Tag: Cade


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Destaque

Qual é o misterioso princípio ativo por trás da explosão de farmácias no Brasil?

19/09/2024
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Há algo de estranho no reino das drogarias, um enigma que talvez só possa ser decifrado pelo Cade e pela Polícia Federal. O setor tem crescido que nem capim na serra. Mas não em qualquer serra. A gramínea está cada vez mais concentrada nas mãos de poucos. Segundo dados da Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), publicados pelo Valor Econômico no último dia 13 de agosto, as 29 empresas associadas à entidade deverão atingir a marca de R$ 100 bilhões em vendas neste ano.

Esse contingente reúne cerca de 10,3 mil das 92 mil drogarias do país, ou seja, algo como 11% de todos os pontos de venda. Dito assim, nem parece muito. Mas, à luz das cifras, o domínio desse grupo fica evidente. As mesmas 29 redes farmacêuticas respondem por mais de 45% do faturamento total do segmento, e suas lojas cobrem uma área que reúne em torno de 70% da população urbana brasileira.

Nas principais capitais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, o que se vê é um amontado de drogarias em um mesmo quarteirão ou em um trecho curto de uma única rua. Em diversos desses quadriláteros de esquinas, há uma farmácia em cada cruzamento. E não há um diferencial de preços que justifique uma competição entre uma e outra.

Chega a causar perplexidade que os grandes grupos estejam desafiando a lei da oferta e da procura. Alguns fatores justificariam esse monumental crescimento: hábitos higiênicos criados pela pandemia, crescimento da renda das famílias, taxa de emprego recorde, maior educação da população, aumento dos exames e envelhecimento da população, entre outros.

Mas sem competição? Sem disputa de preços? Bem, mesmo nesse estranho formigueiro de prosperidade, existe lugar para alguns derrotados. As redes Poupa Farma e Rede Santa Marta entraram em recuperação judicial. Esta última nem precisou esperara, pois já foi comprada pela Rede Nissei.

Mas esse talvez seja o menor dos males do setor. A moléstia maior é outra: há algo de miliciano no varejo farmacêutico no Brasil. Quem diz isso é uma fonte da Polícia Federal, que arrisca a colocar o dedo em uma ferida, ainda que as grandes empresas estejam cobertas pelo band-aid da legalidade.

Segundo ela, as atenções da PF estão, naturalmente, focadas nas outras 82 mil farmácias, um universo com imenso grau de pulverização. Trata-se de um terreno fértil para a abertura de empresas de fachada e lavagem de dinheiro. O RR não dá nome aos bois, mas só registra o que a fonte da PF informou: o assunto está sendo acompanhado de perto. Muito perto.

#Cade #Farmácia #Polícia Federal

Negócios

Grupo Ultra manda sinais para o Cade

12/09/2024
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O Grupo Ultra, que, em julho, pagou R$ 130 milhões por 49 postos de combustíveis do Pão de Açúcar em São Paulo, começou a separar o joio do trigo. Algumas unidades pouco rentáveis ou deficitárias deverão ser revendidas, caso não apresentem uma recuperação em seus resultados no curto prazo.

Além de limpar ativos menos rentáveis, a operação teria uma serventia tão ou talvez até mais importante: adoçar a boca do Cade, que ainda analisa a aquisição. Além de uma eventual concentração em São Paulo, o Grupo Ultra pisa em outro terreno sensível. A legislação da ANP proíbe que distribuidoras de combustíveis, caso da Ipiranga, controlada pelo grupo, comprem postos.

O que fez o Ultra? Adquiriu as unidades do Pão de Açúcar por meio de outra subsidiária. Há informações de que distribuidores do setor pretendem recorrer ao próprio Cade contra o que consideram um drible entre as pernas da ANP. Procurado, o Grupo Ultra não se manifestou.

#Cade #Grupo Ultra

Negócios

Petz e Cobasi: não é hora de soltar os cachorros em cima do Cade

6/09/2024
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O recente recado do empresário Sergio Zimmermann, dono da Petz, para o Cade não caiu muito bem junto à família Nassar, controladora da Cobasi.  Em teleconferência com investidores, na semana passada, ao se referir à fusão entre as duas companhias, Zimmermann disse que “se o Cade entendesse o espírito da união, aprovaria em uma semana”. Entre os Nassar, o receio é que o tiro saia pela culatra.

Ou seja: que a declaração seja interpretada pelos conselheiros do órgão antitruste como um expediente adotado por Zimmermann para constrangê-los e pressioná-los publicamente. Ressalte-se que nenhuma das duas redes de pet shops está em condições de provocar o Cade. Juntas, Petz e Cobasi passarão a ter faturamento de R$ 7 bilhões, ou seja, sete vezes a receita da segunda colocada do mercado, a Petlove, com receita de R$ 1 bilhão. Para não falar da concentração de lojas em grandes capitais, a começar por São Paulo.

#Cade #Petz

Destaque

Governo articula megafusão entre Gol, Azul e Latam

19/03/2024
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O governo está costurando o que talvez seja a fusão mais difícil já realizada no Brasil. Trata-se de reunir as três grandes empresas aéreas do país: Latam, Azul e Gol. O assunto mobiliza os principais gabinetes da República, envolvendo, em maior ou menor medida, o Ministério do Desenvolvimento e Indústria, a Fazenda, a Casa Civil e a própria Presidência. As discussões em torno da tríplice associação partem da premissa de que o programa de apoio às companhias aéreas em formatação no governo – que sequer se sabe muito bem do que se trata – não passará de um dedo no dique.

Não será com concessão de crédito, subsídios, benefícios fiscais, investimentos públicos em estrutura aeroportuária e outros velhos remédios do gênero que a grave crise do setor será equacionada. Trata-se de uma questão sistêmica, que, como tal, exigiria uma solução sistêmica, por meio de consolidação. A partir de conversas travadas dentro do governo, conforme o RR apurou, é possível inferir que essa seria uma operação para desaguar no BNDES, a quem caberia dar o suporte financeiro necessário para a fusão.

A União teria ao menos um assento no Conselho da companhia. Entre os tantos óbices à operação, um está dentro da própria estrutura da máquina pública: o Cade. A eventual associação entre Gol, Latam e Azul praticamente colocaria toda a aviação comercial brasileira sob o mesmo teto. No ano passado, o trio concentrou 99,5% de market share dos voos domésticos.

Não seria fácil dobrar a resistência do órgão antitruste. Mas já existe, digamos assim, alguma “jurisprudência”. A Vale, por exemplo, é praticamente um monopólio. Some-se a isso o fato de que o Cade seria instado a analisar o caso de uma maneira muito particular. Não seria uma operação de M&A qualquer, mas uma questão de interesse nacional.

Todas as três companhias, de certa forma, estão com a língua de fora – umas mais, outras menos. Do trio, a que atravessa o melhor momento é a Latam, que saiu da recuperação judicial com uma estrutura de capital mais sólida, uma operação mais enxuta e praticamente sem dívida. Outro dado a favor da empresa é a diluição da participação dos irmãos Cueto, do Chile, que controlavam a Latam.

É atribuída à dupla uma boa parcela das enfermidades da companhia. Por sua vez, Gol e Azul vivem uma situação menos saudável. A primeira entrou em recuperação judicial, com um passivo de R$ 20 bilhões. A segunda, por sua vez, atravessou no ano passado uma duríssima negociação com os credores, que envolveu a transferência de até 17% das preferenciais, além da emissão de US$ 370,5 milhões em títulos de dívida com vencimento em 2030.

Além disso, ambas estão exageradamente alavancadas. A Azul fechou o terceiro trimestre do ano passado, último balanço disponível, com uma relação dívida líquida/Ebitda de quatro vezes. No caso da Gol, o cenário é ainda mais preocupante. Em setembro de 2023, a companhia carregava uma relação dívida líquida/Ebitda de 5,5 vezes. E já foi pior: no terceiro trimestre de 2022, esse índice havia chegado a insuportáveis 9,2 vezes.

A Gol tem mais de 50 mil credores. Ressalte-se que o segundo maior da extensa lista é a Aeronáutica. São cerca de US$ 220 milhões em passivos com o Decea (Departamento de. Controle do Espaço Aéreo) relativos a atrasos no pagamento de taxas de voo. Ou seja: o próprio Estado é um dos grandes credores da Gol. Trata-se de um detalhe que pode fazer bastante diferença.

O governo não estaria entrando nesse voo apenas como governo, como se isso já não fosse suficiente. A posição de credor automaticamente empurra o Estado para a mesa de negociações. A gestão Lula teria passaporte para costurar por dentro uma eventual conversão de debt em equity atrelada à fusão da Gol com Latam e Azul.

Além das fortes turbulências financeiras do setor, outro óbice à costura da possível tríplice fusão é o enrosco societário das companhias aéreas. É muito investidor para se negociar. A Gol é controlada pela ABRA Holding, criada a partir da sua associação com a Avianca. Nessa empresa-casca estão o salvadorenho Roberto Kriete, que ficou com a companhia colombiana após ejetar German Efromovich do negócio, e a família Constantino.

A presença do clã, por sinal, traz um histórico de controvérsias e até mesmo crime. O patriarca, Nenê Constantino, chegou a ser condenado como mandante do assassinato de duas pessoas que participaram da ocupação de um terreno da família, em 2011.   Posteriormente, as condenações foram anuladas pelo STJ.

Quem também tem assento no capital da Gol é a American Airlines, com 6,5% das preferenciais. No caso da Latam, além da família Cueto, a Qatar Airlines e a norte-americana Delta também detêm posições acionárias relevantes. Na Azul, há uma clareza maior com quem o governo deveria se sentar para articular a megafusão. O empresário David Neeleman controla 67% das ordinárias.

Ainda assim tem a seu lado o Grupo Caprioli (33% das ordinárias), antigo controlador da Trip Linhas Aéreas, adquirida pela Azul em 2012. E há ainda a United, com 5,3% das ações preferenciais.

Para que a eventual fusão decole, as três companhias teriam também de superar antigas animosidades de parte a parte. Segundo uma fonte do setor, a maior bronca tem como alvo David Neeleman. A Azul é tida como quem mais faz marola para piorar o ambiente competitivo. Neeleman é apontado como useiro e vezeiro em lançar balões de ensaio com objetivos difamatórios.

No início deste mês, antes do noticiário sobre a possível associação entre ambas eclodir, a Azul alimentou informações de que poderia comprar a Gol. Em 2021, a companhia soltou no ar o interesse de adquirir a Latam. Nos dois casos, um modus operandi semelhante de se antecipar aos fatos e colar nas concorrentes uma percepção maior de fragilidade. A Gol também não fica muitas milhas distantes no que diz respeito ao tensionamento do setor.

A empresa acionou a Justiça dos Estados Unidos pedindo a abertura de uma investigação contra a Latam. A acusação é que a companhia chilena estaria se aproveitando do pedido de recuperação judicial da Gol para “roubar” suas aeronaves, contratar pilotos e desencorajar agentes de viagem a reservar voos da companhia.

