Tag: Odebrecht

Destaque

Petrobras e Adnoc esbarram nos “pontos cegos” da Braskem

22/02/2024
  • Share

Petrobras e Adnoc (Abu Dhabi National Oil Company) estão se deparando com entraves maiores do que o previsto na due diligence da Braskem. Segundo informações obtidas pelo RR, ambas já adiaram por duas vezes a conclusão dos trabalhos e, dentro da estatal, já se admite a possibilidade de o processo não terminar sequer no mês de março. Petrobras e Adnoc têm requisitado seguidamente informações adicionais à Braskem, na tentativa de elucidar “pontos cegos” da companhia – segundo o RR apurou, expressão que vem sendo utilizada pelos próprios executivos da estatal.

A empresa brasileira e o grupo de Abu Dhabi teriam identificado algumas toxinas de ordem contábil na Braskem. São dados um tanto quanto difusos que têm exigido uma atenção especial. Aliás, mais do que especial. Compliance é, foi e por muito tempo será um gerador de insegurança para quem quer que faça negócio com os Odebrecht.

A Braskem não carrega a quantidade de pecados da empreiteira, mas também foi tragada pela Lava Jato. A petroquímica chegou a ter um ex-presidente, José Carlos Grubisich, condenado pela Justiça dos Estados Unidos. Réu confesso, Grubisich admitiu a existência do que pode ser chamado de um “mini departamento de operações estruturadas”, leia-se uma área da Braskem que reservou cerca de R$ 1,4 bilhão para o pagamento de propinas a funcionários públicos e políticos. Procuradas pelo RR, Novonor, Petrobras e Braskem não se pronunciaram.

Além das questões contábeis, há outro fator de preocupação para Petrobras e Adnoc: os esqueletos ambientais que possam estar guardados nos armários da Braskem. Vide o desastre na mina de Maceió. A companhia controlada pela Novonor recebeu alertas da autoridades sobre os riscos de desmoronamento e foi cobrada pela Agência Nacional de Mineração para fazer testes de sonar na região.

Ignorou solenemente as exigências durante anos. Preferiu jogar areia sobre o caso. Literalmente. O crime na capital alagoana seria um fato isolado ou a revelação de um modus operandi de negligência e descaso com os preceitos mais básicos do ESG?

É uma dúvida que a Petrobras e a empresa de Abu Dhabi precisam equacionar o quanto antes em seu trabalho de auditoria, dado o impacto que a eventual existência de outros passivos ambientais pode ter, tanto do ponto de vista criminal, quanto reputacional ou econômico.

A Adnoc está chegando agora no pedaço. Já a Petrobras sabe bem o terreno em que está pisando. Sua relação histórica com a Braskem combina diferentes papéis: o de acionista, o de partícipe da complexa colagem societária que deu origem à empresa e como vítima dos malfeitos perpetrados pela família Odebrecht.

#Adnoc #Agência Nacional de Mineração #Braskem #Odebrecht #Petrobras

Destaque

Novonor tenta sair das sombras da Lava Jato também no Peru

8/02/2024
  • Share

A, Novonor ex-Odebrecht, oscila entre o inferno e o purgatório. Na primeira categoria, estão a recuperação judicial, dívidas de quase R$ 100 bilhões, o crime ambiental da Braskem em Alagoas e a dificuldade para a venda da própria petroquímica. O outro lado, o da purga dos antigos pecados, encontram-se importantes vitórias nos tribunais – notadamente a decisão do ministro Dias Toffoli de suspender o pagamento de R$ 14 bilhões em multas junto ao MPF – e avanços em países onde até outro dia a empresa parecia estar irremediavelmente criminalizada. É o caso do Peru.

O RR apurou que a Novonor entrou na disputa pelas obras de ampliação da Barragem de Limón, no Rio Huancabamba. Os valores giram em torno dos US$ 250 milhões. A expansão da barragem integra um dos maiores empreendimentos de infraestrutura em execução no Peru: a transposição e irrigação do Vale do Olmos, que já consumiu quase US$ 3 bilhões em investimentos.

O grupo, ressalte-se, participou de uma das fases do megaprojeto, estando à frente das obras para o desvio do Rio Huancabamba. No entanto, em 2016, quando a Lava Jato já chegava ao pescoço da família Odebrecht, o negócio foi repassado à Brookfield. Em contato com o RR, a Novonor confirmou que a “a NPI – Novonor Participações e Investimentos, braço operacional do Novonor no Peru, avalia apresentar ao Governo Regional de Lambayeque uma Iniciativa Privada Autossustentável (IPA) para a ampliação da capacidade de armazenamento da barragem de Limón”.

A negociação com as autoridades do Peru tem um razoável valor simbólico. Há oito anos, a velha Odebrecht não participa de licitações públicas naquele país. Os motivos são sabidos: a empresa também foi duramente atingida pela versão peruana da Lava Jato.

Do ponto de vista político, pode até se dizer que o impacto da corrupção estruturada foi ainda maior do que no Brasil: quatro ex-presidentes da República foram denunciados e presos por receberem propina da Odebrecht. Ainda assim, graças a um carry over pré-criminalização, o Peru concentra 11% da carteira de contratos da OEC, braço de construção pesada da Novonor. No plano internacional, está atrás apenas de Angola, que representa aproximadamente 34% do backlog da empresa.

De acordo com a fonte do RR, o grupo articula com autoridades peruanas sua participação em outros negócios. O que não falta no país é obra para tocar. O PróInversion – uma espécie de “PAC peruano” – prevê a licitação de até 40 projetos de infraestrutura, tanto por meio de concessões quanto PPPs, com investimentos estimados em US$ 8 bilhões.

Consultada sobre outros projetos no radar, a companhia disse que a NPI “está sempre atenta a oportunidades”.

Nesse longo processo de expurgação, a Novonor ainda aguarda pelo maior dos perdões: o da Petrobras. Somente no ano passado, foi autorizada a voltar a participar de licitações da petroleira. Até o momento, não consta que tenha firmado qualquer novo contrato com a companhia. A retomada da prestação de serviços para a estatal consumaria a maior das “absolvições” – a Petrobras se tornou um emblema de todos os pecados da velha Odebrecht.

A Odebrecht ficou marcada pela corrupção sistêmica capitaneada por seus acionistas e executivos. Mas o passado de malfeitos não apaga o que o grupo sempre teve de melhor: um quadro de engenheiros de excelência, o reconhecimento como uma referência em construção pesada e o status de ser a mais competitiva das empresas brasileiras em exportação de serviços. A recuperação da companhia é uma excelente notícia.

#Braskem #Dias Toffoli #MPF #Novonor #Odebrecht #Petrobras

Empresa

Desastre ambiental de Maceió deve ser debitado na conta da Novonor

14/12/2023
  • Share

Se for para ser imputada responsabilidade sobre o desastre com a mina de sal gema na região urbana de Maceió, é melhor dar nome aos bois. O risco da tragédia existe há anos e antecede em muito a associação da Braskem. Quem não deu bola, desde o início, para o colapso anunciado foi a Odebrecht – hoje Novonor -, que há muito tempo cozinhava o desabamento da jazida de sal gema em fogo lento. O patriarca da companhia, Norberto Odebrecht, e já se vão mais de três décadas, visitou o local e demonstrou preocupação com o que viu. O RR acompanhou o assunto de perto. Mas Norberto já havia saído da gestão. O assunto estava na esfera do seu filho, Emílio. O braço da petroquímica da Odebrecht se chamava OPP e seu presidente era o executivo Álvaro Cunha. A Petrobras, é claro, tem sua cota de responsabilidade temporã, por aceitar a associação com uma empresa que carrega um passivo ambiental assassino conhecido por seu sócio e pelos governantes alagoanos que atravessaram diversas gestões – há muito mais culpados do que imagina a vã filosofia do noticiário, o que justifica a abertura da CPI da Braskem, no Senado. A estatal também terá de responder pela calamidade.

Durante todos esses anos, é sabido e temido o custo social do funcionamento da mina. Todo mundo tinha conhecimento. O fechamento da operação foi cogitado inúmeras vezes. Mas quem tocava o empreendimento desde lá de trás era a Odebrecht, seja lá Novonor ou qualquer outro brand que escolha para se esconder de si mesma. A Petrobras deve, juntamente com sua malsinada parceira, seguir o exemplo da Vale, com os escândalos ambientais de Mariana e Brumadinho, e consertar o prejuízo. Depois, sair fora desse péssimo projeto da Braskem, que somente foi levantado para satisfazer o lobby da Odebrecht, manda chuva da Petrobras na época. Em tempo: Lula não vai mais rodar o mundo restrito a sua peroração sobre a exploração ilegal na Amazônia. Agora, terá de carregar nas costas os horrores de Brumadinho e o maior desastre urbano do mundo, em Maceió.

#Braskem #Maceio #Mina #Novonor #Odebrecht

Empresa

A nova identidade das velhas empreiteiras baianas

29/08/2023
  • Share

Devagar e paulatinamente as empreiteiras que foram devastadas pela Lava Jato estão se recuperando, ainda que as obras do governo federal sigam em ritmo bem inferior do que antes do carrasco Sérgio Moro. As construtoras baianas tocaram os atabaques, capricharam no compliance e mudaram suas marcas. A OAS virou Coesa; a Odebrecht tornou-se OEC; e a GDK adicionou duas letras ao seu nome, o NG (de Nova Geração). O mercado que tem crescido mais para as empreiteiras da Bahia é o de obras dos governos estaduais.  

Com a mudança da Petrobras macarthista, a cassação de contratos com a estatal e multa paga pelos “cleptobrasmaníacos” e as exigências cada vez mais radicais de governança e transparência das empreiteiras, os deserdados pulam animadamente atrás do trio elétrico. A GDKNG, por exemplo, previa levantar a recuperação judicial só em novembro, mas já antecipou a suspensão para o início de outubro. A expectativa agora é a retomada do acesso às obras federais, em ritmo acelerado. 

 

#Lava Jato #Odebrecht #Sérgio Moro

Destaque

O setor de construção pesada vai voltar. E quem diz é José Dirceu

21/06/2023
  • Share

Ainda sobre a breve, mas fulgurante, passagem de José Dirceu pelo Rio, na última sexta-feira, dia 16 de junho. Em palestra noturna, seguida de jantar com o grupo Prerrogativas – conforme noticiou o RR  – Dirceu deitou falação no que considera o maior tumor produzido pela Lava Jato: a destruição da construção pesada. O ex-ministro diz que o presidente Lula tem a mesma opinião. Afirmou que tem contatos na América Latina, a mais atingida pelo escangalhamento do setor – “na verdade, quem foi mais atingido fomos nós mesmos”, sublinhou. Dirceu informou que vai trabalhar pelo soerguimento da construção pesada. Só não disse como. Seja lá como vai poder ajudar esse segmento, que já teve suas grandes empresas todas ranqueadas no topo das maiores do Brasil, a verdade é que a premissa de Dirceu está certa, certíssima.  

Com a Lava Jato foi construída uma narrativa para “criminalizar” também as empreiteiras e não somente os dirigentes e sua rede de operadores, que cometeram falcatruas. Verdade seja dita: no desmonte da construção pesada, os juízes deram o kick off e se acumpliciaram, com omissões e associações indevida, aos demolidores da construção pesada. Mas não foram os protagonistas da destruição das companhias, papel que coube aos órgãos de controle, liderados pelo TCU. Este cometeu uma espécie de macartismo empresarial. Praticamente quebrou o top ten das empreiteiras. Atrocidades foram cometidas, como o cancelamento de contratos de obras e a suspensão do crédito público. Uma a uma, empresas como Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, que vinham, inclusive, investindo na diversificação das suas atividades, tiveram de vender todos os novos projetos. Um braço importante do seu core business, a comercialização no exterior de serviços de engenharia, simplesmente se desmilinguiu. Ao mesmo tempo, acabaram sendo “expulsas” das centenas de obras que construíam no Brasil.  

