Categoria: Mercado
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Michael Klein busca aliados para um novo bote sobre o Conselho da Casas Bahia
23/04/2025No mercado, o recuo de Michael Klein em sua ofensiva para assumir a…

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Lírio Parisotto esquenta a disputa pelas vagas no Conselho da Eletrobras
22/04/2025Lírio Parisotto, um dos mais influentes investidores ativistas do mercado de capitais brasileiro,…

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Península espreita a porta de saída da Sanar
15/04/2025A nova rodada de captação da plataforma de educação médica Sanar deve servir de porta de saída para alguns investidores da empresa. O que se diz no mercado é que a Península, family office dos herdeiros de Abilio Diniz, é a maior interessada na realização de uma oferta secundária de ações, que lhe permitiria se desfazer da sua posição acionária. Procurada, a gestora não se pronunciou. O clã Diniz entrou no capital da healthtech em 2022. Sua participação está pendurada na Altitude Ventures, braço de venture capital da Península, um negócio, aliás, que parece estar murchando – ver RR (https://relatorioreservado.com.br/noticias/herdeiros-de-abilio-diniz-puxam-o-freio-nos-investimentos-em-venture-capital-2/). A Sanar pretende levantar R$ 200 milhões na operação, entre uma colocação primária e outra secundária.

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Kinea ergue quatro paredes sólidas no real estate
11/04/2025Há informações no mercado de que a Kinea, braço de private equity do Itaú, vai iniciar a captação para um novo fundo de real estate. A meta da gestora é levantar ao longo deste ano até R$ 10 bilhões para investimentos em ativos imobiliários. Ou seja: superar em mais de 50% a cifra amealhada em 2024, da ordem de R$ 6,5 bilhões. A Kinea tem pautado sua tese de desenvolvimento imobiliário em captações voltadas para um único ativo. Já foram 14 investimentos dentro dessa estratégia.

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Capitalização da Sequoia deixa porta entreaberta para a saída de fundador
10/04/2025
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Acionistas do Carrefour montam “frente ampla” para votar fechamento de capital
9/04/2025Alguns dos principais minoritários do Carrefour Brasil articulam a formação de um bloco para votar conjuntamente na assembleia geral de acionistas do próximo dia 25, que vai deliberar sobre o fechamento de capital da empresa. A coalizão societária reúne investidores como a canadense BCI, as norte-americanas Wishborn Partners e Ruane Cunniff, além da Tempo Capital. Pressionado pelos minoritários, o Carrefour aumentou a oferta para a recompra de ações, conforme o RR antecipou. O valor passou de R$ 7,70 para R$ 8,50, um prêmio de 46,2% sobre a cotação média ponderada nos 30 dias anteriores à data de 10 de fevereiro, quando a OPA foi lançada. A primeira proposta foi rechaçada pelos investidores antes mesmo de ser levada à votação. Contratadas por acionistas do Carrefour Brasil, as consultorias de aconselhamento de votos ISS e Glass Lewis estão produzindo um parecer sobre nova oferta, que deverá pautar a posição dos minoritários na assembleia do dia 25.

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Rio Bravo e Correios têm um encontro marcado nos tribunais
2/04/2025A Rio Bravo, de Gustavo Franco, e os Correios estão à beira de um contencioso. A empresa de investimentos, gestora do fundo Tellus Rio Bravo Renda Logística (TRBL11), vai acionar a estatal na Justiça pelo rompimento unilateral do contrato de locação de um galpão em Contagem (MG). Em jogo, um pedido de indenização que pode passar dos R$ 300 milhões. A Rio Bravo alega que os Correios descumpriram uma série de cláusulas contratuais. Segundo informações filtradas pelo RR, a gestora de recursos tentou um acordo com a estatal, sem sucesso. Procurada, a Rio Bravo confirmou que vai entrar na Justiça contra os Correios. Segundo a gestora, “tudo será detalhado em breve aos cotistas e ao mercado em geral”. Os Correios, por sua vez, informaram ao RR que o fim do contrato “decorreu dos inúmeros problemas apresentados pelo imóvel desde a sua entrega, com o agravamento das faltas de solidez e de segurança da edificação, em 2024”. A empresa afirma ainda que “foi forçada a suspender as operações no prédio em 14 de outubro de 2024, em função dos riscos apresentados, posteriormente ratificados pela Defesa Civil, momento em que foi interrompido o pagamento de aluguel”.

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Neeleman não quer perder altitude na fusão entre Azul e Gol
31/03/2025Há um zunzunzum no mercado de que David Neeleman estaria se valendo de fundos de investimento para comprar ações da Azul em bolsa. Seria mais um movimento do empresário com o objetivo de aumentar sua participação acionária e consequentemente seu poderio na futura companhia a ser criada na fusão com a Gol. Desde já, existe, digamos assim, um sutil e compreensível jogo de forças com os Constantino. No mês passado, Neeleman anunciou ao mercado que acompanharia a chamada de capital da Azul, no valor de R$ 3,3 bilhões, evitando, assim, a diluição da sua fatia na empresa. Atualmente, o fundador da companhia tem 67% das ordinárias, com uma participação econômica total de 4,49%. Procurada, a Azul não quis se pronunciar.

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Há muitas perguntas ainda sem resposta no rastro das acusações contra a XP
24/03/2025Uma das maiores tragédias do “esquema Ponzi” é que ele só é descoberto depois que o mal já está feito. Por esse motivo, todas as precauções são necessárias para que a malfeitoria não ocorra. Até agora, não há qualquer indício de que a XP Investimentos participe, ainda que remotamente, da operação de uma “pirâmide financeira”, conforme a grave acusação da empresa de análises norte-americana Grizzly Research. Até prova em contrário, o banco de investimentos de Guilherme Benchimol é a vítima e não o delinquente do episódio. No entanto, o caso tem despertado alguns questionamentos no mercado. Primeiro em relação aos órgãos reguladores, mais precisamente o Banco Central e a CVM. Existem fragilidades nos mecanismos de fiscalização e controle do sistema financeiro no país? Há alguma porosidade no arcabouço regulatório que facilite a montagem de esquemas de pirâmide financeira e fraudes congêneres? BC e CVM pretendem abrir algum procedimento para investigar as acusações contra a XP? Em casos de irregularidade provinda de empresas internacionais o que fazem os organismos regulatórios – notadamente a CVM, que se autointitula “xerife do mercado”? Por ora, eles parecem dispostos a manter uma prudente distância do assunto. Procurado pelo RR, o Banco Central não se manifestou até o fechamento desta matéria. A CVM, por sua vez, saiu-se como uma resposta protocolar e generalista. Ressaltou que “está, permanentemente, modernizando a regulamentação e supervisão, em função de fatores diversos, tais como estruturas inovadoras, experiência da supervisão, demandas de agentes de mercado e interações com demais reguladores.”. Afirmou ainda que o trabalho de fiscalização ocorre com base em dois pilares: “espontâneo, por meio do Plano de Supervisão Baseada em Risco (SBR), elaborado pelas áreas técnicas; e por demanda, no qual há a fundamental participação do investidor, denunciando irregularidades por ele observadas.” Perguntada se havia aberto algum procedimento relativo às acusações contra a XP, nenhuma palavra.
Mas não são apenas os agentes reguladores que estão em permanente estado de sonolência. Os questionamentos se estendem à própria XP. Causa estranheza a omissão do banco em reagir no território dos supostos meliantes, entrando com processo na SEC e na própria Justiça norte-americana. Seriam medidas recomendáveis no esforço de saneamento dos prejuízos causados à imagem do banco. É bom também que a XP demonstre sua resiliência e credibilidade, informando, por exemplo, que a operação maledicente, digamos assim, da Grizzly não afetou em nada sua clientela; que não houve impacto na manutenção dos investidores. Há uma pergunta basilar que não pode pairar no ar: será que, em alguma medida, a XP foi imprudente e não tomou os cuidados obrigatórios para evitar o surgimento de qualquer suspeita ou ilação contra si e suas operações, por mais estapafúrdia ou irresponsável que possa soar? Existem outras dúvidas derivativas. Até que ponto a faraônica estrutura comercial montado por Guilherme Benchimol não abre brechas para que terceiros perpetrem malfeitos – e eventualmente construam suas pirâmides – aproveitando-se do valioso nome da XP?
A suposta denúncia da Grizzly, no mínimo, joga luz sobre o controverso modelo de vendas do banco, baseado em um exército de agentes autônomos. Mal comparando, na prática é uma grande rede de franquias, como se a XP fosse uma espécie de “Casa do Pão de Queijo dos Investimentos”. Essa malha, formada por mais de 400 escritórios e cerca de 15 mil assessores, já criou muita polêmica entre as próprias instituições financeiras. Em 2020, por exemplo, o Itaú Unibanco lançou uma campanha publicitária, iniciada com um anúncio no intervalo do Jornal Nacional, contra a atuação indiscriminada dos agentes autônomos. Em um dos filmetes, o ator Marcos Veras diz: “A moda aqui em 2019 é ter conta em corretora. Assessor também tá na moda. Insiste o tempo todo, ‘investe nisso, investe naquilo, não tem risco’. Estou me sentido o rei de Wall Street”. O próprio Veras, agora interpretando um investidor no ano seguinte, reaparece na tela respondendo ao incauto personagem: “Aqui em 2020, deu para ver que não tinha risco para ele [assessor financeiro], que ganhava comissão por tipo de investimento. Ainda bem que você deixou seu dinheiro no Personnalité. São especialistas isentos. Aprendeu?” Ao fim, o locutor fecha o comercial com a frase “Em 2020, invista com o Itaú Personalitté. Em 2021, você vai agradecer por isso”. Nem foi preciso dar nomes aos bois. Todos entenderam o recado e a quem ele se endereçava: à XP, a meca dos agentes autônomos. Bem, o Itaú devia saber melhor do que ninguém do que estava falando. Tinha conhecimento de causa. Na ocasião, o banco dos Setubal e dos Moreira Salles era sócio da XP, com a expressiva participação de 49,9% – não por acaso, a campanha causou grande estranheza à época.
O RR enviou uma série de perguntas à XP, que não quis se pronunciar. O fato é que, ao basear seu poderio comercial predominantemente nesse contingente de assessores financeiros, o banco se expôs a eventuais fragilidades. Quanto maior a terceirização e pulverização do efetivo, maiores os riscos. A recomendação de investimentos e consequentemente a gestão dos recursos foram se afastando cada vez mais do banco. Talvez os agentes autônomos tenham ficado autônomos demais. Há de se ressaltar também a atual complexidade da indústria de fundos, com seus Long & Short, High-Frequency Trading (HFT), Overlay Strategy e Smart Beta. O Gladius FIM CP IE e o Coliseu FIM CP IE, por exemplo – os dois fundos da XP acusados pela Grizzly de estarem no centro de um esquema de pirâmide – são produtos “market makers”. Como tal, têm a função de dar liquidez a operações com derivativos feitas por clientes. Não é simples decifrar toda essa sofisticada engrenagem, que eventualmente acaba por abrir fendas para operações heterodoxas.
A Grizzly Research está longe de ser um árbitro isento e, ao que parece, não tem um background que lhe permita posar de certificadora de gestoras de recursos. A firma de análise nova-iorquina opera na modalidade conhecida como “short seller”. Empresas com esse perfil costumam cavoucar os indicadores financeiros de companhias abertas, levantam eventuais ameaças ou problemas de performance e apostam no mercado na queda das ações. Depois, publicam relatórios de research apontando para tais vulnerabilidades. Então, é só esperar que o papel desabe para lucrar com as operações realizadas. Bem, no mercado há quem considere que empresas como a Grizzly têm seu valor, por expor riscos que outros analistas desprezam ou desconhecem. Maniqueísmos à parte, talvez fosse o caso de se discutir até mesmo uma regulação mais rígida para eventuais manipuladores do mercado travestidos de casas de análise de investimento.
Em todo o caso, ainda que as acusações da Grizzly contra os Gladius e o Coliseu sejam absolutamente infundadas, o simples surgimento de inferências e suspicácias atinge o principal ativo da XP: seu capital reputacional. Há coisas que, do ponto de vista simbólico, não devem acontecer de jeito algum, como um advogado ser preso ou engenheiro ver a casa onde mora desabar por um erro de cálculo. Instituições financeiras não podem ter sobre si a mais tênue dúvida acerca da sua credibilidade. Uma vez que a denúncia, mesmo que falsa, vem à tona, a XP não tem como controlar a fantasia alheia. Aliás, o assunto foi divulgado em mídias pelo mundo afora. E não faltam ingredientes para que ele seja alimentado. Menção a pirâmides financeiras e a esquema Ponzi automaticamente remetem a uma das maiores fraudes financeiras da história, que levou à condenação de Bernard Madoff a 150 anos de prisão. Ao menos a XP conta com a solidariedade de seus concorrentes. Conforme o Valor Econômico informou na última quinta-feira, a área de pesquisa do BTG que cobre o setor financeiro elaborou uma análise em que classifica a tese da Grizzly como infundada.

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Minoritários forçam Carrefour a repensar valor da recompra de ações
20/03/2025
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Falta de dinheiro sobre a mesa trava venda da HSI Investimentos
18/03/2025
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Yduqs é o combustível que impulsiona a ação da Cogna
14/03/2025Há, desde ontem, um zunzunzum no mercado de que Cogna e Yduqs retomaram as conversas para uma possível fusão. Seria o combustível por trás da disparada da ação da Cogna, que acumula alta superior a 20% nos últimos 30 dias. As tratativas entre as duas empresas vão e vêm, vêm e vão há mais de um ano. Não é para menos. A costura é complexa, dada a dimensão do negócio. Juntas, as duas companhias teriam cerca de 2,5 milhões de alunos, ou seja, um terço do mercado privado no ensino superior, além de um Ebitda combinado de mais de R$ 2 bilhões. Outra dificuldade é contemplar os interesses dos principais acionistas de parte a parte: Chaim Zaher e Advent, do lado da Yduqs, e Alaska Investimentos, do lado da Cogna.

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Rural Ventures aduba o caixa de startups do agronegócio
14/03/2025A Rural Ventures deverá dar a partida, nas próximas semanas, em uma nova rodada de aportes em agtechs. Os cheques girariam em torno de R$ 1 milhão. A gestora comandada pelos ex-XP Fernando Rodrigues e André Amorim concluiu, no fim do ano passado, a montagem de seu primeiro fundo de venture capital, com a captação de R$ 50 milhões em mercado. Anteriormente, a Rural já havia feito aportes em sete agtechs, mas essencialmente com recursos do bolso de seus fundadores. Nos últimos meses, uma rede de empresários e investidores do agronegócio se juntou à empresa de investimentos, como José Américo Basso, CEO da fabricante de sementes Jotabasso, e Fabio de Rezende Barbosa, acionista e presidente do grupo sucroalcooleiro NovAmérica.

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RBR prepara captação de novo fundo de real estate
11/03/2025A RBR Asset iniciou os preparativos para a captação de um novo fundo imobiliário. Ricardo Almeida, sócio fundador e CEO da gestora, vem sondando investidores para aferir o apetite e calibrar o tamanho da operação. A ideia seria buscar, no mínimo, R$ 1 bilhão. A RBR tem cerca de R$ 11 bilhões sob administração. No ano passado, Almeida chegou a colocar à venda parte do capital da empresa, mas nenhuma negociação andou. O que se diz no mercado é que ele não topou qualquer interferência do eventual sócio na gestão da RBR, o que afastou os interessados. Procurada, a gestora não se manifestou.

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Sun Hung Kai Properties fecha o cerco aos principais acionistas da PDG
21/02/2025O RR apurou que a Sun Hung Kai Properties Limited (SHKP), uma das maiores incorporadoras imobiliárias de Hong Kong, tem abordado diretamente os principais acionistas da PDG para comprar o controle da empresa. É uma operação de pressão. Conforme a própria companhia informou ao mercado na última quarta-feira, a PDG recebeu uma proposta “não solicitada” para a aquisição de todas as suas ações. A SHKP aposta que, obtendo o aval dos maiores acionistas, o restante vem de arrasto, até por falta de alternativa. A incorporadora paulista tem o capital pulverizado em bolsa – o maior acionista individual é o investidor Thiago José Moises da Silva, com 8,28%. Estava escrito nas estrelas e no RR, na edição do último dia 11 que a PDG era uma presa fácil para um take over. Com seguidos prejuízos, a companhia virou pó na bolsa. Procurada, a PDG não se pronunciou.

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Bancos advisers querem oferta maior no follow on da Caixa Seguridade
19/02/2025
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Entre o boato e o fato, muita gente ganhou dinheiro com a Brava Energia
4/02/2025Os papéis da Brava Energia foram alvo de estranhas movimentações na última sexta-feira. Segundo fontes, minoritários da empresa já levaram o caso à CVM, levantando suspeições de manipulação de mercado. Logo na abertura do pregão, surgiram fortes rumores de que, ao longo do dia, a empresa anunciaria a venda de um pacote de ativos onshore para a Fluxus, da J&F. Tão logo a notícia se espalhou, houve uma enxurrada de ordens de compra, e o papel disparou, subindo quase 7%. Ocorre que, poucas horas depois, a Fluxus veio a público comunicar sua desistência do negócio. Ato contínuo, a ação desabou. Mas, a essa altura, muitos investidores já haviam ganhado uma bolada. Em contato com o RR, a CVM informou que “acompanha e analisa informações e movimentações no âmbito do mercado de valores mobiliários brasileiro, tomando as medidas cabíveis, sempre que necessário”. A autarquia disse ainda que “não comenta casos específicos”.

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O que está por trás da recompra de ações da Cogna?
3/02/2025O anúncio do programa de recompra de ações da Cogna disparou uma onda de especulações no mercado. A operação vem sendo interpretada como um indício de que a empresa estaria perto de fechar um acordo de M&A. Desde o fim do ano passado circulam informações sobre tratativas para uma fusão com a Yduqs. Nas últimas semanas, surgiram também no setor relatos de conversações entre a Cogna e a Cruzeiro do Sul Educacional. A recompra de ações e a consequente redução do free float seriam uma tentativa de elevar o preço da ação e, com isso, melhorar ainda mais o valuation da companhia à mesa de negociações. O frisson do mercado diante de um possível M&A tem se refletido no papel, que registra uma alta de 28% no ano – ainda longe, no entanto, de compensar a queda acumulada de 52% nos últimos 12 meses. Procuradas, Yduqs e Cruzeiro do Sul disseram não comentar “rumores de mercado”. A Cogna também não se pronunciou.

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Na Engie Brasil, sai o follow on e entra emissão de dívida
31/01/2025A Engie Brasil está sondando bancos para uma emissão de dívida. A empresa busca reforço de caixa para cumprir seu plano de investimentos, que prevê o desembolso de mais de R$ 12 bilhões até o fim de 2026. A captação via debt surge como um Plano B. Inicialmente, o grupo franco-belga chegou a estudar um follow on, mas a ideia foi desenergizada diante das condições adversas do mercado. Na paralela, a Engie contempla também a possibilidade de venda de ativos. No setor não é de hoje que se comenta sobre o interesse da companhia em negociar mais um pedaço da sua participação na Transportadora Associada de Gás (TAG). Há pouco mais de um ano, a Engie vendeu 15% da empresa para a canadense CDPQ por R$ 3,1 bilhões. Ainda mantém em suas mãos 32,5%, hoje avaliada em torno de R$ 7 bilhões.

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Tarpon quer reduzir posição na Serena. A questão é quando
30/01/2025
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Novo aporte de capital entra no radar da Cora
28/01/2025A fintech Cora tem feito sondagens no mercado sobre a possibilidade de realizar uma nova captação. A empresa fundada por Igor Senra e Leonardo Mendes já levantou mais de US$ 115 milhões, junto a fundos como Kaszek, Tiger Capital e a chinesa Tencent. O novo aporte ajudaria a Cora a turbinar suas operações na área de crédito. Em meados do ano passado, o banco digital recebeu o aval do Banco Central para transformar sua licença de sociedade de crédito direto (SCD) em sociedade de crédito, financiamento e investimento, tornando-se uma financeira de fato e de direito. Com foco em pequenas e médias empresas, a Cora reúne uma carteira com aproximadamente 1,6 milhão de clientes.

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DGF já gasta por conta de seu novo fundo de venture capital
27/01/2025A DGF Investimentos está garimpando companhias de softwares no Brasil, notadamente startups com soluções de inteligência artificial. Os cheques devem chegar à casa dos R$ 25 milhões. A gestora está na fase de captação de seu oitavo fundo de venture capital, com a meta de levantar R$ 300 milhões.

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Os movimentos de Chaim Zaher para aumentar sua fatia na Yduqs
27/01/2025O empresário Chaim Zaher tem se movimentado para aumentar sua participação acionária na Yduqs. O avanço se daria com a compra das ações em poder da SPX Capital, de Rogério Xavier. Há pouco mais de uma semana, a SPX reduziu sua fatia na empresa de educação de 5,1% para 4,9%, o que foi interpretado por analistas como um sinal de que a gestora pretende desembarcar do capital. Chaim e sua filha, Adriana Zaher, detêm 13,6% da Yduqs. A compra de apenas metade da participação da SPX já seria o suficiente para colocar a família Zaher como a maior acionista, à frente do Advent, dono de 15% do capital. Mas que ninguém enxergue nessa possível ultrapassagem uma disputa entre o empresário e o fundo norte-americano. Chaim Zaher e Advent tocam, em sintonia, a gestão do grupo educacional. Procurado pelo RR, o empresário não quis se pronunciar. Também consultada, a SPX Capital não retornou.

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XP avança no capital da dona da Centauro
23/01/2025A XP Investimentos tem avançado passo a passo no capital do Grupo SBF, dono da rede de lojas Centauro. Nas últimas duas semanas, atuou intensamente na ponta compradora, chegando próximo de 6,1%. A julgar pelos movimentos recentes não deve parar por aí. Talvez o apetite da XP seja uma demonstração de confiança em relação aos fundamentos da companhia de varejo; talvez a gestora esteja apostando mesmo em novas recompras do papel em bolsa. No fim do ano, a SBF aprovou um programa de aquisição de até 10% das ações em circulação, na tentativa de conter a queda da cotação. Desde setembro, o papel acumula uma depreciação de 40%.

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Baixa demanda é entrave para reabertura do capital do Basa
23/01/2025Os planos do governo de reabrir o capital do Banco da Amazônia (Basa) têm esbarrado na azia do mercado. As sondagens conduzidas pelos bancos contratados para estruturar o “re-IPO” – UBS, XP, Bank of America, Citigroup e Caixa Econômica – apontam para uma reduzida demanda pelos papéis. No momento, o pool de instituições financeiras está recalibrando o tamanho da operação. A Fazenda trabalha, desde o início, com um número cabalístico, de R$ 2 bilhões, para a emissão. Talvez tenha de se contentar com menos. Ou, o que é pior, engavetar a operação até que o estômago do mercado melhore.

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Softbank reavalia o seu tamanho no Brasil
21/01/2025Há um bochicho no mercado de que o Softbank poderá reduzir sua equipe no Brasil, comandada por Alex Szapiro. A julgar pelo track records, faz sentido. Administrador do Vision Fund, o maior fundo de capital de risco do mundo, o banco japonês vem diminuindo seus aportes no país ao longo dos últimos dois anos. No passado, pesaram e muito as bilionárias perdas sofridas pela instituição financeira. No presente, há o que parece ser um deslocamento geopolítico do Softbank. Os japoneses estão fechados com Donald Trump. Em dezembro, o CEO global do banco, Masayoshi Son, esteve na Flórida para anunciar, ao lado do próprio Trump, um investimento de US$ 100 bilhões nos Estados Unidos ao longo dos próximos quatro anos. O RR entrou em contato com o Softbank, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

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Disparada das ações é um convite para Previ deixar a BRF
21/01/2025Corre no mercado a informação de que a Previ avalia vender parte ou mesmo a totalidade da sua participação na BRF, de 6,1%. As condições são atrativas para uma saída em grande estilo. A cotação do papel está no maior patamar desde junho de 2021. Somente nos últimos 12 meses, acumula uma alta superior a 80%. O Marfrig, de Marcos Molina, acionista majoritário da BRF, é candidatíssimo à compra. Outra possibilidade seria um aumento da participação do Salic, o fundo soberano da Arábia Saudita para o agronegócio. Parceiros de Molina, os árabes detêm 11% da BRF.

Mercado
Votorantim e Temasek replicam sua parceria no venture capital
20/01/2025
Mercado
Família Zogbi aposta alto em real estate nos Estados Unidos
17/01/2025A CIX Capital negocia a compra de um megaempreendimento imobiliário, no segmento residencial, em Miami. Há informações no mercado de que a negociação deve ser fechada em fevereiro. Esta promete a ser a primeira tacada de um longo ciclo de investimentos da gestora da família Zogbi nos Estados Unidos. A CIX Capital já anunciou ter reservado mais de US$ 100 milhões para o setor de real estate em terras norte-americanas.

