Tag: PT


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Política

Ex-tesoureiro do PT povoa fundos de pensão

18/11/2024

O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto tenta emplacar dois aliados no Comitê…

#Funcef #Previ #PT

Economia

Centrais sindicais entram em cena e escancaram as fissuras no governo com o corte de gastos

12/11/2024
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O sindicalismo, base histórica do PT e de Lula, resolveu meter a colher na sopa do corte de gastos públicos. Lideranças da CUT, CGT, Força Sindical, entre outros centrais, estão buscando um encontro com o presidente da República antes da sua viagem ao Rio, na próxima quinta-feira, para participar do G20. Vários contatos foram travados ao longo do dia de ontem.

A articulação, segundo o RR apurou, é capitaneada pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres. É mais pressão para cima do governo, especialmente da equipe econômica. Os sindicalistas pretendem reforçar o coro contra eventuais medidas que atinjam direitos dos trabalhadores, a exemplo de mudanças nas regras do abono salarial, uma das hipóteses especuladas nos últimos dias.
A manifestação das entidades sindicais não deve ser vista como um movimento exógeno à gestão Lula. Muito pelo contrário. A iniciativa brota das fendas que o pacote de corte de despesas está provocando dentro do próprio governo. Os sindicalistas dublam, sobretudo, os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, e da Previdência, Carlos Lupi.
Os dirigentes das centrais podem verbalizar publicamente os duros comentários que Marinho e Lupi têm feito reservadamente em relação a Fernando Haddad e Simone Tebet.
Instrumentalizações políticas à parte, as discussões em torno do corte de gastos alimentam também um incômodo dos movimentos sindicais com o governo que não vem de hoje. Lideranças do setor reclamam do distanciamento do próprio Lula.

O sentimento é que a interlocução rareou. Isso em um momento de pautas extremamente sensíveis para os trabalhadores. Além da questão da redução das despesas públicas, o entendimento entre os sindicalistas é que o Palácio do Planalto não tem se empenhado como deveria para estimular a apresentação de uma PEC com o objetivo de acabar com a jornada de trabalho “6×1”, proposta da deputada Erika Hilton (PSOL-SP).

#Lula #PT

Justiça

Paulo Gonet é uma pedra no sapato de José Dirceu

5/11/2024
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O procurador-geral da República, Paulo Gonet, virou persona non grata no PT. Gonet foi contra a anulação dos atos jurídicos da Lava Jato contra José Dirceu. Em abril, encaminhou um parecer a Gilmar Mendes rebatendo as alegações da defesa de Dirceu. Como se não bastasse, mais recentemente, manteve interlocução com o ministro do STF, apresentando novos argumentos jurídicos para a manutenção das condenações. Gilmar fez-lhe ouvidos de mercador. Ressalte-se que a azia petista em relação a Gonet ainda pode aumentar, caso ele decida recorrer da decisão. Aí, então, é provável que, além do PT, o próprio Palácio do Planalto passe a olhar atravessado para o PGR.

#José Dirceu #Paulo Gonet #PT

Política

Antes de reconstruir a esquerda, José Dirceu derruba os muros do PT

31/10/2024
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O povo da esquerda teria um motivo para estar efusivo: José Dirceu está livre e solto, pronto para ossificar um PT em estado mucilaginoso. A anulação de todas as suas condenações só não causou maior frenesi porque o partido está carpindo a morte das suas expectativas eleitorais. Mas, logo o luto vai passar, ao contrário de José Dirceu, que voltou para ficar. A esquerda mais ingênua e juvenil julga que o ex-guerrilheiro virá com a cara pintada para a guerra.

Seu objetivo primordial seria rearticular o partido em torno das velhas bandeiras e bolsões, que foram aposentados, por caduquice ou pela incompetência de lidar com um presidencialismo de coalizão – ou de Centrão – ou mesmo pelo pragmatismo acentuado de Lula. O presidente, dependendo da moeda de troca política, não tem qualquer prurido em negociar – ou mesmo apoiar – os pleitos da centro-direita e da direita. Nada muito diferente do principal estrategista do PT. O Dirceu idealizado pela esquerda é hoje pura ficção. Os petistas da antiga sabem que ele consegue ser até mais pragmático do que Lula.

De um jeitinho que faz seu discurso parecer a retórica de uma esquerda tônica, Dirceu já disse que o partido se distanciou das bases; não conseguiu atrair outros segmentos para uma nova sindicalização; deixou a classe média à míngua; não entendeu que o assistencialismo seria incorporado como algo já dado e velho e sem impacto eleitoral; não se preparou para dominar a ferramenta digital, uma espécie de eleitor virtual; que há uma aliança no horizonte com a centro-direita, inclusive para dividi-la;  e que é preciso, urgentemente,  encontrar ou criar novas lideranças. Dentro do próprio PT ou mesmo junto a aliados com poder político – ver RR.

A partir de agora, os movimentos de José Dirceu – políticos e geográficos – dizem muito. Na última terça-feira, dia 29, Dirceu esteve no Rio de Janeiro. A cidade é um lócus importante de articulações para 2026, precisamente por um personagem. No cenário de alianças mais ao centro, um dos nomes que desponta no tabuleiro de hipóteses é o do prefeito do Rio, Eduardo Paes. Faz todo sentido. O PT foi um dos eleitores de Paes na sua esmagadora vitória eleitoral no Rio. O prefeito é jovem, carismático e trabalhador. Se entrelaçar suas pernas com a centro-direita, especificamente no Rio, e afinar o discurso, o PT pode criar, notadamente para dentro de suas próprias fileiras, um sentimento de que quem mudou foi Paes e não os fundamentos ideológicos da legenda. O prefeito é um dos candidatos mais aptos do Brasil para ganhar a vaga de governador na próxima eleição. Quem sabe pode vir até a ser o candidato do partido à Presidência da República – “um Tarcísio Freitas do PT”.

No fundo, Dirceu já não deposita mais tantas fichas em uma nova candidatura de Lula. O presidente dá evidentes sinais de “fadiga de material”. Nesse cenário, Eduardo Paes poderia despontar como candidato à presidência em 2026, dividindo com o PT a chefia desse “frentão”. A ver. A direita e a centro-direita já apresentaram suas armas: Tarcísio Freitas, Ronaldo Caiado e Jair Bolsonaro, este último caso se torne reelegível. Fernando Haddad, único nome petista sussurrado para o cargo, está mais para um Geraldo Alckmin do que para o cabeça de chapa do partido. Mas a dica de José Dirceu nas conversas intramuros é aguardar um pouco mais de tempo. Antes de qualquer definição, existe no caminho a eleição para o cargo de deputado federal.
 É a prioridade, porque permite a articulação por dentro. A ideia de que José Dirceu é uma espécie de Zorro da esquerda foi uma construção de imagem. Desde o governo Lula I, a capa e espada que acabaram por mitificá-lo são devidamente deixadas de lado quando assunto é a tomada do poder. José Dirceu só conhece essa linguagem. Seja como for, he is back.

#José Dirceu #PT

Política

Só resta à esquerda caminhar de mãos dadas com o centro e a centro-direita

17/10/2024
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“É preciso rediscutir o papel eleitoral do PT”. Lula não dá ponto sem nó. A declaração dada pelo presidente da República na semana passada deve ser lida como um pequeno spoiler da lavagem de roupa suja que começa a ser feita dentro do partido. A frase de Lula dialoga, sobretudo, com o pensamento de José Dirceu, responsável por puxar a tal rediscussão do “papel eleitoral do PT”. Dirceu jamais dirá em público, mas, intramuros, tem repetido que o resultado do primeiro turno das eleições municipais foi arrasador para o partido e a esquerda como um todo. É preciso interpretar a voz das urnas. O ex-ministro prega, desde já, a necessidade de uma guinada estratégica, sob risco de uma derrota ainda mais devastadora em 2026. Às favas com veleidades e purismos ideológicos. No entendimento de Dirceu, a esquerda terá, pragmaticamente, de caminhar junto com o centro e a centro-direita civilizada.

Neste momento, estes são os dois campos com força política suficiente para promover avanços sociais. Ambos topam discutir propostas para o desenvolvimento nacional. São, digamos assim, conservadores esclarecidos. E têm um ponto nevrálgico em comum com a esquerda: também não querem o avanço da extrema direita, seja por divergência de valores, seja pelo instinto de preservação do seu próprio território político. Ao mesmo tempo que avançam sobre a esquerda, os radicais de direita também mordem pelas beiradas um espaço que sempre pertenceu ao centro e à centro-direita. Portanto, nada mais natural que os espectros mais distantes dos extremos da régua se unam. É a velha e surrada máxima de Deng Xiaoping: “Não importa a cor do gato, desde que ele cace os ratos”. Mas que não se enxergue nessa aproximação com o centro e a centro-direita uma capitulação da esquerda. José Dirceu não escreve por linhas retas. O movimento está mais para um processo schumpeteriano de destruição criativa, ou seja, uma forma de a esquerda desmontar por dentro o que, a julgar pelo pleito municipal, parece ser uma crescente hegemonia eleitoral do centro e da centro-direita.

O adversário está dentro. As ideias que José Dirceu tem colocado sobre a mesa são um duro recado para o PT e a esquerda, que hoje rodam em círculo ao redor das mesmas pautas – bandeiras identitárias, questões ambientais, avanço dos diretos civis etc. São todas causas essenciais. Mas, a interlocutores, Dirceu tem ressaltado que a esquerda não consegue ampliar o arco de discussões para temas que conversem com um raio maior do eleitorado. Ela perdeu a capacidade de interpretar os anseios e pretensões da sociedade e de dar respostas. É uma pregação para convertidos. O ex-ministro da Casa Civil bate na tecla de que a direita capturou até mesmo os programas sociais, algo que o PT, mais especificamente, sempre tratou como um patrimônio privado. Hoje, é também a direita quem mais consegue psicografar a classe média baixa, um estrato significativo da população que ascendeu graças às políticas assistencialistas dos governos do PT, mas hoje quer mais. Apenas a título de exemplo dessa dissintonia alertada por José Dirceu, a esquerda ainda acena com o sonho da carteira de trabalho àqueles que não querem mais trabalhar para ninguém, mas, sim, empreender. “Empreender”, por sinal, é um “palavrão”, sinônimo de “alienação” para uma ala mais ideológica e anacrônica da esquerda, a mesma que cunhou e repete o mantra “Como pode ter pobre de direita?”. É como um humorista ruim, que conta uma piada ruim e culpa a plateia por não dar risada. Para a esquerda, parafraseando Sartre, o inferno são os eleitores.

#Eleições #Política #PT

Governo

Bancários x Bancários: PT articula troca no comando da Previ

20/09/2024
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O que se diz em Brasília é que uma ala do PT trabalha para derrubar o presidente da Previ, João Luiz Fukunaga. Já haveria até um nome para substitui-lo: José Ricardo Sasseron, atual vice-presidente de Governo do Banco do Brasil. Sasseron tem o apoio do Sindicato dos Bancários, Curiosamente, trata-se da mesma base política de Fukunaga – funcionário de carreira do Banco do Brasil, o atual presidente da Previ foi diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo. Tirá-lo do cargo talvez não seja uma missão das mais difíceis. No governo, não falta quem acuse Fukunaga de ter tido uma participação tímida no processo de sucessão da Vale.

#Previ #PT

Política

Gleisi Hoffmann vira a promoter da militância petista

2/08/2024
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Além de assinar notas apoiando as obscuras eleições venezuelanas, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem se dedicado a outra missão. Gleisi vem participando diretamente da coordenação de caravanas com militantes petistas para eventos públicos com a presença de Lula. Foi assim, na última quarta-feira, em Várzea Grande (MT), onde o presidente compareceu para entregar imóveis do Minha Casa, Minha Vida.

Será assim nas próximas agendas de caráter, digamos assim, mais popular.  Para Gleisi, uma ordem de Lula é sempre um pedido. Seu envolvimento direto com uma tarefa razoavelmente comezinha tem a ver com o rotundo fracasso do 1º de maio, quando o presidente discursou para meia dúzia de gatos pingados em São Paulo. A irritação de Lula ainda ecoa nos ouvidos de Marcio Macedo secretário geral da Presidência, responsável por convocar as centrais sindicatos para o ato do Dia do Trabalho.

#Gleisi Hoffmann #PT


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Lula fica impressionado com a combinação de benefícios fiscais e rombo da Previdência

18/06/2024
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O relançamento da DRU ofuscou uma notícia de primeira página: Lula parece ter descoberto que o imbróglio fiscal deve ser associado ao conflito distributivo. Pelo menos, esse é o sinal do presidente. Segundo a ministra do Planejamento, Simone Tebet, Lula teria ficado impressionado com a monta de R$ 519 bilhões em renúncias fiscais e seu impacto cruzado no aumento do déficit previdenciário. O presidente range os dentes quando se fala da Previdência e o conflito entre as atuais regras de indexação ao salário-mínimo, agora com uma correção mais generosa. A palavra Previdência chega a incomodar Lula. A reforma desse direito do cidadão foi o maior trunfo de Jair Bolsonaro na área econômica. É um purgante na goela e na consciência de Lula. Pois bem, ouvir que subtrair incentivos fiscais – uma medida distributiva e de caráter estrutural -, com uma redução dos gastos previdenciários e benefícios sociais e assistenciais, é factível deve ter soado bem mais agradável aos ouvidos do presidente. As outras medidas, à exceção da DRU requentada, são rasas, tais como a revisão dos cadastros dos programas sociais. Elas contribuirão para que o governo atinja a meta de zerar o déficit primário em 2025, véspera do ano de nova eleição presidencial.

Em 2026, com a previsão da totalidade de pagamento dos precatórios, os efeitos das medidas mais perfunctórias apresentadas por Fernando Haddad e Simone Tebet rareando, e com o ajuste fiscal estrutural batendo asas, o mercado voltará a buzinar sobre a inviabilidade do arcabouço, o inchaço do funcionalismo, o reajuste real do salário-mínimo, o risco de shutdown e outros terrorismos. Para fazer política fiscal com a narrativa do distributivismo, transferir riqueza dos ricos para os pobres – o “nós contra eles” -, enfim, a democratização do sistema tributário, o presidente vai ter de meter a mão na cumbuca dos grupos de interesse. Lula nunca deu muita bola aos endinheirados que mamaram nos incentivos do Estado. Agora o sinal é que pode mudar. Melhor suspender as prebendas fiscais do que sair cortando ali e acolá. Missão difícil. Lula terá de vestir as armas de São Jorge. Mas em meio à discussão sobre cortes e contingenciamentos, brotou uma notícia cor de rosa do espinhoso TCU: em 2023, com toda a chiadeira de que o governo é perdulário, não houve aumento de carga tributária, Se em 2024 o fisco se mantiver comportado, os ministros Haddad e Tebet terão uma armadura para defender o arcabouço fiscal por mais algum tempo. Salve Jorge!

#Lula #PT #Simone Tebet

Governo

PT aumenta a fritura contra Juscelino Filho

31/05/2024
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O PT já se assanha com as novas denúncias contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. No entorno do presidente Lula, surgem informações de que o partido indicou o nome de Cesar Alvarez, secretário executivo da Pasta entre 2011 e 2013. Mais do que isso: Alvarez tem proximidade com o próprio Lula. Entre 2004 e 2010, ocupou o posto de Chefe de Gabinete-Adjunto de Agenda da Presidência da República. Mas muito provavelmente o PT vai ter de esperar sentado por uma possível substituição de Juscelino Filho. Como se sabe, Lula tem por costume não demitir colaborador quando todos pedem a sua cabeça. No momento em que os clamores esfriam e a “vítima” acha que escapou, aí, sim, vem a guilhotina. Que o diga Jean Paul Prates.

#Lula #PT

Governo

PT busca um ninho para seu antigo tesoureiro

23/05/2024
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A “rádio-PT” informa: o partido está tentando empurrar o nome do ex-tesoureiro João Vaccari Neto para cima da Funcef. O objetivo é acomodá-lo no Conselho de empresas das quais a fundação seja acionista. Parece até coisa de inimigo do governo. A eventual indicação de Vaccari seria uma buzina nas mãos da oposição. Em 2017, o ex-tesoureiro foi condenado por fraudes no próprio fundo de pensão da Caixa.

#Funcef #João Vaccari Neto #PT

Política

Cresce a expectativa de que o “Zé” volte ao governo

8/05/2024
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Nas hostes do PT raiz há um burburinho de que José Dirceu caminha gradualmente para voltar ao governo. Mais do que isso: caminha para retornar a um cargo que já lhe pertenceu, o de ministro da Casa Civil. Tem mais jeito de ser um pensar desejante. Alguns petistas puro-sangue, um pouco mais cautelosos, entendem que esse movimento é muito pouco provável , mas factível. Seja pelos atributos que abundam em Dirceu, seja pelas qualidades que faltam à boa parte dos quadros da gestão Lula. O governo não tem um estrategista, um operador político e muito menos uma autoridade com ascendência sobre a coalizão de esquerda. Dirceu já provou ser tudo isso em um só, com o bônus de ter a capacidade de interagir com todos os demais espectros ideológicos. O ex-ministro é, antes de tudo, um pragmático.

Guardadas as devidas proporções, José Dirceu assumiria a Casa Civil para salvar o governo Lula, como o próprio Lula quase assumiu a Casa Civil para salvar o governo Dilma. A diferença é que agora sem os grampos e vazamentos de Sergio Moro. Nem Rui Costa, atual titular do Gabinete Civil, nem Alexandre Padilha, em tese o responsável pela articulação política, têm o peso e a representatividade de Dirceu. O ex-ministro já foi mais do que testado em situações de crise. É enérgico por excelência, algo indispensável para um governo que só perde seus confrontos, ou melhor, praticamente já nem os cria por saber de antemão da derrota. Também conta a seu favor a relação histórica com Lula.

O prestígio de José Dirceu pode ser medido por demonstrações públicas – vide a recente festa de 94 anos de José Sarney, quando foi incensado por quase todos os presentes – ou por indicadores não visíveis, como as vezes em que é procurado reservadamente por políticos não só da base aliada, mas de diversos outros partidos. Todos costumam se deparar com as mais diferentes faces de Dirceu: o lobista, o articulador, o operador, o observador arguto. O ex-ministro emana poder. Recentemente, ao ser perguntado sobre a possibilidade de voltar a ter um cargo no governo, Dirceu respondeu de pronto: “Por enquanto, não”. Para bom entendedor…

#José Dirceu #Ministério da Casa Civil #PT

RR Destaques

Orçamento de guerra

6/05/2024
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O governo Lula segue o roteiro previsto pelo Destaques e, com uma forte operação de gestão e comunicação (embora, como em geral, muito falha nas redes sociais), busca mostrar mobilização crescente no que tange o Rio Grande do Sul.

Nesse sentido, enquanto lida de forma intensa com ações emergenciais, que ainda vão durar um bom tempo e nos quais todas as esferas de governo vêm sofrendo muitas críticas, já se posiciona para o “dia seguinte”.

Mas o que isso significa? A declaração do presidente Lula, propondo retirar o estado da meta fiscal, junto às projeções de gastos de R$ 1 bilhão em recuperação de infraestrutura, confirmam um “modelo pandemia”.

Ou seja, um plano essencialmente extra orçamentário, na linha de uma recuperação de guerra – corroborando a ideia posta na mesa pelo governador do Rio Grande do Sul. E cujos gastos tendem a se avolumar.

Difícil imaginar que haja maiores reações a essas e outras propostas, no Congresso e mesmo na oposição.

O outro polo desse processo será a entrada das mudanças climáticas no centro do debate público, puxado de forma dupla:

  • Pelo governo, como uma agenda positiva, mas que tem como objetivo abrir espaço – e gerar marca – para a sua política ambiental, cujos resultados parlamentares são fracos, até o momento;

 

  • Pela base do governo – e da esquerda -, de maneira muito mais agressiva, tentando fazer do desastre no Rio Grande do Sul um divisor de águas político e uma fonte de desgaste para o governador Eduardo Leite e o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo.

Tebet “põe as mangas de fora”?

 

A ministra do Planejamento põe na mesa pela primeira vez, ainda que de forma incipiente, um plano de corte de gastos, cujo maior símbolo seria a desvinculação dos reajustes do salário mínimo no que se refere à previdência. Tudo indica que a medida é uma “dobradinha” com a fazenda e funcionará, nos próximos dias, como um “balão de ensaio” para avaliar as reações dentro do governo e no PT.

STF e pressão sobre o Rio

 

O STF, por meio do ministro Toffoli, embora suspenda a multa ao governo do Rio pelo descumprimento do regime fiscal,  manterá a força de negociação do governo federal, ao negar a suspensão dos pagamentos da dívida em si, como queria o governador Cláudio Castro.

#Lula #PT #Rio Grande do Sul

Política

Ex-tesoureiro do PT exorciza Lava Jato e volta ao game

11/03/2024
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O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto está saindo das sombras, ainda que não muito. Tem participado de articulações políticas para o lançamento de candidaturas do partido a prefeituras. O petista tem razoável influência em municípios da Grande São Paulo, como Guarulhos e Osasco. Vaccari, aos poucos, vai entrando na lista de petistas que conseguiram exorcizar a Lava Jato. No início do ano, o ministro Edson Fachin, do STF, anulou a condenação de Vaccari por suposta corrupção em contratos de navios-sondas com a Petrobras. Na semana passada, a desembargadora Maria do Carmo Cardoso, do TRF1 trancou uma ação contra o petista que corria na 12ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.

#Lava Jato #PT

Política externa

Manifesto contra Nicolas Maduro causa saia justa no Itamaraty

5/03/2024
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Uma iniciativa da ex-presidente do Chile Michelle Bachelet está provocando certo constrangimento na diplomacia brasileira, notadamente entre nomes ligados ao PT. Bachelet tem buscado apoio a um documento em repúdio ao fechamento do Escritório da ONU para Direitos Humanos na Venezuela. Até o momento, Celso Lafer foi o único dos ex-ministros das Relações Exteriores a subscrever o manifesto, juntando-se a outros 17 ex-chanceleres latino-americanos. Bachelet comanda a mobilização não apenas com o peso de ex-chefe de governo do Chile, mas também com o status de ter sido Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU entre 2018 e 2022.

#Chile #Nicolás Maduro #ONU #PT

RR Destaques

Vale e Petrobras: os planos do governo

28/02/2024
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No que concerne a relação entre Vale e governo, fundamental ter uma questão em mente: é difícil que o Planalto adote iniciativas realmente heterodoxas, que sejam lidas como uma espécie de intervenção, mas em nenhum momento deixou ou deixará de querer emplacar um nome de sua confiança no comando da empresa.

É ilusório avaliar, em qualquer cenário, que houve ou haverá recuo nesse interesse. Trata-se de uma convicção pessoal de Lula, que converge com a visão do PT e não terá nenhuma intervenção da Fazenda, salvo em uma hipótese “radical”, que é muito improvável. O que pode acontecer, aí sim, são pausas e avanços, de acordo com o momento, os balões de ensaio e as “oportunidades” que o Planalto detectar, em termos de custo benefício.

Em outra questão polêmica, algo similar se aplica a Petrobras. A declaração do presidente da estatal, Jean Paul Prates, indicando “cautela” no pagamento de dividendos, obviamente causa um impacto imediato, pela natureza do mercado.

Mas não se trata de um movimento pendular, ou de uma tese que encontra adversários dentro do governo, pelo contrário. É uma questão, apenas, de tempo ou timing. O planejamento do atual governo é esse e não mudará: ampliar os valores reinvestidos e direcionar fortemente a estatal para a energia renovável, entre outros campos. Difícil que haja surpresas aí, a não ser para quem queira ser surpreendido.

Haddad ganha capital
O superávit de R$ 79 bilhões em janeiro (o terceiro maior da série histórica para o mês, iniciada em 1997) embute receitas que não se repetirão e está longe de ser uma garantia de que a meta de déficit zero em 2024 será alcançada.

Ainda mais porque há forte indefinição quanto ao que a Fazenda conseguirá pôr na mesa (que dirá aprovar), via Projeto de Lei, para substituir as desonerações de 17 setores da economia. Assim como se terá força de negociação para manter o “corte” do Perse, programa criado na pandemia e voltado ao setor de eventos. O processo está anda mais embaralhado porque há inúmeras disputas em curso no Congresso, com destaque pelos postos em comissões, e o ministro se ausentou momentaneamente do cenário.

A despeito desses fatores, entretanto, o número gera, efetivamente, impacto positivo para a credibilidade de Haddad e dá a ele, ao menos conjunturalmente, mais capital tanto junto ao mercado e aos agentes econômicos como em uma batalha que já está sendo travada internamente, acerca da necessidade de contingenciamentos orçamentários.

Externamente – e no mundo politico – diminui e muito a argumentação de que os planos do ministro para o equilíbrio das contas, via a correção do que avalia como brechas fiscais, seria utópico.

Já os adversários do ministro dentro do PT, embora menos vocais recentemente, mantém a “espada no pescoço” de Haddad, antecipando um possível desgaste com a falta (ou até incerteza) de verbas para programas importantes do governo, se acabar sendo necessário represar recursos pelo não cumprimento da meta, visando respeitar o arcabouço fiscal.

A hora dos aplicativos

A grande variável que o governo levará em conta na proposta final a ser apresentada sobre a nova regulamentação para os motoristas de aplicativos, a princípio semana que vem, não será o Uber, nem mesmo o Congresso (embora ele seja uma preocupação). O “público alvo” é a classe de motoristas, que o governo avalia como sendo um nicho do “novo trabalhismo”, mas, no fundo, dominada politicamente pela linha do ex-presidente Bolsonaro.

Há, também, outro fator: é essencial que o acordo a que se chegar represente um sentimento de maioria. É isso que tenderia a garantir que o STF evitaria uma decisão que se sobrepusesse ao projeto, em julgamento que está em suas mãos, ainda sem data para ir a plenário.

#PT #Vale do Rio Doce

Política

Israel x Gaza: José Dirceu dispara contra aliados por falta de apoio a Lula

20/02/2024
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O ex-ministro José Dirceu passou o dia de ontem disparando ligações para todos os lados. O tema foi um só: a repercussão em torno da declaração de Lula sobre o conflito entre Israel e Gaza. Dirceu ficou inconformado com a falta de articulação dos petistas e do núcleo duro do governo junto a toda base aliada. Lula foi alvo de protestos das organizações judaicas mais variadas, já não bastasse o poder brutal de comunicação do Estado de Israel. Nos contatos feitos ao longo do dia, Dirceu não escondeu sua indignação com a “tímida” reação do PT, que ficou praticamente circunscrita às falas do embaixador Celso Amorim e de Gleisi Hoffmann.

Ontem, em declaração à colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, José Dirceu classificou a reação contra Lula como “uma hipocrisia sem tamanho”. Intramuros, em conversas reservadas, usou um tom ainda mais duro para se referir ao entorno do presidente. A um dos interlocutores, o ex-ministro teria dito que a “tal” base aliada “só chia” quando é para dentro ou quando a briga é pequena. Dirceu também apontou sua metralhadora para partidos aliados, políticos, intelectuais e formadores de opinião, pela ausência de manifestações de apoio a Lula. Em outro front, o petista atacou duramente o tratamento dado pelo governo israelense ao embaixador brasileiro em Tel-Aviv – “uma ofensa” e um gesto de “anti diplomacia”.

#Gaza #Israel #José Dirceu #PT

Política

Romero Jucá busca a blindagem de um foro privilegiado

15/02/2024
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Quem te viu, quem te vê: corre em petit comité dentro do MDB a informação de que Romero Jucá, um dos mais influentes nomes da política nos governos dos PT e de Michel Temer, está buscando o apoio de Lula para disputar a Prefeitura de Boa Vista, capital de Roraima. Em 2022, Jucá concorreu a uma vaga no Senado e perdeu. Está sem a proteção de um cargo com foro privilegiado no momento em que a água começa a subir: ele é investigado pela PF por supostamente participar de um esquema de desvio de recursos de obras públicas em Roraima.

#Lula #MDB #Michel Temer #PT #Romero Jucá

Política

PT quer novo ministro da Articulação. Só falta combinar com Lula

9/02/2024
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Informação que corria à boca miúda no fim da tarde de ontem, no Congresso: há um movimento dentro do PT, que teria o apoio de governadores do Nordeste, para fazer do deputado federal José Guimarães, do Ceará, o novo ministro da Articulação Política. De certa forma, Guimarães já tem um pé na função como líder do governo na Câmara. O mais provável é que a sua “candidatura” sequer passe da porta no Palácio do Planalto. O ministro Alexandre Padilha pode até cair, mas não agora. Lula não vai colocar essa azeitona na empada de Arthur Lira.

#Arthur Lira #Lula #PT

Governo

Secretaria Geral da Presidência provoca fagulhas no PT

5/02/2024
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Há vozes influentes dentro do PT, entre as quais a do ex-presidente do partido e atual deputado Rui Falcão, que defendem o retorno de Gilberto Carvalho à Secretaria Geral da Presidência. A articulação tem gerado algumas faíscas dentro da sigla. A atual presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, é a maior fiadora da permanência de Márcio Macedo, do PT do Sergipe, no cargo.

Macedo, ressalte-se, tem passado por um período de turbulência após a revelação de que três assessores viajaram a Aracaju, com recursos públicos, para participar de eventos pré-carnavalesco. Em tempo: atualmente Gilberto Carvalho, quadro histórico do PT e bem próximo a Lula, está “escondido” em um cargo de menor relevância, como secretário de Economia Popular e Solidária do Ministério do Trabalho.

#Gilberto Carvalho #Lula #Ministério do Trabalho #PT

Política

Gleisi Hoffmann quer ex-presidente de Itaipu no comando da ENBPar

1/02/2024
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A sucessão na ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacionais), controladora de Itaipu Binacional e da Eletronuclear, promete ser quente. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, trabalha para emplacar Jorge Samek no cargo. Samek comandou a própria Itaipu por 14 anos durante os governos Lula I e II e Dilma Rousseff. Por sua vez, empresas do setor privado fazem campanha pela manutenção de Luiz Fernando Pairoli Santos, ex-presidente da Light e de Furnas. Seu mandato, assim como o de toda a diretoria, se encerrou no dia 3 de janeiro. Ele segue no cargo de forma temporária até 30 de abril, data marcada para a assembleia geral ordinária que poderá reconduzi-lo ao cargo ou eleger um novo presidente. Assembleia “geral”, diga-se de passagem, formada por um único acionista: a União.

#Eletronuclear #ENBPar #Gleisi Hoffmann #Itaipu Binacional #PT

Governo

Miriam Belchior quer reeditar dobradinha com ex-presidente da Caixa

31/01/2024
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Miriam Belchior, secretaria executiva da Casa Civil, quer levar Maria Fernanda Coelho para o Ministério. A ex-presidente da Caixa Econômica dividiria com a própria Miriam a gestão de projetos do “Novo PAC”. Ambas são próximas não é de hoje.

No governo Dilma Rousseff, fizeram uma afinada dupla na condução do Minha Casa, Minha Vida e de empreendimentos do “velho PAC”. À época, Miriam Belchior ocupava o Ministério do Planejamento, e Maria Fernanda Coelho estava à frente da CEF. Em tempo: tudo muito bom, tudo muito bem, mas a eventual reedição da dobradinha pode provocar ruídos dentro do próprio PT.

Maria Fernanda deixou recentemente o posto de nº 2 da Secretaria Geral da Presidência da República, comandada pelo petista Marcio Macedo. Poucos dias antes, Maria Fernanda teria se recusado a assinar o pagamento de passagens a três servidores que acompanharam um evento pré-carnavalesco no Sergipe, lócus político do ministro. Nos bastidores, auxiliares próximos a Macedo atribuem a autoria do vazamento da informação à própria Maria Fernanda.

#Caixa Econômica #Casa Civil #PT

Destaque

Banco do Brasil surge como uma rota de escape para Guido Mantega

23/01/2024
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A Vale continua sendo a prioridade. No entanto, diante das notórias dificuldades para emplacar Guido Mantega como CEO da mineradora, o governo cogita um Plano B. Ou melhor: um Plano BB. A presidência do Banco do Brasil seria uma alternativa para a obsessão do PT e do próprio Lula em encontrar um cargo de prestígio para o ex-ministro da Fazenda.

O governo teria de fazer muito pouco ou quase nenhum contorcionismo para aninhar Mantega no comando do banco estatal, na cadeira hoje ocupada por Tarciana Medeiros – funcionária de carreira da instituição e ligada ao Sindicato dos Bancários de São Paulo. Formalmente, cabe ao Conselho de Administração do Banco do Brasil aprovar a nomeação do presidente executivo. Conselho este em que cinco dos oito integrantes são indicados pelo acionista majoritário, o próprio governo. Ou seja: na prática, a governança do BB é a seguinte: a escolha do CEO se dá por uma canetada do presidente da República e ponto.

Há demandas do PT – e não são poucas – para as quais Lula costuma fazer ouvidos de mercador. Não é esse o caso. Seja por compromisso partidário, por lealdade, por razões de ordem afetiva ou por algum outro motivo insondável, tudo leva a crer que Guido Mantega não vai ficar ao relento.

Mesmo sendo um estorvo para o governo. Nesse contexto, além da maior flexibilidade para a nomeação, a indicação para o Banco do Brasil seria até mais fácil de justificar. Mantega continuaria sendo um contrabando, mas, ao menos, o ex-ministro da Fazenda e ex-presidente do BNDES estaria na sua praia. Não consta que entre as suas expertises esteja o mercado mundial de minério de ferro.

Por essas e outras, fica até difícil entender o fetiche do governo pela Vale, uma manobra que mobiliza da Presidência da República a membros da cúpula petista. A escolha da mineradora parece ser a menos adequada. O que o Palácio do Planalto ganha ao assumir o desgaste político de praticamente takeoverizar o comando de uma empresa privada?

O governo teria de quebrar fortes resistências – na Vale já se fala até na extensão do mandato do atual presidente, Eduardo Bartolomeo, ainda que por um período mais curto, apenas para barrar a ofensiva pró-Mantega. Outra hipótese, a nomeação do ex-ministro para o Conselho, também seria um movimento intrincado. Ele dependeria da renúncia de um dos integrantes do board, cujo mandato vai até 2025.

#Banco do Brasil #Guido Mantega #Lula #Ministério da Fazenda #PT #Vale

Política

O jogo de cena do PT na sucessão de Flavio Dino

15/12/2023
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O PT colocou um novo nome sobre a mesa para assumir o Ministério da Justiça, o ex-presidente da OAB, Wadih Damous. Só pode ser uma artimanha da base aliada de Gleisi Hoffmann dentro do partido, sugerindo uma indicação ainda mais nonsense para fazer parecer que a ida da presidente do PT para a Justiça tem algum nexo. Atualmente, Damous ocupa a Secretaria Nacional do Consumidor, um cargo de reduzida expressão na estrutura do próprio Ministério. Em tempo: o ex-presidente da OAB é chapa de Lindbergh Farias, namorado de Gleisi.

#Flavio Dino #Ministério da Justiça #OAB #PT #Wadih Damous

Política

Dobradinha Delúbio e Vaccari volta à cena eleitoral

14/12/2023
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Os notórios Delúbio Soares e João Vaccari Neto, ex-tesoureiros do PT, firmaram uma “joint venture”. Têm oferecido à boca miúda serviços de consultoria a pré-candidatos do partido às eleições municipais do ano que vem. Como aquecimento para 2024, a dupla do caixa vem organizando encontros entre correligionários para discutir temas eleitorais.

#Delúbio Soares #João Vaccari Neto #PT #serviços de consultoria

Política

Zeca Dirceu cobiça o lugar de Gleisi na eleição para o Senado

12/12/2023
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Poucos petistas torcem tanto pela indicação de Gleisi Hoffmann para o Ministério da Justiça quanto Zeca Dirceu. A nomeação de Gleisi provocaria um efeito dominó no tabuleiro político do PT no Paraná. Abriria caminho para o filho de José Dirceu disputar a eleição suplementar ao Senado caso Sergio Moro seja cassado pela Justiça Eleitoral. No entanto, Lula tem juízo. É pouco provável que leve a sério essa ofensiva do PT para que Gleisi substitua Flavio Dino.

#Gleisi Hoffmann #Justiça Eleitoral #petistas #PT #Zeca Dirceu

Destaque

Centrais sindicais disputam cadeira por cadeira no governo Lula

12/12/2023
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As grandes centrais sindicais do país, base histórica do PT, estão travando entre si uma queda de braço por maior espaço de influência e poder junto ao governo Lula. O objeto de disputa são os assentos nos principais órgãos de governo com representação de trabalhadores, a começar pelo Conselho Deliberativo do FAT (Codefat) e pelo Conselho Curador do FGTS. Um momento importante desse duelo, por ora ainda restrito aos bastidores, se dará na próxima quinta-feira, a partir das 10 horas, em Brasília, na última reunião do ano do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), vinculado ao Ministério do Trabalho. Segundo o RR apurou, com base na Lei 11.648/2008 e no artigo 8º do Regimento Interno do colegiado, a CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), vai propor uma ampla aferição do total de sindicatos e trabalhadores representados pelas maiores centrais brasileiras. Uma espécie de “censo” do sindicalismo. A CTB alega já ser a segunda maior entidade do setor no país em número de filiados, atrás apenas da CUT. No entanto, para efeito de indicação em conselhos federais, é apenas a quarta com mais representantes, atrás ainda de Força Sindical e UGT (União Geral dos Trabalhadores). O mais provável é que estas duas últimas se unam na reunião do CNT para brecar a proposta da contagem. A incógnita fica por conta da posição do próprio Ministério do Trabalho, a quem caberia a coordenação do “censo”, se aprovado pelo colegiado.

Por mais alguns possam enxergar dessa forma, não se trata de uma disputa paroquial. O que está em jogo é poder político, a força de influenciar em decisões sobre o destino de bilhões de reais. O Codefat e o Conselho Curador do FGTS vão dispor em 2024 de um orçamento somado de aproximadamente R$ 230 bilhões. A CTB, por exemplo, não tem assento no colegiado gestor do Fundo de Garantia.

#centrais sindicais #CNT #CTB #Lula #PT #trabalhadores

Política

PT e PP movimentam suas peças para as eleições municipais

29/11/2023
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A articulação política do Palácio do Planalto enxerga as eleições municipais de 2024 como fundamentais para amarrar ainda mais os laços com o Centrão. Há, desde já, conversas avançadas para que o PT e o PP firmem alianças em Alagoas e no Maranhão. No primeiro caso, as tratativas são conduzidas diretamente entre o “primeiro-ministro” do Centrão, Arthur Lira, e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann. No caso do Maranhão, a interlocução se dá entre Flavio Dino e o atual ministro dos Esportes, André Fufuca, historicamente próximo ao ex-governador.

#Arthur Lira #Eleições municipais de 2024 #PP #PT

Política

Defensor público de Lula vai precisar de um “defensor” no PT

28/11/2023
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A decisão de Lula de indicar Leonardo Magalhães para o comando da Defensoria Pública da União (DPU) enfrenta resistências dentro do próprio PT. Magalhães não conta com a simpatia de correntes da DPU mais próximas ao partido. Ele é tido como alguém vinculado ao ex-defensor público geral da União, Daniel Macedo, por sua vez nomeado para o cargo pelo então presidente Jair Bolsonaro. O que se diz nos corredores da DPU é que Magalhães só disputou a eleição interna do ano passado a pedido do próprio Macedo, uma forma de evitar a entrada de um candidato mais forte no pleito. Se o objetivo foi esse, a estratégia surtiu efeito: Magalhães acabou como terceiro colocado na lista tríplice.

#Daniel Macedo #DPU #Lula #PT

Política

Cid Gomes encontra uma barricada na porta do PT

24/11/2023
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O deputado federal José Guimarães, líder do governo na Câmara, tem se articulado intensamente dentro do PT para barrar a entrada de Cid Gomes no partido. Tornou-se quase uma questão de honra. Trata-se de rixa antiga da política cearense. Guimarães tem o impulsivo irmão do impulsivo Ciro Gomes na conta de um personagem pouco confiável. O parlamentar tem uma aliada importante, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também refratária a chegada do ex-governador cearense. Mas é aquela velha história: se Lula decidir que Cid vai se filiar ao PT, assunto encerrado.

#Cid Gomes #Lula #PT

Política

PT compra o barulho de Lula contra Javier Milei

17/11/2023
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, consultou advogados do partido sobre a possibilidade de mover uma ação por calúnia e injúria contra Javier Milei, candidato de extrema direita à presidência da Argentina. O motivo é a forma como Milei tem se referido sistematicamente ao presidente Lula, chamando-o de “corrupto”. As duas últimas vezes foram no início desta semana, em entrevistas ao jornalista e escritor peruano Jaime Bayly e à Bloomberg. A entrada em cena do PT seria uma forma descaracterizar o processo como uma ofensiva jurídica formal da Presidência da República. A AGU tem uma procuradoria internacional, mas apenas para a defesa da União em demandas do Estado brasileiro junto a Cortes Internacionais.

#Gleisi Hoffmann #Javier Milei #Lula #PT

Destaque

Os “candidatos do governo” à presidência da Vale

6/11/2023
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Dois nomes antípodas vêm sendo soprados nos corredores da Vale como candidatos a substituir Eduardo Bartolomeo na presidência da companhia: Pedro Parente e Luciano Coutinho. O primeiro, não obstante a identificação com FHC, não se incompatibilizou com o PT, leva o rótulo de um dos maiores executivos do país e é especialista em crises cabeludas, vide o racionamento de energia de 2001. Seria um executivo talhado para comandar uma empresa que ainda carrega a nódoa reputacional de Mariana e Brumadinho. Luciano Coutinho, por sua vez, não precisa de apresentações. O ex-presidente do BNDES cumpriria o papel de ser um presidente próximo da cúpula do governo e do PT. E Guido Mantega, que chegou a ser aventado para o comando da Vale? Talvez não tenha passado de um boi de piranha.

#FHC #PT #Vale do Rio Doce

Transporte

PT e sindicatos se unem contra privatização em Porto Alegre

13/10/2023
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Uma “frente ampla” político-sindical está se formando na tentativa de brecar a privatização da Carris, a companhia de ônibus de Porto Alegre. O PT, a CUT e a Federação dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Rio Grande do Sul (Fetrarod) se articulam para entrar na Justiça com o objetivo de anular a licitação – realizada no último dia 2 de outubro e vencida pela empresa gaúcha Viamão, com um lance de R$ 109 milhões. As chances de cancelamento da privatização são pequenas, mas a ofensiva jurídica traz o risco de um remake do caso Corsan. Ações judiciais movidas pelos trabalhadores impediram a Aegea de assumir imediatamente a empresa de saneamento gaúcha. Entre o leilão de privatização e a assinatura do contrato foram mais de seis meses de briga na Justiça

#Corsan #PT #Transporte

Política

PT ergue barricada para evitar mudança no comando da Conab

25/09/2023
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O avanço do Centrão sobre a Conab provocou a reação do PT. A cúpula do partido, a começar pela própria Gleisi Hoffmann, tem feito gestões junto ao presidente Lula para impedir mudanças na presidência da estatal, cargo cobiçado pelo PP, de Arthur Lira. Hoje, o comando da Conab está nas mãos de um petista raiz, Edegar Pretto, ligado ao MST.

O PT alega que a saída de Pretto e a consequente entrega do cargo ao Centrão colocam em risco a retomada dos estoques públicos de alimentos, projeto a cargo da Conab. No governo Bolsonaro, a estatal abandonou a política de compras de grãos para calibrar os preços no mercado interno, prática que aos poucos vem sendo recuperada pela gestão Lula. Nos bastidores, sobram também ataques do PT ao ministro Carlos Fávaro, que tem participado das articulações com o PP para a troca de comando na Conab. Fávaro teria segundas intenções: arrastar a estatal de volta para a sua Pasta. No início do governo Lula, a Conab foi transferida da Agricultura para o Ministério do Desenvolvimento Agrário.

#Conab #PT

Política

PT entra de cabeça na campanha por Daniela Teixeira no STJ

25/08/2023
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No que depender do empenho de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e de Jorge Messias, advogado geral da União, uma das duas cadeiras em disputa no STJ já tem dona. Gleisi e Messias têm feito seguidas gestões junto ao presidente Lula pela indicação da advogada Daniela Teixeira. Seu nome consta da lista tríplice da advocacia encaminhada pelo STJ à Presidência da República. Ligada ao Grupo Prerrogativas, Daniela conta ainda com outros apoios dentro do próprio PT, como o ex-presidente do partido, Rui Falcão, e o atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.  

#Gleisi Hoffmann #Jorge Messias #PT

Governo

Será quem vem aí o regulador das agências reguladoras?

21/08/2023
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Uma articulação começa a ganhar corpo nos gabinetes do Congresso com o objetivo de frear os poderes das agências reguladoras. PP, União Brasil e PT – ou seja, o governo – estão entre os partidos que costuram um acordo para levar à votação o projeto de lei do deputado Danilo Forte (União-CE). A proposta prevê a implantação de mecanismos de fiscalização das agências. O principal deles, a criação de conselhos dentro dos Ministérios para supervisionar o trabalho dessas instituições. Esse colegiado responsável por regular o órgão regulador seria formado por representantes do próprio governo, das empresas do respectivo setor, dos consumidores e juristas

#PP #PT #União Brasil

Política

PT pode dar um tiro no pé com ofensiva sobre Ricardo Salles

9/08/2023
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Ontem, no início da noite, circulava à boca miúda no Congresso a informação de que parlamentares do PT – à frente o próprio líder do partido na Câmara, Zeca Dirceu – trabalham nos bastidores pelo afastamento do deputado Ricardo Salles da relatoria da CPI dos Sem Terra. O pleito já teria sido discutido com Arthur Lira. O objetivo dos petistas seria enquadrar Salles no regimento interno da Casa por seguidas quebras de decoro durante as sessões da CPI. Coisa de quem faz política com o fígado. O risco é a ofensiva contra Salles dar ainda mais voz ao parlamentar. Seria um “presente” para o ex-ministro do Meio Ambiente capitalizar junto ao seu eleitorado.  

#PT #Ricardo Salles

Política

Procura-se um cargo para Jorge Samek no governo

26/07/2023
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, está empenhada em encontrar um cargo no governo para o ex-presidente de Itaipu, Jorge Samek. No momento, tenta emplacar Samek na diretoria da ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), holding onde estão penduradas a própria Itaipu Binacional e a Eletronuclear. Seria o famoso “cair para cima”. Durante o período de transição, Samek esteve cotado para voltar à presidência da hidrelétrica. No entanto, perdeu a disputa para Ênio Verri, curiosamente indicado pela própria presidente do PT. Se Gleisi quer mesmo emplacar Samek no governo, basta falar com Janja. Ambas são unha e carne. Foi Gleisi que, em 2019, conseguiu um emprego para a atual primeira-dama em Itaipu.

#ENBPar #Gleisi Hoffmann #Jorge Samek #PT

Governo

Um esbarrão entre petistas na área da Saúde

7/07/2023
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Ana Estela Haddad, esposa do ministro Fernando Haddad, está no centro de um episódio que causou mal-estar dentro do PT. Na semana passada, Sergio Rosa deixou o comando do Datasus, responsável pela gestão da base de dados do Sistema Único de Saúde do Brasil. O que se diz nas internas do Ministério da Saúde é que Rosa teve divergências com Ana Estela, secretária de Saúde Digital, órgão ao qual o Datasus está subordinado. A esposa de Haddad recebeu carta branca para conduzir uma pequena revolução na área digital do Ministério. O problema é que acabou resvalando em um petista de quatro costados e colaborador de outros governos do partido. Irmão do já falecido físico Luiz Pinguelli Rosa, ex-presidente da Eletrobras, Sergio Rosa dirigiu o Serpro no primeiro mandato de Lula. Seu currículo na área de tecnologia de informação inclui ainda passagens pela Cobra Computadores e Proderj. No PT, já há um movimento para que Rosa seja abrigado em outro órgão da gestão federal. 

#Ana Estela Haddad #Datasus #Fernando Haddad #Ministério da Saúde #PT

Empresa

Risco de demissão paira sobre a Volkswagen no ABC

5/07/2023
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A direção da Volkswagen já teria na mão um plano de demissões na fábrica de São Bernardo do Campo. Seria uma reação ainda mais drástica à crise no setor. Na semana passada, a montadora anunciou a suspensão, por alguns dias, de toda a sua produção de automóveis no Brasil, com a paralisação das atividades não apenas no ABC, mas também nas unidades de fábricas de Taubaté (SP) e São José dos Pinhais (PR). Procurada, a Volkswagen não se pronunciou. 

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, diz que essa decisão muda a iniciativa do governo de conceder subsídio para os carros populares, pelo menos no cronograma da operação. A impressão é de que o governo dá um torrão de açúcar à montadora com uma das mãos e a empresa dilacera a outra mão com a sua bocarra cheia de dentes, ávida por lucros. Gleisi fala, fala, mas ninguém vai ouvi-la. Um possível recuo no benefício criaria, entre outras fricções, uma divergência direta com Geraldo Alckmin. O vice-presidente e ministro da Indústria é o principal defensor do programa dos veículos populares e nem sequer cogita a reversão da medida.

#Gleisi Hoffmann #PT #Volkswagen

Política

PT x Centrão: quem fica com o caixa de Itaipu?

30/06/2023
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Itaipu virou um fio desencampado entre o PT e o Centrão. Gleisi Hoffmann quer emplacar o ex-deputado federal Pedro Guerra na diretoria financeira da estatal. A cadeira hoje é ocupada por André Pepitone, ligado ao PSD. Desde o início do governo Lula, há uma disputa velada pelo cargo. O próprio Pepitone, que ocupava o comando da área financeira de Itaipu durante a gestão Bolsonaro, chegou a ser exonerado. Ficou fora da empresa por apenas duas semanas. Ressalte-se que Itaipu é um feudo de Gleisi. 

#André Pepitone #Centrão #Gleisi Hoffmann #Itaipu #Pedro Guerra #PT

Política

Gleisi faz campanha por Wellington Dias na Casa Civil

27/06/2023
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem jogado mais óleo fervente na fritura do ministro da Casa Civil, Rui Costa. No entorno do presidente Lula, Gleisi tornou-se uma das vozes favoráveis não apenas à demissão de Costa, mas à indicação do ex-governador Wellington Dias para o seu lugar. Essa movimentação de peças se casa com a ideia que o próprio Lula vem matutando de entregar a gestão do Bolsa Família a um aliado de Arthur Lira. A saída de Dias da Pasta do Desenvolvimento Social abriria caminho para a chegada de um nome indicado pelo presidente da Câmara. Seria um prêmio de consolação – dos mais valiosos. Como se sabe, Lira queria mesmo o Ministério da Saúde. No entanto, como se sabe mais ainda, para a Lula a ministra Nísia Trindade, referência internacional na área, é intocável.

#Casa Civil #Gleisi Hoffmann #Lula #PT #Rui Costa #Wellington Dias

Política

Há muito de Simone Tebet no Consórcio Nordeste

23/06/2023
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Mais um sinal do prestígio de Simone Tebet: a ministra do Planejamento emplacou Marcelo Britto no cargo de secretário-executivo do Consórcio Nordeste. A indicação ganha ainda mais peso pela forte presença do PT no bloco: quatro dos nove governadores da região pertencem ao partido, entre os quais lideranças políticas muito próximas de Lula, como Fátima Bezerra, do Rio Grande do Norte. Se Britto foi escolhido é porque Fátima foi voz decisiva a favor.  Próximo de Tebet, Marcelo Britto é ex-presidente da Associação Brasileira do Agronegócio. Durante a campanha eleitoral do segundo turno, trabalhou junto à então senadora para reduzir as faíscas entre Lula e o setor. A recompensa chegou. 

#Consórcio Nordeste #Marcelo Britto #PT #Simone Tebet

Política

PT engrossa a ofensiva do governo Lula contra a Eletrobras

19/06/2023
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Diretamente ou indiretamente, a investida do governo Lula sobre a Eletrobras se dá pelos mais diversos lados. Segundo um prócer do PT disse ao RR, o partido estuda entrar com ações cruzadas em diferentes instâncias questionando a privatização da empresa. Uma das ideias é ingressar com uma representação no TCU. Ao mesmo tempo, o partido planeja acionar Secretária de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça, alegando que a venda da Eletrobras trouxe prejuízos ao consumidor. Um exemplo, neste caso: ao ser privatizada, a empresa foi obrigada a contratar oito mil MW de usinas termelétricas a gás, que vão entrar em operação entre 2026 e 2030. Esse custo será compartilhado com distribuidoras e, na última linha, vai bater na conta de luz. 

#Eletrobras #Lula #Ministério da Justiça #PT

Política

Um curto-circuito petista dentro de Itaipu

15/05/2023
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A distribuição de cargos em Itaipu Binacional está provocando uma saia justa dentro do PT. O presidente do lado brasileiro da hidrelétrica, Ênio Verri, estaria cozinhando até onde pode a nomeação do ex-deputado federal André Vargas como assessor especial da companhia. Seu nome enfrenta resistências dentro do Conselho e da própria direção da estatal. Mas Verri dificilmente vai conseguir atender aos pleitos interna corporis contra a chegada de Vargas. O ex-parlamentar, assim como o próprio Verri, é uma indicação direta da presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Vargas foi um dos petistas condenados pelo então juiz Sergio Moro, na Lava Jato. Em dezembro do ano passado, a sentença foi anulada pelo STF. Em fevereiro, a assessoria de Itaipu chegou a soltar nota negando a contratação de André Vargas. No que depender de Gleisi, muito em breve terá de publicar outra, informando sobre a sua nomeação.

#Gleisi Hoffmann #Itaipu Binacional #PT

Crédito

Governo faz um afago aos microempreendedores do Nordeste

11/05/2023
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O governo vai usar o Banco do Nordeste para dar um gás às micro e pequenas empresas da região – o maior colégio eleitoral do PT, diga-se de passagem. Os recursos sairão do Crediamigo. Segundo o RR apurou, o banco trabalha com estimativa de desembolsar quase R$ 15 bilhões ao longo do ano por meio da sua carteira de crédito a microempreendedores. A se confirmar, será o maior salto do programa – um aumento de mais de 40% em relação ao valor desembolsado em 2022 (em torno de R$ 10,5 bilhões). O Crediamigo, não custa lembrar, esteve sobre fogo cruzado no governo Bolsonaro com denúncias de corrupção disparadas pelo próprio presidente do PL, Valdemar da Costa Neto. As acusações feitas pelo aliado de Jair Bolsonaro custaram a cabeça do então presidente do Banco do Nordeste, Romildo Rolim, e o fim da parceria com o Instituto Nordeste Cidadania, à época responsável pela cogestão do Crediamigo.

#Banco do Nordeste #Crediamigo #PT

Política

Gleisi quer a cabeça do ministro das Comunicações

10/05/2023
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A presidente do PT, Gleisi Hoffman, interrompeu a trégua ao União Brasil: nos bastidores, tem feito forte pressão pela demissão do ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Já teria até um nome para o cargo: Cezar Alvarez, ex-assessor da Presidência da República no primeiro mandato de Lula e ex-secretário-executivo do Ministério das Comunicações no governo Dilma Rousseff. A indicação conta também com o apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Gleisi decidiu reabrir fogo depois que o União Brasil votou de forma unânime para derrubar as mudanças no marco legal do saneamento que haviam sido feitas pelo presidente Lula. Some-se a isso as manobras feitas no Congresso, com o apoio de parlamentares do União Brasil, para o adiamento da PL das Fake News.

#Gleisi Hoffman #Ministério das Comunicações #PT

Destaque

Petrobras estuda manter um pé na petroquímica com ressurreição da antiga Rio Polímeros

9/05/2023
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A Petrobras pode sair integralmente da Braskem, mas não da petroquímica. Entre os diferentes cenários contemplados pela direção da companhia está a ressurreição da Rio Polímeros – ou RioPol. Neste caso, a venda da participação da Petrobras na Braskem seria atrelada a um spin off das instalações do antigo Polo Gás Químico, localizado em Duque de Caixas (RJ). A estatal não apenas assumiria as instalações como voltaria a desenvolver a segunda geração a partir do site da velha RioPol, com capacidade instalada de 540 mil toneladas de polietileno por ano. Esse movimento poderia provocar uma guinada nos planos da Petrobras para a petroquímica, notadamente com o congelamento do Polo Gaslub, nada mais do que o rebrand do Comperj – um nome e um projeto que remetem a tempos escabrosos no compliance da estatal.     

Em março deste ano, a empresa anunciou a assinatura de contrato com a Toyo Setal Empreendimentos para a conclusão das obras da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do complexo, instalado em Itaboraí (RJ). Ainda assim, os movimentos da gestão de Jean Paul Prates em relação ao Gaslub não têm sido assertivos. Trazem mais dúvidas do que certezas. Em fevereiro, durante reunião com lideranças do PT no Rio, entre quais os deputados Lindbergh Farias e Washington Quaquá, Prates acenou com a conclusão integral das obras, incluindo a implantação de unidades de produção de combustíveis e lubrificantes. O “anúncio” chegou a ser celebrado por Quaquá em um vídeo postado em suas redes sociais, no qual aparece ao lado do presidente da Petrobras. Mais recentemente, no entanto, em meados de abril, a Petrobras informou ao mercado que avalia mudar o escopo do Polo Gaslub, concentrando-se apenas na produção de insumos petroquímicos de segunda geração. Estima-se que somente esse projeto demandaria mais de US$ 2 bilhões em investimentos. Na ponta do lápis, faria mais sentido apostar e impulsionar um negócio já pronto e em operação, como o site da antiga Rio Polímeros – ainda que isso venha custar à Petrobras um deságio no valor de venda da sua participação na Braskem. Importante ressaltar que, do ponto de vista geográfico e político, o resultado seria o mesmo: a Petrobras garantiria investimentos e geração de emprego no Rio de Janeiro.    

Há poucos projetos com tamanha capacidade de contar a história recente da indústria petroquímica brasileira quanto a antiga Rio Polímeros. Tal qual uma bola de fliperama, o projeto ricocheteou entre as diversas idas e vindas societárias do setor ao longo das últimas duas décadas. Quando inaugurada, em 2005, a RioPol tinha como sócios Unipar, Suzano, Petrobras/Petroquisa e BNDES. Em 2007, a estatal comprou a Suzano Petroquímica, automaticamente aumentando sua participação no empreendimento. Em 2008, a Rio Polímeros passou ao guarda-chuva da Quattor, criada a partir da associação entre a Unipar e a Petrobras. Essa configuração durou não mais do que dois anos. Em 2010, a Quattor foi comprada pela Braskem. Naquele mesmo ano, a Rio Polímeros acabaria incorporada pela própria Braskem, desaparecendo definitivamente como empresa para ser um site a mais entre os ativos da companhia. 

#BNDES #Braskem #Comperj #Jean Paul Prates #Petrobras #Polo Gaslub #PT #RioPol

Destaque

Petroleiros cobram de Jean Paul Prates a “desbolsonarização” da Petrobras

4/05/2023
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Há uma intentona em curso na Petrobras. Os petroleiros estão cobrando do presidente da companhia, Jean Paul Prates, a “desbolsonarização” da diretoria da estatal, leia-se a saída de executivos identificados como apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o RR apurou, o movimento, liderado pela FUP (Federação Única dos Petroleiros), exige a cabeça do diretor executivo de Exploração e Produção, Joelson Falcão Mendes. Cobra também a demissão de Carlos José Travassos, que comanda a diretoria de Desenvolvimento da Produção. Ambos estariam abrigando em suas respectivas diretorias executivos que teriam feito campanha internamente a favor da reeleição de Bolsonaro. Mais do que isso: os representantes dos petroleiros acusam alguns desses gestores de terem perseguido funcionários apoiadores do presidente Lula. Nos corredores da Petrobras circula, inclusive, uma lista com dez nomes, notadamente de gerente executivos, classificados como “bolsonaristas”. Em contato com o RR, a Petrobras disse, como não poderia deixar de ser, que “Não há qualquer intenção da companhia ou do presidente Jean Paul Prates de substituir os diretores executivos de Exploração e Produção, Joelson Falcão Mendes, e de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos José Travassos.”. Garante também que não foi entregue “à companhia uma suposta lista de gerentes executivos, com base em seus posicionamentos políticos.” Pode até ser que a relação não tenha chegado formalmente à direção da empresa. O RR, no entanto, teve acesso à lista de dez nomes de gerentes executivos apontados como “bolsonaristas” e compartilhada no último fim de semana em grupos de WhatsApp de gestores da empresa. O RR fez também seguidas tentativas de contato com a FUP, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.  

A pressão maior recai sobre Joelson Mendes, que praticamente já assumiu o cargo com o status de “persona non grata” junto ao “chão de fábrica” da Petrobras. Mendes foi escolhido à revelia das lideranças sindicais. O nome de preferência dos petroleiros para a diretoria de Exploração e Produção sempre foi o do geólogo Guilherme Estrella, que ocupou o cargo nos governos de Lula e Dilma Rousseff. Os petroleiros não desistem: exigem de Jean Paul Prates a substituição de Mendes por Estrella. A ofensiva contra o atual diretor de Exploração e Produção cresceu, sobretudo, nos últimos dez dias. De acordo com uma das fontes ouvidas pelo RR, representantes da FUP foram cobrar de Mendes a saída de gerentes apoiadores de Bolsonaro. Teriam ouvido, como resposta, que não haverá caça às bruxas. Em alguns setores da empresa já é dada como certa a queda de Mendes “para o lado”. Ou seja: a direção da empresa já estaria avaliando uma “missão” para ele em uma subsidiária da Petrobras. 

Independentemente das consequências, por si só a mobilização dos petroleiros contra os bolsões pró-Bolsonaro na estatal já refletem o aumento da força dos sindicatos com a volta do PT ao governo. Essa onda tem chegado às mais diversas praias. O sindicalista João Fukunaga, funcionário de carreira do Banco do Brasil, assumiu a presidência da Previ; o ex-deputado Decio Lima, também de origem sindical, foi o escolhido para comandar o Sebrae Nacional; o ex-presidente da CUT Vagner Freitas aterrissou na presidência do Conselho de Administração do Sesi. Na Petrobras, a FUP já cravou uma vitória que denota poder. A Federação teve um papel importante para brecar o aumento da remuneração da diretoria da Petrobras. A primeira proposta levada ao Conselho de Administração previa um reajuste de 44%. A repercussão negativa, potencializada pelas gestões políticas feitas por petroleiros, levou o governo a interferir e barrar o aumento. No fim, o índice ficou em apenas 9%.  

#CUT #Jair Bolsonaro #Jean Paul Prates #Lula #Petrobras #PT

Política

Vai ter salário-mínimo no 1º de maio?

