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Empresa

As muitas nuvens no caminho da “Azultamgol”

20/03/2024
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Uma fonte ligada à área regulatória da aviação civil procurou o RR em razão da matéria publicada na edição de ontem, sobre o flerte do governo com a ideia de uma tríplice fusão entre Latam, Gol e Azul. Em conversa com a publicação, ressaltou alguns outros entraves para que a iniciativa ganhe altitude. Um deles seria a dificuldade de misturar culturas de negócio bem distintas. A Latam, após a recente reestruturação acionária, já obedece a uma lógica de capital pulverizado. Azul e Gol, por sua vez, ainda são consideradas empresas de “dono”, tendo no manche, respectivamente, David Neeleman e a família Constantino. Outro óbice tão ou mais difícil de ser superado: o próprio governo teria de entrar na operação com algum aporte de capital junto aos acionistas da Gol e da Azul. Seria a forma de harmonizar a estrutura societária da nova empresa e evitar uma participação excessivamente relevante da Latam e, por consequência, do capital estrangeiro na nova empresa. Isso porque, após a recuperação judicial, o controle da companhia saiu das mãos da família Cueto e passou a ser compartilhado por uma colmeia de fundos internacionais – como os norte-americanos Sixth Street e Sculptor Capital e o inglês Strategic Value – que ficaram com 66% das ações. Isso para não falar da Delta e da Qatar Airlines, que se mantiveram no capital da empresa chilena.

Sem a entrada do governo no equity, os atuais sócios da Gol e da Azul seriam razoavelmente diluídos vis-à-vis a diferença de tamanho entre as três empresas. No ano passado, a Latam teve uma receita total de R$ 55 bilhões. Seu lucro líquido correspondeu a R$ 2,8 bilhões. Gol e Azul, por sua vez, registraram entre janeiro e setembro (último balanço disponível) uma receita combinada de R$ 27,4 bilhões. A dupla somou ainda um prejuízo de R$ 2,4 bilhões nos três primeiros trimestres do ano passado – sozinha, a Gol teve uma sonora perda de R$ 1,3 bilhão no terceiro tri. Em relação às respectivas frotas, a distância pró-Latam também é expressiva. A empresa chilena tem 335 aeronaves de passageiros em operação. A Azul reúne 180 aviões. A Gol, por sua vez, fica ainda mais atrás: 136 aeronaves em uso. Em tempo: nesse quesito, como bem lembra a fonte do RR, a Azul tem um handicap considerando-se a hipótese de uma eventual associação das três empresas. A maior parte da frota da companhia é da Embraer. Pensou Embraer, pensou BNDES, grande financiador de contratos da fabricante de São José dos Campos. Se o governo quiser mesmo que essa ideia decole, difícil pensar em uma fusão desse tamanho sem a participação do banco de fomento para “soldar” a fuselagem societária da nova companhia.

#Azul #Fusão #Gol #Latam

Destaque

Governo articula megafusão entre Gol, Azul e Latam

19/03/2024
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O governo está costurando o que talvez seja a fusão mais difícil já realizada no Brasil. Trata-se de reunir as três grandes empresas aéreas do país: Latam, Azul e Gol. O assunto mobiliza os principais gabinetes da República, envolvendo, em maior ou menor medida, o Ministério do Desenvolvimento e Indústria, a Fazenda, a Casa Civil e a própria Presidência. As discussões em torno da tríplice associação partem da premissa de que o programa de apoio às companhias aéreas em formatação no governo – que sequer se sabe muito bem do que se trata – não passará de um dedo no dique.

Não será com concessão de crédito, subsídios, benefícios fiscais, investimentos públicos em estrutura aeroportuária e outros velhos remédios do gênero que a grave crise do setor será equacionada. Trata-se de uma questão sistêmica, que, como tal, exigiria uma solução sistêmica, por meio de consolidação. A partir de conversas travadas dentro do governo, conforme o RR apurou, é possível inferir que essa seria uma operação para desaguar no BNDES, a quem caberia dar o suporte financeiro necessário para a fusão.

A União teria ao menos um assento no Conselho da companhia. Entre os tantos óbices à operação, um está dentro da própria estrutura da máquina pública: o Cade. A eventual associação entre Gol, Latam e Azul praticamente colocaria toda a aviação comercial brasileira sob o mesmo teto. No ano passado, o trio concentrou 99,5% de market share dos voos domésticos.

Não seria fácil dobrar a resistência do órgão antitruste. Mas já existe, digamos assim, alguma “jurisprudência”. A Vale, por exemplo, é praticamente um monopólio. Some-se a isso o fato de que o Cade seria instado a analisar o caso de uma maneira muito particular. Não seria uma operação de M&A qualquer, mas uma questão de interesse nacional.

Todas as três companhias, de certa forma, estão com a língua de fora – umas mais, outras menos. Do trio, a que atravessa o melhor momento é a Latam, que saiu da recuperação judicial com uma estrutura de capital mais sólida, uma operação mais enxuta e praticamente sem dívida. Outro dado a favor da empresa é a diluição da participação dos irmãos Cueto, do Chile, que controlavam a Latam.

É atribuída à dupla uma boa parcela das enfermidades da companhia. Por sua vez, Gol e Azul vivem uma situação menos saudável. A primeira entrou em recuperação judicial, com um passivo de R$ 20 bilhões. A segunda, por sua vez, atravessou no ano passado uma duríssima negociação com os credores, que envolveu a transferência de até 17% das preferenciais, além da emissão de US$ 370,5 milhões em títulos de dívida com vencimento em 2030.

Além disso, ambas estão exageradamente alavancadas. A Azul fechou o terceiro trimestre do ano passado, último balanço disponível, com uma relação dívida líquida/Ebitda de quatro vezes. No caso da Gol, o cenário é ainda mais preocupante. Em setembro de 2023, a companhia carregava uma relação dívida líquida/Ebitda de 5,5 vezes. E já foi pior: no terceiro trimestre de 2022, esse índice havia chegado a insuportáveis 9,2 vezes.

A Gol tem mais de 50 mil credores. Ressalte-se que o segundo maior da extensa lista é a Aeronáutica. São cerca de US$ 220 milhões em passivos com o Decea (Departamento de. Controle do Espaço Aéreo) relativos a atrasos no pagamento de taxas de voo. Ou seja: o próprio Estado é um dos grandes credores da Gol. Trata-se de um detalhe que pode fazer bastante diferença.

