Tag: Itaú
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Destaque
Suspeições contra ex-diretores nem sequer arranham credibilidade do Itaú
11/12/2024O Itaú Unibanco entrou em temporada de faxina geral. Todas as áreas passíveis de qualquer vírgula de má prática estão sendo investigadas com lupa. Segundo o RR apurou, a ordem de uma limpeza superlativa veio por intermédio de uma comunicação elegante dos acionistas – as famílias Setubal, Villela e Moreira Salles -, como é do seu estilo. A mais singela manifestação dos controladores costuma ter o efeito de um raio junto à diretoria.
Imagina-se o incômodo que os recém-revelados casos envolvendo os executivos Eduardo Tracanella e Alexsandro Broedel tiveram sobre os acionistas. Poucos banqueiros no país podem ser equiparados aos controladores do Itaú em termos de estirpe e reputação inatacável. De acordo com as informações filtradas junto ao próprio Itaú, no trabalho de higienização interna deve sobrar também para a auditora independente, a PwC, sobre quem ainda respingam as ignomínias contábeis da Americanas.
A julgar pelos fatos recentes, de uso indevido do cartão corporativo para interesses pessoais e de suspeições de pagamentos irregulares, protagonizados, respectivamente, por Tracanella e Broedel, o Itaú se tornou alvo dos seus executivos de proa. Com absoluta certeza, a esmagadora maioria dos integrantes da diretoria do Itaú são profissionais de boa fé. Que se escreva essa afirmação em negrito.
Mas, contabilizado o tempo de serviços prestados ao Itaú, Tracanella, ex-chefe do marketing, e Broedel, ex-diretor financeiro, somavam 39 anos de Itaú. As malfeitorias imputadas a Broedel estariam ocorrendo desde 2019 em parceria com o icônico contador Eliseu Martins. Em tempo: na condição de egressos da CVM, ambos, por via oblíqua, acabariam manchando também a imagem da autarquia, a pretensa “xerife do mercado”, que, entre outras atribuições, existe para coibir procedimentos dessa natureza.
Os recursos que teriam sido tungados são um trocadinho ridículo para o Itaú. O problema maior é de ordem moral. E pretérita. Além da importância de uma comunicação convincente, Tracanella e Broedel tomaram decisões sobre centenas de bilhões nesse tempo todo.
Portanto, é preciso esmiuçar com detalhes o passado. Para o Itaú, melhor será se as investigações inocentarem os dois ex-executivos. Ou seja: melhor um erro de apuração do que um crime cometido bem debaixo de todos os controles.
É importante frisar que o ocorrido em nada macula o Itaú, uma referência bancária de solidez e ética nos negócios. Assim como se deve separar radicalmente o episódio do que aconteceu nas Americanas. Uma coisa não tem nada a ver com outra, ao contrário do que apregoam algumas línguas pérfidas do mercado.
O Itaú imediatamente comunicou o fato aos órgãos competentes e deu transparência ao ocorrido. O próprio banco confirmou em nota que “o desligamento de Eduardo Tracanella foi motivado única e exclusivamente pelo mau uso do cartão de crédito corporativo, sem prejuízo material à instituição”. Por sua vez, na ata da assembleia geral extraordinária do último dia 5 de dezembro a instituição relata que “conforme apurações internas finalizadas em 24 de novembro deste ano, identificou-se que o ex-administrador da Companhia, Sr. Alexsandro Broedel Lopes, agindo em violação às políticas internas e à legislação e à regulamentação aplicável, atuou em grave conflito de interesses, e em benefício próprio, no relacionamento com determinado e específico fornecedor de pareceres da Companhia a ele relacionado.”
Ou seja: uma vez identificadas as supostas irregularidades, o banco cumpriu os procedimentos conforme as exigências mais rigorosas. A lição que fica do episódio e de tantos outros recentes é que talvez esteja na hora de um “Breton Woods da contabilidade”, que permita passar a limpo as práticas de compliance, auditoria, segundas opiniões e políticas de integridade. Chegou-se a um ponto que qualquer deslize mínimo, por efeito sinérgico, fica muito feio.
Empresa
O Itaú Unibanco está completando 100 anos? Assim é se lhe parece
1/10/2024A comemoração de 100 anos do Itaú Unibanco poderia constar como um ato da peça “Così è (se vi pare)”, do dramaturgo Luigi Pirandello. O marco tem muito mais de apelo publicitário do que de rigor histórico. Afinal, quem está completando um século? Dependendo do critério adotado, são diversas as respostas possíveis. O mais coerente seria a valorização da marca Unibanco. Esta, sim, chegou aos 100 anos cravados – a Casa Bancária Moreira Salles, que deu origem ao Unibanco, foi fundada exatamente em 1924. Outro parâmetro seria levar a marca Itaú Unibanco em consideração. Nesse caso, no entanto, ainda vai demorar muito para o banco celebrar seu primeiro século. A fusão, que criou uma nova marca, um novo conglomerado financeiro e uma nova estrutura de capital, foi realizada há apenas 16 anos. Por sinal, essa combinação de nomes – Itaú Unibanco – é a apresentada na campanha publicitária como o brand centenário. Bem, entre as hipóteses existentes, sobra o Itaú isoladamente. O Banco Itaú propriamente dito foi criado em 1944 por José Balbino Siqueira, no então distrito de Itaú, pertencente ao município de Pratápolis (MG). Apenas em 1964, ele seria incorporado pelo Banco Federal de Crédito, por sua vez sucessor do Banco Central de Crédito, fundado por Alfredo Egydio de Souza Aranha em 1943 e considerado o marco zero do Itaú. Ou seja: independentemente do critério utilizado – se vale a data de surgimento do Itaú original ou do Banco Central de Crédito -, o fato é que nenhum deles completa 100 anos em 2024. Em tempo: curiosamente, o nome de Balbino Siqueira não aparece em nenhum dos materiais institucionais ou reportagens sobre o “centenário” do Itaú Unibanco.
Coincidentemente, a participação do empresário Eudoro Villela na construção do Itaú foi ofuscada na celebração. Não é a primeira vez que Villela, o grande capitalista do banco nos seus primórdios, acaba sendo colocado para escanteio. Em outros idos, o eclipse do banqueiro foi interpretado como uma forma de dissociação do Itaú com a ditadura militar. Villela, para quem não se lembra, foi presidente da Associação Nacional de Programação Econômica e Social (ANPES), o equivalente, em São Paulo, ao Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), sediado no Rio de Janeiro. As duas instituições foram importantes think tanks criados com o objetivo de elaborar projetos para a reestruturação do Estado brasileiro durante o governo militar. Em 2014, um episódio, no mínimo, constrangedor vinculou o Itaú a um tempo que o próprio banco gostaria de apagar. Naquele ano, a instituição financeira distribuiu uma agenda que, no dia 31 de março, mencionava a data como o “aniversário da revolução de 1964”. O Itaú teve de recolher o material às pressas. Os herdeiros do banco não tiveram a mesma dignidade dos irmãos Marinho, que publicaram uma carta aberta fazendo mea culpa e admitindo que o apoio ao regime de 64 foi um “erro”.
A falta desses esclarecimentos em nada afeta a competência, o tamanho e a história de sucesso do Itaú, tenha ela começado em 1924, 1943, 1944 ou 2008. Os Setúbal e os Villela construíram um gigante do setor financeiro. Isso é incontestável. O que é um eventual deslize cronológico ou um artifício publicitário comparado à trajetória do banco? Até porque, como escreveu Pirandello, “La verità? Non esiste una sola verità. Ci sono tante verità quante sono le persone.”
Negócios
Eike busca recursos internacionais para adubar projeto da “supercana”
16/09/2024O projeto mirabolante da “supercana” de Eike Batista será levado à frente – se for – basicamente com capital estrangeiro. As pretensões são hiperbólicas, como em tudo que Eike faz ou não faz: a promessa é de uma produtividade de álcool muito maior do que a cana de açúcar (“dá para fazer um mega pró-ácool) e de um bagaço capaz de substituir “100% do plástico do mundo”. A questão é que o próprio Mr. Batista acha que seu crédito é maior lá fora do que aqui dentro. Não poderia ser de outra forma. Todos os grandes bancos perderam dinheiro com as estrepolias do empresário com o petróleo.
O Itaú, que ocupou a liderança entre os maiores ludibriados, sofreu praticamente uma surra financeira. Uma parcela dessa disposição de assumir o risco OGX deveu-se à amizade entre Eike e Cândido Bracher Botelho, o “Candinho”, à época já na pole position para comandar a casa bancária dos Setúbal e Vilella. A amizade com “Candinho”, é claro, foi para as calendas. Por ora, Eike rega dois terrenos ao mesmo tempo: a recuperação da sua imagem pessoal e a venda do projeto da “supercana”. Toda a divulgação está sendo feita com alta intensidade nas redes. O empresário já deu dezenas de entrevistas nos últimos dois meses.
Da equipe de Eike participam seus filhos Thor e Olin. Não que eles sejam do ramo, mas colaboram como palpiteiro das operações do pai. O que é o mesmo que nada, pois Eike repete o mesmo discurso em todas as suas aparições. Mr. Batista pode ser considerado estranho, mas é um exímio vendedor. Fica a torcida para que a tal “supercana” dê certo. Os projetos que Eike emplacou, noves fora o mico do petróleo, foram bons para o Brasil.
Empresa
Itaú também tem a sua “Americanas” no Chile
23/05/2024Investimento
Itaú não merecia que tamanho sucesso fosse tão efêmero
8/05/2024“Dilema de Itaú”: a doação do banco para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul foi única e exclusivamente uma ajuda humanitária ou, em grande parte, uma reação às pressas diante das críticas pelo patrocínio ao show de Madonna no Rio? Pura falta de sorte. Em termos reputacionais, não poderia ter havido um timing menos apropriado para a grande exposição institucional do Itaú. Por uma triste coincidência, o estardalhaço publicitário se deu em meio à tragédia gaúcha. Para piorar: quase que simultaneamente, o banco dos Setúbal anunciou um lucro trimestral de R$ 9,7 bilhões.
As redes sociais, essa trituradora de capital reputacional, não perdoaram e jogaram tudo junto no liquidificador – Madonna, resultado bilionário e a doação ao Rio Grande do Sul -, em uma mistura ácida para a imagem do Itaú. O próprio valor da ajuda aos gaúchos, de R$ 10 milhões, acabou se voltando contra o banco, seja pela comparação ao cachê da cantora, R$ 17 milhões, seja pelo balanço trimestral – a doação correspondeu a 0,1% dos ganhos reportados. É um daqueles raros casos em que o lucro – tangível e intangível – acaba sendo interpretado como prejuízo.
Empresa
Mudanças à vista em joint venture entre Totvs e Itaú
23/04/2024O RR apurou que existem conversas entre Totvs e Itaú para um aporte de capital na Totvs Techfin, fintech controlada meio a meio pela dupla. Na operação, o banco dos Setúbal passaria a ter uma participação maior no negócio. Há cerca de dois anos, o Itaú pagou R$ 1 bilhão por metade do capital. A fintech, especializada em crédito e soluções de pagamento, ainda está longe de entregar os resultados esperados. No ano passado, por exemplo, seu Ebitda caiu quase 50% em relação a 2022. Consultada, a Totvs informou que “não comenta especulações”.
Mercado
Bancos credores pressionam Intercement
22/04/2024A demora em fechar a venda da Intercement está colocando uma espada sobre a cabeça dos dirigentes e acionistas da Mover Participações, a antiga Camargo Corrêa. A companhia já procurou Banco do Brasil e Itaú para renegociar uma nova prorrogação do vencimento de suas debêntures, série com valor total de US$ 584 milhões. A dívida vem sendo rolada seguidamente, mas tudo tem um limite. O novo vencimento está previsto para 8 de maio. O RR apurou que o Itaú vem adotando uma postura menos flexível nas tratativas. O banco dos Setúbal estaria condicionando uma nova extensão à venda da Intercement, com garantias já apresentadas pelo futuro controlador. Mas onde está ele? As negociações tanto com a Votorantim quanto com a CSN prosseguem a passos lentos. Consultado, o Itaú disse que “não comenta casos específicos de clientes”. Já a Intercement não se manifestou.
Mercado
Apesar do resultado superior, valor da marca do Itaú cai o dobro do Bradesco
6/03/2024Os apostadores da valoração das marcas bancárias terão enigmas de sobra para decifrar, a julgar pela edição 2024 do Banking 500 da Brand Finance, disponível na internet desde a manhã de hoje. Há números que chamam a atenção. Em primeiro lugar, as dobradinhas: a marca do Bradesco teve uma queda no seu valor (-2%) menor do que a do Itaú (-4%). É possível inferir que o melhor resultado financeiro comparativo do segundo, e vice-versa, não foi suficiente para reduzir o recall da marca do Bradesco junto ao correntista nacional. Já na outra dobradinha clássica, das duas grandes instituições financeiras estatais, o brand do Banco do Brasil chegou na frente (+11%). A Caixa Econômica ficou a quilômetros de distância (-7%). Essa diferença colossal deixemos para as três bruxas de Macbeth, de Shakespeare, explicarem.
O que já era previsto: o Nubank teve uma megavaloração no seu brand de 30% em relação à edição anterior. O BTG permanece em sua escalada – sua marca valorou 23%. A grande surpresa é o Banco do Nordeste, que cresceu 27% na comparação com 2023. Fica a dica caso o governo Lula dê uma guinada radical e decida privatizar um de seus bancos públicos.
A Brand Finance é uma instituição que mede o valor das marcas bancárias do mundo inteiro. Ressalvadas as enormes diferenças, funciona como as agências de rating ou o Boletim Focus, que faz previsões macroeconômicas todas as semanas. Ambos têm critérios difusos, mas são referência.
Futebol
CBF age para apagar incêndio com patrocinadores
25/01/2024De volta à presidência da CBF, Ednaldo Rodrigues iniciou um “road show” junto aos maiores patrocinadores da entidade, um cast de pesos-pesados que inclui Itaú, Vivo, AmBev e Nike. Nas conversas, tem procurado ressaltar os “feitos” da sua gestão e assegurar que seu retorno ao cargo é definitivo. A prioridade de Rodrigues é aparar arestas com o banco dos Setúbal e a operadora de telefonia, os dois apoiadores mais incomodados em ver suas marcas associadas ao imbróglio jurídico e político da CBF.
Em dezembro, Itaú e Vivo, assim como a Mastercard, enviaram uma carta conjunta à entidade manifestando “profunda insatisfação com o modelo de gestão administrativa e liderança adotada pela confederação”. Na área jurídica da CBF, a missiva foi interpretada como uma possível estratégia das empresas com o objetivo de preparar o terreno para eventuais medidas judiciais mais à frente, em um cenário mais radical incluindo até mesmo a possibilidade de ruptura dos contratos de patrocínio. Consultados, Itaú e Vivo não se manifestaram.
