Tag: Natura

Mercado

Natura prepara lançamento de green bonds

8/04/2024
  • Share

A Natura vai voltar ao palco das captações internacionais. A empresa prepara uma emissão de títulos atrelados a metas de sustentabilidade. No mais recente lançamento de green bonds, em 2021, a companhia amealhou US$ 1 bilhão. Após uma profunda reestruturação, que incluiu a venda da The Body Shop e da Aesop, a ida ao mercado será um bom teste para a Natura e – por que não dizer? – para a gestão de Fabio Barbosa, CEO da empresa. Procurada, a companhia não quis se manifestar.

 

#captações internacionais #Green bonds #Natura #Sustentabilidade

Empresa

A reestruturação da Natura ainda não acabou

5/02/2024
  • Share

A firme disposição de Fabio Barbosa, CEO da Natura, de manter a Avon International já não é tão firme assim. A decisão de trazer o centro de P&D da Avon dos Estados Unidos para o Brasil é interpretada dentro da própria companhia como um forte indício de que Barbosa voltou atrás e já considera se desfazer da subsidiária. Ao menos das operações pouco rentáveis, em países do Oriente Médio e da África.

#Avon International #Natura

Empresa

O futuro da Natura está no seu passado

23/11/2023
  • Share

Após concluir o longo processo de venda da Aesop e a The Body Shop, a Natura vai se dedicar agora a ajustes na sua operação doméstica. Segundo informações apuradas pelo RR, uma das medidas será a redução do número de lojas próprias no Brasil. A ideia é gradativamente transferir uma expressiva parcela dos 105 pontos de venda operados pela companhia para terceiros, por meio de franquias. É uma volta no tempo. Trata-se de um movimento para fortalecer a boa e velha figura das consultoras de venda, que, de porta em porta, fizeram a Natura ser o que é. Atualmente, cerca de 700 lojas franqueadas já pertencem a antigas promotoras de venda. É o que o CEO da empresa, Fabio Barbosa, chama de “back to basics”, ou seja, concentrar a operação comercial nas mãos das consultoras. O próprio Barbosa tem dito internamente que a Natura não sabe fazer varejo. Consultada pelo RR, a Natura não se manifestou.

#Fabio Barbosa #Natura #The Body Shop

Empresa

O tempo de Fabio Barbosa na Natura

3/11/2023
  • Share

O que se diz nos corredores da Natura é que Fabio Barbosa deixará o cargo de CEO e voltará ao Conselho de Administração após a venda da The Body Shop e da Avon Internacional. Retornaria ao Natura board com os louros – e algumas farpas – por ter comandado uma das maiores reestruturações empresariais na história recente do país. Consultada, a Natura não se pronunciou.

#Avon #Natura #The Body Shop

Negócios

Morgan Stanley faz jornada dupla na Natura

11/10/2023
  • Share

A contratação do Morgan Stanley pela Natura não se restringe à venda da The Body Shop. O banco norte-americano também deverá assessorar a empresa na reestruturação da Avon. Por reestruturação, entenda-se a negociação de ativos ou mesmo o encerramento das atividades em mercados deficitários. A princípio, o que se diz nos corredores da companhia é que a direção da Natura quer manter apenas as operações na América Latina. Uma das ideias discutidas, segundo o RR apurou, é cindir a divisão e empacotar ativos da Avon por região, especialmente Europa e Ásia, em uma tentativa de facilitar a negociação.

#Morgan Stanley #Natura #The Body Shop

Empresa

Natura tem Plano B para a venda da The Body Shop

8/09/2023
  • Share

A Natura trabalha com diferentes cenários para a venda da The Body Shop (TBS). Segundo o RR apurou, a companhia avalia a possibilidade de fatiar a operação da marca de cosméticos inglesa, com a alienação de ativos por região. Seria uma alternativa às dificuldades já esperada pela Natura para se desfazer em bloco de uma empresa com resultados tão díspares em diferentes mercados, como é o caso da TBS.

Essa venda em pedaços seria puxada pelos negócios da The Body Shop no Leste Europeu, China e, sobretudo, Reino Unido. Este último é um dos maiores problemas da empresa. A marca de cosméticos tem acumulado seguidos prejuízos na região por conta da má performance do sistema de vendas diretas – o At Home.

Em pouco mais de dois anos, a receita proveniente desse modelo teria recuado mais de 60%. A Natura estuda, inclusive, extinguir o AT Home antes mesmo da venda da operação, em uma tentativa de valorizar o ativo. Procurada, a empresa não se manifestou

#Natura #The Body Shop

Mercado

BlackRock avança no capital da Natura

28/06/2023
  • Share

Corre no mercado que, nas duas últimas semanas, o BlackRock voltou a disparar expressivas ordens de compra de ações da Natura. Ao longo de 2022, a gestora norte-americana já havia aumentado sua participação de algo em torno de 3% para 5% do capital. A nova investida chama a atenção por se dar após a fabricante de cosméticos vender a marca australiana Aesop para a L’Oréal por US$ 2,5 bilhões. No setor, há uma forte expectativa de que a companhia se desfaça também de operações da Avon International. O BlackRock, ao que parece, aposta suas fichas na reestruturação da Natura que vem sendo conduzida pelo executivo Fábio Barbosa. 