O governo não estaria entrando nesse voo apenas como governo, como se isso já não fosse suficiente. A posição de credor automaticamente empurra o Estado para a mesa de negociações. A gestão Lula teria passaporte para costurar por dentro uma eventual conversão de debt em equity atrelada à fusão da Gol com Latam e Azul.

Além das fortes turbulências financeiras do setor, outro óbice à costura da possível tríplice fusão é o enrosco societário das companhias aéreas. É muito investidor para se negociar. A Gol é controlada pela ABRA Holding, criada a partir da sua associação com a Avianca. Nessa empresa-casca estão o salvadorenho Roberto Kriete, que ficou com a companhia colombiana após ejetar German Efromovich do negócio, e a família Constantino.

A presença do clã, por sinal, traz um histórico de controvérsias e até mesmo crime. O patriarca, Nenê Constantino, chegou a ser condenado como mandante do assassinato de duas pessoas que participaram da ocupação de um terreno da família, em 2011.   Posteriormente, as condenações foram anuladas pelo STJ.

Quem também tem assento no capital da Gol é a American Airlines, com 6,5% das preferenciais. No caso da Latam, além da família Cueto, a Qatar Airlines e a norte-americana Delta também detêm posições acionárias relevantes. Na Azul, há uma clareza maior com quem o governo deveria se sentar para articular a megafusão. O empresário David Neeleman controla 67% das ordinárias.

Ainda assim tem a seu lado o Grupo Caprioli (33% das ordinárias), antigo controlador da Trip Linhas Aéreas, adquirida pela Azul em 2012. E há ainda a United, com 5,3% das ações preferenciais.

Para que a eventual fusão decole, as três companhias teriam também de superar antigas animosidades de parte a parte. Segundo uma fonte do setor, a maior bronca tem como alvo David Neeleman. A Azul é tida como quem mais faz marola para piorar o ambiente competitivo. Neeleman é apontado como useiro e vezeiro em lançar balões de ensaio com objetivos difamatórios.

No início deste mês, antes do noticiário sobre a possível associação entre ambas eclodir, a Azul alimentou informações de que poderia comprar a Gol. Em 2021, a companhia soltou no ar o interesse de adquirir a Latam. Nos dois casos, um modus operandi semelhante de se antecipar aos fatos e colar nas concorrentes uma percepção maior de fragilidade. A Gol também não fica muitas milhas distantes no que diz respeito ao tensionamento do setor.

A empresa acionou a Justiça dos Estados Unidos pedindo a abertura de uma investigação contra a Latam. A acusação é que a companhia chilena estaria se aproveitando do pedido de recuperação judicial da Gol para “roubar” suas aeronaves, contratar pilotos e desencorajar agentes de viagem a reservar voos da companhia.

#Azul #Cade #Latam

Destaque

David Neeleman é sinônimo de turbulência para a Azul em Portugal

25/01/2024
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Se, no Brasil, as atenções da Azul se voltam para o pacote de ajuda ao setor aéreo que vem sendo preparado pelo governo, do lado de lá do Atlântico há outra questão sensível no radar da companhia. A direção da empresa está apreensiva com a escalada de denúncias contra seu fundador e maior acionista individual, David Neeleman, em Portugal. O desafio é blindar os planos de expansão da companhia no mercado português das acusações que pesam sobre Neeleman, por supostas irregularidades no período em que ele controlou a TAP, de 2015 a 2020.

O timing é delicado. As investigações ganham corpo justamente no momento em que a empresa brasileira tem feito gestões junto a autoridades portuguesas com o objetivo de ampliar suas operações no país. Segundo o RR apurou, a Azul pretende aumentar o número de voos para Lisboa. Outro projeto no horizonte é a retomada da ligação direta entre Campinas e Porto, interrompida em 2020, durante a pandemia.

Portugal, ressalte-se, é uma peça fundamental no mapa de operações internacionais da Azul. Em 2023, o país europeu foi, pelo terceiro ano consecutivo, o destino mais procurado pelos clientes da empresa no exterior. As acusações contra Neeleman, ex-controlador da TAP, vêm ganhando altitude principalmente com a proximidade das eleições legislativas de março, que definirão o substituto do ex-primeiro-ministro António Costa.

O empresário, que já foi alvo até de CPI na Assembleia Nacional, é um valioso “ativo” político para os adversários de Costa. A oposição, notadamente o candidato da extrema direita, André Ventura, do Chega, tem batido nas relações entre o empresário e o ex-premiê. Ventura costuma se referir à existência de um “acordo secreto” entre o governo de António Costa e Neeleman, que teria permitido ao empresário receber cerca de 55 milhões de euros ao deixar o controle da TAP.

A Azul tenta se descolar de seu próprio criador, mas é parte do enrosco. A empresa teria cerca de 189 milhões a receber do governo de Portugal por repasses financeiros à TAP realizados em 2016. A oposição contesta o valor e a própria operação. Procurada pelo RR, a Azul não quis se pronunciar.

A tendência é que os ataques a Costa e a Neeleman se intensifiquem nas próximas semanas, na esteira de mais uma injeção de capital do governo português na reestatizada TAP. Há cerca de dez dias, o Estado anunciou o aporte de 343 milhões de euros na companhia. Desde que Neeleman deixou o controle, mais de 2,8 bilhões de euros já saíram dos cofres públicos para a empresa aérea.

#Azul #David Neeleman #TAP

Destaque

Azul e David Neeleman entram no radar da CPI da TAP

13/06/2023
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Há uma Comissão Parlamentar de Inquérito no caminho da Azul. A diretoria da empresa acompanha com apreensão a CPI da TAP, instaurada pela Assembleia da República, a Câmara dos Deputados de Portugal, para apurar suspeitas de irregularidades na privatização e na gestão da companhia aérea. A julgar pelas informações captadas de Lisboa, as investigações contra David Neeleman, ex-controlador da TAP, devem respingar na Azul, da qual o empresário é o principal acionista e chairman. Aos olhos dos parlamentares portugueses, a coabitação societária de Neeleman criou sinuosas conexões entre as duas companhias. A CPI apura, por exemplo, em que que circunstâncias se deram os empréstimos feitos pela Azul à TAP na época em que Neeleman era também o controlador da companhia portuguesa. Ou seja: na prática, o dinheiro saiu de seu bolso direito para entrar no esquerdo. Entre os deputados portugueses, há acusações de que Neeleman teria sangrado o caixa da TAP em benefício da empresa brasileira. Hoje, a Azul tem 189 milhões de euros em créditos a receber. A dívida caiu no colo do governo de Portugal após a reestatização da TAP. O RR fez várias tentativas de contato com a Azul, mas não obteve retorno. 

