Tag: Casa Civil
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Política
Rui Costa e Jaques Wagner disputam as prévias da perfídia
12/11/2024
Governo
CVM, Susep e Previc podem virar uma super agência reguladora
6/11/2024Destaque
Governo bate cabeça em relação a metais estratégicos para a transição energética
15/10/2024O que fazer com o lítio, terras raras, grafeno, entre outros? Essa é a discussão que vem sendo travada dentro do governo. O ponto nevrálgico, que provoca maior dissenso, é o grau de ingerência do Estado sobre a exploração de metais estratégicos para a transição energética.
Basicamente, há duas correntes, encabeçadas, respectivamente, pelos ministros de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da Casa Civil, Rui Costa. Silveira defende um modelo de rédeas curtas. Ou seja: uma presença mais aguda do governo na formulação de uma política para esses recursos.
Segundo informações apuradas, Silveira é favorável, inclusive, a que o próprio Estado tenha uma pequena participação acionária em empreendimentos na área, com ênfase no lítio, hoje o mais demandado pelo capital estrangeiro. Seria uma forma do governo manter uma posição em projetos viscerais para a economia do futuro. Silveira não está sozinho. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, pensa de forma similar. Por outro lado, Rui Costa trata a questão com alta dose de pragmatismo.
O pragmatismo de quem tem um PAC, de R$ 1,7 trilhão, para cuidar. Costa é partidário da ideia de que se trata de um contrassenso dar dinheiro a quem não precisa, caso de grandes mineradoras com fácil acesso a crédito internacional, quando o país tem de tocar um caminhão de obras de infraestrutura. A posição do ministro da Casa Civil se baseia também em um cálculo político e eleitoral. Estrada, ponte, casas, rede de esgoto, escola, hospital dão voto; lítio, não.
Até o momento, o que vigora no país está mais para o “modelo Rui Costa”. O Estado tem ficado à margem dos principais movimentos na área dos metais estratégicos, a começar pelo lítio. Este é um jogo que vem sendo jogado por players privados e, majoritariamente, estrangeiros. Entre as companhias já presentes no país figuram a australiana Pilbara Minerals, maior produtora mundial de lítio, e a Atlas Lithium, sediada nos Estados Unidos, mas hoje controlada pelas chinesas Chengxin Lithium Group e Yahua Industrial Group.
Há também a Sigma Lithium. A empresa está sediada em Vancouver, no Canadá. Seu principal acionista é o A10 Fund-FIA, cuja maior cotista é a investidora brasileira Ana Cabral-Gardner, CEO da companhia. Mas, a julgar pelos rumores que circulam no mercado há meses, tudo leva a crer que, em pouco tempo, a Sigma Lithium não será nem canadense nem brasileira. A chinesa CMOC Group e o PIF (Public Investment Company), fundo soberano da Arábia Saudita, são apontados como fortes candidatos à compra do controle da mineradora.
Chineses, árabes, australianos… Gradativamente, o eixo decisório sobre o lítio brasileiro vai deslizando para fora do país. É exatamente o que o ministro Alexandre Silveira e uma parte do governo mais alinhada a ele tentam conter, não apenas no caso do lítio, mas dos demais metais voltados à transição energética e cobiçados pelo mundo. Um caminho seria a entrada em cena do BNDES como sócio de grupos privados de mineração. Outra hipótese, essa bem mais complexa, seria a criação de uma estatal especificamente para metais estratégicos.
Está mais para uma solução de quem não vai solucionar nada. A essa altura, seria uma extravagância intervencionista. De toda a forma, é importante ressaltar que há referências semelhantes nas cercanias, notadamente na Bolívia e no Chile, detentores de aproximadamente 60% das reservas mundiais de lítio. A primeira conta com a Yacimientos de Litio Bolivianos (YLB); o governo chileno, por sua vez, já anunciou a intenção de montar uma empresa pública para encabeçar projetos no setor.
Um terceiro cenário, mais complexo do ponto de vista institucional, seria, digamos assim, persuadir a Vale a entrar na produção de lítio. Sentido faz. A empresa já tem um negócio parrudo em minerais também voltados à transição estratégica, a Vale Base Metals, onde estão concentrados seus negócios globais em níquel e cobre. Seria uma barreira de contenção, impedindo que parcelas cada vez maiores do lítio e de outros metais estratégicos ficassem plenamente nas mãos de players estrangeiros. Aos olhos do governo, ao menos desse governo, a Vale é quase uma paraestatal ou algo do gênero. Para o bem e para o mal.
Destaque
Rombo do Postalis vira uma arma política contra o governo
9/10/2024Quase uma década após a Lava Jato e a CPI dos Fundos de Pensão, a grave crise do Postalis, na esteira de um rombo de R$ 15 bilhões, vem à tona em um momento sensível para o governo. Assessores mais próximos de Lula, notadamente o ministro da Casa Civil, Rui Costa, têm alertado para o risco de o caso ser instrumentalizado politicamente, jogar foco sobre os fundos de pensão e criar uma ambiência desfavorável à retomada dos investimentos dessas entidades em infraestrutura.
Existem motivos concretos para esse receio. Segundo o RR apurou, parlamentares da oposição estão se mobilizando para acionar o TCU, questionando o plano de equacionamento aprovado pelos Correios. A estatal, de um lado, e seus trabalhadores e aposentados, do outro, terão de desembolsar R$ 7,5 bilhões cada um para cobrir o rombo atuarial do Postalis. Isso no momento em que os Correios acumulam um prejuízo de quase R$ 2 bilhões apenas nos últimos 18 meses, sendo R$ 1,3 bilhão no primeiro semestre deste ano.
Alguns congressistas já começam a se mexer para a instauração de uma nova CPI. Um dos principais artífices da ideia é o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro. Em seus cálculos, para começo de conversa, Nogueira já contabiliza como certo o apoio em peso do PL – com seus 92 deputados e seus 14 senadores – ao requerimento de abertura da Comissão Parlamentar.
É aquela velha história das CPIs: sabe-se como começa, mas nunca como termina. O governo não quer pagar para ver e já está empenhado em matar essa eventual serpente ainda no ovo.
Ressalte-se que o déficit atuarial do Postalis se deve, em grande parte, a fatos pregressos, investimentos, digamos, heterodoxos feitos pela entidade entre 2011 e 2016, muitos deles já investigados pela CPI dos Fundos de Pensão. Do ponto de vista da narrativa política, isso é um mero detalhe.
O atual déficit do Postalis e a necessidade dos Correios e dos seus “velhinhos” pagarem a conta já são um prato cheio para a oposição subir o tom e lançar suspeições contra os governos do PT – não é difícil colar nas gestões Lula e Dilma os mandos e desmandos nos fundos de pensão. Para não falar de aliados.
Um exemplo: o senador Renan Calheiros, bastante próximo ao presidente Lula, é alvo de um inquérito do STF que investiga sua suposta participação em um esquema de corrupção no Postalis. O próprio Ciro Nogueira já deu um spoiler do que pode vir a ser o slogan da eventual CPI: em recente entrevista, afirmou que o aporte dos Correios e dos funcionários e aposentados “é a prova de que, com o PT, o crime não apenas compensa, como recompensa”.
Se não inviabiliza, esse script criará embaraços para o governo Lula levar adiante o projeto de usar os fundos de pensão das estatais para turbinar os investimentos em infraestrutura, notadamente no âmbito do PAC. O presidente tem discutido a ideia com os ministros Rui Costa e Fernando Haddad. E já teve ao menos uma reunião formal com os presidentes da Previ. Petros, Funcef e do próprio Postalis para tratar do assunto.
Governo
Falta segurança ao governo para andar com a PEC de Lewandowski
27/09/2024A PEC da Segurança Pública empacou. O Palácio do Planalto já trabalha com a hipótese de encaminhar a proposta ao Congresso apenas no ano que vem. E, mesmo assim, com o risco de o projeto chegar desidratado ao Parlamento, cheio de cortes em relação ao original. No Planalto, o entendimento é que, se o texto for enviado como está, será alvejado por deputados e senadores. O projeto está parado na Casa Civil. As eleições municipais e, sobretudo, a falta de concordância dos governadores são os dois principais óbices ao andamento da PEC. Há também a resistência das próprias forças policiais, a começar pela Polícia Rodoviária Federal, que se opõe a sua transformação em Polícia Ostensiva Federal, conforme a proposta do ministro Ricardo Lewandowski.
Judiciário
Rui Costa, Lewandowski e Messias travam queda de braço por vaga no STJ
25/09/2024O ministro da Casa Civil, Rui Costa, está tentando emplacar um conterrâneo no STJ, na vaga reservada ao Ministério Público. Seu candidato seria o promotor de justiça baiano Roberto de Almeida Borges Gomes. Corre por fora a procuradora de Justiça Sheilla Maria da Graça Coitinho das Neves, também da Bahia. Em tempo: a entrada do onipresente Rui Costa no jogo sucessório tem provocado um certo mal-estar entre os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, e da AGU, Jorge Messias, encarregados pelo próprio presidente Lula de filtrar as indicações para o STJ.
Política
Marcos Pereira abusa do sincretismo na disputa pela presidência da Câmara
8/08/2024O bispo Marcos Pereira é um parlamentar ecumênico. De um lado, Pereira tem mantido intensas articulações com os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Articulação Política, Alexandre Padilha; do outro, grudou em líderes da oposição, notadamente Carlos Jordy e Altineu Cortes, ambos deputados do PL do Rio. Busca o apoio tanto de gregos quanto de troianos a sua eleição para a presidência da Câmara. Pereira foi aliado de Jair Bolsonaro e está na base do presidente Lula no Congresso. Se amanhã o Brasil não tiver mais governo, o bispo licenciado da Igreja Universal será um anarquista, graças a Deus.
Política
Embasa é o novo campo de batalha de Rui Costa e Jaques Wagner
7/08/2024A briga política entre o ministro Rui Costa e o senador Jaques Wagner chegou ao tatame da Embasa, a empresa de saneamento da Bahia. Costa quer derrubar o presidente da estatal, Leonardo Goes, indicado por Wagner. O que se diz em Brasília é que o ministro da Casa Civil já tem dois nomes para o cargo: um executivo egresso de uma grande empresa privada da área de saneamento e o ex-secretário de Administração Penitenciária da Bahia, Nestor Duarte Neto, que o próprio Costa já havia tentado emplacar no comando da Embasa no início de 2023.
Destaque
BNDES desponta como o rebocador financeiro dos leilões de hidrovias
8/07/2024O governo estuda medidas com o objetivo de atrair o maior número possível de investidores para os leilões de concessões hidroviárias. O que está em jogo é um pacote de investimentos da ordem de R$ 5 bilhões, contabilizando-se apenas as quatro primeiras licitações já engatilhadas. Uma das propostas discutidas entre o Ministério dos Portos e Aeroportos e a Casa Civil é o apoio do BNDES aos futuros operadores das hidrovias. A participação do banco poderia se dar de duas formas: no modelo convencional, por meio de uma linha de crédito, ou por intermédio de debêntures incentivadas de infraestrutura.