#BlackRock #Natura

Destaque

Natura corta operações da Avon International

8/05/2023
  • Share

Após se desfazer da australiana Aesop, vendida para a L´Oréal, a Natura parte agora para a reestruturação da Avon International, braço que reúne os negócios da marca em 38 países na Europa, África e Ásia. O corte na carne vai ser profundo. Segundo o RR apurou, a Avon International vai ser retalhada, com o encerramento das atividades em diversos mercados deficitários, notadamente na África e no Leste Europeu. Rússia e Ucrânia vão puxar a fila. Na esteira da guerra, o faturamento da Avon nos dois países caiu mais de 30% no ano passado. As operações na Romênia, Bulgária e Moldávia também estão na linha de tiro. A tendência é que, ao fim da reorganização, a Avon International esteja reduzida a menos da metade dos países em que atua hoje. E, em alguns casos, sem operação própria, mas somente por meio de franquias. Consultada, a Natura não se manifestou. 

Ao contrário dos negócios da marca na América Latina, a Avon International tem sido sinônimo de perdas recorrentes. Em 2022, a receita combinada caiu 23% em relação ao ano anterior. O negócio tem queimado o caixa da Natura seguidamente. A divisão fechou o ano passado com Ebitda negativo de R$ 74 milhões. No entanto, quando se olha especificamente para o quarto trimestre, o estrago foi bem maior: um Ebitda de R$ 223 milhões negativos. Segundo o RR apurou, a direção da Natura, à frente o CEO, Fabio Barbosa, chegou a avaliar a venda integral da operação. A proposta, no entanto, teria sido engavetada em razão da resistência do Conselho de Administração, onde estão aninhados os três controladores da empresa – Pedro Passos, Guilherme Leal e Antonio Luiz Seabra.   

#Avon International #L´Oréal #Natura

Negócios

Natura pretende se desfazer integralmente da Aesop

6/03/2023
  • Share

O RR apurou que a Natura tem mantido negociações para a venda de 100% da Aesop, e não apenas de uma participação minoritária, como era o plano inicial. A opção pela saída integral se deve, sobretudo, ao impacto que a operação poderá ter sobre o balanço do grupo. A Aesop está avaliada em cerca de US$ 2 bilhões. Caso esse valor seja alcançado, a venda da marca de cosméticos australiana vai praticamente zerar a alavancagem da Natura. Hoje a relação dívida líquida Ebitda é de 2,3 vezes – no início de 2022, esse múltiplo era de apenas 1,4. 

#Natura

Negócios

O que a BlackRock está enxergando na Natura?

16/01/2023
  • Share

O BlackRock, uma das maiores gestoras do mundo, com mais de US$ 10 trilhões em ativos, tem feito seguidas aquisições de ações da Natura em bolsa. O movimento dos norte-americanos vem alimentando um burburinho de que a fabricante de cosméticos estaria perto de anunciar a venda de parte da controlada Aesop. 

#BlackRock #Natura

Negócios

Natura avança na cisão e IPO da Aesop

24/11/2022
  • Share

Segundo o RR apurou há pouco, a proposta de spinoff da Aesop com a posterior abertura de capital da empresa começa a ganhar força na Natura. De acordo com a mesma fonte, a emissão de ações seria feita na Bolsa de Nova York, com uma oferta de até 30% do capital. Estudos iniciais apontam que a companhia poderia captar algo entre R$ 3 bilhões e R$ 3,5 bilhões com o IPO da marca de cosméticos de origem australiana, comprada em 2013. Ou seja: para efeito de valuation, 100% da Aesop estariam precificados em uma faixa entre R$ 9,9 bilhões e R$ 11,5 bilhões. Significa dizer que a subsidiária responde por mais de metade do atual valor de mercado da Natura (R$ 17 bilhões), depreciado pelos fracos resultados dos últimos meses – no intervalo de um ano, a queda acumulada do papel chega a 57%. Consultada pelo RR, a Natura não se manifestou. 

A cisão e o IPO da Aesop seriam o ponto de partida para uma reestruturação ainda mais profunda da Natura. Fabio Barbosa, que assumiu a presidência do grupo, em junho, em um momento delicado, e sua equipe estudam também soluções para a Avon. As hipóteses sobre a mesa incluem o encerramento das atividades em países como Rússia, Ucrânia e África do Sul, operações vinculadas à Avon International, conforme o RR antecipou

#Aesop #Avon International #Natura

Fundo ESG

28/09/2022
  • Share

Em meio à profunda reestruturação conduzida por Fabio Barbosa, a Natura estuda uma nova emissão de títulos verdes. Em 2021, a empresa captou cerca de US$ 1 bilhão em papéis vinculados a metas ESG. Na ocasião, a demanda foi quatro vezes maior.

