunity

A solidão que assola Daniel Dantas

3/06/2016
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 Apesar de ter vencido todos os processos jurídicos, retirado seu nome da imprensa e diversificado seus negócios, Daniel Dantas não é um homem de aço. Nos últimos tempos, segundo uma fonte do Opportunity, o banqueiro tem estado ainda mais solitário do que o habitual. Dantas praticamente não tem amigos; contam-se nos dedos. Um dos poucos personagens com quem ele desabafa é uma jovem atriz televisiva, apelidada de “Fê”. Uma moça madura para a idade que tem.  Antes que alguém maldiga, a fonte do RR enfatiza que é somente amizade, e todos no Opportunity sabem da respeitosa relação. Ele diz se tratar de uma afinidade comparável à que Luiza Brunet tinha com Mario Henrique Simonsen – aliás, mestre de Dantas. Simonsen gostava de papear com a modelo, que comparecia a lançamentos de livros e eventos em homenagem ao professor.

#Opportunity

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