Mercado
Across Capital prepara nova investida no Brasil
14/01/2025Corre na Faria Lima que a Across Capital vai fechar ainda neste trimestre a capitalização de mais uma empresa de softwares no Brasil. O cheque seria da ordem de US$ 15 milhões. A gestora já aportou recursos em três empresas brasileiras: Zig, Akad Seguros e QI Tech – nesta última, o maior desembolso, de US$ 50 milhões. A Across é comandada pelo brasileiro Rafael Costa e pelo norte-americano Mike Silva, ambos ex-Vulcan Capital, o antigo fundo de Paul Allen, cofundador da Microsoft.

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Vinci Partners reavalia sua posição na Vitru Educação
10/01/2025
Mercado
Oferta de ações da Caixa Seguridade deve superar previsão inicial
8/01/2025A direção da Caixa Econômica ainda discute o calibre do follow on da Caixa Seguridade, leia-se o número de ações que serão ofertadas em Bolsa. O plano original prevê a colocação de 2,75%, o suficiente para a empresa atingir o free float mínimo exigido pelas regras do Novo Mercado (20%). Nesse caso, a captação seria da ordem de R$ 1,2 bilhão, com base no atual valor da ação. No entanto, as sondagens já feitas pela Caixa a bancos e fundos de investimentos indicam que há demanda por um volume maior de papéis, por baixo, por baixo, superior a R$ 2 bilhões.

Mercado
Ultra avança sobre ações de sócios na Hidrovias do Brasil
3/01/2025
Mercado
IDC Ventures avança sobre fintechs no Brasil
13/12/2024
Mercado
Mercado já precificou um futuro sem o governo Lula
12/12/2024O frisson causado pela segunda cirurgia do presidente Lula confirma a incompetência da comunicação do governo e retira dos generais e acólitos de Jair Bolsonaro a primazia sobre o “gabinete do ódio”. Se os irresponsáveis do Palacio do Planalto tivessem anunciado a previsão de mais uma cirurgia logo após a primeira, a repentina torcida pela abreviação do seu mandato – estimulada, diga-se de passagem – seria dissipada. Imagina-se que os médicos não fariam a divulgação dos procedimentos cirúrgicos no presidente dessa forma esquizofrênica, ou seja, dividida em duas etapas, se não houvesse algo acertado com os comunicólogos do governo. Com relação à nova versão do “gabinete do ódio”, é como se o mercado tivesse feito um take over e um rembranding, simultaneamente. Os generais e acólitos bolsonaristas saíram temporariamente de cena. O mercado, um ectoplasma segundo o jornalista Elio Gaspari, instalou o “gabinete da morbidez”, fazendo das redes e de algumas mídias o espaço para o seu banquete fúnebre. Por volta das 14h, o monitoramento da Internet mostrou uma inundação de notícias sobre o “agravamento” do estado de saúde de Lula e sua associação com a melhoria dos ânimos do mercado. Nenhum pudor, nenhum escrúpulo. O discurso entusiástico se dirigia a uma outra bolha, o tal mercado.
Trata-se de uma questão quase metafísica. Na individualidade dos seus membros, o mercado não é nem bom nem mau. Mas, quando seu credo ideológico, a racionalidade dos lucros crescentes é ameaçada, aí sim, ele pode ser pérfido e cruel. Por volta do mesmo horário já citado acima, criou-se nas redes uma espécie de jogo de apostas em três variáveis “favoráveis” ao ajuste econômico – leia-se fiscal: o prolongamento do martírio de Lula com a ampliação da sua internação hospitalar; a permanência na UTI por um prazo maior e o término antecipado da sua gestão. Adivinhem qual é a opção mais votada… Um destaque para o fato de que a alternativa da recuperação rápida e desejável do presidente não constou dessa loteria funesta. Nietzche diria que tudo isso é demasiadamente humano. O filósofo, se assistisse aos acontecimentos, talvez trocasse o predicado humano, a despeito do subtexto da palavra. Tudo isso, quer seja sobre os disfarces de diagnóstico viciado, torcida mórbida e perversidade enrustida, é demasiadamente desumano. Como bem apontou, com seu habitual tom de pilhéria, a coluna “The Piauí Herald”, da revista Piauí, é capaz do dólar cair a R$ 1 se Lula se submeter a mais cinco cirurgias…

Mercado
“Stone do México” quer concorrer com a original no Brasil
12/12/2024As antenas da Faria Lima captaram a informação de que a mexicana Clip estaria preparando sua aterrissagem no Brasil. A fintech é comumente chamada de “Stone do México” em alusão à empresa brasileira de pagamentos. Em junho, recebeu um aporte de US$ 100 milhões, liderado pelo Morgan Stanley, recursos que borbulham em seu caixa e devem ser usados na expansão de seus negócios na América Latina. A Clip reúne ainda entre seus investidores outros pesos-pesados do venture capital como General Atlantic e Softbank.

Mercado
O novo pouso da BlackRock na Embraer
6/12/2024Desde a manhã há um alarido no mercado de que a BlackRock, maior gestora de recursos do mundo, com mais de US$ 10 trilhões, voltou a comprar expressivos lotes de ações da Embraer. Em setembro, os norte-americanos já haviam adquirido uma fatia expressiva de papéis da fabricante de aeronaves, chegando a 5,5% do capital.

Mercado
Trígono Capital semeia captação de novo fundo
6/12/2024Há um alarido no mercado de que a Trígono Capital está preparando o solo para a captação de um novo fundo. Parcela expressiva dos recursos deverá ser alocada em empresas da cadeia do agronegócio, um terreno bem conhecido para a firma de investimentos. Com mais de R$ 3 bilhões em ativos, a gestora de Werner Roger é a maior acionista da Kepler Weber, uma das principais companhias de armazenagem de grãos da América Latina. Tem também participações acionárias em grupos sucroalcooleiros, como a São Martinho e a Jalles Machado. A Trígono passa por uma mudança de perfil. Historicamente focada em small caps, tem buscado montar posição em empresas de maior porte ou large caps. Procurada pelo RR, a gestora não quis se manifestar.

Mercado
Forrado de dólares, General Catalyst volta a olhar para o Brasil
2/12/2024O General Catalyst tem feito o coração dos donos de startups brasileiras bater mais forte. Há informações de que o fundo norte-americano está prestes a iniciar uma nova rodada de investimentos no Brasil. O venture capital acaba de levantar cerca de US$ 8 bilhões, a maior captação registrada no segmento de capital de risco nos últimos dois anos. O General Catalyst já tem participações em startups brasileiras, como a Tractian, especializada em internet das coisas, e a healthcare Genial Care. Em tempo: além de novas empresas, é possível que o fundo norte-americano aporte recursos em startups já investidas. É o que esperam os acionistas da própria Tractian, Igor Marinelli e Gabriel Lameirinhas. A empresa está negociando uma nova rodada de capitalização da ordem de US$ 120 milhões – conforme informou o Pipeline, do Valor Econômico, no último dia 21.

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The Yield Lab irriga startups do agronegócio
22/11/2024Informação captada pelas antenas da Faria Lima: a gestora The Yield Lab Latam tem reservados cerca de US$ 30 milhões para investimentos em agtechs no Brasil. Em meados deste ano, o venture capital montou um fundo da ordem de US$ 50 milhões. Braço latino-americano da The Yield Lab, uma malha de fundos nascida nos Estados Unidos com ramificações na Europa e na Ásia, o The Yield Lab Latam conta com recursos de agências multilaterais, como o BID, e de grandes empresas, a exemplo da Nestlé.

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L Catterton prepara seu check out do Decolar.com
22/11/2024Há um bochicho no mercado de que a L Catterton prepara seu desembarque da Decolar.com, maior plataforma de e-commerce da área de turismo da América Latina. A gestora norte-americana entrou no capital da empresa em 2020, com um aporte da ordem de US$ 150 milhões. A eventual saída do Decolar.com estaria vinculada a uma rearrumação da carteira de investimentos da L Catterton no Brasil. Há partidas e chegadas. O fundo procura um comprador para a sua participação de 70% na rede de supermercados paulista St. Marché, avaliada em R$ 1 bilhão. Por outro lado, anunciou no início desta semana sua entrada no capital da rede de hospitais veterinários WeVets, com atuação em São Paulo e Rio Grande do Sul. Procurada, a L Catterton não se manifestou.

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Das criptomoedas ao crédito, Bitso ganha reforço de capital no Brasil
19/11/2024Há um zunzunzum na Faria Lima de que a Bitso, plataforma de criptomoedas mexicana com forte atuação no Brasil, deverá receber um novo aporte dos fundos investidores. A capitalização seria liderada pela Kaszek Ventures, maior gestora de capital de risco da América Latina. Em grande parte, a injeção de recursos mira o mercado brasileiro e o reforço das operações de crédito no país. No ano passado, a Bitso foi a primeira empresa de criptoativos a receber autorização do Banco Central para oferecer empréstimos no Brasil. Ressalte-se que recentemente a fintech passou por uma troca de comando no país, com a nomeação de Bárbara Espir para o posto de country manager.

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Investidores preparam saída em bloco da Facily
19/11/2024
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Reag prospecta ativos na área de seguros
14/11/2024A Reag, de João Carlos Mansur, está vasculhando o mercado de seguros em busca de aquisições. Trata-se do novo tentáculo da holding de investimentos, que, nos últimos meses, comprou firmas de private equity, instituições da área de crédito, gestoras de fortuna, além de outros pingentes adicionado ao seu colar na área financeira.

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Crescera Capital está prestes a fechar captação de novo fundo
8/11/2024
Mercado
Venture capital argentino vem ao Brasil para montar seu terceiro fundo
7/11/2024
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Frubana prepara nova colheita de capital no Brasil
6/11/2024Há informações no mercado de que a startup colombiana Frubana tem se movimentado junto a fundos de venture capital no Brasil em busca de um aporte de recursos. Desde 2022, quando levantou US$ 75 milhões, a empresa não faz uma rodada de capitalização. A captação pode ser determinante para o próprio futuro da foodtech, que conecta produtores rurais a redes de restaurantes. No momento, o Brasil é a única operação ativa da Frubana. No início do ano, a empresa, que tem entre seus investidores pesos-pesados como Monashees, SoftBank e Tiger Global, suspendeu suas atividades no México e na própria Colômbia.

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EMS e Hypera: as hostilidades estão reservadas para o segundo tempo
30/10/2024
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Infracommerce deve receber uma transfusão de capital
28/10/2024Os principais investidores da Infracommerce – à frente Pátria Investimentos e IG-neous, que juntos detêm 14% das ações – discutem um aporte de capital na companhia. A injeção de recursos se daria em caráter emergencial. A empresa de soluções tecnológicas para a área de e-commerce atravessa delicada situação financeira. Neste mês, a Infracommerce conseguiu fechar um acordo com credores para a reestruturação de dívidas no valor de R$ 640 milhões.
Ainda assim, o que se diz no mercado é que a companhia enfrenta dificuldades para honrar compromissos de curto prazo. Na semana passada, a empresa captou R$ 70 milhões junto à Geribá Investimentos por meio da emissão de notas comerciais, o que dá um alívio temporário, mas não resolve os problemas estruturais de caixa. Procurados, Pátria e IG-neous não se pronunciaram.

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Fabricante de “carros voadores” da Embraer prepara nova captação internacional
21/10/2024
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Caixa quer follow-on do seu braço de seguridade ainda neste ano
21/10/2024A direção da Caixa Econômica corre contra o tempo. O banco pretende realizar ainda neste ano o follow-on da Caixa Seguridade. A informação que circula à boca miúda na própria Caixa é que, de acordo com as sondagens feitas junto a fundos e bancos de investimento, a instituição já teria demanda firme para levantar cerca de R$ 1,5 bilhão. Todo muito bom, tudo muito bem, mas, para quem quer colocar a operação na rua até dezembro, a Caixa está sossegada demais. Até o momento, sequer contratou os bancos coordenadores da oferta.

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Cosan vai ter de recalibrar a propaganda para o IPO da Moove
14/10/2024“A Cosan tentou vender o que não tinha”. Grosso modo, é como um celebrado gestor de fundos, em conversa com o RR, resume a frustrada tentativa de IPO da Moove, braço de lubrificantes do grupo de Rubens Ometto. Na “venda” da operação, os coordenadores da oferta – uma tropa de alto coturno, formada por Itaú BBA, BTG Pactual, Santander, J.P. Morgan, BofA Securities e Citigroup – usaram e abusaram da mensagem de que a companhia estava em franco processo de internacionalização, o que lhe permitiria ter receita em moeda forte e crédito em condições mais vantajosas. Na melhor das hipóteses, um surto de wishful thinking que o mercado jamais comprou. Nem poderia. Praticamente toda a receita e Ebitda da Moove ainda são gerados no Brasil.

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Luiz Barsi está de saída da AES Brasil?
10/10/2024
Mercado
Softbank desperta no Brasil, mas com prudência
30/09/2024
Mercado
IPO serve de trampolim para CVC Capital vender participação na Moove
27/09/2024O CVC Capital Partners deverá se aproveitar da abertura de capital da Moove na Bolsa de Nova York, para vender integralmente a sua participação na empresa. O fundo norte-americano detém 30% da distribuidora de lubrificantes da Cosan. Estima-se que o valuation da companhia de Rubens Ometto possa chegar a US$ 2 bilhões, o que precificaria a parte do CVC em aproximadamente US$ 600 milhões. Por essas e outras, a operação vem sendo chamada no mercado de IPO do ano no “Brasil”. Só que em Nova York.

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Maya Capital recolhe os flaps e suspende captação para novo fundo
20/09/2024
Mercado
Venture capital norte-americano mira edtechs no Brasil
13/09/2024
Mercado
Peterson Partners sobrevoa o capital da Azul
13/09/2024Segundo fonte próxima à Azul, a Peterson Partners, de Utah, é um dos potenciais investidores com quem David Neeleman vem conversando para uma possível injeção de capital na companhia aérea. Conforme noticiou o Valor Econômico, na edição do último dia 4, Neeleman tem proximidade com fundos de investimento localizados no estado norte-americano – relações que começaram a ser construídas no tempo em que o fundador da Azul estudou na Universidade de Utah. A Peterson Partners, que administra pouco mais de US$ 2 bilhões em ativos, é historicamente bastante ligada ao empresário. Tão ligada que ambos parecem ser uma coisa só. No passado, o asset management investiu na própria Azul e na JetBlue, igualmente fundada por Neeleman. Não para por aí. Em 2021, a Peterson Partners ajudou financeira na decolagem da Breeze Airways, outra companhia criada pelo empresário

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Será que a Tarpon vai pular do barco da Hidrovias?
11/09/2024
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Iridium entra na mira da XP Investimentos
5/09/2024
Mercado
Venture capital argentino tem US$ 50 milhões reservados para o Brasil
3/09/2024O venture capital NXTP está prospectando startups de tecnologia no Brasil, especialmente desenvolvedores de softwares para fintechs e e-commerce. O país deverá receber quase metade dos recursos do mais recente fundo montado pela empresa, da ordem de US$ 100 milhões. Sediada em Buenos Aires, a NXTP reúne recursos de investidores de diferentes países da América Latina.

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Vibra faz “road show” dos seus próprios dividendos
29/08/2024O presidente da Vibra, Ernesto Pousada, tem feito um corpo a corpo junto aos principais fundos acionistas da empresa e bancos de investimento. As conversas passam por três pontos: dividendos, dividendos e dividendos. Pousada vem tentando dissipar os rumores de que a recente aquisição dos 50% restantes da Comerc, um negócio de R$ 3,5 bilhões, terá impacto sobre a política de remuneração dos acionistas da Vibra. O CEO garante que a regra de distribuição de, no mínimo, 40% do lucro líquido será mantida, prática esta, ressalte-se, que tornou a companhia uma das darlings do mercado. O que Pousada não diz é se a Vibra, ao menos no curto prazo, terá espaço para pagar dividendos extraordinários. Analistas da Goldman Sachs já disseram que não.

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Reag Investimentos tem mais uma aquisição no gatilho
28/08/2024O que se diz e o que se ouve no mercado é que a Reag Investimentos está perto de fechar mais uma aquisição. O deal deverá ser sacramentado em até dois meses. Nos últimos cinco meses, a gestora comprou a Quasar Asset Management, a Empírica e 25% da Confrapar – esta última representou sua entrada no segmento de private equity. Por essas e outras, o fundador e CEO da Reag, João Carlos Mansur, é tido por seus pares como um dos personagens mais agressivos do mercado neste momento. Há pouco mais de um ano, sua casa de investimentos tinha cerca de R$ 80 bilhões sob gestão. Recentemente, bateu na marca de R$ 180 bilhões. A aposta do RR? Os R$ 200 bilhões vêm ainda neste ano.

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Saúde é o que interessa para a Riverwood Capital
27/08/2024Há um zunzunzum na Faria Lima de que a norte-americana Riverwood Capital está em negociações com duas healthtechs brasileiras. Ao menos um deal deve ser fechado ainda neste ano. O setor é umas meninas dos olhos da gestora do Vale do Silício no Brasil. Em janeiro, por exemplo, a Riverwood aportou R$ 160 milhões na Amigo Tech, uma startup de software para clínicas e médicos.

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Gestora chilena sobrevoa o setor de e-commerce no varejo
13/08/2024A chilena Falcom Asset Management está vasculhando ativos na área de e-commerce no Brasil. Sua ponta de lança no país será o recém-montado fundo Tactical Latam Equities, criado para investimentos em países da América Latina. A Falcom tem uma posição na Falabella, uma das maiores redes de varejo do Chile.

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Banco do Brasil quer engordar seu fundo de venture capital
8/08/2024
Mercado
Brasil pode ganhar um upgrade no mapa da Bridgestone
8/08/2024
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A dura negociação entre Gilberto Sayão e Rodrigo Galindo
7/08/2024A Vinci Partners, de Gilberto Sayão, tem sido um osso duro de roer nas negociações para a venda da Farmax, empresa de personal care – notadamente cosméticos. Do outro lado da mesa, está Rodrigo Galindo, chairman da Cogna e fundador do private equity Vidya. Galindo quer o controle; por ora, a Vinci bate o pé e só aceita negociar uma fatia minoritária. Há discordâncias também em relação ao valuation da Farmax.
Esta pode ser a primeira grande investida do Vidya, fundo de mais de R$ 500 milhões montado por Galindo. O investidor olha para os mais diversos setores, de saúde à tecnologia. Só deve passar ao largo da área de educação, devido ao natural conflito de interesses com a própria Cogna. Procurada, a Vidya não retornou até o fechamento desta matéria. A Vinci, por sua vez, não quis comentar o assunto.

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BlackRock é o segundo “acionista de referência” da Sabesp
6/08/2024O BlackRock – potentado da gestão de recursos, com mais de US$ 10,5 trilhões – está montando uma posição de respeito no setor de saneamento no Brasil. O movimento mais recente é a compra de um volume expressivo de ações da Sabesp em bolsa. Ontem, no fim do dia, circulava no mercado a informação de que os norte-americanos teriam atingido a participação de 5,5%. Ou seja: a gestora já é o segundo maior acionista privado da Sabesp, atrás apenas da Equatorial Energia, acionista de referência, com 15% do capital. Há método por trás dessa investida. O BlackRock já tem participações na Copasa, de Minas Gerais, e na Sanepar, do Paraná. Passo a passo, a gestora norte-americana caminha para ser um importante investidor do setor de saneamento, onde reside um dos maiores problemas estruturais do país – estima-se que mais de 100 milhões de brasileiros não têm acesso a tratamento de esgoto e aproximadamente 35 milhões não recebem água potável. Ressalte-se que o BlackRock está por trás do iShares MSCI Water Management Multisector, um dos grandes ETFs (exchange-traded fund) listados na Nasdaq e voltados a investimentos em gestão de águas.

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RM Farma entra na bula dos fundos de venture capital
6/08/2024Fundos de venture capital vêm rondando a RM Farma, startup voltada ao setor farmacêutico. No mercado, há quem diga que o interesse pode acelerar os planos do empresário Thiago Marques, fundador da empresa, de realizar uma nova rodada de capitalização. Na primeira, no ano passado, a RM Farma recebeu R$ 22 milhões de um grupo de investidores liderado pela PG&MP, casa de investimentos do empresário Paulo Morais, fundador da Espaçolaser. O aporte envolveu a transferência de 35% da empresa. A RM Farma desenvolveu uma plataforma de gestão para redes de farmácias de pequeno e médio porte. Sua carteira já reúne quase mil estabelecimentos, com faturamento somado de quase R$ 3 bilhões.

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Investidor Silvio Tini busca o salvo-conduto da CVM a qualquer custo
5/08/2024O megainvestidor Silvio Tini de Araújo vai recorrer da decisão da CVM, que o inabilitou para cargos em companhias abertas por cinco anos. É o Plano A. No entanto, no entorno de Tini há quem diga que ele e seus advogados já trabalham em um Plano B: a negociação de um acordo com o órgão regulador para comutar sua pena em multa financeira. Ele foi condenado por ter repassado informações privilegiadas sobre a Alpargatas, da qual é um dos principais acionistas, com 10%. No mercado, o julgamento é visto como um dos casos mais importantes do ano na CVM por se tratar de quem se trata. Tini é considerado um dos maiores investidores ativistas do mercado de capitais brasileiro, ao lado de Luiz Barsi Filho. Procurado, por meio de sua holding, a Bonsucex, Silvio Tini não se pronunciou.

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Carlyle vende seus últimos farelos acionários na Rede D´Or
30/07/2024A razoavelmente longeva sociedade entre o Carlyle e a família Moll, iniciada em 2018, está chegando ao fim. A gestora norte-americana vai ofertar em mercado o punhadinho de ações da Rede D´Or que ainda restou em sua carteira, algo como 0,5% do capital. Tomando-se como base apenas a atual cotação do conglomerado hospitalar – em torno de R$ 27 -, o blocktrade movimentaria algo em torno de R$ 162 milhões. Em determinado momento, o Carlyle chegou a ser o segundo maior acionista individual da Rede D´Or, com quase 12% de participação, atrás apenas dos controladores. Nos últimos anos, no entanto, iniciou um suave ciclo de desinvestimento com uma sequência de ofertas ao mercado. Na mais recente, em maio, levantou R$ 2 bilhões. Consultado, o Carlyle não se pronunciou.

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Cosan faz as contas para o IPO da Moove em Nova York
29/07/2024
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Enel tem tudo para ser um saco de pancadas eleitoral
29/07/2024Até prova em contrário, a Enel conseguiu um voto de confiança de Lula, do ministro Alexandre Silveira e do governador Tarcísio Freitas após apresentar a eles um novo plano de investimentos para São Paulo, no valor de R$ 6,2 bilhões. No entanto, os italianos têm uma pedra no sapato difícil de ser removida: o prefeito Ricardo Nunes. O alcaide tem se mostrado menos flexível nas conversas com a cúpula do grupo, mais especificamente o CEO global da Enel, Flavio Cattaneo, e o presidente da subsidiária brasileira, Antonio Scala.
Qualquer semelhança com a proximidade da disputa eleitoral de outubro não seria mera coincidência. As seguidas falhas no fornecimento de energia na capital paulista tornam a empresa um potencial alvo de ataques tanto de Nunes quanto de seus adversários. Nenhum candidato, especialmente o atual prefeito, vai correr o risco de poupar uma prestadora de serviços que, neste momento, não conta com a menor simpatia do eleitor paulistano – para se dizer o mínimo. Ou seja: a Enel tem tudo para ser a Geni da campanha eleitoral em São Paulo. Procurada pelo RR, a companhia não quis comentar o assunto.

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Emissão de títulos verdes entra no radar da Corsan
29/07/2024Há um zunzunzum no mercado de que a gaúcha Corsan, controlada pela Aegea, planeja uma emissão de títulos ESG. Os recursos seriam canalizados para o programa de investimentos da empresa de saneamento, que precisa cumprir metas ousadas: a maior delas, ampliar os serviços de coleta e tratamento de esgoto dos atuais 21% para 90% da população do Rio Grande do Sul até 2033. Em 2021, quando ainda era estatal, a Corsan emitiu R$ 450 milhões em debêntures que foram classificadas como títulos verdes, devido ao impacto social e ambiental da captação.