20/04/2023
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Vale do Anhangabaú, dia 1º de maio. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, tem trabalhado junto a Lula a ideia de que esses seriam o cenário e a data ideais para o anúncio da nova política de reajuste do salário-mínimo. O presidente estaria entre os seus: a boa nova seria divulgada durante os eventos em celebração do Dia do Trabalhador, que estão sendo organizados conjuntamente por diversas de centrais sindicais – entre as quais CUT, Força Sindical, e CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadores do Brasil). A questão é ter o que apresentar. O governo corre contra o relógio para formatar uma proposta. Na semana passada, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, disse que o Ministério da Fazenda estuda usar a variação do PIB como indexador do mínimo.

#CUT #Gleisi Hoffmann #PIB #PT

Governo

PT quer Berzoini nas Comunicações

29/03/2023
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Segundo o RR apurou, há pressões do PT, notadamente de Gleisi Hoffmann, para que Ricardo Berzoini assuma o Ministério das Comunicações. A nomeação mataria dois coelhos com uma só cajadada. De um lado, representaria a demissão do atual ministro, Juscelino Filho, do União Brasil, que balança no cargo há semanas após as denúncias de que utilizou um avião da FAB para uma viagem pessoal; do outro, o PT encontraria um posto para Berzoini, que foi indicado para a presidência dos Correios e não pode assumir por não ter curso superior completo. Por sinal, um estranho paradoxo: caso se sente na cadeira de ministro das Comunicações, Berzoini passará a ser o chefe do presidente da estatal, Fabiano Silva, hoje no lugar que o petista não pode ocupar. Por ora, no entanto, Lula cozinha o pleito do PT em banho-maria. Berzoini é um “companheiro” de longa data, mas não é hora de arrumar problema com o União Brasil, dono da terceira maior bancada da Câmara e quarta maior do Senado.

#Gleisi Hoffmann #Lula #Ministério das Comunicações #PT #Ricardo Berzoini

Destaque

BNDES é a ponta de lança do governo para a reestatização da Eletrobras

24/03/2023
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A gestão Lula pretende usar o BNDES como instrumento para a polêmica reestatização da Eletrobras. A ideia em discussão no governo passa pelo aumento da posição do banco no capital da empresa, seja com a aquisição de papéis em mercado, seja com a compra em bloco de ações pertencentes a outros sócios relevantes. Hoje, somando sua participação direta e os títulos na carteira do BNDES e da BNDESPar, a União detém 40,18% das ordinárias da Eletrobras. Apenas como um exercício meramente ilustrativo: a compra das ações em poder do BlackRock (5,1%) e do GIC, fundo soberano de Cingapura (6,4%), permitiria ao governo ter mais de 51% do capital da companhia – mais precisamente 51,6%. Significa dizer que a União voltaria a ser, matematicamente, a controladora da Eletrobras. Mas essa aritmética não basta. No quebra-cabeças petista da reestatização da Eletrobras, toda essa operação precisa estar encaixada com outra peça: a ofensiva do governo para modificar o estatuto da empresa.  

Conforme noticiou a jornalista Malu Gaspar, de O Globo, a Casa Civil e a AGU planejam entrar com uma ação direta de inconstitucionalidade (ADI) no STF. O objetivo principal é retirar o dispositivo que limita o poder de voto dos acionistas da Eletrobras a 10% mesmo que sua participação seja superior a esse patamar. Com essa barreira, tanto faz um investidor ter 10% ou 40%: vai mandar igual. A derrubada desse teto abriria caminho para o Estado retomar as rédeas na companhia, seja como o maior acionista individual, status que já possui, seja novamente em uma posição de controle, isto é, com 50% mais um das ações ordinárias. Esse segundo cenário é um motivo a mais para o governo tentar dinamitar o atual estatuto da Eletrobras. O governo Bolsonaro criou uma “cláusula de barreira” ou uma espécie de “trava anti-PT” – como se vê, com certa dose de razão. Trata-se da pílula de veneno estabelecida no Artigo 10 do estatuto: “O acionista ou grupo de acionistas que, direta ou indiretamente, vier a se tornar titular de ações ordinárias que, em conjunto, ultrapassem 50% do capital votante da Eletrobras e que não retorne a patamar inferior a tal percentual em até 120 (cento e vinte) dias deverá realizar uma oferta pública para a aquisição da totalidade das demais ações ordinárias, por valor, no mínimo, 200% (duzentos por cento) superior à maior cotação das respectivas ações nos últimos 504 (quinhentos e quatro) pregões”. Ou seja: pelas regras do jogo em vigor, se a União ultrapassar a marca de 50% das ONs, terá de pagar três vezes pelo restante das ações. Em sua sanha reestatizante, o governo quer dar um cálice de cicuta para essa poison pill, o que lhe permitiria reassumir o controle da companhia sem ter de desembolsar uma fortuna. 

Toda essa complexa arquitetura, que vai do mercado de capitais à Suprema Corte, junta a fome com a vontade de comer. De um lado, a disposição do governo de que o BNDES volte a ser um agente de participação do Estado em empresas ou setores estratégicos; do outro, a notória intenção do presidente Lula de promover a reestatização da Eletrobras, manifestada recorrentemente durante a campanha eleitoral. O governo teria novamente uma máquina para fazer políticas públicas na área de energia. Ao lado da Petrobras, a empresa seria também uma propulsora de investimentos em transição energética. Pelo menos é a lógica petista que rege todo esse movimento. Uma lógica tão tortuosa quanto contestável, em razão dos riscos que traz a reboque. 

As manobras do governo Lula para reestatizar a Eletrobras geram automaticamente insegurança jurídica. Caso a retomada do controle da empresa se concretize, estará aberta a porteira para outros casos similares. É como se o Brasil inventasse o modelo das privatizações por temporada, que poderão valer para um determinado governo, mas não para outro. Ao mesmo tempo, a investida joga por terra a ideia de public company, que poderia ser adotada para outras estatais. Não poderia haver recado pior para os investidores, já ressabiados. Recentemente, por exemplo, surgiram rumores de que a Petrobras poderia cancelar vendas de ativos fechadas na reta final do mandato de Bolsonaro. Se há um partido que deveria se preocupar em afastar a pecha de “rasga contratos” é o PT. 

Em tempo: sob certo aspecto, o Lula III está bebendo na fonte do Lula I. Guardadas as devidas proporções, a estratégia de usar o BNDES como ponta de lança para o Estado retomar seus antigos poderes na Eletrobras remete a uma operação conduzida pelo próprio banco em 2003. Na ocasião, sob o comando do economista Carlos Lessa, o BNDES comprou uma participação de 8,5% na Valepar, holding controladora da Vale, que pertencia à Investvale – fundo de investimento dos funcionários da mineradora. Com esse movimento estratégico, à época muito contestado pelos privatistas puro-sangue, Lessa fechou a porta para uma eventual desnacionalização da companhia e até mesmo uma transferência da sua sede para o exterior. Àquela altura a Vale tinha um bloco de controle definido. A Mitsui, por exemplo, poderia assumir o mando da empresa caso adquirisse as ações em poder da Investvale. Ainda que as circunstâncias não sejam exatamente as mesmas, a Vale da vez se chama Eletrobras. E o BNDES vai voltar a ser aquele BNDES.

#BNDES #Eletrobras #Lula #Petrobras #PT #STF #Valepar

Política

As “boas notícias” de Geraldo Alckmin

23/03/2023
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Um fato curioso chamou a atenção dos presentes na reunião entre Geraldo Alckmin e líderes sindicais na última segunda-feira, em Brasília – encontro antecipado pelo RR. Segundo um dos participantes, de repente o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e da Indústria abriu uma pasta onde podia se ler o sugestivo título “Boas notícias”. Alckmin tirou alguns papeis e começou a discorrer sobre medidas do governo com impacto positivo sobre a indústria e a preservação de empregos no setor. Citou, com certa ênfase, a mudança das alíquotas de uma série de produtos. Ao fim do encontro, disse aos sindicalistas que o conteúdo da pasta vai aumentar nas próximas semanas.

#Geraldo Alckmin #PT

Destaque

José Dirceu está de “volta” ao governo

10/03/2023
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O ex-ministro José Dirceu não pretende retornar à ribalta da política ou mesmo ter qualquer proximidade explícita com o governo, mas voltou a trocar figurinhas diretamente ou através de terceiros com Lula. Dirceu tem aconselhado o presidente em decisões relevantes. É dele, por exemplo, a recomendação de que Lula coloque a Petrobras no centro do seu governo. A estatal, mesmo sendo uma vaca leiteira, foi tratada na gestão Bolsonaro como uma empresa da qual a União deveria se livrar, privatizando-a tão logo houvesse condições políticas necessárias. Na concepção do ex-presidente, influenciado pelo seu ministro da Economia, Paulo Guedes, a Petrobras era vista tão somente em termos do valuation e dos recursos que poderiam ser distribuídos sob a forma de dividendos. De acordo com a fonte do RR, Dirceu disse textualmente a Lula, em contato pessoal, que a estatal deveria ser uma das protagonistas da sua gestão. A empresa teria todas as condições de ser um dos eixos geradores de riqueza que o governo precisaria, quer seja como realizadora e indutora de investimentos no mainstream – leia-se pré-sal; quer seja como a grande puxadora de projetos para renovação da matriz energética, um dos principais discursos de Lula no exterior. Dito e feito.   

Mais recentemente, o ex-ministro sugeriu ao presidente que, após a nomeação de Dilma Rousseff para o banco dos Brics ou Novo Banco do Desenvolvimento, iniciasse um processo de descontaminação do então titular, Marcos Troyjo. Dirceu, segundo a fonte do RR, considera que o diplomata, apesar de tingido por berrante tintura bolsonarista, pode ajudar o governo em articulações no exterior, mesmo que com um cargo informal. Troyjo teve um papel relevante no primeiro mandato de Lula. Foi ele que acompanhou José Dirceu nos contatos com o vice-presidente dos EUA, Dick Cheney; com o chefão do FMI, Stanley Fischer; com o presidente do FED, Ben Bernanke; e com o poderosíssimo Secretário do Tesouro, Lawrence Summers.  Poucos sabem, mas foi nessa rodada de encontros que saiu a indicação e convite ao banqueiro Henrique Meirelles para assumir a presidência do Banco Central. Troyjo é um pragmático, que adora o poder.

Dirceu não quer colocar a cabeça para fora dos encontros reservadíssimos com os principais quadros do PT e dirigentes de outros partidos que considera fundamental para que o governo tenha uma amplitude política, tal como Renan Calheiros, por exemplo. Ficar malocado faz parte também do seu projeto de defesa. Dirceu é condenado a cumprir pena de 40 anos, ainda que a prisão seja domiciliar, devido ao processo do Mensalão. Foi como essa visão estratégica que não compareceu à posse de Lula, preferindo ficar distante da pompa, sentado na grama e sendo saudado pelos companheiros petistas com o epíteto que mais lhe agrada, “El Comandante”.   

Somente em um momento José Dirceu saiu da toca: em fevereiro, por ocasião do evento comemorativo dos 43 anos do PT, quando foi saudado por Lula como “agente político e militante da maior qualidade”. Entre Lula e Dirceu, ou mesmo entre Dirceu e a presidente do PT, Gleisi Hoffman – que não pensa igual a Dirceu, diga-se de passagem, sobre a estratégia para o partido – há um canal de contato mais visível e estreito: o líder do PT na Câmara, deputado Zeca Dirceu, filho do ex-ministro. Zeca articula no Congresso, papeia aqui e acolá, leva e traz as informações. É uma prova de que Dirceu está sem estar no alto comando das decisões do PT.   

Não custa lembrar que Lula se referiu a José Dirceu como um dos responsáveis por sua eleição, com um conselho singelo e potente ao mesmo. Quando os petistas já estavam eufóricos, considerando que a probabilidade do ex-presidente voltar ao Poder era grande e estava dada, alguns dirigentes encasquetaram que o bom caminho era fazer uma campanha pelo impeachment de Bolsonaro. Dirceu fez chegar ao então candidato do PT que a estratégia acabaria por ressuscitar a tese da terceira via, que já adormecia aparentemente sem volta. Emplacou seu raciocínio. E, ainda que possa se dizer que a contribuição tenha sido modesta, o fato é que ajudou a emplacar Lula na presidência.  

#José Dirceu #Lula #PT

Política

Sindicalistas param no gabinete de Haddad e Alckmin

10/03/2023
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Segundo o RR apurou, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, deverão ter, nos próximos dias, encontros com lideranças sindicais. Há reuniões engatilhadas com os presidentes da Força Sindical, Miguel Torres, e da CUT, Sergio Nobre. A presença de Alckmin se justifica pela pauta principal das conversas: os sindicalistas vão encaminhar propostas na tentativa de acelerar a geração de emprego, o que passa pelo aumento dos postos de trabalho na indústria. No entanto, sua importância vai além dos temas tratados. Durante a campanha eleitoral, o ex-tucano teve um papel relevante na interlocução com o movimento sindical, aproximando-se dos principais dirigentes do setor. No entorno do governo, há quem diga que essa relação tem um pé em 2026. Alckmin não quer ser identificado apenas com as questões e pleitos do empresariado.  

Em tempo: as conversas de Haddad e Alckmin com os representantes da classe trabalhadora chamam atenção também pelo timing. Ocorrerão às vésperas dos protestos convocados pelas centrais sindicais para o próximo dia 21 de março. As entidades prometem manifestações contra os juros altos não apenas em frente à sede do Banco Central em Brasília, mas também em todas as demais cidades que tiverem representações da instituição. Um assessor próximo a Alckmin arrisca que todo esse fuzuê vai bater na porta do presidente do BC, Roberto Campos Netto, a quem é atribuída a responsabilidade dos juros altos e por zelar pelo pleno emprego. Todos os movimentos emanados do PT acabam desaguando também em pressão pela saída de Campos Neto.

#Fernando Haddad #Geraldo Alckmin #PT

Destaque

Governo Lula e Benjamin Steinbruch se encaixam nos trilhos da Transnordestina

28/02/2023
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O governo vai abrir o cofre para financiar a conclusão das obras da Transnordestina, a cargo da CSN. Segundo o RR apurou, a ideia é lançar mão de uma tríplice injeção de capital, com empréstimos do BNDES, do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDN) e do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor) – os dois últimos vinculados à Pasta da Integração e do Desenvolvimento Regional. Segundo a mesma fonte, paralelamente o Ministério dos Transportes estuda uma nova mudança no modelo de construção da ferrovia. De acordo com as discussões travadas dentro da Pasta, a ideia é usar a liberação de dinheiro público como moeda de troca para que a CSN reassuma integralmente a concessão do empreendimento e consequentemente a construção de todo o traçado original. No ano passado, a partir de um acordo com o governo Bolsonaro, houve uma cisão do projeto. A siderúrgica permaneceu responsável apenas pelas obras entre Eliseu Martins (PI) e o Porto de Pecém (CE), um trecho de aproximadamente 1,2 mil quilômetros, devolvendo à União a concessão do ramal de 520 quilômetros entre Salgueiro e o Porto de Suape, ambos em Pernambuco. Essa fratura da Transnordestina serviu apenas para jogar um problema no colo do governo Lula: estudos feitos pelo Ministério do Transporte indicam que a operação desse segundo pedaço até Suape de forma isolada, sem a garantia de conexão e os ganhos de escala do trecho entre Piauí e Ceará, torna o negócio praticamente inviável. 

Além da promessa de financiamento público, há um outro fator tão ou mais importante para colocar toda essa operação nos trilhos: a notória conexão entre Benjamin Steinbruch e o governo do PT surge como um potencial facilitador para o reencaixe entre as duas “Transnordestinas”. O dono da CSN é bastante próximo, sobretudo, de Aloizio Mercadante, presidente do BNDES. No fim do ano passado, inclusive, Mercadante chegou a sondar o empresário para que ele assumisse o Ministério do Desenvolvimento e da Indústria – conforme o RR noticiou. Essa sintonia poderá ajudar a contornar entraves de ordem técnica que levaram a CSN a devolver à União parte da ferrovia. A siderúrgica alega que o governo pernambucano impactou o projeto, ao autorizar a construção de uma barragem no antigo leito dos trilhos. A obra exigiu um aumento de 42 quilômetros na extensão da ferrovia e, com isso, gerou um gasto extra de algumas centenas de milhões de reais com desapropriações.  

O acordo com a CSN e a reintegração dos dois trechos da Transnordestina sob uma única operação contribuiriam para destravar o empreendimento junto ao Tribunal de Contas da União. No início de fevereiro, o TCU apontou irregularidades na cisão da concessão em duas, autorizada pela ANTT no ano passado. Como consequência, a Corte suspendeu a liberação de qualquer recurso do governo federal para o empreendimento – tanto a parte nas mãos da CSN, quanto o trecho hoje sob responsabilidade da União. Ou seja: a engenharia financeira que vem sendo traçada em Brasília, com aportes do BNDES e dos fundos regionais, depende do nihil obstat do TCU. 

Atualmente, há pouco mais de 800 quilômetros de trilhos já instalados. Faltam quase mil quilômetros para a execução de todo o projeto conforme a sua concepção original. Estima-se que sejam necessários mais de R$ 8 bilhões para a conclusão da Transnordestina. Parte desses recursos poderão vir, por exemplo, por meio de uma emissão de debêntures incentivadas de infraestrutura, com a garantia de subscrição por parte do BNDES. O governo Lula trata o projeto como prioritário, não apenas pela sua importância econômica e social para a região – as obras deverão gerar cerca de cinco mil postos de trabalho diretos e indiretos -, mas também pelo seu “traçado político”. A Transnordestina corta estados governados por petistas ou aliados. Consta que os governadores do Ceará e de Pernambuco, respectivamente Elmano de Freitas e Raquel Lyra, têm mantido conversas frequentes com o ministro do Desenvolvimento Regional, Wellington Dias, em busca de apoio do governo federal para a retomada das obras. Nesse contexto, há ainda disputas federativas alimentadas pela própria divisão da Transnordestina em duas, na gestão de Jair Bolsonaro. Parlamentares de Pernambuco alegam que a manutenção desse formato vai criar um desequilíbrio concorrencial entre os dois maiores portos do Nordeste, beneficiando o Porto de Pecém, no Ceará, em detrimento do Porto de Suape.  

Tudo muito bom, tudo muito bem… Até se entende que o governo tenha as mais variadas motivações – seja de ordem econômica, seja de ordem política – para se engajar no projeto. No entanto, a Transnordestina é um benchmarking às avessas, um exemplo de como uma concessão não deve ser feita. Sua construção já torrou um enorme montante de recursos públicos. Há concessões que notoriamente não deram certo e hoje estão às portas de serem devolvidas à União – como, por exemplo, o Aeroporto do Galeão ou a Malha Oeste. No entanto, nenhuma delas consumiu tanto dinheiro e nem de perto apresenta o histórico de idas e vindas da ferrovia. Por muito menos, concessões foram tomadas ou relicitadas pelo governo.

#Benjamin Steinbruch #BNDES #CSN #Lula #PT #TCU #Transnordestina

Política

Gleisi corta Itaipu em fatias e serve à base aliada

23/02/2023
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann está costurando uma espécie de Tratado de Tordesilhas de Itaipu, com objetivo de dividir a estatal entre partidos da base aliada. Pelo desenho traçado, segundo o RR apurou, MDB e PSD indicariam os titulares das diretorias jurídica e financeira. Já o PT ficaria com as diretorias administrativa e de coordenação. Ressalte-se que o partido já emplacou o deputado federal Enio Verri no comando do lado brasileiro da usina binacional.   

#Gleisi Hoffmann #MDB #PSD #PT #Tratado de Tordesilhas de Itaipu

Política

Ex-ministro de Dilma entra na fila para o STF

14/02/2023
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A ex-presidente Dilma Rousseff soprou ao pé do ouvido de Lula a indicação de Eugênio Araújo para o STF – duas vagas vão se abrir neste ano com as aposentadorias de Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Aragão foi ministro da Justiça de Dilma por dois breves meses, entre março e maio de 2016. Era o titular da Pasta quando a “chefe” foi afastada da Presidência. Ressalte-se que, durante o período de transição, Aragão integrou o Comitê de Transparência, Integridade e Controle, por indicação de Dilma. Mas STF é outra história. Seu nome enfrenta resistências dentro do próprio PT. Araújo associou-se recentemente ao advogado Willez Tomaz, tido como um personagem próximo do MDB e, mais precisamente, do grupo político do “golpista” Michel Temer.  

#Dilma Rousseff #Eugênio Araújo #ex-presidente #Lula #PT #Ricardo Lewandowski #Rosa Weber #STF #Willez Tomaz

Política

Tem pimenta demais no vatapá de Rui Costa e Jaques Wagner

13/02/2023
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Uma disputa provinciana está respingando na relação entre um dos ministros mais próximos de Lula e o líder do governo no Senado. Rui Costa, titular da Pasta Civil, e Jaques Wagner têm travado uma queda de braço pelo preenchimento de cargos políticos na Bahia. A divergência mais recente se deu com a indicação de Aline Peixoto para o Tribunal de Contas de Salvador, patrocinada por Costa. Wagner trabalhou intensamente para emplacar um nome da sua cota, mas perdeu a parada para o ministro da Casa Civil. Segundo informações que circulam dentro do PT, as desavenças envolvem também indicações para a diretoria da Embasa e da Bahiagás. O impasse está deixando um terceiro petista em maus lençóis, o governador baiano Jerônimo Rodrigues, que não quer desagradar nem a Costa e nem a Wagner.

#Aline Peixoto #Bahia #Bahiagás #Embasa #Jaques Wagner #Jerônimo Rodrigues #Lula #PT #Rui Costa #Senado #Tribunal de Contas de Salvador

Política

Procura-se um cargo para Ricardo Berzoini

8/02/2023
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O PT de São Paulo está tentando emplacar o ex-ministro Ricardo Berzoini na presidência do Postalis, o fundo de pensão dos Correios. A articulação é conduzida pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. O nome de Berzoini, no entanto, está longe de ser um consenso dentro do partido. A principal resistência a sua nomeação vem da própria presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Berzoini chegou a ser indicado para o comando dos Correios, mas não pode assumir por não ter curso superior completo. O Postalis, ressalte-se, é um território de péssima lembrança nos governos do PT. Alvo de denúncias de corrupção e desvios, o fundo teve um rombo de R$ 7 bilhões e chegou a sofrer intervenção da Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar)

#PT

Política

Um olho nos yanomami e outro na própria eleição

30/01/2023
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Nos últimos dias, a deputada Maria do Rosário (PT-RS) tem feito intensas articulações junto a parlamentares do centrão em busca de apoio à representação criminal contra a ex-ministra Damares Alves, em razão da dramática situação dos povos indígenas yanomami, em Roraima. Na prática, a peregrinação da deputada gaúcha se mistura à sua campanha eleitoral por uma vaga na mesa diretora da Câmara. O PT quer lançar Maria do Rosário como candidata à vice-presidente da Casa na chapa de Arthur Lira. Ressalte-se que o desejo do partido nem sempre é o desejo de Lula, que opera com uma lógica própria. O presidente, à la Martinho da Vila, quer ir devagar, devagarinho em relação à sucessão da Câmara, sem criar qualquer aresta com Arthur Lira. O case Eduardo Cunha está vivo na sua memória. 

#Maria do Rosário #PT

Política

Petistas duelam pela presidência do Banco do Nordeste

27/01/2023
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A disputa pelo Banco do Nordeste (BMB) esquentou. A indicação do ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara, que já era dada como certa no governo, passou a ter concorrência dentro do próprio PT. O ministro da Educação, Camilo Santana, trabalha pela nomeação de Nelson Martins, assessor especial do governador do Ceará, Elmano Freitas. Por sua vez, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, defende a escolha de Luiz Carlos Farias, secretário de Inclusão Sócio-Econômica da Pasta. Farias já ocupou uma diretoria no Banco do Nordeste. Ao mesmo tempo, é o seu handicap e o seu calcanhar de Aquiles. Farias é considerado próximo de Stelio Gama, diretor do Instituto Norte Cidadania. A entidade cuidava da operacionalização do Crediamigo, a carteira de microcrédito do BNB. A parceria foi desfeita no governo Bolsonaro, depois que Valdemar da Costa Neto levantou suspeições sobre a relação entre o banco e a ONG.

#Banco do Nordeste #PT

Política

PT quer Silvio de Almeida em suas fileiras

4/01/2023
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O PT estendeu um tapete vermelho para que o novo ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida, se filie à legenda. Desde já, o partido enxerga em Almeida um ativo eleitoral para o futuro. Vide o que aconteceu ontem: o contundente discurso de posse do professor e filósofo, em favor das minorias e dos povos tradicionais, teve grande repercussão na mídia e nas redes sociais. Ressalte-se que Almeida tem uma proximidade com o PSOL – chegou a ser cotado como vice de Guilherme Boulos em uma possível candidatura ao governo de São Paulo, que acabou não se consumando. 

#PSOL #PT #Silvio de Almeida

Política

Um petista puro-sangue na área de Transportes

4/01/2023
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O deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) está cotado para integrar a equipe de Renan Filho no Ministério dos Transportes. O PT de São Paulo trabalha para que ele assuma a Secretaria Executiva da Pasta. Tato foi secretário de Transportes da cidade de São Paulo nas gestões de Marta Suplicy e Fernando Haddad. 

#Jilmar Tatto #PT

Economia

Sucessão do Banco do Nordeste causa linha cruzada no PT

2/01/2023
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A escolha do novo presidente do Banco do Nordeste (BNB) está provocando ruídos no PT. O RR apurou que Zilana Ribeiro, funcionária de carreira do BNB, é o nome de preferência do ministro Fernando Haddad para assumir o cargo. No entanto, parte da bancada do partido no Nordeste trabalha do ex-deputado Nelson Martins, do Ceará.

#Banco do Nordeste #PT

Destaque

Governo Lula terá prazo mais longo para cumprir novo enquadramento fiscal

2/01/2023
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Até junho, período estipulado para o governo de Lula apresentar o novo arcabouço fiscal, Fernando Haddad e seus assessores terão tempo para fazerem contas e exercitarem a criatividade. Mas já existe uma certeza: o prazo para o cumprimento da restrição fiscal será bem maior do que o atual de um ano. Segundo emissário do RR junto aos economistas que assessoram Haddad, o novo intervalo para o enquadramento fiscal será de quatro a oito anos. É um espaço de tempo muito mais longo para perseguir um resultado primário que colabore para reduzir a trajetória da dívida pública. Hoje, a verificação se os gastos couberam ou não no teto é anual. Se as despesas não ficarem dentro das regras ao término de 12 meses, pronto, a equipe econômica está crucificada. A questão é que, se por um lado a extensão prolongada do tira-teima orçamentário torna mais fácil arrumar as contas públicas, por outro é muito menos justificável o descumprimento das metas fiscais. Ficam o ônus e o bônus com o PT. Quem pariu Mateus que o embale.

#Fernando Haddad #PT

Política

Bancada do PT no Centro-Oeste quer cargo na Educação

30/12/2022
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A bancada do PT no Centro-Oeste tem feito pressão para que a deputada federal Rosa Neide (MT-PT) assuma um cargo no Ministério da Educação. A professora chegou a estar cotada para comandar a gestão do cobiçado Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que tem um orçamento superior a R$ 60 bilhões. No entanto, a indicação teria sido rechaçada pelo próprio ministro Camilo Santana, que designou para o posto a atual secretária de Fazenda do Ceará, Fernanda Pacobahyba. 

#Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação #PT

Negócios

Fundição Tupy parte para aquisições internacionais

28/12/2022
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O RR apurou que a Fundição Tupy pretende deslanchar, a partir do ano que vem, um plano de aquisições no exterior. A empresa mira a América Latina. A Tupy já tem duas fábricas no México, além de uma unidade de produção em Portugal. Ressalte-se que a empresa está prestes a “ganhar” dois importantes acionistas: a volta do PT ao poder reduz consideravelmente a probabilidade de o BNDES e a Previ, donas de 50% do capital, venderem suas participações na companhia – movimento ensaiado pelo banco de fomento e pelo fundo de pensão há pelo menos dois anos. 

#BNDES #Fundição Tupy #PT

Política

Vem mais conselho pela frente no governo Lula

21/12/2022
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A “conselhite” tradicional do PT, como não poderia deixar de ser, foi incorporada pelo governo Lula. Na área econômica, estão previstos dois conselhos: o primeiro, já anunciado pelo próprio presidente, será para assessorá-lo diretamente; o segundo será criado por Fernando Haddad com a missão de auxiliá-lo no Ministério da Fazenda. Especula-se que a conta dos Conselhos aumentará com a indicação do Ministério do Planejamento. 

#Fernando Haddad #Lula #Ministério da Fazenda #PT

Política

Até quando Lula vai escantear Marina e Tebet? 

19/12/2022
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Se Lula anunciar mais uma leva de ministros hoje e não indicar Marina Silva e Simone Tebet entre eles, vai fortalecer as versões malévolas que circulam nos bastidores: que está cedendo à pressão do Centrão e do PT por mais cargos; que vai apresentar para as duas somente a xepa das pastas para que elas recusem; que é um traíra mesmo; ou, então, que Janja brecou as duas por ciúme ou alguma marra. Lembrai-vos que há precedentes de bullying feito pelo futuro presidente com a própria Marina em mandato pretérito. Mas o RR se recusa a acreditar que Lula vá fazer uma bobajada dessas. De qualquer forma, o simples fato de não ter indicado as duas moças a quem deve uma parte da sua eleição antes ou pelo menos junto aos marmanjos do PT é um péssimo sinal.

#Marina Silva #PT #Simone Tebet

Economia

Haddad já tem seu secretário do Tesouro

19/12/2022
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Depois de muitas sondagens, conforme o RR informou pela manhã, Fernando Haddad achou o seu secretário do Tesouro. Trata-se de um nome experiente, com um baita conhecimento da área fiscal, sabe dizer “não”, tem passagem por cargo em governo do PT – e de governos de outros partidos também -, com uma formação acadêmica consistente, trânsito nas mais diversas direções e morador do Rio de Janeiro. Mais o RR não pode dizer. É a melhor escolha da área econômica até agora. Façam suas apostas.

#Fernando Haddad #PT

Economia

A ciranda de nomes para a Secretaria do Tesouro

19/12/2022
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O final de semana de Fernando Haddad foi reservado a perscrutar que pode ser o secretário do Tesouro Nacional. Não está nada fácil. A ideia inicial foi de que o Secretário da STN tocasse de ouvido com o secretário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Haddad foi, então, convencido de que fazer uma dupla de ataque nesta área acabaria gerando mais concordância do que um frutuoso debate. O Tesouro e toda a parte tributária afunilam em algum momento. O futuro ministro não quer montar patota. Surgiu, então, o nome de Felipe Salto, atual secretário da Fazenda de São Paulo. Aliás, um nome que vai e volta. Salto é um craque, mas esbarra em alguns próceres do PT. Como alternativa, foi soprado no ouvido de Haddad o nome do economista chefe do Banco Safra, Joaquim Levy, que já pilotou a STN em governo pretérito do PT. Levy já teria, inclusive, acenado com algo mais ou menos assim: “Olha, estou aqui para colaborar em qualquer coisa”. Só que não colou. Falta empatia com Haddad. E as informações que o futuro ministro colheu são de que Levy é dificílimo de relacionamento.  

Surgiu, então, o nome de Vilma Pinto, economista, mulher, negra, e uma fera em finança públicas, analista do Congresso para questões fiscais. Por pouco o ministro não bateu o martelo. No final, depois de visitas variadas na sua casa, preferiu dar um tempo e abrir novas conversas. De qualquer forma, a busca continua. Haddad prossegue, com uma lanterna na mão, como o filósofo Diógenes, procurando não somente um homem íntegro, mas que entenda profundamente das contas públicas e seja um sujeito de equipe, de bom trato e que não tenha um histórico de brigão.

#Banco Safra #Fernando Haddad #Joaquim Levy #PT #Reforma Tributária

Política

Lula vai fazer propaganda do seu “pré-governo”

19/12/2022
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Lula vai reunir as melhores  propostas feitas pelos seus 800 colaboradores dos grupos temáticos e transformá-las em um agenda de governo, com prestação de contas através de diversos meios de comunicação, usando inclusive verbas de publicidade do governo. O presidente eleito quer sair do jugo do mercado e trazer a população para as demais pautas, quer sejam da educação, segurança, saúde, entre outras. Lula se sente capturado pela ditadura do mercado. É essa camisa de força que o leva a dar declarações de enfrentamento, verdadeiras bazófias que só dificultam o discurso mais sensato de governo.  A missão é marchar com o povo e não ser monitorado pela Faria Lima, mesmo que decisões fundamentais da economia obrigatoriamente passem pelo cluster financeiro paulista.

#Lula #PT

Política

Paulo Bernardo ganha força para assumir Itaipu

19/12/2022
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O ex-ministro Paulo Bernardo, integrante da equipe de transição, está cotado para assumir a presidência de Itaipu Binacional. Seu nome conta com importantes apoios dentro do PT, notadamente de Dilma Rousseff, de quem foi ministro das Comunicações, e da presidente do partido, Gleisi Hoffmann – com quem foi casado. No caso de Dilma, é quase um acerto de contas com o passado. Em 2015, a então presidente da República nomeou Paulo Bernardo para a direção-geral de Itaipu. No entanto, se viu obrigada a volta atrás: na mesma semana em que o petista tomaria posse, Sergio Moro enviou para o STF documentos com o suposto repasse de recursos ilícitos para Gleisi, então casada com Bernardo. 

A escolha do futuro nº 1 de Itaipu tem ainda mais importância no mosaico de cargos da área de energia devido a uma circunstância especial. No próximo ano, Brasil e Paraguai terão de negociar o novo Tratado de Itaipu – o atual, em vigor desde 1973, expira no mês de abril. 

#Gleisi Hoffmann #Itaipu Binacional #Paulo Bernardo #PT

Política

Economistas do PT são candidatas ao comando do BB

14/12/2022
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Os nomes de duas economistas do PT entraram na pauta de especulações para a presidência do Banco do Brasil: Juliane Furno e Laura Carvalho. Ambas pesam como chumbo nas ações do banco. Talvez seja melhor fechar o capital do BB.

#Banco do Brasil #PT

Esportes

CBF ensaia uma triangulação com Lula

13/12/2022
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Há um forte burburinho nos bastidores da CBF de que o ex-presidente do Corinthians Andres Sanchez terá um cargo de peso na entidade, diretamente vinculado ao presidente Ednaldo Rodrigues. Na prática, Sanchez teria mais poderes do que os próprios vice-presidentes da Confederação – entre os quais figura Fernando Sarney, filho de José Sarney. Nesse caso, o que mais chama a atenção é o timing da possível chegada de Sanchez. O ex-presidente do Corinthians, ex-deputado federal pelo PT, é bastante próximo a Lula. Era o mandatário do clube paulista quando da construção da Arena Itaquera pela Odebrecht. Em sua delação, o empresário Emilio Odebrecht teria se referido ao estádio como “um presente para Lula”.

#Andrés Sanchez #CBF #Corinthians #Lula #PT

Destaque

Supermercados podem ganhar crédito tributário em troca de manutenção de preços da cesta básica

6/12/2022
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Há uma ideia que passou pelas intenções de Paulo Guedes e anda pipocando na cabeça dos economistas do PT. Trata-se de chamar os supermercados para contribuir na manutenção dos preços da cesta básica até a inflação retornar à meta, iniciativa que o RR antecipou.

As grandes cadeias supermercadistas arcariam com a redução de parte da sua margem, podendo abater desse valor suas dívidas com o fisco. Uma parte seria compensada com crédito tributário, com vencimento diferido no longo prazo. A outra parte retornaria através do aumento das vendas devido a compressão dos preços. Guedes namorou a medida. Chegou a fazer uma reunião com os supermercados, ao lado de Bolsonaro, pedindo que eles colaborassem. O setor, como se sabe, é um oligopólio que cabe em uma sala com 10 cadeiras, no máximo.   

A lógica da medida é a compreensão de que o maior componente da inflação vem de fora. A majoração dos preços dos alimentos, a guerra da Rússia com a Ucrânia, o impacto sobre a cotação do petróleo, o risco do dólar disparatar, a lenta recomposição das cadeias de produção, a carestia internacional, entre outros vetores externos, são responsáveis pela resiliência da inflação. Na nossa praia, permanece o temor de um desatino na gestão das contas públicas. Essa situação levaria o país a um cenário de dominância fiscal, ou seja, quando a elevação da taxa de juros torna-se sem efeito ou mesmo pressiona os preços em geral.  

Desde 2018, os preços dos alimentos sobem mais do que a inflação medida pelo IPCA. No intervalo entre 2018 e 2021 eles cresceram 44% em média, quase o dobro da inflação de 24%. Já a cesta básica, no mesmo período, subiu 66%. Com essa velocidade de remarcação no preço dos alimentos, não há Bolsa Família que aguente. A carestia desidrata o valor do benefício social, que teria de ser corrigido recorrentemente, retroalimentando a espiral inflacionária.  

Para conter esse processo, a futura gestão Lula adotaria uma política de preços da cesta básica com os supermercados, além de voltar a formar estoques reguladores de alimentos. Ajudaria a geringonça funcionar se o governo, por meio do Conselho Monetário Nacional (CMN), alterasse a meta de inflação de 2023, ampliando-a de 3,25% para 4% ou mesmo 4,25%, com bandas de 1,5% para cima e para baixo. Em 2024, a meta seria mantida – o governo Bolsonaro fixou um target inviável de 3% para esse período. Esse ajuste permitiria o acerto mais rápido com os supermercados, que passariam a ter no retorno da inflação à meta como sua baliza para a normalização da política de preços. 

#Bolsa Família #IPCA #Paulo Guedes #PT

Política

Ex-presidentes duelam pelo comando da Caixa

5/12/2022
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Há uma boa probabilidade de um déjà vu no comando da Caixa Econômica: Miriam Belchior e Maria Fernanda Ramos, ambas ex-presidentes do banco nos governos passados do PT, disputam jarda a jarda a corrida para voltar ao posto de CEO.

#Caixa Econômica #PT

Negócios

Audi vai bater à porta dos “criadores” do seu problema tributário

5/12/2022
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A direção da Audi no Brasil está controlando a ansiedade com o pé na embreagem. Os executivos da montadora aguardam a posse do futuro governo para bater à porta do novo ministro da Fazenda, na tentativa de resolver uma longa novela tributária. Os alemães alegam ter direito a cerca de R$ 200 milhões em créditos tributários, decorrentes de investimentos feitos no âmbito do chamado Inovar-Auto. A volta do PT ao poder acende uma luzinha de esperança na montadora: o programa foi lançado em 2012, no governo de Dilma Rousseff. Desde então, a Audi já passou por dois presidentes da República – Michel Temer e Jair Bolsonaro – e dois ministros da Economia – Henrique Meirelles e Paulo Guedes – sem conseguir resolver a pendência.  

Os alemães, ressalte-se, têm moeda de troca para colocar sobre a mesa. A contrapartida seria o compromisso de retomada para valer da produção de veículos na fábrica de São José dos Pinhais, no Paraná, condicionada à recuperação dos créditos tributários. Hoje, a companhia monta dois modelos na unidade a partir de kits trazidos do exterior. Ou seja: zero de componente local. Em conversa com o RR, a Audi confirmou que “as negociações sobre os créditos de IPI com o governo estão em andamento, sem nenhuma conclusão até o momento.” A empresa afirma ainda que “neste momento segue apenas com a produção em SKD dos veículos Audi Q3 e Audi Q3 Sportback 2.0 equipado com a tração integral quattro. “ Segundo a montadora, “não existe previsão neste momento de nenhuma alteração no nosso atual sistema de produção.

#Audi #PT

Política

Lula e Bolsonaro “disputam” espaço na bancada ruralista

5/12/2022
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Neri Geller, cotado para assumir o Ministério da Agricultura, está no centro de uma disputa de poder no Instituto Pensar Agropecuária (IPA). Geller articula o lançamento de uma candidatura “lulista” à presidência do IPA. O nome mais cotado é o de Marcio Portocarrero, que comandou a secretária de Meio Ambiente do Mato Grosso do Sul no governo de Zeca do PT e atualmente ocupa o cargo de diretor-executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa). O adversário a ser vencido o ex-deputado Nilson Leitão, atual presidente do IPA. Na semana passada, Leitão, fez uma jogada de mestre no tabuleiro da sucessão. Conseguiu aprovar uma mudança no estatuto do Instituto, abrindo caminho para concorrer a mais um mandato. Sua eventual continuidade no cargo será uma vitória, ainda que indireta, de Jair Bolsonaro. E uma derrota de Geller, um dos principais assessores de Lula no agronegócio. 

#Jair Bolsonaro #Ministério da Agricultura #Neri Geller #PT

Política

PT estuda entrar na Justiça por esquema de segurança na posse

1/12/2022
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cogita entrar na Justiça para garantir a liberação das verbas necessárias para bancar o esquema de segurança na posse de Lula. Até o momento, a Polícia Federal não dispõe dos recursos necessários para arcar com diversos custos da operação. Falta dinheiro, por exemplo, para pagar o deslocamento e a estadia de agentes da PF em Brasília, que ficarão responsáveis pela proteção a autoridades locais e estrangeiras. É bem verdade que a Polícia Federal, assim como quase toda a máquina pública, está à míngua. No entanto, no PT, o entendimento é que o governo Bolsonaro está deliberadamente retendo verbas que poderiam ser liberadas para o esquema de segurança da posse.

#Gleisi Hoffmann #Polícia Federal #PT

Negócios

É recomendável ler a economista Esther Dweck

29/11/2022
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Há um novo best-seller no mercado – leia-se mercado como o mundo das instituições financeiras. Trata-se da “Economia Pós-Pandemia – Desmontando os mitos da Austeridade Fiscal e Construindo um Novo Paradigma Econômico”. O título já diz do que se trata. A demanda pela obra, porém, atrai mais por uma das organizadoras da coletânea de artigos do que pelo próprio enunciado do livro. Trata-se da economista Esther Dweck, braço direito de Nelson Barbosa, considerado pule de 10 para o cargo de ministro do Planejamento. É ela que acompanha Barbosa nas reuniões com integrantes do atual governo, a exemplo de Paulo Guedes. O livro pode levar ao suicídio os banqueiros e financistas que acreditarem estar ali a síntese maior do pensamento econômico do PT a ser aplicada em uma futura política econômica. É bom que Lula se informe direitinho sobre os motivos da queda da primeira-ministra inglesa, Liz Truss. Sua receita para área fiscal era bem mais suave do que a preconizada no livro-bomba.

#Esther Dweck #Lula #PT

Negócios

André Esteves já busca um lugar ao lado do próximo ministro da Fazenda

28/11/2022
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O BTG pode não ser o banco do coração do PT. Mas nenhum banqueiro se esforça mais do que André Esteves para cativar os ministros da Fazenda petistas. Com Guido Mantega, Esteves teve um caso explícito de acesso e interação. A história, como se sabe, foi parar até nos jornais. O RR, à época, encontrou os dois tricotando, em canto mais reservado e pouco iluminado do finado Hotel Maksoud Plaza. O local era o recinto escolhido para os jantares discretos. O papo fiado foi registrado nesta newsletter. Mas Mantega é água passada. Agora, Esteves está cercando Haddad. O hedge do banqueiro começa na primeira hora do primeiro rumor. Se der Persio Arida na Fazenda, a relação está mais que construída. Arida foi presidente do BTG, durante o período que Esteves, até injustamente, experimentou as agruras do cárcere. Mas com Haddad é um convívio a ser conquistado. E Esteves é um craque nesse assunto. Quem viu sua performance no almoço da Febraban, na última sexta-feira, quando se sentou bem ao lado de Haddad, assistiu aos sorrisos, comentários e salamaleques. Não dá para dizer que a proximidade com Esteves não tenha o seu lado positivo. O RR acha que o banqueiro do BTG e outros financistas, tais como André Jakurski e Luis Stuhlberger, são craques em enxergar a conjuntura por ângulos raros. Eles têm o que aconselhar. Mas sabe como é que é: quem dorme com os olhos dos outros não acorda a hora que quer. 

#André Esteves #BTG #Guido Mantega #PT

Destaque

Assessores de Lula traçam plano para a segurança das fronteiras

25/11/2022
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A equipe de transição do governo Lula para a área de Justiça e Segurança Pública está tracejando as primeiras linhas de um plano de combate ao crime organizado especificamente em regiões de fronteira. Nesse caso, o PT deverá beber na fonte do próprio PT. Uma das ideias é a criação de um programa nos moldes do Enafron (Estratégia Nacional de Segurança Pública nas Fronteiras), instituído no primeiro mandato de Dilma Rousseff e que acabaria perdendo fôlego nos anos seguintes. Por ora, como tudo na equipe de transição, as discussões são embrionárias. Mas, de acordo com a fonte do RR, um dos pilares desse “Enafron versão 2023” seria a implantação de uma força especial de segurança dedicada exclusivamente ao trabalho de investigações e de ações de campo em áreas de divisa. Essa corporação reuniria agentes oriundos da Polícia Federal e das Polícias Militares e Civis, guardadas as devidas proporções em um modelo similar ao da FNS (Força Nacional de Segurança), que reúne agentes de segurança das polícias estaduais. Ela atuaria lado a lado com as Forças Armadas.  

As discussões em torno do tema têm sido conduzidas pelo próprio Flavio Dino, principal candidato a ministro de Justiça e responsável pelo tema “fronteiras” na equipe de transição, e pelo ex-presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, que responde pela “subpasta” de milícias e crime organizado. Entre os integrantes do Comitê de Transição circula, inclusive, um relatório de 236 páginas elaborado em 2016, uma tentativa do então presidente Michel Temer de revitalizar o próprio Enafron – à época, quem estava à frente da Pasta da Justiça era o hoje ministro do STF Alexandre de Moraes.  

Fatos recentes compartilhados pelo Ministério da Justiça e pela Polícia Federal com o comitê de transição têm alimentado entre os auxiliares de Lula o senso de urgência em relação ao tema. Um exemplo: investigações da área de Inteligência da PF indicam a participação do Exército de Libertação Nacional no assassinato de quatro garimpeiros em Roraima, no último mês de agosto. A referida organização é um braço da extinta (?) FARC que fincou raízes na Venezuela e já tem ramificações em território brasileiro.  

#Alexandre de Moraes #Força Nacional de Segurança #Forças Armadas #Lula #PT

Destaque

Sucessão no Sebrae Nacional deflagra uma guerra interna

24/11/2022
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Há uma guerra intestina envolvendo o comando do Sebrae Nacional. O atual presidente, Carlos Melles, quer continuar no cargo e disputa o posto com seu diretor de administração e finanças, Eduardo Diogo. Não se trata de um duelo de tapas e beijos. Mas de tiro, porrada e bomba. O contencioso entre ambos é aberto a todas as entidades que formam o Conselho do Sebrae. Melles já teve sua candidatura lançada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA). Diogo cabala apoios.  

A corrida pelo cargo é aceleradíssima, porque o presidente nomeado pelas entidades estatutárias pode ser destituído pelo futuro governo. Destituir um presidente eleito pelas entidades de classe é certamente mais difícil do que retirar um mandatário eleito pelos trâmites normais. O PT tem apreço pela presidência do Sebrae. Não custa lembrar que Paulo Yamamoto, o assessor mais próximo de Lula, já esteve à frente da instituição. O presidente da Assembleia Legislativa do Rio, André Ceciliano, quer o cargo, e é provável que tenha o apoio do PT. O sociólogo Luiz Barreto Filho, que já foi presidente do Sebrae, corre por fora. 

#Lula #PT #Sebrae

Economia

Receitas extraorçamentárias devem irrigar investimentos

24/11/2022
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O RR cansou de defender que as receitas extraorçamentárias não fossem integralmente transferidas para o pagamento da dívida interna bruta – ou dívida interna líquida conforme parece ser, corretamente, o critério preferido pelo futuro do governo. Uma parcela maior ou menor desses valores, a discutir, seria alocada como receita variável para os investimentos. Nos primeiros governos do PT e nas gestões de Michel Temer e Jair Bolsonaro, esse expediente não foi utilizado. O investimento em ambos os mandatos foi descendo ladeira abaixo, até alcançar o ridículo percentual de menos de 2% dos gastos discricionários. Ora, o orçamento tem de ser cumprido, mas é possível buscar recursos extraordinários em outras fontes e alocar na infraestrutura, ciência e tecnologia e no complexo industrial de saúde, entre outros setores carentes e prioritários.  

O comitê de transição do PT incorporou a medida em seu cardápio fiscal. Será um expediente “fura teto”. Como o futuro governo não tem maior apreço pelas privatizações, a iniciativa nasce menos ambiciosa. Das desestatizações viria parcela expressiva dos recursos para os investimentos, no novo modelo de “extrafiscalidade”. Mas o governo tem um caminhão de concessões já contratadas e muitas a realizar, além de uma manifesta disposição de mexer nos mais de R$ 340 bilhões em incentivos fiscais, parte deles torrados em iniciativas que mais servem para o aumento da concentração de renda no país do que qualquer outra coisa. É correto separar dinheiro novo imprevisto de um orçamento fechado e que deve e tem de ser cumprido tanto para abater, em parte, a dívida pública quanto servir ao interesse nacional. É preciso reparar insuficiências graves que atravancam o desenvolvimento do país. 

#Jair Bolsonaro #Michel Temer #PT

Negócios

Destino da Oi deve ficar nas mãos de quem a criou

24/11/2022
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O mundo dá mesmo muitas voltas. Por um capricho do destino, o futuro da Oi deverá ficar nas mãos do governo do PT – onde nasceu o projeto da “supertele” brasileira, idealizado por José Dirceu ainda na gestão Lula. O fim ou não da recuperação judicial (RJ) da Oi depende basicamente da posição do Banco do Brasil e da Caixa, ou seja, na última linha, de uma decisão do governo brasileiro. Nestas últimas semanas da gestão Bolsonaro, não tem muita conversa. Segundo o RR apurou, a disposição da direção dos dois bancos federais, credores da companhia, é uma nova ofensiva na Justiça para brecar o levantamento da recuperação judicial nas atuais condições. Ambos alegam que a operadora não estaria cumprindo cláusula do plano de recuperação judicial que prevê o uso de recursos provenientes da alienação de ativos móveis para quitar dívidas quirografárias. Travam, portanto, uma queda de braço com o Ministério Público do Rio, que quer encerrar a RJ.  

#José Dirceu #Lula #Oi #PT

Política

Alckmin prega uma aliança para valer no Congresso

24/11/2022
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Geraldo Alckmin tem defendido que ao menos um dos líderes do governo no Congresso – Câmara ou Senado – seja de fora dos quadros do PT. A indicação de um congressista da base aliada seria mais uma sinalização da real intenção de Lula de governar com um espectro mais amplo de alianças. No caso do Senado, por exemplo, um nome forte para a missão é o de Otto Alencar (PSD-BA). Componente da equipe de transição, mais precisamente do grupo de trabalho do Desenvolvimento Regional, Alencar tem cumprido um papel importante na pescaria de votos para a aprovação da PEC da Transição no Senado. Mais do que isso: o empoderamento de Alencar é um passo chave para atrair o apoio do PSD, que terá a segunda maior bancada da próxima legislatura, com 11 senadores, atrás apenas do PL (14).

#Geraldo Alckmin #Lula #PT

Destaque

PT prepara inventário das heranças “malditas” de Bolsonaro

22/11/2022
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A equipe de transição recebeu uma nova missão. O PT pretende elaborar uma espécie de inventário do governo Bolsonaro, leia-se um relatório detalhando heranças “malditas” que serão deixadas para a próxima gestão nas mais diversas áreas. Além de um gesto político, assessores de Lula enxergam uma serventia nesse “anti-balanço”. Seu conteúdo seria usado para justificar medidas que eventualmente venham a ser tomadas já no início do mandato. Segundo as informações apuradas pelo RR, a iniciativa vai respingar até mesmo em Tarcísio Freitas, que, à frente do Ministério da Infraestrutura, deixou o maior legado da gestão Bolsonaro: investimentos contratados da ordem de R$ 925 bilhões em dez anos. Para efeito de comparação, Freitas valeu por um PAC inteiro – leia-se o Programa de Aceleração do Crescimento, de Dilma Rousseff, que prometia R$ 1 trilhão em investimentos de 2015 a 2018 e não chegou nem perto desse valor. Não por acaso, Freitas tornou-se o principal garoto propaganda do governo Bolsonaro. Talvez, por isso mesmo, o interesse do PT em cavoucar os “defeitinhos” da gestão de Tarcísio Freitas, caso de contenciosos e devoluções de concessões que será empurrado para a frente: são dez grandes ativos, entre os quais os aeroportos do Galeão e de São Gonçalo do Amarante, a BR-163 e a ferrovia Malha Oeste.  

#Dilma Rousseff #Jair Bolsonaro #Ministério da Infraestrutura #PT #Tarcísio Freitas

Política

Futuro governo quer desmontar o “GSI da Petrobras”

22/11/2022
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O nome do futuro presidente da Petrobras ainda é uma incógnita, mas uma de suas primeiras missões já está desenhada. Assessores do comitê de transição na área de energia ligados à estatal – como Deyvid Barcelar, coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) – têm alertado sobre a necessidade de o PT desmontar logo na partida o aparelho de Inteligência instalado pelo governo Bolsonaro dentro da empresa. Conforme o próprio RR já revelou, esse bunker é personificado, sobretudo, na figura de dois militares: o coronel da reserva do Exército Ricardo Silva Marques e o capitão tenente da reserva da Marinha Carlos Victor Guerra Nagem. Dentro da estatal, ambos carregam a pecha de comandarem uma espécie de “estrutura de espionagem” a serviço direto de Bolsonaro.  

Silva Marques chefia a Gerência Executiva de Inteligência e Segurança Corporativa, área que concentra os dados mais sigilosos dos funcionários da empresa. Nagem, por sua vez, bate ponto como assessor direto da presidência da companhia, com uma resiliência impressionante: já está no quarto CEO. Trata-se de um cargo de confiança. Normalmente assessores da presidência da Petrobras deixam o posto quando há uma troca de comando. Talvez a permanência de Nagem se explique pelo fato de que o seu chefe, de fato, não está na companhia, mas, sim, no Palácio do Planalto.

#Energia #Jair Bolsonaro #Petrobras #PT

Destaque

Escolas cívico-militares estão com os dias contados

21/11/2022
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A equipe de transição do PT na área de educação já está debruçada sobre um tema sensível: o fim do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares, implementado pelo governo Bolsonaro. O objetivo é suspender uma iniciativa vista pelo futuro como um projeto de doutrinação e uma interferência indevida no modelo educacional brasileiro. O programa foi a forma encontrada pelo presidente Jair Bolsonaro para ampliar o número de colégios “militares” sem a necessidade de construção de novos estabelecimentos integralmente sob a gestão do Exército. Até o momento, a iniciativa abrange 127 escolas públicas em todo o país. Ressalte-se o “até o momento”. O Ministério da Educação promete converter mais 89 escolas ao sistema até o fim do ano, um custo da ordem de R$ 1 milhão cada uma. Parece até uma vendeta premeditada.  

A disparada do número de escolas cívico-militares ao apagar das luzes da gestão Bolsonaro acabará aumentando o desgaste que o governo Lula terá de administrar com a “desmilitarização” na área de educação. O programa envolve as Forças Armadas, ainda que os oficiais participantes do projeto sejam todos da reserva. Na média, os colégios participantes do programa contam com 18 militares inativos para cada mil alunos. Eles têm atuação direta tanto na gestão escolar quanto na formulação do modelo de ensino.  

#Escolas Cívico-Militares #Exército #Jair Bolsonaro #Ministério da Educação #PT

Política

Futuro governo quer barrar novas indicações para a Anatel

21/11/2022
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O PT foi rápido no gatilho. Os articuladores políticos de Lula foram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para barrar a nova leva de indicações do presidente Jair Bolsonaro para agências reguladoras. Na semana passada, o Palácio do Planalto apresentou o nome do jurista Alexandre Freire para o Conselho Diretor da Anatel, assim como formalizou o pedido de recondução de Miriam Wimmer para o Conselho da cada vez mais estratégica Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD).

No total, há mais de uma dezena de indicações de Bolsonaro para órgãos reguladores em tramitação no Senado que PT quer brecar. Um dos exemplos mais relevantes é o pedido de nomeação do contra-almirante da Marinha Wilson Pereira de Lima Filho para a diretoria da Antaq. No que depender do futuro governo, nesse caso a já anunciada “desmilitarização” de órgãos federais vai começar antes mesmo do oficial da Marinha assumir o cargo. Na mesma linha, parlamentares do PT se articulam para derrubar também a indicação de Caio Cesar Farias Leôncio para a Antaq. Neste caso específico, o tiro ricocheteia no ministro Ciro Nogueira, padrinho político de Leôncio. 

#Anatel #Jair Bolsonaro #Lula #PT #Rodrigo Pacheco

Política

O desafio de silenciar Gleisi Hoffmann

18/11/2022
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O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, pediu com muito cuidado que a presidente do PT, Gleisi Hoffman, tenha um pouco mais de jeito em suas declarações referentes à área financeira. Gleisi tende a seguir o líder Lula e afrontar o mercado mediante qualquer pergunta sobra a volatilidade dos ativos. Só que Lula é Lula. Somente a ele é concedido o benefício de ter suas declarações relativizadas e contextualizados. Gleisi olha para o mercado como as ele fosse uma entidade ou um ente. Ontem mesmo declarou espevitada que o mercado não tem fome. Ora o “mercado” somos todos nós mediados por instituições autorizadas por nós, que queremos ganhar vantagem uns sobre os outros. Gleisi, advogada firmada, e Guido Mantega, um inacreditável professor de economia, precisam ser convencidos seriamente de que não poder dar declarações sobre economia. Menos mal que Mantega, após uma série de lambanças, deixou o comitê de transição. 

#Geraldo Alckmin #Gleisi Hoffman #Guido Mantega #PT

Política

Eunício de Oliveira volta com tudo a Brasília

16/11/2022
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A intensa movimentação de Eunício Oliveira nos bastidores tem chamado a atenção em círculos políticos de Brasília. Eleito deputado federal pelo Ceará, o emedebista tem buscado novos e antigos colegas da Casa, sensibilizando para futuras votações de projetos de interesse do governo Lula. Tudo tem sem preço. E o de Eunício, neste momento, seria o apoio do PT e de partidos aliados para garantir um cargo na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados a partir de fevereiro do ano que vem. Tem de combinar com Arthur Lira. 

#Arthur Lira #Eunício Oliveira #Lula #PT

Destaque

Ometto desponta como uma grande “potência energética” no próximo governo

14/11/2022
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O controlador da Cosan, Rubens Ometto, é candidato a ser no governo Lula, na área de energia renovável, o que a JBS se tornou na cadeia de proteína, a partir de primeira era do PT. Há fortíssimas ressalvas na comparação. Ometto vai colocar o grosso do dinheiro do seu bolso, e não da torneira financeira do BNDES. Quanto à diferença de métodos para obtenção de recursos entre o dono da Cosan e os irmãos Batista, controladores da JBS, a Lava Jato já contou o que havia para contar sobre esses últimos. O prestígio de Ometto com Lula é tanto que possivelmente ele seria guindado a um Ministério caso somente acenasse com a ideia ao amigo. Segundo o RR apurou, o presidente eleito pretende se reunir com Ometto ao voltar da COP 27, no Egito. Será um dos primeiros encontros de Lula com um empresário após a eleição, o que dá a medida do estreito relacionamento do dono da Cosan – ressalte-se que ambos já tiveram duas conversas reservadas durante a campanha. Ometto é visto como um personagem fundamental para os planos do novo governo de estimular fortemente a produção de energia limpa e de combustíveis verdes no Brasil. Ele é um cala boca para os críticos de que o governo Lula quer trocar a seiva do investimento privado pelo subsidiado investimento público. 

 

Vai ter muita grana do empresariado para as renováveis. Os números falam por si: na semana passada, a Raízen – joint venture entre a Cosan e a Shell – anunciou um investimento de R$ 6 bilhões na construção de cinco plantas de etanol de segunda geração. As atenções se voltam também para o hidrogênio verde. A Raízen desponta, desde já, como um dos potenciais candidatos a liderar alguns dos maiores projetos do setor no Brasil. O grupo fechou recentemente uma parceria com a USP com objetivo de desenvolver uma tecnologia capaz de transformar etanol em hidrogênio verde. E se alguém tem álcool de sobra no país é a dobradinha entre a Cosan e a Shell: são 35 usinas, com capacidade de produção de 3,5 bilhões de litros por ano.  

 

Fosse em outros tempos, o próprio Ometto e a Raízen seriam fortes candidatos a “cavalos vencedores”. A repetição desse velho modelo está fora de cogitação para o próximo governo Lula, conforme o RR já adiantou. O que não quer dizer que a Raízen não possa se favorecer de uma nova estratégia de incentivos para o aumento da inserção internacional do Brasil, focada em produtos – caso da energia verde – e não em empresas.   

#Cosan #Energia #Lula #PT #Raízen #Rubens Ometto

Política

Dilma Rousseff pode ter uma missão atômica

14/11/2022
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O nome de Dilma Rousseff tem sido especulado dentro do PT para comandar a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBpar), que assumiu o controle da Eletronuclear e de Itaipu após a privatização da Eletrobras. A princípio, pode soar como um cargo menor para uma ex-presidente da República. Mas Dilma teria missões nobres no seu métier de origem, a área de energia: além da conclusão da construção de Angra 3, regeria os estudos para a possível ampliação do programa nuclear brasileiro. Bastaria recorrer aos seus próprios arquivos. 

Durante seu primeiro mandato, o governo Dilma anunciou o plano de construir quatro novas geradoras atômicas até 2030 – a presidente chegou a tratar do tema durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU de 2011. No entanto, quem acabou sofrendo um processo de fissão foi o seu próprio governo. De qualquer forma, com a inevitável renovação da matriz energética, mesmo Dilma não pegando a picanha do setor, ela se torna manda-chuva da geração de energia nuclear, o que, em tempos de predominância do ambientalismo, é quase uma carne de primeira.

#Dilma Rousseff #Eletrobras #Eletronuclear #PT

Política

Municípios reivindicam manutenção dos royalties de Itaipu

14/11/2022
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Parlamentares do PT no Paraná – à frente a própria presidente do partido, Gleisi Hofmann – já articulam para que o novo Tratado de Itaipu mantenha a distribuição de royalties aos municípios banhados pelo lado da hidrelétrica. O fim do atual acordo bilateral, em agosto de 2023, traz a reboque o risco de extinção do pagamento. Há pressões de grupos políticos do Paraguai pelo fim do repasse.  

Os royalties são fundamentais para alavancar a arrecadação fiscal dos chamados municípios lindeiros, ou seja, diretamente atingidos pelo reservatório da usina – 15 no Paraná e um no Mato Grosso no Sul. No ano passado, essas cidades receberam cerca de R$ 550 milhões. Parlamentares do PT querem acelerar, já no início da próxima legislatura, a votação de um projeto de lei que prevê a manutenção dos royalties. Como o autor da proposta, o deputado Gustavo Fruet (PDT-PR), não se reelegeu, o receio é que o projeto perca fôlego na Câmara.   