Nesse caso, o BNDES garantiria a compra de uma parcela expressiva dos papéis emitidos pelas concessionárias. Este é um instrumento que tem sido crescentemente usado pelo banco, notadamente na área de saneamento. No ano passado, a agência de fomento subscreveu 26% das debêntures de infraestrutura lançadas no Brasil, o equivalente a R$ 18 bilhões. Além do BNDES, há informações de que o governo pretende utilizar também os fundos constitucionais – notadamente o FNO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Norte) e o FCO (Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Centro-Oeste) – para viabilizar os investimentos nas hidrovias. No momento, a Hidrovias do Brasil, agora sob o comando do Grupo Ultra, é dado como um nome certo nos leilões. É pouco.
O governo quer estimular a participação de grandes grupos da área de infraestrutura que ainda não operam nesse segmento. No próprio Ministério dos Portos e Aeroportos são citados os nomes da CCR e da dupla Equipav/Perfin Investimentos. Há quem veja também a possibilidade de atrair conglomerados do agronegócio, como o Grupo Amaggi.
O primeiro leilão no pipeline é o da Hidrovia do Rio Madeira, um corredor logístico vital para o escoamento da produção de grãos, notadamente do Mato Grosso. Hoje, circulam pelo manancial cerca de 12 milhões de toneladas de commodities agrícolas por ano. A estimativa é que, com os investimentos do futuro operador privado na dragagem do rio, esse número chegue a 20 milhões de toneladas/ano até 2034. Todo o processo de audiências públicas será concluído ainda neste ano.
O mesmo se aplica ao aval dos órgãos de controle, que deverá ser obtido até dezembro. Caso esse cronograma seja cumprido à risca, o governo pretende realizar o leilão no primeiro trimestre de 2025. Será o teste de fogo. Na Casa Civil e no Ministério dos Portos e Aeroportos, o entendimento é que a licitação do Rio Madeira vai regular a temperatura dos três outros certames previstos para o ano que vem – as hidrovias do rio Paraguai, no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, da lagoa Mirim, no Rio Grande do Sul, e da Barra Norte, no Amapá, na foz do Rio Amazonas, próximo ao Oceano Atlântico.
Governo
Regra do FGTS vira uma queda de braço entre Rui Costa e Luiz Marinho
8/07/2024“Falem com o Rui Costa”. É nessa linha que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, tem reagido, em reuniões fechadas, à pressão de líderes sindicais por modificações na regra do saque do FGTS. Marinho encaminhou ao Palácio do Planalto um projeto de lei permitindo ao trabalhador demitido resgatar o valor restante na conta vinculada do Fundo mesmo após aderir à modalidade do saque-aniversário. Pela norma atual, aqueles que optam pelo saque-aniversário e perdem o emprego só podem ter acesso aos recursos após dois anos.
No entanto, segundo o próprio ministro, a proposta de mudança foi colocada em banho-maria pela Casa Civil. Por que motivo? O que corre dentro do próprio governo é que Rui Costa teria ficado irritado por Marinho anunciar publicamente o projeto antes encaminhá-lo à Casa Civil. Sentido faz. Não custa lembrar que, no ano passado, durante reunião ministerial, Lula passou um pito em todos os presentes, afirmando que eles não deveriam divulgar nenhuma medida ou mesmo proposta antes de submetê-la à Casa Civil.
Destaque
Terras na Amazônia provocam cisão no governo
6/06/2024Abrir ou não uma nova frente de embate com o Congresso e o agronegócio? Essa é a discussão que está provocando fissuras no governo. O dilema se refere à Lei 14.757/2023, que flexibilizou as regras para a concessão de títulos fundiários na Amazônia. A ala política, notadamente o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, trata com pragmatismo o duro revés sofrido pelo Palácio do Planalto na semana passada.
Ambos defendem que o governo deve engolir a seco a derrubada, pelos parlamentares, de todos os dez vetos do presidente Lula à nova legislação. Consta que a recomendação de cessar-fogo é compartilhada também pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Do outro lado, no entanto, está a banda do governo mais ideológica, disposta, na pior das hipóteses, a vender caro a derrota.
O que se diz em Brasília é que a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, defendem a imediata judicialização do caso. Ambos vocalizam, respectivamente, pressões de ambientalistas e do MST. O entendimento é que a nova legislação vai abrir a porteira para a boiada passar, permitindo a legalização da grilagem de terras na Amazônia Legal, com um considerável risco de agravamento dos conflitos fundiários na região.
O ponto mais sensível foi a extinção das chamadas cláusulas resolutivas, as condições impostas àqueles que receberam títulos de assentamento até 2009 para ocupar terras públicas destinadas à reforma agrária. Além de Marina Silva e Paulo Teixeira, a ofensiva judicial teria também o apoio do ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias. Há informações, inclusive, de que a AGU já estaria rascunhando uma Ação Indireta de Inconstitucionalidade, a ser levada ao STF.
Nesse caso, o órgão poderia jogar de tabelinha com o próprio Ministério Público Federal, que, segundo o RR apurou, também estuda medidas judiciais. A primeira sinalização nesse sentido veio, no início da semana, da parte do procurador regional dos Direitos do Cidadão de Rondônia, Raphael Bevilaqua, que declarou publicamente que a nova lei vai beneficiar latifundiários e especuladores imobiliários.
E o que pensa árbitro-mor em relação à divisão interna do governo? Por ora, o presidente Lula tem ouvido as considerações e recomendações tanto de um lado quanto do outro com um “pode ser. Vamos falar”. Quem conhece de perto o petista sabe que a frase pode ser traduzida como um “melhor deixar esse negócio para lá”.
RR Destaques
Congresso, Forcas Armadas e eleições
9/02/2024Em um cenário político institucional que se movimenta muito rapidamente, desde ontem, a sexta feira projeta novos desdobramentos, de curto prazo:
1) A questão parlamentar
A oposição tenta se movimentar, por meio de seus deputado e senadores (destaque para Rogério Marinho), mas vê-se, até o momento, soterrada pela quantidade de informações divulgadas; pela posição no fundo favorável às investigações do presidente do Senado e pelo receio de lideranças do Centrão em entabularem qualquer iniciativa ou declaração.
Custa a crer que seja coincidência que, justamente nesse ínterim, o presidente Lula chame Arthur Lira para um café da manhã, no qual garantiu uma “linha direta” entre os dois. O presidente parece responder a um ponto levantado recentemente pelo Destaques: não quer partir para o conflito com Lira e, sim, negociar em uma posição favorável.
Ora, qual o melhor momento para fazê-lo do que quando percebe a oposição em um horizonte muito delicado, que pode ajudar a jogar mais parlamentares no colo do governo?
Lula busca trazer Lira para perto, apontando para acordos que interessam ao presidente da Câmara mas, ao fazê-lo, enfraquece as possibilidade de reação política às operações da PF. E indica que ele terá mais a ganhar perto do Planalto do que com acenos para um grupo político que pode ficar sem discurso no Parlamento (ainda que não necessariamente nas ruas).
Lira é experiente, não é “domesticável” e fará seu próprio jogo. Tanto que conseguiu “ultrapassar” Padilha e passará a ter como interlocutor o próprio Lula, ou o ministro da Casa Civil, Rui Costa (além de Haddad).
Mas, se a iniciativa der certo, o presidente pode ganhar margem para distensionar a relação com a Câmara e facilitar a agenda da Fazenda. Cuja prioridade, imediata, é “derrubar” (ou ao menos desidratar) o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perde).
2) A questão militar
Não se entra aqui em nenhum julgamento prévio e, sim, nos fatos políticos e de comunicação, mas cria-se definitivamente um horizonte de “enquadramento” de indivíduos e setores das Forças Armadas que se aproximaram do ex-presidente Bolsonaro.
A continuidade dos áudios e mensagens mostrando críticas e mesmo ataques internos no círculo militar, além de possíveis incentivos à insubordinação, parecem minar a tendência de reação corporativa. Um exemplo nítido é o comandante do Exército, general Tomás Paiva, criticado duramente em uma mensagem atribuída ao general Braga Netto.
O resultado será turbulento, se manterá delicado e pode oscilar, dependendo, também, da condução que será dada ao caso pelo ministro Alexandre de Moraes. Entretanto – e tal fato já está sendo claramente percebido pela base governista nas redes – parece estar em curso a maior ação do poder civil sobre figuras militares desde o início da redemocratização (vide desde sempre).
Ainda que não estejam em jogo as instituições (algo que o governo já evitava a todo custo e continuará a evitar), a quantidade de generais, alem de comandantes de tropas, e as acusações associadas à uma tentativa de golpe de estado (novamente, incluindo possíveis insubordinações dentro da cadeia de comando das Forças) dão ao tema um caráter estrutural e simbólico.
É como se, tendo o Planalto optado por evitar a continuidade de polêmicas e atritos potenciais, a Justiça (leia-se PF, STF e, agora, PGR, o que ajuda à comunicação) agisse para romper, de maneira muito definitiva e ostensiva, qualquer linha de sombra/dúvida entre as esferas militar e civil, no âmbito das atribuições de Estado e o regime democrático.
3) A questão eleitoral
Esse talvez seja a maior incógnita, embora já movimente a cabeça de todo o mundo político. O núcleo central de apoio ao presidente Bolsonaro, que representa uma fatia muito importante do eleitorado, vai sustentá-lo, corroborando a argumentação de perseguição política.
Nesse sentido, é preciso ter em mente a capacidade de mobilização nas redes do ex-presidente, que inúmeras vezes sofreu revezes pesados, que pareciam irreversíveis por dias a fio, apenas para conseguir reorganizar sua base mais à frente.
É certo, aliás, que conseguirá fazê-lo novamente. O problema, aqui, é a escolha que isso pode impor a seus aliados. Daqui para a frente tende a se tornar muito mais difícil o tipo de apoio com “um pé em cada canoa”, como o do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes.
Com as acusações diretas de planejar um golpe de estado pairando sobre o ex-presidente e diversos aliados, isso pode, simultaneamente, alienar um eleitorado de centro (como Nunes busca em São Paulo) e não engajar os eleitores do próprio Bolsonaro. Nunes é um exemplo muito em foco, mas trata-se de um “dilema” que será vivido por muitos pré-candidatos e parlamentares.
Governo
Miriam Belchior quer reeditar dobradinha com ex-presidente da Caixa
31/01/2024Miriam Belchior, secretaria executiva da Casa Civil, quer levar Maria Fernanda Coelho para o Ministério. A ex-presidente da Caixa Econômica dividiria com a própria Miriam a gestão de projetos do “Novo PAC”. Ambas são próximas não é de hoje.
No governo Dilma Rousseff, fizeram uma afinada dupla na condução do Minha Casa, Minha Vida e de empreendimentos do “velho PAC”. À época, Miriam Belchior ocupava o Ministério do Planejamento, e Maria Fernanda Coelho estava à frente da CEF. Em tempo: tudo muito bom, tudo muito bem, mas a eventual reedição da dobradinha pode provocar ruídos dentro do próprio PT.