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Vinci Partners prepara o bote sobre a HSI
26/07/2024
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Juca Abdalla avança no capital e no conselho da Petrobras
26/07/2024Há um alarido no mercado de que Juca Abdalla, dono do Banco Clássico, voltou a comprar ações da Petrobras em volumes mais significativos. O banqueiro já é um dos principais minoritários da estatal, não apenas pela sua participação de mais de 2% no capital ordinário, mas também pela aliança com outros acionistas, o que lhe garante um assento no Conselho desde 2021.
Na última eleição para o board, no entanto, em abril deste ano, Abdalla encontrou mais dificuldades do que o esperado. O banqueiro foi reconduzido ao Conselho, mas com ressalvas do Comitê de Pessoas (Cope) da Petrobras. O órgão considerou que ele não estava integralmente em conformidade com o estatuto da companhia por ser executivo e administrador de outras empresas que têm contratos com a Petrobras. Procurado pelo RR, por meio do Banco Clássico, Juca Abdalla não se manifestou.

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Minoritários tentam barrar assembleia de acionistas da Kora Saúde
23/07/2024
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ATG tem o desafio (quase impossível) de furar o monopólio da B3
19/07/2024A B3 está se considerando a Petrobras do setor bursátil brasileiro. A empresa tem o monopólio do mercado de valores mobiliários. A princípio, a ATG – marca fantasia da futura bolsa do Rio e nome do operador da iniciativa, o Americas Trading Group – é uma iniciativa fadada ao nanismo. A pergunta repetida entre os agentes financeiros é se a nova plataforma terá escala de negócios para enfrentar a B3, a dona do mercado. Hoje, os operadores da “Bolsa única” dizem que a ATG está longe das condições para esse enfrentamento. Mas há controvérsias.
Um dos principais sócios da nova empresa, o fundo soberano Mubadala, é um artilheiro que não pode ser desprezado. Em hipótese alguma. Trata-se de um dos maiores investidores do mundo, com potencial não só de alocar recursos do seu manancial sem fim, mas também de atrair outros fundos gigantescos. Em segundo lugar, está o fator Eduardo Paes. O atual prefeito e virtual prefeito reeleito do Rio já anunciou que tem como sua prioridade a ATG. Paes é um obstinado e promete dar incentivos a torto e a direito às empresas que optarem pelos negócios na “sua bolsa”. Mesmo que a nova “BVRJ”, como era chamada a Bolsa do Rio, faça só cosquinha na B3, é sempre saudável ver alguma competição com o dono da bola.
Para o Rio de Janeiro, a iniciativa é positiva seja qual for o placar desse jogo. O Brasil, para quem não se lembra, já teve 27 bolsas de valores. Aos poucos, por adensamento, o setor foi se consolidando. Mas, até a década de 80, ainda restavam quatro delas com alguma expressão (Extremo Sul – Rio Grande do Sul e Santa Catarina; Minas, Espírito Santo e Brasília; Pernambuco e Paraíba; e Ceará, que englobava os demais estados), todas representadas pela Comissão Nacional das Bolsas de Valores (CNBV). No final, ficaram as bolsas do Rio e de São Paulo, ficando a primeira disparadamente a mais significativa. Depois, com a criação dos mercados futuros de ouro e a termo, em São Paulo, e a colaboração de um episódio com impacto similar ao da fraude contábil das Americanas na Bolsa do Rio (o caso Naji Nahas), a Pauliceia ganhou de goleada. E a Bolsa do Rio simplesmente fechou. Essa derrota acachapante é uma das responsáveis pelo abandono do Centro do Rio.

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Eletrobras começa a girar o dimer até apagar sua participação na CTEEP
16/07/2024A oferta anunciada pela Eletrobras para vender parte expressiva das suas ações na CTEEP é vista no mercado como um test drive. A demanda e o valor alcançado serviriam de termômetro para a ex-estatal se desfazer do restante dos papéis – possivelmente ainda neste ano. Hoje, a Eletrobras tem 9,7% das ordinárias e 52,4% das preferenciais da CTEEP. A companhia flerta com a sua saída em definitivo do capital desde o ano passado – conforme informou o RR. Procurada, a Eletrobras não se pronunciou.

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Para o venture capital da Afya, saúde é o que interessa
10/07/2024De uma fonte do RR muito, mas muito próxima mesmo da Afya Educação: o braço de venture capital da empresa tem cerca de R$ 30 milhões para descarregar em startups. O fundo trabalha com um teto de aportes em torno de R$ 5 milhões por empresa. Na mira, healthtechs e mais healthtechs, a exemplo dos três investimentos já realizados, o mais recente o cheque de R$ 2 milhões para a Caveo, plataforma de assessoria contábil para profissionais da área de saúde. Total sinergia com a Afya, uma das principais holdings de universidades de medicina do país.

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Follow on da Caixa Seguridade volta ao radar da CEF
10/07/2024Está quente, está frio, está quente novamente: dentro da Caixa Econômica é voz corrente que a direção do banco retomou o projeto de follow on da Caixa Seguridade. Diante das condições do mercado, a cúpula da instituição financeira recalibrou as expectativas e trabalha com a possibilidade de levantar algo em torno de R$ 2 bilhões, abaixo dos R$ 3 bilhões previstos inicialmente. Com 82,75% do capital, a Caixa tem gordura societária de sobra para ofertar ações da sua controlada de seguros e previdência. Em tempo: ao que parece, os radares dos departamentos de research já captaram sinais da operação. Na semana passada, a XP Investimentos soltou um relatório estabelecendo o preço-alvo de R$ 18 para a ação da Caixa Seguridade ao fim de 2025, ou seja, uma alta de aproximadamente 26% em relação à cotação atual. Procurada pelo RR, a Caixa não se pronunciou.

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Azul vira uma ação de primeira classe para a BlackRock
8/07/2024
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Luiza Helena Trajano não merece a pecha de vira-casaca
5/07/2024
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Compra da Credz serve de trampolim para a DM Financeira
4/07/2024O céu é o limite para a DM Financeira. No mercado, espocam informações sobre planos da empresa de ampliar seu raio de ação, originalmente concentrado na área de crédito. Um dos alvos seria desenvolver soluções de pagamento para o varejo. A DM tem um insumo valioso nas mãos, com forte potencial para a oferta de serviços financeiros: sua base de clientes. Em abril, a empresa comprou a carteira de empréstimos da Credz, financeira dos irmãos Zogbi, antigos controladores da Ripasa e do Banco Zogbi. Com isso, superou a marca de R$ 4 bilhões em financiamentos. Passou a ser também a maior operadora de cartões private label de lojas, com mais de 13 mil pontos de venda. Em conversa com o RR, a DM informou que “seguirá mantendo como uma das estratégias de expansão a aquisição de operações.”. E confirmou também que trabalha para “oferecer produtos voltados para crédito, serviços e seguros” e está “empacotando tais soluções dentro do nosso aplicativo, o DMAPP”.

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Novo fundo da Barn Investimentos está prestes a sair do forno
3/07/2024
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Viver passa de incorporadora a incorporada pela Reag
3/07/2024A mudança no comando da incorporadora Viver tem chacoalhado os corredores da companhia. O que se diz é que o executivo Cláudio Kawa Hermolin teria sido escolhido a dedo para substituir Ricardo Piccinini da Carvalhinha, e seu principal papel seria prestar continência à Reag Investimentos. Pode ser. Pode não ser. O fato é que, nos últimos meses, especialmente no início do ano, a gestora de João Carlos Mansur ampliou sua posição no capital da empresa, de controle pulverizado. Tornou-se a maior acionista individual, com 14,3%. No mercado, a aposta geral é que a Reag estaria preparando o terreno para o take over da Viver, em um script semelhante à tomada de poder na GetNinjas. Em contato com o RR, a Reag informou que não está comprando mis ações da Viver. A gestora disse ainda que a indicação de Cláudio Kawa Hermolin foi “aprovada pela AGE competente”. Está feito o registro.

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É bom seguir o rastro da Previ na Vibra Energia
1/07/2024Na última sexta-feira, circulou no mercado a informação de que a Previ voltou a comprar um volume mais expressivo de ações da Vibra em Bolsa. Em março, o fundo de pensão já havia feito um movimento semelhante. A Previ já ultrapassou os 5%, o que lhe dá direito de voto nas assembleias de acionistas. Foi o suficiente para eleger, com o apoio de outros minoritários, o seu diretor de investimentos, Claudio Gonçalves, para uma cadeira no conselho da companhia. Se atingir 10%, crescem as chances de emplacar um segundo nome no board. Como em qualquer movimento mais sensível feito pela Previ, nunca se sabe ao certo onde termina sua estratégia de investimento e começam os interesses do governo. Tratando-se do antigo braço de distribuição de combustíveis da Petrobras e do permanente flerte da gestão Lula com a sua reestatização, nesse caso a resposta não parece ser tão difícil… Procurada pelo RR, a Previ não se manifestou.

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André Esteves e os Moreira Salles disputam cada ação da Eneva
28/06/2024Informação que correu ontem como um rastilho de pólvora no mercado: o BTG, de André Esteves, estaria rondando o Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, para comprar sua participação de 4% na Eneva. Faz todo o sentido. Muito sentido. O banco de André Esteves disputa um acirrado rali com os Moreira Salles pela hegemonia no capital e consequentemente no management da Eneva. Recentemente, o BTG chegou a 37% da empresa de energia, por meio de diferentes veículos de investimento. Está se aproximando da Cambuhy, gestora dos Moreira Salles, que se vale de uma coalizão societária para ainda permanecer no topo. Ao lado da Dynamo, Atmos e Velt, o clã forma um bloco coeso, com 40% das ações da Eneva. O que está em jogo é o poder de decidir para onde virar o manche da companhia. O BTG é tido como o principal artífice da estratégia da Eneva de buscar M&As nas mais diversas áreas da cadeia de energia, vide a frustrada negociação com a Vibra e os recentes rumores de uma possível associação com a petroleira PetroReconcavo. Procurados, BTG e Gávea não se pronunciaram até o fechamento desta matéria.

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CVC Capital deve deixar a Moove com um lucro aditivado
28/06/2024O IPO da Moove, o braço de lubrificantes do Grupo Cosan, desponta como uma operação sob medida para a CVC Capital Partners. A informação que circula entre os executivos da Cosan é que os norte-americanos vão aproveitar a janela para vender a maior parte ou mesmo integralmente a sua posição de 30% na empresa. É lucro certo. Em dezembro de 2018, quando se associou à Moove, a CVC desembolsou cerca de R$ 560 milhões, ou algo como US$ 145 milhões em valores da época. Segundo informou a Bloomberg no último dia 19, a Cosan está buscando um valuation da ordem de R$ 12 bilhões para a sua controlada. Caso esse market cap seja alcançado no IPO, a CVC embolsaria, portanto, algo em torno de R$ 3,6 bilhões com a oferta de todos os 30% – o equivalente a US$ 663 milhões. Ou seja: em seis anos, o investimento poderá render à gigante global de private equity um ganho em dólar de 350%.

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Será o grand finále do Pátria Investimentos na SmartFit?
26/06/2024A iminente aquisição da rede de academias Velocity – informação publicada inicialmente pelo site Brazil Journal na semana passada – é vista no mercado como a “última dança” do Pátria Investimentos na SmartFit. O que se diz em petit comité é que a gestora deverá zerar sua posição no capital da empresa até o fim deste ano. E a compra da Velocity seria um movimento fundamental para aumentar o preço de saída. Hoje, a valor de mercado, os 32% do Pátria na SmartFit valem aproximadamente R$ 4 bilhões. Em tempo: o GIC, fundo soberano de Cingapura, deverá aproveitar o embalo para também se desfazer do restante da sua participação na companhia, em torno de 8%.

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Vanguard Group circula nas estradas da Ecorodovias
26/06/2024Há um forte rumor no mercado de que, desde a semana passada, o norte-americano Vanguard Group tem comprado seguidamente papéis da Ecorodovias. A princípio, teria farejado um ótima oportunidade de realização de lucro mais à frente, tratando-se de uma ação que já caiu quase 30% no ano sem razões mais fortes para tanto – na última segunda-feira, por exemplo, o Bank of America soltou um relatório classificando o papel como uma boa opção de compra. Ainda assim, qualquer movimento do Vanguard Group é acompanhado com atenção redobrada pelas mesas de operação. Maior gestora de fundos do mundo, com mais de US$ 7 trilhões sob sua guarda, a empresa de investimentos norte-americana tem, digamos assim, uma capacidade preditiva como poucos. Vai que a Ecorodovias está prestes a anunciar algum fato novo de maior impacto…

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RBR Asset entra no radar do Pátria Investimentos
25/06/2024
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Beyoung cansa a beleza dos gestores da XP Asset
21/06/2024Há um alarido no mercado de que a XP Asset avalia se desfazer de participações do fundo. O que se diz é que o desinvestimento começaria pela marca de cosméticos Beyoung. Trata-se de um ativo que não tem feito muito bem à pele dos cotistas do fundo. Em dezembro de 2020, quando a XP entrou no negócio, o custo de aquisição foi de R$ 159 milhões. No último relatório divulgado pela gestora, em março, a participação estava marcada a R$ 76 milhões, uma desvalorização de 52%. Deixar a Beyoung significará “realizar” o prejuízo. Que remédio? O negócio jamais decolou. Em seu próprio relatório, a XP se refere à empresa como a “de maior risco de exposição e pior desempenho operacional dentre todas as companhias investidas do Fundo I”. Procurada pelo RR, a XP não quis se manifestar.

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Rede D´Or prepara sua resposta à fusão Dasa/Amil
18/06/2024Informação que ricocheteia no mercado: a família Moll, maior acionista da Rede D´Or, estaria preparando uma nova oferta de ações da empresa. Ressalte-se que, em 22 de maio, o clã ganhou gordura ao aumentar sua participação no negócio, com a compra de parte dos papéis colocados à venda pelo fundo norte-americano Carlyle – uma operação de R$ 400 milhões.
Foi uma “pechincha”. A família pagou R$ 29,44 por ação, um desconto de 5% em relação ao fechamento do pregão no dia anterior. O momento é mais do que sintomático para a eventual ida da Rede D´Or ao mercado. A aposta no setor é que a companhia vai partir para uma nova temporada de aquisições de hospitais. Seria uma reação à recente fusão entre a Dasa e a Amil, que criou a segunda maior empresa do setor no país. Procurada, a Rede D´Or disse que “não comenta especulações de mercado”.

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GetNet, do Santander, vai voltar à bolsa?
17/06/2024Há um bochicho no mercado de que o Santander avalia reabrir o capital da Getnet em Nova York. Seria um “meia volta, volver” apenas dois anos depois da empresa de soluções de pagamento do conglomerado espanhol sair simultaneamente da Nasdaq e da B3. De lá para cá, o negócio, que já era bom, subiu de patamar, saltando de uma receita de R$ 3 bilhões para um faturamento previsto da ordem de R$ 10 bilhões neste ano. De uma “simples” empresa de maquininhas, a GetNet virou uma multiplataforma de pagamentos. Consultado, o Santander não se manifestou.

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Gestora americana reserva mais alguns milhões de dólares para o Brasil
14/06/2024
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Os green bonds em dose dupla de Rubens Ometto
13/06/2024
Mercado
O que o BlackRock viu (de novo) nas Casas Bahia?
11/06/2024Desde a última sexta-feira, há um burburinho no mercado de que o BlackRock voltou a comprar volumes expressivos de ações da Casas Bahia. Por si só, a investida da maior gestora de ativos do mundo, com mais de US$ 10,5 trilhões em carteira, já seria suficiente para chamar a atenção do mercado. Mas há outro ponto lembrado nas mesas de operação: no fim de janeiro, a BlackRock adquiriu uma quantidade expressiva de papéis da Casas Bahia. Três meses depois, a rede varejista anunciou um importante acordo com os seus maiores bancos credores. Na ocasião, a ação chegou a subir 46% em menos de uma semana. O que será que o radar da BlackRock teria captado desta vez?

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Telefónica estuda novos investimentos em venture capital no Brasil
10/06/2024Informação que “circula” entre as antenas da Vivo: a Telefónica estaria disposta a aumentar para cerca de R$ 500 milhões o volume de recursos para investimentos em startups no Brasil, por meio do CVC Vivo Ventures. O fundo foi criado com aproximadamente R$ 300 milhões, dos quais apenas R$ 60 milhões já foram alocados. A disposição dos espanhóis em engordar sua operação de venture capital pode ser medida pela contratação do ex-Valor Capital Group Phillip Trauer – informação publicada pelo Pipeline, do Valor Econômico, no último dia 4. Trauer será o head não apenas do CVC Vivo Ventures, mas também da Wayra Brasil, braço global da Telefónica.

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Reag Investimentos persegue uma meta arrojada
7/06/2024A Reag não vai parar na aquisição da Empírica, anunciada na última terça-feira. Corre no mercado que o próprio João Carlos Mansur, comandante-em-chefe da empresa de investimentos, tem deixado escapar em petit comité que a meta seria chegar a R$ 50 bilhões em crédito estruturado sob gestão. Ou seja: duplicar a atual carteira, já contabilizando os R$ 9 bilhões amealhados com a compra da Empírica. É mais um front de negócios que vem garantindo a rápida escalada da Reag Investimentos, que já tem sob o seu guarda-chuva mais de R$ 160 bilhões em ativos. Aliás, há quem diga que Mansur não vai sossegar até bater nos R$ 200 bilhões. Pode ser que sim, pode ser que não.

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Emissão de green bonds entra no radar da Eneva
6/06/2024Bochicho que correu entre mesas de operação do mercado no final da tarde de ontem: a Eneva estaria preparando um nova captação, dessa vez com a emissão de títulos atrelados a metas de sustentabilidade. Não seria nada para já, mas para o último trimestre do ano. No momento, a Eneva está no meio do processo de lançamento de R$ 3 bilhões em debêntures, divididas em quatro tranches. A companhia precisa fazer caixa. De um lado, está a necessidade de reduzir seu nível de alavancagem – no balanço de março, a relação dívida líquida/Ebitda chegou a 5,1 vezes; do outro, está a avidez da Eneva por M&As. Recentemente surgiram notícias de tratativas com a PetroReconcavo para uma possível fusão. Para não falar do que é quase um pensamento fixo entre os acionistas da empresa: a associação com a Vibra Energia, história que vai e volta, volta e vai. Procurada, a Eneva não se pronunciou

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O que Ronaldo Iabrudi reserva para o Pão de Açúcar?
4/06/2024
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Fundo soberano de Abu Dhabi aumenta aposta na Loft
3/06/2024É o que se diz, o que se comenta na Faria Lima: o ADQ, de Abu Dhabi, deverá liderar um novo aporte na Loft, startup do setor imobiliário. Trata-se do mais “pobrezinho” entre os fundos soberanos dos Emirados: tem cerca de US$ 120 bilhões em ativos. A ADQ entrou na Loft em agosto do ano passado. Na ocasião, a proptech foi avaliada em cerca de US$ 1,45 bilhão, muitos andares abaixo da rodada de capitalização de 2021, quando seu valuation beirou os US$ 3 bilhões.

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Follow on da Caixa Seguridade pode chegar a 20% do capital
3/06/2024Assunto do momento no mercado de seguros: a oferta de ações da Caixa Seguridade pode chegar a 20% do capital. Ou seja: o free float da subsidiária da Caixa Econômica mais do que dobraria, saindo de 17,5% para 37,5%. O banco estatal ainda manteria uma confortável posição no controle, de 62,5%. Agora, não é nada para já. O que se comenta à boca pequena é que o follow on deve ficar para o último trimestre do ano.

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General Atlantic sobe o “piso” dos seus gastos com educação
27/05/2024Informação captada pelas “antenas” da Faria Lima: a General Atlantic teria reservado cerca de R$ 1 bilhão para novos investimentos em educação no Brasil, notadamente a compra de startups da área. Há um zunzunzum também de que as futuras aquisições poderiam ser incorporadas à Arco Educação, da qual a General Atlantic é uma das maiores acionistas ao lado da também norte-americana Dragonner.

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Assaí deixa uma herança indesejável no balanço do Pão de Açúcar
20/05/2024O balanço do Grupo Pão de Açúcar (GPA) no primeiro trimestre tem alimentado preocupações no mercado. Entre minoritários há o temor de que o custo referente a ações trabalhistas de funcionários e ex-funcionários do Assaí seja superior aos R$ 300 milhões estimados pelo próprio GPA para este ano. A portas fechadas, alguns analistas chegam a especular sobre o risco de a despesa superar os R$ 450 milhões gastos no ano passado com os processos trabalhistas. Até porque o velho lugar comum do futebol se aplica ao caso: a Justiça trabalhista também é uma “caixinha de surpresas”, quase sempre contra o empregador. É a herança nada alvissareira deixada pelo Assaí, que foi controlado pelo GPA até 2022. Consultado, o Pão de Açúcar não se pronunciou.

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O próximo tijolo da BB Asset no setor de real estate
17/05/2024Corre à boca pequena que a BB Asset deverá aumentar sua aposta no setor de real estate. A informação é que a gestora do Banco do Brasil estuda a emissão de um segundo fundo “de tijolo”. Com base no êxito do primeiro, lançado há cerca de duas semanas, dentro da instituição financeira tem quem fale em uma captação próxima de R$ 1,5 bilhão. O fundo BB Premium Malls (BBIG11) levantou R$ 990 milhões, acima da oferta inicial de R$ 800 milhões. Mas a demanda pelos papéis bateu perto de R$ 1,2 bilhão. Em tempo: a Iguatemi, que prestou consultoria imobiliária para o BBIG11, já está a postos para carregar os próximos tijolos com a BB Asset. Procurada, a instituição não retornou até o fechamento desta matéria.

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Vinci Partners esbanja prosperidade no real estate
16/05/2024Informação que vem sendo cochichada de ouvido em ouvido no setor de real estate: a Vinci Partners estaria preparando mais uma captação para o fundo Vinci Shopping Center (VISC). Seria mais uma demonstração da prosperidade do braço de investimentos imobiliários da gestora de Gilberto Sayão. Entre outubro e dezembro do ano passado, o VISC levantou R$ 1,2 bilhão em duas emissões. Procurada, a Vinci não se pronunciou.

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Um candidato a unicórnio roda nas estradas brasileiras
13/05/2024A Buser, startup de venda de passagens de ônibus, é a darling do momento na Faria Lima. A informação que corre a 120 km/h é que um bancão de investimento está rondando a empresa, tentando antecipar seu IPO – o fundador, Marcelo Vasconcellos, costuma dizer que a abertura de capital está no radar, mas não para agora. O mercado já vê o carimbo de “unicórnio” na fuselagem dos ônibus do Buser. É quase consenso de que o valuation da empresa já passou de US$ 1 bilhão.

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Tem muita porta aberta nos shoppings da Multiplan
9/05/2024A recente venda de 8,85% da Multiplan que estavam nas mãos do Ontario Teachers acendeu um sinal de alerta no empresário José Isaac Peres e seus herdeiros. Com a operação, o free float passou de 44% para 53%. É ação demais dando sopa no mercado, ainda mais tratando-se de uma família que comanda seus negócios com mão de ferro, abrindo pouco espaço para forasteiros. Os Peres têm hoje 25,2% do capital da Multiplan. Uma hipótese para ampliar essa posição é negociar diretamente a compra das ações ainda em poder do Ontario Teachers, um antigo parceiro de José Isaac Peres. O fundo canadense manteve 18,5%. Pelo acordo societário, Peres tem direito de preferência sobre essa tranche. Quem o conhece de perto aposta as fichas que a probabilidade do empresário exercer a opção de compra é grande.

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O futuro da Kora Saúde ainda passa pela HIG Capital?
8/05/2024O pedido da HIG Capital de retirada da Kora Saúde do Novo Mercado tem provocado um tiroteio de informações cruzadas nas bolsas. Há um forte zunzunzum de que o passo seguinte da gestora norte-americana seria o fechamento de capital da empresa de medicina de grupo e a posterior a associação ou venda a um player da área de saúde – a Rede D´Or seria um pretendente, conforme o RR já informou. Não seria a única possibilidade que povoa as discussões na HIG.
Mesas de operação disparam também a hipótese de a HIG fazer uma oferta de ações da Kora, mesmo no segmento básico de listagem da B3, com o objetivo de pulverizar o capital e, consequentemente, reduzir sua exposure no negócio. Entre projéteis de um lado e de outro, um fato parece ter o consenso entre investidores e analistas: não foi para permanecer como acionista majoritária que a HIG tirou a empresa de plano de saúde do Novo Mercado

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Pátria vai tirar o corpo fora da SmartFit?
7/05/2024O RR ouviu uma história com pé e cabeça de que o Pátria vai zerar sua posição na SmartFit. A gestora detém 32% do capital da rede de academias. O Pátria vive um momento de rearrumação na sua prateleira de participações societárias. Negociou parte de suas ações na Hidrovias do Brasil para o Ultra e colocou à venda o controle da Gran Coffee, fabricante de máquinas de café. Tratando-se de quem se trata, tudo leva a crer que a desmobilização de ativos é o sopro que antecede uma nova rajada de investimentos em private equity. Consultado, o Pátria não quis se pronunciar.