#Gleisi Hofmann #Paraná #PT #Tratado de Itaipu

Política

O novo “controlador” do União Brasil

14/11/2022
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Há um emergente no União Brasil que tem exalado cada vez mais prestígio nesses tempos de transição: o vice-presidente do partido, Antônio de Rueda. Ele praticamente atropelou Luciano Bivar, presidente da sigla, e assumiu conversações com o PT, notadamente com Gleisi Hofmann e Wellington Dias, dois dos principais articuladores políticos de Lula. Em jogo, o apoio do União Brasil no Congresso ao próximo governo. Rueda é um caso de metamorfose típico neste momento em que o Brasil praticamente já trocou de governo. Próximo a Arthur Lira e com razoável prestígio junto ao Palácio do Planalto, não titubeou em rapidamente se afastar de Jair Bolsonaro e se aproximar de que já manda.   

#Arthur Lira #Gleisi Hofmann #Lula #PT #União Brasil #Wellington Dias

Política

Indicação de Mantega parece até obra da oposição

9/11/2022
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A indicação do ex-ministro Guido Mantega, feita ontem, para compor a equipe de transição é uma demonstração de que a desinteligência política, que costuma caracterizar algumas decisões do PT, deve ter contagiado o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin – tido como um experiente articulador. Ouvir o nome de Mantega é o exatamente o que o mercado, sua excelência, não quer. Mesmo que Mantega, um personagem controverso no episódio do Lava Jato e questionado em toda a sua participação nos governos do PT, tenha por algum motivo que constar da equipe da transição, seu nome poderia muito bem-estar entre os últimos da fila, entre os 50 participantes previstos para integrar o grupo. Mas agora….

#Geraldo Alckmin #Guido Mantega #PT

Negócios

“Revogaço” das armas pode ser um tiro no pé

9/11/2022
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Esses vazamentos sobre os “revogaços” do governo Lula na área de armamentos podem significar um tiro no pé. As informações de fontes do PT e que foram publicadas na imprensa garantem que Lula vai conter a venda dos artefatos bélicos e munição. Ora, como sabem desde sempre os mercados, esse tipo de notícia não se antecipa, se faz no laço. Até porque, qualquer especulação nesse sentido pode sair pela culatra. Como Lula vai tomar posse apenas em 1º de janeiro, seria um convite para a turma da bala fazer o Natal das armas, raspando tudo o que estiver na prateleira da indústria. 

#Lula #PT

Política

PT e Lira se acertam sobre escolha para o TCU

8/11/2022
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O futuro governo Lula e o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, vão acertando os ponteiros em todos os horários. O PT já sinalizou que não vai interferir na escolha do futuro ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), que sairá da Câmara. Na prática, o acordo abre caminho para que a indicação saia ainda nesta legislatura, sob a regência do próprio Lira. O seu nome preferido é o deputado Jonathan de Jesus (Rep-RR). O clã Bolsonaro trabalha a favor de Soraya Santos (PL-RJ). No entanto, com a derrota de Jair Bolsonaro, o mais provável é que Soraya fique pelo caminho. Lira não vai desperdiçar munição com um futuro ex-presidente da República.  

#Arthur Lira #PT

Destaque

Lula embaralha as cartas do seu Ministério

7/11/2022
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Lula pode “quebrar” as casas de apostas. Nos cenários traçados para a montagem do seu futuro gabinete surge a possibilidade de um Ministério de ponta cabeça, uma análise combinatória diferente do que vem sendo especulado até o momento. Em todas as listas de candidato à Fazenda, Henrique Meirelles assumiria o Ministério das Relações Exteriores. Caberia a ele comandar as grandes negociações no exterior, voltadas à captação de recursos internacionais. O ex-ministro e ex-presidente do Banco Central cuidaria também da pauta ambiental, cada vez mais geminada com a agenda econômica. Meirelles teria a missão de destravar, por exemplo, os investimentos de fundos soberanos para grandes projetos vinculados à Amazônia – dinheiro esse que sumiu do mapa devido à, literalmente, devastadora gestão de Bolsonaro no meio ambiente. Os governos da Alemanha e da Noruega já anunciaram a intenção de retomar os aportes no Fundo Amazônia. Ou seja: sob certo ângulo, Meirelles teria um pé na economia, ainda que da fronteira para fora do Brasil. Não custa lembrar que não seria a primeira vez que um banqueiro ocuparia o cargo. O “Barão” do Banco Itaú, Olavo Setúbal, também exerceu a função de ministro das Relações Exteriores, durante o governo Sarney. 

A ida de Henrique Meirelles para o Itamaraty traz a reboque uma espécie de efeito dominó para a montagem novo Ministério, impactando diretamente em outras escolhas. Segundo um graduado assessor de Lula, nesse cenário crescem as probabilidades de Fernando Haddad assumir o Ministério da Fazenda. Sua nomeação atenderia o perfil idealizado por Lula, desde sempre, para o cargo: ter um político à frente da Pasta. Além disso, registre-se que Haddad não é um neófito no tema: o ex-ministro é mestre em Economia pela USP.  

Por sua vez, com a indicação de Meirelles para as Relações Exteriores, Celso Amorim iria para o Palácio do Planalto. De acordo com a fonte do RR, seu nome é especulado dentro do próprio PT para ser um secretário especial de Lula ou até mesmo assumir a Casa Civil. Ainda que a maior expertise de Amorim não seja exatamente a articulação política, o presidente eleito tem profunda confiança em seu ex-chanceler. Mas ressalte-se que são apenas especulações colhidas em meio às feéricas discussões ocorridas no seio do PT.

#Henrique Meirelles #Lula #Ministério da Fazenda #Ministério das Relações Exteriores #PT

Internacional

Dilma vai para Portugal ou Bulgária?

4/11/2022
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Dentro do PT há uma aposta de que Lula delegará a Dilma Rousseff o posto de embaixadora do Brasil em Portugal. Nas internas, no entanto, tem quem defenda que Dilma seja enviada para a Bulgária, terra natal do pai da ex presidente.

#Dilma Rousseff #Lula #Portugal #PT

Política

Um votinho a mais

4/11/2022
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O PT já corteja a senadora suplente Ivete da Silveira (MDB). Com a eleição do bolsonarista-raiz Jorginho Mello para o governo de Santa Catarina, Ivete vai herdar uma cadeira no Senado.

#MDB #PT


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“Frente ampla” 1

3/11/2022
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Gleisi Hofmann e Wellington Dias foram escalados para negociar uma aliança com o presidente do União Brasil, Luciano Bivar. Os 59 deputados federais e os dez senadores do partido são vistos pelo PT como uma preciosa bancada para garantir a governabilidade.

#Gleisi Hofmann #PT #União Brasil #Wellington Dias

Destaque

Que lama está guardada para o debate de hoje?

28/10/2022
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Até ontem, no início da noite, assessores de Jair Bolsonaro discutiam o lançamento de uma “granada” contra Lula no debate de hoje à noite. Sob a ótica do comitê de Bolsonaro, o artefato em questão teria o efeito de um “grande finale” para a campanha. O presidente acusaria Lula de “molestador”. O ataque – de longe o mais venal da mais venal das disputais eleitorais brasileiras – seria feito com base em declarações do cientista político Cesar Benjamin, conhecido como “Cesinha”, em artigo publicado na Folha de S. Paulo em 27 de novembro de 2009. A referida matéria remete à prisão de Lula, então líder sindical, em 1980. O suposto episódio, que daria origem à acusação no debate de hoje, é tratado com riqueza de detalhes na versão de “Cesinha”, um dos fundadores do PT. O caso é kafkiano, bem ao feitio da atual campanha. No artigo, o cientista político afirma, inclusive, que, em 1994, conversou com o próprio Lula sobre o assunto. Esse diálogo, no entanto, foi desmentido pelo publicitário Paulo de Tarso, que, segundo “Cesinha”, estava presente ao encontro.

A acusação seria um contraponto, praticamente na mesma moeda, ao uso político feito pelo PT em cima do “pintou um clima”, leia-se a declaração de Bolsonaro sobre as jovens venezuelanas. O episódio, explorado pela campanha petista, rendeu ao presidente da República a pecha de “pedófilo”. Segundo uma fonte do comitê de Bolsonaro, no staff de campanha o ataque moral guardado no bolso do colete para hoje à noite recebeu o codinome de “Lurian 2”. Para quem não se lembra, em 1989, o programa eleitoral de Fernando Collor exibiu um depoimento de Miriam Cordeiro, ex-namorada de Lula, acusando o petista de ter lhe proposto aborto e de não assumir a paternidade da filha de ambos, Lurian Cordeiro.

Até ontem, a campanha de Jair Bolsonaro ainda discutia sobre a conveniência de descarregar ou não o episódio no debate de hoje. Seria um tiro de calibre tão ou mais alto do que as suspeições sobre fraude na eleição que certamente vão ser despejadas por Bolsonaro, sobretudo depois dos acontecimentos desta semana. Nesse contexto, a “Operação Lurian 2” estaria vinculada ao próprio andamento do programa, lembrando que, nos intervalos comerciais, assessores aconselham o candidato em relação à abordagem de determinados temas no bloco seguinte. Mas nem só de tresloucados vive o ringue eleitoral. No staff de Bolsonaro, há um temor de que o ataque possa se voltar contra o presidente em razão da virulência e da irresponsabilidade da “revelação”. Por muito menos, Bolsonaro refugou no debate da Globo do dia 29 de setembro. Na ocasião, ele perguntou à candidata Simone Tebet sobre a morte do ex-prefeito de Santo André, Celso Daniel. Tebet desarmou o artefato, recusando-se a levantar a bola de volta para Bolsonaro e recomendando que ele fizesse a pergunta diretamente a Lula. Jair Bolsonaro, o “imbrochável”, brochou em repetir a pergunta face a face com o petista.

Vento que venta lá venta cá. Por sua vez, na campanha de Bolsonaro há um receio com as informações que assessores de Lula estão reunindo para hoje à noite, com o objetivo de escancarar a proximidade entre o presidente e Roberto Jefferson. Não faltam laços a uni-los. No último sábado, por exemplo, o Padre Kelmon, uma espécie de “candidato laranja” do PTB à Presidência, esteve com Bolsonaro em um ato de campanha, em Guarulhos (SP) – na véspera, Michelle Bolsonaro referiu-se a Kelmon como o “padre mais amado do Brasil”. No dia seguinte, lá estava Padre Kelmon no condomínio de Jefferson, na cidade de Comendador Levy Gasparian, a mais de duas horas de carro do Rio de Janeiro, para “negociar” a prisão do correligionário. Para além de fatos mais recentes, a relação entre Bolsonaro e Jefferson vem de outros carnavais. Em 2003, Eduardo Bolsonaro, então um jovem estudante de direito de 19 anos, ocupou um cargo na liderança do PTB, comandado por Jefferson. Em maio de 2020, o petebista postou uma foto nas redes sociais empunhando um fuzil e manifestando apoio a Bolsonaro para combater o “comunismo”. São fatos a serem potencialmente explorados por Lula para manter o caso Jefferson em evidência no debate de hoje – a história acabou sendo convenientemente eclipsada pela campanha de Bolsonaro com as denúncias de suposta fraude na veiculação de propagandas eleitorais. Tanto de um lado quanto de outro, nunca se viu um emporcalhamento tão grande em uma disputa eleitoral.

 

 

Brasil x União Soviética

Vai ver é só paranoia. Mas ontem, no comitê de campanha de Lula, houve quem aventasse a hipótese de Jair Bolsonaro levar uma camisa da seleção brasileira para o debate de hoje, a título de provocação contra o oponente. Seria uma batalha a mais na guerra dos símbolos, na qual o bolsonarismo se apropriou da bandeira nacional contra o vermelho “comunista” do PT. De repente, em uma campanha repleta de traquinagens, até faz sentido mesmo.

#Eduardo Bolsonaro #Jair Bolsonaro #Lula #PT

Eleições

Ainda o debate de hoje

28/10/2022
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Lula deverá levar a questão fundiária para o debate de hoje. Nos últimos dias, seus assessores levantaram uma série de indicadores com o objetivo de desmontar a propaganda de Jair Bolsonaro, que afirma ter concedido mais 400 mil títulos de posse para agricultores em seu governo. O petista vai bater na tecla de que, desse total, 88% não teriam sido documentos definitivos, mas apenas renovações provisórias de registros de ocupação de terras da União. Segundo o RR apurou, no calhamaço de números repassados a Lula para o debate consta ainda a informação de que, nos governos do PT, cerca de 750 mil famílias foram beneficiadas pela reforma agrária, contra apenas nove mil na gestão Bolsonaro.

#Jair Bolsonaro #Lula #PT

Política

Mão dupla

28/10/2022
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A declaração de apoio de José Sarney a Lula teve uma contrapartida: o apoio do PT à candidatura de Roseana Sarney à presidência da Câmara, conforme antecipou o RR em 7 de outubro.

#José Sarney #Lula #PT

Política

O perigo mora ao lado

24/10/2022
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Spoiler dos próximos programas de Jair Bolsonaro no horário eleitoral: Bolsonaro vai vincular  duramente Lula ao presidente Alberto Fernández e à crise econômica argentina, com direito a cenas de prateleiras vazias em supermercados. A premissa do staff de campanha é que a Argentina cala mais fundo no eleitorado da classe média do que a já surrada vinculação do PT à Venezuela.

#Argentina #Jair Bolsonaro #Lula #PT #Venezuela

Destaque

O perdão nosso de cada candidato

20/10/2022
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A “República do perdão” independe das urnas. Seja Lula, seja Jair Bolsonaro, o vencedor das eleições terá de solicitar ao Congresso um waiver para que o teto de gastos possa ser furado mais uma vez. Entre os assessores econômicos dos dois candidatos, o pedido de anistia é tratado como algo praticamente inevitável. O próximo presidente precisará de tempo para implementar um novo arcabouço fiscal, que só terá efeito prático a partir do segundo ano de mandato. A mudança nas regras, vinculada ao compromisso de manutenção do ajuste fiscal, justificaria a requisição ao Legislativo da “licença para gastar”. Mal comparando, seria uma versão doméstica dos tantos pedidos de waiver feitos ao FMI por governos brasileiros do passado. Cada tempo com seus apertos.

A premissa é que o ano de 2023 já está perdido. O PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) para o próximo ano, enviado ao Congresso, não contempla a massa de gastos adicionais fora do teto. A manutenção do Auxílio Brasil de R$ 600 custará cerca de R$ 60 bilhões por ano. O pagamento de 13º do benefício a mulheres, prometido por Bolsonaro, vai exigir outros R$ 10 bilhões. Entra ainda nessa “conta dos não contabilizados” um passivo de precatórios expedidos e não pagos de aproximadamente R$ 50 bilhões. Some-se a isso o fato de que o próprio teto de gastos deverá ser rebaixado. A PLOA encaminhada ao Congresso previa um IPCA de 7,2% para este ano. No entanto, o último Boletim Focus, de 7 de outubro, traz uma projeção de 5,71%. Nesses termos, o teto previsto na PLOA de 2023 está superestimado em cerca de R$ 24 bilhões.

Tanto os assessores de Lula quanto a equipe econômica do governo Bolsonaro já acenam com um novo arcabouço fiscal. Pelo lado da atual gestão, técnicos do Tesouro Nacional concluíram a minuta de um plano que preserva o teto de gastos, mas altera o modelo abrindo margem para aumento real dos gastos de até 2,5% ao ano a depender de três variáveis. Para começar, o projeto estabelece como referência a DLGG (dívida líquida do governo geral) – o indicador abrange ativos e passivos da União, estados e municípios, excluindo ativos e passivos de posse do BC. A proposta do Tesouro contempla a dívida líquida do governo geral em relação ao PIB do ano corrente, estabelecendo três bandas possíveis: abaixo de 45% do PIB; de 45% a 55%; e acima de 55%. Essa relação DLGG/PIB é comparada à média dos três anos anteriores, para se verificar alta ou queda. Finalmente, o modelo observa se a média bianual de resultados primários indica um saldo positivo e crescente na comparação com os dois anos anteriores. Nesse caso, seria concedido um bônus de 0,5 ponto percentual para elevação das despesas. Dessa alquimia os técnicos do Tesouro derivaram para 12 combinações possíveis que possibilitam uma variação dos gastos primários do governo federal entre zero e 2,5% ao ano.

Lula já afirmou que vai acabar com a atual regra do teto de gastos. Assessores do comitê econômico do petista têm sinalizado a hipótese de retirar investimentos do cálculo para o limite das despesas. De toda a forma, as informações que saem da campanha do PT ainda são pouco conclusivas. Talvez fruto da biodiversidade de economistas de diferentes correntes de pensamento que se aglutinaram em torno da sua campanha, há vozes que defendem uma regra baseada em uma trava para os gastos; outros entendem que o melhor critério é o saldo positivo das contas públicas. Pérsio Arida, por exemplo, um importante colaborador do plano de governo do PT, defende um programa de gastos de R$ 100 bilhões fora do teto até que seja definida a nova regra fiscal. Economistas do PT discutem ainda alguma regra contracíclica para o teto. Ou seja: o governo aumentaria o teto e consequentemente o limite de gastos quando a economia estivesse retraindo, como forma de compensar o menor crescimento. Em contrapartida, o oposto também ocorreria, ou seja, a redução do teto em caso de uma expansão do PIB que permitisse um volume menor de gastos públicos.

Seja como for, seja quem for, o cenário é dramático. Com a manutenção de desonerações concedidas neste ano, notadamente IPI e PIS/Cofins sobre combustíveis, o gasto tributário federal, ou seja, o custo das renúncias, cresceu de 0,5% do PIB para 4,3% do PIB em 2023 – acima do índice de 2% do PIB estabelecido na Emenda Constitucional 109/2021, originada da PEC Emergencial. As estimativas apontam que a relação dívida/PIB deverá crescer quatro pontos percentuais entre dezembro deste ano e dezembro de 2023. Nesse contexto, não há margem de manobra. Seja quem for o presidente, seja qual for o novo arcabouço fiscal, 2023 terá de ser o ano do perdão.

#Auxílio Brasil #Economia #Jair Bolsonaro #Lula #PIB #PT

Destaque

Há um Bolsonaro vs. Lula na eleição do Banco Interamericano

19/10/2022
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Ilan Goldfajn não é o único brasileiro no páreo para assumir a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Segundo o RR apurou, há uma articulação em torno do nome do também economista Luiz Awazu Pereira da Silva, atualmente diretor-geral adjunto do BIS (Banco de Compensações Internacionais) – uma espécie de Banco Central dos Bancos Centrais. Sua candidatura ganha corpo de fora para dentro do Brasil. De acordo com a fonte do RR, Awazu conta com o apoio de países de peso, como Estados Unidos e Canadá.

A eleição está marcada para 20 de novembro – os candidatos devem ser indicados até 11 de novembro. O colégio eleitoral é composto pelos próprios diretores do BID, com peso proporcional à representatividade dos respectivos países. O governo norte-americano responde, sozinho, por 30% dos votos. O sistema para a eleição do presidente do BID estimula ou, mais do que isso, exige uma ampla articulação diplomática.

O Brasil, por exemplo, tem junto com o Suriname 11,4% de poder de voto. A representante do país na diretoria do BID é Martha Seillier, ex-secretária de PPI do governo Bolsonaro. Sob um determinado ângulo, não seria exagero dizer que a eventual disputa entre Ilan Goldfajn e Luiz Awazu reproduz o embate eleitoral entre Jair Bolsonaro e Lula. Goldfajn é o candidato da gestão Bolsonaro. Tem o apoio explícito de Paulo Guedes, que levou o nome do economista a Nova York na semana passada.

Ressalte-se que Bolsonaro quer fazer o presidente do BID mesmo que não venha a ser reeleito. Ou seja: no intervalo entre o segundo turno e a eleição no banco, vai seguir trabalhando pela candidatura de Goldfajn. Awazu, por sua vez, tem uma trajetória interligada aos governos do PT. Comandou a Secretaria de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda no primeiro mandato de Lula. Posteriormente ocupou o cargo de diretor de Política Econômica e Assuntos Internacionais do Banco Central no primeiro governo Dilma.

#Banco Central #BID #Jair Bolsonaro #Lula #Ministério da Fazenda #PT


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Rei da mesa

14/10/2022
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Jorge Samek está cotado para voltar ao comando de Itaipu caso Lula vença a eleição. A indicação tem o apoio de Gleisi Hoffmann. Em termos de longevidade, Samek foi campeão nos governos do PT: presidiu a estatal de 2003 a 2016.

#Gleisi Hoffmann #Itaipu Binacional #Jorge Samek #Lula #PT


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Bolsonaro embala um pacote pré-eleitoral para o Nordeste

7/10/2022
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Jair Bolsonaro pretende se apropriar do tema “frente de trabalho”, brigando em um terreno historicamente pertencente ao PT. As discussões no comitê de campanha miram, notadamente, o Nordeste, uma das regiões do país mais sensíveis à questão do desemprego e, ao mesmo tempo, território hostil às pretensões eleitorais do presidente. Assessores de Bolsonaro estão levantando junto a órgãos vinculados ao Ministério da Infraestrutura, notadamente o DNIT e a Infra S/A (antiga Valec), uma série de projetos para a Região, a serem anunciados durante a campanha do segundo turno.

A ideia é embrulhar nesse pacote novas obras de infraestrutura com empreendimentos que já estão no pipeline, mas ainda não saíram do papel. Tudo amarrado ao discurso da geração de postos de trabalho. Segundo o RR apurou, um dos principais projetos será a construção do Sistema Hidroviário do Parnaíba, fundamental para o escoamento da produção agrícola do Piauí e Maranhão. O investimento estimado chega a R$ 14 bilhões. Seria uma bandeira com razoável impacto para milhares de pequenos produtores que atuam na agricultura familiar não só no Maranhão e Piauí, mas também Bahia e Tocantins – ou seja, todo o quadrilátero conhecido como “Matopiba”. Bolsonaro deverá anunciar ainda a ampliação da BR-101, nos trechos entre a Bahia, Alagoas e Sergipe, a duplicação da BR-235, também em Sergipe, além do avanço das obras da Fiol II, leia-se o trecho da Ferrovia de Integração Leste-Oeste entre Caetité e Barreiras, na Bahia.

O projeto seria vinculado à liberação de recursos do FDNE (Fundo de Desenvolvimento do Nordeste). Hoje, o empreendimento gera aproximadamente três mil empregos diretos e indiretos. Estima-se que esse número possa chegar a cinco postos de trabalho, especialmente com o início das obras do chamado Lote 6 da ferrovia. A estratégia de unir o trinômio infraestrutura/Nordeste/postos de trabalho deve ser creditada na conta do ministro das Comunicações, Fabio Faria, hoje um dos mais influentes assessores do comitê de Jair Bolsonaro. Potiguar, Faria tem sido um dos principais articuladores políticos de Bolsonaro na região. A ideia é dar munição eleitoral ao presidente para que ele percorra o Nordeste, anunciando – ou reanunciando – os investimentos.

#Dnit #Jair Bolsonaro #Ministério da Infraestrutura #Nordeste #PT


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A eleição depois da eleição

7/10/2022
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O nome do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha desponta dentro do PT como um potencial candidato a presidência da Câmara, em fevereiro de 2023. Antes, no entanto, Lula precisa ganhar a eleição que realmente interessa.

O que se diz nas entranhas do MDB é que Roseana Sarney também tem pretensões de disputar a presidência da Câmara. Seria, inclusive, moeda de troca para José Sarney declarar apoio a Lula ou a Jair Bolsonaro no segundo turno. A essa altura, fazer de  Roseana presidente da Câmara seria um trabalho de Hércules para qualquer um dos candidatos.

#Alexandre Padilha #Jair Bolsonaro #José Sarney #Lula #MDB #PT


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“E daí?”, diria Bolsonaro

7/10/2022
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Pesquisa qualitativa recebida pelo comitê de campanha de Jair Bolsonaro na última terça-feira aponta que 69% dos brasileiros veem o presidente como uma ameaça à democracia. Outros 89% classificam a democracia como um valor a ser preservado. Qual será o impacto desse survey no discurso de Bolsonaro? Nenhum.

#Jair Bolsonaro #Lula #PT


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Lula vai soltar algum spoiler na economia?

5/10/2022
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O comitê da campanha petista pressiona Lula a antecipar nomes da sua equipe econômica e anunciar propostas concretas, tudo o que o candidato não fez até o momento. Essa mobilização é um reconhecimento de um equívoco. Sob certo aspecto, Lula desdenhou da realidade eleitoral ao não assumir riscos e não dar pistas de sua política econômica na disputa do primeiro turno. Não são discussões em linha reta. Dentro do PT, há estratégias e propostas distintas, defendidas pelas diferentes correntes de pensamento econômico que foram se aninhando na campanha de Lula. A eminência parda da área econômica no partido, Aloizio Mercadante, defende que o candidato anuncie medidas mais afeitas ao ideário histórico do PT. Entrariam nesse rol o aumento do salário-mínimo, a promessa de correção da remuneração do funcionalismo público e a garantia de constitucionalização do Bolsa Família, que Lula promete recriar no lugar do Auxílio Brasil. Ou seja: o benefício passaria a ser uma ação de Estado e não do governo da ocasião. Mercadante entende, inclusive, que Lula deve explorar ao máximo essas propostas nos debates eleitorais do segundo turno. A premissa é que são medidas que Jair Bolsonaro não seria capaz de “bidar”. Ou seja: seriam ativos quase exclusivos do candidato do PT.

Por sua vez, Geraldo Alckmin defende um discurso mais ameno, voltado a crescimento, linha que encontra eco em Andre Lara Resende e Pérsio Arida, colaboradores na formulação do programa econômico petista. O duo “Larida” seria da opinião que Lula deve esmiuçar propostas para estimular investimentos, especialmente na área de infraestrutura, e fomentar a criação de frentes de trabalho.

Lula sempre foi da opinião que nome de ministro e política econômica só se anuncia depois da eleição. Foi o que fez em seu primeiro mandato, divulgando a nomeação de Antonio Palocci somente no dia 12 de dezembro de 2002, portanto um mês e meio após a vitória nas urnas. No entanto, a redução da diferença para Jair Bolsonaro no primeiro turno – bem inferior à apontada pelas pesquisas – joga um fator de pressão para que o petista antecipe fatos. Até como forma de conter especulações que, a essa altura, levam mais tensão à campanha petista. Nos últimos dias, surgiram rumores no mercado de que Lula estaria propenso a indicar um economista “puro-sangue” do PT para o Ministério da Fazenda. Nesse caso, o futuro ministro sairia da “lista tríplice” formada por Aloizio Mercadante, Guilherme Mello e Gabriel Galípolo.

Mercadante é uma espécie de decano dos economistas do PT, colaborador histórico de Lula e, por isso mesmo, talvez o nome com maior suporte político dentro do partido. Mello e Galípolo, por sua vez, são estrelas em ascensão. Com a mesma idade, 39 anos, ambos se destacaram durante a campanha como dois dos principais formuladores do programa econômico de Lula. Mello, da Unicamp, já disse que o governo Lula pretende revogar o teto de gastos e criar um novo arcabouço fiscal. O que isso significa? Pouco ou nada se sabe, o que só ajuda a alimentar tensões no mercado.

Já Galípolo tem uma trajetória, digamos assim, menos convencional para o perfil dos economistas historicamente próximos ao PT – ainda que seja um colaborador de Mercadante há mais de dez anos. Formado pela PUC, foi CEO do Fator, o que, em tese, talvez o coloque em uma situação de vantagem, como um nome um pouco menos rascante para o mercado. Galípolo também é próximo de Luciano Coutinho, o que em parte explicaria as especulações do seu nome para um BNDES vitaminado – ver RR de 5 de setembro.

Em conversas com assessores próximos a Lula, o RR apurou que, apesar de eventuais pressões do partido, Lula pende para a saída mais desejável pelo mercado, leia-se um Ministério “PTucano”. Na prática, a construção desse staff já vem surgindo aos poucos, de forma gradativa – em uma combinação antecipada pelo RR ao longo dos últimos meses. Geraldo Alckmin segue como forte candidato ao Ministério da Fazenda – como informou a newsletter no dia 19 de setembro. Dentro do próprio PT, ressalte-se, há focos de resistência ao nome de Geraldo Alckmin – e, consequentemente à “tucanização” da economia. Um dos argumentos é que o vice-presidente da República não seria um ministro demissível. Tudo tem seu jeito. Alckmin pode até não ser “demissível”, mas seria perfeitamente “deslocável”, caso assim fosse necessário. Por essa linha, Lula formalizaria também a presença de André Lara Resende e Pérsio Arida em sua equipe econômica. É outro movimento que não vem de hoje. Em março de 2021, mais precisamente na edição do dia 16, o RR foi o primeiro veículo a noticiar a aproximação de Lara Resende e Lula e a possibilidade do ex-tucano integrar um eventual governo petista.

O RR não acredita que Lara Resende seja o escolhido para o cargo de ministro. O mercado financeiro se ressentiria da escolha, em razão das suas “novidadeiras” teorias monetárias. Mas ele será um importante colaborador de Lula na formulação da política econômica, o que já foi endossado pelo próprio petista. O mesmo se aplica a Pérsio Arida, outro nome egresso do ninho tucano, que também confirmou sua colaboração com o comitê responsável pelo programa econômico e igualmente se achegou a Lula pelas mãos de Alckmin. A presença de Lara Resende e Arida traz para o governo petista o ativo da maior revolução monetária do país, com o fim da hiperinflação. Ou seja: Lula pode capitalizar o fato de que arregimentou das antigas fileiras tucanas a dobradinha que ajudou a idealizar o Plano Real e a resolver o maior problema do povo: a carestia. Mesmo que o petista não tenha apoiado o Real na sua origem.

O regra três da área econômica de Lula é, como sempre foi, seu ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Seu apoio a Lula não teria sido uma decisão destituída de qualquer acordo ou interesse. Meirelles é quindim do mercado. A newsletter aposta que seu nome está guardado para a saída de Roberto Campos Neto da presidente do BC daqui há dois anos – ver RR de 9 de setembro. Campos Neto já afirmou que não se recandidatará, o que também é o desejo do PT. Meirelles estaria sentado no Conselho da controversa corretora de criptomoedas Binance, aguardando a convocação. Será, então, o mais longevo presidente do BC e joia rara dos três governos Lula. Mas Meirelles não é papo para a campanha eleitoral. Os atores agora são outros.

#Auxílio Brasil #Banco Central #BNDES #Geraldo Alckmin #Henrique Meirelles #Jair Bolsonaro #Lula #Ministério da Fazenda #PT


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Um aeroporto fora do radar eleitoral

5/10/2022
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A Anac deverá homologar até dezembro o Aeroporto de Sobral. Ou seja: oito meses depois da inauguração oficial do terminal, em abril. Línguas ferinas na própria agência reguladora atribuem a demora a uma manobra calculada do governo Bolsonaro para impedir que o PT, do ex-governador Camilo Santana, capitalizasse o investimento de R$ 70 milhões na campanha eleitoral.

#Anac #PT


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José Dirceu é a bola da vez na campanha de Bolsonaro

4/10/2022
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No que depender de Carlos Bolsonaro, José Dirceu deverá ser uma peça importante na campanha de Jair Bolsonaro no segundo turno. “Carluxo” defende como estratégia o uso do nome de Dirceu para intensificar o discurso de criminalização de Lula e do PT. Ressalte-se que o track records joga a favor do “02”. Até agora, ele acertou todas na estratégia de campanha, vide os ataques a institutos de pesquisa – ver RR de ontem.

No caso de Dirceu, sua proposta é explorar ao máximo a folha corrida do petista, incluindo a produção de vídeos para as redes sociais e para os programas eleitorais de Bolsonaro. O staff do presidente já estaria selecionando imagens “emblemáticas” da trajetória do ex- ministro da Casa Civil. O acervo iria da época de guerrilheiro à prisão e julgamento na Lava Jato. O próprio presidente deverá levantar a bola nos debates, fazendo menção a José Dirceu de forma a constranger e seu oponente. Ou seja: Bolsonaro utilizaria a criatura contra o seu criador.

Com essa estratégia, a campanha de Jair Bolsonaro pretende jogar luz sobre uma figura que o próprio PT, prudentemente, tem mantido na penumbra durante toda o processo eleitoral. Segundo o RR apurou, no comitê político de Bolsonaro já se discute ações até mais contundentes. Uma delas seria o vazamento da “informação” de que Dirceu terá um cargo no eventual governo Lula, assumindo, mais uma vez, toda a coordenação política do petista. Nos cálculos de Carlos Bolsonaro, essa narrativa teria o efeito de aumentar tensões e galvanizar uma parcela do eleitorado que não votou nem no atual presidente nem em Lula no primeiro turno. Para eleitores ao centro e à direita, a menção ao nome de Dirceu já seria suficiente para evocar o pior dos recalls: o cérebro por traz do mensalão, do petrolão e de toda a sorte de atos criminosos necessários para assegurar uma longeva permanência do PT no Poder.

#Carlos Bolsonaro #Jair Bolsonaro #José Dirceu #Lula #PT


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Bolsonaro elege institutos de pesquisa como o “inimigo” a ser batido no segundo turno

3/10/2022
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Carlos Bolsonaro venceu. Ontem, “Carluxo” foi festejado no comitê de campanha de Jair Bolsonaro. No núcleo duro dos articuladores políticos de Bolsonaro, o “02” sempre foi o maior defensor de que deveriam ser feitos ataques contundentes contra os institutos de pesquisa. Ganhou e vai ganhar muito mais. Os institutos serão o principal adversário na campanha do segundo turno. A ordem é bater pesado no Datafolha, Ipec, entre outros menos votados. Guardadas as devidas proporções, serão tratados da mesma forma que a mídia, em especial a Globo, durante todo o primeiro mandato.

Segundo o RR apurou junto a assessores de Bolsonaro, ontem mesmo o comitê político do presidente já discutia estratégias para capitalizar os erros dos maiores institutos no país em suas pesquisas para o primeiro turno. A ofensiva começou logo após a apuração. Ontem à noite, no seu primeiro pronunciamento após o resultado da votação, Jair Bolsonaro bateu duramente no Datafolha. A campanha de Bolsonaro deverá se valer de termos como “fraudadores” e “enganadores” para desacreditar ainda mais os institutos.

Como sempre, as redes sociais terão um papel fundamental nesse bombardeio, sob a regência de “Carluxo”. Já a partir de hoje perfis de apoio a Bolsonaro deverão descarregar postagens contra os institutos, confrontando as últimas pesquisas com os resultados das urnas no primeiro turno. O tiroteio será logicamente intensificado a cada divulgação de novo levantamento – mesmo porque a tendência é que Lula apareça na frente nas primeiras pesquisas.

#Carlos Bolsonaro #Jair Bolsonaro #Lula #PT


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Bolsa de apostas

3/10/2022
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A economista Juliane Furno, assessora do PT, está cotada para integrar a equipe de Fernando Haddad em São Paulo em caso de vitória no segundo turno.

#Juliane Furno #PT


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Bolsonaro x Lula, na reta final

30/09/2022
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Interlocutores de Jair Bolsonaro ainda tentam, aos 44 do segundo tempo, costurar um encontro entre o presidente e o ex ministro Marco Aurelio Mello. Seria um contraponto, ainda que solitário, às seguidas manifestações de apoio de ex-integrantes do Supremo a Lula.

O resultado das últimas pesquisas acirrou as divergências no QG de campanha de Jair Bolsonaro. Os filhos do presidente, notadamente Carlos Bolsonaro, jogam a culpa pela estagnação nas sondagens sobre o marqueteiro Duda Lima, ligado a Valdemar da Costa Neto. Nas reuniões internas, “Carluxo” tem atacado duramente a “suavização” da imagem de Bolsonaro nos programas eleitorais. No que depender do “03”, Duda Lima é carta fora do baralho para o segundo turno. Se houver.

Ao longo da semana, Jair Bolsonaro recusou dois pedidos da campanha de Fernando Collor para gravar uma mensagem de apoio ao candidato ao governo de Alagoas e aliado do presidente. Bolsonaro não quer desagradar Arthur Lira, que apoia Rodrigo Cunha.

A cúpula do PT defende que Lula acompanhe a apuração, no próximo domingo, no Sindicato dos Metalúrgicos, em São  Bernardo do Campo. Há um simbolismo na sugestão: foi de lá que ele saiu preso e rumou para a sede da PF, em Curitiba, em 7 de abril de 2018.

Em tempo: o staff de campanha tenta demover Lula da ideia de fazer uma carreata pelas ruas de São Bernardo, amanhã. A recomendação veio da própria equipe da Polícia Federal que cuida do esquema de segurança do candidato.

#Carlos Bolsonaro #Fernando Collor #Jair Bolsonaro #Lula #Marco Aurelio Mello #PT


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Velhas mágoas

28/09/2022
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O PT enxerga pitadas de João Santana no discurso cada vez mais belicoso de Ciro Gomes contra Lula. O marqueteiro, fisgado na Lava Jato, guarda imenso rancor do partido. Ainda hoje cobra na Justiça uma dívida de R$ 15 milhões por serviços prestados na campanha de Dilma Rousseff em 2014.

#Ciro Gomes #Lava Jato #Lula #PT


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Paris é uma festa

27/09/2022
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Cutucada que circulou ontem no PT após o pronunciamento de Ciro Gomes: “O Ciro anunciou que vai de novo para Paris”.

#Ciro Gomes #PT


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Alerta para Haddad

23/09/2022
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A ascensão de Rodrigo Garcia nas últimas pesquisas acendeu um duplo sinal de alerta na campanha de Fernando Haddad. Não só porque o PT considera melhor enfrentar o “bolsonarista” Tarcisio Freitas, mas também porque a passagem de Garcia significaria a perda do eventual apoio do PSDB no segundo turno.

#Fernando Haddad #PT #Rodrigo Garcia #Tarcísio Freitas


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Transfusão de votos

23/09/2022
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A campanha de Lula está organizando uma viagem do ex-presidente à Bahia para a próxima semana. A visita, que não estava no script, se deve à repentina “ressurreição” de Jerônimo Rodrigues, candidato do PT ao governo do estado. Em pouco menos de um mês, a diferença de Rodrigues para ACM Neto nas sondagens caiu de 38 para 17 pontos percentuais.

#ACM Neto #Lula #PT


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Fica para depois

22/09/2022
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Ontem, em conversas reservadas com lideranças partidárias, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, garantiu que as indicações de Messod Azulay e Paulo Domingues para o STJ serão votadas logo após o primeiro turno das eleições. No entanto, há quem aposte que Pacheco está apenas ganhando tempo para empurrar a questão para a próxima legislatura.

Por falar em próxima legislatura…

No entorno de Lula já se fala em uma espécie de Tratado de Tordesilhas no Senado. Renan Calheiros (MDB) teria o apoio do PT para disputar a presidência do Senado em fevereiro de 2023. Já em 2025, o candidato da vez seria Marcio França (PSB).

#Lula #Marcio França #PT #Renan Calheiros #Rodrigo Pacheco #STJ


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Minha Casa, Minha Vida

21/09/2022
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O PT tem um problema “habitacional” para resolver: o partido busca um acordo com a proprietária do imóvel onde funciona a sede do diretório municipal de São Paulo, no bairro da Bela Vista. Tenta, assim, evitar seu despejo às vésperas da eleição. No último dia 13, o juiz Rodrigo Galvão Medina, da 9a Vara Cível de SP, determinou que o PT deixe o imóvel por atrasos no pagamento do aluguel.

#PT


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União já

20/09/2022
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Há tratativas entre o PT e Luciano Bivar para que o União Brasil anuncie apoio a Lula ainda no primeiro turno. Ou seja: na prática, seria a retirada da candidatura de Soraya Thronicke à Presidência.

#Luciano Bivar #Lula #PT


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Os dados já estão rolando para o Ministério de Lula

19/09/2022
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Ainda que seja eminentemente especulativo, devido à decisão do próprio Lula de omitir os nomes dos candidatos, o futuro Ministério de um eventual governo do PT já tem uma costura inicial. O ex-presidente é useiro e vezeiro em afirmar que ministro se anuncia depois que se ganha a disputa. Não é um consenso nem entre seus assessores mais próximos. Trata-se de uma das informações mais relevantes desse período eleitoral. Ela é determinante para sancionar a maior ou menor credibilidade de Lula, pelo menos junto a um espectro com grande poder decisório na iniciativa privada. Mas o candidato petista não larga o osso. O coletivo mais quente dos mais votados vai de um “museu de velhas novidades” até um balaio de “surpresas surpreendentes” – o RR de 30 de agosto antecipou alguns poucos nomes. O mais recente rumor é uma “velha e oportuníssima novidade”:  o upgrade de Marina Silva após seu apoio à candidatura Lula. Desde que Marina deixou o ministro do Meio Ambiente, no primeiro governo do PT, os dois políticos se tornaram bicudos. O bordado para o desposório da ex-ministra e Lula antecedeu em algumas semanas o apoio de Marina ao candidato. Marina retornaria, segundo apurou o RR, como ‘’ministra ESG”, com força total, incluindo na sua pasta as mulheres, negros, índios e demais grupos sociais minoritários, além é claro do meio ambiente.

A ex-seringueira teria uma secretaria especial a parte para tratar dos aspectos e demonstrativos referentes à governança, dirigida por um especialista renomado em práticas e contabilidade das políticas de integridade, conformidade e compliance – fala-se em um técnico do Banco Mundial.  Mas uma das funções mais nobres de Marina seria dar firmeza à demonstração do governo do PT em combater o desmatamento da Amazônia. O acrônimo ESG colado em Marina teria como um dos objetivos melhorar a imagem do Brasil no mundo. Queira-se ou não, ela é uma representação do país bastante positiva no exterior, notadamente na Europa, continente que se tornou o principal crítico do descaso ambiental e social do Brasil.

Marina Silva faz parte do time estelar do “ministério Lula”, mas não seria o astro de primeira grandeza. O n° 1 do primeiro time, como não poderia deixar de ser, será o ministro da Economia. A julgar pelo que apurou o RR, este está em fase de escolha entre o virtual vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o candidato do PT para assumir o governo do Estado de São Paulo, Fernando Haddad. Como se sabe, Haddad está para o governo de São Paulo como Lula está para a Presidência, ou seja, bem à frente nas pesquisas, o que reduz suas possibilidades de assumir o Ministério mais nobre do país. Lula quer ter os dois maiores PIBs do país, o do Brasil e o de São Paulo, sob seu comando. Mais provável é que o candidato a ministro da Economia para valer seja mesmo o “Geraldo”.

Lula tem gratidão pelo “picolé de chuchu” ter aceitado o convite para compor sua chapa à Presidência e ser sua âncora junto ao centro e ao centro-direita. Há pistas já lançadas de que o “Geraldo” será recompensado. Lula já disse que não convidará nenhum dos quadros dos seus antigos governos e que a preferência para o Ministério da Economia recai sobre um quadro que não precisa ser um economista, mas sim que tenha habilidade política. “O que não quer dizer que não seja economista e político”, ressaltou o ex-presidente. Mas, a maior demonstração de que Alckmin tem tudo para ser o “cara” foi uma nada sutil declaração “daquelas bem Lula”. Em evento realizando em uma entidade patronal, um dos empresários presentes perguntou de chofre se o candidato do PT escreveria uma outra carta ao povo brasileiro. Lula respondeu igualmente de pronto, apontando para Alckmin: “Minha carta ao povo brasileiro está ali”.

Os assessores palacianos são uma grande incógnita mesmo no espaço amplo das especulações. Durante algum tempo, o senador Jaques Wagner foi cotado para a chefia do Gabinete Civil, mas a decisão de Lula de não repetir seus ex-colaboradores no atual governo meio que o tira de uma virtual competição. Segundo fontes bem próximas a Wagner, ele não gostaria de ter um papel de grande protagonismo no futuro governo. Junta pouca fome com a indisposição em comer. Nesta semana, o nome que ascendeu para os cargos de Gabinete Civil ou Secretaria Geral da Presidência foi o de Gleisi Hoffmann. Lula tem apreço pela presidente do PT, que lhe foi fiel em todos os minutos. Além do mais, o pequeno grande critério de não pertencer a seus governos passados não a atinge: Gleisi foi ministra do governo Dilma, não da gestão Lula. E um dado comportamental que o ex-presidente adora: Gleisi quer trabalhar o tempo inteiro, o que, portanto, lhe tira uma enorme bagagem das costas.

Há ainda uma possibilidade de um outro pé de boi, o economista Aloísio Mercadante, assumir um cargo no Planalto: o de secretário particular da Presidência. Trata-se de uma escolha pessoal, da qual Lula pode se proteger afirmando que a função não é a de ministro, nem que ele tenha comparecido em governo anterior, mas, sim, de um assessor pessoal. Quem sabe? Coisas de Lula.

Com Alckmin, conforme tudo indica que ocorrerá, ou mesmo Fernando Haddad, o ministério Frankenstein da Economia de Paulo Guedes, será desmembrado. O Ministério da Indústria e Comércio voltará à cena. O nome mais forte para a missão é o do atual presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, filho do vice-presidente de Lula, José Alencar. Essa é uma pule de dez. O pacote de Josué traz gratidão, lealdade, reconhecimento da competência e indiscutível representação de classe. Chegou-se a cogitar, inclusive, seu nome para o ministério da Economia. Ou mesmo da Infraestrutura.

Uma das outras pernas da centopeia criada por Guedes, o Ministério do Planejamento, iria para o economista Luiz Guilherme Schymura, atual presidente do Ibre, da Fundação Getulio Vargas, e ex-presidente da Anatel, ainda no governo Lula. Schymura não é o que se poderia chamar de um liberal clássico ou um neoliberal, mas um liberal modernizante ou progressista, com pensamento praticamente antagônico ao do atual gestor da Economia. Receberia o afortunado retorno do BNDES para a Pasta do Planejamento. Trata-se de uma questão em aberto. Também Josué deseja o banco debaixo do guarda-chuva do Ministério da Industria e Comércio. Como já foi dito e redito,  Lula quer turbinar o banco e recolocá-lo no centro de importantes decisões econômicas. E o presidente do BC? Como o RR ressaltou no dia 13 de setembro, até meados do provável governo Lula – ou aliás, qualquer outro governo – Roberto Campos Neto será o titular da autoridade monetária. E daí para frente? Campos Neto já disse que não pedirá sua recondução.

Pelo menos 80% das cartas do baralho constroem as canastras que levam ao nome de Henrique Meirelles. O ex-presidente do BC no governo Lula tem a confiança do candidato do PT. Já sinalizou que ficará na moita, acumulando a participação em conselhos de empresas, fazendo hora até que seu tempo chegue. Ou não, conforme todas as hipóteses aventadas nesse texto. Até porque, só Lula escolhe quem vai, para onde vai e em qual hora anunciar.

Para o Ministério do Trabalho, extinto e recriado pelo governo Bolsonaro, três nomes de alta envergadura no PT são comentados para o cargo: Ênio Verri, Rui Costa e Wellington Dias. Verri é economista, atual vice-líder do PT na Câmara, tem excelentes relações com Roberto Requião – de quem foi secretário do Planejamento. Costa sucedeu a Jaques Wagner no governo da Bania. Teria o apoio de José Dirceu. Já Wellington Dias é considerado um dos quadros mais preparados e moderados do PT. Dias é especializado em políticas públicas. Foi vereador, deputado estadual, deputado federal, senador e governador do Piauí, todos os mandatos pelo PT. Atualmente – e bem provável que seja temporariamente – busca uma cadeira de senador.

Lula teria ainda uma novidade para a Educação, que pretende tornar uma das Pastas mais prestigiadas da constelação de ministérios do seu governo. Para o cargo seria convidado o economista Claudio Haddad, dono do Insper.  O patrono da indicação de Haddad seria o candidato a governador e homônimo, Fernando Haddad, que, inclusive, deu aula no Insper – ver RR de 25 de julho. O economista assumiria um papel de “gestor da educação”, dando ordem nos gastos e sua destinação. Há muito dinheiro do governo dirigido à educação. O retorno, porém, é baixo porque sua alocação é ineficiente. Haddad seria o nome indicado para a missão.

Se depender do kaiser do PT, o suspense seguirá até o fim do provável segundo turno. Lula fez praticamente o mesmo no seu primeiro mandato. Sua festejada intuição parece dizer que é melhor jogar como um poste fincado na pequena área. Ele dificilmente criará fatos políticos capazes de deslocar o seu mando de campo. Fica tudo em suspense, para anunciar depois. Aguardemos.

#Fernando Haddad #Gleisi Hoffmann #Lula #Marina Silva #PT


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2022 já era

14/09/2022
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Com Romeu Zema disparado nas pesquisas, o candidato ao governo de Minas Alexandre Kalil (PSD) e PT já discutem o day after. Kalil planeja disputar novamente a eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte em 2024 e costura, desde já, a permanência dos petistas na sua base de apoio.

#Alexandre Kalil #PSD #PT #Romeu Zema


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PT trabalha pela “pax” no novimento sindical

14/09/2022
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O PT, notadamente Gleisi Hoffmann, trabalha para aparar arestas entre lideranças do movimento sindical. Um personagem central nesse enredo é o presidente da CUT, Sergio Nobre. Sua postura tem provocado rusgas no relacionamento com outros líderes sindicais, como o deputado Paulinho da Força, Miguel Torres, atual presidente da Força Sindical, e Adilson Araújo, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).

A interpretação é que Nobre tem feito movimentos com o objetivo de descolar a CUT das demais centrais e dar a ela protagonismo político na campanha. Consultadas, CUT, Força Sindical e CTB não se pronunciaram. A questão já rendeu puxões de orelha da presidente do PT. Em eventos de campanha, Gleisi se referiu mais de uma vez à necessidade de unificar as representações dos trabalhadores.

Os desentendimentos não vêm de hoje. Em abril, Nobre causou mal-estar junto a seus pares ao entregar a Lula propostas em prol da classe trabalhadora. Empacotou como uma iniciativa da CUT um documento elaborado em parceria com outras centrais. No mês passado, mais uma ação do “partido do eu sozinho”. Nobre reuniu-se com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em Caracas. Foi agradecer o envio de oxigênio para hospitais de Manaus. A doação foi resultado de uma articulação conjunta com outras entidades sindicais, que não teriam sido chamadas para o encontro.

#CTB #CUT #Gleisi Hoffmann #PT


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Diplomacia a futuro

13/09/2022
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O PT sinalizou ao presidente chileno Gabriel Boric que o diplomata Sebastián Depolo receberá o agrément caso Lula vença as eleições. Indicado para assumir a Embaixada do Chile no Brasil, Depolo aguarda o sinal verde do governo Bolsonaro há quatro meses.

#Gabriel Boric #Lula #PT #Sebastián Depolo


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BNDES será o “Ministério da Indústria” de Lula

5/09/2022
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O governo Lula já tem definido que voltará a fazer política industrial. O comitê de assuntos econômicos do candidato do PT, contudo, tem outros planos para a instância responsável pela indústria. Quem receberá esta competência não fica em Brasília nem é sequer um ministério. O dono da bola, ou para ser preciso, da indústria é um banco de fomento e está situado na Av. Chile, no Rio de Janeiro, quase em frente à Petrobras.

Trata-se do BNDES, que receberá uma verdadeira reparação do estrago cometido na gestão Bolsonaro e voltará a gerir a política do setor secundário da economia. A missão deixa de ser do Ministério da Economia – coisa que nunca foi mesmo -, e o antigo Ministério da Indústria e Comércio permanece extinto. É uma missão hercúlea para o banco: reduzir o hiato entre o crescimento do Produto Industrial de pouco mais de 30% do PIB, há cerca de 40 anos, para 11% do PIB, na atual gestão.

Apesar de Lula insistir em afirmar que o BNDES financiará primordialmente as pequenas e médias empresas – declaração comum a todos os candidatos porque dá voto – nas internas do comitê econômico do PT o programa para ressureição da indústria já ganhou os retoques finais. O banco vai financiar, sim, as PMEs, com a transferências dos Sebraes nacional e regionais e mais foco e aportes nessa operação. Mas não são as PMEs a pedra de toque do BNDES idealizado pelos petistas. A divisão de funções é bem mais ampla.

O BNDES voltará a atuar na substituição de importações – adubo, chips, aparelhos eletrônicos sofisticados, satélites aeroespaciais, complexo industrial de saúde, entre outros (ver RRs de 28 de janeiro e 28 de julho) – com financiamento ou cofinanciamento a empresas que se dispuserem a ingressar nesses setores. O banco se dedicará também às concessões, tocando o mesmo diapasão que permitiu a Paulo Guedes amealhar centenas de bilhões de compromissos de investimentos até 2030. Todos os projetos deverão estar em linha com a agenda ESG e a renovação da matriz energética. A ideia é que a combinação desses vetores potencialize a indústria e inverta a rota de “africanização” do setor. O BNDES é o órgão de governo mais abalizado para cumprir essa tarefa. Se vai conseguir, somente o futuro dirá.

#BNDES #ESG #Lula #Ministério da Indústria e Comércio #PT


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Aperto financeiro

2/09/2022
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Sinal de alerta no PT: o PSB, seu aliado, está com dificuldades para financiar seus candidatos em Pernambuco, a mais importante base eleitoral do partido.

#PSB #PT


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Sala de aula

1/09/2022
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O nome de Cesar Calegari, ex-secretário de Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo, tem sido cogitado no PT para assumir o Ministério da Educação caso Lula vença as eleições. O mais provável, no entanto, é que volte a integrar o gabinete de Haddad, desta vez no governo paulista.

#Cesar Calegari #Fernando Haddad #Ministério da Educação #PT


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Muito barulho por nada

29/08/2022
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Nem André Ceciliano nem Alessandro Molon. O PT praticamente largou de mão as candidaturas ao Senado no Rio.

#Alessandro Molon #André Ceciliano #PT


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Um candidato blindado

18/08/2022
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A preocupação do PT com a segurança de Lula está pautando o início da campanha. Após a suspensão do evento previsto para a última terça-feira, em frente à fábrica da MWM, em São Paulo, assessores petistas querem encurtar o comício programado para o próximo sábado, no Vale do Anhangabaú. Segundo o RR apurou, há uma orientação para que os participantes, como o candidato a governador de São Paulo, Fernando Haddad, façam discursos breves. O objetivo é reduzir o tempo de permanência de Lula no local.

#Fernando Haddad #Lula #MWM #PT


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Lula e Bolsonaro flertam com o controle de preços

12/08/2022
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A política de preços, estigmatizada desde o regime militar, ressurgiu no radar dos candidatos à Presidência. Tanto Lula quanto Jair Bolsonaro – leia-se Paulo Guedes – já aceitam que a medida pode ser adotada em casos distintos, quer seja em relação a oligopólios, quer seja em relação a empresas públicas ou privadas que pratiquem preços elevados e resilientes, com grande impacto social. Bolsonaro já cantou essa pedra na área da energia, ameaçando tabelar os preços da Petrobras se a estatal permanecesse elevando os valores dos combustíveis.

O presidente assustou criticando margens elevadas de lucros. A própria redução da alíquota do ICMS nos estados foi uma forma de segurar os preços por uma via oblíqua. Guedes chegou a entabular uma participação dos supermercados na contenção do custo da cesta básica até que a inflação chegue na meta. A operação seria feita por meio da compensação dos represamentos dos preços com um bônus tributário diferido no tempo (ver RR de 13 de junho).

No comitê de formulação do programa econômico do PT, por sua vez, estão sendo discutidas três frentes: um plano de transferência de renda de maior alcance; incentivo e financiamento à infraestrutura, incluindo treinamento de mão de obra e investimento no entorno dos empreendimentos; e uma política ambiental rigorosa, mas em consonância com o mercado. A política de preços estaria contida no item das preocupações sociais. Na verdade, as especulações em relação a “cipagem” relativa da economia – uma alusão ao CIP (Conselho Interministerial de Preços), criado em 1968 e extinto em 1990 – se devem, em boa parte, à perspectiva da inflação estar sendo impulsionada por variáveis de difícil controle.

Entram nesse rol guerra na Rússia, crise na China, preços das commodities e dos combustíveis e histerese – todas com maior ou menor impacto na formação de preços. Há um certo consenso que oligopólios e grandes empresas têm conseguido reduzir vendas e aumentar preços, mantendo suas margens. É como se a política monetária não atingisse o repasse para o consumidor dos seus custos e queda de vendas. Há resistências de toda ordem em relação a essa política, que interfere diretamente no mercado, como se separando o joio do trigo e fazendo com que o governo assuma um papel punitivo em relação à formação de preços. Mas os motivos que levam à inflação alta são cada vez mais exógenos e há ainda a promessa de uma herança fiscal que impede a funcionalidade da política monetária. Por enquanto, os grandes potentados conseguem driblar a redução dos seus preços. Resta saber se vão resistir aos remédios anti-inflacionários do BC e da própria conjuntura econômica. Ou acabarão por ressuscitar o animal pré-histórico do controle de preços.

#BC #China #ICMS #Jair Bolsonaro #Lula #Paulo Guedes #PT #Rússia


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O hedge cruzado do “Plano Landarida”

9/08/2022
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Há uma divisão entre cônjuges, aliás, ex-cônjuges, nessa fase pré-eleitoral de discussão dos programas dos candidatos. A economista Elena Landau, ex-Arida, é a manda-chuva na construção do programa econômico da candidata Simone Tebet, do MDB. Elena é pule de 10 para ser ministra da Economia em um eventual, porém distante, governo Tebet. Já Arida, ex-Landau, tem colaborado com o grupo do PT responsável pela elaboração do programa econômico do partido. Arida é top five para se tornar o ministro da Fazenda de Lula. Diga-se Fazenda porque Lula gosta do bom e velho Ministério do Planejamento – portanto, seriam dois ministérios na área econômica. Elena Landau e Persio Arida seriam o elo descoberto entre os dois virtuais governos. E hedge cruzado não dói.

#Elena Landau #Lula #MDB #PT #Simone Tebet


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Previ vira a página dos FIPs

9/08/2022
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A Previ pretende liquidar suas posições em FIPs (Fundos de Investimento em Participações). A entidade está se movimentando no mercado para vender, de preferência em um único pacote, as 14 participações em fundos dessa modalidade que ainda restam em seu portfólio. Esses ativos estão marcados em balanço em aproximadamente R$ 450 milhões. Em março deste ano, a Previ vendeu em uma só leva participações em sete FIPs, ao valor de R$ 157 milhões. Tanto ou mais do que uma mera decisão de investimento o que o fundo de pensão quer mesmo é virar uma página que remete a tempos nebulosos. O modelo dos Fundos de Participações está associado a investimentos cercados de suspeições feitos pela Previ durante governos do PT, caso, por exemplo, da Sete Brasil.

#FIPs #Previ #PT


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Programa de Lula reserva um novo figurino para o BNDES

28/07/2022
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Bye Bye “cavalos vencedores” ou “campeões nacionais”. A política industrial que se discute no PT não acende sequer uma vela para as prioridades das gestões de Lula I e II e Dilma I e II. Não sobrou saudade do projeto de inserção internacional do BNDES nos tempos de Luciano Coutinho na presidência do banco.

Pelo contrário. A nova proposta é focar em produto e não em empresa. Coutinho, como se sabe, elevou à enésima potência o apoio a companhias como JBS, Odebrecht (e outras indústrias da construção pesada), Oi, BRF, Marfrig, entre as mais votadas. Não que tenha errado de todo. O estímulo à JBS, Marfrig e BRF permitiu que o Brasil se tornasse um gigante da cadeia da proteína e praticamente o player formador de preços no setor de carnes. Rememorando a origem dos “campeões nacionais”: a tese foi a resultante de uma disputa acadêmica entre Coutinho e o ex-presidente do BNDES Antônio Barros de Castro que defendia o financiamento a setores – o que não deixa de ser um apoio a produtos – e não a empresas. O PT vai resgatar o pensamento de Barros de Castro, colocando no centro da política industrial os insumos estratégicos, ou seja, os setores escolhidos.

As informações vazadas ao RR permitem algumas conclusões: primeiramente, vai ter política industrial, sim, com um BNDES proativo; em segundo, há um crossover da política de substituição de importações com a “nova política industrial do PT”; terceiro, os economistas que têm debatido o programa petista acreditam que ingressamos em uma era de “desglobalização”; quarto, as consequências geoeconômicas da guerra entre Rússia e Ucrânia podem estar apenas começando, com impactos enrustidos na cadeia global de suprimentos; quinto, o Brasil é dependente em demasia de produtos como fertilizantes, chips e itens essenciais do complexo industrial de saúde; Portanto, estes últimos estão entre os primeiros da fila de prioridades.

#BNDES #BRF #Lula #PT


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O outro Haddad

25/07/2022
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O nome de Claudio Haddad está cotado para assumir o Ministério da Educação no governo do PT. A princípio, não há nenhuma ingerência do candidato Fernando Haddad, ex-funcionário de Haddad, no Insper. Será?

#Claudio Haddad #Insper #Ministério da Educação #PT


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Lacuna preenchida

19/07/2022
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Perguntado por que os economistas do PSDB, à exceção de Pérsio Arida, não participam do debate do programa econômico do PT – mesmo tendo Geraldo Alckmin na zhapa eleitoral – Lula sai-se com
essa: “Mas eles estão colaborando. Estão colaborando com a ausência”.

#Lula #PSDB #PT

Política

Golpe

15/07/2022
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Não é nada, não é nada, nos últimos quatro dias, com homicídio e bombas em comícios, foram publicadas 2.884 notícias incluindo a palavra golpe em 844 mídias.

#Política #PT


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A lenta e complexa ressurreição da construção pesada

13/07/2022
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O comitê de economistas do PT responsável pelo programa econômico do Lula, Aloizio Mercadante à frente, tem quebrado a cabeça para encaixar o setor de exportação de serviços no texto. Em princípio, Lula não abriria mão dessa inclusão, pois ela faz parte do seu roteiro diplomático, caso seja eleito. Ou seja, China, África e América do Sul, para início de conversa. O assunto é delicado. Foi pela via da exportação de serviços de engenharia que a Lava Jato se cristalizou. A proximidade com as empreiteiras, de certa forma, foi responsável pela sua prisão.

O fato é que, independentemente dos passivos de outrora, Lula sabe que é preciso descontaminar essas operações. O tema é também examinado, internamente, pela área militar. As Forças Armadas reconhecem que a inanição do Brasil junto aos países demandadores de serviços de arquitetura, engenharia e construção, enfraquece um dos pilares geopolíticos da Nação. No caso específico, África e América do Sul, que estão sendo disputados palmo a palmo pela China e Chile, principalmente, e Coreia e Índia correndo em uma segunda fila. Talvez os militares e suas preocupações legítimas sejam um caminho para o resgate para exportações de serviços.