Maria Fernanda deixou recentemente o posto de nº 2 da Secretaria Geral da Presidência da República, comandada pelo petista Marcio Macedo. Poucos dias antes, Maria Fernanda teria se recusado a assinar o pagamento de passagens a três servidores que acompanharam um evento pré-carnavalesco no Sergipe, lócus político do ministro. Nos bastidores, auxiliares próximos a Macedo atribuem a autoria do vazamento da informação à própria Maria Fernanda.
Destaque
Casa Civil estuda realizar um amplo inventário das obras paradas no Brasil
29/01/2024Dentro da Casa Civil, responsável pela gestão do “Novo PAC”, começa a ganhar corpo a ideia de uma minuciosa auditoria das obras públicas paradas em todo o país. O inventário contemplaria todos os projetos de infraestrutura que contam com recursos federais, uma grande massa de empreendimentos em sua maioria nas mãos dos governos estaduais e, principalmente, de prefeituras. O ministro Rui Costa enxerga múltiplas valias na iniciativa.
A primeira delas, stricto sensu, é servir com um balizador para os investimentos públicos em infraestrutura. O mapeamento permitiria ao governo separar o joio do trigo. Ou seja: definir os projetos que são efetivamente prioritários para o país e precisam ser retomados e aqueles que podem ser postergados ou mesmo perderam o sentido e devem ser interrompidos de vez.
Além disso, a medida permitiria à gestão Lula criar um fato político de razoável potência. A estratégia seria levar esse amplo relatório ao Legislativo, uma forma de o governo não assumir sozinho a decisão das obras a serem retomadas ou descartadas. Esse movimento permitiria ao Executivo dividir com o Congresso a responsabilidade sobre a distribuição dos recursos federais para a área de infraestrutura. Ou, na pior das hipóteses, constranger o Senado e a Câmara a discutir o assunto. Ainda que por tabela, seria uma maneira de envolver também governadores e prefeitos – em última instância, os parlamentares representam suas bases estaduais e municipais.
O Brasil é um canteiro de obras às escuras. Não há clareza nem mesmo sobre a quantidade de construções paralisadas no país. O número mais recente, a partir de levantamento do TCU, aponta 8,6 mil empreendimentos parados, de um total de 21 mil projetos que contam com recursos federais.
Significa dizer que 41% das obras públicas estão suspensas – em 2020, esse índice era de 29%. Ao todo, essas intervenções já consumiram mais de R$ 8,2 bilhões apenas em dinheiro da União. Hoje, é grana a fundo perdido. O segmento mais atingido é o de educação: são mais de 3,5 mil projetos parados. Em setembro do ano passado, o governo Lula chegou a lançar um Pacto Nacional pela Retomada de Obras e de Serviços de Engenharia Destinados à Educação Básica.
Destaque
Casa Civil busca no passado da Petrobras e da Vale um futuro para a produção de fertilizantes
10/01/2024Para quem gosta de projetos estatais, um novo empreendimento tem encantado Rui Costa, ministro da Casa Civil. A ideia é reduzir barbaramente o déficit de fertilizante, algo que não faz sentido em um país que se tornou uma potência agrícola. A composição do projeto é bastante complexa: mistura Petrobras, Vale e seus respectivos fundos de pensão – Petros e Valia, fundos de estatais entre outros parceiros. A ideia de Costa é jogar todos esses elementos no mesmo caldeirão e formar uma joint venture para a produção de NPK (nitrogênio, potássio e fosfato, principais insumos dos fertilizantes).
O projeto é grandioso: o maior da América Latina, com sobras. Na verdade, em parte, seria uma volta ao passado. A Petrobras já foi a maior produtora de nitrogênio do Brasil; e a Vale, de fosfato. Gestões beócias em ambas as empresas tiraram os dois gigantes do negócio. No caso da Petrobras, foi ainda pior: a estatal simplesmente fechou sua subsidiária no setor, a Petrofértil. Pois bem, antes desse mastodôntico e inevitavelmente polêmico plano de uma megaempresa de fertilizantes, há uma boa nova: a Petrobras, devagarinho, devagarinho, está voltando ao setor. Fechou contrato com a Unigel – que não vai bem das pernas – para produção dos insumos.
Hoje o Brasil importa quase a totalidade dos fertilizantes que consome. Portanto, o empreendimento é de demanda garantida. Haveria ainda um business derivativo: criar uma empresa coligada de terras raras, um subproduto de fosfato. O Brasil é a terceira maior reserva desse complexo de minérios, que congrega césio, vanádio, tório, ítrio etc. Simplesmente todos os produtos sofisticados, da bateria para carros elétricos até a TV Led de última geração usam terras raras. Se fosse na China, essa empresa já existiria. O país asiático é o maior detentor de reservas de terras raras do mundo. A pergunta que não quer calar: será que o setor privado, chamado para tocar o projeto, com o devido apoio, não daria conta disso?
Destaque
Há digitais suspeitas na produção da nova carteira de identidade
1/12/2023O RR apurou que Rui Costa já afinou sua escolha para o comando do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), vinculado ao Gabinete Civil. Sua lista tem dois nomes. Mas há um preferido: Enylson Camolesi, assessor da presidência da Dataprev – conforme informou o portal Capital Digital. No entanto, segundo o RR apurou, há uma espécie de “PPP” formada para barrar a indicação.
Nessa parceria, o “P” de privado se refere a duas grandes empresas de tecnologia, especializadas na área de certificação digital, que trabalham para emplacar um representante do setor na presidência do ITI.
Por sua vez, o “P” de público é representado pela Câmara-Executiva Federal de Identificação do Cidadão (CEFIC), ligada ao Ministério da Gestão e da Inovação. O que se diz nos bastidores é que dirigentes da Cefic também fazem pressão no governo contra a indicação de Camolesi para o ITI. O nome alternativo também tem relacionamento com Costa. Em contato com o RR, a Casa Civil informou que “não comenta especulações sobre possíveis indicações para cargos no Governo Federal.”.
Tamanho interesse pela sucessão do ITI estaria ligado a um fator: a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN). Datas e medidas parecem se encaixar de forma perfeita. Perfeita demais. Em meio à queda de braço pela indicação do presidente do ITI, na última segunda-feira, dia 27, a Presidência da República editou o decreto nº 11.797, que definiu novas atribuições para o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação. A autarquia terá a responsabilidade de “propor à Cefic a regulamentação dos processos de credenciamento, homologação, auditoria e fiscalização dos entes públicos e privados sobre sistemas biométricos, de personalização e de gráficas no âmbito da expedição da Carteira de Identidade”, “operacionalizar os processos” e “disponibilizar infraestrutura para integração de dados biométricos e biográficos do Serviço de Identificação do Cidadão”.
Ou seja: na prática, ITI e Cefic terão poderes para ditar o processo de produção da Carteira de Identidade Nacional, com as regras que deverão ser seguidas pelos órgãos estaduais de identificação. Regras essas que poderão colocar ou tirar empresas de certificação digital do páreo.
Suspeições cercam o processo de produção da nova carteira de identidade desde o governo Bolsonaro, conforme o RR já informou. No setor, há denúncias de que empresas privadas têm interferido na elaboração das normas para a confecção do documento. E que alguns dos parâmetros em discussão seriam feitos sob medida para beneficiar determinados players. Consultada sobre as suspeições em torno da CIN, a Casa Civil limitou-se a dizer que “o Governo Federal não atua para favorecer empresas”. Somam-se ainda seguidos adiamentos de prazo e falhas técnicas nos testes de implantação do documento.
Governo
A Ceitec ganhou uma sobrevida. Mas onde está o dinheiro?
22/11/2023Convencer o presidente Lula e a Casa Civil a suspender o processo de extinção da Ceitec foi a parte mais fácil da história. Agora, é que são elas: a ministra da Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, tenta costurar dentro do governo a liberação de verba extra para a retomada das atividades da fabricante de chips. O orçamento de 2024 prevê apenas R$ 110 milhões para tudo, custeio e investimentos. Não dá nem para a saída: estima-se que serão necessários pelo menos R$ 300 milhões para efetivamente viabilizar a produção de semicondutores. Até hoje, a Ceitec produziu apenas um equipamento de tecnologia mais simples, para o rastreamento de gado. E já faz tempo: a fábrica está desativada há dois anos e oito meses.
Destaque
Flavio Dino quer transformar Força Nacional em uma polícia permanente
20/10/2023O ministro Flavio Dino trabalha por uma mudança no arcabouço legal que rege a Força Nacional de Segurança (FNS). As discussões travadas no Ministério da Justiça passam por dois pontos principais. O primeiro deles é a transformação da FNS em uma guarda federal permanente. Da forma como foi concebida e é mantida até hoje, a corporação é um fio solto, quase um remendo, na rede de segurança pública do Estado.
Trata-se de uma guarda provisória, sem efetivo fixo e dependente da convocação de terceiros – notadamente policiais militares e civis e bombeiros. A outra mudança idealizada por Dino é mais complexa, tanto do ponto vista legal quanto político. O ministro da Justiça pretende alterar a legislação com o objetivo de dar poderes ao governo federal para o uso da corporação em todo o país.
Atualmente, a legislação é dúbia. De acordo com o Decreto nº 7.957, de 2013, que alterou o Art. 4o do Decreto nº 5.289, “a Força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em qualquer parte do território nacional, mediante solicitação expressa do respectivo Governador de Estado, do Distrito Federal ou de Ministro de Estado”. Ou seja: em tese, o ministro da Justiça teria a prerrogativa de determinar o envio de tropas da FNS para as unidades da federação. No entanto, desde 2020, o entendimento do STF é que o Decreto 5.289 “viola o princípio da autonomia estadual ao dispensar a anuência do governador no emprego da Força Nacional”.
Naquele mesmo ano, a Suprema Corte determinou a retirada de agentes da FNS da Bahia, que haviam sido deslocados para o estado sem a concordância do então governador e hoje ministro da Casa Civil, Rui Costa. Os assessores de Dino estudam o caminho jurídico possível para dar ao governo federal o poder sobre a utilização da Força Nacional: se bastaria uma alteração no projeto de lei 11.473/07, que disciplina a atuação da FNS, ou se eventualmente seria necessária a tramitação de uma PEC. De antemão, já há sinais de que a articulação política do governo entrou em campo com o intuito de mudar a legislação. O relatório final da CPMI do 8 de janeiro propõe que o Ministério da Justiça possa convocar unilateralmente a Força Nacional sem a necessidade de pedido expresso de um governador.
Flavio Dino defende também o aumento do efetivo da FNS. A proposta de transformação em uma guarda permanente teria como maior objetivo justamente viabilizar a contratação de agentes e a montagem de uma tropa fixa, sem depender do “puxadinho” que é a convocação de policiais e bombeiros disponíveis nos estados. A atual presença da FNS no Rio de Janeiro é um bom exemplo do quanto o cobertor é curto.
A corporação tem algo em torno de 1,8 mil integrantes para atuar em todo o país. Desses, cerca de 300 foram deslocados para o Rio. No entanto, apenas 100 agentes estão em serviço simultaneamente devido ao sistema de escala e a necessidade de períodos de descanso.
