Tag: JBS

Destaque

Irmãos Batista levantam, sacodem a poeira na Bolsa de Nova York e dão a volta por cima

4/04/2024
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Os nomes certos, no lugar certo e na hora certa. É assim que a volta de Joesley e Wesley Batista ao Conselho de Administração da JBS está sendo tratada dentro da companhia, por colaboradores e pela própria diretoria. O retorno se dá logo após a empresa ter anunciado um ligeiro e raríssimo prejuízo no balanço de 2023, de R$ 1 bilhão. Mas isso é apenas um detalhe. O que importa mesmo é o que está por vir: a presença da dupla deverá dar impulso adicional a projetos estratégicos da empresa, a começar pela listagem de ações na Bolsa de Nova York – acalentada há mais de uma década. A operação é vista na JBS como uma peça-chave para aumentar a capacidade da empresa de se financiar em moeda estrangeira e partir para novas aquisições no exterior. É uma sequência de movimentos com potencial para fazer o valuation da JBS atingir um novo patamar em relação à concorrência. Segundo a fonte do RR, Joesley e Wesley sabem muito bem onde almejam chegar. O target seria repetir até 2030 o mesmo crescimento do valor de mercado da companhia nos últimos seis anos – desde abril de 2018. Isso significaria uma apreciação da ordem de 120% em igual intervalo. Ou seja: o market cap da JBS saltaria dos atuais R$ 46 bilhões para mais de R$ 100 bilhões. À primeira vista, pode parecer uma meta extravagante. Mas cabe lembrar que, nesse intervalo de seis anos, a companhia atravessou denúncias, detenção dos sócios controladores, o turbulento episódio de gravação de uma conversa privada com um presidente da República, risco de suspensão de financiamentos públicos, e ainda assim mais do que dobrou seu valor de mercado, uma prova de resiliência.

A comparação com os principais concorrentes dá uma ideia da dimensão dos planos da JBS. Hoje, o valor de mercado somado de seus três grandes competidores – BRF, Marfrig e Minerva Foods – é de R$ 40,3 bilhões. Em um exercício meramente hipotético, se o trio repetisse, ao longo dos próximos seis anos, o mesmo desempenho em bolsa acumulado desde abril de 2018 – Minerva (queda de 17%), BRF (queda de 22%), Marfrig (alta de 23%) –, chegaria a 2030 com um valuation combinado ainda menor, em torno de R$ 36 bilhões. Ressalte-se que nenhum dos valores acima foi deflacionado. Trata-se de uma conta simplificada e ilustrativa do quanto a distância entre a JBS e seus competidores pode aumentar até o fim da década usando-se como parâmetro a performance das quatro companhias nos seis anos anteriores.

Quase que simultaneamente ao retorno de Joesley e Wesley Batista ao board, a JBS já sinaliza uma guinada, com redução do nível de alavancagem e aumento das margens. A companhia quer virar logo a página dos resultados de 2023 e entregar já no primeiro trimestre uma performance em linha com seu padrão histórico. Os números falam por si. Nos dez anos anteriores, entre 2013 e 2022, a JBS teve um lucro acumulado de R$ 55,5 bilhões. No mesmo período, a empresa somou uma receita de R$ 2,1 trilhões e um Ebitda de quase R$ 200 bilhões.

#JBS

Negócios

JBS faz um upgrade no Sul e exportações para a China devem crescer

17/01/2024
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Cerca de dois meses depois de comprar o abatedouro de suínos da Cooperativa Languiru, em Westfália, no Rio Grande do Sul, por cerca de R$ 80 milhões, a JBS conseguiu incluir a unidade na inspeção que a Administração Geral de Alfândegas da China começou essa semana a fazer em 28 frigoríficos brasileiros, por 15 dias. O objetivo é habilitar outros fornecedores para exportação de carnes bovina e suína para aquele país.

A unidade gaúcha é operada pela Seara e os investimentos que serão feitos nela, neste semestre, elevarão o abate para 3,4 mil animais por dia, em dois turnos. Hoje, o volume é menos da metade disso. Os chineses vão avaliar outras oito unidades da Seara no Brasil.

#China #Exportações #JBS

Destaque

Lítio entra no mapa da “JBS da transição energética”

11/10/2023
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Os irmãos Batista têm planos de criar a “JBS da transição energética”. O projeto passa pela ampliação das atividades da J&F Investimentos na área de mineração, com a sua entrada na produção de lítio. No grupo, há o entendimento de que este seria um momento propício para aquisições, uma vez que os poucos projetos existentes no Brasil ainda estão em período de maturação.

A tendência é que os ativos fiquem mais caros à medida que entraram em fase operacional. Vide a canadense Sigma Lithium, que nem bem iniciou a extração e já colocou sua subsidiária no Brasil à venda. A intenção da J&F é ter um arco de negócios voltados à produção de energia limpa. Ainda na mineração, seus planos incluem também a extração de níquel, outro insumo para a descarbonização da matriz energética – conforme o RR já informou, o conglomerado dos irmãos Batista teria interesse em disputar concessões no setor. A “JBS da transição energética” englobaria ainda a Âmbar Energia e outras atividades já existentes no grupo, como a produção de bioenergia a partir do metano emitido por suas fábricas e de resíduos orgânicos, como o sebo do boi e o óleo de cozinha. Procurada pelo RR, a J&F não quis se manifestar.

LEIA AINDA HOJE NO RR: OS NOVOS INVESTIMENTOS DA J&F EM LOGÍSTICA. 

#J&F Investimentos #JBS #Lítio

Empresa

Camil Alimentos avança em sua dieta de engorda

28/09/2023
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A Camil caminha a passos largos em sua estratégia de se tornar um grande conglomerado da área de alimentos, com atuação nos mais diferentes setores. Segundo o RR apurou, o novo alvo da empresa é o mercado de produtos congelados – um segmento dominado por gigantes como JBS e BRF. Trata-se de um negócio com margens de lucro maiores. Este é justamente um calcanhar de Aquiles da Camil neste momento.

No primeiro trimestre deste ano, as margens líquidas do grupo caíram de 4% para 2,4%, na comparação com igual período em 2022. Maior processadora de arroz do Brasil, a Camil já desembolsou mais de R$ 1,6 bilhão para ampliar seu cardápio de negócios. Nos últimos dois anos, mais especificamente, ingressou na indústria de torrefação de café e no segmento de biscoitos, com a compra, respectivamente, da Seleto e da Mabel. Neste ano, a receita líquida da Camil deve bater nos R$ 12 bilhões, contra aproximadamente R$ 11 bilhões em 2022.

#BRF #Camil Alimentos #JBS

Destaque

JBS quer barrar a possível coalizão entre BRF, Marfrig e Minerva

15/06/2023
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O aporte de R$ 4,5 bilhões na BRF liderado pela Marfrig e pela Salic, fundo soberano da Arábia Saudita, chacoalhou o setor. O RR tem informações de que a JBS estuda acionar o Cade contra a operação. O motivo é a interseção societária que a Salic passará a ter como acionista tanto da BRF quanto da Minerva Foods. O fundo árabe já tem uma posição relevante nesta última, com 30,5%. Após a injeção de capital, deverá ser dono também de algo em torno de 16% da BRF. Para os irmãos Batista, o que estaria por trás dessa engenharia é muito mais do que um mero investimento de portfólio. A dupla presença da Salic não passaria de um biombo para encobrir uma tríplice associação. Se não de direito, ao menos de fato. Concentração nos olhos dos outros é refresco. Sob a ótica dos irmãos Batista, donos de um império que soma mais de 60% dos abates de gado no Brasil, Minerva, BRF e, consequentemente, sua controladora, a Marfrig, teriam a faca e a carne na mão para discutir estratégias em conjunto e, sobretudo, operar em parceria na formação de preços. De alguma maneira, essa argumentação encontra eco em uma decisão anterior do próprio Cade. Em 2014, o Conselho aprovou com restrições a troca de ações realizada entre BRF e Minerva. O órgão antitruste questionou, inclusive, a presença de um representante da primeira no Conselho da segunda. Procurada pelo RR, a JBS não se pronunciou até o fechamento desta matéria. Marfrig, BRF e Minerva também, não quiseram comentar o assunto. 

Este é mais um round no duelo entre os irmãos Joesley e Wesley Batista e Marcos Molina, dono do Marfrig e apontado no mercado como o principal artífice da entrada da Salic na BRF. Os dois lados têm diferenças históricas que se acirraram mais recentemente. A própria JBS tinha interesse na incorporação da BRF. No entanto, Molina levou a melhor, com a estratégia de comprar seguidamente ações da companhia em bolsa. 

#BRF #Cade #JBS #Marfrig #Minerva Foods

Empresa

Brasil entra no mapa de expansão internacional da colombiana Klaxen

25/05/2023
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A colombiana Klaxen, fabricante de produtos de limpeza, prepara sua entrada no Brasil. Segundo um alto executivo de uma grande rede de supermercados, representantes da empresa já têm mantido contatos com empresas varejistas no país para “vender” seu peixe. A briga é dura: a Klaxen terá adversários pesos-pesados, como as multinacionais Unilever e P&G, com as quais já está acostumada a concorrer na Colômbia, e marcas nacionais, como a Minuano, pertencente ao conglomerado de marcas da J&F, dona da JBS. O Brasil é um dos pontos cardeais do processo de internacionalização da empresa colombiana. Com faturamento anual em torno de US$ 2,5 bilhões, a Klaxen está entrando nos Estados Unidos e prepara também seu desembarque no México.

#JBS #Klaxen #Minuano #P&G #Unilever

Internacional

JBS e Marfrig contam com a renovação de acordo tarifário com o México

27/04/2023
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As atenções dos dirigentes da JBS e da BRF, leia-se Marfrig, estão voltadas, neste momento, para o México. Nos bastidores do setor a informação é que o governo brasileiro – mais precisamente o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o chanceler Mauro Vieira – tem feito gestões junto às autoridades mexicanas para a renovação do regime especial adotado pelo país para a compra de carne de frango. O México suspendeu por um ano as tarifas de importação do produto para os países que já tinham frigoríficos habilitados pelas autoridades sanitárias locais. A princípio, a isenção expira no fim de maio. O Brasil tem sido o maior beneficiado pela medida. No ano passado, as exportações de frango para o mercado mexicano totalizaram 140 mil toneladas, 35% a mais do que em 2021.  

JBS e BRF são, disparadamente, as duas empresas mais favorecidas pelo abate tarifário mexicano: a dupla responde por mais de 70% da produção avícola brasileira. A empresa dos irmãos Batista se encontra em uma posição ainda mais privilegiada, dado o seu volume de exportações e sua notória força no tabuleiro das grandes negociações internacionais na cadeia da proteína.  

Um fator aumenta a probabilidade do governo do presidente Manuel Lopez Obrador renovar o regime especial: o México está entre os dez países latino-americanos que registraram casos de gripe aviária entre animais domésticos, o que levou ao abate e descarte de milhares de aves. A crise fitossanitária aumenta a necessidade de importações. Ressalte-se que mais de 20% da carne de frango consumidas no México são importados.  

#BRF #JBS #Marfrig #México #Ministério da Agricultura

Destaque

Vale, JBS e Anglo American disputam a corrida do níquel

25/04/2023
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Há um duelo de gigantes se desenhando na área de mineração. Segundo o RR apurou, Vale e JBS têm interesse em disputar a licitação das jazidas de níquel no Morro do Engenho e Santa Fé, em Goiás. No Ministério de Minas e Energia, a Anglo American também é identificada como uma das candidatas à operação. Segundo o RR apurou, o governo pretende lançar o edital no segundo semestre. Trata-se de uma das mais promissoras fronteiras do níquel no Brasil. Estimativas do Serviço Geológico Brasileiro indicam jazidas da ordem de 14 milhões de toneladas, um ativo que atrai players dos mais diversos matizes. No setor, há informações de que até Eike Batista vislumbra a oportunidade de voltar ao game, pegando carona na licitação das reservas. O empresário estaria se candidatando como adviser para trazer investidores estrangeiros. 