Rodrigues ficou quase um mês afastado do cargo por decisão da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ). Voltou ao comando da CBF no último dia 4 de janeiro, amparado em uma liminar do ministro Gilmar Mendes.
Destaque
Novela da Ricardo Eletro esquenta nos bastidores
22/11/2023A recuperação judicial da Ricardo Eletro tornou-se uma novela, não exibida ao grande público. O script reúne reviravoltas, tensões, intrigas e disputas entre “mocinhos” e “vilões”. Este último papel, ao menos aos olhos dos credores, tem sido atribuído aos empresários Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista, os antigos controladores da companhia.
No roteiro em questão, escrito por bancos, fornecedores e ex-funcionários, as baterias estão voltadas contra a dupla. Segundo o relato de um credor ao RR, ex-trabalhadores estariam se mobilizando para cobrar judicialmente de Nunes e Batista o pagamento de antigas dívidas da Ricardo Eletro – o passivo total incluído na RJ é superior a R$ 4 bilhões.
Não estão sozinhos. De acordo com a mesma fonte, os advogados do atual acionista e gestor da empresa, o investidor Pedro Bianchi, também estudam medidas judiciais para responsabilizar os ex-acionistas na física. A ofensiva jurídica teria como o objetivo o bloqueio e arresto de bens pessoais dos empresários para a quitação de débitos.
O informante do RR destila sua indignação contra os ex-acionistas da Ricardo Eletro, notadamente o fundador da empresa, Ricardo Nunes. Revolta esta que seria compartilhada por boa parte dos credores. Entre eles circulam fotos supostamente recentes de Nunes em situações, digamos assim, de aparente conforto financeiro – em viagens a locais, como Ibiza e Trancoso, ou pilotando o que seria o seu próprio helicóptero.
De acordo com a mesma fonte, as imagens serão anexadas ao processo contra os antigos controladores. O RR fez tentativas de contato com Ricardo Nunes, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria. A publicação não conseguiu localizar Luiz Carlos Batista. Também procurada, a Ricardo Eletro não se manifestou. O espaço segue aberto para o posicionamento de todos.
Há algo de remake nesses próximos capítulos desse folhetim. Caso o pedido de bloqueio do patrimônio dos ex-acionistas da Ricardo Eletro se confirme, os advogados dos credores trabalhistas estarão seguindo os passos de Itaú Unibanco e Santander. Os bancos entraram com uma ação requerendo o arresto de imóveis, valores em contas bancárias e veículos de Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista.
Cobram dos antigos proprietários da rede varejista uma dívida de R$ 102 milhões. A eventual investida contra Ricardo Nunes e Luiz Carlos Batista pode colocar ainda mais eletricidade em uma trama já repleta de twists e plot twists. Em pouco mais de um ano, a Ricardo Eletro já teve sua falência decretada em três ocasiões pelo TJ-SP. Em todas elas, os advogados da empresa conseguiram reverter a decisão. Enquanto isso, Pedro Bianchi tenta fechar um acordo com a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional para a repactuação de dívidas tributárias em torno de R$ 1,8 bilhão, acordo que afrouxaria um dos garrotes amarrados à rede varejista.
Ao mesmo tempo, trabalha para retomar as operações. Desde o fim do ano passado, abriu cinco lojas, sob uma nova bandeira, Nossa Eletro, e lançou um site de e-commerce, com aproximadamente mil itens. Essa é a parte do enredo em que a companhia busca a sua redenção, um happy end. Mas, ao que tudo indica, e a julgar pelo cenário traçado pelos credores, ainda há muito a se percorrer até o epílogo dessa eletro-novela.
Destaque
Atrasos do INSS causam prejuízos a bancos responsáveis pelo pagamento de aposentados
11/04/2023Como se não bastasse a polêmica redução dos juros do consignado para aposentados e pensionistas, há um novo ponto de fricção entre o governo e a banca privada relacionado ao INSS. Instituições financeiras responsáveis pelo pagamento dos benefícios da Previdência Social têm cobrado uma solução para o enorme volume de pedidos de aposentadoria represados na autarquia. São mais de cinco milhões de solicitações que estão paradas à espera da análise do INSS. Trata-se de um expressivo contingente de potenciais clientes que escapam entre os dedos dos bancos em razão da morosidade da máquina pública. Em 2019, Santander, Crefisa, Agibank. Itaú, BMG e Mercantil do Brasil venceram o leilão e assumiram o pagamento de todos os novos benefícios concedidos entre 2020 e 2024. No total, 23 bancos disputaram a licitação, realizada estado por estado. O sexteto vencedor ofereceu, em média, um ágio de 612%, número que dá a dimensão do interesse da banca pelo negócio.
As seis instituições financeiras se comprometeram a pagar ao INSS cerca de R$ 24 bilhões ao longo de cinco anos. O valor do dote foi calculado com base na estimativa de que cinco milhões de novos aposentados e pensionistas entrariam na base de dados dos bancos a cada ano. Bulhufas. Entre 2020 e 2022, dos mais de 15 milhões de beneficiários projetados, apenas a metade ingressou no sistema, ou seja, uma média de 2,5 milhões por ano. Tudo em razão da letargia do Instituto em analisar os pedidos de benefício, uma bola de neve que cresceu durante o governo Bolsonaro – e, até agora, ainda não deu qualquer sinal de que derreterá na gestão Lula. Ou seja: os seis bancos que ganharam a licitação estão pagando por algo que não vêm recebendo. Com isso, a conta não fecha. O grande apelo para administrar a folha do INSS é justamente a possibilidade de oferecer produtos financeiros a aposentados e pensionistas. Consultado pelo RR sobre as perdas causadas pela lentidão da Previdência Social, o Mercantil do Brasil disse que “essas informações são de uso e controle interno e que não divulga esse tipo de dado. Por essa razão, a instituição não irá se manifestar sobre o assunto.” Também procurados, os demais bancos responsáveis pelo pagamento dos benefícios do INSS não se manifestaram.
Finanças
Itaú entra na disputa pelo Credit Suisse no Brasil
13/03/2023Agora, no final da tarde, circulou no mercado que o Itaú vai comprar a operação brasileira do Credit Suisse. O banco helvético seria o BBA da vez – uma alusão ao BBA Creditanstalt, adquirido pelos Setúbal em 2002. Pode ser. Mas lembremos que o BTG já andou estudando a mesma operação e estaria no páreo, segundo fonte bem posicionada do RR. E o Credit Suisse não dá demonstrações de que pretende deixar o país. Mas a verdade é que o banco suíço atravessa um momento difícil, no exterior. Consultado pelo RR, o Itaú não quis comentar o assunto. O Credit Suisse, por sua vez, afirmou que “não confirma a informação de que o Itaú está em negociações para comprar a operação brasileira.”
Se for sério o boato de aquisição, a hora seria essa. A investida provocaria mudanças no capital societário de um outro badalado asset: o Credit Suisse detém 25% Fundo Verde, do falante Luis Stuhlberger. Agora, segundo a newsletter Brazil Journal, a Lumina Capital Management, de Daniel Goldberg, estaria comprando um pedaço do Fundo Verde. A aquisição do Credit Suisse, portanto, faria um rolo na consolidação do setor. O RR acha que o negócio estaria mais para o BTG, pois o Itaú já tem uma operação de atacado consolidada. E também pode ser uma fofoca provinda do próprio pessoal do Itaú ou do Credit Suisse. Aguardemos o desenrolar do fio dessa meada.
Destaque
Conglomerados bancários lideram consolidação das fintechs
16/02/2023As fintechs não vão entrar em extinção, podem até aumentar numericamente, mas uma parcela expressiva da espécie acabará nas mãos dos grandes conglomerados bancários do país e verá reduzida sua participação no total de ativos do sistema financeiro. Os próximos meses deverão ser marcados por uma sequência de aquisições sem precedentes desde o surgimento desses bancos que não são bancos, mas são. Ou seja: a tão esperada consolidação das fintechs virá, sim, mas não exatamente entre elas, como muitos acreditavam. Há uma combinação de fatores empurrando essas instituições para o colo da banca puro-sangue, a começar pela estiagem de funding.
Assim como as startups de uma maneira geral, as fintechs surfaram na onda de investimentos de venture capital no país. O Softbank, por exemplo, teve um papel determinante no boom do segmento, investindo em dez empresas, entre as quais Nubank e Creditas. No entanto, a maré desceu. Assim como o banco japonês, outros importantes players da indústria de VC no país têm reduzido seus aportes, caso do Tiger Global e Monashees, entre outros. Em 2022, as fintechs brasileiras captaram US$ 2,3 bilhões, 44% abaixo do valor recebido no ano anterior (US$ 4,1 bilhões). O recuo foi superior à queda de investimentos registrada na América Latina como um todo (31%). Indicadores recentes do setor apontam que algo em torno de 70% das startups do setor financeiro no país têm sido bancadas exclusivamente com recursos dos próprios acionistas fundadores. A tendência é que esse cenário se acentue ao longo deste ano, com pretensos predadores transformando-se em presas.
O próprio Nubank ilustra bem o momento de vulnerabilidade das fintechs. Por ocasião do seu incensado IPO, em dezembro de 2021, alardeou aos quatro cantos que havia destronado a banca raiz e se tornado a instituição financeira com maior valor de mercado do Brasil – e da América Latina. À época, seu market cap chegou a US$ 41,7 bilhões, então equivalente a R$ 232,4 bilhões. Um brilho efêmero. De lá para cá, a ação do Nubank despencou a ladeira. Seu valor de mercado caiu praticamente à metade – US$ 22,5 bilhões ou aproximadamente R$ 116 bilhões. Está abaixo do Itaú e do Bradesco.
Por outro lado, o aumento da bancarização não direcionou, conforme se imaginava, uma parcela maior dos meios de pagamento para as fintechs. O dinheiro procurou os grandes bancos, que mantêm o monopólio da percepção de segurança, uma das variáveis mais relevantes quando se trata do depósito do salário e das micro poupanças. O “entrante” no sistema bancária, com raras exceções, pertence a um público de baixa ou baixíssima renda, que quer olhar o banco na rua, saber que ele existe. Portanto, é possível fazer uma projeção de que o crescimento contínuo da bancarização aumentará a participação dos grandes conglomerados no volume total dos depósitos.
As novas regras impostas pelo Banco Central às fintechs, que começaram a entrar em vigor no mês de janeiro e serão gradativamente implantadas até 2025, também vão impor um processo de seleção natural no setor. O arcabouço normativo elaborado pelo BC ainda está longe de eliminar as assimetrias regulatórias em relação aos bancos convencionais, sujeitos a um ordenamento muito mais rigoroso. Ainda assim, muito provavelmente uma parcela expressiva das fintechs não conseguirá atender às exigências. Trata-se de um ecossistema inteiro de instituições financeiras que nasceram e cresceram em um limbo regulatório, quase que à margem do alcance do Banco Central. Mas há importante ressalva a ser feita: o espaço de crescimento para as fintechs é imenso, porém, proporcionalmente, elas decrescerão sua participação em relação aos grandes bancos no estoque de capital do setor financeiro.
Há cerca de quatro anos, o RR produziu um trabalho para bancos comerciais intitulado “Sistema bancário no Brasil desafio dos grandes conglomerados”. À época, apesar do incômodo demostrado na sondagem com o desequilíbrio regulatório e, consequentemente, concorrencial, os bancos convencionais consideravam que, no tempo, acabariam por absorver o impacto da enxurrada de fintechs. Não deu outra. Desde então, os grandes grupos têm feito sucessivos movimentos neste sentido. O Itaú investiu R$ 1 bilhão para comprar 50% da fintech da Totvs. No mercado, a aposta é que em algum momento, não muito distante, assuma o controle do negócio. O banco dos Setúbal adquiriu 35% da Avenue Securities, corretora digital norte-americana. O Santander incorporou 80% da Gira, especializada em recebíveis do agronegócio, e a Mobills e a Monetus, especializadas no desenvolvimento de aplicativos financeiros. O Bradesco, por sua vez, comprou empresas como a 4ward e a Aarin, focadas em meios de pagamento – a segunda por meio do Next, seu banco digital. Também cravou uma aquisição no exterior, a BCP Global, sediada em Miami. Estes são apenas alguns exemplos de fintechs que caíram na rede dos tradicionais conglomerados bancários brasileiros. Vem muito mais pela frente.
Negócios
Itaú cinde as perdas com a Americanas para alardear um passivo menor
14/02/2023O Itaú tem usado de prestidigitação para enevoar o óbvio: o banco é o maior credor da Americanas no sistema financeiro do país. A instituição dos Setúbal e dos Moreira Salles soma aproximadamente R$ 6,1 bilhões em créditos contra a rede varejista, uma exposição de altíssimo risco duplamente tonificada. De um lado, são R$ 2,7 bilhões em empréstimos; do outro, cerca de R$ 3,4 bilhões pendurados em 30 fundos do Itaú Asset, a maior parte dessa cifra referente a debêntures da Americanas. Como não poderia de ser, todas as 30 carteiras estão negativas no mês. Entre os fundos mais carregados de papéis da empresa despontam: Itaú Diferenciado FIC Renda Fixa Crédito Privado, Itaú Corp Plus Renda Fixa Referenciado DI – FICFI, Itaú Active FIX 5 RF CP FICFI, Itaú Empresa MIX FIC Renda Fixa Crédito Privado, Itaú Top Renda Fixa Referenciado DI FIC, Itaú Excellence Renda Fixa Referenciado DI FIC. É o top 6 da exposição dos Setúbal e Moreira Salles à maior fraude contábil da história do Brasil.
O objetivo desse truque de ilusionismo foi criar a percepção no mercado de que o Itaú foi menos impactado pela fraude da Americanas do que seus congêneres. De fato, olhando-se apenas para as operações de empréstimo, assim parece ser: nesse quesito, os R$ 2,7 bilhões que o banco tem a receber estão abaixo das cifras contabilizadas por BTG (R$ 3,4 bilhões), Santander (R$ 3,5 bilhões) e Bradesco (R$ 4,5 bilhões). Ocorre que, para o Itaú, este número tem cumprido o papel da assistente de palco do mágico, que está ali apenas para desviar a atenção da plateia. De alguma forma, a cortina de fumaça até permitiu uma visão mais otimista, que, no entanto, não encontra eco nos números consolidados.
Negócios
Henrique Meirelles, “ministro das cripto”
9/11/2022Negócios
Itaú mantém um pé em Lula e outro em Bolsonaro
8/11/2022Curioso. Os donos do Itaú correram para apoiar Lula quando viram que a candidatura de Jair Bolsonaro ia fazer água. Mas a mesa de operações do banco permanece bolsonarista até a alma. Só falta usar a camisa do Brasil enquanto vendem e compram posições no mercado.