Destaque
Atrasos na CFEM provocam reação de governadores e prefeitos
22/08/2023A CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais) está provocando um atrito federativo. A Agência Nacional de Mineração (ANM) tem atrasado seguidamente o repasse a estados e municípios do quinhão que lhes cabe nos recursos arrecadados com o tributo. No momento, segundo o RR apurou, os valores retidos seriam da ordem de R$ 300 milhões, referentes aos meses de maio e junho. Os governadores do Pará, Helder Barbalho, e de Minas Gerais, Romeu Zema, têm cobrado do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e da ANM a liberação dos recursos arrecadados. Os dois estados respondem por mais de 80% da arrecadação da CFEM. O coro dos insatisfeitos é engrossado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM), que já enviou ofícios à agência reguladora. O RR fez seguidas tentativas de contato com a ANM, mas o órgão não se manifestou até o fechamento desta matéria.
Nos bastidores, a agência estaria atribuindo o atraso nos repasses à demora na regulamentação da Lei 14.514/2022, que altera os critérios de distribuição da derrama da CFEM entre União, Estados e Municípios. O assunto ricocheteia nos gabinetes de Brasília desde o governo Bolsonaro. Após inúmeras idas e vindas, a lei foi aprovada no fim de 2022. Mas, somente na quinta-feira passada, oito meses depois, o Ministério de Minas e Energia encaminhou à Casa Civil o texto do decreto que regulamenta a nova legislação. Ainda que ele seja publicado com celeridade, há ritos a serem cumpridos para a sua plena entrada em vigor: a ANM terá, por exemplo, de promover audiências públicas. Nessa toada, há o risco de que as novas regras só passem a valer a partir do ano que vem. Estados e municípios querem que o pagamento seja normalizado agora. Mesmo porque há um outro impasse nessa história: governadores e prefeitos das cidades beneficiados temem que a nova Lei tenha efeito retroativo. Ou seja, venha a ser aplicada na divisão dos recursos retidos pela ANM, mesmo que o recolhimento do tributo tenha sido feito antes da regulamentação e, portanto, sob as regras anteriores. A mudança na legislação vai aumentar o número de municípios com direito aos repasses, diminuindo, assim, o volume de recursos transferido a cada Prefeitura.
Infraestrutura
Casa Civil “municipaliza” conversas sobre o Novo PAC
11/07/2023Além da rodada de reuniões com governadores, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, terá nos próximos dias uma série de conversas com prefeitos para definir a lista final de projetos incluídos no “Novo PAC”. As discussões serão travadas com as principais lideranças da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), entre os quais Eduardo Paes, do Rio de Janeiro, Ricardo Nunes, de São Paulo. Além de ampliar a relação de obras contempladas, Costa vai fazer o que mais tem feitos ultimamente: política. O Palácio do Planalto enxerga a aproximação com os chefes do executivo municipal fundamental para adensar o apoio de partidos do Centrão no Congresso. O esforço não vem de hoje. Em março, o próprio presidente Lula compareceu à posse da nova diretoria da FNP, quando anunciou investimentos de mais de R$ 23 bilhões em infraestrutura nesse ano
Política
Washington Quaquá vira alvo de Rui Costa e Alexandre Padilha
10/07/2023O que se diz no Palácio do Planalto é que os ministros da Casa Civil, Rui Costa, e da Articulação Política, Alexandre Padilha, trabalham para esvaziar o deputado federal Washington Quaquá (PT-RJ). O objetivo é reduzir seu poder de influência nas negociações com o Congresso. Dentro do próprio partido, Quaquá tem causado incômodo pela excessiva proximidade com o presidente da Câmara, Arthur Lira, pecha, inclusive, que repousa sobre outros parlamentares petistas neste momento, como José Guimarães. Mas, como se sabe, o PT é uma coisa e Lula é outra. Talvez Quaquá esteja cumprindo uma missão que nem Costa nem Padilha têm conseguido desempenhar a contento.
Infraestrutura
As sístoles e diástoles na negociação do Galeão
3/07/2023A Changi International tem adotado uma estratégia de “morde e assopra” em relação ao Galeão. Publicamente, os dirigentes da empresa manifestam interesse de permanecer à frente do Aeroporto Internacional do Rio; por trás da coxia, no entanto, o grupo de Cingapura subiu o tom das conversas com o Ministério dos Portos e Aeroportos e a Casa Civil, colocando sobre a mesa os valores do pedido de indenização. A Changi alega ter direto algo em torno de R$ 2,4 bilhões por investimentos realizados no Galeão caso deixe a operação. Há ainda uma discussão relativa ao valor de outorga: os asiáticos condicionam a possibilidade de permanência no negócio a uma renegociação do montante a ser pago neste ano – em torno de R$ 1,3 bilhão. O governo federal é contra. O RR entrou em contato com a Rio Galeão, mas a empresa não se manifestou.
Política
Gleisi faz campanha por Wellington Dias na Casa Civil
27/06/2023A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem jogado mais óleo fervente na fritura do ministro da Casa Civil, Rui Costa. No entorno do presidente Lula, Gleisi tornou-se uma das vozes favoráveis não apenas à demissão de Costa, mas à indicação do ex-governador Wellington Dias para o seu lugar. Essa movimentação de peças se casa com a ideia que o próprio Lula vem matutando de entregar a gestão do Bolsa Família a um aliado de Arthur Lira. A saída de Dias da Pasta do Desenvolvimento Social abriria caminho para a chegada de um nome indicado pelo presidente da Câmara. Seria um prêmio de consolação – dos mais valiosos. Como se sabe, Lira queria mesmo o Ministério da Saúde. No entanto, como se sabe mais ainda, para a Lula a ministra Nísia Trindade, referência internacional na área, é intocável.
Infraestrutura
“Novo PAC” é uma fotocópia esmaecida do “Velho PAC”
19/06/2023O primeiro grande desafio do “Novo PAC” é vencer a desconfiança ao seu redor. Segundo o RR apurou, os governadores do Nordeste e do Centro-Oeste que já se reuniram com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, para tratar do assunto saíram do encontro com a sensação de que o programa não passa de um arremedo do “velho PAC”. Até o momento, o que existe basicamente é um refogado de obras antigas. Sabe-se que existem no país cerca de 14 mil obras paradas. Algumas estão contempladas no plano do governo. Mas os critérios de retomada são difusos. Não está claro, por exemplo, quais as paralisias que se deram por motivos técnicos, financeiros ou mesmo políticos, assim como as que têm sinergia com eixos regionais mais longos, facilidade logística e integração social-ambiental e geração de valor adicionado nas localidades.
Trata-se de um amontado de intenções agrupadas por setores que o governo acha relevante, mas sem racionalidade econômica. Não há plano, cronograma e muito menos definição das fontes de onde virão os recursos necessários. Este é um dos pontos que mais preocupa os governadores: não se sabe, por exemplo, que papel o BNDES terá no “Novo PAC” – ainda que escala menor, o mesmo se aplica a agências de fomento locais, como Banco da Amazônia e Banco do Nordeste, e aos fundos de desenvolvimento regional, tais quais o FDNE (Nordeste), FDA (Amazônia) e FDCO (Centro-Oeste).
Outro ponto que causa apreensão entre os governadores é a ausência de critérios para a escolha dos projetos prioritários nos respectivos estados. Há unidades da federação que somam mais de 60 empreendimentos relacionados na pré-lista elaborada por Rui Costa, sem que a Casa Civil tenha estabelecido uma hierarquia ou um senso do que é mais urgente ou não.
Judiciário
Coalizão baiana por vaga no STJ
16/05/2023O ministro da Casa Civil e ex-governador, Rui Costa, trabalha dentro do Palácio do Planalto pela indicação do advogado baiano André Godinho ao STJ, na vaga deixada por Felix Fischer. Godinho é um dos 34 nomes da lista inicial apresentada pela OAB para a cadeira. Trata-se de uma família próxima a lideranças petistas. Seu irmão, Bruno Godinho, foi procurador-chefe da AGU na Bahia durante o governo de Jaques Wagner. Em 2016, já na gestão de Dilma Rousseff, Bruno esteve cotado para assumir a própria AGU.
Destaque
Irregularidades levam governo a travar a nova carteira de identidade
6/03/2023A decisão do governo de postergar o prazo de implantação da Carteira de Identidade Nacional (CIN) em todo o país não se deve apenas à dificuldade dos estados em se adaptar às novas regras. Esse é o “menor” dos problemas. O adiamento tem motivações mais graves. Segundo o RR apurou, o Ministério da Justiça teria identificado irregularidades no processo de produção da CIN. Na Pasta, há quem se refira ao projeto como uma “arapuca” deixada pelo governo Bolsonaro. A equipe do ministro Flavio Dino apura denúncias de que os requisitos estabelecidos pela Câmara Executiva Federal de Identificação do Cidadão (Cefic), então subordinada à Secretaria Geral da Presidência, teriam sido feitos sob medida, quase on demand. Entre as inúmeras companhias habilitadas pelos estados para produzir carteiras de identidade, apenas duas delas atendem a todos os critérios técnicos para a fabricação da CIN. Segundo informações que circulam no governo, há suspeitas de que players privados interferiram, ou pior, praticamente ditaram os parâmetros para a confecção dos documentos, tirando vários concorrentes do game. De acordo com as regras elaboradas pelo governo anterior, até mesmo a Casa da Moeda estaria alijada do projeto – conforme o RR antecipou. O RR enviou uma série de perguntas ao Ministério da Justiça, que não se pronunciou.
Todas as unidades da federação deveriam implementar a nova carteira de identidade neste mês. Esse prazo, no entanto, foi adiado para 6 de novembro deste ano. Na prática, o governo Lula vai reiniciar todo o processo praticamente do zero. Segundo o RR apurou, os Decretos nº 10.900/21 e 10.977/22, que tratam, respectivamente, da criação da Câmara Executiva Federal de Identificação do Cidadão (Cefic) e do modelo da nova carteira, serão revistos. Essa informação, inclusive, foi confirmada por um representante da própria Cefic em um grupo de WhatsApp que reúne dirigentes dos institutos estaduais identificação. Segundo as mensagens, às quais o RR teve acesso, o governo convocará para abril uma “reunião de alinhamento” com os órgãos públicos do setor.
As suspeições em torno da CIN também levaram o governo a acelerar a troca de nomes na Cefic e a sua própria mudança dentro do aparelho de Estado. No governo Bolsonaro, a Câmara estava vinculada à Secretaria Especial de Modernização do Estado, por sua vez ligada diretamente ao então secretário geral da Presidência, general Luiz Eduardo Ramos. Segundo o RR apurou, a Casa Civil, do ministro Rui Costa, passará a coordenar todo o projeto. A Cefic, por sua vez, foi transferida para a Secretaria de Governo Digital, dentro do recém-criado Ministério da Gestão e Inovação, comandado por Esther Dweck. Tudo, ressalte-se, passa também pelo Ministério da Justiça. O sistema de produção da nova CIN está abrigado na Pasta. Além disso, a Justiça é responsável por concentrar o cadastro de identificação de todos os estados brasileiros, na maioria dos casos a cargo das Secretarias de Segurança Pública. Ou seja: a equipe de Dino tem mais do que razões para colocar uma lupa sobre as estranhas digitais na nova carteira de identidade do brasileiro.