Essa não é a única operação cruzada na mira da CPI. Os parlamentares investigam o contrato firmado em 2016 entre as duas companhias. Na ocasião, a Azul cedeu à TAP nove turboélices ART, aeronaves que foram devolvidas recentemente. A CPI apura os termos do acordo e os valores pagos, à época, pela companhia portuguesa à sua “irmã” postiça brasileira.   

#Azul #David Neeleman #TAP

Negócios

O novo voo de David Neeleman

17/04/2023
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O fundador e acionista da Azul, David Neeleman, está cruzando novos ares. Segundo fonte próxima ao empresário, Neeleman teria planos de se associar à norte-americana Regent Craft para a produção de planadores elétricos para transporte marítimo. Ele já colocou um pé na companhia: nos últimos dias, assumiu uma cadeira no Conselho Consultivo de Dennis Muilenburg, ex-CEO da Boeing. Até o momento, a Regent já levantou cerca de US$ 50 milhões junto a fundos de investimento, como Thiel Capital e Y Combinator. A empresa já tem uma carteira de pedidos de mais de 400 planadores, no valor total de US$ 8 bilhões. Procurado pelo RR, por meio da assessoria da Azul, Neeleman não quis se pronunciar. 

#Azul #David Neeleman #Regent Craft

Negócios

Investigação contra Neeleman arranha fuselagem da Azul

20/12/2022
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A ofensiva das autoridades portuguesas contra a antiga gestão de David Neeleman, ex-controlador da TAP, ameaça ricochetear na Azul, fundada pelo empresário. O Ministério Público de Portugal está investigando determinadas operações realizadas pela companhia aérea local entre 2015 e 2020, quando a TAP era controlada pela Atlantic Gateway, consórcio formado entre Neeleman e o empresário português Humberto Pedrosa. Segundo uma fonte ligada à Azul, a empresa já recebeu sinalizações de que um dos negócios na mira dos procuradores portugueses seria a concessão de nove turboélices ART para a TAP, firmada em 2016. Na época, Neeleman acumulava a posição de acionista majoritário da companhia lusitana com o cargo de CEO da Azul. Ou seja: a rigor, os aviões saíram de uma mão para a outra do empresário. Coincidência ou não, depois de seis anos de uso em sua frota, a TAP está devolvendo as aeronaves para a empresa brasileira. Procurada pelo RR, a Azul disse que não comenta o assunto. 

Um dos pontos mais delicados da investigação conduzida pelo Ministério Público de Portugal é a compra pela TAP de um lote de 53 aviões das famílias A330 e A320 Neo, da Airbus. A partir de uma auditoria iniciada pela própria companhia portuguesa, surgiram suspeitas de que a empresa pagou valores superiores aos de mercado na aquisição das aeronaves, somando-se ainda elevados encargos financeiros. Mais uma vez, o imbróglio respinga na Azul. Há indícios ainda de que a TAP teria cedido à empresa brasileira um lugar na fila de espera da Airbus e o direito de receber até dois aviões A350. Para o Ministério Público português, essa manobra de Neeleman teria gerado prejuízos à empresa portuguesa.  

A imprensa portuguesa já noticiou que Neeleman recebeu 70 milhões de euros da Airbus pela alteração do contrato, dinheiro que teria usado para comprar ações da própria TAP. As autoridades portuguesas ainda investigam em que condições teria se dado esse repasse de recursos. Neeleman já reagiu publicamente, não apenas refutando qualquer irregularidade na sua gestão à frente da TAM, mas também com ataques ao governo português: “Parem de me usar e recuperem o dinheiro do contribuinte”, disse em recente declaração ao jornal Lusa. 

#Azul #David Neeleman #TAP

Azul de fome

4/08/2022
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A Azul não vai pagar para ver como fica depois da privatização de Congonhas. Tem se movimentado intensamente junto à Anac para aumentar o número de slots no aeroporto, com base nas novas regras aprovadas em junho pela agência reguladora para a distribuição dessas áreas.

#Anac #Azul

Oferta de compra

15/06/2022
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A Azul estuda um programa de recompra de ações para estancar a queda do papel. Em 12 meses, a companhia aérea perdeu aproximadamente 70% do seu valor de mercado.

#Azul

Invasão aérea

19/08/2021
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Além das tratativas com a Azul para a venda de 220 aviões elétricos, a alemã Lilium também estaria e conversações com a Gol. Ou
seja: é melhor a Embraer correr com o desenvolvimento do seu modelo de aeronave elétrica.

#Azul #Gol

No radar

12/03/2021
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Segundo fonte próxima à empresa, a Azul teria planos de ampliar sua frota. Já estaria em conversas preliminares com a Embraer. Consultada pelo RR, a Azul disse “não confirmar a informação”. A Embraer, por sua vez, afirmou que “não comenta possibilidades de negócios”.

#Azul #Embraer

Todos no mesmo avião

6/07/2020
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A Gol firmou “jurisprudência”. Segundo o RR apurou, a Seção de Dissídios Coletivos do TST vai dar sinal verde ao acordo acertado entre a Azul e o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), nos moldes do firmado pela companhia dos Constantino. A empresa de David Neeleman se compromete a garantir o emprego de comandantes, copilotos e comissários até dezembro de 2021. Em contrapartida, será autorizada pela Justiça do Trabalho a fazer uma redução escalonada de salários e de jornada, além de um Plano de Demissão Voluntária. Consultada pelo RR, a Azul confirmou o acordo com o SNA.

#Azul #David Neeleman #Sindicato Nacional dos Aeronautas

Fusão

8/06/2020
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Até agora ninguém falou ainda em uma fusão entre a Latam e a Gol. Ou entre a Latam e a Azul. Ou entre a Gol e a Azul. É uma questão de aguardar.

#Azul #Gol #Latam

O tamanho da crise

15/05/2020
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Segundo informações filtradas da Anac, TAM, Gol e Azul vão fechar o mês de maio com uma média de 182 voos domésticos diários. Antes da pandemia, esse número superava a marca de dois mil pousos e decolagens.

#Anac #Azul #Gol #TAM

Questão de altitude

20/04/2020
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Dirigentes da Latam, Azul e Gol foram ao Olimpo: nos últimos dias, têm conversado diretamente com Paulo Guedes para acertar a ajuda do BNDES às companhias aéreas. Entre as empresas, a sensação é de que o presidente do banco, Gustavo Montezano, tem boa vontade, mas manda pouco.