Eles sabem, por exemplo, que nos países africanos se encontram os maiores depósitos minerais do mundo, algumas das maiores riquezas inexploradas em energia fósseis e oportunidades de participação em obras de infraestrutura gigantescas. Mas há complicadores de toda ordem. Primeiramente seria preciso resgatar a construção pesada, que foi Deus e o diabo na terra arrasada por petistas de goela larga. Esse segmento esteve próximo da dizimação com Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e cia. Há um outro enfoque: o setor, juntamente com as áreas de arquitetura, seguros e financeiro) foi responsável pela geração direta e indireta de R$ 170 bilhões em cinco anos (2008 a 2012), segundo um dos últimos estudos antes do fenecimento da indústria da construção pesada.

Nesse saco cabem propinas pagas a estatais, governantes de outros países e em toda a cadeia de venda do serviço. Lula não pode dizer, mas a China e o Chile, fazem igualzinho, porque somente assim se fecham contratos dessas operações, noves fora a corrupção dentro do país. Mas atrás desses US$ 170 bilhões vem gente. Está se falando da indústria de trans- formação e de bens de capital, que exportam seus produtos em função da venda de serviços no exterior. Se o Brasil fizer forfait, vai ficar de fora de investimentos na infraestrutura global da ordem de US$ 60 trilhões. O PT sabe que vai ter que colocar o BNDES para trabalhar no assunto com urgência. Só que agora de forma limpa e transparente.

#Chile #China #Forças Armadas #Lula #PT


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Há um “golpe constitucional” na próxima esquina?

11/07/2022
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O entardecer da última quinta-feira foi particularmente tenso para o comando do PT. As informações de que Jair Bolsonaro transformou a reunião ministerial em uma evocação ao golpe, “dentro das quatro linhas da Constituição”, e a expectativa pelo comício de Lula no Rio, trouxeram à baila o risco de um cenário de suspensão dos direitos. Trata-se do terceiro estado de exceção, o de sítio. Uma fagulha em um dos comícios do PT, que levasse a algum quebra-quebra ou arruaça, poderia ser o suficiente para a implementação da medida.

A recente decretação do estado de emergência fortaleceu a preocupação com a tese de que a Constituição aceita muita coisa e algo mais. Existem razões concretas para a apreensão do partido. Há o receio de que o presidente Jair Bolsonaro esteja, gradativamente, preparando o terreno para justificar uma ruptura institucional. Quem simula um estado de emergência para rasgar a Lei de Responsabilidade Fiscal e a regra de ouro pode muito bem impor um regime de exceção radical com base em premissas igualmente artificiais. Ou seja: no pior dos pesadelos petistas, no ovo da serpente estaria sendo chocado um “golpe constitucional”.

Segundo o Artigo 136 da Constituição, o presidente da República “pode decretar estado de defesa para preservar ou prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional”. Por sua vez, o Artigo 137 reza que cabe ao presidente decretar o estado de sítio no caso de “comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa”. Por essa linha de raciocínio, “quanto pior melhor”. A crítica às urnas, que muitos veem como o fio da meada do golpe, seria um refrescante aperitivo.

No entorno de Lula, há quem tema que as hostes bolsonaristas possam ser facilmente induzidas a criar um quadro de desordem capaz de justificar um regime de exceção. Paranoia? Tanto no caso de um estado de defesa, quanto de sítio, a Constituição diz que, antes de uma eventual decisão, o presidente deve ouvir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. O primeiro, de acordo com o Artigo 89, é formado pelo vice-presidente, presidentes da Câmara e do Senado; os líderes da maioria e da minoria na Câmara e no Senado; o Ministro da Justiça, além de “seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado e dois eleitos pela Câmara”.

Já o Conselho de Defesa Nacional, conforme o Artigo 91, é composto igualmente pelo vice-presidente, pelos presidentes da Câmara e do Senado e pelo ministro da Justiça, além dos ministros da Defesa, das Relações Exteriores, do Planejamento e dos comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica. Ou seja: todos da “casa”. Bolsonaro, portanto, teria amplo respaldo dos seus para decretar um regime de exceção. Isso, repita-se, com absoluto amparo da Constituição. Nesse cenário, estariam dadas as condições para a suspensão do processo eleitoral. De quem olha do chão, o estado de defesa e o estado de sítio são praticamente invisíveis a olho nu.

Estão no limite entre a termosfera constitucional e a exosfera das radicalidades. No entanto, gradualmente, Jair Bolsonaro tem atravessado as camadas inferiores, testando os limites dos seus anseios autoritários. No ano passado, valeu-se do estado de calamidade para empurrar a PEC dos Precatórios. Naquele momento, por mais questionável que o expediente pudesse ser, Bolsonaro ainda tinha a pandemia como muleta. Agora, no entanto, não há qualquer justificativa plausível para a instituição de um estado de emergência e a imposição, a fórceps, da chamada “PEC Kamikaze”. A essa altura, a acusação de fins eleitoreiros soa como a melhor entre as piores hipóteses. Paranoia?

#Conselho de Defesa Nacional #Eleições 2022 #Jair Bolsonaro #Lula #PT


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Alexandre de Moraes quer liderar pacto nacional contra fake news

6/07/2022
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O ministro Alexandre de Moraes quer marcar sua posse na presidência do TSE, em agosto, com a assinatura de um pacto nacional contra as fake news. O acordo reuniria diversos setores, como empresas de mídia, redes sociais, partidos políticos e entidades da sociedade civil, a exemplo da OAB, entre outras. Todos firmariam o compromisso de combater e denunciar a disseminação de informações falsas durante a campanha. O convite às legendas partidárias daria um tom ainda mais forte à medida, além de funcionar como um constrangimento natural às siglas que eventualmente se recusem a participar do pacto. Procurado pelo RR, o ministro Alexandre de Moraes não se pronunciou. A dois meses da eleição, a iniciativa seria uma dura mensagem com endereço certo, vinda de um dos ministros do STF que mais atazanam o clã Bolsonaro. Cabe lembrar que Alexandre de Moraes é o relator do inquérito das fake news no STF, que mira em Bolsonaro e seus filhos.Ou seja: do ponto de vista político, ainda que o objetivo não seja esse, o pacto seria um prato cheio para o PT usar na campanha.

#Alexandre de Moraes #Fake News #Jair Bolsonaro #OAB #PT


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Lula quer dar o troco da mordida no ICMS dos combustíveis

4/07/2022
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A garfada no ICMS dos combustíveis pode voltar sob forma de compensação da União às perdas dos estados que reclamaram da medida no STF. A medida viria na primeira hora do governo do PT, em janeiro, quando a maioria das unidades federativas estará com o caixa negativo. Ela está sendo discutida com o comitê de campanha de Lula e até diretamente com o próprio candidato pelos governadores petistas. Como se sabe, a maioria dos 11 chefes do executivo estadual reclamantes na Justiça são do PT. Se Lula topar, avançaria mais algumas jardas em direção à tese dominante entre os economistas do partido de que o ajuste fiscal tem de ser feito em cima do corte de recursos distribuídos em interesse de Bolsonaro através de PECs e transferência direta do Orçamento. Ou seja: os adversários de Lula é que pagariam parcela do ajuste fiscal. A questão do ICMS é como Lula fará um apartheid favorável aos seus governadores, quer seja do ponto de vista legal, quer seja do ponto de vista político.

#ICMS #Jair Bolsonaro #Lula #PT


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Lula deixa todo mundo na “sala de espera”

24/06/2022
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Alguém se lembra do anúncio de soda limonada, no qual um caubói, sedento, pedia uma batata frita para aumentar a sede antes de beber o refrigerante? Lula é o caubói ao inverso. Está matando de sede a legião de personalidades que tentam marcar uma agenda de encontro com ele. Tome batata frita e nadinha de guaraná. Ontem, depois do resultado da pesquisa eleitoral do Datafolha, no qual o candidato do PT alcança 53% dos votos válidos, ocorreram 27 tentativas de conversas com Lula, a maioria buscando um papinho com o ex-presidente. Segundo a fonte do RR, ninguém teve sua demanda atendida. Ficaram todos os pedidos para o médio e longo prazo.

#Datafolha #Eleições 2022 #Lula #PT


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Chama o Meirelles

22/06/2022
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Com a saída de João Doria da corrida à Presidência, Henrique Meirelles já pensa em retornar ao setor privado. Dessa vez, com negócio próprio. No momento, dá umas namoradinhas de leve com o PT.

#Henrique Meirelles #João Doria #PT


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Lula prepara uma reforma no teto fiscal

20/06/2022
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Lula vai ter seu “teto II, a missão” ou um “teto para chamar de seu”. Apesar do discurso quase histérico contra o reboco que sobrou da ideia original, implementada no governo Temer, o PT não está relegando o problema fiscal do país a um segundo plano. Nos bastidores do grupo de petistas que discute um programa econômico para valer, o consenso é que o teto tem de ser rearranjado, ganhar outro nome e emergir como um mecanismo fiscal contracíclico de controle de gastos.

Mesmo Aloizio Mercadante, provindo da Escola de Economia da Unicamp, keynesiano e heterodoxo, aceita a ideia de manutenções do teto, desde que com um makeup caprichado. Algumas propostas à mesa: elevar o prazo de apuração dos gastos para dois anos, tirar os investimentos das despesas sob controle, normalizar o estado de calamidade, usando o expediente constitucional sempre que situações excepcionais ocorram (pandemia, choques de oferta, guerra), e tornar o teto uma estrutura móvel (o controle variaria para cima ou para baixo segundo os ciclos de prosperidade e perdas fiscais, com regras de correção permanentes e bem definidas).

Haveria, portanto, previsibilidade em relação às despesas, com o espaçamento do teto para o período de um biênio. Tirar fora do teto os investimentos é um compromisso do PT, até porque as verbas discricionárias, conforme a atual regra orçamentária, tornaram-se minúsculas. O PT, por sinal, considera que o ajuste fiscal será razoavelmente simples nos primeiros anos do governo Lula. Basta contingenciar os gastos que foram aprovados pelos adversários. Elementar, meu caro Watson. Ainda quanto ao teto, o discurso do seu relançamento é singelo.

Ou seja: o teto que será cumprido de verdade será o do governo Lula, com seu mecanismo contracíclico de controle dos gastos. O que se viu com Bolsonaro foi um limitador de despesas de araque. Seu governo ficará na história como fura-teto. A pergunta que é feita por colaboradores de Lula diz respeito à mensagem a ser dada para justificar, seja de que forma for, a manutenção do teto. Afinal, o expediente para o controle de gastos que permitiu a melhoria expressiva do resultado fiscal primário, mesmo furado à exaustão, foi o teto. E foi ele que apanhou feito boi ladrão pelo PT juntamente com as reformas. O RR considera essa uma preocupação menor. Caso seja vitorioso nas eleições em um momento de efeméride, as velhas novidades de Lula parecerão fatos novíssimos. Em caso de sucesso eleitoral, vale a paráfrase da máxima de Lavoisier: “Na economia e na política nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”.

#Jair Bolsonaro #Lula #PT


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Com Bolsonaro a fome tem mais pressa

13/06/2022
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A call do presidente Jair Bolsonaro e do ministro Paulo Guedes com dirigentes de supermercados, na última quinta-feira, é apenas o primeiro ato do projeto de congelamento dos preços da cesta básica. Seria ingênuo, até infantil, que o episódio se concluísse com um pedido singelo de Guedes aos varejistas para não remarcar nas gôndolas os preços dos alimentos essenciais. O segundo ato vem sob a forma de uma proposta sob medida para os supermercados: a contrapartida mediante um crédito tributário, com o resgate diferido no tempo e condicionado à permanência do valor dos alimentos da cesta básica até a inflação convergir para a meta.

Uma segunda alternativa seria um programa de desoneração simples dos alimentos da cesta básica que mais pressionaram a inflação no período. Os supermercados deixariam de faturar alguma parcela da sua margem, que o próprio Guedes reconheceu ser baixa. Como disse o RR na edição de 18 de abril, esse era para ser um item do programa econômico do PT. Pelo jeito, Paulo Guedes foi mais rápido. A newsletter informou que a equipe econômica estava debruçada sobre a análise de diversas propostas para mitigar o efeito da inflação junto aos mais pobres.

A segurança alimentar da população de menor renda está no centro do debate. Os assessores de Guedes pensaram em um vale-alimentação. Mas essa opção carrega contraindicações, tais como o dispêndio ser imediato, e não um precatório, além do fato de a inflação ir comendo no dia seguinte o valor do tíquete. A medida mais provável é a anunciada pelo RR. Bolsonaro, que deu com a sua presença na call um ar de gravidade institucional, pressiona o ministro da Economia para que tome uma decisão urgente. Comida é a palavra-chave.

#Jair Bolsonaro #Paulo Guedes #PT


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Em campanha aqui e acolá

9/06/2022
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Segundo fonte do PT, há gestões para que Lula vá à Colômbia para participar da campanha de Gustavo Petro, candidato de esquerda à Presidência. Nas últimas semanas, Petro foi ultrapassado nas pesquisas por Rodolfo Hernández, representante da direita.

#Gustavo Petro #Lula #PT


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PT usa Eletrobras para animar sua torcida organizada

8/06/2022
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Na prática, a proposta do PT de reestatização da Eletrobras é uma pseudo-ameaça de expropriação, nacionalização ou algo do gênero que somente assusta o mercado. Como se daria essa mágica? Pela via da recompra das ações em bolsa é que não seria, devido aos custos absurdos que a operação teria para o erário. E não fosse isso, como impor ao Conselho de uma empresa privada que aprove a sua reestatização, ainda mais com a determinação vindo de um acionista minoritário? Só se Lula fosse resgatar o encampamento da Companhia de Energia Elétrica (CEE) do Rio Grande do Sul, então pertencente à americana Bond & Share, que tanto maculou a gestão do engenheiro Leonel Brizola em tempos de capa e espada. Se o PT não quiser apenas jogar para a arquibancada, pode discutir medidas factíveis para manter algum tipo de controle sobre a Eletrobras privatizada, notadamente no que diz respeito a políticas públicas. Um exemplo: bastaria dar mais poder de intervenção à Aneel para conter eventuais excessos de autonomia da empresa. A Agência, inclusive, poderia ser incluída na Constituição – a exemplo da ANP e da Anatel.

#Anatel #Aneel #Eletrobras #PT


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Ao pé do ouvido

30/05/2022
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O ex-governador do Piauí Wellington Dias vem ganhando espaço na formulação do programa de governo de Lula, notadamente na pauta econômica. É dele, por exemplo, uma das vozes que ecoam dentro do PT favoráveis à recompra de ativos já vendidos pela Petrobras.

#Lula #Petrobras #PT


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Militares enxergam “Risco Lula” por todos os lados

27/05/2022
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Mesmo quando refletem sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, os militares não esquecem de Lula. A preocupação com a eleição do ex-presidente consta, ainda que de forma sutil, de um documento reservado da Escola Superior de Guerra (ESG), produzido em abril e intitulado “A crise Russo-Ucraniana: Percepções Brasileiras”. O candidato do PT não é citado explicitamente. Muito bem feito, ainda que de difícil interpretação para não iniciados, o relatório da ESG fala por eufemismos. Menciona o “risco de envolvimento de potências extrarregionais em eventos domésticos no Brasil, no sentido de gerar internamente apoio a opções político-sociais que sejam favoráveis a essas potências (Rússia e China), comprometendo a estabilidade interna”.

Nas entrelinhas está se referindo a possíveis influências externas no processo eleitoral em prol de Lula. Afinal, que outro candidato ou partido se não o PT estaria mais alinhado a “potências extrarregionais” como Rússia e China? É a velha ameaça comunista que ainda paira sobre o pensamento de parcela das Forças Armadas. As análises da ESG a partir da guerra entre Rússia e Ucrânia revelam uma especial atenção à questão da soberania nacional, notadamente do ponto de vista da Defesa do território. O estudo cita que o “uso da força continua a ser um recurso utilizado para solucionar divergências, materializando a importância de se desenvolver uma cultura estratégica de defesa como forma de dissuadir possíveis agressores”.

Em um cenário mais agudo, o paper classifica como “grande a possibilidade de emprego do Poder Militar Brasileiro no Entorno Estratégico, na medida que as crises que estão ocorrendo em várias áreas supridoras aguçam os interesses de países de outras regiões, podendo ocorrer disputas de poder”. Ressalte-se que os militares costumam se referir ao “Entorno Estratégico” como América do Sul, Atlântico Sul, costa Ocidental da África e a Antártica. Ainda que de forma sinuosa, o documento perpassa questões internas que ganham ainda mais relevância à medida que o calendário eleitoral avança. Usando a guerra na Europa e seus impactos geoeconômicos como pano de fundo, o estudo da ESG revela textualmente preocupações com o ambiente psicossocial nos próximos meses. “Os efeitos do desabastecimento e do aumento de preços  (inflação)” são apontados como fatores “com elevado potencial para gerar insatisfação popular e distúrbios”.

Não deixa de ser uma preocupação velada com uma conjuntura psicossocial que potencialmente venha a favorecer Lula. O paper volta ao tema em outro trecho: “A redução da escala da produção mundial dos vários setores, como ocorre no Brasil, aliada ao aumento contínuo nos índices de inflação, indicam a possibilidade de ocorrência de estagflação. Neste caso, é provável a ocorrência de crises internas ligadas à insatisfação popular.” Em outra questão que também resvala na ambiência psicossocial, o relatório cita a possibilidade de o Brasil receber “levas de refugiados ucranianos”. A ESG chega a traçar um paralelo com Revolução Russa de 1917, responsável por um expressivo fluxo de imigrantes para o território brasileiro. A ESG vislumbra também perspectivas positivas a partir da própria vinda de refugiados, notadamente no que diz respeito à atração de capital huma- no altamente qualificado: “Seria uma janela de oportunidade para o Brasil conceder refúgio a mão de obra especializada ucraniana, como professores e cientistas das mais diversas áreas”.

#ESG #Forças Armadas #Lula #PT


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O verdadeiro partido de João Doria

26/05/2022
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O ex-governador João Doria vai se tornar de candidato à Presidência em forte eleitor. Vai colocar sua máquina de reunir empresários, o Lide, para convencer sua turma sobre o “melhor candidato”. Doria é um “liberal mimético”. Jair Bolsonaro, contudo, não está na sua lista de apoio. Em tempo: Doria diz que saiu com o “coração ferido” da candidatura, mas o Lide pode ser um unguento. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, que chamava Doria de almofadinha para baixo, já sinalizou que tem namoro à vista. Esse “relacionamento” se daria debaixo do guarda-chuva de uma aliança com o PSDB. Pode, inclusive, sobrar um ministério para Doria. E a terceira via? Que nada!

#Gleisi Hoffmann #Jair Bolsonaro #João Doria #PSDB #PT


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O titular e o reserva

18/05/2022
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Em conversa no último fim de semana, o presidente da Assembleia Legislativa do Rio, Andre Ceciliano (PT), formalizou o convite ao ex-secretário de Justiça Sérgio Zveiter para ser suplente em sua chapa na disputa pelo Senado. Há a possibilidade do reserva virar titular no meio da partida: Ceciliano acena sair candidato ao governo do Rio em 2026, o que permitiria a Zveiter assumir a cadeira no Senado.

#PT #Sérgio Zveiter


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Pororoca

4/05/2022
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A ida de Jair Bolsonaro à Paraíba, prevista para amanhã, abrirá uma temporada de inaugurações de projetos no Rio São Francisco. Segundo o RR apurou, estão previstas as entregas pelo menos de outras três obras em estados do Nordeste até meados de junho. Não por acaso, na semana passada Lula evocou a paternidade da transposição do “Velho Chico”, dizendo que os governos do PT executaram 88% do projeto.

#Jair Bolsonaro #Lula #PT #Rio São Francisco


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José Dirceu propõe a Lula uma marcha da pacificação

29/04/2022
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Se existe alguém no PT extremamente preocupado com as tensões existentes nas Forças Armadas é José Dirceu. O ex-ministro manteve pelo menos duas conversas sigilosas com Lula sobre o assunto. Dirceu considera que os militares pros-seguirão em sua escalada belicosa contra o STF, em sintonia com o presidente Jair Bolsonaro. O ex- guerrilheiro acha que a hora é de dialogar, dialogar e dialogar.

Dirceu teria recomendado ao ex-presidente a criação de uma espécie de força- tarefa para conduzir um trabalho de diplomacia junto aos militares. Alguns nomes óbvios foram sugeridos para a missão, a exemplo dos ex-ministros da Defesa Nelson Jobim, Jaques Wagner e Celso Amorim. Outro citado seria o deputado federal Carlos Zarattini, de São Paulo. Ainda que sem o status de carregar a patente de ex-ministro de Estado, Zarattini tem bom trânsito junto aos círculos castrenses, especialmente entre assessores das Forças Armadas dentro do Congresso.

O fato é que Dirceu e Lula tratam como prioridade um esforço de aproximação com o estamento militar, na tentativa de amainar as notórias animosidades do oficialato em relação ao PT. As circunstâncias não dão margem para erro. Ambos entendem que esse movimento deve ser feito de forma extremamente cirúrgica, com o máximo de discrição possível. A questão é como conduzir essa manobra sem que ela seja vazada junto ao Palácio do Planalto pelos generais mais próximos ao presidente Bolsonaro. É praticamente impossível.

Para José Dirceu, essa é uma questão que deve ser trabalhada entre brumas, quase aos sussurros. Em conversas reservadas, o ex-ministro criticou, por exemplo, a recente declaração de Lula, dizendo que, uma vez eleito, vai tirar oito mil militares de cargos comissionados no Executivo Federal. No que depender de Dirceu, o ex-presidente não deve mais fazer qualquer manifestação pública sobre as Forças Armadas. A seu juízo, falas como essa só alimentam fantasias dos militares sobre a volta do comunismo.

#Forças Armadas #Jair Bolsonaro #José Dirceu #Lula #PT


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O papel de Geraldo Alckmin no governo Lula

28/04/2022
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A terceira via já foi escolhida, tem nome e função. Chama-se Geraldo Alckmin e estará tanto na campanha quanto em um eventual terceiro mandato de Lula com missão definida: tratar dos assuntos com maior fricção entre o PT e o mercado. Alckmin não será um companheiro de chapa e muito menos um vice “picolé de chuchu”, tampouco um bonachão feito José de Alencar ou um regra três sem função, como é o general Hamilton Mourão. Caberá a ele um papel que, guardadas as devidas proporções, em outras circunstâncias foi bem exercido pelo ex-ministro Delfim Netto: servir de costas largas para o presidente.

A ideia é que tenha poderes para isso. As reformas, que serão um carry over do governo Bolsonaro – com as atuais ou outras denominações, com mudança do conteúdo, afinamento etc – ficarão na esfera de atuação de Alckmin. O eventual vice-presidente estará à frente dessas negociações não “para revogar”, mas “para revisar”. Isso já foi dito. Vale o mesmo para privatizações e decisões já tomadas que o PT bravateia que mudará de chofre. Alckmin não entraria na ópera petista para representar somente o caricaturado leguminoso, destituído 100% de carisma.

Esta é uma visão inteiramente equivocada. O vice já tem seu script acordado com Lula e enfeixado com cláusulas pétreas. Não ficará sem função executiva. A indicação de que ele é quem irá negociar com os sindicatos a “revisão” da reforma trabalhista revela a dimensão das missões reservadas a Alckmin. O ex-tucano tem feito seguidos movimentos de aproximação com as principais entidades de representação dos trabalhadores. Um de seus interlocutores mais regulares é o vice-presidente da Força Sindical, Sergio Leite.

Alckmin pretende ter um gabinete de assessores de alto calibre para entrar em campo com forte munição. O nome do economista Pérsio Árida no rol dos seus colaboradores é um indicativo do peso da turma. Pérsio já teria, inclusive, trocado ideias com Aloizio Mercadante, contribuindo para a construção do programa de governo. Ao levar para perto o ex-presidente do Banco Central, Alckmin atrai, praticamente por força gravitacional, outros quadros da Casa das Garças, originalmente ligados ao PSDB. Uma das pautas que o ex-governador de São Paulo pretende incluir na sua jurisdição é a desburocratização, um item emprestado da agenda liberal.

#Geraldo Alckmin #Hamilton Mourão #Lula #PSDB #PT


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Lula põe o “Vale Comida” na mesa do brasileiro

18/04/2022
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Em meio à partida da campanha eleitoral, Lula quer arrancar um benefício social do governo Bolsonaro. O candidato do PT vai defender um “Vale Comida” urgente. Com o brutal encarecimento da maior parte dos alimentos da cesta básica, os salários dos mais pobres e da classe média e o próprio Auxílio Emergencial estão sendo corroídos. A inflação parece mais resiliente do que o previsto pelo governo. Ela vem de fora para dentro, movida pelos altos preços internacionais dos alimentos. Com isso, a remarcação nas gôndolas dos supermercados retornou, furiosa. A maioria dos analistas considera que a tendência é de continuidade das elevadas cotações dessas mercadorias no exterior.

O BC, por sua vez, enxerga uma inflação de demanda e usa o receituário clássico de taxas de juros nas alturas e sangria desatada da economia. Mas a carestia parece ser de outra origem. Portanto, o remédio pode matar o paciente. No momento, a família brasileira quer ouvir uma única frase: comida mais barata. A oposição pretende bater bumbo propondo que o governo institua algum subsídio para reduzir o impacto da inflação no preço da comida. A bandeira é boa e pode pegar. O governo, se não for insensível e tiver bom senso, poderia se antecipar às intenções de Lula e do PT e implementar rapidamente alguma medida que incluísse uma redução dos preços de itens da cesta básica, como galinha, feijão, açúcar, macarrão etc.

Ou fazer a seleção em função daqueles alimentos que tiveram maiores aumentos. Há controvérsias na medida. O dinheiro dado direto ao cidadão não resolve o problema da corrosão da renda, pois os preços dos alimentos continuarão subindo. Outra hipótese, conceder um subsídio direto para o congelamento dos preços mais estapafúrdios, em combinação com os supermercados, não seria aceita por Paulo Guedes. Além do mais, as experiências anteriores com os supermercados nunca deram certo.

Lembrai-vos dos fiscais do Sarney. Mas a racionalidade de pensar na compensação do descalabro dos alimentos é grande. O ganho popular seria enorme. Nesse momento, o povo não quer outra coisa. A lentidão de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes poderá permitir que Lula e o PT tenham o tempo necessário para fazer um fuzuê capaz de “takeoverizar”, ainda no ventre das boas intenções, um bem-vindo “Vale Alimento”. Em linhas gerais, é factível fazer chegar o pão à boca homem com política de rendas, pelo menos até que a inflação arrefeça. E nunca foi tão elementar tirar o pão da boca de um governo que corre para sanar problemas depois que o mal já está feito. Deixem estar, que o PT vai fazer o barulho e comer o pão sozinho.

#Auxílio emergencial #BC #Lula #PT


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Jogo de perde e perde

14/04/2022
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Convencer os petistas-raiz da aliança com Geraldo Alckmin é o de menos. Difícil vai ser o contrário. Segundo o RR apurou, levantamento do staff de Alckmin mostra que os comentários negativos nas redes sociais do ex-tucano beiram os 60%.

#Geraldo Alckmin #PT


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Presidente da Fiesp movimenta suas peças no tabuleiro eleitoral

11/04/2022
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O novo presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, joga em duas posições. Aquela que tem uma ex-posição maior é o distanciamento público do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, de quem seu pai, José Alencar, foi vice-presidente nos dois mandatos. Josué assumiu a entidade como um reformista, que pretende atrair a nata do setor para colaborar em propostas de política industrial.

O presidente da Fiesp, ao contrário do seu antecessor Paulo Skaf, não quer saber da candidatura à reeleição de Jair Bolsonaro. Se depender dele, Bolsonaro é passado. Mas, a outra posição no tabuleiro de Josué é a discreta colaboração com Lula para construção de uma política industrial “rebelde”, conforme os dizeres de Roberto Mangabeira Unger, que não siga apenas a receita única de incentivos, renúncias fiscais e dinheiro barato. Um dos interlocutores do manda-chuva da entidade é o ex-presidente do BNDES Luciano Coutinho.

Apesar do desgaste dos últimos anos do governo do PT, quando a política de fomento do banco foi associada a práticas pouco ortodoxas de financiamento, Coutinho é um dos maiores, senão o maior, economista industrialista do Brasil, posto que dividia, mano a mano, com os saudosos Arthur Candal e Antônio Barros de Castro. Josué sabe que Lula e Ciro Gomes são os candidatos mais sensíveis ao revigoramento da indústria, que hoje representa cerca de 12% do PIB. Só que a candidatura de Ciro desidratou. Lula é a alternativa, não porque “papai” era colado com ele, mas porque é o único sensível à causa entre os postulantes à Presidência que devem chegar ao segundo turno das eleições. Há muito tempo que a Fiesp é uma bola murcha, para não dizer furada. Cabe a Josué mudar isso. Agora, é aguardar a hora em que ele vai sair do armário.

#BNDES #Ciro Gomes #Fiesp #Jair Bolsonaro #Lula #PT


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Forças trabalhistas

1/04/2022
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Segundo o RR apurou, Lula e o deputado federal Paulinho da Força tiveram uma longa conversa na última segunda- feira. Colocaram alguns tijolos a mais na construção de uma aliança entre PT e Solidariedade. Quatro dias antes, Fernando Haddad já havia almoçado com o parlamentar.

#Fernando Haddad #Lula #Paulinho da Força #PT


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Uma no cravo, outra na ferradura

25/03/2022
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, segue em sua relação de sístoles e diástoles com o Palácio do Planalto. Se, de um lado, não pauta alguns projetos de interesse do governo, do outro tem se empenhado dentro do Congresso para conter o ataque da oposição ao ministro da Educação, Milton Ribeiro. Nos últimos dois dias, manteve intensa interlocução sobre o tema com líderes do PT e do PDT. A sete meses das eleições, Pacheco parece disposto a manter uma fresta aberta em todas as portas.

#Milton Ribeiro #PDT #PT #Rodrigo Pacheco


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Território hostil

24/03/2022
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Pesquisas internas da própria campanha de Marcelo Freixo (PSB-RJ) acenderam um sinal de alerta no PT. Nas duas últimas rodadas de sondagem, o aliado não conseguiu avançar sobre eleitores que se dizem de centro ou centro-direita. Sem isso, até dá para chegar ao segundo turno, mas não para ganhar a eleição.

#Marcelo Freixo #PSB #PT


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PT ronda reestatização de ativos da Petrobras

18/03/2022
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O balão de ensaio soprado por Lula na semana passada, associando os altos preços dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora, ecoou o pensamento do núcleo duro do PT. Segundo o RR apurou, determinadas lideranças do partido próximas ao ex-presidente, a começar por Gleisi Hoffmann, têm defendido internamente a reestatização de alguns dos ativos vendidos pela Petrobras. Há quem pregue, inclusive, que a proposta conste do programa econômico de Lula. A medida seria embalada pelo discurso de que o retorno de operações estratégicas para as mãos da estatal contribuiria para a redução do custo dos combustíveis.

Alguns petistas chegam a mencionar ativos que deveriam ser reestatizados de forma prioritária. Entre eles figuram exatamente a Vibra Energia, antiga BR Distribuidora, a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e a Nova Transportadora do Sudeste (NTS), leia-se a malha de dutos que liga Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo ao gasoduto Bolívia-Brasil. Nas hostes petistas, há quem acredite que essas recompras seriam facilitadas por pressões políticas e pelo peso leviatânico da Petrobras e do próprio governo.

Assim é se lhe parece. Na semana passada, além de vincular os sucessivos aumentos dos combustíveis à privatização da BR Distribuidora, Lula ainda soltou uma frase de efeito relacionada ao tema: “Se preparem, porque vamos ganhar as eleições e vamos recuperar a Petrobras para o povo brasileiro”. Ao que tudo indica, é o velho jogo de Lula: a declaração foi um afago para os seus, ou seja, muito mais um recado para dentro do partido do que exatamente para o eleitorado. Interlocutores que conhecem bem o petista sabem que a ideia de reestatização de operações da Petrobras nem passa pela cabeça do ex-presidente.

Ainda assim, ao que parece, Lula deixou uma pulga atrás da orelha do mercado. Pelo sim, pelo não, o zunzunzum em torno do assunto já provoca mobilizações no meio empresarial. Segundo o RR apurou, o investidor Ronaldo Cezar Coelho, principal acionista da Vibra Energia, acionou o ex-senador Aloysio Nunes Ferreira, solicitando sua interveniência junto a Lula e a formuladores do programa econômico do PT com o objetivo de dissuadi-los da proposta.

#BR Distribuidora #Gleisi Hoffmann #Lula #Petrobras #PT


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As andanças de Lula

17/03/2022
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Lula articula um encontro com Gustavo Petro, candidato às eleições na Colômbia. Líder disparado das pesquisas, Petro caminha para ser o primeiro presidente de esquerda do país.

O RR apurou também que Lula pretende fazer uma viagem à África antes do início da campanha eleitoral. A visita
teria razoável valor simbólico: o continente africano teve um espaço importante na política externa dos governos do PT.

#Lula #PT


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“LandimBrax”

17/03/2022
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Rodolfo Landim é o vira-casaca da vira-casaca. Enquanto estava na presidência da Gaspetro na gestão de Henri Philippe Reichstul na Petrobras, nos idos dos anos 2000, Landim defendia a mudança do nome da estatal para “Petrobrax”. Nos governos do PT, quando foi alçado à diretoria de óleo e gás da companhia e à presidência da BR, passou a criticar a ideia. Agora, segundo informações de pessoas vinculadas ao futuro chairman da Petrobras, ele vota com a proposta de mudança da marca.

#Gaspetro #PT #Rodolfo Landim


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O “Conselhão” de Josué

15/03/2022
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Josué Gomes da Silva quer fazer da agenda ESG uma das principais bandeiras da sua gestão na Fiesp. Entre outras ações, planeja criar um grande conselho, com nomes da sociedade civil representativos do “E” (Environment), do “S” (Social) e do “G” (Governança). Guardadas as devidas proporções, do ponto de vista da sua amplitude seria algo com um quê do antigo Conselhão dos governos do PT – leia-se o CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social), do qual seu pai, o então vice-presidente José de Alencar, fez parte. Dentro da estrutura da Fiesp, caberia a este “CDES da Avenida Paulista” aglutinar as funções dos Comitês de Responsabilidade Social e Desenvolvimento Sustentável, já existentes na entidade.

#ESG #Fiesp #PT


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Vento que venta lá…

24/02/2022
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Quem trabalho com afinco para criar o “gabinete do ódio” do PT é o jornalista Franklin Martins, que manja tudo sobre o assunto.

#Franklin Martins #PT


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Uma pedra no caminho da privatização dos Correios

24/02/2022
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Impasse à vista em torno do Projeto de Lei 591/2021, que trata da venda dos Correios. Segundo o RR apurou, o PT vai apresentar nova emenda propondo que, após a privatização, os funcionários da companhia tenham preservado seus direitos trabalhistas por 60 meses. Ou seja: em caso de demissão, o novo controlador seria obrigado a pagar os salários equivalentes a cinco anos, além da manutenção do Postal Saúde, o plano de saúde da estatal. O texto original do projeto prevê esses benefícios por 18 meses. Entre parlamentares da base aliada, o entendimento é de que o PT está fazendo um movimento diversionista, para postergar as discussões e atrasar a votação do PL. Ressalte-se que o partido apresentou emenda similar na Câmara, que foi rejeitada em plenário.

#Correios #PT


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Jogo duplo

27/01/2022
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Nos últimos dias, José Dirceu tem se dedicado mais intensamente a articulações políticas para as eleições no Rio de Janeiro. Nas conversas, Dirceu deixa claro que o jogo ainda está em aberto. Ou seja, no que depender dele, o PT pode apoiar Marcelo Freixo (PSB) ou Rodrigo Neves (PDT). Quem sabe até ambos.

#José Dirceu #Marcelo Freixo #PSB #PT


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Pimentel nos olhos dos outros…

19/01/2022
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O ex-prefeito de BH Fernando Pimentel tem o apoio de uma ala do PT para ser o coordenador da campanha de Lula em Minas Gerais. Mas, segundo uma fonte do partido, no núcleo duro da sigla há fortes restrições ao nome de Pimentel. Além da ligação com Dilma Rousseff, o ex-prefeito ainda carrega as sequelas das acusações de receber propina de empresas financiadas pelo BNDES.

#BNDES #Fernando Pimentel #Lula #PT


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PT dá uma guinada em direção ao “trumpismo de esquerda”

12/01/2022
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O cavalo de pau do PT, radicalizando o discurso na direção de um “trumpismo de esquerda”, tem um artífice. O dono da bola se chama José Dirceu, que permanece mandando e desmandando no partido. A estratégia é insuflar a base agora, inclusive para não perder o apoio dos eleitores de esquerda, para soltar aos poucos, mais à frente, na medida em que as pesquisas forem se tornando praticamente definitivas. A manobra também empurraria Jair Bolsonaro para a radicalização, aumentando a polarização. Essa é o movimento de campanha que interessa a Lula. É o clássico “morde e assopra”. Quem se lembra das eleições de 2002 sabe o que o “comandante” Dirceu está pensando.

As hostes do partido avançarão com o recado de que o governo Lula será francamente de esquerda. O ex-presidente desmentirá aqui e amenizará acolá. Como se o PT e ele fossem, em diversos momentos, duas coisas diferentes. Quem viu a troca de chumbo do artigo de Guido Mantega, resgatando a política econômica do governo Dilma, e a imediata desautorização da assessoria de Lula tem um exemplo nítido de como o jogo será jogado. A provável reação negativa do mercado está contemplada na virada petista. As medidas para segurar a volatilidade dos ativos e o transtorno nas expectativas ficariam por conta do governo Bolsonaro. Essa conjuntura dificultaria o plano do presidente em usar a caneta, ou seja, o assistencialismo, como estratagema eleitoral.

O mercado teme Lula, mas penalizaria também Bolsonaro por ignorar os fundamentos da economia e fazer uma política fiscal frouxa. Dirceu aposta na queda de braço até porque, no momento adequado, Lula surgiria com um programa ameno, parafraseando a máxima de Lampedusa: mudar pouco, não para parecer que não mudou, mas que mudou para algo parecido. O “comandante” acredita que o aggiornamento do “trumpismo à esquerda” pode render frutos mesmo na hipótese, meio que  desacreditada, da derrota de Lula. A dúvida é se levar Bolsonaro para o canto do ringue é uma boa escolha.

Polarização por polarização, o capitão tem um track records positivo. E há a questão do timing do recuo de Lula e como reagirão seus legionários ao verificar que gastaram o verbo em vão. O exemplo das eleições de 2002 é, sem dúvida, algo a ser revisitado. Mas não custa rememorar o dito da maior lideraça intelectual da esquerda em todos os tempos, um filósofo obstinado que afirmava não ter dúvida sobre o rumo da História: ela só se repete duas vezes, a primeira como tragédia e a segunda como farsa.

#José Dirceu #Lula #PT


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Lula marcha na direção do Comandante do Exército

11/01/2022
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O comandante do Exército, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, não tem qualquer apreço pelo candidato Lula. Mas está disposto a conversar com ele em momento oportuno, segundo um general de quatro estrelas confidenciou ao RR. Interlocutores em comum entre ambos estariam trabalhando nessa diplomacia. Essa conversa não aconteceria de imediato, mas a partir do mês de março, após o lançamento oficial da candidatura do petista.

Para efeito de campanha eleitoral, Lula tem tratado os militares como trata o mercado. Não se pronuncia sobre as Forças Armadas e diz que só conversará com a instituição uma vez eleito. Tudo da boca para fora. Para Lula, o encontro com o general Paulo Sergio seria de grande importância estratégica, à medida que o ex-presidente tem clara noção da resistência ao seu nome junto à maioria do Alto-Comando do Exército. Os assessores de Lula para a área militar, entre os quais se perfilam os ex-ministros da Defesa Nelson Jobim, Celso Amorim e Aldo Rebelo, defendem que o ex-presidente vá para essa conversa com duas propostas no bolso do paletó: a primeira é a manutenção do comandante do Exército no cargo em seu eventual governo, se, claro, o oficial concordar; a segunda, caso contrário, é conceder ao general Paulo Sergio a prerrogativa de indicar o seu sucessor.

O objetivo é amansar o estamento hoje mais refratário à eleição de Lula. Procurados, o PT e o Exército não se pronunciaram. Em 2018, não custa lembrar, o então comandante do Exército, general Villas Bôas, encontrou-se com dez candidatos à Presidência da República, em agendas abertas, oficialmente divulgadas pela comunicação da Força. Mas eram outros tempos. Lula estava preso, Fernando Haddad não tinha a conotação ameaçadora do ex-presidente, Jair Bolsonaro despontava como favorito e, primordialmente, ainda não havia o nível de polarização e muito menos o grau de tensão do ambiente institucional de hoje. O comandante Paulo Sergio, segundo a fonte do RR, não nutre, igualmente, simpatia, para dizer o mínimo, pelo presidente Jair Bolsonaro.

É recíproco. O preferido de Bolsonaro para a sucessão do general Edson Pujol era o Comandante Militar do Nordeste, general Marco Antônio Freire Gomes. No entanto, a indicação do general Paulo Sergio foi praticamente uma imposição do Alto-Comando da Força. Ressalte-se que o oficial “caroneou” outros dois colegas: era apenas o terceiro mais antigo entre os quatro estrelas. Pouco antes da sua nomeação para o posto, Paulo Sergio já havia irritado o presidente ao criticar a política do governo federal para o combate ao coronavírus. Provavelmente irritou Bolsonaro de novo na semana passada, com a determinação de que todos os integrantes do Exército se vacinem contra a Covid. No entanto, no contexto institucional e político, as diferenças entre Bolsonaro e o comandante do Exército não passam de uma variável vicinal.

O fator principal são as fantasias dos militares em relação à esquerda, a paranoia da volta do “comunismo” que ainda perdura entre a maioria do Alto-Comando. Fantasia gera fantasia. A própria liderança de Lula nas pesquisas eleitorais atiça bolsões mais radicais de apoio a Jair Bolsonaro. O general Paulo Sergio é figura central nesse processo de acalmar os seus. Salvo algum fato extraordinário, ele será o comandante do Exército na eleição e no período de transição até a posse do novo governo. O ambiente institucional e a forma como se deu a sucessão do general Pujol concederam ao general Paulo Sergio uma liderança que, a priori, não estava no script. Hoje, ele se tornou uma voz determinante junto às Forças Armadas. Lula poderá ir tranquilo ao seu encontro. As Forças Armadas, a despeito de animosidades ou implicâncias, permanecem como um estamento voltado ao distensionamento e à pacificação institucional.

#Exército #Forças Armadas #Lula #Paulo Sergio Nogueira de Oliveira #PT


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Pelas costas de Ciro

10/01/2022
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Washington Quaquá, vice-presidente nacional do PT e principal articulador político do partido no Rio de Janeiro, está empurrando a sigla na direção de Rodrigo Neves, candidato do PDT ao governo do estado. Nesse caso, o palanque do partido seria de Lula. Ou seja: os próprios pedetistas do Rio já consideram Ciro Gomes carta fora do barulho.

#Lula #PDT #PT #Rodrigo Neves


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Dia do Trabalhador

4/01/2022
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Lula está articulando, ainda para o mês de janeiro, um encontro com os líderes das grandes centrais sindicais do país.

#Lula #PT


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Uma frente ampla para o Ministério da Economia

3/01/2022
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O economista Arminio Fraga acende uma vela a Deus e outra ao diabo. Diz que está pronto a colaborar – ser ministro da Economia – de um governo que adote suas ideias. Por aderência natural migraria para a candidatura Sérgio Moro. Mas o candidato lavajatista já tem o seu ministro – o professor Affonso Celso Pastore – e reduzidas chances de vitória. Com Bolsonaro, Fraga não tem nem conversa. De Lula recebeu acenos, mas teria recusado. Não é bem verdade. Teria, sim, postergado. Fraga aguarda a indicação de Geraldo Alckmin à vice-presidência de Lula. Seria a forma tortuosa de abrir um canal de diálogo com o líder das pesquisas eleitorais.

O controlador da Gávea Investimentos espera que Fernando Henrique Cardoso, Tasso Jereissati e José Serra, entre outros “tucanos de cabelos brancos”, venham a aderir à chapa Lula-Alckmin para se juntar aos apoiadores pessedebista da coligação lulista. Ou seja: esse PSDB informal e depurado de nomes como o de Aécio Neves, só para dar o exemplo mais gritante. Fraga se perfila entre os tucanos de boa cepa, mas no fundo tem um lado pessoal que lembra Paulo Guedes: quer obsessivamente ser ministro há anos e anos, amém. Sabe que Lula caminhará para a centro direita.

E que muitas das suas ideias serão incorporadas em um futuro governa lulista. A chave de entrada seria a formalização de Alckmin na vice-presidência. A tropa de choque lulista não descarta um convite a Fraga, mas ele não lidera a lista dos mais bem quistos potenciais futuros ministros da Economia. Lula preferiria um perfil político, mais próximo de estilo Antônio Palocci, titular da Pasta no seu primeiro governo. Dois nomes se sobressaem nessa lista: o do governador do Maranhão e professor de Direito Constitucional da Universidade do Maranhão, Flávio Dino; e do ex-vereador por Teresina, deputado estadual, federal, senador e quatro vezes governador do Piauí – inclusive exercendo o atual mandato -, Wellington Dias. Ressalte-se que os dois compareceram ao jantar oferecido por um grupo de advogados paulistas para aproximar Lula ainda mais de Geraldo Alckmin.

Apetece também ao ex-presidente a escolha de um empresário do setor real da economia. Há diversos papeizinhos com nomes nesse pote: Josué Gomes da Silva, filho do ex-vice de Lula, José de Alencar, e presidente da Fiesp; Pedro Passos, um dos controladores da Natura, que daria um toque ESG à política econômica; Pedro Wongtschowski, industrialista e presidente do Conselho do Grupo Ultra; Benjamin Steinbruch, presidente da CSN (ver RR de 22 de dezembro de 2021) e amigo pessoal do assessor de Lula, Aloizio Mercadante – seja lá o peso que isso tenha na escolha; e até mesmo o octogenário Abilio Diniz, que voltou à cena, expondo suas ideias na mídia como se quisesse ser lembrado. Correndo por fora do setor real viria o tecnocrata financeiro multi-partidário Henrique Meirelles – presidente do BC de Lula, ministro da Fazenda de Michel Temer e secretário da Fazenda de João Doria.

Meirelles não está na pole position da indicação para o Ministério da Economia, mas reúne três pontos a favor: se dá bem com Lula, conta com o aval do mercado e teria um bom entendimento com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que estará à frente da autoridade monetária, seja lá quem for o futuro presidente. Meirelles, contudo, tem um ponto avantajado contra ele: a atual relação estreita com Doria, que fará uma campanha eleitoral fustigando Lula. Nesse contexto, Fraga seria o candidato natural do mercado. Recentemente, passou a namorar a centro-esquerda. E atrairia pessedebistas ainda recalcitrantes em relação ao apoio a Lula. Um senhor ponto contra é que é detestado por segmentos influentes do PT. Candidatos a ministro da Economia, portanto, ainda pululam aos montes. De certo mesmo, somente é que todos serão “subministros”. O “titular da Pasta” de fato será o próprio Lula, que, se eleito, pretende que a política econômica seja realizada com dosimetria política. O inverso de Jair Bolsonaro. O que não deixa de ser uma boa notícia.

#Abilio Diniz #Armínio Fraga #Lula #Ministério da Economia #PT


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O coronel e o ex-presidiário

22/12/2021
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Eduardo Cunha tem feito aproximações sucessivas do ministro Tarcísio Freitas. Em jogo uma coalizão bolsonarista em São Paulo. Se Freitas vai disputar o governo, Cunha já anunciou que concorrerá a uma vaga na Câmara pelo estado. E que apoiará Bolsonaro e seus candidatos contra “a volta do PT”.

#Eduardo Cunha #PT #Tarcísio Freitas


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Interesses provincianos

22/12/2021
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O posicionamento de Lula, repudiando a operação da Polícia Federal contra Ciro Gomes, foi celebrado pelos petistas do Ceará. A expectativa é que o gesto lubrifique as negociações para a aliança PT-PDT no estado. O principal interessado é o governador Camilo Santana (PT), que espera ter o apoio dos irmãos Ciro e Cid Gomes para concorrer ao Senado em 2022.

#Ciro Gomes #Lula #Polícia Federal #PT


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Infraestrutura abre as comportas do FMM para a indústria naval

7/12/2021
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O ministro Tarcísio Freitas parece um foguete. Agora, chamou para si a missão de reverter o quadro anímico da indústria naval no país. O Ministério da Infraestrutura vai afrouxar as rédeas do Fundo da Marinha Mercante (FMM), administrado pela Pasta. A ideia é flexibilizar os critérios para a concessão de recursos, contemplando um número maior de projetos.

A Pasta pretende também reduzir o período de análise dos pedidos de empréstimo, que, em alguns casos, se arrastam por quase dois anos. Segundo o RR apurou, as novas regras deverão ser anunciadas até janeiro. Em contato com a newsletter, o Ministério da In[1]fraestrutura confirmou que “estuda aprimorar os critérios para prover re[1]cursos para o setor naval por meio do Fundo da Marinha Mercante.”.

Ainda de acordo com a Pasta, “esse processo de revisão está em andamento e será detalhado quando finalizado.” O FMM e consequentemente a indústria naval ainda pagam o preço da Lava Jato. A Operação investigou mais de R$ 5 bilhões em repasses do Fundo da Marinha Mercante a em[1]preiteiras durante os governos do PT. Como consequência, o governo adotou regras mais draconianas para a concessão de empréstimos. Hoje, no entanto, há um consenso na equipe de Tarcísio Freitas de que o torni[1]quete apertou demais. O orçamento do FMM para este ano contempla R$ 6,8 bilhões. Até agora, no entanto, o Ministério liberou apenas 17% desse valor, ou seja, R$ 1,2 bilhão.

#Lava Jato #Ministério da Infraestrutura #PT #Tarcísio Freitas


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Ministro Paulo Guedes reinventa a roda fiscal

6/12/2021
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Pode ser que o RR esteja enxergando além da realidade, mas o teto de gastos não será mais um problema em 2022. Igualmente não serão problema os gastos sociais do próximo ano. Estava bem à frente do nariz a criação de um fundo composto por patrimônio do governo – o ministro da Economia, inclusive, vai instituir uma Pasta com o mesmo nome. O fundo será formado, entre outros ativos, por ações e dividendos de estatais e imóveis da União – e discute-se até a inclusão de terras.

O governo não considerou necessário inserir a securitização da dívida ativa na PEC dos Precatórios porque este instrumento poderia atrasar a aprovação da proposta. Mas a dívida ativa da União, ressalte-se, será um dos componentes do futuro fundo. O novo instrumento funcionará em paralelo ao orçamento da União. Será um mecanismo para distribuição de recursos aos mais pobres. Com securitizações e o carreamento dos recursos de vendas das estatais, vinculados à redução da miséria e outras medidas compensatórias circunstancialmente necessárias, o governo poderá dizer que também está cumprindo seu compromisso com a privatização, uma meia-verdade já que o fundo ficará sob a alçada do novo Ministério.

Essa Pasta será justamente a responsável por levantar os ativos que poderão ser incluídos no fundo patrimonial da União. O governo ainda estuda como vai chamar o fundo. As ideias recaem sobre “Fundo de Distribuição da Riqueza” ou “Fundo de Erradicação da Pobreza”. De toda a forma, o segredo é acabar com o discurso fura-teto e contraditar a afirmação de que os gastos de 2022 serão eleitoreiros. O fundo será permanente, assim como o compromisso com as despesas sociais, ainda que algumas delas sejam temporárias, tais como o auxílio a caminhoneiros e eventualmente o subsídio aos passageiros do transporte urbano. “Eureka!”, poderia dizer Paulo Guedes. O fundo é um achado que estava previsto desde o início de campanha. Só não aconteceu antes porque a pandemia não permitiu.

Portanto, os quase R$ 50 bilhões necessários para atender ao desejo de Bolsonaro de novos gastos sociais, que não caberiam no orçamento, não serão problema. Esse dinheiro virá do novo fundo, que permitirá um pacote de bondades ainda maior. Ou seja: a PEC dos Precatórios passou, já foi precificada e fez o mal nas expectativas fiscais que teria de ser feito. É página virada. Mais à frente, o ministro Paulo Guedes poderá dizer que será fiel ao teto até que a morte os separe. Parece que ninguém estava enxergando essas medidas. Talvez só o RR – vide, mais recentemente, as edições de 19 de agosto e 25 de outubro deste ano ou, mais para trás, as edições de 26 de agosto, 17 de setembro e 1 de outubro de 2020. O ano de 2022 vai ser de “práticas do bem”, que, sem dúvida, ajudarão Bolsonaro e não poderão ser atribuídas à lassidão fiscal nem a ações eleitoreiras, pois permanecerão para o próximo governo, seja lá quem for. O pobre ganhará e a organização dos gastos públicos, por sua vez, será melhor. São os grandes vencedores. Se a ideia fosse do PT, a esquerda toda estaria soltando fogos.

#Jair Bolsonaro #Ministério da Economia #Paulo Guedes #PT


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“Mandelização” de Lula será uma das armas de campanha do PT

3/12/2021
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Pode soar como uma tirada ao melhor estilo do humor inglês: Lula quer fazer do limão do cárcere uma limonada. Uma das estratégias de campanha que será usada pelo PT é a comparação entre a passagem do ex-presidente pela prisão e a via crucis de Nelson Mandela – ainda que uma tenha durado 580 dias e a outra, 27 anos. A ideia é explorar o discurso de que Lula, assim como o líder sul -africano, foi um prisioneiro político, vítima de uma ação persecutória de seus inimigos.

Esse processo de “mandelização” do petista funcionaria como uma peça de ataque, mas também de defesa contra a agenda da corrupção que certamente será levantada pelos adversários durante a campanha. Ainda que, tecnicamente, o ex-presidente não esteja livre dos processos, as absolvições que já ocorreram e, sobretudo, a decisão do STF anulando as sentenças da 13a Vara de Curitiba garantirão a consistência jurídica da mensagem. Há outro componente que dá uma coloração ainda mais especial a essa estratégia: o iminente embate eleitoral com Sergio Moro.

De um lado, o “preso político”; do outro, o magistrado que o “perseguiu”. Os planos de Lula incluem uma viagem à África do Sul. Em maio deste ano, o petista se encontrou com o embaixador sul-africano em Brasília, Vusi Mavimbela, quando manifestou a intenção de visitar aquele país. Colar sua imagem à de Nelson Mandela traria ainda outros dividendos para Lula. O ex-presidente poderá explorar esse reconhecimento de fora para dentro do Brasil, aproveitando-se do seu prestígio internacional – vide a sua recente passagem pela Europa.

As desculpas pedidas por Sergio Moro ao STF pelo “levantamento do sigilo” – melhor dizer vazamento – das conversas da presidente Dilma Rousseff com Lula, tido como inconstitucional por carradas de juízes, são mantidas como um brinco de brilhantes no arsenal do ex-presidente. O comitê de campanha de Lula considera que tem munição de sobra contra Bolsonaro – e está certo. Agora, é o momento de guardar a artilharia contra Moro.

#Lula #Nelson Mandela #PT #Sérgio Moro


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Carta-bomba

3/12/2021
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Ontem, nos corredores do Congresso, parlamentares do PT e do PSOL articulavam a apresentação de um recurso conjunto ao STF contra a venda dos Correios. Curiosamente, uma das munições que deverá ser usada pelos dois partidos é um parecer do próprio PGR, Augusto Aras, considerando a privatização da empresa inconstitucional. Ressalte-se que já há no Supremo uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6635 contra a venda da estatal, proposta pela Associação dos Profissionais dos Correios (Adcap).

#Correios #PSOL #PT


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Coalizão sindical

2/12/2021
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Lula foi convidado para encerrar o 9o Congresso da Força Sindical, no próximo dia 8 de dezembro. O aceno ao ex-presidente chama a atenção. Ao contrário da CUT, visceralmente ligada ao PT, a Força Sindical é, digamos assim, mais plural, com vinculações a diferentes partidos, a começar pelo Solidariedade, de Paulinho da Força.

#Congresso da Força Sindical #Lula #PT


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As aproximações sucessivas de Lula, FHC e Alckmin

19/11/2021
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A volta de Lula da sua excursão pela Europa promete. Há articulações para um encontro entre o ex-presidente, Fernando Henrique Cardoso e Geraldo Alckmin em dezembro, antes das festas de fim de ano, período em que a formação de alianças para 2022 deve começar a se intensificar. A costura estaria sendo feita pelo ex-ministro Nelson Jobim, atual presidente do Conselho do BTG. Caso se confirme, a reunião carregará alguns simbolismos.

Poderia ser o prenúncio do desembarque dos chamados tucanos de “cabeça branca”, ou seja, da velha guarda do PSDB, da campanha de Eduardo Leite ou de João Doria. O que não chegaria a surpreender, dada a posição folgada de Lula e o modesto desempenho tanto de Leite quanto de Doria nas pesquisas eleitorais. Ainda que não viesse acompanhado da formalização do eventual convite, o encontro seria uma passada larga para a presença de Alckmin na chapa de Lula, como candidato a vice-presidente.

O evento alimentaria ainda o sonho antigo de uma junção entre PT e PSDB – ou, ao menos, de uma corrente mais raiz dos tucanos -, o que significaria uma coalização entre as duas forças partidárias vencedoras de todas as eleições presidenciais entre 1994 e 2014. Em um sentido mais abrangente, o encontro entre Lula, FHC e Alckmin poderia significar ainda a criação de uma aliança contra a reeleição de Jair Bolsonaro. No ano passado, o próprio Fernando Henrique chegou a ensaiar a ideia de uma “frente ampla contra o mal que está aí” – guardadas as devidas e enormes proporções, algo similar ao movimento encabeçado por Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek e João Goulart durante o regime militar. Em tempo: por ora, Lula, FHC e Alckmin parecem ter feito um pacto de silêncio sobre o assunto. Consultados pelo RR sobre o possível encontro, nenhum dos três se pronunciou. Entende-se.

#Fernando Henrique Cardoso #Geraldo Alckmin #Lula #PSDB #PT


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Missão (quase) impossível

9/11/2021
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PT e PSOL querem levar ao Conselho de Ética do Senado o caso do parlamentar Chico Rodrigues (DEM-RR). O senador é acusado de participação em um esquema que teria desviado R$ 20 milhões da saúde pública em Roraima. No entanto, as chances do processo prosperar são pequenas. Há tempos que o Conselho de Ética do Senado parece estar “fechado para balanço”.

#PSOL #PT

Política

Pecado capital

29/10/2021
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O presidente do Banco da Amazônia, Valdecir Tose, treme feito vara verde no cargo. No Palácio do Planalto caiu muito mal  a descoberta de que a ONG Amazoncred, supostamente ligada ao PT, mantém contrato com o banco.

#Banco da Amazônia #PT


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Falta só o principal

27/10/2021
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O prefeito Eduardo Paes está empenhado em costurar uma aliança entre o PSD, seu partido, e o PT no Rio de Janeiro. Nessa coalizão, caberia aos petistas indicar o candidato a vice na chapa de Felipe Santa Cruz, presidente da OAB, que disputará a eleição ao governo do estado. Uma ala do PT do Rio é favorável à dobradinha e já tem até o nome: André Ceciliano, atual presidente da Assembleia Legislativa do Rio. Mas falta o aval de Lula. Ou seja: falta tudo.

#Eduardo Paes #PSD #PT


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Alvo certo

26/10/2021
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PT e PSOL tentam destravar o projeto de lei 1.746, que hiberna na Câmara há mais de dois anos. A proposta estabelece novas regras para os planos de saúde, a principal delas impedir qualquer interferência da operadora sobre o tratatamento de pacientes. Qualquer semelhança com as denúncias contra a Prevent Senior não seria mera coincidência.

#PSOL #PT


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Efeito Lula

26/10/2021
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Em conversa com uma fonte do RR, José Dirceu cravou que o PT vai fazer mais de 70 parlamentares no ano que vem. Em 2018, a bancada eleita somou 54 deputados e quatro senadores. Dirceu não costuma errar esse tipo de previsão.

#José Dirceu #PT


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Todos olhando para 2022

25/10/2021
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Eunício de Oliveira é um líquido; adapta-se a qualquer forma. Na semana passada, em conversa reservada com Lula, Eunício admitiu abrir mão da corrida ao Senado para disputar uma vaga na Câmara. O movimento pavimentaria o caminho para uma coalizão MDB PT no Ceará, com a candidatura do atual governador, Camilo Santana, ao Senado. Mas tudo e todos têm seu preço: o de Eunício, nesse caso, seria concorrer à presidência da Câmara com o apoio de Lula.

#Eunício de Oliveira #Lula #MDB #PT


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Questão de timing

19/10/2021
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Há um movimento no PT do Rio favorável à candidatura do atual presidente da Alerj, André Ceciliano, ao Senado. A ideia, no entanto, não teria, ao menos por ora, a simpatia de Lula. Trata-se de uma vaga que deve ser reservada como moeda de troca para alianças no estado.

#Alerj #Lula #PT


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“Frente ampla”

5/10/2021
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Um ornitorrinco político começa a ganhar forma no Ceará. O tucano Tasso Jereissati confidenciou a pessoas próximas que pretende apoiar a candidatura do atual do governador Camilo Santana, do PT, ao Senado em 2022. Santana também tem ao seu lado os pedetistas Ciro e Cid Gomes.

#Ciro Gomes #PT #Tasso Jereissati

Acervo RR

Salvador

20/09/2021
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O próprio Lula entrou em cena na tentativa de evitar o rompimento da dobradinha entre o PT e o PSD, de Gilberto Kassab, na Bahia.

#Lula #PSD #PT


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Um sarapatel difícil de temperar na política baiana

23/08/2021
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Durante a sua passagem por Salvador nos próximos dias 25 e 26, Lula deverá dedicar parte do seu tempo a encontros com lideranças do PSD. A aliança do PT com o partido na Bahia está abalada, devido aos movimentos no tabuleiro eleitoral para 2022. A disposição dos petistas de lançar o atual governador, Rui Costa, à disputa pelo Senado esbarra com a candidatura à reeleição do senador Otto Alencar, do PSD. Ou é um ou é outro. Ou, então, cada partido para o seu lado.

#Lula #PSD #PT


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O K da questão

17/08/2021
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Lula estaria conversando diretamente com Gilberto Kassab sobre uma possível aliança entre o PT e o PSD em Minas Gerais. As tratativas entre os dois partidos vão e voltam, voltam e vão, sem nunca sair do lugar. A maior dificuldade é convencer o prefeito Alexandre Kalil, candidato ao governo de Minas em 2022. Kalil tem dito reiteradamente que não colocará a “estrela do PT no peito”.