No ano passado, o governo Bolsonaro anunciou que a concessão das jazidas de Morro do Engenho e Santa Fé faria parte do PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), mas os estudos não ficaram prontos a tempo. O fato é que, entre idas e vindas, a licitação está para sair há quase uma década. No segundo mandato de Dilma Rousseff, a área foi incluída no rol dos bens da União que seriam privatizados. No entanto, àquela altura o governo recuou uma vez que o Código de Mineração passaria por uma atualização. Sob certo prisma, talvez tenha sido até melhor. Hoje há uma corrida global por insumos minerais fundamentais para a transição energética, caso do níquel. A Vale, por exemplo, tem aumentado sua aposta em metais básicos, vislumbrando um salto com a crescente demanda para a geração de energia verde. A companhia já anunciou a cisão da sua operação de níquel e cobre e a intenção de buscar um sócio. A transição energética também é o combustível que tem feito a Anglo American intensificar seus investimentos globais na produção de níquel. Recentemente, comprou 9,9% da Canada Nickel. No Brasil, o grupo alocou R$ 2,2 bilhões para aumentar sua capacidade de extração em Goiás.  

No caso da JBS, a aquisição das reservas do Morro do Engenho e Santa Fé representaria seu ingresso no mercado de níquel, um salto considerável para uma corporação que ainda engatinha no setor. A empresa da família Batista entrou na área de mineração há exatamente um ano com a compra de ativos de minério de ferro da própria Vale no Mato Grosso do Sul. 

#JBS #Ministério de Minas e Energia #Morro do Engenho #PPI #Vale do Rio Doce

Empresa

JBS avança sobre frigorífico da Rio Branco Alimentos

1/03/2023
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A JBS negocia a compra do complexo industrial da Rio Branco Alimentos na cidade de Palmeiras de Goiás (GO). A planta tem capacidade para o abate de aproximadamente 200 mil frangos por dia. Ou pouco mais de 70 milhões por ano. O movimento do conglomerado dos irmãos Batista tem um forte componente defensivo: evitar que a unidade caia nas mãos de um concorrente, notadamente a BRF. O negócio permitiria à JBS ampliar ainda mais a sua posição como maior produtora e exportadora de frangos do mundo, com mais de 4,4 bilhões de cabeças ano, o dobro da capacidade da BRF. Por sua vez, a Rio Branco Alimentos, dona da marca Pif Paf, segue a velha máxima de se desfazer de um anel para preservar os dedos. A negociação do complexo industrial de Goiás – uma das seis unidades de produção do grupo – tem como objetivo fazer caixa para reduzir o passivo. O que mais a Rio Branco quer abater nesse momento é sua dívida, em torno de R$ 1 bilhão. 

#BRF #JBS #Pif Paf

Negócios

JBS e BRF miram exportação de carne suína para o Peru

31/01/2023
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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, trabalha com o objetivo de abrir mais um mercado para a proteína brasileira. Fávaro vem mantendo tratativas com autoridades peruanas com o objetivo de garantir o credenciamento de mais frigoríficos para a venda de carne suína. O esforço tem endereço certo: JBS e BRF querem exportar o produto para o país vizinho. No início de janeiro, o Ministério de Desarollo Agrario do Peru autorizou o frigorífico Dom Porquito, do Acre, a fazer um primeiro embarque do produto. Não passa de um pequeno aperitivo. Favaro tem dito a quem quiser ouvir que a América Latina vai se tornar um mercado cativo para a cadeia de proteína oriunda das companhias brasileiras.

#BRF #Carlos Fávaro #JBS

Sebo que vale milhões

23/09/2022
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A JBS planeja construir mais duas plantas de biodiesel, um investimento total da ordem de R$ 400 milhões. A empresa já tem três usinas, com capacidade total de 720 milhões de litros por ano. Os irmão Batista já são os maiores produtores mundiais de biodiesel de sebo bovino.

#Biodiesel #JBS

J&F Investimentos avança sobre os trilhos da Malha Oeste

29/07/2022
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O RR apurou que a J&F Investimentos, dona da JBS, pretende entrar no setor ferroviário. Trata-se de um passo a mais no processo de diversificação do grupo conduzido pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. O objetivo é ter uma logística própria para o escoamento do minério de ferro e do manganês produzidos nas minas compradas recentemente junto à Vale, no Mato Grosso do Sul.

De acordo com a mesma fonte, a J&F avalia disputar a relicitação da Malha Oeste, incluída no PPI (Programa de Parcerias de Investimento). O governo Bolsonaro corre contra o relógio para leiloar a concessão ainda neste ano – a Rumo Logística (Cosan) devolveu a licença à União. Estima-se que a revitalização dos quase dois mil quilômetros da Malha Oeste exigirá quase R$ 15 bilhões em investimentos. A operação daria ao braço de mineração da J&F uma saída estratégica pelo Porto de Santos, a partir da ligação da Malha Oeste com a Malha Sul.

A disposição da J&F de investir em logística ferroviária reforça que a compra das minas da Vale em Corumbá foi só um aquecimento. Os irmãos Batista vão partir para a aquisição de mais ativos em mineração. O que não falta à J&F é caixa para entrar em novos negócios. Somente no ano passado, a holding embolsou mais de R$ 7 bilhões em dividendos da JBS.

#Cosan #J&F Investimentos #JBS #Rumo Logística #Wesley Batista

Minoritários da JBS são carne de pescoço

26/07/2022
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O embate entre os irmãos Batista e minoritários da JBS terá mais um capítulo. A SPS Capital estuda recorrer ao STF contra a decisão do STJ, que suspendeu uma arbitragem da gestora e de outros investidores contra os donos da empresa. A Corte entendeu que já havia outro processo similar aberto pelos próprios Batista, uma decisão controversa e sem precedentes no STJ. Os minoritários cobram indenização de R$ 12 bilhões como ressarcimento à JBS por desvios de caixa para o pagamento de propina.

#JBS #SPS Capital

Carne moída

7/07/2022
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Há um zunzunzum no setor de que a China vai anunciar a suspensão das importações de carne outros três frigoríficos brasileiros. Há pouco mais de um mês, os chineses interromperam as compras de duas plantas da JBS e outras duas da Marfrig.

#China #JBS #Marfrig

Fundo verde

4/07/2022
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Fundo ligado à finlandesa Nordea Asset Management está selecionando projetos sustentáveis no Brasil, notadamente na Amazônia. A gestora europeia tem uma forte pegada na agenda ESG. Há cerca de dois anos, por exemplo, decidiu retirar a JBS de todos os fundos que administra por questões de ordem ambiental e governança.

#ESG #JBS #Nordea Asset Management

O risco que vem da Coreia

13/06/2022
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Sinal de alerta para JBS, BRF, Marfrig e cia. O Ministério da Agricultura da Coreia do Sul deverá enviar uma comissão ao Brasil para inspecionar unidades de abate de suínos. Há o risco de o país asiático descredenciar empresas brasileiras justo no momento em que suspendeu as tarifas para importação de carne de porco.

#BRF #JBS #Marfrig

JBS prepara mudança da sede fiscal para os EUA

10/03/2022
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O RR apurou que a JBS retomou o processo de transferência da sua sede fiscal para o exterior, mais precisamente para os Estados Unidos. Ontem, de acordo com uma fonte do próprio BNDES, a mudança já era dada como praticamente certa nos corredores do banco, segundo maior acionista da companhia. Ressalte-se que a JBS USA, que engloba as divisões JBS USA Beef, JBS USA Pork e Pilgrim’s Pride, já responde por mais de 75% da receita do grupo. Ou seja: na prática, não é de hoje que o Brasil se tornou um satélite nos negócios dos irmãos Batista.

Além do tamanho da operação, outras questões empurram a JBS para os Estados Unidos, como menor risco sistêmico, redução do custo de financiamento e simplificação tributária. Ressalte-se que um movimento como este pode extrapolar os limites da companhia. A decisão da JBS de tirar sua sede do Brasil cria um estímulo para que outras empresas de commodities, a começar pela Vale, façam o mesmo. Levar a sede fiscal da JBS para o exterior é um plano antigo de Joesley e Wesley Batista.

Em 2016, a companhia tentou se transferir para a Irlanda. O movimento, no entanto, foi barrado pelo BNDES, então presidido por Maria Silvia Bastos Marques. Em 2019, sob o codinome de Projeto Hidra, o assunto voltou à baila na companhia. Na ocasião, a JBS trabalhou com a possibilidade de se mudar para a Holanda ou Luxemburgo. Mais uma vez, ficou no papel. Agora, no entanto, as circunstâncias são favoráveis aos irmãos Batista. O BNDES não tem mais o mesmo poderio de antes.

E, pelo jeito, nem quer ter. Nos últimos meses, vem se desfazendo de ações da JBS, no que parece ser um movimento de retirada gradativa da companhia. Além disso, o banco paga também o preço de ter comido mosca nas gestões anteriores. Não obstante o peso societário do BNDES, segundo maior acionista, atrás apenas da família Batista, não há no acordo de acionistas qualquer trava formal que dê à agência de fomento poder de veto sobre a transferência do centro de decisões da empresa. O RR fez várias tentativas de contato com a JBS, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição. Também procurado, o BNDES informou que “não comenta nenhum tipo de especulação a respeito de transações envolvendo suas participações no mercado.”. Igualmente consultada, a CVM disse que “não comenta casos específicos.”

#BNDES #JBS #Wesley Batista

Coalizão “anti-Lava Jato” no STJ

16/12/2021
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A candidatura da desembargadora do TRF-1 Mônica Sifuentes ao STJ enfrenta resistências da ala anti-Lava Jato da Corte, a começar pelo presidente do Tribunal, Humberto Martins. Entre outras matérias relacionadas à operação, a desembargadora defendeu a prisão de delatores que mentiram ou omitiram informações em seus depoimentos. Foi o caso de Joesley Batista e do então executivo da JBS, Ricardo Saud. Mônica autorizou a prisão dos dois após o MPF identificar que ambos esconderam fatos relevantes em seus acordos de delação. Curiosamente, bateu de frente com o ministro do STJ Néfi Cordeiro. A desembargadora disputa justamente a vaga aberta por Cordeiro na Corte. Procurado, o STJ limitou-se a informar que a formação das listas para a escolha dos novos ministros será no dia 23 de fevereiro. Sobre a resistência interna ao nome de Mônica Sifuentes nenhuma palavra.

#JBS #Joesley Batista #Mônica Sifuentes #STJ

Legado JBS

1/12/2021
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O Ministério Público Eleitoral já se movimenta para recorrer ao TSE da recente decisão do Tribunal Eleitoral do Piauí, que suspendeu o processo contra o senador Marcelo Castro. O parlamentar é acusado de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Ele seria um dos membros da “bancada da JBS”, leia-se parlamentares que teriam recebido doação ilegal, segundo a delação premiada do próprio empresário Joesley Batista.

#JBS #Joesley Batista #Ministério Público Eleitoral

Acabou a pipoca

30/11/2021
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Apesar da pressão de grandes frigoríficos, a exemplo de JBS e BRF, o Ministério da Economia não vai estender a isenção do PIS/Cofins sobre a importação de milho, que vigora até 31 de dezembro. Para a equipe econômica, o waiver tributário perdeu sentido com a recente queda dos preços do cereal no mercado interno.

#BRF #JBS #Ministério da Economia

Os Batista na mídia

23/11/2021
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Alguns operadores insistem que a JBS ou os seus controladores, os irmãos Joesley e Wesley Batista, estariam sondando o mercado para aquisição de uma empresa de comunicação. Aparentemente não faz o menor sentido, tendo em vista a credibilidade dos virtuais compradores. Como não poderia deixar de ser, a assessoria da holding J&F Investimentos nega a informação. Mas o boato é recorrentemente repetido.

#JBS #Joesley Batista #Wesley Batista

Acervo RR

Espinhos

15/06/2021
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Há uma desavença espinhosa entre dois dirigentes da JBS. Um deles lembra um personagem de Macbeth. Já esteve em boa conta entre seus pares; hoje, causa medo.

#JBS

Salmonella é o “S” da sigla ESG na JBS

4/06/2021
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Há um risco duplo para a JBS caso se confirmem as ameaças da Arábia Saudita de suspender todas as importações de carne de frango brasileira por tempo indeterminado – informação que circula nos bastidores do setor. O primeiro é a perda direta da receita com as exportações para o país asiático, o que, na prática, nem chega a ser algo tão significativo: estima-se que as vendas para a Arábia Saudita representem apenas 1% do faturamento total do grupo – R$ 270 bilhões no ano passado. O segundo risco, o que dói mesmo para a JBS, é o impacto intangível da medida. O eventual embargo dos árabes ao frango brasileiro representará um duro baque para a marca e a reputação institucional da empresa. Todo este enredo atinge aquele que é o maior calcanhar de Aquiles da JBS – noves fora os delitos dos irmãos Batista: suas práticas socioambientais.