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Aegea em busca de dinheiro
10/10/2022Corre no mercado que a Aegea Saneamento prepara uma substancial captação no exterior. O sarrafo subiu demais para a empresa. Com a vitória no leilão de saneamento do Ceará na semana passada, a Aegea assumiu mais R$ 6 bilhões em obras. Some-se a isso os R$ 24 bilhões que terá de desembolsar nas duas concessões da Cedae arrematadas no ano passado. Tudo isso em meio à desconfiança dos agentes financeiros em relação à operação no Ceará. Em relatório, o Itaú BBA afirmou que “os retornos serão muito baixos”. Consultada pelo RR, a Aegea informou que “estuda de modo contínuo eventuais captações e projetos que agreguem ao seu modelo de negócios”.
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Acostamento
22/08/2022A saída de Marcos Cauduro da presidência da CCR foi apenas o cartão de visitas de Votorantim e Itaú, novos acionistas da empresa. Segundo o RR apurou, novas mudanças estão a caminho.
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Baterias carregadas
29/07/2022A Guaimbê Solar Holding está formatando uma nova leva de projetos que devem somar investimentos da ordem de R$ 2 bilhões. A empresa de geração solar e eólica da AES Brasil recebeu recentemente uma carga extra com um aporte do Itaú. O banco passou a ser dono de 24% da companhia.
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Raspas e restos interessam…
14/07/2022O Itaú está em busca de raspas e restos de instituições financeiras na América do Sul.
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PEC do ICMS atinge o setor bancário na veia
9/06/2022Em primeiro, o Banco do Brasil; em segundo, a Caixa Econômica; em terceiro, o Itaú; em quarto, o Bradesco; e depois, a uma larga distância os outros. Esse é mais ou menos o ranking dos bancos que mais vão perder com a PEC do ICMS, segundo um integrante do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O setor bancário – leia-se os quatro bancos citados, que representam cerca de 80% do segmento – é quem mais vai sofrer com a derrama dos estados e alguns municípios, caso a PEC venha a ser aprovada.
Há dúvidas maiores sobre a ordem da sangria entre o terceiro e o quarto lugares. Mas a dupla de bancos que está no pódio é campeoníssima nas perdas futuras e deverá, portanto, pagar bem menos dividendos à União. O Confaz já atualizou suas projeções para a queda da arrecadação dos estados: o rombo estimado subiu de R$ 83 bilhões para até R$ 110 bilhões. Mesmo que a União repasse entre R$ 25 bilhões e R$ 50 bilhões, esse dinheiro não cobre metade do buraco.
São 27 entes federativos que não terão solução a não ser o corte de despesas, incorrendo, em hipótese contrária, na Lei da Responsabilidade Fiscal por improbidade administrativa. Todos passam a ter teto de ICMS sobre combustíveis para compensar o furo no teto das despesas do governo. A partir de outubro a maior parte deles ficaria com o caixa negativo. Essa situação de crash estadual será, inevitavelmente, repassada à rentabilidade bancária, quer seja através da redução de floating, quer seja sobre impacto no caixa ou mesmo em função da queda do PIB dos estados. O RR perguntou à Febraban se há algum cálculo em relação ao impacto potencial da PEC do ICMS sobre a rentabilidade futura do setor. A entidade disse não ter “a informação solicitada”.
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Startup 1
23/05/2022O fundo norte-americano Endeavor Catalyst estaria pedalando um novo aporte de capital na Tembici, startup que opera o sistema de aluguel de bicicletas do Itaú.
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Universos paralelos
5/05/2022Todos os acionistas controladores e membros do Conselho do Itaú estão pisando nos dois lados da fronteira ao mesmo tempo: um é a agenda ESG para valer; o outra, o greenwashing a ver…
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O ESG do Banco Itaú vira piada nas redes sociais
15/02/2022Cada vez mais as empresas que estão marqueteando suas iniciativas na área ESG precisam tomar cuidado. Em um tema tão sensível, no qual estão inclusos milhares de pessoas que participam direta ou indiretamente das ações corporativas, o efeito pode ser o inverso. Ou seja: o marketing ESG acabar sendo triturado e desmoralizado nas redes sociais como uma medida greenwashing.
A publicidade do Itaú é um bom exemplo. Ontem, às 14h17, o humorista Gregorio Duvivier postou no Twitter um “comercial” satirizando anúncios do banco. A instituição financeira dos Setúbal e dos Moreira Salles foi ridicularizada. O texto da paródia é todo em “primeira pessoa”, como se o Itaú estivesse tendo um rompante de sinceridade em relação à agenda ESG.
Entre outros trechos, cita que o banco gasta “dezenas de milhões de reais em anúncios para te convencer que a gente tem um compromisso com um mundo melhor”. Diz ainda que “na hora de usar nossa influência para proteger a natureza, aí deixa quieto”. Menciona que “nós seguimos lucrando e emprestando dinheiro para quem vai fazer do seu futuro um lugar pior, mas muito pior” (nessa parte, surge na tela o ganho da instituição em 2021 – R$ 27 bilhões). A sátira termina com um “slogan”: “Comercial do Itaú, feito para você achar que a gente se importa com você”. Até às 19 horas de ontem, a postagem tinha mais de 135 mil visualizações.
Acervo RR
Prato cheio
25/01/2022Itaú e Rappi estariam costurando uma parceria. Um dos projetos sobre a mesa seria a criação de um cartão de crédito próprio da plataforma de entregas.
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O dia em que o Nubank virou banco
10/12/2021O mercado abriu champanhes comemorando o IPO do Nubank, na última quarta-feira, como o de maior valor de um “banco” da América Latina. Não é bem assim. O Nubank não é um banco, mas um animal híbrido entre a fintech e qualquer outra coisa financeira. Mas, na hora do IPO, vira banco. São dois pesos e duas medidas: parafraseando Nelson Rodrigues, o Banco Central anuncia há mil anos antes do nada a regulamentação das fintechs e instituições derivativas. Reconhece que, como está hoje, existe uma assimetria grave na competição. A questão é que o BC mostra duas caras: ao mesmo tempo em que constata um desequilíbrio regulatório, considera essa desigualdade ampliadora da concorrência. Ora, todo mundo já sabe que os compromissos de Bradesco, Itaú, Santander e Safra, para dizer somente os que carregam uma maior responsabilidade social – agências, funcionários diretos e indiretos, fornecedores etc -, são imensamente superiores aos desses “bancos” de dois andares e 30 pessoas. Com essa assimetria, ressalte-se ainda, o BC está produzindo novos bilionários com IPOs de “bancos de festim”. Gerar valuation não é tudo nesse mundo. Se for, estamos todos lascados.
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A indelicadeza de um economista que “está” ministro
30/11/2021Historieta contada por um investidor participante de seminário do Banco Itaú, onde Paulo Guedes era conferencista. Diz o fabulador que Guedes, em meio a uma palestra para potentados offshore, cismou de falar, sem motivo algum, que deu “bomba”, ou seja, reprovou a economista Elena Landau em um curso ministrado por ele na PUC-RJ. Guedes foi além: falou que ela não tinha privatizado nada e que Elena apenas pegou carona na turma dos economistas do Plano Real.
Os investidores teriam ficado perplexos, perguntando-se entre si: “Quem é Elena Landau? Deve ser uma pessoa importantíssima no Brasil para o palestrante abrir uma lacuna na sua apresentação e incluir menções a ela”. É por essas e outras que Pérsio Arida jogaria um paralelepípedo em Paulo Guedes. Elena Landau foi esposa de Pérsio, o que dá uma ideia da raiva do economista em relação ao ministro.
É difícil que Pérsio Arida não tenha sabido da deselegância cometida por Guedes. Ele tem relações próximas com o Itaú – inclusive, já presidiu o Conselho de Administração do banco. A bronca já rendeu alguns cascudos. Pérsio, que juntamente com André Lara Resende foi o autor do Plano Larida, embrião do Plano Real, já disse que Guedes “nunca escreveu um artigo acadêmico de relevo e tornou-se um pregador liberal que só fala, fala…”. Afirmou ainda que o ministro é “mitômano e cria falsas narrativas”. Chumbo de lá, chumbo de cá. Não é de hoje que Guedes faz suas piadinhas sobre o ex-casal Pérsio e Elena ou sobre cada um deles, individualmente. Essa é a crônica não dita de dois policy makers aclamados no país, vá lá, com toda a justiça.
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Corda bamba
30/09/2021A Ricardo Eletro pode estar entrando em um caminho sem volta. Excluídos do plano de recuperação judicial, grandes bancos credores, como Itaú Unibanco e Santander, estudam acionar a Justiça para anular o acordo. Se isso ocorrer, o risco de falência da rede varejista cresce consideravelmente. Procurados, Ricardo Eletro, Santander e Itaú não se pronunciaram.
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Entrevista de Alfredo Setubal vale pelo não dito
29/09/2021Estranha-se a entrevista rasa do presidente da Itaúsa, Alfredo Setubal, em O Globo. Alfredo sempre foi uma segunda linha na hierarquia da holding controladora do Itaú Unibanco. Para não dizer que não há foco algum na exposição de ideias, ressalve-se a profissão de fé na candidatura de João Doria à Presidência. Estranha-se também que a entrevista tenha sido manchete do jornal.
Não há nada que justifique uma chamada tão prestigiosa. Também causa estranheza que o jornal escolhido para a aparição de Setubal tenha sido O Globo, em vez, por exemplo, do Valor Econômico, veículo que seria o habitat natural para uma entrevista do empresário. O Globo, como se sabe, é um jornal que atinge uma abrangência maior da população. Tem pinta de um acordo com dimensões políticas.
Algo na direção do que o RR tem antecipado não é de hoje: uma articulação das elites empresariais para construir um projeto nacional, detonar a polarização entre Lula e Bolsonaro e encontrar uma terceira via para disputar as eleições com o apoio fechado da
burguesia – ver RRs de 11 e 31 de agosto e 17 de setembro. Se for esse o intuito, está valendo a iniciativa. É importante criar massa crítica contra Bolsonaro, e quiçá Lula. Que venham congêneres de Alfredo Setubal, expondo a face fora da sua toca de ouro. Mesmo que os depoimentos sejam vazios como o do presidente da holding do Itaú Unibanco.
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Marina é a peça que faltava ao mosaico do centro
17/09/2021Marina Silva está sendo empurrada para se tornar uma “quarta via” no xadrez eleitoral de 2022. Seus correligionários empresariais têm estimulado a ex-ministra do Meio Ambiente a conduzir uma série de conversas junto a lideranças políticas com o objetivo de costurar uma espécie de frente ampla do centro para o apoio da terceira via – seja ela quem for. O mandato para a missão veio de um grupo restrito de empresários, de perfil modernizante, com os quais Marina mantém relação há longo tempo.
A iniciativa teria o respaldo de nomes como Neca Setubal, herdeira do Itaú, Pedro Passos, da Natura, os irmãos Moreira Salles, Pedro Wongtschowski, do Grupo Ultra, entre outros. Trata-se de um núcleo empresarial reformista, empenhado na busca da terceira via, conforme já disse o RR – ver edições de 11 e 31 de agosto. O perfil de Marina Silva cabe como uma luva na missão: discreta, respeitada e sem arestas junto a todo o espectro político, seja do centro, da esquerda ou da direita. Ela não deixaria necessariamente de ser candidata à presidência pelo seu partido, o Rede Sustentabilidade.
Mas, teria também o mandato de articular um cinturão de apoio ao nome tirado das pesquisas para concorrer com Lula e Bolsonaro. Quem tiver maior densidade eleitoral, em determinada data a ser acertada pelas partes, passaria a ser apoiado pelos demais. Seriam chamados para conversar os postulantes à Presidência considerados de centro, ou seja, João Doria, Eduardo Leite, Sergio Moro, João Amoedo, Rodrigo Pacheco e Henrique Mandetta, entre os mais notórios. O senador Tasso Jereissati, que retirou o seu nome das prévias do PSDB para a escolha do candidato à Presidência, também seria convidado para participar do “frentão de presidenciáveis”.
E Ciro Gomes? Um eventual entendimento com o pedetista é visto como difícil, o que não quer dizer que ele não será procurado. O RR entrou em contato com os diversos candidatos de centro. Apenas Henrique Mandetta se posicionou até o fechamento desta edição. O ex-ministro afirmou que concordaria, sim, em participar de conversas com Marina Silva e os demais concorrentes de centro à Presidência. Mandetta disse ainda estar disposto a abrir mão de sua candidatura para apoiar um nome de consenso. Na estratégia em discussão, tão importante quanto o nome do candidato de centro é a construção do leque de apoios ao seu redor.
Mesmo porque, ao menos até agora, não há um “candidato a candidato” da terceira via com desempenho arrebatador nas pesquisas. Os votos que, neste momento, não são nem de Lula nem de Bolsonaro estão espalhados entre os mais variados concorrentes do centro. A costura de uma coalizão entre figuras do espectro político e de parcela importante do empresariado em torno de um único candidato criaria um fato político suprapartidário de grande impacto. A campanha eleitoral passaria a ser colegiada. Por ora, o que existe de articulação entre os candidatos à terceira via são conversas dispersas, que não conseguiram chegar a lugar algum e muito menos definir um nome de consenso. O centro, por enquanto, somente assiste a Lula e Bolsonaro ficarem mais folgados na disputa à Presidência. Marina, como se sabe, disputou e perdeu às eleições à Presidência da República em 2010, 2014 e 2018. Difícil ganhar em 2022. Há quem diga que sequer concorrerá. Mas pode ser que emplaque o “seu candidato”. E terá grandes méritos nessa vitória.
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As elites finalmente entraram no jogo
11/08/2021Está definitivamente aberta a temporada de conspiração na República. Chegou quem faltava: as elites nacionais, leia-se banqueiros, empresários e intelectuais vinculados aos donos das riquezas do país. O manifesto “Eleições serão respeitadas”, divulgado na última quarta-feira, é apenas a espuma dessa articulação. O que interessa está por debaixo, não é visível ainda e é mais relevante do que aparições em jornais ou nas redes sociais. O anúncio nas principais publicações do país, com 260 signatários, não deve ser interpretado como uma peça de marketing institucional e tampouco como uma mera operação de “democracy washing”.
Há dois recados nas entrelinhas do manifesto. O primeiro é que os grandes empresários do Brasil estão conversando. Não apenas entre si, mas com grupos de poder capazes de promover ou dar respaldo a uma mudança nos rumos políticos da Nação. A segunda mensagem está igualmente acasalada com a defesa da democracia: agora há uma costura a sério pela construção da terceira via. As eleições passaram a ter três candidatos: Jair Bolsonaro, Lula e a terceira via, seja quem for.