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Investidores enxergam a governança da Vivara como uma bijuteria
7/05/2024Ao que tudo indica, vai demorar até que a Vivara consiga convencer o mercado de que voltou a ter uma governança 24 quilates. Até porque a companhia não se ajuda muito. Corre no mercado que fundos com posição na empresa teriam identificado sinais de interferência do acionista controlador e chairman, Nelson Kaufman, sobre a gestão do novo CEO, Otavio Lyra. Kaufman também teria chamado para si a escolha do novo CFO – Lyra está ocupando os dois cargos de forma provisória. O empresário é respeitadíssimo no setor pela sua trajetória – transformou duas lojinhas do pai em uma das maiores redes de joalheiras do Brasil. Mas, ultimamente, ficou marcado por arranhar a confiança dos investidores. Em março, anunciou seu retorno à presidência executiva depois de 13 anos longe da gestão. Nos dois dias seguintes, a ação da Vivara despencou quase 20%, e Kaufman foi obrigado a recuar. Pero no mucho, a julgar pelo que dizem à boca miúda investidores minoritários da companhia. Consultada, a Vivara não se manifestou.

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B3 assume o papel de xerife do mercado que um dia já foi da CVM
6/05/2024A B3 é hoje a principal demolidora da casa de alvenaria em que se tornou a Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Retificamos: é o segundo maior agente desconstrutor; o primeiro é a própria CVM, que canibaliza a si mesma. A B3 comprou a velha tese da autorregulamentação do mercado e está fazendo uma verdadeira maratona nessa área. Antes, ninguém acreditava nas regras que provinham das bolsas, “antro de prostituição”, segundo o saudoso economista Moyses Glatt, um dos criadores dos mercados a termo na Bolsa de Valores de São Paulo. Essa percepção mudou. A B3, junção de todas as antigas bolsas, não para de criar regulamentos de aperfeiçoamento do Novo Mercado. Hoje, a instituição é quem organiza de fato a “legiferação” e implementa as ações de melhoria das transações com ações e debêntures. Agora mesmo, modernizou a anacrônica concepção de que a CVM é o xerife do mercado. A B3, entre várias mudanças de aprimoramento das obrigações das companhias abertas, vai criar uma espécie de fast track para suspender as empresas que estejam se valendo de práticas suspeitas, fora das regras de conformidade ou com conduta desapropriada. Talvez a CVM seja informada em tempo real. Talvez depois do fato consumado. Ou, sabe-se lá, no dia seguinte por meio do mercado. Mas as missões estatutárias de acompanhamento, denúncia e punição, algumas das principais atribuições da CVM, vão para a prateleira do passado. O xerife agora é outro.
Só para dar um background sobre a CVM, a autarquia é uma espécie de patinho feio entre as instituições que gravitam em torno do mercado acionário. Seu orçamento é irrisório. Suas multas são baixas. Grande parte delas prescreve através das contestações na Justiça. O número de processos julgados pela instituição caiu para mais da metade entre 2018 e 2022. A CVM iniciou o ano de 2023 com um déficit de 30% no quadro de servidores em relação a 2010. Segundo estudo da FGV, em 2022 só houve 50 julgamentos. O comportamento de privilegiar a pena pecuniária permaneceu como parâmetro. Só que o valor total dessas multas, em 2022, segundo o estudo obtido pelo RR, somou R$ 48,4 milhões, sendo que R$ 20,4 milhões correspondem a ilícitos em mercado. Em não raros casos ainda cabe recurso. A título de blague, talvez fosse o caso de a CVM pensar no instituto da delação premiada. Puniria mais e arrecadaria muito mais.
Nos últimos três governos, foi acalentada a junção da CVM e da Superintendência de Seguros Privados (Susep), outro patinho feio xifópago. O novo órgão ficaria mais parrudo, teria um status maior e poderia pleitear melhores condições de funcionamento ao governo federal. Mas, bulhufas! Nada aconteceu e nada deverá acontecer. Alguém, imagina, por exemplo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, realizando uma visita ou mesmo um elogio à CVM, órgão vinculado a sua Pasta? Apostas na mesa. O que ficou é a saudade dos tempos em que a autarquia era presidida por Roberto Texeira da Costa, um quadro de estirpe, no período de implementação da Lei das S/A, com um notável colegiado e tendo em Mario Henrique Simonsen um dos maiores estimuladores. Mas isso é conversa de ancião. Por ora, é tecer loas à B3, que segue na sua cruzada pelo aperfeiçoamento do mercado de valores mobiliários. Que a instituição, hoje “mãe de todas as bolsas brasileiras”, continue entregando o bom serviço que presta.

Mercado
Inteligência artificial é o novo alvo de Marcelo Claure
6/05/2024A “holding” Marcelo Claure é imparável. O investidor tem conversado com startups de tecnologia, no Brasil e nos Estados Unidos, e buscado “geniozinhos” da área com objetivo de montar um colar de negócios em Inteligência Artificial. Segundo fontes próximas a Claure, uma de suas fixações no momento é o uso de IA para experiências de consumo, notadamente em e-commerce. Mais sinérgico, impossível. Claure é o nº 1 da Shein no Brasil. Além de fundador da gestora Bicycle, partner de Eduardo Melzer e Pedro Parente na EB Capital, investidor em projetos de extração de lítio no Chile e na Bolívia, sua terra natal, sócio de clubes de futebol etc etc etc. Procurado pelo RR, por intermédio da assessoria da Shein, Marcelo Claure não quis se pronunciar.

Mercado
Estiagem no mercado de venture capital não perdoa nem o sobrenome Lemann
3/05/2024Uma informação de boa fonte, que tem grande trânsito junto a elite do mercado financeiro. Segundo o deepthroat, Lara Lemann, filha de Jorge Paulo Lemann, e sua sócia na Maya Capital, Monica Saggioro, têm gastado algumas horas do dia matutando sobre o lançamento de um novo fundo. A questão é o timing: há dúvidas – ou seriam certezas? – se este é o momento ideal para abrir a captação. Além da entressafra no mercado global de venture capital, a Maya está digerindo resultados frustrantes de algumas das empresas investidas. O RR teve a informação de que uma das startups do seu portfólio, que já recebeu mais de R$ 400 milhões em aportes dos seus acionistas, estaria por um fio. Não há de ser nada: onde houver um Lemann, jamais será inverno. Procurada, a Maya não retornou até o fechamento desta matéria.

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Marcos Molina aumenta o preço do seu “perdão” na CVM
30/04/2024Marcos Molina não desiste. O RR apurou que a defesa do dono da Marfrig está preparando uma nova proposta de termo de compromisso a ser encaminhada à CVM. O empresário tenta encerrar um processo administrativo contra ele.
A CVM investiga eventuais irregularidades em contratos a termo e à vista da MMS, empresa de Molina, que teriam o objetivo de aumentar a liquidez das ações da Marfrig e mantê-la no panteão das empresas integrantes do Ibovespa. No âmbito do processo, a autarquia já manifestou que a “MMS teria elevado de forma abrupta giro de negócios com o papel da Marfrig”, configurando um “excesso de demanda e de oferta artificial”. O volume de operações teria chegado a R$ 425 milhões.
Molina, ao que parece, vislumbra que a dor de cabeça em caso de condenação pode ser grande. Ele já fez três tentativas de acordo com a CVM, todas rechaçadas pelo órgão regulador. Entre a primeira e terceira proposta, o valor colocado à mesa pelo empresário para encerrar a investigação saltou de R$ 2 milhões para R$ 13,3 milhões. Procurado pelo RR, Molina não se pronunciou.

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Será o ato final do Casino no Pão de Açúcar?
26/04/2024Desde ontem, no fim da tarde, há um zunzunzum no mercado de que o Casino estaria prestes a anunciar a venda de uma nova tranche de ações do Pão de Açúcar ou até mesmo sua saída em definitivo do Brasil. O rebuliço na bolsa se retroalimenta com pesadas ordens de aquisição do papel. Um dos players mais frenéticos na ponta compradora seria a SPX Capital, gestora de Rogério Xavier.

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Rio de Janeiro ocupa vários metros quadrados na carteira da Valora
26/04/2024A Valora, do investidor Daniel Pegorini, estaria em negociações para a compra de mais dois prédios corporativos no Rio de Janeiro. Os recursos virão do fundo imobiliário recém-captado pela gestora, que levantou R$ 335 milhões. Já fazem parte da carteira cinco imóveis empresariais, também no Rio, comprados junto a um fundo do BTG, além do Edifício Cidade Jardim, em São Paulo.

Mercado
Vale a pena ver de novo? Reag prepara take over da Viver
23/04/2024A Reag Investimentos tem comprado seguidamente ações da incorporadora imobiliária Viver. Além das operações em bolsa, o RR apurou que a gestora de João Carlos Mansur negocia diretamente a aquisição de papéis junto a minoritários, notadamente fundos de investimento. A julgar pelo track records, a Reag está preparando o bote para o take over da companhia.
Trata-se de um script parecido ao GetNinjas: a Reag escalou a compra do papel em Bolsa, se articulou com outros investidores, assumiu o controle e ainda tirou da jogada o fundador da empresa e então maior acionista, Eduardo L’Hotellier. E, desta vez, ainda há uma vantagem adicional: uma aquisição hostil da Viver sairia bem “baratinho”.
A empresa está avaliada na Bolsa por apenas R$ 83 milhões, para efeito de comparação um terço do market cap da GetNinjas. Em contato com o RR, a Reag informou que “através de um de seus fundos, possui 14,33% de ações da Viver e conforme anunciado, tem intenção de participar da administração da empresa”.

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Bancos credores pressionam Intercement
22/04/2024A demora em fechar a venda da Intercement está colocando uma espada sobre a cabeça dos dirigentes e acionistas da Mover Participações, a antiga Camargo Corrêa. A companhia já procurou Banco do Brasil e Itaú para renegociar uma nova prorrogação do vencimento de suas debêntures, série com valor total de US$ 584 milhões. A dívida vem sendo rolada seguidamente, mas tudo tem um limite. O novo vencimento está previsto para 8 de maio. O RR apurou que o Itaú vem adotando uma postura menos flexível nas tratativas. O banco dos Setúbal estaria condicionando uma nova extensão à venda da Intercement, com garantias já apresentadas pelo futuro controlador. Mas onde está ele? As negociações tanto com a Votorantim quanto com a CSN prosseguem a passos lentos. Consultado, o Itaú disse que “não comenta casos específicos de clientes”. Já a Intercement não se manifestou.

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Advent dá ignição no IPO da Fortbras
18/04/2024A Fortbras, uma das maiores distribuidoras de autopeças da América Latina, como receita acima dos R$ 3 bilhões por ano, tirou seu IPO da gaveta. A abertura de capital servirá como janela para o Advent, acionista controlador, reduzir sua participação no negócio, iniciando seu processo de desinvestimento. A primeira tentativa de oferta de ações, em 2021, virou monóxido de carbono diante da falta de liquidez nos mercados internacionais. Consultado, o Advent não se pronunciou.

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São Pedro Capital sobe mais degraus no capital da Enjoei
18/04/2024A São Pedro Capital, de Alex Dias, ex-CEO do Google no Brasil, tem se movimentado no mercado para aumentar sua participação no capital da Enjoei, plataforma de e-commerce de artigos usados. Segundo a fonte do RR, dois fundos de investimento, que juntos detêm cerca de 8%, estariam na ponta vendedora. A São Pedro já é o maior acionista individual da empresa, com 11%, ultrapassando, inclusive, os acionistas fundadores, Ana Luiza Mclaren e Tiê Lima. Procurada, a gestora de recursos não se manifestou.
A ação da Enjoei, ressalte-se, está barata. Em novembro de 2020, no IPO, o valuation da companhia era de R$ 2 bilhões. Três meses depois, a empresa atingiu sua máxima histórica, com market cap de R$ 3,9 bilhões. De lá para cá, no entanto, perdeu 90% do seu valor de mercado. Por mais que a empresa de e-commerce ainda esteja em seu período de maturação, os investidores parecem ter enjoado do negócio por conta dos seguidos prejuízos, em torno de R$ 270 milhões nos últimos quatro anos.

Mercado
Petz se arma contra oferta hostil de seus concorrentes
16/04/2024Sergio Zimerman, fundador da Petz, está comprando mais papéis da empresa em mercado. Quer chegar a 51%, incluindo ações e títulos derivativos – entre fevereiro e março, avançou de 42,9% para 48% do capital total. Zimerman segue a linha de que o ataque é a melhor defesa. Busca uma posição majoritária para se blindar contra uma possível aquisição hostil em bolsa. O risco duplicou. Há informações de que, além da Cobasi, a Petlove também teria interesse em enredar a Petz por meio de um take over. Ressalte-se que a ação da empresa está no seu menor patamar histórico (R$ 3,66) – desde o IPO, a rede de petshops perdeu 78% do seu valor de mercado. Ou seja: as circunstâncias nunca foram tão favoráveis para algum pitbull da concorrência morder o controle da Petz. Apenas como um exercício matemático, tomando-se como referência a atual cotação do papel, a compra de 50% mais uma das ações demandaria cerca de R$ 850 milhões.

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BlackRock já enxerga investimento na Qualicorp pelo retrovisor
12/04/2024Corre no mercado que, nos últimos dois dias, o BlackRock voltou a vender um volume expressivo de ações da Qualicorp. No início do mês, a maior gestora de recursos do mundo já havia reduzido sua participação no capital da operadora de planos de saúde. O movimento do BlackRock tem alimentado rumores sobre a intenção dos norte-americanos em zerar sua posição na companhia. A empresa de investimento é o terceiro maior acionista da Qualicorp, atrás da Rede D´Or e do Pátria Investimentos. A operadora de medicina de grupo não vive exatamente seu melhor momento. Em 2023, teve uma queda no número de vidas de 13% em comparação ao ano anterior. No mesmo intervalo, a receita líquida recuou 10%.

Mercado
Natura prepara lançamento de green bonds
8/04/2024A Natura vai voltar ao palco das captações internacionais. A empresa prepara uma emissão de títulos atrelados a metas de sustentabilidade. No mais recente lançamento de green bonds, em 2021, a companhia amealhou US$ 1 bilhão. Após uma profunda reestruturação, que incluiu a venda da The Body Shop e da Aesop, a ida ao mercado será um bom teste para a Natura e – por que não dizer? – para a gestão de Fabio Barbosa, CEO da empresa. Procurada, a companhia não quis se manifestar.

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Movida quer encher o tanque com emissão de US$ 750 milhões
8/04/2024As primeiras reuniões com bancos e fundos de investimentos animaram a Movida. O RR apurou que a empresa de locação de veículos já identificou demanda suficiente para colocar em mercado o valor máximo previsto para a sua emissão de títulos no exterior, de US$ 750 milhões. Se confirmado, a operação responderá sozinha por quase 7% do volume total de títulos dívida emitidos por companhias brasileiras no exterior entre janeiro e a primeira semana de abril. Consultada pelo RR, a Movida informou que “não comenta rumores de mercado”.

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Flourish Ventures joga sua rede sobre fintechs brasileiras
4/04/2024A Flourish Ventures está garimpando fintechs das áreas de crédito e de soluções de pagamento no Brasil. Segundo a fonte do RR, há conversas em curso com três startups. A Flourish é a gestora venture capital do multibilionário Pierre Omidyar, fundador do eBay. Com aproximadamente US$ 600 milhões sob administração, a gestora já contabiliza aportes no Brasil, o principal deles no Banco Neon.

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MRV planeja novo “circuit breaker” contra a queda das suas ações
3/04/2024Os dirigentes do MRV discutem a possibilidade de lançar um novo programa de recompra de ações da empresa – o mais recente foi anunciado em dezembro. O motivo principal é estancar a queda de valor de mercado da construtora. Desde o início do ano, a ação já acumula uma queda de 30%. Se comparado ao pico histórico na pré-pandemia, mais precisamente em janeiro de 2020, a depreciação do papel chega a 62%. Ao mesmo tempo, talvez seja o momento propício para a própria MRV encarteirar ações, surfando na maré de baixa. O mau humor do mercado é até injustificável. A retomada do Minha Casa, Minha Vida é garantia de novo fôlego para a empresa. Só a Faixa 1 do programa habitacional, para famílias com renda máxima de R$ 2.640, concentra mais de 30% das vendas da MRV. De repente, até o próprio Rubem Menin, controlador da companhia, aproveita a oportunidade e aumenta um tiquinho a sua participação no capital. O RR entrou em contato com a MRV, mas a empresa não se pronunciou.

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Grupo Ultra quer derrubar pílula de veneno da Hidrovias do Brasil
26/03/2024O Grupo Ultra, que, no último domingo, anunciou uma oferta para comprar 17% da Hidrovias do Brasil, tem mantido, na paralela, conversas com a Tarpon Investimentos. O Ultra busca o apoio da gestora para convocar uma assembleia de acionistas extraordinária e alterar o estatuto da Hidrovias do Brasil, com o objetivo de mudar ou mesmo extinguir a pílula de veneno da empresa, hoje de 20%. A Tarpon tem 15% da companhia. A coalizão com a gestora pode ser um movimento societário determinante para jogar por terra a poison pill, abrindo caminho para o Ultra ter uma posição ainda maior na empresa de logística. O grupo, que já detém uma participação minoritária, está comprando as ações pertencentes ao Pátria Investimentos e o Temasek. Essa operação estava escrita nas estrelas, ou melhor, no RR, que, no último dia 13 de março, antecipou a decisão do fundo soberano de Cingapura de vender integralmente a sua participação na Hidrovias do Brasil.

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Tem dinheiro novo no mercado de venture capital
26/03/2024A NXTP Ventures, sediada em Buenos Aires, está provocando um certo frisson na Faria Lima. A gestora deverá alocar no Brasil mais de 70% do seu mais recente fundo, o NXTP III, que fechou a fase de captação em novembro do ano passado, com quase US$ 100 milhões. Há cerca de dois anos, quando a indústria de venture capital nadava em dinheiro, seria um “trocado”. Hoje, diante da estiagem de setor, nenhum cheque pode ser desprezado. A NXTP costuma investir no estágio de pré-seed ou em rodadas Série A.

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UBS e JP Morgan carregam sua carteira de ações da Braskem
22/03/2024As idas e voltas no processo de venda da Braskem têm provocado um frenesi nas bolsas. Desde a semana passada, segundo o RR apurou, UBS e JP Morgan vêm descarregando seguidas ordens de compra do papel. A dupla estaria entre os maiores responsáveis pela disparada das cotações em quase 30% desde a última quinta-feira. O banco suíço, por exemplo, teria movimentado quase R$ 50 milhões em um único pregão. Das duas uma: os dois bancões internacionais tiveram, digamos assim, alguma premonição sobre a Braskem ou já, já entram despejando o papel no mercado para realizar o lucro.

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Dono da Vivara perde algumas joias na bolsa
20/03/2024O CEO Nelson Kaufman já fez o empresário Nelson Kaufman perder aproximadamente R$ 700 milhões. A cifra representa a queda do valuation da participação societária de Kaufman em apenas três pregões da B3. A ação da rede de joalheiras já caiu quase 20% desde o fim de semana, quando o empresário anunciou seu retorno à presidência da companhia. Para o mercado, a volta de Kaufman significou alguns quilates a menos na governança da Vivara.

Mercado
Por que Alfredo Setúbal deu para morrer de amores pelo Nubank?
19/03/2024Se a declaração viesse de Olavo Setúbal Jr. ou de Milu Villela, ninguém estranharia. Mas a ode ao Nubank feita por um executivo da estirpe de Alfredo Setúbal, presidente da Itaúsa, é, no mínimo, suspeita. Hoje, durante a teleconferência com analistas sobre os resultados da holding dos negócios da família, Setúbal só faltou dizer que o banco sem agências é melhor do que o dele próprio. Entre as mesuras, o banqueiro afirmou que o Nubank “é um player competente e que veio para ficar”;
“É um banco bastante consolidado e que com certeza vai entrar em outros segmentos de produtos financeiros, não tenho dúvidas disso”; “Dos bancos digitais, me parece o mais bem posicionado do ponto de vista tecnológico, de estratégia, capital, depósito.” Só esqueceu de citar as assimetrias regulatórias que favorecem o Nubank e seus congêneres em relação aos bancos convencionais, contra as quais seu próprio irmão, Roberto Setúbal, tanto chiou. E de mencionar que a fintech, ao abrir seu capital em Nova York, em dezembro de 2021, alcançou um valuation de R$ 232,4 bilhões, superior, na ocasião, ao valor de mercado do Itaú (R$ 211,9 bilhões).

Mercado
Chinesa Temu quer demarcar seu território junto ao governo brasileiro
19/03/2024Executivos da chinesa Temu solicitaram uma agenda com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A plataforma de e-commerce vai levar a Haddad o seu plano de investimentos no Brasil, onde está prestes a iniciar operações. Segundo uma fonte próxima à Temu, o projeto inclui a contratação de indústrias têxteis brasileiras, que ficariam responsável pela metade dos artigos de vestuário comercializados no país, e a construção de centros de distribuição. Mais do que as tradicionais mesuras de quem está chegando ao Brasil, o que os chineses querem mesmo é estabelecer um canal direto de interlocução com Haddad e de influência em decisões do governo para o setor de e-commerce. Algo que a também chinesa Shein, do CEO Marcelo Claure, já faz com alguma propriedade. Criada há apenas dois anos, a Temu já alcançou um faturamento global de US$ 7 bilhões. Por trás da empresa está o conglomerado chinês Pinduoduo, que tem ações negociadas na Nasdaq e um valor de mercado da ordem de US$ 170 bilhões.

Mercado
IPO é a grande construção do momento na BRZ
19/03/2024O RR apurou que a construtora mineira BRZ quer colocar seu IPO na rua no início do segundo semestre. A empresa já estaria fazendo feito reuniões com bancos de investimentos e fundos para sondar a demanda pelos papéis. A BRZ leva como principal isca sua carteira de contratos no Minha Casa, Minha Vida, potencializada pela recriação da antiga Faixa 1, para famílias com renda mensal de R$ 2.640. No embalo do programa habitacional, a construtora tem colocado sobre a mesa dos bancos a previsão de romper pela primeira vez, neste ano, a barreira de R$ 1 bilhão em faturamento.

Empresa
Venda da Mineração Vale Verde volta à pauta da Appian Capital
12/03/2024A inglesa Appian Capital estaria retomando negociações para a venda da Mineração Vale Verde. A empresa é avaliada em algo próximo dos US$ 500 milhões. Seu principal ativo é o Projeto Serrote, uma mina de cobre em Craíbas (AL), na qual a gestora já aportou o equivalente a R$ 200 milhões. A companhia tem uma receita anual na casa dos US$ 180 milhões. No ano passado, a Appian chegou a fechar a venda da Vale Verde e de outra mineradora de sua propriedade no Brasil, a Atlantic Nickel, para a ACG Acquisiton, pertencente ao empresário russo Artem Volynets. No entanto, a operação acabou desfeita.

Mercado
Monashees garante um pouco de chuva na seca do venture capital
11/03/2024Há uma fila de startups disputando meia hora que seja de conversa com Eric Acher e Fábio Igel. Em meio à estiagem na indústria de venture capital, o Monashees, fundado pela dupla, tem sido o responsável pelos cheques mais generosos em recentes rodadas de capitalização. E vem mais por aí já nos próximos dias. Consultada pelo RR, a IG4 não se manifestou.

Mercado
Abertura de capital volta ao radar da Ademicon
8/03/2024A administradora de consórcios Ademicon retomou o projeto do IPO. Segundo o RR apurou, a empresa vem conversando com bancos e fundos de investimentos para medir o apetite e calibrar a oferta dos papéis. A Ademicon, que fatura cerca de R$ 500 milhões por ano, tem entre seus acionistas a gestora 23S Capital, leia-se Votorantim e Temasek, e o private equity Treecorp. Procurada, a empresa não se manifestou até o fechamento desta matéria.