Como se não bastassem as suspeições, os testes para a produção da CIN têm sido marcados por graves falhas de ordem técnica. Segundo informações apuradas pelo RR, em meados de fevereiro houve um erro na geração de QRCode que paralisou a confecção e entrega da carteira em vários estados, como Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Goiás e Acre, além do Distrito Federal.
Política
Rui Costa invade a jurisdição de outros Ministérios
2/03/2023A concentração de poderes sob o guarda-chuva de Rui Costa, ministro da Casa Civil, está provocando atritos interministeriais. Os mais insatisfeitos são os ministros dos Transportes, Renan Filho, e de Portos e Aeroportos, Marcio França. Segundo o RR apurou, Costa vem conduzindo negociações relacionadas às respectivas áreas sem envolver as duas Pastas. Um exemplo: nos últimos dias, o secretário de Assuntos Federativos da Casa Civil, André Ceciliano, tem feito reuniões com governos estaduais para discutir a liberação de verbas federais para projetos ferroviários e portuários previstos no PAC sem passar pelos dois ministérios. Se o critério é prestígio e proximidade com o presidente Lula, muito provavelmente Rui Costa vai continuar atropelando Renan Filho e Marcio França.
Justiça
O candidato de Rui Costa para o STJ
23/02/2023A indicação dos dois novos ministros do STF é um jogo que, em grande parte, vem sendo jogado no 4º andar do Palácio do Planalto, mais precisamente no gabinete do ministro da Casa Civil, Rui Costa. O ex-governador da Bahia trabalha pela indicação do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, Nilson Castelo Branco. O magistrado, no entanto, tem um “adversário” conterrâneo: o atual presidente do TRE-BA, Roberto Frank.
Política
A volta dos que não foram no Ministério da Ciência e Tecnologia
17/01/2023O ministro da Casa Civil, Rui Costa, anulou a Portaria nº 57, de 1º de janeiro, que decretou uma leva de exoneração de diretores de institutos e autarquias vinculadas ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Com isso, todos os 27 nomes afastados voltaram aos cargos anteriores. Um dos primeiros atos assinados pelo presidente Lula, a Portaria causou forte reação dentro da Pasta. Parcela expressiva dos diretores foram eleitos, cumprem mandato e não poderiam ser exonerados. A insatisfação interna foi ainda maior pelo constrangimento a que os servidores foram submetidos: a maior parte deles soube do afastamento na manhã do dia 2 de janeiro, durante a própria cerimônia de posse da ministra Luciana Santos, conforme o RR informou.
Política
Rui Costa monta a sua “Super Casa Civil”
6/01/2023O ministro Rui Costa quer aumentar ainda mais o poder da Casa Civil. Segundo o RR apurou, Costa tem defendido que a Infra S.A, criada na gestão Bolsonaro, seja desfeita, com a consequente reativação das duas estatais que lhe deram origem – a Valec e a EPL (Empresa de Planejamento e Logística). O ministro quer levar esta última para a Casa Civil. A EPL passaria a ser um órgão voltado à formulação de projetos vinculados ao PPI (Programa de Parcerias de Investimento) e ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), ambos já sob o guarda-chuva do Ministério. Ressalte-se que alguns dos empreendimentos incluídos no PPI começaram a ser gestados dentro da EPL. Em tempo: e a Valec? Uma vez recriada, a estatal permaneceria no Ministério dos Transportes, sob o comando do ministro Renan Filho.
Política
Miriam Belchior fica com o PPI
26/12/2022O futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, deverá anunciar nos próximos dias a transferência do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos) para a sua Pasta. É uma vitória pessoal de Miriam Belchior, escolhida para ocupar a Secretaria Executiva do Gabinete Civil. Durante os trabalhos da equipe de transição, Miriam, que vai assumir as rédeas do PPI, foi a principal defensora da transferência.
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Compliance da Petrobras cria obstáculos a novos conselheiros
23/06/2022Se o Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras seguir à risca o relatório que está sendo produzido pelo setor de compliance, o Palácio do Planalto vai perder mais uma. Segundo o RR apurou junto a fontes da empresa, a área de conformidade vai apontar, no chamado background check de integridade (BCI), óbices à indicação do secretário executivo da Casa Civil, Jonathas Assunção, e do procurador-geral da Fazenda Ricardo Soriano de Alencar para o board. A análise interna vai corroborar que ambos não estão em conformidade com o artigo 17 da Lei das Estatais, que impede a indicação para o Conselho de “titular de cargo de natureza especial ou de direção e assessoramento superior na administração pública”.
Em conversas intramuros, os profissionais da área de compliance da Petrobras chegam a classificar a simples indicação de Assunção e de Alencar como surreal, dado o conflito com a legislação e as regras da companhia. Consultada pelo RR sobre o teor do relatório que está sendo elaborado pela área de compliance, a Petrobras não quis se manifestar. Não é para menos.
Há um clima de tensão na área de Governança e Conformidade, comandada pelo diretor Salvador Dahan. De acordo com as fontes do RR, os últimos dois dias foram marcados por intensas conversas entre integrantes do Comitê de Elegibilidade e Dahan. Os membros do colegiado estão no olho do furacão. Com base nas informações encaminhadas pelo compliance, caberá a eles recomendar ou não à Assembleia Geral os nomes apresentados para o board.
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O braço direito de Ciro Nogueira
10/05/2022O secretário executivo da Casa Civil, Jonathas Assunção, é uma peça cada vez mais importante na engrenagem política comandada por Ciro Nogueira. “Promovido” por Nogueira, Assunção passou a ter um pé no Ministério e outro no QG de campanha de Jair Bolsonaro. O assessor recebeu carta branca do ministro para negociar com parlamentares emendas no orçamento e costurar alianças regionais. Com passagens pelo Ministério do Desenvolvimento Regional e pela Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), Assunção tem bom trânsito especialmente entre a bancada do Nordeste. Em tempo: sua ascensão na Casa Civil é uma pimenta a mais na “guerra fria” entre Ciro Nogueira e o general Luiz Eduardo Ramos. Assunção era secretário executivo de Ramos na Secretaria de Governo. Acabou cooptado por Nogueira para a Casa Civil.
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“Caixa de campanha”
28/04/2022O plenipotenciário Ciro Nogueira vem tentando interferir no plano de abertura de novas agências da Caixa Econômica para atender a cidades comandadas por aliados políticos. Ressalte-se que o vice-presidente de Rede de Varejo do banco, Paulo Henrique Angelo Souza, é próximo ao ministro da Casa Civil.
Acervo RR
Sinal vermelho
4/04/2022Na semana passada, emissários do Palácio do Planalto sondaram ministros do TSE para checar se o pacote de crédito para micro, pequenas e médias empresas, em gestação no Ministério da Economia, fere a legislação eleitoral. A resposta foi um balde de água fria. O entendimento é que, no formato atual, a edição da medida em ano de eleição é ilegal. Ainda assim, o governo não se dá por vencido. A área jurídica da Casa Civil estuda mudanças no texto para que ele passe pelo crivo da Justiça Eleitoral.
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Valuation
29/03/2022No que depender do cálculo político de Ciro Nogueira, Victor Godoy não passará de ministro-tampão da Educação. O titular da Casa Civil defende que Jair Bolsonaro entregue o cargo ao Republicanos, que ameaça deixar a base aliada do governo.
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Cabo eleitoral
25/03/2022No que depender de Ciro Nogueira, Jair Bolsonaro vai virar figurinha fácil no Piauí. O ministro da Casa Civil já mapeou cinco projetos de infraestrutura no estado para serem inaugurados até o fim de maio, com a presença de Bolsonaro. Trata-se do esforço de campanha de Nogueira para eleger Silvio Mendes ao governo do estado. A vice na sua chama é Iracema Portella, ex-mulher do titular da Casa Civil.
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Uma estrela que sobe
24/03/2022Há um nome no agronegócio com prestígio cada vez maior no governo: trata-se de Ricardo Faria, dono do Grupo Granja Faria. O empresário tem linha direta com Ciro Nogueira. O próprio ministro da Casa Civil costurou a visita que Jair Bolsonaro fará à Fazenda Ipê Agroindustrial, no Piaui, de propriedade de Faria, no próximo dia 30.
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Ministro plenipotenciário
17/03/2022No Palácio do Planalto, a ideia do presidente Jair Bolsonaro não indicar um substituto para a ministra Flavia Arruda, que vai deixar a Secretaria de Governo (SeGov) em abril, é atribuída a Ciro Nogueira. Na prática, Nogueira passaria a acumular a Casa Civil e a articulação política.
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Operação adubo
24/02/2022Segundo uma fonte da Casa Civil, o Plano Nacional de Fertilizantes vai contemplar uma espécie de fast track para pedidos de exploração de jazidas de fosfato e potássio. Ou seja: as atividades de lavra poderão ser iniciadas antes mesmo da concessão das licenças ambientais.
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Aposentadoria entra no rol das bondades eleitorais
17/02/2022O RR apurou que o governo cogita antecipar o início do pagamento do 13o dos aposentados para o primeiro semestre, a exemplo do que ocorreu em 2020 e 2021 por conta da pandemia. Segundo uma fonte do Ministério do Trabalho e da Previdência, a primeira parcela seria quitada no início de junho e não mais em agosto/setembro, como previsto. Além do afago direto em 32 milhões de aposentados em um ano eleitoral, a medida permitiria antecipar os efeitos positivos do salário extra sobre a economia: seriam R$ 56 bilhões a mais girando até agosto – data provável da segunda parcela.
Ressalte- se, no entanto, que esse rearranjo não é simples. Ele enfrenta resistências no Ministério da Economia, uma vez que exigiria um remanejamento no calendário de desembolsos do governo federal. Por ora, o assunto é conduzido com cautela dentro do próprio governo. O RR procurou o Ministério do Trabalho, que repassou a consulta para a Casa Civil.
Esta informou que o tema deveria ser tratado com a Presidência da República, que, por sua vez, não se pronunciou. Em tempo: de acordo com a mesma fonte, a antecipação do 13o não seria a única bondade relacionada à Previdência. O governo reabriu discussões sobre a extensão do pagamento do salário extra àqueles que recebem o benefício de prestação continuada (BPC-Loas), ou seja, pessoas com mais de 65 anos em situação de miserabilidade ou portadores de deficiência incapacitados para o trabalho.
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Pistolão
14/02/2022A advogada Juliana e Silva Nogueira Lima, assessora da presidência da Codevasf, está cotada para assumir um cargo no Banco do Nordeste. Juliana vem a ser a irmã do ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.
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Feirão de cargos
11/02/2022De uma fonte da própria Casa Civil: o ministro Ciro Nogueira tem sobre uma mesa um mapeamento com cerca de 120 cargos comissionados, no primeiro e segundo escalão federal, para fazer a alegria do Centrão.
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Toma lá, dá cá
9/02/2022O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, vai “arrastar” o presidente Jair Bolsonaro para o Piauí até o fim do mês. A viagem vai unir o útil ao agradável: inauguração de obras e o lançamento da campanha de Silvio Mendes ao governo do estado. A ex-mulher de Nogueira, Iracema Portela, será candidata a vice na chapa.