#Azul #Cade #Latam

Empresa

Governo do Uruguai aperta a marcação sobre a Minerva

4/03/2024
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As autoridades antitruste do Uruguai determinaram o dia 14 de março como data limite para a Minerva Foods apresentar uma série de informações detalhadas referentes à aquisição das operações de abate do Marfrig no país. Com a operação, a empresa brasileira passou a responder por mais de 50% das compras de gado no Uruguai. O processo está em fase final de análise por parte da Comissão de Promoção e Defesa da Concorrência – o Cade local – , que tem sido fortemente pressionado a impor duras restrições à Minerva para a aprovação do negócio. O tema ganhou tamanha proporção que tem sido usado contra o governo de Lacale Pou na campanha eleitoral – o pleito presidencial no Uruguai está marcado para junho. Procurada, a Minerva não se manifestou.

#Cade #Minerva Foods

Infraestrutura

Cade fecha o cerco a empreiteiras do “PAC Favelas”

22/01/2024
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O RR apurou que o Cade vai retomar em fevereiro o julgamento sobre possíveis condutas anticompetitivas na execução do “PAC Favelas”, projeto de urbanização das três maiores comunidades do Rio de Janeiro – Complexo do Alemão, de Manguinhos e na Rocinha. Por “condutas anticompetitivas” entenda-se a formação de cartel para tocar as obras. A investigação, um derivativo da Lava Jato, mira pesos pesados da construção, como Andrade Gutierrez, Novonor (antiga Odebrecht), Queiroz Galvão e Coesa, leia-se a antiga OAS. Esta última é uma das mais enroladas no caso. A companhia chegou a fazer um acordo de leniência com o Cade, a exemplo da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, mas o benefício foi suspenso pelo próprio órgão antitruste pelo descumprimento integral de Termos de Compromisso de Cessação (TCCs).

#Andrade Gutierrez #Cade #Lava Jato #Novonor

Empresa

Cade leva ainda mais turbulência à 123 Milhas

10/11/2023
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Segundo informações filtradas do Cade, conselheiros do órgão já identificaram evidências de concentração de mercado a partir da fusão da 123 Milhas com a MaxMilhas, realizada no início deste ano. Ressalte-se que as duas empresas não apenas estão em recuperação judicial como ambos os processos foram unificados em um só, por decisão da juíza Cláudia Helena Batista, do TJ-MG. Uma eventual reversão do M&A pelo Cade resultaria não apenas na cisão entre a 123 Milhas e a MaxMilhas, mas também das respectivas RJs, embolando ainda mais o cenário.

#123 Milhas #Cade #MaxMilhas

Governo

Flavio Dino busca acordo com o Senado para solucionar acefalia do Cade

8/11/2023
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O ministro da Justiça, Flavio Dino, conversou na semana passada com Rodrigo Pacheco em busca de uma espécie de fast track para o Cade. A ideia de Dino, articulada com o Palácio do Planalto, é encaminhar para o Senado, de uma vez só, uma lista com as quatro indicações para o Conselho. A pauta de votações do Cade está travada desde a semana passada, com a saída do conselheiro Luis Henrique Braido. Das sete cadeiras, apenas três estão ocupadas, abaixo do quórum mínimo de quatro integrantes fixado por lei.

#Cade #Conselheiro #Flavio Dino

Empresa

Marfrig congela investimento no Paraguai

7/08/2023
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O Marfrig está colocando no freezer o projeto de construção de um frigorífico no Paraguai, investimento estimado em aproximadamente US$ 100 milhões. Trata-se de um movimento com uma certa dosagem, digamos assim, política. O governo do Paraguai tem criado um ambiente pouco friendly no setor de proteína animal. A Comissão Nacional de Concorrência, equivalente ao Cade, já sinalizou a disposição de abrir um procedimento para investigar eventuais casos de concentração de mercado. O alvo principal é a também brasileira Minerva Foods, que já responde por 50% das exportações paraguaias em determinados cortes de carne congelada. Há o risco, inclusive, de a empresa ser obrigada pelas autoridades antitruste do Paraguai a vender operações da antiga Frigonorte, grupo local que adquiriu em 2020. São sinais que frearam os planos do Marfrig. Hoje, é o Minerva; amanhã, pode ser a empresa de Marcos Molina. Consultado, o Marfrig não se manifestou. 

#Cade #Marfrig #Paraguai

Destaque

Brasil vira uma “segunda França” no duelo entre Danone e Lactalis

6/07/2023
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As duas maiores fabricantes de laticínios da França estão em pé de guerra no Brasil. A Danone estaria mantendo conversações com a mexicana Lala para a compra da Vigor. A empresa é avaliada em torno dos R$ 5 bilhões. A investida da Danone abre um novo front de conflito com a conterrânea Lactalis, também candidata à aquisição da Vigor. As duas multinacionais estão no meio de uma queda de braço junto às autoridades antitruste. E, curiosamente, ao menos nessa contenda, a associação entre a Danone e a Vigor já se consumou. Ambas acionaram o Cade na tentativa de barrar a compra da Dairy Partners Americas Brasil, joint venture entre a Nestlé e a Fonterra, pela Lactalis. A alegação é que o negócio provocará concentração de mercado nos segmentos de iogurte, sobremesas e, notadamente, leite fermentado, no qual a Lactalis passará a ter algo em torno de 60% de participação. Nesse contexto, a própria Vigor passou a ter um peso ainda maior na balança do setor. Para a Danone, a aquisição seria uma forma de contrabalançar o avanço de market share da sua concorrente francesa. Consultada pelo RR, a Vigor não se manifestou. A Danone, por sua vez, disse que “não comenta especulações de mercado”.  

Se visto por uma grande-angular, o duelo entre a Danone e a Lactalis no maior mercado consumidor da América Latina reproduz o acirramento da competição entre ambas em sua própria terra natal. Lá a briga vai muito além do setor de laticínios. No ano passado, ao atingir um faturamento da ordem de 28 bilhões de euros, a Lactalis tornou-se o maior conglomerado agroalimentar da França, desbancando exatamente a Danone. Mais do que isso: entrou no top 10 das maiores fabricantes de produtos alimentícios do mundo. Quem perdeu a posição e caiu para o 11º lugar? A Danone levou a pior mais uma vez.  

Em tempo: enquanto a competição entre Lactalis e Danone fervilha, discretamente a mexicana Lala espreita a porta de saída do Brasil. A Vigor, comprada da J&F Investimentos em 2017, vem operando seguidamente no vermelho. Em março, fez uma revolução interna em sua gestão no Brasil, com várias mudanças nas áreas comercial e de marketing. Seriam só medidas paliativas. Desde o fim do ano passado, a Lala busca um comprador para a Vigor. Segundo informações publicadas pelo Pipeline, do Valor Econômico, chegou, inclusive, a sondar os irmãos Joesley e Wesley Batista sobre o interesse da dupla em recomprar a companhia.  

#Cade #Danone #Lactalis #Vigor

Empresa

Quem vai ficar com o Pão de Açúcar?

28/06/2023
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Grupos do setor de varejo se alvoraçaram todos hoje com a notícia de que o Casino vai vender o Grupo Pão de Açúcar. Diversos players foram citados como prováveis compradores. Um nome automaticamente aventado é o de Abílio Diniz, com sua Península Participações. Há contra-argumentos à volta de Diniz ao Pão de Açúcar: sua idade e a própria manifestação do empresário de que não pretende mais imprimir um ritmo de vida similar ao do passado e de que vai se dedicar a sua família, noves fora a sua posição acionária no Carrefour. Um cruzamento societário ou uma fusão envolvendo Pão de Açúcar e Carrefour parece mais do que improvável. Nesse cenário, seria o caso de acabar com o Cade. Em um momento anterior à fraude das Americanas, o nome de Jorge Paulo Lemann surgiria naturalmente, devido às sinergias. Seria criado um gigante do varejo. Absolutamente fora de questão.  

Mas quem, então, vai ficar com o Pão de Açúcar? 

Segundo as fontes do RR, três corredores estariam no grid de largada, todos eles de fora do setor supermercadista: Grupo Ultra, Itaúsa e J&F. Do trio, o que parece ter mais sinergia com o Pão de Açúcar é o Ultra, que mantém uma operação de lojas de conveniência casada à rede de postos Ipiranga. A GPA tem mais de 600 pontos de venda. É dentro desse universo que caberia a reconstituição de uma rede de postos. A Itaúsa, por sua vez, tem feito uma ampla diversificação de seus negócios: está na fabricação de sandálias (Alpargatas) e de painéis de madeira e louças e metais (Dexco), em concessões de infraestrutura (CCR), no saneamento (Aegea), em energia (Copa) e no transporte de gás natural (NTS). Já a J&F, que parece querer comprar o mundo, também tem demonstrado enorme apetite em ampliar seu raio de atuação. Os irmãos Joesley e Wesley Batista, notórios pelo controle da JBS, são donos também do Banco Original, de parte da Eldorado Celulose, da PicPay, de ativos na área de mineração, do Canal Rural, da Âmbar Energia e da Flora, de material de higiene e limpeza. E, neste momento, estudam fazer uma oferta para a compra da Braskem. Grupo Ultra, Itaúsa e J&F têm algo em comum: um nível de alavancagem confortável e caixa para suportar uma aquisição do porte do Pão de Açúcar. O Ultra tem uma relação dívida líquida/Ebitda de 1,7.  O Itaúsa apresenta uma situação ainda mais folgada: um múltiplo de apenas 0,53. Dos três candidatos à compra do Pão do Açúcar, a J&F é quem carrega a maior proporção entre o passivo de curto prazo e o Ebitda (2,7). Mas ninguém tem dúvida sobre o poder de fogo do grupo em levantar crédito no mercado.  

No meio do caminho, certamente vão surgir outros interessados. Por enquanto, o futuro do Pão de Açúcar é pura especulação. 

#Abilio Diniz #Cade #Grupo Pão de Açúcar #Jorge Paulo Lemann

Destaque

JBS quer barrar a possível coalizão entre BRF, Marfrig e Minerva

15/06/2023
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O aporte de R$ 4,5 bilhões na BRF liderado pela Marfrig e pela Salic, fundo soberano da Arábia Saudita, chacoalhou o setor. O RR tem informações de que a JBS estuda acionar o Cade contra a operação. O motivo é a interseção societária que a Salic passará a ter como acionista tanto da BRF quanto da Minerva Foods. O fundo árabe já tem uma posição relevante nesta última, com 30,5%. Após a injeção de capital, deverá ser dono também de algo em torno de 16% da BRF. Para os irmãos Batista, o que estaria por trás dessa engenharia é muito mais do que um mero investimento de portfólio. A dupla presença da Salic não passaria de um biombo para encobrir uma tríplice associação. Se não de direito, ao menos de fato. Concentração nos olhos dos outros é refresco. Sob a ótica dos irmãos Batista, donos de um império que soma mais de 60% dos abates de gado no Brasil, Minerva, BRF e, consequentemente, sua controladora, a Marfrig, teriam a faca e a carne na mão para discutir estratégias em conjunto e, sobretudo, operar em parceria na formação de preços. De alguma maneira, essa argumentação encontra eco em uma decisão anterior do próprio Cade. Em 2014, o Conselho aprovou com restrições a troca de ações realizada entre BRF e Minerva. O órgão antitruste questionou, inclusive, a presença de um representante da primeira no Conselho da segunda. Procurada pelo RR, a JBS não se pronunciou até o fechamento desta matéria. Marfrig, BRF e Minerva também, não quiseram comentar o assunto. 