Para bom observador, José Dirceu veio dar este recado como ventríloquo de Lula. O ex-ministro, apesar da grande discrição, toca de ouvido com o presidente, que já disse pública e enfaticamente que vai recuperar a construção pesada nacional e retomar a exportação de serviço. Lula tem, inclusive, relações de afeto no setor, a exemplo de Emílio Odebrecht.  

De acordo com Dirceu, o presidente está, sim, decidido a destruir o legado do lavajatismo. E o resgate das grandes empreiteiras é uma das ações que vão nesta direção. O ex-todo poderoso chefe da Casa Civil observou que um dos eixos da geopolítica de Lula é justamente retomar o protagonismo nos continentes, sobretudo na América Latina e na África, contendo também a expansão da China nas mesmas regiões. A exportação de serviços assim como a defesa da inclusão ou fortalecimento da participação dos países de ambos nos foros multilaterais são instrumentos com os quais o assessor de Lula, Celso Amorim, conta para fazer valer a geopolítica brasileira. Segundo José Dirceu, as condições presentes são ainda mais favoráveis para o Brasil retomar seus mercados.  

O movimento imediato no xadrez da defesa é a desmontagem na CCJ da PEC esdrúxula que vem sendo articulada pela oposição para impor a exigência de aval do Congresso Nacional em caso de financiamento de bancos públicos federais a engenharia de obras no exterior. Em tempo: Dirceu não gastou tempo falando em Cuba, um dos pivôs do discurso de satanização da venda de serviços de engenharia, apesar das sabidas fortes relações com a pequena ilha. Se Lula é eminentemente um pragmático, conforme já foi dito, Dirceu disputa com ele o posto de referência nesse quesito. O Grupo Prerrogativas é um coletivo de juristas e magistrados mais ativos no combate à Lava Jato e na defesa da democracia. 

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #José Dirceu #Lava Jato #Odebrecht #TCU

Infraestrutura

TCU vai subir a “cancela” para a transferência de concessões aos estados

9/05/2023
  • Share

A BR-163 firmou “jurisprudência” no TCU. Segundo uma fonte da Corte, há um entendimento entre os ministros no sentido de flexibilizar as exigências para a transferência de concessões de infraestrutura da União para estados. O objetivo é facilitar soluções como a da Rota do Oeste, pertencente à antiga Odebrecht: o governo do Mato Grosso acaba de assumir os 850 quilômetros da BR-163 no estado. A próxima parada deve ser no Espírito Santo. O governador Renato Casagrande pretende encampar a concessão da BR-101 no estado, que está sendo devolvida pela Eco101. Casagrande tem feito gestões junto ao TCU em busca do sinal verde para a operação. Em contrapartida, acena com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão.   

#BR-101 #BR-163 #Odebrecht #Rota do Oeste #TCU

Negócios

Lone Star cobra um pedágio milionário para deixar a Atvos

27/12/2022
  • Share

O Lone Star vai vender caro sua posição na Atvos, antigo braço sucroalcooleiro da Odebrecht. O fundo norte-americano até está disposto a encerrar o contencioso para reassumir o controle da empresa. Mas, para isso, valendo-se do chapéu de credor, quer direito de preferência no pagamento das dívidas da companhia. Os norte-americanos alegam ter mais de R$ 1 bilhão a receber da Atvos. A briga é encarniçada.  Conforme o RR antecipou, o Lone Star entrou na Justiça para brecar a transferência do controle da empresa para o fundo Mubadala, costurada pelos bancos credores, notadamente BNDES e Banco do Brasil. Por trás do Lone Star encontra-se o investidor norte-americano de origem irlandesa John Grayken, conhecido no mercado por transformar uma mesa de negociações em um campo de batalha, de onde quase sempre sai como vencedor.

#Atvos #Banco do Brasil #BNDES #Lone Star #Odebrecht

Justiça

A Lava Jato vive. No Peru 2

11/11/2022
  • Share

Além de Hilberto Mascarenhas, ouvido há cerca de duas semanas, o Ministério Público do Peru pretende colher o depoimento de outros ex-executivos da antiga Odebrecht. Segundo informações compartilhadas com o MPF brasileiro, os procuradores peruanos têm fatos novos que apontam o envolvimento de mais autoridades peruanas e o pagamento de propinas ainda maiores na construção do metrô de Lima. De acordo com a mesma fonte, o Ministério Público do país vizinho pretende concluir as investigações até janeiro.  

#Hilberto Mascarenhas #Ministério Público do Peru #MPF #Odebrecht

Mudança de rota

26/07/2022
  • Share

A Monte Rodovias, que reúne um colar de concessões da antiga Odebrecht, prepara uma captação no exterior. É uma estrada vicinal. O plano A era o IPO, que foi para a gaveta.

#Monte Rodovias #Odebrecht

Energia verde

21/06/2022
  • Share

O fundo Lone Star pretende investir pesado em projetos de energia renovável no Brasil. Os norte-americanos já tem negócios no país, entre os quais o Atvos, ex-braço sucroalcooleiro da antiga Odebrecht.

#Lone Star #Odebrecht

OEC vira a página da velha Odebrecht no Peru

19/04/2022
  • Share

A OEC, braço de construção pesada da Novonor (ex-Odebrecht), está perto de encerrar um contencioso com o governo do Peru, que remonta ao período mais turbulento da história recente do grupo. Segundo o RR apurou, há um acordo encaminhado entre a empreiteira brasileira e autoridades peruanas para a retomada do projeto de irrigação Chavimochic III, um dos grandes investimentos em infraestrutura do país, no valor total de US$ 700 milhões. O armistício passa pela retirada do processo de arbitragem movido pela OEC contra o governo peruano na Comissão das Nações Unidas para o Direito do Comércio Internacional (Uncitral).

Desde 2017, a construtora cobra do Ministério da Agricultura local cerca de US$ 100 milhões por  supostos custos adicionais não previstos no projeto original. Consultada pelo RR, a construtora brasileira confirmou que a “concessionária da qual a OEC é acionista comunicou que estaria disposta a aceitar a exigência do Governo e desistir da arbitragem, num cenário de acordo com o estado peruano”. Disse ainda que “a possibilidade em análise é a reativação do contrato existente e, através dele, concluir a obra.”

O projeto está a cargo de um consórcio capitaneado pela OEC, que tem ao seu lado a construtora peruana Graña y Montero, por sua vez, comprada pela gestora IG4 Capital no ano passado. As obras  foram interrompidas em 2016. Desde então, Chavimochic só irrigou o noticiário político e policial no Peru, com denúncias e suspeições. Se, de um lado, o consórcio alega ter direito a receber pagamentos adicionais, do outro as autoridades peruanas acusaram a OEC de ter inflado os custos da obra artificialmente. Há suspeitas ainda de que a antiga Odebrecht teria pagado propina a políticos da província de La Libertad para ganhar o contrato. Foi apenas um dos escândalos em que a empreiteira esteve citada no país andino. Não custa lembrar que o então presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski, renunciou ao cargo em 2018 acusado de receber recursos ilegais da construtora brasileira. São páginas que a “nova Odebrecht” têm se empenhado para deixar no passado.

#Novonor #Odebrecht #OEC #Peru

Sem açúcar e sem afeto

31/03/2022
  • Share

O fundo norte-americano LoneStar busca um comprador para a Atvos, o antigo braço sucroalcooleiro da Odebrecht. O negócio, no entanto, é complexo, seja pela dívida da companhia – em torno de R$ 12 bilhões -, seja pela disputa jurídica entre os norte-americanos e os grandes credores financeiros. A LoneStar assumiu o controle da Atvos, mas enfrenta forte resistência do Banco do Brasil e do BNDES, entre outras instituições.

#Banco do Brasil #BNDES #LoneStar #Odebrecht

Lava Jato peruana

25/02/2022
  • Share

Marcelo Odebrecht deverá depor ao Ministério Público de São Paulo no dia 16 de março. Ao menos por ora, na condição de testemunha arrolada pelo MP do Peru no julgamento do ex-presidente Ollanta Humala. Ele é acusado de ter recebido propina da então Odebrecht.

#Marcelo Odebrecht #Ministério Público de São Paulo #Odebrecht

Quem diria? Moro contra um procurador

6/01/2022
  • Share

O presidenciável Sergio Moro já confidenciou a assessores mais próximos a intenção de denunciar o procurador Lucas Furtado ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Moro sente-se perseguido. Furtado, procurador do MPF junto ao TCU, é o autor do pedido de suspensão de qualquer pagamento à Alvarez & Marsal no âmbito da recuperação judicial da Odebrecht. Também solicitou que o Tribunal de Contas analise o “papel” do então juiz Sergio Moro na derrocada da empreiteira. Um dia da caça…

#Odebrecht #Sérgio Moro

Odebrecht Transport e ANTT batem de frente na BR-163

20/12/2021
  • Share

O processo de “devolução amigável” da concessão da BR-163/MT, protocolada pela Odebrecht Transport (OTP) há cerca de dez dias, deve ser tudo, menos amistoso. Nos bastidores, o clima é de guerra fria. O TCU já teria dado sinal verde para a caducidade do contrato, iniciada pela ANTT em outubro. O Ministério da Infraestrutura também apoia a retomada da operação da rodovia. O caso tem tudo para parar na Justiça.

A caducidade seria uma forma de o governo evitar qualquer cobrança por parte da subsidiária da Odebrecht. Pelo modelo da chamada “devolução amigável”, a empresa tem direito de pedir à União uma indenização por investimentos não amortizados na rodovia. O cálculo é complexo e leva em consideração a inadimplência da concessionária e multas aplicadas contra a companhia. A título de referência: por meio da Rota do Oeste, a OTP investiu cerca de R$ 1,8 bilhão na BR-163 desde que assumiu a operação da rodovia no Mato Grosso, em 2014.

O fato é que um eventual e, a essa altura iminente, litígio pode provocar um efeito-cascata, embarreirando os planos do Ministério da Infraestrutura de relicitar a concessão em 2022. Seriam R$ 5 bilhões a menos em investimentos contratados nas contas do governo. Publicamente, os dois lados escondem suas cartas e adotam um tom protocolar. Procurada pelo RR, a Rota do Oeste, leia-se Odebrecht Transport, disse que “acompanhou a deliberação da ANTT pelo prosseguimento do processo de caducidade”.

Segundo a empresa, isso “não impede o trâmite da devolução amigável do contrato, em conformidade com os termos da Lei 13.448/17″. A ANTT, por sua vez, disse que recebeu o pedido e este será avaliado considerando os limites técnicos e legais que permeiam a boa gestão regulatória.” Sobre a hipótese de caducidade do contrato, nenhuma palavra.

#ANTT #O Ministério da Infraestrutura #Odebrecht

Se a moda pega…

24/11/2021
  • Share

A 17a Câmara Cível do TJ-RJ condenou a Prefeitura do Rio e a Novonor a pagar uma indenização de R$ 15 mil a Marcia Denise Pereira de Matos, que se acidentou em uma rua da cidade, em 2012. A vítima teve graves lesões no pé direito após tropeçar em vergalhões de uma obra de responsabilidade da então Odebrecht. O município e a empreiteira terão de arcar ainda com seis salários-mínimos, referentes ao período em que Marcia ficou sem trabalhar. O que mais chama a atenção é a punição à Novonor. Há poucas decisões dessa natureza, ao menos no Judiciário do Rio. O veredito da 17a Câmara Cível pode estabelecer uma nova jurisprudência dentro do TJ-RJ.

#Novonor #Odebrecht #TJ-RJ

Um Odebrecht longe e perto do passado

5/11/2021
  • Share

Depois da esposa e das três filhas mudarem na Justiça o sobrenome da família, agora é Marcelo que quer deixar de ser Odebrecht. Pelo jeito, somente Emílio, o patriarca do clã manterá o nome da família. Em tempo: Marcelo tem dado umas incertas na Novonor, que já foi Odebrecht um dia, usando as instalações da empresa.