#ESG #Natura

Natura busca a beleza perdida na operação da Avon

22/08/2022
  • Share

A Natura cansou de maquiar a realidade. Fabio Barbosa assumiu a presidência da companhia com carta branca para fazer uma profunda reestruturação na Avon International, considerada a operação mais problemática do grupo. Por reestruturação entenda-se cortar na própria carne. Segundo o RR apurou, Barbosa estuda encerrar as atividades da Avon na Rússia e na Ucrânia. O conflito entre os dois países piorou o que já era ruim, achatando ainda mais os resultados obtidos nesses mercados. Mas a “guerra” da Natura é mais ampla e abrange outros países.

A companhia avalia também deixar a África do Sul e as Filipinas. São regiões onde a operação da Avon não cumpriu seus dois maiores objetivos: aumentar suas próprias vendas e abrir espaço para o avanço da marca Natura. Consultada, a companhia não se pronunciou. A Avon – maior investimento da história da Natura – é um negócio bipolar. O desempenho na América Latina, uma divisão à parte, é positivo.

Já a Avon International, um “condomínio” de 38 países, é uma peça que até agora não se encaixou nos demais negócios do grupo. No Leste Europeu, África e Ásia, a operação é sinônimo de dificuldades logísticas, perda de espaço para marcas concorrentes e resultados declinantes. A chegada de Fabio Barbosa, de certa forma, é produto dessa crise. A má performance da Avon International foi determinante para o afastamento de Roberto Marques, seu antecessor. Na companhia, sobram críticas de que Marques concentrou poder, centralizou decisões que deveriam ser tomadas por executivos nos respectivos países e não conseguiu estancar a perda de rentabilidade da divisão. No ano passado, a Avon International teve um aumento de receita de apenas 2,5%, o menor entre todas as áreas da Natura. Some-se a isso uma queda de 13,5% no Ebitda, único recuo entre as subsidiárias do grupo. Neste ano, a situação se agravou: no primeiro semestre, o faturamento da Avon International caiu 24% em comparação ao mesmo período em 2021.

#Avon International #Natura

Rumo à China

1/08/2022
  • Share

A Natura, enfim, vai tirar um velho projeto da gaveta. Segundo o RR apurou, a empresa abrirá, até o fim do ano, a sua primeira loja na China. Mas ainda não será dessa vez que a marca brasileira aparecerá no varejo chinês. A empresa usará a fabricante de cosméticos australiana Aesop, sua controlada, mais conhecida no mercado asiático.

#Natura

Com um pé fora da Natura

25/07/2022
  • Share

O que se diz nos corredores da Natura é que Roberto Marques deverá deixar o Conselho da empresa antes do prazo programado, ou seja, dezembro. Sua situação tornou-se constrangedora, para se dizer o mínimo. Substituído por Fabio Barbosa no posto de CEO, Marques é apontado como responsável pela queda dos resultados e pela perda de R$ 20 bilhões em valor de  mercado da Natura nos últimos 12 meses.

#Natura

Operação Ásia

9/02/2022
  • Share

A Natura prepara um plano de expansão na Ásia. A meta é chegar a 100 lojas na região até o fim do ano – hoje são 80. A companhia pretende ainda que o mercado asiático responda por 15% do seu faturamento global em até dois anos – no momento, essa fatia gira em torno dos 11%.

#Natura

Regra de três

12/11/2021
  • Share

Não é preciso que se faça nenhuma eleição. O presidente da Natura, Pedro Passos, já ganhou o título de principal articulador entre os empresários contra a eleição de Jair Bolsonaro ou Lula.

#Jair Bolsonaro #Lula #Natura

Os pais adotivos da Amazônia

24/02/2021
  • Share

O nome da Natura circula no Ministério do Meio Ambiente como uma das próximas empresas a aderir ao “Adote um Parque”. Trata-se do programa criado pelo governo para o patrocínio privado a áreas de preservação ambiental da Amazônia. O Carrefour foi a primeira companhia a se engajar na iniciativa. Os franceses vão investir cerca de R$ 4 milhões ao ano.

#Ministério do Meio Ambiente #Natura

Teste da carne

25/01/2021
  • Share

Depois de Natura e Klabin, a Minerva Foods também estuda uma emissão de bônus sustentáveis. Será um teste de fogo para uma empresa sobre a qual, volta e meia, pairam acusações de compra de gado em áreas de desmatamento.

#Klabin #Minerva Foods #Natura

Natura capta

4/01/2021
  • Share

O RR apurou que a Natura prepara uma emissão de bônus vinculados a metas de sustentabilidade. O Boticário captou R$ 1 bilhão em títulos sustentáveis.

#Boticário #Natura

Sinal de alerta

9/10/2020
  • Share

Os próprios bancos que assessoram a Natura – entre os quais Itaú e Bank of America – estão apreensivos com a demanda pela nova oferta de capital da empresa, no valor de até R$ 6,2 bilhões. As primeiras conversas com potenciais investidores não teriam sido das mais animadoras. Em tempo: desde que a operação foi anunciada, no último dia 2, a ação da Natura só opera em baixa: a queda acumulada está em 5%. Tomara que o mercado mude de direção porque a Natura é um baita negócio.