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A vez da “boiada” dos fertilizantes
3/02/2022Ricardo Salles deixou o governo, mas a “boiada” continua passando. De acordo com uma fonte da Casa Civil, o Plano Nacional de Fertilizantes que está sendo elaborado pelo governo vai afrouxar as regras de licença ambiental tanto para projetos de extração de matérias-primas como potássio e fósforo quanto para a construção de novas fábricas. A ideia é que os empreendimentos sejam autorizados sem precisar das licenças definitivas do Ibama. Tudo pendurado na premissa de que é preciso reduzir a dependência do Brasil em relação ao adubo importado. Em tempo: segundo a mesma fonte, a Casa Civil trabalha para lançar o novo Plano ainda neste mês, mas não dá para apostar. O anúncio, incialmente previsto para o início de dezembro, já foi postergado duas vezes.
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Prole de Bolsonaro “assume” o orçamento ao lado de Guedes
19/01/2022Os filhos do presidente Jair Bolsonaro, notadamente Eduardo e Flavio Bolsonaro, têm se reunido constantemente nos últimos dias com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para discutir o tamanho do espaço fiscal para gastos eleitorais e as medidas de apelo popular que cabem no Orçamento. Junto com Guedes, a prole de Bolsonaro está passando um pente fino nas diversas possibilidades de prebendas e projetos assistencialistas que podem ser realizadas desde o início da campanha. Há de tudo um pouco: desde subsídio aos passageiros no transporte urbano até o aumento de algumas castas do funcionalismo público, tais como os auditores da Receita Federal.
Sobrarão iniciativas para afagar o eleitorado do Rio e de São Paulo, estados onde os filhos de Bolsonaro mantêm sua base política. o ministro da Economia está sensível às demandas, porém quer encaixá-las direitinho dentro dos limites. Mesmo com o decreto que dá poderes à Casa Civil para a execução dos gastos previstos no Orçamento, Guedes considera que a proximidade com os filhos do presidente pode ser um hedge no caso de pressões que possam ameaçar o teto de gastos.
O ministro não quer concluir seu mandato – em caso de derrota de Bolsonaro -, levando novamente a pecha de “fura-teto”. No momento, o Centrão, que foi um salva-vidas, pode se tornar a nova “âncora fiscal”, arrastando Guedes para as profundezas dos seus próprios temores.
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Será que agora vai?
18/01/2022A Casa Civil está produzindo um novo parecer sobre a legalização dos cassinos no Brasil. O objetivo do governo é destravar um dos dois projetos sobre o tema que correm no Congresso. No Senado, Ciro Nogueira sempre foi um entusiasta da liberação do jogo.
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Tudo em casa
17/01/2022A geóloga Ana Carolina Argolo Nascimento de Castro está cotada para assumir uma Secretaria no Ministério de Minas Energia. Atualmente, ela dirige o Departamento de Desenvolvimento Sustentável na Mineração, vinculado à Pasta. Seu padrinho no governo é forte: Ciro Nogueira. Ana Carolina, por sinal, é casada com Jônathas Castro, número 2 de Nogueira na Casa Civil.
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Calendário 2022
28/12/2021Aos parlamentares do Nordeste que lhe cobram mais verbas, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, tem incentivado a apresentação de projetos à Codevasf. Por essas e outras, no centrão, já há quem chame a estatal, responsável por obras no Vale do São Francisco, de “fundo eleitoral”.
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Centrão vs. militares
10/12/2021O coronel Elcio Franco Filho, assessor especial da Casa Civil, foi para a “reserva”. Ex-secretário executivo de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde e indiciado na CPI da Covid, Franco perdeu o poder que tinha desde que Ciro Nogueira assumiu a Pasta.
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Marketplace
1/12/2021A Casa Civil está fazendo um mapeamento de cargos a serem oferecidos ao Centrão. Com o orçamento paralelo travado pelo STF, o show tem de continuar de outra maneira. Sobretudo com a proximidade das eleições.
…
Na paralela, a Casa Civil foi incumbida também de passar um pente-fino em autarquias federais, a começar por Ibama e Funai. Objetivo: caçar petistas que ainda se “escondem” em cargos de confiança.
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Marcos Molina avança em seu projeto de ocupação da BRF
22/11/2021Marcos Molina, dono da Marfrig, começa a dar as cartas na BRF. Na condição de maior acionista individual (31,6%), Molina articula com outros sócios relevantes, a exemplo da Previ e da Petros, mudanças na gestão da companhia. Segundo uma fonte próxima ao empresário, ele estaria aguardando apenas o fim do mandato de Pedro Parente como chairman da BRF, em abril de 2022, para substituir o atual CEO do grupo, Lorival Luz.
Entende-se a cautela com o timing. Luz é bastante ligado a Parente. Qualquer mexida agora abriria um desnecessário flanco de atrito com o ex-ministro da Casa Civil, hoje o principal “avalista” da empresa junto ao mercado. A própria dupla Previ e Petros sempre esteve alinhada a Parente, mas joga o jogo, à medida em que o quadro de forças na companhia vai se alterar de forma mais substancial a partir do ano que vem.
No mercado, há quem aposte que a compra de uma parcela da fatia dos fundos de pensão seria a próxima tacada de Molina. Procuradas pelo RR, Marfrig e BRF não quiseram se manifestar. Além de assumir as rédeas da gestão executiva, outra preocupação de Marcos Molina é povoar o Conselho da companhia com nomes de sua confiança para fortalecer ainda mais sua posição. Na prática, é como se Molina já estivesse transformando a BRF e a Marfrig em um só grupo, sob a sua regência, sem necessariamente promover uma fusão entre as duas – até o momento, uma possibilidade ainda envolta em brumas.
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Onde está a reciprocidade?
19/11/2021O embaixador da Argentina em Brasília, Daniel Scioli, tem feito gestões junto ao Itamaraty para que o governo brasileiro permita a entrada de argentinos no país por terra. Por ora, apenas o ingresso por avião está autorizado. Uma portaria publicada no início do mês passado pelos ministérios da Saúde, Casa Civil e Justiça determinou a continuidade do bloqueio da fronteira terrestre por conta da pandemia. Os argentinos cobram direito à reciprocidade, uma vez que, desde outubro, a entrada de brasileiros por essa via está liberada. Alegam ainda que os dois países estão no mesmo patamar em suas campanhas de vacinação, com algo em torno de 61% da população completamente imunizados.
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Direção de Docas caminha sobre a prancha
17/11/2021A diretoria da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) está na corda bamba. O Ministério da Infraestrutura estaria discutindo a possibilidade de mudanças na gestão da estatal, vinculada à Secretaria Nacional de Portos. Trata-se de um assunto sensível: o troca troca atingiria, inclusive, o presidente da CDRJ, o vice-almirante da Marinha Francisco Magalhães Laranjeira. A direção de Docas está pressionada pelo relatório divulgado pelo TCU.
No paper, o Tribunal de Contas cita uma “situação financeira frágil”, agravada por prejuízos acumulados de R$ 3,4 bilhões. Menciona ainda “desequilíbrio entre as receitas patrimoniais e tarifárias” e “atuação deficiente do departamento jurídico nos processos trabalhistas” (a estatal carrega um passivo nessa área superior a R$ 370 milhões).
Consultado, o Ministério de Infraestrutura informou que, no primeiro semestre de 2021, os portos do Rio tiveram “crescimento de 28,5% em relação ao mesmo período do ano passado e o melhor resultado nos últimos cinco anos com 30,6 milhões de toneladas movimentadas”. Sobre os prejuízos operacionais e as “fragilidades” citados pelo TCU, nenhuma palavra. Quando perguntada especificamente sobre a possível mudança na direção de Docas, a Pasta não respondeu nem que “sim” nem que “não”. Mas explicou ao RR todos os trâmites e etapas para a substituição dos dirigentes da estatal, mencionando, inclusive, a Casa Civil. Curioso.
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Calendário eleitoral 2
21/09/2021Ninguém acredita que Ciro Nogueira vá fazer como Pedro, que negou Jesus por três vezes. O ministro da Casa Civil já prometeu a Paulo Guedes um número maior de vezes que a reforma administrativa será aprovada. Não se trata de agrado ao ministro, mas, sim, porque Ciro quer uma reforma para chamar de sua.
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Pensão alimentícia
13/09/2021O ministro Ciro Nogueira está costurando o apoio de Jair Bolsonaro à candidatura da deputada federal Iracema Portella (PP) ao governo do Piauí em 2022. Está tudo em casa. Iracema é ex-mulher do ministro da Casa Civil.
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Agrotóxicos ganham fast track do governo
10/09/2021O governo está elaborando um decreto com o objetivo de flexibilizar as regras para a produção e comercialização de agrotóxicos no país. As propostas vêm sendo discutidas entre a Casa Civil e os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente. Segundo o RR apurou, uma das medidas em estudo é a permissão para a venda de defensivos agrícolas sem registro definitivo do Ministério da Agricultura, notadamente ao segmento de agricultura familiar. O governo pretende também reduzir as exigências para a homologação de agrotóxicos genéricos.
As mudanças teriam como objetivo facilitar o acesso do pequeno produtor rural a insumos mais baratos e também desburocratizar o setor. Em média, um pedido de registro de agrotóxico no Brasil fica até dez anos na fila de espera dos órgãos responsáveis, entre eles o Ministério da Agricultura e a Anvisa. Mesmo com toda a burocracia, em 2020, o Brasil aprovou o registro de 493 novos agrotóxicos, quase todos genéricos (480). Nunca antes na história desse país um governo autorizou a homologação de um número tão grande de defensivos agrícolas.
Em média, em seus dois primeiros anos, a gestão Bolsonaro liberou 483 novos registros por ano. Na década anterior, essa média não passou de 208 novos produtos liberados por ano. Hoje, quase um terço dos defensivos comercializados no Brasil foi aprovado no governo Bolsonaro.
No momento, o projeto está sob análise da Casa Civil e da Secretaria de Assuntos Jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo a mesma fonte, o objetivo do governo é publicar o decreto até novembro. Procurada pelo RR, a Casa Civil confirmou que analisa “propostas de melhorias nos critérios de registro de produtos formulados de agrotóxicos e afins genéricos”. Os estudos miram também o mercado externo. A Casa Civil informou que analisa também mudanças nos “procedimentos de registro para exportação de pré-misturas, agrotóxicos e afins”. O RR consultou ainda os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente, que não se manifestaram.
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Portas fechadas para os “petralhas”
13/08/2021Em meio a uma nova onda de indicações do Centrão, o governo Bolsonaro resolveu adotar critérios mais rígidos nas nomeações para cargos de confiança de nível superior. Não exatamente movido por regras de governança ou austeridade, mas, sim, por razões de ordem ideológica. Segundo informações filtradas da Casa Civil, nomes que exerceram função comissionada em governos do PT ou foram filiados a partidos que não da base aliada estão fora do game. Trata-se de um rigor não visto ao longo do mandato. Tanto que ao fim de 2019, por mais estranho que possa soar, havia 587 filiados do PT em funções de livre escolha na esfera federal. Procurada, a Casa Civil não quis se manifestar sobre o assunto.