#Odebrecht

A Novonor sai, pero no mucho

8/10/2021
  • Share

A Novonor (a antiga Odebrecht), que negocia a venda da concessão da BR-163 entre as cidades de Rondonópolis e Sinop para a MTSul, vai manter um pé nessa estrada. Um pé muito bem remunerado, diga-se de passagem. O acordo sobre a mesa prevê a contratação da empreiteira para obras na rodovia, no valor de aproximadamente R$ 500 milhões. Dos 453 quilômetros da via, mais de 320 km ainda esperam pela sua duplicação, uma obra que deveria estar pronta desde 2019.

#Novonor #Odebrecht

Segundo tempo

20/08/2021
  • Share

O fundo Lone Star está garimpando novos ativos no setor sucroalcooleiro, notadamente no interior de São Paulo. Os norte-americanos, ressalte-se, assumiram o controle da Atvos, antigo braço de açúcar e etanol da Odebrecht.

#Lone Star #Odebrecht

Braskem na mira

21/07/2021
  • Share

A chinesa Sinopec entrou na disputa para comprar a participação da Odebrecht na Braskem, avaliada em cerca de R$ 14 bilhões. Seria a primeira investida dos chineses na indústria petroquímica brasileira. Também estão no páreo nomes como Advent e Lyondellbasell.

#Odebrecht #Sinopec

Estação STF

20/01/2021
  • Share

Queiroz Galvão, OAS e Odebrecht estão dispostas a ir ao STF na tentativa de anular decisão da Justiça que as obriga a devolver cerca de R$ 1,5 bilhão ao metrô de São Paulo. O STJ já negou pedido similar do trio, condenado por conluio na licitação para a expansão da linha 5 do metrô paulista.

#OAS #Odebrecht #Queiroz Galvão

Vade retro

25/11/2020
  • Share

Voltou à baila a história da venda da sede do Jockey Club do Rio. É um papo velho. Há centilhões de interesses envolvidos no negócio que não deixam ele andar. Se Sérgio Cabral e a Odebrecht ainda estivessem dando cartas, talvez…

#Odebrecht #Sérgio Cabral

BNDESPar pula do trem

18/07/2019
  • Share

No que deve ser uma das primeiras operações da gestão Montezano, a BNDESPar vai vender sua participação na Odebrecht TransPort (OTP), por sua vez sócia minoritária da Supervia. Deverá ter a companhia do FI-FGTS, gerido pela Caixa.

#BNDESPar #Odebrecht

Luz no fim do túnel para a Odebrecht

19/06/2019
  • Share

A recuperação judicial da Odebrecht vem sendo tratada como o último ato da companhia. Mas também pode ser um bálsamo para a enfermidade do grupo. Existem ativos valiosos que não foram contaminados. São eles a Braskem, a Odebrecht Engenharia & Construção (OEC) e a Odebrecht Latinvest (OLI), braço da companhia no Peru, Colômbia e México. A Braskem é senhora do seu destino. A OEC avança na reestruturação de seus bonds, sem risco de contágio pela holding. E o Prosub – Programa de Desenvolvimento de Submarinos – permanece como estuário de um contrato de R$ 30 bilhões. Além do Riachuelo,lançado ao mar em dezembro do ano passado, o contrato prevê a entrega de mais três submarinos convencionais e de um nuclear até 2029. A OLI, por sua vez, tem concessões importantes no Peru – IIRSA Norte, IIRSA Sur e o Projeto de Irrigação Olmos. São quase 2.000 km de rodovias pedagiadas e 48 mil hectares de terras com alta produtividade agrícola. A Odebrecht ainda tem muito jogo pela frente.

#Odebrecht

Acervo RR

Nos trilhos

9/05/2019
  • Share

Dois grandes grupos asiáticos, um chinês e outro japonês, vêm mantendo conversações com os governos de São Paulo e do Distrito Federal. Em jogo, a licitação da linha 6 do metrô paulistano e a privatização do Metrô de Brasília. No caso de São Paulo, são necessários R$ 8 bilhões para a conclusão das obras. A linha 6 vinha sendo construída por um consórcio entre Odebrecht, Queiroz Galvão e UTC, que deixaram o projeto.

#Odebrecht #Queiroz Galvão #UTC

Bons ares

1/02/2019
  • Share

Em menos de uma semana, a Odebrecht vendeu todos os apartamentos das duas torres residenciais que lançou no Horto, em Salvador. São duas unidades por andar, de 230 m2 ou 285 m2, ao preço médio de R$ 2,5 milhões. Era o último espaço para edificação no nobre bairro da capital baiana.

#Odebrecht

Redenção das empreiteiras nacionais ganha espaço na agenda do governo Bolsonaro

30/11/2018
  • Share

O resgate das quatro grandes empreiteiras do país – Camargo Corrêa, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão – está entre as premissas da equipe de Jair Bolsonaro para a reconstrução do setor de infraestrutura. Os principais defensores desta agenda seriam os auxiliares militares do presidente eleito. A descontaminação das grandes empresas de construção pesada é considerada essencial para a conclusão das mais de 2,7 mil obras paradas e o início de outras tantas. Esta retomada é necessária para que o país possa crescer acima dos 3,5% a 4%. Sem o avanço da infraestrutura, o teto do PIB é baixo.

O ajuste das contas públicas e mesmo o equilíbrio geral dos fatores poderão atrair recursos externos para os investimentos. Mas a equação da empreitada das obras permanece um dilema. Os assessores de Bolsonaro duvidam que mesmo a vinda em profusão de construtoras chinesas, por exemplo, não daria conta do conhecimento necessário para levantar os projetos de infraestrutura. Que empreiteira do país asiático conseguiria mobilizar a Amazônia em torno de grandes obras de energia e logística essenciais? As quatro grandes empreiteiras, que representavam mais de 50% do faturamento total do setor, foram praticamente interditadas com a operação Lava Jato. Agora, pagas as multas, punidos os gestores e controladores e fechados os respectivos acordos de leniência, estariam dadas as condições para a descriminalização ampla, geral e irrestrita das companhias.

Aliás, uma das autocríticas compartilhadas pelas equipes de Michel Temer e do futuro presidente é que as operações das empreiteiras deveriam ter sido preservadas. Uma coisa é a culpa dos homens; outra é o capital humano e a capacidade de contribuição das construtoras. Outro dado é que a Lava Jato mudou a intensidade do compliance das contratantes e das contratadas. As condições do passado para práticas de corrupção hoje são exíguas. Durante o processo de expurgo das big four, a construção pesada perdeu cerca de 400 mil postos de trabalho.

Uma parcela desse contingente era altamente especializada. Existe sempre a possibilidade de grupos estrangeiros sublocarem parte das empreiteiras nacionais, assumindo em bloco contratos, mão de obra etc. A receita parece trivial, mas, na prática, nunca deu certo, pelo menos na escala necessária. As diferenças de culturas e de conhecimento das peculiaridades locais não podem ser ignoradas. No Equador, por exemplo, onde houve um aumento expressivo do número de obras tocadas por companhias chinesas, operários dormiam amontoadosdentro de contêineres. O Brasil detém uma das melhores expertises internacionais no setor de construção pesada. O que mudou foi a higienização de expedientes inaceitáveis. A qualidade dos serviços permanece a mesma.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Jair Bolsonaro #Odebrecht #Queiroz Galvão

Infraestrutura

Quem paga a conta?

10/07/2018
  • Share

O acordo de leniência assinado ontem pela Odebrecht foi cozido em banho maria por 830 dias. A empreiteira vai ter de pagar R$ 2,7 bilhões. O prejuízo do Brasil pela lerdeza do processo será bem mais alto.

#Odebrecht

Dubai Ports

29/06/2018
  • Share

Após comprar a participação da Odebrecht na Embraport – uma negociação estimada em US$ 500 milhões, a Dubai Ports World mantém conversações com o governo de Pernambuco para investir em um novo terminal de contêineres no Porto de Suape.

#Odebrecht

Aliados

20/04/2018
  • Share

Os aliados de ACM Neto no DEM não perdoam: propalam que o prefeito desistiu de concorrer ao governo da Bahia para não perder o foro privilegiado. O “Anão” da lista da Odebrecht ficaria, ao menos, oito meses na chuva. Faz sentido.

#ACM Neto #DEM #Odebrecht

Gato Angorá, o único

12/04/2018
  • Share

Responda rápido: você colocaria um político suspeito, mencionado 34 vezes na mesma delação, acusado por formação de quadrilha, com dois processos na Comissão de Ética da Presidência, apelidado de “Angorá” na planilha de controle das propinas da Odebrecht, condenado a devolver R$ 2 milhões ao estado do Rio por surrupiar a merenda de escolas do primeiro grau quando era governador, com outros processos por desviar gastos do estado do Rio em causa própria etc etc, que desconhece o setor de energia e finanças corporativas… Pois bem, você indicaria esse sujeito para liderar a privatização da Eletrobras, a maior já feita no país?

#Eletrobras #Odebrecht

Acervo RR

Voo rasante

20/03/2018
  • Share

A asiática Changi, que comprou a parte da Odebrecht no Galeão, tem forte interesse em aterrissar no aeroporto de Confins, com a aquisição da fatia da Infraero.

#Infraero #Odebrecht

O retorno da Odebrecht

8/02/2018
  • Share

Começa a crescer a torcida para que a Odebrecht acerte suas pendências e evite a declaração de inidoneidade. Ontem, um cliente da empreiteira, que nunca lhe poupou críticas, dizia que após ter purgado os seus pecados em praça pública, para o bem do setor seria bom vê-la de volta, livre de restrições. A despeito das malfeitorias do seu antigo comando, a Odebrecht é uma senhora companhia.

#Odebrecht

Imagine…

7/02/2018
  • Share

Imagine a Braskem pulverizando seu capital no modelo public company, a Petrobras saindo inteiramente da empresa e a Odebrecht mantendo o controle com uma participação bem menor. Imaginou? Então tá…

#Braskem #Odebrecht #Petrobras

Lava Jato invade o metrô de São Paulo

30/01/2018
  • Share

A Lava Jato avança sobre trilhos tucanos. Os procuradores de Curitiba teriam reaberto as investigações sobre um suposto esquema de corrupção e financiamento ilegal de campanha a partir da construção da Linha 6 do Metrô de São Paulo, identificada pela sugestiva cor laranja. O início das obras se deu em 2015, no governo Alckmin. As denúncias, segundo informações filtradas pelo RR, atingem a Queiroz Galvão e a UTC, sócias da Odebrecht no consórcio.As primeiras denúncias sobre a Linha 6, projeto de R$ 10 bilhões, surgiram no ano passado, mas as apurações não se aprofundaram. Desta vez, a força tarefa teria juntado novas peças a partir da delação de executivos da Odebrecht e, sobretudo, da Camargo Corrêa.

#Geraldo Alckmin #Lava Jato #Odebrecht

Sede da jogatina

28/12/2017
  • Share

Investidores asiáticos fizeram chegar ao governo de Minas Gerais a disposição de construir um complexo hoteleiro e um cassino no entorno da Cidade Administrativa, sede do Executivo no estado. No início do ano, um grupo de espanhóis já havia demonstrado interesse em tocar um projeto semelhante. Tudo depende da votação do projeto de lei que propõe a liberação do jogo no Brasil. A Cidade Administrativa é um lugar que soa apropriado para a jogatina. Segundo a delação da Odebrecht, muitas fichas rolaram durante a construção do empreendimento, no governo de Aécio Neves.

#Aécio Neves #Odebrecht

Como tirar a Odebrecht?

6/12/2017
  • Share

A norte-americana SMG, que administra arenas em oito países, fez chegar ao governador Pezão seu interesse pelo Maracanã. O problema é como tirar a Odebrecht do gramado.