#Bank Of America #Itaú #Natura

Natura nos trending topics

30/07/2020
  • Share

O primeiro objetivo já foi alcançado: segundo o RR apurou, em apenas dois dias, a polêmica em torno da campanha do Dia dos Pais da Natura, protagonizada por Thammy Gretchen, multiplicou por quatro a exposição da empresa nas redes sociais.

#Natura

Beleza australiana

9/07/2020
  • Share

Mesmo com a crise do coronavírus, a Natura não puxa o freio: planeja abrir ao longo de 2021 três lojas da marca de cosméticos australiana Aesop, sua controlada, na China.

#Natura

Contra a corrente

26/03/2020
  • Share

A Natura vai tentar furar a onda da crise: planeja levar a marca The Body Shop, comprada da L ´Oreal em 2017, para cinco novos países neste ano.

#Natura

Apetite redobrado

22/01/2020
  • Share

A Natura estaria em negociações avançadas para a compra da linha de dermocosméticos da GlaxoSmithKline (GSK) no Brasil. A operação é estimada em US$ 250 milhões. Seria mais uma demonstração de fôlego financeiro da empresa de Pedro Passos e cia. A Natura ainda digere a aquisição mundial da Avon, por US$ 3,7 bilhões.

#Natura

O mundo bonito de Natura e Boticário

12/12/2019
  • Share

A disputa pelo mercado de cosméticos chegou ao Conar. A Natura entrou com uma reclamação para tirar do ar a nova campanha publicitária do Boticário, que usa como frase “O mundo mais bonito com…”. A empresa de Pedro Passos, Guilherme Leal e Luiz Seabra acusa a concorrente de plágio deslavado. A Natura tem como slogan “O mundo é mais bonito com você”.

#Boticário #Conar #Natura

Adeus à velha Avon?

21/06/2019
  • Share

A Natura, que comprou o controle global da Avon, vai investir pesado na operação de e-commerce da empresa. O alvo prioritário será a venda de linhas de produtos mais caras. Má notícia para as “Avonetes”, o exército de vendedoras da Avon.

#Avon #Natura

Comum de dois

3/06/2019
  • Share

O nº 1 da Avon no Brasil, José Vicente Marino, deverá comandar o processo de incorporação da empresa à Natura. É o homem talhado para a missão. Marino foi vice-presidente da companhia brasileira por sete anos.

#Avon #Natura

Maquiagem borrada

16/10/2018
  • Share

O disse me disse em torno de uma eventual investida para a aquisição da Avon não tem feito bem à pele e ao bolso dos acionistas da Natura. No intervalo de quatro meses, a empresa já perdeu quase 20% do seu valor de mercado.

#Avon #Natura

Natura reduz seu mapa

24/07/2018
  • Share

A Natura está reavaliando seus negócios internacionais, notadamente na América do Sul. Um dos candidatos ao cadafalso é a operação no Peru. Em vez de prosseguir com uma custosa estrutura própria, a empresa poderá recorrer a uma parceria com um distribuidor local, a exemplo do que já faz na Bolívia.

#Natura

Receituário contra a “africanização” da indústria

15/02/2018
  • Share

O empresário Pedro Passos, um dos fundadores da Natura, é um espécime raro entre seus pares. Dedica tempo e energia à busca de soluções para reverter o desmonte da indústria  nacional e acelerar a retomada do crescimento econômico. Na edição especial de 20 anos da revista Insight-Inteligência – lançada pela Insight Comunicação neste mês e distribuída a um mailing fechado – Passos contribui com valiosa mescla de proposições. A boa notícia: sim, há cura para a “africanização” da indústria brasileira. Para isso, Passos divide seu receituário em três frentes: reformas e políticas gerais; abertura e política de comércio exterior; e iniciativas industriais e de inovação.

Na primeira parte, estão as sapatas da edificação. O empresário elenca premissas fundamentais para a reorganização da economia. Cita como vital “superar a baixa qualidade da educação, base para o avanço tecno- lógico, modernização e incremento da produtividade”. Ainda no quesito das reformas e políticas gerais, Pedro Passos prega a manutenção da queda dos juros a patamares próximos aos padrões internacionais. Para o empresário, trata-se de um fator determinante para a revitalização do mercado de capitais brasileiro, seja como fonte de financiamento alternativa ao BNDES e demais agências de governo, seja como forma de aguçar o apetite do investidor pelo risco. Com relação ao segundo item – abertura e política de comércio exterior –, Pedro Passos olha para o mundo por uma grande angular. Defende a conclusão dos acordos comerciais com a União Europeia e o México, além de uma aproximação maior com Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Canadá.