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Pai da ideia
3/08/2021Em conversas petit comité, Flavio Bolsonaro tem se vangloriado de ser o mentor intelectual da indicação de Ciro Nogueira na Casa Civil. Curioso, Eduardo Bolsonaro diz a mesma coisa em outros grupos. Realmente, Nogueira parece ter hipnotizado os Bolsonaro.
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Conectado no 5G
23/07/2021À frente da Casa Civil, uma das missões do senador Ciro Nogueira será destravar os leilões de 5G junto ao TCU. Nogueira, por sinal, é muito próximo do ministro das Comunicações, Fabio Faria.
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Imprimatur
7/07/2021Todos os nomes dos novos vice-presidentes do BB e de presidentes de subsidiárias do banco têm passado pela peneira da Casa Civil. O governo Bolsonaro quase teve o constrangimento de nomear um aliado de Cid e Ciro Gomes, Amauri Aguiar de Vasconcelos, para o comando da BB Seguridade.
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Turnover eleitoral
28/01/2021Segundo uma fonte da Casa Civil, somente nesta semana o governo vai selar cerca de 200 demissões em estatais e órgãos da administração federal. É a corrida frenética do Palácio do Planalto para abrir vagas na máquina pública ao Centrão. Arthur Lira agradece.
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Mapa da mina
9/11/2020Na Casa Civil, o projeto que será encaminhado à Câmara autorizando a mineração em faixa de fronteira já ganhou a alcunha de “Lei Ermírio de Moraes”. A Votorantim é líder do ranking de pedidos de pesquisa e lavra, com mais de 130 requisições.
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Selva!!!
4/11/2020Além do próprio general Hamilton Mourão, o ministro da Casa Civil, general Braga Netto, também foi uma voz importante dentro do Palácio do Planalto para a permanência das Forças Armadas na Amazônia até abril. Em tempo: na edição de 20 de agosto, o RR antecipou, com exclusividade, que a “Operação Verde Brasil 2”, prevista para terminar em novembro, seria prorrogada até o fim de março. Erramos… por alguns dias.
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Quiet period
2/10/2020O governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, tem evitado atos públicos. Nada a ver com a pandemia. Mendes quer dar ao tempo ao tempo até baixar a poeira da demissão do secretário da Casa Civil, Wanderson Nogueira. Braço direito de Mendes, Nogueira foi afastado após a acusação de ter recebido propina de um fornecedor do estado. Mendes não quer dar sopa ao azar: já tem processo de impeachment demais nas unidades da federação.
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Tutti buona gente
7/08/2020Qual o percurso do fio que junta Carlos Emanuel Miranda, apontado como “gerente da propina” do ex-governador Sergio Cabral, a FSB Comunicação e Regis Fichtner, ex-chefe da Casa Civil do governo do Rio? Três chances para acertar: 1. A agência de comunicação recebeu dinheiro por fora, como disse Miranda em juízo; 2. A empresa recebeu dinheiro pelos seus serviços pagos por dentro, direitinho; 3. Regis Fichtner e a FSB não têm nada a ver um com o outro.
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Missão de vida
3/08/2020Frase que resume a conversa na qual o governador Wilson Witzel convidou André Moura a reassumir a Casa Civil do Rio dois meses depois de demiti-lo: “Faça o que precisa ser feito”. Moura é conhecido por dominar os “códigos de acesso” aos gabinetes da Alerj, que vai julgar o impeachment de Witzel.
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Uma nova chance
24/06/2020Demitido da Casa Civil do Rio por Wilson Witzel, André Moura já se apresenta como pré-candidato do PSC ao governo do Sergipe, seu domicílio eleitoral. Entre os próprios colegas de partido, a leitura é que Moura tenta valorizar seu passe para conseguir uma vaga no governo Bolsonaro.
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Classificados
23/06/2020Nas contas da Casa Civil, até o fim do ano, o governo Bolsonaro terá 16 vagas para preencher no primeiro e segundo escalões das agências reguladoras. O Centrão já está de garfo e faca na mão à espera do banquete.
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Sincretismo político
10/06/2020O PSC tenta cavar uma vaga para o ex-deputado André Moura no governo federal: seu nome já teria sido indicado para uma diretoria da Telebras. Seu ingresso na gestão Bolsonaro seria como atravessar a faixa de gaza da política nacional. Até a semana passada, Moura era o secretário da Casa Civil de Wilson Witzel.
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Brainstorming
27/04/2020O general Braga Netto, ministro da Casa Civil, conversou com economistas em busca de sugestões para o Plano Pró-Brasil.
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O xadrez da demissão de Mandetta
16/04/2020O ministro chefe da Casa Civil, Braga Netto, segundo apurou o RR, iniciou uma conversa com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, logo após a sua coletiva no Palácio do Planalto, para recomendar que ele abandone o cargo. Mandetta não quer deixar a função. Sua estratégia é ser “saído”. No Palácio, a leitura, inclusive, é que ele trabalha para precipitar os fatos e ser demitido antes da piora dos casos de Covid-19. Braga Netto leva a mensagem de que o afastamento do ministro pelo presidente seria ruim para todos. Hoje, é impossível que Bolsonaro não o demita. A decisão tem o apoio da área militar do Palácio, que é fiel à hierarquia e cuja influência cresceu muito sobre as decisões da Presidência da Republica. A questão de fundo agora é identificar o nome do novo ministro da Saúde. Missão difícil achar neste contexto alguém de reputação que compre a tese do presidente de que a ciência tem de ser relativizada em função das circunstâncias. A título de blague, talvez alguém com o perfil de Osmar Terra.
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Governo Bolsonaro sofre uma intervenção consentida
31/03/2020O ministro chefe da Casa Civil, general Braga Neto, assumiu o papel de “interventor soft” no Palácio do Planalto. Sua nova atividade informal foi produto de um “acordo por cima”, envolvendo ministros e comandantes militares e o próprio presidente da República. Braga Neto tem grande empatia com Bolsonaro.
Sua “intervenção” busca reduzir a exposição do presidente, deixando-o “democraticamente” (Apud Paulo Guedes) se comportar como se não pertencesse ao seu próprio governo. O general passa a enfeixar as ações do Executivo na crise. Pode, inclusive, contrariar as declarações de Bolsonaro.
A “intervenção” de Braga Neto ocorre em um momento em que o risco de crise política e institucional ameaça acender o sinal vermelho. O ministro da Casa Civil atuará como chefe do gabinete da agrura nacional. Essa deliberação já foi comunicada, com os devidos cuidados, aos ministros e às principais autoridades dos Três Poderes. Pelo menos enquanto a grave situação de crise perdurar, o general será o “presidente operacional” do Brasil. Braga Neto assume para distender e organizar.
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Bota abaixo
5/03/2020Após empossar o general de brigada Sergio Pereira na secretaria executiva, o próximo alvo do ministro Braga Netto é mudar a assessoria jurídica da Casa Civil.
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Quanto vale o passe de Lupion?
2/03/2020O secretário especial da Casa Civil, Abelardo Lupion, está em alta. Onyx Lorenzoni quer levá-lo para o Ministério da Cidadania. Ao mesmo tempo, o ministro Luiz Henrique Mandetta convidou o ex-deputado federal para assumir a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos da Pasta da Saúde. No que depender de Jair Bolsonaro, Lupion permanecerá no Palácio do Planalto, ao lado do general Braga Netto na Casa Civil.
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Ziguezagues
27/02/2020Com a troca de Onyx Lorenzoni pelo general Braga Netto, Jair Bolsonaro cogitou devolver a gestão do PPI à Casa Civil. No entanto, sequer chegou a soltar o balão de ensaio, como é do seu feitio. Seria choque demais com Paulo Guedes para uma semana só.
…
Por falar em PPI, sobe no governo a estrela da secretária especial do programa, Martha Seillier. Ligada a Tarcisio Freitas, seu nome está cotado para a secretaria executiva da Pasta da Infraestrutura, onde teria poder transversal sobre o plano de concessões do governo.
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Cadeia de comando
19/02/2020O general Walter Braga Neto está inclinado a manter Alberto Lupion na assessoria especial da Casa Civil. Apesar de seus notórios vínculos com Onyx Lorenzoni, o ex-deputado federal reúne alguns predicados que agradam ao novo ministro: é discreto, não dá entrevistas e tem bom trânsito entre seus antigos colegas de Parlamento. O último atributo não chega a ser um artigo raro no governo: os dois primeiros, sim.
…
Por falar em Lorenzoni: ele deseja levar o atual secretário executivo da Casa Civil, Antônio José Barreto, para ocupar o mesmo cargo no Ministério da Cidadania, seu novo abrigo no governo. Vai ter de combinar com o general Braga Neto e com o próprio presidente Jair Bolsonaro, responsável direto pela nomeação de Barreto quando Lorenzoni estava de férias na Casa Civil.
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Espirros e coriza
10/02/2020O Coronavírus “infectou” as relações institucionais entre os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. O sintoma principal da doença é a insatisfação de Mandetta com a insistência de Lorenzoni em protagonizar a gestão do gabinete de crise montado pelo governo para tratar do assunto. Um exemplo foi o anúncio de que as cidades de que os pacientes suspeitos de contaminação seriam encaminhados para Anápolis ou Florianópolis quando o Ministério da Saúde ainda decidia sobre a estrutura de atendimento de cada cidade. Nada que não tenha remédio.
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Xerife da Casa Civil
7/02/2020O delegado da PF Marcos Paulo Coelho da Silva deverá ser nomeado como secretário executivo da Casa Civil, no lugar de Vicente Santini. Ele já estava na Pasta, cuidando da área de inteligência. Sua relação com Onyx Lorenzoni vem de longe: Coelho foi assessor da PF no Congresso.
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Aliança por Santini
31/01/2020Demitido, readmitido e redemitido, o ex-secretário da Casa Civil Vicente Santini não ficará ao relento. Deverá ser abrigado pelos Bolsonaro ´s Boy em algum cargo executivo na direção do Aliança pelo Brasil.
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Meritocracia
27/01/2020O ex-deputado federal Abelardo Lupion – braço direito e esquerdo de Onyx Lorenzoni – ganhou uma “promoção”. Responsável pela interlocução entre a Casa Civil e a Câmara, passou a fazer também o meio de campo com o Senado. Já circula, inclusive, pelos corredores do Palácio do Planalto com uma lista de indicações de senadores para agências reguladoras. Lupion, não custa lembrar, foi um dos parlamentares citados na Lava Jato. Mas, também, quem não foi?