#Gilberto Kassab #Lula #PSD #PT


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Todos os olhos sobre Lula

16/08/2021
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Existe uma preocupação dentro do PT com o esquema de segurança nas viagens de campanha de Lula. Há quem defenda um reforço, desde já, no aparato que acompanha o ex-presidente. A medida seria adotada já nas visitas que Lula fará ao Piauí, Pernambuco, Maranhão e Paraíba a partir desta semana. Um dos receios entre os petistas é que pessoas sejam infiltradas em comícios e outro eventos públicos por grupos ou forças políticas contrárias para criar tumulto e perturbação.

#Lula #PT


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Portas fechadas para os “petralhas”

13/08/2021
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Em meio a uma nova onda de indicações do Centrão, o governo Bolsonaro resolveu adotar critérios mais rígidos nas nomeações para cargos de confiança de nível superior. Não exatamente movido por regras de governança ou austeridade, mas, sim, por razões de ordem ideológica. Segundo informações filtradas da Casa Civil, nomes que exerceram função comissionada em governos do PT ou foram filiados a partidos que não da base aliada estão fora do game. Trata-se de um rigor não visto ao longo do mandato. Tanto que ao fim de 2019, por mais estranho que possa soar, havia 587 filiados do PT em funções de livre escolha na esfera federal. Procurada, a Casa Civil não quis se manifestar sobre o assunto.

#Casa Civil #Jair Bolsonaro #PT


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O papel de Costa

10/08/2021
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O governador da Bahia, Rui Costa, está cotado no PT para assumir a coordenação da campanha de Lula em 2022. O senão é a sobreposição geoeleitoral: Costa tem peso político onde Lula menos precisa, no Nordeste.

#Lula #PT #Rui Costa


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Sempre Dirceu

26/07/2021
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José Dirceu está a pleno vapor, na linha de frente das articulações das alianças estaduais do PT. Dois locais em especial têm merecido
maior atenção do ex-ministro: Ceará e Pernambuco, devido às arestas, respectivamente, com o PDT e o PSB.

#José Dirceu #PT


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Dilma, a itinerante

16/07/2021
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No PT, já se cogita uma nova candidatura de Dilma Rousseff ao Senado em 2022. Um dos cenários aventados é a ex-presidente concorrer pelo Rio Grande do Sul ou pelo Rio de Janeiro – em 2018, ela foi derrotada na disputa pelo Senado por Minas Gerais. O “x” da questão é se Dilma mais ajudaria ou atrapalharia a candidatura Lula. O RR considera que atrapalha.

#Dilma Rousseff #Lula #PT


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Mão única

25/06/2021
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A costura de um possível apoio do PT à candidatura de Alexandre Kalil (PSD) ao governo de Minas travou. Kalil topa ter os petistas no seu palanque. Mas, não se compromete em apoiar Lula na corrida à Presidência.

#Lula #PT


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PT do Rio pode rachar

15/06/2021
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O iminente apoio de Lula à candidatura de Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio está provocando fortes reações de uma ala do PT do Rio, liderada por André Ceciliano, presidente da Assembleia Legislativa. Ceciliano já teria confidenciado a alia dos a disposição de deixar o partido para disputar o governo do estado por outra legenda em 2022.

#Lula #Marcelo Freixo #PT


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Do próprio veneno

15/06/2021
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O RR teve a informação de que deputados goianos de oposição a Ronaldo Caiado vão apresentar um projeto de lei para obrigar o governo estadual a divulgar o valor gasto com cada peça de propaganda oficial. Tem pinta de provocação: quando era deputado federal, durante a gestão do PT, Caiado propôs um projeto semelhante, que acabou não sendo levado adiante no Congresso.

#PT #Ronaldo Caiado


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“Vai tu mesmo”

5/04/2021
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Sem nomes próprio no Rio, o PT já cogita apoiar o governador Claudio Castro na eleição de 2022. A costura já começa a ser feita pelo presidente da Alerj, o petista Andre Ceciliano. O senão seria ter de subir no mesmo palanque do Pastor Everaldo, criador de Wilson Witzel. Mas isso é só um detalhe…

#Claudio Castro #PT #Wilson Witzel


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Dilma lá?

19/03/2021
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No instante em que celebra a “volta” de Lula, o PT cogita também o “retorno” de Dilma Rousseff. Segundo uma fonte intestina do partido, já se fala na candidatura de Dilma ao governo de Minas Gerais em 2022. O senão é a cicatriz que a ex-presidente carrega de 2018, quando amargou um quarto lugar na eleição para o Senado.

#Lula #PT


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Os candidatos a ministro da Economia de Lula

16/03/2021
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Ainda faltam 565 dias para a eleição presidencial de 2022, mas quatro nomes já despontam como candidatos a ministro da Economia em um eventual governo Lula: Armínio Fraga, Monica de Bolle, Marcos Lisboa e André Lara Resende. Arminio, Monica e Lisboa são arroz de festa. Desde sempre estão disponíveis para integrar qualquer governo. Lisboa foi o primeiro a se ofertar nessa corrida.

Já fez chegar ao PT e ao próprio Lula sua disposição para colaborar no que for necessário. Só faltou mandar currículo. O presidente do Insper é, de todos, o que mais deseja o cargo. Vai panfletar seu próprio nome enquanto Lula não se decidir. Por um lado, Lisboa tem a seu favor a participação no governo do ex-presidente: ocupou o cargo de secretário de Política Econômica de 2003 a 2005. Por outro, foi levado ao cargo pelo ex-ministro Antonio Palocci, hoje desafeto geral. O ex-presidente do BC Armínio Fraga é farinha de outro saco.

Armínio é um crítico elegante das políticas econômicas dos governos do PT. Bate, mas com luvas alvas e acolchoadas. Em outra seara, por pouco, não sujou as mãos de lama: seria o ministro de Aécio Neves caso ele tivesse derrotado Dilma Rousseff em 2014. Lula não liga bulhufas para essas coisas. Henrique Meirelles na presidência do BC é uma demonstração da flexibilidade do ex-presidente da República. Armínio imagina que haveria espaço para implementar suas novas ideias social-democratas no governo do PT. O ex-presidente do BC criou três grupos de estudos próprios que trabalham na construção de parte de um programa de governo.

Armínio tem a seu favor a simpatia de todo o mercado. É um dos mais votados entre as instituições financeiras. Monica de Bolle já rezou na igreja de Armínio. Foi uma das fundadoras e diretora da Casa das Garças, um think tank tucano dominado pelos economistas da PUC-RJ. Hoje, pensa inteiramente diferente daquele tempo. Por isso, quer o cargo; para impor suas teses e ainda fazer um aceno ao movimento feminista, do qual é simpatizante declarada. Sem dúvida, traria um certo frescor aos ambientes acinzentados do Ministério da Economia.

Monica é bastante próxima de Laura Cardoso, economista darling do PT. O senão é que Laura, mesmo não sendo das mais cotadas, também deseja a vaga na Pasta da Economia, provavelmente com o apoio do partido. Em tempo: Monica também caberia como uma luva na presidência do BC. O RR aposta que ela iria para a Economia. De todos os nomes que orbitam no entorno de Lula, é possível que André Lara Resende seja quem menos dispute a tarefa.

Mas, talvez seja aquele que mais estaria disposto ao sacrifício, muito menos pelo cargo e mais pela oportunidade de testar na prática o seu “experimento”. Ele fez a mesma coisa com o Plano Real, então uma teoria não testada. André tem circuito acadêmico no exterior e tomou para si a cruzada de fazer valer a teoria monetária moderna, um pensamento emergente da academia que joga por terra o tradicional dogma fiscal hoje absolutamente em voga no Brasil. O economista conta com a simpatia de Ciro, que comprou suas ideias. É um intelectual independente.

Vem de uma formação tucana. Mas, hoje fala com todo mundo. De todos, é quem está mais focado na ideia de ajeitar o Brasil. Como não poderia deixar de ser, trata-se de conjecturas sobre desejos e vantagens comparativas, assim como recados que foram lançados. Seja quem for o ministro de Lula, o objetivo é que ele acene para o mercado, tranquilizando-o. A priori, a ordem do ex-presidente é primeiramente caminhar pelo país, visitando, sobretudo, o Nordeste. Antes do fim do ano, seria apresentado, então, o seu ministro. Qualquer semelhança com a trajetória de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes é mera coincidência mesmo.

#Armínio Fraga #Lula #Mônica de Bolle #PT


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Primárias

12/03/2021
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O senador Humberto Costa é tido dentro do PT com um dos principais articuladores da abertura do processo contra Marilia Arraes na Comissão de Ética do partido. 2022 já começou: ambos disputam cabeça a cabeça a indicação como candidato do PT ao governo de Pernambuco

#PT


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Cabe um general na chapa de Lula?

11/03/2021
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Por mais inusitado que possa parecer, em meio a uma torrente de recomendações, Lula já ouviu o aconselhamento de que o seu vice-presidente em 2022 seja um oficial militar. Alguém como o general Santos Cruz, que teria um enorme efeito simbólico, dada a sua alta respeitabilidade nas Forças Armadas e a sua postura crítica ao presidente Jair Bolsonaro. A hipótese de um militar na chapa estaria cheia de senões: um deles seria a repetição de Bolsonaro, que tem um general como vice-presidente.

O outro obstáculo seria a aceitação da ideia dentro do próprio PT, que poderia enxergar a iniciativa como uma espécie de rendição: ou seja, uma “Carta aos Militares” em vez de ao povo brasileiro. Mesmo que a candidatura não esteja posta, as conjecturas de como seria um futuro governo já estão em marcha. Com o pronunciamento de Lula ontem, ficou claro que existem dois estamentos que serão objeto de especial atenção de sua parte: os empresários e o aparelho de segurança, leia-se as Forças Armadas, a Guarda Nacional e as polícias.

No passado, em 2002, Lula contemplou um empresário para compor sua chapa. Era preciso conquistar a Avenida Paulista. No presente, o desafio é se aproximar dos quartéis. Seria uma forma de desmontar um dos principais ativos políticos de Bolsonaro. O presidente é useiro e vezeiro em tratar as Forças Armadas como se fossem suas apoiadoras. Ainda há muita estrada pela frente para que a especulação se materialize. Mas, a fonte do RR é um conhecido interlocutor do ex-presidente Lula.

#Forças Armadas #Jair Bolsonaro #Lula #PT


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Queimou a largada

10/02/2021
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Guilherme Boulos tem um “aliado” dentro do PT. Em conversas reservadas, José Dirceu também considerou que Lula se precipitou ao anunciar a candidatura de Fernando Haddad à Presidência em 2022.

#Guilherme Boulos #José Dirceu #Lula #PT


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Pegando carona

22/01/2021
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O que se diz na Câmara é que PT e PSOL deverão aderir ao pedido do Rede ao STF solicitando o afastamento de Eduardo Pazuello do Ministério da Saúde.

#PSOL #PT


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Mojito

20/01/2021
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José Dirceu tem dito a velhos companheiros do PT que Lula está perdendo uma oportunidade de ouro de avançar sobre a jugular de
Jair Bolsonaro. Nas últimas semanas, enquanto João Doria deita e rola no episódio da vacina, o ex-presidente está em Cuba, gravando cenas para um documentário de Oliver Stone.

#José Dirceu #Lula #PT


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Muita falta do que fazer

13/01/2021
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O RR apurou que a própria presidente do PT, Gleisi Hoffmann, autorizou o partido a embarcar em uma história sem pé nem cabeça: o pedido feito pela sigla ao STF, na última segunda-feira, para participar de uma ação que tenta anular as eleições no Vasco. Com a repercussão negativa do caso, Gleisi tirou o corpo fora, retirou a petição e tentou jogar toda a responsabilidade sobre os ombros do ex-deputado petista e ex-presidente da OAB Wadih Damous. Espera-se que Gleisi não tenha o mesmo procedimento em relação à coalizão partidária que apoia a candidatura de Baleia Rossi à presidência da Câmara.

#Gleisi Hoffmann #PT #Vasco


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Falta do que fazer

12/01/2021
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Na tarde de ontem correu entre parlamentares a informação de que PT e PSOL vão solicitar ao Twitter a exclusão da conta pessoal de Jair Bolsonaro na rede, alegando constante disseminação de fake news, notadamente em relação à Covid-19. Para Bolsonaro, receber a mesma punição de Trump, seria mais prêmio do que castigo. Melhor deixar como está.

#PSOL #PT


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Costura para lá e para cá

18/12/2020
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A candidatura de Oto Alencar (PSD-BA) à presidência do Senado ganhou fôlego. Responsável pelas articulações, Gilberto Kassab garante ter o apoio tanto do DEM quanto do PT.

#PT


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Alerta do comandante

11/12/2020
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Em reunião fechada com o conselho político da Força Sindical, realizada por vídeo conferência na última terça-feira, José Dirceu deu o que todos entenderam ser um recado para dentro do PT: “Precisamos reconquistar a periferia”.

#José Dirceu #PT


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Dose dupla

25/11/2020
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O PT se uniu a Rodrigo Maia para barrar a unção de Arthur Lira à presidência da Câmara. O problema é o candidato, Baleia Rossi. Lula não se esquece do seu comportamento no impeachment de Dilma.

Por falar em Arthur Lira, o candidato do Palácio do Planalto à presidência da Câmara dos Deputados é nome certo nas próximas viagens de Jair Bolsonaro ao Nordeste. O ministro Rogério Marinho já recebeu a missão de encaixar ao menos duas inaugurações de obras em Alagoas, estado natal de Lira.

#PT #Rodrigo Maia


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Propaganda nada velada

5/11/2020
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A decisão do governador da Bahia, Rui Costa, de agendar a assinatura do contrato de construção da ponte Salvador-Itaparica para o dia 12 de novembro, a três dias das eleições municipais, parece propaganda política. Parece, não, é. Segundo o RR apurou, uma das convidadas para o evento será a candidata do PT à Prefeitura de Salvador, major Denice Santiago. Se bem que, a essa altura, haja ponte: Denice patina nas pesquisas eleitorais com 13%, a léguas do candidato do DEM e de ACM Neto, Bruno Reis, com 61%.

#PT #Rui Costa

Acervo RR

Asfixia

7/10/2020
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Às vésperas das eleições municipais, o PT vai sofrer um duro baque financeiro: ficará um mês sem receber o rateio do fundo partidário. O dinheiro retido servirá para o pagamento de uma multa de R$ 6,9 milhões aplicada pelo TSE. O PT foi condenado por irregularidades no uso de recursos do Fundo na longínqua eleição de 2014.

#PT #TSE


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Asfixia

7/10/2020
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Às vésperas das eleições municipais, o PT vai sofrer um duro baque financeiro: ficará um mês sem receber o rateio do fundo partidário. O dinheiro retido servirá para o pagamento de uma multa de R$ 6,9 milhões aplicada pelo TSE. O PT foi condenado por irregularidades no uso de recursos do Fundo na longínqua eleição de 2014.

#PT #TSE


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O vazio petista

6/10/2020
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No PT do Rio já se discute o que fazer no segundo turno da eleição municipal: apoiar o antigo aliado Eduardo Paes ou assumir uma postura de neutralidade. Uma certeza o partido já tem: Benedita da Silva não estará no segundo turno.

#Eduardo Paes #PT


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Candidato-relâmpago

17/08/2020
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Uma ala mais radical e impaciente do PT já defende a troca do pré- candidato à Prefeitura de São Paulo. Em pesquisas recentes feitas pelo partido, Tatto aparece atrás de Guilherme Boulos, com menos de 5% dos votos. É verdade que ainda falta muito para a eleição e, a rigor, a campanha sequer começou. Mas esse é justamente o argumento utilizado pelos “oposicionistas” do candidato: a hora da substituição é agora.

#PT


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Perda de prestígio

12/08/2020
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Lurian da Silva, filha de Lula, já esteve mais em alta. Ela vai coordenar o programa de governo do candidato do PT à Prefeitura de Itabaiana (SE), Olivier Chagas. Entre outras missões, dentro e fora do partido, Lurian integrou o comitê de campanha de Gabriel Chalita, candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo. Por sinal, a jornalista não é exatamente uma pé quente: não se elegeu vereadora em São Bernardo do Campo mesmo no auge da popularidade do pai.

#Lula #PT


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Uma semente no PT

30/07/2020
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O PT tem feito acenos à senadora Katia Abreu. Sua filiação daria ao partido uma ponte para o agronegócio, já pensando na eleição de 2022. Não custa lembrar que Katia foi uma das mais fiéis, se não a mais fiel aliada da presidente Dilma Rousseff até o último minuto do seu governo. Em tempo: resiliência partidária não é o forte da senadora. Hoje no PPB, Katia Abreu já passou por PPB, PFL, depois DEM, PSD, MDB, PDT e agora bate ponto no PP.

#Dilma Rousseff #Katia Abreu #PPB #PT


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Lisboa e a ressurreição de Haddad

17/07/2020
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O presidente do Insper, Marcos Lisboa, atira para todos os lados, sem maiores pruridos. Lisboa quer ser ministro da Fazenda. De qualquer governo. Ofereceu-se para colaborar com o professor e virtual candidato às eleições presidenciais pelo PT Fernando Haddad. O petista pertence aos quadros da instituição de ensino. Não há nada que indique, hoje, uma vantagem comparativa de Haddad em relação à única candidatura certa ao sufrágio de 2022, a do presidente Jair Bolsonaro; nem sobre os demais potenciais aspirantes, Luciano Huck, Ciro Gomes, Sergio Moro, João Dória e Flavio Dino. É puro oportunismo. Se surgir algum candidato de última hora, “Marquinhos” está pronto para contribuir no seu programa econômico.

Por falar em Insper, a instituição tem namorado o ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli. As conversas se dariam em torno do ingresso do professor nos cursos de educação continuada. Ao que parece, nada que seja necessário um bom diploma. Tudo indica que há terceiras ou quartas intenções entre as partes, caso se concretize o convite. Procurado pelo RR, o Insper não retornou até o fechamento desta edição.

#Ciro Gomes #Fernando Haddad #Insper #Luciano Huck #PT #Sérgio Moro


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Fake news

9/07/2020
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Ontem, no fim da tarde, deputados do PT e do PSOL já tentavam recolher assinaturas para a abertura de um processo contra Eduardo Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara. O motivo é a vinculação de contas bloqueadas pelo Facebook a funcionários do gabinete do parlamentar.

#Eduardo Bolsonaro #PSOL #PT


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Dirceu deixa “quarentena” e se une à Frente Ampla

19/06/2020
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Acabou o confinamento da esquerda. José Dirceu vai se unir à “Frente Ampla pela Democracia”. Dirceu fez chegar às lideranças políticas que estão à frente do movimento a sua disposição de participar das articulações para – sejamos honestos – precipitar o despejo de Jair Bolsonaro da Presidência. A mexida de Dirceu é um movimento político calculado.

Ele se apresentará como um cidadão combativo pela democracia e não como dirigente do PT. Com essa dubiedade, pretende criar uma saída para as inevitáveis narrativas de que rachou com Lula ou está cindindo o PT. O truque é o seguinte: o “comandante” representa si próprio nas conversas suprapartidárias. Mas, ainda que subliminarmente, continua representando também o partido. A posição do PT é a de seguir isolado na oposição ao governo.

Dirceu, não é de hoje, não concorda com esse “pensamento único”. Tem atirado aqui e acolá flechas com endereço certo. Em recente entrevista, por exemplo, declarou que “temos de constituir uma frente das esquerdas para lutar contra Bolsonaro e para ser alternativa ao Brasil”. Como diria o mestre Eliezer Batista, “seja como for, tudo tem que acabar com bom humor”. O engajamento de José Dirceu nas conversas já pontificadas por Fernando Henrique Cardoso, Marina Silva e Ciro Gomes criaria uma curiosa aliança: um ex-presidente aristocrata, uma ex-seringueira, um “cangaceiro” extremante preparado e um ex-guerrilheiro juntos contra Bolsonaro.

#Ciro Gomes #Jair Bolsonaro #José Dirceu #Marina Silva #PT


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Bicudos

9/06/2020
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A exemplo de José Dirceu, o economista Eduardo Moreira também tenta costurar uma aproximação entre Lula e Ciro Gomes. Vai gastar saliva para nada. Conselheiro emergente do campo da esquerda, Moreira é fundador do movimento Somos 70, de oposição a Jair Bolsonaro.

#Ciro Gomes #José Dirceu #Lula #PT


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Gabinete do amor

2/06/2020
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Ideia soprada ao pé do ouvido de Lula por um velho marqueteiro do PT: encapsular toda a sua comunicação nas redes sociais com o termo “gabinete do amor”. É cada uma…

#Lula #PT


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T de trabalho

1/06/2020
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Em uma aliança rara ultimamente, PT e PDT se uniram pela mudança da MP 927. O objetivo é permitir aos trabalhadores que aderiram ao FGTS no regime de saque- aniversário e foram demitidos na pandemia o direito de sacar todo o fundo. Pela lei, eles só podem retirar 40% do FGTS.

#FGTS #MP 927 #PDT #PT


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Coalizão de esquerda

20/05/2020
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Os presidentes do PSB, Carlos Siqueira, e do PC do B, Luciana Santos, conversam sobre a possibilidade de lançamento de candidaturas conjuntas em pelo menos cinco capitais do país nas eleições municipais. Seria a prévia de uma possível tabelinha na eleição presidencial de 2022. E o PT? Esse segue conversando consigo próprio.

#PC do B #PSB #PT


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O mais inimaginável encontro da República

13/05/2020
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Pode parecer nonsense e talvez até seja, mas circula em rodas do PT que o comandante José Dirceu anda pensando em voz alta sobre um possível encontro entre Lula e Sergio Moro. Ambos se despiriam das vestes de condenado e juiz em nome da causa maior do Brasil. Dirceu é um pragmático elevado à enésima potência. Antes da posse de Lula, articulou o Ministério junto a personagens como Mario Garnero, Jorge Serpa e até Dick Cheney, então vice-presidente dos Estados Unidos e CEO da Halliburton até 2000. Não custa lembrar que a loucura tem precedente. Nos idos de 1966, Carlos Lacerda e João Goulart, antes inimigos figadais, uniram-se na Frente Ampla. A pergunta que não quer calar não é nem mesmo a questão do timing e a disposição de ambos para um evento desses. Mas, sim, o que Moro teria a ganhar com isso?

#José Dirceu #Lula #PT #Sérgio Moro


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Lá vem chumbo

16/04/2020
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O artigo do jornalista Elio Gaspari (“Triste Brasil”), publicado no jornal O Globo, de ontem, despertou na Fundação Perseu Abramo a ideia de criar um “elitômetro”. Com base em uma cesta de dados, seria construído um ranking das melhores e piores elites do país. A Fundação é ligada ao PT. Já viu, né?

#PT


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Foro privilegiado

31/03/2020
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O PT cogita lançar o nome de Lindbergh Farias à Prefeitura de Nova Iguaçu. Seria um retorno ao passado – “Lindinho” comandou o município de 2005 a 2009. Ressalte-se que o ex-senador está sem mandato.

#Lindbergh Farias #PT


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Síndico ausente

20/03/2020
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No PT, há uma crescente aflição com o distanciamento de Lula das articulações políticas para as eleições municipais deste ano. O impasse em importantes centros é atribuído à postura do ex-presidente. É o caso do Rio de Janeiro, onde o PT ainda se divide entre lançar candidatura própria ou apoiar Marcelo Freixo (PSOL). Na Bahia, as divergências são ainda acentuadas. A escolha do governador Rui Costa pela pré-candidatura da major da PM Denice Santiago desagradou o cacique do partido no estado, Jaques Wagner. Até o momento, a própria extensão da participação de Lula na campanha ainda é uma incógnita. Pessoas mais próximas ao ex-presidente apostam que ele deverá subir apenas nos palanques de candidatos nas gran- des capitais. Nos demais casos, somente depoimentos gravados para o horário eleitoral. E olhe lá.

#Lula #PT


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PT em círculos

21/02/2020
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Os governadores do PT no Nordeste foram instruídos a bater pesado na fila de espera do Bolsa Família na região, que já atinge mais de 1,5 milhão de pessoas. O assunto foi debatido entre Lula e dirigentes do partido em reunião na última terça-feira, em Brasília. No fundo, é o que resta ao PT: falar a um eleitorado que já é seu.

#Lula #PT


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Memórias do comandante

4/02/2020
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José Dirceu prepara um cartapácio para o segundo volume de suas memórias. Já escreveu aproximadamente 600 páginas e, não satisfeito, negociou com sua editora mais um ano para entregar os originais.

#José Dirceu #PT


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O diplomata

21/01/2020
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Jaques Wagner chamou para si a missão de baixar o facho do governador da Bahia, Rui Costa. O petista passou a bater pesado em Bruno Reis, erigido por ACM Neto como candidato do DEM à Prefeitura de Salvador. Wagner considera um erro estratégico quebrar o pacto de “não agressão” entre PT e ACM Neto. Até porque Reis é líder absoluto das pesquisas. Vai ser difícil perder a parada.

#Jaques Wagner #PT #Rui Costa


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Haddad, paz e amor

9/01/2020
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Na última terça-feira, enquanto almoçava no restaurante Joakin´s, no Itaim Bibi, Fernando Haddad foi, por diversas vezes, abordado por pessoas em busca de uma selfie. Atendeu a um por um. Ao contrário do que costuma ocorrer com alguns petistas em público, nenhum “Bolsominion” se manifestou. Pode significar alguma coisa. Como pode não significar nada.

#Fernando Haddad #PT


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Lula tem pressa

23/12/2019
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Lula determinou aos diretórios regionais do PT que acelerem a definição sobre as eleições em 2020, notadamente nas grandes capitais. O dead line tido como ideal para a definição de candidatos próprios ou alianças é o fim de janeiro. By the way: a fonte do RR passou a última quarta-feira colada ao ex-presidente no Rio.

#Lula #PT


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Jaques Wagner desvia de 2020

17/12/2019
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Jaques Wagner trata como “fogo amigo” as notícias que saem de dentro do PT sobre sua possível candidatura a prefeito de Salvador em 2020. Wagner se considera pule de dez como candidato ao governo da Bahia em 2022. Ou – quem sabe? – daí pra cima…

#Jaques Wagner #PT


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O pêndulo Camilo Santana

6/12/2019
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O PT monitora, com enorme incômodo, a crescente interlocução entre o governador Camilo Santana e Ciro Gomes. Santana chegou a visitar Lula em São Paulo logo após sua saída da prisão. Mas, sem qualquer explicação, faltou ao recente encontro entre o ex-presidente e governadores petistas.

#Camilo Santana #Ciro Gomes #PT


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PT abre fogo contra ataques digitais

3/12/2019
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Partiu da própria direção do PT a recomendação a Dilma Rousseff para processar o passageiro que a fotografou dormindo na primeira classe de um voo para os Emirados Árabes e, posteriormente, viralizou a imagem nas redes sociais. O partido quer usar o episódio como uma amostra de como reagirá à guerra de guerrilha nas redes sociais, que tende a crescer consideravelmente na campanha eleitoral de 2020. No post, o “companheiro de viagem” de Dilma dizia que ela viajava com dinheiro público. Dilma, ressalte-se, foi ao país asiático para participar de um seminário com as despesas pagas pelos organizadores do evento.

#Dilma Rousseff #PT


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Lula e Dirceu são questões de Estado

2/12/2019
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Lula lá, Lula cá, Lula ali… O ex-presidente da República é monitorado em tempo integral pelos órgãos de inteligência. Mas a cobertura full time das ações não é privilégio do Lula, até porque ele anda meio borocoxô, gerando pouco conteúdo para os relatórios dos serviços de informações. Quem faz a alegria dos espiões é o comandante José Dirceu, disparado o alvo preferencial de Abin, GSI e congêneres. Dirceu está sempre em reuniões fechadas, reservadíssimas. Toma todos os cuidados para que sua privacidade não seja invadida. E tem ativa interlocução com o estrangeiro. Não bastasse dar mais trabalho para o pessoal da espionagem, José Dirceu é maroto e provocador. Volta e meia pergunta no telefone: “tem alguém gravando aí?”. Irrita os agentes com o deboche. Na falta de Lula, Dirceu faz a festa.

Lula quer chegar logo às prateleiras. O petista tem pressionado o amigo Fernando Morais a concluir o livro que está escrevendo sobre sua trajetória política. A obra cobrirá desde os tempos de sindicalismo à prisão do ex-presidente, em 2018. Previsto originalmente para dezembro, o lançamento foi adiado para depois do Carnaval. No entanto, para que o novo prazo seja cumprido, Morais terá de entregar os originais à editora até meados deste mês. Para se dedicar exclusivamente ao livro, o escritor afastou-se temporariamente do dia a dia de seu próprio blog, “Nocaute”. Morais acompanhou Lula nos poucos eventos políticos comandados pelo ex-presidente desde a sua libertação. É assunto para o segundo dos quatro tomos que pretende lançar.

#José Dirceu #Lula #PT


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Flavio Dino

29/11/2019
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Cotado para se filiar ao PT, o governador Flavio Dino já “ofereceu” o Maranhão, por duas vezes, a Lula para um comício. Até agora, ficou sem resposta.

#Flavio Dino #PT


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Lula lá…

26/11/2019
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No PT já há quem cante o refrão do velho e bom baião do “Lua”, quando se comenta a lerdeza de Lula no palco político. “Ele só quer, só pensa em namorar. Ele só quer, só pensa em namorar”

#Lula #PT


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O que é isso, companheiro?

22/11/2019
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Fernando Haddad está destemperando. Tem repetido nos eventos do PT que “não podemos chamar de Forças Armadas generais entreguistas que desonram a farda e o Brasil”. Espera-se que não seja um mote de campanha.

#Fernando Haddad #PT


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Lula lá

19/11/2019
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O PT planeja um comício pré-natalino de Lula. A cúpula do partido discute, estrategicamente, a melhor data e a geografia – se São Paulo ou Rio de Janeiro, mais precisamente na Cinelândia. Em tempo: não confundir o comício com o próximo grande evento reservado para Lula – o Congresso Nacional do PT, de 22 a 24 de novembro.

#Lula #PT


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Nas redes sociais, eles por eles

18/11/2019
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O “comandante” José Dirceu vai ter também sua central de redes sociais. Enquanto bate pé pelos diretórios do PT no país, articula e conspira com esquerdas mais e menos votadas, a máquina mortífera de Dirceu na internet funcionará como uma usina de provocações. O “comandante” não focará em Jair Bolsonaro. O pugilato com o “Capitão” fica para Lula. Dirceu pretende cair dentro dos “bolsonarinhos”, Eduardo, Flavio e Carluxo. Identificou que os rebentos são mais fáceis de arrebentar, no sentido metafórico, é claro. Os filhos do “Capitão” não resistem a um convite para a briga. O projeto é desestabilizá-los, deixando que eles façam o restante do trabalho: falar barbaridades nas redes sociais, que serão reproduzidas na grande mídia, comprometendo a imagem do papai. É possível que venha por aí uma guerra da falta de decoro, na qual um radical líder das esquerdas e perito em golpes baixos vai se digladiar na arena digital com truculentos e francos atiradores, faixas pretas em baixarias.

#José Dirceu #Lula #PT


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Dilma 2020

6/11/2019
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Surge no PT um movimento favorável à candidatura de Dilma Rousseff à Prefeitura de BH em 2020. O principal artífice é o ex-ministro e hoje deputado Patrus Ananias. O senão é que Dilma vem de uma dolorosa derrota na eleição ao Senado em 2018

#Dilma Rousseff #PT


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O aniversário digital de Lula

25/10/2019
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O PT quer aproveitar o aniversário de 74 anos de Lula, no próximo domingo, para dar uma demonstração de força, especialmente no “território do inimigo”: as redes sociais. A meta é colocar a hashtag Lula Livre – o mantra solitário das esquerdas – entre os trending topics do Twitter. A crise do PSL e o julgamento da prisão em segunda instância no STF serão alguns dos motes para impulsionar o parabéns digital ao ex-presidente.

#Lula #PT


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Frente anti-Ciro

10/10/2019
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Mais um sinal do reenlace entre PT e MDB. Eunício de Oliveira busca o apoio dos petistas para sair candidato à Prefeitura de Fortaleza. Seria uma dupla provocação a Ciro Gomes, exaliado petista e adversário figadal de Eunício.

#MDB #PT


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Maria da Conceição coloca sua tropa para pensar

1/10/2019
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A área econômica do PT, depois da sacudidela dada pela professora Maria da Conceição Tavares, decidiu experimentar um retorno ao pensamento propositivo. Conceição deu um susto nos seus companheiros ao adaptar as ideias do professor Ignacio Rangel, que pregava a transferência dos recursos da privatização de empresas maduros para novas áreas, inclusive estatais, ainda não desenvolvidas. Conceição defende que pelo menos metade do dinheiro das decantadas privatizações de Paulo Guedes seja carimbada como verba de investimento. O efeito foi relâmpago. Nesta segunda-feira, professores da Unicamp discutiram a indexação da rubrica de investimento na PEC do teto ao crescimento do PIB. O maior ou menor controle estaria associado à expansão da economia, ou seja, o teto não seria engessado, mas procíclico e contracíclico. O interessante nesse movimento dos intelectuais de esquerda é que as propostas não obedecem aos cânones marxistas, mas à revisão das medidas adotadas pelo governo.

#Maria da Conceição Tavares #PT


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PT e MDB juntos e misturados de olho em 2022?

30/09/2019
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O enfrentamento do “bolsonarismo” nas urnas, em 2022, pode unir os pedaços de um vaso que o impeachment quebrou: a aliança PT MDB. Esta é a percepção de dirigentes empresariais, banqueiros, juristas, parlamentares, entre outros, consultados pelo Relatório Reservado em sondagem realizada entre os dias 23 e 26 de setembro. A partir de perguntas sobre o cenário político enviadas pelo RR a 161 assinantes, chamou atenção o resultado de uma questão específica: “Na sua avaliação, de zero a dez, qual é a probabilidade de ocorrer cada uma das coligações partidárias abaixo nas eleições presidenciais de 2022?” Parcerias mais lógicas – PT-PSOL-PCdoB, PSL-DEM e PT-PDT – apareceram nas três primeiras posições. Até aí, um museu de grandes novidades. A surpresa ficou por conta da elevada expectativa de reconciliação entre PT e MDB, que governaram o país juntos por 13 anos. De zero a dez, na média os assinantes do RR classificaram em 7,9 a probabilidade de os dois partidos se unirem daqui a três anos.

Três anos? Há fortes indícios de que a voz dos entrevistados já ecoa na política. Movimentos pontuais de parte a parte sugerem que o processo de reconciliação entre petistas e emedebistas é uma realidade. 2022 já começou. Antes mesmo da disputa presidencial de 2022, o reatamento da coalizão PT-MDB teria dois alvos prioritários. No atacado, as eleições municipais do ano que vem, com a formação de alianças, notadamente nas grandes capitais; no varejo, leiase a política do dia a dia, a ampliação do poder de fogo no Congresso. Juntos, os dois partidos somam 90 deputados – o PT mantém a maior bancada da Casa, com 56 representantes, seguido do PSL, com 51.

É bem verdade que o MDB está longe de ser um monólito: muitos “partidos” e interesses pulverizados coabitam sob o seu teto. Mas o núcleo duro da sigla passaria a ter um razoável grau de alinhamento com o PT, de forma a reduzir a margem de manobra de Bolsonaro no Congresso, que já não é muita, e impor dificuldades à aprovação de pautas de interesse do Palácio do Planalto. Ainda que não necessariamente dentro da aliança, partidos da esquerda que costumam votar contra o governo, como PDT e PSOL, seriam importantes satélites do PT e do MDB na Câmara e no Senado. Desde já, podar a força do governo no Congresso é uma forma de fragilizar o capital político e eleitoral de Bolsonaro para 2022.

Lula, como se sabe, tem canal direto com a cúpula do MDB. É também o grande interessado em reviver a dobradinha com o partido e, com isso, abrir uma janela para um possível retorno do PT à ribalta, se não com ele, com outro presidenciável. Além de Lula, Jaques Wagner é outro importante embaixador dos petistas junto a lideranças emedebistas, a começar por Michel Temer, que já não faz mais segredo sobre a articulação. A sinalização mais aguda de que a costura está em curso veio justamente de Temer, em sua recente entrevista ao programa Roda Viva.

O ex-presidente citou por duas vezes a palavra “golpe” ao se referir ao impeachment de Dilma Rousseff. Fez menção a Lula e ao PT sempre em tom conciliador, sobretudo ao revisitar os bastidores do período que antecedeu o afastamento de Dilma Rousseff. O affair está no ar. Para muitos, a possibilidade de religação do PT e do MDB depois de tudo que aconteceu pode soar como uma hipótese inverossímil. No entanto, o que é a política se não a arte do impossível. Ver novamente Lula, Dilma, Temer, Renan, Eunício juntos e – quem sabe? – com Ciro Gomes no mesmo palanque é muito menos estranho do que assistir a Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e João Goulart reunidos nos anos 60. Ou a Luiz Carlos Prestes fazendo um discurso a favor de Getulio Vargas, no estádio de São Januário, após o presidente ter entregado sua mulher, Olga Benário, grávida de sete meses, para Hitler.

#Jair Bolsonaro #MDB #PT


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O passatempo de Haddad

19/09/2019
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O PT já trabalha na fase 2 da Caravana Lula Livre com Fernando Haddad. O mote das andanças de Haddad seria a velha bandeira da reforma agrária. A ideia é que o ex-candidato, devidamente escoltado pelo MST, percorra áreas rurais em estados com o maior número de processos de desapropriação de terras parados no Incra. Diante da anemia da esquerda e do próprio PT, deve servir, no máximo, para o partido produzir conteúdo para as suas redes sociais.

#Fernando Haddad #PT


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O menor dos males de Ceciliano

30/08/2019
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Uma denúncia a menos sobre os ombros de André Ceciliano (PT), sucessor de Jorge Picciani na presidência da Alerj. O Órgão Especial do Tribunal de Justiça absolveu o deputado, por unanimidade, da acusação de ter deliberadamente anexado documentos falsos à Lei de Diretrizes Orçamentárias de Paracambi na época em que era prefeito do município. Trata-se de um problema relativamente pequeno se comparado a outros enfrentados por Ceciliano. O parlamentar está na lista de movimentações suspeitas do antigo Coaf, ao lado, entre outros, de Flavio Bolsonaro. Três assessores do deputado teriam movimentado cerca de R$ 45 milhões entre 2011 e 2017.

#Alerj #André Ceciliano #PT


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Intercept Lula

15/08/2019
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Ideia que circula entre a carceragem da PF em Curitiba e a sede do PT em São Paulo: uma nova entrevista de Lula a Glenn Greenwald, desta vez com transmissão ao vivo nas redes sociais. Parece algo sob medida para ser vetado pela Justiça.

#Gleen Greenwald #Lula #PT #The intercept


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Território partido

6/08/2019
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O campo da esquerda diverge em relação à convocação do ministro Sergio Moro pela Câmara. PT e PSOL insistem no requerimento para que Moro preste esclarecimentos sobre a Operação Spoofing e o destino das mensagens apreendidas pela PF. O PCdoB, no entanto, está inclinado a não assinar a convocação. O partido entende que a medida será um tiro n´água e apenas dará tribuna para Moro se vangloriar ainda mais da Lava Jato.

#PSOL #PT #Sérgio Moro


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Arqueologia de malfeitos

23/07/2019
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A Previ também procura ossadas da era PT. Abriu investigações internas para apurar as condições dos aportes no FIP GEP entre 2009 e 2014. O objetivo é reunir munição para responsabilizar criminalmente ex-executivos por eventuais malfeitos. Segundo a Operação Greenfield, o investimento no FIP GEP gerou perdas de R$ 1,3 bilhão para o trio Previ/Funcef/Petros.

#Operação Greenfield #Previ #PT


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Tupã Air

22/07/2019
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O governo Bolsonaro vai abrir mais uma “caixa-preta” do PT. A Controladoria Geral da União foi convocada para investigar os gastos da Funai com aluguel de aeronaves. São aproximadamente R$ 80 milhões por ano em despesas com o deslocamento de funcionários da estatal. O pedido para que a CGU entrasse em cena partiu da própria comunidade indígena, por intermédio de Silvia Waiãpi, secretária de Saúde Indígena do Ministério da Saúde. Os gastos da Funai com o aluguel de aviões chamam ainda mais a atenção pela recente “descoberta” de que a estatal é dona de uma frota de sete aeronaves completamente sucateadas, que se encontram abandonados em diferentes aeroportos do país.

#Funai #Jair Bolsonaro #PT


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“Greenwald Livre”

12/07/2019
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Parlamentares do PT e do PSOL articulam a criação de uma bancada pela liberdade de imprensa. A ideia é encabeçada, entre outros, pelos deputados Paulo Pimenta e David Miranda, companheiro de Glenn Greenwald, editor do The Intercept. Seria um gesto simbólico e profilático contra eventuais tentativas da Justiça ou do MPF de impedir a divulgação das mensagens entre Sergio Moro e Deltan Dallagnol e cia.

#David Miranda #Glenn Greenwald #Paulo Pimenta #PSOL #PT #Sérgio Moro #The intercept


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Ordem presidencial

28/06/2019
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Partiu do próprio Lula a ordem para que o PT entre na Justiça contra o ministro da Educação, Abraham Weintraub. Segundo a fonte do RR, a determinação chegou aos advogados do partido por volta das 10h30 de ontem, poucas horas depois do ataque desferido por Weintraub nas redes sociais, associando a quantidade de droga apreendida no avião da FAB ao peso de Lula e Dilma

#Abraham Weintraub #Lula #PT


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Cartão de visitas para Sergio Moro

19/06/2019
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PSOL e PT querem aproveitar a presença do ministro Sergio Moro na sessão de hoje da Comissão de Constituição e Justiça do Senado para solicitar a convocação, nos próximos dias, do jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept. Mesmo que a proposta não passe, o que é mais provável, valerá pela provocação. Na semana passada, em um episódio burlesco, o deputado federal Daniel Silveira, do PSL, pediu a convocação do jornalista para explicar o vazamento das mensagens entre Moro e Deltan Dallagnol. Ao ver que a oposição era amplamente favorável, o PSL correu para cancelar o requerimento, sob ironias e gargalhadas de parlamentares do PSOL e do PT.

#PSOL #PT #Sérgio Moro


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Damares vs. Dilma na Comissão da Anistia

3/06/2019
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Sob a batuta da ministra Damares Alves, a Comissão de Anistia retomará os trabalhos nesta semana com um certo clima de “acerto de contas” entre o governo Bolsonaro e o PT. Logo de cara, o colegiado deverá analisar um caso emblemático: o pedido de indenização de Dilma Rousseff. A ex-presidente deu entrada na solicitação no longínquo ano de 2003. Entre 2010 e 2016, período em que ocupou a Presidência da República, a tramitação do processo foi paralisada a seu pedido. O timing para a reabertura do caso não poderia ser menos alvissareiro para Dilma. O governo Bolsonaro não apenas fixou um teto de R$ 100 mil para indenizações a perseguidos políticos como estabeleceu um novo critério, abatendo qualquer valor anterior pago pelo Poder Público. Como Dilma já recebeu cerca de R$ 72 mil a título de reparo, a indenização restante não passará de R$ 28 mil caso a sua solicitação seja aprovada pela Comissão.

#Damares Alves #Dilma Rousseff #Jair Bolsonaro #PT


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A ausência forçada de José Dirceu

20/05/2019
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O retorno de José Dirceu à prisão impedirá uma oportuna agenda. Na semana passada, o “Comandante” havia aceitado o convite para participar do 5º Salão do Livro Político, que será realizado no próximo dia 30, na PUC-SP. Dirceu falaria sobre os cenários da esquerda na América Latina. Mais importante do que o tema da palestra era o timing: o petista se apresentaria para uma plateia eminentemente de estudantes e professores apenas duas semanas depois das manifestações contra os cortes no orçamento da educação.

#José Dirceu #PT


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Um peixe servido em postas

20/05/2019
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Curioso, não mais do que curioso. Na semana passada, começou a circular em grupos de WhatsApp uma mensagem sobre desvios de recursos e cadastros irregulares no seguro-defeso, proteção social concedida aos pescadores artesanais, que são obrigados a interromper sua atividade na época de reprodução dos peixes. Bem ao estilo das redes sociais e congêneres, o texto, apócrifo, era caracterizado pela indignação e pelo tom de denúncia contra mais uma “roubalheira” do PT. Citava, inclusive, a existência de crianças de sete anos inscritas no programa. Dois dias depois, o seguro-defeso viraria assunto oficialmente na grande mídia. O Ministério da Agricultura anunciou um drástico corte no programa, alegando ter pescado fraudes no valor total de R$ 3 bilhões.

#PT #Seguro-defeso


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Bloqueio aéreo

16/04/2019
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PT e PSOL se mobilizam para evitar que a Comissão Mista do Congresso vote hoje a MP que cinde a Infraero e cria a NAV Brasil. O argumento é que a proposta tem por objetivo abrir caminho para demissões em massa na antiga estrutura da Infraero.

#Infraero #PSOL #PT


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A morte a morte do trabalhismo

12/03/2019
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Economistas do Dieese passaram o fim de semana elaborando propostas de emendas para a MP 873 que serão encaminhadas hoje pelo PT à Câmara dos Deputados e ao Senado. Trata-se do último dia para mudanças no texto da Medida Provisória, que proíbe o desconto automático da contribuição sindical sobre o salário dos trabalhadores. O trabalho do Dieese deve ser em vão. É pouco provável que os partidos de oposição consigam mexer na MP, chamada pelas centrais de trabalhadores como o “AI 5 Sindical”

#Dieese #PT


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Trabalhismo sem remédio

11/03/2019
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A negociação do dissídio dos 17 mil empregados da indústria farmacêutica em São Paulo promete causar fortes enxaquecas e náuseas nos trabalhadores. No último dia 26 de fevereiro, a Força Sindical e a CUT encaminharam ao Sindusfarma a proposta de um aumento real de 2%, mais o IPCA dos últimos 12 meses. O ponto de maior tensão,no entanto, diz respeito ao piso da categoria. As entidades sindicais querem puxar o sarrafo para R$ 2.040,00. A indústria, porém, já sinalizou que não aceita mexer nos valores, que variam de R$ 1.483,59 a R$ 1.689,84 em razão do número de contratados de cada laboratório. Nestes tempos em que o sindicalismo sofre da falta de vitamina B, C, E etc, não é difícil prever quem ganhará o cabo de guerra.

#CUT #PT


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Queimou a largada

25/02/2019
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Começou mal a participação do Brasil no 1os Jogos Mundiais de Praia, que será realizado em outubro, na Califórnia. Segundo o RR apurou, nos testes antidoping feitos desde já para a competição, uma estrela brasileira de primeira grandeza do skate deu positivo para maconha. O processo corre em sigilo no Tribunal de Justiça Antidoping, em Brasília, e virá à tona em breve.

#Guilherme Boulos #José Dirceu #Lula #PT


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Museu Nacional

21/02/2019
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O futuro do passado do Brasil tem provocado um racha no Congresso. PSL e DEM trabalham pela aprovação do projeto de criação da Agência Brasileira de Museus (Abram), proposta herdada ainda do governo Temer. Já o PT e o PSOL querem brecar a iniciativa. Pregam a manutenção do Ibram – Instituto Brasileiro de Museus, com a alegação de que a criação da nova agência é apenas um pretexto para a degola de parte do quadro funcionários da autarquia.

#DEM #PSL #PSOL #PT


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Prefeito Cardozo

19/02/2019
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José Eduardo Cardozo desponta como favorito para disputar a eleição à prefeitura de São Paulo pelo PT no ano que vem. O ex ministro da Justiça tem mantido uma agenda de encontros com políticos e empresários.

#José Eduardo Cardozo #PT


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Governo paralelo

12/02/2019
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Até o fim deste mês PT e PDT apresentam seus projetos de reforma da Previdência. Não se sabe muito bem com qual serventia. O PT, por exemplo, mostra uma matriz de cálculos que considera a Previdência superavitária. O problema de tudo seriam os juros altos. Uma tese multiuso que ficou mofada.

#PDT #PT


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O PT não quer saber de lama

6/02/2019
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Das 32 assinaturas para a instalação da CPI de Brumadinho, o PT foi o único dos partidos no Congresso a não subscrever o pleito. A ordem teria partido da própria direção nacional, leia-se Gleisi Hoffmann. As investigações no Senado deverão recair sobre os responsáveis por fiscalizações e autorizações dadas à Vale na gestão do petista Fernando Pimentel.

#PT


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Congresso de Ibiúna

29/01/2019
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Derrotada nas urnas, a esquerda tenta dar sinais de vida pelo campo das ideias. As fundações Perseu Abramo (PT), Maurício Grabois (PCdoB), João Mangabeira (PSB) e Lauro Campos (PSOL) articulam a formação de uma frente programática. Já ocorreram duas reuniões. O “acordão ideológico” deve até sair. O diacho será dar alguma consequência prática a ele.

#PCdoB #PSOL #PT


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CPI do Coaf

16/01/2019
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O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, tem propalado que o partido já garantiu 90 assinaturas para a abertura da CPI do Coaf.  “Só” faltam 81 chamegões..

#PT


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Um tiro no escuro

27/12/2018
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PT e PSOL pretendem apresentar no dia 1 de fevereiro, logo na abertura do ano legislativo, um pedido de abertura da “CPI do Coaf” para investigar as movimentações financeiras do assessor de Flavio Bolsonaro. Correm o risco de protagonizar a primeira derrota da oposição no governo Bolsonaro. Por ora, apenas o PDT dá sinais de que subirá nesse barco.

#PSOL #PT


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Vaquinha natalina

26/12/2018
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O PT lançou uma campanha para bancar a “Vigília Lula Livre” em Curitiba. O partido está solicitando aos filiados que façam doações de R$ 25 a R$ 1.000 para custear a estrutura do local.

#PT


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Toffoli estraga a ceia da “santíssima trindade” do PT

20/12/2018
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Alegria de petista dura pouco. O ministro Dias Toffoli derrubou uma animada confabulação que não sobreviveu mais do que algumas horas na tarde de ontem. Logo após a decisão de Marco Aurelio Mello de soltar prisioneiros condenados em segunda instância, o ex ministro Gilberto Carvalho iniciou consultas para o que seria um réveillon conjunto de Lula, José Dirceu e Dilma Rousseff. A premissa é que não poderia haver fato político mais emblemático para a esquerda do que a reunião das três maiores lideranças do PT, afastadas à sua revelia desde a prisão de Dirceu. Na visão do grande amigo de Lula, o encontro dos três remontaria, simbolicamente, à formação da Frente Ampla, que uniu Carlos Lacerda, Jango e JK contra a ditadura – ainda que “ampla” de um partido só. Mas Gilberto Carvalho não teve tempo sequer de engatar a terceira marcha nas conversas dentro do PT. Toffoli acabou com o devaneio de um Natal com a “santíssima trindade” petista.

#Dias Toffoli #Lula #Marco Aurelio Mello #PT


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Teste de audiência

18/12/2018
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O PT costura com o PCdoB uma série de atos nas principais capitais brasileiras em janeiro, logo após a posse de Jair Bolsonaro. A bandeira das manifestações será a defesa da CLT – Bolsonaro tem pregado uma flexibilização ainda maior das leis trabalhistas. Em tempo: os protestos teriam a função colateral de testar a capacidade do PT de ainda elevar a temperatura das ruas.

Por ora, no entanto, o PT não consegue mobilizar sequer as centrais sindicais. A CUT, apêndice histórico do partido, está dentro. No entanto, Força Sindical, UGT e CTB relutam em participar das manifestações.

#Jair Bolsonaro #PCdoB #PT


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Partido do Nordeste

14/11/2018
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Os petistas Camilo Santana(Ceará) e Rui Costa (Bahia) articulam a criação de uma frente de governadores do Nordeste pertencentes ao campo da esquerda. Parece até coisa de quem quer se descolar do PT.

#PT


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A bronca do “Comandante”

9/11/2018
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José Dirceu anda irritado com os dirigentes do PT. Em reuniões fechadas, a cúpula do partido tem citado recorrentemente o nome do “Comandante” na lista dos companheiros que caíram acusados de corrupção, sempre ao lado de Antonio Palocci. Dirceu tem enfatizado em seu círculo restrito de amizades que é inocente e foi condenado sem provas. Já em relação a Palocci não economiza nos ataques ácidos àquele que “enriqueceu e depois delatou”.

#José Dirceu #PT


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Camilo Santana 2022

6/11/2018
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O cearense Camilo Santana, o mais “cirista” dos governadores do PT, pretende acelerar os projetos da estatal Cagece a partir da montagem de um colar de parcerias com investidores privados. A meta de Camilo para a área de saneamento é ousada: chegar a 2022 com 100% dos lares do estado com acesso diário a água tratada. Hoje, este índice é de aproximadamente 82%.

#PT


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Hospedeiro

31/10/2018
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A deputada Luciana Santos, presidente do PCdoB, desautorizou qualquer conversa para uma possível fusão com o PSB. Mesmo com a derrota eleitoral, a líder dos comunistas defende com unhas e dentes que o partido siga como um satélite do PT.

#PCdoB #PSB #PT


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Sondagem RR – Pena de morte e liberação da posse de armas são prioridades máximas na segurança

26/10/2018
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É compreensível a liderança de Jair Bolsonaro nas pesquisas eleitorais diante do conservadorismo da sociedade brasileira, notadamente no que diz respeito à segurança pública. Parte expressiva da população apoia o uso de ações mais duras contra o crime, a exemplo da pena de morte e da liberação da posse de armas, que estão na base da pregação histórica de Bolsonaro. É o que revela sondagem realizada pelo Relatório Reservado em seis capitais de todas as regiões do país – Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre, Salvador e Manaus – publicada nesta edição especial que antecede o segundo turno da eleição à Presidência da República. O RR consultou 800 pessoas com a seguinte questão: “Classifique o grau de prioridade (Máxima, Média, Mínima ou Nenhuma) das medidas a seguir para o combate à violência”. Entre as 15 propostas apresentadas aos entrevistados, ficou patente o desejo da população pela instituição da pena de morte: 49% disseram que esta é uma ação de prioridade máxima. Outros 23% responderam média. Para 8%, trata-se de uma medida de urgência mínima.

Há, ressalte-se, uma parcela significativa contrária à punição radical: 20% afirmaram que a medida não tem prioridade nenhuma. Entre os presidenciáveis, Bolsonaro é o único que prega abertamente a pena de morte, assim como a prisão perpétua. Da mesma forma, sua defesa intransigente da liberação das armas também encontra eco na opinião pública. Entre os consultados, 61% afirmaram que esta é uma decisão de prioridade máxima para o combate ao crime, ao passo que 22% classificam a medida como de média urgência.

Entre os entrevistados, 2% e 15% tratam a autorização para a posse de armas como algo, respectivamente, de mínima ou de nenhuma importância para a redução da criminalidade. Outra medida severa e igualmente polêmica também conta com a aprovação da maioria da população. Respectivamente 51% e 32% consideram a redução da maioridade penal prioridade máxima ou média. Para 10%, a necessidade de mudança na lei é mínima, ao passo que 7% não enxergam qualquer impacto da medida sobre o combate à violência. Bolsonaro venceu mais uma vez.

O candidato apregoa a proposta e já deixou claro reiteradas vezes que trabalhará para baixar o sarrafo da punibilidade de 18 para 16 anos. Para isso, é necessário alterar o artigo 228 da Constituição e o artigo 27 do Código Penal, que dizem que menores de 18 anos são “penalmente inimputáveis” e estão sujeitos às normas de legislação especial. Parte do caminho já foi percorrida. Em 2015, a Câmara aprovou a PEC 171, de autoria do agora ex-deputado Benedito Domingos (DF), diminuindo a maioridade penal para 16 anos. O texto diz que a partir desta idade o jovem pode ser responsabilizado penalmente por crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte. A PEC foi encaminhada ao Senado para ser votada na Comissão de Constituição e Justiça e, posteriormente, no plenário da Casa.

Intervenções militares
A enquete mostra o apoio da população a uma medida que foi trazida para o centro da questão da segurança pública neste ano: a intervenção federal no Rio de Janeiro. Entre os consultados, 78% classificam como urgência máxima que o expediente seja estendido para outros estados. A resposta reflete a confiança da sociedade em relação ao estamento militar e reforça a percepção de que, para a opinião pública, a solução da grave crise na segurança passa pelas Forças Armadas. Há ainda 10% que consideram a ação de prioridade média.

Apenas 6% apontam a possibilidade de intervenção em outras unidades da federação como de necessidade mínima, mesmo percentual dos que não enxergam nenhuma pressa na proposta. Haddad já se mostrou reiteradamente contra a intervenção militar. O petista propõe a substituição das Forças Armadas por policiais federais, com o argumento de que o apoio aos governos estaduais no combate ao crime deve ser feito por uma força policial civil. Bolsonaro é adepto da medida, mas com uma ressalva ao melhor estilo Bolsonaro.

Diz que uma intervenção militar não pode ser “branda” como a do Rio e usa como referência o Haiti: “Lá, o militar podia atirar! E aqui?” Em fevereiro deste ano, inclusive, durante uma das repetidas guerras de quadrilhas da Rocinha, no Rio, o candidato do PSL disparou sua solução: “Eu daria um prazo para que os bandidos saíssem da favela. Caso ficassem, metralharia o local”. Se a população quer mais intervenções, o mesmo não se pode dizer de outra experiência que teve o Rio de Janeiro como lócus. Se, um dia, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), uma criação do governo Sergio Cabral, pareciam ser, enfim, a solução adequada para escorraçar quadrilhas criminosas, hoje o modelo caiu em descrédito. Perguntados sobre a adoção de UPPs em todo o Brasil, apenas 6% entendem que a medida tem urgência máxima. Para 26%, trata-se de uma ação de prioridade média. Outros 14% consideram a proposta de necessidade mínima. A maior parte, contudo, 54%, acredita que a instalação de UPPs em outros estados não tem importância alguma no pacote para a área de segurança pública caso venha a ser proposta pelo próximo governo.

Descriminalização das drogas

O conservadorismo manifestado na iminente eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República se reflete também na opinião da população quanto à descriminalização das drogas como forma de combate ao crime – uma pauta mais afeita ao campo da esquerda. Entre os entrevistados pelo RR, 41% entendem que a proposta nada tem de prioritária. Para 28%, sua importância é mínima. Apenas 14% e 17%, respectivamente, consideram a medida como de prioridade média ou máxima para o equacionamento da grave crise da segurança pública no Brasil. A questão é tão controversa que o próprio Haddad tirou a proposta de descriminalização das drogas do seu programa de governo na campanha do segundo turno.

Crime organizado
O discurso duro contra a violência, que permitiu a Bolsonaro chegar a dois dias da eleição com meio corpo dentro do Palácio do Planalto, se reflete também no clamor por ações mais contundentes contra o crime organizado. Perguntados sobre a necessidade de um combate radical a facções criminosas, 67% responderam se tratar de uma prioridade máxima do próximo governo. Para 20%, esta é uma ação de premência média. Dos entrevistados, 12% classificaram a medida como de prioridade mínima.

E um índice irrisório de apenas 1% afirmou que não há razão na providência. Mais uma vez, ponto para o Capitão, que se apropriou como nenhum outro candidato do tema da segurança pública e, mais especificamente, do discurso agressivo contra criminosos. No Google, por exemplo, há 249 mil menções a “Jair Bolsonaro e crime organizado”; no caso de Haddad, seu concorrente, a mesma busca aponta menos da metade destes resultados: cerca de 114 mil. Sempre que pode, Bolsonaro e seu entorno trazem este assunto para o epicentro da campanha.

Na última quarta-feira, o presidente do PSL, Gustavo Bebianno, disse que “o crime organizado aceita qualquer candidato, menos Jair Bolsonaro”. Embora exista a percepção de que toda a cadeia do crime organizado passa ou até mesmo começa na entrada de drogas e armas no país, curiosamente o reforço do patrulhamento das fronteiras não é apontado como uma questão a ser emergencialmente atacada pelo novo presidente da República. Apenas 9% dos entrevistados pelo RR disseram que esta é uma medida de prioridade máxima.

Em contrapartida, 60% afirmaram que não existe nenhuma urgência em se intensificar o monitoramento das fronteiras. Talvez esta parcela da população entenda que toda a energia deve ser concentrada, no curtíssimo prazo, no combate à violência nas áreas urbanas. Outros 19% consideram a medida de prioridade média, enquanto 12% responderam que esta é uma providência de urgência mínima. Não obstante o apoio à liberação da posse, a abertura do mercado brasileiro a fabricantes estrangeiros de armas não é tratada como uma medida prioritária, ainda que ela possa trazera reboque a ideia de um melhor aparelhamento das forças policiais.

Entre as 800 pessoas consultadas pelo RR, 68% disseram que a entrada de indústrias internacionais de armamentos e munição no país não tem prioridade alguma para o combate à violência. Outros 19% apontaram esta ação como de importância mínima. Somente 9% entendem a proposta como algo de relevância média para a segurança. E menos pessoas ainda, apenas 4%, classificaram a medida como de prioridade máxima.

Colégios militares
Verdade seja dita, nem todas as propostas de Jair Bolsonaro que tangenciam o combate ao crime encontram guarida na opinião pública. É o caso, por exemplo, da ideia de construção de colégios militares em comunidades, que perpassa tanto a educação quanto a área de segurança pública. A maioria esmagadora (70%) não vê qualquer senso de urgência na medida. Outros 13% consideram o expediente de prioridade mínima, ao passo que 14% responderam “prioridade média”.

Apenas 3% afirmaram que fincar escolas militares em comunidades é uma decisão de necessidade máxima para a melhoria da segurança pública. Em contrapartida, investimentos em educação, não necessariamente um ensino militar, são, sim, percebidos como ações importantes no curto prazo para a redução dos índices de violência. Para 52% dos entrevistados, esta é uma medida de premência máxima. Outros 32% classificam como uma providência de prioridade média.

Na opinião de 10% dos consultados, no horizonte imediato, esta é uma ação de necessidade mínima. Por fim, 6% não reconhecem na maior alocação de investimentos em educação um instrumento de mitigação do crime. polícias. Em 2015, a Câmara dos Deputados criou uma Comissão Especial de Estudo sobre a matéria. O grupo encerrou seus trabalhos em julho deste ano com uma série de proposições para a execução do projeto, incluindo a criação de um plano de carreiras único para os policiais. No entanto, com a composição da próxima legislatura e a crescente presença de representantes das polícias militares no Congresso, é pouco provável que a proposta avance. Eduardo Bolsonaro, filho do Capitão e reeleito como o deputado federal mais votado da história, é um crítico contumaz da proposta. Costuma dizer que a ideia vem dos grupos políticos que “defendem bandido”. Haddad não fez qualquer pronunciamento mais agudo em relação à integração das forças policiais nos estados. Pelo contrário. Nos remendos que fez para o segundo turno, o petista até mesmo tirou de seu programa de governo a proposta de desmilitarização da polícia.

