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Mercado

Mercado já precificou um futuro sem o governo Lula

12/12/2024
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O frisson causado pela segunda cirurgia do presidente Lula confirma a incompetência da comunicação do governo e retira dos generais e acólitos de Jair Bolsonaro a primazia sobre o “gabinete do ódio”. Se os irresponsáveis do Palacio do Planalto tivessem anunciado a previsão de mais uma cirurgia logo após a primeira, a repentina torcida pela abreviação do seu mandato – estimulada, diga-se de passagem – seria dissipada. Imagina-se que os médicos não fariam a divulgação dos procedimentos cirúrgicos no presidente dessa forma esquizofrênica, ou seja, dividida em duas etapas, se não houvesse algo acertado com os comunicólogos do governo. Com relação à nova versão do “gabinete do ódio”, é como se o mercado tivesse feito um take over e um rembranding, simultaneamente. Os generais e acólitos bolsonaristas saíram temporariamente de cena. O mercado, um ectoplasma segundo o jornalista Elio Gaspari, instalou o “gabinete da morbidez”, fazendo das redes e de algumas mídias o espaço para o seu banquete fúnebre. Por volta das 14h, o monitoramento da Internet mostrou uma inundação de notícias sobre o “agravamento” do estado de saúde de Lula e sua associação com a melhoria dos ânimos do mercado. Nenhum pudor, nenhum escrúpulo. O discurso entusiástico se dirigia a uma outra bolha, o tal mercado.

Trata-se de uma questão quase metafísica. Na individualidade dos seus membros, o mercado não é nem bom nem mau. Mas, quando seu credo ideológico, a racionalidade dos lucros crescentes é ameaçada, aí sim, ele pode ser pérfido e cruel. Por volta do mesmo horário já citado acima, criou-se nas redes uma espécie de jogo de apostas em três variáveis “favoráveis” ao ajuste econômico – leia-se fiscal: o prolongamento do martírio de Lula com a ampliação da sua internação hospitalar; a permanência na UTI por um prazo maior e o término antecipado da sua gestão. Adivinhem qual é a opção mais votada… Um destaque para o fato de que a alternativa da recuperação rápida e desejável do presidente não constou dessa loteria funesta. Nietzche diria que tudo isso é demasiadamente humano. O filósofo, se assistisse aos acontecimentos, talvez trocasse o predicado humano, a despeito do subtexto da palavra. Tudo isso, quer seja sobre os disfarces de diagnóstico viciado, torcida mórbida e perversidade enrustida, é demasiadamente desumano. Como bem apontou, com seu habitual tom de pilhéria, a coluna “The Piauí Herald”, da revista Piauí, é capaz do dólar cair a R$ 1 se Lula se submeter a mais cinco cirurgias…

 

 

 

 

#Lula #Ministério da Comunicação


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A mídia não está só no enfrentamento a Bolsonaro

15/06/2020
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Se havia dúvidas de que existe uma insustentabilidade de convivência entre os chefões da mídia e o presidente da República, Jair Bolsonaro, elas estão se dissipando com brevidade. Há uma escalada no nível de agressividade entre as partes. Os veículos do Grupo Folha, Estado de S. Paulo e Globo reagem ao adversário em seus noticiários, contra-atacando o governo.

Os editoriais e os títulos da Folha e do Estadão e a cobertura veemente da Globonews não deixam dúvida em relação à litigância. O pool de veículos de comunicação – exclusos a Record e SBT, aliados e beneficiados por Bolsonaro –, criado em função do descrédito dos números oficiais da pandemia, é mais um exemplo da dificuldade de convivência entre a mídia e o governo. A Globonews promoveu um webinar estimulando uma aliança de oposição – Ciro Gomes, FHC e Marina Silva.

Só faltou os políticos assinarem um acordo de frente ampla durante a transmissão. A imprensa está fazendo, ao mesmo tempo, jornalismo e a luta política. Jair Bolsonaro dá provas recorrentes de que pretende a terra arrasada. A criação do Ministério da Comunicação,  tendo como ministro nomeado o deputado federal Fábio Faria, genro do apresentador e empresário do Grupo SBT, Sílvio Santos, é, no mínimo, uma provocação. O RR aposta que as empresas de mídia não estão isoladas no seu bunker setorial.

Os chefões da comunicação conversam permanentemente entre si. O tema é um só: o que fazer com Bolsonaro? O RR tratou recentemente das articulações das elites – ver edição do último dia 9. Mas não confundam elites com mercado. O mercado não tem vergonha de ser conduzido por um beócio grosseirão. Para as elites, os episódios protagonizados pelo presidente em parcos um ano e alguns meses de gestão enojam. A reunião do dia 22 de abril foi o muro de Berlim. Mais dois anos e pouco, Bolsonaro terá emporcalhado o país. Duvida-se que isso vá sair tão barato para o presidente.

#Globonews #Grupo SBT #Jair Bolsonaro #Ministério da Comunicação

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