Este é mais um round no duelo entre os irmãos Joesley e Wesley Batista e Marcos Molina, dono do Marfrig e apontado no mercado como o principal artífice da entrada da Salic na BRF. Os dois lados têm diferenças históricas que se acirraram mais recentemente. A própria JBS tinha interesse na incorporação da BRF. No entanto, Molina levou a melhor, com a estratégia de comprar seguidamente ações da companhia em bolsa. 

#BRF #Cade #JBS #Marfrig #Minerva Foods

Empresa

Cade quer respostas sobre os desinvestimentos da Compass

31/05/2023
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O Cade vai cobrar da Compass, leia-se Cosan, um prazo para a venda de parte dos seus ativos em distribuição de gás no Nordeste. Entre os conselheiros do órgão antitruste, há um entendimento de que a empresa está postergando deliberadamente o cumprimento do acordo firmado com o órgão para a aquisição da Gaspetro junto à Petrobras, no ano passado. Como condicionante à aprovação do negócio, a Compass se comprometeu a vender 12 das 18 distribuidoras. Já negociou, mas, na semana passada, ao responder consulta do próprio Cade, saiu pela tangente e não definiu um prazo para a alienação das cinco restantes. A história é ainda mais enroscada. A insatisfação dos conselheiros do órgão com a postura da empresa de Rubens Ometto é alimentada também pela tortuosa negociação para a venda das participações nas distribuidoras de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Ceará e Rio Grande do Norte. A Compass firmou um acordo de venda com a Infra Gás e Energia, mas, sem qualquer explicação, tem postergado indefinidamente a conclusão do negócio. A ponto da própria Infra tem entrado com uma representação junto ao Cade. Consultada, a Compass não quis comentar o assunto.

#Cade #Compass #Cosan #Rubens Ometto

Destaque

Yduqs e Cogna podem dividir a mesma sala de aula

19/05/2023
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Yduqs e Cogna vêm mantendo conversações para uma possível fusão. As tratativas estariam sendo lideradas pelo empresário Chaim Zaher e pelo executivo Rodrigo Galindo. Ou seja: respectivamente, o segundo maior acionista individual da Yduqs e o presidente do Conselho e, há anos, homem forte na administração da Cogna. Seria o maior M&A da história do setor no Brasil. A associação levaria à criação de um potentado da área de educação, com mais de dois milhões alunos e cerca de 200 campi em todo o país. A nova empresa teria ainda uma receita somada da ordem de R$ 8 bilhões e um Ebitda combinado em torno de R$ 2,5 bilhões, a números de 2022.  

De acordo com a fonte do RR, com a ascensão de Zaher no capital da Yduqs – em menos de dois anos, ele quase dobrou sua participação, hoje de 11% – a Yduqs tem feito seguidos movimentos no mercado para uma fusão. Recentemente, teria mantido conversações também com a Ser Educacional, do empresário cearense Janguiê Diniz. Nada que se compare ao impacto que uma associação entre Yduqs e Cogna poderá ter sobre o mercado, criando um grupo quase inalcançável na área de ensino superior. Nesse sentido, a operação teria um fator de complexidade: passar pelo crivo do Cade. Não custa lembrar que Yduqs e Cogna já estiveram perto de uma fusão em 2017, quando ainda atendiam, respectivamente, pelos nomes de Estácio e Kroton. A associação, no entanto, foi barrada pelo órgão antitruste. Eram outros tempos. Nas duas empresas, a percepção é que o Cade tem adotado uma postura mais flexível em negócios desse porte, vide a recente aprovação das fusões entre BR Malls e Aliansce e Localiza e Unidas.  

Ressalte-se que a retomada do Fies pelo governo Lula pode dar uma dimensão ainda maior ao negócio. As projeções do mercado indicam que os grandes grupos do segmento de ensino superior terão saltos expressivos de receita nos próximos quatro anos com a ressurreição do programa de crédito. As ações do setor já precificam essa expectativa. Desde o início do ano, por exemplo, o valor de mercado de Yduqs subiu 22%. No caso da Cogna, o aumento acumulado é de 17%. 

#Aliansce #BR Malls #Cade #Chaim Zaher #Cogna #Ebitda #Rodrigo Galindo #Yduqs

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Petrobras desata mais uma “amarra” herdada do governo Bolsonaro

26/04/2023
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A Petrobras está desmontando, peça por peça, o arcabouço liberal que ditou sua estratégia de negócios nos últimos quatro anos. Além da revisão dos Termos de Compromisso de Cessação (TCC) firmados com o Cade em 2019 – o que, na prática, significará a manutenção do monopólio da estatal no transporte de gás –, a direção da estatal pretende esvaziar o indicador Delta EVA (Economic Value Added). De 2019 para cá, a ferramenta de gestão tem sido usada pela Petrobras como balizador para a aprovação ou não de novos investimentos, e até mesmo para a decisão de abandonar projetos e hibernar plantas industriais. Mais do que uma mera medida administrativa, o EVA serve como instrumento de apoio ao compliance, pois obriga que a diretoria executiva ou o conselho de administração registre em ata a aprovação de um projeto não rentável de acordo com o indicador.

O fim da utilização desse instrumento permitirá à nova diretoria da empresa a retomada de projetos que foram deixados de lado pelo governo Bolsonaro por não se enquadrarem nos índices de geração de valor apontados pelo EVA. A Petrobras poderá, por exemplo, voltar ao setor de fertilizantes e resgatar antigos empreendimentos, como a construção da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III) – algo tratado pelo governo Lula como prioridade estratégica.

Ao mesmo tempo, a quebra desse “teto de gastos” da estatal abre brecha também para movimentos com alguma dose de motivação política. Entram neste rol a exploração de campos terrestres na Bahia, o Comperj, no Rio de Janeiro, e as refinarias Abreu Lima e Clara Camarão, respectivamente em Pernambuco e Rio Grande do Norte – por sinal, terra do presidente da empresa, Jean Paul Prates.

O EVA começou a ser utilizado na gestão de Roberto Castello Branco para calcular o valor adicionado das operações da Petrobras, buscando mensurar a lucratividade real dos negócios para seus acionistas. Deste então, o indicador passou a fazer parte das métricas de topo da companhia, foi inserido como meta no Balanced Scorecard (BSC) das gerências e passou a ser critério para o pagamento de bônus a executivos e empregados.  

Guardadas as devidas proporções, para as últimas gestões da Petrobras, o EVA teve serventia similar ao próprio acordo com o Cade. O TCC com o órgão antitruste acabou se transformando em uma conveniente justificativa para a petroleira acelerar a venda de ativos de refino e da participação na TBG, a transportadora do Gasoduto Bolívia-Brasil. Da mesma forma, o EVA tornou-se uma cômoda muleta para embasar internamente a desmobilização de ativos e a reprovação de projetos com a motivação da baixa rentabilidade para os acionistas.  

Jean Paul Prates sabe que terá desgaste junto ao mercado para implementar essa mudança e já avalia maneiras de substituir um indicador por outro de natureza semelhante. Internamente, também haverá desconforto com o quadro gerencial da estatal, que já está matriculado no EVA. Dentro da Petrobras já se sabe que os responsáveis por administrar o incômodo gerencial serão os executivos de Estratégia e Planejamento, Maurício Tolmasquim, e de Desempenho Empresarial, Eduardo de Nardi Ros.  Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou.

#Cade #Comperj #Jean Paul Prates #Petrobras #UFN III

Destaque

Fusão entra no radar de Movida e Nova Unidas

4/04/2023
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O RR apurou que a Movida e a Nova Unidas vêm mantendo conversações para uma possível fusão. De um lado da mesa, está a JSL, um dos maiores grupos logísticos do Brasil; do outro, a canadense Brookfield, um polvo de mil e um tentáculos. De acordo com a mesma fonte, a operação não envolveria qualquer aporte de recursos, mas, sim, uma troca de ações entre as duas empresas de locação de veículos. Procuradas pelo RR, Movida e Novas Unidas não quiseram se pronunciar. 

O M&A seria uma resposta razoavelmente rápida à fusão entre a Localiza e a antiga Unidas, fechada no ano passado. Movida e Nova Unidas ocupam, respectivamente, o segundo e o terceiro lugares do setor. Juntas, as duas companhias passariam a ter uma receita líquida de quase R$ 13 bilhões por ano e um Ebitda combinado na casa dos R$ 4,8 bilhões. A frota somada chegaria a 280 mil veículos, ainda bem atrás da Localiza, líder disparada do mercado, com 450 mil carros. Escala é tudo nesse negócio. Além do market share em si, quanto maior o número de automóveis maior o poder de barganha da empresa junto a montadoras para a renovação da sua frota e, depois, para a venda dos veículos usados. 

A diferença nesse quesito poderia ser ainda maior, não fosse o pedágio imposto pelo Cade para aprovar a fusão entre a Localiza e a Unidas. Esta última foi obrigada a vender cerca de R$ 3,5 bilhões em ativos para a Ouro Verde, como se chamava, até então, a empresa de locação de veículos da Brookfield. O acordo envolveu a transferência de 49 mil automóveis, 182 agências e da própria marca Unidas, que passou a ser usada pelos canadenses em seu negócio.   

#Brookfield #Cade #Localiza #Movida #Nova Unidas

Empresa

Cade quer acabar com a folia das cervejeiras

24/02/2023
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As cervejarias atravessaram o samba das leis antitruste. De acordo com informações filtradas do Cade, o Conselho deverá apurar denúncias contra a AmBev e a Heineken por supostas práticas anticoncorrenciais. Os alvos são os contratos de patrocínio do Carnaval firmados, respectivamente, com as Prefeituras de Salvador e de Olinda. Segundo acusações já encaminhadas ao órgão, as duas companhias fecharam acordos de exclusividade danosos à livre concorrência. Ambas teriam se aproveitado da condição de patrocinadoras oficiais do Carnaval para tirar adversários do jogo, coibindo a venda de cervejas de outras marcas, inclusive nos bares localizados em áreas próximas a eventos carnavalescos. Em Olinda, o episódio chegou a parar na Justiça. O Ministério Público de Pernambuco pediu à Justiça a suspensão do contrato entre a Prefeitura e a Heineken, assim como com outros fabricantes de bebidas alcoólicas. No entanto, a requisição foi negada. 