Chama a atenção também para a importância do Brasil estreitar seus laços com países continentais do Pacífico, como Chile, Colômbia e Peru. Paralelamente, propõe a criação de uma única autoridade de comércio exterior, subordinada diretamente à Presidência da República. Seria uma forma de centralizar e simplificar a formulação e a execução de políticas de comércio exterior, hoje dispersas em múltiplas agências espalhadas por diversos ministérios – Apex/Ministério das Relações Exteriores; Camex/ Ministério da Indústria e Comércio; BNDES/Ministério do Planejamento. O empresário recomenda também uma revisão das estruturas tarifárias, as “mais obsoletas do mundo”. Menciona o estudo “How Lowering Trade Barriers Can Revive Global Productivity and Growth”, do FMI, segundo o qual uma redução de 1% das tarifas sobre insumos incrementa a produtividade total em cerca de 2%.

Pedro Passos confere especial atenção às iniciativas industriais e de inovação, que completa o tripé de seu paper. Nesse ponto, logo na partida, faz coro ao saudoso professor Antônio Barros de Castro, que há mais de uma década já chamava a atenção para a necessidade de descarte de alguns setores da indústria inexoravelmente engolidos pelo tempo. Passos afirma que o Brasil precisa “selecionar atividades com maior dinamismo tecnológico, tendo em conta as possibilidades de projeção global”. Mesmo porque, neste processo darwiniano, “não há recursos para amparar a sobrevivência de setores e empresas”. Pedro Passos alerta que se “avizinha uma nova revolução industrial baseada em ciência e tecnologia (Indústria 4.0 ou Manufatura Avançada)”.

Com base em estudo da OCDE, Passos discorre sobre uma série de decisões estratégicas e iniciativas que o Brasil terá de seguir para não perder mais este bonde da história: foco na melhoria das condições estruturais para que as empresas inovadoras operem em condições favoráveis; apoio aos vínculos e cooperação entre empresas, universidades e indivíduos; suporte governamental concentrado mais nos estágios iniciais das pesquisas tecnológicas; apoio ao empreendedorismo de base tecnológica – “facilitar o acesso ao financiamento das startups é uma ação recomendada”; e ampliação das conexões externas e da participação em cadeias globais, como forma de estreitas os vínculos internacionais e acompanhar os fluxos de tecnologia mundial.

#Natura #Pedro Passos

Natura deixa mercado em alerta

20/11/2017
  • Share

A disparada das ações da Natura nos últimos dias – apenas no pregão de quinta-feira passada, o papel subiu mais de 10% – tem causado um frisson no mercado. Há uma expectativa de que a empresa anuncie em breve um plano para
acelerar a redução de seu passivo. O índice de alavancagem da companhia furou o teto com a compra da rede de lojas The Body Shop, uma operação avaliada em um bilhão de euros. Em setembro, a relação dívida líquida/Ebitda chegou a 3,5 vezes – um ano antes esse índice era de apenas 1,47. Em junho, o vice-presidente de Finanças da Natura, José RobertoLettieri, chegou a dizer que o nível de alavancagem só voltaria ao patamar anterior em quatro anos. A declaração causou náuseas entre os investidores: no dia, a ação da companhia caiu 11%.

#Natura

Natura e Marina Silva já não dividem a mesma rede

30/10/2017
  • Share

A relação entre Marina Silva e o empresário Guilherme Leal seu companheiro de chapa em 2010, está se esgarçando. Segundo fonte próxima a Leal, há um gradual distanciamento entre ambos. Diferentemente dos últimos dois pleitos, o fundador da Natura não pretende se engajar na campanha de Marina à Presidência da República. O afastamento é atribuído ao temperamento cada vez mais difícil da candidata e, sobretudo, a sua postura quase asséptica em relação à grave crise política.

Leal acha que a figura de Marina está se esmaecendo. O dono da Natura é hoje um homem ressabiado com os traiçoeiros labirintos da política. No ano passado, foi acusado pelo empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, de ter pedido contribuição, por fora, para a campanha de Marina à Presidência em 2010.

O empresário nega o fato com toda a veemência, mas a ditadura do Google não perdoa ninguém: há mais de 45 mil menções que associam o nome de Guilherme Leal ao termo “Caixa 2”, boa parte deles com citação também à própria Natura. Caso Guilherme Leal se afaste de sua campanha, Marina Silva perderá um de seus dois pilares junto ao empresariado. O outro é Neca Setubal, herdeira do Itaú e talvez maior avalista do nome de Marina junto à burguesia.

Por sinal, a postura do fundador da Natura já se reflete no RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), do qual a própria Neca é vice-presidente. O grupo criado e comandado por Leal já não mais orbita em torno de Marina e do seu partido – o quase homônimo Rede Sustentabilidade. Para todos os efeitos, o RAPS quer se consolidar como um think tank pluripartidário – um de seus propósitos é eleger parlamentares de diferentes siglas para formar uma espécie de “bancada da sustentabilidade”.