Portanto, não se trata de um manifesto por democracia com Lula ou com Bolsonaro. A mobilização teria como objetivo tácito criar as condições para um novo projeto de poder, encabeçado por uma liderança política de fora dos dois espectros que polarizam o país. Toda vez que essas “elites orgânicas” entram no jogo, a prática conspiratória é quase obrigatória no xadrez das articulações com os estamentos republicanos. A história ensina que em decorrência dessa agitação surgirá um programa de governo. Sempre foi assim. Nessas ocasiões, a plutocracia tupiniquim costuma ter um projeto modernizante no bolso do paletó.
Historicamente, não se trata da defesa de um ou de outro regime político, mas apenas da preservação da ordem desejada. A magnitude e as ambições por trás desse projeto podem ser medidas pelos signatários originais do manifesto. Uma boa parte dos figurões que assinaram o documento deve estar agora em alguma sala de estilo inglês, combinando com seus pares os próximos passos. Eles têm a conspiração no DNA. Para dar um exemplo: o principal acionista do Banco Itaú Unibanco, Roberto Setubal. Seu pai, Olavo Setubal, apoiou, financeiramente, as alquimias praticadas para a deposição de Jango. O sócio de “Olavão” no Itaú era o potentado Eudoro Villela, fundador e patrocinador da organização paulista Associação Nacional de Programação Econômica e Social (Anpes), irmã gêmea da carioca Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (IPES), comandado por um general cujo pseudônimo era “Gol”.
A Anpes revelaria para o país um jovem gordinho que usava óculos do tamanho de uma tela de televisão. O rapaz foi chamado para ser o secretário executivo da entidade, seu primeiro emprego. Atendia pelo nome do meio, Delfim. Outros tempos; outros propósitos. Posteriormente, “Olavão” participou de forma ativa das campanhas para a deposição da ditadura, que ele próprio havia apoiado anteriormente. Outros signatários do manifesto possuem a mesma pegada genética. O fato é que, enquanto os donos poder ficam, os demais atores institucionais passam. É natural que eles estejam preocupados. Como se sabe, o empresariado e seu círculo de colaboradores íntimos, que chamam a atenção no manifesto, só colocam a cabeça para fora do mar de invisibilidade criado por eles mesmos quando alguma coisa está fora da ordem, está se quebrando. Tudo indica, é o que está ocorrendo. Mãos à obra, pessoal
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Itaú entra de sola em Rogério Caboclo
10/06/2021O RR teve a informação de que o Itaú ameaça romper o contrato de patrocínio à seleção brasileira caso Rogério Caboclo não seja afastado em definitivo da presidência da CBF. Caboclo se licenciou do cargo por 30 dias após ser acusado de assédio sexual contra uma funcionária. Consultado, o Itaú diz que “acompanhará de perto a apuração do caso e espera que a investigação seja profunda e célere.” Perguntado especificamente sobre a possível ruptura do contrato, o banco não se pronunciou. Itaú entra de sola em Rogério Caboclo.
Nos bastidores da CBF, um dos principais articuladores políticos do afastamento de Rogério Caboclo do cargo é Fernando Sarney. Guardadas as devidas proporções, a confederação é uma espécie de “Maranhão da bola” para o filho de José Sarney. Vice-presidente da CBF, Fernando manda e desmanda na entidade há mais de duas décadas.
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Apetite redobrado
10/12/2020O empresário Carlos Wizard tem interesse em comprar a participação do Itaú Unibanco na International Meal Company (IMC), dona dos restaurantes Viena e Frango Assado. Nos últimos meses, o banco já reduziu sua fatia no capital de 19% para 8%. Com a aquisição, Wizard, por sua vez, passaria a ser o maior acionista do grupo, saindo de 9% para cerca de 17%.
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Boca do caixa
9/12/2020O Kinea, o braço de private private equity do Itaú, está prestes a fechar um novo fundo de mais de R$ 2 bilhões.
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Sucessão no Itaú provoca uma “rebelião dos perdedores”
9/11/2020O rejuvenescimento imposto pelo presidente do Itaú Unibanco, Candido Botelho Bracher, a sua própria sucessão soou como um mau trato junto aos principais colaboradores do banco. Bracher assinou a indicação de Milton Maluhy Filho para o comando da instituição, o primeiro CEO de um grande banco na faixa dos 40 anos de idade. Conforme o RR antecipou, o acionista Roberto Setubal ficou particularmente tocado com a decisão conduzida por Bracher. Setubal tinha um candidato próprio: Marcio Schettini, diretor geral de varejo do Itaú. Schettini, não custa lembrar, já vinha de uma frustração: era ele um dos fortes candidatos a assumir a presidência em substituição ao próprio Setubal. A opção de Bracher por Maluhy provocou uma “rebelião dos perdedores”. Ato contínuo, Schettini e Caio Ibrahim David, diretor geral de atacado, anunciaram sua saída do Itaú. Não custa registrar que o RR, na edição de 9 de setembro, antecipou que Schettini “cometeria haraquiri”, ou seja, deixaria o banco, caso não fosse o escolhido para o lugar de Bracher. Dito e feito. A debandada dos colaboradores históricos obrigou o Itaú a fazer um verdadeiro contorcionismo na comunicação para evitar que a dupla deserção fosslida e interpretada como aquilo que ela realmente é: uma “rebelião”.
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Difícil escolha
3/11/2020Foi doída a escolha, pá, do novo CEO do Itaú Unibanco. Especialmente para Roberto Setubal, um dos presidentes do Conselho de Administração, que tinha seu candidato do peito.
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O chairman FHC?
19/10/2020É forte o ti-ti-ti de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teria aceitado ser chairman do Grupo Itaú Unibanco. Não chegaria ser algo assim tão excepcional. O general Ernesto Geisel, o mais discreto e icônico dos presidentes da ditadura, foi chairman da Norquisa. Fernando Collor e Itamar Franco não entraram na fila porque certamente ninguém quis. Lula e Dilma por motivos óbvios, e Temer, também por problemas morais, não aspiram ao cargo. Sobrou para Fernando Henrique já na fase de velho sábio, também chamado de senex ou sophos. FHC tornou-se um arquétipo. Pois restou para o “Príncipe” resgatar a linhagem do ex-presidentes que vão ajudar empresas. Mas será que é um problema de grana?
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Classificados
15/10/2020Há uma oferta sem igual de salas de cinema no mercado. O Itaú-Unibanco está dando uma geral para ver o que encontra de comercializável. Vai acabar se tornando o padrinho do setor.
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Sinal de alerta
9/10/2020Os próprios bancos que assessoram a Natura – entre os quais Itaú e Bank of America – estão apreensivos com a demanda pela nova oferta de capital da empresa, no valor de até R$ 6,2 bilhões. As primeiras conversas com potenciais investidores não teriam sido das mais animadoras. Em tempo: desde que a operação foi anunciada, no último dia 2, a ação da Natura só opera em baixa: a queda acumulada está em 5%. Tomara que o mercado mude de direção porque a Natura é um baita negócio.
Acervo RR
Quem dá mais?
9/09/2020Há quem diga que o diretor geral de varejo do Itaú, Márcio Schettini, cometerá o harakiri se não for nomeado sucessor de Candido Botelho Bracher na presidência do banco. Schettini era um dos nomes mais prováveis na última rodada de mudanças. Agora é tido como certo. Pois bem, entenda-se o harakiri como a troca do Itaú por outra instituição financeira.
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Quem dá mais?
9/09/2020Há quem diga que o diretor geral de varejo do Itaú, Márcio Schettini, cometerá o harakiri se não for nomeado sucessor de Candido Botelho Bracher na presidência do banco. Schettini era um dos nomes mais prováveis na última rodada de mudanças. Agora é tido como certo. Pois bem, entenda-se o harakiri como a troca do Itaú por outra instituição financeira.
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Baixa caloria
17/08/2020Itaú e XP Gestão, sócios da IMC, não têm demonstrado apetite para acompanhar o aumento de capital da holding de restaurantes. O mais provável é a diluição de suas participações, que somam 27% da empresa. A capitalização é comandada pelo empresário Carlos Wizard, dono de 13% da IMC.
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O roto e o esfarrapado
4/05/2020A Rede, leia-se Itaú, estaria abastecendo o Cade com munição de sobra para incriminar o Santander e a Getnet, a empresa de maquininhas do grupo espanhol. Ambas são investigadas por práticas abusivas, entre elas venda casada de serviços. Não deixa de ser curioso: a credenciadora dos Setúbal também é alvo de processo no órgão antitruste.
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De fora
15/04/2020A julgar pelas ações compartilhadas no combate ao coronavírus ficou claro quem está na primeira e na segunda divisão da banca nacional. BTG e Safra sequer foram cogitados para participar das medidas conjuntas capitaneadas por Bradesco, Santander e Itaú.
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Banco de solidariedade
30/03/2020Os grandes bancos privados, capitaneados pelo Bradesco, assinaram uma página de humanidade em sua história. O banco da Cidade de Deus, o Itaú e o Santander vão ceder cinco milhões de testes rápidos de detecção do coronavírus, tomógrafos e respiradores. É uma iniciativa inédita que poderia se tornar frequente em um Brasil desigual, onde a miséria grassa e a saúde é uma dádiva de algumas minorias. Afinal, não dói nadinha, como está comprovando a banca. Palmas para todos eles.
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Enrosco bancário
11/02/2020O BTG acha que pode fazer um rolo com a XP, envolvendo o Itaú, que já tem 49,9% da corretora. O banco dos Setúbal está impedido de elevar sua participação. O BTG acredita que pode transformar a XP em um negócio muito maior. Vira daqui, entra ali, capitaliza acolá. Procurado, o BTG nega qualquer negociação. Está feito o registro. Itaú e XP não se pronunciaram.
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Candinho
28/01/2020O presidente do Itaú, Cândido Botelho Bracher, é uma das estrelas do depoimento que Eike Batista negocia com o MPF. Mr. Batista vai dizer que aprendeu muito com “Candinho”.
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Guerra das “maquininhas”
14/10/2019A Rede, leia-se Itaú, vai recorrer ao Cade e à Justiça contra a GetNet, leia-se Santander. Uma fonte ligada à empresa informou ao RR que a disposição interna é partir para a guerra. A Rede acusa a GetNet de concorrência desleal por conta de um aplicativo recém lançado, que promete um arrastão sobre a clientela alheia. A tecnologia permite a portabilidade de estabelecimentos comerciais e pessoas físicas que utilizem “maquininhas” de cartão de outras operadoras. Ao anunciar a novidade, o presidente da GetNet, Pedro Coutinho, disse que queria provocar a concorrência. Já conseguiu.
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Uma união muito além das canções
9/08/2019Na contramão do marketing da beatitude disseminado pelo Itaú, o Bradesco buscou um tema terreno para a campanha motivacional junto aos seus funcionários. Não custa lembrar que, em maio, Candido Botelho Bracher estrelou uma peça publicitária que satanizava a concorrência e afirmava que o banco dos Setúbal tinha conexão com o céu. O Bradesco preferiu colocar os pés no chão. Usou a simplicidade como mote do filme protagonizado pelo presidente do Conselho de Administração, Luiz Carlos Trabuco, e pelo presidente do banco, Octavio de Lazari Junior. Ambos interpretam canções populares. A ideia é mostrar que as lideranças do Bradesco não diferem na essência dos seus comandados. Parafraseando Nietzsche, ficou demasiadamente humano assistir à dupla soltando a voz.
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Construção
4/07/2019
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O banco da inocência
27/05/2019O anúncio de beatificação do Itaú, pregando que os concorrentes do banco somente dão alegria e estímulo de vida, acabou por criar uma nova identidade para o mentor da peça publicitária, o comandante do conglomerado financeiro, Candido Botelho Bracher. Nos corredores do banco, ele ganhou divertido apelido: John Boy, personagem ingênuo da premiada série televisiva “Os Waltons”. Boy, ao final de todos os capítulos, sob um céu estrelado, dava boa noite a sua irmã, Mary Ellen. Os funcionários do Itaú, ao se encontrarem nos corredores, brincam entre si. “Boa noite Roberto Setúbal! Boa noite, Candinho!”
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Rumo à Bolsa
17/05/2019A venda de 20% da Wise Up para o Kinea, private equity do Itaú, foi apenas o primeiro ato. Os empresários Carlos Wizard e Flavio Augusto da Silva já pensam em um passo ainda maior: a abertura do capital da escola de idiomas em bolsa. No mercado, há quem vincule a própria chegada do Kinea ao iminente IPO. Consultado, o private equity garante que o investimento não tem qualquer relação com uma possível abertura de capital.
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Já se foi o tempo em que o Banco Itaú ganhava todas
15/05/2019Pode ser que o Itaú esteja ainda regurgitando a fusão com o Unibanco. Ou – quem sabe? – não é a crise de identidade provocada pela saída de Roberto Setúbal da presidência da instituição. Ou talvez seja simplesmente uma fuligem na engrenagem do banco dos engenheiros. Também pode ser o conjunto dessas variáveis.
O fato é que o Itaú tem tido uma queda recorrente de performance na geração de lucro líquido comparativamente à concorrência privada. Os “itaulatras” do mercado já começam a suspeitar que algo mudou, ou está mudando. Os números demonstram que desde o primeiro trimestre de 2018 – e sempre em comparação ao trimestre anterior – o Itaú vem perdendo a competição pela lucratividade com Bradesco e Santander. Ou seja: são cinco trimestres seguidos de um resultado inferior ao da concorrência, com uma única exceção: somente no primeiro trimestre de 2019, oItaú conseguiu superar o Santander,com crescimento de 8,1% no lucro líquido, contra 2,4% do Santander.
Mas o banco perdeu de lavada no período para o Bradesco (evolução do lucro líquido de 14,6%). É claro que esses percentuais precisam ser analisados com ressalvas, à luz de outras réguas e tecnicalidades. O Itaú é um colosso. Em outros indicadores, tais como o crescimento da carteira de crédito, perde e ganha – tem perdido mais, diga-se de passagem. E quando a comparação é pelo retorno anualizado sobre o PL Médio (ROE) – a “mãe de todos os indicadores” – o Itaú segue na frente em relação aos demais concorrentes privados. Mas pode se afirmar também que, em alguns casos, conta mais a ditadura da escala do que propriamente a gestão. A dúvida que sobressai das medições é se o banco não está com alguma ferrugem na sua máquina de gerar resultados. Que venham mais trimestres.
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Breakpoint contra o Itaú
4/04/2019Ganha uma entrada para o Hard Rock Stadium quem decifrar o enigma de Miami: por que o Itaú vem gastando tanto dinheiro com o patrocínio ao Master Series 1000 da cidade? Pode ser que a resposta seja uma exclusividade da esfinge do banco, Fernando Beyruti, CEO do International Private Bank do Itaú. O desembolso – estima-se que de aproximadamente US$ 6 milhões por ano – é considerado no mercado desproporcional vis-à-vis o custo-benefício, sobretudo pelo target a ser atingido. A maioria dos clientes do private bank do Itaú em Miami não seriam norte-americanos, mas, sim, brasileiros residentes na Flórida. Fica a impressão de que a instituição está descarregando uma verba excessiva para se “apresentar” a um público que já a conhece. Ressalte-se que o banco dos Setúbal já renovou o contrato de patrocínio com o Masters de Miami até 2024.