No início de maio, a Arábia Saudita interrompeu as compras de carne de frango de 11 frigoríficos brasileiros, sendo sete deles da companhia – ou seja, um terço das unidades de abate habilitadas para vender ao país asiático (21 no total). O governo árabe demorou ao menos três dias para revelar o que motivou a suspensão dos embarques, período em que a JBS rezou para que a razão da medida não fosse a contaminação do produto por salmonella. De nada adiantaram as preces da empresa: a Arábia Saudita alegou ter detectado a presença da bactéria em vários lotes de frango importados do Brasil.

Como se sabe, a JBS está gastando mundos e fundos para incorporar a sigla EGS (Environmental, Socialand Governance) ao seu brand. Recentemente, a empresa anunciou um investimento de US$ 1 bilhão até 2030 para reduzir as emissões de carbono. Por ora, no entanto, o “S” de ESG parece remeter ao microscópico agente de contaminação da imagem da companhia: a salmonella está grudada no histórico recente da JBS. Em julho de 2019, o Reino Unido devolveu 1,4 mil toneladas de carne de frango importadas do Brasil após identificar a presença da bactéria. Parte havia sido produzida pela empresa.

Em dezembro de 2018, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), órgão análogo à Anvisa nos Estados Unidos, cerca de 330 pessoas foram infectadas por salmonella detectada em lotes de carne bovina produzidas pela JBS Tolleson, subsidiária do grupo. 91 consumidores foram hospitalizados. Um mês antes, a JBS chegou a recolher três mil toneladas de carne moída nos Estados Unidos por suspeita de contaminação pelo microrganismo. Voltando um pouco mais no tempo, em 2012, o serviço de fiscalização veterinária e fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) também encontrou a presença da salmonella em carne bovina congelada da JBS. Como se sabe, a reprodução da bactéria está vinculada à qualidade do ambiente de produção como um todo. A própria ONU adota o conceito de Saúde Única, que considera a integração entre saúde humana, animal e ambiental.

Se a suspensão dos 11 frigoríficos e a ameaça de um embargo total da Arábia Saudita são ruins para a JBS, são piores ainda para o Brasil. O imbróglio deve desaguar em uma guerra na OMC. Segundo maior importador de carne de frango brasileira, atrás apenas da China, a Arábia já acionou a entidade. O país quer reduzir o prazo de validade de frangos in natura congelados e de seus cortes, de um ano para três meses contados a partir da data de abate. O Brasil, por sua vez, já anunciou que também entrará contra o país asiático na OMC, mais precisamente junto ao Comitê de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias da Organização. O governo contesta as acusações contra os frigoríficos brasileiros. Está no seu papel. Na avaliação das autoridades, a Arábia Saudita encontrou um pretexto para diminuir as importações, uma vez que o país tem planos de se tornar autossuficiente na produção de carne de frango. Não consta que o mesmo argumento possa ser aplicado aos Estados Unidos, Reino Unido e Rússia, quando, cada um a seu tempo, trituram a reputação da JBS.

#JBS

Encontro de contas: os ativos e passivos da JBS

17/05/2021
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O RR já tocou no assunto, mas convém reprisar porque a causa é boa. Seria desejável que a JBS seguisse um balanço social à vera, colocando, como ativos, as boas iniciativas que estão sendo executadas na área ambiental e, como passivo, os dividendos pagos aos irmãos Batista. Como se sabe, a companhia distribuiu R$ 2,5 bilhões na última semana e aponta para um recorde de dividendos de R$ 3 bilhões neste ano. Parcela dessa magnífica prosperidade é um carry over das travessuras dos irmãos Batista em um passado ainda recente. Também poderia ser incluído na coluna dos passivos o estrago feito com os pequenos abatedouros e frigoríficos, alvo de ações pouco ortodoxas. Por enquanto, camuflado por um manto espesso de marketing, o assunto virou letra morta. Ou seja: pelo menos na cadeia da proteína, o crime compensa.

#JBS

Butantan

3/05/2021
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A espetaculosa operação de marketing socioambiental da JBS foi toda idealizada pelo Rasputin de saias da companhia. A influente figura comanda a comunicação da empresa e é temida dentro da corporação por sua influência e seus métodos.

#JBS

As lições do passado e o estelionato ambiental

29/04/2021
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Antigas ideias podem resolver novos problemas. A frase remonta a projetos não realizados de dois pensadores, antípodas, que estavam muito à frente do seu tempo. O sociólogo Betinho e ex-presidente da FGV Jorge Oscar de Mello Flores, nos idos da década de 80, já estavam buscando respostas para a validação dos efetivos cuidados com o meio ambiente. Betinho tentava encaixar a proposta do selo socioambiental no projeto pioneiro do balanço social. A ideia das demonstrações contábeis foi aprovada pela CVM, mas com a exclusão do selo. O conceito da certificação era simples: definir variáveis de sustentabilidade que deveriam ser cumpridas obrigatoriamente, com auditoria das práticas. Se os resultados positivos fossem comprovados, a empresa estaria a apta a imprimir o selo, que seria aplicado nas embalagens de todos os produtos. Seria, então, feita uma campanha para o cidadão decidir pela compra dos bens que tivessem o selo, ainda que o comprovante não fosse obrigatório. A iniciativa induziria mais e mais corporações a se adequarem às práticas socioambientais corretas.

Já o Dr. Flores defendia a criação de um balanço social de verdade, onde se encontraria uma fórmula de cálculo para definir ativos e passivos socioambientais no tempo – vide o caso JBS (RR de 27 de abril). Por esse modelo, empresas como a Souza Cruz não poderiam cometer estelionato ambiental, pois carregariam um enorme passivo em mortes que não seria compensado, por exemplo, com um ativo de redução de dióxido de carbono. As ideias de Betinho e Jorge Oscar de Mello Flores estão guardadas na gaveta da história, prontas para serem resgatadas por alguém que passe um pente fino na contribuição das empresas ao meio ambiente.

#Betinho #CVM #Dr. Flores #JBS #Jorge Oscar de Mello Flores

Publicidade da JBS não apaga seu passivo ambiental

27/04/2021
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O compromisso público da JBS de investir US$ 1 bilhão até 2030 para reduzir as emissões de carbono é, por si só, uma notícia positiva. No entanto, é preciso avaliar se a cifra é uma fração pequena para compensar o passivo da empresa no quesito sustentabilidade. A JBS é uma corporação condenada pelo seu passado – também nessa área. Que o diga a britânica Global Witness, uma das mais respeitadas entidades do terceiro setor em todo o mundo. Em dezembro, a ONG divulgou um detalhado relatório acusando a empresa de ter comprado gado de 327 fazendas do Pará nas quais ocorreu desmatamento ilegal. De acordo com o levantamento, somente na região de São Félix do Xingu a JBS fez negócio com 109 propriedades alvo de desmate criminoso entre 2017 e 2019.

A JBS contesta o estudo da ONG. Mas a Global Witness não está sozinha. Em outubro do ano passado, outra entidade mundial, a Mighty Earth, desacreditou os planos da empresa dos irmãos Batista de zerar sua contribuição para o desmatamento da Amazônia, classificando-os como mais uma promessa “de uma longa linha de compromissos públicos sem continuidade”. Segundo a Mighty Earth, há mais de dez anos a JBS anuncia que deixará de comprar gado de fazendas desmatadas ilegalmente, sem honrar sua palavra.

O descrédito se alastra também entre investidores. A gestora finlandesa Nordea Asset Management, que administra 200 bilhões de euros, vendeu todas as ações da JBS em carteira. A decisão foi motivada pela suposta ligação da empresa com a destruição ambiental da Amazônia. Ressalte-se ainda o estudo realizado pela Chain Reaction Research (CRR), consórcio de entidades de conservação do meio ambiente. Ao analisar o desmatamento na cadeia de fornecimento da JBS, a CCR identificou uma expressiva exposição a riscos associados à destruição ambiental que podem comprometer 26% do seu lucro e aumentar seu custo de capital em cerca de 30%.

Os cálculos provavelmente não levam em consideração o papel decisivo da JBS na destruição de pequenos abatedouros, inclusive fazendo campanha para que houvesse intervenção sanitária nessas empresas. O resultado foi uma carnificina de milhares de postos de trabalho. O passado, portanto, justifica o estardalhaço com que a companhia anunciou seu plano de reduzir as emissões de carbono, com anúncios pagos na capa das principais publicações impressas do país. Por ora, o tamanho da exposição da JBS na mídia mais indica que a companhia quer surfar na onda da sustentabilidade e fazer com que o seu passado seja esquecido.

#JBS

O crime dos irmãos Batista compensa

22/04/2021
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A rentabilidade da JBS é uma prova de que o crime compensa. Conforme informou o Valor Econômico na última segunda-feira, desde maio de 2017, quando estourou o escândalo da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer, o valor de mercado da empresa cresceu 223%. Esse número joga foco sobre uma lacuna da Lava Jato: mesmo com todos os delitos praticados e confessados à Justiça, Joesley e demais controladores da JBS seguem auferindo lucros expressivos – parte deles provenientes de facilidades geradas por crimes cometidos bem antes da conversa imprópria com Temer.

A JBS fechou um ótimo negócio vis-à-vis a proporção dos crimes cometidos e os ganhos obtidos. Em seu acordo de leniência, o grupo comprometeu-se a pagar uma multa de R$ 10,3 bilhões ao longo de 25 anos. Com a correção pelo IPCA, estima-se que o valor final chegue a R$ 20 bilhões, ou seja, uma “prestação” de aproximadamente R$ 800 milhões/ano. Para efeito de comparação, essa cifra equivale a 35% do lucro médio da JBS entre 2017 e 2020 (R$ 2,28 bilhões por ano). Ou a menos de 3% do faturamento da empresa só em 2020. Se pensarmos na multa imposta, na física, aos irmãos Joesley e Wesley Batista, a punição pelos malfeitos foi ainda mais irrisória: R$ 1 bilhão.

O RR já tratou do assunto em 25 de novembro de 2019. À época, a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara chegou a discutir um projeto prevendo a desapropriação de empresas cujos controladores tenham sido condenados por crime de corrupção ou lavagem de dinheiro. Com o desmonte da Lava Jato, o tema volta à tona: é necessário criar algum tipo de mecanismo para evitar que esse primado da usurpação indevida se perpetue.

A Constituição prevê a possibilidade de expropriação, mas apenas de bens imobiliários. Na avaliação de juristas consultados pelo RR, a hipótese de desapropriação de companhias pertencentes a empresários condenados por corrupção exigiria uma PEC. Ressalte-se que, em 2016, o então ministro da Transparência, Torquato Jardim, chegou a propor ao Congresso mudanças na Lei Anticorrupção. Sua recomendação previa a venda compulsória do controle ou até mesmo a dissolução de empresas reincidentes em casos de pagamento de propina. Por ora, a JBS segue como se a Lava Jato sequer tivesse existido. Ainda que indiretamente, a compra da holandesa Vivera, anunciada na segunda-feira, é mais um bônus de negociações suspeitas realizadas no passado.

#JBS #Joesley Batista

O PIB brasileiro a caminho da América

10/09/2020
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O Grupo Votorantim seguiu os passos da JBS e está fazendo a América. Atualmente, parcela expressiva da sua arrecadação vem dos Estados Unidos. No último trimestre, a receita líquida dos Ermírio de Moraes na América do Norte atingiu R$ 1,5 bilhão, o que representa um aumento de 40% em relação ao mesmo período no ano anterior. É bem verdade que a valorização do dólar explica uma parte do pedaço. A pandemia impactou o setor de construção civil menos do que se esperava. A receita líquida no Brasil foi de R$ 1,8 bilhão, com crescimento de 9% em relação ao segundo trimestre de 2019. Não vai demorar muito e Votorantim e JBS vão transferir sua sede fiscal para os Estados Unidos. Em tempo: a JBS já tentou, e tomou gongo, nos idos de um BNDES muito diferente do que esse que aí está.

#Grupo Votorantim #JBS

Alta caloria

19/08/2020
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Para desgosto daqueles que torcem contra, a JBS não para de aumentar o seu peso na balança comercial e no balanço de pagamentos do Brasil. Para este ano, mesmo com a pandemia, o mercado já projeta uma receita líquida do grupo próxima dos R$ 250 bilhões, o que representaria um crescimento de 20% sobre o ano passado. A JBS surfa na alta do câmbio: mais de 85% da sua receita são em dólar. Os inimigos evitam comer carne.