#Guilherme Leal #Itaú #Marina Silva #Natura

Natura espalha o verde pelas capitais

24/07/2017
  • Share

A Natura é inovação pura. O laboratório de bolações sustentáveis da empresa estaria idealizando um projeto que vai dar o que falar: a adoção de parques urbanos para transformação das áreas em ambiente seguros, com cultura ambientalista e abertos a esporte e lazer. Algo assim como os “parques temáticos Natura”. O projeto seria compartilhado com o Banco do Brasil e o Sebrae. A grande novidade, contudo, é o convite de um grande clube de futebol local como parceiro. As quadras de futebol do Rio, por exemplo, teriam a assinatura do Flamengo. As de São Paulo seriam assinadas pelo Corinthians. E assim por diante. A ideia parece boa demais para ser verdade. Procurado, o Sebrae disse “não ter informações” sobre o assunto. O Flamengo, por sua vez, afirmou que “não há nenhuma negociação com a Natura”. A empresa, o Corinthians e o BB não se pronunciaram.

#Banco do Brasil #Flamengo #Natura #Sebrae

Corrimão

14/06/2017
  • Share

Há um personagem ainda não revelado na compra da The Body Shop pela Natura. A fabricante de cosméticos teria contado com a escolta financeira da Lazard Asset Management para bancar a oferta de um bilhão de euros pela rede de lojas inglesa. Em tempo: a gestora norte-americana é minoritária da Natura. Consultada sobre o apoio da Lazard, a empresa não comentou o assunto.

#Lazard #Natura

As “naturetes” já não são mais as mesmas

29/03/2017
  • Share

As vendas diretas estão perdendo fôlego na Natura. No ano passado, a produção das consultoras da companhia recuou 8,8% – a título ilustrativo, a maior queda desde a abertura de capital, em 2004. Para este ano, estimativas da própria empresa apontam para uma redução na casa dos dois dígitos. A responsável pela “canibalização” é a própria Natura, que tem apostado suas fichas nas novas lojas físicas e, sobretudo, em sua plataforma digital.

#Natura

Natura quer menos vendedoras e mais internet

16/02/2017
  • Share

A expectativa no mercado é que a Natura aproveite a divulgação de resultados, no próximo dia 23, não apenas para formalizar o projeto de expansão de lojas físicas, mas também para anunciar também um substancial plano de investimentos na área de e-commerce. O mote seria atrelar cada vez os procedimentos e rotinas das consultoras de venda ao site e ao aplicativo da empresa. A estratégia, claro, tem sua dose de crueldade, nessa inexorável batalha entre a tecnologia e o emprego – de vendedor já conhecido.

O objetivo é atrair um número cada vez maior de consumidoras diretamente para sua plataforma online, sem a necessidade de intervenção das consultoras. É o mesmo conceito das lojas físicas, mas com um potencial de escala maior e custos operacionais consideravelmente menores. Procurada, a Natura não quis se pronunciar.

Dizer que as “Naturetes” formam uma espécie em extinção é um superlativo exagero. Trata-se de um imprescindível exército de dois milhões de consultoras que respondem por aproximadamente 93% do faturamento da Natura. Mas é nítido o empenho da empresa em reduzir a dependência das promotoras – e, aos poucos, diminuir o número de representantes. A meta é aumentar a fatia dos demais canais de venda dos atuais 7% para 12% em três anos. Há, inclusive, simulações neste sentido sendo feitas no exterior. A França é uma cobaia de luxo: a Natura extinguiu sua equipe de vendas diretas no país – formada por apenas mil consultoras – para concentrar a comercialização dos produtos em lojas físicas e na internet.

#e-commerce #Natura

Na pele

18/11/2016
  • Share

• Em tempos de crise no mercado interno, os hermanos estão salvando a pele da Natura. Nos cálculos da empresa, os países da América Latina deverão responder por 40% da sua receita até 2018. Hoje, essa participação é de 30%.

