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Tarpon quer reduzir posição na Serena. A questão é quando

30/01/2025
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A Tarpon Investimentos tem planos de reduzir ainda mais sua participação no capital da Serena, a antiga Ômega Energia. O problema é o timing. Em abril do ano passado, quando diminuiu sua fatia acionária de 32% para 19%, a gestora vendeu papéis a R$ 9. De lá para cá, a ação caiu 30% – hoje é negociada na B3 na faixa de R$ 6,30. A expectativa da Tarpon é que a cotação reaja com o anúncio dos resultados da Serena de 2024 – no mercado, há quem fale em um Ebitda superior a R$ 2 bilhões, pouco acima, portanto, ao guidance divulgado pela empresa, de R$ 1,9 bilhão. Trata-se de um efeito da política adotada pela companhia de reduzir o ritmo de investimentos com o objetivo de gerar caixa e aumentar a remuneração dos investidores.

#Capital #Energia elétrica #Tarpon Investimentos

Acionista da Estácio ergue uma barricada contra a Kroton

15/06/2016
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 O empresário Chaim Zaher resolveu partir para o contra-ataque e tentar barrar a operação de fusão da Estácio com a Kroton . Zaher já deixou claro para os fundos Oppenheimer , Coronation, Capital e BlackRock – sócios dos dois grupos educacionais e artífices da transação – ser contrário ao acordo e que, no limite, deixará o capital da Estácio se houver a junção sem o pagamento de um prêmio sobre o valor da ação. Mas esse é, digamos, o detalhe técnico do processo. Zaher identifica no movimento uma tentativa nada sutil do quarteto de tirá-lo da condição de segundo maior acionista da universidade carioca, atrás apenas do Oppenheimer, para transformá-lo em um nanico no capital da gigante criada a partir da eventual fusão. Na nova condição, teria pouco ou nenhuma influência na gestão do grupo e passaria a ser novamente refém do estilo financista de governar dos fundos, mais preocupados com a tabuada dos números do balanço do que os resultados dentro da sala de aula.  A movimentação dos fundos ocorre pouco depois da eleição do conselho de administração, realizada há 45 dias, que deu a Zaher influência direta sobre os rumos da Estácio. O acordo selado com os fundos para a troca de conselheiros permitiu que fosse encerrado o reinado do desafeto Eduardo Alcalay como chairman – ver RR de 26 de junho. Em contrapartida, o empresário teve de engolir um batráquio com a confirmação de Rogério Melzi, ligado aos fundos, como CEO da empresa. Apesar de ter menos força no capital da Estácio se comparado ao quarteto – dono de 40% do capital, contra apenas 13% de Zaher –, o empresário carrega suas cartas na manga.  Além de poder jogar sozinho a fusão nos tribunais, a partir do questionamento dos interesses cruzados dos fundos, que estão na Estácio e na Kroton, o empresário tem grande chance de barrar a proposta da Kroton no Conselho da Estácio. Zaher detém quase metade dos assentos, fora a influência sobre outros conselheiros. Nesse caso, a proponente seria obrigada a partir para um incerto take over. O capital da Estácio é pulverizado, com 85% das ações em circulação na Bolsa. Para ter sucesso na oferta hostil, Oppenheimer, Coronation, Capital e BlackRock precisam conquistar o apoio de 10% dos minoritários. Juntando com o que têm, conseguiriam assim chegar a 51% de aprovação à fusão entre a Kroton e a Estácio.

#BlackRock #Capital #Coronation #Educação #Estácio #Kroton #Oppenheimer

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