#Luiz Fernando Pezão #Odebrecht #SMG

O “arco da velha” da gestão Cabral

4/12/2017
  • Share

A expectativa entre os procuradores da Operação Calicute é que a prisão de Henrique Alberto Ribeiro, ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio (DER-RJ), seja decisiva para desenterrar cobras, lagartos e outros répteis entocados na estatal. O alvo prioritário é o Arco Metropolitano do Rio, uma das maiores obras do DER-RJ no governo de Sérgio Cabral. Ribeiro era responsável pela negociação de contratos com as empreiteiras.

Segundo o RR apurou, há indícios de que recursos teriam sido desviados para financiar campanhas de aliados de Cabral. Procurado, o Ministério Público Federal não se pronunciou até o fechamento da edição. O projeto do Arco Metropolitano começou em R$ 1 bilhão. Ao ser inaugurado, em 2014, havia consumido mais de R$ 2 bilhões em meio a uma teia de aditivos contratuais.

Entre a construção do Arco e manutenção e reparos de rodovias vicinais, o empreendimento envolveu mais de três dezenas de empreiteiras, entre elas Odebrecht, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Delta e Carioca – todas devidamente devassadas pelas Lava Jato. Não custa lembrar que projeto também está na mira do Cade. Com base em acordo de leniência com a OAS, o Conselho investiga a formação de cartel nas obras de construção do Arco Metropolitano que envolveriam 23 empreiteiras.

#Andrade Gutierrez #Odebrecht #Operação Calicute #Sérgio Cabral

Uma pedra no caminho da Braskem

27/11/2017
  • Share

O investidor Lírio Parisotto não está disposto a dar sossego à Petrobras e aos Odebrecht. Minoritária da Braskem, a Geração Futuro L. Par, de Parisotto, deverá contestar na Justiça a recompra da Cetrel pela Braskem. É provável que outros acionistas se unam à ação. No entendimento dos investidores, a aquisição configuraria gestão temerária. Na
Assembleia Geral Extraordinária de outubro, a Geração Futuro L. Par já havia votado contra a operação. Com o sinal verde da Petrobras, uma vez que a própria Odebrecht se absteve de votar, a Braskem readquiriu a empresa de soluções ambientais por R$ 610 milhões. A Cetrel estava pendurada na Odebrecht Ambiental, vendida para a Brookfield, que, por sua vez, não quis ficar com a controlada. Ou seja: no fim das contas, a Braskem resolveu um problema para o seu acionista controlador. Procurada, a empresa disse que “a Cetrel tem papel relevante na gestão dos processos ambientais das atividades do Polo Petroquímico de Camaçari”.

#Cetrel #Odebrecht #Petrobras

Acervo RR

Odebrecht

20/11/2017
  • Share

O deputado Andrés Sanchez, mais uma vez candidato à presidência do Corinthians, aposta todas as fichas na volta ao clube e na popularidade do cargo para garantir sua reeleição à Câmara. O que mais tira o sono de Sanchez, amigo de Lula e “construtor” do Itaquerão, é perder a vaga no time do foro privilegiado.

#Andrés Sanchez #Corinthians #Odebrecht

Odebrecht

20/11/2017
  • Share

O deputado Andrés Sanchez, mais uma vez candidato à presidência do Corinthians, aposta todas as fichas na volta ao clube e na popularidade do cargo para garantir sua reeleição à Câmara. O que mais tira o sono de Sanchez, amigo de Lula e “construtor” do Itaquerão, é perder a vaga no time do foro privilegiado.

#Andrés Sanchez #Corinthians #Odebrecht

Good idea

16/11/2017
  • Share

A Odebrecht pretende fazer apresentações ao mercado do seu sistema de compliance e políticas de integridade. Eis aí uma boa ideia a ser imitada pela ex-parceira Petrobras.

#Odebrecht

Alcateia

7/11/2017
  • Share

Mencionado nas delações da Odebrecht e da Andrade Gutierrez, Edison Lobão segue inabalável. Já iniciou sua campanha de reeleição ao Senado pelo PMDB, sempre com as bênçãos de José Sarney.
______________________________________________
Não é só: no Banco do Brasil, já se dá como certo que Marcio Lobão, filho do ex-ministro, terá seu mandato renovado à frente da Brasilcap. “Lobinho” também está citado na Lava Jato. Mas isso não passa de um detalhe.

#Andrade Gutierrez #José Sarney #Odebrecht #PMDB

Lava Jato e sua tourada em Madri

31/10/2017
  • Share

A força-tarefa da Lava Jato fará nova tentativa para obter a extradição de Rodrigo Tacla Duran, que está preso na Espanha. Ele é acusado de ter movimentado mais de R$ 60 milhões em recursos ilegais oriundos do “departamento de operações estruturadas” da Odebrecht. Duran tem se segurado à dupla nacionalidade – é também cidadão espanhol – para permanecer em Madri, onde aguarda julgamento da justiça local.

#Lava Jato #Odebrecht

Cuba e Andrade Gutierrez seriam um Frankenstein improvável

25/10/2017
  • Share

Quando se achava que tudo estava terminando é que se encontra mais. O Ministério Público está fuçando obras da Andrade Gutierrez em Cuba, que, até então, não constavam da lista das “top suspeitas”. De obras em Cuba somente se falava no Porto de Mariel, a cargo da Odebrecht, que representa um dos maiores financiamentos do BNDES no setor de exportação de serviços de engenharia. Segundo a fonte do RR, a suspeição é que a Andrade Gutierrez teria feito uma inusitada triangulação financeira entre países, realocando para projetos em Cuba empréstimos originalmente concedidos pelo BNDES para empreendimentos em Angola. Seria um Frankenstein sem tamanho, uma exótica combinação que envolveria superfaturamento de obra, incompetência, para se dizer o mínimo, do banco de fomento para avaliar empréstimos – uma hipótese na qual o RR não acredita –, e uma estranha troca de chumbo entre dois países de governos ditatoriais. Estranho, mas não impossível. Consultado, o BNDES informou que não financiou projetos da Andrade Gutierrez em Cuba, mas confirmou ter concedido crédito para contratos da companhia em Angola.

______________________________________________________________________________

Nota da Redação: a Andrade Gutierrez preferiu não responder às perguntas enviadas sobre o assunto. Ao contrário: seu diretor de comunicação, André Moragas, optou por fazer maledicências e associações desonrosas ao Relatório Reservado, esquecendo-se que procurou o RR em diversos momentos para repassar informações sobre empreiteiras concorrentes. Apesar das grosserias, o RR permanece aberto aos esclarecimentos de Moragas, toda vez que ele assim considerar necessário.

#Andrade Gutierrez #BNDES #Odebrecht

Autopista da propina

19/10/2017
  • Share

O doleiro Adir Assad, um dos 158 delatores da Lava Jato até o momento, teria encaminhado ao MPF documentos para comprovar o pagamento de propina em obras do Rodoanel em São Paulo. São planilhas e extratos bancários de movimentações de contas no exterior. As acusações atingem a Odebrecht e o ex-diretor da estatal Dersa Paulo Vieira de Souza, o “Paulo Preto”. Mas atingem, sobretudo, o senador José Serra. Em sua delação, Assad afirmou que parte dos recursos desviados foram destinados a Serra, então governador de São Paulo. O senador já negou qualquer relação com o doleiro.

#Adir Assad #José Serra #Lava Jato #Odebrecht

Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa se unem contra Odebrecht

17/10/2017
  • Share

O oligopólio das empreiteiras vai ruir de vez. Agora, com um confronto aberto no setor de exportação de serviços de engenharia. De um lado do ringue, acusando golpes violentos, encontra-se a Odebrecht, até 2016 disparado o maior player brasileiro deste mercado; do outro, competindo em dupla estão Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa. As duas empreiteiras – por sinal, sócias na CCR – pretendem concorrer nesse segmento, agora sem o apoio do BNDES, por meio de consórcio, uma forma de otimizar as condições de financiamento.

Um dos alvos de Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez é Angola, historicamente um importante mercado da Odebrecht. Na semana passada, inclusive, surgiu na imprensa a informação de que a companhia baiana está fechando um pacote de obras no país africano da ordem de US$ 1,8 bilhão, sem detalhes sobre os projetos e, muito menos, a fonte de financiamento. Procuradas pelo RR, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez negaram a parceria para a exportação de serviços de engenharia. Está feito o registro.

A direção da Camargo Corrêa tem feito um lobby descarado, no Brasil e no exterior, para piorar ainda mais a imagem da Odebrecht. O slogan vai na linha “A reputação é fundamental nos quatro cantos do mundo”. Não é preciso explicar a quem se dirige. Já a Andrade Gutierrez divulgou que em até três anos os contratos no exterior deverão responder por metade do volume de negócios de sua construtora.

A novidade é a combinação entre ambas para isolar a Odebrecht, que teve seu nome mais danificado do que as rivais no mercado internacional. No fim do ano passado, por exemplo, autoridades do Panamá suspenderam um contrato de US$ 1 bilhão com a empreiteira baiana. O governo do Peru, por sua vez, proibiu a construtora de participar de licitações para obras públicas no país. Na teia dos acordos de leniência com os órgãos de controle, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez se encontram em estágio mais avançado – não obstante o recente recall de suas delações.

A Odebrecht tem a desvantagem de ser a única com o dono preso. Em contraposição, quando o assunto é o ranking das exportações de serviços de engenharia, os baianos sempre estiveram a léguas de distância de vantagem. Segundo estudo do Ipea, entre 2012 e 2016, antes, portanto, do banco praticamente zerar os empréstimos neste segmento, o BNDES financiou um volume de contratos de empreiteiras brasileiras no exterior da ordem de US$ 14 bilhões. A Odebrecht somou US$ 9 bilhões. A Andrade Gutierrez veio bem atrás, com US$ 2,8 bilhões. A Camargo Corrêa, então, comeu poeira, com US$ 441 milhões.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #CCR #Odebrecht

Se correr o bicho pega

9/10/2017
  • Share

Não fosse o medo de que a iniciativa pareça uma desfeita aos órgãos reguladores de fiscalização, Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez teriam se reunido para pedir uma arbitragem internacional sobre o seu acordo de leniência no Brasil. Do jeito que está, vivem em um looping com decisões divergentes e alternadas do Ministério Público Federal, Ministério da Transparência, Advocacia-Geral e Tribunal de Contas da União. Nem os mais corruptos merecem essa tortura.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Odebrecht

Dízima periódica

29/09/2017
  • Share

A força tarefa da Lava Jato considera razoável a probabilidade de o recall da Camargo Corrêa, que nasceu da delação da Odebrecht, ricochetear e provocar um recall da própria Odebrecht.

#Camargo Corrêa #Lava Jato #Odebrecht

A briga que mudou a história na Odebrecht

18/09/2017
  • Share

Não tivesse ocorrido a lavação de roupa suja e rompimento entre os ex-sócios Marcelo Odebrecht e Bernardo Gradin, a história poderia ser contada hoje de uma forma diferente. Na ausência de Marcelo, o ex-parceiro Bernardo assumiria naturalmente a presidência do grupo. O antigo colega conhece tudo da casa, já tendo presidido a Braskem, joia da coroa do império Odebrecht. Bernardo prestou um depoimento espontâneo à Polícia Federal. E ficou tudo certo. Não fosse o contencioso, poderia estar sentado na cadeira de Marcelo.

#Bernardo Gradin #Braskem #Marcelo Odebrecht #Odebrecht

O porto da Dubai é outro

11/09/2017
  • Share

A desistência da Dubai Ports World (DPW) em comprar a participação do Advent no Terminal de Contêineres de Paranaguá espalhou no setor a percepção de que os árabes recuaram uma casa para avançar duas. A expectativa é que a DPW guardou suas fichas para aumentar a participação na Embraport, associação com a Odebrecht.