Mercado
Apesar do resultado superior, valor da marca do Itaú cai o dobro do Bradesco
6/03/2024Os apostadores da valoração das marcas bancárias terão enigmas de sobra para decifrar, a julgar pela edição 2024 do Banking 500 da Brand Finance, disponível na internet desde a manhã de hoje. Há números que chamam a atenção. Em primeiro lugar, as dobradinhas: a marca do Bradesco teve uma queda no seu valor (-2%) menor do que a do Itaú (-4%). É possível inferir que o melhor resultado financeiro comparativo do segundo, e vice-versa, não foi suficiente para reduzir o recall da marca do Bradesco junto ao correntista nacional. Já na outra dobradinha clássica, das duas grandes instituições financeiras estatais, o brand do Banco do Brasil chegou na frente (+11%). A Caixa Econômica ficou a quilômetros de distância (-7%). Essa diferença colossal deixemos para as três bruxas de Macbeth, de Shakespeare, explicarem.
O que já era previsto: o Nubank teve uma megavaloração no seu brand de 30% em relação à edição anterior. O BTG permanece em sua escalada – sua marca valorou 23%. A grande surpresa é o Banco do Nordeste, que cresceu 27% na comparação com 2023. Fica a dica caso o governo Lula dê uma guinada radical e decida privatizar um de seus bancos públicos.
A Brand Finance é uma instituição que mede o valor das marcas bancárias do mundo inteiro. Ressalvadas as enormes diferenças, funciona como as agências de rating ou o Boletim Focus, que faz previsões macroeconômicas todas as semanas. Ambos têm critérios difusos, mas são referência.

Mercado
Pátria e IGneous disputam pole position no capital da Infracommerce
6/03/2024Pátria Investimentos e a gestora IG-Neous, de Carlos Brito, têm travado um rali na bolsa por ações da Infracommerce, uma das maiores fornecedoras de soluções para plataformas de e-commerce no Brasil. Em disputa a posição de maior acionista individual da empresa e, consequentemente, a possibilidade de aumentar o poder no Conselho e na gestão executiva. O IG-Neous beira os 8% do capital. O Pátria, por sua vez, com aquisições em mercado nos últimos dias, passou de 6% para 7%. E tem buscado papéis junto a acionistas minoritários. Esta última, ressalte-se, tem como política manter participações majoritárias e comandar o management das empresas em seu portfólio. Consultadas pelo RR, Pátria e IG-Neous não se manifestaram.

Mercado
Os últimos passos da GP na Centauro?
29/02/2024A GP Investimentos, dona de 20% da Centauro, espreita a porta de saída do capital da rede varejista. O momento é oportuno para uma oferta de suas ações: nos últimos seis meses, o valor de mercado da companhia subiu 50%.

Mercado
Todos querem o executivo Wilson Ferreira Jr.
26/02/2024Wilson Ferreira Jr. é o sonho de consumo dos acionistas da Taesa – a colombiana ISA e a Cemig – para assumir a presidência da empresa. O comando de uma das maiores companhias de transmissão do país está vago com a saída do executivo André Telles Moreira. Vai ser difícil disputar o passe do ex-presidente da Eletrobras. O que se diz no setor é que Ferreira está se guardando para ser o todo poderoso CEO da companhia que poderá ser criada com a fusão entre Vibra e Eneva. Vibra, cabe lembrar, da qual ele próprio já foi presidente.

Mercado
Monte Capital pavimenta a estrada para a compra de mais ativos da Invepar
23/02/2024A Monte Capital prepara a captação de um novo fundo para a área de infraestrutura. A meta seria levantar algo em torno de R$ 300 milhões, munição que deverá ser usada para a aquisição de mais ativos da Invepar. Trata-se de uma curiosa engenharia caseira, uma vez que a gestora é acionista da holding de infraestrutura controlada por Previ, Petros e Funcef. No ano passado, a Monte Capital desembolsou R$ 200 milhões para ficar com a Concessionaria Litoral Norte, na Bahia, até então pertencente à Invepar. O RR entrou em contato com a Monte Capital, mas não obteve retorno.

Mercado
O pai da criança no IPO da Compass
22/02/2024Nelson Gomes, que deixou a presidência da Compass no início de janeiro para assumir o comando da holding Cosan, segue com um pé lá e outro cá. Gomes tem capitaneado o projeto de IPO da empresa de gás de Rubens Ometto, que deve ser realizado até junho. O executivo cuidou de todos os preparativos ao longo de 2023. Não ia querer ficar fora do poster na hora do título.

Mercado
Ninguém quer mais o IPO da Tigre do que o Advent
19/02/2024O RR apurou que a Tigre, fabricante de tubos e conexões, retomou os planos de IPO. “Tigre” é força de expressão. Quem realmente está empurrando a empresa para a Bolsa é o fundo Advent, dono de 25% do capital.

Mercado
Fundos norte-americanos querem ampliar participação na Arco Educação
19/02/2024General Atlantic e Dragoneer se movimentam para avançar mais algumas jardas no capital da Arco Educação. O alvo é a compra de parte das ações em poder da família Sá Cavalcante, sócios controladores da empresa. No ano passado, as duas gestoras lideraram uma oferta pública que levou ao fechamento de capital da Arco – na operação, desembolsaram cerca de US$ 355 milhões.
Os norte-americanos ficaram com 43% das ações, mas apenas com 10% dos papéis com direito a voto. O que General Atlantic e Dragoneer querem mesmo é aumentar seu poder sobre a gestão. Mesmo após o aporte das duas gestoras, os Sá Cavalcante mantiveram em suas mãos 88% das ações com direito a voto.

Mercado
Lemann recua e IPO avança no Grupo Salta
15/02/2024É tudo ao mesmo tempo agora no Grupo Salta, ex-Eleva, braço de Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles na área de educação. A empresa deu a partida em seu processo de IPO. O trabalho é conduzido pelo Warburg Pincus, um dos principais acionistas da companhia.
Executivos da gestora já tem feito sondagens no mercado para aferir a demanda pelos papéis. Os preparativos para a abertura de capital estão indexados às mudanças societárias em curso no Salta. Atmos, GIC, o fundo soberano de Cingapura, Mission Co. Siguler Guff negociam a compra de 30% do grupo em poder de Lemann e Telles, avaliados em aproximadamente R$ 1 bilhão.
A entrada no negócio está vinculada ao IPO. O RR tentou contato com o Grupo Salta, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Mercado
Cosan já faz “road show” para o IPO da Compass
2/02/2024O IPO da Compass vai sair. Executivos da empresa, braço de distribuição de gás da Cosan, têm visitado bancos de investimento e fundos para calibrar o apetite pela oferta. Segundo a fonte do RR, a companhia trabalha com um valor alvo de R$ 2 bilhões para a captação. Procurada, a Compass não quis comentar o assunto.

Mercado
Emissão de green bonds entra no pipeline da Klabin
31/01/2024A Klabin estaria preparando uma emissão de green bonds. De acordo com a mesma fonte, a empresa vem consultando bancos de investimento e fundos internacionais para aferir a demanda pelos papéis. A captação daria maior conforto à empresa em um momento de intensivos investimentos e consequentemente de aumento da alavancagem – não obstante a fabricante de celulose ser um exemplo de gestão financeira.
Em dezembro, a Klabin fechou a compra de ativos florestais da Arauco no Paraná por R$ 5,8 bilhões. Em 2021, não custa lembrar, a companhia levantou US$ 500 milhões com o lançamento de títulos atrelados a metas de sustentabilidade. Na ocasião, a demanda chegou a dez vezes o valor da oferta. Consultada, a Klabin não se manifestou.

Mercado
TAG prepara emissão de títulos verdes
29/01/2024A TAG (Transportadora Associada de Gás) – leia-se Engie e o fundo canadense CDPQ – prepara sua volta ao mercado. Segundo o RR apurou, os executivos da empresa discutem uma emissão de green bonds, a ser realizada ainda neste semestre. Há pouco mais de um mês, a companhia captou R$ 600 milhões com o lançamento de debêntures incentivadas.
O combustível financeiro visa a execução dos dois maiores projetos da TAG no momento: a construção do gasoduto Gasfor II, no Ceará, e a conexão com o terminal de gás natural liquefeito de Sergipe. Até 2027, a empresa vai investir cerca de R$ 3 bilhões. Em contato com o RR, a TAG disse que “está sempre aberta a analisar as oportunidades de mercado.” A empresa afirma ainda que “eventuais operações de captação novas serão comunicadas oportunamente ao mercado, conforme as regras de divulgação e transparência em vigor para esse tipo de operação.”

Mercado
Zentynel abre o caixa para novos investimentos em venture capital no Brasil
26/01/2024A chilena Zentynel está provocando um certo frenesi no mercado brasileiro de venture capital, especialmente entre startups de biotecnologia. A gestora iniciou uma rodada de pré-seleção de empresas e projetos para novos investimentos. Os chilenos pretendem aportar no Brasil uma parcela significativa de seu segundo fundo, no valor aproximado de US$ 90 milhões. Os desembolsos em cada startup devem girar entre US$ 2 milhões e US$ 3 milhões. A Zentynel, ressalte-se, já tem participação em três empresas brasileiras – Harmony, Autem Medical e ISA Lab.

Mercado
Follow on entra na pauta da Rede D´Or
23/01/2024O RR apurou que a família Moll, maior acionista da Rede D´Or, discute a realização de uma nova oferta de capital do grupo. Os recursos seriam aplicados no crescimento orgânico das operações da companhia. Uma das metas da Rede D´Or é criar cerca de 400 novos leitos em 2024. Seria um salto expressivo em relação aos últimos dois anos, período em que a expansão da rede hospitalar da empresa decepcionou o mercado. Entre 2022 e 2023, o grupo ofertou apenas 164 novos leitos. A captação em bolsa permitiria ainda a retomada da abertura de hospitais – os projetos estão suspensos há quase um ano. Procurada, a Rede D´Or informou que “não comenta especulações de mercado”.

Mercado
IPO é o novo princípio ativo da Cimed
8/01/2024O IPO voltou ao radar da Cimed, um dos maiores laboratórios farmacêuticos do país. A empresa tem conversado com bancos de investimento e fundos de private equity. O tema é conduzido por Nicola Calicchio, presidente do Conselho de Administração.

Mercado
Mubadala raspa o prato de ações da Zamp
22/12/2023O Mubadala lançou uma blitzkrieg junto aos minoritários da Zamp. Por meio de diversos agentes financeiros atuando simultaneamente, tem feito uma operação feérica para comprar ações em circulação na Bolsa. O que se diz no mercado é que o fundo árabe persegue a meta de fechar o ano com 40% do capital da holding controladora do Burger King no Brasil – na última quarta-feira, contabilizava 40%. Mas essa não é a linha de chegada: o Mubadala só vai sossegar quando bater nos 51% e se tornar o controlador da companhia.

Mercado
Follow on da Trisul é obra para 2024
21/12/2023A Trisul, do empresário Jorge Cury, vai desafinar o coro das grandes incorporadoras imobiliárias. A empresa postergou as discussões internas sobre um eventual de follow on para o segundo semestre de 2024, na contramão de MRV, Tenda e Direcional, que fizeram lançamentos adicionais de ações nos últimos seis meses. Os números e as projeções de demanda não animaram a companhia. Ou seja: os dois bancões de investimento que estavam na soleira da Trisul com propostas de emissões em bolsa vão ter de esperar sentados.

Mercado
Efeitos climáticos obrigam Pátria a reavaliar sua saída da Hidrovias do Brasil
19/12/2023O extremismo climático está atrapalhando os planos do Pátria Investimentos para a venda da sua participação na Hidrovias do Brasil. Desde o fim de setembro, o valor da ação caiu 18%. Nesse período, houve um agravamento das condições de navegabilidade nos dois principais eixos de atuação da companhia. O corredor logístico que conecta Brasil, Paraguai, Argentina enfrenta uma dura estiagem; no arco norte, importante via de escoamento da produção de grãos do Centro-Oeste, o problema são as fortes chuvas. O Pátria tem reduzido gradativamente sua participação na Hidrovias do Brasil, preparando sua saída em definitivo do negócio. Em julho, na última oferta em bolsa, a gestora vendeu parte de sua posição na Hidrovias do Brasil a R$ 3,40 a ação. De lá para cá, o papel chegou a bater nos R$ 4,70, mas já recuou para R$ 3,80. Ou seja: o Pátria, agora, terá de esperar a maré subir novamente para uma nova colocação de ações. Procurada pelo RR, a gestora de recursos não quis comentar o assunto.

Mercado
BRB prepara lançamento de ações em Bolsa
15/12/2023O BRB (Banco Regional de Brasília) vai tirar da geladeira o seu follow on, que chegou a ser anunciado em junho e acabou cancelado. A oferta de ações deverá ocorrer em março. No banco estatal, fala-se na captação de algo em torno de R$ 1,5 bilhão.

Mercado
Genial aposta no crédito estruturado para empresas de médio porte
14/12/2023A Genial Investimentos, que chegou recentemente à marca de R$ 500 bilhões sob gestão, está esticando mais um tentáculo no mercado. O banco montou uma área de crédito estruturado voltada ao middle market, comandada por Guilherme Panno. Com isso, a Genial passará a atuar no segmento de debt capital markets em operações de até R$ 100 milhões, lastreadas, sobretudo, em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRAs).

Mercado
Virgo vai ao mercado em busca de nova capitalização
13/12/2023A Virgo, fintech controlada por Daniel Magalhães, iniciou um road show informal junto a fundos de venture capital. Segundo RR apurou, ainda não há qualquer banco engajado para coordenar a operação. Por ora, as conversas são conduzidas pelo próprio Magalhães, que busca investidores para uma nova rodada de capitalização, prevista para o primeiro trimestre de 2024. Um desses nomes já está dentro de casa: a XP, que, em 2021, comprou uma participação na Virgo, especializada em soluções financeiras para o mercado de capitais.

Mercado
Advent prepara desinvestimento na Fortbras
4/12/2023Há tempo de plantar e tempo de colher: o Advent está se preparando para vender a sua participação na Fortbras, uma das maiores distribuidoras de autopeças do país. Os norte-americanos estão no negócio desde 2016. Chegaram em uma empresa com faturamento na casa dos R$ 400 milhões. Sete anos e cinco aquisições depois, vão deixá-la com uma receita superior a R$ 1,5 bilhão. Procurado, o Advent não se pronunciou.

Mercado
Venture capital americano investe em saúde no Brasil
28/11/2023O SV Health Investors prepara seu desembarque no Brasil. Na mira, laboratórios e startups focados em biotecnologia. Sediado em Boston, o fundo de venture capital soma cerca de US$ 5 bilhões em ativos.

Destaque
Fundo de Abu Dhabi entra na disputa por ativos da Sigma Lithium no Brasil
28/11/2023A disputa pela maior operação de lítio do Brasil tornou-se uma corrida entre Estados soberanos. Segundo o RR apurou, o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA), fundo do emirado árabe, entrou no páreo para comprar os ativos da canadense Sigma Lithium no país. As conversas são conduzidas pelo Bank of America. O principal concorrente é a Public Investment Fund (PIF), companhia de investimentos do governo da Arábia Saudita.
O que está em jogo é o controle sobre reservas de lítio avaliadas em mais de US$ 5 bilhões, a valor presente. São aproximadamente 110 milhões de toneladas somadas nas jazidas de Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha (MG). Procurada pelo RR, a Sigma Lithium não retornou.
Arábia Saudita e o emirado de Abu Dhabi duelam pela garantia de fornecimento de lítio pelos próximos 13 anos, vida útil estimada das reservas da Sigma Lithium em Minas Gerais. Em ambos os casos, o Brasil seria uma peça valiosa dentro de uma grande engrenagem geoeconômica. Os dois países árabes têm feito movimentos para montar posições estratégicas no setor. A Ma’aden, maior mineradora da Arábia Saudita e controlada pelo PIF, está trabalhando em um projeto para a extração de lítio do mar, no Golfo Pérsico.
O ADIA, por sua vez, mantém negociações com a chinesa Sunrise New Energy e a sul-coreana LG Energy para uma parceria voltada à produção de baterias a base do mineral, equipamento fundamental para a fabricação de veículos elétricos.

Mercado
Ethos Asset garimpa níquel e cobre no subsolo brasileiro
22/11/2023O fundo norte-americano Ethos Asset está prospectando ativos na área de mineração no Brasil, notadamente em níquel e cobre, essenciais para a fabricação de baterias para veículos elétricos. A gestora tem cerca de US$ 2 bilhões disponíveis para investimentos no país. Cerca de um terço desse valor estão reservados para projetos ligados à transição energética.

Destaque
Novela da Ricardo Eletro esquenta nos bastidores
22/11/2023A recuperação judicial da Ricardo Eletro tornou-se uma novela, não exibida ao grande público. O script reúne reviravoltas, tensões, intrigas e disputas entre “mocinhos” e “vilões”. Este último papel, ao menos aos olhos dos credores, tem sido atribuído aos empresários Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista, os antigos controladores da companhia.
No roteiro em questão, escrito por bancos, fornecedores e ex-funcionários, as baterias estão voltadas contra a dupla. Segundo o relato de um credor ao RR, ex-trabalhadores estariam se mobilizando para cobrar judicialmente de Nunes e Batista o pagamento de antigas dívidas da Ricardo Eletro – o passivo total incluído na RJ é superior a R$ 4 bilhões.
Não estão sozinhos. De acordo com a mesma fonte, os advogados do atual acionista e gestor da empresa, o investidor Pedro Bianchi, também estudam medidas judiciais para responsabilizar os ex-acionistas na física. A ofensiva jurídica teria como o objetivo o bloqueio e arresto de bens pessoais dos empresários para a quitação de débitos.
O informante do RR destila sua indignação contra os ex-acionistas da Ricardo Eletro, notadamente o fundador da empresa, Ricardo Nunes. Revolta esta que seria compartilhada por boa parte dos credores. Entre eles circulam fotos supostamente recentes de Nunes em situações, digamos assim, de aparente conforto financeiro – em viagens a locais, como Ibiza e Trancoso, ou pilotando o que seria o seu próprio helicóptero.
De acordo com a mesma fonte, as imagens serão anexadas ao processo contra os antigos controladores. O RR fez tentativas de contato com Ricardo Nunes, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. A publicação não conseguiu localizar Luiz Carlos Batista. Também procurada, a Ricardo Eletro não se manifestou. O espaço segue aberto para o posicionamento de todos.
Há algo de remake nesses próximos capítulos desse folhetim. Caso o pedido de bloqueio do patrimônio dos ex-acionistas da Ricardo Eletro se confirme, os advogados dos credores trabalhistas estarão seguindo os passos de Itaú Unibanco e Santander. Os bancos entraram com uma ação requerendo o arresto de imóveis, valores em contas bancárias e veículos de Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista.
Cobram dos antigos proprietários da rede varejista uma dívida de R$ 102 milhões. A eventual investida contra Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista pode colocar ainda mais eletricidade em uma trama já repleta de twists e plot twists. Em pouco mais de um ano, a Ricardo Eletro já teve sua falência decretada em três ocasiões pelo TJ-SP. Em todas elas, os advogados da empresa conseguiram reverter a decisão. Enquanto isso, Pedro Bianchi tenta fechar um acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para a repactuação de dívidas tributárias em torno de R$ 1,8 bilhão, acordo que afrouxaria um dos garrotes amarrados à rede varejista.
Ao mesmo tempo, trabalha para retomar as operações. Desde o fim do ano passado, abriu cinco lojas, sob uma nova bandeira, Nossa Eletro, e lançou um site de e-commerce, com aproximadamente mil itens. Essa é a parte do enredo em que a companhia busca a sua redenção, um happy end. Mas, ao que tudo indica, e a julgar pelo cenário traçado pelos credores, ainda há muito a se percorrer até o epílogo dessa eletro-novela.

Mercado
Parceria com YPFB para produção de ureia e amônia enfrenta resistências na Petrobras
21/11/2023A proposta do governo da Bolívia para a construção conjunta de uma fábrica de amônia e ureia em Puerto Quijaro, na fronteira com o Brasil, é vista com ressalvas na Petrobras. Segundo informações filtradas da empresa, um dos principais motivos seria o modelo societário apresentado pelos bolivianos, que prevê o capital dividido fifty to fifty entre a estatal brasileira a YPFB. O projeto está orçado em aproximadamente US$ 2,5 bilhões. Em contato com o RR, a Petrobras confirmou que uma missão de executivos esteve recentemente na Bolívia para encontros com representantes da YPFB. Segundo a estatal, os “executivos da Petrobras ouviram oportunidades apresentadas pelos representantes da YPFB, sendo que nenhuma destas oportunidades foi analisada, não havendo, portanto, qualquer encaminhamento entre as empresas para instalação de uma fábrica de fertilizantes na Bolívia.” A companhia diz ainda que “eventuais decisões de investimentos deverão, dentro da governança estabelecida na Petrobras, passar pelos processos de planejamento e aprovação previstos nas sistemáticas aplicáveis, tendo sua viabilidade técnica e econômica demonstrada.”

Mercado
Advent vai zerar sua participação no Carrefour Brasil
21/11/2023Corre no mercado que o Advent prepara uma operação em bolsa para zerar sua posição no Carrefour Brasil/ Atacadão. A gestora norte-americana ainda mantém algo em torno de 12 milhões de ações da rede varejista. Em agosto, por meio de um block trade na B3, o Advent se desfez do equivalente a 85% da sua participação total na empresa, levantando pouco mais de R$ 600 milhões.

Mercado
Barzel leva seus fundos de real estate para a B3
17/11/2023A Barzel Properties está reavaliando o timing para a abertura de capital dos fundos de real estate Barzel Retail II e Barzel Log. O projeto inicial previa a listagem na B3 ainda neste ano. No entanto, a operação já foi postergada para 2024. Entre os principais ativos imobiliários dos dois fundos estão as cinco lojas e os quatro centro centros de distribuição comprados do Carrefour neste ano por R$ 1,2 bilhão. Em conversa com o RR, a Barzel informou que “ainda existe uma possibilidade de abertura de capital, mas dada a volatilidade recente no mercado de juros, estamos aguardando uma melhor definição para confirmar a colocação publicamente.”

Mercado
Mubadala morde mais um pedaço do capital da Zamp
14/11/2023Informação que circula desde o início da tarde no mercado: o Mubadala está comprando junto a fundos de investimento minoritários mais um lote de ações da Zamp. O fundo árabe se aproxima da marca de 36% do capital, sendo, com alguma folga, o principal acionista da holding dona do Burger King no Brasil. O Mubadala quer chegar aos 51% do negócio, mas há uma pedra no caminho: a FitPart, controlada por três ex-sócios do Garantia – Antônio Valle, Eric Hime e Fernando Prado. Dona de 20% do capital da Zamp, a gestora também tem adquirido ações em mercado. Aposta em uma futura oferta pública do Mubadala para fechar o capital da companhia. A “guerra fria” entre os dois maiores acionistas da Zamp tem inflacionado o valor do papel: nos últimos seis meses, a cotação acumula alta de 43%.
Mercado
Infracommerce ainda faz as contas para o seu follow on
13/11/2023A Infracommerce está encontrando mais dificuldades do que esperava para fechar o seu follow on, anunciado em setembro. Até o momento, a empresa ainda não teria garantias de demanda firme pela totalidade dos papéis, no valor de R$ 277 milhões. E isso que a companhia de tecnologia e logística já partiu de um ponto razoavelmente confortável: segundo o fato relevante divulgado há dois meses, um grupo de investidores, entre os quais atuais acionistas da Infracommerce e o Pátria, já teriam se comprometido com a compra de até R$ 205 milhões em papéis. Procurada, a Infracommerce não se pronunciou.

Mercado
Carlyle está faminto pelo IPO do Madero
10/11/2023O IPO está de volta ao menu do Madero. Os acionistas da rede de restaurantes, à frente o empresário Junior Durski, vêm maturando a oferta de ações, com previsão para o primeiro trimestre de 2024. O Carlyle é quem demonstra maior apetite pela operação. Dona de 34% do capital do Madero, a gestora norte-americana enxerga no IPO uma porta para reduzir ou mesmo se desfazer integralmente da sua participação. Procurados, Madero e Carlyle não se manifestaram.
Mercado
General Atlantic e Across replicam parceria
9/11/2023A norte-americana General Atlantic, que administra mais de US$ 70 bilhões em todo o mundo, e a gestora brasileira Across Capital têm trocado figurinhas para aportes conjuntos em fintechs, com foco em soluções de pagamento. As duas já têm um negócio em comum: participaram da recente capitalização da QI Tech, empresa de tecnologia ara serviços.
Mercado
Startup Blip costura novo aporte de capital
8/11/2023Há informações no mercado de que fundos acionistas da Blip pretendem fazer um novo aporte na startup, especializada em soluções de inteligência artificial para atendimento. A mais recente capitalização ocorreu em junho de 2022. Na ocasião a empresa levantou cerca de US$ 70 milhões em uma rodada capitaneada pelo Warburg Pincus. Nos últimos meses, a Blip fez ajustes na sua estrutura de custos, com a demissão de cerca de 140 funcionários em setembro. Em contato com o RR, a startup disse que “Estamos sempre atentos a oportunidades do mercado, sejam aportes, aquisições e outras vias de expansão e fortalecimento do nosso modelo de negócio.” Perguntada especificamente sobre a possibilidade de uma nova rodada de capitalização, a empresa afirmou que “No momento não existe nenhuma discussão avançada sobre este assunto.”