Efetivo policial

O RR também ouviu a população acerca de duas medidas que costumam pontificar em qualquer receituário de candidatos para a área de segurança. Perguntados sobre a ampliação do contingente policial, 73% afirmaram que esta ação deve ser executada imediatamente. Outros 25% entabularam esta providência como de prioridade média. Os que consideram o aumento do efetivo das forças policiais algo de menor importância formam, como poderia se esperar, um universo residual.

Apenas 1% disse que esta medida é de prioridade mínima, mesmo índice dos que a classificaram como algo sem qualquer sentido de urgência. Ressalte-se que esta é uma questão complexa, de difícil efetivação, uma vez que a expansão dos contingentes das polícias militar e civil é atribuição dos governos estaduais, cada qual com realidades e condições financeiras distintas. Na mesma linha, o RR ouviu a população sobre a integração entre as polícias militar e civil.

Não chega a ser um tema que cause palpitação na opinião pública. Dos consultados, 33% afirmaram que não há qualquer prioridade nesta medida, enquanto outros 41% a classificaram como uma ação de urgência mínima. Apenas 7% entenderam que a integração das polícias no curto prazo é uma condição indispensável para o combate ao crime. Por fim, 19% dos entrevistados apontaram este expediente como de prioridade média.

Há, ressalte-se, cinco PECs em tramitação no Congresso que abordam a reestruturação das forças de segurança estaduais e a integração entre as duas polícias. Em 2015, a Câmara dos Deputados criou uma Comissão Especial de Estudo sobre a matéria. O grupo encerrou seus trabalhos em julho deste ano com uma série de proposições para a execução do projeto, incluindo a criação de um plano de carreiras único para os policiais. No entanto, com a composição da próxima legislatura e a crescente presença de representantes das polícias militares no Congresso, é pouco provável que a proposta avance. Eduardo Bolsonaro, filho do Capitão e reeleito como o deputado federal mais votado da história, é um crítico contumaz da proposta. Costuma dizer que a ideia vem dos grupos políticos que “defendem bandido”. Haddad não fez qualquer pronunciamento mais agudo em relação à integração das forças policiais nos estados. Pelo contrário. Nos remendos que fez para o segundo turno, o petista até mesmo tirou de seu programa de governo a proposta de desmilitarização da polícia.

Política carcerária
Por fim, o RR consultou a população sobre a relevância de novas políticas carcerárias para o enfrentamento do crime. A implementação de um programa nacional de construção de presídios foi apontada por 28% como algo que deve ser tratado pelo futuro presidente da República como prioridade absoluta. Exatamente a metade dos entrevistados classificou a ação como de emergência média. Outros 20% disseram que a medida tem peso mínimo no combate ao crime.

Somente 2% afirmaram que a proposta não tem qualquer grau de prioridade neste momento. Por sua vez, a privatização do sistema penitenciário está longe de ser uma pauta que sensibiliza o eleitorado e é percebida como uma ação que terá efeito prático na mitigação da criminalidade. Apenas 7% dos entrevistados cravaram a medida como de prioridade máxima, e outros 14%, como de prioridade média.

Para 52%, a entrega dos presídios a investidores privados tem importância mínima no contexto da segurança pública. Já 27% não veem qualquer necessidade de privatização do sistema carcerário neste momento. A situação carcerária é uma das variáveis mais dramáticas, pode-se dizer até desumanas, da equação da segurança pública no país. O índice de lotação nos presídios brasileiros é de 197%, ou seja, há praticamente dois detentos no espaço que deveria ser ocupado por apenas um.

Segundo estudos, zerar o déficit de vagas exigiria a construção de uma penitenciária por dia ao longo de um ano, considerando-se o gap em torno de 360 mil vagas. Em seu programa, Haddad prevê a criação de um Plano Nacional de Política Criminal e Penitenciária e de uma Política Nacional de Alternativas Penais. O petista defende ainda a implementação de uma Escola Penitenciária Nacional para capacitação de gestores de presídios, além de ações de reintegração social. Já Bolsonaro costuma tratar do tema com a crueza sincera que lhe é peculiar. Tem dito que a superlotação das cadeias é preocupação de quem está dentro e não fora da cela: “Não venham com essa historinha de que os presídios são cheios e não recuperam ninguém. Isso é problema de quem cometeu o crime…”

Sondagem
“Classifique o grau de prioridade (Máxima, Média, Mínima ou
Nenhuma) das medidas a seguir para o combate à violência”

Quem
800 entrevistados

Onde
Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Manaus

Quando
Entre os dias 22 e 24 de outubro

#Fernando Haddad #Jair Bolsonaro #PSL #PT


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Abstenção vira um fantasma para Haddad no Nordeste

22/10/2018
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Por uma lógica às avessas, a primazia do PT no Nordeste tornou-se motivo de preocupação na campanha de Fernando Haddad. Ao longo desta semana, o staff de Haddad vai torpedear as redes sociais com mensagens estimulando que os eleitores da região compareçam às urnas no próximo domingo. A cúpula petista está apreensiva com o risco  aumento da abstenção em áreas fulcrais para Haddad.

Estados como Bahia, Ceará, Pernambuco e Maranhão, que votam majoritariamente no PT, já definiram seus governadores em primeiro turno – justamente pela força do partido e da esquerda nessas áreas. Estatísticas mostram que há um natural esfriamento do eleitorado e um menor comparecimento às urnas quando a disputa regional é resolvida logo no primeiro escrutínio. Em média, o crescimento da abstenção chega à casa dos dois pontos percentuais.

Significa dizer que o total de ausentes apenas nessas quatro unidades da federação pode chegar a 5,5 milhões de eleitores. Nos últimos dias, segundo o RR apurou, o próprio Fernando Haddad entrou em contato com os governadores Rui Costa, da Bahia, e Camilo Santana, do Ceará, pedindo para que eles intensifiquem sua participação nos atos de campanha nesta semana. Em 2014, coincidentemente, os quatro estados mencionados também resolveram sua eleição para governador no primeiro turno. Em todos eles, sem exceção, a “gazeta eleitoral” cresceu no segundo pleito. Na Bahia, entre a primeira e a segunda votações, a abstenção subiu de 23,1% para 24,8%; no Ceará, de 20,1% para 21,7%; em Pernambuco, de 16,5% para 17,7%. O maior gap veio do Maranhão: as ausências pularam de 23,6% para 27,3% do eleitorado.

#Fernando Haddad #PT


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A complexa simplicidade do fator Bolsonaro

22/10/2018
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Há dúvidas se as frentes democráticas de resistência tiveram papel determinante na queda das ditaduras. Com todo respeito ao comportamento heroico de personagens como o Dr.Ulysses Guimarães, Mário Covas e Luiz Inácio Lula da Silva, os regimes estavam caindo de podre. Há decerto uma histeria com as consequências exponencializadas do autoritarismo de Jair Bolsonaro A percepção popular sobre a probabilidade de um totalitarismo é rala.

As pessoas continuam indo à rodoviária e aos aeroportos, se defendendo na Justiça, lendo jornais e… votando. A comparação com Hitler, Átila ou Nero, ou a menção ao apoio da Ku Klux Klan soam à declaração de derrota. O tsunami no WhatsApp, sim, deve ser considerado como de alguma influência. Verdade seja dita, o fenômeno Bolsonaro vem sendo cevado não é de hoje. O capitão intuiu o drama do homem conservador normal: uma rotina desesperante de desacertos e um pavor da escalada da violência, que passou a ser considerada o motivo maior para o fechamento dos postos de trabalho, e não inverso.

Quem quiser conhecer o eleitor de Bolsonaro, pode assistir no Netflix ao filme “Dia de Fúria”. O “bolsonauta” é interpretado pelo ator Michael Douglas. De manhã até a noite nada dá certo na vida do personagem. Com base nessa demanda reprimida de autoridade Bolsonaro, sem nenhuma opinião, clareza de ideia ou projeto para as mazelas da Nação, convidou o homem comum e sem esperanças a embarcar nesta aventura do “ou vai ou racha”.

A esquerda insistiu em ofertar o que já vinha sendo dado: políticas assistencialistas, respeito às minorias, combate à fome, medidas na área social sociais, planos de emprego etc etc. Provável que o eleitor tenha considerado essas bandeiras como direitos já adquiridos. Ficou parecendo mais do mesmo. O fenômeno Bolsonaro foi ainda anabolizado pelo trágico destino do ornitorrinco formado por um grande líder popular, uma presidente esquizofrênica e um cleptocrata golpista. Em tempo: Ciro Gomes compreendeu o Zeitgeist. O PT não entendeu bulhufas.

#Jair Bolsonaro #PSL #PT


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ESPECIAL – Christian Lynch, jurista e cientista político – Um conservadorismo popular?

16/10/2018
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Tudo ainda muito nebuloso e temeroso. Mas, se a nova direita for capaz de ser domesticada pelas instituições, deixando de lado a caricatura fascista, será possível pensá-la como a contraparte conservadora do processo de democratização ou massificação da política que já havia acontecido à esquerda em torno do PT. Por muito tempo a esquerda, em âmbito nacional, também esteve essencialmente em setores de classe média, enraizando-se mais de 15 anos para cá em segmentos populares. O atual abandono do PSDB pelo eleitorado conservador de classe média, engrossado agora por setores populares evangélicos e outros, bem como a identificação do Bolsonaro como o Lula de um espalho invertido, podem indicar esse processo de constituição de um “conservadorismo popular” – e não apenas elitista ou tecnocrático como ele existiu até hoje. Mas ainda é cedo para saber.

#PT


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Velho Chico vira “cabo eleitoral” de Fernando Haddad

10/10/2018
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A campanha de Fernando Haddad vai navegar pelo Velho Chico. O petista pretende anunciar ao longo da próxima semana um grande projeto voltado à conclusão das obras de transposição do São Francisco. A ideia é transformar a apresentação da proposta em uma efeméride eleitoral, com uma caravana percorrendo diversas cidades da região, a começar por Bahia e Pernambuco. Haddad pretende fazer barulho ao garantir um investimento da ordem de R$ 8 bilhões e a promessa de geração de mais de 20 mil empregos diretos no período de dois anos. Desde o governo Lula, cerca de R$ 10 bilhões já irrigaram o projeto em seus mais diversos trechos, mas nos últimos meses o manancial financeiro secou. O PT está empenhado em espremer ainda mais o sumo do seu maior colégio eleitoral. No último domingo, Haddad obteve 51% dos votos do Nordeste. Trata-se de um índice expressivo, mas inferior aos quase 60% amealhados por Dilma Rousseff no primeiro turno em 2014 – é bem verdade que ela não teve um oponente com apelo na região, como no caso de Ciro Gomes neste ano. Na tentativa de compensar a limitada performance no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o partido considera fundamental não apenas avançar sobre os 4,9 milhões de votos obtidos por Ciro entre os nordestinos, mas também sobre os 7,5 milhões de eleitores de Bolsonaro na região. Se há uma área na qual os petistas acreditam ser possível converter uma parcela razoável de “bolsonaristas” é no Nordeste.

Por falar em Fernando Haddad, o petista voltou de Curitiba, na última segunda-feira, decidido a conversar pessoalmente com Fernando Henrique Cardoso ainda nesta semana. Haddad não se convenceu com a negativa de apoio ao PT feita por FHC no mesmo dia. O petista ouviu a declaração como uma das tantas matreirices do “Príncipe”, algo como “quem precisa de votos que venha a mim”. Pois Haddad precisa e irá. Esta seria a primeira vez que PT e PSDB se colocariam do mesmo lado na disputa presidencial desde 1989, quando os tucanos apoiaram Lula no segundo turno.

#Fernando Haddad #PT


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Xadrez sem peças

9/10/2018
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No primeiro dia após o primeiro turno, o PT já teve uma amostra da dificuldade que encontrará para fechar alianças com vistas à disputa final entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro. Emissários petistas tentaram contato com Eduardo Paes (DEM) e José Ivo Sartori (MDB), candidatos aos governos do Rio e do Rio Grande do Sul, em busca de palanque nos dois estados. Por ora, encontraram a porta fechada.

#Fernando Haddad #Jair Bolsonaro #PT


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Camilo Santana espreita a porta de saída do PT

8/10/2018
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O PT sai do primeiro turno sob risco de perder uma de suas maiores lideranças no Nordeste. No fim de semana, o governador reeleito do Ceará, Camilo Santana, confidenciou a aliados mais próximos a intenção de deixar o partido devido às discordâncias com a cúpula petista, notadamente Gleisi Hoffmann. O caminho natural seria o PDT, dos amigos Ciro e Cid Gomes.

#PT


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Haddad busca seus pilares no governo Lula

5/10/2018
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Caso consiga brecar o avanço de Jair Bolsonaro e ganhar a eleição, Fernando Haddad poderá buscar na era Lula os alicerces para construir um núcleo duro de poder que, a priori, ele não tem. Ainda que em níveis distintos de participação, essa montagem se daria com a presença de Henrique Meirelles e de José Dirceu em seu eventual governo. Por ora, são apenas hipóteses que começaram a ser ventiladas no entorno da campanha petista após a visita de Haddad a Lula na última segunda-feira, em Curitiba.

São articulações que, assim como o magma, crepitam debaixo de terra, mas não se espere que entrem em erupção agora. Não é o momento de lançar nenhum dos dois nomes, em meio à reta final do primeiro turno e à preocupação petista com a subida de Bolsonaro nas pesquisas. O fato é que, cada qual ao seu jeito, tanto Dirceu quanto Henrique Meirelles estão em campanha – e, no caso deste último, não necessariamente para a Presidência da República. Ao fim do processo eleitoral, Meirelles terá desembolsado cerca de R$ 60 milhões em uma disputa que certamente não o levará ao Palácio do Planalto.

Na reta final da campanha, parece ter sido o preço pago por Meirelles para ser lembrado não como o ministro da Fazenda de Michel Temer, mas como o presidente do Banco Central em todos os 2.921 dias da Era Lula. Em seu programa eleitoral, o emedebista poupou o PT e o próprio ex-presidente durante quase todo o tempo. Além da autovalorização do seu trabalho como o grande condutor da economia nos oito anos do governo Lula – período em que o PIB cresceu, em média, 4% – Meirelles parece ter calculado cada frase, gesto ou filmete. O armistício deixa uma porta aberta para uma reaproximação com o PT.

Por que não? O apoio do ex-ministro seria um trunfo de Haddad na (agora incerta) disputa do segundo turno. Meirelles funcionaria como um avalista do compromisso do petista com o ajuste fiscal e as reformas estruturantes. Ao mesmo tempo, sua presença pavimentaria o caminho também para a continuidade de Ilan Goldfajn no comando do Banco Central. Com relação a José Dirceu, sua presença em um eventual governo Haddad exigiria uma configuração mais complexa.

Solto por uma liminar da Segunda Turma do STF, Dirceu já foi condenado a 30 anos e nove meses de prisão e ainda é réu em outros dois processos. Nas elucubrações petistas, o Comandante não assumiria formalmente um Ministério, até porque haveria entraves legais, mas teria o papel de assessor especial da Presidência da República, tornando-se uma espécie de Rasputin de Haddad. Sua presença no Palácio do Planalto dependeria, claro, da capacidade de Haddad de enfrentar ou não as pressões contrárias e o desgaste que a medida lhe traria logo na partida do seu mandato. Vencido isso, ele teria ao lado um estrategista político de primeira e um grande quadro partidário, com a base da militância na mão.

Embora nunca tenham representando o mesmo tipo de pensamento, Dirceu e Lula tocam de ouvido. O “Comandante” seria a representação do PT profundo no governo, algo que o próprio Haddad está longe de ser. O candidato sempre lidou com a base soft da legenda, correndo pelas raias da educação, da ciência política, da defesa de políticas identitárias etc. Dirceu também agregaria sua rede de contatos internacionais. Quem pensa na Bolívia, Venezuela ou Cuba, acertou menos de 50%. O principal capital político do “Comandante” são suas articulações com a tecnocracia e empresários conservadores norte -americano, tais como Dick Cheney e Sheldon Adelson. Meirelles sabe disso, porque presenciou a articulação de Dirceu com Mário Garnero e George Bush, que desaguou na sua indicação para ministro. É possível que “Zé” tenha mais caminhos para chegar a Trump do que o PT inteiro, incluindo o prisioneiro Lula, caso fosse solto. Mesmo com duas sentenças nas costas.

#Fernando Haddad #Lula #PT


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Reserva de valor

4/10/2018
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Recluso, José Genoíno tem se mantido à margem da campanha eleitoral, apesar do apelo de velhos petistas. Até o momento, abriu apenas uma exceção ao gravar um vídeo de apoio ao candidato a deputado federal Wadih Damous.

#PT


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ESPECIAL – Christian Lynch, jurista e cientista político: Um “golpe fechado” espera por Haddad na esquina

3/10/2018
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Há muito se percebe que a magistratura e o Ministério Público agem como partido contra o PT como meios de contrabalançar o peso eleitoral de Lula. Já está mais que manjado o mecanismo dos vazamentos seletivos das delações premiadas e das liminares extemporâneas inaugurado por Moro, ou das proposituras de processo pelo MP às vésperas das eleições. Agora, o novo presidente do STF, Dias Toffoli, dá sinais de acreditar que um golpe militar pode ser possível. Homem político, flexível, Toffoli afirma que a Suprema Corte deve agir como um poder moderador, evitando crises políticas ou gerá-las.

Convidou um general quatro estrelas para assessorá-lo e afirma que 1964 não foi golpe, mas “movimento”. Ontem, manteve liminar de Fux contra Lewandowski, destinada a impedir que Lula seja entrevistado e assim “interfira nos resultados eleitorais”. Para bom entendedor, meia palavra basta. Toffoli acredita na possibilidade de um golpe militar e apruma o Supremo para as eventualidades. Toffoli sabe que parte expressiva das Forças Armadas não quer a volta do PT, nem o da magistratura. Se depender deles, Lula não sai mais da cadeia. Como nem sempre o eleitorado ajuda, as duas corporações darão uma mãozinha para Bolsonaro vencer, como já se está a ver.

É possível imaginar cenários possíveis para desatar o nó em que o país se meteu. Caso Bolsonaro vença e encontre dificuldades no Congresso, militares e juízes darão o impulso necessário para as reformas constitucionais que “dinamizem a economia” e “restabeleçam a autoridade”. Se der Haddad, haverá comoção da metade do país que não quer mais saber de PT e pressão por não empossá-lo. Como um golpe aberto é difícil, tentarão primeiro arrancar dele algum compromisso de rompimento com o petismo; um equivalente do parlamentarismo imposto a Jango em 1961. O resto do script a gente já conhece.

#Jair Bolsonaro #Lula #PT #STF


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“Independentes” ganham força no PT

1/10/2018
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Independentemente do resultado na corrida pela Presidência, a cúpula do PT terá um desafio pós-eleitoral: administrar uma nova configuração interna de poder que está prestes a eclodir das urnas. Os petistas que despontam como favoritos nas disputas estaduais são quadros à margem das correntes majoritárias da sigla e com um razoável grau de descolamento do comando nacional, notadamente da figura de Gleisi Hoffmann. Camilo Santana, favorito à reeleição no Ceará, é um caso emblemático. Ao longo da campanha, tem ignorado diretrizes da direção central do PT e seguido um plano de voo próprio. Mesmo após a oficialização da candidatura de Fernando Haddad, permaneceu mais próximo de Ciro Gomes, ao lado de quem já participou de comícios e carreatas. Um caso similar é o de Rui Costa, pule de dez para ser reeleito ao governo da Bahia já no primeiro turno. Não obstante sua relação com o ex-presidente Lula e a maior proximidade com Haddad, Rui carrega um histórico recente de embates com a direção do partido. Durante a indefinição da candidatura Lula, Costa deu várias declarações de que o PT poderia apoiar um presidenciável de outra sigla, fazendo coro ao seu padrinho político, Jaques Wagner.

#PT


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Solicitação

26/09/2018
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A defesa de Lula vai solicitar à Justiça autorização para que ele conceda entrevistas na prisão. O PT já sabe a resposta e vai usá-la para criar um fato político.

#Lula #PT


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FHC monta seu trampolim para o segundo turno

24/09/2018
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O manifesto pela união dos partidos de centro contra o os candidatos do PT, Fernando Haddad, e do PSL, Jair Bolsonaro foi um blefe de Fernando Henrique Cardoso. Trata-se de uma saída pela tangente para saltar direto no segundo turno. FHC , como se sabe, é um encantador de serpentes. Antes da sua declaração pública, reuniu-se com Geraldo Alckmin para “traçar estratégias”. Não nutre dúvidas que Bolsonaro encaçapou sua presença no segundo turno. Sobra a outra vaga, ao que tudo indica reservada para Haddad. A única ameaça real ao candidato do PT é a ascensão de Ciro Gomes, do PDT, na reta final da campanha.

No momento, a hipótese parece menos provável. Para FHC, o PT incomoda em demasia, mas Ciro incomoda muito mais. Desde que a candidatura de Alckmin se impôs no PSDB, o ex-presidente cantou a pedra: o PSDB ganhará do PT no segundo turno com qualquer candidato, menos o “Geraldo”. Na época, o anti-petismo alcançava o firmamento e Jair Bolsonaro media 1,2 metro. Ninguém apostava ainda que o capitão fosse chegar aos atuais dois metros de altura. FHC tentou boicotar Alckmin durante todo o processo de escolha do candidato do PSDB. Mesmo depois de sacramentado a candidatura, continuou jogando cascas de banana à frente do ungido pelo partido. Com o manifesto, que sequer menciona o nome do “Geraldo”, prepara-se para articular a saída para uma sobrevida do PSDB: o apoio a Haddad no segundo turno. FHC já bordou alianças com o partido antípoda no passado.

Quando Mário Covas foi governador de São Paulo, deveu em parte sua vitória ao apoio do PT contra o concorrente Paulo Maluf. No sentido oposto, quando Marta Suplicy venceu as eleições para a prefeitura paulista, detonando o incansável Maluf, foi o PSDB quem deu os braços ao PT. FHC tem um bom entendimento com Fernando Haddad. É adepto da máxima do general Golbery do Couto e Silva: “Quando o sujeito, eleito, sobe a rampa do Palácio do Planalto, e enxerga os Dragões da Independência ali perfilados, desacredita que alguém o tenha feito presidente”. Se Haddad chegar ao posto máximo da República, terá sido ele que venceu, e não mais o onipresente Lula. E com Haddad a conversa é mais suave.

E quanto as fortes divergências programáticas entre os dois partidos? De posse do governo, isso torna-se um detalhe. FHC entoaria, então, um magnífico canto do cisne: derrotar a “direita” e articular a junção dos interesses dos dois partidos em um governo bifronte, sem a mesma dependência que ambos, PT e PSDB, tiveram do Centrão. Mas pode ser que até a publicação desta newsletter, FHC tenha mudado de ideia. É da sua natureza.

#Fernando Henrique Cardoso #PT


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Colete à prova de balas

20/09/2018
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O PT aumentou a blindagem de Fernando Haddad nas redes sociais. Nesta semana, a campanha petista reforçou a equipe de comunicação digital, com a contratação de uma dezena de novos profissionais. Com o salto de Haddad nas pesquisas e a polarização da disputa eleitoral com Jair Bolsonaro, vai pingar sangue no ambiente digital.

#Fernando Haddad #PT


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Pedaço de Chico

18/09/2018
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“Estava à toa na vida e o PT me chamou, pra ver o Haddad chegar mostrando o seu vigor”. O estribilho original, claro, não é esse, mas o partido, o presidenciável e o autor de “A banda”, Chico Buarque, estão prestes a desfilar de braços dados na avenida eleitoral. O compositor teria recebido mensagens de Lula, pedindo participação na campanha de Fernando Haddad e ressaltando a importância do seu apoio. Chico nunca negou fogo quando foi chamado pelo PT e, especialmente, pelo ex-presidente. Mas essa eleição é considerada a mais emblemática de todas. E Chico é um reforço que faz diferença. Resta ver se vai entrar em campo.

#Chico Buarque #Fernando Haddad #PT


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Bolsonaro já ganhou a eleição

17/09/2018
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Alertado por partidos como PT e PSDB, o TSE está investigando o site www.urnadigital.com. Nova coqueluche no WhatsApp e redes sociais, a ferramenta simula a eleição de outubro, recolhe votos dos internautas e disponibiliza a apuração online. O que mais intriga é o desempenho do clã Bolsonaro no escrutínio cibernético. O patriarca aparece com 61% dos votos, mais do que o dobro do seu melhor resultado nas pesquisas. Ou seja: “vence” no primeiro turno. Flavio Bolsonaro, que disputa vaga no Senado pelo Rio de Janeiro, surge com 39% – na última pesquisa do Ibope, tinha 19%. Em São Paulo, a lista dos quatro mais “votados” para deputado federal é encabeçada – adivinhem só – por Eduardo Bolsonaro. A seguir, Joice Hasselmann, Alexandre Frota e o príncipe Luiz Philippe de Orleans e Bragança, todos correligionários de Bolsonaro. Convenientemente, o site disponibiliza ferramenta que permite disseminar os resultados por WhatsApp. Por falar em Bolsonaro e internet, seus advogados estão entrando com uma ação para obrigar o Facebook e o Twitter a tirar do ar posts com comentários ou insinuações de que o atentado ao Capitão foi uma farsa.

#Jair Bolsonaro #PSDB #PT #TSE


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Fernando Haddad vai virar sertão

14/09/2018
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Fernando Haddad vai se “mudar” para o Nordeste. O plano de voo para a campanha petista prevê, logo na partida, uma blitzkrieg de Haddad na região, com atos em todos os estados nordestinos no espaço de até dez dias. O objetivo é acelerar a transferência de votos de Lula para o seu “poste” justamente no maior reduto eleitoral do PT, de forma a criar um rápido efeito retroalimentador nas pesquisas. A meta é que Haddad já apareça na próxima leva de sondagens próximo dos 15%, portanto à frente de Ciro Gomes e já descolado de Marina Silva e Geraldo Alckmin. Nesse esforço de captura do eleitorado nordestino de Lula, nos últimos dois dias o candidato petista manteve intensa interlocução com caciques políticos da região, notadamente Renan Calheiros e Eunício de Oliveira. Há um temor de que ambos, notórios “lulistas”, descolem da candidatura petista. Uma coisa é circular pelo Nordeste de braços dados com Lula: a outra, completamente diferente, é pedir votos para um professor paulista com baixo recall na região.

#Fernando Haddad #Lula #PT


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Esquerda online

14/09/2018
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A coligação entre o PT de Fernando Haddad e o PSOL de Guilherme Boulos já começou, ao menos no WhatsApp. Os dois candidatos lideram um grupo de conversas com mais de 200 integrantes, entre artistas e celebridades identificados com a esquerda. O agrupamento digital foi batizado de “Coalas”, uma abreviação para coalizão.

#Fernando Haddad #PT


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Um antigo eflúvio cruza o caminho do PT

13/09/2018
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O PT tenta se esquivar de um fantasma do passado que resolveu revisitá-lo às vésperas da eleição. A chilena Laura Norambuena está no Brasil tentando mobilizar organizações e partidos de esquerda para sua causa “político-consanguínea”. Para quem não está ligando o sobrenome ao fato, trata-se da irmã de Maurício Norambuena, líder histórico da esquerda chilena, preso em 2002 pelo sequestro do publicitário Washington Olivetto. Com o apoio de simpatizantes do MIR (Movimento Esquerda Revolucionária do Chile) que vivem no Brasil, Laura está engajada em uma campanha para que o irmão possa contar os benefícios de 1/6 da progressão de pena. Norambuena está detido no presídio federal de Mossoró (RN). Laura Norambuena já pediu apoio não apenas ao PT, mas também ao
PCdoB e ao PSOL. Todos querem distância do assunto, sobretudo os petistas. A lembrança remete não apenas ao sequestro de Olivetto, mas também ao do empresário Abilio Diniz. Nos dois casos, houve à época suspeitas da participação de pessoas ligadas ao PT. Coincidência ou não, ambos ocorreram em anos de eleição – 1989 (Abílio) e 2002 (Olivetto).

#PT


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PT enquadra o ambivalente Camilo Santana

12/09/2018
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A subida de Ciro Gomes nas pesquisas já está fazendo eco dentro do PT. Gleisi Hoffmann fez chegar uma dura mensagem ao petista Camilo Santana, governador do Ceará e candidato à reeleição. A cúpula do partido não fará mais vista grossa ao comportamento camaleônico de Santana, que se divide entre o apoio a Fernando Haddad e a Ciro. O governador cearense lidera uma coligação baleia, que inclui, além do próprio PT, o PDT, de Ciro, e o MDB, de Eunício de Oliveira. Santana, porém, nem parece mais um petista. Tem viajado pelo interior do Ceará de braços dados com Cid Gomes, irmão de Ciro, e participado de atos políticos em que pede votos ao candidato pedetista.

#Ciro Gomes #Fernando Haddad #PT


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Haddad+Manoela

11/09/2018
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PT e PCdoB estão organizando um ato político em Porto Alegre para o fim desta semana. Há um forte burburinho de que o comício marcará o lançamento da chapa Haddad/Manoela.

#Fernando Haddad #Manuela D'ávila #PT


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Memórias de Palocci

6/09/2018
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Depois da delação, as livrarias: corre no PT a informação de que Antonio Palocci está escrevendo suas memórias. O ex-ministro já teria firmado acordo com uma editora.

#Antônio Palocci #PT


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O teatro do PT

5/09/2018
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O ato com artistas e intelectuais que o PT está convocando para o próximo dia 10, no Teatro Tucarena, em São Paulo, tem causado interpretações díspares dentro do próprio partido. Há especulações de que o evento marcará o lançamento oficial de Fernando Haddad como candidato à Presidência. No entanto, internamente a própria Gleisi Hoffmann tem esfriado os ânimos e desmentido essa possibilidade. Segundo ela. o encontro será uma manifestação de apoio à candidatura Lula, além servir para a gravação de imagens para o programa eleitoral do PT.

#PT


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Sístoles e diástoles

4/09/2018
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O fim de semana foi marcado por tensos debates entre as cúpulas do PT e do PCdoB. À luz do dia, os comunistas cumpriram o rito e soltaram uma nota defendendo a candidatura Lula; nos bastidores, no entanto, a presidente do partido, Luciana Santos, subiu a pressão para que os petistas oficializem a substituição do ex-presidente por Fernando Haddad. Principal articuladora da aliança com o PT, Luciana defende que Manoela D ´Ávila entre rapidamente em cena como candidata a vice de Haddad.

#PCdoB #PT


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Campanha a duras penas

28/08/2018
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Mal nas pesquisas e ainda pior nas finanças. O PT de São Paulo tem encontrado sérias dificuldades para financiar a candidatura de Luiz Marinho ao governo do estado. Segundo o RR apurou, o diretório vem atrasando o pagamento de fornecedores e prestadores de serviços. Em cartórios do estado já há dez protestos contra a sigla. Procurado, o partido informou que as “prestações de contas são públicas e podem ser consultadas junto à Justiça Eleitoral.” Em relação aos títulos protestados em cartório, o PT não se pronunciou.

#PT


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Transferência da faixa

27/08/2018
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A cúpula do partido já discute o “cerimonial” da passagem de bastão de Lula para Fernando Haddad. O PT pretende transformar a oficialização de Haddad como candidato à Presidência da República em um grande evento de mobilização da militância e de reafirmação do poderio eleitoral do mais célebre prisioneiro do país. A ideia é realizar um comício em Curitiba, próximo à carceragem da Polícia Federal. O PT planeja levar milhares de filiados e representantes de movimentos sociais para a cidade paranaense, com transmissão do evento ao vivo nas redes sociais.

#Fernando Haddad #PT


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Motim petista

24/08/2018
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Petistas puro-sangue, como o tesoureiro do partido, Emídio de Souza, têm se rebelado contra o crescente espaço de Manoela D´Ávila na articulação da candidatura Lula, aliás, Haddad.

#PT


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Conteúdo local vira fóssil

20/08/2018
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Uma das bandeiras do governo petista, a política de conteúdo local no setor de óleo e gás está sendo gradativamente desmontada. Desde abril, quando publicou as novas regras e flexibilizou as exigências para a aquisição de equipamentos e serviços, a ANP já recebeu mais 289 pedidos de aditamento de contrato. O maior número de solicitações veio da própria Petrobras (61). Além da estatal, outras 13 petroleiras também já solicitaram à agência reguladora a redução dos percentuais obrigatórios de conteúdo local em seus blocos de exploração e produção. No modelo anterior, a exigência de nacionalização variava de 50% a 70%. De abril para cá, houve casos em que o sarrafo caiu para 18%, como, por exemplo, a venda de equipamentos para exploração em blocos offshore.

#ANP #PT


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Petistas duelam por fundo partidário

20/08/2018
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O PT é um dos raros partidos que ainda não encaminhou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) seu planejamento para a distribuição dos recursos do fundo público eleitoral. A cúpula petista não fechou questão sobre a divisão do dinheiro. A princípio, candidatos a deputado estadual ficariam de fora da partilha. No entanto, assim que a informação se espalhou dentro do PT, na semana passada, os diretórios regionais iniciaram um levante, ameaçando, inclusive, abandonar alianças estaduais fechadas pelo partido. A direção da legenda já acenou com a liberação de aproximadamente R$ 40 mil para cada deputado estadual candidato à reeleição. Ou seja: na ponta do lápis, algo em torno de R$ 700 para cada dia de campanha até 7 de outubro. Mal dá para pagar os “santinhos”. No total, o PT terá direito a R$ 212 milhões do fundo partidário. Acima, só o MDB, com seus R$ 234 milhões.

#PT


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O 11 de setembro de Lula

8/08/2018
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A direção do PT está bastante apreensiva com o novo encontro face a face entre Lula e seu algoz, Sérgio Moro. O interrogatório do ex-presidente no âmbito da ação do sítio de Atibaia está previsto para 11 de setembro. A defesa de Lula vai usar de todos os instrumentos jurídicos na tentativa de impedir a divulgação das imagens.

É muito pouco provável que alcance o intento. Desde o início da Lava Jato, Moro tem dado disclosure aos depoimentos, sobretudo o das estrelas da operação. O temor do PT é o impacto que a divulgação de novas imagens de Lula no banco dos réus, a três semanas das eleições, terá sobre o candidato do partido à Presidência, seja ele quem for. O que não faltará é farto material para ser utilizado nos programas eleitorais e nas redes sociais pelos demais presidenciáveis.

Uma saída seria o próprio PT se aproveitar da ocasião para bradar o discurso da prisão política. Mas, a essa altura, o próprio partido já não leva muita fé na eficácia do expediente. A grade de programação montada pelo juiz Sérgio Moro dá um caráter ainda mais midiático ao 11 de setembro de Lula. Como se não bastasse o interrogatório do ex-presidente, estão previstos para o mesmo dia os depoimentos da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-ministro Gilberto Gil, ambos na condição de testemunhas de defesa de Lula.

#Lula #PT


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De mulher para mulher

8/08/2018
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Gleisi Hoffmann vem tentando aplacar a ira de Marilia Arraes, que ameaça deixar o PT após ser preterida na disputa pelo governo de Pernambuco. Gleisi acena à neta de Miguel Arraes com a candidatura à Prefeitura de Recife em 2020.

#Gleisi Hoofmann #PT


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Deputados estaduais à míngua

1/08/2018
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A partilha do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) revela a desimportância dos deputados estaduais na estratégia eleitoral dos grandes partidos. Nenhuma das siglas com pré-candidato à Presidência da República – MDB, PT, PSDB, Rede, PSL, PDT, PSOL, Podemos e Novo – planeja destinar recursos do Fundo para seus candidatos às assembleias legislativas. O mesmo se aplica a outras legendas de peso no tabuleiro político, como DEM, PP e PR. No total, o FEFC vai jorrar exatos R$ 1.716.209.431 nas campanhas eleitorais.

#MDB #PSDB #PSL #PT


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Um pequeno sinal de autocrítica no PT

26/07/2018
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Surgem os primeiros sinais de defecção da “Igreja lulista de imolação da esquerda”. O sociólogo Emir Sader, um dos mais graníticos intelectuais fundamentalistas do PT, tem externado a opinião de que é preciso pensar em seguir na campanha eleitoral sem Lula. “Pensar” já é um início.

#Lula #PT


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Lula diz até onde Haddad pode falar

26/07/2018
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Apontado como plano B do PT na disputa presidencial, o ex-prefeito Fernando Haddad foi orientado diretamente por Lula a procurar a imprensa e conceder o maior número possível de entrevistas sobre o plano de governo, que está pronto. Mas a orientação veio com uma ressalva: não falar sobre estratégias e evitar exercícios de futurologia. A ordem é evitar crises de ciúme com as correntes do PT.

#Fernando Haddad #Lula #PT


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Ação midiática

24/07/2018
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A preocupação da direção nacional do PT é que a Polícia Federal faça algum tipo de ação midiática envolvendo Jaques Wagner.

#PT


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Lindbergh é o professor Pardal do PT

23/07/2018
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O senador Lindbergh Farias é um campeão em inovações. “Lindinho” engenhou uma nova participação de Lula no certame eleitoral como “presidente de honra”. Assim, Fernando Haddad, Jaques Wagner ou seja quem for o candidato petista entraria na disputa com o compromisso de indultar Lula para que ele exercesse o seu cargo honorífico. A chapa tríplice do PT, portanto, teria presidente de honra, presidente e vice. Mais uma contribuição de Lindbergh Farias.

#Lindbergh Farias #Lula #PT


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Voto de minerva

20/07/2018
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Neste momento, todos os esforços do PT em Minas Gerais estão voltados a impedir o rompimento da aliança local com o MDB. A migração dos emedebistas para a candidatura de Antonio Anastasia, caminho natural em caso de divórcio, dará de bandeja preciosíssimos quatro minutos de TV para o tucano. Seria um golpe duro demais para Fernando Pimentel, hoje superado por Anastasia em todas as pesquisas.

#MDB #PT


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Tarso Genro é um partido de si próprio

18/07/2018
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Os dois encontros entre Tarso Genro e Guilherme Boulos no espaço de uma semana causaram irritação na cúpula do PT, a começar por Gleisi Hoffmann. A declaração de Tarso de que apoiará o líder do MST caso Lula não possa disputar as eleições foi feita sem aval da direção do partido e, até onde se sabe, muito menos do ex-presidente. O “voluntarismo” do ex-governador suscitou duas teorias dissecadas pelos petistas desde a última segunda-feira, quando se deu a segunda troca de afagos entre Tarso e Boulos em um evento em Porto Alegre. A primeira delas, defendida por seus aliados, é que o ex-mandatário gaúcho fez um movimento calculado no intuito de puxar o PT mais para a esquerda no debate eleitoral. A outra teoria, urdida pelos opositores de Tarso, é que ele agiu em interesse próprio, olhando não exatamente para 2018, mas para 2019. A aproximação de Boulos seria uma antessala para o petista ressuscitar, no próximo ano, o projeto de criação de um novo partido de esquerda, concebido a partir da união de desertores petistas com o atual PSOL.

#Lula #PT #Tarso Genro


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Kramer vs. Kramer

17/07/2018
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Integrantes das alas mais à esquerda do PT – “O Trabalho” e “Democracia Socialista” – pressionam a direção do partido para que o governador do Ceará, Camilo Santana, seja submetido ao conselho de ética da sigla. Motivo: o apoio à candidatura de Ciro Gomes. Não vai dar em nada. A última coisa que o PT deve fazer neste momento é criar atritos com uma máquina eleitoral no Nordeste, como é o caso de Santana.

#Ciro Gomes #PT


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“Operação Jaques Wagner” é um enigma eleitoral ainda a ser decifrado

12/07/2018
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A esfinge anda devorando os partidos políticos com o seguinte enigma: a que vem a “Operação Jaques Wagner”? As recorrentes declarações do ex-governador da Bahia favoráveis a que o PT, leia-se o ex-presidente Lula, apoie um candidato de outro partido têm gerado interrogações e desavenças dentro da própria sigla. Wagner não tem mandato para aventar essa decisão. Suas ações, inclusive, levaram a divergências explícitas com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, notadamente no que diz respeito à indicação do candidato do PDT, Ciro Gomes. O argumento de Wagner é tão tortuoso quanto as declarações de seus companheiros para justificar que não há substituto para Lula. O petista afirma que outro candidato do partido significaria uma confissão de culpa.

Candidato mesmo só Lula. Sem ele, o caminho seria o apoio a um nome de outra legenda. A “Operação Wagner” está coberta por densa neblina, à medida que Lula, interlocutor privilegiado do ex-governador da Bahia, não desautoriza seus dizeres. Por ora, existem três possíveis soluções para o enigma. A primeira e mais reputada considera que a articulação de Jaques Wagner é, sim, uma operação-despiste. O ex- ministro, olhos azuis, boa pinta, com dupla cidadania – de carioca e baiano –, judeu com um pé na umbanda, é considerado pule de dez para substituir Lula por analistas e alguns dirigentes do PT. A segunda solução da charada envolve o “de acordo” do ex-presidente Lula.

Wagner estaria cumprindo missão combinada entre ambos e não explicitada no próprio partido, que teria como uma das premissas o acerto do indulto do ex-presidente junto a candidato de outro partido, preferencialmente Ciro Gomes. Como se sabe, o perdão não pode ser declarado antes do tempo, sob pena de se transformar em uma confissão de culpa. A terceira e menos provável hipótese é que as reiteradas declarações de apoio a outro candidato seriam uma iniciativa independente do próprio Wagner, ao melhor estilo de Pedro Simon, no MDB. Ou seja: não tentem entender, porque não tem mesmo explicação. Há mais fatos do que meros jogos teóricos na “Operação Jaques Wagner”.

Em 1o de maio, Dia do Trabalhador, data emblemática do PT, Wagner disse que o partido deveria estar aberto a apoiar Ciro Gomes e indicar o vice. Em 7 de junho, rasgou elogios ao pedetista, dizendo que ele é um “animal político” e “um dos quadros mais preparados do Brasil”. A fala chamou mais atenção pelo momento e local: Wagner fez a apologia a Ciro em frente à sede da Polícia Federal em Curitiba, logo após uma visita a Lula. Na última segunda-feira, a “Operação Wagner” teve mais um capítulo. O ex-ministro reiterou que o PT deve apoiar um candidato de outra sigla caso Lula não possa disputar as eleições – como tudo indica que ocorrerá. Ressalte se: combinado ou não, o candidato Ciro Gomes não fala uma vírgula em resposta aos seguidos afagos e declarações de possível apoio feitos por Wagner, o que dá uma característica ainda mais conspiratória ao enredo.

#Lula #PT


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O sertão de Gleisi

12/07/2018
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, cumprirá a partir de hoje uma série de agendas no Nordeste com duas missões inglórias. A primeira é tentar impedir que o PSB mergulhe na campanha de Ciro Gomes. Para isso, tem um encontro marcado com Renata Campos, viúva de Eduardo Campos. Depois irá a Bahia e à Paraíba bater bumbo pela candidatura de Lula.

#PT


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PT contabiliza os dividendos com ou sem a libertação de Lula

10/07/2018
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Dependendo do ângulo de observação, a batalha jurídica do último domingo no TRF4 pode ter tido três impactos para o PT: bom, muito bom ou excelente. Em qualquer das hipóteses, a ação do desembargador plantonista Rogério Favreto terá atendido aos anseios de Lula e do partido. Se o ex-presidente vier a ser libertado, será o melhor dos cenários; caso contrário, o episódio servirá de subsídio para a configuração de Lula como prisioneiro político. Dando certo ou não, a estratégia será inevitavelmente utilizada como mote de campanha.

O impasse criou a percepção de que, na pior das hipóteses para Lula, é possível cindir o Judiciário por dentro. Ainda que efêmero, o habeas corpus do último domingo fez renascer a expectativa da militância de que existem probabilidades de reversão das decisões tomadas. O PT considera ter à mão munição de alto calibre para bombardear o discurso da prisão política de Lula, notadamente junto à comunidade internacional, que sempre se mostrou mais sensível a esta bandeira. Basta lembrar a ressonância que a tese já encontrou por parte da mídia estrangeira, entidades pró-anistia e personalidades.

Após ser impedido pela Justiça de visitar o petista na carceragem da PF em Curitiba, o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel publicou um manifesto dizendo que o “Brasil vive um estado de exceção”. O ator norte-americano Danny Glover, que conseguiu se encontrar com Lula, defendeu publicamente sua libertação. Ontem mesmo, a Fundação Internacional dos Direitos Humanos, com sede em Madri, reconheceu o caráter político da prisão do ex-presidente. A probabilidade de libertação de Lula com base na decisão de um desembargador plantonista é muito remota.

Em seu artigo 1o, parágrafo 1o, a Resolução 71/2009 do Conselho Nacional de Justiça diz que o “plantão judiciário  não se destina à reiteração de pedido já apreciado no órgão judicial de origem ou em plantão anterior”. Por essa razão, o desembargador Rogerio Favreto não teria poderes para deliberar sobre questão já julgada pelo TRF4. Tenhasido o pedido dos deputados petistas Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira a um juiz de plantão proposital ou não, o fato é que a negativa à libertação de Lula serviu à causa do partido e ao seu futuro candidato à Presidência, seja ele quem for. O imbróglio, entre outras consequências, pode até mesmo ressuscitar o julgamento da prisão em segunda instância pelo Supremo, pauta que vem sendo empurrada pela Corte. Uma pergunta que se faz é se a repercussão internacional em torno da “prisão política” de Lula não teria algum impacto sobre a decisão da presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, de colocar ou não a matéria em votação?

#Lula #PT


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PT reúne seus astros para suprir ausência da estrela maior

4/07/2018
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A direção do PT não precisou assistir ao clipe “Lula lá”, da campanha de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência, em 1989, para concluir que o partido se tornou um case de migração política. Dos mais de 100 artistas que compareceram à histórica gravação, menos da metade se mantém fiel a Lula e ao PT. Para recuperar a adesão de ex-companheiros que se bandearam para outros partidos e, ao mesmo tempo, evitar a fuga dos que permaneceram ligados à sigla, o PT pretende dar prioridade à comunicação com seus apoiadores de grande inserção midiática e social já a partir deste mês. O assunto é considerado urgente. Uma das primeiras medidas nesse sentido será a antecipação do lançamento do programa da legenda para as áreas de educação e cultura. As propostas serão divulgadas na última semana de julho, possivelmente em um evento aberto à militância. O PT pretende também estreitar o contato com os seus tradicionais animadores de campanha. As redes sociais serão usadas à exaustão, levando, inclusive, recados do próprio Lula. Conter o êxodo dos militantes midiáticos do partido é uma das prioridades até a campanha. Diversos integrantes do “cast petista” migraram para outros candidatos do campo da esquerda. Com Lula preso, a missão será difícil. Mas os mais otimistas acreditam que esse será um dos motivos para sensibilizar os apoiadores a entoarem um “Lula lá”, ainda que efetivamente simbólico.

#Lula #PT


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PT sobe o tom contra a defesa de Lula

29/06/2018
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O RR apurou que, no início da próxima semana, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, vai levar ao ex-presidente Lula o pedido da direção do partido para que o advogado Cristiano Zanin seja destituído de sua defesa. A cúpula petista prega que o ex-ministro do
STF Sepúlveda Pertence deve assumir todos os processos contra Lula, tanto na Suprema Corte quanto no TRF-4 – há outras duas ações nas mãos do juiz Sérgio Moro, referentes ao sítio de Atibaia e ao terreno onde está instalado o Instituto Lula. No início de junho, Gleisi já havia afastado Zanin de outros processos que envolvem o PT, substituindo-o pelo ex-ministro da Justiça Eugenio Aragão. A relação azedou de vez no início desta semana, quando o advogado decidiu abrir mão do pedido de prisão domiciliar para Lula. A senadora e outros dirigentes do partido chegaram a insinuar que o advogado agiu sem consultar o próprio ex-presidente. Talvez, no encontro com Lula na carceragem da PF em Curitiba, Gleisi escute exatamente o contrário.

#Lula #PT


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O Guia de Fernando Haddad

25/06/2018
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Walfrido dos Mares Guia já é tratado pelos próprios petistas como o coordenador da virtual campanha de Fernando Haddad à Presidência. O ex-ministro tem tido uma participação cada vez mais assídua na articulação política de Haddad dentro e fora do PT.

#Fernando Haddad #PT


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A vez de Dilma

22/06/2018
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Dilma Rousseff se mudará para Belo Horizonte na próxima semana. Vai morar no apartamento da mãe e despachar em uma sala na sede estadual do PT. É mais um indício de que Dilma deverá substituir Fernando Pimentel como candidata do partido ao governo mineiro.

#Dilma Rousseff #PT


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A “hora” de Gleisi

21/06/2018
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A absolvição de Gleisi Hoffmann no Supremo Tribunal Federal teve o efeito de uma injeção de adrenalina entre seus aliados. Nos últimos dias, surgiu dentro do PT um movimento favorável à indicação da senadora como vice de Lula. Só há um “pequeno” problema: até o momento, ninguém levou a proposta ao ex-presidente, em Curitiba. De quebra, a ideia está longe de contar com a simpatia de Fernando Haddad e Jaques Wagner, os cotados para substituir Lula na urna eletrônica caso sua candidatura seja embargada pela Justiça.

#Gleisi Hoffmann #PT


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Cotizando

20/06/2018
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Parlamentares do PT estão se cotizando em um crowdfunding partidário para colaborar com o Instituto Lula. Só com a Receita as dívidas passam de R$ 18 milhões.

#Lula #PT


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“Viva Dirceu!”

20/06/2018
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Amigos de José Dirceu querem aproveitar o lançamento da auto-biografia do “Comandante”,depois da Copa, para organizar atos de desagravo ao ex-ministro. A ideia já foi levada à Geração Editorial, responsável pela obra.

#José Dirceu #PT


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“Intentona” no PT

19/06/2018
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À revelia do PT nacional, há uma articulação para que o partido apoie a candidatura de Helder Barbalho (MDB) ao governo do Pará já no primeiro turno.

#PT


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Troca de afagos

13/06/2018
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Aos poucos, PT e PSB vão construindo a narrativa de uma possível aliança. O RR apurou que Fernando Haddad telefonou ontem ao presidente do PSB, Carlos Siqueira, para agradecer aos elogios que recebeu em entrevista ao Estadão. Siqueira disse ao jornal que Lula não será candidato, e Haddad é o melhor nome do PT para disputar a presidência.

#Fernando Haddad #PSB #PT


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Reservas da discórdia

8/06/2018
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O PT discute internamente se fará um comunicado condenando antecipadamente o uso das reservas cambiais para o abatimento da dívida interna bruta. O partido defende que as reservas só devem ser mexidas para investimentos em infraestrutura. Essa ideia, aliás,
é um dos pilares do programa econômico do PT.

#PT


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O diagnóstico do “Comandante” Dirceu

5/06/2018
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Dois dias antes de se entregar a Polícia Federal, mais precisamente em 16 de maio, em conversa reservada com velhos companheiros do PT, José Dirceu disparou pesadas críticas contra a defesa de Lula. Nas palavras de Dirceu, os advogados insistem em desconectar o ex-presidente da realidade. El Comandante disse que os consultores jurídicos de Lula têm se portado como médicos que tratam um paciente em estado grave e “vendem otimismo para não deixá-lo entrar em desespero”. Questionou, sobretudo, a insistência dos advogados em apostar as fichas em uma decisão favorável do STF. O que Dirceu não deixou claro é se ele acredita mesmo que o “paciente” em questão, matreiro como ele só, tem se deixado levar pelas palavras de esperança dos seus doutores.

#José Dirceu #Lula #PT


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Pique esconde nas contas eleitorais

1/06/2018
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Por ora, a plataforma eletrônica criada pelo TSE para a prestação de contas partidárias é, de fato, uma iniciativa virtual. A maioria das siglas – entre as quais PT, MDB, PP e PTB – não lançou suas informações financeiras no SPCA – Sistema de Prestação de Contas Anual. Os partidos têm adotado o procedimento de enviar seus demonstrativos em papel. Artimanha pura! O expediente atrasa o julgamento das contas e aumenta as chances de prescrição dos processos. Em tempo: depois de sucessivos adiamentos, o TSE promete abrir o SPCA para acesso público a partir de hoje.

#MDB #PP #PT #TSE


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A indesejável Gleisi

29/05/2018
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Líderes do PT, a começar pelos governadores do Ceará, Camilo Santana, e da Bahia, Rui Costa, pressionam a executiva nacional a reduzir a participação de Gleisi Hoffmann na negociação das alianças estaduais. A presidente do PT é criticada pela inabilidade na condução das articulações e pelos entraves que tem criado para coalizões com partidos “adversários” no plano nacional, como PP e o próprio MDB.

#Gleisi Hoffmann #PT


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Teatrinho Trol

28/05/2018
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Emissários do governador Marcio França (PSB) negociam com a equipe de Luiz Marinho, candidato do PT ao Palácio Bandeirantes, um pacto de não agressão. Que obviamente será bilateralmente rompido quando a campanha começar para valer.

#PSB #PT


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Uma revelação delicada sobre o ex-presidente Lula

23/05/2018
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Lula tem sofrido episódios de depressão, com intensas crises de choro. Em pelo menos um deles, passou por momento de desorientação. O ex-presidente teria sido autorizado a receber tratamento médico especial na carceragem da Polícia Federal em Curitiba. Segundo a fonte do RR, Lula oscila entre instantes de extremo vigor e de enorme abatimento. O informante da newsletter é notório interlocutor de um dos visitantes do ex-presidente na prisão. Consultado pelo RR, o PT não quis se pronunciar. Por sua vez, o Instituto Lula disse que “são irreais essas supostas informações.” Já a Polícia Federal declarou que “não consta nenhuma informação sobre o assunto”.

#Lula #PT


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Os eflúvios de Joaquim Barbosa

23/05/2018
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Joaquim Barbosa ainda provoca borbulhas no caldeirão eleitoral. O ex-ministro do STF tem sido motivo de divergências dentro da Frente Brasil Popular. O PCdoB, aliado do PT, defende uma tentativa de aproximação com Barbosa. Os petistas se recusam. É muito barulho por nada…Provavelmente, o ex-togado quer distância de ambos.

#Joaquim Barbosa #PT


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Rádio Lava Jato

22/05/2018
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A Rádio Lava Jato informa: os novos depoimentos do ex-diretor da Petrobras Renato Duque atingem duramente o ex-tesoureiro do PT João Vaccari.

#Lava Jato #PT


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O “golpe” é coisa do passado

17/05/2018
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Ao que parece, o PT não guardou ressentimentos eleitorais pelo impeachment de Dilma Rousseff. Com as bênçãos de Lula e o imprimatur de Gleisi Hoffmann, o partido negocia alianças em seis estados, entre os quais Piauí e Paraná, com o MDB e o PP, que votaram em peso pelo afastamento de Dilma

#Dilma Rousseff #Lula #PT


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Sondagem relâmpago RR: Lula e PT estão fazendo da esquerda um pastel de vento

16/05/2018
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O Brasil está deixando a esquerda de lado. E o PT, em última instância, é o responsável por essa tendência. O RR ousa essa afirmação com base em sondagem relâmpago junto a 4.100 assinantes, escolhidos aleatoriamente. Dessa amostragem, 212 responderam às provocações. Foram feitas duas perguntas simples. A primeira: “Na sua avaliação, está ocorrendo uma migração ideológica no país? Se positivo, ela se dá entre que campos políticos?” O RR também perguntou aos assinantes: “Quem é o responsável por esse deslocamento?” As alternativas apresentadas foram os nomes de todos os partidos, com uma subpergunta aberta diretamente associada: “A partir de quando esse deslocamento se iniciou?”

Entre os consultados, 51% afirmaram que há, sim, uma migração ideológica no Brasil e ela ocorre do campo da esquerda para o centro. Um percentual de 76% aponta o PT como gerador dessa “desesquerdização”. E 47% indicam o ano de 2017,marco do calvário de Lula e véspera da comemoração do aniversário de 200 anos de Karl Marx, como período de infecção mais aguda do socialismo no Brasil. O RR não arrisca dizer que se trata de uma septicemia, até porque os dados são simplórios e sua leitura pode estar contaminada por viés de todos os lados, a começar pela base de assinantes da newsletter, majoritariamente conservadora.

A enquete não passaria de um divertido e incompleto teste se os seus resultados não fossem ao encontro do que dizem, de forma matizada, intelectuais de esquerda, tais como o petista Tarso Genro, o ex-petista (mas obcecado pelo PT) Francisco de Oliveira, Jessé de Souza e, em uma galáxia maior, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos. Em análises variadas, o processo de “desesquerdização” estaria vinculado ao comportamento do PT no governo. A leitura do posicionamento desses analistas permite resumida conclusão. O partido teria cedido em demasia desde a primeira hora, com o advento da Carta ao Povo Brasileiro, a fixação em manter uma “coalizão baleia de aliados” no Congresso – com os custos obrigatórios dessa decisão -, o abandono de uma agenda de reformas desenvolvimentistas e a incapacidade de comunicação das suas lideranças no momento em que a esquerda, encarnada pelo PT, foi naturalmente associada à corrupção pelos seus opositores.

O ponto de maior fadiga do material seria o mais recente período dos preparativos para a prisão de Lula. Na emulsão do ex-presidente com o PT, Lula é dominante. Sendo assim, é condutor de todas as decisões do partido, com a concordância absoluta dos seus acólitos. O ex-presidente suspendeu a luta política com base em um discurso de esquerda e condicionou a batalha eleitoral, hoje caminho fundamental para a reafirmação ideológica, a um substrato da sua questão penal. Em uma visão impressionista, não há mais PT no ringue, não há mais esquerda – cujos direitos de representação, no Brasil, são de domínio quase exclusivo do partido – dividindo o espectro ideológico.

Só há a prisão de Lula e a coação de que o futuro da esquerda, pelo menos no curto prazo, dependerá do reconhecimento da sua inocência e absolvição. Tal como na pintura de Goya sobre Saturno devorando seu filho, Lula estaria triturando o PT, o socialismo e os retalhos da utopia da solidariedade. Essa autofagia do PT, com os seus movimentos que empurram o partido para fora do game político, tem permitido que jogadores que não são da esquerda se apoderem dessa patente, casos de Ciro Gomes e de Marina Silva.

Ambos ocupam um terreno baldio. Capturam o campo de esquerda pela ausência ou eclipse de seus moradores originais. Trazem para um “centro pragmático” – eufemismo para uma “nova direita arejada” – palavras soltas do pensamento progressista para ilustrar o pavilhão do seu grêmio político. Vai ver essa alternância é saudável, o ciclo do socialismo de raiz passou e o melhor para as esquerdas é mesmo saírem de cena para fazerem sua autocrítica. Quem sabe?

#Lula #PT


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Fantasma Palocci

15/05/2018
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Ontem, no fim da tarde, a direção do PT ficou alvoroçada. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, recebeu a informação de que a delação de Antonio Palocci deverá ser homologada ainda nesta semana.

#Gleise Hoffmann #PT


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PT e PCdoB combinam suas peças

27/04/2018
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PT e PCdoB estão alinhavando possíveis modelos de aliança para as eleições. O formato que começa a ganhar corpo prevê a candidatura de Manuela D ´Ávila não à Presidência da República, mas, sim, ao governo do Rio Grande do Sul. Manuela encabeçaria a chapa única de uma frente da esquerda no estado, que teria ainda o PSOL. O PT retiraria, então, o nome de Miguel Rossetto, pré-candidato ao governo gaúcho. Em contrapartida, o PCdoB não lançaria uma chapa própria para concorrer à Presidência, apoiando o candidato do PT.

#PCdoB #PT


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Chapa Ciro-Haddad pode levar a indulto de Lula

26/04/2018
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O grande temor da centro-direita começa a ganhar contornos de realidade: a chapa Ciro Gomes e Fernando Haddad está amadurecendo. E traz ao fundo os dizeres “Lula livre”. A moeda de troca do PT para abrir mão da candidatura própria e fechar o apoio a Ciro seria a garantia de indulto do ex-presidente em 2019. A questão já foi abordada entre Ciro e Haddad. Além da reunião na manhã da última segunda-feira no escritório de Delfim Netto em São Paulo, que contou ainda com a presença de Luiz Carlos Bresser Pereira, ambos teriam se encontrado em outras duas ocasiões em pouco mais de dois meses.

Por ora, o mandato de Haddad é apenas para assuntar o tema. Mesmo com o compromisso do indulto presidencial por parte de Ciro, não há garantias de que Lula aceitaria o acordo. É pouco provável, inclusive, que ele saia do casulo da sua candidatura antes de agosto. Segundo integrantes do alto comando petista, ofereçam o que oferecerem a Lula, ele não entregará seus votos nem para um nome do próprio partido e muito menos para um aliado nesse período. É estranha a fábula construída por Luiz Inácio, que relata a história de um sapo barbudo que preferiu viver engaiolado a apoiar um sapo igual a ele.

O acordo em torno do indulto é feito sob medida para uma aliança PDT-PT: Ciro Gomes é o único candidato que aceitaria discutir a hipótese de conceder liberdade a Lula caso vença as eleições presidenciais. Uma moeda valiosa por outra: ao ser o “ungido” do ex-presidente, o pedetista colocaria os dois pés no segundo turno. Só algo imponderável tiraria a chapa Ciro-Haddad da disputa final. Devidamente pesados os prós e contras, Ciro poderia, inclusive, usar o próprio indulto de Lula como uma bandeira eleitoral para galvanizar o apoio do campo da esquerda em torno da sua candidatura e capturar o máximo possível do patrimônio eleitoral do ex-presidente. Ressalte-se ainda que a aliança teria o efeito de um strike sobre a atual configuração das candidaturas de centro-direita, que precisariam se reordenar em torno de uma dobradinha de calibre similar, como, por exemplo, Marina Silva-Joaquim Barbosa.

A julgar pelos recentes movimentos do STF, parece até haver, desde já, um dueto entre a Corte e Lula. Em um mundo simétrico, seria possível dizer que a coreografia do indulto já estaria sendo ensaiada, vide a decisão do Supremo de tirar de Sergio Moro trechos das delações de ex-executivos da Odebrecht contra o ex-presidente. Ressalte-se que, a rigor, a Constituição estabelece que a clemência de condenados é prerrogativa da Presidência da República. Em seu Artigo 84, Inciso XII, a Carta Magna diz que compete privativamente ao presidente a atribuição de conceder indulto e comutar penas – ambos dispositivos de alcance coletivo.

Cabe também a ele estabelecer os requisitos para a extinção da punibilidade de um determinado grupo de condenados – a graça só não se aplica a presos por prática da tortura, tráfico de drogas, atos de terrorismo ou crimes hediondos. Na atual circunstância, no entanto, independentemente do que reza a Constituição, é difícil imaginar que um eventual acordo desta natureza entre Ciro e Lula se consumaria sem passar pela agulha do STF. Não custa lembrar que, em março deste ano, atendendo a um pedido da Procuradoria Geral da República, o ministro Luís Roberto Barroso suspendeu parte do indulto concedido pelo presidente Michel Temer, impedindo a extensão do benefício a condenados por corrupção.