#JBS

“Nova fase” da Lava Jato pode cassar controle acionário; irmãos Batista devem puxar a fila

25/11/2019
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A Lava Jato pode renascer das cinzas com um vigor punitivo sem precedentes na história do país. O RR teve a informação de que o Congresso, mais especificamente a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, retomou, discretamente, as discussões em torno de um projeto de lei ou PEC propondo a transferência compulsória do controle de empresas cujos acionistas tenham sido condenados por crime de corrupção, lavagem de dinheiro e congêneres. Segundo o RR apurou, o Legislativo tem sido encorajado pelo Palácio do Planalto a levar a medida adiante. No círculo palaciano, a proposta é vista como passível de ser capitalizada pelo presidente Jair Bolsonaro, que tem sido acusado de agir para matar a Lava Jato e asfixiar ações de combate à corrupção por motivações óbvias e consanguíneas. A ressurreição da operação lhe traria dividendos políticos, ao vir acompanhada da mensagem de que o seu governo foi o mais rigoroso na punição dos criminosos de “colarinho branco”.

Todas as corporações investigadas ou mesmo condenadas na Lava Jato ou em operações afins – Zelotes, Greenfield, Carne Fraca etc – estariam potencialmente na linha de tiro da nova legislação. A título de exemplo do que vem sendo chamado no Congresso de “prêmio do crime”, não haveria caso mais emblemático, devido à relação valor da punição/lucro empresarial, do que a JBS, dos irmãos e corruptores confessos Joesley e Wesley Batista. Coincidência ou não, a proposta renasce no Congresso justamente no momento em que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pede ao STF a anulação do acordo de delação dos Batista. A eventual suspensão do acordo representaria o fim da alforria que os irmãos Batista receberam pelos crimes flagrados na Lava Jato. A anulação retiraria toda a blindagem jurídica que hoje protege os dois empresários, abrindo caminho para a reabertura das ações criminais contra a dupla e, eventualmente, a sua condenação. Não por acaso, a JBS tem sido a referência nos debates do tema entre parlamentares.

O projeto em discussão é de que o dano causado à sociedade não pode ser transformado em prêmio à criminalidade deixando o acionista com o controle e os frutos da empresa mediante o pagamento de uma multa proporcionalmente inexpressiva. De fato, se há uma corporação no Brasil que faz parecer que o crime compensa é a companhia dos irmãos Batista, dada a dosimetria da punição que os empresários receberam. Diferentemente de outras empresas ou mesmo setores inteiros da economia devastados pela Lava Jato, como construção pesada e  indústria naval, os acionistas da JBS pagaram pouco, muito pouco pelos delitos que cometeram e os dividendos de prosperidade que auferiram. A multa imposta no acordo de leniência foi quase um presente vis-à-vis o faturamento e a lucratividade da companhia. Pelo acordo homologado com o MPF, Joesley e Wesley Batista comprometeram-se, em 2017, a pagar uma multa de R$ 10,3 bilhões ao longo de 25 anos. Corrigida, a cifra pode se aproximar dos R$ 20 bilhões, mas, para efeito de comparação, tomemos como base o valor de face da punição, assim como dos resultados da JBS.

A punição equivale a 6,4% do faturamento médio da companhia entre 2014 e 2018 (R$ 159,2 bilhões/ano), um pedaço do período mais recente em que os Batistas inflaram sua rentabilidade com o dinheiro do crime. Dividida em valores iguais pelo período de 25 anos, a multa equivale a aproximadamente R$ 412 milhões/ano. Não chega a um quarto do lucro médio auferido pela JBS nos últimos cinco anos (R$ 1,86 bilhão por ano). Representa ainda menos de um terço do lucro atribuído a sócios da empresa controladora no mesmo período, de acordo com o balanço da JBS – algo como R$ 1,4 bilhão, em média, por ano. Em um exercício meramente hipotético, se a lucratividade média da companhia nos últimos cinco anos se mantiver constante ao longo dos 25 anos de pagamento da multa, o grupo terá um resultado positivo de R$ 46,5 bilhões, quase cinco vezes o valor de face do acordo de leniência. Ressalte-se ainda que uma parte incalculável, mas certamente bastante expressiva, embutida nesses números, tanto a valor presente quanto futuro, decorre da “absolvição” dos Batista e da JBS em função do acordo de leniência.

Não por acaso, entre parlamentares, há quem diga que Joesley e Wesley cometeram o “crime perfeito”. Subornaram políticos e autoridades, trocaram favores com partidos políticos, se aproveitaram do desvio de recursos públicos, receberam empréstimos oriundos do erário e construíram um império erguido sobre a combinação dessas práticas, sem perder nem um hectare desse latifúndio empresarial com a descoberta de seus delitos. Ao contrário de outras corporações fisgadas pela Lava Jato, a JBS está onde sempre esteve e é muito maior. Diante da gravidade do assunto, o RR entrou em contato com a empresa, por intermédio do assessor de comunicação Guilherme Barros. Na última terça-feira, dia 19, encaminhou 10 perguntas elaboradas com o apoio de parlamentares. A JBS, no entanto, sequer retornou à newsletter no prazo dado para resposta das questões – última quinta-feira, dia 21, às 17 horas. A medida em discussão no Congresso é extremamente polêmica e exige um amplo e profundo debate entre os mais diversos setores da sociedade. Não obstante a gravidade dos crimes correlatos, a proposta de expatriação soa como algo pouco afeito a regimes democráticos. Mas não é estranha à Constituição.

Os artigos 182 e 184 da Constituição também estabelecem condições de tomada do controle privado pelo Estado, mas sempre com foco na propriedade imobiliária, seja ela urbana ou rural. Nos dois artigos, a expropriação é sempre vinculada a uma contrapartida, com o pagamento de indenização em dinheiro. A exceção está no Artigo 243, que versa sobre a hipótese de confisco – “expropriação imediata, sem direito à indenização”. O objeto são imóveis rurais, “glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas psicotrópicas”. Não, há, portanto, na Constituição menções específicas à possibilidade de expropriação de bens mobiliários, caso das ações de uma empresa. Por esta razão, no entendimento de juristas ouvidos pelo RR, a hipótese de punição de empresas criminalizadas mediante venda obrigatória do controle exigiria uma Proposta de Emenda Constitucional em nome da sua segurança jurídica. De toda a forma, a ideia não é nova.

Nos últimos anos, já espocou aqui e acolá, ainda que com nuances diferentes. Em 2016, no auge da Lava Jato, o então ministro da Transparência, Torquato Jardim, propôs ao Congresso mudanças na Lei Anticorrupção. À época, Jardim recomendou a venda compulsória do controle ou, em um movimento ainda mais radical, até mesmo a dissolução de empresas reincidentes em casos de pagamento de propina a autoridades e envolvimento em desvio de recursos públicos. O foco principal eram companhias que mantinham contrato com o governo. Mas as discussões não avançaram. No fim do ano passado, uma comissão de juristas – entre os quais os professores Carlos Ari Sundfeld (FGV-SP), Juarez Freitas (UFRGS) e Sérgio Guerra (FGV-Rio) – encaminhou a Rodrigo Maia um pacote de propostas para o combate à corrupção. Entre elas, uma emenda na Lei Anticorrupção (1.846/13), estabelecendo que os donos de empresas envolvidos em crimes desta natureza sejam obrigados a vender todas as suas ações em um prazo de dois anos.

Como forma de evitar casuísmos ou arbitrariedades, a premissa das discussões em curso no Congresso neste momento é que a expropriação somente se consumaria depois de o processo transitar em julgado, ou seja, esgotados todos os recursos jurídicos possíveis. Com o respaldo de juristas, membros da CCJ estudam se a medida poderia ser implantada apenas com a mudança na Lei Anticorrupção ou se trata de matéria constitucional, o que exigiria uma PEC. Em seu artigo 5º, a Carta Magna prevê a inviolabilidade do direito à propriedade. No entanto, como pontua o jurista Roger Stiefelmann Leal, doutor em Direto do Estado pela USP e professor de Direito Constitucional na Faculdade de Direito da USP, em seu trabalho “A propriedade como direito fundamental”, isso não significa que “a propriedade assume, em face da ordem constitucional, caráter absoluto, que inadmite restrições. A exemplo de diversos direitos fundamentais, o direito de propriedade comporta limitações e abrandamentos em sua aplicação em nome de outros valores também tutelados pelo texto constitucional.”. próprio artigo 5º, em seu parágrafo XXIV, diz que “a lei estabeleceráo procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta Constituição.”

A legislação penal até contempla hipóteses de confisco em situações que guardam mais proximidade com os crimes da Lava Jato e as discussões em andamento no Congresso. Mas o entendimento é que a medida se aplica ao “produto do crime”, ou seja ganhos pecuniários auferidos em razão de práticas ilícitas. O Artigo 91 do Código Penal determina a perda em favor da União – “com a ressalva dos legítimos direitos do lesado e do terceiro de boa-fé” – do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática de fato criminoso”. Dispositivo razoavelmente semelhante está previsto no Artigo 7º, I, da Lei no 9.613, de 1998, que dispõe sobre os crimes de lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. Como ressalta Roger Stiefelmann Leal, “o confisco constitui, portanto, penalidade excepcional de privação da propriedade sem o pagamento de indenização, que somente cabe ser aplicada mediante expressa previsão em lei”.

A legislação que priva os controladores dos seus direitos pode ter uma amplitude e flexibilidade bastante variadas. Há dúvida se a expropriação atingiria os detentores de capital das empresas com prejuízos no período de prática corrupta, ou que estão em recuperação judicial. A premissa, um tanto o quanto tortuosa, é que, não havendo lucro, não haveria o “prêmio do crime”. Outra questão complexa diz respeito ao procedimento em relação aos acionistas com parentesco, tendo ou não havido transferência de ações dos controladores no período determinado. Não existiria o risco de favorecimento por aproximação familiar? Não estaria configurado um “laranjal de ordem natural”? Finalmente, não seriam os parentes acionistas sujeitos à mesma regra de expropriação? A proposta de cassação do controle, com venda posterior em leilão público, tem semelhanças com um ovo de serpente. Pode ser um destampatório de iniciativas contra a propriedade em um governo que, apesar da pegada liberal, tem um DNA autoritário e protofacista. O RR põe um pé atrás com esse tipo de medida. Mas não há como não concordar que os criminosos foram favorecidos, as multas foram baixas, eles poluem as empresas e estimulam outras contravenções. Roubar e acumular fortunas pagando um dízimo bem menor do que o retorno do capital pode ser considerado um bom negócio por muita gente.

#Jair Bolsonaro #JBS #Joesley Batista #Lava Jato #Wesley Batista

Crash da JBS?

13/11/2019
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O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, baixou “decreto”:a venda da participação de 22% na JBS é para ontem. O banco disputa uma corrida contra o STF e a possível anulação do acordo de delação dos irmãos Batista. Apenas para relembrar: em março de 2017, quando estourou o caso Joesley/Temer, o valor de mercado da empresa caiu 30% em apenas um mês.

#Gustavo Montezano #JBS

Higienização

12/11/2019
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Colegas de Corte têm aconselhado o ministro Vital do Rêgo a pedir licença do TCU o quanto antes para se defender das acusações de que recebeu propina da JBS. Tudo para tirar os holofotes de cima do Tribunal.

#JBS #TCU

JBS prepara um banquete no maior silêncio

13/08/2019
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Mesmo para quem enxerga apenas os notórios contratempos da JBS, não há como negar que a empresa se tornou o maior colosso empresarial do país. A JBS venceu, playboy! O ano de 2019 promete ser o melhor da sua história.O grupo vai romper a barreira dos R$ 200 bilhões em faturamento – contra R$ 182 bilhões em 2018 –, consolidando-se como a maior receita entre as companhias privadas não-financeiras do Brasil. A emblemática cifra deverá ser celebrada com a extinção de todas as pendências junto às autoridades norte-americanas. Segundo o RR apurou, a JBS USA, responsável por mais de 80% do faturamento do grupo, estaria em negociações avançadas para fechar ainda neste ano um acordo com o Departamento de Justiça norte-americano (DOJ).