As denúncias encaminhadas ao Cade vão colocar levedura em um processo de investigação que já corre no órgão desde 2019. Não é de hoje que os Conselheiros avaliam medidas mais drásticas, como impedir a assinatura de contratos de patrocínio entre cervejarias e o Poder Público, que acabam se transformando em um biombo para ocultar expedientes contra a concorrência. As novas acusações devem acelerar decisões dentro do Cade. Em contato com o RR, o Conselho confirmou que já tem “um inquérito administrativo aberto no qual estão sendo investigadas denúncias de suposto abuso em contratos de exclusividade nesse mercado”. Perguntado especificamente sobre as denúncias contra AmBev e Heineken, o Cade afirmou que “para preservar a investigação, não comenta casos em andamento.” Também consultada pelo RR, a AmBev informou que “os contratos são públicos e todos os termos deles também”. A empresa diz ainda que “30 mil ambulantes e catadores tiveram a oportunidade de renda extra em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador”, em referência à venda de seus produtos nessas cidades durante o Carnaval. A Heineken, por sua vez, não se manifestou. 

#Ambev #Cade #Carnaval #cervejarias #Heineken #leis antitruste #Ministério Público de Pernambuco #Olinda #Prefeituras de Salvador #samba

Negócios

Raízen prepara contra-ataque ao Cade

24/11/2022
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A Raízen vai partir para uma queda de braço com o Cade. Segundo informações apuradas pelo RR, a joint venture está disposta a recorrer à Justiça contra a decisão do Conselho, que autuou a empresa em R$ 61 milhões por infração à ordem econômica na distribuição de combustível no aeroporto de Guarulhos. A Raízen é acusada de prática anticoncorrencial por suposta impedir a entrada de novos concorrentes no Aeroporto. Não está sozinha. Vibra e BP Air Brasil também foram multadas pelo Cade.

#Cade #Raízen

Negócios

iFood entra na ceia de Natal do Cade

25/10/2022
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O RR teve a informação de que o Cade deverá concluir em dezembro o inquérito administrativo contra o iFood. A plataforma de delivery é investigada por supostas práticas anticoncorrenciais, entre as quais a imposição de acordos de exclusividade a restaurantes. Como pano de fundo, há uma disputa encarniçada com a Rappi, que tem municiado o Cade com uma série de acusações contra o Ifood.

#Cade #iFood #Rappi


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Fast track

21/09/2022
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O que se diz nos corredores do Cade é que o Conselho vai bater o martelo ainda neste ano em relação à fusão entre Fleury e Hermes Pardini. O M&A vai dar origem a um grupo de medicina diagnóstica com receita superior a R$ 6 bilhões.

#Cade #M&A


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Muito apetite e pouca concorrência

5/08/2022
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Segundo o RR apurou, concorrentes do iFood têm alimentado o Cade de farta documentação sobre supostas práticas de concorrência desleal que seriam cometidas pela plataforma de delivery. Entre as acusações estariam a imposição de contratos de exclusividade e abuso de poder econômico, como empréstimos e subsídios a restaurantes, para amarrar seus parceiros. Por ora, o Cade trata as denúncias com cautela. Em contato com o RR, frisou que “as “referidas condutas estão em apuração, em fase de inquérito”. Ou seja: ainda não há processo administrativo corroborando a acusação. O iFood, por sua vez, afirma que “suas políticas comerciais estão em estrita conformidade com a legislação concorrencial e segue cooperando com as autoridades que tratam o assunto.”

#Cade #iFood


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Fora da validade

1/08/2022
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Além das drogarias que terá de vender pelo acordo firmado com o Cade, a Pague Menos vai fechar lojas da Extrafarma, notadamente na Região Nordeste. A empresa, comprada junto ao Grupo Ultra, carrega uma série de farmácias deficitárias.

#Cade #Extrafarma #Grupo Ultra #Pague Menos


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Mubadala tem fome de Brasil

5/07/2022
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O Mubadala, que já soma mais de US$ 5 bilhões em ativos no Brasil, vai aumentar essa cifra. Segundo o RR apurou, o fundo árabe mantém conversações com a Petrobras para a compra da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul. A unidade está avaliada em algo em torno de US$ 1,3 bilhão. O Mubadala é “reincidente” no plano de desmobilização de ativos da estatal: já comprou a refinaria Landulpho Alves, na Bahia, por US$ 1,6 bilhão. Ressalte-se que a eventual aquisição da Refap pelo fundo árabe não fere o Termo de Compromisso firmado entre a Petrobras e o Cade. Pelo acordo, um único comprador não poderá adquirir refinarias dentro de uma mesma região.

Mais uma prova do apetite do Mubadala pelo Brasil, dessa vez no setor de educação: o fundo pretende embalar suas universidades de medicina no país em uma nova holding. O passo seguinte também está traçado: a abertura do capital em bolsa. Até o momento o fundo árabe comprou as baianas UniFTC e UnesulBahia. De acordo com a mesma fonte, uma nova aquisição deverá ser anunciada em até dois meses.

#Cade #Mubadala #Petrobras


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Concorrência com fome

4/07/2022
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É grande o apetite contra o iFood. O aplicativo de delivery Goomer vai se juntar à Rappi na ação movida contra o concorrente no Cade. O iFood é acusado de impor acordos de exclusividade e cláusulas draconianas a bares e restaurantes. Foi a principal razão para a Uber encerrar as atividades da divisão Uber Eats no Brasil.

#Cade #iFood #Rappi #Uber Eats


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“Coautores”

4/07/2022
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Benjamin Steinbruch enxerga a caligrafia dos Ermírio de Moraes na ação movida pela Cimento Tupi no Cade, contestando a venda dos ativos da LafargeHolcim para a CSN.

#Benjamin Steinbruch #Cade #Cimento Tupi #CSN #Ermírio de Moraes


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A mil por hora

24/06/2022
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Talvez o Cade ainda não saiba, mas a Localiza e a Unidas, que acabaram de se fundir, já fazem planos de comprar uma locadora de veículos que figura no top ten do setor. Ressalte-se que a dupla teve de vender recentemente cerca de R$ 3,5 bilhões em ativos para ter o M&A aprovado pelo órgão antitruste.

#Cade #M&A


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Blindagem

10/05/2022
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A GPS, um dos maiores grupos de segurança patrimonial do Brasil, vai abrir seu caixa forte para comprar empresas no Nordeste. A região tornou-se estratégica, muito em função do “presente” que a companhia recebeu do Cade. A espanhola Prosegur, uma das maiores concorrentes da GPS, está proibida de fazer aquisições no Nordeste até 2025. Procurada, a empresa não se manifestou, alegando estar em período de silêncio.

#Cade #GPS


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Petrópolis aumenta a levedura contra a Ambev no Cade

9/05/2022
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A concorrência está se unindo contra a Ambev e suas práticas comerciais. Segundo o RR apurou, a Petrópolis, de Walter Faria, estuda se juntar à Heineken no processo movido no Cade contra a cervejeira de Jorge Paulo Lemann e cia. De acordo com a mesma fonte, a fabricante da marca Itaipava pretende entregar, nas próximas semanas, farta documentação com o objetivo de comprovar que a Ambev adota práticas anti-concorrenciais, como venda casada e proibição de que parceiros comerciais comprem bebidas de competidores.

Há pouco mais de um mês, a Heineken protocolou uma petição no Cade acusando a líder do mercado brasileiro de manter contratos de exclusividade com bares e restaurantes em 11 capitais que ferem a legislação antitruste. Dona de aproximadamente 60% do mercado cervejeiro nacional, a Ambev é useira e vezeira em ser acusada de concorrência desleal. Em 2015, a companhia firmou um Termo de Compromisso de Cessação (TCC) com o Cade, comprometendo-se a limitar contratos exclusivos de venda. Na ocasião, foi punida por exigir de comerciantes acordos de exclusividade no âmbito do programa de fidelidade “Tô Contigo”.

Após uma renegociação com o órgão antitruste, a empresa conseguiu reduzir o valor da multa de R$ 359 milhões para R$ 229 milhões, o equivalente a apenas 0,8% da sua receita líquida naquele ano de 2015. Consultada sobre a petição da Heineken junto ao Cade, a Ambev informou que “suas práticas de mercado são regulares e respeitam a legislação concorrencial brasileira.” A empresa afirmou ainda que “em 2020, o Cade atestou que o termo de ajuste de conduta acordado em 2015 estava integralmente cumprido. Mesmo sem ter a obrigação, continuamos monitorando os mesmos indicadores em todas as regiões do país e eles seguem dentro do acordado anteriormente.” Também consultada, a Petrópolis não se pronunciou.

#Ambev #Cade #Heineken #Petrópolis


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Raia Drogasil e DPSP podem juntar seus comprimidos

4/05/2022
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A Raia Drogasil e a DPSP (Drogarias Pacheco São Paulo) estariam mantendo conversações para uma possível associação. A operação pode dar origem a um conglomerado com mais de 3,5 mil drogarias, faturamento superior a R$ 36 bilhões e um Ebitda da ordem de R$ 2,5 bilhões. Na prática, seria uma aquisição em pele de fusão.

De acordo com a fonte do RR, os acionistas da Raia Drogasil – as famílias Galvão, Pires Oliveira Dias e Pipponzi – ficariam com uma participação maior na nova empresa. A dosagem societária refletiria a diferença de tamanho entre as duas redes. A Raia Drogasil tem exatamente o dobro da receita da DPSP – R$ 24,1 bilhões, contra R$ 12 bilhões em cifras do ano passado. Procuradas pelo RR, Raia Drogasil e DPSP não quiseram se pronunciar.

Trata-se de uma negociação complexa, a começar pelo Cade. Raia Drogasil e DPSP são, respectivamente, líder e vice-líder no ranking do setor. No caso de um M&A, a nova companhia passaria a dominar mais de 25% das vendas no varejo farmacêutico. Provavelmente teria de entregar alguns anéis – como, por exemplo, a venda de drogarias em algumas regiões do país – para que a operação fosse aprovada.

Outra dificuldade é atender aos interesses cruzados da miríade de sócios de parte a parte, notadamente da DPSP, que reúne mais de 20 acionistas no bloco de controle. No caso da Pacheco São Paulo, não é de hoje que seus donos buscam um novo investidor ou mesmo um comprador para o negócio. No passado recente, houve conversas com o grupo mexicano Femsa.

#Cade #Drogarias Pacheco São Paulo #Femsa #Raia Drogasil


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Contrapartida

18/04/2022
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A Vitru Educação sinalizou ao Cade a disposição de vender parte das suas operações de ensino a distância. O movimento faz parte de uma intrincada negociação com o órgão antitruste para garantir a aprovação da compra da UniCesumar, um negócio da ordem de R$ 3,5 bilhões. A Superintendência Geral do Cade, não custa lembrar, já emitiu um parecer classificando a operação como “complexa”.

#Cade #Unicesumar #Vitru Educação


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Os dois “Cades”

7/03/2022
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A venda da UniCesumar para a Vitru Educação está provocando fissuras no Cade. Segundo uma fonte do próprio órgão, a tendência é que os conselheiros aprovem a operação, dando de ombros ao parecer técnico da Superintendência Geral (SG) do próprio colegiado. A SG classificou a operação como “complexa” devido à sobreposição e consequente concentração de mercado na área de educação a distância. Não seria a primeira vez que o Tribunal caminha na mão oposta da Superintendência. Recentemente, o Cade aprovou a fusão entre a HapVida e a Intermédica contrariando parecer contrário da SG.