#Natura

A hora e a vez de Temer ser picado pela saúva

25/08/2016
  • Share

 O presidente interino, Michel Temer, já sabia o texto inteiro da missa. Mas, quando rezado de viva voz, no latim do empresariado, o impacto da burocratização nacional é ainda mais desolador. Desde sempre, o setor empresarial é refém do Estado, que, por sua vez, é refém das corporações, que se nutrem das dificuldades que elas próprias criam. Essa simbiose, contudo, está piorando cada vez mais. O mau corporativismo tem ganhado todas as pelejas disputadas. Ele está na raiz da baixa produtividade do país. É um canibal do Estado. Representa um coeficiente da inflação renitente. É a zika da ineficiência produtiva. Os potentados empresariais Carlos Alberto Sicupira, Jorge Gerdau, Luiz Carlos Trabuco e Pedro Moreira Salles, entre outros, fizeram para Michel Temer uma apresentação de como essa saúva tem corroído o Brasil.  Os casos são bastante minuciosos e impactantes. O presidente do Conselho Administrativo do Itaú-Unibanco, Pedro Moreira Salles, colaborou na exposição detalhada dos péssimos exemplos com a menção à insanidade tributária do país, que está menos no tamanho da carga do que na esquizofrenia de mudanças frenéticas dos gravames. Segundo Moreira Salles, o banco tem de estar preparado para dar conta de uma modificação na legislação de impostos a cada duas horas, em média. Esse número tem sido crescente.  O empresário Carlos Alberto (Beto) Sicupira, quarto homem mais rico do Brasil, segundo o ranking da Forbes, e um dos controladores da Ambev, informou que a companhia cervejeira tem de gerar 23 mil processos por lata ou garrafa produzida no mercado brasileiro, somente em função da mixórdia criada pela legislação do ICMS. A Ambev opera em todos os 27 estados e nos quase 5,5 mil municípios do Brasil. Nos Estados Unidos, ela também atua de ponta a ponta no território norte-americano, mas precisa gerar somente 1.300 processos por lata ou garrafa. E isto levando em consideração todos os impostos que são cobrados, e não apenas um único.  O presidente da Natura , Pedro Passos, reclamou do fluxo de processos trabalhistas, um montante superior a quatro milhões por ano. Um dado bastante estarrecedor: o fluxo se altera pouco. Ao contrário do que seria recomendável, a legislação vai se tornando mais nebulosa com o passar do tempo. E todo ano são pedidas na Justiça a criação de mais e mais Varas do Trabalho. Pedro Passos deu outro exemplo nada edificante: a fabricante de produtos de beleza gasta R$ 15 milhões por ano somente para manter sua máquina de atendimento da burocracia funcionando. Os números são grandiloquentes e bastante atualizados, mas, à primeira leitura, a sensação é de um grande déjà vu.  Consta que o presidente interino ouviu atentamente, franziu o cenho, pousou a mão sobre os joelhos e com um olhar grave fez aquilo que se esperava dele. Temer pediu sugestões dos empresários para resolver os problemas e uma maior interação junto ao governo federal para uma colaboração conjunta. Por ora, é só. Mas o filme parece muito antigo.

#Ambev #Itaú #Michel Temer #Natura

Maia serve um aperitivo do parlamentarismo branco

12/08/2016
  • Share

 Os principais empresários do país experimentaram as delícias de um semi-parlamentarismo, na última quarta-feira, em Brasília. O Instituto Talento, híbrido de centro de pesquisas e núcleo de articulação política dos dirigentes do setor privado, conduziu sua caravana para uma reunião histórica entre a nata do empresariado e o novo estamento pós-PT. As reuniões com Henrique Meirelles, na parte da manhã, e Michel Temer, à tarde, foram fartamente noticiadas. Pouco se falou, contudo, da reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, esta, sim, a grande surpresa do dia. Antes de colocar tintas mais vivas no episódio, é bom situar quem estava presente na comitiva do Instituto Talento, em ordem decrescente por vulcanização dos neurônios – avaliação por conta e risco do RR: Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Beto Sicupira (Ambev), Pedro Moreira Salles (Itaú -Unibanco), Pedro Passos (Natura), Carlos Jereissati (Jereissati Participações), Vicente Falconi (Consultoria Falconi) Josué Gomes da Silva (Coteminas), Edson Bueno (Dasa) e Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau). O empresário José Roberto Ermírio de Moraes deveria estar presente, mas, por motivos de agenda, deixou ficar para outra oportunidade. Sim, porque deverão ocorrer outros encontros, inclusive para evitar que este inicial se caracterize como um espasmo tão somente.  A primeira das novidades foi a transferência da reunião formal que estava prevista com Rodrigo Maia, na sala da presidência da Câmara dos Deputados, para um almoço descontraído em sua residência oficial. O que estava por vir seria ainda mais surpreendente. Maia recebeu os presentes ao lado do deputado Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro dos Esportes de Dilma Rousseff. Exatos dois minutos após as mesuras de praxe, adentrou ao gramado o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), uma das vozes mais aguerridas contra a presidente que vai ser julgada pelo Senado Federal, mas também envolvido em caso de propina. O desfile dos líderes seguiu embalado e com intervalos curtos de chegada: André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara; Heráclito Fortes (PSB-PI); Weverton Rocha (PDT-MA); Rubem Bueno (PPS-PR); e, pasmem, Vicente Cândido (PT-SP). O líder do PT na Câmara é assim e assado com Luiz Inácio Lula da Silva. Os empresários interpretaram sua presença no evento como uma representação do próprio Lula. Mas Maia foi quem deitou e rolou.  Jorge Gerdau, o mais escolado nas práticas de Brasília, disse em bom tom que nunca viu um presidente da Câmara dos Deputados que tivesse convidado todas as lideranças partidárias para uma reunião com empresários – algumas só faltaram porque o convite foi feito de véspera. “No máximo, chamavam uma ou duas”. Não houve conversa de pé de ouvido. Todos sem exceção fizeram uma breve exposição. Os empresários foram convocados a se fazer mais presentes em debate de mérito. Estes, por sua vez, anunciaram que entendem não ser possível reduzir a carga tributária nesse cenário e defendem a preservação das políticas sociais como premissa no ajuste fiscal. O ponto mais alto: os líderes se comprometeram a apoiar todos os projetos voltados a suspender a recessão que assola o país. Depois do almoço, a sensação dos presentes era que o clima seco de Brasília tornou-se arejado, civilizadíssimo. Pelo menos por um dia. Não entrou em pauta a tão almejada revogação de direitos constitucionais em prol da eficiência e da produtividade empresarial. O resultado já estava de bom tamanho.