#Advent #Embraport #Odebrecht

O rebatismo da Odebrecht

28/08/2017
  • Share

Há uma discussão intensa na Odebrecht sobre o nome futuro das subsidiárias e unidades operacionais. Sim, todas as “empresas Odebrecht” vão mudar de nome. Somente a holding continuará com a marca original. A prioridade são as subsidiárias internacionais. A escolha dos novos nomes está sendo feita nas próprias empresas, mas serão aprovadas pela matriz.

#Odebrecht

Território de Jacob Barata começa a ser invadido

10/08/2017
  • Share

O iminente desmanche do baronato das empresas de ônibus do Rio, personificado na figura do empresário Jacob Barata, deverá abrir espaço para a chegada de outro nome não menos notório da área de transporte público: o empresário português José Ruas Vaz, radicado em São Paulo há quase 60 anos. Ruas é uma espécie de avatar luso-bandeirante de Jacob Barata, seja pela hegemonia na operação de ônibus urbanos – domina mais de 50% da frota paulistana –, seja pela relação de proximidade com políticos e autoridades. A “Operação Rio” começou há cerca de um mês.

O empresário comprou a participação de 58% da Odebrecht TransPort na Otima, assumindo o controle da concessionária de pontos e abrigos de ônibus no Rio e em São Paulo. Ao assumir o comando da Otima, o empresário passa a ter uma posição estratégica na Cidade Maravilhosa. Esse bilhete lhe permitirá estreitar relações com a Prefeitura e o governo do estado e aumentar seu poder de fogo para disputar concessões de ônibus locais, notadamente na Região Metropolitana. Como de hábito, Ruas está no lugar certo, na hora certa. Sua investida em terras cariocas se daria no momento em que a Lava Jato começa a rasgar a teia de esquemas no transporte público do Rio.

O empresário aposta que importantes empresas de ônibus ficarão pelo caminho, abrindo espaço para novos protagonistas. Consultado sobre a aquisição da Otima e os planos para o Rio de Janeiro, o Grupo Ruas disse que “não possui nenhum interesse em investir na cidade.” A Odebrecht TransPort, no entanto, confirmou a venda da participação para o grupo.

Aos 89 anos, José Ruas Vaz comanda uma frota com mais de 15 mil ônibus na cidade de São Paulo, que transportam aproximadamente dez milhões de passageiros por dia. Por meio da RuasInvest Participações, é acionista também de fabricantes de carrocerias, como a Caio-Induscar. Em março, adquiriu a montadora catarinense Busscar, com a promessa de retomar ainda neste ano as operações da empresa, que entrou em falência há três anos. Seus investimentos se ramificam ainda pela área financeira: é sócio do Banco Luso Brasileiro, onde tem a companhia do patrício Américo Amorim, um dos homens mais ricos de Portugal.

Os desafetos de Ruas o acusam de crescer à base do expediente de abrir e fechar empresas ao longo de décadas, deixando um rastro de dívidas. Consta que em determinado momento suas companhias chegaram a ter mais de R$ 750 milhões em débitos com a Previdência, como chegou a ser noticiado na imprensa paulista. Perguntado sobre eventuais fechamentos de empresa e dívidas já apontados pela mídia, o Grupo Ruas disse apenas que “se reserva em sigilo”.

#Jacob Barata #Odebrecht

Brookfield pilota criação da maior holding rodoviária do Brasil

25/07/2017
  • Share

A Brookfield já tem R$ 60 bilhões em ativos no Brasil e quer mais. Neste momento, “mais” significa a criação da maior holding de concessões rodoviárias do país, a partir de duas operações em paralelo conduzidas pelos canadenses. De um lado, o grupo negocia a aquisição da carteira da Odebrecht Transport (1,8 mil quilômetros de estradas em seis estados); do outro, movimenta-se para assumir o controle da Arteris, que reúne um colar de nove concessões, com mais de 3,2 mil quilômetros. A Brookfield já detém 56% da empresa e pisa no acelerador para ficar com o restante das ações, pertencente à espanhola Abertis.

Estima-se que as duas negociações envolvam um investimento somado da ordem de R$ 5 bilhões. Mais à frente, todas estas estradas se encontrariam, com a fusão das concessões da Odebrecht e da Arteris sob o mesmo guarda-chuva. A Brookfield teria, então, uma operação integrada com faturamento superior a R$ 6 bilhões e mais de cinco mil quilômetros sob administração, deixando para trás a atual líder do setor, a CCR (3,5 mil quilômetros). Procurada pelo RR, a Odebrecht Transport informou que “segue com seu plano de reestruturação que inclui a busca por novos investidores para seu portfólio de rodovias”.

Brookfield e Abertis não quiseram comentar o assunto. Segundo fonte próxima à Brookfield, o acordo com a Odebrecht Transport deve ser sacramentado até o fim de agosto. No caso da Arteris, o timing é uma variável ainda mais importante. Isso porque a própria Abertis está à venda na Espanha. A Brookfield considera fundamental comprar a participação dos sócios e tomar o controle da Arteris antes da venda do grupo ibérico e, automaticamente, da entrada de um novo acionista na empresa brasileira. Esse investidor, eventualmente, pode vir a ser um obstáculo aos planos dos canadenses. Segundo a mídia local, os candidatos mais fortes à aquisição da Abertis são a italiana Atlanta e a também espanhola ACS, de propriedade de um dos homens mais ricos do país, Florentino Perez, presidente do Real Madrid.

#Arteris #Brookfield #Odebrecht #Rodovias

Arco da velha

14/07/2017
  • Share

O Ministério Público do Rio e o Cade têm alimentado um ao outro com saborosas informações sobre a construção do Arco Metropolitano do estado. Já são 29 empresas, entre construtoras e fornecedoras de serviço, na alça de mira. O Cade apura a formação de cartel nas obras, liderado por oito empreiteiras – como o próprio órgão antitruste confirmou ao RR. O mais quente, no entanto, está com o MP, que, só para não variar, investiga o pagamento de propinas a integrantes do governo de Sérgio Cabral. Em sua delação premiada, executivos da Odebrecht já deram a pista do caminho do dinheiro.

#Cade #Odebrecht

As águas turvas de Santo André

11/07/2017
  • Share

Na terra de Celso Daniel, a água ferve entre denúncias de propina e disputas políticas. A Prefeitura de Santo André estuda buscar um novo parceiro privado para a concessão de saneamento na cidade. O prefeito Paulo Serra (PSDB) já decidiu que não vai sancionar a PPP entre a Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) e a Odebrecht Ambiental, firmada na gestão de seu antecessor, o petista Carlos Grana. Em depoimento à Lava Jato, o ex-executivo da empresa Guilherme Paschoal informou o pagamento de doações irregulares à campanha de Carlos Grana em troca da concessão de saneamento da cidade. Consultada pelo RR, a Prefeitura negou que vá fazer uma nova PPP. Mas confirmou o rompimento do acordo com a Odebrecht.

#Lava Jato #Odebrecht

Falta de sorte não é

28/06/2017
  • Share

O Planalto continua abusando da sorte na escolha do seu círculo mais próximo. Na semana passada, indicou o deputado Julio Lopes (PP-RJ) para integrar o recém-criado Conselho Nacional para a Desburocratização, comandado por Eliseu Padilha. Pois bem…Três dias depois, em depoimento à Justiça, o executivo Marcos Vidigal, da Odebrecht, acusou Lopes de pedir propina na construção da Linha 4 do Metrô do Rio.

#Eliseu Padilha #Odebrecht #Palácio do Planalto

HNA traz um cargueiro de dólares para o Brasil

27/06/2017
  • Share

O HNA Group desembarcou no Brasil gastando bilhão atrás de bilhão. Os chineses deverão realizar, ainda neste ano, um aporte adicional de mais de R$ 2 bilhões na Rio Galeão. Os recursos serão destinados ao pagamento antecipado das prestações da outorga do aeroporto de 2018 a 2020, que totalizam cerca de R$ 3,5 bilhões. A cifra se soma aos R$ 4 bilhões que o HNA está pagando para ficar com a participação de 60% da Odebrecht na concessão.

#HNA Group #Odebrecht

Cálculo de um “alto oficial” do PMDB

20/06/2017
  • Share

A delação de Eduardo Cunha vai arrastar, por baixo, por baixo, 150 parlamentares. Ao câmbio do dia, equivale a duas listas e meia da Odebrecht.

#Eduardo Cunha #Odebrecht

Pagot, mas pode chamar de Blairo Maggi

19/06/2017
  • Share

Os depoimentos do ex-governador do Mato Grosso Silval Barbosa à Lava Jato prometem complicar ainda mais a situação de Luiz Antonio Pagot – e, por extensão, de Blairo Maggi. As denúncias envolvem irregularidades em obras do DNIT. Ex-secretário de Infraestrutura do MT no governo Maggi, Pagot tem um extenso currículo. Foi citado nas delações da Odebrecht pelo suposto pagamento de caixa 2 a Maggi. Em 2011, foi exonerado da diretoria do próprio DNIT após denúncias de corrupção. Sete anos antes, havia sido condenado por fraude em licitação na Secretaria de Transportes de Mato Grosso.

#Blairo Maggi #Lava Jato #Odebrecht

Grand Slam da Lava Jato

16/06/2017
  • Share

O discretíssimo, quase invisível, ministro do Desenvolvimento, o pastor Marcos Pereira, tem revelado o dom da onipresença. Está na lista da Odebrecht, na relação da JBS e foi acusado de receber recursos desviados da Caixa Econômica Federal. Só falta aparecer na delação de Rodrigo Rocha Loures…

#JBS #Odebrecht

Playoff

5/06/2017
  • Share

A Arena Fonte Nova deverá ser o novo ponto de encontro da Lava Jato com OAS, Odebrecht e o cervejeiro Walter Faria, que detém os naming & rights do estádio baiano.

#Lava Jato #OAS #Odebrecht #Walter Faria

Tripla aterrissagem

26/05/2017
  • Share

Além da aquisição da parte da Odebrecht no Galeão, a chinesa HNA também está no páreo para comprar uma fatia de 49% dos aeroportos de Brasília e de São Gonçalo do Amarante (RN). Ambos são controlados pela argentina Corporación América.

#Corporación América #HNA #Odebrecht

A hora e a vez de Benjamin Steinbruch

25/05/2017
  • Share

As eleições para a diretoria executiva e plenária do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), marcadas para 7 de agosto, têm o condão de relançar no palco político a dobradinha Paulo Skaf e Benjamin Steinbruch, candidatos a mais um mandato nos cargos de presidente e vice-presidente. À luz dos fatos recentes e daqueles que estão próximos de vir à tona, é Steinbruch quem se exporá mais com a função de regra três de pelego. Na Fiesp/Ciesp de Paulo Skaf, vice-presidente não reina, mas é cúmplice – pelo menos é o que consta da delação de Marcelo Odebrecht na Lava Jato, segundo a qual a Odebrecht serviu de “laranja” para encobrir doações da CSN à campanha do presidente da Fiesp ao governo de São Paulo, em 2010.

Skaf já é um sujeito manjado. Mas a extensa rede de conexões do vulgo “barão do aço” só agora começa a ser desvendada. Na Fiesp, Steinbruch não pediu a ninguém que intermediasse caixa 2, mas foi, no mínimo, conivente com o uso de recursos da entidade para fins eleitorais. Skaf, como se sabe, foi para o PMDB convidado por Michel Temer. Concorreu novamente ao governo em 2014 e deixou Steinbruch esquentando a cadeira da presidência da entidade. Duda Mendonça foi chamado para fazer a campanha.

A agência do mesmo Duda venceu concorrências consecutivas para operar a comunicação do Sesi e Senai. Na mesma época, idos de 2013, o gasto anual com comunicação, quase dobrou, chegando a R$ 32 milhões. Ou seja, maior do que a verba com publicidade do BNDES à época. BNDES, aliás, cuja mudança na gestão tornou-se uma fixação dos donos da Fiesp.