#Cade #Hapvida #Unicesumar #Vitru Educação


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Movida é um carro atravessado na estrada

7/02/2022
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A guerra continua: o RR tem a informação de que a Movida vai insitir na tentativa de barrar a fusão entre a Localiza e a Unidas. No momento, os advogados da empresa discutem a estratégia e o front da nova batalha: se no próprio Cade, que já deu aval à operação, ou se na Justiça. O grupo criado com a associação entre a Localiza e a Unidas vai controlar praticamente metade do mercado brasileiro de locação de veículos.

#Cade #Movida


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Uma voz a mais contra a Compass

4/02/2022
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A Equatorial Energia estaria trabalhando nos bastidores do Cade contra a aprovação da venda da Gaspetro à Compass, leia-se Cosan. A companhia tem interesse em entrar no mercado de distribuição de gás. A suspensão do negócio colocaria novamente sobre o balcão  as participações da Petrobras em 17 concessionárias estaduais do setor.

#Cade #Cosan #Equatorial Energia #Gaspetro


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Vendendo saúde

7/01/2022
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Com o sinal verde do Cade para a associação, os controladores da Hapvida e da Intermédica já planejam uma oferta de ações da nova holding resultante da fusão das duas empresas. Tem tudo para ser uma das grandes operações do mercado de capitais brasileiro em 2022. O novo grupo já nasce com um faturamento de R$ 20 bilhões e um market share de 18% no setor de planos de saúde.

#Cade #Hapvida


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Barricada antitruste

9/12/2021
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A Movida, terceira maior empresa de locação de veículos do país, trabalha junto ao Cade para brecar a proposta feita pela Localiza com o objetivo de aprovar sua fusão com a Unidas. O enredo é cheio de curvas. A Localiza comprometeu-se com o órgão antitruste a vender a marca Unidas. A Movida, no entanto, alega se tratar de um truque cenográfico: a concorrente negociaria apenas uma casca vazia, o brand, ficando com todo o recheio – lojas, frota, funcionários, acordos comerciais e, sobretudo, o market share da Unidas. Procurada, a Localiza disse ao RR que “eventuais esclarecimentos serão apresentados diretamente ao Cade e a seus Conselheiros”. Já a Movida não quis se pronunciar.

#Cade #Movida


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Os pesos e contrapesos do STF

29/10/2021
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A possível indicação do atual presidente do Cade, Alexandre Cordeiro, para o STF já provoca fissuras na Corte. Segundo uma fonte do Supremo, o nome enfrenta resistências dos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Fux. Em compensação – e bota compensação nisso -, tem o apoio de Gilmar Mendes.

#Alexandre de Moraes #Cade #STF


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Colisão

25/10/2021
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A Movida, uma das três maiores locadoras de veículos do Brasil, estuda entrar na Justiça na tentativa de brecar a fusão entre a Unidas e a Localiza caso o Cade aprove a operação. Líder e vice-líder do setor, as duas empresas concentram mais de 60% de market share. A briga promete ser longa. O próprio Cade ainda terá quase um ano para dar seu veredito.

#Cade #Movida


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“BR do Mar revolto”

31/08/2021
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O ministro Tarcisio Freitas tem feito gestões junto ao Cade na tentativa de aparar arestas em relação ao BR do Mar, projeto em tramitação no Senado. O Conselho já alertou para o risco do novo marco regulatório da cabotagem aumentar a concentração de mercado e favorecer armadores estrangeiros. Consultado, o Ministério afirma que “as sugestões do Cade são pontuais, não tirando o mérito do projeto.”

#BR do Mar #Cade #Tarcísio Freitas


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Padrinho forte

24/06/2021
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A operação do MDB para que o agora ex-presidente do Cade, Alexandre Barreto, permaneça no Conselho ganhou um forte reforço: Michel Temer teria intercedido junto ao presidente Jair Bolsonaro para que Barreto assuma a superintendência geral da autoridade antitruste.

#Cade #Jair Bolsonaro #MDB


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A tesourada do Carrefour

16/06/2021
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Demissões e fechamento de lojas deficitárias. Segundo uma fonte ligada ao Carrefour, estas são as medidas que a empresa estuda para aumentar a rentabilidade das lojas de atacado da bandeira Maxxi, herdadas com a compra do Grupo Big (ex-Walmart Brasil). Na média, a margem de lucro desses pontos de venda seria até dois pontos percentuais inferior à das lojas do próprio Carrefour. Procurada, a companhia diz “não confirmar as informações e que o processo de aquisição do BIG está sob análise do Cade”.

#Cade #Carrefour


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Será coincidência?

23/02/2021
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As companhias aéreas estão no radar do Cade. O motivo é a possível combinação de preços. Um exemplo: uma passagem Brasília-São Paulo para a última sexta-feira custava o mesmo valor tanto na Gol quanto na Latam: R$ 1.474,47. Procurada, a Latam informa que “não foi notificada sobre eventuais investigações do Cade a respeito de eventos na rota Brasília-São Paulo em fevereiro de 2021 e, caso seja notificada, prestará os devidos esclarecimentos”. A Gol, por sua vez, diz que “desconhece” o assunto.

#Cade #Gol


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Um “embaixador” de valor

21/12/2020
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As grandes transportadoras de carga do país buscam um “embaixador” para atuar junto ao Cade. O nome mais mencionado é o do ex senador Eunício de Oliveira, que conhece cada engrenagem de um carro forte. Até 2018, ele era o controlador da Confederal, vendida para a espanhola Prosegur. Ao lado da Brink ´s e da Protege, a empresa ibérica é investigada pelo Cade por suposta formação de cartel.

#Cade #Eunício de Oliveira


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Ópera bufa do 5G

18/12/2020
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A proposta do CEO da TIM Brasil, Pietro Labriola, de que o leilão de 5G seja realizado apenas no terceiro trimestre de 2021, foi detonada nos bastidores pela cúpula da Claro. A justificativa de Labriola de que, antes da licitação, o ideal é que o Cade analise a venda dos ativos de telefonia celular da Oi, soou como conversa para boi dormir. Sem dó, os executivos da empresa mexicana dizem que é papo de quem não tem o mesmo fôlego dos rivais para cacifar os bilhões de investimento no 5G.

#Cade #Claro #TIM Brasil


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Freitas é o “ministro da insegurança jurídica”

14/12/2020
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O ministro Paulo Guedes está colecionando deslizes do seu adversário Tarcisio Freitas, ministro da Infraestrutura. O Ministério da Economia tornou-se um pote até aqui de mágoas de concessionárias dos mais diversos modais. As queixas têm levado Guedes, em conversas reservadas com sua equipe, a se referir a Freitas como o “ministro da insegurança jurídica”. Algumas das suas performances constam da galeria de barbeiragens da infraestrutura.

Na área portuária, a omissão da Pasta é apontada como o principal motivo para um imbróglio tarifário que ameaça travar as privatizações do setor. O Ministério de Freitas, que deveria ser o principal interessado no assunto, pouco ou nada se empenhou para criar uma regulação específica para a cobrança da THC2 (Terminal Handling Charge), taxa referente ao serviço de agregação e entrega de contêineres. Os importadores questionam não só os valores, mas a forma como a cobrança é feita pelo agente marítimo da companhia de navegação – responsável por posteriormente repassar o valor ao operador portuário. Hoje, eles recebem uma fatura fechada, sem discriminação do THC2 e das demais taxas.

Importadores acusam os armadores de inflar o valor da tarifa e criar gastos artificiais. A indefinição quanto aos critérios de cobrança da THC2 transforma a composição de custos dos terminais portuários em uma área cinzenta. Esse limbo regulatório pode não apenas gerar questionamentos aos estudos de viabilidade econômico-financeira dos portos a serem leiloados, a começar por Santos e Vitória, como desencadear uma onda de ações judiciais pós-privatização. Enquanto Freitas vira as costas para o problema, ações sobre a legalidade da THC2 se acumulam na Justiça e no Cade. No setor aeroportuário, Tarcisio Freitas é criticado por Guedes pela demora em resolver pendências como a da licença de Viracopos.

Há quase dois anos, a atual operadora negocia a devolução da concessão, mas tem esbarrado em um labirinto burocrático. Ao mesmo tempo chama a atenção a morosidade do Ministério da Infraestrutura em definir o modelo de relicitação de Viracopos. A Justiça, por exemplo, foi muito mais célere e eficiente do que a Pasta. Na última sexta-feira encerrou o processo de recuperação judicial da concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV). Ainda assim, não há qualquer sinal de quando será formalizada a entrega da licença e, muito menos, em relação à data para o novo leilão.

No setor rodoviário, pesa contra Tarcisio Freitas a insegurança imposta à Nova Dutra e à CRT, cujos contratos vencem, respectivamente, em fevereiro e março de 2021. As duas empresas não conseguem ter uma resposta de Freitas quanto ao timing de relicitação das duas concessões. Ambas trafegam no escuro, sem uma definição do ministro, nem que seja para ficarem apenas mais seis meses com as licenças. Parece um governo anti-privatista. Outro equívoco de Freitas diz respeito à Concer. O ministro é enfático em relação ao término do contrato de concessão. Ressalte-se que a companhia tem obras importantes a concluir – uma delas, a Nova Subida da Serra, já está com 50% executados. Ainda assim, Freitas apoia a reestatização da concessão e a sua transferência para o DNIT. Com um detalhe que certamente nada tem a ver com o ministro: o órgão é um poço de corrupção.

#Cade #Ministério da Economia #Paulo Guedes #Tarcísio Freitas


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Naturgy na disputa pela Gaspetro

14/12/2020
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A espanhola Naturgy reabriu conversações com a Petrobras para a compra da sua fatia de 51% na Gaspetro, holding com participações em 18 distribuidoras de gás. A estatal esteve perto de fechar negócio com a Compass, leia-se Cosan, mas a operação micou após restrições impostas pelo Cade. Em tempo: são grandes as chances de que a Mitsui, dona dos 49% restantes da Gaspetro, também se desfaça das suas ações.

#Cade #Cosan #Gaspetro #Petrobras


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Carreata do monopólio

7/10/2020
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A Movida – leia-se a JSL, um dos maiores grupos de logística do país – vai acionar o Cade na tentativa de barrar a aquisição em pele de fusão da Unidas pela Localiza. Com a associação, a empresa do ex-secretário de Desestatização do governo Bolsonaro, Salim Mattar, terá mais de 65% do mercado de locação de veículos do país. Atual terceira do ranking, a Movida será um pontinho no retrovisor da monopolista concorrente, com cerca de 11% de market share.