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Será a vez dos Villela no Itaú?
26/03/2019Pode ser que esteja chegando finalmente a vez de um “Villela” na presidência do Banco Itaú – o nome Unibanco é uma licença poética. O jovem CEO do Itaú para a América Latina, Ricardo Villela Marino, começou a se movimentar como efetivo candidato à sucessão de Cândido Bracher Botelho. Para quem não sabia, o maior acionista do banco não é o clã dos Setúbal, mas o dos Villela. Ricardo é filho de Milu (Maria de Lourdes Egydio Villela), por sua vez filha de Eudoro Libânio Villela, o grande nome pouco mencionado na história do Itaú. Em tempo: “Candinho” Bracher deixa o comando do banco no ano que vem, quando completará 62 anos, idade máxima para o exercício da presidência.
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“Robertrite”
7/02/2019O lucro ralo do Itaú Unibanco no quarto trimestre de 2018 – o resultado veio quase 2% abaixo da expectativa do mercado -, foi provocado por uma crise aguda de “robertrite”. Trata-se de uma tumoração supurada causada pela abstinência de Roberto Setubal. Segundo a rádio corredor do banco, não foi encontrada uma solução para o abscesso.
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Amarras
5/02/2019Quando perguntado se não seria melhor seguir sem as amarras do Itaú, o presidente da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, dá um sorriso de canto de boca, que parece dizer: “Eles que esperem.”
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Maquininha popular
15/08/2018
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XP (Itaú) às compras
1/08/2018O Itaú quer usar a XP como consolidadora de empresas e plataformas de investimento. Na mira, a corretora Easyinvest, que tem entre os seus acionistas o fundo norte-americano Advent.
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Itaú e XP precisam de um tradutor
11/07/2018A direção do Itaú anda de cara fechada com o principal acionista da XP, Guilherme Benchimol, devido ao excesso de independência da corretora em suas ações institucionais. O banco, que comprou 49,9% da XP, não vê qualquer graça nas iniciativas da empresa na área de pesquisa eleitoral e em comunicados que induzam a algum interesse nesse campo. Por ora, parece até que as duas instituições não foram apresentadas e sequer falam a mesma língua.
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Portas fechadas
9/07/2018Egresso do Itaú, João Amoedo vem tentando obter dos Setúbal algum gesto de apoio a sua candidatura à Presidência pelo Partido Novo. Até agora, não teve sucesso.
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Reputação é tudo
13/04/2018Mais até do que da própria M. Dias Branco, partiu do Itaú BBA a voz de comando para a suspensão do lançamento de R$ 600 milhões em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) da companhia, formalizada ontem. Tudo o que banco dos Setúbal menos queria neste momento era liderar a emissão de um papel contaminado pela Operação Tira-Teima, da Polícia Federal, que nesta semana realizou busca e apreensão nos escritórios do grupo cearense.
Negócios
Com a bola toda
6/03/2018Tite está com a bola toda. Depois de Samsung e Itaú, tem convite de outra grande empresa para ser seu garoto-propaganda. Em breve o técnico será visto, todo sorridente, de celular na mão.
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Duas centenas
28/02/2018
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Blitzkrieg
23/02/2018
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A pergunta que não quer calar na “família Itaú”
22/02/2018O superdividendo pago pelo Itaú despertou um velho fantasma que ronda os Setubal, Villela e Moreira Salles. O espectro pergunta com sua voz de sombra: até quando seguirá essa sociedade? Como se sabe, o acordo somente foi possível porque o Unibanco estava parcialmente quebrado e o Itaú pagou o preço de uma participação acionária desproporcional pelo prêmio de superar o Bradesco como o maior banco em ativos totais. Os Moreira Salles, por motivos distintos, há muito deixaram de ser banqueiros de fato.
Talvez Pedro, o único irmão banker, pudesse permanecer no Conselho, depois da separação. Os irmãos Setubal e os Villela voltariam, então, às origens, aumentando sua participação no resultado. E os Moreira Salles iriam tocar seus outros negócios, com primazia dos investimentos no setor real da economia. Uma curiosidade, caso se confirmem os sussurros do além: o lendário Amador Aguiar teve uma associação de circunstância, feitas todas as ressalvas, parecida com a dos Setubal, Villela e os Moreira Salles.
Aguiar se juntou a Antônio Carlos de Almeida Braga. Não durou tanto assim: ele recomprou a parte do sócio. Em tempo: não fosse a proposta de casamento com núpcias reais feita pelo Itaú, o Bradesco teria comprado o Unibanco. Mas essa é uma história já pretérita. Por falar em passado e nos Moreira Salles, o RR foi o primeiro veículo a noticiar a compra do Banco Nacional pelo Unibanco, em 1995. Fica o registro.
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Itaú canta um fado à brasileira
29/01/2018Na contramão do BB, que cerrou as portas na terrinha, o Itaú pretende ampliar sua atuação em Portugal, inclusive com a abertura de um terceiro escritório do Itaú BBA. A ideia é fisgar a multidão de brasileiros além-mar.
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A hora é agora
13/12/2017A direção do Banco do Brasil avalia uma nova emissão de títulos no exterior. Os ventos sopram a favor das instituições bancárias brasileiras. Nas últimas semanas, Itaú e BTG captaram, respectivamente, US$ 1,25 bilhão e US$ 500 milhões. O próprio BB emitiu em outubro cerca de US$ 1 bilhão em bônus. Foi pouco vis-à-vis à demanda de investidores por papéis, que passou de US$ 5,5 bilhões. Procurado, o banco informou que “analisa regularmente oportunidades de captação em mercado”.
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Itaú em alerta
23/11/2017O maior fator de preocupação no Itaú é que o Cade adote uma linha conservadora e rigorosa e considere que o banco e a XP já têm uma política integrada de atuação e configuram, na prática, uma plataforma única de investimento. Neste caso, de pouco valeria o argumento de que, por contrato, os Setubal só poderão assumir o controle da corretora a partir de 2024.
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Disputa
10/11/2017Votorantim e o Itaú disputam a pole position entre as corporações com investimento em maior número de startups. Ambas estão acima de 100 projetos.
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Feitos um para o outro
10/11/2017A Petros e o Itaú parecem estar irmanados. A exemplo do presidente da fundação, Walter Mendes, o novo diretor financeiro da entidade, Daniel Lima, também é egresso do banco dos Setubal. Portanto, já conhece a fundo um dos grandes investimentos da carteira da Petros: à exceção dos membros da família Setubal, a fundação é o maior acionista da holding Itaúsa.
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Natura e Marina Silva já não dividem a mesma rede
30/10/2017A relação entre Marina Silva e o empresário Guilherme Leal seu companheiro de chapa em 2010, está se esgarçando. Segundo fonte próxima a Leal, há um gradual distanciamento entre ambos. Diferentemente dos últimos dois pleitos, o fundador da Natura não pretende se engajar na campanha de Marina à Presidência da República. O afastamento é atribuído ao temperamento cada vez mais difícil da candidata e, sobretudo, a sua postura quase asséptica em relação à grave crise política.
Leal acha que a figura de Marina está se esmaecendo. O dono da Natura é hoje um homem ressabiado com os traiçoeiros labirintos da política. No ano passado, foi acusado pelo empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, de ter pedido contribuição, por fora, para a campanha de Marina à Presidência em 2010.
O empresário nega o fato com toda a veemência, mas a ditadura do Google não perdoa ninguém: há mais de 45 mil menções que associam o nome de Guilherme Leal ao termo “Caixa 2”, boa parte deles com citação também à própria Natura. Caso Guilherme Leal se afaste de sua campanha, Marina Silva perderá um de seus dois pilares junto ao empresariado. O outro é Neca Setubal, herdeira do Itaú e talvez maior avalista do nome de Marina junto à burguesia.
Por sinal, a postura do fundador da Natura já se reflete no RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), do qual a própria Neca é vice-presidente. O grupo criado e comandado por Leal já não mais orbita em torno de Marina e do seu partido – o quase homônimo Rede Sustentabilidade. Para todos os efeitos, o RAPS quer se consolidar como um think tank pluripartidário – um de seus propósitos é eleger parlamentares de diferentes siglas para formar uma espécie de “bancada da sustentabilidade”.
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Roberto Setubal, primeiro e único
14/08/2017O co-presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, tem aprovado a performance do seu substituto na presidência do banco, Candido Bracher Botelho. Com pequenas ressalvas. O que se ouve na rádio corredor do Itaú é que, na avaliação técnica, Candinho seria imbatível. Mas, na comunicação, ainda estaria faltando algo, um estilo próprio da casa ou, como se diria, um “toque de Setubal”. No fundo, o dono do Itaú se acha insubstituível.
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BR Malls entre o chiaro e o scuro
24/07/2017A BR Malls está em um cabo de guerra. De um lado, captou R$ 1,7 bilhão com a recente oferta de ações, embolsou mais R$ 107 milhões com a venda do Itaú Power Shopping e conseguiu reduzir seu nível de alavancagem: do outro, vê os novos recursos serem sugados pela queda do consumo, a menor taxa de ocupação de seus shoppings e o aumento da inadimplência entre os lojistas, que já bateu nos 7,3%, o dobro do que era há dois anos.
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Padrão Itaú
7/07/2017A XP Investimentos vai ampliar sua operação internacional, com a abertura de novos escritórios no exterior – hoje, são cinco (dois nos Estados Unidos e três na Europa). Trata-se de uma estratégia à feição do Itaú, o banco que mais estimula os brasileiros a levar seu dinheiro para o exterior.
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Pescaria
27/06/2017
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Milonga bancária
5/06/2017O Itaú já teria feito uma oferta pela parte do BB e da família Stuart Milne no Banco Patagonia. A dupla aquisição lhe daria 78% da instituição argentina. Consultado, o BB afirma que “continua estudando oportunidades que agreguem valor ao acionista”. Já o Itaú disse que “sempre avalia oportunidades, com foco na geração de valor ao acionista”. Quanta sintonia…
?? ?? ?
Por falar em Itaú, o bancão assumiu o papel de grande expatriador de capitais. Seu private bank e a área de asset são pródigos na recomendação de remessas bancárias para o exterior. A agência do Itaú em Miami se tornou um ponto de encontro dos brasileiros nos EUA.
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Pé na porta da PDG
2/06/2017Os grandes credores da PDG –notadamente BB, Caixa e Itaú – fecham o cerco. Exigem que os acionistas aportem dinheiro na construtora. Sem isso, não aprovam o plano de recuperação judicial.
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A propósito: a PDG promete apresentar seu plano de recuperação, no máximo, em até dez dias – o prazo inicial era a primeira semana de maio.
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Ambev bancária
12/05/2017O Itaú está comprando startups a granel. A estratégia é parecida à da Ambev com as pequenas cervejarias premium: comprar para matar a indústria nascente antes que ela o mate.
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O destino de Nildemar
24/03/2017Há barões na pauliceia fazendo verdadeiras exegeses para interpretar a saída de Nildemar Secches do Conselho de Administração do Itaú. Entre os achismos, ele teria saído pela incompatibilidade do cargo com uma missão maior, bem maior.
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Quem pagou a conta?
26/01/2017Ontem, por volta das 14 horas, o restaurante Zuka, no Leblon, quase adernou tamanha a concentração de PIB em uma só mesa. Os irmãos Waltinho e João Moreira Salles almoçavam animadamente. Ouviram-se várias menções ao nome Unibanco. Nenhuma ao Itaú.
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Usina da Renuka encalha sobre o balcão
13/01/2017Os credores da Renuka do Brasil – encabeçados pelo Banco Votorantim e pelo Itaú – já discutem alternativas para a Usina Madhu, localizada em Promissão (SP). Uma das hipóteses é assumir o empreendimento, reestruturá-lo e vendê-lo mais à frente. Colocar para dentro de seus balanços uma moedora de cana-de-açúcar está longe de ser a solução ideal para os bancos. O problema é que, por ora, ainda não surgiu qualquer candidato no leilão da unidade sucroalcooleira, que foi prorrogado até o dia 23 de janeiro. Na primeira tentativa, no último dia 20 de dezembro, também não houve lances pela usina, avaliada em R$ 700 milhões. A negociação é fundamental para o abatimento da dívida com os bancos. Em recuperação judicial, a Renuka, de origem indiana, tem um passivo total superior a R$ 2 bilhões. Procurada, a companhia confirmou que, até agora, não “apareceram interessados”. Como desta vez não haverá preço mínimo, a Renuka espera que a venda da usina “seja concluída no leilão”.
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Fogo na roupa
8/12/2016Após uma longa queda de braço com os credores, os irmãos Alvaro e Paulo Jabur Maluf estão se despindo das vestes de controladores da Camisaria Colombo. É o alto preço pago pela dívida de R$ 1,5 bilhão acumulada pela rede varejista, em recuperação extrajudicial. Consumado o processo de conversão do passivo, os credores, notadamente Itaú e Santander, terão quase 80% do controle.
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Um pedido de Setubal tem força de decreto
2/12/2016O futuro ex-presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal, está dedicando uma parte do seu tempo para exercitar a atividade de lobista. E parece que um pedido de Setubal cala fundo no Palácio do Planalto e no Ministério da Fazenda. O banqueiro clamou pela redução do recolhimento compulsório para que seja aumentado o crédito – e também para mitigar a progressiva perda da rentabilidade bancária com a queda dos juros, mas isso ninguém precisa saber. Não deu outra: o governo já está estudando a medida. O RR cantou essa pedra na edição de 25 de novembro, afirmando que a nova matriz econômica – noves fora as pedaladas e barbeiragens na gestão da banca do Estado – vai deixar muitas das vivandeiras da ortodoxia com saudades. Em tempo: Lula, por motivos diferentes, está defendendo a mesma medida.
Acervo RR
Aposentadoria
28/11/2016O futuro ex-presidente do Itaú, Roberto Setubal é um entusiasta das fintechs. Está empenhado em pendurar na Itaúsa uma fileira das mais promissoras startups desse segmento.
• As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Itaú.