Registre-se que o Ministério Público entendeu que os gastos publicitários astronômicos da Fiesp tratava-se de campanha antecipada. A Justiça Eleitoral paulista considerou a ação do MP improcedente, mas o assunto ainda aguarda decisão do TSE. Mas, tudo bem, eles que são empresários que se entendam na Fiesp. As travessuras do “barão do aço” mudam de patamar quando migram do ambiente corporativo para a área política e o investimento de interesse público.

Um vazamento estrategicamente tampado foi a inclusão de Steinbruch na lista cruzada dos 16 grandes doadores da campanha presidencial de 2014 e os correntistas de “dinheiro frio” relacionados a contas na agência do HSBC na Suíça – caso SwissLeaks. Ninguém mais sabe, ninguém mais viu. O que é sabido por todos, no entanto, é que a ferrovia Transnordestina está atrasada em 10 anos. E deve atrasar uns tantos outros mais. O projeto já consumiu mais de R$ 6 bilhões. A CSN, que se apoderou do negócio, colocou um tiquinho.

A verba está sendo revista para o dobro. O RR consultou o empresário Benjamin Steinbruch, por meio da assessoria da CSN, mas não obteve retorno. A obra está no alvo do TCU devido às estranhezas licitatórias e de disparidade de valores verificadas no contrato que permitiu à CSN reinar na concessão e mandar e desmandar no projeto. Vazamentos – ah, sempre os vazamentos – de uma virtual delação de Antônio Palocci explicariam os motivos da resiliência de Steinbruch na Transnordestina. É provável, inclusive, que, caso o ex-ministro Ciro Gomes venha realmente se candidatar à presidência e seja perguntado por que foi ajudar Steinbruch a gerir o imbróglio da ferrovia, com cargo e sala no escritório da CSN, o político nordestino responda: “Fui, vi, não gostei e me mandei”. O presidente da CSN, sem sobra de dúvida, vive o momento menos favorável da sua vida pública e fulgurante trajetória empresarial.

#BNDES #Fiesp #Odebrecht

Funcef põe mais um tijolinho no rombo atuarial

24/05/2017
  • Share

A Funcef vai vender sua participação de 20% na Odebrecht Utilities, subsidiária da Odebrecht Ambiental. Já teria oferecido a fatia à própria Brookfield, que comprou a antiga companhia de saneamento do grupo baiano.

#Brookfield #Funcef #Odebrecht

Encontro antecipado

5/05/2017
  • Share

Na condição de presidente do TSE, Gilmar Mendes é aguardado hoje em Salvador para inaugurar um posto do TRE baiano. Dividirá os flashes com o prefeito ACM Neto, o “Anão”, um dos citados nas delações da Odebrecht.

#Gilmar Mendes #Odebrecht #TSE

A contagem regressiva da Odebrecht

3/05/2017
  • Share

A Odebrecht pretende fechar todos os acordos de leniência até o fim de junho, garantindo sua alforria para disputar licitações públicas já no segundo semestre. Como forma de acelerar esse processo, a própria construtora solicitou ao Ministério Público Federal que assuma a coordenação da aplicação de todas as multas no âmbito da Lava Jato, informação confirmada ao RR por um dos procuradores. As penalidades aplicadas à Odebrecht deverão somar cerca de R$ 6,8 bilhões. Isso sem levar em conta novos arroubos da AGU.

#Odebrecht

A ginástica pré-eleitoral de Bernadinho

27/04/2017
  • Share

Bernardinho tem sido aconselhado a se afastar da Body Tech, da qual é sócio e conselheiro. Talvez seja recomendável manter distância de Alexandre Accioly, fundador da rede de academias. Segundo o depoimento de executivos da Odebrecht, Aécio Neves teria usado contas do amigo Accioly no exterior para o recebimento de propinas. Bernardinho, não custa lembrar, acaba de deixar o ninho tucano para se abrigar no Partido Novo.

#Bernardinho #Odebrecht

Maracanã II

27/04/2017
  • Share

O Flamengo tem muito a agradecer ao secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro, Christino Áureo. Ninguém trabalhou tanto quanto Áureo para convencer o governador Pezão a retomar a concessão do Maracanã e realizar uma nova licitação. Fez lembrar o empenho de outro ocupante da Casa Civil, Regis Fichtner, condutor da concorrência que colocou o estádio nas mãos da Odebrecht e de Eike Batista.

#Eike Batista #Flamengo #Odebrecht

Bolsonaro foge do pastor como o diabo da cruz

24/04/2017
  • Share

A citação ao Pastor Everaldo nas delações da Odebrecht foi o fim da linha para Jair Bolsonaro. O presidenciável deverá acelerar sua saída da PSC, levando consigo uma parte da bancada. A última coisa que Bolsonaro precisa neste momento é que as denúncias contra o correligionário respinguem na sua candidatura ao Planalto. Já bastam os pingos d ´água do Rio Jordão, onde Bolsonaro foi batizado pelo próprio Pastor Everaldo em maio de 2016, quando ambos eram amigos de fé e irmãos camaradas.

#Jair Bolsonaro #Odebrecht

A Lava Jato aos olhos do “Príncipe”

20/04/2017
  • Share

Um uspiano da corte do “Príncipe dos Sociólogos” fez um apanhado das sacadas de FHC sobre o impacto das delações da Odebrecht na psicologia dos grãos-tucanos presidenciáveis: “O Serra, como sempre, vai ser o mais frio, mantendo-se calado e distante, no aguardo de que o desenrolar dos fatos o favoreça. O Aécio, com seu jeito brigão, mais parece um furacão que espalha areia para todos os lados e aquece os assuntos mais do que deveria. O Alckmin é o mais sereno e quem está tratando os assuntos como se deve, rebatendo as acusações com firmeza e da forma mais contida”. FHC confia que o fator tempo tornará cada vez mais viva a responsabilidade do PT sobre os escândalos denunciados. “O PT protagonizou na primeira hora a Lava Jato. Até prova em contrário, a primeira versão é aquela que deixa marcas indeléveis”.

#Fernando Henrique Cardoso #Odebrecht #PT

Chinatown 1

12/04/2017
  • Share

A chinesa HNA Group pretende anunciar na próxima semana a compra da parte da Odebrecht Transport no Galeão. O último entrave já foi retirado: o Ministério dos Transportes autorizou a Anac a adiar o pagamento de R$ 4,5 bilhões referente às taxas de concessão entre 2016 e 2020. A Odebrecht Transport confirma que há um acordo de exclusividade com a HNA, mas diz que “a venda não está concluída”.

#HNA Group #Odebrecht

Quebra-cabeça

5/04/2017
  • Share

A investida da CCR sobre a Invepar tem três alvos já definidos: Metrô Rio, Linha Amarela e ViaRio. Neste último caso, a companhia mira o controle integral da operação. Recentemente, a CCR comprou a fatia da Odebrecht e pulou de 33,3% para 66,6% da ViaRio, que administra 13 dos 26 quilômetros da Transolímpica. Falta o terço que está nas mãos da Invepar.

#CCR #Invepar #Odebrecht #ViaRio

A hidra Carlos Sanchez

17/03/2017
  • Share

O empresário Carlos Sanchez, dono do laboratório farmacêutico EMS, é uma hidra. Entrou na área de mídia, comprou as usinas de energia eólica da Odebrecht e agora está vasculhando ativos entre os escombros do setor imobiliário. E nem precisou dos conselhos e préstimos de José Dirceu, seu antigo consultor.

#Carlos Sanchez #EMS #Odebrecht

E ainda tem a Queiroz Galvão…

31/01/2017
  • Share

Enquanto todos os holofotes se voltam de maneira justificada para a Odebrecht, a Queiroz Galvão está na bica de fechar seu acordo de delação. O depoimento com maior potencial destrutivo é o do ex-presidente da construtora Ildefonso Colares Filho, que promete espalhar as brasas da Lava Jato pelo setor elétrico. As fagulhas atingiriam até o governo FHC.

#Lava Jato #Odebrecht #Queiroz Galvão

Quem viver verá

25/01/2017
  • Share

O RR informou em 28 de dezembro que a Odebrecht iria carpir seus erros e disseminar a profissionalização da gestão, tudo na mídia. Quem viver verá muito mais!

#Odebrecht

UTC vende seus anéis

3/01/2017
  • Share

Além da participação no aeroporto de Viracopos, a UTC Engenharia tenta se desfazer da sua fatia no Move São Paulo, o consórcio responsável pela Linha 6 do Metrô paulista. Já teriam ocorrido conversações com a Mitsui. Os demais sócios da UTC na operação são a Odebrecht e a Queiroz Galvão.

#Mitsui #Odebrecht #Queiroz Galvão #UTC Engenharia

A mais prioritária das obras da Odebrecht

28/12/2016
  • Share

Escutem o que diz a pitonisa: a Odebrecht vai renascer. A empresa tem tradição de reverter grandes escândalos, a exemplo dos casos PC-Collor e Anões do Orçamento. Não há episódio que sirva de paralelo à Lava Jato, é verdade. Mas nada foi feito em nenhuma empresa brasileira comparável ao plano de mobilização e motivação do corpo de colaboradores, à grandiosidade da operação de comunicação e à mega estrutura de compliance que será tocada por Sérgio Foguel.

Foguel está na Odebrecht há 25 anos, sempre lidando com a área de desenvolvimento humano e organizacional. Trata-se de um quadro altamente ideológico – um dos criadores do Instituto Millenium -, com excelente formação acadêmica. Foi resguardado em uma estufa na companhia e escolhido a dedo por Emilio Odebrecht para comandar a teia de controles que está sendo implantada na companhia.

A sobrevivência da Odebrecht não suporta ações fora do superlativo. De uma certa forma, foi assim nos outros escândalos e situações-limite. Agora o multiplicador é maior. Mas, como dizem os orientais, em toda a adversidade existe uma oportunidade. Na cauda do turbilhão de horrores que se abateu sobre a empresa, há um lado positivo, submerso, que não dá manchetes nas mídias.

A companhia baiana tem feito um ajuste severo, com corte de gastos, melhoria de processos e reestruturação do perfil da dívida. Uma das etapas da estratégia de recuperação da imagem é divulgar os passos do seu calvário de autocrítica e as medidas amplas e rigorosas de compliance. A cada ajoelhada no milho, uma entrevista, release, nota ou comunicado mostrando arrependimento e a disposição de seguir as melhores práticas de conformidade.

#Lava Jato #Odebrecht

É tempo de conveniente paz entre os sócios da Santos Brasil

22/12/2016
  • Share

A queda no volume total de embarques e o endividamento elevado que estão sucateando os terminais de contêineres – especialmente no Porto de Santos, conforme o RR registrou na já longínqua edição de 28 de dezembro do ano passado – têm pacificado os sócios do mega terminal Santos Brasil. Como se sabe, Daniel Dantas e Richard Klien se odeiam. Mas a oportunidade de consolidação do setor faz milagres. Segundo a fonte do RR, o nome mais falado entre os sócios da Santos Brasil é o da Embraport, mais precisamente a participação da Odebrecht no terminal (67%).

No meio do rolo viria o Dubai Ports World, sócio da Odebrecht na Embraport. Muitas combinações são possíveis, mas a mais falada seria a compra compartilhada da parte baiana do terminal pelos árabes, que detêm 33%), e por Daniel Dantas e Richard Klien. A dupla do barulho ficaria minoritária na Embraport e a Dubai Ports World na Santos Brasil. A fusão ficaria para um segundo momento. Ou não. Os dois portos juntos aniquilariam com qualquer possibilidade de outro grupo ousar a tentar superá-los em escala na movimentação de contêineres, alcançando 3,2 milhões de TEUs.