#Cade #JSL


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Votorantim e cia. na mira do Cade

21/07/2020
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O setor de construção civil decidiu abrir guerra contra a indústria cimenteira. Segundo o RR apurou, um pool de entidades prepara-se para acionar o Cade, acusando os fabricantes de cimento de formação de cartel. Os maiores alvos são Votorantim, Intercement e Lafarge Holcim, que, juntas, controlam mais de 70% do mercado brasileiro. Todas já carregam a mácula de uma condenação no Cade.

O trio estava entre as seis empresas que, em 2014, foram multadas em R$ 3,1 bilhões por cartelização. Farta documentação está sendo reunida e será enviada ao órgão antitruste. De acordo com a mesma fonte, os construtores acusam as cimenteiras de terem realizado, no último mês, reajustes sincronizados dos preços e dentro de intervalos próximos.

As maiores “coincidências” teriam sido registradas na saca de 50 kg. Do outro lado da mesa estão entidades, notadamente de São Paulo, como o Sindicato da Habitação (Secovi-SP), o Sindicato da Construção Civil (Sinduscon-SP) e o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon-SP). O trio assinou o manifesto divulgado na semana passada contra o aumento dos preços do cimento. Procurado, o Sinduscon-SP afirma que “houve sincronização de reajustes” dos valores do insumo. Sobre a ação no Cade, a entidade não quis se pronunciar. Consultadas, Votorantim, Intercement e LafargeHolcim não quiseram se manifestar. Secovi-SP e Sintracon -SP também não se pronunciaram.

#Cade #Votorantim


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Batalha portuária no Cade

17/06/2020
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O Cade julgará hoje um processo que poderá ter razoável impacto sobre o setor portuário. Trata-se da ação movida pela Marimex, uma das maiores empresas de transporte e armazenagem do país, contra a Embraport, leia-se a Dubai Ports World. Operadora do maior terminal de uso privado do Porto de Santos, a companhia é acusada de cobrar uma taxa extra e ilegal sobre a THC2, a tarifa básica para movimentação em solo de cargas provenientes do exterior. A prática rende à Embraport dezenas de milhões de reais a mais por ano. Sua eventual condenação no Cade automaticamente firmará “jurisprudência” na esfera administrativa, estendendo-se a outras operadoras que adotem a mesma prática. O assunto é controverso. Em agosto de 2019, a Antaq aprovou uma norma sobre os critérios de cobrança dos serviços de movimentação e armazenagem de contêineres. No entanto, mais confundiu do que explicou. Tanto que, segundo o RR apurou, a agência reguladora vai publicar uma nova norma.

#Antaq #Cade #Embraport


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Confissão de culpa?

6/02/2020
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O Santander negocia com o Cade um acordo para encerrar o processo contra a GetNet. A empresa de maquininhas do banco espanhol é investigada por supostamente rastrear dados de clientes de terceiros. Santander e GetNet também são suspeitos de práticas antidumping, notadamente a venda casada de produtos financeiros para lojistas.

#Cade #Santander


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As “maquininhas” do Santander

20/12/2019
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Nem se voltar a vestir a cafonice “high tech” que usou na recente convenção do Santander – uma roupa e uma máscara com lâmpadas de led vermelho –, o presidente do banco, Sergio Rial, vai conseguir se esconder dos conselheiros do Cade. Segundo informações filtradas pelo RR, o colegiado já reúne fortes evidências de que a GetNet, a empresa de maquininha do banco espanhol, se utilizou de dados cadastrais de concorrentes para oferecer seus serviços. Como o Santander teria tido acesso à base alheia, ainda é um mistério.

#Cade #GetNet #Santander


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Santander cai na malha fina do Cade

5/12/2019
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O Cade promete chumbo grosso na direção do Santander e da GetNet, a empresa de maquininhas do banco – conforme o RR antecipou na edição de 14 de outubro. Além de investigar o uso de um aplicativo anunciado pelos espanhóis capaz de rastrear e fisgar clientes de concorrentes, o órgão antitruste vai apurar denúncias de prática de dumping e de “venda casada” contra o grupo financeiro. O Santander estaria forçando lojistas a usarem os serviços da GetNet para ter acesso a outros serviços e melhores taxas de juros. A chamada “guerra das maquininhas” não é para amadores.

#Cade #Santander


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Cabo eleitoral às avessas

30/08/2019
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A sucessão do Cade é um bom termômetro do momento de palidez de Sergio Moro no governo. Foram duas tentativas em branco de indicar um conselheiro para o órgão. Primeiro, o procurador do Paraná Vinicius Klein; depois a advogada Amanda Athayde Linhares, chefe do gabinete do MPF junto ao próprio Cade.

#Cade #MPF #Sérgio Moro


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Primazia Carrefour

6/08/2019
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O francês Noël Prioux, CEO do Carrefour Brasil, tem apertado os fornecedores no limite do limite. Já aumentou as margens brutas da empresa, valendo-se da supremacia da rede à mesa de negociações. Em alguns produtos, o Carrefour é quase um monopsônio. Caberia até ao Cade entrar no circuito.

#Cade #Carrefour


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Bolsonaro deve quebrar cartel das distribuidoras na venda de etanol

18/02/2019
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No que depender das recomendações do Ministério de Minas e Energia, do Cade e da ANP, o presidente Jair Bolsonaro deverá aprovar a proposta de que as usinas passem a comercializar etanol diretamente aos postos revendedores, sem a necessidade de intermediários. Uma vez confirmada, a medida representará um duro revés para as grandes distribuidorasde combustíveis do país, notadamente BR, Raízen (Cosan e Shell) e Ipiranga (Grupo Ultra) – o trio concentra mais de 50% das vendas de etanol hidratado no país. No governo, a proposta é vista como uma saída para dar fôlego à indústria sucroalcooleira nacional, sem a necessidade de renúncia fiscal ou outros combustíveis do gênero.

Há hoje mais de 80 usinas em recuperação judicial no país. Isso para não falar da possibilidade de redução do preço final do etanol na bomba. O assunto está concentrado na ANP, que já se posicionou favoravelmente àmudança. Consultada, a agência confirmou que “não há óbices regulatórios para a venda direta de etanol das usinas”. Mais do que isso: informou também que está “alinhada ao Cade”. O órgão antitruste emitiu parecer técnico apontando que a norma vigente “produz ineficiências econômicas, à medida que impede o livre comércio e dificulta a possibilidade de concorrência que poderia existir entre produtor de etanol e distribuidor de combustível”. O Cade sabe bem do que está falando.

No momento, há seis procedimentos abertos no Conselho para investigar a formação de cartel entre as grandes distribuidoras de combustíveis. A questão opõe dois importantes setores da economia. De um lado, a indústria do etanol; do outro, as grandes distribuidoras de combustíveis. A situação deste último grupo é complicada. Além dos aspectos de ordem econômica que sustentam a mudança das regras, há outro fator que potencializa a frágil posição das distribuidoras de combustíveis nesta contenda: o crescente grau de criminalização do setor.

Em 2017, o Ministério Público do Rio de Janeiro pediu à Justiça o cancelamento do registro da Raízen, da Ipiranga e da BR no estado por venda de etanol adulterado. A trinca também é investigada pela Polícia Civil do Paraná por suspeita de formação de quadrilha. No Distrito Federal, por sua vez, investigação conjunta do próprio Cade, da Gaeco – a Coordenadoria de Controle Externo da Atividade Policial e dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público – e da Polícia Federal desbaratou um cartel formado por 13 redes de postos locais. A indústria sucroalcooleira aproveita para descarregar sua munição contra as grandes distribuidoras de combustíveis. Elas são acusadas de inibir a venda de etanol e privilegiar a comercialização de gasolina, que oferece maiores margens.

#Cade #Jair Bolsonaro #Ministério de Minas e Energia


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OAS na CGU

7/08/2018
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Depois do Cade, a OAS negocia agora um acordo de leniência com a CGU também pela formação de cartel nas obras do Arco Rodoviário do Rio.

#Cade


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Cade “quebra” um monopólio já estilhaçado

16/07/2018
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A decisão do Cade de montar um grupo de trabalho para dar fim ao monopólio da Petrobras na área de refino não poderia ter um timing mais cômodo. O órgão antitruste chega para jogar uma partida cujo resultado já é mais ou menos conhecido. Até que os conselheiros do Cade decidam que ativos a Petrobras terá de vender, provavelmente a empresa já terá se desfeito de algumas de suas refinarias, dentro do seu plano de desmobilização. Ou seja: o monopólio da companhia será quebrado por ela própria.

#Cade #Petrobras


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Cade decide se vai ser Cade ou serve uma pizza em forno a gás

23/05/2018
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Hoje, o Cade vai dizer se é dia de pizza ou se honrará as suas melhores tradições. A dicotomia diz respeito ao processo movido pela Âmbar Energia, leia-se J&F Investimentos, contra a Petrobras pela suspensão do fornecimento de gás para a Termelétrica de Cuiabá, controlada pela empresa. Há uma divisão entre conselheiros e a própria presidência do órgão antitruste em relação ao caso.

Segundo o RR apurou, a conselheira Cristiane Junqueira Schmidt demonstrou a disposição de avocar o processo na reunião ordinária marcada para hoje – prazo final para o pedido. Na prática, a medida significaria a volta da ação ao Conselho para o julgamento do mérito – o inquérito administrativo foi arquivado pela Superintendência-Geral da autarquia em 29 de março. Há quem diga, no entanto, que o forno já está quente e a intenção de Cristiane Junqueira de reabrir o caso será cortada em pedaços e servida à francesa na reunião de hoje.

Existem relatos de que o próprio presidente do Cade, Alexandre Barreto, teria feito gestões junto à conselheira para dissuadi-la da ideia. Aliás, Barreto tem sido alvo de ataques por todos os lados. No Cade, circulam informações de que suas decisões seriam pautadas de fora para dentro e de que sua indicação ao cargo teria partido de Renan Calheiros. Ao presidente do Cade é atribuída também uma solução sui generis para o caso: o agrupamento de todas as acusações de prática anticoncorrencial que pesam contra a Petrobras em uma única ação, o que seria uma forma de “pensar grande” para nada fazer.

O RR prefere achar que todas essas insinuações não passam de intriga, tendo em vista a trajetória técnica de Barreto. A newsletter, ressalte-se, enviou uma série de perguntas ao Cade, que não respondeu a todas as questões e tratou alguns pontos de forma genérica. Segundo o Conselho, a nota técnica da Superintendência “aponta que não há nos autos indícios suficientes de que a Petrobras tenha se negado a negociar o fornecimento de gás natural para a Âmbar.” Ressaltou ainda que todos os seus “atos processuais são técnicos, tendo por base o mérito do caso e os ditames legais.” Consultada, a Âmbar não se pronunciou.

#Cade


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A maré virou para a B3

18/04/2018
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A B3, que até então tinha todo o interesse em procrastinar o caso, agora pressiona o Cade para acelerar o processo contra a ATS Brasil em torno da abertura de uma nova bolsa de valores no país. O objetivo é surfar na onda da Lava Jato e aproveitar a criminalização da concorrente para barrar o projeto. Na semana passada, o empresário Arthur Machado, presidente da ATG Brasil – por sua vez, acionista da ATS – foi preso na operação que apura desvios de recursos na Postalis. O fundo de pensão dos Correios aportou cerca de R$ 120 milhões no negócio.