Mercado
CTG Brasil estuda emissão de títulos ESG
7/11/2023A CTG Brasil, subsidiária da chinesa Three Gorges, estuda uma emissão de green bonds. Segundo o RR apurou, a empresa já tem feito sondagens junto a fundos e bancos de investimento internacionais. O lançamento de títulos verdes funcionaria como uma alternativa ao IPO. Desde o início do ano, o grupo de geração de energia já adiou por duas vezes a abertura de capital na B3.

Mercado
Eletrobras coloca os dois pés na porta de saída da ISA CTEEP
6/11/2023De primeira: a estratégia da Eletrobras é realizar sua saída da ISA CTEEP em duas etapas. Agora, com a já anunciada oferta de 52% das ações preferenciais; no início de 2024, viria o ato final, com a venda de 9,73% do capital ordinário da empresa de transmissão.

Mercado
BlackRock enxerga através das paredes na Taesa
3/11/2023A BlackRock, uma das maiores gestoras de recursos do mundo, estaria comprando seguidamente ações da Taesa. O que os norte-americanos teriam enxergado na empresa de transmissão? Não é de hoje que a Cemig ensaia a venda da sua participação…

Mercado
Cemig prepara lançamento de títulos verdes
26/10/2023A Cemig quer puxar a fila de captações privadas em 2024. O RR apurou que a empresa prepara uma emissão de green bonds para o início do ano que vem. A operação seria da ordem de R$ 1 bilhão. Os títulos serão lastreados em projetos de geração renovável. Desta vez, o lançamento será realizado pela própria companhia, diferentemente da colocação de R$ 300 milhões em debêntures verdes concluída no último mês de junho, feita por meio da subsidiária Cemig GT. O RR entrou em contato com a Cemig, mas a empresa não quis comentar o assunto.

Mercado
Fundo soberano de Abu Dhabi investe em startups de saúde no Brasil
24/10/2023O ADQ, um dos três grandes fundos soberanos de Abu Dhabi, está prospectando startups da área de saúde no Brasil. Há informações no mercado de que a instituição pretende montar um ecossistema de operações nesse setor no país. O primeiro passo nesse sentido foi dado em setembro: a farmacêutica suíça Acino, controlada pelo ADQ, comprou a distribuidora de medicamentos M8. Com esse movimento, passou a ter uma fatia nada desprezível da venda de remédios no Brasil. Entre outros negócios, a M8 detém a exclusividade para a distribuição do Lexotan e Valium no país.
A ADQ tem feito crescentes investimentos no Brasil. Há cerca de dois meses, aportou cerca de US$ 100 milhões na Loft, startup do setor imobiliário. Ressalte-se que o fundo soberano tem um privilegiado consultor sobre o país no primeiríssimo escalão do seu management: o brasileiro Marcos de Quadros, ex-Merrill Lynch e ABN Amro, que ocupa o cargo de CFO do ADQ.
Nos últimos meses, o fundo soberano, que administra mais de US$ 150 bilhões em ativos, tem se notabilizado por grandes investimentos globais em saúde: em março deste ano, por exemplo, costurou a fusão da própria Acino com outros três laboratórios internacionais – Pharmax, dos Emirados Árabes, Amoun Pharmaceutical, do Egito, a Acino da Suíça, e Birgi Mefar Group, da Turquia.

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Vanguard Group acerta o timing no Magazine Luiza
19/10/2023Corre no mercado que, nos últimos dias, o Vanguard Group comprou um expressivo volume de ações do Magazine Luiza. Maior gestora de fundos de investimento do mundo, com mais de US$ 7 trilhões sob a sua guarda, a casa firma de private equity norte-americana teria de saído de 1,6% para pouco mais de 2% do capital da rede varejista. A julgar pelo timing, o radar do Vanguard Group, ao que parece, está calibrado. As aquisições ocorreram poucos dias antes do Magazine Luiza anunciar que vai aderir ao Remessa Conforme, programa do governo federal que oferece isenção do Imposto de Importação para compras internacionais de até US$ 50. Durante o pregão de ontem, a ação da empresa chegou a subir mais de 5% por conta da decisão.

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O clima está favorável para os investimentos da GK Partners
18/10/2023A GK Partners, gestora de Eduardo Mufarej, ex-sócio da Tarpon, fechou nas últimas semanas a captação de mais R$ 100 milhões – ao todo, já amealhou algo em torno de R$ 500 milhões. Parte expressiva desses recursos será destinada a investimentos na fronteira entre meio ambiente e clima. A GK conta com a consultoria de especialistas em condições climáticas, entre os quais o norte-americano Stephen Beaton, Ph.D em química, que, recentemente passou um mês no escritório da gestora, em São Paulo.

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BTG monta fundo de investimentos lastreado em nova liga de futebol
16/10/2023O BTG estuda a criação de um fundo de investimentos atrelado à Libra (Liga Brasileira de Futebol). Entre os ativos estariam os direitos comerciais, notadamente publicidade e contratos de direitos de transmissão, dos 17 clubes que compõem a Liga, entre os quais Flamengo e Corinthians. Ao lado da Kodajás Sports Kapital, o BTG é um dos advisers da criação da Liga, que tem o Mubadala como o seu maior investidor.
- O novo fundo, ressalte-se, é mais um capítulo da disputa particular entre o banco de André Esteves e a XP por negócios relacionados ao futebol. Esta última joga com a camisa da LFF (Liga Forte do Futebol). A XP já anunciou a criação de um fundo similar e pretende captar no mercado R$ 800 milhões para investimentos nos 18 clubes integrantes da LFF e mais as quatro SAFs com as quais já fechou acordo para a compra de 20% dos direitos comerciais por 50 anos (Botafogo, Coritiba, Cruzeiro e Vasco). Procurado pelo RR, o BTG não quis se manifestar.

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Softbank não vê mais benefício algum na Dotz
6/10/2023O Softbank quer se desfazer de sua posição na Dotz, plataforma de benefícios. A ideia é vender a participação em bloco no mercado secundário. E digerir as perdas. O investimento na empresa brasileira é responsável por um amargo prejuízo na carteira do SoftBank Latin America Fund LP, o principal fundo do banco japonês na região. O venture capital entrou na Dotz em junho de 2021, como âncora do IPO da companhia. Na ocasião, o papel foi precificado a R$ 13,20. Ontem, fechou o pregão da B3 a R$ 1,12, uma queda de 91%. Por sinal, o SoftBank, maior investidor em venture capital do mundo, é um exemplo gritante da crise que atinge o segmento. No último ano fiscal, registrou um prejuízo de mais de US$ 4 bilhões

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Venture capital mexicano chega ao Brasil de olho nas startups de “segunda mão”
2/10/2023A Attom Capital, sediada no México, prepara seu desembarque no Brasil. A gestora de venture capital atua no mercado secundário, comprando ações de startups em poder de outros fundos: Na prática, dá uma porta de saída para investidores que entraram nas primeiras rodadas de capitalização. Na maioria das vezes, aproveitando-se de um valuation do ativo abaixo da precificação anterior. Com a escassez de recursos no mercado de venture capital, o que não falta é startup nessas condições no Brasil. A Attom tem como sócios o investidor mexicano Iñigo Martinez Gil, fundador da Odetta, plataforma mexicana de venda de automóveis, e a chilena Antonia Rojas.

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B3 deixa um pé em nova bolsa sul-americana
2/10/2023A B3 decidiu permanecer com uma participação minoritária na nova instituição criada a partir da fusão das bolsas de valores da Colômbia, Chile e Peru. Terá, inclusive, um representante no board: Claudio Jacob, diretor de desenvolvimento mercados e de clientes da B3. Segundo o RR apurou, Jacob tem participado de maneira razoavelmente ativa na composição da nova companhia. Talvez ainda seja cedo para falar em retomada dos planos de internacionalização e do projeto de se tornar uma grande consolidadora do mercado bursátil na América Latina. Mesmo assim, a permanência da B3 no negócio chama a atenção pelo contraponto a movimentos no passado recente. Há cerca de dois anos, a holding brasileira se desfez da sua participação na Bolsa do México, sinalizando que gradativamente sairia também do Chile, Colômbia e Peru.

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Mubadala vai ter de pagar “pedágio” pelo controle do Burger King
29/09/2023A FitPart promete ser uma carne de pescoço no caminho do Mubadala. A gestora capitaneada por três ex-sócios do Garantia – Fernando Prado, Antônio Valle e Eric Hime – tem comprado seguidamente papéis da Zamp em bolsa. Segundo o RR apurou, vem também abordando minoritários para a aquisição de ações em bloco. De acordo com a mesma fonte, a gestora quer chegar perto dos 30% de participação – hoje, tem pouco mais de 20%. O que se diz no mercado é que o objetivo da FitPart passa longe da montagem de uma posição de mais longo prazo na holding controladora do Burger King Brasil. A gestora estaria varrendo o mercado para depois cobrar caro do Mubadala para revender as ações. O fundo soberano de Abu Dhabi tem aproximadamente 20% da Zamp e quer atingir uma posição de controle, chegando, portanto, aos 51% do capital. O rali entre a FitPart e o Mubadala tem ajudado a elevar as cotações: nos últimos 30 dias, o valor da ação acumula alta de 17%. Na semana passada, houve pregão que a cotação subiu 6%.

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Venture capital de Pierre Omidyar abre o caixa no Brasil
28/09/2023O norte-americano Flourish Ventures prepara uma nova fornada de aportes em startups no Brasil. O fundo teria reservado cerca de US$ 50 milhões. Segundo o RR apurou, o primeiro investimento deve ser fechado em até duas semanas. O Flourish pertence ao empresário Pierre Omidyar, fundador do site de leilões eBay e dono de uma fortuna estimada em mais de US$ 10 bilhões. Com uma carteira em torno de meio bilhão de dólares, o fundo já aportou recursos em oito startups no Brasil, entre as quais o Banco Neon, Swap e Kamino. Desde o ano passado, o venture capital mantém uma representação em São Paulo, capitaneada pela colombiana Diana Narváez

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Boticário semeia nova emissão de green bonds
27/09/2023O Boticário prepara uma emissão de bônus atrelados a compromissos de sustentabilidade. Segundo o RR apurou, a empresa já começou as sondagens juntos a grandes bancos e fundos. A meta seria uma colocação superior ao lançamento de SLBs (Sustainability-Linked Bonds) feito pela companhia no fim de 2020, que movimentou aproximadamente R$ 1 bilhão. Parte dos recursos captados deverá ser destinada ao financiamento de fornecedores. Em parceria com o Itaú BBA, o Boticário mantém uma linha de crédito específica a parceiros vinculada ao cumprimento de 16 metas de responsabilidade socioambiental. Procurada pelo RR, a empresa não se manifestou.

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Ant Group prepara seu desembarque da Dotz
26/09/2023Circula no mercado a informação de que o Ant Group, leia-se o braço financeiro do gigante chinês Alibaba, está reavaliando seu investimento na Dotz. Os chineses planejam reduzir ou mesmo zerar a sua posição no capital, em torno de 5%. A Dotz, plataforma de programas de fidelidade, tem sido uma máquina de moer dinheiro: entre 2020 e 2022, teve um prejuízo acumulado da ordem de R$ 240 milhões. A companhia promete atingir o breakeven ainda neste ano, mas os chineses não estariam dispostos a pagar para ver. Ainda que a saída signifique a realização de um razoável prejuízo. Quando entrou no capital da Dotz, em setembro de 2021, a ação estava próxima dos R$ 9. De lá para cá, o papel despencou. Nesses dois anos, a empresa perdeu 87% do seu valor de mercado.

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BlackRock vende ações da Cemig
22/09/2023Corre no mercado que, nos últimos dois dias, o BlackRock vendeu um significativo volume de ações da Cemig. Há pouco mais de um mês, o gigante norte-americano da gestão de recursos (quase US$ 10 trilhões em ativos) já havia se desfeito de parte da sua posição na estatal mineira. O BlackRock estaria hoje com algo próximo dos 9% do capital total. Pode ser uma realização de lucro, para aproveitar a alta de 25% do papel acumulada nos últimos dois meses. Como pode ser também uma resposta ao “vai, não vai” da privatização da Cemig.

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Uma saída lenta, gradual e lucrativa da Cemig
19/09/2023A gestora nova-iorquina Pzena Investment Management teria vendido nos últimos dias mais um pedaço da sua participação na Cemig. Foi o terceiro lote de ações da estatal mineira negociado em bolsa em pouco mais de dois meses. No mercado, o que se diz é que a Pzena prepara-se para zerar sua posição na companhia, hoje em torno dos 4%. Se sair agora, vai realizar um lucro expressivo. O private equity montou boa parte de sua carteira de Cemig em fevereiro de 2021, quando o papel era negociado na casa dos R$ 8,25. Hoje, está em R$ 12,80, um salto de 55%.

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Temasek desembarca da Hidrovias do Brasil
14/09/2023O Temasek, fundo soberano de Singapura, vai vender o restante da sua posição na Hidrovias do Brasil, associação com o Pátria Investimentos. A operação deverá ocorrer no início de novembro, pouco depois do lock up que os asiáticos terão de cumprir. Na oferta secundária da Hidrovias realizada em julho, o Temasek comprometeu-se a não negociar ações da empresa por 90 dias, período que se encerrará no dia 12 de outubro. O fundo mantém 4,15% da operadora logística. Tomando-se como base apenas o valor de mercado da Hidrovias, esse quinhão corresponde a algo em torno de R$ 150 milhões.
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Compass quer puxar a fila dos IPOs em 2024
12/09/2023A Compass bateu o martelo: o RR apurou que a empresa vai realizar seu IPO no primeiro trimestre de 2024. Dona de um portfólio com 12 distribuidoras de gás, herdadas com a compra da antiga Gaspetro, a empresa trabalha internamente com uma estimativa de valuation da ordem de R$ 24 bilhões. A ideia é levantar até R$ 3,5 bilhões. A Cosan, de Rubens Ometto, dona atualmente de 88% do capital, pretende se manter como acionista majoritária. A Mitsui também seguirá no negócio.

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Grupo árabe se torna maior acionista da Telefónica. E, por tabela, da Vivo
5/09/2023O jornal espanhol El Mundo acaba de noticiar que a STC (Saudi Telecom Company) fechou a compra de 9,9% da Telefónica, tornando-se a maior acionista individual da companhia (https://www.elmundo.es/economia/2023/09/05/64f77b2de85ece4b058b4592.html). O STC é o maior grupo de telecomunicações da Arábia Saudita e um dos principais do Oriente Médio. Talvez não seja exagero dizer que a Telefónica está deixando de ser uma empresa espanhola. Não obstante o capital pulverizado, até então o Banco BBVA era o maior acionista individual, com 4,8%.
Obs RR: O negócio tem ligação direta com o Brasil. Ainda que por via indireta, a Arábia Saudita passa a ter uma posição estratégica no mercado brasileiro de telecomunicações, por meio da Vivo, controlada pela Telefónica. Isso no momento em que o setor vive a chegada do 5G, o que aumenta significativamente a oportunidade de negócios em banda larga e áreas correlatas, como a produção e distribuição de conteúdo. Há seis anos, outro país árabe ensaiou entrar no setor de telefonia no país. A Orascom, do bilionário egípcio Naguib Sawiris, fez uma oferta para comprar a Oi, então em sua primeira recuperação judicial.

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Advent já calcula os prejuízos da sua saída definitiva do Carrefour
4/09/2023O Advent pretende realizar um novo leilão na B3 ainda neste ano para se desfazer do restante do capital do Carrefour Brasil em seu poder – algo em torno de 12 milhões de ações. A oferta em bloco será um fator a mais de pressão sobre o papel, que acumula uma queda de 28% neste ano – 24% apenas no último mês. O volume de ações corresponde a algo em torno de 2% do free float.
Uma é coisa é praticamente certa: o Advent sairá do negócio amargando um prejuízo. Em março de 2021, ao vender a rede BIG para o grupo francês, a gestora norte-americana recebeu parte do pagamento em ações do Carrefour Brasil. Na ocasião, o papel valia R$ 22. No último dia 4 de agosto, quando o Advent se desfez de 63 milhões de ações, a operação saiu a R$ 12,30. De lá para cá, a cotação caiu ainda mais; o papel fechou o pregão da última sexta-feira a R$ 10,52.
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Vanguard Group despeja combustível nas ações da Marcopolo
1/09/2023No mercado, a gestora norte-americana The Vanguard Group – um colosso que administra mais de US$ 7 trilhões – é apontada como a principal locomotiva que tem puxado as ordens de compra da Marcopolo. Nos últimos 30 dias, o papel subiu 22%. Qualquer semelhança entre o apetite dos norte-americanos e o leilão do programa Caminho da Escola, marcado para o próximo dia 12, não é mera coincidência. Nesse dia, o governo federal vai licitar a aquisição de mais de 16 mil ônibus para a rede pública de ensono. Hoje, a Marcopolo responde por mais de 60% dos veículos financiados pelo programa. Mantida a média, poderá cravar a venda de quase 10 mil ônibus no leilão do dia 12. É contrato para lá de R$ 4 bilhões.

Mercado
Talvez seja hora da Centauro comprar Centauro
31/08/2023Há fortes rumores no mercado de que o Grupo SBF estaria preparando uma oferta de recompra de ações da Centauro. Seria um “circuit breaker particular”, leia-se uma tentativa de frear as seguidas quedas do papel. No ano, a rede varejista acumula uma perda de mais de 40% do seu valor de mercado. E a tendência é de que a cotação siga descendo ladeira depois que a Centauro reportou prejuízo de R$ 33,7 milhões no segundo trimestre, contra um lucro de R$ 32,1 milhões em igual período no ano passado. Em tempo: em 12 de julho, o Itaú BBA soltou um relatório elevando o preço alvo da ação de R$ 19 no fim de 2023 para R$ 22 em dezembro de 2024. A ladeira é íngreme: somente nesse intervalo, o papel caiu de R$ 13,15 para a casa dos R$ 7,30. Consultado, o Grupo SBF afirmou que “não comenta rumores de mercado”.

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Tigre afia as garras para entrar na bolsa
28/08/2023A Tigre vai abrir o capital. Segundo o RR apurou, os sócios da companhia – a família Olsen e o Advent – já estão alinhavando os termos do IPO. A ideia é que a oferta de ações ocorra no primeiro trimestre de 2024. Os acionistas da Tigre trabalham com uma estimativa de valuation acima de R$ 7 bilhões. Para efeito de comparação, em fevereiro de 2022, o Advent pagou cerca de R$ 1,35 bilhão por 25% do capital. Ou seja: a empresa foi precificada em R$ 5,4 bilhões. Ressalte-se que os indicadores mais recentes da Tigre não são exatamente os mais alvissareiros. No primeiro semestre, a maior fabricante de tubos e conexões do país teve uma queda de receita da ordem 15% no comparativo com o mesmo período em 2022. No mesmo intervalo, o seu Ebitda recuou 33% – de R$ 525 milhões para R$ 349 milhões.

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Venture capital de Hong Kong vai investir em agtechs brasileiras
24/08/2023O fundo CGV Ventures, sediado em Hong Kong, está garimpando agtechs no Brasil. Segundo o RR apurou, desde maio representantes do venture capital vêm conversando com startups brasileiras, com o objetivo de selecionar projetos no país. Controlado pelas investidoras Claudine Ying, herdeira de um dos maiores grupos de moda da Ásia, e Mimi Lau, ex-Goldman Sachs, o CGV já aportou recursos em dez empresas. Nove delas nos Estados Unidos.

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Temasek já coloca meio corpo fora do navio da Hidrovias do Brasil
22/08/2023O Temasek, fundo soberano de Cingapura, prepara seu desembarque do capital da Hidrovias do Brasil. O desinvestimento será concluído ainda neste ano, por meio de um leilão em bolsa ou de uma nova oferta de ações da empresa de logística. O Temasek tem feito uma suave saída do negócio: no follow on realizado em julho, que movimentou cerca de R$ 440 milhões, reduziu sua participação de 8,3% para 4,15%. Não obstante o fundo ter fechado o último ano fiscal com o pior desempenho desde 2016 (“retorno” negativo de 5%), a saída da Hidrovias não deve ser interpretada como uma inapetência em relação ao Brasil. Muito pelo contrário. A joint venture com o Grupo Votorantim vai de vento popa: são quase R$ 4 bilhões para investimentos em private equity no país por meio da 23S Capital. Consultados, Hidrovias do Brasil e Temasek não se manifestaram.

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Venture capital de Eduardo Saverin mira no Brasil
18/08/2023Segundo o RR apurou, o B Capital Group está selecionando startups da área de saúde no Brasil. Trata-se da gestora de venture capital pertencente ao brasileiro Eduardo Saverin, um dos fundadores do Facebook, e ao investidor norte-americano Raj Ganguly. O alvo no Brasil são projetos de healthtech ainda no nascedouro, ou seja, operações de seed capital. Recentemente, o B Capital Group captou um novo fundo para startups em estágio inicial no valor de US$ 500 milhões.

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Advent quer largar os chocolates da Kopenhagen aos poucos
17/08/2023A Kopenhagen está sobre o balcão. Mas talvez não inteira. Nas últimas semanas, a ideia de um IPO da fabricante de chocolates ganhou força na Advent, controladora da companhia. Executivos do fundo norte-americano e da Goldman Sachs, seu adviser, já teriam, inclusive, iniciado consultas a fundos de private equity e bancos de investimento para medir o interesse pela operação. A abertura de capital seria uma alternativa à venda integral do capital da Kopenhagen, comprada pelo Advent há menos de três anos. Os norte-americanos manteriam uma participação minoritária no capital, não deixando completamente um investimento que ainda não atingiu seu ponto de maturação. Essa saída se daria mais à frente, de forma gradativa. Procurado pelo RR, o Advent não se pronunciou.
Em 2020, quando da chegada do Advent, a rede tinha 800 lojas; hoje, são mil e a meta da gestora da private equity é chegar a 1,6 mil até 2027, ou seja, uma média de 150 inaugurações por ano. O Grupo CRM – a holding onde está não apenas a marca Kopenhagen, mas também a Brasil Cacau – faturou cerca de R$ 2 bilhões no ano passado. A meta do Advent é bater nos R$ 4 bilhões em quatro anos.

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Fundador do Nubank e Mubadala podem ser sócios em venture capital
16/08/2023David Vélez, fundador do Nubank, e o onipresente Mubadala estariam conversando em torno de investimentos conjuntos em venture capital na América Latina. O projeto, curiosamente, é derivativo de uma empreitada que deu errado. Ao menos em parte. Vélez e o fundo soberano de Abu Dhabi estavam entre os investidores originais da Bicycle Capital, a nova gestora de growth equity de Marcelo Claure. ex-sócio diretor do SoftBank no Brasil. Vélez permaneceu no negócio. Mas o Mubadala recuou, deixando de aportar cerca de US$ 180 milhões na Bicycle – conforme o RR informou.

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Nem só de denúncias contra Bolsonaro vive o BB Americas
14/08/2023O Banco do Brasil está fazendo uma reestruturação no BB Americas, sediado em Miami. Os planos incluem a criação de novas diretorias e a abertura de um braço de operações digitais. Outro projeto sobre a mesa é a abertura de escritórios em outras regiões, a começar por Nova York e pela California. Em tempo: a repaginação do BB Americas ocorre justamente no momento em que o braço do Banco do Brasil é tragado pelo noticiário sobre as investigações contra Jair Bolsonaro. Foi lá que Bolsonaro abriu conta ao deixar o governo e por onde passaram movimentações suspeitas. Em todo esse enredo, ressalte-se, há ainda uma incrível coincidência. Conforme já informado pelo Banco do Brasil, o ex-diretor de Marketing e Comunicação da instituição, Delano Valentim, vai assumir presidência do BB Americanas. Em 2019, Valentim renunciou ao comando da área de marketing após pressão direta do então presidente Jair Bolsonaro, que implicou como um anúncio publicitário do BB que falava de diversidade. São as voltas que o mundo dá.
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EDP vai arrancar o que ainda resta de ações em Bolsa
14/08/2023A assembleia geral de acionistas da EDP marcada para o próximo dia 30 de agosto promete algum grau de tensão. Há um pequeno grupo de minoritários resilientes que ainda pressiona o grupo a aumentar o valor da oferta da recompra de ações. Esses investidores somam algo em torno de 5% do capital, o que sobrou em bolsa. A EDP, no entanto, não vai avançar um milímetro na proposta original de R$ 23,73. Mais: na assembleia do dia 30, a companhia vai propor o resgate compulsório dos papéis ainda em mercado. Consultada, a EDP não quis se pronunciar.