#Azul #BNDES #Gol #Latam #Paulo Guedes

Os dividendos voaram

7/04/2020
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Os acionistas da Azul, que esfregaram os dedos com o lucro de R$ 1,2 bilhão da empresa em 2019, vão ficar na saudade. Diante dos graves efeitos da pandemia da Covid-19 sobre o setor de aviação, a companhia decidiu não distribuir dividendos. É hora de acumular gordura para o longo inverno da economia. Consultada, a Azul confirma a medida.

#Azul #Covid-19

“Pane seca” na aviação civil

1/04/2020
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Azul e Gol procuraram a BR e a Shell para negociar um corte profundo nos contratos de fornecimento de combustível. Ressalte-se que o número de voos semanais autorizados pela Anac para o período de 28 de março a 30 de abril equivale a 10% do movimento normal da aviação civil no país. Procurada, a Gol informou que “vem estudando soluções com o objetivo de equilibrar e equalizar compromissos”. Azul, BR e Shell não se pronunciaram.

#Azul #BR Distribuidora #Gol #Shell

Nem tudo Azul em Viracopos

14/01/2020
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A Azul, de David Neeleman, pressiona a Anac por uma rápida solução sobre a devolução ou não à União da concessão de Viracopos. Mais do que os atuais operadores do negócio – Triunfo e UTC – a companhia aérea é quem mais tem a perder com uma eventual crise de continuidade do aeroporto de Campinas. Mais de 60% das operações da Azul estão concentradas em Viracopos. Ouvida pelo RR, a companhia disse que “acompanha, junto à Anac, o processo de recuperação judicial da Viracopos Brasil e ressalta que o aeroporto segue operacional, sem impactos à sua rotina de voos”.

#Azul #David Neeleman

As tempestades de Neeleman

12/07/2019
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David Neeleman enfrenta turbulências dos dois lados do Atlântico. No Brasil, a Azul pulou fora do atribulado leilão da Avianca; em Portugal o governo, sócio de Neeleman na TAP, tem questionado duramente a política de remuneração da companhia. As autoridades deverão vetar novos pagamentos de bônus a executivos da empresa ao longo deste ano. Em maio, a TAP desembolsou 1,2 milhão de euros em bonificações a 180 funcionários em cargos de gerência e direção. A decisão desencadeou fortes críticas à gestão da TAP, leia-se o CEO Antonoaldo Neves, ex-presidente da própria Azul. Ao se referir a Neeleman, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, falou em “quebra de confiança” na relação com o sócio privado. Não é pelo 1,2 milhão de euros, cifra que está longe de ser uma fortuna. Ocorre que a remuneração extra aos executivos soa como um elogio ao fracasso. No ano passado, a TAP teve um prejuízo de 118 milhões de euros.

#Avianca #Azul #David Neeleman #TAP

O pouso da Azul

13/03/2019
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O RR apurou que a Azul vai sacramentar até amanhã o pagamento de US$ 40 milhões à Avianca. Trata-se do valor máximo acertado com German Efromovich como adiantamento pela compra dos ativos da companhia. Procurada, a Azul nega o pagamento. Está feito o registro. No entanto, de acordo com a fonte do RR, os últimos detalhes do acordo foram pactuados ontem à tarde.

#Avianca #Azul

Acervo RR

Remake?

18/02/2019
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A joint venture entre os Correios e a Azul na área de transporte de cargas é vista com descrédito na própria estatal. Ainda está fresca na memória de executivos da empresa a parceria similar fechada com a Rio Linhas Aéreas em 2014. Na ocasião, os Correios compraram 49,99% da companhia aérea, mas o negócio sequer saiu do chão, entre outra razões devido a irregularidades apontadas pelo TCU.

#Azul #Correios

Azul e United cobiçam Avianca em fatias

21/01/2019
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A Azul e a United Airlines estão conversando para destrinchar a Avianca e dividirem entre si os pedaços da companhia aérea. Há pouco mais de seis semanas as duas aerolíneas se reuniram em Nova York com os donos da Avianca, José Efromovich e German Efromovich. O encontro teve a tutela da United.

A ideia original da Azul, de David Neeleman, era ficar com a operação brasileira da Avianca por inteiro. A companhia norte-americana ajudaria a costurar a colcha de retalhos aéreos, aportando recursos na Avianca Colômbia, por meio de um fundo que já detém ações da empresa. Àquela altura, a aerolínea dos Efromovich ainda não tinha entrado em recuperação judicial, o que ocorreu em dezembro passado. De lá para cá, a situação piorou drasticamente.

Na quinta-feira passada, a Anac chegou a cancelar o registro de dez aeronaves Airbus A320, o equivalente a 20% da frota da Avianca. No dia seguinte, a medida foi suspensa depois que a companhia aérea fechou um acordo com a GE Capital Aviation Services, empresa de leasing proprietária dos aviões. Ainda assim, a companhia dos Efromovich corre o risco de perder outras aeronaves. A Avianca já está tendo que reacomodar seus passageiros em voos de outras empresas aéreas. David Neeleman, dono da Azul, trabalha para ficar com os slots da Avianca Brasil. É o que interessa. O resto, deixa quebrar…

#Avianca #Azul #United Airlines

Neeleman não acerta o relógio em Portugal

18/12/2018
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Se, no Brasil, David Neeleman desponta, por meio da Azul, como candidato à compra da Avianca, do outro lado do Atlântico o empresário vive um momento conturbado. A TAP, de sua propriedade, tem sido alvo de duras críticas do governo, entidades da área de turismo e passageiros pelo crescente índice de atrasos de seus voos. Em setembro apenas 51% das decolagens da companhia saíram no horário previsto – o índice médio de pontualidade da aviação civil no mundo gira em torno de 80%. No mesmo mês, a TAP ocupou a vexatória posição de 186º lugar em um ranking de 198 empresas aéreas em relação ao cumprimento dos horários. A falta de compromisso com o relógio tem custado caro a Neeleman e ao próprio governo de Portugal, sócio da companhia. No ano passado, os gastos da TAP decorrentes de atrasos em seus voos cresceram 40 milhões de euros.

#Azul #David Neeleman #TAP

Perda de altitude?