#Ciro Gomes #Fernando Haddad #Lula #PT


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As inusitadas “prévias” do PT

23/04/2018
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A ideia do cientista político Alberto Almeida de que o PT deveria ter vários pré-candidatos fazendo campanha começa a dar filhotes de três olhos e sete cabeças. A julgar pela relação de Almeida com Lula, o ex-presidente mandou tocar a proposta para frente. E ela já vem repercutindo animadamente nas redes sociais, tendo o cientista político como abre alas. Na versão original, Fernando Haddad, Patrus Ananias e Jaques Wagner sairiam em campo como indicados pelo grande chefe Luiz Inácio.

O processo de escolha do candidato seria democratizado. Todos, portanto, estariam endossados por Lula. Em tese, eles multiplicariam a campanha, como multi-pré-candidatos percorrendo várias regiões do país ao mesmo tempo. Em setembro, por ocasião do encerramento para homologação da candidatura pelo TSE, uma pesquisa definiria o candidato lulista definitivo em função da maior intenção de votos. Os filhotes monstrengos do modelo de Almeida são gestados pelo excesso de abertura que o sistema idealizado permite para o surgimento de pré-candidaturas imprevistas.

Por que os ungidos por Lula seriam só três e não quatro ou cinco? E se Gleisi e Lindbergh quiserem testar o seu potencial? E Lula lá da prisão vai aprovar e reprovar os principais quadros do seu partido? Finalmente, já que Lula permanece candidato, como essa trupe rodaria o país para ser o candidato do ex-presidente que continua na disputa eleitoral mesmo estando inelegível? É de quebrar a cabeça. Tanta dispersão pode levar a uma definição de candidatos por múltipla escolha se o modelo contemplar o cruzamento de diferentes pesquisas eleitorais cujos resultados sejam distintos entre si.

#Lula #PT


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Vice

13/04/2018
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Ciro Gomes também gostaria de ter o presidente da Coteminas, Josué Gomes, como vice da sua chapa. Olha aí uma primeira área de acordo com o PT. Mas também pode ser o contrário.

#Ciro Gomes #PT


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PT prepara a campanha do “Lula, lá” no Prêmio Nobel

23/03/2018
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Acredite quem quiser: o PT está discutindo seriamente a ideia de indicar Lula para o Prêmio Nobel da Paz. Nesta semana, um grupo de intelectuais ligados ao partido se reuniu no Rio de Janeiro para tratar da questão. A julgar pelo deslocamento de petistas de São Paulo até o Rio e da notória proximidade de alguns dos personagens com o ex-presidente, é possível deduzir que o próprio Lula tem
conhecimento e, no limite, estimula a articulação. Ou seja: ao que tudo indica, não se trata de uma iniciativa voluntarista e isolada e tampouco de uma ideia solta no ar. O “projeto Nobel” contém, implícita, uma estratégia para lidar com a prisão do ex-presidente. Esta questão não foi aventada na reunião, mas está latente que a campanha pela premiação é um plano para redimi-lo posteriormente, ou seja, uma espécie de “Mandelização” de Lula. É como se houvesse um único objetivo, uma meta glorificante. Entre os petistas presentes no encontro, a posição unânime é de que ele permanecerá no pleito até o fim. O discurso é o mesmo do seu líder: renunciar à
disputa eleitoral é admitir a culpa. Os candidatos a pré-candidatos do PT são tratados como uma espécie morta. Não existem o campo da esquerda e muito menos a disposição de apoiar um nome de fora do partido. Por incrível que pareça, só existe o Prêmio Nobel de Lula.

#Lula #PT


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O “Renan do Ceará”

23/03/2018
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O emedebista Eunício de Oliveira já escolheu o seu lado, ao menos nas eleições do Ceará: é PT na cabeça. O presidente do Senado tem se reunido seguidamente com o governador Camilo Santana, candidato à reeleição, e negocia alianças para engrossar a coalizão em torno do petista.

#PT


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A falta de contrição de Lula

20/03/2018
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Segundo a Rádio Lula, o ex-presidente atravessou os três últimos dias se rasgando por dentro. Por muito pouco, o líder popular não partiu junto com a militância para protestar pelo assassinato de Marielle Franco e carpir sua morte em público. Esse seria o Lula em estado bruto. Foi contido pelo Lula apenado, que calcula os passos cada vez mais pragmaticamente. Ele considerou que sua presença nas manifestações seria percebida como oportunista, preparatória de eventos similares após a decisão do STF, manipuladora da tragédia de Marielle. Pode ser que nada disso fosse aventado. Mas Lula intuiu que o risco existia. Preferiu a prudente discrição e não pegou a carona. Essa missão ficou para o PT, que embolou o assassinato com a condenação. Mesmo tratando o assunto com frieza incomum, o ex-presidente acha que captura a tragédia. O ambiente de protesto, raiva e dor lhe é favorável. Pode ajudar na convocação da militância às ruas. É absolutamente provável que a população que foi às lágrimas com Marielle nem sequer tenha prestado atenção no seu distanciamento. Mas também pode ter exaurido o seu pranto.

#Lula #Marielle #PT


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Inimigo íntimo

13/03/2018
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A filiação do deputado federal Celso Pansera tem causado divergências dentro do PT do Rio. A chegada de Pansera, ministro de Ciência e Tecnologia no breve segundo mandato de Dilma Rousseff, empurra para o partido as figuras de Eduardo Cunha e Jorge Picciani, aos quais ele sempre deveu lealdade. Isso em uma campanha eleitoral em que o PT terá de fazer todo o esforço para apagar do debate a aliança com o PMDB de Sergio Cabral, Cunha e Picciani.

#Dilma Rousseff #PT


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Mercadante voltou. Apesar de Gleisi…

12/03/2018
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O ex-ministro Aloizio Mercadante está voltando devagarinho ao ninho. Tem participado das discussões sobre o programa econômico do PT. Estaria tudo muito bem, não fosse o engasgo de Mercadante com a presidente do partido, Gleisi Hoffmann. O ex-senador considera a loura destemperada e uma das condutoras do PT para uma trajetória de radicalidade e difícil retorno. Não gosta nem de frequentar o mesmo ambiente que ela. Tivesse ele o prestígio de outras eras, Gleisi estaria frita no partido.

#Gleisi Hoffmann #PT


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O chumbo trocado entre Lula e Ciro não dói

7/03/2018
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Pode estar redondamente enganado quem enxergar somente tontice ou frouxidão no comportamento do líder do PT. À primeira vista, as palavras recentes de Lula remetem a um personagem sem generosidade política, até certo ponto covarde. A razão da sua insistência na disputa eleitoral seria a demonstração da sua inocência. O ex-presidente transformou sua candidatura em prova de defesa, e não o contrário. Lula afirma que, ao abandonar o pleito e buscar um substituto, estaria confessando tacitamente que é culpado.

Trata a questão de forma messiânica, como se não soubesse da sua situação. É condenado, inelegível, corre o risco de prisão, mas não arreda pé. Sua verdade seria maior do que a da Justiça. Ao perder tempo precioso para a transferência de votos a outro candidato estaria revelando só egoísmo e descaso com o campo das esquerdas. Há quem pense diferente. E se Lula estiver apostando que anunciar seu substituto agora seria queimá-lo bem antes das eleições?

Qualquer nome que tenha a indicação do líder do PT será imediatamente metralhado. A prudência se aplica, sem exceção, a qualquer que venha a ser o candidato do partido. E vale especialmente para Ciro Gomes. Por essa lógica, a manutenção da candidatura Lula seria um blefe e ao mesmo tempo um ato de proteção aos potenciais candidatos a sucedê-lo. Com Ciro, a recorrente troca de farpas poderia ser interpretada como um falso chumbo cruzado: os dois trocam tiros de festim para se proteger.

O objetivo do teatro seria preservar o político pedetista, um jogo estranhamente cooperativo no qual ambos aparentemente perdem agora para ganhar depois. Pode ser que as intenções de Lula sejam mesmo as mais rasteiras, e seu interesse já tenha se descolado da causa. O ex-presidente só estaria pensando em cuidar dele mesmo. Mas ficará nos anais das operações de inteligência eleitoral uma jogada em que estivessem sendo ludibriados os petistas, os aliados, a direita, a mídia, todos nós…

#Lula #PT


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Virada de mesa

21/02/2018
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Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo do Campo, articula para que a escolha do candidato do PT ao governo de São Paulo seja feita apenas pelos delegados do diretório e não a partir de prévias gerais. No “board” do PT paulista, o nome de Marinho é considerado pule de dez na concorrência interna com o ex-prefeito de Guarulhos, Elói Pietá.

#Luiz Marinho #PT


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Lula 2018

2/02/2018
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Enquanto o novo dono da festa não chega, o PT vai marcando comícios para o lançamento da candidatura de Lula. Os próximos serão realizados em Belo Horizonte, São Paulo, Rio e Recife até o fim de fevereiro.

#Lula #PT


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Sem pedaladas

30/01/2018
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Dilma Rousseff terá um papel importante na campanha presidencial do PT, a começar pela formulação do programa de governo – seja quem for o candidato. No momento, a ex-presidente coordena um grupo de trabalho que está dissecando a situação fiscal dos estados.

#Dilma Rousseff #PT


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Gritos do silêncio

29/01/2018
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CUT e PT estão organizando atos de desagravo a Lula em diversas capitais do país. Os protestos culminarão com uma manifestação conjunta no dia 19 de fevereiro, data da votação da reforma da Previdência. Do jeito que anda o animus das ruas, pode até acontecer tudo, a começar por não acontecer nada.

#CUT #Lula #PT


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Condenação de Lula impulsiona o nome de Ciro Gomes

26/01/2018
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A julgar pelo levantamento das redes sociais e pela reação da militância jovem do PT, Ciro Gomes ganhou considerável terreno nas últimas 48 horas. Segundo empresas de medição que trabalham para o próprio pré-candidato, o número de menções a Ciro nas mídias digitais teve um crescimento vertiginoso a partir da noite da última quarta-feira, pouco depois do anúncio da condenação de Lula no TRF4. O próprio pedetista tratou de impulsionar seu nome nas redes ao postar uma nota de apoio ao ex-presidente no Facebook. Até ontem à noite, a publicação contava com mais de dez mil curtidas, o maior grau de engajamento alcançado por um post no perfil oficial de Ciro. A reação não significa que o pedetista será o “ungido” caso Lula seja efetivamente alijado da disputa eleitoral. Mas revela que, diante das circunstâncias, os ventos parecem soprar na direção do “Cirão das Massas”. No momento, Ciro Gomes representa aquilo que os dois candidatos a “poste” de Lula – Jaques Wagner e Fernando Haddad – não entregam: uma boa dose de confronto e litigância. Em outras palavras, Ciro seria o “bad boy” que o PT e Lula não têm.

#Ciro Gomes #Lula #PT


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Pingo nos is

26/01/2018
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Na edição de ontem do RR, há um erro de digitação no último parágrafo da matéria “Lula avalia indicar o seu ´poste ´ antes da prisão”. O correto é “o esforço de curtíssimo prazo do PT para não deixar que o ambiente de velório, necessário em um primeiro momento, contamine…”

#Lula #PT


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Lula avalia indicar o seu “poste” antes da prisão

25/01/2018
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“O que fazer?” A pergunta de Vladimir Ilyich Ulyanov, vulgo Lenin, popularizada em opúsculo do mesmo nome, invadiu a alta cúpula do PT logo após a condenação de Lula por unanimidade no TRF4. Segundo o RR apurou, intramuros os dirigentes do partido já dão como certa a prisão do ex-presidente a partir do fim de março, prazo em que os embargos declaratórios deverão ser apreciados pela própria Corte. Com a punição, a estratégia de esticar a candidatura até o mais perto possível do limite para homologação pelo TSE (15 de agosto) vai para o espaço.

Lula poderá passar grande parte da campanha eleitoral na cadeia. E o que fazer? Indicar o “poste” antes da prisão? Com a iminência do cárcere, a estratégia de anúncio do substituto do ex-presidente ganha o caráter de urgência urgentíssima. Pela avaliação dominante no PT, Lula precisa passear com o seu candidato pelo braço antes de ser preso. Ao mesmo tempo é preciso vitimizá-lo, a essa altura a fórmula capaz de valorizar a influência eleitoral do ex-presidente caso o seu encarceramento se confirme.

Esticar ao limite a candidatura Lula ou antecipar a escolha do nome que efetivamente estará na urna eletrônica em outubro? Eis a questão. Sob a ótica petista, o ideal é que a defesa do ex-presidente consiga postergar ao máximo sua prisão. Por mais tautológica e universal que a afirmação possa soar, neste momento a preocupação do partido é menos jurídica e mais política; menos humanística e mais pragmática. O PT precisa ganhar tempo para executar dois movimentos conjugados: vestir a camisa do novo candidato e tornar ainda mais trágico o calvário de Lula. O objetivo é extrair ao máximo sua carga simbólica e seu poder de persuasão sobre o eleitorado. Mesmo que Lula venha a ter sua prisão adiada ou mesmo não seja punido – hipóteses hoje improváveis -, o timing de transmissão da candidatura tornou-se central, dado que é certa a sua inelegibilidade e as alianças políticas dependem da definição do seu substituto.

Outra variável chave para o PT será o acompanhamento do impacto que a condenação terá sobre a popularidade de Lula, a mídia, notadamente a internacional, e o eleitorado. Um exemplo: está prevista para a próxima semana a divulgação da primeira pesquisa Datafolha após a decisão do TRF4. E se o resultado apontar para uma subida expressiva das intenções de voto no futuro presidiário? Some-se a isso o esforço de curtíssimo prazo do PT para não deixar que o ambiente de velório, necessário em um primeiro momento, contamine o estímulo à indignação, sem a qual Lula assistirá sua simbologia mofar na cadeia e seu poste cair por terra.

#Lula #PT


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Estilhaços de Porto Alegre

25/01/2018
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Contratado para produzir o mais recente programa eleitoral do PT, o publicitário Sidônio Palmeira deverá ser confirmado como marqueteiro da candidatura do partido à Presidência da República. Sidônio comandou as duas vitoriosas campanhas de Jaques Wagner ao Governo do Bahia. Pode não significar coisa alguma; pode significar muita coisa…

Como se não bastassem o martírio judicial de Lula e a dramática escassez de novos quadros, o PT está prestes a perder uma fatia importante da sua ala jovem. Cerca de 50 diretores do movimento estudantil UJB, um dos maiores do país, deverão anunciar nos próximos dias sua desfiliação. A maioria passará a vestir a camisa do PSB.

Ontem, a entrevista de Fernando Haddad ao Estadão no último fim de semana ainda ecoava entre os dirigentes do PT. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, não escondia a irritação com o discurso de Haddad, notadamente em relação à reforma da Previdência. Na cúpula do partido, houve quem perguntasse se Haddad virou garoto-propaganda de Temer.

#Fernando Haddad #Lula #PSB #PT


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Insubstituível

24/01/2018
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Lula tomou a decisão de ir a Porto Alegre na noite da última segunda-feira, por volta das 22 horas, após conversas com a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e seu antecessor, Ruy Falcão. Pesou o alerta de líderes de movimentos sociais e de dirigentes do partido de que a
mobilização para as manifestações de hoje estava aquém do esperado devido à ausência do protagonista.

#Lula #PT

Negócios

O dia D

23/01/2018
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A expectativa na direção do PT é que, em caso de condenação de Lula, o “comandante” José Dirceu faça um pronunciamento amanhã, via mídias sociais, logo após a decisão do TRF4.

Máscaras de Sérgio Moro com orelhas de burro serão distribuídas à militância do PT, em Porto Alegre. A indumentária é forte candidata a ser o hit deste Carnaval.
….

A cúpula da segurança de São Paulo colocou de prontidão toda a tropa de choque da Polícia Militar para amanhã. Quem for à Av. Paulista verá talvez a maior concentração de PMs da história de São Paulo.
….

Se Lula for condenado, o MST e a Frente Brasil Popular RS pretendem manter os acampamentos próximos ao prédio do TRF4, em Porto Alegre, até o fim de semana. O objetivo é esticar a repercussão da vigília, notadamente junto à mídia internacional.

#Lula #PT


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PT se multiplica para o 24 de janeiro

17/01/2018
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A mobilização da máquina de militância do PT para o 24 de janeiro só encontra paralelo nos dias de eleição. Além dos mais seis mil comitês populares lançados no último fim de semana, o partido vai utilizar residências de filiados como “centros logísticos” de apoio aos mais diversos atos e manifestações programados para a próxima quarta-feira. A expectativa do alto comando do PT é ter em todo o país mais de 30 mil pontos para a distribuição de panfletos, bandeiras, além da própria reunião de militantes. Já no sábado, os “aparelhos” começarão a receber impressões gráficas e outros materiais, provenientes de dez capitais onde o PT concentrou a produção dos estandartes e adereços do 24 de janeiro. Tudo, ressalte-se, com a recomendação expressa à militância de evitar manifestações hostis – vide RR na edição de 10 de janeiro.

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A direção do PT está dando especial atenção à guerra nas redes sociais às vésperas do julgamento do TFR4. Os petistas vão convocar todos os blogs aliados. Querem invadir as redes. Lulistas e não-lulistas que se cuidem com o que promete ser o “dia nacional do fake news”.

#Lula #PT


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Huck quer apagar suas relações com o “eixo do mal”

12/01/2018
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Uma das preocupações do séquito de marqueteiros e “opiniáticos” que acompanha o pré-candidato não assumido Luciano Huck são as suas “relações perigosas”. Ele tem uma coleção de amigos políticos e milionários criminalizados. Essa convivência, tanto as pretéritas quanto as presentes, contradiz o discurso político escolhido para Huck: uma pessoa comum que não resiste a ajudar o próximo e os necessitados.

Quem viu a entrevista de Huck no Programa do Faustão enxergou tudo: o mote de campanha será aquilo mesmo, ou seja, ele é um homem que se comove com a pobreza e a desassistência. Vai disputar o território eleitoral do PT, já que a classe média está confortavelmente instalada no auditório do seu “Caldeirão do Huck”. O que não combina com essa bem afinada engenharia de campanha são os nomes de Aécio Neves, Alexandre Accioly, Eike Batista etc. O desafio é separar esses fios.

Uma das ideias é a afirmação de que Huck foi bastante solitário na infância e criou uma necessidade de cercar-se de muitos amigos, o que dificultava enxergar seus predicados condenáveis. Uma pessoa extremamente boa que somente encontrava qualidades nos outros. Faz parte da estratégia um acerto afetivo com alguns dos personagens, notadamente Aécio, para que seja tristemente confessada a decepção com o senador. A preocupação social de Huck será suportada por uma enorme campanha de depoimentos, tanto celebridades quanto anônimos. O discurso será o de que “nunca tantos testemunharam tanta bondade”.

E uma grana razoável já está sendo gasta para limpar o que for possível da algema de algoritmos do Google. É na masmorra dos sites de busca que estão aprisionadas as imagens mais comprometedoras do apresentador. São essas cenas que podem desconstruir o político em construção. Huck pode vir até a não ser candidato –na última quarta-feira, em post no Facebook, negou mais uma vez que vá disputar a Presidência –, mas a sua campanha já está em andamento. Conforme a vontade, determinação e estrito controle dele.

#Luciano Huck #PT


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PT joga água fria na fervura do 24 de janeiro

10/01/2018
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A cúpula do PT está preocupada com a “dosimetria” da reação da militância caso Lula seja condenado por unanimidade pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4a Região), de Porto Alegre, no dia 24 de janeiro. Se a condenação for por dois terços – o TRF-4 é composto por três juízes –, a expectativa dos petistas é de que haja uma grande festa após o anúncio da sentença. Ninguém acredita que exista um pedido de vista e a decisão seja protelada. A condenação pelos três juízes é que causa apreensão, mesmo com a prisão – um dos fatores mais tensivos – já descartada pelo próprio TRF-4. Não bastasse a questão da sensatez, Lula não quer que as ruas virem uma praça de guerra por uma razão lógica.

Um quebra-quebra atrapalharia seus planos de seguir candidato e atrair um eleitorado da classe média ainda refratário ao seu retorno. O discurso para a militância é o de que Lula será candidato de qualquer forma. Portanto, por ora, nada de bravatas ou desafios contra o Judiciário. O recado é para “que ninguém estimule a porrada”. Segundo a fonte do RR, a direção do PT ainda não fechou questão sobre o tipo de manifestação que deverá ser priorizada, mas a corrente hegemônica no partido defende o estímulo às vigílias na véspera do julgamento.

Elas têm uma conotação bastante pacífica e geram imagens de impacto para mobilizar as mídias do mundo inteiro. Porto Alegre seria a capital da vigília. A militância dos estados do Sul é o público-alvo a ser incentivado a participar do ato. A ideia é trabalhar a logística de acordo com a moradia da militância, evitando gastos com transportes. Até porque, o partido não tem dinheiro para isso. As vigílias nos outros estados devem correr em paralelo ao chamamento dos petistas às manifestações, que ocorrerão após a divulgação da sentença. Estão sendo feitas convocações de artistas para presença em palanques. No mapa de comícios do Nordeste, estão previstas dezenas de eventos. Seja qual for a decisão do TFR-4, o início para valer da campanha eleitoral de Lula será no dia 24.

Junto com seus assessores, Lula analisa a possibilidade de um pronunciamento prévio ao julgamento pedindo tranquilidade aos petistas. Os movimentos sociais estão sendo contatados com essa mensagem explícita. O recado também foi dirigido especialmente a Gleisi Hoffmann, Gilberto Carvalho e José Dirceu. Gleisi tem estado muito próxima de Lula, não somente por ser presidente do partido, mas também pela sua função de organizadora da militância para os eventos do dia 24. O ex-presidente sabe que a senadora não raras vezes descamba para uma linguagem radical. É preciso mantê-la mansa.

Quanto a Gilberto Carvalho e José Dirceu, os dois são os mais ativos petistas nas redes sociais. Os dirigentes do partido têm usado também seus canais para fazer chegar aos altos comandos da segurança pública a sua preocupação com as ruas. O recado é que todos estão trabalhando para que as manifestações sejam tranquilas. Lula ficará o dia em São Bernardo. Há divergências se após a divulgação da sentença ele daria uma entrevista coletiva ou se guardaria para o ato da Av. Paulista. Os dirigentes petistas têm particular inquietação com esse episódio. A Av. Paulista tem imensa visibilidade nacional.

É preciso, portanto, que se contenha a reação às provocações anunciadas antecipadamente por organizações antagonistas.De onde virá o problema é sabido. A líder do movimento Nas Ruas, a ativista Carla Zambelli, já começou a mobilizar os internautas para os atos marcados pelos grupos antiPT. No WhatsApp, pede para que os amigos  personalizem o avatar. Para isso, ela  envia uma montagem com a mensagem #lulanacadeia, um desenho do petista vestido de presidiário e o espaço onde entra a imagem do usuário. A ativista convoca o internauta para o que diz ser o maior tuitaço da história. No Facebook, o Movimento Brasil Livre (MBL), outro grupo antiPT, organizou um evento para o dia 24 chamado de CarnaLula. Até o fechamento desta edição, o encontro contava com quase quatro mil presenças confirmadas.

#Lula #PT


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Eunício para todas as circunstâncias

2/01/2018
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Pragmático, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira, atira para todos os lados. No Ceará, tem participado de um número  cada vez maior de eventos públicos ao lado do governador Camilo Santana (PT) e, não raramente, rasga elogios a Lula; quando volta para Brasília, faz juras de lealdade ao presidente Michel Temer.

#Eunício de Oliveira #Lula #PT


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Vale tudo pelo financiamento de campanha

26/12/2017
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Os partidos estão catando grana em tudo que é canto para compensar o fim do financiamento de campanha por pessoas jurídicas. PSDB e PT já consultaram o TSE sobre a possibilidade de usar recursos das fundações partidárias – a exemplo do Instituto Teotonio Vilela e da Fundação Perseu Abramo. Por lei, estas entidades recebem 20% do fundo partidário regular.

#PSDB #PT


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Incompatibilidade

26/12/2017
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O anúncio de que o Magazine Luiza aderiu à reforma trabalhista e deverá adotar jornadas de 12 horas resfriou de vez as esperanças do PT de lançar o nome da empresária Luiza Helena Trajano na disputa à Câmara ou ao Senado.

#Magazine Luiza #PT


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Janot passa Dilma

20/12/2017
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O PT encomendou pesquisa para avaliar as chances de Dilma Rousseff como eventual candidata ao Senado por Minas Gerais. A ex presidente foi razoavelmente bem: seria eleita em segundo lugar. O primeiro nome da lista foi o do ex-Procurador Geral da República Rodrigo Janot, cotado para disputar o cargo. Levantamento da Paraná Pesquisas, realizado em outubro, trazia Dilma e Janot nas duas primeiras colocações, só que com as posições invertidas.

#Dilma Roussef #PT


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Factoide

19/12/2017
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O PT pretende entrar, ainda nesta semana, com uma apelação no Conselho Nacional de Justiça contra o Tribunal Regional da 4a Região. Entre outras questões, o partido vai contestar a celeridade no julgamento de Lula em segunda instância. A rigor, será mais uma peça para mobilizar a militância do que algo com alguma consequência jurídica.

#Lula #PT


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A “reforma” do PT

15/12/2017
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O PT encomendou a economistas da casa um paper com propostas alternativas para a reforma da Previdência. A questão é o que vai ser feito com isso.

#PT


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Gritos do silêncio

14/12/2017
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O PT está desde já quebrando a cabeça em busca de saídas para que Lula consiga participar do debate político caso seja condenado a prisão domiciliar e impedido judicialmente de fazer qualquer manifestação pública. No partido, houve quem citasse o caso da ex-primeira-dama do Rio Adriana Ancelmo, que, mesmo sem ser julgada, foi proibida pela Justiça de ter acesso a telefone e internet em sua residência. Assim como foi lembrado que, da cadeia, Eduardo Cunha publicou dois artigos na Folha de S. Paulo. Em meio às incertezas, os mais otimistas acreditam que, mesmo impossibilitado de se pronunciar, o valor simbólico de Lula terá peso sobre a eleição. Lembrai-vos de Nelson Mandela.

#Adriana Ancelmo #Lula #PT


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Gleisi troca o duvidoso pelo (quase) certo

14/12/2017
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A presidente do PT, Gleisi Hoffmann bateu o martelo: nesta semana, comunicou a seus pares no partido que vai se candidatar à Câmara dos Deputados em 2018. Não se arriscará em uma difícil, quase improvável, reeleição ao Senado, que pode lhe custar o foro privilegiado.

#PT


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Debate eleitoral promete quebrar o tabu sobre as reservas cambiais

12/12/2017
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O uso de reservas cambiais para aditivar os investimentos e melhorar a situação fiscal, medida que já foi classificada como uma panaceia das esquerdas, será trazida para o centro do debate em 2018. De acordo com a mais recente edição de Insight-Prospectiva, boletim informativo da Insight Comunicação distribuído aos assinantes no último dia 5, Lula tem esmiuçado o assunto com os economistas do PT, tais como Nelson Barbosa, Luiz Gonzaga Belluzzo, Marcio Pochmann e Ricardo Carneiro. Duas propostas são lapidadas.

A primeira passaria pelo BNDES e envolveria um encontro de contas. Banco Central e Tesouro, por meio das devidas transferências, capitalizariam a agência de fomento, de forma que ela não precisasse devolver os R$ 130 bilhões de empréstimos para cumprir a chamada “regra de ouro” – norma que proíbe o financiamento dos gastos de custeio do governo por intermédio da emissão de títulos públicos. Como o país carrega US$ 380 bilhões em reservas, o uso de US$ 50 bilhões do lastro cambial capitalizaria o BNDES acima dos 100% do que ele está escalado para devolver.

Uma das formas para a execução dessa operação seria por meio de recebíveis da disponibilidade do Tesouro Nacional depositadas em sua conta única no Banco Central. De janeiro a novembro, essa fonte, que somente está sendo utilizada para o gasto de despesas de custeio, financiou despesas de R$ 92,2 bilhões. Desde 2014, a conta única cresceu R$ 433 bilhões. A explicação seria a política de câmbio combinada com o alto valor das reservas.

No presente, essa fonte de financiamento está sendo utilizada pelo governo para evitar que ele quebre a “regra de ouro” e seja decretado como incapacitado. O saldo dessas tecnicalidades é que o BNDES teria mais recursos para fazer políticas proativas de fomento. Outro caminho cogitado nas conversas entre Lula e os economistas do PT envolveria o aumento do crédito interno por intermédio do Banco Central, medida, por sinal, que tem defensores fora das hostes petistas, caso do sócio da consultoria Tendências, Nathan Blanche. Nesta hipótese, o BC abriria linhas de crédito aos bancos públicos e privados, com base nas reservas.

As instituições financeiras, por sua vez, ofertariam os recursos às empresas para investimentos em concessões, privatizações ou mesmo greenfield. O BC teria uma remuneração maior para as reservas do que a obtida com o investimento em ativos no exterior – quase a totalidade do lastro cambial do país. E se o BC transferisse recursos das reservas diretamente para o BNDES, substituindo os aportes de recursos feitos pelo Tesouro, essa operação também teria o efeito líquido de rebaixar a dívida bruta.

Para Lula, empunhar a bandeira do uso das reservas cambiais traria um paradoxo que nenhum outro candidato precisaria enfrentar. A proposta exigiria do petista um contrapeso, com o anúncio de medidas conservadoras. Diminuir as reservas cambiais em um ambiente de insegurança internacional pediria um discurso antagônico à agenda de desconstrução das reformas liberais do governo de Michel Temer. Trata-se do corner imposto por Temer, sua maldição a quem se afastar demais da sua agenda.

#Banco Central #BNDES #Lula #PT


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Cadeira vazia

5/12/2017
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Pessoas próximas a Dilma Rousseff, a começar pelo próprio presidente do PT-RS, o deputado Pepe Vargas, ainda tentam convencê-la a disputar uma cadeira no Senado em 2018. Dilma reluta. Para todos os efeitos, uma da vagas do partido ainda está em aberto – a primeira será de Paulo Paim, candidato à reeleição.

#Dilma Rousseff #PT


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Uma casa valiosa no tabuleiro eleitoral

22/11/2017
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O governador do Ceará, Camilo Santana, tornou-se peça valiosa no xadrez eleitoral para 2018. Lula tem se empenhado para convencê-lo a permanecer no PT – há alguns meses Santana fala sobre a possibilidade de trocar de sigla. Este é um movimento vital para proteger um importante flanco do partido no Nordeste. De 2002 para cá, o PT ganhou todas as eleições presidenciais no Ceará, sempre com índices acachapantes. No segundo turno de 2014, Dilma Rousseff obteve 74% dos votos. Quatro anos antes, a goleada foi ainda maior (76%). Camilo Santana vem sendo cortejado pelos maiores caciques da política cearense. Tasso Jereissati, de quem é amigo, tenta convencê-lo a marchar para o PSB. Em troca, o PSDB deixaria de lançar um nome próprio para se coligar ao PSB e apoiar sua candidatura à reeleição. Ciro Gomes também lhe abriu as portas do PDT. O mesmo vale para o PMDB de Eunício de Oliveira. Se bem que, no caso do PDT e do PMDB, por uma via transversa, Camilo Santana pode correr, correr, correr e acabar de volta no palanque de Lula.

#Camilo Santana #Lula #PT


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Fora “Fora, Temer”

14/11/2017
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A cúpula do PT e o recém-contratado marqueteiro Sidônio Palmeira, indicação de Jaques Wagner, buscam um mote para 2018. A palavra de ordem “Fora Temer”, que nunca foi um slogan de campanha, já deu o que tinha de dar, ao cumprir sua função pós-impeachment de Dilma Rousseff – ainda que tenha mobilizado poucos manifestantes no eventos de rua. O risco do PT é perder o timing e só definir o novo mote depois de um outro lema ter surgido naturalmente em decorrência dos fatos: “Solta Lula“.

#Dilma Rousseff #Jacques Wagner #Lula #PT


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Uma luz para Pimentel

14/11/2017
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No PT, o entendimento é que a hecatombe do PSDB poderá dar de bandeja a Fernando Pimentel uma reeleição que parecia improvável após a Lava Jato e a Operação Zelotes. O pré-óbito político de Aécio Neves e as ranhuras na relação entre PSDB e PMDB dificultam o lançamento de um nome de peso para concorrer com Pimentel.

#Fernando Pimentel #Lava Jato #PSDB #PT


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“El Comandante”

6/11/2017
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José Dirceu mantém uma rotina intensa. Tem recebido regularmente parlamentares do PT em sua residência na quadra 305, do Setor Sudoeste de Brasília. As conversas costumam varar a madrugada. O ex-ministro vem sendo bastante requisitado, por exemplo, para discutir a montagem das candidaturas do partido em diversos estados.

#José Dirceu #PT


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Carta ao povo

6/11/2017
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Um raio pode cair duas vezes no mesmo lugar. Uma ala do PT defende a elaboração de uma nova versão da “Carta ao Povo Brasileiro”.

#PT

Energia

Luz do sol

3/11/2017
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Ou existe alguma informação de que só o PT dispõe ou as hostes do partido estão demasiadamente otimistas. O staff da presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, já está preparando a cerimônia de recepção de João Vaccari Neto neste mês. O pedido de habeas corpus do ex-tesoureiro do PT deverá ser julgado pelo STJ até o fi m de novembro. Pelo menos é nisso que Gleisi acredita.

#Gleisi Hoffmann #PT


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Magazine no senado

30/10/2017
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Luiza Helena Trajano tem sido assediada pelo PT para concorrer ao Senado. A empresária sempre diz que não pensa em eleição, mas água mole em pedra dura…

#Luiza Trajano #Magazine Luiza #PT


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Mímica

27/10/2017
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O deputado Vicente Cândido (PT-SP) vem sendo duramente criticado por colegas de partido por conta da proximidade com Gilmar Mendes. Ex-aluno do ministro do STF na pós-graduação do Instituto Brasiliense de Direito Público, Cândido é visto por seus pares como um “satélite” de Mendes na relatoria da reforma política.

#Gilmar Mendes #PT


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O fadeout de “Lindinho”

19/10/2017
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A ala do PT fluminense que defendia a candidatura de Lindbergh Faria ao governo do Rio – à frente a ex-governadora Benedita da Silva – murchou de vez. No partido, a percepção é que até a reeleição de Lindbergh ao Senado corre sério risco. Há quem defenda que “Lindinho” troque o duvidoso pelo certo e parta para uma candidatura de segurança à Câmara dos Deputados. Mesmo porque foro privilegiado não é artigo para se jogar fora.

#Lindbergh Farias #PT


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Remake em família

18/10/2017
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O empresário Josué Gomes da Silva, filiado ao PMDB, tem sido recorrentemente citado dentro do PT. Seria um nome com múltiplas valias: Josué poderia ser candidato ao Senado ou repetir o pai, José Alencar, e ser vice na chapa à Presidência da República. Ajudaria também a recompor a interlocução do PT com o empresariado e o mercado, suprindo a lacuna deixada por Antonio Palocci.

#PMDB #PT


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Simulações

10/10/2017
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Uma nova proposta começa a ganhar forma no PT para as eleições de 2018: o ex-sindicalista Luiz Marinho sairia como candidato ao governo de São Paulo, com Fernando Haddad disputando uma cadeira no Senado. Isso, claro, se Haddad não for convocado para uma missão maior.

#Fernando Haddad #PT


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Samek eletrocutado

29/09/2017
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As investigações da Lava Jato contra Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo estão prestes a eletrocutar Jorge Samek, que comandou Itaipu nos 13 anos do governo PT.

#Jorge Samek #Lava Jato #PT


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Paulinho ainda tem a Força?

28/09/2017
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Paulinho da Força – um aliado, ainda que gelatinoso, do presidente Michel Temer – enfrenta o risco de uma dissidência em sua base política. Um de seus mais antigos colaboradores, o também sindicalista Miguel Torres está prestes a deixar o Solidariedade. A fissura está ligada à perda de espaço dentro do partido e da Força Sindical, no fundo uma coisa só. Bem mais importante do que a futrica partidária, é o impacto que o rompimento poderá ter no xadrez das relações partidário-sindicais. Além de vice-presidente da Força Sindical, Torres é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, historicamente um dos pilares da Central e antagonista do dueto CUT/PT.

#Michel Temer #Paulinho da Força #PT


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“Italiano”

28/09/2017
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A expectativa no próprio PT é que Lula cancele sua participação no Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas do partido, que será realizado em Brasília nos dias 2 e 3 de outubro. A última semana foi particularmente dolorosa para o ex-presidente.

#Lula #PT


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O eclipse de Haddad

11/09/2017
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Fernando Haddad – o plano A ou B ou, sabe-se lá, C de Lula – tem feito discretas viagens pelo país. Nos últimos dois meses, esteve em cidades de seis estados. O roteiro é quase sempre o mesmo: encontros reservados com lideranças locais do PT e entidades do terceiro setor. Tão reservados que praticamente não têm repercussão alguma.

#Fernando Haddad #Lula #PT


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Tempo de TV e fundo partidário viram “patrimônio pessoal”

8/09/2017
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A reforma política que realmente interessa aos parlamentares ganha forma no Congresso. Em conversas que atravessaram os últimos dias, o deputado Vicente Cândido (PT-SP), relator do projeto, bateu o martelo com as lideranças do PMDB, PSDB, DEM sobre a inclusão da “portabilidade” no texto final. Ou seja: em caso de troca de partido, os congressistas carregarão nas costas a sua cota proporcional sobre o tempo de TV e o fundo partidário. Nos classificados do Congresso, esse casco de tartaruga vale ouro. A aresta a ser aparada agora é a linha de corte para a redivisão do fundo partidário e do tempo de TV em relação às cotas estabelecidas no início da atual legislatura. Vicente Cândido e o PT querem usar como referência a data de 10 de agosto deste ano, quando a Comissão Especial da Câmara aprovou a primeira minuta do projeto de lei da reforma política. PMDB e DEM querem empurrar essa data para abril de 2018, prazo limite para os candidatos majoritários se desincompatibilizarem de cargos públicos. Os dois partidos acreditam que estarão melhor na foto, sobretudo o DEM, que aposta no projeto político de Rodrigo Maia para atrair um número maior de parlamentares e engordar sua bancada.

#PT #TV #Vicente Candido


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Lula começa a esculpir a imagem do candidato

16/08/2017
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O ex-presidente Lula voltou a se aconselhar com o marqueteiro Duda Mendonça. Tudo na moita, conforme recomenda a delicada situação pública dos dois interlocutores. O telefonema curto e breve ocorreu na semana passada e envolveu um intermediário. Lula, como é do seu feitio, quis testar com Duda aquilo que já está decidido na sua mente. Sua estratégia não é informar nem convencer, os dois mantras de Duda, mas confundir.

O “Lula brigão”, pronto para o pau, vai ceder lugar a um Lula mais ausente, que dispensa o barulho da militância nessa fase, um Lula que morde e recua. O ex-presidente fez chegar ao marqueteiro que não quer agitação, pelo contrário. Quanto menos ruído ele e sua turma fizerem maior o estrondo de cada ato administrativo da situação a favor da sua candidatura. Não é mais, portanto, o “Lulinha paz e amor”, mas um Lula maduro, sofrido, que cogita voltar, mesmo com todo sacrifício, em nome de um povo subtraído dos seus direitos e cujas condições de vida pioraram muito desde sua gestão. Pelo menos é o que ele quer fazer com que os outros pensem. O teste da estratégia começa a partir de amanhã, quando o ex-presidente inicia sua caravana pelo Norte-Nordeste.

Nada de cuspir fogo nos palanques. Segundo a fonte, Duda concordou com a estratégia do “deixa o governo botar o retrato do velho outra vez”. Michel Temer é o grande eleitor de Lula. Cada movimento da sua gestão corresponde a mil comícios a favor do PT. O momento, portanto, não é de fazer marola, mas de torcer que mais e mais reformas venham à tona. Lula teria comentado:”O incrível é que o Temer e a banda dele não entendem isso”.

Na próxima audiência com o juiz Sérgio Moro, por exemplo, estará presente um Lula mais tranquilo e contido. O projeto é evitar manifestações depois do depoimento. Os excessos somente atrapalham aquele que pode correr parado. Duda teria gostado dessa estratégia de ora confirmar a candidatura, ora a deixar em dúvida, enquanto os fatos vão cevando o seu fortalecimento eleitoral.

Uma mistura de “vou, sim” com “vou ver”. Quando estiver com a candidatura consolidada, Lula decidiria à luz das circunstâncias se iria ele próprio para o certame ou indicaria o seu abençoado. Para o sim ou para o não, Duda Mendonça teria aconselhado a mesma estratégia de “ficar na sua” ao conterrâneo Jaques Wagner. Cresce o convencimento de que, se fosse hoje o dia da decisão e Lula não partisse para a disputa, o baiano, judeu, umbandista e carnavalesco teria a sua bênção para ser o candidato do PT.

#Lula #Michel Temer #PT


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O diário de bordo do Lula

10/08/2017
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Lula, Lula e mais Lula. O programa do PT em rede nacional, que vai ao ar no dia 12 de outubro, será um diário de bordo da viagem do ex-presidente pelo Nordeste.

#Lula #PT


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Dilma Rousseff – 2018

11/07/2017
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O PT gaúcho já dá como certo que a ex-presidente Dilma Rousseff vai disputar a eleição para o Senado em 2018.

#Dilma Rousseff #PT


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As cores e os tons dos (des) ajustes fiscais

12/06/2017
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Se o gato tirasse o óculos de sol e mirasse os resultados fiscais dos governos do PSDB, PT e PMDB, os respectivos déficits e superávits poderiam ser cinza, roxo, amarelo ou vermelho. O felino em questão é o astro do filme tcheco, de 1963, “Um dia, um gato” (“Az pprijde kocou”), de Vojtech Nasný. Ao recolher seus óculos escuros, ele identifica com cores o caráter das pessoas.

O gato olharia, então, para os números dos orçamentos fiscais dos diversos governos e todos eles se pintariam de roxo, cor dos mentirosos e hipócritas. Explica-se tanta metáfora: nos últimos anos houve apropriação e falseamento do bom e do mau comportamento da gestão das contas públicas. Os melhores números (os dos governos do PT) foram apresentados como extremamente negativos; indicadores medíocres (governo FHC), como um símbolo de equilíbrio e austeridade; e cifras tenebrosas (governo Temer), rotuladas como o esforço e a superação no ajuste fiscal. A cor desse engodo é o cinza, dos assaltantes da realidade.

Os verdadeiros resultados são contrários à percepção coletiva e ao discurso dominante. Os números da gestão FHC são positivos, mas modestos quando se leva em conta a soberba tucana: uma média de 1,76% de superávit primário em relação ao PIB nos dois mandatos. No governo FHC 1, verificou-se um déficit primário de 0,2% do PIB; e no FHC 2, o resultado fiscal foi positivo em 3,1% do PIB. Já o superávit fiscal acumulado no governos Lula 1 e Lula 2 alcança 3% do PIB (3,5% no primeiro mandato e 2,7% no segundo).

O governo Dilma 1, que foi considerado a preliminar da tragédia fiscal, realizou um superávit primário médio de 1,5% do PIB, não muito coisa abaixo dos 1,76% do PIB nos dois anos de FHC, mas bem acima do déficit de 0,2% do FHC 1. O segundo mandato da Sra. Rousseff não passou de um ano e quatro meses, mas já se desenhava em 2014 o desastre nas contas públicas, que assolaria 2015 e, vá lá, 2016 o, primeiro ano do governo Michel Temer. Vale o registro que, mesmo computando-se os seus piores resultados fiscais, o governo Dilma teve na média um superávit primário de 0,7% do PIB. Incrível!

Os cálculos feitos pelo RR tomaram como base os dados consolidados do Banco Central referentes ao setor público. A cor dos governos do PT, quando considerados como um todo, seria o amarelo, dos infiéis, pois seus dirigentes sempre deixaram que se acreditasse, com a anuência do próprio partido, que seus governos eram perdulários e despoupadores. Os governos do PT – e coloque-se Dilma na conta de Lula -, na realidade, economizaram bem mais do que os desajustes propalados. Em todos os anos dos governos Lula e no primeiro de Dilma Rousseff (à exceção de 2014), foram realizados superávits primários.

No último ano de gestão da Sra. Rousseff, o carro capotou na curva. Ele foi marcado pela paixão, cor é o vermelho sanguíneo. Paixão pelo equívoco, é bom que se ressalte. A gestão do presidente Michel Temer se inaugurou com a desqualificação da previsão de déficit do governo anterior (R$ 30 bilhões). Uma nova meta, de R$ 170 bilhões, foi anunciada. A cifra deixou folga para o cumprimento da previsão, e o governo do PMDB com alma de PSDB atingiu o déficit recorde de R$ 154 bilhões, em 2016, correspondente a 2,54% do PIB.

O número foi saudado como uma conquista. Neste ano, a meta anunciada é de R$ 139 bilhões, mas, se for computado o valor já contingenciado pelo Ministério da Fazenda, o rombo orçamentário chegará a R$ 170 bilhões, um novo recorde. Para 2018, a previsão é de um déficit de R$ 129 bilhões. Portanto, em três anos o saldo da gestão Temer será um buraco de R$ 461 bilhões (número passível de ajuste contábil). O superávit primário acumulado nos Lula 1 e Lula 2 foi de R$ 643 bilhões.; no Dilma 1, R$ 292 bilhões; os FHC 1 e FHC 2 somaram R$ 151 bilhão. Mantendo-se ou não na presidência, Michel Temer sairá imbatível do ponto de vista da desgovernança fiscal. Sua cor é o roxo.

#PMDB #PSDB #PT


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“Lindinho” fora do páreo

7/06/2017
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O PT procura um nome para ser candidato ao governo do Rio em 2018. Lindbergh Farias, que perdeu a presidência do partido para a senadora Gleisi Hoffmann, já é tratado como carta fora do baralho.

#Lindbergh Farias #PT


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O cofre vazio fala mais alto

5/06/2017
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A cúpula do PT tem feito duras críticas à postura do cinco governadores do partido em relação a Michel Temer, especialmente após o estouro do grampo da JBS. A avaliação é que todos se encolheram de forma excessiva, evitando declarações mais agudas contra o presidente. O comedimento é atribuído à extrema dependência dos recursos da União, a começar por Fernando Pimentel, que carrega sobre os ombros um déficit projetado para este ano superior a R$ 8 bilhões. Isso para não falar dos seus próprios enroscos com a Justiça.

#JBS #Michel Temer #PT

Energia

Comportas abertas

31/05/2017
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A força tarefa de Curitiba já trata a iminente delação de João Vaccari como o elo perdido entre a Lava Jato e o setor elétrico. O ex-tesoureiro do PT teve missões de destaque no tempo em que passou pelo Conselho de Itaipu.

#João Vaccari #Lava Jato #PT


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Lula vai ao ponto: “Diretas Já”, mas nem tanto

23/05/2017
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Nas coxias dos festejos de posse da nova diretoria do PT municipal de São Bernardo dos Campos, na última sexta-feira (19), o grito de “Diretas Já” soou abafado pela preocupação com as suas próprias consequências. Ao longo do fim de semana, Lula, Ruy Falcão e juristas do partido se dedicaram a decifrar as possibilidades de conflito jurisdicional entre as decisões do TSE, do STF e do Congresso Nacional nas múltiplas hipóteses de desfecho do governo Michel Temer. Falou-se mais sobre o Amazonas do que sobre a PEC do deputado Miro Teixeira propondo a escolha imediata do novo presidente pelo voto popular.

A jurisprudência reafirmada com a cassação pelo TSE da chapa do governador e vice-governador amazonenses e a determinação de que sejam realizadas eleições diretas deixa um flanco por onde passaria a escolha popular para o substituto de Temer. No cenário sobre o qual os petistas mais se debruçam, entre 6 e 8 de junho, o TSE cassaria a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer, a julgar pela carrada de provas de uso ilegal de dinheiro. O presidente também pode ser apeado por processo penal, mas o prazo para que isso ocorra antes dos 14 dias que faltam para a decisão do TSE parece exíguo.

No caso de impeachment, outra hipótese deste mosaico, esse, sim, ficaria para bem depois do julgamento das contas de campanha, ainda que Rodrigo Maia aceitasse de imediato um dos pedidos de afastamento protocolados na Câmara. Uma solução menos torturante seria a renúncia, conforme preconiza a mídia mais poderosa, que levaria diretamente ao art. 51 da Constituição com o Congresso elegendo em 30 dias o futuro comandante da Nação. Para Temer, essa hipótese faria sentido se negociada no âmbito do recurso ao STF caso o TSE decida pela cassação da chapa com Dilma Rousseff.

Lula e seus acólitos avaliam o quanto de gasolina devem despejar sobre o fogo ligeiramente aceso da militância. Uma primeira questão é a garantia de que, na hipótese de diretas, o presidente eleito poderá concorrer novamente em 2018 sem empecilho de ordem legal. Caso haja a menor possibilidade de restrição, o candidato do PT seria tampão, muito provavelmente o ex-ministro Celso Amorim.

O ex-presidente seria preservado para a próxima eleição. As diretas no curto prazo livrariam Lula do impedimento da sua candidatura, com eventuais e prováveis condenações em julgamentos de primeira e segunda instância. Mesmo que a batalha de Temer com o STF durasse até dezembro, com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, assumindo o cargo nessa situação de dupla vacância do poder, não haveria  tempo para a realização do segundo julgamento do ex-presidente.

Se ganhar a candidatura, Lula deverá acusar perdas na integridade do discurso político. Provavelmente seria levado a fazer concessões em relação a algumas das principais iniciativas do atual governo, a exemplo da PEC do Teto e as reformas da Previdência e trabalhista. Mesmo alguns lulistas de carteirinha volta e meia repetem a máxima de Leonel Brizola: “Não confie no Lula.

Ele é capaz de trair até o último momento”. No caso em questão, trair a sua própria militância. Não seria a primeira vez. Na eleição presidencial de 2010, Lula mandou às favas seu compromisso de campanha e assinou a célebre Carta ao Povo Brasileiro. Quem sabe poderia fazer novas reformas e um controle de gastos sem um teto constitucional? Trocar seis por meia dúzia? E Lula seria crível para o sistema, que o odeia mais do que nunca?

Há também uma questão de fundo: quanto mais incendiar a militância mais fortes serão as pressões para que Temer renuncie antes mesmo de qualquer decisão do TSE, atitude esta que, por sua vez, jogaria água gelada nas diretas. Por essa ótica, seria de bom senso acalmar as ruas. Ou não, se a PEC de Miro Teixeira for para valer. Segundo a fonte do RR, Lula anima mais a torcida pelas eleições imediatas do que os dirigentes do PT. De contradição em contradição, o “Diretas Já” vai se aproximando de uma palavra de ordem oca.

#Dilma Rousseff #Lula #Michel Temer #PT


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A delação de Vaccari

22/05/2017
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No PT cresce a convicção de que o ex-tesoureiro João Vaccari vai aderir à delação.

#PT


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A missão de Temer na “Operação Troca Dono”

16/05/2017
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A operação Lava Jato e o governo de transição de Michel Temer têm objetivos complementares declarados e não declarados. O combate à corrupção e a caracterização de Lula e do PT como núcleo central da roubalheira são bandeiras explícitas do Ministério Público. No caso do governo Temer, há concordância plena com a punição dos entes privados envolvidos na Lava Jato.

O alvo não declarado, contudo, é a mudança da titularidade e da geografia no controle societário dos grandes grupos empresariais. Digamos que Lula e o PT tenham aparelhado o Estado brasileiro, com a nomeação dos cargos de primeiro, segundo, terceiro, quarto e outros escalões de estatais e do setor público. Temer, por sua vez, quer aparelhar a grande burguesia nacional. Está dito no não dito.

A inação sobre o imbróglio da leniência é eloquente. Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União, AGU, TCU e MP divergem em relação ao acordo, atrasam o processo de salvação das empresas e ninguém se apresenta para arbitrar o impasse. Com isso, BNDES, Petrobras, Banco do Brasil e governos importadores de serviço matam os principais conglomerados. Michel Temer et caterva não podem vocalizar oficialmente o projeto de “mudança societária na marra”. Mas, há francos porta-vozes à disposição. Exemplo: para o tucano Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, a Odebrecht deveria ser vendida.

No caso das empresas envolvidas na Lava Jato, ele sugere um modelo similar ao Proer, em que os controladores dos bancos foram afastados. A bola da vez dessa escalada para criação de um empresariado novo, cosmopolita – e, preferencialmente, sob o mando do capital estrangeiro – é a indústria da proteína (há sites que insistem irresponsavelmente que os bancos virão a seguir). Quando se fala nesse setor, fala-se da JBS. Há uma sequência de acontecimentos que induzem a pensar que os objetivos declarados da Justiça, do Ministério Público e da Polícia Federal e os não declarados do governo Temer se reencontram agora na cadeia da proteína e, mais especificamente, na empresa dos irmãos Batista.

Nessa linha do tempo, não obstante seu impacto nocivo sobre o setor e as contas externas brasileiras, a Carne Fraca teria sido apenas um aquecimento para a operação deflagrada na última sexta-feira, com as diligências na sede da JBS e no BNDES e os mandados de condução coercitiva contra o empresário Joesley Batista e o ex-presidente do banco, Luciano Coutinho. Grandes empresas do país podem ter cometido práticas condenáveis e devem ser punidas por elas. Isso não quer dizer que há de se concordar com um projeto de poder cujo objetivo seria deslocar o controle de algumas das maiores corporações do país que deram certo.

No caso da JBS, em 2009 a empresa empregava aproximadamente 19 mil pessoas. Cinco anos depois, esse número já beirava os 120 mil, contando apenas os postos de trabalho diretos no Brasil – hoje são 160 mil. Em 2007, as exportações da JBS somavam US$ 3,8 bilhões. No ano passado, bateram nos US$ 14 bilhões. Do ponto de vista do investimento em si, poucas vezes na história o BNDES fez um negócio tão rentável.

Se tivesse vendido sua participação na JBS quando a ação bateu nos R$ 17, em setembro do ano passado, o banco realizaria um lucro da ordem de R$ 6 bilhões – no momento do primeiro aporte da agência de fomento na empresa, em 2007, a cotação era de apenas R$ 7. O Brasil ganhou em todos os sentidos com a hegemonia no mercado mundial de proteína, o que tacanhamente é reduzido à aposta em um “cavalo vencedor”. Pode ser que haja um projeto em curso para desnacionalizar a JBS, entre outras corporações. Assim é, se lhe parece.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT


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Programação-tampão

10/05/2017
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Na impossibilidade da exibição ao vivo do depoimento de Lula ao juiz Sérgio Moro, o PT montou uma estrutura para transmitir em tempo real nas redes sociais as manifestações previstas para hoje em Curitiba.

#Lula #PT #Sérgio Moro


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A depressão de Haddad

2/05/2017
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O ex-prefeito Fernando Haddad, candidato a candidato do PT à Presidência da República, atravessa uma fase de depressão. Haddad mal tem ânimo para participar dos compromissos mais importantes da sua agenda social e política. Colabora para esse estado de coisas a preocupação com as dívidas da campanha eleitoral – as cobranças já lhe batem à porta. Ao menos há uma boa notícia: o presidente do Insper, Claudio Haddad, o convidou para ser professor da universidade. Haddad ainda não respondeu. Antes que se pense que esta é uma ação em família, apesar do sobrenome homônimo, os dois não tem laço de parentesco.

#Fernando Haddad #PT


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Uma contenda entre tucanos no saneamento

2/05/2017
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A Sabesp tornou-se epicentro de um contencioso intra-tucanos curiosamente tendo como cenário o berço do PT. O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), fez chegar ao governador Geraldo Alckmin a intenção de romper o contrato com a empresa estadual, responsável pelo serviço de saneamento no município. A Prefeitura já estaria, inclusive, estudando mecanismos legais para assumir a concessão e, posteriormente, fazer uma licitação. O município pretende ainda aplicar multas na Sabesp sob a alegação de que a companhia não tem cumprido o contrato. Para a Sabesp, o imbróglio traz um risco adicional, que vai além do perímetro de São Bernardo: o litígio pode acabar estimulando cidades vizinhas a seguir o mesmo caminho. Imaginem o impacto que teria sobre a receita da estatal, por exemplo, a criação de uma “Águas do ABC”. Procuradas, a Sabesp e a Prefeitura de São Bernardo não se pronunciaram. Desde que Orlando Morando as- sumiu a Prefeitura de São Bernardo, neste ano, a relação entre a Sabesp e o município tornou-se um rio de águas turvas. Morando cobra uma série de obras na cidade que não teriam sido cumpridas pela empresa. A companhia estadual, por sua vez, acusa a Prefeitura de não pagar o que deve e aumentar um passivo que vem das gestões anteriores. Os valores giram em torno dos R$ 100 milhões.

#PSDB #PT #Sabesp


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A Lava Jato aos olhos do “Príncipe”

20/04/2017
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Um uspiano da corte do “Príncipe dos Sociólogos” fez um apanhado das sacadas de FHC sobre o impacto das delações da Odebrecht na psicologia dos grãos-tucanos presidenciáveis: “O Serra, como sempre, vai ser o mais frio, mantendo-se calado e distante, no aguardo de que o desenrolar dos fatos o favoreça. O Aécio, com seu jeito brigão, mais parece um furacão que espalha areia para todos os lados e aquece os assuntos mais do que deveria. O Alckmin é o mais sereno e quem está tratando os assuntos como se deve, rebatendo as acusações com firmeza e da forma mais contida”. FHC confia que o fator tempo tornará cada vez mais viva a responsabilidade do PT sobre os escândalos denunciados. “O PT protagonizou na primeira hora a Lava Jato. Até prova em contrário, a primeira versão é aquela que deixa marcas indeléveis”.

#Fernando Henrique Cardoso #Odebrecht #PT


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Será um déjà-vu no sindicalismo do ABC?

20/04/2017
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Nasce uma flor no deserto da política brasileira. O nome da rosa é Rafael Marques. A novidade remonta aos primórdios, quando surgia uma liderança trabalhista, que também usava macacão de fábrica. Assim como Lula foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo e Diadema, Rafael é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Grande ABC paulista. As semelhanças não terminam aí. Lula sempre teve claro que a população do país era de corte conservador, que jamais seria bolchevique, conforme fantasiavam seus pares.

O avanço possível, portanto, teria de se dar através de um acordo permanentemente renovado entre o trabalho (setores menos favorecidos) e as elites; um pacto que, aliás, começou de forma indireta – pela via do controle inflacionário – no governo Fernando Henrique Cardoso, e parece ter-se esgarçado de forma definitiva no governo Temer. Rafael Marques não somente pensa igual, como é mais propositivo. Tem na ponta da língua um longo cardápio de medidas alternativas que poderiam integrar as reformas da previdência, trabalhista e tributária. Detém também o conhecimento das representações dos setores da economia e a evolução do emprego, produtividade e participação no PIB, o que lhe permite enxergar pelo alto onde estão as possibilidades de aliança e negociações.

Rafael é Lula até debaixo d’água e não vê alternativa para as esquerdas a não ser a candidatura do ex-presidente. Mas, ao mesmo tempo, defende uma renovação da política, conspurcada pela Lava Jato. Em São Bernardo, Santo André e São Caetano do Sul onde tudo começou, participantes atilados do sindicalismo profundo enxergam razoável possibilidade de um raio cair duas vezes no mesmo lugar. No próximo dia 28, Rafael terá um primeiro teste como líder trabalhista. É um dos principais organizadores da greve geral marcada para aquela data.

Para todos os efeitos, ele faz o seu dever de casa direitinho. Afirma que não disputará mais um mandato no Sindicato, do qual está à frente desde 2012, e que também não será candidato a deputado federal em 2018. Nenhuma palavra sobre o tema Presidência da República. Isso não é assunto para ele, um lulista de carteirinha, tratar em público. Quem quiser que fale. Marques tem a pinta da renovação da esquerda e parece deter o condão de reagrupar as centrais sindicais e fundir novamente o lulismo com o petismo.

Quem o diz são alguns caciques do partido, que no murmúrio das conspirações deixam entreouvir o nome do sindicalista como contendor à altura em um enfrentamento com João Doria, Jair Bolsonaro e Marina Silva. Mas e a eterna esfinge, Luiz Inácio Lula da Silva? Sua candidatura se encontra cada vez mais próxima do impedimento. No entanto, como diz o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, “castrar a potencial candidatura de Lula é café pequeno. Ele detém fabuloso e invulnerável estoque de votos plurais e o dedo que lhe falta é o da delação, não o da vitória. Para onde apontar lá terão milhões de votos”. Rafael Marques é a novidade que pode estar postada bem à frente do dedo indicador de Lula. Mas falta foco, diria o leitor. Tudo a seu tempo. Por enquanto, Lula é o único candidato do PT à presidência.

#Lula #PT


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Crônicas das miudezas determinantes

28/03/2017
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Em algum dia em um passado não muito distante, o então Advogado Geral da União, Dias Toffoli, aguardava pachorrentamente o final uma reunião do presidente Lula para, então, despachar alguns pareceres. De repente, de dentro do gabinete presidencial surgiram a ministra Dilma Rousseff e outro ministro manda-chuva. Ao se defrontar com o chefe da AGU, a “mãe do PAC” explodiu. O diálogo foi mais ou menos o seguinte: – Ô, Toffoli, eu li o seu parecer sobre aquele assunto tal. Tem que mudar. Não foi o que pedimos. Tem que alterar.

– Ministra, eu interpreto a lei.

– Mas, está errado, tem que modificar.

– Ministra, se a Sra. quer um outro parecer peça ao presidente que me destitua.

Dilma perde o controle e empurra Toffolli com as duas mãos espalmadas contra a parede.

O advogado bate com violência, ricocheteia, se desvencilha elegantemente da ministra enraivecida e adentra a sala presidencial.

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Antes de prosseguir com o episódio, é bom situar Toffolli na História. Seu DNA petista é respeitável. Para se ter uma ideia do histórico do doutor, ele começou como consultor jurídico na Central Única dos Trabalhadores. Seguiu como assessor parlamentar na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo e assessor jurídico da liderança do PT da Câmara dos Deputados. E, antes de entrar para a AGU, atuou como advogado de três campanhas presidenciais de Lula, nas eleições de 1998, 2002 e 2006. Entre 2003 e 2005, foi sub-chefe para assuntos jurídicos da Casa Civil da Presidência.

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Pois bem, Toffoli entra no gabinete da Presidência e comenta com Lula o episódio com a ministra. O presidente, com seu jeito gaiato, pergunta: “Ela reclamou de que parecer? Me dá aqui que eu assino embaixo. O resto eu vejo depois”. Risinhos.