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Rumo Logística prepara nova oferta de ações
7/08/2023O RR apurou que a Cosan vai anunciar até outubro uma oferta de ações da Rumo Logística. De acordo com informações filtradas da própria empresa, o grupo de Rubens Ometto poderá reduzir sua participação de 30% para algo em torno de 20% do capital. Há estimativas de que a oferta poderá chegar a algo em torno de R$ 3 bilhões. Em um período de estiagem nas bolsas, tem tudo para ser a grande operação do mercado de ações no Brasil na reta final de 2023. Procurada, a Rumo não quis se manifestar.

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Nova captação da Valora Capital deságua no setor de saneamento
2/08/2023A Valora Capital vai entrar em projetos na área de saneamento, especialmente por meio de PPPs. Segundo o RR apurou, entre outras possibilidades, a gestora avalia projetos da estatal mineira Copasa. A Valora fechou recentemente a captação de R$ 200 milhões para o VGIE 11, seu fundo para a área de infraestrutura. É uma gota em meio aos mais de R$ 13 bilhões que a gestora de Daniel Pegorini administra.

Mercado
Arco Educação está com um pé fora da Nasdaq
1/08/2023O fechamento de capital da Arco Educação na Nasdaq está por um triz. Dentro da própria empresa é voz corrente que a família Sá Cavalcanti, fundadora do grupo de ensino, vai aceitar a proposta de compra das ações em mercado feita pelas gestoras norte-americanas General Capital e Dragooner. O clã é o fiel da balança que deve levar de arrasto os minoritários. Os Sá Cavalcanti somam 49% do capital, mas, pelo estatuto, têm poder de voto sobre o equivalente a 88%. Estima-se que General Capital e Dragooner desembolsem algo em torno de US$ 350 milhões para raspar o tacho dos papéis na Nasdaq.
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Capria vai investir em healthcare no Brasil
26/07/2023O setor de healthcare é o novo alvo do Capria no Brasil. Segundo informações obtidas junto a uma fonte ligada ao fundo, o venture capital norte-americano está garimpando startups da área de saúde no Brasil. A gestora já aportou recursos em 29 empresas brasileiras, notadamente agtechs. A maioria dos investimentos é feita em parceria com a também norte-americana Valor Capital ou com a SP Ventures, de Francisco Jardim. A Capria se notabiliza, sobretudo, pelos seus investidores âncora: entre eles estão Bill Gates e Paul Allen, fundadores da Microsoft, e a Ford Foundation. O venture capital é, notadamente, um fomentador de startups em países do Hemisfério Sul, em economias emergentes da América Latina, África e Ásia.
Mercado
HIG busca uma janela para reduzir posição na Kora Saúde
18/07/2023Há um burburinho no mercado de que a Kora Saúde vai lançar uma oferta de ações. O follow on seria uma janela para a norte-americana HIG reduzir sua participação no capital, atualmente de 62,4%. A gestora vem sendo pressionada pelos cotistas do fundo Fuji Brasil Partners I, veículo de investimento na Kora, a diminuir a exposição na companhia. A Kora tem acusado os efeitos da crise que assola os negócios na área de saúde. No primeiro trimestre deste ano, a empresa teve um lucro de apenas R$ 3,2 milhões, uma queda de 93% em relação ao mesmo período em 2022. Desde o início do ano, a Kora vem adotando medidas mais duras para fazer frente à queda da rentabilidade, com corte de investimentos e venda de imóveis.

Mercado
Luiz Barsi avança no capital da AES Brasil
11/07/2023Há informações no mercado de que, nos últimos dias, Luiz Barsi Filho voltou a comprar um volume expressivo de ações da AES Brasil. Barsi, tido como um dos maiores investidores ativistas do país, já estaria com uma participação próxima de 6%. Na bolsa, o apetite de Barsi é interpretado como um indicativo de que a AES terá uma política de participação nos lucros mais generosa para este ano – em 2022, a companhia distribuiu R$ 500 milhões aos acionistas. Como o próprio Barsi gosta de repetir, “Esse negócio de criptomoeda é fantasia. Eu gosto mesmo é de dividendo”. O RR fez contato com o investidor Luiz Barsi, que não se pronunciou.

Mercado
Venture capital da Basf abre o caixa no Brasil
10/07/2023A Basf Venture Capital, braço do gigante global da área química, teria reservado cerca de R$ 40 milhões para uma nova rodada de investimentos no Brasil. Na mira, startups de tecnologia voltadas ao agronegócio e à indústria de alimentos. Os alemães já fizeram duas operações no país: injetaram US$ 4 milhões no AgVentures II, fundo administrado pela SP Ventures, e aportaram US$ 10 milhões na Traive, fintech de crédito rural.

Mercado
Vivara é a joia da vez na bolsa
29/06/2023A Vivara está no meio de um tiroteio de especulações no mercado. A forte elevação do papel tem alimentado rumores de que a rede de joalheiras está prestes a fazer um follow on. O burburinho sobre a oferta de ações ganhou ainda mais ressonância no pregão da última segunda-feira, quando um grande banco de investimentos puxou as ordens de compra do papel. Em conversa com o RR, a Vivara negou que vá realizar um follow on. Está feito o registro. Ressalte-se que, nos últimos 30 dias, a ação da companhia subiu 17%.

Mercado
BlackRock avança no capital da Natura
28/06/2023Corre no mercado que, nas duas últimas semanas, o BlackRock voltou a disparar expressivas ordens de compra de ações da Natura. Ao longo de 2022, a gestora norte-americana já havia aumentado sua participação de algo em torno de 3% para 5% do capital. A nova investida chama a atenção por se dar após a fabricante de cosméticos vender a marca australiana Aesop para a L’Oréal por US$ 2,5 bilhões. No setor, há uma forte expectativa de que a companhia se desfaça também de operações da Avon International. O BlackRock, ao que parece, aposta suas fichas na reestruturação da Natura que vem sendo conduzida pelo executivo Fábio Barbosa.
Mercado
Indianos querem fabricar moto elétrica no Brasil
23/06/2023A indiana Odysse Electric Vehicles, fabricante de motocicletas, pretende se instalar no Brasil. Emissários da companhia já abriram um canal de interlocução com a Superintendência da Zona Franca de Manaus. Os indianos querem produzir motos elétricos, em parceria com algum investidor local. A Odysse fabrica dois modelos movidos a eletricidade. O mais barato deles, a moto Vader, custa o equivalente a R$ 7 mil no mercado da Índia.

Mercado
Marcelo Claure quer o Apollo Management sempre por perto
22/06/2023Marcelo Claure, ex-sócio diretor do Softbank no Brasil e atual CEO da chinesa Shein, está colado no Apollo Global Management – um dos interessados na compra da Braskem. As conversas passam por investimentos conjuntos no Brasil, notadamente na área de venture capital. Claure tem enfrentado alguns percalços para colocar a sua nova gestora, a Bicycle Capital, de pé. Conforme o RR já noticiou (https://relatorioreservado.com.br/noticias/recuo-do-mubadala-pode-detonar-a-nova-gestora-de-marcelo-claure/), o Mubadala e o investidor Paulo Passoni, também ex-Softbank, estão revendo sua participação no projeto de criação da Bicycle.
Apollo e Claure já estão envolvidos em negócios comuns no exterior. Alguns não muito bem-sucedidos, como a investida em parceria para a compra da Millicon, empresa de telecomunicações com sede em Luxemburgo e atuação em nove países da América Central. Após meses de negociação, a companhia recusou a oferta apresentada pelo Apollo e por Claure.

Destaque
O setor de construção pesada vai voltar. E quem diz é José Dirceu
21/06/2023Ainda sobre a breve, mas fulgurante, passagem de José Dirceu pelo Rio, na última sexta-feira, dia 16 de junho. Em palestra noturna, seguida de jantar com o grupo Prerrogativas – conforme noticiou o RR – Dirceu deitou falação no que considera o maior tumor produzido pela Lava Jato: a destruição da construção pesada. O ex-ministro diz que o presidente Lula tem a mesma opinião. Afirmou que tem contatos na América Latina, a mais atingida pelo escangalhamento do setor – “na verdade, quem foi mais atingido fomos nós mesmos”, sublinhou. Dirceu informou que vai trabalhar pelo soerguimento da construção pesada. Só não disse como. Seja lá como vai poder ajudar esse segmento, que já teve suas grandes empresas todas ranqueadas no topo das maiores do Brasil, a verdade é que a premissa de Dirceu está certa, certíssima.
Com a Lava Jato foi construída uma narrativa para “criminalizar” também as empreiteiras e não somente os dirigentes e sua rede de operadores, que cometeram falcatruas. Verdade seja dita: no desmonte da construção pesada, os juízes deram o kick off e se acumpliciaram, com omissões e associações indevida, aos demolidores da construção pesada. Mas não foram os protagonistas da destruição das companhias, papel que coube aos órgãos de controle, liderados pelo TCU. Este cometeu uma espécie de macartismo empresarial. Praticamente quebrou o top ten das empreiteiras. Atrocidades foram cometidas, como o cancelamento de contratos de obras e a suspensão do crédito público. Uma a uma, empresas como Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa, que vinham, inclusive, investindo na diversificação das suas atividades, tiveram de vender todos os novos projetos. Um braço importante do seu core business, a comercialização no exterior de serviços de engenharia, simplesmente se desmilinguiu. Ao mesmo tempo, acabaram sendo “expulsas” das centenas de obras que construíam no Brasil.
Para bom observador, José Dirceu veio dar este recado como ventríloquo de Lula. O ex-ministro, apesar da grande discrição, toca de ouvido com o presidente, que já disse pública e enfaticamente que vai recuperar a construção pesada nacional e retomar a exportação de serviço. Lula tem, inclusive, relações de afeto no setor, a exemplo de Emílio Odebrecht.
De acordo com Dirceu, o presidente está, sim, decidido a destruir o legado do lavajatismo. E o resgate das grandes empreiteiras é uma das ações que vão nesta direção. O ex-todo poderoso chefe da Casa Civil observou que um dos eixos da geopolítica de Lula é justamente retomar o protagonismo nos continentes, sobretudo na América Latina e na África, contendo também a expansão da China nas mesmas regiões. A exportação de serviços assim como a defesa da inclusão ou fortalecimento da participação dos países de ambos nos foros multilaterais são instrumentos com os quais o assessor de Lula, Celso Amorim, conta para fazer valer a geopolítica brasileira. Segundo José Dirceu, as condições presentes são ainda mais favoráveis para o Brasil retomar seus mercados.
O movimento imediato no xadrez da defesa é a desmontagem na CCJ da PEC esdrúxula que vem sendo articulada pela oposição para impor a exigência de aval do Congresso Nacional em caso de financiamento de bancos públicos federais a engenharia de obras no exterior. Em tempo: Dirceu não gastou tempo falando em Cuba, um dos pivôs do discurso de satanização da venda de serviços de engenharia, apesar das sabidas fortes relações com a pequena ilha. Se Lula é eminentemente um pragmático, conforme já foi dito, Dirceu disputa com ele o posto de referência nesse quesito. O Grupo Prerrogativas é um coletivo de juristas e magistrados mais ativos no combate à Lava Jato e na defesa da democracia.

Destaque
Minoritários do Santander querem destrinchar as relações entre o banco, Sergio Rial e Americanas
16/06/2023O executivo Sérgio Rial, que já é réu em processo administrativo na CVM, por sua atuação no comando das Americanas, pode se se tornar igualmente réu em um processo bem mais desestabilizador, agora pelo lado do Santander. Um grupo de minoritários do Santander Brasil, segundo fonte do RR, já solicitou à CVM a abertura de outro procedimento para investigar as operações financeiras do banco com a Americanas. Os investidores estudam entrar também na Justiça para solicitar uma auditoria nos empréstimos. Seja no âmbito administrativo, seja na esfera judicial, a intenção dos minoritários, segundo a mesma fonte, é apurar o envolvimento de Rial na aprovação dos financiamentos e responsabilizá-lo por eventuais prejuízos impostos aos acionistas do Santander em razão das linhas de crédito concedidas à rede varejista. Os empréstimos totalizam cerca de R$ 3,6 bilhões.
Sérgio Rial assumiu o cargo de CEO do Santander em 2016. Ficou no comando do banco até 2022, quando subiu para a presidência do Conselho. É nesse intervalo de tempo que moram as suspeições. Os minoritários querem esmiuçar os contratos de empréstimo firmados entre o banco e a rede varejista ao longo da jornada de Rial frente às principais decisões do Santander. Olhando para um período mais recente, os investidores focam no que eles próprios chamam de relações promíscua entre a Americanas e Sergio Rial. Essa é a diferença crucial entre os demais grandes bancos credores, tais como Bradesco e Itaú, e a subsidiária brasileira do banco espanhol: o principal executivo tinha um pé no lado do credor e o outro do lado do devedor, além de manter uma relação “diferenciada” com os sócios de referência das Americanas (Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles), que estão igualmente tentando se livrar de qualquer envolvimento com as operações fraudulentas. Um dos objetivos dos reclamantes, por exemplo, é verificar se eventualmente a instituição financeira concedeu algum crédito à companhia a partir de agosto de 2022, quando já se sabia que Rial iria assumir o comando da rede varejista dali a quatro meses. Na ocasião, o executivo ainda era presidente do Conselho do Santander Brasil.
Conta a favor de Rial que, ao contrário de César, com seu célebre “veni, vidi e vici”, o executivo veio para as Americanas, viu e perdeu. Tanto não saberia das operações, que, ao se deparar com elas, teria saído batido do banco. É um bom argumento. Mas há outras hipóteses: se o propósito era ajudar por dentro a mitigar as inconsistências e fraudes, sua rápida – e amedrontada – saída da presidência somente serviu para piorar a percepção da crise. Segundo um dos acionistas, o criador teria tremido ao ver sua criatura de perto, o que justificaria a partida da varejista quase ao mesmo tempo da chegada. Talvez os malfeitos pudessem ser escondidos mais uns anos, o que abrandaria a eventual culpabilidade do executivo. De acordo com o acionista do Santander ouvido pelo RR, “simplesmente não dá para desresponsabilizar Rial nesse episódio. Ele controlava de perto tudo que ocorria no banco. Imagina um empréstimo dessa magnitude”.
Em contato com o RR, a CVM informou que “acompanha e analisa informações e movimentações no âmbito do mercado de valores mobiliários brasileiro, tomando as medidas cabíveis, sempre que necessário.” Perguntada especificamente sobre o pedido de abertura de processo contra Sergio Rial por parte dos minoritários do Santander, a autarquia disse que “não comenta casos específicos.”. Cabe lembrar que a CVM já tornou o executivo réu ao menos em um dos processos administrativos instaurados para investigar a fraude contábil da Americanas – ao todo são 12 ações. Na condição de CEO da rede varejista, Rial será julgado por supostas irregularidades na forma de divulgação do rombo da companhia, quando ele teria infringido artigos da Lei das S/A. O RR enviou também uma série de perguntas ao Santander, mas o banco não se pronunciou.

Mercado
Alckmin tenta destravar dívida da Argentina com transportadoras brasileiras
16/06/2023O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento e da Indústria, Geraldo Alckmin, tem feito gestões junto a autoridades argentinas na tentativa de equacionar um impasse na área de comércio exterior. Uma série de exigências impostas pelo governo de Alberto Fernández tem provocado seguidos atrasos no pagamento de frete a companhias brasileiras de logística que transportam carga para o país vizinho. A bola de neve acumulada entre abril e junho soma aproximadamente US$ 150 milhões. E vai aumentar. Segundo o RR apurou junto a uma das maiores empresas do setor, outros US$ 40 milhões em faturas emitidas vencem até o próximo dia 20 e, por ora, não há qualquer sinal de que serão quitadas.
Geraldo Alckmin e seus assessores têm feito gestões junto ao ministro das Relações Exteriores e Comércio Internacional da Argentina, Santiago Andrés Cafiero. O assunto, segundo o RR apurou, já foi levado também ao embaixador argentino em Brasília, Daniel Scioli. Historicamente, a remuneração pelo transporte de carga para a Argentina sempre se deu no ato da entrega. Agora, no entanto, os importadores locais têm demorado até 90 dias para quitar o débito. E jogam a culpa para cima do governo. A última novidade veio do Banco Central da Argentina, que passou a exigir das transportadoras uma licença prévia – na prática, um calhamaço de documentos emitidos tanto por autarquias federais quanto provinciais.
Mercado
Cargill passa um pente fino na sua cadeia da soja
16/06/2023A Cargill teria iniciado uma auditoria em toda a sua cadeia de fornecimento de soja no Brasil. Trata-se de um assunto delicado e tratado com a maior discrição dentro da companhia. O objetivo é afastar a ameaça de uma ação de litigância climática internacional. A empresa é alvo de uma denúncia apresentada à OCDE. A queixa leva a assinatura da organização global ClientEarth, uma das maiores entidades de ativismo ambiental do mundo. Segundo a acusação, a Cargill teria descumprido normas da OCDE, ao não conduzir due diligence “ambiental apropriada” na soja que compra de forma indireta no Brasil. A queixa reúne uma série de possíveis irregularidades cometidas pela companhia no país apontadas por ONGs e movimentos sociais. Consultada pelo RR, a empresa saiu pela tangente. Informou que “Em linha com o compromisso inabalável da Cargill em eliminar o desmatamento e a conversão em sua cadeia na América do Sul, não compramos soja de agricultores que desmatam terras em áreas protegidas e temos controles implementados para impedir que produtos não conformes entrem em nossas cadeias de abastecimento. Se encontrarmos qualquer violação de nossas políticas, tomaremos medidas imediatas de acordo com nosso processo de denúncias.” Sobre a auditoria de seus fornecedores de soja no país, nenhuma palavra.

Mercado
Bancos tentam costurar venda da Tok&Stok
15/06/2023Os maiores credores da Tok&Stok, notadamente Banco do Brasil e Santander, vestiram o figurino de advisers e saíram a campo em busca de um comprador para a empresa. As instituições financeiras mantêm conversas especialmente com a Mobly, plataforma de venda de móveis e artigos de decoração. A empresa chegou a manter tratativas para uma fusão com a Tok&Stok, mas recuou diante da grave crise financeira da companhia, às voltas com uma dívida de R$ 600 milhões. A diferença agora é que os bancos estariam dispostos a entrar no negócio, convertendo uma parcela dos créditos contra a Tok&Stok em participação acionária na nova empresa como forma de viabilizar o M&A. Nestes tempos de Americanas, o que as instituições financeiras mais temem é ter de fazer novas baixas contábeis com seus empréstimos ao varejo. Consultada, a Tok&Stok não quis se pronunciar.

Mercado
A nova investida da Amazon no Brasil
15/06/2023A Amazon, o conglomerado tecnológico de Jeff Bezos, vai esticar mais um de seus tentáculos no Brasil. A Amazon Web Services mira o agronegócio: está trazendo para o país um sofisticado sistema de imagens por satélite com o uso de inteligência artificial, capaz de antecipar mudanças climáticas. Há pouco mais de um mês, o grupo fechou um acordo com a Vivo para melhorar a conectividade à internet nas regiões agrícolas no Brasil. Ao que parece, em grande parte está semeando o terreno para si própria: primeiro, banda larga em alta velocidade; depois, seu sistema de monitoramento satelital.

Destaque
Gigante chinês do e-commerce traz sua fintech para o Brasil
14/06/2023O RR apurou que o Alibaba planeja trazer sua fintech, a Alipay, para o Brasil. Ela será uma peça importante para acelerar a expansão da Aliexpress, o gigantesco braço de varejo eletrônico do conglomerado asiático. Além da oferta de soluções de pagamento, seu principal negócio, a Alipay deverá financiar fornecedores e sellers – como são chamados os lojistas parceiros que distribuem seus produtos no marketplace de grandes plataformas de e-commerce. Com a munição financeira da fintech, o objetivo da Aliexpress seria duplicar o contingente de parceiros comerciais no Brasil em até dois anos. Os chineses não revelam o número de sellers cadastrados no Brasil, mas, no mercado, especula-se que sejam aproximadamente dois milhões. A fintech terá um papel relevante também no financiamento de revendedores que pretendem distribuir seus produtos no mercado chinês. O Alibaba/Aliexpress já anunciou um projeto para aumentar a inserção de mercadorias brasileiras no país asiático. Trata-se de uma operação mais diplomática do que comercial. A medida pode ser interpretada como mais uma das contrapartidas que as grandes plataformas chinesas de e-commerce têm colocado sobre a mesa na tentativa de evitar um aumento da tributação. A Shein, por exemplo, anunciou investimentos da ordem de R$ 750 milhões no Brasil.
A Alipay pertence ao Ant Group, holding de serviços financeiros criada a partir de um spin-off do Alibaba. Toda essa engrenagem leva a assinatura do magnata Jack Ma, dono de uma das cinco maiores fortunas da China. Em janeiro, Ma deixou o controle do Ant Group. Ainda assim, o investidor permanece como um acionista relevante e influente na gestão. Mais do que isso: Ant e Alibaba/Aliexpress seguem umbilicalmente ligados. Entre 2021 e 2022, a Alipay fez uma espécie de ensaio para a sua entrada no Brasil, atuando como uma carteira digital para clientes do Aliexpress. Foi uma operação experimental, quase um test drive. Consultada pelo RR, a Aliexpress não se pronunciou.

Mercado
Pátria já pensa em mais uma oferta de ações da Smart Fit
13/06/2023Há informações no mercado de que o Pátria Investimentos já planeja uma nova oferta de ações da Smart Fit no horizonte de até três meses. A colocação de papéis realizada na última semana – informação antecipada pelo RR – animou a gestora de recursos. A demanda alcançou R$ 590 milhões, acima da previsão inicial de R$ 550 milhões. O papel tem sido negociado na casa dos R$ 20, o maior patamar desde março do ano passado. O que não falta ao Pátria é ação para vender. Após a oferta da semana passada, a casa de investimentos ainda manteve 32% do capital da Smart Fit. Procurado pelo RR, o Pátria informou que não comentaria o assunto.

Mercado
IPO volta à vitrine da MadeiraMadeira
12/06/2023Segundo o RR apurou, os acionistas da MadeiraMadeira retomaram o processo de IPO da empresa. A oferta ocorreria no último trimestre do ano. A maior pressão pela abertura de capital da rede de lojas de móveis e artigos de decoração vem do japonês Softbank, um dos principais acionistas. Consultada, a MadeiraMadeira não se manifestou.
Mercado
Kora Saúde busca o melhor receituário para a sua capitalização
12/06/2023Os acionistas da Kora Saúde discutem caminhos para a capitalização da companhia. Há dois receituários sobre a mesa: um follow on ou uma venda em bloco de parte do capital. A empresa vem passando por um momento de medidas contracionistas, como a venda de imóveis e cortes de investimento, sobretudo em aquisições. No primeiro trimestre deste ano, a rede de hospitais teve um lucro de apenas R$ 3 milhões, uma queda de 93% em relação a igual período em 2022. O que mais causa apreensão entre os gestores da Kora é o nível de alavancagem, pressionado por aquisições feitas nos últimos anos. Entre dezembro de 2021 e dezembro de 2022, a relação dívida líquida/Ebitda, que já era preocupante, subiu ainda mais: de 3,4 para 3,9 vezes.

Destaque
Nestlé e Mars disputam aquisição dos ativos de pet food da BRF
5/06/2023A venda da divisão de ração animal da BRF deflagrou um duelo entre dois gigantes globais do setor. Segundo informações apuradas pelo RR, Nestlé e Mars estão na disputa pela aquisição dos ativos. As tratativas são conduzidas pelo Santander. A operação é estimada em aproximadamente R$ 2 bilhões – o pacote engloba cinco fábricas e 20 marcas. Para as duas multinacionais, o que está em jogo é a batalha pela liderança do mercado de pet food no Brasil, um negócio que movimentou mais de R$ 33 bilhões no ano passado. Os 10% de market share da BRF seriam suficientes para levar a Nestlé do terceiro lugar ao topo da cadeia alimentar do setor, com quase 20%, ultrapassando a Hills e a própria Mars. Para esta última, portanto, a aquisição teria um forte caráter defensivo. Com a eventual compra do braço de rações da BRF, a Mars poderá abrir considerável vantagem na liderança do segmento – saindo de algo em torno de 19% para 29% de share. Em contato com o RR, a Nestlé disse que não comentaria o assunto. Mars e BRF não retornaram até o fechamento desta matéria.
De acordo com uma fonte envolvida nas negociações, além de Nestlé e Mars, a BRF tem conversado com outros candidatos ao negócio, inclusive fundos de private equity internacionais e uma grande rede de lojas de pet shops. Sobre a mesa de negociações há um fator que naturalmente joga contra a companhia: a sua pressa em vender a divisão de pet food. Em delicada situação financeira, com um passivo de quase R$ 15 bilhões, a BRF precisa fazer caixa para afrouxar o garrote do endividamento. Na semana passada, o nó aliviou um pouco, com o anúncio do aporte de R$ 4,5 bilhões liderado pela própria Marfrig, acionista controladora da companhia, e o Salic, fundo soberano da Arábia Saudita.