7/11/2018
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O acordo de code share entre a Azul e a Beijing Airlines estaria na corda bamba. A parceria perdeu muito do seu sentido estratégico depois que a chinesa HNA, dona da companhia aérea, se desfez da sua participação na empresa brasileira. Procurada, a Azul diz “desconhecer a informação”.

#Azul #Beijing Airlines

Primeira classe

22/10/2018
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A gestora norte-americana BlackRock vem comprando gradativamente ações da Azul. Já estaria perto dos 5%.

#Azul

Acervo RR

Upgrade

16/07/2018
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A United, dona de 8,3% da Azul, se movimenta para ficar com um dos dois assentos no Conselho da companhia que pertenciam à chinesa HNA Group. Com isso, passaria a ter dois representantes sentados ao lado de David Neeleman no board. A outra vaga deve ficar com o BlackRock, que comprou parte das ações vendidas pelos asiáticos.

#Azul #David Neeleman #HNA Group

Upgrade

16/07/2018
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A United, dona de 8,3% da Azul, se movimenta para ficar com um dos dois assentos no Conselho da companhia que pertenciam à chinesa HNA Group. Com isso, passaria a ter dois representantes sentados ao lado de David Neeleman no board. A outra vaga deve ficar com o BlackRock, que comprou parte das ações vendidas pelos asiáticos.

#Azul #David Neeleman #HNA Group

Bilhete de volta

9/02/2018
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Pressionada por uma dívida de US$ 100 bilhões, a chinesa HNA Group estaria prestes a desembarcar do capital da Azul. Não seria o primeiro revés no Brasil. Recentemente, o grupo chegou a negociar a compra do consórcio RioGaleão, mas não teve autorização do governo chinês.

#Azul #HNA Group

Neeleman põe Azul e TAP em rota de aproximação

26/01/2018
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O dia 31 de janeiro promete ser uma data fulcral para os negócios de David Neeleman além-mar e – quem sabe? – também no Brasil. Está prevista para a próxima quarta-feira a assembleia de acionistas da TAP que vai referendar ou não o nome do ex- CEO da Azul Antonoaldo Neves como substituto de Fernando Pinto no comando da companhia portuguesa. Neves não é a única carta de Neeleman sobre a mesa. Na assembleia, o empresário espera emplacar também outro ex-dirigente da Azul, Raffael Guaritá Quintas, na diretoria financeira da TAP.

O sincronismo da dupla nomeação tem inflado as especulações na mídia portuguesa. Neeleman tem manejado o manche, tanto de um lado quanto de outro, para promover sucessivas aproximações entre as duas companhias. O quão perto a Azul chegará da TAP? Em Portugal, já se fala que o empresário está preparando o terreno para uma possível fusão entre ambas, que levaria a bordo a chinesa HNA Group, sua parceira na recente aquisição de uma fatia da francesa Aigle Azur. Consultada pelo RR, a Azul não quis falar sobre o assunto. Qualquer que seja o plano de voo traçado por David Neeleman para a TAP, ele passa obrigatoriamente pelas mudanças de peças na direção da empresa.

Este é um movimento da maior relevância, sobretudo pelas tensões que cercam o relacionamento entre Neeleman e seu sócio compulsório, o governo português. A nomeação de Antonoaldo Neves é uma manobra do empresário para reforçar seu poder na gestão da TAP, arranhado depois que o Estado aumentou sua participação acionária e passou a ter 50% da empresa. Neeleman já tem o apoio do empresário Humberto Pedrosa, com quem divide o consórcio Atlantic Gateway, dono de 45% da TAP. Busca também a anuência de minoritários para emplacar seu executivo na presidência.

Conforme o RR antecipou em 3 de novembro de 2017, já há algum tempo Neeleman trabalha para ejetar o brasileiro Fernando Pinto do comando da TAP. O executivo que tirou a companhia aérea da bancarrota é tratado como um mito pelos funcionários. Neeleman, no entanto, o enxerga como um distintivo da “velha TAP”, um gestor excessivamente identificado com os tempos de estatal e, pior, um defensor dos interesses do governo português dentro da companhia. A nomeação de um executivo da sua estrita confiança, como é o caso de Antonoaldo Alves, dará ao empresário um poder na administração que ele ainda não experimentou desde que comprou a TAP, em 2015.

#Azul #David Neeleman #TAP

Fidelidade à prova

15/01/2018
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A Azul pretende retomar o projeto de abertura de capital do Todo Azul, seu programa de milhagem, a partir de março. As estimativas de captação giram em torno de R$ 1 bilhão.

#Azul

Tudo Azul, mas nem tanto

23/10/2017
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A ordem na Azul é postergar os planos de abertura de capital do Tudo Azul, o plano de fidelidade da companhia aérea. Pelo menos até que o processo de divórcio de David Neeleman, fundador da empresa, esteja concluído. A separação já lhe custou um punhadinho de ações da própria Azul.

#Azul #David Neeleman

Chegadas e partidas

15/09/2017
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O IPO do programa de milhagem da Azul, o Tudo Azul, enfim vai decolar. A operação estaria guardada no hangar por conta de uma questão na fronteira entre o pessoal e o corporativo: o divórcio e consequente partilha dos bens de David Neeleman.

#Azul #David Neeleman

Airbus ganha altitude na Azul

30/08/2017
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A Azul até receberá 50 aeronaves da Embraer a partir de 2019. Mas o darling do momento na companhia de David Neeleman é o A320neo, da Airbus. A aeronave de 174 lugares que está substituindo gradativamente os jatos de 118 passageiros da fabricante brasileira tem permitido uma redução do custo operacional de 29% por assento – número confirmado pela Azul. Por essas e outras, mesmo com a nova encomenda, a Embraer tem perdido espaço na frota da companhia aérea.

#Azul #Embraer

Domínio total

4/08/2017
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O HNA Group, sócio do Galeão, tem interesse na concessão de Viracopos, que está sendo devolvida pela Triunfo e pela UTC. Ressalte-se que o grupo chinês é sócio da Azul, que tem seu hub operacional justamente no aeroporto de Campinas.

#Azul #Grupo Triunfo #HNA Group #UTC

Neeleman reavalia plano de voo após virar copiloto na TAP

3/07/2017
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A investida de David Neeleman, dono da Azul, na terrinha sofreu um looping, que até mesmo coloca em dúvida sua permanência na TAP. Segundo uma fonte próxima ao empresário, Neeleman já cogita vender sua participação na companhia aérea após os acontecimentos da última semana, quando o governo português, na prática, reestatizou a empresa. Operação selada na quinta-feira passada deu ao Estado 50% do capital da TAP.