#Cade


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OAS: nova leniência a caminho?

26/01/2018
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Aos poucos, o asfalto tucano vai se esfarelando. A OAS teria aberto tratativas com o Cade para fechar um acordo de leniência referente à construção do Rodoanel, uma das principais obras de infraestrutura de São Paulo. A contrapartida para o acordo seria a confissão da empreiteira baiana de que participou de um cartel montado especialmente para o projeto. Ressalte-se que, em sua delação, executivos da Odebrecht já admitiram o esquema, que teria durado de 2004 a 2007, durante governos de Geraldo Alckmin e José Serra. Segundo os delatores, o conluio teria congregado 22 empresas. Não custa lembrar que a OAS fez um acordo similar com o Cade, confessando a formação de um cartel para a construção do Arco Rodoviário do Rio de Janeiro.

#Cade #Geraldo Alckmin #José Serra #OAS


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Caminho fechado

14/12/2017
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A expectativa na Ultragaz é que o Cade anuncie em fevereiro – antes, portanto, do prazo limite (março) – seu veredito em relação à compra da Liquigás. O sentimento no Ultra é de pessimismo. Todos os pareceres internos do Conselho têm sido hostis à associação. Seria a segunda “pancada” do Cade no grupo em seis meses: em agosto, o órgão antitruste vetou a associação entre a Ipiranga e a Ale.

#Cade #Ultragaz


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Itaú em alerta

23/11/2017
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O maior fator de preocupação no Itaú é que o Cade adote uma linha conservadora e rigorosa e considere que o banco e a XP já têm uma política integrada de atuação e configuram, na prática, uma plataforma única de investimento. Neste caso, de pouco valeria o argumento de que, por contrato, os Setubal só poderão assumir o controle da corretora a partir de 2024.

#Cade #Itaú #XP Investimentos


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Confissão

26/09/2017
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A Camargo Corrêa estaria negociando um acordo de leniência com o Cade, que investiga a formação de cartel nas obras do Arco Metropolitano do Rio. Comparado à Lava Jato, será a confissão de um pecadilho.

#Cade #Camargo Corrêa #Lava Jato


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Lobby do cimento

22/08/2017
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A mobilização do Sindicato Nacional da Indústria Cimenteira, que tem enviado ao Cade estudos para mostrar a perda de competitividade das empresas do setor, colocou uma pulga atrás da orelha dos conselheiros do órgão antitruste. A leitura é que as cimenteiras estariam preparando o terreno para justificar alguma grande operação de M&A e a consequente concentração de mercado. Pode ser apenas uma cisma. Ou não. Não custa lembrar que, em 2014, o Cade multou Votorantim, Camargo Corrêa, Cimpor e cia. em R$ 3,1 bilhões por formação de cartel. E tem sido extremamente rigoroso ao analisar o impacto de fusões globais no mercado brasileiro, vide a operação Lafarge Holcim.

#Cade #Camargo Corrêa #Votorantim


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Mais uma pedra no caminho do Ultra e da Liquigás

21/08/2017
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Os revendedores de GLP estão torpedeando a venda da Liquigás para o Grupo Ultra junto ao Cade. Na semana passada, a Abragás, entidade que reúne as empresas do segmento de revenda, enviou ao órgão antitruste estudo sobre o grau de concentração de mercado que resultará da operação. O RR teve acesso ao documento. A Abragás põe foco, principalmente, na concentração de mercado em alguns dos maiores estados do país, a começar por São Paulo, onde a dupla Liquigás/Ultragaz passará dos 60%. A julgar pelo recente veto às fusões entre Ipiranga e Ale e Kroton e Estácio, o que não falta ao Cade é gás para brecar a operação e manter as duas empresas em botijões separados.

#Abragás #Cade #Grupo Ultra #Liquigás


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Ipiranga, Ale e o risco de uma pane seca

2/08/2017
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Nos últimos dois dias, postos bandeira branca abasteceram os conselheiros do Cade com uma saraivada de pareceres técnicos no intuito de comprovar os efeitos nocivos da associação entre Ipiranga e Ale. Estudos mostram que o preço dos combustíveis podem subir até 10%. Não é exagero dizer que estes estabelecimentos vivem hoje o seu Dia D. Ao abrir o julgamento da fusão Ipiranga/Ale, em certa medida o órgão antitruste estará decidindo o futuro dos postos sem bandeira fixa. A Ale abastece mais da metade destas unidades em todo o país – no Nordeste, este índice passa dos 70%. Só que a Ipiranga não distribui combustível para os revendedores bandeira branca. E, ao que tudo indica, o mesmo passará a ocorrer com a Ale em caso de incorporação, o que obrigaria estes postos (mais de 16 mil) a se amarrarem à marca de um dos grandes grupos do setor.

#Ale #Cade #Ipiranga


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Raízen e Cade travam duelo na Justiça

25/07/2017
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A expectativa no Cade é que, ainda neste ano, a Justiça dê um desfecho a uma novela que se arrasta desde 2015. Naquele ano, o órgão antitruste condenou a Raízen a pagar uma multa de R$ 31 milhões por prática anticoncorrencial. Segundo o Cade, a distribuidora coagiu postos da bandeira Shell de São Carlos (SP) a praticarem preços predefinidos. Desde então, a Raízen tenta derrubar a decisão na Justiça. Até agora, em vão. A 29a Vara Federal do Rio de Janeiro ratificou o entendimento do colegiado do Cade. A questão agora está no Tribunal Regional Federal da 2a Região. O recurso, inclusive, já poderia ter sido julgado. No entanto, em 6 de março deste ano, o desembargador Aluisio Castro Mendes declarou sua suspeição para atuar no caso, por “motivo de foro íntimo”, o que forçou a redistribuição do processo. As provas contra a companhia colhidas pelo Cade são contundentes. No melhor estilo Joesley, o dono de um posto da bandeira Shell gravou conversa com um representante da distribuidora tentando impedi-lo de fazer promoções e baixar o preço dos combustíveis. Procurado pelo RR, o Cade confirmou a condenação e os recursos impetrados pela companhia na Justiça. A Raízen, por sua vez, não quis se pronunciar.

#Cade #Raízen


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Arco da velha

14/07/2017
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O Ministério Público do Rio e o Cade têm alimentado um ao outro com saborosas informações sobre a construção do Arco Metropolitano do estado. Já são 29 empresas, entre construtoras e fornecedoras de serviço, na alça de mira. O Cade apura a formação de cartel nas obras, liderado por oito empreiteiras – como o próprio órgão antitruste confirmou ao RR. O mais quente, no entanto, está com o MP, que, só para não variar, investiga o pagamento de propinas a integrantes do governo de Sérgio Cabral. Em sua delação premiada, executivos da Odebrecht já deram a pista do caminho do dinheiro.

#Cade #Odebrecht


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Efeito Kroton

7/07/2017
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O revés da operação Kroton/Estácio no Cade acendeu todos os sinais de alerta no Ultra. O RR apurou que o grupo deverá se antecipar e apresentar ao órgão antitruste uma proposta na tentativa de viabilizar a fusão entre a Liquigás e a Ultragaz, sua controlada. A contrapartida envolve a venda de ativos nos cinco estados em que a nova empresa tiver participação de mercado próxima de 60% (Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo) – ver RR edição de 19 de junho.

#Cade #Estácio #Kroton #Ultragaz


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Fundo de Cingapura é o novo adversário da Kroton

26/06/2017
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A Kroton está prestes a ser abalroada por dois bólidos: de um lado, o Cade; do outro, o GIC, que surge como novo consolidador do mercado de educação. O fundo soberano de Cingapura se aproveita do duplo chapéu de acionista tanto da Cruzeiro do Sul Educacional quanto da Somos Educação para costurar a associação entre as duas companhias. Da primeira, os asiáticos têm 40%; da segunda, 18%. As tratativas são conduzidas por Eduardo Samara, que assumiu, em fevereiro, o posto de vice-presidente sênior do GIC no Brasil.

A proposta de fusão conta com o apoio de outros acionistas das duas empresas, sobretudo daqueles que mais pesam na balança, tanto de um lado quanto do outro: pela Cruzeiro do Sul, as famílias Figueiredo e Padovese, fundadoras e ainda acionistas majoritárias; pela Somos, a Tarpon Investimentos, dona de 74,8% da companhia. Todos, assim como a própria GIC, teriam uma participação relevante na nova empresa. As duas redes de ensino vivem circunstâncias distintas. Desde que assumiu o controle da antiga Abril Educação no lugar dos Civita, há pouco mais de dois anos, a Tarpon corta um dobrado para colocar o negócio nos eixos. Em 2015, amargou um prejuízo de mais de R$ 600 milhões.

No ano passado, à custa de muitos cortes, conseguiu reduzir as perdas para R$ 70 milhões. Nesse período, ainda teve de desmantelar um esquema montado por alguns funcionários da Somos para a compra irregular de material no âmbito do Programa Nacional do Livro Didático (PNDL). A Cruzeiro do Sul tem tirado melhores notas no quesito performance financeira.

Nos últimos dois anos, teve um lucro combinado de quase R$ 150 milhões. Ainda assim, falta-lhe escala e capilaridade para concorrer com os grandes grupos do setor – sua atuação está praticamente restrita a São Paulo. Há pelo menos dois anos, as famílias Figueiredo e Padovese alimentam a ideia do IPO do grupo. No entanto, a chegada do GIC, que, em janeiro deste ano, comprou a participação do fundo inglês Actis, colocou no horizonte a possibilidade de fusão com a Somos. A combinação resultaria em um grupo com um Ebitda de mais de R$ 600 milhões e um faturamento de R$ 2,6 bilhões, a números de 2016 – para efeito de referência, algo como um terço da receita somada de Kroton e Estácio.

#Cade #GIC #Kroton #Tarpon


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Cade lança uma faísca sobre o botijão da Ultragaz

19/06/2017
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O Grupo Ultra está prestes a sofrer um duro revés no Cade. Segundo informações filtradas da própria autarquia, o Departamento de Estudos Econômicos do órgão antitruste deverá recomendar a adoção do critério de concentração por estado no julgamento da venda da Liquigás para a Ultragaz. Se os conselheiros acatarem o parecer, são praticamente nulas as chances de aprovação do negócio sem restrições.

Em pelo menos cinco estados brasileiros, a dupla soma mais de 50% de participação no mercado de GLP: Goiás, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo. Neste último, o market share beira os 60%. É exatamente onde o botijão da Ultragaz mais pode “vazar”. O maior receio da companhia é que o Cade, entre outras exigências, determine a venda de parte da operação no maior mercado consumidor do país.