Mercado
Jive entra na disputa por precatórios da BRF
30/05/2023A Jive Investments, uma das maiores gestoras de ativos distressed do Brasil, está fazendo suas contas para ver a fatia na pilha de precatórios que a BRF colocou à venda. São mais de R$ 2 bilhões em valor de face, somando-se recebíveis judiciais e créditos tributários. Ainda que, indiretamente, a entrada em cena da Jive representa um duelo entre XP e BTG. O banco de André Esteves, que atua fortemente no mercado de aquisição de precatórios e congêneres, também está na disputa pela compra dos créditos da BRF. Do outro, a Jive tem como sócio a XP, dona de 20% do seu capital. O RR entrou em contato com a gestora e a BRF, mas ambos não quiseram se manifestar.
Mercado
Uma pedra no sapato dos Moreira Salles
26/05/2023Ontem havia um forte burburinho no mercado de que a oferta de recompra de ações preferenciais da Alpargatas feita pela família Moreira Salles e pelo Alpa Fundo enfrenta a resistência do investidor Silvio Tini. Dono de 8,9% do capital total da companhia, Tini estaria buscando o apoio de outros minoritários para frear a proposta nos termos apresentados. O objetivo seria subir o sarrafo do preço ofertado por ação: R$ 10,50, o equivalente a um prêmio de 27,7% sobre a cotação média dos 30 pregões anteriores à formalização da proposta. Procurados pelo RR, Tini e a Cambuhy não quiseram se manifestar.
Silvio Tini é reconhecido, ao lado de Luiz Barsi, como o maior investidor ativista do mercado brasileiro de capitais. O que está em jogo, neste caso, é a consolidação do poder dos Moreira Salles na Alpargatas. Com a recompra das ações, a Cambuhy Alpa Holding, holding da família, e o Alpa Fundo, que compõem o bloco de controle da Alpargatas, passariam de 26% para 33% do capital.

Mercado
Carrefour vai colocar suas próprias ações no carrinho de compras?
25/05/2023Há fortes comentários no mercado de que o Carrefour planeja lançar uma oferta para a recompra de ações da sua subsidiária brasileira, negociada na B3 sob o nome do Atacadão S/A. Seria uma espécie de “circuit breaker”, leia-se uma tentativa de frear o desabamento das cotações. O papel é negociado na casa da R$ 9,80, a menor cotação desde o IPO do Carrefour Brasil, em 2017. No intervalo de um ano, a companhia perdeu 50% do seu valor de mercado.

Mercado
Herdeiro dos despojos do SVB vai se instalar no Brasil
25/05/2023O First Citizens Bank estuda abrir um escritório de representação em São Paulo. Seria parte do esforço da instituição norte-americana de reaproximação com as grandes startups brasileiras. O First Citizens comprou a parte boa do Silicon Valley Bank (SVB), que entrou em colapso há cerca de dois meses. A parte boa, pero no mucho. No caso do Brasil, as startups rasparam seus depósitos no SVB, sacando quase US$ 3 bilhões. O desafio comercial do First Citizens é fisgar ao menos parte dessa dinheirama de volta.

Mercado
Equatorial Energia prepara oferta de ações
24/05/2023Há um forte burburinho no mercado que a Equatorial Energia está prestes a anunciar um follow on. Informações que circulam nas mesas de operação indica que a cifra pode alcançar os R$ 2 bilhões. A nova oferta de ações teria como objetivo aumentar o gás financeiro da companhia para novas aquisições. Além de estar na disputa pela compra da Coelce, colocada à venda pela italiana Enel, a Equatorial é forte candidata à compra de ativos na área de saneamento, onde entrou no ano passado ao arrematar a concessão no estado do Amapá. Procurada pelo RR, a companhia afirmou que não comentaria a informação.

Mercado
A nova oferta da Pague Menos?
22/05/2023Há um zunzunzum no mercado de que a Pague Menos prepara um follow on. A nova oferta de ações daria gás para novas aquisições no varejo farmacêutico. O alvo da empresa cearense seria a Região Sudeste. No ano passado, a Pague Menos desembolsou mais de R$ 700 milhões para comprar a Extrafarma do Grupo Ultra.

Mercado
Gestoras embalam nova oferta por ações da Arco Educação
19/05/2023Corre no mercado que as gestoras norte-americanas Dragoneer e General Atlantic preparam uma nova oferta para a compra de ações que estão na praça e o consequente fechamento de capital da Arco Educação. A operação teria o apoio do empresário Ari de Sá Neto, controlador da companhia. No fim do ano passado, Dragoneer e General Atlantic fizeram uma primeira tentativa de aquisição dos papeis negociados na Nasdaq. No entanto, a proposta de US$ 11 por ação foi recusada por um grupo de acionistas minoritários, entre os quais o Gávea Investimentos.

Mercado
Educação é a bola da vez da General Atlantic
11/05/2023Circula no mercado que a norte-americana General Atlantic está sedenta para comprar novas participações empresas brasileiras da área de educação, notadamente de ensino superior. A aposta é que o valor dos ativos vai disparar nos próximos meses com o redesenho do Fies. A General Atlantic já tem um pedaço do capital da Arco Educação, do empresário Ari de Sá Neto, empresa com ações negociadas na Nasdaq.

Mercado
BTG coloca concessões no Chile e na Bolívia sobre o balcão
9/05/2023O BTG colocou à venda suas participações em concessões de infraestrutura no Chile e na Bolívia. No primeiro caso, o pacote engloba quatro rodovias, que somam aproximadamente 500 quilômetros: 40% da Valles del Desierto; 25% da Los Rios; e 50% na Autopista Interportuaria e na Variante Melipilla. Em território boliviano, por sua vez, o banco de André Esteves busca comprador para a sua fatia de 25% na Trenes Continentales, controladora da Red Oriental, uma das principais ferrovias do país, com cerca de 1,5 mil km. Todas essas participações estão penduradas em um fundo administrado pelo BTG Pactual Chile desde 2015. Procurado, o BTG não se pronunciou.
Nos últimos anos, as cinco concessões passaram por solavancos. Seus resultados foram afetados pela pandemia e pela alta dos preços dos combustíveis. Como se não bastasse, a decisão do BTG de sair do negócio pode ser atribuída também ao momento de certa instabilidade institucional tanto no Chile quanto na Bolívia, ambas sob os governos de esquerda, respectivamente, de Gabriel Boric e Luiz Arce. Nos últimos meses, protestos da população com paralisação de meios de transporte têm se repetido nos dois países. No último mês de novembro, em um dos períodos de maior tensão no Chile, caminhoneiros bloquearam algumas das principais rodovias locais por dez dias. Na Bolívia, as maiores paralisações ocorreram em janeiro passado, notadamente na região de Santa Cruz de La Sierra.

Mercado
Para a XP, o que interessa mesmo é o “salário-máximo”
8/05/2023A XP mostrou suas garras e fez contas sobre o impacto do salário-mínimo no governo Lula. Calculou, em tom de crítica, que valor chegará a R$ 216 bilhões. A XP segue o modelo norte-americano, que não liga muito para distribuição de renda. O que interessa é a rentabilidade do seu ativo. Com base no faturamento bruto da XP em 2022, de R$ 14 bilhões, é possível extrapolar o resultado da corretora para os próximos anos. Mantida a receita constante – em 2022, o faturamento da empresa cresceu 10% – o resultado acumulado da XP chegará a R$ 56 bilhões no fim do atual governo, caso a bufunfa não cresça, o que é improvável. Ou seja: o equivalente a um quarto do gasto calculado pela própria corretora com o aumento das despesas com o salário-mínimo – o que somente atrapalha o equilíbrio fiscal, segundo induz a XP. Pode ser que haja realmente uma preocupação da corretora com as contas públicas. Mas a sensação de um desprezo agudo com os mais pobres ultrapassa milhas e mais milhas o nhenhenhém fiscal de Guilherme Benchimol e seu exército de rentistas.

Mercado
Venture capital de fundador do e-Bay faz nova rodada de investimentos no Brasil
4/05/2023Corre no mercado que a norte-americana Flourish Ventures prepara uma nova rodada de aportes em fintechs brasileiras, com foco em operações de microcrédito. A gestora já tem um portfólio com oito startups no país, entre as quais o Banco Neon. A Flourish tem por trás o bilionário Pierre Omidyar, fundador do Ebay e dono de uma fortuna acima dos US$ 10 bilhões. O “projeto Brasil” é comandado pelo sócio de Omidyar, radicado em Miami.

Mercado
Yeld Lab semeia novos investimentos no Brasil
3/05/2023Na contramão do momento de entressafra no mercado de venture capital, o Yield Lab Latam prepara uma nova rodada de investimentos em agtechs brasileiras. O país é candidato a receber a maior parte dos US$ 50 milhões recém-captados pela gestora para aportes na América Latina. Sediado em St Louis, no Missouri, o Yeld Lab Latam já tem participações em startups voltadas ao agronegócio no Brasil, a exemplo da Agroforte e da Seedz.

Mercado
Santander sai em busca de fintechs da área de crédito
3/05/2023O Santander abriu a temporada de caça a fintechs na área de crédito pessoal no Brasil. Segundo o RR apurou, o banco espanhol mira em plataformas de empréstimo dedicadas a segmentos específicos, como turismo (compra de passagens, hospedagens etc) e saúde (pagamento de procedimentos médicos e hospitalares). Este último setor tem crescido seguidamente. Estima-se que, no ano passado, o volume de crédito para consultas, cirurgias e internações cresceu mais de 150% no país. As aquisições serão feitas por meio da SIM, fintech de empréstimos pessoais controlada pelo Santander que começa a ganhar contornos de um hub dos espanhóis no Brasil. A empresa já tem mais de oito milhões de clientes cadastrados. No ano passado, somou cerca de R$ 4 bilhões em empréstimos. A meta é chegar a R$ 10 bilhões até o fim de 2024.

Destaque
Advent cobra do Walmart perdas na venda da rede Big
24/04/2023Os esqueletos contábeis encontrados no armário dos supermercados Big estão provocando um efeito dominó. Segundo o RR apurou, o Advent pretende entrar na Justiça contra o Walmart, com o objetivo de ser ressarcido pela perda de R$ 1 bilhão na venda da rede varejista para o Carrefour. Trata-se do valor que a gestora de recursos se viu obrigada a abater do preço final negociado com os franceses. A cifra corresponde à metade dos processos trabalhistas do Big não provisionados em balanço que foram descortinados pelo Carrefour – e posteriormente confirmados por auditoria externa. O Advent, que controlou a empresa entre 2018 e 2021, quer repassar o prejuízo para o Walmart. Nos bastidores, o assunto tem provocado um tiroteio de acusações. De acordo com a mesma fonte, o Advent alega que não tinha conhecimento das ações trabalhistas a descoberto e joga a culpa pelas ossadas financeiras para cima da matriz do Walmart nos Estados Unidos, que até 2018 controlava a rede de supermercados brasileira. Ressalte-se que mesmo depois, durante os três anos em que o Big foi controlado pelo Advent, o Walmart manteve uma participação minoritária no negócio, de 20%.
Mercado
Possível follow on da Dotz agita o mercado
24/04/2023Correm no mercado rumores de que a Dotz estuda um follow on. A nova oferta de ações teria dois objetivos: aumentar a liquidez do papel e, sobretudo, reforçar a posição de caixa. A empresa tem sido pressionada por uma sucessão de maus resultados. Somente nos últimos dois anos, a Dotz acumulou perdas de R$ 178 milhões e somou um Ebitda negativo de R$ 128 milhões. No fim do ano passado, a companhia se viu obrigada a cortar na própria carne, demitindo cerca de 50 funcionários. A performance da Dotz tem sido duramente punida pelos investidores. Desde o IPO, em junho de 2021, a companhia perdeu 93% do seu valor de mercado. Consultada pelo RR sobre a possibilidade de um follow on, a Dotz disse “não confirmar a informação”. De toda a forma, as especulações sobre uma possível oferta de ações parecem ter agitado os investidores. Nas últimas sete sessões da B3, o volume médio de negócios com as ações da Dotz cresceu 144% em comparação com os sete pregões anteriores.

Mercado
Pátria prepara nova oferta de ações da Smart Fit
13/04/2023O RR apurou que o Pátria Investimentos faz planos de um novo block trade de ações da Smart Fit. A oferta, da ordem de 5%, se daria no período de até três meses. Em março, a gestora vendeu em mercado o equivalente a 2,4% do capital da rede de academias, amealhando pouco mais de R$ 200 milhões. A julgar pela participação que ainda mantém na companhia (38,3%), talvez ainda seja cedo para falar na saída definitiva do Pátria do negócio. A gestora, ao que tudo indica, está surfando na maré de alta do papel. A ação acumula uma valorização de 11% desde o início do ano. Pode até parecer pouco, uma “marolinha”, mas, no ano passado, a Smart Fit amargou uma perda do seu valor de mercado de 15%. Consultado, o Pátria não quis se pronunciar.

Mercado
Tiger Global faz uma limpa em seus investimentos no Brasil
12/04/2023Corre no mercado que o Tiger Global pretende reduzir em mais de um terço a sua carteira de participações no Brasil. Há informações de que, no caso específico de uma das startups, em delicada situação financeira, o venture capital norte-americano estuda até mesmo fazer o write off dos seus investimentos. Não se trata de um “privilégio” do Brasil. Após acumular algumas das maiores perdas da sua história, o Tiger Global tem feito um ajuste em todas as suas carteiras. No fim do ano passado, os norte-americanos remarcaram para baixo o valor dos ativos em seus fundos de risco em mais de US$ 23 bilhões. Os fundos hedge e long only caíram, respectivamente, 56% e 67% em 2022. Na esteira dessas pesadas perdas, não é de hoje que o Tiger ensaia reduzir sua exposição no Brasil – ver RR.

Mercado
BlackRock vai comendo pelas beiradas da Natura
23/03/2023Há um forte burburinho no mercado de que o BlackRock tem disparado seguidas ordens de compra de ações da Natura. O ímpeto da gestora norte-americana – um potentado que administra mais de US$ 10 trilhões – vem alimentando rumores de que a fabricante de cosméticos está perto de fechar a venda da Aesop. A Natura já recebeu propostas pela marca de cosméticos australiana. Estima-se que o negócio pode chegar à casa dos US$ 2 bilhões caso a empresa brasileira venda integralmente sua participação.

Mercado
Rede D´Or planeja nova emissão de ações
22/03/2023A Rede D´Or estuda uma nova oferta de ações em bolsa. O follow on teria um duplo objetivo: dar fôlego para novas aquisições e reduzir a alavancagem da empresa. O aumento do nível de endividamento é visto com preocupação pelos executivos do grupo. Há cerca de três anos, a Rede D´Or fez um enorme esforço para reduzir sua alavancagem: entre setembro de 2020 e setembro de 2021, a relação dívida líquida/Ebitda caiu de 5,4 para apenas 1,7 vez. No entanto, a maré do passivo voltou a subir, e esse múltiplo já está em 2,5.
Dentro da empresa, há um entendimento também de que é preciso dar uma chacoalhada nas expectativas do mercado. Nos últimos meses, a Rede D´Or não vem entregando resultados em linha com os seus invejáveis níveis históricos. Em relatório, o UBS apontou que a empresa deverá ter um aumento da sua receita líquida de apenas 15% neste ano, abaixo dos 27% projetados anteriormente. Os analistas do banco suíço reduziram a projeção de abertura de novos leitos de seis mil para quatro mil. Diante desses números, o UBS baixou o preço alvo da ação de R$ 41 para R$ 34. Hoje, a ação é negociada na casa dos R$ 21. De um ano para cá, o papel tem refletido a percepção desfavorável dos investidores em relação à companhia: a Rede D´Or perdeu 57% do seu valor de mercado, ou o equivalente a R$ 64 bilhões.

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Efeito SVB: Tiger Global reduz exposição no Brasil
20/03/2023Nas últimas horas circula no mercado venture capital a informação de que a Tiger Global Management vai zerar sua posição na Loft, plataforma de compra e venda de imóveis, e na Zak, especializada na gestão de redes de restaurantes. Trata-se de dois dos maiores investimentos feitos pela gestora norte-americana no Brasil. No caso da Loft, o Tiger foi um dos principais investidores da rodada de capitalização realizada em março de 2021 (Série D), quando a empresa captou o equivalente a US$ 425 milhões. O recuo pode ser debitado na conta da crise deflagrada pela quebra do Silicon Valley Bank (SVB). Some-se a isso as turbulências particulares do próprio Tiger Global, que precedem a bancarrota do SVB. No ano passado, os fundos do gigante do venture capital acumularam perdas superiores a 50%. Consultado pelo RR, o Tiger não quis se manifestar.

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General Atlantic avança no capital da Locaweb
17/03/2023
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Alemã Rheinmetall negocia compra da Avibras
17/03/2023A empresa de armamentos alemã Rheinmetall está na pole position para a aquisição da Avibras. Segundo o RR apurou, o negócio pode ser fechado a qualquer momento. Será a primeira incursão dos alemães na área de defesa no Brasil. O grupo já atua no país por meio do seu braço para a indústria automobilística, a MS Motorservice. De acordo com as informações apuradas pelo RR, outras empresas internacionais da área de defesa chegaram a olhar a Avibrás. Controlada pelos herdeiros de João Verdi de Carvalho Leite, a companhia vive uma severa crise financeira. Em recuperação judicial – a segunda no intervalo de 15 anos -, a empresa tem uma dívida superior a R$ 500 milhões. No ano passado, demitiu mais de 400 funcionários. Consultada pelo RR, a Avibras confirmou que seus “acionistas estão em busca de parceiros estratégicos que possam capitalizar a empresa.” A companhia informou também que há vários interessados, mas nenhuma transação ocorreu até o momento”
Estima-se que atualmente mais de 80% da receita da companhia venham das exportações. Ainda assim, historicamente a Avibrás é quase um braço das Forças Armadas. A tal ponto que o governo Bolsonaro chegou a discutir até mesmo a possível incorporação da companhia pela Aeronáutica ou uma fusão com a Imbel, fabricante de armamentos do Exército brasileiro – conforme o RR noticiou. Em seu contato com o RR, a própria Avibras fez questão de dizer que “O governo brasileiro acompanha de perto a evolução dos acontecimentos.”, em referência às negociações para a venda do controle.
A Rheinmetall tem o calibre necessário para conduzir a reestruturação de que a Avibras precisa. Trata-se de um conglomerado com fábricas em 33 países, a maior parte na Europa. Nos últimos meses, o grupo vive um momento de prosperidade: as encomendas de equipamentos bélicos dispararam na esteira da Guerra entre Rússia e Ucrânia. Desde o início do conflito, em fevereiro do ano passado, suas ações subiram mais de 150%. Entre outros armamentos, a Rheinmetall fabrica os tanques Leopard que países europeus aliados do presidente Volodymyr Zelensky têm enviado para a Ucrânia. A própria empresa alemã já anunciou planos de instalar uma fábrica em território ucraniano para produzir até 400 tanques de batalha modelo Panther por ano.

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Pátria capta mais recursos para energia limpa
15/03/2023O RR apurou que o Pátria Investimentos planeja lançar um novo fundo voltado exclusivamente à energia verde. No mercado, fala-se na captação de até R$ 5 bilhões. Na mira, projetos em geração eólica e solar. O Pátria já tem um razoável portfólio de ativos no segmento. Entre outros negócios é controlador da Essentia Energia. Dona de uma carteira concentrada notadamente em hidrelétricas, a empresa vem derivando para outras fontes de geração nos últimos anos. Investiu R$ 1,4 bilhão na construção do complexo de energia solar Sol do Sertão, no interior da Bahia. Está à frente ainda da instalação do parque eólico São Vitor, também na Bahia, empreendimento orçado em mais de R$ 2 bilhões.
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JSL estuda nova emissão de ações
10/03/2023O RR apurou a informação de que a JSL, um dos maiores grupos de logística do país, estuda um follow on. A nova emissão de ações daria combustível ao arrojado plano de aquisições da companhia. A mais recente foi a compra da IC Transportes por R$ 587 milhões, anunciada na semana passada. Desde a abertura do capital em bolsa, em 2020, a JSL já pilotou seis operações de M&A. Nesse intervalo, o Ebitda da empresa saiu de R$ 400 milhões para mais de R$ 1 bilhão. Já a receita saltou de R$ 2,8 bilhões, em 2020, para R$ 6,2 bilhões no ano passado. E a conta não para de subir: a aquisição da IC significará um aumento de faturamento em torno de |R$ 1,4 bilhão.
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Mais um chinês no e-commerce no Brasil
7/03/2023Há um forte burburinho na área de e-commerce de que a chinesa Jingdong, também, conhecida como JD.com, vai desembarcar no Brasil. A abertura de uma operação no país seria acompanhada da construção de centros de distribuição, a exemplo do que já fizeram as concorrentes Shein e Shopee. A JD.com é um gigante do segmento, com mais de 250 milhões de acessos/mês. Além do seu fundador, Liu Qiangdong, tem como acionistas o conglomerado de tecnologia chinês Tencent e o Walmart.

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Cimed prepara o terreno para o seu IPO
2/03/2023A Cimed estaria em conversações com o Morgan Stanley com o objetivo de preparar seu IPO. Não por coincidência, trata-se da antiga casa bancária de Nicola Calicchio, que, em setembro do ano passado, assumiu o cargo de chairman do laboratório farmacêutico. Segundo o RR apurou, a oferta de ações deverá ocorrer no segundo semestre. A Cimed é o terceiro maior fabricante de medicamentos do país, com faturamento da ordem de R$ 3 bilhões.

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BR Properties coloca um pé fora da bolsa
17/02/2023Circula no mercado a informação de que a BR Properties vai fechar seu capital e deixar a bolsa. Seria o ato final do redesenho societário da companhia, conduzido pela GP Investimentos. A gestora de private equity comprou a participação do ADIA, fundo soberano de Abu Dhabi, e lançou uma oferta pública de recompra de ações da BR Properties. O fiel da balança para a OPA e a eventual saída em definitivo da bolsa é a Vista Capital, o “maior dos minoritários”, com 10% do capital da empresa de real estate

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Capital Group engole R$ 3 bilhões em perdas com as Americanas
16/02/2023Circula no mercado a informação de que o Capital Group, uma das maiores gestoras do mundo, vai zerar sua posição na Americanas. No mês passado, os norte-americanos já haviam reduzido sua participação de 7% para 4%. Na prática, será o writeoff das perdas com a rede varejista, a exemplo do que já fez o BlackRock, que vendeu praticamente todas as suas ações. Segundo o RR apurou, o Capital International Investors, braço do Capital Group, comprou a maior parte das ações em seu poder no segundo semestre do ano passado, com a cotação na casa dos R$ 14. Hoje, o papel vale pouco mais de R$ 1. Os norte-americanos chegaram a ter mais de 9% do capital da Americanas. Em termos absolutos, estima-se uma perda da ordem de R$ 3 bilhões. Trata-se de uma migalha no portfólio desse potentado da gestão de recursos – o Capital Group administra mais de US$ 2 trilhões. Mas migalhas também descem mal pela garganta.

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Mercado Pago a caminho da Bolsa
9/02/2023O RR apurou que o Mercado Livre estuda o IPO do Mercado Pago. A fintech é uma mina de ouro: já responde por mais da metade do faturamento do grupo no país. Somando-se todas as suas operações na América Latina, sua carteira de crédito beira os US$ 3 bilhões.

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Gigante chinês estuda adiar IPO no Brasil
3/02/2023A CTG Brasil, leia-se a chinesa Three Gorges, estuda postergar seu IPO na B3 para o segundo semestre. A abertura de capital estava inicialmente prevista para abril, mas o grupo entende que as condições de mercado talvez ainda estejam longe do ideal. Some-se a isso o contencioso com a Aneel e o Ministério de Minas e Energia, um fator de pressão sobre a precificação dos ativos da CTG. No ano passado, o Ministério reduziu em 4,9% a garantia física das hidrelétricas Capivara, Chavantes, Taquaruçu e Rosana, na prática diminuindo a quantidade de energia que as geradoras podem entregar ao sistema.

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BTG enxerga um maná na dívida ativa da União
20/12/2022O BTG está afiando a faca para destrinchar um naco da dívida ativa da União. O bancão de André Esteves já se especializou em comprar os créditos do governo com altos deságios. A aposta do BTG, segundo fonte do RR, é que no governo do PT haverá fartura na oferta de “títulos podres”. Dependendo do tamanho do desconto poderá se medir a generosidade de Fernando Haddad. O valor total do débito inscrito na União chega a R$ 2 trilhões. Por enquanto o que sabe é que Esteves já está novamente íntimo do PT.