Guardadas as devidas proporções, o imprimatur do DOJ funciona como uma leniência, um atestado de que a empresa está quite com a legislação local. Com a vantagem de que, ao contrário do Brasil, todos os processos e eventuais punições ficam concentrados em um único órgão. O acordo com o Departamento de Justiça é a peça que falta para o grande salto do conglomerado: o tão aguardado IPO da JBS USA nos Estados Unidos. A operação deverá ocorrer no primeiro trimestre de 2020. O timing seria feito sob medida para evitar qualquer tipo de entrave junto ao BNDES, sócio do grupo.

A rigor, no entendimento dos acionistas controladores da JBS, a oferta de capital do braço norte-americano não precisaria da anuência do banco. No entanto, o atual acordo de acionistas da empresa – firmado em 2009 e renovado automaticamente em 2014 – vence no dia 22 de dezembro deste ano. Uma série de circunstâncias no mercado internacional conspira para o crescimento dos resultados da JBS. As vendas para os Estados Unidos vão de vento em popa com o impulso da economia local – o PIB norte-americano subiu 3,1% no primeiro trimestre. A companhia surfa também no surto da chamada febre africana que afeta as criações de porcos na China. A doença já dizimou mais de 10% dos animais no país asiático, detentor do maior rebanho suíno do mundo.

Na esteira da moléstia, há previsões de que o preço da carne de porco no mercado chinês deverá subir até 70% neste ano. A JBS ganha duas vezes. Além do efeito direto, com o crescimento dos embarques de carne de porco para a China, a companhia tem feito um banquete devido ao aumento do consumo de carne de boi no país asiático para compensar a queda na oferta de suínos. Nos primeiros quatro meses do ano, a subsidiária da JBS na Austrália ampliou em quase 80% as exportações de produtos de origem bovina para o mercado chinês. A JBS tem anticorpos naturais que lhe permitiram, do ponto de vista do business, passar praticamente incólume aos momentos mais conturbados da sua história recente. Ao contrário das empreiteiras, a empresa não foi atingida no plexo pela Lava Jato. É a vantagem de não ter o Estado brasileiro como cliente.

Seu mercado é o mundo. Desta forma, mesmo com os efeitos da Operação sobre seus acionistas controladores, a companhia conseguiu caminhar a latere. A título de comparação, se a Lava Jato atingisse a Vale, o efeito seria o mesmo da JBS. Apesar de todas as controvérsias e da instrumentalização política em torno dos aportes do BNDES, a participação na JBS é, com o perdão do trocadilho, o filé mignon da carteira da BNDESPar e, consequentemente, do já anunciado plano de desmobilização de ativos da instituição. Em 2007, quando o banco fez a primeira injeção de capital na empresa, a ação estava em R$ 7. Hoje, é negociada na casa dos R$ 28. Nesse intervalo, houve um natural período de queda pelos motivos mais do que óbvios, mas, nos últimos 12 meses, o papel acumula uma alta de 223%. Significa dizer que só nesse espaço de tempo o valor da participação do BNDES saltou de R$ 5 bilhões para mais de R$ 16 bilhões. Se houvesse uma simetria da Lava Jato, nivelando o impacto da operação sobre todos os cavalos vencedores, a JBS não seria a única a mostrar a potência da big company nacional. Faltou pensar no bem do Brasil, com maior amplitude.

#JBS

BR Insurance luta para evitar o próprio sinistro

5/10/2017
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A BR Insurance nasceu com a pretensão de ser uma das maiores distribuidoras de seguros do Brasil. Hoje, tenta garantir uma apólice de vida para si própria. Os principais acionistas, à frente Edgar Safdié, filho do banqueiro Edmond Safdié, estariam à procura de um comprador para a companhia – criada em 2010 a partir da fusão de quase três dezenas de corretoras de seguros. Segundo o RR apurou, Pátria Investimentos e o norte-americano Carlyle chegaram a manter interlocução com os acionistas da empresa. No entanto, as conversas não avançaram. E como haveriam de avançar em meio à atual situação da companhia?

A BR Insurance chacoalha entre disputas societárias e as graves denúncias que pesam contra Safdié. No final de agosto, minoritários da BR Insurance, entre os quais fundos de pensão canadenses e uma gestora britânica, registraram uma denúncia judicial contra os acionistas controladores, acusando-os de gestão fraudulenta e estelionato. Não vão parar no primeiro tiro. De acordo com a fonte do RR, pretendem pedir à Justiça e à CVM o afastamento dos administradores indicados por Safdié e seu sócio Marcelo Faria de Lima – ambos detêm 35% da BR Insurance. Para isso contam com o apoio de uma parcela dos corretores que participam do capital, com 26%. Procurada pelo RR, a empresa não se pronunciou.

As acusações contra Edgar Safdié se cruzam com o escândalo que abalou o governo Temer. A Polícia Federal investiga a suposta participação do empresário no esquema de propina envolvendo a JBS e o deputado Rodrigo Rocha Loures. Seria ele o personagem citado no questionário de 82 perguntas enviado pela PF ao presidente Michel Temer em junho, – “Vossa Excelência tem alguém chamado ‘Edgard’ no universo de pessoas com quem se relaciona com certa proximidade?”

Edgar Safdié nega ser o “Edgard” a quem Rocha Loures se referia, nos grampos da JBS, como “homem de confiança do presidente”. O que o filho de Edmond Safdié não pode negar é a crise que ameaça o futuro da BR Insurance. A empresa, que captou R$ 645 milhões em seu IPO, em 2010, desandou. Nos últimos dois anos, teve um prejuízo acumulado de mais de R$ 200 milhões. A receita caiu 30% em 2016. A ação da BR Insurance chegou a valer R$ 477; hoje, não passa dos R$ 16. Fosse em outros tempos, Edgar daria uma passadinha na sala do general Golbery do Couto e Silva, diretor do Banco Cidade de São Paulo, do seu “papi”. Se Golbery não quisesse dar uma mão, andaria um pouquinho mais até a sala do Brigadeiro Delio Jardim de Matos, também diretor. E assim por diante. Época boa.

#BR Insurance #CVM #JBS

Meirelles blindado

29/09/2017
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O governo armou uma barricada para evitar a constrangedora presença de Henrique Meirelles na CPI da JBS. Parlamentares da base aliada na Comissão, à frente o senador Romero Jucá e o deputado Carlos Marun, garantem já ter os votos suficientes para barrar a convocação do ministro da Fazenda, requerida pelo senador Randolfe Rodrigues.

#Henrique Meirelles #JBS #Romero Jucá

Pesos e medidas

22/09/2017
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Curioso: a JBS foi impedida pelo BNDES de transferir sua sede para o exterior. Por sua vez, a Braskem estuda, junto com a Petrobras, exportar o seu centro de decisões. Tudo bem… A JBS é uma coisa, e Braskem, Petrobras e BNDES são outra. Mas há algo de similar entre um caso e outro. Ou não.

#BNDES #Braskem #JBS

Efeito colateral

18/09/2017
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A direção da Petrobras discute o rompimento do contrato com o escritório Trench, Rossi e Watanabe (TRW), envolvido no caso JBS. O TRW presta serviços à estatal na área de compliance. Segundo o RR apurou, o atual contrato, no valor de R$ 96 milhões, vence no primeiro semestre de 2018. Consta que, há alguns meses, a Petrobras teria pressionado o escritório a interromper sua relação contratual com a JBS, por conta de potencial conflito de interesses no âmbito da Lava Jato.

#JBS #Lava Jato #Petrobras #TRW

O Dia “D” de Rodrigo Janot

5/09/2017
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A eventual suspensão do acordo firmado com um dos donos da JBS, Joesley Batista, como prêmio pela chamada “mãe de todas as delações”, não é prenúncio de recuo do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, em suas prometidas flechadas contra Michel Temer. Pelo contrário. A potencial revisão dos termos tratados com os Batistas faz parte de um grand finale em três atos, sendo o primeiro a “autocrítica” realizada ontem publicamente.

O segundo e terceiro atos – o próximo, a denúncia de Temer por obstrução de justiça, conforme apurou o RR viriam com força redobrada. É material suficiente para manter Janot em rede nacional até o dia 17, quando ele deixará o cargo. A possível revogação dos benefícios aos donos da JBS higieniza e propulsiona as novas flechadas de Rodrigo Janot. O áudio que chegou às mãos de Janot na última quinta-feira, supostamente por engano, é o motivo da rearrumação das peças do tabuleiro. Ele aumenta a dimensão pública do procurador.

Mesmo que as gravações contenham barbaridades institucionais, incluindo novos atores, o procurador despacha todo o material para o STF. Janot está focado em Temer e fará novas revelações. Por sua vez, os advogados do presidente da República estão desde já solicitando que o virtual cancelamento do acordo dos Batista torne nulo o conteúdo da delação. Pretendem politizar a ação, trazendo o debate para o centro do Congresso Nacional.

#JBS #Joesley Batista #Rodrigo Janot

Quem fiscaliza os fiscais?

11/08/2017
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Não é apenas pelo atual déficit de profissionais na área que o ministro Blairo Maggi tenta arrancar uma verba extra do Orçamento para contratar cerca de 400 fiscais agropecuários por meio de concurso público. As contas de Maggi já levam em consideração a razia que a delação da JBS vai provocar no efetivo do Ministério. O que tinha de fiscal e agente de inspeção no bolso dos irmãos Batista não estava no gibi.

#Blairo Maggi #JBS

Planalto abre guerra às CPIs

1/08/2017
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O governo manobra no Congresso para barrar a abertura de novas CPIs até o fim do ano. Antes que alguém pense – não sem motivos – em alguma razão nebulosa para a ofensiva, trata-se de uma questão pragmática. O receio do Palácio do Planalto é que uma profusão de Comissões Parlamentares no segundo semestre atravanque ainda mais a votação das reformas. Com o início das atividades das CPIs do BNDES e da JBS, haverá quatro comissões em funcionamento no Senado e na Câmara. Nesta última, há ainda pedidos em análise para a abertura de quatro outras CPIs.

#BNDES #JBS

Briga acirrada pela Vigor

21/07/2017
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A Danone também entrou na disputa para ficar com a Vigor, fabricante de laticínios da JBS. Seu maior concorrente é a francesa Lactalis.

#JBS #Lactalis

Quibe e esfiha

22/06/2017
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Os controladores do Minerva dizem a pura verdade quando afirmam que o ciclo de aquisições na América do Sul está encerrado, após a compra de frigoríficos da JBS na região. A família Vilela de Queiroz só pensa agora em incorporar ativos no Oriente, pegando carona na associação com o fundo saudita Salic.

#JBS #Minerva #Salic

Leite A

16/06/2017
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Dona de 8% da Vigor, a dinamarquesa Arla Foods quer assumir o controle caso a JBS se desfaça da fabricante de laticínios.

#JBS #Vigor

Grand Slam da Lava Jato

16/06/2017
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O discretíssimo, quase invisível, ministro do Desenvolvimento, o pastor Marcos Pereira, tem revelado o dom da onipresença. Está na lista da Odebrecht, na relação da JBS e foi acusado de receber recursos desviados da Caixa Econômica Federal. Só falta aparecer na delação de Rodrigo Rocha Loures…

#JBS #Odebrecht

Assim é se lhe parece

9/06/2017
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A JBS, que atribui a suspensão de um empréstimo da CEF a “represálias políticas”, não está sozinha. Mauricio e Fernando Bumlai, filhos do pecuarista José Carlos Bumlai e donos da Usina São Fernando, estão convictos de que o veto do BB e do BNDES ao plano de recuperação judicial da empresa passou ao largo de critérios técnicos.

#JBS #José Carlos Bumlai

O cofre vazio fala mais alto

5/06/2017
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A cúpula do PT tem feito duras críticas à postura do cinco governadores do partido em relação a Michel Temer, especialmente após o estouro do grampo da JBS. A avaliação é que todos se encolheram de forma excessiva, evitando declarações mais agudas contra o presidente. O comedimento é atribuído à extrema dependência dos recursos da União, a começar por Fernando Pimentel, que carrega sobre os ombros um déficit projetado para este ano superior a R$ 8 bilhões. Isso para não falar dos seus próprios enroscos com a Justiça.

#JBS #Michel Temer #PT

Perde e ganha

1/06/2017
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A ordem no Marfrig é acelerar o IPO da Keystone Foods, braço do grupo nos Estados Unidos. Marcos Molina, controlador da empresa, quer aproveitar o vácuo deixado pela JBS, que adiou a oferta de ações da sua subsidiária norte-americana.