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A nova matriz econômica aguarda Temer na esquina
25/11/2016O presidente Michel Temer já deve ter marcado na sua agenda o mês de março de 2017. É tempo mais do que suficiente para mostrar que tem autoridade para aprovar as reformas prometidas na primeira hora do seu governo. Ou não! Nesse caso o “estadista” sem medo de tornar-se impopular viraria uma fraude. Restaria a ele adotar alguma política gêmea da “nova matriz econômica”, que foi uma das causas da condenação do governo anterior ao índex da História. Temer, então, se tornaria um duplo traidor, tendo enganado os antigos aliados e a base de apoio que o levou ao poder. O enredo pode parecer um tanto quanto barroco, mas não briga com os fatos. Temer perdeu o timing para afirmar sua autoridade e passar ao menos as PECs do Teto e da Previdência quando sua popularidade estava inflamada pelo impeachment e a deterioração do cenário econômico era ofuscada pela perseguição ao PT. A estratégia de anunciar um “ajuste” com resultados somente no longo prazo, condicionando a credibilidade à franqueza, não trouxe os louros almejados. Pelo contrário: aumentou a dúvida sobre sua virilidade fiscal.
Na realidade, até o momento não houve sequer tentativa de ajuste, e, sim, uma série de enunciados sem prazo de votação pelo Congresso e com perspectiva de implementação cada vez mais distante. Nessa toada, mesmo se aprovadas, as medidas não trariam efeitos concretos antes do início da próxima década. No meio do caminho havia outra pedra: a quebradeira dos estados, que vem sendo tratada generosamente de indutora do “pacto do ajuste”, em mais uma simplificação grosseira feita pelo presidente. A crise federativa será um empecilho ainda maior para a aprovação das reformas e o aumento da arrecadação. O próprio presidente, como se tivesse jogado a toalha, reafirmou no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social “que sair de uma recessão leva tempo”. Ainda mais quando ela aumenta a cada rodada dos indicadores. Rezava a malfadada “nova matriz econômica” que o problema do país era de arrecadação e que os empresários não se mexeriam para fazer os novos investimentos sem o empurrão do governo. Na idealizada gestão Temer, o espírito animal do empresariado seria despertado pela melhora das expectativas. Ledo engano.
Já podem ser vistas as sementes da velhíssima “nova matriz econômica” renascendo lá e cá. Os empresários e economistas reunidos no “Grupo Reindustrialização” clamam por menores taxas de juros reais e pelo ativismo do BNDES. Não estão sós. O pato da Fiesp voltou a pedir redução de impostos ou desonerações. Já antecipando que essa história de redução dos juros pode sobrar para ele, o presidente do Banco Itaú, Roberto Setubal, solicitou que o governo libere as amarras dos recursos bancários, quem sabe diminuindo o recolhimento compulsório sobre os depósitos. Esse filme todos já viram. O mais curioso é que a presidente afastada largou a condenada matriz para praticar uma política econômica muito próxima da adotada por Temer e Henrique Meirelles, a “Levyeconomics”. Se Temer der dois passos atrás no tempo, haverá algo de comédia no ar. De qualquer forma, e pelo bem de todos, tomara que ele tenha mais sucesso do que sua antecessora.
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Do banco para os palanques
11/11/2016• Prestes a deixar a presidência do Banco Itaú, Roberto Setubal tem planos de entrar na vida pública. A exemplo de seu pai, Olavo Setubal, que foi prefeito de São Paulo e ministro das Relações Exteriores no governo de José Sarney.
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Mémoire
10/11/2016O novo CEO do Itaú, Cândido Bracher, foi um grande entusiasta da construção do Grupo EBX, de Eike Batista. Bracher ficava maravilhado com a engenharia de abertura de capital sem lastro. Eike, com seu estilo graçola, o chamava de “meu amigo banqueiro”. Ao que consta, a amizade esfriou.
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Banco do Brasil e Caixa são o chão e o teto da PDG
1/11/2016Ainda que indiretamente, o futuro da PDG Realty virou assunto de governo. Está nas mãos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal a decisão de dar um fôlego extra à maior incorporadora imobiliária do país ou lançá-la de vez no alçapão de uma recuperação judicial. É grande a pressão para que o BB e a Caixa acolham o pedido de um empréstimo emergencial feito pela companhia aos seus bancos credores, no valor aproximado de R$ 400 milhões. As duas instituições são vistas pela própria PDG como o fiel da balança na operação. Ambas respondem por mais de 30% da dívida de curto prazo da companhia, da ordem de R$ 5,5 bilhões. Se BB e Caixa concordarem com a proposta de refinanciamento, a expectativa da incorporadora é que os bancos privados – mais de uma dezena, entre eles Itaú e BTG – sigam em bloco o mesmo caminho. Assim tem sido durante as seguidas etapas de repactuação do passivo da PDG. A mais recente se deu em junho, quando a incorporadora conseguiu alongar por quatro anos o vencimento de R$ 2,3 bilhões em dívidas financeiras. Procurada, a Caixa não quis se manifestar, alegando que as “operações envolvendo a PDG são protegidas por sigilo bancário”. A incorporadora e o BB também não se pronunciaram. O risco de uma iminente recuperação judicial é exatamente o maior – e único – instrumento de pressão da própria PDG sobre o BB e a CEF. Não há muito tempo para uma decisão dos dois bancos e, por extensão, dos demais credores. A contagem regressiva para a RJ é breve, talvez questões de dias – consta que a PDG já mantém conversações com a Alvarez & Marsal, especialista no assunto. O processo colocaria um ponto de interrogação sobre a capacidade da incorporadora de entregar os imóveis aos seus compradores. A companhia tem 35 projetos em andamento, o equivalente a mais de seis mil unidades. No entanto, a PDG teria em caixa pouco mais de R$ 200 milhões, recursos que não cobririam seus compromissos sequer até dezembro. O empréstimo emergencial dos bancos permitiria à incorporadora chegar até o primeiro trimestre de 2017, contando ainda com os recebíveis previstos até março do ano que vem – algo em torno de R$ 700 milhões. Ainda assim, à luz dos números, fica a sensação de que a PDG tenta tratar de uma fratura exposta com arnica e band-aid. No mercado, a percepção é que mesmo um eventual acordo com os bancos para um novo aporte apenas adiará o inevitável: a recuperação judicial. Se o balanço do terceiro trimestre trouxer um prejuízo superior a R$ 1 bilhão – no primeiro semestre, as perdas foram de R$ 1,2 bilhão –, a empresa passará a ter patrimônio líquido negativo.
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Debandada
18/10/2016A exemplo do Banco Votorantim, o Itaú também planeja se desfazer da sua participação acionária na Lupatech – em torno de 8% das ordinárias. A dupla saída pode ser interpretada como um voto de desconfiança em relação ao novo plano de recuperação judicial da fornecedora de produtos e serviços para a indústria de petróleo e gás, apresentado no mês passado. Talvez o maior acionista da empresa, o JP Morgan, quisesse fazer o mesmo, mas a porta de saída é estreita demais para um sócio com 44% das ordinárias. A Lupatech carrega uma dívida de aproximadamente R$ 780 milhões. • Procuradas, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Lupatech e Itaú.
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Disputada
10/10/2016Além do Itaú e do Ultra, as gestoras norte-americanas KKR e Blackstone estão entre os investidores que conversam com o Citi, adviser da venda da BR Distribuidora.
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Camarguianas
27/09/2016A Camargo Corrêa incluiu a Santista, uma das líderes no mercado têxtil da América Latina, na lista de ativos à venda. A companhia já sondou dois bancos, entre eles, o Itaú, para atuarem como advisers. A Santista, com fábricas no Brasil e Argentina, responde por 5% da receita do grupo, de R$ 30 bilhões. ••• Por falar em Camargo Corrêa, a companhia e a Queiroz Galvão deverão fazer um aporte de aproximadamente R$ 300 milhões no Estaleiro Atlântico Sul (EAS). A capitalização é fundamental para o estaleiro cumprir o acordo firmado com a Transpetro para a conclusão de oito petroleiros. O contrato deu ao EAS uma sobrevida de pelo menos dois anos. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Camargo Corrêa e EAS.
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Itaú menos exposta
15/09/2016O Itaú avalia baixar no balanço do terceiro trimestre ao menos parte do investimento que fez na encalacrada Sete Brasil. Ao todo, a exposição do banco na companhia beira os R$ 2,5 bilhões. Muito em razão da provisão desse crédito, a inadimplência da carteira de pessoas jurídicas do Itaú saiu de 1,5% para 2,3% no primeiro semestre. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Banco Itaú.
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Chinês no páreo
1/09/2016Além do Itaú e do Santander, o China Construction Bank entrou na disputa pelos ativos do Citi no Brasil. O grupo já tem um pé no país desde 2013, quando comprou 72% do BicBanco. Independentemente do vencedor do páreo, o Citi espera anunciar a operação até o fim de setembro.
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A hora e a vez de Temer ser picado pela saúva
25/08/2016O presidente interino, Michel Temer, já sabia o texto inteiro da missa. Mas, quando rezado de viva voz, no latim do empresariado, o impacto da burocratização nacional é ainda mais desolador. Desde sempre, o setor empresarial é refém do Estado, que, por sua vez, é refém das corporações, que se nutrem das dificuldades que elas próprias criam. Essa simbiose, contudo, está piorando cada vez mais. O mau corporativismo tem ganhado todas as pelejas disputadas. Ele está na raiz da baixa produtividade do país. É um canibal do Estado. Representa um coeficiente da inflação renitente. É a zika da ineficiência produtiva. Os potentados empresariais Carlos Alberto Sicupira, Jorge Gerdau, Luiz Carlos Trabuco e Pedro Moreira Salles, entre outros, fizeram para Michel Temer uma apresentação de como essa saúva tem corroído o Brasil. Os casos são bastante minuciosos e impactantes. O presidente do Conselho Administrativo do Itaú-Unibanco, Pedro Moreira Salles, colaborou na exposição detalhada dos péssimos exemplos com a menção à insanidade tributária do país, que está menos no tamanho da carga do que na esquizofrenia de mudanças frenéticas dos gravames. Segundo Moreira Salles, o banco tem de estar preparado para dar conta de uma modificação na legislação de impostos a cada duas horas, em média. Esse número tem sido crescente. O empresário Carlos Alberto (Beto) Sicupira, quarto homem mais rico do Brasil, segundo o ranking da Forbes, e um dos controladores da Ambev, informou que a companhia cervejeira tem de gerar 23 mil processos por lata ou garrafa produzida no mercado brasileiro, somente em função da mixórdia criada pela legislação do ICMS. A Ambev opera em todos os 27 estados e nos quase 5,5 mil municípios do Brasil. Nos Estados Unidos, ela também atua de ponta a ponta no território norte-americano, mas precisa gerar somente 1.300 processos por lata ou garrafa. E isto levando em consideração todos os impostos que são cobrados, e não apenas um único. O presidente da Natura , Pedro Passos, reclamou do fluxo de processos trabalhistas, um montante superior a quatro milhões por ano. Um dado bastante estarrecedor: o fluxo se altera pouco. Ao contrário do que seria recomendável, a legislação vai se tornando mais nebulosa com o passar do tempo. E todo ano são pedidas na Justiça a criação de mais e mais Varas do Trabalho. Pedro Passos deu outro exemplo nada edificante: a fabricante de produtos de beleza gasta R$ 15 milhões por ano somente para manter sua máquina de atendimento da burocracia funcionando. Os números são grandiloquentes e bastante atualizados, mas, à primeira leitura, a sensação é de um grande déjà vu. Consta que o presidente interino ouviu atentamente, franziu o cenho, pousou a mão sobre os joelhos e com um olhar grave fez aquilo que se esperava dele. Temer pediu sugestões dos empresários para resolver os problemas e uma maior interação junto ao governo federal para uma colaboração conjunta. Por ora, é só. Mas o filme parece muito antigo.
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Maia serve um aperitivo do parlamentarismo branco
12/08/2016Os principais empresários do país experimentaram as delícias de um semi-parlamentarismo, na última quarta-feira, em Brasília. O Instituto Talento, híbrido de centro de pesquisas e núcleo de articulação política dos dirigentes do setor privado, conduziu sua caravana para uma reunião histórica entre a nata do empresariado e o novo estamento pós-PT. As reuniões com Henrique Meirelles, na parte da manhã, e Michel Temer, à tarde, foram fartamente noticiadas. Pouco se falou, contudo, da reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, esta, sim, a grande surpresa do dia. Antes de colocar tintas mais vivas no episódio, é bom situar quem estava presente na comitiva do Instituto Talento, em ordem decrescente por vulcanização dos neurônios – avaliação por conta e risco do RR: Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Beto Sicupira (Ambev), Pedro Moreira Salles (Itaú -Unibanco), Pedro Passos (Natura), Carlos Jereissati (Jereissati Participações), Vicente Falconi (Consultoria Falconi) Josué Gomes da Silva (Coteminas), Edson Bueno (Dasa) e Jorge Gerdau Johannpeter (Gerdau). O empresário José Roberto Ermírio de Moraes deveria estar presente, mas, por motivos de agenda, deixou ficar para outra oportunidade. Sim, porque deverão ocorrer outros encontros, inclusive para evitar que este inicial se caracterize como um espasmo tão somente. A primeira das novidades foi a transferência da reunião formal que estava prevista com Rodrigo Maia, na sala da presidência da Câmara dos Deputados, para um almoço descontraído em sua residência oficial. O que estava por vir seria ainda mais surpreendente. Maia recebeu os presentes ao lado do deputado Orlando Silva (PCdoB), ex-ministro dos Esportes de Dilma Rousseff. Exatos dois minutos após as mesuras de praxe, adentrou ao gramado o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA), uma das vozes mais aguerridas contra a presidente que vai ser julgada pelo Senado Federal, mas também envolvido em caso de propina. O desfile dos líderes seguiu embalado e com intervalos curtos de chegada: André Moura (PSC-SE), líder do governo na Câmara; Heráclito Fortes (PSB-PI); Weverton Rocha (PDT-MA); Rubem Bueno (PPS-PR); e, pasmem, Vicente Cândido (PT-SP). O líder do PT na Câmara é assim e assado com Luiz Inácio Lula da Silva. Os empresários interpretaram sua presença no evento como uma representação do próprio Lula. Mas Maia foi quem deitou e rolou. Jorge Gerdau, o mais escolado nas práticas de Brasília, disse em bom tom que nunca viu um presidente da Câmara dos Deputados que tivesse convidado todas as lideranças partidárias para uma reunião com empresários – algumas só faltaram porque o convite foi feito de véspera. “No máximo, chamavam uma ou duas”. Não houve conversa de pé de ouvido. Todos sem exceção fizeram uma breve exposição. Os empresários foram convocados a se fazer mais presentes em debate de mérito. Estes, por sua vez, anunciaram que entendem não ser possível reduzir a carga tributária nesse cenário e defendem a preservação das políticas sociais como premissa no ajuste fiscal. O ponto mais alto: os líderes se comprometeram a apoiar todos os projetos voltados a suspender a recessão que assola o país. Depois do almoço, a sensação dos presentes era que o clima seco de Brasília tornou-se arejado, civilizadíssimo. Pelo menos por um dia. Não entrou em pauta a tão almejada revogação de direitos constitucionais em prol da eficiência e da produtividade empresarial. O resultado já estava de bom tamanho.