O Atlantic Gateway, consórcio de investidores privados liderado por Neeleman, passou a ter 45%, contra 61% do formato anterior. Consultado pelo RR sobre a decisão do governo português, as circunstâncias em que ela se deu e o seu futuro na TAP, o empresário não quis se manifestar. Em declarações à mídia portuguesa, David Neeleman usou um tom conciliador em relação à mudança societária: falou de alinhamento de interesses com o governo e mencionou planos de expansão da TAP. No entanto, a própria imprensa local trata o episódio como algo nebuloso. Neeleman e seu principal sócio, Humberto Pedrosa, teriam sido pressionados pelo governo socialista do primeiro-ministro António Costa a aceitar a redução da sua fatia societária.

A mídia portuguesa levanta ainda insinuações por conta dos protagonistas deste enredo. A operação teria sido costurada por um personagem notório na vida pública local: o advogado Diogo Lacerda Machado, habitualmente tratado pela imprensa portuguesa de “melhor amigo” e “negociador sombra” de António Costa. Segundo os jornais de Lisboa, foram exatas 14 reuniões com os acionistas e administradores da TAP até que a nova configuração societária estivesse formatada. Lacerda Machado participou de todas. Foi também nomeado para o board da companhia aérea. Não menos controversa foi a indicação de Miguel Frasquilho como chairman. Frasquilho foi diretor do Banco Espírito Santo até quatro meses antes da sua quebra.

David Neeleman oficializou a compra da companhia portuguesa em novembro de 2015. Naquele mesmo mês, no entanto, António Costa assumiu o cargo de primeiro-ministro e elegeu a TAP como uma questão prioritária do seu governo. Neeleman passou a ter dificuldades em tocar a gestão da empresa, que se somou a uma relação turbulenta com o órgão regulador local e a ANA (administradora dos principais aeroportos portugueses) – ver RR edição de 17 de fevereiro. Não conseguiu impor sua agenda de contenção de custos, redução de ativos e, sobretudo, corte de pessoal – medidas, especialmente esta última, muito contestadas pelo governo de António Costa.

#Azul #David Neeleman #TAP

Céu de brigadeiro

16/05/2017
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A estimativa da Azul, segundo o RR apurou, é que o IPO do seu programa de fidelidade alcance a cifra de R$ 4 bilhões. Trata-se do dobro do valor arrecadada com a recente oferta da própria companhia aérea.

#Azul

O mundo é Azul

12/04/2017
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A Azul começa a gastar o que amealhou no IPO, concluído ontem. Já encomendou sete Airbus A320/330.

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Ao adiar o IPO da Azul por três dias, a CVM acabou, involuntariamente, dando um gás à operação. A oferta ocorreu no dia em que o governo anunciou a plena abertura do setor ao capital estrangeiro. Resultado: a ação estreou com alta de 8%.

#Azul #CVM

Azul só no nome

16/03/2017
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David Neeleman pensa com os seus botões se é mesmo o melhor momento para abrir o capital da Azul. A companhia voltou a dar prejuízo nos dois primeiros meses de 2017. No ano passado, perdeu R$ 126 milhões.

#Azul #David Neeleman

Neeleman é um comandante de mãos atadas na TAP

23/02/2017
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Se, do lado de cá do Atlântico, David Neeleman voa em céu de brigadeiro com o iminente IPO da Azul, em Portugal o empresário enfrenta fortes turbulências. A crescente interferência do governo português na gestão da TAP tem inviabilizado propostas apresentadas por Neeleman para cortar custos e debelar os seguidos prejuízos da companhia. Não se trata exclusivamente de uma questão além-mar. A operação brasileira da empresa é parte central do problema.

Neeleman considera vital uma drástica redução da estrutura da TAP no Brasil, notadamente na área de manutenção. No entanto, enfrenta a resistência do governo socialista do primeiro-ministro Antonio Costa, contrário a qualquer medida que passe por demissões em maior escala – principalmente se Neeleman quiser adotar o receituário em Portugal. A divisão de reparos no Brasil é um dos maiores sorvedouros de recursos da TAP, uma herança maldita que remete à finada Varig – em 2005, os portugueses compraram a Varig Engenharia e Manutenção (VEM).

São cinco hangares em Porto Alegre e um no Rio de Janeiro. A unidade brasileira fechou 2016 com perdas superiores a 60 milhões de euros. Segundo a mídia portuguesa, os prejuízos acumulados pela antiga VEM entre 2010 e 2015 chegaram a 289 milhões de euros.

David Neeleman nunca se iludiu: sempre soube que, na prática, a TAP não havia sido efetivamente privatizada. Mas a ingerência do governo português cresceu consideravelmente com a ascensão ao poder do socialista Antonio Costa, apenas três meses após o leilão da companhia aérea. Uma de suas primeiras medidas foi refazer o acordo de acionistas, aumentando a participação do Estado português de 39% para 50%. Neeleman e seu sócio português, o empresário Humberto Pedrosa, do Grupo Barraqueiros, têm hoje 45%. Devem chegar aos mesmos 50% com a aquisição de ações em poder dos empregados. A batalha aérea promete.

#Azul #David Neeleman #TAP

O incômodo é Azul

12/12/2016
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A decisão da Gávea Investimentos de deixar o capital da Azul trouxe a reboque um ponto de interrogação. Na companhia aérea há fortes dúvidas quanto à disposição do chinês HNA Group de exercer sua opção de compra sobre a participação da gestora de recursos, que será ofertada a todos os demais acionistas. Com a operação, a fatia dos asiáticos no capital da Azul saltaria de 23% para quase 40%. Só que tudo em preferenciais.

É muita ação para pouco poder. Não foi bem para isso que o HNA aterrissou na Azul. Em grande parte, o HNA Group entrou no negócio atraído pela promessa de um IPO da Azul no Novo Mercado, o que abriria caminho para a conversão de todas as preferenciais em ordinárias. A operação, no entanto, jamais decolou. Tem sido sucessivamente adiada, para todos os efeitos por conta das condições adversas do mercado.

Mesmo tendo apenas 8% do capital total, David Neeleman segue com o maior bolo das ONs: 67%. Os chineses tinham ainda a expectativa de que o governo soltaria as amarras da participação estrangeira no setor. No entanto, o tempo passou e o teto de 20% das ordinárias permanece intocável.