Consultado, o Cade informou que ” não comenta aspectos de mérito sobre operações em análise.” O Ultra não se pronunciou. Os advogados da Ultragaz defendem que o julgamento se dê com base nas vendas por município. Por sua vez, as concorrentes alegam que o Grupo Ultra quer impor um truque de ilusionismo para mascarar a concentração de mercado da nova empresa. Não são poucos os adversários. Os dois mais combativos são a Supergasbrás, leia-se a holandesa SHV, e a Copagaz, do empresário Ueze Zahran.

#Cade #Grupo Ultra #Liquigás #Ultragaz


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Galindo quer dar um clinch no Cade

5/06/2017
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O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, tenta convencer o Cade a adiar por 30 dias o prazo final para o julgamento da fusão com a Estácio, previsto para 27 de junho. Para todos os efeitos, alega que os advogados da companhia precisam de mais tempo para ajustar a defesa com base nas novas regras para o ensino a distância, publicadas pelo Ministério da Educação no último dia 26 de maio. No entorno de Galindo, há quem associe a manobra a uma confissão de que a batalha está perdida, mesmo após o executivo ter contratado todos os ex-dirigentes do Cade para defender a causa da Kroton. As sinalizações são desfavoráveis para o polvo da educação.

#Cade #Estácio #Kroton


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Ipiranga vive um momento de alta combustão

7/04/2017
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Onde tem uma distribuidora de combustíveis que vem perdendo market share, enfrenta percalços com seus revendedores e, ainda por cima, corre o risco de ver seu maior investimento barrado pelo Cade? Pergunta lá no posto Ipiranga. Por trás do bordão publicitário mais conhecido do Brasil, encontra-se uma companhia fora da sua zona de conforto. Enquanto o órgão antitruste não dá seu veredito em relação à compra da Ale, a Ipiranga está no meio de uma dura rodada de negociações com os postos que usam sua bandeira – estima-se que um quinto dos contratos vença neste ano.

A companhia controlada pelo Grupo Ultra tem sido inflexível na negociação dos preços dos combustíveis e dos prazos de pagamento. A postura pode ter um efeito colateral: não são poucos os postos assediados por concorrentes, notadamente a Raízen, que tem colocado sobre a mesa luvas razoavelmente generosas para convencê-los a trocar de bandeira. Este, aliás, é um ponto nevrálgico que a Ipiranga terá de distensionar caso a compra da Ale seja aprovada pelo Cade.

Há uma considerável diferença na composição das duas redes de revenda. Cerca de 30% da base de distribuição da Ale são postos de bandeira branca, para os quais o preço fala muito mais alto do que qualquer acordo de fidelidade. No caso da Ipiranga, esse índice é de apenas 5%. A empresa terá dificuldade de segurar os “infiéis”, uma vez que os seus preços, hoje, são mais altos do que os praticados pela Ale.

A rígida posição da Ipiranga na negociação com os revendedores tem uma premissa: preservar as margens de lucro a qualquer custo, nem que para isso o preço seja deixar alguns postos menos rentáveis pelo acostamento. A companhia tem uma perfomance a zelar: em 2016, seu Ebitda cresceu 11%. Só os executivos da Ipiranga sabem o quanto tiveram de suar para entregar este resultado em um ambiente econômico tão desfavorável.

Não fosse o notório padrão Ultra de gestão, dificilmente esse número teria sido atingido. Até porque a empresa passa por um raro momento de estiagem, com perda de participação em alguns segmentos. Nas vendas da gasolina, seu market share caiu de 20,7% para 20% ao longo do último ano – a BR Distribuidora, mesmo com o seu “vende, não vende”, recuperou dois pontos percentuais. Na comercialização de etanol, a fatia da Ipiranga caiu de 19% para 17%.

#Cade #Grupo Ultra #Ipiranga #Raízen


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Os reforços da Kroton

5/04/2017
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O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, montou uma tropa de ex-conselheiros do Cade para defender a fusão com a Estácio. Mas o maior reforço atende por José Eduardo Cardoso e tem a assinatura de Walfrido Mares Guia, um dos controladores da Kroton e desafeto de Galindo.

#Cade #Estácio #Kroton


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Estranha aritmética

30/03/2017
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Uma fonte do RR que auxilia as negociações entre a Kroton e a Estácio jura por todos os santos que há uma cláusula draconiana no acordo de fusão entre as duas empresas. Diz a fonte que se o Cade fizer exigências restritivas capazes de derrubar o faturamento do grupo em mais de 15%, a Kroton pode cancelar o agrément sem pagar multa. Já a Estácio terá de desembolsar R$ 150 milhões se desistir da operação pelos mesmos motivos da Kroton. O RR acha bem esquisito os dois pesos, mas registra o estranho acordo.

#Cade #Estácio #Kroton


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Estácio é uma maldição na vida de Rodrigo Galindo

16/03/2017
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O presidente da Kroton, Rodrigo Galindo, chamaria o padre Merrin, o “Exorcista”, para extirpar a Estácio da sua vida caso tivesse o condão de transformar ficção em realidade. A empresa carioca demoniza a trajetória profissional de Galindo, rebaixado de cardeal para diácono devido a uma série de equívocos – e infortúnios, vamos admitir – desde que a instituição atravessou o seu caminho. O outrora bem-sucedido executivo tem sido visto como “incapacitado” – palavra de um dos acionistas – para conduzir com êxito a aquisição da empresa.

O adjetivo “incapacitado” não diz respeito a uma única voz. Galindo encontra-se sem apoio da maior parte dos controladores – leia-se os fundos Oppenheimer e Coronation. Galindo, que deitou na fama com a compra da Anhanguera, quis replicar a fórmula com a Estácio. Na primeira aquisição, apresentou uma defesa no Cade que continha dribles razoáveis sobre a acusação da Kroton tornar-se acintosamente dominadora do setor.

Galindo se apoiava em números bem menores de concentração do mercado e previa a venda de ativos de ensino a distância. Segundo fonte do Cade, estão na mesa duas hipóteses mefistofélicas para a Kroton: ou o Conselho desaprova a junção, o que é bastante provável, ou impõe restrições que inviabilizam o acordo, o que é mais provável ainda. Este último ponto tem um complemento: se a perda de receita com a venda de ativos for superior a 15%, qualquer uma das partes pode rescindir a operação sem pagamento de multa.

Galindo ganhou também a maldição de Walfrido dos Mares Guia, um dos controladores da Kroton. Quem conhece o ex-ministro sabe que ele é jeitoso, se relaciona bem. Com Galindo, Walfrido foi duro e deixou claro que é ele quem vai tratar do imbróglio Estácio/Cade. O ex-ministro aposta nas articulações políticas em Brasília para neutralizar a ação de grupos concorrentes, como a Ser Educacional e a Anima. Estes dois visitaram ministros e parlamentares para mostrar que a fusão da Kroton com a Estácio está criando um monstro monopolista.

A Superintendência Geral do Cade deu parecer recomendando pesadas restrições à fusão, o que deverá precipitar a decisão dos conselheiros. Até mesmo o preenchimento das duas vagas abertas na autarquia é uma incógnita. Não há nomes definidos e nem prazo para escolhê-los. Dependendo de quem entrar, poderia haver uma compreensão diferente do caso. Com os cinco conselheiros atuais, o jogo está praticamente perdido. Resta ver se Walfrido reencarna o Padre Merrin e exorciza o atual Cade. Galindo que cuide da sua própria sorte.

#Cade #Estácio #Kroton


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Desconstruindo a Ale

15/03/2017
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A aprovação do Cade pode até sair, mas a direção do Grupo Ultra já se pergunta se a compra da Ale valerá a pena diante das condições que deverão ser impostas pelo órgão antitruste. No Ultra, o maior temor é que o Cade determine a venda de parte da rede de postos no Sudeste.

#Cade #Grupo Ultra


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BM&F e Cetip jogam seu naipe de ases

17/02/2017
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Por mais paradoxal que possa soar, ao pedir ao Cade a prorrogação do prazo por mais 60 dias, BM&F Bovespa e Cetip lançaram uma cartada na tentativa de antecipar o julgamento da fusão entre ambas. Explica-se. O dead line está previsto para o próximo dia 23 de fevereiro, mas as duas empresas identificaram a disposição do próprio Cade de estender a análise do processo por mais 90 dias – conforme antecipou o RR na edição de 27 de janeiro. Se isso acontecer, o veredito só sairá no fim de maio. Daí a manobra da dupla. Se o pedido de adiamento feito pelas companhias for aceito pelo Cade, o calendário muda automaticamente e o julgamento ocorre até o fim de abril quem sabe até mesmo antes da antes da assembleia geral de acionistas da BM&F Bovespa, prevista para o dia 28 do mês? Não custa tentar…

#BM&F Bovespa #Cade #Cetip


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Kroton inicia o ano com notas baixas no Fies

15/02/2017
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Rodrigo Galindo, CEO da Kroton, começa o ano letivo com notas baixas. No momento em que o Cade ameaça dar um zero para a fusão com a Estácio, Galindo enfrenta também números frustrantes em relação ao Fies. Neste primeiro semestre, a Kroton registrou o menor volume de contratos do Fundo de Financiamento Estudantil dos últimos cinco anos.

Foram 15.004 novos alunos, praticamente a metade dos 29.789 contabilizados no início de 2016. A um tíquete-médio mensal de R$ 794,30 por estudante, significa uma perda de faturamento de R$ 145 milhões ao longo de um ano. Procurada pelo RR, a Kroton confirma o número de inscrições pelo Fies. Mas afirma que “a taxa de conversão de matrículas (que mede a relação entre o número de potenciais candidatos a uma vaga e o de alunos efetivamente inscritos) foi positivo”. Está feito o registro.

O Fies representa aproximadamente 10% da receita da Kroton. Poderia ser mais se a empresa não tivesse perdido tanta participação na divisão do bolo. Em relação a janeiro do ano passado, sua participação sobre o número total de inscritos no Fies recuou de 11,9% para 9,8%. Se alguém perde, outro vem e acha. Foi o caso da Ser Educacional, que saiu de 6% para 8%. Esse pêndulo reflete uma fragilidade geoeconômica da Kroton. Os critérios para a divisão de vagas do Fies têm privilegiado os pedidos de financiamento em regiões mais carentes como o Norte e Nordeste, áreas onde o grupo tem uma operação modesta se comparada à sua estrutura no Sudeste e Sul do país.

#Cade #Estácio #Fies #Kroton


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Bolso forrado

10/01/2017
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A Kroton está pedindo R$ 1,5 bilhão pela operação de ensino a distância da Estácio. A venda é condição sine qua nom para que a associação entre os dois grupos seja aprovada pelo Cade.

#Cade #Estácio #Kroton


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Colisão

27/01/2015
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O embate entre a Mercedes- Benz e os metalúrgicos promete engrossar. Os líderes sindicais do ABC acenam com paralisações semanais caso a montadora mantenha as 160 demissões na fábrica de São Bernardo do Campo.

#Cade #Movida

Acervo RR

Lula

28/04/2011
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Lula encomendou a um jornalista amigo um livro intitulado -O Que Disseram de Mim -. Vai dar o nome de todos os bois.

#Cade #Ultragaz

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