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Planalto corre para evitar vácuo decisório nas agências reguladoras
10/01/2020O Palácio do Planalto vai lançar uma blitzkrieg para evitar um engessamento regulatório no país. O pontapé inicial será dado na próxima segunda-feira, 13: a Casa Civil enviará ofício para os Ministérios solicitando a indicação imediata de nomes para preencher as vagas disponíveis nas agências reguladoras das áreas afins. Há um crescente risco de atrofia decisória nessas instâncias de poder. Literalmente, o governo Bolsonaro corre para tirar o atraso: durante o primeiro mandato, praticamente não houve nomeações. Nesse momento, há 15 cadeiras vazias em órgãos como Anvisa, Ancine, Anatel e Anac. Além das indicações, a Casa Civil e a Secretaria de Governo articulam com o Congresso uma espécie de fast track para acelerar as sabatinas e aprovações dos novos indicados, a começar pela Anac. Já há dois nomes para os cargos vagos na agência: Ricardo Catanant e Thiago Caldeira. No entanto, o processo virou água parada. As duas indicações mofam na Comissão de Serviços de Infraestrutura da Câmara. Se não andarem, há o risco de uma paralisia decisória na Anac a partir de março, quando se encerram os mandatos do presidente da Anac, Ricardo Botelho, e do diretor Ricardo Bezerra.
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Um mutirão pela lei do saneamento
4/12/2019O governo está montando uma tour de force para acelerar a aprovação do marco regulatório do saneamento. A Casa Civil e o Ministério da Economia articulam com os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, para que a votação do projeto de lei 3261/19 nas duas Casas seja feita até o fim do ano em caráter de urgência. Além da necessidade de destravar os investimentos em um país em que metade da população não tem acesso a serviço de coleta de esgoto, a questão está umbilicalmente ligada ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal. A aprovação do marco regulatório é condição sine qua non para as privatizações das estatais de saneamento, por sua vez contrapartida para a adesão de diversos estados ao RRF. É o caso da mineira Copasa e da goiana Saneago – não por acaso, os governadores Romeu Zema e Ronaldo Caiado mobilizam suas respectivas bancadas estaduais pela aprovação do novo arcabouço legal. O clima é de vai ou racha: ou o projeto de lei sai ainda neste ano ou desce ralo abaixo, levando junto a possibilidade de os estados fazerem receita com a venda das suas concessionárias de saneamento. Há um consenso de que os parlamentares não vão mover uma palha para aprovar o marco regulatório em ano de eleições municipais. Ou seja: na melhor das hipóteses, o projeto só seria retomado em 2021.
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Os muitos donos da reforma agrária
20/11/2019A ainda breve gestão de Geraldo Melo Filho no Incra já enfrenta sua primeira crise. Melo Filho reuniu-se na semana passada com seu padrinho político, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Foi levar de viva voz sua insatisfação com as tentativas de ingerência de deputados e senadores nas nomeações para a autarquia. Citou nominalmente o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, que tenta emplacar o novo superintendente do Incra no Amapá.
Acervo RR
Mapa da mina
25/06/2019Responsável pela articulação política em torno da reforma da Previdência, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, vai concentrar seus esforços em cima de boa parte dos 47 senadores que votaram contra o decreto das armas de Jair Bolsonaro. Apesar da sinalização preocupante, nos cálculos do Palácio do Planalto é possível sensibilizar 25 desses 47 senadores a votar a favor da PEC da Previdência.
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Pedra no sapato
10/06/2019Gilberto Kassab tem dito que já se considera “limpo” para reassumir a Casa Civil de São Paulo, depois que o STF encaminhou o processo contra ele para a Justiça Eleitoral. João Doria, no entanto, faz ouvidos de mercador.
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Moro desliza na direção do Senado
26/03/2019Em contraponto à conflituosa relação com Rodrigo Maia, Sérgio Moro vem buscando uma maior proximidade do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, correligionário de Alcolumbre, tem ajudado na construção da ponte. Moro tenta encontrar no Senado o apoio para o seu pacote anticrime que lhe falta na Câmara. Amanhã, por sinal, o ministro participará de audiência na CCJ da Casa para destrinchar as suas propostas.
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Rei morto, rei posto
18/03/2019Antonio Carlos Maluf já se apresenta como o secretário em definitivo da Casa Civil do governo de João Doria. Gilberto Kassab, que se licenciou do cargo para responder às denúncias de corrupção, é visto no Palácio dos Bandeirantes como lenha queimada.
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Casa Civil guarda a planilha mais valiosa da transição
27/12/2018As pilhas de relatórios que vêm sendo repassadas pelo governo Temer para a equipe de transição de Jair Bolsonaro têm importância relativa menor se comparada ao valioso arquivo guardado a sete chaves por Eliseu Padilha na Casa Civil. Trata-se de uma planilha que registra todas as oferendas concedidas pelo Palácio do Planalto a parlamentares da base aliada. O documento esquarteja as verbas orçamentárias, os cargos e as respectivas nomeações distribuídos na cota de cada deputado ou senador.
Traz ainda um minucioso mapa dos votos dos parlamentares em projetos de interesse direto da Presidência da República, que funciona como um rating da lealdade de cada congressista. O cuidado e o sigilo em torno do acervo são proporcionais à importância das informações que contém. Somente dois integrantes do núcleo duro palaciano têm acesso ao arquivo. Além do próprio Padilha, pode-se imaginar quem é o dono da segunda senha. Para todos os efeitos, a “planilha do Padilha” é um controle das moedas de troca que circulam no jogo jogado entre o Executivo e o Legislativo. No entanto, tratando-se de um governo formado, em sua essência, por mestres na arte de hipnotizar bancadas partidárias e o Congresso – a começar pelo próprio Michel Temer – o arquivo em questão ganha um peso ainda maior.
Mesmo porque, não custa lembrar, o Palácio do Planalto teve de barrar duas denúncias apresentadas pela PGR contra o presidente Temer. Isso não custa pouco. Nas mãos de um ministro da Justiça com superpoderes, vocação para “corregedor-geral da Nação” e apoio incondicional da opinião pública, o documento pode ser interpretado de mil e uma maneiras. Ou o que é pior: de uma maneira só. A prática, ressalte-se, vem de outros carnavais. Consta que este tipo de mapeamento começou ainda no governo de José Sarney, com um critério próprio de medição das contrapartidas oferecidas a cada parlamentar: um diretor de estatal, por exemplo, valia 70 pontos ao seu padrinho político. Era, inclusive, uma forma de mostrar ao congressista aliado que ele já havia sido suficientemente contemplado no rateio de cargos e verbas. Alguns deles estão no Parlamento até hoje.
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Cessão onerosa ganha seu “fast track”
6/11/2018O ministro extraordinário Onyx Lorenzoni, futuro responsável pela Casa Civil, passou o dia de ontem em tratativas com o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, para garantir que a Casa vote ainda nesta semana o Projeto de Lei 78/20180. Trata-se da proposta que permite à Petrobras negociar até 70% dos cinco bilhões de barris de petróleo a que tem direito de explorar no pré-sal, por meio da chamada cessão onerosa. Paulo Guedes conta com os recursos que jorrarão da operação para abater o déficit fiscal. Por ora, a previsão de arrecadação ainda é dispersa: vai de R$ 30 bilhões até R$ 100 bilhões. O novo governo tem importantes aliados na causa. Grupos estrangeiros de óleo e gás também fincaram suas plataformas de lobby no Senado para acelerar a votação do PL. Os líderes dos partidos da base aliada já aprovaram um requerimento de urgência para a matéria entrar em pauta.
…
Por falar em cessão onerosa, Onyx Lorenzoni tem usado de todo o seu prestígio junto a Jair Bolsonaro para que o deputado José Carlos Aleluia, autor do PL 78/2018, assuma o Ministério de Minas e Energia. Correligionário de Lorenzoni no DEM, Aleluia não conseguiu se reeleger para a Câmara dos Deputados. Pesa contra ele a manifesta disposição de Bolsonaro de montar um Ministério higienizado, sem condenações ou mesmo suspeitas de atos ilícitos. Aleluia foi citado na Lava Jato pelo suposto recebimento de R$ 300 mil, via Caixa 2, para a sua campanha eleitoral em 2010.
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Cumprindo tabela
6/09/2018A Casa Civil tenta destravar o leilão de um pequeno trecho de 200 quilômetros da Ferrovia Oeste-Leste ainda para este ano.
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Beijo no asfalto
5/09/2018O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, tem acenado às operadoras rodoviárias com a publicação de uma nova MP com regras mais atrativas paraa devolução de concessões. A um mês da eleição, ninguém do setor leva fé na promessa.
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Rota sinuosa
4/09/2018O writeoff de R$ 304 milhões no balanço da concessão de Viracopos foi recebido na Casa Civil e na Anac como um golpe baixo da Triunfo Participações e da UTC, controladoras do consórcio. O objetivo seria aumentar a pressão sobre o governo para a devolução da licença ou a transferência da concessionária para outro investidor privado – o principal candidato é a Zurich Airport. Com a baixa , o prejuízo da concessionária foi na estratosfera, batendo nos R$ 464 milhões apenas no segundo trimestre do ano.
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Ferrogrão parte rumo a 2019
21/08/2018A Casa Civil, o Ministério dos Transportes e a ANTT estão redesenhando o projeto de privatização da Ferrogrão. A prioridade é reduzir o custo do investimento. Cálculos recentes apontam para um valor de quase R$ 14 bilhões, praticamente o dobro da cifra inicial. A meta é baixar o sarrafo para a casa dos R$ 10 bilhões com ajustes no traçado. A essa altura, o mutirão soa como mea culpa ou mero capricho da tecnocracia. Se o trabalho for mesmo levado adiante, fica como brinde para o próximo governo. A essa altura, não há dormente que acredite na hipótese da licitação ocorrer ainda neste ano.
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Agenda 15
28/05/2018A Casa Civil ressuscitou o projeto de privatização da Companhia de Armazéns e Silos do Estado de Minas Gerais (Casemg) e da CeasaMinas. Pelo andar da carruagem, é mais um plano de desestatização do governo Temer que será anunciado para nada acontecer.
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Colisão jurisdicional sobre os céus da Pampulha
17/01/2018Às portas das novas licitações no setor aeroportuário, Casa Civil, Ministério dos Transportes e Anac têm não mais do que três dias úteis para evitar uma barbeiragem jurisdicional que servirá de mau exemplo aos investidores. Apesar das seguidas gestões feitas nos últimos dias, até ontem o governo não havia conseguido sensibilizar o TCU a permitir a retomada dos voos interestaduais na Pampulha. A última bala é um possível recurso da AGU, medida que era discutida na tarde de ontem em Brasília. O ministro Bruno Dantas, do TCU, determinou cautelarmente a suspensão da reabertura da Pampulha, por entender que ela prejudica o consórcio liderado pela CCR, responsável pelo outro aeroporto de BH, Confins. Trata-se de uma razoável lambança originada no próprio governo, que decidiu recolocar a Pampulha no jogo para afagar parlamentares mineiros. Até ontem, a Gol continuava a vender passagens do aeroporto com destino a São Paulo, Ribeirão Preto e Três Lagoas para voos a partir do próximo domingo, dia 22. Procurada, a empresa confirmou a venda e disse que “não comentará o assunto até novo posicionamento da Anac.” Por sua vez, a agência informou que, “caso a norma tenha seus efeitos suspensos, oficiará as empresas aéreas sobre os slots distribuídos”.
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Privatização nos trilhos
30/11/2017A Casa Civil está formatando um plano para a privatização da velha CBTU – a Companhia Brasileira de Trens Urbanos -, que opera os metrôs de Belo Horizonte e de Recife e o sistema ferroviário de João Pessoa, Natal e Fortaleza.