Um verdadeiro pantagruel de cargas marítimas. Procurada, a Santos Brasil negou o interesse na Embraport. Esta, por sua vez, afirmou desconhecer qualquer tratativa. Está feito o registro. O interstício da guerra entre Richard Klien e seu irmão Andreas com Daniel Dantas não interrompe o andamento da segunda disputa dos sócios em tribunal de arbitragem para ver quem expulsa quem do negócio. Recentemente, no que foi interpretado por muitos como um pequeno sinal de trégua entre ambos, Dantas e Klien concordaram com a migração da Santos Brasil para o Novo Mercado da Bovespa, consumada em agosto. Mas que ninguém se engane: naquele trecho de litoral estão os Bálcãs portuários no Brasil.

#Daniel Dantas #Embraport #Odebrecht #Santos Brasil

O fado da Lava Jato

20/12/2016
  • Share

A denúncia atribuída ao ex-executivo da Odebrecht, Leandro Azevedo, de que contas do Banco Banif em paraísos fiscais foram usadas para o pagamento de propina a políticos aflige duplamente os portugueses. Além do risco jurídico, há o temor de que a Lava Jato incinere de vez as chances de venda dos ativos do Banif no Brasil. Este, inclusive, teria sido o fator primordial para o BTG ter desistido da aquisição, em julho deste ano. Procurado pelo RR, o Banif não quis se pronunciar sobre a negociação da operação brasileira nem sobre a citação no âmbito da Lava Jato.

#Banco Banif #Lava Jato #Odebrecht

Togados lideram “eleição indireta para a presidência”

30/11/2016
  • Share

Se houver eleição indireta para presidente da República, os representantes do Judiciário terão predominância absoluta na disputa, com 67% de probabilidades de vitória. É o que indica uma sondagem feita pelo Relatório Reservado junto a sua base de assinantes – uma amostragem que reúne empresários, escritórios de advocacia, instituições financeiras, fundos de pensão e estatais. Para o RR, ressalte-se, eleição só na urna. Mas, diante das circunstâncias que cercam Michel Temer – acelerado derretimento político, o caso Geddel, o aperto do TSE, o risco Odebrecht etc – a newsletter fez a seguinte pergunta a seus assinantes: “Na sua avaliação, em caso de eventual vacância na presidência da República, quem tem mais chances de ser eleito pelo Congresso Nacional?” O equivalente a 3% do universo total da sondagem participou da consulta. Das 127 respostas, 29% apontaram a presidente do STF, Carmen Lúcia, como a mais forte candidata. Em segundo, com 23%, outro proveniente do Judiciário: o ex-ministro do Supremo Nelson Jobim. No quarto lugar, mais um egresso da “República dos Togados”: para 15% dos consultados, Gilmar Mendes seria o eleito pelo Congresso no caso do afastamento de Michel Temer.

 Em certa medida, a forte expectativa de que um togado comande um governo de transição reflete o momento de excessiva judicialização das grandes decisões nacionais. Pode-se depreender também que, no entendimento dos consultados, nenhum dos potenciais concorrentes ao Planalto em 2018 se sujeitaria a entrar em cena neste momento para cumprir um mandato-tampão. Talvez por isso o único enclave político nesse coeso bloco do Judiciário é um “candidato jubilado”: para 19% dos assinantes, Fernando Henrique Cardoso, apesar da sua idade avançada, surge como o terceiro nome com mais chances de vitória. Não obstante a reduzida popularidade entre o eleitorado em geral, FHC ainda manteria uma aura de condestável junto ao Congresso.

 Bem abaixo do quarteto que concentrou 86% das respostas viriam as zebras. Este bloco secundário é encabeçado por Rodrigo Maia, com 8% de probabilidade. Empatados, com 2% para cada um, dois personagens bem distintos: Jair Bolsonaro e Armínio Fraga. No primeiro caso, provavelmente os assinantes entendem que Bolsonaro seria o único com energia necessária – ou será autoritária? – para implementar as reformas estruturais de que o país precisa. Já a presença de Fraga indica que, para muitos, o governo de transição teria de se concentrar em uma única missão: o ajuste econômico. Curioso: Henrique Meirelles não foi lembrado em nenhuma das respostas. Se fosse há seis meses…

 Por fim, entre os outsiders dos outsiders, talvez a maior surpresa da lista: Abílio Diniz, com 1% das citações. Os “eleitores” de Diniz devem depositar em um bem-sucedido personagem da iniciativa privada a expectativa de uma gestão empresarial da máquina pública. Ao seu lado, também com 1%, mais um representante do Judiciário: Joaquim Barbosa. Ao que parece o julgamento do mensalão já caiu no esquecimento. E Sergio Moro? Potencial blockbuster das urnas, Moro seria traço em uma votação no Congresso. Afinal, que colégio eleitoral escolheria seu algoz?

 

#Cármen Lucia #Eleições #Odebrecht #TSE

Planalto

28/11/2016
  • Share

Na sexta-feira, circularam entre empresários pelo menos três listas elencando políticos supostamente citados na delação da Odebrecht. Uma delas foi a requentada e manjadíssima relação divulgada em março. As outras duas traziam nomes diversos apesar da base ser mantida. Em todas constavam Moreira Franco, Geddel Vieira Lima e Romero Jucá. Michel Temer e Eliseu Padilha só figuravam em uma delas.

#Geddel #Michel Temer #Odebrecht #Romero Jucá

Marcelo e Bernardo, os irmãos corsos às avessas

31/10/2016
  • Share

  As famílias Odebrecht e Gradin sempre foram indissociáveis. Seus principais acionistas, Norberto Odebrecht e Victor Gradin, somariam 180 anos cravados se o fundador do grupo estivesse vivo – Norberto faleceu em 2014. Ambos esbanjaram sabedoria, ambição e lealdade mútua. Até os 91 anos, Norberto dirigia, ao lado de Victor, a Mercedes Benz, modelo C1, que lhe foi presenteada pelo sócio no seu aniversário de 81 anos. Em 1974, quando Victor foi convidado por Norberto a fazer parte daquela construtora em ascensão, não havia sequer nada parecido com a Lava Jato. A “partidarização das comissões” era residual: a molhadela, espórtula ou gratificação ficava nas mãos da burocracia ou do próprio tubarão.  Norberto e Victor foram amigos elevados à enésima potência. Victor levou a Odebrecht para o front petroquímico, a industrialização e a modernização de processos. Era um estrategista. Norberto enxergava longe, criou uma cultura corporativa, prezava o capital humano. Era um sacerdote. Se estivesse vivo e não tivesse ocorrido o grande cisma das famílias, os dois duelariam juntos, lado a lado, no front da Lava Jato. A terceira geração dos Odebrecht e a segunda do Gradin sepultaram essa história de fraternidade. Marcelo e Bernardo, os dois eleitos para gerir o império, criaram o seu “Lava Odebrecht”. Jovens, preparadíssimos, ambos conviveram como amigos desde a infância. Ninguém diria que se tornariam uma versão reversa dos irmãos corsos, de Alexandre Dumas, em um processo de desunião crescente com o passar do tempo. Marcelo mandava na construtora e na área de novos negócios. Bernardo, na petroquímica e projetos industriais. Sim, ainda há Miguel Gradin, com quem Marcelo compartilhou o curso de preparação de oficiais da Reserva em Salvador, em 1987. Posteriormente trabalharam juntos na inglesa SLP Engineering, de óleo e gás. Mas Miguel nunca foi um “irmão corso”.  No ano da discórdia de 2010, Marcelo convenceu seu pai, Emílio, e o avô, já afastado das decisões empresariais, sobre uma revisão do acordo de acionista com os Gradin, detentores de 20% do grupo. Estão até hoje em um contencioso pestilento em torno de valores de compra e venda das participações. A partir daí, Marcelo tirou Bernardo das funções executivas da Odebrecht – Miguel também foi afastado. E veio o pior tormento, soprado com fúria pelos procuradores e juiz de Curitiba. Como se sabe, os Odebrecht estão pagando o preço. Já os Gradin “não dominaram o fato”.  Consta que Paulo Roberto Costa denunciou, em julho, Bernardo Gradin por ter negociado com ele, em condições vantajosas, a compra de nafta da Petrobras para a Braskem. Há menções a Bernardo também em episódio de “convencimento” da Petrobras a entrar como sócia da petroquímica da Odebrecht em uma fusão com a Quattor. Digamos que a cota de delações sobre Bernardo seja o correspondente ao percentual de ações que os Gradin têm no grupo e querem vender caro. Mesmo assim o clã passou ao largo da Lava Jato. É curioso! Houvesse a fidalguia de outrora, talvez Bernardo estivesse batalhando pelo amigo de infância como faziam os cavalheiros instituídos de honra e tradição. A têmpera com que foram forjados Norberto e Victor ficou restrita a uma geração.

#Bernardo Gradin #Braskem #Lava Jato #Marcelo Odebrecht #Odebrecht #Paulo Roberto Costa #Petrobras

Bullets

19/09/2016
  • Share

 José Serra pretende não só participar do road show dos outros ministros no exterior, mas também organizar os seus individuais. Desafia quem vai captar mais.  Se a República de Curitiba quiser depurar suas investigações na Lava Jato, recomenda-se ouvir o presidente da PwC, Fernando Alves, um expert em Odebrecht e Petrobras.  Geraldo Alckmin trabalha junto ao Planalto para que recursos do FI-FGTS também sejam usados na venda de concessões estaduais. Puxa a brasa para a sua Cesp .  

#Cesp #Geraldo Alckmin #Lava Jato #Odebrecht #Petrobras #PwC

Itochu sobre as águas brasileiras

12/09/2016
  • Share

 A Itochu quer comprar os 51% restantes da Queiroz Galvão na holding Águas do Brasil. Os nipônicos, donos de 49% do negócio, pretendem consolidar o capital integral da empresa. Além dessa aquisição, a Itochu estuda fazer uma oferta pela OAS Soluções Ambientais. Essa animação toda reflete o baixo preço dos ativos no Brasil, decorrente da valorização cambial e da Lava-Jato. Caso feche as duas transações, a Itochu chegará ao segundo lugar do ranking entre os grupos privados da área de saneamento, atrás apenas da Odebrecht Ambiental . • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Itochu e Queiroz Galvão.

#Itochu #Lava Jato #OAS #Odebrecht #Queiroz Galvão

Big four

13/06/2016
  • Share

 Na Odebrecht não há quem não se lembre de um zeloso auditor, altamente competente, que, durante dois anos, só faltava virar a noite na empresa tamanha sua dedicação. A prestação do serviço foi antes da Lava Jato. O sujeito era conhecido tão somente como “Bigode”. Se tivesse mantido guarda, talvez muita coisa pudesse ter sido evitada.

#Odebrecht

Ministério da Defesa pedala mais de R$ 10 bilhões em dívidas

2/05/2016
  • Share

 O futuro ministro da Defesa de Michel Temer terá de desativar uma bomba-relógio no Orçamento das Forças Armadas, algo já chamado pelos próprios técnicos da Pasta de “pedaladas militares”. O Ministério vem empurrando mais de R$ 10 bilhões em dívidas e atrasos no pagamento de fornecedores. A situação é extremamente crítica e envolve alguns dos maiores e mais estratégicos contratos do Exército, Aeronáutica e Marinha. O governo deve cerca de R$ 1,7 bilhão à Helibras pela encomenda de 19 helicópteros H225M, do programa HX-BR. A Embraer, por sua vez, tem a receber aproximadamente R$ 1,4 bilhão. O Ministério da Defesa estaria atrasando também os pagamentos à Iveco, fornecedora do blindado Guarani, e à Odebrecht, à frente do projeto do submarino nuclear e da construção da base naval de Itaguaí. O tamanho do problema só não é maior porque o governo adiou ou suspendeu importantes projetos da área militar, notadamente da Força Aérea, entre eles a modernização dos caças F- 5E/F e das aeronaves E-99.  Durante sua gestão à frente do Ministério da Defesa, Jaques Wagner chegou a fazer uma série de reuniões com os grandes fornecedores das Forças Armadas com o objetivo de repactuar dívidas e alongar prazos de pagamento. Na era Aldo Rebelo, no entanto, a interlocução esfriou. As “pedaladas”, ressalte-se, não atingem apenas parceiros comerciais de alta patente. Uma parte razoável da dívida diz respeito à compra de peças de reposição e à contratação de serviços de manutenção para as Forças Armadas. Ainda que os valores absolutos sejam bem menores, trata-se de acordos tão ou, sob certo aspecto, até mais importantes para a operação militar do que os grandes projetos em atraso. Hoje, os quartéis funcionam com baixíssimo ou nenhum estoque de reposição.  A tendência é que o novo ministro da Defesa tenha de administrar um cenário ainda mais delicado a partir do segundo semestre, mesmo porque a Pasta terá gastos que não estavam previstos no orçamento. O Estado Maior das Forças Armadas já dá como líquida e certa a necessidade de um aumento do efetivo que atuará no esquema de segurança da Olimpíada. A expectativa inicial era de que 10 mil homens das Forças Nacionais de Segurança desembarcassem no Rio em julho. No entanto, com o agravamento da crise econômica, esse número não deverá passar de 3,5 mil. Muitos estados não vão bancar os custos de transporte dos agentes – em grande parte composta por policiais militares. Caberá ao Exército cobrir a diferença e arcar com os gastos para o deslocamento de tropas. A princípio, pode soar como um custo residual. Mas tudo pesa para um ministério que, no início do ano, já teve seu orçamento cortado em mais de 30%.