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Pouco tempo depois, Lula estava apoquentado com a lista de candidatos à uma vaga do Supremo. Recebia pressões de todos os lados para indicação de um dos nomes, mas a insistência maior partia de José Sarney. O presidente, com seu jeito manhoso, mandou chamar o ministro Nelson Jobim para conversar sobre o assunto. Queria dividir o peso da escolha. Apresentou a lista e perguntou:”Jobim, indica um nome aí, que eu aprovo”. O ministro da Defesa pensou, pensou e disse: – Presidente, todos os nomes são bons, todos são preparados, mas o melhor nome mesmo está bem próximo do Sr., é o mais qualificado de todos e lhe acompanha há muito tempo. Dito e feito. Dias Toffolli assumiu a vaga decorrente do falecimento do juíz Carlos Alberto Menezes Direito no STF. O resto fica para uma futura crônica sobre o “mensalão”.

#Dilma Rousseff #Lula #PT


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O velório e o velório de Lula

7/02/2017
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Palavras de um politólogo que já foi badalado, militou nas hostes do PT e hoje se mantém à sombra: “Foi trágico para o Lula. Primeiramente, a fatalidade com a Marisa, que o quebrou por dentro. Depois, a sucessão de operações políticas florentinas, vestidas de atos de humanidade e comportamento íntegro.

Fernando Henrique, com espetacular senso de oportunidade, antecipou-se aos demais e ofereceu o abraço irrecusável na circunstância em troca da foto de U$$ 1 milhão. Depois, a chegada da caravana Planaltina, dos inimigos figadais, que conseguiram arrancar de um homem destroçado a declaração de que quer dialogar com seus torturadores. É o Lulinha paz e amor sofrendo da síndrome de Estocolmo.

Finalmente, o tombo do político experiente, que, debruçado ao esquife da mulher, cede à tentação de um discurso político que mais produz piedade do que comoção, em um evento que decepcionou pela presença rasa não só de militantes como de pessoas comuns sensíveis e solidárias. A morte da Marisa e os episódios consequentes foram mutilações do Lula”.

#Fernando Henrique Cardoso #Lula #PT


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Petista assediado

1/02/2017
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É grande o risco do PT perder uma de suas principais lideranças no Nordeste. O  governador do Ceará, Camilo Santana, vem sendo cortejado não só pelo PSB, mas até mesmo pelo PSDB. O cupido, neste caso, é o senador Tasso Jereissati.

#PSB #PSDB #PT


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Um discurso de oportunidade para o PT

24/01/2017
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A questão mais discutida pela cúpula do PT no fim de semana foi a necessidade de o partido trazer para si a bandeira da intensificação das investigações da Lava Jato, “doa a quem doer”. Pragmatismo puro! Neste momento, interessa à sigla dar corda às teorias da conspiração que cercam a morte de Teori Zavascki.

#Lava Jato #PT #Teori Zavascki


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Cabos eleitorais

10/01/2017
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Os deputados petistas Vicente Candido (SP) e Luiz Sergio (RJ) têm trabalhado com afinco para aumentar o número de votos do partido à reeleição de Rodrigo Maia na presidência da Câmara. Maia já teria garantido o “sim” de 35 dos 57 integrantes da bancada do PT.

#PT #Rodrigo Maia


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Sondagem RR: o futuro de Lula está entre a prisão e o Palácio do Planalto

9/01/2017
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Sérgio Moro será o grande árbitro das próximas eleições. É o que mostra uma sondagem realizada pelo Relatório Reservado nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador entre os dias 18 e 29 de dezembro. Para 71% dos 418 consultados, Lula será preso neste ano ou, no mais tardar, em 2018. Mas e se ele não for para a cadeia? Bem, neste caso, em vez de Curitiba, seu destino será Brasília: a maior parte acredita que Lula voltará à Presidência da República.

Entre os entrevistados, 58% afirmaram que o ex-presidente vencerá qualquer um dos seus potenciais adversários se puder disputar as eleições. Quem mais tem chance de derrotá-lo é Marina Silva, na opinião de 17%. Para 7%, Lula perderá o duelo para Aécio Neves, o mais bem colocado entre os pré-candidatos do PSDB. Geraldo Alckmin teve 5%, José Serra, 2%, e FHC foi o lanterninha entre os tucanos, com apenas 1% – resultado que tanto pode ser atribuído a uma baixa popularidade ou a uma convicção coletiva de que ele passará longe das urnas em 2018.

Acima de Alckmin, Serra e FHC, surge Jair Bolsonaro, que, na avaliação de 6% dos consultados, superaria Lula em uma hipotética corrida eleitoral. Para 3%, uma vez candidato, o ex-presidente será suplantado por Ciro Gomes. Por fim, apenas 1% crê que o atual presidente Michel Temer venceria o petista em uma eventual disputa eleitoral. Ainda assim, a percepção da maioria é de que o nome de Lula dificilmente aparecerá na urna eletrônica.

De acordo com 42% dos entrevistados, sua prisão se dará neste ano. Outros 29% acreditam que Sérgio Moro deixará a decisão para 2018. Para 5%, o pedido de detenção ficará para o ano seguinte, portanto após as eleições. No entanto, um contingente bastante expressivo (24%) respondeu que Lula não irá para a cadeia – um grupo que certamente mistura fiéis eleitores do ex-presidente com incrédulos oposicionistas.

A pergunta que não quer calar: “Lula é culpado pelos crimes que lhe são atribuídos?”. Para 51% das pessoas ouvidas pelo RR, não há dúvidas: “Sim, as provas disponíveis são definitivas”. Outros 12% comungam da tese do domínio do fato: dizem que “Sim, uma vez que o ex-presidente era responsável por tudo que se passava no governo”. Há ainda 5% dos entrevistados que consideram Lula culpado, mas aproveitam para dar um cascudo na mídia: para eles, a maior parte das acusações é amplificada pela imprensa.

No lado oposto, 21% dos consultados afirmam que o ex-presidente é inocente e vítima de um complô para evitar seu retorno ao Planalto. Outros 7% acreditam que Lula não é culpado porque, até o momento, não há provas de que ele tenha recebido propina. Por fim, 4% dos entrevistados dizem crer na inocência do petista por não haver comprovação de que ele seja o dono dos imóveis citados na Lava Jato.

O Relatório Reservado perguntou ainda como Lula será visto pela população no caso de uma prisão antes de 2018. De acordo com 43%, a detenção reforçará a imagem de “grande corrupto”. No entanto, 29% dos entrevistados acreditam que o cárcere provocará um efeito contrário e o ex-presidente passará a ser visto predominantemente como um herói.

Na avaliação de 6%, nem tanto ao céu, nem tanto ao mar: o ex-operário que chegou ao Planalto perderá importância no cenário político e será esquecido aos poucos. Trata-se do mesmo percentual de pessoas para as quais Lula será considerado um preso político. Para um grupo ligeiramente menor (5%), o papel que caberá a Lula após uma eventual detenção é o de “vilão do PT e dos demais partidos de esquerda”. Outros 11%, no entanto, afirmam que, mesmo preso, o petista será um importante cabo eleitoral em 2018.

#Eleição Nacional -2018 #Lula #PT #Sérgio Moro


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Vale a pena ver de novo

16/12/2016
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O PT pretende retomar a estratégia de usar a mídia internacional para desferir seus ataques ao governo de Michel Temer. A escolha de Dilma Rousseff como uma das “Mulheres do Ano” pelo Financial Times apenas reforçou no partido a convicção de que a imprensa estrangeira enxergou o golpe que a “mídia doméstica não quis ver”.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Michel Temer #PT


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José Dirceu articula união das esquerdas

17/11/2016
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O ex-líder estudantil, ex-subversivo, ex-guerrilheiro, ex-stalinista, ex-ministro e atual presidiário, “comandante Zé Dirceu”, tem trocado valiosa correspondência com interlocutores escolhidos a dedo. São os pombos-correio do “Zé” junto ao que ele considera “agentes galvanizadores” da esquerda. Esses bons agitateurs, digamos assim, levariam, em uma pequena cartilha, uma proposta organizada para a esquerda pensar seus rumos, buscando por meio do debate das ideias consolidar bandeiras comuns e – quem sabe? – uma estratégia unificada de luta política. Dirceu prevê uma arrasadora hegemonia dos conservadores no mundo. Mas considera que os ciclos de ocupação do poder vão ser mais curtos, devido à velocidade de fadiga de material das políticas. No curto e médio prazos, a disputa se daria, portanto, entre direita e extrema-direita. O Brasil pode ser uma exceção, considera o ex-ministro.

 Apesar do estrago produzido nas esquerdas com o mensalão e o petrolão, a nova coalizão partidária no poder não é carismática, não é populista, não é moralmente hígida, simplificou em demasia os problemas do país e deverá encontrar um cenário de adversidades bem pior do que previa. Só lhe restaria o autoritarismo, para o qual também não existem condições concretas. Dirceu é cético em relação aos resultados efetivos de uma discussão sobre ideias ou mesmo à formação de uma frente de partidos de esquerda ou à realização de prévias independentes. Mas acredita piamente que é hora do show. A sacada seria a instituição de versão cabocla da “Internacional Socialista”, algo como o “Fórum Brasiliano da Esquerda”. A recomendação é pensar grande, pensar no Maracanã, pensar na representação de todos os partidos (PCdoB, PT, PSOL, PSTU, PCB, PDT e – por que não? – o Rede) e seus quadros e simpatizantes de maior expressão, pensar em dias de cobertura jornalística, pensar que a sinistra reunida é muito mais sedutora do que a destra, pensar em uma das poucas iniciativas que aparentam ser capazes de atrair parcela da centro-esquerda que se rebelou com a desconstrução do PT.

 Os partidos teriam mantidas suas identidades e ideias, mas seriam afinadas as bandeiras comuns, aquelas que jamais pertencerão à direita, a começar pela erradicação da pobreza e inclusão democrática das minorias. E tome de Lula, Ciro Gomes, Marina Silva, Jandira Feghali, Marcelo Freixo, João Pedro Stédile, Chico Buarque, Stepan Nercessian, Jorge Mautner, Maria da Conceição, Gregório Duvivier, Neca Setubal, Wagner Moura, Guilherme Leal, Caetano Veloso, Marieta Severo, dezenas, centenas reunidos no “frentão do bem”. Possivelmente, o megaevento teria um papel de importância na consolidação do candidato da esquerda. Seria a hora de Lula, caso não esteja preso, fazer sua autocrítica pública, e se confirmar como pule de dez da esquerda. Ou não. O show tem de continuar. O “comandante Zé” tem as motivações que estão fincadas no seu coração rubro, mas se sobrepõe o projeto de poder viver livre o restante da sua vida. Para que isso ocorra, só mesmo com um indulto presidencial. E, é claro, de um presidente de esquerda.

#José Dirceu #PT


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Não seria o momento de uma Constituinte Fiscal?

14/11/2016
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Não se sabe se em tom de desabafo ou propositivo, mas o ex-ministro e vice-governador Francisco Dornelles tem dito que o Brasil precisa de uma Assembleia Constituinte para repensar os critérios de transferências entre suas unidades federativas. Os estados e municípios deixaram de ser regidos pela lei, o gasto se descolou do orçamento e a gestão e o bom senso tornaram-se inimigos figadais. A Lei da Responsabilidade Fiscal é hoje um instituto jurídico completamente desmoralizado. O delito é anistiado naturalmente e não há mais culpados. Se a lei não vale, a gestão do orçamento é tão fictícia quanto as restrições ao seu descontrole. E sem um mínimo de bom senso voltamos ao velho ditado: em casa que não tem pão, todos brigam e ninguém tem razão.

 O país está quebrado, e não foi só o PT e sua nova matriz econômica que estilhaçaram as finanças públicas. Piscam os motivos para a esbórnia fiscal: uma seca de cinco anos, epidemias infecciosas, queda brutal do comércio exterior, deterioração do preço das commodities, a Lava Jato e suas consequências sobre a Petrobras, o cancelamento da esmagadora maioria das obras no Brasil. Ah, e ainda um impeachment na conta. O Brasil ameaça repetir a Argentina de Raul Alfonsín, que quebrou pelas províncias, estragou pelas bordas.

 As transferências de recursos da União vão deixando de obedecer ao nexo causal. Os critérios dos Fundos de Participação dos Estados são ultrapassados pela primazia da enfermidade fiscal. No bolo final dos recursos transferidos, os requisitos constitucionais acabam sendo, na prática, um mero detalhe. O RR tem ressaltado, não é de hoje, que União, estados e municípios precisam de um regime fiscal que preveja, além do controle de gastos e da reforma da Previdência. auditorias externas, dispositivos de compliance com regras para acender a “luz vermelha” a menor ameaça de insolvência, um Conselho Fiscal de Segurança, que assumiria a gestão a partir de determinadas métricas de risco etc. Tem falado também que é necessário fazer um encontro de contas, um ajuste patrimonial, uma troca de ativos entre estados e União, com securitização de dívidas e vendas compartilhadas de empresas de unidades federativas distintas. Em linhas gerais, mais ou menos o que o governador Luiz Fernando Pezão propôs. Pezão pensou no bolso do Rio. Dornelles pensou em uma disciplina para o Brasil. Talvez a ideia da Constituinte Fiscal seja o que há de mais rápido e barato para resolver um imbróglio deste tamanho. Com certeza duraria menos do que o ajuste fiscal com 10 anos de carência proposto por Michel Temer e Henrique Meireles.

#Francisco Dornelles #Lava Jato #Pezão #PT


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A estranha relação de Lula e Gilmar Mendes

8/11/2016
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 Não há vazamentos na grande imprensa nem informação sobre quem organizou o encontro e endereço onde ele teria sido realizado. O que o RR conseguiu apurar é que Lula se reuniu com o ministro Gilmar Mendes há nove dias, em São Paulo. Ambos teriam se tratado de forma absolutamente cordial. Procurado pelo RR, o ministro negou o encontro por meio de sua assessoria. O Instituto Lula, por sua vez, não quis se pronunciar. O fato é que, desta vez, os sinos não teriam dobrado para a mídia. Uma confirmação do vaticínio de Marx, profetizando que a história só se repete sobre forma de fraude. Quem não se lembra do último encontro entre ambos de que se tem notícia, no dia 26 de maio de 2012? O tête-à-tête foi articulado por Nelson Jobim a pedido de Mendes (à época, somente essa informação não foi desmentida pelos presentes). Seis horas depois da conversa, o ministro do Supremo despejou na mídia um violento ataque a Lula. Denunciou o ex-presidente por supostamente ter-lhe pressionado a atrasar o julgamento do “mensalão”. Lula foi duro no contra-ataque, colocando em dúvida o caráter do juiz, e Jobim desmentiu publicamente Mendes. Gilmar Mendes e Lula incorporaram o ódio de Feraud e d´ Hubert, os Duelistas, do romance de Joseph Conrad. Mendes tornou-se um dos cinco maiores inimigos declarados do PT, em qualquer ranking que seja feito. Em 2013, quando Dilma Rousseff diz que vai responder às manifestações com uma série de medidas, ele afirma que é puro bolivarianismo. Em 2014, segura o julgamento do financiamento de campanha (o voto ficou suspenso um ano). Ironizou Lula no episódio da condução coercitiva. E deu um beijo de morte no ex-presidente e em Dilma quando concedeu a liminar impedindo a posse de Lula na Casa Civil, com base em um grampo ilegal. A liminar somente foi levada a plenário um mês depois, quando Dilma já estava afastada. Nenhum tucano foi tão tucano.  Antes de 2012, Gilmar Mendes era Dr. Jekyl. Era um juiz discreto e garantista. Ficaram célebres seus habeas corpus por ocasião das duas prisões de Daniel Dantas. Nessa época, batia firme na espetacularização do Judiciário. Sempre criticou os excessos. Capitaneou uma súmula do STF determinando os critérios para utilização das algemas – um deles o risco comprovado de fuga. Passada a fase exemplar, Mendes entra em seu momento de inflexão. Passa a instrumentalizar a franqueza. Ridiculariza os colegas para pressioná-los. Concede liminares agressivas e exagera nos pedidos de vista. Em 2015, sabia-se todos os votos dele antecipadamente. Ganhou três pedidos de impeachment no Senado, todos derrubados por Renan Calheiros. É tido como um empresário do ensino, ou, em um eufemismo que o protege, um “cotista do IBDP”, instituição privada que atende formalmente por Instituto Brasileiro de Direito Público. Portanto, nesse dialeto particular empresário e cotista seriam diferentes. E o lucro?  Lula pode ter se encontrado com uma dessas identidades: o peessedebista, o juiz seletivo, o operador dos meios de comunicação, o pré-julgador de processos. Convém lembrar que Gilmar Mendes é o maior especialista do STF em sistemas prisionais. Quem sabe a confabulação não teria sido por aí…

#Gilmar Mendes #Lula #PT


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PEC da solidão

24/10/2016
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 A PEC do senador Jorge Viana (PT-AC) que reduz o número de parlamentares no Congresso não encontra guarida nem no seu partido. Em recente reunião da bancada, Viana não conseguiu o apoio sequer de um dos outros nove senadores do PT.

#PT


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Renda mínima

14/10/2016
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 Reanimado pela votação que teve para a Câmara dos Vereadores de São Paulo, Eduardo Suplicy já fala como candidato do PT ao Senado em 2018.

#Eduardo Suplicy #PT


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Lula quer apresentar Michel Temer à Lava Jato

16/09/2016
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 O PT tem duas estratégias e um posicionamento definidos para reagir à denúncia do Ministério Público Federal contra Lula. Estes pontos foram exaustivamente debatidos pela cúpula do partido ao longo da tarde de ontem, após o pronunciamento do ex-presidente. Segundo a fonte do RR, assíduo interlocutor do ex-secretário da Presidência da República Gilberto Carvalho, a postura de Lula não será a do candidato de 1989, mas de 2002. Ou seja: indignado, sim, no entanto, até segunda ordem, cordial, bem humorado e disposto ao diálogo. Já as referidas estratégias se cruzam entre si. Uma delas é evitar o confronto aberto com a Lava Jato, mas, ao mesmo tempo, desacreditá-la. Isso significa colocá-la sob suspeição, lançando sobre ela a pecha de parcial e de olhar apenas para um partido ou grupo político. A questão é a sutileza, o ponto da massa antes de tirá-la do forno, coisa em que Lula é perito.  Este movimento abrirá caminho para o complemento da tática delineada pelo PT. O partido pretende colocar foco no atual governo, adotando um discurso com o intuito de colar o Ministério Público em Michel Temer e seus colaboradores mais próximos, muitos deles já devidamente carimbados pela Lava Jato. A premissa é que o bombardeio ao atual presidente e sua távola redonda ajudaria a quebrar o protagonismo do PT e do próprio Lula na Operação. Permitiria também o take over do “Fora, Temer”, grudando o slogan das ruas às investigações do “petrolão”. Ao mesmo tempo, jogar foco sobre Temer evitaria que o ex-presidente concentrasse sua munição contra os procuradores de Curitiba. Até porque este está longe de ser o melhor Lula. Quando se dirige ao Ministério Público, ele automaticamente precisa vestir uma camisa de força e tomar todos os cuidados. Ontem, por exemplo, não fez qualquer menção nominal a Deltan Dallagnol, chefe da força tarefa e âncora do espetáculo midiático conduzido na véspera pelo Ministério Público. No PT, há a convicção de que um duelo escancarado não é o caminho mais recomendável. Seria muito desgaste para pouco resultado, tamanho o prestígio de Sergio Moro e seus cruzados junto à opinião pública. Além do mais, até no discurso oficial quem quer abafar a Lava Jato é Temer, Renan, Cunha, Aécio etc. Não Lula.  No entanto, talvez o ponto mais sensível seja como Lula deve abordar a palavra que não ousa dizer seu nome. Ontem, em 1h20 de discurso, ele não pronunciou o termo “prisão”. Contudo, quem o psicografa garante que o tema terá a sua vez e Lula, como de hábito, saberá o timing exato de colocá-lo sobre a mesa. Ao citar a questão de viva-voz, ele poderá dizer que sua detenção está decidida há décadas e décadas pelas elites. E que o que está em jogo não é o seu cárcere, mas a prisão de uma causa. Por enquanto, não há pistas sobre quem terá o mando de campo do destino de Lula: o discurso evangelizante dos rapazolas da procuradoria ou o rugido rouco das ruas. A única aposta firme é que a imolação de Lula é uma fagulha com inegável poder de combustão.

#Lava Jato #Lula #Michel Temer #PT


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Conselheiro

27/07/2016
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 O ex-senador Delcídio do Amaral, que ficará de pijama na política parlamentar por onze anos devido a sua cassação, está ajudando como consultor candidatos a prefeito no Mato Grosso do Sul, principalmente do PMDB. Do PT, nenhum.

#PMDB #PT

Acervo RR

Pela raiz

25/07/2016
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 Como se não bastasse a derrocada de Eduardo Cunha, a prisão de Ricardo Andrade Magro tem se revelado um duro golpe para as campanhas do PMDB e do PT a prefeituras do interior do Rio. Magro tinha um papel fundamental no project finance dos dois partidos.

#Eduardo Cunha #PMDB #PT

Acervo RR

A distância

22/07/2016
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 No que depender do deputado federal Reginaldo Lopes, candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, o governador Fernando Pimentel ficará o mais longe possível da sua campanha. Lopes promete se esforçar para se desvincular do governador e, sobretudo, do rótulo de “candidato do Pimentel”.

#Eleição Municipal BH -2016 #Eleições #Fernando Pimentel #PT


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A distância

22/07/2016
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 No que depender do deputado federal Reginaldo Lopes, candidato do PT à Prefeitura de Belo Horizonte, o governador Fernando Pimentel ficará o mais longe possível da sua campanha. Lopes promete se esforçar para se desvincular do governador e, sobretudo, do rótulo de “candidato do Pimentel”.

#Eleição Municipal BH -2016 #Eleições #Fernando Pimentel #PT


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Fósforo queimado

14/07/2016
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 O PT do Rio está virando às costas à ideia de apoiar a candidatura de Jandira Feghali (PCdoB) à Prefeitura. Culpa das gravações de Sergio Machado.

#Eleição Municipal RJ -2016 #Eleições #Jandira Feghali #PCdoB #PT #Sérgio Machado


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Vice do vice

4/07/2016
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 Em público, Fernando Haddad diz que Gabriel Chalita está mantido como candidato a vice em sua chapa; entre quatro paredes, já busca alternativa. O assunto foi tratado nos últimos dias entre o prefeito e Carlos Lupi, que acumula a presidência nacional e de São Paulo do PDT. A preocupação de Haddad é o impacto negativo da citação de Chalita na delação de Sérgio Machado. Já basta o desgaste do PT com a Lava-Jato.

#Carlos Lupi #Fernando Haddad #Lava Jato #PDT #PT #Sérgio Machado


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Economia sorri sem que Temer tenha feito nada

30/06/2016
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 Provém do ex-ministro Aloizio Mercadante o alerta nada original: “É a economia estúpido!” Mercadante captou os sinais de uma melhoria que Lula, Dilma Rousseff, Rui Falcão, o PT, e, em síntese, a própria esquerda não esperavam que se manifestasse tão rapidamente. Até agosto, data provável para a votação pelo Senado do impeachment de Dilma, é bem provável que esses indicadores antecedentes se tornem bem perceptíveis. Os índices de confiança meio que abençoam o governo Temer, a despeito dele não ter feito muito mais do que atiçar o imaginário coletivo. O presidente interino e sua equipe doiram as expectativas com juras, promessas e mudanças ministeriais e em outros cargos públicos relevantes. Segundo o livro texto da economia comportamental, quando todos querem que uma coisa vire realidade, ela vira. E não interessa que seja ou não racional. “Se eu acredito, é racional, e ponto final.”  As sondagens indicam que, independentemente de ideologia, as pessoas querem que a situação melhore rapidamente. O Índice de Confiança do Consumidor da FGV em junho subiu pela segunda vez consecutiva, o que não ocorria desde 2013, quando o indicador começou a desabar. O Índice Nacional de Confiança da Associação Comercial de São Paulo avançou em maio, após queda consecutiva desde junho do ano passado. A classe C e a Região Sul do país foram determinantes para a reversão do Economia sorri sem que Temer tenha feito nada pessimismo. Mas a classe E e as demais regiões do país também acusaram uma mudança no ânimo. O índice da Fecomercio-SP ascendeu em junho depois de 40 meses de queda. O empresariado seguiu pelo mesmo diapasão. A confiança do industrial, que foi quem mais sofreu na última década, subiu em junho, segundo a FGV, com a maior pontuação desde fevereiro de 2015. Para confirmar a tendência, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio, da Confederação Nacional do Comércio, atingiu no mês de junho seu maior nível em 11 meses.  Lula, Dilma, o PT e Cia. têm um considerável problema nesse cenário de bonança antevista. Lula apostou que Temer sangraria esfaqueado pelos mesmos problemas que tragaram Dilma para o precipício. Parece que o enredo será outro. Dilma atirou no próprio pé com a tese do plebiscito para consulta sobre eleições diretas. Uma superfria. Até seus algozes, como o presidente interino, se aproveitam da deixa para ironizar o seu projeto de testar a própria legitimidade. O PT está entre o rochedo e o mar: só pode criticar a política econômica de Temer caso se rebele contra Dilma. Afinal, a política é a mesma, só que agora está sendo aplicada. Vão sobrar o PCdoB e seus 17 filiados, em média, pelo Brasil, bradando palavras de ordem já envelhecidas e tentando tocar a militância. Convenhamos, é pouco para reverter a situação.

#Dilma Rousseff #Michel Temer #PT


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Jogo de cena

30/06/2016
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 Enigma de polichinelo: é o PT que manobra para que a votação do impeachment não se dê nos 180 dias previstos ou é a situação interina que está soltando esse balão de ensaio para atiçar sua base parlamentar? Se a decisão do Senado não for tomada no prazo constitucional, a presidente volta ao cargo e o processo do impeachment engrena uma marcha lenta. O RR aposta que não haver votação é tão provável quanto Dilma mudar seu nome para Michel.

#Dilma Rousseff #Impeachment #PT


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Família Barbalho e o PT

24/06/2016
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 Paulo Rocha está cantando de galo que vai barrar as pretensões de Jader Barbalho de ter o apoio do PT para fazer o próximo prefeito de Belém e lançar seu filho, o ministro Helder Barbalho, como candidato a governador do Pará em 2018. O senador petista diz que já tem maioria no diretório da capital paraense para barrar a aliança com Jader. A ver se é só gogó.

#Eleição Estadual PA -2018 #Eleições #Helder Barbalho #Jader Barbalho #PT


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Novas alianças

22/04/2016
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 Com a decisão do PT de retirar o apoio à candidatura de Pedro Paulo para prefeito do Rio, Eduardo Paes busca novas alianças. O principal alvo é o PDT, de Carlos Lupi.

#Carlos Lupi #Eduardo Paes #PDT #Pedro Paulo #PT


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Lula sopra para longe a campanha do “Diretas Já”

19/04/2016
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 Diretas já ou em 2018? Esse é o dilema que está dividindo o “Estado Maior” do PT, a começar por Dilma Rousseff e Lula. Apesar do fragoroso baque político, o governo acha que ainda tem fôlego para ressurgir por outro caminho. A presidente, com o apoio do “lulista” Jaques Wagner, defende que se inicie imediatamente a campanha pela antecipação das eleições. Dilma está destroçada e já tinha ensaiado publicamente a proposta antes da votação do impeachment. Nesse caso, o pleito se realizaria em outubro, junto com as eleições municipais. Por essa visão, o ambiente altamente politizado e a expressiva posição de Lula nas pesquisas de intenção de voto favoreceriam a candidatura. Existe também a leitura de que a precipitação da campanha o blindaria contra a Lava Jato. Seria como se a prisão de Lula fosse “um golpe elevado ao quadrado”.  O ex-presidente, contudo, parece preferir o conselho de Leonel Brizola: “Mingau quente se come pelas bordas”. Lula acredita que, depois da euforia promovida pelo mercado, pela mídia e pela parcela do Congresso que cobrará de Michel Temer sua prebenda, o preço de ser o salvador da pátria vai custar caro ao atual vice-presidente. O seu cobertor ficará curto: ou deixará os empresários insatisfeitos em suas elevadas expectativas ou os trabalhadores ao relento. Agasalhar a ambos é uma missão difícil, que não se coaduna com o perfil de Temer e de seus aliados e muito menos com o seu programa de governo. Lula também acredita que o discurso do “golpe” vai render mais no longo prazo. Ele pretende retomar as viagens ao exterior, buscando criar uma consciência nessa direção, de fora para dentro do país. Toda essa coreografia, é claro, dependerá do STF ou de Sergio Moro.  Temer também pretende fazer suas surpresas. Manterá o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), ainda que com nova composição, e criará um Conselho Superior da República para o qual espera contar com a participação de Fernando Henrique Cardoso. Os programas sociais de menor custo no orçamento e forte impacto inclusivo, a exemplo do Bolsa Família, Pronatec e Fies, não só serão mantidos como também reforçados. Serão a contrapartida da desindexação salarial, da reforma da Previdência e da flexibilização das relações trabalhistas. A novidade das novidades seria uma campanha de governo contra a corrupção, conclamando a todos a ficarem alertas. Com isso, a gestão Temer manteria aceso o espírito do impeachment. Seus compromissos em um futuro governo se entrelaçam desde já: fazer uma administração capaz de apagar o PT da memória e garantir que as eleições se realizem somente em 2018.

#Dilma Rousseff #Impeachment #Jaques Wagner #Lava Jato #Michel Temer #PT #Sérgio Moro


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Primárias

13/04/2016
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 Após sua elogiada performance na defesa de Dilma Rousseff na comissão do impeachment, José Eduardo Cardozo cresceu na disputa pela candidatura do PT ao governo de São Paulo em 2018.

#Impeachment #PT


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Periferia

23/03/2016
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 Da série “Notícias que não mudam nada”: o ex-ministro Carlos Minc, que deixou o PT, deverá anunciar nos próximos dias sua filiação ao Rede Sustentabilidade, de Marina Silva.

#Carlos Minc #Marina Silva #PT #Rede Sustentabilidade


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Tucanos saem feridos do massacre contra o PT

15/03/2016
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  Passados os momentos de euforia, a noite do último domingo foi de preocupação para os principais líderes do PSDB. Até o início da madrugada, a cúpula do partido, notadamente Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, José Serra, Alberto Goldman e Aloisio Nunes Ferreira, manteve uma intensa linha cruzada de conference calls e trocas de mensagens, nas quais expressaram sua apreensão com o rescaldo das manifestações. Nas entrelinhas, os protestos acabaram se revelando um sinal de alerta para o PSDB. Na avaliação dos caciques do partido, ficou claro que a sigla não capitalizou a mobilização das ruas. O PT sangra abundantemente, mas os tucanos não conseguem se aproveitar dessa hemorragia.  Em diversas capitais do país, menções ao PSDB geraram vaias. A maior surpresa, contudo, foi com a “acolhida” que os dois pré-candidatos do partido à presidência tiveram na Av. Paulista. Assim que chegaram ao local, por volta das 16 horas, Geraldo Alckmin e Aécio Neves foram longamente apupados. O senador mineiro foi recebido aos gritos de “Aécio ladrão”. Alckmin, por sua vez, teve de enfrentar impropérios relacionados ao desvio de merenda nas escolas públicas e à crise no abastecimento de água no estado. Escoltados por policiais à paisana, não permaneceram mais do que 20 minutos entre os manifestantes. Foram aconselhados pelo secretário estadual de segurança, Alexandre de Moraes, a voltar para o carro. Antes, segundo o RR apurou, Moraes teria solicitado reforço policial.  Pesquisas encomendadas pelos tucanos já traziam sinais de que a epidemia anti-PT começa a contagiar o PSDB, além do próprio PMDB – a rigor, os partidos que realmente contam no jogo político. Entre os tucanos a maior dose de antipatia é dirigida a Aécio Neves, possivelmente uma reação à postura mais radical do senador mineiro. A percepção é que ele escalou em demasia a bandeira do impeachment de Dilma Rousseff, passando ao eleitor mais sensível a clara sensação de que sua única preocupação é antecipar as eleições de 2018 em nome de um projeto pessoal. Ressalte-se que o senador mineiro já vem em um processo de desgaste que se acentua com a delação premiada de Delcídio do Amaral. Os depoimentos do petista trazem Aécio para a Lava Jato.  A falta de maior apoio mesmo entre a parcela da população que defende a queda de Dilma Rousseff aumenta a preocupação dos tucanos com o day after de um eventual impeachment. A inquietação alcança também a postura da mídia diante da continuidade da Lava Jato – e ninguém duvida de que ela sobreviverá, mesmo com uma troca de governo. O PSDB não tem qualquer garantia de que os vazamentos serão contidos e muito menos de que a imprensa se manterá distante de eventuais denúncias contra o partido. Por uma curiosa atração fatal, tucanos e petistas, dois extremos que se odeiam, podem acabar irmanados na beira do precipício, mesmo que de costas um para o outro.

#Aécio Neves #Delcídio do Amaral #Dilma Rousseff #Geraldo Alckmin #Impeachment #José Serra #Lava Jato #PSDB #PT


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Ida e volta

15/03/2016
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 Às portas de uma ruptura no plano nacional, PT e PMDB se esforçam para seguir dançando de rosto coladinho no Rio. Eduardo Paes promete apoiar a reeleição de Lindbergh Farias ao Senado caso ele pare com o discurso separatista e mergulhe de cabeça na candidatura de Pedro Paulo à Prefeitura.

#Eduardo Paes #Lindbergh Farias #Pedro Paulo #PMDB #PT


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Munição guardada

7/03/2016
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 O presidente do PT, Rui Falcão, tem dito em circuitos fechadíssimos que a maior munição guardada no paiol do governo é uma troca ministerial: Lula na Casa Civil e Antônio Palocci de volta à Pasta da Fazenda. Como hoje não existem grandes protagonistas da política que não estejam engolfados pela maré denuncista, não há nada contra Lula e Palocci.

#Lula #PT


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Os tucanos de hoje, de ontem, de sempre

3/03/2016
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  Ainda sobre a conveniente colaboração do PSDB com o governo Dilma Rousseff – claro que nos assuntos que lhe são convenientes – empurrada pela oposição do próprio PT (ver RR de ontem): mesmo que, por linhas tortas, a postura dos tucanos repete outros momentos históricos. Na era Vargas, por ocasião da criação da Petrobras, a UDN (agora sob o codinome do PSDB) virou às costas ao seu ideário liberal e defendeu o monopólio estatal sobre o petróleo. Depois, apoiou medidas progressistas do Executivo apenas para contrariar o PTB, que estava contra. Durante o governo de Jânio Quadros, a esquerda toda deu cobertura à reformulação da política externa enquanto o PSDB (na época, com o codinome de UDN) cortava os pulsos. Como sabemos, nos dois casos, o futuro não deu coisa boa. Não por acaso, conhecido professor, mestre da ciência política no Brasil, informa: “O que anda por aí não vai acabar bem. Surto de violência legal e cívica se aproxima, não havendo indícios de providências para evitá-lo”.

#Petrobras #PSDB #PT


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PT entrega Dilma de bandeja aos tucanos

2/03/2016
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 O PT está conseguindo um feito até então considerado impossível: empurrar o PSDB para o lado do governo Dilma Rousseff. Trata-se de um jogo de cartas marcadas, no qual o apoio dos tucanos deve ser entendido como um projeto de captura. Ou seja: se o governo apoiar as “boas ideias” do PSDB, contará com a sua adesão no Congresso e a sua banda de música. Ideias não faltam aos tucanos. O senador Tasso Jereissati esteve no Rio na semana passada caçando mais propostas para o take over de Dilma. A equação é simples assim: se houver impeachment ou cassação da chapa no TSE, o PSDB está pronto para se apresentar; se não houver nem uma coisa nem outra, o governo já estaria todo dominado. Ressalte-se que Aécio Neves não faz parte desta articulação. Ele seria mantido como liderança da tropa de choque do partido.   Tasso foi explícito em relação à estratégia dos tucanos: “Se Dilma optar pelas medidas corretas, nós apoiamos”. Os projetos de lei do senador José Serra caminham na mesma direção, notoriamente o fim da participação obrigatória da Petrobras nos blocos do pré-sal. É como se o PSDB fosse o partido do governo. Por essa lógica, quanto maior for a rachadura entre o PT e o Palácio do Planalto, maior a dependência da gestão de Dilma em relação ao tucanato. A mudança de posicionamento do PSDB segue um cálculo elementar: o tamanho da crise e as pernas bambas do governo abrem espaço para um jogo cooperativo que até então era radicalmente rejeitado pela oposição. O PT entra no cenário para contribuir com o imprevisto: isolar Dilma Rousseff e viabilizar que as políticas por ele condenadas venham a ser adotadas.

#Dilma Rousseff #Petrobras #PSDB #PT


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O perfume de mulher da âncora cambial

29/02/2016
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  A banda cambial proposta pela economista Monica De Bolle, musa da Casa das Garças, tocou suavemente no coração de Nelson Barbosa. Pensando como o ministro, a mudança de âncora na política de estabilização seria uma forma de o governo entregar uma redução maior das taxas de juros ao PT, saciando em parte a ânsia do partido em detonar políticas econômicas com viés conservador, e ganhando algum tempo para emplacar um pacote fiscal crível. No mais, falou em controles e bandas, a atual equipe econômica diz logo “presente”. Mas nem tudo é o que parece. No regime proposto por De Bolle, os juros permaneceriam constantes, com o novo modelo de correção cambial durando o tempo necessário para que fosse feito um ajuste fiscal à vera. A banda cambial flutuante seria quase uma licença poética. Com o arsenal de reservas em moeda estrangeira disponíveis pelo Banco Central e o poder regulatório de determinar o intervalo entre as bandas e as cotações do piso e do teto do dólar/real, o câmbio, sem as firulas do economês, voltaria a ser controlado.  O modelo remonta a um velho expediente useiro e vezeiro dos economistas tucanos: combater a inflação ancorando os preços no câmbio apreciado. Gustavo Franco usou uma variante no Plano Real, que deu certo no início, mas extrapolou depois. De Bolle certamente tem a autorização tácita da fraternidade dos economistas tucanos, que pensam e conspiram em bloco. A musa das Garças ampliou o leque em suas propostas e considerações sobre a iminência do quadro de dominância fiscal, a impotência da política monetária na presente situação, a tonicidade crescente dos juros na percepção de (in)solvência do país e até mesmo a cartada de desespero do controle de capitais. O que De Bolle não se arriscou a explicitar é que seu modelo é compatível com a queda dos salários nominais durante o processo de ancoragem cambial. Essa seria a forma de aumentar a competitividade. É um ingrediente no mínimo complexo, pois se os salários estão referenciados em reais e a moeda vai se valorizar em relação ao dólar, a relação salários em reais/quantidade em dólares aumentará.  Um economista que se situa bem nas franjas da equipe da Fazenda chegou a dizer, em tom jocoso: “Se eles estão ofertando soluções é porque já se preocupam com a persistência desse jogo não cooperativo no contexto da alternância de poder. Se eles assumirem o governo, levam um mico preto”. “Eles” são Aécio Neves, tucanato, PUC-RJ, Casa das Garças, Instituto Peterson de Economia, Armínio Fraga, Gustavo Franco, Monica de Bolle.., c’est la même chose. Esse pequeno rasgo de contribuição para o debate econômico, a despeito do juízo de valor que se faça sobre a qualidade da proposta, exala a melhor fragrância borrifada em uma disputa política contaminada por excessos.

#Aécio Neves #Armínio Fraga #Mônica de Bolle #Nelson Barbosa #PT


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Quem disse que Lula silenciará com a prisão?

29/01/2016
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 Os corvos mais afamados grasnam estridentes: é uma questão de dias ou semanas a prisão preventiva do ex-presidente Lula. Um tempo longo quando se pensa que ela está decretada há mil anos com base em odiosa discordância ideológica de opositores. Portanto, parece não haver novidade se ele for encarcerado no âmbito da Operação Lava-Jato. Mas há o risco e tensão de que a liturgia da degradação não ocorra em praça pacificada. Existem sérias dúvidas sobre a forma de reação de Lula e a resposta dos movimentos sociais a uma eventual conclamação do ex-presidente. Analistas refinados do cenário político consideram que não haveria por que Lula “deixar barato” um episódio que vem sendo refogado em banho-maria desde o início da Lava-Jato. A única questão rebelde em meio ao oceano de previsibilidade era sobre o timing da prisão: mais próxima ou menos próxima da eleição presidencial. Tudo indica que venceram os moderados, aqueles que previam um risco de maior comoção caso a medida fosse tomada nas cercanias de 2018. Mesmo que o assunto esteja sendo tratado como “estritamente jurídico”, valem as advertências: Lula é um ícone, está em xeque toda a sua história, a prisão será associada a um projeto de assassinato do PT.  Pelo menos potencialmente existe uma “nação petista” aguardando ansiosamente a ordem de combate e a própria presidente Dilma se verá obrigada a entrar firme na contenda. A combinação de fatores coloca a “República de Curitiba”, como são chamados os procuradores que gravitam em torno do juiz Sérgio Moro, no cume da sua responsabilidade. A prisão de Lula e os prováveis episódios de aviltamento – vazamentos seletivos, pré-julgamentos na mídia, delações premiadas, encarceramento por tempo indeterminado etc. – atingem o cerne da sucessão política. O ex-presidente Lula tinha na última pesquisa de opinião cerca de 30% dos votos certos na eleição de 2018. Que perca metade, ainda não seria pouca coisa para início de campanha. Tem a memória coletiva a seu favor. Ou não foram tempos de bem-estar para a população a chamada “era Lula”? E ainda que por uma lógica tortuosa conta com a piora do ambiente socioeconômico a seu favor. A lembrança tende a ser: “Com Lula não era assim.”  As consequências da prisão seguem longe. Vão para o mesmo saco também o governo e o mercado, cujos interesses se entrelaçam. Dilma vai dispersar, fazer mais oposição do que governar. Ela não é bem o que pode se chamar de petista, mas com Lula engaiolado a Lava-Jato chega à sua sala de estar e reaquece o caldeirão do impeachment. Resumo da ópera: projetos de concessões parados, aumento da aversão ao risco e mais recessão. E o mercado? Bem, as bolsas vão primeiro subir e depois cair, com a antevisão de que o apetite pelo crédito e o consumo cairão, que o dólar dará um salto e que mesmo com os ativos baratos os investidores externos entrarão em sobressalto com a hostilidade política e psicossocial do país. A alternativa a esse estado dos fatos é Lula assumir o silêncio dos cordeiros, o povo ignorar solenemente sua prisão e Dilma dar as costas para o ex-padrinho, desmoralizado e pestilento. Convenhamos que é difícil.

#Dilma Rousseff #Lava Jato #Lula #PT #Sérgio Moro


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Lula romper com Dilma é uma estultice como nunca se viu

28/01/2016
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 A tese de rompimento de Lula com a presidente Dilma Rousseff tendo em vista a candidatura em 2018 é no mínimo naif. O RR conversou com um dos interlocutores mais próximos do ex-presidente – olhem para o Instituto Lula e vão encontrar a fonte sempre por lá – que disse: “Só quem não conhece o Lula não sabe que ele combina o morde e assopra.” Ele e Dilma conhecem os passos do minueto. A ideia é que Lula empurra as decisões do governo – ou atravanca – em acordo com a presidente. Lula é um campeão em alçar balões de ensaio. Quando parece que ele está contra o Planalto, é tudo acordado. A declaração de que o governo deveria dar uma “keynesianada”, abrindo os cofres para que os bancos públicos ampliassem os financiamentos para o aquecimento da economia não poderia ser dada por Dilma. Se ela falasse, sancionava. Nelson Barbosa só arranhou o assunto. Lula não. Ele podia colocar na roda – como fez – para ver o retorno dos agentes econômicos, mídia etc e tal.  A empinada do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social também foi uma dessas tricotadas. Uma das participantes do Conselhão já tinha convencido Dilma sobre a oportunidade do relançamento do CDES. Na conversa da presidente com Lula, ficou acertado que o vazamento se daria como se a ideia fosse dele. Assim foi feito. Saiu na imprensa que a sacada era de Lula e que Jaques Wagner seria o operador. Dilma estará lá hoje, toda supimpa fazendo o discurso inaugural. A fonte do RR disse que o ex-presidente ficou muito mais confortável com nomes como Jaques Wagner, Edinho Silva, Ricardo Berzoini e Nelson Barbosa ocupando os cargos principais do Planalto e Fazenda.  Mas isso em nada alterou o compromisso entre ambos de acertar, passo a passo, a articulação política. É a cláusula pétrea da relação dos dois. Segundo a fonte, “é óbvio que para Dilma é ruim o distanciamento ou a fragilidade política do seu maior esteio. Quanto a Lula, não dá nem para imaginar ele queimando caravelas e fechando portas. No que diz respeito a assuntos cabeludos, tais como o triplex de Lula ou o envolvimento de Dilma com a Lava Jato, ficamos assim combinados: nem um nem outro darão qualquer declaração que avance além da convicção de ambos em relação à lisura mútua, nada que adentre os meandros do caso. As defesas tanto de um quanto de outro serão amareladas porque fazem parte da misen-scène acertada. No mais, está compreendido que o candidato a presidente tem que criar fatos e discordar com jeitinho da titular do cargo. Lula é o candidato em 2018. Candidato dele mesmo e de Dilma. Esse chumbo trocado não dói. Somente se houver um fato excepcional, daqueles fora da curva, essa equa- ção será alterável.

#Dilma Rousseff #Lula #PT


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Ganhos e perdas

15/01/2016
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 O PT conseguiu segurar o senador gaúcho Paulo Paim, que esteve com meio corpo fora do partido, mas não deverá ter a mesma sorte com Walter Pinheiro. No PSD a chegada do senador baiano já é dada como certa.

#PT


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A caveira de burro da Casa Civil

14/01/2016
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  A Polícia Federal acredita que o “Bacalhau” é o ingrediente que falta para transformar em um sarapatel as contas de campanha do ministro Jaques Wagner. Antes de mais nada, “Bacalhau” é o apelido de Armando Tripodi, figurão do Sindicato dos Petroleiros da Bahia, e “muy amigo” de Wagner. Ele é que sustentou com maior ênfase junto a Nestor Cerveró que a grana de campanha do ministro era oriunda de propina da Petrobras. Cerveró, é claro, está entregando até a própria mãe. A PF pretende fritar o “Bacalhau” até ele virar bolinho. Por enquanto, é tudo suspeição e dedurismo. Mas, caso algo venha a ser confirmado, seria como se dois raios caíssem no mesmo lugar.  Hoje, depois do onipotente Lula, Jaques Wagner é o quadro mais importante do PT, e, certamente, depois de Dilma Rousseff, a figura mais relevante do atual governo. É como se fosse um José Dirceu mais jeitoso politicamente e temperado com dendê. Tem feito a diferença entre os seus pares no governo. Talvez haja uma maldição no gabinete da Casa Civil. Recomendase folha de arruda e banho de sal grosso, além de conduta ilibada, é claro.

#Nestor Cerveró #Petrobras #PT


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Multifunções

21/12/2015
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 Katia Abreu não é Leila Diniz, mas, para o governo, vale por todas as mulheres do mundo. Além de cuidar da Agricultura, defender Dilma Rousseff com unhas e dentes e arremessar taça de vinho em tucano, ainda encontra tempo para remendar a aliança entre o PMDB e o PT em sua terra natal. Katia tem se empenhado em costurar acordos em cidades do interior do Tocantins para as eleições do ano que vem.

#Katia Abreu #PMDB #PT


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Menos um elo

11/12/2015
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 A prisão de Delcídio do Amaral era a peça que faltava para o rompimento entre o PT e o PMDB no Mato Grosso do Sul. O governador do estado, o tucano Reinaldo Azambuja, já costura com os peemedebistas uma aliança para disputar a Prefeitura de Campo Grande no ano que vem. Disputar é força de expressão. Com Delcídio e o PT fora de cena, praticamente não haverá adversários.

#Delcídio do Amaral #PMDB #PT


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Vácuo de poder

2/12/2015
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 Lindbergh Faria vem tentando se aproveitar do escândalo Pedro Paulo e do esfarelamento das relações entre o PMDB e o PT para ressuscitar sua candidatura à Prefeitura do Rio.

#PMDB #PT


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Dilma Roussef tira dos ricos para iludir os pobres

10/09/2015
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 O ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, tem insistido na mesma ladainha junto a Dilma Rousseff. Rossetto, ilustre representante da diminuta falange trotskista no Brasil, acha que Dilma deve “meter o sarrafo nos ricos” e não ficar somente no blá-blá-blá de palanque. Tem de afinar o discurso com a política econômica, ou seja, fazer um ajuste fiscal progressista e viabilizar Joaquim Levy como uma espécie de Robin Hood tributário. O alerta diz respeito ao impacto perverso da política de cortes junto aos segmentos socialmente menos favorecidos e, principalmente, ao fato de que o câmbio depreciado e os juros em Júpiter tiram dos pobres e beneficiam os ricos.  A medição da concentração de renda neste último período do governo de Dilma deve apavorar mais o ex-presidente Lula do que o propalado risco de encarceramento. Enquanto os ricos enriquecem velozmente, os mais pobres estão tendo de lidar com uma taxa de desemprego crescente, redução dos programas sociais, diminuição da parcela de crescimento real do salário mínimo e um tiro no tórax do seguro desemprego. O Bolsa Família será mantido no mesmo valor, o que quer dizer que não será corrigido pela inflação da gestão Dilma, a mais alta dos governos do PT.  De Paris, em um quartier longe da Bastilha, Levy ecoou os ditos do Planalto. Pode ser pura coincidência, mas o anúncio dos estudos para a criação de impostos sobre fortunas e sobre rendas mais altas da pessoa física indica que a cacofonia da política e a regência da economia estão próximos de falar a mesma língua. O arsenal contra os ricos inclui ainda o imposto sobre heranças e doações, que já esteve na bica de ser criado algumas vezes.  Todos estes gravames não carregariam apêndices com vinculações a novos gastos, ao inverso da CPMF, com o financiamento às despesas com a saúde. São tributos que têm o mérito de perseguir a justiça social, mas com pouca capacidade arrecadatória. Entretanto, funcionam à perfeição como lubrificante da oratória do governo. Com essa miríade de impostos, o Planalto poderia responder à onda de reclamação de parlamentares de esquerda, sindicalistas e do seu próprio partido e, ao mesmo tempo, usar os tributos como manobra compensatória para deslizar a Cide e um cada vez mais provável imposto transitório, de nome desconhecido. Estes dois últimos impostos, ao contrário dos que mordem os mais ricos, são os efetivamente arrecadatórios. Resta passá-los pelo Congresso. Talvez tivesse sido mais simples ter batido na mesa para aprovar a CPMF.

#CPMF #Dilma Rousseff #Joaquim Levy #Lula #PT


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Coalizão

22/07/2015
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Está todo mundo querendo tirar uma casquinha do definhamento do PT. O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, articula sua candidatura ao governo de São Paulo, encabeçando uma aliança entre o seu PSD e o PT, com as bênçãos do próprio Lula.

#PSD #PT


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Deserção

17/06/2015
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Depois de Marta Suplicy, o PT trata também o senador baiano Walter Pinheiro como caso perdido. A ausência no congresso do partido, no último fim de semana, apenas confirmou que sua saída está madurinha, madurinha.

#PT


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Dilma põe fim ao reinado de “Samek I” na Itaipu Binacional

15/06/2015
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 O pontificado de Jorge Samek está chegando ao fim. Após 12 anos no cargo, o mais longevo diretor-geral da história de Itaipu Binacional vai deixar a empresa até agosto. Segundo fonte do Palácio do Planalto, sua saída já teria sido acertada com a própria presidente Dilma Rousseff. Nomeado para o comando da hidrelétrica no primeiro mandato de Lula, Samek notabilizou-se como um dos mais influentes conselheiros de Dilma para o setor elétrico, desde os tempos em que ela ocupava o Ministério de Minas e Energia. Nos últimos meses, no entanto, a relação perdeu voltagem. Samek já não desfruta de tanto prestígio. No início do ano, o expresidente Lula chegou a trabalhar pela sua indicação para a Pasta de Minas e Energia, mas Dilma rechaçou a indicação. Quadro histórico do PT paranaense, Jorge Samek talvez tenha apenas cometido o pecadilho de estar no lugar errado na hora errada, mas o fato é que o seu esvaziamento coincide com a Lava Jato. Para todos os efeitos, ele segue imune ao petrolão: seu nome não aparece em qualquer depoimento. No entanto, uma a uma, todas as cartas mais altas ao seu redor têm caído sobre a mesa. O ex-deputado André Vargas e o tesoureiro do partido, João Vaccari Neto, estão presos. Já a senadora Gleisi Hoffmann e seu marido, Paulo Bernardo, são citados nos depoimentos do doleiro Alberto Youssef. Ou seja: o PT do Paraná é uma lâmpada incandescente do qual Dilma pretende manter prudente distância. Isso vale para Samek. Caso se confirme a sua saída, a última impressão que ficará da longa gestão de Jorge Samek é um ajuste a  la Joaquim Levy. Nos últimos três anos, Samek tem feito uma série de cortes na companhia. O número de funcionários caiu 15%, índice que só não foi maior devido a  resistência do governo paraguaio, sócio e cogestor da companhia, em acompanhar o congelamento de postos de trabalho feito do lado de cá da fronteira. Hoje, a porção brasileira tem 1.390 trabalhadores, contra 1.783 no país vizinho. No ano passado, as despesas operacionais caíram 10%. Se estivesse numa empresa de Jorge Paulo Lemann, a navalhada valeria a Samek um polpudo bônus de fim de ano, fora os tapinhas nas costas. Numa estatal, no entanto, tais números cobram um certo preço – mesmo em época de constrição orçamentária. A gestão contracionista dos últimos anos, potencializada pela inevitável fadiga de relacionamento após tantos anos no mesmo cargo, acentuou o desgaste de Samek dentro de Itaipu Binacional, criando um cenário mais desfavorável a  sua permanência no cargo.

#Ajuste fiscal #Alberto Youssef #Dilma Rousseff #Gleisi Hoffmann #Itaipu Binacional #Joaquim Levy #Jorge Paulo Lemann #Jorge Samek #PT


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Um Dnit é pouco, dois é bom e três é demais!

22/05/2015
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PT, PMDB e PR, que se engalfinham pelo comando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), estão fazendo muito barulho por nada. No que depender do Planalto, vai ter Dnit para quase todo mundo. A presidente Dilma Rousseff ressuscitou a ideia de um spinoff da autarquia, com a divisão por modais de transporte. A ideia é criar ainda neste ano um Departamento Federal de Rodovias, outro de Ferrovias e um terceiro de Hidrovias. O argumento é que a secessão permitirá uma melhor alocação dos recursos e um acompanhamento mais eficiente dos projetos nos diferentes segmentos, notadamente das novas concessões que o governo pretende ofertar neste ano. De quebra, a medida abriria novas vagas para a sequiosa base aliada. No momento, há uma intensa disputa política pela diretoria geral do Dnit, ocupada interinamente por Valter Casimiro Silveira. Num raro momento de convergência, o PT e o PMDB, ou mais precisamente Renan Calheiros, trabalham pelo nome do exsenador Gim Argello, do PTB. Por sua vez, o PR – que já levou o Ministério dos Transportes, entregue a Antonio Carlos Rodrigues – exige a porteira fechada. O partido defende a nomeação de Handerson Ribeiro para a direção geral do Dnit.

#PMDB #PR #PT


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Para quê?

8/04/2015
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Na falta do que fazer, Eduardo Suplicy ainda tenta demover Marta Suplicy da ideia de deixar o PT. Como qualquer pedido de ex-marido, deve entrar por um ouvido e sair pelo outro.

#PT


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Semente da discórdia germina na Embrapa

8/04/2015
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Mais uma da série “Com uma coalizão como essa, quem precisa de oposição?” No momento em que a relação entre os dois grandes partidos da base aliada vive seu período de maior tensão, a peemedebista Katia Abreu decidiu cutucar uma colmeia de abelhas africanas. A ministra da Agricultura articula um troca-troca na diretoria da Embrapa que poderá reduzir consideravelmente o poder de influência do PT sobre a estatal. Os dois principais alvos são a diretora de Administração e Finanças, Vania Beatriz Castiglioni, e o diretor de Transferência e Tecnologia, Waldyr Stumpf Junior. Procurada, a Embrapa disse “desconhecer as informações” e garantiu que os dois executivos “estão trabalhando normalmente”. O fato é que Katia Abreu mira exatamente nos dois dirigentes da estatal com raízes fincadas no PT. Stumpf foi indicado por parlamentares do partido no Sul do país, notadamente o deputado federal gaúcho Ronaldo Zulke. Já Vania Beatriz chegou a  diretoria da Embrapa graças a um sopro do PT do Paraná, mais precisamente de Londrina, cujo maior expoente é o ex-deputado federal André Vargas, cassado no fim de 2014.

#Katia Abreu #PT


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Corrente elétrica

1/12/2014
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 José Sarney, que deverá perder a primazia sobre o Ministério de Minas e Energia com a saída de Edison Lobão, se movimenta, ao menos, para manter um pé em Furnas. O senador trabalha com afinco pela continuidade de Flávio Decat no comando da estatal. **** A denúncia do suposto envolvimento de Humberto Grault, ex-gerente de Novos Negócios da Petros, com o doleiro Alberto Yousseff dinamitou a articulação do PT para que o executivo assumisse uma diretoria na fundação. Grault, ressalte- se, já rechaçou ter qualquer relação com Yousseff.

#Alberto Youssef #Furnas #José Sarney #Ministério de Minas e Energia #Petros #PT


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Pé no freio

1/12/2014
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 A denúncia do suposto envolvimento de Humberto Grault, ex-gerente de Novos Negócios da Petros, com o doleiro Alberto Yousseff dinamitou a articulação do PT para que o executivo assumisse uma diretoria na fundação. Grault, ressalte- se, já rechaçou ter qualquer relação com Yousseff.

#Alberto Youssef #Petros #PT


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Rei da mesa

18/11/2014
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Mais fácil o presidente do Grêmio, Fabio Koff, cantarolar o hino do Internacional do que a OAS seguir na gestão do estádio do tricolor gaúcho em 2015. O próprio clube deve assumir a administração da arena.

#Gleisi Hoffmann #Itaipu Binacional #Jorge Samek #Lula #PT


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Cabos eleitorais

15/08/2014
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A CEEE deverá entregar neste ano mais de duas mil obras na rede de energia, só em Porto Alegre. A candidatura de Tarso Genro agradece.

#PT #Rodrigo Maia


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Aécio descobre seu pré-sal eleitoral

6/05/2014
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A exploração política da Petrobras promete ir muito além do pré-sal eleitoral. O candidato Aécio Neves pretende colocar no seu balaio de campanha a promessa de gestão autônoma da estatal. A proposta da “Petrobras independente” será embalada e vendida como a cura para todos os males que assolam a companhia. A medida, portanto, seria um elixir contra o “aparelhamento partidário”, as “interferências políticas”, “os desmandos administrativos”, a “corrupção generalizada” e todas as demais manchas que a oposição, da noite para o dia, passou a enxergar na pele da estatal. Ao lado da bandeira da autonomia administrativa da Petrobras, Aécio Neves vai lançar outra promessa de campanha: a fixação de regras para a correção periódica dos preços dos combustíveis. Exequível ou não – e quem se importa com isso? -, a proposta permitirá a Aécio levantar a bola para si próprio. O candidato do PSDB pretende bater forte na defasagem dos preços dos derivados de petróleo e seu impacto sobre a estatal, apontando para fatos que atestariam os danos causados pelo governo do PT. Um deles seria a desvalorização das ações, que custou a  petroleira a queda do 12º posto para o 120º lugar no ranking das maiores empresas dos países emergentes. A natureza não foi tão perfeita assim com tucanos e congêneres. O mal das aves é que as penas ficam expostas. Ciente dos próximos passos de Aécio Neves, o governo já prepara uma contraofensiva. A intenção do PT é mostrar que por trás das propostas de Aécio esconde-se uma privatização disfarçada da Petrobras, que traria a reboque todos os procedimentos e práticas que durante a gestão de FHC receberam a alcunha de “privataria”. Em tempo: são os peixes e não os pássaros que morrem pela boca, mas ontem, em São Paulo, o candidato tucano talvez tenha falado mais do que deveria. Ao soltar o comentário “Meu Deus, quem disse que nós vamos privatizar a Petrobras? Nós vamos é reestatizá-la”, mais pareceu um menino preocupado em mostrar que não estava com a mão amarela.

#Aécio Neves #FHC #Petrobras #Pré-Sal #PT

Acervo RR

Sara Lee coa seu café para a venda

28/04/2011
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A reestruturação societária da Sara Lee, com a divisão do grupo por áreas de negócios, tem deixado no ar um forte aroma de venda de ativos. Se, nos Estados Unidos, a imprensa especula sobre a venda da divisão de carnes para a JBS, no Brasil todas as atenções estão voltadas para a unidade de torrefação da companhia. Líder do mercado brasileiro de café, a Sara Lee está cindindo esta área dos demais negócios globais no setor de bebidas. Para todos os efeitos, a medida tem como objetivo a expansão da operação no país. No entanto, por debaixo desta borra, esconde-se outro movimento. A exemplo do que deve ocorrer com a unidade de carnes nos Estados Unidos, a Sara Lee estaria se preparando para vender sua divisão de café no Brasil. A finalidade da matriz seria fazer caixa para se concentrar na área de alimentos. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a Sara Lee não se pronunciou sobre o assunto. O forte aroma de mudanças que sai das unidades de torrefação da Sara Lee no país tem deixado a concorrência ouriçada. Em caso de venda dos ativos da empresa, dona das marcas Pilão, Caboclo e Café do Ponto, não faltarão candidatos. O maior interessado na aquisição seria a 3Corações, joint venture entre a São Miguel Holding e a israelense Strauss. A compra teria o sabor de um café quentinho para a empresa. Recentemente, a 3Corações perdeu a liderança do mercado brasileiro para a própria Sara Lee. Outra potencial candidato seria a gestora de recursos norte-americana Bain Capital, que está em busca de ativos na área de torrefação no Brasil.

#Adriana Ancelmo #Lula #PT

Acervo RR

– Estrela games –

27/04/2011
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A aproximação com parceiros asiáticos está levando Carlos Tilkiam, dono da Brinquedos Estrela, a pensar na entrada da empresa no segmento de games eletrônicos

#PT

Acervo RR

Ensino Superior

6/08/2010
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A editora espanhola Santillana e o fundo norte-americano Kohlberg Kravis Roberts (KKR) estão negociando um acordo para investir em educação no Brasil. Curiosamente, trata-se de uma parceria que nasceu na derrota. Ambos disputaram a compra do Grupo Anglo, que acabou vendido para a família Civita.

#Banco Central #BNDES #Lula #PT

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