#JBS #Keystone Foods #Marfrig

Carne muito bem passada

31/05/2017
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No lado B da delação de Joesley Batista consta um negócio babilônico que estaria sendo urdido junto com Abílio Diniz e uniria a parte de alimentos industriais da JBS, notadamente de frango, e a BRF. O operador na montagem do “titã da proteína” seria o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine, que até março ocupava um assento no Conselho da BRF. Caberia a ele costurar tudo com a Previ e a Petros. Com o BNDES, como se sabe, não haveria problema.

#BNDES #BRF #JBS #Joesley Batista

CPI autofágica

26/05/2017
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Obter as assinaturas para a CPI da JBS foi fácil. Agora, vem a parte mais difícil: montar uma comissão de parlamentares sem que seus integrantes corram o risco de investigar a si próprios. Em sua delação, Joesley Batista entregou 179 deputados e 28 senadores.

#JBS #Joesley Batista

Todas as concessões a Meirelles, antes que o investimento vire pó

19/05/2017
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Cabe ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, assumir imediatamente a condução de todo o programa de concessões de infraestrutura do governo. Ontem mesmo, grandes empresários do país iniciaram articulações nesta direção, inclusive com pedidos ao próprio ministro. A premissa é que não há no entorno do presidente Michel Temer nenhum outro nome com a dimensão e a credibilidade necessárias, interna e externamente, para garantir a continuidade do Programa de Parcerias de Investimento (PPI) e de outras licitações fundamentais para reduzir o rombo nas contas públicas e colocar a economia em marcha.

É preciso assegurar, inclusive, que as agências do fomento na área da infraestrutura, a exemplo do BNDES – hoje pendurada na esfera de decisão de Moreira Franco, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência – sejam transferidas para a alçada de Meirelles. A delação do empresário Joesley Batista fragilizou ainda mais a figura de Temer e, por osmose, dos ministros do Palácio do Planalto. Na visão do empresariado, a presença de Moreira Franco à frente das PPIs contamina os leilões previstos para 2017 e 2018.

Assim como inviabiliza as negociações em curso para a renovação prévia de licenças ferroviárias e portuárias, com a contrapartida de novos investimentos, e a licitação antecipada de concessões rodoviárias que vencem apenas em 2021, além de deixar em stand by uma parcela imprevisível de investimentos associados aos financiamentos ou decisões do Estado brasileiro. Na visão dos empresários, o programa de concessões de infraestrutura será inevitavelmente politizado e não há como viabilizar sua execução sem um condutor incólume ao emporcalhamento do governo Temer. Se Henrique Meirelles já era o avalista do ajuste fiscal (o que nunca foi pouco), o pleito é para que acumule esse papel com o de fiador do PPI e das demais licitações.

O entendimento é que o capital estrangeiro não virá para os leilões se não tiver garantias firmes em relação às regras e, sobretudo, à legitimidade do processo. Ou, na atual circunstância, alguém consegue enxergar o ministro Moreira Franco, vulgo “Gato Angorá” nas delações dos executivos da Odebrecht, falando para uma plateia de investidores internacionais? O que está em jogo é uma cifra potencial da ordem de R$ 1,19 trilhão até 2018, envolvendo a arrecadação com novas concessões e extensão do prazo de antigas, rodadas de leilões do pré-sal e aportes financeiros públicos e privados previstos para as áreas de transporte, logística, energia, saneamento básico e habitação. Há risco real de que seja feito um write off de centenas de bilhões, ampliando a crise para um patamar até então inimaginável e comprometendo gerações de brasileiros com a mediocridade nacional. Meirelles tem um papel épico nesse momento histórico. Deus queira que não tenha nada a ver com a Lava Jato.

#Henrique Meirelles #JBS #Moreira Franco #PPI

JBS desmoraliza o “impeachment” do BNDES

7/12/2015
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 O processo de “impeachment” da JBS está fadado a morrer por inanição de argumentos. O conglomerado de empresas construído com o apoio do BNDES vai fechar o ano com um faturamento superior a R$ 180 bilhões e entra em 2016 como candidato a liderar o mais furioso processo de consolidação multissetorial do país. A recente aquisição da Alpargatas não deve ser vista como fato isolado. A J&F vai avançar em sua estratégia de diversificação. Entre os alvos estão construção pesada, agronegócio, energia e  celulose, segmento em que o grupo já atua por meio da Eldorado. Neste caso, todos os caminhos apontam para a fusão da empresa com a Fibria, da Votorantim – a operação de M&A mais decantada e aguardada no setor.  Os grupos de interesse que fazem oposição ao BNDES sempre apostaram no “impeachment” da JBS como uma ponte para  o“impedimento” do próprio banco. Mas não há Eduardo Cunha capaz de se contrapor a fatos e números tão superlativos. Principal negócio da J&F, o frigorífico vai romper neste ano a barreira dos R$ 165 bilhões em faturamento, 37% a mais do que em 2014, consolidando-se como a maior empresa privada do país. A dimensão destas cifras se estende à balança comercial. Ao fim deste ano, a JBS responderá por mais de 40% das exportações brasileiras de carne bovina, que deverão somar US$ 6bilhões. Em um exercício meramente hipotético, mantidas as respectivas taxas médias de crescimento nos últimos quatro anos, até 2020 a JBS superaria a própria Petrobras, tornandose o maior faturamento do Brasil entre as companhias não financeiras. Ressalte-se que esta é uma projeção extremamente conservadora, uma vezque, na ponta do lápis, a estatal promete um encolhimento para os próximos anos. Ou seja: a ultrapassagem pode vir antes.  Na área técnica do BNDES, há quem diga que o Brasil estaria em outro patamar se a cada dez operações de financiamento do banco houvesse uma JBS. Poucos negócios na história da instituição se revelaram tão lucrativos. Em 2007, quando o BNDES fez seu primeiro aportenna companhia, a ação estava em torno de R$ 7. Em setembro deste ano, a cotação atingiu seu maior patamar histórico – R$ 17,20. Se, nesse momento, a agência de fomento eventualmente tivesse vendido em mercado toda a sua posição na JBS, realizaria um ganho superior a R$ 6 bilhões. A J&F talvez seja hoje o que existe no Brasil de mais próximo dos chaebols, os grandes conglomerados industriais sulcoreanos, com negócios nos mais variados setores, formados a partir de uma empresamãe. O BNDES está indissociavelmente ligado à gênese deste cavalo vencedor. Em 2007, a JBS era um frigorífico com umareceita de R$ 4 bilhões por ano. Hoje, todos os negócios da J&F faturam essa soma a cada oitodias. O financiamento do banco à JBS teve um efeito multiplicador ao permitir que o grupo aumentasse seu nível de alavancagem para investir em outras áreas. À época, além da produção de carne bovina, a família Batista tinha apenas um negócio mais relevante, a Flora, fabricante de produtos de higiene e limpeza. De lá para cá, entrou nos setores de laticínios, celulose, financeiro, calçadista e até mesmo em mídia, com a aquisição do Canal Rural. Essa miríade de empresas soma 270 mil postos de trabalho – 150 mil no Brasil. A incorporação da Fibria aumentaria esse efetivo em 15 mil funcionários. O “impeachment” da JBS ou do BNDES seria também o“impeachment” dessa gente.

#Alpargatas #BNDES #Eldorado #Fibria #Flora #J&F #JBS #Votorantim

Nota

25/11/2015
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  E agora, quem vai dizer que a aposta do BNDES na JBS estava errada?

#BNDES #JBS

Carne moída

2/10/2015
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 O câmbio que afaga a JBS é o mesmo que apedreja o Minerva. Quase 80% do passivo do frigorífico são em dólar, com a agravante de que, nos últimos 12 meses, a relação dívida líquida/Ebitda subiu de 3,5 para 4,4 vezes.

#Câmbio #JBS #Minerva

“B” de boi, de BNDES e de bilhões

2/07/2015
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 No que depender do BNDES, vai ter, sim, mais dinheiro para a JBS. As portas do banco estão abertas a novos financiamentos para o grupo, se assim as circunstâncias pedirem. A assertiva se sustenta em duas premissas, uma de ordem regulatória e outra financeira. A resolução publicada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada, referente aos limites para a exposição da BNDESPar a uma única empresa, em nada afeta a possibilidade de futuros aportes na JBS. Segundo uma fonte do BNDES, o atual peso da companhia no estoque de operações da agência de fomento sequer arranha o limite de 25% do Patrimônio de Referência imposto pelo CMN. O banco não divulga o percentual por considerá-lo informação sigilosa. Mas não custa lembrar que a triangulação feita com o Tesouro e a Caixa Econômica Federal em 2012 abriu ainda mais espaço para um eventual aumento da participação no grupo. Na ocasião, o BNDES transferiu o equivalente a 10% da JBS para a União, que, ato contínuo, repassou o ativo para a CEF, como forma de capitalizar o banco. Para o BNDES, o maior estímulo a novas operações com a empresa de alimentos vem da última linha do balanço. Como se costuma dizer na própria área técnica do banco, quem dera houvesse outras JBS. A participação representa a melhor taxa de retorno entre todos os investimentos realizados pela BNDESPar desde 2007, ano em que a instituição fez seu primeiro aporte na companhia. Somente nos últimos cinco anos, a alta das ações da JBS foi de 102% – no mesmo período, a variação do DI ficou em 61%. Conforme consta do estudo de caso recém-divulgado pelo próprio BNDES, o investimento na JBS já rendeu ao banco cerca de R$ 6 bilhões, cifra referente ao crescimento do valor de mercado da empresa ao longo de oito anos. Para o BNDES, além do retorno financeiro per si, há ainda outro ganho decorrente do investimento na JBS, tão ou mais valioso do que aquele reportado em seu balanço. O maior alvo das críticas ao modelo adotado pelo banco nos últimos anos tornou-se exatamente a sua principal peça de defesa e desqualificação de seus detratores. Os resultados da companhia são a melhor resposta aos grupos de interesse que dispararam contra a política de cavalos vencedores, usando-a como mote para fazer as piores ilações em relação aos critérios e procedimentos do BNDES.

#BNDES #Caixa Econômica #JBS

Aurora se alimenta de seus associados

6/05/2015
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Não é por acaso que a Aurora Alimentos vem sendo chamada no setor de “Copersucar dos frangos”. Guardadas as devidas proporções, a companhia avícola tem adotado uma estratégia similar a  do grupo sucroalcooleiro, leia-se a incorporação de abatedouros com a embalagem de que está ganhando um novo associado. A também paranaense Coasul deverá ser a 14ª empresa abduzida pela cooperativa. Caso a negociação se confirme, a Aurora vai aumentar sua capacidade de abate em aproximadamente 160 mil aves/dia e seu faturamento anual em cerca de R$ 1 bilhão. Significa dizer que a receita da companhia baterá nos R$ 8 bilhões, valor que consolidaria a cooperativa como o terceiro maior player do setor, atrás apenas da JBS e da BRF.  Formalmente, a Aurora diz “desconhecer” as negociações com a Coasul. Mas, não custa lembrar, que o grupo tem enfileirado uma sequência de operações semelhantes. O caso mais recente foi a da Cocari, que, mediante a recente venda de um abatedouro no Paraná, tornou-se mais um cooperativado da Aurora. Por trás desta pescaria de ativos está Mário Lanznaster. Presidente da Aurora há sete anos, Lanznaster é o artífice da estratégia de expansão da malha de associados da companhia. Nesse período, o faturamento do grupo quase mais do que duplicou.

#Aurora Alimentos #BRF #JBS

Á€° muito conveniente

6/06/2014
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 É muito conveniente o charivari sobre os acionistas da JBS em meio a  disputa pela Hillshire. A Tyson Foods posa de santa nessa história!

#JBS

Acervo RR

JBS abusa do disclosure na dissimulação

4/10/2011
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 Recomenda-se ao Cade, a  Secretaria de Direito Econômico, ao Ministério do Desenvolvimento e a  CVM que leiam com atenção o comunicado ao mercado divulgado ontem pela JBS. Os irmãos Wesley e Joesley Batista, pretendentes a donos de todo o gado brasileiro, devem estar de brincadeira quando informam que qualquer ação voltada a  fusão com Marfrig e Minerva – será devidamente comunicada pelas vias oficiais, seguindo as boas práticas de governança.- Ora, é uma desgovernança cerebral achar que o governo permitirá tamanha concentração no setor. Só falta os irmãos Batista dizerem que, caso o BNDES participe, também irão comunicar ao mercado pelas vias oficiais. É o estouro da boiada!