#Azul #Gávea Investimentos #HNA

Neeleman transforma a TAP em trincheira

29/11/2016
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Bastaram poucos meses como acionista da TAP para David Neeleman mandar a diplomacia pelos ares e se indispor com o governo português e a francesa Vinci Airports, concessionária do aeroporto de Lisboa. O empresário, dono também da Azul, tem jogado sobre os ombros das autoridades locais e da operadora aeroportuária a culpa por atrasos no plano de expansão da companhia aérea. Ele alega que a TAP não consegue abrir mais duas rotas para os Estados Unidos e outras seis dentro da Europa por falta de espaço no aeroporto de Lisboa e pela má vontade da Vinci em resolver o problema. Hoje, a TAP mantém 25 voos semanais para cidades norte-americanas. Neeleman afirma que este número poderia chegar a 70, mas, para isso, é preciso que “Portugal seja mais eficiente”.

A relação se esgarçou ainda mais depois que Neeleman começou a usar a imprensa para desferir seus ataques. No início deste mês, em entrevista ao jornal português Expresso, chegou a dizer com todas as letras que “Somos todos uns idiotas. Não fazemos mais pelo turismo porque não temos espaço no aeroporto”, numa indireta mais do que direta às autoridades e à Vinci.

Para atravessar ainda mais o fado, David Neeleman resolveu levantar uma bandeira polêmica. Como forma de pressionar a Vinci, tem defendido a transformação da base militar de Montijo, do outro lado do Rio Tejo, em um aeroporto civil. Trata-se de um empreendimento que costuma causar urticária na maioria da população portuguesa. Os estudos para o projeto começaram no governo do então primeiro-ministro José Sócrates, envolvido em uma série de denúncias de corrupção.

• Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: TAP.

 

#Azul #TAP #Vinci Airports

Hangar da Azul

26/10/2016
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 A Azul planeja repassar mais dez aeronaves para a TAP no início de 2017. A companhia portuguesa tem se mostrado de grande valia para o despejo de custos operacionais da empresa brasileira. No primeiro trimestre deste ano, a Azul transferiu 17 aviões para o lado de lado de lá do Atlântico – fato confirmado ao RR pela própria companhia. Sobre o novo repasse, a empresa disse “não confirmar a informação”.

#Azul #TAP

Pouso forçado

26/09/2016
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 Pressionada pelos seguidos prejuízos (mais de R$ 700 milhões em perdas no ano passado), a Azul pretende ajustar o acordo firmado com a Airbus. Das 53 aeronaves previstas inicialmente, a companhia deverá manter a encomenda de 40 delas. Diante das projeções pouco otimistas para o setor, já está de bom tamanho. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Azul.

#Airbus #Azul

Acervo RR

Carona

13/05/2016
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 O grupo chinês HNA vai do céu ao asfalto. Sócio da Azul , estaria se negociando sua associação à operação brasileira do Uber. Consultado, o Uber nega a operação. A conferir.   Por falar em Uber, o aplicativo deverá ganhar um concorrente de peso. A chinesa Didi Kuaidi, com valor de mercado de US$ 25 bilhões, vai desembarcar no país para oferecer o seu sistema de caronas pagas.

#Azul #Didi Kuaidi #HNA #Uber

TAP portenha

5/05/2016
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 O empresário David Neeleman, dono da Azul, tem dito que é candidatíssimo à compra da Aerolíneas Argentinas se o governo de Mauricio Macri levar adiante o projeto de privatização da companhia. Procurada pelo RR, a Azul não comentou o assunto.

#Aerolíneas Argentinas #Azul #David Neeleman #Mauricio Macri

Azul ganha sotaque português em reestruturação societária

24/03/2016
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 David Neeleman vai tirar o passaporte da União Europeia para a Azul. O primeiro movimento é empurrar a companhia aérea para dentro da compra da TAP , conforme antecipou o RR de 29/07/15. A operação já está sendo finalizada. O próximo passo para “europeizar” a Azul seria a criação de uma holding portuguesa, que juntaria no mesmo bagageiro a TAP e teria ações negociadas na Bolsa de Lisboa. O controle econômico da nova empresa seria do consórcio Atlantic Gateway, que comprou a TAP e detém 80% do capital econômico da companhia aérea. Participam do consórcio o grupo chinês HNA, o empresário lusitano Humberto Pedrosa, a Azul e David Neeleman. Os direitos políticos (voto) da holding, entretanto, serão compartilhados com o governo português. A “europeização” está em sintonia com o Código Brasileiro de Aeronáutica, que estabelece em 49% o limite de participação estrangeira no capital de companhias aéreas no país. Procurada, a Azul nega a mudança societária.  Segundo o RR apurou, a holding de Neeleman e do governo português teria justamente esse percentual no capital da Azul (49%), ficando na espreita para a liberação de participação estrangeira em 100% do capital acionário. Para isso, está prevista a opção de compra pela holding de novos lotes de ações na Azul. Nos planos de Neeleman, o projeto caminhará para uma fusão das companhias com uma futura unificação das marcas. A medida trará imediatos ganhos financeiros e operacionais, com o compartilhamento da gestão das duas empresas e a redução do “risco fronteira” da Azul. Parte da frota da companhia aérea brasileira já foi transferida para a TAP. A dupla luso-brasileira já fechou um acordo de code share. Trata-se apenas de uma aperitivo frente ao que está por vir.

#Atlantic Gateway #Azul #HNA #TAP

Sombra no radar

17/02/2016
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  A Triunfo e a francesa Egis, concessionárias do Aeroporto de Viracopos, têm uma sombra em seu radar. David Neeleman, sócio da Azul, vêm pressionando duramente o consórcio para reduzir os custos de uso do terminal. Estaria, inclusive, ameaçando rever a condição do aeroporto como hub da sua empresa. A companhia aérea nega e diz que tem “forte parceria” com o terminal. Faltou combinar com o consórcio. O próprio aeroporto de Viracopos confirmou que a Azul e outras companhias “possuem esta demanda para reduzir custos, tendo em vista as apertadas margens com que operam”.

#Azul #David Neeleman #Grupo Triunfo

Pista aberta

27/11/2015
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 A entrada da chinesa HNA na Azul abriu a porteira. As demais companhias esperam que o governo libere o aumento do capital estrangeiro no setor até meados do ano que vem.