Acervo RR
Cinco estrelas
12/08/2016Santander e Visa estão no maior cochicho. Segundo informações sussurradas ao RR por uma fonte ligada aos espanhóis, o motivo seria a criação de uma nova bandeira de cartão de crédito para concorrer com a dobradinha Itaú/ Mastercard. Procuradas, as duas negam o projeto.
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Zelotes 2?
25/07/2016Carlos Alberto Barreto, presidente do Carf, está profundamente abatido desde a prisão do conselheiro João Carlos Figueiredo Neto, acusado de extorsão ao Itaú. Barreto já confidenciou a dois integrantes do Conselho a disposição de deixar o cargo. Uma Zelotes só já basta.
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Frota de ativos
22/07/2016O Grupo JSL, dono da locadora de veículos Movida , estaria disposta a estacionar também no controle da concorrente Unidas. A empresa pertencente à portuguesa SAG e ao fundo Kinea, do Itaú .
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Embrulho do Citi
7/07/2016O Itaú apresentou uma oferta apenas pelos ativos do Citi no Brasil. No entanto, o banco norte-americano ainda tenta empurrar para os Setúbal sua operação argentina, com o objetivo de amealhar um valor maior pelo pacote. Isso porque, segundo o RR apurou, proporcionalmente a proposta do Itaú pelo Citi Brasil foi superior à do Santander pelos ativos nos dois lados da fronteira. O Safra corre por fora. • As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Citi, Itaú e Santander.
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CBF entra de sola nos ex-patrocinadores
6/07/2016O sinal de alerta está aceso no Banco Itaú, Nike , Vivo, Samsung e demais patrocinadores da seleção brasileira. O motivo é a truculência com que a CBF vem tratando seus ex-parceiros. A entidade entrou na Justiça contra a BRF, com quem manteve contrato até o início deste ano. A justificativa é que a Sadia está fazendo “marketing de emboscada” em sua campanha publicitária para a Olimpíada ao vestir seu tradicional mascote com uma camisa verde e amarela. Ou seja: ao que tudo indica, Marco Polo Del Nero e cia. entendem que a CBF tem a primazia sobre as cores da bandeira. A BRF não está sozinha. Segundo o RR apurou, a Confederação também está abrindo um processo contra a Michelin, que patrocinava a seleção brasileira até fevereiro. A alegação é de que a empresa francesa não teria cumprido cláusulas do contrato relativas ao prazo e aos valores da rescisão. Procurada, a BRF confirmou o processo e disse lamentar a “postura da CBF”. Como apoiadora oficial da Rio 2016, a empresa afirma ter o direito contratual de usar os uniformes das equipes brasileiras, cujas cores “não são exclusivas da entidade”. A CBF não quis comentar o assunto. A Michelin também não se pronunciou. Ao olhar para a BRF e a Michelin, os atuais patrocinadores da CBF temem o efeito do “eu sou você amanhã”. A percepção é de que a entidade iniciou uma caça às bruxas em represália aos ex-parceiros. E não são poucos. A escalação inclui ainda nomes como Gillette e Unimed. Não por coincidência, o turnover publicitário cresceu consideravelmente nos últimos dois anos, em meio aos seguidos escândalos envolvendo os ex e atuais cartolas da entidade. Ricardo Teixeira sumiu do mapa. O também ex-presidente José Maria Marin cumpre regime de prisão domiciliar em Nova York. Já Marco Polo Del Nero não sai do Brasil nem a decreto, temendo ter o mesmo destino de Marin, seu antecessor, preso na Suíça e extraditado para os Estados Unidos.
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“Writeoff”
6/07/2016A Carvalho Hosken jogou a toalha e está atraindo um novo sócio para o imóvel no qual está instalado o Hilton Barra. O investimento de R$ 500 milhões está muito longe de dar retorno. A construtora tem tratado do assunto com a Kinea, gestora do Itaú. A entrada no negócio deverá ser feita por intermédio do fundo Kinea Renda Imobiliária FII, dono de dois grandes edifícios comerciais no Centro do Rio. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Carvalho Hosken.
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Au revoir
5/07/2016O Société Générale negocia a venda de sua operação de arrendamento mercantil para o Itaú. Com a transação, o banco se despedirá do mercado brasileiro. • As seguintes empresas não se pronunciaram ou não comentaram o assunto: Société Générale e Itaú.
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Avenida Chile
2/06/2016Ontem, durante a posse de Maria Silva Bastos Marques na presidência do BNDES, a única presença citada por todos aqueles que discursaram foi a do Comandante Militar do Leste, o general Fernando Azevedo e Silva. A unanimidade também se aplicou às mesuras dirigidas ao ilustre convidado. *** O Itaú estaria criando um grupo de estudos para se debruçar sobre as oportunidades que deverão surgir com a gestão Maria Sílvia à frente do BNDES. São esperadas reduções ou cortes de programas de financiamentos dirigidos. Mas o Itaú que não se iluda: Maria Sílvia não fará uma razzia no banco. Ela tem uma certa afinidade histórica com a casa. *Procurado por nós, o Itaú não retornou até o momento desta publicação.
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Carro alugado
31/05/2016O Grupo JSL atravessou o caminho da norte-americana Enterprise: também teria apresentado uma oferta pelo controle da locadora de veículos Unidas, que tem entre seus acionistas a Gávea e o Kinea/Itaú. A JSL já atua no mercado por meio da Movida. Procuradas pelo RR, as seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: JSL e Unidas.
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Photochart
25/04/2016Safra e Itaú estão tentando, por via judicial, escarafunchar o patrimônio de Emerson Fittipaldi no exterior. Seus credores desconfiam que a crise de liquidez do ex-piloto, que acumula R$ 30 milhões em dívidas, se limita ao território brasileiro.
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Itaú e Ultra avançam no pedágio eletrônico
15/04/2016Os Setúbal e o Grupo Ultra estão dispostos a pagar o pedágio que for necessário para a montagem de uma grande operação de cobrança eletrônica em rodovias. Por pedágio leia-se a compra da Move Mais, pertencente ao grupo paulista Dux. A aquisição daria um novo gás à ConectCar, controlada pelo Banco Itaú e pela Ipiranga. A empresa saltaria de 20% para perto de 30% de market share no segmento de cobrança eletrônica de pedágios, reduzindo consideravelmente a distância para a líder do setor, a norte-americana FleetCor. O negócio de cobrança eletrônica é estratégico tanto para o Itaú quanto para a Ipiranga, por conta da sinergia com o varejo bancário e a atividade de distribuição de combustíveis. Além das agências bancárias, os 7,2 mil postos da rede funcionam como pontos de venda dos serviços da ConectCar. O objetivo da ConectCar é dar uma rápida resposta à sua maior concorrente. A FleetCor, que já era dona da DBTrans, comprou recentemente o controle da STP, até então pertencente ao trio CCR, Raízen e Arteris. Passou a ter mais de 40% de participação no mercado. Com isso, a aquisição da Move Mais tornou-se fundamental para os planos do Itaú e da Ipiranga. Mesmo porque trata-se de uma das últimas empresas do setor capazes de fazer diferença no ranking nacional. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: ConectCar e Move Mais.
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No atacado
8/04/2016Itaú e Carrefour negociam uma associação. O banco deverá assumir a operação de private label do Atacadão, braço atacadista do grupo francês. De quebra, vai aproveitar a nova gôndola para pendurar outros produtos financeiros, como seguros e previdência privada. As seguintes empresas não retornaram ou não comentaram o assunto: Itaú e Carrefour.
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Lupatech inicia sua operação desmonte
4/04/2016A Lupatech – uma das tantas empresas do setor de óleo e gás pisoteadas pela Lava Jato e órfãs dos investimentos da Petrobras – está se desmanchando. Em recuperação judicial, a companhia decidiu fechar uma fábrica na Bahia, lançando mais 350 nomes nas estatísticas de desemprego do “petrolão”. A medida é um reflexo direto da drástica redução de encomendas da Petrobras, que nos áureos tempos, chegou a responder por quase 90% do faturamento da Lupatech. A unidade de Rio das Ostras, no Norte fluminense, deverá ter o mesmo destino e ser desativada. A empresa também vai se desfazer de ativos. O plano de desmobilização deverá ser encabeçado pela Lupatech Oil Field Services, seu braço de prestação de serviços para petroleiras criado a partir da associação com outra empresa do segmento, a Penta OFS. Por mais paradoxal que possa parecer, a operação de desmonte é a única boa notícia que a Lupatech tem a oferecer neste momento. O imediato enxugamento do grupo é visto pelos acionistas – entre eles Itaú, Banco Votorantim, JP Morgan e BNDES – e pelos credores como a única possibilidade de saída da recuperação judicial e até mesmo de sobrevivência do negócio. A capitalização de R$ 1 bilhão feita pelos sócios no início do ano passado não deu nem para a partida. A empresa tem um passivo de R$ 600 milhões para um patrimônio líquido de R$ 100 milhões. Nos últimos dois anos, perdeu mais de R$ 700 milhões. Procurada pelo RR, a Lupatech não comentou o assunto.
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Bancários do HSBC sofrem com o risco Cade
9/03/2016Seria bom se fosse criado um Cade para o Cade. A demora do órgão antitruste em aprovar a venda do HSBC Brasil para o Bradesco é um revés não apenas para o grupo de origem inglesa e seus acionistas, mas também para outros protagonistas deste enredo. Trata-se de uma derrota compartilhada pelos clientes do HSBC, pela cidade de Curitiba, centro de decisões do banco e sua sede histórica desde os idos do Bamerindus, e, sobretudo, pelos próprios funcionários. O clima no banco é de crescente apreensão. A morosidade do Cade atinge diretamente os quase 20 mil profissionais do grupo no país, que hoje se encontram numa espécie de limbo trabalhista. Segundo o RR apurou, os funcionários do banco paralisarão suas atividades nos próximos dias. O protesto deverá ser estender a diversas capitais do país, portanto com abrangência superior à da manifestação do dia 29 de fevereiro. Na ocasião, os bancários do HSBC fizeram uma greve de 24 horas em agências de Curitiba cobrando uma definição quanto ao pagamento da participação nos resultados referentes a 2015. Pior do que a interrogação sobre o pagamento ou não do benefício é a desorientação dos funcionários quanto a quem cobrar: de um lado um acionista que já dá o banco como vendido; do outro, um comprador, que é impedido de assumir o controle e, portanto, do ponto de vista legal, nada tem a ver com o impasse. Neste roteiro non sense, o mais paradoxal é que a ausência de veredito do Cade já traz embutido um juízo de valor. O simples impasse significa a manutenção de um status quo. No limite, qualquer compra feita por Bradesco, Santander e Itaú leva ao aumento de concentração de mercado. Ao pé da letra, o sucesso no próprio greenfield também resultaria em concentração. O ideal para o Cade, então, seria que os cinco maiores do ranking (90% do setor bancário nacional) ficassem onde estão ou, melhor ainda, perdessem market share para as instituições menores. Ao que consta, entre as missões do Cade não figura ser o retratista de um mercado estático, nem congelador do ranking bancário.
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Só falta Dilma Rousseff parir o calote
4/03/2016O alerta está nas redes sociais, à vista de todos. Cresce de forma exponencial o número de menções na Internet ao risco de uma moratória do Brasil. Segundo estudo de uma empresa especializada na análise do ROI (Return on investment) nas mídias digitais, ao qual o RR teve acesso, o total de referências ao assunto aumentou 38% nos últimos 15 dias de fevereiro. E bom que se diga que não se trata de paranoia pura e simples. Os principais indicadores que medem o Risco-País – CDS e EMBI+ – apontam para uma relação desconfortável, para se dizer o mínimo. O CDS, que mede o risco de calote da dívida soberana para o período de cinco anos, está em 445 pontos – nos últimos seis meses, subiu mais de 150 pontos. Para se ter uma ideia, numa lista de 50 países permanentemente monitorados pelo Deutsche Bank, o CDS para os títulos brasileiros só é superado pelo do Egito (523 pontos), Ucrânia (1.892) e Venezuela (6.197). Entre os nossos pares no rol dos emergentes, o risco para os títulos chineses e indianos estão, respectivamente, em torno dos 135 e 180 pontos. Por sua vez, o EMBI+, índice do JP Morgan que mede o retorno de instrumentos de dívida externa de nações emergentes, vai na mesma direção. O EMBI+Br está em 502 pontos – há um ano, era de 316 pontos. Para efeito de comparação, o EMBI+ da Argentina marca neste momento 454 pontos. O temor quanto ao risco de um calote não decorre apenas de uma fotografia de momento. Essa percepção embute uma tendência de piora acentuada das contas públicas brasileiras. As previsões para a dívida bruta, hoje em torno de 67% do PIB, são alarmantes. A Tendência Consultoria crava que em 2018 o endividamento bruto chegará a 78,3% do PIB. O Bradesco projeta 79,2%. O Itaú Unibanco vai ainda mais longe e enxerga uma dívida equivalente a 84% do PIB. Ressalte-se que as estimativas dos bancos levam em conta um cenário mais ou menos razoável das taxas de juros, não muito distante do atual patamar, uma inflação meia bomba e um resultado fiscal pouco auspicioso. Ou seja: qualquer fagulha, a dívida bruta bate em 100% do PIB. O vaticínio das agências de rating também reflete, corrobora e alimenta a percepção negativa. A trilogia da perda do investment grade, que se completou em fevereiro com o rebaixamento da Moody´s, escancarou a falta de credibilidade dos agentes financeiros em relação à condução da política econômica e abriu caminho para previsões ainda mais pessimistas. Nesta semana, o ex-banqueiro Luiz Cesar Fernandes afirmou que o risco de calote no pagamento da dívida pública é alto, inclusive com a ameaça de contaminação do sistema financeiro e a quebra de instituições. 1, 2, 3, isola…Deus queira que suas projeções sejam tão eficientes quanto a sua gestão da própria carreira. A consultoria Empiricus, conhecida terrorista digital, publicou um estudo dizendo que o país está tecnicamente quebrado e recomendando que os brasileiros protejam seu patrimônio com aplicações no exterior. Pessimismo gera pessimismo. Ou profecias auto realizáveis. Quanto mais se fala em moratória, mais se estimula a sua realização. Até porque o Brasil tem experiência no assunto: no ranking internacional do calote, ocupa o terceiro lugar histórico, com 10 defaults da dívida pública, atrás apenas da Espanha (14) e dos vizinhos Venezuela e Equador, empatados com 11. Se o governo não sair do estado de astenia em que se encontra vai materializar o fantasma do calote. É a última mancha que falta à coleção de Dilma Rousseff.