#BNDES #JBS #Marfrig #Minerva

Acervo RR

JBS Friboi abate a governança corporativa

29/09/2011
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 A JBS Friboi inaugurou o modelo do desenvolvimento insustentável corporativo, o DIC. Trata-se de um sistema holístico peculiar, a partir do qual a empresa tem conseguido alimentar a insatisfação de fornecedores, clientes e trabalhadores. O descontentamento destas categorias é assunto bastante batido no noticiário. Basta verificar o Google. Agora, um novo agrupamento anti-JBS começa a ganhar corpo e se destacar pela combatividade contra os procedimentos da companhia: os acionistas minoritários. Entre os sócios do frigorífico, há um crescente número de consultas e reclamações junto a  CVM por conta das práticas de governança adotadas pela família Batista. A visão que o mercado tem hoje da JBS é a de uma companhia com baixíssima taxa de disclosure, reduzida transparência das informações operacionais e contábeis e marcada por relações incestuosas com as demais empresas da família. O RR consultou três grandes corretoras de valores que simplesmente deixaram de negociar ações da JBS por considerar que o frigorífico não atende aos requisitos mínimos de governança corporativa estipulados como parâmetro para suas operações em Bolsa. Procurada pelo RR, a JBS não se pronunciou até o fechamento desta edição. A conflituosa relação entre a JBS e o mercado de capitais começou ainda no ventre, antes mesmo do IPO. Na página 55 do prospecto de lançamento de ações, divulgado em 27 de março de 2007, a empresa afirmou que não mais recolhia o Funrural. Na ocasião, chegou a entrar com um mandado de segurança contra a taxação. No entanto, no mesmo período, a JBS teria cobrado indevidamente dos pecuaristas a cifra referente ao tributo – o valor do imposto, que, a  época, incidia sobre o produtor rural, deveria ser depositado pelo frigorífico e o custo, posteriormente repassado ao fornecedor. Desde então, a antipatia dos minoritários em relação a  empresa só fez crescer, a  medida que procedimentos pouco ortodoxos da JBS foram se revelando. Um dos motivos de estresse são as nebulosas relações entre o frigorífico e os demais negócios da família, notadamente a atividade pecuária. Os próprios Batista são fornecedores de gado para a companhia. Os minoritários reclamam de falta de transparência em relação aos valores e a s condições dos contratos firmados entre a empresa e seus controladores. No ano passado, um importante fundo de private equity teria solicitado que a JBS soltasse um comunicado com mais detalhes sobre estas operações. Ficou a ver navios.  Entre os acionistas, cresce também a percepção de que a JBS aumentou a capacidade de algumas de suas plantas com o deliberado intuito de criar um truque de prestidigitação e iludir investidores e bancos credores. Um caso emblemático é o das duas unidades de abate da empresa em Campo Grande (MS), uma delas herdada com a compra da Bertin. Com os projetos de expansão, ambas passaram a ter capacidade para o abate de 6,5 mil cabeças de gado por dia. Nem que a família comprasse todo o rebanho do estado e ainda pagasse a passagem de avião para que bois de São Paulo, Paraná e adjacências viajassem para Mato Grosso do Sul, seria possível atingir esta marca. As tenebrosas histórias da JBS dariam para escrever um livrotexto sobre desgovernança corporativa. As informações são facilmente acessíveis

#JBS

Acervo RR

Agrobank

21/09/2011
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 A vice-presidência de agronegócio que o novo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, quer ver criada no BNDES tem na verdade a função de emplacar um correligionário na estrutura do banco. É bem provável que vingue. Luciano Coutinho é um bom moço. Mas só para recordar, Fibria, BR Foods, Marfrig, JBS, Maggi, Copersucar…O BNDES já é quase um banco de agronegócio.

#Agronegócio #BNDES #BR Foods #JBS #Maggi #Marfrig

Acervo RR

BNDES é o caminho mais curto entre o Marfrig e a China

13/07/2011
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 Marcos Molina e os irmãos Joesley e Wesley Batista são sócios remidos do mesmo clube. A exemplo dos controladores da JBS, o dono do Marfrig não dá um passo mais longo sem bater a  porta do BNDES. Molina está, mais uma vez, enfurnado na agência de fomento. O empresário conta com a mão amiga do banco para deslanchar o projeto de expansão do Marfrig na China. Os investimentos devem passar dos US$ 600 milhões. As conversações com o BNDES envolvem duas hipóteses: a concessão pura e simples de um novo financiamento ou o aumento da participação do banco no capital do Marfrig. Hoje, a instituição controla pouco mais de 13% do frigorífico. Trata-se de um bife bem magrinho se comparado a s arrobas que o banco detém no capital de outras empresas do setor, a começar pela própria JBS (31%). Isso para não falar da malsucedida compra de 22% do frigorífico Independência, hoje em recuperação judicial. Ressalte-se que o BNDES tem sido um personagem fundamental para o crescimento do Marfrig nos últimos anos. No ano passado, por exemplo, subscreveu R$ 2,5 bilhões em debêntures da empresa, operação que permitiu a Marcos Molina comprar o controle da norte-americana Keystone Foods por US$ 1,2 bilhão. Depois de enfileirar uma sucessão de aquisições no Brasil, Argentina e Estados Unidos, Marcos Molina considera a expansão na China como um movimento fundamental para consolidar o Marfrig como uma multinacional da área de alimentos. Os planos da empresa passam pela aquisição de empresas locais e pela construção de unidades de abate e de fábricas de alimentos. Todos os investimentos serão feitos por intermédio da Keystone Foods. A empresa norte-americana já tem uma razoável operação na China – leia-se um complexo fabril na região de Shenzen onde é produzida uma vasta linha de alimentos industrializados. A rigor, o Marfrig já deu a partida em seu plano de expansão na China, ainda que, por ora, a maior parte dos investimentos esteja concentrada na área de logística. O frigorífico anunciou recentemente a criação de uma joint venture com a Cofco para a construção de seis centros de distribuição e a montagem de uma frota de veículos para o transporte de carga.

#JBS #Marfrig

Acervo RR

JBS e Amparo lideram corrida por ativos da Hypermarcas

7/07/2011
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 Acostumada a comprar ativos na velocidade da luz, desta vez a Hypermarcas está causando rebuliço do outro lado do balcão. Há uma intensa disputa pelas marcas Assim (linha de sabões) e Assolan (palha de aço), colocadas a  venda pelo empresário João Alves de Queiroz Filho, o ?Junior?. O que está em jogo é um duelo por duas unidades de negócio que, somadas, faturam quase R$ 1 bilhão por ano. A JBS e a Química Amparo puxaram o gatilho primeiro. Já teriam apresentado uma oferta pelas marcas. A Amparo, controlada pela família Beira, é fabricante dos sabões e detergentes Ypê. Por sua vez, a JBS, mais conhecida pela sua atuação no mercado de carnes e pela ligação umbilical com o BNDES, tem feito pesados investimentos nas áreas de higiene e limpeza. Há dois meses, desembolsou R$ 350 milhões na aquisição dos ativos do Grupo Bertin nestes dois segmentos. O páreo não se resume a  JBS e a  Química Amparo. Correm por fora a Unilever e o fundo inglês Actis. A multinacional enxerga na operação a oportunidade de aumentar seu portfólio nos segmentos de alvejantes e de detergentes em pó, caso da Assim. A aquisição da Assolan, por sua vez, seria o bilhete para a entrada do grupo anglo-holandês no mercado brasileiro de palha de aço. Já o Actis, que administra mais de US$ 8 bilhões em ativos, entrou no duelo pelas duas marcas em nome da fabricante de produtos de limpeza Gtex. No ano passado, o private equity inglês investiu quase R$ 100 milhões na compra de uma participação na companhia paulista. A intenção do fundo é usar a Gtex como ponto de partida para a criação de uma holding no setor de higiene e limpeza, transformando-a, guardadas as devidas proporções, em uma espécie de Hypermarcas de bolso. O setor de consumo é justamente a menina dos olhos do Actis no Brasil. Também no ano passado, o fundo investiu cerca de R$ 105 milhões na compra de uma participação na rede de supermercados CDS, que atua no Paraná e em Mato Grosso do Sul. A Hypermarcas espera amealhar algo em torno de R$ 700 milhões com a venda da Assim e da Assolan. A negociação faz parte da estratégia do grupo de se concentrar nas áreas de saúde e bem-estar, desfazendo- se de ativos nos segmentos de higiene e limpeza. A Hypermarcas também vai reduzir seu portfólio no setor de alimentos. No momento, procura um comprador para a marca de atomatados Etti.

#BNDES #Hypermarcas #JBS

Acervo RR

Carne de papel

13/06/2011
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 Do economista do BNDES, Mauricio Dias David, sobre o financiamento do banco de R$ 2,7 bilhões para a Eldorado Celulose e Papel, ligada ao frigorífico JBS: ?Mas que expertise a JBS tem nesse setor? E o local do empreendimento é adequado a  exportação?? Mauricio Dias não é uma voz solitária no BNDES com relação a esses agrados feitos a  família Batista.

#BNDES #JBS

Acervo RR

JBS Friboi revira o estômago do BNDES

31/03/2011
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 O simples comunicado de compra do Banco Matone, apenas quando o negócio já estava sacramentado pela JBS Friboi, foi entendido no BNDES como ponto final de um relacionamento que já estava prestes a desmoronar. Segundo informações obtidas junto a fontes do próprio banco, a agência de fomento não engoliu o movimento feito pela JBS, que, indiretamente, se aproveitou de subsídios públicos para comprar uma instituição financeira. Nas reuniões de diretoria do BNDES realizadas nos últimos dias, sempre que houve menção ao JBS foi em um contexto de profunda insatisfação e críticas aos controladores da empresa. Dentro do banco, os irmãos Wesley e Joesley Batista são considerados hoje péssimos parceiros tanto sob o aspecto empresarial quanto humano. A cúpula do BNDES permanece defendendo tecnicamente a consolidação dos frigoríficos, mas faz meia culpa em relação a  escolha dos dirigentes da JBS, que são chamados de “enganadores” para baixo. Os diretores da agência de fomento não têm dúvida sobre a origem do vazamento de informações tratadas com os irmãos Batista em reuniões reservadas, assim como do ponto de partida dos balões de ensaio sobre fusões e aquisições no setor. Por este motivo, há muita irritação com a recorrente divulgação na imprensa sobre o projeto de compra da Sara Lee com financiamento do BNDES. A interpretação é que os Batista estariam operando os meios de comunicação para obter facilidades do banco. O BNDES elegeu a JBS como uma companhia capaz de assumir o papel de consolidador da indústria de carne bovina, não apenas no Brasil, mas também no exterior. Mais do que isso, enxergou a possibilidade de criar um conglomerado capaz de evitar uma quebradeira de frigoríficos no país e, desta forma, conter demissões em massa no setor. Dentro do banco, no entanto, a percepção é de que o tiro se voltou contra o seu próprio peito. O que tem feito a JBS senão se aproveitar do dinheiro público justamente para aumentar as taxas de desemprego na indústria de carne bovina? A empresa costuma promover uma carnificina nas empresas que adquire. Segundo dados filtrados do próprio BNDES, quase um terço dos frigoríficos comprados ou arrendados pela companhia teria sido fechado. A compra do Matone era a gota que faltava em um copo que estava prestes a transbordar há algum tempo. Não obstante a efetiva formação de um conglomerado com inserção competitiva internacional, como previa o projeto original, diversos episódios têm estilhaçado as relações entre o BNDES e a JBS. Além do incômodo do banco em ver a empresa se valer de dinheiro público para fechar frigoríficos e decapitar funcionários, houve uma questão fulcral para o azedamento da convivência entre ambos. O grupo não efetuou o IPO da JBS USA, como previa o acordo pelo qual o BNDES subscreveu quase a totalidade dos R$ 3,4 bilhões emitidos pelo grupo para financiar a compra da Pilgrim’s. Após desgastantes negociações, a companhia pagou cerca de R$ 521 milhões aos debenturistas como multa pela não abertura de capital da subsidiária norte americana. Ainda assim, no BNDES, ficou a sensação de que os controladores da JBS agiram no limiar da boa-fé com o deliberado intuito de forçar a conversão das debêntures e, consequentemente, o aumento da participação do banco no capital da empresa.