#Azul #HNA

Looping

29/10/2015
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 David Neeleman já admite intramuros que será preciso negociar com o governo de Portugal a acordada injeção de 800 milhões de euros na TAP. A liquidez secou em todas as fontes: no BNDES o dinheiro está curto, o IPO da Azul na BM&F Bovespa melou e a alternativa de emissão de ADRs em Nova York está pinando antes de decolar. A saída está em intrincadíssimas engenharias financeiras.

#Azul #BM&F Bovespa #BNDES #David Neeleman #TAP

Tal lá como cá

9/09/2015
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 A prioridade nº 1 de David Neeleman é concluir a capitalização de 338 milhões de euros na TAP e alongar o pesado passivo da companhia, superior a um bilhão de euros. Logo atrás, coladinha, vem a renegociação dos passivos de curto prazo da Azul, na casa dos R$ 300 milhões.

#Azul #David Neeleman #TAP

Só Neeleman enxerga a TAP em céu Azul

29/07/2015
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 A pressa com que David Neeleman expandiu seus negócios de aviação tem deixado um rastro de dúvidas na Azul. A maior oposição vem da Texas Pacific Group (TPG), que lidera um grupo de minoritários disposto a questionar o projeto de Neeleman de usar a Azul para capitalizar a TAP, comprada por ele no mês passado e com dívida de um bilhão de euros. O principal acionista da companhia aérea brasileira tem uma proposta pronta para que a Azul se torne sócia do consórcio Gateway, novo controlador da voadora portuguesa. Se depender de Neeleman, a Azul será uma das maiores sócias da TAP. A operação tem não somente o apoio como o incentivo explícito da United, que tem 5% da Azul. O grupo norte-americano enxerga na operação o caminho mais rápido para a internacionalização da empresa brasileira, que passaria a ter uma operação própria na Europa. Difícil será convencer o TPG, que enxerga mais dúvidas do que certezas na operação, em função dos números ruins da TAP. A Azul teria que necessariamente se capitalizar. Pelos cálculos do fundo, a brincadeira não sairia por menos de R$ 1,5 bilhão. David Neeleman tenta convencer os sócios com a ideia de atrair o BNDES para o financiamento, já que seria a terceira aérea brasileira a ter presença forte no exterior. Terá que gastar muita lábia, pois o banco tem estado arredio a operações de tão grande risco.

#Azul #BNDES #David Neeleman #TAP #TPG

Usucapião

15/06/2015
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 O presidente da TAP, Fernando Pinto, comunicou ao governo português que só fica no cargo até a transferência efetiva do controle para a Azul. Na companhia brasileira, no entanto, a impressão é de que o executivo está apenas fazendo charme, a  espera de um convite de David Neeleman para seguir na mesma cadeira onde está há 15 anos.

#Azul #David Neeleman #TAP

David vs. German

26/05/2015
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 David Neeleman e German Efromovich travam uma disputa cada vez mais acirrada. Além do duelo pela TAP, a Azul vai ampliar o número de voos para capitais latino-americanas, a começar por Bogotá e La Paz. Trata-se de uma região onde a Avianca, do boliviano Efromovich, tem expressiva atuação. Oficialmente, a Azul desconversa e garante que, no momento, sua prioridade é aumentar os voos para os Estados Unidos.

#Avianca #Azul #David Neeleman

Gol daria um bom reclame comercial para a Azul

6/03/2014
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 David Neeleman, que adora uma moda, bem poderia pegar uma carona na ideia da Air France de comprar – sabe-se lá para que – 1,5% do capital da Gol. Marqueteiro que só ele, Neeleman poderia adquirir, por exemplo, 0,0999 ação da companhia pelo valor de R$ 999 mil. Mas para que essa prova dos nove? Ora, para publicizar o cabalístico preço de R$ 999, alardeado pela Azul como o teto para suas tarifas durante a Copa do Mundo. Fica a sugestão. Quem sabe, assim, o público esquece que a promoção da companhia é fake, já que o valor propagandeado corresponde apenas a uma perna da viagem. A outra perna? Tomara que não seja a da rasteira no consumidor.  A Gol, por sua vez, pode prosseguir na operação de capitalização no modelo caça-níquel, constituindo uma espécie de cédula pignoratícia de empresas aéreas, onde grandes grupos do setor vão depositar um dinheirinho no cofrinho em troca de um pedacinho. Não se trata de caçoar a companhia, pois a maioria democrática também constrói fortunas. Com umas 500 empresas de aviação como sócias e picotando o capital, quem sabe a Gol consegue decolar.

#Azul #David Neeleman #Gol

Tarifa oculta

7/02/2014
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 O dono da Azul, David Neeleman, embaralha os números e ninguém vê. A tarifa máxima de R$ 999 anunciada para a Copa do Mundo revela só uma perna do percurso. O que Neeleman não falou é que a passagem de ida e volta vai custar R$ 2 mil, arredondando uns centavinhos. Ontem, nos sites das demais companhias aéreas, quase todas ofertavam preços de ida e volta abaixo da “pechincha” de Neeleman. Diferentemente do título do filme “O azul é a cor mais quente”, nas asas do empresário azul é a cor do engodo.

#Azul #David Neeleman

Azul

5/02/2014
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O empresário David Neeleman já cogita abrir mão da “super” ação preferencial prevista no novo estatuto da Azul. É o preço a ser pago para destravar a abertura de capital e garantir a entrada de novos sócios na empresa. No fim do ano passado, a CVM negou o pedido de registro de companhia aberta da Azul por conta da “platinum share” proposta por Neeleman, que teria um peso 75 vezes maior do que qualquer outra ação da empresa. Procurada, a Azul disse apenas que “está acompanhando o mercado de capitais para determinar o melhor momento para a oferta pública de ações”, mas não se pronunciou quanto a  super ação preferencial.

#Azul #David Neeleman

Pouso forçado

6/09/2013
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David Neeleman, dono da Azul, teria voltado a bater na porta do BNDES em busca de apoio para a compra da TAP. Mais uma vez, encontrou o sinal vermelho. Procurada, a Azul nega o interesse na TAP. Já o banco não quis se pronunciar.

#Azul #BNDES #David Neeleman #TAP

Chama o síndico

2/07/2013
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 O presidente da Azul, David Neeleman, que anda cercando a TAP e a Jet Blue (a ordem dos fatores não é relevante), não quer saber do fado “Ai, Mouraria” nem do standard americano “Blue Velvet”. Vai receber os passageiros da sua aerolinha com “Azul da cor do Mar”, de Tim Maria. É sério! Vai ser essa mesmo a trilha sonora.

#Azul #David Neeleman #TAP

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