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Liquidação
26/02/2016A Camargo Corrêa teria contratado o Banco Itaú para conduzir a venda de seus ativos na área têxtil, leia-se a Tavex. Procurada pelo RR, a Camargo Corrêa não comentou o assunto.
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Calçados na vitrine
12/02/2016Mesmo com o cenário econômico desfavorável e investidores correndo da Bolsa, a fabricante de calçados Paquetá insiste na ideia de abrir seu capital. A companhia aposta que seu crescimento das vendas em 10% no ano passado e a expansão do seu parque industrial, inclusive fora do Brasil, serão boas iscas para o IPO. Corre no mercado que o Itaú teria sido convocado para preparar a oferta. A empresa Paquetá não comentou o assunto.
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Tempos bicudos
5/02/2016O Itaú ficou preocupado com a reação do mercado em relação aos números do seu balanço. Roberto Setubal, com seus cabelos da cor das asas da graúna, compareceu à entrevista coletiva com os jornalistas e à reunião com os analistas, o que não é usual. O RR teve a informação de que o banco está refogando uma notícia mais animadora sobre a sua operação internacional para soltar depois das folias de Momo.
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Todo sabido tem seu dia de “mané”
2/02/2016O banqueiro Daniel Dantas perdeu uma grana alta com ações da Gerdau do e Itaú. Mas, no mercado, diz-se que o prejuízo maior foi com ações do BTG.
Acervo RR
Espelho
15/01/2016Jean-Marc Etlin, que deixou o Itaú BBA para asssumir o comando da CVC Capital na América Latina, teria recomendado aos norte-americanos a contratação do ex-colega Alberto Fernandes. Curiosamente, Fernandes, vice-presidente comercial do banco de investimentos do Itaú, assumiu provisoriamente as antigas fun- ções de Etlin na instituição.
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Espelho
15/01/2016Jean-Marc Etlin, que deixou o Itaú BBA para asssumir o comando da CVC Capital na América Latina, teria recomendado aos norte-americanos a contratação do ex-colega Alberto Fernandes. Curiosamente, Fernandes, vice-presidente comercial do banco de investimentos do Itaú, assumiu provisoriamente as antigas fun- ções de Etlin na instituição.
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Itaú sofre as sequelas do “Fator HSBC”
24/11/2015Roberto Setubal está convencido de que o Itaú poderia ter pago mais pelo HSBC. Blindaria de vez a Região Sudeste, a mais rica do Brasil, onde seu banco lidera em volume de ativos e número de agências. Mas Setubal deixou a oportunidade passar e agora assiste ao movimento da roda do tempo que determinará quando seu maior concorrente se tornará hegemônico nesta zona enricada do país. As outras regiões já estão todas dominadas pelo Bradesco. Para andar com passadas mais largas, o banco da Cidade de Deus espera que o Cade libere a aquisição. Ato contínuo, a dupla Bradesco-HSBC partirá para a inexorável missão de acumular o maior nú- mero de ativos em todas as regiões do país – a soma das agências dos dois bancos já os deixa maiores no Sudeste do que a casa bancária dos Setubal. Nessa, o Itaú perdeu.
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Sucesso!
12/11/2015O Banco Itaú comprou um lote de 100 mil exemplares do livro de Fernando Henrique Cardoso, Diários da Presidência.
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Renuka promete uma colher de açúcar para os credores
3/11/2015O que era para ser o fim de uma história triste ganhou um capítulo extra com a disposição da indiana Shree Renuka de negociar um aporte de capital na Renuka do Brasil. Trata-se de um sinal de boa vontade em um momento decisivo da companhia, que teve aceito o seu pedido de recuperação judicial em 5 de outubro. A empresa terá de apresentar um plano de pagamento das dívidas de R$ 3,3 bilhões e com 70% de seu passivo em moeda estrangeira. Os credores, entre eles Santander, Banco do Brasil, Votorantim e Itaú, agradecem e apostam que a sinalização positiva deverá facilitar bastante o processo. O aporte de capital terá um peso maior nas tratativas com os bancos do que a suspensão das cobranças de débitos e a obrigatoriedade de apresentação de uma solução para as dívidas, premissas da recuperação judicial. O aporte permite ainda a retomada das negociações para a entrada de um investidor. Fonte ligada ao escritório Dias Carneiro Advogados, que assessora juridicamente o grupo indiano, informou ao RR que o plano de recuperação judicial será apresentado no início de dezembro. A capitalização – conduzida pelo empresário Narenda Murkumbi e a trading asiática Wilmar International, controladores da Shree Renuka – deverá ser realizada no mesmo período. Seja qual for o caminho escolhido, a Shree Renuka tem de correr com a solução, pois a situação financeira e operacional da subsidiária brasileira vem se deteriorando rapidamente. Os recursos em caixa mal seriam suficientes para cobrir os custos fixos até dezembro. A sucroalcooleira estaria atrasando o pagamento de salários. Ao mesmo tempo, suas quatro usinas no país estariam operando de maneira irregular. O motivo seriam as dificuldades de a Shree Renuka obter matéria-prima. Produtores de cana-de-açúcar estariam se negando a fornecer o insumo enquanto a companhia não quitar antigos débitos. Segundo o RR apurou, a empresa cogita desativar temporariamente uma de suas plantas industriais no Brasil como forma de reduzir os custos operacionais e os prejuízos. Somente as duas usinas paulistas torram por mês quase R$ 60 milhões. A Shree Renuka nega o aumento de capital, assim como os atrasos de pagamento e o fechamento de usinas. A agonia financeira da Shree Renuka é resultado de uma tempestade perfeita. O grupo indiano acumula equívocos de gestão, altos investimentos de baixo retorno, queda do consumo e dos preços do etanol e intempéries climáticas. Faltava apenas uma chicotada do câmbio. Não falta mais.
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Moreira Salles é o fiel da balança da Parnaíba Gás Natural
22/10/2015O presidente do Conselho de Administração do Itaú Unibanco, Pedro Moreira Salles, utiliza hoje as instalações do banco mais para tratar dos seus negócios pessoais do que para qualquer outra coisa. Com a discrição que lhe é peculiar, o banqueiro está debruçado sobre uma articulação para a saída da Eneva da Parnaíba Gás Natural , empresa que controla por meio da Cambuhy Investimentos. A operação permitiria a chegada da franco-belga Engie, antiga GDF Suez. A própria Cambuhy abriria mão de parte de suas ações, passando a dividir o controle da Parnaíba com a Engie. O ímpeto de Moreira Salles em desalojar a Eneva é proporcional à inapetência dos alemães, leia-se o Grupo E.On, em aportar novos recursos no negócio. A chegada da Engie traz a reboque a promessa de uma substancial capitalização da companhia. A injeção financeira é fundamental para a Parnaí- ba cumprir seu programa de investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão. A maior parte desta cifra se refere à exploração dos blocos na Bacia do Parnaíba, considerado o eldorado do gás natural. Moreira Salles quer reduzir a exposição da Cambuhy a um negócio de alto risco. Seus sócios na companhia de investimentos criada em 2011, com capital de US$ 1 bilhão – entre eles o ex-BC Pedro Bodin – agradecem.
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Contra a maré
30/09/2015Apesar de todos os pesares, a Kinea, gestora de recursos do Itaú, prepara o lançamento de um novo fundo de investimentos. A meta é captar entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. Procurada, a Kinea não confirmou a operação.
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Duratex tem um espaço reservado para os tubos da Tigre
18/09/2015O Itaú é o artífice de uma operação que poderá dar origem ao maior fabricante integrado de materiais de construção do país. Existem indícios de que o banco estaria em negociações com a família Hansen para a compra do controle da Tigre, líder do mercado brasileiro de tubos e conexões de PVC. A aquisição se daria por meio da Duratex, braço industrial da holding Itaúsa e controladora da Deca. Ao atarraxar todos estes canos numa só estrutura societária, os Setubal consolidariam um conglomerado industrial com faturamento da ordem de R$ 8 bilhões ao ano. O novo grupo seria líder absoluto em três segmentos da indústria de materiais de construção no país, com um terço das vendas de louças e metais sanitários, 40% de share na área de pisos e painéis de madeira e mais de 50% do mercado de tubos e conexões. A aquisição da Tigre é um desejo antigo do Itaú. A primeira investida se deu há cerca de três anos, mas as conversas não progrediram. Desta vez, há fortes indícios de que o desfecho será diferente. Em abril, Felipe Hansen, neto do fundador da Tigre, João Hansen Junior, ascendeu à presidência do Conselho de Administração. Desde então, a companhia teria mergulhado em um processo de reestruturação, cujo objetivo seria arrumar a casa para o futuro proprietário. Hansen está limpando antigos “passivos” da empresa. Segundo o RR apurou, a Tigre estaria demitindo vários funcionários com mais de 20 anos de casa. Ao mesmo tempo, o presidente executivo, Otto Von Sothen, vem implantando novas políticas de gestão e de meritocracia trazidas do setor financeiro. Outro sinal de que há algo maior prestes a acontecer na companhia. A família Hansen batizou de CRH o condomínio empresarial onde está localizada a matriz da fabricante de tubos. A medida denota uma preocupação em desvincular o empreendimento, que abriga outras empresas, da marca Tigre. Caberia ao Itaú/Duratex a missão de recuperar o elã da Tigre, que já rugiu bem mais alto no mercado brasileiro. Não obstante manter a liderança histórica do setor, o felino catarinense perdeu uma parcela expressiva do seu território – a companhia chegou a controlar quase 80% das vendas de tubos e conexões de PVC no país. A primeiríssima tarefa da Duratex seria frear a ascensão da Amanco. Em uma década, a multinacional de origem mexicana conquistou mais de 30% de share, seja por meio de uma agressiva política de aquisições de empresas de pequeno e médio porte, seja tirando mercado da própria Tigre. * A Tigre e a Dutarex não nos retornaram.
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O empresariado engajado no autoengano de Dilma
31/08/2015A disposição de Dilma Rousseff em criar um núcleo duro empresarial no seu governo, com forte participação em uma futura reforma ministerial, está esbarrando na diversidade dos interesses e ideias da categoria. O apoio do empresariado foi apresentado à presidente como uma terceira via para lidar com a borrasca perfeita do seu governo: base aliada dividida, Congresso hostil, crash de popularidade, corrupção, ministério fisiológico, inflação, recessão etc. A ideia de trazer a burguesia para compor a regência é um chiclete mastigado. Lula defende um diálogo maior com o setor privado desde a formação do ministério do segundo mandato. O chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tem bons amigos entre os empresários, é entusiasta antigo dessa aproximação e adepto da criação de um conselho consultivo de dirigentes do setor privado – a presidente ouve falar em conselheiros e quer logo pegar em uma pistola. Na última vez, mirou o alvo e assassinou o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Joaquim Levy veio bater na mesma tecla de atração do empresariado. A estratégia caiu na boca do povo, e ministros como Armando Monteiro e Nelson Barbosa, além dos “aliados” Michel Temer e Renan Calheiros, correram para os braços dos empresários. Os interesses nesses jantares, almoços e reuniões variam do oportunismo mais rastaquera até nobres tentativas de apoio. Em comum, o fato de que todos batem cabeça. Os empresários não têm “uma agenda para o desenvolvimento”, até porque, “agendas” – enfatize-se o plural – é o que não falta. Não há nada nesse empresariado que lembre os Srs. Augusto Trajano de Azevedo Antunes, Gastão Bueno Vidigal, Antonio Gallotti, Walther Moreira Salles, Amador Aguiar, Cândido Guinle de Paula Machado e… Roberto Marinho. Uma elite orgânica, conservadora modernizante, frequentadora entre si, empreendedora, com um projeto permanente de conquista do Estado e ciosa de previsibilidade. O atual rating dos endinheirados varia conforme as notas sobre a gradação financeira, respeitabilidade, presença na mídia e dependência financeira do governo. Há análises combinatórias. O presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, tem relacionamentos com o governo, respeitabilidade e porte financeiro. O presidente do Itaú, Roberto Setubal, respeitabilidade e grana, mas nunca foi bem visto no Planalto. Jorge Gerdau, arroz de festa nas especulações ministeriais, é, no momento, potencial candidato a pedir o auxílio do governo. O presidente da Coteminas, Josué Gomes da Silva, já foi aspirante a ministro da Fazenda antes de Joaquim Levy. É identificado como um sincero colaborador. Os dirigentes da Natura, Guilherme Leal e Pedro Passos – este último presidente do IEDI – são anunciados como presentes em todos os encontros, mas nunca participaram de nenhum. E tome de Benjamin Steinbruch, Rubens Ometto, Edson Bueno, Cledorvino Belini, Joesley Batista e tantos e tantos outros. Ressalvas para Paulo Skaf, considerado pelos seus pares o “Guido Mantega do empresariado”. São tantas as diferenças para um único consenso: Dilma é vista por todos como um estorvo. Se a realidade refletir o que é dito pelos empresários à boca pequena, o apoio à presidente não passa de um autoengano de Dilma.
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Espelho meu
27/08/2015O discurso pacificador do presidente do Itaú, Roberto Setubal, mira no interesse da própria banca. Setubal é um grande entusiasta de que o governo encontre uma solução pactuada para o problema das empreiteiras. A inadimplência dessas empresas bate à porta.
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Emparelhados
7/08/2015Com a escolta financeira da Kinea, braço de gestão de recursos do Itaú, a Unidas engatou uma quinta marcha na direção da Locamerica. Trata-se da terceira maior rede de locação de veículos do país, com receita anual em torno dos R$ 600 milhões. Com a aquisição, a Unidas dispararia na vice-liderança do setor, com mais de R$ 1,5 bilhão de receita, atrás apenas da Localiza.7
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Na ponta do lápis
4/08/2015Um simples e nada mais do que um simples exercício matemático sobre o impacto da venda do HSBC Brasil no ranking bancário: mantidas as respectivas taxas médias de crescimento dos últimos cinco anos, o Bradesco ultrapassará o Itaú em volume de ativos em 2017. De 2010 para cá, os ativos do Itaú avançaram, em média, 14% ao ano. No HSBC, este índice foi de 12%. Já o Bradesco registrou um crescimento médio de 17,5%.
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Zurich e Itaú
6/01/2015A Zurich Insurance abriu conversações com os Setúbal para a compra da Garantec, o braço de operações de garantia estendida do Itaú. A seguradora suíça é um dos principais players do ramo no mercado brasileiro.
Acervo RR
Muito Vivo
12/08/2010O presidente da Vivo, Roberto Lima, parece estar em campanha eleitoral. Prestes a enfrentar um processo de fusão com a Telefônica, Lima tem feito um enorme esforço para se aproximar das “bases”. Nas últimas semanas, vem circulando pessoalmente por várias áreas da empresa. Só falta distribuir santinhos.