#BNDES #JBS

Acervo RR

JBS corta na carne e decepciona o BNDES

4/10/2010
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 A JBS Friboi será mesmo um cavalo vencedor ou uma aposta de duvidoso retorno? O BNDES procura uma resposta para o enigma. O que está em xeque é a própria política de crédito do governo para o setor. Não obstante ter possibilitado a criação de um potentado na área de carnes e alimentos industrializados, o fortalecimento da JBS via empréstimos do banco não tem gerado os efeitos esperados, notadamente no que diz respeito ao seu impacto social e ao funcionamento do próprio mercado. Segundo uma fonte do “BNDES profundo”, onde reside a essência do corporativismo da instituição, há setores do banco decepcionados com os procedimentos da JBS. A leitura é que o abate de frigoríficos e de trabalhadores tornou-se a especialidade da companhia.  Quase um terço das unidades compradas ou arrendadas pela JBS nos últimos dois anos teria sido desativado ou estaria com a produção parcialmente suspensa. De acordo com números filtrados junto ao próprio BNDES, o grupo teria demitido até 15% dos trabalhadores das unidades de abate incorporadas no mesmo período. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a JBS Friboi informou que, entre 2007 e 2010, passou de 21 para mais de 90 plantas industriais, “aumentando o quadro de colaboradores de 18 mil para mais de 50 mil”. A JBS, no entanto, tem feito sucessivas demissões nos últimos meses. A degola mais recente ocorreu há cerca de três semanas. Dispensou metade dos 700 funcionários de seu frigorífico localizado na cidade de Cáceres (MT). A expectativa na região é que os demais trabalhadores sejam demitidos até o fim do mês, com o fechamento definitivo da unidade de abate. O episódio ganhou contornos políticos e eleitorais. O governador do Mato Grosso, Silval Barbosa, candidato a reeleição com o apoio do PT, pediu a intervenção do governo federal para evitar a desativação das instalações em Cáceres. O impacto local será considerável. Com o fim das atividades, cerca de R$ 500 mil mensais vão deixar de girar na economia da região. Cáceres não está sozinha. Há cerca de duas semanas, a companhia demitiu quase 200 empregados em Sidrolândia (MS). Poucos dias antes, cerca de 270 trabalhadores das cidades paulistas de Barretos, Lins e Andradina também foram mandados para a fila do seguro-desemprego. Estava escrito nas regras do jogo que a consolidação do setor de frigoríficos teria como efeito colateral a redução do número de fábricas e, consequentemente, demissões. Era o inevitável preço a ser pago para a criação de um grande grupo brasileiro no setor. No entanto, a proporção do número de frigoríficos desativados chama a atenção. Aos olhos do BNDES, a JBS estaria adotando uma tática predatória. No banco, cresce a percepção de que o grupo tem se aproveitado da fragilidade do setor para arrendar ou comprar empresas de menor porte com o objetivo de fechar frigoríficos concorrentes em áreas estratégicas, sobretudo no Centro-Oeste. O bônus vai para a conta da família Batista, por ora a grande vencedora do páreo patrocinado pelo BNDES. Os controladores da JBS se tornaram quase plenipotenciários na formação de preços do setor. É a ditadura da escala. Hoje, de cada dez abates no Centro-Oeste, sete saem de alguma planta da empresa. Já o ônus tem sido despejado na contabilidade do BNDES, alvo de críticas cada vez mais ácidas por conta de sua política de financiamento para o setor.

#BNDES #JBS

NA

22/09/2010
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Tasso Jereissati atribui a queda de 15 pontos percentuais nas pesquisas eleitorais ao jogo sujo que estaria sendo praticado nos rincões do Ceará. A oposição tem espalhado que ele, se eleito, vai trabalhar arduamente para acabar com o Bolsa Família.

#JBS

Acervo RR

JBS Friboi e Bertin caminham para o divórcio

10/09/2010
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Reviravolta a  vista em uma das maiores operações de fusão fechadas no país nos últimos anos: a associação entre a Bertin e a JBS Friboi. A família Bertin estaria se movimentando para entrar na Justiça com o objetivo de reaver o controle das mais de 30 plantas industriais e demais ativos incorporados a  Nova Holding, empresa criada a partir da associação com a JBS Friboi. Na prática, a retomada das operações significaria o rompimento do acordo de fusão sacramentado entre as duas empresas há um ano, que criou um grupo com faturamento anual de R$ 40 bilhões e responsável por mais de 40% do abate de carne bovina no país.  A decisão da família Bertin seria motivada por discordâncias quanto ao valuation dos ativos aportados na fusão e ao descumprimento de cláusulas do acordo, notadamente no que diz respeito a  relação de troca de ações entre as duas companhias para a formação da Nova Holding. A família Batista, dona da JBS, teria exigido um aporte extra dos Bertin para que eles assegurassem a participação de 40% na nova companhia, prevista no acordo original. Procurado pelo RR – Negócios & Finanças, o Grupo Bertin informou, por meio de sua assessoria, que qualquer pronunciamento sobre os negócios da família na área de frigoríficos cabe exclusivamente a  JBS Friboi. A JBS, por sua vez, garantiu que ?não há nenhuma pendência com o Grupo Bertin e a fusão está seguindo seu rumo conforme planejado?.  A eventual disputa jurídica e a consequente reversão da fusão mudará o status empresarial da família Bertin, que deixará de ser sócia da maior processadora de carne bovina do mundo. No entanto, o problema maior deverá cair na conta da JBS Friboi. Com a ruptura, a empresa perderia boa parte da sua estrutura fabril e cerca de R$ 11 bilhões em faturamento. Mais do que isso: o distrato representaria um downgrade do grupo como o grande consolidador de frigoríficos no Brasil, posição a que foi erigido pelo próprio BNDES. Além de a JBS perder a maior empresa que incorporou, a própria Bertin voltaria a ser um candidato potencial para a compra de ativos no setor. Caso se confirme, o imbróglio com a Bertin aumentaria o recente histórico de desavenças societárias da JBS Friboi. O grupo anda a s turras com a italiana Cremonini, que quer romper a sociedade na joint venture Inalca. A própria relação entre a família Batista e o BNDES, seu grande financiador, está abalada por compra da norte-americana Pilgrim’s. A JBS teria postergado o IPO de sua subsidiária nos Estados Unidos, a JBS USA, com o objetivo de forçar o aumento da participação do banco em seu capital ? ver RR – Negócios & Finanças edição nº 3.937.

#BNDES #JBS

Há um nervo exposto no prato do BNDES e da JBS Friboi

11/08/2010
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 Em meio a  agonia dos pequenos e médios frigoríficos nacionais e a s pesadas críticas do setor a  política do BNDES, as relações entre o banco e um de seus “cavalos vencedores”, a JBS Friboi, passam por um forte abalo sísmico. Os tremores são causados pelo comportamento de Joesley Batista, presidente e acionista da companhia. Aos olhos da própria diretoria do BNDES, o banco caminha de maneira quase inexorável para uma armadilha criada pelo empresário. Batista teria se sentado em cima do IPO da JBS USA, braço norte-americano do grupo, com o objetivo de forçar a instituição a aumentar sua participação no capital da JBS Friboi.  O impasse remonta ao início deste ano, quando o BNDES subscreveu quase a totalidade dos R$ 3,4 bilhões em debêntures emitidos pela JBS Friboi para financiar a compra da norte-americana Pilgrim?s. Pelo contrato, o grupo se comprometeu a abrir o capital da JBS USA até o fim deste ano. Com a emissão, o BNDES recuperaria parte expressiva dos recursos aportados na operação. No entanto, Batista já sinalizou ao banco que não pretende realizar o IPO. Usa como álibi as circunstâncias do mercado, hostis a  oferta de ações. Para o BNDES, não passa de um pretexto. No fim de 2009, quando o contrato foi sacramentado, a Bolsa já sofria problemas de liquidez, IPOs eram suspensos e, ainda assim, o frigorífico topou o acordo. Procurada pelo RR – Negócios & Finanças, a JBS Friboi informou que a relação com o banco “é das mais sólidas e cordiais e não existe nenhum impasse entre os dois.” O BNDES, por sua vez, não quis se pronunciar sobre o assunto. Sem a abertura de capital, as debêntures compradas pelo BNDES serão automaticamente convertidas em ações da JBS Friboi. Há oito meses, parecia um bom acordo para ambas as partes. Hoje, é uma espada encravada na carteira de crédito do banco. Embora prevista em contrato, a operação não agrada a  agência de fomento. Sua participação da JBS Friboi saltará de 19% para aproximadamente 35%. Há hora para tudo e este talvez não seja o momento para o banco ter uma exposure tão grande em uma única empresa quando o setor está enterrado em recuperações judiciais, dívidas, fechamento de indústrias e demissões. O aumento da participação na JBS Friboi só deverá amplificar a chiadeira dos pequenos e médios frigoríficos em relação a  política do BNDES. A JBS Friboi, por sua vez, está a cavalheiro no episódio, noves fora o desgaste político. Se fizer o IPO, colocará alguns milhões de dólares no bolso. Caso contrário, manterá a JBS USA como uma empresa 100% controlada. Ao mesmo tempo, deixará o BNDES ainda mais amarrado ao seu projeto de expansão, do qual o banco tem sido o principal financiador. E, tudo isso, ressalte-se, cumprindo a  risca o contrato com a instituição.

#BNDES #JBS

Acervo RR

JBS Friboi

9/08/2010
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A insaciável JBS Friboi negocia a compra de duas unidades de abate da Quatro Marcos em Mato Grosso. A operação faz parte do esforço do frigorífico mato-grossense para arrecadar recursos e quitar suas dívidas.

#JBS

JBS Friboi

20/07/2010
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 A JBS Friboi apresentou uma proposta pelo controle da norte-americana Smithfield Foods, um gigante com faturamento anual de US$ 12 bilhões e 48 mil funcionários. Além dos Estados Unidos, a empresa tem negócios no México e na Europa.

#JBS

Acervo RR

JBS no etanol

29/04/2010
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A JBS Friboi, que já tem um pé no setor de biodiesel, planeja investir na produção de etanol.

#JBS

JBS Friboi

27/04/2010
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 Depois da compra da Pilgrim’s, a JBS Friboi tem sido vista como a salvação da lavoura para os frigoríficos norte-americanos. Nos últimos dois meses, mais de uma dezena de empresas foi oferecida ao grupo. Apenas uma ou duas abriram o apetite da JBS.

#JBS

Acervo RR

JBS Friboi esquenta seu leite em Minas Gerais

31/03/2010
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 Paralelamente a s idas e vindas nas negociações com a Itambé, a JBS Friboi prepara um arrastão entre empresas de médio porte da área de laticínios. Dois dos principais alvos estão em Minas Gerais: Embaré e Marília, marcas tradicionais do setor. No caso da Embaré, a JBS já teria mantido conversações com os controladores, a família Antunes. A empresa tem um faturamento anual na casa dos R$ 500 milhões. O maior objetivo da JBS é fortalecer sua operação industrial no estratégico mercado mineiro ? o grupo tem duas fábricas no estado, em Lavras e São Gonçalo do Sapucaí. A Embaré é dona de um grande complexo industrial na cidade de Lagoa da Prata. Há pouco mais de um ano, investiu cerca de R$ 65 milhões em uma nova fábrica de leite em pó, seu principal negócio. O produto é responsável por 70% da receita total. Parte expressiva das vendas vem do Nordeste, onde a companhia detém 20% do mercado. No entanto, a Embaré é mais conhecida do grande público pelos seus pequenos caramelos.  Por sua vez, a Marília, controlada pela família Hosken, tem uma fábrica em Carangola com capacidade para processar 80 mil litros de leite por dia. A JBS, no entanto, não olha para o presente, mas, sim, para o futuro da companhia. A fabricante está ampliando sua capacidade de produção para cerca de 200 mil litros diários. É apenas parte da ordenha. A JBS conhece a estrutura industrial da Marília de cor e salteado e entende que é possível ampliar a produção para 400 mil litros por dia. Tanto a Marília quanto a Embaré se encaixam na estratégia da JBS de investir em empresas fortes no beneficiamento de leite e, sobretudo, na produção de derivados. O presidente do grupo, Joesley Batista, já descartou a possibilidade de aquisições no segmento de longa vida, caso da Parmalat. O JBS vai também ampliar a operação de laticínios herdada com a compra do Bertin. Boa parte das fichas será concentrada na Vigor, marca mais forte do seu portfólio. Já há um projeto para a ampliação da capacidade da empresa. Além disso, as novas aquisições no setor serão feitas por meio da Vigor.

#JBS #Parmalat #Vigor

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