#Ambev #Bradesco #Consultoria Falconi #Coteminas #Dasa #Gerdau #Itaú #Jereissati Participações #Natura

Um natural avanço no varejo

27/06/2016
  • Share

 Maior referência da venda direta no Brasil, a Natura avança na montagem de uma estrutura comercial física. Além da recém-anunciada instalação de “vending machines” em estações de trem e metrô, a companhia pretende acelerar a abertura de lojas próprias em shopping centers. Ainda neste ano, deverá desembarcar no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte. Realmente, as “Naturetes” não são mais as mesmas.

#Natura

“Venda indireta”

4/11/2015
  • Share

 Qualquer dia desses uma “Naturete” indignada vai bater na porta de Roberto Lima e lhe falar poucas e boas. O presidente da Natura praticamente virou as costas às mais de 1,3 milhão de vendedoras da empresa. Só quer saber de investir na abertura de lojas físicas e no comércio eletrônico. E quem vai dizer que ele está errado? A receita da Natura com o velho modelo de venda direta cai a quatro trimestres seguidos.

#Natura

Beleza roubada

13/10/2015
  • Share

Até o momento, Roberto Lima tem falhado em uma de suas maiores missões na presidência da Natura: recuperar o market share na área de cosméticos. Neste ano, a empresa deverá aparecer pela primeira vez em mais de uma década com uma participação inferior a 30%. A queda acumulada nos últimos cinco anos chega a cinco pontos percentuais.

#Natura

O empresariado engajado no autoengano de Dilma

31/08/2015
  • Share

A disposição de Dilma Rousseff em criar um núcleo duro empresarial no seu governo, com forte participação em uma futura reforma ministerial, está esbarrando na diversidade dos interesses e ideias da categoria. O apoio do empresariado foi apresentado à presidente como uma terceira via para lidar com a borrasca perfeita do seu governo: base aliada dividida, Congresso hostil, crash de popularidade, corrupção, ministério fisiológico, inflação, recessão etc. A ideia de trazer a burguesia para compor a regência é um chiclete mastigado. Lula defende um diálogo maior com o setor privado desde a formação do ministério do segundo mandato. O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tem bons amigos entre os empresários, é entusiasta antigo dessa aproximação e adepto da criação de um conselho consultivo de dirigentes do setor privado – a presidente ouve falar em conselheiros e quer logo pegar em uma pistola. Na última vez, mirou o alvo e assassinou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Joaquim Levy veio bater na mesma tecla de atração do empresariado. A estratégia caiu na boca do povo, e ministros como Armando Monteiro e Nelson Barbosa, além dos “aliados” Michel Temer e Renan Calheiros, correram para os braços dos empresários. Os interesses nesses jantares, almoços e reuniões variam do oportunismo mais rastaquera até nobres tentativas de apoio. Em comum, o fato de que todos batem cabeça. Os empresários não têm “uma agenda para o desenvolvimento”, até porque, “agendas” – enfatize-se o plural – é o que não falta. Não há nada nesse empresariado que lembre os Srs. Augusto Trajano de Azevedo Antunes, Gastão Bueno Vidigal, Antonio Gallotti, Walther Moreira Salles, Amador Aguiar, Cândido Guinle de Paula Machado e… Roberto Marinho. Uma elite orgânica, conservadora modernizante, frequentadora entre si, empreendedora, com um projeto permanente de conquista do Estado e ciosa de previsibilidade. O atual rating dos endinheirados varia conforme as notas sobre a gradação financeira, respeitabilidade, presença na mídia e dependência financeira do governo. Há análises combinatórias. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, tem relacionamentos com o governo, respeitabilidade e porte financeiro. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, respeitabilidade e grana, mas nunca foi bem visto no Planalto. Jorge Gerdau, arroz de festa nas especulações ministeriais, é, no momento, potencial candidato a pedir o auxílio do governo. O presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, já foi aspirante a ministro da Fazenda antes de Joaquim Levy. É identificado como um sincero colaborador. Os dirigentes da Natura, Guilherme Leal e Pedro Passos – este último presidente do IEDI – são anunciados como presentes em todos os encontros, mas nunca participaram de nenhum. E tome de Benjamin Steinbruch, Rubens Ometto, Edson Bueno, Cledorvino Belini, Joesley Batista e tantos e tantos outros. Ressalvas para Paulo Skaf, considerado pelos seus pares o “Guido Mantega do empresariado”. São tantas as diferenças para um único consenso: Dilma é vista por todos como um estorvo. Se a realidade refletir o que é dito pelos empresários à boca pequena, o apoio à presidente não passa de um autoengano de Dilma.

#Benjamin Steinbruch #Bradesco #Dilma Rousseff #Gerdau #IEDI #Itaú #Joaquim Levy #Jorge Gerdau #Lula #Michel Temer #Natura #Paulo Skaf #Renan Calheiros #Roberto Setubal #Rubens Ometto

Todos os direitos reservados 1966-2024.