#Embraer #Forças Armadas #Helibras #Iveco #Odebrecht

Emílio reescreve o seu capítulo na Odebrecht

22/12/2015
  • Share

  A solução para o comando da Odebrecht durante a ausência de Marcelo Odebrecht se chama Odebrecht e já se encontra na própria Odebrecht. Consta que, quando confrontado com a pergunta, o patriarca Emílio afirma que o tempo é o senhor da História e aliado daqueles que têm paciência. Se a memória do RR não falha, ouvimos a mesma frase proferida por Norberto Odebrecht, há mais de 20 anos, durante uma exposição sobre o Livro Verde, uma espécie de bíblia doutrinária corporativa do grupo. Antigo presidente da companhia, Emílio, pai de Marcelo, assumiria o posto em um rito de transição, tanto retornando ao passado, literalmente, quanto voltando ao futuro, metaforicamente. Ou seja: ele guardaria o cargo para um planejado retorno de Marcelo, absolvido sem provas, sendo o único a não apelar para o acordo de delação e a recusar a culpa que lhe vem sendo imputada. Que ninguém se iluda: a saída de Marcelo do comando da companhia é processual e jurídica. Não ganha um camarão seco do vatapá quem apostar que ele não volta e vai ficar na lagoa escura de Abaeté lendo livros de engenharia ou coisa assim.  Emílio Odebrecht é um homem jovem para os padrões laborais de hoje, com 70 anos (Lula tem a mesma idade, e FHC, 84 anos). Ninguém está mais por dentro da empresa do que ele, com a vantagem adicional de ter enfrentado as duas crises de imagem mais cabeludas da história da empreiteira. Tempo ruim não lhe mete medo. Emílio poderia assumir com o mandato explicitado ou operando por detrás da coxia, com um fronting, provavelmente um executivo com tradição no grupo ou mesmo um dos presidentes das unidades, conforme especula o mercado. A história da corporação dá pouca margem para pensar que o patriarca se esconderia nessa hora. O retorno de Emílio reafirmaria a mensagem de que a Odebrecht não é uma empresa comum. Tem uma sólida cultura arraigada e um regime hierárquico que lembra muito o shogunato japonês, fincado em valores e respeito aos mestres.  Por enquanto, o saldo da Lava Jato para a empresa baiana equivale a um pesadelo. Mas no coração da companhia não falta quem enxergue um passo além da tragédia. O episódio seria uma provação para uma Odebrecht mais forte, com Marcelo de volta e o rótulo de única empreiteira que atravessou o rolo compressor da “República de Curitiba” sem ceder ao dilúvio de indícios, ilações e suspeições. A ver. Ou, como se diz na Bahia, “Ó, pai, ó”.

#Lava Jato #Odebrecht

Opereta

10/12/2015
  • Share

 Sem mudar seu estilo pimpão, o presidente da PwC Brasil, Fernando Alves, tem sofrido como se fosse a Isolda de Tristão. O “Bigode”, como o superlativo auditor é carinhosamente chamado, chora pela Odebrecht. É uma dor lancinante.

#Odebrecht #PwC

Ódio

9/09/2015
  • Share

As relações entre Camargo Corrêa e Odebrecht chegaram às raias do ódio.

#Camargo Corrêa #Odebrecht

Empreiteiras precisam de garantia para as concessões

3/07/2015
  • Share

As maiores empresas de construção pesada do país estariam se articulando para levar ao governo uma reivindicação que pode ser decisiva para o êxito ou não do novo programa de concessões. Segundo fonte de uma das empreiteiras, é necessário um instrumento legal e definitivo capaz de separar as companhias da interdição de seus controladores e gestores, medida que revogaria os óbices para a participação nos próximos leilões de infraestrutura. A alegação é que a falta de uma garantia firme praticamente inviabilizará sua presença nas licitações. Nas atuais circunstâncias, as empresas de construção pesada terão notórias dificuldades para obter financiamento e atrair investidores para os consórcios. Afinal, quem vai apostar em um cavalo sub judice ou com o risco de ser alvejado por alguma delação? Ainda não há uma definição da figura jurídica que poderá fundamentar tal decisão. O certo é que se trata de uma negociação complexa, tanto do ponto de vista político quanto legal, que terá de passar por diversas esferas, como Poder Executivo, notadamente o Ministério da Justiça e a Casa Civil, Ministério Público e Judiciário. Imagina-se que o próprio governo tenha o maior interesse na matéria. Difícil que o novo programa de concessões saia do chão sem a participação de Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão e de boa parte das 300 grandes e médias empresas de construção pesada no Brasil. Onde o governo vai encontrar investidores dispostos a desembolsar quase R$ 200 bilhões em 15 concessões rodoviárias, 11 aeroportos, cinco ferrovias e 45 terminais portuários? As empreiteiras estão num voo a s cegas. Até o momento, sua participação no programa de concessões tem sido objeto de declarações assimétricas ou mesmo dúbias. Recentemente, o juiz Sergio Moro disse que as empreiteiras citadas no escândalo não estão proibidas de firmar contratos com a administração pública, mas – sublinhe-se o “mas” – falou também que o futuro plano de concessões pode ser uma nova fonte de corrupção para as construtoras reincidirem em crimes. Uma frase como esta não passa despercebida a bancos, agências de fomento, empresas de classificação de risco ou investidores internacionais. Quando confrontado com as declarações de Moro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, limitou-se a dizer, com certa timidez, que era “descabido” lançar suspeitas sobre o plano de concessões. Pouco, muito pouco. Mesmo porque, segundo notícias na mídia, o próprio Moro chegou a considerar que, no caso da Odebrecht, o ideal seria a suspensão de todos os contratos e atividades da construtora. O risco é que a declaração indique o embrião de uma jurisprudência. Qualquer restrição a  presença das grandes e médias empreiteiras nos próximos leilões é interferir diretamente no futuro destas companhias. Investir em infraestrutura é um processo em cadeia: novos projetos aumentam a curva de retorno dos empreendimentos já em curso graças a  captura de sinergias. Portanto, caso as construtoras venham a ser impedidas de entrar nos novos leilões, tal restrição terá impacto na performance de concessões das quais elas já participam. Ou seja: cassar o porvir das empresas de construção pesada também significa alijar o seu presente e o seu passado.

#Andrade Gutierrez #Camargo Corrêa #Lava Jato #Odebrecht #Queiroz Galvão

Ninguém escapará ao cárcere do Google

26/06/2015
  • Share

Agora não há mais dúvida: foi o presidente da UTC, Ricardo Pessoa, quem carimbou Marcelo Odebrecht e Otávio Azevedo como participantes do cartel das empreiteiras. Recaem suspeitas sobre as condições em que Pessoa fez a delação dos dois potentados, de todas a mais tardia. O presidente da moribunda UTC sempre foi um sujeito extremamente alegre, tabagista extremado, contador de piadas, amante do excesso. Sujeito a s penitências do encarceramento na Guantánamo versão Lava Jato, imposto pelo juiz Sergio Moro, Pessoa foi quebrado na sua mais aguerrida resistência – que, diga-se de passagem, já não era muita. Provavelmente daria declarações em outras circunstâncias impensáveis para se livrar da prisão. Mas há quem diga que havia uma certa animosidade, tanto do lado de Ricardo Pessoa quanto de Marcelo Odebrecht, rusga decorrente de disputa pela contratação de serviços da Petrobras. O curioso é que grande parte das brigas entre empreiteiras nas licitações da estatal se devia aos bids que levavam a preços vis, muitas vezes incapazes de sustentar a obra sem o prejuízo nas contas do vencedor. A Mendes Jr. era uma das campeãs em colocar os preços abaixo do nível morto. A UTC, volta e meia, ia pelo mesmo caminho (isso é cartel?). Se a bronca com Marcelo Odebrecht pode ter guiado o dedo duro premiado de Ricardo Pessoa, desconhece-se motivação extra-autos para a prisão de Otávio Azevedo, uma espécie de embaixador da boa vizinhança no setor. Não é nem muito claro o conteúdo da denúncia contra ele. Azevedo era mais gestor da operação de telefonia da Andrade Gutierrez do que pertencente a  infantaria puro-sangue dos empreiteiros. Mesmo porque foi no setor de telecomunicações que ele construiu a maior parte de sua trajetória, notadamente como executivo da Telemig e da Telebrás. Bem, que a Justiça dê o seu veredicto, investigue e mostre resultados convincentes, sabendo-se, de antemão, que, pelas sequelas da sua genética processual, os indiciados já sofreram uma irreparável condenação. Não se livram nunca mais de milhões e milhões de páginas no Google, que serão lidas pelo mundo afora e por muitas das suas gerações.

#Lava Jato #Odebrecht #Ricardo Pessoa #UTC

Carta ao pai

15/06/2015
  • Share

Se Franz Kafka revivesse nos nossos dias, não mais daria o nome de Josef K ao protagonista do labiríntico “O Processo”. O novo nome seria simplesmente Odebrecht. Os baianos estão sendo asfixiados. Falta contar por que querem tanto sacrificá-los.

#Odebrecht

Agnus dei

1/06/2015
  • Share

A denúncia da PF sobre a eventual participação da Odebrecht na Lava Jato poderia ser feita por e-mail e não por intermédio da imprensa. Melhor, poderia ser feita em um guichê de atendimento ao público. Seria curioso: – Bom dia! O senhor participou de alguma iniciativa para formação de cartel? – Não, não participei, não! – Ok, obrigado. Vamos avisar a  mídia que o senhor disse que não é corrupto. Próximo…

#Lava Jato #Odebrecht

A propina mais masoquista do mundo

25/03/2015
  • Share

Os indiciados na Lava Jato, que penaram as privações da Guantánamo curitibana, já disseram com todas as letras aos seus defensores constituídos: “A primeira pergunta era sempre a mesma: “O que temos de informações contra a Odebrecht?”. Os intocáveis de Sergio Moro foram bater no grupo baiano por uma via oblíqua, a Braskem, por meio de uma denúncia enviesada, que envolve a empresa e sua sócia Petrobras. Seria o único caso do “petrolão” em que não há prestação de serviços. A delação parece sem pé nem cabeça. A Braskem, conforme o relato fiel da lavação a jato, estaria pagando propina para a estatal prejudicá-la com contratos draconianos de fornecimento da nafta. Basta olhar o histórico dos preços. A Braskem sempre sofreu nas negociações para a garantia do combustível. Até agora, é o maior non sense da Lava Jato.

#Braskem #Lava Jato #Odebrecht

Todos os direitos reservados 1966-2024.